Você está na página 1de 2

– PROFESSORAS LUCIANA

1º ANO – ENSINO MÉDIO – LÍNGUA PORTUGUESA


NOME: ............................................................................. Nº.: ........... TURMA: ......... DATA: ......./......./.......

AULA DOMICILIAR DAS TURMAS 101 – 102 – 103 – 104

1) LEIA O TEXTO E REALIZE AS ATIVIDADES EM SEU CADERNO. MARCAR A


ATIVIDADE COMO CONCLUÍDA.
AS ELITES E O POVÃO
É cansativo, é irritante isso de falar em elites e povão, como se só o chamado povão fosse
honesto e merecedor de confiança e tudo que se liga à "elite" significasse o pior quanto à moral, ao valor
e à confiabilidade.
É mal-intencionado dizer que só a elite é saudável, educada, merecedora das boas coisas da
vida e o povão é sujo, grosseiro e não vai melhorar nunca.
E, afinal, o que é essa "elite"? Quem a constitui? Parece que existem várias.
Elite social – Nada mais triste do que ler: "Fulana de Tal, socialite". Tem profissão? Tem família?
Faz alguma coisa da vida? Não, ela é socialite. O marido, ou o filho, ou o companheiro dessa fina dama
seria o quê? Um socialite, também? Singularmente ainda não vi o termo usado no masculino. Talvez
porque na nossa utopia os homens sempre têm profissão e ganham o dinheiro, isto é, são úteis,
enquanto as mulheres ornamentam seu lado público.
Elite intelectual – Dessa, já gostei mais. Porém, cuidado: o grau de intelectualidade não reside na
quantidade de diplomas, alguns fajutos, adquiridos no exterior em universidades com nomes pomposos.
O intelectual de primeira é o que de verdade pensa, lê, estuda, escreve, pesquisa e atua. Cultiva a
simplicidade e detesta a arrogância, companheira da inteligência limitada.
Talvez elite verdadeira fosse a dos bem informados e instruídos, não importa em que grau, não
importam dinheiro nem sofisticação. Um povo pouco informado acredita no primeiro demagogo que
aparece, engole suas mentiras como pílulas salvadoras e, por cegueira ou por carência, segue o caminho
de seu próprio infortúnio.
Seria melhor largar essa bobagem de elite versus povão e pensar em habitantes deste planeta e
deste país. Todos merecendo melhor cuidado com a saúde, melhores escolas e universidades, melhores
condições de vida, melhor salário, melhores estradas, lugares de lazer mais bem-cuidados, mais tranquilos
e seguros, menos impostos, menos mentiras. Mais oportunidades, mais sinceridade, mais vida. Melhor
uso das palavras. Mais respeito pela inteligência comum e pelo bom senso.
Então, velhíssima fórmula tão pouco aplicada, comecemos pela educação. Mas não venham
com a empulhação quanto aos analfabetos a menos no país. Alfabetizado não é quem aprendeu a assinar
o nome: é quem antes leu e compreendeu aquilo que vai assinar, pois, se optar errado, a exploração de
sua ignorância vai pesar sobre seus ombros por mais um longo tempo de altos juros.
Mais cuidado com palavras, pois elas podem se transformar, de pedras preciosas, em
testemunho de ignorância ou má vontade, ou ainda em traiçoeiros punhais.
(Lya Luft)
1) Já no início do texto, nos dois primeiros parágrafos, a autora critica a visão que se tem do povão e
da elite. Qual a crítica feita por ela?
2) A autora diferencia alguns tipos de elite. Ao se referir `a elite intelectual, ela a defende? Justifique
sua resposta com elementos do texto.
3) Em dado momento do texto, a autora revela o que pensa sobre as pessoas arrogantes. Transcreva
o trecho em que fica claro o posicionamento da autora quanto a essas pessoas e comente-o.
4) Como, na verdade, a autora deseja que enxerguemos os chamados “povão” e “elite”? .
5) Justifique o uso do sinal indicativo de crase na segunda linha do texto (nas três situações em que
acontece o uso).
6) Substitua o termo “só” (l.04) por outra de valor semântico aproximado. Elabore uma oração em que
a palavra só assuma uma significação diferente da assumida no texto.
7) Dê a diferença morfológica existente entre os “as” destacados no texto.
8) A quem se referem os termos em itálico no texto?
9) Observe a palavra “mais” no último parágrafo do texto. Seria possível substituirmos o advérbio mais
pela conjunção mas sem alterar o significado do texto? Que sentido a frase assume com o uso do mais e
que sentido assume com o uso do mas?
10) Indique outra palavra acentuada pela mesma regra de:
11) Saudável: b) várias: c) também: d) úteis: e) lê: f) instruídos: g) pílulas:
12) Justifique o uso da vírgula na linha quatorze do texto.
13) Observe: “as mulheres ornamentam seu lado público.’ Neste trecho, temos um exemplo de que
figura de linguagem? Justifique.
14) E em : “engole suas mentiras como pílulas salvadoras”, temos que figura de linguagem?

15) Observe a charge:

 Comente a charge lida. Você concorda com o que foi colocado aqui? O que essa charge tem a ver
com o texto lido? Baseado no conteúdo da charge, de que o ser humano precisa para se tornar um
cidadão “do bem”? Todo o ser humano merece, realmente, a utopia colocada pela autora no seu
texto? Por quê?

Você também pode gostar