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Português – Professora Luciana Morales da Silveira

Ensino Médio – 1º ano – 2020 Data: ____/____/_____


Nome: ________________________Nº: _____ Turma: _____

1. Leia com atenção ao texto que segue:


PAUSA
  Quando pouso os óculos sobre a mesa para uma pausa na leitura de coisas feitas, ou na feitura de
minhas próprias coisas, surpreendo-me a indagar com que se parecem os óculos sobre a mesa.
Com algum inseto de grandes olhos e negras e longas pernas ou antenas?
Com algum ciclista tombado?
Não, nada disso me contenta ainda. Com que se parecem mesmo?
E sinto que, enquanto eu não puder captar a sua implícita imagem-poema, a inquietação perdurará.
E, enquanto o meu Sancho Pança, cheio de si e de senso comum, declara ao meu Dom Quixote que
uns óculos sobre a mesa, além de parecerem apenas uns óculos sobre a mesa, são, de fato, um par de óculos
sobre a mesa, fico a pensar qual dos dois – Dom Quixote ou Sancho? – vive uma vida mais intensa e, portanto
mais verdadeira…
E paira no ar o eterno mistério dessa necessidade da recriação das coisas em imagens, para terem
mais vida, e da vida em poesia, para ser mais vivida.
Esse enigma, eu o passo a ti, pobre leitor.
E agora?
Por enquanto, ante a atual insolubilidade da coisa, só me resta citar o terrível dilema de Stechetti:
“Io sonno um poeta o sonno um imbecile?”
Alternativa, aliás, extensiva ao leitor de poesia…
A verdade é que a minha atroz função não é resolver e sim propor enigmas, fazer o leitor pensar e não
pensar por ele.
E daí?
– Mas o melhor – pondera-me, com a sua voz pausada, o meu Sancho Pança – , o melhor é repor
depressa os óculos no nariz.
(A vaca e o hipogrifo Mário Quintana. São Paulo, Globo.)
2. Qual as duas atividades que o autor interrompe ao pousar os óculos sobre a mesa?
( a ) A leitura dos seus trabalhos e a realização das tarefas domésticas.
( b ) A leitura de obras literárias e os afazeres diários da rotina de casa.
( c ) A leitura de obras produzidas por outros escritores e a leitura de suas próprias produções.
( d) A realização de tarefas do lar e a leitura de outras produções literárias.
( e ) A leitura da obra de Sancho Pança e da obra de Sancho Pança.

3. Ao contemplar os óculos sobre a mesa, quais as imagens que ocorrem ao poeta?


( a ) A imagem de um par de óculos deitado sobre a mesa e a de um inseto.
( b ) A imagem de um ciclista e de um par de óculos deitado sobre a mesa.
( c) A imagem de um Sancho Pança e de um Dom Quixote.
( d ) A imagem de um inseto de grandes olhos e negras e longas pernas e Dom Quixote.
( e ) A imagem de um ciclista tombado e de um inseto de grandes olhos e negras e longas pernas .

4. A inquietação provocada pela necessidade de captar a “imagem-poema” dos óculos leva o autor a pensar em
sua profissão de escritor e de poeta. Mais ainda que isso, leva-o a pensar na função da poesia. Seu senso-
comum (Sancho Pança) entra em conflito com seu senso poético (Dom Quixote). Segundo o senso comum, o
que são óculos?
( a ) O ciclista tombado. ( b ) um inseto de grandes olhos e negras e longas pernas.
( c ) duas lentes fixadas numa armação. ( d ) uma imagem poética.
( e ) um Dom Quixote

5. Segundo o autor, por que existe em nós a necessidade de recriar as coisas e a vida em imagens?
( a ) Para que as pessoas percebam que todos têm um Sancho Pança e um Dom Quixote.
( b ) Para que as coisas tenham mais vida e para que a vida seja vivida mais intensamente.
( c ) Para que as pessoa sejam mais práticas.
( d ) Para que as pessoas deixem de viver no sonho e percebam a realidade das coisas.
( e ) Para que as pessoas vivam intensamente a vida de forma exclusivamente objetiva e direta.
6. Diante da “insolubilidade da coisa”, o autor resolve passar o problema para o leitor. Segundo ele, qual a
função do poeta?
( a ) O poeta tem a função de resolver enigmas e de pensar pelo leitor.
( b ) O poeta tem a função de propor enigmas e de fazer o leitor pensar.
( c ) O poeta tem a função de apresentar alternativas para as adversidades as quais o leitor poderá passar.
(d ) O poeta tem a função de conhecer todas as dificuldades dos leitores.
( e ) O poeta tem a função de proporcionar devaneios ao leitor.

7. “ ... o melhor é repor depressa os óculos no nariz .” Qual o significado desse conselho?
( a ) O seu Dom Quixote convidando-o à divagação sobre a vida e a função do poeta.
( b ) É o senso prático aconselhando-o a retomar o trabalho e deixar de lado as questões insolúveis como a
função do poeta e da literatura que lhe ocorrem à mente.
( c ) É o senso prático aconselhando-permanecer na elaboração de imagens e conjecturas sobre as questões
insolúveis como a função do poeta e da literatura que lhe ocorrem à mente.
(d ) O seu Sancho Pança convidando-o à divagação sobre a vida e a função do poeta.
( e ) O seu Dom Quixote e seu Sancho Pança entrando em harmonia na arte do sonho.

8. Informe a função sintática das palavras destacadas no texto:


Pouso (l.1): Da recriação das coisas
em imagens (l. 11):
Minhas (l.1): A ti (l.13):

Me (l.2): O (l.13):

A inquietação O meu Sancho Pança


(l.6): (l.21):
A(l.9): Óculos (l.22):

9. O texto “ A PAUSA”, de Mário Quintana, é um texto literário cujas características são bem específicas. A
seguir, marque com V as características próprias de textos considerados literários e que estão presentes no
texto de Mário Quintana e com F as que não correspondem às características do texto literário. Depois,
assinale a alternativa que contenha a sequência correta, respectivamente:
(a) ( ) Precisão. (b) ( ) Multissignificação. (c) ( ) Denotação.
(d) ( ) Liberdade na criação. (e) ( ) Conotação.

(A) a.( V ) – b.( V ) – c.( F ) – d.( F ) – e.( V ) (D) a.( F ) – b.( F ) – c.( F ) – d.( F ) – e.( F )

(B) a.( F ) – b.( V ) – c.( F ) – d.( V ) – e.(V ) (E) a.( V ) – b.( F ) – c.( V ) – d.( F ) –e. ( F )

(C) a.( V ) – b.( V ) – c.( F ) – d.( V ) – e. ( V )

10. Leia a crônica:


Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como
disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci ontem à
noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que
venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
(CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set. 2002 (fragmento).)

 Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio,
entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem predominante é
a emotiva ou expressiva, pois:
(A) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código, usando para explicá-lo.
(B) a atitude do enunciador sugere um pedido, uma ordem, na tentativa de influenciar o leitor a fazer algo.
(C) na construção da mensagem, o foco é o próprio eu do interlocutor, e o texto permite várias interpretações.
(D) o receptor é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais e há preocupação com a forma.
(E) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação, ou seja, testar o canal.
11. Leia com atenção: — Não retiro. É uma ótima palavra. Aliás, é uma
De domingo palavra difícil de usar. Não é qualquer um que usa
 — Outrossim? “outrossim”.
— O quê? (VERÍSSIMO. L.F. Comédias da vida
— O que o quê? privada. Porto  Alegre: LP&M, 1996)
— O que você disse.
— Outrossim?  No  texto, há uma  discussão  sobre o uso de 
—É. algumas  palavras da língua portuguesa. Esse uso 
— O que que tem? promove o (a)
—Nada. Só achei engraçado. (A)marcação temporal, evidenciada pela presença de
— Não vejo a graça. palavras indicativas dos dias da semana.
— Você vai concordar que não é uma palavra de todos (B) tom humorístico, ocasionado  pela ocorrência de 
os dias. palavras próprias para uma situação formal,
— Ah, não é. Aliás, eu só uso domingo. empregadas em  um diálogo.
— Se bem que parece uma palavra de segunda-feira. (C) caracterização da identidade linguística dos 
— Não. Palavra de segunda-feira é óbice. interlocutores, percebida pela recorrência de palavras
— “Ônus. regionais.
— “Ônus” também. “Desiderato”. “Resquício”. (D) distanciamento entre os  interlocutores, provocado
— “Resquício” é de domingo. pelo  emprego de palavras com  significados poucos 
— Não, não. Segunda. No máximo terça. conhecidos.
— Mas “outrossim”, francamente… (E) inadequação vocabular, demonstrada pela seleção
— Qual o problema? de palavras desconhecidas por  parte de  um dos  
— Retira o “outrossim”. interlocutores do  diálogo.

12. Leia o texto e marque a alternativa correta ao lado:


Depoimento Meus livros são escritos em um idioma próprio, um
    “O bom escritor é um exercitar a arte de utilizar idioma meu (...); não me submeto à tirania da
expressivamente as palavras.descobridor (...) gramática e dos dicionários dos outros”.
Considero a língua como meu elemento metafísico: ROSA, João Guimarães. Memória de João Guimarães
escrevo para me aproximar de Deus, estou sempre Rosa. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969, p.170.
buscando o impossível, o infinito. (...) Sou místico:
posso permanecer imóvel durante longo tempo,  O texto “Depoimento”, De Guimarães Rosa,
pensando em algum problema e esperar. (...) Nós, corresponde a uma importante entrevista concedida
sertanejos, somos tipos especulativos, a quem o por João Guimarães Rosa ao crítico Gunter W. Lorenz.
simples fato de meditar causa prazer. (...) Os livros Os termos desse depoimento permitem que se
nascem quando a pessoa pensa; o ato de escrever já identifique, no texto como um todo, o objetivo
é a técnica e a alegria do jogo com as palavras. (...) preponderante do escritor de
Faço do idioma um espelho de minha personalidade (A) expressar seus sentimentos em um plano
para viver: como a vida é uma corrente contínua, a exclusivamente metafísico.
linguagem também deve evoluir constantemente. (...) (B) convencer as pessoas a respeito de uma tese.
Escrevendo, descubro sempre um novo pedaço de (C) discorrer sobre suas concepções a respeito do ato
infinito. Vivo no infinito, o momento não conta. de escrever.
(...)Existem elementos da língua que não podem ser (D) exercitar a arte de utilizar expressivamente as
captados pela razão; para eles são necessárias palavras.
outras antenas. (...) (E) explicar como o sertanejo escreve.

13. Observe, agora, o trecho:


“A cada relatório publicado pelos cientistas que integram o painel de mudanças climáticas das Nações
Unidas, cresce o número de pessoas solidárias com a tese de que o homem está destruindo a vida no
planeta.”
 Reescreve-se o período em destaque, mantendo-se o sentido original e a correção gramatical em:

(A) ( ) A cada relatório publicado, onde os cientistas integram do painel de mudanças climáticas das
Nações Unidas aumenta a solidariedade das pessoas com a tese que o homem está destruindo à vida
no planeta.
(B) ( ) Cresce o número de pessoas que defendem a tese de que o homem destrói a vida no planeta
a cada relatório que é publicado pelos cientistas integrantes do painel de mudanças climáticas nas
Nações Unidas.
(C) ( ) Cresce o número de pessoas solidárias à tese de que, o homem, está destruindo a vida no
planeta, na medida em que cientistas que integram o painel de mudanças climáticas das Nações
Unidas publicam relatórios relativos à essas mudanças.
(D) ( ) O homem, está destruindo a vida no planeta. Esta é a tese defendida por um número de
pessoas solidárias, a cada relatório publicado pelos cientistas integrantes do painel de mudanças
climáticas das nações unidas.
(E) ( ) A cada relatório científico que integra o painel de mudanças climáticas das Nações Unidas,
cresce o número de pessoas solidárias a tese de que o homem está destruindo a vida planetária.

14. Os pressupostos são identificados quando o


locutor veicula uma mensagem adicional a partir de
alguma palavra ou expressão, ou seja, o pressuposto
possui uma marca linguística que permite ao leitor
depreender e inferir a informação implícita. Analisando
a charge ao lado, qual termo marca a pressuposição
de que ser multado pelo governo é pior do que ser
assaltado:
( a ) ia dizendo
( b ) é muito mais econômico você andar devagar
( c ) ser assaltado por mim
( d ) eu nem somo pontos
( e ) sua habilitação
(...e como eu ia dizendo, é muito mais econômico você
andar devagar e ser assaltado por mim do que correr e
ser assaltado pelo radar. E eu nem somo pontos em
sua habilitação!)
15. Leia com atenção:
Tudo no mundo começou com um sim. Uma molécula disse sim a outra molécula e nasceu a vida. Mas
antes da pré-história havia a pré-história da pré-história e havia o nunca e havia o sim. Sempre houve. Não sei o
quê, mas sei que o universo jamais começou.
[...]
Enquanto eu tiver perguntas e não houver resposta continuarei a escrever. Como começar pelo início,
se as coisas acontecem antes de acontecer? Se antes da pré-pré-história já havia os monstros apocalípticos?
Se esta história não existe, passará a existir. Pensar é um ato. Sentir é um fato. Os dois juntos – sou eu que
escrevo o que estou escrevendo. [...] Felicidade? Nunca vi palavra mais doida, inventada pelas nordestinas
que andam por aí aos montes.
Como eu irei dizer agora, esta história será o resultado de uma visão gradual – há dois anos e meio
venho aos poucos descobrindo os porquês. É visão da iminência de. De quê? Quem sabe se mais tarde saberei.
Como que estou escrevendo na hora mesma em que sou lido. Só não início pelo fim que justificaria o começo –
como a morte parece dizer sobre a vida – porque preciso registrar os fatos antecedentes.
(LISPECTOR, C. A hora da estrela. Rio de Janeiro:  Rocco, 1998 )
 A elaboração de uma voz narrativa peculiar acompanha a trajetória literária de Clarice Lispector, culminada
com a obra A HORA DA ESTRELA. Nesse fragmento que você acabou de ler, nota-se essa peculiaridade
porque o narrador
(A) observa os acontecimentos que narra sob uma ótica distante, sendo indiferente aos fatos e às personagens. 
(B) relata a história sem ter tido a preocupação de investigar os motivos que levaram aos eventos que a
compõem.
(C) revela-se um sujeito que reflete sobre questões existenciais e sobre a construção do discurso.
(D) admite a dificuldade de escrever uma história em razão da complexidade para escolher as palavras exatas.
(E) propõe-se a discutir questões de natureza filosófica e metafísica, incomuns na narrativa de ficção.
16. Observe as expressões destacadas:
A – Uma molécula disse sim... B - ...e nasceu a vida.
C - ...já havia os monstros apocalípticos? D – ...inventada pelas nordestinas...
E – ...o resultado de uma visão gradual...

 Quanto à função sintática, os termos destacados exercem, respectivamente, as funções de:


( A ) adjunto adverbial de afirmação – objeto direto –predicativo do sujeito – adj. adn. – complemento nominal
( B ) adjunto adverbial de afirmação – sujeito simples – aposto – agente da passiva – adjunto adnominal
( C ) objeto direto – objeto direto – adjunto adnominal – complemento nominal – adjunto adnominal
( D ) objeto direto – sujeito simples – adjunto adnominal – agente da passiva – complemento nominal
( E ) sujeito simples – objeto direto – adjunto adnominal – agente da passiva – predicativo do sujeito

17. A coesão e a coerência conferem ao texto caráter de inteligibilidade e fluência. Qual das frases
abaixo está redigida de forma coerente e coesa?
    (A) ( )  É preciso ter autoestima e autocontrole para coordenar o projeto de infraestrutura recém-
aprovado, mas muito polêmico porém com ajustes a fazer.
    (B) ( )  É preciso ter autoestima a fim de ter autocontrole sem coordenar o projeto de infra-estrutura
recém-aprovado, portanto muito polêmico e com ajustes a fazer.
    (C) ( ) É preciso ter autoestima e autocontrole para não coordenar o projeto de infraestrutura
entretanto recém-aprovado,   ainda muito polêmico e com ajustes a fazer.
    (D) ( )  É preciso ter autoestima e autocontrole para todavia coordenar o projeto de infraestrutura
recém-aprovado, pois muito polêmico e sem ajustes a fazer.
    (E) ( )  É preciso ter autoestima e autocontrole para coordenar o projeto de infraestrutura recém-
aprovado, ainda muito polêmico e com ajustes a fazer.

18. As palavras destacadas são acentuadas, respectivamente, pelas mesmas regras de:
LÓGICA – EXÍGUO – ESTÁ – INEVITÁVEL
(A) ( ) LÁSTIMA – IMÓVEIS – SOFÁ – FÁCIL
(B) ( ) IMÓVEIS – SAÚDE – CAFÉ – SILÊNCIO
(C) ( ) SAÍDA – CIÊNCIA – PÉ – AMÁVEL
(D) ( ) VIOLÊNCIA – GÊNIO – SÓ – ANÉIS
(E) ( ) RÁPIDO – ÁGUA – VERÁ – INÚTIL

19. Leia as sentenças a seguir e marque (V) para verdadeiro e (F) para falso:
( ) Cantigas trovadorescas é a denominação concedida aos textos poéticos da primeira época medieval e que
fizeram parte do movimento literário do trovadorismo.
( ) Há dois grandes grupos de cantigas trovadorescas: cantigas líricas, subdivididas em cantigas de amor e
cantigas de amigo; e as cantigas satíricas, subdivididas em cantigas de escárnio e de maldizer.
( ) As cantigas de amigo são escritas em primeira pessoa. Nelas, o eu lírico  declara seu amor a uma dama,
tendo como pano de fundo o ambiente palaciano. É por este motivo que ele se dirige a ela, chamando-a de
senhora. 
( ) As cantigas de amor são a expressão do sentimento feminino. Nesse contexto, a mulher sofre por se ver
separada do amigo (que também pode ser o amante ou o namorado).
( ) As cantigas de escárnio são cantigas que apresentavam, em geral, uma crítica indireta e irônica. Já as
cantigas de maldizer, são canções cuja estrutura comporta críticas mais diretas e grosseiras. Nela, são usados
termos de baixo calão, como palavrões, pois o intuito é mesmo agredir alguém verbalmente.
( ) As novelas de cavalaria, também chamadas de “romances de cavalaria” correspondem a um gênero
literário que vigorou durante o período da Idade Média, durante os movimentos literários chamados de
Trovadorismo e Humanismo.
 A sequência com as respostas corretas é:
(A)V–V–F–F–V–V ( B ) F – V – V –V – V – F ( C ) V – F – F –V – F – V
(D) F–F–F–F–V–V ( E) V – V – V – V – V – V
20. Os sinais de pontuação são recursos de linguagem empregados na língua escrita e desempenham a
função de demarcadores de unidades e de sinalizadores de limites de estruturas sintáticas nos textos escritos.
Nas construções abaixo, há uma estrutura cuja pontuação está empregada de forma errônea. Marque-a:
(A) Paula Marques, a professora mais exigente da escola, foi homenageada pelos alunos.
(B) Cansado da vida que tinha, Rodrigo decidiu que estava na hora de recomeçar.
(C) D. Helena e Sr. Paulo, são os melhores funcionários da empresa.
(D) Amanhã chegam meus primos preferidos, meus companheiros de infância, meus melhores amigos.
(E) E sinto que, enquanto eu não puder captar a sua implícita imagem-poema, a inquietação perdurará.
21. Indique qual conjunto de sinais de pontuação completa as lacunas de forma correta.
Na realidade__ nada mais havia para fazer__ Os assuntos foram falados__ as dúvidas foram
esclarecidas__ os problemas foram evitados__ Apesar disso__ um enorme clima de mal-estar
continuava a existir___
( A) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto de interrogação;
( B ) vírgula, vírgula, ponto final, ponto final, ponto final, vírgula, ponto final;
( C ) vírgula, ponto final, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto final;
( D ) vírgula, ponto de exclamação, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto de exclamação.
( E ) ponto e vírgula, ponto de exclamação, vírgula, vírgula, ponto final, vírgula, ponto final.

22. Assinale a opção em que o “a” sublinhado- nas duas orações - deve receber acento grave indicativo de
crase:
( A) Entregaram a mãe a pesquisa sobre o desempenho escolar da filha. / Fomos  a  Feira do Livro.
( B) Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou a falar em voz alta.
( C) Pedimos silêncio a todos. Pouco a pouco, a praça central se esvaziava.
( D) Esta música foi dedicada a ele. / Os romeiros chegaram a Bahia.
( E) Todos a aplaudiram. / Escreva a redação a tinta.
23. Leia os enunciados abaixo:
1. Obedeceu _as leis de trânsito. 2. A bola passou rente à trave do gol. 3.Ele nunca mais irá às reuniões.
 Agora, julgue a alternativa que aponta o enunciado em que o uso do sinal indicativo de crase está usado
corretamente e assinale-a:
( A ) Apenas o enunciado 1. ( B ) Apenas os enunciados 1 e 2. ( C ) Apenas os enunciados 2 e 3.
( D ) Apenas o enunciado 3. ( E ) Todos os enunciados.

24. Leia o poema de Carlos Drummond de (A) O caráter ficcional da literatura nos permite entrar
Andrade em contato com a nossa história, com a nossa
e responda à questão ao lado sobre as funções da trajetória como nação.
Literatura: (B) Por meio da convivência com os textos literários,
“ O poeta que traçam tantos e diversos destinos, a literatura
declina de toda responsabilidades sempre nos oferece possibilidades de resposta a
na marcha do mundo capitalista questões comuns a todos os seres humanos.
e com suas palavras, instituições, símbolos e (C) A literatura acompanha a trajetória humana, pois
outras armas os mundos construídos por ela são completamente
promete ajudar distintos dos nossos mundos.
a destruí-lo (D) A literatura tem o poder de transportar o ser
como uma pedreira, uma floresta, humano, de provocar alegria ou tristeza, de divertir ou
um verme.” de emocionar. Ela nos oferece um descanso dos
(Carlos Drummond de Andrade) problemas cotidianos, quando nos descortina o espaço
 Sobre as funções da literatura, leia as do sonho e da fantasia.
afirmações abaixo e marque a opção que (E) A literatura tem o papel exclusivo de criticar a
corresponde às ideias dos versos de Drummond. realidade em relação a causas sociais e políticas.
25. No mês de março, você realizou a leitura de uma obra de autoria de Carolina Maria de Jesus. Você indicaria
essa obra para outras pessoas lerem? Justifique a sua resposta, destacando o tema abordado pela autora.
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26. Preste atenção na tirinha seguinte:

(Armandinho)
Observe a Tirinha. Nesta história, Armandinho preocupa-se em escrever, de forma bastante clara, o
quanto ele se preocupa com a pessoa para quem ele está escrevendo. Ao dizer “Não quero ver você
chorar”, quem vai ler poderia entender que ele está chateado em ver a pessoa chorando. Como não é
o objetivo dele, ele altera o texto para “Não quero que você chore...” Entretanto, mais uma vez ele
repensa a escrita, provavelmente, com receio de que a pessoa entenda que ver a pessoa chorar o
incomoda. Por fim, ele consegue dizer o que pretendia, que é o quanto ele se preocupa em que a
pessoa a quem ele escreve não tenha motivo algum para chorar. Muitas vezes, ao escrevermos
nossos textos, somos um pouco agressivos sem a intenção de fazer isso. Observe a frase abaixo e,
depois, marque a alternativa em que o emissor conseguiu passar a mesma mensagem, porém, de um
jeito mais educado, gentil e elegante, evitando magoar a pessoa que receberá a mensagem.

Contexto: Uma amiga sua faz um novo corte de cabelo e vem perguntar o que você achou do
novo modelo, porque ela não gostou muito do resultado. Você olha, acha horrível e quer dar
uma opinião sincera, porém, sem magoar a pessoa. Como você poderia dizer isso de forma
elegante, sincera, delicada, educada, gentil, evitando, ao máximo, chatear o receptor?

(A) Eu acho que realmente este corte não ficou nada bem em você, entretanto, não faria muita
diferença se você tivesse escolhido outro corte, porque acho que também ele não ficaria bem.
(B) Que nada! Esse corte ficou lindo em você! Coloca um gel que até melhora! Vem cá que irei
tentar ajudá-la a melhorar este visual terrível!
(C) Na verdade, na minha opinião, este corte não valorizou muito sua beleza, mas podemos
comprar alguns acessórios para cabelo que lhe farão, talvez, gostar do seu visual até que seu cabelo
possa ser cortado novamente!
(D) Este tipo de corte é horrível para qualquer mulher. Por que você foi escolher justo este modelo?
Bom gosto não é mesmo seu forte.
(E) Não tem importância se o cabelo ficou bonito ou feio em você. Cabelo cresce! Pare de mimimi e
espere que logo, logo você poderá cortá-lo novamente e escolher um novo corte, bem mais bonito do
que esse.

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