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Prof.

Vinícius Faleiros Martins


Hemodinâmica
Equação fisiológica que envolve uma série de
variáveis pertinentes à homeostasia tanto em estado
de equilíbrio quanto de desequilíbrio orgânico.
Schwan, 2008.

26/11/2017
Variáveis
Coeficiente cardiovascular: Coeficiente renal

1. Débito cardíaco; 1. Pressão Arterial;


2. Fração de ejeção; 2. Pressão de perfusão renal;
3. Pré-carga; 3. Sistema R-A-A;
4. Ritmo cardíaco; 4. Diurese;
5. Dinâmica vascular; 5. Balanço hídrico
6. Resistência vascular total;
7. Pressão de perfusão tissular;
8. Pressão arterial;
9. Pressão hidrostática;

26/11/2017
Coeficiente Cardiovascular
Anatomia e Fisiologia cardíaca

Peso entre 250 e 350 gramas – 0,5% do peso corporal;


Recebe 5% do DC;
Pratica 3 bilhões de contrações durante a vida;
Alto gasto energético;
Múltiplas fontes de energia: glicose, ácidos graxos, ácido láctico...);
Não regenera.

26/11/2017
Coração

26/11/2017
RX PA de Tórax

26/11/2017
Débito Cardíaco

DC = VS X FC
VS: regulado pelo volume diastólico final, pela contratilidade do
miocárdio e pela pós-carga.

FC: regulada pela ação simpática e parassimpática.

26/11/2017
TERMOS SOBRE O CICLO CARDÍACO

DÉBITO CARDÍACO (DC)


Volume que o coração bombeia em 1 minuto

DC = FC x VS (volume sistólico)

depende
Contratilidade
Pré-carga
Pós- carga

26/11/2017
Volume Diastólico Final
Mecanismo de Frank Starling

1. Capacidade do coração de se adaptar à quantidade de


sangue que chega até ele;

2. Dentro dos limites fisiológicos, o coração vai


bombear todo o sangue que chegar até ele, sem
represar as veias.

26/11/2017
Contratilidade do Miocárdio

1. Estimulação simpática;

2. Estimulação adrenérgica.

26/11/2017
Eletrofisiologia Cardíaca
VETOR

Sistema de
formação e condução
de estímulos no
coração.
Aterosclerose

• É um processo crônico e contínuo


caracterizado por uma resposta
inflamatória e fibroproliferativa da parede
arterial mediada por lesões da superfície
arterial
• O processo em si, é caracterizado por
acumulo de lípides e elementos fibróticos

26/11/2017
Aterosclerose
Apresentações Clínicas
• Angina estável R
• Angina instável I
Angina de repouso S
Síndrome
Angina de início recente Coronária C
Aguda O
Angina em crescendo
• Infarto do miocárdio
Isquemia silenciosa

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Infarto Agudo do Miocárdio
• É a limitação do fluxo sangüíneo de tal
magnitude e duração que leva à necrose
do músculo cardíaco
• Em 90% dos casos ocorre um evento
trombótico, que se instala após a fissura
da placa de ateroma
TODO PACIENTE COM DOR TÍPICA DEVE
SER CONSIDERADO DE RISCO
Infarto do Miocárdio
Exame Físico
•Normal
•Alterações da Pressão Arterial
•Alterações da Frequência Cardíaca
•Alterações das Bulhas
•Sopros
•Atrito Pericárdico
•Alterações do Sistema Nervoso Central
Diagnóstico Complementar
MARCADOR ELEVAÇÃO
•Mioglobina 2 a 3 horas
•Troponina I 3 a 12 horas
•Troponina T 3 a 12 horas
•CK – MB massa 3 a 6 horas
•CK – MB atividade 4 a 6 horas
•CK – total 4 a 6 horas

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Diagnóstico Complementar
•Eletrocardiograma
•Teste Ergométrico
•Ecocardiograma
•Ecocardiograma de stress
•Cintilografia Miocárdica
•Tomografia (Escore de cálcio)
•Ressonância Nuclear Magnética
•Hemodinâmica

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DROGAS VASOATIVAS

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Drogas Vasoativas
 Critérios de
indicação:

 Melhorar a resposta
clínica, hemodinâmica e
metabólica

 Otimização da relação
oferta e consumo de
oxigênio

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Drogas Vasoativas
 Agentes Simpatomiméticos

 Norepinefrina
 Epinefrina
Catecolaminas
 Dopamina
 Dobutamina
 Outros (metaraminol, fenilefrina, metoxamina)

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Drogas Vasoativas
 Norepinefrina : potente
-agonista eleva a pressão sistólica
e diastólica

✓ Efeitos periférico ()

✓ Efeitos Cardíacos (1)

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Drogas Vasoativas

 Norepinefrina:
 Indicações

1. Hipotensão aguda resultante


da anestesia na coluna
2. Infarto
3. Transfusão sanguínea
4. Choque séptico
5. Síndrome de baixo débito
6. Durante a Reanimação
Cardiorrespiratória

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Drogas Vasoativas

 Norepinefrina: preparo, administração e dose

 1 ampola (4mg) em 250 ml de SG5% ou SF 0,9%


 Concentração = 16 g/ml
 Administração em bomba de infusão

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Drogas Vasoativas

 Epinefrina:

1. Choques que não


respondem a dopamina
2. Bronco espasmo
3. Choque Anafilático
4. RCP

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Drogas Vasoativas
 Epinefrina: preparo, administração e dose

 5 ampolas (5mg) em 250 ml de SG5% ou SF 0,9%


 Concentração = 20 g/ml
 Administração em bomba de infusão
 Dose = 0,05 a 0,1g/kg/min até dose máxima de 1,5 a
2g/kg/min
 RCP = 0,1 a 0, 2g/kg (IV ou endotraqueal)

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Drogas Vasoativas
 Dopamina
 Efeitos:
 ALFA ADRENÉRGICO (
1, 2)
acima de 10 g/kg/min
 BETA ADRENÉRGICO
(1, 2)
3 a 10g/kg/min
 DOPAMINÉRGICO
(1,  2)
0,5 a 3 g/kg/min

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Drogas Vasoativas
 Dopamina :
✓ Indicações
 Baixo débito cardíaco com volemia normal ou
aumentada
 Estado hemodinâmico estável com persistência de
oligúria
 Choque com resistência vascular sistêmica reduzida
 RCP

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Drogas Vasoativas

 Dopamina: preparo, administração e dose

 5 ampola (250mg) em 200 ml de SG5% ou SF 0,9%


 Concentração = 1000 g/ml
 Administração IV profunda em bomba de infusão
 Dose de acordo com o efeito desejado

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Drogas Vasoativas

 Dobutamina :
Efeitos

 BETA
ADRENÉRGICO
( 1,  2)

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Drogas Vasoativas
 Dobutamina: é uma mistura de 2 isomêros 1 agonista
e 1 antagonista, este fato pode levar pacientes a
apresentarem diferentes reações de vasoconstrição ou
vasodilatação periférica

 Baixo débito cardíaco com volemia normal ou


aumentada

 Choque cardiogênico e/ou Insuficiência Cardíaca


Congestiva

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Drogas Vasoativas
 Dobutamina: preparo, administração e dose

 1 ampola (250mg) em 230 ml de SG5% ou SF 0,9%


 Concentração = 1000 g/ml
 Administração IV profunda em bomba de infusão
 Dose de 1 a 2g/kg/min até 5g/kg/min a
10g/kg/min

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Drogas Vasoativas

 Nitroprussiato de Sódio

 Dilatação venosa e arteriolar


 Ação direta na musculatura lisa dos vasos
 Redução da pressão arterial com pouca alteração da
freqüência cardíaca
 Redução da resistência vascular pulmonar e da pressão
venosa central

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Drogas Vasoativas

 Nitroprussiato de Sódio:
Indicações

1. Choque circulatório com


pressão de artéria pulmonar,
pressão de capilar pulmonar,
resistência vascular sistêmica
elevadas e pressão arterial
média conservada
(>60mmHg)
2. Emergências Hipertensivas

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Drogas Vasoativas

 Nitroprussiato de Sódio : preparo, administração e


dose

 1 ampola (50mg) em 250 ml de SG 5%


 Concentração = 200 g/ml
 Administração IV profunda em bomba de infusão
 Dose de 1g/kg/min até 3g/kg/min

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MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA
INVASIVA

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MONITORIZAÇÃO

 Trata-se de uma técnica que complementa a avaliação


clínica no paciente criticamente enfermo e por isso,
deve ser submetida à crítica quando interpretada em
um contexto que não aquele apresentado pelo
paciente.

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SWAN-GANZ DE TERMODILUIÇÃO DE QUATRO
VIAS

 Via distal (AP): transmite


a pressão da artéria
pulmonar (PAP) e da
pressão de oclusão da
artéria pulmonar (POAP).
Pode ser coletado sangue
venoso misto desta via, já
que a ponta do cateter está
na artéria pulmonar.
 Via do balão: via para
insuflar o balão.

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CATETER DE ARTÉRIA PULMONAR COM FIBRA
ÓPTICA

 Este modelo possui uma


via a mais que contém no
seu interior duas linhas de
fibra óptica para realizar a
medida da saturação
venosa mista.

 Identifica a quantidade de
oxihemoglobina e
desoxihemoglobina no
sangue venoso misto.

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MATERIAL
 Bandeja com duas cubas 8,0 F e camisa protetora
rim; estéril);
 Tesoura, pinça, porta-  Cateter de termodiluição
agulhas e bisturi; Nº 7,5 F;
 Povidine degermante e  Kit de monitorização
alcoólico; (transdutor único,
 Campo estéril fenestrado; extensão rígida, discofix
 Gaze estéril, fio com 3 torneiras);
mononylon 3,0;  Soro fisiológico com 500
 Seringa de 10 ml, agulha ou 1000 unidades de
25X7 cm, lidocaína a 2% heparina;
sem vasoconstrictor;  Seringa com êmbolo
 Kit introdutor (seringa de protegido;
5 mL, agulha para punção,  Material para curativo.
fio guia metálico,
dilatador, introdutor Nº
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PROCEDIMENTO
 O procedimento se inicia
com a assepsia e anti-
sepsia da área a ser
puncionada (veia
subclávia esquerda),
colocação de campo
estéril e anestesia do sítio
de punção.

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PROCEDIMENTO
 Inicia-se a punção venosa
profunda, lembrando-se
que se o paciente estiver
sobre suporte ventilatório
deve-se mantê-lo em pausa
expiratória ou naqueles
respiradores sem este
recurso, desconectar o
paciente do respirador
durante a introdução da
agulha através do sítio de
punção.

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PROCEDIMENTO
 Uma vez puncionada a
veia, introduz-se o fio
guia metálico
cuidadosamente para
que este não se perca no
meio intravascular ou
induza arritmias
cardíacas.

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PROCEDIMENTO
 Com o fio guia
posicionado no meio
intra-vascular, retira-se a
agulha e faz-se uma
pequena incisão na pele
com o bisturi, para
facilitar a instalação do
introdutor.

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PROCEDIMENTO
 O próximo passo, será a
introdução do dilatador
acoplado ao introdutor
através do guia metálico,
com movimentos
circulares para facilitar a
sua progressão.

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PROCEDIMENTO
 Instalado o introdutor,
retira-se o guia metálico
e posteriormente o
dilatador.

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PROCEDIMENTO
 Instala-se as conexões do cateter
através da via proximal (aquela
que se localizará no átrio direito
- azul) e distal (artéria pulmonar
- amarelo) ao discofix (conjunto
de três torneiras) que
comunicará as vias do cateter ao
circuito de monitorização
formado por um extensor rígido
conectado ao transdutor.
 A seringa para a mensuração do
débito cardíaco está localizada
na torneira mais próxima da via
proximal (vermelho).
 A torneira utilizada para coleta
de sangue para gasometria
venosa mista é aquela mais
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Resgate da via distal (azul).
PROCEDIMENTO
 Antes de se prosseguir com a
introdução do cateter, deve-se
preenchê-lo com conteúdo
líquido (solução com 500 ml de
soro fisiológico e 500 ou 1000
unidades de heparina), testar o
balonete, instalar a camisa
protetora estéril e direcionar a
via distal (vermelho) para a via
do transdutor, ou seja a da
monitorização (verde).
 Deve-se então, zerar o sistema,
ou seja, fechar a torneira do
transdutor para o cateter e abrir
para a atmosfera em nível do
eixo flebostático (linha axilar
média e 5º espaço intercostal).
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PROCEDIMENTO
 Introduz-se o cateter
através do introdutor até
o 25º (veia cava superior)
a partir do qual insufla-
se o balonete
observando-se as curvas
de pressão no monitor
durante a progressão do
cateter.

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PROCEDIMENTO
 A curva em lilás
representa a pressão
venosa central
caracterizada por a
presença das ondas a e v
definidas pela contração
e enchimento atriais,
respectivamente.

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PROCEDIMENTO
 A medida em que se
introduz o cateter,
observa-se a curva de
pressão do ventrículo
direito, caracterizada
pela sua morfologia
monomórfica e valor de
pressão diastólica, como
em lilás na foto.

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PROCEDIMENTO
 Uma vez o cateter
posicionado acopla-se
a camisa protetora
estéril ao introdutor,
fixa-se o mesmo com
fio mononylon 3,0 na
pele e adapta-se a
seringa adequada para
mensuração do débito
cardíaco.

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MONITORIZAÇÃO HEMODINÂMICA
CATETER DE SWAN-GANZ
TIPO DE CHOQUE DC RVP PCP PVC SvO2

HIPOVOLÊMICO REDUZIDO ELEVADA REDUZIDA REDUZIDA REDUZIDA

CARDIOGÊNICO REDUZIDO ELEVADA ELEVADA ELEVADA REDUZIDA

ELEVADO,
NORMAL OU
OBSTRUTIVO REDUZIDO ELEVADA ELEVADA REDUZIDA
REDUZIDA

ELEVADO, ELEVADO,
DISTRIBUTIVO ELEVADO, NORMAL OU NORMAL OU ELEVADA
NORMAL REDUZIDA
REDUZIDA REDUZIDA

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PreSep
Monitor Vigileo
 Avaliação de débito continuo, diretamente de
canulação arterial através de uso de um dispositivo
sensor (Flo Trac)
PROCEDIMENTO

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PVC
CONCEITO:
É uma estimativa da pressão ao nível do
átrio Direito; por meio de um cateter colocado
ao nível da veia cava superior.
É a pressão existente no sistema venoso
central intratorácico, incluindo as veias
inominadas, veia cava superior e átrio direito.
OBJETIVO:
Proporcionar as principais informações para
o reconhecimento de distúrbio hemodinâmico
presente, que são: o estado da volemia e a
capacidade da bomba.
Pressão Arterial Invasiva
 Aferição contínua da pressão arterial
 INDICAÇÕES
➢ Hipotensão ou Hipertensão grave
➢ Arritmias graves
➢ Grandes cirurgias cardio-vasculares e neurológicas
➢ Vasoconstrição periférica
➢ Oscilações rápidas de PA
Pressão Arterial Invasiva
Pressão Arterial Invasiva
BALÃO INTRA AORTICO
 É um dispositivo de assistência circulatória mecânica
utilizado nos casos de falência ventricular
PIA

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