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Densitometria Óssea
SUMÁRIO
2 – A ANATOMIA ÓSSEA.............................................................................................6 a 9
4 – FATORES DE RISCO.............................................................................................14,15
5 – OS EQUIPAMENTOS DE DMO...........................................................................16 a 25
6 – AS TÉCNICAS DA DMO......................................................................................26 a 42
7 – A PREVENÇÃO....................................................................................................42 a 45
8 – PROCEDIMENTOS DE ROTINA.........................................................................45 a 58
9 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................59
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Sabe-se que hoje a densitometria óssea é o único método para um diagnóstico seguro
da avaliação da massa óssea e conseqüente predição do índice de fratura óssea.
2 – A ANATOMIA ÓSSEA
a) Mecânica;
Apesar de seu aspecto simples, o osso possui funções bastante complexas e vitais para
a manutenção e equilíbrio do corpo humano.
Ele é formado a partir de um processo conhecido como ossificação, esta pode ser
intramembranosa (dentro das membranas do tecido conjuntivo) ou endocondral (formação
sobre um molde de cartilagem). Contudo, ambas as formas seguem os mesmos
princípios: o osso é formado a partir de membrana de tecido conjuntivo
(periósteo). Observe as figuras:
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Os ossos têm vital importância pois, além de serem o arcabouço dos órgãos internos, é
na Medula Óssea que o sangue é produzido. Faz continuamente o intercâmbio de
substâncias vitais:
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O Tecido Ósseo:
Portanto:
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O osso longo apresenta duas extremidades mais largas (as epífises), uma porção mais
ou menos cilíndrica (o eixo médio ou diáfise) e uma zona de crescimento interposta (a
metáfise). Em um osso longo em crescimento, as epífises e as metáfises, originadas em
dois centros de ossificação independentes, estão separadas por um revestimento
cartilaginoso epifisário (placa de crescimento).
A parte externa dos ossos é formada por um revestimento grosso e denso de tecido
calcificado, a cortical (osso compacto), que, na diáfise, contém a cavidade medular, onde
se aloja a medula óssea hematopoiética. Em direção á metáfise e a epífise, a cortical
adelgaça-se progressivamente e o espaço interno é ocupado por uma rede de trabéculas
calcificadas, finas, denominada osso esponjoso ou trabecular.
Os espaços limitados por essas finas trabéculas também contem medula óssea
hematopoiética e estão em continuidade com a cavidade medular da diáfise. As
superfícies ósseas das epífises que formam parte da articulação estão recobertas por
uma camada de cartilagem articular que não se calcifica.
O osso apresenta duas superfícies ósseas em contato com os tecidos moles: uma
externa (periosteal) e uma interna (endosteal). Ambas são revestidas de células
osteogênicas organizadas em camadas, o periósteo e o endósteo.
Os Osteócitos são células sanguíneas que atuam como uma rede viva de comunicação
dos ossos onde as substâncias protéicas e minerais trafegam pelo seu interior. Os
Osteoclastos são responsáveis pela degradação da matriz óssea (surgem a partir da
perda de massa óssea que, conseqüentemente, destrói os Osteócitos) e os Osteoblastos
são células construtoras que entram em ação após a destruição das células velhas (no
caso da regeneração óssea).
Osteoporose: atinge mais as mulheres da cor branca caucasiana a partir dos 50 anos.
Estimativas:
A Osteoporose:
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4 – FATORES DE RISCO
Alguns fatores de risco são considerados justificativos para a avaliação, tais como:
antecedentes genéticos (caucasianos, orientais, mulheres de qualquer raça apresentam
maior incidência de fraturas); riscos ambientais (baixa ingestão de cálcio, baixo peso,
dietas de restrição calórica, alcoolismo, excessos de sódio e proteína animal, consumo de
cigarro, sedentarismo, longos períodos de imobilização); doenças crônicas
(hipertiroidismo, hipercortisolismo, insuficiência renal crônica, hepatopatias, doença
pulmonar obstrutiva crônica, doenças de má absorção intestinal, hipercalciúria idiopática e
artrite reumatóide) e o uso de drogas.
As recomendações para ajudar a tratar ou evitar a osteoporose são: dieta rica em cálcio
(leite e seus derivados e verduras verdes); evitar carne vermelha, refrigerantes, sal,
álcool, café e cigarro e praticar exercícios como andar, correr.
Seqüelas da doença:
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5 – 0S EQUIPAMENTOS DE DMO
b) Equipamento de DMO para os ossos dos pés – o pé, esquerdo ou direito é colocado
sobre o aparelho (sem cremes nem pós, e seco) para analisar a Densidade Mineral
Óssea dos ossos do pé. Observe:
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Posicionamentos:
Controle:
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DMO
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Observe:
Osteoporose:
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6 – AS TÉCNICAS DA DMO
Caso a paciente acredite estar grávida, ela deve notificar seu médico. A rotina diária
antes deste teste não precisa ser mudada, seja em relação a alimentos, bebidas ou
medicamentos ingeridos, exceto por medicamentos que contenham cálcio. Estes
medicamentos devem ser evitados por 24 horas antes do exame de densitometria óssea.
O paciente não deverá ter se submetido a exame de Medicina Nuclear previamente (72
horas) e não deverá ter realizado exame radiológico com uso de contraste (aguardar pelo
menos 5 dias).
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No dia do teste, o paciente deverá comparecer com roupa sem metais (zíper, botões,
broches, jóias, bijuterias, etc).
Doenças associadas com baixa massa óssea: Osteogênese Imperfeita, Artrite juvenil
idiopática, Lupos, Síndrome nefrótica, uso de glicocorticóides, Mal-nutrição, Anorexia
nervosa, Osteoporose Idiopática.
Vinte por cento dos homens nos Estados Unidos acima de 65 anos são portadores de
Osteoporose e se espera que nos próximos 10 anos, 50 % dos homens acima de 65 anos
venham sofrer de osteoporose sendo importante o diagnóstico, sobretudo, para prevenir
as fraturas do idoso e as suas conseqüências como a imobilização por períodos
prolongados, a invalidez, e a elevada morbidade e a mortalidade, alem da necessidade de
qualidade de vida do paciente vez que é freqüentemente encontrado associado, o
hipogonadismo como nos casos dos pacientes em tratamento de Ca de próstata, do
paciente com insuficiência renal crônica, e naqueles casos de pacientes com andropausa
que se instala lentamente, e, que se acomoda junto com a menopausa da parceira, daí a
necessidade do diagnóstico e o tratamento hormonal, e, ou medicamentos anti-
osteoporóticos.
É freqüente encontrar associado à osteoporose, o hipogonadismo, condição em que a
avaliação endócrina mostra níveis de testosterona abaixo de 300ng/ml e a reposição
hormonal resulta numa significativa melhora da qualidade de vida. Vamos acabar com o
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estigma de que velho morre de queda. Vamos prevenir as fraturas do individuo idoso
provocado pela Osteoporose não diagnosticada.
A densitometria óssea da coluna também pode ser medida, observa-se, entretanto, que
a densitometria óssea de coluna em idosos pode ser enganosa, pois pode apresentar
valores maiores que os reais, devido à compressão das vértebras por alterações
secundárias a quadros de artrite. Por isso, as medidas de densidade podem se
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apresentar como normais ou elevadas, mas os pacientes podem estar sob risco de
fratura.
Estas medidas ainda não se correlacionam com o real risco de fratura, devendo também
ser estimados os fatores de risco e outras considerações. O próximo passo é comparar a
BMD do paciente com a densidade óssea normal, que é definida como a média de BMD
em quadris de mulheres caucasianas pré-menopausa.
Devido ao fato das referencias serem baseadas em mulheres caucasianas, elas não
necessariamente se aplicam a homens ou a mulheres não caucasianas. Por exemplo, os
homens têm um menor risco de fratura no mesmo desvio padrão que mulheres.
Pesquisadores estão tentando estabelecer protocolos de risco também para estes grupos.
NORMAL
OSTEOPENIA
OSTEOPOROSE
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Exemplos de resultados:
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Na Imagem “A” a DMO está normal, na Imagem “B” a DMO apresenta Osteoporose:
A DMO de Fêmur:
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A DMO de coluna:
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7 - A PREVENÇÃO
As fraturas
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Exemplo de diagnóstico:
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8 – PROCEDIMENTOS DE ROTINA
O que é DMO?
É um exame indolor, simples, seguro e não invasivo, que usa uma fonte de raio X de
baixa intensidade radioativa para captar e analisar por computador o teor de cálcio e de
outros minerais contidos nos ossos. Analisa a massa mineral óssea, a massa muscular e
o percentual de gordura do corpo humano. Utiliza a Técnica ou Método denominado
DEXA – dupla energia través dos Raios-X por Absorciometria (determinação de
coeficientes de absorção). O procedimento também tem aplicação em pediatria, para
acompanhar o crescimento da criança e do adolescente. Os pediatras pedem a
densitometria para avaliar a massa óssea e quanto de massa magra e massa de gordura
o paciente tem, funcionando como um complemento à avaliação clássica da idade óssea
do Raio-X de mãos e punhos. Em crianças e adolescentes até 20 anos, os sítios usados
são coluna e corpo inteiro (o fêmur ainda está em crescimento e não é avaliado). Nesse
grupo, compara-se a massa óssea do paciente com crianças da mesma idade e não
usamos o termo osteoporose como nos adultos.
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Como é feito?
O teste de densitometria óssea deverá ser feito em pelo menos dois ossos diferentes,
de preferência o quadril e coluna vertebral. No caso das crianças, é feito o scanner do
corpo inteiro e coluna. A densitometria óssea não causa dor. Se você tem dor nas costas,
pode ser desconfortável ficar parado durante a verificação. O paciente é deitado em uma
máquina que capta as imagens de forma semelhante ao exame de raio X. Em todos os
pacientes são examinados a coluna e o quadril. Quando em exame de DMO de pés, o pé
do paciente é colocado sobre o equipamento (limpo: livre de cremes ou pós).
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Duração do exame?
A densitometria óssea dura em média dez minutos para coluna e fêmur e quinze minutos
para corpo total.
Contra-indicações?
Pessoas que fizeram exame com contraste de iodo ou bário não podem fazer a
densitometria óssea durante uma a duas semanas a depender do contraste utilizado
(tempo para que seja eliminado do corpo), pois este interfere no resultado. Outros exames
radiológicos como os de cintilografia devem ter um intervalo de eliminação determinado
pelo médico.
Obesidade grave: a maioria dos aparelhos para a densitometria óssea suporta até 120
kg. Alguns aparelhos suportam até 200 kg, mas deve-se ter cautela quanto ao peso
máximo suportado pela mesa de exame.
Periodicidade?
Valores de referência:
Para adultos, isto é, homens com 50 anos ou mais e mulheres a partir de 40 anos
(período de transição menopausal) ou mulheres na menopausa. Sítios usados: coluna,
fêmur ou antebraço:
Normalidade: T-Score de 0 a -1,0 DP (Desvio Padrão) para todos os ossos exceto coluna
lombar;
Para adultos jovens (Homens entre 20 e 49 anos e mulheres dos 20 aos 40 anos com
ciclos menstruais normais) utilizamos o Z-score. Sítio usados: coluna, fêmur ou
antebraço:
Z-Score igual ou inferior a -2,0 DP é considerado abaixo dos padrões para a idade. Acima
disso, os valores são considerados dentro dos padrões para idade. Esses valores
relativos foram calculados para etnia americana, onde a mulher branca caucasiana tem,
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por sua natureza, menor densidade mineral óssea. Já a mulher negra tem, por sua
natureza, maior densidade mineral óssea. Concluímos a partir desses conceitos, que
todos os densitômetros utilizados no Brasil, oriundos de países onde a miscigenação
racial não é acentuada, deveriam, obrigatoriamente, serem reconfigurados – por esse
motivo, é necessário que o controle e tratamento de patologias ósseas sejam realizados
sempre no mesmo equipamento.
Para crianças (Homens e Mulheres dos 5 aos 19 anos). Sítios usados: coluna e corpo
total.
Z-Score igual ou inferior a -2,0 DP são considerados abaixo dos padrões para a idade.
Acima disso, os valores são considerados dentro dos padrões para a idade.
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Observe as imagens:
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9- REFEREÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
II. ABC. MED. BR, 2012. Densitometria óssea: quem deve fazer este exame? Para
que serve? Disponível em <http://www.abc.med.br/p/exames-e-
procedimentos/328000/densitometria-ossea-quem-deve-fazer-este-exame-para-que-
serve.htm>. Acesso em: 12 jul. 2014.