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Argumentos sobre a existência de Deus

Argumento Cosmológico – o argumento parte da observação de que tudo o que acontece tem uma causa.
Argumento Teleológico – o argumento baseia-se numa analogia
Argumento Ontológico – o argumento é a priori

Argumento Cosmológico

 A Primeira causa incausada.

Poderão as causas e os efeitos remontar por uma sequência infinita em direção ao passado ou há algures um inico d uma cadeia de
causas e efeitos? Qual é a primeira causa?

 Tudo o que existe tem uma causa


 O universo tem uma causa
 A cadeia de causas não pode recuar infinitamente
 Então, existe uma 1ª causa.
 Conclusão – há uma 1ª causa do universo – Deus

Deus é o maior imóvel, o motor para todas as coisas. Ele é o 1º maior, é o ser perfeito que dá origem a todas as coisas e seres.

Deus:
 É o primeiro motor, que não é posto em movimento por nenhum outro.
 É a primeira causa eficiente.
 Um ser necessário é a causa da necessidade de outros (Deus).
 É para todos os seres causa de ser, de bondade e de toda a perfeição.
 É a causa da finalidade de todas as coisas.

Críticas:

1. Qual foi a causa de deus?


 Se tudo teve de ter uma causa, então se Deus existir, também teve de ter uma.
 Se algo criou Deus, é precedente ao mesmo.
 Assim, Deus não pode ser a primeira causa.

 Poderia Deus ser a causa de si mesmo?


o Teria de existir antes da sua própria criação.
o Se já existia, não tinha de se criar.

2. O universo poderia se incriado e eterno


 Mesmo que tudo tenha uma causa, isto não significa que tenha de haver uma 1ª causa de tudo.
 A casualidade pode estender-se no tempo, tanto para o passado, como para o futuro, infinitamente.

Argumento teleológico
 Analogia entre o universo (seres humanos) com uma máquina (relógio).
 As coisas que existem na natureza, tal como as componentes do relógio, ajustam-se umas às outras para poderem cumprir o
seu propósito.
 Um relojoeiro fabrica o relógio de maneira a que este cumpra a sua função.
 Assim, Deus, também fabrica tudo quanto existe determinando a sua função (nada fica ao acaso).

Críticas

1. Outras explicações para a organicidade


 A teoria da evolução das espécies é uma explicação alternativa e científica para as propriedades dos seres vivos que
fundamentam a analogia.

2. Limitações da prova
 Não prova a existência do Deus do Teísmo (omnipotente, omnisciente e bondoso, eterno e único).

Argumento Ontológico
Deus:
 Ser maior do que o qual nenhum outro é possível.
 Perfeição.
 Todas as qualidades boas e nenhuma má.

 Deus existe no pensamento


 Deus é um ser possível
 Algo que só existe no pensamento, se existisse na realidade podia ser maior do que é.
 Deus não existe na realidade – Hipótese da redução ao absurdo
 Pode haver algo maior do que Deus
 Não há ser maior que Deus – contradição
 Deus existe na realidade e no pensamento – “Deus não existe na realidade” é falso.

Críticas

1. A existência não é uma propriedade


 A existência não é uma propriedade, mas uma condição de possibilidade para essa que essa propriedade se manifeste.

2. Absurdos gerados pela aplicação do argumento


 Não podemos concluir a existência de uma realidade perfeita só por a podermos pensar.

Fideísmo
 Posição que defende que a razão e a fé religiosa se opõem.
 Só que sentimos nos deve levar à crença em Deus (aposta de Pascal).

Críticas

1. Poder da fé e da razão em relação a existência de Deus


 Se só o que sentimos no interior conta para nos guiar no que é matéria religiosa, então todas as religiões estão corretas
sobre o que os crentes acreditam.
 Como é isso possível, se as religiões sustentam crenças contraditórias entre si.

2. Crença a existência de Deus, sem uso da razão.


 Se a razão não mostrar que Deus existe devemos acreditar, na mesma que ele existe.
 É possível forçar a mente a acreditar em algo.

3. Fanatismo
 Ter uma fé cega e seguir o que sentimos para encontrar a verdade sem recorrer à razão, pode levar ao fanatismo, odio e
violência contra diferentes perspetivas de religião.

Aposta de Pascal
 Algo é um argumento para provar a existência de Deus. Procura provar quer é preferível acreditar nela.
 Se apostarmos que Deus existe e isso for verdade, ganhamos o máximo.
 Caso contrário, perdemos o tempo dedicado ao culto e alguns prazeres proibidos pela religião.
 Sem apostarmos que Deus não existe e ele existir podemos sofrer as consequências que as religiões tem para os descrentes.
 Caso contrário, apenas não desperdiçamos tempo e oportunidades por causa da religião.

Críticas
 Não podemos decidir ou obrigar-nos a acreditar.
 Não da razoes para seguir a Fé teísta em vez de outra.
 Deus pode decidir em função do comportamento e não da crença ou do ulto: pode perdoar todos.
 Acreditar em função da contabilização de lucros e prejuízos parece imoral e hipócrita, pode desagradar Deus.

Argumento contra a existência de Deus


Problema do mal – resposta – Teodiceia

Argumento do mal:
 Incompatibilidade entre a existência do mal e a de um Deus omnipotente, omnisciente e sumamente bom.
Deus omnisciente – sabe necessariamente a total dimensão do mal do universo.
Deus omnipotente – teria criado um mundo sem o mal e o sofrimento.
Deus sumamente bom – não pode desejar que o mal exista.

 Se o mal existe, então Deus não tem uma desta característica (no mínimo) ou não existe.

Teodiceia
 Pretende negar a incopatilidade propostas pelos problemas do mal .
 Busca uma explicação que mostre que o mal é necessário ao universo e à nossa existência.

A justificação do mal: livre-arbítrio


 O mal pode ser necessário para termos livre-arbítrio.
 O mal é o “preço” do livre-arbítrio, uma vez que, podemos escolher entre fazer o bem ou fazer o mal.

 Sem o mal seriamos realmente livres visto que que faríamos o bem, não porque o escolhermos, mas porque deus não no
deus a escolher e não concebeu o mal.

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