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Determinação do Produto Keynesiano – A Demanda Agregada

Pressupostos do modelo

Modelo de Curto Prazo: Preços considerados constantes

O equilíbrio se determina em um nível de renda e produto, considerando


uma taxa de juros fixa (“dada”)

No modelo Keyensiano, o Produto é determinado pela demanda por


bens e serviços de todos os setores da economia

Ou seja, o produtor só gera o seu produto se sabe que tem para quem
vende-lo
Estrutura do modelo

A demanda agregada é constituída pela demanda por bens e serviços


dos setores da economia

Setores da economia
 Unidades Familiares
 Empresas
 Governo
 Setor Externo
Estrutura do modelo

Sabendo-se que a demanda agregada (d.a.) é a demanda por bens e


serviços dos setores da economia e que os setores demandam com a
finalidade de:

 Unidades Familiares: Consumir (C)


 Empresas: Investir (I)
 Governo: Gasto Público/Consumo do Governo (G)
 Setor Externo: Exportar (X)
Estrutura do modelo

Ressalta-se que os Gastos do Governo correspondem à produção


corrente que é adquirida pelo governo

Também, que o Setor Público realiza transferências a indivíduos (via


politicas sociais: Previdência Social/Bolsa Família, entre outros

E da mesma maneira, paga juros

Todavia, as transferências não são computadas no PIB


Estrutura do modelo

Em termos algébricos tem-se então que a Demanda Agregada pode ser


escrita como
d . a .=C+ I +G+ X

E que no equilíbrio tem-se que a Demanda Agregada é igual a Oferta


Agregada, ou seja:
d . a .=o . a .

Estrutura do modelo
Há de se mencionar que os setores econômicos demandam bens que tem
componentes importados

Logo, a oferta de bens e serviços é composta do PIB a preço de mercado


somado ao Produto importado

Dessa forma, a Oferta Agregada pode ser descrita como:


o . a .=PIB pm+ Importação de Bens e Serviços
o . a .=PIB pm+ M

Estrutura do modelo
Denominando o PIB de Y, tem-se que:
pm

o . a .=Y + M

E que no equilíbrio:
o . a .=d . a .

Y + M =C + I +G+ X

Y =C + I + G+ X−M

Da qual se pode classificar a Absorção Interna como:


C+ I +G

Estrutura do modelo

Para se determinar o Produto da economia, deve-se então determinar a


demanda da economia, determinando seus componentes
Caso a oferta agregada seja maior que a demanda agregada, há um
acúmulo não planejado de estoques

Caso a oferta agregada seja menor que a demanda agregada, há uma


escassez de estoques não planejada
Determinação dos componentes da Demanda Agregada

Consumo

O consumo pode ser de bens duráveis, bens não duráveis, e serviços


É uma variável endógena, explicada dentro do modelo, e que depende
do comportamento da renda para se definir

O consumo tende a ser o maior componente do PIB (dados para a


economia brasileira)

Consumo

Os fatores que determinam o consumo são


 Preços
 Qualidade
 Necessidade
 Crédito
 Juros
 Renda
 Outros

Consumo

No modelo, tem-se que a renda é o principal fator que determina o


consumo
Dessa maneira se considera constantes os outros fatores (é a variação da
renda que determinará variações de consumo)

Em termos algébricos, tem-se que o consumo é uma função estável da


renda disponível (Y ), ou seja
d

C=f (Y )

E sendo um modelo inicial, ainda sem o Governo (G), a renda


disponível (Y ¿¿ d )¿ é igual a renda total (Y)

Consumo

O Consumo é dado pela soma de duas parcelas


 Consumo autônomo (independe da renda): C a

 Consumo induzido pela renda: cY


O Consumo autônomo é constante
O Consumo induzido pela renda varia simetricamente as variações da
renda

Logo, pode-se descrever o consumo da seguinte maneira


C=C a+ cY

Lembrando que é um modelo simplificado em que: Y =Y


d

Consumo

O consumo autônomo (C ¿¿ a)¿, pode ser entendido como o consumo


realizado mesmo que a renda disponível no ano corrente fosse igual a
zero (Blanchard)
Este consumo de renda zero pode ser realizado via despoupança, isto é,
pela venda de algum ativo ou contração de empréstimo/dívida
(Blanchard)

Graficamente, o consumo autônomo corresponde ao coeficiente lienar


da reta que a função representa

Consumo

Em termos do consumo induzido pela renda (cY ¿, o termo “c” é a


propensão marginal a consumir (PmgC)
A PmgC corresponde ao coeficiente da variação do consumo pelo fato
de ter havido uma variação na renda

Por hipótese, este coeficiente é sempre maior que 0 e menor do que 1,


ou seja
 As pessoas tendem a consumir uma parte do aumento de sua renda,
mas nunca a sua totalidade, e nem zero deste aumento
 O consumo aumenta na medida em que a renda aumenta, porém em
proporção menor que o aumento da renda

Consumo

Graficamente, “c” é o coeficiente angular, a tangente do ângulo que a


reta ou que a função que a representa, forma com o eixo horizontal
E sendo “c” menor do que 1, a declividade é menor que 45°

Consumo

Alguns exemplos de funções consumo


3
1) C=10+ Y
4
Se a renda e o Produto (Y) forem iguais a 100, o consumo (C) é igual 85

2) C=10+0,8 Y

Se a renda e o Produto (Y) forem iguais a 200, o consumo (C) será


iguala 180

Poupança

Supondo novamente um modelo simplificado, a renda gerada na


economia é destinada ou ao Consumo (C) ou à Poupança (S)
A poupança é uma variável endógena, que depende do comportamento
da renda, e do consumo, para se definir, sendo explicada dentro do
modelo

Poupança

Algebricamente
A renda é dada por
Y =C + S

Substituindo
Y =C a +cY + S

Arrumando, tem-se a função poupança


S=−Ca +Y ( 1−c ) ; ( 1−c ) =PmgS( s)

Poupança

Ou seja, o que o indivíduo não é propenso a consumir conforme a renda,


ele é propenso a poupar
Por hipótese, “s” é sempre maior que 0 e menor que 1, de maneira que
as pessoas tendem a poupar uma parte do aumento de sua renda, mas
não a totalidade, e nem nada, deste aumento

Exemplos:
3 1
1) C=10+ 4 Y → S=−10+ 4 Y
2) C=20+0,8 Y → S=−20+0,2 Y
3) C=5,3+0,33 Y → S=−5,3+0,67 Y

Consumo e Poupança

Também se pode falar em propensões médias de maneira que


C
Propensão Média a Consumir=
Y
S
Propensão Média a Poupar=
Y

Exemplos:
90
1) C=10+0,8 Y ; sendo Y =100 PmeC=
100
=0,9 ; PmgC=0,8

2) S=−30+0,25 Y ; sendo Y =200


20
PmeS= =0,1 ; PmgS=0,25
200
Consumo e Poupança

Regra geral

 A PmeC mantém uma relação inversa com a renda


 A PmeC sempre é maior que a PmgC

(Fazer os gráficos da função poupança e consumo)


Investimento

Se refere ao investimento produtivo e não aplicações financeiras

Três formas de investimento produtivo


 Investimento em Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF)
 Investimento em Construção Civil
 Investimento em Estoques (Variação de Estoques - VE)
Investimento

O Investimento pode ser planejado ou não planejado


 Se for planejado, diz-se que foi voluntário (composto pela FBCF e a VE)
 Se for não planejado, diz-se que foi involuntário (composto pela VE)

Em equilíbrio no mercado de bens, o investimento não planejado, ou a VE não


planejada é igual a zero
Caso a VE não planejada seja positiva, significa que o produto da economia é
maior que a demanda agregada
Caso a VE não planejada seja negativa, significa que a demanda por bens e
serviços é maior que a produção da economia

Investimento

Como o interesse é na determinação da renda e do produto de equilíbrio,


considera-se apenas o investimento voluntário (hipótese de investimento
involuntário = 0)

O Investimento é uma variável exógena, considerada como dada pelo modelo, e


não explicada pelo modelo

Considera-se, inicialmente, o Investimento enquanto uma função autônoma


(independente do nível de renda)
Ideia de que o Investimento autônomo é o componente da demanda que sofre com
a maior variação, sendo então o maior responsável pela variação da renda

Algebricamente
I =I a

Investimento

Exemplos:
C=10+0,8 Y ; I =30

Para um modelo simplificado (economia fechada e sem governo)


Y =C + I

40
Y =10+ 0,8 Y + 30→ Y =10+ 0,8 Y + 30→ Y = =200
0,2
Ou seja, se a economia produzir 200;
Consumo = 10 + 0,8.(200) = 170
Investimento = 30
Demanda = 200

Investimento

Na teoria Keynesiana, o que vai determinar o investimento é a comparação entre a


taxa de juros (i) e a eficiência marginal do capital (EmgK)

A eficiência marginal do capital, que expressa a taxa de retorno esperada diante


das oportunidades de investimento, também é denominada por
 Produtividade marginal do capital
 Produtividade marginal do investimento
 Eficiência marginal do investimento

A relação entre taxa de juros e eficiência marginal do capital é dada por


1) EmgK >i → Haverá investimento

2) EmgK <i → Não haverá investimento

Investimento

Dessa forma, não há diferença entre Keynes e os economistas clássicos no que se


trata da relação inversa entre investimento e taxa de juros

A questão é que Keynes acrescenta a ideia de que não adianta uma taxa de juros
suficientemente baixa para estimular o investimento se o empresário não tem
expectativas favoráveis de rentabilidade dos seus investimentos

O ponto fundamental é a base precária dessas expectativas, fundamentadas em um


suposto conhecimento de uma lucratividade futura

Daí se extrai o entendimento de que o investimento é uma variável muito instável


Gastos do Governo

O Gasto é representado pela construção de equipamentos públicos e a


remuneração dos funcionários públicos (envolve um bem ou um serviço)

Engloba tanto despesas correntes quanto despesas de capital

O Consumo do governo engloba apenas as despesas correntes

Quando se iguala os Gastos com o Consumo do governo, as despesas de capital


(investimentos) são computados com os Investimentos (I)
Gastos do Governo

Também representa uma variável autônoma que independe do nível de renda

Quem controla os gastos são os formuladores de política econômica do país

É uma variável exógena, considerada dada pelo modelo, não sendo explicada
dentro do modelo

Algebricamente
G=G a
Gastos do Governo

Além do Gasto, o governo também transfere recursos e arrecada tributos

Os gastos não incluem as transferência, sendo essas ultimas entendidas como a


transferência de recursos que o governo concede sem contrapartida com nenhum
bem ou serviço (aposentadoria, pensão, Bolsa Família, Bolsa Escola, pagamento
de juros da dívida pública, etc.)

As transferências interferem diretamente no nível de renda disponível, em uma


situação que
 O aumento das transferências repercute em aumento do nível de renda
disponível
 A diminuição das transferências repercute em diminuição do nível de
renda disponível

Considera-se as transferências autônomas R , e exógenas.


a

Gastos do Governo

Em termos da tributação, essa pode ser classificada em tributação líquida (T) e


tributação bruta (T ¿
g

A diferença entre as duas classificações são as transferências de maneira que


T g=T + R

E
T =T g−R
Exemplo: Se o governo arrecada em forma de tributos um valor correspondente a
1.000 u.m. e transfere 100 u.m., a tributação líquida é de 900 u.m.

Também é considerada uma variável exógena

Gastos do Governo

Há outras duas questões importantes sobre a tributação


 Tributação como função da renda
 Tributação e renda disponível

A tributação bruta pode ser considerada uma função da renda, sendo descrita
como
T g=T a +tY

Sendo {T} rsub {a} correspondente a tributação autônoma, e “t” a Propensão marginal
a Tributar (variação nos tributos por ocasião de variação na renda)
1
Exemplo: T =10+ 5 Y ; sendo R=5
g

1 1
T =T g−R → T =10+ Y −5 → T =5+ Y
5 5

Considera-se a tributação uma variável endógena


Gastos do Governo

A relação entre a tributação, líquida ou bruta, e o nível de renda da população, e


descrita no sentido que a primeira afeta o nível da segunda-feira

Dessa forma, insere-se a esfera do Governo no modelo, alterando a função


consumo que passa a ser descrita da seguinte maneira
C=C a+ c Y d

Em que Y é a renda disponível


d

A renda disponível é descrita como


Y d =Y −T

Gastos do Governo

Desenvolvendo
Y d =Y −(T g−R)

Em que a renda disponível é igual a renda total menos a tributação líquida (que
corresponde a tributação bruta menos as transferências)

Dessa forma, a função consumo assume o seguinte formato:


C=C a+ c Y d → C=C=C a+ c (Y −T )

C=C a+ c [ Y −( T g−R ) ] →C=C a +c [Y −T g + R ]


Exportação

A exportação depende da renda dos outros países, e não da renda interna

Dessa forma, é considerada uma variável exógena ao modelo

Algebricamente
X =X a
Importação

Como a importação depende do nível de renda interna da população, é uma


variável em função da renda

Algebricamente
M =M a +mY

Sendo:
M : Importação que independe do nível de renda e produto (Y) (Importação
a

autônoma)
m : Propensão marginal a Importar (PmgM), ou o quanto varia a importação para

uma variação da renda


Uma economia com quatro setores

Quando se junta as unidades familiares, as empresas, o governo e o setor externo,


mediante as variáveis consumo, investimento, gasto do governo, e exportações e
importações, tem-se um modelo de uma economia com quatro setores

Cabe então expressar como se determina o nível de equilíbrio da renda e do


produto em uma economia com quatro setores
Determinação do nível de equilíbrio da renda e do produto

Voltando ao início:
o . a .=d . a .

Y + M =C + I +G+ X → Y =C + I + G+ X−M

Exemplo:
3 1 1
C=10+ Y d ; I =20 ;T g=20+ Y ; R=10;G=50 ;X =40 ; M =10+ Y
4 4 4

Determinação do nível de equilíbrio da renda e do produto

Resolvendo:
3 1
(
Y =10+ Y d +20+50+ 40− 10+ Y
4 4 )
Arrumando:
3 1
Y =120+ Y d−10− Y
4 4

Sendo:
Y d =Y −Tg+ R

Determinação do nível de equilíbrio da renda e do produto

Arrumando:
3 1
Y =110 + ( Y −Tg+ R )− Y
4 4

Resolvendo:
3 1 1
Y =110 +
4( )
Y −20− Y +10 − Y
4 4
Resolvendo:
3 1 1
Y =110 +
4( )
Y −10− Y − Y
4 4

Determinação do nível de equilíbrio da renda e do produto

Resolvendo:
3 3 1
Y =110 +
4( )
−10+ Y − Y
4 4

Resolvendo:
9 1
Y =110 + Y −7,5− Y
16 4
Resolvendo:
9 1
102,5=Y − Y + Y →Y =149,09
16 4

Determinação do nível de equilíbrio da renda e do produto

Interpretação do resultado: Se a economia produzir 149,09 e a demanda agregada


for de 149,09, a economia estará em equilíbrio
Determinação do nível de equilíbrio da renda e do produto

Outra forma de resolução: injeções e vazamentos de renda

Considerando que a renda é destinada ou ao consumo, ou a poupança, ou ao


pagamento de tributos, tem-se que:
Y ( renda )=C+ S +T

Logo, pode-se reescrever a equação original como


Y =C + I + G+ X−M →C + S+T =C+ I +G+ X−M
Arrumando:
S+T + M =I +G+ X

Determinação do nível de equilíbrio da renda e do produto

S + T + M: Corresponde aos vazamentos de renda


I + G + X: Corresponde as injeções de renda

Resolvendo a mesma questão anterior mas com a nova fórmula (deve-se substituir
a função consumo pela função poupança)

A função poupança é dada por:


1
S=−10+ Y
4

E a tributação é dada por:


T =T g−R

Determinação do nível de equilíbrio da renda e do produto

Resolvendo:
1 1
20+50+ 40=−10+ Y d + ( Tg−R ) +10+ Y
4 4

Resolvendo:
1 1 1
4 ( 4 )
110=−10+ (Y −T )+ 20+ Y −10 +10+ Y
4

Resolvendo:
1 1 1
4 ( 4 )
110=−10+ [Y −(Tg+ R)]+ 20+ Y −10 +10+ Y
4
Determinação do nível de equilíbrio da renda e do produto

Resolvendo:
1 1 1 1
4 4 ( 4)( )
110=−10+ [Y − 20+ Y −10 ]+ 10+ Y +10+ Y
4

Resolvendo:
1 1 2
4 4 (
110=10+ [Y − Y −10 ]+ Y
4 )
Resolvendo:
1 3 2
110=10+ (
4 4
Y −10 + Y
4 )

Determinação do nível de equilíbrio da renda e do produto


Resolvendo:
3 2
110=10+ −2,5+ Y
16 4

Resolvendo:
11
102,5= Y → Y =149,09
16

Determinação do nível de equilíbrio da renda e do produto


Também é possível chegar a outras considerações com a fórmula das injeções e
dos vazamentos de renda

Sendo
I + G+ X=S+T + M

Arrumando
I =S+T −G+ M − X

Arrumando
I =S+(T −G)+( M −X )

Determinação do nível de equilíbrio da renda e do produto

Tem-se:
(T – G): Corresponde a poupança do governo
(X – M): Corresponde a poupança do setor externo (por simplificação se considera
enquanto o déficit em transações correntes)
S + (T – G) + (X – M): Corresponde a poupança total da economia

Logo, pode-se dizer que


I =S

Que corresponde a ideia de que o investimento total da economia é igual a


poupança total da economia

Caso seja informado o investimento privado e o investimento público, deve-se


somar para chegar a seguinte equação
I púb + I priv =S priv + S púb +S ext

Déficit Público

Define-se déficit público como a diferença entre o investimento público e a


poupança pública
Pode ser descrito como
Déficit Público=I púb −S púb

Arrumando
I púb + I priv =S priv + S púb +S ext → I púb −S púb =S priv −I priv +S ext

De maneira que
Déficit Público=S priv −I priv + S ext

Déficit Público

Há déficit público em conta corrente quando a despesa corrente é maior que as


receitas correntes ou seja:
G+ R>T g ; ou ; G>T g−R
Há superávit público em conta corrente quando a despesa corrente é menor que as
receitas correntes, ou seja:
G+ R<T g ; ou ; G<T g−R

Portanto, o déficit público é diferente de déficit em conta corrente do governo, por


que o déficit público inclui as despesas de capital (investimentos públicos) e o
déficit em conta corrente considera apenas as despesas correntes (custeio)

O déficit em conta corrente corresponde então a uma despoupana do governo, ou


uma poupança negativa
Déficit Público

O déficit público pode ser tratado sob três óticas


 Déficit Nominal: diferença entre todo investimento e toda poupança do
governo
 Déficit Operacional: diferença entre o investimento e a poupança do
governo, subtraídos da correção monetária da dívida
 Déficit Primário: diferença entre o investimento e a poupança do governo,
subtraídos da correção monetária e juros reais da dívida que, somados, são
chamados juros nominais. Não se leva em consideração as receitas e despesas
financeiras

Déficit Público

Pode-se mencionar também dois critérios


 O déficit corresponde ao critério acima da linha, levando-se em
consideração para sua medição o critério de sua geração
 A necessidade de financiamento do setor público (NFSP) é o critério
abaixo da linha, medindo a situação do setor público pela necessidade de
financiamento

Déficit nominal Déficit operacional Déficit primário


Despesas Não Financeiras Despesas Não Financeiras Despesas Não Financeiras
– Receitas Não – Receitas Não – Receitas Não
Financeiras Financeiras Financeiras
Juros Reais Juros Reais
Correção Monetária

*Os juros reais, somados a correção monetária, correspondem aos juros nominais,
ou simplesmente juros
Carta Tributária Bruta e Líquida

Entende-se por Carga Tributária Bruta (CTB) a soma dos impostos diretos (as
quais se incluem as contribuições sociais – COFINS, PIS, PASEP, CSLL, INSS) e
dos impostos indiretos recebidos pelo governo
CTB=Impostos Diretos+ Impostos Indiretos

Em valores percentuais (em termos do PIB, por exemplo)


Impostos Diretos+ Impostos Indiretos
CTB=
PIB pm

Carta Tributária Bruta e Líquida

Entende-se por Carta Tributária Líquida (CTL) a soma dos impostos diretos e
indiretos subtraídos das transferências e dos subsídios
CTL=Impostos Diretos−Transferências+ Impostos Indiretos−Subsídios
Em valores percentuais (em termos do PIB, por exemplo)
Impostos Diretos−Transferências+ Impostos Indiretos−Subsídios
CTL=
PIB pm

Saldo Comercial

Diz-se que o saldo comercial é deficitário quando as importações de bens e


serviços não fatores são maiores que as exportações de bens e serviços não fatores
M >X

Diz-se que o saldo comercial é superavitário quando as exportações são maiores


que as importações
M <X

Hiato do Produto, Hiato Inflacionário, Hiato Recessivo

Quando o gasto com bens e serviços é superior ao produto de pleno emprego, há


um hiato inflacionário

Quando o gasto com bens e serviços é inferior ao produto de pleno emprego, há


um hiato recessivo
A diferença entre Keynes e os economistas clássicos é a questão da intervenção
governamental, ou não, para ajustar esses hiatos

Quando há uma diferença entre importação de bens e serviços não fatores e a


exportação de bens e serviços não fatores, há um hiato do produto

A Cruz Keynesiana

Inicialmente, deve-se determinar a despesa planejada que corresponde a despesa


que os setores da economia (famílias, governo e empresas) desejam realizar

Isso supondo uma economia fechada


A despesa planejada diferente da despesa observada pois essa inclui a variação em
estoques das empresas (quando não vendem ou vendem em excesso todo o seu
produto)

Algebricamente, a despesa planejada é representada por


Despesa Planejada=C+ I +G →C a +c Y d + I + G
Despesa Planejada=C a+ c (Y −T )+ I +G

Dessa forma, a despesa planejada é função da renda (Y)

Se a renda se eleva, o Consumo se eleva e a despesa planejada se eleva

Dessa forma tem-se duas equações que serão representadas por duas retas
Despesa Planejada=C a+ c ( Y −T ) + I +G
Despesa Planejada=Y
A primeira equação intercepta o eixo vertical em um ponto acima da origem. Ou
seja, se Y = 0; há uma despesa planejada positiva de toda forma

A segunda equação parte da origem e com inclinação de 45º

O intercepto representa a cruz Keynesiana, em que o ponto de cruzamento das


duas curvas representa o equilíbrio da economia

Qualquer ponto acima ou a direita, representa um acumulo não planejado nos


estoques (as empresas reduzem seu nível de produção até alcançar o ponto de
equilíbrio)

Qualquer ponto abaixa ou a esquerda, representa uma escassez de produto (as


empresas aumentam a produção até alcançar o ponto de equilíbrio)
O que falta

Gráficos

Detalhar melhor a cruz keynesiana (gasto efeito e gasto planejado)

Exercícios

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