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RESUMO ABSTRACT
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 11. n. 67. Suplementar 1. p.898-909. Jan./Dez. 2017. ISSN 1981-9927.
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Tabela 2 - Comparação das atitudes alimentares e das subescalas com as variáveis independentes. 2016.
Total Subescala 1 Subescala 2 Subescala 3 Subescala 4 Subescala 5
Variáveis
͞x (dp) ͞x (dp) ͞x (dp) ͞x (dp) ͞x (dp) ͞x (dp)
Sexo
Masculino 64,98 (14,37) 19,13 (5,82) 8,04 (2,98) 5,51 (3,14) 4,42 (2,85) 27,87 (6,02)
Feminino 74,75 (14,51) 22,29 (8,20) 10,29 (4,13) 5,67 (2,59) 3,58 (2,02) 32,92 (6,78)
p-valor 0,002 0,083 0,004 0,298 0,070 < 0,001
Faixa etária
< 30 anos 70,53 (16,03) 21,80 (8,00) 9,20 (3,85) 5,47 (2,41) 3,93 (2,37) 30,13 (6,85)
≥ 30 anos 69,09 (13,68) 18,88 (5,38) 9,21 (3,70) 5,82 (3,55) 4,09 (3,55) 31,09 (6,98)
p-valor 0,663 0,128 0,994 0,713 0,840 0,523
Imagem corporal
Satisfeito 60,86 (12,75)a 17,09 (3,85)a 8,14 (3,83)a,b 4,55 (1,53)a 3,36 (1,18) 27,73 (5,96)a
Insatisfeito pela magreza 62,00 (10,93)a 17,06 (3,99)a 7,94 (2,38)a 5,13 (3,10)b 3,75 (3,00) 28,13 (5,77)b
Insatisfeito pelo excesso 76,02 (14,36)b 23,31 (8,01)b 10,00 (3,93)b 6,15 (3,08)b 4,31 (2,67) 32,25 (7,03)b
p-valor < 0,001 < 0,001 0,042 0,007 0,153 0,009
Status do peso
Peso normal 70,35 (15,58) 21,16 (7,78) 9,40 (3,79) 5,56 (2,65) 3,94 (2,50) 30,29 (6,56)
Excesso de peso 69,12 (14,31) 19,68 (5,74) 8,68 (3,76) 5,68 (3,40) 4,12 (2,45) 30,96 (7,79)
p-valor 0,730 0,677 0,374 0,590 0,653 0,681
Legenda: Subescala 1: Relação com o alimento; Subescala 2: Preocupação com o alimento e ganho de peso;
Subescala 3: Práticas restritivas e compensatórias; Subescala 4: Sentimentos em relação à alimentação;
Subescala 5: Conceito de alimentação normal. * Letras distintas apontam diferenças estatisticamente
significativas.
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Dentre essas características estão a imagem corporal o mesmo não foi verificado
existência de grandes espelhos e cartazes para o status do peso. Parece, portanto, que a
exibindo corpos esculturais por toda a maneira como as pessoas se sentem em
academia, o uso de roupas justas que revelam relação ao seu corpo e aparência tem maior
o formato e as imperfeições corporais (Slater e impacto em suas atitudes alimentares do que
Tiggemann, 2011), além da convivência com a real condição em que se encontram.
pessoas de corpos musculosos e definidos. Ademais, destaca-se que apesar das
Os indivíduos insatisfeitos pelo discussões realizadas sobre as diferenças
excesso também apresentaram maior encontradas entre as variáveis independentes,
preocupação com o alimento e ganho de peso os praticantes de treinamento resistido desse
(Subescala 2), somente em relação aos estudo apresentaram pontuações baixas tanto
insatisfeitos pela magreza. Ainda, os na escala como um todo quanto nas
insatisfeitos, tanto pelo excesso, quanto pela subescalas, revelando que a maioria tem uma
magreza, apresentaram práticas restritivas e relação saudável com a alimentação. Isso,
compensatórias superiores (Subescala 3), porém, não significa que não se deva dar
além de um conceito de alimentação normal atenção aqueles que podem ter atitudes mais
mais distorcido (Subescala 5), comparados transtornadas, devido aos inúmeros riscos
aos satisfeitos. associados a essa situação.
A respeito das práticas restritivas e Destaca-se também que os resultados
compensatórias, destaca-se que essa do presente estudo devem ser interpretados
subescala é composta por questões como levando-se em consideração algumas
“Você fica sem comer ou à base de líquidos limitações, como o delineamento transversal
por um dia ou mais, achando que isto pode que não possibilita estabelecer relações
emagrecer?” e “Você costuma pular refeições causais, a seleção das academias
para evitar o ganho de peso?” que são participantes por conveniência, que limita a
relacionadas a atitudes possivelmente comuns extrapolação dos achados e o poder de
entre indivíduos que desejam reduzir a inferências, além do uso de medidas autor
silhueta corporal. referidas de massa corporal e estatura que,
Porém, estranha-se o fato de os apesar de consideradas válidas, podem ser
indivíduos insatisfeitos pela magreza também sub ou superestimadas pelos indivíduos.
terem pontuações superiores nessa Ainda, em virtude do recente desenvolvimento
subescala, comparados aos satisfeitos. da Escala de Atitudes Alimentares
Supõe-se, portanto, que esses possam ter Transtornadas (EAAT), são escassos os
uma percepção inadequada do seu corpo, ou estudos que a utilizaram, o que também limita
ainda que desejam aumentar a silhueta. comparações específicas com o contexto
Apesar disso, cabe ressaltar que tanto avaliado. Acredita-se que seu uso seja
os insatisfeitos pelo excesso quanto os importante e deva ser incentivado,
insatisfeitos pela magreza, mesmo que principalmente em pesquisas com a população
tenham apresentando pontuações superiores brasileira, pois o mesmo foi desenvolvido com
aos satisfeitos, não tiveram pontuações tão e para tal.
elevadas que indicassem risco para o Além disso, o instrumento considera
desenvolvimento de algum transtorno. não somente a ingestão alimentar, mas as
Sobre o conceito de alimentação crenças, sentimentos e comportamentos em
normal, supõe-se que, como forma de se relação à comida.
aproximarem do corpo desejado, os indivíduos
insatisfeitos pelo excesso acreditem que o CONCLUSÃO
consumo de óleo, batata frita e açúcar, por
exemplo, nunca deva ocorrer, enquanto Os praticantes de treinamento
aqueles insatisfeitos pela magreza podem resistido participantes deste estudo
considerar como adequadas quantidades apresentaram baixa pontuação na Escala de
excessivas de carnes, macarrão, arroz e feijão Atitudes Alimentares Transtornadas, o que
em sua alimentação. sugere que possuem atitudes alimentares
Chama-se a atenção para o fato de saudáveis e baixo risco para o
que, no presente estudo, embora tenham sido desenvolvimento de transtornos alimentares. A
observadas diferenças nas categorias da respeito das comparações da escala como um
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