Você está na página 1de 9

Disciplina: História social das ideias políticas na América colonial (FLH0114)

Docente responsável: Prof. Dr. Carlos Alberto de Moura Ribeiro Zeron


Data início da disciplina: 1º de agosto de 2017
Horário: quinta-feira, 19:30h às 23:30h

Objetivos gerais:
Estudar as justificativas de ordem histórica, jurídica e teológica da escravidão (africana
e ameríndia).

Conteúdo específico:
Estudar a maneira como o Padre Antônio Vieira compreendia a relação entre direito
natural e direito civil, especificamente no que dizia respeito à distinção entre liberdade e
escravidão. Por que Vieira? Porque ele vinha aprofundando uma ruptura com a tradição tomista,
em curso desde meados do século XVI, com relação à compreensão e qualificação do direito
natural. Isso repercutia na maneira diferenciada como ele entendia a escravidão africana e a
escravidão indígena, bem como nas suas notórias mudanças de posição com relação à liberdade
indígena, entre 1655 e 1680. Considerando o princípio amplamente compartilhado à época,
segundo o qual o direito civil é condicionado pelo direito natural, estudar a maneira como Vieira
compreendia o direito natural justifica-se na medida em que ele teve um protagonismo
conspícuo tanto no Brasil como junto à Coroa portuguesa, impactando efetivamente a política
indigenista portuguesa e a legislação sobre os escravos africanos. A partir desse estudo,
pretende-se qualificar a conjuntura do final do século XVII, a qual permite diferenciar
internamente o período colonial no que diz respeito às formas de reprodução da mão de obra
e, por extensão, da própria sociedade colonial. Nesse sentido, cabe explicitar o pressuposto
metodológico da proposta: Vieira e a Companhia de Jesus são apenas meios para entender os
processos de formação e reprodução da sociedade colonial e, mais amplamente, a conjuntura
colonial moderna.

Programa: calendário previsto:


1. 1.8.2019. Apresentação do programa e introdução.
2. 8.8.2019. Antônio Vieira. “Sermão da Sexagésima”.
3. 15.8.2019. Antônio Vieira. “Direções a respeito da forma que se deve ter no julgamento e
liberdade no cativeiro dos índios do Maranhão”; “Informação sobre o modo com que foram
tomados e sentenciados por cativos os índios do ano de 1655”; “Resposta ao Senado da
Câmara do Pará sobre o resgate dos índios do sertão”.
4. 22.8.2019. Antônio Vieira. “Voto sobre as dúvidas dos moradores de São Paulo acerca da
administração dos índios (1694)”.
5. 29.8.2019. Antônio Vieira. Sermões “XIV”, “XX”, e “XXVII do Rosário”; “Carta a Roque
Monteiro Paim”.
5.9.2019 (não haverá aula: semana da pátria)
12.9.2019 (não haverá aula)
19.9.2019 (não haverá aula)
6. 26.09.2019. Antônio Vieira. Clavis Prophetarum. Chave dos Profetas. Livro III.
7. 3.10.2019. José de Acosta. De procuranda indorum salute. Proêmio; livro I, 7-8, 10; livro II,
2-7, 12-15; livro III, 3, 16-19, 24; livro IV, 3-4; livro V, 18-20).
8. 10.10.2019. Juan de Solórzano Pereira. De indiarum iure. Livro II (De acquisitione Indiarum),
caps. VII-XV.
9. 17.10.2019. Juan de Solórzano Pereira. De indiarum iure. Livro III (De retentione Indiarum),
caps. IV, V e VII.
10. 24.10.2019. Alonso de la Peña Montenegro. Itinerario para Párrocos de Indios, en que se
tratan las materias más particulares tocantes a ellos para su buena Adminsitración. Livro II,
seção I, 1-4; livro IV, seção III e IV; livro VIII, seção VI, 6, 8-10.
11. 31.10.2019. Antônio Vieira. “Relação da missão de Ibiapaba”.
12. 7.11.2019. Manuel da Nóbrega. “Diálogo sobre a conversão do gentio”.
13. 14.11.2019. Agostinho. De trinitate, livro X.
14. 21.11.2019. Conclusão: memória e direito natural.
15. 28.11.2019. (realização de prova escrita).

Métodos de avaliação:
(a) Dez resenhas e (b) uma prova escrita.
Obs.: as dez resenhas devem ser entregues, no máximo, até a data de discussão do
respectivo texto. Entregar apenas uma resenha por aula. Quando houver mais de um texto em
discussão, a resenha pode concernir a qualquer um dos textos, ou a mais de um (desde que
abordados conjuntamente).
Instruções para a elaboração das resenhas (cujo texto não deve ultrapassar 1 página):
1. Nomeie o tema central do(s) texto(s) resenhado(s).
2. Divida o texto em partes, nomeando cada uma delas por meio de palavras ou
expressões contidas no próprio texto, ou com suas próprias palavras; relacione tais
palavras ou expressões com o argumento respectivo de cada parte.
3. Descreva como cada parte ou argumento se articula com os outros, no texto. O
objetivo é evidenciar a estrutura lógica e argumentativa do texto, refazendo ou
desvendando a linha de raciocínio do autor.
Obs.: não resuma o texto! O resumo e o fichamento são instrumentos prévios
de trabalho, sobre os quais você deve apoiar-se para elaborar o exercício
solicitado. Da mesma maneira, os dados biográficos e a contextualização do
texto só devem intervir na medida em que esclareçam um ponto específico
do seu argumento.
4. Elabore uma questão (um problema histórico ou historiográfico) passível de ser
respondida a partir do próprio texto.
5. Aponte os elementos da resposta (hipóteses), de maneira sucinta ou mesmo
esquemática.

Critérios de avaliação:
Na elaboração das resenhas, o aluno deverá demonstrar sua capacidade de ler e analisar
fontes primárias e/ou textos historiográficos, desvendar a sua estrutura lógico-argumentativa e
identificar aspectos passíveis de serem submetidos a uma análise crítica de cunho histórico e/ou
historiográfico.
Na prova escrita, o estudante deverá demonstrar sua capacidade de sintetizar e
relacionar os temas estudados durante o curso.

Normas de recuperação:
A recuperação consistirá em uma prova oral individual sobre um ou mais textos e/ou
temas discutidos em sala de aula.
Só poderão fazer recuperação os alunos que tiverem entregado todas as resenhas e a
prova escrita, que obtiverem nota final entre 3,0 e 4,9 na primeira avaliação, que tenham
frequentado os plantões de atendimento quando orientados nesse sentido, e que tenham
atingido frequência mínima de 70% no curso.
Textos para discussão (referências):
Acosta, José de, S.J. De procuranda indorum salute. 2 vols. Madrid: C.S.I.C, 1984.
Acosta, José de, S.J. Historia natural y moral de las Indias. Edição e introdução de Edmundo
O’Gorman. 3ª edição. México: F.C.E., 2006.
Agostinho de Hipona. De Trinitate. Livros IX-XIII. Tradução de Arnaldo do Espírito Santo,
Domingos Lucas Dias, João Beato e Maria Cristina Pimentel. Prior Velho: Paulinas editora,
2007; Covilhã: Universidade da Beira Interior, 2008 (disponível em: www.LusoSofia.net).
Montenegro, Alonso de la Peña, Bispo de Quito. Itinerario para Párrocos de Indios, en que se
tratan las materias más particulares tocantes a ellos para su buena Adminsitración. Madrid:
En la Oficina de Pedro Marín, 1771 [1.ª ed.: Madrid: 1668] (disponível em:
https://books.google.com.br).
Nóbrega, Manuel da. Diálogo sobre a conversão do gentio. Notas preliminares e anotações
históricas e críticas de António Serafim Leite. Lisboa: s.n., 1954.
Solórzano y Pereira, Juan de. De indiarum iure (1626). 4 vols. Madrid: CSIC, 1994 (II, 7-15; III, 4-
5, 7).
Solórzano y Pereira, Juan de. Política indiana (1648). Madrid: Atlas, 1972 (I, 5 e 7; II; III, 1 e 2; IV,
20) (1.ª ed. disponível em: http://fondosdigitales.us.es).
Vieira, Antônio, S.J. “A Roque Monteiro Paim”. Cartas do Padre António Vieira. Coordenadas e
anotadas por João Lúcio de Azevedo. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1928. Vol. III, p.
617-622 (disponível em: http://www.brasiliana.usp.br).
Vieira, Antônio, S.J. “Resposta ao Senado da Câmara do Pará sobre o resgate dos índios do
sertão”. Obras várias do Padre António Vieira. Lisboa: J.M.C. Seabra & T.Q. Antunes, 1856,
vol. I, p. 137-140. (disponível em: https://archive.org).
Vieira, Antônio, S.J. “Direções a respeito da forma que se deve ter no julgamento e liberdade no
cativeiro dos índios do Maranhão”; “Informação do modo com que foram tomados e
sentenciados por cativos os índios do ano de 1655”; “Voto sobre as dúvidas dos moradores
de São Paulo acerca da administração dos índios”. In: Obras escolhidas. vol. V (obras várias
em defesa dos índios). Lisboa: Sá da Costa, 1951, p. 28-32, 33-71, 340-358. (disponível em:
https://archive.org)
Vieira, Antônio, S.J. “Sermões do Rosário” (sermões XIV, XX, XXVII). In: Sermões. 15 vols. Porto:
Livraria Lello e Irmão, 1945-1948. (1.ª ed. disponível em: http://www.brasiliana.usp.br)
Vieira, Antônio, S.J. “Sermão da Sexagésima”. In: Sermões. 15 vols. Porto: Livraria Lello e Irmão,
1945-1948. (1.ª ed. disponível em: http://www.brasiliana.usp.br)
Vieira, Antônio, S.J. Clavis Prophetarum. Chave dos Profetas. Livro III. Lisboa: Biblioteca Nacional,
2000.

Textos de apoio à discussão:


Agia, Miguel de, O.P. Servidumbres personales de indios. Sevilla: Escuela de Estudios Hispano-
Americanos, 1946.
Agostinho de Hipona. A Cidade de Deus. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996.
Aristóteles. “Ética a Nicômaco”. In: Os pensadores. Vol. IV. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd
Bornheim. São Paulo: Abril, 1973, p. 245-436.
Aristóteles. Política. Tradução e notas Mário da Gama Khoury. Brasília: Editora da UnB, 1989.
A escola ibérica da paz nas universidades de Coimbra e Évora (século XVI). Direção e coordenação
de Pedro Calafate. 2 vols. Lisboa: Almedina, 2015.
Cícero, Marco Túlio. De re publica, de legibus. Loeb Classical Library. London: Harvard University
Press, 1928.
Covarrubias y Leiva, Diego de. “De la justicia e injusticia de la guerra y de la restitución de todas
las cosas que los soldados toman en la guerra”; “De la guerra contra los infieles” e “De las
cosas ocupadas en la guerra y de la esclavitud de los cautivos de guerra”. Textos jurídico-
políticos. Madrid: Instituto de Estudios Políticos, 1957, p. 25-146.
Isidoro de Sevilha. “De la leyes (I, 1-8, 10, 19-21)”. Biografia, escritos, doctrina. Madrid: Espasa-
Calpe, 1965, p. 123-129.
León, Luís de. O.S.A. De legibus. Madrid: CSIC, 1963.
Molina, Luís de, S.J. Tratado da justiça e do direito. Debates sobre a justiça, o poder, a
escravatura e a guerra. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2012 (I, 4, 12; II, 3-4, 22, 26,
32-40, 105, 106).
Peña, Juan de la, O.P. De bello contra insulanos. Madrid: CSIC, 1982.
Soto, Domingo de, O.P. Deliberación en la causa de los pobres. Madrid: Instituto de Estudios
Políticos, 1965, p. 11-142.
Soto, Domingo de, O.P. “Relección De Dominio”; “Sumario”; “Fragmento An liceat civitates
infidelium seu gentilium expugnare ob idolatriam”. Relecciones y opusculos. Vol. I. Edição de
Jaime Brufau Prats. Salamanca: editorial San Esteban, 1995, p. 79-256.
Soto, Domingo de, O.P. De iustitia et iure. 5 vols. Madrid: Instituto de Estudios Políticos, 1967-
1968 (I, q. 4, 1-5; III, q. 1, 1-5; IV, 1-7).
Suárez, Francisco de. De legibus. 8 vols. Madrid: C.S.I.C., 1967 (III, 5-20).
Tomás de Aquino, O.P. Suma teológica. 9 vols. São Paulo: Loyola, 2001-2003 (I, q.79 a.11-12,
q.83, q.96; I-II, q.61-63, q.90-108; II-II, q.47-80, q.101-122, q.183).
Vieira, Antônio, S.J. Obra completa do Padre António Vieira. 30 vols. Coordenação de Pedro
Calafate e José Eduardo Franco. Lisboa: Círculo de Leitores, 2013-2014.
Vitoria, Francisco de, O.P. Relectiones sobre os índios e sobre o poder civil. Brasília: editora da
Universidade de Brasília/ Fundação Alexandre de Gusmão, 2016, p. 99-192 (disponível em:
http://funag.gov.br/loja/index.php?route=product/product&product_id=784)
Vitoria, Francisco de, O.P. “Commentarium in Primam secundae, qq. 90-108”; “An liceat
debellare barbaras nationes quae carnes humanas comedunt vel hostia humana utuntur in
sacrificiis” In: Comentarios a la Secunda Secundae de Santo Tomás. Tomo VI. Edição de
Vicente Beltrán de Heredia, O.P. Salamanca: editorial San Esteban, 1952, p. 411-493 e 500-
511.

Bibliografia:
Alden, Dauril. The making of an enterprise. The Society of Jesus in Portugal, its Empire, and
beyond: 1540-1750. Stanford: Stanford University Press, 1996.
Azevedo, João Lúcio de. História de António Vieira. 2 vols. Lisboa: Clássica editora, 1992.
Azevedo, João Lúcio de. Os jesuítas no Grão-Pará: suas missões e a colonização. 2a edição.
Coimbra: Imprensa da Universidade, 1930.
Bastit, Michel. Nascimento da lei moderna. O pensamento da lei de Santo Tomás a Suárez.
Tradução de Maria Ermantina de Almeida Prado Galvão. São Paulo: WMF Martins Fontes,
2010.
Berman, Harold J. Direito e revolução: a formação da tradição jurídica ocidental. São Leopoldo:
Unisinos, 2006.
Biassini, Alessandro. “Dal Diritto come "res iusta" al Diritto come "potere"; un confronto tra
Tommaso e Suárez”. In: Apollinaris 87/1, Lateran University Press, 2014, p. 33-80.
Bosi, Alfredo. “Vieira ou a cruz da desigualdade”. In: Dialética da colonização. 3ª edição. São
Paulo: Cia. das Letras, 1995, p. 119-148.
Bosi, Alfredo. “Antônio Vieira, profeta e missionário: um estudo sobre a pseudomorfose e a
contradição”. Estudos avançados. São Paulo: Universidade de São Paulo, Instituto de Estudos
avançados, 2008, vol.22, n. 64, p. 241-254 e 2009, vol.23, n. 65, p. 247-270.
Bosi, Alfredo. “Vieira e o reino deste mundo”. In: Sobre as naus da iniciação: estudos
portugueses de literatura e história. Carlos Alberto Iannone, Márcia V. Zamboni Gobbi e
Renata Soares Junqueira (orgs.). São Paulo: Ed. Unesp, 1998, p. 13-47.
Baxandall, Michael. Giotto e os oradores. As observações dos humanistas italianos sobre pintura
e a descoberta da composição pictórica (1350-1450). Tradução: Fábio Larsson. São Paulo:
Edusp, 2018.
Boxer, Charles R. A great Luso-Brazilian figure. Padre António Vieira, S.J., 1608-1697. The fourth
Canning House Annual Lecture. Londres: s.ed., 1957
Boxer, Charles R. A Igreja e a expansão ibérica (1440-1770). Lisboa: Edições 70, 1989 (ou São
Paulo: Companhia das Letras, 2007).
Boxer, Charles R. Salvador de Sá e a luta pelo Brasil e Angola, 1602-1686. São Paulo: Nacional/
Edusp, 1973.
Brufau Prats, Jaime. El pensamiento político de Domingo de Soto y su concepción del poder.
Salamanca: s.ed., 1960.
Brufau Prats, Jaime. La Escuela de Salamanca ante el descubrimiento del Nuevo Mundo.
Salamanca: editorial San Esteban, 1989.
Bunge, Kirstin; Fuchs, Markko J.; Simmermacher, Danaë; Spindler, Anselm. The concept of law
(lex) in the moral and political thought of the “School of Salamanca”. Leiden: Brill, 2016.
Calafate, Pedro. “Ética, política e razão de Estado em António Vieira”. Revista portuguesa de
filosofia. Braga, t. 53, fasc. 3, jul.-set. 1997, p. 375-392.
Camenietzki, Carlos Ziller. O paraíso proibido. A censura ao paraíso brasileiro, a Igreja
portuguesa e a Restauração de Portugal entre Salvador, Lisboa e Roma. Rio de Janeiro:
Multifoco, 2014.
Carro, Venancio Diego. La teología y los teólogos-juristas españoles ante la conquista de
América. 2ª. ed. Salamanca: Apartado 17, 1951.
Cohen, Thomas. The fire of tongues: António Vieira and the Christian mission in Brazil and
Portugal. Stanford: Stanford University Press, 1998.
Colombo, Emanuele. “Il dibattito sul probabile”; “Al servizio dell’Inquisizione: contro la mistica,
in difesa di António Vieira”. In: Un gesuita inquieto. Carlo Antonio Casnedi (1643-1725) e il
suo tempo. Soveria Mannelli: Ruberttino editore, 2006, p. 113-132, 213-230.
Colombo, Emanuele. “In virtù dell’obbedienza. Tirso González de Santalla (1624-1705)
missionario, teologo, generale”. In: Avventure dell’obbedienza nella Compagnia di Gesù.
Teorie e prassi fra XVI e XIX secolo. Eds. Claudio Ferlan and Fernanda Alfieri. Bologna: Il
Mulino, 2012, p. 97-137.
Courtine, Jean-François. “Direito natural e direito de gentes. A refundação moderna, de Vitoria
a Suárez”. In: Novaes, Adauto (org.). A descoberta do homem e do mundo. São Paulo:
Companhia das Letras, 1998, p. 293-333.
Courtine, Jean-François. Nature et empire de la loi. Etudes suaréziennes. Paris: Vrin/ EHESS,
1999.
Costello, Frank B., S. J. The Political Philosophy of Luis de Molina, S. J. (1535-1600). Roma:
Insititum Historicum Societatis Iesu; Spokane: Gonzaga University Press, 1974.
Dias, Camila Loureiro. Civilização, cultura e comércio: os princípios fundamentais da política
indigenista na Amazônia (1614-1757). Dissertação de mestrado. São Paulo: FFLCH-USP, 2009.
Dias, Camila Loureiro. L’Amazonie avant Pombal. Politique, économie, territoire. Doutorado em
História e civilizações. Paris: EHESS, 2014.
Eisenberg, José. As missões jesuíticas e o pensamento político moderno: encontros culturais,
aventuras teóricas. Belo Horizonte: ed. UFMG, 2000.
Fernández-Santamaría, José A. Natural Law, Constitutionalism, Reason of State and War.
Counter-reformation Spanish political thought. New York: Peter Lang, 2005.
Ferraro, Domenico. Itinerari del volontarismo. Teologia e politica al tempo di Luis de León.
Milano: Francoangeli, 1995.
Finnis, John. Lei natural e direitos naturais. Tradução: Leila Mendes. São Leopoldo: Unisinos,
2006.
García Añoveros, Jesús María. El pensamiento y los argumentos sobre la esclavitud en Europa en
el siglo XVI y su aplicación a los indios americanos y a los negros africanos. Madrid: C.S.I.C.,
2000.
Gliozzi, Giuliano. Adamo e il Nuovo Mondo. La nascita dell'antropologia come ideologia
coloniale: dalle genealogia bibliche alle teorie razziale (1500-1700). Firenze: La Nuova Italia,
1977.
Gliozzi, Giuliano. Differenze e Uguaglianza nella Cultura Europea Moderna. Napoli: Vivarium,
1993.
Goyard-Fabre, Simone. Les embarras philosophiques du droit naturel. Paris : Vrin, 2002.
Guedes, Vasco Valente Correia. A sociedade, o Estado e a história na obra de António Vieira:
para a história da filosofia política em Portugal no século XVII. Mestrado em Filosofia. Lisboa:
Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 1968.
Hanke, Lewis. All mankind is one: a study of the disputation between Bartolomé de Las Casas
and Juan Ginés Sepúlveda in 1550 on the intellectual and religious capacity of the American
indians. S.l.: Northern Illinois University Press, 1974.
Hanke, Lewis. Aristotle and the american indian. Bloomington/ London: Indiana University Press,
1970.
Hanke, Lewis. La lucha por la justicia en la conquista de América. Madrid: Colégio Universitário
de Ediciones Istmo, 1988.
Hanke, Lewis. The first social experiments in America. Cambridge: Cambridge University Press,
1935.
Hansen, João Adolfo. “A Servidão Natural do Selvagem e a Guerra Justa contra o Bárbaro”. In:
Novaes, Adauto (org.). A Descoberta do Homem e do Mundo. São Paulo: MINC-FUNARTE/Cia.
das Letras, 1998, p. 347-373.
Hansen, João Adolfo. “Categorias metafísicas e teológico-políticas em Vieira”. Scripta. Editora
PUC Minas, v. 11, 2008, p. 187-202.
Hansen, João Adolfo. “Vieira e os estilos cultos: ut theologia rhetorica”. Letras. Santa Maria, v.
21, n. 43, jul.-dez. 2011, p. 25-62.
Hansen, João Adolfo. “Vieira: tempo, alegoria e história”. Brotéria. Lisboa: v. 145, nº 4-5, out.-
nov. 1997, p. 541-556.
Hansen, João Adolfo e Pécora, Alcir. “Categorias retóricas e teológico-políticas das letras
seiscentistas da Bahia”. Desígnio. São Paulo, v. 5, 2006, p. 87-109.
Hansen, João Adolfo; Muhana, Adma Fadul; Garmes, Hélder (org.). Estudos sobre Vieira. São
Paulo: Ateliê Editorial, 2011.
Hanson, Carl Aaron. Economia e sociedade no Portugal barroco, 1668-1703. Lisboa: publicações
Dom Quixote, 1986.
Hespanha, António Manuel. Imbecillitas. As bem-aventuranças da inferioridade nas sociedades
de Antigo Regime. São Paulo: Annablume, 2010.
Höpfl, Harro. Jesuit political thought. The Society of Jesus and the State, c. 1540-1630.
Cambridge: Cambridge U.P., 2004.
Leite, António Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. 10 vols. Lisboa: Portugália,
1938-1950.
Marcocci, Giuseppe. L’invenzione di un impero. Politica e cultura nel mondo portoghese. Roma:
Carocci, 2011.
Marcocci, Giuseppe. A consciência de um império. Portugal e o seu mundo (sécs. XV-XVII).
Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012.
Marcocci, Giuseppe. “Escravos ameríndios e negros africanos: uma história conectada. Teorias
e modelos de discriminação no império português (ca. 1450-1650)”. Tempo. Niterói: 7Letras,
vol. 15, nº 30, jan.-jun. 2011, p. 41-70.
Mesnard, Pierre. L’essor de la philosophie politique au XVIe siècle. Paris: J. Vrin, 1977.
Monteiro, John Manuel. Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São
Paulo: Companhia das Letras, 1994.
Pagden, Anthony Robin. “Dispossessing the barbarian: the language of Spanish Thomism and
the debate over the property rights of American Indians”. In: The languages of political theory
in early-modern Europe. Cambridge: Cambridge U.P., 1987, p. 79-98.
Pagden, Anthony Robin. The fall of natural man. The American Indian and the origins of
comparative ethnology. London: Cambridge University Press, 1982.
Pécora, Alcir. “As artes e os feitos”. In: Máquina de gêneros. São Paulo: Edusp, 2001, p. 135-167.
Pécora, Alcir. “Cartas à segunda escolástica”. In: Adauto Novaes (org.). A outra margem do
ocidente. São Paulo: Cia. das Letras, 1999, p. 373-414.
Pécora, Alcir. “Política do céu (anti-Maquiavel)”. In: Adauto Novaes (org.). Ética. São Paulo: Cia.
das Letras, p. 127-148.
Pécora, Alcir. “Vieira, o índio e o corpo místico”. In: Adauto Novaes (org.). Tempo e história. São
Paulo: Cia. das Letras/ Secretaria Municipal de Cultura, 1992, p. 423-461.
Pécora, Alcir. Teatro do Sacramento: a unidade teológico-retórico-política dos sermões de
Antônio Vieira. São Paulo: Edusp; Campinas: ed. Unicamp, 1994.
Pinto, Porfírio José dos Santos. Choupanas e palácios. A arquitetura teológica vieiriana. Tese de
doutoramento. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Letras, 2018.
Prodi, Paolo. Uma história da justiça: do pluralismo dos foros ao dualismo moderno entre
consciência e direito. Tradução de Karina Jannini. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
Prodi, Paolo. Il sovrano pontefice. Un corpo e due anime: la monarchia papale nella prima età
moderna. Bologna: Il Mulino, 2010 [1ª edição: 1982].
Rivera García, Antonio. La política del cielo. Clericalismo jesuita y Estado moderno. Hilddesheim,
Zürich, New York: Georg Olms Verlag, 1999.
Rossi, Paolo. A chave universal: artes da memorização e lógica combinatória desde Lúlio até
Leibniz. Tradução: Antonio Angonese. Baurú: Edusc, 2004.
Rossi, Paolo. O passado, a memória, o esquecimento: seis ensaios da história das ideias.
Tradução: Nilson Moulin. São Paulo: ed. Unesp, 2010.
Saldanha, António Vasconcelos de. “Política e razão de Estado na obra do Padre António Vieira”.
Revista jurídica. Lisboa: nova série, n. 7, jul.-set. 1986, p. 221-239.
Saldanha, António Vasconcelos. Da ideia de “império” na obra do padre António Vieira S.J. Ensaio
sobre o universalismo e o pensamento jurídico-político hispânico de Seiscentos. Roma:
Consiglio Nazionale delle Ricerche, 1988.
Saraiva, António José. “Le père Antonio Vieira S.J. et la question de l’esclavage des Noirs au XVIIe
siècle”. Annales. Économies, sociétés, civilisations. 22e année, nº 6, 1967, p. 1289-1309.
Scattola, Merio. Teologia politica. Bologna: il Mulino, 2007.
Scattola, Merio. Dalla virtù alla scienza. La foncadzione e la traformazione della disciplina politica
nell’età moderna. Milano: Franco Angeli, 2007.
Scattola, Merio. “Domingo de Soto e la fondazione della Scuola di Salamanca”. Veritas. Porto
Alegre, v. 54, n.º 3, set.-dez./ 2009, p. 52-70.
Spence, Jonathan D. El palacio de la memoria de Matteo Ricci. Un jesuita en la China del siglo
XVI. Tradução: Mabel Lus González. Barcelona: Tusquets, 2002.
Strauss, Leo. Droit naturel et histoire. Paris: Flammarion, 1986.
Tellkamp, Jörg Alejandro. “Esclavitud, dominio y libertad humana según Domingo de Soto”.
Revista Española de Filosofía Medieval, 11, 2004, p. 129-137.
Torgal, Luís Reis. Ideologia política e teoria do Estado na Restauração. 2 vols. Coimbra:
Universidade de Coimbra, 1981-1982.
Tuck, Richard. Natural rights theories. Their origin and development. Cambridge: Cambridge
University Press, 1979.
Vainfas, Ronaldo. Ideologia e escravidão. Os letrados e a sociedade escravista no Brasil colonial.
Petrópolis: Vozes, 1986.
Valdez, Maria Ana Travassos. Historical interpretations of the “Fifth Empire”. The Dynamics of
Periodization from Daniel to António Vieira, S.J. Leiden/Boston: Brill, 2011.
Viegas, João. “O Padre António Vieira e o direito dos índios”. In: A missão de Ibiapaba. Lisboa:
Almedina, 2006, p. 91-223.
Villey, Michel. Questions de Saint Thomas sur le droit et la politique. Paris: P.U.F., 1987.
Villey, Michel. Filosofia do direito. Definições e fins do direito. Os meios do direito. São Paulo:
Martins Fontes, 2003.
Villey, Michel. La nature et la loi. Une philosophie du droit. Paris: Cerf, 2014.
Yates, Frances. A arte da memória. Tradução: Flávia Bancher. Campinas: ed. da Unicamp, 2007.
Zavala, Silvio A. Servidumbre natural y libertad cristiana según los tratadistas españoles de los
siglos XVI y XVII. Buenos Aires: s.ed. 1944.
Zeron, Carlos. “A heterogeneidade das fontes antigas no debate sobre a escravidão moderna”.
In: Francisco Murari Pires (org.). Antigos e Modernos: diálogos sobre a (escrita da) história.
São Paulo: Alameda, 2009, p. 249-264.
Zeron, Carlos. “A ocidente do Ocidente: linhas e perspectivas em confronto”. Revista de História.
São Paulo: Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas;
Programas de Pós-Graduação em História Social e História Econômica; Universidade de São
Paulo, nº 170, 1º semestre de 2014, p. 77-106.
Zeron, Carlos. “Antônio Vieira e os ‘escravos de condição’: os aldeamentos jesuíticos no contexto
das sociedades coloniais”. In: Eunícia Barros Barcelos Fernandes (ed.). A Companhia de Jesus
e os índios. Curitiba: Prismas, 2016, p. 235-262.
Zeron, Carlos. “Da farsa à tragédia: a guerra de facções que pôs fim às esperanças de Antônio
Vieira por um Quinto Império e transformou o modo de atuação dos jesuítas no Brasil”. In:
Galdeano, Carla; Artoni, Larissa Maia; Azevedo, Silvia Maria (orgs.). Bicentenário da
Restauração da Companhia de Jesus (1814-2014). São Paulo: Loyola, 2014, p. 167-198.
Zeron, Carlos. “Different Perceptions on the Topic of Forced Conversion, after the South Atlantic
Experience”. In: Lavenia, Vincenzo; Pastore, Stefania; Pavone, Sabina; Petrolini, Chiara.
Compel People to Come In. Violence and Catholic Conversions in the non-European World.
Roma: Viella, 2018, p. 49-68.
Zeron, Carlos. “From Farce to Tragedy. António Vieira’s Hubris in a War of Factions”. In: Journal
of Jesuit Studies 2/3, Brill, 2015, p. 387-420.
Zeron, Carlos. “Interpretações de Francisco Suárez na Apologia pro paulistis (1684)”. In: Leila
Mezan Algranti e Ana Paula Torres Megiani (orgs.). O Império por escrito. Formas de
transmissão da cultura letrada no mundo ibérico (séc. XVI-XIX). São Paulo: Alameda, 2009, p.
111-126.
Zeron, Carlos. “Interprétations des rapports entre cura animarum et potestas indirecta dans le
monde luso-américain”. In: Charlotte Castelnau L’Estoile, Marie-Lucie Copete, Aliocha
Maldavsky, Ines Zupanov (org.). Missions d’évangélisation et circulations des savoirs, XVIe-
XVIIIe siècles. Madrid: Casa de Velázquez/ Paris: Centre d’Anthropologie Religieuse et
Européenne (EHESS), 2011, p. 375-399.
Zeron, Carlos. “Les aldeamentos jésuites au Brésil et l’idée moderne d’institution de la société
civile”, Archivum Historicum Societatis Iesu, anno LXXVI, fasc. 151, Roma, jan.-jun. 2007, p.
38-74.
Zeron, Carlos. “Les Jésuites et le commerce d’esclaves entre le Brésil et l’Angola à la fin du XVIe
siècle.” In: Jean Hébrard (org.). Brésil: quatre siècles d’esclavage. Nouveles questions,
nouvelles recherches. Paris: Karthala/ CIRESC, 2012, p. 67-83.
Zeron, Carlos. “Mission et espace missionnaire: les bases matérielles de la conversion”. Archives
des Siences Sociales des Religions. Paris: édtions EHESS, nº 169, janvier-mars 2015, p. 307-
334.
Zeron, Carlos. “O debate sobre a escravidão ameríndia e africana nas universidades de
Salamanca e Évora”. In: Luís Miguel Carolino e Carlos Ziller Camenietzki (orgs.). Jesuítas,
ensino e ciência. Séculos XVI-XVIII. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2005, p. 205-226.
Zeron, Carlos. “O governo dos escravos nas Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia e
na legislação portuguesa: separação e complementaridade entre pecado e delito”. In:
Evergton Sales Souza e Bruno Feitler (org.), A Igreja no Brasil. Normas e práticas durante a
vigência das Constituições Primeiras do Arcebispado da Bahia. São Paulo: ed. Unifesp, 2011,
p. 323-354.
Zeron, Carlos. “Political Theories and Jesuit Politics”. In: Županov, Ines G. (ed.). The Oxford
Handbook of Jesuits. S.l.: Oxford University Press, 2018. DOI:
10.1093/oxfordhb/9780190639631.013.9.
Zeron, Carlos. “Vieira in movimento: dalla distinzione tra Tapuias, Tupis e Neri alla rottura nella
dottrina cristiana sulla schiavitù e sulla legge naturale”. In: Zeron, Carlos; Colombo,
Emmanuele; Massimi, Marina; Rocca, Alberto. Schavitù del corpo e schiavitù dell’anima.
Chiesa, potere politico e schiavitù tra Atlantico e Mediterraneo (sec. XVI-XVIII). Roma:
Bulzoni; Milano: ITL-Biblioteca Ambrosiana, 2018, p. 139-165.
Zeron, Carlos. Linha de fé. A Companhia de Jesus e a escravidão no processo de formação da
sociedade colonial (Brasil, séculos XVI e XVII). São Paulo: Edusp, 2011.
Zeron, Carlos e de Castelnau-L’Estoile, Charlotte de. “Une mission glorieuse et profitable:
réforme missionnaire et économie sucrière dans la province jésuite du Brésil au début du
XVIIe siècle”. Revue de Synthèse, 4e série, nº 2-3, avril-septembre 1999, p. 335-358.
Zeron, Carlos e Ruiz, Rafael. “La fuerza de la costumbre, en la capitanía de São Paulo, de acuerdo
con la Apologia pro Paulistis (1684)”. In: Escrituras de la Modernidad: los jesuitas entre
cultura retórica y cultura científica. México: ed. Universidad Iberoamericana/ éd. Ecole des
Hautes Etudes en Sciences Sociales, 2008, p. 271-302.
Zeron, Carlos e Velloso, Gustavo. “Economia cristã e religiosa política: o ‘Memorial sobre o
governo temporal do Colégio de São Paulo’, de Luigi Vincenzo Mamiani”. História Unisinos.
Maio-agosto 2015, 19(2): 120-137.

Você também pode gostar