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Hereditariedade: inteligência não é herdada. O homem nasce com estruturas biológicas que em interação
com o meio ambiente irão resultar em estruturas cognitivas que funcionarão de modo semelhante durante
a vida do sujeito.
ESQUEMAS :
Desadaptação/ desequilíbrio:
Adaptação/equilíbrio
ESTÁDIO X ESTÁGIO.
Estádio: o processo de equilibração toma a forma de períodos sequenciais, em que existe, sempre, uma
fase de preparação e outra de acabamento, e em que as estruturas formadas num período integram-se
em outras superiores, do período seguinte. Ao final do processo, temos fases do desenvolvimento
integradas umas nas outras, e os esquemas construídos em cada uma delas são utilizados pelo sujeito de
maneira interdependente. Por isso seu caráter é de integração.
Estágio: estágio é o que falta a alguém para completar uma determinada formação; são experiências,
observações, atividades práticas, que completam uma formação, por isso seu caráter é de superação de
um estágio mais simples em direção a um estágio melhor ou superior.
INTELIGÊNCIA SEGUNDO PIAGET
Segundo o inatismo, a inteligência é vista principalmente como resultante de nossa carga genética e
hereditária. O Empirismo, contrário à concepção inatista, o foco recai especificamente sobre as
experiências e influências do ambiente. Piaget filia-se ao – interacionismo –, que questiona as duas
anteriores. Nesse caso, a inteligência é produto das sucessivas e infinitas construções do sujeito sobre o
ambiente, isto é, nem se trata de uma maturação ou desenvolvimento puros nem de uma aprendizagem
dominante, mas de uma relação interdependente entre ambos – desenvolvimento e aprendizagem.
Ao longo de sua obra, recorrerá ao termo “Construtivismo”, que significa que a inteligência não está pronta
ou acabada, que o conhecimento não é dado como algo terminado, mas vive uma permanente construção.
O homem nasceu com estruturas biológicas que em contato com o meio ambiente, irão formas
estruturas cognitivas. INTELIGENCIA NÃO É HERDADA E NEM ADQUIRIDA.
Para Piaget ser inteligência é ir em busca de uma solução para uma situação problema.
A construção do conhecimento ocorre em estádios de desenvolvimento e a sequência desses estádios
é sempre a mesma, mas a idade dos sujeitos pode variar de acordo com o meio ou a cultura na qual
está inserido.
No início, um sujeito passivo que constrói esquemas simples que funcionam isoladamente de maneira
circular e repetitiva (pegar, olhar, bater, sugar).
Durante esse período (do nascimento até aproximadamente 2 anos), irá desenvolver comportamentos
voluntários e conscientes, encadear ações para um determinado fim, tornando-se um sujeito ativo (domínio
e variação das ações). Os esquemas passam a ser complexos com invenção e criação de ações (pegar, ouvir,
olhar/ouvir, pegar, olhar/levantar, andar, pegar, sugar).
PIAGET AFIRMA QUE ESSES COMPORTAMENTOS SÃO ATOS INTELIGENTES E QUE É NO PERÍODO SENSÓRIO-
MOTOR QUE OCORRE O NASCIMENTO DA INTELIGÊNCIA DA CRIANÇA .
Inteligência sensório-motora ou prática para a inteligência representativa, a criança se torna apta para
representar objetos e eventos.
Partir dos 2 anos, a criança passa a ter uma função de pensamento, chamada de função simbólica ou
semiótica, que possibilita a representação de um objeto ausente (significante por meio de um significado,
que pode ser expresso de várias maneiras)
Jogo simbólico: é um jogo de faz de conta em que a criança atribui significado às coisas e brinca
com elas em um contexto mágico e imaginário. Brincar de escolinha, brincar de casinha fingindo
fazer comidinha, de mamãe e filhinha, de super-heróis etc.
Desenho: As primeiras formas do desenho não são imitativas do real, mas um jogo de exercício no
qual a criança se diverte rabiscando a parede, o chão ou o papel em movimentos amplos e
repetitivos. Intenção de representar a realidade por meio do grafismo, pela imitação e imagem
mental.
Linguagem falada: por volta dos 2 anos, a criança começa a utilizar as palavras faladas para
representar objetos, são as evocações verbais de acontecimentos não atuais. Quando uma criança
diz “au-au”, já sem ver o cachorro, há a representação verbal, a imitação e a imagem mental.
Pensamento egocêntrico: a criança parte de seu próprio eu para julgar a realidade e os outros.
Centração: o pensamento egocêntrico da criança é centralizado, rígido, inflexível. Por exemplo: não
entende como sua mãe pode ser ao mesmo tempo sua mãe e filha de sua avó.
Justaposição: a criança pré-operacional assimila, mas não discrimina e generaliza, apenas coloca as
informações lado a lado. Um exemplo disso é quando os professores propõem aos alunos que
devem para a escola um brinquedo de casa para brincar, é muito difícil para eles emprestarem seus
brinquedos
Sincretismo: há uma tentativa da criança em fazer deduções, mas, em função de o pensamento ser
egocêntrico, centrado, transdutivo e justaposto, ela realiza generalizações sem uma lógica aparente.
Ou seja, explica um evento com outro que não tem relação lógica com a questão, faz generalizações
indevidas. Por exemplo: o balão caiu porque é vermelho; a fruta está verde, não pode comer,
portanto não come qualquer outra fruta de cor verde; costuma falar “eu comi, eu bebi, eu fazi”.
Pensamento animista: a criança atribui vida (anima) a seres inanimados, como bonecas,
personagens de histórias etc.
Pensamento intuitivo
Pensamento deixa de ser pré-lógico e passa a ser operatório, ou seja, a criança tem a capacidade cognitiva
de coordenar diferentes pontos de vista de maneira lógica.
Pensamento lógico é expresso pela capacidade de: reversibilidade das operações mentais, conservação de
quantidades, inclusão de classes, classificação, seriação, sequenciação, descentração.
Na adolescência, essa limitação deixa de existir e o sujeito é capaz de formar esquemas conceituais
abstratos (amor, justiça, saudade) e realizar operações mentais de acordo com uma lógica formal mais
sofisticada em termos de conteúdo e flexibilidade de raciocínio.
Valores morais dos pais, construir seus próprios valores, adquirindo autonomia, é capaz de levantar
hipóteses e expressar proposições para depois testá-las e refletir sobre seus próprios pensamentos,
buscando justificativas lógicas para seus julgamentos. Isso o levará à construção de autonomia e
identidade.
O pensamento formal é, portanto, hipotético-dedutivo, ou seja, capaz de tirar conclusões a partir de puras
hipóteses, com base na lógica e não na existência real do problema em si. Um pensamento hipotético-
dedutivo pode ser expresso pela proposição “se… ð então…”.
DESENHO INFANTIL SEGUNDO PIAGET.
De acordo com Piaget, ao final do estádio sensório-motor (por volta dos 2 anos), surge na criança uma
capacidade cognitiva de representação – um significado por meio de um significante –, e o meio que utiliza
para isso pode ser a linguagem, o jogo simbólico, a imitação, a imagem mental e o desenho. O desenho,
nessa perspectiva, não é apenas um ato criativo e espontâneo da criança, mas sim uma função de
pensamento, simbólica e semiótica, que possibilita a representação da realidade.
AS PROVAS OPERATÓRIA S.
Jogo de exercício Estádio sensório-motor (0-2 anos) = o prazer que a criança extrai de exercitar uma
função. Repetir exercícios motores (gestos, movimentos) - sugar/mamar, agitar os braços, sacudir objetos,
emitir sons, caminhar, pular, correr etc...
Jogo simbólico Estádio pré-operatório (2-6 anos) = O prazer em simbolizar, imaginar, criar significados
para os objetos e situações. O jogo de faz de conta possibilita à criança a realização de sonhos e fantasias,
revela conflitos, medos e angústias, aliviando tensões e frustrações. É a fase das brincadeiras de boneca,
casinha, escolinha, personagens, super-heróis etc
Jogos de construção Transição = situam-se numa transição entre jogo e trabalho, entre jogo simbólico e
imitação. Construir com blocos, peças de encaixe, montar quebra-cabeças etc.
Jogo de regra Estádio operatório (7-15 anos) = os jogos de regras pressupõem a existência de parceiros
e um conjunto de obrigações (regras), competição, o que lhe confere um caráter eminentemente social.
O MÉTODO CLÍNICO.
O objetivo do método clínico Piagetiano é compreender como o sujeito pensa, resolve situações-problema
e de que maneira responde às questões elaboradas.
4ª etapa: Recentes (desde 1955) – o método clínico, que antes era utilizado apenas com interesse
epistemológico, a partir desse momento passa a ser empregado com finalidade psicológica e
psicopedagógica por uma equipe de especialistas de diferentes áreas em Genebra. Isso permitiu
não um novo modo de interrogar, mas novos tipos de perguntas.
Nível III – corresponde àquele em que a criança apresenta uma solução suficiente. (Pode ter erro)
Não importismo: não provoca nenhum esforço de adaptação, a criança responde qualquer coisa e
de qualquer forma.
Fabulação: quando a criança, sem mais refletir, responde à pergunta inventando uma história
Crença sugerida: quando a criança busca simplesmente contentar o examinador, sem considerar
sua própria reflexão.
Crença desencadeada: quando a criança responde com reflexão, extraindo a resposta de seus
próprios recursos
Crença espontânea: quando a criança não tem necessidade de raciocinar para responder à
questão, mas pode dar uma resposta imediata à questão porque já formulada ou formulável, há a
crença espontânea.