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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS
EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS
ENGENHARIA CIVIL

ANGÉLICA VINCI DO NASCIMENTO GIMENES

VIABILIDADE E CONFIABILIDADE DA UTILIZAÇÃO DE


FUNDAÇÕES PROFUNDAS DO TIPO HÉLICE CONTÍNUA: UM
ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA DE GRANDE PORTE NO
MUNICÍPIO DE MARINGÁ

Maringá
2015
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS
EXATAS TECNOLÓGICAS E AGRÁRIAS
Engenharia Civil

ANGÉLICA VINCI DO NASCIMENTE GIMENES

VIABILIDADE E CONFIABILIDADE DA UTILIZAÇÃO DE


FUNDAÇÕES PROFUNDAS DO TIPO HÉLICE CONTÍNUA: UM
ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA DE GRANDE PORTE NO
MUNICÍPIO DE MARINGÁ

Monografia apresentada à banca examinadora


do Trabalho de Conclusão de Curso de
Engenharia Civil do Centro Universitário de
Maringá, como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do grau de
Engenheiro Civil.
Orientador: Profa. Grasiele Aparecida de
Alencar Felix

Maringá

2015
iii

ANGÉLICA VINCI DO NASCIMENTO GIMENES

VIABILIDADE E CONFIABILIDADE DA UTILIZAÇÃO DE


FUNDAÇÕES PROFUNDAS DO TIPO HÉLICE CONTÍNUA: UM
ESTUDO DE CASO EM UMA OBRA DE GRANDE PORTE NO
MUNICÍPIO DE MARINGÁ

Monografia apresentada ao Centro Universitário de Maringá como parte dos


requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil, sob orientação
da Profa. Grasiele Aparecida de Alencar Felix, aprovada em 05 de outubro de 2015.

BANCA EXAMINADORA

Orientador: _____________________________
Profa. Bacharel, Grasiele Aparecida de Alencar
UniCESUMAR

Avaliador: _____________________________
Titulação, Bruno Camolezi
UniCESUMAR

Avaliador: _____________________________
Titulação, Gustavo Shirano
UniCESUMAR
iv

DEDICATÓRIA
Aos meus pais Antônio e Beatriz, minha
irmã Alessandra, meu esposo Marcelo e
sua família e aos meus amigos que sempre
me apoiaram e acreditaram em mim.
v

AGRADECIMENTOS

A Deus, que em todos os momentos de minha vida esteve comigo, me guiando,


dando sabedoria, saúde e força para vencer todas as dificuldades.

A minha orientadora Grasiele Aparecida de Alencar Felix que tornou possível a


realização dessa pesquisa me ajudando desde a escolha do tema e com sua
sabedoria e paciência me ajudando estruturar o trabalho, mostrando os erros,
indicando as faltas e dando força e calma.

A professora Janaina de Melo Franco, que me ajudou muito me atendendo sempre


que precisei, indicando meus erros e me acalmando.

Aos meus queridos amigos, em especial Gisele, Carlos, Rafael e Robson, com quem
compartilhei diversos momentos, que me apoiaram e me ajudaram diversas vezes.
Principalmente quero agradecer a Gisele, por ser essa pessoa incrível, um exemplo
de força, coragem, uma amiga excepcional que tenho certeza que Deus colocou em
minha vida.

Aos meus pais, que com muito esforço e às vezes com sacrifícios fizeram de tudo
para que minha irmã e eu tivéssemos uma boa educação, que sempre acreditaram
em mim e mesmos nas dificuldades que passamos sempre demonstrando seu amor
e carinho. Ao meu esposo e sua família que com muito amor e paciência estiveram
comigo nesse momento.

Agradeço também a banca examinadora pela contribuição com a conclusão dessa


jornada.
vi

“O futuro pertence àqueles que acreditam


na beleza de seus sonhos.”

Eleanor Roosevelt
vii

LISTA DE FIGURAS

Figura 01 - Principais tipos de fundações superficiais............................................... 14

Figura 02 - Alguns tipos de fundações profundas ..................................................... 16

Figura 03 - Ilustração do processo executivo de estacas Hélice Contínua ............... 17

Figura 04 - Equipamento Utilizado para execução de Estacas Hélice Contínua ....... 18

Figura 05 - Esquema do sistema de reação com estacas ......................................... 20

Figura 06 - Ilustração da fachada da obra A ............................................................. 22

Figura 07 - Estimativa da capacidade de carga pelo método de Van der Veen ........ 24

Figura 08 - Curva carga x recalque da prova de carga ............................................. 30


viii

LISTA DE GRÁFICOS / QUADROS

Gráfico 01 - Porcentagem dos métodos semi-empíricos de estimativa de carga em


relação à prova de carga estática ............................................................................. 31

Gráfico 02 - Comparativo entre porcentagens dos quantitativos em relação as EHC


.................................................................................................................................. 33

Quadro 01 - Apresentação dos resultados das tensões admissíveis em KN ............ 32

Quadro 02 - Levantamento quantitativo de valores para um diâmetro de 80 cm ...... 32

Quadro 03 - Levantamento quantitativo de valores para um diâmetro de 90 cm ...... 32

Quadro 04 - Levantamento quantitativo de valores para um diâmetro de 100 cm .... 32

Quadro 05 - Resumo da média dos valores .............................................................. 32


ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 01 - Valores de k e α por Monteiro ................................................................ 25

Tabela 02 - Valores de F1 e F2 por Monteiro ............................................................ 25

Tabela 03 - Valores do coeficiente β em função do tipo de solo e do tipo de estaca.


.................................................................................................................................. 26

Tabela 04 - Valores do coeficiente α em função do tipo de solo e do tipo de estaca


.................................................................................................................................. 27

Tabela 05 - Valores do coeficiente C em função do tipo de solo............................... 27

Tabela 06 - Valores dos coeficientes β1 e β2 ........................................................... 28

Tabela 07 - Valores do coeficiente β (KPa/ Kgf.m).................................................... 29


x

SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS .................................................................................................. v

Sumário ....................................................................................................................... x

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12

2 OBJETIVOS........................................................................................................ 13

2.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................... 13

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................ 13

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 14

3.1 FUNDAÇÕES ............................................................................................... 14

3.1.1 Fundações Superficiais ......................................................................... 14

3.1.2 Fundações Profundas............................................................................ 14

3.2 ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA ................................................................... 16

3.2.1 Método Executivo .................................................................................. 17

3.3 INVESTIGAÇÕES ........................................................................................ 19

3.3.1 Ensaio de Sondagem à Percussão (SPT) ............................................. 19

3.3.2 Ensaio de Prova de Carga Estática ....................................................... 19

3.4 CAPACIDADE DE CARGA EM ESTACAS .................................................. 20

3.4.1 Método de Van der Veen (1953)............................................................ 20

3.4.2 Métodos semi-empíricos ........................................................................ 21

4 METODOLOGIA ................................................................................................. 22

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO .............................................. 22


xi

4.2 COLETA E AVALIAÇÃO DE DADOS........................................................... 22

4.2.1 Avaliação das Cargas da Estrutura ....................................................... 23

4.2.2 Avaliação da Sondagem a Percussão (SPT)......................................... 23

4.2.3 Avaliação da Prova de Carga Estática .................................................. 23

4.3 MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE CARGA ................................................... 23

4.3.1 Método De Van Der Veen (1953) .......................................................... 23

4.3.2 Método de Aoki e Velloso (1975) ........................................................... 24

4.3.3 Método de Décourt e Quaresma (1978) ................................................ 26

4.3.4 Método de Antunes e Cabral (1996) ...................................................... 27

4.3.5 Método de Alonso (1996) ...................................................................... 28

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .......................................................................... 29

5.1 AVALIAÇÃO DOS DADOS .......................................................................... 29

5.1.1 Interpretação Da Prova De Carga Estática ............................................ 29

5.2 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA .............................................. 30

5.3 QUANTITATIVO ........................................................................................... 31

6 CONCLUSÕES ................................................................................................... 33

7 REFERÊNCIAS .................................................................................................. 34
12

VIABILIDADE E CONFIABILIDADE DA UTILIZAÇÃO DE FUNDAÇÕES


PROFUNDAS DO TIPO HÉLICE CONTÍNUA: UM ESTUDO DE CASO EM
UMA OBRA DE GRANDE PORTE NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ
Feasibility And Reliability Of Deep Foundations Of Helix Type Continuous Use:
A Case Study On A Large Size Of Work In The Municipality Maringá
Angélica Vinci do Nascimento Gimenes 1, Grasiele Aparecida De Alencar Felix 2

* Contato com os autores:


1
Graduanda em Engenharia Civil, UNICESUMAR - Centro Universitário de Maringá, e-mail: angelicaavng@hotmail.com
2
Bacharel em Engenharia Civil, Professora de Engenharia Civil, UNICESUMAR - Centro Universitário de Maringá, e-mail:
grasiele.felix@outlook.com

RESUMO: A pesquisa buscou certificar a confiabilidade das estacas hélice contínua (EHC), através da
comparação de métodos de previsão de capacidade de carga com o ensaio de prova de carga estática.
Utilizando os métodos Aoki e Velloso (1975), Décourt e Quaresma (1978), Alonso (1996) e Antunes e Cabral
(1996), os quais obtiveram valores menores que os da prova de carga, atestando a confiabilidade de seu uso.
Para a análise de viabilidade fez-se um estudo das possibilidades de fundações entre EHC, tubulões à céu
aberto (TCA) e estacões, porém descartou-se a utilização dos TCA pela presença de lençol freático. Para os
estacões foi realizado um dimensionamento mantendo as características da fundação e utilizando o método
considerado pelo estudo como mais conservador, que constatou ser impossível. Além disso, foram realizados
levantamentos quantitativos pelas empresas A, B e C para as EHC, estacões e TCA com os diâmetros presentes
no projeto de fundações. Os TCA mesmo com diferenças menores de valores sua análise foi impossibilitada,
pois esses não englobam o preço da abertura da base. Já para os estacões a diferença de preços em relação às
EHC é exorbitante com 403,18%, 375,60% e 354,48 % consecutivamente para os diâmetros de 80, 90 e 100 cm,
tornando as EHC economicamente mais viáveis.

Palavras Chave: viabilidade; confiabilidade; fundações; hélice; contínua.

ABSTRACT: The research sought to ensure the reliability of the continuous flight auger piles (EHC), by
comparing the carrying capacity forecasting methods with the static load test run. Using the methods Aoki and
Velloso (1975), Décourt and Lent (1978), Alonso (1996) and Antunes and Cabral (1996), which had lower values
than those of the load test, attesting to the reliability of its use. For the feasibility analysis was done a study of
the possibilities of EHC among foundations, caissons to open (TCA) and autoservice stations, but ruled out the
use of TCA by the presence of ground water. For autoservice stations was carried out keeping the foundation
design characteristics and using the method considered by the study as more conservative, which found
impossible. In addition, quantitative surveys were conducted by companies A, B and C for EHC, exciting and
TCA with diameters present in the foundations of design. The same TCA with smaller values differences his
analysis was impossible because these do not include the price of the opening of the base. As for the
autoservice stations the price difference compared to EHC is exorbitant with 403.18%, 375.60% and 354.48%
consecutively to the diameters of 80, 90 and 100 cm, making EHC more economically viable.

Keywords: viability; reliability; foundations; helix; continuous.

1 INTRODUÇÃO

A construção civil vem crescendo de forma exponencial nos últimos anos e desde o
princípio os métodos construtivos vão sendo aprimorados, superando os existentes. De mesma
maneira com o passar dos anos tem-se a expansão dos entendimentos das estruturas envolvidas na
construção (vigas, pilares, lajes e fundação) e sobre o solo sob o qual essa será edificada.
13

As estacas hélice contínua (EHC) surgiram nos Estados Unidos ainda na década de 50 e
se espalhou primeiramente para Alemanha em 1970 e depois por toda a Europa e Japão, chegando
ao Brasil em 1987. Segundo Mucheti (2008) embora introduzidas no Brasil em 1987, apenas em 1993
houve uma expansão no número de empresas executoras deste tipo de serviço, devido ao aumento
na importação de equipamentos.
Conforme Almeida Neto (2002) isso ocorreu, pois antes de 1993 uma parte de seus
processos executivos era realizada manualmente e com equipamentos ajustados, tais como o uso de
guindastes adaptados com torre acoplada e dotados de mesa giratória com torque de 35 KN.m, com
possíveis diâmetros de 275, 350 e 450 mm e atingindo uma profundidade máxima de 15 m.
Posteriormente a essa data e com as importações de novos equipamentos esses valores
passaram a torques de 85 KN.m, com possibilidade de diâmetro de até 800 mm e comprimento
máximo de 24 metros, sendo que atualmente esses valores já foram superados (ALMEIDA NETO,
2002, p. 6).
Embora este tipo de fundação seja realizado no Brasil desde 1987, os trabalhos acadêmicos
e científicos mais encontrados são de outras regiões como os de Magalhães (2005) e de Almeida
Neto (2002), além de que sobre este tipo de estaca existe muita especulação e poucos dados
apresentados sobre a viabilidade econômica e também poucos dados sobre a confiabilidade de seu
uso se comparado aos outros tipos de fundação.
Este tipo de estaca apresenta inúmeras vantagens, dentre elas o processo executivo que é
totalmente monitorado, pois os equipamentos são dotados de instrumentos para essa finalidade e a
velocidade de execução.
Com a introdução deste método recentemente no município de Maringá e sem dados
científicos deste tipo de projeto realizado anteriormente no município não existem dados de
referência para uso na região, uma pesquisa realizada sobre o tema agregaria dados para futuras
utilizações.

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Realizar a análise de viabilidade econômica e confiabilidade de fundações de tipo hélice


contínua, a fim de equiparar este com os métodos convencionais, tubulões e estacas, em uma obra
de grande porte no município de Maringá.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Solicitar junto à construtora os resultados dos ensaios pertinentes à fundação e o projeto


fundação;

• Analisar projeto estrutural para verificar as cargas aplicadas na fundação da obra estudada;

• Comparar diversos métodos de previsão de capacidade de carga com os dados coletados nos
ensaios;

• Realizar levantamento quantitativo e qualitativo.


14

3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 FUNDAÇÕES

Segundo Andrade et al. (2013) a fundação de uma obra é a parte responsável por dar
sustentação a construção, suportando todo o carregamento vindo da mesma, ou seja, desde as
cargas de lajes, alvenarias vigas, pilares e sobrecargas vindo da ocupação e uso.
Várias literaturas separam as fundações em superficiais (diretas/ rasas) ou profundas
(indiretas) incluindo a norma ABNT NBR 6122 (Projeto e execução de fundações) de 2010 que
também faz a subdivisão dessas de acordo com seus métodos executivos e dimensões.

3.1.1 Fundações Superficiais

As fundações superficiais (rasas) foram as primeiras existentes em questão de fundação,


essas são elementos que transmitem a carga ao solo, quase que por completo, através das pressões
distribuídas sob sua base e são assentadas em baixas profundidades (inferior a duas vezes a menor
dimensão). A norma brasileira de fundações (ABNT NBR 6122, 2010) separa as fundações rasas em
blocos, sapatas, sapata associada, sapata corrida e radier. Lopes e Velloso (2010) ainda traz um tipo
de fundação superficial não apresentado pela norma denominada de grelha, sendo os principais
tipos de fundações superficiais apresentadas na Figura 1.

FIGURA 1: Principais tipos de fundações superficiais


FONTE: (LOPES; VELLOSO 2010).

3.1.2 Fundações Profundas

As fundações profundas são um produto da necessidade de transmissão de maiores cargas


ao solo. Com o crescimento e evolução da engenharia civil, quando surgiram os prédios de maiores
porte e o avanço dos estudos geotécnicos criou-se as fundações profundas, que são caracterizadas
pela transmissão da carga ao solo através da base (resistência de ponta) e/ou pelo atrito lateral
(resistência de atrito).
15

Para Décourt (1998) as fundações profundas, devido a valores pequenos de recalque


geralmente gerados, não recebem atenção para o assunto da interação solo estrutura, sendo as
fundações rasas e mistas as mais visadas para abordar a questão. Segundo o autor para o tema há
duas possíveis abordagens: admitir a rigidez da estrutura no cálculo de recalques ou projetar a
fundação para recalques iguais de todos os pilares.
Pela definição da ABNT NBR 6122 (2010) as fundações profundas são:
Elemento de fundação que transmite a carga ao terreno ou pela base (resistência
de ponta) ou por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma
combinação das duas, devendo sua ponta ou base está assente em profundidade
superior ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no mínimo 3,0 m. Neste
tipo de fundação incluem-se as estacas e os tubulões (ABNT NBR 6122, 2010).

Segundo a ABNT NBR 6122 (2010) as estacas são um tipo de fundação profunda, podendo
ser de concreto pré-moldado, concreto moldado "in situ", mistos, aço ou madeira, executadas
inteiramente por equipamentos ou ferramentas e diferente do tubulão, sem decida de operário. As
estacas podem ser executadas por cravação ou serem escavadas, sendo essas separadas em: estacas
escavadas mecanicamente e em estacas escavadas com fluido estabilizante.
As estacas executadas por cravação, ou estacas cravadas são aquelas que têm sua inserção
no solo feita através de um processo dinâmico por meio de golpes de martelo de gravidade,
hidráulico, vibratório ou de explosão.
As estacas escavadas mecanicamente são executadas de forma que primeiramente há a
perfuração do solo através de um trado mecânico, sem uso de revestimento e fluido estabilizante e
posteriormente a concretagem (ABNT NBR 6122, 2010).
As escavadas com fluido estabilizante pela definição da ABNT NBR 6122 (2010) são:
Estaca moldada in loco, sendo a estabilidade da parede da perfuração assegurada
pelo uso de fluido estabilizante ou água quando tiver revestimento metálico.
Recebendo a denominação de estaca escavada quando a perfuração é feita por
uma caçamba acoplada a uma perfuratriz, e estaca barrete quando a seção for
retangular e escavada com utilização de clam-shell.

As estacas escavadas de grandes diâmetros recebem a nomenclatura de estacão, sendo


estas utilizadas na ocorrência de grandes cargas, moldadas in loco, executadas com perfuração em
rotação, com utilização simultaneamente de fluído estabilizante, ou seja, lama bentonítica ou
polímero (TOPGEOS, 2015).
Os tubulões são elementos estruturais de fundação profunda construídos
concretando-se um poço (revestido ou não) aberto no terreno, geralmente dotado
de uma base alargada. Diferenciam-se das estacas porque em pelo menos na sua
etapa final há descida de operário para completar a geometria da escavação ou
fazer a limpeza de solo. Os tubulões dividem-se em dois tipos básicos: a céu aberto
(normalmente sem revestimento) e a ar comprimido (ou pneumático), estes
sempre revestidos [...] (ALONSO;GOLOMBEK, 2008, p.400).

Há ainda tipos de estacas com características e métodos executivos específicos, tais como a
estaca Raiz, a estaca tipo Franki, a tipo Strauss, estacas metálicas, entre outras, indicadas de acordo
com a situação de necessidade e sendo essas ilustradas, junto a outros tipos de fundações profundas,
na Figura 2.
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FIGURA 2: Alguns tipos de fundações profundas: estacas (a) metálicas, (b) pré-moldadas de concreto vibrado,
(c) pré-moldada de concreto centrifugado, (d) tipo Franki e tipo Strauss, (e) tipo raiz, (f) escavadas; tubulões (g)
a céu aberto, sem revestimento, (h) com revestimento de concreto e (i) com revestimento de aço.
FONTE: (LOPES; VELLOSO, 1998).

3.2 ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA

A estaca Hélice Contínua é uma estaca de concreto moldada “in loco”, executada por meio
de trado contínuo e injeção de concreto, sob pressão controlada, através da haste central do trado
simultaneamente a sua retirada do terreno (ANTUNES; TAROZZO, 1998, p.345).
De acordo com a ABNT NBR 6122 (2010), as estacas hélice contínua (EHC) são um tipo de
fundação profunda, definidas como sendo estacas de concreto armado moldadas in loco onde a
armadura é colocada depois da concretagem e para isto há primeiramente a perfuração do solo por
trado helicoidal contínuo e em seguida a injeção de concreto através da própria haste central do
trado.
As EHC existem desde a década de 50 e como todo processo, este tipo de fundação sofreu
várias mudanças no decorrer dos anos principalmente do tipo tecnológicas em seus equipamentos e
na execução. Segundo Caputo et al. (1997) apud Mucheti (2008), dentre as principais tem-se a
substituição da argamassa pelo uso de concreto usinado, o desenvolvimento de sensores
(equipamentos) que permitiram uma melhor monitoração durante todo o processo de execução,
aprimoramento dos equipamentos tendo estes suas potências aumentadas (uso em qualquer tipo de
solo) e capacidade de alcançar maiores profundidades e diâmetros.
17

3.2.1 Método Executivo

Tanto Almeida Neto (2002), Antunes e Tarozzo (1998), quanto à norma de fundações (ABNT
NBR 6122, 2010) separam o método executivo deste tipo de estaca em perfuração, concretagem e
colocação da armadura e os quais estão ilustrados na Figura 3.

FIGURA 3: Ilustração do processo executivo de estacas Hélice Contínua


FONTE: (SETE ENGENHARIA, 2015).

3.2.1.1 Perfuração

A perfuração é realizada pela rotação de um trado em formato de hélice, que possui uma
haste central (com tampa metálica fechando a ponta para evitar que o solo entre) através de um
torque e sem interrupção, ou seja, sem que haja a retirada da hélice, até atingir a cota
(profundidade) de projeto.
A máquina perfuratriz utilizada no processo é um equipamento constituído por uma torre
metálica (com altura conforme a profundidade prevista pelo projeto), no qual a torre contém duas
guias em suas extremidades, podendo a guia inferior ser substituída pelo limpador de trado; que
possui mesa rotativa (com acionamento hidráulico e torque de acordo com o diâmetro e
profundidade da estaca) e guincho compatível com especificações de projeto (ANTUNES; TAROZZO,
1998, p.346). Uma exemplificação do equipamento utilizado para a perfuração pode ser visualizada
na Figura 4.
18

FIGURA 4: Equipamento Utilizado para execução de Estacas Hélice Contínua


FONTE: (SETE ENGENHARIA, 2015).

O torque é aplicado através de uma mesa rotativa localizada no topo da hélice e tem a
intensidade necessária para vencer a resistência do solo. A única força vertical atuante no processo é
o peso próprio da hélice e o solo contido nela (ALMEIDA NETO, 2008, p.10).
Segundo Mucheti (2008) os parâmetros profundidade, velocidade de avanço da perfuração,
pressão do sistema hidráulico e velocidade de rotação da hélice são registrados instantaneamente o
que permite o cálculo do torque aplicado. Além de que devido suas características de perfuração
este tipo de estaca pode ser utilizado em solos com valores de SPT acima de 50.

3.2.1.2 Concretagem

A fase de concretagem se inicia primeiramente com paralisação da perfuração ao se atingir


a profundidade de projeto e em seguida dá-se início ao bombeamento do concreto pela haste central
da hélice e simultaneamente a realiza-se a retirada da hélice. A concretagem ocorre até a superfície
do terreno.
A norma ABNT NBR 6122 (2010) específica requisitos do concreto utilizado, tais como o
consumo de cimento não ser inferior a 400 kg/m³, sendo os agregados areia e pedrisco, slump test
igual a 22 cm (com variação de ±3 cm), fator água cimento ≤ 0,6, fck ≥ 20 MPa aos 28 dias, etc.
Almeida Neto (2008) observa que a concretagem também, assim como a perfuração, é
feita de forma contínua e com o concreto sendo injetado sob pressão positiva variando entre 50 a
100 KPa com o objetivo de garantir a continuidade e a integridade do fuste da estaca.

3.2.1.3 Colocação da Armadura

A colocação da armadura para estacas do tipo hélice contínua ocorre após a sua
concretagem e podendo ocorrer manualmente por gravidade ou por auxílio de um peso (pilão) ou
por vibração, sendo o auxílio de um pilão o método mais usual.
As estacas quando solicitadas a compressão ou por tensões limitadas pela norma (ABNT
NBR 6122, 2010), podem ser executadas sem a presença de armadura, ou seja, em concreto não
armado, contento apenas a armadura de ligação do elemento com o bloco.
19

E quando possuem armadura essa tem formato de "gaiola" e para evitar sua
deformação durante o processo é constituída de barras grossas, estribo helicoidal soldado
(ponteado) e deve possuir a extremidade inferior levemente afunilada (ANTUNES; TAROZZO, 1998, p.
346).

3.3 INVESTIGAÇÕES

3.3.1 Ensaio de Sondagem à Percussão (SPT)

O ensaio de sondagem à percussão – SPT (abreviação do inglês: standard penetration test)


no Brasil tem suas diretrizes definidas pela ABNT NBR 6484 (Solo – Sondagens de simples
reconhecimento com SPT – Método de ensaio) de 2001 e nele se determina o índice de resistência à
penetração conhecida como N ou NSPT.
O ensaio é realizado pela cravação dinâmica de um amostrador-padrão no solo por meio de
golpes que ocorrem devido à queda livre, em uma altura de 75 cm, de um martelo de massa igual a
65 kg. O valor do NSPT é obtido pelo número de golpes necessários para cravar os últimos 30 cm no
solo depois de três avanços de 15 cm, ou seja, dispensando os valores obtidos para cravação dos
primeiros 15 cm.
Através da sondagem pode-se saber o tipo de solo atravessado (durante a execução se tira
uma amostra deformada de solo a cada metro perfurado), a resistência pelo NSPT e a ausência ou
presença de nível de lençol freático e sua posição (ALMEIDA et al., 1998, p. 118).

3.3.2 Ensaio de Prova de Carga Estática

O ensaio de prova de carga estática permite determinar o comportamento das fundações


indiretas (profundas) quando solicitadas (através de cargas aplicadas depois de concretadas e
“prontas”), o que ao se comparar os valores obtidos com os previstos, através dos métodos de
previsão da capacidade de carga, pode-se ter o grau de confiabilidade da fundação utilizada.
Para a realização do ensaio o carregamento ocorre de maneira constante podendo ser
lento, misto ou rápido e de modo que a carga é aplicada em estágios iguais e sucessivos, não sendo
superior a 20 % da carga prevista para a estaca ensaiada e ser mantido observando-se os
deslocamentos gerados até que estabilizem ou no mínimo por 30 min (BROCHERO, 2014, p. 26).
No Brasil as diretrizes para a execução do ensaio encontram-se na norma ABNT NBR 12131
(Estacas - Prova de carga estática - Método de ensaio) de 2006 sendo o método mais usual a
utilização de reação com estacas e que está apresentado na Figura 5.
20

FIGURA 5: Esquema do sistema de reação com estacas


FONTE: (ALBUQUERQUE, 2001 apud MUCHETI, 2010).

3.4 CAPACIDADE DE CARGA EM ESTACAS

Magalhães (2005) define a capacidade de carga em uma estaca como a somatória das
máximas cargas suportadas pelo atrito lateral e pela ponta (resistência de ponta), podendo ser
determinada através de métodos teóricos, métodos semi-empíricos e por ensaios como o de prova
de carga estática.
Por Damasceno (2013) ao se aplicar uma carga vertical comprimindo uma estaca se tem
uma solicitação que será resistida parte pelo atrito lateral, ou seja, pela resistência ao cisalhamento
ao decorrer do fuste e parte pela resistência de ponta, com a somatória das cargas máximas
resistidas tem-se a capacidade de carga dessa estaca, ou seja, a máxima resistência apresentada pelo
conjunto solo-estaca.

3.4.1 Método de Van der Veen (1953)

Por Lopes e Velloso (2010) quando não há ruptura ou deslocamento que caracterize
ruptura na prova de carga há a opção da tentativa de extrapolação da curva carga x recalque através
de uma equação matemática ajustada ao trecho que se possui da curva, sendo que uma das mais
usada no Brasil é a função exponencial proposta por Van der Veen.
Através de uma observação de Aoki (1996) apud Lopes e Velloso (2010) percebesse que a
reta obtida não passa pela origem do gráfico e devido a isso houve uma mudança na fórmula usada.
Ainda há o problema quanto à confiabilidade do método, pois extrapolações a partir de
curvas que não passam do trecho elástico geram valores de capacidade de carga exagerados. Porém,
se o recalque máximo atingido pela prova de carga não for inferior há 1% do diâmetro da estaca, os
valores obtidos extrapolação podem ser aceitáveis (LOPES; VELLOSO, 2010, p. 433).
21

3.4.2 Métodos semi-empíricos

Os métodos semi-empíricos para a obtenção da capacidade de carga são aqueles que


utilizam de correlações para a sua determinação, principalmente como no caso o SPT.
Para a previsão de carga em estacas hélice contínua alguns métodos semi-empíricos foram
adequados e alguns foram propostos especificamente para esse tipo de estaca, de acordo com Lopes
e Velloso (2010) o caso dos métodos de Antunes e Cabral e de Alonso que são especificamente para
as EHC e da adaptação dos métodos de Aoki e Velloso, o de Décourt e Quaresma, sendo esses
exemplos os mais confiáveis dentre outros métodos por comparação entre 100 provas de carga.

3.4.2.1 Método de Aoki e Velloso (1975)

Segundo Magalhães (2005) o método originalmente foi feito para ter como parâmetro o
ensaio de CPT, no qual as tensões limites de ponta e de atrito lateral são avaliadas em função da
tensão de ponta obtida no ensaio, posteriormente suas fórmulas foram adaptadas para o uso do SPT,
correlacionando os valores do CPT com o SPT.
Para a utilização do método faz-se necessário o uso de coeficientes: F1, F2, K e α, os quais
têm seus valores tabelados de acordo com o tipo de estaca e o tipo de solo. Conforme Damasceno
(2013) no princípio o método não tinham os fatores F1 e F2 para as estacas escavadas, só após
contribuições de outros autores no decorrer dos anos que o método passou a ter esses coeficientes
contemplando outros tipos de estacas.

3.4.2.2 Método de Décourt e Quaresma (1978)

Este método foi elaborado com o intuito de estimar o valor da capacidade de carga se
baseando exclusivamente nos valores obtidos no ensaio de SPT e para se utilizar em estacas cravadas
(de deslocamento). Posteriormente foram acrescentados ao método outros tipos de estacas e
coeficientes para a resistência de ponta e atrito lateral, respectivamente α e β (ALMEIDA NETO,
2002, p. 129).
A carga última da estaca é determinada pela soma das parcelas de resistência de ponta e
pelo atrito lateral e para seu cálculo tem-se o uso dos coeficientes α, β e C, que possuem seus valores
tabelados de acordo com o tipo de solo e o tipo de estaca.
3.4.2.3 Método de Antunes e Cabral (1996)

Desenvolvido propriamente para uso em previsão de capacidade de carga em estacas hélice


contínua baseando-se no ensaio de SPT. Conforme Damasceno (2013) para a elaboração do método
foram avaliados nove provas de carga realizadas em estacas do tipo hélice contínua com diâmetros
de 35, 50 e 75 cm e para seu uso faz-se necessário a utilização de dois coeficientes (β1 e β2) que se
apresentam em uma faixa de valores de acordo com o tipo de solo e o que permite calcular a carga
última mínima e máxima de uma estaca desse tipo.

3.4.2.4 Método de Alonso (1996)

O método também foi desenvolvido especificamente para uso em estacas do tipo hélice
contínua, sendo baseado no ensaio de SPT-T, ou seja, o ensaio de SPT com a medição do torque e
reavaliado em 2000.
Barros (2012), afirma que através de correlações entre os valores do SPT e do SPT-T é
possível usar uma fórmula geral para o método disponibilizando apenas do ensaio de SPT e utilizando
no método um coeficiente β tabelado de acordo com o tipo de solo tem-se o valor da carga de
ruptura definido como a soma das parcelas da resistência de ponta e do atrito lateral.
22

4 METODOLOGIA

4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A análise da viabilidade e confiabilidade da utilização de fundações profundas do tipo hélice


contínua foi feita em uma obra (Obra A) da Construtora A, localizada no município de Maringá, onde
a mesma realizou sondagens do subsolo e provas de carga estática em EHC.
A obra A é um edifício residencial, com 32 pavimentos tipos, um pavimento intermediário
(lazer), térreo e dois subsolos, sendo dois por pavimento, em um total de 64 apartamentos e tendo
cada um com um total de 618,37m² e 382 m² de área privativa diferenciando entre si na disposição
dos cômodos. Uma imagem ilustrativa da obra encontra-se na Figura 6.

FIGURA 6: Ilustração da fachada da obra A


FONTE: Próprio autor.

Para a análise da confiabilidade, através de dados fornecidos pela empresa, foram


realizados cálculos de previsões de carga pelos métodos escolhidos e comparados com os valores
obtidos nos ensaios de prova de carga estática.
Já a parte de viabilidade da pesquisa foi realizada a partir de quantitativos fornecidos por
outras empresas baseados nos dados fornecidos pela construtora A. Foram analisadas as
possibilidades de outros tipos de fundações para a Obra A, focando nos tubulões à céu aberto (TCA)
e estacões, por serem os tipo de fundações mais comuns, e comparados os orçamentos entre esses
tipos de fundações e uma fundação por estacas hélice contínua, utilizada na Obra A, todas
possuindo o mesmo diâmetro e profundidade.

4.2 COLETA E AVALIAÇÃO DE DADOS

Para a coleta de dados foi elaborado um ofício, no qual continha a solicitação dos dados
pertinentes à pesquisa, tais como a locação e carga dos pilares, o projeto de fundações, relatórios
23

dos ensaios de sondagem (SPT) e do ensaio de prova de carga estática e que será levado
pessoalmente à construtora responsável pela obra.

4.2.1 Avaliação das Cargas da Estrutura

Através da locação dos pilares e suas respectivas cargas (projeto de fundação – Anexo E)
foram analisados seus picos, ou seja, os locais onde as solicitações são maiores e onde são menores.
Com isso foi possível verificar a pior situação (maior carregamento) e averiguar a utilização da estaca
que recebe esta carga no ensaio de prova de carga estática como referência para comparações.

4.2.2 Avaliação da Sondagem a Percussão (SPT)

Para a aplicação nos métodos utilizados na pesquisa foram observados, através dos
relatórios de sondagem (Anexos A ao G), o tipo de solo e o NSPT de cada camada, além de que pela
sondagem foi possível caracterizar o solo da obra e verificar a presença ou não de lençol freático.

4.2.3 Avaliação da Prova de Carga Estática

Os relatórios gerados pelo ensaio são gráficos de deformação (recalque) por carga aplicada
e através desses foi possível definir a carga última e a tensão admissível da estaca em análise. Para
critério de comparação foi utilizado pela pesquisa às tensões admissíveis calculadas pelos métodos e
a obtida pelo ensaio.

4.3 MÉTODOS DE ESTIMATIVA DE CARGA

4.3.1 Método De Van Der Veen (1953)

Para a previsão da capacidade de carga (carga última) pelo método de Van der Veen
originalmente foi utilizada a Equação 1 e 2, sendo modificada posteriormente adotando-se
atualmente sua forma generalizada definida na Equação 3 mantendo a Equação 2:

[
Pi = Pr . 1 − e − (a.w ) ] Eq. [1]

 p 
− ln 1 − i 
α=  Pr 
Eq. [2]
w

[
Pi = Pr . 1 − e − (a.w+b ) ] Eq. [3]
Onde:
Pi = a carga aplicada;
Pr = a carga última;
w = o recalque devido à carga Pi;
α = coeficiente de ajuste;
b = o ponto de intersecção da reta procurada com o eixo das abcissas;
24

De acordo com Magalhães (2005) a capacidade de carga é obtida atribuindo vários


valores a Pr até que o gráfico –ln(1-Pi/Pr) x w, ilustrado na Figura 7, seja uma reta.

FIGURA 7: Estimativa da capacidade de carga pelo método de Van der Veen


FONTE: MAGALHÃES (2005).

4.3.2 Método de Aoki e Velloso (1975)

Para a utilização do método é preciso fazer uma correlação com o ensaio de SPT, onde as
parcela de atrito lateral (RL) e de resistência de ponta (Rp) são dadas respectivamente pelas Equações
4 e 5 e para cálculo da carga última (Qult) e de tensão admissível (σadm) as Equações 6 e 7
respectivamente:

α .k .N l
RL = U .∑ rl .∆ l = U .∑ .∆ l
F2 Eq. [4]

k .N P
R P = rp . A p = .Ap Eq. [5]
F1

Qult = RP + RL Eq. [6]

Qult
σ adm = Eq. [7]
2

Onde:
RL = parcela de atrito lateral (KN);
RP = parcela da resistência de ponta (KN);
Qult = carga última (KN);
σadm = tensão admissível (KN);
U = perímetro da seção transversal da estaca (m);
Δl = espessura da camada a ser considerada (m);
α = coeficiente de acordo com o tipo de solo (%), apresentados na Tabela 1;
k = coeficiente de acordo com o tipo de solo (KPa), apresentados na Tabela 1 e convertidos pela
Equação 8;
1 Kgf/cm² = 100 KPa Eq. [8]

Nl = NSPT médio da camada analisada;


NP = NSPT da ponta da estaca;
25

Ap = área da seção transversal da estaca (m²);


F1 = coeficiente de acordo com o tipo de estaca, apresentado na Tabela 2;
F2 = coeficiente de acordo com o tipo de estaca, apresentado na Tabela 2.
Como os valores estabelecidos por Aoki e Velloso no método original não abrangiam alguns
tipos de estacas essas posteriormente foram agregadas por outros autores, como no caso da
publicação de Monteiro (1997) apud Lopes e Velloso (2010) apresentados na Tabela 1 e 2, que serão
utilizadas na pesquisa.

TABELA 1: Valores de k e α por Monteiro.

Tipo de solo k (Kgf/cm²) α (%)


Areia 7,3 2,1
Areia siltosa 6,8 2,3
Areia siltoargilosa 6,3 2,4
Areia argilossiltosa 5,7 2,9
Areia argilosa 5,4 2,8
Silte arenoso 5 3
Silte arenoargiloso 4,5 3,2
Silte 4,8 3,2
Silte argiloarenoso 4 3,3
Silte argiloso 3,2 3,6
Argila arenosa 4,4 3,2
Argila arenossiltosa 3 3,8
Argila siltoarenosa 3,3 4,1
Argila siltosa 2,6 4,5
Argila 2,5 5,5
FONTE: MONTEIRO (1997) apud LOPES e VELLOSO (2010).

TABELA 2: Valores de F1 e F2 por Monteiro.

Tipo de Estaca F1 F2
Franki de fuste apiloado 2,3 3,0
Franki de fuste vibrado 2,3 3,2
Metálica 1,75 3,5
Pré-moldada de concreto cravada a percussão 2,5 3,5
Pré-moldada de concreto cravada por prensagem 1,2 2,3
Escavada com lama bentonítica 3,5 4,5
Raiz 2,2 2,4
Strauss 4,2 3,9
Hélice contínua 3,0 3,8
FONTE: MONTEIRO (1997) apud LOPES e VELLOSO (2010).
26

4.3.3 Método de Décourt e Quaresma (1978)

No método de Décourt e Quaresma as parcelas do atrito lateral (RL) e da resistência de


ponta (Rp) são descritas respectivamente nas Equações 9 e 10, tendo equação de carga última (Qult) e
a de tensão admissível (σadm) definidas respectivamente nas Equações 11 e 12:

N 
RL = U .L.β .rl = U .L.β . l + 1.10 Eq. [9]
 3 

RP = α .rp . Ap = α .C.N p . A p Eq. [10]

Qult = RP + RL Eq. [11]

RP RL Qult
σ adm ≤ + ; Eq. [12]
4,0 1,3 2

Onde:
RL = parcela de atrito lateral (KN);
RP = parcela da resistência de ponta (KN);
Qult = carga última (KN);
σadm = tensão admissível (KN);
U = perímetro da seção transversal estaca (m);
L = comprimento da estaca (m);
Ap = área da seção transversal da estaca (m²);
β = coeficiente de acordo com o tipo de solo e o tipo da estaca, apresentado na Tabela 3;
α = coeficiente de acordo com o tipo de solo e o tipo da estaca, apresentado na Tabela 4;
C = coeficiente de acordo com o tipo de solo (KN/m²), apresentado na Tabela 5;
Nl = NSPT médio do fuste, ou seja, a média dos NSPT ao longo do fuste excluindo os valores utilizados
para o Np e com limites 3≥Nl≤50;;
Np = NSPT médio da ponta, ou seja, a média dos NSPT da ponta, do imediatamente a cima e do
imediatamente abaixo.

TABELA 3: Valores do coeficiente β em função do tipo de solo e do tipo de estaca.

Solo/ Estaca Escavada (em Escavada (com Hélice Raiz Injetadas sob altas
geral) bentonita) Contínua pressões
Argilas 0,80 0,90 1,0 1,5 3,0
Solos
0,65 0,75 1,0 1,5 3,0
intermediários
Areias 0,50 0,60 1,0 1,5 3,0

FONTE: DÉCOURT (1998).


27

TABELA 4: Valores do coeficiente α em função do tipo de solo e do tipo de estaca.

Solo/ Estaca Escavada (em Escavada (com Hélice Raiz Injetadas sob altas
geral) bentonita) Contínua pressões
Argilas 0,85 0,85 0,30 0,85 1,0
Solos
0,60 0,60 0,30 0,60 1,0
intermediários
Areias 0,50 0,50 0,30 0,50 1,0
FONTE: DÉCOURT (1998).

TABELA 5: Valores do coeficiente C em função do tipo de solo.

Tipos de Solo C (KN/m²) C (tf/m²)


Argila 120 12
Silte argiloso (solo residual) 200 20
Silte arenoso (solo residual) 250 25
Areia 400 40
FONTE: DÉCOURT (1998).

4.3.4 Método de Antunes e Cabral (1996)

A utilização do método dá-se pelo uso da equação 13 e da equação 14:

Qult = rp. A p + U .∑ ∆ l .rl = β 2 .N p . A p + U .∑ ∆ l .β 1 .N l Eq. [13]

Qult
σ adm = Eq. [14]
2

Onde:
Qult = carga última (KN);
σadm = tensão admissível (KN);
U = perímetro da estaca (m);
Δl = espessura da camada a ser considerada (m);
Ap = área da seção transversal da estaca (m²);
β1 = coeficiente utilizado para cálculo da parcela do atrito lateral de acordo com o tipo de solo,
apresentado na Tabela 6;
β2 = coeficiente utilizado para cálculo da parcela da resistência de ponta de acordo com o tipo de
solo, apresentado na Tabela 6;
Nl = NSPT médio da camada analisada;
Np = NSPT da ponta da estaca;
28

TABELA 6: Valores dos coeficientes β1 e β2.

Solo β1 (KPa) β2 (KPa)


Areia 4,0 – 5,0 200,0 – 250,0
Silte 2,5 – 3,5 100,0 – 200,0
Argila 2,0 – 3,5 100,0 – 150,0
FONTE: DAMASCENO (2013).

Sendo os valores de β1.NSPT e β2.NSPT em KPa e β2.NSPT (rp) ≤ 4000 KPa.

4.3.5 Método de Alonso (1996)

As equações utilizadas pelo método estão descritas nas Equações 15 a 21, sendo que as
Equações 18 e 19 são correlações do ensaio de SPT-T com o ensaio de SPT de acordo com Magalhães
(2005).

rl = α . f s Eq. [15]

Tmax
fs = Eq. [16]
0,18

Tmin(1) + Tmin( 2)
rp = β . Eq. [17]
2

Tmax = 1,2.N SPT Eq. [18]

Tmin = N SPT Eq. [19]

Qult = ∑ (U .∆ l .rl ) + Ap .rp Eq. [20]

Qult
σ adm = Eq. [21]
2

Onde:
rl = parcela de atrito lateral (KPa);
α = coeficiente de correção do fs obtido através de provas de carga carregadas até próximo à
ruptura. Para estacas hélice contínua adotar α = 0,65 (KPa/Kgf.m);
fs = adesão calculada a partir do torque máximo (Kgf.m);
rp = parcela da resistência de ponta (KPa);
β = coeficiente de acordo com o tipo de solo, apresentado na Tabela 7;
Tmax = torque máximo obtido por correlação com ensaio de sondagem a percussão;
Tmin = torque mínimo obtido por correlação com ensaio de sondagem a percussão;
Tmin(1) = média aritmética dos valores de torque mínimos ao longo de 8.d acima da ponta da estaca
(Kgf.m), sendo d o diâmetro da estaca;
Tmin(2) = média aritmética dos valores de torque mínimos ao longo de 3.d abaixo da ponta da estaca
(Kgf.m), sendo d o diâmetro da estaca;
29

U = perímetro da estaca (m);


Δl = espessura da camada a ser considerada (m);
Ap = área da seção transversal da estaca (m²);
NSPT = N obtido do ensaio de sondagem a percussão – SPT;
Qult = carga última (KN);
σadm = tensão admissível (KN).

TABELA 7: Valores do coeficiente β (KPa/ Kgf.m)

Solo β
Areia 200
Silte 150
Argila 100
FONTE: LOPES E VELLOSO (2010).

Sendo os valores de Tmin(1) e Tmin(2) limitados em no máximo 40 Kgf.m.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 AVALIAÇÃO DOS DADOS

Pela interpretação do projeto de fundação (Anexo E) e a avaliação das cargas na estrutura


percebeu-se que seu pico de maior carga em EHC se concentra nas estacas do pilar P17 da parte que
o projeto classifica como torre e que nascem no 2º subsolo, com uma carga/estaca de 417,50 tf, logo
sendo essas estacas utilizadas como critério de comparação. Essas estacas possuem diâmetro de 100
cm e profundidades útil de 16 m e escavada de 17 m.
Para os ensaios de sondagem a percussão foram realizados sete furos (Anexos A e B), nos
quais, pelos relatórios gerados, observou-se que em geral trata-se de um solo com camadas em
argila siltosa. Simplificando, os furos possuem as mesmas camadas, porém com profundidade e
espessuras diferentes e as camadas diferem entre si pela coloração e rigidez. As sondagens foram
limitadas entre a profundidade de 17,05 metros e 19,11 metros sem a presença de lençol freático.
Além do ensaio de SPT convencional também foi realizado uma sondagem a trado com o
objetivo de fazer o reconhecimento do subsolo encontrado no Anexo C. Foi realizado um furo de
sondagem a trado de reconhecimento de número 01 com 26 metros lineares. O resultado do ensaio
gera a caracterização junto com o torque das camadas.
O material retirado do fundo do fuste trata-se de fragmento de rocha cinza escura com
manchas amarelas, onde a máquina apresentou torque de 200 KN.m, sendo encontrado presença de
água aos 24 metros de profundidade, descartando a possiblidade da utilização de fundações em
tubulões a céu aberto.
Para os cálculos de capacidade de carga será utilizada como referência a sondagem
realizada no furo SP01 (Anexo A) por ser o furo mais próximo do pilar P17 de maior carga.

5.1.1 Interpretação Da Prova De Carga Estática

Foi realizada uma prova de carga estática em uma estaca escavada de 100 cm de diâmetro
com 22 m de profundidade, sendo apresentada a curva carga x recalque na Figura 8. O ensaio foi
30

iniciado com uma carga de 600 KN sendo aumentada na segunda etapa uma carga de 600 KN
somada a anterior e, de acordo com a ABNT NBR 12131 (2006), mantida até a estabilização dos
deslocamentos por no mínimo 30 minutos. Nas etapas posteriores o carregamento foi feito de
mesma maneira até atingir uma carga máxima de 6000 KN, a qual foi mantida por 12 horas após a
estabilização dos deslocamentos. A descarga foi feita por estágios de descarregamento seguidos por
intervalos de 15 minutos até a estabilização dos deslocamentos.

FIGURA 8: Curva carga x recalque da prova de carga


FONTE: Próprio autor.

Durante o ensaio foi alcançada uma carga máxima de 6000 KN, possibilitando adotar uma
tensão admissível de 3000 KN para comparação com os outros métodos. Porém para o
dimensionamento atual da fundação adotaram uma capacidade de carga de até 4500 KN por estaca.

5.2 ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA

Os resultados dos métodos de Van der Veen (1953), Aoki e Velloso (1975), Décourt e
Quaresma (1978), Antunes e Cabral (1996), Alonso (1996) e o resultado da prova de carga estática
estão apresentados no Quadro 1 e no Gráfico 1, o que permiti a comparação entre os métodos,
sendo os cálculos realizados encontrados nas planilhas dos Apêndices A, B, C , D e E.

QUADRO 1: Apresentação dos resultados das tensões admissíveis em KN

Estaca Van der Veen Aoki e Décourt e Antunes e Cabral Alonso Prova de
Velloso Quaresma carga
P17 * 2232,63 1576,76 2048,32 – 2234,85 2274,12 3000
FONTE: Acervo pessoal.

* Como a pesquisa procura certificar a confiabilidade das EHC, este método não será utilizado, pois para a
utilização dele é necessária primeiramente à realização de prova de carga, que já torna possível a determinação
da tensão admissível uma vez que o ensaio de prova de carga estática ocorreu sem ser interrompido.

De acordo com o Quadro 1 as tensões admissíveis de todos os métodos escolhidos ficaram


abaixo do valor obtido pela prova de carga estática, sendo o que mais se aproxima do valor é o
método de Alonso (1996), sendo o pior caso o de Décourt e Quaresma (1978).
31

GRÁFICO 1: Porcentagem dos métodos semi-empíricos de estimativa de carga em relação à prova de carga
estática
FONTE: Acervo pessoal.

Pelo Gráfico 1 fica evidente essa diferença, com o método de Décourt e Quaresma (1978)
tendo uma porcentagem de 52,56 % em relação à prova de carga e o de Alonso (1996) com 75,80 %,
tornando o método de Décourt e Quaresma (1978) a pior situação de cálculo para dimensionamento
e o de Alonso (1996) o mais perto do real para a obra em estudo.
Assim como na pesquisa de Oliveira (2014), que utilizou os métodos de Décourt e
Quaresma (1978), Alonso (1996) e Antunes e Cabral (1996) entre comparações de métodos de
estimativa de carga para EHC em Brasília e que obteve como resultado o método de Alonso (1996)
sendo a melhor aproximação com a prova de carga e o de Décourt e Quaresma (1978) o mais
distante.
Outro exemplo é o estudo de Barros (2012) em São Paulo, no qual foi feita comparações
dos métodos Aoki e Velloso (1975), Décourt e Quaresma (1978), Antunes e Cabral (1996) e Alonso
(1996) com as provas de carga estáticas realizadas em EHC. Sendo como resultado o método que
mais se aproxima da prova de carga o método de Alonso (1996).

5.3 QUANTITATIVO

Como foi constatada presença de água pela sondagem a trado foi descartada a possiblidade
da utilização de fundações em tubulões a céu aberto, deixando como opção de fundação para a
construtora A, a utilização de estacões ou estacas tipo hélice contínua.
Devido à carga dos pilares, espaçamento entre eles e ao tamanho do terreno foi levado
como única opção para a construtora A, a utilização das EHC. Para comprovação será realizado o
dimensionamento para a fundação em estacões da parte do edifício tida como torre, mantendo as
profundidas e diâmetros das estacas alterando apenas as quantidades por bloco. Foi utilizado o
método de tensão admissível mais baixa em relação aos outros, ou seja, a pior situação de
dimensionamento, que no caso é o método de Décourt e Quaresma, sendo os resultados
apresentados nos Apêndices F, G e H.
32

Ainda foi feito um levantamento quantitativo em três empresas distintas especialistas


em fundações, A, B e C para estacas tipo hélice contínua, estacões e tubulões a céu aberto de
diâmetros de 80, 90 e 100 cm (diâmetros do projeto de fundações da região da torre) para
comparação orçamentária, elaboração de média por metro de profundidade e para que se for
possível uma fundação por estacão permitir a elaboração de seu respectivo orçamento. Os
resultados estão expostos nos Quadros 2, 3, 4 ,5 e no Gráfico 2.

QUADRO 2: Levantamento quantitativo de valores para um diâmetro de 80 cm

Empresa A Empresa B Empresa C Média


Tipos de fundação
(R$/m) (R$/m) (R$/m) (R$/m)
Tubulão à céu aberto 25,00 * 32,00 * 31,50 * 29,50 *
Estacas hélice contínua 56,00 70,00 62,00 62,67
Estacão 250,00 240,00 268,00 252,67
FONTE: Acervo pessoal.

QUADRO 3: Levantamento quantitativo de valores para um diâmetro de 90 cm

Empresa A Empresa B Empresa C Média


Tipos de fundação
(R$/m) (R$/m) (R$/m) (R$/m)
Tubulão à céu aberto 29,00 * 37,00 * 37,50 * 34,50 *
Estacas hélice contínua 63,00 80,00 74,00 72,33
Estacão 275,00 260,00 280,00 271,67
FONTE: Acervo pessoal.

QUADRO 4: Levantamento quantitativo de valores para um diâmetro de 100 cm

Empresa A Empresa B Empresa C Média


Tipos de fundação
(R$/m) (R$/m) (R$/m) (R$/m)
Tubulão à céu aberto 34,00 * 42,00 * 43,50 * 39,83 *
Estacas hélice contínua 70,00 90,00 86,00 82,00
Estacão 300,00 280,00 292,00 290,67
FONTE: Acervo pessoal.

QUADRO 5: Resumo da média dos valores

Diâmetro de 80 cm Diâmetro de 90 cm Diâmetro de 100 cm


Tipos de fundação
(R$/m) (R$/m) (R$/m)
Tubulão à céu aberto 29,50 * 34,50 * 39,83 *
Estacas hélice contínua 62,67 72,33 82,00
Estacão 252,67 271,67 290,67
FONTE: Acervo pessoal.

* Nas estacas escavada do tipo tubulão à céu aberto, o valor é referente apenas a perfuração do fuste, não
contemplando a abertura da base, neste caso tendo que contratar uma outra equipe ou outras empresas.

Pelo levantamento quantitativo nos Quadros 1,2,3,4 e 5 percebe-se que a diferença de


valores entres os tipos de fundação é grande, sendo mais evidenciado pelo valor elevado das
fundações por estacão, para melhor visualização e compreensão da diferença foi elaborado o
Grafico 2 em termos de porcentagem.
33

GRÁFICO 2: Comparativo entre porcentagens dos quantitativos em relação as EHC


FONTE: Acervo pessoal.

O Gráfico 2 demonstra percentualmente a diferença de preços das fundações em TCA e em


estacão se comparados com as fundações do tipo estacas hélice contínua, sendo os estacões os que
apresentam uma diferença maior com 403,18%, 375,60% e 354,48 % consecutivamente para os
diâmetros de 80 cm, 90 cm e 100 cm.
Vale ressaltar que para os tubulões à céu aberto não foi possível sua utilização por presença
de água e embora seu preço no levantamento seja menor que os outros tipos de fundação
analisados esse valor não engloba a abertura da base, sendo visto ai a impossibilidade de afirmar que
este tipo de fundação é mais viável economicamente em relação as outras.
Dimensionando para a pior situação de cálculo e mantendo as características de
profundidades e diâmetros das estacas houve em vários pontos a sobreposição de estacas do tipo
estacão como apresentado no Apêndice H. Uma solução possível para a utilização desse tipo de
fundação seria aumentar os diâmetros para reduzir o número de estacas, pois a profundidade da
fundação já está no limite da sondagem. Porém como visto no levantamento quantitativo e no
Gráfico 2, o preço por metro de estacão em comparação com as estacas hélice contínua é
relativamente maior e para diâmetros maiores não é possível afirmar pois não faz parte do estudo.

6 CONCLUSÕES

O presente trabalho analisou a confiabilidade e a viabilidade de fundações profundas do


tipo hélice contínua para a Obra A, sendo realizados comparativos entre os métodos de Van der Veen
(1953), Aoki e Velloso (1975), Décourt e Quaresma (1978), Alonso (1996) e Antunes e Cabral (1996),
de previsão de capacidade de carga com o valor obtido pela prova de carga estática, no qual o
método de Van der Veen (1953) não foi utilizado pois não houve interrupção da prova de carga.
Ainda foi realizado um estudo para verificar os possíveis tipos de fundação e seus quantitativos.
34

Nenhum dos métodos analisados ultrapassou o valor da tensão admissível obtida na


prova de carga estática, sendo assim possível afirmar que seria confiável para a Obra A utilizar as
EHC, independente do método escolhido para o dimensionamento da fundação. Sendo o método de
Décourt e Quaresma (1978) o mais conservador para dimensionamento com uma porcentagem de
52,56 % em relação à prova de carga e o método de Alonso (1996) a melhor situação com 75,80 %,
possibilitando uma quantidade menor de estacas.
Uma futura pesquisa poderia ser realizada com mais comparativos entres os métodos de
previsão de capacidade de carga e provas de carga estática na região para atestar o melhor método
para dimensionamento de fundações por estacas hélice contínua.
Para a análise da viabilidade desse tipo de fundação, primeiramente foram verificados os
possíveis tipos de fundação além da EHC para a obra em estudo, sendo adotados os tipos mais
comuns de fundações: tubulões à céu aberto ou estacões. Como foi detectada presença de lençol
freático pela sondagem a trado não foi possível o dimensionamento para TCA, sobrando como outra
opção de fundação as estacas escavadas do tipo estacão.
Utilizando o método constatado pela pesquisa como o mais conservador (DÉCOURT E
QUARESMA, 1978) para o dimensionamento por estacões e mantendo as características de
profundidade e diâmetro das estacas dos blocos de fundação para comparação, verificou-se a
sobreposição de estacas em vários pontos, impossibilitando a utilização desse tipo de fundação.
Porém se fossem aumentados os diâmetros seriam reduzidas as quantidades de estacas, mas o
dimensionamento em si não faz parte do estudo.
Além da verificação da possibilidade para esses tipos de fundações, foram feitos
quantitativos em três empresas especializadas em fundações (A, B e C) para fundações em EHC,
tubulões à céu aberto e estacões com os diâmetros usados no projeto (80, 90 e 100 cm)
possibilitando um comparativo orçamentário.
Como os valores fornecidos para fundações por TCA não engloba o preço de abertura da
base é impossível afirmar sua viabilidade. No entanto no caso dos estacões a relação de preços com
as EHC segue as porcentagens de 403,18%, 375,60% e 354,48 % consecutivamente para os diâmetros
de 80 cm, 90 cm e 100 cm e sendo assim mais alto o custo de uma fundação por estacão do que por
estacas hélice contínua.
Concluindo a pesquisa, as EHC para a Obra A apresentaram confiabilidade de uso e
viabilidade econômica em relação às fundações por tubulões à céu aberto ou estacões e sendo o
método de Alonso (1996) nessa situação o melhor caso de dimensionamento.

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APÊNDICES
APÊNDICE A: CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA
PELO MÉTODO DE AOKI E VELLOSO, 1975.
MÉTODO DE AOKI E VELLOSO (1975)
Estaca Tipo: Hélice contínua nº SPT: 01
F1: 3,00 Ap (m²)= 0,79
Diâmetro (m): 1,00
F2: 3,80 U (m)= 3,14
Profundidade (m) NSPT Tipo de Solo K (kPA) α NP rP (kPa) RP (KN) Nl rl(kPA) Δl (m) Σrl *Δl RL(kN) Qult (kN) σadm (kN)
0 0 argila siltosa 260 0,045 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0 0,00 0,00 0,00 0,00
1 4 argila siltosa 260 0,045 4,00 346,67 272,27 2,00 6,16 1 6,16 19,35 291,62 145,81
2 4 argila siltosa 260 0,045 4,00 346,67 272,27 4,00 12,32 1 18,47 58,04 330,31 165,15
3 2 argila siltosa 260 0,045 2,00 173,33 136,14 3,00 9,24 1 27,71 87,06 223,19 111,60
4 2 argila siltosa 260 0,045 2,00 173,33 136,14 2,00 6,16 1 33,87 106,40 242,54 121,27
5 2 argila siltosa 260 0,045 2,00 173,33 136,14 2,00 6,16 1 40,03 125,75 261,88 130,94
6 2 argila siltosa 260 0,045 2,00 173,33 136,14 2,00 6,16 1 46,18 145,09 281,23 140,61
7 2 argila siltosa 260 0,045 2,00 173,33 136,14 2,00 6,16 1 52,34 164,44 300,57 150,29
8 4 argila siltosa 260 0,045 4,00 346,67 272,27 3,00 9,24 1 61,58 193,46 465,73 232,86
9 4 argila siltosa 260 0,045 4,00 346,67 272,27 4,00 12,32 1 73,89 232,15 504,42 252,21
10 4 argila siltosa 260 0,045 4,00 346,67 272,27 4,00 12,32 1 86,21 270,84 543,11 271,55
11 7 argila siltosa 260 0,045 7,00 606,67 476,47 5,50 16,93 1 103,14 324,04 800,51 400,26
12 9 argila siltosa 260 0,045 9,00 780,00 612,61 8,00 24,63 1 127,78 401,42 1014,03 507,02
13 12 argila siltosa 260 0,045 12,00 1040,00 816,81 10,50 32,33 1 160,11 502,99 1319,80 659,90
14 16 argila siltosa 260 0,045 16,00 1386,67 1089,09 14,00 43,11 1 203,21 638,40 1727,49 863,75
15 23 argila siltosa 260 0,045 23,00 1993,33 1565,56 19,50 60,04 1 263,25 827,02 2392,58 1196,29
16 33 argila siltosa 260 0,045 33,00 2860,00 2246,24 28,00 86,21 1 349,46 1097,86 3344,10 1672,05
17 44 argila siltosa 260 0,045 44,00 3813,33 2994,98 38,50 118,54 1 468,00 1470,27 4465,25 2232,63
18 42 argila siltosa 260 0,045 42,00 3640,00 2858,85 43,00 132,39 1 600,39 1886,20 4745,05 2372,52
19 42 argila siltosa 260 0,045 42,00 3640,00 2858,85 42,00 129,32 1 729,71 2292,45 5151,30 2575,65
20 0 0 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1 729,71 2292,45 2292,45 1146,23
APÊNDICE B: CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA
PELO MÉTODO DE DÉCOURT E QUARESMA, 1978.
MÉTODO DE DÉCOURT E QUARESMA (1978)
Estaca Tipo: hélice contínua nº SPT: 01 Profundidade (m) NSPT Tipo de Solo
0 0 argila siltosa
α: 0,30 L (m): 17 1 4 argila siltosa
β: 1,00 NP: 39,67 2 4 argila siltosa
C(KN/m²): 120,00 Nl: 6,47 3 2 argila siltosa
Diâmetro (m): 1,00 4 2 argila siltosa
Ap (m²)= 0,79 5 2 argila siltosa
U (m)= 3,14 6 2 argila siltosa
7 2 argila siltosa
8 4 argila siltosa
rp (Kpa) Rp (KN) rl (Kpa) Rl (KN) Qult (KN) 9 4 argila siltosa
4760,00 1121,55 31,56 1685,29 2806,84 10 4 argila siltosa
11 7 argila siltosa
σadm (KN): 1576,76 1576,76401 1403,419 12 9 argila siltosa
13 12 argila siltosa
14 16 argila siltosa
15 23 argila siltosa
16 33 argila siltosa
17 44 argila siltosa
18 42 argila siltosa
19 42 argila siltosa
20

APÊNDICE C: CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA


PELO MÉTODO DE ANTUNES MIN, 1996.
MÉTODO DE ANTUNES E CABRAL (1996)- VALORES MíNIMOS
Estaca Tipo: hélice contínua nº SPT: 01
Ap (m²)= 0,79
Diâmetro (m): 1,00
U (m)= 3,14
Profundidade (m) NSPT Tipo de Solo β1 min β2 min NP rP (kPa) RP (KN) Nl rl(kPA) Δl (m) Σrl*Δl Rl(KN) Qult min(KN) σadm min(KN)
0 0 Argila 2 100 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 4 Argila 2 100 4 400 314,16 2,00 4,00 1 4 12,57 326,73 163,36
2 4 Argila 2 100 4 400 314,16 4,00 8,00 1 12 37,70 351,86 175,93
3 2 Argila 2 100 2 200 157,08 3,00 6,00 1 18 56,55 213,63 106,81
4 2 Argila 2 100 2 200 157,08 2,00 4,00 1 22 69,12 226,19 113,10
5 2 Argila 2 100 2 200 157,08 2,00 4,00 1 26 81,68 238,76 119,38
6 2 Argila 2 100 2 200 157,08 2,00 4,00 1 30 94,25 251,33 125,66
7 2 Argila 2 100 2 200 157,08 2,00 4,00 1 34 106,81 263,89 131,95
8 4 Argila 2 100 4 400 314,16 3,00 6,00 1 40 125,66 439,82 219,91
9 4 Argila 2 100 4 400 314,16 4,00 8,00 1 48 150,80 464,96 232,48
10 4 Argila 2 100 4 400 314,16 4,00 8,00 1 56 175,93 490,09 245,04
11 7 Argila 2 100 7 700 549,78 5,50 11,00 1 67 210,49 760,27 380,13
12 9 Argila 2 100 9 900 706,86 8,00 16,00 1 83 260,75 967,61 483,81
13 12 Argila 2 100 12 1200 942,48 10,50 21,00 1 104 326,73 1269,20 634,60
14 16 Argila 2 100 16 1600 1256,64 14,00 28,00 1 132 414,69 1671,33 835,66
15 23 Argila 2 100 23 2300 1806,42 19,50 39,00 1 171 537,21 2343,63 1171,81
16 33 Argila 2 100 33 3300 2591,81 28,00 56,00 1 227 713,14 3304,96 1652,48
17 44 Argila 2 100 44 4000 3141,59 38,50 77,00 1 304 955,04 4096,64 2048,32
18 42 Argila 2 100 42 4000 3141,59 43,00 86,00 1 390 1225,22 4366,81 2183,41
19 42 Argila 2 100 42 4000 3141,59 42,00 84,00 1 474 1489,11 4630,71 2315,35
20 0 0 0 0 0 0,00 21,00 0,00 1 474 1489,11 1489,11 744,56
Sendo os valores de β1.NSPT e β2.NSPT em KPa e β2.NSPT (rp)≤ 4000 KPa.
APÊNDICE D: CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA
PELO MÉTODO DE ANTUNES MAX, 1996.
MÉTODO DE ANTUNES E CABRAL (1996) - VALORES MÁXIMOS
Estaca Tipo: hélice contínua nº SPT: 01
Ap (m²)= 0,79
Diâmetro (m): 1,00
U (m)= 3,14
Profundidade (m) NSPT Tipo de Solo β1 max β2 max NP rP (kPa) RP (KN) Nl rl(kPA) Δl (m) Σrl*Δl Rl(KN) Qult max(KN) σadm max(KN)
0 0 Argila 3,5 150 0 0 0 0,00 0 0 0,00 0 0 0
1 4 Argila 3,5 150 4 600 471,24 2,00 7,00 1 7,00 21,99 493,23 246,62
2 4 Argila 3,5 150 4 600 471,24 4,00 14,00 1 21,00 65,97 537,21 268,61
3 2 Argila 3,5 150 2 300 235,62 3,00 10,50 1 31,50 98,96 334,58 167,29
4 2 Argila 3,5 150 2 300 235,62 2,00 7,00 1 38,50 120,95 356,57 178,29
5 2 Argila 3,5 150 2 300 235,62 2,00 7,00 1 45,50 142,94 378,56 189,28
6 2 Argila 3,5 150 2 300 235,62 2,00 7,00 1 52,50 164,93 400,55 200,28
7 2 Argila 3,5 150 2 300 235,62 2,00 7,00 1 59,50 186,92 422,54 211,27
8 4 Argila 3,5 150 4 600 471,24 3,00 10,50 1 70,00 219,91 691,15 345,58
9 4 Argila 3,5 150 4 600 471,24 4,00 14,00 1 84,00 263,89 735,13 367,57
10 4 Argila 3,5 150 4 600 471,24 4,00 14,00 1 98,00 307,88 779,11 389,56
11 7 Argila 3,5 150 7 1050 824,67 5,50 19,25 1 117,25 368,35 1193,02 596,51
12 9 Argila 3,5 150 9 1350 1060,29 8,00 28,00 1 145,25 456,32 1516,60 758,30
13 12 Argila 3,5 150 12 1800 1413,72 10,50 36,75 1 182,00 571,77 1985,49 992,74
14 16 Argila 3,5 150 16 2400 1884,96 14,00 49,00 1 231,00 725,71 2610,66 1305,33
15 23 Argila 3,5 150 23 3450 2709,62 19,50 68,25 1 299,25 940,12 3649,75 1824,87
16 33 Argila 3,5 150 33 4000 3141,59 28,00 98,00 1 397,25 1248,00 4389,59 2194,80
17 44 Argila 3,5 150 44 4000 3141,59 38,50 134,75 1 532,00 1671,33 4812,92 2406,46
18 42 Argila 3,5 150 42 4000 3141,59 43,00 150,50 1 682,50 2144,14 5285,73 2642,86
19 42 Argila 3,5 150 42 4000 3141,59 42,00 147,00 1 829,50 2605,95 5747,54 2873,77
20 0 0 0 0 0 0,00 21,00 0,00 1 829,50 2605,95 2605,95 1302,98
Sendo os valores de β1.NSPT e β2.NSPT em KPa e β2.NSPT (rp)≤ 4000 KPa.
APÊNDICE E: CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA
PELO MÉTODO DE ALONSO, 1996.
MÉTODO DE ALONSO (1996)
Estaca Tipo: hélice contínua nº SPT: 01 L (m): 17
Diâmetro (m): 1,00 8*D 3*D
Ap (m²)= 0,79 8 3
U (m)= 3,14 8 3

α
Tmax Tmin β fs
Profundidade (m) Tipo de Solo NSPT (Kpa/Kgf.
(KPa/Kgf.m) (Kgf.m)
Tmin(1) (Kgf.m) Tmin(2) (Kgf.m) rp (Kpa) rl (Kpa) Δl (m) Qult (KN) σadm (KN)
(Kgf.m) (Kgf.m)
m)
0 argila 0 0 0 0,65 100 0,00 0 0 0 0,00 0 0,00 0,00
1 argila 4 4,8 4 0,65 100 26,67 0 2,67 133,33 17,33 1 159,17 79,59
2 argila 4 4,8 4 0,65 100 26,67 0 2,00 100,00 17,33 1 187,45 93,72
3 argila 2 2,4 2 0,65 100 13,33 0 2,00 100,00 8,67 1 214,68 107,34
4 argila 2 2,4 2 0,65 100 13,33 0 2,00 100,00 8,67 1 241,90 120,95
5 argila 2 2,4 2 0,65 100 13,33 0 2,67 133,33 8,67 1 295,31 147,65
6 argila 2 2,4 2 0,65 100 13,33 0 3,33 166,67 8,67 1 348,72 174,36
7 argila 2 2,4 2 0,65 100 13,33 0 4,00 200,00 8,67 1 402,12 201,06
8 argila 4 4,8 4 0,65 100 26,67 0 5,00 250,00 17,33 1 495,85 247,92
9 argila 4 4,8 4 0,65 100 26,67 2,75 6,67 470,83 17,33 1 723,74 361,87
10 argila 4 4,8 4 0,65 100 26,67 2,75 9,33 604,17 17,33 1 882,92 441,46
11 argila 7 8,4 7 0,65 100 46,67 2,75 12,33 754,17 30,33 1 1096,02 548,01
12 argila 9 10,8 9 0,65 100 60,00 3,38 17,00 1018,75 39,00 1 1426,35 713,17
13 argila 12 14,4 12 0,65 100 80,00 4,25 24,00 1412,50 52,00 1 1735,60 867,80
14 argila 16 19,2 16 0,65 100 106,67 5,50 33,33 1941,67 69,33 1 2532,39 1266,19
15 argila 23 27,6 23 0,65 100 153,33 7,25 39,67 2345,83 99,67 1 3162,93 1581,46
16 argila 33 39,6 33 0,65 100 220,00 9,88 40,00 2493,75 143,00 1 3728,35 1864,18
17 argila 44 52,8 44 0,65 100 293,33 13,50 40,00 2675,00 190,67 1 4469,70 2234,85
18 argila 42 50,4 42 0,65 100 280,00 18,50 40,00 2925,00 182,00 1 5237,82 2618,91
19 argila 42 50,4 42 0,65 100 280,00 23,25 0,00 1162,50 182,00 1 4425,33 2212,66
20 0 0 0,65 0 0,00 27,63 0,00 0,00 0,00 1 3512,30 1756,15
Sendo os valores de Tmin(1) e Tmin(2) limitados em no máximo 40 Kgf.m.

APÊNDICE F: TABELA RESUMO DO DIMENSIONAMENTO


POR ESTACÃO
Pilar carga (KN) dist. S01 dist. S02 dist. S03 dist. S04 dist. S05 dist. S06 dist. S07 Quant. Estacão
B1 98860 25,88 1,87 20,49 27,68 59,49 52,6 55,43 min 41 - adot. 45
P5+P329 8350 13,53 14,31 17,51 35,66 61,54 49,9 47,64 min 5 - adot. 5
P6+P12 33280 22,91 9,85 12,14 25,43 66,76 57,87 57,59 min 17 - adot. 18
P8+P335 8975 4,79 30,50 29,70 51,84 61,43 44,20 34,79 min 6 - adot. 6
P9+P334 1190 3,82 24,11 23,79 45,17 61,54 46,40 39,95 min 1 - adot. 2
P10+P330 9335 9,47 16,66 18,32 38,71 62,85 49,75 45,57 min 7 - adot. 8
P11 10460 16,52 13,53 12,97 31,40 65,47 54,52 52,30 min 5 - adot. 5
P13 10610 28,86 12,30 11,67 19,04 71,16 63,55 63,96 min 5 - adot. 5
P17 16700 4,85 26,82 20,72 44,16 67,92 52,45 44,32 min 9 - adot.9
P18 15560 9,90 23,03 15,09 38,49 69,45 51,52 49,17 min 9 - adot. 9
P19 17980 15,64 19,51 9,50 32,42 71,00 58,75 54,21 min 8 - adot. 9
P20 18570 22,65 16,94 5,10 25,18 73,14 62,88 60,29 min 8 - adot. 9
P21 17530 29,87 18,54 7,30 18,15 77,07 68,45 67,13 min 8 - adot. 9
P24+P343 7230 7,15 34,40 28,09 52,11 69,33 51,65 40,08 min 6 - adot. 6
P26 6280 8,33 33,93 25,56 49,98 71,92 54,73 43,53 min 4 - adot. 4
P27 8650 8,51 30,83 21,27 45,75 72,46 56,33 46,60 min 6 - adot. 6
P28 17460 11,90 26,94 15,08 39,67 73,67 59,11 51,35 min 13 - adot.15
P32 16170 24,85 24,83 3,23 27,19 80,35 68,88 64,09 min 7 - adot. 8
P33 12040 20,65 26,93 8,04 32,82 79,54 66,60 60,16 min 8 - adot. 8
P34 12380 30,44 26,72 6,01 22,79 83,80 73,40 69,50 min 8 - adot. 9
APÊNDICE G: DIMENSIONAMENTO POR ESTACÃO
MÉTODO DE DÉCOURT E QUARESMA (1978)
Estaca Tipo: Estacão nº SPT: 01 Profundidade (m) NSPT Tipo de Solo
0 0 argila siltosa
α: 0,60 L (m): 17 1 4 argila siltosa
β: 0,75 NP: 39,67 2 4 argila siltosa
C(KN/m²): 120,00 Nl: 6,47 3 2 argila siltosa
Diâmetro (m): 1,00 4 2 argila siltosa
Ap (m²)= 0,79 5 2 argila siltosa
U (m)= 3,14 6 2 argila siltosa
7 2 argila siltosa
8 4 argila siltosa
rp (Kpa) Rp (KN) rl (Kpa) Rl (KN) Qult (KN) 9 4 argila siltosa
4760,00 2243,10 31,56 1685,29 3928,39 10 4 argila siltosa
11 7 argila siltosa
σadm (KN): 1964,19 1857,151155 1964,194 12 9 argila siltosa
13 12 argila siltosa
Pilar: p17 14 16 argila siltosa
Carga: 16700 15 23 argila siltosa
nº estacas: 8,50 16 33 argila siltosa
adotar 9 estacas 17 44 argila siltosa
Carga/Estaca: 1855,56 18 42 argila siltosa
19 42 argila siltosa
20 0 0

MÉTODO DE DÉCOURT E QUARESMA (1978)


Estaca Tipo: Estacão nº SPT: 01 Profundidade (m) NSPT Tipo de Solo
0 0 argila siltosa
α: 0,60 L (m): 17 1 4 argila siltosa
β: 0,75 NP: 39,67 2 4 argila siltosa
C(KN/m²): 120,00 Nl: 6,47 3 2 argila siltosa
Diâmetro (m): 0,90 4 2 argila siltosa
Ap (m²)= 0,64 5 2 argila siltosa
U (m)= 2,83 6 2 argila siltosa
7 2 argila siltosa
8 4 argila siltosa
rp (Kpa) Rp (KN) rl (Kpa) Rl (KN) Qult (KN) 9 4 argila siltosa
4760,00 1816,91 31,56 1516,76 3333,67 10 4 argila siltosa
11 7 argila siltosa
σadm (KN): 1666,83 1620,966353 1666,835 12 9 argila siltosa
13 12 argila siltosa
Pilar: P8+P335 Pilar: P26 Pilar: P27 14 16 argila siltosa
Carga: 8975 Carga: 6280 Carga: 8650 15 23 argila siltosa
nº estacas: 5,38 nº estacas: 3,77 nº estacas: 5,19 16 33 argila siltosa
adotar 6 estacas adotar 4 estacas adotar 6 estacas 17 44 argila siltosa
Carga/Estaca: 1495,83 Carga/Estaca: 1570,00 Carga/Estaca: 1441,67 18 42 argila siltosa
19 42 argila siltosa
20 0 0
MÉTODO DE DÉCOURT E QUARESMA (1978)
Estaca Tipo: Estacão nº SPT: 01 Profundidade (m) NSPT Tipo de Solo
0 0 argila siltosa
α: 0,60 L (m): 17 1 4 argila siltosa
β: 0,75 NP: 39,67 2 4 argila siltosa
C(KN/m²): 120,00 Nl: 6,47 3 2 argila siltosa
Diâmetro (m): 0,80 4 2 argila siltosa
Ap (m²)= 0,50 5 2 argila siltosa
U (m)= 2,51 6 2 argila siltosa
7 2 argila siltosa
8 4 argila siltosa
rp (Kpa) Rp (KN) rl (Kpa) Rl (KN) Qult (KN) 9 4 argila siltosa
4760,00 1435,58 31,56 1348,23 2783,81 10 4 argila siltosa
σadm (KN): 1396,00 1395,997038 1391,907 11 7 argila siltosa
Pilar: P9+P334 Pilar: P24+P343 Pilar: P28 12 9 argila siltosa
Carga: 1190 Carga: 7230 Carga: 17460 13 12 argila siltosa
nº estacas: 0,85 nº estacas: 5,18 nº estacas: 12,51 14 16 argila siltosa
adotar 2 estacas adotar 6 estacas adotar 15 estacas 15 23 argila siltosa
Carga/Estaca: 595,00 Carga/Estaca: 1205,00 Carga/Estaca: 1164,00 16 33 argila siltosa
Pilar: P10+P330 17 44 argila siltosa
Carga: 9335 18 42 argila siltosa
nº estacas: 6,69 19 42 argila siltosa
adotar 8 estacas 20 0 0
Carga/Estaca: 1166,88

MÉTODO DE DÉCOURT E QUARESMA (1978)


Estaca Tipo: Estacão nº SPT: 02 Profundidade (m) NSPT Tipo de Solo
0 0 argila siltosa
α: 0,60 L (m): 17 1 2 argila siltosa
β: 0,75 NP: 49,67 2 2 argila siltosa
C(KN/m²): 120,00 Nl: 8,60 3 2 argila siltosa
Diâmetro (m): 1,00 4 2 argila siltosa
Ap (m²)= 0,79 5 2 argila siltosa
U (m)= 3,14 6 2 argila siltosa
7 2 argila siltosa
8 3 argila siltosa
rp (Kpa) Rp (KN) rl (Kpa) Rl (KN) Qult (KN) 9 4 argila siltosa
5960,00 2808,58 38,67 2065,07 4873,66 10 6 argila siltosa
11 6 argila siltosa
σadm (KN): 2436,83 2290,664 2436,829 12 14 argila siltosa
13 24 argila siltosa
Pilar: B1 14 28 argila siltosa
Carga: 98860 15 30 argila siltosa
nº estacas: 40,57 16 37 argila siltosa
adotar 45 estacas 17 46 argila siltosa
Carga/Estaca: 2196,89 18 66 argila siltosa
19 66 argila siltosa
20
MÉTODO DE DÉCOURT E QUARESMA (1978)
Estaca Tipo: Estacão nº SPT: 02 Profundidade (m) NSPT Tipo de Solo
0 0 argila siltosa
α: 0,60 L (m): 17 1 2 argila siltosa
β: 0,75 NP: 49,67 2 2 argila siltosa
C(KN/m²): 120,00 Nl: 8,60 3 2 argila siltosa
Diâmetro (m): 0,80 4 2 argila siltosa
Ap (m²)= 0,50 5 2 argila siltosa
U (m)= 2,51 6 2 argila siltosa
7 2 argila siltosa
8 3 argila siltosa
rp (Kpa) Rp (KN) rl (Kpa) Rl (KN) Qult (KN) 9 4 argila siltosa
5960,00 1797,49 38,67 1652,06 3449,55 10 6 argila siltosa
11 6 argila siltosa
σadm (KN): 1724,78 1720,188 1724,776 12 14 argila siltosa
13 24 argila siltosa
Pilar: P5+P329 14 28 argila siltosa
Carga: 8350 15 30 argila siltosa
nº estacas: 4,84 16 37 argila siltosa
adotar 5 estacas 17 46 argila siltosa
Carga/Estaca: 1724,78 18 66 argila siltosa
19 66 argila siltosa
20

MÉTODO DE DÉCOURT E QUARESMA (1978)


Estaca Tipo: Estacão nº SPT: 02 Profundidade (m) NSPT Tipo de Solo
0 0 argila siltosa
α: 0,60 L (m): 17 1 2 argila siltosa
β: 0,75 NP: 49,67 2 2 argila siltosa
C(KN/m²): 120,00 Nl: 8,60 3 2 argila siltosa
Diâmetro (m): 0,90 4 2 argila siltosa
Ap (m²)= 0,64 5 2 argila siltosa
U (m)= 2,83 6 2 argila siltosa
7 2 argila siltosa
8 3 argila siltosa
rp (Kpa) Rp (KN) rl (Kpa) Rl (KN) Qult (KN) 9 4 argila siltosa
5960,00 2274,95 38,67 1858,57 4133,52 10 6 argila siltosa
11 6 argila siltosa
σadm (KN): 2066,76 1998,405 2066,76 12 14 argila siltosa
13 24 argila siltosa
Pilar: P6+P12 14 28 argila siltosa
Carga: 33280 15 30 argila siltosa
nº estacas: 16,10 16 37 argila siltosa
adotar 18 estacas 17 46 argila siltosa
Carga/Estaca: 1848,89 18 66 argila siltosa
19 66 argila siltosa
20
MÉTODO DE DÉCOURT E QUARESMA (1978)
Estaca Tipo: Estacão nº SPT: 03 Profundidade (m) NSPT Tipo de Solo
0 0 argila siltosa
α: 0,60 L (m): 17 1 2 argila siltosa
β: 0,75 NP: 54,33 2 2 argila siltosa
C(KN/m²): 120,00 Nl: 7,20 3 2 argila siltosa
Diâmetro (m): 1,00 4 2 argila siltosa
Ap (m²)= 0,79 5 2 argila siltosa
U (m)= 3,14 6 2 argila siltosa
7 2 argila siltosa
8 2 argila siltosa
rp (Kpa) Rp (KN) rl (Kpa) Rl (KN) Qult (KN) 9 4 argila siltosa
6520,00 3072,48 34,00 1815,84 4888,32 10 4 argila siltosa
σadm (KN): 2444,16 2164,91983 2444,159 11 8 argila siltosa
Pilar: P11 Pilar: P20 Pilar: P32 12 10 argila siltosa
Carga: 10460 Carga: 18570 Carga: 16170 13 14 argila siltosa
nº estacas: 4,28 nº estacas: 7,60 nº estacas: 6,62 14 19 argila siltosa
adotar 5 estacas adotar 8 estacas adotar 8 estacas 15 33 argila siltosa
Carga/Estaca: 2092,00 Carga/Estaca: 2321,25 Carga/Estaca: 2021,25 16 43 argila siltosa
Pilar: P13 Pilar: P21 Pilar: P19 17 60 argila siltosa
Carga: 10610 Carga: 17530 Carga: 17980 18 60 argila siltosa
nº estacas: 4,34 nº estacas: 7,17 nº estacas: 7,36 19
adotar 5 estacas adotar 8 estacas adotar 8 estacas 20
Carga/Estaca: 2122,00 Carga/Estaca: 2434,72 Carga/Estaca: 2247,50

MÉTODO DE DÉCOURT E QUARESMA (1978)


Estaca Tipo: Estacão nº SPT: 03 Profundidade (m) NSPT Tipo de Solo
0 0 argila siltosa
α: 0,60 L (m): 17 1 2 argila siltosa
β: 0,75 NP: 54,33 2 2 argila siltosa
C(KN/m²): 120,00 Nl: 7,20 3 2 argila siltosa
Diâmetro (m): 0,80 4 2 argila siltosa
Ap (m²)= 0,50 5 2 argila siltosa
U (m)= 2,51 6 2 argila siltosa
7 2 argila siltosa
8 2 argila siltosa
rp (Kpa) Rp (KN) rl (Kpa) Rl (KN) Qult (KN) 9 4 argila siltosa
6520,00 1966,39 34,00 1452,67 3419,06 10 4 argila siltosa
11 8 argila siltosa
σadm (KN): 1709,53 1609,036759 1709,529 12 10 argila siltosa
13 14 argila siltosa
Pilar: p33 Pilar: p34 14 19 argila siltosa
Carga: 12040 Carga: 12380 15 33 argila siltosa
nº estacas: 7,04 nº estacas: 7,24 16 43 argila siltosa
adotar 8 estacas adotar 8 estacas 17 60 argila siltosa
Carga/Estaca: 1505,00 Carga/Estaca: 1547,50 18 60 argila siltosa
19
20
APÊNDICE H: DIMENSIONAMENTO POR ESTACÃO – RESULTADOS
ANEXOS
ANEXO A: LOCAÇÃO DOS FUROS DOS ENSAIOS DE
SONDAGEM SPT
ANEXO B: RELATÓRIOS DOS ENSAIOS DE SONDAGEM À
PERCURSSÃO – SPT
ANEXO C: RELATORIO DE SONDAGEM A TRADO
ANEXO D: RELATORIO DA PROVA DE CARGA ESTÁTICA

PROVA DE CARGA
PROVA DE CARGA Nº 2
SETOR TORRE
PILAR 23

ESTACA 1
ESTACA TESTADA
TIPO DE ESTACA HELICE CONTINUA
MATERIAL CONCRETO
CARGA NOMINAL - tf 300
DIAMETRO-EST. TESTE - m 1,00
PROFUNDIDADE EST. TESTE m 22
REAÇÃ0
DIAMETRO - REAÇÃO m 1,00
PROFUND. EST DE REAÇÃO m 20
CONCRETAGEM - ARMADURA DE DYWIDAG 14/10/2014
BLOCO m
DIMENSÕES 1,0 X 1,0
CONCRETAGEM 17/10/2014
DEFORMAÇÕES - RECALQUES
CARGA NOMINAL - tf 300
DEFORMAÇÃO -RECALQUE - mm 1,728
CARGA 1,6 X CAR. NOM. - tf 480
DEFORMAÇÃO -RECALQUE - mm 3,243
CARGA MÁXIMA - (2 X C.N.) tf 600
DEFORMAÇÃO -RECALQUE = mm 5,070
DESCARGA - RETORNO tf 0
DEFORMAÇÃO RESIDUAL - mm 1,750

O teste apresentou excelente desempenho e um diferencial da capacidade de carga


devido ao acrescimo de 5 m na profundidade e maior torque da maquina que possibilitou
o corte do terreno em alteraçõa de rocha.
A capacidade de carga adotada para esta estaca em projeto foi de 450tf
ANEXO E: PROJETO DE FUNDAÇÃO DA OBRA A

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