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História da Música 4

Prof.drª - Beatriz Magalhães Castro


Fichamentos
Aluna: Jordana Luzia dos S. Rodrigues
Modelo adotado: Misto parcial (conteúdo/resumo e citações; fora o resumo total da obra)

Fichamento misto parcial - resumo e citações

Griffiths, Paul. A música moderna: uma história concisa e ilustrada de Debussy a Boulez.
Clóvis Marques, tradutor. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editores, 1987.

Capítulo 1 - Prelúdio

O capítulo 1 se inicia já com um claro e objetivo exemplo de uma obra importantíssima para o
desenvolvimento da música moderna, Prélude à l’ Aprés-Midi d’um faune, do compositor percursor
deste período de tendências musicais singulares. A peça foi composta entre 1892 e 1894, e pode ser
considerada como a que deu início de fato as novas formas de se pensar na música quanto a
expressividade, forma e ao modo de compor, no geral. Outras obras importantes foram citadas, como
a Sinfonia do Novo Mundo, de Dvorak, e Patética, de Tchaikovsky. Primeiramente, tem-se que o
sistema de tonalidades passara a ser visto como não mais obrigatório, isto é, “as velhas relações
harmônicas já não têm caráter imperativo”, com aparições de tritônos e acidentes recorrentes. Não
que necessariamente as obras todas haveriam de ser atonais, havia mais liberdade, e não só neste
sentido, como citarei a diante.
Debussy fora um dos importantes compositores deste período e, para ele, “as técnicas
consagradas eram obstáculos” à expressividade que almejava em suas obras. Ele abrira o caminho
para estas novas tendências e para uma nova forma de expor situações, pensamentos e sentimentos
através da linguagem musical. Dentre as novas ideias, além do abandono da tonalidade tradicional,
Prélude ilustra a inovação quanto à forma nas obras, não mais tendo-se que seguir à risca um modelo
padrão de compositores anteriores, podendo uma melodia tema repetir várias vezes durante a peça e
ter voltas que sugerem certa incerteza emocional, por exemplo, ou que simplesmente estão
desprovidas de uma “lógica” ortodoxa. Também fez uso de oscilações de andamento e desenvolveu
uma nova complexidade rítmica, saindo novamente da ideia do previsível e comum. Reconheceu e
mostrou uma nova forma de orquestração, isto é, de colatura, onde há presença de solos que se
tornaram muito particulares aos instrumentos, fazendo com que deixasse de ser “apenas um
ornamento ou realce retórico. ”
Com o abandono do modo narrativo nas composições, se deu mais importância a imaginação
livre e ao sonho, onde a natureza e seus fenômenos pudessem ser fonte de inspiração, juntamente
com o que houvesse no interior do compositor, as chamadas “misteriosas correspondências”, como
esboça Debussy: “Eu desejaria para a música uma liberdade que lhe é talvez mais inerente que a
qualquer outra arte, não se limitando a uma reprodução mais ou menos exata da natureza, mas às
misteriosas correspondências entre a Natureza e a Imaginação”, expressando suas reflexões acerca de
como compõe e se traduz sua impressão a lembranças, que são materializados através da música.

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