Você está na página 1de 3

- Analisada no campo político e habitus de Pierre Bourdieu

- Conceitos de oferta e demanda apropriados por teóricas feministas para analisar o


processo de recrutamento de candidatas pelos partidos.

- Habitus refere-se às estruturas incorporadas, às disposições adquiridas, socialmente


construídas

- Campo político apresenta propriedades e relações onde se desenrolam ações e processos


particulares.

- Processo de recrutamento como jogo político.

- Regras de entrada e permanência dos agentes.

- Mulheres se veem como potencialmente candidatas?

- Características masculinas dos candidatos

- Homens acham que o melhor perfil para ser candidato é o masculino

- Só são admitidos como agente no campo político aqueles que preenchem certas condições
de acesso, as quais dizem respeito a seus capitais políticos.

- Entrada e permanência depende do capital político.

- Capital escolar.

- Capital econômico

- Capital cultural.

- Capital social (rede de relações).

- Relações com pessoas de prestígio.

- Capital político pode ser originalmente acumulado pelo agente (capital pessoal), delegado ou
convertido.

- Capital pessoal acumula-se na trajetória educacional e profissional.

- Quanto maior o capital político, melhor a posição do agente ocupada no campo político.

- “Negociação” (e coisas mais “sujas”) são vistas como características masculinas (papéis
masculinos)

- Mulheres = honestidade?

- Recrutamento: perspectiva da oferta e da demanda.

- Oferta: disponibilidade dos agentes para concorrerem a cargos políticos.

- Quanto maior a capital, maior a possibilidade de ser reconhecido como


candidato.

- Uso da base de dados do TSE.

- Variáveis: grau de instrução e ocupação (medir o capital).


- Pressuposto: além das mulheres serem subrepresentadas no campo político, eram mal
distribuídas (hierarquicamente) nesse campo.

- Análise da distribuição hierárquica das mulheres no campo político.

- Candidaturas dos anos 2000 a 2012.

- Agregação dos partidos: partido forte, intermediário, pequeno e nanico

- Taxa de crescimento das candidaturas femininas, Brasil, 200-2012

- 2000-2004: 7,5-9,5 (27%;) 2004-2008: 9,5-11,0 (17%); 2008-2012: 20%

- Percentual de mulheres com nível superior: maior que o de homens.

- Ter nível superior não conduz necessariamente à acumulação de capital pessoal:


dependerá do valor social do curso concluído.

- Mensuração do valor social do curso: percentual de eleitos  cursos com maior


“elegibilidade”.

- 1) Veterinária; 2) Agronomia/Contabilidade; 3) Economia/Engenharia; 4)


Medicina/Odontologia; ...; Pedagogia, Serviço Social etc. em últimos lugares.

- Mulheres são maioria em cursos de nível superior com menor valor social (grau de
elegibilidade).

- Homens são maioria em carreiras com maior valor social.

- Capital delegado (transferido pela atuação dos agentes na vida pública).

- Percentual de eleitos e de candidatas por área de atuação nas eleições de 2000 a


2012: mulheres são maioria apenas na área de educação. Todos as outras (indústria, política,
religião, agropecuária, saúde, serviço público, administração, comércio, justiça e segurança)
são majoritariamente masculinas.

- Análise da participação das mulheres no campo político na perspectiva da demanda

- Hipóteses: 1) quanto maior o município, maior a importância da candidatura; 2)


quanto maior o PIB, menor a probabilidade de a mulher ser eleita.

- 1) mulheres tem amis candidaturas nos municípios menores (micro e pequeno).

- 2) SP (maior PIB): 7,1 a 13,4 (entre 2000 e 2012) ; RR (menor PIB): 11,1 a 23,4 (entre
2000 e 2012).

- Mulheres estão reservadas a candidaturas de UF de menores tamanho e menor PIB.

- Por porte de partidos:

- Candidaturas das mulheres cresceram mais em partidos menores (especialmente


nanico, em 2004, e pequeno, em 2008).

- Em partidos fortes, na eleição de 2012, a candidatura decresceu.

- Análise estatística: modelagem de regressão logística binária, com função de ligação logito,
tendo como evento de interesse “uma mulher ser recrutada à candidata pelo partitudo”.
- Fontes de variação: ano de eleição, religião, porte do município, porte do partido,
grau de instrução, região*porte do partido, região*porte do município, porte do
município* porte do partido

- Ano de referência: 2000

- Região: Sudeste.

- Porte do município: grande.

- Porte do partido: forte

- Nível de instrução: superior

- Razão de chances: ano de eleição: aumento com o aumento do tempo (2004, 2008 e
2012); porte do município*região: maior para Nordeste*micro, Centro-Oeste*micro,
Nordeste*pequeno, Centro-Oeste*médio (1,92!); porte do partido*região: maior em
Sul*nanico; porte do município*porte do partido: maior em micro*nanico,
micro*pequeno, médio*pequeno, micro*intermediário, ...

- Probabilidade predita pelo modelo de uma candidata ser recrutada por Ano de eleição

Aumenta com o tempo.

- Probabilidade predita pelo modelo de uma candidata ser recrutada por Grau de instrução
aumenta com o grau de instrução (ensino fundamental incompleto < fundamental completo <
ensino médio < ensino superior).

- Probabilidade predita pelo modelo de uma candidata ser recrutada por Região e Porte do
Município cai em

- Probabilidade predita pelo modelo de uma candidata ser recrutada por Região e Porte do
Partido aumenta nas regiões sul e nanicos. Forte apenas no Norte e Nordeste.

- Probabilidade predita pelo modelo de uma candidata ser recrutada por Porte do Município e
Porte do Partido é maior em partidos nanicos e municípios micros.

- Campo político: predomínio masculino (em termos quantitativos)

- Que posições as mulheres ocupam?

- Cidades grandes (menos “preconceito”?)

- Tendência de partidos nanicos (PSTU) em lançarem mulheres que partidos fortes (mais
concorrência, luta pelo poder).

- Grau de instrução: representação da segregação de gênero.

- PIB: não só aumenta

- Existe uma desigualdade na distribuição hierárquica das mulheres no campo político.

- Backlash: mudança de configuração da distribuição das mulheres candidatas em partidos


fortes ao longo dos anos.

Você também pode gostar