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GUIA de ESTUDO

UNID. CURRICULAR: ECONOMIA INTERNACIONAL E DA


INFORMAÇÃO
GUIA AULA: Semana 13 à 19/08/2012
TEMA: TEORIA DAS VANTAGENS COMPARATIVAS

I - Objetivos do tema escolhido: Nesta aula estaremos abordando a obra


do economista clássico David Ricardo que formulou a Teoria das Vantagens
Comparativas que contribuiu para o estabelecimento da ciência econômica e para
a compreensão do comércio internacional.

II – Importância do tema: Proporcionar aos alunos o conhecimento dessa


teoria e sua aplicabilidade no âmbito do comércio internacional.

III – O tema em si:

David Ricardo e a Teoria das Vantagens Comparativas


David Ricardo foi outro autor clássico a oferecer importante contribuição para o
estabelecimento da ciência econômica e para a compreensão do comércio
internacional. Sua principal obra, Princípios de economia política e tributação,
publicada em 1817, é fruto de sua investigação científica, no entanto, fortemente
influenciada por sua atuação profissional, pois durante um tempo significativo de
sua vida ele trabalhou no mercado e a experiência que adquiriu contribuiu de
modo decisivo para a elaboração desse trabalho. Ricardo procura demonstrar que
a manutenção das leis da terra (proibição da importação de cereais por parte da
Inglaterra) estava provocando um aumento nos custos de produção dos alimentos,
de tal modo que causava uma elevação na renda dos proprietários da terra,
promovendo paralelamente a queda das taxas de lucro da economia.
O funcionamento desse mecanismo era explicado da seguinte forma: em um
determinado país, a produção agrícola se desenvolve em terras mais férteis. No
entanto, à medida que a produção cresce e a demanda de alimentos aumenta, os
produtores passam a serem obrigados a explorar trechos de terra cada vez menos
férteis. Segundo o autor, como o preço dos bens é estabelecido a partir da
rentabilidade das terras menos férteis, os proprietários das terras mais férteis
passam a receber uma renda adicional, por possuírem propriedades mais
produtivas. É o que chamamos de renda diferencial da terra. Esse fenômeno
tende a provocar a redução na taxa de lucros. A ascensão do nível de salários, na
concepção de Ricardo, também promove a compressão nas taxas de lucros.
Dessa maneira, a permanência da produção de alimentos em terras menos férteis
tenderia a provocar fortes prejuízos para a sociedade. Essa constatação contribuiu
para que Ricardo desenvolvesse a teoria das vantagens comparativas.

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Teoria das Vantagens Comparativas
De acordo com essa teoria, cada nação deveria se especializar na produção de
itens para os quais possuísse maiores vantagens comparativas. Com base nessa
teoria, Ricardo defendia a supressão da lei que impedia a importação de cereais
na Inglaterra. É importante, neste ponto, destacar a diferença existente entre essa
teoria e a teoria das vantagens absolutas de Adam Smith. Para Ricardo, não basta
que a nação tenha vantagem absoluta com relação à produção, quando
comparada com a nação vizinha. Seria necessário que internamente também se
verificasse, quando comparados dois setores de atividade econômica, em qual
deles ocorre maior mobilização de mão-de-obra (custo) no processo produtivo.
Assim, em seu livro, Ricardo usa como exemplo as trocas havidas entre Portugal e
Inglaterra, de vinho e tecidos, para explicar que não seria vantajoso para a
Inglaterra produzir vinho, e sim importá-lo de Portugal, exportando, em
contrapartida, tecidos para Portugal.
David Ricardo, no desenvolvimento da teoria das vantagens comparativas,
procura ressaltar que no âmbito das trocas internacionais é de fundamental
importância que os países se especializem na produção dos itens para os quais
tenham maiores vantagens na produção. Sua teoria tem como desdobramento a
justificativa de que os países em desenvolvimento deveriam se especializar em
produtos primários, enquanto a Inglaterra continuaria a produzir maquinas e
equipamentos.

IV – Conclusão e fechamento da aula: Nesta aula foi abordada a Teoria


das Vantagens Comparativas que prevê a especialização por parte dos países na
produção de bens para os quais possui vantagens em relação aos outros países.
Assim, cada país deveria trocar com os seus pares os bens de tal forma que todos
sairiam beneficiados com o suprimento de suas necessidades e também pelo
custo desses produtos.

V – Atividade e orientações:

VI – Referências bibliográficas:
CARMO, Edgard Candido do. MARIANO, Jefferson. organizadores. Economia
internacional. São Paulo : Saraiva, 2006

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