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O diagnóstico que consideramos mais provável é a esquizofrenia, uma doença psiquiátrica

grave, crónica e incapacitante. Trata-se de uma doença do cérebro que afeta de forma grave a
forma de pensar da pessoa, a sua vida emocional e o seu comportamento em geral.

Segundo os critérios de diagnóstico (A) deve existir pelo menos dois dos seguintes sintomas:
delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente desorganizado ou
catatónico e/ou sintomas negativos.

O individuo apresenta delírios (1), ou seja, convicções falsas que implicam uma irrealista
interpretação das perceções ou das experiências. Acredita que descobriu uma rede de pedofilia
e de tráfico de droga, fazendo queixa na polícia. Além disso, manteve essas convicções,
mesmo existindo uma evidência clara que as contradizem. Este apresenta delírios de
perseguição e acredita que está a ser espionado, tendo instalado câmaras em todas as divisões
para que verificasse todos os movimentos que aconteciam à volta dele.

As alucinações (2) também estão presentes uma vez que está convicto de que os outros
conseguem ler os seus pensamentos, controlá-los ou que desejam fazer-lhe mal. Tem
alucinações auditivas ouvindo vozes que comentam o seu comportamento, que conversam
entre elas ou que fazem comentários críticos e abusivos.

Apresenta também um discurso desorganizado (3) visto que os pensamentos tendem a ser muito
confusos e acompanhado de uma pobreza discursiva, as respostas às perguntas são muito
concisas de forma a que a interação cesse rápido.

Releva sintomas negativos (5) na medida em que existe uma diminuição da expressão
emocional, uma vez que parece inibir as respostas emocionais de maneira a que as outras
pessoas não percebam o que está a sentir. Este individuo teve uma diminuição da capacidade de
sentir prazer em atividades anteriormente realizadas e passou a gastar mais tempo com
atividades sem objetivo. Passou também a refugiar-se em casa para não ter de se relacionar
com outras pessoas, inclusive a tentativa de não socialização ocorre com os familiares que
vivem com este.

Considera-se que o funcionamento nas relações interpessoais, académico e ocupacional está


marcadamente abaixo do nível previamente atingido (B), decorrente desde há cerca de um ano
(C).

A perturbação esquizoafetiva e as perturbações depressiva ou bipolar com características


psicóticas foram excluídas (D).

A perturbação não é atribuível aos efeitos fisiológicos de uma substância ou a outra condição
médica (E).

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