Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
*
Doutoranda na Université de Paris I, bolsista CAPES.
Traditio.
Caderno
de
resenhas
do
GT
História
da
Filosofia
Medieval
e
a
Recepção
da
Filosofia
Antiga
http://gtfilosofiamedieval.wordpress.com/resenhas/
ISSN:
2176-‐8765
Vol.
1
(2009)
10
BIANCHI,
L.
Pour
une
histoire
de
la
“double
vérité”
Traditio.
Caderno
de
resenhas
do
GT
História
da
Filosofia
Medieval
e
a
Recepção
da
Filosofia
Antiga
http://gtfilosofiamedieval.wordpress.com/resenhas/
ISSN:
2176-‐8765
Vol.
1
(2009)
11
BIANCHI,
L.
Pour
une
histoire
de
la
“double
vérité”
Traditio.
Caderno
de
resenhas
do
GT
História
da
Filosofia
Medieval
e
a
Recepção
da
Filosofia
Antiga
http://gtfilosofiamedieval.wordpress.com/resenhas/
ISSN:
2176-‐8765
Vol.
1
(2009)
12
BIANCHI,
L.
Pour
une
histoire
de
la
“double
vérité”
essa solução cria claros problemas aos teólogos: por um lado, eles têm de
explicar como Deus possui conhecimento de proposições sem valor de verdade;
por outro lado, como as profecias podem ser admitidas como verdadeiras,
mesmo que não tenham sido ainda atualizadas.
O A. faz então referência ao trabalho de Chris Schabel1 sobre a solução de
Pedro Aureoli ao problema mencionado e sua repercussão entre os teólogos
parisienses do século XIV, cujo epílogo trata da recepção da disputa em Louvain.
Rivo sustenta que é possível harmonizar a solução que ele atribui a Aristóteles e
a Epicuro (e mesma de Aureoli), segundo a qual as proposições futuras em
matéria contingente são indeterminadas, à tese segundo a qual as profecias são
verdadeiras. As profecias seriam verdadeiras segunda a verdade não-criada;
enquanto que as proposições que descrevem eventos futuros contingentes não
podem ser verdadeiras segundo a verdade criada. A ocorrência que interessa ao
A. está na crítica que Guilherme Baudin endereça à posição de Rivo. Segundo
ele, Rivo teria submetido seu intelecto aos gentios ao afirmar que certas
proposições não são verdadeiras segundo a filosofia pagã, ainda que sejam
verdadeiras segundo a fé.
Encontramos finalmente aqui um teólogo acusado de sustentar a doutrina
da dupla verdade dois séculos depois da condenação de 1277 e de endereçá-la
aos que aderiram a teses anti-crsitãs aristotélicas e averroístas. Baseando-se
nesse achado, o A. ataca a afirmação feita por Van Steenberghen em seu artigo
sobre o tema da dupla verdade2, segundo a qual ninguém teria sustentado a
duplex veritas durante a Idade Média.
Tendo finalmente encontrado uma fonte medieval para doutrina da dupla
verdade, o A. passa a estudar como as autoridades eclesiásticas procuraram
1
SCHABEL,
C.
Theology
at
Paris
-‐
1316-‐1345:
Peter
Auriol
and
the
problem
of
divine
foreknowledge
and
future
contingents,
Hants:
Ashgate
Publishing
Press,
“Ashgate
Studies
in
Medieval
Philosophy
“,
2000.
2
VAN
STEENBERGHEN,
F.
“Une
Légende
tenace:
la
théorie
de
la
double
vérité”.
In:
Introduction
à
l’étude
de
la
philosophie
médiévale.
Louvain/Paris:
Publication
Universitaires/Béatrice-‐
Nauwelaerts,
1974.
Traditio.
Caderno
de
resenhas
do
GT
História
da
Filosofia
Medieval
e
a
Recepção
da
Filosofia
Antiga
http://gtfilosofiamedieval.wordpress.com/resenhas/
ISSN:
2176-‐8765
Vol.
1
(2009)
13
BIANCHI,
L.
Pour
une
histoire
de
la
“double
vérité”
Traditio.
Caderno
de
resenhas
do
GT
História
da
Filosofia
Medieval
e
a
Recepção
da
Filosofia
Antiga
http://gtfilosofiamedieval.wordpress.com/resenhas/
ISSN:
2176-‐8765
Vol.
1
(2009)
14
BIANCHI,
L.
Pour
une
histoire
de
la
“double
vérité”
Traditio.
Caderno
de
resenhas
do
GT
História
da
Filosofia
Medieval
e
a
Recepção
da
Filosofia
Antiga
http://gtfilosofiamedieval.wordpress.com/resenhas/
ISSN:
2176-‐8765
Vol.
1
(2009)
15
BIANCHI,
L.
Pour
une
histoire
de
la
“double
vérité”
Traditio.
Caderno
de
resenhas
do
GT
História
da
Filosofia
Medieval
e
a
Recepção
da
Filosofia
Antiga
http://gtfilosofiamedieval.wordpress.com/resenhas/
ISSN:
2176-‐8765
Vol.
1
(2009)