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XI Encontro Nacional de Pesquisa em Ciência da Informação

Inovação e inclusão social: questões contemporâneas da informação


Rio de Janeiro, 25 a 28 de outubro de 2010

GT 9 - Museu, Patrimônio e Informação


Modalidade de apresentação: Comunicação Oral]

ATRIBUTOS SIMBÓLICOS DO PATRIMÔNIO: 1


MUSEOLOGIA/ “PATRIMONIOLOGIA” E INFORMAÇÃO
EM CONTEXTO DA LINGUAGEM DE ESPECIALIDADE

Diana Farjalla Correia Lima


Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Resumo:
A questão da clareza informacional e comunicacional para a disseminação da produção
científica na Museologia é o cenário da pesquisa que abordou a Linguagem de
Especialidade. Sua associação ao instrumento mediador para consultas, a Linguagem
Documentária, foi contemplada no trabalho. O foco da pesquisa foi dirigido às formas
pelas quais se apresenta o Patrimônio (tangível) e seus correlatos: Bem,
Herança/Herança Cultural e Monumento, pela relação estabelecida com os campos do
conhecimento como decorrência do poder simbólico. O apoio teórico destaca o estudo de
Pierre Bourdieu -- sistemas simbólicos, campos do conhecimento. Foram investigadas as
instâncias nacionais e internacionais que tratam em nível conceitual e prático das
representações do Patrimônio (bens simbólicos), documentos e práticas pertinentes.
Identificou-se a presença do poder simbólico, ‗apropriações‘ que foram feitas pelas áreas
do conhecimento, por meio dos termos usados para nomear cada tipo de Bem, e
denominou-se esta representação de Atributo Simbólico do Patrimônio. Foram criadas 3
categorias técnicas e conceituais (A, B, C) que expressam esta ação simbólica: A -
Atributo de Origem (criação da natureza ou cultura); B - Atributo de Apropriação por Área
do Conhecimento; C - Atributo Mesmo Exemplar com Diferentes Designações Segundo
Áreas do Conhecimento.
Palavras-Chave: Termos e Conceitos da Museologia; Museologia e Patrimônio; Poder
Simbólico; Atributos Simbólicos do Patrimônio.

1
Agradeço a museóloga Martha Rebello Varella Guedes que me ajudou na reorganização de dados, quadro e tabela
para presente artigo. Ainda como bolsista da pesquisa Termos e Conceitos da Museologia, ela desenvolveu o subprojeto
dedicado ao estudo dos Atributos Simbólicos do Patrimônio, período janeiro de 2008 – julho 2009.
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[...] os museus, por exemplo, que têm a seu cargo a


conservação do capital de bens simbólicos legados pelos
produtores do passado e consagrados pelo fato de sua
conservação [...]. Pierre Bourdieu.

INTRODUÇÃO

No campo da Museologia e particularmente em se tratado do contexto de seu


processo informacional e comunicacional a pesquisa Termos e Conceitos da Museologia,
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UNIRIO, aborda a terminologia
especializada, denominada Linguagem de Especialidade -- ou Linguagem Profissional,
modalidade utilizada tanto no plano da produção conceitual como nas atividades práticas.
Constituindo uma forma cultural a linguagem dos especialistas permite ser
qualificada, ao modo do entendimento dado por Pierre Bourdieu (1986, p. 105), na
categoria de ―bem simbólico‖ e, ao mesmo tempo, representando um ―capital cultural‖.
Ainda, é reconhecida como um Patrimônio que o campo do conhecimento detém.
Em razão da área museológica no que tange às suas reflexões e práticas
entrelaçar-se a outras disciplinas, o quadro do estudo enfoca variados termos e conceitos,
quer sejam derivados das interpretações do próprio campo ou que foram ‗apropriados‘ e
aplicados ao seu espaço. O panorama da investigação integra, também, a vertente entre
a linguagem profissional do domínio dos agentes institucionais e individuais (os pares) da
Museologia e questões pertinentes ao uso da Linguagem Documentária que a área
demanda para intercâmbio e consultas voltadas a pesquisas.
O conjunto de bens simbólicos compreendido sob o título de Patrimônio tem sido
objeto de estudo e de ação da Museologia desde que o campo se constituiu como tal.
Esta ligação é de tal forma presente que Klaus Schreiner e Tomislav Sola, em 1982, já
propunham uso do termo Patrimoniologia (Heritology) (DESVALÉES, 2000, p. 23) como
interpretação para a Museologia, tendo em vista a ampliação do conceito da Museologia –
e de Museu – ocorrida, principalmente, ao longo da segunda metade do século XX.
Outro museólogo, Peter van Mensch (1994, p. 14.) relembra a postura de Sola em
face da ―expressão Patrimoniologia (Heritology)‖ explicando-a como decorrência do
―alargamento do conceito de museologia, que não é mais centrado no museu, mas lida
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com a nossa atitude em relação a nossa herança como um todo‖. E acrescenta, referindo-
se a Sola: ―Entretanto ele continua a usar o termo museologia para esse conceito mais
amplo‖.
A pesquisa teve seu âmbito de estudo da Linguagem de Especialidade focado no
termo/conceito Patrimônio e nas demais designações que possuem relação mútua, os
denominados correlatos: Bem, Herança/Herança Cultural e Monumento. A análise por
estar circunscrita ao Bem material em razão de trabalhar o conceito de Monumento diz
respeito ao Patrimônio tangível. E no cenário terminológico investigado, logo no início dos
trabalhos, a nomenclatura aplicada aos tipos que constituem modalidades do Patrimônio
permitiu dirigir o caminho para proceder à identificação da presença de laços entre as
áreas do conhecimento e as tipologias patrimoniais derivadas do processo de construção
cultural.
Tal fato deve-se às relações de poder que estão presentes no conjunto das
representações que formam o Patrimônio enfocado pela Museologia, indicando nas
práticas das áreas do conhecimento o exercício do poder simbólico (BOURDIEU, 1989).
Neste caso, o poder se expressa pelos termos e conceitos componentes da linguagem
profissional, que atua como forma codificada da comunicação especializada, cuja
formulação e compreensão são exclusivas dos agentes do campo -- grupos sociais
representados pelos especialistas, os pares.
E, devido à ‗linha‘ traçada pelo poder simbólico que ‗delimita‘ cada espaço do
conhecimento -- território do conhecimento/disciplinas acadêmicas envolvido por linhas
invisíveis demarcando suas fronteiras; estabelece-se a separação dos membros de um
determinado campo dos outros que não detêm a ―competência‖ (BOURDIEU apud
MICELI, 1986, p. XIX) para evoluir e integrar-se ao ambiente específico.
O domínio de um código cultural (linguagem) referente à determinada área do
conhecimento é um elemento unificador para os pares por emprestar “sentido e valor‖ às
inter-relações e aos produtos das comunidades. Ao mesmo tempo, é fator que distancia
os demais (leigos) por tratar de instrumento construído e adequado à área. Portanto,
áreas do conhecimento que configuram ―domínios específicos da realidade social‖
(BOURDIEU apud MICELI, 1986), diferentes áreas de significação da realidade
demarcadas pelas fronteiras do conhecimento conceitualmente estabelecidas e
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institucionalizadas no universo cultural, estão fundadas no poder simbólico e são espaços


de exclusão para os que não dominam os conteúdos específicos de certo campo.
O poder simbólico, conforme explica Pierre Bourdieu (1989), é um sistema de
poder que delimita (protege) o conhecimento de um espaço do saber, determinando a
‗propriedade‘ de um enfoque especializado que, deste modo, formaliza-se como marca de
―distinção‖, isto é, ―posição‖ da diferença indicativa da exclusividade de um espaço do
conhecimento. Em vista de tal condição de ―legitimação‖, decisão que procede do próprio
campo, somente aos agentes do campo é atribuída a ―competência‖ para pensar e agir
(acerca das questões do seu domínio). Cabe lembrar: a palavra domínio na sua
etimologia latina, dominus, indica: senhor, dono, proprietário.
Os signos identificadores das tomadas de posição dos campos estabelecem as
diferenciações dos predicados atribuídos a áreas, agentes ou elementos e estão
imbricados à aquisição e ao comando da ―competência‖ (exemplos: critérios, normas), do
―capital cultural‖ (o saber específico construído e reconhecido), entre outros valores
representativos da legitimidade do reconhecimento e da autoridade que é outorga do
próprio campo. No caso em questão, apresentam-se associando o termo que especifica o
caráter atribuído ao Patrimônio aos processos científicos e administrativos definidores da
competência para tratar destes exemplares patrimoniais no tocante a preceitos vinculados
às questões de preservação, restauração, coleta, manejo entre outras formas de
procedimentos especializados. Todos os valores -- atributos, configuram estratégias
simbólicas para consolidar a dominação.
Os signos podem ser ilustrados tomando-se como exemplo as denominações: --
Patrimônio Histórico e também -- Patrimônio Artístico, mencionados na Carta de Atenas
II, de responsabilidade do Conselho Internacional de Arte Moderna (CIAM), datada de
novembro de 1933; -- Patrimônio Arquitetônico, expresso no Manifesto de Amsterdã,
1975, de responsabilidade do Conselho da Europa; -- ou ainda Patrimônio Natural,
conforme indicado na Recomendação de Paris, 1962, da UNESCO, entre outras
designações ligadas a instâncias que, estabelecendo modelos para definir e tratar o tema
Patrimônio, instauram formas legitimadoras do processo de dominação simbólica.
Ao longo da pesquisa sobre as variadas tipologias patrimoniais foram encontradas
as de natureza similar que, no processo de análise, apontaram para as mudanças que
ocorrem nos usos dos termos ao longo dos anos. O estudo destas modificações
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terminológicas, ligadas a questões de diferentes contextos sociais e culturais de uso e


variações retratando múltiplas comunidades do conhecimento atuantes junto à
Museologia, contou com o apoio da Socioterminologia, estudo que orienta a compreender:
―o termo técnico-científico‖ ao modo de ―uma unidade poliédrica e, portanto, não linear,
sofrendo todas as implicações do funcionamento da linguagem‖ (FAULSTICH, 2006).
O ambiente da pesquisa em razão das múltiplas facetas apresentadas pelo
Patrimônio e correlatos, entre outros componentes teóricos e conceituais, tomou por base
para análise: -1- as expressões nominativas, interpretativas (definição) e materialmente
apresentadas (os exemplos tangíveis); -2- a produção de textos que expressam e
regulam o que se deve entender pelo termo(s) em questão.
Destaca-se, no quadro das fontes consultadas, um conjunto de documentos que,
por meio de entidades profissionais representativas de áreas do conhecimento,
representa textualmente a competência no tocante ao domínio de assuntos do Patrimônio,
como por exemplo, as interpretações e normas relativas a proteção, administração,
legislação, conservação, restauração e que são aplicadas em caráter de abrangência
internacional.
Um marco histórico pode ser traçado com relação ao início do processo, em nível
internacional, a partir 1931 (outubro) com o documento Carta de Atenas I. Foi elaborada
como resultado de um encontro para preservação de obras de arte (1930) que teve a
participação de especialistas em arquitetura, urbanismo, história da arte e profissionais de
museus, entre outros. O encontro foi apoiado pela Sociedade das Nações e pelo
Escritório Internacional dos Museus.
Deve-se chamar atenção para a primeira Carta de Atenas, 1931, na medida em
que confirma de modo formal a relação entre Museologia e Patrimônio e o faz em
contexto mundial no início da terceira década do século passado.
Dentro do espírito patrimonialista não seria forçar a verdade ao se dizer que a
Carta de Atenas, datada de 1931, ‗documenta‘ e ‗testemunha‘ o entrelace.
E a afirmativa encontra um elo do entrelace, por exemplo, na tradução feita para o
português pela museóloga Nair de Moraes Carvalho, funcionária do Museu Histórico
Nacional, e encaminhada à Inspetoria de Monumentos Nacionais (IMN) em 14 de
dezembro de 1937. O original, datilografado, integra o conjunto de documentos doados ao
Projeto (pesquisa) Memória da Museologia no Brasil, UNIRIO, coordenada pelo professor
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doutor Ivan Coelho de Sá. A Inspetoria, criada em 1934, como um departamento do


Museu Histórico Nacional foi a primeira instituição governamental a tratar do Patrimônio
no Brasil. Em fins do ano de 1937 foi substituída pelo ―Serviço do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (SPHAN), atual Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN)‖ (MHN, 2004).
O conjunto de textos de perfil regulador iniciado pela Carta de 1931 foi
denominado, no início da pesquisa (2005), de Documentos Patrimoniais e, assim, podem
ser definidos:
Textos normativos – Convenções, Recomendações, Declarações, Cartas,
Compromissos, Normas e similares – representando a produção
internacional e ou nacional que, em especial, destaca o conjunto relativo
às normas/procedimentos para tratamento do tema patrimônio, quer seja
indicando a interpretação conceitual como o exercício prático e oriundo das
instâncias especializadas tais como ICOM – Conselho Internacional de
Museus; ICOMOS – Conselho Internacional de Monumentos e Sítios;
UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura e IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
entre outras entidades (LIMA, 2006, p. 5).
Investigar as diferentes designações dadas aos elementos que constituem o
Patrimônio é caminhar por trajetos traçados pelas áreas do conhecimento para apropriar-
se dos bens simbólicos, conforme seus padrões técnico-conceituais que orientam as
ações adequadas caso a caso. Neste caminho, é deparar-se com procedimentos que
cada espaço do saber (áreas/campos/disciplinas) estipula para situações singulares.
Como, por exemplo, quando está em foco um mesmo Bem a ser tratado por mais de um
conhecimento. Nesta situação cada área usa a sua estratégia de distinção, marcando a
perspectiva do seu olhar diferenciado, condição que se compreende nomeando o Bem
seja com idêntica designação que titula o campo ou com expressão indicando uma de
suas disciplinas ou, ainda, referenciando um elemento que lhe é pertinente. Deste modo,
tutelando-o ajustado às suas especificidades.

OBJETIVOS E METODOLOGIA.
Os objetivos traçados pela pesquisa assim se apresentam:
-- Identificar e analisar no contexto das reflexões e práticas museológicas,
particularmente no que concerne à Linguagem de Especialidade, as
significações/sentidos relacionados aos termos/conceitos indicativos das representações
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do Patrimônio e seus correlatos 2: Bem, Herança/Herança Cultural e Monumento nas


tipologias construídas a partir da relação com múltiplas áreas do conhecimento;
-- Estabelecer pontos de conexão no entrelace do Patrimônio e domínios do
conhecimento a fim de compor perfis de agrupamento por categorias e relacioná-las a
tipologias patrimoniais, sob forma de exemplar isolado ou conjuntos;
-- Fornecer a partir dos resultados obtidos -- termos/conceitos aplicados pela
Museologia e demais áreas -- elementos para subsidiar a Linguagem Documentária
(vocabulários controlados), instrumento mediador para consultas/acesso à produção do
conhecimento, particularmente, em bases de dados e repositórios relacionados a temas
museológicos/patrimoniais no contexto da comunicação do campo.
As seguintes atividades foram realizadas:
-- Levantamento e análise da produção técnico-conceitual (nacional e internacional)
elaborada por instituições e pelos denominados especialistas versados em Museologia e
Patrimônio, profissionais dotados de competência e detentores do capital cultural;
-- Identificação e determinação, no contexto de representações do Patrimônio e seus
correlatos: Bem, Herança/Herança Cultural e Monumento, dos modelos tipológicos
segundo a natureza da formação, também, conforme a perspectiva dada pela apropriação
simbólica por áreas do conhecimento;
-- Identificação e localização, a partir destes modelos tipológicos determinados, de
elementos patrimoniais isolados ou conjuntos que os exemplifiquem.
-- Adequação da análise dos Documentos Patrimoniais (definição apresentada na
Introdução) e demais fontes relacionando-a aos resultados obtidos nos itens descritos
acima e destacando as Instituições nacionais e internacionais, as instâncias de poder.
Elaborou-se para os documentos um modelo de ficha matriz identificando a
‗terminologia patrimonial‘ e as representações relacionadas. Também foram produzidos
quadros e tabelas. A seguir um exemplo da ficha.

2
No período agosto 2005- dezembro 2007 foi desenvolvido outro subprojeto de pesquisa (bolsista Igor F. R. da Costa)
que analisou os termos e conceitos aplicados a Patrimônio e aos correlatos Bem, Herança/Herança Cultural e
Monumento. Os resultados dos trabalhos que indicaram a variedade de significações em diferentes contextos ligados ao
tema foram disseminados em eventos e publicações. (UNIRIO, ICOFOM, CINFORM).
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Documento Patrimonial: BRASIL.-- Lei nº 3.924 -- 26 /07/ 1961


Designação Patrimonial: ―Monumentos Arqueológicos ou Pré-Históricos‖
Domínios do Conhecimento: Arqueologia / Paleontologia / Etnografia
Exemplares:
-- ―jazidas de qualquer natureza que representem testemunhos da cultura dos
paleoameríndios‖;
-- ―sambaquis‖;
-- ―montes artificiais ou tesos‖;
-- ―poços sepulcrais‖;
-- ―jazigos‖;
-- ―aterrados‖;
-- ―estearias‖;
--―grutas, lapas e abrigos sob rocha‖;
-- ―cemitérios, sepulturas ou locais de pouso prolongado ou de aldeamento
―estações‖ ou ―cerâmios‖;
-- ―inscrições rupestres‖;
-- ―locais como sulcos de polimento de utensílios‖.

As fontes consultadas, além do português, foram documentos e sites em: inglês,


francês e espanhol.
A longa tradição de instâncias que atuam em contexto internacional e mesmo
nacionais caracteriza a presença qualitativa e quantitativa dos Documentos Patrimoniais
na investigação. Pode-se, por exemplo, citar: -- ICOM, International Council of
Museology, Conselho Internacional de Museus; -- ICOMOS, International Council on
Monuments and Sites, Conselho Internacional de Monumentos e Sítios; -- ICMAH,
International Committee for Museums and Collections of Archaeology and History, Comitê
Internacional para Museus e Coleções de Arqueologia e História; -- TICCIH – The
International Committee for the Conservation of the Industrial Heritage – Comissão
Internacional para a Conservação do Patrimônio Industrial; -- UNESCO, United Nations
Educational, Scientific, and Cultural Organization – Organização das Nações Unidas para
a Educação, a Ciência e a Cultura. Em âmbito de produção nacional destaca-se o Brasil
por meio do IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional que, criado em
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1937, tem sido o modelo definidor e mantenedor do tratamento aplicado às


representações do Patrimônio.

PATRIMÔNIO: ATRIBUTOS SIMBÓLICOS.


Embora se possa recuar no tempo para o marco histórico da Revolução Francesa
(século XVIII), quando os conjuntos dos bens privados da nobreza -- patrimônio -- foram
nacionalizados e foi conotada menção ao aspecto histórico ou artístico, a idéia do
Patrimônio como conjunto de Bens representativos de um domínio de tratamento deriva e
está ligada a fragmentação dos saberes e, consequentemente, ao estabelecimento dos
campos do conhecimento, fato ocorrido no século XIX. Porém, deve-se lembrar que a
construção cultural patrimônio só foi estabelecida e internacionalmente disseminada no
século XX, podendo-se apontar como marco a Carta de Atenas 1 (1931) de
responsabilidade da Sociedade das Nações e do Instituto Internacional de Museus. E o
Instituto pode ser compreendido como embrião da idéia que gerou, em 1946, o Conselho
Internacional de Museus, ICOM.
Em razão dos pontos de conexão com os domínios do conhecimento
estabelecidos, que configuram o modo da dependência simbólica, o Patrimônio se
configura como termo versátil nas ‗adjetivações‘ que lhes são emprestadas e, em vista
disto, dotado de caráter polissêmico. Deste maneira, permitindo identificar nos recortes da
terminologia, no que diz respeito à forma (termo) e ao sentido (conceito) que expressa, a
capacidade de variar no significado conferido de acordo com a outorga de valores que se
nomeou na pesquisa de atributo. Tal qualidade que lhe é agregada alinha-se ao contexto
da apropriação cultural pelo exercício do poder simbólico firmado pelos campos, conforme
o entende Pierre Bourdieu.
O Atributo Simbólico do Patrimônio é representado por um termo que se entende
como complemento designativo do(s) Tipo(s) de Patrimônio(s) apropriado(s) pelos
domínios do conhecimento, determinando os seguintes indicadores que foram tomados
como básicos para o processo de análise:
---- Atributo ligado à natureza de criação do Patrimônio -- Origem:
- Bem Natural;
- Patrimônio Cultural.
---- Atributo ligado à abordagem/tratamento do Patrimônio -- Área do Conhecimento:
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- Monumento Geológico (Geologia);


- Patrimônio Arquitetônico (Arquitetura).
Deste modo, o Patrimônio tanto nas coleções, espaços/lugares, como nos bens
isolados ou conjuntos, pode apresentar-se segundo peculiaridades que a pesquisa
identificou e estabeleceu conforme o modelo com três Categorias Conceituais que foram
construídas representando as questões investigadas:

--- Categoria A—atributo de origem (relativo à criação da natureza ou da


cultura).
Exemplos:
- Patrimônio Natural e Patrimônio Cultural (UNESCO, Recomendação acerca da
Preservação dos Bens Culturais.../Recomendação de Paris, 1968, p. 2- 3).
--- Categoria B – atributo de apropriação por área do conhecimento.
Exemplos:
- Patrimônio Etnográfico (BRASIL, Decreto-Lei 25, 1937, artigo 1);
- Patrimônio Arqueológico (ICMAH, Carta para a Proteção e a Gestão..., 1990, p. 2);
- Patrimônio Urbanístico (ICOMOS, Carta de Washington,) 1987.
--- Categoria C – atributo mesmo exemplar com diferentes designações
segundo áreas do conhecimento;
Exemplos:
Remanescentes arquitetônicos de uma igreja tratados (apropriados)
- como Patrimônio Arqueológico (CIAM, Carta de Atenas II, 1933);
- como Patrimônio Artístico e Patrimônio Histórico (BRASIL, Decreto –Lei n° 25, 1937);
Ainda na análise verificou-se que no período investigado pela pesquisa, isto é,
cerca de 80 anos, houve paulatina inserção de termos representativos de novos olhares
nos estudos sobre enfoques do Patrimônio, antes mais limitados e, o mais das vezes,
enfatizando as designações de histórico, artístico, arqueológico, etnográfico, cultural,
natural...
Como exemplo de novas perspectivas, pode-se citar a Recomendação de Nairóbi
(UNESCO, 1976) indicando apropriação para um elemento patrimonial por meio de área
do conhecimento que, até então, não fora mencionada nos documentos das instâncias
responsáveis pelo Patrimônio em nível de ação nacional ou internacional: a Paleontologia.
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O documento apresenta mais um tipo de designação para identificar conjuntos, o


Conjunto Histórico ou Tradicional.
Considera-se conjunto histórico ou tradicional todo agrupamento de
construções e de espaços, inclusive os sítios arqueológicos e
paleontológicos, que constituam um assentamento humano, tanto no meio
urbano quanto no rural e cuja coesão e valor são reconhecidos do ponto-
de-vista arqueológico, arquitetônico, pré-histórico, histórico, estético ou
sócio-cultural.
Entre esses "conjuntos", que são muito variados, podem-se distinguir
especialmente os sítios pré-históricos, as cidades históricas, os bairros
urbanos antigos, as aldeias e lugarejos, assim como os conjuntos
monumentais homogêneos [...] (grifo nosso),

Na Carta de Florença (ICOMOS, 1981) também é possível identificar outro


exemplo: o patrimônio resultante do tratamento dado ao homem aos recursos da
natureza. O termo utilizado neste documento é Jardim Histórico, indicando a relação com
o Paisagismo e a definição esclarece nos artigos:
Artigo 1º - Um jardim histórico é uma composição arquitetônica e vegetal
que, do ponto de vista da história ou da arte, apresenta um interesse
público. Como tal é considerado monumento.
Artigo 5º - Expressão de relações estreitas entre a civilização e a natureza,
lugar de deleite, apropriado à meditação e ao devaneio, o jardim [...] dá
testemunho de uma cultura, de um estilo, de uma época, eventualmente da
originalidade de um criador.
Artigo 7º - Ligado a um edifício, do qual será parte inseparável ou não, o
jardim histórico não pode ser separado de seu próprio meio ou ambiente
urbano ou rural, artificial ou natural. (grifo nosso)

Nesta abordagem tais espaços são vistos juntamente com os ambientes do qual
fazem parte, ou seja, não só a composição por si mesma é relevante, mas também o
contexto que a cerca, reforçando a noção do entorno, já contemplada em documentos de
anos anteriores.
A seguir um exemplo de uma tabela temática (ordenação cronológica)
apresentando recortes de Atributos Simbólicos do Patrimônio nas três Categorias (A, B,
C) definidas pela pesquisa.
A fonte para a tabela abaixo foram os Documentos Patrimoniais.
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TABELA - PATRIMÔNIO, REGULAÇÕES E CATEGORIAS TÉCNICO CONCEITUAIS

PATRIMÔNIO / EXEMPLARES DOCs. Categoria A Categoria B Categoria C


PATRIMO- Atributo Atributo Atributo mesmo
NIAIS. de origem de apropriação exemplar com
(criação da por área do diferentes
natureza ou conhecimento designações
cultura) segundo áreas
do
conhecimento

Monumentos Históricos Carta de Cultural ―Monumento‖ Arqueologia


Monumentos Artísticos Atenas Arte
Monumentos Científicos 1931 Ciências
Monumentos Arqueológicos História

Bens Móveis Decreto Lei n° Cultural e ―Patrimônio Arqueologia


Bens Imóveis 25 Natural Histórico e Artes
Sítios (Brasil) Artístico Etnografia
Paisagens 1937 Nacional‖ História
Literatura

Jazidas Lei n° 3.924 Cultural ―Monumentos Arqueologia


Sambaquis (Brasil) Arqueológicos Paleontologia
Montes Artificiais ou pré-
Tesos 1961 históricos‖
Poços Sepulcrais
Jazigos
Aterrados
Estearias
Grutas
Lapas
Abrigos sob Rocha
Cemitérios
Sepulturas
Aldeamentos
Inscrições Rupestres
Sulcos de Polimento de
Utensílios

Sítios Urbanos Carta de Cultural ―Monumento Arquitetura


Sítios Rurais Veneza Histórico‖ História
1964
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PATRIMÔNIO / EXEMPLARES DOCs. Categoria A Categoria B Categoria C


Atributo de Atributo de Atributo mesmo
PATRIMO- origem apropriação por exemplar com
(criação da área do diferentes
NIAIS. natureza ou conhecimento designações
cultura) segundo áreas
do
conhecimento

Bens Móveis Recomenda- Cultural e ―Bens Arqueologia


Bens Imóveis ção de Paris Natural Culturais‖ Arquitetura
Obras de Arte e Arquitetura Arquivologia
Manuscritos 1964 Arte
Livros Botânica
Bens Artísticos / Históricos / Ciências
Arqueológicos Etnologia
Documentos Etnológicos História
Espécies da Flora e Fauna Literatura
Coleções Científicas Música
Arquivos Zoologia
Arquivos Musicais

Coleções de Zoologia / Convenção Cultural ―Bens Anatomia


Botânica / Mineralogia / sobre as Culturais‖ Arqueologia
Anatomia Arquivologia
Produtos de Escavações Medidas que Artes
Elementos Procedentes do devem ser Botânica
Desmembramento de Ciências
Monumentos Artísticos e adotadas para Etnologia
Históricos Proibir e Filatelia
Antiguidades História
Inscrições Impedir a Literatura
Moedas Importação, a Mineralogia
Selos Música
Pinturas Exportação e Numismática
Estatuário a Paleontologia
Escultura Pré-História
Litografia Transferência Zoologia
Estampas de
Gravuras
Montagens Propriedade
Manuscritos Ilícita de Bens
Incunábulos, Livros
Documentos Culturais.
Publicações
Selos de Correio 1970
Selos Fiscais
Arquivos
Arquivos Fonográficos
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Arquivos Cinematográficos
Objetos de Mobiliário
Instrumentos de Música
antigos

PATRIMÔNIO / EXEMPLARES DOCs. Categoria A Categoria B Categoria C


Atributo de Atributo de Atributo mesmo
PATRIMO- origem apropriação por exemplar com
(criação da área do diferentes
NIAIS. natureza ou conhecimento designações
cultura) segundo áreas
do
conhecimento

Monumentos Naturais Recomenda- Natural ―Patrimônio Biologia


Formações Geológicas ção de Paris Natural‖ Ciências
Formações Fisiográficas 1972 Estética
Áreas que Constituam o Geografia
Habitat de Espécies Animais e Geologia
Vegetais
Lugares Notáveis
Zonas Naturais Delimitadas

Formações Físicas Biológicas UNESCO Natural ―Patrimônio Biologia


Formações Físicas Geológicas World Natural‖ Ciências
Habitats de Espécies Heritage ―Herança Estética
de Animais Information Kit Geologia
Natural‖
e Plantas Ameaçados 1972

Paisagens Naturais Carta de Cultural e ―Sítios Arqueologia


História
Paisagens Construídas Petrópolis Natural Históricos
Botânica
Espaços Urbanos 1987 Urbanos
Zoologia
Urbanismo

Sítios Submersos Convenção Cultural ―Patrimônio Arqueologia


Estruturas Submersas Sobre a Cultural História
Edifícios Submersos Proteção do Subaquático‖
Artefatos Submersos Patrimônio
Restos Humanos Submersos Cultural
Navios Submersos Subaquático
Aeronaves Submersas 2001
Artefatos de Caráter
Pré-Histórico Submersos
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Inovação e inclusão social: questões contemporâneas da informação
Rio de Janeiro, 25 a 28 de outubro de 2010

CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Ao término do processo de pesquisa considerando as fontes consultadas, a análise
e interpretação dos resultados, verificou-se a existência de um movimento que é realizado
pelos campos do conhecimento agindo com finalidade de apropriação conceitual do termo
Patrimônio.
Este procedimento é exercido em função de ações do poder simbólico que atua
aplicando estratégias de legitimação.
No assunto que se investigou, a estratégia se reveste em modalidade usada para
diferenciar os Bens Simbólicos. É aplicada por meio de designações específicas que lhes
são atribuídas e relacionadas ao assunto do campo. Por conseguinte, os termos utilizados
para as representações do Patrimônio, em verdade, servem para emprestar a marca de
distinção (a diferença) e para delimitar as fronteiras dos domínios do exercício da
competência profissional na gestão do tema.
E a pesquisa ao identificar, determinar, nomear e classificar os Atributos Simbólicos
do Patrimônio em três Categorias, ou seja, tipologias técnico-conceituais A, B, C: -A-
Atributo de Origem (criação da natureza ou cultura); -B- Atributo de Apropriação por Área
do Conhecimento; -C- Atributo Mesmo Exemplar com Diferentes Designações Segundo
Áreas do Conhecimento; alcançou representar a outorga e legitimação auto-aplicada
pelas áreas para exercer seu direito no tratamento das diversas formas materiais
(exemplares) de Bens, Monumentos ditos Culturais/Naturais.
Ainda, acredita-se que o resultado da pesquisa em razão da categorização
elaborada permitirá, no contexto da Linguagem de Especialidade bem como na sua
representação por meio da Linguagem Documentária, colaborar para efetiva e clara
comunicação da informação especializada entre pares e demais usuários dos serviços e
produtos museológicos, no que se refere às questões de ordem teórica e prática com as
quais a Museologia lida.

Abstract:
The issue of information and communication clarity for the dissemination of scientific
production in Museology is the setting of research that has addressed the Specialty
Language. The association with the mediating instrument for consultation, the
Documentary Language, was also included in the survey. The research focus was directed
to the ways in which Cultural Heritage (tangible) and its correlates: Assets,
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Heritage/Cultural Heritage and Monument are presented, by the relation that is established
with the fields of knowledge as a result of symbolic power. The theoretical support
highlights the study of Pierre Bourdieu - symbolic systems, fields of knowledge The
research has identified and analyzed the national and international bodies dealing with
conceptual and practical representations of Cultural Heritage (symbolic assets),
documents and practical questions. The presence of symbolic power has also been
identified --'appropriations' that have been made for the areas of knowledge--, through the
terms used to name each type of assets, and research has denominated this
representation as Symbolic Attribute of Cultural Heritage. The research developed and
established three technical and conceptual categories (A, B, C) that express this symbolic
action: - A - Attribute of Origin (creation of nature or culture); - B - Attribute of appropriation
made by Area of Knowledge; - C - Attribute Even Exemplar with Different Names
According to Areas of Knowledge.
Key words: Terms and Concepts of Museology – Museology and Cultural Heritage -
Symbolic Power; Symbolic Attribute of Cultural Heritage.

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