Você está na página 1de 3

1

IMAGINAÇÃO

Senso comum: uma forma de evadir-se do plano da realidade e ir para a suposição. Neste
mundo da suposição, a imaginação não produz nada e sim combina os já adquiridos,
elaborando-os ou modificando-os.

Várias formas de imaginação:

- com imagens reprodutivas (cópias de coisas/pensamentos existentes) ou


produtivas (combinação de vários elementos criando com um novo modelo)

- de forma objetiva ou subjetiva

Ex: sonhos, ilusões, divagações, fantasias, alucinações, etc

Sonho é uma experiência de imaginação do inconsciente durante nosso período de sono.

Ilusão é uma confusão dos sentidos que provoca uma distorção da percepção.

Divagação é um afastamento do assunto principal.

Fantasia existe apenas na imaginação de quem o cria com o objetivo de proporcionar uma


satisfação ilusória, que não é ou não pode ser obtida na vida real.

Alucinação é a percepção real de um objeto que não existe, ou seja, são percepções sem um
estímulo externo.

A IMAGEM é o elemento intermediário entre a sensação (que é concreta e biológica) e


o pensamento (que é abstrato).

Dualidade entre o mundo real e o mundo suposto, necessário para que se produza o
fenômeno imaginativo. Ambos são mutáveis. Segundo o conceito de Maya, ambos são
ilusórios.

O suposto é inexistente? Mais irreal que o mundo concreto?

Há imagens e ideias que perduram através do tempo com mais intensidade e firmeza do que
muitas obras materiais. A imagem, por ser sutil, escapa mais do nosso controle.

É no controle que exercemos sobre uma imagem, que vai diferenciar a imaginação e fantasia.

IMAGINAÇÃO: “é o poder plástico da alma produzido pela consciência esclarecida e


direcionada pela vontade”. Que controla a criação? o Eu. O controle é consciente, voluntário.

FANTASIA: é o não controle das imagens que caem sobre o poder da mente de desejos (kama-
manas) e não é exercida pela vontade. Por isso, o campo da fantasia é muito menor que o
da imaginação. Nada se cria. Tudo se recria.

Há uma necessidade de evasão do mundo em que vivemos. Inicia-se com uma pequena bola
de ideias e converte-se num monstro, impossível de reconhecer. As imagens nos escapam e
adquirem vida própria. “Assim como cada corpo nasce de outros 2 corpos, cada imagem nasce
2

de outro par de imagens que se unem.” Essa progressão pode-se comparar a um “câncer”
mental. Devemos ter estratégias para o controle das fantasias.

O homem imagina que já é o que deveria ser!

A Natureza é amoral. Se você quer algo, ela dá. Devemos pedir pelo justo.

O homem imagina que pensa. Para se ter idéias, é necessário uma mente livre de opiniões e
hábitos de moda.

O homem imagina-se a si mesmo em relação a estudos e profissões. As vocações não se


imaginam; normalmente são o fruto das necessidades da Alma e o produto de acúmulo de
experiências ao longo de outras muitas vidas.

A afetividade nos impele ao mundo da fantasia. Refletir sobre os relacionamentos amorosos.

Outro exemplo: coisas que sempre imaginamos como boas ou más: “a liberdade é boa”, “a
escravatura é má”. Sem análise impedimos o acesso à verdade.

Estratégias para evitar a fantasia:

1. Atenção

A consciência elimina a fantasia perniciosa. É útil conhecer os processos da mente e dominá-la.


Existem muitos pequenos “eus” que anarquizam a personalidade. Devemos conhecer a nós
como nós somos, através da máxima atenção, para evitar o risco de fantasiar-se em vez de
fazer-se!!!

2. Não supor
… que o tempo resolverá.
… que alguém proverá.
...que os outros preencherão nosso vazio.

A suposição outorga comodidade ao eu inferior, pois a fantasia anula a possibilidade da


conquista do real. Na filosofia tibetana e budista: “a mente é a grande destruidora do real”.

A CAPACIDADE IMAGINATIVA DEPENDE DA EVOLUÇÃO CONSCIENCIAL CONQUISTADA.

Nem todos podem crias na mesma medida e qualidade, mas os grandes criadores conheceram
o prodígio da imaginação controlada e dirigida pela vontade.

Refere-se à imaginação criadora e controlada unida a emoções elevadas. Onde há a verdadeira


“criação”, que veste e embeleza as coisas, gerando a arte. É na beleza arquetípica que
a imaginação pode ser melhor aplicada.

Não é uma criação absoluta, mas a reprodução de arquétipos, ideias, modelos que existem em
algum plano da natureza e que o criador capta e plasma. (Na teoria da reencarnação explica
que grandes criações foram realizadas por seres de grande evolução espiritual, com duração
de milênios ou plasmação de um conjunto de trabalhos realizados na mesma linha por almas
afins à do criador).
3

Imaginação e Realização vão juntas: pensamento reto e ação reta.

Como trazemos a ideia para nós? Pela ação.

Qual é a função da imaginação? A evolução.

Assim convém “imaginar” a história futura com aspectos mais otimistas possível, pois o mundo
futuro surgirá a partir de nossas ideias de hoje. Se o hoje é produto de ontem, e se tudo o que
vivemos começou numa imagem/pensamento, evitemos então as fantasias para conquistar o
homem e a humanidade dos deuses!

*** Dica: ler “Estratégias do Pensamento e Projeto de Vida” Michel Echenique.

DSG

Extraído del libro “Recuerdos y reminiscencias”

Imaginação é a capacidade de capturar imagens superiores e e torná-las realidade. Trabalhar


com a imaginação é se tornar-se todo artista. Com imaginação, capturamos ideias superiores;
com a imaginação, baseada em elementos puros e nobres, somos capazes de construir
homens puros e nobres, porque temos uma ideia, uma imagem, um arquétipo e agora a
reproduzimos, como autênticos artistas de nós mesmos.

Conclusões:

Imaginação tem a ver com Criação.

Só há criação através da consciência direcionada pela vontade.

https://biblioteca.acropolis.org/crecer-en-memoria-e-imaginacion/

JAL

As coisas existem para nós assim que conscientizamos ou prestamos atenção a elas
Do ponto de vista da filosofia antiga, argumenta-se que a mente é fundamental: participa de
uma parte material e de uma parte espiritual. Para o antigo Indo, "manas" tem dois aspectos:
um, incondicionado ou "arupa" e outro, condicionado ou "rupa".
O domínio da mente é essencial para dominar a matéria. O primeiro ponto a ter em mente é o
domínio comum da mente sobre a matéria. Quanto ao domínio fora do comum, precisamos
salientar que o milagroso ou extraordinário é limitado por nossa própria capacidade de
capturar.
Nós devemos controlar essa vida íntima dentro de nós; tentar dominar nossa imaginação e
consertá-la. Que uma fantasia não se torne como um polvo enlouquecido que nos arrasta.
Aquilo que é característico da alma é aquilo que dura muito tempo. Aquilo que não dura muito
tempo não é característico da alma.

https://biblioteca.acropolis.org/el-poder-de-la-mente-sobre-la-materia/

Você também pode gostar