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Estratégias de turnaround
A escolha da estratégia de turnaround deve se analisar o contexto interno e externo da empresa.
Aquando da formulação da estratégia de turnaround a adotar, a organização deverá ter em conta
a disponibilidade dos seus recursos, para que a recuperação seja viável.
Estratégia orientada para a eficiência – baseia se numa política de redução de custos, enquanto
que a adoção de uma estratégia empresarial orientada procura alinhar a estratégia da
organização com o ambiente externo em que ela atua. Na estratégia orientada para a eficiência,
as organizações deverão iniciar uma tática que cinge em reduzir os custos operacionais,
downsizing, redução de ativos operacionais e investimentos internos.
Estratégia empresarial orientada - realizar investimentos em investigação e desenvolvimento e
adotar uma estratégia de investimento e/ou desinvestimento de ativos.
Há quem defenda que as estratégias orientadas para a eficiência deverão ser aplicadas,
independentemente de quais sejam as causas do declínio da organização, sendo depois
realizadas medidas de recuperação.
Mas também quem defenda que se devem unir as duas estratégias. Assim, a organização deverá
reduzir os custos e os seus ativos com vista a gerar uma maior eficiência e ter um cash flow
positivo. E posteriormente, a empresa deverá dar a início ao processo de recuperação, onde o
objetivo é o crescimento e desenvolvimento através de estratégias como aquisições, novos
produtos, maior penetração no mercado e de novos mercados.
Defende-se também que deve existir um envolvimento dos stakeholders da organização no
processo de turnaround, contruindo bases sólidas para a recuperação da empresa.
No processo de recuperação de uma determinada organização é importante que a gestão
identifique quais são as áreas rentáveis e as áreas que não têm a rentabilidade desejada. Deste
modo, as empresas deverão fortalecer o seu investimento nas áreas que podem trazer vantagem
competitiva e desinvestir nas áreas menos rentáveis. O desinvestimento nestas áreas permitirá à
empresa obter fundos, caso esta possua ativos, que poderão ser aplicados para “reduzir o peso
da dívida e para investir em unidades de negócios e mercados de criação de valor acrescentado.”
Todavia, existem outras medidas que podem ser tomadas e, que poderão disponibilizar recursos
para a recuperação da empresa, tais como a redução dos custos dos produtos, redução das
despesas gerais e administrativas e a restruturação administrativa.
É importante referir que no processo de alocação dos recursos, e as decisões tomadas deverão
ser sustentáveis. Para tal, é necessário que os gestores possuam uma flexibilidade estratégica
que lhes permita “reconhecer as mudanças no ambiente externo e aproveitar os recursos
existentes para tomar as medidas adequadas em tempo útil e de forma rápida”.