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NOME DO ALUNO
NOME DO ALUNO
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NOME DO ALUNO
NOME DO ALUNO
UBERLÂNDIA - MG
FEVEREIRO/2016
NOME DO ALUNO
NOME DO ALUNO
NOME DO ALUNO
NOME DO ALUNO
NOME DO ALUNO
UBERLÂNDIA- MG
FEVEREIRO/2019
1
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 3
2. OBJETIVOS 4
2.1 Objetivo geral 4
2.2 Objetivos específicos 4
3. REFERENCIAL TEÓRICO 4
3.1 Córregos 4
3.2 Bacias Hidrográficas 4
3.3 Aspectos físicos da Bacia Hidrográfica do córrego Bebedouro 6
3.3.1 Clima 6
3.3.3 Solos 8
3.3.4 Cerrado 10
3.4 APP (Área de Preservação Permanente) 10
3.5 Uso e ocupação do solo 11
3.6 Córrego Bebedouro 12
3.7 Córrego das Moças 14
3.8 Classes d’água 18
4. METODOLOGIA 29
4.1 Análises 29
4.2 Avaliação de impactos ambientais 31
4.2.1 Listagem de controle (check-list) 31
4.2.2 Método das redes de interação 31
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 31
5.1 Análises 31
5.2 Avaliação de impactos ambientais 34
5.2.1 Listagem de controle (check-list) 34
5.2.2 Método das redes de interação 35
6. CONCLUSÃO 36
REFERÊNCIAS 36
2
1. INTRODUÇÃO
3
2. OBJETIVOS
3. REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Córregos
Os rios são cursos d’água que correm naturalmente de uma área mais alta para
uma mais baixa do relevo, geralmente deságua em outro rio, lago ou no mar. Esses cursos
d’água se formam a partir da chuva, que é absorvida pelo solo até atingir áreas
impermeáveis no subsolo onde se acumula, constituindo o que chamamos de lençol
freático. Quando o lençol freático aflora na superfície dá origem à nascente de um rio.
(FREITAS, [201-?])
Os córregos são pequenas passagens de água corrente e que possuem dimensão
menor ao de um riacho (pequeno rio). São de extrema importância para existência e
manutenção das bacias hidrográficas, devido ao seu papel de fluxo d’água e são
responsáveis pelo início de formação de um rio. A palavra “córrego” veio do latim e
significa “canal de água”. Eles também são chamados de arroio, corgo, rego ou regato.
(SIGNIFICADOS, 2015)
4
No Brasil foram estabelecidas doze regiões de Bacias Hidrográficas. São elas:
Amazônica, Tocantins-Araguaia, Atlântico Nordeste Oriental, Atlântico Nordeste
Ocidental, São Francisco, Atlântico Leste, Paranaíba, Atlântico Sudeste, Paraná,
Paraguai, Uruguai e Atlântico Sul. (FRANCISCO, [201-?]). A Figura 01 apresenta a
localização das Bacias Hidrográficas de Minas Gerais.
5
A bacia, na qual está inserido o Instituto Federal do Triângulo Mineiro – Campus
Uberlândia (IFTM) é a bacia hidrográfica do córrego Bebedouro (Figura 2). É uma
microbacia da bacia do rio Araguari. Possui três córregos, córrego Bebedouro que possui
7,5 quilômetros de extensão, córrego das Moças e córrego Cabaças, desses somente dois
(Bebedouro e Moças) estão dentro da área do IFTM (SANTOS, 2008).
3.3.1 Clima
O clima, palavra grega para “inclinação” referindo ao ângulo formado pelo eixo
de rotação da Terra e seu plano de translação, compreende um padrão dos diversos
elementos atmosféricos que ocorrem na atmosfera do planeta. (SIGNIFICADOS BR,
[201-?])
6
O clima do município de Uberlândia é do tipo Cwa (clima Tropical) possuindo
duas estações bem definidas: período chuvoso de outubro a abril, e o período seco de
maio a setembro. (SANTOS, 2008)
3.3.2 Geologia
Segundo Ross (1993), os levantamentos geológicos são básicos para o
entendimento da relação existente entre o relevo, o solo, a rocha e as ações climáticas.
Servem também para análise da potencialidade agrícola e da avaliação da fragilidade
natural dos ambientes.
“A rugosidade do relevo, a declividade das vertentes e o levantamento de uso da
terra possibilitam chegar a um diagnóstico das diferentes categorias hierárquicas da
fragilidade dos ambientes naturais.” (apud SANTOS, 2008, p. 35).
As unidades geológicas, encontradas na bacia do córrego Bebedouro são rochas
do Pré-Cambriano, Serra Geral e Cenozóico, conforme apresentado na Tabela 01.
7
preto a preto cinzento, nos corpos maciços, e marrons escuros, nos visiculares
(BARCELOS, 1984; SANTOS, 2002 apud RODRIGUES, 2008, p. 63).
No mapa abaixo (Figura 03) podemos ver a localização das formações geológicas
citadas anteriormente.
3.3.3 Solos
8
agrega-se o relevo, que influi na penetração das águas no material rochoso. A água
também constitui substância essencial nos processos de formação dos solos, provocando
alterações químicas nos minerais (BERTONI; LOMBARDI NETO, 2005 apud SANTOS
2008, p. 63).
9
Os Latossolos –“São solos em avançado estágio de intemperização, constituídos
de minerais primários e secundários, muito evoluídos, com resultado de enérgicas
transformações no material constitutivo (…)”. (SANTOS, et al., 2006)
3.3.4 Cerrado
10
✔ Córregos com largura de até 10 m – 30 m medido a partir do barranco;
Figura 04 – Ilustração das APP’s indicando sua largura em função do aumento das
dimensões dos cursos d’água.
Fonte: WWF
11
familiar. Possui também granja de suínos e frangos, criação de cavalos, criador
conservacionista de pássaros.
Há também o desenvolvimento do turismo rural, sendo que possui uma
propriedade que recebe seus visitantes, oferecendo os serviços de restaurante, de acordo
com CHRISTINA ARANTES. M ([200-?], p. 65)
12
Figura 05 – Vegetação ciliar do córrego Bebedouro.
Fonte: CARVALHO, 2018
13
Figura 06: Imagem de satélite da microbacia do córrego Bebedouro.
Fonte: Amorim (2009).
Segundo Amorim (2009), todos estes equipamentos foram construídos sem
nenhum zoneamento ecológico e nem mapeamento geotécnico das áreas vulneráveis,
como: as nascentes, os corpos hídricos, as veredas e a biodiversidade. Tornando um
ambiente propício à erosão, perdas de solos agricultáveis, entre outros.
O córrego das Moças localiza-se em sua maior parte, na zona rural do município
de Uberlândia – MG (Figura 07), na porção norte de sua sede. Limita-se ao sul com o
Distrito Industrial do referido município e um trecho do rio Uberabinha e, ao norte, com
uma parte do rio Araguari e Córrego Quilombo. (SILVA et al., 2000)
14
Figura 07: Córrego das Moças
Fonte: REZENDE, 2019
15
Figura 08: Localização do córrego das Moças
Fonte: Silva et al., (2000).
De acordo com Silva, o Mapa de Uso da Terra e Cobertura Vegetal (Figura 09)
demonstra sete classes diferentes, sendo que, de forma predominante, ocorrem as
pastagens (Figura 10) e as culturas temporárias. A classificação destas classes quanto à
sua influência sobre a fragilidade do relevo, está relacionada ao grau de proteção ao solo
oferecido pelos tipos de usos e cobertura vegetal (Ross, 1994).
16
Figura 09: Mapa de Uso da Terra e Cobertura Vegetal
Figura 10: Divisão da área de pastagem com a APP do Córregos das Moças
Fonte: REZENDE, 2019
17
Segundo Silva (2000), no vale do rio Araguari afloram rochas do Grupo Araxá,
facilmente identificadas pelas feições onduladas, por uma maior densidade de drenagem
em consequência da sua maior resistência em relação às demais e, pelo direcionamento
dos cursos d’água que encaixam-se na xistosidade desta classe geológica. Na área de
estudo predominam as seguintes litologias do grupo Araxá: muscovita quartzoxisto e
muscovita quartzito.
No Mapa Geológico é possível observar a presença de duas feições de rochas, o
arenito da Formação Marília e o basalto da Formação Serra Geral (Figura 11).
18
e atualizada com a Resolução CONAMA nº 430, a qual dispõe sobre as condições e
padrões de lançamento de efluentes. Já a Resolução CONAMA nº 396, de abril de 2008
30 estabelece níveis de qualidade para águas subterrâneas considerando os usos
preponderantes (CONAMA, 2008 apud VIEIRA, 2016, p. 29).
No Brasil é adotado o enquadramento por classes de qualidade. Este sistema faz
com que os padrões de qualidade estabelecidos para cada classe sejam formados pelos
padrões mais restritivos dentre todos os usos contemplados naquela classe.
A Resolução CONAMA 357/2005 estabelece as classes de qualidade para as
águas doces, salobras e salinas.
As águas de classe especial devem ter sua condição natural, não sendo aceito o
lançamento de efluentes, mesmo que tratados. Para as demais classes, são admitidos
níveis crescentes de poluição, sendo a classe 1 com os menores níveis e as classes 4
(águas-doces) e 3 (águas salobras e salinas) as com maiores níveis de poluição (Figura
12).
Estes níveis de poluição determinam os usos que são possíveis no corpo d’água.
Por exemplo, nas águas-doces de classe 4 os níveis de poluição permitem apenas os usos
menos exigentes de navegação e harmonia paisagística. (ANA, [201-?]).
19
Art. 4º As águas doces são classificadas em:
I - classe especial: águas destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;
b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e,
c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção
integral.
II - classe 1: águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho,
conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000;
d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam
rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e
e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
III - classe 2: águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho,
conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000;
d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e
lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e
e) à aqüicultura e à atividade de pesca.
IV - classe 3: águas que podem ser destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado;
b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;
c) à pesca amadora;
d) à recreação de contato secundário; e
e) à dessedentação de animais.
V - classe 4: águas que podem ser destinadas:
a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística
20
Art. 23. As águas salobras de classe 3 observarão as seguintes condições e padrões: I -
pH: 5 a 9; II - OD, em qualquer amostra, não inferior a 3 mg/L O2; III - óleos e graxas:
toleram-se iridescências; IV - materiais flutuantes: virtualmente ausentes; V - substâncias
que produzem cor, odor e turbidez: virtualmente ausentes; VI - substâncias facilmente
sedimentáveis que contribuam para o assoreamento de canais de navegação: virtualmente
ausentes; VII - coliformes termotolerantes: não deverá ser excedido um limite de 4.000
coliformes termotolerantes por 100 mL em 80% ou mais de pelo menos 6 amostras
coletadas durante o período de um ano, com freqüência bimestral. A E. Coli poderá ser
determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com
limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente; e VIII - carbono orgânico total
até 10,0 mg/L, como C.
Seção II
Das Águas Salinas
Art. 5º As águas salinas são assim classificadas:
I - classe especial: águas destinadas:
a) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção
integral; e
b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
II - classe 1: águas que podem ser destinadas:
a) à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000;
b) à proteção das comunidades aquáticas; e
c) à aqüicultura e à atividade de pesca.
III - classe 2: águas que podem ser destinadas:
a) à pesca amadora; e
b) à recreação de contato secundário.
IV - classe 3: águas que podem ser destinadas:
a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
Seção II
Das Águas Salobras
Art. 6º As águas salobras são assim classificadas:
I - classe especial: águas destinadas:
21
a) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção
integral; e,
b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.
II - classe 1: águas que podem ser destinadas:
a) à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à aqüicultura e à atividade de pesca;
d) ao abastecimento para consumo humano após tratamento convencional ou avançado;
e
e) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam
rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película, e à irrigação de
parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato
direto.
III - classe 2: águas que podem ser destinadas:
a) à pesca amadora; e
b) à recreação de contato secundário.
IV - classe 3: águas que podem ser destinadas:
a) à navegação; e
b) à harmonia paisagística.
Os parâmetros estabelecidos para cada classe de água, de acordo com o CONAMA são:
Art. 14. As águas doces de classe 1 observarão as seguintes condições e padrões:
I - condições de qualidade de água:
a) não verificação de efeito tóxico crônico a organismos, de acordo com os critérios
estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições
nacionais ou internacionais renomadas, comprovado pela realização de ensaio
ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente reconhecido.
b) materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;
c) óleos e graxas: virtualmente ausentes;
d) substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes;
e) corantes provenientes de fontes antrópicas: virtualmente ausentes;
f) resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes;
g) coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de contato primário deverão ser
obedecidos os padrões de qualidade de balneabilidade, previstos na Resolução CONAMA
no 274, de 2000. Para os demais usos, não deverá ser excedido um limite de 200
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coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais, de pelo menos 6 amostras,
coletadas durante o período de um ano, com frequência bimestral. A E. Coli poderá ser
determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de acordo com
limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente;
h) DBO 5 dias a 20°C até 3 mg/L O2;
i) OD, em qualquer amostra, não inferior a 6 mg/L O2;
j) turbidez até 40 unidades nefelométrica de turbidez (UNT);
l) cor verdadeira: nível de cor natural do corpo de água em mg Pt/L; e
m) pH: 6,0 a 9,0.
II - Padrões de qualidade de água:
III - Nas águas doces onde ocorrer pesca ou cultivo de organismos, para fins de consumo
intensivo, além dos padrões estabelecidos no inciso II deste artigo, aplicam-se os
seguintes padrões em substituição ou adicionalmente:
Art 15. Aplicam-se às águas doces de classe 2 as condições e padrões da classe 1 previstos
no artigo anterior, à exceção do seguinte:
I - não será permitida a presença de corantes provenientes de fontes antrópicas que não
sejam removíveis por processo de coagulação, sedimentação e filtração convencionais;
II - coliformes termotolerantes: para uso de recreação de contato primário deverá ser
obedecida a Resolução CONAMA no 274, de 2000. Para os demais usos, não deverá ser
excedido um limite de 1.000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou
mais de pelo menos 6 (seis) amostras coletadas durante o período de um ano, com
freqüência bimestral. A E. coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro
coliformes termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental
competente;
III - cor verdadeira: até 75 mg Pt/L;
IV - turbidez: até 100 UNT;
V - DBO 5 dias a 20°C até 5 mg/L O2;
VI - OD, em qualquer amostra, não inferior a 5 mg/L O2;
VII - clorofila a: até 30 μg/L;
VIII - densidade de cianobactérias: até 50000 cel/mL ou 5 mm3/L; e,
IX - fósforo total:
a) até 0,030 mg/L, em ambientes lênticos; e,
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b) até 0,050 mg/L, em ambientes intermediários, com tempo de residência entre 2 e 40
dias, e tributários diretos de ambiente lêntico.
24
Art. 17. As águas doces de classe 4 observarão as seguintes condições e padrões:
I - materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;
II - odor e aspecto: não objetáveis;
III - óleos e graxas: toleram-se iridescências;
IV - substâncias facilmente sedimentáveis que contribuam para o assoreamento de
canais de navegação: virtualmente ausentes;
V - fenóis totais (substâncias que reagem com 4 - aminoantipirina) até 1,0 mg/L de
C6H5OH;
VI - OD, superior a 2,0 mg/L O2 em qualquer amostra
Seção III
Das Águas Salinas
Art. 18. As águas salinas de classe 1 observarão as seguintes condições e padrões:
I - condições de qualidade de água:
a) não verificação de efeito tóxico crônico a organismos, de acordo com os critérios
estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições
nacionais ou internacionais renomadas, comprovado pela realização de ensaio
ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente reconhecido;
b) materiais flutuantes virtualmente ausentes;
c) óleos e graxas: virtualmente ausentes;
d) substâncias que produzem odor e turbidez: virtualmente ausentes;
e) corantes provenientes de fontes antrópicas: virtualmente ausentes;
f) resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes;
g) coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de contato primário deverá ser
obedecida a Resolução CONAMA no 274, de 2000. Para o cultivo de moluscos bivalves
destinados à alimentação humana, a média geométrica da densidade de coliformes
termotolerantes, de um mínimo de 15 amostras coletadas no mesmo local, não deverá
exceder 43 por 100 mililitros, e o percentil 90% não deverá ultrapassar 88 coliformes
termotolerantes por 100 mililitros. Esses índices deverão ser mantidos em monitoramento
anual com um mínimo de 5 amostras. Para os demais usos não deverá ser excedido um
limite de 1.000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou mais de pelo
menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com periodicidade bimestral.
A E. Coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes
termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente;
25
h) carbono orgânico total até 3 mg/L, como C;
i) OD, em qualquer amostra, não inferior a 6 mg/L O2; e
j) pH: 6,5 a 8,5, não devendo haver uma mudança do pH natural maior do que 0,2 unidade.
III - Nas águas salinas onde ocorrer pesca ou cultivo de organismos, para fins de consumo
intensivo, além dos padrões estabelecidos no inciso II deste artigo.
26
IX - pH: 6,5 a 8,5 não devendo haver uma mudança do pH natural maior do que 0,2
unidades
Seção IV
Das Águas Salobras
Art. 21. As águas salobras de classe 1 observarão as seguintes condições e padrões:
I - condições de qualidade de água:
a) não verificação de efeito tóxico crônico a organismos, de acordo com os critérios
estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua ausência, por instituições
nacionais ou internacionais renomadas, comprovado pela realização de ensaio
ecotoxicológico padronizado ou outro método cientificamente reconhecido;
b) carbono orgânico total: até 3 mg/L, como C;
c) OD, em qualquer amostra, não inferior a 5 mg/ L O2;
d) pH: 6,5 a 8,5;
e) óleos e graxas: virtualmente ausentes;
f) materiais flutuantes: virtualmente ausentes;
g) substâncias que produzem cor, odor e turbidez: virtualmente ausentes;
h) resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes; e
i) coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de contato primário deverá ser
obedecida a Resolução CONAMA no 274, de 2000. Para o cultivo de moluscos bivalves
destinados à alimentação humana, a média geométrica da densidade de coliformes
termotolerantes, de um mínimo de 15 amostras coletadas no mesmo local, não deverá
exceder 43 por 100 mililitros, e o percentil 90% não deverá ultrapassar 88 coliformes
termotolerantes por 100 mililitros. Esses índices deverão ser mantidos em monitoramento
anual com um mínimo de 5 amostras. Para a irrigação de hortaliças que são consumidas
cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem
remoção de película, bem como para a irrigação de parques, jardins, campos de esporte e
lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto, não deverá ser excedido o
valor de 200 coliformes termotolerantes por 100mL. Para os demais usos não deverá ser
excedido um limite de 1.000 coliformes termotolerantes por 100 mililitros em 80% ou
mais de pelo menos 6 amostras coletadas durante o período de um ano, com freqüência
bimestral. A E. coli poderá ser determinada em substituição ao parâmetro coliformes
termotolerantes de acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente.
27
III - Nas águas salobras onde ocorrer pesca ou cultivo de organismos, para fins de
consumo intensivo, além dos padrões estabelecidos no inciso II deste artigo, aplicam-se
os seguintes padrões em substituição ou adicionalmente:
28
4. METODOLOGIA
4.1 Análises
Figura 13: Mapa dos pontos de coleta de água dos córregos do IFTM – Campus
Uberlândia
Fonte: CARVALHO et al., 2019
29
Ponto 1 (P1) – Entrada do Córrego das Moças no Campus: A análise é importante
para verificar a qualidade da água do Córrego ao chegar no Campus.
Ponto 2 (P2) – Trecho do Córrego das Moças: A análise é importante para verificar
a qualidade da água do Córrego das Moças dentro do Campus.
Ponto 3 (P3) – Ponto antes da ETE (Estação de Tratamento de Efluentes) no
Córrego Bebedouro: A análise é importante para verificar a qualidade da água do Córrego
Bebedouro anteriormente de receber os resíduos da ETE do Campus.
Ponto 4 (P4) – Após a ETE: A análise é importante para analisar a qualidade da
água após sua chegada na Estação de Tratamento de Efluentes.
Ponto 5 (P5) – Foz do Córrego Bebedouro: A análise é importante para verificar
a qualidade da água na foz do Córrego e em sua saída do Campus.
As amostras foram coletadas no período da tarde em todos os pontos escolhidos.
Foram utilizados frascos de plástico limpo, luvas e uma caixa térmica.
O frasco foi lavado três vezes com a água do corpo d’água, e mergulhado a 30
centímetros de profundidade contra a corrente. Após isso foi tampado e homogeneizado
e armazenado na caixa térmica para conservação da amostra.
As análises realizadas foram:
● Acidez: Essa determinação foi feita em laboratório com a utilização de algumas
substâncias como exemplo a fenolftaleína e o hidróxido de sódio (NaOH) e/ou
ácido sulfúrico, utilizando método titulométrico.
• pH e temperatura: O pH foi obtido através do pHmetro, um aparelho que deve ser
calibrado antes da utilização. Ele mede o potencial hidrogeniônico, representando
a atividade de íons hidrônio livres.
• Condutividade: Foi realizada em um aparelho chamado condutivímetro, também
previamente calibrado. Esse método determina a passagem da corrente elétrica em
um meio ionizado.
• Turbidez: Indica a presença de partículas em suspensão e em estado coloidal,
exemplo: areia e microrganismos. Esse método também fez a utilização de um
aparelho denominado turbidímetro, que foi calibrado previamente às análises.
• Oxigênio dissolvido (OD): essa determinação foi realizada pelo aparelho
denominado Oxímetro, que deve ser previamente calibrado.
• Cor e odor: a cor foi determinada, também por meio do equipamento denominado
espectrofotômetro. Já para odor foi realizada análise sensorial, usando os sentidos.
30
4.2 Avaliação de impactos ambientais
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 Análises
Após a realização das coletas e análises descritas na metodologia deste trabalho,
foram obtidos os seguintes resultados, como mostram a Tabela 03 e Tabela 04. Foi feito,
também, a Tabela 05 que apresenta os padrões estabelecidos pela resolução CONAMA
357/05.
31
Tabela 03: Análises realizadas à campo
32
O pH está de acordo com a Lei, mas no ponto 3 o resultado encontra-se muito
próximo ao menor valor estabelecido pela CONAMA 357/05. Isso pode ser explicado
pelo lançamento do esgoto não tratado adequadamente pela ETE da escola.
A temperatura e o odor não são estabelecidos pela Lei, pois a primeira varia de
acordo com o ambiente que o corpo d’água encontra-se e a segunda deve estar inodora,
significando que não possui nenhuma interferência natural (algas, decomposição de
vegetação, bactérias, entre outros) ou antrópica(lançamento de esgotos e efluentes). Já o
OD está dentro dos valores descritos pela Resolução, pois está acima dos 5 mg/L não
tendo valor máximo.
A cor caracteriza a presença de sólidos dissolvidos na água, por exemplo, o ferro
e/ou manganês, lançamento de efluente, entre outros. Como mostra a tabela de resultados
a cor nos três pontos de coletas estão de acordo com os valores estabelecidos pela
Resolução CONAMA /357, significando que, assim como a análise de odor, não há
interferências significativas do meio biótico e natural.
A turbidez apresenta a quantidade de sólidos em suspensão em uma determinada
amostra e, de acordo com a Lei, o permitido para águas superficiais classificadas como
classe 2 é até 100 NTU. Nas três amostras esses valores estão dentro dos descritos pela
Resolução. Esses valores baixos, também, pode indicar que há pouca possibilidade de ter
grandes quantidades de bactérias indesejáveis na água.
Como mostra a Tabela 05, a condutividade e acidez não são estabelecidas pela
resolução CONAMA 357/05. A condutividade pode ser caracterizada pela presença de
íons de cálcio, magnésio e amônia, e estes são, principalmente, oriundos de esgotos e
efluentes. Visto isso, pode se concluir que os valores alto do ponto 2 e 3, comparado ao
primeiro, é devido o esgoto da ETE da escola.
Assim como o lançamento de esgoto/efluente interfere na qualidade da água, a
presença ou falta de APP em alguns trechos também. Essa interferência pode ser positiva,
pois ajuda na maior oferta de oxigênio, impede que tenha grande incidência solar
causando então um aumento na temperatura da água, entre outros. Ou negativa, porque
pode ocasionar o assoreamento no curso d’água, mudar sua temperatura, inibir a presença
de alguns microrganismos.
Após a realização das coletas e análises feitas neste trabalho, podemos concluir
que o córrego do Bebedouro e o córrego das Moças, de acordo com as classes de
enquadramento e respectivos usos e qualidade da água e segundo a Resolução
33
CONAMA/357, pode estar classificado como Classe II que são águas que podem ser
destinadas:
a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;
b) à proteção das comunidades aquáticas;
c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho,
conforme Resolução CONAMA nº 274, de 2000;
d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e
lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e
e) à aqüicultura e à atividade de pesca.
Meio físico:
Água - Córrego Bebedouro: descarte de efluente da ETE da escola sem o tratamento
adequado e do frigorífico; desvio do curso d’água para abastecimento da piscicultura.
Solo - Compactação do solo de alguns trechos das APP’s por causa do uso para pastagens
e da instalação da ETE; contaminação do solo e possivelmente do lençol freático devido
a infiltração dos resíduos líquidos que transbordam da caixa de gordura presente na
estação de tratamento de efluentes.
Meio biótico:
Fauna - necessário manter a qualidade do curso d’água para a fauna aquática (peixes e
outros animais) e também para a fauna terrestre que utiliza a água para consumo.
Flora - APP’s não preservadas em alguns trechos e em outros a ETE está dentro dela; há
presença de vegetação exótica, o que não é positivo, pois prejudica a flora nativa
(transição da MAta Atlântica e Cerrado) e pode até levar à extinção desta no percurso do
córrego.
Meio antrópico:
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Homem - Desvio do curso d’água sendo negativo quando prejudica outros consumidores
e positivo quando se trata do abastecimento dos tanques de peixes da piscicultura, que
serve como estudo para os alunos da escola.
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6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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efluentes, e dá outras providências. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2005. Acesso
em mar. de 2019.
COSTA, Marcos Vasconcelos. Uso das Técnicas de Avaliação de Impacto Ambiental
em Estudos Realizados no Ceará. Disponível em
http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2005/resumos/R0005-1.pdf. Acesso em
nov. de 2019.
FREITAS, Eduardo de. Rios. Disponível em
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/rios.htm. Acesso em mar. de 2019.
MELO, Marília Christina Arantes. A INTERAÇÃO HOMEM-NATUREZA NA
BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO BEBEDOURO NO MUNICÍPIO DE
UBERLÂNDIA-MG. Disponível em https://repositorio.bc.ufg.br/tede/handle/tde/1881.
Acesso em mar. de 2019.
37
http://www.seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/viewFile/15250/8551.
Acesso em mar. de 2019.
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