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PANORAMA DE ROBÓTICA

SUBMARINA

Alfredo Martins

Lab. de Sistemas e Tecnologia Subaquática Laboratório de Sistemas Autónomos


Faculdade de Engenharia do Porto Instituto Superior de Engenharia do Porto
http://www.fe.up.pt/~lsts http://www.lsa.isep.ipp.pt
Sumário
z Apresentação
z Aplicações
z Tecnologia actual
– ROVs
– AUVs
z Sensores e actuadores
z Veículos do LSTS
z Projecto IES
z Missões realizadas
z Alguns filmes

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Apresentação
Alfredo Manuel Oliveira Martins

Docente no Dep. Eng. Electrotécnica do ISEP


Investigador do Lab. Sistemas Autónomos (LSA) do ISEP
Investigador do Lab. Sistemas e Tecnologia Subaquática (LSTS) da FEUP
Email: amartins@dee.isep.ipp.pt
Http://www.dee.isep.ipp.pt/~amartins

Esta apresentação inclui referências ao trabalho e projectos realizados por


uma vasta equipa de pessoas:

Fernando Lobo Pereira Anibal Matos Patricia Ramos


João Borges de Sousa Jorge Estrela Sergio Fraga
Eduardo Silva Rui Gomes Marcio Correia
José Miguel Almeida Luís Madureira Alexandre Sousa
Nuno Cruz Ana Cristina Pinto

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Instituições de I&D

O Laboratório de Sistemas Autónomos do ISEP é uma unidade


multidiscipinar do ISEP, orientada para:
– I &D nas àreas de robótica móvel, sistemas “embedded”,sistemas de
tempo real e observação ambiental.
– Acções de formação
– Acçoes de prestação de serviços

O Lab. Sistemas e Tecnologia Subaquática da FEUP é laboratório de


investigação cuja actividade se insere nas àreas de:
– I&D em,Tecnologia Subaquática
– Controlo de Sistemas
– Desenvolvimento e operação de veículos subaquáticos
– Monitorização ambiental

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Cooperação

Nacional Internacional

– Administração dos Portos do – University of California at


Douro e Leixões Berkeley, USA

– Instituto de Ciências – Woods Hole Oceanographic


Biomédicas Abel Salazar Institution, MA, USA

– Instituto Hidrográfico – Naval Postgraduate School,


Monterey, CA, USA

– Universidade do Algarve
– Naval Undersea Warfare
Center, Newport, RI, USA
– Universidade de Trás-os-
Montes e Alto Douro

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Motivação
z A maior parte da superfície do planeta está coberta
de água
z O mar é a última fronteira inexplorada na Terra
z Exploração de recursos submarinos
z Gestão do meio aquático requer informação
detalhada e precisa
z Limitações físicas à presença do homem (pouca
profundidade e tempos de permanencia no meio
subaquático).
z Motivação económica, relação desempenho/custo

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Meio Subaquático
z Meio diversificado, desde bacias hidrográficas a planícies abissais

no oceano

z Elevada pressão (10m de água correspondem a 1 atmosfera)

z Impossibilidade de comunicações via rádio

z Meio ambiente muitas vezes pouco conhecido

z Condições ambientais adversas (correntes, ondas, cond.

metereológicas)

z Vastas areas a explorar ou observação em pontos geográficamente

dispersos e de difícel acesso


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Solução possível: robótica
z Vastas superfícies são percorridas por meios
automáticos

z Boa relação de custo/desempenho

z Redução riscos de segurança

z Robots podem actuar em ambientes onde a


presença do homem é virtualmente impossível (por
ex: planícies abissais no oceano ou nucleos de
reatores nucleares

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Aplicações
z Observação oceanográfica
z Batimetria
z Inspecção de estruturas
z Arqueologia submarina
z Construção de estruturas submersas
z Apoio a operação a grande profundidade (por
ex: exploração petrolífera)

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Tipos de sistemas

z ROVs (veículos operados remotamente)

z AUVs (veículos submarinos autónomos)

z Veículos de arrasto (“TOWFISH”)

z Sistemas fixos (estações de medição, boias


oceanográficas estações de docagem para AUVs,
redes de navegação acústica)

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Sistemas de apoio à operação

z Navios de investigação e/ou suporte

z Plataformas petrolíferas

z Meios de apoio em estruturas fixas

z Lanchas ou barcos de pequeno porte

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Veículos de Arrasto
z Veículos arrastados por embarcações

z Possuem pouco ou nenhum controlo a

bordo

z Constituem “caixas” de transporte de

sensores dedicados

z Podem ter ou não ligação electrica ao

barco propulsor

z Diferentes tipos de sensores

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Sistemas Fixos
z Grande diversidade de sistemas (desde simples
sensores até estações de docagem para AUVs)

z Fixos no fundo ou a boias

z Com ou sem ligação a terra via cabo

z Com comunicação via satélite (por ex. sistemas


presos a boias com sistema ARGOS)

z Com ou sem armazenamento de dados local

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ROVs
z Veículos com um cordão umbilical de ligação

z Conduzidos por um piloto em terra ou a bordo


de um navio

z Grande variedade de sistemas desde


pequenos veículos (<50kg) até sistemas de
grande porte (várias toneladas).

z Aplicações: inspeçcão de estruturas


– arqueologia submarina
– trabalhos subaquáticos
inspecção de reactores nucleares

z Eléctricos ou hidraulicos

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ROV’s de Inspecção
z Relativamente pequeno porte (<200
Kg)

z Geralmente de propulsão elécrtica

z Operados a partir de terra com um


guincho ou de pequenas
embarcações

z Operação a pequenas profundidades


(até 300m)

z Sensores tipicos: câmaras e sonares

z Exemplos:
– ROV IES do LSTS-FEUP
– Phantom da Deep Ocean Eng.
– Stingray da Benthos
– Hydroball da Hydrovision

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ROV’s de Intervenção
z Grande porte

z Propulsão hidráulica

z Operados a partir de navio ou


plataforma petrolífera

z Operação a grandes profundidades

z Equipados com sistemas de actuação


como braços manipuladores, sist. de
limpeza, e grande variedade de
sensores.

z Exemplos:
– Venom da Hydrovision
– Quest da Alstom Schiling
– MAX da Deep Sea Systems
– Hercules da Haliburton
– Triton da Perry Slingsby
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ROV Sistemas de Controlo

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AUVs

z Veículos autónomos geralmente sem


comunicação durante a operação. Exemplos:
– Isurus do LSTS/FEUP
z A missão é pré-programada – Remus do WHOI
– Odissey do MIT
– Huggin da Konsberg Simrad
z Aplicações:
– Aries da NPS
– Oceanografia
– OEX da Florida Atlantic Univ.
– Batimetria
– Martin da Maridan
– Vigilância e monitorização ambienteal

z Propulsão eléctrica

z Formato tipo torpedo ou rectangular (“flatfish”)

z Com sistema computacional a bordo

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AUV ISURUS

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AUV Aries - NPS

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AUV Autosub - UK

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AUV Odissey - MIT

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AUV Maridan

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Sensores
z CTD (“Conductivity, Temperature, Depth”) para medição de
condições oceanográficas (salinidade, temperatura etc)

z OBS (“Optical Backscatter”) medição de partículas em


suspensão

z Fluorímetros

z Sistemas de recolha de amostras de água

z Sonares de batimetria (altímetros)

z Sonares de inspecção (“profiling”)

z Sonares de visulização (varrimento)

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Sonar Profiler

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Sonar de Varrimento (sidescan)

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Imagens Sonares SideScan

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Actuadores
z Sistemas de propulsão com hélice

z Sistemas experimentais com barbatanas (por


ex. projecto TUNA do MIT)

z Braços manipuladores

z Sistemas de lavagem e limpeza (por ex. limpeza


de cascos de navios)

z Sistemas de recolha de amostras do fundo

z Sistemas dedicados a operações específicas

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Comunicações
z Inexistência de comunicação via rádio

z Modems Acústicos
– Baixa taxa de transmissão (1200 baud)
– Problemas de reflexão acústica
– Funcionam melhor na vertical
– Relativamente grandes dimensões
– Elevado consumo de energia

z Existem casos experimentais de comunicação


via laser, mas de aplicação muito limitada

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Sistemas de Navegação
z Hodometria a partir da contagem de revoluções do
hélice

z Sistemas de navegação inercial (acelerómetros e


giroscópios)

z Medição da velocidade do veículo face à àgua (ADV,


rodas de pás)

z Sonares de efeito doppler (velocidade em relação ao


fundo)

z Sistemas de posicionamento acústico (LBL,USBL)

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Sonares Efeito de Doppler

z Utilizam o desvio de frequência nas


ondas sonoras para medir velocidade
z Velocidade em relação à àgua
z Velocidade em relação ao fundo (“bottom
tracking”)
z Boa precisão
z Consumo considerável
z Taxas de amostragem na ordem dos 2 Hz
z Sonares de efeito doppler (velocidade em
relação ao fundo)

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Navegação LBL
LBL
LBL--“Long
“LongBaseLine”
BaseLine”
Navegação acústica por triangularização acústica entre
o veículo e faróis com posições conhecidas

farol acústico

“ping” acústico
veículo

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Farol multifrequência

Para navegação de múltiplos veículos


– Receptor e emissor multi-canal
– Programação de pares de frequências

Sinais de média frequencia


– 20-30 KHz
– Alcance superior a 2 km
Baterias não recarregáveis
Electrónica de baixo custo

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Boia de Superfície

Disco de flutuação de baixo custo


– Espuma de poliuretano revestida de fibra
de vidro
– Vários diâmetros (0.5 a 3m)

Caixa à prova de água


– Modem radio : alcance 20km, 19,200 baud
– Receptor GPS : erro menor que 5 metros

Estrutura de aço inóxidavel


– Montagem da antena
– (paineis solares)

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Montagem da boia

Antena Radio

Boia
Caixa à prova de àgua

Poliuretano revestido
por fibra de vidro

Cabo subaquático e
Transponder conector
multifrequência Cilindro de
Nylon
Cabo para a âncora Transdutor acústico

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Seguimento externo
Interface para os farois acústicos
– estado dos sinais acusticos emitidos e
recebidos
– mapa com a posição das boias de
superfície (GPS)
– mapa com a posição dos veículos
– reconfiguração dos pares de frequência
– transmissão de comandos “especiais”

Operação flexível
– corre em qualquer PC portátil ligado a
um modem rádio
– pode correr em diferentes locais
simultâneamente

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Desempenho da Navegação
350

300 navigation
Exactidão
T#2

tracking – 2 a 10 metros
250

200

150 Precisão
– sobreposição nas duas
north (m )

100

passagens
50

T#1
0

-50 Poucas perdas de sinal


-100

-150
-400 -350 -300 -250 -200 -150 -100 -50 0 50 100
e a s t (m)

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Controlo e Software
z Grande gama de tipos de controladores:
– PID (por ex: Remus)
– “Sliding Modes” (por ex: NPS Aries)
– H infinito (por ex: Marius do IST)

z Sistemas operativos
– OS9 (Maridan e Marius)
– VxWorks (NPS Phoenix)
– MS-DOS (WHOI Remus)
– QNX (Isurus da FEUP, NPS Aries)

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Veículo Operado Remotamente
z Veículo comercial alterado de origem
– maior carga útil
– motores mais potentes
– cilindro estanque extra
– casco maior
– consola de controlo standard
– video em TV standard

• Consola de controlo baseada em PC


– teleoperação
– teleprogramação
• Sistema computacional de bordo
– interface com os sensores
– controlo de baixo nível
– gestão de energia

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AUV ISURUS
Características principais
1.5 m comp., 20 cm diam.
vel. max : 4 nós
carga útil: 5 kg
profundidade max.: 200 m
autonomia: até 10 horas
2 lemes verticaisl e 2 lemes horizontais
1 propulsor (hélice)

Navegação
bússola digital
inclinómetros
sensor de pressão (profundidade)
transponder acústico bidireccional
4 hidrofones para navegação USBL

Sensores
CTD
altímetro acústico
sensor de reflexão óptica (backscatter)
ADCP, side scan sonar, video

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IES
Inspecção de infra-estruturas
submarinas
IES - Descrição do projecto

Concepção e o desenvolvimento de um sistema avançado,


fácil de operar e de baixo custo para a inspecção de
estruturas sub-aquáticas baseado num Veículo Operado
Remotamente (ROV).

IES é um projecto em colaboração:

z Administração dos Portos de Douro e Leixões


z Faculdade de Engenharia do Porto
z Instituto Superior de Engenharia do Porto
z Instituto de Sistemas e Robótica

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IES - Porto de Leixões

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IES - Cenário de Operação

Cais
Placa de betão 4m

0m

Pilares espaçados
de 7m

-10 m

Cortina de estacas-prancha a inspeccionar

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APDL-Corrosão em estruturas

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IES - Inovações
Cabo
Caboumbilical
umbilicalreduzido
reduzido
Sist. de computação e de energia a bordo. Menor
Menorperturbação
perturbaçãodededrag
drag
Melhor
Melhordesempenho
desempenho
Modos de operação:
Operações
Operaçõesautomatizadas
automatizadas
tele-operação e tele-programação Integração
Integraçãoposicionamento
posicionamentoexterno
externocom
comsensores
sensores
internos
internos
Navegação integrada Elevado
Elevadodesempenho
desempenhode
deposicionamento
posicionamentoee
controlo
controlo
Sistemas de controlo avançado Operação
Operaçãosem
semtreino
treinoespecializado
especializado
Funcionalidades
Funcionalidadesde
deinspecção
inspecçãocomplexas
complexas
Controlo baseado em PC
Fácil
Fácilutilização
utilização
Custos
Custosde dedesenvolvimento
desenvolvimentoeemanutenção
manutençãoreduzidos
Sistema aberto reduzidos
Flexibilidade
Flexibilidadede
deaplicação
aplicação
Facilidade
Facilidadededeintegração
integraçãodedecódigo
códigoeede
dehardware
hardware
(sensores, actuadores)
(sensores, actuadores)

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IES - Componentes do Sistema
Consola

Cordão
ROV
umbilical

Sistema Dispositivos Gestão


computacional interface Energia

Sensores de
inspecção
Sensores de Actuatores
Navegação

Bússola Profund. Acústica Motores Luzes Pan & Tilt


Camera Sonar ...
Inclinação Inércia Doppler

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IES - Navegação Avançada

„ bússola digital

„ inclinómetros (“pitch” e
“roll”)

„ sensor de pressão de
precisão

„ Velocimetro acústico
Doppler

„ Unidade Naveg. Inercial

„ Algoritmos avançados de
fusão sensorial

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IES - Sistema Computacional

„ stack PC-104
„ CPU Pentium com
ethernet
„ Frame Grabber
„ Comunicções Serie
„ 2-canais CAN
„ A/D 16 canais
(14 bits, 100KHz)
„ 10GB Hard Disk

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Consola de operação

Graphical
interface 1
Graphical
interface 2 Baixo
Baixocusto
custo
link to/from the vehicle
Text
interface Interface
server
Reconfiguravel
Reconfiguravel
Internet requests
deamon /commandsl
Multimodal
Multimodal
Browser 1
Browser 1

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Consola de Operação

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Missões operacionais
Recolha de dado (Rio Minho)
Distribuições de temperatura e salinidade

Nort

Nort
(m)

(m)
h

h
East East
(m) (m)

• Largura: 1-2 km Missões


• Profund.: 2-5 m •Secções (NW-SE) separadas de 500 m
• Correntes: acima de 1m/s • Comprimento: 700-1200 m
• Diferentes profundidades
• Dados
- Temperatura (CTD)
- Salinidade (CTD)
- Batimetria (Altimetro)

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Tapada do Outeiro
Avaliação impacto ambiental das descargas da central da Tapada do Outeiro

Tapada do Outeiro CCPP


•Monitorização de impacto de descargas de
circuitos refrigeração

Maio 2000 - Temperatura à superfície

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Monitorização de descargas de efluentes

z S. Jacinto (SIMRIA)
z V. N. Gaia (Águas de Gaia)
z Espinho (SIMRIA)
z Matosinhos (CMM)

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