Você está na página 1de 3

PEN5003 – Uso Finais e Demanda de Energia

Yan Felipe de Oliveira Cavalcante NUSP: 10682696

Iamarino, Á. Nerdologia: O começo de tudo. (9min 57seg.). São Paulo:


Amazing Pixel, 2018. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?
v=owzsDqyRc0QAcesso>. Acesso em: 16 jun. 2018.

Átila Iamarino, é bacharel em ciência biológicas pela Universidade de São


Paulo em 2006, Doutor em Microbiologia (2012), também pela USP, e pós-
doutorado pela Universidade de São Paulo e pela Yale University em Virologia
(2015). Com experiência nas áreas de genética molecular e de micro-organismos,
sendo evolução molecular sua principal área de atuação. Comunicador científico
pelo ScienceBlogs Brasil e no canal Nerdologia.

O autor baseia-se em dois artigos principalmente, Arno A. Penzias e


Robert W. Wilson em "A measurement of excess antenna temperature at 4080
Mc/s.", sendo que este artigo o garanti a Penzias e Wilson o prêmio Nobel de
Física de 1978, pela descoberta da radiação cósmica de fundo em micro-ondas. E
Alan H. Guth, "Inflationary universe: A possible solution to the horizon and flatness
problems.", Guth aborta a teoria de inflação cósmica. E tem como fontes livros
como “uma breve história de tudo”, de Bill Bryson, e “The Big Picture: On the
Origins of Life, Meaning, and the Universe Itself”, de Sean Carroll.

Iamarino (2018) discorre sobre como a teoria da origem do universo (Big


Bang) se deu, como era o pensamento no início do século XX, e desenvolve de
maneira histórica, quais foram as principais descobertas e nomes para o
desenvolvimento da principal teoria aceita hoje. Desenvolve os assuntos sobre a o
afastamento das galáxias, radiação cósmica de fundo, e a inflação cósmica.

No início do século XX, a ideia que se tinha do universo era que ele era
estático, fixo e constante. Entretanto na década de 1920, Edwin Hubble, constatou
que as galáxias estavam distanciando umas das outras. E com essa constatação
o padre Georges Lemaître, nascido na Bélgica, afirmou que se as galáxias estão
se afastando, inicialmente elas possuíam um ponto em comum, o átomo
primordial, hoje chamado de Big Bang, refutando a ideia do Universo estático.

Nos anos seguintes muitos físicos realizaram predições sobre o Big Bang,
entre eles podemos citar, George Gamow, Ralph Alpher, Robert Herman, que a
quantidade de energia liberada seria imensa para gerar o número de hidrogênio
existente, e o calor que pode ver visto até hoje, cerca de 13 bilhões de ano depois,
calculou-se que a temperatura seria algo em torno de cinco Kelvin.

Em 1965, os físicos Arno A. Penzias, e Robert W. Wilson, utilizaram a


antena de Holmdel Horn, em New Jersey, para estudar as ondas de rádio das
bordas da via láctea. Entretanto mesmo limpando todo os ruídos existentes,
captavam apenas um ruído de rádio, independentemente da posição da antena.
Entretanto era uma radiação cósmica de fundo, que emitida por todos os lados,
que possui uma temperatura em torno de 3,5 Kelvin, um valor um pouco abaixo do
calculado pelos físicos nos anos anteriores, mas dentro dos limites aceitáveis,
assim reforçando a ideia do Big Bang. Sendo este a pesquisa premiada pelo
prêmio Nobel no ano de 1978. A radiação de fundo pode ser vista e ouvida
atualmente, cerca de 1% da estática de televisores analógicos quando não estão
sintonizados em algum canal.

Outras evidencias foram encontradas que o confirma a ideia do Big Bang,


como a proporção dos elementos químicos existentes, as distribuições das
galáxias. Que reforçam a ideia da constante evolução do universo, e que com
novas tecnologias é possível avaliar que todos os pontos do universo emitem
números muito semelhantes de radiação de fundo.

Mesmo o universo sendo grande, possui uma temperatura média de 2,726


Kelvin, uniforme e equilibrado. Surgindo a teoria de inflação cósmica, de Alan Guth
(1980), que diz que após o Big Bang o universo passou por uma expansão de
aproximadamente cem vezes (100x) em um espaço de tempo de 1x10 -32
segundos, sendo uma expansão rápida em um breve espaço de tempo, depois
desacelerar e crescer no ritmo atual. Por isso o universo é uniforme, pois todas as
partes estavam em contatos umas com as outras inicialmente, assim possuindo
um equilíbrio.

Segundo Sean Carroll, o Big Bang não marca o início do universo, mas
sim, o fim do nosso conhecimento teórico. Ou seja, com os conhecimentos que
possuímos atualmente com a ciência descoberta, não conseguimos compreender
o que aconteceu antes.

Por Átila Iamarino ser um comunicador científico, "o começo de tudo"


(2018) apresenta de uma maneira didática e histórica o desenvolvimento da
ciência para explanar a teoria do Big Bang, iniciando no século XX e apresentado
os principais cientistas e suas ideias para a evolução da teoria, sempre embasado
de bons autores. Não deixa claro que a explosão do Big Bang é uma analogia
para a criação de mais espaço, e não a expansão de gases, que é seu real
significado. O tema é pouco aprofundado em cálculos, por entender que o público
alvo do tema em geral são pessoas que não são do meio acadêmico. Mesmo
assim é um ótimo material para ser um ponto de partida para desenvolver mais no
assunto tanto para quem não é da área, quanto para quem deseja se aprofundar
mais.

Você também pode gostar