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SENAI-SP

A-4 FORNOS E SECADORES

Capacitação em
FEVEREIRO 2022

Eficiência Energética
INSTRUTOR
Nome: FERNANDO CÖRNER DA COSTA
SENAI-SP

Formação: Eng. Mecânico (PUC-RJ), Eng. de Segurança (UERJ), Mestre em


Processos Químicos e Bioquímicos, Doutor em Energia (USP)
Experiência profissional:
FEVEREIRO 2022

• 46 anos no setor de processos térmicos na indústria;


• Empresas: Ultragaz, IDEG-Cenergia, AGA - América Latina e Krona;
• Professor: Instituto Brasileiro do Petróleo - IBP, ex pós-FIA e atual
coordenador de pós-graduação no INBEC;
• Pesquisador do Instituto de Energia e Ambiente da USP até maio 2021.
Agenda
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BOAS-VINDAS
Participantes
FEVEREIRO 2022

CONTEÚDO
• Conceitos
• Metodologia
Boas-vindas aos participantes
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Apresentação dos participantes

Nome
FEVEREIRO 2022

Organização

Qualificação
Descrição do módulo
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FEVEREIRO 2022

Este módulo apresenta os conceitos de fornos e secadores em aplicações


industriais e os principais processos de conservação de energia e suas
estimativas.
FEVEREIRO 2022 SENAI-SP

CONCEITOS
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS


Tipos de fornos e secadores em processos industriais - classificação

• Quanto à finalidade:
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- fusão e refino de metais


- redução metalúrgica de minérios
- reaquecimento para laminação e forjaria de metais
- tratamentos térmicos
- incineração
- calcinação
- cocção
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS


Tipos de fornos e secadores em processos industriais -
classificação
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• Quanto ao contato do elemento térmico com a carga:

- contato direto: sem superfície de troca de calor


- contato indireto: com superfície intermediária de troca de calor
- contato parcialmente confinado: com superfície intermediária
parcial
(parede sombra)

• Quanto ao modo de operação:

- processos contínuos
- processos descontínuos
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS


Tipos de fornos e secadores em processos industriais -
classificação
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• Quanto à movimentação
- fixos
- viga galopante
- basculantes
- rotativos

• Quanto à recuperação de calor


- processos que não recuperam calor
- processos recuperativos
- processos regenerativos
- recuperação de calor para outro processo
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS


Quanto ao contato do elemento térmico com a carga: contato direto
MAIOR EFICIÊNCIA QUE CONTATO INDIRETO
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T exaustão = T processo
forno rotativo, contato direto

forno soleira fixa, contato direto, típico para


reaquecimento (laminação ou forjaria)
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS


Quanto ao contato do elemento térmico com a carga: contato indireto
MENOR EFICIÊNCIA QUE CONTATO DIRETO
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T exaustão > T processo (*)

(*)

Fonte: Costa, F.C.; Treinamento UG – 2ª parte


Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Mudança filosófica do processo: contato indireto x contato direto


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PROCESSO INDIRETO A ÓLEO COMBUSTÍVEL PROCESSO DIRETO A GÁS COMBUSTÍVEL


Tubo radiante por motivo sanitário Fonte: Costa, F.C.; Treinamento UG – 2ª parte
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto ao contato do elemento térmico com a carga: parcialmente confinado


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FORNO DE CHAMA
INVERTIDA (tijolos e telhas)

Fonte: Costa, F.C.;


Treinamento UG – 2ª parte
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto ao modo de operação: processos contínuos


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• Alimentação contínua ou cadenciada da carga


• Processamento e descarga contínua do produto
• Perfil estável das temperaturas do processo
• Temperatura em cada ponto do isolamento
térmico praticamente não varia

Fornos e
secadores
rotativos tipo
contra-corrente

Fonte: Costa, F.C.; Treinamento UG – 2ª parte


Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto ao modo de
operação: processos
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contínuos

Artigos cerâmicos

Atenção para o calor


perdido no elemento
transportador

Fonte:
Eurotech
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto ao modo de operação:


processos contínuos
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Biscoitos, bolachas, panificação

Verificar:
Esteiras retornando pela
câmara quente ou
externamente ao forno

Fonte: GEA Imaforni


Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto ao modo de operação:


processos contínuos
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Pisos e revestimentos cerâmicos


Louças de mesa

Elemento transportador:
rolos cerâmicos
Rolos
cerâmicos

Fonte:
Ceradel
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto ao modo de operação:


processos contínuos
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Preaquecimento de metais
para conformação térmica
como laminação ou forjaria e,
também, para tratamento
térmico.

CARGA
DESCARG
A

Fonte: www.sideros.com.br/laminacao
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto ao modo de operação:


processos contínuos
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Secagem e cura de pintura e


revestimentos

Geração de ar quente, com ou


sem recirculação

Fonte: Sistevac
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto ao modo de operação: processos descontínuos (batelada)


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• Alimentação descontínua da carga


• Processamento e descarga por batelada
• Perfil variável das temperaturas do
processo

Forno a arco elétrico


para fusão de
sucata de aço,
cap. 120 ton

Fonte: AGA AB – Brochure


GM143 e/b
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto ao modo de operação:


processos descontínuos (batelada)
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Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto ao modo de operação:


processos descontínuos (batelada)
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VEDAÇÃO
VAGÃO COM
CAIXA DE
AREIA

Fonte: Costa, F.C.; Treinamento UG – 2ª


parte

VAGÃO
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto ao modo de operação:


processos descontínuos (batelada)
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Fonte:
Ally Cast

Fonte:
TecnoHard
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto ao modo de operação:


processos descontínuos
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(batelada)

Aplicação: geralmente para TºTº

Isolamento mais comum:


fibra cerâmica

Fonte: Master Fiber Fonte: Allbiz


Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto à movimentação do equipamento: fixos


FEVEREIRO 2022
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS


Quanto à movimentação do equipamento: basculantes
São aqueles que se inclinam nas operações de
carregamento e/ou descarga. Torna mais difícil o
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reaproveitamento dos gases de exaustão.

Fonte:
DJ Fornos
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto à movimentação do equipamento: rotativos


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Fonte:
Metso

Fonte: DJ
Fornos
Calcinação Fusão / redução
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto à movimentação do equipamento: basculantes e rotativos


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Fonte:
Sider Progetti
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto à recuperação de calor: processos não recuperativos


• Produtos da combustão >>> sistema anti-poluição >>> calor liberado na atmosfera
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>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

Aquecimento
de panelas
para metais
líquidos

Fontes: Linde Gas, Ladle Preheating www.piecoserwis.pl/en/portfolio-view/ladle-preheaters/


Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto à recuperação de calor: processos não recuperativos


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Razões para a não recuperação de calor

• Baixo potencial econômico para pagar o investimento (payback longo)


Processo eficiente >>> efluentes do processo em baixas temperaturas
Combustível barato x investimento elevado
• Investimentos prioritários, dificuldades nos canais de crédito
• Layout incompatível – distância entre a fonte de calor e a aplicação
• Pouca representatividade: custo do combustível x custos de produção
• Alto lucro do produto no mercado
• Viés ambiental pouco atrativo para o público alvo
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto à recuperação de calor: processos recuperativos


FEVEREIRO 2022

Fonte: Costa, F.C.;


Treinamento UG – 2ª
parte
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto à recuperação de calor: processos regenerativos (troca cíclica)


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FORNO DE VIDRO
DE GRANDE PORTE

Grande massa nos


regeneradores

Ciclo de
regeneração longo:
20 a 30 min

Fonte: Costa, F.C.;


Treinamento UG – 2ª
parte
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS


Quanto à recuperação de calor: processos regenerativos (troca cíclica)
FEVEREIRO 2022

FORNO DE VIDRO
DE GRANDE PORTE

Grande massa nos


regeneradores

Ciclo de
regeneração longo:
20 a 30 min

Fonte: Costa, F.C.;


Treinamento UG – 2ª
parte
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto à recuperação de calor: processos regenerativos (troca cíclica)


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REFRATÁRIO
AQUECENDO O
AR DE REFRATÁRIO
COMBUSTÃO SENDO
AQUECIDO
PELOS
PRODUTOS DA
CÂMARA DE COMBUSTÃO
REGENERAÇÃO DE
PEQUENO PORTE

Ciclo de regeneração
curto: geralmente até
1 minuto
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS


Quanto à recuperação de calor: processos regenerativos (troca cíclica)
FEVEREIRO 2022

Fonte: Costa, F.C.;


Treinamento UG – 2ª
parte
Conceitos
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FORNOS E SECADORES EM APLICAÇÕES INDUSTRIAIS

Quanto à recuperação de calor para outro processo em indústria vizinha


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Fonte: Costa, F.C.;


Treinamento UG – 2ª
parte
Conceitos
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GERAÇÃO DIRETA DE AR QUENTE


A geração direta de ar quente se processa pela mistura de produtos
da combustão como ar ou através de contato com resistências
elétricas.
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A eficiência dos processos diretos, onde o calor é gerado totalmente


imerso no ar em aquecimento, apresenta uma eficiência de 20% a
25% acima dos processos indiretos.

A maioria dos processos de secagem admite os processos diretos


quando se trata dos produtos da combustão do GN ou do GLP.

O ar quente pode ser gerado pela queima de combustíveis em


fornalhas ou por queimadores de duto.
Conceitos
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GERAÇÃO DE AR QUENTE PARA CURA/SECAGEM TIPO


DIRETO COM RECIRCULAÇÃO
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EXAUSTÃO
DE UMIDADE AR
COMBUSTÍVEL
OU VOLÁTEIS
ventilador

recirculação ar + produtos da combustão

FORNALHA
exaustor

SECADOR CONTÍNUO OU BATELADA


Conceitos
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FORNALHA PARA GERAÇÃO DE AR QUENTE TIPO


DIRETO – ALTO RENDIMENTO
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AR QUENTE
ar
combustível

queimador

RECIRCULAÇÃO OU AR FRESCO
Conceitos
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FORNALHA PARA GERAÇÃO DE AR QUENTE


TIPO DIRETO – BAIXO RENDIMENTO
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AR QUENTE
ar
combustível

queimador

RECIRCULAÇÃO OU AR FRESCO
Conceitos
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GERAÇÃO DE AR Velocidade mínima do ar no duto,


teor de oxigênio próximo do ar atm
QUENTE QUEIMADOR
DE DUTO
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EXAUSTÃO

Ar de combustão oriundo do duto Ar de combustão externo

SECADOR
Conceitos
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GERAÇÃO INDIRETA DE AR QUENTE


Embora bem menos eficiente em comparação com a geração direta,
esta modalidade se aplica quando há incompatibilidade entre os
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produtos da combustão e os produtos a secar ou curar, podendo


contaminar, alterar o sabor, propriedades, cores ou texturas como:
• cinzas volantes incandescentes que poderiam gerar ignição;
• fuligem e outros produtos da combustão incompleta como anéis
benzênicos
e outros radicais aromáticos;
• enxofre e seus compostos etc.
Tipos mais utilizados: trocadores de calor casco e tubo (shell & tube),
radiadores ou de placas. Sempre que possível estudar o
reaproveitamento de efluentes quentes de outros processos.
Conceitos
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GERAÇÃO INDIRETA DE AR QUENTE


Fluidos quentes para alimentar o trocador de calor
• Produtos da combustão
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• Vapor saturado
• Óleos térmicos
• Água quente

Geração de gás inerte quente


• Em raras situações, o ar deve ser substituído por gás inerte,
geralmente nitrogênio, onde o ar poderia oxidar ou danificar o
produto.
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MEDIDAS
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RELEVANTES PARA
INVESTIMENTOS
Medidas relevantes para investimentos
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OPORTUNIDADES PARA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA, REDUÇÃO DAS EMISSÕES


DE CARBONO E OUTROS POLUENTES NOS EQUIPAMENTOS TÉRMICOS
Medidas de curto prazo:
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• instituição de sistema de monitoramento e registro de parâmetros


• implantação de sistema periódico de regulagem de queimadores e tiragem a
partir da
análise dos produtos da combustão e pressões internas;
• correção de vazamentos de gases, líquidos, ar comprimido e vapor;
• manutenção periódica dos isolamentos térmicos;
• investimentos que apresentem as maiores relações benefício x custo.
Medidas relevantes para investimentos
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Medidas de médio prazo:


• aperfeiçoamento do sistema de monitoramento de dados aos consumos
específicos de forma mais detalhada;
• automação de processos que ainda tenham controles manuais;
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• substituição de matérias-primas menos energointensivas e menos poluentes;


• substituição de energéticos visando a redução das emissões, se possível
biocombustíveis;
• recuperação de calor para preaquecimento do ar de combustão;
• preaquecimento e/ou secagem da carga a partir dos produtos da combustão;
• instalação de inversores de frequência em ventiladores do ar de combustão e de
exaustão.
Medidas de longo prazo:
• substituição de processos e equipamentos por sistemas menos energointensivos;
• investimentos pesados em alteração de layout para privilegiar o aproveitamento de
efluentes térmicos;
• construção de novas plantas com concepção mais moderna.
Medidas relevantes para investimentos
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Preparação das medidas


• Escolha da indústria e visita inicial.
• Levantamento de dados de campo.
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• Análise das informações obtidas na visita e recebidas posteriormente.


• Caso necessário, fazer uma segunda visita.
• Avaliação e escolha das medidas relevantes iniciando-se com aquelas de
curto prazo e mais significativas
• Cálculo das economias de energia a serem obtidas
• Cálculo das reduções das emissões de carbono
• Cálculo de benefícios adicionais (aumento de produtividade, redução de
mão-de-obra, manutenção, outros poluentes etc., quando houverem)
• Orçamento dos investimentos necessários
• Análise financeira, emissão e apresentação do relatório final
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ENERGIA
CONSERVAÇÃO DE
Regulagem da combustão
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AVALIAÇÃO DAS ECONOMIAS

As tabelas a seguir informam as eficiências de combustão, conforme já definidas no


módulo A-2, que representam a parcela da energia do combustível queimado que
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foi cedida ao equipamento térmico:

A partir do ponto onde os


produtos da combustão não
trocam mais calor com o
processo térmico.
Regulagem da combustão
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Tabela 1 - Eficiências da combustão com GN


FEVEREIRO 2022

Fonte: Beräkning av Termisk Verkningsgräd, AGA AB, Lidingö, Sweden, 1988


Regulagem da combustão
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Tabela 2 - Eficiências da combustão com GLP


FEVEREIRO 2022

Fonte: Beräkning av Termisk Verkningsgräd, AGA AB, Lidingö, Sweden, 1988


Regulagem da combustão
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Tabela 3 - Eficiências da combustão com óleos combustíveis


FEVEREIRO 2022

Fonte: Beräkning av Termisk Verkningsgräd, AGA AB, Lidingö, Sweden, 1988


Regulagem da combustão
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AVALIAÇÃO DAS ECONOMIAS – REGULAGEM DE QUEIMADORES

Exemplo: Analisando os produtos da combustão de GN em forno de reaquecimento


para conformação de molas encontrou-se o teor de oxigênio de 6% nos produtos da
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combustão, portanto queimando com excesso de ar elevado. Para trabalhar em


condições ótimas, o teor máximo deveria ser 2%. A temperatura dos produtos da
combustão na saída do forno é 800°C e ar de combustão a 20°C. Calcular as eficiências e
a economia de GN.
Consultando as tabelas para eficiências de GN, o teor de 6% de oxigênio corresponderia a
35% de excesso de ar; interpolando nas tabelas de 30% e 40% ( teor de O2 entre 5% e
7%):
Eficiência da combustão para excesso de ar de 35%: η = (0,646 + 0,625) / 2 = 0,635
Eficiência da combustão para excesso de ar de 10%: η = 0,685
Economia de GN (regulagem) = Δ η x 100 / η otimizada
Economia de GN (regulagem) = (0,685 – 0,635) x 100 / 0,685 = 7,30%
Recuperação de calor
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ECONOMIA PELO PREAQUECIMENTO DO AR DE COMBUSTÃO


Aproveitando o exemplo anterior, onde os produtos da combustão saíam do forno a
800°C, calcular a nova economia de GN considerando o queimador já bem regulado
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(excesso de ar = 10% e análise de O2 = 2%) e o ar de combustão agora preaquecido a


400°C através de recuperador de calor usando como fonte térmica os produtos da
combustão.
Eficiência da combustão para excesso de ar de 10% (ar a 20°C): η = 0,685
Eficiência da combustão para o ar de combustão preaquecido a 400°C: η = 0,813
Economia de GN (preaquecimento) = Δ η x 100 / η otimizada
Economia de GN (preaquecimento) = (0,813 – 0,685) x 100 / 0,813 = 15,74%
ECONOMIA TOTAL DE GN (regulagem + preaquecimento) =
= (0,813 – 0,635) x 100 / 0,813 = 21,89%
Note-se que 21,89% ≠ 7,30 +15,74 = 23,04% (soma individual das duas economias)
Recuperação de calor
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ECONOMIA PELO PREAQUECIMENTO DO AR DE COMBUSTÃO


No caso do exemplo anterior, a economia de combustível partiu da premissa que os produtos
da combustão saindo do forno a 800°C poderiam aquecer o ar de combustão a 400°C
(metade da temperatura), o que é uma premissa geralmente factível que atende à viabilidade
FEVEREIRO 2022

econômica:
Assim, a economia de 15,74% em gás natural, referente apenas ao preaquecimento de ar deve
recuperar o investimento na instalação do recuperador de calor de acordo com os parâmetros
aceitos pelo cliente.
Seria possível preaquecer o ar de combustão a temperaturas mais elevadas, mas o
investimento na recuperação de calor seria desproporcional pois, na medida em que a
temperatura dos gases de combustão se aproxima da temperatura do ar preaquecido, a
superfície de troca de calor se eleva muito para pouco benefício.
Recuperação de calor
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REDUÇÕES DAS EMISSÕES DE CARBONO


Ainda no exemplo do caso do exemplo anterior, a economia percentual de GN (agora
considerando o total = regulagem + preaquecimento de ar) foi de 21,89%.
FEVEREIRO 2022

Considerando que o consumo médio de GN antes da otimização fosse de 100.000 m³/mês,


em 12 meses/ano, a redução das emissões de CO2 seria:
21,89% de 100.000 m³ GN/mês = 21.890 m³ GN/mês
21.890 m³ GN/mês x 2,067 kg CO2/m³ GN (*) = 45.246,6 kg CO2/mês
Economia anual = 12 meses x 45.246,6 kg CO2/mês = 542.959 kg CO2/ano
(*) valor indicado na Tabela do Módulo A2, slide 141
Recuperação de calor
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PREAQUECIMENTO DA CARGA - Gráfico 1

Outra alternativa para recuperação de


calor é o preaquecimento da carga de
FEVEREIRO 2022

fornos usando como fonte térmica


efluentes quentes dos produtos da
combustão ou de outro processo.

Os cálculos podem ser feitos a partir


da estimativa do calor disponível na
carga preaquecida no momento da
entrada no forno em relação à carga
não preaquecida.
Recuperação de calor
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PREAQUECIMENTO DA CARGA PELOS PRODUTOS DA COMBUSTÃO


FEVEREIRO 2022

ANTES
sem preaquecimento
20°C 20°C

350°C
DEPOIS
com preaquecimento
PERDAS DE CALOR NO
TRAJETO: 50°C

Fonte: Costa, F.C.; Treinamento UG, 2ª parte, 2020


Recuperação de calor
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PREAQUECIMENTO DA CARGA - Gráfico 1

Exemplo de aplicação do Gráfico 1:


FEVEREIRO 2022

Fusão de alumínio: 110 m³ GN/ton Al


(forno não recuperativo, cap. 20 t/corrida) Calor
sensível
Calor a 20°C = 10 kcal/kg Al Calor
Al líquido
latente
Calor a 750°C = 290 kcal/kg Al
De 20°C a 750°C = 290-10 = 280 kcal/kg
Calor
Preaquecimento da carga de 20° a 200°C sensível
Calor a 20°C = 10 kcal/kg Al Al sólido

Calor a 200°C = 55 kcal/kg Al


Ganho de calor = 55 – 10 = 45 kcal/kg
Economia teórica na etapa da fusão =
= 45 x 100 / 280 = 16%

Fonte: Costa, F.C.; Treinamento UG, 2ª parte, 2020


Recuperação de calor
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PREAQUECIMENTO DA CARGA

Considerações do aumento de produtividade com o preaquecimento da carga


FEVEREIRO 2022

Tap-to-tap: significa de vazamento-a-vazamento (batelada) >>> produtividade de um forno.


Qualquer artifício que reduza o tap-to-tap aumenta a produtividade desde que não haja
outro empecilho, como falta de matéria-prima, energia, mão-de-obra ou demanda do
mercado.
Ciclo de operação onde o tempo de fusão foi reduzido em 16%:
Corridas por dia: 1.440 min/170 min = 8,48; 1.440 min/154 min = 9,35; Produtiv. = +10,26%

CARGA FUSÃO REFINO VAZAMENTO


15 min 100 min 25 min 30 min

CARGA FUSÃO REFINO VAZAMENTO


15 min 84 min 25 min 30 min

0 Tempo (minutos) 154 170


Recuperação de calor
SENAI-SP

PREAQUECIMENTO DA CARGA
1.725,8 + 474,2 = 2.200 m³ GN/corrida
4.172.649 kcal / 8.800 kcal/m³ =
= 474,2 m³ GN/corrida
FEVEREIRO 2022

Queimador 15.187.350 kcal / 8.800 kcal/m³ = 1.725,8 m³ GN/corrida


desligado
0,916 h x 4.555.294 kcal/h =
1,667 h x 9.110.588 kcal/h = 15.187.350 kcal/corrida = 4.172.649 kcal/corrida

CARGA FUSÃO REFINO VAZAMENTO


15 min 100 min = 1,667 h 25 min + 30 min = 55 min = 0,916 h

1.449,4 + 474,2 = 1.923,6 m³ GN/corrida


4.172.649 kcal / 8.800 kcal/m³ =
= 474,2 m³ GN/corrida
Queimador 12.754.823 kcal / 8.800 kcal/m³ = 1.449,4 m³
desligado GN/corrida 0,916 h x 4.555.294 kcal/h =
1,4 h x 9.110.588 kcal/h = 12.754.823 kcal/corrida = 4.172.649 kcal/corrida

CARGA FUSÃO REFINO VAZAMENTO


15 min 84 min = 1,4 h 25 min + 30 min = 55 min = 0,916 h

0 Tempo de corrida (minutos) 154 170


Recuperação de calor
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PRODUTOS DA COMBUSTÃO PARA PREAQUECIMENTO DA CARGA


POR CORRIDA
FEVEREIRO 2022

Calor útil na carga: 45 kcal/kg


45 kcal/kg x 20.000 kg = 900.000 kcal

Calor disponível nos efluentes:


PERDAS DE CALOR NO
TRAJETO: 50°C

OK !
1.923,6 m³ GN x 0,72 kg/m³ + 19.000 m³ ar de combustão x 1,20 kg/m³ =
= 24.185 kg produtos da combustão cedendo calor de 650°C a 350°C.
Calor específico médio dos produtos da combustão: Cp = 0,25 kcal/kg.°C
24.185 kg x 0,25 kcal/kg.°C x (650°- 350°C) = 1.813.875 kcal (disponível) > 900.000 kcal (útil)

Fonte: Costa, F.C.; Treinamento UG, 2ª parte, 2020


Recuperação de calor
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PREAQUECIMENTO DA CARGA
RESULTADOS
FEVEREIRO 2022

Economia de gás natural por corrida:


E = (2.200 m³ GN/h – 1.923,6 m³GN/h) x 100 / 2.200 m³GN/h

E = 12,56%

Aumento de produtividade:

De 8,48 para 9,35 corridas/dia

ΔP = (9,35 – 8,48) x 100 / 8,48


ΔP = +10,26% PERDAS DE CALOR NO
TRAJETO: 50°C

Fonte: Costa, F.C.; Treinamento UG, 2ª parte, 2020


Aplicações de oxigênio
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Parâmetros da combustão
combustão
em função do teor de com
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oxigênio oxigênio
puro

Relacionamento dos combustão


com ar
parâmetros
Combustão
com ar
enriquecido
a 24% O2

Fonte: COSTA, F.C.,


Perspectivas da incineração
de resíduos de serviços de
saúde com o uso de
atmosferas ricas em oxigênio,
Dissertação de Mestrado, I. T.
Mauá, pág. 62, 2007.
Aplicações de oxigênio
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Ar enriquecido com oxigênio

A Tabela 4 considerou o enriquecimento com oxigênio, passando de do teor volumétrico


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de oxigênio no ar de combustão de 20,9% para 24,0%. *Obs: N2 + inertes

1 m³ ar atmosférico: 0,209 m³ O2 + 0,791 m³ N2*


0,760 m³ N2 x 0,209 / 0,791 = 0,201 m³ O2
1 m³ ar enriquecido: 0,240 m³ O2 + 0,760 m³ N2*
1 m³ ar enriquecido: 0,039 m³ O2 + 0,201 m³ O2 + 0,760 m³ N2*

OXIGÊNIO AR ATMOSFÉRICO
ADICIONADO

Ar enriquecido a 24%: 0,039 m³ O2 + 0,961 m³ ar => 0,039 m³ O2 / 0,961 m³ ar = 0,04 m³ O2

Ar enriquecido a 24%: 1 m³ ar + 0,04 m³ O2


Aplicações de oxigênio
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Tabela 4 - Eficiências da combustão por enriquecimento com oxigênio


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Exemplo 1 – óleo combustível Exemplo 2 – óleo combustível


Cálculo da economia em caldeira com o Cálculo da economia em forno com o
enriquecimento do ar de combustão com oxigênio enriquecimento do ar de combustão com oxigênio
a 24% e temperatura de exaustão em 200°C e exc. a 24% e temperatura de exaustão em 1.200°C e
de comburente de 20% : exc. de comburente de 20% :
E = (0,929 – 0,919) x 100 / 0,929 = 1,07% E = (0,472 – 0,402) x 100 / 0,472 = 14,83%

OXIGÊNIO EM COMBUSTÃO SÓ É ATRATIVO EM PROCESSOS DE ALTAS TEMPERATURAS


Aplicações de oxigênio
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Enriquecimento com oxigênio – volumes e preço de equilíbrio

Exemplo 2 – óleo combustível


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Cálculo da economia em forno com o


enriquecimento do ar de combustão com oxigênio
a 24% e temperatura de exaustão em 1.200°C:
E = (0,472 – 0,402) x 100 / 0,472 = 14,83%

Cálculo do preço de equilíbrio do óleo combustível com o oxigênio na condições do


Exemplo 2 anterior, onde a economia de óleo foi 14,83%. Seja considerado agora um
consumo mensal original de 100 toneladas de óleo ao custo de R$ 2,80/kg.
Novo consumo mensal com oxigênio:
100 ton óleo/mês – (0,1483 x 100 ton óleo/mês) = 85,17 ton óleo / mês

economia mensal
Aplicações de oxigênio
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Enriquecimento com oxigênio – volumes e preço de equilíbrio


Considerando 20% de excesso de ar de combustão,1 kg óleo combustível queima
com 13,42 Nm³ de ar atmosférico, ou seja, exige 13,42 Nm³ ar x 0,209 = 2,805 Nm³ O2.
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Assim, 1 kg de óleo exige 2,805 / 0,24 = 11,687 Nm³ de ar enriquecido a 24%:


• 11,687 Nm³ ar enriquecido – 2,805 Nm³ O2 = 8,882 Nm³ N2
• 8,882 Nm³ N2 x 0,209 / 0,791 = 2,347 Nm³ O2 fornecido pelo ar
• oxigênio adicionado = 2,805 – 2,347 = 0,458 Nm³ O2 / kg óleo
Consumo mensal de oxigênio = 85.170 kg óleo x 0,458 Nm³ O2/ kg óleo = 39.008 Nm³
O2/mês
Economia mensal de óleo: (100.000 kg – 85.170 kg) x R$ 2,80/kg = R$ 51.905,00/mês
Preço de equilíbrio do oxigênio: R$ 51.905,00 / 39.008 m³ O2 = R$ 1,33/m³ O2
Aplicações de oxigênio
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OXI-COMBUSTÃO
A oxi-combustão é um processo muito exclusivo, queimando combustíveis
líquidos e gasosos em processos de altas temperaturas, exigindo queimadores
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especialmente desenvolvidos para cada aplicação, geralmente na siderurgia,


metalurgia e vidro.

Ar = N2 + N2 + N2 + N2 + O2 é substituído por apenas O2


Temperaturas adiabáticas de chama são da ordem de 2.800°C.
Economias de combustível são expressivos, da ordem de 50%
Possível benefício adicional do aumento de produtividade.
Redução expressiva das emissões de carbono (~50%).
Redução significativa volume dos produtos da combustão.
Aumento do tempo de residência dos produtos da combustão no processo.
Aplicações de oxigênio
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OXI-COMBUSTÃO AUXILIAR (booster)


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Aplicações de oxigênio
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OXI-COMBUSTÃO
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Aplicações de oxigênio
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OXI-COMBUSTÃO
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Produtos da combustão - tiragem
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Instrumentação para medição da tiragem


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Como visto no Módulo A-2,


instrumentação para medição de
baixas pressões positivas e negativas
para regulagem da tiragem e
quantificação de vazões.
Produtos da combustão - tiragem
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Medição e regulagem da tiragem


Importante procedimento para conservação de energia: regulagem da tiragem
Objetivo: correta exaustão dos produtos da combustão.
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Devem ser evitados:


• Excesso de pressão positiva no interior do equipamento térmico, a ponto de
causar perdas dos gases quentes através de frestas na estrutura e na abertura de
portas, podendo ainda reduzir a admissão de ar do ventilador do ar de combustão.
• Pressões negativas que possibilitem a entrada de ar frio do ambiente, quando a
concepção do equipamento não for projetado para tal, podendo ainda colaborar
para a oxidação da carga quando possível e indesejável.
Produtos da combustão - tiragem
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Tiragem natural ou induzida por chaminé aquecida


O sistema trabalha em
pressão negativa gerada
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por depressão gerada


pela chaminé aquecida.

Sistema antigo, dispensa


energia elétrica, mas de
difícil controle e em
desuso atualmente.
Produtos da combustão - tiragem
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Tiragem induzida

O sistema trabalha sob


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pressão negativa gerada


pelo(s) exaustor(es) dos
produtos da combustão.

Sistema adequado quando


se instala queimadores do exaustor

tipo venturi atmosférico.


Produtos da combustão - tiragem
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Tiragem forçada

O sistema trabalha em pressão


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positiva gerada pelo(s) ventilador(es)


do ar de combustão.

ventilador
Produtos da combustão - tiragem
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Tiragem balanceada

Sistema obrigatoriamente usado em fornos


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longos e/ou quando existem perdas de carga


significativas no trajeto dos produtos da
combustão.

exaustor

ventilador
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térmico
Isolamento
Isolamento térmico
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EQUIPAMENTOS DE PROCESSOS CONTÍNUOS

A redução das perdas de calor em equipamentos de processos contínuos, que assim


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operam com poucas ou nenhuma interrupção, deve atentar para a redução das
temperaturas superficiais.
O método mais fácil é o isolamento adicional nas superfícies externas, atentando
para o fato que a temperatura média do isolante existente irá subir, portanto checar
se isso é admissível.
Cuidados especiais devem ser observados quando se tratar de abóbodas em arco,
em temperaturas elevadas, ou tetos planos.
Outra forma é o isolamento adicional interno com mantas de fibra cerâmica, que
apresentam uma baixa condutividade térmica e resistem a elevadas temperaturas,
mesmo para espessuras discretas.
Isolamento térmico
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EQUIPAMENTOS DE PROCESSOS CONTÍNUOS

Os elementos de transporte da carga no interior do forno, como esteiras, deverão


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retornar pela parte interna do forno, mantendo sua temperatura. Pois quando
retornam externamente perdem calor para a atmosfera necessitando novo
reaquecimento a cada ciclo.
Nos fornos-túnel cerâmicos do tipo vagoneta a perda cíclica de calor estrutural exige
a colocação do piso com peças refratárias ocas, por vezes recheadas com flocos de
isolantes de baixas densidades, mas que ainda assim possam resistir à carga sobre
elas. Isso também se aplica à mobília que suporta as diversas camadas de peças.
Já nos fornos cerâmicos a rolos, para pisos e revestimentos cerâmicos, não há esse
problema pois os rolos trabalham praticamente em temperaturas constantes no
perfil do forno. Deve-se cuidar apenas nas etapas de aquecimento e resfriamento
para evitar choque térmico.
Isolamento térmico
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EQUIPAMENTOS DE PROCESSOS DESCONTÍNUOS


A redução das perdas de calor em processos descontínuos deve atentar para a
redução das perdas térmicas estruturais além das perdas superficiais. Quanto mais
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descontínuo é o modo de operação, mais importante torna-se a redução da carga


térmica absorvida pelo isolamento térmico, principalmente a substituição daqueles
de alta densidade por baixa densidade.
Porém nem sempre a troca por isolantes de baixas densidades, como fibras
cerâmicas, seja possível devido à necessidade de resistência mecânica contra
choques frequentes ou eventuais de peças pesadas no seu trajeto ou manuseio no
interior do equipamento térmico.
Nesta situação torna-se muito importante o planejamento da produção de forma a
minimizar os ciclos térmicos de aquecimento e resfriamento. Por exemplo, melhor
seria trabalhar 2 dias por semana no regime de 24 horas por dia, totalizando 48
horas, do que operar 6 dias por semana no regime de 8 horas por dia.
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Conversão de
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energéticos
Conversão de energéticos
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ASPECTOS DA CONVERSÃO PARA ENERGIA ELÉTRICA

Eletrificação do mundo sem carbono: hidrelétrica, eólica, fotovoltaica, marés, geotérmica


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Análise das cadeias desde a ENERGIA PRIMÁRIA até o CONSUMIDOR

GERAÇÃO, TRANSMISSÃO
ENERGIA PRIMÁRIA ENERGIA ELÉTRICA
E DISTRIBUIÇÃO CONSUMIDOR
100 tep 33,6 tep
66,4 tep

PRODUÇÃO, TRANSPORTE E
ENERGIA PRIMÁRIA GÁS NATURAL
DISTRIBUIÇÃO CONSUMIDOR
100 tep 91,7 tep
8,3 tep
Conversão de energéticos
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USO DE BIOMASSA EM FORNOS E SECADORES

Atenção: disponibilidade, controle do processo e garantia de fornecimento


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Biomassas possíveis para fornos e secadores:

• Lenha . . . . . . . . . . . . . . . . cerâmica vermelha


• Chips, toletes, briquetes de lenha e outros . . geração de ar quente
• Carvão vegetal . . . . . . . . . . . . . redução metalúrgica subst. coque
• Alcatrão de carvão vegetal . . . . . . . . substituindo óleos tipo BPF
• Gordura animal . . . . . . . . . . . . . substituindo óleos tipo BPF
• Gaseificação da lenha (fornos a óleo e gás)*
• Gás de aterro sanitário, esgoto e biodigestores substituição de GLP e GN
• Biometano . . . . . . . . . . . . . .
• Metanol / Etanol . . . . . . . . . . . . substituição de óleo diesel

Nota: (*): temperatura máxima de chama limitada


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Obrigado !

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