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TERMINOLOGIA DE SOLDAGEM: ANÁLISE CRÍTICA DA N-1438

09/09/2011

Prof. Dr. Almir M. Quites


www.soldasoft.com.br

Inicialmente, como professor, preciso esclarecer que há conceitos nas


Normas de Terminologia de soldagem da Petrobrás com os quais não
concordo. Portanto, escrevo este documento com o duplo objetivo de
a) esclarecer e justificar as minhas discordâncias;
b) solicitar aos técnicos da Petrobrás, responsáveis pela atualização
das normas técnicas, que revisem a norma N-1438.
A referida N-1438 foi adotada pela ABNT e é reproduzida em numerosos
cursos de soldagem do Brasil, especialmente aqueles destinados a qualificar e
certificar Inspetores de Soldagem pelo Sistema Nacional de Qualificação e
Certificação (SNQC).
Questiono não apenas conceitos próprios da soldagem, mas também o
uso inadequado daqueles que vieram de outras áreas, como da fundição, da
construção civil, da arquitetura, da marcenaria, da mecânica, da metalurgia
etc. Modificar o significado de termos técnicos bem mais abrangentes do que
a área da soldagem é um erro. Muitos deles foram estabelecidos muito antes
do advento da soldagem e constam de qualquer bom dicionário, em várias
línguas. Várias gerações de brasileiros estão aprendendo conceitos errados. A
correção deveria ser urgente.
Certamente estou apontando um grave problema ético para os
responsáveis pelas normas técnicas brasileiras, que estarão em dívida
enquanto não as corrigirem.
Como professor, só me cabe fazer este alerta à Petrobrás, a ABNT e
aos responsáveis pelo SNQC. Não tenho qualquer responsabilidade sobre estas
normas, nem poder para influenciar os responsáveis. No entanto, estou
convicto de que precisam ser corrigidas e, por isso, sinto-me no dever de
escrever e divulgar este documento. Peço aos leitores que entrem em
contato comigo, caso não concordem com qualquer de minhas colocações.
Discutiremos e, da discordância, juntos faremos a luz da compreensão.
O texto que se segue é a reprodução da N-1438 ver E (2009). Nele
estarão inseridos vários ALERTAS em vermelho, indicando e justificando as
minhas discordâncias. Os ALERTAS são as minhas contribuições.
Para um melhor entendimento do problema recomendo a leitura do
artigo, de minha autoria, denominado Linguagem técnica em soldagem:
junta, solda, chanfro (PDF). Para acessá-lo, clique AQUI
(http://www.soldasoft.com.br/portal/generalidades.php?Lingua=1).
N-1438 versão E (2009)

Reprodução do texto da norma em epígrafe a partir do item 3.

Para os propósitos desta Norma são adotados os termos e definições


indicadas em 3.1 a 3.170.
NOTA: Os termos em Inglês colocados entre parênteses correspondem
aos termos usados na ANSI/AWS A 3.0-2001. No caso de omissão, não há
correspondência direta na ANSI/AWS A 3.0-2001.

3.1 abertura da raiz ( ): separação entre os


componentes a serem unidos na raiz da junta (ver Figura A.1).
3.2 alma do eletrodo ( ): núcleo metálico de um
eletrodo revestido, cuja seção transversal apresenta uma forma circular
maciça.
3.3 amanteigamento ( ): revestimento com 1 ou mais
camadas de solda, depositado na face do chanfro ou no metal de base,
destinado a prover uma transição favorável para a realização subseqüente da
soldagem.
3.4 ângulo do bisel ( ): ângulo formado entre a borda
preparada do componente e um plano perpendicular à superfície deste
componente (ver Figura A.1).
Alerta:
biselar é sinônimo de chanfrar e significa fazer um corte oblíquo. Portanto
ângulo do bisel, ou ângulo do chanfro, é o ângulo do corte em relação à perpendicular à
superfície cortada. Erroneamente se faz, nesta norma, uma distinção entre bisel e
chanfro. A origem deste erro pode ser entendida no alerta seguinte.
3.5 ângulo do chanfro ( ) : ângulo integral entre as
bordas preparadas dos componentes (ver Figura A.1).
Alerta:
Há aqui uma evidente confusão entre os termos junta e chanfro. O que o texto
acima chama de ângulo do chanfro é, na verdade, o ângulo de abertura da junta. O
ângulo de abertura da junta é o ângulo entre suas bordas delimitadoras. Se os bordos
forem chanfrados, então este ângulo é maior que zero. Se os bordos forem retos (em
ângulo reto), então o ângulo de abertura da junta é nulo. É corriqueiro encontrarem-se
documentos técnicos que confundem os conceitos de junta e de chanfro. Esta confusão
conduz a outros erros: o ângulo de abertura da junta passou a ser chamado de ângulo
do chanfro e, então, o ângulo do chanfro tem sido chamado de ângulo do bisel. Estes
erros contaminaram as normas técnicas brasileiras. Aliás, muitos dos problemas da
nossa linguagem técnica decorrem da má tradução de idiomas estrangeiros. Um destes
problemas está na tradução da palavra inglesa groove , frequentemente traduzida como
chanfro. A tradução correta de "groove", em inglês, não é chanfro, mas canaleta,
ranhura, sulco. Chanfrar, em inglês, é "to chamfer", que significa "cortar enviesado,
obliquamente".
3.6 ângulo de deslocamento ( ): ângulo que o eletrodo
faz com uma linha de referência perpendicular ao eixo da solda contida num
plano que passa por este eixo (ver Figura A.2).
Alerta:
Definição inadequada, ambígua. Primeiro porque fala em linha de referência,
quando deveria falar de reta perpendicular, ou simplesmente perpendicular. A
perpendicular será sempre uma reta. Segundo, porque qualquer reta perpendicular ao
eixo da solda está contida num plano que passa por este eixo . A definição correta seria
assim: ângulo de deslocamento é o complemento do ângulo agudo entre o eixo do
eletrodo e o eixo da solda. Ângulos complementares são ângulos que somados resultam
em 90 graus.
3.7 ângulo de deslocamento para tubo ( ): ângulo
que o eletrodo faz com uma linha de referência estendendo do centro do tubo
até a poça de fusão, no plano do eixo da solda. Este ângulo pode ser usado
para definir a posição das tochas, pistolas, varetas e feixes de alta energia
(ver Figura A.2).
Alerta:
Outra vez, uma definição inadequada, ambígua. Esta ambigüidade já se encontra
na própria AWS 3.0. A definição correta seria assim: no caso de tubos, ângulo de
deslocamento é o complemento do ângulo agudo entre o eixo do eletrodo e a
perpendicular à seção reta da solda no ponto de soldagem. Em outras palavras, no caso
de tubos, ângulo de deslocamento é o complemento do ângulo agudo entre o eixo do
eletrodo e a tangente ao tubo no ponto de soldagem.

3.8 ângulo de trabalho ( ): ângulo formado entre o


eletrodo e a superfície do metal de base, no plano perpendicular ao eixo da
solda (ver Figura A.2).
Alerta:
Outra vez, uma definição inadequada, ambígua. Qual superfície? Existem, pelo
menos duas! Mais importante é que ângulo de trabalho não é o ângulo formado entre o
eletrodo e a superfície do metal de base . A própria figura A2 (a e c) mostra que não é!
O correto é: ângulo de trabalho é o ângulo agudo entre a perpendicular à superfície
principal do metal de base e o plano definido pelo eixo do eletrodo e o eixo da solda. No
caso de juntas em ângulo, a superfície principal é a do elemento que não está de topo.
3.9 ângulo de trabalho para tubo ( ): ângulo
formado entre o eletrodo e a linha de referência tangente do tubo, no plano
comum ao eixo da solda (ver Figura A.2).
Alerta:
Está errado. A própria figura A2 (c) mostra que não se trata de um ângulo com a
tangente ao tubo! O correto é: no caso de tubos, ângulo de trabalho é o ângulo agudo
entre a perpendicular à superfície cilíndrica do tubo, no ponto de intersecção entre os
eixos do eletrodo e da solda, e o plano definido pelo eixo do eletrodo e o eixo da solda
no ponto de soldagem.
3.10 aporte térmico ( ): ver energia de soldagem.
3.11 arame sólido ( ): metal de adição que consiste de
um metal ligado ou não, em forma de fio, fita ou barra, sem nenhum
revestimento ou pintura nele aplicado, além daquele necessário à sua
fabricação ou preservação.
Alerta:
Problema de tradução! Bare electrode significa eletrodo nu, desencapado. De
onde surgiu a palavra sólido ? Soma-se a isso a má tradução de electrode para
arame, que conflita com próprio texto que se segue, quando diz que pode ter forma de
fita ou barra. Se pode ter estas formas, então não é arame. Arame é um fio de metal
flexível, de seção circular e diâmetro reduzido em relação ao comprimento.
3.12 arame tubular ( ): metal de adição
composto, de seção transversal tubular, contendo fluxo em seu núcleo.
3.13 área do metal de solda ( ): a área do metal de
solda medida na seção transversal de uma solda (ver Figura A.8).
Alerta:
(a) Isto é pleonasmo: área do metal de solda é a área do metal de solda... (b)
Seção transversal pode ser oblíqua. O certo aqui seria dizer seção reta da solda. Seção
reta é a que corta a solda em um ângulo reto em relação ao seu eixo. (c) Proponho que
se mude aqui a expressão área do metal de solda simplesmente por área da solda .
Metal de solda é o metal de adição. Este não é necessariamente igual ao metal da
solda. A solda foi diluída no(s) metal(ais) de base. Há uma diferença entre metal de
solda (o correto seria metal de soldagem) e metal da solda. O inglês suprime muitas
preposições mas, na tradução, temos que colocá-las com muito cuidado.

3.14 atmosfera protetora ( ): envoltório de gás


que circunda a parte a ser soldada, com a finalidade de proteger a poça de
fusão.
3.15 atmosfera redutora ( ): atmosfera protetora
quimicamente ativa, que em elevadas temperaturas reduz óxidos ao seu
estado metálico.
Alerta:
A atmosfera de proteção redutora reduz os óxidos, mas não necessariamente ao
estado metálico. Se fosse assim a redução seria sempre 100% eficiente.
3.16 bisel ( ): borda do componente a ser soldado,
preparada na forma angular (ver Figura A.1).
Alerta:
Bisel é uma borda cortada obliquamente; é a borda chanfrada, biselada, não
importa a operação que posteriormente será feita com ela, pode ser soldagem, pintura,
ou nada. Um tijolo pode ter bisel. Um pedaço de pano pode ser cortado em bisel, de
esguelha, em viés. A tradução de bevel face para o português é face de bisel e não
bisel. Usa-se a expressão face do bisel ou face do chanfro para distingui-la da face da
raiz.
3.17 brasagem ( ): processo de união de materiais onde
apenas o metal de adição sofre fusão. O metal de adição se distribui por
capilaridade na fresta formada pelas superfícies da junta, após fundir-se a
temperatura superior a 450 °C.
Alerta:
Na brasagem o metal de base não se solubiliza na solda. Na soldagem por
pressão o metal de base também não se funde (não se liquefaz), mas se solubiliza na
solda. Logo, não é interessante definir brasagem em função da ausência de fusão do
material de base, mas sim em função da ausência de solubilização.
3.18 camada ( ): deposição de 1 ou mais passes consecutivos
dispostos lado a lado, aproximadamente no mesmo plano (ver Figura A.3).
Alerta:
(1) Seria mais correto dizer assim: passe ou conjunto de passes consecutivos
situados aproximadamente num mesmo nível. Camada não é o ato de depositar, mas
o conjunto de cordões em um mesmo nível. A expressão mesmo plano , neste
contexto, não faz sentido. É melhor num mesmo nível . Por exemplo, na figura 1.4, a
quarta camada é formada pelos cordões 8, 9 e 10, cordões que estão aproximadamente
num mesmo nível em relação a superfície do metal de base. (2) Por outro lado, como se
deve sempre evitar de fechar uma camada junto a borda da junta, a sequência de passes
indicada na figura, nas camadas superiores à quarta, se constituem em um exemplo
infeliz.
3.19 chanfro ( ): abertura preparada para conter a solda,
realizada na superfície de uma peça ou entre 2 componentes, conforme
geometria previamente definida. Os principais tipos de chanfros são os
seguintes (ver Figura A.4):
a) chanfro em ( );
b) chanfro em duplo ( );
c) chanfro em U ( );
d) chanfro em duplo U ( );
e) chanfro em V ( );
f) chanfro em duplo V ( );
g) chanfro em meio V ( );
h) chanfro em ( );
i) chanfro reto ( ).
Alerta:
O que a norma chama de chanfro é uma junta ( abertura preparada para conter
a solda ). O texto acima é consequência dos erros já mencionados nos alertas
anteriores. A palavra inglesa "groove" foi erroneamente traduzida como chanfro. Aliás,
muitos dos problemas da nossa linguagem técnica decorrem da má tradução de idiomas
estrangeiros. A tradução correta de "groove", em inglês, não é chanfro, mas canaleta,
ranhura, sulco. Chanfrar, em inglês, é "to chamfer", que significa "cortar enviesado,
obliquamente". Existe, por exemplo, junta em X, mas não chanfro em X, embora o X
seja obtido por meio de operações de chanframento. Existe, também, junta em U, mas
não chanfro em U. O U é obtido em operações de fresagem. Na figura 1.5, a palavra
chanfro deveria ser substituída por junta, inclusive na legenda da figura. Por fim,
"chanfro reto" não existe! O que existe são bordos retos. O bordo oblíquo chama-se
chanfro ou bisel.
3.20 chapa de teste ( ): ver termo peça de teste.
Alerta:
Test coupon é uma redundância constante na AWS 3.0. O termo coupon , em
inglês técnico, já significa amostra de teste de um produto .

3.21 cobre-junta ( ): material colocado na parte posterior da


junta a ser soldada, para suportar o metal fundido, durante a soldagem.
3.22 consumível de soldagem: todo material usado para deposição ou
proteção da solda.
Alerta:
Quando se escreve que consumível é todo material empregado na deposição ou
proteção da solda , incluem-se aí todos os equipamentos e acessórios de soldagem. O
correto é: consumível é todo o material que se gasta, consome-se, durante a soldagem.
3.23 Controle do Desempenho dos Soldadores (CDS) e operadores de
soldagem: documento emitido pelo executante do serviço a intervalos de
tempo segundo documentos contratuais, que atesta que o soldador ou
operador de soldagem vem atuando regularmente e produzindo soldas com
sanidade comprovada através de ensaios não destrutivos de radiografia ou
ultra-som, devendo conter todas as informações requeridas na PETROBRAS N-
2301.
3.24 cordão de solda: depósito(s) de solda localizados no mesmo eixo
que resultam em um passe (ver Figura A3.2).
Alerta:
Seria melhor e mais simples assim: Cordão de solda é o depósito resultante de
um passe (passe = demão = passada). A noção de passe já pressupõe a abrangência a
toda a extensão da junta.
3.25 corpo-de-prova ( ): amostra retirada de uma peça
de teste para executar ensaios mecânicos, químicos ou metalográficos.
3.26 corrente contínua polaridade direta - eletrodo negativo CC-
( ): tipo de ligação dos cabos
elétricos para soldagem a arco com corrente contínua, na qual a peça é o pólo
positivo e o eletrodo é o pólo negativo.
Alerta:
Colocar uma preposição: corrente contínua com polaridade direta.

3.27 corrente contínua polaridade inversa - eletrodo positivo - CC


( ): tipo de ligação dos cabos
elétricos para soldagem a arco com corrente contínua, na qual a peça é o pólo
negativo e o eletrodo é o pólo positivo.
3.28 corrente de soldagem ( ): corrente elétrica no
circuito de soldagem durante a execução de uma solda.
Alerta:
Seria melhor repelir o pleonasmo definindo assim: corrente elétrica é o fluxo de
partículas portadoras de carga elétrica (íons e cátions), medido em Ampères, que
transporta energia para a operação de soldagem.
3.29 diluição ( ): relação entre a massa do metal de base
fundido e o metal de solda. Essa relação visa verificar a mudança da
composição química do metal de adição, causada pela mistura com o metal de
base ou metal de solda previamente depositado (ver Figura A.26).
Alerta:
A diluição pode ser expressa pela relação matemática citada, mas não é esta
relação matemática. Proponho nova redação: diluição da solda é a alteração da
composição química do material depositado por efeito da diluição com o metal de base.
A diluição é expressa pela relação entre a massa de material de base diluída na massa
da solda e a massa da solda.
3.30 Dimensão da Solda ( ):
3.30.1 para solda em ângulo ( fillet eld size ): para soldas em ângulo
de pernas iguais, é o comprimento dos catetos do maior triângulo retângulo
isósceles que pode ser inscrito dentro da seção transversal da solda. Para
soldas em ângulo de pernas desiguais, são os comprimentos dos catetos do
maior triângulo retângulo que pode ser inscrito dentro da seção transversal da
solda (ver Figura A.5).
Alerta:
A definição acima vale apenas para o caso particular (embora seja o mais
comum) em que os elementos a unir por soldagem formam entre si um ângulo reto. Não
há necessidade de se falar em catetos. Na verdade, não existe uma única grandeza que
defina a geometria de uma solda. Se o objetivo fosse apenas definir o tamanho dela,
poderia ser o seu volume. No entanto, a idéia por trás da expressão tamanho da solda
( weld size ) é informar, aos executantes da soldagem, uma grandeza geométrica crítica
do ponto de vista do projetista (do ponto de vista da resistência). Esta grandeza seria a
penetração, em soldas de topo, e a garganta efetiva, em soldas em ângulo. Mas,
infelizmente, a garganta efetiva é de difícil observação, porque exige uma medida
interna. Informam-se então as pernas. Isto não tem a mesma eficácia, mas é o melhor
que se pode fazer. As pernas são os lados do maior triângulo inscrito (não importa que o
triângulo seja retângulo ou não).

3.30.2 para solda em chanfro ( ): distância da face


à raiz da solda (ou entre faces, nas juntas soldadas em ambos os lados)
excluído(s) o(s) reforço(s) de solda e/ou excesso de penetração (ver Figura
A.6).
Alerta:
Aqui o problema decorre da AWS 3.0, da qual o texto foi extraído. O erro desta
norma, neste ponto, é considerar que toda a solda de canaleta ( groove ) é de topo e que
toda a solda de componentes em ângulo não tem canaleta, só filete ( fillet ). Pois não é
assim! O que deve ser dito é que, nas soldas de topo, com ou sem chanfro, a grandeza
essencial da geometria da solda (do ponto de vista do projetista) é a penetração, seja
parcial ou total. Penetração, o que não é o mesmo que distância da face da solda à raiz
da solda, nem é distância entre faces. A penetração é, no máximo, igual à espessura
soldada. Nota: se a solda for bilateral e a penetração for parcial, teremos na verdade
duas soldas. A penetração na junta, que importa ao projetista, será a soma das duas
penetrações.

3.31 eletrodo de carvão ( ): eletrodo usado em


operação de corte ou soldagem ao arco elétrico, consistindo de um eletrodo
de carbono ou grafite, que pode ser revestida com cobre ou outro tipo de
revestimento.
Alerta:
O eletrodo de grafite também é de carbono. Grafite é um dos 3 alótropos do
carbono. Os outros são o diamante e o carbono amorfo. A redação pode ser melhorada.

3.32 eletrodo revestido ( ): metal de adição


composto, que consiste de uma alma do eletrodo sobre o qual um
revestimento é aplicado.
3.33 eletrodo para soldagem a arco ( ): um
componente do circuito de soldagem através do qual a corrente é conduzida e
que termina no arco.
Alerta:
Eletrodo é o componente que termina no arco? Esta não é uma definição
tecnicamente aceitável. É a corrente que termina no arco?! Esta redação está péssima! O
eletrodo é o condutor de corrente que fecha o circuito de soldagem conectando-se,
através do arco voltaico, com o metal de base ou com outro eletrodo.
3.34 eletrodo de tungstênio ( ): eletrodo metálico
não consumível usado em soldagem ou corte a arco elétrico, feito
principalmente de tungstênio.
Alerta:
Feito principalmente de tungstênio? Não há eletrodo de tungstênio que não seja
feito de tungstênio! O que se quer dizer é que o tungstênio pode ser puro ou levemente
ligado.
3.35 energia de soldagem: energia fornecida pelo arco elétrico à peça
soldada em determinado comprimento.
Alerta:
Redação confusa! A energia de soldagem fornecida à peça (que pode ser medida
em Joules) não é grandeza importante na soldagem. Nem mesmo a energia fornecida na
unidade de tempo (medida em Watts). O importante é a energia específica de soldagem,
definida como a energia fornecida à peça por unidade de comprimento percorrido pela
fonte de energia (o arco voltaico, por exemplo) em seu movimento de translação com
velocidade uniforme. Essa energia é geralmente medida em J/m (Joules por metro).
3.36 equipamento ( ): produto soldado da fabricação,
construção ou montagem, tais como: vaso de pressão, tanque, tubulação,
oleoduto, gasoduto etc.
Alerta:
A tradução de weldment não é equipamento! Na verdade não tem uma
tradução direta. Em inglês significa um conjunto de peças soldadas entre si. Não é uma
peça acabada, pronta para uso, como um vaso de pressão, por exemplo.
3.37 equipamento de soldagem ( ): máquinas,
ferramentas, instrumentos, estufas e dispositivos empregados na operação de
soldagem.
Alerta:
Não vejo qualquer necessidade de se definir numa norma técnica a expressão
equipamento de soldagem . É chover no molhado . Norma técnica não é dicionário
inglês/português ou vice-versa.
3.38 escória ( ): produto não metálico resultante da dissolução de
fluxos, revestimentos e impurezas não metálicas em alguns processos de
soldagem e brazagem.
3.39 Especificação de Procedimento de Soldagem - EPS (
- WPS ): documento escrito emitido pela executante
dos serviços, com base nas especificações do projetista, dos consumíveis, dos
metais de base, provendo as variáveis de soldagem necessárias para produção
de juntas soldadas com as mesmas propriedades e características da junta
ensaiada na qualificação. Ver PETROBRAS N-2301.
3.40 estrutura ( ): o conjunto das partes de uma construção
que se destina a resistir as cargas.
Alerta:
Norma técnica não é dicionário inglês/português ou vice-versa.
3.41 extensão do eletrodo ( ): comprimento da parte não
fundida do arame consumível medido a partir da extremidade do tubo de
contato.
Alerta:
Não vejo porque ficar traduzindo cada palavrinha que seja usada em inglês.
Podemos ter as nossas formas próprias de nos expressar, as quais podem ser até mesmo
melhores que as formas estrangeiras. Este é um caso que é preferível outra forma. A
extensão do arame que não faz parte do circuito elétrico não pode ser chamada de
eletrodo. Em outras palavras, a parte do arame (nos processos de alta energia) que não é
percorrida por corrente não é eletrodo. Portanto, só esta parte que conecta o tubo de
contato ao arco voltaico é o eletrodo. Seu comprimento é o comprimento do eletrodo.
O resto é arame de solda. Não há necessidade de se falar em extensão do eletrodo .
3.42 face do chanfro ( ): qualquer superfície do chanfro
preparada previamente para conter a solda (ver Figura A.7).
Alerta:
Novamente se confunde chanfro com junta! Novamente problema de tradução!
Groove não é chanfro, é canaleta. Existem juntas de canaleta e juntas de filete.
Groove face é a soma das superfícies chanfradas dos bordos a soldar. A superfície da
junta compreende as faces dos chanfros e as faces da raiz da junta.

3.43 face de fusão ( ): superfície do metal de base que foi


fundida durante a soldagem (ver Figura A.8).
Alerta:
Enfatizo que não vejo qualquer necessidade de ficar traduzindo cada palavrinha
ou expressão usual em inglês, porque nós temos outras formas de nos expressar e norma
técnica não é dicionário. Nós não usamos a expressão face de fusão . O que dizemos é
bordos a serem fundidos ou área fundida do material de base ou bordos originais
do metal de base ou ainda superfície original do metal de base . Podemos e devemos
ter as nossas formas próprias de nos expressar, ainda que não tenham uma tradução
direta para o inglês.
3.44 face da raiz ( ): parte da face do chanfro adjacente à
raiz da junta (ver Figura A.7).
Alerta:
Novamente a confusão entre chanfro e junta. Face da raiz é a parte das faces da
junta que se situam à menor distância uma da outra, na seção reta da junta.
Normalmente as faces de raiz não são chanfradas. A rigor, para AWS junta não é um
termo técnico, como também não é raiz da junta. No entanto são termos usuais, com
significado bem específico no jargão da soldagem e, portanto, deveriam ser bem
definidos. Considerando a seção reta da junta, chama-se de raiz da junta ao volume a
ser preenchido com material de adição delimitado pelas faces mais próximas do metal
de base. Considerando apenas a seção reta da junta, a raiz é uma área. Chama-se de
folga ou abertura da junta à largura da raiz.
3.45 face da solda ( ) : superfície exposta da solda, pelo
lado por onde a solda foi executada (ver Figura A.9).

3.46 fluxo ( ): material fusível usado para evitar, dissolver ou


facilitar a remoção de óxidos e outras substâncias superficiais indesejáveis à
poça de fusão.
Alerta:
O adjetivo superficiais deve ser retirado da definição acima. O fluxo age
também no volume.
3.47 gabarito de solda ( ): dispositivo para verificar a forma
e as dimensões de soldas.
Alerta:
Gage ou gauge é calibre, instrumento para medidas ou calibragens
geométricas. Repito: norma técnica não é dicionário.
3.48 garganta de solda ( ): dimensão de uma solda
em ângulo que determina:
Alerta:

1) A frase Dimensão de uma solda em ângulo que determina: não faz sentido
com relação a sua sequência: a) a altura do maior...
2) Garganta é a parte mais estreita de uma abertura. Assim, garganta da junta é
a parte mais profunda, a raiz da junta. No entanto, não é disso que se trata aqui. O que
se chama de dimensão da solda relaciona-se com o modo como a peça resiste a tensões.
A dimensão a que chamamos de garganta é a largura do maior estreitamento das linhas
de força em uma solda sob tensão. É a dimensão que determina a seção resistente da
solda. Logo, não é algo atinente somente a soldas de filete.
a) a altura do maior triângulo retângulo inscrito na seção transversal da
solda: garganta teórica ( );
Alerta:
O triângulo será retângulo somente no caso particular em que os elementos a
soldar forem ortogonais. Este erro foi transcrito da AWS 3.0. Para corrigir, é preciso
retirar o adjetivo retângulo. Além disso, é preciso refinar a redação dizendo que a
garganta teórica é a altura do maior triângulo inscrito que tenha vértice na origem da
junta, caso contrário se confundirá com a garganta efetiva. A garganta teórica não
considera a penetração. Finalmente recomendo substituir a expressão seção
transversal , por seção reta, ou seção ortogonal. A seção reta é a seção transversal
ortogonal ao eixo da solda.
b) a distância entre a raiz da solda e a face da solda: garganta real
( );
Alerta:
Primeiro, faltou dizer que se trata da menor distância entre a raiz da solda e sua
face. Segundo, como a solda possui duas raízes, em sua seção reta, é preciso especificar
que se trata da raiz correspondente à menor penetração.
c) a distância entre a raiz da solda e a face da solda menos o reforço:
garganta efetiva ( ) (ver Figura A.5).
Alerta:
Vale o alerta anterior. A garganta efetiva é, de fato, o maior afunilamento das
linhas de força. É a menor distância entre a raiz da solda e a reta definida pelos pés da
solda.
3.49 gás de proteção ( ): gás utilizado para prevenir
contaminação pela atmosfera ambiente.
Alerta:
Melhor seria: gás utilizado para proteger a poça líquida contra os efeitos nocivos
da atmosfera ambiente.
3.50 gás de purga ( ): gás utilizado para criar uma atmosfera
protetora da poça de fusão, pelo lado oposto em que a solda está sendo feita,
e promover a sua contenção durante a soldagem.
Alerta:
Não entendo o que se quer dizer com e promover a sua contenção . O pronome
possessivo sua refere-se a quê? Se for à poça de fusão, não concordo. A função do gás
purgatório não é esta, é apenas proteger o verso da solda contra a oxidação.
3.51 gás inerte ( ) : gás que não combina quimicamente com
o metal de base ou metal de adição em fusão. Ver também o termo atmosfera
protetora.
Alerta:
Norma técnica não é dicionário.
3.52 geometria da junta ( ): forma e dimensões da
seção transversal de uma junta a ser soldada.
Alerta:
Primeiro, norma técnica não é dicionário; segundo, a expressão geometria da
junta não diz respeito apenas à seção reta da junta (comprimento e volume da solda, por
exemplo, também fazem parte de sua geometria.
3.53 goivagem ( ): operação de remoção de material por
meios mecânicos ou térmicos com o objetivo de se preparar um chanfro.
Alerta:
Primeiro, norma técnica não é dicionário; segundo, o objetivo da goivagem não
é preparar um chanfro . Goivagem não é operação de preparar juntas de soldagem.
Persiste a confusão entre chanfro e junta, agora embaraçada com o conceito de
goivagem. Goivagem ou goivadura é o ato de goivar, fazer uma canaleta com uma goiva
(a qual permite esculpir, isto é, dar forma).
3.54 goivagem a arco ( ): operação pela qual se prepara
um chanfro através da remoção do material por arco elétrico.
Alerta:
Primeiro, norma técnica não é dicionário; segundo, goivagem a arco voltaico
( arc gouging ) é uma metáfora (um tipo de expressão em sentido figurado). Consiste
em utilizar o arco com o mesmo objetivo de uma goiva; terceiro, o objetivo da
goivagem a arco não é preparar um chanfro , nem mesmo uma junta. Persiste a
confusão entre chanfro e junta.
3.55 goivagem na raiz ( ): remoção de parte do metal de
solda e do metal de base pelo lado oposto de uma junta parcialmente soldada
para facilitar a fusão e a penetração na soldagem subseqüente naquele lado.
3.56 inserto consumível ( ): metal de adição
posicionado na região da raiz da junta e que será fundido durante a soldagem,
tornando-se parte integrante do metal de solda.
Alerta:
Metal de adição posicionado no fundo da junta, mas não necessariamente na
raiz.
3.57 inspetor de soldagem: profissional qualificado, empregado pela
executante dos serviços para exercer as atividades de controle de qualidade
relativas à soldagem. As atividades exercidas pelos Inspetores de Soldagem
níveis 1 e 2 estão detalhadas na ABNT NBR 14842.
3.58 Instrução de Execução e Inspeção de Soldagem (IEIS): documento
escrito com base em EPS qualificada detalhando os parâmetros de soldagem
adequados para cada junta ou serviço, bem como os ensaios não destrutivos
aplicáveis e respectivas extensões.
3.59 junta ( ): arranjo de componentes ou extremidades de
componentes que serão unidos.
Alerta:
Junta não é um arranjo ! Em soldagem, junta é o volume a ser preenchido
com metal de adição e delimitado pelas bordas dos elementos a unir, depois que estes
estão posicionados para soldagem e corretamente fixados. O problema com relação a
este conceito deriva do fato de se simplesmente traduzir normas técnicas americanas.
Uma das falhas da AWS é justamente não fazer de joint (junta) um termo técnico de
soldagem, não o distinguindo de junction (junção).
3.60 junta de aresta ( ): junta entre as extremidades de 2
ou mais componentes, podendo estes componentes se encontrarem paralelos
ou aproximadamente paralelos (ver Figura A.10).

Alerta:
A figura A.10 mostra a posição relativa dos elementos a unir, mas não a junta
(ou as juntas), conforme anuncia o título da figura.
3.61 junta dissimilar ( ): junta constituída por
componentes, cujas composições químicas dos metais de base diferem
significativamente entre si.
3.62 junta de ângulo: junta em que, numa seção transversal, os
componentes a soldar apresentam-se sob forma de um ângulo (ver Figura
A.11.1). Em posições particulares recebem as denominações de:
Alerta:
Numa seção longitudinal os dois elementos a unir não apareceriam juntos.
Portanto, é desnecessária a expressão numa seção transversal .O que a figura A.11.1
denomina situação genérica chama-se junta oblíqua.
a) junta de ângulo em L - ver Figura A.11.2 ( );
b) junta de ângulo em T - ver Figura A.11.3 ( ).
3.63 junta de topo ( ): junta entre 2 componentes alinhados
aproximadamente no mesmo plano (ver Figura A.12).
Alerta:
Definir junta de topo como junta entre dois componentes alinhados
aproximadamente num mesmo plano parece-me insuficiente. O que significa fazer
alinhados , neste caso? Os componentes precisam ser planos? A expressão de topo é
clara por si mesma, significa de ponta . Seria melhor assim: juntas em que os
componentes a soldar encontram-se de topo de modo que, numa seção transversal,
estes componentes apresentem-se aproximadamente num mesmo nível.
3.64 junta sobreposta ( ): junta formada por 2 componentes
a soldar, de tal maneira que suas superfícies sobrepõem-se (ver Figura A.13).
Alerta:
Eu prefiro dizer que os dois componentes estão paralelos e sobrepostos. Sempre
que os elementos a unir não estiverem de topo, nem em ângulo, eles estarão paralelos e
sobrepostos.
3.65 junta soldada ( ): união, obtida por soldagem, de 2
ou mais componentes incluindo zona fundida, zona de ligação, zona afetada
pelo calor e metal de base nas proximidades da solda (ver Figura A.8).
Alerta:
Aqui aparece novamente o problema da definição de junta. A AWS não
distingue junta e junção, embora outras normas, inclusive a ISO 209692-1, definam
junta como um volume a ser preenchido por material de adição, especificando a sua
geometria de modo categórico. A definição acima poderia ser a de junção soldada
(embora junção ainda não seja um termo técnico), mas não de junta. Junta não é solda,
nem junção. Depois do processo de soldagem a junta inexiste, pois existirá a solda. O
volume da solda é sempre maior que o da junta. A ZAC não faz parte da solda, mas do
material de base. Ela é a zona do material de base que foi afetada pelo calor da
soldagem. A figura A.8 deve ser corrigida.
3.66 linha de fusão ( ): a interface entre o metal de
solda e o metal de base em uma solda por fusão, ou entre os metais de base
em uma solda no estado sólido sem metal de adição ou entre o metal de
adição e o metal base em uma solda no estado sólido com metal de adição e
em uma brasagem (ver Figura A.8).
Alertas:
Aqui temos muitos erros crassos juntos!
1) A tradução de weld interface é interface da solda e não linha de fusão.
2) Então, diz que linha de fusão é a interface... . Afinal, trata-se de é linha ou
de face?
3) Depois complementa assim: ou (a interface) entre metais de base em uma
solda no estado sólido . Solda no estado sólido ou soldagem no estado
sólido? Se a soldagem se faz no estado sólido, então não há fusão! A redação
acima é absurda e muito confusa terá que ser refeita integralmente.

3.67 Lista de Juntas a serem Soldadas S: documento elaborado


pelo executante dos serviços, relacionando as juntas a serem soldadas de
acordo com os desenhos de fabricação e/ou construção e montagem devendo
atender todos os requisitos especificados na PETROBRAS N-2301.
3.68 margem da solda ( ): junção entre a face da solda e o
metal de base (ver Figura A.9).
Alerta:
A tradução de weld toe é pé da solda e não margem da solda. O pé da solda é
um ponto na seção reta da solda. É o ponto mais afastado, na superfície original do
metal de base, que foi alcançado pela fusão. A solda tem dois pés. A palavra junção
usada na norma, só pode trazer confusão neste contexto.
3.69 martelamento ( ): trabalho mecânico aplicado à zona
fundida por meio de impactos.
Alerta:
Não se trata de qualquer trabalho mecânico, mas de compressão por impacto
aplicado à solda.
3.70 material de base ( ): material, metálico ou não-
metálico, a ser soldado, brasado ou cortado. Ver Figura A.8.
3.71 metal de adição ( ): metal a ser adicionado a uma
junta para sua soldagem ou brasagem.
3.72 metal de base ( ): material metálico a ser soldado,
brasado ou cortado. Ver termo material de base (ver 3.60 e Figura A.8).
Alerta:
Repete o item 3.70. A diferença entre metal de base e material de base é a
mesma e bem sabida diferença que entre metal e material. O metal é um tipo de
material. O que é claro num dicionário comum não deve constar de normas técnicas.
3.73 metal depositado ( ): metal de adição
depositado durante a operação de soldagem (ver Figura A.27).
Alerta:
Dizer que metal depositado é o metal depositado (...) é pleonasmo. Inútil numa
norma técnica. Seria melhor definir produção de material de solda (P), consumo de
material de adição (C) e rendimento de deposição ( d), sendo este a relação entre os
dois primeiros (P/C). Produção de material de solda é a quantidade de material que
efetivamente se incorpora na solda na unidade de tempo (geralmente expresso em
Kg/h). Consumo de material de solda é a quantidade de material que se gasta para
produzir a solda, na solda na unidade de tempo (também expresso em Kg/h). A razão
entre eles é o rendimento de deposição.
Alerta:
A figura A.27 mostra a área da junta acrescida do reforço da solda. O volume
correspondente a esta a área é igual ao volume do metal depositado, no entanto não é o
metal depositado. Este está diluído em toda a solda.

3.74 metal de solda ( ): porção da junta soldada que foi


completamente fundida durante a soldagem (ver Figura A.8).
Alerta:
1. Metal de solda não é uma porção da junta soldada que foi fundida , é o
metal que foi utilizado como metal de adição. A junta é o volume vazio no
qual se deposita o metal de solda. Junta é volume e solda é massa.
2. Não é apenas por fusão que se solda. Na soldagem por pressão há solda e
não há porção que tenha sido completamente fundida.
3.75 operador de soldagem ( ): profissional
capacitado e qualificado a operar equipamento de soldagem automático ou
mecanizado.
3.76 oscilação ( ): técnica de soldagem na qual é imposto
ao arco ou chama um movimento alternado no sentido transversal ao cordão
de solda (tecimento).
Alerta:
Seria melhor assim: movimento transversal imposto à fonte de energia ou a
técnica na qual é imposta à fonte de calor uma oscilação transversal. As fontes de
calor usadas na soldagem por fusão não são apenas a chama e o arco voltaico. Existem
outras.
3.77 passe ( ): ver termo passe de solda.
3.78 passe de acabamento ( cover pass ): passe de solda feita para
produzir 1 ou mais cordões que resultam em uma camada exposta pelo lado
em que a solda é executada.
Alerta:
Tradução equivocada da AWS 3.0: passe de solda feita para produzir 1 ou
mais cordões . Ora, cada passe produz um único cordão. Basta ver a definição de passe.
Bastaria dizer que passe de acabamento é um passe da última camada de uma soldagem
de múltiplos passes.
3.79 passe de raiz ( ): passe de solda feita para produzir 1
ou mais cordões que se estendem em parte ou na totalidade da raiz da junta.
Alerta:
Repete-se tradução equivocada da AWS 3.0: passe de solda feito para produzir
1 ou mais cordões . Ora cada passe produz um único cordão. Basta ver a definição de
passe da própria AWS. Bastaria dizer que passe de raiz é um passe do verso de uma
solda unilateral.
3.80 passe à ré: ver termo seqüência a ré.
3.81 passe de revenimento: passe ou camada depositado em condições
que permitam a modificação estrutural do passe ou camada anterior e de suas
zonas afetadas termicamente.
3.82 passe de solda: progressão unitária de uma operação de soldagem
ao longo de uma junta ou operação de revestimento. Um passe é composto de
1 ou mais cordões de solda localizados no mesmo eixo. (ver Figuras A.3.1 e
A.3.2).
Alerta:
Se o passe é uma progressão única, como pode ser composto de vários cordões?
Segundo a AWS 3.0, que serviu de base para estas normas, o passe é a single
progression of welding along a joint. The result of a weld pass is a weld bead or layer .
Portanto, de cada passe resulta um único cordão.
3.83 passe de solda oscilante ( ): passe realizado com
oscilação transversal em relação ao eixo da solda (ver Figura A.14.2).
3.84 passe de solda estreito ( ): passe realizado sem
movimento oscilatório apreciável (ver Figura A.14.1).
3.85 peça de teste ( ): peça soldada para qualificação de
procedimento de soldagem ou para qualificação de soldadores ou operadores
de soldagem ou ainda para efeito de teste de produção.
Alerta:
Test coupon é uma redundância constante na AWS 3.0. O termo Coupon ,
em inglês técnico, já significa amostra de teste de um produto .
3.86 penetração da junta ( ): a profundidade que a
solda alcança na junta, desde a sua face, excluindo os reforços. (ver Figura
A.6).
Alerta:
Esta definição é de penetração da solda, não da junta. Esta falha está presente na
própria AWS 3.0 e foi feita uma translação. A penetração da junta é a profundidade
dela. Junta é o volume que se pretende que seja preenchido por material de adição, o
que nem sempre ocorre. Para não dar margem a confusões, é preferível reservar o termo
penetração apenas para a solda. Quando se trata da junta, é melhor denominar de
profundidade da junta.
3.87 penetração da raiz ( ): a profundidade que a
solda alcança na raiz da junta (ver Figura A.6).
Alerta:
Penetração da raiz da solda é a própria penetração da solda, mas não é isso que
se quer dizer, como mostra a figura A6. Aqui há erro de tradução, porque em inglês é
costume suprimir a preposição na adjetivação com dois substantivos, sendo que o
adjetivado é preposto. Pode-se pensar que se ganha em praticidade, mas certamente
perde-se em acuidade semântica. No caso em foco, a expressão root penetration
deveria ser traduzida por penetração na raiz ao invés de penetração da raiz. Trata-se da
penetração da solda na face de raiz da junta (penetração medida perpendicularmente ao
segmento de reta que define a largura da solda (segmento limitado pelos pés da solda).
Não se trata de penetração em face. Deve-se corrigir isto também na figura A6 b.
3.88 perna de solda ( ): distância da raiz da junta à
margem da solda em ângulo (ver Figura A.5).
Alerta:
Não. Perna não é a distância da raiz da junta até a margem da solda . Perna é
a distância da origem da junta até o pé da solda. A origem da junta é uma só, já as raízes
são duas. A solda tem duas pernas e dois pés.
3.89 poça de fusão ( ): volume localizado de metal líquido
em uma solda antes da sua solidificação.
Alerta:
Recomendo que modifique a definição dada para: volume localizado de metal
líquido, em uma solda, que acompanha o movimento da fonte de calor.
3.90 polaridade direta ( ): ver termo
.
3.91 polaridade inversa ( ): ver termo corrente
contínua polaridade inversa.
3.92 ponteamento ( ): uma solda feita para fixar os
componentes de uma junta em posição de alinhamento até que a solda
definitiva seja produzida.
Alerta:
Melhor: pequenos trechos ou pontos de solda feitos para fixar os componentes
de uma junta em posição de alinhamento até que a solda definitiva seja produzida.
3.93 porta-eletrodo ( ): dispositivo usado para
prender mecanicamente o eletrodo e transmitir a corrente elétrica.
Alerta:
Melhor: dispositivo usado para o manuseio do arco voltaico, o qual prende
mecanicamente o eletrodo, isola-o do operador e transmite a corrente elétrica ao arco.
3.94 pós-aquecimento ( ): aplicação controlada de calor
na junta imediatamente após a soldagem, brasagem, corte e aspersão
térmica.
Alerta:
Seria melhor assim: aquecimento controlado, imediatamente posterior ao
aquecimento da soldagem, feito com o objetivo de manter a temperatura da junção
soldada num valor mínimo, durante determinado tempo, necessário para que alguma
transformação metalúrgica se complete, em geral para difundir o hidrogênio atômico.
Explicação:
1) A definição dada pela norma vigente abarca indevidamente qualquer
tratamento térmico posterior à soldagem. O que falta dizer é que se trata da
aplicação controlada de calor na junção imediatamente após a soldagem.
Não me consta que se use pós- aquecimento nas operações de brasagem, a
não ser em casos muito raros quando se precisa aliviar tensões residuais.
2) Há outra questão interessante a perceber, que exemplifica a intensidade da
contaminação da linguagem popular (imprecisa e econômica por natureza)
na linguagem técnica. O prefixo pós indica um período posterior ao indicado.
Por exemplo: pós-adolescência (período imediatamente posterior ao da
adolescência). Portanto, pós-aquecimento seria qualquer procedimento feito
imediatamente após o aquecimento. No jargão da soldagem, fica
subentendido que se trata de algo após o aquecimento da soldagem (o
aquecimento principal). Logo, pós-aquecimento é uma referência
simplificada (reduzida) ao aquecimento posterior ao aquecimento da
soldagem. O mais inequívoco seria dizer aquecimento pós-soldado ou pós-
brasado ao invés de simplesmente pós-aquecimento . Esta palavra deve ser
um termo técnico, corretamente definido numa norma oficial.

3.95 Posição Horizontal ( )


3.95.1 em soldas em ângulo, posição na qual a soldagem é executada
pelo lado superior entre um metal de base (chapa) posicionado
aproximadamente no plano horizontal e um outro posicionado no plano
aproximadamente vertical (ver Figuras A.9.1, A.15).
Alertas:
1) Redação muito ruim! Bastaria dizer que o eixo do eletrodo e a direção de
soldagem situam-se tipicamente no plano horizontal. No entanto, a definição
mais rigorosa seria assim: posição horizontal de soldagem é a posição na
qual a direção do fluxo de material de adição, através do arco voltaico, e a
direção de soldagem são aproximadamente ortogonais à força da gravidade.
Esta definição vale inclusive nas soldagens em que a noção de horizontal e
vertical não é clara, como nas naves espaciais. Vale também tanto para
soldagem em canaleta (em juntas chanfradas) como em soldagem de filete
(juntas de filete). A diferença é que o intervalo angular que delimita esta
posição (dado pelo ângulo do vetor-bissetor que tem origem no centro da
raiz da junta e se dirige para a abertura da junta) é mais estreito no caso de
soldagem em canaleta, devido ao menor ângulo de abertura de junta e a
técnica de condução do eletrodo.
2) Pelas razões já expostas, onde está escrito em soldas de ângulo deveria
estar escrito em juntas de filete ou em soldas de filete .
3.95.2 em soldas em chanfro, posição de soldagem na qual o eixo da
solda está em um plano aproximadamente horizontal e a face da solda
encontra-se em um plano aproximadamente vertical (ver Figuras A.9.2, A.16 e
A.17).
Alerta:
Pelas razões já expostas, onde está escrito em soldas em chanfro deveria estar
escrito em juntas de canaleta ou em juntas chanfradas . Lembrando: uma junta
pode ser soldada parte em canaleta e parte em filete.

3.96 posição plana ( ): posição de soldagem na qual a


face da solda fica em um plano aproximadamente horizontal, sendo usada
para soldar a parte superior da junta (ver Figuras A.15, A.16 e A.17).
Alerta:
Seria mais correto assim: posição de soldagem na qual a direção e o sentido do
fluxo de material de adição, através do arco voltaico, são aproximadamente iguais aos
da força da gravidade. Esta definição vale inclusive nas soldagens em que a noção de
horizontal e vertical não é clara, como nas naves espaciais.
É interessante observar que flat position em inglês significa posição básica e
não posição plana, o que não faz sentido algum na soldagem. Em algum momento do
passado este erro foi cometido e agora está tão enraizado que já não se pode corrigi-lo.
Flat position em alemão é Wannenpositionen , que se pode traduzir por soldagens
em bandeja , significando soldagem sobre um plano horizontal.

3.97 posição sobre-cabeça ( ): posição na qual a


soldagem é executada pelo lado inferior da junta (ver Figuras A.15, A.16 e
A.17).
Alerta:
Seria mais correto assim: a posição de soldagem sobrecabeça é a posição na
qual a direção do fluxo de material de adição, através do arco voltaico, é
aproximadamente a mesma da força da gravidade, mas de sentido contrário. Esta
definição vale tanto para soldagem em canaleta (em juntas chanfradas) como em
soldagem de filete (juntas de filete). A diferença é que o intervalo angular que delimita
esta posição (dado pelo ângulo do vetor-bissetor que tem origem no centro da raiz da
junta e se dirige para a abertura da junta) é mais estreito no caso de soldagem em
canaleta, devido ao menor ângulo de abertura de junta e a maior dificuldade de sujeição
da poça do que na posição horizontal.
3.98 posição vertical ( ): posição de soldagem na
qual o eixo da solda está em um plano aproximadamente vertical (ver Figuras
A.15, A.16 e A.17).
Alerta:
Redação muito infeliz, que não define nada! Qualquer que seja a orientação
espacial do eixo da solda, sempre há um plano vertical que o contem. Bastaria dizer que
o eixo do eletrodo e a direção de soldagem situam-se tipicamente no plano vertical. No
entanto, para ser tecnicamente mais rigorosos deve-se definir esta posição de soldagem
assim: posição vertical é a posição na qual a direção do fluxo de material de adição,
através do arco voltaico, é aproximadamente ortogonal à força da gravidade enquanto a
direção de soldagem é a mesma da gravidade. Esta definição vale inclusive nas
soldagens em que a noção de horizontal e vertical não é clara, como em naves espaciais.
Esta definição vale tanto para soldagem em canaleta (em juntas chanfradas) como em
soldagem de filete (juntas de filete). A diferença é que o intervalo angular que delimita
esta posição (dado pelo ângulo do vetor-bissetor que tem origem no centro da raiz da
junta e se dirige para a abertura da junta) é mais estreito no caso de soldagem de filete
(quando o eixo da solda for mais afastado da vertical), devido à maior dificuldade de
sujeitar a possa de fusão com maiores ângulos de abertura de junta do que na posição
horizontal, o que leva à uma diferente técnica de condução do eletrodo.
3.99 preaquecimento ( ): aplicação controlada de calor no
metal de base nas regiões adjacentes da junta a ser soldada, imediatamente
antes da operação de soldagem, brasagem ou corte. Pressupõe uma
temperatura mínima.
Alerta:
Seria melhor assim: aquecimento controlado que antecede ao aquecimento da
soldagem, podendo ser localizado ou na peça inteira (global), até uma temperatura que
deve ser mantida como mínima durante toda a soldagem para limitar a velocidade de
resfriamento de cada ponto da junta a um valor aceitável.
Explicação da proposta:
1) na norma em análise faltou dizer que a temperatura é mantida como mínima
durante a soldagem e que o aquecimento pode ser localizado ou global (na peça inteira).
2) Novamente surge aquela questão já mencionada, que exemplifica a
intensidade da contaminação da linguagem popular (simplificada e imprecisa por
natureza) na linguagem técnica. O prefixo pré indica um período anterior ao indicado.
Por exemplo: pré-adolescência (período imediatamente anterior ao da adolescência).
Portanto, preaquecimento (pré-aquecimento) seria o período que antecede o
aquecimento. No jargão da soldagem, quando se fale em preaquecimento, trata-se da
forma simplificada de se referir ao aquecimento prévio ao aquecimento da soldagem (no
caso, o aquecimento principal). O mais inequívoco seria dizer aquecimento de pré-
soldagem ou de pré-brasagem ou, mais simplesmente aquecimento prévio. Por isso
mesmo, este termo deve ser bem definido como termo técnico.

3.100 preaquecimento localizado ( ):


preaquecimento de uma região específica de um equipamento ou de uma
estrutura.
Alerta:
Item desnecessário.
3.101 procedimento de soldagem ( ): ver termo
Especificação de Procedimento de Soldagem - EPS.
Alerta:
Procedimento de soldagem e especificação deste procedimento são coisas
diferentes.
3.102 processo de soldagem ( ): processo de união
que produz coalescimento dos materiais pelo aquecimento destes à
temperatura de soldagem, com ou sem aplicação de pressão, ou pela
aplicação de pressão apenas, e com ou sem a participação de metal de
adição.
Alerta:
Esta é a definição de soldagem dada pela AWS, que não considero adequada.
Recomendo uma leitura no documento Definição de soldagem (PDF) que pode ser
acessado em: http://www.soldasoft.com.br/portal/generalidades.php?Lingua=1
3.103 profundidade de fusão ( ): distância que a fusão
atinge no metal de base ou no passe anterior, a partir da superfície fundida
durante a soldagem (ver Figura A.8).
Alerta:
A profundidade que a fusão alcança no metal de base chama-se simplesmente de
penetração da solda. Por sua vez, a profundidade que a fusão alcança no passe anterior
chama-se simplesmente de penetração no passe.
A figura A.8 está errada. O que a figura indica como profundidade de fusão é o
que chamamos de penetração em face. Então, dever-se-ia dizer assim: penetração em
face é a distância alcançada pela solda a partir da face original da junta de soldagem.
3.104 qualificação de procedimento ( ): ver
termo registro de qualificação do procedimento de soldagem - RQPS.
Alerta:
Qualificar um procedimento não é o mesmo registrá-lo.
3.105 qualificação de soldador ( ):
demonstração de habilidade de um soldador em executar soldas, de acordo
com as variáveis previamente estabelecidas.
Alerta:
Falta completar: ...para um procedimento qualificado. Substituir habilidade de
um soldador em executar soldas por habilidade de um soldador para executar soldas.
3.106 raiz da junta ( ): porção da junta a ser soldada onde
os componentes estão o mais próximo possível entre si (ver Figura A.18).
Alerta:
Chama-se de raiz da junta o volume da porção da junta delimitado pelas faces
mais próximas do metal de base. Considerando apenas a seção reta da junta, a raiz é
uma área. Chama-se de folga ou abertura da junta à largura da raiz. Deve-se atentar para
o fato de que este não é o conceito da AWS A3.0. Para entender porque o conceito da
AWS é inadequado recomendo a leitura do artigo Linguagem técnica em soldagem:
junta, solda, chanfro (PDF), que pode ser acessado em www.soldasoft.com.br.

3.107 raiz da solda ( ): pontos, vistos numa seção


transversal, nos quais a parte posterior da solda intercepta o metal de base e
se estende ao longo da junta soldada (ver Figuras A.19)
Alerta:
Estes dois pontos devem se situar numa mesma na seção reta (seção transversal
ortogonal ao eixo da solda). Em três dimensões as raízes da solda são linhas.
3.108 reforço da face ( ): reforço da solda
localizado no lado da junta onde a solda foi feita (ver Figuras A.9.2 e A.9.3).
Alerta:
Definição inadequada. Numa solda bilateral (junta em X, por exemplo), há dois
reforços de face, um de cada lado. Neste caso, tem-se uma solda com duas faces.
3.109 reforço da raiz ( ): metal de solda em
excesso, localizado na parte posterior da solda, além do necessário para
preencher a junta (ver Figura A.9.3).
Alerta:
A expressão metal de solda em excesso implica em um critério de aceitação.
Na definição de reforço da raiz não deve contar esta adjetivação. Basta dizer reforço
da solda, localizado na parte posterior de uma solda unilateral .
3.110 reforço de solda ( ): metal de solda que
ultrapassa em altura a face do metal de base. (ver Figura A.9.3).
Alerta:
Definição inadequada, porque não considera que uma solda bilateral tem dois
reforços, um de cada lado. Neste caso, o que significaria a expressão ultrapassa em
altura ? Parece-me que bastaria dizer porção solda situada além da face do metal de
base ou porção da solda situada além do segmento determinado pelos pés da solda .
3.111Registro de Execução do Teste de Produção (RETP): documento,
emitido pela executante dos serviços, onde são registrados os valores reais
dos parâmetros de operação de soldagem da peça testemunha de teste (peça
soldada adjacente à obra) e os resultados de ensaios de qualificação, devendo
ainda conter os certificados requeridos na PETROBRAS N-2301 e demais
certificados de ensaios complementares exigidos nas especificações técnicas.
3.112 Registro de Qualificação do Procedimento de Soldagem - RQPS
( ): documento, emitido pela
executante dos serviços, onde são registrados os valores reais dos parâmetros
de operação de soldagem da peça de teste e os resultados de ensaios de
qualificação, devendo ainda conter os certificados requeridos na PETROBRÁS
N-2301 e demais certificados de ensaios complementares exigidos nas
especificações técnicas.
3.113 Registro de Qualificação de Soldadores e Operadores de
Soldagem (RQS) documento emitido pelo executante do serviço que
estabelece os limites para os quais o soldador ou operador de soldagem está
qualificado de acordo com o código utilizado, devendo conter todas as
informações requeridas na PETROBRAS N-2301.
3.114 Relação de Soldadores e Operadores de Soldagem Qualificados
(RSQ): documento emitido pelo executante do serviço que transcreve
separadamente cada qualificação de cada um dos soldadores ou operadores
de soldagem que realizaram soldas conforme a norma de qualificação
aplicável devendo conter todas as informações requeridas na PETROBRAS N-
2301.
3.115 Relatório de Registro de Soldagem (RRS): documento emitido
pelo executante do serviço onde são registrados os parâmetros empregados
durante a soldagem da chapa de teste conforme requerido nas norma de
fabricação, montagem e manutenção, devendo conter todas as informações e
certificados requeridos na PETROBRAS N-2301.
3.116 Relatório de Registro de Tratamento Térmico (RRTT):
documento emitido pelo executante do serviço onde são registrados os
parâmetros empregados na realização do tratamento térmico conforme
requerido nas norma de fabricação, montagem e manutenção, devendo conter
todas as informações e certificados requeridos na PETROBRAS N-2301.
3.117 seqüência à ré ( ): seqüência na qual os
cordões de solda são executados em sentido oposto ao da progressão da
soldagem, de forma que cada cordão termine no início do anterior, formando
ao todo, um único passe. Ver Figura A.3.2.
Alerta:
Se o passe é uma progressão única, como que uma sequência de cordões pode
formar um único passe? Segundo a AWS 3.0, que serviu de base para estas normas, o
passe é a single progression of welding along a joint. The result of a weld pass is a
weld bead or layer .
3.118 seqüência em bloco ( ): uma combinação das
seqüências longitudinal e transversal para uma solda contínua em multipasses,
na qual os incrementos separados são completa ou parcialmente soldados
antes que os incrementos intercalados sejam soldados (ver Figura A.3.3).
Alerta:
Redação confusa. Deve ser refeita totalmente. Em uma combinação ,
especificar a combinação. Multipasse, e não multipasses.
3.119 seqüência em cascata ( ): uma combinação
das seqüências longitudinal e transversal, na qual os passes de solda não são
feitos em camada sobreposta (ver Figura A.3.4).
Alerta:
Redação confusa. Não há camadas sobrepostas? A figura A.3.4 não mostra isso.
3.120 seqüência de montagem: ordem pela qual são executadas as
soldas de um equipamento ou de uma estrutura ou de uma tubulação.
3.121 seqüência longitudinal ( longitudinal sequence ): a ordem na
qual os passes de solda, de uma soldagem multipasses, são executados em
relação ao seu comprimento.
Alerta:
Deve ser uma soldagem multipasse ou uma soldagem de múltiplos passes ,
mas não uma soldagem multipasses .
3.122 seqüência de passes ( ): ver termo seqüência
transversal.
3.123 seqüência de soldagem ( ): ordem pela qual
são executadas as soldas de um equipamento ou de uma estrutura (ver Figura
A.3).
3.124 seqüência transversal ( ): a ordem na
qual os passes de solda, de uma soldagem multipasses, são executados em
relação à seção transversal da solda (ver Figura A.3.1 e A.3.2).
Alerta:
Vale o alerta anterior.
3.125 solda ( ): união (coalescência) localizada de metais ou não-
metais, produzida pelo aquecimento dos materiais à temperatura de
soldagem, com ou sem aplicação de pressão, ou pela aplicação de pressão
apenas, e com ou sem o uso de metal de adição.
Alerta:
Esta é a definição de soldagem dada pela AWS. Recomendo uma leitura no
documento Definição de soldagem (PDF) que pode ser acessado em:
http://www.soldasoft.com.br/portal/generalidades.php?Lingua=1
3.126 solda autógena ( ): solda executada por fusão
de materiais sem a participação de metal de adição.
Alerta:
Não é correto dizer que na solda autógena não há material de adição. Sendo
impossível anular a folga da junta (fisicamente), então é necessário o material de adição.
O que ocorre é que, na solda autógena, como o próprio nome diz, o material de adição é
tomado do próprio material de base, tanto que suas dimensões se alteram.
3.127 solda de aresta ( ): solda executada numa junta de
aresta (ver Figura A.20).

3.128 soldador ( ): profissional qualificado a executar


soldagem manual ou semi-automática conforme norma aplicável.
Alerta:
Não é necessário definir soldador em uma norma técnica, qualquer dicionário
comum já o faz. Soldador é aquele que solda, ainda que não seja qualificado.
3.129 solda de costura ( ): solda contínua executada entre
ou em cima de componentes sobrepostos. A solda contínua pode consistir de
um único cordão de solda ou de uma série de soldas por pontos sobrepostos
(ver Figura A.22).
3.130 solda descontínua coincidente (
): ver termo solda em cadeia (ver Figura A.21.1).
3.131 solda descontínua intercalada (
): ver termo solda em escalão (ver Figura A.21.2).
3.132 solda descontínua: solda na qual a continuidade é interrompida
por espaçamentos sem solda (ver Figura A.21).
3.133 solda de encaixe: solda em ângulo em junta do tipo encaixe (ver
Figura A.28).
Alerta:
Não vejo qualquer necessidade desta distinção, que não tem nada a ver com a
soldagem.

3.134 solda de selagem ( ): solda executada com a


finalidade de impedir vazamentos.
Alerta:
Vazamento de que? De radiação? O correto seria o seguinte: solda executada
com a finalidade de garantir estanqueidade. Estanqueidade já significa vedação a gases
ou líquidos.
3.135 solda de tampão ( ): solda executada em um furo
circular ou não, localizado em uma das superfícies de uma junta sobreposta
ou em T, que une um componente ao outro. As paredes do furo podem ser
paralelas ou não e o furo pode ser parcial ou totalmente preenchido com
metal de solda (ver Figura A.24).
3.136 solda de topo ( ): solda executada em uma junta de
topo (ver Figura A.9.2).
Alerta:
Dizer que uma solda de topo é uma solda executada em uma junta de topo é
pleonasmo, inútil numa norma técnica.
3.137 solda em ângulo ( ): solda, com seção transversal
aproximadamente triangular unindo dois componentes cuja as faces a serem
soldadas estão em ângulo (ver Figuras A.5.5 e A.9.1).
Alertas:
1) A tradução de fillet weld é solda de filete. O fato dos componentes a unir
estarem em ângulo não é condição suficiente para que uma soldagem seja de filete.
2) Qualquer solda unilateral tem seção transversal aproximadamente triangular
e une dois componentes cujas faces a serem soldadas estão em ângulo. Só na soldagem
de topo, em junta em I, esta condição não seria satisfeita, porque as faces da junta
seriam paralelas.
3) O certo seria assim: solda na qual os elementos a unir formam um ângulo
qualquer entre si e cuja junta não é limitadas por chanfros.
3.138 solda em cadeia ( ): solda
descontínua, executada em ambos os lados de uma junta de ângulo, composta
por cordões igualmente espaçados, de modo que um trecho de cordão se
oponha ao outro (ver Figura A.21.1).
3.139 solda em escalão ( ): solda
descontínua, executada em junta de ângulo, geralmente em T, composta por
cordões igualmente espaçados, de modo que um trecho dos cordões se oponha
a uma parte não soldada (ver Figura A.21.2).
3.140 solda homogênea: solda cuja composição química do metal de
solda seja próxima à do metal de base.
Alerta:
Isto é perfeito só para matérias de base similares.
3.141 solda heterogênea: solda cuja composição química do metal de
solda seja significativamente diferente da composição do metal de base.
Alerta:
Isto é perfeito só para matérias de base similares.
3.142 solda por pontos ( ): solda executada entre ou
sobre componentes sobrepostos, cuja fusão ocorre entre as superfícies em
contato ou sobre a superfície externa de um dos componentes. A seção
transversal da solda no plano da junta é aproximadamente circular (ver Figura
A.23).
Alerta:
EEsta definição se limita à solda por fusão. Na solda a ponto, por resistência
elétrica, não há fusão. Trata-se de soldagem no estado sólido (fig. 23 a ).
3.143 solda provisória ( ): solda destinada a manter
fixas 1 ou mais peças em um equipamento ou estrutura para uso temporário
no manuseio, movimentação ou transporte do equipamento ou da estrutura.
Alerta:
Não é necessário definir solda provisória em uma norma técnica, qualquer
dicionário comum já o faz. A razão da temporariedade nem importa.
3.144 soldabilidade ( ): capacidade de um material ser
soldado sob determinadas condições de fabricação impostas a uma estrutura
adequadamente projetada e para um desempenho satisfatório nas finalidades
a que se destina.
Alerta:
A tradução do texto da AWS A3.0 não é boa, porque é muito literal. Proponho:
Soldabilidade de um material é a sua capacidade de se deixar soldar, sob as condições
de fabricação, numa estrutura específica e de se desempenhar satisfatoriamente no
serviço a que se destina .
3.145 soldagem ( ): método utilizado para unir materiais por
meio de solda.
Alertas:
1) Aqui sim caberia a definição de soldagem. Recordo que considero precária a
definição de soldagem dada pela AWS. Recomendo uma leitura no documento
Definição de soldagem (PDF) que pode ser acessado em:
http://www.soldasoft.com.br/portal/generalidades.php?Lingua=1.
2) Norma técnica não é dicionário. Qual o militante da soldagem que não sabe
que soldagem é o processo de se soldar e que soldar é unir por meio de uma solda?
3.146 soldagem a arco ( ): operação referente a grupo de
processos de soldagem que produz a união de metais pelo aquecimento destes
por meio de um arco elétrico, com ou sem aplicação de pressão e com ou sem
o uso de metal de adição.
Alerta:
Confuso! Soldagem a arco com aplicação de pressão?
Soldagem já foi definida várias vezes neste documento. Bastaria dizer assim:
soldagem a arco é aquela em que a fonte de calor é um arco voltaico.
3.147 soldagem automática ( ): soldagem com
controle automático de praticamente todas as operações necessárias para a
sua execução, com certa capacidade de auto-ajuste e com a mínima
interferência do operador de soldagem.
Alerta:
Soldagem automática, todos sabem, é aquela que opera e se controla por si
mesma. Caberia aqui apenas distinguir entre os graus de automação.
A AWS 3.0, que serviu de base para esta norma, também chove no molhado ,
porque diz que soldagem automática é aquela feita com equipamento que não requer
qualquer observação ou apenas uma observação ocasional da soldagem e nenhum
ajuste manual dos controles do equipamento .
3.148 soldagem em câmera hiperbárica: soldagem em uma câmera
pressurizada de fundo aberto (campânula) onde a água é deslocada e o
soldador-mergulhador trabalha em ambiente respirável.
Alerta:
Câmera é um compartimento fechado. Câmera hiperbárica é um compartimento
fechado no qual a pressão interna é maior que a atmosférica. A campânula ou redoma é
uma calota. Portanto há aqui uma confusão entre câmara e campânula. Por outro lado, o
objetivo da campânula na soldagem subaquática é criar um ambiente onde a soldagem
se faça a seco. O certo seria assim: campânula hiperbárica para soldagem subaquática:
redoma emborcada e mergulhada na água, na qual o soldador pode realizar uma
soldagem a seco num ambiente respirável. Já o objetivo da câmera hiperbárica é
permitir a simulação (aqui na superfície) da soldagem molhada em águas profundas.
3.149 soldagem molhada: soldagem realizada diretamente no meio
aquoso sem qualquer proteção física para o arco elétrico.
3.150 soldagem manual ( ): soldagem na qual toda a
operação (iniciação do processo, geração e controle da poça de fusão,
deslocamento e posicionamento da fonte de calor, alimentação de metal de
adição e término da operação) é realizada e controlada manualmente pelo
soldador.
3.151 soldagem semi-automática ( ):
soldagem com controle automático da alimentação de metal de adição, mas
com controle manual pelo soldador do posicionamento da tocha, avanço e de
seu acionamento.
3.152 soldagem mecanizada ( ): soldagem com
controle automático da alimentação de metal de adição, da tocha de
soldagem pelo equipamento, mas com o posicionamento, acionamento do
equipamento e supervisão da operação sob responsabilidade do operador de
soldagem.
3.153 soldagem robotizada ( ): soldagem controlada e
realizada por um dispositivo robótico.
3.154 sopro magnético ( ): deflexão de um arco elétrico, de
seu percurso normal, devido a forças magnéticas.
3.155 supervisor e encarregado de soldagem: profissional dedicado
exclusivamente à soldagem, com conhecimento sobre critérios de qualificação
de soldador e operador de soldagem, EPS, IEIS, simbologia e terminologia de
soldagem e desenho técnico, respondendo pela seleção dos soldadores e
operadores de soldagem, equipamentos, consumíveis, EPIs etc., conforme
requerido nas documentações aplicáveis, sendo o responsável no campo pela
implantação da logística necessária à execução do serviço de soldagem.
3.156 taxa de deposição ( ): massa de material
depositado por unidade de tempo.
Alerta:
Não há erro neste item, mas trata-se de uma tradução literal, o que sempre
implica em problemas com a nossa língua. Rate , em inglês, é o mesmo que taxa, em
português. Taxa é a razão (a relação) entre duas grandezas, a proporção. A velocidade
média é uma taxa entre o espaço percorrido e o tempo. O consumo de combustível de
um carro (1,0 litro/Km), por exemplo, é uma taxa. Na língua inglesa é comum se usar a
palavra rate (taxa) quando se especifica as grandezas que se relacionam. Por exemplo,
a train travelling at the rate of 50 miles an hour . Em português, o normal é usar o
nome da grandeza que expressa a relação das variáveis. Por exemplo, um trem trafega
à velocidade de 80 quilômetros por hora . Quando nos referimos somente a uma taxa
de deposição, sente-se falta de precisão na linguagem. Taxa de deposição poderia ser,
por exemplo, o rendimento de deposição. Por isso, preferiria uma maior precisão. No
caso, é preferível substituir a expressão taxa de deposição simplesmente por
produção, já que se trata da produção de material de adição para a solda, que
geralmente é expressa em Kg/h.

3.157 taxa de fusão: massa da alma do eletrodo que é fundido por


unidade de tempo.
Alerta:
Neste caso, cabe ressaltar que não é apenas por fusão que o eletrodo de
soldagem se consome no arco voltaico, mas também por vaporização. Logo, a expressão
taxa de fusão não é correta. Além disso, valem aqui as mesmas ponderações feitas no
item anterior. Em português, o normal é usar o nome da grandeza que expressa a relação
das variáveis. Quando nos referimos somente a uma taxa de fusão, sente-se falta de
precisão de linguagem. Taxa de fusão poderia ser a velocidade com que o eletrodo se
funde expressa como velocidade, por exemplo, expressa em cm/min. Por isso, preferiria
uma maior precisão. No caso, seria preferível substituir a expressão taxa de fusão
simplesmente por consumo, já que se trata do consumo do eletrodo, que acontece por
fusão e vaporização e que geralmente é expresso em Kg/h.
3.158 técnica de soldagem ( ): variáveis do
procedimento de soldagem controlados pelo soldador ou operador de
soldagem.
Alerta:
Técnica não é sinônimo de variáveis. Portanto, técnica de soldagem não é
variáveis do procedimento de soldagem . Técnica é a maneira, jeito ou habilidade
especial de se executar ou fazer algo. Portanto, técnica de soldagem é a maneira, jeito
ou habilidade especial de se executar uma solda . A AWS 3.0 define técnica de
soldagem assim: os detalhes de um procedimento de soldagem que são controlados
pelo soldador ou operador de soldagem . Embora técnica não seja sinônimo de detalhe,
a AWS está mais próxima do correto do que a tradução feita para a Norma em análise.
As variáveis de soldagem são muito numerosas e bem definidas. Elas são categorizadas
em três diferentes níveis: (1) os parâmetros de soldagem; (2) as constantes de soldagem
e as variáveis intervenientes; (3) as variáveis da qualidade da solda. Os parâmetros de
soldagem são aqueles cuja variação em tempo real pode ser diretamente monitorada e
controlada. Na soldagem manual, estes monitoramento e controle são feitos pelo
soldador. Talvez o propósito deste item fosse definir parâmetros de soldagem.
3.159 temperatura de interpasse ( ): em
soldagem multipasse, faixa de temperatura que a junta soldada deve
apresentar antes do passe seguinte ser iniciado.
Alerta:
Não! Temperatura de interpasse é a máxima temperatura da junta permitida
(próximo à solda) antes de se iniciar o passe seguinte. A AWS simplifica mais:
temperatura de interpasse é the temperature of the weld area between weld passes .
Logo, para a AWS é qualquer temperatura na área da solda entre dois passes. Também
não é aceitável. Na verdade o que se especifica no EPS (especificação de procedimento)
é a máxima temperatura permitida na área da solda antes da execução do passe
subseqüente. Isto é temperatura de interpasse.
3.160 temperatura de pós-aquecimento ( ):
temperatura na qual a junta soldada deve permanecer durante um período de
tempo especificado, imediatamente após a soldagem.
Alerta:
Esta definição abrange qualquer tratamento térmico que se faça após a
soldagem! A definição da AWS também não distingue o pós-aquecimento para a
difusão do hidrogênio de outros tratamentos térmicos. Todos são referidos como
tratamentos de pós-aquecimento. Por outro lado, não apenas a junta, mas toda a junção
deve alcançar esta temperatura (dita temperatura de encharcamento). Finalmente cabe
ressaltar que este conceito não próprio da soldagem, mas aplica-se também à fundição,
ao corte, ao recobrimento etc.
3.161 temperatura de preaquecimento ( ):
temperatura que o metal base, ou junta soldada, deve atingir na região de
soldagem, brasagem ou corte antes do início da operação, antes da soldagem
do próximo passe, ou ainda no reinício da soldagem de juntas interrompidas
antes de sua conclusão.
Alerta:
Seria melhor dizer que se trata da temperatura mínima em que o metal base
deve estar, na região de soldagem, brasagem ou corte, antes do início da operação, antes
da execução do próximo passe, ou ainda no reinício da soldagem interrompida antes de
sua conclusão.
3.162 tensão do arco ( ): diferença de potencial elétrico
do arco entre o eletrodo e a peça.
Alerta:
Seria melhor dizer: diferença de potencial elétrico entre os extremos do arco
voltaico. Convém lembrar também que nem sempre o arco arde entre um eletrodo e o
material de base.
3.163 tensão residual ( ): tensões remanescentes de
um processo de soldagem ou operação de corte, presentes em um
componente, desconsiderando a atuação de forças externas ou gradientes
térmicos.
Alerta:
O conceito de tensões residuais não é exclusivo da área da soldagem. Entende-se
por residuais as tensões existentes em um corpo sem que sobre ele estejam agindo
quaisquer forças externas. As peças recém soldadas possuem tensões remanescentes do
processo de soldagem. As tensões residuais são elásticas e se superpõem às cargas de
serviço, podendo ser benéficas ou deletérias às estruturas e equipamentos, dependendo
de sua magnitude, sinal e distribuição.
3.164 teste de produção: teste efetuado durante a fabricação ou
montagem com o objetivo de avaliar as propriedades mecânicas, químicas e
metalográficas das juntas soldadas e que, na impossibilidade de se efetuar
uma amostragem, é realizado em peças de teste soldadas nas mesmas
condições da soldagem de produção.
3.165 tratamento térmico após soldagem: qualquer tratamento
térmico após soldagem com o objetivo de conferir ao material as propriedades
requeridas.
3.166 Tratamento Térmico de Alívio de Tensões - TTAT (
): aquecimento uniforme de um equipamento ou estrutura a
uma temperatura suficiente, para relaxar a maior parte das tensões residuais,
seguido de resfriamento uniforme.
Alerta:
Foi esquecido o patamar. Proponho que se mude a redação por: tratamento que
consiste de aquecimento uniforme de um equipamento ou estrutura a uma temperatura
suficiente para relaxar a maior parte das tensões residuais, manutenção desta
temperatura por um determinado tempo e resfriamento uniforme.

3.167 tratamento térmico de alívio de tensões localizado (


) : tratamento térmico de alívio de tensões de
uma região específica de um equipamento ou estrutura.
3.168 tubo de teste: ver termo peça de teste.
Alerta:
Item desnecessário.
3.169 vareta de solda ( ): tipo de metal de adição
utilizado para soldagem ou brasagem, normalmente retilíneo, o qual não
conduz corrente elétrica durante o processo.
Alerta:
Melhor seria: metal de adição fornecido em forma de vareta e que, durante o
processo de soldagem a arco voltaico, não opera como eletrodo, isto é, não faz parte do
circuito elétrico de soldagem.
3.170 Zona Afetada pelo Calor - AC ( ): região do
metal de base que não foi fundida durante a soldagem, mas cujas
microestrutura e propriedades mecânicas foram alteradas devido à geração de
calor imposta pela soldagem, brasagem ou corte (ver Figura A.8).
Alerta:
Também existe ZAC nos processos de soldagem em que não há fusão, como na
soldagem por pressão. Portanto, é preferível dizer assim: região do metal de base,
adjacente a solda, que foi afetada pelo calor da soldagem e que, por isso, teve sua
microestrutura e propriedades mecânicas alteradas.

3.171 zona de fusão ( ): região do metal de base que sofre


fusão durante a soldagem (ver Figura A.8).

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