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09/09/2011
1) A frase Dimensão de uma solda em ângulo que determina: não faz sentido
com relação a sua sequência: a) a altura do maior...
2) Garganta é a parte mais estreita de uma abertura. Assim, garganta da junta é
a parte mais profunda, a raiz da junta. No entanto, não é disso que se trata aqui. O que
se chama de dimensão da solda relaciona-se com o modo como a peça resiste a tensões.
A dimensão a que chamamos de garganta é a largura do maior estreitamento das linhas
de força em uma solda sob tensão. É a dimensão que determina a seção resistente da
solda. Logo, não é algo atinente somente a soldas de filete.
a) a altura do maior triângulo retângulo inscrito na seção transversal da
solda: garganta teórica ( );
Alerta:
O triângulo será retângulo somente no caso particular em que os elementos a
soldar forem ortogonais. Este erro foi transcrito da AWS 3.0. Para corrigir, é preciso
retirar o adjetivo retângulo. Além disso, é preciso refinar a redação dizendo que a
garganta teórica é a altura do maior triângulo inscrito que tenha vértice na origem da
junta, caso contrário se confundirá com a garganta efetiva. A garganta teórica não
considera a penetração. Finalmente recomendo substituir a expressão seção
transversal , por seção reta, ou seção ortogonal. A seção reta é a seção transversal
ortogonal ao eixo da solda.
b) a distância entre a raiz da solda e a face da solda: garganta real
( );
Alerta:
Primeiro, faltou dizer que se trata da menor distância entre a raiz da solda e sua
face. Segundo, como a solda possui duas raízes, em sua seção reta, é preciso especificar
que se trata da raiz correspondente à menor penetração.
c) a distância entre a raiz da solda e a face da solda menos o reforço:
garganta efetiva ( ) (ver Figura A.5).
Alerta:
Vale o alerta anterior. A garganta efetiva é, de fato, o maior afunilamento das
linhas de força. É a menor distância entre a raiz da solda e a reta definida pelos pés da
solda.
3.49 gás de proteção ( ): gás utilizado para prevenir
contaminação pela atmosfera ambiente.
Alerta:
Melhor seria: gás utilizado para proteger a poça líquida contra os efeitos nocivos
da atmosfera ambiente.
3.50 gás de purga ( ): gás utilizado para criar uma atmosfera
protetora da poça de fusão, pelo lado oposto em que a solda está sendo feita,
e promover a sua contenção durante a soldagem.
Alerta:
Não entendo o que se quer dizer com e promover a sua contenção . O pronome
possessivo sua refere-se a quê? Se for à poça de fusão, não concordo. A função do gás
purgatório não é esta, é apenas proteger o verso da solda contra a oxidação.
3.51 gás inerte ( ) : gás que não combina quimicamente com
o metal de base ou metal de adição em fusão. Ver também o termo atmosfera
protetora.
Alerta:
Norma técnica não é dicionário.
3.52 geometria da junta ( ): forma e dimensões da
seção transversal de uma junta a ser soldada.
Alerta:
Primeiro, norma técnica não é dicionário; segundo, a expressão geometria da
junta não diz respeito apenas à seção reta da junta (comprimento e volume da solda, por
exemplo, também fazem parte de sua geometria.
3.53 goivagem ( ): operação de remoção de material por
meios mecânicos ou térmicos com o objetivo de se preparar um chanfro.
Alerta:
Primeiro, norma técnica não é dicionário; segundo, o objetivo da goivagem não
é preparar um chanfro . Goivagem não é operação de preparar juntas de soldagem.
Persiste a confusão entre chanfro e junta, agora embaraçada com o conceito de
goivagem. Goivagem ou goivadura é o ato de goivar, fazer uma canaleta com uma goiva
(a qual permite esculpir, isto é, dar forma).
3.54 goivagem a arco ( ): operação pela qual se prepara
um chanfro através da remoção do material por arco elétrico.
Alerta:
Primeiro, norma técnica não é dicionário; segundo, goivagem a arco voltaico
( arc gouging ) é uma metáfora (um tipo de expressão em sentido figurado). Consiste
em utilizar o arco com o mesmo objetivo de uma goiva; terceiro, o objetivo da
goivagem a arco não é preparar um chanfro , nem mesmo uma junta. Persiste a
confusão entre chanfro e junta.
3.55 goivagem na raiz ( ): remoção de parte do metal de
solda e do metal de base pelo lado oposto de uma junta parcialmente soldada
para facilitar a fusão e a penetração na soldagem subseqüente naquele lado.
3.56 inserto consumível ( ): metal de adição
posicionado na região da raiz da junta e que será fundido durante a soldagem,
tornando-se parte integrante do metal de solda.
Alerta:
Metal de adição posicionado no fundo da junta, mas não necessariamente na
raiz.
3.57 inspetor de soldagem: profissional qualificado, empregado pela
executante dos serviços para exercer as atividades de controle de qualidade
relativas à soldagem. As atividades exercidas pelos Inspetores de Soldagem
níveis 1 e 2 estão detalhadas na ABNT NBR 14842.
3.58 Instrução de Execução e Inspeção de Soldagem (IEIS): documento
escrito com base em EPS qualificada detalhando os parâmetros de soldagem
adequados para cada junta ou serviço, bem como os ensaios não destrutivos
aplicáveis e respectivas extensões.
3.59 junta ( ): arranjo de componentes ou extremidades de
componentes que serão unidos.
Alerta:
Junta não é um arranjo ! Em soldagem, junta é o volume a ser preenchido
com metal de adição e delimitado pelas bordas dos elementos a unir, depois que estes
estão posicionados para soldagem e corretamente fixados. O problema com relação a
este conceito deriva do fato de se simplesmente traduzir normas técnicas americanas.
Uma das falhas da AWS é justamente não fazer de joint (junta) um termo técnico de
soldagem, não o distinguindo de junction (junção).
3.60 junta de aresta ( ): junta entre as extremidades de 2
ou mais componentes, podendo estes componentes se encontrarem paralelos
ou aproximadamente paralelos (ver Figura A.10).
Alerta:
A figura A.10 mostra a posição relativa dos elementos a unir, mas não a junta
(ou as juntas), conforme anuncia o título da figura.
3.61 junta dissimilar ( ): junta constituída por
componentes, cujas composições químicas dos metais de base diferem
significativamente entre si.
3.62 junta de ângulo: junta em que, numa seção transversal, os
componentes a soldar apresentam-se sob forma de um ângulo (ver Figura
A.11.1). Em posições particulares recebem as denominações de:
Alerta:
Numa seção longitudinal os dois elementos a unir não apareceriam juntos.
Portanto, é desnecessária a expressão numa seção transversal .O que a figura A.11.1
denomina situação genérica chama-se junta oblíqua.
a) junta de ângulo em L - ver Figura A.11.2 ( );
b) junta de ângulo em T - ver Figura A.11.3 ( ).
3.63 junta de topo ( ): junta entre 2 componentes alinhados
aproximadamente no mesmo plano (ver Figura A.12).
Alerta:
Definir junta de topo como junta entre dois componentes alinhados
aproximadamente num mesmo plano parece-me insuficiente. O que significa fazer
alinhados , neste caso? Os componentes precisam ser planos? A expressão de topo é
clara por si mesma, significa de ponta . Seria melhor assim: juntas em que os
componentes a soldar encontram-se de topo de modo que, numa seção transversal,
estes componentes apresentem-se aproximadamente num mesmo nível.
3.64 junta sobreposta ( ): junta formada por 2 componentes
a soldar, de tal maneira que suas superfícies sobrepõem-se (ver Figura A.13).
Alerta:
Eu prefiro dizer que os dois componentes estão paralelos e sobrepostos. Sempre
que os elementos a unir não estiverem de topo, nem em ângulo, eles estarão paralelos e
sobrepostos.
3.65 junta soldada ( ): união, obtida por soldagem, de 2
ou mais componentes incluindo zona fundida, zona de ligação, zona afetada
pelo calor e metal de base nas proximidades da solda (ver Figura A.8).
Alerta:
Aqui aparece novamente o problema da definição de junta. A AWS não
distingue junta e junção, embora outras normas, inclusive a ISO 209692-1, definam
junta como um volume a ser preenchido por material de adição, especificando a sua
geometria de modo categórico. A definição acima poderia ser a de junção soldada
(embora junção ainda não seja um termo técnico), mas não de junta. Junta não é solda,
nem junção. Depois do processo de soldagem a junta inexiste, pois existirá a solda. O
volume da solda é sempre maior que o da junta. A ZAC não faz parte da solda, mas do
material de base. Ela é a zona do material de base que foi afetada pelo calor da
soldagem. A figura A.8 deve ser corrigida.
3.66 linha de fusão ( ): a interface entre o metal de
solda e o metal de base em uma solda por fusão, ou entre os metais de base
em uma solda no estado sólido sem metal de adição ou entre o metal de
adição e o metal base em uma solda no estado sólido com metal de adição e
em uma brasagem (ver Figura A.8).
Alertas:
Aqui temos muitos erros crassos juntos!
1) A tradução de weld interface é interface da solda e não linha de fusão.
2) Então, diz que linha de fusão é a interface... . Afinal, trata-se de é linha ou
de face?
3) Depois complementa assim: ou (a interface) entre metais de base em uma
solda no estado sólido . Solda no estado sólido ou soldagem no estado
sólido? Se a soldagem se faz no estado sólido, então não há fusão! A redação
acima é absurda e muito confusa terá que ser refeita integralmente.