Você está na página 1de 12

Índice

Íntrodução Teórica........................................................................................4

Objectivos......................................................................................................7

Material.........................................................................................................8

Procedimento.................................................................................................9

Resultados Obtidos......................................................................................10

Interpretação dos resultados........................................................................11

Conclusão....................................................................................................12

Bibliografia..................................................................................................12

3
Íntrodução Teórica
Esta actividade laboratorial foi dedicada ao estudo das características da
Drosophila Melanogaster , vulgarmente conhecida por mosca da fruta ou mosca do
vinagre.

Esta mosca é muito utilizada no estudo da genética, daí que Thomas Morgan a
usou como material biológico para os seus estudos sobre o papel dos cromossomas na
transmissão dos caractéres hereditários.

Esta espécie encontra-se taxonomicamente classificada da seguinte forma:

Reino: Animalia

Filo: Anthropoda

Classe: Hexapoda

Ordem: Diptera

Família: Drosophilidae

Género: Drosophila

Espécie: Drosophila
melanogaster

O ciclo de vida desta espécie


aprensenta quatro estados de
desenvolvimento:

 Ovo;
 Larva;
 Pupa;
 Adulto.

Os ovos da Drosophila melanogaster medem cerca de um mm. Em média,


demora um dia entre a fertilização e o aparecimento das larvas, estas larvas passam por
vários estádios até formar uma pupa após, cerca de 5 dias. Após a eclosão, são
necessárias cerca de 12h para os indivíduos se tornarem férteis. (O período de
desenvolvimento destas moscas varia em função da temperatura. Os tempos descritos
correspondem a uma temperatura de 25ºC.)

Estas moscas têm uma esperânça média de vida de, cerca, de 60 dias.

4
O corpo desta mosca é constituído por:

 Cabeça :
o Antenas
o Olhos
o Peças bocais
 Tórax:
o É formado por 3 segmentos
o Suporta um par de patas por segmento
o 2ºsegmento: um par de asas finas e membranosas
o 3ºsegmento: Halteres (pequenas estruturas que servem de
equilibrio para tudo)
 Abdómen:
o Segmentação
o Funciona como centro de nutrição.

Esta espécie de moscas apresenta dimorfismo sexual. No seu estado adulto, os


machos e as fêmeas apresentam diferentes características que permitem a dua distinção.
As fêmeas apresentam uma alternância de segmentação no abdómen, risscas escuras e
claras. Os machos, para além de serem, normalmente, mais pequenos que as fêmeas,
apresentam a extremidade do abdómen negra devido à fusão dos segmentos terminais,
contudo esta distinção não é clara nos indivíduos recentemente eclodidos da pupa
devido à sua fraca pigmentação. Apesar de todas estas diferenças, a mais fiável baseia-
se na observação de uma estrutura pilosa, exclusiva dos machos, denominada “pente
sexual”, situada no primeiro para de patas junto à cabeça.

Resumindo:

Tabela de diferenças Fêmea Macho


Dimensões Menores Maiores
Abdómen Arredondado Afiado
Extremidade do Mais escura (bandas Presença de bandas pigmentadas
abdómen fundidas) mas distintas
Pente sexual Presente Ausente

A mosca estudada apresenta um cariótipo de apenas quatro pares de cromossomas


(2n=8) sendo três destes autossomas (II, III, IV) e um cromossoma sexual (I), como
representado na imagem seguinte:

5
Este organismo é utilizado em abundância, como referido anteriormente, pelas
seguintes razões (algumas também já mencionadas):

 São pequenas, cerca de 3mm no máximo, facilitando o se


manuseamento em laboratório;
 São abundantes e fáceis de capturar;
 Produzem uma grande quantidade de descendentes;
 A sua manutenção é fácil e barata;
 Têm um ciclo de vida curto, 10-11 dias, a 25ºC;
 Têm apenas quatro pares de cromossomas

6
Objectivos
Esta actividade teve como principais objectivos:

 A observação de exemplares de Drosophila;


 Distinguir machos de fêmeas.

Diferenciar vários tipos de Drosophila através


das suas características.

 Familiarização com os métodos de manipulação desta espécie.

7
Material
 Câmara de adormecimento:
o Frasco de vidro;
o Tudo de plástico;
o Esferovite;
o Algodão;
o Éter;
o Funil.
 População de Drosophila (machos e fêmeas) de vários tipos;
 Lupa;
 Pincel Fino;
 Placa de petri;
 Disco de papel de filtro.

8
Procedimento
1. Preparar a câmara de adormecimento:
a. Aplicar um pouco de éter num pouco de algodão e introduzi-lo
dentro de um frasco de vidro;
b. Colocar um pedaço de esferovite previamente adaptado para o
frasco;
c. Furar 5 vezes o fundo de um tubo, aberto no topo, com uma
agulha;
d. Colocá-lo na estrutura de esferovite;
e. Introduzir no tubo um funil.
2. Bater, suavemente nas paredes do tubo de cultura, para que as moscas se
afastem da parte de cima do tubo;
3. Retirar o algodão e inverter o tubo sobre o funil da câmara de
adormecimento, rápida e cuidadosamente para evitar a fuga das moscas.
4. Colocar um disco de papel de filtro no fundo de uma placa de petri;
5. Retirar uma mosca para cada placa de petri;
6. Observar à lupa;
7. Desenhar a mosca no caderno, identificando a cabeça, o tórax e o
abdómen;
8. (alternativo) No caso de as moscas começarem a acordar durante a
manipulação, pôr umas gotas de éter no papel de filtro, ao lado da mosca e
não por baixo dela, e tapar a placa de petri durante alguns segundos até
elas ficarem novamente a dormir.
9. Colocar as moscas novamente no tubo de cultura.

9
Resultados Obtidos
Olho

Peça bocal

Segmentação

Pente sexual

Abdómen Tórax Cabeça

 Forma Selvagem (foi observado um macho)

o Olhos vermelhos;

o Corpo escuro.

 Yellow (foi observada uma fêmea)

o Olhos vermelhos;

o Corpo amarelo;

o Segmentação ± castanha.

 White (foi observado um macho)

o Olhos claros (esbranquiçados);

o Corpo escuro.

 Bar (foi observada um macho)

o Olhos mais escuros;

o Olhos mais pequenos.

10
11
Interpretação dos
resultados
Foi possível identificarmos algumas anomalias nesta espécie. A forma mais
apropriada de analisar os resultados é efectuar uma análise do seu possível genótipo.
Normalmente, representa-se o genótipo pela inicial da palavra inglesa que
determina essa característica.

1. Wild type:
Macho: XW+Y
Fêmea: XW+XW+ ou XW+XW
2. White:
Macho: XWY
Fêmea: XWXW
3. Yellow:
Macho: XYY
Fêmea: XYXY
4. Bar:
Macho: XYb

No caso 1, na observação da forma selvagem, visto que o nome começa por w em


inglês, de wild (selvagem) é utilizado W+ para representar este alelo, que é dominante,
está presente no cromossoma X e refere-se à cor vermelha dos olhos. Visto isto, no
macho esta característica manifesta-se logo dado que não há emparelhamento, na fêmea
pode haver duas hipóteses pois este alelo é dominante, logo só necessita de estar
presente num cromossoma.
No caso 2, também está a ser observada a cor dos olhos, mas branco, em inglês
white dando origem a w. Este alelo é recessivo, desta forma necessita de estar em
homozigotia nas fêmeas para que se manifeste. Mais uma vez nos machos basta estar no
cromossoma X.
No caso 3, é observada a cor do corpo, há a existência de um alelo recessivo no
cromossoma X. Dá-se pela letra y dado que a mutação consiste num corpo amarelo, que
em inglês é yellow. A forma de manifestação é muito idêntica com a característica
branca nos olhos.

12
No caso 4, é uma mutação no cromossoma Y, fazendo com que apenas os machos
a manifestem, esta anomalia interfere em várias características como por exemplo, a cor
e o tamanho dos olhos.

13
Conclusão
Esta actividade permitiu-me perceber melhor o estudo de Thomas Morgan e as
vantagens da utilização deste organismo no estudo da genética.
Foi-me possível observar vários tipos de moscas o que é bom para o meu
conhecimento, facultando-me assim a possibilidade de relacionar esta actividade com
todo o estudo de características hereditárias ligadas ao sexo.
Deu-me um novo conhecimento, pois eu nunca tinha pensado em várias coisas
aqui observadas, como por exemplo, existir um alelo presente em X sem que haja um
em Y que o emparelhe.
Penso que foram cumpridos todos os objectivos estipulados, realçando o sucesso
desta actividade laboratorial.

Bibliografia
 http://idw-online.de/en/image?id=76746&display_lang=de_DE

 http://www.lourencocastanho.com.br/genetica/page_466873293.html

 http://pt.wikipedia.org/wiki/Drosophila

 http://drosophila-m.blogspot.com/2007/11/ciclo-de-vida.html

 http://www.scribd.com/doc/8952625/Patrimonio-Genetico-Trabalhos-de-
Morgan
 http://www.scribd.com/doc/29166148/Trabalho-de-genetica
 Biologia 12, Osório Matias, Pedro Martins, Porto Editora.

14

Você também pode gostar