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Vinciane Despret, (2009). “Penser comme um rat” (Pensar como um rato). Versailles, França:
Edições Quae.
O livro “Penser comme um rat” (Pensar como animais e atual, a partir da denúncia de maus tratos
um rato) de Vinciane Despret, publicado em 2009 infligidos aos animais por seus criadores, se
pelas Edições Quae, Versailles, França é um desdobra no estudo do bem estar dos animais. Se a
pequeno grande livro. Pequeno, por ter pouco mais primeira linha atua principalmente em laboratórios
de 80 páginas num formato de bolso de 19 x 12 cm. e consiste no acompanhamento dos procedimentos
Grande, por lançar uma série de questões experimentais desenvolvidos pelos pesquisadores, a
perturbadoras à psicologia e à etologia segunda implica no acompanhamento do trabalho
contemporâneas. Ele faz parte do ciclo de cotidiano de tratadores de animais em fazendas ou
conferências-debate organizadas pelo grupo criadouros. Entendo que importância deste livro
“Sciences en Questions” (Ciências em Questões), reside na maneira como Despret articula estas duas
através do Institut National de la Recherche linhas de investigação do comportamento animal e
Agronomique (Instituto Nacional da Pesquisa as consequências interessantíssimas e
Agronômica) da França, em 2008 e 2009. Seu texto surpreendentes que ela extrai desta articulação.
e foi construído em torno dos encontros e reflexões No prólogo, Despret parte da seguinte questão:
por ele ocasionados. 1 em que medida o que o cientista observa num
A maioria das questões que Vinciane Despret animal constitui uma resposta, um julgamento, uma
vem desenvolvendo nos últimos anos está presente opinião da parte deste com relação ao que lhe
neste livro: o tema da influência em pesquisas que propõe quem o interroga? Enquanto para alguns
envolvem animais, o artifício na psicologia cientistas esta questão se coloca de forma explícita,
experimental, a investigação contemporânea em para outros ela emerge na forma de uma
etologia, a teoria das emoções. O que faz a inquietação cujas consequências poderiam ser
grandeza do livro, a meu ver, é a articulação que a fecundas. E se esta questão fosse colocada para os
autora estabelece entre duas linhas de pesquisa estudiosos do bem-estar animal? Seus trabalhos
autônomas no que tange à investigação do poderiam testemunhar quanto à mudança de
comportamento animal. A primeira linha envolve o perspectiva identificada entre os cientistas? A
estudo acadêmico do comportamento animal em questão do que o animal pensa e percebe, a maneira
disciplinas como a biologia ou a psicologia. Há pela qual julga as situações às quais é submetido
nestas disciplinas uma longa tradição do faria parte do repertório de preocupações em suas
behaviorismo à etologia que se organiza a partir do próprias investigações? Tal questão não advém por
estudo do comportamento animal e que se revela milagre, ela impõe uma mudança de perspectiva na
decisiva no desenvolvimento de suas bases teóricas conceituação sobre o que é um animal e sobre o que
e metodológicas. A segunda linha, ao mesmo tempo é “fazer ciência”. Ela participa de uma mudança.
muito antiga, pois envolve a domesticação de Ao ser colocada, a cena das pesquisas se povoa de
cientistas e animais mais inventivos e em muitos
1 aspectos mais interessantes.
Pós-Doutorado pela Université de Paris VIII, Professor e
Pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Despret propõe então ao leitor efetuar um
Social do Instituto de Psicologia da UERJ. Endereço para desvio e retornar ao problema da validade das
correspondência: Universidade do Estado do Rio de Janeiro, experiências em psicologia experimental dos anos
Centro de Educação e Humanidades, Departamento de 60 do século XX: os cientistas pensavam que os
Psicologia Social e Institucional. Rua São Francisco Xavier, 524
- sala 10019/Bloco F, Maracanã, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. sujeitos estavam respondendo à questão que lhes
CEP: 20.559-900. Endereço eletrônico: havia sido proposta quando, de fato, eles estavam
arendt.ronald@gmail.com respondendo a outra questão, posicionando-se em
relação à pergunta ou protocolo que lhes havia sido tipo de experimento, poder julgar, avaliar e tomar
dirigido, respondendo àquilo que haviam posição com relação àquilo que lhe é proposto. Os
interpretado como sendo a demanda do ratos, no experimento de Rosenthal, mediram o
experimentador. A análise dos experimentos grau de cooperação que deles era esperado.
daquela época permite indicar que os sujeitos Despret segue descrevendo investigações que,
experimentais não apenas adivinhavam o que do século passado aos nossos dias, indicam
experimentador esperava deles, como também se claramente como animais - ratos, macacos, corvos,
conformavam de boa vontade aos seus esforços em gatos, cachorros, avaliam a intenção de quem se
esconder os propósitos de suas pesquisas. Mas, dirige a eles. A título de exemplo, é importante a
como abordar estas análises quando as pesquisas menção de Despret ao trabalho de Dominique
envolvem animais? Despret retorna ao trabalho do Guillo, que relata a reprodução, nos anos 1970, das
psicólogo experimental Robert Rosenthal, já experiências de condicionamento com cachorros.
explorado em outras obras suas2. Ela nos recorda Os pesquisadores constataram que estes
que Rosenthal havia solicitado a estudantes de manifestavam uma quantidade de comportamentos
psicologia de avaliar ratos provenientes de como batimentos de cauda, latidos, movimentos do
linhagens cuidadosamente selecionadas a partir do focinho, tentativas de brincar, aos quais os
critério de sucesso em testes de labirinto. Havia cientistas não prestavam geralmente atenção e que
uma linhagem de ratos “brilhantes” e outra de ratos caracterizavam condutas sociais que os cães adotam
“medíocres”. Os estudantes submeteram então tais quando solicitam alimento aos humanos. O som da
linhagens selecionadas às provas padronizadas de campainha, nas famosas experiências de Pavlov,
labirinto e os resultados obtidos estavam de acordo não indicaria tanto a chegada do alimento, quanto o
com o previsto: os melhores resultados foram anúncio de uma interação social com o
efetivamente dos ratos inteligentes e os piores dos experimentador.
estúpidos. É pertinente levar em conta o que acontece aos
Ocorre que não havia linhagens especiais, os ratos em termos de significações? Despret vai
ratos eram ratos comuns. Rosenthal queria testar o buscar, nas análises do naturalista estoniano Jacob
quanto o desempenho dos ratos podia ser afetado Von Uexküll, as bases teóricas para explorar este
por um tratamento diferencial, o quanto ratos ponto de vista. Na contramão das práticas de sua
tratados ou não com amizade ou confiança época (Uexküll viveu de 1864 a 1944), sua
poderiam obter melhores ou piores resultados em abordagem considera a totalidade do organismo em
provas de aprendizagem. Despret observa que relação a seu meio, meio que ele definirá como
poderíamos sem dúvida pensar que o mérito de meio concreto ou vivido, a Umwelt. Nesta
Rosenthal teria sido o de abrir a porta à ideia de que concepção, o animal só percebe o que tem para ele
os animais poderiam colaborar nas pesquisas e não uma significação, aquilo que para ele importa.
sendo indiferentes à maneira de se dirigir a eles. Como as coisas adquirem significação? Despret
Mas não era este o seu problema, sua pretensão era sintetiza Uexküll: o animal não entra jamais numa
eliminar totalmente esta afetação e, para garantir o relação com um objeto como tal, ele se constitui na
controle e a objetividade, idealmente eliminar todo ação, sua significação não emerge senão com
o contato entre humanos e aqueles que eles relação à ação que pode ser exercida. Objetos não
interrogam. Apenas experimentadores são os únicos a propiciar significações. A Umwelt é,
absolutamente neutros ou indiferentes poderiam ao mesmo tempo, um meio de relações onde
garantir ratos neutros ou indiferentes à maneira significações não estão fixadas uma vez por todas,
como são tratados. Estudar as condições da boa tributárias de necessidades elementares do
aprendizagem estava fora do seu projeto. Pouco lhe organismo, elas são flexíveis, segue a autora, elas
importava se os ratos tinham adquirido ou não podem se ajustar a outros seres e se estender a
competências no labirinto e na relação com aqueles situações imprevisíveis, modificar-se e até mesmo
que os haviam se comprometido com eles. se inventar e criar novos usos relacionais. A partir
Rosenthal reduz toda forma de sucessos – ou da abordagem de Uexküll, Despret pode então
fracassos programados – a um problema de viés reformular sua pergunta: o que pode produzir o fato
científico, de variações a erradicar. Tal projeto não de traduzir condutas em termos de significações
permite levar em conta o fato de um animal, neste quando se observa ratos? Transcrevo na íntegra um
trecho de Uexküll citado por Despret (p. 31):
2
, Para uma análise detalhada do ‘caso Rosenthal’ reporto o leitor Durante anos apoiando-se em milhares de
à leitura de Despret, V. (2004). The Body We Care For: Figures experiências efetuadas com toda a sorte de animais
of Anthoropo-zoo-genesis. Body and Society. Vol 10 (2-3): 111-
134.
que deviam encontrar seu caminho num labirinto,
numerosos pesquisadores americanos tentaram
determinar o tempo necessário para um animal inscreve no seu corpo o curso de sua rota, sob a
aprender um percurso dado. Eles, no entanto, forma de linhas, de curvas, de voltas, rugosidades,
desconheceram o problema do caminho familiar texturas, sensações de frio ou umidade – o que
(...). Eles não examinaram os caracteres perceptivos sabemos sobre o que pode sentir um corpo de rato,
óticos, táteis e olfativos e não interrogaram mais
sobre a utilização de um sistema de coordenadas
pergunta ela? Não se trata apenas de marcar pelo
pelo animal: o fato que a direita e a esquerda odor os locais por onde se passa, trata-se também
constituem um problema em si não chegou a aflorar. de se fazer marcar pelo espaço, ele mesmo
Eles não levantaram também a questão do número organizado pelo trajeto e incorporá-lo na
de passos, não tendo visto que no animal o passo organização. Estas análises permitem então afirmar
pode servir para medir a distância. que o labirinto dos psicólogos experimentais apaga
o acoplamento, o acordo singular que poderia ser
E a conclusão de Uexküll sobre os tecido entre o rato e a estrutura que lhe é proposta,
experimentos em laboratórios (p. 33): tornando impensável o evento que o labirinto
poderia constituir para o rato: no dispositivo
Os resultados pouco conclusivos destes trabalhos experimental, o rato não responderia à questão da
levados com os métodos mais finos de medida e os aprendizagem, mas à questão de uma arquitetura
maiores requintes estatísticos, não importa quem que para ele constitui um mundo. Em síntese, a
poderia os prever sob a condição de saber que a
hipótese implícita sobre a qual eles repousam está
existência de um artefato se acompanha da
errada: o animal não pode entrar em relação com possibilidade de se considerar o ponto de vista do
um objeto como tal. animal sobre a situação.
Este argumento emerge nas pesquisas sobre as
Despret formula então uma série de perguntas. relações entre homens e animais de criação. Não
Com base em quais elementos o rato responde apenas os animais reagem aos observadores, mas os
quando se submete à exigência de percorrer um testes indicam que o animal pode com frequência
labirinto? O que pode significar para um rato este predizer o procedimento que lhe será proposto, isto
dispositivo particular? Como o percurso do rato se é, a maneira pela qual cada animal vive os
torna, do ponto de vista do rato, o que Uexküll procedimentos em função da percepção que ele tem
chama de “caminho particular”? Como os ratos, ao deles e de suas expectativas, a maneira pela qual ele
pretender responder à questão dos behavioristas – integra, ativamente, o que dele é esperado.
esta questão sendo: qual a relação abstrata de um Pareceria, quando se observa a maneira pela qual os
ser, qualquer que ele seja, a um objeto neutro – animais se comportam, que eles interpretam os
respondem, de fato, a outra questão? Porque é disso dispositivos aos quais são submetidos. Assim, o
que se trata, responde Despret, o artefato por animal constata a excepcionalidade de um
excelência. Os ratos respondem a outra questão que dispositivo, por exemplo, a oferta de alimento e
aquela que os experimentadores lhe colocam e eles avalia “isto não é como de hábito” ou “isto não vai
não podem, em nenhum momento, se dar conta durar”. Ele percebe que o tempo deste dispositivo
disto, pois não tomaram em consideração o ponto experimental não é o mesmo, pois ele se inscreve
de vista que o rato poderia ter da situação. num tempo provisório e curto (cinco dias de teste,
Quem já observou ratos (especialmente aqueles que correspondem a uma semana de trabalho),
que invadiram nossas casas) pode constatar que eles enquanto o tempo de criação é um tempo de
se esgueiram pelas paredes, buscando tocá-las. memórias e experiências acumuladas. Ou quando se
Tentar compreender porque eles agem desta forma ensaia uma nova forragem seca a um grupo de
poderá dar indícios do que seria o “caminho vacas e elas veem que o grupo do lado recebe erva
familiar” para um rato. Despret se reporta então à fresca e param de comer pensando “nós também
expressão cunhada por biólogos americanos vamos receber”. E logo o resultado da experiência é
(Sulivan, 2005): para eles os ratos seriam tributário ao que se passa na experiência do lado.
“haptófilos” (eles gostam de tocar). Eles teriam Não se pode melhor definir o artefato, afirma
desenvolvido uma memória sinestésica particular. Despret: os animais respondem sem dúvida a uma
Pois o rato deve cotidianamente resolver um questão, mas não é aquela que lhes foi colocada.
problema e a haptofilia é uma solução a este Despret traz o exemplo de um pesquisador que
problema. Nas peregrinações cotidianas que o observa ovelhas e cabras. Parte da experiência
levam do ninho aos diferentes locais de exploração consiste em avaliar o que elas comem quando
que vão permitir que ele se alimente, como poderia colocadas em situações inabituais. O método
ele reencontrar o caminho da volta, pergunta científico exige que numa amostra aleatória os
Despret? O rato resolve este problema animais sejam escolhidos ao acaso. Ora, relata o
cartografando seu percurso de outra maneira. Ele pesquisador, esta escolha poderia ser desastrosa. Na
hierarquia do rebanho, um interesse intenso da parte
no estudo do sofrimento, permanece-se prisioneiro consideração a maneira como o animal julga aquilo
da atitude cartesiana, isto é, de uma atitude que que lhe propõem. Tal posição propiciou um terreno
prolonga e legitima o contraste entre “reação” e fértil para uma teoria que traduz as emoções em
“resposta”. termos de julgamentos, que vão das emoções mais
Despret não quer negar a imensa importância simples às mais complexas. Assim, na teoria de
do fato de enfim ser reconhecida a sensibilidade dos Klaus Scherer, que se tornou uma referência
animais, nem esquecer o fato de que as mudanças importante nas novas pesquisas, segundo Despret, a
que ela ambiciona cartografar nas pesquisas surpresa ou o espanto são julgamentos que
contemporâneas constituem uma herança das sancionam a novidade de uma situação; estes
primeiras pesquisas sobre o sofrimento. Entretanto, podem cruzar com outro tipo de julgamento, aquele
precisa ela, o interesse dos pesquisadores pelo que avalia o fato de um evento ser desagradável,
sofrimento não responde tanto à demanda social ou cruzamento que se traduzirá, por exemplo, pelo
a desafios éticos: o sofrimento constitui um bom medo. As emoções mais complexas implicam
objeto experimental, mensurável e controlável por quanto a elas avaliações mais elaboradas, como o
índices fisiológicos. Estes, porém, dificilmente julgamento que pode ser efetuado na conformidade
podem ser traduzidos como protestos ou de um evento com as normas sociais ou pessoais e
julgamentos dirigidos a uma situação marcada por que então se traduz pelas emoções de vergonha,
intenções (ela designa sob estes termos as possíveis indignação, cólera ou sentimentos de injustiça ou,
traduções de “resposta”). porque não, pergunta Despret, se se trata de pensar
Despret ambiciona ir numa outra direção, com os ratos, de desapontamento?
colocando uma questão inteiramente nova: será que Sem dúvida, tais julgamentos podem sempre
o contraste montado por Descartes entre “reação” e ser objeto de experimentações de acordo com o
“resposta” teria podido se manter se fosse modelo da reação, mas dificilmente este modelo
necessário abordar outras paixões como a alegria, a permitirá avaliar o julgamento que o indivíduo
amizade, o amor, o vínculo, a admiração? Despret efetua sobre o grau de compatibilidade do evento
diz que sua questão não é puramente retórica e ela com normas pessoais ou sociais. Assim, galos são
irá tomá-la a sério. Porque aqui reside justamente atentos ao que se chama “efeito de audiência”:
uma dificuldade de colocação em cena quando o galo encontra seu alimento, ele não
experimental. A questão da felicidade, da alegria, as chama as galinhas da mesma maneira quando estas
questões que levantam o fato de não mais definir o lhe são (ou não) familiares, ou quando ele está (ou
“bem-estar” como uma ausência de “mal-estar” não não) na presença de outro galo.
entram tão facilmente no laboratório. As palavras mudam e os animais também.
A questão de saber se os animais “estão bem”, Despret traz a palavra de Isabelle Vessier e Bjorn
justamente por ultrapassar o quadro estreito da Forkmann: “o foco não mais colocado, no que
“reação”, é uma questão bem mais exigente do que tange ao bem-estar, na descrição do comportamento
a de saber se os animais sofrem. Ela é animal ou na resposta ao stress, mas antes na
consideravelmente mais difícil de avaliar, implica compreensão da maneira pela qual os animais
numa maior subjetividade, especialmente porque o fazem experiência do seu mundo”, ou ainda Isabelle
corpo do animal testemunha de maneira menos Veissier e Alain Boissy, “o estado de bem-estar de
fiável seu estado de bem-estar, do ponto de vista um animal é provavelmente o resultado do que ele
das exigências de medida, do que do stress ou do espera ser seu futuro”.
sofrimento. A questão, afirma Despret, solicita um Fala-se sempre de comportamentos, sem
acréscimo não apenas de atenção, por parte do dúvida, diz Despret, mas os comportamentos dos
pesquisador, mas a necessidade de novos animais e dos pesquisadores se diversificam. Para
referenciais teóricos. O fato de abordar o bem-estar Jaak Panskeepp, os ratos “riem” em ultrassons
em termos de emoções positivas e não em termos quando lhe fazem cócegas, um riso parecido àquele
de emoções negativas impõe a invenção de modelos que pode ser ouvido quando eles brincam. Ele
que abordem a alegria ou estados afetivos como a encoraja seus colegas a fazer o mesmo, afirmando
felicidade. Despret relata os resultados de uma que, num tempo relativamente curto, qualquer um
investigação que efetuou em revistas de psicologia pode adquirir tal habilidade - ainda que ele tivesse
e etologia animal, de 1975 a 1990, na qual não visitado locais de pesquisa onde os cientistas
encontrou nenhum resumo dedicado ao estudo das dificilmente obtinham a resposta do riso.
emoções antes de 1980. O estudo das emoções nos Entretanto, nos laboratórios onde os ratos são
animais não configurava um tema específico de mantidos cativos em gaiolas próximas às de gatos,
estudos. ou quando eles são frequentemente punidos, ou
A nova concepção do bem-estar se deveu à ainda quando reinam odores de stress, a operação é
possibilidade de os pesquisadores levarem em impossível. Estamos longe dos autômatos do