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COMPLEXO ECOLAR PRIVADO NÉISA

ENSINO PRIMÁRIO, Iº & IIº CICLO


DECRETO Nº 43/02/09 ALVÁRA Nº75/90

A PSICOLOGIA
ANIMAL

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DOCENTE___________________________

LUANDA NOVEMBRO 2023

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FOLHA DE APROVAÇÃO

TURMA: GRUPO Nº:

1- VICTÓRIA ANTÓNIO DA CONCEIÇÃO

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ÍNDICE
 INTEGRANTES DO GRUPO.............................................................................2
 INTRODUÇÃO...................................................................................................3
 FUNDAMENTAÇÃOTEÓRICA........................................................................4
 A PSICOLOGIA ANIMAL.................................................................................4
 Mais semelhanças que diferenças........................................................................4
 COGNIÇÃO OU INSTINTO..............................................................................5
 A química por trás dos pensamentos e emoções dos animais..............................6
 Continuidade evolutiva........................................................................................7
 CONCLUSÃO.....................................................................................................8
 REFERÊNCIAS...................................................................................................9

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INTRODUÇÃ O
O presente trabalho versa sobre estudo do comportamento animal é uma área de pesquisa e investigação que
tem suas origens na teoria de Charles Darwin que estuda o comportamento e as funções ou processos
cognitivos como memória, perceção, introspeção, raciocínio, criatividade, emoção e crenças, não sendo por
isso possível adotar o conceito aos animais irracionais.A mais importante contribuição direta de Darwin à
história da psicologia é A expressão das emoções nos homens e nos animais (1872). E este foi a primeira
tentativa de estudar cientificamente a expressão das emoções.

Contudo, quando se pensa em psicologia há que pensar em psicologias, no plural, pois no fundo são várias
abordagens que divergem em alguns aspetos.

Ivan e Darwin proveram o necessário de construção intelectual pela qual determinadas leis se vinculam a
um princípio de que podem ser rigorosamente deduzida, o compartilhamento de certos traços entre humanos
e outros animais. Além disso, dentro de seus contribuições aponta-se a existência de continuidade entre
processos mentais e emocionais, o que influenciou outros naturalistas, como George Romanes (considerado
o fundador da psicologia comparada) e Lloyd Morgan.

Vamos abordar aqui sobre o processo cognitivo e comporatamental de criaturas não humanas, ser vivo
irracional tipicamente dotado de mobilidade própria e sensibilidade, que pode nutrir-se de alimentos sólidos
e possui membrana celular de natureza azotada.

O estudo sistemático das diferenças individuais na psicologia, que passou por uma porta aberta por Darwin:
a noção de que cada membro de uma espécie era diferente dos outros. Esta ideia é um dos pilares da teoria
de Darwin, já que as diferenças individuais eram fundamentais para a evolução (adaptação). Buscando
entender a adaptação do organismo ao ambiente.

Talvez o futuro nos mostre novas maneiras de olhar para os cérebros de animais usando técnicas avançadas , que
nos permitam decidir se eles estão usando circuitos cerebrais semelhantes aos nossos para desempenhar funções
cerebrais superiores. A capacidade intelectual humana não surgiu do nada. Nós herdamos, com certeza, uma parte
considerável do processamento perceptual e cognitivo de nossos predecessores primatas, de forma que não é nem
um pouco surpreendente.

Portanto, este trabalho versa os assuntos acima citados centrado no contributo de Ivan e Darwin, com objectivo de
conhecer ou descobrir qualquer acto de espírito ou operação da inteligência ou simplesmente actividade
automática hereditária, adaptada às condições de vida, relativamente uniforme em cada espécie, inconsciente
da sua aparente finalidade. Uma conclusão bastante subjectivo pela a maioria.

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FUNDAMENTAÇÃ O TEÓ RICA
A PSICOLOGIA ANIMAL

Segundo Charles Darwin em sua obra Origem do homem e a seleção sexual (1871). Afirma que “Não há
nenhuma diferença fundamental entre o homem e os animais mais superiores do reino no que diz respeito a
suas faculdades mentais”, Darwin também enfatizou que “há uma imensa diferença entre a mente do homem
mais primitivo e das espécies animais mais superiores”.

O estudo do comportamento animal “são padrões comportamentais estáveis, transmitidos no interior do


grupo, que não surgiram por influência humana e não são determinados por fatores ambientais ou
genéticos”. Como exemplos de cultura animal já estudados, César Ades, docente do Departamento de
Psicologia Experimental do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (IP-USP), cita os
comportamentos de aves, que apresentam uma espécie de dialeto de acordo com o local onde nascem, e a
vocalização de baleias orcas (Orcinus orca), as quais apresentam mudanças na comunicação ao longo do
tempo

O significado implícito em cultura remete a comportamentos e conhecimentos cumulativos, socialmente


transmitidos e que se baseiam no aprendizado e imitação. Para Charles, o mais apropriado seria dizer que os
animais, excluindo o homem, possuem algo análogo, mas não homólogo à cultura e que, portanto, deveria
ser chamado de tradição. Tradição é o que os animais passam socialmente para seu grupo

Mais semelhanças que diferenças

A partir do estudo das expressões de emoções em animais, a teoria de Darwin sobre a origem dessas
expressões, já é possível ver que os animais desenvolveram processos de cognição, sentimentos e conexões
sociais que são tão importantes para eles quanto para nós, e portanto é difícil considerá-las instintivas.

É por isso que os cientistas preferem usar o termo habilidades cognitivas no lugar de pensamentos. Seja
como for, os bichos na natureza conseguem entender o ambiente onde vivem.

Sendo assim o que diferencia o humana dos não-humanos decorre da particularidade de nossa cognição:
“somos capazes de simular os estados mentais de outros indivíduos (o que eles desejam, o que eles sabem,
ou não) e ja os animais não podem fazer isso

É verdade que alguns dos comportamentos dos animais indicam que eles têm uma espécie de "modelo de
mente" interior, ou seja, eles parecem ser guiados por um entendimento de que os seus co-específicos (ou
mesmo seres humanos) possuem motivos e estratégias para se comportarem como o fazem? As respostas a
tudo isso têm tremendas implicações, que vão da neurofilosofia à zootecnia, do activismo pelos direitos
animais à neurogenética evolutiva

É claro que não devemos agrupar todas as espécies animais num só grupo, ao tentarmos responder questões
de pensamento ou habilidades cognitivas .Porque praticamente ninguém aceitaria a ideia de que as formas
mais inferiores de vida, tais como minhocas ou as moscas, sejam capazes de pensar e exibir consciência,
planeamento a longo prazo ou raciocínio abstracto, as marcas fundamentais de uma mente. Nem alguém
duvidaria de que os primatas antropóides, como gorilas, orangotangos e chimpanzés (estes últimos,
recentemente demonstrados como compartilhando a impressionante percentagem de 98% do seu genoma
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com os seres humanos) possuam coisas que parecem ser pensamento e cultura. Assim, o Dr. Donald Griffin,
Professor Emérito da Universidade Rockefeller e autor de "Animal Thinking", afirma que "a consciência
não é uma entidade bem arrumadinha, do tipo tudo-ou-nada. Ela varia com a idade, a cultura, a experiência e
o sexo. Se os animais tiverem experiências conscientes, então elas presumivelmente variam amplamente
também".

COGNIÇÃO OU INSTINTO

Charles Darwin naturalizou a mente. A partir disso ela passou a ser vista em termos de sobrevivência e
adaptação de um animal ao meio ambiente.

Existem muitas consequências para o reconhecimento da existência do que definimos como "pensamento" e
"consciência" entre os animais. A primeira delas é ética, por natureza.

O problema é que os seres humanos sabem que outros humanos têm mentes iguais às suas, porque nós
podemos compartilhar essas experiências entre nós, através da linguagem simbólica. Outros animais são
incapazes de comunicar isso directamente a nós, porque eles não têm linguagem ou introspecção.

Inteligência, comunicação, aprendizagem por imitação e consciência são necessários para outra
característica única da nossa espécie, a transmissão de conhecimentos culturais..

Por exemplo os cães não pensam em palavras e símbolos como os humanos. No entanto, a inteligência
canina se manifesta de outras maneiras. Não é à toa que os cachorros são plenamente capazes de aprender
comandos de adestramento e às vezes parecem compreender o que falamos. Isso não acontece exatamente
porque o cachorro pensa, mas porque ele faz uma associação da palavra com uma ação, objeto ou
personagem. Um exemplo disso é quando você ensina o cachorro a dar a pata: assim que você aciona o
comando, ele obedece

Muitos experimentos inteligentes foram imaginados com o objectivo de provar que os animais realmente
parecem ter modelos de mente e que são capazes de representações da realidade bastante sofisticadas.

Por outra, em várias situações eles sabem quem são seus rivais na natureza, os seus amigos e, principalmente, quem
eles próprios são. No livro citado, Safina ainda aponta outras correlações entre a forma de pensar e agir de um
animal e a do ser humano, como o fato de terem ambições e sempre buscarem um status mais elevado em seu
grupo.

Tal como nós, os animais têm um “plano de carreira” e pensam nos melhores caminhos para atingirem seus
objetivos. Em palavras mais simples, tentam permanecer vivos, obter comida e abrigo, além de preparar alguns
jovens para a próxima geração passando os conhecimentos adquiridos. Interessante, não é?

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A química por trás dos pensamentos e emoções dos animais

Como acontece com os humanos, pensar, sentir e agir depende muito da química cerebral. Isso significa que
os comportamentos que unem pessoas, assim como aqueles que unem os animais, são baseados em uma
variedade de moléculas absorvidas de diversas formas pelo cérebro.

A oxitocina, popularmente conhecida como hormônio do amor, é um exemplo que vale a pena ser
comentado. Em todos os mamíferos, incluindo nos humanos, seus níveis aumentam no organismo diante de
situações específicas como, por exemplo, no parto, na amamentação e na excitação sexual.

Por isso, entender como determinados hormônios influenciam na forma como os animais pensam e agem é
algo fundamental para ampliar nosso conhecimento sobre o tema e, quem sabe, até mudar a maneira como
tratamos e observamos o reino animal.

Foram as pesquisas nessa linha que nos permitiram saber que os cães não somente têm um aumento
significativo de oxitocina quando estão com outros de sua espécie, mas também quando interagem com os
seres humanos.

E sabe o mais curioso? Isso é o oposto do que acontece no cérebro de quase todos os demais mamíferos
quando se aproximam de nós.

Talvez, não seja por acaso que costumamos dizer que o cachorro é o melhor amigo do homem, até porque o
que acontece no cérebro do nosso amigo de quatro patas sugere que ele pensa algo parecido com relação a
nós.

Por exemplo Cães e Gatos tendem observar o seu dono antes de dar uma resposta emocinal é uma ponte
entre os aspectos moleculares e fisiológicos da biologia e da ecologia. O comportamento é a ligação entre
organismos e o ambiente, e entre o sistema nervoso e o ecossistema. O comportamento é uma das
propriedades mais importantes da vida animal. O comportamento tem um papel fundamental nas adaptações
das funções biológicas. O comportamento é como nós definimos nossas próprias vidas. O comportamento
representa a parte de um organismo através da qual ele interage com o ambiente. O comportamento é parte
de um organismo tanto quanto sua pele, suas asas etc. A beleza de um animal inclui seus atributos
comportamentais.

A inteligência humana parece ser composta de várias funções neurais correlacionadas e que cooperam entre
si, muitas das quais também estão presentes em outros primatas, tais como destreza manual, visão colorida
estereoscópica altamente sofisticada e precisa, reconhecimento e uso de símbolos complexos (coisas
abstractas que representam outras), memória de longo prazo, etc., De facto, a visão científica corrente é que
existem vários graus de complexidade da inteligência presente em mamíferos e que nós com

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continuidade evolutiva

Ainda sobre o etudo de Darwin sobre a continuidade evolutiva entre as espécies (incluindo o ser humano no jogo). O
pensamento evolucionista deu origem ao Funcionalismo.

A explicação para esse contínuo (não-humano em direção ao humano) talvez recaia sobre algo que parece também
inerente somente à espécie humana: a inovação. Uma referência concreta desse fenômeno comportamental pôde
ser observada em macacos-prego, objeto de estudo Chamou a atenção dos cientistas o fato de que grupos dessa
espécie, começaram a usar espontaneamente pedras para abrirem frutos com casca; comportamento já identificado
em chimpanzés, mas não em macacos. Além desse, outro exemplo descreve a atitude de outro grupo dessa espécie
em que as fêmeas jogam pedras nos machos para indicar-lhes que estavam sexualmente receptivas. “Só o fato de
perceber que uma população faz coisas que outra população (de animais da mesma espécie) não faz, significa que
em algum momento houve uma atitude inovativa por algum membro do grupo”, relata Ottoni. Ele explica também
que o que nos faz diferentes são as taxas de surgimento de inovação, bem maior na espécie humana.

Porém para Eduardo Ottoni o “segredo” para enxergarmos verdadeiramente continuidade evolutiva os animais
como co-habitantes do nosso planeta e mantermos um convívio de respeito seria “cultivarmos o entendimento das
diferenças”. Mas, como primeiro passo, é necessário desfazer um erro antes que se caia no lugar comum de
considerar o homem um ser supremo, destoante de todos os outros animais. “Categorizar os animais como sendo
humanos ou não-humanos sintetiza um vício básico de pensamento, como se

buscar a compreensão do modo de vida peculiar de cada espécie é como tentar compreender as diferentes culturas
e etnias humanas: “nenhuma delas é pior ou melhor, mais primitiva ou mais adiantada que outra”. Ottoni ainda
lembra que respeitar as espécies animais não deve restringir-se apenas aos primatas (pela semelhança física com o
homem) ou aos animais de estimação (dotados de extrema empatia) e ignorar as outras espécies. E vai além, quando
diz que a humanização das demais espécies não é o caminho para essa atitude de respeito. Exemplo disso pode ser
encontrado no santuário de chimpanzés em Sorocaba, no interior de São Paulo, onde esses animais recebem
tratamento humanizador, numa tentativa de antropomorfizar os animais.

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CONCLUSÃ O
Podemos ver que, os animais particularmente os cães criam um vínculo afetivo muito forte com a família e
realmente amam seus humanos. E Charles darwin disse: a compaixão ou o amor que o animal tem para com
ser humano e vice-versa, é a mais nobre virtude da natureza, e a capacidade de amar e mostrar compaixão é
considerada a função mais importante da inteligência

Assim podemos afirmar que os cães são seres pensantes, sendo que eles possuem umas das funções mais
importante da inteligência, mas assim como os cientistas muitos preferem chamar habilidades cognitivas no
lugar de pensamentos, pelo que a idea de que outras espécies de animais aparentemente mais simples como
mosquito, minhoca e etc ser impossível classifica-los como ser pensante.

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REFERÊ NCIAS
Charles Robert Darwin, The expression of the emotions in man and animals (1872).P, VI

História da evolução, Charles Robert Darwin, 1Ed p36-59.

Konrad Zacharias Lorenz , Expressão das emoções, PP.214,232

KEYNES 2001, PP.21-28

DESMOND &MOORE 1991, P.210

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