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Universidade Licungo

Faculdade De Educação
Curso De Licenciatura Em Psicologia Educacional

2º Grupo
Álvaro Albino Abuchama
Chicanda Lacerda Chicanda
Mário José Damane
Nayome Aristides Roldão
Wine Otilio

Aptidões cognitivas: Modelos Teóricos

Quelimane

2024
Álvaro Albino Abuchama
Chicanda Lacerda Chicanda
Mário José Damane
Nayome Aristides Roldão
Wine Otilio

Aptidões cognitivas: Modelos Teóricos

Trabalho de carácter avaliativo, relativo a


cadeira de Psicologia Vocacional, a ser
entregue ao Departamento de Educação e
Psicologia no curso de Licenciatura em
Psicologia Educacional

Orientadora docente: Drª. Joana Matavel

Quelimane

2024
Índice

Introdução....................................................................................................................................3
Objectivos....................................................................................................................................3
Específicos...............................................................................................................................3
Metodologia.................................................................................................................................3
1. As aptidões Cognitivas.............................................................................................................4
2. Teoria de factor geral da inteligência.......................................................................................4
3. Aptidões mentais primárias......................................................................................................5
4. Modelo de estrutura do intelecto..............................................................................................7
5. Modelos hierárquico.................................................................................................................8
5.1. A teoria hierárquica da inteligência......................................................................................8
5.2a) Modelo de Burt: modelo hierárquico de níveis mentais......................................................9
5.3 b) Modelo factorial hierárquico de Vernon............................................................................9
5.4 c) Modelo HILI de Gustafsson.............................................................................................10
5.5 d) Modelo Guttman Radex...................................................................................................10
5.6 e) O modelo de estratos de Carroll.......................................................................................10
5.7 f) O modelo Cattell e Horn...................................................................................................11
6. Inteligência Fluida e Cristalizada...........................................................................................11
6.1 Inteligência Fluida (Gf)........................................................................................................11
6.2 Inteligência cristalizada (Gc)................................................................................................12
6.3 Semelhanças e diferenças de Gf e Gc...................................................................................12
7. Modelo Hili de Gustafsson-undheim......................................................................................12
8. A hierarquia das Aptidões Humana........................................................................................13
8.1 Básicas (primárias) ou fisiológicas.......................................................................................13
8.2 Segurança.............................................................................................................................13
8.3 Sociais..................................................................................................................................14
8.4 Estima..................................................................................................................................14
8.5 Autorrealização....................................................................................................................15
9. A teoria dos três estratos........................................................................................................15
10. Conclusão.............................................................................................................................16
11. Referencia Bibliografica.......................................................................................................17
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Introdução

Este trabalho de Psicologia vocacional vai abordar sobre, “Aptidões Cognitivas:


Modelos não hierárquicos”. Nesta lógica devido a necessidade do ser humano explicar
as diferenças individuais no uso das informações, podemos observar grande curiosidade
de pesquisadores e intelectuais no estudo das habilidades cognitivas. Na china por
exemplo, há 3000 anos atrás, já havia o interesse pela área de avaliação das funções
cognitivas para seleccionar soldados com maiores habilidades na resolução de
problemas, raciocínio viso-espacial, pensamento divergente e outras características
consideradas importantes para a época.

A inteligência esta por trás de muitas das condutas que realizamos diariamente e
pode ser compreendida como uma aptidão mental muito geral e ampla que permite
raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de maneira abstracta, compreender
ideias complexas e aprender segundo. Nessa vertente o presente trabalho ira abordar
acerca de Aptidões Cognitivas e respectivamente Modelos Teóricos, Modelos não
Hierárquicos, a Teoria de Factor Geral da Inteligência, as Aptidões Mentais Primarias, e
por último abordar o Modelo da Estrutura do Intelecto.

Objectivos
Gerais

 Compreender as Aptidões Cognitivas.

Específicos
 Descrever a Teoria de factor geral da inteligência;
 Caracterizar as Aptidões Mentais Primárias;
 Explicar Modelo de Estrutura do Intelecto.

Metodologia
Quanto aos procedimentos técnicos utilizados será do tipo Bibliográfica, porque
será elaborado a Partir de material já publicado, constituído principalmente de livros,
artigos de periódicos e actualmente com material disponibilizado na Internet.
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1. As aptidões Cognitivas
De acordo com Almeida, (1988), aptidões são particularidades Psicológicas do
homem, das quais depende o êxito na aquisição dos conhecimentos, hábitos,
habilidades, mas que não se reduzem, a elas próprias, a existência destes
conhecimentos, hábitos e habilidades. As aptidões do homem são uma espécie de
possibilidades em relação aos hábitos, habilidades e conhecimentos. Elas podem ser
comparadas a um grão lançado na terra. Onde o grão é apenas uma possibilidade em
relação à espiga que pode brotar deste grão desde a estrutura, composição e a
humanidade do solo, o tempo, sejam favoráveis (Anastasi, 1990).

Da mesma maneira as aptidões do homem representam apenas uma possibilidade


de aquisição de conhecimentos e habilidades. Existem inúmeras condições que
determinam se estes conhecimentos, habilidades serão adquiridos ou não, se a
probabilidade se transforma ou não em realidade (Anastasi, 1990). Estas condições
podem ser por exemplo: interesse das circunstâncias (na família, na escola, na
colectividade de trabalho, em que o homem domine estes conhecimentos e habilidades
(Anastasi, 1990).

Aptidão é uma possibilidade, enquanto um determinado nível de habilidade num


certo ofício, é uma realidade. As aptidões musicais duma criança não garantem de
forma alguma que ela se tornará num músico profissional. Para que isso aconteça, é
preciso uma instrução especial, a persistência por parte do pedagogo e da criança, a boa
saúde da criança, a boa saúde, a existência do instrumento musical, e notas, como
também de outas condições, sem as quais as aptidões podem atrofiar-se (Almeida,
1988).

2. Teoria de factor geral da inteligência


Importa referir que os avanços na estatística e, sobretudo, nos procedimentos de
análise factorial justificaram o aparecimento de outros modelos teóricos apoiados na
análise de dados empíricos. Alguma legitimidade emergia para se buscar o fundamento
das correlações entre várias provas e desempenhos cognitivos os factores ou estrutura
interna da mente humana. As diferenças inter-individuais nas habilidades cognitivas
teriam a sua explicação nesses factores ou dimensões internas, assumidos então como
estruturantes da inteligência humana. Nascia, assim, uma abordagem da inteligência
designada por factorial (dimensões internas), psicométrica (testes, medida) ou
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diferencial (diferenças individuais), designações paralelas para descrever esta nova


corrente (Almeida, 1988).

Estes desenvolvimentos teóricos, como veremos, conduziram à construção de


diferentes provas cognitivas procurando desse modo representar as aptidões específicas
que se queriam avaliar. Mesmo que nem todos os estudos factoriais defendam uma
concepção multifacetada da inteligência, certo que grande parte do investimento havido
na abordagem factorial visava definir outras dimensões cognitivas complementares à
perspectiva mais global, de algum modo traduzida no conceito de QI (Anastasi, 1990).

A maior ênfase na definição e avaliação de aptidões diferenciadas para a


descrição da inteligência pode ter diversas justificações. Por um lado, o reconhecimento
crescente da variabilidade intra-individual na realização dos testes de inteligência, o que
acaba por não ser devidamente ponderado em provas cuja lógica é a obtenção de uma
nota unitária. Esta nota, compósita por natureza, mostrava-se internamente pouco
consistente, justificando a eliminação de determinados itens que, mesmo podendo
traduzir comportamentos intelectuais pertinentes, não se apresentavam satisfatoriamente
correlacionados com o conjunto escala. Em segundo lugar, e talvez mais determinante
ainda, verificou-se um recrutamento progressivo dos psicólogos para actividades de
orientação vocacional e de selecção de candidatos nos campos industrial e militar. Esta
demanda social acelerou a criação de testes para a avaliação das múltiplas aptidões. Por
último, importa mencionar a popularidade da análise factorial na investigação
psicológica. Ela providenciou as análises empíricas de apoio aos modelos teóricos de
definição da inteligência e à construção das baterias multa aptidões. A análise factorial
instituiu-se, com efeito, na ferramenta por excelência dos investigadores na tarefa de
identificar, agrupar e definir as diferentes aptidões (Anastasi, 1990).

3. Aptidões mentais primárias


Thurstone (1931), postula a existência de um determinado número de aptidões
primárias independentes entre si, e que explicariam o desempenho intelectual dos
sujeitos. Mais tarde, defende que o factor geral é um artefacto estatístico que descreve a
estrutura da inteligência de uma forma muito pobre e nem sempre observável
(Thurstone, 1938). Avança, então, com a ideia de que a inteligência é melhor
compreendida como um conjunto de habilidades mentais primárias, isto é, por um
conjunto de sete factores independentes entre si: V- compreensão verbal, W- fluência
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verbal, N- aptidão numérica, S- aptidão espacial, R- raciocínio, P- velocidade


perceptiva, e M- memória (Almeida et al, 1988).

Portanto o autor inicia a sua formulação por um modelo de nove factores,


passando, posteriormente, a sete dado que dois deles não eram suficientemente
diferenciados (Rraciocínio aritmético e D- dedução viriam a ser abarcados no factor R-
raciocínio). No quadro I descrevemos os factores identificados por Thurstone (Almeida,
1988).

Mesmo não sendo possível verificar empiricamente a total independência entre os


factores isolados, Thurstone defende que os mesmos reúnem especificidade suficiente
para serem concebidos como unidades funcionais independentes, justificando as
próprias diferenças intra-individuais num conjunto de testes (Thurstone & Thurstone,
1941).

No quadro desta teoria, emergiram várias baterias para a avaliação das aptidões
intelectuais. Em primeiro lugar, importa mencionar a Primary Mental Abilities (PMA)
do próprio Thurstone. Duas outras baterias merecem ser referidas, mais concretamente a
Differential Aptitudes Tests (DAT) e General Aptitude Test Battery (GATB) (Almeida,
1988).

Guilford (1959, 1967) foi um outro autor a defender a inteligência formada por
várias aptidões autónomas entre si. O seu modelo representa uma alteração bastante
significativa face aos modelos factoriais anteriores, partindo de um quadro teórico
prévio para o trabalho empírico e não da exploração factorial de dados para a teoria. Por
este fato, a sua teoria é bastante divergente das apresentadas pelos demais autores
(Acereda et al, 1979), recorrendo a três componentes na definição das diferentes
aptidões: operação mental (processo cognitivo envolvido numa dada tarefa), conteúdo
(tipo de informação em que a tarefa se expressa) e produto (forma final da informação
ou resultado após a actividade mental do sujeito). O autor, cruzando cinco tipos de
operações, quatro tipos de conteúdos e seis tipos de produtos, formula 120 aptidões no
seu modelo estrutural da inteligência. Assim, constatamos a existência de (i) quatro
operações cognitivas: avaliação (processo de análise das respostas possíveis de acordo
com critérios lógicos), produção convergente (resolução de problemas envolvendo
processos de indução e dedução de relações), produção divergente (resolução de
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problemas envolvendo a produção de várias soluções possíveis), memória (retenção e


evocação da informação) e cognição (reconhecimento e compreensão da informação);
(ii) quatro conteúdos: figurativo (informação na forma de imagens), simbólico
(informação na forma de signos cuja significação decorre de códigos), semântica
(informação decorrente do significado de palavras ou outros elementos) e
comportamental (informação associada a pensamentos e sentimentos acerca do próprio
indivíduo e dos outros); e (iii) seis produtos: unidades (partes de informação
relativamente limitadas), classes (agrupamentos de informação em função de
características comuns), relações (conexões entre itens de informação), sistemas
(agrupamentos de unidades estruturadas segundo padrões inter-relacionados),
transformações (modificações ou definição de fases da informação) e implicações
(conexão circunstancial entre itens devido à sua proximidade).

A teoria de Guilford trouxe, também, alguns contributos interessantes ao estudo


da inteligência (Almeida, 1988). O primeiro tem a ver com a inclusão de processos
cognitivos mais associados com a criatividade (produção divergente), complementares
aos processos de raciocínio (produção convergente). O segundo tem a ver com a
inclusão do conteúdo comportamental entre os conteúdos que poderão diversificar as
aptidões intelectuais dos indivíduos. Este conteúdo remete-nos para uma "inteligência
social" que, por vezes, reaparece como questão importante no estudo da inteligência
(Kihsltrom & Cantor, 2000).

Por último, o modelo SOI possui um valor heurístico interessante na identificação


e diferenciação das aptidões (Guilford, 1988), o que tem as suas aplicações práticas. O
modelo sugere, por exemplo, uma grelha de análise dos curricula e métodos de ensino
nas escolas.

4. Modelo de estrutura do intelecto


O modelo de Guilford: A estrutura do Intelecto Desenvolvido a década de 1970,
o modelo de Guilford discorda em certa maneira dos modelos hierárquicos por não ser
estruturado com factores mais ou menos importantes de maneira geral, e se assemelha
um pouco ao modelo de Thuerstone, cuja teoria se baseia na existência de aptidões
intelectuais independentes. O modelo de Guilfrod, chamado também de Estrutura do
intelecto, foi organizado de maneira taxonómica, pois foi desenvolvido de forma que as
tarefas e itens da inteligência fossem divididas e estruturadas em: unidades, classes e
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sistemas (também chamados de conceitos heterogéneos). Guilford postula que a


inteligência é formada por cerca de 120 capacidades, ou aptidões, que são
independentes, porém construídas por combinações de factores, formando assim um
modelo tridimensional, o chamado modelo cúbico (Almeida, 1988).

Das categorias de funcionamento intelectual deste modelo, temos: conceitos


básicos, também chamados de conteúdos; mecanismos ou operações mentais e produtos
do pensamento, que se organizam de forma que os conteúdos sejam intercedidos pelos
mecanismos mentais, gerando um produto. Para uma melhor compreensão deste
modelo, pode-se exemplificar os planos do modelo cúbico, destrinchando e explicando
seus conteúdos. Dos conceitos básicos, temos quatro tipos que foram denominados por
Guilford de: figurativo, simbólico, semântico e comportamental. Os conceitos
figurativos são os de “exteriorização de objectos e entidades” (Datta, 1977).Os
simbólicos simbolizam as coisas, como por exemplo, os números ou as palavras; os
conceitos semânticos expressam significados e noções dinâmicas; e os conceitos
comportamentais remetem aos sentimentos e às emoções. Das operações mentais temos
a cognição, a memória, a avaliação, o pensamento divergente e o pensamento
convergente (Almeida, 1988).

5. Modelos hierárquico

5.1. A teoria hierárquica da inteligência


De acordo com Sánchez-Elvira, (2005), são conhecidas como teorias hierárquicas
da inteligência, aquelas baseadas na concepção de que a inteligência é formada por um
conjunto de habilidades dependentes uma da outra, que estabelecem uma hierarquia
entre si, na qual uma ordem é estabelecida segundo a qual Cada factor abrange vários
subfactores. Existem diferentes modelos derivados das teorias hierárquicas da
inteligência, que estabeleceram diferentes maneiras de interpretar a ordem hierárquica
entre os factores ou mesmo o tipo de factores em questão. As teorias hierárquicas mais
conhecidas e relevantes são apresentadas abaixo (Sánchez-Elvira, 2005).
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5.2a) Modelo de Burt: modelo hierárquico de níveis mentais


O modelo elaborado por Cyrill Burt concentra-se na proposta da existência de
uma estrutura formada por quatro factores primários e uma inteligência geral que os
consome, organizando essa estrutura em cinco níveis, que vão desde a colecta de
estímulos até seu processamento e vinculação com outros elementos cognitivos
(Maureira, 2017). Ábito, de encontrar subsequentemente no nível quatro ou relacionar
os diferentes processos que permitem coordenar e gerenciar os diferentes processos
mentais (Sánchez-Elvira, 2005).

Finalmente, no quinto nível está a inteligência geral, que permite, influencia e


engloba os níveis anteriores (Maureira, 2017).Especificamente, o nível 1 é o da
sensação, que inclui as diferentes capacidades sensoriais e motoras que temos. É o nível
mais básico e simples. Posteriormente, no nível dois ou na percepção, Burt incorpora o
conjunto de processos que permitem a passagem para o conhecimento das informações
colectadas, bem como a capacidade de coordenar o movimento (Sánchez-Elvira, 2005).

5.3 b) Modelo factorial hierárquico de Vernon


Um dos modelos hierárquicos mais conhecidos é o de PE Vernon, que
estabeleceu a existência de uma inteligência geral a partir da qual surgiram os factores
educacionalverbal e motor-espacial, dos quais, por sua vez, surgiram habilidades como
fluência, habilidade numérica, capacidade linguística, criativa, mecânica, espacial,
psicomotora ou de indução (Maureira, 2017).

No entanto, o mais importante desse modelo é o fato de Vernon indicar a


existência de três tipos de inteligência, dependendo do nível de desenvolvimento do
potencial biológico na realidade. Ele nomearia como inteligência A o potencial
biológico da pessoa em termos de sua capacidade de se desenvolver e se adaptar ao
ambiente, como inteligência B no nível de habilidade demonstrada
comportamentalmente na realidade e como inteligência C àquela removível como
evidência objectiva de inteligência. B extraído nos testes de inteligência (Maureira,
2017).
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5.4 c) Modelo HILI de Gustafsson


O modelo desenvolvido por Gustafsson é chamado de modelo HILI. Esse modelo
inclui e integra aspectos de Vernon e Cattell e é baseado em uma estrutura de três
níveis, na qual as habilidades primárias, como habilidade racional, fluência verbal ou
memória, são encontradas no nível mais simples ou mais baixo, enquanto O nível
intermediário é fluido, cristalizado, inteligência visual, resiliência e velocidade
cognitiva e, finalmente, um nível superior no qual a inteligência geral é encontrada
(Sánchez-Elvira, 2005).

5.5 d) Modelo Guttman Radex


Outra das teorias hierárquicas da inteligência é a de Louis Guttman, que propôs
um modelo no qual os factores obtidos em diferentes testes psicométricos eram
organizados e organizados em seções de acordo com a similaridade em complexidade e
conteúdo (Maureira, 2017).

Estabelece uma hierarquia na forma de círculos concêntricos com três fatores


principais: capacidade visual espacial, habilidade verbal e habilidade numérico-
quantitativa. A partir daí, estabelece o nível de proximidade dos diferentes testes com o
fator de inteligência G, o ponto central e hierarquicamente mais alto (Sánchez-Elvira,
2005).

5.6 e) O modelo de estratos de Carroll


Esse modelo divide as habilidades cognitivas em três estratos ligados entre si,
sendo o primeiro o mais concreto e o terceiro mais geral. No primeiro dos estratos,
Carroll estabelece habilidades específicas, como indução, memória visual,
discriminação musical, escrita ou velocidade perceptiva. É um total de vinte factores
específicos necessários para a realização de várias acções, mental e comportamental
mente(Sánchez-Elvira, 2005).

O segundo dos estratos inclui oito factores mais gerais e amplos que incluem os
do estrato anterior. Eles incluem fluidos, inteligência cristalizada, memória e
aprendizado, percepção visual, percepção auditiva, resiliência, velocidade cognitiva e
velocidade de processamento (Maureira, 2017).
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5.7 f) O modelo Cattell e Horn


O modelo de Cattell, no qual ele dividiu a inteligência em inteligência fluida e
cristalizada, é amplamente conhecido em todo o mundo. No entanto, esse modelo foi
posteriormente expandido com a colaboração de John Horn, resultando em tal
colaboração em um dos modelos hierárquicos ou teorias da inteligência.

Neste modelo, três níveis podem ser observados. Nos factores de primeira
ordem, encontramos as aptidões primárias (tiradas de Thurstone e Guilford), que são
englobadas pelos factores de segunda ordem (Sánchez-Elvira, 2005).Finalmente, os
factores de terceira ordem são uma inteligência fluida histórica (a partir da qual factores
secundários, como inteligência fluida, surgem como um elemento que permite a
realização de ligações entre elementos por indução ou dedução, inteligência visual,
capacidade de recuperação e velocidade cognitiva). Além disso, ao lado da inteligência
histórica fluida está o factor de aprendizado comum, que implica inteligência
cristalizada (Sánchez-Elvira, 2005).

6. Inteligência Fluida e Cristalizada


A inteligência é uma capacidade mental que pode ser compreendida de
diferentes Maneira se é por isso que existem diferentes teorias que falam dela de
maneira Diferente. Ao longo da história, foram criados vários modelos que tentam
explicara inteligência e seus diferentes elementos. Raymond Cattell foi o primeiro a
incorporar uma teoria onde ele primeiro introduz os conceitos de inteligência fluida (Gf)
e cristalizada (Gc) para explicara inteligência. Essas duas inteligências têm habilidades
diferentes, mas ao mesmo tempo estão relacionadas entre si.

6.1 Inteligência Fluida (Gf)


A inteligência fluida ou líquida (gf) refere-se às operações mentais que um
indivíduo pode usar para resolver novos problemas sem nenhum conhecimento prévio.
Éacapacidadedeanalisarnovastarefas,raciocíniológico,identificar, relacionar, resolver e
extrapolar conceitos. Ocorre quase que de forma instintiva, automática, em da
domomento.Portanto,utiliza-sederaciocíniológicoeintuitivo,4 e inclui formação de
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conceitos, sem a necessidade de receber instruções ou de influência socioculturais. Isso


é essencial nos campos de resolução de problemas científicos, matemáticos e técnicos.

6.2 Inteligência cristalizada (Gc)


A inteligência cristalizada (GC) refere-se à amplitude e profundidade do
conhecimento Adquirido de uma pessoa. Ou seja, é a capacidade de usar métodos de
resolução De problemas previamente adquiridos e muitas vezes culturalmente definidos.
Esses saberes são principalmente verbais, baseados na linguagem. Esse tipo de
inteligência é adquirido por meio da educação e das experiências vividas.

6.3 Semelhanças e diferenças de Gf e Gc


As duas inteligências (GfeGc) estão bastante relacionadas entre si. Dizer que as
inteligências estão relacionadas nos leva a afirmar que elas não são Independentes uma
da outra. As diferenças individuais em Gc dependem do nível De Gf. Hierarquicamente,
Gf é superiora Gc. As duas inteligências aumentam com a idade, mas desde a juventude
seus processos de desenvolvimento diferem. A inteligência fluida diminui ao longo dos
anos, enquanto a inteligência cristalizada aumenta.

7. Modelo Hili de Gustafsson-undheim


O modelo de Gustafssone Undheim nasceu entre a década de 1970e1980, a partir
de uma insatisfação de ambos os pesquisadores quanto ao excessivo número de fatores
primários obtidos pelos modelos “igualitários”, incapazes de oferecer um modelo mais
compreensivo sobre as dimensões envolvidas na estruturação da inteligência humana.
Além da crítica aos modelos não hierárquicos, ambos os pesquisadores tinham como
projeto aprimorar e sofisticar o modelo Gf-Gc de Cattell-Horn, buscando identificar a
presença do Fator Geral (g) dentro do modelo. Undheim já havia verificado a robustez
das evidências do modelo Gf-Gc, replicando uma série de estudos de Cattell-Horn. No
entanto, ele buscava evidenciar a presença do Fator Geral (g) dentro desse modelo,e
para isso elaborou novos desenhos de pesquisa que incorporassem uma rotação oblíqua
dos fatores de segunda-ordem e o procedimento de Schmid-Leiman de ortogonalização
de todos os fatores extraídos (Undheim & Gustafsson, 1987). Basicamente, esse
procedimento identifica e separa com maior precisão os pesos de cada um dos fatores de
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todos os níveis hierárquico sem relação à performance das pessoas nos testes aplicados.
Através dessa técnica obtém-se o peso real de cada um dos fatores se ma influência dos
outros fatores de nível hierárquico superior.

8. A hierarquia das Aptidões Humana


A teoria das aptidões humanas ou hierarquia de necessidades de Maslow é uma teoria da
Psicologia proposta por Abraham Maslow em seu artigo "A teoria da motivação
humana", publicado em 1943 na revista Psychological Review. Maslow define cinco
categorias de necessidades humanas: fisiológicas, segurança, afetam, estima e as de
autorrealização. Esta teoria é representada por uma pirâmide onde na base se encontram
as necessidades mais básicas pois estas estão Diretamente relacionadas com a
sobrevivência. Segundo Maslow, um indivíduo só sente o desejo de satisfazer a
necessidade de um próximo estágios e a do nível anterior estiver sanada, portanto, a
motivação para realizar estes desejos vem de forma gradual.

8.1 Básicas (primárias) ou fisiológicas


O ponto de partida do modelo da Hierarquia das Necessidades são as
Necessidades básicas fisiológicas. Segundo Maslow, as necessidades fisiológicas São as
mais importantes para os funcionários e, sem elas, é impossível motivar e satisfazê-los
(Khan et al. 2011), deste modo, estas necessidades são representadas na base da
pirâmide. São também chamadas de homeostáticas pois tem como objetivo a
manutenção do equilíbrio interno do organismo de forma a regular a níveis sanguíneos
de sal, açúcar, proteínas, gorduras, oxigénio, cálcio, equilíbrio ácido-base, temperatura
entre outros parâmetros. Quando existe um decréscimo nestes níveis, o indivíduo irá
sentir, por exemplo, fome, sede, desejo sexual, sono. A satisfação destas necessidades é
predominante no comportamento humano, consequentemente, para atender a esta
indispensabilidade tornam-se agressivos e selvagens arriscando toda a sua segurança

8.2 Segurança
É a necessidade de nos sentirmos seguros, perante algum tipo de perigo (violência,
Catástrofes naturais), ter proteção, seja, por exemplo, estabilidade na vida, como
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conseguir preservar o emprego em que alguém se encontra. Esta necessidade também


está relacionada com o facto de existirem leis e limites que permitem que haja uma
ordem na sociedade. Quando estas necessidades não são satisfeitas geralmente há
queixas tais como Medo de circular na rua quando se vive em locais violentos e/ou
perigosos, também queixas relativas à segurança e estabilidade no trabalho, ao medo de
ser despedido arbitrariamente, a não poder planear o orçamento familiar devido à falta
de garantia quanto à permanência no trabalho, à arbitrariedade do supervisor com
respeito a possíveis indignidades a que o indivíduo tenha de se submeter para se manter
no trabalho, à própria segurança física com relação a possíveis acidentes no trabalho.

8.3 Sociais
É a necessidade de se relacionar com pessoas. As relações mais próximas (e básicas)
geralmente são com os pais, seguidas de uma vontade e de seter um companheiro ou
companheira e por último ter filhos. A hierarquia das relações dentro da necessidade de
afiliação ou afeto acompanha o desenvolvimento do indivíduo, ou seja, a necessidade de
se relacionar com os pais é maior no estágio infantil e com companheiros e filhos na
vida adulta. Também está presente, nesta categoria, a vontade de relacionar-se com
grupos (vizinhança, nichos na escola, no trabalho, etc), criar laços, sentir pertencente. A
necessidade de afiliação é vista por uma vontade tanto de dar como receber a feto.

8.4 Estima
É a necessidade de nos sentirmos dignos, autoconfiantes, independentes, autónomos,
apreciados, respeitados por nós e pelos outros, com prestígio, reconhecimento, poder,
orgulho etc. Inclui também o desejo de ser bom em alguma atividade e necessidades de
autoestima. Estas necessidades passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas
capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de
adequação às funções que desempenhamos e são motivadas por uma necessidade de
prestígio e reputação.
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8.5 Autorrealização
Também conhecidas como necessidades de crescimento. Incluem o desenvolvimento
das próprias necessidades, a realização, aproveitar todo o potencial próprio, ser aquilo
que se pode ser, fazer o quea pessoa gosta e é capaz de conseguir. Relaciona-se com as
necessidades de estima: a autonomia, a independência e o autocontrole. Aqui nós somos
capazes de aceitar factos, não criar preconceitos, sermos criativos, espontâneos e os
nossos atos são baseados na moral.

9. A teoria dos três estratos


JohnB. Carroll é autor de uma teoria onde também fala sobre inteligência fluida
e cristalizada. No início da década de 1990, Carroll (1993) propôs um modelo que
também utilizava técnicas de análise fatorial para realizar estudos de relações entre
habilidades mentais (Berk,1998). Após realizar diversos estudos, Carroll formulou a
teoria das três camadas de inteligência, que ampliou os modelos propostos por
Spearman, Louis Leon Thurstone e Cattel. Carroll representa a estrutura da inteligência
como uma pirâmide no topo da qual estão fator geral de inteligência “g”, enquanto as
habilidades estão em uma segunda plataforma, colocada da esquerda para a direita
dependendo da relação com “g”.”. Em um nível inferior aparecem as manifestações
específicas dos fatores do segundo nível, que resultam da experiência de determinadas
tarefas. Gf e Gc estão no segundo estágio com outras inteligências.
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10. Conclusão

Chegando ao fim conclui-se que, as aptidões cognitivas são um conjunto de habilidades


que são aprendidas em diferentes graus, conforme um indivíduo cresce e se desenvolve
mentalmente. Ao contrário de habilidades que são baseadas em conhecimento
académico, as habilidades cognitivas são habilidades usadas para aprender,
compreender e integrar as informações de uma forma significativa. Informação
aprendida cognitivamente é entendida e assimilada, não apenas memorizado. Há muitos
grupos de habilidades cognitivas, e cada categoria pode ser dividida em conjuntos muito
específicos de habilidades
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11. Referencia Bibliografica

ALMEIDA, L.S. (1988). Teorias da inteligência. Porto. Edições Jornal de Psicologia.

ANASTASi. Psychological testing. New York: MacMillan. (1990).

BINET, A. & Simon, T. Méthodes nouvelles pour le diagnostic du niveau intellectuel


des anormaux. Année Psychologique. (1905).

CARROLL, J. B. Human cognitive abilities. Cambridge: Cambridge University Press.


(1993).

CATTELL, R.B. Some theoretical issues in adult intelligence testing. (1941).

GARDNER, H. Frames of mind: The theory of multiple intelligences. New York: Basic
Books. (1983).

GUILFORD, J.P. Three faces of intellect. American Psychologist. (1959).

RIBEIRO, Yolanda da Silva. Mudanças no Desempenho e na estrutura das Aptidões.


(1998).

STERNBERG, R.J. & Kaufman, J.C. Innovation and intelligence testing: The curious
case of the dog that didn´t bark, (1996).

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