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Funcionalismo
• Surgiu em oposição ao estruturalismo pois viam aspectos fundamentais para a
Psicologia que o estruturalismo de Wundt e Titchener não comtemplavam.
• O objeto de estudo tanto do estruturalismo é a consciência só que para o funcionalismo
o estudo da consciência não está na estrutura mas na função.
• Os processos mentais só existem porque precisamos deles na vida prática
• O embasamento fundamental do funcionalismo foi a Teoria da Evolução de Darwin que
explica não só a origem das espécies mas como elas sobrevivem
• A psicologia Funcional, como sugere o nome, interessa-se pela mente tal como
esta funciona, ou é usada na adaptação do organismo ao seu ambiente.
Estudavam a mente como um conglomerado de funções ou processos que levam
a conseqüências práticas no mundo real
• A razão principal do funcionalismo tornar-se uma escola parece ter sido pessoal, e não
ideológica, pois nenhum dos defensores da posição funcionalista tinha a ambição de
fundar e liderar um movimento formal.
• Descartes distinguia o homem do animal e Darwin dizia que a distância entre a mente do
animal e do homem não era tão grande. Existem hoje várias teorias: capacidade de
estabelecer sinapses (neurociência), capacidade de postergar (Freud), trabalho (Marx)
• Romanes vai além: seu propósito era demonstrar o alto grau da inteligência animal bem
como sua semelhança com o funcionamento intelectual humano, ilustrando assim uma
continuidade no desenvolvimento mental. Ele diz “não há diferenças de modalidade
entre os atos de razão realizados pelo caranguejo e qualquer ato de razão realizado por
um homem”. O método anedótico de Romanes foi criticado por basear-se em uso de
relatos pbservacionais, com freqüência causais do comportamento animal, considerados
incorretos, descrições descuidadas e interpretações tendenciosas.
• Inprint o que vem gravado na espécie
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Spencer
• Discute a noção de que a mente tem sua forma atual devido a esforços passados e
presentes de adaptação a vários ambientes. Acentuando a natureza adaptativa dos
processos mentais e nervosos. Escreveu que uma crescente complexidade de
experiências e por conseguinte, de comportamento, é parte do processo evolutivo da
necessidade que o organismo tem de se adaptar ao seu ambiente para sobreviver.
William James
• Iniciador da Escola Funcionalista, inspirou-se em Spencer
• Foi o precursor mesmo sem se dedicar ou ter discípulos, mas suas idéias foram
desenvolvidas por outros.
• O conceito de Funcionalismo de James: O objetivo da psicologia não é a descoberta
dos elementos da experiência, mas o estudo das pessoas vivas em sua adaptação
ao meio ambiente. Para ele a função da consciência é nos orientar quanto aos fins
exigidos pela sobrevivência. A consciência é vital para as necessidade de seres
complexos num ambiente complexo, sem ela, o processo da evolução humana não
poderia ter ocorrido.
• Objeto de Estudo: Consciência com seus Fenômenos e Condições
o Fenômeno é o termo usado para indicar que o objeto de estudo está presente
na experiência imediata
o Condições refere-se a importância do corpo, do cérebro em particular, na vida
mental. De acordo com James a subestruturas físicas da consciência formam
uma parte básica da psicologia. Ele reconhece a importância de considerar a
consciência o ponto focal de seus interesses, seu ambiente natural, o ser humano
físico. Essa percepção da biologia, da ação do cérebro sobre a consciência é uma
característica peculiar à abordagem psicológica de James.
o O ponto básico de sua concepção da consciência é que esta fui como uma
corrente. James cunhou a frase Fluxo de Consciência para exprimir essa
propriedade.
o Sendo a consciência um fluxo continuo, qualquer tentativa de subdividi-la em
fases ou elementos temporariamente distintos só pode distorcê-la crítica ao
estruturalismo de Wundt e Titchener
o James destacou o propósito da consciência. Ele acreditava que esta tem de ter
alguma utilidade biológica pois do contrário não teria sobrevivido – epifenômeno =
coisa que não tem utilidade não sobrevive. O hábito é involuntário e não
consciente. Diante de um novo problema e necessita de uma nova modalidade de
ajustamento a consciência entra em cena. Essa ênfase na intencionalidade reflete
claramente a influência da teoria evolutiva sobre o pensamento de James.
• Métodos: introspecção (principal), experimental e comparativa
o Como a psicologia está voltada para a consciência altamente pessoal e imediata
seu instrumento básico tem de ser a introspecção - exercício de um dom natural.
o Embora não usasse amplamente o método experimental, James acreditava que o
seu emprego era outro recurso possível do conhecimento psicológico –
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• Críticas ao Funcionalismo
o O próprio termo Funcionalismo não era claramente definido as vezes usaram a
palavra função para descrever uma atividade e outras vezes para se referirem a
sua utilidade
A resposta dos funcionalistas veio muito tempo depois o funcionalismo
nunca se dispôs a colocar a definição e a sistematização em primeiro plano
o Titchener criticou a relação com a definição de psicologia Os estruturalistas
afirmavam que o funcionalismo não tinha nada de psicologia, pois não se
restringia ao objeto de estudo e a metodologia do estruturalismo. Qualquer
abordagem que não fosse análise introspectiva da mente em seus elementos não
era psicologia
A resposta: era justamente essa definição de psicologia que os
funcionalistas questionavam e se empenhavam em substituir
o Interesse dos psicólogos funcionais por atividades de natureza prática ou aplicada
- os estruturalistas não viam com bons olhos a psicologia aplicada
Os funcionalistas não se preocupavam em manter a psicologia como
ciência pura e nunca pediram desculpas por seus interesses práticos. É o
método e não o objeto de estudo que determina o grau de cientificidade de
um campo de investigação
• Contribuições do Funcionalismo
o A discussão sobre ciência pura e aplicada
o Pesquisa sobre comportamento animal
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Hall
• Pressuposto principal de Hall: desenvolvimento normal da mente envolve uma série de
estágios evolutivos. Hall empregou a teoria da evolução como estrutura para amplas
especulações teóricas e aplicadas
• Contribuiu mais para a psicologia educacional que experimental
• Chamado de psicólogo genético por causa de seu interesse pelo desenvolvimento
humano e animal e pelos problemas correlatos da adaptação
• Fez grande uso de questionários em estudos sobre crianças
• Gerou grande entusiasmo público levando a criação do chamado movimento de estudo
da criança
• Ele acreditava que as crianças repetem, em seu desenvolvimento pessoal, a história de
vida da raça humana
• Realizava palestras semanais sobre sexo mas sofreu muitas críticas
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Hugo Musterberg
• Era tido como maluco, dava conselhos ao invés de fazer o paciente achar o caminho
• Ninguém contribuiu tanto para o progresso da psicologia aplicada em geral e para o seu
avanço nas áreas da psicologia forense (relação entre a psicologia e a lei), clínica e
industrial
• Uma das figuras mais influentes no desenvolvimento da abordagem funcional
• Escreveu uma série de artigos sobre tópicos como o uso da hipnose no interrogatório de
suspeitos, formas de evitar o crime, detecção de pessoas culpadas por meio de uso de
testes mentais (pistas - se estiver fora da curva normal merece investigação) e o caráter
não confiável das testemunhas oculares (a cada vez que se conta uma história muda-se
a história)
• Seu livro de psicoterapia em muito contribuiu para levar o campo da psicologia clínica à
atenção do público
• Foi contratado por várias empresas como consultor
• Ele afirmava que a melhor maneira de aumentar a eficiência no trabalho e assegurar a
harmonia no local consistia em selecionar trabalhadores para funções adequadas às
suas capacidades mentais e emocionais
• Foi o precursor da seleção de pessoal usando testes psicológicos
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Comportamentalismo
• O ser humano dá sinais com todo o corpo, muito mais do que com a linguagem
verbal
Thorndike
• É um dos mais importantes pesquisadores do desenvolvimento da psicologia animal
• Elaborou uma teoria objetiva e mecanicista da aprendizagem, que se concentra no
comportamento manifesto
• Acreditava que a psicologia tem de estudar o comportamento, e não elementos mentais
ou experiências conscientes de qualquer espécie, assim, reforçou a tendência de uma
maior objetividade iniciada pelos funcionalistas
• Ele interpretou a aprendizagem não em termos subjetivos mas em termos das conexões
concretas entre estímulos e respostas
• O Conexinismo
• É uma abordagem experimental em associação, que abrangia várias novidades
importantes com relação às concepções tradicionais da aprendizagem
• Ele escreveu que se fosse analisar a mente humana, encontraria conexões de
força variável entre:
1. Situações, elementos de situações e compostos de situações
2. Respostas, prontidões para responder, facilitações, inibições e direções de
respostas
• Se todos esses elementos pudessem ser completamente inventariados,
revelando o que o homem pensa e faz e o que o satisfaz e contraria, em toda
situação concebível, parece-me que nada ficaria de fora...
• Aprender é estabelecer conexões
• A mente é o sistema de conexões do homem
• Thorndike propunha conexões entre situações e respostas, ao invés da visão
filosófica da associação ou conexão entre idéias
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• Experiência: Gato tinha que aprender a sair da caixa para conseguir comida. A
primeira vez que conseguia realizar a seqüência de procedimentos corretos para
sair era acidental, depois a medida que ia se repetindo cada vez errava menos
até que no final fazia corretamente tão logo era colocado na caixa
• Thorndike adotou medidas quantitativas de aprendizagem registrar o número
de comportamentos errados até a abertura da caixa.
• Outra técnica era registrar o tempo decorrido entre o momento em que o gato era
posto na caixa e sua fuga bem sucedida (com a aprendizagem esse intervalo
diminuía)
• Tendências de respostas mal sucedidas (nada faziam para o gato sair da caixa)
eram abandonadas. Esse tipo de aprendizagem tem sido chamada de
aprendizagem por tentativa e erro. Thorndike chamava de “tentativa e
sucesso casual”
• Lei do efeito todo ato que numa dada situação produz satisfação fica
associado com essa situação de maneira que, quando a situação se repete o ato
tem mais probabilidade de se repetir do que antes. O inverso também é verdade.
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Os métodos do Comportamentalismo
• Watson afirmou que o comportamentalismo devia restringir-se aos dados das ciências
naturais, ao que podia ser observado – em outras palavras ao comportamento
• Só os métodos de investigação mais verdadeiramente objetivos eram admitidos
• Watson era contrário a introspecção porque não podia ser usada na pesquisa de
animais, além de dizerem que ele não era bom nisso. Só teria sentido com animais se
ele aceitasse a Teoria de Romanes que junto a William James acreditava que os
animais pensavem e sentiam parecido com os homens
• Watson declarara explicitamente que os métodos a serem usados seriam:
o Observação
Com e sem uso de instrumentos
Esse método é auto-explicativo e fundamental – a base necessária aos
outros métodos
o Testes
Os métodos de teste objetivos já eram usados, mas Watson propôs que os
resultados tivessem o tratamento de amostras de comportamento e não
medidas de qualidades mentais. Para ele os testes não mediam a
inteligência nem a personalidade, mas sim as respostas dadas pelo sujeito
à situação de estímulos e nada mais
o Relato Verbal
É peculiar ao sistema de Watson e merece comentário, e talvez,
justificação
Como Watson se opunha fortemente a introspecção seu uso desse método
no laboratório tem sido questionado
Alguns psicólogos consideravam uma transigência que podia permitir a
entrada da introspecção pela porta dos fundos depois de ela ter sido
atirada longe pela da frente
Watson não podia desconsiderar o trabalho na psico-física que usara a
introspecção. Ele sugeriu, portanto, que as reações verbais, por serem
objetivamente observáveis são tão significativas para o
comportamentalismo quanto qualquer outro tipo de reação motora – “Dizer
é Fazer” – “Falar abertamente ou para si mesmo (pensar) é um tipo de
comportamento tão objetivo quanto o beisebol”
o Reflexo Condicionado
O mais importante método dos comportamentalistas
Só foi adotado em 1915, dois anos depois do início formal do
comportamentalismo
Métodos de condicionamento já eram usados antes do advento dessa
abordagem, mas a sua adoção por psicólogos americanos fora limitada.
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O instinto
• Em 1914 Watson descreveu 11 instintos incluindo um vinculado com comportamentos
aleatórios
• Em 1925 mudou de posição e recusou o conceito de instinto – todos os aspectos do
comportamento humano que parecem instintivos são, na realidade, respostas
socialmente condicionadas
• Em seguida foi além da negação dos instintos, recusando-se a admitir a existência de
capacidades, temperamentos ou talentos herdados de qualquer espécie
A Emoção
• Watson sugeriu que as emoções eram tão somente respostas corporais a estímulos
específicos. Um estímulo, como a presença do perigo, produz mudanças corporais
internas e as respostas manifestas aprendidas apropriadas.
• Watson acreditava que as emoções eram respostas aos estímulos da mesma forma que
as mudanças fisiológicas e não apenas a conscientização dessas mudanças como
falava William James.
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• A continuidade dos estudos e experimentos de Watson por Mary Cover Jones foi um
precursor da Terapia Comportamental que visa corrigir os medos adquiridos
• A abordagem comportamentalista de Watson das emoções e o seu interesse pelas
mudanças fisiológicas que acompanham o comportamento emocional estimularam
consideravelmente as pesquisas sobre o desenvolvimento emocional das crianças e os
padrões de reação para emoções
O pensamento
• Antes de Watson a concepção tradicional dos processos de pensamento sustentava que
eles ocorriam no cérebro. O pensamento era considerado intangível, algo
exclusivamente mental e sem equivalentes físicos
• Watson reduz o pensamento ao comportamento motor implícito.
• O pensamento, assim como todos os outros aspectos do funcionamento humano, tem
de ser um comportamento sensório-motor de alguma espécie
• Envolve reações ou movimentos implícitos de fala
• O pensamento se torna um mero falar silenciosamente de si para si
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