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21ª SEMANA

TRABALHO AVALIATIVO
EEEFM “ATÍLIO VIVÁCQUA”
ALUNO:______________________________________________________________ NOTA: ___________
SÉRIE/TURMA:_______________________TURNO:_______________________DATA:_____________
COMPONENTE CURRICULAR: História
PROFESSOR: Natália Potratz Schulz Jacob
Tema geral: Gênero e sexualidade.
Temas específicos:
 O conceito de gênero e de sexualidade (contexto histórico);
 A mulher na mitologia greco-romana;
 A mulher no mundo medieval;
 A mulher nos grupos indígenas brasileiros

Orientações:
 Valor: 8 pontos.
 Data para a entrega: 15/09/2020 (data máxima para a entrega).

 Textos para o auxílio na execução da proposta do trabalho avaliativo.


 esses textos servem como base, não substitui a pesquisa do aluno se necessários para a resolução da proposta do
trabalho avaliativo.
 INTRODUÇÃO
O organismo dos seres vivos apresenta características estruturais e funcionais diferentes entre os machos e as fêmeas. Para
classificar os indivíduos segundo a anatomia humana utiliza-se o termo sexo. Assim, um indivíduo é macho ou fêmea de acordo com os
cromossomos presentes em seus órgãos genitais.
As características de gênero não são garantidas pela biologia, uma vez que muitos sujeitos apresentam características femininas
ou masculinas em discordância com sua anatomia. A palavra gênero designa, segundo o senso comum, qualquer categoria, classe, grupo
ou família que apresente determinadas características comuns.
Assim, o conceito de gênero abrange as “características psicológicas, sociais e culturais que são fortemente associadas com as
categorias biológicas de homem e mulher”. O conceito de gênero enfatiza todo um sistema de relações que, embora possa incluir o sexo,
não é por ele determinado, nem determina diretamente a sexualidade.

 CONTEXTO HISTÓRICO
O termo “gênero” se popularizou na década de 1990, mas começou a ser utilizado na década de 1970 como formas de propor
novas maneiras de pensar as noções de feminino e masculino, além das explicações biológicas, e inserindo-as em relações sociais de
poder. As guerras mundiais da primeira metade do século XX trouxeram como consequência à escassez da população masculina, que se
encontrava no campo de batalha ou fora vitimada em combate. Surgiu, então, a necessidade e a possibilidade de trabalho para as
mulheres, ocasionando a configuração de uma nova realidade para elas, sobretudo as nascidas depois da década de 40. Até essa época, as
diferenças entre homens e mulheres apresentavam um significado equivocado: a mulher não tinha os mesmos direitos do homem, uma
vez que lhe era inferior.
Os movimentos feministas e de emancipação da mulher, surgidos na segunda metade do século passado, tinham como objetivo
a igualdade de direitos entre os homens e as mulheres. Entre as causas defendidas por esses movimentos estavam o direito ao voto e à
representação política, o acesso à educação e ao mercado de trabalho, a liberdade sexual, a igualdade de oportunidades de trabalho e de
salários, a independência. Uma das mais significativas marcas do movimento feminista esta enfatizado no seu caráter político.
O movimento feminista defendia, também, que a diferença entre os sexos não pode oportunizar relações de subordinação da
mulher ao homem, nem de opressão da mulher na vida social, profissional ou familiar.
Homens e mulheres são diferentes na maneira de ser, embora não sejam desiguais no que se refere a seus direitos.

 CRONOLOGIA DO PAPEL DA MULHER NO MUNDO EM DIFERENTES ÉPOCAS


A mulher na mitologia greco-romana
Ao longo da história observamos que o homem sempre foi apresentado como um ser superior, devido a sua força e virilidade e
até mesmo por ter uma capacidade racional mais rápida, segundo alguns especialistas. A mulher, entretanto, ficou à margem social em
grande parte desse percurso. Podemos verificar que as bases ideológicas que situam a mulher como inferior e submissa vêm de muito
longe, desde os mitos da criação do mundo, como na crença judaico-cristã, com Eva, e na mitologia grega, com Pandora. Ambos os
mitos apresentam uma identidade negativa para a mulher.
A mitologia greco-romana se originou da junção das religiões grega e romana. As duas se fundiram por apresentarem aspectos
semelhantes; as suas tradições, por exemplo.
A concepção de inferioridade da mulher grega em relação ao homem teve como respaldo grandes pensadores da época, dentre
estes, podem-se citar Aristóteles e Demócrito. Aristóteles acreditava que a natureza da alma era hierarquizada, e que o homem se
encontrava num plano superior ao da mulher, esta que sofreria de uma carência e maturidade de espírito, sendo, portanto, incapaz de
exercer qualquer função que não fosse a de obedecer ao homem, seja a seu pai ou a seu marido. Para o filósofo, o homem é dotado de
força física e inteligência, enquanto a mulher, não.
Um pensador que teve uma concepção parecida à de Aristóteles e que influenciou fortemente a filosofia deste foi Demócrito.
Em alguns de seus textos o filósofo associa a mulher à natureza, reduzindo sua função apenas à satisfação sexual masculina,
qualificando-a como uma mera fonte de prazer carnal. Demócrito também precipita a ideia de ginocracia (governo destinado por natureza
ao homem exercido pela mulher), uma noção que seria utilizada, tempos depois, por Aristóteles, com intuito de condenar a política e as
mulheres de Esparta.
Atenas e Esparta possuíam modelos diferentes de educação e modos de vida para a mulher. Em Esparta as mulheres eram vistas com
mais importância, uma vez que estas geravam aqueles que seriam os futuros guerreiros espartanos. Logo, em Esparta os cuidados com o
corpo começavam com uma política de eugenia, prática de melhoramento da espécie, que recomendava fortalecer as mulheres para
gerarem filhos robustos e sadios bem como abandonar as crianças deficientes ou frágeis demais.Na Lacônia, região onde os espartanos
viviam, as mulheres participavam de atividades físicas, por ocasião das festividades, exibiam nos jogos públicos toda a força, a beleza e o
vigor dos corpos bem treinados.
Em Atenas, a educação feminina ficava restringida ao lar “a criança do sexo feminino permanecia no gineceu, local da casa
onde as mulheres se dedicavam aos afazeres domésticos, menos importante em um mundo essencialmente masculino”. Por mais que seja
considerada a forma máxima de democracia, o sistema de organização grego simplesmente discriminava a mulher. Os atenienses do
século V submetiam as mulheres aos homens de forma explícita e pública. Mesmo quando estavam presentes em locais públicos (por
exemplo, em festivais) elas eram praticamente invisíveis e ficavam caladas eliminando e negando a essas quaisquer direitos humanos e
igualdade de condições nos atributos sociais, privando-as de todos os direitos civis.
Ao contrário das mulheres mortais gregas, que não tinham poder algum, nem mesmo sobre sua própria casa e filhos, na religião
grega, que era caracterizada como sendo politeísta antropomórfica – ou seja, seus deuses possuíam aspectos humanos -, havia muitas
deusas, e essas, eram muito respeitadas e adoradas, inclusive pelos homens. Dentre as diversas deusas gregas, uma que se destaca é
Atena ou Palas Atena.
A mulher no mundo medieval
Costumamos ter a visão de que, no mundo medieval, a mulher era submissa à figura masculina. Essa ideia nasceu de um preconceito
muito comum: o de se achar que, por ter sido uma sociedade orientada pela religião cristã católica, a figura da mulher estaria diretamente
associada ao pecado, seja pela narrativa do Gênesis, em que se tem Eva como aquela que induz Adão a pecar, seja pelo corpo feminino,
que poderia levar à concupiscência e à luxúria.
Mas o fato é que as categorias de compressão da Igreja Católica, desde suas raízes no cristianismo primitivo, nunca atribuíram à
mulher nenhuma condição de inferioridade ou de detenção do pecado em relação ao homem. O cristianismo compreende que o ser
humano, tanto a mulher quanto o homem, está exposto ao mal, porque é livre – tem liberdade para aceitar ou negar o bem, a graça. Desse
modo, nas esferas social e eclesiástica da Idade Média, como os homens, as mulheres possuíam um grande trânsito A sociedade não lhes
negava espaço a partir de determinações político-religiosas
No que se refere à questão das práticas mágicas, feitiçaria, bruxaria, etc., a figura da mulher estava, sim, diretamente relacionada. Isso
acontecia em virtude das misturas culturais entre ritos pagãos, de origem romana e germânica, e concepções do cristianismo popular
sobre os demônios, ou entidades inferiores. os surtos persecutórios às mulheres identificadas como “bruxas” partiam mais da população
que procurava “bodes expiatórios” para explicar algum desastre natural, como secas, enchentes, peste,
Durante mais de 300 anos, cenas se tornaram corriqueiras nas praças públicas de boa parte da Europa e o caminho da fogueira se
transformou no destino de milhares de mulheres. Nuas, montadas em vassouras, aterrorizando cidades, aldeias e castelos, no imaginário
popular e religioso da época, as bruxas estavam por toda parte, semeando o pavor.
Ao analisarmos o contexto histórico da Idade Média, vemos que bruxas eram as parteiras, as enfermeiras e as assistentes. Conheciam e
entendiam sobre o emprego de plantas medicinais para curar enfermidades e epidemias nas comunidades em que viviam e,
conseqüentemente, eram portadoras de um elevado poder social. Estas mulheres eram, muitas vezes, a única possibilidade de
atendimento médico para mulheres e pessoas pobres. Elas foram por um longo período médicas sem título. Aprendiam o ofício umas
com as outras e passavam esse conhecimento para suas filhas, vizinhas e amigas.
O estereótipo das bruxas era caracterizado, principalmente, por mulheres de aparência desagradável ou com alguma deficiência física,
idosas, mentalmente perturbadas, mas também por mulheres bonitas que haviam ferido o ego de poderosos ou que despertavam desejos
em padres celibatários ou homens casados.
Diante de tantas mortes de mulheres acusadas por bruxaria durante este período, podemos afirmar que o ocorrido se tratou de um
verdadeiro genocídio contra o sexo feminino, com a finalidade de manter o poder da Igreja e punir as mulheres que ousavam manifestar
seus conhecimentos médicos, políticos ou religiosos. Existem registros de que, em algumas regiões da Europa a bruxaria era
compreendida como uma revolta de camponeses conduzida pelas mulheres.
Em controvérsia a bruxa tem as fadas, seres belos, mágicos dotados de bondade que originaram nesse período histórico.
A mulher nos grupos indígenas brasileiros
Os indígenas possuem como essência a tradicionalidade, o respeito e a execução de sua cultura passada de geração a geração.
É bastante comum, entre os povos indígenas, uma divisão das tarefas entre homem e mulher. Isto significa que existem
atividades que são feitas somente pelas mulheres e outras, somente pelos homens.
Mesmo que esta divisão não seja igual em todos os povos, as tarefas relacionadas ao preparo dos alimentos, ao cuidado com as
crianças e algumas atividades na roça são, geralmente, de responsabilidade das mulheres. Já os homens são responsáveis pela derrubada
do mato para a criação da roça, pelas atividades de caça, de guerra, entre outras.
É importante dizer que as atividades feitas por cada um dos gêneros (feminino ou masculino) se completam, pois juntas
garantem a qualidade de vida de toda a comunidade.
Juntos, homens e mulheres, são responsáveis pela produção dos alimentos, das redes, dos bancos, das casas, das canoas, das
ferramentas utilizadas no dia a dia, como vasos de cerâmica, cestos, flechas, arcos etc.
As mulheres indígenas estão condicionadas a uma sociedade patriarcal não podendo geralmente exercer grandes cargos
políticos dentro de suas aldeias, submetendo se a seu marido. A mulher tem e sempre teve uma influencia muito grande nas decisões
internas nas aldeias, só que isso não transparece muito para toda a comunidade. Como acontece, parece que só os homens são
importantes nas decisões e ações que são fundamentais para a comunidade, mas a mulher com certeza sempre influencia ou toma a
decisão diretamente.

Proposta do trabalho avaliativo


A partir da leitura dos textos acima discorra sobre a importância do papel da mulher ao longo da História mesmo vista como um ser
inferior e submisso. Nesse contexto proponha uma medida no âmbito das políticas publicas que tenha como objetivo facilitar o acesso
das mulheres à cidadania.
Informação adicional- conteúdos para a avaliação:
- Rebeliões e Revoltas contra Portugal, o ciclo do ouro (trabalhados na 3ª semana); -Colonização inglesa (trabalhado na 4ª
semana);
-Colonização inglesa (trabalhado na 4ª semana); -Iluminismo (trabalhado na 12ª semana);

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