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TEXTO 1 - A ÁRVORE DOS PROBLEMAS

Esta é uma história de um homem que contratou um carpinteiro para


ajudar a arrumar algumas coisas na sua fazenda.
O primeiro dia do carpinteiro foi bem difícil.
O pneu do seu carro furou, a serra elétrica quebrou, cortou o dedo, e ao
final do dia o seu carro não funcionou. O homem que contratou o carpinteiro
ofereceu uma carona para casa.
Durante o caminho, o carpinteiro não falou nada. Quando chegaram à
sua casa, o carpinteiro convidou o homem para entrar e conhecer a
sua família.
Quando os dois homens estavam caminhando para a porta da frente, o
carpinteiro parou junto a uma pequena árvore e gentilmente tocou as pontas
dos galhos com as duas mãos.
Depois de abrir a porta da sua casa, o carpinteiro transformou-se.
Os traços tensos do seu rosto transformaram-se em um grande sorriso, e ele
abraçou os seus filhos e beijou a sua esposa.
Um pouco mais tarde, o carpinteiro acompanhou a sua visita até o carro.
Assim que eles passaram pela árvore, o homem perguntou:
– Por que você tocou na planta antes de entrar em casa?
O carpinteiro respondeu:
– Ah! Esta é a minha Árvore dos Problemas. Eu sei que não posso evitar
ter problemas no meu trabalho, mas estes problemas não devem chegar até
os meus filhos e minha esposa. Então, toda noite, eu deixo os meus problemas
nesta árvore quando chego em casa, e os pego no dia seguinte; e você quer
saber de uma coisa? Toda manhã, quando eu volto para buscar os meus
problemas, eles não são nem metade do que eu me lembro de ter deixado na
noite anterior.
Autor desconhecido
TEXTO 2 - A CARROÇA
Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me para dar um passeio
no bosque e eu aceitei com prazer. Após algum tempo, ele se deteve numa
clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:
– Além do canto dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
– Estou ouvindo um barulho de carroça.
– Isso mesmo – disse meu pai – e é uma carroça vazia!
Perguntei a ele:
– Como pode saber que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
– Ora – respondeu meu pai – é muito fácil saber que uma carroça está
vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho
que faz.
Tornei-me adulto e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais,
gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria
inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e querendo
demonstrar ser o dono da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de
ouvir a voz do meu pai dizendo:
– Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz!

Autor desconhecido
TEXTO 3 - A ROSA E O SAPO
Era uma vez uma rosa muito bonita, a mais linda do jardim. Mas
começou a perceber que as pessoas somente a observavam de longe.
Acabou se dando conta de que, ao seu lado, sempre havia um sapo e por essa
razão ninguém se aproximava.
Irritada com a descoberta, ordenou ao sapo que fosse embora.
O sapo, humildemente, disse:
– Está bem, se é o que deseja.
Algum tempo depois o sapo passou por onde estava a rosa, e se
surpreendeu ao vêla acabada, sem folhas nem pétalas.
Penalizado, disse:
– Que coisa horrível, o que aconteceu com você?
A rosa respondeu:
– As formigas começaram a me atacar dia após dia, e agora nunca
voltarei a ser bela como era antes.
O sapo respondeu:
– Quando eu estava por aqui, comia todas as formigas que se
aproximavam de ti. Por isso é que eras a rosa mais bonita do jardim.
Muitas pessoas desvalorizam os outros por acharem que são superiores,
mais bonitas ou mais ricas.
Deus não fez ninguém para “sobrar” neste mundo. Ninguém deve
desvalorizar ninguém. Na escola da vida, todos têm algo a aprender ou a
ensinar.
Autor desconhecido
TEXTO 4 - A FOLHA AMASSADA

Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, reagia à menor


provocação.
Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes, sentia-me
envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas, depois de uma
explosão de raiva, e entregou-me uma folha de papel lisa e me disse:
– Amasse-a!
Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.
– Agora, deixe-a como estava antes. Voltou a dizer-me.
Óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel
continuava cheio de pregas.
O professor me disse, então:
– O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que neles
deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.
Assim, aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto
vontade de estourar, lembro-me daquele papel amassado.

Autor desconhecido
TEXTO 5 - A TORRADA QUEIMADA
Quando eu ainda era um menino, minha mãe gostava de fazer um
lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente
de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho
muito duro.
Naquela noite distante, minha mãe colocou um copo com leite e um prato
com torradas bastante queimadas, para o meu pai. Eu me lembro de ter
esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai
fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe, e me perguntar como tinha
sido o meu dia na escola.
Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para
ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada pedaço.
Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando
por ter queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:
– Amor, eu adoro torrada queimada.
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu
pai, eu lhe perguntei se ele realmente gostava de torrada queimada. Ele me
envolveu em seus braços e me disse:
– Filho, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava
realmente cansada. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a
ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu
também não sou o melhor cozinheiro do mundo.
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas
alheias, relevando as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais
importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.
E essa lição serve para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e
mulher, pais e filhos, irmãos e amigos.

Autor desconhecido
TEXTO 6 - A MALA DE VIAGEM

Conta-se uma fábula sobre um homem que caminhava vacilante pela


estrada, levando uma pedra numa mão e um tijolo na outra. Nas costas
carregava um saco de terra; em volta do peito trazia vinhas penduradas. Sobre
a cabeça equilibrava uma abóbora pesada.
Pelo caminho encontrou um transeunte que lhe perguntou:
– Cansado viajante, por que carrega essa pedra tão grande?
– É estranho, respondeu o viajante, mas eu nunca tinha realmente
notado que a carregava.
Então, ele jogou a pedra fora e se sentiu muito melhor.
Em seguida veio outro transeunte que lhe perguntou:
– Digame, cansado viajante, por que carrega essa abóbora tão pesada?
– Estou contente que me tenha feito essa pergunta, disse o viajante,
porque eu não tinha percebido o que estava fazendo comigo mesmo.
Então ele jogou a abóbora fora e continuou seu caminho com passos
muito mais leves. Um por um, os transeuntes foram avisando-o a respeito de
suas cargas desnecessárias. E ele foi abandonando uma a uma.
Por fim, tornou-se um homem livre e caminhou como tal.
Qual era na verdade o problema dele?
A pedra e a abóbora?
Não!
Era a falta de consciência da existência delas. Uma vez que as viu como
cargas desnecessárias, livrou-se delas bem depressa e já não se sentia mais
tão cansado. Esse é o problema de muitas pessoas. Elas estão carregando
cargas sem perceber. Não é de se estranhar que estejam tão cansadas!
O que são algumas dessas cargas que pesam na mente de um homem
e que roubam as suas energias?
– Pensamentos negativos.
– Culpar e acusar outras pessoas.
– Permitir que impressões tenebrosas descansem na mente.
– Carregar uma falsa carga de culpa por coisas que não poderiam ter
evitado.
– Autopiedade.
– Acreditar que não existe saída.
Todo mundo tem o seu tipo de carga especial, que rouba energia.
Quanto mais cedo começarmos a descarregá-la, mais cedo nos sentiremos
melhor e caminharemos mais levemente.

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