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FESTA DE NOSSA SENHORA DO AMPARO

FAZENDA SOLEDADE
O COMEÇO
A Festa de Nossa Senhora do Amparo da Região da Soledade é oriunda de
imigrantes vindo da região dos Vales de Minas Gerais. No final do século XIX início do
século XX, chegou a esta região algumas famílias, tais como; a família dos Nunes, mais
tarde veio a família de Sá, os Bispo, os Mouras, os Ferreiras e outros mais, trazendo
consigo a tradição de rezar o terço em louvor a Nossa Senhora do Amparo. Aqui
encontraram as famílias pioneiras, sendo bem recebidos, segundo o relato das pessoas
passando de geração em geração, era de costume rezar o terço uma vez por ano sempre
no dia 08 de setembro, dia de Nossa Senhora do Amparo.
No ano de 1931 foram escolhidos: Dona Salvina Martins de Melo e seu filho
José de Sá Guimarães como festeiros neste ano. Além do terço fizeram uma grande
festa, de lá para cá ficou por costume fazer a festa todo ano. Em 1936 foram festeiros
Tarcísio de Sá e Mariana Eleutério. No ano de 1953 o festeiro era Miguel David e
Noêmia Marques da Silva neste ano para ajudar nas despesas resolveram pedir a
comunidade a doação de prendas para fazer leilão.
O senhor João Monteiro Rodrigues (genro de Tarcisio de Sá) foi o responsável
de fazer a lista do juizado (pessoas que iriam doar a prenda e também o candidato a
rematá-la) ela foi feita numa única folha e apresentada aos devotos de Nossa Senhora do
Amparo, que naquela noite de 07 de setembro de 1953 levariam as prendas para ser
leiloadas. O primeiro leiloeiro da festa de Nossa Senhora do Amparo foi o Senhor
Adílio de Araújo Pereira (genro do senhor José de Sá). Depois vieram muitos outros
leiloeiros tais como: Manoel Batata, Elisone, Osvaldo Quintino, Newton Bispo, Cinézio
de Sá, Hélio Dourado, Sapo, Orlando Machado, Fábio e Fabiano, Edinho Boca Louca e
outros.

A DEVOÇÃO
O ritual desta festa é rezar o terço durante nove dias, porém uma pessoa sai a
cavalo durante os nove dias que antecedem a festa com a bandeira de Nossa Senhora do
Amparo, percorrendo a região convidando a comunidade para os festejos e também
pedindo donativos. É de costume as pessoas doarem: arroz, feijão, açúcar, café,
bezerros, porcos, galinhas, material de limpeza, condimentos, etc.

TRADIÇÃO
Esta festa tem por tradição oferecer um jantar a todos os devotos de Nossa
Senhora do Amparo. Tradição esta que vem desde o começo do século passado.
Geralmente matam de duas a três vacas dependendo da necessidade. Nos anos
anteriores era servido um lanche nas madrugadas das novenas (Café, leite, biscoitos
tradicionais como Pão de Queijo, Pão-de-Ló, Biscoito de Polvilho, Brouvidade,
Biscoito de Fubá, Biscoito Mimoso, Mané Pelado e muitas outras variedades).
No ano de 1978 para se obter uma renda melhor foi colocado o primeiro
Botequim por José Dourado de Azevedo, e ele vem se aprimorando até nos dias de hoje,
de onde vem a maior renda da festa.
Nos anos que se sucederam aconteceram muitos fatos que serão relatados aqui,
como também os festeiros que fizera esta tradicional festa.
FORAM FESTEIROS:
1944- Tarcísio de Sá e Mariana Eleutério
1945- Teodoro Paulista e Mariana
1946- José Calango e esposa
1947- Teodoro Paulista e Mariana
1948- Caetano de Sá Guimarães e Ana Pereira
1949- Manoel Dourado de Azevedo e Leonarda
1950- Regino Ferreira Albernaz e Ermínia
1951- Rita de José dos Santos e filhos
1952- Teodoro José Nunes e Mariana
1953- Miguel David e Noêmia Marques da Silva
1954- Valter de Sá e Maria José
1955- Manoel do Nascimento Santos e Lavina da Fonseca
1956- Francisco de Sá Guimarães e Izordina da Fonseca Pinto
1957- Firmino de Jesus Campos e Luzia
1958- João Pereira dos Santos e Ana Emídio Pereira
1959- Limiro Bispo de Oliveira e Antônia
1960- Alírio de Jesus Campos e Amélia
1961- Dorcil José Peixoto e Maria
1962- Olival Rodrigues Peixoto e Linda
1963- Joviano Pereira dos Santos e Antônia Dias
1964- Jorge Gonçalves de Morais e Geralda
1965- Sebastião Pereira e Maria de Lourdes
1966- Cinézio de Sá Guimarães e Aurelina
1967- Porfírio José dos Santos e Maria Delfina
1968- Joaquim de Sá Guimarães e Valdeci Emídio
1969- Newton Bispo de Oliveira e Maria José (Juza)
1970- Valter de Sá Guimarães e Maria José de Sá
1971- Ovídio Gonçalves de Morais e Branca
1972- Joaquim Rodrigues Peixoto e Maria José
1973- Neste ano não aconteceu a festa.
1974- Dídimo Correa Guimarães e Georgeta Rodrigues
1975- Osvaldo Paz de Almeida e Maria Elci Marques
1976- Joviano Pereira dos Santos e Antônia Dias
1977- Cinézio de Sá Guimarães e Aurelina das Graças Guimarães
1978- Walter Dourado de Azevedo e Maria Ceci Rodrigues de Azevedo
1979- Valter de Sá Guimarães e Maria José de Sá Guimarães José
1980- Leonardo Dourado de Azevedo e Maria do Carmo de Sá
1981- Juarez Pereira dos Santos e Maria Helena Batista dos Santos
1982- Nilvo Alves da Costa e Maria Letícia
1983- Joaquim de Sá Guimarães e Valdeci Emídio Guimarães
1984- Agostinho Francisco França e Maria Bethi de Jesus França
1985- Cloves Paixão Correa e Elvira de Jesus Correa
1986- Nilvo Alves da Costa e Maria Letícia
1987- Osmar Marques de Oliveira e Natalina
1988- Valter de Sá Guimarães e Maria José
1989- Sebastião Apolinário Rosa e Maria da Penha
1990- Ogier Gonçalves de Morais e Georgeta
1991-Wanderley Pereira dos Santos e Abadia
1992- Nilvo Alves da Costa e Maria Letícia
1993- Juscelino Fernandes Botelho e Neuza Rodrigues Botelho
1994- Benedito Peixoto e Araci
1995- Jair Cardoso da Silva e Helena
1996- Osvaldo Nunes Franco e Dilene Nunes Franco
1997- Benedito Santana (Negrinho) e Dorica
1998- Abel Severino Botelho e Marina Rodrigues
1999- Luís Antonio Martins e Elislene
2000- Avaci Santana e Cleonice
2001- José Nunes Franco e Helena
2002- Adair Nunes Franco e Dochinha
2003- Silvio de Araújo Pereira e Rosinha
2004- Jairo Cardoso da Silva e Airthe Nunes da Silva
2005- Cloves Paixão Correa e Elvira de Jesus Correa
2006- Nair Nunes Franco e Filhos
2007- Ivânio Nunes Franco e Divina Correa
2008- Juscelino Fernandes Botelho e Neuza Rodrigues Botelho
2009- Adair Nunes Franco e Dochinha
2010- Luís Antonio Martins e Elislene

Não há conhecimento sobre o nome dos festeiros que antecedem o ano de 1944.

FATOS ACONTECIDOS

 No ano de 1954 a festa foi realizada só com a parte religiosa em respeito ao


falecimento de Elias Eleutério.
 No ano de 1965 em uma das novenas foi velado o corpo de Chico da Henriqueta o
festeiro foi Sebastião Pereira.
 No ano de 1955 o festeiro foi o Sr. Manoel do Nascimento Santos, apelidado de
Mané Cabeça, tinha o costume de juntar ovos na vizinhança para fazer biscoitos a
ser servidos aos convidados nas madrugadas da festa. O companheiro escolhido
para esta tarefa foi o Sr. João Luzia, o festeiro lhe arrumou um cavalo, que tinha a
mania de empacar, não saindo do lugar de maneira alguma. Nesse dia ele também
empacou com o cavaleiro Sr. João Luzia, não querendo sair da porta da casa do Sr.
Mané Cabeça que retirou um pau da porta e bateu com o mesmo na cabeça do
cavalo até a morte do pobre animal, ali na hora.
Obs.: A casa do Sr. Manoel era uma casa coberta de capim e as paredes eram de
pau-a-pique.
 No ano 1969 o festeiro era o Sr. Newton Bispo, ele escolheu para o novo festeiro o
Sr. Eliziário Nunes de Moura que não quis fazer a festa, o Sr. Newton rezou o
terço em sua casa e passou o ramo da festa para o Sr. Valter de Sá. Neste ano pela
primeira vez a festa foi realizada no mês de julho, com a intenção de conciliar com
as férias dos estudantes.

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