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12/09/2020 História: esoterismo e Tarô - Clube do Tarô - Tarot

12 de setembro de 2020 Responsável: Constantino K. Riemma

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Baralho Cigano Orientação

As múltiplas faces do Esoterismo e o Tarô Tarô Egípcio O Momento

Quatro pilares I Ching


Compilação de
Constantino K. Riemma
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O jogo de baralho já circulava por volta de quatro séculos na Europa, com finalidade de lazer,
quando começaram a ser divulgados os primeiros estudos sobre seus aspectos simbólicos ou
esotéricos e suas possíveis ou imaginárias origens ocultas.
Apresentamos, a seguir, uma súmula sobre cada figura marcante nessa nova e crescente linha
de abordagem das cartas, incluindo links para estudos de aprofundamento.

Court de Gebelin
A publicação por Court de Gebelin (1719-1784) de Le Monde Primitif
analysé et comparé avec le monde moderne (O mundo primitivo
analisado e comparado com o mundo moderno), em 1775, constitui um
marco importante na história moderna do Tarô. O baralho passa a ser
considerado não apenas assunto de jogos de lazer ou de adivinhação e
ingressa no rol de interesse dos esotéricos e intelectuais a partir do final
do século 18.
É de Gebelin o primeiro texto de que se tem notícias que oferece outras
informações simbólicas sobre as cartas que vão muito além do
Court de Gebelin receituário para a cartomancia popular.

• O papel de Court de Gebelin na história mais recente do tarô é discutido no tópico sobre as origens
do jogo de cartas : Tarô egípicio? e Hipóteses
• Um bom artigo sobre Gebelin e seu papel na valorização esotérica e simbólica do tarô, foi elababorado
por James W. Revak e traduzido por Alexsander Lepletier em Antoine Court de Gébelin: pai do tarô
esotérico moderno : Antoine Court de Gébelin
• Original, em francês, "Du Jeu des Tarots", p.365-410, vol.8, Monde primitif... no qual Court de
Gebelin sugere uma origem egípcia para o tarô e discute o significado e aplicação das cartas :
http://www.tarock.info/gebelin.htm

Etteilla - Jean-Baptiste Alliette


Etteilla, pseudônimo de Jean-Baptiste Alliette (1738-1791), também
francês e contemporâneo de Gebelin, é outro nome de referência na
história do Tarô, tanto pela divulgação do baralho quanto pelos livros
que escreveu, Manière de se récréer avec le jeu de cartes nommées
tarots (Maneira de se divertir com o jogo de cartas denominadas
tarôs), em 1785, e pelo até hoje reeditado O Livro de Thoth,
acompanhado das 78 cartas.
Etteilla não se prende aos aspectos simbólicos ou eruditos e se limita a
apresentar um texto com indicações práticas que tiveram grande
influência sobre os cartomantes da época, como foi o caso da
Etteilla
conhecida e controversa Mademoisele Lenormand.

• O Livro de Thoth - Tarô de Etteilla. Resenha do historiador Giordano Berti sobre o livro e o jogo
com 78 cartas, agora disponíveis no Brasil: O livro e o baralho
• Etteilla e o seu tarô egípcio é um dos tópicos preparados por Constantino Riemma sobre os baralhos
temáticos surgidos a partir de 1791: “Grande Etteilla”
• Etteilla, o primeiro tarólogo profissional. Biografia de Etteilla, elaborada por James W. Revak e
publicada no site Villa Revak: www.villarevak.org/bio/etteilla_1.html. A tradução ao português foi feita
por Alexsander de Abreu Lepletier: Etteilla, um tarólogo profissional
• Etteilla e seu método divinatório. A primeira integração conhecida entre Tarô e Astrologia.
Elizabeth Hazel e James W. Revak apresentam a técnica de tiragem de cartas segundo a proposta de
Etteilla, traduzida por Alexsander de Abreu Lepletier. Para aqueles que têm alguma familiaridade com
os símbolos astrológicos, oferece muitos estímulos para aprofundar a tiragem também conhecida por
"Mandala astrológica": 1. Histórico, 2. O Método de Etteilla e 3. Exemplo

Mais franceses
Eliphas Levi
Autor respeitado, Eliphas Levi (1810-1875) foi um filósofo, esoterista, que se dedicou ao
estudo dos símbolos e que deixou muitos seguidores. Seminarista da Igreja Católica Romana,
artista plástico, seu nome verdadeiro era Alphonse Louis Constant.
Em seu famoso livro "Dogma e ritual da Alta Magia" (1856),
descreve o Tarô como uma síntese da ciência e chave universal da
Cabala. Estabeleceu a correspondência entre as 22 letras do
alfabeto hebraico, os 22 caminhos da Árvore da Vida – que ligam
os Sephirot entre si – e os 22 trunfos ou Arcanos Maiores.
Ao invocar ao mesmo tempo a Cabala, a alquimia e a astrologia,
bem como a tradição hermética, Eliphas Levi reiterava que o Tarô
oculta os segredos dos antigos conhecimentos.
Eliphas Levi e Court de Gebelin são, de certo modo, dois marcos da
profusão de publicações, irmandades e círculos esotéricos mais ou
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menos secretos que se espalhariam por toda Europa durante o
Éliphas Lévi
século 19 e seguintes.

• O Iniciado (ou O Recipiendário). Texto de Eliphas Levi em seu Dogma e Ritual da Alta Magia. Cap. I do
1º volume, em que trata da Unidade do dogma, da Disciplina e das qualidades exigidas do Adepto: A
ciência que nos vem dos Magos
• Éliphas Lévi, sacerdote, radical, mago. Biografia do ocultista francês que ressalta seu papel no
renascimento moderno da magia como caminho espiritual e no desenvolvimento do tarô esotérico. Publicidade Google
Elababorada por James W. Revak e traduzida por Alexsander Lepletier: Mago e tarólogo
• Biografia de Éliphas Lévi. Reprodução de texto da Sociedade de Ciências Antigas com ilustrações
recolhidas pelo Clube do Tarô: Eliphas Levi
• Em seu Manifesto para o futuro do Tarô, Nei Naiff focaliza os principais autores envolvidos com o
Tarô, no período em que as cartas ganham novas histórias e um novo status: História do Tarô
• História do esoterismo. Para compreender melhor o clima cultural da Europa nos séculos 18 e 19, e o
surgimento de organizações ocultistas, consulte a tese de Rui Sá Silva Barros sobre esse período:
Tomando o céu de assalto...

Stanilas de Guaita
Outros nomes também se destacam nesse período efervescente, como é o caso de Stanislas
de Guaita (1861-1897), fundador da "Ordem Kabalística da Rosacruz", que congregou
muitos dos assim chamados "ocultistas" e "magos".

Oswald Wirth
Entre os estudiosos franceses desse período, muito próximo de Stanilas
de Guaita, destaca-se Oswald Wirth (1860-1943), de origem suíça,
autor de obras que se tornaram clássicas, como "O simbolismo hermético
em suas relações com a alquimia e a franco-maçonaria", "O simbolismo
astrológico" e, sobretudo, "O Tarô dos santeiros da Idade Média" (Le
Tarot des imagiers du Moyen Âge).
Embora muitos autores queiram atribuir a Wirth a primeira tentativa de
conceber e editar um Tarô especificamente esotérico, conhecido por Tarô
Oswald Wirth, a série que idealizou e desenhou, em 1889, é visivelmente
inspirada no no estilo do Tarô Clássico ou Tarô de Marselha. Além disso,
Oswald Wirth
ele ficou apenas na revisão dos arcanos maiores.
Nesse sentido, embora fosse maçom, seu trabalho não constituiu um "tarô maçônico",
exclusivo, como alguns defendem, a menos que também se considere os desenhos dos
antigos "cartiers" franceses, entre eles o jogo marselhês, como herdeiros dos antigos
construtores das catedrais, o que aí, sim, seria cabível.

• As imagens do Tarot de Oswald Wirth podem ser apreciadas numa das galerias do Clube do Tarô,
onde são oferecidas algumas informações históricas sobre essas cartas: Galeria Wirth
• Oswald Wirth trabalhou os agrupamentos dos arcanos maiores, oferecendo exemplos estimuladores
para o estudo de combinações em pares, grupos e tétrades. Conheça sua visão de conjunto dos arcanos:
Indícios reveladores
• Flávio Alberoni, colaborador do Clube do Tarô, é um dos tarólogos que aplica a indicações dos pares dos
arcanos, tal como proposto por Wirth. Veja exemplos de suas interpretações: Leituras
• Quanto a idéia de um tarô maçônico, além da resenha sobre o Tarô de Marselha, dois textos de Jean-
Claude Flornoy mencionam as vicissitudes das corporações de ofício: O Tarot de Jean Noblet (1650) e
Tarôs de Jean Dodal e Jean-Pierre Payen (1701-15)

Papus - Gérard Encause


Já um outro francês, contemporâneo de Oswald Wirth, inspirado nos
esboços egípcios de Eliphas Levi, arriscou-se num novo desenho do
Tarô. Foi ele Papus, nome ocultista utilizado por Gérard Encause (1865-
1917), médico francês, fundador e líder da "Ordem espiritual e
maçônica dos Martinistas", autor do Tarot des Bohémiens (Paris, 1889),
obra até hoje traduzida e publicada em várias línguas, inclusive em
português.
O desenhos originais do Tarô dos Boêmios, elaborados por Jean-Gabriel
Goulinat, apareceram apenas reproduzidas no livro, publicado em 1889
e revisto em 1911. As estampas ganharam o formato de baralho
somente quando seus desenhos originais foram reproduzidos e
Papus
coloridos, em 1981.
Embora seja muito mais popular que Eliphas Levi e Oswald Wirth, há estudiosos, entre entre
eles P. Ouspensky, que apontam deslizes e generalizações indevidas em seus textos.

• Papus, médico e mago. Um apanhado da vida e obra de Gérard-Anaclet-Vincent Encausse (1868-


1916) e sua influência nos estudos sobre a dimensão simbólica do tarô. Texto de James W. Revak
traduzido por Alesander Lepletier: Sua vida: estudante de medicina e de ocultismo
• Papus e sua versão simbólica das cartas: O Tarô dos Boêmios

• Nei Naiff tem algumas observações pontuais sobre Papus: Manifesto...

René Guénon
Na segunda metade do séc. 19 amplia-se a quantidade de escritores e publicações ligados ao
esoterismo. Proliferam ordens, irmandades, sociedades, lojas, sob várias designações:
rosacruzes, maçônicas, ocultistas, templárias, esotéricas, mágicas, secretas... Joio e trigo se
misturam irremediavelmente.

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No cenário contemporâneo e caótico, em que reina uma sintomática
confusão entre o rito sagrado e a magia pessoal, entre o estar a serviço de
algo mais alto e a busca de poder egóico, surge um pensador pontual e
rigoroso diante das fantasias que continuam a proliferar no mundo
moderno: René Guénon (1886-1951).
Sua experiência se diferencia em relação à maioria dos autores de seu
tempo. Participou, durante sua formação, de várias escolas e passou por
diversos ritos existentes na França. Teve, porém, a oportunidade de
encontrar e de reconhecer outras fontes ligadas de modo mais direto aos
Capa do livro
ensinamentos tradicionais e soube propor uma clara distinção entre o de D. Gattegno
sagrado e o profano, resultado de longos anos de trabalho.
René Guénon teve força e coragem para remar contra a maré e dedicou sua vida ao estudo e
à transmissão do saber que se encontra além da ciência moderna.

• A crise do mundo moderno, por René Guénon. Um estudo publicado pela primeira vez em 1927, mas
que mantém uma inquietante atualidade em razão do agravamento dos indicadores apontados pelo
autor: prevalência da quantidade sobre a qualidade, do profano sobre o sagrado, do poder pessoal sobre
o servir. Tradução de Bete Torii: Baixar ou ler
Formato pdf com 495KB. 108 págs. 14x21cm, imprimíveis em 54 folhas tamanho A4.

• Os símbolos da Ciência Sagrada. Quatro textos de René Guénon que tratam dos atributos
fundamentais dos símbolos, que não podem ser confundidos ou reduzidos aos conceitos das ciências ou
das psicologias modernas: Simbolismo tradicional
• Verdadeiros e falsos instutores espirituais. René Guénon oferece indicações para distinguir a
verdadeira transmissão iniciática e os enganos e equívocos crescentes no mundo atual: Instrutores
• René Guénon - dados biográficos, por Antonio Carlos Carvalho, tradutor do livro A crise do mundo
moderno para uma edição portuguesa: Biografia

Os ingleses
Na esteira do que se passa no continente europeu, a Inglaterra é igualmente palco para
personagens que incluem o Tarô em seus estudos.

MacGregor Mathers
MacGregor Mathers (1854-1918) obteve grande notoriedade e está
associado ao ressurgimento do ocultismo e da magia na virada do século
XIX. Ele adotou o nome "MacGregor" alegando ser uma herança das
Highlands escocesas, embora nada confirme tal ligação.
Ligado a lojas maçônicas e a sociedades rosacrucianas, fundou com
William Robert Woodman e William Wynn Westcott uma Ordem própria, a
Golden Dawn ou "Aurora Dourada". Em seu livro "O Tarot: um pequeno
tratado sobre a leitura das cartas", até hoje publicado e traduzido ao
português, MacGregor Mathers propõe-se a dar aos seus leitores "uma
idéia do profundo significado das cartas de Tarot e de como ele poderá
MG Mathers
ser utilizado para fins divinatórios".

Arthur Waite
Entre os ingleses ligados aos estudos esotéricos e que se dedicaram ao
tarô, Arthur Edward Waite (1857-1942) é um dos mais apreciados e
traduzidos. Pesquisou em diversas fontes e escreveu vários livros, entre
eles, The Key to the Tarot e The Holy Kabbalah.
Sob sua iniciativa e supervisão, um baralho de 78 cartas – conhecido como
baralho Rider – foi desenhado por Pamela Colman Smith.
Esse baralho engrossa a tendência moderna de dar figurações aos Arcanos
Menores, como recurso para traduzir de modo factual seus significados, o
Waite que acarreta, por outro lado, o empobrecimento simbólico.

• O baralho de Arthur Waite e Pamela Colman Smith: Galeria das cartas

• O Tarô de Arthur Waite & Pamela Smith é situado por Constantino K. Riemma, que focaliza alguns
aspectos críticos desse baralho que acabou por se tornar uma referência para os re-desenhos modernos:
O Tarô de Waite
• O Tarô Rider-Waite, texto de Lívia Krassuski de apresentação do baralho e menções ao contexto no
qual ele aparece, como é o caso do movimento Aurora Dourada (Golden Dawn): Introdução

Aleister Crowley
Ao lado dos estudiosos e autores que se dedicaram ao propósito de
investigar as correspondências entre o Tarô e demais linguagem
simbólicas, tornou-se conhecido um outro nome bastante controvertido:
Aleister Crowley (1875-1947). Seus dons, embora reais, foram
utilizados segundo seus críticos de modo banal e repleto de fanfarrices.
Foi ele quem inspirou Lady Frieda Harris a redesenhar as cartas do
Tarô. Esse trabalho, de apreciável valor estético, se afasta por completo
dos desenhos clássicos dos arcanos. O Tarô de Crowley só foi impresso
pela primeira vez em 1971, com o livro The Book of Thoth. Aleister Crowley

• O baralho de Aleister Crowley e Frieda Harris: Introdução e Galeria

• Galeria das cartas desenhadas por Frieda Harris para o baralho de Aleister Crowley:
Arcanos Maiores | Naipe de Paus | Naipe de Ouros | Naipe de Espadas | Naipe de Copas
• Apresentação do Tarô de Crowley. Valéria Fernandes oferece indicações básicas sobre o Thoth Tarot
desenhado por Frieda Harris: Um baralho com toque surrealista
• O Tarô de Crowley-Harris ou Tarô de Thoth. Cláudio Carvalho, apresenta e discute a história da
elaboração dos desenhos: Explicação do baralho
• Heavy Metal: A Ponte entre Crowley e o mundo da Música. Simone Gomes Omega discute as
relações dos metaleiros com a aura polêmica de Aleister Crowley: Provas das influências
• A própria besta. Colin Wilson conta as peripécias, os poderes e a sombra de Crowley: O Oculto

• Horóscopo de Crowley, análise dos astrólogos Elizabeth Nakata e Douglas Marnei: Mapa astral

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Dois russos: estudos em profundidade


Entre os estudos muito importantes sobre os fundamentos simbólicos do tarô, alguns deles
representam um verdadeiro desafio para os iniciantes. É o caso de dois autores russos –
Mebes e Tomberg – produziram obras que vão muito além do esoterismo para consumo em
feiras e bijuterias.

G. O. Mebes
O professor e esoterista russo Gregory Ottonovich Mebes morreu em campo de
concentração do regime comunista.
O que nos restou de seus cursos foram anotações de alunos, portanto sem muitas explicações
de detalhes para aqueles que desconhecem a simbólica da Árvore de Vida e não participavam
diretamente do contexto prático em que Mebes realizava o seu trabalho.
Mebes está longe do papel de personalidade popular, mas deixou para a posteridade
importantes estímulos para novas direções de pesquisa sobre as cartas ao estabelecer
inusitados nexos entre símbolos cabalísticos e os arcanos maiores e menores.

• Enigmas do tarô de G. O. Mebes, trabalho de Constantino K. Riemma que reune referências obtidas
com estudiosos russos: Os tarôs de GOM na Rússia
• Dados biográficos de Mebes, por Martha Pécher, tradutora dos livros de GOM para o português e
publicados pela Editora Pensamento: Biografia
• Galeria das cartas do tarô de Mebes, reúne as ilustrações originais do livro publicado na China, bem
como restaurações e outros jogos por ele inspirados: 1. Cartas originais, 2. O Tarot Cabalistico de G.O.M.
por Yeremyan-Ayvazians, 3. O Arcanos Maiores no Tarô de Vasily Masiutins,
• El Tarot - Curso Contemporáneo de La Quinta Esencia del Ocultismo Hermético. Texto de Mouni
Sadhu, que apresenta os 22 arcanos maiores do tarô tal como foram ensinados por Mebes em suas
aulas. Esse texto está disponível na Biblioteca Digital.

Valentim Tomberg
Outro nome que permanece afastado do espaço circence cultivado por algumas
personalidades, mas que pode ser considerado como o autor mais consistente
na indicação dos vínculos possível do tarô com diferentes correntes de
ensinamento, é o de Valentim Tomberg, contemporâneo de Mebes e que
conseguiu manter-se anônimo por algumas décadas.
Embora também dependamos de muito estudo para compreender todo o
alcance das afirmações de Tomberg, o seu texto Meditações sobre os arcanos
maiores do Tarô foi especialmente preparado para publicação e, dentro do
Valentin
Tomberg
possível, ele se mostra bem didático. Pode ser considerado como o ponto alto
dos estudos sobre o Tarô.

• Valentim Tomberg. Apresentação do livro Meditações sobre os 22 arcanos maiores do Tarô por
Constantino K. Riemma: Anonimato e reconhecimento

O cenário nas Américas


Dada a receptividade do tarô nas Américas, muitos livros foram publicados com ampla
diversificação de público e de propósitos. Na maior parte dos casos consistem em manuais de
introdução e estudo prático das cartas. Não vieram à luz pesquisas e tratados como aqueles
que foram elaborados por autores europeus. A notável exceção, nesse sentido, é o trabalho
do argentino J. Iglesias Janeiro, autor de La Cábala de Predición e criador de um tarô
egípcio que obteve grande aceitação e que foi reproduzido inclusive pela USGames, a
importante editora norte-americana de baralhos.
Entre os norte-americanos destaca-se a figura de Paul Foster Case, que se vinculou a fontes
européias de linha rosa-cruz e Golden Down, entre outras. Escreve um livro sobre o tarô no
qual revê e redesenha as cartas de Waite.
Também podem ser encontradas muitas adaptações do baralho tradicional às múltiplas
referências culturais que ganharam espaço no continente, como é o caso das tradições
africanas, indígenas, e do cenário cigano. Tratam-se, porém, na grande maioria dos casos de
edições dos próprios autores, com distribuição limitada.
Indicamos, abaixo, links para artigos, resenhas e produções artísticas produzidos nas
Américas ligados ao tarô:

• La Cabala de Prediccion, de J. Iglesias Janeiro, tratado sobre as práticas mânticas e que inclui o seu
Tarô Egípcio, apresentado por Eduardo Escalante: Resenha da obra
• Textos completos do "O Tarot Egípcio da Kier" de J. Iglesias Janeiro traduzidos e compilados por
Constantino K. Riemma: Arcanos Maiores: 1-22 | Menores: 23-36 | 37-50 | 51-64 | 65-78
• Paul Foster Case, dados biográficos compilados por Frater AEC, sobre o ocultista americano filiado a
diversos movimentos esotéricos: O Tarô – uma chave para a Sabedoria das Idades
• Os Arcanos da Era de Aquário – Henrique José de Souza. Resenha de Alexandre Domingues sobre
os arcanos propostos pelo fundador da Eubiose: O Autor e seus arcanos
• Galeria de jogos e criações artísticas no Brasil. Cartas e obras de arte nacionais

Cartas, lâminas, arcanos


No clima europeu do século XIX, em que o Tarô foi revalorizado pelos estudiosos de temas
esotéricos, torna-se compreensível que seria bem recebida a troca de termos para designar
as cartas e o baralho. De fato foi o que aconteceu a partir da publicação, em 1865, da obra
"L’homme rouge des Tuileries" de Paul Christian, pseudônimo de Jean-Baptiste Pitois (1811-
1877). Discípulo de Eliphas Levi, atribui-se a Paul Christian ter "inventado os termos lâminas
e arcanos para designar as cartas dos Tarots".
A partir da segunda metade do século XIX, tornou-se usual a utilização dos termos lâmina e,
principalmente, arcano em substituição a carta.

Contato com o autor:


Constantino K. Riemma - contato-ct@clubedotaro.com.br
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores

Estudos sobre o esoterismo e o Tarô

www.clubedotaro.com.br/site/h22_4_esoterismo.asp 4/5
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• A escada mística do Tarô. Andrea Vitali oferece um belo e consistente texto que remonta às fontes
medievais – cristãs e alquímicas – dos trunfos ou arcanos maiores. Referência segura para aqueles que
buscam os fundamentos simbólicos das cartas, traduzida por Leonardo Chioda: História

• O herético no Tarô. Ricardo Pereira faz um levantamento das versões que


cercam o surgimento do Tarô na Europa, a partir do Grande Cisma Cristão (1054),
sua possível relação com os templários, movimentos esotéricos e as restrições
clericais às cartas: O herético no Tarô
• Tomando o céu de assalto – esoterismo, ciência e sociedade. 1848-1914 -
França, Inglaterra e EUA. Rui Sá Silva Barros apresenta o quadro cultural e
social, de 1848 a 1914, durante o qual ocorreu uma grande difusão dos
ensinamentos herméticos. Desse movimento resultou, em meio a múltiplos
impactos, teorias que afetaram profundamente a compreensão contemporânea do
Tarô. Texto completo de tese de mestrado em História, pela USP.
374 págs. 14x21cm, imprimíveis em 187 folhas A4. PDF com 1.532 KB: Baixar

• Manifesto para o futuro do Tarô. Nesse texto Nei Naiff trata dos diferentes modos que as cartas
têm sido utilizadas e repassa os principais registros históricos e autores, sob um olhar meticuloso e
crítico. Uma boa ajuda para separar a história real e as fantasias: História do Tarô

• Confira mais indicações em: Pesquisas históricas e estudos sobre o Tarô


Personalidades & famosos na história das cartas
Biblioteca Digital: Estudos de esoteristas sobre o Tarô

Atualizado: fevereiro.15

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