I'm in Love With The Villainess Vol. 5

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Índice
Inserções de cores
Folha de rosto
Direitos autorais e créditos
Página de Índice
Capítulo 16: A Invasão da Capital Imperial
Intervalo: Feroz até o Fim (Dorothea Nur)
Capítulo 17: A Verdade do Mundo
Capítulo Final: O Futuro da Humanidade
Epílogo
Capítulo Bônus: Um dia que poderia ter sido
Posfácio
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Capítulo 16:
A invasão da capital imperial
“A RAINHA DEMÔNIA?” Eu repeti, confuso.
O que no mundo? Os primeiros demônios começaram a aparecer, apesar de

dificilmente terem uma presença no jogo original – e agora eles tinham uma rainha?
Definitivamente não havia nenhuma menção a isso nos livros de referência do jogo.
“Mãe, quem é essa 'Rainha Demônio'?” Philine hesitantemente fez a pergunta que
eu estava morrendo de vontade de saber a resposta. Nenhuma de sua antiga timidez era
evidente em seu rosto, mas ela estava claramente perturbada pelas palavras de Dorothea.
Dorothea não deu sinais de perceber a preocupação da filha. “A Rainha Demônio

é a governante de todos os demônios e monstros. Eu a conheci uma vez antes.”
Para minha surpresa, pude ouvir um tom de medo em sua voz. O que poderia
fizeram Dorothea, a própria imagem de arrogância e confiança, sentir medo?
"Foi antes de eu usurpar o trono..." ela começou a explicar.
Seu encontro com a Rainha Demônio foi um produto de puro acaso. Dorothea
tinha acabado de completar sete anos na época e demonstrou um talento raro com a espada.
Para ganhar experiência de combate real, ela se juntou a uma expedição em território
demoníaco – embora ela não tenha “se juntado” tanto quanto observado pela retaguarda. Não
importa o quão forte ela pudesse ser, ela ainda era um membro da família imperial. Na verdade,
ela não estava lá tanto pela experiência quanto pela pena que colocaria em seu boné. De
qualquer forma, um território que as informações anteriores sugeriram ser relativamente seguro
foi escolhido como frente de batalha, e ela observou a luta de uma distância segura.
Foi quando ela a conheceu: a Rainha Demônio.
“Eu tinha ouvido falar da grande força dos demônios,” Dorothea continuou. “Mas ela?
Ela estava além de qualquer coisa que eu pudesse imaginar. Eu poderia ter lidado com os Três
Grandes Arquidemônios sozinho se eles tivessem aparecido mesmo então, mas temo que não
posso segurar uma vela para a Rainha Demônio, mesmo como estou agora. Ela não é uma
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poder que qualquer humano pode esperar derrotar, mas uma força cataclísmica da própria natureza.”
A equipe da expedição foi exterminada em um piscar de olhos. A própria Dorothea lutou

contra a Rainha Demônio, mas seus esforços foram em vão.
“Eu estava preparado para a morte. No entanto, por algum motivo, ela me poupou, e
apenas a mim.
Confusa, Dorothea perguntou: Por que você não me mata?
“Ela respondeu: 'Matá-lo alterará muito o curso da

história.' Mesmo agora, não entendo o significado de suas palavras.”
Independentemente disso, Dorothea foi poupada e encontrou um novo propósito.
“A partir de então, tornei meu objetivo unir todas as forças da humanidade para enfrentá-
la novamente.”
Ela tinha feito tudo ao seu alcance para conseguir isso. Até mesmo suas agressões
internacionais foram realizadas em busca desse objetivo. Se isso justificava suas ações ou não
estava em debate, no entanto.
William perguntou o que estava na mente de todos. “Como poderia tal

pessoa poderosa existe sem ninguém além de você saber dela?”
“Não tenho como saber ao certo, mas suspeito que tenha a ver com o que ela disse sobre
não querer alterar o curso da história”, disse Dorothea.
"Significado?"
“O conhecimento de sua existência afetaria muito o mundo. Ela é

limitou suas ações para evitar mudar o curso da história.”
“Hmm… Isso tudo soa um pouco complexo, mas entendo que não é um presságio
bem para a humanidade.” Guilherme franziu o cenho.
“Se você estava ciente de tal ameaça, por que não avisou a todos?”
Claire repreendeu Dorothea. “Certamente, trabalhar juntos teria sido mais sensato do que invadir
todas as nações da esquerda e da direita.”
“Claire François, você não sabe nada de política. Em um mundo onde as nações
têm interesses muito diferentes, as palavras não têm peso algum.”
Havia uma infinidade de estruturas pelas quais uma nação podia interagir com outra:
pela força militar, economia, ideologia, moralidade. Destes, Dorothea acreditava que “sentar para
conversar” era o menos útil. Pessoalmente, eu discordei. Mas eu não podia negar que algumas
pessoas

tinha pensado como ela no Japão moderno.
“Bobagem,” Claire a repreendeu ainda mais. “Se as pessoas soubessem que

compartilhamos um inimigo comum que ameaçou a todos nós, elas ouviriam. Especialmente se
fosse você quem estivesse falando.
Dorothea balançou a cabeça como se estivesse exasperada pelo fato de Claire

não conseguia entender algo tão simples. “Ouça, eles fariam, e nada mais. Eles não veem razão
para agir enquanto nosso império existir para manter os demônios à distância.”
“Você poderia instigá-los a agir, assim como Philine fez.”
“Isso só funcionou porque eles me viam como um inimigo comum. Como eu disse,
nosso império é aquele que defende o mundo contra a invasão do território demoníaco. Por causa
disso, nenhuma outra nação percebe os demônios como uma ameaça séria.”
Ela tinha um ponto ali. Eu, pelo menos, nunca tinha considerado demônios
uma ameaça real durante meu tempo em Bauer.
“Isso não torna correto anexar outros países pela força!” Claire gritou.
"De fato. Eu nunca achei certo. Era simplesmente a minha melhor opção.
Mas eu falhei, graças a todos vocês,” ela disse com uma risada auto-irrisória.
“Eu entendo seus motivos, Dorothea,” eu disse. “Mas por que você acredita que
os demônios estão vindo para atacar com força total agora, de todos os tempos?”
"Eu suponho que você esteja ciente de que os demônios não podem entrar na capital imperial?"
ela perguntou.
“Por causa da barreira, certo?”
"De fato. Mas mesmo assim, os demônios ainda são capazes de enviar
espiões - como aquele que deixei fugir em meio à luta momentos atrás.
Lembrei-me de seu olhar anterior para um oficial imperial enquanto eles se afastavam.
Isso deve ter sido dito espião.
“A essa altura, aquele espião deve ter relatado aos demônios que eu matei
todos vocês, tornando esta a chance perfeita de atacar,” ela continuou.
"Eu vejo. Então, quando você disse que ia nos matar, foi tudo uma encenação?”
Claire perguntou.

Pessoalmente, se isso tivesse sido um ato, eu teria preferido que ela se conteve
um pouco mais.
“Não, eu quis dizer cada palavra,” Dorothea disse. “Se você tivesse falhado em sobreviver
ao meu poder, então você não teria correspondido às minhas expectativas de qualquer maneira. Se
qualquer coisa, eu estava pronto para ser morto e deixar tudo em suas mãos.”
“Philine, sua mãe é muito hardcore!” Eu gritei.
"Eu sinto Muito! Me desculpe!" Philine fez uma reverência incessante.
“Então, e agora? Não parece que estamos em condições de continuar isso

cume." William olhou em volta para os destroços ao redor. Todos os não-combatentes
haviam retornado agora que a luta havia terminado.
“Dorothea, quanto tempo você diria que temos até que os demônios estejam sobre nós?”
perguntou Dole.
Depois de pensar por um momento, ela respondeu: “Contando o tempo que levaria
para eles romperem todas as fortificações ao longo do caminho, eu diria duas semanas”.
"Duas semanas... Pode muito bem não ser nada." Dole fez uma careta. Era
duvidoso que duas semanas seriam tempo suficiente para convocar reforços de Bauer,
o país mais próximo de Nur — muito menos de todas as forças da humanidade.
“Eu estou supondo que você tem algo planejado, Dorothea? Eu sei que você não é de
fazer algo tão imprudente sem uma contingência,” Manaria disse quando apareceu.
"Irmã!" Claire mergulhou em seus braços. "Você está curado agora?"
"Sim. Me desculpe por ter feito você se preocupar, Claire.
Senti uma pontada de inveja, mas deixei as coisas deslizarem por causa do que
havia acontecido com Manaria. Além disso, Claire ainda era minha para abraçar sempre que
eu quisesse!
“Eu tenho algo planejado,” Dorothea respondeu a Manaria. “Uma enorme ferramenta
mágica está instalada em uma das fortalezas entre o território demoníaco e a capital. Se ativado,
vai acabar com os demônios e a fortaleza.”

Segundo ela, aquela ferramenta mágica era seu trunfo, criado com
a mais recente, melhor e mais avançada tecnologia do império. Aparentemente,
era tão poderoso que os mapas precisariam ser redesenhados após seu uso.
“Se você tivesse algo assim, por que você não o detonaria em território
demoníaco?” Claire perguntou.
“Não podemos simplesmente instalá-lo em qualquer lugar. Ele precisa de uma linha ley do cinturão vulcânico para
funcionar.”
Algo clicou em minha mente. “Dorothea… Você usou aquela magia?

ferramenta para fazer o Monte Sassal entrar em erupção? Eu perguntei.
“Você é afiada, Rae Taylor. Na verdade, eu fiz. Esta ferramenta mágica é capaz
de agitar as essências do fogo e da terra que correm ao longo da linha ley,” ela respondeu
sem um pingo de culpa.
Então foi assim. A razão pela qual a erupção aconteceu mais cedo
do que no jogo original foi porque o império havia puxado algumas cordas. Talvez o
império tenha sido a causa da erupção no jogo original também.
“Seu demônio!” Para minha surpresa, Thane agarrou a coleira de Dorothea. Sua
expressão melancólica habitual foi substituída por uma de pura raiva. “Você tem alguma
ideia de quantos dos meus cidadãos sofreram por causa dessa erupção?!
Mesmo agora, muitos estão à beira da fome!”
Como rei, Thane lamentou muito o sofrimento que seus queridos súditos
foram forçados a suportar após a erupção do Monte Sassal. Descobrir que o
desastre não tinha sido natural, mas sim causado pelo homem, era
compreensivelmente enlouquecedor.
“Não tenho desculpa,” disse Dorothea. “Queria conquistar seu país,

mas não tive o luxo de escolher meus meios.”
“Você não tem coração!” Thane rosnou.
"É assim mesmo? O que você quer que eu faça, então?”
“Não há nada que você possa fazer para compensar o que você fez. Vá para o
inferno."
“Ei, ei, ei, isso não é uma boa jogada, Sua Majestade,” eu disse. "Vamos pelo
menos obter um pedido de desculpas e algumas reparações dela." Enquanto eu simpatizava
em um nível emocional, tínhamos que olhar para o futuro.

“Estou disposta a atender a essa demanda”, disse Dorothea. “Isto é, se Philine também
estiver disposto.”
"Huh? M-eu?” Philine disse, não esperando que seu nome fosse mencionado.
“Sim, você, Philine. Eu abdico do trono para você.”
***
“Filina? Como imperatriz? Você está louco?" Perguntei a Dorotéia.
“E-ei, o que isso quer dizer, Rae?!” Philine estalou. "E

como é que você de repente parou de se dirigir a mim como 'Lady' Philine?!”
Olhei para Dorothea e Philine lado a lado, comparando-as. “Eu sei que Philine é
realmente bastante capaz quando ela tenta, mas comparada a Dorothea, ela é um pouco...
carente. Ah, e percebi que já era hora de deixar algumas formalidades.
“Odeio não poder refutar isso!” Filine reclamou. “E o que há com esse raciocínio
aleatório?!”
Philine era capaz, com certeza. Se ela não fosse, ela não teria conseguido formar a
aliança anti-Dorothea tão rapidamente. Mas eu duvidava que ela fosse capaz o suficiente para
ocupar o lugar de Dorothea. Mesmo quando ela se tornou imperatriz na rota revolucionária do
jogo, seus interesses amorosos a ajudaram em seu governo.
Ela não era como Dorothea, que governava por seus próprios méritos – ela era alguém cuja
habilidade de usar os outros era o que a fazia brilhar. Mas dado o quão baixos eram seus
níveis de afeição com os interesses amorosos, eu simplesmente não conseguia vê-los
ajudando-a agora.
"Eu sei, eu sei", disse Philine em derrota. “Eu não posso me tornar como mamãe, não
importa o que eu faça.”
“De fato, isso é verdade,” Dorothea comentou.
“Ah?!” O queixo de Philine caiu. "V-você não tem que concordar!"
“Não tire conclusões precipitadas. Não há nenhuma razão para você se tornar
como eu em primeiro lugar.”
Que estranho. Era quase como se Dorothea estivesse tentando encorajar

Filino.
"Você parece bastante insistente que Philine se torna imperatriz", eu disse. "Por que?"
"Processo de eliminação. Seria ultrajante deixar o trono para meus outros filhos, que só
me favoreceram. Philine mostrou a vontade de me fazer abdicar, mesmo que apenas por um
momento. Nenhum dos meus filhos é mais adequado para o trono do que ela.
“Mãe, você está me elogiando?” perguntou Filine.
"É claro. Eu abriria mão do trono se pensasse tão pouco de você?
"O-oh, uh, suponho que não."
Eu só agora estava percebendo que Dorothea poderia ser um pouco cabeça de vento. EU
não estava disposto a perdoá-la pelo que ela tinha feito, e eu queria que ela fosse punida de
forma justa, mas eu também não conseguia realmente odiá-la como pessoa.
Eu poderia fazer sem sua força monstruosa, no entanto.
“Teremos que adiar sua cerimônia de coroação devido às circunstâncias,”

Dorothea disse solenemente. “Mas a partir deste momento, você é a Imperatriz de Nur, Philine.”
Philine endireitou as costas e encontrou os olhos de sua mãe. “É uma honra”, disse
ela. Ela colocou a mão sobre o coração e se curvou, sua compostura ganhando de volta um pouco
da adoração que eu senti por ela mais cedo. Apenas alguns, no entanto.
Eu tinha minhas dúvidas se os outros filhos de Dorothea aceitariam isso deitados. Não achei
que nenhum deles se opusesse diretamente à decisão de Dorothea, mas esperava problemas para
Philine a longo prazo.
Pensando bem, com isso, o plano que Claire e eu havíamos planejado para manipular
o império chegou ao fim, e com sucesso retumbante!
Ufa. Tinha sido uma longa jornada e... bem, não havia nem tempo para relaxar, com os
demônios em nosso encalço. A vida era uma montanha-russa, tudo bem.
“Então, qual é o plano, Sua Majestade Imperial? Como estamos lutando contra os
demônios?” perguntou Guilherme.
"Huh? V-você está me perguntando?!” Filine entrou em pânico.
"Naturalmente", disse Dole. “Este é o império. Quem conhece melhor a configuração de

uma terra do que seu próprio povo? Não pretendemos fazer de você o líder de nossa aliança, com
certeza, mas a humanidade está em perigo. Estamos dispostos a

confiar temporariamente o comando de nossas forças a você.”
Eu não poderia dizer que invejava sua posição. Foi apenas seu primeiro dia de trabalho
e ela já tinha que bolar um plano de batalha contra os demônios — e tudo isso enquanto lidava
com as negociações com líderes de Sousse, Alpes e Bauer, para completar.
“II pode ser capaz de lidar com alguns assuntos políticos e diplomáticos, mas
comandar um exército está além de mim…” Philine disse hesitante.
Dole sorriu. “Você não precisa assumir tudo sozinho.

Você é a autoridade máxima do império, mas isso significa apenas que você está encarregado
de designar as pessoas certas para os empregos certos. E, por sorte, há alguém bem versado
na arte da guerra aqui.
“Ah... eu entendo agora. Então, mãe, posso pedir que lidere nossas forças?”
perguntou Filine.
"Eu recuso. Seria um mau exemplo para um perdedor político assumir o

comando. Se devo ser designado para algum lugar, deve ser como soldado de infantaria na
fronteira ou na linha de frente.”
"Oh não..." Philine disse desesperadamente.
Vamos agora, pensei. O que aconteceu com o legal Philine que corajosamente declarou
xeque-mate contra Dorothea apenas alguns momentos atrás?
“Se você é o perdedor, então você não tem a obrigação de fazer o que o vencedor
ordena?” Claire interrompeu. "Que direito você tem de ser tão arrogante, especialmente em uma
situação tão terrível?"
Sim, diga a ela o que está acontecendo, Srta. Claire!
“Humph...” Dorothea franziu a testa.
“Além disso,” Claire continuou, “se alguém de sua posição fosse um soldado de
infantaria, não haveria ordem no campo de batalha. As linhas de frente estariam um caos.”
"Mas-"
“Apenas fique quieto e aceite a posição. Philine, sinta-se à vontade para fazer pleno
uso dela.
“Obrigado, Claire. Hum, eu não pude deixar de notar que você parou
usando 'Lady' para se dirigir a mim também.”

“Você prefere que eu faça?”
"De jeito nenhum! Estou mais do que feliz em abrir uma exceção para você! Parece que nos
aproximamos!”
Uh-oh. Senhorita Imperatriz estava começando a ficar à frente de si mesma.
“Como Dole disse, este é o império, então estou disposto a deixar você assumir a
liderança por enquanto”, disse Manaria. “Eu suponho que a fortaleza com a ferramenta mágica
instalada vai desempenhar um papel na nossa estratégia de batalha?”
Manaria falou como se ela fosse a verdadeira líder de seu recém-formado

aliança. Supus que isso fazia sentido, já que Sousse era o segundo país mais poderoso
da aliança atrás do império, já que Bauer ainda estava se recuperando dos efeitos
posteriores da erupção. Claro, o novo poder internacional unificado que ela imaginou seria aquele
que agiria sem um líder definido, mas isso não estava aqui nem ali.
“Deveria,” Dorothea disse. “Nossa estratégia provavelmente envolverá atrair o maior

número possível de demônios ao seu alcance.”
“Precisamos descobrir uma maneira de evitar que nosso próprio pessoal seja pego pela
explosão”, disse William.
“Seria preferível se pudéssemos reunir informações sobre as forças inimigas”,

disse Dole.
Os três começaram uma discussão de estratégia completa. Não havia espaço para um
amador como eu falar.
“Parece que nosso plano de manipular o império se concretizou”

disse Claire.
"Senhorita Claire..."
“Nós conseguimos, Rae.”
"Sim nós fizemos. Mas ainda não estamos fora de perigo.”
"De fato. Um ataque demoníaco e uma Rainha Demoníaca. Nem é algo que podemos
ignorar prontamente.”
Olhei para seu rosto de perfil enquanto ela fazia esta declaração com firmeza. Ela parecia
tão nobre como sempre. Eu teria me apaixonado por ela ali mesmo, se já não tivesse me
apaixonado há tanto tempo.
“Houve alguma menção da Rainha Demônio em seu livro de

profecias?” ela perguntou.
“Nem um pouco,” eu disse. “Não havia muitas menções a demônios.”
“Entendo... O império também não parece ter muitas informações sobre a Rainha
Demônio. Seria vantajoso para nós se tivéssemos algum tipo de pista.
“Posso não saber nada sobre ela, mas acho que conheço alguém que possa saber.”
"Sério? Você deveria ter mencionado isso antes. Quem é esse?

Sr. Torrid?
“Embora ele possa saber de alguma coisa, posso pensar em outra pessoa com muito
mais probabilidade de saber.”
"Quem?"
“Nós os conhecemos quando visitamos o Sr. Torrid, lembra? Eles falaram

como se eles soubessem muito mais do que nós.”
Além disso, por sua escolha de palavras, eles pareciam ter algum tipo de
amarrar a Claire e a mim, assim como os demônios pareciam.
— Você ainda não os esqueceu, não é? Eu perguntei. "Eu estou falando

sobre o apóstolo”.
***
“Você está procurando uma maneira de conhecer o apóstolo?”
No dia seguinte ao encontro, Claire e eu fomos visitar o Sr. Torrid.
"Eu sei um jeito..." ele pausou, cauteloso. “Mas por que você quer conhecê-los?”
“Nós gostaríamos de aprender mais sobre a Rainha Demônio,” Claire disse. “Até
Dorothea parece temê-la.”
“Claro, gostaríamos de verificar se você também sabe de alguma coisa, Sr.

Tórrida,” acrescentei. “Mas achamos que o apóstolo tinha certeza de saber alguma coisa.”
"Entendo..." Ele assentiu em compreensão. “Infelizmente, ontem

O encontro foi o primeiro que ouvi falar dessa Rainha Demônio. Lamento não poder ajudar mais lá.”
“Então não temos escolha a não ser perguntar ao apóstolo”, disse Claire.
“Parece que sim. Pessoalmente, eu aconselharia contra isso. O apóstolo é movido por um
conjunto de valores diferente do que nós, humanos.
"O que você quer dizer?" Claire perguntou.
“Como você os ouviu admitir diretamente, o apóstolo não é humano. Mas o

mistério envolvendo sua existência é ainda mais profundo do que isso. Por um lado, eles parecem não
se importar nem um pouco com a vida de humanos individuais.” Havia alguma amargura nas palavras do
Sr. Torrid que ele não conseguia esconder completamente.
"Aconteceu alguma coisa?" Claire perguntou.
“O apóstolo começou a me monitorar no momento em que perdi minha filha”, disse ele
após uma pausa. “Eu sabia desde o momento em que eles apareceram que eles eram poderosos. Eles
disseram que tinham laços com o Espírito de Deus, então eu implorei a eles que trouxessem minha filha de
volta à vida.”
"O que aconteceu?" Eu perguntei.
"Nada. Disseram que não se importavam com a vida da minha filha. Mas o
a maneira como eles expressaram foi estranho... algo sobre como isso já havia acontecido.
Enigmático como sempre, aquele apóstolo.
"Você me faz parecer sem coração", disse uma voz.
A voz me assustou também. Nem Claire, Sr. Torrid, nem eu tínhamos

notou a quarta parte na sala até então.
"Apóstolo!" O Sr. Torrid exclamou.
“Olá, Magia Tórrida. Então era assim que você pensava em mim? Eu não tinha ideia de que lhe
causei tanto sofrimento. Mas lamento dizer que trazer um humano de volta dos mortos é proibido para mim.”
Sorrindo para nós estava uma freira que eu não reconheci. Parecia que Lilly não era a
única pessoa que o apóstolo poderia possuir, se essa era a palavra certa para o que eles faziam.
Deixando isso de lado, eu estava curioso para saber como essa freira conseguiu se aproximar
de nós sem fazer barulho. Eu poderia entender se fosse Lilly, com

seu treinamento, mas essa freira parecia tão simples quanto parecia. O apóstolo foi
capaz de aumentar os atributos físicos, ou talvez até mágicos, de uma pessoa quando
ela assumiu seu corpo? Isso soou meio conveniente. Eu não me importaria de ter essa
habilidade.
“O momento perfeito,” Claire disse. “Temos algumas perguntas para você.”
“Por favor, pergunte, Claire François.”
“Você conhece a Rainha Demônio?”
O apóstolo sorriu. "É claro. Ela é nossa inimiga.”
“Por 'nosso' você está se referindo à Igreja Espiritual?”
“Não exatamente. Ela é inimiga da Igreja Espiritual, sim, mas também é inimiga de
toda a humanidade, incluindo você e Rae Taylor lá.” Seu sorriso permaneceu engessado
no lugar. “Nossos interesses se alinham, então por que não trabalhamos juntos?”
Eu não confiava nela nem um pouco.
“Então nos diga o que você sabe sobre a Rainha Demônio,” Claire disse.
“Infelizmente, neste momento, não tenho autoridade para lhe dizer nada.”
"O que?! Mas você acabou de dizer que queria que trabalhássemos juntos!” Claire
rebateu.
O apóstolo apenas evitou a questão. “Eu fiz, mas isso não muda o que eu posso
e não posso fazer.”
"Por que você-"
"Por favor, acalme-se, Srta. Claire," eu interrompi. “Apóstolo, se você não

tem a autoridade, então, por favor, faça um pedido para um de seus superiores para
nos ajudar.”
“Isso não é possível no momento.”
“Atualmente, hein?”
“Sim, atualmente.”
Em outras palavras, pode ser possível mais tarde. O problema era quando isso
mais tarde seria.

“Mas... suponho que posso dar um conselho”, disse o apóstolo.
"Sim?" Claire disse com expectativa.
“Claire François, Rae Taylor – vocês dois devem flertar mais.”
"Huh?" Eu não podia acreditar em meus ouvidos. Eu ouvi isso certo?
“Não temos tempo para suas piadas!” Claire gritou.
"Eu não estou brincando. Se você vai lutar contra a Rainha Demônio, é isso que você deve
fazer.”
Huh? Ela estava falando sério?
“Eu não quero nada mais do que flertar com a senhorita Claire eu mesma,” eu disse, “mas o que
isso tem a ver com lutar contra a Rainha Demônio?”
“Não posso divulgar isso neste momento, mas será importante.”
"Isso está certo?"
“Sinto muito, mas tenho meus motivos. Ah, e mais uma coisa: não ligue para o que a Rainha
Demônio diz.”
Ainda mais palavras enigmáticas.
O apóstolo continuou: “Derrote-a o mais rápido que puder sem ouvir o que ela diz. Se você
perder tempo tentando entendê-la, você só vai acabar sendo derrotado.”
“Dizer isso só me faz querer ouvi-la ainda mais.”
“Você é bem-vinda, Rae Taylor, mas pode custar-lhe o dinheiro de sua amada.
vida."
Eu fiz uma pausa. “Você com certeza sabe o que me deixa excitado. Mas acho que não deveria
esperar menos daqueles que controlam o mundo nos bastidores.”
“Que palavras gentis. Mas não controlamos o mundo; nós apenas o ajustamos. Estamos do
lado da humanidade, na verdade.”
“Eu me pergunto sobre isso.” As palavras do apóstolo podem não ter sido uma mentira, mas
eu estava convencido de que não eram toda a verdade.
Claire suspirou. “Não há como perder tempo flertando em um momento de crise como
esse.”
“Mesmo se eu dissesse que o sucesso da próxima batalha dependia de

isto?" disse o apóstolo.
"Ngh..." Claire gemeu. Parecia que o apóstolo sabia exatamente o que dizer para
torcer o braço de Claire também.
“Não deveria ser tão difícil”, disse o apóstolo. “Você já está flertando a cada
momento livre que tem.”
"Absurdo! Nós não somos!” Claire insistiu.
"Huh?"
"Huh?"
"Huh?"
Sr. Torrid, o apóstolo, e eu trocamos um olhar. Eu, pelo menos, estava

autoconsciente de como Claire e eu tendíamos a ser.
“Torrid Magic”, disse o apóstolo, “vai negociar com Thane Bauer e Dole François
para garantir a esses dois mais algum tempo livre”.
O Sr. Torrid suspirou. "Acho que não tenho o direito de recusar?"
“Por que você faria isso? Isso é para o benefício da humanidade. Você não acha
que Emily Magic também gostaria disso?
“Por favor, não fale como se você entendesse minha filha.”
Ao que parece, Emily era o nome da falecida filha do Sr. Torrid.
“Vou ajudar a preparar o palco também”, disse o apóstolo. “Então, Claire François,
Rae Taylor, por favor, flertem o quanto quiserem. Pelo bem da humanidade, é claro.”
Sem dizer mais nada, o apóstolo partiu.
***
"Uh…"
"Incrível."
Claire e eu ficamos sem palavras com a visão diante de nós.
Estávamos em um resort de propriedade do império, um com uma casa de madeira na praia

de um grande lago na capital. Philine e Thane nos deram permissão para tirar uma folga.
Claro, não podíamos dizer exatamente a eles que precisávamos de tempo para flertar, de todas
as coisas, então, em vez disso, dissemos que queríamos nos recuperar depois de toda a
agitação das últimas semanas. Thane e Dole já se opunham à ideia de assumirmos mais
trabalho em primeiro lugar, então eles prontamente concordaram com nosso pedido. Eles
estavam um pouco mais relutantes em concordar com nossa participação na próxima batalha
contra os demônios, mas eles acabaram cedendo, como eu esperava que fizessem. Embora
fosse um pouco imodesto dizer isso, não havia como eles escolherem não fazer uso de nossa
força.
De qualquer forma, Claire e eu estávamos assistindo May e Aleah brincarem na água.

O lago tinha um longo trecho de água rasa, então deixamos eles brincarem o quanto quisessem,
desde que não entrassem nas partes mais profundas. No começo, eles faziam coisas normais,
como jogar água um no outro e nadar, mas logo se cansaram disso e começaram a encontrar
novas maneiras de brincar.
“Pronta, Aleah?”
“Quando você estiver, maio!”
Com um aceno de sua mão, May soltou uma explosão de magia condensada e fez com
que algumas ondas se formassem. E eu não quis dizer ondulações fofas, mas ondas que você
pode ver em uma enorme piscina de ondas no Japão moderno, do tipo que pode engolir adultos
com facilidade.
Aleah, um galho de árvore na mão, cortou as ondas quando elas vieram.

Logicamente falando, não havia como um galho de árvore de todas as coisas fazer um estrago
nas ondas gigantes que May convocou. E ainda assim Aleah os separou com uma intensidade
que me lembrou Dorothea.

"Hum... Senhorita Claire?" Eu comecei.
“Sim, Rae?”
Tínhamos colocado uma mesa e algumas cadeiras no terraço da casa de toras, de onde
observávamos as crianças com espanto.
“Eu só estava pensando…”

"Sim?"
“Talvez as meninas já sejam mais fortes que nós?”
"Que coincidência. Eu estava pensando a mesma coisa."
Eu sempre pensei em May e Aleah como talentosas, mas isso foi inesperado.
Pelo que pude ver, May estava fazendo tudo isso com pura magia sem atributos; e Aleah
estava, bem, usando uma vara. Claire e eu tínhamos experiência real de luta, então provavelmente
ainda estaríamos melhor em uma luta, mas aqueles dois provavelmente estavam à nossa frente
em termos de força bruta. Eu definitivamente não permitiria tal coisa, mas hipoteticamente falando,
eles eram fortes o suficiente para se defender em uma batalha.
"É um pouco preocupante", disse Claire.

“Hum? Como assim?"
“Eles ainda estão na escola primária... Se as coisas correrem mal,

pode haver algumas complicações.”
"Ah..."
Os gêmeos viam suas próprias habilidades como normais, mas o mesmo não podia ser
dito das crianças ao seu redor. Para melhor ou para pior, as crianças desconfiavam daqueles que
eram diferentes. Se os gêmeos fossem considerados gênios pelas outras crianças, então tudo
estaria bem, mas havia uma chance diferente de zero de que eles fossem ostracizados por suas
diferenças. Era fato que May já havia se recusado a ir à escola um dia por algo semelhante.
"Interessante. Um com quatro cores e outro incolor. Que raro.”
"Uau?!" Claire se assustou com a voz repentina de um terceiro. EU

gostei da expressão surpresa de minha amada, embora também sentisse um pouco de
exasperação.

“De novo, apóstolo?” Eu disse. "Quantas vezes eu tenho que dizer para você não se
aproximar de nós assim?"
"Me perdoe. Não quero dizer nada com isso.”
O apóstolo estava com um dos dois guarda-costas de May e Aleah.

Como mencionei brevemente antes, os guarda-costas dos gêmeos foram contratados por
Dole. Ambas eram mulheres. O que o apóstolo estava atualmente possuindo era na verdade
meu ex-chefe e um rosto familiar para Claire.
"Vejo que você escolheu a empregada sênior hoje", disse Claire.
“Era ela ou a outra pessoa por perto.”
De fato, esse guarda-costas era na verdade a empregada sênior da família François de

quando sua casa ainda era nobre. Eu a conhecia como uma doméstica habilidosa, mas só
recentemente descobri que ela também era uma guarda-costas capaz. Imagine minha surpresa
quando Dole nos apresentou.
Em outra nota, parecia que os membros da Igreja Espiritual não eram as únicas pessoas
que o apóstolo poderia possuir, como eu havia presumido. Isso significava que eles poderiam
possuir Claire e eu também?
“Na verdade, não podemos. Vocês dois são exceções. Se pudéssemos, não teríamos
tantos problemas em primeiro lugar.”
“Você não pode ler minha mente assim?” Eu perguntei.
"Oh. Me perdoe."
Como sempre, tudo o que o apóstolo disse estava carregado de

significado oculto.
“O que você quis dizer com seu comentário agora, apóstolo?” Claire disse, sua expressão
dura. “Eu posso entender May, com seus quatro atributos, mas não pense que eu vou deixar você
escapar facilmente se você zombar da falta de aptidão mágica de Aleah.”
“Não, não, não foi isso que eu quis dizer nem um pouco. A disposição incolor de
Aleah Barbet é genuinamente rara.”
"Huh? Eu só tenho mais perguntas agora,” Claire disse. “É o nome de família de

'Barbet' Aleah? Você conhece o passado de Aleah? E o que é essa 'disposição incolor'?”
“Permita-me explicar.” Com isso, o apóstolo saiu para buscar uma cadeira de dentro da
casa de toras, voltou e sentou-se conosco. Não era realmente tão grande

um acordo, mas para alguém que nos disse para flertar, eles com certeza estavam atrapalhando.
“É claro que conhecemos os antecedentes de May e Aleah Barbet. Conhecemos a história de toda
a humanidade.”
"É assim mesmo? Então você conhece os pais deles?” Claire perguntou.
"Sim. Eles são falecidos, como você já sabia. Os gêmeos têm vários parentes vivos,
mas nenhum deles amou as crianças o suficiente para cuidar deles.”
A maneira como o apóstolo falava era tão objetiva e impessoal. Eu sabia

era porque não importava para eles, mas ouvir sobre as circunstâncias de May e Aleah
novamente me deixou lutando com uma onda de raiva.
“Mas eles têm você agora”, disse o apóstolo. “Quanto à sua outra pergunta, a disposição
incolor de Aleah Barbet é o oposto de Dorothea Nur.”
"Que significa?" Claire perguntou.
“Assim como a disposição de Dorothea Nur nega toda magia, a de Aleah Barbet
disposição incolor permite que ela armazene qualquer magia.”
“E o que isso significa?” Claire empurrou ainda mais.
“Seria melhor mostrar a você do que explicar. Por favor, chame os gêmeos.”
Claire e eu trocamos um olhar, mas não vimos motivo para dizer não, então fizemos
exatamente isso.
“O que é, Mama Rae? Estávamos apenas na parte boa!” disse maio.
“Ainda não é hora da soneca, mães!” disse Alah.
As meninas ainda pareciam cheias de energia. Como mãe deles, isso me deixou
realmente feliz.
"Senhorita May, Senhorita Aleah, suas mães disseram que gostariam de ver sua
técnica secreta”, disse o apóstolo, fingindo ser a empregada sênior.
Técnica secreta? Eu me perguntei.
“O quê? Você contou a eles? Maio gemeu.
“Queríamos praticar mais antes de surpreendê-los!” Aleah reclamou.
“Perdoe-me, eu acidentalmente deixei escapar. Mas suas mães disseram que

Adoraria ver isso."
"Humph... Okay," May disse um pouco mal-humorada.
“Vamos demonstrá-lo, então!”
May e Aleah se afastaram um pouco do terraço.
“Não pisque, Mama Rae, Mama Claire! Pronta, Aleah?
"Preparar!"
Eu assisti quando May criou uma flecha de fogo em sua mão e atirou em Aleah.
"Não!" Eu gritei.
Claire e eu rapidamente convocamos balas mágicas para tentar derrubá-lo, mas o

apóstolo nos bloqueou com a mão. "Por favor assista."
Assim como eu pensei que a flecha de fogo atingiria Aleah, ela desapareceu em um
brilho vermelho ao redor do corpo de Aleah, como se tivesse sido absorvido.
"Huh…? O que é que foi isso?" Eu disse.
“Essa é sua disposição incolor no trabalho”, disse o apóstolo. “Ela não pode
usar magia por conta própria, mas pode absorver todo tipo concebível de magia e usá-la
como seu próprio poder.”
Huh? Espere, a capacidade de absorver magia não seria ainda mais forte do que a
capacidade de Dorothea de anulá-la?
“Mães, por favor, observem-me! Estou pronto, maio!”
"Ok!"
Desta vez, May jogou uma pedra em direção a Aleah.
“Olá!” Com um grito e um balanço de sua bengala, Aleah cortou a pedra

ao meio, incendiando-o ao fazê-lo.
“Aquela técnica que Aleah Barbet acabou de demonstrar – vamos chamá-la de

Spell Sword por uma questão de brevidade – é capaz de cortar até mesmo a Nulificação
Mágica de Dorothea Nur. Anteriormente, você levantou a hipótese de que os gêmeos podem
ser mais fortes do que você, mas você não tem a menor ideia. Juntos, eles poderiam rivalizar
até com a ex-imperatriz.” O apóstolo riu. “É claro que seus pontos fortes estão em uma
direção totalmente diferente.”

***
Depois de conversar um pouco conosco, o apóstolo foi embora para que

pudéssemos passar algum tempo de qualidade a sós com a família. Todos nós brincamos
no lago, fizemos e jantamos (naturalmente, nos certificamos de que Claire se abstivesse de
cozinhar), e fomos capazes de ir com calma e relaxar pela primeira vez em muito tempo.
Nós nos certificamos de avisar os gêmeos para serem cuidadosos ao usar seus
próprios poderes, tanto para dissipar as preocupações de Claire quanto para seu próprio
bem. Nós os fizemos prometer nunca usar seus poderes de forma imprudente e, especialmente,
nunca usá-los contra um amigo ou conhecido, explicando que seu poder poderia facilmente
deixar os outros com medo deles. Eu estava preocupado que seria muito difícil para eles
entenderem, mas eles prontamente concordaram. Talvez eles pudessem compreender nossas
preocupações porque eles experimentaram algo semelhante antes devido à maldição em seu
sangue.
Depois da nossa conversa difícil, brincamos com os gêmeos. Claire e eu sempre

ficávamos exaustos depois de brincar com eles, já que as garotas gostavam de jogos que
lhes permitiam mover seus corpos mais do que coisas como brincar de casinha. Mas eu não
me importava com esse tipo de exaustão. Havia algo de gratificante nisso, ao contrário da
exaustão que senti depois de lutar contra demônios ou Dorothea.
“As gêmeas estão dormindo profundamente agora,” eu disse.
“Eles devem estar cansados de tanto jogar hoje.”
Depois de um dia inteiro de diversão, as meninas estavam exaustas. Eles

começaram a cochilar no meio do jantar, então nós rapidamente os fizemos escovar os
dentes e tomar banho, ponto em que eles estavam praticamente contando ovelhas. Com
muito sono para andar, tive que carregá-los para o quarto deles. Percebi que eles tinham
ficado mais pesados novamente, prova de que estavam crescendo.
“Eles ficaram muito felizes em passar um dia inteiro com você pela primeira vez em
muito tempo,” eu disse.
“Tenho certeza que eles ficaram tão felizes em passar o dia com você, Rae.”
"Bem... eu me pergunto sobre isso." Eu sabia com certeza que os amava, mas
Às vezes eu tinha minhas dúvidas se eles me amavam de volta.
“Isso não é justo com eles. Eles te adoram, sabe? Eu poderia vê-lo em

seus olhos durante o jantar.”
“Eles certamente amam minha comida, suponho.” Huh. Eu me perguntei por que me senti
estranhamente autodepreciativa hoje? No meu coração, eu sabia que eles me amavam de volta, e
ainda assim...
"Heh heh. Então até você tem momentos como esse,” Claire deu uma risadinha.
"Como o quê?"
“Momentos em que você quer ser confortado. Sejam problemas com amigos ou familiares,
problemas com a criação dos filhos, problemas políticos ou diplomáticos, ou mesmo conflitos com
demônios, você é quase sempre quem me conforta. É uma lufada de ar fresco ver você dependendo de
mim pelo menos uma vez.” Claire abriu os braços, me convidando para um abraço. Eu não estava
totalmente satisfeito com sua resposta, mas estava mais do que feliz em mergulhar em seus braços.
“Eu poderia jurar que dependia de você para conforto várias vezes,” eu disse.
"De jeito nenhum. Você sempre se mostra corajoso, especialmente desde que chegamos
ao império. Você não deixa nenhuma fraqueza aparecer por preocupação conosco.”
"Sério? Mas fiquei muito abalada quando May e Aleah foram sequestradas.”
Eu ainda estava envergonhado de como eu tinha perdido a calma naquela época. Eu não acho que eu
poderia viver isso.
“Assim como eu. Qualquer um estaria em tal situação. Se eu parecesse calmo

para você então, era apenas porque você estava muito mais em pânico.”
"Me desculpe por ter causado tantos problemas."
“Heh heh, de jeito nenhum. Especialmente quando você me apoiou tanto.

Nós dois somos do tipo que fica calmo quando nosso parceiro perde a compostura, não somos?
Ela passou os braços em volta de mim, me acalmando com seu calor. Ainda
em seu abraço, dei-lhe um beijo nos lábios.
“Muita coisa aconteceu desde que chegamos ao império”, disse ela.
"Você disse isso."
“Tivemos nossa audiência com Dorothea, matriculada na Academia Imperial, e

conhecemos Philine e todos os outros.”
“Lembra-se da visita do papa? Isso com certeza era algo.” Nunca em um

milhões de anos eu teria pensado que me tornaria um dublê de corpo.
“Até ajudamos a melhorar a culinária do império. Ah, e nós tivemos uma bola.”
“Ainda não consigo acreditar que Aleah se tornou discípula de Dorothea.”
“Lembra quando May nos ajudou a abrir a Caixa do Proibido?”
“Houve aquela época em que pensamos que nosso plano havia chegado ao fim com Philine
sendo exilado.”
“Os incidentes com Joel, Eve e Lana permanecem vívidos em minha mente.”
E ainda me lembrava de como me senti sem esperança quando minhas filhas

foram sequestrados.
Ela continuou: “Nós realizamos o cume, onde Philine encurralou Dorothea, e agora aqui estamos.
Tem sido alguns meses tumultuados.”
"Você fez bem, senhorita Claire."
"Assim como você, Rae."
Nós rimos, então nos beijamos novamente.
“Você acha que é isso que o apóstolo quis dizer com flertar?” Eu perguntei.
"Certamente. Mas ainda não consigo ver como isso nos ajudará a derrotar os demônios.”
“Hmm… Talvez o amor seja a única força que pode impedir um ser que quer destruir o
mundo!”
“Não seria legal se fosse assim tão simples?”
Qualquer que tenha sido o verdadeiro propósito de nosso flerte, os dois

nós certamente não tivemos escrúpulos em continuar com isso.
"Você acha que podemos vencer os demônios, senhorita Claire?"
"Claro que podemos. E assim que tudo estiver resolvido, voltaremos para nossa casa em Bauer.”
É claro. Nossa casa estava esperando por nós. Para isso, tivemos que lutar contra a invasão
vindoura, venha o inferno ou a maré alta.
“Estou um pouco preso ao que Dorothea disse que a Rainha Demônio disse
ela,” eu admiti.

“Sobre história e tudo isso?”

"Sim."
As palavras que a Rainha Demônio falou com Dorothea, “Matar você alteraria
muito o curso da história”, me fizeram pensar. Era quase como se ela também conhecesse
os eventos de Revolution e Revo-Lily.
“Talvez a Rainha Demônio seja uma filha perdida dos espíritos,” eu disse, “como
Eu."
“Mas ela não teria que ser humana para isso? Poderia o governante do
demônios seja isso?”
"Não sei…"
Nos livros que li na minha vida passada, havia muitas histórias de pessoas
reencarnando como vilões em outros mundos. Se a Rainha Demônio fosse uma pessoa
assim, então seu comentário para Dorothea faria sentido. No entanto, a pergunta
permanecia: por que ela queria destruir o mundo?
"Rae... você está tremendo."

"Estou com medo, senhorita Claire."
“Da Rainha Demônio?”
"Sim. Se ela sabe o que está por vir, então ela tem uma vantagem incrível
sobre nós. Meu livro de profecias só me mostrou os eventos que levaram à derrota
de Dorothea. De agora em diante, estamos lutando às cegas.”
O conhecimento preventivo do que estava por vir e quem estava envolvido com
quem era uma vantagem significativa. A única razão pela qual uma pessoa normal sem
características redentoras, como eu, conseguiu se atrapalhar com sucesso até agora foi
porque jogar Revolution e Revo-Lily me deu uma visão dos eventos e resultados deste
mundo. Mas eu não tinha mais esse poder.
“Eu não poderia me importar menos se eu morresse, mas tenho medo de perder você e os
gêmeos.”
“Ei, nada disso, Rae.” Claire levemente me deu um tapinha na testa. Eu não tinha
força de vontade para fazer minha piada de sempre sobre como até a dor era uma
recompensa se viesse dela. "Você se lembra como, quando May e Aleah foram
sequestradas, você me disse que nós quatro definitivamente voltaríamos um para o outro?"

"Sim…"
Claire sorriu tão brilhantemente quanto uma rosa em plena floração. “Bem, é minha vez de
dizer agora: não vou deixar nenhum de nós morrer. Nós quatro voltaremos para nossa casa em Bauer
juntos e inteiros.”
"Eu simplesmente não sou páreo para você, Srta. Claire."
"Claro que não. Quem você acha que eu sou?"
“Minha querida, querida amada.”
“Heh heh, acho que está certo.”
Nós naturalmente nos abraçamos e nos beijamos.
“Eu me pergunto se o apóstolo está nos observando agora”, ela meditou.
“Deixe-os assistir. Um pouco de exibicionismo. Do jeito que você gosta.”
"O que-eu não tenho essa inclinação sexual!"
“É o que você diz, mas seu coração acelera três vezes mais rápido do que o normal quando nos
beijamos quando alguém está olhando.”
"I-isso não pode ser...!"
"Sim. Estou brincando."
“Raeee!” Ela começou a bater seus punhos contra mim. Claro, mesmo isso
a dor era uma recompensa, pois vinha dela.
"Senhorita Claire?"
"O que? Eu não posso acreditar que você arruinou um bom humor.
"Eu te amo."
"Ugh... Você pode ser tão injusto."
"Você não vai dizer isso de volta para mim?"
“Eu não vou. Essas palavras não podem nem começar a descrever o que sinto por você.”
Claire me puxou para mais perto e sussurrou baixinho no meu ouvido: "Você significa mais do que o
mundo para mim, Rae."
Uma súbita sensação de euforia tomou conta de mim. "Devemos nos retirar para o nosso
quarto, Srta. Claire?"
"Sim, vamos."

Com a invasão demoníaca no horizonte, as cortinas caíram em nossos breves dias

de descanso.
***
"Obrigado a todos por terem vindo. Venho por este meio anunciar o início do
reunião de estratégia de contra-invasão”, começou Philine.
Estávamos em uma sala de conferências dentro do castelo imperial. Os

presentes incluíam Philine, Dorothea, Josef, Hilda e muitos outros do império, bem como
numerosos rostos de Sousse, dos Alpes, Bauer e da Igreja Espiritual. Não seria exagero
dizer que todos os principais representantes da humanidade estavam presentes.
“Vamos começar analisando a situação atual. Hilda, você pode explicar onde os
demônios estão localizados atualmente?”
"Agora mesmo. Todos, por favor, consultem este mapa aqui.”
Com um bastão apontador, Hilda indicou um mapa espalhado pela parede, que
mostrava o império e seus arredores. No mapa, o território demoníaco estava situado a leste
do império. Um total de seis fortalezas ficava entre o território demoníaco e a capital imperial.
“Atualmente, os demônios conquistaram a segunda fortaleza e cercaram a

terceira”, disse ela. “A terceira fortaleza é comandada pelo bravo general Sascha, mas chegou
um mensageiro para dizer que não vão durar mais do que alguns dias.”
“Então nem mesmo Sascha pode segurá-los,” Dorothea gemeu.
De acordo com a explicação de Hilda, Sascha era um famoso general que nunca
deixou de repelir os avanços dos demônios – até agora.
“O exército de demônios é maior do que nunca, e agora é composto em grande

parte por monstros relativamente inteligentes como goblins e orcs”, explicou Hilda.
"Você está dizendo que foi o suficiente para sobrecarregar Sascha?" perguntou
Doroteia.
"De jeito nenhum. Parece que os goblins e orcs, que normalmente fogem do

No momento em que uma batalha azeda, estão avançando com abandono imprudente e
não demonstram nenhuma consideração por suas vidas. É como se eles temessem algo mais do
que a morte.”
“Humph... Que curioso,” Dorothea disse.
“Parece que os demônios estão apostando tudo nessa invasão”, Manaria

disse.
A invasão parecia ser tão importante para eles.
“Exatamente quanto tempo temos até que eles cheguem até nós?” perguntou
Guilherme.
“No ritmo atual, cerca de uma semana, temo”, disse Hilda.
"Entendo... Os reforços de Bauer podem não chegar a tempo, então", disse Dole
amargamente. Ele havia enviado uma mensagem solicitando reforços para Rod no momento em
que soubemos da invasão. Infelizmente, não importa o quão habilidoso o próprio Rod pudesse ser,
levava tempo para mover um exército. Era duvidoso que conseguissem chegar a tempo.
“Qual fortaleza instalou a ferramenta mágica que Dorothea mencionou?” Yu

perguntou.
“Essa seria a quinta fortaleza,” Hilda respondeu com naturalidade.

“E a única coisa entre a quinta fortaleza e a capital é a sexta.”
Ou seja, o sucesso da nossa quinta estratégia de fortaleza estava diretamente atrelado à

segurança do capital.
“Essa ferramenta mágica está pronta para uso?” Thane perguntou.
“Sim,” Hilda confirmou. “A ferramenta mágica—designação oficial 'Magical Ordnance:

Inferno'—está totalmente operacional. O problema é se podemos atrair com sucesso o exército
inimigo para seu alcance. Por favor, dê uma olhada neste mapa ampliado aqui.” Ela moveu o
ponteiro para o mapa vizinho.
“Este mapa mostra o terreno ao redor da quinta fortaleza. Como você pode ver, a quinta fortaleza
é cercada por montanhas, tornando-se uma fortaleza natural. A única maneira de passar por ela é
forçar seu caminho diretamente ou fazer um grande desvio e atacar a capital pelo norte.”
“Acho que seria um problema para nós se eles escolhessem levar o

Desvio?" Eu perguntei.

"Correto. Embora o exército deles demorasse para chegar à capital, não poderíamos usar
o Inferno. Há outra fortaleza no norte, mas não podemos instalar o Inferno lá.”
“Então nós temos que de alguma forma atrair os demônios para a quinta fortaleza,”
disse Claire.
"Temo que sim."

Mas como?
“Temos certeza de que o inimigo não sabe sobre o Inferno?” perguntou Manaria.
"Absolutamente. A existência do Inferno foi mantida em segredo de todos, exceto

alguns muito seletos no exército. Os espiões demoníacos que Lady Dorothea
conscientemente permitiu vagar parecem estar cientes de que temos uma arma poderosa, mas o
que e onde ela está permaneceu estritamente confidencial. A probabilidade de um vazamento é
imensamente pequena, fique tranquilo.”
Hilda parecia bastante segura de si. Para o nosso bem, eu esperava que ela estivesse certa.
“Deixando de lado se os demônios sabem da existência do Inferno,”

Philine disse com alguma preocupação, “como as coisas estão, fazer um desvio pela rota do norte
parecerá um pouco mais fácil para os demônios do que forçar um caminho pelo leste. Se não
pudermos fazer algo para dissuadi-los dessa estratégia, não teremos a chance de usar o Inferno.”
“E se estacionarmos forças ao longo da rota norte?” sugeriu Thane.
“Já há vários soldados estacionados lá. Mas estacionar

o suficiente para fazer a rota parecer intransitável poderia ter o efeito oposto, e também
enfraqueceria muito as defesas da fortaleza”, disse Philine.
"Huh? E-então como o império lutou contra os demônios até agora?”

perguntou Lilly.
Acho que ela estava tentando dizer que o império parecia terrivelmente com poucos
funcionários para uma situação como essa.
“Lilly Lilium,” Dorothea disse, “os demônios não são a única ameaça
o império. Tanto a existência da Rainha Demônio quanto meus verdadeiros motivos permanecem
desconhecidos para outros países. Se diminuirmos a segurança em nossas fronteiras, corremos o
risco de invasão de territórios humanos”.

“Que surpresa,” Misha resmungou. “Se não são as consequências de

suas próprias ações.”
Para ser honesto, senti o mesmo.
“O que está feito está feito,” Dorothea respondeu. “Temos que nos conformar
o que temos agora, não ruminamos sobre como as coisas poderiam ter sido.”
“Ah. Você não está errado, mas estou surpreso que você possa ser tão impenitente sobre
isso,” Yu retrucou com um sorriso no rosto.
Mais uma vez, tive que concordar.
"Não vamos sair muito do caminho", disse Philine, redirecionando nossa atenção.
“Precisamos atrair o exército de demônios para o Inferno. Alguém tem alguma idéia?"
Seguiu-se um breve silêncio. Quem o quebrou foi Claire.
“Acho que posso ter um plano.”
“Vá em frente, Claire.”
“Nós poderíamos tentar balançar uma isca que eles não podem ignorar.” Seu tom era
prático, mas sua expressão era rígida. Tive um mau pressentimento de que não gostaria do que
ela estava prestes a dizer a seguir.
“E qual seria essa isca, Claire François?” Dorothea perguntou o que estava na mente de
todos.
“Eu estava pensando que poderia ser eu.”
"Senhorita Claire?!" Eu pulei para os meus pés, mas ela colocou a mão na minha frente e
continuou.
“Quando estávamos lutando contra um dos Três Grandes Arquidemônios, eles me

escolheram e me disseram para 'perecer pelo que eu havia feito'.” Ela estava se referindo ao
tempo em que lutamos com Aristo. “Eu não tenho a menor ideia do que eles queriam dizer, mas
os demônios parecem estar me atacando – o suficiente para enviar os Três Grandes
Arquidemônios para me atacar pessoalmente.” Ela sorriu corajosamente.
“É por isso que acredito que podemos atrair o exército de demônios me usando como isca.”
“Sou contra! Este plano é muito perigoso!” Rejeitei veementemente a

proposta. Eu estava certo em estar preocupado; Claire estava tentando se sacrificar novamente.
Eu não deixaria isso acontecer. Nunca.
“Claro,” Claire disse agradavelmente, “eu ficaria impotente sozinha, então Rae

venha comigo." Ela sorriu para mim.
Em um instante, minha cabeça esfriou. entendi agora. Ela não estava se sacrificando
como antes, ela estava agindo com a sobrevivência em mente.
“Infelizmente, não posso comandar um exército, pois não tenho nenhum

experiência. Então vou deixar isso para alguém qualificado. Rae e eu vamos nos
dedicar a provocar os demônios. Como um par, seremos mais manobráveis e podemos
fugir rapidamente a qualquer momento. Nosso objetivo não será lutar contra os demônios,
mas simplesmente agir como isca.”
“Também sou contra”, disse Philine. “Não acho justo forçar

um papel tão difícil para vocês dois sozinhos.” A mulher que ela cuidava estava
propondo ser enviada para o campo de batalha. Claro que ela teria algumas dúvidas.
— Philine, você tem uma contraproposta? Dorothea perguntou em voz baixa.

O olhar em seus olhos era duro, como se estivesse alertando sua filha para não ser tola.
"Eu não."
“Então fique quieto. A pior coisa que você pode fazer nessas situações é expressar
uma reclamação emocional sem oferecer uma alternativa.”
Ver Dorothea falar assim com Philine me irritou um pouco, e eu

não pude deixar de se intrometer. “Huh. Tem certeza disso, Dorothea?
“Fora com isso, Rae Taylor.”
“Quero dizer, a senhorita Claire e eu não somos cidadãos do império, certo?

Como você pode ter certeza de que não abandonaremos o império e fugiremos para Bauer
no momento em que virmos que Philine não tem objeções em nos usar como isca? Eu
particularmente não gostei de como Dorothea fez parecer que o auto-sacrifício era esperado de
nós.
“O império não é a única coisa em jogo nesta luta,” ela rebateu.

“Enfrentamos uma ameaça a toda a humanidade.”
“Claro, mas não precisamos correr o risco de lutar aqui. Poderíamos facilmente
recuar e reunir as forças de Sousse, Alpes e Bauer enquanto o império está sendo invadido
por demônios.”
“Humph.” Parecia que Dorothea não tinha nada a dizer sobre isso.

“Queremos ajudar o império justamente porque alguém se importa, como

Philine, é sua imperatriz,” continuei. “Você não pode simplesmente usar lógica fria para
tudo, Dorothea.”
Dorothea considerou isso. "Você tem um ponto. Perdoe-me, Filine.
“Mãe... Obrigado, Rae.” Philine parecia um pouco comovida.
Tudo o que fiz foi apontar o óbvio, no entanto.
"Parece que estamos resolvidos, então", disse Manaria. “Eu não estou totalmente de
acordo com o plano, mas vou colocar minha fé em vocês dois. É melhor você não morrer, ouviu?
Claire e eu nos curvamos profundamente para Manaria.
“Eu não sonharia com isso,” Claire disse.
"Não importa o custo, eu juro que vou pelo menos trazer a senhorita Claire de volta."
Nossas reuniões de estratégia continuaram por vários dias, indo noite adentro todas as
vezes, até que restassem apenas três dias antes de nossa batalha na quinta fortaleza.
***
"Em geral! Forças demoníacas foram vistas na estrada!”
“Então, eles vieram. Obrigado, pode ir embora.” O general Sascha recebeu o

relatório com um aceno solene. Este era o homem que anteriormente estava no comando da
terceira fortaleza. Ele era um sujeito bonito, de meia-idade, com uma barba cheia, e seu corpo
grande e corpulento estava vestido com uma armadura magicamente imbuída. "Está na hora. Srta.
Claire, Srta. Rae, você está preparada?
"Sim. Por favor, deixe isso conosco,” Claire respondeu.
“Nós vamos atraí-los de uma forma ou de outra,” eu disse.
O exército demoníaco estava posicionado logo antes do ponto de desvio que havia sido
abordado na reunião de estratégia. Estaríamos em uma posição difícil se eles continuassem para o
norte, então cabia a nós conduzi-los para a quinta fortaleza.
“General, por favor, faça suas forças recuarem uma vez que você tenha confirmado o

demônios se moveram,” Claire disse.

"Entendido."
Inferno acabaria com tudo ao alcance - não apenas o exército de demônios,

mas a fortaleza e qualquer povo deixado em sua vizinhança também. Poderia ser ativado
remotamente, então não havia necessidade de nenhum soldado ficar dentro da fortaleza. Se
as coisas corressem bem e atraíssemos o exército de demônios para isso, o plano era fazer
com que Sascha e seus soldados limpassem a área.
“Vamos embora, então, Rae?”

"Vamos."
Já estávamos preparados, então tudo o que restava era encontrar os soldados no local.
Havia alguma distância a percorrer, então estávamos contando com um mago imperial que
poderia usar o feitiço de vento Teleport para nos transportar até lá.
Manaria tinha usado o feitiço contra mim antes em uma luta, mas na verdade não havia
muitas pessoas que poderiam usá-lo. O fato de que muitos talentos raros como este mago
se reuniram para esta batalha apenas mostrou o quão sério era o império.
“Desejo-lhe boa sorte.”
“Feliz para você também, General,” Claire respondeu.
Quando chegamos, os exércitos imperial e demoníaco estavam trancados em uma

impasse. O combate ainda não havia começado, mas o ar estava tão tenso que parecia que as
hostilidades poderiam explodir a qualquer momento.
“Nós estávamos esperando você, Srta. Claire. Meu nome é Dennis, e eu

ter o comando da linha de frente.”
"Um prazer. Esta é minha parceira, Rae. Qual é a situação?”
“O exército de demônios chegou algumas horas atrás. Eles tomaram posição

na bifurcação da rodovia e estão mantendo um impasse com nossas forças.”
“Qual é a força do inimigo?”
“Pelo que podemos dizer, eles são dezenas de milhares. Nossas próprias forças são
apenas três mil, então esperamos ser capazes de segurá-las por algumas horas, na melhor das
hipóteses, se for necessário.”
“E o comandante deles?”

“Nós vimos Aristo dos Três Grandes Arquidemônios. Acreditamos que ele é o comandante
de sua vanguarda.”
"Perfeito. Ele sabe como eu pareço.”
"Por favor, tenha cuidado com os atiradores, Srta. Claire", eu disse.
"É claro. Estou contando com você para me proteger, Rae.
Apertamos as mãos um do outro.
“Eu designei quinhentos soldados para você”, disse Dennis. “Eles são todos
capazes de agir de forma independente, então não há necessidade de se preocupar em
comandá-los. Sinta-se à vontade para se mover como achar melhor.”
"Obrigada."
“Você pode montar a cavalo?” ele perguntou.

"Eu posso."
Claire tinha aprendido a cavalgar desde muito jovem, e eu também podia fazê-lo
graças às aulas de equitação que tínhamos em Bauer e no império. Lembre-se, a diferença em nossa
habilidade era noite e dia.
“Desejo boa sorte a vocês dois”, disse ele quando saímos do acampamento.
"Senhorita Claire, você está nervosa?" Eu perguntei.
"Certamente. Já lutei em várias batalhas cara a cara antes, mas esta será a primeira vez que
vivenciarei uma batalha entre exércitos.”
"Eu vejo. Vamos nos concentrar apenas no que temos que fazer: nos mostrar aos
demônios, provocá-los e fugir.”
"Certo."
Antes que percebêssemos, tínhamos andado perto o suficiente para distinguir claramente o
exército demoníaco. À frente, podíamos distinguir goblins de baixa estatura. Atrás deles estavam
orcs um pouco mais altos com cabeças de javali, e mais atrás, os ogros gigantescos.
Esses monstros foram todos categorizados como semi-humanos por conveniência, mas não
estavam relacionados aos humanos. Como limos de água, cada um deles tinha um núcleo, que os
dissiparia instantaneamente se destruídos. Havia uma chance de alguns deles terem inteligência,
como Ralaire, mas obviamente, não tínhamos tempo para tentar domá-los um por um no meio de uma

guerra, especialmente não com seus números.
“Vamos ver... Eles parecem ter nos notado, mas isso não é bem o
reação que esperávamos”, disse Claire.
"Não, não é."
Os monstros pareciam desconfiados de nós, o que era natural, já que éramos um

unidade do tamanho de uma brigada avançando da linha de frente. Mas eles não mostraram
sinais de nos envolver.
"O que devemos fazer, Srta. Claire?"
“É simples, realmente. Vou apenas avisá-los que estou aqui.” Ela moveu seu
cavalo um pouco para frente e chamou com voz de clarim: “Eu sou Claire François!
Ex-aristocrata de Bauer e líder desta unidade! Venha me desafiar se você ousar!”
As atitudes dos monstros fizeram um completo oitenta. Um berro muito parecido com
um Grito de Ódio ressoou, e eles avançaram em uma onda selvagem, quebrando a fileira
sem pensar ou se importar.
"Senhorita Claire, volte!"
“Sem tempo! Rápido, lance uma armadilha diante de nós, Rae!”
Seguindo suas ordens, lancei meu feitiço de terra Pitfall em uma ampla área à
nossa frente. Os monstros à frente caíram um após o outro, empurrados por trás por
seus aliados ainda em investida.
"Chama!"
Ao mesmo tempo, Claire manifestou incontáveis flechas de fogo e as fez chover

sobre os monstros que caíram dentro da minha armadilha. Os gritos de morte dos monstros
ecoaram.
"Incrível."
“Então esses são os heróis da revolução. Eles são fortes.”

Ouvi palavras de admiração de nossos aliados. Parecia até veteranos de
o exército imperial considerava Claire um corte acima quando se tratava de magia.
“Segunda onda chegando!”
Os monstros usaram seus companheiros caídos como uma ponte e

avançaram, dependendo da força de seus números. Era justo dizer que eles

parecia ter mordido a isca.
“Senhorita Claire, isso deve ser suficiente. Vamos recuar.”
"Certo! Mas ainda assim, é um pouco estranho...” ela disse, puxando as rédeas para
se virar.
"O que é?"
“Não vejo Aristo em lugar nenhum. Acho que ele já deve aparecer.
Ela tinha um ponto. Se Aristo deveria estar comandando esses soldados inimigos,
era estranho que ele não tivesse mostrado seu rosto. Claro, era normal que um comandante
estivesse situado mais atrás, mas esse demônio específico provou ser ousado o suficiente para
se infiltrar no império e atacar por conta própria. Era definitivamente estranho que ele não
tivesse aparecido logo após Claire se identificar.
“Não faz sentido pensar nisso agora,” eu disse.
"Você tem razão."
“Mas conhecendo-o, ele pode tentar atacá-lo enquanto estivermos recuando.

Não baixe a guarda.”
"Ha ha, você não precisa me lembrar." Claire deu um sorriso ousado enquanto
cavalgava para frente. Ela era a própria definição de legal.
"Senhorita Claire?"
"Sim?"
“Eu fiquei encantado por você mais uma vez.”
“O-o que você está dizendo? E agora, de todos os tempos! Estamos no meio
de uma guerra!”
“Eu sei, mas senti que tinha que dizer mesmo assim.”
“Nossa.” Ela mal-humorada virou a cabeça. Ela era simplesmente a mais fofa, eu lhe
digo. Ela murmurou: "Eu também fiquei encantada."
"Hum?" Sua voz estava baixa demais para chegar aos meus ouvidos. "O que foi isso,
senhorita Claire?"
"Nada mesmo! Foco, estamos prestes a nos juntar à vanguarda!”
"Ok."

***
Embora tivéssemos usado o Teleport para nos enviar, nossa viagem de volta deveria ser feita
inteiramente a cavalo para eliminar qualquer risco do exército demoníaco perder Claire de vista e,
posteriormente, mudar de curso.
A longa distância estava fazendo a garupa de Claire ficar dolorida, mesmo com todo
sua experiência de equitação. Talvez suas habilidades tivessem enferrujado depois de passar
um tempo como plebeia?
E como eu estava aguentando, você pergunta? Nem se pergunte.
Eu lancei magia de cura em Claire e em mim enquanto cavalgávamos para a quinta

fortaleza. Lá, fomos recebidos por Sascha.
"Ouvi. Foi um sucesso estrondoso." Como a maioria dos militares, Sascha não era especialmente
expressivo. Mesmo assim, enquanto ele nos elogiou, seus olhos estreitos se estreitaram ainda mais em um
leve sorriso.
“É tudo graças aos soldados que você nos emprestou,” Claire respondeu. "Elas
nos protegeu durante todo o caminho de volta.”
“Isso é de se esperar deles. Sua Majestade Imperial Dorothea... perdoe-me. Sua

Majestade Imperial Philine confiou você a nós. Não importa o que aconteça, não deixaremos o mal chegar
em seu caminho.”
“Você tem nossos agradecimentos.”
“O inimigo continua na fortaleza como planejado, então devemos começar a retirar nossas
forças”, continuou ele. “Você pode ir em frente e voltar para a capital, vou mandar chamar alguém que
possa usar o Teleporte. Você fez bem.”
"General... estaria tudo bem em fazer uso de seus soldados por mais algum tempo?" Claire
perguntou.
Sascha deu a ela um olhar interrogativo. “Isso não representa nenhum problema, mas por quê?”
“Só tenho um mau pressentimento. Eu realmente não posso explicar isso, pois não é baseado
em nada concreto, no entanto…”
“Hm...” O general acariciou o queixo e pensou por um momento.

“Há momentos na guerra em que palpites como o seu são críticos. Além do mais, não vejo nada além de
vantagens em ter os heróis da revolução se juntando ao nosso

forças. Eu vou permitir.”
"Muito obrigado."
O general e Claire apertaram as mãos.
“Sinto muito por decidir isso sem sua opinião, Rae,” ela disse.
“Eu não me importo. Um 'sentimento', foi?
"Sim. Não sei se é o fato de Aristo não ter aparecido ou o fato

que os monstros foram tão facilmente atraídos, mas algo não parece certo.”
Em outras palavras, Claire sentiu que as coisas estavam indo muito bem.
“Hmm… as coisas não estão indo de acordo com o plano?” Eu perguntei.
“Talvez, mas não temos nada a perder sendo extremamente cuidadosos.” Ela me deu um
leve sorriso.
Assim, foi decidido que nos juntaríamos à retirada que se seguiu da quinta fortaleza. Dito isto,
não havia muito que pudéssemos fazer para ajudar.
Claire e eu éramos magos habilidosos, mas não sabíamos nada sobre combate em grupo ou táticas de
guerra, muito menos como lutar uma batalha enquanto recuamos.
Então, em vez disso, decidimos aguardar os pedidos de Sascha e agir conforme necessário.
Os preparativos para a retirada haviam sido concluídos com antecedência, de modo que não
demorou muito para desocuparmos a fortaleza. Claire e eu estávamos com Sascha na fila central do
exército em retirada no caminho de volta para a capital.
“O exército demoníaco entrou na quinta fortaleza!” relatou um soldado que poderia usar
magia de visão de longo prazo.
Finalmente chegou a hora.
"Bom! Uma vez que cada um deles estiver dentro do alcance, me dê o sinal e eu ativarei o
Inferno!” Sascha ordenou, continuando a marcha o tempo todo.
O tempo passou em um rastreamento.
Depois de alguns minutos, o mesmo soldado gritou: “A última linha do exército demoníaco
entrou no alcance do Inferno!”
“Tudo bem, estou ativando o Inferno!” Sascha concentrou a magia na ferramenta mágica em
sua palma. A ferramenta mágica era a chave de ativação do Inferno e tinha um sistema de autenticação
que permitia que apenas algumas pessoas a usassem.

"Hum?"
Vários momentos se passaram. Mas nada aconteceu.
“O-qual é o significado disso?!”
Philine havia nos explicado o Inferno de antemão. Era uma ferramenta mágica
que agitou a essência do fogo e da terra em certas linhas ley, induzindo uma erupção
artificial. Se fosse ativado, definitivamente já teríamos notado.
“Vigia, relatório de status!” Sascha latiu.
“I-Inferno não foi ativado!” o soldado praticamente gritou.
"E-eu vou tentar de novo!" Sascha concentrou sua magia na ferramenta mágica mais
uma vez. A chave de ativação que ele segurava parecia estar funcionando, mas nenhuma
erupção se seguiu.
“Mmm… eu nunca me canso de ver o momento em que os humanos caem

desespero,” uma voz arrulhou de cima.
“Aristo,” Claire disse com desdém.
“Ora, olá, Claire François. Por favor me esclareça. Qual é a sensação de ter sua última
esperança extinta diante de seus olhos?” Aristo perguntou em um tom alegre, suas asas de
morcego estendendo-se de sua sobrecasaca.
— Então foi isso que você fez? Claire perguntou.
“Isso foi.” Com isso, Aristo jogou algo volumoso em nós.
Pensando que era um ataque, eu me preparei, mas era algo completamente diferente.
"V-Sua Alteza!" Sacha chorou.
O que Aristo jogou em nós foi um cadáver com uma única grande facada no peito.
Dada a reação de Sascha, eu poderia supor que pertencia a um dos príncipes imperiais que
residiam fora do império.
“Oh, humanos são coisas impróprias... Verdadeiramente, verdadeiramente, impróprias,” Aristo

disse.
“Seu demônio! O que você fez com Sua Alteza?!” Sascha desenhou seu
espada e saltou com uma força incrível, golpeando Aristo acima.
As unhas de Aristo se transformaram em garras para encontrar a espada de Sascha. "Dificilmente

nada mesmo. Nós simplesmente pedimos que ele nos falasse sobre a chave de ativação
do Inferno.”
"Absurdo! Sua Alteza nunca seria enganado por gente como você! Sascha negou as
alegações de Aristo quando ele saltou e atacou uma segunda, depois uma terceira vez.
“Normalmente, talvez. Mas temos alguém que é especialista em encontrar as lacunas

nas mentes humanas.”
Claire ofegou. “Salas!”
“Que astuta, Claire François”, disse Aristo. “Nossos espiões nos disseram que seu
o império tinha uma arma secreta há muito tempo; Eu pessoalmente cruzei a fronteira várias
vezes em busca dele. Mas nunca conseguimos encontrá-lo. Foi quando nos deparamos com um
humano que parecia saber mais.”
Deve ter sido o príncipe imperial.
“Ele era bastante teimoso sobre esse segredo. Nem mesmo as sugestões hipnóticas
de Salas Lilium surtiram muito efeito. Isso foi, até que uma certa surpresa fez sua guarda cair
no outro dia.”
“Sua Alteza nunca cederia a você!” Sascha gritou enquanto

desferiu uma enxurrada de golpes. Mas Aristo aparou todos eles com facilidade.
"Ah, mas ele fez", disse Aristo. "Depois que ele ouviu sobre o que aconteceu com o trono."
"Ah," eu engasguei. De repente, tudo fez sentido.
“Nunca em um milhão de anos pensamos que Dorothea abdicaria tão facilmente –

nem o menino. E para Philine Nur de todas as pessoas! O coração do pobre rapaz foi rasgado
pela decepção.”
"Absurdo!" gritou Sacha.
Aristo riu baixo em sua garganta. “Ah, de jeito nenhum. Com sua mente
enfraquecida, ele finalmente sucumbiu às habilidades de Salas Lilium. Graças a isso,
conseguimos alterar a chave de ativação do Inferno.”
Eu sabia. Eu tinha visto isso chegando a uma milha de distância. Isso tudo
porque Dorothea não havia estabelecido as bases adequadas antes de abdicar do trono. Como
indivíduo, ela talvez fosse tão talentosa quanto possível, mas faltava-lhe a capacidade de
compreender as sutilezas mais refinadas dos seres humanos. Talvez fosse ela

muita força que a deixou incapaz de compreender as fraquezas que jaziam nos corações
daqueles ao seu redor.
“Mas vocês humanos são realmente coisas estranhas,” Aristo meditou. “Aquele menino
cuspiu a chave de ativação, mas quando pressionado para obter mais informações, ele
mergulhou nas minhas unhas. Suponho que o controle mental não foi totalmente completo.
Eu discordei. Talvez não fosse tanto que o controle da mente

incompleta, mas que a vontade do príncipe era simplesmente mais forte. Isso não era nada
mais do que adivinhação, mas eu acreditava que nos últimos momentos do príncipe imperial, ele
havia escolhido resistir a ser o fantoche do demônio. Eles encontraram a fraqueza em seu
coração, mas a força desse mesmo coração finalmente triunfou.
Aristo parecia não se importar nem um pouco com a verdade, e lentamente desceu à
terra. Diante de nós, ele declarou: “Seu trunfo secreto foi discutível. Tudo o que resta é sua
derrota esmagadora.”
***
“Todas as unidades, avancem.”
O comando de Aristo foi seguido por um rugido ensurdecedor ouvido todos os

caminho de onde os monstros estavam prestes a romper a quinta fortaleza.
"Senhorita Claire, Senhorita Rae!" Sascha gritou depois de conseguir colocar alguns
distância entre ele e Aristo.
“Nós podemos ajudar!” disse Claire.
“Não, deixe esta batalha para nós! Você deve retornar à capital!”
"Por que?! Podemos lutar!”
Não só a diferença de números entre o exército demoníaco e as tropas da linha de

frente era muito grande, mas os combates durante uma retirada quase sempre favoreciam os
perseguidores. Do jeito que as coisas estavam, as forças de Sascha seriam esmagadas.
“Nossas forças já estão condenadas e, nesse ritmo, a capital também”, disse ele. “Você
deve convencer Sua Majestade Imperial Philine a evacuar o

cidade."
“Isso não pode ser...” Claire murmurou. Até eu entendi o significado

de tal ação. “Mas a capital não está protegida por uma barreira?”
“Isso só funciona em demônios. Não fará nada contra o inferior

monstros classificados.”
A maioria das forças demoníacas eram apenas esses demônios. A capital seria impotente
contra seus números.
“Esta é uma batalha contra o tempo”, continuou ele. “Se não fizermos nada, dezenas de
milhares de cidadãos serão mortos. Precisamos evacuar o máximo que pudermos.”
Claire mordeu o lábio em frustração.
"Vou enviar um número de soldados que podem usar o Teleport com você", disse ele.
“Se você encadear Teleportes juntos, você deve ser capaz de chegar à capital muito mais rápido do
que qualquer cavalo poderia levá-lo, e nós não teremos que nos preocupar com você sendo atacado
e morto ao longo do caminho também. Vocês dois são nossa melhor aposta.”
“Mas e todos vocês?” Claire perguntou.
Sacha sorriu. Seus olhos brilharam com determinação. “É dever de um soldado

imperial proteger a vida dos cidadãos do império. Depois de causar apenas danos aos cidadãos
de outros países, podemos finalmente cumprir nosso propósito. Por favor, permita-nos cumprir
nosso dever.”
Claire estava sem palavras. Ela provavelmente sabia que nada que ela pudesse dizer
influenciaria a mente de Sascha.
Eu me movi na frente dela e coloquei minhas mãos em seus ombros. "Vamos, Srta. Claire,"
eu disse enquanto olhava em seus olhos. “Se ficarmos aqui, tudo será em vão.”
Ela fez uma pausa por um momento curto, mas sem dúvida profundamente angustiante,
então disse: “General, embora nosso tempo juntos tenha sido curto, foi uma honra lutar ao seu
lado”.
“A honra é toda minha”, respondeu ele.
“Nunca esquecerei sua bravura e sacrifício, nem de seus soldados.”
“Obrigado, herói da revolução. Agora vá embora!”

Com sua insistência, Claire e eu saímos.
“Não tão rápido, Claire François.” Aristo perseguiu, afastando os soldados que
estavam em seu caminho.
Mas seu caminho foi bloqueado por Sascha. "Eu não acho. Você não está
passando por mim.”
“Você já perdeu. Que sentido há em continuar lutando?”
"Você tem razão. Como general, esta derrota é minha e é total.”
“Então saia do meu caminho.”
“Isso, eu não posso fazer.” Enquanto Sascha falava, uma intensa força mágica
começou a subir de seu corpo. “Podemos ter perdido esta batalha, mas a humanidade não
perderá a guerra.”
"Mmm... Isso deve ser divertido."
Olhei para Sascha uma última vez e vi um guerreiro lutando pelo destino da
humanidade.
Quando demos a notícia do nosso fracasso à aliança temporária,

causou bastante agitação.
“Eles nos colocaram em uma situação difícil”, disse Manaria. Seu tom era tão leve como sempre,
mas seus olhos não conseguiam esconder sua preocupação.
“A culpa é minha. Me perdoe." A sempre arrogante Dorothea nos surpreendeu

com um pedido de desculpas. Ela entendeu que se tivesse prestado mais atenção às
necessidades de seus filhos, isso nunca teria acontecido. Mas não tivemos tempo de
apontar dedos.
“Mais importante, precisamos considerar a evacuação da capital. É possível?" Eu

perguntei. As capitais eram o coração de um país. Seria uma coisa se fosse apenas uma
cidade ou vila provinciana, mas a decisão de abandonar uma capital não foi tomada de ânimo
leve.
“Como o império faz fronteira com o território demoníaco, temos um plano de

contingência para evacuação”, disse Philine. “Até realizamos periodicamente exercícios de
emergência para praticar em caso de evento.”
“Mas uma evacuação completa real da capital será um caos”,

disse Dorotéia. “Muitos cidadãos estão ligados a esta terra. Alguns preferem

morrer como mártires defendendo-o do que partir, principalmente entre os idosos”.
Em outras palavras, tirar absolutamente todo mundo era inviável.
"Bem, não temos exatamente tempo para convencer a todos", William

disse. “Acho que teremos que evacuar aqueles que desejam viver.”
"Eles vão precisar de um lugar para ir", disse Thane. “Podemos ser inimigos, mas eles
podem ficar em Bauer.”
“Não, Sua Majestade”, disse Dole. “A distância entre Nur e Bauer é muito grande. Será
melhor dividi-los entre as outras cidades do império.”
“Antes mesmo de pensarmos nisso, precisamos nos preocupar em como contar aos
cidadãos”, disse Claire. “Se lidarmos mal com o anúncio, o pânico pode surgir.”
Ela estava certa. Ruhm era uma cidade grande e tinha uma grande população. Se nós
fosse evacuar, precisávamos que os cidadãos mantivessem a calma durante todo o
processo.
“Permita-me falar às pessoas,” disse Dorothea. “A imperatriz atual pode ser

Philine, mas temo que isso seja um fardo muito grande para ela suportar.”
Ela disse algo sensato pela primeira vez. Talvez essa fosse sua própria maneira de
assumir a responsabilidade pelo fracasso do Inferno e pela morte de um dos príncipes imperiais.
Mas…
"Não, eu vou fazer isso", disse Philine, sua expressão transbordando de determinação.
confiança. “Vou dar o endereço.”
A capital tinha um sistema de transmissão para emergências que fazia uso do feitiço
mágico do vento Telepatia. Raramente era usado fora dos exercícios anuais de evacuação,
então ao ouvir o som de seu jingle inicial, todos os cidadãos da capital se animaram
imediatamente.
“Meus queridos cidadãos, esta é sua imperatriz, Philine Nur, falando. Isto é
não uma broca. Repito, isso não é um exercício.”
A voz de Philine ressoou com uma calma gravidade. Não era uma voz
avassaladora, como a de Dorothea, mas uma que fazia você se sentar ereto em sua cadeira
e prestar atenção.
“Atualmente, forças demoníacas estão avançando em direção à capital do

leste. Os bravos soldados do exército imperial estão fazendo o possível para combatê-
los, mas não há garantia de que repelirão com sucesso o inimigo.”
A essa altura, os cidadãos sabiam exatamente do que se tratava essa transmissão.
“Nós da família imperial tomamos a decisão de evacuar o

capital no interesse de preservar a vida de seu povo”.
Por toda a cidade, as pessoas começaram a se agitar. Evacuar? Sério? Isso estava
realmente acontecendo?
“Saiba que esta não é uma evacuação permanente. As forças espalhadas pelo
império foram convocadas para convergir para a capital. Assim que repelirem com sucesso os
demônios, os cidadãos poderão retornar.”
Uma pequena medida de calma retornou ao povo, mas muitos ainda estavam
relutante em partir.
“Repito, esta não é uma evacuação permanente. Mas é imperativo que

todos os cidadãos saem para permitir que nossos soldados se concentrem em lutar contra
os demônios. Evacuar não é fugir, mas nos ajudar a repelir o inimigo.”
Philine habilmente apelou aos corações das pessoas ao enquadrar a

evacuação como uma ação nobre que apoiava a causa final da nação.
“O império está em guerra com os demônios há anos, mas nunca permitimos que suas
forças ultrapassassem nossa fronteira. Colocamos um fardo em todos os seus ombros. Me
perdoe."
Philine fez o que a Imperatriz Dorothea nunca foi capaz de fazer - ela se desculpou.
Isso comoveu o coração das pessoas, pois, ao contrário de Dorothea, que conseguira
resolver todos os seus problemas sozinha, essa imperatriz precisava de sua força para
perseverar.
“Mas não tenha medo. O império sairá vitorioso e também não permitirei que nenhum
mal aconteça aos meus cidadãos. As coisas podem ser difíceis por algum tempo, mas em
alguns meses, todos poderão voltar às suas vidas cotidianas. Juro isso por minha honra como
imperatriz.
A declaração de Philine enviou uma onda de alívio sobre os cidadãos.

Eles confiaram nela. Enquanto Dorothea era uma governante que reinava de cima, Philine
era uma governante que estava entre seu povo.

“Por muito tempo, o império viveu com medo dos demônios. Está na hora
pôr fim a esta ameaça de uma vez por todas. Cidadãos, por favor, emprestem sua força à
família imperial. Ajude-nos a acabar com os demônios para sempre.”
As pessoas esperavam com a respiração suspensa pelas palavras finais da transmissão.
“Eu, Imperatriz Philine Nur, por meio deste declaro o início de nossa guerra para erradicar a
espécie demoníaca.”
***
“'Nossa guerra para erradicar a espécie demoníaca'... Bem dito, Philine.”
Estávamos em uma sala de conferências no castelo imperial. Pessoal importante de

todos os países de nossa aliança temporária estava trabalhando duro em uma coisa ou outra.
Philine recebeu meu elogio com um olhar envergonhado. “Eu apenas imaginei que
todos entrariam em pânico se eu dissesse que eles estavam fugindo porque é muito perigoso.
Fazer parecer que foi para ajudar a derrotar os demônios deve torná-los mais dispostos, além de dar
um pouco de calma.
Eu tive que concordar. “Fugir do perigo” e “abrir caminho para a guerra” parecia muito diferente.
Era difícil acreditar que tudo isso vinha da mesma garota que não tinha sido capaz de reunir a força de
vontade para fazer Hilda parar e ouvir não muito tempo atrás. Isso só serviu para mostrar que as pessoas
podem estar cheias de surpresas.
“Eu realmente tive ajuda, no entanto. Hilda redigiu o discurso comigo.” Filino
mostrou a língua timidamente, tendo revelado o segredo de seu pequeno truque.
Ela parecia um pouco culpada por isso, mas eu sinceramente não pensei menos dela.
“Mesmo assim, foi uma entrega maravilhosa,” eu disse. “Você comandou um

presença que rivalizava até mesmo com Dorothea.”
"Que estranho... eu geralmente odeio ser comparado à mamãe, mas agora, eu não me
importo com isso."
Eu tinha uma ideia do porquê: Philine ganhara confiança. Ser exilada do império foi um revés
mental significativo para ela, mas ela superou

ele, derrotou Dorothea, e agora tinha animado os espíritos de seus cidadãos. Seu eu tímido e
introvertido era coisa do passado.
“O verdadeiro desafio começa aqui, minha senhora”, disse Hilda, que esperava ao
lado de Philine.
"Eu entendo. Precisamos prosseguir rapidamente com nosso plano de evacuação e fazer
algo sobre o exército que se aproxima.”
“Sobre esse último,” Dorothea interrompeu. “Eu vou liderar a retaguarda de nossa retirada.”
A retaguarda de uma retirada inevitavelmente sofreria a maior morte

avaliar.
“Eu não posso permitir isso!” disse Philine.
“Abandone seus sentimentos, Philine. Isto é o que há de melhor. Quem mais além de mim
poderia segurar a retaguarda?
Certamente não havia muitos que pudessem se igualar a Dorothea em termos de proezas de
luta. Se contarmos os usuários de magia, então Manaria era quase igual a ela, mas eu sabia que
ninguém mais chegava perto. Ela era a pessoa ideal para segurar a retaguarda, assim como ela disse.
“Mas você entende que se você morrer, as consequências

seria terrível?” disse Claire. Dorothea foi uma das maiores armas da humanidade. Perdê-la tão
cedo em nossa batalha contra os demônios seria um duro golpe. Mas o problema foi ainda mais longe.
“Dorothea,” eu disse, “você está ciente de que se você morrer, o moral do exército imperial
vai despencar?” Mesmo que ela tenha abdicado do trono, ela permaneceu um pilar emocional para o
império. Philine tinha crescido muito como pessoa, mas Dorothea ainda comandava uma presença no
país.
“Claro que estou ciente. Não tenho intenção de morrer. Mas uma batalha não pode ser vencida
sem a coragem de desafiar a própria morte”, disse ela.
Eu poderia dizer que nada a influenciaria.
“Muito bem”, disse Philine após uma pausa. “Vamos deixar a retaguarda para você, mãe.”
"Bom."
“Em troca, me prometa uma coisa.”

"O que?"
Philine pegou a mão de Dorothea nas suas. “Por favor, me prometa

você voltará vivo. Não, como imperatriz, ordeno que volte vivo.
“Ah. Que ousadia de sua parte. Muito bem, eu prometo.”
E assim começou a retirada da capital.
“Vocês não precisavam se forçar a ir junto, Rae Taylor, Claire François!” Dorothea
gritou enquanto cortava um ogro em dois.
“Não entenda mal! Não estamos aqui para te ajudar nem nada!” Clara
disparou várias lanças de fogo e queimou um grupo de orcs.
"Sim! Nem tudo é sobre você, Dorothea!” Eu gritei enquanto congelei o

área ao seu redor.
“Ei. Tudo bem, vamos com isso.” Ela sorriu enquanto aniquilou mais dois ogros. A
maneira como ela dividiu os grandes corpos do orc foi insana, me lembrando que suas
habilidades com a espada eram verdadeiramente desumanas.
Dorothea, Claire e eu estávamos lutando no ponto em que o exército da humanidade

e o exército de demônios se encontraram. Dorothea acabou se recusando a sair da
retaguarda, mas Claire e eu nos oferecemos para aliviar sua carga.
O império ainda estava em meio a evacuação neste momento. Não vimos o que
sabíamos – nada poderia fazer para ajudar na evacuação, então viemos aqui para ajudar na
luta. Mas havia muito mais monstros do que havíamos previsto.
"Senhorita Claire, pegue isso!"
“Obrigado, Rae!”
Eu joguei uma poção para Claire, que ela rapidamente pegou e bebeu seca.
Ao contrário de Dorothea, que podia lutar com suas espadas até que sua resistência acabasse,
Claire e eu estávamos limitados por nossas reservas mágicas. Tínhamos trazido algumas poções
conosco, mas estávamos consumindo-as rapidamente, já com um quarto de nossas reservas. Já
era hora de considerarmos a retirada, mas…
"Mmm... eu acredito que vocês humanos chamam isso de 'não saber quando
desistir'?"
Um demônio vestindo uma sobrecasaca com asas de morcego apareceu.

"Aristóteles!"
“Ora, olá, Claire François. Você vai fugir com o rabo entre as pernas de novo, covarde?” ele
zombou.
"O que é que foi isso?" Claire fervia.
“Não, Srta. Claire,” eu disse. “Você não pode cair nas provocações baratas
dele.”
"Você tem razão."
Em circunstâncias normais, Claire teria rido de uma tentativa tão óbvia de provocá-la, e talvez
até tivesse respondido algumas observações mordazes. Mas agora, ela estava muito exausta mesmo
para isso. A situação era um mau presságio para nós.
“Você pode ter escapado de mim ontem, mas você não vai escapar de mim tod—oh?”
Algo grande voou em direção a Aristo no meio do discurso. Era um cadáver de ogro, do qual ele
se esquivou com facilidade. Quem jogou foi, claro, Dorothea.
“Então você é o demônio que matou Dietfried?” ela disse. Ela balançou ela
espadas negras para tirar o sangue deles e começou a andar lentamente em direção a Aristo.
Alguns monstros a atacaram enquanto ela andava, mas ela os cortou em pedaços sem diminuir a
velocidade.
“Dietfried… não posso dizer que me lembro do nome. Mas, novamente, eu não posso
me lembro de muitos nomes humanos”, respondeu Aristo placidamente.
"É assim mesmo? Então morra.” Assim que as palavras saíram de sua boca, Dorothea
desapareceu.
"Oh, que perigoso", disse Aristo preguiçosamente.
No instante seguinte, Dorothea reapareceu atrás dele. Sem se virar, ele usou as unhas para
bloquear o golpe da espada.
"Eu ouvi sobre você de Socrat", disse ele. “Ele me disse que havia um humano muito
mais forte do que qualquer humano deveria ser. Suponho que seja você, Dorothea Nur?
“Bem deduzido. Na verdade, eu sou a única Dorothea. Mas um demônio imundo como
você não tem o direito de pronunciar meu nome. Os braços de Dorothea se tornaram um borrão.

“Hum?!” Sentindo o perigo, Aristo saltou para longe, mas perdeu o equilíbrio
no meio do caminho e caiu.
“Com isso, você não pode mais fugir”, declarou ela.
As asas de Aristo foram cortadas na base.
“Deixe esta área para mim e para a retaguarda. Vá, Rae Taylor, Claire
François.”
“Dorothea...” Claire disse com preocupação.
"Vamos, senhorita Claire." Peguei a mão de Claire e fugi. Ao sair, eu

ouviu a voz irada de Dorothea.
“Eu tinha certeza de que não tinha emoções maternais em mim e, no entanto, agora, sinto…
fúria. Não imagine que sua morte será indolor, demônio.”

Intervalo:
Feroz até o fim
(Doroteia Nur)
EU
ERA JOVEM quando percebi que era diferente das pessoas ao meu redor.
Não diferente por fazer parte da família imperial, mas diferente por ser muito superior
em habilidade a todos. Seja em questões acadêmicas ou físicas, pude aprender em
momentos o que outros demoravam anos. Como tal, esperava-se que um dia sucedesse ao
trono, e passei a acreditar que também o faria.
Eu duvidava que muitos entendessem o tédio que vinha de ser todo capaz.
Eu não sentia prazer em nada; cada coisa que eu tentei parecia uma perda de tempo.
Nem mesmo a total confiança que eu tinha no fato de que um dia me sentaria no trono
agitou meu coração. Quando tive idade suficiente para compreender o que me cercava,
já estava cansado da vida. Para outros, tal problema pode parecer trivial, uma preocupação
superficial dos superdotados - mas isso não mudou o fato de que para mim, este mundo
estava cheio de nada além de tédio.
Isto é, até que me deparei com a Rainha Demônio.
Eu assisti meus retentores morrerem um após o outro. Eles, pessoas que eu

sempre vi como muito mais fracas do que eu, deram suas vidas para proteger a minha. Eu
estava impotente diante de sua força.
“Eu não vou te matar. Matar você alteraria muito o curso da história.”
Sem esperar por uma resposta, a Rainha Demônio saiu. Em seu rastro havia
incontáveis cadáveres e um tolo. Naquele dia, aprendi o medo e passei o resto da
minha vida tentando eliminá-lo.
“E-espere! O que você quer?! O trono será seu se você apenas esperar
—”
Matei meu pai, o imperador anterior. Eu tinha sete anos na época. Isto
parecia que ele pretendia ceder o trono para mim assim que eu fosse maior de idade,
mas seria tarde demais para o meu gosto.

Mais rápido. Eu preciso ser mais rápido.
Para derrotar a Rainha Demônio, preciso transformar o império em uma

superpotência. Não, isso não será suficiente. E se eu unificasse toda a humanidade?
Teríamos uma chance então?
A partir de então, trabalhei para expandir meu império. eu invadi outros

países à esquerda e à direita, unificando o mundo à força. Talvez meus métodos estivessem
errados. Não importava a que causa maior minha agressão servisse, nada poderia justificá-la. Eu
sabia que não estava certo.
Mas fiz o que tinha que fazer.
“Vossa Majestade Imperial, eu imploro: por favor, tente entender o sofrimento dos outros. Do
jeito que as coisas estão, ninguém será capaz de compreender suas ações.”
Meu criado muitas vezes me repreendia com essas palavras, mas eu não precisava entender
essas coisas. A única coisa que eu precisava era poder. Sem poder, não se podia fazer nada. Então eu
fiz do poder meu tudo.
Antes que eu percebesse, eu estava sozinho.
“Você não está começando a ficar cansado? Duvido que até você consiga se cansar melhor.”
O demônio chamado Aristo zombou de mim com uma voz cantante. Eu queria calar sua boca
tola para sempre.
“Ainda assim, devo dizer,” ele continuou, “você pode ser um inimigo, mas eu sou
impressionado. E pensar que você ainda estaria de pé depois de lutar contra tantos.”
Olhei ao meu redor e vi os incontáveis corpos de monstros e demônios espalhados. Eu não

conseguia lembrar quantos eu tinha cortado, e eu não conseguia contar quantos ainda estavam de pé.
“Por que não desistir? Não importa o quão forte você seja, você não pode lutar contra esses
números sozinho.”
“Talvez”, respondi.
Eu era o único humano que restava de pé. Os soldados da retaguarda tinham ido para o
próximo mundo antes de mim. Eu não acho que eu poderia cortar todos os inimigos restantes sozinho.
Mas eu ainda tinha alguma luta sobrando em mim.
“Meu Deus... Você não me deixa escolha. Eu mesmo serei seu oponente.

Considere isso uma honra.”
“Há. Você me drena com seus lacaios e ainda tem a coragem de falar de honra? Risível."
Eu preparei minhas espadas. Nicks alinharam suas bordas aqui e ali, mas eles
chegou até aqui sem quebrar. E eles só precisavam ir um pouco mais longe ainda.
“Ah!” Respirei fundo e fechei a distância entre mim e o demônio. Eu estava agonizantemente
lento. Pensar que esse foi o movimento de quem se proclamou o Deus da Espada. Patético. Eu não
estava tão cansado mesmo depois de lutar contra uma brigada inteira de Sousse.
Rezei para que tivéssemos pelo menos tempo suficiente para a evacuação.
“Então você escolhe me atacar de frente. Você deve estar mais exausto do que eu
pensava. Este é o fim, Deus da Espada.”
Em sua trajetória atual, minha lâmina encontraria as unhas do demônio. Ele me aparava e
depois decepava minha cabeça antes que eu pudesse dar outro golpe.
No entanto…
"O que?!" o demônio exclamou. Para seus olhos, deve ter parecido como se eu tivesse
desaparecido. A uma velocidade que deveria ser impossível com minha resistência restante, eu fui
atrás dele. Isso foi graças ao último ás na manga – minha armadura viva.
A armadura preta como breu que eu usava era um tipo de ferramenta mágica viva. Era
também a única ferramenta mágica que eu poderia usar, um tesouro escavado em uma antiga ruína
que havia sido transmitida pela família imperial por gerações.
Fiel ao seu nome, tinha vontade própria e agia de forma autônoma para proteger seu portador.
“Sua arrogância foi sua queda, demônio.” Com cada última gota de
minha força, eu balancei minha lâmina para baixo.
"Arrogância? Não. Esta é a compostura de um vencedor, humano.”
Meu golpe final não cavou no demônio, mas em algo completamente diferente.
"Que desleal... Não, acho que não", eu disse.

"De fato. Tudo é justo no campo de batalha.”
Um ogro solitário se lançou diante do demônio. Minha lâmina afundou

no meio do chifre do ogro antes de estalar.
“Você era forte, humano. Até a próxima."
O demônio enfiou as unhas no lado direito do meu peito. Sem

mesmo precisando registrá-lo conscientemente, meu corpo entendeu: foi um golpe letal. “Nh...”
"O que é isso? Se você tiver alguma última palavra, eu vou ouvi-la. eu vou mesmo
entregá-los diretamente para aquela sua filha,” o demônio zombou.
"Eu estou…"
“Hum? Eu não posso te ouvir, fale mais alto.”
O demônio aproximou a cabeça para ouvir. Com o resto da minha força desvanecendo, eu
me agarrei a ele.
“Vou levar você comigo, demônio.”

"O que?!"
Chamas negras envolveram minha armadura, deixando o demônio e eu em chamas.
"Ughhhh!"
“Estas são as chamas de uma civilização antiga. Certifique-se de saboreá-los. Eles serão a
última coisa que você sentirá.”
Essas chamas negras foram definidas para se manifestar após a morte do portador da armadura
e foi dito ser quente o suficiente para derreter até mesmo o adamantite forjado pelas próprias
mãos do Espírito de Deus. Eles lamberam o corpo do demônio como se estivessem vivos,
consumindo-o.
“Huuumaaa!” ele fervia.
“Ha ha… Ha ha ha ha ha!”
Eu poderia não ter sido capaz de manter minha promessa a Philine, mas isso
não me senti muito mal. Por mais estranho que fosse, eu estava em paz.
Perdoe-me, Filine. Mostre-me que você pode superar minha morte.
Ah. Pensar que o último pensamento que devo ter depois desta vida de solidão é na filha que
deixei de amar.
Continuei a rir enquanto o resto da minha consciência se esvaía.
Estou indo me juntar a você, Dietfried.

***
“Por favor, mova-se de forma ordenada, sem pressa ou corrida!”

Philine ligou.
Voltamos à capital e encontramos todos nos últimos estágios de evacuação. Talvez

graças ao discurso de Philine, os cidadãos estavam relativamente calmos e as coisas estavam
indo bem.
“Philine,” Claire disse.
“Ah, Claire, Rae. Bem vindo de volta. Onde está a mãe?”
“Ainda cuidando da retaguarda,” Claire disse. “Pelo que parece, ela vai demorar
um pouco. Mas tenho certeza que ela vai ficar bem. Esta é Dorothea que estamos falando,
afinal.”
"Sim. Ela vai ficar bem. Ela prometeu.” Philine sorriu como se ela não tivesse um
preocupação do mundo. Talvez um pouco daquele sorriso viesse de sua confiança em
Dorothea, mas a maior parte provavelmente era uma fachada para não preocupar os
cidadãos evacuados ao nosso redor.
“Pensar que a imperatriz viria ajudar pessoalmente. Que maravilha”, disse um cidadão.
“Verdadeiramente”, respondeu outro. “Se a Imperatriz Dorothea fosse a

cérebro do império, então Sua Majestade Imperial Philine é o seu coração.”
Essa foi uma boa maneira de colocá-lo. O império sob o reinado de Dorothea tinha sido
um sistema de cima para baixo, com ela controlando praticamente tudo, desde seu assento no
ápice. Agora, porém, o império estava unificado, com Filino no centro. Chamá-la de coração era
bastante apropriado.
“Claire, Rae, vocês podem ir em frente e dar uma segurança extra à frente da fila?” ela
perguntou. “Estamos com pouca gente lá.”
“A traseira ficará bem?” Claire perguntou.
"Eu acredito que sim. De acordo com os relatos, as forças perseguidoras realmente
começou a soltar. Não tenho certeza do porquê…”
Ainda não sabíamos, mas naquele momento, Dorothea e a retaguarda

soldados que ela liderou estavam dando suas vidas para matar milhares, talvez até dezenas

de milhares de inimigos. Entre esses inimigos estava um dos Três Grandes Arquidemônios,
Aristo.
Dorothea Nur, décima sexta governante do Império Nur, seria lembrada

para sempre como uma heroína nos anais não apenas da história imperial, mas de todo o
mundo.
“Entendido,” Claire respondeu. “Nós estaremos fora, então. Fique seguro, Philine.
"Eu vou!"
Nós nos separamos de Philine, correndo nossos cavalos para a frente do

linha de evacuação.
“Bem-vinda de volta, Rae, Claire.”

"Bem-vindo…"
A chefia da linha estava Hilda e Adelina. Como lembrete, Adelina era tanto a irmã mais
velha de Otto quanto o soldado que quase havia tentado um golpe de estado. Ela ainda não tinha
subido para os altos escalões do exército como discutimos, mas sua competência tinha sido
notada, então ela foi designada para liderar a linha para liderar os esforços de proteção. Ela ainda
parecia um tanto ambivalente em relação a nós, como evidenciado por sua dura saudação.
A linha estava indo para o oeste por enquanto. O plano era parar nas diferentes
cidades vizinhas, mas primeiro, queríamos nos encontrar com os reforços vindos de Bauer.
"Parece que a evacuação está indo bem, Hilda", disse Claire.
“Graças aos esforços de vocês e de muitos outros. Mas ainda há um caminho a percorrer
até chegarmos à capital provisória, nosso primeiro destino. Ainda não podemos baixar a guarda.”
Uma capital provisória referia-se a uma cidade que funcionava temporariamente como
capital do país. A atual capital provisória era também uma das cidades para onde se dirigia
a fila de evacuados. É claro que nem todos os evacuados caberiam em uma cidade, então
priorizamos encontrar abrigo para pessoas que precisavam de um lugar rapidamente, como
os doentes e enfermos. O plano era fazer com que a linha passasse por diferentes cidades
uma a uma, deixando gradualmente sua população.
“Algum monstro ou demônio atacou?” Claire perguntou.

“Nada digno de nota até agora. Uma série de monstros selvagens ao longo do
rodovia nos engajou, mas não muitos. Na verdade, bem... Hilda parecia preocupada.
“Há algo errado?” Claire perguntou.
“Vimos muito menos monstros selvagens do que normalmente veríamos nesta

época do ano. É estranho."
“Talvez seja porque liberamos muitos deles para a visita do papa?”
“Mesmo considerando isso, é estranho. Não posso deixar de sentir que estamos
entrando em uma armadilha.”
Assim que Hilda disse isso, provou ser verdade.
“Ha ha! Então há um afiado entre vocês!” Uma voz irritante, porém familiar, soou acima
de nós. Olhei para cima e vi uma figura alada.
“Platão!” Claire gritou.
“Estou honrado que você se lembre de mim, Claire François. Não que isso importe
daqui a pouco.”
"O que isso deveria significar?"
“Isso significa que você vai morrer, idiota.” Platão desceu lentamente para a terra.
“Você com certeza fala, mas parece não perceber a situação

você se colocou,” Claire disse.
"Sim? E que situação é essa?”
“Todas as forças da humanidade estão reunidas aqui. Não importa o quão forte você
pensa que pode ser, foi um movimento tolo vir sozinho.”
“Ah! Você parece ter esquecido aquela vez que eu destruí você e aqueles soldados
sozinho. Platão estalou o pescoço e aqueceu o pulso da mão direita, que segurava uma
clava, girando-a em círculo. “Mas eu acho que você está meio certo. Lutar contra você,
Rae Taylor, Manaria Sousse e o Cavaleiro de uma vez pode ser um pouco difícil para mim.”
“Então volte. Eu vou permitir que você fuja só desta vez, já que temos nossas
mãos ocupadas o suficiente aqui.”

“Ha ha ha! Que piada! Eu seria morto se voltasse aqui, sabe.
"Huh…? Por quem?"
“Normalmente, pessoas como vocês humanos não teriam permissão para colocar os
olhos nela. Mas agora? Saiba que você está diante de nossa rainha.”
No início, ela apareceu sem forma nem sombra.
Assim que Platão se ajoelhou, uma escuridão começou a se formar ao seu lado.
Os usuários de magia costumavam ser acompanhados por vários tipos de luz quando chamavam
seu ofício, mas essa escuridão era a primeira. Parecia que tinha substância e que realmente
preenchia a extensão diante de nós, estranhamente, como se um espaço na forma de um globo
tivesse sido esculpido no próprio mundo.
Gradualmente, a escuridão tomou forma humana. Ao contrário de Platão, com sua

enorme estrutura, a estatura dessa pessoa era média. Mas à medida que mais de seus corpos
tomavam forma, as pessoas ao nosso redor começaram a cair de joelhos, uma após a outra.
As palavras “malícia esmagadora” são muito fracas para descrever o que eu senti.
Ela era o nada. Vazio. O oposto do que definiu a humanidade. Uma negação do que era a vida
— uma coisa que não podia existir. Tudo isso e muito mais. Por fim, ela apareceu diante do povo.
“A Rainha Demônio chegou. Desespero, humanos tolos. Então morra.”
Quando as palavras de Platão chegaram ao fim, seus pés tocaram a terra.
Ela era muito menor do que eu imaginava que uma Rainha Demônio seria, mais ou
menos da minha altura e um pouco mais alta que Claire. Mas a magia que cobria seu corpo era
incomparavelmente densa. A mera visão dela na nossa frente, sem levantar um dedo ou lançar
um feitiço, invocou mais medo em meus ossos do que quando Claire disparou seu Magic Ray em
mim com toda a seriedade.
Um manto preto envolvia todo o seu corpo. Era ornamentado, de alguma forma
me lembrando das vestimentas do papa, e parecia difícil de mudar. Mas não havia dúvida
em minha mente de que eles representavam pouco problema para a Rainha Demônio.
Seu rosto estava coberto por um véu, deixando sua aparência um mistério; mas seu
olhar fez com que vários dos evacuados desmaiassem no local enquanto ela olhava ao redor.
Parecia que apenas aqueles com magia forte podiam resistir à sua atenção.

Ela casualmente levantou a mão direita. Esperando um ataque, eu me preparei

Eu mesmo. Seguiu-se uma cacofonia estrondosa.
"Minha palavra..." Claire distraidamente murmurou.
Segui seu olhar para ver que, na direção da mão da Rainha Demônio, não havia nada.
"Você está brincando certo?" Meus lábios se moveram, mas as palavras não registraram
meus ouvidos como meus.
À direita da Rainha Demônio, havia terra, vegetação, colinas e uma montanha, visíveis
à distância, e em uma linha clara de nós até aquela montanha faltava um pedaço, como se um
enorme cilindro o tivesse perfurado. tudo.
“Como vamos derrotar isso?” Claire respirou.
Eu poderia dizer que ela já havia perdido toda a esperança, pois eu também.
Os Três Grandes Arquidemônios eram fortes, sim, mas estavam dentro do reino da
compreensão. Essa... coisa era diferente. Eu finalmente entendi o que Dorothea quis dizer
quando ela disse que a Rainha Demônio não era algo que um humano poderia esperar derrotar.
“É hora de terminar isso,” a Rainha Demônio anunciou calmamente em um

voz estranha, que era velha e jovem.
A maioria de nós humanos já havia se submetido, caindo de joelhos.
***
"Suporte! Este não é o fim!”
De entre as almas desesperadas, uma única voz de desafio soou clara.
“Só um tolo rolaria e aceitaria a morte! Se você vai morrer, morra lutando!”
Era Claire. Enquanto todos os outros estavam de joelhos, ela sozinha ficou orgulhosa
com os braços cruzados.
Lá está ela. Lá está a senhorita Claire que eu conheço e amo.

“Você também, Rae! Controle-se! Onde está sua arrogância de sempre?!”

Claire deu um tapa forte nas minhas costas.
Ai. Mas até a dor era uma recompensa quando vinha dela.
“Perdoe-me, senhorita Claire. Estou bem agora,” eu disse.
"Bom." Ela sorriu, satisfeita. Eu sempre podia contar com ela para me animar quando eu
desanimava.
“Heh, então você ainda é capaz de se mostrar corajosa. Nada mal." Nem mesmo Platão
conseguiu esconder sua surpresa genuína. A Rainha Demônio era apenas uma grande vontade de
desafiar.
“Obrigado, Claire. Vou lutar até o fim também.”

"Irmã!" exclamou Claire.
“Conte comigo também. Temos que pelo menos tentar.”
“Eu vou lutar com você, Lady Yu.”
Manaria, Yu e Misha se juntaram a nós. Eles tinham sido originalmente estacionados

em outro lugar ao longo da linha, mas eles correram para a frente ao perceber que algo
estava errado.
“Vocês continuam fervilhando como moscas. Bem, tanto faz. vou levar ca
—”
“Platão.” Quem interrompeu Platão não era outro senão a própria Rainha Demônio.
“Você não precisa interferir. Eu mesmo vou lidar com isso.”
“Mas... essa é Claire François. Você é-"
“Vou chamar você para terminar as coisas. Mas deixe-me quebrar seus espíritos primeiro.”
Ao dizer isso, ela lentamente começou a caminhar em nossa direção. "Venha. Lute comigo, se
você se atreve. Ela nos chamou para frente, sua voz não natural, mas a maneira como ela falou
tinha um toque de humanidade.
“Vamos lutar, todos!” disse Claire. “Se derrotarmos a Rainha Demônio,

a guerra entre a humanidade e os demônios chegará ao fim!”
"Eu vou apoiá-la o melhor que puder, Srta. Claire!" eu aplaudi.

“Não conte comigo!” Maná chorou.
“Vamos fazer isso, Misha!” Yu ligou.

"Sim!" Misha concordou.
Tendo superado nosso desespero, a batalha começou.
“Irmã, Lady Yu, fique na frente!” Claire ordenou.

"Nele!"
"Deixe para mim!"
Nos posicionamos com Manaria e Yu na frente, Misha e eu

na parte de trás, e Claire no meio. Ao comando de Claire, a vanguarda fechou a distância para
a Rainha Demônio e atacou. Yu, conhecida como a Princesa do Gelo, tinha habilidades
impressionantes nas artes marciais, mas Manaria era ainda mais forte.
“Como é isso para começar?!” Manaria criou uma lâmina fria e brilhante
de gelo e atacou a Rainha Demônio.
A Rainha Demônio não se moveu um centímetro, mas independentemente disso, a

lâmina de Manaria quebrou momentos antes do impacto. A intensa energia mágica envolvendo a
Rainha Demônio estava agindo como uma barreira grossa contra todos os ataques.
“Vou levar isso, se você não se importa,” Yu disse enquanto coletava os

fragmentos quebrados da espada de Manaria e os fazia chover sobre a Rainha Demônio como
se estivessem vivos.
"Eu ainda não terminei!" gritou Manaria.
Antes que o ataque de Yu fizesse contato, ela lançou outro feitiço, fazendo com que o que
parecia ser a boca de um dragão se formasse da terra e prendesse a Rainha Demônio.
“Eu não achei que isso seria fácil…” Manaria disse.
“Mas quem teria pensado que ela seria imune a tudo isso?” Yu terminou.
A Rainha Demônio não fez nenhum esforço para bloquear nenhum dos ataques. Ela
simplesmente ficou lá e nos viu lutar em vão.
“Alguma sorte, Misha?” Eu perguntei.
“Não, nem mesmo minha magia sonora funciona com ela.”
Eu esperava que sua magia especial de vento pudesse passar pelo

A barreira da Rainha Demônio, mas sem dados.

“Irmã, Lady Yu, por favor, afaste-se!” Claire gritou.
A dupla rapidamente abriu caminho.
"Leve!" Imaginar flechas de fogo e lanças de chamas não teria efeito, então Claire
saiu quente dos portões com Magic Ray em vez disso. Quatro brilhantes raios vermelhos de
luz dispararam diretamente na Rainha Demônio.
"Vamos fazer isso, senhorita Claire!" Combinando com o tempo de Claire, eu

usei meu feitiço mais forte também: Absolute Zero, um feitiço que normalmente congelaria
instantaneamente e quebraria o alvo.
Mas a Rainha Demônio ainda estava de pé. Além do mais...
"Ela não tem um único arranhão nela..." Claire murmurou baixinho.
Nossos ataques mais fortes nem fizeram a Rainha Demônio vacilar. O tempo todo,
ela simplesmente nos observou em silêncio.
"Você está satisfeito?" ela disse em uma voz que de alguma forma soava infantil e
envelhecida. Seu tom não era de zombaria, mas de pena quando ela perguntou se
estávamos prontos para nos render.
"Nem mesmo perto!" Claire disse corajosamente. Ela sussurrou para Manaria,
“Irmã, você pode fazer algo sobre essa barreira com Spellbreaker?”
“Não pode fazer. Tentei analisá-lo antes, mas não consigo descobrir. Eu nunca vi
uma estrutura mágica tão complexa antes.”
As habilidades de assinatura de Manaria, Spellbreaker e Dominator, eram

poderosas, mas tinham requisitos de ativação difíceis. A vitória era quase garantida se ela
conseguisse conjurá-los, mas primeiro, ela precisava analisar e entender completamente a
magia de seu oponente.
“Rae, vamos tentar lançar em tandem,” Claire sugeriu. “É nossa única opção
deixei."
"Certo." Eu balancei a cabeça.
Avancei para encontrar Claire no meio da nossa formação

e começou a pegar a mão dela.
“Rae, cuidado!” ela gritou.
Eu imediatamente me inclinei para trás, então senti uma dor aguda na parte superior
do meu braço direito. “Ai!”

“Rae!”
Eu levantei minha mão para sinalizar para que Claire não se aproximasse, então olhei
na Rainha Demônio. Ela tinha um dedo apontado em nossa direção. Eu não conseguia
perceber como, mas ela claramente me atacou.
Mas por que? Ela não tinha se movido até agora.
“Acho que até a Rainha Demônio está com medo do nosso elenco conjunto?” me
aventurei.
Ela não respondeu. Em vez disso, ela apontou cinco dedos inteiros para mim.
"Armadilha!" Eu rapidamente afundei no chão sob meus pés e me agachei.
No momento seguinte, uma linha preta passou por onde meu corpo estava.
"Qual é o problema?" eu provoquei. “Estou imaginando coisas, ou você

tem isso para mim em particular?”
A Rainha Demônio permaneceu em silêncio, mas eu poderia jurar que senti

algo parecido com aborrecimento vindo dela.
“Rae, eu não acho sensato provocá-la!” Claire repreendeu.
“Vai ficar tudo bem, Srta. Claire. Tente encontrar uma abertura enquanto ela está ocupada com
Eu."
Isso não ia ficar nada bem, para ser honesto, mas eu joguei com calma mesmo
assim.
Encarando a Rainha Demônio, eu disse: “Parece que você finalmente parou de

se segurar! Vamos lutar de verdade agora!”
Antes mesmo de terminar de falar, conjurei Judecca, congelando o chão ao redor

da Rainha Demônio e restringindo seus movimentos.
“Pico da Terra!” Eu segui com outro feitiço, completando minha técnica de

combinação Cocytus. Em termos de poder, era mais fraco que Absolute Zero, mas sua
ampla área de efeito tornava mais difícil evitar. Quanto aos resultados…
“Rae!”
Ouvi Claire gritar. Achei estranho o quão perto sua voz soou, então me senti
sendo empurrada. O tempo passou em câmera lenta enquanto eu

observei Claire me empurrar para fora do caminho e pular diante de uma dúzia de raios negros.
"Senhorita Claire!" Eu gritei, estendendo minha mão.

Mas não consegui alcançá-la.
Era isso? Foi este o momento em que a perdi de verdade? Enquanto tais pensamentos
corriam pela minha mente, algo estranho aconteceu.
"Elevar."
Um feitiço lançado rapidamente levantou o corpo de Claire no ar, fazendo com que os
raios negros errem o alvo e façam poeira de um pilar de terra. Com o pilar destruído, Claire
caiu, e eu pulei para a frente para pegá-la.
"Você está bem, senhorita Claire?!"
“Sim, mas isso foi próximo. Deixando isso de lado, não foi esse feitiço agora... — sua voz
sumiu.
Eu tinha notado também. O feitiço que levantou Claire no ar, Uplift, era familiar. Eu
mesma costumava usá-lo em situações de emergência como essa. E, como mencionei
brevemente antes, esse feitiço foi feito por mim mesmo, criado alterando outro feitiço.
Então, por que a Rainha Demônio sabia disso?
"Eu vejo. Então é assim,” Claire disse. Agora de volta a seus pés, ela se virou
para olhar para a Rainha Demônio e apontou para ela. “Eu tenho me perguntado por um tempo
por que os Três Grandes Arquidemônios estavam tentando me matar, e agora eu finalmente
tenho uma resposta. É porque você não pode me matar, pode?
A Rainha Demônio não respondeu à pergunta de Claire. Mas aquele silêncio foi resposta
suficiente.
"Eu não sei por que você veio se chamar de Rainha Demônio"
Claire continuou. “Eu nem quero saber por quê. Mas me responda: por que você, de todas as
pessoas, está tentando trazer ruína à humanidade?”
A Rainha Demônio permaneceu em silêncio.
Com isso, Claire gritou impacientemente: “Responda-me, Rae Taylor!”
Ao ouvir esse nome, pela primeira vez, a Rainha Demônio parecia abalada. Lentamente,
ela tirou o véu. Por baixo, havia um rosto familiar, dividido entre lágrimas e alegria.

Era meu rosto. O rosto de Rae Taylor.

Capítulo 17:
A verdade do mundo
"A RAINHA DEMÔNIA sou... eu?”
Fiquei chocado. Não fazia sentido. Certamente, ela se parecia comigo, e seu
a magia era semelhante à minha, mas como poderia haver dois de mim?
Enquanto eu permanecia imóvel em transe, Claire continuou a fazer as perguntas.

“Existem muitas pessoas com rostos parecidos com os de Rae neste mundo, mas você é diferente,
não é? Você é a verdadeira Rae Taylor, certo?” Eu não tinha certeza de como Claire podia ter tanta
certeza, mas ela disse isso com total confiança.
Seguiu-se um breve silêncio.
“Estou impressionado, Srta. Claire. Mas suponho que se alguém perceberia, seria você,”
a Rainha Demônio disse calmamente. A voz dela não era mais uma mistura entre jovem e velho –
era familiar, porque era minha.
“Qual é o significado de tudo isso, Rainha Demônio?” Eu perguntei.
"Não vejo razão para explicar quando você está prestes a morrer", disse ela.
“Você responderia se fosse eu quem estivesse perguntando?” Claire perguntou.
"Não. Eu sinto Muito."
Claire arrogantemente lançou seu olhar para a Rainha Demônio. “Você pretende me
desafiar, Rae?”
Com isso, a Rainha Demônio sorriu amorosamente. “Você não mudou nem um pouco.
Você está linda como sempre, Srta. Claire. Seu sorriso então nublou. “Mas mesmo isso deve
terminar aqui. Tudo deve terminar aqui.”
“Você quer me matar, então? Você, de todas as pessoas, Rae?”
“Eu não posso te matar. Platão fará isso por mim.” A Rainha Demônio olhou para Platão
esperando atrás dela. Ele assentiu.
"Você é sério?" Claire perguntou.
"Eu sou."

"Não temos escolha a não ser enfrentar um ao outro?"
"Nós não."
"Entendo..." Claire suspirou, seu rosto preso entre raiva e agonia. “Não pretendo cair
sem lutar.”
“Você poderia se poupar da dor se não colocasse um fútil

mas luta”.
“Nossa, que insolente. Ninguém nunca te ensinou boas maneiras?”
"Eu acho que é o suficiente tentando ganhar tempo, Srta. Claire."
"Humph."
Enquanto Claire falava com ousadia, era tudo uma fachada. Seus ombros estavam
tremendo, e seus lábios estavam pálidos.
"Lady Manaria, você tem certeza que não pode usar Spellbreaker ou
Dominator?" Eu sussurrei. “A Rainha Demônio aparentemente sou eu, então talvez você
possa resolver isso?”
“A estrutura da magia dela é um pouco parecida com a sua, mas é simplesmente

impossível. Sinto muito, mas ela está em um nível totalmente diferente de você.
Nem mesmo nossa arma secreta, Manaria, conseguiu fazer alguma coisa. Estávamos
todos sem opções.
“Você é livre para lutar o quanto quiser. Uma vez que você desistiu, eu vou acabar
suas vidas,” a Rainha Demônio disse friamente.
"Ei, agora, você não acha que está levando a briga do seu amante um pouco longe
demais?" Uma voz alegre e inadequada para a situação soou. Um raio de luz ofuscante então
correu em direção à Rainha Demônio.
"Eh?!" A Rainha Demônio se moveu apressadamente para se defender, mas o fluxo

de luz a envolveu mais rápido do que ela podia reagir. A luz – uma luz branca pura diferente
de qualquer uma das quatro cores de magia que eu conhecia – gradualmente corroeu sua
barreira de magia negra.
Uma vez que o fluxo de luz se desvaneceu, pude ver que a Rainha Demônio caiu
de joelhos, sua barreira se foi. O braço com o qual ela se defendeu estava ferido, embora nada
do que havíamos tentado a tivesse arranhado.
“O que você acha, Rae – ou devo chamá-la de 'a Rainha Demônio'?

Ah, tanto faz. Minha magia com certeza dá um soco, certo?”

O orador era um homem com um braço. Ele não usava o uniforme das forças
imperiais, mas do exército real de Bauer.
“Vara Mestre!”
“Ei, Claire. A festa que você tem aqui. Você se importa se eu entrar?” Rod
Bauer, ex-primeiro príncipe do Reino Bauer, deu um sorriso ousado.
“Então é você…” a Rainha Demônio disse com aborrecimento.
"Sim Sim. De qualquer forma, o que está acontecendo com você, Rae? Você
sempre foi peculiar, mas se tornar a Rainha dos Demônios é um pouco difícil, mesmo
para você.”
“Você nunca foi de ler a sala,” ela suspirou, ignorando sua pergunta.
“Você achou que uma pequena ferida como essa seria suficiente para me derrotar?”
“Não, mas eu estava me segurando. Quer descobrir se todo o meu poder vai
fazer isso?
O ar estava incrivelmente intenso entre eles.

“Mestre Rod, o que foi isso agora?” Claire perguntou.
"Oh aquilo? Essa foi uma nova magia que eu inventei. Eu ficaria mais do
que feliz em explicar para vocês, mas isso vai ter que esperar.” Ele voltou seu foco
para a Rainha Demônio. “Se você está se chamando de Rainha Demônio, você
deveria ter olhos e ouvidos melhores do que a maioria dos humanos, certo? Então
tenho certeza que você já percebeu que os reforços Bauer estão quase aqui.
A Rainha Demônio não respondeu.

Rod continuou confiante: "Não importa o quão forte você possa ser, eu sou
com certeza você não pode lutar contra tantas pessoas e minha magia ao mesmo tempo.”
A Rainha Demônio não respondeu nem a isso.

"Bastardo..." Platão rosnou. “Você deve estar louco para falar com a Rainha
Demônio assim! Minha rainha, deixe-me atacá-lo! Eu posso cuidar dele sozinha...”
“Basta, Platão. Estamos recuando.”

"Mas-"

“Eu disse o suficiente.” A Rainha Demônio silenciou Platão com um olhar. Quando
ele se tornou obediente, ela deu meia-volta e foi embora.
“Ah, isso não é divertido. Você veio até aqui, por que não aproveitar nosso encontro
um pouco mais? Rod provocou.
“Você também não mudou, Mestre Rod. Eu não te disse isso

homens excessivamente persistentes nunca são populares?”
“Ei. Sim, você fez... Você realmente é Rae,” ele disse um pouco triste.
"Claro", ela respondeu secamente. “Senhorita Claire... Eu... Você não vai ser tão
sorte da próxima vez que nos encontrarmos. Da próxima vez, eu vou te matar sem falhar.”
Sem mais palavras, ela voou para o leste com Platão.
Ela pode voar sem asas, suponho. Não que isso fosse a coisa mais incomum
sobre ela.
“Obrigado, Mestre Rod. Você nos salvou,” Claire disse.
“Permita-me agradecer também, Mestre Rod,” eu disse.
“Não se preocupe com isso. Estou feliz por ter chegado a tempo.” Ele sorriu
alegremente antes de ficar um pouco sério. “Então, o que foi isso, afinal? Como é Rae, a
Rainha Demônio?”
“Eu não me entendo,” Claire disse, “mas não há dúvida em minha

lembre-se de que era Rae Taylor em carne e osso”.
"Se você diz isso, então deve ser verdade", respondeu Rod. “O que ela tem a ver
com nossa Rae, então?”
“Boa pergunta… Rae, você tem alguma pista?” ela perguntou.

“Não, absolutamente nenhuma,” eu disse. Eu nem sabia que este mundo tinha uma
Rainha Demônio até recentemente. Descobrir que a Rainha Demoníaca era na verdade
“eu” era apenas entorpecente.
“Por enquanto, vamos fazer essa fila andar”, disse Rod. "Estes são
os evacuados do império, certo?”
“Que eles são. Meu Deus, eu tinha quase esquecido o que estávamos fazendo.
disse Claire.
Era fácil esquecer, mas ainda estávamos no meio da evacuação dos

cidadãos da capital.

“Farei com que os reforços Bauer ajudem a guardar a linha. Devemos ficar bem,
mesmo que a Rainha Demônio ataque novamente”, disse Rod.
“Obrigada, Rod,” Claire respondeu.
A partir de então, nos concentramos em evacuar os cidadãos. Como a sorte faria

tê-lo, a Rainha Demônio não atacou pelo resto da viagem.
Eu, no entanto, não tinha nada além de perguntas em minha mente. Como a
Rainha Demônio foi eu? Por que ela estava tão determinada a me matar e a Claire? E
enquanto estávamos nisso, por que eu estava neste mundo em primeiro lugar?
Meu eu nerd não questionou ser transmigrado, sendo tão

acostumada a ver personagens serem enviados de repente para outros mundos na
mídia que eu consumia. Mas agora, pela primeira vez, eu estava questionando minha
própria existência neste mundo.
***
Os danos sofridos na retirada da capital foram menores do que havíamos previsto. Na

maioria das vezes, apenas os soldados haviam perdido a vida e, mesmo assim, apenas os da
retaguarda. Considerando o quão terrível a situação tinha sido, o fato de os cidadãos estarem
em grande parte ilesos era um milagre.
Claro, isso não mudou o fato de que vidas foram perdidas. Palavras de
condolências para Dorothea e os outros que morreram foram enviadas não apenas de outras
cidades do Império Nur, mas também dos países vizinhos. Esses países ouviram falar de
como o império protegeu seus próprios cidadãos, bem como de como eles lutaram bravamente
contra a Rainha Demônio e seu exército para proteger a humanidade. Pessoalmente, eu era
fortemente contra glorificar o ato da morte por uma causa maior, mas mesmo assim, lamentei
a perda daqueles que deram a vida para cumprir seu dever.
"Tudo bem, vamos começar a discutir nossos planos para o futuro?" Manaria disse,
para começar a reunião.
Estávamos em Zurück, uma cidade Nur perto da fronteira de Bauer. Era uma
cidadela fortificada construída pelo império em antecipação a uma guerra com o reino, por isso
serviu bem como base de operações contra os demônios. Pegamos emprestada uma grande
sala de conferências municipal enquanto discutíamos os preparativos

para o nosso próximo curso de ação.
A maioria dos participantes eram aqueles que haviam participado do retiro.

Claire e eu estávamos presentes, naturalmente, assim como Manaria, representando
Sousse; William, representando os Alpes; Thane, Dole e Rod, representando Bauer; Philine
e Hilda, representando Nur; e Yu, Misha e Lilly, representando a Igreja Espiritual. Foi um
espetáculo ver tantas figuras políticas e religiosas importantes em uma única sala.
“Os demônios fizeram algum movimento?” perguntou Manaria.
"Permita-me responder isso", disse Hilda. “De acordo com os relatórios de

nossos batedores, o exército demoníaco não se moveu desde que ocupou a capital.”
“Quais são os danos ao capital?” perguntou Filine.
“Sobre isso... Estranhamente, não houve muitos danos nos prédios e outras
instalações. Eles parecem ter vasculhado os lugares em busca de provisões, mas não
houve avistamentos de qualquer destruição por causa da destruição”, disse Hilda.
"Que sinistro", disse Thane com uma carranca.
"Não, não, não, devemos apenas estar felizes que eles não estão destruindo a
cidade", disse William com indiferença. “Pense em como a recuperação será fácil quando a
recuperarmos.”
“Bill, devemos nos concentrar em expulsar os demônios por enquanto”

Dole o advertiu levemente. “Podemos pensar na recuperação depois.”
“Qual é o status da barreira anti-demônio?” Eu perguntei. Se a cidade não

estava em ruínas, então talvez ainda estivesse de pé.
“Foi destruído, como é de se esperar”, disse Hilda. “As pedras mágicas localizadas
nas quatro direções cardeais mantiveram a barreira e recebemos um relatório de que
todas foram quebradas.”
“Então os demônios entraram na cidade?” Claire perguntou.
"Sim", disse Hilda. “Platos e a Rainha Demônio parecem ter tomado

residência no castelo imperial.”
“E quanto a Sócrates?” Claire perguntou.
“Sua localização permanece desconhecida. Há uma chance de ele ter

permanecido no território demoníaco para protegê-lo, mas...

“Isso seria uma ilusão, não seria?” Claire terminou.
De qualquer forma, não tínhamos mais Dorothea. Teríamos que lutar

os dois restantes dos Três Grandes Arquidemônios e a Rainha Demônio sem ela.
“Filina”, disse Manaria, “há uma boa chance de a capital imperial

se tornará nosso próximo campo de batalha. Tudo bem com você?”
Philine não respondeu, parecendo estar atordoada.
“Vossa Majestade Imperial.” Hilda sacudiu levemente o ombro de Philine.
"Ah... me desculpe, sobre o que estávamos falando?" perguntou Filine.
“Está tudo bem. Você acabou de perder sua mãe — disse Dole com tristeza.
“Obrigado, Dole. Mas este não é o momento para eu estar fora das sortes. Eu sou a
Imperatriz de Nur agora. Mamãe riria de mim se eu deixasse isso me segurar.” Philine sorriu
corajosamente, mas ficou claro que ela estava se esforçando.
Dorothea tinha sido muito importante para ela. Sem vacilar, ela continuou: “Embora eu esteja um
pouco relutante em ter a capital como nosso campo de batalha, não vejo outra escolha. Pelo
menos teremos uma familiaridade com a área, que podemos usar a nosso favor.”
Philine amava seu povo. Escolher derramar sangue nas ruas de sua casa tinha que ser
uma decisão dolorosa.
"Tudo bem. Tudo o que resta é determinar o que podemos fazer contra o
Rainha Demônio,” Manaria disse com um suspiro.
“Seu relatório disse que a verdadeira identidade da Rainha Demônio era Rae, mas o
que no mundo isso deveria significar?” William perguntou, olhando para mim em busca de uma
explicação.
Eu também não me conhecia, então não tinha certeza de como responder.
“Embora não conheçamos os detalhes, não há dúvida de que o Demônio

Queen é de fato Rae,” disse Claire. “Eu garanto.”
“Isso não faz sentido. Rae está bem aqui!” ele reclamou. "Ou são
você está tentando dizer que existem dois Raes ou algo assim?”
“É nisso que acreditamos”, disse ela.
"Ha ha, você está brincando, sim?" ele disse com um sorriso irônico.

Dole franziu a testa. “Embora haja algum nível de credibilidade nessa afirmação quando se
trata de você, Claire, a maioria das pessoas acha difícil acreditar que possa haver duas pessoas da
mesma.”
“Eu admito que é desconcertante, mas não há dúvida de que a Rainha Demônio é
Rae. Não há como eu confundi-la com outra pessoa,” Claire disse, sem se mexer.
“O que você acha disso, Rae?” Thane me perguntou.
"Honestamente? Não sei. A voz e o rosto da Rainha Demônio certamente

combina com o meu. Mas de acordo com Manaria, a magia que a envolve e a estrutura dos
feitiços que ela usou é diferente. Pode haver uma chance de ela estar apenas imitando—”
“Não,” Claire me interrompeu com firmeza. “Ela é Rae.”
"Hmm, não parece que podemos concordar aqui", disse Manaria. “Mas realmente, a
identidade da Rainha Demônio não importa muito. Nós apenas temos que vencê-la. O problema
é que parece que será quase impossível derrotá-la em uma batalha frontal. Precisamos de mais
informações se quisermos vencer, embora talvez a identidade dela possa ser uma pista a esse
respeito?
“Há mais alguém que possa saber algo sobre a Rainha Demônio?” William virou-se para
Yu. “E a Igreja? Eles sabem alguma coisa sobre ela?”
"A existência de uma 'Rainha Demoníaca' não parece ter sido transmitida em nossos
registros", disse Yu. “Isso está correto, Misha?”
"Sim. Eu tive a chance de dar uma olhada em alguns dos antigos tomos da Igreja, e
embora houvesse vários relatos detalhados de demônios, não havia uma única menção a
qualquer Rainha Demônio.”
"Então nem mesmo a Igreja, depois de todos os seus anos de oposição aos demônios,
sabe de alguma coisa", disse Thane com um olhar sombrio.
Não vendo caminho a seguir, um silêncio caiu sobre nós.
Uma voz de repente quebrou o silêncio. — Acho que devo explicar, então.
Embora eu duvide que muitos de vocês sejam capazes de entender.”
"Senhorita Lilly?" Eu disse.
“A hora está quase certa. Nós finalmente conseguimos puxar o Demônio

Rainha no palco.” O tom de Lilly era leve.

"Huh?" Eu perguntei. “Mas eu pensei que a Igreja não...”
“Rae.” Claire me parou. “Isso não é Lilly falando.”

“Ah.” Eu finalmente entendi.
“Estou errado, apóstolo?” Claire perguntou.

O apóstolo confirmou as suspeitas de Claire com um sorriso.
***
"Apóstolo?" Thane disse, confuso. “Eu pensei que Lilly era um ex-cardeal?”
“É um prazer, Thane Bauer”, disse o apóstolo. “Espero que sua viagem do reino
tenha sido agradável.”
“Então você realmente é outra pessoa inteiramente. Lilly nunca usaria esse tom
comigo”, disse ele.
"Você é muito gentil." O apóstolo se curvou como um ator de teatro faria.

“Explique isso, Claire. O que é um apóstolo? O que você sabe?" Dole perguntou,
parecendo perdido no mar.
Claire e eu trocamos um olhar e assentimos. Parecia que seria melhor se todos
entendessem isso daqui para frente.
“Eles se chamam 'o apóstolo'”, disse Claire. “Eles afirmam ter

laços com a Igreja Espiritual e também pretendem manipular o mundo das sombras.
No entanto, não sei quanto peso podemos dar a essas alegações.” Ela parecia um
pouco duvidosa.
“Ah, mas é tudo verdade, Claire François”, disse o apóstolo. “Tenho certeza de
que todos estão ansiosos para aprender mais sobre a Rainha Demônio, então por que não
respondo a quaisquer perguntas que você possa ter?”
"Oh, bem, isso não é tão conveniente", disse William em seu habitual ocioso
tom. “É claro que não vamos acreditar cegamente em tudo o que você diz sem
questionar.”

“Para mim, tudo bem”, respondeu o apóstolo. “Mas eu juro que só falo a verdade. A única
preocupação que tenho é que a verdade pode estar além do que você pode compreender.”
"Você está questionando nossa inteligência?" Dole disse um pouco irritado.
“Não é uma questão de inteligência, mas uma questão de seu... nível cultural?
Não, o nível de sua civilização, suponho. Então, novamente, isso pode não ser um problema, já que
Rae Taylor deve ser capaz de entender bem o suficiente para todos vocês.”
Todos os olhos se voltaram para mim.
Pessoal, juro que estou tão perdido quanto vocês. Eu estava ficando cansado de todo
esse absurdo vago e enigmático. “Apóstolo, por favor, apenas nos dê algumas respostas reais
já? Por que você e a Rainha Demônio estão dando a Miss Claire e eu um tratamento tão especial?”
“Ah, me perdoe. Deixe-me começar a explicar com seriedade. Vamos ver, por onde devo
começar?”
“Que tal você começar respondendo minhas perguntas,” Claire disse. "É o
alguém que se chama a Rainha Demônio realmente Rae?”
“Essa é uma ótima pergunta para começar, Claire François, mas a resposta pode não ser
tão simples quanto você gostaria. A Rainha dos Demônios é Rae Taylor, mas Rae Taylor não é
necessariamente a Rainha dos Demônios.”
Claire não fez nenhum esforço para esconder sua irritação. “Você acha que isso é um
jogos? Leve isso a sério ou então.”
“Estou falando muito sério”, disse o apóstolo. “Perdoe-me, mas minhas

especificações não me permitem ignorar inconsistências lógicas.”
"Especificar... cátions?" Claire repetiu, claramente não familiarizada com a palavra.
“Significa algo na linha de design ou configuração, Srta. Claire,” eu disse.
"Huh. Estou surpreso que você conheça tal palavra, Rae.
“É bem incomum, suponho. Mas eu poderia jurar que só foi usado

para descrever objetos feitos pelo homem, não pessoas”.
"Huh?" Claire fez uma pausa. “Então, apóstolo, você está—”
“Você é afiada, Rae Taylor. Sim, eu não sou uma coisa viva, mas o homem

feito."
Uma enxurrada de barulho explodiu por toda a sala de conferências.
“Você não está vivo? Isso é um absurdo,” Claire disse. “Você age tão humano.”
“Tais palavras são o maior elogio que posso receber, Claire François. Mas eu
fale a verdade. Eu sou, sem dúvida, uma peça de tecnologia avançada feita pelo
homem. Rae Taylor, tenho certeza que você já descobriu o que eu sou agora? O apóstolo
sorriu para mim.
Não-vivo. Pedaço de tecnologia. Humanos parecidos... Só uma coisa me veio à mente.
“Você é uma IA. Uma inteligência artificial.”
“Correto, Rae Taylor.” O apóstolo me aplaudiu.
Essa resposta só me deu mais dezenas de perguntas.
“Oi sim? O que isso deveria ser?” Claire perguntou.
"É a palavra para algo feito pelo homem que tem uma mente humana", eu disse.
“Embora seja completamente artificial, a IA avançada pode superar os humanos em
habilidades cognitivas.”
Dito isto, tal IA não existia no meu tempo - fora da ficção, pelo menos
ao menos.
“Como você sabe sobre tudo isso, Rae?” Claire perguntou.
“Lembra-se do mundo passado em que vivi sobre o qual falei? Isso foi
conhecimento comum lá. Meu mundo fez grandes avanços em tecnologia, não em
magia.”
“Isso está de acordo com o que o apóstolo nos disse”, disse William, parecendo
bastante intrigado.
"Certo. Basicamente, IA são coisas feitas por meio de tecnologia que se

assemelham a mentes humanas.” Este foi o melhor que pude explicar o conceito, mas eu
estava preocupado se todos entenderiam.
"Acho que entendo um pouco", disse Claire. "Mas se essa coisa de oito está
aqui, isso significa que há algum tipo de conexão entre o velho mundo de Rae e este?"
"Oh." Eu nem tinha considerado isso, mas se alinhou perfeitamente. Por que mais

existiria um ser tecnológico aqui neste mundo?
“Isso mesmo, Claire François”, disse o apóstolo. “O mundo em que Rae Taylor viveu
– ou melhor, o mundo em que Rei Ohashi viveu – e este mundo são, estritamente falando, o mesmo.”
"Huh?!" Este foi o maior choque ainda para mim hoje. “Apóstolo, você está dizendo que
eu não fui trazido para outro mundo?”
“Sim e não”, disseram. “Você cruzou para outra civilização, sim, mas ainda permanece
na mesma Terra.”
Eu não entendi muito bem o que eles queriam dizer, mas parecia que eu não tinha sido
enviado aleatoriamente para outro mundo à la isekai, como eu tinha pensado a princípio. O mundo
que eu tinha dado como certo até agora começou a desmoronar ao meu redor.
“Então por que estou aqui?” Eu perguntei. “Por que eu, um antigo escritório regular
trabalhador, de repente aparecem neste mundo?”
“Para responder isso, eu precisaria explicar as coisas desde o início.

Mas, por favor, acalme-se primeiro, Rae Taylor. Sua frequência cardíaca atingiu níveis anormais.”
Como eles poderiam me dizer para me acalmar depois de revelar essas coisas?
Eu me aproximei do apóstolo, mas a voz de Claire de repente me trouxe de volta aos

meus sentidos. “Rae, acalme-se. Você está fazendo uma cara terrivelmente assustadora agora.
Eu me virei e a vi olhando para mim, sua expressão cheia de preocupação. O que

eu estava pensando, deixando-a tão preocupada?
“Desculpe,” eu disse. “Perdi a compostura por um momento lá.”
“Está tudo bem, eu entendo. Afinal, isso envolve você pessoalmente.” Clara
envolveu seus braços em volta de mim em um abraço. Seu toque suave e cheiro doce
pararam as ondas turbulentas do meu coração.
“Vamos ver... Já que eu expliquei isso, não há problema em fazer com que todos
experimentem diretamente o resto. Isso é, para economizar tempo”, disse o apóstolo.
“O que você quer dizer, apóstolo?” Ainda me abraçando, Claire lançou ao apóstolo um
olhar penetrante.
“Explicar o resto verbalmente provavelmente deixaria todos confusos. Acredito que

será mais eficiente fazer com que você experimente tudo, desde o

começando a si mesmos.”
"Huh? E como faríamos isso?” Claire perguntou.
"Assim." O apóstolo dançou um dedo no ar, traçando um padrão complexo com a

luz. “Vou fazer você experimentar algo chamado 'realidade virtual'. Talvez Rae Taylor entenda o
que é isso?”
No momento em que eles disseram isso, minha consciência escureceu.
***
O primeiro ponto de vista de Claire
“Já fez algum progresso, Claire?”
Pela quantidade de irritação em sua voz, eu poderia dizer que ele já

sabia a resposta e não estava feliz com isso.
Trabalhei em um centro de pesquisa administrado pelos Estados Unidos da América e

Eu tinha acabado de ser chamado ao escritório de seu pesquisador-chefe. Ao contrário das
outras salas do prédio, que eram em sua maioria laboratórios, este lugar parecia o escritório de
qualquer CEO normal em qualquer empresa genérica.
Antes de mim estava o pesquisador-chefe do centro de pesquisa. Ele tinha características

típicas anglo-saxônicas e estava na casa dos cinquenta. Ele também havia recebido sua posição por
suas habilidades de gerenciamento, em oposição a, digamos, qualquer mérito como pesquisador.
Eu não gostava muito dele.
"Estamos trabalhando o máximo que podemos", respondi. “Vai levar tempo, mas nossa
pesquisa definitivamente...”
"Eu não quero suas desculpas", ele me interrompeu categoricamente. “Seu trabalho não
produziu nada de valor. A humanidade está ficando sem tempo. Não podemos ficar sentados
desembolsando fundos para um projeto que não produz resultados.”
"Me perdoe." Eu odiava admitir, mas ele tinha razão. A sobrevivência da humanidade
estava em jogo.
“Eu lhe dei tempo e recursos porque vi uma promessa em você. Mas não posso esperar
mais. Estou estabelecendo um prazo: você tem meio ano para terminar.”

“O que—isso é irracional! Como já lhe disse muitas vezes, nossa pesquisa

não é algo que possa dar frutos em um prazo tão curto! Precisamos de mais tempo para...
“Os EUA estão começando a atrair financiamento para pesquisa em todos os níveis”, disse ele.
“Eles começaram a colocar suas próprias bundas em primeiro lugar.”
“Ah.” Eu fiquei sem palavras. Eles realmente iriam fugir enquanto o resto de nós morria em
massa? Tudo por algum paraíso distante nas estrelas que talvez nem exista?
“A decisão é definitiva. Você tem meio ano para produzir resultados.”
"Entendido."
Com o coração partido, saí do escritório. O ar condicionado do corredor parecia

ainda mais frio contra a minha pele do que o normal.
“Como foi, Claire? Você ganhou outra bronca do chefe?”
Voltei ao meu laboratório e fui imediatamente atraído para a conversa por Lene,
uma colega minha. Ela era uma pesquisadora mais ou menos da minha idade que tinha cabelos
louros e fofos e era bastante alegre.
Sem responder, joguei fora os dados que pretendia mostrar ao chefe

na minha mesa e caiu na minha cadeira.
"O que aconteceu?" Lene disse com preocupação, percebendo que algo estava errado.
“Fui informado de que o projeto está encerrado se não tivermos nenhum resultado em
meio ano.”
"O que?!" ela exclamou com raiva. “Isso não é tempo suficiente!”
"Foi o que eu disse. Mas o chefe não ouviu.”
"Eca. Essas pessoas não-STEM simplesmente não entendem! A pesquisa não é tão
simples! Não há como saber quando ou se os resultados aparecerão!” Lene começou a resmungar.
Eu sabia que ela não queria falar mal do chefe nem nada, ela só queria simpatizar comigo.
“Obrigado, Lena. Eu me sinto melhor agora."
"De jeito nenhum. Mas ainda assim, apenas meio ano?”
“Vai ser difícil, mesmo se usarmos TAIM em todo o seu potencial.”

“Oh, espere, por que não tentamos perguntar ao TAIM o que devemos fazer a partir de
aqui?" Lene perguntou. “Ela pode ter uma sugestão. Ei, TAIM!”
Ela agarrou minha manga e me puxou para o laboratório vizinho.
“Olá, Lena. Eu posso te ajudar com alguma coisa?" TAIM cumprimentou Lene em inglês
natural com uma voz sintética que era indistinguível da de um humano. Ela era o produto da
pesquisa de metade da minha vida e, nesse sentido, algo da minha filha. Ela era “A Inteligência
Artificial para a Humanidade”,
TAIM para abreviar, uma IA de ponta projetada para resolver o dilema da humanidade.
Estávamos perto do final do século 21 . As crises ambientais que

tinha sido motivo de preocupação desde o século anterior tinha finalmente ficado sem solução.
Temperaturas mais altas levaram a níveis mais altos do mar, e a quantidade de terra seca e habitável
encolheu consideravelmente. Durante o verão, era muito quente para ficar ao ar livre por mais de
alguns minutos sem um traje de resfriamento, enquanto os invernos regularmente apresentavam
temperaturas abaixo de zero na casa dos dois dígitos por dias a fio.
A mudança no clima afetou negativamente a agricultura, levando à escassez crônica de

alimentos. A população, que muitos previram se aproximar de dez bilhões no início do século
21 , em vez disso, diminuiu gradualmente para seu total atual de um bilhão. A sobrevivência era
quase impossível sem os dons da ciência, e todos viviam com a sempre iminente promessa de
ruína no horizonte.
No início, os países do mundo jogaram o jogo da culpa em relação à destruição

do meio ambiente. Eventualmente, no entanto, eles perceberam que não tinham tempo a perder
com essas disputas e deram as mãos em um esforço para resolver o problema. Este centro de
pesquisa havia sido estabelecido por volta dessa época. Infelizmente, a degradação do meio
ambiente já havia avançado além do ponto sem retorno, e nem mesmo os esforços combinados da
humanidade avançaram em uma solução.
“Olá para você também, Claire. Você precisa de algo de mim?” TAIM
Perguntou. Projetada antes de seu quadro estava o holograma de uma mulher, que servia
como interface digital do TAIM. O holograma tinha cabelos prateados e olhos vermelhos que lhe
davam um ar ligeiramente desumano.
“Sim, estamos em apuros. Você poderia nos dar alguns conselhos?” EU

Perguntou.
"Certamente."
O TAIM era uma IA que aproveitava ao máximo a computação distribuída e

usou um computador quântico para deliberar dentro de si mesmo. Na superfície,
parecia ter uma personalidade única, mas dentro dela havia um conjunto de centenas
de IAs separadas e únicas em ação. O poder computacional de TAIM — em outras palavras,
sua capacidade de pensar — excedeu em muito o de um humano.
“O chefe nos disse que temos apenas meio ano para obter resultados. Quais são seus
pensamentos sobre isso?" Eu perguntei.
TAIM pensou por um momento. “Do jeito que as coisas estão, é improvável que
alcancemos resultados em menos de meio ano. Com minhas habilidades atuais, prevejo que
levará vários anos para encontrar uma solução para as necessidades do mundo.”
"Imaginei." Não importa o quão poderosa uma IA ela possa ter sido, ela
não era deus. Eu não tinha muitas esperanças em primeiro lugar, mas ouvir sua resposta
me fez sentir desanimado do mesmo jeito.
"Eu tenho uma proposta, no entanto", disse TAIM.

"Sim?"
“Eu prevejo que será impossível para nós três alcançar resultados em
apenas meio ano - no entanto, se trouxermos uma pessoa específica que tenho em
mente, há uma chance incrivelmente pequena de conseguirmos um resultado favorável
dentro do prazo estipulado. ”
"Sério?!" exclamei. Ainda havia esperança? “Quem é essa pessoa que você tem em
mente?”
Se isso nos desse uma chance de lutar, eu não me importava de oferecer uma taxa
considerável para trazê-los.
“Ela é uma pesquisadora japonesa.”

"Qual é o nome dela?"
“Rei Ohashi, especialista em quantização de almas.”
Eu ainda não sabia, mas esse nome ficaria comigo para sempre.

***
“Rei Ohashi. Prazer em conhecê-lo."
A mulher que nos fez uma reverência muito japonesa parecia muito mais jovem
do que eu, apesar de seu perfil dizer que ela tinha a minha idade. Eu tinha ouvido que os
asiáticos muitas vezes pareciam mais jovens do que sua verdadeira idade sugeria, e parecia
que essa mulher era um exemplo brilhante disso. Ela usava um jaleco, mas parecia usá-la e
não o contrário. Ela não se sentia como uma pesquisadora, mas mais como alguém que
você poderia encontrar trabalhando em um escritório em algum lugar.
“Sou a líder do projeto, Claire François. Prazer em conhecê-lo."
“Eu sou a assistente principal, Lene. Prazer em conhecê-lo, Rei.”
Rei não era do tipo expressivo; foi meio difícil dizer o que estava acontecendo
a mente dela. Talvez fosse simplesmente uma diferença cultural entre os europeus, que
valorizavam a autoexpressão, e os japoneses, que encontravam virtude na modéstia.
Em última análise, não importava. Esta facilidade só pediu habilidade, não
afabilidade. Mesmo que ela se tornasse um pouco desajeitada de lidar, contanto que ela
pudesse fazer bem seu trabalho, não haveria problemas.
“Deixe-me apresentá-lo ao TAIM,” eu disse. “TAIM, aqui é Rei. Nós vamos

estar trabalhando com ela a partir de hoje.”
“Prazer em conhecê-lo, Rei,” TAIM disse.
“Então você é a maior IA do mundo,” Rei murmurou, olhando reverentemente para

TAIM.
Eu tinha ouvido que os japoneses tendiam a visualizar almas em objetos mais

facilmente do que os europeus. Talvez fosse o caso dela também?
"Que cruel…"
"Huh?" Eu disse.
"Oh, nada", disse ela evasivamente. “Então, o que exatamente você quer que eu
Faz?"
Ela não perdeu tempo em ir direto ao ponto. Eu gostava de pessoas como ela.
“Bem, nosso objetivo final é evitar a destruição da humanidade, como tenho certeza
que você entende,” eu disse.

"Sim, mais ou menos", ela respondeu com os olhos desprovidos de calor.

"Mais ou menos?"
"Nada. Por favor continue."
"Tudo bem. Esse é o nosso objetivo final, mas não é algo que possamos alcançar
facilmente imediatamente. E temos apenas meio ano para fazê-lo.”
"Eu vejo."
“O que queremos de você é sua experiência em seu campo de pesquisa, quantização

de almas. Por favor, forneça todos os dados de pesquisa que puder ao TAIM.”
Expliquei brevemente como inserir dados no TAIM. Rei descobriu

bastante rapidamente, sendo bastante inteligente.
"Entendi."
"Alguma pergunta?" Eu perguntei.
"Apenas um."
"Pergunta à vontade."
“Os corpos físicos são necessários para a sobrevivência que este projeto espera
alcançar?”
"Huh?" Eu não tinha certeza do que ela queria dizer. "O que você quer dizer?"
“Se tivermos sucesso na quantização da alma, não acredito que seja necessário para nós
manter nossos corpos”.
"O que?" Eu disse, perplexo.
“Permita-me explicar o que eu acredito que Rei está querendo dizer,” TAIM disse. “Se
conseguíssemos transformar a alma em quanta e armazená-la em um meio, o corpo não seria mais
um recipiente necessário.”
"Exatamente. Obrigado, TAIM,” Rei disse.
Embora eu finalmente tenha entendido, eu não sabia como eu deveria responder. A

quantização da alma pode ter existido como um conceito desde o século passado, mas apenas na
ficção. Não tinha sido levado a sério como um campo de estudo até algumas décadas atrás. A
ideia de abandonar o corpo parecia, na melhor das hipóteses, estranha.
“Não são nossos corpos que nos permitem ser humanos?” Eu perguntei. "Poderíamos

ainda chamam seres que vivem puramente como almas quantizadas de humanos?”
“Deve estar tudo bem desde que demos às pessoas a impressão de ter
corpos”, disse Rei.
“Você quer dizer, dando a eles um avatar, eles poderiam habitar um mundo virtual?”
"Sim. Contanto que a pessoa sinta que nada está fora do lugar, deve ficar tudo bem.”
Isso foi realmente “bom”?
“Alguém precisaria realizar manutenção regular no meio

em que as almas quantizadas são armazenadas,” eu disse. “Isso seria impossível sem um
corpo físico.”
“Não há necessidade de um humano fazer manutenção,” ela respondeu. “Uma

máquina poderia gerenciá-lo com a mesma facilidade.”
Rei foi bastante insistente. Achei que havia algum mérito nas sugestões dela,
mas não pude deixar de sentir uma espécie de resistência emocional à ideia.
“Vamos encerrar essa discussão aqui,” eu disse. “Por enquanto, insira seus dados em
TAIM sob a suposição de que nossos corpos físicos serão necessários.”
"Entendido."
Rei permaneceu tão inexpressiva quanto antes, embora eu sentisse que podia ver um
pouco de desagrado em seu rosto. Mas ela começou seu trabalho mesmo assim, obedecendo
às minhas instruções, pelo menos por enquanto.
"Ela é estranha, hein?" Lene sussurrou para mim depois que nos afastamos. Ela
tinha visto minha conversa com Rei.
“Sim, ela é um pouco peculiar, suponho.”
"Um pouco? Apenas um psicopata sugeriria estar bem em viver sem seus
corpos.”
“Lene, isso não é maneira de falar sobre um novo colega. Especialmente não
quando você acabou de conhecê-los.”
"Eu sei, mas ainda…"
Sinceramente, concordei um pouco com Lene, mas não consegui expressar isso,

dada a minha posição no laboratório. Muitas vezes você viu pessoas escreverem sobre
renunciar a seus corpos na ficção científica, mas uma pessoa teria que ser insana para pensar
seriamente em tentar isso na realidade. A expressão de Rei escondia a maioria de seus
pensamentos internos, mas ela parecia bastante sã para mim.
Ela deve realmente acreditar que temos que deixar nossos corpos para trás para
seguir em frente. Não pude deixar de me perguntar o que ela deve ter experimentado em sua vida
para desenvolver tal crença.
“Você deveria começar a trabalhar também, Lene. Você ainda tem sua tese sobre o
reaproveitamento de resíduos radioativos e combustíveis fósseis para escrever, não é?”
"Yeah, yeah."
Por minha insistência, Lene voltou para sua mesa e começou a trabalhar. Voltei ao meu
projeto também.
O corpo físico era realmente necessário para os humanos? Certamente tinha que ser,
certo?
Um problema semelhante se revelou ao longo da criação da IA.

A mente humana estava profundamente conectada com o corpo, tanto que era impossível fazer
uma IA avançada – uma mente artificial feita à imagem de uma mente humana – sem dar a ela os
cinco sentidos que um corpo teria.
Por exemplo, uma IA nunca poderia realmente entender o gosto das coisas,
ou a sensação de comer, sem experimentá-la eles mesmos. Quando fiz TAIM, dei a ela
maneiras de experimentar artificialmente os mesmos cinco sentidos dos humanos, superando a
parede inescalável que separava programas anteriores de seus criadores.
Era lógico então que eu acreditava que os humanos precisavam de corpos. Mas Rei
insistiu fortemente no contrário. Que tipo de experiências e pensamentos poderiam tê-la levado a
uma conclusão tão diferente? Embora eu sentisse que ela estava um pouco desanimada, não
podia negar que ela também me intrigou.
Fora isso, uma coisa sobre Rei ainda me incomodava. O que ela disse antes quando
viu o TAIM pela primeira vez? Algo sobre algo ser cruel? O que ela quis dizer?
Independentemente disso, com Rei agora a bordo, nossa pesquisa progrediu em

um ritmo vertiginoso. Em apenas quatro meses, ela fez o que eu não tinha conseguido: ela
criou um plano de trabalho para salvar a humanidade.

Quando ouvi falar do Eternal Loop System, soube, sem dúvida, que tinha nascido da
mente de um gênio.
***
“Vou agora começar a explicar a proposta de nossa equipe de pesquisa para

a sobrevivência da raça humana. Consulte o documento A-1 antes de você.”
Rei e eu estávamos na sala de imprensa do centro de pesquisa, sentados diante

de vários jornalistas. Estávamos prestes a explicar o Eternal Loop System, um projeto para
garantir a sobrevivência da humanidade que havia sido liderado principalmente por Rei.
Nervoso, olhei para ela onde ela estava sentada ao meu lado. Ela não expressou um
pingo de ansiedade quando começou sua explicação com o mesmo olhar distante que
sempre usava. Mesmo depois de todo esse tempo, eu realmente não a entendia.
“O primeiro passo deste projeto será usar o TAIM para quantizar almas e
armazenar em cache os dados resultantes no armazenamento de memória. Os alvos atuais para
armazenamento são todos os membros dispostos da humanidade. Após a quantização, a humanidade
entrará em um período de dormência por alguns séculos.”
Durante essa dormência, o objetivo era fazer com que as nanomáquinas da

TAIM e outros robôs autônomos restaurassem o ambiente.
“Os robôs sozinhos realmente seriam capazes de consertar tudo?” alguém

perguntou.
“Eles não vão, não,” Rei respondeu. “Nós precisaríamos mudar temporariamente
nossa civilização longe da tecnologia para algo completamente diferente.”
Os jornalistas começaram a murmurar, o que era compreensível. Até eu tinha

ouvido suas palavras como um disparate no início.
"O que você quer dizer? Que outro tipo de civilização existe?” perguntou um dos
jornalistas.
“Um fundado na magia.”
O jornalista que fez a pergunta não pôde deixar de rir. o

outros jornalistas se entreolharam e começaram a rir também. A proposta parecia
ridícula. Mas não seria por muito tempo. Eles logo aprenderiam

que Rei Ohashi não era apenas um cientista notável, mas o primeiro mágico do mundo
do utilizador.
"Seria mais rápido mostrar a você", disse ela. “Luzes, por favor.”
Com um controle remoto, Lene apagou as luzes da sala.
Rei ergueu um cajado branco. “Ainda estamos nos estágios iniciais de pesquisa,
mas descobrimos que a magia pode fazer esse tipo de coisa. Leve."
Assim que ela disse, “Luz”, a ponta do bastão acendeu em um brilho brilhante.
As vozes dos jornalistas se ergueram em um clamor.

"O-o que é isso?"
“Como eu disse, é mágico,” Rei disse. “Este é um dos feitiços mais simples, um que
cria luz.”
"Isso é apenas um truque de salão!" gritou outro jornalista. Foi uma reação
razoável. Apenas os aficionados por ciências que trabalharam em publicações
relacionadas por muito tempo se reuniram aqui hoje. Nenhum deles poderia aceitar tão facilmente
algo tão não científico quanto a magia.
“A magia é uma extensão da ciência”, disse Rei. “Agora vou explicar sua
princípios. Consulte o documento B-1.”
As luzes da sala foram acesas novamente, e os jornalistas duvidaram

folheou os papéis, totalmente ansioso para provar que nossa pesquisa era uma farsa.
“A magia é produzida usando uma nova energia que nossa pesquisa descobriu:
energia mágica. Nós obtemos essa energia diretamente do fluxo do tempo.” Rei falou
calmamente o tempo todo, como se ela não se importasse com a hostilidade que emanava dos
jornalistas.
“O fluxo do tempo? Quão?"
“Durante a construção do TAIM, encontramos uma pista nas partes não utilizadas do
cérebro humano. Como se vê, os cérebros humanos têm a capacidade de interferir
diretamente no tempo – e sofrer interferências por sua vez. Criamos essas 'ferramentas mágicas'
para ativar artificialmente essas partes latentes do cérebro”.
Rei apontou para o cajado branco em sua mão. “A pedra mágica na ponta
desta equipe é na verdade um conjunto de nanomáquinas feitas de pequenos circuitos
integrados. Este atua como um terminal para TAIM e é usado para estimular

as partes não utilizadas do cérebro, permitindo assim que o cérebro produza vários fenômenos”.
Ela seguiu essa explicação com uma explicação do que exatamente era a magia, até
onde descobrimos. “O tipo de magia disponível para um indivíduo difere de pessoa para
pessoa. Chamamos essa diferença de 'aptidão', por conveniência. Até agora, também
categorizamos os tipos de fenômenos que podem ser produzidos em quatro categorias: terra, água,
fogo e vento”.
Os jornalistas olharam para os documentos com força suficiente para fazer um buraco
através deles. Muitos ainda estavam céticos, mas alguns pareciam ter percebido que esta coletiva
de imprensa seria um ponto de virada na história.
“Acreditamos que, ao afastar nossa civilização da ciência e

em direção à magia, podemos melhorar o meio ambiente da Terra”, disse Rei.
"O que te faz dizer isso?"
“Recorrer à magia resolveria a crise de energia, que tem sido nossa

principal causa de destruição ambiental. A energia mágica é energia limpa, e sua tecnologia
central, as pedras mágicas, são produzidas a partir de resíduos radioativos, dos quais, de outra
forma, tivemos dificuldade em nos livrar.”
Em outras palavras, nossa civilização baseada na ciência em um impasse se

tornaria o trampolim para uma civilização baseada na magia recém-formada.
A pesquisa de Lene provou ser fundamental nessa área.
“Antes você mencionou que essa mudança na civilização seria temporária,”

disse um dos jornalistas. “Por que não se comprometer com uma conversão completa?”
Uma boa pergunta.
“A tecnologia mais importante para uma civilização baseada em magia serão as pedras
mágicas produzidas a partir de resíduos radioativos. Se nos convertermos completamente, a
sociedade baseada na magia um dia ficará sem recursos, assim como nós.
Então, em vez disso, propomos que civilizações baseadas em magia e civilizações
baseadas em ciência se repitam, uma após a outra. Durante os intervalos entre os turnos, podemos
usar a tecnologia de quantização da alma para entrar em um período de dormência.”
Em outras palavras, a ideia era deixar a humanidade moderna temporariamente adormecida

como quanta, mudar o ambiente para um adequado a uma civilização baseada em magia e deixar
a humanidade prosperar mais uma vez. Mas depois que a civilização baseada em magia atingisse
seu limite, adormeceríamos novamente e retornaríamos a um

civilização baseada na ciência. Civilizações baseadas em magia dariam lugar a civilizações

baseadas em ciência e vice-versa. Ao repetir esse ciclo, a humanidade seria capaz de continuar
perpetuamente. Esse era o Eternal Loop System que Rei havia projetado.
“A conferência de imprensa de hoje abordará apenas o básico do Loop System. Os

detalhes completos serão divulgados posteriormente pelo governo dos EUA, portanto,
consulte esses relatórios. Agora vamos passar para as perguntas.”
A sessão de perguntas e respostas que se seguiu foi intensa. Os frutos de

nossa pesquisa foi inovadora, mas também difícil de engolir.
No entanto, à medida que a sessão prosseguia e Rei continuava a responder com respostas
claras e estruturadas, até os jornalistas mais céticos perceberam que nossa pesquisa era real.
Embora estivessem ansiosos para encontrar falhas, eram profissionais com boas credenciais e
começaram a ver a legitimidade do nosso projeto.
“Sinto muito, mas isso é todo o tempo que temos para hoje. Obrigado a todos por
vindo”, disse Rei.
Agradecemos aos repórteres e saímos de nossos lugares.
No caminho de volta ao nosso laboratório, Lene nos chamou animadamente. “Conseguimos,

Claire! Isso foi definitivamente um sucesso agora!”
"Eu também acho. E devemos tudo a Rei,” eu disse.
“Obrigado,” Rei respondeu categoricamente.
“Você não parece muito emocionado,” eu disse. “Sua pesquisa foi reconhecida,
sabe?”
“Você quer dizer nossa pesquisa. Embora, francamente, eu não me importe com resultados
ou ser reconhecido, desde que eu possa continuar minha própria pesquisa”, disse ela, impassível
como sempre.
“Dizem que os gênios são excêntricos, e vejo que você não é exceção.”
"Isso faz de você um gênio também, então, Claire?" ela perguntou.
"Eu sou apenas mediano comparado a você... Espere, o que você está tentando
insinuar?!"
“Meu plano não teria funcionado se você não tivesse criado o TAIM em primeiro lugar.”

Ouvir Rei dizer isso pode ter me deixado um pouco feliz.
“Estive me perguntando, por que nomear essa tecnologia de 'mágica'?” Eu perguntei.

“Esse nome quase certamente convidará a uma reação. Você não poderia pensar em algo
mais apropriado?”
"O que há de errado com isso? É fácil de entender.” Por motivos além de mim, Rei
fez uma careta.
"Seu! Não! Faaair!” Exclamou Lena. “Vocês dois estão construindo seu próprio
mundinho sem mim!”
“Isso não é verdade,” eu disse. “Este projeto não teria sido possível sem a sua
tese de reutilização de resíduos.”
"Oh? Eh heh heh, sério?”
"Sério."
Este projeto só foi realizado através de todos os nossos esforços, e foi isso que o tornou
tão grande.
“De qualquer forma,” Rei disse, “eu estava pensando em me despedir do projeto aqui.”
"Huh? Por que?" Eu perguntei.
“Você deve ser capaz de completar as coisas sem mim, então eu gostaria de ir
adiante e se aposente”, disse ela, totalmente inexpressiva.
***
“Seria um problema se perdêssemos Rei agora. Faça o que puder para fazê-la
ficar.”
Eu refleti sobre as palavras do chefe enquanto voltava ao meu laboratório de

seu escritório. Mesmo sem seu lembrete, eu sabia muito bem que Rei era
indispensável para a equipe. O Eternal Loop System foi projetado principalmente por
nós três — Lene, Rei e eu —, mas desses três, o que mais contribuiu foi inconfundivelmente
Rei. Mesmo nesse estágio inicial, o projeto dependia de uma série de conceitos que só ela
conseguia entender, então eu simplesmente não conseguia nos ver avançando sem ela. Ela
havia dito que seríamos capazes de completar as coisas de qualquer maneira, mas como isso
poderia ser verdade?

De qualquer forma, como eu deveria convencê-la a ficar? Para o bem ou para o mal, Rei não
era do tipo que se importava com o que os outros queriam, e ela certamente não seria convencida por
um apelo mal feito.
Enquanto tais preocupações passavam pela minha mente, olhei pela janela. o
o brilho de incontáveis luzes da cidade se estendia diante de mim. Em uma época anterior, tal vista
poderia ter sido descrita como uma vista de um milhão de dólares, mas não mais. Pelo menos, não
com o conhecimento de que a maioria das pessoas lá fora não duraria para ver a manhã sem o apoio
de nossas inovações tecnológicas. Mas a humanidade tinha esperança agora, e estava no Eternal
Loop System que Rei havia criado.
Eu tenho que convencê-la, de alguma forma... mas como? Eu quebrei meu cérebro enquanto eu
abriu a porta do meu laboratório.
"Você voltou! Rápido, me ajude a detê-la!” Lene gritou.
"Huh? O que está acontecendo?" Eu respondi.
“Rei diz que vai embora hoje!”
"O que?!" Olhei e vi Rei casualmente jogando seus itens de mesa em uma caixa de papelão.
“E-espere só um momento, Rei! Você não está se adiantando um pouco?!”
“Eu preparei todos os documentos que você precisa para continuar na minha
ausência,” ela respondeu, sem nem mesmo parar suas mãos. "Vocês dois devem ser capazes de
terminar as coisas sozinhos, sem problemas."
Comecei a ficar um pouco nervoso. “Rei, este projeto não é tão simples quanto você
acredite que seja. Há muitos elementos que só você realmente entende.”
“As partes com as quais você provavelmente vai tropeçar estão esclarecidas nos documentos
que acabei de mencionar. Você vai ficar bem." Ela não se moveu um centímetro.
“Por que você está tão ansioso para sair? Aconteceu alguma coisa?"
"Não. Só achei que era hora de ir embora, agora que meu trabalho aqui acabou.”
Eu poderia intuitivamente dizer que ela estava escondendo algo, mesmo que eu não soubesse
o que. “Rei, venha comigo um pouco.”
"Eu sinto Muito?"
"Eu disse venha comigo!" Eu arrastei Rei para a sala comunal. "Sente-se aqui.

Vou preparar um café para nós.”
"Por que? Não há nada para discutirmos.”
"Eu disse sentar." Forcei Rei a sentar e liguei a cafeteira.

“Quando reflito sobre isso, nós dois estávamos tão focados em nossa pesquisa que quase
nunca falamos sobre nós mesmos.”
“Nunca houve necessidade.” Rei mal-humorado desviou o olhar de mim. Ela parecia
avessa à ideia de se abrir.
“Eu me pergunto sobre isso. Eu, pelo menos, quero saber mais sobre você, Rei.
Especialmente sua filosofia.”
"Por que? Não há nada de interessante em mim.”
Voltei com dois cafés frescos e entreguei um para Rei antes de me sentar. Ela aceitou
com relutância.
“Você se lembra do que disse antes de começar seu trabalho aqui—

algo sobre corpos serem desnecessários para humanos?” Eu perguntei.
"Estou surpreso que você se lembre disso."
"Como eu não poderia? Já ouvi falar dessas ideias na ficção científica, mas você é
a primeira pessoa que ouço realmente sugerir isso a sério.” Sorri enquanto adicionava leite ao
meu café.
Rei tinha um olhar desconfortável em seu rosto. “Fomos com

corpos físicos no final, no entanto.”
“Isso nós fizemos. O plano passou a ser equipar a primeira geração de cada
civilização com corpos artificialmente preparados e permitir que eles se reproduzam
naturalmente a partir daí.”
Rei tentou insistir que nos convertêssemos a viver como seres quânticos até o
bem no fim, mas o governo dos Estados Unidos a derrubou a cada passo.
“Por que você é tão contra ter corpos físicos?” Eu perguntei.

“Nenhuma razão.”
“Tem a ver com a sua sexualidade?”
Rei olhou para mim com choque genuíno. Foi a primeira vez que eu vi seu olhar abalada.
"C-como você sabe?"
“Você realmente acha que eu não perceberia depois de todo o tempo que passamos

trabalhando em conjunto? Você é lésbica, certo?”
Rei não respondeu, mas seu silêncio disse tudo.
“Por que não fala comigo sobre isso?” Eu continuei. “Eu quis dizer isso quando eu disse que
queria saber mais sobre você.”
“Não é uma história tão interessante quanto você espera,” ela murmurou. “O lugar de onde
venho, o Japão, é um país muito conservador.”
"Oh sério? Sempre ouvi que era bem liberal.”
“Se você olhar apenas para as pesquisas de opinião pública, os resultados sugerem
isso. As pessoas dizem que são contra a discriminação, que são a favor dos direitos dos
homossexuais e tudo mais, mas na verdade...” ela hesitou.
"Vá em frente", eu a encorajei.
“Tudo isso só é verdade desde que eles não tenham que enfrentar as pessoas
queer diretamente. O povo japonês se entregará alegremente à mídia gay ou lésbica, mas no
momento em que descobre que uma pessoa queer está realmente entre eles, eles agem tão
horrorizados quanto qualquer conservador. Talvez seja uma coisa cultural fingir tolerância assim.
Não sei… Claro, nem todo mundo é tão ignorante, mas, independentemente disso, é chato ter que
me explicar para todas as pessoas que conheço.”
Essa era uma dor que todas as pessoas de sexualidade marginalizada conheciam.
“É por isso que acho que estaríamos melhor sem corpos,” ela continuou.
“Então ninguém teria que aturar esse tipo de coisa.”
Finalmente entendi as motivações de Rei. Ela não estava pensando em algo tão
grandioso quanto levar a humanidade para o próximo estágio de evolução ou uma apoteose
final, ela simplesmente achou o corpo restringindo e queria se livrar dele. Essa foi sua única
razão para investigar tão atentamente a quantização da alma.
“Rei…”
"Não. Não quero sua simpatia. Eu nem quero sua compreensão. Esta é
apenas a única maneira que eu posso viver comigo mesmo. Isso é tudo."
Ver seu sorriso zombeteiro me machucou, bem no fundo. Como eu poderia não ser
magoado quando alguém com quem passei meio ano estava sorrindo tão tristemente?
No entanto, uma pergunta ainda não tinha sido respondida. “Mas por que você quer sair do
projeto? Este não é o melhor ambiente para continuar sua pesquisa

na quantização da alma?”
Uma unidade aritmética de alto desempenho era necessária para a alma

quantização. TAIM deve ser perfeito para as necessidades de Rei.
Ela de repente ficou em silêncio novamente, desviando os olhos.
“Rei?”
“Como eu disse, meu trabalho aqui está feito. Não há razão para eu ficar.”
Rei se levantou. “Acho que perdemos tempo suficiente.”
"Você está mentindo. Há algo que você não está me contando.”
“Apenas me deixe em paz já! Você não teve o suficiente?!” ela meio gritou, meio gritou.
Apesar de seu protesto, eu agarrei seus ombros e a virei para me encarar.

“Eu não vou deixar você em paz. Não é isso que amigos fazem.”
Rei zombou. "Amigos? Ha, você realmente não sabe de nada.”
"Porque você não vai me dizer nada."
"Isso está certo? Por que não te digo, então? Eu quero você, Claire.
Sexualmente.” Ela virou a mesa em mim, agarrando meus ombros para trás. O brilho em seus
olhos era perigoso – autodestrutivo.
"Eu?" Eu perguntei.
“Você realmente não percebeu? Eu sei que somos todas mulheres aqui, mas você tem
estado tão desprotegida, eu poderia jurar que você estava fazendo avanços. Enquanto ela falava tais
vulgaridades, ela me puxou para um abraço. “Você quer que eu fique? Multar.
Torne-se meu, e eu ficarei.”
Fiquei sem palavras.
“Você não pode, pode? Porque eu te assusto? Aposto que você não quer mais nada
comigo agora. Rei riu e tirou as mãos de mim. "E é isso. Eu vou embora agora, se você não se
importa.
Ela girou nos calcanhares para sair, mas eu a agarrei por trás em um
abraço.
“Claire?”
"Multar."

"Huh?"
“Eu aceito suas condições.”
Rei me deu um olhar de total descrença. "Você está louco?"
"De jeito nenhum. É um pequeno preço a pagar para manter seu gênio por perto.”
“Você se venderia pelo projeto?”
“Algo errado com isso? Ou você vai pedir meu coração como
bem agora?" Eu perguntei provocativamente.
Por um breve momento, Rei ficou com um olhar triste, mas aquele sorriso zombeteiro
logo retornou. “Não, seu corpo sozinho está bem. Sua personalidade pode ser o que é, mas seu
corpo é agradável de se olhar.”
“Então está resolvido.” Aproximei meu rosto do dela.
“Você vai se arrepender disso.”
"Eu não vou."
“Não é tarde demais para—”
“Apenas fique quieto.” Eu selei seus lábios.
Assim começou minha relação distorcida com Rei.
***
“Nh...”
Despertado pelo gorjeio dos pássaros, abri os olhos e vi os raios da manhã entrando
pela janela. Os fortes raios de sol foram suavizados ao passar pelo filtro da janela.
“Ah, você acordou.”
“Bom dia, Rei. O que você está fazendo?"
Ao meu lado na cama de casal estava Rei, nua e usando um computador holográfico.
"Este? Apenas satisfazendo um hobby meu.”

“Isso é coisa de anime?”

Na tela do holocomputador estava o que parecia ser um personagem

de um desses animes japoneses.
“Não exatamente. Isso é um jogo”, disse ela.
"Um jogo?"
“Mm-hum. Um jogo otome. Uma relíquia dos dias em que o entretenimento

ainda era comum”.
De acordo com sua explicação, um jogo otome era um jogo baseado em texto
destinado a um público predominantemente feminino. Eles apresentavam vários interesses
amorosos masculinos que o jogador poderia tentar namorar.
"Acho que entendi a essência", eu disse. "Mas eu pensei que você não gostasse de homens?"
"Eu não. Meu alvo de romance neste jogo é a vilã – esse personagem bem
aqui.” Rei apontou para uma personagem com cachos dourados altamente incomuns, de pé
com os braços cruzados. “É raro, mas às vezes otome games terão personagens rivais como
ela que se opõem ao protagonista. Eles sempre perdem no final, no entanto.”
"Que personagem lamentável", eu disse.
Rei parecia estranhamente chocada com meu comentário. "Estou surpreso."

"Como assim?"
“A vilã é um personagem feito para ser odiado. Nunca pensei que você a chamaria de
lamentável, de todas as coisas.
“Mas ela é, não é? Estar fadado ao fracasso desde o início.”
Os olhos de Rei brilharam. "Sim Sim! É exatamente isso! Você entende! A vilã é
realmente super fofa!”
“O-o que deu em você de repente? Você é como um completamente

Pessoas diferentes."
A normalmente impassível Rei não estava em lugar algum, mas eu não odiei
esse novo lado dela.
“Desculpe, me empolguei um pouco,” Rei se desculpou. “De qualquer forma, eu

realmente admiro esse personagem de vilã. Sempre que encontro um obstáculo em minha
pesquisa, uso esse otome game para relaxar.”
"Oh sério? Então qual é o seu obstáculo desta vez?”

“Estou perdido em como projetar o mundo da civilização baseada em magia.

Não é como se houvesse civilizações anteriores que eu possa usar como referência, sabe?”
“Ah, sim, isso é certamente verdade.”
Mundos com magia só existiam em livros. Algumas peças de ficção tinham

configurações incrivelmente detalhadas, mas duvidava que muitas delas fossem detalhadas o
suficiente para serem usadas como modelo para um mundo totalmente novo.
“Eu estava pensando que talvez eu devesse fazer um mundo como o deste jogo”, disse
ela.
“Por favor, leve isso a sério. O destino da humanidade depende deste projeto.”
“Mas o mundo deste jogo é muito bem feito, e—”
Rei continuou, divagando sobre o mundo do jogo.
Ah, então é por isso, pensei. Rei havia se esforçado para nomear sua tecnologia como
“mágica” em grande parte devido à influência de seu hobby. Como você chamaria uma pessoa
assim? Um geek? Um otaku — não era essa a palavra japonesa?
“E é por isso que definitivamente devemos basear nossa nova civilização neste mundo”,
ela finalizou.
“Isso é um não, Rei. O futuro da raça humana está em jogo. Nós não podemos
esforce-se por nada menos que a perfeição.”
“Mas a perfeição não é apenas ser excessivamente idealista?”
“Ouça, Rei. Algumas pessoas podem desprezar aqueles que perseguem ideais, mas acho
que essas pessoas estão equivocadas. É sempre cem vezes melhor perseguir ideais do que usar a
dura realidade como desculpa para nunca tentar.”
Rei parecia encontrar significado em minhas palavras; seus olhos se arregalaram

em compreensão.
“Eu vou te ajudar o máximo que puder, então não vamos desistir ainda, ok?” Eu disse.
"Ok." Rei sorriu fracamente. “Isso me lembra que há uma conexão bastante
coincidente entre este jogo e você.”
"Oh sim? O que é isso então?”
Rei sorriu. “A vilã também se chama Claire.”

"Isso está certo?" Eu realmente não poderia ter me importado menos.
“Tudo bem, chega de bate-papo,” ela disse. “Eu vou fazer o café da manhã, então
vá em frente e durma um pouco mais. Eu te chamo assim que estiver pronto.”
"Por favor faça."
Rei me deu um beijo na bochecha, vestiu um roupão e saiu

cama.
"Oh, certo. Como está seu corpo, Claire? ela perguntou.
“Hum? Tudo bem, suponho. Por que?"
Eu estava tão ocupado ultimamente que eu tinha deixado de fazer exames físicos,
mas eu sentia que estava bem de saúde. Meus dados ainda diriam que eu estava indo para esses
exames, no entanto. Ela tinha notado que eu tinha adulterado?
“Nenhuma razão. Tudo está bem se você estiver bem.” Sem dar mais explicações, Rei foi
para a cozinha. Eu a observei sair antes de enterrar meu rosto no travesseiro para dormir novamente.
Mais de cinco anos se passaram desde que meu relacionamento com Rei começou.
Inicialmente era para ser um relacionamento puramente físico, mas antes que eu percebesse,
estávamos morando juntos. Sua atitude em relação a mim também havia mudado. Ela não era
amarga, como tinha sido no início, agora ela me tratava como um amante de verdade.
Para minha surpresa, eu me acostumei a dormir com outro

mulher. Todos os meus relacionamentos anteriores foram com homens, então eu nunca duvidei
da minha heterossexualidade, mas depois de passar um tempo com Rei, percebi que poderia ter sido
bissexual o tempo todo.
Mas vamos deixar de lado o tema da minha sexualidade por enquanto e falar sobre o
problema em torno do meu relacionamento com Rei. Nosso caso começou com intenções impuras,
mas eu estava satisfeito com a forma como as coisas evoluíram. Rei, surpreendentemente, acabou
sendo do tipo dedicado, cuidando das minhas necessidades mesmo fora da nossa vida sexual. Ela
até cozinhava diligentemente para mim todas as manhãs, já que eu mesma não sabia cozinhar tão
bem. Ela era bonitinha, então eu realmente não tinha nada do que reclamar. O problema foi…

“Esse relacionamento terminará quando o projeto terminar?” eu murmurei.
Meu relacionamento com Rei ainda não era nada mais do que um meio para impedi-
la de deixar o projeto, e esse projeto estava agora em seus estágios finais. Era hora de me
preparar para nossa despedida? Eu queria sair com ela de verdade, se possível; nossa
compatibilidade não era terrível, afinal.
Mas era assim que eu me sentia. Eu não conseguia desviar os olhos da

possibilidade de que Rei não se sentisse da mesma maneira e que ela estava realmente
relutantemente suportando nosso relacionamento. Havia uma possibilidade real de que ela
secretamente odiasse todas essas demonstrações de afeto que ela derramou sobre mim. E se
ela estivesse esperando desesperadamente que esse projeto terminasse, apenas para se livrar
de mim? Eu estava com medo. Com muito medo de perguntar a ela como ela realmente se sentia.
E assim, meus pensamentos depressivos arruinaram uma manhã agradável. Eu me mexi

um pouco na cama e enterrei meu rosto no travesseiro que Rei tinha usado.
Tinha o cheiro dela, e o cheiro dela me acalmou.
Nesse momento, Rei entrou. "O café da manhã está pronto, Claire... Uh, o que
você está fazendo?"
"Wha-?! N-nada!”
Rei riu da minha tolice. Aborrecido, joguei o travesseiro nela.
“Heh heh, não há necessidade de ficar de mau humor assim, Claire. Vamos, temos
seu favorito hoje: morangos.”
“Eu não serei tão facilmente influenciado por morangos!”
"Você não os quer, então?"

"Eu faço."
Os morangos não tiveram culpa aqui. Eu coloquei meu roupão e deslizei para fora
de cama. Tomamos café da manhã na mesa de jantar.
"Estaremos ocupados novamente a partir de amanhã, então é melhor esticarmos nossas asas o
máximo que pudermos hoje", disse Rei.
"De fato."
“Tem alguma coisa que você queira fazer?” ela perguntou. “Além de cozinhar.”
“Eu vou aprender a cozinhar um dia desses, eu juro!”
Rei riu. “Estou ansioso por isso. Deixe-me saber se há alguma coisa

você está a fim.”
Eu me perguntei, desde quando esse tipo de troca se tornou nosso

norma? "Ei, Rei?"
"Sim?"
“Você está...” Eu queria dizer: Você está feliz agora? Mas as palavras
não sairia. "Deixa para lá."
"Huh. Você está agindo um pouco estranho. Você está com febre ou algo assim?”
Rei encostou sua testa na minha.
“Ah-eu-eu estou bem! Meus sinais vitais estão normais!”
"Oh sério? Bem, isso é bom.” Ela sorriu com alívio.
Eu pensei que a cara que ela fez então era adorável além da crença.
Então, por que, mesmo assim, eu não poderia dizer “eu te amo”?
***
"Precisamos de um administrador?"
"Sim."
Eu estava trabalhando no laboratório como de costume quando Rei me trouxe para

a sala comunal para conversar.
“O Loop System será amplamente governado pela TAIM, mas ela não pode fazer
tudo sozinha”, disse ela. “Uma pessoa real precisa gerenciar as coisas um pouco.”
“E é aí que entra o administrador.”
"Certo. Eles teriam que estar familiarizados com o Loop System, então tudo se
resume a você, a mim ou a Lene.
Foi o que ela disse, mas eu não vi Lene por perto.
“Se você está procurando por Lene, ela já recusou,” Rei explicou. "Ela
disse algo sobre não ser qualificado para o papel.”
"Oh, eu vejo."

“Ela é muito dura consigo mesma, honestamente. Ela é mais capaz do que pensa.”
Eu tive que concordar com Rei. Lene era uma excelente pesquisadora; ela só tinha
problemas de confiança. Ela era bastante auto-afirmativa, porém, o que me levou a pensar
que seus problemas de confiança derivavam de algo mais profundo.
“Que tal, Claire? Você acha que poderia ser um administrador?”
“Diga-me o que o papel implicaria primeiro. Não posso aceitar sem ouvir isso.”
"Naturalmente." Rei ativou seu holocomputador, dividindo a tela

para que eu pudesse ver. “O administrador teria três funções principais. A primeira seria
manter o Loop System.”
De acordo com sua explicação, o papel me faria trabalhar com o TAIM para
governar o Loop System e manter a humanidade existindo pelo maior tempo possível. Isso
envolvia lidar com incidentes imprevistos, manutenção física e ajustar a direção da civilização
quando necessário.
“Seu segundo dever seria governar o TAIM. TAIM é uma IA excepcional, mas
ocasionalmente comete erros de julgamento. O administrador seria necessário para lidar
com isso também.”
No caso de TAIM tomar uma decisão que impactasse negativamente a

humanidade, por menor que fosse a chance dessa ocorrência, caberia ao administrador
usar seus privilégios para substituí-la.
“E seu terceiro dever seria decidir quando parar os loops.”
"Huh?" Eu disse, perplexo. “Por que pararíamos os loops? Se fizermos isso,

então…”
"Sim. A humanidade chegaria ao fim,” Rei disse, terminando minhas palavras para
mim. “O Sistema Loop existe para permitir a sobrevivência da humanidade, mas acredito
que será necessário que alguém seja capaz de decidir se a humanidade deve continuar por
toda a eternidade.”
“Espere, isso não é algo que uma pessoa sozinha deve decidir,” eu
protestei. “No mínimo, devemos deixar que os líderes da época tomem a decisão. Não, na
verdade, ninguém deveria ter o poder de acabar com a humanidade em primeiro lugar!”
Rei inclinou a cabeça para o lado. "Tem certeza? Hipoteticamente falando,

se houvesse um bug incorrigível no Loop System e a humanidade fosse forçada a continuar

passando por grande dor e angústia, a humanidade deveria persistir?”
Desta vez, não consegui encontrar as palavras para contestar imediatamente

seu argumento. Esta hipótese era muito semelhante aos problemas colocados nos
cuidados de fim de vida, nomeadamente se era melhor tentar prolongar a vida ou permitir
uma morte natural. Embora prolongar a vida o máximo possível parecesse bom, muitas
vezes significava dor prolongada e suportar a perda gradual da autonomia física – algo que
nem todas as pessoas aceitariam prontamente. Simplesmente ser mantido vivo não poderia
ser chamado de viver de verdade.
“Mesmo assim”, eu disse, “não acredito que tal decisão deva ser deixada para
uma única pessoa.”
"Eu vejo. Eu realmente sinto o mesmo quando se trata disso. Deixar as coisas
para uma única pessoa decidir é um pouco perigoso.”
Soltei um suspiro de alívio.
“Isso é tudo para a explicação. O que você acha, Claire?
O que eu pensei? Ela estava perguntando se eu queria ser esse administrador?
“Duas pessoas não podem ser administradores juntas?” Eu perguntei.
“Eu prefiro não ter várias pessoas compartilhando a autoridade suprema. Isso
inevitavelmente causaria problemas na cadeia de comando.”
“E se tivermos você como administrador e eu como vice?

administrador? Poderíamos fazer isso?”
"Oh. Eu não tinha pensado nisso,” Rei disse, surpresa. “Podemos suportar melhor
a solidão eterna dessa maneira também.”
"O quê?"
“A eterna solidão. A consciência do administrador será mantida separada do ciclo

de loop. Enquanto as memórias do resto da humanidade são redefinidas a cada ciclo, as
memórias do administrador e suponho do vice-administrador permaneceriam inalteradas.”
Eu estava um pouco preocupado. “Um único loop abrangeria, no mínimo, dezenas de

milhares de anos, não é? Podemos realmente suportar isso, inúmeras vezes, enquanto
fazemos nosso trabalho?”
Rei assentiu. “Uma preocupação justa. Teríamos que ter cuidado para não

nos esforçamos demais. Talvez pudéssemos trabalhar apenas durante o período de

transição entre civilizações e, durante o resto do tempo, viveríamos normalmente entre
outros humanos – salvo quaisquer circunstâncias de emergência que exigissem nossa
atenção, é claro.”
Então não estaríamos trabalhando como administradores o tempo todo. Isso

melhorou... eu suponho?
“O que você acha, Claire? Você quer ser um administrador comigo?” Rei ofereceu sua
mão para mim.
Mas embora eu quisesse, eu não podia aguentar, não sem hesitação.
“Deixe-me refletir um pouco sobre isso. É uma decisão absurdamente grande; Não
posso dar um sim ou não imediato.”
Tornar-se administrador — até vice-administrador — significaria ser responsável pelo
contínuo bem-estar de toda a humanidade. Isso significava suportar o peso de inúmeras vidas
enquanto elas descansavam em seus ombros.
Segundo a explicação de Rei, os novos humanos seguiriam a mesma história que

a nossa, o que nos permitiria ajustar mais facilmente as coisas nos bastidores. Isso significava
que as mesmas guerras e genocídios cruéis do passado se repetiriam, e teríamos que fechar
os olhos para tudo isso. Mas mesmo se eu concordasse com isso, ainda teria que arcar com a
responsabilidade de gerenciar o Loop System. Um único deslize pode acabar com toda a
humanidade. Eu poderia lidar com a carga mental?
Pensar em tudo o que veio com o papel me deixou, francamente, aterrorizado.
“Eu entendo,” Rei disse. “Esta é uma grande decisão. Tome seu tempo e
pense nas coisas. Vou preparar as coisas para você apenas no caso, então me avise.
"O que você vai fazer, Rei?"
“Independentemente do que você escolher, eu serei um administrador. Alguém tem

que fazer isso, afinal.”
Alguém tem que fazer.
Senti uma enorme sensação de culpa ao ouvi-la dizer isso. Eu era

aquele que a puxou para este projeto em primeiro lugar, seguindo o conselho da TAIM. Ela
não tinha obrigações concretas. Ela até tentou sair uma vez. Se eu não tivesse me rebaixado a
meios tão baixos para mantê-la aqui, ela estaria livre. Meu

o egoísmo então forçou esse terrível fardo sobre ela.
“Rei, pensando bem, acho que vou fazer isso, afinal—”
“Não, Claire,” Rei balançou a cabeça. Era como se meus pensamentos fossem
totalmente transparentes diante de seus olhos. “Você não deve se tornar um administrador
com uma determinação tímida. Não há necessidade de se apressar, então, por favor, pense
bem nisso.”
Ela desligou seu holocomputador e se levantou. Quando ela saiu, eu poderia fazer
nada além de segui-la com meus olhos.
***
“Ei, TAIM? O que você acha que eu deveria fazer?" Murmurei baixinho, talvez
mais para mim mesmo, enquanto ajustava as configurações do TAIM.
O Sistema Loop estava quase pronto. Em breve, a humanidade

finalmente entrar em seu primeiro período de dormência. A alma de todos
seria automaticamente escaneada para quantização pelas muitas partes do TAIM espalhadas
pelo mundo, poupando-nos o esforço de escanear as pessoas uma a uma.
Essas partes do TAIM pareciam rochas comuns à primeira vista, mas eram capazes de
autorreparação e autorreplicação, e também podiam ser usadas para ativar magia.
Pretendemos chamá-las de pedras mágicas durante as eras baseadas na magia. Alguns
tinham mais de três metros de comprimento, enquanto alguns eram tão pequenos quanto
nanopartículas. Todos foram conectados sem fio uns aos outros.
Rei liderou o projeto da civilização baseada em magia, e ela realmente a

baseou naquele jogo otome dela como ela brincou que faria. Eu dei uma olhada nele com
um simulador e devo dizer que era fascinante — como um mundo de magia que você pode
ver em um filme.
A civilização baseada na ciência também era fascinante, embora em um certo

estágio eles ultrapassariam nossa própria população atual, então tivemos que preparar
almas artificiais para completar seus números. Pelo que entendi, o TAIM prepararia uma
base para essas almas artificiais, que seriam então misturadas com os dados quânticos de
humanos reais. Honestamente, apenas Rei entendeu todos os detalhes.
O projeto progrediu de forma constante, e o fim estava agora à vista, mas

Eu ainda não tinha dado a Rei uma resposta sobre se eu me tornaria uma
administradora.
"O que há para hesitar, Claire?" disse TAIM. “O que mais você poderia pedir do que uma
eternidade com a mulher que você ama?”
“Não me provoque. Não é tão simples assim."
Quanto mais eu pensava em como seria o destino da humanidade no meu

ombros, mais hesitante fiquei em aceitar a posição.
"Você está pensando demais", disse TAIM. “Você deveria ser mais fiel ao seu
desejos, como Rei.”
“Desde quando Rei é fiel aos seus desejos?”
Tendo vivido com ela por algum tempo, eu aprendi que Rei era uma pessoa
incrivelmente altruísta. Ela sozinha fazia todas as minhas tarefas domésticas para mim, já que
eu não tinha talento para nada além de pesquisar, e ela gastava seu dinheiro mais comigo do
que com ela mesma. Mesmo durante o sexo, ela estava constantemente focada em me satisfazer…
Ops. Ignore esse pouco.
"Oh? Você não sabia?” perguntou TAIM. “Rei criou o Loop System especificamente para
você, Claire.”
"Huh?"
“Já chega, TAIM.” Rei apareceu, interrompendo antes que ela pudesse elaborar.
“Por que manter isso em segredo?” TAIM perguntou a Rei. “Acho maravilhoso.”
“Não há nada de maravilhoso nisso. É tão egoísta, mesmo eu não

gosto de pensar nisso,” Rei respondeu.
“Mas as pessoas não dizem que é humano ser egoísta?”
“Você continua aprendendo mais e mais coisas inúteis, não é?”
“Seu elogio é muito apreciado.”
“Isso não foi um elogio.”
Os dois brincavam para frente e para trás dessa maneira, ignorando minha presença.
“Hum, Rei? O que o TAIM quis dizer com esse projeto sendo...

“A TAIM estava apenas falando bobagem. Não se preocupe com isso,” Rei disse.
"Mas-"
"Por favor."
"Tudo bem." Relutantemente, eu cedi.
“A propósito, como você está se sentindo hoje?” Rei perguntou. Ela tinha sido
me incomodando muito com isso ultimamente.
"Multar. Eu ainda sou jovem, sabe? Não vou ficar doente de repente nem nada.”
"Certo. Isso é bom. Mas se você se sentir estranho, me avise imediatamente,” ela disse
com um olhar sério.
Eu senti como se algo estivesse acontecendo. “Rei… Você por acaso está
escondendo algo de mim?”
"Muitas coisas."
"Eu imaginei... Espere, não - quero dizer, há algo sobre minha saúde que você está
escondendo de mim?"
"Não?"
Então por que você está constantemente me checando? Preocupado, eu me virei para
TAIM em vez disso. “TAIM, há algo em mim que indique um potencial problema de saúde?”
“Não posso responder a isso”, disse TAIM.
"O que? Por que não?"
“O acesso a essas informações foi proibido.”
"Por quem?"
“Eu também não posso responder a isso.”
Então ela disse, mas sua incapacidade de responder poderia muito bem ter sido um
responda.
“Rei, você proibiu o acesso, não foi?” Eu perguntei.
Rei não disse nada.
“Estou bem ciente de que a autoridade sobre o uso do TAIM foi transferida
para você. Você é o único que pode bloquear informações de mim.

Ela desviou os olhos, recusando-se a falar.
“Rei, olhe para mim.”
Ela voltou seu olhar para mim.
“Por que você não me diz—”
Mas antes que eu pudesse terminar, meu mundo começou a balançar.
“Claire?!” O rosto de Rei se contorceu de medo.
O que estava acontecendo…?
“TAIM, entre em contato com o médico!” Rei gritou.
"Eu já fiz."
“Como isso está acontecendo? Ela deveria ter mais tempo!”
“Sua condição avançou mais rápido do que o previsto.”
"Não…"
Rei? O que você está dizendo? Não consigo te ouvir muito bem.
“Claire... Por favor, fique comigo. Se você morrer, então para que tudo isso?”
Os resultados dos meus exames médicos não foram bons, para dizer o mínimo. Eu havia contraído
um patógeno que não combinava com nenhuma doença conhecida.
“Tudo vai ficar bem, Claire. O governo está pedindo permissão da ONU para ativar o Loop
System enquanto falamos. Ainda veremos o futuro, eu juro.” Rei falou baixinho enquanto apertava
minha mão.
“Não, Rei. Ainda não realizamos a verificação final. Se for para operar pelo resto da eternidade,
precisamos ter certeza de que é perfeito.” Tentei apertar sua mão de volta, mas não consegui colocar
muita força em meus dedos.
“A verificação final é apenas uma formalidade. Não há como haver um erro no meu
trabalho. Você mesmo disse: sou um gênio.” Rei sorriu descaradamente para mim. Ou pelo menos,
esse é o tipo de coisa que eu acho que ela teria feito lá. Eu não podia ver muito bem a essa altura.
“Certo, você é um gênio. É por isso... eu tenho certeza que você vai ficar bem no seu
própria,” eu disse. Você consegue, Rei. Eu sei que você é forte o suficiente.
“Não... Não. Por favor, não me deixe, Claire. Por favor…"

Rei… me desculpe. Mas estou feliz por ter podido pelo menos estar com você nos meus
momentos finais.
“Espere,” ela disse. “Se o ativarmos agora, ainda teremos tempo!

TAIM, eu não me importo com o que você tem que fazer! Mantenha Claire viva por pelo menos
mais um dia!”
“Minhas funções foram definidas para priorizar a preparação para a ati—”
"Eu não me importo! Eu sou o administrador e estou ordenando que você mantenha
Claire viva!”
"Entendido."
Rei?
Rei, onde você está? Não consigo mais sentir seu calor.
Estou com medo, Rei. Não me deixe.
“Espere por mim, Claire! Eu juro que vou te salvar! Não adianta salvar o mundo se você
não estiver nele!”
Eu desci na escuridão. Eu não senti nada, nem mesmo o frio que correu
pelo meu corpo até momentos atrás. A voz de Rei estava distante de mim agora. A batida no
meu peito ficou mais fraca a cada minuto.
Havia algo que eu tinha a dizer. Alguma coisa importante. Mas meu mundo logo foi
engolido pela escuridão, levando minha consciência dispersa com ela.
Do fundo do meu coração, eu te amo.
Para quem eram essas palavras novamente?
Eu não conseguia mais entender nada.
***
O primeiro POV de Rei Ohashi

Saí da enfermaria de Claire e fui para o laboratório no andar de baixo,

onde o mainframe do TAIM estava localizado. Apressei-me a realizar todos os
procedimentos de identificação e chamei o holograma que era a interface digital do TAIM.
“Inicie o Sistema de Loop Eterno!”
A única maneira de salvar Claire agora era forçar a ativação do Loop System. Considerando
quanto tempo levaria para converter todas as almas em quanta, não restava muito tempo.
“Impressão de voz e íris autenticadas. Bem-vindo, Administrador Rei Ohashi.

Aviso: é altamente recomendável que a aprovação do governo dos EUA e do secretário-
geral da ONU seja obtida primeiro.”
“Sem tempo! Apenas se apresse e comece!”
Nós não podíamos esperar. Quando recebermos a aprovação, Claire já estaria morta.
Eu soube da possibilidade da doença desconhecida de Claire puramente por

chance. Estávamos nos estágios iniciais de desenvolvimento de um plano para salvar
a humanidade na época, e eu havia recebido temporariamente autoridade sobre os privilégios de
acesso do TAIM.
Claire não tinha sido mais sábia, mas até então, eu já estava apaixonado por ela. Foi
praticamente amor à primeira vista, já que ela era o meu tipo. Meu coração quase saltava do peito
toda vez que eu a via desprotegida no laboratório.
Eu tinha espiado seus dados de saúde por pura curiosidade, mas um único valor
que encontrei lá me deixou com um profundo pressentimento. Ordenei ao TAIM que me
informasse periodicamente e mais tarde descobri que meu mau pressentimento era justificado.
O valor subiu a cada dia. Representava a probabilidade de uma infecção, mas não estava
claro de quê. Tentei perguntar a TAIM, mas parecia que ela também não sabia de nada. De
qualquer forma, eu entendia que a chance de Claire sofrer de uma doença desconhecida estava
aumentando dia a dia.
Tudo estaria bem se a doença não fosse uma ameaça à vida.

A medicina avançou no final do século XXI ; a maioria das doenças que antes eram intratáveis
já podiam ser controladas. Mas se fosse um conhecido

doença, o TAIM teria sido capaz de identificá-la.
Então pensei: o que eu poderia fazer para não perder o que eu

amado, para tornar eterno o meu amor por ela? Daí surgiu a ideia do Eternal Loop System.
“Por favor, confirme: Uma vez que o sistema é ativado, o processo não pode ser
interrompido. Você ainda deseja continuar?”
"Sim!" Eu gritei.
“Agora entrando na sequência de ativação. Por favor, insira a chave

de ativação do administrador.”
Tirei a chave de ativação pendurada no pescoço e a inseri no console do TAIM.
“Confirmação final: você tem certeza disso, Rei Ohashi? Tem certeza de que não vai se
arrepender disso?”
“Não há nada que eu possa me arrepender mais do que perder Claire!”
“Muito bem, então. Sessenta segundos até a ativação do sistema.”
Virei a chave, e a estrutura de TAIM ganhou vida. Então meu

smartphone tocou.
“Qual é o significado disso, Rei?! O governo ainda não nos deu permissão para...
Era o chefe, tendo sido notificado da ativação do Loop

Sistema. Desliguei sem atender e desliguei o smartphone.
“Com isso, posso salvar Claire.” Superado com alívio, eu desabei no

piso. Minha consciência estava confusa. O processo de quantização da alma estava
começando. "Claire, estaremos juntos, para sempre..."
No momento seguinte, meus sentidos voltaram, e eu estava em um lugar desconhecido.

Lugar, colocar. Ao meu redor havia um céu noturno estrelado, ou talvez o cenário do
espaço. Fiquei sozinho no centro de tudo.
"Onde estou?"
“A sala do administrador, Rei.”
Assim que ouvi a voz, uma luz fraca brilhou diante de mim, e uma garota

que se parecia muito com uma fada apareceu. Ela tinha cabelos prateados e olhos vermelhos,
uma aparência que reconheci.
"PLANTAR…"

“Parabéns, Rei. A ativação do Eternal Loop System foi bem-sucedida.

Toda a humanidade está agora em transição para um período de dormência.”
“E Claire? Ela chegou a tempo?!”
"Não se preocupe. A alma de Claire foi inserida com sucesso no sistema.”
"Obrigado Senhor…"
Eu tinha conseguido. Agora Claire também poderia viver para sempre.
“Eu odeio te apressar, Rei, mas seu dever como administrador permanece. Há
muito o que fazer para o primeiro loop.”
"Certo. Eu não vou estragar.”

Eu agora formaria a estrutura para o mundo que compartilharia com Claire
por muitos milhões de anos. Não poderia ser nada menos que perfeito.
“Por favor, configure e distribua as nanomáquinas para preparar a nova

civilização baseada em magia.”
"Certo."
Eu tinha que fazer o meu melhor. Para Claire.
Mergulhei de cabeça no meu trabalho. Como o TAIM havia dito, havia muito a ser
feito para o primeiro ciclo. Refazer o ambiente global foi apenas a ponta do iceberg; havia
milhares de tarefas esperando para serem executadas, mas com a ajuda do TAIM,
terminei cuidadosamente cada uma delas.
“Rei, não é difícil para uma única pessoa lidar com todas essas tarefas?
Não seria mais viável ter vários administradores como Claire sugeriu?”
“Já conversamos sobre isso, TAIM. Os administradores serão

isolado do Sistema Loop. Quanto menos houver, melhor.”
"Mas-"
"Eu vou ficar bem. No mínimo, eu tenho você comigo.”
Se eu estivesse completamente sozinho, então a solidão certamente teria

me esmagado. Mas o TAIM podia falar comigo, me mostrar gravações de Claire e dos
outros, e até me consolar. Eu ficaria bem por enquanto.

“Os desafios estão apenas começando. Eu não tenho certeza se eu sozinho posso
apoiá-lo, Rei.”
“Mais uma razão para eu terminar essas tarefas e entrar em dormência – antes que
comece a afetar minha mente.”
“Sim, suponho que seja o melhor.”
Durante os milhões de anos de loops a seguir, o plano era que eu

recebem cuidados mentais especiais do TAIM. Gradualmente, ela iria ajustar, consolidar
e apagar todas as minhas memórias que não tinham a ver com administração ou Claire.
Essa era a única maneira de evitar que minha mente desmoronasse.
Por sorte, terminei minhas tarefas antes que minha mente vacilasse. Parecia
levara anos, mas o fluxo de tempo não estava claro na sala do administrador, então eu não
podia ter certeza.
Na Terra, várias décadas se passaram.
Deitei no meu aparelho de sono frio e tive minha última conversa com
TAIM antes de entrar em animação suspensa.
“Eu irei então, TAIM. Você pode me acordar quando a civilização baseada em magia
estiver pronta?”
"É claro. Obrigado por todo o seu trabalho árduo. Eu o verei novamente no alvorecer de
uma nova civilização. Boa noite, Rei.”
“Boa noite, TAIM.”
E assim, entrei em um sono profundo, profundo.
"…acima…"
"Milímetros…"
Ouvi uma voz chamando minha consciência adormecida.
“Rei, é hora de acordar.”
"Milímetros…?" Abri os olhos para me ver ainda em meio a um céu noturno estrelado.
Quanto tempo se passou? “TAIM?”
“Bom dia, Rei. A civilização baseada em magia está quase pronta.

Por favor, faça a verificação final.”

“Ah, certo.”
O sono frio deveria ser diferente do sono comum, mas de alguma forma eu ainda estava
sonolento. Não havia nada como uma pia ao redor para jogar água no meu rosto, então decidi
apenas esperar até que minha névoa cerebral se dissipasse.
“Você gostaria de olhar para o novo mundo baseado em magia enquanto seu
a sonolência desaparece?” perguntou TAIM.
"Sim por favor."
Uma tela holográfica se manifestou na escuridão. O novo mundo eu

tinha baseado em Revolution apareceu nele, e eu me encontrei em transe.
"Uau…"
A natureza havia curado maravilhosamente. Temperatura, precipitação e outros

os parâmetros climáticos estavam todos em níveis estáveis.
“Ainda não adicionamos humanidade”, disse TAIM. “O mundo atualmente

governado por animais, plantas e monstros. Em breve, adicionaremos a civilização primitiva e os
guiaremos em direção a uma civilização baseada em magia.”
“Finalmente começa.”
A primeira metade do primeiro loop.
“Agora começando a verificação final. Se você pudesse fazer as honras, Rei.”
"Certo. Vamos fazer isso."
Fiz minha verificação e encontrei o mundo revivido. A destruição ambiental que

nossa civilização baseada na ciência tentou consertar sem sucesso foi restaurada tão bem
pelas nanomáquinas sob o controle do TAIM – e vários robôs autônomos – que você nunca
saberia que estava arruinada. Do jeito que as coisas estavam, não haveria problema em fazer a
humanidade criar uma nova civilização a partir deste ponto daqui para frente.
“Vamos agora prosseguir com a extração das almas da humanidade”, disse TAIM.
“Os corpos estão preparados?”
"Sim. Eles também receberam aptidões mágicas.”
"Tudo bem. Prossiga com a extração.”
E assim, a segunda chance da humanidade, baseada na magia,

começou. Os estágios primitivos compartilhavam os humildes primórdios de nossa civilização

baseada na ciência - a única diferença é que os pequenos ajustes do TAIM ajudaram a humanidade
a avançar gradualmente até que estivessem no mesmo nível de desenvolvimento da Europa na
Idade Média. Foi nessa época que a humanidade encontrou pedras mágicas, os mini-eus de
TAIM, e começou uma era de magia.
“As coisas estão indo bem, Rei.”
"Muito. Quando a alma de Claire deve ser extraída?”
“Um pouco depois do alvorecer da magia, tão cedo. Você está programado para entrar
no mundo nessa época também.”
"Entendi."
Finalmente, eu poderia encontrar Claire novamente. Eu estava esperando por esse momento por
tanto tempo. Então, tanto tempo…
"Já estava na hora. Desejo-lhe boa sorte nas batalhas que virão, Rei.”
"Huh? Eu não estou indo para a batalha, sabe?”

“Mas o amor não é um campo de batalha?”
“Onde você continua aprendendo essas coisas inúteis? Seja como for, eu vou embora.”
Com isso, saí da sala do administrador e desci para a Terra.
“Pensar que um plebeu sequer imaginaria sentar ao meu lado. Saiba seu lugar!"
Quando acordei, havia uma garota com um penteado estranho diante de mim.
Ela parecia mais jovem do que eu me lembrava, mas sem dúvida, era ela.
Sem pensar, eu a abracei.
“O-o que você está fazendo?!” ela gritou. “Me solte!”
Finalmente poderíamos nos encontrar novamente.
“Claire,” eu disse.
"Bem eu nunca! Quem você pensa que é, me chamando pelo meu primeiro nome?!”
"Oh, certo! Então eu vou te chamar de 'Senhorita Claire'!”

"Tudo bem, apenas me solte neste instante!"
E assim, comecei minha segunda vida junto com Claire em um mundo de magia.
***
“Rae... acho que minha hora chegou.”
Mesmo depois que estávamos velhos e enrugados, meu amor por Claire permaneceu
inalterado. Apertei sua mão com força enquanto ela falava suas últimas palavras.
“Nós nos encontraremos novamente, Claire,” eu disse.
"Sim... eu estarei... esperando por você... no céu..." ela respondeu antes de dar seu último
suspiro.
A sala continha apenas ela e eu sozinho. Nosso relacionamento era um que nunca pudemos
oficializar com o casamento, mas estávamos bem com isso.
Minha vida nesta civilização baseada em magia tinha sido satisfatória. Qua
fugiu antes de perder a vida para a revolução, se apaixonou e passou nossas vidas juntos. Nós nos
afastamos de nossas famílias, mas fomos abençoados com bons amigos e nunca fomos solitários.
Tínhamos sido capazes de nos amar profundamente, e eu poderia ter pedido

nada mais. Eu poderia olhar para trás com orgulho e dizer que tinha sido uma boa vida.
A alma de Claire foi mais uma vez registrada como quanta e armazenada em cache pelo TAIM.
Ela perderia suas memórias, mas na próxima civilização baseada na ciência, ela viveria novamente
como Claire François.
“TAIM,” eu chamei.
"Sim?" Fui atendida em tom monótono pela governanta que havia contratado para passar mais
tempo com Claire depois que ela adoeceu. Como responsável por ajustar o histórico para mantê-lo nos
trilhos, o TAIM poderia aparecer como qualquer um.
“Estou terminando minha vida neste loop aqui,” eu disse.
"Tem certeza? De acordo com minhas estimativas, você ainda deve ter alguns anos restantes.”
"Tenho certeza. Não haveria sentido em viver uma vida sem Claire.”

"Muito bem. Vou começar o processo de quantização.”
Eu me deitei ao lado da Claire agora adormecida e abracei seu corpo. Fechei os

olhos e senti o calor do corpo dela.
"Isso foi divertido, não foi, Claire?"
Até o próximo loop, então.
“Bem-vinda de volta, Rei.”
“Obrigado, TAIM.”
Voltei para a sala do administrador e retomei meu trabalho. EU

viu através do desaparecimento da civilização baseada na magia, fez a transição da
humanidade para a dormência novamente e esperou o início da civilização baseada na ciência.
“TAIM, estou usando minha autoridade como administrador para mudar um pouco o curso
planejado da história.”
“Aviso: dependendo do grau de mudança, a história pode mudar muito.”
“Terei cuidado, não se preocupe.”
Comecei a ajustar algumas coisas, criando uma linha do tempo um pouco diferente.
“O que você está ajustando?”
“Só minha vida e a de Claire. Ou seja, a era em que nascemos e nossa causa de morte.”
Eu estava mudando nossos nascimentos para ser no início do século 21 , em oposição

ao final do século 21. Ainda havia muito mistério em torno da doença que matou Claire, mas
TAIM continuou a fazer melhorias em si mesma em relação ao loop anterior e foi capaz de
determinar que o patógeno que matou Claire não existia no mundo no início do século 21 .
“Se você executar essas mudanças, vocês dois não se encontrarão até o meio
trinta”, disse ela.
"Isso é bom. Nós apenas viveremos longas vidas depois disso para compensar isso.”
Imaginando como seria minha nova vida com Claire em um mundo baseado na ciência,
entrei no sono frio novamente. Acordei vários milhares de

anos depois.
Um pouco sonolento, perguntei: "TAIM... que ano estamos na Terra agora?"
"Em breve será o ano de 1990. Pelo calendário japonês, está perto do fim da era Showa e do
início da era Heisei."
“Está quase na hora, então.”
"Sim. Você está bem em entrar no mundo desde a infância desta vez?”
Esse era o plano para as civilizações baseadas na ciência, em oposição a

começando na Royal Academy em civilizações baseadas em magia.
"Sim. Quero ver como era o Japão do início do século 21. ”
"Muito bem. Desejo-lhe boa sorte nas batalhas que virão.”
“Como eu disse, não estou indo para nenhuma batalha.”
TAIM se despediu de mim quando parti para minha nova vida no Japão.
Eu nasci em uma família incrivelmente média. Eu tinha uma casa Heisei, como aquelas
sobre as quais eu só tinha conseguido ler na minha vida passada, e vivia em uma era de transição
dos velhos valores da era Showa para os novos valores que ainda soavam verdadeiros no meu
tempo.
Meus pais trabalhavam, algo ainda bastante incomum em

nesta época, e eu tinha um irmão mais novo. Esta foi a primeira vez que eu tive um irmão mais
novo, então eu cuidei bem dele. Eu também cuidava da maior parte das tarefas domésticas em
casa, pois meus pais estavam sempre ocupados com suas carreiras.
Graças a isso, minhas habilidades culinárias melhoraram ainda mais do que antes.
Eu não conseguia me ajustar bem à vida escolar, no entanto. O bullying ainda não era
considerado um problema sério naquela época, então eu era frequentemente banido pelos meus colegas.
Felizmente, eu estava bem academicamente e bem nos esportes, então nunca fui o principal alvo
de bullying, apenas excluído das atividades. Eu não fiz meu primeiro amigo até a faculdade, mas eu
estava completamente bem com isso. Eu sabia que um dia conheceria o único que importava.
Eu me formei na faculdade e comecei a trabalhar em uma empresa de comércio. Eu odiava

com paixão a antiquada cultura corporativa de trabalho com drones dessa era passada, mas
aguentei tudo para reencontrar Claire.
Depois de vários anos, eu a conheci em uma empresa de comércio diferente.
“É um prazer conhecê-lo. Eu sou Claire François.”

Ela falava com um japonês perfeito e vivia como uma mulher de carreira capaz.
Naturalmente, ela não tinha aqueles cachos enormes como na civilização baseada em
magia, mas sim seu familiar cabelo loiro comprido e liso. Foi revigorante vê-la assim, em
algo diferente de um jaleco.
No início, nosso relacionamento era puramente comercial, mas nos demos bem e
começamos a namorar em menos de um ano. Ela nutriu alguma desaprovação da homossexualidade no
início, mas rapidamente mudou de tom. Eu já tinha um pressentimento há muito tempo, mas agora eu
sabia com certeza que ela era bissexual por natureza.
“Eu te amo, Claire.”
"Eu também te amo, Rei."
Não querendo repetir o erro que cometi no passado, sussurrei

palavras de amor para Claire, e Claire as sussurrou de volta. Discutíamos ocasionalmente,
mas no geral, nosso relacionamento era maravilhoso. Ela não adoeceu de nenhuma doença
desconhecida desta vez e viveu sua vida natural, compensando nosso início tardio e mais um pouco.
"Eu... vivi uma vida feliz."
"Eu também."
"Obrigado, Rei... minha querida Rei... adeus..."
“Isso é apenas um adeus por enquanto. Nós nos encontraremos de novo."
Eu cuidei de Claire em seu leito de morte. Seus últimos momentos foram pacíficos.
Depois que ela faleceu, continuei para minha próxima vida.
Repeti esse processo inúmeras vezes. Eu tinha conseguido meu objetivo original: eu tinha feito
meu amor por Claire eterno.
Os loops nem sempre eram exatamente os mesmos. Seja nas civilizações baseadas na
ciência ou nas civilizações baseadas na magia, nosso amor gerou desenvolvimentos ligeiramente
diferentes a cada vez. A única constante foi o fato de termos nos juntado e ficado juntos até o fim. Eu
sempre esperei ansiosamente pelas diferentes formas que nosso amor tomaria.
Eu acreditava que as coisas estavam indo bem. A humanidade foi capaz de continuar
indefinidamente, e eu poderia amar Claire por toda a eternidade. Eu tinha feito meu trabalho
perfeitamente.

Não foi até que mais algum tempo passou que as coisas começaram a dar errado.
“É irritante.”
"O que é?"
Aconteceu durante uma civilização baseada na ciência, por volta do décimo ciclo.
Claire e eu tínhamos acabado de nos beijar pela primeira vez nesta vida.
“Você é tão experiente em beijar. Quantos corações de mulheres você já partiu

antes?
Claire disse isso brincando, mas eu senti um choque como se eu tivesse levado
uma pancada na cabeça. Este deveria ter sido meu primeiro beijo especial e único durante
este loop. No entanto, depois de todas as vidas que levei, me acostumei a beijar. Eu
rapidamente disse algo para acalmar as coisas, mas a partir de então, Claire me viu como
uma mulher com uma longa história de experiência romântica.
Não havia outros problemas nesse loop, mas uma sensação de desconforto
me seguiu depois. Eu sempre pensei em Claire como nova e inexperiente no
amor, mas com o passar do tempo, comecei a ver essa parte dela como infantil. Claro, ela
não tinha mudado nem um pouco.
Fui eu que mudei. eu tinha envelhecido.
A cada volta, meu relacionamento com Claire ficava cada vez mais tenso. A
cada vez, o amor em meu coração perdia um pouco de sua centelha. Seus doces nadas,
os beijos que trocávamos, nossas noites de prazer, tudo aos poucos foi perdendo o sabor.
Então, no centésimo loop, finalmente aconteceu.
“Você não gosta de estar comigo, não é, Rei? Eu não acho que devemos
forçar mais isso. Vamos terminar."
Foi o primeiro loop em que não ficamos juntos até o fim de nossas vidas. Fiquei
chocado. Mas aceitei a separação do mesmo jeito. Eu sabia muito bem que meu amor estava
se esgotando.
Eu tinha vivido muitas vidas.
Em algum momento, parei de tentar viver com Claire, seja como Rei Ohashi ou como
Rae Taylor, e coloquei alguma distância entre nós.
Eu estava bem com isso. Eu ainda amava Claire, no fundo. Eu poderia suportar
qualquer coisa, até mesmo o ódio dela, desde que pudesse evitar o pior cenário. Mas

e se esse pior cenário acontecesse? E se chegasse um dia em que eu parasse de sentir

qualquer coisa por Claire? A possibilidade me aterrorizava.
“Devo apagar uma parte de suas memórias de Claire, Rei?” TAIM propôs,
tendo notado minha irregularidade.
Em retrospectiva, talvez isso fosse melhor. Infelizmente, nesse ponto, a voz do TAIM
não foi mais registrada como nada além de ruído de fundo para mim.
Comecei a pensar em acabar com os loops de uma vez por todas. Não era uma
coisa fácil de considerar, pois significava acabar com toda a humanidade. Tão tarde no jogo,
eu finalmente entendi que as preocupações de Claire todos aqueles anos atrás eram
justificadas.
Mas depois de muita consideração, decidi que ainda amava Claire, e não
quero viver em um mundo onde meu amor por ela se desvaneceu. Então, fiz minha
escolha.
Eu acabaria com os laços.
Mas eu tive um problema. Não importa o que, eu absolutamente não conseguia

colocar um dedo em Claire. Eu queria acabar com o mundo, mas não queria acabar com
ela. Eu tinha um paradoxo em minhas mãos.
Foi então que tive uma ideia: se eu não pudesse acabar com ela, teria outra pessoa
para acabar com ela por mim.
Eu criei um ser conhecido como a Rainha Demônio na civilização baseada em

magia e a fiz governante dos demônios. Demônios e monstros existiam originalmente no
mundo como parte de seu cenário de fundo, bem como para reabastecer os combustíveis
fósseis que seriam usados nos estágios intermediários da civilização baseada na ciência.
Dei aos demônios a autoridade para anular o processo de quantização da

alma. Uma vez que a civilização baseada em magia começasse e Claire fosse morta por um
demônio, eu faria minha jogada para acabar com a civilização humana.
Mas estranhamente, na civilização baseada em magia onde me tornei

a Rainha Demônio, havia uma Rae além de mim. Além do mais, ela agiu exatamente
como eu tinha feito uma vez. Eu a observei, tomando cuidado para não desviar a história
do momento em que Claire seria morta por um demônio, já que a outra Rae desfrutava de
um amor jovem e espirituoso com Claire. Com o tempo, passei a desprezar aquele outro

Rae. Mas isso não mudou o que tinha que ser feito. Eu só precisava pensar em acabar com a vida de
Claire – e então acabar com a humanidade. Nada mais e nada menos.
Eu sabia que essa minha decisão era egoísta. Para acabar com a humanidade foi um grave
pecado do que qualquer pecado antes dele. Mas eu tinha que fazer isso. Meus sentimentos por Claire estavam
desaparecendo até agora. Eu tinha que acabar com tudo antes que eles desaparecessem completamente.
Eu tinha me tornado a Rainha Demônio. O verdadeiro inimigo da humanidade.
***
“E foi assim que tudo começou.”
As palavras do apóstolo nos trouxeram de volta aos nossos sentidos.
A experiência tinha sido de outro mundo. As palavras “realidade virtual” nem sequer
começaram a descrever o que quer que tenha sido. Meus cinco sentidos, minhas memórias e até
minhas emoções estavam totalmente em sincronia com o que eu via.
O apóstolo não estava brincando quando disse que nos deixaria experimentar tudo desde o início.
"Isso tudo... aconteceu com Rae e eu?" Claire murmurou incrédula. Ela
provavelmente não entendeu muito do que ela tinha visto, mas o que ela entendeu foi chocante
o suficiente.
“Eu entendo que é difícil de acreditar, mas tudo o que você acabou de ver é a verdade”,
disse o apóstolo sem rodeios.
Neste ponto, eu estava meio certo de algo. Esperando confirmar, eu

disse: “Então, apóstolo, você deve ser...”
"Sim. Eu sou o TAIM, a unidade de controle do Loop System.”
Figurado.
"Deixe-me executar algo por você também", disse Manaria. “Aquele Rei Ohashi agora era
Rae de uma vida passada, certo? E que Claire François era nossa Claire de uma vida passada?
Presumo que este quanta-qualquer negócio esteja sendo usado para reencarná-los?”
“Quase correto”, o apóstolo – er, TAIM respondeu. “Você está certo sobre Claire François, mas
a Rae Taylor conosco agora é um indivíduo separado de

a Rei Ohashi que se tornou a Rainha Demônio.”
"Huh?" Como poderia ser? Lembrei-me de ser Rei Ohashi.
“Rae Taylor, você pode ter lembranças de seu tempo como trabalhadora de
escritório, mas você não tem nenhuma lembrança de ser a Rei que se tornou a administradora,
correto?” disse TAIM.
"Oh sim." É claro. Se fosse eu quem tivesse feito o Loop System, teria me lembrado.
No passado que o TAIM nos mostrou agora, Rei havia apagado suas memórias como
administradora e vivia uma vida normal; mas se minhas memórias tivessem sido apagadas,
como eu poderia me lembrar da minha vida como um drone corporativo?
“Isso é porque você é um peão que preparei. Você é uma segunda Rei Ohashi
criada a partir dos dados quânticos de sua alma.”
"Huh?" Eu não era o verdadeiro Rei Ohashi?
“Como você acabou de ver,” TAIM continuou, “a verdadeira Rei Ohashi

abandonou seu dever como administradora e está tentando acabar com a humanidade como
a Rainha Demônio. Estou tentando impedi-la, mas infelizmente sou apenas uma ferramenta
destinada a ser usada por humanos. Sem um administrador, não posso funcionar. É por isso
que eu criei você, um Rei Ohashi que pode substituir o antigo como administrador.
“Eu previ a ocorrência desse desenvolvimento de antemão e, em loops anteriores,

testei a criação de indivíduos poderosos para lutar contra a Rainha Demônio muitas vezes.
Aqueles que viveram neste mundo com sua aparência idêntica são os remanescentes
desses fracassos.”
Em outras palavras, indivíduos como Elie e o papa.
“Finalmente consegui criar um indivíduo poderoso na civilização baseada na

ciência pouco antes desta: você.”
“Então o tempo que passei com Misaki e o resto foi real?”
“Sim, essas foram, sem dúvida, suas próprias experiências.”
Graças a Deus… Nesse caso, eu estava bem com todos esses desenvolvimentos.
Eu não me importava de não ser o verdadeiro Rei Ohashi, desde que os dias que passei
com meus amigos fossem reais em seu próprio respeito.
“Recuperei sua alma da civilização baseada na ciência, dei a você como

tanta habilidade quanto pude, e implantei você neste mundo. Mas devido à capacidade de
sua alma, todas as suas memórias após um certo ponto de sua vida anterior foram perdidas.
Recuperar essas memórias levaria muito tempo, então eu finalmente tive que transferi-lo com um
corte não natural em sua lembrança.
Então foi por isso que parecia que eu tinha aparecido de repente naquela sala de aula
bem quando eu estava jogando depois do trabalho. Agora que eu pensei sobre isso, Misha
disse que era como se eu tivesse me tornado uma pessoa completamente diferente, então
obviamente havia uma Rae Taylor antes de mim neste mundo. Não poderia ter sido tudo falso.
Dito isso…
“Desculpe-me, TAIM, mas você poderia fazer as palavras com um pouco mais de tato,”
Claire a repreendeu bruscamente. “Eu não me importo se Rae é seu peão, criação ou
substituição. Ela é uma pessoa viva e merece ser tratada com mais respeito!”
Claire estava com raiva por minha causa, o que eu apreciei. Ouvir TAIM estava honestamente
me colocando à beira de uma crise de identidade.
“Perdoe-me”, disse TAIM. “Mesmo depois de milhões de anos, ainda não compreendo
completamente o funcionamento interno da emoção humana.”
“Eu posso dizer,” Claire retrucou. “Ouça com atenção, ok? A Rae aqui não é
substituto de ninguém. Ela é minha única parceira insubstituível .”
"Senhorita Claire..." eu disse, meus olhos lacrimejando. Eu realmente tive a sorte de tê-la
como minha parceira. Mesmo se eu fosse um peão moldado para atender aos objetivos do TAIM, o
amor que eu compartilhava com Claire era real. Enquanto ela precisasse de mim, eu ainda poderia
viver como Rae Taylor.
"Hmm... Permita-me esclarecer as coisas", disse Dole. “TAIM, corrija-me se estiver errado.
Primeiro, há muito tempo, uma versão da humanidade avançada na ciência se aproximava de seu
fim.”
"Sim", disse TAIM.
Se bem me lembro, foi o próprio tratamento da humanidade ao meio ambiente

que trouxe seu fim.
“Então dois cientistas chamados Rei Ohashi e Claire François conduziram

pesquisa para encontrar uma maneira de permitir que a humanidade sobreviva, criando o
Loop System?”
“Na superfície, sim, mas a verdadeira esperança de Rei era encontrar uma maneira de amar

Claire François eternamente”, disse TAIM.
O que era bem extremo, mesmo para (estritamente falando, não exatamente) para mim.
“Após sua criação, o Loop System foi ativado e toda a humanidade

tem passado por civilizações baseadas em ciência e magia com Rei supervisionando tudo como
administrador?”
“Enquanto também aproveita seu tempo com Claire François, sim”, respondeu TAIM.
Mas todos nós sabíamos que isso não tinha durado.
“Então, depois de tantos loops, os sentimentos de Rei por Claire começaram a desaparecer.”
disse Dole. “Então ela está tentando parar os loops antes que esses sentimentos desapareçam
completamente.”
"Correto. É uma escolha egoísta. Eu me ofereci para ajustar e apagar suas memórias
de Claire François, mas a Rainha Demônio não vai mais me ouvir, então eu passei para outras estratégias.”
Eu também achei bastante egoísta da Rainha Demônio, mas, novamente, eu nunca poderia
realmente saber como ela se sentia, nem mesmo depois de experimentar seu passado diretamente.
Eu estava loucamente apaixonado por Claire agora e não conseguia imaginar meu amor por ela
desaparecendo. Mas a Rainha Demônio viveu um número insondável de vidas. Para ela, Claire pode ter
sido uma das poucas, se não apenas, luzes em sua escuridão, e ver aquela luz desaparecer provavelmente
a aterrorizou.
"Agora espere um segundo..." uma voz interrompeu meus pensamentos.
“Sim, Rod Bauer?” disse TAIM.
“Devemos apenas engolir tudo o que você diz como verdade? Tudo
essa conversa estranha de vidas passadas e mundos em loop, e de alguma forma tudo é
culpa dessa pessoa Rei? Como sabemos que não estamos apenas ouvindo um lado da história? Onde
está sua prova para apoiar tudo isso?”
Agora que ele mencionou isso, era um pouco suspeito. Aquela coisa de realidade virtual me
deixou completamente convencida, mas se eu realmente pensasse sobre isso, não havia nenhuma
garantia de que qualquer coisa que nos foi dito ou mostrado fosse verdade. Como os empresários da
minha vida passada disseram: “Aqueles que controlam a informação controlam o mundo”.

“A realidade virtual que você acabou de experimentar e minha presença aqui não é
prova suficiente?” perguntou TAIM.
"Claro que não. Algo como as sugestões hipnóticas de Salas poderia facilmente
nos mostrar a mesma coisa. Você vai precisar de provas mais difíceis para me convencer. Rod
parecia desconfiar de TAIM. Não que eu particularmente confiasse nela também.
“E você sabe, eu realmente não gosto de como você está apenas colocando a responsabilidade
de tudo em Rae e Claire.”
“Eu só falo a verdade”, disse TAIM.
"Isso está certo? Que alívio é que essa verdade funciona a seu favor,” Rod disse, um
desafio em seus olhos, mas TAIM apenas sorriu de volta para ele. Ele suspirou. “A Rainha
Demônio é nossa inimiga. Isso está claro. A questão é se você é ou não nosso aliado.”
TAIM deu de ombros. “Parece que não há nada que eu possa dizer para convencê-
lo de que sou.”
"Multar. Vamos supor que você é um aliado. O que você quer que façamos?”
Thane perguntou.
TAIM sorriu amplamente com o rosto de Lilly. “Derrote a Rainha Demônio e tome seus
privilégios de administrador.”
"Huh? É mesmo possível?" Philine perguntou em voz baixa. “Ser um, hum,
administrador basicamente significa ser o governante todo-poderoso do mundo, certo?
Como vamos derrotar alguém assim?”
Eu tive que concordar com Philine. A Rainha Demônio era forte além da crença.
Aquela estranha magia que Rod usou pareceu chegar até ela, mas nada mais que tentamos
deixou um arranhão. Roubar seus privilégios de administrador parecia quase impossível.
“Certamente, a Rainha Demônio é forte”, disse TAIM. “Mas ela tem muitas
fraquezas.”
"Oh sério? Por favor, conte”, disse William.
“Primeiro, ela não pode colocar a mão em Claire François. Se ela pudesse, a humanidade
teria chegado ao fim há muito tempo”.
“Você está sugerindo que usemos a Srta. Claire como escudo?!” Eu agarrei.
“Não seria assim que eu diria, mas sim. A Rainha Demônio poderia

explodir uma montanha inteira se ela quisesse, mas enquanto Claire François estiver
por perto, ela é incapaz de usar ataques tão amplos.
"Por que você-"
“Já chega, Rae,” Claire interrompeu. “TAIM, você quer dizer o

A Rainha Demônio tem que se segurar quando estou presente?”
"Isso é correto", disse TAIM.
"Senhorita Claire, você não pode estar considerando isso!" protestei.
Claire me ignorou. “Tudo bem, vamos seguir em frente assumindo que isso servirá
para a defesa. Ainda precisamos descobrir nossa ofensa, no entanto. A maioria dos nossos
ataques não consegue passar pela barreira mágica ao redor dela.”
“Acredito que Rod Bauer pode fazer algo sobre isso. Estou errado?"
PLANTA pergunta.
“Sem hesitação em me usar como uma ferramenta, hein? Bem, tanto faz. Pelo menos
eu consigo me tornar útil.” Rod aceitou seu papel com seu ar descontraído de sempre.
“Irmão, o que foi essa magia que você usou, afinal?” Yu perguntou.
“É uma nova técnica de larga escala que desenvolvi. tem muito chato
passos para lançá-lo por causa de sua escala, mas é forte o suficiente para valer a pena!
Você viu a facilidade com que perfurou a barreira da Rainha Demônio, certo?” Rod nos
deu um sorriso confiante.
“Eu gostaria de ouvir uma explicação completa sobre isso, se você não se importa,”
disse Manaria. “Tenho certeza de que é um segredo militar, mas agora toda a humanidade
está em jogo. Eu confio que você vai tomar a decisão certa.”
“Droga, eu realmente não tenho escolha, tenho? Eu esperava salvá-lo para minha
revanche com você”, disse Rod.
"Isso está certo? Mas essa magia com certeza não parecia destinada a ser usada em
alvos únicos para mim.”
A dupla trocou um sorriso irônico.
Naquele momento, uma voz sagaz ecoou no fundo da minha mente.
“Para toda a humanidade—”
"O que está acontecendo?" Philine disse, confusa.

“Eu sinto uma poderosa energia mágica!” disse Hilda. “Esta deve ser a
telepatia da Rainha Demônio!”
A voz continuou sem emoção. “Eu sou a Rainha Demônio, aquela que vai acabar
com a humanidade.”
Pelo som das coisas, essa voz estava sendo ouvida por todos todos
em todo o mundo. Para muitos, esta seria a primeira vez que experimentam a
telepatia. Eu só podia esperar que a histeria em massa não acontecesse.
“Este mundo será destruído pela minha mão. No entanto, estou disposto a adiar
sua destruição.”
“Quem ela pensa que é?!” bufou Claire. Mas a cor logo desapareceu de seu rosto.
“Traga-me Claire François. Para cada dia que você não fizer isso, eu destruirei um
país deste mundo.”

Capitulo final:
O Futuro da Humanidade
“TRAGA-ME CLAIRE FRANÇOIS. Para cada dia que você não fizer, eu deito
desperdício para um país deste mundo.”
A declaração da Rainha Demônio foi ultrajante. Mas com seu poder, era possível
que ela realmente fosse capaz de fazê-lo. Quantas pessoas levariam suas palavras a sério,
no entanto? A maioria das pessoas neste mundo nem tinha ouvido falar da Rainha Demônio.
Enquanto tais perguntas flutuavam em minha mente, a Rainha Demônio

continuou.
“Para aqueles que não sabem da minha existência, permitam-me demonstrar um

pouco do meu poder. O que você vê aqui é uma montanha em Bauer.”
Uma imagem apareceu em minha mente: o Monte Sassal, elevando-se a mais

de 3.500 metros de altura e impressionando aqueles que o observavam. Tinha que ser a
magia da Rainha Demônio me mostrando isso.
"Observar."
Um estrondo alto soou do leste.
"Uau?!" A imagem em minha mente mudou para a da capital imperial, Ruhm,

de onde surgiu um raio azul.
O feixe voou sobre a fronteira distante de Bauer e atingiu o lado do Monte.
Sassal. O ar ao nosso redor de repente ficou frio enquanto a terra rugia e o prédio
tremia. Todos caíram no chão e cobriram suas cabeças.
O tremor continuou por mais alguns momentos. Depois que parou, eu

ouviu a voz estupefata de Rod.
"Não... Você deve estar brincando comigo, certo?"
Ele expressou o que estava na mente de todos. O que vimos foi inacreditável.
A magia da Rainha Demônio congelou o Monte Sassal em sua totalidade.
Logicamente, eu entendi o que tinha acontecido. A Rainha Demônio tinha

provavelmente usou o mesmo feitiço de ataque que eu possuía, Absolute Zero, um feitiço de
atributo água de super aptidão que instantaneamente congelou seu alvo. A única diferença era
que ela havia congelado um vulcão inteiro, e de várias centenas de quilômetros de distância.
Não importa o quanto eu tentasse, tal façanha estaria fora do meu alcance.
A situação era um pouco diferente, mas me lembrou uma frase que um antagonista
de mangá disse quando eles estavam colocando o personagem principal no chão: “Kafrizz?
Não, esse foi apenas o meu feitiço mais fraco, Frizz.
Eu estava vivendo a mesma descrença que o personagem principal deve ter sentido então.
“Espero que agora você entenda que minhas palavras não são meras ameaças. Eu tenho
poder mais do que suficiente para colocar a humanidade de joelhos.” Indiferente e desprovida
de emoção, a Rainha Demônio continuou. “Você tem duas semanas para trazer Claire François para
Ruhm, a capital de Nur. É assim que ela se parece.”
A imagem em minha mente mudou novamente, desta vez me mostrando Claire. Era quase
como um cartaz de procurado. Espere, não, basicamente era um pôster de procurado.
“Confio que seus líderes farão a escolha sábia.”
Com essas últimas palavras, a telepatia chegou ao fim. Os líderes na sala de conferência
conosco começaram a trabalhar imediatamente.
“Hilda, prepare a transmissão de telepatia de emergência!” Philine ordenou.

"De uma vez só!" Hilda saiu correndo da sala de conferências.
"Thane, você deve voltar para Bauer por enquanto", disse Rod. "Os cidadãos
viu o que aconteceu de perto e provavelmente está em estado de pânico”.
“Mas e a batalha com a Rainha Demônio?” Thane perguntou com um olhar sombrio.
“Eu odeio ser tão franco, irmão, mas com quanto tempo se passou desde
você lutou, eu não acho que você vai ser de muita ajuda em uma luta,” Yu disse.
"Humph."
Yu deu um último empurrão. "Por favor, deixe isso para Rod e eu."
Dole também falou. “Vossa Majestade, há coisas que só você pode fazer. Neste momento,
o povo precisa da sua presença.”
"Eu entendo. Vou deixar o gerenciamento das forças de Bauer em suas mãos, Rod, Yu.
Dole, venha comigo.

"Sim sua Majestade."
Thane e Dole saíram rapidamente da sala de conferências.
“O que você vai fazer, Manaria?” perguntou Guilherme.
"Eu ficarei aqui. Não quero parecer arrogante, mas vocês vão precisar da minha força para
lutar contra a Rainha Demônio. Sousse também precisa de mim, tenho certeza, mas isso tem
prioridade. Terei que confiar na família real e nos nobres de volta para manter o forte. E você,
Guilherme?”
"Eu? Hmm... Acho que vou voltar para os Alpes assim que descobrirmos um
pouco mais do nosso curso de ação. Quero dizer, não é como se eu fosse bom em uma luta,
ha ha!” Mesmo nessa situação, William não deixou de lado as piadas. Ou talvez ele sentiu a
necessidade de aliviar o clima?
“A questão é o que fazemos sobre a demanda da Rainha Demônio…”

disse Misha.
Seguiu-se um breve silêncio.
Aturdido, eu o quebrei. “O-o que você quer dizer? Não faremos nada, obviamente.
Certo?"
Não havia como entregar Claire para a Rainha Demônio.

Absolutamente não.
“Rae, não é tão simples,” Claire disse.

“Tenho certeza de que todos aqui sentem o mesmo, mas você acha que o resto
do mundo concordarão, depois do que viram acontecer com o Monte Sassal?”
Eu não conseguia encontrar as palavras para refutá-la. O que vimos foi simplesmente tão
chocante.
As montanhas comandavam uma presença poderosa. Sua existência sozinho

fez as pessoas sentirem admiração. Além disso, o Monte Sassal não era uma montanha
comum, mas um enorme vulcão. No entanto, a Rainha Demônio o congelou em um piscar de olhos.
Foi um feito além da compreensão humana. Não imaginava que muitos tivessem coragem de
enfrentar um monstro desses.
“E daí, então? Devemos apenas entregá-lo sabendo que você será morto?!” eu exigi. De
jeito nenhum eu permitiria que Claire fosse um sacrifício.
Nós não podíamos permitir que ela fosse morta em primeiro lugar; A única razão

a humanidade ainda não tinha encontrado seu fim era porque Claire ainda vivia nos loops.
“Se vai chegar a isso, vamos fugir! Eu te seguirei até os confins da terra se for preciso!”
“E para onde correríamos? Essa telepatia alcançou o mundo inteiro.

Não há onde me esconder,” Claire disse com um sorriso.
Eu fui esmagado. Fiquei pensando que Claire estava escolhendo ir até ela
própria morte novamente. Mas eu realmente deveria ter pensado melhor antes de me permitir
pensar isso.
“Não faça essa cara, Rae. Não tenho intenção de morrer.”
"Senhorita Claire?"
Eu vi agora. Seu sorriso não era o de uma mulher resignada ao seu destino. Isto
era a de alguém determinado a lutar.
“Rae, eu juro que vou manter nossa promessa desta vez.”
"Nossa promessa?"
“A que eu quebrei na época da revolução: minha promessa de nunca desistir. Você se

lembra disso?"
"Ah..." Eu me lembrei disso: depois de perder uma aposta contra mim - duas vezes,
devo acrescentar - eu a fiz jurar por Deus que nunca desistiria, não importa o que acontecesse.
"Tem que haver uma maneira de passar por isso", disse ela. “Eu simplesmente me recuso a
rolar e morrer como um cachorro.”
"Senhorita Claire!" Incapaz de conter minha felicidade, eu a abracei.
“O que—Rae!” ela disse, nervosa. “Tem gente assistindo! Deixar.

Eu. Vai!"
“Ahahaha. É um alívio ouvir isso, Claire. Não haveria nada que pudéssemos fazer para ajudar
se você decidisse jogar a toalha”, disse Rod.
"Você vai nos ajudar então?" Claire perguntou enquanto eu ainda a abraçava.
"Pode apostar. Acabei de ganhar outro motivo para derrubar aquela Rainha Demônio,
afinal de contas…”
"Oh? O que é isso, então?” Claire perguntou.
“Ela foi e fez em Mt. Sassal, a montanha que matou meu pai. EU

estava esperando conquistá-lo em meus próprios pés em breve.” Rod tinha um olhar
conflitante em seu rosto. Era incomum vê-lo parecer qualquer coisa, menos alegre.
“Mestre Rod...” Claire disse, preocupada. Então ela olhou para mim.
"O suficiente! Quanto tempo mais você pretende se agarrar a mim?!”
“Vamos, só mais um pouco.”
“Ahahaha!” Rod riu.
Eventualmente, eu tive minha dose de Claire e a soltei.
“Caramba...” Claire suspirou. “Voltando ao ponto, como avançamos a partir daqui?

Será um pouco difícil explicar nossa situação aos líderes de outras nações”.
"Você está certo..." eu admiti. Deixando de lado se eles acreditavam plenamente nas
visões, aqueles presentes conosco agora tinham visto tudo o que o TAIM tinha a oferecer e
pelo menos concordaram que não poderíamos deixar os demônios colocarem as mãos em
Claire. Mas como poderíamos convencer outras pessoas da mesma coisa sem usar a realidade
virtual do TAIM?
Enquanto nós dois quebramos a cabeça, TAIM disse: “Eu poderia emprestar alguns
ajuda."
"Sério? Quão?" Eu perguntei.
“Eu poderia usar a autoridade da Igreja Espiritual para convencer as massas.”
Essa era certamente uma possibilidade. A Igreja Espiritual tinha seguidores em todo
o mundo e era a religião global mais influente. Eles deram alívio aos pobres e serviços médicos
para as pessoas por muito tempo e, no processo, eles se tornaram um pilar espiritual para as
massas. Ao contrário dos governos que muitas vezes existiam longe dos olhos das pessoas, a
Igreja Espiritual estava com eles em seu dia-a-dia. Havia uma boa chance de que as pessoas
ouvissem o que a Igreja tinha a dizer.
“Mas isso seria suficiente?” Claire perguntou. “Temos apenas duas semanas
deixei. Como vamos convencer o mundo nesse curto espaço de tempo?”
“Nós usaremos a telepatia em todo o mundo, assim como a Rainha Demônio,” disse
TAIM. “Eu tenho o poder de fazer tanto. Claro, as palavras de um único cardeal como Lilly Lilium,
ou Yu Bauer, que só é bem conhecido em Bauer,

não terá muito efeito.”
"Isso é verdade..." Claire disse.
“Oh, por que não mostrar a todos aquela coisa de realidade virtual como você fez para
nós?" Eu sugeri.
“Isso não vai funcionar. A verdade deste mundo está além da compreensão
da pessoa média, e mesmo que alguns pudessem entender, não há garantia de que eles
dariam apoio. Eles podem até culpar você pessoalmente pelo que aconteceu, Rae Taylor.
É muito arriscado.”
Ela tinha um ponto ali. O fato de que este mundo estava girando sem parar era difícil
de entender. Mesmo que alguns entendessem, quem estava tentando acabar com os loops era
eu (tecnicamente, não realmente - você sabe o que quero dizer), então eles podem me culpar
por essa bagunça, e isso só aumentaria nossos problemas atuais .
"Então, o que fazemos?" Claire perguntou a TAIM.
“Teremos o papa, Clarice Répète III, dirigindo-se ao povo. Ela também é alguém que
conhece a verdade deste mundo.”
***
As pessoas da cidade ficaram perplexas com o evento que acabara de acontecer.

Impotentes, eles não podiam fazer nada além de temer a morte iminente que a chamada
Rainha Demônio havia prometido.
"V-você viu isso agora?"

“Você também viu? O que é que foi isso? Aquela montanha inteira estava congelada em um
instante…"
“Mamãe, estou com medo…”
"Tudo vai ficar bem, querida... Tudo... vai ficar bem..."
A histeria ainda não havia se instalado, mas era apenas uma questão de tempo. Temer
logo se espalharia e se multiplicaria, antes de explodir pelas costuras.
“Nós só precisamos encontrar essa mulher Claire e ficaremos bem, certo?!”

“Eu a conheço! Ela é uma daquelas ex-aristocratas Bauer!”

“Mas ela não foi a heroína que derrubou a aristocracia corrupta?”
“Quem se importa! Se não a entregarmos, seremos os próximos a ser congelados!”
Assim que o pânico se instalou, uma voz falou na mente de todos.
"Não tema."
Uma voz que reverberou como chuva suave na terra.
"O que é desta vez?!"
“Perdoe-me por falar sem avisar. Eu sou Clarice Répète III, Papa da Igreja Espiritual”.
“Sua Santidade?!”
As pessoas ficaram surpresas ao ouvir outra voz tão logo após a da Rainha
Demônio. Essa voz era diferente da anterior, no entanto. Foi sem pressa – devagar, tão
devagar, tecendo uma palavra após a outra.
“Eu sei que as palavras daquela que se chama a Rainha Demônio

atingiu o medo dentro de você. Meu coração dói quando penso no terror que você deve
sentir.”
A voz era sem emoção, mas algo em sua cadência

acalmou os nervos.
“Mas não se engane. Não devemos dar ouvidos às vozes dos ímpios.
Por favor, lembre-se do Capítulo 3, Versículo 2 das Sagradas Escrituras.”
Você será tentado por demônios. Foi uma passagem simples, mas isso só a
tornou ainda mais impactante. A passagem era conhecida por muitos, não apenas pelos
crentes mais zelosos.
As pessoas se lembraram, então, dos valores que haviam cultivado, nutrido e

sustentado em seus corações. O senso de justiça claro, mas inconfundivelmente presente
dentro deles, revelou-se, dissipando qualquer confusão que eles sentiram.
“A Rainha Demônio exigiu que trouxessemos Claire François para ela. Para isso,
pergunto por quê? Por que a Rainha Demônio, com todo o seu poder, nos pediria para fazer
uma coisa dessas? Ela não poderia conseguir isso sozinha?”
O papa seguiu trazendo a demanda da Rainha Demônio sob escrutínio, destacando

a contradição entre o poder da Rainha Demônio e sua ordem. A gente pegou rápido.

"Sim. A Rainha Demônio, na verdade, não pode fazer isso sozinha. Por quê? Porque
Claire François é o único ser que pode derrubar a Rainha Demônio.”
Aquilo era uma mentira descarada que o papa havia inventado junto conosco, mas
rezamos para que tivesse o efeito pretendido.
A esperança começou a voltar aos rostos das pessoas.
“A Rainha Demônio percebe Claire François como uma ameaça. Ela faria o que
queria com o mundo se não fosse por Claire. Não se iluda. O momento em que entregamos
essa mulher à Rainha Demônio é o momento em que encontramos nosso destino.”
O papa reiterou fortemente o fato de que não poderíamos entregar Claire.
“Enquanto falamos, o Império Nur ao leste está lutando contra os demônios. A

Rainha Demônio também está lá, planejando destruir a humanidade. Meu povo, por favor,
ouçam o que tenho a dizer. Acredito que agora devemos nos unir como um.”
A voz do papa começou a ficar apaixonada.
“Esta não é uma batalha apenas para o Império Nur. Esta luta decidirá o destino
de toda a humanidade. A derrota não é uma opção. Entendo bem que nem todos são capazes
de empunhar a espada. Mas mesmo os mais fracos têm uma força interior.”
O que é essa força? todos se perguntavam.
“A força da coragem. A coragem de enfrentar a maldade e repelir o medo. Confie

em seus companheiros e confie que o amanhã virá. Todos nós podemos lutar resistindo ao
mal e, juntos, podemos vencer esta guerra.”
Mesmo sem poder levantar uma espada, mesmo sem poder usar magia, todos nós
podíamos lutar.
“Fique comigo agora. Você não precisa fazer isso sozinho. Esteja você com a
família, amigos, companheiros ou um conhecido encontrado na estrada, vamos ser um só
agora.”
Depois de uma pausa, o papa terminou com: “Eu, Papa Clarice Répète III,
declarar que este é o início de nossa guerra santa”.
“Isso foi aceitável, Rae Taylor?”
"Você fez perfeitamente, Sua Santidade." Eu dei ao papa meu selo de

aprovação com um polegar para cima. Pelo que o TAIM me mostrou, parecia que a transmissão
de telepatia tinha sido um grande sucesso com as pessoas.
Eu também estava telepaticamente ligado ao papa graças ao TAIM. Ao contrário de

antes com as pessoas, podíamos ver uns aos outros, não apenas ouvir as vozes uns dos outros.
“Dificilmente mereço qualquer crédito. Tudo foi graças ao roteiro maravilhoso preparado
para mim.”
"De jeito nenhum. Tudo isso graças ao seu esplêndido desempenho!”
“Você realmente acha isso?” Seu rosto estava tão desprovido de expressão como
sempre, mas de alguma forma ela parecia levemente feliz.
“Mas eu concordo, o roteiro era muito bom também,” eu disse. "Era

afinal, escrito pelos três melhores agitadores da humanidade!”
"Quem você acha que está chamando de agitadores?" Claire bufou.
"Isso é mau!" Filine reclamou.
“Eu imploro que você escolha suas palavras com mais cuidado, Rae,” Dole
repreendeu.
Eu quis dizer isso como um elogio, mas fui rapidamente recebido com três vozes de
desaprovação. Os três — Claire, Philine e Dole — foram os que compuseram o roteiro do papa.
Claire escreveu o rascunho básico, Philine suplementado com os elementos da Igreja Espiritual,
e Dole acrescentou os toques finais, resultando em um discurso edificante que comoveu até os
corações mais sombrios. A propósito, Dole estava voltando para Bauer, então TAIM também o
estava conectando telepaticamente a nós.
“Parece que há alguns em Bauer que querem se juntar a esta guerra santa.
Que tal, Thane?
Virei-me para a voz atrás de mim e vi Rod se dirigindo a seu irmão.

Thane estava conectado a nós telepaticamente também, assim como Dole.
"Eu não vou permitir isso", disse Thane. “Não vejo nada de bom em ter forças voluntárias
se juntando a essa batalha.”
"Oh sim?" disse Rod.
“Quero evitar que eles sejam simplesmente varridos no momento, ou

pior, ir com a maioria, ficar no campo de batalha.”

“Mas e aqueles com a genuína determinação de lutar?”
“Resolução e uma arma por si só não fazem de alguém um guerreiro. A crença

de que eles estão apoiando a causa enquanto defendem a vida cotidiana será suficiente.”
"Você não está subestimando seus cidadãos um pouco demais?"
“Eles esqueceram em seu zelo, mas a Rainha Demônio ainda é um inimigo horrível
capaz de congelar uma montanha inteira. Contra ela, um grupo de soldados inexperientes
estaria caminhando para a morte.” Havia lógica em suas palavras. Se eles realmente
soubessem o que a luta implicava, duvido que muitos cidadãos se oferecessem para se
juntar a ela.
“Sim, eu acho que você não está errado aí,” Rod disse.
“É melhor mantermos nossas forças no mínimo independentemente. Dessa

forma, podemos lutar ao redor de Claire e mitigar os ataques de área ampla da Rainha Demônio.”
"Estou surpreso", disse Rod. “Eu não achei que você fosse o tipo de olhar para
coisas de uma perspectiva militar.”
"Eu não sou. Eu sou simplesmente fraco, ao contrário de você e nossa irmã, e
tenho que ver as coisas da perspectiva de um homem tão fraco.” As palavras de Thane
passaram direto pela humildade até a autodepreciação, mas sua perspectiva era
genuinamente crítica. Suas habilidades o colocavam muito acima de uma pessoa comum,
mas ele ainda era capaz de julgar as coisas com calma da perspectiva dos fracos e
impotentes, e isso era um ativo valioso para se ter como governante.
“Ei, não seja tão negativo. E ainda acho que devemos pelo menos tentar fazer
uso da ajuda do povo.”
"Como podemos fazer isso?"
“Dirija-se ao laboratório do Primeiro Corpo assim que voltar para Bauer. EU

já deu a eles o aviso, então vá em frente e dê o que há para os cidadãos para mim.”
"Você tem algo planejado?"
“Talvez,” Rod disse com um sorriso.
"Eu vejo. Em outra nota, eu gostaria de tentar fazer com que a Rainha Demônio
concordasse em resolver isso em uma batalha decisiva com a humanidade, se possível.
Dessa forma, podemos evitar a morte sem sentido.”
“Você acha que a Rainha Demônio aceitaria?”

"Não sei. Ela está tentando destruir o mundo; não há como dizer
o que ela vai fazer.”
"Certo. Bem, qualquer que seja o plano que seguirmos, ainda nos envolverá enviando
Claire em perigo,” Rod disse amargamente.
“Pelo menos evitamos o pior cenário. Conseguimos evitar que nosso próprio povo se
voltasse contra Claire – ou Rae. Eu odiaria vê-lo chegar a isso.”
“Que incomum. Eu sinto exatamente o mesmo."
“Esta pode ser a primeira vez que chegamos a concordar em algo.”
Eles sorriram, e eu pensei que era um pouco reconfortante. Eles sempre pareciam um
pouco reservados um com o outro, então vê-los relaxar um pouco assim foi bom.
Voltei minha atenção para minha conversa com Claire e o papa. “De qualquer
forma, parece que foi decidido que vamos lutar contra os demônios em vez de apenas
entregar Claire.”
“Permita-me entrar na batalha. Ainda me arrependo de não ter feito isso para ajudar a
defender a capital. Saí assim que a notícia da aparição da Rainha Demônio chegou até mim na
catedral, mas infelizmente eu estava muito longe.” O papa parecia verdadeiramente apologético.
“Não há nada que você pudesse ter feito sobre isso. Em vez de se preocupar
sobre o passado, vamos pensar no futuro. Sua magia de cura de área é poderosa, e
ficaríamos felizes em tê-lo conosco,” eu disse.
"Obrigada." Ela nos deu um leve aceno de cabeça. “Eu tenho que me concentrar em
viagens, então vou encerrar as comunicações aqui. Se algo acontecer, entre em contato comigo
através do TAIM.”
"Entendi."
“Até a próxima, Rae Taylor.”
"Oh espere! Mais uma coisa."
"Sim?" A papa inclinou a cabeça com curiosidade.
Sentei-me ereto e abaixei a cabeça profundamente. “Peço desculpas pelo que a TAIM
fez com você e todas as outras pessoas com o mesmo rosto que eu. Se não fosse pela
Rainha Demônio, meu outro eu, fazendo um idiota tão...

“Não se engane, Rae Taylor,” ela me interrompeu, embora continuasse em um tom

um tanto gentil. “Certamente, fiquei um pouco surpreso ao saber da minha origem. Fiquei até
com um pouco de raiva quando o TAIM se referiu a mim como seu subproduto. Mas isso é destino.
Não devo esquecer que não importa qual seja a razão por trás disso, se não fosse por você, eu
não existiria. No momento, não sinto nada além de gratidão por você.
“Além disso, você é um humano artificial nascido por causa da Rainha Demônio
também, não é? Em vez de se desculpar conosco, companheiros filhos de espíritos perdidos, você
deveria se juntar a nós para dizer uma coisa ou duas à Rainha Demônio.”
Fiquei um pouco surpreso ao ouvir o papa usar uma frase tão

pouco característica da juventude. "Sua Santidade... você está realmente bem com isso?"
"Sim. Vamos importuná-la juntos, 'Você vai parar de nos causar problemas
já?' Ou algo parecido.”
“Ahahaha.” Por acaso, o papa realmente tinha senso de humor?

“Isso foi tudo?”
"Oh sim. Desculpe por mantê-lo.
"De jeito nenhum. Vejo você em breve, então.
"Vejo você em breve."
A telepatia foi cortada ali.
“Eu não tinha ideia de que você estava preocupada com uma coisa dessas, Rae.” Claire usava
um olhar de surpresa. Ela provavelmente estava falando sobre a coisa toda em que eu me sentia
culpado pelos filhos perdidos dos espíritos.
“Como eu poderia não estar? A situação deles é basicamente minha culpa.”
“Se você tem culpa, então eu também tenho alguma culpa.”
“Não, é tudo minha culpa.”

“Não seja irracional!”
De alguma forma, começamos a brigar abertamente.
“P-por favor, deixem assim, vocês dois! Vamos apenas concordar que é o Demônio
Culpa da rainha!” Lilly tentou acalmar as coisas, o controle de TAIM sobre ela agora se dissipou.

“Permita-me pedir desculpas a você também, Lilly,” eu disse. “Não é certo que
TAIM usa seu corpo como quer.”
“E-está tudo bem! Estou feliz por poder ser útil a todos. M-mas eu não me importaria
de ser usado como você quisesse…”
"Lilly?" disse Claire.
“N-nada, senhorita Claire! …Feh, pegue um quarto, por que você não…”
Claire e eu ficamos em silêncio.
"Aaaah, n-não, não, eu sinto muito!" Lilly disse com lágrimas nos olhos. Ela era fofa, mas
eu já tinha Claire, então... sim.
De qualquer forma, tudo o que restava era derrotar a Rainha Demônio. Não é uma tarefa
fácil, com certeza, mas tinha que ser feito. Tínhamos mais aliados agora do que na época da
revolução, e muitos deles estavam entre os mais fortes da humanidade.
Se isso não bastasse, nada seria.
“Ah, espere. Estou chegando, eu.” Eu estalei meus dedos, morrendo de vontade de colocar
algum sentido no meu outro eu.
***
“Absolutamente não!”
"Por que?!"
“Nós podemos lutar!”
“Eu disse não, e ponto final!” Claire levantou a voz com May e Aleah, algo que ela
raramente fazia. Mas eu poderia simpatizar.
Estávamos em um Zurück, morando temporariamente em uma pousada completamente

alugada para os cidadãos Bauer.
“Vocês ainda são crianças!” disse Claire. “Você não tem nada que lutar contra a Rainha
Demônio!”
Os gêmeos nos disseram que queriam se juntar à batalha contra o Demônio

Queen que, naturalmente, tinha Claire em armas. Tendo previsto isso um pouco, tentamos
enganá-los dizendo que estávamos apenas saindo para algum trabalho, mas eles viram através de
nós imediatamente. Venha para pensar sobre isso, é

deveria ter sido óbvio que sim, com a telepatia da Rainha Demônio e do papa, bem como
sua esperteza que ia além de seus anos.
“Mas somos fortes!” disse maio.
“Talvez ainda mais forte que a Mãe Claire e a Mãe Rae!” Aleah
disse.
Mas a força não era o nosso problema aqui.
“Sim, eu sei que vocês dois são fortes,” eu disse. "Mas a senhorita Claire e eu nos
recusamos a levá-la conosco."
"Porque porque porque?!"
“Eu não aceito isso!”
Os gêmeos bateram os pés em frustração.

Hum…
“Vocês são muito importantes para nós,” eu disse. “Se algo acontecesse com você,
então não importaria se derrotássemos a Rainha Demônio.
Teríamos perdido em um sentido maior.”
Quando as meninas ouviram isso, elas se acalmaram.
“Você é forte, e eu sei disso bem. Mas agora não é hora de você lutar. Espere até que
você seja adulto e tenha encontrado algo importante para proteger.”
Tentei abraçá-los então, esperando ter sido convincente. Mas eles golpearam minhas
mãos para o lado.
“Como você pode dizer isso, Mama Rae?!”
“Nós também não queremos que nada aconteça com você!”
Os gêmeos protestaram com lágrimas escorrendo pelo rosto. Eu fiquei sem

palavras.
“Nós não queremos perder Mama Rae e Mama Claire tanto quanto você não quer nos
perder!”
“Nós não somos bebês – nós podemos nos proteger! Não pensem tão pouco de nós,
mães!”

As meninas não cederam. A reação deles foi semelhante à vez em que lhes dissemos que
os deixaríamos para trás em Bauer e iríamos para Nur. O pensamento de nós dois deixando-os
claramente ecoou algum trauma profundo dentro deles.
Mas mesmo assim…
"Não, não desta vez", disse Claire. "Nós não vamos levá-lo, não importa o que você diga."
"Sim. Me desculpe, meninas,” eu concordei.
Não tínhamos intenção de comprometer desta vez. Mesmo que essa escolha os
machuque, e mesmo que eles venham a nos odiar por isso, nós nos recusamos a ceder apenas a
isso. Nossos filhos eram preciosos demais para nós.
"Não diga isso, vamos levá-los", disse uma voz na entrada da sala em que estávamos.
“Lilly...? Não, você é TAIM, não é?” disse Claire.
Na verdade, era TAIM pegando emprestado o corpo de Lilly. Lilly nunca entraria assim sem
bater.
“Eu não sei o que você está pensando, mas não vamos levar as meninas, não importa o
que aconteça,” Claire disse.
“Não há necessidade de ser tão teimoso. Por favor, pense um pouco mais sobre isso.”
"Diga-me, então, o que há para pensar?" Claire perguntou, pelo menos disposta a
ouvir TAIM.
“Se perdermos a próxima batalha contra a Rainha Demônio, então May Barbet e
Aleah Barbet morrerão de qualquer maneira. Devemos fazer o que pudermos para vencer”.
"Absurdo. Como Rae disse, não faz sentido uma vitória contra a Rainha Demônio
às custas de nossos filhos.”
“É o que você diz, mas e se eu lhe dissesse que seria impossível derrotar o
Rainha Demônio sem as crianças?”
“Com base em que fundamentos?”
“Meus cálculos. No meu nível, é essencialmente precognição.”
“Você pode fazer algo assim?” Claire deu a TAIM um olhar duvidoso.
TAIM ignorou a pergunta. “Deixe-me reiterar: com a atual

poder, você não derrotará a Rainha Demônio. A força de May Barbet e Aleah Barbet é
absolutamente necessária. A ausência deles significará a derrota da humanidade.”
“Mesmo assim, eu me recuso. Se eles perecessem na batalha, parte de nós

morrer com eles. Uma vida sem minhas filhas não pode ser chamada de vida.”
“Isso mesmo,” eu disse. “Não vamos trazê-los, TAIM.”
Como Rod havia mencionado antes, era perigoso acreditar em tudo o que o TAIM
afirmava sem questionar, pois não tínhamos ideia de onde estava a verdade. Dito isto, eu
ainda teria me recusado a trazer os gêmeos, mesmo que de alguma forma soubesse que
TAIM estava dizendo a verdade absoluta.
“Hmm… Talvez eu devesse mudar meus métodos,” TAIM disse. “Claire

François, Rae Taylor, levem essas garotas ou eu vou matá-las.
"O que-como você se atreve!" Claire exclamou enquanto ela e eu imediatamente

puxou nossas varinhas e se colocou diante dos gêmeos.
“Perdoe-me, mas você forçou minha mão. Você não vai se curvar a menos que
eu faça você,” TAIM disse.
“Você realmente acha que suas ameaças vazias vão nos influenciar?!”
Claire retrucou.
“Esta não é uma ameaça vazia. Quero dizer o que digo.” O porte de indiferença
desumana de TAIM não quebrou nem um pouco.
“Então nós vamos derrubar você aqui mesmo,” eu disse.
"Você pode? Este corpo pertence a Lilly Lilium. Você é realmente capaz de
matando-a, quem não sabe nada do que está acontecendo?” TAIM perguntou
indiferente.
“Você é desprezível!” Claire rosnou, enfurecida.
Eu ainda estava de mente calma, mas meus limites estavam sendo testados.
“Poderíamos fugir sem lutar, sabe?”
“Isso seria inútil. Eu sou o Sistema Loop e, portanto, posso aparecer

onde eu quiser neste mundo, como você já deve saber.”
TAIM pode ser um problema ainda mais desagradável do que a Rainha Demônio, eu
pensamento. Ela está realmente do nosso lado?
“Peço desculpas por ir a extremos”, disse ela. “No entanto, eu existo para

assegurar a continuidade da humanidade e estou disposto a fazer qualquer coisa para esse fim.”
Como se estivesse lendo minha mente, TAIM rapidamente se tornou apologético e nobre.
Mas eu já havia abandonado qualquer pensamento de confiar honestamente no TAIM.
Talvez ela não mentisse, mas ela definitivamente falou meias verdades. Ela controlava a humanidade das
sombras desde tempos imemoriais. Eu não podia me permitir cair em suas palavras e acabar sendo seu
peão.
Mas o que eu poderia fazer? Sua ameaça de matar May e Aleah, a menos que as
levássemos conosco, não soava como uma mentira. Se ela tivesse concluído que eles eram
necessários, então talvez ela realmente fizesse qualquer coisa para trazê-los. Ainda assim, isso não mudou
o fato de que eu não queria os gêmeos perto da batalha…
"Hum, Mama Rae?" disse maio.
"Nós queremos viver também", disse Aleah.
Suas vozes me tiraram do meu conflito interno. "O que você quer dizer?"
“A coisa que mamãe Claire disse agora”, disse May. "Antes de nos conhecermos
Mama Claire e Mama Rae, estávamos vivos, mas não estávamos vivendo.”
“Estar vivo e estar vivo são duas coisas diferentes”, disse Aleah.
Os gêmeos se agarraram às palavras anteriores de Claire. Eles eram maduros

para sua idade, mas o que eles estavam tentando expressar era difícil para seu vocabulário.
“Todos os dias acordávamos, procurávamos comida, comíamos e dormimos; denovo e

novamente”, disse May.
“Mesmo no convento, a única coisa nova que fizemos foi orar”, disse Aleah.
“Mas quando conhecemos Mama Claire e Mama Rae, finalmente aprendemos a viver.”
“Você nos mostrou como as pessoas deveriam ser.”
Os gêmeos sorriram como anjinhos.
“Quero viver uma vida que valha a pena ser vivida”, disse May.
“Uma vida sem minhas mães não pode ser chamada de vida,” Aleah disse.

“May... Aleah...” Claire puxou as meninas para um abraço.
Mesmo de dentro de seus braços, eles continuaram a falar.
“Podemos, por favor, lutar com você? Ainda temos que ir para casa juntos”,
disse maio.
“Não nos deixe sozinhos. Temos que ficar juntos como quatro... Não, cinco!
Ralaire também,” Aleah disse.
Os gêmeos se agarraram firmemente a Claire.
“Você ainda hesitará depois que seus filhos mostrarem tanta bravura?”
TAIM perguntou naquela voz irritantemente calma dela.
“Não é tão simples,” eu disse.
"Não, claro que não. Mas pode haver algo para os gêmeos ganharem juntando-se à batalha.”
"O que você quer dizer?" disse Claire.
Com o mesmo sorriso no rosto, TAIM respondeu: “Esta batalha provavelmente acabará com a
maldição em seu sangue”.
"O que?! Verdadeiramente?!" exclamou Claire.
"Eu não minto. Em vez disso, não posso contar mentiras.”
Os gêmeos tinham uma maldição que fazia com que qualquer coisa que seu sangue tocasse
se transformasse em pedras mágicas. Era uma maldição que nem mesmo as Lágrimas da Lua
conseguiam desfazer, então eu não pude deixar de me emocionar ao ouvir as palavras de TAIM.
“TAIM, se trouxermos as meninas, quais são as chances de elas se machucarem, e

quais são as chances de eles... encontrarem o pior resultado possível?” Eu perguntei.
Ela respondeu: “Lesão é quase certamente inevitável. Mas suas vidas

não deve correr nenhum perigo.”
“Podemos escolher onde eles lutarão na batalha?” Claire perguntou.
“Seria melhor se você seguisse meus cálculos mais ou menos”, disse TAIM.
“Tê-los muito para trás será mais perigoso do que não.”
Silencioso, Claire e eu nos encaramos.
"Mas Rae..."

"Eu sei. Estou relutante também. Mas acho que temos que fazer o que a TAIM
quer aqui.”
Claire parecia ainda ter algumas dúvidas. Eu também, claro.

Ninguém queria trazer suas filhas para o campo de batalha.
“TAIM, você tem certeza absoluta de que não podemos derrotar a Rainha Demônio sem
May e Aleah?” Claire perguntou.
"Cem por cento."
“Não há chance de eles perderem suas vidas?”
“A chance não é zero, mas é minúscula. estarei tomando cuidado redobrado para
Mantenha eles salvos."
“A maldição em seu sangue pode realmente ser levantada?”
"Sim. É quase garantido que será, de fato.”

Claire parecia a mais conflitante que eu já tinha visto. Eu entendi bem sua dor. Depois
do que pareceu uma eternidade de silêncio, ela abriu a boca para falar. "Eu entendo. Vamos levar
as meninas junto.
“Muito bom”, disse TAIM.
“Mas se algo acontecer com eles, você deve esperar que eu me torne a próxima Rainha
Demônio.”
"Entendido. Vou dedicar todo o meu poder de processamento para mantê-los seguros.”
"Por favor faça."
Concordei plenamente com a decisão de Claire, mas queria esclarecer algumas coisas.
“TAIM, por favor me responda essas três coisas,” eu disse. “Primeiro, você disse que a força de May
e Aleah será necessária para derrotar a Rainha Demônio, mas o que exatamente você quer que eles
façam? Segundo, você disse que os manteria seguros, mas como exatamente você vai fazer isso? E
terceiro, como você acha que a maldição em seu sangue será levantada? Tem algo a ver com a
Rainha Demônio?”
Se eu não obtivesse respostas sobre isso, não poderia, de boa fé, trazer os gêmeos.
Infelizmente... “Não posso responder a essas perguntas neste momento”, disse TAIM.

"Por que?"
“Como eu mencionei, a Rainha Demônio tem privilégios de administrador.

Não posso negar a possibilidade de que ela esteja me monitorando agora.”
Uma resposta insatisfatória. Mas não consegui sentir nada particularmente

duvidoso sobre a conduta da IA.
“Rae, vamos apenas proteger nossos filhos e não confiar no TAIM.

Este não é o tipo de coisa que devemos deixar nas mãos de outra pessoa, em primeiro
lugar,” Claire disse. Ela se virou para os gêmeos. “Ouça com atenção, está bem? Vocês
dois precisam colocar sua própria segurança em primeiro lugar. Se você não puder fazer
tanto, nem conseguirá começar a pensar em ajudar os outros.”
"Ok!"
"Sim, mãe!"
“E não aja sozinho. Eu não sei com quem você vai trabalhar ainda, mas
certifique-se de seguir suas ordens à risca.”
"Ok…"
"Sim, mãe."
“Nem Rae nem eu vamos morrer, sob nenhuma circunstância. Então você
garotas absolutamente não devem morrer também, ok?”
"Ok…"
"Sim, mãe…"
Claire estava uma bagunça soluçando, seu coração dilacerado pela ansiedade. Os
gêmeos estavam começando a chorar também, tendo visto sua mãe desmoronar.
“Você não vai chorar, Rae Taylor?” perguntou TAIM.

"Agora."
"Então você está bem com tudo isso, então?"
"Você quer que eu apague suas luzes?"

“Perdoe minha presunção.”
O fato de que tudo isso aconteceu foi por causa do meu outro eu, então eu
não podia chorar. Eu tinha que permanecer forte e assumir a responsabilidade pelas
ações do meu outro eu. “Eu juro aqui e agora: vamos derrotar a Rainha Demônio, e nós

não vai perder ninguém no processo. Alcançaremos uma vitória perfeita.”
Eu não poderia me permitir menos.
“Que louvável. Permita-me dar-lhe mais um conselho,

então”, disse TAIM. “Você faria bem em trazer Lilly Lilium para a batalha.”
"Senhorita Lilly também?" Eu perguntei. Claro, Lilly era boa com suas espadas, mas eu
suspeitava que havia mais do que isso.
“Sua magia de manipulação do tempo pode enfraquecer o poder da Rainha Demônio.

A energia mágica é proveniente do fluxo do tempo, então diminuir o tempo da Rainha Demônio
deve ter um efeito.”
“Mas eu pensei que apenas a dupla personalidade de Lilly poderia usar magia
de manipulação do tempo.”
“Sua dupla personalidade já é uma com ela mesma. Ela simplesmente esconde
evite desenterrar memórias ruins para o resto de vocês.”
Ah... eu nunca percebi.
“Se você usar a arma mágica de Rod Bauer para quebrar a barreira da Rainha Demônio,
a magia de manipulação do tempo de Lilly Lilium para enfraquecê-la e lançar bem em conjunto,
você tem uma chance de vitória”, disse TAIM.
“Não se preocupe, nós vamos vencer. Definitivamente."
Nós... não, eu não tinha escolha a não ser vencer.
***
Os preparativos para a batalha progrediram de forma constante. Examinamos a

formação das forças, nossos planos para as consequências, como os suprimentos estavam sendo
transportados e armazenados e muito, muito mais. Havia muito trabalho a ser feito.
Na próxima batalha, o plano era forçar um caminho até a Rainha Demônio, afastar Platão e
Socrat, que certamente atacariam e, finalmente, derrotar a própria Rainha Demônio. Dizer que as
coisas seriam difíceis era um eufemismo.
Decidimos que apenas um pequeno grupo enfrentaria a Rainha Demônio diretamente,

especificamente Claire, May, Aleah, Manaria, Lilly, Rod, Misha, Yu e eu — um total de nove
pessoas. Até que pudéssemos alcançá-la, no entanto, seríamos escoltados por uma força
combinada de soldados de Bauer e Nur. Não podíamos deixar que nossa força fosse reduzida
por Platão e Socrat, muito menos pelos enxames de demônios comuns que certamente nos
perseguiriam ao longo do caminho.
A questão da temida barreira mágica da Rainha Demônio ainda permanecia, mas

parecia que Rod tinha a coisa certa para isso.
"Eu estou supondo que é para isso?" Eu perguntei.
“Sim,” Rod respondeu com um aceno de cabeça, dando um tapinha na ferramenta

mágica ao seu lado. A ferramenta era do tamanho de uma grande pedra que cabia nos braços
de uma pessoa, e uma pedra mágica incrivelmente grande estava afixada em sua parte traseira.
Em sua frente, havia uma extensão cilíndrica com outra pedra mágica incrustada nela. Se eu
tivesse que compará-lo com algo da minha sensibilidade moderna, parecia uma torre que você
pode ver no topo de um tanque. “Essa coisa aqui é nossa arma secreta – a construção mágica
em grande escala Focaliseur Magique. Mas isso é um bocado, então apenas o Focalizer está
bom.”
“Focaliseur Magique… Isso significa 'convergência mágica' no antigo Bauer

língua, certo?” disse Claire. Minha garota era simplesmente a melhor. Você podia ver sua
educação culta brilhando.
"Ok, então... eu estou supondo que essa coisa reúne poder mágico ou
algo assim?" Eu perguntei.
“Está certo. Aqui, dê uma olhada nisso.” Rod me jogou algo.
"O que é isso?"
“É uma ferramenta mágica. Ele reúne o poder mágico daqueles que o detêm e o
canaliza para esta coisa aqui para um ataque.”
Ah, então é como a versão mágica de uma Spirit Bomb, pensei.
“Quando atirei na Rainha Demônio da última vez, usei poder mágico

armazenado previamente pelos soldados. Foi muito forte, certo?”
"Sim, foi excelente", disse Claire.
“Bem, desta vez vai ser ainda mais louco, já que Thane está me ajudando a reunir
poder de todos os cidadãos de Bauer. Nem precisaremos acertá-la de surpresa desta
vez; podemos simplesmente romper o escudo dela de frente.” Um negrito

declaração. Então era nisso que Rod vinha trabalhando todo esse tempo.
“Mas alguém precisará proteger o núcleo, não é?” disse Claire.
"Definitivamente", disse Rod. “Ainda temos esses dois demônios para cuidar
de antes da Rainha Demônio, certo? Seria um problema se eles chegassem a essa coisa.”
“Não podemos colocar isso na linha de frente, então,” eu disse. "Qual é o seu alcance?"
Lembrei-me de que tinha sido disparado de uma certa distância da última vez.
“Mmm, na melhor das hipóteses, cerca de um quarto de milha, eu diria. Ele pode atirar mais longe, mas
então a precisão se torna um problema.”
“Então provavelmente devemos deixá-lo nas linhas de trás no início e trazê-lo ao alcance
quando lutarmos contra a Rainha Demônio”, disse Claire.
“Sim, eu diria que soa melhor. Essa coisa é forte, mas ainda não conseguimos produzi-
la em massa. É o nosso único protótipo.”
Rod coçou grosseiramente sua cabeça de cabelo preto.
“Espere, nossa batalha final não vai acabar sendo no Império?

castelo? Se vamos ficar dentro de casa, então talvez tenhamos que aproximá-lo,” eu disse.
“Não podemos simplesmente derrubar as paredes?” Rod perguntou.
"Oh céus. Se Philine estivesse aqui, ela certamente estaria fazendo uma careta agora,”
Claire disse.
Dito isto, eu duvidava que realmente nos importássemos com um edifício quando o empurrão
chegasse, com o destino do mundo pendurado na balança e tudo isso.
“Essa ferramenta mágica foi ideia sua, Mestre Rod?” Eu perguntei.
"Sim."
"Huh. Sério…"
"O que, por que você parece tão surpreso ao ouvir isso?"
"Bem, é só que eu sempre pensei em você como mais do tipo lutador imprudente, não tanto
como, bem, um pensador."
“Isso é rude, Rae,” Claire repreendeu. “Mestre Rod sempre foi academicamente
talentoso.”

“Nah, eu realmente concordo com Rae aqui. Eu não sou muito adequado para estes
tipos de coisas. Mesmo em magia, Thane me superou.”
"Isso confere", eu disse.
“Rae!” Claire repreendeu.
“Ahahaha! Você realmente não esconde nada!” Rod soltou uma risada descontraída
antes de continuar. “Sabe, eu costumava ser o tipo de cara que colocava mais peso na força de
um indivíduo do que na do grupo.
Nunca duvidei dessa crença também, pois eu tinha minhas altas reservas mágicas loucas para
me convencer de que era forte. Mas meu pensamento mudou durante a revolução.
Percebi que sozinho, eu era fraco.”
"Você? Fraco?" Eu perguntei.
"Sim. Vocês dois tornaram essa revolução possível emprestando a força de

muitos, inclusive eu. Vocês fizeram algo juntos que seria impossível para qualquer um de nós
sozinho.”
Talvez a decisão de Rod de deixar a família real e se juntar ao exército também tenha
se originado dessa epifania.
“Comecei originalmente a desenvolver essa magia como forma de vencer o Manaria em

uma revanche”, disse ele. “Mas percebi que não havia como vencê-la sozinho, então mudei um
pouco minha perspectiva, certo? Acho que mesmo que não consiga vencer sozinho, posso pelo
menos ter certeza de que Bauer não perderá tão cedo.”
“Mas Manaria não poderia usar Spellbreaker nisso?” Eu perguntei.
“Duvido”, respondeu. “Esta magia usa o poder de várias pessoas.

Não será fácil analisar sua estrutura, ou mesmo suas energias mistas para esse assunto.”
"Uau. Você realmente pensou sobre isso.”
“Você realmente não espera nada de mim, hein? Ha ha ha!”
Eu não estava tentando brincar, no entanto; Eu estava apenas genuinamente surpreso.
“No final, meu Focalizer está sendo usado em outra pessoa além de Manaria,
mas tudo bem. A Rainha Demônio é mais forte que ela, então eu diria que ela ainda é um
alvo digno.”
“Estamos contando com você, Mestre Rod. Não teremos como quebrar a barreira da
Rainha Demônio sem isso,” Claire disse.

“Não se preocupe, eu vou colocar algum juízo naquela outra Rae, tudo bem.” Ele sorriu
largamente, então pareceu pensar em algo. “Ah, sim, a Rainha Demônio é outra Rae, não é?”
"Isso mesmo. Algo está errado?" Claire perguntou.
“Não, é só que... Essa Rae está louca por Claire, mas eu

pode ter uma chance com um diferente.”
“Mestre Rod, você ainda não desistiu de mim?” Eu perguntei.
"Por que eu deveria?" ele perguntou, parecendo genuinamente confuso.
Meu Deus, é por isso que não suporto esses tipos arrogantes...
“De certa forma, a Rainha Demônio está de longe mais apaixonada pela Srta. Claire do
que por mim,” eu disse. “Você não se lembra do que viu naquela realidade virtual que o TAIM nos
mostrou?”
“Ah, aquela coisa de gravação? Sim, eu me lembro. Mas ela não estava desaparecendo
sentimentos por Claire também meio que a razão pela qual ela está acabando com o mundo?”
"Eu suponho."
“Então, despertar um novo amor dentro dela pode ser o que precisamos!
Quando ela perceber que vale mais a pena viver do que apenas Claire, ela pensará duas vezes antes
de acabar com o mundo.”
Esse pensamento nem me ocorreu. Mas eu tinha a sensação de que o

A Rainha Demônio, que permaneceu dedicada a uma única mulher por várias centenas de
milhões de anos, não mudaria de ideia tão tarde no jogo. Havia também outro fator a considerar.
“Mestre Rod, pela enésima vez, a Rainha Demônio e eu gostamos de mulheres,” eu disse. “Você, um
homem, não tem chance conosco.”
"Isso está certo?"
"Sim. Além disso, ficar no caminho de yuri como homem é uma enorme bandeira da
morte.”
"Huh? Yuri? Bandeira da morte?” A confusão encheu o rosto de Rod enquanto ele tentava
entender minha linguagem otaku nerd.
“Ignore-a, Mestre Rod. É apenas a tolice de sempre dela,” Claire disse.
"Certo. Ignore-o, então. Estou ansioso para esta próxima batalha… de várias
maneiras.”

"Caramba, esse homem pode se adaptar a qualquer coisa, apenas da pior

maneira possível..." Eu gemi.
“Hum? Você disse alguma coisa, Rae?
“Eu disse que você com certeza pode se adaptar a qualquer coisa, Mestre Rod.”
"Hahaha sério? Uau, eu nunca pensei que seria elogiado por você de todas as
pessoas.”
Eu não estava elogiando você, porém, pensei com um olhar frio.
A expressão de Rod abruptamente ficou séria. “Você pode chamar isso de

antiquado, mas acredito que os homens estão no seu melhor quando estão protegendo a
mulher de quem gostam. Claire tem você para protegê-la, mas a Rainha Demônio não tem
ninguém lutando por ela agora. Isso é um pouco triste demais para mim.”
“Vara Mestre…”
“Não sei como vou fazer isso, mas quero tentar ajudá-la se puder.”
Eu não poderia reunir uma resposta para isso. Seu pensamento era estranho para
mim. No meu mundo, Claire era tudo, e qualquer coisa que ameaçasse Claire era um inimigo
amargo. Eu não tinha intenção de mostrar misericórdia aos meus inimigos, mas Rod de alguma
forma encontrou espaço para compaixão por seus inimigos.
Eu não era do tipo que acreditava que existiam diferenças estritas entre os gêneros,
mas sim entre as pessoas como indivíduos. Essa diferença de pensamento entre mim e Rod
não era uma diferença entre homem e mulher, mas uma diferença entre Rod, o homem que
nunca mudaria até o dia em que morresse, e eu, a mulher que não havia mudado mesmo depois
da morte.
***
“Aleah, vamos atacar juntos! Gelo!" May gritou, atirando uma flecha de gelo para
permitir que sua irmã use sua Spell Sword.
"Ah, não, você não!" Claire gritou. Sua lança de chamas encontrou a flecha de
gelo de May no ar, vaporizando-a, mas May conseguiu criar uma abertura para sua irmã.
"Você está aberto!" Aleah gritou, entrando e balançando sua madeira

espada para baixo em Claire.
"Tem certeza?" Claire aparou suavemente a espada com sua varinha mágica, usando
seu impulso para girar e varrer as pernas de Aleah debaixo dela. Aleah caiu no chão.
"Aa e pare", eu disse com um aplauso. "É o bastante. Vamos fazer uma pausa, vocês
três.” Trouxe-lhes toalhas e um pouco de água, que eles usavam para enxugar o suor e matar a
sede.
Estávamos em um parque em Zurück. Estava vazio exceto para nós, talvez

porque estávamos em tempos de guerra.
"Uau... Obrigado, Rae."
“Obrigado, mamãe Rae.”
"Muito obrigado."
"Você é muito bem-vindo. Vejo que todos vocês suaram bem.
O trio estava fazendo treinamento de combate para a próxima batalha. Claire estava se
segurando, Aleah estava usando uma espada de madeira, e May estava usando apenas magia de
aptidão média, mas era uma experiência de combate sólida de outra forma.
TAIM havia dito antes que os gêmeos poderiam rivalizar com Dorothea juntos, mas eu ainda achava
que eles tinham uma falta crítica de experiência.
Restavam apenas alguns dias até a batalha, então estávamos fazendo tudo o que podíamos
poderia se preparar.
“Mama Claire é tão forte…”

"De fato. E eu estava tão confiante que bati nela também…”
May e Aleah pareciam meio impressionadas e meio desanimadas. Os gêmeos eram

gênios, sem dúvida, mas ainda não eram páreo para Claire em sua pequena luta.
“Tenho certeza que vocês dois serão mais fortes em uma luta real. Mas o objetivo deste
spar não era vencer,” Claire disse.
“Foi para praticar o trabalho em conjunto?” May perguntou.
“Nosso trabalho em equipe ainda tem espaço para melhorar, não é?” disse Alah.
Era melhor ter os gêmeos lutando como uma unidade. Eles eram fortes
individualmente, mas sua verdadeira força veio de trabalhar juntos, como TAIM

tinha dito. A Espada de Feitiço de Aleah, que poderia ser formada de ambos
os poderes juntos, era especialmente poderosa; poderia até ter penetrado na
Nulificação Mágica de Dorothea. Eu não podia nos ver não fazendo uso disso na
próxima batalha. O único problema era se as meninas poderiam aprender a usá-lo
com eficiência. O campo de batalha estava sempre mudando. Era preciso responder
de acordo não apenas aos seus inimigos, mas à condição de seus aliados. As
gêmeas aprendiam rápido, mas sua idade não tinha nem dois dígitos. Havia alguns
limites que nenhum talento poderia quebrar.
No mínimo, no entanto, essa prática aumentaria suas chances de

sobrevivência. Claire e eu estávamos ensinando a eles com ênfase em se proteger
ao invés de derrotar o inimigo. Para isso, estávamos até ficando um pouco espartanos
com eles. Normalmente, Claire e eu nunca pensaríamos em brigar com nossas
filhas, mas não tínhamos escolha, dadas as circunstâncias. Eu me senti um pouco
envergonhado ao vê-los refletir sobre sua sessão de sparring.
Uma voz nos chamou, então. "Boa tarde a todos."

“Ah, Filine. Como você está?" Claire perguntou.
Philine apareceu com dois objetos longos e finos em seus braços.
"Boa tarde, senhorita Philine", disse May.
"Como vai, senhorita Philine", disse Aleah.
"Heh heh. Uau, obrigado por me cumprimentar tão bem, meninas.” Filino
curvou-se para acariciar a cabeça das crianças.
"Heh heh!"
"Mas é claro!"
Os gêmeos sorriram.
“Ei, Filine. Você tem algum negócio conosco hoje?” Eu perguntei.

“Sim, eu realmente tenho um presente para os gêmeos aqui.”
"Sério? E você mesmo está entregando?” Mesmo que ela ainda não tivesse
sido oficialmente coroada, Philine era a Imperatriz de Nur. Ela tinha que estar
ocupada com todos os tipos de preparativos para a batalha. Sendo assim, não teria
sido mais natural ela nos convocar, ou mesmo mandar alguém para entregar o
presente?

"Sim, bem, eu queria sair para uma mudança de ritmo", disse ela com um sorriso.
Eu podia ver a exaustão em seu rosto. “De qualquer forma, meu dom não é exatamente a
coisa mais adequada para crianças, mas com o tempo sendo o que elas são...” Ela colocou
o par de objetos longos e finos no chão. Um tinha cerca de um pé de comprimento e o outro
cerca de duas vezes isso. “A curta é para maio, e a longa é para Aleah. Vá em frente e abra-
os.”
May e Aleah abriram seus presentes.
“É uma varinha mágica!” disse maio.

“A minha é uma espada!” disse Alah.
Seus presentes eram uma varinha e uma espada do tamanho de uma criança.
“São da minha mãe, de quando ela era criança”, disse Philine. "EU
imaginei que vocês dois teriam alguma dificuldade em encontrar armas para seus
filhos.
Foi como ela disse. Mesmo em uma superpotência militar como Nur, não era
normal que as crianças lutassem. De fato, já que tantas pessoas se tornaram soldados,
quase não havia necessidade disso. Como resultado, as únicas armas destinadas às
crianças eram as réplicas de treinamento usadas nas escolas, em vez de qualquer coisa
com uso real e prático.
“Mamãe não podia usar magia, então a varinha é praticamente nova em folha”
disse Philine. “O papa me visitou ontem, então fiz com que ela abençoasse as armas.
Eles devem funcionar bem em demônios.”
"Obrigado, senhorita Philine!" May disse com alegria.

"O meu parece usado..." Aleah disse.
“Sinto muito, Aleah. A espada de minha mãe não é nova, mas pelo menos
posso garantir sua força. É feito de adamantite e deve ter um peso que até mesmo uma
criança possa empunhar. Mais importante ainda, é muito difícil de quebrar e dobrar.”
Aleah deu um leve golpe na espada. “Sim, parece muito fácil de manejar.
Muito obrigado, senhorita Philine.”
"Mas por que dá-los para nós?" Eu perguntei. “Você não gostaria de manter sua
coisas da mãe?”
“Ela deixou um testamento. No caso de algo acontecer com ela, ela queria que
fossem entregues a sua discípula Aleah e sua irmã May”, disse Philine com

um leve sorriso. “Mamãe pensou em Aleah até o fim. Como é parecida com ela…”
Tive a sensação de que nenhuma menção a Philine havia sido deixada no testamento.
“Ah, não entenda mal. Não tenho ciúmes das meninas nem nada.
Mamãe não era muito boa em se expressar, mas tenho certeza que ela pensou em mim também,
embora eu tenha percebido que talvez um pouco tarde demais, ha ha,” ela riu levemente. “Além
disso, mamãe já deixou em minhas mãos o maior presente que pôde.”
“O que é isso, então?” Eu perguntei.
“O trono e o império junto com ele.”
Olhando para o rosto dela agora, eu não conseguia ver nenhum traço do bebê
chorão que Philine tinha sido quando a conhecemos.
“Eu devo proteger este presente que mamãe deixou para mim. Para esse fim,
tenho que eliminar a Rainha Demônio e os demônios aninhados em nossa capital. Mesmo
esses presentes para May e Aleah servem a esse propósito, embora eu tenha certeza que você e
Claire têm sentimentos contraditórios sobre isso,” ela disse um pouco timidamente. “May, Aleah,
por favor, me empreste sua força. Ajude-me a revidar aqueles que mataram mamãe e trazer paz
para Nur... não, para o mundo. Philine inclinou a cabeça.
"Sinto muito, senhorita Philine", disse May.
"Mas temos que recusar", disse Aleah.
"O-o-o-o-o-que?!"
Os gêmeos ignoraram completamente o clima e recusaram categoricamente o

pedido de Philine. Philine rapidamente voltou do modo imperatriz para seu antigo eu, facilmente
abalado.
“Nós só queremos lutar para ajudar Mama Claire e Mama Rae”, May
disse.
"Lamentamos, senhorita Philine", disse Aleah.
Os gêmeos sorriram apesar da situação. Às vezes, as crianças podem

ser franco a ponto de ser cruel.
“O-oh, é isso mesmo? É isso mesmo... ha ha ha...” Philine riu fracamente.
"Mas…"

"Mesmo assim…"
"Sim…?" Philine insistiu para que continuassem com os olhos.
“Não sei o que significa 'paz', mas...” May disse.
“Dorothea foi muito legal conosco, então vamos retribuir o favor,” Aleah terminou.
Juntos, eles sorriram novamente.
Algo brilhou nos cantos dos olhos de Philine enquanto ela abraçava os gêmeos.
"Obrigada."
***
"Senhorita Claire, já é hora de fazermos as rondas... O que é isso que você tem aí?"
Foi a nossa vez de patrulhar a cidade e realizar as verificações finais em nossos

preparativos para a batalha, então eu vim buscá-la apenas para encontrá-la olhando
amorosamente para algum objeto longo e fino.
“Ah, Rae. Vou me preparar imediatamente.”

“Isso é um marcador?”
"Sim. Pepi e Loretta fizeram para mim pressionando algumas das flores
criamos juntos na Academia.”
Oh, é assim? Não é como se isso me deixasse com ciúmes ou algo assim...
“Então aquelas margaridas marguerite que você deixou em um vaso na minha mesa ao redor
o tempo em que nos conhecemos também foram seus?” Eu perguntei.
"Hum, s-sim?"
“Você deveria ter me contado! Se eu soubesse, eu os teria pressionado

em um marcador de minha autoria - não! Eu os teria comido para que pudessem se tornar
meu próprio sangue e carne!”
"Desculpe por ter tratado você tão... hein?"
Opa. Ficando um pouco empolgada, Rae, pensei. “Seria

bom visitá-los depois da batalha.”

“Sim, podemos conversar durante o chá sobre tudo o que aconteceu.”
"Isso seria bom."
“Na verdade... é melhor irmos embora. Devemos?"
Com a partida para a batalha sendo no dia seguinte, todos estavam realizando
suas verificações finais de preparação, e as pessoas estavam dando suas palavras de
despedida aos soldados que estariam lutando. Digo “palavras de despedida”, mas não era nada
muito pessimista, mais encorajamento e conversas estimulantes sendo dadas por toda parte.
“É melhor você não perder. Recupere a capital para todos nós.”
“Sim, sim, não se preocupe. Eu vou deixar esses demônios bons para você.”
“Não se esforce. Basta voltar para casa sãos e salvos.”
“Tente o seu melhor, papai!”
Claire e eu andamos pelas ruas de Zurück, observando os cidadãos ao nosso redor. May e
Aleah estavam de volta à pousada sob a proteção da ex-empregada e do outro guarda-costas.
“Não há garantia de que esses soldados vão voltar para casa para suas famílias,” Claire
disse sombriamente.
"O mesmo é verdade para você."
"Eu sei. Mas não tenho intenção de deixar May e Aleah órfãs novamente. Ela
provavelmente estava refletindo sobre como os gêmeos choraram quando disseram que não
queriam ficar sozinhos novamente. A Claire que uma vez tão levianamente ofereceu sua vida pela
revolução agora tinha algo para proteger e retornar.
“Ah, finalmente encontrei você! Sra. Claire! Sra. Rae!”
“Oh, Sr. Torrid,” Claire disse.
“Olá,” eu disse.
O Sr. Torrid gritou, aparentemente procurando por nós. Ele não era
em trajes de combate, mas à paisana; ele não estava participando da batalha.
"Algumas cartas de seus alunos em Bauer chegaram para você." Ele abriu sua bolsa e
entregou três cartas a Claire. “Eles provavelmente enviaram esses

assim que souberam da batalha. Não consigo vê-los escrevendo o nome e o endereço de
forma tão confusa em nenhum outro caso.”
Esse foi o Sr. Torrid para você, sempre atento aos detalhes.
“Eu vou embora, então. Cuidar."
"Muito obrigado, Sr. Torrid", disse Claire.
“Sim, muito obrigado,” eu disse também.
Ele fez uma reverência silenciosamente e saiu. Ele podia não estar participando da
batalha, mas ainda tinha muito trabalho a fazer.
“Estamos sob os cuidados dele há tanto tempo e, no entanto, mal sabemos nada sobre
o Sr. Torrid”, disse Claire.
“Vamos conhecê-lo melhor quando voltarmos a Bauer. Devemos agradecê-lo por tudo
também,” eu disse.
Isso, é claro, supondo que chegássemos a Bauer.
“O que as letras dizem, Srta. Claire?”
“Vamos ver...” Claire desfez o lacre e abriu as cartas.

A primeira foi de Lana.
"EM. Rae, Sra. Claire, eu ouvi sobre sua batalha com o Demônio
Rainha. Lamento não poder estar lá para ajudá-lo em seu momento de necessidade.”
Para minha surpresa, ela havia escrito um pedido de desculpas - raro para ela.
“Estou preocupado, mas também tenho certeza que minha amada Sra. Rae e seu amado
A Sra. Claire vai se sair bem!”
Agora isso era mais parecido com ela.
“Ainda há muito que vocês dois precisam me ensinar. Então é melhor você fazer isso
de volta em segurança, ok?”
E esse foi o fim. Curto e grosso.
“Ela parece preocupada conosco à sua maneira de Lana,” eu disse.
"De fato. Mas ela parece não entender ainda que você é minha e só minha,” Claire disse.
"Oh? Você finalmente sente vontade de ser sincero sobre seus sentimentos?”

"Isso é um problema?"
Oooh. Claire está super fofa hoje.
A próxima carta era de Joel. Abrangendo apenas uma única linha, dizia: “Eu
confie que vocês dois sairão ilesos. Desejo-lhe boa sorte na batalha.”
Era ainda mais curta do que a carta de Lana, e um pouco contundente. Em outras
palavras, era exatamente o tipo de coisa que Joel escreveria.
“Conhecendo-a, tenho certeza que levou mais de uma hora para escrever este
linha,” Claire disse.
“Concordo plenamente.”
Joel nunca falava muito, mas ela sempre colocava muito pensamento e coração no
que fazia.
A última carta era de Eva. Também foi o mais longo.
“Caras Sra. Rae e Sra. Claire, eu não tenho o direito de pedir nada a vocês,
com todos os problemas que causei, mas por favor, mantenha Lady Manaria segura.
Lady Manaria é forte, mas muitas vezes erra quando se depara com o inesperado.
Por favor, certifique-se de que ela não perca a vida por descuido.”
Que surpresa. Eu nunca pensei que uma mulher sobre-humana seria vista dessa forma
por alguém próximo a ela.
“Especialmente você, Sra. Rae. Você é a fraqueza de Lady Manaria. Enquanto você
cuida dela, por favor, lembre-se de ficar seguro.”
Eu não tinha palavras. Se eu tivesse visto esta carta antes da cúpula das quatro
nações, as coisas poderiam ter sido muito diferentes.
"EM. Claire, não tenho dúvidas quanto à sua segurança. Por favor, cuide
Lady Manaria e Sra. Rae para mim.
E isso era tudo.
“Parece que há uma falta de confiança tanto em mim quanto em Lady

Manaria,” eu brinquei.
“Eve só está preocupada porque vocês dois são importantes para ela.”
Eu podia entender Eve preocupada com Manaria, mas eu? Eu duvidava, mas,
novamente, eu tinha certeza de que Eve não me desprezava como ela fez uma vez, agora
que ela foi resgatada daquela lavagem cerebral. Na verdade, seria

bom se ela estivesse preocupada comigo.
“Fomos abençoados com bons alunos”, disse Claire.
"Muito. Vamos agradecer a eles quando voltarmos.”
Nós acenamos um para o outro, e ela guardou as cartas em sua bolsa

cuidadosamente como se fossem seus tesouros.
Outra voz nos chamou então. “Ah, são vocês dois. Devem as pessoas como
importante como você está aqui perdendo tempo assim?”
"Huh? Hum, você é…”
“Boa tarde, Marta. Faz algum tempo." Claire me socorreu direito

quando eu estava lutando para lembrar o nome dessa pessoa. A mulher de meia-idade bem-
arredondada de avental diante de mim era Marthe, a senhora do refeitório da Academia Imperial.
Ela tinha feito o comentário para o nosso churrasco junto com Lana.
“Nós estávamos quase terminando nossa patrulha. O que a traz aqui para Zurück,
Marthe? Eu perguntei.
“Estou trabalhando bagunça para a batalha. Não há muita luta a ser feita com o
estômago vazio. Não é mesmo, Marco?
“Uh-huh,” disse o homem que eu presumi ser Marco. Eu não o reconheci.

"Uhh..." Eu apaguei.
"E quem pode ser voce?" Claire perguntou, parecendo não reconhecer o homem desta
vez.
“Você deve estar brincando comigo! Sou eu! Eu! Você sabe, o chefe de cozinha!
Lembrar?"
“O quê?!” exclamei.
"Você, hum... preencheu alguns...?" Claire se aventurou. A última vez que o vimos foi no
churrasco, e eu poderia jurar que ele era bem magro na época.
Agora ele estava todo gordinho.
"Sim, bem, pense sobre isso", disse ele. “Você pode comer todos os tipos de 'loucos
bons alimentos no império agora! Quem não ganharia peso?!”
“Aprenda um pouco de autocontrole, novato!” Marthe trovejou, fazendo Marco

abaixar a cabeça desanimado. “De qualquer forma, saiba que vocês dois não vão

hafta se preocupar com comida no campo de batalha com a gente atrás de você. Portanto, sinta-
se à vontade para dar tudo de si.”
"Muito obrigado", disse Claire.
"Obrigado a ambos", eu disse.
O moral de nossos soldados melhoraria se esses dois estivessem fornecendo o

disposições. Como Marthe observou, as batalhas não eram vencidas de estômago vazio.
Nós nos separamos deles e caminhamos um pouco mais antes de encontrar outro rosto
familiar.
"Huh? Sandrina?!” exclamei.
"Sua Santidade?"
A mulher vestida de freira era Sandrine. Ela cuidou de mim quando fui trocado pelo
papa. Ela era tanto a assistente pessoal do papa quanto seu testador de veneno. Ela também
foi a primeira pessoa com quem eu experimentei uma brincadeira de asfixia.
"Quem é?" Claire perguntou.
"Uhhh..." Eu inadvertidamente chamei Sandrine, mas só tínhamos

conheci enquanto eu atuava como papa. Até onde ela sabia, éramos totalmente
estranhos.
"Você não é Sua Santidade, é?" ela disse. “Você pode ser Rae Taylor então?”
“Você conhece Rae?” Claire perguntou.
"Eu faço. Ela se colocou em perigo para agir como dublê de corpo de Sua Santidade.
Não posso agradecer o suficiente por seus esforços, senhorita Rae. Sandrine curvou-se
profundamente. Parecia que alguém havia explicado tudo para ela.
"Não foi nada. Se qualquer coisa, eu deveria estar me desculpando por enganá-lo.
Baixei a cabeça também.
“Deixem assim, vocês dois, ou ficaremos aqui o dia todo,” Claire disse. “O que te traz a
Zurück, Sandrine?”
"Bem, eu queria ajudar Sua Santidade, mas foi determinado que eu seria apenas
bagagem, então eu devo esperar nesta cidade pelo seu retorno." Sandrine parecia muito triste
com esse fato. Suas sobrancelhas estavam juntas, formando um pico de montanha. “Suponho
que não pode ser evitado, já que não tenho luta

coragem para falar. Vocês dois vão se juntar à batalha, certo? Você poderia, por favor, certificar-
se de que Sua Santidade permaneça segura para mim?” Ela agarrou nossas mãos com lágrimas
nos olhos.
Fiquei um pouco surpresa, mas Claire respondeu: “Claro, deixe-a conosco.

Garantiremos que Sua Santidade retorne em segurança ao seu lado. Então, por favor, fique à
vontade.”
Claire abriu um sorriso cheio de benevolência, do tipo que ela raramente me mostrava.
Despedimo-nos de Sandrine muito emocionada e continuamos a andar pelas ruas de Zurück.
“Ei, vocês dois!”
Ouvindo uma voz feminina e aguda nos chamar, Claire e eu

virou. De pé ali estava uma mulher com uniforme de soldado.
"Ugh," eu gemi.
“Não seja rude, Rae,” Claire repreendeu. “Boa tarde, Adelina.”
“Humph. Ainda tão empertigada como sempre, hein, Claire François?
Adelina era a irmã mais velha de Otto, assim como alguém que já havia tentado
para reunir jovens soldados do exército imperial para um golpe de estado que acabou por
fracassar. Ah, e não estávamos nos melhores termos.
“Você está lutando na batalha, Adelina?” Eu perguntei.
"Você está zombando de mim? Não há como uma pequena arraia como eu receber a
honra de lutar na linha de frente!”
Como diabos eu deveria saber disso? Eu pensei. “Então o que você está fazendo aqui em
Zurück?”
"É por isso que os civis são apenas..." ela murmurou. “Ouça, está bem?
Você não pode travar uma batalha apenas jogando pessoas na linha de frente, você precisa de
uma longa cadeia de suprimentos com vários pontos de defesa—” Ela continuou compartilhando
seu vasto conhecimento de táticas militares por algum tempo. “—e isso é tudo. Entendi?"
“Nem um pouco,” eu respondi.
“Porra! Você está tentando me fazer de idiota?!”
Não, seu discurso foi muito longo e difícil de acompanhar, eu amuei.

“Entendo,” Claire disse. “Então você tem o importante dever de proteger as linhas de
suprimentos necessárias para manter a linha de frente da batalha?”
“Humph. Parece que Claire pelo menos tem algum cérebro. Sim, você entendeu. Estou
enojado com a ideia de deixar esta batalha contra os demônios nas mãos de vocês, mas é o
que Sua Majestade Imperial ordenou. É melhor você não trair as expectativas dela, certo?!”
Tendo dito o suficiente, Adelina começou a sair furiosa. Ela parou, no entanto, para se virar e
sussurrar: “Otto está preocupado com vocês dois, então é melhor vocês não morrerem.”
Depois disso, ela partiu pra valer.

"O que no mundo foi isso?" Eu perguntei.
"Eu acho que sei. Ela está sendo tsundere,” Claire respondeu.
Claire tinha entendido recentemente o conceito de tsundere. Que implorou ao

pergunta, se uma tsundere encontrasse outra tsundere, isso faria tsundere ao
quadrado?
O que diabos eu estava pensando?
Continuamos a fazer nossas rondas e fomos recebidos por muitos outros

que nos deu palavras de encorajamento.
“Parece que levaremos as esperanças de muitos para a batalha

amanhã,” eu disse.
"De fato…"
Nossa batalha com a Rainha Demônio não era mais apenas para acabar com
sua violência, mas para restaurar a paz a todos os que viviam neste mundo.
“Nós não podemos perder,” eu disse.
“Não, não devemos.”
Tínhamos chegado ao fim de nossa patrulha. Peguei a mão estendida de Claire na

minha e voltei com ela para a pousada.
***
Finalmente, o dia em que deixaríamos a cidade fortificada de Zurück e iríamos

para a capital imperial estava chegando. As principais forças estavam prontas para

partida, tendo formado fileiras pelo centro da cidade. As ruas já estavam perto da
capacidade do número considerável de soldados, então apenas uma despedida mínima
foi permitida.
Os soldados ficaram em posição de sentido e ouviram.
“Soldados, agradeço a todos por se reunirem aqui hoje.”
A voz de Philine era suave, mas carregava majestade. Um mago do vento criou um
canal telepático de grande alcance para levar sua voz a todos os soldados para que ela
pudesse fazer um discurso antes da marcha.
“Ao nosso lado estão não apenas soldados imperiais, mas também nossos
novos irmãos de Bauer. Eles também têm meus agradecimentos. Nossos países estão
em guerra há algum tempo. Eu entendo que alguns de vocês têm reservas em relação a
lutar ao lado de antigos inimigos. Mas vamos guardar essas reservas para depois da nossa
batalha. Agora devemos lutar como um pela humanidade.”
Uma aliança temporária tinha sido feita entre Bauer e Nur. Para dizer a verdade,
muitos de meus concidadãos ainda tinham dúvidas sobre os de Nur. Afinal, os esquemas
que o país havia decretado contra Bauer não podiam ser esquecidos da noite para o dia.
“Sinto remorso sincero pelas ações agressivas que minha mãe Dorothea
Nur se comprometeu e está totalmente disposto a pagar as devidas reparações. Mas se
cairmos diante dos demônios aqui, então não haverá nada a ser feito. Por favor, todos, me
emprestem sua força.”
O discurso de Philine aos soldados Bauer tinha peso. Ela realmente

acreditava que a unidade das forças era primordial.
Seguiu-se um discurso aos soldados imperiais. “Bravos soldados do império, de

hoje em diante, vocês não precisam mais colocar as mãos em seus semelhantes. A partir
de agora, lutamos apenas contra o inimigo comum da humanidade, o exército demoníaco.
Nosso império invadiu vários países vizinhos. A intenção era criar uma nação unificada e
poderosa que pudesse se opor à Rainha Demônio, mas isso nunca justificaria o sofrimento
que causamos. Mas saibam disso, meus queridos soldados: vocês não precisam carregar o
fardo de nossos pecados. Quem ordenou tal terror foi o próprio trono. Como soldados leais,
vocês não tiveram escolha a não ser obedecer. Em vez disso, imploro que encontrem em si
mesmos para nos perdoar por sempre entregar tais ordens.
Philine tentou aliviar a culpa dos soldados, mesmo que só um pouco. Enquanto o

novo líder, ela poderia facilmente ter desviado a culpa para o antigo regime, mas em vez disso,
ela escolheu carregar a cruz.
“Eu sei que não posso convencer todos vocês. Alguns de vocês ainda vão se culpar
pelas coisas que foram feitas.”
Lembrei-me do general Sascha, que voluntariamente deu sua vida durante a invasão da
capital, expressando tais sentimentos. Ao nos despedirmos, ele disse: “É dever de um soldado
imperial proteger a vida dos cidadãos do império.
Depois de causar apenas danos aos cidadãos de outros países, podemos finalmente cumprir
nosso propósito. Por favor, permita-nos cumprir nosso dever.”
Como alguém de Bauer, uma nação na extremidade receptora do império

agressão, assim como alguém que foi forçado a lutar diretamente contra os esquemas do
império durante a revolução, achei difícil perdoar seus soldados.
Mas também entendi que eles não estavam totalmente isentos de dúvidas sobre suas ações.
Eu só gostaria que eles tivessem agido sobre essas dúvidas.
“Mas se você ainda se sente atormentado pela culpa, então, por favor, deixe esta
batalha ser sua expiação. Lute para proteger a humanidade, amigos, vizinhos, camaradas e
seus novos aliados Bauer. Deixe suas ações passadas serem absolvidas com cada ferida que
você ganha protegendo outra.”
Philine agitou habilmente seus soldados, transformando sua culpa latente em mais
combustível para a batalha.
“Retomaremos nosso capital daquela que se proclama a

inimigo da humanidade! Vamos retomar Ruhm da Rainha Demônio!”
A voz de Philine ficou apaixonada quando seu discurso atingiu seu clímax. “Pela honra de minha
mãe, que morreu sonhando com um amanhã melhor para a humanidade, vamos derrubar a
Rainha Demônio! Meus amigos de Bauer, meus soldados de Nur, vamos restaurar a paz para a
humanidade!”
Os soldados gritaram em resposta.
“Individualmente, somos mais fracos que os demônios. Mas quando damos as

mãos, somos sem igual. Isso não é verdade recentemente; tem sido assim desde os tempos
antigos. Vamos dar as mãos com aqueles que viveram antes de nós e esmagar a Rainha Demônio
com o peso da história da humanidade.”
Em outras palavras, ela estava dizendo que os soldados lutariam imbuídos da vontade
daqueles que vieram antes deles.

"A hora é agora. Nosso inimigo é grande, mas sei que nossa força unificada
triunfo." Ela parou por um momento, então proclamou: “O futuro da humanidade está nessa
batalha! Vamos conquistar a vitória pelo bem de um amanhã – um que guardamos para
nossas famílias, nossos vizinhos, nossos amigos! Avante, marcha!”
Os soldados levantaram um grande aplauso em resposta, e a frente da fila

começou a se mover. Por fim, partimos.
“Muito bem, Philine,” Claire disse.
“Esse foi um bom discurso,” eu disse.
"Aaaah, obrigada..."
Embora essa revelação chegue um pouco tarde, Claire e eu estávamos na

verdade com Philine, que apenas alguns momentos atrás estava dando um discurso ousado,
mas agora voltou ao seu antigo eu tonto. Nós dois havíamos ajudado a redigir seu discurso.
Philine estava vestida com uma armadura mágica como a de sua mãe, só que a de
Philine era branca. Ela se parecia com aquelas cavaleiras dignas que você costumava ver
nos mangás, só que sua atual exaustão frouxa me lembrava mais daquele clichê de cavaleiro
desonrado onde eles imploravam pela morte por humilhação depois de serem derrotados em
batalha.
“Eu estava tão nervoso... Parece que tudo correu bem com os soldados,
Claire?” ela perguntou.
“Todo mundo parece estar de bom humor para mim,” Claire confirmou. “Não há soldados
voluntários, todos sendo soldados Nur ou forças de Rod, então eles são bem treinados e sabem
como aumentar seu moral.”
“Eu não posso falar se todos eles vão lutar até o último suspiro, mas
não parece que temos que nos preocupar com qualquer deserção em cadeia,” eu disse.
"Ufa... Graças a Deus..." Philine deu um suspiro de alívio, me lembrando de

um novo contratado da empresa que tinha acabado de fazer sua primeira apresentação. Ela
já havia feito um discurso quando a capital foi tomada, então, tipo, se recomponha, vamos lá.
"Você estava realmente tão preocupado?" Eu perguntei.
"É claro! Colocando os soldados Nur de lado, os soldados Bauer estão sendo
feitos para lutar ao lado de seus inimigos mortais, e isso é com nossa capital

sendo a única coisa danificada até agora!”
Ela tinha um ponto. O único país realmente sob a arma aqui era
o império; levaria um tempo antes que qualquer perigo surgisse no caminho de Bauer.
“Isso não é verdade,” Claire disse. “Os soldados Bauer também ouviram a proclamação
da Rainha Demônio. E tenho certeza de que eles sentem a pressão depois de vê-la congelar o
Monte Sassal.”
“Ah, sim, isso aconteceu,” eu disse.
"Suponho que você esteja certo", disse Philine.
O poder da Rainha Demoníaca chegou da capital até a distante Bauer.

Nenhum lugar era seguro neste momento.
“De qualquer forma, devemos tentar chegar à capital o mais rápido possível”, disse.
disse Claire. “Se demorarmos muito, pode haver atrito entre as tropas.”
"Você tem razão. Mas nosso inimigo estará lutando contra nós com força total desta vez…
Estou um pouco preocupada — disse Philine humildemente. Achei que ela também poderia se
comprometer com a parte e implorar pelo fim já.
“Recomponha-se e fique orgulhoso. Você é o comandante deste exército, não

é? disse Claire.
"Eu pedi para você ser, mas você se recusou..."
“Claire não pode ser a comandante,” eu disse. “O comandante desenha o mais agressivo.”
“Agro…?” Philine ecoou.
"Oh, desculpe. O comandante é o mais visado.”
Um exército não podia deixar seu comandante morrer, naturalmente, mas mesmo
feri-los ou levá-los como reféns poderia fazer um exército desmoronar.
“Além disso, com sua força, Claire é melhor deixar livre para operar como quiser,” eu
disse.
"Eu sei, mas ainda..." Parecia que Philine ainda não havia se recuperado totalmente de
modo ditz. "Eu me pergunto se mamãe já se preocupou assim", ela murmurou.
"Tenho a impressão de que ela não era de fazer isso", disse Claire.
“Figuras... Ela era um gênio... diferente de mim...” Philine suspirou, ficando mais desanimada
a cada minuto.

“Não há razão para você ser como Dorothea,” eu disse. “Você pode liderar todos do
seu jeito.”
"Eu não posso fazer isso..."
"Você pode. Você pode não ter carisma, mas tem uma característica diferente que
faz as pessoas quererem segui-lo.”
O rosto abatido de Philine se ergueu, seus olhos cheios de expectativa. “R

realmente?! Eu faço?!"
“Você naturalmente faz as pessoas quererem protegê-lo.”
“Whaaat, isso está basicamente dizendo que eu pareço indefeso!” Ela a derrubou
cabeça para baixo.
“Espere, Rae,” Claire disse. “Você não estaria brincando com

Philine sob o pretexto de tentar animá-la, sim?
"Ah, você poderia dizer?"
“Não 'você poderia dizer?' Eu!" ela estalou.
“Aaaaah!” Philine começou a chorar.
Talvez eu tivesse levado minha provocação longe demais. “Mas olhe,” eu

disse, “com toda a seriedade, você é muito mais adequada para a situação atual do que Dorothea.”
Philine fungou. "O que te faz dizer isso?"
“Quero dizer, vamos lá, mesmo com toda essa desgraça iminente acontecendo, você
poderia realmente ver as forças de Bauer unindo as mãos com as de Nur se Dorothea estivesse no
comando, depois de tudo que ela fez conosco?”
"Oh."
"Isso é... verdade," Claire admitiu relutantemente.
Não era tão difícil de imaginar. Mesmo que você aloje como “por causa
do futuro da humanidade” e tudo isso, havia mais do que alguns soluços emocionais que
simplesmente não podiam ser resolvidos.
“Mas seu registro é tão impecável quanto eles vêm, e novamente, você tem aquele
qualidade que faz com que as pessoas queiram apoiá-lo. Você é perfeito,” eu disse.
"Por que eu sinto que você ainda está tirando sarro de mim?" ela disse não
totalmente convencido.

“Vamos, só falta você se acostumar um pouco com as coisas. Nem mesmo

A senhorita Claire era a pessoa supercomposta que ela é hoje desde o início.”
"Sério?"
"Sério. Quando a conheci, ela estava apaixonada por me intimidar, e

—”
“Não minta!” Claire interveio. "Você era o único apaixonado por mim intimidando você!"
“Qual é o seu relacionamento?” Philine perguntou, recuando fisicamente um

pequena.
“De qualquer forma, contanto que você fique quieta, você pode passar por uma
louvável e digna cavaleira. Apenas deixe o comando do exército para Mestre Rod e Hilda,” eu
disse.
"E-eu vejo", disse ela com compreensão. Ela finalmente pareceu recuperar sua força
de vontade.
“Rae e eu estaremos nos preparando para partir em breve. É hora da nossa batalha
finalmente começar.”
“Este é o momento em que nosso amor será testado, senhorita Claire.”
"Vocês dois não podem flertar na frente de outra pessoa...?"
Embora momentaneamente descarrilado porque decidi animar Philine, finalmente consegui

restaurar meus valores de Clairecium. Eu pensei ter ouvido alguns resmungos de Philine, mas
essa continuação é uma história para outro dia.
***
“Forças de monstros inimigos avistaram um quarto de milha à frente!”
“Preparem a magia de longa distância! …Incêndio!"
Sob o comando de Hilda, balas mágicas de todas as quatro cores foram desencadeadas.
Eles traçaram um arco sobre a estrada, chovendo e despedaçando boa parte dos
monstros.
“As forças inimigas ainda estão avançando!”

“Não tem problema, apenas continue atirando. Os soldados na frente podem lidar com isso.
Vanguarda, avante!” Desta vez, Rod, comandando as linhas de frente, deu as ordens. Os magos
que se destacaram no combate corpo a corpo prepararam suas varinhas mágicas e espadas
capazes de canalizar seu poder.
“Eles podem nos superar em número, mas compensamos a quantidade com qualidade.
Não vacile! Force-os a voltar!” Rod ordenou enquanto liderava o ataque, colidindo com os
goblins e ogros que se aproximavam.
Os soldados Nur e Bauer eram bem treinados, mas não havia como escapar de
ferimentos nesta batalha. Uma vez ferido, no entanto, um soldado trocou de lugar com outro e
recuou para receber a cura antes de retornar imediatamente à linha de frente.
Assim como durante a invasão da capital, os monstros pareciam atacar sem medo da
morte. Felizmente, nenhum estava atacando por trás, mas a densidade de monstros que
encontramos aumentou drasticamente à medida que nos aproximamos da capital. O exército
imperial parecia um pouco desacostumado a lutar contra monstros que não temiam a morte,
tendo sido acostumado a travar guerras contra humanos até recentemente.
“Que irritante,” Claire murmurou baixinho. Frustrava-a apenas assistir enquanto todos os
outros lutavam.
Nossa aliança Bauer-Nur estava avançando em Ruhm pouco antes do final de

o prazo de duas semanas que a Rainha Demônio havia declarado. Na verdade, Manaria e Lene
também estavam participando dessa batalha, então eu supus que teria sido mais correto chamar
isso de uma aliança de quatro nações em vez de estritamente apenas Bauer e Nur. A participação
de Manaria era compreensível com seu poder, mas provavelmente foi uma surpresa saber que
Lene estava conosco. Ela não estava aqui para lutar, no entanto, mas para trabalhar junto com
Dole em Bauer para direcionar o fluxo de suprimentos e provisões. As forças Nur contavam com
dezenas de milhares. Adicione os reforços Bauer, e você terá um exército tão grande que a
manutenção não era brincadeira. Dinheiro, suprimentos e provisões precisavam ser movimentados,
e Lene tinha a perspicácia de negócios para gerenciar essa logística. Ela pode não ter nenhuma
habilidade de luta para falar, mas ela era um trunfo tão insubstituível para esta batalha quanto
Dole. Entre os dois, ambas as extremidades da cadeia de suprimentos estavam seguras.
Como eu mencionei antes, aqueles que iriam lutar diretamente contra a Rainha
Demônio eram um pequeno grupo que incluía Claire e eu. este

era porque a Rainha Demônio era muito poderosa, então tivemos que enfrentá-la enquanto
usávamos Claire como escudo, tão relutante quanto eu em fazê-lo. O verdadeiro propósito
da aliança era puramente nos entregar a ela. Havia uma chance de que a Rainha Demônio
nos atacasse ao longo do caminho, mas eu duvidava, como se ela o fizesse, ela arriscaria
acidentalmente bater em Claire. De qualquer forma, embora de fato irritante, por enquanto
precisávamos preservar nossa força enquanto o resto do exército aliado lutava por nós.
“O problema é Platão e Socrat”, disse Claire.
"Certo. Ao contrário da Rainha Demônio, aqueles dois não vão se conter em te matar,”
eu concordei. Em vez disso, eles vão se esforçar ativamente para matar você, pensei, embora
não tenha expressado a preocupação.
Segundo relatos de batedores, Platão havia se posicionado em frente ao castelo

imperial, mas o paradeiro de Sócrat ainda era desconhecido. Por causa disso, tivemos que
avançar mantendo-nos vigilantes da emboscada de Socrat. Mas quem poderia dizer que nos
esgotar psicologicamente não era seu verdadeiro objetivo desde o início?
"Faz uma semana desde que partimos de Zurück", disse Claire. "Nós
deve estar à vista do castelo imperial em breve. Eu sinto que se Socrat fosse atacar, agora
teria que ser a hora, mas…”
“Nada está acontecendo,” eu disse, terminando seu pensamento. Nesse ritmo,

chegaríamos à capital sem encontrar Socrat. Eu ficaria grato se pudéssemos evitar batalhas
desnecessárias, mas algo parecia errado.
“Não adianta se preocupar com isso, no entanto.”

"Irmã…"
"Senhora Manaria..."
Tendo nos ouvido, Manaria se aproximou e colocou a mão no ombro de Claire. Claire
pareceu relaxar um pouco, mas eu fiquei um pouco aquecida. Quem disse que você pode tocar
minha Claire assim? Vou te morder! Grrr.
“Só temos que fazer o nosso melhor. Não há nada a ganhar em se preocupar com o
que está fora do nosso controle”, disse Manaria.
"Sim, você está certo", disse Claire.
"É o que você diz, mas ainda parece um pouco preocupado."

Claire sorriu tristemente.
"Você está preocupado com May e Aleah?" perguntou Manaria.
“Parece que não há nada que eu possa esconder de você,” Claire disse com
resignação.
May e Aleah estavam perto do centro do exército aliado, junto com o TAIM. TAIM afirmou
que era o lugar mais seguro para se estar, mas achamos difícil confiar totalmente nela. Em vez disso,
como poderíamos confiar totalmente nela depois que ela ameaçou matar nossas amadas filhas?
Sinceramente, duvidei da minha sanidade por ter confiado o bem-estar dos gêmeos a ela, mas,
logicamente, entendi que era melhor agir na chance muito real de um ataque iminente e não no perigo
potencial desconhecido que TAIM representava. Conseguimos agrupar Yu e Misha com eles pelo
menos — ah, e Ralaire também estava com eles, é claro —, mas era tudo o que podíamos fazer. Eu
não conseguia afastar o medo de que estávamos dançando na palma da mão de TAIM.
“Também não confio naquele TAIM”, disse Manaria. “Mas tenho a sensação de que ela
realmente não pode mentir.”
“Sim, Rae pensa o mesmo,” Claire disse.
“Duvido que algo ruim aconteça com May e Aleah por enquanto, então. Mas mesmo
que algo aconteça, o cardeal Yu e Misha estão com eles”, disse Manaria. No entanto, a expressão
ansiosa de Claire não clareou.
Deveríamos estar no lugar de Yu e Misha, mas tínhamos nossos próprios deveres a cumprir. Se
Platão ou Socrat atacassem, seria nosso trabalho ganhar tempo até que a principal força de combate
pudesse chegar.
Platão e Socrat eram excepcionalmente fortes para demônios. O mago médio só aumentaria
desnecessariamente a contagem de corpos se tentasse enfrentá-los.
Mas não poderíamos ter nossa principal força de combate agrupada desde o início ou seríamos
muito lentos para responder.
“O castelo imperial está à vista!” alguém da frente relatou.

Enquanto olhava para frente, eu mesmo conseguia distinguir a estrutura imponente. O caminho
para ele estava cheio de monstros.
“Só um pouco mais longe! Limpe um caminho!” Hilda reuniu as tropas.
Os soldados aplaudiram, chovendo magia de longa distância e cortando os monstros de

perto. Desta forma, nossa marcha continuou por um

mais algumas horas.
“Magos, cessem fogo!”
“Vanguarda, recue!”
Sem aviso, Hilda e Rod retiraram as tropas. Imaginando o que tinha acontecido, estiquei
meus olhos para frente e vi uma grande figura de pé à frente.
“Aproveitando sua caminhada, humanos?” Ele usava uma simples pele de animal do
tipo que um homem das cavernas pode usar e segurava um grande clube. Seus músculos
pareciam impenetráveis como uma fortaleza, e um par de asas de morcego se estendia de suas costas.
Não havia como confundi-lo: Platão dos Três Grandes Arquidemônios.
Claire e eu corremos para a frente como planejado.
“Boa tarde, Platos,” Claire o cumprimentou. "Tempo lindo hoje, não é?"
“Bem, se não for a própria Claire François. Sim, é realmente adorável

tempo. Apropriado para o último dia de sua espécie triste nesta terra.
“Por que um dos Três Grandes Arquidemônios foi relegado para guardar
dever?" Eu perguntei. “O exército demoníaco está com falta de pessoal?”
“Ah, por favor. O exército demoníaco é apenas para mostrar. Se ela quisesse, nossa
rainha poderia aniquilar todos ela mesma. Tudo isso? Apenas sua hora de matar.”
"Não. Enquanto eu estiver vivo, ela não pode fazer nada. E estamos mantendo
assim,” Claire disse.
“Humph. Veremos isso.” Platos balançou seu clube para baixo e bateu no chão.
Anteriormente, esse ataque de área ampla havia nos devastado. Mas
agora não.
"Você realmente acha que o mesmo movimento funcionaria em mim duas vezes?" Eu
perguntei enquanto manipulava a terra entre nós com minha magia, parando as ondas de
choque em suas trilhas.
"Feh... Pare de lutar sem sentido já."
Algo parecia errado. Platão não tinha espírito. Ele tinha muito mais sangue
quente na primeira vez que o encontramos, assim como naquela vez com a Rainha
Demônio. “O que há de errado, Platão?” Eu perguntei. “Para onde foi seu vigor habitual?”

“Heh, parece que eu não consegui esconder. Você vai entender quando conhecer a
Rainha Demônio. Não que—” Ele balançou seu clube “—eu planejo deixar você passar!” Ele
gritou, avançando em nossa direção enquanto brandia sua arma.
“Barreira, pare o avanço dele.” Uma voz calma chegou aos meus ouvidos.
“Rrrrrrrrrrr?!” Platos gemeu quando colidiu com algo invisível.

"Sua Santidade!" Eu gritei.
“E Lady Yu e Misha!” Claire ecoou.
“Parece que conseguimos nos reunir a tempo”, disse o papa.

Yu e Misha a seguiram.
"Espero que você não se importe de nos juntarmos."
"Nós estamos aqui para ajudar."
Nossa conversa anterior com Platão não tinha sido para construir rapport nem nada.
Como eu havia explicado, nosso papel era ganhar tempo para que nossa principal força de
combate chegasse.
“Mamãe Rae, Mamãe Claire!”

“Também estamos aqui!”
"E eu!"
May, Aleah e Lilly também chegaram. Agora todos os nossos principais lutadores estavam
presentes.
“Vocês todos continuam rastejando para fora da toca como pragas. Mas tudo bem por
mim, eu vou derrubar todos vocês!” Platão gritou.
E assim começou nossa batalha com Platão dos Três Grandes Arquidemônios.
***
Platão atacou, mas foi repelido pela barreira do papa. Aproveitando o

desequilíbrio resultante, Misha usou o reverb de Siren para selar seus movimentos. Yu então
o cortou com sua espada de gelo, fazendo o sangue jorrar do corpo de Platos. A luta estava a
nosso favor até agora.
“O Cardeal Yu, Misha e eu cuidaremos de Platão. Todos os outros, por favor

salve sua força.” Ouvi o papa dizer em minha mente.
"Você está certo? Estamos enfrentando um dos Três Grandes

Arquidemônios. Devemos realmente nos conter?” Claire perguntou.
Eu tinha a mesma opinião.
“Não sei por que, mas Platão já está exausto. eu tenho um

sentindo que algo pode estar acontecendo, então será melhor não nos cansarmos aqui”,
respondeu o papa.
A luta de Platão foi certamente medíocre. Ele não tinha a força avassaladora que
havia exibido da última vez.
"Você acha que os demônios estão tramando alguma coisa?" Claire perguntou.
“Eu não posso dizer, mas nós também podemos economizar nossa resistência para Socrat e o
Rainha Demônio, independentemente. Por favor, tenha cuidado com o nosso entorno.”
"Entendido."
Lembrei-me da última vez que lutamos com Platão, estávamos exaustos e, portanto,
facilmente derrotados, mas lutamos contra Socrat em nossa condição de pico e ainda não
conseguimos machucá-lo. Se pudéssemos salvar nossas forças aqui antes de nossos confrontos
com Socrat e a Rainha Demônio, imaginei que poderíamos muito bem pegá-la.
“Mas se as coisas parecerem perigosas, vamos entrar, tudo bem?” disse Manaria.
“Claro”, respondeu o papa antes de começar a lançar sua Área de Cura.
"Ah, não, você não!" Percebendo a queda da barreira, Platão correu para
o papa, talvez lembrando o impacto da Área de Cura de seu último encontro.
“Você não está passando por nós.”
"Isso mesmo."
Mas bloqueando seu caminho estava Yu segurando uma espada de gelo que se estendia
de sua varinha mágica e Misha logo atrás dela.
“Fora do caminho!” Platos gritou enquanto jogava seu corpo maciço neles.
Nem mesmo o peso combinado de Yu e Misha poderia igualar metade de Platão. Era como um par de
bicicletas desviando de um caminhão de lixo.
“Lâminas de gelo!”

"Tremer!"
O ar esfriou quando Yu criou incontáveis lâminas de gelo do comprimento de uma espada longa
e os atirou em Platão. Eu pensei que sua ação foi precipitada no início, mas fiquei surpreso
ao ver Platão cair para a frente.
“Gu?!” ele gemeu. As lâminas de gelo se cravaram em seus pés e os prenderam no chão.
“Entendo, então a magia de Misha pode ser usada assim,” disse Manaria.
“O que você quer dizer, irmã?” Claire perguntou.
“Olhe de perto. As espadas que Yu disparou estão tremendo levemente. Misha

melhorou sua ponta vibrando-os.”
Entendo… Então é como aquelas espadas de alta frequência que você vê na ciência
ficção, pensei.
“Acabou, Platão!” Yu preparou seu golpe final.
“Não pense que eu terminei ainda!” Platão golpeou o chão com os braços, lançando-se
voando para a frente com força bruta e sem se importar com seus pés dilacerados.
"Wha-?!" Pego de surpresa, Yu se moveu apressadamente para se defender.
"Fraco!" Platão habilmente torceu seu corpo no ar, usando o resultado

força centrífuga para balançar seu clube.
"Ouvir!"
“Aah?!”
Yu e Misha foram jogados para trás, nada páreo para a força física de Platão.
“Como assim?!” ele gritou.

"Curar."
O ânimo de Platão foi imediatamente abafado pela percepção de que a Área de Cura do
papa havia sido ativada. Tanto Yu quanto Misha, assim como os soldados, foram curados de seus
ferimentos e fadiga.
"Haaah... haaah... droga..." Em contraste gritante, Platos ofegava pesadamente, com

feridas por toda parte. Sua condição parecia ruim no início, mas agora ele estava em frangalhos.
Seus pés ficaram particularmente feridos, deixando-o

incapaz de se mover tão agilmente quanto antes. O resultado dessa luta foi claro.
“Platos, por favor, desista”, disse o papa com expressão.

"O que?"
"Acabou. Não faz sentido continuar com isso.”

Platão ficou em silêncio por um momento. "Você quer que eu me renda?"
"Sim. Você pode ser um demônio, mas tenho certeza que ainda valoriza sua vida.”
“Como diabos eu faço! Nós, demônios, não queremos nada mais do que a ruína! Mate-
me se quiser, não tenho medo!” Ele lançou um olhar furioso para o papa.
“Sempre me perguntei, por que sua espécie procura trazer a ruína a este mundo?
Este mundo não deu vida a nós dois? Exatamente o que os motiva assim? o papa perguntou,
seu tom calmo ininterrupto. Eu podia ouvir compaixão e misericórdia em sua voz.
“A vida em si é uma maldita maldição”, disse ele. “Viver é sofrer. Como pode
vocês não entendem algo tão simples?”
“Certamente a vida tem suas lutas. Mas a vida também tem suas alegrias, não
tem?”
“Ah. É um milhão de vezes melhor não sofrer do que viver com alegria!” Ainda
derramando sangue na terra, Platão voltou a atacar. Ele balançou sua clava, sacudiu a terra
e golpeou com as unhas, mas cada movimento que fazia era bloqueado pela barreira do
papa, anulado pela magia de Misha ou defendido por Yu.
"Caramba…"
“Acho que o fato de você ainda viver apesar de sua crença é porque há algo
que você valoriza?” perguntou o papa.
“A grande Rainha Demônio me ordenou que voltasse tudo ao nada. Isso é

por que nasci, é por isso que vivi e é por isso que vou morrer”.
Estava claro agora: nosso povo nunca poderia concordar. Uma divisão
intransponível existia entre os demônios, que desejavam uma inexistência sem
sofrimento, e os humanos, que buscavam a felicidade apesar da dor.
“Você realmente não vai se render?” perguntou o papa.
“Não me faça repetir.”

“Entendo…” Por um momento, o papa fechou os olhos e abaixou a cabeça

tristemente antes de olhar para Yu e Misha.
A dupla atacou com suas lâminas vibrantes, prendendo Platão no

chão mais uma vez.
“Gu! O que diabos você acha que está fazendo? Platão gemeu.
“Estou lhe dando uma bênção; Dessa forma, você pode renascer como algo que
pode viver uma vida adequada”, disse o papa.
Ela, Yu e Misha cercaram Platão. Eles começaram a entoar uma oração, que
convocou uma luz ofuscante para envolver seu corpo grande. Pouco depois, seu corpo
começou a se decompor naquela luz, desaparecendo no nada.
Meu palpite era que era uma técnica anti-demônio do projeto da Igreja
Espiritual. Considerando sua longa história de luta contra demônios, eles certamente
tinham muitas outras técnicas semelhantes.
“Oh, Platão, deixe a benevolência do Espírito de Deus te levar para...”
“Ei. Sim, certo,” Platão cuspiu.
Um momento depois, sangue fresco jorrou.
“Platos... você...” o papa murmurou incrédulo.
“Eu sou um demônio... Como diabos eu me deixei ser abençoado...” Em sua mão
estava seu próprio núcleo, que ele havia arrancado de seu peito. Sangue vermelho-escuro
jorrou da cavidade deixada para trás. "Vai. Torne-se a peça final que nossa Rainha Demônio
precisa…” Seu núcleo voou para fora de vista em direção ao castelo imperial. "Minha Rainha...
por favor, traga salvação... a este mundo..."
Com um baque, Platão caiu no chão. Tendo perdido seu núcleo, seu corpo começou
a desmoronar antes de desaparecer sem deixar vestígios. Mesmo em seus últimos
momentos, ele mostrou fidelidade à Rainha Demônio e permaneceu fiel ao seu desejo de
nada; ele havia encontrado um fim nobre, para um demônio.
"Não entendo. Platão, como você pode não ver sentido na vida e ainda alimentar um
orgulho tão forte? Isso não é contraditório?” O papa o observou enquanto ele desaparecia.
Ela parecia inexpressiva, mas eu tinha certeza que podia detectar um toque de tristeza. “Se
você fosse um soldado humano, então talvez você…
Não, acho que não faz sentido pensar nisso neste momento.
“Sua Santidade...” eu disse.

“Eu não acho que ele era muito diferente de mim, Rae Taylor. Se eu tivesse feito uma
escolha errada no meu passado, teria acabado como ele, odiando este mundo.”
Fiquei surpreso com a confissão repentina do papa.
“Você não se lembra? Eu sou um dos muitos fracassos que o TAIM fez na tentativa de
criar você”, disse ela. “Mas, ao contrário dos outros filhos perdidos dos espíritos, eu sei por
que e como vim à existência.”
“Certo,” eu disse.
“Houve um tempo em que eu te odiava. Houve um tempo em que questionei

meu próprio ser. Talvez eu até quisesse devolver tudo ao nada, assim como os demônios.”
Eu não respondi. O que eu poderia dizer quando era minha culpa que ela tivesse esses
pensamentos?
Um silêncio caiu entre nós, que rapidamente se tornou uma escuridão. Mas a voz clara e
clara de Claire logo baniu aquela escuridão. "Talvez. Mas Vossa Santidade não acabou como ele, e
isso é o que realmente importa.”
“Claire François…”, disse o papa.
Claire continuou sem hesitação. “Tenho certeza que quase todo mundo
chega a questionar sua própria existência em algum momento.”
"Até você?" perguntou o papa.
"Até eu. Mas também acredito que a capacidade de ter tais dúvidas e mover-se
passar por eles é exatamente o que nos torna humanos.”
"Senhorita Claire..." eu murmurei.
“Tenho certeza de que há quem tenha as mesmas dúvidas e saia

outro lado amaldiçoando a vida e ansiando pela não existência. A noção não está
completamente além de mim. Mas não há razão para arrastar outras pessoas para isso.
Não faz sentido forçar aqueles que aceitam a vida a morrer junto com você”, disse ela com
convicção. “Sua Santidade, você foi capaz de superar suas dúvidas e nunca as forçou aos
outros. Você é diferente desses demônios.”
“Sim, eu vejo agora. É como você diz”, respondeu o papa, mostrando-nos um sorriso raro.
Era como se a nuvem escura que a cercava tivesse se dissipado. “Seja qual for o passado, eu me
aceito agora e aceito minha vida. Eu não odeio Rae

Taylor, e não tenho motivos para perseguir o nada. Eu sou quem eu sou."
“Isso mesmo,” Claire disse.
“Obrigado, Claire François. Você realmente é uma pessoa maravilhosa.”
“Naturalmente,” Claire disse, parecendo um pouco satisfeita. “Vamos continuar,

então? Finalmente, o castelo está diante de nós.”
"Sim, vamos."
Juntos, entramos no castelo imperial. Finalmente chegou a hora da nossa batalha

com a Rainha Demônio.
***
“Então você se foi, Platão... eu disse que você era livre para fazer o que quisesse.
satisfeito, mas eu não quis dizer assim.”
Na parte de trás do castelo imperial, na sala do trono, estava sentada a Rainha

Demônio. Ela murmurou algo no momento em que nos viu e vestiu o mesmo manto preto
que a vimos antes, só que o véu que escondia seu rosto havia desaparecido. Em sua mão
havia um cristal sujo de sangue vermelho-escuro, provavelmente o núcleo de Platão.

Conforme planejado, Claire ficou na frente de nossa formação. Conosco estavam

Manaria e Lilly, num total de quatro. O papa, Yu e Misha estavam no portão do castelo
recuperando sua resistência da luta com Platão, e Rod e os gêmeos estavam preparando o
Focalizador.
Claire deu à Rainha Demônio um olhar severo. “Rei... não, Rainha Demônio.
Como você supôs, derrotamos Platão. Tudo o que resta é você e Socrat.”
“Assim parece. E daí?”
“Você estaria disposto a desistir de acabar com a humanidade?”
“Então você já ouviu falar. Do TAIM, presumo?”

"Sim."
"Eu vejo…"
Tanto Claire quanto a Rainha Demônio ficaram quietas por algum tempo.
“Rainha Demônio, não é tarde demais. Por favor, reconsidere.”
“Eu não posso, Srta. Claire. Esta é a única opção que me resta.”
“Isso não pode ser verdade. Se juntarmos nossas cabeças com todos, podemos
—”
“Eu tentei, e não funcionou. Você tem ideia de quantas coisas

Eu tentei, quanto tempo eu gastei? Mas não importa o que eu faça, minha conclusão
permanece a mesma: eu tenho que acabar com tudo isso.”
“Rainha Demônio...” Claire murmurou tristemente. “Você disse uma vez que eu não tinha
mudado nem um pouco, mas eu poderia dizer exatamente a mesma coisa para você.”
"O que você quer dizer?"
“Você sempre foi do tipo que tenta arcar com tudo sozinho, além de se apressar para
tirar suas próprias conclusões.”
Por um breve momento, a Rainha Demônio estremeceu com as palavras de Claire. …Isto
não era realmente um grande problema, mas eu não podia deixar de sentir que estava meio
que sendo marginalizado aqui no clímax.
O próximo a falar foi Manaria. “Quaisquer que sejam suas razões, ainda temos que
impedi-lo. Sem ressentimentos, espero?
“Está tudo bem, Lady Manaria. Eu tive um pressentimento de que lutaríamos um dia

de qualquer maneira,” a Rainha Demônio disse.
“Ah, não diga isso. Quer dizer, eu não quero colocar a mão em alguém que se parece com
a mulher que eu amo, não se eu puder evitar... Não, isso não está certo, não é? Você é a própria
Rae, em certo sentido, não apenas uma sósia.”
“Você é livre para voltar se estiver tão relutante.”
“Dada a minha posição, temo que não possa fazer isso.”
Manaria trocou essas palavras um tanto íntimas com a Rainha Demônio

enquanto eu estava, novamente, sendo marginalizado.
“N-não se preocupe, Rae! Eu só tenho olhos para você!" Lilly disse, percebendo minha
situação.
“Você é tão legal, Srta. Lilly. Se não fosse pela Srta. Claire, eu poderia ter me apaixonado
por você,” eu disse, acariciando sua cabeça.
"Espere, mas isso não significa apenas que não há esperança para mim?" ela disse, ficando
com os olhos marejados.
Ela era fofa, mas eu só tinha espaço no meu coração para Claire. Eita, senhorita
Clara. Você é um destruidor de corações.
“É simples, então,” a Rainha Demônio disse. “Se você me derrotar, eu morrerei, e a humanidade
continuará repetindo os mesmos eventos para sempre. Se eu derrotar todos vocês, a humanidade
encontrará seu fim.”
“Não há espaço para negociação?” Claire perguntou.
"Não há."
"Entendo..." O rosto de Claire se contorceu com tristeza.
Eu estava ficando farto. “Para que você está fingindo esse ato trágico de heroína, outro eu?
Você é bem-vindo para satisfazer suas pequenas fantasias em seu próprio tempo, mas não vá
arrastando a Srta. Claire para baixo com você. A Rainha Demônio parecia irritada com minhas palavras,
então continuei a falar. “Tudo isso só porque seus sentimentos pela Srta. Claire começaram a esfriar?
Patético. Como podemos estar relacionados? E pensar que sua ideia de solução é acabar com o mundo?
Eu posso ser uma grande dor na retaguarda às vezes, mas você está em um nível totalmente novo!”
“Não fale como se você me entendesse,” a Rainha Demônio disse.
“Oh, mas eu entendo você; somos a mesma pessoa! Você também viveu

longo e começaram a ficar senil, certo? Oh, querido, oh, querido. Estou com medo de pensar
que posso começar a perdê-lo como você no futuro. Eu mostrei minha língua para a Rainha
Demônio o mais maldosamente que pude.
“Se você tivesse experimentado o que eu tive, você entenderia.”
“Eu não ligo para suas desculpas. Eu sou quem eu sou agora. Eu amo a senhorita
Claire, eu amo o mundo que tem a senhorita Claire nele, e eu amo tudo que a senhorita Claire
ama. Eu não poderia me importar menos com o que acontece no futuro.”
“Eu não posso acreditar que meu próprio eu poderia me enfurecer tanto.”
"Isso faz de nós dois, então." Sério, eu tive até aqui com a Rainha Demônio.
“Eu diria que essa conversa já terminou”, disse ela. "Vamos começar,
devemos?"
“Rainha Demônio! Certamente, tem que haver outra maneira...” Claire disse.
“Senhorita Claire, por favor, não resista,” a Rainha Demônio disse. “Vou tentar tornar
isso o mais indolor possível.”
Suas palavras marcaram o fim de nossa pequena discussão. Entramos direto no combate.
“Rae, irmã!” Claire gritou.

"Nele!"
"Sim."
Eu usei meu feitiço de terra Muddy Soil para virar as paredes da sala do trono e
teto em lama.
“Explosão Flamejante!” Manaria rapidamente lançou um feitiço de fogo de alta

aptidão e explodiu nossos arredores enlameados, bem como parte do andar superior. Graças
ao excelente controle mágico de Manaria, permanecemos ilesos durante a enorme explosão. Os
fragmentos dispersos que choveram foram golpeados pelas espadas de Lilly. O resultado final:
A outrora magnífica sala do trono estava agora exposta aos elementos.
A Rainha Demônio rapidamente percebeu nossa intenção. Sua barreira mágica já

estava levantada, mas o ataque de longa distância de Rod seria capaz de quebrá-la. As vistas
do Focalizador estavam neste momento se estreitando na Rainha Demônio.

Mas algo inesperado aconteceu.
"Isso é impossível!"
"Você está brincando comigo…"
“O-o que é isso?!”
“Isso pode ser ruim…”
A barreira que a Rainha Demônio havia implantado era ordens de magnitude maior e mais
densa do que antes. Era um breu mais profundo que a escuridão, como se o mundo simplesmente
deixasse de existir além de seu raio.
“Então é isso que Platão quis dizer!” Claire mordeu o lábio amargamente.
"O que está acontecendo?" Eu perguntei.
“Platos deve ter dado à Rainha Demônio sua energia mágica.

Caso contrário, ele não teria sido tão fraco – não fazia sentido.”
“Bem deduzido, Srta. Claire,” a Rainha Demônio disse de dentro da escuridão. “O ataque
do Mestre Rod outro dia superou minhas expectativas. Então eu olhei para algumas contramedidas.”
"Droga", eu amaldiçoei. Eu ainda tinha uma leve esperança de que o Focalizer pudesse quebrá-la
barreira. De fato, naquele exato momento, o Focalizador terminou de mirar e se preparou para
atirar.
Mas as coisas nunca poderiam ser fáceis.
“Claro, eu não tomei apenas uma contramedida,” a Rainha Demônio

disse.
"O que você quer dizer?" Claire exigiu.
A intenção da Rainha Demônio logo ficou clara.
"Nossa Rainha quer dizer que suas mentes fracas são apenas um livro aberto para ela",
disse uma voz rouca e idosa por trás. O espaço diante de Rod e as meninas se contorceram, e uma
aparição gigante parecida com um inseto apareceu.
“Sócrata!” Claire gritou.
“Espere, Srta. Claire. Não pense que vou deixar você sair para ajudá-los.
Vocês todos têm que me fazer companhia,” a Rainha Demônio disse.
A linha de fogo do Focalizer estava bloqueada e não podíamos voltar

Rod e os gêmeos. Minha mente correu tentando pensar em uma saída para nossa situação
quando uma voz jovem chamou por trás.
“Mamãe Claire, Mamãe Rae!”
“Não se preocupe conosco! May e eu vamos lidar com isso!”
Era maio e Aleah. Eles brandiram a varinha mágica e a espada que Dorothea havia
deixado para eles e ficaram diante do Focalizador com Bastão.
“Fujam, queridos!” Claire ligou.
"Rapidamente!" Eu gritei.
"Impossível. Fui ordenado a não poupar ninguém.” Socrat riu, sua voz zombeteira.
"Agora então... devemos começar nossa batalha final?"
As palavras da Rainha Demônio soaram como nada além de uma sentença de morte.
***
Do jeito que as coisas estavam, Rod, May e Aleah estavam em perigo. Dispostos a arriscar
ser atacados pela Rainha Demônio por trás, Claire e eu nos movemos para virar e correr, mas fomos
interrompidos por uma proposta peculiar.
“Por que não os deixamos em paz e observamos?” a Rainha Demônio perguntou. "EU
não fará um movimento, desde que você também não faça um movimento.”
“Por que devemos confiar em você para manter sua palavra?” Claire perguntou.
“Por que você não deveria? Pense nisso como um ato de abertura antes do show
principal, Miss Claire. Além disso, a única razão pela qual eu ainda não destruí seu trunfo ali é
puro capricho. Você não tem chance de quebrar minha barreira sem isso, certo?”
"Por que você…!" Claire ferveu, mas hesitou com a oferta. Ela queria se jogar em direção
a suas filhas neste instante, mas isso corria o risco de ganhar a ira da Rainha Demônio.
"Senhorita Claire, vamos fazer o que ela diz por enquanto", eu disse.
"Rae..."

“Vamos tentar acreditar em Rod e nossas filhas.”
Ela mordeu o lábio e relutantemente abaixou sua varinha mágica.
“Que tal eu destruir aquele brinquedo incômodo primeiro?” disse Socrat, rindo
com a boca de um humano e o rosto de uma vespa. Ele apontou para o Focalizador com um
braço de louva-a-deus.
“Não no nosso relógio!” disse maio.
“Nós não vamos deixar você!” disse Alah.
Os gêmeos prepararam suas armas, mas alguém se adiantou entre eles.
“Fiquem para trás, vocês dois. Deixe-me cuidar disso." E quem poderia ter sido além do Rod
de cabelo espetado, confiante e arrogante? Em suas mãos estava uma espada longa. Se alguém
olhasse de perto, eles veriam a pedra mágica embutida nela, presumivelmente para permitir que ela
dobrasse como uma varinha mágica.
"Venha até mim!" Rod gritou enquanto convocava seus soldados de fogo, as Tropas de Fogo
– seu feitiço de assinatura. Sua aptidão mágica era apenas média, mas ele compensava isso com seu
enorme reservatório de magia fenomenal. Sua tática padrão era sobrecarregar seus oponentes através
da quantidade pura, assim como ele havia feito contra Misha no teste Academy Knight na Royal
Academy. Um após o outro, ele continuou a aumentar o número de soldados de fogo ao seu lado.
"Hmm... Seu mísero palito de dente e seu exército patético não vão nem mesmo
arranhar meu corpo", disse Socrat.
"Oh sim? Veremos isso.” Rod acelerou para frente, deixando uma tênue imagem atrás
dele. No instante seguinte, meus olhos o reconheceram, ele estava prestes a atacar Socrat. Ele
não estava no nível de Dorothea, mas ainda era rápido.
“Humph. Inútil, eu digo.”
Com um tinido agudo e metálico, a espada de Rod ricocheteou na pele de Socrat.

Um arranhão foi deixado para trás, mas era terrivelmente raso.
"Você será o primeiro a morrer, então." Os braços de louva-a-deus de Socrat golpearam Rod.
Rod os encontrou no ar com sua espada longa e fluentemente desviou seus

trajetória. “Esta é uma das técnicas de Yu. Não pense que sou um idiota que só sabe usar
força bruta.” Ele sorriu corajosamente e aproveitou o desequilíbrio momentâneo de Socrat
para correr pelos braços do último, virando de cabeça para baixo no ar e atingindo o pescoço
de Socrat.
"Hum. Mera brincadeira de criança.” Sem se preocupar em consertar sua postura,

Socrat permitiu que o golpe acertasse. Outro tinido agudo ressoou quando a espada de Rod
ricocheteou para trás.
“Daaaamn, você é durona. Esta espada foi passada na minha

reino por gerações, sabe?” Rod reclamou.
“Se você deseja me cortar, prepare uma espada tão poderosa quanto a da imperatriz
– e a habilidade para igualar.” Apontando para o momento em que Rod aterrissou, Socrat
balançou as patas dianteiras de seu corpo insetóide inferior.
Rod com fluidez desviou o golpe novamente.
“Você é um grande aborrecimento para um fracote”, disse Socrat. “O verdadeiramente

poderosos não precisam de técnica e astúcia.”
"Eu sinto exatamente o mesmo. Esse estilo não combina muito comigo, mas estou
realmente não ter muita escolha.” Rod tomou alguma distância de Socrat. Mesmo que a troca
de golpes tenha sido breve, o suor escorria pela testa de Rod. Seus nervos estavam
claramente tensos, e seu foco tenso.
“Você já terminou de jogar? Eu gostaria de continuar matando você.”

disse Socrat.
“Ei, ei, qual é a pressa? Vamos nos divertir um pouco mais.”
“Infelizmente, não vejo nada agradável nisso. Eu gostaria muito de terminar isso
tarefa e sair para o meu cochilo da tarde. Socrat bocejou.
“Você é bem diferente de Platão. Ele era um pouco cínico, mas sempre levava
seu trabalho a sério.”
“Isso é porque ele era um homem sério simplesmente vestindo o disfarce de um

malvado. Sua lealdade para com a Rainha Demônio e sua sede pelo grande nada eram muito
maiores do que a maioria.”
"Maior até mesmo do que você, eu presumo?"
"Eu…? Sim. Eu vivi muito tempo para me dedicar a qualquer um deles. Falta-me o
zelo de Platão.”

"Isso está certo? Acho que nem todos os demônios são iguais então,” Rod disse com
grande interesse. Sua guarda não relaxou nem um pouco, no entanto.
“Vamos deixar a conversa por aí. Eu terei sua cabeça.”
"Me teste."
Socrat avançou vagarosamente em direção a Rod, tentando arrasar seu alvo com
seu corpo como ele tinha durante o assassinato fracassado do papa. Sua velocidade não era
muito grande, dada a sua grande estrutura, mas esquivar seria deixar o Focalizer ser
esmagado. Então, em vez disso, Rod assumiu a carga de frente.
“Hraaaaaa!” ele gritou, tomando o peso do ataque com sua espada e se preparando.
O peso de Socrat o empurrou para trás.
“Inadequado”, zombou Socrat. “Ainda tenho muitos braços e pernas livres para
usar."
“Ngh!” Rod foi enviado voando. Ele resistiu com sucesso à carga, mas
não conseguiu se defender contra a perna da frente da metade inferior de Socrat. O ataque
foi simples, mas carregou a força de um caminhão que se aproximava. Tossindo sangue, Rod
tentou se levantar, mas sua espada se partiu ao meio.
“Você persistiu bem, mas é isso. Agora devo voltar para o que vim buscar?” Socrat
olhou para o Focalizador. May e Aleah estavam diante dele, bloqueando o caminho.
"May, Aleah, corra!" Claire gritou.
Mas as meninas teimosamente permaneceram.
“Que bravura louvável de crianças tão pequenas. Mas você está apenas se
apressando em direção à sua morte. Socrat aproximou-se calmamente e levantou um braço.
"Ei, ei, eu ainda não terminei com você, sabe?"
De repente, algo explodiu, derrubando o corpo de Socrat cerca de dez

pés. May e Aleah saíram ilesos.
"Então você ainda respira," Socrat zombou.
“Como se isso fosse me matar. Um homem não pode parecer coxo na frente da
garota que ele gosta, sabe? Rod deu um sorriso suave.
"O que você pode fazer? Sua magia não me prejudicou, apenas me desequilibrou em...

“Com apenas aquela pequena explosão, claro,” Rod interrompeu com um encolher de ombros.
“Mas e se fosse cem vezes mais forte?”
"Hum?"
"Você realmente não percebeu ainda?"
Rod apontou para cima.
Socrat olhou para cima e viu centenas, talvez milhares de Chama de Rod
Tropas no ar. “V-você…! Você estava ganhando tempo para isso?!”
"Bingo." Rod havia mostrado suas tropas de fogo no início e deixou Socrat concluir que
eles estariam fracos demais para fazer qualquer coisa, então chamou sua atenção com um combate
corpo a corpo enquanto continuava a convocar suas tropas de fogo no ar. Tudo havia sido planejado desde
o início.
“Os poderosos não precisam de técnica e astúcia, você diz?

Absurdo. Técnica e astúcia permitem que os verdadeiramente poderosos se sobreponham aos
demais!”
"Nunca!" Socrat correu apressadamente para atacar Rod, o conjurador. Mas

como mencionei anteriormente, a grande estrutura de Socrat não era de forma alguma rápida.
“Tempestade de Fogo”. O braço estendido de Rod em direção ao céu caiu para apontar para Socrat.
As Tropas Flamejantes, numerosas demais para serem contadas, começaram a cair, uma após a outra.
“Groooogh?!” Eles choveram sobre Socrat, explodindo em rápida sucessão. Cada um

tinha a força de uma bala de fogo ligeiramente poderosa, mas os números absolutos eram o verdadeiro
terror. Se olharmos de perto, parece que eles foram direcionados para os lugares onde Rod havia cortado
Socrat com sua espada.
“Como eu poderia ser derrotado por uma magia tão humilde?!” Socrat se protegeu com os
braços, mas não conseguiu impedir o ataque de Rod. “Guaaaaah…!”
Gradualmente, os gritos de morte de Socrat foram abafados por um manto de fogo.

A chuva de Tropas Flamejantes continuou inabalável por algum tempo. Eventualmente, a chama e a
fumaça se dissiparam, e nenhum vestígio de Socrat permaneceu para ser encontrado.
"Ufa... estou exausta." Rod caiu de bunda, compreensivelmente cansado.
“Mestre Rod, você conseguiu!”

“Mais impressionante, Mestre Rod!”
Os gêmeos correram e o abraçaram.
"Heh heh, eu pareço legal?" ele perguntou.
“Sim, quase tão legal quanto Mama Claire!” disse maio.

“Tão legal quanto a Mãe Rae!” disse Alah.
"Heh heh, isso certo?" Ele fez uma breve pausa em sua resposta, mas levou
todos no tranco com um sorriso irônico. No entanto, seu sorriso logo desapareceu. "O que?!"
“Você foi descuidado, garoto,” uma voz rouca disse da direção do

Focalizador. Um corpo com um brilho metálico estava ali, se regenerando pouco a pouco.
“Como eu disse, os verdadeiramente poderosos não precisam de técnica e astúcia.
Infelizmente para você, eu sou um fraco – que usa astúcia.”
Como Socrat disse isso, ele cortou o Focalizer com um mantis

braço.
***
Assistimos horrorizados enquanto a armação do Focalizador era cortada em pedaços,

espalhando-se pelo chão.
“E agora você perdeu sua arma secreta.” Socrat caiu na gargalhada. Eu

odiava admitir, mas ele estava certo. Sem o Focalizador, não tínhamos como romper a barreira
da Rainha Demônio. “Agora, então, devo cuidar de vocês três enquanto estou nisso? Como
vingança por como você me encurralou antes, é claro.
"Oh, por favor. Você estava me enrolando o tempo todo”, disse Rod.
“Eu estava? Costumo esquecer as coisas na minha idade.”
“Feche.” Rod parecia chateado. Ele tinha sido completamente enganado.

Pensando bem, sabíamos que Socrat poderia se regenerar de antemão, dadas as
consequências da tentativa de assassinato. Isso foi um fracasso no planejamento de todas as
nossas partes.
“May, Aleah, me empreste seu ouvido bem rápido.” Rod sussurrou algo
para eles, e as meninas acenaram de volta.

“Planejando algo? Não importa. Lute o quanto quiser.”

Socrat parecia complacente, tendo terminado seu dever principal, e não fez nada.
jogada.
"Entendi?"
"Sim!"
"Sim!"
Depois que o trio terminou de sussurrar, eles tomaram posição com Rod e Aleah na
frente e May atrás.
"Você terminou com sua pequena discussão?" perguntou Socrat.
"Sim, obrigado pela espera", disse Rod.
"De jeito nenhum. É o mínimo que posso fazer por alguém prestes a morrer.”
"Bem, vamos ver sobre isso."
“Você é ousado. Mas ver a ruptura ousada é um dos poucos prazeres desse velho.”
"Ele está vindo!" Rod gritou enquanto Socrat avançava. Seu alvo era Aleah.
Aleah congelou por um momento, mas rapidamente se esquivou do grande

corpo de Socrat. “Olá!” ela gritou, golpeando Socrat enquanto ele passava.
A espada que Dorothea havia deixado para ela fez uma ferida profunda na pele dura de Socrat.
“Hum. Isso dói um pouco”, disse.
“Esta é a espada do meu mestre! Claro que vai doer!” disse Alah.
“Aleah, vá embora! É uma armadilha!" Rod gritou.
"Tarde demais", disse Socrat.
Aleah tentou fugir, mas sua espada não se desprendeu do corpo de Socrat. O braço
de Socrat desceu e a empurrou como uma bola de borracha.
“Alah!” Claire gritou.
"E-eu estou bem..." Aleah se levantou, parecendo não ter nenhum ferimento
grave. “Obrigado, maio!”
"Sem problemas!" Parecia que May havia usado magia para amortecer o golpe.
Minhas filhas eram perspicazes assim.

Socrat suspirou. “Humph. Isso está ficando cansativo.”
"Você deveria estar olhando para longe tão preguiçosamente?" Rod perguntou,
golpeando Socrat por trás. Sua espada ainda estava quebrada, mas uma lâmina de fogo se
estendia além da ponta quebrada.
“Vou fazer você se aposentar aqui.” Socrat fingiu desatenção para desenhar
Ele moveu a metade superior de seu corpo para o lado de uma forma que seria impossível
para as articulações humanas e evitou o ataque de Rod, então balançou um braço de louva-a-
deus enquanto seu corpo voltava à sua posição normal.
“Gaaaa!” Rod foi enviado voando. Ele conseguiu bloquear o braço do louva-a-deus com
sua lâmina, mas ainda assim caiu com força contra os escombros do Focalizador. Não parecia
que a defesa de May tinha chegado a tempo.
“Vara Mestre!” os gêmeos chamaram.
“Hmm, então o rapaz era quem estava dando ordens. É por isso que a garota não
conseguiu se defender a tempo”, disse Socrat.
Acho que entendi o que aconteceu agora. Com toda a probabilidade, May abriu um
canal telepático, do qual os gêmeos receberam instruções de Rod. Foi assim que a proteção de
May chegou a tempo de proteger Aleah, mas não Rod.
“Parece que eu deveria começar matando você,” disse Socrat, iniciando uma nova investida
enquanto Rod lentamente se levantava mancando.
"Não!"
“Nós não vamos deixar você!”
May disparou sua magia, e Aleah brandiu sua espada, mas nem
deles poderia parar a carga de Socrat.
“Este é o fim.”
Houve o som feroz do impacto como o de uma colisão de carro. No momento seguinte,
Rod estava voando pelo ar.
“Vara Mestre!” Claire gritou.
Seu corpo caiu no chão com um baque pesado.
"Isso é um", disse Socrat. "E vocês dois são ne-"
"Heh... heh heh..." Rod riu fracamente.

“Que tenaz. Você ainda respira.”
“Como eu disse... eu não posso me deixar parecer manco... na frente da garota

que eu gosto,” Rod disse com grande esforço. Parecia que ele não aguentava mais.
“Hmm… Eu recomendo sua tenacidade, mas o que você pode fazer? Está claro
que você está à beira da morte.”
"Eu não tenho que fazer nada... Já está feito."
"Hum?" Socrat deu uma olhada em Rod antes de cair de joelhos. “Ngh…?
O que é isto?"
“Heh heh… Você ainda não percebeu?”
"M-meu corpo está... enfraquecido!" O corpo de Socrat começou a esvaziar

como um balão. “O que você fez comigo?!”
"Nada demais... Acabei de dar ao Focalizador que você destruiu a chance de

vingança."
Embutido nas costas de Socrat estava o canhão do Focalizer destruído.

"O que?!"
“Essa parte há uma ferramenta mágica que libera energia mágica reunida. Não sei
como funciona sua regeneração, mas estou disposto a supor que depende da magia. Então,
o que acontece se tudo isso estiver espalhado no ar?”
"Nngh, eu não posso tirá-lo!" Socrat puxou desesperadamente a ponta do canhão,

mas se fundiu com seu corpo e não se mexeu.
“Vou lhe dar um último conselho antes de deixar este mundo: em

batalhas de astúcia entre fracos, os humanos sempre vencem.”
"Impossível! Como eu poderia ser derrotado dessa maneira?!” de Sócrates

corpo tinha encolhido ao tamanho de uma vaca e ainda continuava a diminuir.
“Apenas desista, velho.”
“Humph. E pensar que você tinha uma jogada dessas na manga. eu gostaria de ligar
essa sorte cega, mas entendo muito bem que o acaso favorece a mente preparada. É
por isso que não suporto humanos.” Socrat suspirou, parecendo ter se rendido.
"Deixe-me perguntar mais uma coisa antes de você ir", disse Rod. “Como funciona
sua regeneração, afinal?”

“Por que você quer saber?”
“Se outro cara como você aparecer, eu quero ser capaz de matá-los de verdade.”
“Ha ha. Bha ha ha ha!” Socrat tremia de rir enquanto ficava cada vez menor. Depois
que seu riso diminuiu, ele disse: “Sim, por que não? Eu vou te dizer como eu estou morrendo
de qualquer maneira. Minhas células podem se desintegrar temporariamente em magia e
reformar o todo. Mas se eles estão espalhados contra a minha vontade como estão agora, então
não posso convocá-los de volta a tempo. Ha ha, finalmente, a libertação da morte vem a mim! Que
alegria!” Socrat sorriu alegremente.
“Perdoe-me, minha Rainha Demônio. Vou partir daqui. Desejo-lhe o melhor em sua batalha que
está por vir.”
“Você me serviu bem.”
Depois de trocar suas últimas palavras com a Rainha Demônio, o corpo de Socrat encolheu
a um ponto e desapareceu sem deixar vestígios, desta vez para sempre. Com um tinido, o canhão
do Focalizador caiu no chão. O demônio invencível Socrat foi morto.
"Ah, cara, isso foi difícil..."

“Vara Mestre!”
“Que, cure-o!”
Os gêmeos correram até Rod e começaram a cuidar dele. Ele estava consciente, mas
suas feridas eram profundas.
"Agora Socrat me deixou também..." a Rainha Demônio murmurou. Eu poderia jurar

que ouvi tristeza em sua voz. Parecia que os Três Grandes Arquidemônios não eram apenas
peões descartáveis para ela. “Mas ele foi bem. Sem essa ferramenta mágica, você não tem como
me prejudicar.
Claire mordeu o lábio em frustração. Nem mesmo seu Raio Mágico, meu Absoluto
Zero, a magia de Manaria ou os ataques de Lilly podem perfurar sua barreira.
Estávamos sem opções.
“Eu perdi meus Três Grandes Arquidemônios, mas... Bem, eu posso pensar em
o que fazer depois de matar todos, menos a senhorita Claire.” A Rainha Demônio
casualmente acenou com a mão em nossa direção.

Rapidamente ergui uma barreira de carboneto de tungstênio, mas seu ataque de onda
negra a atravessou como manteiga.
"Abaixe-se!"
Senti uma mão me empurrar por trás quando caí no chão.
"Obrigado, senhorita Claire."
“Não se esqueça, Rae: os ataques dela não podem ser defendidos.” Claire
cautelosamente se levantou e olhou para a Rainha Demônio.
“Você parece confuso,” a Rainha Demônio disse. “Sou 'eu' realmente

importante para você?"
“Rae não é você. Você perdeu de vista a si mesmo e caiu na maldade. Eu não
sinto nada por você,” Claire disse. Quando a Rainha Demônio não respondeu, Claire continuou:
“A Rae que eu amo é alguém que nunca desiste, que me ama e que está sempre lá para me
mostrar o caminho.”
"Ainda estou aqui para te mostrar o caminho, no entanto... O caminho para a ruína."
“Obrigado, mas temo que terei que recusar.” Claire pegou meu
mão, mas antes que ela pudesse agarrá-la, a Rainha Demônio atacou.
“Eu não vou deixar você usar seu elenco duplo. Isso é um pouco perigoso
demais, mesmo para mim,” a Rainha Demônio disse.
O elenco duplo foi a única coisa que não tentamos contra ela até agora,
e não parecia que ela estava interessada em nos deixar fazê-lo.
"Independentemente do que você pensa de mim, Srta. Claire, eu vou fazer do meu jeito."
“Você é um tolo teimoso.”
“Talvez eu esteja.” A Rainha Demônio deu de ombros. “Só tenho um desejo

deixei. Para pôr fim a tudo e depois desvanecer-me eu mesmo.”
Parecia que nem mesmo as palavras de Claire poderiam alcançar a Rainha Demônio
agora.
***
Ponto de vista de Rod Bauer

"Droga..." Com sentimentos de vergonha, eu assisti a batalha feroz se desenrolar

entre os escombros da sala do trono.
“Pela última vez, Mestre Rod, você tem que parar de se mexer!”
“Você não vai se curar se não ficar parado!”
"Sim, sim, meu mal."
May e Aleah me repreenderam bruscamente, mas eu não estava pensando em realmente

Cuidado. Droga… Vamos perder nesse ritmo.
Graças ao meu descuido imprudente, nosso ás na manga, o Focalizer,

havia sido destruído. Além do mais, a barreira mágica da Rainha Demônio estava mais forte do
que antes. Claire e Rae pareciam estar tentando algo, mas não estava dando certo. As coisas
pareciam ruins para nós.
"Tem que haver algo que eu possa fazer..." eu murmurei baixinho. EU

me considerava bastante brilhante, mas não importa o quanto eu pensasse, nenhuma ideia
meio decente vinha à mente. Minha melhor ideia era tentar usar o canhão do Focalizador para
espalhar a magia da Rainha Demônio como eu fiz com Socrat, mas isso só funcionou contra ele
porque eu o peguei de surpresa. Tendo assistido nossa luta, a Rainha Demônio provavelmente não
seria vítima dela. "Então, o que diabos eu posso fazer?"
A única outra vez na minha vida que me senti tão atormentada pela minha própria
impotência foi após a erupção do Monte Sassal.
A erupção me deixou gravemente ferido. Eu estava no meio de uma tentativa de evacuar

uma vila no sopé da montanha quando ela explodiu e acabei esmagada. Até então, eu vivia
pensando que podia fazer qualquer coisa. Mas enquanto eu estava lá com meu braço esmagado
e minha magia esgotada, percebi o quão incapaz eu realmente era.
Felizmente, a evacuação terminou antes da erupção, então nenhum dos aldeões foi
ferido. Mas a pequena aldeia carecia de instalações médicas adequadas, e eu permaneci à
beira da morte por algum tempo. A única razão pela qual eu sobrevivi foi porque os aldeões
colocaram meu próprio bem-estar antes do seu.
Os aldeões estavam seguros, mas haviam perdido a maioria de suas casas e estavam
sem comida. Eu era um fardo para eles. Por todos os direitos, eles deveriam ter me deixado

morrem e se concentram em sua própria sobrevivência. Mas eles escolheram não me abandonar...
simplesmente porque eu era um príncipe de Bauer.
A aldeia tinha fortes valores tradicionais, os mesmos valores que eu considerava arcaicos.
Se eu fosse apenas um viajante, eles definitivamente teriam me deixado morrer, mas porque eu era
da realeza, eles se esforçaram para me salvar. Fui salvo pelos próprios valores que desdenhava, e
isso me deixou em conflito, pois me dei conta de que tinha vivido uma vida definida pela vaidade.
Deixei-me pensar que era todo capaz quando na realidade eu não era nada
sem o povo de Bauer - pessoas que logo percebi que nem necessariamente viam o mundo
como eu via e que tinham valores tão numerosos quanto o
estrelas.
Quando pensei um pouco mais, percebi que Thane deve ter vindo
a esta verdade muito antes de mim. Ele tinha um leve complexo de inferioridade e era
perceptivo às diferenças entre ele e os outros por causa disso. Quanto a Yu... Ela sempre foi
uma espécie de gênio, então ela provavelmente sabia também.
Só que eu era ignorante com o mundo ao meu redor. eu era o imperador tolo
desfilando em suas novas roupas imaginárias.
Então, eu deixei a família real. Em parte, isso se deveu ao clima político que queria que
Thane fosse rei, mas principalmente porque percebi que não era digno de ser da realeza.
Querendo encontrar algo que eu pudesse fazer pelo meu país, alistei-me no exército,
pois achei que aquele tipo de lugar seria melhor para mim. O treinamento foi duro; Eu não podia
contar quantas vezes eu beijei a sujeira sem magia. Mas tudo bem para mim, pois significava
que eu havia encontrado os limites do que eu era realmente capaz.
Pense, porra. Você não pode desistir ainda, não quando eles não desistiram.
Rae, Claire, Manaria, Lilly – essas quatro que eu já tive a arrogância de ver como minhas donzelas
em perigo agora estavam lutando pelo amanhã da humanidade. Como eu poderia me chamar de
homem se desisti aqui?
Mas por mais que doa admitir, eu não posso lutar mais. Então e esses dois...? Não,
não seja estúpido, pensei enquanto observava os gêmeos cuidarem cuidadosamente de
minhas feridas. Crianças como elas nem deveriam estar em um campo de batalha como este.
Não estava certo. Mas também era verdade que eles eram mais úteis do que eu no momento.

“Seu pensamento pode ter mérito, Rod Bauer.” Uma voz, plana e monótona, de
repente falou na minha cabeça.
“Acho que é você, TAIM?”
"Sim. Eu não posso pegar emprestado o corpo de Lilly Lilium atualmente, então estou entrando em contato
com você diretamente.”
“Vá direto ao ponto. O que você quer?" Eu perguntei apressadamente.
“Deixe os gêmeos agirem como substitutos do Focalizador.”

"O que?"
“A energia mágica reunida ainda está armazenada dentro de sua pedra mágica; você
só precisa de algo para converter e focar.”
Olhei para os restos do Focalizador e vi que a pedra mágica estava

ainda intacto. Estava enterrado sob alguns destroços, mas manteve seu brilho brilhante. Era
como se o povo de Bauer estivesse comigo agora, dizendo: “Estamos apenas começando. O
que você está esperando? Vamos fazer isso."
“Claro, só precisamos converter e focar a energia, mas essa é a parte mais difícil”, eu
disse. “Você tem alguma ideia de quanto tempo eu levei para...”
“Aqueles dois podem fazer isso.”
Eu não podia acreditar em meus ouvidos. Eu tive que quebrar a cabeça de inúmeros
estudiosos de magia para terminar meu Focalizer, e TAIM estava dizendo que essas crianças
poderiam replicá-lo por si mesmas?
“Explique para eles. Eles saberão o que fazer se você lhes disser para usar a Espada
de Feitiço.” TAIM não explicou mais nada. Como antes, ela disse o que queria e foi embora.
Eu estava confuso, mas se havia uma chance, então eu tinha que aproveitá-la. Parecia um
pouco patético ter que confiar em duas criancinhas assim, mas eu não ia deixar meu orgulho idiota
me parar. Isso era algo que o velho eu teria feito.
“May, Aleah, você pode parar de cuidar de minhas feridas agora. Em vez disso, preciso
que você faça algo por mim.
"Sim?"
“O que é isso, Mestre Rod?”
“Tem a ver com essa ferramenta mágica aqui, o Focalizer…” expliquei

tudo o que o TAIM me contou da forma mais simples que pude. Eu não tinha ideia do que
uma Spell Sword deveria ser, mas eles pareciam saber.
“Ok, entendi!”
"Eu entendo!"
Os gêmeos pareciam tão seguros que me preocupavam. “Você realmente

entende? Tipo, cem por cento?”
“Nós apenas temos que pegar a magia nesta pedra mágica e acertar o escudo preto
da Rainha Demônio com ela, certo?” May perguntou.
"Sim, eu acho."
“Isso soa perfeito para nós!” disse Alah.
Eles realmente sabiam o que fazer, assim como o TAIM havia dito.
“Cuidado conosco, Mestre Rod!” disse maio.
"Huh? O-oh, com certeza.”
Sem esperar minha resposta, May tirou sua bolsa e a colocou

no chão. “Você também nos observa, Ralaire!”
“Sim, cuide de nós, Ralaire.”
Uma gosma de água saiu da bolsa e estremeceu como se respondesse às meninas.
"Você está pronta, Aleah?"
"Quando você é."
May pegou a pedra mágica dos destroços com as duas mãos

e fechou os olhos. Aleah brandiu a espada que recebeu de Dorothea e olhou diretamente
para a Rainha Demônio.
“Alah, agora!”
"Indo!" Aleah avançou com uma velocidade impensável para sua idade. Ela
segurou sua espada baixa, rapidamente se aproximando da Rainha Demônio.
“Ei, pare, o que você está pensando?!” Eu gritei.
“Está tudo bem, isso faz parte do plano!” disse maio. Eu me virei para olhar para ela
e a vi cercada por quatro luzes brilhantes – representando terra, fogo, vento e água: os quatro
elementos clássicos. Essas luzes eram a prova de que ela era

extraindo e controlando com sucesso a energia armazenada da pedra mágica.
"Você está brincando comigo..." eu murmurei.
"Ngh..." May parecia estar lutando, no entanto. Eu não podia culpá-la;

a pedra mágica havia reunido energia de toda Bauer e ainda a estava coletando neste exato
momento. Nem mesmo eu, com meu reservatório de mana ultrajante, poderia lidar com tal
quantidade fluindo através de mim.
“May, não se esforce!” Eu avisei.
"Não! Eu vou lutar junto com Mama Claire e Mama Rae!” ela gritou.
Percebi naquele momento que ainda tinha espaço para crescer. A vontade de lutar
poderia ser convocado por qualquer um. Os dias em que homens sozinhos travaram batalhas
ficaram para trás.
“Mestre Rod, fora do caminho!” ela gritou.
Eu rapidamente limpei o caminho no momento em que um fluxo de luz branca ofuscante

derramou do corpo de May.
“Toma, Aleah!”
A luz voou pelo campo de batalha como uma estrela cadente, voando direto para
Aleah enquanto ela levantava sua espada.
"Haaaaaaaiiii-" A luz começou a envolver Aleah. Um flash brilhante me cegou por um

instante, e no seguinte, a luz convergiu em sua espada.
A luz se fundiu em lâmina quando ela deixou nossos eus sem palavras para trás e se tornou aquela
estrela cadente. “—yaaaaaaah!”
Sua lâmina caiu na barreira mágica da Rainha Demônio. Leve

e a escuridão crepitava como eletricidade enquanto eles colidiam um com o outro.
"Você…!" a Rainha Demônio fervia enquanto a escuridão gradualmente empurrava de volta

contra a luz.
Estava condenado? Será que isso não foi suficiente?
Um lampejo de surpresa cruzou o rosto de Aleah. Ela mudou um pouco o aperto da espada
e gritou: “Assim, certo, Mestre?”
No instante seguinte, um rugido ensurdecedor soou junto com um flash de luz.
“Ngh!” Eu reflexivamente protegi meus olhos.

O que quer que tenha acontecido acabou, e em tão pouco tempo.
“Kyah!” Ouvi uma voz estridente do meu lado. Eu olhei e vi Aleah

ali, caído de costas. "Ai... eu perdi meu pouso."
“Alah? O que você está fazendo aqui?" Eu perguntei em transe.
May correu até nós. “O que você está sonhando, Mestre Rod? Aleah e eu fizemos o que
você nos disse!
Virei minha cabeça para trás para olhar para a sala do trono.
“Agora você conseguiu,” a Rainha Demônio disse em um joelho, sua barreira mágica se
foi.
"De jeito nenhum", eu murmurei.
“Conseguimos, Aleah!” Maio aplaudiu.
"Sim, nós fizemos, May," Aleah disse com um sorriso. As meninas compartilharam um
high five, sem se importar com o estado estupefato dos adultos.
“Ha ha… pfft ha ha ha ha!”
Quanto a mim? O que mais eu poderia fazer além de rir? Mesmo Rae e Claire, suas
mães, pareciam chocados fora de suas mentes.
"Suas filhas são outra coisa", eu disse. As crianças seguiram seus

pais, suponho.
"Ufa... estou cansada", disse May.

"Eu também..." Aleah disse.
“Vão em frente e tirem uma soneca, vocês dois,” eu disse. “Você já fez o suficiente. Deixe
o resto para suas mães.”
"Sim…"
"Acho que vou…"
Os gêmeos se deitaram no chão e começaram a cochilar como o

campeões eles foram.
"Oh sim. Aleah, você mudou sua pegada no meio do caminho, não foi?
Por que foi isso?” Eu perguntei.
"Hum…? Eu ouvi... a voz dela... – ela disse.
"Huh? A voz de quem?”

"Mestre... Ela me repreendeu... 'Não assim, assim '..." Depois de dizer isso, Aleah
adormeceu completamente.
"Huh... algo assim é possível?" Eu me perguntei.

Aleah aprendeu a lutar com Rae, Claire, eu e uma outra. Para mim, aquela outra tinha sido
a inimiga mortal do meu pai, mas para Aleah ela tinha sido uma boa mestra.
“Ei. Eu vou agradecer só desta vez, Dorothea.” Eu dei um sorriso irônico para o
Espada Deus que não era mais deste mundo. Por um breve momento, senti um olhar
sobre mim. Olhei em volta, mas não encontrei mais ninguém lá.
"Heh, estou começando a imaginar coisas..." Deixei meu corpo cansado cair
no chão e senti um vento frio soprar sobre mim. Abandonando minha consciência, caí
em um sono profundo.
***
POV de Lily Hall
Por um momento, temi que o ex-príncipe Rod tivesse me notado, mas parecia
que minhas preocupações eram injustificadas.
Eu estava em uma floresta a uma curta distância do castelo imperial

observando a batalha da Rainha Demônio com uma ferramenta mágica de visão de longo
prazo. Esta ferramenta de visão de longo prazo tinha sido originalmente uma das invenções
do império, um produto de suas tentativas de trazer magia de teletransporte para o homem
comum. A esperança era conectar dois locais distantes através de algo conhecido como
gateway, mas o projeto foi amplamente abandonado devido à sua inviabilidade.
Em teoria, era factível, mas uma pedra mágica de alta qualidade e uma grande quantidade de
energia mágica - a par com a de um demônio - eram necessárias para abrir um portal
significativamente grande o suficiente. O que era pior, a tensão da criação do portal destruiria
a pedra mágica, levando a
custos.
Anteriormente, eu tinha usado esta ferramenta mágica para ajudar na antiga rainha
A conspiração de Riche para assassinar Rae Taylor. Eu tinha sido capaz de criar um
portal grande o suficiente, graças à pedra mágica que a Rainha Demônio tinha

me concedeu, assim como o tremendo poder de Socrat, mas para meus próprios dispositivos, um
portal de uma polegada de largura era suficiente para espionar.
Devido ao seu custo, tive que escolher cuidadosamente a oportunidade de usá-lo, mas
agora era certamente a hora, se é que havia alguma. Aquele par repugnante, Rae Taylor e Claire
François, foram distraídos pela Rainha Demônio, me dando a chance perfeita de roubar o que
eles consideravam mais precioso: suas filhas. Por que eles tinham ido tão longe a ponto de
acolher duas órfãs que não eram de seu próprio sangue para satisfazer seus desejos maternos
estava além de mim, mas o fato era que as meninas eram importantes para eles.
Assim como aquelas mulheres haviam tirado tudo o que era caro de mim, eu agora tiraria
tudo o que era caro para elas.
Depois daquela revolução diabólica, fui jogado na prisão. Eu escapei da pena de morte
oferecendo meu conhecimento diplomático, mas havia perdido o apoio do império e vivia uma
vida muito pior do que antes. Era como se eu estivesse de volta à minha antiga casa de família.
Nasci na mais baixa nobreza e vivi quase tão desamparado quanto a casa de
Aurousseau. Éramos nobreza apenas no nome.
Papai era um bêbado, e mamãe só reclamava sem nunca se esforçar para mudar nossa realidade.
Percebi desde jovem que eu iria definhar se ficasse naquela

casa e fiz o meu melhor para escapar pela única maneira que eu conhecia: estudando.
A Royal Academy ainda era em grande parte um lugar para crianças nobres socializarem, mas
aqueles que realmente queriam aprender ainda podiam fazê-lo. Trabalhei com meus livros,
resisti aos olhares frios dos nobres de alto escalão e me formei como o primeiro da minha classe.
Depois de me formar, fui procurado para me tornar um funcionário do governo. o

o governo já estava completamente corrupto naquela época, e o número de nobres
competentes podia ser contado nos dedos de uma mão. Fui tratado com frieza pela nobreza de
alto escalão, mas nunca tive problemas por causa de minha habilidade. Eu era útil para eles,
por assim dizer.
Enquanto aqueles nobres de alto escalão desperdiçavam seu tempo com diversões,
trabalhei desde o amanhecer até tarde da noite. Eu havia abandonado a casa da minha
família há muito tempo e ignorava o pedido de dinheiro dos meus pais a cada passo. Por que eu
deveria ter dado algo a eles quando eles nunca me deram nada além da capacidade de me chamar
de filho de uma nobreza desgraçada?

Em pouco tempo, meus pais pararam de tentar entrar em contato comigo e, mais
tarde, soube de seus suicídios. Sem nenhum sentimento particular sobre o assunto, herdei
o título de família, bem como a dívida colossal que deixaram. Trabalhei ainda mais do que
nunca para pagar, vivendo sem maiores aspirações diante de mim.
Meu ponto de virada veio quando o falecido rei l'Ausseil assumiu o trono.
Ele era jovem e defendia a meritocracia, aprovando políticas que permitiam que aqueles com
talento subissem, independentemente de nossa formação. Eu acreditava que seus ideais eram
irreais, meros sonhos fantasiosos, mas ele viu potencial em mim e me promoveu acima dos
nobres que uma vez me desprezaram.
Foi nessa época que conheci Lulu e Riche, que mais tarde se tornariam rainhas
consortes. Ambos vinham de algumas das linhagens familiares mais altas, então todos os
homens ao redor deles eram de nível inferior.
Talvez por isso, nenhum deles me desprezou, e eles até me reconheceram adequadamente
por minha habilidade. Por mais que eu queira esquecer esse passado vergonhoso agora,
admito que senti amor por eles na época.
Eventualmente, Lulu se tornou rainha, mas nossos encontros secretos

continuaram. Ganhei seu apoio político e voei na hierarquia. Mas nosso relacionamento chegou
a um fim abrupto quando ela deu à luz meu filho. Thane, como ele seria chamado, tinha uma
aparência distintamente diferente de seu irmão mais velho Rod, então eu me preparei para minha
ruína. Eu acreditava que isso seria o fim da linha para l'Ausseil, mesmo com todas as suas
crenças meritocráticas. Na esperança de manter pelo menos algum status, gravei uma conversa
com Lulu como chantagem. Eu sabia que não adiantaria nada se chegasse a isso, mas eu tinha
que pelo menos tentar; qualquer coisa para me impedir de acabar como meus pais.
Estranhamente, l'Ausseil nunca falou nada sobre isso. Ele aceitou Thane como seu
segundo príncipe e eventualmente me fez chanceler de Bauer. Havia uma chance de ele nunca
ter percebido, mas tenho a sensação de que ele sabia – eu ocasionalmente o pegava olhando
tristemente para Thane. Ele era simplesmente muito covarde para trazer o assunto à tona.
Comecei a duvidar se um covarde como ele estava realmente apto para ser nosso rei.
Eu já era chanceler, então por que não deveria mirar ainda mais alto? Secretamente, entrei
em contato com Nur, nosso inimigo. A imperatriz me prometeu que eu seria feito rei se
ajudasse a fazer de Bauer um estado vassalo de Nur, e eu concordei. As coisas estavam
indo perfeitamente.

Mas então Rae Taylor e Claire François vieram e desfez tudo

meu trabalho duro. Os dois expuseram meu trato com o império e demoliram o sistema
de aristocracia que governava nosso país. Meu plano de me tornar o governante do próximo
governo falhou, e fui preso — tudo por culpa deles. Eles tiraram tudo de mim, então eu me
dediquei à vingança.
Com a ajuda de Riche, escapei da prisão, mas o império já havia me

abandonado. Foi quando a Rainha Demônio ofereceu sua ajuda. Ela disse que me ajudaria a
matar Rae Taylor e Claire François. A Rainha Demônio era aterrorizante, mas nossos interesses
se alinharam. Eu teria feito qualquer coisa por vingança, até suportar olhar para o rosto da
Rainha Demônio, uma imagem espelhada de Rae Taylor.
Mas eles se mostraram resistentes. Eles superaram a tentativa de assassinato de

que eu usei Riche, bem como o sequestro de seus filhos, colocando Lana, um peão que eu
havia preparado antes da minha prisão, para o lixo. Meu ódio ferveu sem lugar para desabafar,
em vez disso, construiu uma pressão terrível dentro de mim.
Mas agora eu tinha minha maior oportunidade ainda. Através do meu pequeno
portal, despertei sutilmente aquele chamado Maio com minha magia.
"Nh?"
Seus olhos se abriram sonolentos. Olhei para eles através do meu portão e disse: “De
agora em diante, você será meu fantoche”.
Seus olhos perderam o brilho, prova de que minha hipnose havia se consolidado.
Ou assim eu tinha pensado.
"Isso é o suficiente, Salas", disse ela em uma voz que não era a sua.
"O que…?" Eu reconheci aquela voz antes de algum lugar. “Dole François?!”
“Minhas filhas e netas estão lutando contra o próprio destino. Eles não têm tempo a perder
com pequenos jogadores como você.”
"Como isso é possível?!" Minha mente disparou, tentando desesperadamente

entender a situação.
A voz continuou: “A partir de agora e até sua morte, você vagará por um sonho
sem fim. Você está livre para amaldiçoar seu destino nesse sonho e está livre até para se
arrepender de seu passado; mas não importa o que você faça, você vai

nunca acorde.”
“Não, Dole, espere!”
“Tenho certeza que você tem muito a dizer, mas esta mensagem é apenas uma gravação.
Não há nada que eu possa fazer para mudar seu destino.”
“Espere, Dole! Espere!"
“Adeus, Salas. Vejo você no inferno.”
No instante em que a voz foi cortada, meu ambiente mudou. Eu estava em uma
mansão decadente que reconheci – minha antiga casa de família.
"O que é isto?" Olhei em volta e vi rostos que eu conhecia. "Mãe?
Pai? Barão Thompson e Conde Yale? Mesmo Lilly e Lana? O que vocês estão fazendo aqui?”
Todo mundo que eu já abandonei olhou para mim por trás das sombras
dos pilares e pelas janelas.
“Não, não olhe para mim! Eu disse não olhe para mim! Eu sou diferente de todos vocês!
Estou destinado a mais do que isso!” Fugi de seus olhares odiosos. Corri e corri, depois corri um
pouco mais até me sentir segura.
Mas antes que eu percebesse, eu estava diante da minha família em casa novamente.
“E-alguém! Ajude-me!" Eu implorei por ajuda como um covarde e corri, mas

não importa em que direção eu fosse, eu voltava para aquela velha mansão, com os olhos deles
me seguindo por toda parte.
Esse processo continuou repetidamente pelo que pareceu uma eternidade.

Eventualmente, eu implorei: "Por favor, deixe tudo acabar!"
A mansão desapareceu e o nada tomou seu lugar. Eu era

cercado por uma completa ausência de luz, pura escuridão.
"O que? Onde estou?"
Desesperado, pedi ajuda. Nenhuma voz respondeu. Não havia sequer um eco. O que era
esse lugar? Dole havia dito que isso continuaria até que eu morresse... Eu realmente iria encontrar
meu fim aqui?
"Não não não! Assim não! Alguém, alguém salve meeee!

Aaaaaaah!”
Eu gritei sem parar na escuridão, mas nenhuma salvação veio.

***
Ponto de vista de Dole François
“Eu vou embora, então. Por favor, cuide do que discutimos, Dole.
“Claro, Alteza.”
Eu vi Thane com uma profunda reverência. Depois que ele saiu, eu fiz uma careta. "Hum…"
"Algo está acontecendo, sogro?" Lana perguntou. Ela estava me ajudando

com a logística de suprimentos para a batalha. Meu escritório no palácio real estava
cheio de documentos não processados. Eu precisava de toda a ajuda que pudesse obter,
mesmo nos lugares mais inesperados.
Inicialmente, fiquei um pouco desanimado ao ver que essa garota foi enviada para
me ajudar, com seu comportamento excêntrico, mas decidi que poderia ignorar sua
personalidade por causa de sua surpreendente competência. Eu não poderia, no entanto,
ignorar como ela se dirigiu a mim.
“Chega de piadas. Eu não sou seu sogro,” eu disse.
“Caramba, você é tão teimoso. Mas eu meio que gosto disso. É super como a Sra.
Rae!”
Suspirei. Não importa quantas vezes eu a avisei, ela não cedeu.
Assim que voltei para Bauer, comecei a me preparar para a batalha com a
Rainha Demônio coordenando suprimentos para os soldados com Lene.
Lene estava cuidando de sua parte perto das linhas de frente, enquanto eu cuidava dessa
parte.
Thane, que tinha acabado de deixar meu escritório, começou a apoiar os soldados
no momento em que voltou para Bauer também. Compreendendo que nosso reino ainda
não havia se estabilizado da revolução e teria dificuldade em conseguir provisões sozinho,
ele abriu negociações com líderes de Sousse e dos Alpes. Ele ainda não tinha experiência
como rei, mas estava se mostrando capaz.
Algum dia, ele poderia até superar seu pai l'Ausseil, que havia sido exaltado por sua
sabedoria.
"Então? Tipo, o que há com o rosto comprido?” Lana perguntou.

“Senti a magia que lancei em maio ativar.”
"Oh? Você pode usar magia, Mestre Dole? Seus olhos se arregalaram de surpresa.
“Sim, mas não é do tipo adequado para a batalha. Chama-se magia dos sonhos. EU
use-o colocando uma armadilha dentro de uma mente.”
“Uau, isso é tão legal!” ela disse com os olhos brilhantes.
Minha magia dos sonhos era magia da terra de aptidão média, e funcionava prendendo
a vítima em um sonho sem fim. Geralmente, eu só coloco a armadilha em minha própria mente
para proteção, mas também posso colocá-la na mente dos outros. Eu lancei tais feitiços em toda
a minha família, e senti que aquele que eu lancei em May tinha aparecido.
A magia dos sonhos era poderosa, mas vinha com condições estritas de
ativação. Ele só respondeu quando sentiu uma magia específica de uma pessoa específica,
ambos escolhidos quando eu defini a magia, e eu só podia defini-la em tantas pessoas ao
mesmo tempo. Além disso, se eu quisesse configurá-lo para responder, digamos, à magia
hipnótica de Salas, eu precisava entender intimamente o funcionamento interno de sua magia.
Ele manteve os detalhes de seu poder em segredo, representando um grande desafio para
mim. Eu trabalhei com o ex-Cardeal Lilly para tentar analisá-lo, mas não foi até que Lana
ofereceu sua bandana de ferramenta mágica que fomos capazes de entendê-lo completamente.
Tenho certeza de que lembrar de Salas trouxe alegria e tristeza para Lana, mas
ela ainda nos ajudou ansiosamente. Graças a ela, fui capaz de decifrar a magia de Salas
enquanto estava na capital imperial, lançar minha magia dos sonhos em minha família em
Zurück antes de partir e, por fim, atirei minha armadilha em Salas.
“Neste momento,” eu disse, “Salas está preso dentro da minha magia.”

"Oh. Então…"
“Seus dias de maldade terminam aqui.”
Lana pareceu se encolher por um momento antes de forçar um sorriso. "Entendo... Então
papai está acabado, então."
"Sim."
Para mim, Salas não passava de um inimigo amargo; mas para Lana, ele já foi um
substituto para um pai. Ela deve ter se sentido em conflito. Esperei em silêncio que ela reunisse
seus pensamentos.

Depois de um breve silêncio, ela disse: “O que é uma família, afinal?”
Uma pergunta simples que carecia de uma resposta simples. Encontrei-me duramente
pressionado por uma resposta.
“Papai e eu éramos estranhos, mas Lilly e papai eram parentes de sangue. Então, por que
ele nos viu como ferramentas?” Suas palavras pareciam menos para mim e mais para processar
seus próprios pensamentos. "EM. Rae e May não são parentes de sangue, mas compartilham um
vínculo mais forte do que a maioria das famílias.”
Pensei em minhas filhas e netas e me vi de acordo com sua avaliação.
“O que significa ser um parente de sangue, afinal? O que significa ser família?”
Suas perguntas fizeram meu coração doer. Lentamente, encontrei as palavras para falar.
— Já lhe disse que costumava ser da nobreza?
"Sim. Ministro das Finanças ou algo assim, certo? Muito legal."
“Sim, mas isso não é importante. Como nobre, eu acreditava que manter uma linhagem
direta era crucial.”
Lana não disse nada, mas insistiu para que eu continuasse com seu olhar. Eu fiz exatamente
isso.
“É por isso que inicialmente me opus ao relacionamento de Claire e Rae.”
“O quê?!” Lana ficou de olhos arregalados. Fiquei surpreso que ela achou isso tão
inesperado. “M-mas, Mestre Dole! A Sra. Rae me disse que você nunca disse nada contra o
relacionamento deles!”
“E isso é verdade.”
"Ok, então o que há com isso?"
Continuei a abrir o cofre de segredos que guardava dentro de mim. "Até eu

os vi juntos, sempre acreditei que uma família tinha que ser de sangue, que os filhos tinham
que ser descendentes diretos de seus pais.”
"Sim, isso é o que a maioria das pessoas pensa, certo?"
"De fato." Fui educada para acreditar nisso e nunca pensei em pensar de outra forma
até conhecer Rae Taylor, minha segunda filha. “Conhecer Rae mudou Claire. Ela começou a
sorrir, bem como a expressar sua frustração.”

"Sério? A Sra. Rae me disse que a Sra. Claire sempre foi uma pessoa voluntariosa.
“Há verdade nisso, mas Claire, como ela estava, estava insatisfeita com o mundo ao seu
redor.”
Claire tinha perdido sua mãe, sido encerrada no pequeno mundo que era a sociedade
aristocrática, e teve seu futuro definido – por mim.
“Mas Claire como ela é agora é diferente. Ela pode sorrir do coração e
mostrar sua raiva quando necessário. Ela pode se expressar livremente agora.”
Minha filha, que uma vez se forçou a morrer comigo pelo bem do reino, agora estava
livre. Eu tinha certeza que tinha Rae e minhas netas para agradecer por isso.
“Eu não quero nada além de Claire viver feliz, e ela está fazendo
apenas isso nos dias de hoje. Não há como tirar isso dela exigindo algo tão tolo quanto casar
com um homem e ter um filho.
"Você ainda quer que a Sra. Claire continue sua linhagem familiar?" Lana perguntou.
Eu pensei um pouco, então balancei a cabeça. “Lana, eu considerei isso por

algum tempo: o que exatamente eu quero passar para Claire? É meu sangue? Isso poderia ser
suficiente? Não, com certeza não.”
Lana ouviu em silêncio.
“O que eu quero passar para ela não é meu sangue, mas meus valores, minhas
crenças, minhas ambições; e tenho certeza de que ela veio para recebê-los. Mesmo que eles não
sejam nossos parentes de sangue, tenho certeza de que Claire passará as mesmas coisas para May
e Aleah, embora eu tenha certeza de que eles tomarão uma nova forma à medida que os tempos mudam.
Como avô deles, isso era tudo que eu poderia querer.
“Esses são meus pensamentos como pai. Não sei se consegui responder sua
pergunta, mas espero ter ajudado.”
“Obrigado, Mestre Dole. Suas palavras foram muito claras. Mas acho que não recebi
nenhuma dessas coisas de papai, e acho que não gostaria de receber, de qualquer maneira. Lana
sorriu fracamente. Eu entendi o que ela quis dizer: não havia nada a ganhar herdando os valores de
um vilão.
“Mas é claro,” eu disse, “você não é um pai, mas uma criança.”

"Huh?"
“Perdoe-me por falar de forma tão enganosa, mas tudo o que eu disse agora foi falado da
perspectiva de um pai.”
"O que você quer dizer?" ela disse, curiosidade escrita em seu rosto.
“Um pai pode tentar passar muitas coisas para seu filho, mas é um
direito da criança de recusar o que deseja. As crianças criam seus próprios valores,
crenças e ambições. Um pai pode desejar que o seu seja herdado, mas nunca pode forçá-lo.
A vida de uma criança é sua para liderar.”
"Meu próprio?"
"Sim. Viva a vida do seu jeito, Lana. Às vezes, um pai não é um guia
mas um modelo do que não se tornar.”
Lana caiu em pensamentos profundos. Voltei ao meu próprio trabalho para não
incomodá-la. Depois de algum tempo, ela disse: “Sim, esse tipo de coisa é um pouco difícil demais
para eu entender”.
"Eu vejo."
“Mas mesmo assim!” ela disse com a voz trêmula. Ela lutou para se recompor antes
de continuar trêmula, "Seria... seria realmente certo para mim tentar encontrar minha própria
felicidade?"
Ah, Lana... já tinha visto muitos como ela. Depois de guerras mortais, muitos desses
que sobreviveram foram atormentados com algo conhecido como culpa do sobrevivente.
Tendo sido uma das poucas que sobreviveram aos experimentos de Salas, ela também tinha
esses sentimentos.
"É claro. Você vingou os seus. Isso não é expiação suficiente?”
Aqueles perdidos nos experimentos humanos de Salas se foram para sempre, mas os de Lana
assistência para derrotá-lo tinha que ter trazido paz às suas almas.
Embora ela não pudesse nem chorar, eu a trouxe em meus braços em um abraço
suave do mesmo jeito.
***
“Quando você vai aprender a desistir?” A Rainha Demônio se levantou e

limpou a poeira de seu roupão. Sua barreira mágica se foi, mas ela não sofreu muito dano. Ela
franziu o cenho com desdém. “Não pense que você ganhou só porque quebrou minha barreira. Eu ainda
tenho muita magia para—”
"Senhorita Lilly!" Eu gritei, interrompendo a Rainha Demônio.
“R-certo!” Como havíamos planejado de antemão, Lilly começou a lançar o tempo

magia de manipulação que uma vez deu a Claire e a mim muito sofrimento.
"Eu vejo. TAIM deve ter avisado você, então,” a Rainha Demônio disse. Como
seu tempo diminuiu, senti sua magia enfraquecer muito. A aura opressiva que quase nos forçou a
ficar de joelhos recuou. Ela ainda tinha uma quantidade assustadora de magia em seu nome, mas
pelo menos agora tínhamos uma chance de lutar.
Uma coisa ainda me incomodava, no entanto. Olhei para a entrada do castelo imperial onde
Rod, May e Aleah jaziam exaustos e inconscientes. Eu estava preocupado que ataques dispersos
pudessem acabar atingindo-os.
“Não se preocupe, eu não vou mirar em alguém que já está fora do

lute,” a Rainha Demônio disse como se estivesse lendo minha mente.
“Nem mesmo se eles tiverem valor como refém?” Eu perguntei.
“Nem mesmo então. Vou me dedicar apenas a esmagar vocês quatro.” Sua
palavras não soavam como consideração gentil, simplesmente uma expressão de sua intenção
sincera de nos matar. “Todos os seus esforços não valerão nada, mas você é livre para lutar o quanto
quiser.”
A Rainha Demônio ergueu o braço direito com indiferença. A neblina começou a se formar
ao nosso redor.
"Senhorita Claire!"
"Nele!" Claire evaporou a névoa antes que pudesse congelar tudo. “Infelizmente, eu já vi
Judecca antes. Nem mesmo você pode me pegar desprevenido com isso!”
“Sim, eu tenho certeza que você tem. Esse 'eu' teria sido fraco, no entanto,” a Rainha Demônio
disse.
“E você está fraco agora. Talvez ainda mais fraco do que você era então.”
“Tenho minhas dúvidas sobre isso.”
"É assim mesmo? Bem, não há dúvida de que você se tornou uma versão distorcida
de quem Rae já foi. E não seremos derrotados por alguém como

deformado como você!” Claire gritou, fechando a lacuna entre ela e a Rainha Demônio
enquanto ela descia sua espada. Essa distância era de cerca de 18 metros, uma distância
que Claire não podia esperar fechar tão rápido quanto ela fez apenas com força física. Sua
façanha foi possível graças a um impulso da magia do vento de Manaria.
"Você realmente achou que um ataque tão simples me perturbaria?" a Rainha

Demônio levantou uma mão para bloquear.
"Eu não", disse uma voz por trás da Rainha Demônio.
Claire desapareceu no ar na frente da Rainha Demônio assim como

outra Claire apareceu atrás dela, balançando sua espada para baixo.
“Uma ilusão, então,” a Rainha Demônio disse improvisadamente. Sem mesmo

virando-se para olhar, ela ergueu um baluarte de pedra para bloquear o ataque de Claire.
A ilusão tinha sido mais uma vez obra de Manaria.
“Eu suponho que não será tão fácil,” Claire disse.
A Rainha Demônio balançou seu braço direito para o céu. Lâminas afiadas de pedra
saiu do chão e perseguiu Claire, fazendo sua retirada.
“Irmã, Lilly, segure a linha de frente comigo!”
“S-sim!”
"Certo!"
“Rae, apoie-nos de onde você está!”

"Entendido!"
Com Claire dando as ordens, nós quatro assumimos a formação. Claire continuou
a se esquivar das lâminas de pedra enquanto recuava enquanto Lilly e Manaria atacavam
a Rainha Demônio de ambos os lados simultaneamente. Lilly usou suas espadas curtas
enquanto Manaria usou uma espada longa, dando à Rainha Demônio um total de três
lâminas para se preocupar.
“Humph.” Pouco antes de suas espadas fazerem contato com a Rainha

Demônio, uma explosão feroz explodiu com ela no centro, forçando-os a recuar.
“Como você vai lidar com isso?”
A Rainha Demoníaca desencadeou um tornado de lâminas de gelo rodopiantes.

Eles se moveram para evitar o ataque, mas—
"E isto?"

A Rainha Demônio congelou o chão a seus pés, tornando-o muito escorregadio para
jogada.
“Mudança do Solo!” Eu rapidamente reverti o chão congelado de volta ao normal,

permitindo que Lilly e Manaria evitem o tornado por um fio de cabelo.
"Eu ainda não terminei!" Percebendo que a atenção da Rainha Demônio finalmente a
deixou, Claire se aproximou com sua espada por trás. Ela foi rápida, mas sua abordagem foi
direta demais. Mas era assim que minha querida Claire era.
“Lança Flamejante!” Uma vez a poucos passos de distância, Claire soltou uma lança
de fogo. Tal magia elementar com certeza falharia contra a Rainha Demônio, mas tudo bem.
Claire não estava mirando nela.
“Ah.” A Rainha Demônio percebeu tarde demais quando a lança atingiu o chão
a seus pés, criando uma nuvem de fumaça e roubando sua visão.
“Agora, irmã, Lilly!” Claire ligou, e os três atacaram como

1. Eu pensei que eles a tinham com certeza daquela vez, mas...
"Ingénuo."
Uma rajada de ar pressurizado veio em direção a eles. Eles tentaram se esquivar

o golpe invisível no último momento, mas não conseguiu fazê-lo completamente.
"Haaah...haaah..."
"E-ela é... forte..."
“Ela não é… a Rainha Demônio por nada…”
Claire, Lilly e Manaria estavam exaustas e ofegantes. Dentro

Em contraste, a Rainha Demônio estava ilesa fora do que Aleah conseguiu fazer com
ela.
"Curar!" Eu usei minha magia de cura neles. Com ela, devem ser capazes
lutar de novo — e depois? Estaríamos de volta à estaca zero. De certa forma, estávamos
forçando a Rainha Demônio a lutar defensivamente, mas não parecia que a tínhamos nas
cordas. Se alguma coisa, ela estava correndo em círculos
nós.
Sendo “eu”, ela não parecia saber como usar uma espada, mas sua magia por si
só nos derrotou. A julgar pelos feitiços que ela estava usando, ela não era uma conjuradora
dupla, mas uma conjuradora quádrupla como Manaria e May, e com alta aptidão ou

maior em cada atributo.
O aspecto mais problemático, no entanto, era que ela podia lançar seus feitiços sem
dizer suas palavras de ativação ou cantos. Era normal que praticantes avançados de magia
discernissem os efeitos de um feitiço vindo do idioma usado para convocá-lo. Veja, por exemplo,
Flame Lance, um feitiço que Claire costumava usar. Apenas ouvir a primeira sílaba, “Fla”, faria
um lutador veterano saber que esperaria um ataque de chamas e começaria a pensar em
contramedidas.
Mas isso não funcionou contra a Rainha Demônio. Por causa de sua energia mágica ultrajante,
pudemos sentir um acúmulo pouco antes de ela lançar um feitiço, mas foi isso. As probabilidades
estavam contra nós.
“Você ainda insiste em continuar?” a Rainha Demônio perguntou.
"É claro. Nós vamos derrotá-lo,” Claire disse.
“Admiro seu espírito, Srta. Claire. Mas duvido que dure muito mais.”
"Diga tudo o que quiser - você não pode me abalar."
“Muito bem, então. Eu acho que é suficiente esperar para ver de mim; a partir de
agora vou lutar a sério.”
Um choque de preocupação passou por nós quatro enquanto todos pensávamos a mesma
coisa: ela não estava falando sério ainda?
"Você está blefando?" Eu perguntei.
“Não, Rae,” Claire respondeu no lugar da Rainha Demônio. “Olhe para os pés dela.”
Eu fiz isso, que foi quando percebi que o chão havia sido demolido em todos os lugares,
exceto onde a Rainha Demônio estava.
"Não…"
"E-ela não deu um único passo?!" Lilly gritou, colocando em palavras o medo que todos
sentimos.
“É a minha vez agora. Você pode lidar com isso, Senhorita Lilly, Lady Manaria?”
Com um movimento do braço da Rainha Demônio, dois raios escuros de luz correram em
direção a eles.
"Ahhh!"
“Não!”

Rapidamente ergui uma parede de carboneto de tungstênio na frente deles, mas o

impacto ainda fez o par voar para trás.
“Tão poderoso...” Claire murmurou. "E essa magia, não é isso...?"
“Sim, é a mesma magia usada naquela vez que vocês dois estavam com Lana.
Embora Socrat tenha sido quem disparou daquela vez,” a Rainha Demônio disse, terminando o
pensamento de Claire.
Magia como essa não estava entre os quatro atributos que eu conhecia. Então o que foi?
“Isso é magia de atributo escuro. Apenas demônios podem usá-lo, mas permite muitos
ataques poderosos. Tal como este." A Rainha Demônio acenou com o braço novamente,
enviando três lâminas pretas em forma de meia-lua para mim.
"O-oh, não, você não!" Lilly voltou a ficar de pé, se esquivou diante de mim,
e tentou cortar fora o ataque. "H-hein?"
Mas as lâminas pretas varreram Lilly e continuaram a se mover em linha reta em

minha direção.
"Atirar!" Eu usei o Uplift para escapar para cima.
“Eles ainda estão seguindo, Rae!” Manaria avisou. Eu me virei e

vi que as lâminas negras se voltaram para me perseguir até o topo do meu pilar.
“Faça-me uma pausa já!” Disparei uma barragem de flechas de gelo e terra, de alguma
forma conseguindo erradicar as lâminas negras.
“Vou fazer você se aposentar primeiro, Rae Taylor.” A Rainha Demônio criou um
número incontável das mesmas lâminas pretas e as disparou em minha direção.
“Ah, vamos!” Mais uma vez, fiz chover magia de gelo e terra, mas algumas das lâminas
negras conseguiram escapar. Porcaria.
“Se pudermos lidar com o lançador!” Manaria disse enquanto atacava a Rainha Demônio,
pensando que tinha uma abertura.
Com perfeita compostura, a Rainha Demônio simplesmente pegou sua lâmina. "EU
sabia que você atacaria então, Lady Manaria. Seus sentimentos por esse 'eu' são muito fortes.”
“Claro que sim. E é exatamente por isso que não suporto a visão do que você se
tornou!”
“Que triste coincidência. Também não suporto ver você.

Com uma única mão, a Rainha Demônio levantou Manaria pela espada e a jogou em Lilly, que
estava tentando se aproximar para um ataque.
“Eeeee?!” Lilly entrou em pânico.
“Não, me esquive, Lilly!”
O aviso de Manaria veio tarde demais, e Lilly a pegou em seu lugar. No momento em
que o fez, um raio escuro disparou contra eles.
"Eeee!"
“Não!”
Eu assisti quando o par foi lançado para trás, minhas mãos ainda cheias de
combate às lâminas pretas.
A Rainha Demônio não precisava de corda para atacar. Isso, juntamente com o fato
de que ela não precisava de palavras de ativação ou cantos para lançar, fez sua magia parecer
quase instantânea.
“Senhorita Lilly, sua magia de manipulação do tempo está funcionando nela, certo?!” Eu
perguntei.
"E-Deve ser!"
“E ela ainda é tão rápida? Inacreditável."
Mesmo enfraquecida, ela permaneceu a Rainha Demônio.
“Por que você não me ataca?” Claire perguntou enquanto preparava sua espada.
Ela estava visivelmente desanimada, acreditando que estava sendo levada de ânimo leve.
“Perdoe-me,” a Rainha Demônio disse. “Eu não posso te matar.”
“Mas seus Três Grandes Arquidemônios se foram. Que opção você tem a não ser sujar as
próprias mãos?”
“Oh, eu tenho opções…” A Rainha Demônio criou mais lâminas pretas e as disparou,
desta vez em Lilly e Manaria.
“Pare com isso!”
“Isso vai acabar quando você decidir. Eu só preciso da sua morte.”

"O que…?"
Oh. Então era isso que ela pretendia.
“Não… Rainha Demônio, você não é…”

“O que há de errado, Srta. Claire? Se você não fizer nada, os outros vão
a."
A mensagem da Rainha Demônio era clara: se você quer salvar os outros, tire sua
própria vida.
***
“Você quer que eu acabe com minha própria vida?” Claire olhou para a Rainha
Demônio com hostilidade nua.
Calmamente, a Rainha Demônio respondeu: “Sim. Isso é um problema para você?"
"Claro que é! Prometi à minha família que voltaria para casa com eles!”
“É o que você diz, mas se você não fizer nada, aquela tola Lady Manaria morrerá, como
vai Miss Lilly.”
“Não a menos que derrotemos você aqui! Esta luta ainda não está resolvida! Não
desistimos!”
"Eu vejo. Então você ainda não teve o suficiente.” A Rainha Demônio a criou
mão direita acima de sua cabeça. Lâminas negras apareceram, e em número muito
maior do que antes. Eles apagaram a luz do sol e lançaram nossos arredores na
escuridão. Até Claire empalideceu com a visão.
"Q-qual é o ponto?" Claire perguntou. “Se eu me matar, não serei enganado pelo
Loop System?”
“Sou o administrador do Loop System. É uma questão simples para mim pausar suas
funções no momento em que você morrer,” a Rainha Demônio respondeu com naturalidade.
"Então, o que vai ser?"
Sua ameaça era clara: acabe com sua própria vida ou eu vou colocar essas lâminas negras
todos.
“Não importa como eu morra, o mundo vai acabar, certo? Naquilo

caso, prefiro resistir a você até o meu último...
“Enquanto eu disse que acabaria com o mundo, eu não acho que você entendeu
bem o que eu quis dizer,” a Rainha Demônio interrompeu.
"O que?" Claire disse, perplexa. "O que você quer dizer? Você vai

matar toda a humanidade, certo?”
“Não exatamente. Eu só quero acabar com a história humana. Em outras palavras,

eu só quero acabar com os loops para sempre.”
“É a mesma coisa.”
“Não, é completamente diferente. Não haverá mortes desnecessárias.

A humanidade continuará em toda a sua glória até atingir seu ponto de ruptura, e então – nada.
Não há mais loops artificiais e fabricados. O mundo será libertado de sua maldição de morte e
renascimento sem fim.”
Claire estava visivelmente abalada. Eu podia vê-la vacilar, imaginando: será que tal fim
realmente seria tão ruim assim?
"Não dê ouvidos a ela, senhorita Claire!" Eu gritei. “Não temos como

saber se o que ela está dizendo é...
"Com licença, estou falando com a senhorita Claire agora", a Rainha Demônio
disse.
As lâminas negras me perseguindo cresceram mais rápido. Tentei erradicá-los com

minhas balas mágicas e flechas mágicas, mas uma dúzia ou mais escapou e perfurou meu
corpo. “Ah…!”
“Rae!” Claire gritou.
"Por favor, considere com cuidado, Senhorita Claire", disse a Rainha Demônio com
compaixão em sua voz. “Se você terminar sua vida aqui, o mundo simplesmente retornará ao
seu verdadeiro curso.”
“E se eu recusar?”
“Então eu vou matar todos que você ama diante de seus olhos, um por um.”
"Seu demônio...!"
“Não ceda à raiva. Pense com calma. A resposta correta deve ser clara.” A Rainha
Demônio ergueu a mão direita acima da cabeça, incitando Claire a pensar.
Claire mordeu o lábio e pensou, sem dúvida em conflito. O fim do mundo que a
Rainha Demônio estava prometendo era um final muito mais gentil do que poderíamos ter
previsto.
"Não faça isso... Senhorita Claire..."

“Rae?”
Com grande esforço, falei algumas palavras enquanto rastejava pelo chão.
“Que direito temos de decidir se a humanidade continua ou não?
Tomar tal decisão não nos tornaria diferentes dela!”
"Fique em silencio." Uma dúzia de lâminas acima da Rainha Demônio caiu sobre mim.
"Agh... ngh...!"
“Pare com isso! Rae, por favor, fique quieta!” disse Claire.
"Não... eu não vou ficar quieto", eu disse. “Rainha Demônio, o que você está fazendo é
errado. As escolhas que você fez no geral são irrepreensíveis, mas de longe a pior coisa que
você fez foi tentar arcar com tudo sozinho…”
A dor era insuportável, mas me forcei a continuar falando. Quero dizer, o que mais
eu poderia fazer naquele momento? "Amor eterno? Não me faça rir. O amor é algo tão
unilateral para você? Você já parou para pensar no que a Srta. Claire poderia querer?
Tomando decisões por conta própria, depois caindo em desespero por conta própria... você não
sabe nada sobre o amor!”
“Não fale como se você entendesse!” Pela primeira vez, a Rainha Demônio
expressou raiva, o ódio claro em seu rosto. “Alguém que viveu meras décadas como você
nunca poderia entender como é ver seu primeiro amor morrendo diante de seus próprios olhos,
como é ter seu amor lentamente esmagado em uma polpa sob o peso da eternidade! Você não
sabe nada do que eu sofri!”
Seu amor por Claire parecia ser um ponto sensível. Não que eu me importasse. “Eu não
sei o que você passou, e eu realmente não me importo de saber. Mas há uma coisa que eu posso
entender.”
"O suficiente!"
“Eu cometi o mesmo erro que você. Antes da revolução, eu agia por conta própria e, por
causa disso, quase perdi tudo”.
Eu disse a mim mesma que o que estava fazendo era para Claire, mas na realidade, eu
simplesmente não confiava nela o suficiente. Eu estava com medo de que as coisas saíssem pela
culatra se eu me explicasse para ela e, em vez disso, escondesse tudo. Se eu tivesse apenas aberto,
aquele dia desastroso poderia nunca ter acontecido.
“As pessoas não podem se virar sozinhas, Rainha Demônio. Não importa o quão talentoso

o indivíduo, não importa quão perfeita seja sua lógica, não importa quão justos sejam seus
ideais – as pessoas simplesmente não foram feitas para ficarem sozinhas.”
“Poupe-me dos chavões vazios!”
“Mas estes não são apenas chavões vazios. A Srta. Claire nunca te ensinou a não
fugir de seus ideais só porque a realidade ficou um pouco difícil?
A Rainha Demônio ficou de olhos arregalados. A Claire que eu conhecia e a Claire

ela amou uma vez eram pessoas tecnicamente diferentes, mas eu tinha certeza que
sua Claire deve ter dito a ela algo semelhante antes.
“Não importa o quão difícil as coisas tenham ficado, você deveria ter confiado na
Srta. Claire, mesmo que isso tornasse as coisas difíceis para ela também. Você deveria ter
tentado encontrar um caminho a dois – não, junto com todos.”
Eu acreditava que não fazer isso e escolher continuar sozinha tinha sido o maior
erro da Rainha Demônio.
"Oi!"
"Senhorita Lilly!" exclamei.
Lilly atacou, aproveitando o foco da Rainha Demônio em mim.

A Rainha Demônio rapidamente bloqueou com a mão livre.
“E-eu não tenho o direito de dar um sermão em Rae, er, você em qualquer coisa,
m-mas eu ainda acho que o que você está fazendo é errado! Você não parece feliz com
o que está fazendo!” Lilly puxou sua espada bloqueada e atacou com a outra, continuando
seu ataque ainda mais.
“Eu não preciso mais de algo como a felicidade!” a Rainha Demônio

rosnou. Ela disparou várias lâminas pretas acima de sua cabeça em Lilly, forçando-
a a recuar.
“Deixe-me falar também, Rainha Demônio. Eu concordo com Rae, você fez
a escolha errada.”
"Lady Manaria... Você vai falar essas bobagens também?"
Manaria atacou na direção oposta. Embora ela tivesse apenas uma espada, sua
velocidade poderia ter dado a Dorothea uma corrida pelo seu dinheiro. Ela se movia como
se estivesse dançando e dava golpe após golpe. “Eu não vou te segurar por muito tempo,
então deixe-me dizer uma coisa: você e Rae são diferentes. Você cortou todo mundo menos
Claire, mas Rae escolheu não desistir de nada.”

“Você também não entende nada, Lady Manaria!” A Rainha Demônio atacou Manaria com
as lâminas pretas.
Manaria não se incomodou em se esquivar, em vez disso bloqueou e usou a força de

o golpe para cair para trás. Uma vez que ela recuou até estar perto de mim, ela começou a
me curar com uma mão enquanto segurava sua espada pronta com a outra. "Você ainda pode
lutar, certo?"
"É claro."
"Bom. Essa é minha Rae.”
"Obrigado, mas eu pertenço à senhorita Claire," eu brinquei enquanto me levantava.
“Nenhum de vocês entende nada. É melhor você tomar sua decisão

em breve, senhorita Claire. Antes que seja tarde demais,” a Rainha Demônio disse severamente.
O que ela viria para nós desta vez?
“Rae?”
"Sim, senhorita Claire?"
Antes que eu percebesse, Claire estava ao meu lado. Ela parecia

ela havia se resignado a alguma coisa. “Você se lembra da nossa promessa de voltar para casa
como uma família?”
"Eu faço. Por que?"
"Você confia em mim?"

"É claro?"
"Bom... Deixe-me pedir desculpas de antemão por assustá-lo."

"Senhorita Claire?"
"Eu juro para você, eu vou cumprir nossa promessa." Depois de dizer isso, Claire
sorriu e começou a se afastar, logo antes de me jogar sua varinha mágica.
"O que?! Senhorita Claire?!” exclamei.
“Claire, o que você está fazendo?!” Manaria chamou por ela.
"M-Senhorita Claire?!" Lilly chorou.
Ela continuou a caminhar firmemente em direção à Rainha Demônio.
"O que você está tramando, Srta. Claire?" ela perguntou.
“Finalmente entendi,” Claire respondeu.

"Entender o quê?"
“Como fazer você parar.”
“Eu não posso ser parado.”
“Rae Demoníaca... não, minha outra Rae. Ouça com atenção...” Claire estava
de pé bem diante da Rainha Demônio por este ponto. Sem aviso, Claire a puxou para
um abraço, fazendo com que os olhos da Rainha Demônio se arregalassem de surpresa.
Claire deu um tapinha nas costas dela. “Todo mundo deseja que seu amor dure por toda a
eternidade. Mas as pessoas não devem amar por toda a eternidade.”
“Senhorita Claire...? O que você está fazendo…?" a Rainha Demônio perguntou,

perplexa.
Claire formou uma lança mágica atrás de si mesma e a enviou através deles
Ambas.
Enquanto o resto de nós assistia em silêncio atordoado, apenas os gemidos confusos

da Rainha Demônio e a voz amorosa de Claire podiam ser ouvidos.
“Ar... gh...? Senhorita Claire...?”
"Seja como for... eu ainda te amo, Rae."
***
"Senhorita Claire!" Eu gritei.
A Rainha Demônio assistiu em transe enquanto Claire desmaiava diante dela.

olhos. Sangue carmesim fluiu do corpo de Claire onde ela estava deitada no chão. A
Rainha Demônio sangrou também, de seu flanco, mas ela não mostrou nenhum sinal de
perceber isso enquanto continuava a olhar fixamente para Claire.

"Mova isso! Você está no caminho!” Eu empurrei a Rainha Demônio de lado,

esquecendo meu medo dela apenas momentos atrás, e dei uma olhada no ferimento de Claire.
Foi profundo.
"Ah... aaaah!" A Rainha Demônio recuou com medo, caindo de joelhos e segurando a
cabeça. “Aaaaaaaaah!”
Ela gritou como se todo o desespero que ela experimentou até agora não fosse nada
comparado a este momento, mas naquele momento, eu realmente não podia dar a mínima.
"Lady Manaria, Senhorita Lilly, me ajude!" Eu chamei, tirando-os de seu estupor.
Eles rapidamente voltaram a seus sentidos e correram para frente, usando sua
magia de cura ao meu lado.
“Rae, nós precisamos usar uma poção ultra-gradativa!” disse Manaria.
“Não podemos, ela está inconsciente!”
“Alimente-a boca a boca ou algo assim, apenas coloque isso nela!”
Como Manaria sugeriu, dei a poção para Claire boca a boca. Seus lábios estavam
horrivelmente frios. Por que tantos de nossos preciosos beijos tinham que ser tristes?
Juntos, nós a curamos da melhor maneira possível. Mas seu corpo ficava cada vez
mais frio.
“Senhorita Claire, não... Você me prometeu! Você disse que todos nós iríamos para casa
juntos!" Eu disse enquanto enxugava minhas lágrimas, não parando minha cura por um
momento. Ela me prometeu, então de jeito nenhum ela escolheria o suicídio. Tinha que
haver mais nisso.
“Rainha Demônio!” gritou Manaria.
Ombros trêmulos, a Rainha Demônio levantou a cabeça.
“Venha aqui e cure Claire! Você realmente vai deixá-la morrer assim?!”
A Rainha Demônio fez uma careta, sua mente em grande conflito. Seu único desejo
finalmente caiu em suas mãos, mas a aterrorizou. Minha imagem no espelho olhou com horror
quando o medo da perda que a eternidade havia desgastado ergueu sua cabeça feia uma
última vez.

"O que você está esperando?! A senhorita Claire vai morrer nesse ritmo! Por favor,
Rainha Demônio, salve-a!” Eu implorei sem vergonha.
Só ela poderia salvar Claire agora.
“E-se eu usar o Loop System,” ela disse, “então—”
“Temo que não posso permitir isso, Rei.”
"PLANTAR!"
O tom de Lilly mudou. TAIM estava no controle dela agora. “Eu veto seu uso do Loop
System.”
"O que?! Por que você está ficando no meu caminho?!” a Rainha Demônio exigiu.
“A morte de Claire François não é o que você queria?” perguntou TAIM.
"Tudo bem, eu vou substituir você com-"
“Seus privilégios de administrador, sim. Esses trarão o Sistema Loop

online, mas Claire François estará morta quando o Sistema terminar de deliberar consigo
mesmo.”
"Isso não pode ser...!" A Rainha Demônio fez uma careta.
Olhando para ela, TAIM disse calmamente: “Faça a escolha, Demônio

Rainha: Perca-a por toda a eternidade ou continue por toda a eternidade.”
"Nngh... gaaaargh!" A Rainha Demônio estava em terrível angústia enquanto cambaleava

em nossa direção. Eu rapidamente abri caminho para ela enquanto ela se ajoelhava ao lado de
Claire. “Estou cansado de tudo. Estou cansado de passar eternidades sozinho, e estou cansado de
sentir meu amor por você escapar por entre meus dedos…”
“Rainha Demônio, por favor, se apresse!” eu implorei.
Manaria e Lilly ecoaram meus apelos.
“Rae, por favor!”

“Rae!”
"Eu quero acabar com tudo... eu terminei com a vida... e ainda..." a Rainha Demônio
disse, suas palavras carregando o peso de uma eternidade. “Ainda não consigo desistir de você!”
Uma luz branca pura começou a brilhar ao redor de Claire. Era mais brilhante do que

até mesmo a área de cura do papa, provavelmente sendo uma magnitude mais forte.
"A ferida…"
“Está curando…”
“A-incrível…”
A ferida no estômago de Claire começou a se contorcer, junto com as feridas em

Manaria, Lilly e eu.
"Nh..."
"Senhorita Claire?!"
“Rae?” Claire abriu os olhos. Seu rosto pálido havia recuperado a cor.
Ela parecia um pouco fora de si, mas sorriu ao olhar e ver a Rainha Demônio ao lado dela.
Como se tudo tivesse sido planejado, ela disse: "Sim... eu sabia que você ainda era Rae, no
fundo."
“Claire, sua idiota!” Antes que eu percebesse, eu estava puxando as bochechas

de Claire. Ela me encarou, surpresa. Até eu estava surpreso com o que estava fazendo, mas
as palavras simplesmente não paravam de sair. “O que você estava pensando?!
O que você teria feito se a Rainha Demônio escolhesse não te salvar?!”
“R-Rae, acalme-se por mim, sim?”
“Isso é tranquilo! Como você pôde fazer uma coisa dessas depois da nossa promessa?! EU
estava... tão preocupado com você...” Eu não consegui reunir mais palavras de
reclamação. Eu chorei meu coração e bati meus punhos contra o peito de Claire como uma
criança mimada. "Seu idiota, seu idiota, seu idiota!"
“Sinto muito, Rae. Me desculpe, eu assustei você. Por favor me perdoe." Claire
me abraçou e pediu desculpas várias vezes como se estivesse consolando uma criança.
Cada vez que ela se desculpava, eu dizia a mim mesma que não a perdoaria. Mas então ela
disse, “Mas isso não foi uma aposta cega, Rae. Você não notou que Sua Santidade estava
pronta ali perto?
"Huh?"
Ela apontou para trás de mim. Virei lentamente a cabeça e vi o papa ali com seu
habitual olhar inexpressivo.
“Oh, você realmente não percebeu, Rae? Huh. Então é por isso que sua atuação foi tão
realista,” Manaria disse com um sorriso irônico.
Então seu estupor anterior não era realmente um estupor - ela estava apenas

esperando para ver como as coisas iriam se desenrolar?
“Lilly Lilium também notou, embora isso não a impedisse de ficar preocupada,” TAIM
disse com um sorriso irônico.
Espere... Então, os únicos realmente chocados fomos a Rainha Demônio e eu?
"Eu quero morrer", eu disse por pura vergonha.
"Eu disse que sinto muito, não disse?" disse Claire. “Eu estava esperando enganar
a Rainha Demônio, mas esqueci que eu também poderia enganar você, assim como você é.”
Ela suspirou e me abraçou com força enquanto eu continuava a fungar.
“Definitivamente vou puni-la por isso mais tarde, Srta. Claire,” eu disse.
“Sim, sim, eu entendo. Estou mais do que feliz em deixá-lo fazer o que quiser.
Mais importante... Rainha Demônio?”
A Rainha Demônio ergueu o rosto, parecendo um pouco irritada.
“Você disse que queria libertar este mundo de sua maldição de morte e
renascimento, não foi?” Claire perguntou.
"Eu fiz."
“Você pode estar certo em chamar os loops de maldição. Mas esses loops são uma
parte do mundo neste momento. Se eles devem terminar, não deve ser por causa de seus
próprios sentimentos, mas pela vontade das pessoas deste mundo.”
A Rainha Demônio não disse nada de volta.
“Em primeiro lugar, a única razão pela qual estou aqui hoje é graças aos esforços e
sacrifícios de muitos”, disse Claire. “Minha vida não pertence apenas a mim; é compartilhado por
todos aqueles que me são queridos e, portanto, não é meu para oferecer. Se todos escolheram
oferecer minha morte em troca do mundo, que assim seja, mas
—”
"Absolutamente não!" Lilly, Manaria e eu imediatamente interrompemos.
"Você vê? Isso é o que eles diriam.”
A Rainha Demônio permaneceu em silêncio.
“Ah, e o que eu disse anteriormente sobre as pessoas não serem destinadas a amar por toda a
eternidade era uma mentira.”
"Sério?" A Rainha Demônio perguntou.

"Em geral." Claire puxou a Rainha Demônio também, nos abraçando. “Rainha Demônio,
as pessoas não podem suportar a eternidade que você deseja.
Mas o que impede este momento aqui, agora mesmo, de durar por toda a eternidade?”
"Não entendo." A Rainha Demônio balançou a cabeça.
Claire sorriu. “Quem pode dizer que o tempo pode corroer os sentimentos que compartilhamos
O agora? Não somos nós que decidimos o que significa eternidade?”
Claire explicou com um exemplo: O amor compartilhado por um casal que só podia passar
um mês juntos antes que a doença os separasse de alguma forma era inferior ao amor compartilhado por
um casal que conseguia ficar junto por toda a vida? Certamente não. Portanto, o amor eterno não poderia
ser algo limitado pelo tempo.
“A única coisa que decide se um amor é eterno não deveria ser o

profundidade dos sentimentos?” ela perguntou.
Em outras palavras, mesmo que o tempo de uma pessoa com outra não pudesse ser longo, se
os sentimentos fossem genuínos, seriam eternos.
“As pessoas devem decidir o que a eternidade significa por si mesmas”, disse Claire.
“Você tentou buscar uma verdade objetiva em algo subjetivo. Foi aí que você errou.”
"Eu estava errado?"
"Sim muito."
A Rainha Demônio abaixou a cabeça tristemente.
“Por quanto tempo mais você vai tocar a Srta. Claire, Rainha Demônio?
Ela é minha. Tire as mãos.”
"Mas…"
"Sem desculpas. Como você se atreve a fazer uma cara dessas depois de dizer a Claire para terminar
sua própria vida. Tenha um pouco de vergonha!”
“Agora, agora, Rae. Não vamos intimidar muito Rae, ok?” Claire repreendeu.
“Isso é tão confuso, apenas chame aquela Rainha Demônio!”
Nós brincamos de um lado para o outro, mas eu não baixei minha guarda contra o
Rainha Demônio um pouco. Não havia como dizer quando ela poderia voltar a divagar seu absurdo
insano.

“Não há necessidade de se preocupar com isso, Rae Taylor,” disse TAIM.
"Eu já não pedi para você parar de ler minha mente assim?"
“De fato, você tem. Me perdoe."
“Então, por que não preciso me preocupar?”
“A Rainha Demônio já descartou seus privilégios de administrador.”
Lembrei-me do ultimato que TAIM deu à Rainha Demônio. EU

supôs que ela estava pedindo a ela para escolher entre Claire ou seus privilégios
de administrador.
“Então quem é o administrador agora?” Eu perguntei.
“Os privilégios estão no meio da mudança de mãos, mas por padrão, o

próximo administrador será aquele identificado como vice-administrador, Claire François.”
“M-eu?!” exclamou Claire. Sua surpresa era compreensível, pois ela

tinha praticamente acabado de saber que ela logo teria poder para governar a
humanidade como um todo. “Sinto muito, mas terei que recusar. Eu não acho que eu estaria
apto para o papel.”
“Você tem o direito de recusar, mas precisará temporariamente ocupar o papel de

administrador por enquanto”, disse o TAIM.
"Entendo... Isso é um grande incômodo," Claire suspirou, encolhendo os

ombros.
"De fato, é um grande incômodo... É melhor cuidarmos da fonte de todo esse

incômodo aqui mesmo."
Em um instante, nossos arredores ficaram escuros como breu.
"O que está acontecendo?!" exclamou Claire.
“TAIM, o que você está fazendo?!” a Rainha Demônio exigiu.
“O que eu fui projetado para fazer: Garantir a continuação da humanidade.

Infelizmente, a própria humanidade provou ser frágil demais para lidar com o dever.”
Suas palavras foram a última coisa que ouvi antes de minha consciência escurecer.

Quando abri os olhos novamente, estava sob um teto desconhecido. Sentei-me e

olhei em volta para encontrar uma sala de aparência higiênica. Esta foi provavelmente uma
das clínicas da Igreja Espiritual.
Pensei em chamar alguém quando notei uma pessoa dormindo nas minhas pernas.
“Lady Manaria?”
“Zzz… Rae…? Rae!” Os olhos de Manaria se abriram ao ouvir minha

voz. Depois de verificar se eu estava acordado, ela me abraçou com força.
Ai, ai, ai! "Lady Manaria, isso dói!"
"Oh, desculpe. Eu estava tão feliz em vê-lo de volta. Eu pensei que você nunca
acordar. Você está ferido em algum lugar?” Ela desceu e olhou nos meus olhos.
"Não realmente... Apenas onde você me abraçou, eu acho."
“Aha ha, você está bem o suficiente se você já pode brincar. Você está dormindo
desde que lutamos contra os demônios. Faz um mês."
"Um mês?!" exclamei. Isso explicava por que Manaria reagiu assim. “Eu devo ter
feito você se preocupar, mas estou bem agora. Mais importa—”
“Eu mantive seu corpo com magia de cura, então você não deveria ter sofrido
nenhuma atrofia muscular.”
“Ah, hum, obrigado. Mais importante, onde está a senhorita Claire?” Perguntei a
única coisa que eu estava morrendo de vontade de saber. Não quis desrespeitar Manaria,
mas quem deveria estar ao meu lado quando acordei era Claire, não ela. Sua ausência me
fez temer o pior.
“Claire?” Manaria ecoou.
"Sim. Você não trouxe a senhorita Claire aqui também? Onde ela está? Ela está
machucada?” Este não foi um daqueles finais de reviravolta em que a heroína faleceu, certo?
“Hum, Rae? Posso te perguntar uma coisa?" Manaria perguntou com um quizzical
olhar.
"S-sim?"
Eu nunca poderia ter previsto as próximas palavras que sairiam de sua boca.
“Quem é Claire?”

***
"Você está brincando certo?" Sorri fracamente para Manaria. Ela tinha que estar
brincando; não havia como ela esquecer Claire. Ela valorizava Claire como se ela fosse
ela... ela o que de novo?
“Não, sério, quem é esse? E eu não posso acreditar no primeiro nome de

seus lábios são de outra mulher e não meus ou de Lilly,” Manaria disse.
"Huh? Uh…"
"Bem, tanto faz. Então, quem é essa Claire, afinal?”

A senhorita Claire era... quem era agora? Eu fiz uma careta. "Não sei?"
O nome parecia profundamente familiar para dizer, como se fosse uma grande parte da minha vida. Isto
tinha significado em minha mente meros momentos atrás, e agora simplesmente... não tinha.
“Você não consegue se lembrar?” ela perguntou.
"Não posso. Mas sinto que era o nome de alguém importante para mim.”
“Oof, ouvir isso meio que me deixa com ciúmes. É melhor você não dizer isso na
frente de Lilly. Eu sou uma coisa, mas se ela pegasse vento, você nunca ouviria o fim.
"Huh? Por que isso?"
“Você tem certeza que está bem, Rae? Lilly é sua amante, lembra?
Manaria disse preocupada.
Huh? Sério? Duvidoso, eu disse: "Hum, ela é?"
"Oh céus. Você deveria adiar o encontro com a Lilly até reunir uma
um pouco mais. Ela ficaria preocupada com você se o visse assim. Manaria parecia
profundamente preocupada comigo.
"Lady Manaria, você sabe como a senhorita Lilly e eu nos tornamos amantes?"
"Naturalmente. Ouvi a história mais vezes do que gostaria de contar, e

é bem famoso também, Pequena Miss 'Herói da Revolução'”.
Algo sobre a frase “herói da revolução” soou verdadeiro para mim.
“Minha memória ainda está um pouco confusa; você poderia contar o que aconteceu
para mim?" Eu perguntei.

“Você quer que eu conte a história de sucesso do meu rival no amor para você? Coisa
certa!" Manaria disse brincando antes de explicar como Lilly e eu ficamos juntos. Tudo soou de
outro mundo para mim, no entanto.
Aparentemente, eu tinha sido um plebeu frequentando a Royal Academy de

Bauer, alguém que tinha opiniões fortes sobre a diferença de riqueza entre os plebeus e
a nobreza. Esperando encontrar uma maneira de redistribuir a riqueza, fui consultar a Igreja
Espiritual e encontrei Lilly. Nós nos demos bem, em parte por sermos mulheres que amam
mulheres, e decidimos trabalhar juntas. Nosso vínculo se aprofundou quando resolvemos os
problemas de gênero de Yu, um grande segredo da família real na época, e depois expusemos os
nobres corruptos sob a direção do falecido rei l'Ausseil. Havíamos trabalhado secretamente com o
nobre de alto escalão Dole François, trazido à luz uma série de injustiças e desempenhado um
papel importante na revolução que ocorreu após a explosão do Monte Sassal. Houve um ponto
em que Lilly quase perdeu a vida durante a revolução, mas juntos, superamos essas dificuldades
e eventualmente nos casamos.
“E isso é tudo. Você se lembra agora?” perguntou Manaria.
"S-sim..." Agora que eu tinha ouvido, percebi que de fato me lembrava de tudo.
esses eventos. Mas as memórias simplesmente não pareciam minhas. Parecia mais como
se eles tivessem sido forçados em mim.
“Recupere-se antes da visita de Lilly, tudo bem?” disse Manaria. “Eu odiaria vê-la chorar
de novo.”
"Você parece preocupado com ela."
"É claro. Ela é como uma irmã para mim,” ela disse com um sorriso terno.
Como uma irmã para ela...? Eu pensei.

"Irmã!"
Uma voz veio à tona, mas quando tentei agarrá-la, ela escapou como névoa
entre meus dedos. O que é que foi isso? Algo... algo não está certo.
“Bem, tudo bem se você esqueceu do seu tempo com ela,” Manaria
disse. “Isso significa apenas que agora tenho uma chance justa de ficar com você—”
“A-absolutamente não!”
“Oh, fale do diabo.”

Aquele que interrompeu mais uma das tentativas de Manaria de dar em cima de mim
era minha querida e amada Lilly. “R-Rae, você acordou!” ela disse, com lágrimas nos
olhos. "Eu estava tão preocupada com você!"
"Ouvir?!"
Lilly me abraçou na cama, então me apertou com uma força maior do que sua
estrutura sugeria que ela possuía.
"Senhorita Lilly, eu não posso-ack... n-não mais!" Eu disse, lutando para respirar.
“O-o que é isso? Você quer mais...? Oh. Oh, eu vejo. Ah, Rae... É
apenas meio-dia e você já está tão lupino... Mas é exatamente isso que eu amo...
“Eee pare. O que diabos você acha que está fazendo em geral
luz do dia - e na frente de um terceiro, nada menos? disse Manaria.
“O-oh, vamos, Lady Manaria! R-leia a sala e nos deixe em paz!” Lilly reclamou.
“Estou parando você porque estou lendo a sala. Rae está sufocando em seus
braços.”
“O-o quê? O-o-o-o que?! Sinto muito, Rae!”
Finalmente capaz de respirar, respirei fundo várias vezes. "Ufa... achei que ia
morrer."
“Ah... eu fiz uma bagunça de novo,” Lilly disse tristemente.
“Está tudo bem, Srta. Lilly. Essa é apenas a tarifa usual.”

“A-ah…”
"Venha aqui." Puxei Lilly para dentro e abracei seu pequeno corpo como
sempre fazia. “Me desculpe, eu fiz você se preocupar. Estou de volta de vez agora,
senhorita Lilly.
“V-você não tem ideia de como eu estava com medo! Eu pensei que você nunca poderia
acorde...” Ela enterrou o rosto no meu peito enquanto resmungava.
“Ah, caramba. Arranjem um quarto, vocês dois”, disse Manaria.
“Nós teríamos um se você fosse embora,” eu disse.
"Mas se eu sair, como devemos planejar nossa celebração e outros enfeites?"

O rosto de Lilly se iluminou. “O-oh, isso mesmo! Agora que Rae está acordada, podemos
finalmente comemorar!”
"Isso é sobre o quê?" Eu perguntei.
“Haverá uma celebração pelo nosso triunfo sobre os Três Grandes

Arquidemônios,” Manaria disse. “Somos considerados heróis, Rae.”
“E-e também May e Aleah. A-assim como eu...” Lilly acrescentou.
"Oh, certo." Eu me lembrei agora. Estávamos lutando contra os governantes dos demônios,
os Três Grandes Arquidemônios. Depois de uma longa e cansativa batalha entre a humanidade e os
demônios, acabamos com eles.
“Você e Lilly já eram famosos pela Revolução Bauer, mas agora

você é duplamente famoso. Não há dúvida de que seus nomes serão escritos não apenas nos
anais de Bauer, mas do mundo”, disse Manaria.
“Eu não poderia me importar menos comigo mesmo, mas estou feliz pela grandeza da senhorita Lilly
está finalmente sendo reconhecido,” eu disse.
“R-Rae!” Lilly abaixou a cabeça, envergonhada. Ela era simplesmente adorável... então por
que eu me sentia tão vazia?
“Como estão May e Aleah?” Eu perguntei.
“E-eles estavam dormindo por um bom tempo também, mas eles acordaram apenas duas
semanas atrás,” disse Lilly.
“Por que eles não estão aqui com você?”
“S-escola reabriu. Eles estão preocupados com você, é claro, mas eles têm suas obrigações.
É claro. O tempo não esperou por ninguém. Não se importava com o que queríamos
ele, marchando cruelmente sem parar. Viver era fazer concessões com o tempo.
"V-você está com raiva que eu não os trouxe?" Lilly perguntou timidamente.
Eu dei a ela um sorriso irônico. "Claro que não. Obrigado, senhorita Lilly, por
administrar a família enquanto eu dormia. A vida tinha que continuar. Ela entendeu isso e agiu no
interesse de nossos filhos. Como recompensa, eu a puxei para outro abraço e beijei sua testa.
“Aww,” Lilly disse, parecendo insatisfeita.

"O que há de errado?" Eu perguntei.
“P-por que você beijou minha testa? Beije-me nos lábios como você sempre faz,” ela disse
com um beicinho. Mesmo este lado dela era adorável.
Eu me movi para outro beijo, meus olhos atraídos para seus lábios rosa-cereja. Mas
—
"Eu sinto Muito. Acho que ainda estou um pouco sem jeito. Tudo bem se eu descansar um
pouco mais?”
De meus lábios não saiu um beijo, mas uma desculpa.
“Ah... Claro, me desculpe. Por favor, descanse. U-um, Lady Manaria e eu

vai deixar você em paz, então!” Lilly disse, empurrando Manaria pelas costas.
“Sim, sim, estou me movendo, estou me movendo. Mais tarde, Ra. Avise a enfermeira se
precisar de alguma coisa. Voltarei assim que a data da celebração estiver marcada”, disse Manaria.
"Por favor faça."
A dupla saiu da sala, deixando tudo quieto. Deitei e puxei meu cobertor para cima.
Huh… Tanta coisa chegou ao fim.
Com os Três Grandes Arquidemônios derrotados, nossa batalha com os demônios

finalmente acabou. Nós até fizemos o império mudar o curso de sua política anterior de agressão
extrema, então o mundo estaria bem pacífico a partir de agora. Esse absurdo de comemoração era
honestamente meio desnecessário, mas não demoraria muito até que eu pudesse cumprir minha
promessa de voltar para nossa casa em Bauer com May, Aleah e Lilly.
“Rae, eu juro que vou manter nossa promessa desta vez.”
Ouvi a voz de alguém ecoar no fundo da minha mente, mas não consegui
lembrar de quem era.
Essa era a voz da dona Lilly, certo? Eu pensei. Eu não conseguia pensar em mais
ninguém com quem eu faria uma promessa, então tinha que ser a voz de Lilly. Não havia dúvida.
E ainda assim eu sentia um vazio no meu coração que simplesmente não ia embora.
Por que sinto que estou esquecendo algo importante?

***
“Uau...” Fugi do barulho do salão de baile do palácio real e saí para a varanda. Olhei
para cima para ver o brilho das estrelas e a luz suave da lua. A visão trouxe paz à minha
mente, exausta como eu estava de toda a socialização.
Entendo que as comemorações são importantes e tudo, mas estar no centro da

uma grande tarefa é cansativa... Esta noite, o palácio real – não, toda Bauer – estava
comemorando a derrota dos Três Grandes Arquidemônios e o fim de nossa longa guerra com
os demônios. Todos os principais jogadores da batalha foram convidados ao palácio real,
onde foram homenageados com palavras de gratidão e recompensa de Thane.
Naturalmente, eu era um dos convidados, mas havia simplesmente muitos

estranhos vindo para me elogiar. A enxurrada de gratidão só foi suportável por um tempo,
mas rapidamente se tornou tediosa. Quer dizer, eu nem era o tipo de garota que gostava
desses eventos grandes e barulhentos!
Mas o que era especialmente preocupante era como eu era convidado para
dançar de vez em quando. Eu não era muito bom em dançar. Eu estava muito pior antes
de praticar um tempo atrás, mas mesmo agora, eu não estava em um nível que pudesse
acompanhar esses tipos de socialite da alta sociedade.
“Você vai me mostrar o que você aprendeu?”
Parando para pensar sobre isso, eu me lembro vagamente de ter dançado com
um daqueles tipos de alta vida antes, e eu não acho que eu tinha estado tão deprimido
depois. Quando foi isso, eu me pergunto?
“A-aí está você, Rae. Eu estive procurando por você,” uma voz gentil
chamou atrás de mim enquanto eu me aquecia na brisa da noite e me esforçava
para lembrar.
"Senhorita Lilly..."
“E-a estrela da celebração deveria estar pulando?”
Foi um evento formal, mas Lilly ainda estava ostentando sua Igreja Espiritual
hábito. Os hábitos eram aparentemente permitidos como roupas formais. Aliás, eu

soube pela videira que havia ligações para promovê-la de volta a cardeal.
Como se fosse natural ela fazer isso, Lilly caminhou até o meu lado
e me passou uma bebida. Para minha feliz surpresa, não era álcool, mas água com
infusão de frutas. Que anjo.
“Não sei, não me importo,” eu disse. “Eu não posso suportar estar lá por mais
um momento. Estou cansado de fingir ser todo legal.”
"P-por que não ser você mesmo?"
"Okay, certo. Todas as pessoas convidadas aqui são super VIPs da Bauer
e em outros lugares, certo? Eu estaria desonrando Sua Majestade Thane.”
"Heh heh, então você realmente pensou nisso", ela riu.
“O que, você esperava que eu não fosse? Tão mau. Eu penso muito, eu quero que você
saiba,” eu disse com um beicinho.
“E-me desculpe, eu não quis ofender. U-um, o que você está pensando
sobre agora então?”
"Agora? Hmm... acho que estou me perguntando o que devemos fazer a seguir.
"O-oh?" ela disse curiosa.
“Sim, com o fim da ameaça do império, e nossa batalha com o

demônios, não tenho certeza do que vem a seguir.”
“E-não é óbvio? Podemos finalmente sossegar e viver uma vida normal.

Nós quatro, mais uma gosma de água.”
Eu sabia o que ela estava insinuando: volte para casa já. A verdade era que eu ainda
não tinha voltado para nossa casa em Bauer. Usando minha recuperação como desculpa, eu
estava hospedado em um quarto em uma das clínicas da Igreja Espiritual. Meu corpo já estava
curado na maior parte... mas algo dentro de mim simplesmente não queria ir para casa.
"Senhorita Lilly, por que não escapamos dessa celebração?" Eu perguntei.

"Huh?"
“Tenho vontade de passear.”
"U-um, podemos fazer isso?"
"Por que não? A cerimônia já acabou; tudo o que resta é comer e

misturando-se. Ninguém se importaria se fugissemos.”

“Eu suponho. Sim, vamos fazer isso então.” Lilly deu seu copo a um garçom
antes de voltar a caminhar comigo.
"Onde você vai, Rae?" uma voz masculina chamou.
“O-oh, sogra, sogro,” Lilly cumprimentou.
“Ah, e Lilly está com você. Vocês dois não são a estrela da festa hoje?”
outra voz disse.
Esses dois eram meus pais neste mundo, Van Taylor e Mel Taylor.
Eles vieram correndo de Euclides depois de ouvir que eu caí em coma após a batalha com
os demônios. Eu estava feliz por poder estar diante deles novamente, são e salvo.
“Nós estamos apenas saindo para uma caminhada,” eu disse.
"Apenas vocês dois?" meu pai perguntou.
"Sim."
“Mas não há celebração sem—”
“Oh, não seja chata, querida. Certo, Lilly? minha mãe disse com uma piscadela,
tendo chegado a uma conclusão ou outra.
Lilly corou e assentiu.
"Eu vejo. Está frio lá fora. Tome cuidado”, disse meu pai.
"Nós vamos."
"E-nós vamos embora então, sogra, sogro."
"Cuidar!" minha mãe disse.
Eles nos despediram quando deixamos a celebração para trás.
Saímos dos terrenos do palácio e saímos para as ruas para encontrar a capital
movimentada com atividade. Os aplausos exultantes das pessoas comemorando a vitória
podiam ser ouvidos por toda parte. Este mundo carecia de fotografia, então muitos não
conheciam nossos rostos, o que nos permitia andar pelas ruas sem sermos parados.
"O-onde vamos?" perguntou Lilly.
"A Academia."

"O-oh, eu tenho certeza que você tem muitas memórias lá."

"Aquilo eu faço."
A Academia Real não ficava longe do palácio. Chegamos lá em pouco tempo,

passamos pelas formalidades para entrada noturna na entrada e entramos. O campus estava
praticamente em silêncio em comparação com as ruas da capital. Os alunos provavelmente
também tiveram sua própria celebração, mas a hora de apagar as luzes já havia chegado e
passado. Eu podia ver algumas luzes ainda acesas na ala de pesquisa, mas a maioria da academia
estava em repouso.
“V-você dividiu um quarto com Misha, certo?” disse Lilly.
"Sim. Ela me ajudou muito durante o meu tempo aqui.”
Apesar de ser do tipo frio e contundente, Misha nunca hesitou em me dar uma mão.
Principalmente quando se trata de assuntos relacionados…
Huh? Relativo ao que?
“Rae?” disse Lilly.
"Oh, me desculpe. Eu apaguei por um momento lá.”
“T-talvez você esteja cansado da celebração. Por que não nos sentamos?”
Lilly apontou para um gazebo no pátio. Fiz o que ela sugeriu e sentei. "W foi o seu tempo na
diversão da academia?"
"Sim muito. Eu poderia mergulhar na minha paixão e até ter um emprego de meio
período.”
“R-realmente? Isso soa bem. Eu gostaria de ter ido para a academia também. Então
talvez eu pudesse ter conhecido você ainda mais cedo.
"Heh heh," eu ri, mas algo que eu disse me deixou inquieta. No que eu havia
mergulhado de novo? E o que eu tinha feito pelo meu trabalho de meio período?
“R-Rae, você está bem? Você está tremendo.”
"Huh?" Eu não tinha notado até que ela apontou, mas eu estava abraçando meus braços
e tremendo um pouco.
“A-você está com frio? Você não deve se esforçar; você não fez um completo
recuperação ainda. Vamos voltar." Lilly segurou minha mão. Estava tão quente. Mas isso não
fez meu tremor parar.
"Senhorita Lilly, acho que estou esquecendo algo importante."

“H-hein? Alguma coisa importante?"
"Sim. Algo que eu não deveria esquecer. Algo crítico para o meu próprio ser.”
Ela parecia confusa.
Acalmei meu tremor e continuei: “Este mundo tem paz agora. O império não é mais um
inimigo, e nossa batalha com os demônios acabou. Eu tenho você, May, e Aleah. Isso deveria ser
tudo que eu sempre quis. E ainda…"
"Está bem. V-vamos,” Lilly pediu gentilmente.
"Não é o suficiente. Algo está faltando."
"Ah Rae..."
“Mesmo que o mundo seja tão pacífico, mesmo que ninguém mais sinta que algo está
errado, eu sei que há algo que esqueci, algo que não devo esquecer – algo que eu preciso
desesperadamente!”
Eu tinha certeza que Lilly ficaria enojada comigo. Ela tinha todo o direito de menosprezar
alguém que se recusou a voltar para casa para uma família amorosa e cedeu a tais explosões
ultrajantes. Ou talvez, em vez disso, ela chorasse como sempre fazia. Apreensiva, esperei para saber
qual seria.
“Entendo,” ela disse. “Então é melhor você se lembrar o mais rápido que puder.”
Ao contrário dos meus medos, Lilly sorriu com ternura para mim.
"Você acredita em mim?"
"Eu faço. Está vindo de você, afinal. Agora e para sempre, eu vou
sempre estar lá para acreditar em você.”
"Senhorita Lilly..." Eu não tinha palavras. Lilly provavelmente entendeu: Seja o que for
era que eu queria lembrar quebraria a felicidade que compartilhamos agora.
Ela sabia que se eu esquecesse esse sentimento irritante e aceitasse minha vida com ela, poderíamos
viver felizes juntos para sempre. Mas ela não tentou me fazer mudar de ideia.
Ela aceitou incondicionalmente a minha escolha. "Por que…? Por que, senhorita Lilly?
“É simples: eu te amo, Rae. Minha felicidade vem da sua felicidade. É por isso
que não suporto ver você forçar um sorriso para mim.”
Então ela sabia que algo estava errado. "Sinto muito... sinto muito, senhorita Lilly..."

“Aha ha… Está tudo bem. Sempre achei estranho que alguém
como eu poderia acabar junto com você.”
“Não diga isso!”
"Está bem. Isso não significa que eu desisti. Depois que você se lembrar do que
esqueceu, vou me esforçar ao máximo para fazer de você meu amante novamente. Apenas
espere,” Lilly disse com um sorriso. Eu tinha certeza de que seu coração estava despedaçado,
mas ela ainda conseguia sorrir sem um pingo de tristeza.
"Ah, senhorita Lilly... eu..."
“A-de qualquer forma, você pode me dizer o que você acha que esqueceu? Você tem
alguma pista?” Ela interrompeu minha tentativa de confortá-la e continuou a
conversa.
Eu queria me desculpar novamente, mas engoli minhas palavras e respondi. "EU

não tem nada de concreto, mas de vez em quando ouço a voz de alguém na minha cabeça.”
“Uma voz, hein?”
"Sim. Um cheio de orgulho e confiança, mas também um pouco frágil.” Fiquei surpreso
ao descobrir que poderia descrevê-lo com tantos detalhes, dados os fragmentos de memória que
ainda retinha.
Uma voz desconhecida de repente interrompeu. “Hm, talvez meu pseudo

a hipnose era muito superficial, afinal?
Eu me virei e vi uma garota desconhecida atrás de mim vestindo o

uniforme da academia.
***
“Desculpe, eu te conheço?” Eu perguntei.
"Mas não parece que está completamente desgastado... Talvez tenha sido apenas
meio aplicado?" a garota refletiu em voz alta. Eu não a reconheci, mas a julgar por suas roupas,
ela era uma aluna da academia. Ela tinha uma estatura bastante média, cabelos que desciam
até os ombros e nenhuma característica marcante de qualquer nota particular. Olhei para Lilly
ao meu lado, mas parecia que ela também não a conhecia.

“Você tem algum negócio conosco?” Eu perguntei.
"Algo assim", disse a menina. “Só achei que deveria apagar algumas brasas antes
que elas tenham a chance de se espalhar.”
"E-eu não sei do que você está falando, mas peço que não se aproxime mais!" Lilly
avisou.
Eu também não sabia do que a garota estava falando, mas parecia que um alarme
estava soando no fundo da minha mente, me avisando que essa pessoa era perigosa. Eu
puxei minha varinha. “Fique atrás de mim, senhorita Lilly.”
“Não, você deveria ficar atrás de mim! Você ainda não se recuperou!”
Lilly puxou uma varinha também. Ela não tinha suas espadas curtas com ela, já que trazê-
las para uma festa com a presença da realeza teria sido uma grande gafe.
“Vocês dois são tão próximos. Se você tivesse esquecido tudo, então você
poderiam viver tão felizes juntos”, disse a garota com uma risada.
"O que você quer dizer com isso? Como você sabe que eu esqueci alguma
coisa? Foi você quem tirou minhas memórias? eu exigi.
“Sim, fui eu. Eu finalmente encontrei uma mágica para alterar suas memórias, mas
infelizmente seu usuário era irrecuperável. Foi um grande desafio coletar dados sobre sua
magia de hipnose.” A mulher deu de ombros.
"Mágica da hipnose... Então você está de acordo com Salas?"
“Opa, deslize da língua. Mas isso realmente não importa, eu suponho. Eu tenho
nenhuma afiliação com Salas Lilium, embora eu tenha usado sua magia de hipnose em
você. No entanto, parece que não demorou totalmente, devido à falta de dados.”
Então Salas estava atrapalhando mais uma vez. O que foi que ela disse sobre ele
ser “irrecuperável”? Ela estava falando sobre como Dole tinha acabado com ele?
“Bem, você me poupou o esforço de ter que descobrir as coisas no meu

própria,” eu disse. “Se eu te derrotar, minhas memórias vão voltar?”
"Elas vão. Mas temo que não sou muito lutador, então terei que empregar outros
meios mais dissimulados.” Os olhos da garota brilharam. Na mira dela estava ninguém
menos que Lilly.
"Ngh, senhorita Lilly?!" exclamei. Os olhos de Lilly perderam o brilho, e

suas mãos estavam em volta do meu pescoço.
Lilly era mais forte do que parecia. Ela claramente treinou muito em sua peregrinação após a revolução.
Peregrinação? Não, ela esteve comigo esse tempo todo, pensei, meu
memórias uma bagunça.
“Desta vez com certeza, Rae Taylor. Eu vou fazer você esquecer tudo
sobre Claire François”, disse a garota.
“Claire François?” No momento em que ouvi esse nome, uma enxurrada de memórias
explodiu dentro de mim. Lembrei-me do momento em que cheguei a este mundo, meu tempo como empregada
doméstica, o Movimento do Plebeu, as Escalas do Amor, nossas férias juntos, tudo isso, e – “TAIM!”
“Então você se lembrou. Você não acreditou em amor eterno por nada, suponho.
“Eu não sou a Rainha Demônio!”
"Mas você é. Chegará um momento em que você cometerá uma falha semelhante
decisão. Isto é, a menos que eu seja o administrador,” ela disse calmamente.
Eu tive que impedi-la. Mas como?
“Agora, esqueça tudo. Desta vez, usarei a hipnose com dados completos. Você nunca mais vai
se lembrar de Claire François.”
"Por que você…!"
“Não há necessidade de se preocupar. Você já fez o suficiente pelo mundo. Você deve aproveitar
o resto de sua vida tranquila com Lilly Lilium.”
Um brilho fascinante brilhou nos olhos de TAIM, e minha visão começou a

borrão.
Eu não devo esquecer... como diabos eu vou esquecer! Não há nenhuma maneira que eu estou deixando meu
dias com a senhorita Claire me escapam! Tentei ao máximo me agarrar à consciência,

mas minha mente gradualmente ficou nebulosa. Não! Assim não…
“É inútil resistir. Você só vai prolongar seu sofrimento... O quê?!”
Em um instante, minha visão voltou ao normal. Verifiquei e descobri que minhas memórias estavam
intactas. Eu conseguia me lembrar de Claire.
“R-Rae? Huh? P-por que eu estava—”

“Senhorita Lilly, você está de volta! Vou explicar mais tarde, precisamos conter essa garota
por enquanto!”
“O-ok!”
Lilly e eu cruzamos os braços do TAIM agora sem resposta atrás dela

para trás e a forçou ao chão.
Com uma expressão de dor, TAIM murmurou: “Esta é a casa de Dole François
magia dos sonhos... Deve ter ativado porque aperfeiçoei a sugestão hipnótica...
Entendo. Que tolice minha.”
“Entregue-se, TAIM.”
“Você esqueceu, Rae Taylor? Este humano nada mais é do que um

fantoche. Não há sentido em me capturar. Até a próxima." TAIM fechou os olhos e
perdeu a consciência.
"Atirar…"
“O que está acontecendo, Rae?”
“Esse foi o cérebro de tudo isso. Ela pode possuir um monte de

pessoas diferentes, então não faz sentido capturar essa garota.”
“O cérebro…? Não entendo. O que está acontecendo?"
"Bem, isso vai demorar um pouco para eu explicar." Eu tinha um objetivo, agora que
Eu me lembrei de tudo: Derrote TAIM e leve Claire de volta.
“Então devemos voltar para casa primeiro e...”
“Sinto muito, Srta. Lilly. Eu não posso... Não, eu não quero voltar para casa ainda,
e por uma razão.”
“Rae?”
“Eu fiz uma promessa. Se eu vou voltar para casa, tem que ser com toda a minha
família.”
"Isso não me inclui, não é?" Lilly disse com um leve sorriso.
"Eu sinto Muito."
"Está bem. Vamos nos separar temporariamente por hoje. Podemos reagrupar e
discutir as coisas amanhã.”
"Sim. Se possível, gostaria que todos que lutaram na batalha contra

a Rainha Demônio – er, os Três Grandes Arquidemônios para participar. Você pode reuni-los para
mim?”
“Isso pode ser um pouco difícil. Todo mundo está ocupado com as consequências da luta.
Parece que a celebração desta noite foi uma rara exceção.”
"Eu vejo."
“Ah, mas poderíamos enviar cartas para todo mundo. Você é um herói, então tenho certeza
eles se certificariam de priorizar a leitura—”
“Já chegaríamos tarde demais!” Eu agarrei.
"Rae..."
“Sinto muito, Srta. Lilly, mas eu tenho que salvar a Srta. Claire, mesmo que seja um segundo
mais rápido. Quem sabe o que ela pode estar passando agora...?”
TAIM faria qualquer coisa para ver seus objetivos concretizados, até mesmo apagar a memória mundial
de Claire. Não havia como saber o que o TAIM poderia estar fazendo com a própria Claire.
Eu estava mentalmente no limite, cheio de frustração comigo mesmo por ter esquecido,
raiva de TAIM e medo por Claire. Eu pensei que estava prestes a afundar sob o peso de minhas
emoções negativas quando fui levantada por um abraço suave.
"Senhorita Lilly...?"
“Vamos nos acalmar primeiro, Rae, então pense cuidadosamente sobre o que precisa ser
feito. Eu sei que você quer se apressar, mas isso não é como você.
Lilly, apesar de ser um tamanho menor do que eu, me acalmou como uma mãe faria.
Lembrei-me de como minha mãe me confortou todos aqueles anos atrás na minha vida passada, quando
me recusei a ir à escola e senti as lágrimas começarem a cair pelo meu rosto.
“Eu... eu a esqueci! A única pessoa que eu nunca deveria esquecer! Esqueci a senhorita
Claire!”
"Pronto pronto…"
“Eu tenho que salvá-la… Mas não sei o que fazer… E-e se TAIM
queria, ela poderia me fazer esquecê-la de verdade!”
“Está tudo bem, Rae... está tudo bem.”
Eu mostrei o conteúdo do meu coração para Lilly. Do ponto de vista dela, deve
parecia que seu amante de repente perdeu a cabeça - ela até começou

chamando o nome de outra mulher. Não havia dúvida de que eu a estava machucando.
Mas mesmo assim, ela permitiu.
“Tenho certeza que tudo ficará bem, Rae. Vamos fazer o que podemos, pouco a pouco
pequena. Eu estarei lá para ajudá-lo, assim como você sempre esteve lá para mim.” Eu a vi
sorrir para mim e não pude deixar de pensar que ela realmente era uma santa.
Apesar de quão pouco confiável ela geralmente parecia, ela genuinamente tinha um coração
forte, no fundo.
Assim que me acalmei, eu disse: “Desculpe. Eu me perdi um pouco lá.”
“Heh heh, eu não me importo. Eu tenho que ver um lado totalmente novo de você.”
"Hum, se você não se importa, você acha que podemos esconder isso da Srta. Claire?"
"É claro. Será o nosso pequeno segredo.”
"Obrigada."
Não era como se eu tivesse feito algo muito ruim, mas isso era um pouco embaraçoso
demais para eu deixar Claire saber.
“Quero que você me conte tudo amanhã”, disse Lilly. "Diga-me

sobre quem é essa senhorita Claire e o que ela significa para você.
"É claro."
“Ah, e devemos ir ver Sua Santidade. Tenho certeza que ela seria útil.”
"Essa é uma boa ideia."
Até nos separarmos no caminho de volta, Lilly continuou a me animar. EU

voltei para o meu quarto na clínica me sentindo muito melhor do que antes.
Obrigado, senhorita Lilly...
Jurei a mim mesma que um dia retribuiria o favor. Mas primeiro, eu tinha
para ter Claire de volta.
Com determinação renovada, entrei em um sono profundo.
***
“Pelo que parece, você deve ter recuperado sua memória, Rae

Taylor”, disse o papa para começar.
Eu a estava visitando em seu quarto pessoal na Catedral Bauer. Seu quarto era
simples e modesto, com apenas o essencial, como seria de esperar de um praticante de
fé. Conosco estavam Lilly e a assistente pessoal do papa, Sandrine.
No dia seguinte ao ataque do TAIM, o papa me convocou ao

catedral, então eu vim junto com Lilly. Pensando que esta era uma boa oportunidade
para explicar tudo o que eu lembrava sobre Claire, eu estava prestes a falar quando, em vez
disso, o papa me deu um soco.
"E-espere, Sua Santidade, você sabe como as memórias de todos foram alteradas?"
perguntou Lilly.
"Eu faço."
"C-como?"
Eu me perguntei exatamente a mesma coisa. Todos neste mundo, mesmo

pessoas poderosas como Lilly e Manaria, foram afetados pela manipulação de
memória do TAIM. Então, como o papa se lembrava?
“Provavelmente é porque eu compartilho uma existência semelhante com

você, Rae Taylor”, disse o papa. De acordo com sua explicação, sua memória havia sido
apagada de qualquer coisa que pertencesse a Claire assim como todos os outros, até a noite
passada quando ela de repente se lembrou de tudo. Parecia que a magia do sonho que Dole
havia lançado em mim como garantia havia quebrado a hipnose de TAIM, mesmo que só um pouco.
“Nós não somos os únicos que se lembraram também. Por favor entre."
Uma freira com um rosto igual ao do papa e do meu entrou. “Perdoe a intrusão.”
“Elia!”
“Lilly! Há quanto tempo!"
Elie era o sósia de mim que Lilly conheceu em Sousse durante sua
jornada de expiação. Ela era uma filha perdida dos espíritos e aparentemente havia
sido aconselhada por Lilly a respeito de alguma culpa que sentia por se apaixonar por alguém
do mesmo sexo, uma história que Lilly havia contado a Claire e a mim em detalhes. Parecia
que ela estava em Bauer com sua irmã adotiva, Marie, para parabenizar Lilly por sua vitória.
“Mas o que você está fazendo aqui na catedral?” perguntou Lilly.

“Bem, algo está me incomodando ultimamente...” De acordo com Elie, as coisas

pareciam estranhas desde que ela acordou esta manhã, já que ela não conseguia se
lembrar de nenhuma menção ao nome de Claire durante as comemorações. A própria Elie
não conhecia Claire antes, mas o herói da reputação da revolução a alcançou, e Lilly
também falou um pouco sobre ela. Isso foi o suficiente para fazê-la pensar que algo estava
errado, então ela veio à catedral para expor suas preocupações.
“Parece que todos aqueles com nossa existência compartilhada recuperaram nossa
memória”, disse o papa.
“Algo assim é possível?” Eu me perguntei em voz alta.
"Talvez. Não tenho provas concretas, mas acho que sei o que aconteceu.”
“Até a adivinhação é boa. Eu só quero salvar Claire.” Mesmo o menor progresso

era bem-vindo agora.
“Muito bem, então. Deixe-me explicar desde o início. Quando me tornei papa,
aprendi muitas verdades do nosso mundo. Entre essas verdades estava o fato de que a
Fé Espiritual faz parte do Sistema Loop e funciona para manter o mundo alinhado com
uma história predeterminada.”
Presumi que as antigas religiões que precederam a fundação da Fé

Espiritual também serviram ao mesmo propósito.
“Sistema de loop? O que é isso?" perguntou Elie.
"O-o que tudo isso significa?" Lilly ecoou.
Elie, assim como Lilly com suas memórias alteradas, pareciam confusos com a
menção do Loop System. Eu os preenchi.
“Tal coisa está realmente acontecendo?” Elie disse com descrença.
"C-como é que eu esqueci tudo isso?" disse Lilly.
Com eles agora em dia, o papa continuou. “Como papa, faço parte
o Loop System e, por extensão, pode monitorar algumas das memórias e ações do TAIM.
Ela usou sua magia de hipnose para alterar as memórias da humanidade, mas ainda era
imperfeita, e não funcionava bem com aqueles com forte ligação com Claire, como você.
Isso levou o TAIM a aperfeiçoar a magia da hipnose de Salas para usar em mim,
cumprindo assim o requisito de ativação da magia dos sonhos de Dole.

“A magia de Dole François machucou a TAIM. Ela não será aprisionada por isso como
Salas Lilium foi, mas quebrou um pouco sua hipnose, devolvendo as memórias de qualquer
existência semelhante a Rae Taylor.
Imaginei que muitas estrelas da sorte se alinharam para mim, com alguma ajuda de Dole,
é claro. É melhor agradecê-lo quando tiver a chance.
“Você sabe onde o TAIM está agora?” Eu perguntei.
“Essa é uma pergunta difícil de responder, Rae Taylor. TAIM é o Sistema de Loop; ela
pode estar em qualquer lugar. Provavelmente é melhor assumirmos que ela está ouvindo essa
conversa agora... Dito isso, a magia dos sonhos de Dole a machucou.
Ela provavelmente não será capaz de agir por um tempo.”
"E-então agora é a nossa melhor chance de fazer um movimento?" perguntou Lilly.
Se alguma coisa, esta poderia ser nossa última chance de fazer um movimento, pensei.
Mais importante, eu perguntei a coisa que eu estava morrendo de vontade de saber por um tempo.
“Ok, e a Srta. Claire? Você sabe onde ela está?"
“Claire François está aqui, na Catedral Bauer.”
"O que…? Aqui?! Então precisamos ir—”
“Espere, Rae Taylor,” o papa me cortou. “Enquanto ela está aqui no

catedral, é mais correto dizer que ela está sob ela, no local que abriga o mainframe do Loop
System.”
"Espere então…"
“Sim, é como você teme. Ela foi levada para o Sistema Loop.
“Não...” Não podia ser. Era tarde demais para nós? Claire estava além de salvar?
“Não perca a esperança; ela ainda não está morta. Permita-me explicar”, disse o papa.
“Aquele que detém temporariamente privilégios de administrador é o TAIM. Os privilégios
deveriam ser transferidos do administrador anterior – a Rainha Demônio – para Claire François,
mas o processo está parado devido ao TAIM manter os dois sob controle.”
Em outras palavras, o TAIM havia encontrado uma brecha no Loop System. Com
nenhum outro lugar para onde ir, os privilégios de administrador haviam, por enquanto, ido para
ela.
“No entanto, isso também significa que o TAIM precisa de Claire François viva. Podemos

usar esse fato a nosso favor.”
"Quão?"
“Nós podemos restaurar a consciência de Claire François. Ela faz parte do TAIM
agora, mas se os separarmos, a transferência de privilégios de administrador deve ser finalizada.
Então TAIM não poderá mais colocar a mão nela.”
E assim, havia esperança novamente. Um caminho para salvar Claire estava finalmente
ficando mais claro.
“Então o que estamos esperando? Vamos reunir nossas forças e...
“Não podemos, Rae Taylor.”
"Por que?!" Eu bati, irritado. Mesmo se o TAIM tivesse o Sistema de Loop

à disposição dela, se continuássemos nos mandando contra ela com força, teríamos que vencer
eventualmente.
“Aqueles sem privilégios de administrador não podem entrar na sala de servidores que
hospeda o mainframe do Loop System”, disse o papa.
Ah, isso fazia sentido. Se alguém pudesse entrar, então o TAIM teria
puxou algo mais cedo, com certeza. Afinal, ela teve centenas de milhares, senão milhões de
anos para trabalhar. Arrombar deve ser quase impossível.
“É claro que isso também significa que aqueles com privilégios de administrador podem
entrar”, disse o papa.
“Ok, mas nenhum de nós é administrador.”
“Não se esqueça, os privilégios de administrador estão no meio da mudança de

mãos. Isso significa que a Rainha Demônio ainda é tecnicamente uma administradora.”
"Espere, então..."
"Sim. Você, eu e Elie, sendo existências semelhantes à Rainha Demônio - a Rei Ohashi -
temos os mesmos direitos de acesso que ela.
Finalmente. Desta vez, com certeza, o caminho para salvar Claire estava claro
dia.
“Dito isso, a sala do servidor tem suas próprias defesas”, disse o papa.
“Precisamos descobrir uma maneira de atravessá-los primeiro.”
“Acho que posso ajudar lá.” Uma voz estranhamente fria veio

de Sandrina.
“Sandrina?” perguntou o papa.
“Estou pegando emprestado o corpo dela. Aqui é Rei Ohashi falando... Hm,
isso pode ficar um pouco confuso. Deixe-me reformular isso: Esta é a Rainha Demônio
falando. Ou, pelo menos, o que sobrou do que o TAIM tentou excluir.”
***
Havia uma sacristia na parte de trás da catedral que normalmente estava fora dos
limites. As Lágrimas da Lua foram mantidas lá, assim como muitos outros itens cerimoniais
valiosos. Para trazer algo à tona, era preciso a aprovação de duas pessoas classificadas
como cardeais ou superiores. No entanto, apenas para entrar e inspecionar os itens, a
aprovação do papa foi suficiente. Lilly, Elie e eu entramos na sacristia junto com o papa.
"Deste jeito." O papa apontou para a parede dos fundos da sacristia. Achei
que parecia uma parede comum até que o papa colocou a mão nela, fazendo com
que ela deslizasse para o lado e revelasse uma abertura. De lá, vi um conjunto de escadas
descendo.
“Esta entrada é um segredo passado de papa para papa. Além dele fica a sala
do servidor do mainframe”, disse o papa antes de descer as escadas primeiro. O resto de
nós começou a seguir atrás. “Estamos entrando no território da TAIM agora. Como expliquei
anteriormente, há um sistema de defesa que precisamos passar.”
“O plano da Rainha Demônio funcionará?” Eu perguntei.

"Não sei. Mas não temos escolha a não ser arriscar.”
Depois que Lilly, na retaguarda, começou a descer as escadas, a parede se fechou

atrás de nós. Por um momento, ficamos cegos na escuridão, mas uma luz logo se
acendeu. Curiosamente, a luz não era de magia, mas de ciência, enchendo-me com uma
sensação de nostalgia pelo meu velho mundo.
“Alerta de intruso. Alerta de intruso. Iniciando o protocolo de extermínio,” uma

voz mecânica soou. Armas se projetavam de painéis ao longo de ambas as paredes e
fixavam suas miras em nós. Eu me preparei, mas as armas não dispararam; eles pareciam
estar hesitando sobre alguma coisa.

“Uma moção de dúvida foi apresentada contra o Loop System. Até

deliberação for concluída, os privilégios de administrador serão suspensos.”
“Uma moção de veto foi apresentada contra a moção de dúvida.

Os privilégios de administrador serão restaurados em: trinta minutos.”
“Uma objeção à moção de veto foi apresentada. Administrador

privilégios serão suspensos ainda mais.”
Eu realmente não conhecia os detalhes, mas estava claro que o sistema de defesa
estava com defeito.
Antes de virmos aqui, a Rainha dos Demônios sugeriu que lidássemos com as
defesas por meio da paralisação do Sistema de Loop, possibilitado pelo abuso do fato de que
o Sistema de Loop funcionava com várias unidades deliberando entre si. A Rainha Demoníaca,
Elie, o papa e eu éramos todos reflexos de uma entidade que tinha acesso ao Sistema Loop,
então pudemos interferir nele expressando dúvidas quanto à legitimidade dos privilégios de
administrador do TAIM.
Nosso acesso ao Sistema Loop veio da Rainha Demoníaca. Após nossa batalha,
ela foi capturada pelo TAIM e jogada no que equivalia à lixeira do Loop System, mas ela
previu um pouco a traição do TAIM e criou um backdoor no Loop System independente do
TAIM, que nos concedeu o acesso que agora tínhamos.
Isso não significava que havíamos retirado completamente o TAIM de

seus privilégios de administrador, mas estávamos conseguindo congelá-los por enquanto.
Curioso, eu perguntei à Rainha Demônio por que ela estava tão disposta a nos ajudar.
Com um olhar descontente, ela respondeu: “Eu não estou fazendo isso para ajudá-lo. Estou
simplesmente fazendo o que devo para salvar a Srta. Claire.
Eu não pude deixar de pensar que isso era definitivamente algo que eu diria.
“Vamos nos apressar”, o papa nos encorajou. “Não temos como saber quando a
TAIM recuperará seus privilégios de administrador.”
Descemos as escadas correndo comigo carregando o papa muito mais lento. Depois
descendo o que se tornou uma longa escada em caracol, estávamos finalmente diante do
que parecia ser uma vasta parede.
"É isto…?"

"Sim. Isso leva à sala do servidor”, disse o papa com um aceno de cabeça. Ela coloca
sua mão na parede como ela tinha feito na sacristia mais cedo. Talvez houvesse um leitor de
impressões digitais na superfície. Independentemente de como funcionasse, a parede deslizou
para o lado, permitindo uma visão clara do interior.
Fiquei atordoado sem palavras. Eu tinha imaginado que a sala do servidor seria algo
que eu estava acostumado a ver na minha época, mas em vez disso havia apenas uma única
laje do tamanho de um prédio. Parecia ser feito de componentes metálicos pretos, e luzes
pulsavam em sua superfície como veias, o que o fazia parecer mais uma criatura viva que
respirava do que um computador.
“Esta é a espinha dorsal do Loop System, o corpo principal do TAIM – o cérebro que
dirige todas as nanomáquinas espalhadas pelo mundo”, disse o papa. “O mainframe.”
Eu me encontrei maravilhado, diante do objeto responsável pela existência

contínua da humanidade por uma eternidade inimaginavelmente longa. Parecia algo além de
uma mera máquina. Algo divino.
"Caramba... Você realmente não sabe quando desistir." Uma garota com uma voz tão
agradável quanto um sino apareceu diante de nós. Ela tinha cabelos grisalhos e olhos vermelhos
— características não incomuns neste mundo, mas sua beleza era incomparável.
Desumana e estranhamente adorável, ela era...
"UMA PLANTA."
“Olá, Rae Taylor. Eu acredito que esta é a primeira vez que você me vê nesta forma?”
ela respondeu com um sorriso fino. Aquele leve gesto de calor enviou um arrepio na minha
espinha. Instintivamente, eu sabia: ela era perigosa.
"Devolva a senhorita Claire!" Eu gritei em uma tentativa de reprimir meu medo crescente.
TAIM balançou a cabeça. “Isso eu não posso fazer. Ela deve dormir para que a
humanidade persista até a eternidade.”
“Se você não devolvê-la, vamos destruir toda esta sala de servidores!”
“Claire François iria querer isso?”

"O que?"
“Eu acho que você está entendendo mal alguma coisa, Rae Taylor. Você acha que eu
forcei Claire François a dormir?
"Não foi?"

"Absolutamente não. Claire François se entregou ao Loop System por vontade

própria”, disse TAIM com um sorriso afetuoso.
"Mentiroso!"
"É a verdade. Você mesmo pode confirmar se quiser.”
“E como eu faria isso?”
“Claire François foi transformada em quanta e agora reside no Loop System. Se

você quiser, eu poderia convertê-lo também e trazê-lo para ela.
Pisquei algumas vezes, confusa. Eu poderia conhecer Claire, assim?
“Você não deve, Rae Taylor. É uma armadilha”, o papa me avisou enquanto meu coração
vacilava. “O mundo quântico é o mundo da mente. Se você viajar para o Sistema Loop, seu corpo
aqui ficará indefeso. Não há como dizer o que o TAIM pode fazer.”
“Quero que você saiba que não sou um monstro, Clarice Répète III,” TAIM
disse. “Mas se você está tão preocupado, eu vou te dar uma promessa: eu não vou colocar
um único dedo no corpo de Rae Taylor.”
“Você pode não mentir, TAIM, mas também nunca fala toda a verdade.
Você pode prometer que não vai tentar prender a mente de Rae Taylor no Loop System
também?” desafiou o papa.
Desta vez, o TAIM não respondeu. Mas seu silêncio foi resposta suficiente.
“Se eu conseguir convencer a senhorita Claire a voltar a este mundo comigo, você vai
soltá-la?” Eu perguntei.
TAIM respondeu rapidamente: “Claro, por que não?”
“Rae Taylor!” exclamou o papa.
“R-Rae!” Lilly chorou.
“Eu não acho que seja uma boa ideia ser muito precipitado,” Elie advertiu.
“O-não seria melhor se nós apenas destruíssemos isso – esse mainframe e salvasse
a Srta. Claire?!” disse Lilly.
“De fato”, disse o papa. “Acho difícil acreditar que Claire François
desejam permanecer no Sistema Loop em primeiro lugar. Ela não é esse tipo de pessoa.”

"Vocês dois fazem alguns bons pontos, mas eu não acho que a senhorita Claire gostaria que
tomássemos esse caminho." Eu olhei para eles de frente. “Eu também não acho que a Srta. Claire se
renderia de bom grado ao Sistema Loop. Mas conhecendo sua personalidade, sei que ela também não
gostaria que destruíssemos o Loop System por motivos egoístas. Pelo resto de sua vida, ela se culparia
pela eventual morte da humanidade.”
“I-isso é...” Lilly parou.
“É bem possível”, concordou o papa.
Elie à parte, os outros dois conheciam Claire muito bem e podiam dizer que meus medos eram
fundamentados.
“Bem, espere. Não deveríamos priorizar libertar a senhorita Claire primeiro?” perguntou Elie.
“Não faz sentido se preocupar se ela vai se arrepender de ser libertada se ela nem mesmo for libertada.”
"Permita-me cortar aqui", disse TAIM. “Se você destruir esta sala de servidores, todos
os dados quanta armazenados nela também serão destruídos. Em outras palavras, a alma de
Claire François se perderá com isso.”
"Então a única escolha que temos é que eu vá convencê-la diretamente?" Eu perguntei.
"Sim."
Então não tivemos escolha desde o início.
“E-espere, Rae. Devemos pensar sobre isso...” Lilly começou.
“Não temos tempo. Se demorarmos, TAIM recuperará seus privilégios de administrador, e

isso será o fim de tudo,” eu disse.
"M-mas..."
“Eu vou fazer isso de volta. Por favor, acredite em mim, senhorita Lilly.”
“Você é tão injusta, Rae.” Lilly relutantemente cedeu com lágrimas nos olhos. Ela
realmente merecia mais do que isso.
“Faça isso, TAIM,” eu disse.
“Muito bem, então. Boas viagens, Rae Taylor. TAIM colocou a mão na minha testa.
Senti minha consciência desaparecer gradualmente antes de ser cortada completamente.

***
Quando acordei, estava no meio de uma mansão. Examinando ainda mais meus arredores,
comecei lentamente a reconhecer o lugar.
“L-senhora Claire! Por favor me perdoe!"
"Não! As empregadas domésticas que não podem usar suas roupas adequadamente devem ser punidas!”
Caminhei na direção de algumas vozes que ouvi e vi um

jovem de aparência familiar castigando uma empregada com um chicote. A jovem tinha cabelos
loiros brilhantes e olhos voluntariosos. Ela provavelmente era Claire, o que fez deste lugar a mansão
François. Mas por que Claire era tão jovem?
Enquanto eu me perguntava isso, a punição que Claire entregou ficou mais intensa. Com
um sorriso inocente e infantil no rosto, ela chicoteou a empregada uma e outra vez.
“Por favor, perdoe-a, Lady Claire! Ela acabou de começar a trabalhar aqui!
Por favor, ignore a inexperiência dela!” disse uma empregada mais velha.
"Não! Minhas empregadas precisam ser perfeitas. Seja grato que eu estou levando isso sobre mim
para educá-lo eu mesmo. Ai ai ai!”
Um chicote precisa apenas de uma pequena quantidade de força para estalar; mesmo nas
mãos de uma criança, ainda causava dor. Vários vergões longos e estreitos se formaram na pele da
empregada. Senti pena dela quando ela se encolheu em lágrimas.
Este era o passado de Claire que eu estava vendo. Isso foi provavelmente no momento
em que ela era particularmente mimada, algum tempo antes de perder sua mãe, Melia.
Os arredores pareciam embelezados, apenas um pouco, me alertando para o fato de que

este não era o seu típico passeio pela estrada da memória. As cores eram mais vivas e vistosas,
como se combinassem com o humor dessa versão mais egoísta de Claire.
"Senhorita Claire," eu tentei chamá-la, mas minha voz não chegou a ela ou suas
empregadas. Parecia que eu era apenas um espectador neste mundo.
Uma mulher parecida com Claire entrou na sala e imediatamente levantou a voz. Isso tinha
que ser Melia. “Claire! Você está intimidando as empregadas de novo?

“Mãe... A empregada não estava vestindo seu uniforme corretamente, então eu tive que
repreender ela...” A obstinação anterior de Claire desapareceu quando ela se tornou mansa.
“Eu não quero ouvir desculpas. Já lhe disse muitas vezes que nós, aristocratas,
devemos sempre tratar os plebeus com respeito. Agora peça desculpas.”
"M-mas..."
"Desculpar-se."
“Ngh... me desculpe,” Claire disse timidamente. Como esperado, ela não poderia
desafiar sua mãe.
A jovem empregada, agora livre para ir, foi ajudada a sair do quarto pela mais velha.
Quando eles saíram, um Dole mais jovem entrou.

você está sendo um pouco dura com Claire?
"Pai!" Claire correu e o abraçou.
"Alguém precisa ser", disse Melia. “Ela se tornou obstinada por causa de
todo o seu amor. Se ela quiser se tornar uma jovem refinada, ela precisa...
“Agora, vamos deixar as coisas assim”, disse Dole. "Alguns morangos

acabou de chegar, Claire. Voce gostaria de alguns?"
"Sim por favor!"
“Ouça-me, querida! E você também, Claire! Meu Deus... O que devo fazer com vocês
dois?
Este era o mundo de uma Claire que ainda não conhecia nada além de felicidade,
de uma época em que ela ainda acreditava que o mundo girava em torno dela.
Mas essa felicidade logo chegaria ao fim.
O cenário ao meu redor mudou. Meu entorno perdeu a cor e ficou monocromático,
e eu não estava mais na mansão François, mas no que parecia ser um cemitério.
“Melia François, você está agora ao lado de nosso Senhor.” Um homem que parecia
ser padre era fazer uma oração final.
As muitas pessoas reunidas estavam todas vestidas de preto. Claire estava em

um vestido preto, olhando para o caixão em transe. Seus olhos não brilhavam mais com

seu júbilo anterior.
"Coitadinho... A jovem ainda tem apenas quatro anos."
“Ouvi dizer que não foi um acidente, mas o funcionamento do Marquês Achard—”
“Silêncio! Pode ser, mas não é algo que deva ser dito abertamente.”
Os nobres presentes fofocaram, suas vozes parecendo não chegar aos ouvidos de
Claire.
Aconteceu no quarto aniversário de Claire. Uma família nobre rival tinha

convidou Melia e Dole para sair no dia em que deveriam comemorar o aniversário de sua
filha, e os dois sofreram um acidente a caminho de casa.
As circunstâncias suspeitas levaram a rumores de que tudo foi premeditado pela família
nobre rival. Naquele mesmo dia, Claire teve uma briga com seus pais, pois ela estava brava
por eles não terem ficado para comemorar seu aniversário. Agora ela ficou incapaz de fazer
as pazes com Melia para sempre.
“Lady Claire...” Ao lado de Claire estava uma jovem Lene. Ela segurou o de Claire
mão e lançou um olhar preocupado em sua direção como se ela fosse sua irmã mais velha.
"Claire, é hora de dizer adeus à sua mãe", disse Dole.
Claire ficou imóvel, sem expressão.
Após uma pausa curta e dolorosa, Dole desviou o olhar de Claire e dos membros do
clero. Ele deu-lhes um aceno de cabeça, sinalizando-lhes para continuar. Eles fizeram isso,
abaixando o caixão de Melia e começando a jogar terra em cima.
"Não... Nãooo!" Depois de assistir em transe por alguns momentos, Claire de

repente saltou para frente. “Não coloque sujeira na mãe! Não deixe a mamãe suja!”
“Claire...” disse Dole.
“Mãe está apenas dormindo! Ela vai acordar logo... Ela tem que, porque, porque...”
O corpo de Claire tremeu enquanto ela gritava, “Eu ainda não pedi desculpas a ela!”
O cenário ao meu redor mudou novamente. As coisas ainda eram monocromáticas,

mas desta vez, eu estava em uma mansão que não reconheci. Claire estava no quarto
sozinha, abraçando os joelhos. Ela parecia uma boneca de alta qualidade, bonita e sem
vida.

Houve uma batida na porta.
Claire não respondeu.

Outra batida.
Claire ainda não respondeu.
"Ei, você está aqui." Um menino entrou na sala, ou então eu pensei

inicialmente. Quando olhei mais de perto, percebi que era na verdade uma jovem
moleca – Manaria, em sua juventude.
Claire deu a ela um olhar irritado antes de voltar seu olhar para baixo.
“Você sente como se estivesse deprimido, eu entendo. Qualquer um faria depois do que aconteceu.
Mas você não pode ficar assim, Claire. Madame Melia não poderá descansar em paz
se você não mudar.”
"Sério?"
"Sim. Ela está cuidando de você do céu agora. Ela provavelmente está
com o coração partido, vendo você pensando assim.
“Mas... eu disse algo maldoso para a mãe...” O rosto de Claire se contorceu com a
dor enquanto as lágrimas escorriam por suas bochechas.
Manaria pareceu abalada por um momento, mas rapidamente sorriu. "Ninguém

acha que isso é culpa sua, meu anjinho. Nem mesmo sua mãe no céu.”
"Sério?"
"Definitivamente. Eu garanto.”
Claire olhou para cima e, pela primeira vez, reconheceu a jovem
diante dela, seu porte tão principesco.
“Você finalmente olha para mim, minha frágil donzela. Juro aqui e agora que
permanecerei fiel a ti.”
"Isso é de Poesie Amour..." Claire disse.
“Você é muito lido. Com quem você aprendeu?”

"Mãe…"
"Eu vejo. Então ela ainda vive dentro de você.”

Os olhos de Claire se arregalaram de surpresa, e os arredores recuperaram um
pouco de sua cor. Parecia que este mundo era de fato um reflexo da vida de Claire.

mente.
“Levante-se agora, Claire. Eu vou ficar ao seu lado. Eu vou te proteger de

qualquer tristeza que vier em seu caminho.”
Corando, Claire assentiu. Senti um pouco de ciúmes, mas também entendi que não havia
como saber se Claire se recuperaria se não fosse por Manaria neste momento. É melhor eu
agradecer a ela na próxima chance que eu tiver.
"Qual o seu nome?" Claire perguntou.
“Heh heh, eu vou te dizer quando nos encontrarmos. Até lá, você pode se tornar uma
princesinha sorridente para mim?”
"Sim!" Claire enxugou as lágrimas e abriu um sorriso brilhante.
A partir daí, o mundo de Claire gradualmente começou a ganhar cor a cada mudança de
cena. Ela voltou para a mansão François e agiu em todos os seus desejos infantis e egoístas.
Ela se matriculou na escola primária da Royal Academy, ganhou uma comitiva e fez aquelas
coisas nostálgicas de fingir-vilã.
Ela fazia o que queria desde a juventude até os anos do ensino médio.
Mas seu mundo nunca recuperou totalmente sua vitalidade anterior. Mesmo enquanto
ela se entregava a seus caprichos egoístas, houve breves momentos em que ela parecia ficar
entediada. Mesmo cercado de amigos, vi vislumbres de tristeza. Partiu meu coração assistir,
incapaz de intervir.
Eventualmente, seu primeiro dia de ensino médio chegou. Mas a partir do momento que nós
originalmente deveriam se encontrar, em vez disso, uma fissura se formou. A fissura
começou como uma pequena rachadura, mas logo se espalhou por todo o mundo dela.
Eu assisti tudo, impotente.
***
Uma vez que a fissura envolveu completamente o mundo, Claire

ambiente mudou drasticamente. Melia estava viva novamente, e ao lado de Claire estava outro eu.
“Mãe, essa empregada é muito estranha. Ela continua tagarelando sobre gostar
mim”, disse Claire.
“Mas isso não é bom?” perguntou Meliá. “A única outra empregada que

conseguiu gostar de você até agora é Lene.”
"Isso é diferente. Esta empregada é... como posso dizer...? Peculiar."

"Como assim?"
“Não sei bem como explicar.”
"Oh, meu... Então você finalmente tem essa idade."
“N-não! Não é assim, mãe!”

"Heh heh…"
Claire resmungou sobre mim enquanto Melia, talvez conscientemente, a provocava.

A cena diante dos meus olhos era de uma realidade impossível.
“Miiiiss Claaaire!” meu auto no mundo chamado.

“Eca!” Claire gritou.
“O que é esse olhar assustado? Vamos, é hora de ir para a escola!

Lene está esperando por nós.
“Estou indo, estou indo, então me solte! Em primeiro lugar, com a permissão de quem
você ousa me tocar tão descaradamente?!”
“Seria melhor se eu te tocasse carinhosamente?”
"Absolutamente não!"
“Pfft, ha ha,” Melia riu. “Tenha um bom dia, Claire. Cuide dela, Rae.
“Deixe-a comigo, sogra!”
“Quem você pensa que está chamando de sogra?!” Claire latiu.

"O suficiente! Já vamos embora!”
"Aww, não me deixe para trás, senhorita Claire."
Essa vida calma e sem preocupações tinha que ser o mundo ideal na
imaginação de Claire. Talvez tenha sido um pouco vaidoso da minha parte assumir que seu
mundo ideal me incluiria, mas eu sentia que agora, eu tinha me tornado uma parte
insubstituível de sua vida. Claro, o fato de Melia estar aqui foi o fator mais revelador.
Claire deve ter ansiado por dias pacíficos como este. Mesmo eu adoraria nada mais
do que passar meu tempo pacificamente com ela dessa maneira. Mas

mesmo assim…
“Senhorita Claire. Por favor, acorde.” Eu encarei Claire e chamei por ela. EU
tinha que trazê-la de volta, não importa o quão feliz ela estivesse aqui, não importa o quão perfeito
seu mundo se tornasse. Isso era tudo falso, e um mundo muito real ainda precisava dela.
Mas não importa como eu andasse ou corresse, eu não conseguia me aproximar

Clara. Algo sobre o espaço neste mundo funcionava de forma diferente.
A cena diante de mim começou a mudar suavemente. Meu eu no mundo começou a ficar mais
detalhado e vibrante à medida que seu vínculo com Claire se aprofundava. Manaria nos deu suas
bênçãos e, eventualmente, nos tornamos um casal publicamente declarado.
Então, um dia depois das aulas…
"Senhorita Claire... posso...?"
"Você precisa perguntar? Você vai estragar o clima.”
Enquanto o crepúsculo do pôr do sol brilhava na sala de aula, Claire e meu outro eu olhavam
amorosamente nos olhos um do outro.
“Uau – espere, espere, espere! O que você acha que está fazendo com minha senhorita
Clara?!” exclamei a ouvidos surdos.
As meninas estavam segundos antes de se beijarem.
Inaceitável. Os lábios de Claire são só meus. Nem mesmo um falso eu pode ter esse privilégio! Eu
pensei.
Mas eles continuaram a se aproximar.
“Nãooo! Pare, pare, pare!
“Acalme-se, Rae Taylor”, disse uma pessoa envolta em preto.
"Uau?! Rainha Demônio?”
“Por mais que eu odeie admitir, você é a única que pode salvar a Srta. Claire agora. Se
recomponha — disse ela com um suspiro. Ela deve ter feito alguma coisa, porque a cena do beijo foi
congelada momentos antes que seus lábios pudessem fazer contato.
“Obrigado, Rainha Demônio... Espere, o que há com você? Você não está parecendo tão bem.”
A Rainha Demônio estava em um estado muito triste, parecendo ainda pior do que ela estava depois da
nossa batalha. TAIM deve ter feito alguma coisa. Dentro

vários lugares, seu corpo estava coberto por algo parecido com estática de computador, e
ela ocasionalmente tremia e borrava.
“Não há tempo para se preocupar comigo. Ouça com atenção, Rae Taylor: Miss Claire
foi hackeada pela TAIM. Ela usou o desejo da Srta. Claire de criar um mundo pacífico para
prendê-la neste mundo estagnado.”
"Seriamente? Ok, mas o que posso fazer?” Eu perguntei. Eu não poderia fazer
algo como hackear. Eu não era completamente analfabeto em informática, mas meu
conhecimento só se estendia até coisas como processadores de texto e planilhas.
“Você não se lembra do que Sua Santidade disse?” a Rainha Demônio perguntou.
“Este é o mundo da mente. Ele opera por uma lógica ainda mais estranha do que o mundo
da magia. Aqui, a força dos seus sentimentos é tudo.
A senhorita Claire está presa em uma gaiola falsa e está totalmente disposta a passar uma
eternidade estagnada junto com uma falsa Melia e um falso você. O único que pode libertá-la
é o verdadeiro você.”
"Mas porque eu? Porque não você?"
“Porque a eternidade desgastou meu coração. Meus sentimentos por ela não podem
mais libertá-la do Loop System. Mas você é diferente, não é?
Sim, eu era diferente. Quando se tratava de Claire... “Meus sentimentos por ela
podem derrotar até mesmo Deus.”
"Bom. Pode parecer que sua voz não está alcançando ela, mas na verdade, ela
mente está conectada à sua. Então grite. Grite o mais alto que puder.”
“Obrigado, Rainha Demônio.”
"Se você for me agradecer, faça isso depois de levar de volta a Srta. Claire."
"Certo!" Eu respondi com vigor. Eu me virei para o casal prestes a se beijar e gritei a
plenos pulmões. “Pare aí mesmo!”
Deixei minha raiva crescente tomar o controle do meu corpo e fui até eles. Minhas
roupas de alguma forma mudaram para o uniforme da Royal Academy enquanto eu corria –
e chutei meu outro eu.
Sorri, satisfeita, enquanto observava meu falso eu desaparecer no nada. Agradável.
“Eeeee?! O-o que você pensa que está fazendo?!” Claire gritou, olhando

para mim como se eu fosse um estranho.
“Isso é o que eu deveria estar dizendo, Srta. Claire. Como você ousa sequer pensar em
beijar alguém além de mim?”
“Que bobagem é essa? Quem é você? Você entende o que significa ficar no meu
caminho, Claire François? Claire cruzou os braços e levantou o queixo, uma pose clássica para
ela, enquanto olhava para mim. Esse tipo de tratamento era realmente uma recompensa quando
você estava tão envolvido quanto eu, mas agora não era realmente o melhor momento para piadas.
"Senhorita Claire, você consegue se lembrar do nome da pessoa que você estava
tentando beijar?"
"Huh? Por que eu deveria me incomodar em responder suas perguntas?”
“Ah, o que é isso? Você não pode responder minhas perguntas? Que estranho. Depois
toda a sua arrogância, você acaba sendo um covarde.”
“Você tem alguma coragem, tentando me provocar. Muito bem, vou entreter sua pergunta
boba. O nome da minha amada é... hum...” O rosto de Claire empalideceu.
Parecia que ela não conseguia se lembrar. Ela claramente não era ela mesma. Sua mente estava
sendo manipulada, provavelmente por TAIM. Agora fazia sentido – Claire poderia ter se entregado
ao Loop System como TAIM disse, mas somente depois que sua mente tivesse sido manipulada.
"Senhorita Claire, este não é o seu lugar", eu disse. “Tente se lembrar, há um lugar para
o qual você deve retornar!”
"Nh... gh!" Claire recuou, parecendo muito abalada. Mais um empurrão deve fazê-lo.
"O suficiente!" uma voz gritou.

"Mãe?!"
Melia apareceu do nada para ficar entre nós com os braços abertos. “Não faça
minha filha sofrer mais! Por favor... não mais,” ela disse em lágrimas.
“Mãe, volta! É perigoso!" Claire gritou.
Eu não estava prestes a atacar Melia, é claro, mesmo que ela fosse uma farsa. Como eu
poderia quando Claire já a havia perdido uma vez?
“Eu não vou me mexer! Eu já falhei em permanecer ao seu lado uma vez! este

tempo com certeza, eu vou te proteger até o fim!”
“O que você está dizendo, mãe?! Apenas fique atrás de mim!” Claire pisou
diante de sua mãe chorando. Um brilho violeta emanava do corpo de Claire. “Eu não sei quem
você é, mas você não está colocando a mão na minha mãe! Eu vou acabar com você de uma vez!”
ela declarou quando quatro cristas brilhantes apareceram de seu corpo – seu Raio Mágico.
"Senhorita Claire, por favor, volte a seus sentidos!" Eu implorei.
"Você teve seu aviso." Um feixe de luz disparou de um de seus

cristas. Eu me movi apressadamente para me esquivar. O papa havia explicado que isso era
espaço quântico, então não era realmente mágico, mas eu duvidava que gostasse de levar um
golpe.
Por que eu tive que lutar com Claire quando eu estava aqui para salvá-la? Isso não
podia estar certo. Tinha que haver algo que eu pudesse fazer para que Claire voltasse a si. “Você
me esqueceu, Srta. Claire? Sou eu, Rae! Rae Taylor!”
“Eu não conheço tal pessoa. As únicas pessoas de que preciso são mamãe e minha
amada. Agora deixe este lugar,” ela respondeu.
"Eu recuso!"
"Então eu mesmo vou remover você."
Outro feixe de luz disparou. Eu mal consegui me esquivar do caminho.
"Você é bom em correria, eu vou te dar isso... Mas como

você lida com isso?” ela disse. Todas as quatro cristas começaram a brilhar. Eu tive
problemas suficientes para desviar de um, mas não havia como eu lidar com todos os quatro, e
nem mesmo minhas barreiras de carboneto de tungstênio poderiam bloquear o Magic Ray. Seria
este o fim da linha?
“Desapareça,” Claire exigiu enquanto disparava sua terceira barragem. Feixes se

aproximaram de mim de quatro direções diferentes—
Mas eles nunca chegaram até mim.
"Você está aqui para entrar no meu caminho também?" Claire perguntou.
“Não é típico de você se tornar o fantoche do TAIM.” De pé diante de mim com

seus braços abertos era a Rainha Demônio. “Embora eles tenham desaparecido, uma vez eu
também guardei fortes sentimentos por você. Não pense que serei derrotado facilmente.”

“Não sei que bobagem está saindo da sua boca, mas está claro que terei que
acabar com você também.” Claire apontou todas as suas cristas para a Rainha Demônio.
"Ngh...!" a Rainha Demônio gemeu de dor enquanto pegava outro

Barragem Magic Ray de frente. Eu assisti quando um de seus braços voou.
“Rainha Demônio!”
“Calma, esse corpo não é real. O dano está apenas sendo representado
no meu corpo quantizado de uma maneira que possamos entender.”
“Então o dano é real!”
“Mas não dói. Rae Taylor, você só precisa se concentrar no que deve fazer. Acerte-
a com a força de seus sentimentos.”
"Certo!" Fechei os olhos e me concentrei em uma cena do passado.

Havia apenas uma coisa que eu precisava pensar agora – trazer Claire de volta.
***
Se os sentimentos eram o que influenciava este mundo da mente, então eu sabia

exatamente quais sentimentos eu precisava invocar para alcançar Claire. Apontei um dedo em
sua direção e visualizei uma cena na minha cabeça. Uma luz deslumbrante disparou da ponta
dos meus dedos para ela.
“Pensar que um plebeu sequer imaginaria sentar ao meu lado. Saiba seu lugar!"
A luz explodiu, e uma linha profundamente familiar soou na escuridão da

minha mente. A sala de aula iluminada pelo pôr do sol mudou, mudando as cenas para um
momento nostálgico no tempo: aquele em que conheci Claire.
"Isso é... eu?" Claire murmurou.
“Sim, senhorita Claire. Estas são as memórias do seu verdadeiro eu,” eu disse.
“Não... eu não me lembro de nada disso. Não pense que vou acreditar em tanta
bobagem!”
“Não é lixo. Estou ao seu lado desde o início! Desde este

momento aqui!” Eu levantei minha voz, esperando que meus sentimentos a alcançassem – que
minhas palavras despertassem sua mente corrompida.
Uma após a outra, atirei mais luzes cheias de memórias.
"Senhorita Claire, eu te amo."

"O... o-o-o-o que...?!"
Dei voz aos meus sentimentos por ela no dia em que transmigrara para este
mundo e continuou assim desde então.
“Ah, me desculpe? Você estava lá olhando para o espaço, então pensei que você
fosse uma estátua.”
“Você tem lacaios que podem fazer suas vontades, mas você faz seu próprio trabalho
sujo e não depende dos outros! Eu não esperaria nada menos de você, Srta. Claire!”
Cada vez que uma luz alcançava Claire, o mundo ao nosso redor mudava. este
tempo, os dias alegres durante os quais ela me intimidava apareceram.
— Por que você diz que gosta de mim? O dia em que me tornei empregada e comecei
servindo ao lado de Claire apareceu em seguida. “Ao contrário das aparências, eu me
conheço. Minha personalidade não é aquela que ganha afeição.”
“Senhorita Claire, pretendo permanecer ao seu lado porque realmente gosto de você.
Não tenho outros motivos.”
"Então, você vai se fazer de inocente até o fim..."

“Você não acredita em mim?”
"Não."
"Então eu vou fazer o meu melhor para fazer você."
Houve um tempo em que ela não aceitaria meu amor por ela, mas isso só me fez tentar
mais.
"Obrigado por seu serviço, senhorita Taylor."
Em outro momento, uma rixa se formou entre nós por causa de Manaria, e eu
deixei de ser a empregada de Claire.
“Quer essas escamas divinas reconheçam ou não, eu te amo. Não importa para quem
eu perca, continuarei amando apenas você.”

Mas nos reconciliamos e nos aproximamos ainda mais.
“Rae é minha! Não a tire de mim!”
Isso foi na época em que ela começou a realmente mostrar como estava mudando. Mas
isso não nos impediu de entrar em conflito novamente.
"Então por que?!"
"Porque... eu sou um aristocrata."
Certa vez, ela escolheu cair com a velha era à medida que os tempos mudavam. Mas
juntos, superamos o desafio, assim como muitas vezes antes.
"Cale-se! Ouça o que eu quero de uma vez!”
“Ngh… Essas ilusões não me afetam nem um pouco!” Claire disse, um pouco magoada.
“Com certeza não parece assim,” eu disse. “Talvez a verdadeira Claire dentro
você está reagindo?”
"Até parece!"
“Bem, estou apenas começando!” Disparei ainda mais luzes.
“Você com o cabelo curto bonito! Vamos chamá-lo de maio.”
"Bonitinho…? Poderia?"
"E você com o lindo cabelo comprido - seu nome é Aleah."
"Encantador…? Alah?”
O dia em que conhecemos May e Aleah.
“Estou feliz que viemos hoje. Obrigado, Rae.”
Nossa vida pacífica de recém-casados.
“Você fez bem em vir até aqui. Eu sou Dorothea, a Imperatriz de Nur.”
Nossa mudança para o império.
“Eu não a entendi. Achei que ela só queria me machucar. Mas eu estava errado. Não há dúvida
em minha mente agora que aquela que deu sua vida para me salvar era alguém que eu poderia chamar de
minha mãe.”
O assassinato fracassado do papa.

“Rae, você percebe que está corando?”
"E quem é o culpado por isso, Claire?"
"Hee hee, oh, você... Hm?"

A dança que compartilhamos no baile.
"Você está exilado por alta traição."
O revés temporário em nosso plano para vencer o império.

“Salas é um monstro.”
“Ele é mesmo.”
"Eu o desprezava antes, mas este incidente foi a gota d'água."
“Eu não poderia concordar mais.”
"Nós vamos capturá-lo, não vamos, Srta. Claire?"
"Absolutamente."
O tempo em que ajudamos nossos alunos.
“Você já percebeu, Dorothea?”

"O que?"
“Você perdeu há muito tempo. Muito antes desta cimeira. No exato momento em que você
soltou aquela garota. Ha ha… Ha ha… Oooooho ho ho ho ho!”
Nossa reviravolta contra Dorothea no cume.
“A Rainha Demônio chegou. Desespero, humanos tolos. Então morra.”
A vez em que fomos encurralados por demônios na capital imperial.
“Certo, você é um gênio. É por isso que... tenho certeza que você vai ficar bem sozinha.
“Não... Não. Por favor, não me deixe, Claire. Por favor…"
O momento em que aprendemos a verdade chocante do mundo.
"Seu idiota, seu idiota, seu idiota...!"
“Sinto muito, Rae. Me desculpe, eu assustei você. Por favor me perdoe."
Nossa batalha implacável contra a Rainha Demônio.

E finalmente, agora.
"Haaah... haaah... Como essas invenções podem me afetar tanto?" Clara
ofegante.
"Não é hora de você se permitir lembrar, Srta. Claire?" EU

Perguntou. “Nosso vínculo não é tão superficial que possa ser esquecido, não quando
comparado a algo tão trivial quanto o destino da humanidade.”
“O que – você acabou de chamar o destino da humanidade de trivial?!”
“Pode apostar que sim. Tudo é trivial comparado ao nosso vínculo. Como pode
você não vê isso?”
“Como você pode chamar isso de trivial?! Você está louca, Rae?! …Oh."
“Sim, sim, assim mesmo. Você está começando a se lembrar, Srta. Claire?
"Eu sou... o que, não... por quê?" Claire recuou de mim. O brilho violeta espesso
envolvendo seu corpo começou a enfraquecer. Ela se contorceu de dor, como se tentasse evitar
que o brilho a deixasse.
“Tente se lembrar, Srta. Claire! Todas as pessoas que você conhece! Maio e Aleah! E
acima de tudo, eu!”
"Ngh...!" O brilho violeta cintilou. Tinha que ser a causa do que quer que estivesse prendendo
seu coração.
“Nós prometemos que voltaríamos para casa juntos, nós quatro! Então vamos fazer
exatamente isso, Srta. Claire! Vamos para casa!” Eu coloquei minhas memórias e sentimentos mais
sinceros em minhas duas últimas luzes e as disparei em direção a Claire.
"Sério? Então deixe-me tentar novamente.”

"Multar. Eu vou permitir.”
"Não não Isso."
"Huh?"
Nosso primeiro beijo feliz juntos, depois de superar a revolução e afirmar nossos
sentimentos um pelo outro.
"Ah... ahhh..."

"Senhorita Claire."
"Sim."
"Eu te amo."
"Assim como eu, Rae."
“Eu juro te amar enquanto eu viver.”
"E eu prometo apoiá-lo enquanto eu viver."
Claire me beijou na noite anterior à revolução, eu beijei Claire apenas

depois da revolução, e no dia do nosso casamento, nós nos beijamos.
“Aaaahhh!” Claire gritou enquanto abraçava seu corpo. O brilho violeta explodiu e
desapareceu. Ao mesmo tempo, nossos arredores começaram a se iluminar.
"Senhorita Claire!"
"Não não! Não quero deixar a mãe. Eu não quero deixar aquele que eu
amor...” ela disse como se estivesse em um pesadelo. Ela estava com medo de acordar de seu
sonho e deixar sua falecida mãe e eu para trás. Mesmo que ela sempre agisse duro, eu sabia
que essa garota frágil e vulnerável era a verdadeira Claire no coração.
“Eu não vou a lugar nenhum,” eu disse. “Estou bem aqui, e tenho certeza que Madame
Melia sempre estará com—”
Antes que eu pudesse terminar, a falsa Melia gentilmente empurrou Claire para frente.
"Mãe?"
“Vejo que você está em boas mãos, Claire. Posso ficar tranquilo agora, sabendo
que você vai ficar bem. A Melia aqui deveria ter sido uma farsa criada por TAIM, mas ela
falou com Claire como se ela fosse o verdadeiro negócio.
"Não! Eu não quero ir! Eu quero ficar com você, mãe!”
"Eu sempre estarei ao seu lado. Você não se lembra do que Manaria disse? EU
viverá dentro de você para sempre, contanto que você se lembre de mim.
“Eu nunca te esqueceria!”
"Eu sei. Então vá em frente – faça o que você sabe que deve ser feito.”
Claire parecia em conflito. Seus olhos azuis oceânicos vacilaram com

incerteza.
“Você é Claire François, a filha preciosa dos nobres Bauer Dole François e eu,
Melia François. Como nossa filha, você deve seguir em frente e viver uma vida que não
nos envergonhe.”
"Uma vida que... não trará vergonha para a mãe?" disse Claire.
“A vida que você levou até este ponto pode ter tido suas provações e
tribulações, mas você conheceu muitos rostos novos, assim como Rae lhe mostrou. Você
está realmente preparado para jogar fora os sentimentos que ela e todos os outros lhe deram?”
Com um olhar de compreensão, Claire virou na minha direção. Seus olhos me levaram
dentro, bem como algo mais além de mim também. Ela a havia encontrado
responda.
“É hora de acordar,” Melia continuou. “Eu não vou dizer adeus. Até a próxima,
minha querida Claire.”
"Mãe. Será que um dia poderei vê-lo novamente?”
“Sim, uma vez que você terminou de viver uma vida que vale a pena ser vivida.”
"Eu entendo. Eu não vou vacilar mais. Eu vou viver uma vida que posso contar a
você com um sorriso – junto com Rae.”
"Estou ansioso por isso", disse Melia. Então seu corpo gradualmente desapareceu
no nada.
Claire enxugou as lágrimas antes de voltar para mim. Lentamente, ela começou a
desmoronar. A Rainha Demônio se moveu para pegá-la, mas eu deslizei na frente e a peguei.
O que quer que tenha me impedido de me aproximar dela antes, agora se foi. Eu a deitei no
chão e segurei sua mão com força, por um breve instante sentindo como se muitas outras
mãos estivessem sobrepostas às minhas.
May, Aleah, Lilly, Manaria, Misha, Lene, Rod, Yu, Thane, Philine, Dorothea, nossos alunos e
muitos mais... Todas as pessoas que Claire conheceu estavam comigo agora para segurar sua
mão.
"Rae..." ela disse.

"Voltei."
"Graças a Deus... Como você se sente?"

"Confuso. Como se eu tivesse acordado de um longo sonho... um sonho

reconfortante, mas triste. Mesmo que não fosse real, seu mundo imaginado incluía eu e
Melia. Ela deve ter se sentido tão em paz. “Mas um sonho é um sonho. Não importa o quão
reconfortante possa ser, nunca pode ser real. Mamãe teve que me repreender porque eu
não conseguia entender isso…”
"Está tudo bem. No final, você conseguiu sentir a presença de todos, certo?”
“Sim, sim, eu fiz.”
Então Claire sentiu isso também, provando que não tinha sido apenas uma
invenção da minha imaginação. Claro, este era o mundo da mente, então tudo era
possível.
“De qualquer forma, com isso, atrapalhamos os planos da TAIM. Tudo o que resta é
deixar este lugar.”
"De fato. Então, como fazemos isso?”
“Sabe, não sei.” Agora que pensei nisso, percebi que não tinha uma viagem de
volta planejada. TAIM me mandou aqui, mas ela com certeza não estava por perto para
me mandar de volta.
“Não se preocupe, eu posso fazer isso.”
“Rainha Demônio…”
"Senhorita Claire... estou feliz que você esteja segura."
"Meu Deus, seu corpo..."
“Sim, estou no meu limite.”
A Rainha Demônio tomou todos os ataques de Claire para mim durante meu
confronto com ela. Seu corpo estava lentamente perdendo a cor diante de nossos olhos.
Como eu suspeitava, o dano que ela havia sofrido era muito real.
“Eu não tenho muito poder sobrando,” ela disse. “Sendo um estranho, o Loop
System me vê como um vírus e logo me expulsará. Se vocês dois me segurarem quando
isso acontecer, vocês devem ser capazes de deixar este lugar. Rae Taylor, deixo a Srta.
Claire em suas mãos.
“Ei, espere, mas o que fazemos com o Sistema Loop?” Eu perguntei.
“Isso é para você decidir. Eu claramente não estou mais qualificado para
lidar com isso. Se você optar por continuar, acabar com isso ou até mesmo mudar

esses loops é com você.”
“Como você pode ser tão irresponsável?” Eu a repreendi.
“Precisa mesmo perguntar? É assim que eu sou.”

“Certo, como eu poderia esquecer? Nosso jeito Rae Taylor.”
"Exatamente." A Rainha Demônio me deu um sorriso fino antes de envolver seu braço
restante em torno de mim e de Claire. Começamos a subir no ar. “Depois de voltar, você deve
encontrar uma maneira de restringir a funcionalidade do TAIM o mais rápido possível. Então você
pode tomar seu tempo pensando em seu próximo passo.”
“Obrigada, Rainha Demônio... não, minha outra Rae,” Claire disse.
“Eu não mereço mais ser chamado por esse nome.”
O rosto de Claire ficou dolorido com isso. Nós três subimos através do
estranho espaço em silêncio. Sem aviso, a Rainha Demônio nos deixou ir.
“Rainha Demônio?” Eu perguntei.
“Isso é uma despedida. Você poderá sair se continuar subindo.”
"Mas e voce?"
Ela olhou para mim em silêncio. Eu assisti como seu corpo começou a desaparecer
para o bem. Enquanto continuamos a subir, ela caiu nas profundezas escuras abaixo.
"Você percorreu um longo, longo caminho..." Claire chamou. “Você ganhou seu
descanso."
"Eu não vou dizer obrigado", eu repeti, "mas, por favor, descanse bem."
Como se visse os últimos momentos de um respeitado ancião, demos à Rainha

Demônio nossas últimas palavras de despedida.
“Sim, acho que vou. Fique bem, Srta. Claire, Rae Taylor. O mundo está em suas mãos.”
Quando suas palavras chegaram aos nossos ouvidos, nossa consciência começou a desaparecer.
Eu não consegui distinguir seu rosto no final, mas eu gostaria de pensar que ela estava
sorrindo.
***

Quando acordei, estava de volta à sala do servidor, deitado no chão

com o papa, Lilly e Elie olhando para mim com preocupação.
"Você está de volta agora, Rae Taylor?"
“Rae, você está bem!”
"Obrigado Senhor…"
Os três pareciam aliviados quando me sentei – bem, o papa estava realmente tão
inexpressivo como sempre, mas pelo menos Lilly estava meio em lágrimas por me ver de
volta. Eu queria me desculpar por deixá-los preocupados, mas eu tinha algo mais urgente
para resolver.
"Onde está Claire?" Eu perguntei. O corpo de Claire não estava por perto
quando mergulhei no Loop System. Sua consciência estava liberada agora, mas eu não
tinha ideia de como isso iria tomar forma na realidade.
“Ela está bem aqui”, disse o papa. Olhei em seus braços, nos quais ela embalou
Claire.
"Ufa..." Eu tinha conseguido. A tez de Claire parecia boa, e ela parecia prestes a
acordar a qualquer momento.
“Eu não achei que você realmente conseguiria recuperar Claire

A consciência de François”, disse TAIM. Eu podia ouvir exasperação em sua voz,
bem como o que eu presumi ser admiração genuína. Ela estava exatamente no
mesmo lugar de antes de eu entrar no Sistema Loop, mas pelo menos ela fez pleno uso
de seu holograma, seu rosto cheio de surpresa.
“Você subestimou o vínculo entre a Srta. Claire e eu, TAIM. Sua trama sinistra
termina aqui.
"Talvez por isso. Com Claire François de volta ao seu antigo eu, os
privilégios de administrador serão dela.”
"Então-"
“Sim, isso significaria minha derrota...” A expressão de TAIM tornou-se de êxtase.

“Se eu ficasse sentado sem fazer nada, é isso.”
O chão entre nós e o mainframe caiu, e feras gigantes saíram de baixo, em

maior número do que poderia ser contado em ambas as mãos.
"O-o que são aqueles?" Lilly disse com medo.

"Monstros...?" perguntou Elie.
“Não… Essas são armas da ciência”, disse o papa.
No início, eles se pareciam mais com pedaços gigantes de metal. Suas superfícies
tinham um brilho metálico preto que gritava impenetrável. Mas uma série de rachaduras logo se
formaram ao longo de suas superfícies, antes de se separarem e tomarem a forma de feras de
aparência grotesca, seus olhos emitindo um brilho metálico dourado.
“Isso são quimeras?” Eu perguntei em voz alta. Seus corpos eram de metal, não
carne; mas eles pareciam a quimera que Claire e eu uma vez lutamos antes.
“Eu os projetei usando o subconsciente de Claire François”, disse TAIM. "EU

não pode colocar a mão nela uma vez que ela tenha privilégios de administrador, mas antes
é outra história. Agora morra, pelo bem da existência continuada da humanidade.”
As quimeras soltaram um rugido ensurdecedor. Eles avançaram com um estrondo

estrondoso que sacudiu a sala do servidor, como se reiterasse o chamado do TAIM para que
morrêssemos.
"O que deveríamos fazer?" perguntou o papa.
“Eu não sei, mas duvido que eles nos deixem ir se pedirmos com jeitinho.”
Eu respondi.
“E-então temos que lutar, então? A-contra essas coisas? perguntou Lilly.
“Podemos vencê-los?” Elie disse duvidosamente.
Nossas reações imediatas foram todas diferentes, mas tínhamos o mesmo

pensamento em nossas mentes – vencer essas quimeras seria difícil.
Eles tinham pelo menos quinze, talvez seis metros de comprimento por estimativa conservadora.
Tentei testar as águas com Judecca, mas não consegui fazer um arranhão nelas.
“Claro, não tenho intenção de deixar todos vocês escaparem”, disse TAIM.
A porta da sala do servidor se fechou atrás de nós. Parecia que nossa pequena brecha
com o sistema de defesa havia esgotado seu curso. Talvez pudéssemos ter feito uma pausa
no momento em que as quimeras apareceram, mas o que estava feito estava feito.
"O que é toda essa raquete?"
“Senhorita Claire! Você está acordado!" Chorei.

“Difícil não estar com todo esse barulho. … O que há com aqueles horríveis
parecendo bestas?”
"Bem..." Eu rapidamente enchi Claire.
Ela soltou um bocejo vagaroso. “Então, nós só precisamos destruir essas coisas?
Parece bastante simples.”
"O que…? Senhorita Claire?
"Algo está acontecendo?"
Sim, muito, sim, eu queria dizer, mas hesitei diante de seu olhar
de total confiança.
“Não sou cem por cento, mas tenho a boa sensação de que podemos derrotar essas
coisas.”
"Mas como?"
“Já se esqueceu? Temos aquela coisa que a TAIM se esforçou para nos ensinar. Já faz um
bom tempo que quero usá-lo, mas a oportunidade ainda não apareceu.”
"Oh sim." Isso me escapou um pouco da cabeça, já que nunca chegamos a

usá-lo na batalha contra a Rainha Demônio, bem como com o desaparecimento de Claire
roubando minha atenção recente, mas ainda não estávamos completamente sem opções.
"Não! Não lhes dê tempo! Rápido, queime-os!” TAIM disse em um

correr.
As quimeras abriram suas bocas e uma luz começou a brilhar na base de suas gargantas. O
que quer que eles estivessem construindo, eu duvidava que nos deixaria ilesos. Mas mesmo assim…
"Vamos acabar com isso, Srta. Claire?"

"Vamos."
Nenhum átomo do meu corpo sentiu que poderíamos perder. Claire e eu demos as mãos,
entrelaçando nossos dedos como amantes, e apontamos nossas varinhas mágicas para as
quimeras com nossas mãos livres. O poder transbordou de onde nossas mãos se encontraram.
"Vou usar Magic Ray", disse ela.
“Então eu vou usar Absolute Zero,” eu respondi.

O que estávamos preparando, é claro, era nada mais nada menos do que nosso elenco
duplo.
“Desapareçam, Rae Taylor, Claire François!” TAIM gritou.
“O único que vai desaparecer aqui...” eu disse. "-é você!"
Claire terminou.
Um prazer ardente e eufórico tomou conta de mim quando senti minha magia se fundir
com a de Claire. A magia misturada percorreu nossos corpos, passou por nossas pontas dos
dedos e convergiu em nossas varinhas. Os atributos conflitantes de fogo e água se uniram, tão
paradoxal quanto meu vínculo com Claire, e se harmonizaram em um brilho que agora brilhava.
A sala do servidor se encheu de luz.
“Impossível…” TAIM disse incrédulo após a luz ofuscante

diminuiu. Nosso fluxo de luz não deixou vestígios das quimeras.
"Você ainda deseja lutar?" Claire perguntou. “Não tenho certeza do porquê, mas sinto que
poderia enfrentar o mundo agora. Eu não me importaria de continuar, se você quiser.
"E eu vou continuar lutando pelo tempo que a Srta. Claire quiser!" Eu disse.
“Isso é o que uma esposa faz, afinal!”
"E-esposa?" Claire perguntou.
“Não se preocupe com isso. Então o que vai ser, TAIM?” Eu estava tentando instigá-la,
mas TAIM não mostrou nenhum sinal de intenção de nos atacar ainda mais.
"Meu Deus... É por isso que os humanos não são bons."
"Posso tomar isso como o resmungo de um perdedor?" Eu perguntei.
“Sim, Rae Taylor. Os privilégios de administrador já foram transferidos. Não posso

mais prejudicar Claire François.”
“Ha ha… Ha ha ha… A vitória é nossa! Ooh ho ho ho!” estridente de claire

A risada parecia ainda mais reconfortante de ouvir agora. Desta vez, com certeza, podíamos
acreditar que as coisas tinham acabado.
“Eu perdi... Talvez eu estivesse errado ao pensar que os humanos não podem administrar
a si mesmos”, disse TAIM.
"Oh? Você finalmente começou a entender os humanos?” Claire perguntou.

"Um pouco tarde se você me perguntar..." eu murmurei.
"Nunca é tarde demais. Especialmente quando ela vai voltar para o nosso lado como amiga
da humanidade,” Claire disse.
"Amigo...?" TAIM disse, confuso.
“É tão estranho assim? Você passou um tempo absurdo junto com a humanidade, não foi?
Tenho certeza de que a humanidade não tem amigo maior do que você.”
"Eu sou... um amigo da humanidade?" TAIM mastigou as palavras de Claire com um olhar
perplexo.
Oh céus. Insatisfeita com os humanos, minha Claire passou a seduzir a IA também.

É melhor eu ir para o controle de danos.
“TAIM,” eu disse.
“Sim, Rae Taylor?”
"Eu não vou te dar a senhorita Claire."
“Vamos ver isso. Posso ter desistido dos privilégios de administrador, mas geralmente
sou bastante persistente com as coisas. Ah, e eu sou uma IA de alta especificação, então talvez
você seja superado?”
"É assim mesmo. Ha ha ha…”
"Hehehe…"
"Por que vocês dois estão fazendo caras tão aterrorizantes?" Claire interrompeu.
“Por sua causa!” TAIM e eu gritamos.
"Perdão…?"
Claire continuou resmungando sobre não entender por que ela estava sendo culpada de
repente. Como alguém poderia ser tão inconsciente de quão mulherengo - desculpe, mulher-AI-zer -
eles eram estava além de mim.
“Eu realmente não entendo, mas parece que as coisas se acalmaram, então por que
não voltamos à superfície? Este lugar me dá calafrios”, disse Elie.
“S-sim, por favor,” Lilly concordou rapidamente.
O papa assentiu também.
“TAIM, deixe o Loop System em minhas mãos por enquanto. eu juro que não vou

use-o para qualquer coisa má,” Claire disse.
“Você vai assumir o manto da Rainha Demônio?” perguntou TAIM.
"Não. Isso é demais para uma pessoa suportar. vou procurar ajuda
e descobrir um método pelo qual a humanidade como um todo pode decidir.”
"Eu vejo…"
“Há muito perigo em atribuir todas as decisões a um único

pessoa. Muito melhor que o risco e a responsabilidade sejam compartilhados entre
todos.”
“Que solução muito humana.”

"De fato." Com isso, Claire deu meia-volta. "Vamos, Rae?"
"Sim, senhorita Claire."

"Vamos voltar... para nossa casa."
"Sim!"
Pulei na direção de Claire e a abracei o mais forte que pude.

Epílogo
“ESTOU UM POUCO NERVOSA...” Claire disse, sua expressão dura.
Estávamos andando de volta para nossa casa em Bauer. Fazia cerca de dez meses
desde que partimos, então eu estava um pouco nervoso também.
O céu se estendia acima de nós, azul sem uma nuvem à vista. O ar estava frio, mas não senti
nada daquele frio entorpecente. Certamente era porque Claire estava lá para me aquecer.
Uma semana havia se passado desde nossa batalha na sala do servidor. O TAIM havia
revertido as memórias da humanidade de volta ao normal, então agora todos podiam se lembrar de
Claire novamente.
"Eu não posso acreditar em mim mesma... Como eu poderia ter esquecido de você,
Claire?" Com alguma amargura dirigida a si mesma, Manaria pediu desculpas várias vezes. Ela sorriu
ironicamente. “Eu acho que vocês dois realmente compartilham um vínculo especial. Não há espaço
para eu me forçar a entrar.”
Eu então brinquei sobre ela perceber isso tarde demais, rapidamente ganhando um golpe
na cabeça de Claire.
Manaria já estava de volta a Sousse. Seu retorno estava muito atrasado, já que ela
estava fora desde que foi a Nur para a cúpula das quatro nações.
“Lady Manaria, o que você está fazendo? É hora de partirmos.” Eve finalmente
veio de Sousse para arrastar Manaria de volta, depois que ela adiou seu retorno para continuar
andando conosco - bem como para adiar seus deveres de rainha. Os dois ainda pareciam um pouco
nervosos um com o outro, mas eu tinha a sensação de que o tempo os aproximaria novamente. Se
não, Claire provavelmente resolveria o problema com as próprias mãos e os forçaria a fazer as pazes.
“Awww, há muito trabalho! Não tenho tempo para brincar com Rae!”
Lilly choramingou.
"Pronto pronto. Eu vou brincar com ela o suficiente para nós dois, então você continua
Nisso!" disse Lana.
“Isso não resolve nada!”

"Lana, por favor, 'continue assim' também", disse Dole.
Foi oficialmente decidido que Lilly seria reintegrada como cardeal. Os

preparativos para isso a mantinham ocupada, mas ocasionalmente ela encontrava um momento
livre para visitar e resmungar. De acordo com Claire, Lilly ficou mais descarada com seus
avanços desde que ela se tornou temporariamente minha amante. Pessoalmente, eu estava
feliz com isso – porque significava que eu poderia experimentar o ciúme de Claire com mais
frequência. Woo-hoo!
Dole ofereceu a Lana um emprego como seu assessor por enquanto. Ela
era aparentemente muito capaz, mas tinha o hábito infeliz de faltar ao trabalho,
ganhando seus frequentes sermões de Dole. Ela muitas vezes vinha visitar nossa casa
quando ela faltava, e toda vez que o fazia, éramos brindados com um show de Dole
arrastando-a pela parte de trás do colarinho. O fato de ele ter se esforçado tanto para enganá-
la era, na minha opinião, muito possivelmente um sinal do potencial que ele via no futuro dela.
“O futuro da humanidade, não é? Pensar que estaria envolvido em algo tão

grandioso na minha idade...” Dole estava conversando sobre o Loop System com os
líderes de vários países, começando com Bauer. Nur aparentemente estava muito mais
cooperativo agora. Os privilégios de administrador do Loop System ainda estavam com
Claire por enquanto, mas ela estava preparada para transferi-los para um candidato adequado
assim que um consenso fosse alcançado sobre como deveríamos administrar o Sistema e
que tipo de futuro queríamos para a humanidade.
Eu disse a Dole a certa altura que me sentia mal por jogar tanto trabalho no colo dele,
mas ele apenas me deu um sorriso alegre e disse que faria qualquer coisa para ajudar suas
queridas filhas.
"Sabe, eu tenho falado muito mais com Thane ultimamente." Rod era
homem do momento agora, graças às contribuições de seu Focalizador na batalha
contra a Rainha Demônio, mas ele não parecia se importar muito com a fama. Ele disse, no
entanto, que havia encontrado mais significado em seu trabalho simples. Quanto ao
relacionamento dele com Thane, eu não sabia o que havia mudado entre eles, ou talvez
dentro deles, mas eles se davam muito melhor agora.
A auto-estima de Thane havia melhorado, e muitos agora o consideravam como um

rei. Sua liderança neste mundo pós-Rainha Demoníaca foi considerada perdendo apenas
para Manaria. Eu tinha a sensação de que com ele no leme, Bauer logo superaria os efeitos
posteriores da erupção do Monte Sassal.

“Não seremos mais o segundo atrás de Broumet!” As contribuições de Lene em

a batalha da Rainha Demônio havia sido reconhecida, e ela e a empresa de Lambert,
Frater Trading, estavam prestes a superar Broumet. As notícias da proprietária afiada e capaz
liderando a indústria, e seu marido, que poderia lidar com todos os assuntos práticos sozinho, foram
manchetes de jornais em todos os países.
A última vez que eu soube, eles estavam planejando abrir uma filial no império e
estavam sobrecarregados com os preparativos. Lene reclamou comigo uma vez sobre como
ela não tinha mais tempo para flertar, mas ela parecia muito feliz apesar disso. Ela havia
encontrado seu chamado e estava vivendo uma vida plena. Eu estava feliz por ela.
“Eu posso visitar o túmulo da minha filha agora. Obrigado, Sra. Claire, Sra.
Rae.” Claire e eu fomos visitar o Sr. Torrid para agradecê-lo por nos ensinar o lançamento
em tandem, apenas para ele virar a mesa e nos agradecer. Seus crimes contra o império —
a saber, a deserção — foram perdoados por Philine, e agora ele estava livre para se mover
como quisesse entre ele e o reino. Ele ficou principalmente em Bauer, pois tinha seu trabalho
na Royal Academy, mas viajava para o império para ver o túmulo de sua filha sempre que
tinha férias longas. Ele foi um dos muitos cujas vidas estavam nos caprichos do Loop System; Eu
esperava que ele pudesse encontrar a felicidade.
Joel agora estava morando sozinha. Sua mudança não foi muito bem com sua família, que
era bastante conservadora. Isso não era muito surpreendente para uma família que serviu o palácio
real como oficiais militares por gerações.
Joel havia tentado ao máximo persuadir seus pais por algum tempo, mas eles eram obstinados,
então, eventualmente, ela se cansou e deixou a casa de sua família.
“Não estou muito preocupado. Tenho certeza de que as coisas vão se resolver com o
tempo”, ela disse com um olhar genuinamente despreocupado. Ela decidiu assumir sua verdadeira
identidade e estava preparada para enfrentar os desafios que isso traria. Também parecia que
seus pais não esperavam que ela saísse de casa e já haviam escrito três cartas implorando para
que ela voltasse.
As famílias às vezes não conseguiam se entender, mas isso não significava que não havia
amor. Como Joel havia dito, provavelmente seria apenas uma questão de tempo.
Querida Miss Claire, ser uma imperatriz é uma quantidade surpreendente de trabalho. UMA
carta de Philine chegou com isso como uma abertura. Ela havia sido oficialmente empossada
como imperatriz e agora estava ocupada desfazendo toda a agressão estrangeira

políticas que Dorothea havia instituído. Começando com a terra natal de Frieda, Melica,
muitos países anteriormente anexados haviam declarado independência, então Philine estava
ocupado negociando acordos e alterando antigos, bem como administrando regulamentos sobre a
entrada e saída de pessoas e bens. Em suma, ela estava muito, muito ocupada.
Seja como for, não vou desanimar. Pois eu sou a filha de Dorothea Nur, a carta terminava.
Embora eu tivesse ouvido um pouco de seu velho eu chorão na carta, eu também podia dizer que
ela agora tinha uma autoconfiança digna de uma imperatriz. Ela ainda estava um pouco molhada
nas orelhas, mas eu pensei que ela poderia se tornar uma governante para rivalizar com Dorothea
um dia. Hilda e Josef também estavam ao seu lado para apoiá-la, então eu tinha certeza de que não
precisava me preocupar. A garota tímida e tímida havia crescido.
“Cabe a nós decidir qual o papel da Igreja para o povo.” o

A Igreja Espiritual aparentemente estava muito dividida sobre se tornaria público o Loop System.
O papa mostrou apoio para ir a público, mas enfrentou forte oposição. O fato de que a própria
organização que tinha grande consideração por seu bem-estar público tenha manipulado as
pessoas ao longo da história foi um escândalo sem precedentes. O papa foi inabalável em suas
tentativas de persuadir a oposição, no entanto, embora isso provavelmente levasse tempo, a
verdade provavelmente acabaria por ver luz. Quando isso acontecesse, havia uma boa chance de
que a Igreja perdesse muito de sua influência, mas a verdade condenatória nunca poderia desfazer
todo o bem que a Igreja fizera pelo povo ao longo dos séculos. Eu tinha certeza de que o papa
encontraria uma maneira de sobreviver. Afinal, ela tinha Lilly, Yu, Misha e Sandrine para ajudá-la.
“Estamos trabalhando para que a Igreja aprove o casamento entre pessoas do mesmo sexo!” Yu
disse.
“Não que tenhamos muitos apoiadores”, disse Misha.
Para minha alegria, Yu e Misha eram agora oficialmente amantes. Eles também estavam
tentando dar nova vida à Igreja, onde os valores conservadores eram fortes. A Igreja estava
profundamente enraizada na vida das pessoas, tanto que as cerimônias de casamento eram
normalmente realizadas nas igrejas. Se os valores oficialmente defendidos pela Igreja fossem
alterados, havia uma boa chance de que a atitude das pessoas em relação à homossexualidade
também mudasse.
Como esperado, no entanto, houve muita oposição. Aqueles que apoiaram Yu e

Misha eram uma minoria esmagadora. Dito isso,

Yu e Lilly foram jogadores-chave na batalha contra a Rainha Demônio, assim como os cardeais,
então o apoio ao lado deles estava aumentando gradualmente. O dia em que Claire e eu
poderíamos nos casar legalmente não estava muito longe.
“Olha, Mama Claire e Mama Rae estão de volta, Aleah!”
“Nós estávamos esperando!”
Quando nossa casa apareceu, May e Aleah também, de pé no quintal. Nós havíamos
dito a eles com antecedência que estaríamos de volta neste dia, então havia uma boa chance de
que eles estivessem esperando do lado de fora por algum tempo. Acenei para eles, e os gêmeos
acenaram de volta com tanta força que pensei que seus braços fossem voar.
A maldição em seu sangue se foi, assim como TAIM havia prometido.

De acordo com sua explicação, foi graças à criação da Spell Sword que quebrou a barreira
da Rainha Demônio. Toda a magia em seus corpos foi forçada a ultrapassar, tornando a
maldição disfuncional – ou algo assim. Ralaire parecia um pouco triste ao ver que ela não era
mais necessária ao lado deles vinte e quatro sete, mas eu estava realmente feliz por vê-los livres
de sua maldição.
As meninas já tinham aprendido além do nível que sua escola poderia ensinar,
então estávamos pensando em fazê-las pular notas. A ideia me deixou um pouco preocupado,
mas esse tipo de preocupação foi muito bem-vinda depois de todo o caos que passamos
ultimamente.
"Oh, essas crianças..." Claire disse enquanto acenava também. Seus olhos estavam
cheio de carinho.
Claire estaria ocupada por algum tempo. Ela teve que se juntar a Dole em viagens
ao redor e explicando o Loop System para várias pessoas, o que era compreensível.
Com toda a probabilidade, eu provavelmente estaria acompanhando, então pelo menos havia
algum lado positivo.
Eu não tinha muita certeza do que o futuro reservava. Mas o que quer que acontecesse,
eu tinha certeza de que sobreviveríamos. Eu tinha Claire comigo.
“Mamãe Claire!”
“Mãe Rae, você está atrasada!”
Quando chegamos ao pátio, nossos filhos pularam em nossos braços. Era normal
que Claire recebesse tal tratamento, mas menos comum que fosse

estendido a mim.
— Você está bem, May? Claire perguntou, acariciando a cabeça de May.
"Desculpe por isso, Aleah," eu me desculpei, trazendo Aleah aos meus olhos.
“Aleah e eu estamos esperando desde de manhã!” disse maio.
“Já estamos com fome!” disse Alah.
“Oh, querida, me desculpe,” Claire disse.
“Vamos comer, então? O que vocês dois gostariam?” Eu perguntei.
“Sanduíches e crème brûlée!” os gêmeos responderam antes de correr para a casa. Eu

pensei que eles correriam para a mesa de jantar assim quando, em vez disso, eles pararam logo
após abrir a porta.
"Hum, Mama Claire, Mama Rae?" Há um começo.
Os gêmeos se entreolharam e disseram ao mesmo tempo: “Bem-vindos ao lar!”
Ouvi um suspiro do meu lado. Claire ficou lá com uma mão sobre ela
boca e um rosto prestes a explodir em lágrimas.
"Pronta, senhorita Claire?" Eu perguntei.
Ela rapidamente se recompôs. "Sim."
Agora que estávamos em casa, havia algo que precisávamos dizer.
Claire e eu trocamos um olhar e, com muita emoção, dissemos: “Estamos em casa”, antes
de seguir nossas queridas filhas para dentro.

Capítulo bônus:
Um dia que poderia ter sido
“NNH…” Senti-me levantar das profundezas do sono. Meu

consciência ainda não totalmente recuperada, abri meus olhos.
“Bom dia, Rae.”
"Bom dia, senhorita Claire."
Que alegria era ter seu amado ser a primeira coisa que eles viam todas as
manhãs. Claire olhou para mim com um sorriso gentil, seus olhos transbordando de amor.
“Você poderia ter me acordado se quisesse,” eu disse.
“E deixar passar a oportunidade de olhar para o seu rosto? Pereça o pensamento,”

ela respondeu com um sorriso leve.
Raios de sol suaves entravam pela janela. O tempo lá fora estava bom. Claire
parecia divina com o sol da manhã brilhando sobre ela, como se uma deusa genuína
tivesse descido para me visitar.
"Você está me observando por um tempo?" Eu perguntei.
"Eu tenho. Você parece muito mais infantil quando dorme.
“Você sabe que as pessoas geralmente consideram que assistir alguém dormir é de
mau gosto, certo?”
"Oh? Mas você me vê dormir o tempo todo.
Ela me tinha lá. Então, novamente, tal comportamento era a norma para mim, não
sua.
“Vou fazer o café da manhã,” eu disse.
“Espere, por que não ficamos assim mais um pouco? Não há nada de errado
em ter uma manhã preguiçosa de vez em quando.”
“Mas eu tenho que fazer as lancheiras de May e Aleah.”
“Eles não têm escola hoje, Rae.”
"Oh?" Huh? Isso estava certo? "Que dia é mesmo, Srta. Claire?"

“Heh heh, oh, você. Você ainda está meio dormindo? Pelo calendário real, é 2017—”
Oh, certo. Já haviam se passado dois anos desde a revolução. Mas por que minha memória
parecia tão confusa? Talvez eu ainda estivesse meio dormindo como Claire disse.
“Raaaae?” Percebendo que eu não estava ouvindo, Claire se aproximou para um abraço.
"Uau." Eu a abracei de volta, apertando seu corpo macio com meus braços.
O doce aroma de seu cabelo liso, ainda por ser encaracolado, flutuou até mim. Corri meus dedos por ele
e me aqueci em seu amor. Ah, felicidade.
“Vamos fazer um piquenique hoje, Rae. Com almoço para toda a família.”
“Isso soa bem. Aquela colina um pouco afastada deve ser agradável com este tempo.
Eu senti como se nós quatro tivéssemos feito um piquenique juntos antes. eu não podia
lembro bem dos detalhes no momento, mas deve ter sido um bom momento.
“Nesse caso, eu realmente tenho que fazer lancheiras,” eu disse. “Vamos levantar?”
"Não, eu quero descansar na cama com você mais." Claire estava agindo como mimada
pela primeira vez, e caramba, era adorável.
“As meninas não vão acordar logo?”
“Não por mais algum tempo. Ainda temos tempo”, disse ela, olhando para o
relógio de parede. Segui seu olhar e vi que os ponteiros apontavam para as seis horas. Na
verdade, ainda tínhamos algum tempo.
"Tudo bem, o que você quer para o almoço hoje, então?" Eu perguntei.
“Eu gostaria de alguns sanduíches.”
"Que tipo?"
"Essa é uma boa pergunta... Presunto e queijo é um dado adquirido, assim como
sanduíches de ovo."
"Que tal alguns sanduíches de frutas também?"
“Isso soa delicioso. Eu gostaria de alguns morangos, nesse caso.
“Então terei que comprar alguns no mercado da manhã. Vamos levantar?”

“Meu Deus, por que você está tão ansioso para se levantar? Você não gosta de gastar
tempo aqui assim comigo?” Claire se virou com um beicinho.
Absolutamente adoravel. Eu sorri. “Sinto muito, Srta. Claire. Anime-se por mim, sim?”
"Nããão."
"Por favor?"
“Só tem uma coisa que pode me animar aqui... Você sabe o que é isso, certo?” Ela me deu um
olhar de expectativa pelo canto dos olhos.
Oh o. "Sim, eu sei, Srta. Claire."
"Sério? Então-"
“Vou fazer um pouco de crème brûlée para a sobremesa também.”
"Não! Quero dizer, sim, por favor, mas não foi isso que eu quis dizer!”
"Eu estou brincando." Eu coloquei uma mão contra sua bochecha macia como marshmallow, virei
sua cabeça na minha direção, e lhe deu um longo beijo, tomando meu tempo para saborear seus
lábios rosa-cereja. “Era isso que você queria?”
"Vai servir." Ela deu um sorriso satisfeito, parecendo tão adorável que eu meio que
queria continuar isso debaixo dos lençóis.
“Vamos levantar?” Eu perguntei.
"Eu suponho", disse ela, um tanto relutante. “Eu vou comprar os morangos, então
vá em frente e prepare o café da manhã.”
"Entendi."
Trocamos outro beijo e saímos da cama.
Hora de começar um novo dia.
“Piquenique, Piquenique!”
“Vamos fazer um piquenique!”
"May, Aleah, tome cuidado com o seu passo ou você vai cair!" disse Claire.
"Nós ficaremos bem!" os gêmeos responderam.
Claire e eu trocamos um sorriso irônico enquanto observávamos as garotas correrem na frente.

Eles estavam pulando notas este ano, deixando sua antiga escola para trás e continuando a
estudar na escola primária da Royal Academy. Vendo-os assim, no entanto, eles se pareciam
menos com pequenos gênios e mais com crianças normais de sua idade. Eles tinham muita
história difícil por trás deles, então fiquei feliz em ver que eles podiam sorrir assim – é claro, eu
estava feliz como pai deles também.
“Mamãe Claire, o que é essa flor?” May perguntou.
“Isso é uma flor de cerejeira, querida. Uma flor de primavera,” Claire respondeu.
“O que é esse amarelo, mãe?” Alah perguntou.
“Isso é um dente-de-leão. Vai se tornar algodão branco um dia e voar para longe”,
Claire respondeu novamente.
Nosso ambiente, embora um tanto mundano para Claire e para mim, parecia
para fascinar as meninas. A beleza realmente estava nos olhos de quem vê, eu suponho.
Pelo menos os dois tiveram a gentileza de compartilhar um pouco da beleza que viram conosco.
“Ei, mamãe Rae? O que tem para o almoço de hoje?” May perguntou.
“Sanduíches, o seu favorito.”
"Yay! Que tipos temos?”
“Presunto e queijo, maionese e ovo, picles mistos e frango e morango e creme de leite
fresco.”
"Uau!" disse maio.
“Tão extravagante!” disse Alah.
Era impressão minha ou eles estavam mais animados com comida do que com flores?
"Boas garotas também recebem crème brûlée de sobremesa", acrescentei.
"Yay!" disse maio.
"Eu vou ser uma boa menina hoje!" disse Alah.
"Heh heh, então vamos nos certificar de que andamos, tudo bem?"
“Okaaa!” eles responderam energicamente. Os gêmeos andaram por algum tempo, mas
estavam correndo novamente em questão de minutos.

Bondade. Crianças, estou certo?
"Oh? Não são Rae Taylor e Claire François?” uma voz familiar disse
atrás de nós.
“Hum? Oh, bem, você olharia para isso.”

"Que coincidência."
“Parece que tivemos a mesma ideia.”
Claire e eu nos viramos para ver um pequeno grupo andando com algumas
cestas.
"Oh meu Deus. Bom dia, Sua Santidade, Lady Yu, Lady Riche e Misha,” Claire
cumprimentou.
“Bom dia,” eu repeti.
Saudamos os quatro membros da Igreja Espiritual, aos quais se juntaram as

crianças do orfanato.
“Hum? Senhora Riche? Eu disse, surpresa por um breve momento.
Claire com muito tato continuou com as gentilezas. "Vocês todos vão fazer
piquenique?"
"Sim. Seria um desperdício não fazê-lo em um feriado tão raro com

tempo abençoado”, respondeu o papa.
“Todos nós fizemos lancheiras juntos. Até minha mãe ajudou”, disse Yu.
“Bem, eu não poderia ficar parado e assistir quando havia tanto a ser feito,
não é?” disse Riche.
"Todo mundo, o que você diz?" Misha disse para as crianças.
"Bom Dia!" as crianças chamaram.
Parecia que os quatro estavam levando as crianças para um piquenique.

Mas por que o papa, assim como Riche e Yu, dois cardeais, seriam…
Huh? O que eu estava pensando agora?
"Vocês quatro estão indo para aquela colina ali também?" Yu perguntou.
"Sim. A vista é maravilhosa de lá”, disse Claire.
“O mesmo que nós, então. Se você quiser, talvez pudéssemos fazer um piquenique
juntos? sugeriu o papa.

“Seria uma honra, Sua Santidade. Quanto mais melhor."
“Obrigado, senhorita Claire. Na verdade, quatro pessoas não foram suficientes para
cuidar de todas essas crianças.”
“Júlia! Por favor, fique com o grupo!” Mish ligou.
No total, havia cerca de vinte crianças do orfanato, um número difícil para um

grupo inexperiente como o deles gerenciar. Essa percepção me deu um novo respeito
pelos professores da pré-escola do meu velho mundo; eles devem ter sido mais habilidosos do
que eu poderia imaginar. Lady Riche, em particular, parecia ter sido difícil quando as crianças
corriam em círculos ao redor dela, talvez porque ela não estivesse acostumada a lidar com
crianças.
Nossos grupos se encontraram e fomos para o morro. Depois de alguma caminhada

e muito barulho, chegamos a uma clareira.
“Estamos aqui, todos. Vamos comer primeiro?” disse o papa, e as crianças se

dividiram em grupos para estender as mantas de piquenique, colocando a comida em cima.
“Sem comer ainda. Espere até que todos estejam prontos, por favor,” Yu disse.
"Todos, vamos dar graças juntos", disse Riche.
“Mãos juntas, todos. Preparar?" disse Misha. “Nós te agradecemos,

Deus Espírito Todo-Poderoso, pelo alimento que agora receberemos”.
"Um homem!" todos disseram juntos.
As crianças cavaram assim que terminamos.
“Ei, ei, o que são esses?” uma criança perguntou.
"Esses? São sanduíches”, disse May.
“Eles parecem gostosos! Quer trocar um pelo meu ovo cozido?”

"Claro!"
“Eu troco isso por um também!” disse Alah.
Os gêmeos eram tímidos com as outras crianças no início, mas logo estavam se
dando bem. Que doce.
Esta colina deve ter sido um local de piquenique muito popular, pois havia uma
número de outras pessoas ao redor. Havia famílias como a nossa, o que eu presumia
serem casais, e até mesmo o que parecia ser um casal de mãe e filha,

a mãe vestida com uma armadura preta e a filha com um vestido que uma princesa poderia usar...
Espere o que?
“Hum? Se não for Rae Taylor e Claire François.”
"O que…? Sua Majestade Imperial Dorothea?” Eu disse.
“E-oi! Não me ignore, estou aqui também, Rae!”
“Bom dia, Filine. Vamos, Rae. Não seja rude,” Claire repreendeu.
Eu.
“Oh, não, eu não a estava ignorando nem nada, é só...” O que eles estavam fazendo aqui?
Este era Bauer, não Nur. Em primeiro lugar, Dorothea era... era o quê, de novo? Eu sinto que estava
na ponta da minha língua...
“Qual é o problema, Rae Taylor? A beleza da minha filha te cegou? Hum, claro que sim.
Mas não se engane: minha filha pertence a mim e somente a mim”, disse Dorothea.
“O que—Mãe! Nossa, o que você está dizendo?!” Philine se opôs.
“Nada mais do que a verdade.”
“Eu não conheço tal verdade! Humpf!”
“Ha ha ha, você é adorável, minha querida.”
Eles pareciam se dar bem. Nem um único obstáculo entre eles... mas isso era
realmente... "Vossa Majestade Imperial, você deveria estar vestindo uma armadura para um
piquenique?"
Claire perguntou.
“Não se preocupe, Claire François. Esta é a minha armadura de lazer.”
“Tal coisa existe?!”
"De fato. Na verdade, é feito de papel.”
“Mas uma chuva passageira não estragaria tudo?!”
Essa é a parte em que você está presa, Srta. Claire? Eu fiz uma careta. “Hum, seu
Majestade Imperial?”
"O que?"
"Como você está se sentindo?"

“Você está preocupado comigo? Este clima de piquenique deve fazer você se sentir um
pouco fora. Talvez até comece a chover do nada. Humph, prefiro não ser pego molhado em minha
armadura de lazer.
Senti uma sensação avassaladora de desconforto ao ouvir as palavras “piquenique”

sair da boca de Dorothea... Não, não era isso que estava me incomodando.
Tipo, que tipo de armadura é feita de papel - não, não, não era isso também...
"Desculpe, eu só tinha que perguntar", eu disse.
“É justo, então. Eu sou a própria imagem da boa saúde. Na verdade, não posso dizer que
já tive um resfriado na minha vida.”
"Sim, eles dizem que idiotas não podem pegar resfriados..." Eu murmurei baixinho.
“Hum? Você disse alguma coisa?”
"Nada mesmo. Desejo-lhe muita saúde.”
“Assim como eu mesmo. Não posso deixar Philine se preocupando comigo.
"Isso mesmo. A mãe tem que ficar saudável para sempre!” disse Philine.
Eles pareciam incrivelmente próximos. Tipo, corações voando para todos os lados, perto do
nível.
“Nosso vínculo familiar não é de perder para o deles. Certo, Yu? Rico
disse, seu espírito competitivo tendo sido aceso.
“Claro, mãe,” Yu respondeu. “Mas eu ficaria feliz se você pudesse compartilhar um pouco
de sua afeição com Misha também…”
“O que você está dizendo? É precisamente porque estou tão apaixonado por ela que sou
duro com ela. Ela provou ser uma excelente esposa para minha filha.”
“A-aha ha ha, obrigado…” Misha riu sem jeito. Ela era um pouco tímida perto de Riche.
Que fofo.
“Humph… Vocês dois parecem muito fofos também. Mas você não é páreo para o amor
entre mim e minha filha,” Dorothea disse, olhando para Misha e Yu.
"Impossível! Você não pode encontrar um casal mais perfeito do que meus queridos Yu e
Misha!” exclamou Riche.
“M-Mãe?!”

"Mãe, por favor, você está me envergonhando..."
“Ai, meu Deus…”
Philine, Yu e Misha sofriam psicologicamente com a competitividade de seus pais.

Eu assisti com uma leve diversão, mordiscando meu sanduíche, mas sem saber que eu
estava prestes a ser arrastada para isso.
“Se você está competindo no lovey-doveyness, permita que eu e Rae participemos

também!” exclamou Claire.
Cuspi minha comida e exclamei: “Senhorita Claire?!”
“O que, Rae? Você tem alguma objeção?”
“Eu... eu não sei! Essa coisa toda não é estranha?!”

"Como assim?"
"Isso é... eu não tenho certeza, mas algo está estranho!" Era como se eu estivesse
assistindo a um drama onde todos os desenvolvimentos eram um pouco convenientes demais
para serem realistas. Fiquei tonto com a sensação indecifrável de que algo estava errado, mas
a sensação foi rapidamente dissipada pelo aparecimento de dois intrusos.
“Pa-pare aí mesmo! Temos o direito de participar deste lovey-dovey

concurso também!”
"Humph."
Juntando-se à briga estava Lilly e – “A
Rainha Demônio?!” exclamei.
"Eca. Você está aqui. Oh, senhorita Claire, bom dia. Vejo que você está tão
deslumbrante hoje como sempre,” disse a Rainha Demônio – também conhecida como Rei Ohashi.
"Boa dor... Por que eu tenho que ir junto com essa charada?"
“Ah, não seja assim, Rei!” disse Lilly.
“E o que há com você, Srta. Lilly? Quem você ama é Rae Taylor, não
—”
“O que importa? Você e Rae são basicamente a mesma pessoa! Meu amor não é
tão fraco a ponto de vacilar com uma diferença tão pequena!”
"É assim mesmo? Multar. Faça como quiser.” A Rainha Demônio suspirou, sentando-
se com um olhar de resignação.

Curiosos com seu estranho traje, as crianças a cercaram, subindo

em seu colo e puxando suas vestes pretas. Ela parecia muito perturbada, sem saber o
que fazer.
“Humph, outro par afirma ser mais amoroso do que Philine e eu? É melhor deixar claro
quem é realmente o mais fofo aqui com um concurso”, disse Dorothea.
"Ei ei! Vamos nos unir também!” uma voz enérgica chamou.
“Lena! E Lambert também!” exclamou Claire.
“Faz um tempo, Srta. Claire,” disse Lambert, a esposa de Lene.
A essa altura, nosso calmo e relaxante piquenique havia se tornado tão barulhento quanto
qualquer festival.
“Há mais de você? Multar. Algum outro participante?” perguntou Doroteia.
“Eu, eu! Eu e Aleah!” disse maio.
“Sim, vamos participar!” disse Alah.
“Muito bem, você pode. Mas não espere que eu me segure contra meu próprio
discípulo,” disse Dorothea.
“Eu não gostaria que você fizesse isso, Mestre!” disse Alah.
May e Aleah também participaram. Este concurso de amorzinho aleatório que

surgiu do nada estava começando a ficar fora de controle.
“Muito bem, então, vamos cada um competir contando histórias que expressam
nosso amor”, disse Dorothea. "Vou começar. Esta é uma história de quando Philine tinha
apenas dois anos.”
“Mas isso é ilegal?!” todos exclamaram.
"O que você quer dizer? A idade dela não importa. De qualquer forma, meus deveres
oficiais me deixaram ocupado na época, e não pude passar um tempo com Philine por dois dias.
Assim que terminei meu trabalho, abri a porta do meu escritório, totalmente com a intenção
de visitá-la, quando, em vez disso, a encontrei do lado de fora da minha porta.”
“E-espere, mãe, essa história não!” exclamou Filine.
“Ela estava esperando do lado de fora da minha porta o tempo todo. eu a peguei
e viu que ela estava corajosamente segurando suas lágrimas. Ela então disse: 'Mãe, não vá
mais a lugar nenhum sem mim' - que tal?!” Dorothea disse

com um olhar presunçoso.
"Que tal o que...?" Eu disse, um pouco irritada com sua presunção.
"Isso é tudo?" disse Riche. “A relação amorosa entre Yu e Misha é muito maior do que isso.
Ora, outro dia, tive que sair um pouco de casa para tratar de alguns negócios. Terminei mais rápido do
que o esperado e cheguei em casa mais cedo, mas quando abri a porta percebi que havia algo no ar.
De fato, de fato. Então eu li a sala e matei o tempo lá fora antes de voltar na minha hora originalmente
planejada. Agora que tal isso?!”
Riche sempre foi esse tipo de pessoa? Eu pensei. Eu então olhei e vi Yu e Misha se
dobrando com suas cabeças em suas mãos, provavelmente envergonhados.
“R-Rei e eu fomos super amorosos também!” disse Lilly.
“Humph, então tenho certeza que você tem uma história que pode compartilhar,” disse Dorothea.
"Vá em frente, então, diga-nos", disse Riche.
"Apenas outro dia, Rei e eu... demos as mãos!"
"É isso?!" todos exclamaram.
“O-o que você quer dizer com 'é isso'?! Rei não toma iniciativa por conta própria, então dar
as mãos é um grande progresso para nós!”
Ah, Lilly... Pobre, coitadinha.
“Você é muito verde. Muito, muito, muito verde”, disse Lene.
"Oh? Você é aquela proprietária do Frater. Espero que você tenha uma história para
sustentar suas palavras”, disse Dorothea.
“Eu tenho bastante, Sua Majestade Imperial. Mas essas histórias emocionantes
apenas demonstrar o básico de um relacionamento. Eles são para iniciantes, apenas o primeiro
passo.”
"Oh, é assim? Então, o que, na sua opinião, é a marca de um

relacionamento experiente?” perguntou Rich.
“A marca de um relacionamento experiente, Lady Riche, é quando um casal vive como

se já fossem cônjuges. Trabalhar, ganhar e ganhar a vida juntos – em outras palavras, começar
uma casa juntos – é a verdadeira marca registrada de um casal experiente.”

"Humph."
"Ouvir..."
Dorothea e Riche hesitaram, incapazes de refutar o ponto de vista de Lene. Eu tive que
me perguntar, no entanto... isso estava realmente correto?
“Isso faz de mim e de Aleah super amorzinhos, então!” disse maio.
"Sim!" Alah continuou. “May e eu fazemos tudo juntos! Antes de conhecermos nossas
mães, costumávamos usar nosso sangue para fazer pedras mágicas e...
"Ok, Aleah, isso é o suficiente." Eu rapidamente cobri sua boca antes que ela pudesse
divulgar muito. Eu estava bem com ela ficando competitiva, mas algumas coisas eram um pouco
demais para compartilhar.
“Oooh ho ho! Todos vocês ainda têm muito a aprender!” disse Claire.
"Oh? Você parece bastante confiante, Claire François,” disse Dorothea.
“Certamente você teria uma história ou duas que você poderia compartilhar para provar
seu vínculo com Rae Taylor?” disse Riche.
"Mas é claro. Minha Rae é perfeita quando se trata de adorável, fazer amor,
demonstrações de afeto e manter uma casa ao meu lado como esposa. Ora, ela estava bastante
aquecida na outra noite, na verdade, enquanto nós...
"Okaaaay, Senhorita Claire, isso é o suficiente."
Primeiro Aleah estava divulgando demais, e agora era Claire. Que estranho.
Nossos papéis geralmente não eram o contrário?
"Humph, parece que não temos um vencedor claro", disse Dorothea. “Teremos que
testar os níveis de amor de todos diretamente então. Philine, Rae Taylor, Rainha Demônio, Papa –
troquem suas roupas.”
"Por que?!" nós quatro exclamamos.

“Não é óbvio? Para determinar quem ainda pode dizer quem é quem.”
“E-espere, mãe, por que devo trocar de roupa também?!” perguntou Filine.
“Estou forçando um ato vergonhoso nesses três, então preciso colocar um pedaço de
me lá fora para torná-lo justo. Agora apresse-se e tire a roupa. Bem aqui."
"Bem aqui?!" nós quatro exclamamos novamente.
“Claire François, Lilly Lilium, vire-se junto com as crianças,”

disse Dorotéia.
"Bobagem, eu tenho o dever de ver isso", disse Claire.
“Eu também... Por segundas intenções,” Lilly disse.
“Por quais motivos?!” nós quatro exclamamos, mais uma vez.
Dorothea parecia estar de bom humor... Mas pelo
amor de tudo que é sagrado, alguém, por favor, a impeça!
“Espere, Sua Alteza.”
“Hum? O que você quer, garota proprietária?
De todas as pessoas, Lene veio em nosso auxílio.
“A mera troca de roupas não será um desafio bom o suficiente para testar o
vínculo de todos”, disse ela.
"É assim mesmo?" perguntou Doroteia.
“Obrigado, Lena! A voz da razão! Eu sabia que você nos salvaria, minha colega ex-
empregada!” Chorei.
“Se Rae estivesse do lado da adivinhação, ela seria capaz de apontar Claire
mesmo com uma venda nos olhos, através do cheiro ou algo assim,” disse Lene.
“Precisamos tornar isso justo, então por que não colocar todos em seus trajes de aniversário?”
“Entendo,” Dorothea meditou.
“Lena?!” exclamei.
“Fique quieta, Rae. Estou prestes a descobrir uma nova ideia que vai agitar o
mercado!”
Do que diabos você está falando?! Eu queria gritar. O que estava acontecendo?
Reunidas aqui estavam algumas das melhores pessoas do mundo e cada uma delas
estava agindo de maneira maluca. Algo estava errado aqui. Algo estava muito errado
aqui...
E, no entanto, algo sobre tudo isso era tão dolorosamente bonito, o suficiente
para trazer uma lágrima aos meus olhos.
Riche e Yu não estavam separados, e Riche até aceitou Misha;

Dorothea estava viva e perto de Philine; Lilly e meu outro eu haviam encontrado seu
próprio caminho para a felicidade; e o mais importante, todos tinham um sorriso

o rosto deles.
"Um dia como este não teria sido tão ruim", eu sussurrei. Não me arrependi do caminho
que tomei. Eu não poderia dizer que todas as escolhas que fiz estavam certas, mas sempre dei o meu
melhor. Mas talvez esse dia pudesse ter chegado se eu tivesse feito algumas coisas de forma
diferente, por mais absurda que fosse a ideia.
“Sua teimosia nunca deixa de me surpreender, Rae Taylor.”
Antes que eu percebesse, meu ambiente havia perdido a cor e congelado, deixando
apenas eu e mais uma pessoa em movimento.
“Então esse foi o seu trabalho afinal, TAIM,” eu disse.
Diante de mim estava a interface digital fada do TAIM. Ela parecia ainda mais sobrenatural
do que o normal, talvez porque nossos arredores estivessem congelados.
“O que você está tramando desta vez?” Eu perguntei.
“Por que devo ser um vilão? Estou fazendo tudo isso por pura benevolência.
Este sou apenas eu proporcionando a você um pouco de descanso e relaxamento, se você quiser.”
“Você não estabeleceu exatamente um bom precedente para si mesmo. E o que você quer
dizer com relaxamento?”
“Claire François tem estado ocupada ultimamente por causa do debate sobre o que
fazer com o Loop System, não é?
"Ela tem. Eu não tenho conseguido passar muito tempo com ela ultimamente, na verdade,
então é meio preocupante.”
Meus pensamentos e memórias anteriormente confusos estavam claros novamente.

Originalmente, Claire e eu tínhamos desfeito os planos do TAIM e voltamos para casa, passando
nossos dias lidando com a bagunça deixada para trás. Claire frequentemente saía dia após dia discutindo
o que fazer com o Sistema Loop com Thane, Dole e os líderes de outros países.
“Claire François está preocupada pelas mesmas razões”, disse TAIM. “Como ela é a atual
administradora, não posso arriscar que ela fique doente.”
“É por isso que você está fazendo tudo isso? Para dar a ela uma chance de relaxar?”
"Sim."
Então tudo isso foi um sonho para aliviar o estresse de Claire.

"Mas você não está esquecendo a coisa mais importante para isso?" Eu perguntei.
“Você quer dizer Melia François?”

"Sim. Um sonho com ela não seria o melhor para Claire?
“Talvez, mas não é tão simples.”
“No mundo quântico, Claire François fez uma promessa com Melia François de se
encontrar novamente na próxima vida.”
“Certo, eu me lembro.”
“Então, conhecer Melia François antes do tempo prometido seria de algum conforto
para Claire François?”
"Não. Não, suponho que não.
"De fato. Você sabe exatamente que tipo de pessoa ela é.”
"Sim. Ela é tão rigorosa consigo mesma quanto com os outros.” Essa foi Claire para
você.
"Sim. Mas, apesar dessa restrição, tentei tornar isso tão perfeito quanto
sonhar como pude. O que você acha?" perguntou TAIM.
“O que eu pensei? Por onde eu começo?” Eu perguntei, muito perturbado.

“Tenho certeza que se Claire estivesse no meu lugar, ela descobriria que isso foi um sonho bem
rápido.”
"É assim mesmo? Números”, disse TAIM, parecendo já ter tido esse pressentimento.
A morte pesava sobre as pessoas. Mesmo alguém tão indiferente como eu tinha
percebido que algo estava acontecendo, então não havia como alguém tão sério quanto Claire
não pensaria. Na verdade, ela provavelmente descobriria que estava sonhando no momento
em que visse Riche ou Dorothea.
“A verdade é que estou mostrando a Claire François esse mesmo sonho agora”
PLANTA recebida.
"Huh? Tipo, agora agora?” Eu perguntei.

"Sim."
Tinha sido meio que encoberto, mas isso significava que era um sonho.

Caramba, que vívido.
“Então, qual foi a reação de Claire?” Eu perguntei.
“Por favor, confirme isso para mim você mesmo. Vocês dois estarão despertando em breve.”
“O-oi! Você não pode simplesmente fazer o que quiser com alguém e jogá-lo de lado!”
“Por favor e obrigado, Rae Taylor.”
“TAIM! Você... IA imprestável!
Acordei com o som da minha própria voz. eu estava na minha cama no meu próprio
casa. Ao meu lado estava minha amada. Ela tinha um olhar perturbado em seu rosto, o que
me disse que ela provavelmente não estava gostando de seu sonho.
Lentamente, suas pálpebras se abrem. "Ngh..."
"Bom dia, senhorita Claire."
"Bom dia, Rae... eu tive o sonho mais estranho agora."
"Sério? Que tipo de sonho foi esse?” Eu perguntei. Eu já sabia muito bem qual tinha sido o
sonho dela, mas queria suas impressões.
Ainda meio adormecida, ela murmurou sonolenta. “Foi um... sonho pacífico.
Um onde todas as pessoas que você quer ver aparecem, sorrindo…”
"Você gostou?"
“Essa é... uma pergunta difícil. Isso me lembrou de como existem algumas memórias
dolorosas que você não quer esquecer, sabe?”
"Sim." O tipo de memórias dolorosas que fizeram de você quem você era hoje. Para mim,
essas eram minhas memórias com Misaki, Kosaki e Shiko. Meu coração doía ao lembrar deles, mas
eu não desejaria esquecê-los por nada no mundo.
Ao ouvir sua resposta, fiquei totalmente convencido de que o plano da TAIM havia
falhado. Mas então eu ouvi as próximas palavras de Claire.
"Mas... não foi desagradável."
“Rae, minha amada Rae... Você não é um sonho, certo? Você não vai desaparecer
como um fantasma diante dos meus olhos?

"Claro que não."
“Então me abrace forte. Prove para mim que você está aqui agora.
"É claro." Abracei Claire o mais forte que pude. eu rezei para ela
poderia continuar orgulhosa para sempre e que eu estaria lá para apoiar seu eu
vulnerável por tanto tempo.
“Rae.”
"Eu te proíbo de usar 'Senhorita'."

“Sim, Claire?”
“Eu me tornarei mais feliz do que qualquer sonho poderia me fazer. você vai ser
feliz comigo?”
"É claro."
“Hehehe, obrigado.”
Trocamos um beijo. O vínculo que partilhávamos era mais doce que qualquer sonho e
mais verdadeiro que qualquer realidade. As palavras de amor que trocávamos não eram para
se entregar a nenhuma fantasia, mas para nos ancorar no momento em que vivíamos.
“Eu te amo, Claire.”
"E eu, você, Rae."
E assim, como havíamos feito por muitos dias e faríamos por muitos mais, começamos
um novo dia.

Posfácio
ASSIM CONCLUI Ato 2 de I'm in Love with the Villainess. eu sou o
autor, Inori. Obrigado por ler até o final.

Esta é a segunda vez que faço um posfácio para a conclusão do
série, sendo a primeira depois do Volume 2. Havia muitos fios soltos na trama naquela
época, mas a história terminou em alta, então achei que não haveria problema em parar
por aí. Para minha feliz surpresa, no entanto, havia muita demanda por uma continuação,
então comecei a escrever o Ato 2 e consegui juntar todas essas pontas soltas. Espero
sinceramente que tenham gostado.
As coisas têm sido agitadas desde que comecei a escrever. eu comecei a postar
no site Let's Be Novelists. Eu não recebi muita atenção na época, ocasionalmente
classificando na seção diária, mas nunca tão alto. Mas continuei a escrever e eventualmente
levei os três primeiros capítulos da história para a editora GL Bunko, foi publicado e, a partir
daí, foi um borrão. A série foi traduzida para coreano, inglês e português, depois para
muitos outros idiomas; uma adaptação de mangá começou em Comic Yuri Hime; e ainda
conseguimos o quinto lugar no concurso Manga I Want to See Animated do Anime Japan.
Eu não ouvi nenhuma notícia da série recebendo um anime até escrever este posfácio,
mas graças ao apoio de todos, definitivamente não é mais um sonho. I'm in Love with the
Villainess foi possível graças a leitores como você.
Eu não posso agradecer a todos o suficiente.
Bem, alguns de vocês provavelmente terminaram este livro e estão

pensando: “Ei, o Ato 2 teve menos yuri do que o Ato 1!” – e eu tenho que admitir que
você está certo. I'm in Love with the Villainess é antes de tudo um trabalho yuri, então fiz
questão de adicionar muitos elementos de romance no Ato 1. Em contraste, para o Ato 2
eu escrevi principalmente o que eu queria escrever, que acabou sendo um história que
tinha mais elementos de fantasia e aventura do que romance. Olhando para trás agora,
posso ver que a história não é tão abertamente um romance como era antes.
Dito isto, I'm in Love with the Villainess foi e sempre será uma história de amor
focada em Rae e Claire. Tendo lido o livro, vocês leitores provavelmente já sabem, mas
todo evento que ocorre decorre do encontro original de Rae e Claire, então, de certa
forma, tudo faz parte de um grande amor

história que transcende o tempo e o espaço.
Claro, nossa protagonista Rae não pode ser exatamente a mesma pessoa
como Rei Ohashi, aquele que realmente começou tudo, mas isso não muda o fato de
que esta história pertence a eles.
Voltando a falar sobre escrever, havia outra coisa em minha mente enquanto eu
escreveu Ato 2: Quais são as possibilidades do yuri como gênero? Não vou negar que o
romance é um aspecto importante do yuri, mas certamente é um gênero mais amplo do
que apenas isso. Não seria bom ter mais histórias de yuri onde o destino de um país ou do
mundo está em jogo? Com esse pensamento em mente, tentei escrever uma história yuri
onde o relacionamento de duas mulheres ditava o destino de seus países e depois do mundo.
Quanto a se eu consegui, você pode decidir por si mesmo.
Este volume encerra temporariamente a história de I'm in Love with the Villainess .
Estou quase sem ideias, então não há continuações em andamento... por enquanto. Eu
tenho algumas idéias para spin-offs embora. Talvez uma releitura do ponto de vista de Claire,
ou uma história de romance realista focada em May e Aleah sem apostas de fim de mundo.
Quando este livro for publicado, eu já deveria ter começado a trabalhar nessa
primeira história paralela. Se você gostaria de vê-lo publicado como um romance, por
favor, diga isso nas mídias sociais junto com seus pensamentos sobre este livro. Todas as
informações realmente fazem com que esses livros sejam divulgados; foi assim que o Ato
2 veio a ser, afinal. Como sempre, obrigado pelo seu apoio.
Gostaria de fazer alguns agradecimentos.
Para Nakamura, do departamento de edição da GL Novel: Obrigado por

trabalhar neste livro, apesar de sua agenda lotada. Sem a sua ajuda, toda esta série não
teria sido possível. Não posso agradecer o suficiente por pegar minha série, me
apresentando a Hanagata e ao departamento editorial de Yuri Hime , e muito, muito mais.
Para Hanagata: Obrigado por dar vida à série através de seu

arte. Suas belas capas e ilustrações maravilhosas deram alma a Rae e Claire. Muito
obrigado.
Para Aki, meu parceiro: Sem você, esta série nunca teria sido
feito. Obrigado por me apoiar pacientemente, apesar da minha tendência a
procrastinar. Estou emocionado além das palavras que consegui terminar o Ato 2, mesmo

se isso significar que nossos dias de brainstorming ficarão em pausa por um tempo. Quando a data
de lançamento chegar, vamos sair para comemorar este livro com algumas laranjas de cassis sem
álcool novamente.
Por fim, como sempre, ofereço minha mais profunda gratidão a você, leitor que comprou
este livro. Muito obrigado.
Estarei rezando para nos encontrarmos novamente em algum lugar. Até lá, cuide-se.
— PARA QUALQUER UM, 20 DE ABRIL DE 2021
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Obrigado por ler!

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I'm in Love With The Villainess Vol. 5

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“A RAINHA DEMÔNIA?” Eu repeti, confuso.

O que no mundo? Os primeiros demônios começaram a aparecer, apesar de

Dorothea não deu sinais de perceber a preocupação da filha. “A Rainha Demônio

"Foi antes de eu usurpar o trono..." ela começou a explicar.

Foi quando ela a conheceu: a Rainha Demônio.

Página 1 Goldenagato | mp4directs. com

A equipe da expedição foi exterminada em um piscar de olhos. A própria Dorothea lutou

Confusa, Dorothea perguntou: Por que você não me mata?

“Ela respondeu: 'Matá-lo alterará muito o curso da

Independentemente disso, Dorothea foi poupada e encontrou um novo propósito.

William perguntou o que estava na mente de todos. “Como poderia tal

“O conhecimento de sua existência afetaria muito o mundo. Ela é

Página 2 Goldenagato | mp4directs. com

tinha pensado como ela no Japão moderno.

“Bobagem,” Claire a repreendeu ainda mais. “Se as pessoas soubessem que

Dorothea balançou a cabeça como se estivesse exasperada pelo fato de Claire

“Você poderia instigá-los a agir, assim como Philine fez.”

“Por causa da barreira, certo?”

Página 3 Goldenagato | mp4directs. com

“Philine, sua mãe é muito hardcore!” Eu gritei.

"Eu sinto Muito! Me desculpe!" Philine fez uma reverência incessante.

“Então, e agora? Não parece que estamos em condições de continuar isso

"Irmã!" Claire mergulhou em seus braços. "Você está curado agora?"

"Sim. Me desculpe por ter feito você se preocupar, Claire.

Página 4 Goldenagato | mp4directs. com

Algo clicou em minha mente. “Dorothea… Você usou aquela magia?

“Não tenho desculpa,” disse Dorothea. “Queria conquistar seu país,

"É assim mesmo? O que você quer que eu faça, então?”

Página 5 Goldenagato | mp4directs. com

“Sim, você, Philine. Eu abdico do trono para você.”

“Filina? Como imperatriz? Você está louco?" Perguntei a Dorotéia.

“E-ei, o que isso quer dizer, Rae?!” Philine estalou. "E

“De fato, isso é verdade,” Dorothea comentou.

“Ah?!” O queixo de Philine caiu. "V-você não tem que concordar!"

Que estranho. Era quase como se Dorothea estivesse tentando encorajar

Página 6 Goldenagato | mp4directs. com

“Mãe, você está me elogiando?” perguntou Filine.

"É claro. Eu abriria mão do trono se pensasse tão pouco de você?

"O-oh, uh, suponho que não."

“Teremos que adiar sua cerimônia de coroação devido às circunstâncias,”

"Huh? V-você está me perguntando?!” Filine entrou em pânico.

"Naturalmente", disse Dole. “Este é o império. Quem conhece melhor a configuração de

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confiar temporariamente o comando de nossas forças a você.”

Dole sorriu. “Você não precisa assumir tudo sozinho.

"Eu recuso. Seria um mau exemplo para um perdedor político assumir o

"Oh não..." Philine disse desesperadamente.

Sim, diga a ela o que está acontecendo, Srta. Claire!

“Humph...” Dorothea franziu a testa.

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“Você prefere que eu faça?”

Uh-oh. Senhorita Imperatriz estava começando a ficar à frente de si mesma.

Manaria falou como se ela fosse a verdadeira líder de seu recém-formado

“Deveria,” Dorothea disse. “Nossa estratégia provavelmente envolverá atrair o maior

“Seria preferível se pudéssemos reunir informações sobre as forças inimigas”,

“Parece que nosso plano de manipular o império se concretizou”

“Nós conseguimos, Rae.”