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Série Alien Abduction
Livro Quatro
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Envio: Soryu
Formatação: Lola
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Mercenary Abduction é uma obra de ficção,
totalmente coincidência.
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Makl procura ser o melhor mercenário do universo conhecido.
Assim para ele é uma tradição familiar deixar um rastro de mutilações e
corpos por onde passa, roubar os objetos mais preciosos e arrebatar
mulheres lhe é natural.
Seu plano sai de mal a pior. A humana não tão inocente torna-se
sua sócia no crime, em vez de sua prisioneira. Juntos formam uma dupla
invencível. As histórias de suas maldades e paixão arrebatadora se
transformam na sensação no universo, mas não há espaço na vida de um
mercenário para uma companheira. Ou haveria?
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Extraído de um exemplar bem surrado do “Manual do Mercenário
de Sucesso”.
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diferentes tipos de deidades, por favor, ler, Deuses do Universo, em ordem
alfabética, por Sualc Atnas, disponível em todo o universo onde álcool,
pornografia e armas de destruição em massa são vendidas. Os lugares que
não tenham estes exemplares devem ser reportados para que um membro
da ordem dos mercenários para que possa mostrar aos proprietários a
vantagem de ter este tão prezado manual.
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Imprevisível.... Egoísta. Prepotente... Sutil.... Arrogante..., mas acima de
tudo, nunca deve ser subestimado.
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Na galáxia de Obsidiana, muito, mas muito distante...
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em seu olho, eram da melhor tecnologia encontrada na atualidade... E
roubada.
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Tren, uma lenda na família, dizia que as perguntas eram para os
inseguros. Regra número treze dos Mercenários.
— Excelente resposta.
Parecia promissor.
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volta a seu ouvido.
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aí. Sua determinação em ter êxito pôde o tornava um pouco mais valente
do que o habitual com sua tia, isso e mais vários sistemas estelares
separando-os.
— Quer que deixe tudo para arranjar uma babá para a cria de
Tren? Está ainda em posse de suas faculdades mentais, tia? Tenho que
falar com meu tio sobre lhe dar alguma medicação? — Ele lamentou sua
resposta despreocupada assim que saiu dos lábios.
— Terei de lhe ensinar como deve falar com os mais velhos? — Ela
respondeu com doçura. — Outra vez.
— Então, o que procuro? Algo com vários braços, sem olfato e mais
paciência que o normal?
— Tem receio de uma lei miserável como essa? Você sabe que Tren
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tinha mais de seis mil delitos contra ele, quando se aposentou. Levamos
uma eternidade para apagar toda a papelada assim que subiu ao posto no
conselho galáctico.
— Meu agradecimento.
Sim, Tren jamais agradecia quem quer que fosse, seja com palavras
e muito menos com créditos. Simplesmente não era de seu feitio, mas o
primo poderia se conter caso quisesse matá-lo caso Makl se metesse em
confusão e manchasse o nome da família, o que tendia a acontecer
frequentemente. Parece que vou apanhar uma bárbara. Como se Makl
tivesse alguma escolha.
Trabalhando de graça ou não, ele faria o que sua tia pedia porque
gostava dela, e a temia.
Ele suspirou.
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— Para ontem.
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dava conta de que tinha coisas mais importantes a fazer do que procurar
uma babá para seu primo estúpido e truculento? Ele pretendia fazer
grandes coisas. Ações vis, não sair por aí à procura de uma baba. O Tren e
sua mulher bárbara viam de tão difícil em colocar um anúncio e realizar
algumas entrevistas até que encontrar alguém para cuidar da semente
criada por seu primo egoísta? Só faltava lhe pedirem que comprasse
brinquedos ou alguma parafernália educativa para o menino. Que
degradante.
Mas será por pouco tempo. Logo farei algo tão louco, tão
inteligente, que terão de reconhecer o quão poderoso mercenário sou.
Mesmo se tivesse que usar o extremo da violência para obter isso.
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contemplou aqueles em seu caminho. A maioria se afastando ao vê-lo.
Makl queria essa glória, para levar esse sorriso de orgulho ao rosto
de sua família. Era por isso que trabalhava tão duro para ter êxito e por
que vivia sob as Regras dos Mercenários. Com os mantras guiando seus
passos e fortuna, ele se faria famoso. Também se esforçava para ver sua
conta de créditos crescer. Agora bem, se pudesse conseguir um grande
sucesso. Algo que realmente lhe fizesse o primeiro homem mais procurado
no universo...
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hoje, ao que parecia. Maldição!
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vestido feito pelo material ilegal. Embora, Makl escutasse o gemido
ocasional quando se puxava a mais delicada peça com os dentes.
Não era a primeira vez, que Makl desejava não ter chegado por este
lado a Praça Hairy Dual Cleft. Infelizmente, a combinação de seu negócio,
eliminar o problema de um capitão espacial cuja esposa o apanhou
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trapaceando, e seu prazer, uma encantadora garota a que deveria pagar,
provavelmente, significava que agora teria de caminhar um pouco mais
para aliviar sua necessidade sexual.
Muitos seres com pênis significava era sinal de que existiam leis
para proteger às fêmeas dos estranhos, ao menos. Fêmeas solteiras não
deviam ser incomodadas ou o castigo seria a pena de morte. Os
progenitores levavam esse papel muito a sério, e armados até os dentes, às
mães então eram fanáticas. A virgindade tinha um alto custo e sabendo
que sempre havia machos a procura de companheiras para procriação,
proporcionava as famílias grandes fortunas com o casamento ou
vendendo-as por quantias astronômicas.
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Parecia que a deusa menor do Carma, da galáxia perdida que
ninguém recordava, estava sorrindo para ele, porque de pé sobre o
tablado, vestida com uma capa até os pés, a cabeça inclinada e as mãos
entrelaçadas, havia uma humana enquanto o locutor exaltava suas muitas
virtudes. E pelo visto tinha uma longa lista de atributos, dançarina, chef
de gastronomia, uma jogadora de nove instrumentos, a humana recatada
vinha com um certificado homologado de sua virgindade, que a faria
alcançar um preço absurdo.
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créditos duramente ganhos no processo.
Entretanto, sua delicada beleza não foi à única coisa que o atraiu.
Olhos escuros e misteriosos o olhavam fixamente então lhe lançou seu
melhor olhar lascivo de volta. Talvez encontrar uma babá não fosse uma
tarefa tão desagradável. O sequestro da humana ocuparia somente alguns
dias de sua agenda. Inclusive poderia levar um pouco mais de tempo para
voltar ao seu planeta, economizaria combustível, é obvio que acrescentar
uma rota de fuga mais longa. Tempo de sobra para deflorar uma virgem e
arruiná-la para qualquer outro macho. Megan provavelmente lhe
agradeceria.
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Olivia bateu as pestanas, mantendo-as recatadamente baixas para
que os machos na multidão, e essas coisas com muitos braços, olhos e
apêndices que preferia não pensar, não pensassem que era muito atrevida.
Era importante para seu benfeitor que ela parecesse educada, amável e
doce. A fêmea perfeita. Obter o preço mais alto possível; esse era o plano.
Não tinha passado todo seu tempo treinando, sendo arrumada, depilada, a
pele macia e tratada pelos muitos tentáculos da esteticista, para não ter
êxito. Só esperava alcançar um preço bem alto.
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que além da pequena, mas com bom gosto, mudança de imagem seria
mais valorizada, porem vestida com uma túnica do pescoço até os
tornozelos com uma volumosa capa branca, como exporia tanto trabalho.
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uma virgem humana, bárbara e proibida, aturdia sua mente. Ao final do
dia, uma das criaturas que estavam à frente dela a compraria, poderia
fazer o que quisesse com ela, bom ou mau, mas só uma vez que o contrato
estivesse pago e assinado.
Sem poder dizer quem disputava com mais empenho pelos lances,
ela pensou em baixar seu olhar quando um par de olhos azuis, quase que
transparentes, capturaram os seus. Seu primeiro pensamento foi: “O que
um cara lindo como esse está fazendo neste mercado de carne? ”
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cabelo surpreendentemente branco que chegava até os ombros em ondas,
não se podia negar os traços lindos daquele ET. Então, que covarde
segredo escondia? Ou só estava ali como um guarda? Usava uma capa
prateada, mas não via o emblema em seu peito, nem podia dizer até onde
aquela aparência humanoide se estendia. Do pescoço para acima, parecia
mais ou menos como ela, com exceção da pele azulada. Do pescoço para
baixo, podia ter oito pernas e um ventre peludo.
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saber que a inquietava. Rompeu o contato visual, mas o observou de seu
novo ângulo. Sua capa terminava sobre um par de botas negras, estranho,
parecia couro e limpas. Não podia julgar sua altura, mas parecia tão alto
quanto ela, possivelmente um pouco mais. O mais interessante de tudo.
Ele não possuía um receptor de leilão, nem uma pequena tela de
visualização para fazer um lance, o que significava não ser um cliente. Não
merece minha atenção.
— O que a deixa tão distraída? Não diga nada. Só faça o que lhe
disse. Olhos baixos. Mãos entrelaçadas. Já está quase terminando. E o
trato também.
Mas Olivia perdeu o lance final, já que com outra piscada dos olhos
peraltas, o desconhecido azul se fundiu a multidão, desaparecendo
magicamente da vista. Entretanto, não podia evitar a sensação de
desconforto após o último olhar brincalhão, era quase como se prometesse
voltar. Impossível. Uma vez que acompanhasse seu novo proprietário,
nunca voltaria a vê-lo. Esperava não voltar a ver ninguém desta multidão
novamente.
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Como se Rainhas fossem putas. Idiotas. Sem importar o longo
tempo que vivia entre aliens, ela lembrava o suficiente de sua antiga vida
na Terra para saber que as mulheres em seu planeta não eram tratadas
com os mesmos direitos desta imensa galáxia. E somos chamados de
bárbaros. Com tecnologia avançada, capacidade de viajar entre as estrelas
ou não, Olivia era de opinião que o universo tinha muito a aprender sobre
igualdade de sexos. Era desconcertante se ver como prêmio o que tinha
entre as coxas. Por outro lado, quem ela pensava ser para julgar tão
duramente os aliens? Foi sua própria mãe que a vendeu abandonando-a
aquela vida em primeiro lugar. Agora era uma lembrança que desejava
poder esquecer.
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— Praticamos um milhão de vezes. Posso fazer. Foi para o que você
me preparou.
— Não me decepcione.
Era uma pena desperdiçar uma capa tão útil quando o dono se
encontrava com a ponta de uma adaga, a dele, é obvio, sobretudo porque a
capa de camuflagem era uma das duas únicas em seu gênero. Isso foi o
que Makl descobriu quando localizou o inventor. O criador tinha o segredo
de sua criação na cabeça. Um brilhante cientista, o inventor da capa usou
a nanotecnologia para escapar da prisão de um muito rico patrão que o
retinha.... Com uma ajudinha de Makl.
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Ah, deveria providenciar algemas para a humana. E não só para
fazê-la se comportar. As coisas que Makl faria com ela enquanto estivesse
a sua mercê...
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a atenção. Este era o motivo de sua visita à Galáxia Obsidiana. Um lugar
que se orgulhava de ter a melhor segurança do Universo, onde forneciam
os prazeres mais decadentes, o abrigo dos piratas mais violentos, um lugar
em que tudo, tudo mesmo, tinha um preço, aquele antro quase gritava seu
nome.
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não fazer seu movimento ainda mais audaz? Só requereria alguns
pequenos ajustes.
Posso fazer isto. Se ele conseguisse tal glória.... Quase podia ver os
títulos. O reconhecimento.
Tinha pensado que teria que esquecer seu plano original ou adia-lo
indefinidamente, graças ao pedido de tia Muna para que encontrasse uma
babá humana. Viajar até o sistema bárbaro e sequestrar a humana? Tudo
bem que certamente estaria infringindo a lei, mas também esse feito já
tinha sido feito antes. Por seu primo Tren, um fato.
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Esqueça a pequena deusa. Você me tem. A nova voz em sua
cabeça deveria preocupar Makl. Bom, preocupou um pouco, mas sua
loucura recém-descoberta por fim lhe permitiria alcançar-se a grandeza
que sempre quis.
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Olivia ouvia pela metade enquanto seu preocupado benfeitor lhe
sussurrava instruções de última hora através de seu comunicador no
ouvido.
— Lábios.
Olivia estremeceu.
— Não, esses são só para lamber e sugar. Sua verdadeira boca está
em seu peito. Rodeada de dentes afiados. Não deve chegar perto dela.
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que talvez fosse imaginação, mas quase podia tocar a sensação de algo
grande no ar. Uma mudança viria. Sabia com uma certeza que só havia
sentido um algumas vezes na vida. Esperava que a mudança não acabasse
sendo prejudicial à sua saúde.
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cheia de verrugas, com mechas de cabelos amarelos inseridos nos lugares
mais estranhos e uma irritante quantidade, de olhos castanhos
avermelhados saltados. Vestia uma túnica solta da qual se projetava ao
menos seis tentáculos ondulantes. Observou seu tamanho e se manteve
fora de seu alcance.
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Tocar antes de concluir o trato? Seu mestre a advertiu sobre isso.
Ela negou com a cabeça e estalou a língua.
— Mestre.
— Tire a roupa.
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— Generoso? Quem te disse semelhante tolice?
— Tem razão. Paguei uma fortuna. Como posso me gabar sobre sua
raridade se outros forem conscientes dela? Guardas. Fora!
Lembre-se das lições. Fácil lembrar, mas agora que estava frente à
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tarefa mais difícil, esperava poder levá-la a cabo. O fracasso não era uma
opção. Respirando fundo, esperou para ver o que aconteceria a seguir.
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Makl queria aplaudir quão bem a virgem humana tratou o alien
que a comprou. Queria felicitá-la pela grandeza do ardil usado, mas não o
fez para não mostrar sua localização. Ele se perguntara como faria para
pegar os dois guardas, dominar o alien rico e submeter à humana antes
que alguém ouvisse e interferisse em seus planos. Sorte que a escrava
resolvesse parte do problema por ele. Com os guardas fora, ele na
realidade só precisava se preocupar com o grande alien e finalmente pegar
a humana virgem.
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Grande para os apetites sexuais em crise, se não importa o que está
fodendo. Makl, entretanto, estava mais na linha do sexo básico. Agora
precisava esquecer Druella. O momento de agir se aproximava.
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deu um passo à frente, como para destacar sua figura alta e esbelta se
aproximando mais de seu novo proprietário, mas não exatamente ao
alcance de seus tentáculos. Vestia um vestido leve e delicado, do pescoço
até os tornozelos, prateado, que camuflava seus segredos, e ao mesmo
tempo delineava perfeitamente sua forma humanoide.
Certamente, mesmo seu primo não estava tão louco para se meter
na cama com uma fêmea cujo sexo poderia morder sua virilidade? Quem
sabe não deveria investigar a fisiologia humana um pouco mais.
Ordem ou não, ela não obedeceu. Girou em uma dança que fazia
seu vestido formar redemoinhos e revoar ao contrário, uma rotina
fascinante que com cada volta revelava carne enquanto o desabotoava em
lugares estratégicos, um strip tease profissional se alguma vez tivesse visto
um.
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Mais e mais rápido, sua virgem girou. Mais pele marfim surgiu
enquanto o tecido açoitava em arcos ondulantes e seus braços e corpo
giravam. O alien grunhiu, seus tentáculos agitando em emoção, já que
simulava uma dança de acasalamento, que até afetou o silencioso e
observador Makl.
Makl deve ter feito um ruído porque ela estalou a cabeça. Seus
olhos castanhos de uma estranha delicadeza, o fitaram em choque.
Limpando suas espadas, esperou que a fêmea gritasse, um som que os
guardas provavelmente esperavam. Ele conseguiu um ofego. Logo esperou
seu abraço ou um lacrimoso obrigado. Em seu lugar, ele ouviu:
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franzia o cenho. Com as mãos nos quadris, pernas separadas e olhos
lançando adagas, ela não parecia contente com o giro dos acontecimentos.
Tampouco parecia dócil e inocente agora. Não teria entendido que lhe dera
a liberdade? Deste monstro ao menos. Agora, lhe pertencia.
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Ela sorriu zombando. Dele.
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— Não creio que teremos muito tempo.
— Está blefando.
— O que me delatou?
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Suponho que talvez mereça um pouco de crédito.
Makl não pôde evitar sorrir, sobretudo porque a pistola sob seu
queixo tremeu.
Insultado. Outra vez. Por nada mais que uma fêmea. Regra número
Vinte e Dois dos Mercenários; não deixar que uma fêmea seja melhor que
você, nem sequer em uma batalha de palavras. Reafirma o domínio por
qualquer meio possível.
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— Acaso ninguém lhe ensinou que não se provoca machos maiores
que você?
Escapar? Como se fosse soltá-la. Claro que, não tinha contado com
o estratagema dela. A humana não tentou se afastar ou lutar. Em troca,
mais alta que uma mulher deveria ser, se esticou um pouco mais e
apanhou seu lábio inferior com a borda plana de seus dentes brancos, logo
o chupou enquanto esfregava a parte inferior de seu corpo contra o dele.
Sou um idiota.
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Olivia olhou fixamente o macho azul desabar no chão. Não se
sentia mal por tê-lo drogado. Afinal, ele admitiu ser um assassino e ladrão,
mas desejava poder tê-lo conhecido em outras circunstâncias. O homem
sabia beijar e embora seus pontos de vista fossem pomposos e machistas,
tinham um aspecto divertido e interessante. Ele parecia ter um corpo
compatível com ao seu e podia imaginar a diversão que poderiam ter.
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me fazendo um favor matando nosso amigo polvo. Terminei usando o gás
nele quando ficou meloso comigo.
— Meloso com....?
— Cada um. Ele poderia ter muitos tentáculos, mas não contou
com minha memória fotográfica.
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tecido do corpo caído e o entregou a ela. Passando a capa ao redor de seus
ombros, Olivia não pôde evitar inspirar seu aroma. Humm... Limpo e
cheirando sabonete, com um pingo de colônia, um cheiro almiscarado que
provocou um calafrio correndo através dela.
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relaxar e se divertir.
Sabia que não podia tentar Murphy. Seu estúpido tio adotivo que
sempre cuidava dela, gostasse ou não.
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Ser derrubado por uma mulher, uma reles humana. Ainda doía
quase dois dias mais tarde. Podia esquecer o fato que o tinha deixado para
assumir a culpa pela morte, um trabalho pela qual não se desculparia
jamais, mas, levar sua capa sem abusar sexualmente dele antes que
prosseguisse com seu plano? Era imperdoável!
Como pôde resistir ao meu beijo? Ela tinha gostado. Sabia que
sim. A humana não poderia fingir os gemidos ou sua reação ofegante e
febril, nem os autênticos grunhidos de bem-aventurança. Ah e o odor
almiscarado de sua excitação. Ela deveria ter pensado no prazer futuro,
não em tramar seu falecimento.
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rotina, paquerou com a fêmea mais velha, a corpulenta supervisora
localizada no topo do imponente pódio enquanto imaginava sua vingança
contra a humana. A jogaria sobre a cama. Despiria lentamente, e então...
Certo que tinha deixado seu pênis governar sua cabeça e quase lhe
custou à vida. Felizmente seu rosto bonito, uma vez mais, salvou o dia. A
juíza decidiu fazê-lo pagar por seus crimes, vendendo-o a um bordel local.
Mas antes de ser enviado a seu novo lar, tinha que esperar até que
terminassem a papelada.
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trouxera um belo presente.
— Vingador do que?
— Nada.
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Ele franziu o cenho.
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— Bem, mas não foi você quem assassinou o pobre e indefeso alien.
Sim e não estava arrependido. Entretanto, ela não viu sua ação
cavalheiresca sob a mesma luz. Portanto, tinha que lhe dar uma boa razão
por sua ação. As mulheres amavam um herói e tendo em conta o que tinha
sofrido, ficar o dia todo com sono, comida horrível que o fez perder as
poucas unidades meteóricas que havia ganhado em sua última viagem
espacial, devia se sentir culpada pelo tratamento dado a ele. Apesar de
seus motivos, ele a salvara. Não importando que parecesse ter os próprios
planos. Ele agiu primeiro.
— Por quê?
— Por que eu? Quero dizer, por que se meter em problemas? Não
parece ser do tipo que vive da escravidão.
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sempre uma segunda porção de sobremesa caseira.
— Meu Deus! Isso é..... Incrível. Não dá para acreditar. Deve existir
algo mais nessa história idiota. Um motivo melhor. Certamente não pode
ser tão superficial ou estúpido. Não pode ser só sexo. É evidente que é
bonito o suficiente para encontrar uma fêmea idiota e joga-la em sua
cama. Ou ao menos o suficientemente rico para pagar uma que finja. Ir
atrás de mim para poder abocanhar minha cereja? É uma loucura.
— Bom, não foi a única razão — Mas era uma boa observação.
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Makl olhou para a câmera que gravava a briga.
— Ah! Sabia que havia outra razão. Que tesouro o alien rico
escondia?
— Só um. Você.
Era divertido ver como sua afirmação honesta fez as pupilas dela se
dilatarem e seus lábios se separarem. Uma suavidade momentânea que
desapareceu rapidamente.
Certo, não diria, mas pensaria porque apesar de seu status de não
virgem, ele ainda queria estar entre suas coxas e fazê-la gritar seu nome.
— E arruinar a surpresa?
— Odeio surpresas.
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— Quem diz que eu não sou?
— Bom, talvez não seja uma escrava, mas o doutor está de prova.
Sou virgem, ou está pondo em dúvida minha palavra? — Falou com voz
magoada.
— Interessante.
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Ela franziu os lábios e gemeu.
— Não, foi à fraude perfeita. Saímos de lá, limpos. Mas meu sócio
cometeu o engano de ler as notas que roubamos de você.
— Oh, não de tudo, mas vou guardar minha vingança para quando
for o momento mais apropriado. Não estamos precisamente sozinhos, se
entende o que quero dizer — Olhou para a câmera.
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A humana franziu o cenho.
— Mas Polza carece de riqueza e notoriedade. Não vejo por que está
tão irritado. Agora será famoso.
Makl fazia mais que imaginar. Além disso, sua mente não podia se
concentrar em outra coisa que a pálida beleza de duas pernas passeando
pela cela, com as dobras de sua capa se enredando entre suas pernas.
Descarada. Não só o deixou para assumir a responsabilidade como
também lhe tinha roubado a roupa.
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— Como pode brincar a respeito?
— Não acredito.
Ela suspirou.
— Não é a resposta que esperava. Aposto que vai amar sua nova
carreira de prostituta.
— Então não vai nem tentar escapar daqui? — Ela apontou sua
cela.
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— Então estou perdendo tempo falando com você — Resmungou,
girando longe dele. Ela passeou pela cela, observando todos os cantos.
Uma pena que não soltasse sua capa enquanto fazia. Poderia gostar do
show. Entretanto vestida como estava, teria que usar a imaginação. É
obvio, não podia entender por que tentava espremer sua cabeça entre as
barras incrivelmente estreitas, ou por que ela balbuciava palavras sobre
colheres. Ela pensava em comer seu caminho para fora? Em caso
afirmativo, ele poderia ajudar, comendo-a.
— Por quê?
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Seus lábios tremeram.
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amavelmente.
— Deuses, eu queria sexo com uma virgem recatada, não com uma
que só diz que é.
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Estranho nome. Mas de novo, olhe de onde veio.
— Sou Makl.
— Quem?
— Não acredito.
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— Entregue-me a capa, humana — Tinha que desafiá-lo a cada
passo? Sim. Era um de seus traços encantadores. Com os lábios franzidos,
tirou a capa de seus ombros e a pôs em sua mão estendida. Com um
floreio, jogou-a sobre a paleta. — Aprende rapidamente. Só obedeça e logo
conhecerá seu lugar — Aconselhou-a.
— O que?
Ele esmagou a boca sobre a dela antes que pudesse fazer mais
perguntas e mandar o plano para o espaço. Com alívio, ela não mordeu
sua língua. E desta vez, ele permaneceu em pé.
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Pega de surpresa, Olivia não teve tempo de pensar, mas certamente
sentiu quando Makl a beijou com paixão repentina. Diferente de antes,
quando se concentrou a fazê-lo baixar a guarda para envenená-lo com a
cápsula escondida em seu dente, desta vez, não tinha nada com que lutar
contra ele além de sua língua, e resultou ser mais prazeroso que eficaz em
deter seu delicioso beijo.
— Qual é o plano?
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esfregando nele, tentando se aproximar mais. As mãos grandes percorriam
suas costas, massageando e viajando por seu corpo alcançando e
levantando-a pelas nádegas. Ela ofegou, encaixando seu sexo contra o
volume duro em sua virilha. A evidência de seu desejo se esfregou com
luxuria contra seu púbis.
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tenha mudado de opinião sobre escapar?
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— Nossa! Que romântico. — Ela não pôde evitar zombar.
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Ela revirou os olhos diante de seu grande sorriso, mas seguiu o
jogo enquanto tirava algo do manto que tinha jurado não ter sequer um
bolso.
— Ooh, olhe esses dentes, minha linda. Meu grande monstro azul é
muito para sua boca pequena.
— OH... OH... OH.... Sim.... Tome tudo, humana. Tome todo o meu
poderoso pênis.
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Ao que parecia a comédia ficou animada. Já que os guardas nem
sequer tentaram guardar silêncio quando chegaram correndo pelo
corredor, com seus pés golpeando. Bastardos ansiosos. Ela fez uma careta
diante da necessidade previsível de ação.
Então, uma vez mais, sua boca cobriu a dela, absorvendo qualquer
som que poderia ter feito quando a porta da cela se abriu. Um breve beijo.
O suficiente para mantê-la em silêncio quando os guardas entraram na
cela com um perplexo:
— Onde estão?
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Apesar de sua educação, raras vezes encontrara violência verdadeira.
Estava fascinada e ao mesmo tempo sentia repulsa. O poder que Makl
mostrava, a força atrás de cada.... Quando ele virou, seu punho lançou um
golpe sólido na mandíbula carnuda do guarda. O alien caiu inconsciente.
Depois deu uma chave de pescoço em outro e ouviu um estalo
horripilante.
O Matou!
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Ele a surpreendeu. Makl deu a volta. Com lábios divididos em uma
careta selvagem, os olhos brilhando grosseiramente, mostrando os dentes
pontiagudos, tão afiados como dentes de tubarão, disse:
— A fêmea fica.
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interessada posso lhe emprestar o livro mais tarde.
— Sabe ler? — Não pôde evitar a réplica sarcástica, uma forma que
sua mente adotou para reagir ao trauma a seu redor.
Ele grunhiu.
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— Maldição. Não esperava que notassem o desaparecimento dos
guardas tão rápido. Não tenho tempo para seus jogos femininos. Vamos
agora.
— Não se atreva!
— Estava fingindo.
— Não se atreva.
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— Está louco? Agora não é o momento. Vão nos apanhar.
O que importava? Sua mão moveu para cima uma polegada. Seu
coração pulsava muito rápido. Se não dissesse algo, ele cumpriria a
ameaça? Seus dedos deslizaram mais perto de sua fenda úmida. Merda.
— Gostou muito.
— Não exagere.
— Não estou exagerando, mas em breve você vai suplicar por isso.
Então veremos — Disse a última palavra com um sensual olhar lascivo
enquanto a colocava no chão.
— Vai sonhando.
— Uma golpista como você deve saber algo para se proteger. Dado
que o braço não é seu forte, suponho que goste mais de armas ou facas. E
dado que carece de calos e a impressiona ver um pouco de sangue,
assumo que armas de fogo são sua preferência.
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Era surpreendentemente ardiloso, ok, um pouco mais inteligente
do que ela pensava. À medida que apontou e abriu fogo contra os
dispositivos deste lance do corredor, ele se inclinou lhe dando uma vista
muito interessante do seu traseiro musculoso. Não pôde evitar perguntar:
— Isso não explica por que sua mão está em meu seio.
Ele apertou.
— Porque eu gosto.
— O que?
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— É uma loucura.
2. O kraken é uma criatura marinha da mitologia escandinava e finlandesa descrita usualmente como um tipo de polvo
ou lula gigante.
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Isto podia resolver.
— Não temos tempo para isso — Disse o homem que nunca a tinha
visto em ação. Antes que Olivia pudesse mostrar suas habilidades de
arrombamento, Makl tirou uma pistola laser e disparou contra o painel de
controle. A porta abriu com um zumbido e um novo alarme disparou.
— Merda, de que adiantou nos esconder até aqui se você fez isso?
— Ela se queixou enquanto ele a arrastava pelo portão.
Cambaleou.
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Se alguém poderia livrá-los disto, seria Ifruum, seu amigo e mestre,
mas seu mentor parecia tê-la deixado à própria sorte, teria que se
conformar com o assassino azul.
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Temos de dar o fora daqui. Mais fácil pensar que fazer e se fosse
somente ele, Makl poderia ter a probabilidade de cinquenta por cento de
conseguir sair vivo. Arrastar uma fêmea humana, que estremecia quando
matava para proteger a ambos? Poderiam ser mortos ou sua fama como
guerreiro destemido e ladrão contumaz, acabaria em pedaços.
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porta do lado do veículo se abriu e uma escada se desenrolou, suas
extremidades metálicas desdobrando-se e entrando em posição.
O que no universo?
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versão severamente editada de Olivia sobre a fuga.
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ganhado — Ele sempre sabe com quem está tratando e o que fazer. É um
dom.
— Já que sabe quem sou.... Então também sabe com quem tenho
relações.
— Por que pagar por um voo quando nosso novo amigo tem uma
nave para nos tirar daqui e ainda nos levar a nosso próximo trabalho? De
fato, já chegamos. Espero que não se importe, tomei a liberdade de pegar
sua nave emprestada antes que a confiscassem.
88
— O que importa realmente quando conseguimos o que nos
convém? — Ifruum perguntou, enquanto os guiava pelo compartimento de
aterrissagem, que se abriu com sua aproximação.
Makl grunhiu.
Olivia pressionou a palma contra seu peito, mas falou com o amigo
peludo.
— Ifruum, pare já com essa tolice. Você está irritando Makl e ele
costuma matar o que considera uma provocação ou um risco a sua
reputação.
89
parecia nem um pouco preocupado.
Idiota.
Não matar seus aliados. Mas, este monte de pelos era um aliado?
Vejamos. Ajudou na fuga. Conhecia Olivia e ela parecia confiar nele.
Apesar da língua afiada. Maldição. Não queria esse sujeito peludo por
perto. Aliado ou não, havia exceções às regras dos mercenários. Talvez
Makl devesse esperar até que Ifruum quebrasse uma delas. Não gostava
que estranhos se metessem com seus negócios. A menos que fossem
satisfazer suas partes íntimas. Mas sobre tudo odiava que estranhos
tocassem seus pertences. Makl, como filho único, nunca partilhava bem.
90
Ignorando seus passageiros, se dirigiu a ponte em ritmo apressado.
A facilidade com que se daria a fuga fazia cócegas em suas mãos. Algo lhe
dizia que não tinham visto a última coisa que o planeta pseudo “não
existente”, podia lhes lançar. O maior mercado de Obsidiana e a mais
infame das cidades não conseguiu tal reputação permitindo que qualquer
ser o desprezasse.
— Por hora.
91
— Depende, se eu gostar de onde vamos.
Ifruum engasgou
Makl continuou.
— Psicopata.
92
— É o que pensa? — Makl se espantou. — Se importaria de repetir
diante de meu primo assim que o conhecer?
— Sério. Não está mais em uma cela, e sim em minha nave. Vai
onde eu determinar — Ou ganhará umas boas palmadas se continuar a
discutir.
Dizer por que precisava dela? Se fosse por qualquer outra razão,
Makl não hesitaria, mas na verdade, odiava a ideia e não queria
93
pronunciar em voz alta. Não queria ouvir piadas. Mas no momento, não
tinha outra opção. Tinha de admitir eventualmente em que precisava dela.
Era o momento de morder a bala da vergonha.
94
— Tampouco eles, ao que parece. Agora, e depois de terem testado
muitas opções, eles parecem pensar que o instinto de uma fêmea humana
saberá como agir.
— Não.
— Sim.
— Não.
95
Uma única nave contra uma armada ascendendo do planeta e
rodeando os satélites? Não gostou das probabilidades. As maldições de
Makl igualaram as dela em engenho.
— O que lhe parece? Vou atirar nos idiotas para escapar — Para
sua surpresa, ela parecia conhecer seu sistema de armas. Enquanto ele
armava os escudos e forçava o motor, ela ativou as armas do exterior. E
continuou a reclamar enquanto apontava e disparava.
— Ora.... Ora.... Quem está matando agora? Aposto que nem todas
essas naves são controladas por computadores.
96
— Só porque não pode ver a carnificina.
— Hipócrita.
— Imbecil galáctico.
— Ei! Me solta.
97
— Mandei me soltar.
Por fim, o tapete de pelos dizia algo com que Makl podia concordar.
— Isso fede.
A expressão utilizada por Olivia não tinha muito sentido, mas Makl
entendeu o tom. Ela cedeu com um sonoro suspiro e caiu flacidamente
sobre seu ombro.
98
Isso Makl faria, remotamente, enquanto falava com a nova babá de
seu primo, querendo ela ou não.
-*-*-*-*-*-
Grande amigo. Ifruum a jogou embaixo do ônibus, um veículo que
mal podia recordar exceto pelo fato de ser amarelo alaranjado. A Terra e a
vida que tinha levado havia ficado para trás, há pelo menos quinze anos
atrás. Era difícil dizer com a medida do tempo passada no espaço se
diferenciava.
Tinha que admitir que aquela nave era diferente e agradável. Pela
primeira vez desde que tinham subido a bordo, fugindo às pressas, e após
a breve batalha espacial de um emocionante videogame, tinha a
oportunidade de observar realmente seu entorno. Merda. Tudo ali era
muito luxuoso.
— Bonito, Azulzinho.
99
— Não é seu traseiro, Azulão — Inclusive se os globos de
tungstênio5 eram quentes. — Referia-me a sua nave. É tudo muito
agradável à vista. De quem a roubou?
— O que lhe faz pensar que não a comprei? Asseguro que tenho os
recursos para isso.
— OH, não. Ele não queria ceder tão fácil. Disse que trapaceei.
Então o matei e a peguei. Pensei ter sido bastante generoso já que só tomei
o que me devia, sobretudo tendo em conta o muito que me pagam
geralmente por um trabalho. Seus herdeiros, entretanto, não aceitaram
muito bem.
100
trata de meu trabalho, então sim. Sou um mercenário. Não faríamos um
trabalho a contendo se tudo nos afetasse.
— Oh, tinha outras razões, mas esta foi a melhor delas — Disparou
um sorriso enigmático. — Agora, chega de falarmos sobre mim. É o
momento de esclarecer algumas coisas. Está preparada para ser uma
babá. Por quanto tempo manterá esta posição, francamente só depende de
você. Só estou fazendo isto como um favor a meu primo e tia.
101
— Em sua cultura, talvez. Na minha, só sigo os passos de meus
antepassados. Além disso, o que você sabe de honra? Não fingiu ser uma
virgem para extorquir um rico senhor e seus duramente obtidos créditos?
— Portanto, seu primo lhe grita pedindo uma babá e como um bom
menino, você sai correndo a procura de uma. O que ganho nisso? Ou estão
todos esperando que eu faça tal façanha de graça? Uma garota precisa de
certas coisas para sobreviver.
— Não.
102
— Não é problema meu.
Ela não lhe perguntou para o que seria esse tempo suficiente.
Olivia marchou pisando duro de volta à ponte, e amaldiçoou a decepção ao
ver que não era agarrava ou beijada. Makl praticamente a sequestrara.
Não deveria ter chegado à parte de força-la agora? Ou havia alguma regra
dos Mercenários nesse livro contra foder à nova babá de seu primo?
— Estava dormindo.
103
— A nave daria o alarme se algo aparece nos scaners.
— Esse cara não é meu amigo. Nem seu, se ainda não percebeu.
Não posso acreditar que me deixou à mercê dele.
— Duvido. E não vim aqui para que falarmos de bebês, quero saber
quais são seus planos.
104
— Oh, ele é um idiota.
Sim, ela queria tudo aquilo. Não negaria, não quando sua boca
praticamente se enchia de água e precisou apertar os punhos para não
105
ceder à tentação de se aproximar e toca-lo. Foder.
— Não vim aqui para sexo — Bom, sua boca conseguiu dizer
enquanto seu corpo negava, e não com pouca veemência.
— Sabe que quero me limpar. Você deve ter pelo menos uma
unidade de limpeza corporal a bordo, e aposto que está escondida aqui.
— Nada. A menos que pense que deve me dar algo. Não me oponho
a ter sexo, caso o mencione novamente.
— Oh, me atrevo a dizer que há, mas está ocupado pela carga.
106
Maldito pirata e seu tesouro.
Manteve os olhos fixos em seu rosto e tentou não olhar mais abaixo
de seu queixo com covinhas.
— Sim, mas isso não vai funcionar. Então, por que não pega suas
coisas enquanto me banho? Já que esta é sua nave, estou certa de que a
conhece o suficiente para encontrar um lugar bonito e confortável para
você descansar. Como a única mulher a bordo, declaro esta cama como
minha — Decreto realizado se voltou e afastou-se, direto para o banheiro,
que tinha indícios de vapor úmido.
107
ninguém incomodava seu antigo lar e seus oceanos abundantes.
— Tranquei a porta.
3..Snickers é uma barra de chocolate feita pela Mars, Incorporated. Consiste em torrone (nougat) de manteiga de
amendoim coberto com amendoins e caramelo com chocolate ao leite.
108
Querido Deus, ela nunca dera muito crédito ao que Murphy
afirmava existir em alguns lugares do Universo e como eram alguns seres,
o azulzinho não tinha um saco ou umbigo. Isso, mais sua cor de pele e
dentes, a fez se dar conta da diferença entre eles.
— É uma provocadora.
— Então faça algo a respeito — Entendia seu desafio pelo que era.
Permissão para seduzi-la. Por que não? Desejava-o. Era desejada. Quanto
mais cedo arrancassem isso de seus sistemas, mais rápido ele iria querer
109
se desfazer dela. E ela poderia ignorá-lo. Vencê-lo. Ganhar.
110
seu clitóris. Porra. Ela ofegou. Rebolou. Mas não lhe dava o que queria. O
que ambos queriam.
Estremeceu.
— Você primeiro.
Justo quando pensava que teria que ceder, grunhiu alto e claro.
111
dama, mas o adequado à ocasião. Nunca antes encontrou sexo ou um
pênis que perecesse tão ansiado e perfeito. Enchendo-a, esticando-a e
fazendo coisas maravilhosas enquanto tecia dentro e fora. Seus dedos
curvaram e arranhou a parede enquanto seu clímax crescia em ondas até
fazê-la gritar:
— Sim! Sim! Oh, Meu Deus, sim! — E ele ainda investia, extraindo
seu prazer.
-*-*-*-*-*-
Em qualquer outro momento, Makl teria ganhado tempo para
desfrutar de sua maestria com uma mulher, mas pela primeira vez em sua
vida, se perdeu no momento, se perdeu no prazer, se perdeu em Olivia.
— Isso foi... Sem dúvida... — Fez uma pausa, com a perda, pela
112
primeira vez, das palavras. — Perversamente inesperado?
— Muito.
Bem, isso era muito melhor. A Olivia irritada e furiosa, aquela que
o levava ao limite, esta, ele podia controlar. Querer tê-la em seus braços
para se desculpar e logo levá-la a cama para poder se perder nela, longa e
lentamente... Era muito perigoso.
— Eu também.
113
— Está bem. Podemos compartilhá-la, mas se mantenha do seu
lado. Já que cuidou de si mesmo, segundo as Regras dos Mercenários com
respeito a seu pênis, não há porque me incomode.
— Onde escondeu suas roupas? E por que está tão limpo aqui? É
antinatural. Machos nascem naturalmente bagunceiros.
114
— Nada.
— Sou exaustiva?
— Oh. Pensei que tínhamos acertado que isto era coisa de uma só
vez? — Gemeu enquanto seus dedos cravavam em seus ombros.
115
Ambos chegaram ao clímax frenético, ofegantes, que o deixou
baqueado. Satisfeito, por alguma razão, não se virou, ignorando-a, ao
terminar ou a jogou da cama, mas com o pretexto de mantê-la por perto
para que não tentasse algo tortuoso, colocou-a entre os braços, onde
ambos adormeceram abraçados.
116
Makl despertou primeiro e conteve a respiração ao se dar conta do
que o quente feixe de pele aconchegada contra seu corpo significava.
117
para casa mais cedo do trabalho, só um idiota enfrentaria dois metros e
meio de um Gorrolian de presas afiadas, fugiu de seu quarto, sem dar um
último olhar à humana tentadora em sua cama, e se dirigiu à ponte de
comando. Não sabia o que esperava encontrar, mas temia a resposta. Um
milhão de possibilidades chegaram a sua mente, todas elas assegurando
que seria a causa das zombarias na próxima reunião familiar. A menos
que, recuperasse o controle, matasse todos a bordo para que não houvesse
nenhuma testemunha e depois realizasse algum ato espetacular, perigoso.
Ainda poderia ser capaz de salvar a situação, a não ser que Olivia
enquanto conversava com seu tapete de pelos, fizesse algo completamente
inesperado. O rosto peludo, orelhas penduradas e com aspecto benigno em
geral, ele não o enganava. Pelo que sabia, o tapete peludo poderia estar
sentado em sua cadeira, latindo enquanto os conduzia ao sol mais
próximo. Agora está sendo ridículo, é obvio. Por que destruir uma
nave de primeira quando poderia morrer ou me matar? Possivelmente
por isso Olivia foi ao seu quarto e o seduziu. Mas, frustrou sua intenção de
assassinato mediante o sexo, deixando-a com uma profunda necessidade
de descanso e recuperação. O Amante Galáctico atacou de novo.
118
asa e um prato pequeno debaixo dela.
Cabelos longos, vestindo uma capa azul marinho sobre uma camisa
de linho branca adornada com babados efeminados, o macho estranho
arqueou uma sobrancelha divertido pela aparição de Makl.
Sim, lá estava.
119
seu sangrento primo uma garrafa do vinho extremamente caro que tanto
gostava.
— Então por que me conta essa história? Não teme que eu lhe
conte? — Makl perguntou para ver o que podia conseguir do tal deus para
guardar silêncio. Regra número Sete dos Mercenários: se surgir uma
oportunidade de chantagem, use para conseguir alguns créditos.
120
Tendo-a tocado, Makl podia dar fé de sua frágil natureza. Ela não
sobreviveria por muito tempo sem proteção. Eu posso lhe dar proteção.
Não que planejasse se oferecer como voluntário.
Murphy continuou:
— Sim, sozinha por aí? Bem, não exatamente, mas não posso
comandar seu destino, um destino ao qual terá de ser arrastada,
provavelmente, esperneando e gritando.
A princípio, Makl pensava que era para ele, mas seu dedo pequeno
apontou o outro.
— De nada.
121
— Não a você. Nem é um deus. É mais um pé no sa... — Por fim se
dignou a notar que tinha público e sua face ruborizou. Não tão rosada
como na noite anterior, quando ele... — Energúmenos — Murmurou. —
Onde está Ifruum? O que fez com ele desta vez, Murphy?
— Eu? Por que sempre tem que jogar a culpa em mim? Só sou um
cara que sempre teve seu melhor interesse no coração. Quem a salvou de
uma vida de servidão e....
— Sim.
122
— Ela é maluca.
— A garota é uma atriz nata. Por isso é tão boa no que faz.
— Como a encontrou?
123
— E antes que pergunte, essa é uma das vantagens de ser um
deus, não faço truques, meu rapaz. — Maldição! Makl descansou a adaga
em seu lugar.
— Mas, o que?
124
— Congelados!
— Conte mais.
125
— Reformular o planejamento? Mas já tenho tudo arranjado. Tinha
planejado representar o papel de companheiro carinhoso, mas como Olivia
não trabalhará comigo, só com o cão estúpido, sei que não seria muito
convincente. Mas se você representar o papel de idiota apaixonado, acho
que funcionaria as maravilhas.
— Quer que faça o roubo com ela? Está fora de si? Eu trabalho
sozinho — Entretanto, ao mesmo tempo, não podia negar o encanto de tê-
la a seu lado, enquanto realizava um ataque.
-*-*-*-*-*-
Olivia saiu pisoteando em busca de alimento e seu cúmplice. Ver
seu tio Murphy novamente depois de tanto tempo deixou-a alterada; não
tanto como ver o cara que derrubou suas defesas na noite anterior. O
Azulzinho idiota e pomposo não só a seduziu, como de algum modo
também conseguiu que dormisse entre seus braços.
Tinha baixado a guarda de modo inédito. Mas o pior era saber que
se permitiu ser vulnerável com um sujeito que mal conhecia; um ser que
agradável e temerariamente, concordou em ter relações sexuais, odiou se
sentir decepcionada ao despertar e descobrir que estava sozinha na cama.
126
Olivia já não era virgem, mas tampouco tinha apetite sexual
insaciável. Raramente sentia a necessidade carnal. Quando sentia, se
satisfazia com qualquer ser compatível ou com a própria mão. A coceira
sumia e prosseguia com sua vida.
Então por que ver Makl novamente lhe trouxe os mesmos impulsos
de desejo e aquela vontade quase louca de ser abraçada e acarinhada? E
não só isso, queria retribuir também. Céus.... Assim que olhou as mãos
fortes e capazes, não precisou imaginar como seria ao tê-las sobre seu
corpo. Desejava senti-las. Queria essas mãos tocando seu corpo e os lábios
mordiscando sua pele. Queria saborear o êxtase que lhe deu. Maldito
Azulzinho quente, o queria de novo.
— Sim. Parece estar preocupado com você, ele viu sua foto nos
novos servidores e se preocupou. Maravilha. Parece que é uma fêmea
muito querida.
— Sou?
127
As palavras saíram de forma automática.
Hum, talvez uma vez mais, só para tirá-lo de seu sistema. Alien
paspalho e de aspecto desalinhado. Ninguém deveria parecer tão delicioso
com o cabelo arrepiado e a camisa meio fechada, e sem contar com o
queixo sem barbear. Makl era.... Ah.... Quem sabe, uma vez apenas, ou
duas para ser o suficiente.
128
proposta, enquanto se perguntava do que falavam Makl e Murphy, ela só
tinha que dizer uma coisa no final do discurso de Ifruum.
— Não seja tão dura com ele. Sabe que lhe quer bem, a maneira
dele.
Sim, mas destruir as coisas ao redor dela era “a maneira dele”, toda
vez que ele aparecia era encrenca feia na certa.
— Sei... E estou muito agradecida pelo que fez, mas você tem que
admitir, quando ele está por perto tudo pode dar errado, e infelizmente
isso acontece quase sempre. Temos muitos problemas para escapar de sua
influência quando nos visita. Nem quero imaginar esse trabalho descendo
ladeira abaixo.
129
Ifruum entregou um prato de comida, as coisas no prato não se
pareciam com nenhum alimento que recordava quando era uma menina.
O que não daria um dia se conseguisse um hambúrguer com queijo, um
hambúrguer de verdade, com queijo e batatas fritas do Mcdonald. Era a
única lembrança a que se agarrava tenazmente, a única coisa que podia
recordar ter experimentado com prazer... Prazer, Makl. Merda, o sujeito a
fazia babar e lá estava ela planejando representar o papel de sua esposa,
companheira apaixonada.
— Makl dormiu com sua sobrinha e pelo que sei, a única — Ela
grunhiu. — Terá sorte se passar o dia sem um acidente.
130
nada tivesse passado ou mudado? Ou esperava algo mais dela? Ele não se
converteria repentinamente em um pegajoso, não era? Acreditava não
poder suportar um homem pegajoso.
— Somos nós?
— Sem chance.
— Por que não? — Makl sorriu e agitou a mão. — Não quer ser
131
famosa?
— É engraçada, bárbara.
132
— Não seja muito complacente. Murphy nunca faz nada sem um
motivo.
— Por que não me disse que foi adotada por uma entidade que se
acha um deus?
133
— À deusa Carma? — Perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
— Bobo! Basta de falar dos meus tios. Ouvi que você resolveu nos
ajudar em um trabalhinho. Fez algo deste tipo antes?
134
Passaram a maior parte do dia repassando os planos para o golpe.
Trabalhar como uma equipe poderia ser interessante. Makl estava
acostumado a fazer tudo sozinho, mas não podia negar que queria fazer
isto, face à demora na diligência para sua tia. A ideia de passar mais
tempo com Olivia já deveria ter disparado seus alarmes de advertência. Em
vez disso, se via desfrutando de cada brincadeira, cada sorriso que lhe
lançava.... Cada olhar quente quando pensava que ele não lhe prestava
atenção.
— Me ocorre...
135
Ofendido, balbuciou a primeira coisa que lhe veio à mente.
— Sério?
— Sim, é sério. Além de seu ego imenso, saiba que você não é um
cara irresistível. Eu o satisfiz. Você me satisfez. Foi bom. Até rápido, para
falar a verdade. Agora, se me perdoar, quero dormir. Sozinha.
136
— Então vai me deixar dormir no chão? Não é muito cavalheiresco.
— É incrivelmente arrogante.
Olhou-o boquiaberta.
4..Bad lay: mulher que não faz nada durante as relações sexuais e deixa que o homem faça todo o trabalho.
137
Seu sorriso era muito petulante, o que significava que merecia um
murro no estômago, mais uma joelhada na virilha? Sem hesitar aplicou os
dois.
— Odeio você.
Ah, esse era o tipo de lucro que se consegue quando a dor ainda
irradiava de suas partes masculinas. Como se fosse recompensá-la agora
com sua experiência sexual. Deixe que sofra:
— Espero que você e sua mão tenham um bom tempo juntos, então
— Disse ela com insolência. Ignorando-o, girou sobre os calcanhares e se
afastou dirigindo-se ao banheiro.
Acesso negado.
Acesso negado.
138
senha dele a um status secundário.
Ela podia pensar que estava um passo à frente dele agora, mas
Makl prevaleceria no final, e a faria mendigar.
139
baixinhos.
-*-*-*-*-*-
Oh, sim. Isso era tão bom. Olivia abriu a boca e o calor aumentou.
Seu prazer dominando-a. Seus quadris empurraram contra a boca
enganchada a seu clitóris. Um gemido escapou. E seus olhos se abriram
quando despertou ao sentir uma lambida conscienciosa em sua vagina.
140
Esqueceu a sessão que se deu com os dedos na noite anterior. O pequeno
orgasmo que teve, enquanto o imaginava no chuveiro, nem sequer se
aproximou do clímax que sentia crescer.
O que? Merda!
— Está acordada.
— O que isso tem a ver? Não lhe mandei parar com o que estava
fazendo?
141
— Sim. De fato, esqueci.
— Ifruum diz que seu café da manhã estará preparado quando sua
bunda preguiçosa se dignar a levantar.
Fez. Incrível. Ficou olhando a porta e olhou seu corpo nu, suado e
muito excitado. Esse maldito idiota. Não sabia que jogo estava planejando
desta vez, mas como de costume, não importava. Mal tinha tempo de
cuidar de si mesma, porque um alto-falante crepitou.
— Olivia! Sei que não pode estar dormindo ainda. Mova-se, garota.
Já quase chegamos.
— Saia!
142
— Prefiro ficar e observar. Sei que você tem se acariciado pensando
em mim, bárbara. Parece-me algo incrivelmente excitante. Mal posso
esperar para vê-la fazê-lo. Quem sabe não me acaricie, também. Podemos
nos masturbar juntos.
Não precisou que dissesse duas vezes. Quebrou o beijo, mas antes
de poder protestar, seu pesado corpo se instalou sobre o dela, do lado
contrário. Esqueça dá uma transada rápida. A lamberia de novo em um
segundo.
143
clitóris com a língua?
— Bom, eu não sei você, mas eu me sinto muito mais lúcido agora.
144
Makl podia senti-la tensa sentada junto a ele enquanto o luxuoso
veículo aéreo que havia pedido ao chegar ao pequeno planeta comercial os
levava a seu destino.
— Relaxe.
— Oh, esqueça.
— O que?
145
apaixonado um pelo outro. Temos que aparentar que estou louco o
suficientemente para querer lhe dar um anel de tanto valor, não haja como
a virgem frígida, que ambos sabemos que não é.
— Não.
— Bem, porque temos que ser um casal meloso. Nem todo mundo
que compra um anel está se beijando e se acariciando.
— O que propõe?
— Isso é pervertido.
146
para a luxúria? Luxúria com um toque a mais. Algo quente. Apaixonado —
Ah, aí estava o brilho de calor que queria. Olivia umedeceu os lábios, um
lento deslizamento, sensual de sua língua que o levou de semiereto a duro
como uma rocha. — Agora me dou conta que não pode fingir amor, mas
parece que sabe tudo sobre a luxúria — O amor era para os fracos.
Diferente de seus primos, Makl nunca se apaixonaria por ela. Nunca
deixaria que uma mulher ditasse...
Oh, não era o olhar que ele queria. Toda para mim. A ideia
possessiva não o distraiu da face nem do calor lânguido que invadiu o
olhar de Olivia, um calor que agora conhecia muito bem... E ansiava. Seus
olhos se encontraram. Ela respirou fundo. Ele se inclinou, ela não se
moveu, mas suas pestanas revoavam, sobre seus hipnotizantes olhos.
Esperava seu desafio, algo que ele notou que gostava, mas em lugar
de responder, puxou Olivia para seu colo. Seu vestido armado, tirado de
uma de suas caixas de bens roubados, podia cobri-la até os tornozelos
encerrados nas belas botas, mas sabia que o tecido não fazia nada para
ocultar a ereção pressionando contra suas nádegas. Sua respiração ficou
superficial e desigual, um sinal de sua excitação ou isso tinha notado em
ocasiões anteriores. Puxou seu lábio inferior até que ela o separou do
superior com um suspiro. Como desfrutava de seus pequenos sons de
prazer. Inclinou-se e lambeu a linha de sua boca, aspirando sua
respiração quente, saboreando o doce bálsamo da maquiagem fazendo
seus lábios brilharem. Ela não se afastou, ao contrário, se inclinou mais
147
perto, sua boca faminta procurando a dele.
Não tanto como eu. Teria que ter pedido a rota panorâmica. Makl
embalou a forma de Olivia, seus músculos já outra vez rígidos enquanto se
preparava para por em pratica seu plano.
148
Hora de começar a ação.
149
Inclinando seu queixo no ar, adotou uma expressão ofendida.
150
— O que se solicitou deixar, sua alteza, junto com as outras armas.
É parte de nosso procedimento de segurança.
5
..Snookums: O Bebê Dinossauro da Série Dinossauros. É um Dinossauro azul com crista e pontas de cauda violetas e
com olhos rosados e negros.
151
que qualquer macho haveria de querer ter. Em outras palavras, perfeita
para o papel. Perfeita para mim.
Merda, como algo tão simples como um olhar podia ser tão
sensual? Dar-lhe-ei qualquer coisa.
Tossiu.
— Não há lugar mais seguro neste planeta, ainda mais como a loja
do meu mestre. Entre e verão. Somos inexpugnáveis. Ninguém chega sem
convite, nenhum ladrão ou assassino, nem mesmo clientes. Todo mundo
passa por uma investigação rigorosa, até o pessoal.
152
braço com o dela ao caminhar atrás do alien de três pernas, a capa de
Makl girando ao redor de suas botas.
— Ah, meu amor azul, só quero você e esse anel. Ah, talvez alguns
brincos também. Sei do que você gosta quando deslumbra meu cofre lá
153
embaixo — Piscou-lhe o olho, e desta vez, sua escolta tropeçou.
154
concentrar constantemente em seu papel e parte do plano.
Nada disso resultou ser um problema com Makl. Por alguma razão,
ter o grande mercenário a seu lado, mesmo que parecesse tão tolo,
interpretado o papel de apaixonado, e crível, amante, trouxe-lhe uma
confiança que não compreendia.
Por que se sentia tão segura? Tão protegida? Por que sabia que ao
primeiro sinal de perigo, ele agiria sem hesitar e salvaria a ambos? Será
que já confiava tanto nele? Confiança ou não, ela cuidaria para que tudo
fluísse como uma brisa sem obstruções. Navegava pelo caminho com
instinto natural. O guerreiro azul feroz era um ator nato. Diabo, até ela
estava acreditando estar loucamente apaixonada por ele. Ainda bem que
sabia que estavam em um jogo perigoso ou poderia se apaixonar por seu
falso olhar ardente, suas carícias sensuais e abraços carinhosos.
155
do nosso amor sem fim?
Makl sorriu.
— Eu diria que é bem claro. Disse que não posso esperar que
minhas outras esposas a conheçam. Há outras estrelas que brilham em
meu universo.
— Tem um harém?
Ela avançou para cima dele e uma vez cara a cara, empurrou seu
peito com o dedo anelar.
156
— Me divorciar das minhas onze esposas e deixar meus trinta e
seis filhos sem pai? — Seus olhos arregalaram ofendidos.
— Se me ama, o fará.
157
perseguição, com os corações acelerados pela adrenalina.
— Conseguiu?
158
enquanto Ifruum os tirava dali. Makl folheou os canais de notícias do
planeta que acabavam de roubar, esperando o anúncio do roubo. Saíram
da galáxia sem um só boletim de notícias. Olivia aplaudiu em silêncio.
Tinham realizado o plano sem problemas e sem fazer ruído. Isto, por
alguma razão, desagradou Makl.
— Fala a sério? Por que quer que saibam que foi você? Não é esse o
objetivo ao planejar um crime perfeito e escapar impune?
6
Coton é uma fibra sintética conhecida por sua grande elasticidade e resistência.
159
Suponho que isso poderia funcionar. Teria que ser à prova de fogo e água,
entretanto, já que nem sempre deixo as cenas intactas.
— Então tenho que encontrar algo emblemático pelo qual vou ser
reconhecido.
— Exatamente.
A porta de seu quarto se abriu sem prévio aviso e Makl virou, sua
postura relaxada imediatamente mudou para a de um guerreiro preparado
para a ação. Sustentando sua arma e apontando a Ifruum antes que seu
amigo dava mais dois passos adentro.
160
substituído por um assassino com olhos de aço. Que engraçado ela poder
esquecer esta parte dele na maior parte do tempo, mas quando o
mercenário duro aparecia... Era bastante sexy.
Ifruum assentiu.
— Não. Ainda preciso deixa-la com meu primo para que banque a
babá.
— Oh, definitivamente. Não vou dizer a minha tia Muna que tive
uma humana em minhas mãos e a perdi.
161
— Ela manterá sua palavra — Disse Ifruum com um movimento de
sua pata. — Depois de fazermos algumas paradas, certo? Planejei um
itinerário divertido até encontrarmos com seu primo, se não se importa.
— Como pode dizer que nossa missão foi inútil? — Levantou o anel
e o fez brilhar sob a luz. — Foi um êxito. Quero dizer, olhe o que temos.
Não tem preço.
— Mudei de opinião.
162
Uma vez mais, ela não entendia a trajetória errática de seus
pensamentos, mas estranhamente a entretinham.
163
bunda em um minuto?
Makl sorriu e lhe fez gestos com um dedo para que tentasse.
Ifruum suspirou.
Olivia colocou as mãos nos quadris e olhou Makl cujos olhos azuis
eram ousados.
— E está ansiosa por meu toque outra vez. É fácil de detectar uma
vez que conhece os sinais — Makl declarou com voz grave, sem romper o
olhar. — Começa a falar e faz o contrário. Na realidade é adorável. Então
vou dizer como solucionar seu problema. Para sorte dela, minha agilidade
na cama é como um “cura tudo”. Anote isto. Ela insiste que me odeia.
Posso mostrar que está enganada e começar desde o começo.
164
— Não estou tentando me aproximar de você, idiota azulado —
Mentiu entre dentes. Sim, as palavras saíram de sua boca, mas não se
afastou. Seu corpo nem sequer tentou lutar contra seu encanto e ficou
onde estava, pressionada contra ele.
165
Olivia sentou e gemeu.
— Quem?
— Quem?
166
Santo céu. Makl era um matador fanfarrão, um sujeito de negócios,
com um empresário de marketing e contabilidade. Isso aturdiu sua mente.
167
entretanto, derretia continuamente todas as suas defesas?
Certamente o efeito sobre ela não duraria para sempre? Não podia.
Tinha a intenção de deixá-la em algum momento com esse primo dele. De
uma forma ou outra, esta viagem selvagem finalmente terminaria. Bem, se
agora só pudesse entender por que o pensamento a deprimia. Não posso
me afeiçoar a ele. Mal o conhecia e não tinha a intenção de chegar a
conhecê-lo melhor. Bom, melhor do que já conhecia, mas isso era só sexo.
Sexo era fácil entender. Era a parte emocional de uma garota que
precisava afastar. Olivia sabia que se afeiçoar provocava dor. Que a
confiança conduzia à traição. E não cometeria o mesmo engano de novo.
168
— Sob minha capa.
— Por quê?
— Surpreende-la.
— Está nu?
— E planejou olhar?
Ele assentiu.
— Está com a mente nublada outra vez? — Se referia a tal lei dos
mercenários ou regras, ou que caralho fosse que gostava tanto de citar.
Servia para recordá-la que o que compartilhavam era só sexo. Nada mais.
169
Só uma necessidade física.
— Por que não pergunta a uma das suas.... Quantas esposas disse
que tinha? — Seus lábios curvaram.
— Sério?
— Em essência.
170
Por um momento, a expressão de seus olhos ficou fria e gelada.
— Claro que não. Uma fêmea é só uma fêmea, mesmo uma tão
exótica quanto você.
— Perfeito. Então acredito que não há razão para não termos sexo.
Como bem sabe, é só para manter a mente clara e tudo mais.
171
Sexy. E quente. Muito quente. Com uma lenta sensualidade, acariciou sua
pele enquanto se sentava em sua longitude. Cravou os dedos na carne de
seu peito enquanto tomava centímetro a centímetro, sentando em seu
pênis grosso e amando a sensação. Só quando o tinha completamente
embainhado, abriu os olhos unicamente para que sua expressão lhe
roubasse o fôlego.
172
seus frenéticos batimentos cardíacos de alguma forma mantinham o
mesmo ritmo. Nunca tinha se sentido mais perto de alguém. Mais em
sintonia. Maldição.
Era só sexo!
173
Vários roubos bem-sucedidos depois...
Só havia uma grande falha nisso. A escória era uma das criaturas
mais paranoicas e violentas. Makl sentiu a mesma maré de perigo se
aproximar, ela apostaria, porque de repente tentou resolver as coisas com
174
menos delicadeza que o habitual.
175
— Sim. Mas por quanto tempo acredita que isso durará?
— Vejo que o relato das nossas façanhas viaja mais rápido do que
imaginamos. Essa é uma excelente notícia — Makl sorriu diante do
conhecimento de sua fama.
176
que Ifruum fiscalizava a situação, e já que as probabilidades estavam
principalmente contra eles? Sabia que nada era o que parecia. Em alguns
casos, a coisa piorava.
— Sério? Quanto? Sabe que meu primo Tren uma vez teve a cabeça
a prêmio por uma quantia exorbitante. Disse que chegaram a oferecer ao
captor uma propriedade e o título de imperador de um planeta no décimo
sétimo quadrante estelar descoberto — Confessou a Olivia, afastando os
olhos de seu anfitrião para falar com ela.
177
— Ah, vou tocar. E mordê-la. Farei todo tipo de coisas, em cores,
tudo gravado. Inclusive o deixarei ver enquanto faço. Então, mostrarei ao
universo.
— Oh, ele está pedindo. Suponho que desta vez, eu não deva pedir
nada.
178
— Qual esquerda, minha ou sua? — Perguntou ela, olhando ao
redor, roendo o lábio inferior. Makl fez estalar os nódulos dos dedos e virou
o rosto para ela.
179
Mate-os!
Ah, merda. Mesmo pesando sua aversão pela violência letal, ela
sabia que não era o momento de vacilar. Makl era bom, mas como sua
sócia, devia ajudá-lo. Fingindo que era parte de um videogame realista,
respirou fundo e levantou a pistola que Makl lhe deu. Disparou em um
homem lagarto na articulação da perna. Ele desabou com um grito que
não parava e ela ficou olhando à criatura se retorcendo, horrorizada.
180
nossas presas durante a luta. Guardamos isso quando temos tempo para
a tortura.
181
morto no chão. Mal pode gemer antes que um valentão a agarrar pelo
cabelo e a puxar.
Olivia não pôde evitar uma careta de dor quando o punho retorceu
seu cabelo. O olhar gelado de Makl se estreitou. Erro descomunal. Alguém
tinha desafiado seu mercenário. Agora nunca recuaria, nem se ela
implorasse.
Usava seus métodos, Olivia sabia que não devia se deixar enganar
por sua postura relaxada. Estava disposto a lutar. Por ela. Que excitante.
182
de Makl, olhos frios e terrivelmente atraentes.
183
Raiva, uma tormenta brutal e violenta de ira tomou conta de Makl
quando viu Olivia ameaçada. Podia ver o medo em seus grandes olhos, o
tremor de seus lábios e não gostou nem um pouquinho.
Mas o mais inaceitável de tudo, ele não podia lidar com as linhas
de dor em sua boca e olhos quando a criatura miserável que a sustentava
machucou sua frágil bárbara. Como se atreve a tocá-la!
184
encontrou carne com a ponta de sua adaga. Pesada a sua direita.... Deu
uma rasteira com o pé, o forte impacto lhe deu uma posição para lançar
uma adaga. Um farfalhar de tecido e começou a oscilar só para se deter
quando seu nariz crispou com um cheiro familiar. Investiu o giro
incompleto e um jorro de líquido quente correu por sua mão.
— Suponho que seja bom eu não estar com uma mão presa às
costas certo? — Brincou, esperando romper a tensão.
— Está maluco, maldito alien estúpido? Isso foi uma loucura total.
185
sairmos daqui e tomarmos um bom banho?
186
-*-*-*-*-*-
Makl girou Olivia e deu a ela um pequeno empurrão. Tropeçou,
mas deu a volta a tempo para ver seu mercenário azul se lançar para o
grupo armado e soltando um grito selvagem.
— Mas e Makl?
Sim, podia. Mas não significava que teria de fazer, não quando
tinha saltado lá para salvar seu traseiro.
187
Uma parte de Olivia compreendia que não podia deixar Makl contra
tantos adversários. Podia atirar, mas não podia atirar nesse alvoroço
turbulento de corpos sem possivelmente machucar Makl. Sabia que era
uma loucura tentar, mas isso não a deteve. Libertou-se de seu amigo e se
precipitou de novo para a batalha, levantando sua arma e atirando contra
cabeças e corpos, esquecendo seu temor por Makl e sua repugnância por
matar. Não podia ver seu azulzinho, mas podia ouvi-lo.
Mas foi a aplicação de uma seringa em seu braço que a fez cair em
um buraco negro, um do qual não sabia se escaparia.
188
Assobiando, Makl voltou para sua nave com trinta e seis mortes a
mais, isso só para começar seu dia. Um pouco machucado. Um pouco
queimado. E coberto de sangue. Mas, tinha vencido. Agora, só tinha que
sair antes que a cidade tentasse lhe cobrar pelos danos quando notassem
que uma área se queimou acidentalmente.
— O que quer dizer com onde? Não está com você? — Ifruum virou
em seu assento e se transformou em Murphy, sua confusão era visível.
— Não pude impedi-la. Se por acaso não notou, essa garota faz o
189
que lhe dá na maldita vontade e ao que parece, gostou de pensar que
ajudar seu inútil cadáver azul seria interessante.
190
Em sua forma humana para conversar, Murphy encolheu os
ombros.
— Não tenho um. Mas Olivia sabia que isto era uma possibilidade.
A captura sempre é. É parte da emoção. Deveria saber. Embora perdê-la vá
desagradar seu primo. Pena.
— Por que não? Ele não é pior que você, sem dúvida.
191
sobre a parede fria e escutou. Os alarmes não dispararam e não ouviu
nenhuma indicação de ter sido descoberto ali.
-*-*-*-*-*-
Olivia levantou do sofá estupidamente contente de ver Makl. Kajob,
um velho amigo seu, com quem tinha trabalhado algumas vezes no
passado, fez uma pausa no relato de sua última façanha, uma que a fizera
192
gargalhar momentos antes, olhou-a e logo à porta do pátio quebrada.
— Sim. Se me desculpar, tenho que falar com ele — Ela saiu pelas
cortinas ondeantes para encontrar Makl contemplando o céu noturno.
— Mas não o sabia e ainda sim veio. — Pôs a mão sobre seu braço.
O músculo sob sua palma esticou, mas isso não impediu de se aproximar.
— Por que veio? Podia ter me deixado para trás.
193
Ela encolheu os ombros.
— E agora?
— Agora?
— Pode-se dizer que sim. Então, o que vai ser, bárbara? Vem ou
fica?
Estava dando a ela uma escolha? Era este seu modo silencioso de
abandoná-la? Se pensava assim, então por que voltou por ela em primeiro
lugar, além de ser por orgulho?
— Parece que seu sócio está irritado, não? Veremos quão grande é
depois que meus guardas acabarem com você — Tirou uma grande arma e
apontou o peito de Makl.
194
— Pare de brincar, Kajob — Olivia franziu o cenho ao
contrabandista.
— Não pode capturá-lo. Nem sequer estaria aqui se não fosse por
mim.
— Ihaaaaaaaaaaaa!
195
Uma sacudida repentina e seu iminente encontro com o solo
desacelerou. Ele havia trazido consigo um paraquedas.
196
O que acontecia com ele ultimamente? Cometia enganos.
Contrariava as leis dos mercenários que sempre o guiaram.
Olivia era sua aliada, e amante. Mas não precisava dela. Ela o tinha
ajudado em conseguir algumas coisas de valor, mas isso não era suficiente
para arriscar sua vida, então por que ignorou o mais inteligente a fazer
para salvá-la sem compensação alguma?
197
O medo que tinha sofrido desapareceu, já que pegou trabalhos
rápidos, entre as sessões de sexo.
Makl descobriu que até sem o perigo habitual ainda tinha diversão.
Tudo que fazia com Olivia, o fazia sorrir.
Argh!
— Que diabos?
198
Espaço. Precisava de espaço e ficar a sós para pensar no que
acabava de descobrir. Quero manter minha humana de forma
permanente. Só podia ser uma piada. Que horror!
Ou não.
199
vezes depois dos bem-sucedidos ataques e assim que chegavam à nave,
rasgavam as roupas e copulavam como animais selvagens? Maldição, só de
pensar já sentia saudades disso. Além disso, as missões eram divertidas e
boas para sua reputação. Esqueça esse plano. Tinham que manter sua
lista de crimes; simplesmente teriam que deixar de agir como a “dupla de
namorados sorrindo tontamente”.
Não mais segurar as mãos ou beijos falsos que conduziam aos reais
depois. Nada mais de toques, como parte do trabalho ou do prazer. Tinha
que parar de fazer alarde de seu corpo para que tomasse vantagem, uma
pena, porque fazia isso muito bem. De agora em diante, a consideraria só
como uma aliada, como Ifruum.
— Algo errado?
— Não exatamente.
— Ainda não.
— Acaso lhe disse que estava grávida de outro cara e pediu para
200
ser o papai do bebê?
— Assim espero, já que esteve fazendo coisas com ela nas quais eu
prefiro não pensar.
— Sim, bom, é que quero fazer com ela o que nunca quis fazer
antes e isso me preocupa.
— Não sei se sou a pessoa mais adequada para falar sobre isso. Se
está querendo fazer algo pervertido, terá que falar com ela.... Pensando
bem, vamos mudar de assunto. Viu essa nuvem de pó galáctico no terceiro
quadrante?
201
— Se dá conta que essa arma não pode me machucar? Sou um
deus.
— Pode ser um deus e, mas deduzo pelo seu recuo, que um tiro vai
deixa-lo bem desconfortável.
— E o chamam de tolo.
— Quem?
202
ver? E Jaro?
— Todos nós vimos. E terá sorte se Tren não o esfolar vivo quando
chegar aqui, e só para acrescentar, melhor que chegue rápido porque está
de muito mau humor. Penso que é a raiva reprimida. Esta coisa de se
manter silencioso por temer em despertar o bebê, o transformou em uma
bomba de tempo prestes a explodir.
— Vou fazer meu melhor para conter seu primo, mas talvez seja
prudente uma visita curta. Ele está um pouco mais agressivo que o
habitual.
203
grandeza inata, que alternadamente choraria e suplicaria que ficasse, e ele
evitaria seu primo e seu poderoso punho. Um plano perfeito. Infalível.
— Sim, foi e estou certo de que ela verá as coisas assim, quando a
deixar sem nem sequer um adeus. E o que vai fazer agora? O que há no
futuro do Galáctico Solitário?
Solitário?
204
em voz baixa.
Precisava dela? Makl abriu a boca para dizer que não. Não
precisava de ninguém. Contudo, as palavras ficaram presas a sua língua e
não pôde pronunciar a mentira.
Posto que a deixaria em breve, devia aplacar sua luxúria para que
não começasse em seu novo trabalho mentalmente incapacitada. Às vezes,
sua generosidade surpreendia a si mesmo.
205
— Nada importante. Mas acredito que devemos checar a
temperatura no chuveiro novamente.
206
Ajoelhou-se sobre a cama e se arrastou entre suas coxas abertas. Deslizou
o braço ao redor de sua cintura enquanto seu pênis penetrava em seu
calor acolhedor. Bombeou com urgência curvando seu corpo para trás,
para que ficassem rentes, empurrando seu pênis enquanto seus dedos
brincavam com seu broto inchado. A mão em sua fenda acariciava seu
clitóris, a outra beliscava seus mamilos eretos. Seus lábios chupavam a
pele tenra e pálida do pescoço, extensão imaculada da tentação.
Ela gozou com um grito, seu sexo ordenhou seu pênis, lançando-o
a seu orgasmo. Mas não gritou sua felicidade. Em troca, apertou os
dentes, não muito duro, mas o suficiente para que quando separassem
seus corpos suados, depois de desabar sobre a cama, levasse uma marca
em sua carne. Sua marca.
Isso o incomodou de repente. Quem era este ser que levava ao seio
207
de sua família? Como uma humana surgira ali, no meio do Universo? E o
breve comentário de ser adotada por Murphy, um deus? Tudo isso passou
a ser mais importante nesse momento, enquanto ela jazia entre seus
braços, com a cabeça pousada em seu peito. Tinha que saber, tinha que
ouvir sua história.
— Oh, agora quer que lhe conte uma historinha para dormir depois
do sexo. Por que quer saber?
208
— Olha, mamãe. Há luzes no céu — Uma Olivia muito mais jovem
esticou o pescoço, fascinada pela visão de um anel perfeito de luzes
brancas no meio de um céu escuro infestado de estrelas. Na cidade, as
estrelas brilhavam pouco devido a poluição e luzes ao redor, nunca tinha
visto nada como o círculo brilhando intensamente.
— Provavelmente é só um avião.
— Claro que são — Murmurou sua mãe enquanto ela agarrava algo
do interior do porta-malas de seu carro, estacionado a um lado da estrada.
Na realidade, chamá-lo de carro era um insulto aos veículos na estrada.
Era mais uma lata de lixo que deveria aposentar a muito tempo, a
ferrugem ao longo das bordas inferiores das portas, um silenciador que
estalava e uma rachadura no para-brisa de lado a lado.
209
distinguia nada e ela não sabia por que tinham parado nesta área em
particular. Sua mãe desviou de repente para o acostamento coberto de
cascalho.
O que seja. Olivia sabia que não teria que procurar qualquer boa
ação em tudo o que sua querida mãe dizia. Dezenas de promessas
quebradas depois a tinham ensinado a não acreditar em tudo o que saia
pela boca de sua mãe. Ainda assim, se jogasse bem suas cartas, poderia
terminar com algo: um novo suéter, um CD, um jantar no Mcdonald.
Presentes por seu suposto sentimento de culpa, como estava costumada a
chamá-los.
Saltando sobre o capô do sedan que sua mãe dirigia, segundo ela,
um empréstimo de um amigo, possivelmente relacionado com um porco,
dada a condição do interior, Olivia se jogou para trás e olhou o anel de
luzes flutuando no céu.
Talvez sejam aliens que vêm nos abduzir. Isso sim era sorte.
Precisava de um milagre, ou completar dezesseis anos, antes de poder
escapar da existência infernal conhecida como sua vida atual. Viver com
sua tia não era muito difícil. Ao menos a alimentava regularmente, mas
compartilhar um quarto com seus dois primos pequenos, primos dos quais
cuidava, realmente não era sua ideia de diversão. Mas dormir em um
carro. Sem poder escapar dos roncos de sua mãe. Ou de abrigos, eram
210
ainda piores.
211
já que um único raio brilhante se separou da grande massa e descia para
elas. Não só para elas, mas também justo acima delas, estava perto o
suficientemente para que sentisse uma brisa quente agitar as mechas de
seus cabelos. Santa.... Não se atreveu a dizer a outra palavra em voz alta
por temor a sua tia e sua mania de obrigá-la a lavar a boca com sabão.
Outra vez. Dotada com uma superaudição, a menina não sabia como sua
tia fazia, mas sempre sabia quando Olivia fazia ou dizia algo indevido. E a
castigava usando métodos da velha escola. Muito sabão.
— Vamos.
— Onde?
212
— É uma loucura — Disse sua mãe entre dentes. — Aliens não
existem. Provavelmente seja um helicóptero.
213
do chão. Redondo como um Mentos, mas de tamanho gigante, que zumbia
baixinho sobre o chão! Olivia observou curiosa. Genial. Agachou-se para
olhar embaixo, mas não viu nada que o mantivesse flutuando, uma
iluminação suave irradiando de sua carapaça.
— Eu trouxe.
Olivia se virou.
15
Piglike: qualquer mamífero da família dos suínos, que tem patas curtas, cascos, cabelo desgranhado e um focinho
cartilaginoso utilizado para a escavação, especialmente o porco domesticado.
214
— Não tenho que lhe dar explicações.
— Exato — Sua mãe cuspiu. — O que tem feito por mim, pirralha
ingrata? A pus no mundo e o que ganho? Uns miseráveis dólares ao mês
do governo. Insuficiente para o mal-estar que passei por lhe manter. E seu
maldito pai prometeu que me ajudaria. Aquele mentiroso. Não pôde deixar
a cidade o suficientemente rápido quando chegou. Por sua culpa estou
sozinha.
— E daí? Ele a levará para o espaço. Pense que será uma aventura.
215
— Sim posso.
— É claro que servirá. Agora pague ou levo isso de volta para a casa
da tia.
— Não. Esta é a última. Agora pague, pigman. Tenho gente que ver
e coisas a fazer — Sua mãe estendeu a mão exigente.
216
— Que pena que já não nos será mais útil. Por favor, desfrute de
seu pagamento final — Tirou uma arma de fogo, Olivia nem sequer pôde
gritar quando o alien atirou em sua mãe, reduzindo-a em um monte de pó
que voou com a leve brisa. Já não se importava com a criatura pestilenta,
nome que deu a seu carcereiro, enquanto a arrastava a seu novo lar pelas
próximas semanas. De nenhuma maneira era o pior momento de sua vida,
mas sem dúvida um dos mais tenebrosos, sobre tudo porque nenhum dos
órfãos presos ali sabiam o que esperar.
217
sua respiração difícil e sem energia, para ver um sujeito de aspecto
engraçado do tipo tirado de um livro de histórias sentado na beira da cama
que tinha feito para si. Fraca ou não, levantou balançando a faca
enferrujada que encontrou durante seu saque. O medo fez seu jovem
coração pulsar, mas com valentia enfrentou o sujeito sorridente e com voz
trêmula perguntou:
— Quem é você?
218
Apesar de suas singularidades, demonstrava que se preocupava com ela,
ao menos um pouquinho.
Não era... Preocupação. Não era estúpida. Tinha captado que ele
estava tramando algo. O super apaixonado Makl agia como um cara em
uma missão e tinha a leve suspeita de saber por que. Entretanto, quando
chegou à notícia através da voz do computador de que tinham atracado no
planeta de seu primo, não pôde evitar uma pontada de dor.
Oh, merda.
219
chão, mas não tão duro como a verdade batendo no seu rosto.
Amo o azulzinho.
Oh, não. Quando tinha permitido que isso acontecesse? Por quê?
Acaso não tinha aprendido a lição enquanto crescia? Amar alguém, confiar
em alguém, lhes dava o poder de machucar.
Ao menos recordou-se por que não queria ter nada com ele em
primeiro lugar. Saltando da cama, se vestiu rapidamente e arrumou suas
coisas mais rápido. Empurrou Makl a um lado para agarrar seu sutiã
favorito do chão e colocá-lo em sua bagagem, finalmente encontrou o olhar
confuso dele. Não pode sustentá-lo, não com a revelação de seu amor por
ele ainda tão fresca. Afastou-se, procurando algo mais que arrumar suas
coisas e assim poder ganhar um momento para secar as lágrimas nos
olhos.
Aquele traidor sabia? Ah, assim que o apanhasse lhe faria uma
depilação com cera quente em represália.
220
— Não, mas é um pouco óbvio. Não planejamos outra missão ou
uma parada e, a nave acaba de aterrissar. Você fez questão de limpar sua
cabeça, e cito textualmente, um par de vezes mais do que o habitual.
Acrescente a intuição de uma mulher, pensa que sou estúpida.
— Sim. Mas até mesmo você deveria saber que todas as coisas boas
chegam ao fim. Melhor fazer isso agora antes que se apegue muito. Não
suporto caras pegajosos — Ela fingiu um calafrio, mas quase perdeu o
olhar de espanto em seu rosto. — Foi divertido, Azulzinho. Nós veremos
por aí.
Enquanto se afastava da única coisa que lhe fizera mais feliz desde
que se entendia por gente, do único sujeito que tinha atravessado a
221
blindagem que tinha erguido ao redor do coração; agradeceu sua boa
estrela que o fez em seus termos antes que a machucasse realmente.
222
Ela vai partir. Está realmente me deixando.
— Ela se foi — Makl disse baixo, incrédulo, sem poder ocultar a dor
inesperada.
223
viagem, provavelmente se esquivando dos mísseis que seu primo zangado
lhes lançaria, porque ainda queria uma babá, e viveriam... Bom, felizes
para sempre.
Prazer que encontraria sem ela, então, sem importar o fato de que
lembrava a quão aborrecida foi sua vida antes de conhece.
224
tesouro”?
E Tren respondeu:
225
algemas que estava ansioso para usar nela, mas que nunca chegou a
fazer. Tinha deixado que suas excelentes habilidades no dormitório
sacudissem sua mente.
-*-*-*-*-*-
Olivia engoliu as lágrimas enquanto se afastava de Makl para o
desconhecido. Ifruum, por sua vez, não disse nenhuma palavra enquanto
caminhava a seu lado. O tio Murphy, entretanto, não viu a necessidade de
conter sua língua. Apareceu ao seu lado, com o bastão em uma mão,
alheio aos gritos dos soldados androides protegendo o campo de pouso lhe
ordenando que se detivesse e se identificasse.
— É claro que sim. Sou seu tio — Ele inchou o peito com
indignação.
— Infelizmente — Murmurou.
226
— Ainda não me respondeu. O que está fazendo? Por que está aqui
em vez de com o Azul idiota, que a corrompeu para toda oportunidade de
um bom casamento?
— Pela enésima vez, tio Murphy, nunca planejou nos casar. E para
sua informação, esse Azul idiota não me quer.
227
— Não parece.
— Não, é a verdade.
— Está bem. Talvez o ame. Grande coisa! Tão grande quanto saber,
obviamente, que não me ama — Gritou ela, as lágrimas ardentes por fim
derramaram sem controle, enquanto deixava que sua angústia surgisse em
uma explosão furiosa. — Ele não me quer, do mesmo modo que minha
mãe não me queria. Só me usou até que já não precisava mais.
— Mas eu preciso.
Como se não o notasse. Seu polegar roçou a pele úmida antes que
228
pegasse seu queixo com sua grande mão.
— Não.
— Já tenho uma.
229
— Sério? — Por um instante, a esperança levantou seu ânimo.
Mas... — Você diz isso agora, mas quando as coisas ficarem difíceis vai me
deixar.
— Não. Nunca. Não sou a bruxa que lhe deu à luz. Quando dou
minha palavra, e pode perguntar a qualquer um, eu a mantenho. Não tem
nada a temer de mim. Amo você, Olivia, mesmo sendo uma bárbara
humana. A amarei até minha última respiração e juro diante deste deus
como minha testemunha, que se algo ameaçar o que temos, o matarei.
230
— Posso interromper.
— Foi há um minuto.
231
— Eternamente. Por favor, não me deixe. Minha grandeza é nada
sem você ao meu lado.
Uma voz que soou através das planícies, amplificada por alto-
falantes ocultos.
— Sei, mas primeiro teria que passar por minha família e acredite
em mim, não são seres que deseje provocar.
232
Uma vez que Olivia se uniu ao temível primo, Tren, um tremendo
Azulão de aspecto assustador, com olhos injetados de sangue e cabelos
bagunçados, pôde ver por que. O fato de que a esposa de Tren fosse
humana pegou Olivia de surpresa. De algum jeito, em todas as suas
discussões, Makl esquecera-se de mencionar o fato de que seus primos
casaram com humanas. Mas, quem tinha tempo para conversar quando os
gritos e as pessoas começaram a dispersar?
233
olhos pousaram no menino e Olivia deteve o movimento. Os gritos
começaram de novo. Olivia o sacudiu brandamente. Sem mudanças. Mais
duro. O menino fechou a boca e a olhou fixamente.
— Bom, é um começo, mas isto significa que vamos ter que sacudir
o bebê constantemente? — Megan franziu o cenho. — Poderia jurar que
isso não fosse bom para eles.
234
saudável — Megan revirou os olhos.
Assentiram.
Olivia suspirou.
Megan pegou seu filho de Olivia, com seu lábio inferior tremendo. A
mãe o sacudiu. Ele se animou. Ricocheteou-o de novo. Um sorriso curvou
235
seus lábios. Megan ofegou e o deixou cair.
Ainda não podia acreditar que tivesse vindo por ela e a poucos
minutos de sua partida. Isso a surpreendeu ainda mais que sua
reivindicação de cuidar dela.
Ele me ama.
— Diga de novo.
236
— Não, Azulzinho. O outro.
— Ah, eu a amo? Amo. Não me dava conta até que você se foi, mas
faço com todo meu poderoso ser., mas não pense que isto quer dizer que
conseguirá o que quer. Ainda estou no controle.
237
Makl assobiava enquanto esperava seu momento. O alien usando
um capuz escuro, flutuando sobre ele, não gostou nem um pouquinho.
Algo que gritou, distraiu seu carrasco tempo suficiente para atirar
nos aliens com capuz no ombro. Apesar de não ser um ataque mortal,
resolveu o problema. A arma caiu. Makl rodou sobre ela e cuidadosamente
cortou a corda ao redor de seus pulsos perdendo só um pouco de sangue
no processo. Tomando posse da arma, depois de uma breve luta que ele
ganhou, cortou rapidamente a cabeça do carrasco, então cortou as cordas
238
unindo seus tornozelos.
239
maravilhosa, como sua companheira era. Depois de tudo, adorava à Deusa
do Carma e sabia que não devia pensar que seus depravados anos não se
voltariam contra ele. Entretanto, com sua amada bárbara a seu lado
apoiando-o, esperava com interesse o desafio e o futuro.
-*-*-*-*-*-
Murphy suspirou enquanto recostava em sua cósmica e confortável
poltrona, com os pés no alto observando a cena se desenvolvendo. Sentia
saudades das aventuras com sua sobrinha Olivia, mas ao menos a tinha
deixado nas mãos capazes e presunçosas de um guerreiro que a ama.
Simplesmente não podia acreditar quanto tempo o idiota azul demorou a
recuperar a prudência. Pulou o capítulo sobre encontrar sua única
verdadeira companheira?
— Por quê?
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— Agora é.
Corra.... Para tão longe e o mais rápido que possa até que tenha
semeado todas suas sementes de destruição, matado a satisfação de seu
coração e arado todos os campos férteis que possa. A continuação, procura
à fêmea, concede o divórcio a seu companheiro se já tiver um,
recomendamos um permanente e mortal, e estabelecemos iniciar sua
própria linha de mercenários.
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Eve Langlais nasceu na Columbia Britânica, mas por ser filha de
militar, viveu um pouco por toda parte. Quebec, New Brunswick, Lavrador,
Virginia (EUA) e por último em Ontario. Sua família e ela atualmente vivem
nos subúrbios de Ottawa, a capital de sua nação.
Eve é a primeira a admitir que tem uma vida monótona. Sua ideia
de diversão é ir às compras no Wal-Mart, gosta de vídeo games, cozinhar e
ler. Sua inspiração é o marido, já que é um macho alfa total. Mas, apesar
de seu ocasional mau gênio, lhe quer muito bem.
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