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2.

Dentre as alterações corneanas, cita-se:

a)Hipóxia corneana:Acontece quando a demanda de oxigênio que a córnea necessita


não é suprida pelas vias responsáveis por tal função. Assim, a LC com baixa
permeabilidade de oxigênio, ou em situações de uso excessivo de LC hidrogel e quando
mal ajustadas, influenciam negativamente na demanda de oxigênio (SOUZA et al.,
2008).
Sinais: edema corneano,afilamento epitelial e estromal, diminuição da taxa de mitose
epitelial e alterações endoteliais, hiperemia límbica, hiperemia conjuntival,
Sintomas: sensação de "secura.
Tratamento: uso de LC de silicone-hidrogel e LC SIH de lotrafilcon.

b) Ceratopatia ponteada superficial:

A ceratopatia ponteada superficial é uma das alterações corneanas mais comumente


observadas em usuários de LC. Ela é conseqüência da lesão ou descamação precoce de
pequenos grupos de células epiteliais. As causas podem incluir: lesão mecânica,
síndrome da lente apertada, toxicidade dos conservantes utilizados, hipóxia, uso
excessivo da LC ou olho seco. As lesões epiteliais podem apresentar vários padrões
distintos, de acordo com a etiologia.
Sinais: Ceratopatia ponteada superficial,

c) Infiltrados corneanos estéreis: Manifestação através de pequenos pontos opacos,


que normalmente tem de 0,1 a 1,0 mm de dimensão. Normalmente esta alteração é
assintomática, mas podendo gerar dor ou desconforto. Acredita-se que pode ser
decorrente de algumas características associadas à LC como, por exemplo, uso
prolongado ou uso de lentes de hidrogel e produtos de conservação (ZIMMERMANet
al., 2016).
Sinais: reação inflamatória corneana.
Sintomas: desconforto ocular, fotofobia e lacrimejamento.
d) Ceratites infecciosas: O risco de contaminação da superfície da LC é considerado
um dos principais problemas associados com o uso da lente. Durante os cuidados de
manutenção, a LC pode ser colonizada por bactérias de superfícies contaminadas (estojo
da lente) ou solução conservação/manutenção contaminada. A adesão inicial das
bactérias à LC ocorre precocemente no processo de formação do biofilme. Quando uma
LC contaminada é colocada no olho, bactérias podem migrar para a córnea e causar
inflamação. A aderência inicial de bactérias é influenciada por propriedades psicofísicas
da superfície da LC, como umectabilidade e a composição elementar da superfície.
Propriedades da LC influenciam a composição dos elementos adsorvidos da lágrima,
tais como proteínas ou soluções de conservação/manutenção das LC, que tem impacto
nas propriedades da superfície da LC e na aderência de bactérias. A mais alta adsorção
na superfície da LC de componentes das soluções de manutenção ricas em ligações O-C
(por exemplo, polivinil álcool) promove maior aderência de P. a eruginosa

Sinais: inflamação, sequelas oculares permanentes, lacrimejamento, hiperemia


conjuntival.
Sintomas: dor intensa, fotofobia e reação de câmara anterior.
Tratamento: Nos casos de ceratites infecciosas sem risco de perfuração ou de
envolvimento de área central permite-se a utilização inicial de monoterapia com
fluoroquinolonas de quarta geração.

3.No que diz respeito às alterações conjuntivais, é possível considerar:

a) Conjuntivite papilar gigante (CPG): Pode ser decorrente de um processo de


hipersensibilidade retardada, sendo que a principal fonte de antígeno desencadeador
pode ser o depósito na LC, não o material de sua fabricação, já que em grande parte dos
casos acontece a minimização da reação quando no uso de uma LC nova, mesmo sendo
o mesmo material. As papilas gigantes são percebidas nos estágios avançados da
alteração. Para a CPG inicial é recomendado o uso da LC descartável; para os sinais
moderados é recomendada a interrupção do uso por aproximadamente 4 meses (SOUZA
et al., 2008).

Sintomatologia:é possível perceber desconforto ocular,

Sinais:secreção e minimização da acuidade visual, presença de secreção ocular.


Tratamento: O uso tópico de corticóide pode ser útil na fase inicial do tratamento
porque reduz ou elimina os sintomas pelo controle da reação inflamatória.

b)Ceratoconjuntivite límbica superior: Dentre suas causas é possível considerar a


reação de sensibilidade a conservantes, especialmente ao timerosal; reação tóxica;
hipóxia de limbo superior; e má relação LC-córnea. Uma reação papilar discreta na
conjuntiva tarsal superior pode estar presente. Diferente da CLS idiopática, a induzida
pelo uso de LC não apresenta associação com alterações na tireóide e pode cursar com
vascularização corneana na região superior.

Sinal: lacrimejamento, , hiperemia da conjuntiva bulbar da região superior e


intolerância ao uso da LC.

Sintomas: ardência, sensação de corpo estranho, fotofobia leve e secreção de muco.


Tratamento: requer a interrupção do uso da LC, suspensão de soluções que contenham
timerosal, uso de colírio lubrificante sem conservante, uso temporário de corticóide
tópico e readaptação de LC mais fina e/ou de outro material ou de LC rígida gás-
permeável, para evitar a formação de pannus, se o problema recidivar

c) Conjuntivite alérgica. Proveniente de reações de hipersensibilidade aos


componentes existentes nas soluções utilizadas para preservar as LC.

Sintomas :irritação,

Sinais: hiperemia conjuntival, ceratopatia ponteada superficial e infiltrados corneanos.

Tratamento: O desaparecimento desta conjuntivite está associado com a extinção do


uso do agente desencadeante (SOUZA et al., 2008).

d) Conjuntivite tóxica. Acontece por conta de alguns componentes presentes na


solução de conservação das LC, podendo também ser proveniente de loções externas
como perfumes. Normalmente acontece em usuários de lentes gelatinosas já que as
mesmas absorvem mais os componentes das soluções do que as rígidas (SOUZA et al.,
2008). Sobre as alterações do filme lacrimal, é possível afirmar que a LC é um corpo
estranho posicionado sobre o filme lacrimal, ou seja, a mesma modifica a estrutura
natural.
Os sinais e sintomas deste tipo de reação incluem hiperemia conjuntival, ceratite
ponteada superficial difusa, infiltrados corneanos, erosões epiteliais e CLS.

4.Alteracoes Limbais

Ceratoconjuntivite límbica superior de theodore (cls)


Espessamento e inflamação da conjuntiva bulbar superior no limbo. papilas tarsais finas
& marcas punctatas na córnea superior & conjuntiva. Presença de filamentos
.Érecorrente ,50% dos atingidos tem patologia de tireóide sendo mulheres idosas mais
afetadas.

•sinais
•olho vermelho ,com sensação de Queimação e corpo estranho.
•dor

•lacrimejamento

•fotofobia leve

•piscar frequente

Ceratoconjuntivite limbica superior induzida por lente de contato (clslc) Também


chamada Ceratoconjuntivite por Timerosal ou Ceratopatia por Timerosal, orte
associação com o uso de soluções para lentes de contato contendo Timerosal .
•Síndrome límbica superior que compreende uma combinação de patologias de tecido

•Imita CLS, mas não está associada a mulheres idosas ou a patologia de tireóide .

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