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Data de atendimento 08/05/2018 

Nome do paciente Ana Xauque 


Data de Nascimento 02/05/1987 (31 anos) 
Paciente de 32 anos, queixa-se de dores de cabeça na parte frontal, cansaço visual
e relata episódios intermitentes de visão dupla quando olha longe, sempre ao final
Sinais e Sintomas
do dia. Tem esses síntomas há um tempo, porém intensificaram nas ultimas 2
semanas.
Não reporta
Antecedentes Pessoais

Antecedentes Familiares
Não reporta 
 DIP 60 mm
Refração Estática Dinâmica Cicloplégica Subjetivo
OD -0,50  -0,75   +0,75 +0,25 
OE -0,75  -1,00  +0,75  +0,25 
AV SC AV CC
  OD OE   OD OE
VL 20/16  20/16  VL 20/16  20/16 
VP 20/20  20/20  VP  20/20  20/20
OD OE Hischberg
Ângulo K
 zero zero   Centrado
OD OE Cover test SC CC
Fixação
 Central Central  6m 10Δ X(T)A  12ΔX(T)A 
AA OD OE 40cm 3Δ XF  5ΔXF 
Donders  7,25D 7,25D  20cm 1Δ XF  3ΔXF 
AA OD OE Maddox
Sheard  6,0D 6,0D  6m  
FAM OD OE 40cm  
(lente): 2,0 cpm (falha +)  2,0 cpm (falha +)  Von Graeffe
FAB 6m  
3,0 cpm (falha +)
(lente): 40cm  
ARN +0,75D  PPC
ARP -2,50D  Alvo 8cm (ruptura)
RFP Luz  11cm (ruptura)
VL 5/10/8  Filtro 13cm (ruptura) 
VP 15/24/18  AC/A
RFN gradiente  8/1
VL 2/8/6  calculado  9/1
VP 4/17/12  OD OE
MEM
-0,75D  -0,75D 
Diagnóstico   VL VP
Exotropia tipo Excesso de Divergência e Excesso de Acomodação Estereopsia 20’’  20’’ 
Luzes Worth  Normal Normal 
Bagolini CRN  CRN 
4 prismas BT Negativo 
Análise do caso:
Primeiro deve se analisar a sintomatologia do paciente, e como se pode ver tem diplopia intermitente quando olha para longe, com
isso de pode suspeitar de algum problema binocular em VL. E olhando para o cover test facilmente se pode confirmar, pois temos
um desvio maior para longe do tipo Exo que se caracteriza por ser intermitente como consequência das suas reservas fusionais
positivas (VL) que estão ao limite com respeito à quantidade de desvio que apresenta (10Δ). Assim sendo, é um excesso de
divergência pelo desvio que apresenta em VL e baixas RFP em VL associado ainda a uma razão AC/A alta.

No entanto, o Excesso de Divergência em si não provoca alterações em testes acomodativos como ARP, ARN, FAB, MEM, visto
que esses testes são feitos em VP, e as RFP em VP nesse tipo de quadro estão normais.

Porém, se percebe nos dados que temos, alguns valores acomodativos baixos e pouco de justifica a refração estática com a AV
que o paciente tem. Visto que a refração estática é negativa (miopia) era suposto que a AV em VL fosse baixa, porém não é, sendo
um forte indício de uma pseudomiopia que se confirma olhando para o subjetivo que se obteve um valor mais positivo (como
resultado do relaxamento da acomodação, por miopização). A pseudomiopia é um sinal de excesso de acomodação por
dificuldade de relaxamento do músculo ciliar quando o paciente olha para longe, o que se confirma também o valor da
retinoscopia dinâmica que é mais negativo que a estática, isto é, o MEM é tão baixo que afeta a dinâmica de tal forma que incluso
chega a ser mais negativa que a estática, sendo mais uma evidência de que se trata de um Excesso de acomodação, que se
confirma mediante testes acomodativos que apresentou baixa flexibilidade acomodativa com falha com lente Positiva (de
relaxamento) tanto binocularmento quanto monocular, e ainda com baixa ARN.

Observação: É muito comum que um problema binocular esteja acompanhado de um problema acomodativo ou vice-versa. E
neste caso podemos supor que este paciente com o desvio tipo EX maior para longe faça um grande esforço acomodativo na
tentativa de reduzir o desvio com aumento da convergência acomodativa, o que com tempo desencadeia um quadro de excesso
acomodativo.

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