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Brasília, DF
04 a 07 de agosto de 2014
O ESTUDO DE INSTITUIÇÕES POLÍTICAS NA CIÊNCIA POLÍTICA BRASILEIRA:
UMA ANÁLISE DA PRODUÇÃO ACADÊMICA (1966-2013)
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Introdução
A década de 1980 marca o período no qual os estudos sobre as instituições políticas
voltaram à cena nas pesquisas em ciência política, sobretudo nos Estados Unidos.
Como reação aomovimento behavioralista que predominou na disciplina nos anos
1960 e 1970, os institucionalistas se empenharam em trazer para o centro da análise
política a importância das instituições, argumentando que a organização política não
resulta apenas do comportamento dos indivíduos, mas também de seu arranjo
institucional.
O artigo está organizado em três seções. A primeira faz uma breve apresentação dos
estudos sobre instituições políticas na ciência política.A segunda seção apresenta e
discute os resultados encontrados.Por fim, a terceira seção enumera as conclusões do
trabalho e aponta perspectivas para futuras pesquisas.
Este artigo foi produzido no âmbito da pesquisa “A Produção e o Ensino da Ciência Política no
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Brasil: Uma Análise dos Artigos Publicados nas Revistas Acadêmicas e dos Currículos dos
Programas de Pós-Graduação (1966-2013)”, financiada com recursos do CNPq.
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1. A ciência política e o estudo das instituições políticas
O estudo das instituições políticas acompanha a trajetória da ciência política. Nos
Estados Unidos, país onde nasceu como disciplina acadêmica institucionalizadaentre
o final do século XIX e o início do século XX, bem como em quase todos os países nos
quais se desenvolveu, a sua autonomização se deu pelo seu descolamento das
disciplinas do campo jurídico. Essatradição legal de estudos acreditava serem as
regras formais o motor dos fenômenos políticos, o que influenciou fortemente o
trabalho das primeiras gerações de cientistas políticos. A atenção voltava-se para o
estudo do modo como as normas constitucionais regulavam a organização da vida
política, sobretudo no que diz respeito à distribuição de poder entre os ocupantes dos
cargos públicos. Essa fase inicial foi marcadapor um vasto número de estudos sobre
as instituições políticas americanas, que ficaram conhecidos sob o rótulo de
institucionalismo(ou “velho institucionalismo”, como foi posteriormente denominado)
(Easton, 1985).
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instituições políticas eram vistas com desconfiança, já que representavam os
“instrumentos de dominação da classe dominante”(Berndtson, 2012; Del Monte, 2009).
Desde então, a centralidade das instituições para os resultados políticos ganhou força
na ciência política, sobretudo nos Estados Unidos.Ao analisar a produção da ciência
política norte-americana, Pierson (2007) chama atenção para o fato de que os
pesquisadores da área de política americana estão fortemente concentrados nos
estudos das instituições políticas, principalmenteo Congresso e a Presidência. Para a
política comparada, Munck e Snyder (2007) analisaram os principais periódicos da
área e verificaram que ali também as instituições democráticas são temas
privilegiados, predominando em metade dos artigos.
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importam, e, sobretudo, por que certas instituições existem em determinados
contextos e não em outros. Essa última questão envolve os estudos sobre as escolhas
institucionais, ou ainda, sobre a origem ou a mudança institucional, que visa criar
novas possibilidades para a teoria institucional (Przeworski, 2004).
E quanto à ciência política brasileira, o que pode ser dito sobre o estudo das
instituições políticas? Embora estivesse presente, desde as décadas iniciais, na
produção da disciplina, foi a partir de meados da década de 1990 que se tornou uma
área consolidada. Estimulados pela retomada democrática e pelo desenho institucional
aqui adotado, um expressivo contingente de cientistas políticos voltou-se para o
estudo das instituições políticas. Atualmenteé a área temática com maior participação
nas pesquisas da disciplina. Os principais atributos dessa produção serão expostos na
próxima seção.
2. Resultados e discussão
Nos 45 anos cobertos pela pesquisa2, os trabalhos publicados nas cinco revistas e que
se enquadram nos critérios de seleção correspondem ao total de 858 artigos3.O
Gráfico 1 apresenta como esses artigos estão distribuídos entre as grandes áreas
temáticas. Considerando o total da produção no período analisado, pode-se dizer que
a ciência política brasileira dedicou-se basicamente ao estudo de seis grandes áreas:
instituições políticas, teoria e história do pensamento político, atores políticos,
comportamento político, políticas públicas e eleições. As demais áreas são residuais,
aparecendo em menos de 5% dos trabalhos: relações internacionais, estrutura social e
outros4. Note-se que o estudo das instituições políticas predomina na produção da
ciência política brasileira, ocupando cerca de 1/4 dos trabalhos.
Os anos de 1974 e 1975 não estão na análise porque não foram publicados números da
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Gráfico 1: Artigos por Área Temática (%)
N = 858
7
Gráfico 2: Instituições Políticas por Revista (%)
Aqui foram agrupados os autores que pertenciam ao antigo IUPERJ e os que pertencem ao
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atual IESP.
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***
Passando agora para as características da produção, em primeiro lugar cabe mostrar
como os estudos sobre as instituições políticas distribuíram-se ao longo do tempo. O
Gráfico 3 apresenta como os artigos estão distribuídos entre as seis principais áreas
temáticas no período analisado7. Note-se que, embora tenha sido uma área de
estudos importante para a disciplina desde meados da década de 1970, a
predominância da área de instituições entre os principais temas estudados pelos
cientistas políticos inicia-se a partir da segunda metade da década de 1990.
N = 740
É possível constatar uma inversão de protagonismo entre as duas áreas temáticas que
predominaram na trajetória da disciplina, quais sejam, os atores e as instituições
políticas. Nas décadas de 1970 e 1980, eram os sindicatos, os movimentos sociais, os
empresários, as elites e os militares que estavam no radar de interesse dos cientistas
políticos. A partir da década de 1990, com a retomada do regime democrático, é o
desenho institucional adotado no país que se torna o temamais recorrente nas
pesquisas.
Cabe agora verificar quais instituições importam para a ciência política brasileira. O
Gráfico4apresenta a distribuição dos artigos pelo tipo de instituição estudada.No geral,
existe uma forte concentração em duas subáreas:os estudos sobre o legislativo – bem
Os artigos estãoagregados em períodos de cinco anos, com exceção dos três primeiros
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como sua relação com o executivo – e os estudos sobre os partidos políticos e os
sistemas partidários correspondema quase 50% do total de artigos sobre instituições
políticas. O restante da produção está distribuído entre as demais subáreas:
federalismo, judiciário, democracia, executivo, presidencialismo, sistema eleitoral,
ruptura e transição de regime e constituição.
N = 212
Uma análise mais detida do modo como cada tipo de instituição se distribui no tempo
mostra que esse quadro geral mudou bastante no período analisado. O Gráfico 5
apresenta como se dá essa distribuição. Pode-se perceber que a recorrência de
algumas instituições políticas nos estudos muda consideravelmente no decorrer do
período. Nas décadas iniciais, havia uma menor variabilidade nos tipos de instituições
presentes nos artigos. Nessa fase, concomitante ao período de maior recrudescimento
do Regime Militar, são os estudos sobre ruptura e transição de regime político que
apresentam maior participação.Mas também se pode perceber, em menor medida, a
presença de outras subáreas, como os partidos políticos, o executivo, o legislativo, e o
federalismo.
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no radar de interesse dos cientistas políticos. Nos primeiros anos desse período, eram
os estudos sobre transição de regime e democracia que predominavam na produção
da área. No entanto, nas décadas seguintes,observa-se um forte declínio no número
desses trabalhos.Com a estabilidade democrática, o desenho institucional adotado e o
livre funcionamento das instituiçõescolaboram para a incorporação de novas subáreas
nas análises.
N = 212
Quanto aos trabalhos sobre o federalismo, subárea que também mantém proximidade
com os estudos sobre a constituição, destacam-se as análises sobre as relações entre
o governo central e as subunidades da federação, onde se destaca um duplo
movimento de centralização e descentralização, e a distribuição de recursos entre os
entes federados, para citar alguns. Os estudos sobre o sistema eleitoral, voltam-se,
entre outros temas, para as características do conjunto de regras adotado para a
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regulação do processo eleitoral e as inúmeras possibilidades de reformá-lo, bem como
para os impactos que essas regras têm sobre a representação política e o
funcionamento de outras instituições, como o legislativo e os partidos políticos.
Os partidos políticos talvez constituam a mais antiga subárea entre as pesquisas sobre
instituições políticas. Recorrente desde as décadas iniciais da disciplina, experimentou
o seu auge na segunda metade da década de 1980, quando chegou a ocupar cerca de
60% dos temas presentes na produção. O processo de abertura democrática e o
surgimento de novas agremiações partidárias podem ter contribuído para essa
proeminência. No entanto, a partir dos anos 1990, passou a ocupar uma posição
minoritária, que se estendeu até o final da década seguinte. Os estudos da subárea
voltaram-se,em grande medida, para a análise das características do sistema
multipartidário brasileiro.
Talvez essa posição minoritária dos trabalhos sobre os partidos políticos possa estar
relacionada com a estratégia de classificação adotada neste artigo. Os trabalhos sobre
o tema foram assim classificados quando o tema principal tratava exclusivamente dos
partidos políticos: trajetória, organização, desempenho eleitoral, entre outros. Os
trabalhos que tratavam do comportamento dos partidos na arena parlamentar foram
classificados no âmbito dos estudos legislativos. Essa subárea experimentou um
expressivo aumento a partir de meados da década de 1990, pois, além das regras que
regulam o funcionamento das casas parlamentares, o comportamento dos deputados
e senadores ganhou reconhecida importância nas análises, levando-se em conta,
sobretudo, a disciplina e a coesão partidária. Assim, o foco de estudos voltou para a
atuação dos partidos na arena parlamentar, muito mais que na arena eleitoral ou
organizacional. Sendo assim, os trabalhos sobre os partidos políticos podem estar
subdimensionados. Para uma próxima etapa da pesquisa, vale apurar os critérios de
classificação desses trabalhos, incluindo na subárea de partidos políticos a atuação
partidária na arena parlamentar.
Por fim, vale mencionar outra característica importante dos estudos legislativos,
quesão as análises sobre a suarelação com o poder executivo. Destacam-se,
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sobretudo, três vertentes de análises: a existência de uma relação conflituosa,onde o
presidente impõe sua agenda política a um Legislativo inativo e desorganizado; a
existência de uma paralisia decisória, uma vez que o Executivo não consegue
cumprirsua agenda, dada a impossibilidade de negociar com um Legislativo composto
por partidosfragilizados e indisciplinados; e, por último, a existência de
umpresidencialismo de coalizão, no qual o Executivo constrói uma coalizão com os
partidos da base ebusca aprovar sua agenda no Legislativo.
***
Resta agora apresentar os instrumentos de análise utilizados nos estudos sobre
instituições políticas. Quanto às orientações das pesquisas, elas foram classificadas
em duas categorias: empíricas e histórico-descritivas. As pesquisas empíricas
caracterizam-se por utilizar explicitamente métodos de coleta e análise de dados,
sejam eles qualitativos ou quantitativos. Já as histórico-descritivas agrupam os artigos
cujo objetivo é descrever eventos e organizações, mas que não utilizam métodos de
coleta e análise de dados.Entre os artigos que analisam as instituições, 79% possuem
orientação empírica de pesquisa.O Gráfico 6 apresenta como os artigos distribuíram-
se segundo o tipo de pesquisa ao longo do período.
N = 212
Pode-se perceber que houve uma sensível mudança no tipo de pesquisa realizada na
área de instituições políticas. Nas décadas iniciais, as pesquisas histórico-descritivas
orientavamem grande medida os trabalhos, ao passo que a partir da década de 1990
são as pesquisas empíricas que passam a prevalecer. Essa mudança nas orientações
metodológicas dos trabalhos acompanha um processo mais amplo ocorrido na ciência
política brasileira, o que pode estarrelacionadoao processo mesmo de
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amadurecimento da disciplina.Além
disciplina lém da escolha dos seus objetos de estudo, uma
disciplina consolidada se define também pela escolha dos métodos de coleta e de
análise de dados com os quais esses temas serão estudados. Há
á que se considerar
também outro fator importante para essa mudança no
no tipo de trabalho realizado: com
a abertura democrática, tornam-se
tornam se disponíveis documentos e dados antes
inacessíveis.
N = 167
O período 70-73
73 não está incluído no gráfico porque não foram publicados artigos com
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orientação empírica
írica nesse intervalo de anos. O mesmo acontece
tece no Gráfico 8, onde estão
apresentados os métodos de análise dos dados.
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porcentagens, são as mais recorrentes em todo o período analisado. No entanto, nota-
nota
se o crescimento do uso de outros métodos estatísticos, sobretudo a partir dos anos
2000. Ass estatísticas descritivas mais avançadas (cálculo de índices, escalas,
escalas teste de
média e coeficiente de correlação)
correlação aparecem na segunda posição,
posiç seguidas
pelastécnicas
técnicas de regressão. Vale mencionar que,, de todas as áreas temáticas da
disciplina, a área de instituições
nstituições políticaspossui o maior percentual do uso das análises
de regressão.
N = 167
Por fim, cabe apresentar o escopo presente nas análises e as unidades estudadas. A
produção da área de instituições políticas está fortemente concentrada no escopo
doméstico: 82% das pesquisas empíricas estudam, exclusivamente, a política
brasileira. Esses estudos domésticos privilegiam, em 72% dos casos,
casos a abordagem
das instituições em âmbito nacional, ao passo que as subunidades da federação, os
grupos e as organizações aparecem em menor proporção.
proporção
15
Quanto à abordagem comparada,sua
comparada, presença ainda éminoritárianos
os estudos sobre
as instituições políticas.9 As
A subáreas privilegiadass nos estudos são o legislativo, o
regime democrático e os sistemas eleitorais. As regiões analisadas nesses estudos
estão representadas no Gráfico 910.A América Latina é a região mais analisada,
seguida pela Europa e a América do Norte11. Em menor escala, aparecem Ásia, África
e Oceania.
N = 30
4. Conclusão
O objetivo deste artigo foi analisar os estudos sobre instituições políticas na ciência
política brasileira, por intermédio da sua produção acadêmica. Para tanto, as unidades
de análise foram os artigospublicados pelos cientistas políticos brasileiros em cinco
das principais revistas de ciências sociais do país: BPSR, Dados, Novos Estudos,
Opinião Pública e RBCS. A pesquisa cobriu o período de 1966 a 2013, sendo
classificados 212 artigoscujo tema principal eram as instituições políticas. Qual a
proporção da área de instituições políticas
políticas sobre o total da produção da disciplina,
como esses estudos distribuem-se
distribuem no tempo,quais instituições são privilegiadas nos
estudos, quais métodos de coleta e análise de dados são utilizados, qual o escopo
analisado e quais regiões do mundo são estudadas
estudadas nas abordagens comparadas
comparad
foram algumas das questões que este trabalho buscou
busc responder.
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Os achados deste artigo podemser sumarizados da seguinte maneira: as instituições
políticas predominam entre as áreas temáticas da ciência política brasileira,
correspondendo a cerca de 1/4 do total da produção. Mas esse protagonismo teve
início a partir da década de 1990, período que coincide com a redemocratização do
país ea volta do livre funcionamento das instituições. Os estudos sobre o legislativo
têm participação majoritária, e esse predomínio ocorreu a partir de meados dos anos
1990. Os estudos sobre os partidos políticos aparecem na segunda posição, mesmo
experimentando um declínio da sua participação nas últimas décadas. No que diz
respeito ao modo como esses temas foram estudados, houve uma clara mudança na
orientação dos trabalhos: de um estilo de análise histórico-descritiva migrou-se para
uma orientação empírica de pesquisa. O uso de métodos de coleta e análise de dados
aumentou nas duas últimas décadas, embora ainda esteja fortemente concentrado em
alguns deles, como os documentos e os dados oficiais e os métodos estatísticos.
Quanto ao escopo das pesquisas, a análise exclusiva da política brasileira predomina
em quase 3/4 dos casos, sendo que desses são as unidades nacionais as
privilegiadas. Em relação às pesquisas comparadas, elas voltam-se para os estudos
sobre o legislativo, os regimes democráticos e os sistemas eleitorais, prevalecendo
como regiões de análise a América Latina e a Europa.
No que diz respeito a futuras perspectivas de estudo, o enfoque a ser dado nas
próximas etapas da pesquisa diz respeito a três questões: Quais orientações teóricas
guiam os trabalhos sobre instituições políticas? A ênfase recai sobre as origens ou
sobre os efeitos das instituições? Como a causalidade e o problema da
endogeneidade das instituições são tratados nas pesquisas sobre o tema?
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Referências
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PIERSON, P. (2007), “The CostsofMarginalization: QualitativesMethods in theStudyof
American Politics”. In:ComparativePoliticalStudies, vol. 40, nº2, pp. 145-169.
Em primeiro lugar, foram selecionadas cinco das mais importantes revistas de ciências
sociais do país:BPSR, Dados, Novos Estudos,Opinião Pública e RBCS12. Mesmo em
face da não exclusividade das revistas como meios de divulgação do trabalho
acadêmico, a escolha por esse tipo de publicação deve-se a alguns fatores, tais como:
o seu caráter científico (os artigos publicados são submetidos a uma avaliação de
pares); a sua periodicidade mais dinâmica – principalmente se comparada aos livros e
aos anais de congressos – permite um melhor acompanhamento da produção
acadêmica; e, por fim, a sua trajetória acompanha a história do desenvolvimento da
ciência política no Brasil. Além disso, mesmo se reconhecendo que os pesquisadores
da disciplina também publicam os resultados de suas pesquisas em periódicos
estrangeiros, foram analisadas apenas revistas nacionais, pois dois motivos: a ênfase
na disciplina brasileira e a facilidade no acesso aos artigos.
Foram utilizados os conceitos da avaliação do sistema Qualis da CAPES para a escolha das
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trabalhos foram excluídos da análise por não atender ao perfil de artigo que se
pretende analisar. Sendo assim, não foram incluídos obituários, resenhas, transcrição
de conferências e textos de opinião ou análises de conjuntura.
O acesso aos artigos deu-se por duas maneiras: em páginas na internet, tanto das
próprias revistas quanto da plataforma Scielo, ou em edições digitalizadas disponíveis
em CD-Rom. As informações sobre os autores, quando não constavam nas revistas,
foram retiradas dos currículos dos pesquisadores disponíveis na plataforma Lattes. Os
artigos que se enquadravam nos critérios de inclusão foram classificados de acordo
com variáveis que dizem respeito aos autores e ao conteúdo do trabalho.
Por fim, após a classificação dos artigos, foram selecionados para análise os trabalhos
que possuem como tema principal o estudo de alguma instituição política: federalismo,
partidos políticos, sistema partidário, sistema eleitoral, regime político (ditadura,
democracia, transição), forma de Estado, sistema de governo (presidencialismo,
parlamentarismo), executivo, legislativo (bem como sua relação com o executivo),
judiciário e constituição.
2. Lista de Variáveis
1. Ano(ano da publicação)
2. Revista
2.1)Brazilian Political Science Review (BPSR)
2.2) Dados
2.3) Novos Estudos
2.4) Opinião Pública (OP)
2.5)Revista Brasileira de Ciências Sociais (RBCS)
3. Gênero
3.1) Feminino
3.2) Masculino
4. Filiação
4.1) Brasileiro em Instituição Brasileira
4.2) Brasileiro em Instituição Estrangeira
4.3) Estrangeiro em Instituição Brasileira
4.4) Estrangeiro em Instituição Estrangeira (só para co-autores)
4.5) Sem informação na publicação
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5.1) Professor
5.2) Aluno
5.3) Pesquisador
5.4) Gestor/Técnico
5.5) Sem informação na publicação
8. Áreas temáticas:
8.1) Atores Políticos: sindicatos; movimentos sociais; sociedade civil; empresários;
militares; mídia; elites;
8.2) Comportamento Político: ideologia; cultura política; confiança nas instituições;
participação política; clientelismo; corrupção;
8.3) Eleições: campanhas eleitorais; resultados de eleições; comportamento eleitoral;
HPGE; financiamento de campanha; coligações;
8.4) Estrutura Social: estrutura de classes; desigualdade; cidadania;
8.5) Instituições Políticas: federalismo; partidos políticos; sistema partidário; sistema
eleitoral; regime político (ditadura; democracia; ruptura); forma de Estado; sistema de
governo (presidencialismo, parlamentarismo); executivo; legislativo; relação executivo
e legislativo; judiciário; constituição;
8.6) Políticas Públicas: política social; política administrativa; política econômica;
política de segurança e de inteligência; política de infraestrutura; política científica e
tecnológica;
8.7) Relações Internacionais: política externa; relações internacionais; organizações
internacionais;
8.8) Teoria e História do Pensamento Político: conceitos e correntes teóricas; ensaio
sobre autor estrangeiro; pensamento político-social brasileiro;
8.9) Outros: aqui estão reunidos os trabalhos cujos temas não se enquadravam nas
áreas temáticas já estabelecidas, tampouco apareciam em quantidade suficiente para
justificar a inclusão de uma nova classificação.
9. Tipo de Pesquisa
9.1) Não Empírica: preocupa-se exclusivamente com questões conceituais, teóricas ou
de história do pensamento.
9.2) Empírica: caracteriza-se por utilizar explicitamente métodos de coleta e análise de
dados, sejam eles qualitativos ou quantitativos.
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9.3) Análise Histórico-Descritiva: pesquisa cujo objetivo é descrever eventos e
organizações, mas que não utiliza métodos de coleta e análise de dados.
12. Escopo
12.1)Doméstico(apenas a política brasileira é analisada)
12.2)Comparado: (a política de outro país é analisada);
13. Unidade
13.1)Nacional
13.2) Subnacional
13.3)Grupo ou organização
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