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• OBJETO JURÍDICO
Liberdade individual.
• ELEMENTO OBJETIVO
Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça a não fazer o
que a lei permite.
• ELEMENTO SUBJETIVO
Dolo, vontade de constranger a vítima afim de força-la a praticar ato
inexigível.
Não admite modalidade culposa.
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
A consumação se dá quando a vítima executa o ato que a lei não
manda, cumprindo, assim, o comando do agente.
A tentativa se dá quando a vítima resiste ao constrangimento e não
cumpre a ordem imposta pelo autor.
• SUJEITO
Sujeito ativo: qualquer um, por se tratar de crime comum.
Sujeito passivo: qualquer um.
OBJETO JURÍDICO
Liberdade individual.
ELEMENTO OBJETIVO
Ameaçar alguém de causar-lhe mal injusto e grave.
ELEMENTO SUBJETIVO
Dolo, vontade de intimidar, ameaçar. Não admite modalidade culposa
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
A consumação se dá no momento em que a vítima toma conhecimento da
ameaça.
A tentativa se configura quando é frustrada a execução do delito, como no
caso da carta ameaçadora que não chega ao destinatário.
SUJEITO
Sujeito ativo: qualquer pessoa, já que não se trata de crime próprio.
Sujeito passivo: qualquer pessoa física que tenha capacidade de
consciência e compreensão sobre a ameaça que lhe foi dirigida. Não é
considerada vítima a criança incapaz de compreender o conteúdo da ameaça,
por exemplo.
OBJETO JURÍDICO
Liberdade individual.
ELEMENTO OBJETIVO
Privar (restringir) indivíduo de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere
privado.
ELEMENTO SUBJETIVO
Dolo, vontade de restringir a liberdade da vítima. Não é exigida uma
finalidade especial no caput do dispositivo.
Não admite modalidade culposa.
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
Consuma-se com a restrição efetiva da liberdade da vítima.
É possível a tentativa em circunstâncias nas quais a ação do agente é
frustrada por ato da vítima ou de terceiros, por circunstâncias alheias à vontade
autor. Por se tratar de crime é plurissubsistente, a frustração de qualquer das
etapas do delito pode impedir sua execução completa, sendo possível, assim, a
tentativa.
SUJEITO
Sujeito ativo: qualquer pessoa.
Sujeito passivo: qualquer pessoa, porém se a vítima for criança ou
adolescente, tratar-se-á do delito previsto no artigo 230 do Estatuto da Criança
e do Adolescente. Quando a vítima for idosa, incidirá o delito previsto no inciso
I, da Lei nº 10.741/10 do Estatuto do Idoso.
FORMA QUALIFICADA
O § 1º, estabelece cinco qualificadoras do crime, sendo elas: I. se a vítima
for ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do autor ou maior de
sessenta anos; II. se praticado mediante internação da vítima em hospital; III.
se a privação da liberdade dura mais de quinze dias; IV. se praticado contra
menor de dezoito anos; V. se praticado com fins libidinosos.
ART. 149 – REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO
OBJETO JURÍDICO
Liberdade individual.
ELEMENTO OBJETIVO
Reduzir alguém a condição análoga à de escravo.
ELEMENTO SUBJETIVO
Dolo, vontade de colocar a vítima em condição de escravidão. Não se
admite modalidade culposa.
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
A consumação se dá no momento em que o autor controla a vítima,
mantendo-a submissa às suas ordens. Se, depois de submetida a essa
condição, a vítima conquista a própria liberdade, ainda assim o delito resta
consumado.
Admite-se tentativa uma vez que, é frustrada a vontade do autor por
circunstâncias alheias a sua vontade.
SUJEITO
Sujeito ativo: qualquer um.
Sujeito passivo: qualquer um.
CAUSAS DE AUMENTO
São causas de aumento da pena (§ 2º), em metade: se a vítima for
criança ou adolescente, e a motivação de raça, de etnia, de cor, religião ou
origem.
OBJETO JURÍDICO
Liberdade individual.
ELEMENTO OBJETIVO
Entrar ou permanecer clandestinamente em casa alheia.
ELEMENTO SUBJETIVO
Dolo direto ou eventual. Não admite modalidade culposa
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
O crime de violação a domicílio se consuma quando há a efetiva entrada
do agente na residência da vítima ou em suas dependências, ou no momento
em que se nega a sair.
Admite-se tentativa, quando se tratar de modalidade plurissubsistente.
Quando, por exemplo, o indivíduo é flagrado ao tentar pular o muro para a casa
da vítima com a intenção de ingressar na residência.
SUJEITO
Sujeito ativo: qualquer pessoa, inclusive o proprietário do imóvel ao por
exemplo, entrar no imóvel sem o consentimento do locatário.
Sujeito passivo: o morador.
FORMA QUALIFICADA
O crime se qualifica (§ 1º) se for cometido durante a noite, ou em lugar
ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais
pessoas (quando essas pessoas de fato cooperam entre si para a execução do
delito).
OBJETO JURÍDICO
Liberdade individual.
ELEMENTO OBJETIVO
Devassar (invadir) o conteúdo de correspondência.
Exige-se que a correspondência esteja fechada, com nome e endereço do
destinatário, caso contrário, não configura o crime de violação de
correspondência.
ELEMENTO SUBJETIVO
Dolo, vontade de devassar indevidamente correspondência alheia. Não
admite modalidade culposa.
Não há crime se o agente supõe ser o destinatário ao abrir a
correspondência.
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
O crime se consuma no momento em que o agente toma conhecimento do
conteúdo da correspondência fechada, da qual não é o destinatário.
Admite-se tentativa quando o agente, apesar de procurar tomar
conhecimento do conteúdo, não consegue.
SUJEITO
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, com exceção do remetente ou do
destinatário.
Sujeito passivo: O remetente e o destinatário.
FORMA QUALIFICADA
O § 3º mostra que a forma qualificada para o delito tem destinatário
específico, que é quem atua junto ao serviço postal, telegráfico, radioelétrico ou
telefônico, violando os deveres e atribuições de suas funções.
• OBJETO JURÍDICO
Organização do trabalho.
• ELEMENTO OBJETIVO
Participar de suspensão ou abandono geral de trabalho de interesse
coletivo.
• ELEMENTO SUBJETIVO
Dolo, vontade livre e consciente de praticar a paralisação coletiva de
trabalho, provocando assim a interrupção de obra pública ou serviço de
interesse coletivo.
Não admite a modalidade culposa.
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
O crime se consuma no momento em que o agente participa da
interrupção de obra pública ou serviço de interesse coletivo.
Não admite-se tentativa.
• SUJEITO
Sujeito ativo: funcionários que participam do movimento.
Sujeito passivo: a coletividade.
• OBJETO JURÍDICO
Organização do trabalho.
• ELEMENTO OBJETIVO
Invadir o estabelecimento comercial, industrial ou agrícola com a
intenção dificultar o ritmo normal do trabalho ou danificar o estabelecimento ou
as coisas nele existentes.
• ELEMENTO SUBJETIVO
Dolo, vontade livre e consciente de invadir estabelecimento industrial,
comercial ou agrícola, ou dispor das coisas nele existentes.
Não admite-se modalidade culposa.
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
O crime se consuma no momento em que o agente ocupa ou invade o
estabelecimento, ou no momento que ele danifica, destrói ou dispõe das coisas
lá presentes.
Admite-se tentativa no momento em que o agente busca adentrar no
estabelecimento afim de impedir a execução do trabalho, porém é impedido por
terceiros.
• SUJEITO
Sujeito ativo: qualquer pessoa, podendo também haver concurso de
pessoas.
Sujeito passivo: o titular do estabelecimento, os funcionários e a
coletividade.
• OBJETO JURÍDICO
Organização do trabalho.
• ELEMENTO OBJETIVO
Frustrar, direito assegurado pela legislação do trabalho mediante fraude
ou violência.
• ELEMENTO SUBJETIVO
Dolo de frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela
legislação do trabalho.
Não admite modalidade culposa.
• CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
A consumação ocorre no momento em que o agente impede a vítima de
exercer o direito que lhe foi assegurado pela legislação trabalhista.
Admite-se tentativa quando, por exemplo, o agente começa a execução
do delito, porém não chega a sua consumação por circunstancias alheias a sua
vontade.
• SUJEITO
Sujeito ativo: qualquer pessoa, não necessariamente sendo o
empregador.
Sujeito passivo: titular dos direitos assegurados por lei trabalhista.