ARQUEOLOGICO BRASILEIRO: UM BREVE PANORAMA. Revista de Arqueologia, volume 26 No. 2 2013/ Volume 27 No. 1 2014.
Davi Feitosa Ribeiro
RESENHA
Alejandra Saladino é Bacharel em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (1995), Especialista em Conservação de Bens Culturais Móveis pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996), Mestre em Memória Social pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2004), Mestre em Arqueologia pelo Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016) e Doutora em Ciências Sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2010). O Institucionalismo Histórico, uma das escolas do neo- Institucionalismo, foi desenvolvido como resposta às criticas behavioristas sobre a perspectiva institucionalista. (HALL e TAYLOR, 2003; PETERS, 2005; PARSONS, 2007; NASCIMENTO, 2009 apud Alejandra Saladino). Tal modelo teórico foi desenvolvido para explicar, entre outras coisas, a distribuição desigual de poder e de recursos, assim como o papel das instituições na estruturação dos meios sociais com a finalidade de criar situações econômicas e politicas. Os estudos baseados no Institucionalismo Histórico baseiam-se na ideia que as instituições são a estruturação da sociedade, mantem certa estabilidade e afetam o comportamento dos indivíduos, os quais dividem valores comuns. O instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) é a organização de nível federal responsável pela tutela do patrimônio cultural. O instituo cria e coordena as politicas públicas de preservação do patrimônio cultural brasileiro. As relações entre IPHAN e arqueólogos atuantes no pais parece indicar que as disputas estabelecidas foram provocadas pela falta de clareza no que consiste as atribuições dos grupos. É possível perceber que a fragilização e precarização do trabalho do arqueólogo de contrato, atingido por pressões de um conjunto heterogêneo de atores institucionais é outro aspecto gerador de tensões entre arqueólogos e IPHAN. A interação entre IPHAN e arqueólogos , ainda que compartilhem valores comuns, está caracterizada como um processo onde as circulação distintas, intenções, resultaram em constrangimento e oportunidades. Com o artigo de Alejandra Saladino é possível perceber que as relações entre IPHAN e arqueólogos, ainda se faz atual no âmbito dos conflitos e desentendimento entre ambos.