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Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Fundação Oswaldo Cruz

Farmacopeia
Brasileira
Volume 2 - MonograÞas

5ª edição

Brasília
2010
Copyright © 2010 Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Fundação Oswaldo Cruz/Editora
Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

5ª edição

Presidente da República Presidente


Paulo Gadelha
Luiz Inácio Lula da Silva
Vice-Presidente de Ensino, Informação e Comunicação
Ministro de Estado da Saúde
Maria do Carmo Leal
José Gomes Temporão

Diretor-Presidente
Dirceu Raposo de Mello

Adjunto do Diretor-Presidente
Pedro Ivo Sebba Ramalho
Diretora
Diretores Maria do Carmo Leal
Dirceu Aparecido Brás Barbano
José Agenor Álvares da Silva Editor Executivo
Maria Cecília Martins Brito João Carlos Canossa Mendes

Adjunto de Diretores Editores Científicos


Luiz Roberto da Silva Klassmann Nísia Trindade Lima e Ricardo Ventura Santos
Neilton Araujo de Oliveira
Luiz Armando Erthal Conselho Editorial
Ana Lúcia Teles Rabello
Chefe de Gabinete Armando de Oliveira Schubach
Iliana Alves Canoff Carlos E. A. Coimbra Jr.
Gerson Oliveira Penna
Gilberto Hochman
Elaboração e edição: Joseli Lannes Vieira
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA Lígia Vieira da Silva
SIA Trecho 5, Área Especial 57, Lote 200 Maria Cecília de Souza Minayo
71205-050, Brasília – DF
Tel.: (61) 3462-6000
Home page: www.anvisa.gov.br

Brasil. Farmacopeia Brasileira, volume 2 / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2010.
904p., 2v/il.

1. Substâncias farmacêuticas químicas, vegetais e biológicas. 2. Medicamentos e correlatos. 3. EspeciÞcações e méto-


dos de análise. I Título.

ISBN 978-85-88233-41-6
RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA - RDC Nº. 49, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2010

Aprova a Farmacopeia Brasileira, 5ª edição e dá outras providências.

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, no uso da atribuição que lhe confere o inciso IV do
art. 11 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº. 3.029, de 16 de abril de 1999, e tendo em vista o disposto no inciso
II e §§ 1º e 3º do art. 54 do Regimento Interno aprovado nos termos do Anexo I da Portaria Nº 354 da ANVISA, de 11 de
agosto de 2006, republicada no DOU de 21 de agosto de 2006, e ainda o que consta do art. 7º inciso XIX da Lei nº. 9.782,
de 26 de janeiro de 1999, em reunião realizada em 11 de novembro de 2010, adota a seguinte Resolução da Diretoria
Colegiada e eu, Diretor-Presidente, determino a sua publicação:

Art. 1° Fica aprovada a Farmacopeia Brasileira, 5ª edição, constituída de Volume 1 – Métodos Gerais e textos e Volume
2 – MonograÞas.

Art. 2° Os insumos farmacêuticos, os medicamentos e outros produtos sujeitos à vigilância sanitária devem atender às
normas e especiÞcações estabelecidas na Farmacopeia Brasileira.

Parágrafo único. Na ausência de monograÞa oÞcial de matéria-prima, formas farmacêuticas, correlatos e métodos gerais
na quinta edição da Farmacopeia Brasileira, para o controle de insumos e produtos farmacêuticos admitir-se-á a adoção
de monograÞa oÞcial, em sua última edição, de códigos farmacêuticos estrangeiros, na forma disposta em normas
especíÞcas.

Art. 3° É vedada a impressão, distribuição, reprodução ou venda da Farmacopeia Brasileira, 5ª edição sem a prévia e
expressa anuência da ANVISA.

Parágrafo único. Sem prejuízo do disposto no caput desse artigo, a ANVISA disponibilizará gratuitamente em seu
endereço eletrônico cópia da quinta edição e de suas atualizações.

Art. 4º Fica autorizada a Fundação Oswaldo Cruz, por meio da Editora Fiocruz, para a comercialização dos exemplares
da quinta edição da Farmacopeia Brasileira

Art. 5º Ficam revogadas todas as monograÞas e métodos gerais das edições anteriores da Farmacopeia Brasileira.

Art. 6° Esta Resolução entrará em vigor noventa (90) dias após a sua publicação.

Brasília, em 24 de novembro de 2010

DIRCEU RAPOSO DE MELLO


Diretor-Presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Publicada no DOU Nº 224, 24 de novembro de 2010


SUMÁRIO

Volume 1
1 PREFÁCIO
2 HISTÓRICO
3 FARMACOPEIA BRASILEIRA
4 GENERALIDADES
5 MÉTODOS GERAIS
5.1 Métodos gerais aplicados a medicamentos
5.2 Métodos físicos e físico-quimicos
5.3 Métodos químicos
5.4 Métodos de farmacognosia
5.5 Métodos biológicos, ensaios biológicos e microbiológicos
5.6 Métodos imunoquímicos
5.7 Métodos físicos aplicados a materiais cirúrgicos e hospitalares
6 RECIPIENTES PARA MEDICAMENTOS E CORRELATOS
6.1 Recipientes de vidro
6.2 Recipientes plásticos
7 PREPARAÇÃO DE PRODUTOS ESTÉREIS
7.1 Esterilização e garantia de esterilidade
7.2 Indicadores biológicos
7.3 Processo asséptico
7.4 Salas limpas e ambientes controlados associados
7.5 Procedimentos de liberação
8 PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS APLICÁVEIS AOS ENSAIOS BIOLÓGICOS
8.1 Glossário de símbolos
8.2 Fundamentos
8.3 Valores atípicos
8.4 Ensaios diretos
8.5 Ensaios indiretos quantitativos
8.6 Médias móveis
8.7 Ensaios indiretos “tudo ou nada”
8.8 Combinação de estimativas de potência
8.9 Tabelas estatísticas
8.10 Exemplos de cálculos estatísticos aplicados em ensaios biológicos
9 RADIOFÁRMACOS
10 EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA E BIOEQUIVALÊNCIA DE MEDICAMENTOS
11 ÁGUA PARA USO FARMACÊUTICO
12 SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS DE REFERÊNCIA
13 SUBSTÂNCIAS CORANTES
14 REAGENTES
14.1 Indicadores e soluções indicadoras
14.2 Reagentes e soluções reagentes
14.3 Soluções volumétricas
14.4 Tampões
ANEXO A - TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS - NOMES, SÍMBOLOS
E MASSAS ATÔMICAS
ANEXO B - UNIDADES DO SISTEMA INTERNACIONAL (SI) USADAS NA FARMACOPEIA E AS EQUIVALÊNCIAS
COM OUTRAS UNIDADES
ANEXO C – SOLVENTES PARA CROMATOGRAFIA
ANEXO D – ALCOOMETRIA

Volume 2
ESTRUTURA GERAL DAS MONOGRAFIAS _____________________________________________________ 555

MONOGRAFIAS _____________________________________________________________________________ 557

ÍNDICE REMISSIVO _________________________________________________________________________ 1383


ESTRUTURA GERAL DAS MONOGRAFIAS

1 ENSAIOS DE PUREZA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 83
aa
ACETAZOLAMIDA Aspecto da solução. Dissolver 1 g da amostra em 10 mL
2 Acetazolamidum de hidróxido de sódio M. A solução obtida não é mais
opalescente que a Suspensão de referência II (5.2.25) e não
O O é mais intensamente corada que a Solução de referência de
H cor (5.2.12), preparada como descrito a seguir.
H3C N S S
NH2 Solução de referência de cor: misturar 4,8 mL de Solução
N N base de cloreto férrico, 1,2 mL de Solução base de cloreto
3 O cobaltoso e 14 mL de ácido clorídrico a 1% (v/v). Diluir
C4H6N4O3S2; 222,25 12,5 mL dessa solução com 87,5 mL de ácido clorídrico a
acetazolamida; 00063 1% (v/v).
4
N-[5-(Aminossulfonil)-1,3,4-tiadiazol-2-il]acetamida Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
[59-66-5] (5.2.17.1), utilizando
5
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de amônia,
6 Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de acetato de etila e álcool isopropílico (20:30:50), como fase
C4H6N4O3S2, em relação à substância dessecada. móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 20 µL de cada uma
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
DESCRIÇÃO Solução (1): solução a 5 mg/mL da amostra em mistura de
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase etanol e acetato de etila (1:1).
branco. Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, pouco mistura de etanol e acetato de etila (1:1).
solúvel em etanol, praticamente insolúvel em clorofórmio, Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
éter etílico e tetracloreto de carbono. Solúvel em soluções secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
diluídas de hidróxidos alcalinos. Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
IDENTIFICAÇÃO intensa que aquela obtida com a Solução (2) (1,0%).

A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta máximo 0,002% (20 ppm).
7 máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 0,96 g da amostra em 20
observados no espectro de acetazolamida SQR, preparado mL de água, aquecer à ebulição até completa dissolução.
8 de maneira idêntica. Caso o espectro da amostra não se
apresente idêntico ao do padrão, dissolver, separadamente, descrito em Ensaio limite para sulfatos, utilizando 1 mL
a amostra e o padrão em etanol, evaporar até secura e de ácido sulfúrico padrão. No máximo 0,05% (500 ppm).
repetir o teste com os resíduos. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na amostra, em estufa, entre 100 ºC e 105 ºC. No máximo
9 faixa de 230 nm a 260 nm, de solução a 0,003% (p/v) em 0,5%.
hidróxido de sódio 0,01 M, exibe máximo em 240 nm e Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
a absorvância é de 0,49 a 0,52. O espectro de absorção No máximo 0,1%.
no ultravioleta, na faixa de 260 nm a 350 nm, de solução
a 0,00075% (p/v) em hidróxido de sódio 0,01 M, exibe
máximo em 292 nm e a absorvância é de 0,43 a 0,46. DOSEAMENTO

C. Em tubo de ensaio, adicionar 20 mg da amostra, 4 mL Dissolver 0,2 g da amostra em 25 mL de dimetilformamida.


de ácido clorídrico 2 M e 0,2 g de zinco em pó. Colocar tira Titular com hidróxido de sódio etanólico 0,1 M SV,
de papel de acetato de chumbo sobre a abertura do tubo.
Ocorre desprendimento de ácido sulfídrico e escurecimento mL de hidróxido de sódio etanólico 0,1 M SV equivale a
do papel. 22,225 mg de C4H6N4O3S2.

D. Dissolver 25 mg da amostra em mistura de 0,1 mL de


hidróxido de sódio SR e 5 mL de água. Adicionar 1 mL de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
sulfato cúprico SR. Produz-se precipitado azul-esverdeado. Em recipientes herméticos, protegidos da luz.

ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.

1 Nome da monografia 5 Nome químico (segundo as regras da Iupac)

2 Denominação Comum Internacional - DCI 6 Registro CAS


(International Nonproprietary Name - INN)
7 Reagentes (descrição no capítulo 14)
3 Fórmula molecular e massa molecular (g/mol)
8 Substância Química de Refêrencia - SQR
4 Denominação Comum Brasileira - DCB (lista completa: www.anvisa.gov.br/farmacopeia)
e número DCB
9 Número do método geral
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

cristais fusiformes, de oxalato de cálcio, ocorrem em


células parenquimáticas próximas às nervuras. Na base
557
aa
ABACATEIRO
Persea folium da lâmina foliar, dois outros feixes colaterais pequenos
ocorrem junto ao bordo, voltados para a face adaxial.

Persea americana Mill. – LAURACEAE DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ


A droga vegetal é constituída pelas folhas secas contendo, O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
no mínimo, 0,4% de ßavonoides totais expressos em a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
apigenina e 0,14% de óleo volátil. características: coloração verde-escura; fragmentos
da epiderme voltada para a face adaxial com células
SINONÍMIA CIENTÍFICA poligonais isodiamétricas, recoberta por cutícula espessa;
fragmentos da epiderme voltada para a face abaxial, com
Persea gratissima Gaertn. f. células menores; fragmentos da epiderme voltada para a
face abaxial com estômatos anomocíticos; fragmentos
CARACTERÍSTICAS da epiderme voltada para a face abaxial com tricomas
tectores; tricomas tectores inteiros acompanhados de
Características organolépticas. A folha é inodora e de células da epiderme ou isolados; fragmentos de tricomas
sabor fracamente adstringente. tectores; fragmentos do mesoÞlo com idioblastos secretores
arredondados; fragmentos de nervura, como descrita,
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA acompanhados de células contendo cristais fusiformes.

Folhas simples, elípticas, oblongas ou oval-acuminadas,


IDENTIFICAÇÃO
semi-coriáceas, de margens inteiras, mais ou menos
onduladas; lâmina com 8,0 cm a 20,0 cm de comprimento Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
e 4,0 cm a 9,0 cm de largura; pecíolo de até 5 cm de delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
comprimento e 3 mm a 4 mm de largura na base; quando espessura de 250 —m, como suporte, e mistura de acetato
frescas são de cor verde-escura na face adaxial, pouco de etila, ácido fórmico e água (80:10:10) como fase móvel.
brilhantes e quase lisas, e de face abaxial de cor verde mais Aplicar, separadamente, à placa, 10 ȝL da Solução (1),
clara, fosca e um tanto áspera; folhas secas de coloração recentemente preparada, descrita a seguir.
até castanho-clara. Nervura principal proeminente na
face abaxial, com nervuras secundárias oblíquas, também Solução (1): preparar tintura 20% (p/v) das folhas
proeminentes, dando origem às nervuras terciárias que se pulverizadas com etanol a 65% (v/v) por maceração ou
anastomosam em Þna trama. percolação.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA secar ao ar. Nebulizar com anisaldeído SR. Examinar sob
luz visível. Observar cinco manchas principais de coloração
A lâmina foliar é hipoestomática e de simetria dorsiventral.
amarelada: na parte superior do cromatograma, uma
A epiderme, em vista frontal, na face adaxial, é formada
mancha isolada e duas manchas bem próximas um pouco
por células poligonais, com células de paredes levemente
abaixo; na parte mediana do cromatograma, duas outras
sinuosas e raros tricomas tectores unicelulares, curtos a
manchas próximas. Na parte inferior do cromatograma,
longos, de paredes espessas; na face abaxial geralmente é
observar uma mancha de coloração rósea e outra, mais
formada por células menores, retangulares ou arredondadas,
abaixo, de coloração azulada.
com paredes periclinais levemente convexas. A cutícula
é granulosa e os estômatos são anomocíticos, com 3 a 4
células subsidiárias. Tricomas tectores são frequentes ENSAIOS DE PUREZA
em folhas jovens e raros em folhas adultas. Em secção
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.
transversal, a epiderme é uniestratiÞcada em ambas as
faces, com cutícula espessa. Na face adaxial as células Água (5.4.2.3). No máximo 12,0%.
são alongadas no sentido transversal. O mesoÞlo é
formado por uma ou duas camadas de células paliçádicas, Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 5,0%.
alongadas, apresentando muitos idioblastos secretores
de mucilagem e óleo volátil, volumosos e arredondados. Cinzas sulfatadas (5.4.2.6). No máximo 10,0%.
O parênquima esponjoso apresenta poucas camadas de
células irregulares, com grandes espaços intercelulares. DOSEAMENTO
Pode ocorrer uma conformação diferenciada do mesoÞlo,
junto aos idioblastos secretores, formada por células Óleos voláteis
parenquimáticas alongadas e achatadas tangencialmente,
Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
de paredes espessas. A nervura principal mostra um feixe
voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão
vascular colateral desenvolvido, envolto por uma bainha
de 1000 mL contendo 500 mL de água como líquido de
esclerenquimática, praticamente contínua. Pequenos
destilação. Utilizar planta seca rasurada e não contundida.
a 558 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Proceder imediatamente à determinação do óleo volátil a


partir de 100 g da droga rasurada. Destilar por 4 horas.
Solução amostra: adicionar 10 mL da Solução estoque
em balão volumétrico de 25 mL com 2 mL de solução de
cloreto de alumínio a 5% (p/v) em solução de etanol a 50%
Flavonoides totais (v/v) e completar o volume com solução de etanol 50%
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de (v/v). Após 30 minutos fazer a leitura.
absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas Solução branco: adicionar 10 mL da Solução estoque em
a seguir. balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com
Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da solução de etanol a 50% (v/v).
droga pulverizada (800 —m) e colocar em balão de fundo Medir a absorvância da Solução amostra a 425 nm,
redondo de 100 mL. Acrescentar à droga 1 mL de solução utilizando a Solução branco para ajuste do zero. O teor de
aquosa de metenamina a 0,5% (p/v), 30 mL de solução de ßavonoides totais, expressos em apigenina por 100 g de
etanol a 50% (v/v) e 2 mL de ácido clorídrico. Aquecer em droga seca, é calculado segundo a expressão:
manta de aquecimento por 30 minutos, sob reßuxo. Filtrar
a mistura através de algodão para balão volumétrico de 100
mL. Retornar o resíduo da droga e o algodão ao balão de
fundo redondo, adicionar mais 30 mL de solução de etanol em que
a 50% (v/v) e aquecer novamente, sob reßuxo, durante
TFT = teor de ßavonoides totais;
15 minutos. Filtrar novamente através de algodão para o
Abs = absorvância da Solução amostra;
mesmo balão volumétrico de 100 mL. Repetir a operação,
250 = fator de diluição;
retornar novamente o resíduo da droga e o algodão para o
m = massa da droga (g);
balão de fundo redondo, adicionar 30 mL de solução de
PD = perda por dessecação;
etanol a 50% (v/v), aquecer sob reßuxo, por 15 minutos e
336,5 = absortividade especíÞca da apigenina.
Þltrar para o mesmo balão volumétrico de 100 mL. Após
resfriamento, completar o volume do balão volumétrico de
100 mL com solução de etanol a 50% (v/v). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e do calor.


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 559
aa

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópidos em Persea americana Mill.


______________

Complemento da legenda da Figura 1.

A – folha em vista frontal: lâmina foliar (lf); pecíolo (pl). B – detalhe parcial da epiderme voltada para a face abaxial, em secção transversal: parênquima
paliçádico (pp); epiderme (ep); cutícula (cu); célula contendo mucilagem (cm); tricoma tector (tt). C – detalhe parcial da epiderme voltada para a face
adaxial, em vista frontal. D – detalhe parcial da epiderme voltada para a face abaxial, em vista frontal: estômato (es); tricoma tector (tt). E – detalhe de
porção da lâmina foliar, em secção transversal: cutícula (cu); epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); idioblasto secretor (is); parênquima esponjoso
(pj); estômato (es); idioblasto com cristais de oxalato de cálcio (ico); feixe vascular (fv).
a 560 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 – Aspectos da microscopia do pó em Persea americana Mill.


______________

Complemento da legenda da Figura 2.

A – fragmento da epiderme voltada para a face abaxial: estômato (es); tricoma tector (tt). B e C – fragmentos da lâmina foliar, em vista frontal, com
destaque para feixe vascular e idioblastos secretores: feixe vascular (fv); idioblasto secretor (is). D – fragmento da lâmina foliar em secção transversal,
mostrando idioblasto secretor acompanhado de células com conformação diferenciada: idioblasto secretor (is); cutícula (cu); epiderme (ep); parênquima
paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj). E – fragmento da epiderme: tricoma tector (tt). F – fragmentos de tricoma
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
561
aa
ACETATO DE DEXAMETASONA CREME
Em recipientes bem fechados e ao abrigo do calor
excessivo.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C24H31FO6.
ROTULAGEM

IDENTIFICAÇÃO Observar a legislação vigente.

O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra, obtida no método de Doseamento, ACETATO DE SÓDIO
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. Natrii acetas

CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


C2H3NaO2; 82,03
Contagem de micro-organismos viáveis totais C2H3NaO2.3H2O; 136,08
(5.5.3.1.2). Cumpre o teste. acetato de sódio; 00087
acetato de sódio tri-hidratado; 00088
Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3). Sal de sódio do ácido acético (1:1)
Cumpre o teste. [127-09-3]
Sal de sódio do ácido acético hidratado (1:1:3)
DOSEAMENTO [6131-90-4]

Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido C2H3NaO2, em relação à substância dessecada.
de detector ultravioleta a 240 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
DESCRIÇÃO
Pm), mantida à temperatura de 40 ºC; ßuxo da Fase móvel
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Características físicas. Cristais incolores, transparentes,
de 1,2 mL/minuto. ou pó cristalino branco, granular, ou ßocos branco. Inodoro
e com leve odor acetoso, tendo sabor salino ligeiramente
Fase móvel: mistura de metanol e água (65:35).
amargo. Eßoresce ao ar quente e seco.
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 20 mg de
Solubilidade. Muito solúvel em água, solúvel em etanol.
acetato de dexametasona SQR e transferir para balão
volumétrico de 100 mL. Adicionar 50 mL de metanol e
deixar em ultrassom para dissolver. Completar o volume IDENTIFICAÇÃO
com metanol e misturar. Transferir 5 mL dessa solução
para balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com A. Responde às reações do íon acetato (5.3.1.1).
Fase móvel e homogeneizar.
B. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
Solução amostra: transferir quantidade da amostra,
cuidadosamente pesada, equivalente a 2 mg de acetato de ENSAIOS DE PUREZA
dexametasona. Adicionar 40 mL de metanol e deixar em
ultrassom, agitando com bastão de vidro, até dissolver. Aspecto da solução. A solução aquosa a 10% (p/v) é
Tranferir quantitativamente para balão volumétrico de límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
100 mL, completar o volume com o mesmo solvente e
homogeneizar. pH (5.2.19). Preparar uma solução que contenha 5%
(p/v) de C2H3NaO2 e proceder conforme descrito em
Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. O desvio Determinação do pH. Entre 7,5 e 9,2.
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
não deve ser maior que 2%. Matéria insolúvel. Dissolver o equivalente a 20 g de
acetato de sódio anidro, com água a 150 mL. Preparar essa
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções solução em um béquer e aquecer até ebulição. Cobrir o
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as béquer com vidro de relógio e deixá-lo em banho-maria
áreas sob os picos. Calcular o teor de C24H31FO6 na amostra por uma hora. Filtrar em um Þltro previamente pesado,
a partir das respostas obtidas para a Solução padrão e lavar e secar a 105 °C até peso constante. No máximo
Solução amostra. 0,05% (500 ppm).
a 562 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Cálcio e magnésio. Pesar o equivalente a 0,2 g de acetato


de sódio anidro e dissolver em 20 mL de água. Adicionar
CATEGORIA

2 mL dos seguintes reagentes: hidróxido de amônio 6 M, Adjuvante farmacêutico utilizado em soluções para diálise.
oxalato de amônio SR e fosfato de sódio dibásico a 12%
(p/v). Nenhuma turbidez é desenvolvida durante 5 minutos.
ACETAZOLAMIDA
Potássio. Pesar o equivalente a 3 g de acetato de sódio Acetazolamidum
anidro e dissolver em 5 mL de água. AcidiÞcar a solução
com algumas gotas de ácido acético M, e adicionar cinco
gotas de cobaltinitrito de sódio SR. Nenhum precipitado é
formado.

Arsênio (5.3.2.5). Dissolver o equivalente a 1 g de acetato


de sódio anidro em 35 mL de água e proceder conforme
Ensaio limite para arsênio. No máximo 0,0003% (3 ppm).
C4H6N4O3S2; 222,25
Cloretos (5.3.2.1). O equivalente a 1 g de acetato de sódio acetazolamida; 00063
anidro não apresenta mais cloretos que o equivalente a 0,5 N-[5-(Aminossulfonil)-1,3,4-tiadiazol-2-il]acetamida
mL de ácido clorídrico 0,02 M SV. No máximo 0,035% [59-66-5]
(350 ppm).

Ferro (5.3.2.4). Proceder conforme descrito em Método I Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
utilizando 10 mL da solução obtida em Aspecto da solução. C4H6N4O3S2, em relação à substância dessecada.
Utilizar 1 mL de Solução padrão de ferro (10 ppm). No
máximo 0,001% (10 ppm). DESCRIÇÃO
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Dissolver o Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
equivalente a 4,2 g de acetato de sódio anidro para balão branco.
volumétrico de 50 mL. Completar o volume com água e
proceder conforme descrito em Ensaio limite para metais Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, pouco
pesados utilizando Solução padrão de chumbo (2 ppm Pb). solúvel em etanol, praticamente insolúvel em clorofórmio,
No máximo 0,001% (10 ppm). éter etílico e tetracloreto de carbono. Solúvel em soluções
diluídas de hidróxidos alcalinos.
Sulfatos (5.3.2.2). O equivalente a 10 g de acetato de sódio
anidro não apresenta mais sulfatos que o equivalente a 0,50
mL de ácido sulfúrico 0,01 M SV. No máximo 0,005% (50 IDENTIFICAÇÃO
ppm).
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, até peso constante. máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
A forma hidratada perde de 38% a 41% do seu peso; a de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
forma anidra perde no máximo 1%. observados no espectro de acetazolamida SQR, preparado
de maneira idêntica. Caso o espectro da amostra não se
apresente idêntico ao do padrão, dissolver, separadamente,
DOSEAMENTO a amostra e o padrão em etanol, evaporar até secura e
repetir o teste com os resíduos.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
aquoso (5.3.3.5). Pesar quantidade equivalente a 0,2 g B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
de acetato de sódio previamente dessecado e dissolver faixa de 230 nm a 260 nm, de solução a 0,003% (p/v) em
em 25 mL de ácido acético glacial, aquecer se necessário hidróxido de sódio 0,01 M, exibe máximo em 240 nm e
para completa solubilização. Adicionar duas gotas de a absorvância é de 0,49 a 0,52. O espectro de absorção
1-naftolbenzeína. Titular com ácido perclórico 0,1 M SV. no ultravioleta, na faixa de 260 nm a 350 nm, de solução
Fazer uma determinação em branco e realizar as correções a 0,00075% (p/v) em hidróxido de sódio 0,01 M, exibe
necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV máximo em 292 nm e a absorvância é de 0,43 a 0,46.
equivale a 8,203 mg de C2H3NaO2.
C. Em tubo de ensaio, adicionar 20 mg da amostra, 4 mL
de ácido clorídrico 2 M e 0,2 g de zinco em pó. Colocar tira
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de papel de acetato de chumbo sobre a abertura do tubo.
Em recipientes bem fechados. Ocorre desprendimento de ácido sulfídrico e escurecimento
do papel.

ROTULAGEM D. Dissolver 25 mg da amostra em mistura de 0,1 mL de


hidróxido de sódio SR e 5 mL de água. Adicionar 1 mL de
Observar a legislação vigente. sulfato cúprico SR. Produz-se precipitado azul-esverdeado.
ENSAIOS DE PUREZA CLASSE TERAPÊUTICA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 563
aa
Aspecto da solução. Dissolver 1 g da amostra em 10 mL Diurético.
de hidróxido de sódio M. A solução obtida não é mais
opalescente que a Suspensão de referência II (5.2.25) e não
é mais intensamente corada que a Solução de referência de ACETILCISTEÍNA
cor (5.2.12), preparada como descrito a seguir. Acetylcysteinum
Solução de referência de cor: misturar 4,8 mL de Solução
base de cloreto férrico, 1,2 mL de Solução base de cloreto
cobaltoso e 14 mL de ácido clorídrico a 1% (v/v). Diluir
12,5 mL dessa solução com 87,5 mL de ácido clorídrico a
1% (v/v).

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de amônia, C5H9NO3S; 163,19
acetato de etila e álcool isopropílico (20:30:50), como fase acetilcisteína; 00067
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 20 —L de cada uma N-Acetil-L-cisteína
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. [616-91-1]
Solução (1): solução a 5 mg/mL da amostra em mistura de
etanol e acetato de etila (1:1). Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C5H9NO3S, em relação à substância dessecada.
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com
mistura de etanol e acetato de etila (1:1).
DESCRIÇÃO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
incolor.
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais Solubilidade. Facilmente solúvel em água e etanol,
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (1,0%). praticamente insolúvel em cloreto de metileno.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No Constantes físico-químicas.
máximo 0,002% (20 ppm).
Faixa de fusão (5.2.2): 104 ºC a 110 ºC.
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 0,96 g da amostra em 20
mL de água, aquecer à ebulição até completa dissolução. Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +21º a +27º, em relação
Resfriar com agitação e Þltrar. Prosseguir conforme à substância dessecada. Em balão volumétrico de 25 mL,
descrito em Ensaio limite para sulfatos, utilizando 1 mL adicionar 1,25 g da amostra, 1 mL de edetato dissódico a
de ácido sulfúrico padrão. No máximo 0,05% (500 ppm). 1% (p/v), 7,5 mL de hidróxido de sódio SR e homogeneizar.
Completar o volume com tampão fosfato pH 7,0.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra, em estufa, entre 100 ºC e 105 ºC. No máximo
0,5%. IDENTIFICAÇÃO

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da


No máximo 0,1%. amostra previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
DOSEAMENTO intensidades relativas daqueles observados no espectro de
acetilcisteína SQR, preparado de maneira idêntica.
Dissolver 0,2 g da amostra em 25 mL de dimetilformamida.
Titular com hidróxido de sódio etanólico 0,1 M SV, B. Dissolver cerca de 1 g da amostra em 20 mL de água
determinando o ponto Þnal potenciometricamente. Cada e adicionar 0,05 mL de nitroprusseto de sódio 5% (p/v) e
mL de hidróxido de sódio etanólico 0,1 M SV equivale a 0,05 mL de hidróxido de amônio. Desenvolve-se coloração
22,225 mg de C4H6N4O3S2. violeta escura.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ENSAIOS DE PUREZA


Em recipientes herméticos, protegidos da luz. Aspecto da solução. A solução da amostra a 5% (p/v) é
límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
ROTULAGEM pH (5.2.19). 2,0 a 2,8. Determinar em solução a 1% (p/v)
Observar a legislação vigente. em água isenta de dióxido de carbono.
a 564 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Metais pesados (5.3.2.3). Umedecer 2 g da amostra,


cuidadosamente, gota a gota, com 2 mL de ácido nítrico e
e à DL-fenilalanina. Calcular o teor de C5H9NO3S na
amostra a partir das respostas obtidas para a relação
prosseguir conforme descrito em Método III. No máximo acetilcisteína/DL-fenilalanina com a Solução padrão e a
0,001% (10 ppm). Solução amostra.

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de


amostra, em estufa a 70 ºC, sob pressão reduzida, até peso EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
constante. No máximo 0,5%.
Em recipientes bem fechados.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 2 g de amostra.
No máximo 0,5%. ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. CLASSE TERAPÊUTICA
A. Pesar, exatamente, cerca de 0,14 g da amostra, diluir em Mucolítico.
60 mL de água e adicionar 10 mL de ácido clorídrico 2 M.
Resfriar em banho de gelo, adicionar 10 mL de iodeto de
potássio SR e titular com iodo 0,05 M SV, determinando o ACETILMETIONINA
ponto Þnal potenciometricamente ou utilizando 1 mL de
Acetylmethioninum
amido SI como indicador. Cada mL de iodo 0,05 M SV
equivale a 16,319 mg de C5H9NO3S.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 214 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
ȝm); ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.
C7H13NO3S; 191,25
Fase móvel: dissolver 6,8 g de fosfato de potássio
acetilmetionina; 00074
monobásico em 1000 mL de água. Filtrar e ajustar o pH em
N-Acetil-L-metionina
3,0 com ácido fosfórico.
[65-82-7]
Solução padrão interno: transferir, aproximadamente, 1
g de DL-fenilalanina para balão volumétrico de 200 mL Contém, no mínimo, 98,0% de C7H13NO3S, em relação à
e completar o volume com metabissulÞto sódico a 0,05% substância dessecada.
(p/v) recentemente preparado. Homogeneizar.

Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 1 g da DESCRIÇÃO


amostra e transferir para balão volumétrico de 100 mL.
Características físicas. Pó cristalino branco, de leve odor
Completar o volume com metabissulÞto sódico a 0,05%
peculiar desagradável e sabor levemente amargo.
(p/v) e homogeneizar. Transferir 5 mL dessa solução e 5
mL da Solução padrão interno para balão volumétrico de Solubilidade. Solúvel em água, acetona e etanol fervente.
100 mL e completar o volume com metabissulÞto sódico
a 0,05% (p/v). Constantes físico-químicas.

Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 0,1 g de Faixa de fusão (5.2.2): 114 °C a 116 ºC.
acetilcisteína SQR para balão volumétrico de 10 mL e
completar o volume com metabissulÞto sódico a 0,05%
IDENTIFICAÇÃO
(p/v). Transferir 5 mL desta solução e 5 mL da Solução
padrão interno para balão volumétrico de 100 mL e Dissolver 10 mg de amostra em 1 mL de água destilada e
completar o volume com metabissulÞto sódico a 0,05% adicionar, sucessivamente, sob agitação, 1 mL de hidróxido
(p/v), obtendo solução a 0,5 mg/mL. de sódio 5 M, 1 mL de glicerol e 0,3 mL de nitroprusseto
de sódio 5% (p/v). Aquecer entre 35 °C e 40 °C, durante
Injetar 5 —L da Solução padrão. A resolução entre os picos
10 minutos, e resfriar em banho de gelo, durante 2
correspondentes à acetilcisteína e à DL-fenilalanina não é
minutos. Adicionar 1,5 mL de ácido clorídrico SR e agitar.
menor de 6. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas
Desenvolve-se coloração vermelho-púrpura.
dos picos registrados não é maior que 2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 5 —L da Solução ENSAIOS DE PUREZA


padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos correspondentes à acetilcisteína Aspecto da solução. Dissolver 0,2 g da amostra em 2 mL
de água destilada. A solução obtida é límpida (5.2.25).
Adicionar 38 mL de água destilada e reservar esta solução
para os demais ensaios.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 565
aa
ACICLOVIR
Ferro (5.3.2.4). Utilizar o Método I. Determinar em 10 Aciclovirum
mL da solução obtida em Aspecto da solução. No máximo
0,005% (50 ppm).

Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 10 mL da solução obtida


em Aspecto da solução. No máximo 0,015% (150 ppm).

Metais pesados (5.3.2.3). Determinar em 10 mL da solução


obtida em Aspecto da solução. No máximo 0,002% (20
ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da


amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 4 horas, até peso
constante. No máximo 2,0%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. C8H11N5O3; 225,20


No máximo 0,1%. aciclovir; 00082
2-Amino-1,9-diidro-9-[(2-hidroxietoxi)metil]-6H-purin-6-ona
DOSEAMENTO [59277-89-3]

Pesar, exatamente, cerca de 0,3 g de amostra e transferir Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
para um erlenmeyer com tampa. Adicionar 100 mL de C8H11N5O3, em relação à substância anidra.
água, 5 g de fosfato de potássio dibásico, 2 g de fosfato
de potássio monobásico e 2 g de iodeto de potássio.
Agitar até dissolução completa. Adicionar 50 mL de iodo DESCRIÇÃO
0,05 M SV, agitar e deixar em repouso por 30 minutos. Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
Titular o excesso de iodo com tiossulfato de sódio 0,1 M branco.
SV, adicionar 3 mL de amido SI próximo ao ponto Þnal, e
prosseguir a titulação até o desaparecimento da cor azul. Solubilidade. Pouco solúvel em água, facilmente solúvel
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias. em dimetilsulfóxido e muito pouco solúvel em etanol.
Cada mL de iodo 0,05 M SV equivale a 9,562 mg de Solúvel em soluções diluídas de ácidos minerais e
C7H13NO3S. hidróxidos alcalinos.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO IDENTIFICAÇÃO


Em recipientes bem fechados. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
ROTULAGEM
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
Observar a legislação vigente. observados no espectro de aciclovir SQR, preparado de
maneira idêntica.

CLASSE TERAPÊUTICA B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa


de 200 nm a 350 nm, de solução a 0,015% (p/v) em ácido
Lipotrópico. clorídrico 0,1 M, exibe máximos em 255 nm e um ombro
inclinado em torno de 274 nm, idênticos aos observados no
espectro de solução similar de aciclovir SQR.

C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio,
metanol e hidróxido de amônio (80:20:2), como fase
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 ȝL de cada uma
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
a 566 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (1): transferir 0,1 g da amostra para balão


volumétrico de 10 mL, dissolver em dimetilsulfóxido e
de 20 mL de hidróxido de sódio 0,1 M. Adicionar 80 mL
de água, deixar em ultrassom por 15 minutos e agitar
completar o volume com o mesmo solvente, de modo a mecanicamente por 15 minutos. Completar o volume
obter solução a 10 mg/mL. com água e homogeneizar. Transferir 10 mL para balão
volumétrico de 50 mL, completar o volume com hidróxido
Solução (2): solução de aciclovir SQR a 0,2 mg/mL em de sódio 0,01 M e homogeneizar.
dimetilsulfóxido.
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 25
Solução (3): solução de aciclovir SQR a 0,1 mg/mL em mg de aciclovir SQR para balão volumétrico de 50 mL,
dimetilsulfóxido. dissolver em 5 mL de hidróxido de sódio 0,1 M, completar
o volume com água e homogeneizar. Transferir 10 mL
Solução (4): solução de aciclovir SQR a 0,05 mg/mL em
desta solução para balão volumétrico de 50 mL, adicionar
dimetilsulfóxido.
2 mL da Solução de guanina, completar o volume com
Solução (5): solução de aciclovir SQR a 0,01 mg/mL em hidróxido de sódio 0,01 M e homogeneizar, de modo a
dimetilsulfóxido. obter concentração de 0,1 mg/mL de aciclovir SQR e 0,7
ȝg/mL de guanina.
Procedimento: desenvolver o cromatograma. Remover a
placa, secar as manchas com corrente de ar seco. Examinar Os tempos de retenção relativo são cerca de 0,2 para
sob luz ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha secundária guanina e 1 para aciclovir. O fator de cauda para os
obtida no cromatograma com a Solução (1), diferente da picos analisados não é maior que 2,0. A resolução entre o
mancha principal, não é mais intensa que aquelas obtidas aciclovir e a guanina não é menor que 2,0. O desvio padrão
com a Solução (2), Solução (3), Solução (4) e Solução (5). relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
A soma das impurezas observadas não excede de 2,0%. maior que 2,0%.

Limite de guanina. Proceder conforme descrito no Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL, da Solução
método B. de Doseamento. Calcular o teor de guanina na padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
amostra a partir das respostas obtidas para o pico relativo e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C8H11N5O3
à guanina na Solução padrão e na Solução amostra. No na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
máximo 0,7%. padrão e a Solução amostra.

Água (5.2.20.1). No máximo 6,0%.


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
No máximo 0,1%. Em recipientes herméticos, em temperatura inferior a 25 ºC.

DOSEAMENTO ROTULAGEM

Empregar um dos métodos descritos a seguir. Observar a legislação vigente.

A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio não


CLASSE TERAPÊUTICA
aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,15 g da amostra em 60 mL
de ácido acético glacial. Titular com ácido perclórico 0,1 Antiviral.
M SV, determinando o ponto Þnal potenciometricamente.
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 22,52 ACICLOVIR COMPRIMIDOS
mg de C8H11N5O3.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido quantidade declarada de C8H11N5O3.
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 IDENTIFICAÇÃO
ȝm a 10 ȝm); ßuxo da Fase móvel de 3 mL/minuto.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
Fase móvel: mistura de água e ácido acético glacial faixa de 230 nm a 350 nm, da solução amostra obtida
(100:0,1). em Doseamento, exibe máximo em 255 nm e um ombro
inclinado em torno de 274 nm.
Solução de guanina: transferir, exatamente, cerca de
8,75 mg de guanina para balão volumétrico de 500 mL e B. Proceder conforme descrito em Limite de guanina. A
dissolver em 50 mL de hidróxido de sódio 0,1 M. Completar mancha principal obtida com a Solução (2) corresponde
o volume com água e homogeneizar. em posição, cor e intensidade à mancha obtida com a
Solução (3).
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 0,1 g da
amostra para balão volumétrico de 200 mL com auxílio
CARACTERÍSTICAS
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir


quantidade do pó equivalente a 0,25 g de aciclovir para
567
aa
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. balão volumétrico de 50 mL. Adicionar 25 mL de hidróxido
de sódio 0,1 M, agitar por 10 minutos e completar o volume
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
com hidróxido de sódio 0,1 M. Deixar decantar o material
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. não dissolvido, antes da aplicação na placa.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
volumétrico de 10 mL e completar o volume com hidróxido
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. de sódio 0,1 M.

Solução (3): dissolver 5 mg de aciclovir SQR em 10 mL de


TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) hidróxido de sódio 0,1 M.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL Solução (4): dissolver 5 mg de guanina em 100 mL de
Aparelhagem: pá, 50 rpm hidróxido de sódio 0,1 M.

Tempo: 45 minutos Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio Qualquer mancha secundária, correspondente à guanina,
de dissolução, Þltrar e diluir em ácido clorídrico 0,1 M obtida no cromatograma com a Solução (1) não é mais
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das intensa que aquela obtida no cromatograma com a Solução
soluções em 255 nm (5.2.14) utilizando o mesmo solvente (4) (1,0%). Desprezar as manchas presentes no ponto de
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C8H11N5O3 aplicação do solvente.
dissolvido no meio, comparando as leituras obtidas com a
da solução de aciclovir SQR na concentração de 0,001 % TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
(p/v). Alternativamente, realizar os cálculos considerando
A(1%, 1 cm) = 560, em 255 nm, em ácido clorídrico 0,1 M. Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C8H11N5O3 se dissolvem em 45 minutos. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
ENSAIOS DE PUREZA
DOSEAMENTO
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de hidróxido de do pó equivalente a 0,1 g de aciclovir para balão volumétrico
amônio 13,5 M, metanol e cloreto de metileno (2:20:80), de 100 mL, adicionar 60 mL de hidróxido de sódio 0,1 M,
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 —L de deixar em ultrassom por 15 minutos e completar o volume
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas com hidróxido de sódio 0,1 M. Homogeneizar e Þltrar.
a seguir. Transferir 15 mL do Þltrado para balão volumétrico de 100
mL, adicionar 50 mL de água, 5,8 mL de ácido clorídrico 2
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar, M e completar o volume com água. Transferir 5 mL dessa
por 15 minutos, quantidade do pó equivalente a 0,25 g de solução para balão volumétrico de 50 mL, completar o
aciclovir com 10 mL de dimetilsulfóxido. Filtrar. volume com ácido acético 0,1 M e homogeneizar, obtendo
Solução (2): diluir 0,7 volumes de Solução (1) para 100 solução a 0,0015% (p/v). Preparar solução padrão na
volumes com dimetilsulfóxido. mesma concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir
as absorvâncias das soluções resultantes em 255 nm
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar (5.2.14), utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). zero. Calcular a quantidade de C8H11N5O3 nos comprimidos
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 560, em 255 nm, em
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (0,7%). ácido clorídrico 0,1 M.

Limite de guanina. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
celulose F254, como suporte, e mistura de álcool n-propílico,
Em recipientes herméticos, em temperatura inferior a 25 ºC.
hidróxido de amônio 13,5 M e sulfato de amônio a 5% (p/v)
(10:30:60), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
à placa, 10 —L de cada uma das soluções, recentemente ROTULAGEM
preparadas, descritas a seguir.
Observar a legislação vigente.
a 568 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


ACICLOVIR CREME
Contagem de micro-organismos viáveis totais
(5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Contém, no mínimo 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C8H11N5O3. Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.

IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 230 nm a 350 nm, da solução amostra obtida Transferir quantidade de amostra equivalente a 7,5 mg de
em Doseamento, exibe máximo em 255 nm e um ombro aciclovir para funil de separação com auxílio de 50 mL de
inclinado em torno de 274 nm, idênticos aos observados no ácido sulfúrico 0,5 M e agitar. Adicionar 50 mL de acetato
espectro de solução similar de aciclovir SQR. de etila, agitar, esperar a separação das fases e coletar a
fase aquosa inferior. Lavar a fase orgânica com 20 mL de
B. A mancha principal do cromatograma da Solução (2), ácido sulfúrico 0,5 M, coletar a fase aquosa e juntar ao
obtida em Limite de guanina, corresponde em posição e combinado anterior. Transferir os combinados aquosos para
intensidade àquela obtida com a Solução (3). balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com
ácido sulfúrico 0,5 M. Homogeneizar e Þltrar, descartando
os primeiros mililitros do Þltrado. Transferir 10 mL desta
CARACTERÍSTICAS solução para balão volumétrico de 50 mL e completar
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. o volume com água. Preparar solução de aciclovir SQR
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 255
ENSAIOS DE PUREZA nm (5.2.14), utilizando ácido sulfúrico 0,1 M para ajuste
do zero. Calcular a quantidade de C8H11N5O3 no creme, a
Limite de guanina. Proceder conforme descrito em
partir das leituras obtidas.
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
celulose F254, como suporte. Aplicar, separadamente,
à placa, 10 —L de cada uma das soluções, recentemente EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
preparadas, descritas a seguir.
Em recipientes bem fechados, em local seco e temperatura
Solução (1): pesar quantidade de creme equivalente a entre 15 °C e 25 °C.
30 mg de aciclovir, transferir para tubo de centrífuga
graduado, adicionar 3 mL de hidróxido de sódio 0,1 M e
ROTULAGEM
agitar de modo a obter a dispersão do creme. Adicionar 5
mL de mistura de clorofórmio e álcool n-propílico (1:2), Observar a legislação vigente.
agitar, centrifugar e utilizar a camada superior.

Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão


volumétrico de 10 mL e completar o volume com hidróxido
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
de sódio 0,1 M. Acidum acetylsalicylicum

Solução (3): dissolver 6 mg de aciclovir SQR em 10 mL de


hidróxido de sódio 0,1 M.

Solução (4): dissolver 6 mg de guanina em 100 mL de


hidróxido de sódio 0,1 M.

Desenvolver o cromatograma, inicialmente, utilizando


acetato de etila como fase móvel e deixar percorrer por C9H8O4; 180,16
toda extensão da placa. Retirar a placa e deixar secar ao ar. ácido acetilsalicílico; 00089
Desenvolver novamente o cromatograma utilizando, como Ácido 2-(acetiloxi)benzoico
fase móvel, mistura de álcool n-propílico, hidróxido de [50-78-2]
amônio 13,5 M e sulfato de amônio a 5% (p/v) (10:30:60).
Remover a placa, deixar secar ao ar. Examinar sob luz Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 101,0% de
ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha secundária, C9H8O4, em relação à substância dessecada.
correspondente à guanina, obtida no cromatograma com
a Solução (1) não é mais intensa que aquela obtida no
cromatograma com a Solução (4) (1%). Desprezar as DESCRIÇÃO
manchas presentes no ponto de aplicação do solvente. Características físico-químicas. Pó cristalino branco
ou cristais incolores, geralmente inodoro. Ponto de fusão
(5.2.2): funde em torno de 143 oC.
Solubilidade. Pouco solúvel em água, muito solúvel em
etanol, solúvel em éter etílico.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

mL de tioacetamida SR e 2 mL de tampão acetato pH 3,5.


569
aa
Deixar em repouso por 5 minutos. Qualquer coloração
desenvolvida não é mais escura do que a de um padrão
preparado com 25 mL de acetona, 2 mL de Solução padrão
IDENTIFICAÇÃO
de chumbo (10 ppm Pb), 1,2 mL de tioacetamida SR e 2 mL
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da de tampão acetato pH 3,5. No máximo 0,001% (10 ppm).
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
amostra, em dessecador, à temperatura ambiente, sob
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
pressão reduzida, até peso constante. No máximo 0,5%.
observados no espectro de ácido acetilsalicílico SQR,
preparado de maneira idêntica. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
B. Misturar pequena quantidade da amostra com água,
aquecer por alguns minutos. Resfriar. Adicionar uma ou
duas gotas de cloreto férrico SR. Desenvolve-se coloração DOSEAMENTO
vermelho-violeta.
Pesar, exatamente, cerca de 1 g de amostra, transferir para
C. Pesar 0,2 g da amostra. Adicionar 4 mL de hidróxido erlenmeyer de 250 mL com tampa e dissolver em 10 mL
de sódio 2 M e ferver por 3 minutos. Resfriar. Adicionar 5 de etanol. Adicionar 50 mL de hidróxido de sódio 0,5
mL de ácido sulfúrico M. Produz-se precipitado cristalino. M SV. Deixar em repouso por 1 hora. Adicionar 0,2 mL
Filtrar, lavar o precipitado com água e secar em estufa a de fenolftaleína SI como indicador e titular com ácido
105 °C. O precipitado apresenta faixa de fusão (5.2.2) entre clorídrico 0,5 M SV. Realizar ensaio em branco e efetuar as
156 °C e 161 °C. correções necessárias. Cada mL de hidróxido de sódio 0,5
D. Aquecer o Þltrado obtido no teste C. de IdentiÞcação M SV equivale a 45,040 mg de C9H8O4.
com 2 mL de etanol e 2 mL de ácido sulfúrico. Forma-se
acetato de etila, de odor característico. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes perfeitamente fechados.
ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. Dissolver 1 g da amostra em 9 mL ROTULAGEM
de etanol. A solução é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
Observar a legislação vigente.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme
Espectrofotometria de absorção no visível (5.2.14).
Transferir 0,3 g da amostra para balão volumétrico de 100 CLASSE TERAPÊUTICA
mL e dissolver com 10 mL de hidróxido de tetrabutilamônio
0,1 M em etanol. Após 10 minutos, adicionar 8 mL de ácido Analgésico; antipirético; anti-inßamatório não-esteroide;
clorídrico 0,1 M, 20 mL de tetraborato sódico a 1,9% (p/v) antiagregante plaquetário; utilizado também para alívio da
e homogeneizar. Adicionar 2 mL de 4-aminoantipirina a enxaqueca e em cardiopatia isquêmica.
1% (p/v), agitando constantemente, e 2 mL de ferrocianeto
de potássio a 1% (p/v). Após 2 minutos, diluir para 100
mL com água. Deixar em repouso por 20 minutos. Medir a ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
absorvância da solução resultante em 505 nm, em cubetas COMPRIMIDOS
de 1 cm, utilizando água para ajuste do zero. A absorvância
não deve ser maior que 0,25.
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
Ácido salicílico. Pesar, exatamente, 0,1 g da amostra, quantidade declarada de C9H8O4.
dissolver em 5 mL de etanol, adicionar 15 mL de água
gelada e uma ou dua gotas de cloreto férrico 0,5% (p/v). IDENTIFICAÇÃO
Deixar em repouso por 1 minuto. Transferir para tubo de
Nessler. Para o preparo da solução padrão, dissolver 5 mg A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
de ácido salicílico em 100 mL de etanol. Transferir 1 mL de pó equivalente a 0,5 g de ácido acetilsalicílico para tubo
desta solução para tubo de Nessler e adicionar uma ou de centrífuga e agitar com 10 mL de etanol por alguns
duas gotas de cloreto férrico 0,5% (p/v), 0,1 mL de ácido minutos. Centrifugar. Remover o sobrenadante límpido e
acético, 4 mL de etanol e 15 mL de água. A cor da solução evaporar à secura em banho-maria a 60 °C, por 1 hora.
amostra não é mais intensa que a da solução padrão. No Secar o resíduo em estufa a vácuo a 60 °C, por 1 hora. O
máximo 0,05% (500 ppm). espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo
disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g da amostra em 25 absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
mL de acetona e adicionar 1 mL de água. Adicionar 1,2 com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
no espectro de ácido acetilsalicílico SQR, preparado de
maneira idêntica.
a 570 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade


de pó equivalente a 0,5 g de ácido acetilsalicílico e dissolver
DOSEAMENTO

em 10 mL de hidróxido de sódio 5 M. Ferver por 2 ou 3 Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade


minutos. Esfriar. Adicionar um excesso de ácido sulfúrico do pó equivalente a 0,5 g de ácido acetilsalicílico para
M. Produz-se precipitado cristalino e odor característico erlenmeyer de 250 mL e adicionar 30 mL de hidróxido de
de ácido acético. Adicionar cloreto férrico SR à solução. sódio 0,5 M SV. Ferver cuidadosamente por 10 minutos e
Desenvolve-se coloração violeta intensa. titular o excesso de álcali com ácido clorídrico 0,5 M SV,
utilizando vermelho de fenol SI como indicador. Realizar o
ensaio em branco e efetuar as correções necessárias. Cada
CARACTERÍSTICAS mL de hidróxido de sódio 0,5 M SV equivale a 45,040 mg
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. de C9H8O4.

Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. Em recipientes perfeitamente fechados e protegidos da luz.
Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 5 minutos.
ROTULAGEM
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Para comprimidos de 100 mg, proceder conforme descrito Observar a legislação vigente.
em Doseamento, empregando soluções volumétricas a 0,1 M.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) ÁCIDO ASCÓRBICO


Acidum ascorbicum
Meio de dissolução: tampão acetato 0,05 M pH 4,5, 500
mL

Aparelhagem: pás, 50 rpm

Tempo: 30 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de


dissolução, Þltrar e, se necessário, diluir em tampão
acetato 0,05 M pH 4,5 até concentração adequada. Medir C6H8O6; 176,12
imediatamente as absorvâncias das soluções em 265 nm ácido ascórbico; 00104
(5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero. Ácido L-ascórbico
Calcular a quantidade de C9H8O4 dissolvido no meio, [50-81-7]
comparando as leituras obtidas com a da solução de ácido
acetilsalicílico SQR na concentração de 0,008% (p/v),
preparada no momento do uso. Pode-se usar etanol para Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
dissolver o padrão antes da diluição em tampão acetato C6H8O6, em relação à substância dessecada.
0,05 M pH 4,5. O volume de etanol não pode exceder 1%
do volume total da solução padrão. DESCRIÇÃO
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade Características físicas. Pó Þno, cristalino branco, ou
declarada de C9H8O4 se dissolvem em 30 minutos. ligeiramente amarelado. No estado sólido é estável ao ar,
mas em solução oxida-se rapidamente. Sua solução aquosa
ENSAIOS DE PUREZA é límpida.

Ácido salicílico. Pesar e pulverizar os comprimidos. Solubilidade. Facilmente solúvel em água, pouco solúvel
Transferir quantidade de pó equivalente a 0,2 g de ácido em etanol e acetona, insolúvel em éter etílico, clorofórmio,
acetilsalicílico para um balão volumétrico de 100 mL. éter de petróleo e benzeno.
Adicionar 4 mL de etanol e agitar. Diluir a 100 mL com Constantes físico-químicas.
água resfriada, mantendo a temperatura inferior a 10 °C.
Filtrar imediatamente e transferir 50 mL do Þltrado para Faixa de fusão (5.2.2): 189 oC a 192 oC, com decomposição.
tubo de Nessler. Preparar a solução de ácido salicílico SQR
a 0,01% (p/v). Transferir 3 mL desta solução para um tubo Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +20,5o a +21,5o,
de Nessler, adicionar 2 mL de etanol e água em quantidade determinado em solução a 10% (p/v) em água isenta de
suÞciente para 50 mL. Adicionar 1 mL de sulfato férrico dióxido de carbono.
amoniacal SR2 às soluções padrão e amostra. A cor violeta
produzida com a solução amostra não deve ser mais intensa IDENTIFICAÇÃO
que a obtida com a solução padrão.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

testes A. e B. de IdentiÞcação na monograÞa de Ácido


ascórbico, utilizando 2 mL da solução obtida.
571
aa
observados no espectro de ácido ascórbico SQR, preparado
de maneira idêntica.
CARACTERÍSTICAS
B. A uma alíquota da solução a 2% (p/v) adicionar tartarato
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
cúprico alcalino SR e deixar em repouso a temperatura
ambiente. Observa-se mudança de coloração devido à Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
redução lenta do tartarato cúprico. Sob aquecimento, a
redução é mais rápida. Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.

Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 30 minutos.


ENSAIOS DE PUREZA
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
pH (5.2.19). 2,2 a 2,5. Determinar em solução aquosa a
5% (p/v).
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 1 g em 25 mL de água.
No máximo 0,002% (20 ppm). Meio de dissolução: água, 900 mL

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da Aparelhagem: pás, 50 rpm


amostra, em dessecador a vácuo, sobre ácido sulfúrico, por Tempo: 45 minutos
24 horas. No máximo 0,4%.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. de dissolução e diluir, se necessário, com água até
No máximo 0,1%. concentração adequada. Homogeneizar e Þltrar. Transferir
volume equivalente a cerca de 2 mg de ácido ascórbico
DOSEAMENTO para erlenmeyer de 50 mL, adicionar 5 mL de ácido
metafosfórico-acético SR e titular com solução padrão de
Dissolver, exatamente, cerca de 0,2 g da amostra em uma diclorofenol indofenol até coloração rosa persistente por 5
mistura de 100 mL de água e 25 mL de ácido sulfúrico M. segundos. Realizar ensaio em branco com a mistura de 5,5
Adicionar 3 mL de amido SI e titular imediatamente com mL de ácido metafosfórico acético SR e 15 mL de água.
iodo 0,05 M SV. Cada mL de iodo 0,05 M SV equivale a Calcular a quantidade de ácido ascórbico dissolvida, a
8,806 mg de C6H8O6. partir do título da solução padrão de diclorofenol indofenol.

Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO declarada de C6H8O6 se dissolvem em 45 minutos.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
DOSEAMENTO
ROTULAGEM Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Observar a legislação vigente. A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Utilizar quantidade
do pó equivalente a 0,2 g de ácido ascórbico. Prosseguir
CLASSE TERAPÊUTICA conforme descrito em Doseamento na monograÞa de
Ácido ascórbico.
Vitamina.
B. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Utilizar quantidade
de pó equivalente a 0,15 g de ácido ascórbico. Dissolver em
ÁCIDO ASCÓRBICO COMPRIMIDOS mistura de 30 mL de água e 20 mL de ácido sulfúrico M.
Titular com sulfato cérico amoniacal 0,1 M SV, utilizando
ferroína SI, como indicador. Cada mL de sulfato cérico
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da amoniacal 0,1 M SV equivale a 8,806 mg de C6H8O6.
quantidade declarada de C6H8O6.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Em recipientes herméticos e opacos.
Pesar e pulverizar os comprimidos. A partir do pó,
preparar solução a 2% (p/v) de ácido ascórbico em etanol,
ROTULAGEM
homogeneizar e Þltrar. Prosseguir conforme descrito nos
Observar a legislação vigente.
a 572 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO
ÁCIDO ASCÓRBICO SOLUÇÃO Transferir volume da solução injetável equivalente a cerca
INJETÁVEL de 0,2 g de ácido ascórbico para erlenmeyer. Adicionar
100 mL de água isenta de dióxido de carbono e prosseguir
conforme descrito no Doseamento da monograÞa de Ácido
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
ascórbico a partir de “e 25 mL de ácido sulfúrico M...”.
quantidade declarada de C6H8O6.
Cada mL de iodo 0,05 M SV equivale a 8,806 mg de
C6H8O6.
IDENTIFICAÇÃO
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz.
como suporte, e mistura de etanol e água (120:20), como
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 ȝL de cada
uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a ROTULAGEM
seguir.
Observar a legislação vigente.
Solução (1): diluir a solução injetável em água, de modo a
obter solução de ácido ascórbico a 5 mg/mL.
ÁCIDO BENZOICO
Solução (2): solução aquosa a 5 mg/mL de ácido ascórbico
SQR.
Acidum benzoicum

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar


ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).

B. Diluir a solução injetável em etanol, até concentração de


2% (p/v) e Þltrar. Prosseguir conforme descrito no teste B.
C7H6O2; 122,12
de IdentiÞcação da monograÞa de Ácido ascórbico.
ácido benzoico; 00115
C. Transferir volume da solução injetável equivalente a 50 Ácido benzoico
mg de ácido ascórbico para tubo de ensaio. Adicionar 0,2 [65-85-0]
mL de ácido nítrico 2 M e 0,2 mL de nitrato de prata 0,1 M.
Produz-se precipitado cinza. Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 100,5% de
C7H6O2, em relação à substância anidra.
D. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).

DESCRIÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Características físicas. Pó branco, cristalino ou cristais
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. incolores, inodoro ou com ligeiro odor muito característico.
pH (5.2.19). 6,1 a 7,1. Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, solúvel em
água fervente, facilmente solúvel em etanol, éter etílico e
ENSAIOS DE PUREZA ácidos graxos.

Limite de oxalato. Diluir volume da solução injetável Constantes físico-químicas


equivalente a 50 mg de ácido ascórbico com água para 5
Faixa de fusão (5.2.2): 121 ºC a 124 ºC.
mL. Adicionar 0,2 mL de ácido acético glacial e 0,5 mL de
cloreto de cálcio SR. Não se produz turvação no intervalo
de 1 minuto. IDENTIFICAÇÃO
A. Preparar uma solução saturada de ácido benzoico
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA em água e Þltrar duas vezes. A uma porção do Þltrado,
adicionar solução de cloreto férrico SR. Ocorre formação
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
de um precipitado alaranjado. A uma outra porção de 10
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 1,2 UE/ mL do Þltrado, adicionar 1 mL de ácido sulfúrico 3 M e
mg de ácido ascórbico. resfriar a mistura. Ocorre a formação de um precipitado
branco, solúvel em éter etílico, em aproximadamente 10
minutos.

B. Dissolver 5 g de amostra em 100 mL de etanol. Responde


às reações do íon benzoato (5.3.1.1).
ENSAIOS DE PUREZA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


No máximo 0,05%.
573
aa
Aspecto da solução. Dissolver 5 g de amostra em 100 mL
de etanol. A solução obtida é límpida (5.2.25).
DOSEAMENTO
Substâncias oxidáveis. Dissolver 2 g de amostra em 10 mL
de água fervente, resfriar e Þltrar. Adicionar, ao Þltrado, 1 Pesar, exatamente, cerca de 200 mg da amostra e dissolver
mL de ácido sulfúrico 5% (v/v) e 0,2 mL de permanganato em 20 mL de etanol. Titular com hidróxido de sódio 0,1
de potássio 0,02 M. Forma-se coloração rosa persistente M SV, utilizando vermelho de fenol SI até formação
por, pelo menos, 5 minutos. de coloração violeta, correspondente ao ponto Þnal da
titulação. Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV
Substâncias carbonizáveis. Dissolver 0,5 g de amostra equivale a 12,212 mg de C7H6O2.
em 5 mL de ácido sulfúrico SR. Após 5 minutos, a solução
não é mais intensamente colorida que a solução preparada
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
pela diluição de 12,5 mL da Solução de cor H (5.2.12) para
100 mL com ácido clorídrico SR. Em recipientes bem fechados e opacos.
Compostos halogenados e haletos.
ROTULAGEM
Nota: toda a vidraria utilizada deve estar isenta de cloretos.
Uma maneira de se conseguir isso é preencher a vidraria Observar a legislação vigente.
com uma solução de ácido nítrico a 50% (p/v) e deixá-la
em banho de ultrassom por uma noite. No dia seguinte,
lavar a vidraria com água e guardá-la preenchida com
CLASSE TERAPÊUTICA
água. É recomendado que se tenha uma vidraria reservada Antimicrobiano.
para a execução desse teste.

Solução (1): dissolver 6,7 g de amostra em uma mistura


de 40 mL de hidróxido de sódio 0,1 M e 50 mL de etanol e ÁCIDO BÓRICO
completar para o volume de 100 mL com água. Em 10 mL Acidum boricum
dessa solução, adicionar 7,5 mL de solução de hidróxido de
sódio SR, 0,125 g de liga de níquel-alumínio e aquecer em
H3BO3; 61,83
banho-maria por 10 minutos. Deixar esfriar à temperatura
ácido bórico; 00116
ambiente, Þltrar e lavar com três porções, de 3 mL cada, de
Ácido bórico
etanol. Lavar com 25 mL de água.
[10043-35-3]
Solução (2): preparar essa solução de maneira similar à
Solução (1), porém, sem utilizar a amostra. Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 100,5% de
H3BO3, em relação à substância dessecada.
Solução (3): solução padrão de cloreto (8 ppm Cl).

Em quatro frascos volumétricos de 25 mL, adicionar, DESCRIÇÃO


separadamente, 10 mL da Solução (1), 10 mL da Solução
(2), 10 mL da Solução (3) e 10 mL de água. A cada frasco, Características físicas. Pó cristalino branco, untuoso ao
adicionar 5 mL de sulfato férrico amoniacal SR1, 2 mL tato, ou cristais brilhantes incolores.
de ácido nítrico SR e 5 mL de tiocianato de mercúrio SR.
Solubilidade. Solúvel em água, facilmente solúvel em
Completar o volume de cada frasco para 25 mL com água.
água fervente e glicerol a 85% (v/v), solúvel em etanol.
Deixar em repouso em banho-maria a 20 ºC por 15 minutos.
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no visível (5.2.14). Medir a absorvância da IDENTIFICAÇÃO
Solução (1) em 460 nm, utilizando a Solução (2) para
ajuste do zero. Medir a absorvância da Solução (3) em 460 Dissolver, sob aquecimento brando, 0,1 g da amostra em
nm, utilizando a solução obtida com 10 mL de água para 5 mL de metanol. Adicionar 0,1 mL de ácido sulfúrico e
ajuste do zero. A absorvância da Solução (1) não é maior levar a solução à ignição. Observa-se chama com bordas
do que a absorvância da Solução (3) (300 ppm). verdes.

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Pesar 5


ENSAIOS DE PUREZA
g de amostra e dissolver em 100 mL de etanol. Preparar
a solução padrão utilizando etanol como solvente. No Aspecto da solução. Dissolver 3,3 g da amostra em 80 mL
máximo 0,001% (10 ppm). de água fervente. Resfriar e diluir para 100 mL com água
isenta de dióxido de carbono. A solução obtida é límpida
Água (5.2.20.1). Dissolver a amostra em uma mistura de
(5.2.25) e incolor (5.2.12).
metanol e piridina (1:2). No máximo 0,7%.
pH (5.2.19). 3,8 a 4,8. Determinar na solução obtida em
Aspecto da solução.
a 574 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solubilidade em etanol. Dissolver 1 g da amostra em 10


mL de etanol fervente. A preparação é incolor (5.2.12) e não
DESCRIÇÃO

mais opalescente que a Suspensão referência II (5.2.25). Características físico-químicas. Cristais incolores
e translúcidos, ou pó cristalino, branco. Eßorescente
Impurezas orgânicas. Aquecer progressivamente a ao ar quente e seco. A forma hidratada é ligeiramente
amostra ao rubro. Não ocorre escurecimento. deliquescente em ar úmido. Ponto de fusão (5.2.2): 153 °C,
com decomposição.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Dissolver 1
g da amostra em 23 mL de água, adicionar 2 mL de ácido Solubilidade. Muito solúvel em água, facilmente solúvel
acético M e prosseguir conforme descrito em Ensaio limite em etanol.
para metais pesados. No máximo 0,002% (20 ppm).

Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 2,7 g da amostra. No IDENTIFICAÇÃO


máximo 0,045% (450 ppm).
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Perda por dessecação (5.2.9). Dessecar sobre sílica-gel amostra, previamente dessecada a 105 °C por duas horas,
por 5 horas. No máximo 0,5%. dispersa em brometo de potássio, apresenta máximos de
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
DOSEAMENTO no espectro de ácido cítrico SQR, preparado de maneira
Pesar, exatamente, cerca de 1 g da amostra e dissolver em idêntica.
100 mL de água contendo 15 g de manitol, sob aquecimento. B. Dissolver 1 g da substância em 10 mL de água. A solução
Titular com hidróxido de sódio M SV, utilizando 0,5 mL é fortemente ácida.
de fenolftaleína SI como indicador, até viragem para rosa.
Cada mL de hidróxido de sódio M SV equivale a 61,832 C. Dissolver 0,5 g da substância em 5 mL de água e
mg de H3BO3. neutralizar com hidróxido de sódio M. Adicionar 10 mL de
cloreto de cálcio SR e aquecer até ebulição. Um precipitado
branco é formado.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
D. Responde às reações do íon citrato (5.3.1.1).
Em recipientes bem fechados.

ROTULAGEM ENSAIOS DE PUREZA


Aspecto da solução. Dissolver 2 g da amostra em água e
Observar a legislação vigente.
completar o volume para 10 mL com o mesmo solvente. A
solução obtida é límpida (5.2.24) e incolor (5.2.12).
CATEGORIA
Substâncias facilmente carbonizáveis. Transferir,
Antisséptico e adjuvante farmacêutico. exatamente, cerca de 0,5 g da amostra pulverizada para um
tubo de ensaio previamente lavado com ácido sulfúrico,
contendo 5 mL de ácido sulfúrico. Aquecer durante uma hora
ÁCIDO CÍTRICO a 90 °C. A solução deve Þcar somente amarela e não parda.
Acidum citricum
Ácido oxálico. Pesar o equivalente a 0,8 g de ácido cítrico
e dissolver em 4 mL de água. Adicionar 3 mL de ácido
clorídrico e 1 g de zinco granulado. Ferver por 1 minuto
e esfriar por 2 minutos. Transferir o sobrenadante líquido
para um tubo de ensaio contendo 0,25 mL de solução de
cloreto de fenilidrazina a 1% (p/v) e aquecer até ebulição.
C6H8O7; 192,12 Resfriar rapidamente, transferir para um tubo graduado e
C6H8O7.H2O; 210,14 adicionar igual volume de ácido clorídrico e 0,25 mL de
ácido cítrico; 00134 ferricianeto de potássio SR. Agitar e deixar em repouso
Ácido 2-hidroxi-1,2,3-propanotricarboxílico por 30 minutos. A cor rosa desenvolvida na solução não
[77-92-9] deve ser mais intensa do que a desenvolvida pelo padrão de
Ácido 2-hidroxi-1,2,3-propanotricarboxílico hidratado ácido oxálico preparado da mesma maneira usando 4 mL
(1:1) de uma solução de ácido oxálico a 0,01% (p/v).
[5949-29-1]
Alumínio (5.3.2.10). Pesar, exatamente, cerca de 20 g da
Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 100,5% de amostra e proceder conforme descrito em Ensaio limite de
C6H8O7 em relação à substância anidra. alumínio, utilizando 40 mL do padrão 2 ppm. No máximo
0,2 ppm (0,00002%), quando o ácido cítrico for usado em
soluções para diálise.
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 3,2 g da amostra em 40 mL
de água e prosseguir conforme descrito em Ensaio limite
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 575
aa
ÁCIDO DESIDROCÓLICO
para sulfatos, utilizando 1 mL da solução padrão de ácido Acidum dehydrocholicum
sulfúrico 0,005 M. No máximo 0,015% (150 ppm).

Metais Pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. Pesar,


exatamente, cerca de 2 g da amostra e dissolver em
hidróxido de sódio SR. Diluir para 25 mL com água e
proceder conforme descrito em Ensaio limite para metais
pesados. Após a adição do reagente tioacetamida e diluição
com água, homogeneizar e aquecer a 80 °C, deixando em
seguida em repouso por 2 minutos. No máximo 0,001%
(10 ppm).

Água (5.2.20). Forma anidra: determinar em 2 g da


amostra. No máximo 1%. Forma hidratada: determinar em
0,5 g da amostra. Entre 7,5 e 9,0%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


No máximo 0,1%. C24H34O5; 402,52
ácido desidrocólico; 00157
Ácido (5ȕ)-3,7,12-trioxocolan-24-óico
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA [81-23-2]
Ácido cítrico destinado à produção de preparação parenteral
cumpre com os seguintes testes adicionais. Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
C24H34O5, em relação à substância dessecada.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.

Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,5 UE/ DESCRIÇÃO


mg de ácido cítrico anidro, se o produto acabado não for
Características físicas. Pó branco, inodoro e de sabor
submetido a um procedimento posterior de remoção de
amargo.
endotoxinas bacterianas.
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água e éter
DOSEAMENTO etílico, pouco solúvel em ácido acético glacial, etanol e
clorofórmio.
Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra e dissolver
em 50 mL de água, aquecendo brandamente, se necessário, Constantes físico-químicas
até dissolução completa. Titular com hidróxido de sódio M Faixa de fusão (5.2.2): 231 °C a 240 °C. A faixa entre o
SV, usando fenolftaleína SI como indicador. Cada mL de início e o Þm da fusão não excede a 3 °C.
hidróxido de sódio M SV equivale a 64,040 mg de C6H8O7.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +29,0° a +32,5º.
Determinar em solução a 2% (p/v) em dioxana.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados. IDENTIFICAÇÃO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
ROTULAGEM
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
Observar a legislação vigente. de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
CLASSE TERAPÊUTICA ácido desidrocólico SQR, preparado de maneira idêntica.
Acidulante. B. Dissolver 5 mg da amostra em 1 mL de ácido sulfúrico
e uma gota de solução de formaldeído. Após cinco minutos
adicionar 5 mL de água. A solução adquire coloração
amarela e azul-esverdeada ßuorescente.

ENSAIOS DE PUREZA
Bário. Dissolver 2 g de amostra em 100 mL de água e
ferver por 2 minutos. Adicionar 2 mL de ácido clorídrico
SR e ferver por mais 2 minutos, esfriar e Þltrar. Lavar o
Þltro com água e completar o volume para 100 mL com o
a 576 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

mesmo solvente. Adicionar 1 mL de ácido sulfúrico M a


10 mL do Þltrado. A solução obtida não deve turvar nem
brancas a fracamente amareladas. Odor leve, semelhante
ao de sebo não rançoso.
precipitar.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Utilizar 1 solúvel em clorofórmio e éter etílico, solúvel em etanol e
g da amostra, aquecendo a solução a 80 °C antes da adição éter de petróleo.
de tioacetamida SR. No máximo 0,002% (20 ppm).
Constantes físico-químicas
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
amostra, em estufa, 105 ºC por 2 horas. No máximo 1,0%. Temperatura de congelamento: não inferior a 54 ºC.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


IDENTIFICAÇÃO
No máximo 0,3%.
Cumpre com os requerimentos do teste Índice de acidez
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA em Ensaios de Pureza.

Contagem de micro-organismos viáveis totais


ENSAIOS DE PUREZA
(5.5.3.1.2). Bactérias aeróbicas totais: no máximo 1000
UFC/g. Fungos e leveduras: no máximo 100 UFC/g. Acidez. Agitar, durante 2 minutos, 5 g da amostra fundida
com volume igual de água quente; esfriar e Þltrar. Adicionar
DOSEAMENTO uma gota de alaranjado de metila SI ao Þltrado. Não se
desenvolve coloração avermelhada.
Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra previamente
dessecada e dissolver em 30 mL de etanol. Agitar até Índice de acidez (5.2.29.7). 194 a 212.
solubilização completa, aquecendo se necessário, e
Índice de iodo (5.2.29.10). No máximo 4,0.
adicionar duas gotas de fenolftaleína SI e 30 mL de água.
Titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV. Cada mL de Parafina e outras substâncias não saponificáveis. Ferver
hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 40,252 mg de em balão volumétrico cerca de 1 g da amostra com 30 mL
C24H34O5. de água e 0,5 g de carbonato de sódio anidro. A solução
resultante, enquanto quente, é límpida ou, no máximo,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO levemente opalescente.

Em recipientes bem fechados. Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No


máximo 0,001% (10 ppm).

ROTULAGEM Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 4 g da amostra.


No máximo 0,1%.
Observar a legislação vigente.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
CLASSE TERAPÊUTICA
Contagem de micro-organismos viáveis totais
Colagogo. (5.5.3.1.2). Bactérias aeróbicas totais: no máximo 1000
UFC/g. Fungos e leveduras: no máximo 50 UFC/g.

ÁCIDO ESTEÁRICO Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).


Acidum stearicum Cumpre o teste.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ácido esteárico; 00182
Ácido octadecanóico Em recipientes bem fechados.
[57-11-4]
ROTULAGEM
Mistura de ácidos esteárico (C18H36O2, 284,48) e palmítico
(C16H32O2, 256,43). Pode conter antioxidante. Observar a legislação vigente.

DESCRIÇÃO CATEGORIA
Características físicas. Pó branco a branco-amarelado, ou Matéria-prima para preparação de estearatos de sódio,
cristais brancos, ßoculosos e cerosos, ou massas sólidas magnésio, zinco e outros adjuvantes farmacotécnicos.
ENSAIOS DE PUREZA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 577
aa
ÁCIDO FÓLICO Pureza cromatográfica. Proceder conforme descrito em
Acidum folicum Doseamento. Utilizar a Solução amostra concentrada
como Solução teste.

Procedimento: injetar 10 —L da Solução teste. Registrar


o cromatograma por, no mínimo, duas vezes o tempo
de retenção do ácido fólico e medir as áreas sob os
picos. A soma das áreas de todos os picos, exceto aquele
correspondente ao ácido fólico, não é maior que 2,0% da
soma das áreas de todos os picos registrados, incluindo
aquele correspondente ao ácido fólico. Não considerar
C19H19N7O6; 441,40 picos relativos ao solvente.
ácido fólico; 00194 Água (5.2.20.1). No máximo 8,5%.
Ácido N-[4-[[(2-amino-3,4-diidro-4-oxo-6-pteridinil)
metil]amino]benzoil]-L-glutâmico Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar 1 g da amostra. No
[59-30-3] máximo 0,2%.

Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 102,0% de


DOSEAMENTO
C19H19N7O6, em relação à substância anidra.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
DESCRIÇÃO de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 280 nm; coluna de 250 nm de
Características físicas. Pó cristalino, amarelo-alaranjado, comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
inodoro. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
—m a 10 —m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, insolúvel Fase móvel de 1,2 mL/minuto.
em etanol, acetona, clorofórmio e éter etílico. Solúvel em
soluções de hidróxidos alcalinos. Solúvel em ácido clorídrico Fase móvel: transferir 2 g de fosfato de potássio monobásico
e ácido sulfúrico, produzindo soluções amarelo-pálidas. para balão volumétrico de 1000 mL. Adicionar 650 mL de
água, 15 mL de hidróxido de tetrabutilamônio 0,5 M em
Constantes físico-químicas metanol, 7 mL de ácido fosfórico M, 270 mL de metanol
e homogeneizar. Ajustar o pH em 5,0 com ácido fosfórico
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +18º a +22º, em relação
M ou hidróxido de amônio 6 M. Completar o volume com
à substância anidra. Determinar em solução a 1,0% (p/v)
água, homogeneizar e Þltrar.
em hidróxido de sódio 0,1 M.
Nota: proteger da luz direta as soluções descritas a seguir.
IDENTIFICAÇÃO Solução padrão interno: dissolver 50 mg de metilparabeno
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em em 1 mL de metanol, diluir para 25 mL com Fase móvel e
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como homogeneizar.
suporte, e mistura de etanol, álcool n-propílico e solução Solução amostra concentrada: transferir, exatamente,
concentrada de amônia (60:20:20), como fase móvel. cerca de 0,1 g da amostra para balão volumétrico de 100
Aplicar, separadamente, à placa, 2 —L de cada uma das mL. Adicionar 40 mL de Fase móvel e 1 mL de hidróxido
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. de amônio a 10% (v/v). Completar o volume com Fase
Solução (1): solução a 0,5 mg/mL da amostra em mistura móvel e homogeneizar.
de solução concentrada de amônia e metanol (2:9). Solução amostra: transferir 4 mL da Solução amostra
Solução (2): solução a 0,5 mg/mL de ácido fólico SQR em concentrada e 4 mL da Solução padrão interno para balão
mistura de solução concentrada de amônia e metanol (2:9). volumétrico de 50 mL. Completar o volume com Fase
móvel e homogeneizar.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). A mancha Solução padrão estoque: preparar solução de ácido fólico
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição, SQR a 1 mg/mL em Fase móvel, utilizando 1 mL de
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). hidróxido de amônio a 10% (v/v) para cada 100 mL de
solução.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde Solução padrão: transferir 4 mL da Solução padrão
àquele do pico principal da Solução padrão. estoque e 4 mL da Solução padrão interno para balão
volumétrico de 50 mL. Completar o volume com Fase
móvel e homogeneizar.
a 578 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Injetar replicatas de 10 —L da Solução padrão. A resolução


entre metilparabeno e ácido fólico não é menor que 2,0.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.

O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
registrados não é maior que 2,0%.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas Meio de dissolução: água, 500 mL
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C19H19N7O6
na amostra a partir das respostas obtidas para a relação Aparelhagem: pás, 50 rpm
ácido fólico/metilparabeno com a Solução padrão e a
Tempo: 45 minutos
Solução amostra.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO dissolução e proceder conforme descrito em Doseamento.

Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.


Tolerância: não menos do que 75% (Q) da quantidade de-
clarada de C19H19N7O6 se dissolvem em 45 minutos.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
CLASSE TERAPÊUTICA de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 283 nm; coluna de 250 mm de
Hematopoiético. comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 ȝm),
mantida à temperatura ambiente; vazão da Fase móvel de
ÁCIDO FÓLICO COMPRIMIDOS 1 mL/minuto.

Fase móvel: mistura de fosfato de potássio monobásico


Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da 0,05 M e acetonitrila (93:7). Ajustar o pH da mistura para
quantidade declarada de C19H19N7O6. 6,0 com hidróxido de sódio 5 M.

Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.


IDENTIFICAÇÃO Transferir quantidade do pó equivalente a 20 mg de ácido
Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade do fólico para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 50 mL
pó equivalente a 50 mg de ácido fólico com 100 mL de de hidróxido de sódio 0,1 M e completar o volume com o
hidróxido de sódio 0,1 M aquecido entre 40 ºC e 50 ºC. mesmo solvente. Homogeneizar. Centrifugar, transferir 5
Deixar esfriar e Þltrar. Ajustar o pH do Þltrado para 3,0 com mL do sobrenadante para balão volumétrico de 100 mL e
ácido clorídrico. Resfriar a solução até 5 ºC, Þltrar e lavar completar o volume com Fase móvel.
o precipitado com água fria até que as águas de lavagem Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 20 mg
não respondam à reação de cloretos (5.3.1.1). Lavar o de ácido fólico SQR para balão volumétrico de 100 mL
precipitado com acetona e secar a 80 ºC, durante 1 hora. e completar o volume com hidróxido de sódio 0,1 M.
Transferir 10 mg do resíduo para balão volumétrico de 100 Homogeneizar. Transferir 5 mL desta solução para balão
mL, dissolver em hidróxido de sódio 0,1 M e completar volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase
o volume com o mesmo solvente. Transferir 5 mL dessa móvel.
solução para balão volumétrico de 50 mL e completar o
volume com hidróxido de sódio 0,1 M, obtendo solução Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL das Soluções
0,001% (p/v). O espectro de absorção no ultravioleta padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
(5.2.14), na faixa de 230 nm a 386 nm, da solução obtida áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C19H19N7O6
exibe máximos em 256 nm, 283 nm e 365 nm. A razão nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
entre os valores de absorvância medidos em 256 nm e 365 Solução padrão e Solução amostra.
nm está compreendida entre 2,80 e 3,00.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
CARACTERÍSTICAS
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. ROTULAGEM

Teste de friabilidade (5.1.3.2).Cumpre o teste. Observar legislação vigente.


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

não misturar os líquidos. Manter o tubo a uma temperatura


de 15 ºC. Após 15 minutos, nenhuma coloração escura se
579
aa
ÁCIDO LÁCTICO
Acidum lacticum desenvolve na interface entre os dois ácidos.

Substâncias insolúveis em éter. Dissolver 1 g da amostra


em 25 mL de éter etílico. A solução não é mais opalescente
que o solvente utilizado para o teste.

Ácidos oxálico, cítrico e fosfórico. A 5 mL da solução


obtida em Aspecto da solução adicionar amônia SR até
pH fracamente alcalino (entre 8 e 10). Adicionar 1 mL de
C3H6O3; 90,08 solução de cloreto de cálcio SR. Aquecer em banho-maria
ácido láctico; 00274 por 5 minutos. Qualquer opalescência na solução, antes ou
Ácido 2-hidroxipropanóico depois do aquecimento, não é mais intensa que a de uma
[50-21-5] mistura de 1 mL de água e 5 mL da solução obtida em
Aspecto da solução.
Mistura do ácido 2-hidroxipropanóico e seus produtos Cálcio (5.3.2.7). Diluir 5 mL da solução obtida em Aspecto
de condensação, tais como ácido lactoil-láctico, e os da solução para 15 mL com água e prosseguir conforme
polilácticos e água. O equilíbrio entre ácido láctico e os descrito em Ensaio limite para cálcio. No máximo 0,02%
ácidos polilácticos é dependente da concentração e da (200 ppm).
temperatura. O ácido láctico normalmente é um racemato
((RS)-ácido láctico), mas o isômero S (+) pode predominar. Cloretos (5.3.2.1). A 10 mL de solução da amostra a 1%
Contém, no mínimo, 88,0% e, no máximo, 92,0% de (p/v) acidiÞcada com ácido nítrico adicionar algumas
C3H6O3. gotas de nitrato de prata 0,1 M. Nenhuma opalescência é
produzida imediatamente.
DESCRIÇÃO Sulfatos (5.3.2.2). A 10 mL de solução da amostra a 1%
(p/v) adicionar duas gotas de ácido clorídrico e 1 mL de
Características físicas. Líquido viscoso incolor ou cloreto de bário SR. Nenhuma turbidez é produzida.
levemente amarelado.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
Solubilidade. Miscível em água, etanol e éter etílico. máximo 0,001% (10 ppm).
Constantes físico-químicas Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Poder rotatório (5.2.8): –0,05º a +0,05º, para o ácido No máximo 0,1%.
láctico racêmico.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO Transferir, exatamente, cerca de 1 g da amostra para frasco
A. Dissolver 1 g da amostra em água. A solução é com tampa, adicionar 10 mL de água e 20 mL de hidróxido
fortemente ácida (pH menor que 4). de sódio M. Fechar o frasco e deixar em repouso por 30
minutos. Adicionar 0,5 mL de fenolftaleína SI e titular com
B. Responde às reações do íon lactato (5.3.1.1). ácido clorídrico M SV até desaparecimento da coloração
rosa. Cada mL de hidróxido de sódio M equivale a 90,080
mg de C3H6O3.
ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. Dissolver 5 g da amostra em 42 mL EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
de hidróxido de sódio M e diluir para 50 mL com água. A
solução obtida não é mais corada que a Solução padrão de Em recipientes bem fechados.
cor SC F (5.2.12).

Açúcares e outras substâncias redutoras. A 10 mL de ROTULAGEM


tartarato cúprico alcalino SR quente adicionar cinco gotas
Observar a legislação vigente.
da amostra. Nenhum precipitado vermelho é produzido.

Substâncias facilmente carbonizáveis. Lavar um tubo de CATEGORIA


ensaio com ácido sulfúrico e deixar escorrer por 10 minutos.
Adicionar ao tubo de ensaio 5 mL de ácido sulfúrico e, Agente tamponante.
cuidadosamente, acrescentar 5 mL da amostra, de modo a
a 580 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA
ÁCIDO NALIDÍXICO
Absorção de luz. Dissolver 1,5 g da amostra em balão
Acidum nalidixicum
volumétrico de 50 mL com cloreto de metileno e completar
o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar. A
absorvância da solução (5.2.14) medida em 420 nm não é
maior que 0,10.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel F254, como suporte, e mistura de amônia SR,
cloreto de metileno e etanol (10:20:70), como fase móvel.
Aplicar, separadamente, à placa, 10 ȝL de cada uma das
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
C12H12N2O3; 232,24
Solução (1): dissolver 0,2 g da amostra em cloreto de
ácido nalidíxico; 00294
metileno e completar o volume para 10 mL com o mesmo
Ácido 1-etil-1,4-diidro-7-metil-4-oxo-1,8-naftiridina-3-
solvente. Homogeneizar.
carboxílico
[389-08-2] Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
volumétrico de 20 mL e completar o volume com cloreto
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de de metileno.
C12H12N2O3, em relação à substância dessecada.
Solução (3): dissolver 10 mg de ácido nalidíxico SQR em
cloreto de metileno e completar o volume para 10 mL com
DESCRIÇÃO o mesmo solvente. Homogeneizar.
Características físicas. Pó cristalino branco a quase Solução (4): transferir 2 mL da Solução (2) para balão
branco ou amarelo pálido. volumétrico de 10 mL e completar o volume com cloreto
de metileno.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em
cloreto de metileno, pouco solúvel em acetona e etanol. Solução (5): transferir 1 mL da Solução (4) para balão
Solúvel em soluções diluídas de hidróxidos alcalinos. volumétrico de 10 mL e completar o volume com cloreto
de metileno.
Constantes físico-químicas
Solução (6): transferir 1 mL da Solução (4) para balão
Faixa de fusão (5.2.2): 225 ºC a 231 ºC.
volumétrico de 25 mL e completar o volume com cloreto
de metileno.
IDENTIFICAÇÃO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
O teste de identiÞcação A. poderá ser omitido se forem secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
realizados os testes B., C. e D. Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da intensa que aquela obtida com a Solução (5) (0,1%) e no
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo máximo uma mancha é mais intensa que a mancha obtida
de potássio, apresenta máximos de absorção somente com a Solução (6) (0,04%).
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
ácido nalidíxico SQR, preparado de maneira idêntica. máximo 0,002% (20 ppm).

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
de 230 nm a 350 nm, de solução resultante a 0,0005% (p/v) amostra, em estufa entre 100 °C e 105 ºC, por 2 horas. No
em hidróxido de sódio 0,1 M, exibe máximos em 258 nm e máximo 0,5 %.
334 nm. A razão entre os valores de absorvância medidos
em 258 nm e 334 nm está compreendida entre 2,2 e 2,4. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
C. A mancha principal do cromatograma da Solução
(2), obtida em Substâncias relacionadas, corresponde
DOSEAMENTO
em posição, cor e intensidade a mancha principal no
cromatograma obtido com a Solução (3). Dissolver, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra em 30 mL
de dimetilformamida, previamente neutralizada, utilizando
D. Dissolver 0,1 g da amostra em 2 mL de ácido clorídrico.
timolftaleína SI como indicador. Titular com metóxido de
Adicionar 0,5 mL de 2-naftol a 10% (p/v) em etanol.
lítio 0,1 M SV, utilizando timolftaleína SI como indicador.
Desenvolve-se coloração vermelha-alaranjada.
Utilizar agitador magnético e evitar absorção de dióxido de
carbono atmosférico. Cada mL de metóxido de lítio 0,1 M
SV equivale a 23,224 mg de C12H12N2O3.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de metileno, agitar por 15 minutos, Þltrar e evaporar até


secura. Dissolver o resíduo em 5 mL de cloreto de metileno.
581
aa
Solução (2): diluir a Solução (1) para balão volumétrico
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de 200 mL e completar o volume com cloreto de metileno.
Diluir a solução resultante (1:2) com cloreto de metileno.
Em recipientes bem fechados.
Solução (3): diluir a Solução (2) (1:2,5) com cloreto de
ROTULAGEM metileno.

Observar a legislação vigente. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Nenhuma mancha obtida no cromatograma com a Solução
CLASSE TERAPÊUTICA (1), além da mancha principal, deve ser mais intensa do que
a mancha obtida com a Solução (2) (0,25%) e no máximo
Antibacteriano.
uma mancha é mais intensa que a mancha obtida com a
Solução (3) (0,1%).
ÁCIDO NALIDÍXICO COMPRIMIDOS
TESTE DE DISSOLUÇÃO

Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% das Meio de dissolução: tampão fosfato pH 8,6, 900 mL
quantidades declaradas de C12H12N2O3.
Aparelhagem: pá, 60 rpm

IDENTIFICAÇÃO Tempo: 30 minutos

A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
do pó equivalente a 1 g de ácido nalidíxico, adicionar 50 dissolução, Þltrar e diluir em hidróxido de sódio 0,01 M
mL de clorofórmio, agitar por 15 minutos, Þltrar e evaporar até a concentração adequada. Medir as absorvâncias das
o Þltrado até secura. O resíduo responde ao teste A. de soluções em 334 nm (5.2.14) utilizando uma mistura
IdentiÞcação da monograÞa de Ácido nalidíxico. de hidróxido de sódio 0,01 M e Meio de dissolução na
mesma proporção da solução teste, para o ajuste do zero.
B. Secar o resíduo do teste A. de IdentiÞcação, a 105 °C por Calcular a quantidade de ácido nalidíxico dissolvido no
2 horas. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na meio, comparando as leituras obtidas com a solução de
faixa de 230 nm a 350 nm, de solução do resíduo a 0,0008% ácido nalidíxico SQR na concentração de 0,00055% (p/v),
(p/v) em hidróxido de sódio 0,1 M, exibe máximos em 258 hidróxido de sódio 0,01 M.
nm e 334 nm.
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
C. Secar o resíduo do teste A. de IdentiÞcação, a 105 °C declarada de ácido nalidíxico se dissolvem em 30 minutos.
por 2 horas. Temperatura de Fusão (5.2.2): em torno de
228 °C.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

CARACTERÍSTICAS Contagem do número total de micro-organismos


mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste Cumpre o teste.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste
DOSEAMENTO
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste
Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade
Uniformidade de dose unitária (5.1.6). Cumpre o teste do pó equivalente a 0,1 g de ácido nalidíxico para balão
volumétrico de 200 mL, adicionar 150 mL de hidróxido de
ENSAIOS DE PUREZA sódio M, agitar por 3 minutos e completar o volume com
o mesmo solvente. Deixar a solução em repouso por 15
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em minutos. Transferir 2 mL para balão volumétrico de 200 mL
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando e completar o volume com água. Preparar solução padrão
sílica-gel GF254 como suporte, e mistura de amônia 5 M, nas mesmas condições. Medir a absorvância da solução
cloreto de metileno e etanol (20:30:50), como fase móvel. resultante em 334 nm, utilizando hidróxido de sódio 0,01
Aplicar, separadamente, à placa, 10 —L de cada uma das M para ajuste do zero. Calcular o teor de ácido nalidíxico
seguintes soluções recentemente preparadas. na amostra, a partir das leituras obtidas. Alternativamente,
realizar os cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 494, em
Solução (1): dissolver quantidade de comprimido 334 nm, em hidróxido de sódio 0,01 M.
equivalente a 0,1 g de ácido nalidíxico em 50 mL de cloreto
a 582 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Em recipientes herméticos e protegidos da luz. Em recipientes bem fechados.

ROTULAGEM ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. Observar a legislação vigente.

ÁCIDO NALIDÍXICO SUSPENSÃO ORAL ÁCIDO PARAMINOBENZOICO


Acidum 4-aminobenzoicum
Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da
quantidade declarada de C12H12N2O3.

IDENTIFICAÇÃO
Transferir 5 mL da amostra para funil de separação,
adicionar 30 mL de água e 20 mL de carbonato de sódio
decaidratado a 10% (p/v). Homogeneizar. Extrair com
duas porções de 30 mL de clorofórmio. AcidiÞcar a
C7H7NO2; 137,14
solução aquosa com ácido clorídrico 5 M, adicionar 40 mL
ácido paraminobenzoico; 00098
de clorofórmio e agitar. Recolher a camada clorofórmica e
Ácido 4-aminobenzoico
transferir para funil de separação, lavar com 10 mL de água
[150-13-0]
e adicionar 0,5 mL de ácido clorídrico 5 M, Þltrar a camada
clorofórmica através de algodão e evaporar o Þltrado até
secura. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de
na faixa de 230 nm a 350 nm, da solução do resíduo a C7H7NO2, em relação à substância dessecada.
0,0008% (p/v) em hidróxido de sódio 0,1 M, exibe dois
máximos, em 258 nm e 334 nm. DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó cristalino ou agulhas brancas
CARACTERÍSTICAS
ou branco-amareladas, de sabor amargo. Escurece quando
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. exposto ao ar e à luz.

Solubilidade. Pouco solúvel em água, facilmente solúvel


TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA em etanol, solúvel em glicerol a quente, ligeiramente
solúvel em éter etílico, pouco solúvel em clorofórmio.
Contagem de micro-organismos viáveis (5.5.3.1.2). Facilmente solúvel em soluções de hidróxidos e carbonatos
Cumpre o teste. alcalinos e pouco solúvel em soluções de ácido clorídrico
SR.
Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste. Constantes físico-químicas

Faixa de fusão (5.2.2): 186,0 ºC a 189,5ºC.


DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de IDENTIFICAÇÃO
absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume ou
massa da suspensão oral, equivalente a 0,12 g de ácido A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
nalidíxico, para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar de 200 nm a 400 nm, de solução a 1% (p/v) em álcool
hidróxido de sódio 0,01 M, agitar e completar o volume isopropílico, exibe máximo em 288 nm. A absorvância em
com o mesmo solvente. Transferir 2 mL dessa solução para 288 nm é de, aproximadamente, 1,370.
balão volumétrico de 250 mL e completar o volume com
hidróxido de sódio 0,01 M. Filtrar, se necessário. Medir a B. Dissolver 0,05 g da amostra em mistura de 1 mL de
absorvância da solução resultante em 334 nm, utilizando hidróxido de sódio SR e 1 mL de água destilada. Junte,
hidróxido de sódio 0,01 M para o ajuste do zero. Calcular a nesta, ordem, 0,5 mL de iodeto de potássio SR, 0,5 mL de
quantidade de C12H12N2O3 na suspensão oral, considerando ácido clorídrico SR e 0,5 mL de hipoclorito de sódio SR.
A (1%,1 cm) = 494, em 334 nm, em hidróxido de sódio Forma-se precipitado de cor castanho.
0,01 M. C. Dissolver 0,01 g da amostra em 2 mL de ácido clorídrico
SR, aquecendo, se necessário. Resfriar a cerca de 10 ºC e
adicionar 1 mL de nitrito de sódio SR e, a seguir, 3 mL de
2-naftol SR. Forma-se coloração vermelha.
ENSAIOS DE PUREZA DESCRIÇÃO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 583
aa
Metais pesados (5.3.2.3). Suspender 1 g da amostra em 15 Características físicas. Pó esponjoso, branco e cristalino
mL de água destilada e adicionar quantidade de hidróxido ou cristais brancos, geralmente em forma de agulhas Þnas,
de amônio 6 M até dissolução. Adicione ácido acético SR inodoro e de sabor a princípio adocicado, passando a
até que a mistura Þque levemente ácida ao papel tornassol e azedo. O produto sintético é branco e inodoro. O obtido de
adicione mais 2 mL do mesmo ácido. Prosseguir conforme substâncias naturais é ligeiramente corado de amarelo ou
descrito em Método I. No máximo 0,002% (20 ppm). róseo e com leve odor de salicilato de metila.

Perda por dessecação (5.2.9). No máximo 0,2%. Solubilidade. Pouco solúvel em água, muito solúvel
em acetona, facilmente solúvel em etanol e éter etílico,
Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%. ligeiramente solúvel em clorofórmio e óleos graxos.

Constantes físico-químicas.
DOSEAMENTO
Faixa de Fusão (5.2.2): 158 °C a 161 °C.
Pesar exatamente cerca de 250 mg da amostra, previamente
dessecada, e transferir para erlenmeyer. Adicionar 5 mL
de ácido clorídrico e 50 mL de água destilada. Agitar até IDENTIFICAÇÃO
completa dissolução, aquecendo, se necessário. Resfriar
a cerca de 15 ºC, adicionar 25 g de gelo picado e titular Os testes de identiÞcação B. e C. podem ser omitidos se for
lentamente com nitrito de sódio 0,1 M SV até que uma gota realizado o teste A.
produza uma coloração azul ao ser tocada, em uma placa
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
de porcelana, por bastão de vidro umedecido pela solução
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de amido iodetado SI. A titulação estará terminada quando
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
a mistura estiver em repouso mais de 1 minuto e uma gota
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
reproduzir a coloração azul observada com a solução de
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
amido iodetado SI. Cada mL de nitrito de sódio 0,1 M SV
ácido salicílico SQR, preparado de maneira idêntica.
equivale a 13,714 mg de C7H7NO2.
B. Solubilizar 0,1 g da amostra, a frio, em ácido sulfúrico.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Adicionar alguns cristais de nitrato de sódio. Desenvolve-
se coloração vermelha.
Em recipientes bem fechados e opacos.
C. Adicionar a uma solução aquosa saturada da amostra
uma gota de cloreto férrico SR. Desenvolve-se coloração
ROTULAGEM roxa que, pela adição de hidróxido de amônio, se torna
pardo-esverdeada. Os ácidos minerais fortes, algumas
Observar a legislação vigente. bases e diferentes sais impedem esta reação.

CLASSE TERAPÊUTICA ENSAIOS DE PUREZA


Protetor tópico. Substâncias Facilmente Carbonizáveis. Dissolver 0,5 g
da amostra em 5 mL de ácido sulfúrico. Não se desenvolve
coloração nitidamente parda antes de 20 minutos.
ÁCIDO SALICÍLICO
Acidum salicylicum Fenol. Dissolver 0,5 g da amostra em 10 mL de carbonato
de sódio SR, agitar com 10 mL de éter etílico e deixar em
repouso até decantar a fase etérea. Dessecar a fase etérea
com sulfato de sódio anidro e Þltrar. Um volume de 5 mL
do Þltrado, abandonado à evaporação espontânea, deixa,
no máximo, 0,001 g de resíduo. Dissolver o resíduo em
água quente, adicionar hidróxido de amônio e algumas
gotas de hipoclorito de sódio SR. Desenvolve-se coloração
azul.
C7H6O3; 138,12
ácido salicílico; 00340 Cloretos (5.3.2.1). Dissolver, sob aquecimento, 1,5 g
Ácido 2-hidroxibenzoico da amostra em 75 mL de água destilada. Deixar resfriar,
[69-72-7] adicionar água destilada até completar o volume inicial
e Þltrar. Um volume de 25 mL do Þltrado não contem
Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 101,0% de mais cloreto do que o correspondente a 0,10 mL do ácido
C7H6O3, calculado em relação à substância dessecada. clorídrico 0,02 M. No máximo 0,014% (140 ppm).

Sulfatos (5.3.2.2). A 25 mL do Þltrado, obtido em


Cloretos, adicionar duas gotas de ácido clorídrico e cinco
a 584 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

gotas de cloreto de bário SR. A preparação obtida não é


mais opalescente que 0,1 mL de ácido sulfúrico 0,01 M. No
Solubilidade. Pouco solúvel em água, facilmente solúvel
em etanol e em éter etílico.
máximo 0,02% (200 ppm).
Constantes físico-químicas.
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 1 g da amostra em 25
mL de acetona. Adicionar 2 mL de água, 2 mL de tampão de Faixa de fusão (5.2.2): 132°C a 136°C.
acetato pH 3,5 e 1,2 mL de tioacetamida SR. Homogeneizar
e deixar em repouso por 5 minutos. A coloração produzida IDENTIFICAÇÃO
não é mais intensa do que a obtida na Preparação padrão,
preparada com 25 mL de acetona, 2 mL de Solução padrão O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
de chumbo (10 ppm) e tratada da mesma maneira que a realizados os testes B. e C.
amostra. No máximo 0,002% (20 ppm).
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da da amostra, dispersa em brometo de potássio apresenta
amostra. No máximo 0,5%. máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. observados no espectro de ácido sórbico SQR, preparado
No máximo 0,05%. de maneira idêntica.

B. Dissolver 50 mg em água e completar volume para 250


DOSEAMENTO mL. Diluir 2 mL desta solução para 200 mL com ácido
Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra e dissolver em clorídrico 0,1 M. O espectro de absorção no ultravioleta
25 mL de etanol, previamente neutralizado com hidróxido (5.2.14) na faixa de 230 a 350 nm da solução obtida exibe
de sódio 0,1 M. Utilizar fenolftaleína SI como indicador e máximo em 264 nm (± 2 nm).A absorvância em 264 nm é
titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV, até o aparecimento de 0,43 a 0,51.
de coloração rósea. Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M
C. Dissolver 0,2 g da amostra em 2 mL de etanol e adicionar
SV equivale a 13,812 mg de C7H6O3.
0,2 mL de água de bromo. A solução se descolore.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ENSAIOS DE PUREZA


Em recipientes bem fechados.
Aspecto da solução. Solução a 5% em etanol deve ser
límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
ROTULAGEM
Limite de aldeídos. Dissolver 1 g da amostra em uma
Observar a legislação vigente. mistura de 50 mL de álcool isopropílico e 30 mL de água,
ajustar a solução para pH 4,0 com ácido clorídrico 0,1 M
ou hidróxido de sódio 0,1 M e completar o volume para
CLASSE TERAPÊUTICA 100 mL com água. A 10 mL da solução, adicionar 1 mL de
Ceratolítico. fucsina descorada SR e deixar em repouso por 30 minutos.
A cor produzida não deve ser mais intensa que a obtida
em solução preparada pela adição de 1 mL de fucsina
ÁCIDO SÓRBICO descorada SR em mistura de 1,5 mL de solução padrão de
acetaldeído (100 ppm C2H4O), 4 mL de álcool isopropílico
Acidum sorbicum
e 4,5 mL de água. (0,15%, calculado como C2H4O).

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No


máximo 0,001% (10 ppm).

Água (5.2.20). Determinar em 2 g de substância. No


C6H8O2; 112,13
máximo 0,5%.
ácido sórbico; 00346
Ácido (2E,4E)-2,4-hexadienóico Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de
[110-44-1] substância. No máximo 0,2%.

Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de


DOSEAMENTO
C6H8O2, em relação à substância anidra.
Dissolver 0,1 g da amostra em 20 mL de etanol. Titular
DESCRIÇÃO com hidróxido de sódio 0,1 M SV, utilizando 0,2 mL de
fenolftaleína SI como indicador, até viragem para róseo.
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 11,213
branco. mg de C6H8O2.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO DOSEAMENTO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 585
aa
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e do calor Dissolver 0,150 g da amostra em 20 mL de água. Titular
excessivo. com hidróxido de sódio 0,1 M SV utilizando fenolftaleína
SI como indicador. 1 mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV
corresponde a 16,339 mg de C2HCl3O2.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
CLASSE TERAPÊUTICA
Conservante antimicrobiano, especialmente contra fungos ROTULAGEM
e leveduras.
Observar a legislação vigente.

ÁCIDO TRICLOROACÉTICO CATEGORIA


Acidum trichloraceticum
Tem ação cáustica.

ÁCIDO UNDECILÊNICO
Acidum undecylenicum

C2HCl3O2; 163,39
ácido tricloroacético; 00366
Ácido 2,2,2-tricloroacético C11H20O2; 184,28
[76-03-9] ácido undecilênico; 00367
Ácido 10-undecenóico
Contém no mínimo 98,0% e no máximo 100,5% de ácido [112-38-9]
tricloroacético.
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 102,0% de
DESCRIÇÃO C11H20O2.

Características físicas. Massa cristalina, branca ou cristais


DESCRIÇÃO
incolores muito deliquescentes.
Características físicas. Massa cristalina branca ou
Solubilidade. Muito solúvel em água, em etanol e em
amarelada e pálida ou, quando acima da temperatura de
cloreto de metileno.
congelamento, líquido incolor ou amarelo pálido.

IDENTIFICAÇÃO Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente


solúvel em etanol, éter etílico, óleos graxos e óleos
A. A 0,5 mL da solução obtida no Ensaio limite para cloretos essenciais.
adicionar 2 mL de piridina e 5 mL de solução concentrada
de hidróxido de sódio SR. Agitar energicamente e aquecer Constantes físico-químicas.
em banho-maria a 60-70°C durante 5 minutos. A fase
Densidade relativa (5.2.5): 0,910 a 0,913.
superior apresenta coloração vermelha intensa.

B. A solução obtida no Ensaio limite para cloretos é IDENTIFICAÇÃO


fortemente ácida.
A. A temperatura de congelamento (5.2.4) da amostra está
entre 21 °C e 24 °C.
ENSAIOS DE PUREZA
B. O índice de refração (5.2.6) da amostra, determinado a
Cloretos (5.3.2.1). Dissolver 2,5 g da amostra em água
(25,0 ± 0,5) °C, está entre 1,447 a 1,450.
e completar 25 mL com o mesmo solvente. Pipetar 5 mL
desta solução e completar 15 mL com água. A solução C. Dissolver 0,1 g da amostra em mistura de 2 mL de ácido
satisfaz ao Ensaio limite para cloretos. No máximo, 0,01% sulfúrico M e 5 mL de ácido acético glacial. Adicionar,
(100 ppm). gota a gota, 0,25 mL de permanganato de potássio SR. A
solução de permanganato de potássio se descolore.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo, 0,1 %,
determinadas em 1,0 g da amostra.
a 586 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA Água para injetáveis é obtida por destilação da água


adequadamente tratada, em equipamento cujas partes em
Ácidos solúveis em água. Adicionar 5 mL de água a 5 contato com a água são de vidro neutro, quartzo ou outro
mL de amostra, homogeneizar e Þltrar a camada aquosa material apropriado. Pode ser obtida também por processo
em papel de Þltro umedecido com água. Adicionar uma equivalente ou superior à destilação, na remoção de
gota de alaranjado de metila SI e titular com hidróxido de contaminantes químicos, micro-organismos e endotoxinas
sódio 0,01 M SV. Não mais que 1 mL de hidróxido de sódio bacterianas. O processo de obtenção deve ser validado.
0,01 M SV é necessário para se obter coloração idêntica à
produzida por uma gota de alaranjado de metila SI em 5 Para assegurar que a água atende aos requisitos de qualidade
mL de água. requeridos, sua produção deve ser monitorada por meio
de procedimentos validados, quanto aos parâmetros de
Índice de iodo (5.2.29.10). 131 a 138. condutividade elétrica, carbono orgânico total, endotoxinas
e contagem microbiana.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,001% (10 ppm). Água esterilizada para injeção. Água esterilizada para
injeção é a Água para injetáveis que, após esterilização, foi
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
armazenada em recipientes inertes, como o aço inox 316L
No máximo 0,15%.
polido, mantidos fechados, em temperatura de 80 – 85 °C e
sob recirculação, por um período máximo de 24 horas, em
DOSEAMENTO condições para assegurar que o produto ainda cumpre com
o teste para endotoxinas bacterianas. A água esterilizada é
Dissolver, exatamente, cerca de 0,75 g da amostra em 50 livre da adição de qualquer substância.
mL de etanol. Titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV,
utilizando 0,2 mL de fenolftaleína SI como indicador,
até viragem para róseo persistente por, no mínimo, 30 DESCRIÇÃO
segundos. Realizar ensaio em branco e fazer as correções
Características físicas. Líquido límpido, incolor, insípido
necessárias. Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV
e inodoro.
equivale a 18,428 mg de C11H20O2.

ENSAIOS DE PUREZA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cumpre com os testes descritos na monograÞa de Água
Em recipientes bem fechados e não metálicos, protegidos
puriÞcada.
da luz.
A água esterilizada para injeção cumpre com os testes
ROTULAGEM descritos na monograÞa de Água puriÞcada e com o teste
adicional apresentado abaixo.
Observar a legislação vigente.
Contaminação por partículas: partículas sub-visíveis
(5.1.7.1). Cumpre o teste A ou B, conforme o volume dos
CLASSE TERAPÊUTICA recipientes.
Antifúngico tópico.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

ÁGUA PARA INJETÁVEIS Contagem do número total de micro-organismos


mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Proceder conforme
Aqua ad injectabilia
descrito para substâncias solúveis em água em método
de Filtração por membrana ou outra metodologia que se
H2O; 18,02 revele igual ou superior a método farmacopeico validado.
água para injetáveis; 09320 Utilizar pelo menos 200 mL de amostra. No máximo 10
Água UFC/100 mL.
[7732-18-5]
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,25 UI
de endotoxinas por mL.
Água para injetáveis é o insumo utilizado na preparação
de medicamentos para administração parenteral, como A água esterilizada para injeção cumpre adicionalmente
veículo ou na dissolução ou diluição de substâncias ou de com o teste de Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2) e com o
preparações. Outros exemplos de aplicações farmacêuticas Teste de esterilidade (5.5.3.2.1).
são a fabricação de princípios ativos de uso parenteral, para
lavagem Þnal de equipamentos, tubulação e recipientes
usados em preparações parenterais e na limpeza de certos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
equipamentos. Armazenada e distribuída em condições adequadas para
assegurar a manutenção das propriedades físico-químicas
e microbiológicas exigidas.
ROTULAGEM
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Cálcio e magnésio. Adicionar 2 mL de tampão de cloreto


de amônio pH 10,0, 0,5 mL de negro de eriocromo T e 5 —L
587
aa
Observar a legislação vigente. de edetato de sódio 0,05 M em 100 mL da amostra. Uma
coloração azul límpida é produzida. No máximo 1 ppm.

ÁGUA PURIFICADA Cloretos. Adicionar 1 mL de ácido nítrico SR e 0,2 mL


Aqua purificata de nitrato de prata 0,1 M em 10 mL da amostra. A solução
não apresenta alterações na aparência por, pelo menos, 15
minutos.
H2O; 18,02
água puriÞcada; 09879 Nitratos. Transferir 5 mL de amostra para tubo de
Água ensaio imerso em água gelada, adicionar 0,4 mL de
[7732-18-5] solução de cloreto de potássio a 10% (p/v) e 0,1 mL de
difenilamina 0,1% (p/v). Gotejar, sob agitação, 5 mL de
ácido sulfúrico livre de nitrogênio. Transferir o tubo para
Água puriÞcada é a água potável que passou por algum
banho-maria a 50°C. Após 15 minutos, qualquer coloração
tipo de tratamento para retirar os possíveis contaminantes
azul desenvolvida na solução não é mais intensa do que
e atender aos requisitos de pureza estabelecidos nessa
a do padrão, preparada concomitantemente e da mesma
monograÞa. É preparada por destilação, troca iônica,
maneira, utilizando uma mistura de 4,5 mL de água livre
osmose reversa ou por outro processo adequado. Deve
de nitrato e 1 mL de solução padrão de nitrato 2 ppm em
estar livre da adição de quaisquer substâncias dissolvidas.
NO3, recém preparada. No máximo 0,00002% (0,2 ppm).
Geralmente é utilizada na preparação de medicamentos que
não requeiram água estéril nem apirogênica, destinados ao Sulfatos. Adicionar 0,1 mL de ácido clorídrico 2 M e 0,1
uso não parenteral. mL de solução aquosa de cloreto de bário 6,1% (p/v) em
10 mL da amostra. A solução não apresenta alterações na
DESCRIÇÃO aparência por pelo menos 1 hora.

Características físicas. Líquido límpido, incolor, insípido


e inodoro.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos
ENSAIOS DE PUREZA mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Proceder conforme
descrito para substâncias solúveis em água em método
Acidez ou alcalinidade. Adicionar 0,05 mL de vermelho de Filtração por membrana ou outra metodologia que se
de metila SI em 10 mL da amostra recentemente fervida revele igual ou superior a método farmacopeico validado.
e arrefecida em frasco de borossilicato. A solução não Utilizar pelo menos 200 mL de amostra. No máximo 100
desenvolve coloração vermelha. Adicionar 0,1 mL de UFC/mL.
solução de azul de bromotimol SI em 10 mL da amostra. A
solução não adquire coloração azul. Um outro teste que pode ser realizado em substituição ao
descrito acima é o da contagem de bactérias heterotróÞcas.
Substâncias oxidáveis. Ferver 100 mL da amostra com 10 No máximo 100 UFC/mL.
mL ácido sulfúrico M. Adicionar 0,2 mL de permanganato
de potássio 0,02 M SV e deixar em ebulição durante 5 Quando a água puriÞcada for coletada de reservatório
minutos. A solução remanescente é fracamente rosada. de acondicionamento, além da contagem do número
total de micro-organismos mesofílicos ou de bactérias
Condutividade da água (5.2.24). No máximo 1,3 ȝS/ heterotróÞcas, deve ser realizada a pesquisa de micro-
cm a 25,0ºC ± 0,5°C. O usuário deve deÞnir o limite organismos patogênicos (5.5.1.6.3): Ausência de coliformes
máximo adequado para a aplicação especíÞca (11.vol.1). totais, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa,
Alternativamente substitui os testes para amônio, cálcio e principalmente se a água for utilizada em produtos de uso
magnésio, cloretos, nitratos e sulfatos. tópico. Utilizar 100 mL de água no teste.

Carbono orgânico total (5.2.30). Alternativamente, A modalidade de água puriÞcada estéril, utilizada na
substitui o teste para substâncias oxidáveis. No máximo preparação de colírios e demais processos que não podem
0,50 mg/L. passar por esterilização Þnal por calor ou Þltração, deve
atender adicionalmente ao teste de esterilidade.
Amônio. Adicionar 1 mL de iodeto de potássio mercúrico
alcalino SR1 em 20 mL da amostra. Após 5 minutos,
examinar a solução no eixo vertical do tubo. A solução não EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
é mais intensamente colorida do que o padrão pela adição
Em recipientes inertes, tais como vidro ou aço inox 316L
de 1 mL de iodeto de potássio mercúrico alcalino SR1
polido, adequadamente identiÞcados, que assegurem as
a uma mistura de 4 mL de solução padrão de amônio (1
propriedades físico-químicas e microbiológicas exigidas.
ppm NH4) e 16 mL de água isenta de amônia. No máximo
0,00002% (0,2 ppm).
a 588 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Caso seja necessário estocar, a água puriÞcada deve ser


armazenada e distribuída em condições adequadas para
químicas e microbiológicas exigidas. Caso seja necessário
estocar, a água ultrapuriÞcada pode ser armazenada por
prevenir o crescimento microbiano e evitar qualquer outra no máximo 24 horas, e em condições adequadas para
contaminação. prevenir o crescimento microbiano e evitar qualquer outra
contaminação.
ROTULAGEM
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
IdentiÞcar corretamente o recipiente destinado a esse tipo
de água.
ÁGUA ULTRAPURIFICADA
Aqua ultra purificata
ALANINA
Alaninum
H2O; 18,02
água ultrapuriÞcada; 09880
Água
[7732-18-5]

Água ultrapuriÞcada é a água puriÞcada que passou por


tratamento adicional para retirar os possíveis contaminantes
e atender aos requisitos de pureza estabelecidos nessa
C3H7NO2; 89,09
monograÞa. É preparada pela complementação de um
alanina; 00451
conjunto de processos, como destilação, troca iônica,
L-Alanina
osmose reversa, dentre outros. Não possui substância
[56-41-7]
dissolvida. Geralmente é utilizada em aplicações
que requeiram água de alta pureza ou na maioria de
procedimentos laboratoriais de ensaio, que requeiram Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de
leituras em baixas concentrações ou que a pureza da água C3H7NO2, em relação à substância dessecada.
possa afetar a sensibilidade, a reprodutibilidade ou a
robustez do método analítico. DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
DESCRIÇÃO branco ou cristais incolores.
Características físicas. Líquido límpido, incolor, insípido
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, muito pouco
e inodoro.
solúvel em etanol, praticamente insolúvel em éter etílico.

ENSAIOS DE PUREZA Constantes físico-químicas.

Condutividade da água (5.2.24). No máximo 0,1 —S/cm Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +13,7º a +15,1º, em
a 25,0 oC ± 0,5 oC. relação à substância dessecada. Determinar em solução a
10% (p/v) em ácido clorídrico 6 M.
Carbono orgânico total (5.2.30). No máximo 0,050 mg/L.
Nota: Este ensaio é opcional. Deve ser empregado caso a
IDENTIFICAÇÃO
aplicação especíÞca requeira esse controle.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
Contagem do número total de micro-organismos nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Proceder conforme intensidades relativas daqueles observados no espectro de
descrito para substâncias solúveis em água em método alanina SQR, preparado de maneira idêntica.
de Filtração por membrana ou outra metodologia que se
revele igual ou superior ao método farmacopeico validado. B. A mancha principal do cromatograma da Solução
Utilizar pelo menos 200 mL de amostra. No máximo 1 (2), obtida em Substâncias detectáveis pela ninidrina,
UFC/100mL. corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
com a Solução (4).

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO C. A amostra responde ao teste de Poder rotatório


especíÞco em Constantes físico-químicas.
Em recipientes poliméricos ou de vidro, conforme
a aplicação, que assegurem as propriedades físico-
ENSAIOS DE PUREZA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de água e 0,3 g de óxido de magnésio. No máximo 0,02%


589
aa
(200 ppm).
Aspecto da solução. Dissolver 2,5 g da amostra em água
e completar para 50 mL com o mesmo solvente. Diluir 10 Cloretos (5.3.2.1). No máximo 0,05% (500 ppm).
mL desta solução para 20 mL com água. A solução obtida
é límpida (5.2.25) e não mais intensamente corada que a Ferro (5.3.2.4). Utilizar o Método III. No máximo 0,003%
Solução de referência de cor (5.2.12), preparada como (30 ppm).
descrito a seguir. Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. No máximo
Solução de referência de cor: misturar 2,4 mL de solução 0,0015% (15 ppm).
base de cloreto férrico, 1 mL de solução base de cloreto Sulfatos (5.3.2.2). No máximo 0,03% (300 ppm).
cobaltoso, 0,4 mL de solução base de sulfato cúprico e 6,2
mL de solução de ácido clorídrico a 1% (v/v). Misturar 5 Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
mL da solução obtida com 95 mL de ácido clorídrico a 1% amostra, em estufa a 100-105 °C, por 3 horas. No máximo
(v/v). 0,5%.
pH (5.2.19). 5,5 a 7,0. Determinar em solução a 5% (p/v). Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
Substâncias detectáveis pela ninidrina. Proceder
conforme descrito em CromatograÞa em camada delgada
(5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como suporte, e mistura DOSEAMENTO
de água, ácido acético glacial e 1-butanol (20:20:60), como
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 —L de cada Proceder conforme descrito em Titulações em meio
uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a não aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 80
seguir. mg da amostra e dissolver em 3 mL de ácido fórmico
anidro. Adicionar 30 mL de ácido acético glacial anidro
Solução (1): solução da amostra a 10 mg/mL em água. e titular com ácido perclórico 0,1 M SV. Determinar o
ponto Þnal potenciometricamente ou utilizar 0,1 mL
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 50 mL com de 1-naftolbenzeína SI até mudança de cor para verde.
água. Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 8,909
Solução (3): diluir 5 mL da Solução (2) para 20 mL com
mg de C3H7NO2.
água.

Solução (4): solução de alanina SQR a 0,2 mg/mL em água. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução (5): dissolver 10 mg de alanina SQR e 10 mg de Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
glicina SQR em água e diluir para 25 mL com o mesmo
solvente.
ROTULAGEM
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar com ninidrina SR. Aquecer a placa Observar a legislação vigente.
a 105 °C por 15 minutos e examinar imediatamente.
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com CLASSE TERAPÊUTICA
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
intensa que aquela obtida com a Solução (3) (0,5%). O Aminoácido.
teste somente é válido se o cromatograma obtido com a
Solução (5) apresenta duas manchas principais nitidamente
separadas. ALBENDAZOL
Albendazolum
Amônio. Preparar uma pequena câmara utilizando 2 vidros
de relógio de 60 mm de diâmetro, colocados bordo a bordo.
Aderir à parede interior do vidro de relógio superior, por
meio de algumas gotas de água, uma tira de papel de
tornassol vermelho de 5 mm × 5 mm. No vidro inferior
suspender 50 mg da amostra, Þnamente pulverizada, em
0,5 mL de água. Adicionar 0,3 g de óxido de magnésio,
misturar rapidamente com um bastão de vidro e fechar
a câmara juntando os dois vidros de relógio. Aquecer C12H15N3O2S; 265,33
a 40 °C por 15 minutos. O papel de tornassol não deve albendazol; 00458
adquirir coloração azul mais intensa que a de uma tira de Éster metílico do ácido [6-(propiltio)-1H-benzimidazol-2-
papel de tornassol vermelho de uma preparação realizada il]carbâmico
simultaneamente, e nas mesmas condições, com 0,1 mL [54965-21-8]
de solução de cloreto de amônio a 0,0296% (p/v), 0,5 mL
a 590 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de


C12H15N3O2S, em relação à substância dessecada.
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir

DESCRIÇÃO A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio não


aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,4 g da amostra, previamente
Características físicas. Pó cristalino, untuoso ao tato, dessecada, em 30 mL de ácido acético glacial. Aquecer se
branco ou quase branco, quase inodoro. necessário. Esfriar e adicionar cinco gotas de cloreto de
metilrosanilínio SI. Titular com ácido perclórico 0,1 M
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
SV, até coloração verde esmeralda. Realizar ensaio em
solúvel em ácido fórmico, solúvel em ácido acético glacial
branco e fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido
e ácido sulfúrico, pouco solúvel em clorofórmio, muito
perclórico 0,1 M SV equivale a 26,533 mg de C12H15N3O2S.
pouco solúvel em acetato de etila, acetona, álcool terc-
amílico, benzeno, cloreto de metileno, etanol, éter etílico, B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
álcool isopropílico, metanol e tolueno, insolúvel em de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente,
n-hexano e tetracloreto de carbono. Muito pouco solúvel cerca de 25 mg de amostra e dissolver em 25 mL de ácido
em ácido clorídrico 0,1 M e insolúvel em hidróxido de clorídrico a 2% (p/v) em metanol. Completar o volume para
sódio 0,1 M. 50 mL com água. Transferir 5 mL para balão volumétrico
de 50 mL e completar o volume com ácido clorídrico 0,1
Constantes físico-químicas.
M. Diluir, sucessivamente, em hidróxido de sódio 0,1
Faixa de fusão (5.2.2): 208 ºC a 209 ºC. M, até concentração de 0,0005% (p/v). Preparar solução
padrão na mesma concentração, utilizando os mesmos
solventes. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
IDENTIFICAÇÃO em 309 nm, utilizando hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da do zero. Calcular o teor de C12H15N3O2S na amostra a partir
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo das leituras obtidas.
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
albendazol SQR, preparado de maneira idêntica. Em recipientes bem fechados.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em


camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, ROTULAGEM
como suporte, e mistura de clorofórmio, ácido acético Observar a legislação vigente.
glacial e éter etílico (60:10:10), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa 10 —L de cada uma das soluções
recentemente preparadas, descritas a seguir. CLASSE TERAPÊUTICA

Solução (1): solução a 1% (p/v) de amostra em ácido Anti-helmíntico.


acético glacial.

Solução (2): solução a 1% (p/v) de albendazol SQR em ALBENDAZOL COMPRIMIDOS


ácido acético glacial.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar Contém, no mínimo 90,0% e, no máximo, 110,0% da
ao ar e examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha quantidade declarada de C12H15N3O2S.
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
cor e intensidade, àquela obtida com a Solução (2).
IDENTIFICAÇÃO
C. Dissolver, em tubo de ensaio, 10 mg de amostra em 5
mL de clorofórmio. Transferir 1 mL para tubo de ensaio A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
contendo 5 mL de ácido sulfúrico e quatro gotas de solução quantidade de pó equivalente a 10 mg de albendazol para
de formaldeído. Desenvolve-se coloração na interface. balão volumétrico de 50 mL e adicionar 25 mL de ácido
Após a agitação a camada sulfúrica também desenvolve clorídrico a 2% (v/v) em metanol. Agitar por 10 minutos,
coloração. completar o volume com o mesmo solvente e Þltrar. Diluir
o Þltrado até concentração de 0,001% (p/v) com o mesmo
solvente. Preparar solução padrão na mesma concentração.
ENSAIOS DE PUREZA O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) da solução
amostra, na faixa de 200 nm a 400 nm, exibe máximos e
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g de
mínimos somente nos mesmos comprimentos de onda da
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 4 horas. No
solução padrão.
máximo 0,5%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.


No máximo 0,2%.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

concentração de 0,0008% (p/v), utilizando hidróxido de


sódio 0,1 M como solvente. Preparar solução padrão na
591
aa
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. mesma concentração, utilizando os mesmos solventes.
Medir as absorvâncias das soluções em 308 nm, utilizando
hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a
CARACTERÍSTICAS
quantidade de C12H15N3O2S nos comprimidos, a partir das
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. leituras obtidas.

Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 15 minutos. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. ȝm); ßuxo da Fase móvel de 2,0 mL/minuto.

Fase móvel: solução de 0,5 g de fosfato de amônio


TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) monobásico em 1000 mL de mistura de água e metanol
(4:6).
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
Solução de padrão interno: pesar, exatamente, cerca de 150
Aparelhagem: pás, 50 rpm mg de parbendazol SQR. Transferir para balão volumétrico
de 50 mL, adicionar 5 mL de ácido sulfúrico a 1% (v/v) em
Tempo: 30 minutos
metanol e completar o volume com metanol.
Procedimento: após o teste, Þltrar e retirar alíquota de 10
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
mL do meio de dissolução, transferir para balão volumétrico
Transferir quantidade de pó equivalente a 100 mg de
de 250 mL e completar o volume com hidróxido de sódio
albendazol para balão volumétrico de 50 mL, adicionar 5
0,1 M. Transferir 90 mg de albendazol SQR para balão
mL de ácido sulfúrico a 1% (v/v) em metanol e 20 mL de
volumétrico de 250 mL, adicionar 10 mL de ácido clorídrico
metanol. Agitar por 15 minutos, completar o volume com
a 2% (v/v) em metanol e homogeneizar. Diluir com ácido
metanol e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado e 5 mL da
clorídrico 0,1 M até completar o volume. Transferir 5 mL
Solução de padrão interno para balão volumétrico de 50
desta solução para balão volumétrico de 200 mL e diluir
mL e completar o volume com metanol.
com hidróxido de sódio 0,1 M. Medir as absorvâncias
em 308 nm e 350 nm, utilizando o mesmo solvente para Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 100 mg de
o ajuste do zero. Calcular a quantidade de C12H15N3O2S, albendazol SQR e transferir para balão volumétrico de
dissolvido no meio, pela expressão: 22,5C (Aa/Ap), em que 50 mL, adicionar 5 mL de ácido sulfúrico a 1% (v/v) em
C é a concentração, em ȝg/mL, de albendazol na solução metanol e completar o volume com metanol. Transferir 5
padrão e Aa e Ap são as diferenças entre as absorvâncias a mL desta solução e 5 mL da Solução de padrão interno
308 nm e 350 nm, obtidas para a solução amostra e para a para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
solução padrão, respectivamente. com metanol.
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade A eÞciência da coluna não é menor que 4000 pratos
declarada de C12H15N3O2S se dissolvem em 30 minutos. teóricos/metro. A resolução entre albendazol e parbendazol
não é menor que 2,0. O desvio padrão relativo das áreas
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA de replicatas dos picos registrados não deve ser maior que
2,0%.
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
Cumpre o teste. C12H15N3O2S na solução amostra a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra em
relação à Solução de padrão interno.
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Em recipientes bem fechados.
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente
a 10 mg de albendazol para balão volumétrico de 50 ROTULAGEM
mL e adicionar 25 mL de ácido clorídrico a 2% (v/v)
Observar a legislação vigente.
em metanol. Agitar por 10 minutos, completar o volume
com água destilada e Þltrar. Diluir, sucessivamente, até a
a 592 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

A eÞciência da coluna não deve ser menor que 8000 pratos


teóricos/metro. O desvio padrão relativo das áreas de
ALBENDAZOL SUSPENSÃO ORAL
replicatas dos picos registrados não deve ser maior que 2%.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções


Albendazol suspensão oral é mistura de albendazol com
um ou mais agentes corantes, aromatizantes, tampões,
amostra e padrão, registrar os cromatogramas e medir
adoçantes e conservantes, em veículo aquoso. Contém,
as áreas dos picos. Calcular a quantidade, em mg, de
no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da quantidade
C H N O S em cada mL da suspensão oral, a partir das
declarada de C H N O S. 12 15 3 2
12 15 3 2 respostas obtidas para solução padrão e amostra.

IDENTIFICAÇÃO EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Diluir volume adequado da suspensão em mistura de Em recipientes bem fechados, a temperatura ambiente.
metanol e ácido clorídrico (99:1) para obter concentração
de 1 mg/mL. Filtrar, se necessário, transferir 1 mL do
Þltrado para balão volumétrico de 100 mL, completar o ROTULAGEM
volume com hidróxido de sódio 0,1 M e homogeneizar. O Observar a legislação vigente.
espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) da solução
resultante, na faixa de 200 a 400 nm, exibe máximos e
mínimos somente nos mesmos comprimentos de onda de ÁLCOOL BENZÍLICO
solução similar de albendazol SQR. Alcohol benzylicus

CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 4,5 a 5,5.

C7H8O; 108,14
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA álcool benzílico; 00471
Contagem do número total de micro-organismos Benzenometanol
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. [100-51-6]

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de


Cumpre o teste. C7H8O.

DOSEAMENTO DESCRIÇAO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido de Características físicas. Líquido oleoso, límpido e incolor.
alta eÞciência (5.2.17.4), utilizando cromatógrafo provido
de detector a 308 nm, coluna de 250 mm de comprimento Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, miscível
e 4 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica com etanol, éter etílico e clorofórmio.
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 —m); ßuxo Constantes físico-químicas.
da Fase móvel de 2,0 mL/minuto.
Densidade relativa (5.2.5): 1,042 a 1,047 g/mL.
Fase móvel: dissolver 11 g de fosfato de sódio monobásico
em 800 mL de água e adicionar 1200 mL de metanol. Índice de refração (5.2.6): 1,538 a 1,541. Determinar a 20 ºC.

Solução amostra: transferir para balão volumétrico de


100 mL volume da suspensão correspondente a 0,1 g de IDENTIFICAÇÃO
albendazol e completar o volume com mistura de metanol
O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
concentração de 100 Pg/mL, utilizando Fase móvel como
e ácido clorídrico (99:1). Diluir, sucessivamente, até a
amostra, dispersa entre placas de cloreto de sódio ou
brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
solvente. Filtrar, se necessário.
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 50 mg de mesmas intensidades relativas daqueles observados no
albendazol SQR. Transferir para balão volumétrico de espectro de álcool benzílico SQR, preparado de maneira
50 mL e completar o volume com a mistura de metanol idêntica.

concentração de 100 Pg/mL, utilizando Fase móvel como


e ácido clorídrico (99:1). Diluir, sucessivamente, até a
ENSAIOS DE PUREZA
solvente.
Limpidez da solução.
Solução de hidrazina: transferir 1 g de sulfato de hidrazina
para balão volumétrico de 100 mL, dissolver e completar o
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

até que a coloração amarela desapareça. Adicionar 5 mL


de amido SI e continuar a titulação, sob agitação vigorosa,
593
aa
volume com água. Homogeneizar. Deixar em repouso por até que a coloração azul desapareça. Realizar ensaio em
4 a 6 horas. branco (o volume gasto no branco não deve exceder 0,1
mL). O valor de peróxidos é igual a diferença entre os
Solução de metenamina: transferir 2,5 g de metenamina volumes (mL) de tiossulfato de sódio gastos na amostra e
para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 25 mL de no branco, multiplicado por 10 e dividido pela massa (g) da
água e agitar até dissolver. amostra. Não mais que 5.
Suspensão opalescente primária: transferir 25 mL da Limite de resíduos não voláteis. Evaporar 10 g da
Solução de hidrazina para o balão volumétrico de 100 mL amostra, em banho de água, e secar o resíduo a 105 ºC por
contendo a Solução de metenamina, completar o volume 1 hora. Esfriar em dessecador e pesar. O resíduo pesa não
com água e homogeneizar. Deixar em repouso por 24 mais que 5 mg: são encontrados não mais que 0,05% de
horas. (Esta suspensão é estável por 2 meses, se mantida resíduos não voláteis.
em frasco de vidro fechado e sem defeitos. A suspensão
pode aderir ao vidro e deve ser agitada antes do uso.)
DOSEAMENTO
Padrão de opalescência: transferir 15 mL da Suspensão
opalescente primária para balão volumétrico de 1000 Pesar, exatamente, cerca de 0,9 g de amostra, adicionar 15
mL, completar o volume com água e homogeneizar. (Esta mL de uma mistura recém-preparada de piridina e anidrido
solução não deve ser utilizada após 24 horas do preparo.) acético (7:1) e ferver em reßuxo por 30 minutos. Resfriar,
adicionar 25 mL de água e 0,25 mL de fenolftaleína SI
Suspensões de referência: transferir 5 mL do Padrão de e titular com hidróxido de sódio M SV. Realizar ensaio
opalescência para balão volumétrico de 100 mL, completar em branco. Calcular a porcentagem de C7H8O através da
o volume com água e homogeneizar, para obter a Suspensão fórmula:
de referência A. Transferir 10 mL do mesmo padrão para
outro balão volumétrico de 100 mL, completar com água
e homogeneizar, para obter a Suspensão de referência B.
sendo que, Va é o volume (mL) de titulante gasto para
Solução amostra: dissolver 2 g da amostra em 60 mL de a amostra, Vb é o volume (mL) de titulante gasto para
água. o branco e Ma é a massa (g) de álcool benzílico que foi
titulada.
Procedimento: transferir, separadamente, a mesma
quantidade da Solução amostra, Suspensão de referência
A, Suspensão de referência B e de água para tubos de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
vidro incolor e transparente, com diâmetro interno entre Em recipientes bem fechados.
15 mm e 25 mm, de forma a obter, aproximadamente, 40
mm de profundidade. Comparar as soluções, empregando
fundo escuro e luz incidente. A Solução amostra tem a ROTULAGEM
mesma claridade da água ou não é mais opalescente que a
Observar a legislação vigente.
Suspensão de referência A.

Cor da solução. Transferir, separadamente, a mesma CLASSE TERAPÊUTICA


quantidade da Solução amostra, obtida em Limpidez da
solução, e de água para tubos de vidro incolor e transparente, Anestésico local; antimicrobiano.
com diâmetro interno entre 15 mm e 25 mm, de forma
a obter, aproximadamente, 40 mm de profundidade. A
Solução amostra tem a mesma coloração da água. ÁLCOOL ETÍLICO
Acidez. Adicionar 1 mL de fenoltaleína SI a 50 mL de etanol
Alcohol ethylicus
e neutralizar com hidróxido de sódio 0,1 M. Dissolver 10
mL de amostra em 10 mL de etanol neutralizado e titular
com hidróxido de sódio 0,1 M, até que a coloração rósea
permaneça por não menos que 30 segundos. Não mais que
1 mL é consumido. C2H6O; 46,07
álcool etílico; 00475
Índice de peróxidos. Pesar, exatamente, cerca de 5 g Etanol
de amostra e transferir para um erlenmeyer de 250 mL. [64-17-5]
Adicionar 30 mL de uma mistura de ácido acético glacial
e clorofórmio (3:2), agitar e adicionar 0,5 mL de solução
Contém, no mínimo, 95,1% (v/v), correspondendo a
saturada de iodeto de potássio. Agitar por 1 minuto
92,55% (p/p), e, no máximo, 96,9% (v/v), correspondendo
e adicionar 30 mL de água. Titular lentamente com
a 95,16% (p/p) de C2H6O a 20 °C, calculado a partir da
tiossulfato de sódio 0,01 M SV, sob agitação constante,
densidade relativa empregando a tabela alcoométrica
(5.2.26). Para álcool etílico absoluto, contém, no mínimo,
a 594 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

99,5% (v/v) correspondendo a 99,18% (p/p) de C2H6O a 20


°C, calculado a partir da densidade relativa empregando a
Procedimento: transferir uma porção da Solução amostra
A e da Solução amostra B para tubos de vidro incolor e
tabela alcoométrica (5.2.26). transparente com diâmetro interno entre 15 mm e 25 mm,
de forma a obter aproximadamente 40 mm de profundidade.
Transferir para um tubo semelhante o mesmo volume de
DESCRIÇAO
Suspensão de referência A, Suspensão de referência B
Características físicas. Líquido incolor, límpido, volátil, e água e para outro tubo a mesma quantidade de água.
inßamável e higroscópico. Comparar as Soluções amostra A, Solução amostra B,
Suspensão de referência A, Suspensão de referência B e
Solubilidade. Miscível com água e com cloreto de água, empregando fundo escuro e luz. A Solução amostra
metileno. A e Solução amostra B têm a mesma claridade da água
ou não apresentam maior opalescência que a Suspensão de
Constantes físico-químicas referência A.
Densidade relativa (5.2.5): 0,805 a 0,812, determinada a Cor da solução (5.2.12).
20 °C. Para álcool etílico absoluto, não mais que 0,793,
determinada a 20 °C. Solução padrão estoque: combinar 3 mL de Solução base
cloreto férrico, 3 mL de Solução base cloreto de cobalto,
2,4 mL de Solução base sulfato cúprico e 1,6 mL de ácido
IDENTIFICAÇÃO
clorídrico diluído (10 mg/mL).
O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Solução padrão: transferir 1 mL da Solução padrão estoque
amostra apresenta máximos de absorção somente nos
para um balão volumétrico de 100 mL, completar o volume
mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
com ácido clorídrico diluído (10 mg/mL) e agitar. Utilizar
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
esta solução logo após o preparo.
etanol SQR.
Procedimento: transferir uma porção da Solução padrão
ENSAIOS DE PUREZA para um tubo de vidro incolor e transparente com
diâmetro interno entre 15 mm e 25 mm, de forma a obter
Limpidez da solução (5.2.25). aproximadamente 40 mm de profundidade. Transferir
para um tubo semelhante o mesmo volume de amostra e
Solução de hidrazina: transferir 1 g de sulfato de hidrazina para outro tubo a mesma quantidade de água. A Solução
para um balão volumétrico de 100 mL, dissolver e amostra A não tem coloração mais intensa que a Solução
completar o volume com água e agitar. Deixar em repouso padrão.
por 4 a 6 horas.
Acidez ou alcalinidade. Adicionar 20 mL de água isenta
Solução de metenamina: transferir 2,5 mg de metenamina de dióxido de carbono a 20 mL da amostra e adicionar
para um balão volumétrico de 100 mL, adicionar 25 mL de 0,1 mL de fenolftaleína SI. A solução deve ser incolor.
água e agitar até dissolver. Adicionar 1,0 mL de hidróxido de sódio 0,01 M. A solução
Suspensão opalescente primária: transferir 25 mL da torna-se rosa (30 ppm, expresso como ácido acético).
Solução de hidrazina para o balão volumétrico de 100 Absorção de luz. Registrar o espectro de absorção no
mL contendo a Solução de metenamina. Agitar e deixar ultravioleta da amostra entre 200 e 400 nm empregando
em repouso por 24 horas. (Esta suspensão é estável por cubeta de 1 cm de caminho óptico, utilizando água como
2 meses, se mantida em frasco de vidro fechado e sem branco. Absorvância máxima de 0,08 em 240 nm, 0,06
defeitos. A suspensão pode aderir ao vidro e deve ser entre 250 e 260 nm e 0,02 entre 270 e 340 nm.
agitada antes do uso.)
Limite de resíduos não voláteis. Evaporar 100 mL de
Padrão de opalescência: transferir 15 mL da Suspensão amostra em banho de água e secar o resíduo a 105 °C por
opalescente primária para um balão volumétrico de 1000 1 hora. Esfriar em dessecador e pesar. O resíduo pesa não
mL, completar o volume com água e agitar. (Esta solução mais que 2,5 mg. No máximo 0,025%.
não deve ser utilizada após 24 horas do preparo.)
Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme
Suspensões de referência: transferir 5 mL do Padrão descrito em CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar
de opalescência para um balão volumétrico de 100 cromatógrafo provido de detector de ionização de chamas;
mL, completar o volume com água e agitar para obter a coluna capilar de 30 m de comprimento e 0,53 mm de
Suspensão de referência A. Transferir 10 mL para outro diâmetro interno, preenchida com fase estacionária ligada
balão de 100 mL, completar com água e agitar para obter a a cianopropilfenil (6%) e dimetilpolisiloxano (94%), com
Suspensão de referência B. espessura de 1,8 —m; temperatura da coluna de 40 °C a
Solução amostra A: amostra a ser examinada. 240 °C (40 °C mantida durante 12 minutos após a injeção,
aumentada a 240 °C de 12 a 32 minutos e mantida a 240
Solução amostra B: diluir 1 mL da Solução amostra A para °C durante o período de 32 a 42 minutos), temperatura do
20 mL de água e deixar em repouso por 5 minutos antes injetor 200 ºC e temperatura do detector a 280 °C; utilizar
do uso.
hélio a 35 cm/s como gás de arraste e razão de split de 1:20;
ßuxo do gás de arraste de 1 mL/minuto.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

BT = área sob o pico de benzeno obtido do cromatograma


da Solução padrão D.
595
aa
Solução amostra A: amostra de álcool etílico a ser testada. Desconsiderar quaisquer picos com área menor que 0,03
vezes a área sob o pico correspondente ao 4-meitlpentan-
Solução amostra B: transferir 150 —L de 4-metilpentan-2- 2-ol no cromatograma obtido da Solução amostra B
ol para um balão volumétrico de 100 mL e completar com (9 ppm). A área sob o pico correspondente ao metanol
a amostra. Homogeneizar. Transferir 10 mL dessa solução no cromatograma da Solução amostra A não pode ser
para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume maior que a metade da área sob o pico correspondente
com a amostra. Homogeinizar. no cromatograma da Solução padrão A. A quantidade de
acetaldeído encontrada na Solução amostra A não deve ser
Solução padrão A: transferir 100 —L de metanol para
maior que 10 ppm. A quantidade de benzeno encontrada na
balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
Solução amostra A não deve ser maior que 2 ppm. O total
a amostra. Homogeneizar. Transferir 5 mL dessa solução
de impurezas obtidas no cromatograma da Solução amostra
para um balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
B não pode ser maior que a área correspondente ao pico de
com a amostra. Homogeneizar.
4-metilpentan-2-ol, obtido no mesmo cromatograma.
Solução padrão B: transferir 50 —L de metanol e 50 —L de
acetaldeído para balão volumétrico de 50 mL e completar DOSEAMENTO
com a amostra. Homogeneizar. Transferir 100 —L dessa
solução para balão volumétrico de 10 mL e completar o Determinar a quantidade de C2H6O a 20 °C, a partir da
volume com a amostra. Homogeneizar. densidade relativa empregando a tabela de alcoometria
(5.2.26).
Solução padrão C: transferir 150 —L de acetal para um
balão volumétrico de 50 mL e completar com a amostra.
Homogeneizar. Transferir 100 —L dessa solução para EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com a
amostra. Homogeneizar. Em recipientes bem fechados.

Solução padrão D: transferir 100 —L de benzeno para


ROTULAGEM
balão volumétrico de 100 mL e completar com a amostra.
Homogeneizar. Transferir 100 —L dessa solução para Observar a legislação vigente.
balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com a
amostra. Homogeneizar.

Injetar, separadamente, 1 —L da Solução amostra e


ALECRIM ÓLEO VOLÁTIL
da Solução padrão no cromatógrafo a gás. Obter os Oleum rosmarini aetheroleum
cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Calcular
a soma de todos as quantidades de acetaldeído e acetal, Rosmarinus ofÞcinalis L. - LAMIACEAE
expressos como acetaldeído, pela seguinte fórmula:
O óleo volátil de alecrim é obtido por arraste à vapor
Acetaldeído (ppm) = [(10 x AE)/(AT – AE)] + [(30 x CE)/ d’água das sumidades ßoridas.
(CT – CE)]

em que CARACTERÍSTICAS
AE = área sob o pico de acetaldeído obtido do cromatograma Características organolépticas. Líquido incolor ou de cor
da Solução amostra A; levemente amarelo-esverdeado, de odor forte característico
AT = área sob o pico de acetaldeído obtido do cromatograma e sabor aromático, canforáceo e amargo.
da Solução padrão B;
CE = área sob o pico de acetal obtido do cromatograma da IDENTIFICAÇÃO
Solução amostra A;
CT = área sob o pico de acetal obtido do cromatograma da A. Proceder conforme descrito em PerÞl cromatográÞco.
Solução padrão C. Preparar a Solução amostra e a Solução padrão como
descrito a seguir.
Calcular a quantidade de benzeno pela seguinte fórmula:
Solução amostra: dissolver 0,2 mL do óleo volátil de
Benzeno (ppm) = (2BE)/(BT – BE) alecrim em 1 mL de n-hexano. Armazenar sob refrigeração,
em frasco hermeticamente fechado e ao abrigo da luz.
em que
Solução padrão: dissolver 50 —L de 1,8-cineol (eucaliptol),
BE = área sob o pico de benzeno obtido do cromatograma 30 mg de acetato de bornila e 10 mg de borneol em 10
da Solução amostra A; mL de n-hexano. Armazenar sob refrigeração, em frasco
hermeticamente fechado e ao abrigo da luz.
a 596 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Os tempos de retenção dos picos característicos do


cromatograma da Solução amostra, deverão ser similares
PERFIL CROMATOGRÁFICO

àqueles obtidos com o cromatograma da Solução padrão Proceder conforme descrito em CromatograÞa a gás
ou a identiÞcação conÞrmada com a cromatograÞa gasosa (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo provido de detector de
acoplada a detector seletivo de massas (Figura 1). ionização de chamas, utilizando mistura de nitrogênio,
hidrogênio e ar sintético (1:1:10) como gases auxiliares à
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em chama do detector; coluna capilar de 60 m de comprimento
camada delgada (5.2.17.1), utilizando cromatoplaca de e 0,25 mm de diâmetro interno, preenchida com
sílica-gel GF254, com espessura de 250 —m, como suporte, polietilenoglicol, com espessura de Þlme de 0,25 —m. A
e cloreto de metileno, como fase móvel. Aplicar na temperatura do injetor deverá ser ajustada para 200 °C,
cromatoplaca, separadamente, em forma de banda, 10 —L a temperatura do detector para 240 °C e a temperatura
de cada uma das soluções descritas a seguir. da coluna programada para iniciar em 50 °C durante 10
minutos, com incremento de 50 °C a 200 °C a 2 °C por
Solução (1):diluir 0,5 mL da amostra a ser examinada minuto e manter a 200 °C durante 25 minutos (total: 110
em acetato de etila e completar o volume com o mesmo min). Usar hélio puriÞcado como gás de arraste (1 mL/
solvente para 10 mL. minuto).
Solução (2): dissolver 50 mg de borneol, 50 mg de acetato Solução amostra: dissolver 0,2 mL do óleo volátil de
de bornila e 100 —L de 1,8-cineol em acetato de etila e alecrim em 1 mL de n-hexano. Armazenar sob refrigeração,
completar o volume com o mesmo solvente a 10 mL. em frasco hermeticamente fechado e ao abrigo da luz.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Solução padrão: dissolver 10 mg de canfeno, 50 —L de
secar ao ar. Nebulizar com uma solução de p-anisaldeido, 1,8-cineol (eucaliptol), 50 mg de cânfora, 30 mg de acetato
seguida de aquecimento em estufa a 100 °C - 105 ºC de bornila e 10 mg de borneol em 10 mL de n-hexano.
durante 10 minutos. O cromatograma obtido com a Solução Armazenar sob refrigeração, em frasco hermeticamente
(2), deverá apresentar no terço inferior da placa uma fechado e ao abrigo da luz.
mancha de coloração verde intenso com borda amarelada
(borneol) e no terço mediano duas manchas de intensidade Procedimento: injetar volume de 1 —L da Solução amostra
média, sendo uma de coloração violeta (cineol) e outra de e da Solução padrão no cromatógrafo a gás, utilizando
coloração verde com borda amarelada (acetato de bornila). divisão de ßuxo de 1:50 e a concentração relativa obtida
O cromatograma da Solução (1) deverá apresentar duas por integração eletrônica pelo método de normalização.
manchas de coluração verde com borda amarelada, sendo
uma de intensidade mediana, correspondente ao borneol Examinar o cromatograma obtido através do perÞl
e outra de baixa intensidade, correspondente ao acetato cromatográÞco da Solução amostra. Os picos característicos
de bornila. Uma mancha violeta intensa, corresponde ao no cromatograma obtido com a Solução amostra deverão
cineol. No terço superior da placa deverá aparecer uma ter tempos de retenção similares àqueles obtidos com
mancha vermelha intensa. o cromatograma da Solução padrão ou a identiÞcação
conÞrmada com a cromatograÞa gasosa acoplada a detetor
seletivo de massas operando nas mesmas condições que a
ENSAIOS DE PUREZA cromatograÞa a gás com detetor por ionização de chama
(Figura 1).
Densidade relativa (5.2.29.1). A 20°, no mínimo, 0,894 e,
no máximo, 0,912. O cromatograma, poderá ainda, apresentar os seguintes
compostos: acetato de bornila, borneol, ȕ-pineno,
Índice de refração (5.2.29.4). A 20 °C, no mínimo, 1,460
ȕ-mirceno, limoneno, p-cimeno, Į-terpineol e verbenona.
e, no máximo, 1,476.
VeriÞcar a presença, no cromatograma obtido com a
Poder rotatório (5.2.29.5). No mínimo, -5° e, no máximo,
Solução amostra, o teor mínimo dos seguintes compostos:
+15°.
Į-pineno: 9%; canfeno: 2,5%; cineol: 16% e cânfora: 5%.
Índice de acidez (5.2.29.7). No máximo 1%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes de vidro hermeticamente fechados, ao
abrigo da luz e do calor.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 597
aa

Figura 1 – Cromatograma ilustrativo obtido com o óleo volátil de


Rosmarinus officinalis L por cromatografia gasosa acoplada a detector de massas.
a 598 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

tarada, e umedecer com ácido sulfúrico diluído. Aquecer,


cautelosamente, até o enegrecimento e a seguir aumentar o
ALGODÃO PURIFICADO E
calor até incineração completa; o resíduo não deve exceder
ESTERILIZADO
0,2%.

Substâncias Corantes. Colocar 10 g em um percolador de


Algodão hidróÞlo. Algodão absorvente.
diâmetro estreito e proceder à sua extração lentamente com
O algodão puriÞcado é constituído por pêlos das sementes etanol, até que o percolato atinja 50 mL; observando sobre
de diversas variedades cultivadas do gênero Gossypium fundo branco, em uma coluna de 20 cm de altura, o líquido
(Malvaceae), alvejadas, bem cardados, privados (isentos) poderá apresentar leve coloração amarelada, porém, nunca
de matérias gordurosas, resinosas e outras impurezas verde ou azul.
capazes de absorver água.
Substâncias Gordurosas. Colocar cerca de 10 g,
O algodão puriÞcado, quando impregnado de substâncias exatamente pesados, em um extrator de Soxhlet e proceder
medicamentosas, deve apresentar concentração à sua extração com éter etílico, regulando o aquecimento
uniformemente distribuída. Não deve conter substâncias de modo a obter, no mínimo, 4 sifonagens por hora.
ou concentrações capazes de provocar acidentes tóxicos ou Continuar a extração por durante 5 horas. O extrato etéreo
reacionais. não deve apresentar vestígios de coloração azul, verde ou
acastanhada. Evaporar o extrato até à secura, aquecer a 105
°C, durante uma hora, resfriar em um dessecador e pesar; o
CARACTERÍSTICAS resíduo não deve exceder a 0,7%.
Aspecto. Pêlos Þnos e de cor branca, suave ao tato e Substâncias Hidrossolúveis. Colocar cerca de 10 g,
de consistência frouxa, sem grumos e sem quaisquer exatamente pesados, em um frasco de precipitação com
impurezas; o algodão puriÞcado é inodoro e insípido. 1000 mL de água destilada e ferver brandamente durante 30
Apresenta ao exame microscópico somente Þbras Þnas, minutos, adicionando água destilada, quando necessário,
ocas, achatadas, retorcidas, estriadas, ligeiramente para manter o volume aproximadamente constante.
espessadas nas bordas. Transferir o conteúdo para outro recipiente, retirando o
Comprimento da fibra. Determinar o comprimento excesso de água retido pelo algodão, comprimindo com
da Þbra depois de colocar o algodão, livre (isento) de um bastão de vidro. Lavar o algodão duas vezes, com
envoltórios, durante 4 horas em atmosfera 65% ± 2% de porções de 250 mL de água destilada fervente, espremendo
umidade relativa, na temperatura de 21 °C ± 1 °C; no após cada lavagem. Filtrar os líquidos da extração e de
mínimo 60%, em peso, das Þbras devem medir 12,5 mm ou lavagem, lavar o Þltro com água quente e evaporar o
mais, sendo permitido até 10% em peso, de Þbras medindo Þltrado até cerca de 50 mL. Transferir o concentrado para
6 mm ou menos. uma cápsula de porcelana, previamente tarada, lavar o
recipiente que o conteve com água destilada e reúna nessa
Poder absorvente. Proceder conforme é indicado na cápsula os líquidos de lavagem. Evaporar até a secura; o
determinação do poder absorvente do algodão, depois resíduo dessecado a 105 °C, até peso constante, não deve
de colocar o algodão, durante 4 horas, nas condições ser superior a 0,25%.
atmosféricas acima indicadas; a absorção deverá ser
completa em 10 segundos e o algodão deverá reter, no Outras Substâncias Estranhas. Porções de algodão
mínimo, 24 vezes seu peso de água. hidróÞlo retiradas da embalagem original não devem
apresentar manchas de óleo, partículas metálicas ou
Solubilidade. É insolúvel nos solventes comuns e solúvel quaisquer outras substâncias estranhas.
no sulfato cúprico amoniacal SR.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
ENSAIOS DE PUREZA
Esterilidade (5.5.3.2.1). O algodão hidróÞlo deve ser
Acidez ou alcalinidade. Colocar cerca de 10 g em um esterilizado nas embalagens apresentadas ao consumo.
frasco de precipitação contendo 100 mL de água destilada Quando expressamente declarado estéril ou esterilizado,
recentemente fervida e resfriada sem agitação. Comprimir deve satisfazer às exigências especiÞcadas nas provas de
o algodão com um bastão de vidro, espremer e transferir esterilidade para sólidos.
alíquotas de 25 mL para duas cápsulas de porcelana.
Adicionar a uma das cápsulas uma gota de alaranjado de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
metila SI e à outra, 3 gotas de fenolftaleína SI; não deve
produzir-se coloração rósea ou vermelha. Em rolos de peso não superior a 500 g, em camada
contínua, em papel apropriado, cuja largura e comprimento
Determinação da perda por dessecação (5.2.9). O possibilitem serem dobrados, no mínimo, 25 mm sobre
algodão puriÞcado, dessecado a 100 °C, não deve perder as margens da camada de algodão. Os rolos devem
mais que 8% de seu peso. receber um segundo envoltório que ofereça uma proteção
Determinação de cinzas sulfatadas (5.2.10). Colocar completa contra poeiras. O algodão puriÞcado quando
cerca de 5 g, exatamente pesados, em uma cápsula declarado estéril ou esterilizado, deverá ser acondicionado
de modo que sua esterilidade seja protegida contra uma
contaminação posterior.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

epidérmicas, com cutícula mostrando uma leve projeção na


região do ostíolo. A câmara subestomática possui tamanho
599
aa
correspondente a uma ou duas camadas de células do
Poderá, também, ser acondicionado de outra forma e em clorênquima. A secção transversal da lâmina foliar mostra
outros tipos de embalagem, desde que sejam preservadas duas zonas distintas, a mais externa verde e a mais interna
as condições de esterilidade exigidas para o produto. incolor e mucilaginosa. Abaixo da epiderme pode ocorrer
uma primeira camada distinta de células clorenquimáticas,
ROTULAGEM em forma de paliçada, e várias camadas (13 a 18) de
células clorenquimáticas, arredondadas ou irregularmente
Observar a legislação vigente. O rótulo deve conter o nome poliédricas (poligonais), ricas em cloroplastídeos e amido,
do fabricante, o peso líquido e tratando-se de algodão além de idioblastos contendo feixes de ráÞdes de oxalato
impregnado de substâncias medicamentosas, a fórmula de cálcio. Frequentemente não se observa distinção de
empregada. forma entre as camadas do clorênquima. A quantidade de
cloroplastídeos e de amido diminui nas células próximas
ao parênquima aquífero. Na zona de contato entre o
CATEGORIA
clorênquima e o parênquima aqüífero ocorrem feixes
Adjuvante de uso em unidades de saúde em geral. vasculares, do tipo colateral, alternados com 3 a 5 células
do clorênquima. Na região da margem foliar este número
de células clorenquimáticas pode ser maior. Os feixes
ALOE vasculares dispõem-se em linha paralela à epiderme
Aloe vera folium e são separados dela por 10 a 16 camadas de células
clorenquimáticas. A porção superior de cada feixe encontra-
se em contato com o clorênquima e as porções mediana
Aloe vera (L.) Burm.f. - ASPHODELACEAE e inferior penetram no parênquima aqüífero. Os feixes
vasculares são envolvidos por uma bainha parenquimática
A droga vegetal é constituída pelas folhas frescas, formada por células pequenas, hexagonais, contendo
contendo gel incolor, mucilaginoso, obtido das células amido. Internamente a esta camada e próximo ao ßoema,
parenquimáticas, constituído de, no mínimo, 0,3% de encontra-se uma agrupamento de 3 a 5 células muito
carboidratos totais. grandes, além de outras menores, poliédricas, um pouco
alongadas em direção ao eixo da folha, e de paredes Þnas,
NOME POPULAR chamadas células aloéticas ou tecido aloífero, repletas de
látex amarelo, viscoso, denominado de líquido aloético ou
Babosa. suco de aloe. No momento em que a folha é seccionada
transversalmente há o extravasamento do líquido aloético
proveniente de cada feixe. O ßoema é externo e pouco
CARACTERÍSTICAS
desenvolvido, e o xilema é formado por 2 a 4 elementos
Características organolépticas. A droga apresenta sabor traqueais com algumas Þbras. No bordo da lâmina algumas
ligeiramente amargo, sendo incolor e inodora. células podem apresentar paredes mais espessadas. O
parênquima fundamental é do tipo aqüífero, ocupando
geralmente 75% da espessura da lâmina, sendo formado
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA por células muito grandes em relação às do clorênquima,
incolores, de paredes Þnas, cheias de mucilagem, dispostas
Folhas suculentas, lanceoladas, agudas, verde-glaucas,
perpendicularmente à epiderme. Células com ráÞdes de
com manchas esbranquiçadas quando jovens, medindo
oxalato de cálcio também ocorrem neste parênquima.
de 15 cm a 60 cm de comprimento e cerca de 7 cm na
base na face adaxial e 10 cm na face abaxial, quando
adultas. A face adaxial vista em secção transversal, é IDENTIFICAÇÃO
côncava e a face abaxial convexa. Os bordos foliares são
dentado-espinhosos, apresentando acúleos esbranquiçados Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
pequenos, perpendiculares à lâmina. delgada (5.2.17.1), utilizando cromatoplaca de sílica-gel
GF254, com espessura de 250 mm, como fase estacionária,
e mistura de tolueno e acetato de etila (90:10), como fase
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma de barra,
20 —L da Solução (1) e 10 —L da Solução (2) recentemente
A folha, em secção transversal, mostra estrutura
preparadas, descritas a seguir.
isobilateral. Apresenta uma única camada epidérmica,
recoberta externamente de espessa cutícula ondulada. As Solução (1): transferir 2 mL de gel líquido de aloe para
células desta camada são achatadas tangencialmente, sendo balão volumétrico de 5 mL, completar o volume com
que algumas apresentam maior comprimento do que altura, metanol e aquecer em banho-maria (60 °C) sob agitação
enquanto que em outras estes parâmetros se aproximam. Em durante 10 minutos.
vista frontal, as células mostram-se redondo-poligonais. A
folha é anÞestomática e os estômatos numerosos, do tipo Solução (2): dissolver 2 mg de ȕ-sitosterol SQR em 1 mL
tetracítico, dispondo-se ao mesmo nível das demais células de metanol.
a 600 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e secar


ao ar. Nebulizar a placa com anisaldeído SR e deixar em
solução de fenol a 5% (p/v) e 2 mL de ácido sulfúrico
concentrado. Agitar bem e deixar em repouso a temperatura
estufa entre 100 °C e 105 °C, durante 5 a 10 minutos. O ambiente por 30 minutos.
cromatograma obtido com a Solução (1) apresenta uma
mancha principal de coloração azulada, na mesma altura Soluções para curva analítica: preparar solução padrão
que a obtida com a Solução (2), (Rf 0,31 aproximadamente). de glicose 0,2 mg/mL. Transferir alíquotas de 25, 50, 100,
150, 200 e 250 —L desta solução para tubos de ensaio e
completar o volume para 0,5 mL com água, obtendo-se as
DOSEAMENTO seguintes concentrações 10; 20; 40; 60; 80 e 100 —g/mL, e
deixar em banho de gelo. Adicionar 0,5 mL de solução de
Carboidratos totais
fenol a 5% (p/v) e 2 mL de ácido sulfúrico concentrado.
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Agitar bem e deixar em repouso a temperatura ambiente
absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas por 30 minutos.
a seguir.
Medir a absorvância da Solução amostra e das Soluções
Solução estoque: transferir 3 mL de gel líquido de aloe para para curva analítica em 490 nm (5.2.14), 30 minutos após
balão volumétrico de 100 mL, completar o volume com o seu preparo, utilizando a Solução branco para o ajuste
água. Homogeneizar por turbolização durante 5 minutos. do zero. Calcular o teor de carboidratos totais da amostra
a partir da equação da reta obtida com as Soluções para
Solução amostra: transferir 0,2 mL da Solução estoque para curva analítica da glicose. O resultado é expresso em
tubo de ensaio, completar o volume para 0,5 mL com água percentagem de carboidratos totais, calculados como
e deixar em banho de gelo. Adicionar 0,5 mL de solução glicose, por 100 mL de droga.
de fenol a 5% (p/v) e 2 mL de ácido sulfúrico concentrado.
Agitar bem e deixar em repouso a temperatura ambiente
por 30 minutos.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
Solução branco: transferir 0,5 mL de água para tubo de
ensaio e deixar em banho de gelo. Adicionar 0,5 mL de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 601
aa

Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópicos em Aloe vera L. Burm. f.


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 6 cm, em B a 2 cm; em C, D e F a 100 —m e em E 1 mm.

A - aspecto geral da planta sem a inßorescência.B - aspecto geral de uma folha.C - vista frontal da epiderme voltada para a face adaxial; estômatos
(es).D - vista frontal da epiderme voltada para a face abaxial; estômatos (es).E - aspecto geral da folha em secção transversal; clorênquima (cl); cutícula
(cu); epiderme (ep); parênquima aqüífero (pa); feixe vascular (fv).F - detalhe da porção assinalada em E; célula aloífera (cal); clorênquima (cl); cutícula
(cu); epiderme (ep); estômato (es); ßoema (f); feixe vascular (fv); grão de amido (ga); parênquima aqüífero (pa); ráÞdes (r); xilema (x).
a 602 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

a 110 ºC, durante cinco minutos. Desenvolve-se uma


ALOE EXTRATO SECO mancha de ßuorescência violeta situada imediatamente
Aloe capensis extractum siccum abaixo da mancha correspondente à barbaloína.

B. Dissolver a droga pulverizada em ácido nítrico.


Aloe ferox Mill., Aloe africana Mill. e Aloe spicata Baker Desenvolve-se efervescência, sendo obtida uma solução
– ASPHODELACEAE de coloração pardo-avermelhada a parda.

A droga vegetal é constituída do suco espesso proveniente C. Num frasco com rolha, misturar 1 g da droga, Þnamente
das folhas, dessecado por meio de calor, e pertence às pulverizada, com 25 mL de água e agitar, de vez em quando,
espécies acima ou a seus híbridos interespecíÞcos, ou durante duas horas. Filtrar, lavar o Þltrado e o resíduo com
ainda, da mistura delas. A droga seca é constituída de, no quantidade suÞciente de água de modo a obter 100 mL. A
mínimo, 18% de derivados hidroxiantracênicos, expressos coloração do Þltrado, observado através do corpo de um
em barbaloína. balão de 100 mL, é amarelo-esverdeada com o aloe-do-
cabo. O Þltrado escurece com o tempo.
NOME POPULAR D. A 5 mL do Þltrado obtido no teste C. de IdentiÞcação,
acrescentar 45 mL de água e 20 mL de solução de tetraborato
Aloe-do-cabo. de sódio a 5% (p/v). É desenvolvida ßuorescência amarelo-
esverdeada ou verde-amarelada que, com o tempo, passa a
CARACTERÍSTICAS alaranjado-amarelada (barbaloína).

Características organolépticas. A droga apresenta odor


acre, desagradável, característico, e sabor muito amargo, ENSAIOS DE PUREZA
nauseante. Substâncias insolúveis em álcool. Pesar, exatamente,
Solubilidade. Parcialmente solúvel em água fervente, cerca de 1 g da droga vegetal e transferir para um balão
solúvel em etanol quente e praticamente insolúvel em éter contendo 50 mL de etanol. Aquecer a mistura e mantê-la,
etílico. moderadamente, em ebulição durante 15 minutos, repondo
o etanol evaporado. Deixar esfriar e agitar a mistura, de vez
em quando, durante uma hora. Filtrar com papel de Þltro
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA pequeno, dessecado e tarado, e lavar o resíduo com etanol
até que os líquidos de lavagem passem incolores. Dessecar
Massas irregulares, de coloração castanho-escura,
este resíduo a 105 °C, até peso constante, e pesar. O peso
com reßexos esverdeados, de fratura lisa e vítrea. Seus
encontrado deve ser inferior a 10,0%.
fragmentos são translúcidos nos bordos, muito friáveis,
originando um pó amarelo. Água (5.4.2.3). No máximo 12,0%.

Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 4,0%.


IDENTIFICAÇÃO
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em DOSEAMENTO
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
com espessura de 250 —m, como suporte, e mistura de água, Derivados hidroxiantracênicos
metanol e acetato de etila (13:17:100), como fase móvel.
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 10
absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
ȝL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
a seguir.
descritas a seguir.
Solução estoque: adicionar 0,4 g da amostra pulverizada
Solução (1): a 0,25 g do pulverizado, adicionar 20 mL de
em erlenmeyer de 250 mL. Umedecer com 2 mL de
metanol e aquecer até ebulição. Agitar por alguns minutos,
metanol, adicionar 5 mL de água previamente aquecida a
decantar a solução e manter a cerca de 4 °C. Esta solução
cerca de 60 °C e misturar. Juntar 75 mL de água aquecida
pode ser utilizada até 24 horas depois.
à cerca de 60 °C e agitar durante 30 minutos. Esfriar e
Solução (2): dissolver 25 mg de barbaloína em 10 mL de Þltrar para balão volumétrico. Lavar o erlenmeyer e o Þltro
metanol. com 20 mL de água. Verter a água de lavagem para balão
volumétrico e completar com água até 1000 mL. Introduzir
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e secar 10 mL desta solução num balão de fundo redondo de 100
ao ar. Pulverizar com solução de hidróxido de potássio mL, contendo 1 mL de solução de cloreto férrico a 60%
a 10% (p/v) em metanol. Examinar sob luz ultravioleta (p/v) e 6 mL de ácido clorídrico. Aquecer em banho-
(365nm). A mancha principal obtida com a Solução (1), maria sob reßuxo durante 4 horas, mantendo o nível de
de ßuorescência amarela, corresponde em posição e água acima do líquido do balão e ao abrigo da luz intensa.
intensidade àquela obtida com a Solução (2), referente à Deixar esfriar e transferir a solução para funil de separação.
barbaloína. A mancha de ßuorescência azul clara obtida Lavar sucessivamente o balão com 4 mL de água, 4 mL de
com a Solução (1), na parte inferior do cromatograma, hidróxido de sódio M e 4 mL de água, juntar os líquidos
refere-se à aloesina. Em seguida, aquecer a placa em estufa de lavagem ao conteúdo do funil de separação. Agitar três
vezes com 20 mL de éter etílico de cada vez. Reunir as
camadas etéreas e lavar duas vezes com 10 mL de água
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 603
aa
de cada vez, rejeitando as águas de lavagem. Completar a A raiz não mondada, em vista frontal, apresenta súber
camada orgânica até 100 mL com éter etílico. com células poliédricas de paredes retilíneas. Em secção
transversal, são distintas três regiões: o córtex, de coloração
Solução amostra: evaporar 20 mL da Solução estoque até parda, o câmbio vascular de coloração amarelada e o
resíduo em banho-maria. Ressuspender o resíduo em 10 cilindro central, de coloração esbranquiçada. O córtex
mL de acetato de magnésio a 0,5% (p/v) em metanol. apresenta súber pouco desenvolvido, constituído por
células geralmente tabulares e irregulares, de diferentes
Medir a absorvância da Solução amostra em 512 nm, tamanhos, de paredes delgadas e retilíneas, dispostas em
imediatamente após o seu preparo, utilizando metanol Þleiras e ricas em grãos de amido. Em secção transversal, o
para ajuste do zero. Considerar, para a barbaloína, A(1%, parênquima cortical apresenta células de variadas formas,
1 cm) = 255, em 512 nm, em metanol. Calcular o teor de geralmente poliédricas e volumosas, com paredes delgadas
derivados hidroxiantracênicos, expressos em barbaloína, e retilíneas, repletas de grãos de amido. O parênquima
segundo a expressão: cortical externo possui células de maior volume do que as
do parênquima cortical interno. Agrupamentos irregulares
de Þbras do ßoema, com variado número de células,
em que mostrando paredes pouco espessadas, encontram-se
dispostos aleatoriamente, em grande quantidade na porção
DHC = derivados hidroxiantracênicos em %; mais interna do córtex. Células condutoras do ßoema
A = absorvância medida; muito raramente são observadas. Os raios parenquimáticos
m = massa da droga (g) considerando o teor de água distribuem-se desde o córtex interno até o cilindro central
determinado. e são constituídos por poucas Þleiras de células, raramente
várias, comumente pequenas, alongadas longitudinalmente
e de paredes retilíneas. O câmbio possui várias camadas
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de células de reduzido tamanho, a maioria achatada
longitudinalmente, de paredes muito delgadas, dispostas
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
em Þleiras, sendo facilmente distintas as iniciais fusiformes
e as radiais. O cilindro central é muito desenvolvido,
está formado por xilema que apresenta parênquima com
ALTEIA células variadas tanto na forma quanto no volume, repletas
Althaeae radix de grãos de amido, de disposição um tanto regular, com
paredes retilíneas, delgadas e com espaços intercelulares
Althaea ofÞcinalis L. – MALVACEAE visíveis. Os elementos condutores formam agrupamentos
irregulares quanto ao número de elementos, são alinhados
A droga consiste de fragmentos de raízes dessecadas, longitudinalmente e muitas vezes estão associados a
mondados ou não, desprovidos de ramiÞcações laterais. pequenas células parenquimáticas. Estes agrupamentos
são menos desenvolvidos e de distribuição mais irregular
junto ao câmbio. Mais internamente mostram disposição
CARACTERÍSTICAS anelar, sendo variado o número de anéis. Agrupamentos
Características organolépticas. Odor doce e insípido. de Þbras e, por vezes, Þbras isoladas são encontrados por
Consistência mucilaginosa e sabor adocicado. todo o cilindro central em quantidade bem menor quando
comparado com o córtex. Ocorrem também junto ao xilema
primário, quando presente. As raízes que apresentam
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA medula sólida possuem xilema primário, formado por
elementos de pequeno calibre, associados a células
A raiz não mondada é cilíndrica, ligeiramente retorcida
parenquimáticas arredondadas e de reduzido tamanho, não
e sulcada longitudinalmente, com até 20,0 cm de
ocorrendo agrupamentos de Þbras neste tecido. Algumas
comprimento e até 2,0 cm de espessura. A superfície
raízes podem apresentar a região medular preenchida por
externa é pardo-grisácea e apresenta numerosas cicatrizes
parênquima, composto por células de grande volume, com
das raízes laterais. A fratura é Þbrosa na porção externa e
menor quantidade de grãos de amido e espaços intercelulares
irregular e granulosa internamente. Na secção transversal
mais reduzidos do que os dos demais parênquimas.
são visíveis camadas concêntricas do córtex pardacento e
Nestas raízes, os resíduos de arcos de xilema são visíveis
sua estrutura estratiÞcada, separado por uma faixa cambial
e também estão associados a parênquima de células
bem marcada, sinuosa e escura, seguida pelo cilindro
pequenas. Grãos de amido simples, de variadas formas,
central branco a creme-amarelado, mostrando xilema com
freqüentemente arredondados, ovóides ou reniformes,
estrutura radial, especialmente após hidratação em água e
com hilo geralmente central e ramiÞcado, raramente
com auxílio de lente. A raiz mondada é quase cilíndrica e a
excêntrico, ou raramente grãos compostos, muitas vezes
face externa tem cicatrizes escuras originadas pelas raízes
mostrando lamelação, ocorrem em grande quantidade
laterais e apresenta coloração amarelo-esbranquiçada.
em todos os tecidos, exceto no parênquima medular.
Geralmente está fragmentada e mostra porções de Þbras
Cristais de oxalato de cálcio, do tipo drusa, com diferentes
dispostas longitudinalmente ou desprendidas dos restos do
tamanhos são muito comuns no córtex e no cilindro central.
córtex e, por vezes, as três regiões descritas são visíveis.
a 604 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Células contendo mucilagem frequentemente ovaladas


ou arredondadas, podendo apresentar maior volume do
associados a células parenquimáticas repletas de grãos de
amido; porções de elementos de vaso com espessamento
que as demais parenquimáticas, com protoplasto denso e reticulado, em secção longitudinal; fragmentos de Þbras, em
escuro, também ocorrem no córtex e no cilindro central, secção longitudinal associados a células parenquimáticas
exceto no parênquima medular. Raízes mondadas podem do xilema; fragmentos de feixes de Þbras, em secção
não apresentar súber e parênquima cortical externo. Raízes longitudinal, contendo grãos de amido; fragmentos de feixe
em estágio de crescimento primário caracterizam-se como de Þbras, em secção longitudinal, associados a células do raio
pentarcas. Com a adição de azul de toluidina os elementos parenquimático; fragmentos de agrupamentos de Þbras, em
de vaso adquirem coloração azul intenso, as Þbras coram secção transversal; fragmentos de agrupamentos de Þbras,
de azul-claro e as células contendo mucilagem, de violeta. em secção transversal; Þbras ou porções destas, em secção
Devido à grande quantidade de grãos de amido e de células longitudinal, isoladas e/ou agrupadas; grãos de amido, em
contendo mucilagem há diÞculdade na confecção de vista frontal, simples ou compostos, isolados ou agrupados
lâminas histológicas utilizando-se material hidratado. em pequeno número; agrupamentos formando grumos de
grãos de amido, em vista frontal; mucilagem desprendida
das células; células isoladas contendo mucilagem; cristais
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
de oxalato de cálcio do tipo drusa, isolados.
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para a
espécie, menos os caracteres macroscópicos. A observação IDENTIFICAÇÃO
microscópica do pó torna-se mais clara, quando utilizado
hidrato de cloral. São característicos: coloração branca Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
a branco-amarelada, quando proveniente de raízes delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
mondadas ou pardo-acinzentada quando proveniente de espessura de 250 —m, como fase estacionária e mistura
raízes não mondadas; fragmentos de súber, em secção de acetato de etila, metil-etil-cetona, ácido fórmico e água
transversal, mostrando células retangulares e achatadas (50:30:10:10), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à
longitudinalmente; fragmentos de súber, em secção placa, em forma de banda, 20 —L de cada uma das soluções,
transversal, mostrando células quadrangulares; fragmentos recentemente preparadas, descritas a seguir.
de súber, em secção transversal, contendo idioblastos
cristalíferos; fragmentos de súber, em secção transversal, Solução (1): pesar 1 g da amostra, adicionar 10 mL de
com células retangulares e achatadas longitudinalmente, metanol, aquecer em banho-maria durante 15 minutos.
contendo idioblastos cristalíferos e grãos de amido; Filtrar.
fragmentos de súber, em vista frontal, contendo grãos de
Solução (2): dissolver 2,5 mg de rutina e 1 mg de ácido
amido; fragmentos de súber, em secção transversal, com
clorogênico em 10 mL de metanol.
células retangulares e achatadas longitudinalmente, repletas
de grãos de amido; fragmentos de parênquima, em vista Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
frontal, contendo células com mucilagem e muitos grãos secar ao ar. Em seguida, nebulizar com difenilborato de
de amido; fragmentos de parênquima, em vista frontal, aminoetanol SR (Reagente Natural A) e observar sob luz
mostrando idioblastos cristalíferos e células repletas de grãos ultravioleta (365 nm). A Solução (1), quando visualizada
de amido; fragmentos de parênquima, em secção transversal, sob luz ultravioleta (365 nm) apresenta três manchas de
contendo grãos de amido; fragmentos de parênquima, coloração azul ßuorescente, com Rf aproximados de 0,12;
em secção transversal, contendo idioblastos cristalíferos; 0,42 e 0,97. A mancha inferior da Solução (1) aparece logo
fragmentos de parênquima, em secção transversal, com abaixo da mancha correspondente à rutina (Rf 0,25), de
células contendo mucilagem e grande quantidade de grãos coloração alaranjada, e a mancha média, abaixo do ácido
de amido; fragmentos de raio parenquimático, em secção clorogênico (Rf 0,51), de coloração verde ßuorescente.
longitudinal, mostrando células parenquimáticas e Þbras;
células parenquimáticas isoladas, repletas de grãos de amido
e/ou contendo cristais; fragmentos de raio parenquimático, ENSAIOS DE PUREZA
em secção transversal, com células contendo grãos de
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0% de
amido; fragmentos de xilema, em secção longitudinal,
elementos de cor castanho. No máximo 2,0% de elementos
mostrando elemento de vaso com espessamento reticulado
do súber (raiz mondada).
associado a Þbras e a parênquima; fragmentos de xilema,
em secção longitudinal, mostrando elementos de vaso com Água (5.4.2.3). No máximo 12,0%. Determinar em 1 g da
espessamento reticulado, Þbras e parênquima em secção amostra moída (710 —m), em estufa de 100 °C a 105 °C,
transversal e com grãos de amido; fragmentos de xilema, durante 2 horas.
em secção longitudinal, mostrando elementos de vaso com
espessamento reticulado e com espessamento pontoado, Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo, 6,0% na raiz mondada.
associados a células parenquimáticas repletas de grãos No máximo, 8,0% na raiz não mondada.
de amido; fragmentos de xilema, em secção longitudinal,
mostrando elementos de vaso com espessamento reticulado EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
e com espessamento pontoado, associados a células
parenquimáticas, repletas de grãos de amido; porções de Em recipiente hermeticamente fechado, protegido da luz
elemento de vaso com espessamento helicoidal, em secção e do calor.
longitudinal; elementos de vaso em secção transversal,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 605
aa

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Althaea officinalis L.


_______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A e B a 2,0 cm (régua 1); em C e D a 100 —m (régua 2); em E e F a 1,0 mm (régua
3); em G a 1,0 mm (régua 4).

A - aspectos gerais de raízes não mondadas; Þbra (fb). B - aspectos gerais de raízes mondadas; Þbra (fb); raiz lateral (rzl). C - vista frontal do súber
externo de uma raiz não mondada; grão de amido (ga). D - vista frontal do súber interno de uma raiz mondada. E - representação esquemática de uma
raiz não mondada, em secção transversal; câmbio (ca); cilindro central (cc); córtex (cx); elemento traqueal (el); elementos traqueais com disposição
anelar (ela); ßoema (f); Þbra (fb); raio parenquimático (rp); súber (su); xilema primário (xp); xilema secundário (xs). F - representação esquemática
de uma raiz não mondada, em secção transversal; câmbio (ca); cilindro central (cc); córtex (cx); elemento traqueal (el); elementos traqueais com
disposição anelar (ela); ßoema (f); Þbra (fb); parênquima medular (pm); raio parenquimático (rp); súber (su); xilema secundário (xs). G - representação
esquemática de uma raiz mondada, em secção transversal; câmbio (ca); cilindro central (cc); córtex (cx); elemento traqueal (el); elementos traqueais
com disposição anelar (ela); ßoema (f); Þbra (fb); parênquima medular (pm); raio parenquimático (rp); restos de súber (rs); xilema secundário (xs).
a 606 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 – Aspectos microscópicos do pó em Althaea officinalis L.


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Complemento da legenda da Figura 2. A escala corresponde a 100 —m.

A - fragmentos de súber; A1 - fragmento de súber, em secção transversal, mostrando células retangulares e achatadas longitudinalmente; A2 - fragmento
de súber, em secção transversal, mostrando células quadrangulares; A3 - fragmento de súber, em secção transversal, contendo idioblastos cristalíferos
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 607

(ic) A4 - fragmento de súber, em secção transversal, com células retangulares e achatadas longitudinalmente, contendo idioblastos cristalíferos e grãos
de amido; grão de amido (ga); idioblasto cristalífero (ic); A5 – fragmento de súber, em vista frontal, contendo grãos de amido (ga); A6 - fragmento de
aa
súber, em secção transversal, com células retangulares e achatadas longitudinalmente, repletas de grãos de amido (ga). B - fragmentos de parênquima;
B1 - fragmento de parênquima, em vista frontal, contendo células com mucilagem e muitos grãos de amido (ga); célula contendo mucilagem (cm);
B2 - fragmento de parênquima, em vista frontal, mostrando idioblastos cristalíferos e células repletas de grãos de amido (ga); idioblasto cristalífero
(ic); B3 – fragmento de parênquima, em secção transversal, contendo grãos de amido (ga); B4 - fragmento de parênquima, em secção transversal,
contendo idioblastos cristalíferos (ic); B5 - fragmento de parênquima, em secção transversal, com células de mucilagem e com muitos grãos de amido
(ga); mucilagem (um); B6 - fragmento de raio parenquimático, em secção longitudinal, mostrando células parenquimáticas e Þbras; célula do raio
parenquimático (crp); Þbra (fb); parênquima (p); B7- células parenquimáticas isoladas, contendo grãos de amido e cristais de oxalato de cálcio do tipo
drusa ou repletas de grãos de amido; cristal do tipo drusa (cd); grão de amido (ga); B8 - fragmento de raio parenquimático, em secção transversal,
com células contendo grãos de amido (ga). C - fragmentos de xilema; C1 - fragmento de xilema, em secção longitudinal, mostrando elemento de vaso
com espessamento reticulado associado a Þbras e a parênquima; elemento de vaso com espessamento reticulado (ere); Þbra (fb); grão de amido (ga);
parênquima; C2 - fragmento de xilema, em secção longitudinal, mostrando elemento de vaso com espessamento reticulado, Þbras e parênquima em
secção transversal e com grãos de amido; elemento de vaso com espessamento reticulado (ere); Þbra (fb); grão de amido (ga); parênquima (p); C3 -
fragmento de xilema, em secção longitudinal, mostrando elementos de vaso com espessamento reticulado e com espessamento pontoado, associados
a células parenquimáticas, repletas de grãos de amido; elemento de vaso com espessamento pontoado (epo); elemento de vaso com espessamento
reticulado (ere); grão de amido (ga); parênquima (p); C4 – porções de elemento de vaso com espessamento helicoidal, em secção longitudinal; C5
- elementos de vaso em secção transversal, com grãos de amido (ga); C6 - porções de elementos de vaso com espessamento reticulado, em secção
longitudinal. D - fragmentos de Þbras; D1 - fragmento de Þbras, em secção longitudinal associados a células parenquimáticas do xilema; Þbra (fb);
parênquima do xilema (px); pontoação (pto); D2 - fragmento de feixes de Þbras, em secção longitudinal, contendo grãos de amido (ga); D3 -fragmentos
de feixe de Þbras, em secção longitudinal, associados a células do raio parenquimático; célula do raio parenquimático (crp); Þbra (fb); grão de amido
(ga); D4 – Þbras ou porções destas, isoladas ou agrupadas, em secção longitudinal; grão de amido (ga); D5 - fragmento de agrupamento de Þbras, em
secção transversal. E - grãos de amido, em vista frontal, simples ou compostos, isolados ou agrupados em pequeno número; grão de amido composto
(gac); grão de amido (ga). F - agrupamentos formando grumos de grãos de amido, em vista frontal. G - mucilagem desprendida das células. H - células
isoladas contendo mucilagem; mucilagem (mu). I - cristais de oxalato de cálcio do tipo drusa, isolados.
a 608 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 3 – Aspectos microscópicos em Althaea officinalis L.


_______________

Complemento da legenda da Figura 3. A escala corresponde a 100 —m.

A - detalhe parcial do súber, em secção transversal, de uma raiz não mondada; grão de amido (ga). B - detalhe parcial de uma raiz mondada, em secção
transversal; B1. detalhe parcial do córtex, câmbio e porção externa do cilindro central; câmbio (ca); cilindro central (cc); células condutoras do ßoema
(cß); célula contendo mucilagem (cm); córtex (cx); espaço intercelular (ei); elemento de vaso (ev); ßoema (f); Þbra (fb); idioblasto cristalífero (ic); grão
de amido (ga); grão de amido composto (gac); raio parenquimático (rp); parênquima (p); xilema secundário (xs); B2. continuidade do detalhe parcial
de B1, mostrando porção interna do cilindro central; cilindro central (cc); célula contendo mucilagem (cm); espaço intercelular (ei); elemento de vaso
(ev); Þbra (fb); idioblasto cristalífero (ic); grão de amido (ga); raio parenquimático (rp); parênquima (p); xilema primário (xp); xilema secundário (xs).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

principal, não é mais intensa que aquela obtida com a


Solução (3) (4%).
609
aa
AMARANTO
Chumbo, cobre, estanho, zinco. Proceder conforme
descrito em Espectrofotometria de absorção atômica
(5.2.13). Pesar 2 g da amostra, usar cadinho de sílica
e queimar, brandamente, sobre tela de amianto (± 350
°C); levá-lo à mußa durante 12 horas, sem ultrapassar
a temperatura de 450 °C. Remover o cadinho e resfriar.
Misturar o resíduo com cerca de 2 mL de água e adicionar
duas gotas de nitrato de magnésio a 50% (p/v). Secar sobre
chapa elétrica e retornar à mußa durante 3 a 4 horas, ou até
que o resíduo esteja branco, ou amarelado. Em seguida,
resfriar, gotejar 1 a 2 mL de ácido nítrico e 1 mL de água
C20H11N2Na3O10S3; 604,47 e aquecer sobre chapa elétrica até quase secar. Dissolver
CI 16185 os nitratos metálicos com 5 mL de água. Se necessário,
Sal sódico do ácido 3-hidroxi-4-[2-(4-sulfo-1-naftalenil) centrifugar. Levar ao espectrofotômetro de absorção
diazenil]-2,7-naftalenodissulfônico (3:1) atômica, calibrado previamente e realizar a leitura da
[915-67-3] concentração de cada um dos metais. No máximo 0,001%
(10 ppm) de chumbo, 0,002% (20 ppm) de cobre, 0,025%
Contém, no mínimo, 85,0% de C20H11N2Na3O10S3 em (250 ppm) de estanho e 0,005% (50 ppm) de zinco.
relação à substância dessecada.
Cloretos e sulfatos. Pesar 0,5 g da amostra, dissolver
em 200 mL de água, acidiÞcar com 8 mL de ácido nítrico
DESCRIÇÃO a 25% (v/v) e titular com nitrato de prata 0,1 M SV em
potenciômetro com eletrodo combinado de prata. Cada mL
Características físicas. Pó Þno, castanho avermelhado, de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 5,85 mg de NaCl.
higroscópico. Solução aquosa cor de vinho.
Pesar 0,5 g da amostra e dissolver com 100 mL de água
Solubilidade. Solúvel em água, metanol e glicerol, pouco em banho-maria. Adicionar 35 g de cloreto de sódio,
solúvel em etanol, insolúvel em éter etílico e acetona. isentos de sulfatos e agitar bem. Transferir para balão
volumétrico de 200 mL e completar o volume com solução
IDENTIFICAÇÃO saturada de cloreto de sódio. Homogeneizar. Após 1 hora,
Þltrar por papel de Þltro e transferir alíquota de 100 mL
O espectro de absorção no ultravioleta e visível (5.2.14), na do Þltrado para béquer de 600 mL, diluir até 300 mL com
faixa de 200 nm a 700 nm, de solução a 0,001% (p/v) em água e acidiÞcar com ácido clorídrico SR, adicionando
acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6), exibe máximos em 519, leve excesso. Aquecer à fervura e gotejar, com agitação,
330 e 217 nm e mínimos em 360, e 310 nm, idênticos aos 25 mL de cloreto de bário a 12% (p/v), ou até que não
observados no espectro de solução similar de amaranto SQR. ocorra mais precipitação. Deixar em repouso durante
quatro horas. Separar o sulfato de bário por Þltração, lavar
com água quente, secar o papel com o resíduo, transferir
ENSAIOS DE PUREZA
para cadinho seco, previamente pesado e calcinar em mußa
Corantes subsidiários. Proceder conforme descrito em a 500 °C durante 1 hora. Resfriar em dessecador e pesar.
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Calcular o teor de sulfatos pela expressão:
sílica-gel G, como suporte, e mistura de 1-butanol, etanol,
água e hidróxido de amônio (50:25:25:10), como fase
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 —L de cada uma
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. em que
Solução (1): solução a 10 mg/mL da amostra em água. N = gramas de sulfato de bário;
Solução (2): solução a 10 mg/mL de amaranto padrão em p = gramas da amostra usados na precipitação.
água.
No máximo, 5% de cloretos e sulfatos.
Solução (3): diluir 1 mL da Solução (2) para 25 mL com
água. Substâncias insolúveis em água. Dissolver 5 g da amostra
em 200 mL de água quente (80-90 °C) com agitação.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Resfriar à temperatura ambiente. Filtrar por placa Þltrante,
secar ao ar. Examinar sob luz ambiente e sob luz ultravioleta previamente seca e pesada. Lavar com água fria até que as
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1) águas de lavagem se tornem incolores. Secar o Þltro com
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida o resíduo em estufa a 120 °C durante quatro horas e pesar.
com a Solução (2). Qualquer mancha secundária obtida No máximo, 0,5%.
no cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha
a 610 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método I. Determinar em 1 g


da amostra. No máximo, 0,0001% (1 ppm).
no espectro de solução de amaranto SQR, preparado de
mesma maneira.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar B. Transferir 0,15 g da amostra para béquer de 60 mL
em 0,5 g da amostra. No máximo, 0,004% (40 ppm). e dissolver com cerca de 20 mL de ácido acético a 30%
(p/v) a quente, até que Þque apenas opalescente. Esfriar
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da e dividir a solução em dois tubos de ensaio. A um deles,
amostra. Dessecar em estufa a 120 °C por 4 horas, ou a adicionar 2 mL de solução de morina a 3 mg/mL em etanol,
135 °C por 3 horas. No máximo, 10%. recém preparada. Observar a ßuorescência verde que se
desenvolve sob luz ultravioleta (254 nm), comparando
DOSEAMENTO com o tubo sem reativo.

Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


absorção no visível (5.2.14). Preparar solução amostra ENSAIOS DE PUREZA
conforme descrito na IdentiÞcação. Preparar solução Corantes subsidiários. Proceder conforme descrito em
padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes sílica-gel G, como suporte, e mistura de 1-butanol, etanol,
em 519 nm, utilizando acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6) água, solução concentrada de amônia (50:25:25:10), como
para ajuste do zero. Calcular o teor de C20H11N2Na3O10S3 fase móvel. Aplicar, separadamente a placa, 2 —L de cada
na amostra a partir das leituras obtidas. Alternativamente, uma das soluções recentemente preparadas como descrito
realizar os cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 564, em a seguir:
481 nm, em base anidra.
Solução (1): 0,25 g de amostra em 10 mL de hidróxido de
sódio 0,5 M.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução (2): 0,05 g de amaranto padrão em 10 mL de
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
hidróxido de sódio 0,5 M.

ROTULAGEM Solução (3): diluir a Solução (2) de modo a obter uma


solução a 0,2 mg/mL ,com o mesmo diluente.
Observar a legislação vigente.
Solução (4): diluir a Solução (1) de modo a obter uma
solução a 1 g/mL, com o mesmo diluente.
CATEGORIA
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Corante. secar ao ar. Examinar sob luz ambiente e luz ultravioleta
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1)
corresponde em posição, cor e intensidade aquela obtida
AMARANTO LACA DE ALUMÍNIO com a Solução (2). As manchas secundárias obtidas com
a Solução (1) não devem ser mais intensas do que aquelas
obtidas com a Solução (3) e a Solução (4).(4%).
Corante constituído principalmente do sal sódico do
ácido 3-hidroxi-4-[2-(4-sulfo-1-naftalenil)diazenil]-2,7- Alternativamente pode ser empregada mistura de 1-butanol,
naftalenodissulfônico (3:1) - amaranto - sobre substrato de água, ácido acético glacial (20:12:5) como fase móvel. Em
alumina. Contém, no mínimo, 95% e, no máximo, 105% lugar de sílica-gel G pode ser usado papel cromatográÞco,
do teor de corante declarado no rótulo. utilizando-se as condições anteriormente descritas e
observando as manchas também por transparência.
DESCRIÇÃO Cloretos e sulfatos. Pesar 10 g da amostra, agitar com 250
Características físicas. Pó Þno, vermelho. Higroscópico. mL de água, deixando em contato por 30 minutos. Filtrar.
Medir 50 mL do Þltrado, equivalente a 2 g da amostra,
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e em diluir para 200 mL com água, acidiÞcar com 8 mL de ácido
etanol. Solúvel em hidróxido de sódio M, porém o corante nítrico a 25% (v/v) e titular com nitrato de prata 0,1 M
decompõe-se lentamente em pH alcalino. SV em potenciômetro com eletrodo combinado de prata.
Cada mL de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 5,85 mg
de NaCl.
IDENTIFICAÇÃO
Medir outros 50 mL do Þltrado, diluir a 300 mL com
A. O espectro de absorção no visível e no ultravioleta
água, acidiÞcar com ácido clorídrico SR e mais 1 mL de
(5.2.14), na faixa de 200 nm a 700 nm, de uma solução
excesso. Aquecer à fervura e gotejar, com agitação, 25 mL
contendo a amostra a 0,001% (p/v) em acetato de amônio
de cloreto de bário a 12% (p/v). Deixar em repouso por
0,02 M (pH 5,6), previamente solubilizada em hidróxido
quatro horas. Separar o sulfato de bário por Þltração, lavar
de sódio M, exibe máximos em cerca de 519, 330 e 217
com água quente, secar o papel com o resíduo, transferir
nm e mínimos em 360 e 310 nm, idênticos aos observados
para cadinho seco, previamente pesado e calcinar em mußa
a 500 °C durante 1 hora. Resfriar em dessecador e pesar.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 611
aa
AMARELO CREPÚSCULO
Calcular o teor de sulfatos pela expressão:

em que

N = gramas de sulfato de bário;


p = gramas da amostra usados na precipitação;

No máximo, 2% de cloretos e sulfatos.

Perda por dessecação (5.2.9). Pesar cerca de 0,5 g.


Dessecar a amostra a 120 °C por 4 horas ou a 135 °C por 3 C16H10N2Na2O7S2; 452,37
horas. No máximo 20%. CI 15985
Sal sódico do ácido 6-hidroxi-5-[2-(4-sulfofenil)diazenil]-
Resíduo por incineração (5.2.10). Pesar cerca de 0,1 g da 2-naftalenossulfônico (2:1)
amostra em cadinho previamente seco e pesado e incinerar [2783-94-0]
a 800 °C durante 2 horas. Deve conter entre 40 e 55%.
Contém, no mínimo, 85% de C16H10N2Na2O7S2.
DOSEAMENTO
DESCRIÇÃO
Efetuar as diluições como descrito no método A. em
IdentiÞcação, e ler a absorvância no pico máximo em Características físicas. Pó Þno, laranja avermelhado e
cerca de 519 nm (5.2.14). Calcular o teor do corante pela higroscópico. Solução aquosa amarelo-alaranjada
expressão:
Solubilidade. Solúvel em água, etanol, metanol e glicerol,
= % de amaranto na amostra em 519 nm insolúvel em éter etílico, acetona e óleo mineral. Pouco
estável em presença de agentes redutores

em que IDENTIFICAÇÃO
p = peso da amostra em gramas na diluição efetuada. O espectro de absorção no ultravioleta e visível (5.2.14),
Alternativamente pode-se considerar A(1%, 1 cm) = 436 na faixa de 200 nm a 700 nm, de solução a 0,001% (p/v)
em 519 nm. em acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6), exibe máximos em
481, 312, 234 e 211 nm e mínimos em 348, 286 e 218 nm,
idênticos aos observados no espectro de solução similar de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO amarelo crepúsculo SQR.
Em recipientes perfeitamente fechados, protegidos da luz.
ENSAIOS DE PUREZA
ROTULAGEM Corantes subsidiários. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (V.2.17.1), utilizando
Observar a legislação vigente. sílica-gel G, como suporte, e mistura de 1-butanol, etanol,
água, hidróxido de amônio (50:25:25:10), como fase
CATEGORIA móvel. Aplicar, separadamente a placa, 2 —L de cada uma
das soluções recentemente preparadas como descrito a
Corante. seguir:

Solução (1): 0,25 g de amostra em 10 mL de hidróxido de


sódio 0,5 M.

Solução (2): 0,05 g de amarelo crepúsculo padrão em 10


mL de hidróxido de sódio 0,5 M.

Solução (3): diluir a Solução (2) de modo a obter uma


solução a 0,25 mg/mL, com o mesmo diluente.

Solução (4): diluir a Solução (1) de modo a obter uma


solução a 1,25 mg/mL, com o mesmo diluente.
a 612 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar No máximo, 5% de cloretos e sulfatos.


secar ao ar. Examinar sob luz ambiente e luz ultravioleta
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1) Substâncias insolúveis em água. Dissolver 5 g da amostra
corresponde em posição, cor e intensidade aquela obtida em 200 mL de água quente (80-90 °C) com agitação.
com a Solução (2). As manchas secundárias obtidas com Resfriar à temperatura ambiente. Filtrar por placa Þltrante,
a Solução (1) não devem ser mais intensas do que aquelas previamente seca e pesada. Lavar com água fria até que as
obtidas com a Solução (3) e a Solução (4) (5%). águas de lavagem se tornem incolores. Secar o Þltro com
o resíduo em estufa a 120 °C durante quatro horas e pesar.
Alternativamente pode ser empregada mistura de 1-butanol, No máximo, 0,5%.
água, ácido acético glacial (20:12:5) como fase móvel. Em
lugar de sílica-gel G pode ser usado papel cromatográÞco, Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método I. Determinar em 1 g
utilizando-se as condições anteriormente descritas e da amostra. No máximo, 0,0001% (1 ppm).
observando as manchas também por transparência. Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar
Chumbo, cobre, estanho, zinco. Proceder conforme em 0,5 g da amostra. No máximo, 0,004% (40 ppm).
descrito em Espectrofotometria de absorção atômica
(5.2.13). Pesar 2 g da amostra, usar cadinho de sílica DOSEAMENTO
e queimar, brandamente, sobre tela de amianto (± 350
°C); levá-lo à mußa durante 12 horas, sem ultrapassar Efetuar as diluições como descrito em IdentiÞcação, e ler a
a temperatura de 450 °C. Remover o cadinho e resfriar. absorvância no pico máximo em cerca de 481 nm (5.2.14).
Misturar o resíduo com cerca de 2 mL de água e adicionar Calcular o teor do corante pela expressão:
duas gotas de nitrato de magnésio a 50% (p/v). Secar sobre
= % de amarelo crepúsculo na
chapa elétrica e retornar à mußa durante 3 a 4 horas, ou até
amostra em 519 nm
que o resíduo esteja branco, ou amarelado. Em seguida,
resfriar, gotejar 1 a 2 mL de ácido nítrico e 1 mL de água em que
e aquecer sobre chapa elétrica até quase secar. Dissolver
os nitratos metálicos com 5 mL de água. Se necessário, p = peso da amostra em gramas na diluição efetuada.
centrifugar. Levar ao espectrofotômetro de absorção
atômica, calibrado previamente e realizar a leitura da Alternativamente pode-se considerar A(1%, 1 cm) = 564
concentração de cada um dos metais. No máximo 0,001% em 481 nm.
(10 ppm) de chumbo, 0,002% (20 ppm) de cobre, 0,025%
(250 ppm) de estanho e 0,005% (50 ppm) de zinco. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cloretos e sulfatos. Pesar 0,5 g da amostra, dissolver Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
em 200 mL de água, acidiÞcar com 8 mL de ácido nítrico
a 25% (v/v) e titular com nitrato de prata 0,1 M SV em
potenciômetro com eletrodo combinado de prata. Cada mL ROTULAGEM
de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 5,85 mg de NaCl.
Observar a legislação vigente.
Pesar 0,5 g da amostra e dissolver com 100 mL de água
em banho-maria. Adicionar 35 g de cloreto de sódio, CATEGORIA
isentos de sulfatos e agitar bem. Transferir para balão
volumétrico de 200 mL e completar o volume com solução Corante
saturada de cloreto de sódio. Homogeneizar. Após 1 hora,
Þltrar por papel de Þltro e transferir alíquota de 100 mL
do Þltrado para béquer de 600 mL, diluir até 300 mL com AMARELO CREPÚSCULO LACA DE
água e acidiÞcar com ácido clorídrico SR, adicionando ALUMÍNIO
leve excesso. Aquecer à fervura e gotejar, com agitação,
25 mL de cloreto de bário a 12% (p/v), ou até que não
ocorra mais precipitação. Deixar em repouso durante Corante constituído principalmente do sal sódico
quatro horas. Separar o sulfato de bário por Þltração, lavar do ácido 6-hidroxi-5-[2-(4-sulfofenil)diazenil]-2-
com água quente, secar o papel com o resíduo, transferir naftalenossulfônico (2:1) - amarelo crepúsculo - sobre
para cadinho seco, previamente pesado e calcinar em mußa substrato de alumina. Contém, no mínimo, 95% e, no
a 500 °C durante 1 hora. Resfriar em dessecador e pesar. máximo, 105% do teor de corante declarado no rótulo.
Calcular o teor de sulfatos pela expressão:
DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó Þno, amarelo-alaranjado.
em que Higroscópico.

N = gramas de sulfato de bário; Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e em


etanol. Solúvel em hidróxido de sódio M, porém o corante
p = gramas da amostra usados na precipitação.
decompõe-se lentamente em pH alcalino.
IDENTIFICAÇÃO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

em potenciômetro com eletrodo combinado de prata. Cada


mL de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 5,85 mg de
613
aa
A. O espectro de absorção no visível e no ultravioleta NaCl.
(5.2.14), na faixa de 700 nm a 200 nm, da solução amostra
a 0,001% (p/v) em acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6), Medir outros 50 mL do Þltrado, diluir a 300 mL com
previamente solubilizada em hidróxido de sódio M, exibe água, acidiÞcar com ácido clorídrico SR e mais 1 mL de
máximos em cerca de 481, 312, 234 e 211 nm e mínimos excesso. Aquecer à fervura e gotejar, com agitação, 25 mL
em 348 nm, 286 nm e 218 nm, idênticos aos observados no de cloreto de bário a 12% (p/v). Deixar em repouso por
espectro de solução similar de amarelo crepúsculo SQR. quatro horas. Separar o sulfato de bário por Þltração, lavar
com água quente, secar o papel com o resíduo, transferir
B. Transferir 0,15 g da amostra para béquer de 60 mL para cadinho seco, previamente pesado e calcinar em mußa
e dissolver com cerca de 20 mL de ácido acético a 30% a 500 °C durante 1 hora. Resfriar em dessecador e pesar.
(p/v) a quente, até que Þque apenas opalescente. Esfriar Calcular o teor de sulfatos pela expressão:
e dividir a solução em dois tubos de ensaio. A um deles
adicionar 2 mL de solução de morina a 3 mg/mL e etanol,
recém preparado. Observar a ßuorescência verde que se
desenvolve sob luz ultravioleta (254 nm), comparando em que
com o tubo sem reativo. N = gramas de sulfato de bário;
p = gramas da amostra usados na precipitação;
ENSAIOS DE PUREZA
No máximo, 2% de cloretos e sulfatos.
Corantes subsidiários. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Perda por dessecação (5.2.9). Pesar cerca de 0,5 g.
sílica-gel G, como suporte, e mistura de 1-butanol, etanol, Dessecar a amostra a 120 °C por 4 horas ou a 135 °C por 3
água, hidróxido de amônio (50:25:25:10), como fase horas. No máximo 20%.
móvel. Aplicar, separadamente a placa, 2 —L de cada uma
Resíduo por incineração (5.2.10). Pesar cerca de 0,1 g da
das soluções recentemente preparadas como descrito a
amostra em cadinho previamente seco e pesado e incinerar
seguir:
a 800 °C durante 2 horas. Deve conter entre 40 e 55%.
Solução (1): 0,25 g de amostra em 10 mL de hidróxido de
sódio 0,5 M. DOSEAMENTO
Solução (2): 0,05 g de amarelo crepúsculo padrão em 10 Efetuar as diluições como descrito no método A. em
mL de hidróxido de sódio 0,5 M. IdentiÞcação, e ler a absorvância no pico máximo em cerca
Solução (3): diluir a Solução (2) de modo a obter uma de 481 nm. Calcular o teor do corante pela expressão:
solução a 0,25 mg/mL, com o mesmo diluente. = % de amarelo crepúsculo na
Solução (4): diluir a Solução (1) de modo a obter uma amostra em 481 nm
solução a 1,25 mg/mL, com o mesmo diluente. em que
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar p = peso da amostra em gramas na diluição efetuada.
secar ao ar. Examinar sob luz ambiente e luz ultravioleta
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1) Alternativamente pode-se considerar A(1%, 1 cm) = 564
corresponde em posição, cor e intensidade aquela obtida em 481 nm.
com a Solução (2). As manchas secundárias obtidas com
a Solução (1) não devem ser mais intensas do que aquelas
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
obtidas com a Solução (3) e a Solução (4).(5%).
Em recipientes perfeitamente fechados, protegidos da luz.
Alternativamente pode ser empregada mistura de 1-butanol,
água, ácido acético glacial (20:12:5) como fase móvel. Em
lugar de sílica-gel G pode ser usado papel cromatográÞco, ROTULAGEM
utilizando-se as condições anteriormente descritas e
observando as manchas também por transparência. Observar a legislação vigente.

Cloretos e sulfatos. Pesar 10 g da amostra, agitar com 250


mL de água, deixando em contato por 30 minutos. Filtrar.
CATEGORIA
Medir 50 mL do Þltrado, equivalente a 2 g da amostra, Corante.
diluir para 200 mL com água, acidiÞcar com 8 mL de ácido
nítrico a 25% (v/v) e titular com nitrato de prata 0,1 M SV
a 614 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ȝm a 35 ȝm. Os grãos menores agrupam-se, por vezes,


AMIDO assemelhando-se a grãos compostos.
Amylum Amido de trigo (Figura 5). Duas formas de grãos,
nitidamente diferenciadas e quase sem formas
amido; 00657 intermediárias: grãos grandes, lenticulares, redondos,
Amido ovais e sub-reniformes, algumas vezes fendidos nos
[9005-25-8] bordos; apresentam camadas concêntricas pouco distintas,
assim como o hilo sob a forma de um ponto central ou uma
simples linha; medem, em média, de 28 ȝm a 35 ȝm de
O amido é obtido dos frutos, raízes e outras partes de
diâmetro. Vistos de perÞl, são elípticos, alongados, quase
diferentes vegetais. O amido de milho (Zea mays L.,
fusiformes, sulcados por uma fenda, às vezes bastante
Poaceae), amido de arroz (Oryza sativa L., Poaceae),
larga. Os grãos menores são arredondados, facetados pela
amido de trigo (Triticum aestivum L., Poaceae), amido
compressão mútua, medindo de 2 ȝm a 9 ȝm (5 ȝm a 7 ȝm,
de mandioca (Manihot utilissima Pohl, Euphorbiaceae)
em média) de diâmetro. Também se apresentam em alguns
e amido de batata (Solanum tuberosum L., Solanaceae)
grupos de dois a quatro grãos.
são considerados oÞcinais. Amidos obtidos de diferentes
origens botânicas podem não ter propriedades idênticas
quando usados para Þns farmacêuticos. Quimicamente, IDENTIFICAÇÃO
o amido é uma mistura de polímeros que corresponde à
fórmula (C6H10O5)n. O amido de milho contém cerca de A. Misturar 1 g da amostra com 2 mL de água fria. Verter
27% de amilose e 73% de amilopectina. sobre 15 mL de água fervente. Ferver, brandamente,
durante 2 minutos, sob agitação. Resfriar. Forma-se
produto gelatinoso, claro e translúcido.
DESCRIÇÃO
B. Á mistura gelatinosa obtida no teste A. de IdentiÞcação,
Características físicas. Pó Þno, branco, inodoro e insípido. adicionar uma gota de iodo SR. Desenvolve-se coloração
Quando examinado em camada Þna, não deve apresentar azul, que desaparece pela fervura e retorna pelo
impurezas visíveis ou sujidades. resfriamento.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água fria, etanol
e solventes orgânicos. ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 4,5 a 7,0 para amido de milho e 5,0 a 8,0 para
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA amido de batata. Determinar em 20 g da amostra. Transferir
a amostra para frasco não metálico e adicionar 100 mL de
Amido de arroz (Figura 1). Grãos muito pequenos,
água. Forma-se uma pasta. Agitar, continuamente, durante
poliédricos, com ângulos agudos e arestas retas,
5 minutos, a velocidade moderada.
comumente reunidos em grupos, com diâmetro de 2 ȝm a
10 ȝm (4 ȝm a 6 ȝm, em média). Os grãos arredondados Substâncias oxidantes. Transferir 4 g da amostra para
são raros e o hilo frequentemente está ausente ou aparece erlenmeyer de 125 mL. Adicionar 50 mL de água. Tampar
como diminuta pontuação. e agitar por 5 minutos. Transferir para tubo de centrífuga
com capacidade de 50 mL e centrifugar. Transferir 30 mL
Amido de batata (Figura 2). Grãos simples, irregularmente
do sobrenadante límpido para erlenmeyer de 125 mL.
ovóides ou subesféricos, raramente agrupados aos pares ou
Adicionar 1 mL de ácido acético glacial e 1 g de iodeto
trios, característicos. Os grãos ovóides são desigualmente
de potássio. Tampar, agitar e deixar em repouso durante
alongados ou triangulares, de 30 ȝm a 100 ȝm de diâmetro.
30 minutos, ao abrigo da luz direta. Adicionar 1 mL de
Os grãos subesféricos medem de 10 ȝm a 35 ȝm. O hilo é
amido SI e titular com tiossulfato de sódio 0,001 M SV até
redondo, excentricamente disposto na parte mais estreita
desaparecimento da cor azul. Realizar ensaio em branco e
do grão, com estrias bem nítidas e concêntricas.
fazer as correções necessárias. Cada mL de tiossulfato de
Amido de mandioca (Figura 3). Os grãos variam de 25 sódio 0,001 M SV equivale a 17 ȝg de oxidante, calculado
ȝm a 35 ȝm de diâmetro, irregularmente arredondados, como peróxido de hidrogênio. No máximo 1,4 mL de
em forma de dedal, de esfera truncada em uma ou várias tiossulfato de sódio 0,001 M SV são consumidos (0,002%).
faces, com hilo pontuado, linear ou estrelado, central e bem
Dióxido de enxofre. Misturar 20 g da amostra com 200
nítido.
mL de água até obtenção de suspensão homogênea. Filtrar.
Amido de milho (Figura 4). Mistura de grãos de duas Adicionar à 100 mL do Þltrado límpido, 3 mL de amido SI e
formas. Quando provenientes da periferia do albúmen titular com iodo 0,02 M SV até coloração azul permanente.
são poliédricos, fortemente comprimidos, mostrando hilo No máximo 5,4 mL de iodo 0,02 M SV são consumidos
arredondado, rachado ou estelar e medem, em média, 14 (0,008%).
ȝm a 20 ȝm de diâmetro. Quando oriundos da parte mais
Ferro (5.3.2.4). Dissolver o resíduo obtido em Cinzas
central do albúmen mostram contorno pouco anguloso,
sulfatadas em 8 mL de ácido clorídrico, sob aquecimento
irregularmente arredondado e são alongados, ovóides ou
suave. Diluir para 100 mL com água e homogeneizar.
piriformes e com o hilo maior; e medem, em média, 10
Transferir 25 mL para tubo de Nessler, adicionar 12 mL
de água e proceder conforme descrito em Método I. No
máximo 0,002% (20 ppm).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 615
aa
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, até peso constante.
No máximo 15,0%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 2 g da amostra.


No máximo 0,6%.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Figura 3 – Amido de mandioca.
Contagem do múmero total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Bactérias aeróbicas totais: no
máximo 100 UFC/g. Fungos e leveduras: no máximo 100
UFC/g. Contaminação acentuada por fungos pode acarretar
presença de aßatoxinas no amido.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da umidade. O
rótulo deve indicar a procedência botânica. Figura 4 – Amido de milho.

ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.

CATEGORIA
Adjuvante farmacêutico.

Figura 5 – Amido de trigo.

AMINOFILINA
Aminophyllinum

Figura 1 – Amido de arroz.

(C7H8N4O2)2.C2H8N2; 420,43
C7H8N4O2; 180,16
C2H8N2; 60,10
aminoÞlina; 00685
Figura 2 – Amido de batata. 3 , 9 - Diidro-1,3-dimetil-1H-purina-2,6-diona
com 1,2-etanodiamina (2:1)
[317-34-0]
a 616 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

AminoÞlina é uma combinação de teoÞlina e etilenodiamina,


que contém, no mínimo, 84,0% e, no máximo, 87,4%
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,002% (20 ppm)
da quantidade declarada de teoÞlina (C7H8N4O2) e, no
mínimo, 13,5% e, no máximo, 15,0% de etilenodiamina Água (5.2.20.1). Determinar em 2 g da amostra. No
(C2H8N2), em relação à substância anidra. máximo 1,5%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


DESCRIÇÃO No máximo 0,15%.

Características físicas. Pó ou grânulos brancos ou


levemente amarelados, com leve odor amoniacal e sabor DOSEAMENTO
amargo.
Etilenodiamina
Solubilidade. Muito solúvel em água, praticamente
Dissolver 0,25 g de amostra em 30 mL de água. Titular
insolúvel em etanol absoluto e éter etílico.
com ácido clorídrico 0,1 M SV utilizando 0,1 mL de verde
de bromocresol SI como indicador, até viragem para verde.
IDENTIFICAÇÃO Cada mL de ácido clorídrico 0,1 M SV equivale a 3,005 mg
de etilenodiamina (C2H8N2).
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do
precipitado obtido no teste B. de IdentiÞcação, disperso Teofilina
em brometo de potássio apresenta máximos de absorção
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as Empregar um dos métodos descritos a seguir.
mesmas intensidades relativas daqueles observados no A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
espectro da teoÞlina SQR, preparada de maneira idêntica. de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
B. Dissolver 0,5 g de amostra em 20 mL de água, adicionar de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 150 mm de
1 mL de ácido clorídrico 3 M, com agitação constante. comprimento por 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
Filtrar e lavar o precipitado com pequenas porções de água com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
fria. Secar a 105°C por 1 hora. O precipitado obtido funde- ȝm); ßuxo da Fase móvel de 1 mL/minuto.
se entre 270°C e 274°C. Fase móvel: misturar 200 mL de metanol, 0,96 g de
C.Transferir 10 mg do precipitado dessecado obtido no teste 1-pentanossulfonato de sódio monoidratado e completar o
B. de IdentiÞcação para cápsula de porcelana, adicionar volume para 1000 mL com água. Ajustar o pH em (2,9 ±
1 mL de ácido clorídrico e 0,1 g de cloreto de potássio. 0,1) com ácido acético glacial.
Evaporar em banho-maria até secura. Inverter a cápsula Diluente: mistura de água e metanol (4:1).
sobre um recipiente contendo algumas gotas de hidróxido
de amônio 6 M. O resíduo adquire coloração púrpura, que Solução amostra: transferir 24 mg da amostra, exatamente
desaparece com a adição de soluções alcalinas Þxas. pesada, para balão volumétrico de 250 mL, completar o
volume com Diluente e misturar.
D. O precipitado obtido no teste B. de IdentiÞcação
responde às reações de xantina (5.3.1.1). Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de teoÞlina SQR no Diluente e diluir adequadamente de
modo a obter solução a 80 ȝg/mL.
ENSAIOS DE PUREZA
Solução de resolução: preparar solução de teobromina
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
SQR a 80 ȝg/mL utilizando Solução padrão como
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
diluente. Transferir 20 mL para balão volumétrico de 25
sílica-gel HF254, como suporte, e mistura de solução
mL, completar o volume com Diluente e homogeneizar.
concentrada de amônia, acetona, clorofórmio e 1-butanol
(10:30:30:40), como fase móvel. Aplicar, separadamente Injetar replicatas de 10 —L da Solução de resolução. Os
à placa, 10 ȝL de cada uma das soluções, recentemente tempos de retenção relativos são de 0,65 para a teobromina
preparadas, descritas a seguir. e 1,0 para a teoÞlina. A resolução entre os picos de
teobromina e teoÞlina não é menor que 3,0. O fator de
Solução (1): dissolver 0,2 g da amostra pulverizada em 2
cauda para o pico da teoÞlina não é maior que 2,0. O
mL de água e diluir para 10 mL com metanol.
desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
Solução (2): transferir 0,5 mL da Solução (1) para balão registrados não é maior que 2,0%.
volumétrico de 100 mL e completar o volume com metanol.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de teoÞlina
Qualquer mancha obtida no cromatograma da Solução (1), (C7H8N4O2) na amostra de aminoÞlina a partir das respostas
diferente da mancha principal, não é mais intensa que a obtidas para teoÞlina com a Solução padrão e a Solução
mancha obtida no cromatograma da Solução (2) (0,5%). amostra.
B. Dessecar a amostra a 135ºC até peso constante. Pesar
exatamente 0,2 g da amostra, dissolver em 100 mL de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de água e Þltrar. A 2 mL do Þltrado, adicionar 2 mL de


sulfato cúprico a 1% (p/v) e homogeneizar. Desenvolve-se
617
aa
água e aquecer, se necessário. Resfriar. Adicionar 20 mL coloração azul-escura.
de nitrato de prata 0,1 M e agitar. Titular com hidróxido de
sódio 0,1 M SV, utilizando1 mL de azul de bromotimol SI
CARACTERÍSTICAS
como indicador. Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV
equivale a 18,016 mg de teoÞlina (C7H8N4O2). Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
Em recipientes fechados e protegidos da luz.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
ROTULAGEM Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
CLASSE TERAPÊUTICA Meio de dissolução: água, 900 mL
Broncodilatador. Aparelhagem: pás, 50 rpm

Tempo: 45 minutos
AMINOFILINA COMPRIMIDOS
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de dissolução, Þltrar e diluir em água até concentração
Contém, no mínimo, 80,6% e, no máximo, 90,8% de adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 269
teoÞlina (C7H8N4O2) e, no mínimo, 10,9% de etilenodiamina nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para o ajuste do
(C2H8N2), da quantidade declarada de aminoÞlina. zero. Calcular quantidade de teoÞlina anidra (C7H8N4O2)
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com
a da solução de teoÞlina SQR na concentração de 0,001%
IDENTIFICAÇÃO (p/v), preparada no mesmo solvente.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
de pó equivalente a 0,5 g de aminoÞlina com 20 mL de
declarada de teoÞlina (C7H8N4O2) se dissolvem em 45
água e Þltrar. Adicionar ao Þltrado, sob constante agitação,
minutos.
1 mL de ácido clorídrico 2 M, deixar em repouso por alguns
minutos e Þltrar. Reservar o Þltrado para o teste C. de
IdentiÞcação. Lavar o resíduo com pequenas quantidades DOSEAMENTO
de água fria, recristalizar em água quente e secar em estufa
a 105 °C até peso constante. O espectro de absorção no Etilenodiamina
infravermelho (5.2.14) do resíduo, disperso em brometo Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade
de potássio, apresenta máximos de absorção somente de pó equivalente a 0,3 g de aminoÞlina para erlenmeyer
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas de 150 mL, dissolver em 20 mL de água e aquecer a 50
intensidades relativas daqueles observados no espectro de °C por 30 minutos, agitando ocasionalmente. Titular com
aminoÞlina SQR, preparado de maneira idêntica. ácido sulfúrico 0,05 M SV, utilizando solução de verde de
B. O resíduo obtido do teste A. de IdentiÞcação funde em bromocresol como indicador, até a mudança de coloração
torno de 271 °C. para azul-esverdeado. Cada mL de ácido sulfúrico 0,05 M
SV equivale a 3,005 mg de etilenodiamina (C2H8N2).
C. Ao Þltrado reservado no teste A. de IdentiÞcação, adicionar
0,2 mL de cloreto de benzila, alcalinizar com hidróxido de Teofilina
amônio 5 M e agitar vigorosamente. Filtrar e lavar o resíduo Empregar um dos métodos descritos a seguir.
com água fria, recristalizar em mistura de água e etanol
(10:30) e secar em estufa a 100 °C até peso constante. Os A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
cristais obtidos fundem-se em torno de 250 °C. de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar,
a pó Þno, 20 comprimidos. Transferir quantidade de pó
D. Dissolver 10 mg do resíduo obtido no teste A. de equivalente a 80 mg de aminoÞlina [(C7H8N4O2)2.C2H8N2]
IdentiÞcação em 1 mL de ácido clorídrico. Adicionar 0,1 para balão volumétrico de 200 mL. Adicionar 20 mL
g de cloreto de potássio e evaporar até a secura. Obtém-se de hidróxido de sódio 0,1 M e 60 mL de água e agitar
resíduo avermelhado, que se torna roxo sob a exposição de mecanicamente por 10 minutos. Completar o volume com
vapor de amônia. água, homogeneizar e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado
E. Pesar e pulverizar os comprimidos. Misturar quantidade para balão volumétrico de 200 mL e completar o volume
de pó equivalente a 0,25 g de aminoÞlina com 5 mL com hidróxido de sódio 0,01 M SV, obtendo concentração
de 0,001% (p/v). Medir a absorvância da solução
a 618 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

resultante em 275 nm, utilizando hidróxido sódio 0,01 M


SV para ajuste do zero. Calcular a quantidade de teoÞlina
DESCRIÇÃO

(C7H8N4O2) nos comprimidos considerando A (1% 1 cm) = Características físicas. Pó ou cristais brancos a creme.
650, em 250 nm, em hidróxido sódio 0,01 M SV. Inodoro, sabor alcalino levemente agridoce. É um pouco
higroscópico. Suas soluções decompõem-se lentamente e
B. Pesar e pulverizar, a pó Þno, 20 comprimidos. Transferir escurecem.
quantidade de pó equivalente a 2 g de aminoÞlina
[(C7H8N4O2)2.C2H8N2] para balão volumétrico de 200 mL, Solubilidade. Facilmente solúvel em água. Ligeiramente
com o auxílio de uma mistura de 50 mL de água e 15 mL de solúvel em etanol.
hidróxido de amônio 6 M e deixar com agitação ocasional
Informação adicional. Preparar as soluções de
durante 30 minutos, aquecendo a 50 °C se necessário, para
aminossalicilato de cálcio dentro de 24 horas do uso. Não
dissolver a aminoÞlina. Esfriar a mistura à temperatura
usar as soluções se sua cor for mais escura do que a de uma
ambiente, se tiver sido aquecida, adicionar água, completar
solução recentemente preparada.
o volume e homogeneizar. Centrifugar cerca de 50 mL
da mistura, pipetar a porção clara do sobrenadante,
equivalente a 250 mg de aminoÞlina, para um erlenmeyer IDENTIFICAÇÃO
de 250 mL e diluir com água, se necessário, para perfazer
cerca de 40 mL. Adicionar 8 mL de hidróxido de amônio 6 A. Dissolver cerca de 3 g da amostra em 50 mL de água,
M e 20 mL de nitrato de prata 0,1 M SV, aquecer à ebulição adicionar ácido acético gota a gota até que a mistura seja
por 15 minutos. Esfriar entre 5 °C e 10 °C por 20 minutos nitidamente ácida. Filtrar com sucção, retendo o Þltrado
e Þltrar, preferencialmente através de cadinho sob pressão para o teste C. de IdentiÞcação. Lavar o precipitado com
reduzida. Lavar o precipitado com três porções de 10 mL várias pequenas porções de água e secar a vácuo sobre
de água. AcidiÞcar o Þltrado combinado e as lavagens com pentóxido de fósforo. Colocar cerca de 1 g do ácido
ácido nítrico e adicionar 3 mL do ácido. Esfriar, adicionar aminossalicílico assim obtido em balão pequeno de fundo
2 mL de sulfato férrico amoniacal SR e titular o excesso de redondo e adicionar 10 mL de anidrido acético. Aquecer o
nitrato de prata com tiocianato de amônio 0,1 M SV. Cada balão de fundo redondo em banho-maria por 30 minutos,
mL de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 18,016 mg de adicionar 40 mL de água, misturar, Þltrar e resfriar. Deixar
teoÞlina (C7H8N4O2). em repouso até que o derivado diacetílico precipite.
Recolher o precipitado em um Þltro, lavar bem com água
e secar a 105 °C por 1 hora. O derivado diacetílico obtido
EMBALAGEM funde entre 191 °C e 197 °C.
Em recipientes bem fechados B. Agitar 0,1 g do ácido aminossalicílico obtido no teste
A. de IdentiÞcação com 10 mL de água e Þltrar. A 5 mL
ROTULAGEM do Þltrado adicionar uma gota de cloreto férrico SR.
Desenvolve-se coloração violeta.
Observar a legislação vigente
C. O Þltrado obtido no teste A. de IdentiÞcação responde
às reações do íon cálcio (5.3.1.1).
AMINOSSALICILATO DE CÁLCIO D. Dissolver 0,25 g do ácido aminossalicílico obtido
Calcii aminosalicylas no teste A. de IdentiÞcação em 3 mL de hidróxido de
sódio SR, transferir para balão volumétrico de 500 mL,
completar o volume com água e misturar. Transferir 5 mL
dessa solução para balão volumétrico de 250 mL contendo
12,5 mL de tampão fosfato pH 7,0, completar o volume
com água e misturar. Esta solução, quando comparada em
cubetas de 1 cm, com espectrofotômetro adequado, contra
branco do mesmo tampão e na mesma concentração,
apresenta absorvâncias máximas a (265 ± 2) nm e a (299
± 2) nm e a razão entre os valores de absorvância medidos
em 265 nm e 299 nm está compreendida entre 1,50 e 1,56.

ENSAIOS DE PUREZA
C14H12CaN2O6; 344,33 Aspecto da solução. Uma solução de 1 g da amostra
aminossalicilato de cálcio; 00695 em 50 mL de água apresenta turbidez (5.2.25) não mais
Sal de cálcio do ácido 4-amino-2-hidroxibenzoico (1:2) intensa do que aquela produzida pela adição de 100 —L de
[133-15-3] ácido clorídrico diluído 1:600 a uma mistura de 48 mL de
água, 1 mL de ácido nítrico e 1 mL de nitrato de prata SR,
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de sendo as comparações feitas em provetas de vidro iguais,
C14H12CaN2O6, em relação à substância anidra. examinando horizontalmente contra um fundo branco e um
fundo preto.
Aspecto da solução em ácido nítrico diluído. 1 g da
amostra dissolve-se em 50 mL de ácido nítrico diluído
DOSEAMENTO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 619
aa
resultando solução límpida (5.2.25) que tem, no máximo, Dissolver, exatamente, cerca de 0,35 g da amostra em cerca
cor leve. de 25 mL de água e deixar em repouso por 10 minutos,
com agitação ocasional. Adicionar 25 mL de ácido acético
pH. (5.2.19). 6,0 a 8,0. Determinar em solução aquosa a glacial e 20 mL de solução de brometo de potássio 1:4.
1:50. Resfriar a 15 °C, adicionar 5 mL de ácido clorídrico e
imediatamente titular com nitrito de sódio 0,1 M SV,
Sulfeto de hidrogênio e dióxido de enxofre. Dissolver agitando vigorosamente. Determinar potenciometricamente
cerca de 0,5 g da amostra em 5 mL de água, adicionar 5 a viragem, usando sistema de eletrodos adequado. Cada
mL de ácido clorídrico diluído e agitar vigorosamente. Não mL de nitrito de sódio 0,1 M SV equivale a 17,22 mg de
é perceptível odor de sulfeto de hidrogênio nem dióxido de C14H12CaN2O6.
enxofre e há, no máximo, leve odor de álcool amílico. Um
pedaço de papel de Þltro umedecido de acetato de chumbo
SR colocado sobre a mistura não se descora. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

m-aminofenol. Pesar, exatamente, quantidade calculada Em recipientes herméticos e opacos.


com base no Doseamento, equivalente a 0,562 g de
aminossalicilato de cálcio anidro (0,5 g de ácido ROTULAGEM
aminossalicílico) e colocar em balão volumétrico de 100
mL. Adicionar 1,8 mL de hidróxido de sódio SR e diluir Observar a legislação vigente.
com água para cerca de 80 mL. Adicionar 10 mL de ácido
sulfúrico diluído (1:10), completar o volume com água e
misturar. Dentro de 2 minutos e meio a partir do tempo CLASSE TERAPÊUTICA
em que o ácido foi adicionado, transferir 5 mL dessa Antibacteriano (tuberculostático).
solução para um segundo balão volumétrico de 100 mL,
mergulhado em um banho de gelo e contendo 50 mL de
água a temperatura de 0 °C a 5 °C e adicionar 2,5 mL de AMOXICILINA E CLAVULANATO DE
solução de nitrito de sódio (1:100). Misturar e deixar em
repouso em banho de gelo por 3 minutos ± 5 segundos. POTÁSSIO COMPRIMIDOS
Adicionar 25 mL de carbonato de sódio SR, misturar e
colocar o balão em banho-maria a 25 °C por 15 minutos. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% das
Completar o volume com água, misturar e deixar a solução quantidades declaradas de amoxicilina (C16H19N3O5S) e de
repousar a 25 °C por 3 horas. Determinar a absorvância clavulanato de potássio (C8H8KNO5).
da solução sobrenadante límpida, em cubeta de 1 cm, no
máximo observado na zona do espectro entre 425 nm e
435 nm, com espectrofotômetro adequado, usando água IDENTIFICAÇÃO
como branco. Calcular a porcentagem de m-aminofenol na
Os tempos de retenção dos picos principais do cromatograma
amostra pela fórmula:
da Solução amostra, obtida em Doseamento, correspondem
(A - 0,320) / 1,09 àqueles dos picos principais da Solução padrão.

em que
CARACTERÍSTICAS
A = absorvância da solução;
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste
0,320 = fator de correção da absorvância que representa
a cor produzida por outros fatores e não pela reação de Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
m-aminofenol inicialmente presente;
1,09 = fator de conversão da absorvância em porcentagem Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 45 minutos.
de m-aminofenol. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Permite-se, no máximo, 0,20% de m-aminofenol.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Cloretos (5.3.2.1). 0,5 g da amostra apresenta menos
cloreto que o correspondente a 0,3 mL de ácido clorídrico Meio de dissolução: água, 900 mL
0,02 M SV. No máximo 0,04% (400 ppm).
Aparelhagem: pás, 75 rpm
Metais pesados (5.3.2.3). No máximo 0,003% (30 ppm).
Tempo: 30 minutos
Água (5.2.20.1). Entre 12,5% e 14,5%.
Procedimento: imediatamente após o teste, retirar alíquota
do meio de dissolução e diluir, se necessário, em água
até concentração adequada. Proceder conforme descrito
em Doseamento. Calcular as quantidades de amoxicilina
a 620 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

(C16H19N3O5S) e de clavulanato de potássio (C8H8KNO5)


dissolvidas no meio, comparando as respostas obtidas
que 1,5. A resolução entre os picos de amoxicilina e ácido
clavulânico não é menor que 3,5. O desvio padrão relativo
com as da solução de amoxicilina SQR e clavulanato de das áreas de replicatas dos picos registrados não é maior
lítio SQR nas concentrações de 0,05% (p/v) e 0,02% (p/v) que 2,0%.
respectivamente, preparadas no mesmo solvente.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções
Tolerância: não menos que 85% (Q) da quantidade padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
declarada de amoxicilina (C16H19N3O5S) e não menos áreas sob os picos. Calcular os teores de amoxicilina e
que 80% (Q) da quantidade declarada de clavulanato de clavulanato de potássio na amostra a partir das respostas
potássio (C8H8KNO5) se dissolvem em 30 minutos. obtidas com as Soluções padrão e amostra.

ENSAIOS DE PUREZA EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Água (5.2.20.1). No máximo 7,5%, se a quantidade Em recipientes bem fechados.
rotulada de amoxicilina for de até 250 mg. No máximo
10,0%, se a quantidade rotulada de amoxicilina for maior
ROTULAGEM
que 250 mg e menor que 500 mg. No máximo 11,0%, se a
quantidade rotulada de amoxicilina for superior a 500 mg. Observar a legislação vigente.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


AMOXICILINA E CLAVULANATO
Contagem do número total de micro-organismos DE POTÁSSIO PÓ PARA SOLUÇÃO
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
INJETÁVEL
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% das
quantidades declaradas de amoxicilina (C16H19N3O5S) e de
DOSEAMENTO clavulanato de potássio (C8H8KNO5).

Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido IDENTIFICAÇÃO
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 300 mm de
Os tempos de retenção dos picos principais do cromatograma
comprimento e 4 mm de diâmetro interno empacotada com
da Solução amostra, obtida em Doseamento, correspondem
sílica ligada a grupo octadecilsilano (3—m a 10 ȝm); ßuxo
àqueles dos picos principais da Solução padrão.
da Fase móvel de 2,0 mL/minuto.

Tampão pH 4,4: dissolver 7,8 g de fosfato de sódio CARACTERÍSTICAS


monobásico em 900 mL de água. Ajustar o pH para 4,4 ±
0,1 com ácido fosfórico ou hidróxido de sódio. Completar Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
para 1000 mL com água e homogeneizar.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Fase móvel: mistura de Tampão pH 4,4 e metanol (95:5) Determinar na solução injetável reconstituída conforme
indicado no rótulo.
Solução amostra: dissolver não menos que 10 comprimidos
em água, em balão de volume que resulte em concentração Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
não superior, em amoxicilina, a 3 mg/mL, com agitação
durante 30 minutos. Filtrar ou centrifugar e diluir alíquota
ENSAIOS DE PUREZA
da solução límpida resultante, com água, até obter
concentração de amoxicilina em 0,5 mg/mL. Utilizar esta pH (5.2.19). 8,0 a 10,0. Determinar na solução reconstituída
solução em até uma hora. contendo o equivalente a 10% (p/v) de amoxicilina.
Solução padrão: Dissolver quantidades exatamente Água (5.2.20.1). Determinar em 0,5 g. No máximo 3,5%.
pesadas de amoxicilina SQR e clavulanato de lítio SQR
em água de modo a obter uma solução contendo 0,5 mg/
mL e 0,2 mg/mL, respectivamente. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. A eÞciência Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.


da coluna, determinada para cada analito, não é menor que
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). Dissolver o conteúdo
550 pratos teóricos. Os tempos de retenção relativos são
do frasco ampola em Água para reagente LAL de modo a
cerca de 0,5 para ácido clavulânico e 1,0 para amoxicilina.
obter uma solução a 10 mg/mL de amoxicilina. No máximo
O fator de cauda para o pico de cada analito não é maior
2,5 UE/mL desta solução.
DOSEAMENTO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

quantidade rotulada de amoxicilina após reconstituição for


superior a 80 mg/mL.
621
aa
Proceder conforme descrito em Doseamento da monograÞa
Amoxicilina e clavulanato de potássio comprimidos.
Preparar a Solução amostra como descrito a seguir. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

Solução amostra: misturar os conteúdos de 10 unidades. Contagem do número total de micro-organismos


Transferir quantidade do pó equivalente a 0,1 g de mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
amoxicilina para balão volumétrico de 200 mL, adicionar
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
água até a dissolução e completar o volume com o mesmo
Cumpre o teste.
solvente. Homogeneizar. Utilizar esta solução em até uma
hora.
DOSEAMENTO
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas Proceder conforme descrito em Doseamento da monograÞa
e medir as áreas sob os picos. Calcular as quantidades de de Amoxicilina e clavulanato de potássio comprimidos.
amoxicilina e clavulanato de potássio na amostra a partir Preparar a Solução amostra como descrito a seguir.
das respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução
amostra. Solução amostra: reconstituir o pó para suspensão oral
conforme indicado no rótulo. Diluir quantitativamente um
volume da suspensão em água de modo a obter solução
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO contendo 0,5 mg/mL de amoxicilina. Agitar mecanicamente
por 10 minutos e Þltrar. Utilizar esta solução em até uma
Em recipientes bem fechados.
hora.

ROTULAGEM Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução


padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Observar a legislação vigente. e medir as áreas sob os picos. Calcular as quantidades de
amoxicilina e clavulanato de potássio na amostra a partir
das respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução
AMOXICILINA E CLAVULANATO DE amostra.
POTÁSSIO PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% das Em recipientes bem fechados.
quantidades declaradas de amoxicilina (C16H19N3O5S) e de
clavulanato de potássio (C8H8KNO5).
ROTULAGEM
IDENTIFICAÇÃO Observar a legislação vigente.

Os tempos de retenção dos picos principais do cromatograma


da Solução amostra, obtida em Doseamento, correspondem AMOXICILINA TRI-HIDRATADA
àqueles dos picos principais da Solução padrão. Amoxicillinum trihydricum

CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Determinar na suspensão oral reconstituída conforme
indicado no rótulo.

Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

ENSAIOS DE PUREZA
Água (5.2.20.1). No máximo 7,5%, se a quantidade
rotulada de amoxicilina após reconstituição for de até 40 C16H19N3O5S; 365,40
mg/mL. No máximo 10,0%, se a quantidade rotulada de C16H19N3O5S.3H2O; 419,45
amoxicilina após reconstituição for maior que 40 mg/mL e amoxicilina; 00734
menor que 50 mg/mL. No máximo 11,0%, se a quantidade amoxicilina tri-hidratada; 00736
rotulada de amoxicilina após reconstituição for maior que Ácido (2S,5R,6R)-6-[[(2R)-2-amino-2-(4-hidroxifenil)
50 mg/mL e menor que 80 mg/mL. No máximo 12,0%, se a acetil]amino]-3,3-dimetil-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]
heptano-2-carboxílico
[26787-78-0]
a 622 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Ácido(2S,5R,6R)-6-[[(2R)-2-amino-2-(4-hidroxifenil)
acetil]amino]-3,3-dimetil-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]
ENSAIOS DE PUREZA

heptano-2-carboxílico hidratado (1:3) Cristalinidade. Suspender algumas partículas da amostra


[61336-70-7] em óleo mineral, transferir para uma lâmina de vidro e
examinar por meio de microscópio dotado de luz polarizada.
Apresenta potência de, no mínimo, 900 —g e, no máximo, As partículas exibem birrefringência, que se extingue ao
1050 —g de amoxicilina (C16H19N3O5S) por miligrama, em movimentar a amostra por meio de ajuste micrométrico.
relação à substância anidra. pH (5.2.19). 3,5 a 6,0. Determinar em solução aquosa a
0,2% (p/v).
DESCRIÇÃO
Água (5.2.20.1). 11,5% a 14,5%. Determinar em 0,3 g de
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase amostra.
branco.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
Solubilidade. Pouco solúvel em água, etanol e metanol. No máximo 1%.
Insolúvel em benzeno, hexano, acetato de etila,
clorofórmio, éter etílico e acetonitrila. Solúvel em soluções DOSEAMENTO
de hidróxidos alcalinos.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Constantes físico-químicas
A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +290º a +315º, em de antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar,
relação à substância anidra. Determinar em solução a 0,2% utilizando cilindros.
(p/v) em água isenta de dióxido de carbono.
Micro-organismo: Micrococcus luteus ATCC 9341.
IDENTIFICAÇÃO Meios de cultura: meio número 1, para manutenção
dos micro-organismos; solução salina estéril, para a
O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
padronização do inóculo e meio número 11, para a camada
realizados os testes B. e C.
base e camada de inóculo na placa.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Solução amostra: pesar quantidade da amostra equivalente
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
a 100 mg de amoxicilina e transferir para um balão
máximos de absorção somente nos mesmos comprimidos
volumétrico de 100 mL. Completar com água e agitar por
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
cerca de 30 minutos. Transferir 1 mL desta solução para
observados no espectro de amoxicilina tri-hidratada SQR,
balão volumétrico de 100 mL, completar com solução
preparado de maneira idêntica.
tampão fosfato de potássio, estéril, pH 8,0 (solução 2) e
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa agitar. Diluir, sucessivamente, até as concentrações de
de 200 a 400 nm, de solução a 0,02% (p/v), em etanol, 0,05 —g/mL, 0,10 —g/mL e 0,20 —g/mL, utilizando solução
exibe máximos em 230 nm e em 274 nm, idênticos aos tampão fosfato de potássio, estéril, pH 8,0 (solução 2)
observados em solução similar de amoxicilina tri-hidratada como diluente.
SQR.
Solução padrão: pesar quantidade de amoxicilina tri-
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em hidratada SQR equivalente a 25 mg de amoxicilina e
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G 60, como transferir para balão volumétrico de 50 mL. Completar
suporte, e mistura de metanol, clorofórmio, água e acetona o volume com água. Transferir 1 mL desta solução para
(9:8:3:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à balão volumétrico de 100 mL, completar o volume com
placa, 5 —L de cada uma das soluções descritas a seguir, solução tampão fosfato de potássio, estéril, pH 8,0 (solução
que devem ser usadas em, no máximo, 10 minutos após 2) e agitar. Diluir, sucessivamente, até as concentrações de
sua preparação: 0,05 —g/mL, 0,10 —g/mL e 0,20 —g/mL, utilizando solução
tampão fosfato de potássio, estéril, pH 8,0 (solução 2)
Solução (1): solução a 4 mg/mL da amostra em ácido como diluente.
clorídrico 0,1 M.
Procedimento: adicionar 21 mL de meio de cultura número
Solução (2): solução a 4 mg/mL de amoxicilina tri- 11 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 4 mL de
hidratada SQR em ácido clorídrico 0,1 M. inóculo a 0,5% e proceder conforme descrito em Ensaio
microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar cilindros, 0,2 mL das soluções recentemente preparadas.
secar ao ar. Nebulizar com ninidrina SR. Aquecer a placa Calcular a potência da amostra, em —g de amoxicilina por
em estufa a 110 ºC por 15 minutos. A mancha principal miligrama, a partir da potência do padrão e das respostas
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e obtidas com as Soluções padrão e amostra.
intensidade àquela obtida com a Solução (2).
B. Por método iodométrico. Dissolver e diluir padrão
e amostra de amoxicilina tri-hidratada em água, até
concentração de, aproximadamente, 1,25 mg/mL.
Transferir 2 mL da solução padrão para erlenmeyer com
IDENTIFICAÇÃO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 623
aa
tampa esmerilhada e adicionar 2 mL de hidróxido de sódio A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
M. Agitar e deixar em repouso por 15 minutos. Adicionar de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,02% (p/v) em etanol,
2 mL de ácido clorídrico 1,2 M e 10 mL de iodo 0,01 M exibe máximos em 230 nm e em 274 nm, idênticos aos
SV. Deixar em repouso, por 15 minutos, ao abrigo da luz. observados no espectro de solução similar de amoxicilina
Titular com tiossulfato de sódio 0,01 M SV. Próximo ao tri-hidratada SQR.
ponto Þnal, adicionar tres gotas de amido SI e prosseguir
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
com a titulação até o desaparecimento da cor azul. Proceder
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G 60, como
ao mesmo ensaio com a solução amostra. Realizar prova
suporte, e mistura de metanol, clorofórmio, água e acetona
em branco, da amostra e do padrão, por meio da titulação
(9:8:3:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à
de 2 mL de ambas soluções, adicionadas de 10 mL de iodo
placa, 5 —L de cada uma das soluções descritas a seguir,
0,01 M SV e 0,1 mL de ácido clorídrico M. Próximo ao
que devem ser usadas, no máximo, 10 minutos após sua
ponto Þnal, adicionar tres gotas de amido SI e prosseguir
preparação:
com a titulação até o desaparecimento da cor azul. Titular
com tiossulfato de sódio 0,01 M SV. Calcular a potência da Solução (1): solução a 0,4% (p/v) da amostra em ácido
amostra segundo a fórmula a seguir: clorídrico 0,1 M.

Solução (2): solução a 0,4% (p/v) de amoxicilina tri-


hidratada SQR em ácido clorídrico 0,1 M.
Em que: Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar e nebulizar com ninidrina SR. Aquecer em estufa
P = potência da amostra (—g/mg);
a 110 °C por 15 minutos. A mancha principal obtida com
Vba = volume de titulante gasto na titulação do branco da a Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade
amostra (mL); àquela obtida com a Solução (2).
Va = volume de titulante gasto na titulação da amostra (mL);
Vbp = volume de titulante gasto na titulação do branco do CARACTERÍSTICAS
padrão (mL);
Vp = volume de titulante gasto na titulação do padrão (mL); Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Pó = potência do padrão (—g/mg); Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste
Pp = peso do padrão (mg);
Pa = peso da amostra (mg). TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Meio de dissolução: água, 900 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem: cestas, 100 rpm
Em recipientes perfeitamente fechados, em temperatura
entre 15 ºC a 25 ºC. Tempo: 90 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio


ROTULAGEM
de dissolução, Þltrar e diluir em água até concentração
Observar a legislação vigente. adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 272
nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do
zero. Calcular a quantidade de C16H19N3O5S dissolvida no
CLASSE TERAPÊUTICA meio, comparando as leituras obtidas com a da solução de
amoxicilina tri-hidratada SQR na concentração de 0,01%
Antibiótico.
(p/v), preparada no mesmo solvente.

Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade


AMOXICILINA TRI-HIDRATADA declarada de C16H19N3O5S se dissolvem em 90 minutos.
CÁPSULAS
ENSAIOS DE PUREZA
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da
Água (5.2.20.1). Determinar em 0,3 g da amostra. No
quantidade declarada de C16H19N3O5S. As cápsulas de
máximo 14,5%.
amoxicilina tri-hidratada são constituídas de amoxicilina
tri-hidratada com ou sem, um ou mais, agentes lubriÞcantes,
diluentes e secantes adequados, incluídos em cápsulas de TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
gelatina.
Contagem de micro-organismos viáveis totais
(5.5.3.1.2). Cumpre o teste
a 624 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.

DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. AMOXICILINA TRI-HIDRATADA PÓ
PARA SUSPENSÃO ORAL
A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
de antibióticos (5.5.3.3) pelo método de difusão em ágar,
utilizando cilindros. Amoxicilina tri-hidratada pó para suspensão oral é uma
mistura de um ou mais agentes adequados para suspensão,
Micro-organismo: Micrococcus luteus ATCC 9341. contendo ou não corantes, aromatizantes, conservantes,
tampões, adoçantes e estabilizantes. Contém, no mínimo
Meios de cultura: meio de cultura número 1, para
90,0% e, no máximo, 120,0% da quantidade declarada de
manutenção do micro-organismos; solução salina estéril,
C16H19N3O5S. A amoxicilina tri-hidratada empregada na
para a padronização do inóculo; meio de cultura número
produção cumpre as especiÞcações descritas na monograÞa
11, para a camada base e camada de inóculo na placa.
Amoxicilina tri-hidratada.
Solução amostra: remover o conteúdo das cápsulas e pesá-
las exatamente. Homogeneizar o conteúdo. Transferir IDENTIFICAÇÃO
quantidade do pó equivalente a 0,1 g de amoxilicina para
balão volumétrico de 100 mL, completar o volume com Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
água e agitar por cerca de 30 minutos. Transferir 1 mL desta delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G 60, como
solução para balão volumétrico de 100 mL, completar com suporte, e mistura de metanol, clorofórmio, água e acetona
Tampão fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução (9:8:3:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à
2) e agitar. Diluir, sucessivamente, até as concentrações de placa, 5 —L de cada uma das soluções descritas a seguir,
0,05 —g/mL, 0,10 —g/mL e 0,20 —g/mL, utilizando Tampão que devem ser usadas, no máximo, 10 minutos após sua
fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como preparação.
diluente.
Solução (1): solução a 0,4% (p/v) da amostra em ácido
Solução padrão: pesar quantidade de amoxicilina tri- clorídrico 0,1 M.
hidratada SQR equivalente a 25 mg de amoxicilina,
transferir para balão volumétrico de 50 mL e completar o Solução (2): solução a 0,4% (p/v) de amoxicilina tri-
volume com água. Transferir 1 mL da solução obtida para hidratada SQR em ácido clorídrico 0,1 M.
balão volumétrico de 100 mL, completar o volume com Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Tampão fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução secar ao ar e nebulizar com ninidrina SR. Aquecer em estufa
2) e agitar. Diluir, sucessivamente, até as concentrações de a 110 °C por 15 minutos. A mancha principal obtida com
0,05 —g/mL, 0,10 —g/mL e 0,20 —g/mL, utilizando Tampão a Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade
fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como àquela obtida com a Solução (2).
diluente.

Procedimento: adicionar 21 mL de meio de cultura número CARACTERÍSTICAS


11 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 4 mL de
inóculo a 0,5% e proceder conforme descrito em Ensaio pH (5.2.19). 5,0 a 7,5. Determinar na suspensão
microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos reconstituída, conforme indicado no rótulo.
cilindros, 0,2 mL das soluções recentemente preparadas.
Calcular a potência da amostra, em mg de amoxicilina Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
por cápsula, a partir da potência do padrão e das respostas Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste para
obtidas com a Solução padrão e com a Solução amostra. Produtos líquidos em recipientes para doses múltiplas.
B. Proceder conforme descrito em Ensaio iodométrico de Determinar na suspensão reconstituída conforme indicado
antibióticos (5.3.3.10). Remover o conteúdo das cápsulas no rótulo.
e pesá-las. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas.
Transferir quantidade do pó, exatamente pesado, para ENSAIOS DE PUREZA
frasco volumétrico e diluir em água de modo a obter
solução de amoxicilina tri-hidratada a 1,25 mg/mL. Agitar Água (5.2.20.1). No máximo 3,0%. Determinar em 0,3 g
de 3 a 5 minutos. Preparar solução padrão nas mesmas da amostra.
condições.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Contagem de micro-organismos viáveis totais
Em recipientes perfeitamente fechados, em temperatura (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
entre 15 °C a 25 °C.
Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 625
aa
AMPICILINA
Ampicillinum
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico


de antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar,
utilizando cilindros.

Micro-organismo: Micrococcus luteus ATCC 9341.

Meios de cultura: meio número 1, para manutenção


do micro-organismos; solução salina estéril, para a
padronização do inóculo e meio número 11, para a camada
C16H19N3O4S; 349,40
base e camada de inóculo na placa.
ampicilina; 00738
Solução amostra: transferir o equivalente a 250 mg de Ácido (2S,5R,6R)-6-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]-
amoxilicina para um balão volumétrico de 250 mL. 3,3-dimetil-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-
Completar com água e agitar por cerca de 30 minutos. carboxílico
Transferir 1 mL desta solução para balão volumétrico [69-53-4]
de 100 mL, completar com Tampão fosfato de potássio,
estéril, pH 8,0 (Solução 2) e agitar. Diluir, sucessivamente, Apresenta potência de, no mínimo, 900 ȝg e, no máximo,
até as concentrações de 0,05 —g/mL, 0,10 —g/mL e 0,20 —g/ 1050 ȝg de C16H19N3O4S por miligrama, em relação à
mL, utilizando Tampão fosfato de potássio, estéril, pH 8,0 substância anidra.
(Solução 2) como diluente.

Solução padrão: pesar quantidade de amoxicilina tri- DESCRIÇÃO


hidratada SQR equivalente a 25 mg de amoxicilina e Características físicas. Pó cristalino branco a levemente
transferir para balão volumétrico de 50 mL. Completar o amarelado.
volume com água. Transferir 1 mL desta solução para balão
volumétrico de 100 mL, completar o volume com Tampão Solubilidade. Pouco solúvel em água e metanol,
fosfato de potássio, estéril, pH 8,0 (Solução 2) e agitar. praticamente insolúvel em acetona, clorofórmio, etanol
Diluir, sucessivamente, até as concentrações de 0,05 —g/ absoluto e éter etílico, insolúvel em benzeno e tetracloreto
mL, 0,10 —g/mL e 0,20 —g/mL, utilizando Tampão fosfato de carbono. Solúvel em soluções ácidas e alcalinas diluídas.
de potássio, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente.
Constantes físico-químicas
Procedimento: adicionar 21 mL de meio de cultura número
11 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 4 mL de Faixa de fusão (5.2.2): 199 °C a 202 °C.
inóculo a 0,5% e proceder conforme descrito em Ensaio
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +280° a +305°, em
microbiológico de antibióticos, adicionando aos cilindros,
relação à substância anidra. Determinar em solução a
0,2 mL das soluções recentemente preparadas. Calcular a
0,25% (p/v).
potência da amostra, em mg de amoxicilina por mililitro, a
partir da potência do padrão e das respostas obtidas com as
Soluções padrão e amostra. IDENTIFICAÇÃO
B. Proceder conforme descrito em Ensaio iodométrico de O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
antibióticos (5.3.3.10). Reconstituir o conteúdo conforme realizados os testes B. e C. Os testes de identiÞcação B. e
indicado pelo produtor. Transferir quantidade do pó, C. podem ser omitidos se for realizado o teste A.
exatamente pesado, para balão volumétrico e diluir em
água de modo a obter solução de amoxicilina tri-hidratada A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
a 1,25 mg/mL. Agitar de 3 a 5 minutos. Preparar solução amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
padrão nas mesmas condições. máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de ampicilina SQR, preparado de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO maneira idêntica.
Em recipientes perfeitamente fechados, em temperatura B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
entre 15 °C a 25 °C. camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel H, como
suporte, e mistura de acetona e acetato de amônio a 15,4%
ROTULAGEM (p/v) com pH ajustado para 5,0 com ácido acético glacial
(10:90), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
Observar a legislação vigente.
a 626 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

2 ȝL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,


descritas a seguir.
correspondentes à dimetilanilina e ao naftaleno. A área
sob o pico relativo à dimetilanilina, obtido com a Solução
amostra, não é superior à área sob o pico principal obtido
Solução (1): solução a 2,5 mg/mL da amostra em com a Solução de dimetilanilina (0,02%).
bicarbonato de sódio a 4,2% (p/v).
Água (5.2.20.1). No máximo 2,0%.
Solução (2): solução a 2,5 mg/mL de ampicilina SQR em
bicarbonato de sódio a 4,2% (p/v). Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,5%.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Expor a vapores de iodo até aparecimento das
manchas. A mancha principal obtida no cromatograma com TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
a Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade
Ampicilina destinada à produção de preparações parenterais
àquela obtida com a Solução (2).
cumpre com os seguintes testes adicionais.
C. Transferir cerca de 2 mg da amostra para tubo de
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Dissolver 6 g
ensaio. Umedecer com 0,05 mL de água. Adicionar 2 mL
da amostra em 800 mL de Fluido II contendo quantidade
de mistura de solução de formaldeído e ácido sulfúrico
suÞciente de ȕ-lactamase para inativar a ampicilina, agitar
(2:100) e agitar. A solução é praticamente incolor. Aquecer
até total solubilização e proceder conforme descrito em
em banho-maria por 1 minuto. Desenvolve-se coloração
Método de Þltração em membrana.
amarela escura.
Pirogênio (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar 1 mL/kg de
ENSAIOS DE PUREZA ampicilina a 2 mg/mL em hidróxido de sódio 0,05 M.

pH (5.2.19). 3,5 a 6,0. Determinar em solução aquosa a Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,15 UE/
1% (p/v). mg de ampicilina.

Cristalinidade. Suspender algumas partículas da amostra


DOSEAMENTO
em óleo mineral. Transferir para lâmina de vidro e examinar
em microscópio dotado de luz polarizada. As partículas Empregar um dos métodos descritos a seguir.
exibem birrefringência, que se extingue ao movimentar a
amostra por meio de ajuste micrométrico. A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
de antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar.
Limite de N,N-dimetilanilina. Proceder conforme
descrito em CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar Nota: as diluições das Soluções padrão e amostra para a
cromatógrafo provido de detector de ionização de chamas, curva padrão devem ser preparadas simultaneamente.
coluna de vidro de 2 m de comprimento e 2 mm de
diâmetro interno, empacotada com suporte de diatomáceas Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
silanizado, impregnado com 3% (p/p) de fenilmetilsilicone da amostra em água estéril de modo a obter solução a 0,1
(50% fenil); temperatura da coluna de 120 °C, temperatura mg/mL. Diluir sucessivamente com Tampão fosfato de
do injetor e detector de 150 °C; nitrogênio como gás de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), de modo a
arraste, ßuxo de 30 mL/minuto. obter soluções na faixa de concentração adequada para a
curva padrão.
Solução de padrão interno: solução de naftaleno a 0,05
mg/mL em cicloexano. Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de ampicilina SQR em água estéril de modo a obter solução
Solução amostra: dissolver 1 g da amostra em 5 mL de a 0,1 mg/mL. Diluir sucessivamente com Tampão fosfato
hidróxido de sódio M, e adicionar 1 mL da Solução de de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), de modo a
padrão interno. Agitar, vigorosamente, por 1 minuto, obter soluções na faixa de concentração adequada para a
centrifugar, se necessário, e usar o sobrenadante. curva padrão.

Solução de dimetilanilina: dissolver 50 mg de N,N- Procedimento: proceder conforme descrito em Ensaio


dimetilanilina em mistura de 2 mL de ácido clorídrico e microbiológico por difusão em ágar (5.5.3.3.1). Calcular a
20 mL de água, sob agitação. Completar o volume para potência da amostra, em ȝg de C16H19N3O4S por miligrama,
50 mL com água e agitar. Transferir 5 mL para balão a partir da potência do padrão e das respostas obtidas com
volumétrico de 250 mL, completar o volume com água as Soluções padrão e amostra.
e agitar. Transferir 1 mL para tubo de ensaio, adicionar 5
mL de hidróxido de sódio M, 1 mL da Solução de padrão B. Proceder conforme descrito em Ensaio iodométrico
interno, e agitar vigorosamente por 1 minuto. Centrifugar, de antibióticos (5.3.3.10). Preparar a solução padrão nas
se necessário, e usar o sobrenadante. mesmas condições que a solução amostra.

Procedimento: injetar, separadamente, 1 ȝL da Solução C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquida


de dimetilanilina e 1 ȝL da Solução amostra, registrar de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
os cromatogramas e medir as áreas sob os picos de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
comprimento por 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
ȝm); ßuxo da Fase móvel de 2,0 mL/minuto.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (1): pesar as cápsulas, remover o conteúdo e pesá-


las novamente. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas.
627
aa
Agitar quantidade de pó equivalente a 0,125 g de ampicilina
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila, fosfato de potássio com bicarbonato de sódio a 4,2% (p/v) e diluir para 50 mL
monobásico 0,1 M e ácido acético M (90,9:8,0:1,0:0,1). com o mesmo solvente. Filtrar.
Diluente: transferir 10 mL de fosfato de potássio
monobásico 0,1 M e 1 mL de ácido acético glacial M para CARACTERÍSTICAS
balão volumétrico de 1000 mL e completar o volume com
água. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 25 mg Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
de ampicilina SQR para balão volumétrico de 25 mL,
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
completar o volume com o Diluente e homogeneizar.

Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 100 mg TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


da amostra, para balão volumétrico de 100 mL, completar
o volume com o Diluente e homogeneizar. Meio de dissolução: água, 900 mL

Solução de resolução: dissolver quantidade suÞciente Aparelhagem: cestas, 100 rpm


de cafeína, na Solução padrão, de modo a obter solução
contendo 0,12 mg/mL. Tempo: 45 minutos

Injetar replicatas de 20 —L da Solução de resolução. A Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
resolução entre o pico de cafeína e ampicilina não é menor dissolução, Þltrar e diluir em tampão sulfato cúprico até
que 2,0. O fator de cauda para o pico da ampicilina não é concentração adequada. Transferir 10 mL para tubo de
maior do que 1,4. O desvio padrão relativo das áreas de ensaio com tampa, aquecer em banho-maria a 75 °C por
replicatas sob os picos registrados não é maior que 2,0%. 30 minutos e resfriar rapidamente. Medir as absorvâncias
das soluções em 320 nm (5.2.14), utilizando alíquota do
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções meio de dissolução diluída em tampão sulfato cúprico, sem
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as aquecimento, para ajuste do zero. Calcular a quantidade
áreas sob os picos. Calcular o teor em —g de C16H19N3O4S de C16H19N3O4S dissolvida no meio, comparando as
por miligrama na amostra, a partir do teor do padrão e leituras obtidas com a da solução de ampicilina SQR na
das respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução concentração de 0,0022% (p/v), preparada nas mesmas
amostra. condições.

Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO declarada de C16H19N3O4S se dissolvem em 45 minutos.
Em recipientes hermeticamente fechados, a temperatura
inferior a 30 °C. ENSAIOS DE PUREZA
Água (5.2.20.1). No máximo 4%.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem de micro-organismos viáveis totais
CLASSE TERAPÊUTICA (5.5.3.1.2). Cumpre o teste
Antibiótico. Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.

AMPICILINA CÁPSULAS
DOSEAMENTO

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da Empregar um dos métodos descritos a seguir.
quantidade declarada de C16H19N3O4S. A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
de antibióticos (5.5.3.3) pelo método de difusão em ágar.
IDENTIFICAÇÃO
Nota: as diluições da Solução padrão e da Solução
Proceder conforme descrito no teste B. de IdentiÞcação da amostra para a curva padrão devem ser preparadas
monograÞa de Ampicilina. Preparar a Solução (1) como simultaneamente.
descrito a seguir.
Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
cápsulas. Transferir quantidade de pó, exatamente pesado,
a 628 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

para frasco volumétrico e diluir com água estéril de modo


Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
a obter solução de ampicilina a 0,1 mg/mL. Agitar por 3 Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
a 5 minutos. Diluir sucessivamente com Tampão fosfato
de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), de modo a Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
obter soluções na faixa de concentração adequada para a
curva padrão. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, Meio de dissolução: água, 900 mL
de ampicilina SQR em água estéril de modo a obter solução
a 0,1 mg/mL. Diluir sucessivamente com Tampão fosfato Aparelhagem: cestas, 100 rpm
de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), de modo a
obter soluções na faixa de concentração adequada para a Tempo: 45 minutos
curva padrão.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
Procedimento: proceder conforme descrito em Ensaio dissolução, Þltrar e diluir em tampão sulfato cúprico até
microbiológico de antibióticos por difusão em ágar concentração adequada. Transferir 10 mL para tubo de
(5.5.3.3.1). Calcular a quantidade em mg de C16H19N3O4S ensaio com tampa, aquecer em banho-maria a 75 °C por
nas cápsulas a partir da potência do padrão e das respostas 30 minutos e resfriar rapidamente. Medir as absorvâncias
obtidas com a Solução padrão e com a Solução amostra. das soluções em 320 nm (5.2.14), utilizando alíquota do
meio de dissolução diluída em tampão sulfato cúprico, sem
B. Proceder conforme descrito em Ensaio iodométrico aquecimento, para ajuste do zero. Calcular a quantidade
de antibióticos (5.3.3.10). Pesar 20 cápsulas, remover o de C16H19N3O4S dissolvida no meio, comparando as
conteúdo e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo leituras obtidas com a da solução de ampicilina SQR na
das cápsulas. Transferir quantidade de pó, exatamente concentração de 0,0022% (p/v), preparada nas mesmas
pesado, para frasco volumétrico, adicionar água, agitar por condições.
3 a 5 minutos e completar o volume com o mesmo solvente,
de modo a obter solução de ampicilina (C16H19N3O4S) a 1,25 Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
mg/mL. Transferir 2 mL dessa solução para erlenmeyer de declarada de C16H19N3O4S se dissolvem em 45 minutos.
125 mL com tampa. Preparar solução padrão nas mesmas
condições. ENSAIOS DE PUREZA
Água (5.2.20.1). No máximo 4,0%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes hermeticamente fechados, entre 15 °C e 25 °C. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos
ROTULAGEM mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
AMPICILINA COMPRIMIDOS
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da Empregar um dos métodos descritos a seguir.
quantidade declarada de C16H19N3O4S.
A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
de antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar.
IDENTIFICAÇÃO
Nota: as diluições das Soluções padrão e amostra para a
Proceder conforme descrito no teste B. de IdentiÞcação da curva padrão devem ser preparadas simultaneamente.
monograÞa de Ampicilina. Preparar a Solução (1) como
descrito a seguir. Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade do pó exatamente pesada para balão
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar volumétrico e diluir com água estéril de modo a obter
quantidade do pó equivalente a 0,125 g de ampicilina com solução de ampicilina a 0,1 mg/mL. Agitar durante 3 a 5
bicarbonato de sódio a 4,2% (p/v) e diluir para 50 mL com minutos. Diluir sucessivamente com Tampão fosfato de
o mesmo solvente. Filtrar. potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), de modo a
obter soluções na faixa de concentração adequada para a
curva padrão.
CARACTERÍSTICAS
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
de ampicilina SQR em água estéril de modo a obter solução
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. a 0,1 mg/mL. Diluir sucessivamente com Tampão fosfato
de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), de modo a
obter soluções na faixa de concentração adequada para a
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Determinar


no pó não reconstituído.
629
aa
curva padrão.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste
Procedimento: proceder conforme descrito em Ensaio para sólidos envasados em recipientes de dose-única.
microbiológico por difusão em ágar (5.5.3.3.1). Calcular
a quantidade em mg de C16H19N3O4S nos comprimidos a
ENSAIOS DE PUREZA
partir da potência do padrão e das respostas obtidas com as
Soluções padrão e amostra. Água (5.2.20.1). No máximo 2,5%.
B. Proceder conforme descrito em Ensaio iodométrico de
antibióticos (5.3.3.10). Pesar e pulverizar 20 comprimidos. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Transferir quantidade do pó, exatamente pesada, para
balão volumétrico, adicionar água, agitar durante 3 a 5 Contagem do número total de micro-organismos
minutos e completar o volume com o mesmo solvente, de mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
modo a obter solução de ampicilina (C16H19N3O4S) a 1,25
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
mg/mL. Transferir 2 mL dessa solução para erlenmeyer de
Cumpre o teste.
125 mL com tampa. Preparar solução padrão nas mesmas
condições.
DOSEAMENTO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Em recipientes hermeticamente fechados, protegidos da A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
umidade, em temperatura inferior a 30 °C. por difusão em ágar (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em
ágar, utilizando cilindros.
ROTULAGEM Nota: as diluições da Solução padrão e da Solução
Observar a legislação vigente. amostra para a curva padrão devem ser preparadas
simultaneamente.

Solução amostra: reconstituir a suspensão conforme


AMPICILINA PÓ PARA SUSPENSÃO indicado no rótulo. Transferir quantidade da suspensão
ORAL exatamente medida para frasco volumétrico e diluir com
água estéril de modo a obter solução de ampicilina a 0,1 mg/
mL. Agitar por 3 a 5 minutos. Diluir sucessivamente com
Ampicilina pó para suspensão oral é mistura de ampicilina Tampão fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução
com um ou mais agentes corantes, aromatizantes, tampões, 2), de modo a obter soluções na faixa de concentração
edulcorantes e conservantes. Contém, no mínimo, 90,0% e, adequada para a curva analítica.
no máximo, 120,0% da quantidade declarada de ampicilina
(C16H19N3O4S). Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de ampicilina SQR em água estéril de modo a obter solução
a 0,1 mg/mL. Diluir sucessivamente com Tampão fosfato
IDENTIFICAÇÃO
de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), de modo a
Proceder conforme descrito no teste B. de IdentiÞcação da obter soluções na faixa de concentração adequada para a
monograÞa de Ampicilina. Preparar a Solução (1) como curva analítica.
descrito a seguir.
Procedimento: proceder conforme descrito em Ensaio
Solução (1): reconstituir a suspensão oral conforme microbiológico por difusão em ágar (5.5.3.3.1). Calcular
indicado no rótulo. Agitar quantidade da suspensão a quantidade em mg de C16H19N3O4S na suspensão oral
oral, equivalente a 0,125 g de ampicilina, em solução de reconstituída a partir da potência do padrão e das respostas
bicarbonato de sódio a 4,2% (p/v) e diluir para 50 mL com obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
o mesmo solvente. Filtrar.
B. Proceder conforme descrito em Ensaio iodométrico
de antibióticos (5.3.3.10). Reconstituir o conteúdo de
CARACTERÍSTICAS 10 unidades conforme indicado no rótulo. Misturar
e homogeneizar o conteúdo dos frascos. Transferir
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste para quantidade, exatamente medida, da suspensão oral
Produtos líquidos em recipientes para doses múltiplas. reconstituída para frasco volumétrico, adicionar água,
Determinar na suspensão reconstituída conforme indicado agitar por 3 a 5 minutos e completar o volume com o
no rótulo. mesmo solvente, de modo a obter solução de ampicilina
pH (5.2.19). 5,0 a 7,5. Determinar na suspensão (C16H19N3O4S) a 1,25 mg/mL. Transferir 2 mL desta
reconstituída conforme indicado no rótulo. solução para erlenmeyer com tampa. Preparar a solução
padrão nas mesmas condições.
a 630 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO com 2 a 3 mL de mistura de 9 partes de acetona e 1 parte


de água e secar a 60 °C por 30 minutos. O espectro de
Em recipientes bem fechados, protegidos da umidade, em absorção no infravermelho (5.2.14) da amostra dispersa
temperatura inferior a 25ºC. em brometo de potássio apresenta máximos de absorção
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
ROTULAGEM mesmas intensidades relativas daqueles observados no
espectro de ampicilina sódica SQR, preparado de maneira
Observar a legislação vigente. idêntica.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em


AMPICILINA SÓDICA camada delgada (5.2.17.1), utilizando como suporte,
sílica-gel GF-254, e como fase móvel, mistura de acetona
Ampicillinum natricum
e acetato de amônio a 15,4% (p/v) (90:10), com pH 5,0,
ajustado com ácido acético glacial. Aplicar, separadamente,
à placa 2 ȝL de cada uma das soluções, recentemente
preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): solução a 0,5% (p/v) da amostra em solução


de bicarbonato de sódio a 4,2% (p/v).

Solução (2): solução a 0,5% (p/v) de ampicilina sódica


SQR em solução de bicarbonato de sódio a 4,2% (p/v).

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar e nebulizar com solução alcoólica de ninidrina
C16H18NaN3O4S; 371,39 a 0,3% (p/v), aquecer em estufa de calor seco, a 90°C,
ampicilina sódica; 00741 durante 15 minutos. Examinar sob luz visível. A mancha
Sal sódico do ácido (2S,5R,6R)-6-[[(2R)-2-amino- principal obtida no cromatograma com a Solução (1) deve
2-fenilacetil]amino]-3,3-dimetil-7-oxo-4-tia-1- corresponder em posição, cor e intensidade àquela obtida
azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxílico (1:1) com a Solução (2).
[69-52-3]
C. Transferir cerca de 2 mg da amostra para tubo de ensaio.
Apresenta potência de, no mínimo, 845 ȝg e, no máximo, Umedecer com 0,05 mL de água e adicionar 2 mL da
988 ȝg de ampicilina (C16H19N3O4S) por miligrama, mistura de 2 mL de solução de formaldeído com 100 mL
calculado em relação à substância anidra. de ácido sulfúrico. Agitar o tubo e observar a cor. Deve-se
apresentar quase incolor. Imergir o tubo em banho-maria
durante 1 minuto. Desenvolve-se coloração marrom-
DESCRIÇÃO avermelhada.
Características físicas. Pó cristalino branco, higroscópico. D. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
Solubilidade. Muito solúvel em água, solúvel em acetona,
pouco solúvel em clorofórmio, praticamente insolúvel em ENSAIOS DE PUREZA
éter etílico.
pH (5.2.19). 8,0 a 10,0. Determinar em solução aquosa a
Constantes físico-químicas 1% (p/v).
Faixa de fusão (5.2.2): 203 °C a 206 °C. Água (5.2.20). Não mais que 2,0%.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +258° a + 287°, Cristalinidade. Suspender algumas partículas da amostra
determinado em solução a 0,25% (p/v) tendo como em óleo mineral, transferir para uma lâmina de vidro e
solvente, solução de biftalato de potássio a 0,4% (p/v), examinar por meio de microscópio dotado de luz polarizada.
calculado em relação à substância anidra. As partículas exibem birrefringência, que se extingue ao
movimentar a amostra por meio de ajuste micrométrico.
IDENTIFICAÇÃO N,N-Dimetilanilina. No máximo 0,02% (200 ppm).
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a gás
O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
(5.2.17.5) utilizando cromatógrafo provido de detector
realizados os testes B. e C. Os testes de identiÞcação B. e
de ionização de chama; coluna de vidro (2 m x 2 mm)
C. podem ser omitidos se for realizado o teste A.
empacotada com suporte de diatomáceas silanizado,
A. Dissolver 250 mg da amostra em 5 mL de água, impregnado com 3% (p/p) de fenilmetilsilicone (50%
adicionar 0,5 mL de ácido acético 2 M, agitar e deixar em fenil), mantida a 120 °C; injetor e detector a 150 °C, gás
repouso por 10 minutos em banho de gelo. Filtrar através de arraste nitrogênio para cromatograÞa, ßuxo de 30 mL/
de Þltro de vidro sinterizado, sob pressão reduzida. Lavar minuto.
Solução de padrão interno: solução de naftaleno a 0,005%
(p/v) em cicloexano.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar, 1 mL/kg,


empregando solução de ampicilina sódica 20 mg/mL, em
631
aa
água.
Solução de dimetilanilina padrão: dissolver 50 mg de
N,N-dimetilanilina em mistura de 2 mL de ácido clorídrico Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,15 UE/
em 20 mL de água sob agitação, completar o volume mg de ampicilina.
a 50 mL com água e agitar. Transferir 5 mL para balão
volumétrico de 250 mL, completar o volume com água
DOSEAMENTO
e agitar. Transferir 1 mL para tubo de ensaio, adicionar 5
mL de hidróxido de sódio M, 1 mL da Solução de padrão Empregar um dos métodos descritos a seguir.
interno, agitar vigorosamente por 1 minuto, centrifugar, se
necessário, e usar o sobrenadante. A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
de antibióticos (5.5.3.3). Dissolver, separadamente,
Solução amostra: dissolver 1 g da amostra em 5 mL de ampicilina sódica SQR e amostra em água estéril de modo
hidróxido de sódio M, adicionar 1 mL da amostra A, agitar a obter solução na concentração de 0,1 mg/mL cada. Diluir
vigorosamente por 1 minuto, centrifugar, se necessário, e as soluções obtidas, em solução tampão fosfato de potássio
usar o sobrenadante. 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), às concentrações
empregadas na curva padrão.
Procedimento: injetar, separadamente, 1—L das soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as B. Por método iodométrico. Dissolver e diluir amostra
áreas sob os picos principais. e ampicilina sódica SQR em água, até concentração
de, aproximadamente, 1,25 mg/mL. Transferir 2 mL da
Cloreto de metileno. Proceder conforme cromatograÞa a
solução padrão para erlenmeyer com tampa esmerilhada
gás (5.2.17.5).Utilizar cromatógrafo provido de detector
e adicionar 2 mL de hidróxido de sódio M. Agitar e deixar
de ionização de chama; coluna de vidro (105 m x 4 mm)
em repouso por 15 minutos. Adicionar 2 mL de ácido
empacotada com suporte de diatomáceas silanizado
clorídrico 1,2 M e 10 mL de iodo 0,01 M SV. Deixar em
(partículas de até 120 —m), lavado com ácido, revestido
repouso, por 15 minutos, ao abrigo da luz. Titular com
com macrogol 1000 a 10% (p/p), mantida a 60 ºC; injetor
tiossulfato de sódio 0,01 M SV. Próximo ao ponto Þnal,
a 100 ºC; detector a 150 ºC, gás de arraste nitrogênio para
adicionar tres gotas de amido SI e prosseguir com a
cromatograÞa, ßuxo de 40 mL/mimuto.
titulação até o desaparecimento da cor azul. Proceder ao
Solução padrão: transferir 1 mL de solução aquosa de mesmo ensaio com a solução amostra. Realizar prova em
cloreto de metileno a 0,2% (v/v) para balão volumétrico de branco, da amostra e do padrão, por meio da titulação de
100 mL. Acrescentar 1 mL da solução aquosa de dicloreto 2 mL de ambas as soluções, adicionadas de 10 mL de iodo
de etileno a 0,2% (v/v) (padrão interno), completar o 0,01 M SV e 0,1 mL de ácido clorídrico M. Próximo ao
volume com água e agitar. ponto Þnal, adicionar tres gotas de amido SI e prosseguir
com a titulação até o desaparecimento da cor azul. Titular
Solução amostra: dissolver 10 g da amostra em água e com tiossulfato de sódio 0,01 M SV.
transferir para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar 1,0
mL de solução aquosa de dicloreto de etileno a 0,2% (v/v)
(padrão interno), completar o volume com água e agitar.
em que
Procedimento: injetar, separadamente, 1 —L da Solução
P = potência da amostra (—g/mg);
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas
e calcular a porcentagem (p/p) de cloreto de metileno, Vba = volume de titulante gasto na titulação do branco da
considerando como 1,325 g/mL o valor da densidade a 20 amostra (mL);
ºC. Não mais que 0,2% (p/p). Va = volume de titulante gasto na titulação da amostra (mL);
Vbp = volume de titulante gasto na titulação do branco do
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA padrão (mL);
Vp = volume de titulante gasto na titulação do padrão (mL);
Ampicilina sódica destinada à preparação parenteral deve Pó = potência do padrão (—g/mg);
cumprir com os seguintes testes adicionais. Quando for
indicado no rótulo que a substância é estéril, a amostra Pp = peso do padrão (mg);
cumpre com o teste de Pirogênios ou de Endotoxinas Pa = peso da amostra (mg).
bacterianas, e com o teste de Esterilidade.

Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Empregar método EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


de Þltração por membranas. Dissolver 6 g da amostra em Em recipientes hermeticamente fechados, a temperatura
800 mL de Fluido II contendo quantidade suÞciente de inferior a 30 ºC. Sendo destinado à produção de formas
penicilinase estéril para inativar a ampicilina, agitar até farmacêuticas injetáveis, deverá ser embalado em
total solubilização e proceder como descrito. recipientes estéreis.
a 632 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ROTULAGEM a obter solução na concentração de 0,1 mg/mL. Diluir,


separadamente, solução padrão e amostra, em Tampão
Observar a legislação vigente. fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), às
concentrações empregadas na obtenção da curva padrão.
CLASSE TERAPÊUTICA B. Proceder conforme descrito em Ensaio iodométrico
Antibiótico. de antibióticos (5.3.3.10). Reconstituir o conteúdo de
10 frascos conforme indicado pelo produtor. Dissolver
a amostra reconstituída em água, até concentração de,
AMPICILINA SÓDICA PÓ PARA aproximadamente, 1,25 mg/mL. Transferir 2 mL da
solução padrão para erlenmeyer com tampa esmerilhada.
SOLUÇÃO INJETÁVEL Preparar solução padrão nas mesmas condições.

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 115,0% do EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


valor declarado de C16H19N3O4S.
Em recipientes hermeticamente fechados, a temperatura
inferior a 25 °C.
IDENTIFICAÇÃO
Proceder conforme descrito no teste B. de IdentiÞcação na ROTULAGEM
monograÞa Ampicilina sódica.
Observar a legislação vigente.

CARACTERÍSTICAS
pH (5.2.19). 8,0 a 10,0. Determinar em solução aquosa a AMPICILINA TRI-HIDRATADA
1% (p/v). Ampicillinum trihydricum

Determinação do peso (5.1.1). Cumpre o teste.

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

ENSAIOS DE PUREZA
Água (5.2.20.1). No máximo 2,0%.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Empregar método C16H19N3O4S.3H2O; 403,45
de Þltração por membranas. Dissolver 6 g da amostra em ampicilina tri-hidratada; 00742
800 mL de Fluido II contendo quantidade suÞciente de Ácido (2S,5R,6R)-6-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]-
penicilinase estéril para inativar a ampicilina, agitar até 3,3-dimetil-7-oxo-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-
total solubilização e proceder como descrito. carboxílico hidratado (1:3)
[7177-48-2]
Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar 1 mL/kg,
empregando solução de ampicilina sódica a 20 mg/mL, em Apresenta potência de, no mínimo, 900 ȝg e, no máximo,
água. 1050 ȝg de ampicilina (C16H19N3O4S) por miligrama, em
relação à substância anidra.
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,15 UE/
mg de ampicilina.
DESCRIÇÃO

DOSEAMENTO Características físicas. Pó cristalino branco.

Para determinação da potência do pó para solução Solubilidade. Pouco solúvel em água, praticamente
injetável de ampicilina, empregar um dos métodos insolúvel em clorofórmio, etanol, éter etílico e em
descritos a seguir, utilizando amostragem mínima de 10 óleos Þxos. Solúvel em soluções diluídas de ácidos e de
frascos. hidróxidos alcalinos.

A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico Constantes físico-químicas


de antibióticos (5.5.3.3). Reconstituir o conteúdo de Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +280° a +305°, em
10 frascos conforme indicado pelo produtor. Dissolver, relação à substância anidra. Determinar em solução aquosa
separadamente, padrão e amostra em água estéril de modo a 0,25% (p/v).
IDENTIFICAÇÃO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

(50% fenil); temperatura da coluna de 120 ºC, temperatura


do injetor e detector de 150 ºC; nitrogênio como gás de
633
aa
O teste de identiÞcação A pode ser omitido se forem arraste, ßuxo de 30 mL/minuto.
realizados os testes B e C. Os testes de identiÞcação B e C
podem ser omitidos se for realizado o teste A. Solução de padrão interno: solução de naftaleno a 0,05
mg/mL em cicloexano.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
da amostra dispersa em brometo de potássio, apresenta Solução amostra: dissolver 1 g da amostra em 5 mL de
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos hidróxido de sódio 1 M, e adicionar 1 mL da Solução de
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles padrão interno. Agitar, vigorosamente, por 1 minuto,
observados no espectro de ampicilina tri-hidratada SQR, centrifugar, se necessário, e usar o sobrenadante.
preparado de maneira idêntica.
Solução de dimetilanilina: dissolver 50 mg de N,N-
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em dimetilanilina em mistura de 2 mL de ácido clorídrico e
camada delgada (5.2.17.1) utilizando sílica-gel H, como 20 mL de água, sob agitação. Completar o volume para
suporte, e mistura de acetona e acetato de amônio a 15,4% 50 mL com água e agitar. Transferir 5 mL para balão
(p/v) (10:90) pH 5,0 ajustado com ácido acético glacial, volumétrico de 250 mL, completar o volume com água e
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 1 ȝL de agitar. Transferir 1 mL para tubo de ensaio, adicionar 5 mL
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas de hidróxido de sódio 1 M, 1 mL da Solução de padrão
a seguir. interno, e agitar vigorosamente por 1 minuto. Centrifugar,
se necessário, e usar o sobrenadante.
Solução (1): solução da amostra contendo o equivalente
a 2,5 mg de C16H19N3O4S por mililitro em bicarbonato de Procedimento: injetar, separadamente, 1 ȝL da Solução
sódio a 4,2% (p/v). de dimetilanilina e 1 ȝL da Solução amostra, registrar
os cromatogramas e medir as áreas sob os picos
Solução (2): solução de ampicilina SQR a 2,5 mg/mL em correspondentes à dimetilanilina e ao naftaleno. A área
bicarbonato de sódio a 4,2% (p/v). sob o pico relativo à dimetilanilina, obtido com a Solução
amostra, não é superior à área sob o pico principal obtido
Solução (3): solução de ampicilina SQR a 2,5 mg/mL e de
com a Solução de dimetilanilina (0,02%).
amoxicilina tri-hidratada SQR a 2,5 mg/mL em bicarbonato
de sódio a 4,2% (p/v). Água (5.2.20.1). 12,0% a 15,0%.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
secar ao ar e expor a vapores de iodo até o aparecimento No máximo 0,5%.
das manchas. Examinar sob luz visível. A mancha principal
obtida no cromatograma com a Solução (1) corresponde
em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
(2). O ensaio somente é válido se o cromatograma obtido Quando for indicado no rótulo que a substância é estéril,
com a solução (3) apresenta duas manchas bem deÞnidas. a amostra cumpre com o teste de Pirogênios ou de
C. Transferir cerca de 2 mg da amostra para tubo de ensaio. Endotoxinas bacterianas, e com o teste de Esterilidade.
Umedecer com 0,05 mL de água e adicionar 2 mL de mistura Quando for indicado que a sustância deve ser esterilizada
de solução de formaldeído e ácido sulfúrico (2:100). Agitar durante a produção de preparações estéreis, a amostra
o tubo e observar a cor. A solução é praticamente incolor. cumpre com o teste de Pirogênios ou de Endotoxinas
Aquecer em banho-maria durante 1 minuto. Desenvolve-se bacterianas.
coloração amarelo-escura. Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Dissolver 6 g
da amostra em 800 mL de Fluido II contendo quantidade
ENSAIOS DE PUREZA suÞciente de ȕ-lactamase para inativar a ampicilina, agitar
até total solubilização e proceder conforme descrito em
pH (5.2.19). 3,5 a 6,0. Determinar em solução aquosa a Método de Þltração em membrana.
1% (p/v).
Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar 1 mL/kg de
Cristalinidade. Suspender algumas partículas da amostra ampicilina a 2% (p/v) em hidróxido de sódio 0,05 M.
em óleo mineral, transferir para lâmina de vidro e examinar
por meio de microscópio dotado de luz polarizada. As Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,15 UE/
partículas exibem birrefringência, que se extingue ao mg de ampicilina.
movimentar a amostra por meio de ajuste micrométrico.

Limite de N,N-dimetilanilina. Proceder conforme DOSEAMENTO


descrito em CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar Empregar um dos métodos descritos a seguir.
cromatógrafo provido de detector de ionização de chamas,
coluna de vidro de 2 m de comprimento e 2 mm de A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
diâmetro interno, empacotada com suporte de diatomáceas de antibióticos (5.5.3.3) para Ampicilina, pelo método de
silanizado, impregnado com 3% (p/p) de fenilmetilsilicone
a 634 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

difusão em ágar. Dissolver, separadamente, quantidades


exatamente pesadas de ampicilina SQR e amostra em água
Injetar replicatas de 20 PL da Solução de resolução. A
resolução entre o pico de cafeína e ampicilina não é menor
estéril de modo a obter soluções contendo cerca de 0,1 que 2,0. O fator de cauda para o pico da ampicilina não é
mg de C16H19N3O4S por mililitro. Diluir soluções padrão maior do que 1,4. O desvio padrão relativo das áreas de
e amostra em tampão fosfato de potássio 0,1 M, estéril, replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções


pH 8,0 (Solução 2) até as concentrações da curva padrão.
Calcular a potência da amostra, em ȝg de ampicilina por

e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor em Pg de


miligrama, a partir da potência do padrão e das respostas padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas
obtidas com as soluções padrão e amostra.
ampicilina (C16H19N3O4S) por miligrama na amostra, a
B. Proceder conforme descrito em Ensaio iodométrico partir do teor do padrão e das respostas obtidas com as
de antibióticos (5.3.3.10). Preparar o padrão utilizando Soluções padrão e Solução amostra.
ampicilina SQR. Preparar a amostra como descrito a seguir.

Preparação amostra: dissolver quantidade exatamente EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


pesada da amostra em água e diluir com o mesmo solvente
Em recipientes hermeticamente fechados, em temperatura
de modo a obter solução de ampicilina (C16H19N3O4S) a 1,25
inferior a 30 ºC. Ampicilina tri-hidratada destinada à
mg/mL. Transferir 2 mL desta solução para erlenmeyer de
produção de preparações parenterais deve ser embalada em
125 mL com tampa.
recipientes estéreis.
Calcular a potência da amostra, em ȝg de C16H19N3O4S por
miligrama, segundo a expressão: ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. Ampicilina tri-hidratada
destinada à produção de preparações estéreis deve
apresentar indicação no rótulo se a substância é estéril ou
em que se deve ser esterilizada durante o processo.

BA = volume de titulante, em mL, consumido no Ensaio em


branco da Preparação amostra; CLASSE TERAPÊUTICA
IA = volume de titulante, em mL, consumido na Inativação Antibiótico.
e titulação da Preparação amostra;
CA = concentração, em mg/mL, da Preparação amostra,
com base na quantidade de amostra pesada e na diluição AMPICILINA TRI-HIDRATADA
realizada. CÁPSULAS
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido Contém ampicilina tri-hidratada equivalente a, no mínimo,
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de 90,0% e, no máximo, 120,0% da quantidade declarada de
comprimento por 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada ampicilina (C16H19N3O4S).
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
(5ȝm); ßuxo da fase móvel de 2 mL/minuto.
IDENTIFICAÇÃO
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila, tampão fosfato
de potássio monobásico 0,1 M e ácido acético 1 M A. Proceder conforme descrito no teste B. de IdentiÞcação
(90,9:8,0:1:0,1). da monograÞa de Ampicilina tri-hidratada. Preparar a
Solução (1) como descrito a seguir.
Diluente: transferir 10 mL do tampão fosfato de potássio
monobásico 0,1 M e 1 mL de ácido acético glacial 1 M Solução (1): pesar as cápsulas, remover o conteúdo e pesá-
para balão volumétrico de 1 000 mL e completar o volume las novamente. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas.
com água. Agitar quantidade do pó em solução de bicarbonato de
sódio a 4,2% (p/v) e diluir com o mesmo solvente de modo
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 25 mg a obter solução de ampicilina (C16H19N3O4S) a 2,5 mg/mL.
de ampicilina SQR para balão volumétrico de 25 mL, Filtrar.
completar o volume com o Diluente e homogeneizar.
B. Pesar as cápsulas, remover o conteúdo e pesá-las
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 100 mg novamente. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas.
da amostra, para balão volumétrico de 100 mL, completar Transferir quantidade de pó equivalente a 10 mg de
o volume com o diluente e homogeneizar. ampicilina para béquer, adicionar 1 mL de água e 2 mL
de mistura de tartarato cúprico alcalino SR e água (2:6).
Solução de resolução: dissolver quantidade suÞciente Desenvolve-se, imediatamente, coloração violeta.
de cafeína, na Solução padrão, de modo a obter solução
contendo 0,12 mg/mL.
CARACTERÍSTICAS
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

sucessivamente, em Tampão fosfato de potássio 0,1 M,


estéril, pH 8,0 (Solução 2) até as concentrações da curva
635
aa
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. analítica.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Calcular a quantidade em mg de ampicilina (C16H19N3O4S)
nas cápsulas a partir da potência do padrão e das respostas
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) B. Proceder conforme descrito em Ensaio iodométrico


de antibióticos (5.3.3.10). Pesar 20 cápsulas, remover o
Meio de dissolução: água, 900 mL conteúdo e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo
das cápsulas. Transferir quantidade do pó, exatamente
Aparelhagem: cestas, 100 rpm pesada, para frasco volumétrico, adicionar água, agitar por
Tempo: 45 minutos 3 a 5 minutos e completar o volume com o mesmo solvente,
de modo a obter solução de ampicilina (C16H19N3O4S) a 1,25
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de mg/mL. Transferir 2 mL desta solução para erlenmeyer de
dissolução, Þltrar e diluir em tampão sulfato cúprico até 125 mL com tampa. Preparar a solução padrão nas mesmas
concentração adequada. Transferir alíquota de 10 mL para condições.
tubo de ensaio com tampa, submeter a aquecimento em
banho-maria a 75 °C por 30 minutos e resfriar rapidamente. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Medir as absorvâncias das soluções em 320 nm (5.2.14),
utilizando Solução amostra sem aquecimento para ajuste Em recipientes perfeitamente fechados, em temperatura
do zero. Calcular a quantidade de C16H19N3O4S dissolvida inferior a 30ºC.
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
de ampicilina SQR na concentração de 0,0022% (p/v),
preparada nas mesmas condições. ROTULAGEM

Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade Observar a legislação vigente.
declarada de C16H19N3O4S se dissolvem em 45 minutos.

AMPICILINA TRI-HIDRATADA
ENSAIOS DE PUREZA COMPRIMIDOS
Água (5.2.20.1). 10,0% a 15,0%.
Contém ampicilina tri-hidratada equivalente a, no mínimo,
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA 90,0% e, no máximo, 120,0% da quantidade declarada de
ampicilina (C16H19N3O4S).
Contagem de micro-organismos viáveis totais
(5.5.3.1.2). Cumpre o teste
IDENTIFICAÇÃO
Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste. A. Proceder conforme descrito no teste B. de IdentiÞcação
da monograÞa de Ampicilina tri-hidratada. Preparar a
Solução (1) como descrito a seguir.
DOSEAMENTO
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar
Empregar um dos métodos descritos a seguir. quantidade do pó em solução de bicarbonato de sódio a
4,2% (p/v) e diluir com o mesmo solvente de modo a obter
A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
solução de ampicilina (C16H19N3O4S) a 2,5 mg/mL. Filtrar.
de antibióticos por difusão em ágar (5.5.3.3.1) para
Ampicilina. B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
de pó equivalente a 10 mg de ampicilina para béquer e
Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo
prosseguir conforme descrito no teste B. de IdentiÞcação
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
da monograÞa de Ampicilina tri-hidratada cápsulas.
cápsulas. Transferir quantidade do pó exatamente pesada
para frasco volumétrico, adicionar Tampão fosfato de
potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), agitar por 3 a 5 CARACTERÍSTICAS
minutos e completar o volume com o mesmo solvente, de
modo a obter solução de ampicilina (C16H19N3O4S) a 0,1 Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
mg/mL. Diluir, sucessivamente, com o mesmo solvente até Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
as concentrações da curva analítica.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de ampicilina SQR em água estéril e diluir com o mesmo Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 15 minutos.
solvente de modo a obter solução a 0,1 mg/mL. Diluir,
a 636 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. 3 a 5 minutos e completar o volume com o mesmo solvente,
de modo a obter solução de ampicilina (C16H19N3O4S)
a 1,25 mg/mL. Transferir 2 mL desta solução para
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
erlenmeyer de 125 mL com tampa. Preparar o padrão
Meio de dissolução: água, 900 mL utilizando ampicilina SQR. Prepara a solução padrão nas
mesmas condições.
Aparelhagem: cestas, 100 rpm

Tempo: 45 minutos EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de Em recipientes perfeitamente fechados, protegidos da
dissolução, Þltrar e diluir com tampão sulfato cúprico umidade, em temperatura inferior a 30 ºC.
até concentração adequada. Prosseguir conforme descrito
em Teste de dissolução na monograÞa de Ampicilina tri- ROTULAGEM
hidratada cápsulas.
Observar a legislação vigente.
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C16H19N3O4S se dissolvem em 45 minutos.
AMPICILINA TRI-HIDRATADA PÓ PARA
ENSAIOS DE PUREZA SUSPENSÃO ORAL
Água (5.2.20.1). 9,5% a 12%.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA quantidade declarada de C16H19N3O4S. O pó para suspensão
oral contém um ou mais agentes corantes, aromatizantes,
Contagem do número total de micro-organismos tampões, edulcorantes e conservantes.
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). IDENTIFICAÇÃO


Cumpre o teste.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica G, como suporte,
DOSEAMENTO e mistura de acetona, água, tolueno e ácido acético
glacial (650:100:100:25), como fase móvel. Aplicar,
Empregar um dos métodos descritos a seguir. separadamente, à placa, 2 ȝL de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.
A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
de antibióticos por difusão em ágar (5.5.3.3.1) para Solução (1): solução contendo 5 mg/mL de ampicilina em
Ampicilina. mistura de acetona e ácido clorídrico 0,1 M (4:1).
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. Solução (2): solução a 5 mg/mL de ampicilina SQR em
Transferir quantidade do pó exatamente pesada para frasco mistura de acetona e ácido clorídrico 0,1 M (4:1).
volumétrico, adicionar Tampão fosfato de potássio 0,1
M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), agitar por 3 a 5 minutos Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
e completar o volume com o mesmo solvente, de modo secar ao ar. Nebulizar a placa com ninidrina 0,3% (p/v)
a obter solução de ampicilina (C16H19N3O4S) a 0,1 mg/ em etanol. Secar em estufa a 90 °C durante 15 minutos. A
mL. Diluir, sucessivamente, com o mesmo solvente até as mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde em
concentrações da curva padrão. posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).

Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada


de ampicilina SQR em água estéril e diluir com o mesmo CARACTERÍSTICAS
solvente de modo a obter solução a 0,1 mg/mL. Diluir,
Determinação do volume (5.1.2). Cumpre o teste.
sucessivamente, em Tampão fosfato de potássio 0,1 M,
Determinar na suspensão oral reconstituída conforme
estéril, pH 8,0 (Solução 2)até as concentrações da curva
indicado no rótulo.
padrão.
pH (5.2.19). 5,0 a 7,5. Determinar na suspensão oral
Calcular a quantidade em mg de ampicilina (C16H19N3O4S)
reconstituída conforme indicado no rótulo.
nos comprimidos a partir da potência do padrão e das
respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução Determinação do peso (5.1.1). Cumpre o teste.
amostra.

B. Proceder conforme descrito em Ensaio Ensaio ENSAIOS DE PUREZA


iodométrico de antibióticos (5.3.3.10). Pesar e pulverizar
20 comprimidos. Transferir quantidade do pó exatamente Água (5.2.20.2). No máximo 2,5% em produto contendo 50
pesada para frasco volumétrico, adicionar água, agitar por mg/mL de ampicilina após a reconstituição ou no máximo
5,0% em produto contendo 100 mg/mL de ampicilina.
TESTE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Micro-organismo: Micrococcus luteus ATCC 9341.


637
aa
Contagem do número de micro-organismos mesofilos Meios de cultura: meio de cultura número 1, para
(5.5.3.1.2). Cumpre o teste. manutenção do micro-organismo; meio de cultura número
11, para a camada base e preparação do inóculo.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste. Solução amostra: reconstituir o conteúdo conforme
indicado pelo produtor. Transferir volume da suspensão
oral para balão volumétrico e diluir com Tampão fosfato de
DOSEAMENTO potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) de modo a obter
Empregar um dos métodos descritos a seguir. solução a 0,1 mg/mL de ampicilina. Diluir, sucessivamente,
até as concentrações de 0,05 ȝg/mL, 0,1 ȝg/mL e 0,2 ȝg/
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido mL, utilizando Tampão fosfato de potássio 0,1 M, estéril,
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido pH 8,0 (Solução 2) como diluente.
de detector ultravioleta a 254 nm; pré-coluna de 50 mm de
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 25 mg de
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano ampicilina SQR, transferir para balão volumétrico de
(5 ȝm); coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de 250 mL e completar o volume com água estéril. Diluir,
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente sucessivamente, até as concentrações de 0,05 ȝg/mL, 0,1
ligada a grupo octadecilsilano (5 ȝm); mantida à ȝg/mL e 0,2 ȝg/mL, utilizando Tampão fosfato de potássio
temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de 2,0 mL/ 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente.
minuto.
Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila, fosfato de 11 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de
potássio monobásico M e ácido acético M (909:80:10:1). inóculo a 0,5% e proceder conforme descrito em Ensaio
microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos
Diluente: misturar 10 mL de fosfato de potássio monobásico cilindros, 0,2 mL das soluções recentemente preparadas.
M e 1 mL de ácido acético M. Diluir com água para 1000 Calcular a potência da amostra, em ȝg de ampicilina por
mL. mililitro da suspensão reconstituída, a partir da potência do
padrão e das respostas obtidas com a Solução padrão e a
Solução amostra: reconstituir a suspensão como descrito Solução amostra.
no rótulo do produto. Transferir volume da suspensão oral
equivalente a 0,1 g de ampicilina para balão volumétrico
de 100 mL, adicionar 75 mL de Diluente e misturar. Se EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
necessário deixar em ultrassom. Completar o volume com
Em recipientes bem fechados, protegidos da umidade e em
o mesmo solvente.
temperatura inferior a 25 °C.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de ampicilina SQR em Diluente e diluir com o mesmo ROTULAGEM
solvente de modo a obter solução a 1 mg/mL.
Observar a legislação vigente.
Solução de resolução: dissolver quantidade exatamente
pesada de cafeína em Solução padrão e diluir com o
mesmo solvente de modo a obter solução a 0,12 mg/mL.
ANIS-DOCE
Injetar replicatas de 20 —L da Solução de resolução. A Anisi fructus
resolução entre a cafeína e a ampicilina não é menor que
2,0. Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. O fator
Pimpinella anisum L. — APIACEAE
de cauda não é maior que 1,4. O desvio padrão relativo
das áreas de replicatas dos picos registrados não é maior A droga vegetal é constituída pelos frutos, que são
que 2,0%. diaquênios secos, contendo, no mínimo, 2,0% de óleo
volátil, com, no mínimo, 87% de anetol.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de NOMES POPULARES
C16H19N3O4S no pó para suspensão oral a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra. Erva-doce.

B. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico


de antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar,
CARACTERÍSTICAS
utilizando cilindros. Características organolépticas. A droga apresenta odor
agradável e sabor doce e anisado.
a 638 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA pontoadas; cordões de Þbras do carpóforo e do pedicelo. O


pó não contém grãos de amido.
O fruto (diaquênio) é ovóide ou piriforme, comprimido
lateralmente, alargado na base e estreitado no ápice,
o qual é coroado por um estilopódio espesso, com 2 IDENTIFICAÇÃO
estiletes curtos divergentes e reßexos, de cor castanho-
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
amarelada ou castanho-esverdeada, de 3,0 mm a 7,0 mm
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
de comprimento e 2,0 mm a 3,0 mm de largura, provido
com espessura de 250 ȝm, como suporte, e tolueno como
de um pequeno fragmento do pedicelo, delgado, rígido e
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma de
um tanto arqueado, que se prolonga entre os mericarpos
banda, 2 —L a 3 —L de cada uma das soluções preparadas
de cada cremocarpo, pelo carpóforo (Þlamento central),
como descrito a seguir.
Þliforme e bifendido. Os aquênios, unidos pelo ápice na
extremidade do carpóforo, apresentam uma face comissural Solução (1): utilizar 0,1 g de frutos secos triturados,
plana e uma face dorsal convexa, esta última recoberta adicionar 2 mL de cloreto de metileno. Agitar durante 15
de tricomas simples e curtos, visíveis com lente. O fruto minutos. Filtrar. Concentrar o Þltrado à secura, em banho-
é percorrido longitudinalmente por 5 arestas primárias maria, a temperatura inferior a 60 °C. Ressuspender o
Þliformes, retilíneas e lisas, 3 dorsais e 2 comissurais pouco resíduo em 2 mL de tolueno.
salientes e de tom mais claro. Em secção transversal, os 2
aquênios mostram-se quase sempre unidos pelas suas faces Solução (2): dissolver 3 —L de anetol e 40 —L de óleo de
comissurais. oliva em 1 mL de tolueno.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA secar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). O
cromatograma apresenta uma mancha com atenuação de
Em secção tranversal, cada aquênio mostra um epicarpo ßuorescência, obtida com a Solução (2), no terço superior
de uma camada de células, onde se encontram numerosos da placa, correspondente aos triacilglicerídeos do azeite de
tricomas tectores curtos, geralmente unicelulares, cônicos, oliva. Nebulizar a placa com anisaldeído SR e aquecer entre
com paredes espessas e cutícula verrucosa. Em vista frontal, 100 °C a 105 °C, por 5 minutos. A mancha violeta-claro
observam-se esparsos estômatos e uma cutícula fortemente obtida no terço superior do cromatograma com a Solução
estriada. O mesocarpo é formado por algumas camadas de (1) corresponde em posição e intensidade mediana àquela
parênquima, no qual se distingue, ao longo da face dorsal, referente ao anetol obtida com a Solução (2). A mancha de
uma série quase contínua de canais secretores esquizógenos coloração rosa obtida no terço superior do cromatograma
ramiÞcados (3 a 4 entre duas arestas); ao longo da face com a Solução (1) corresponde em posição e intensidade
comissural ocorrem 2 canais secretores amplos. Na face àquela referente aos triacilglicerídeos do azeite de oliva
comissural são encontrados também esclereídes estreitos, obtida com a Solução (2). A mancha de coloração violeta-
alongados longitudinalmente e com numerosas pontoações. intenso obtida no terço central do cromatograma com
Cada aresta contém um estreito feixe vascular circundado a Solução (1) corresponde em posição e intensidade
por Þbras. O endocarpo é composto de uma camada de àquela referente a compostos provenientes do azeite de
células, alongadas tangencialmente e de paredes Þnas, oliva obtida com a Solução (2). As manchas de coloração
aderida à testa; esta é formada por uma camada de células variando de rosa-claro a violeta-claro obtidas no terço
de paredes internas mais espessas, amarelas ou amarelo- inferior do cromatograma com a Solução (1) são referentes
esverdeadas. O endosperma apresenta células poligonais aos compostos graxos mais polares.
de paredes espessadas, contendo gotículas de óleo, grãos
de aleurona e cristais de oxalato de cálcio do tipo drusa. O
carpóforo e pedicelo são caracterizados pela presença de ENSAIOS DE PUREZA
vasos e Þbras estreitas.
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%.

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ Água (5.4.2.3). No máximo 7%.

O pó atende a todas as exigências estabelecidas para Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 12%.
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
características: coloração castanho-amarelada ou castanho- DOSEAMENTO
esverdeada; fragmentos irregulares do pericarpo, que
mostram porções de canais secretores; tricomas inteiros ou Óleos voláteis
fragmentados, unicelulares, às vezes curvados, com pontas
atenuadas e cutícula verrucosa; fragmentos do epicarpo Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
com cutícula estriada e escassos estômatos anomocíticos; voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão
fragmentos castanhos contendo canais secretores de 250 mL contendo 100 mL de água como líquido de
ramiÞcados; fragmentos de tecido vascular; células da destilação. Reduzir o fruto de anis a pó grosseiro. Proceder
testa de paredes Þnas; fragmentos de endosperma contendo imediatamente à determinação do óleo volátil, a partir de
grãos de aleurona e cristais de oxalato de cálcio; esclereídes 20 g da droga em pó. Destilar por 4 horas.
quadrados, retangulares ou alongados de paredes espessas,
Anetol
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução padrão: dissolver 60 —L de anetol em 1 mL de


n-hexano. Armazenar em recipiente hermeticamente
639
aa
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a gás fechado, sob refrigeração e ao abrigo da luz.
(5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo provido de detector de
ionização de chamas, utilizando mistura de nitrogênio, Procedimento: injetar 1 —L no cromatógrafo a gás, utilizando
hidrogênio e ar sintético (1:1:10) como gases auxiliares divisão de ßuxo de 1:100 e a concentração relativa obtida
à chama do detector; coluna capilar de 60 m de por integração eletrônica pelo método de normalização.
comprimento e 0,25 mm de diâmetro interno, preenchida Examinar o cromatograma obtido para a Solução amostra.
com polietilenoglicol, com espessura do Þlme de 0,25 —m. Os picos característicos obtidos no cromatograma com a
Manter a temperatura da coluna a 60 °C por 5 minutos e Solução amostra possuem tempos de retenção similares
aumentá-la a uma taxa de 2 °C por minuto até temperatura àqueles obtidos com a Solução padrão ou a identiÞcação
de 210 °C, mantida por 20 minutos (total: 100 minutos). conÞrmada com a cromatograÞa a gás acoplada a detector
Temperatura do injetor a 200 °C e temperatura do detector seletivo de massas operando nas mesmas condições que a
a 220 º; utilizar hélio puriÞcado como gás de arraste; ßuxo cromatograÞa a gás com detector de ionização de chamas.
do gás de arraste de 1 mL/minuto.

Solução amostra: óleo volátil de anis-doce obtido em EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


xileno, conforme descrito em Determinação de óleos
Em recipiente hermeticamente fechado, sob refrigeração e
voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7), sem diluição.
ao abrigo da luz, por um período de no máximo um ano.
Armazenar em recipiente hermeticamente fechado, sob
refrigeração e ao abrigo da luz.
a 640 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos de Pimpinella anisum L.


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 1 cm (régua 1); em B a 2 cm (régua 2); em C a 500 ȝm (régua 4); em D e E a
100 ȝm (régua 3).

A – aspecto do diaquênio (esquizocarpo). B – esquema da secção transversal do diaquênio segundo assinalado em A. C – esquema da secção transversal
em um dos mericarpos: canal esquizógeno (e); oco (o); semente (se). D – detalhe da região comissural segundo assinalado em C. E – detalhe de porção
do fruto e semente segundo assinalado em C. F – secção do pericarpo do fruto: endocarpo (ed); epicarpo (ep); mesocarpo (m). S – secção da porção
externa da semente: endosperma (en); tegumento (t).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 641
aa

Figura 2 – Aspectos microscópicos do fruto de Pimpinella anisum L. em pó.


______________

Complemento da legenda da Figura 2. A escala corresponde a 100 ȝm.

A – porções irregulares do mesocarpo com canais secretores ramiÞcados e não ramiÞcados de cor castanha. B – porção do epicarpo com tricomas
inteiros e fragmentados e cutícula estriada. C – o mesmo, mostrando cutícula estriada e estômato anomocítico. D – fragmentos de elementos de vaso
com espessamento helicoidal. E – células da testa com paredes delgadas. F – fragmentos do endosperma com células poligonais contendo gotas de óleo
e grãos de aleurona com 1-2 drusas de oxalato de cálcio. G – esclereídes da face comissural. H – cordões de Þbras do carpóforo e do pedicelo.
a 642 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ser observados, neste tecido, idioblastos secretores-


oleíferos esféricos, com paredes Þnas; em sua parte
ANIS-ESTRELADO
Anisi stellati fructus interna, o mesocarpo é formado de células menores, de
paredes espessas; no limite dessas duas zonas, localizam-
se numerosos feixes vasculares. O endocarpo é formado
Illicium verum Hook. f. - MAGNOLIACEAE por uma camada de células alongadas radialmente,
sob forma de paliçada, de 60 —m de comprimento, em
A droga é constituída pelos frutos secos, contendo, no média; na parte correspondente à deiscência (sutura
mínimo, 7,0% de óleo volátil, com, no mínimo, 80% de ventral), essas células tornam-se menores, com paredes
anetol. desigualmente espessadas e pontoadas, e as células
poligonais da zona mesocárpica vizinha transformam-
NOMES POPULARES se num maciço esclerótico. O eixo central (columela), o
pedúnculo (pedicelo) e o mesocarpo contem numerosas
Badiana, badiana-da-china. células escleróticas características. Os astroesclereídes do
pedicelo e do mesocarpo são muito grandes e usualmente
solitários; eles podem ser irregularmente ramiÞcados
CARACTERÍSTICAS
ou podem ter projeções mais curtas e aÞladas. Outros
Características organolépticas. O pericarpo da droga esclereídes do mesocarpo são encontrados em grupos,
possui odor aromático agradável e sabor doce e anisado; a mas são alongados, com paredes espessadas e pontoadas.
semente é inodora e tem um sabor desagradável. O tegumento seminal é formado por camadas distintas. O
tegumento externo está representado por um tecido hialino
formado por 2-3 camadas de células, seguido por um
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA tegumento constituído por um estrato de osteoesclereídes,
com células alongadas radialmente, de paredes espessadas
O fruto é múltiplo, composto habitualmente de 8 folículos,
e pontoadas; seguem-se várias camadas de células de
algumas vezes até 11, dispostos horizontalmente em
paredes ligniÞcadas, espessadas e pontoadas, denominadas
forma de estrela, em volta de um eixo central (columela),
macroesclereídes, sendo as camadas interiores de paredes
ordinariamente achatado na altura dos bordos dos carpelos.
delgadas; o tegumento interno é limitado por uma camada
A columela continua frequentemente num pedicelo
de células com cristais de oxalato de cálcio. Na zona
pequeno, curvo, claviforme e frágil, que poucas vezes se
micropilar ocorrem braquiesclereídes. O endosperma
encontra ligado aos frutos. Os folículos, de 10,0 mm a
compõe-se de células poligonais com grãos de aleurona
20,0 mm de comprimento, desigualmente desenvolvidos,
com cristalóides e gotas de óleo. O embrião é pequeno.
lenhosos, careniformes, achatados lateralmente, de cor
Difere de Illicium anisatum L. (= Illicium religiosum Sieb.
castanho-acinzentada, terminam em ápice obtuso e curvo.
et Zucc.) por esta última apresentar raros astroesclereides,
Cada folículo é anguloso na base, onde se Þxa ao eixo
sendo estes não ramiÞcados; os esclereídes do mesocarpo
central; o bordo inferior do folículo é espesso e rugoso; o
são arredondados, nunca alongados.
bordo superior é aberto em dois lábios delgados e lisos de
cada lado da fenda; as faces laterais rugosas apresentam,
perto da base, uma parte mais lisa, clara e semi-elíptica, DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
pela qual os carpelos estão em contato entre si. Na época da
maturação o folículo torna-se deiscente e abre-se no bordo O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
superior (sutura ventral), por uma larga fenda, que deixa ver a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
sua face interna lisa e brilhante, de cor castanho-amarelada, características: coloração castanho-avermelhada;
e uma única semente oval, castanho-avermelhada ou fragmentos formados por células marrons do epicarpo,
castanho-amarelada, dura e brilhante, truncada na base, com cutícula fortemente estriada; fragmentos de células
onde se distinguem o hilo e a micrópila bastantes próximos parenquimáticas do mesocarpo, com células de óleo
um do outro. A semente contém um invólucro frágil e um arredondadas; esclereídes volumosos, irregularmente
albúmen oleoso que circunda um pequeno embrião. Difere ramiÞcados, oriundos do pedicelo; esclereídes alongados,
de Illicium anisatum L. (= Illicium religiosum Sieb. et oriundos do mesocarpo, com paredes espessadas e
Zucc.) por esta última apresentar folículos menores e mais pontoadas; fragmentos formados por células colunares do
ovalados, sutura ventral mais larga e pedúnculo reto, não endocarpo, com paredes levemente espessadas, ligniÞcadas,
claviforme. com pigmentos nas paredes terminais; massas amareladas
de células pequenas, de paredes bastante espessadas e
pontoadas, provenientes da zona da sutura carpelar; células
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA escleróticas (osteoesclereídes isolados, macroesclereídes
e braquiesclereídes), oriundas do tegumento da semente,
O epicarpo, em vista frontal, mostra células poligonais,
dispostas em paliçada; fragmentos hialinos do tegumento
marrons, irregulares, de paredes pouco espessadas. A
externo da semente; cristais tabulares de oxalato de
epiderme do epicarpo apresenta estômatos grandes,
cálcio; porções de albúmen com grãos de aleurona com
anomocíticos, não muito frequentes, e cutícula com estrias
cristalóides.
irregulares bem acentuadas. O mesocarpo é constituído,
em sua parte externa, por parênquima de células de
paredes castanho-avermelhadas, contendo amido, podendo
IDENTIFICAÇÃO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 6,0%.


643
aa
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando cromatoplaca DOSEAMENTO
de sílica-gel GF254, com espessura de 250 —m como
Óleos Voláteis
fase estacionária e tolueno como fase móvel. Aplicar,
separadamente, em forma de banda, 6 —L da Solução (1), Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
10 —L da Solução (2), e 4 —L da Solução (3). voláteis (5.4.2.7). Usar balão de 250 mL contendo 100 mL
de água como líquido de destilação. Reduzir o fruto a pó
Solução (1): ferver 1g de folículos moídos, sem sementes,
grosseiro. Proceder imediatamente à determinação do óleo
com 10 mL de etanol a 90% (v/v) durante 2 minutos. Filtrar.
volátil, a partir de 20 g da droga pulverizada. Destilar por
Solução (2): mistura de óleo volátil e éter etílico (1:30). 2 horas.

Solução (3): dissolver 3 —L de anetol em 1 mL de tolueno. Anetol

Desenvolver o cromatograma. Após secagem da placa, Proceder conforme descrito em CromatograÞa a gás
examiná-la sob luz ultravioleta (254 nm). O cromatograma (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo equipado com coluna
apresenta mancha de ßuorescência atenuada, na mesma capilar de 30 m de comprimento e 250 —m de diâmetro
altura obtida com a Solução (3), anetol possui Rf interno, preenchida com polidifenildimetilsiloxano,
aproximado de 0,6. Em seguida, nebulizar com anisaldeído com espessura do Þlme de 0,25 —m. Utilizar detector de
SR e colocar em estufa de 100 °C a 105 °C, durante 5 ionização de chama. Como gás de arraste utilizar hélio à
minutos. A mancha correspondente ao anetol apresenta pressão de 80 kpa e velocidade linear de 1,0 mL/minuto.
coloração levemente violácea. Como gases auxiliares à chama do detector, utilizar
nitrogênio, ar sintético e hidrogênio na razão de 1:1:10,
B. Ferver 1g de folículos moídos, sem sementes, com respectivamente. Programar a temperatura da coluna de
10 mL de etanol a 90% (v/v) durante 2 minutos. Filtrar 60 °C a 300 °C, a 3 ºC por minuto (total: 80 minutos), a
e separar o Þltrado em duas partes. Parte 1: em tubo de temperatura do injetor a 220 ºC e a temperatura do detector
ensaio adicionar ao Þltrado 10 mL de água destilada. a 250 °C.
Ocorre opalescência devido ao anetol. Parte 2: adicionar
ao Þltrado 25 mL de água destilada. Em seguida, extrair Solução amostra: mistura de óleo votátil e éter etílico
duas vezes com 20 mL de éter de petróleo. Evaporar o éter (2:100).
de petróleo e adicionar ao resíduo 2 mL de ácido acético.
Procedimento: injetar 1 —L desta solução no cromatógrafo a
Transferir para um tubo de ensaio e adicionar três gotas de
gás, utilizando divisão de ßuxo de 1:50. O anetol apresenta
cloreto férrico SR. A seguir adicionar lentamente 2 mL de
tempo de retenção linear (índice de Kovats) de 1277. A
ácido sulfúrico. Na interface entre os dois líquidos forma-
concentração relativa é obtida por integração manual ou
se, imediatamente, um anel pardo devido à presença de
eletrônica. O teor de anetol não é inferior a 80,0%.
anetol.

ENSAIOS DE PUREZA EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Em recipiente, bem fechado, ao abrigo da luz e do calor.
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.

Água (5.4.2.3). No máximo 7,0%.


a 644 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópicos do fruto em Illicium verum Hook. f.


_______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem: em A, B, C (1) a 1 cm; em D (2) a 500 —m; em E, F (3) a 500 —m.

A. aspecto do fruto. B. detalhe de um folículo em vista dorsal. C. detalhe de um folículo em vista ventral. D. detalhe de três folículos vistos em A. E.
secção transversal do pericarpo na porção indicada em D. F. fruto; ep. epicarpo. G. detalhe do endocarpo na região comissural.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 645
aa

Figura 2 - Aspectos macroscópicos e microscópicos em Illicium verum Hook. f.


_______________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem: em A (1) a 1 cm; em B (2) a 100 —m; em C, D (3) a 500 —m.

A. semente em vista lateral. B. semente em secção longitudinal. C. braquiesclereídes da zona micropilar. D. secção transversal da semente na porção
indicada em B. Outros detalhes: endosperma (e); embrião (eb); hilo (hi); micrópila (mi); tegumento (t).
a 646 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 3 - Aspectos microscópicos em pó Illicium verum Hook. f.


______________

Complemento da legenda da Figura 3. As escalas correspondem em: em A-K (1) a 100 —m; em L-N (2) a 500 —m.

A - epicarpo com estômato anomocítico e cutícula estriada. B - células do parênquima do mesocarpo. C - células da zona comissural com paredes
espessadas. D - célula do endocarpo fora da zona comissural. E - esclereide. F - idioblasto com gotas de óleo. G - porção do mesocarpo com idioblastos
oleíferos e esclereides. H - células do endosperma com glóbulos lipídicos e grãos de aleurona. I - osteoesclereídes em secção transversal; Ia. os mesmos
em secção tangencial. J - cristais prismáticos de oxalato de cálcio. K - células da camada cristalífera. L - braquiesclereídes da região comissural. M -
macroesclereíde alargado do mesocarpo, com paredes espessas e pontoadas. N - esclereídes volumosos e ramiÞcados do pedicelo.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 647

Solução de ácido cítrico: preparar solução de ácido cítrico


a 4% (p/v) em água.
aa
ANTIMONIATO DE MEGLUMINA
Procedimento: adaptar o frasco de reação no sistema gerador
de hidretos, esperar 30 segundos para purga do sistema e
proceder à determinação conforme demais recomendações
do fabricante, especíÞcas para o equipamento utilizado.
O intervalo máximo para a mistura da Solução amostra
diluída ou da Solução padrão com a Solução de ácido
cítrico, deverá ser de 5 segundos antes da introdução no
C7H17NO5.HSbO3; 365,98 equipamento. Construir a curva analítica com alíquotas
antimoniato de meglumina; 05587 de 0,1 mL de Solução padrão de antimônio nas seguintes
Trioxoantimonato(1-) de 1-desoxi-1-(metilamino)- D - concentrações: 0,1 mg/L; 0,2 mg/L; 0,3 mg/L; 0,4 mg/L e
glicitol 0,5 mg/L, preparadas, diariamente, por diluição sequencial
[133-51-7] com água. Colocar entre 0,20 mL e 0,80 mL da Solução
amostra diluída ou da Solução padrão de antimônio no
Antimoniato de meglumina é constituído do sal de antimônio frasco de reação e adicionar 10 mL de Solução de ácido
pentavalente de N-metilglucamina. Contém, no mínimo, cítrico. No máximo 0,04 mg de antimônio trivalente por
26% e, no máximo, 28% de antimônio pentavalente (Sb5+) mililitro da solução de antimoniato de meglumina a 0,3%
em relação ao antimoniato de meglumina. (p/v), correspondem a 1,33% de antimônio trivalente da
substância analisada.
DESCRIÇÃO Metais pesados. As determinações deverão ser feitas por
Espectrometria de absorção atômica (5.2.13.1) com forno
Características físicas. Pó branco, levemente amarelo. de graÞte ou geração de hidretos, por espectrometria de
Solubilidade. Solúvel em água, praticamente insolúvel em emissão óptica com plasma indutivamente acoplado ou
etanol, éter etílico e clorofórmio. por espectrometria de massa com plasma indutivamente
acoplado. No máximo 9 mg/L na solução de antimoniato
de meglumina a 30% (p/v), correspondente a 0,003% (30
IDENTIFICAÇÃO ppm) de metais pesados na substância analisada, para
o somatório da concentração dos seguintes elementos:
A. Dissolver 6 g da amostra em 20 mL de água. AcidiÞcar alumínio, arsênio, bismuto, cádmio, chumbo, cobre,
2 mL dessa solução com ácido clorídrico SR e adicionar cromo, manganês, mercúrio, níquel e zinco.
tioacetamida SR preparada no momento de uso. Forma-se
precipitado alaranjado.
DOSEAMENTO
B. Dissolver 6 g da amostra em 20 mL de água. Diluir 1
mL dessa solução com 9 mL de água. AcidiÞcar com 5 mL Proceder conforme descrito em Espectrometria de absorção
de ácido sulfúrico a 0,3% (v/v) e adicionar 4 mL de iodeto atômica (5.2.13.1), utilizar o Método I. Empregar as
de potássio mercúrico alcalino SR. Após alguns segundos seguintes condições: chama ar mais acetileno, comprimento
desenvolve-se coloração amarela. de onda 217,6 nm, resolução do monocromador de 0,20 ±
0,10 nm.
ENSAIOS DE PUREZA Solução amostra: preparar solução de antimoniato de
meglumina a 30% (p/v) em água e diluir, em seguida, por
pH (5.2.19). 5,5 a 7,5. Determinar em solução a 30% (p/v) um fator de 2500 vezes com ácido clorídrico 6 M.
em água isenta de dióxido de carbono.
Solução padrão: preparar solução de antimônio trivalente
Antimônio trivalente. Proceder conforme descrito em a 0,1% (p/v), em água, utilizando tartarato de potássio e
Espectrometria de absorção atômica com geração de antimônio (C4H4KO7Sb.0,5H2O).
hidretos (5.2.13.1.2), sistema em batelada, atomização
em cela de quartzo, comprimento de onda de 217,6 nm e Procedimento: construir a curva analítica com a Solução
resolução do monocromador de 0,20 ± 0,10 nm. padrão de antimônio nas seguintes concentrações:
10 mg/L, 20 mg/L, 30 mg/L, 40 mg/L e 50 mg/L por
Solução amostra: preparar solução da amostra a 0,3% (p/v) diluição sequencial em ácido clorídrico 6 M. A partir da
em água e diluir essa solução por um fator a 500 vezes concentração de Sb determinada, calcular o teor de Sb no
utilizando o mesmo solvente. antimoniato de meglumina.
Solução padrão: preparar solução de antimônio trivalente
a 0,1% (p/v), por diluição de tartarato de potássio e EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
antimônio (C4H4KO7Sb. ½H2O) em água.
Em recipientes bem fechados.
Solução redutora: preparar, imediatamente, a solução de
tetraidroborato de sódio a 1% (p/v) em hidróxido de sódio
a 0,1% (p/v).
a 648 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ROTULAGEM EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Observar a legislação vigente. Em recipientes bem fechados.

CLASSE TERAPÊUTICA ROTULAGEM


Antiprotozoário. Observar a legislação vigente.

ANTIMONIATO DE MEGLUMINA ARNICA


SOLUÇÃO INJETÁVEL Arnicae flos

Contém, no mínimo, 92,0% e, no máximo, 108,0% de Arnica montana L. – ASTERACEAE; 09894


antimônio pentavalente (Sb5+) em relação à quantidade
declarada de Sb5+. Cada 1,5 g de antimoniato de meglumina A droga é constituída pelos capítulos ßorais secos, inteiros
contém 405 mg de Sb5+. ou parcialmente fragmentados. Deve conter no mínimo 0,4
% p/p de sesquiterpenos lactônicos totais expressos em
tiglato de helenalina, calculados com referência a droga
IDENTIFICAÇÃO seca.
A. AcidiÞcar 2 mL da solução injetável com ácido clorídrico
SR e adicionar tioacetamida SR preparada no momento de CARACTERÍSTICAS
uso. Desenvolve-se um precipitado alaranjado.
Características organolépticas. Odor aromático e
B. Diluir 1 mL da solução injetável com 9 mL de água. agradável; sabor acre e amargo.
AcidiÞcar essa solução com 5 mL de ácido sulfúrico a 0,3%
(v/v) e adicionar 4 mL de iodeto de potássio mercúrico
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
alcalino. Após alguns segundos desenvolve-se coloração
amarela. As ßores estão agrupadas em inßorescências do tipo
capítulo heteromorfo, de coloração amarelo-alaranjada. O
CARACTERÍSTICAS capítulo é constituído por um pedúnculo, um receptáculo,
ßores radiais liguladas e ßores do disco tubulosas. O
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. capítulo, quando fechado, mede cerca de 2 cm de diâmetro
e quando com as ßores radiais distendidas, mede de 5
pH (5.1.19). 5,5 a 7,5. cm a 6 cm de diâmetro. O pedúnculo, quando presente,
mede de 2 cm a 3 cm de comprimento. O receptáculo,
ENSAIOS DE PUREZA quando privado das ßores, tem um diâmetro entre 6 mm
e 10 mm e uma profundidade de 15 mm e é levemente
Antimônio trivalente. Diluir a solução injetável com água convexo, alveolado e recoberto de tricomas brancos, curtos
por um fator de 50 000 vezes e proceder conforme descrito e duros. O receptáculo apresenta um invólucro constituído
em Antimônio trivalente na monograÞa de Antimoniato de por 18 a 24 brácteas ovalado-lanceoladas, veludosas na
meglumina. face abaxial, dispostas em 1 ou 2 séries imbricadas. Cada
bráctea involucral apresenta ápice agudo e bordo inteiro,
Metais pesados. Proceder conforme descrito em Metais ciliado, medindo de 8 mm a 10 mm, mais raramente até 15
pesados na monograÞa de Antimoniato de meglumina. No mm de comprimento. As brácteas internas têm cor verde
máximo 0,0009% (9 mg/L) da solução injetável. parda e são mais curtas; as brácteas externas são verdes;
ambas apresentam a face abaxial recoberta de tricomas
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA verde-amarelados, visíveis com lente. As ßores liguladas
radiais são zigomorfas e femininas, em número de 14 a 20,
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. e medem de 20 mm a 30 mm de comprimento. Cada ßor
ligulada apresenta um cálice reduzido, denominado papus,
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,5 UE/ o qual é formado por uma série de cerdas esbranquiçado-
mg de antimoniato de meglumina. amareladas grossas, rígidas, medindo de 4 mm a 8 mm
Toxicidade (5.5.2.3). Cumpre o teste. Injetar, via de comprimento. O limbo da corola é oblongo, de cor
intravenosa, o equivalente a 1 mg/g de peso do animal.. amarelo-alaranjada e apresenta de 7 a 10 nervuras paralelas,
culminando em 3 lóbulos pequenos e desiguais. Os estames
não são completamente desenvolvidos, sendo, portanto,
DOSEAMENTO estaminódios, e apresentam anteras livres. O ovário é
ínfero, estreito, de coloração parda, mede de 4 mm a 5 mm
Diluir a solução injetável por um fator de 2500 vezes com de comprimento e apresenta 4 ou 5 arestas longitudinais
ácido clorídrico 6 M e proceder conforme descrito em pouco evidentes, além de um estilete bifurcado em 2
Doseamento na monograÞa de Antimoniato de meglumina. ramos estigmáticos curvos e reßexos. As ßores tubulosas
do disco são actinomorfas e perfeitas, em número muito
maior do que as ßores liguladas, e medem até 15 mm
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

anomocíticos. Na face abaxial, especialmente na região


do tubo, ocorrem tricomas de diferentes tipos: tricomas
649
aa
de comprimento. Cada ßor tubulosa apresenta um cálice tectores unisseriados e pluricelulares, formados por 4 ou
reduzido, denominado papus, o qual é formado por uma 5 células, de tamanho mais ou menos igual e de paredes
série de cerdas esbranquiçado-amareladas rígidas, com pouco espessadas, com a célula distal pontiaguda; tricomas
até 8 mm de comprimento. A corola é curta, de coloração tectores unisseriados e pluricelulares, formados por 1 a 3
amarelo-alaranjada, mede cerca de 8 mm de comprimento células proximais de paredes espessadas e 2 a 4 células
e tem 5 lobos triangulares reßexos. Os estames são 5, distais de paredes delgadas; tricomas glandulares de
férteis e estão soldados pelas anteras formando um tubo; pedicelo unisseriado e pluricelular, com cabeça globosa
as tecas são elipsoidais e o conetivo prolonga-se numa unicelular a pluricelular; tricomas glandulares de pedicelo
escama triangular. O ovário é ínfero, estreito, de coloração bisseriado e pluricelular, com cabeça globosa bisseriada,
parda, mede de 4 mm a 8 mm de comprimento e apresenta bicelular a pluricelular. Em secção transversal, o mesoÞlo
4 ou 5 arestas longitudinais visíveis, além de um estilete é formado por um parênquima frouxo, atravessado
bifurcado em 2 ramos estigmáticos curvos e reßexos. Os longitudinalmente ao eixo da lígula por feixes vasculares
frutos, quando presentes, são aquênios pardos, coroados ou em igual número aos das nervuras paralelas. A corola da
não pelo papus. ßor tubulosa, em vista frontal, apresenta epiderme com
células de paredes anticlinais levemente onduladas nas
duas faces da porção distal das pétalas, e mais poligonais na
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
porção mediana, as células da região do tubo têm paredes
As brácteas involucrais, em vista frontal, apresentam a face anticlinais poligonais; na porção distal e triangular de cada
abaxial da epiderme com células de paredes anticlinais pétala ocorrem papilas digitiformes. Gotas lipídicas podem
onduladas e estômatos do tipo anomocítico; face adaxial estar presentes. As ßores de corola tubulosa apresentam os
com células alongadas, de paredes anticlinais poligonais mesmos tipos de tricomas que aqueles encontrados nas
a pouco onduladas, sem estômatos. Na face abaxial ßores de corola ligulada. As anteras, em secção transversal,
encontram-se diferentes tipos de tricomas: abundantes mostram um endotécio espessado nas paredes laterais.
tricomas tectores unicelulares ou bicelulares, pontiagudos, A escama triangular da extremidade distal do conetivo
formados por células de paredes pouco espessadas, apresenta, em vista frontal, células de paredes anticlinais
geralmente retos, sendo os tricomas bicelulares formados retas e espessadas. Os grãos de pólen são triporados,
por uma célula proximal curta e uma distal mais longa, arredondados, com exina equinada, e medem cerca de 30
ligadas entre si por uma parede inclinada; raros tricomas —m. O ovário, em vista frontal, apresenta epiderme com
tectores pluricelulares, unisseriados, com 3 a 10 células, células alongadas, recoberta de tricomas glandulares de
formados por 1 a 3 células proximais curtas e 2 a 4 células pedicelo curto e cabeça claviforme a globosa, pluricelular,
distais longas; tricomas tectores pluricelulares unisseriados, com até 8 células dispostas em 2 Þleiras, e de tricomas
particularmente abundantes nas margens das brácteas; tectores pluricelulares, bisseriados, com células geminadas,
tricomas tectores pluricelulares com células proximais cujas paredes adjacentes são pontoadas, pouco espessadas,
de tamanho uniforme e célula distal mais longa; tricomas e com porção celular distal aguda e às vezes bíÞda. A
glandulares numerosos, com pedicelo uni ou bisseriado, com parede do ovário pode mostrar placas reticuladas de cor
cabeça glandular grande, globosa ou ovóide, pluricelular, castanha ou preta, devido à presença de Þtomelanina. Os
abundantes na face abaxial; tricomas glandulares com o ramos estigmáticos do estilete apresentam em sua porção
mesmo aspecto descrito, porém mais curtos, com pedicelo distal tricomas unicelulares cônicos, pontiagudos. Sob o
unisseriado, mais frequentes na face adaxial; raros tricomas tapete formado por estes tricomas observam-se papilas
glandulares de aspecto claviforme. Em secção transversal, arredondadas. O fruto, quando presente, tem as mesmas
a bráctea apresenta um parênquima fundamental frouxo, características epidérmicas do ovário, principalmente os
com feixes vasculares correspondentes às nervuras de cada dois tipos de tricomas e as placas de Þtomelanina evidentes.
bráctea. O receptáculo, em vista frontal, apresenta epiderme
semelhante à das brácteas, com tricomas tectores de 2 a 5 DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
células. Em secção transversal, observa-se um parênquima
fundamental frouxo, com feixes vasculares e canais O pó atende a todas as exigências estabelecidas para a
secretores. As cerdas do cálice, na forma de papus, são espécie, menos os caracteres macroscópicos. Examinar
compostas cada uma por 2 a 3 Þleiras de células alongadas, ao microscópio utilizando solução de hidrato de cloral.
agudas na porção distal, e por um maior número de Þleiras São características: porções de epiderme das brácteas
de células na porção proximal; estas células assemelham-se involucrais com estômatos e tricomas como os descritos,
às células dos tricomas geminados, com suas extremidades mais abundantes na face abaxial; tricomas ou seus
distais agudas, expostas e livres, orientadas em direção ao fragmentos, conforme descritos; fragmentos de corolas
extremo distal da cerda. A corola da ßor ligulada, em vista liguladas, com tricomas conforme descritos; fragmentos
frontal, apresenta epiderme da face adaxial com células de da porção distal da corola ligulada cobertos de papilas
paredes anticlinais poligonais, papilosas, principalmente arredondadas; fragmentos de corolas tubulosas com
na porção distal e mediana da lígula, com papilas curtas tricomas conforme descritos; fragmentos da porção distal
e arredondadas, sendo visíveis estrias epicuticulares e da corola tubulosa cobertos de papilas digitiformes;
gotas lipídicas; a epiderme da face abaxial apresenta fragmentos de ovário com os dois tipos de tricomas
células de paredes anticlinais alongadas, quase retas, mas característicos, como descritos acima; porções do papus ou
visivelmente onduladas na porção distal. Os estômatos são
a 650 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

fragmentos de cerdas do papus conforme descritos; grãos


de pólen triporados, arredondados, com exina equinada.
e 4 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica
octadecilsililada (4—m); ßuxo da Fase móvel de 1,2 mL/
min.
IDENTIFICAÇÃO Eluente A: metanol.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada Eluente B: água.
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
espessura de 250 —m, como suporte, e mistura de ácido Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
fórmico anidro, água, metil-etil-cetona e acetato de etila descrito na tabela a seguir:
(10:10:30:50) como fase móvel. Aplicar, separadamente à
placa, em forma de bandas de 20 mm, a 1 cm de distância, Tempo Fase móvel Fase móvel
Eluição
15 —L de cada uma das soluções, descritas a seguir. (minutos) A (%) B (%)

Solução (1): a 2 g da amostra pulverizada, adicionar 10 0-3 62 38 Isocrático


mL de metanol e aquecer em banho-maria (60 °C), sob 3-20 62ĺ55 38ĺ45 Gradiente linear
agitação, durante 5 minutos. Resfriar a solução e, em 20-30 55 45 Isocrático
seguida, Þltrar. 30-55 55ĺ45 45ĺ55 Gradiente linear
55-57 45ĺ0 55ĺ100 Gradiente linear
Solução (2): dissolver 2 mg de ácido cafeico, 2 mg de 57-70 0 100 Isocrático
ácido clorogênico e 5 mg de rutina em metanol e ajustar o 70-90 62 38 Isocrático
volume para 30 mL com metanol.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Solução de padrão interno: dissolver imediatamente antes
secar ao ar. Nebulizar com solução de difenilborato de do uso 0,01 g de santonina exatamente pesado em 10 mL
aminoetanol SR e, depois, com solução de macrogol de metanol.
400 a 5% (p/v) em metanol. Aquecer a placa durante 5
Solução amostra: em balão de fundo redondo de 250
minutos a 100-105 ºC. Deixar secar ao ar e examinar sob
mL, introduzir 1 g da amostra pulverizada. Adicionar
luz ultravioleta 365 nm. O cromatograma obtido para
50 mL de uma mistura de volumes iguais de metanol e
a Solução (2) apresenta, na parte inferior, uma zona de
água isenta de dióxido de carbono e aquecer, sob reßuxo,
ßuorescência amarelo-alaranjada (rutina); na parte mediana
em banho-maria a 50 °C - 60 ºC, durante 30 minutos
do cromatograma observa-se uma zona de ßuorescência
agitando frequentemente. Deixar esfriar e em seguida,
devido ao ácido clorogênico e, na parte superior, uma zona
Þltrar utilizando Þltro de papel. Transferir o Þltro cortado
de ßuorescência azulada (ácido cafeico). O cromatograma
em pedaços grandes e o resíduo para o balão de fundo
obtido com a Solução (1) mostra, na parte inferior, pouco
redondo, adicionar 50 mL de uma msitura de volumes
acima da zona correspondente à rutina, uma banda de
iguais de metanol e água isenta de dióxido de carbono
ßuorescência azul-esverdeada, uma banda de ßuorescência
e aquecer, sob reßuxo, em banho-maria a 50 ºC - 60 ºC,
azulada (ácido clorogênico) pode ser visualizada um pouco
durante 30 minutos, agitando frequentemente. Repetir a
mais acima; na sequência, de baixo para cima, podem ser
operação duas vezes. Reunir os Þltrados, adicionar 3 mL da
observadas uma zona de ßuorescência castanho-amarelada
Solução de padrão interno e evaporar, a pressão reduzida,
a amarelo-alaranjada; três zonas de ßurorescência
até a obtenção de um volume de 18 mL. Lavar o balão de
castanho-amarelada a amarelo-alaranjada e, pouco abaixo
fundo redondo com água isenta de dióxido de carbono e
da zona correspondente ao ácido cafeico, uma banda de
completar 20 mL com as águas de lavagem. Transferir a
ßuorescência azul-esverdeada.
solução para uma coluna cromatográÞca com cerca de 0,15
m de comprimento e cerca de 30 mm de diâmetro interno,
ENSAIOS DE PUREZA contendo 15 g de sílica kieselguhr para cromatograÞa.
Deixar em repouso durante 15 minutos e, depois, eluir com
Material estranho (5.4.2.2). Não superior a 5,0% de 200 mL de uma mistura de volumes iguais de acetato de
caules com um diâmetro superior a 5 mm. etila e cloreto de metileno. Evaporar o eluato à secura, num
Cinzas totais (5.4.2.4). Não superior a 10,0%. balão de fundo redondo de 250 mL. Dissolver o resíduo
em 10 mL de metanol, adicionar 10 mL de água isenta de
Perda por dessecação (5.2.9). Não superior a 10,0% em dióxido de carbono e, em seguida, 7 g de óxido de alumínio
1 g da amostra pulverizada, determinada em estufa a 100– neutro. Agitar durante 2 minutos, centrifugar (10 min,
105 ºC, durante 2 horas. 6.000 r/min) e Þltrar utilizando Þltro de papel. Evaporar à
secura 10 mL do Þltrado. Dissolver o resíduo em 3 mL de
uma mistura de iguais volumes de metanol e água isenta de
DOSEAMENTO dióxido de carbono e Þltrar.
Sesquiterpenos lactônicos totais Procedimento: injetar separadamente, 20 —L da Solução
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido de padrão interno e da Solução amostra. Calcular a
de alta eÞciência (5.2.17.4) utilizando santonina como porcentagem de sesquiterpenos lactônicos totais, expressos
padrão interno. Utilizar cromatógrafo provido de detector em tiglato de helenalina, segundo a expressão:
ultravioleta a 225 nm; coluna de 0,12 m de comprimento
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

m = massa da tomada de ensaio, em gramas


651
aa
C = concentração da santonina na Solução de padrão
interno utilzada na Solução amostra (mg/mL)
V = volume (em mL) da Solução de padrão interno
em que utilizado na Solução amostra
FLS = área total dos picos correspondentes aos 1,187 = fator de correção entre o tiglato de helenalina e a
sesquiterpenos lactônicos que aparecem depois do pico da santonina
santonina no cromatograma
FS = área sob o pico correspondente à santonia no EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
cromatograma obtido com a Solução amostra
Em recipientes opacos, bem fechados, ao abrigo da luz e
calor.
a 652 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 - Aspectos macroscópicos em Arnica montana L.


______________

Complemento da legenda da Figura 1.

A – aspecto de um ramo com inßorescências. B – capítulo ßoral: ßor tubular (ßt); ßor ligulada (ßl); pedúnculo (pd). C – capítulo ßoral desprovido de
ßores tubulosas: ßor ligulada (ßl); receptáculo (rc); pedúnculo (pd). D – aspecto da droga seca: ßor tubular (ßt); ßor ligulada (ßl); receptáculo (rc);
pedúnculo (pd).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 653
aa

Figura 2 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Arnica montana L.


______________

Complemento da legenda da Figura 2.

A – ßor ligulada: ovário (ov); papus (pap); estigma bíÞdo (eg); lígula (l). B – ßor tubulosa; ovário (ov); papus (pap); estame com antera soldada (ea);
estigma bíÞdo (eg); corola (co). C – ßor ligulada: lígula (l). D – ßor tubulosa: ovário (ov); papus (pap); estigma bíÞdo (eg). E – detalhe de uma cerda
do papus: grão de pólen (gp). F – superfície externa do ovário: tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt). G – fragmento do papus. H – detalhe de uma
cerda do papus: grão de pólen (gp); papus (pap); tricoma tector (tt).
a 654 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 3 – Aspectos microscópicos em Arnica montana L.


______________

Complemento da legenda da Figura 3.

A – corte transversal da bráctea: epiderme (ep); parênquima (p); feixe vascular (fv); tricoma gladular (tg); base do tricoma glandular (btg). B e C –
detalhes dos tricomas grandular e tector: tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt). D – superfície externa do ovário vista de cima: tricoma glandular
com cabeça bicelular (tgb), com corpo bisseriado. E – aspectos dos tricomas glandulares. F e G – fragmento da epiderme inferior: tricoma glandular
(tg); tricoma glandular com cabeça bicelular (tgb).
ENSAIOS DE PUREZA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 655
aa
ARTEMÉTER
Substâncias relacionadas 1. Proceder conforme descrito
Artemetherum
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel G, como suporte, e mistura de éter
de petróleo e acetato de etila (70:30), como fase móvel.
Aplicar, separadamente, à placa, 10 —L de cada uma das
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): solução a 10 mg/mL da amostra em acetona.

Solução (2): solução a 0,05 mg/mL da amostra em acetona.

Solução (3): solução a 0,025 mg/mL da amostra em


acetona.

Solução (4): solução a 0,10 mg/mL da amostra em acetona.


C16H26O5; 298,37
arteméter; 00885 Solução (5): solução a 0,10 mg/mL de arteméter SQR em
(3R,5aS,6R,8aS,9R,10S,12R,12aR)-Decaidro-10- acetona.
metoxi-3,6,9-trimetil-3,12-epoxi-12H-pirano[4,3-j]-1,2- Procedimento: desenvolver o cromatograma. Remover a
benzodioxepina placa, deixar secar ao ar. Nebulizar a placa com vanilina SR
[71963-77-4] e examinar imediatamente. Qualquer mancha secundária
obtida no cromatograma com a Solução (1), diferente da
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de mancha principal, não é mais intensa que aquela obtida
C16H26O5, em relação à substância dessecada. com a Solução (2) (0,5%) e não mais que uma mancha é
mais intensa que aquela obtida com a solução (3) (0,25%).
DESCRIÇÃO Substâncias relacionadas 2. Proceder conforme descrito
Características físicas. Pó Þno, cristalino e branco. em Doseamento. Preparar a Soluções (1) e a Solução (2)
como descrito a seguir.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, muito
solúvel em cloreto de metileno e acetona e facilmente Solução (1): solução a 10 mg/mL da amostra em fase
solúvel em etanol absoluto e acetato de etila. móvel.

Constantes físico-químicas. Solução (2): solução a 0,05 mg/mL da amostra em fase


móvel.
Faixa de fusão (5.2.2): 86 °C a 90 °C.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L de cada
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +166º a +173º. solução. Registrar os cromatogramas e medir a área sob
Determinar em solução a 1% em etanol absoluto. os picos. A soma das áreas de todos os picos secundários
obtidos com a Solução (1), exceto a do pico principal, não é
maior que o dobro da área sob o pico principal, obtido com
IDENTIFICAÇÃO
a Solução (2) (1,0%) e a área de nenhum pico é maior que
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da aquela do pico principal obtido com a Solução (2) (0,5%).
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta Não mais que um pico obtido com a Solução (1) apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos área superior à metade da área sob o pico principal obtido
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles com a Solução (2) (0,25%). Desconsiderar os picos com
observados no espectro de arteméter SQR, preparado de área inferior a 0,1 vezes a área sob o pico principal obtido
maneira idêntica. com a Solução (2).

B. A mancha principal do cromatograma da Solução (4), Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da amostra.
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em Dessecar sob pentóxido de fósforo em estufa a 60°C, sob
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (5). pressão reduzida, por 4 horas. No máximo 0,5%.

C. A 30 mg da amostra, adicionar 1 mL de etanol absoluto Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.


e 0,1 g de iodeto de potássio. Aquecer em banho-maria.
Desenvolve-se coloração amarela. DOSEAMENTO
D. Dissolver 10 mg da amostra em 2 mL de etanol absoluto, Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
em cápsula de porcelana. Adicionar tres gotas de vanilina de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
SR. Desenvolve-se coloração rosa. de detector ultravioleta a 216 nm; coluna cromatográÞca
de 250 mm de comprimento e 4 mm de diâmetro interno,
empacotada com sílica quimicamente ligada a grupo
a 656 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

octadecilsilano (5 —m), mantida a 30 ºC; ßuxo da Fase


móvel de 1,5 mL/min.
camada delgada (5.2.17.1), na monograÞa de Arteméter.
Preparar as soluções como descrito a seguir.

Fase móvel: mistura de acetonitrila e água (62:38). Solução (1): diluir volume da solução injetável em acetona,
de modo a obter solução a 10 mg/mL.
Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente pesada,
da amostra em fase móvel, de modo a obter solução a 4 mg/ Solução (2): diluir a Solução (1) em acetona, de modo a
mL. obter solução a 0,05 mg/mL.

Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, Solução (3): diluir a Solução (2) em acetona, de modo a
de arteméter SQR em fase móvel, de modo a obter solução obter solução a 0,025 mg/mL.
a 4 mg/mL.
Solução (4): diluir a Solução (1) em acetona, de modo a
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução obter solução a 0,10 mg/mL.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C16H26O5 Solução (5): solução a 0,10 mg/mL de arteméter SQR em
na amostra, a partir das respostas obtidas com a Solução acetona.
padrão e a Solução amostra.
Substâncias relacionadas 2. Proceder conforme descrito
em Substâncias relacionadas 2, por CromatograÞa a
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO líquido de alta eÞciência (5.2.17.4), na monograÞa de
Arteméter. Preparar as soluções como descrito a seguir.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Solução (1): diluir volume da solução injetável em fase
móvel, de modo a obter solução a 10 mg/mL.
CLASSE TERAPÊUTICA
Solução (2): diluir a Solução (1) em fase móvel, de modo a
Antimalárico. obter solução a 0,05 mg/mL.

ARTEMÉTER SOLUÇÃO INJETÁVEL TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste.
quantidade declarada de C16H26O5.

DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Proceder conforme descrito em Doseamento da monograÞa
A. Transferir volume da solução injetável equivalente a 50
de Arteméter. Preparar a Solução amostra como descrito a
mg de arteméter para béquer, adicionar 25 mL de acetona,
seguir.
agitar e Þltrar. Evaporar o Þltrado a 40 °C e secar o resíduo
em dessecador por 24 horas. Proceder conforme descrito Diluente: mistura de isopropanol e acetonitrila (75:25).
no teste A. de IdentiÞcação da monograÞa de Arteméter.
Solução amostra: diluir volume da solução injetável no
B. A mancha principal do cromatograma da Solução (4), diluente, de modo a obter solução a 4 mg/mL.
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (5). Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
C. Adicionar 6 mL de etanol absoluto a um volume áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C16H26O5 na
da solução injetável equivalente a 30 mg de arteméter. solução injetável, a partir das respostas obtidas para as
Transferir cinco gotas para cápsula de porcelana e adicionar Soluções padrão e amostra.
uma gota de vanilina SR. Desenvolve-se coloração rosa.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
CARACTERÍSTICAS
Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz, em
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. temperatura inferior a 25 ºC.

ENSAIOS DE PUREZA ROTULAGEM


Substâncias relacionadas 1. Proceder conforme descrito Observar a legislação vigente.
em Substâncias relacionadas 1, por CromatograÞa em
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (2): solução a 0,10 mg/mL de artesunato SQR em


tolueno.
657
aa
ARTESUNATO
Artesunatum Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar a placa com anisaldeído SR e aquecer
a 120 °C por 5 minutos. Examinar sob luz ultravioleta
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1)
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
com a Solução (2).

C. Dissolver 0,1 g da amostra em 40 mL de etanol absoluto,


agitar e Þltrar. A 20 mL do Þltrado, adicionar 0,5 mL de
cloridrato de hidroxilamina SR e 0,25 mL de hidróxido de
sódio SR. Aquecer em banho-maria até a fervura, resfriar
e adicionar duas gotas de ácido clorídrico SR e duas gotas
de cloreto férrico a 5% (p/v). Desenvolve-se coloração
violeta.

D. Dissolver 0,1 g da amostra em 40 mL de etanol absoluto,


agitar e Þltrar. Evaporar 20 mL do Þltrado em banho-maria
até volume de 5 mL. Transferir cinco gotas para cápsula de
C19H28O8; 384,42
porcelana e adicionar uma gota de vanilina SR. Após 30
artesunato; 09673
minutos, desenvolve-se coloração vermelha.
Éster 1-[(3R,5aS,6R,8aS,9R,10S,12R,12aR)-decaidro-
3,6,9-trimetil-3,12-epoxi-12H-pirano[4,3-j]-1,2-
benzodioxepina-10-ílico] do ácido butanodióico ENSAIOS DE PUREZA
[88495-63-0]
pH (5.2.19). 3,5 a 4,5. Determinar em suspensão a 1%
(p/v) em água isenta de dióxido de carbono.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C19H28O8, em relação à substância anidra. Substâncias relacionadas 1. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
DESCRIÇÃO utilizando sílica-gel G, como suporte, e mistura de éter de
petróleo, acetato de etila e ácido acético glacial (48:36:1),
Características físicas. Pó Þno, cristalino, branco ou como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10
quase branco. ȝL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
descritas a seguir.
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, muito solúvel
em cloreto de metileno, facilmente solúvel em etanol e Solução (1): solução a 5 mg/mL da amostra em cloreto de
acetona. metileno.

Constantes físico-químicas. Solução (2): solução a 0,05 mg/mL da amostra em cloreto


de metileno.
Faixa de fusão (5.2.2): 132 °C a 135 °C.
Solução (3): solução a 0,025 mg/mL da amostra em cloreto
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +2,5º a +3,5º. Determinar de metileno.
em solução a 1% (p/v) em cloreto do metileno.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar a placa com vanilina SR e examinar
IDENTIFICAÇÃO imediatamente. Qualquer mancha secundária obtida no
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta principal, não é mais intensa que aquela obtida com a
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos Solução (2) (1,0%) e não mais que uma mancha é mais
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles intensa que aquela obtida com a Solução (3) (0,5%).
observados no espectro de artesunato SQR, preparado de
Substâncias relacionadas 2. Proceder conforme descrito
maneira idêntica.
no método B. de Doseamento. Preparar as soluções como
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em descrito a seguir.
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como
Solução (1): solução a 4 mg/mL da amostra em acetonitrila.
suporte, e mistura de tolueno e acetato de etila (95:5),
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 ȝL de Solução (2): solução a 0,04 mg/mL da amostra em
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas acetonitrila.
a seguir.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L de cada
Solução (1): solução a 0,10 mg/mL da amostra em tolueno. solução. Registrar os cromatogramas e medir as áreas sob
a 658 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

os picos. A soma das áreas de todos os picos secundários


obtidos com a Solução (1), exceto a do pico principal, não é
ROTULAGEM

maior que o dobro da área sob o pico principal, obtido com Observar a legislação vigente.
a Solução (2) (2,0%) e a área de nenhum pico é maior que
aquela do pico principal obtido com a Solução (2) (1,0%). CLASSE TERAPÊUTICA
Não mais que um pico obtido com a Solução (1) apresenta
área superior à metade da área sob o pico principal obtido Antimalárico.
com a Solução (2) (0,5%). Desconsiderar os picos com
área inferior a 0,1 vezes a área sob o pico principal obtido
com a Solução (2). ARTESUNATO COMPRIMIDOS
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,002% (20 ppm). Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de artesunato (C19H28O8).
Água (5.2.20.1). Determinar em 2 g da amostra. No
máximo 0,5%.
IDENTIFICAÇÃO
Cinzas sulfatadas. No máximo 0,1%.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
do pó equivalente a 50 mg de artesunato para béquer,
DOSEAMENTO adicionar 25 mL de acetona, agitar e Þltrar. Evaporar o
Empregar um dos métodos descritos a seguir. Þltrado em banho-maria e deixar o resíduo em dessecador,
sob sílica-gel, por 24 horas. O resíduo obtido responde ao
A. Dissolver, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra em 25 teste A. de IdentiÞcação da monograÞa de Artesunato.
mL de etanol. Titular com hidróxido de sódio 0,05 M SV,
utilizando duas gotas de fenolftaleína SI como indicador. B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Cada mL de hidróxido de sódio 0,05 M SV equivale a da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
19,221 mg de C19H28O8. corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido C. Proceder conforme descrito no teste B. de IdentiÞcação
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido da monograÞa de Artesunato. Preparar a Solução (1) como
de detector ultravioleta a 216 nm; coluna de 125 mm de descrito a seguir.
comprimento e 3 mm de diâmetro interno, empacotada Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 quantidade do pó equivalente a 5 mg de artesunato para
—m), mantida a 30 ºC; ßuxo da fase móvel de 0,6 mL/min. béquer, adicionar 50 mL de etanol absoluto, agitar e Þltrar.
Tampão pH 3,0: dissolver 1,36 g de fosfato de potássio Evaporar 2 mL do Þltrado em banho-maria e dissolver o
monobásico em 900 mL de água. Ajustar o pH para 3,0 com resíduo em 2 mL de acetona.
ácido fosfórico, completar o volume para 1000 mL com D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
água e homogeneizar. do pó equivalente a 0,1 g de artesunato. Prosseguir conforme
Fase móvel: mistura de Tampão pH 3,0 e acetonitrila descrito no teste D. de IdentiÞcação da monograÞa de
(50:50). Artesunato.

Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada


CARACTERÍSTICAS
da amostra em acetonitrila, de modo a obter solução a 2
mg/mL. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
de artesunato SQR em acetonitrila, de modo a obter
solução a 2 mg/mL. Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.


padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C19H28O8 Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
na amostra, a partir das respostas obtidas com a Solução Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento.
padrão e a Solução amostra.
ENSAIOS DE PUREZA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Substâncias relacionadas 1. Proceder conforme descrito
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. em Substâncias relacionadas 1, da monograÞa de
Artesunato. Preparar as soluções como descrito a seguir.

Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar


quantidade do pó equivalente a 0,1 g de artesunato com 20
mL de cloreto de metileno e Þltrar, de modo a obter solução
a 5 mg/mL.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
659
aa
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
Solução (2): diluir a Solução (1) em cloreto de metileno, de
modo a obter solução a 0,05 mg/mL.
ROTULAGEM
Solução (3): diluir a Solução (2) em cloreto de metileno, de
Observar a legislação vigente.
modo a obter solução a 0,025 mg/mL.

Substâncias relacionadas 2. Proceder conforme descrito


em Substâncias relacionadas 2, da monograÞa de ASCORBATO DE SÓDIO
Artesunato. Preparar as soluções como descrito a seguir. Natrii ascorbas
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade do pó equivalente a 0,4 g de artesunato para béquer
e adicionar 20 mL de etanol. Agitar vigorosamente e Þltrar.
Transferir 5 mL do Þltrado para balão volumétrico de 25
mL e completar o volume com Fase móvel.

Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão


volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase
móvel.
C6H7NaO6; 198,11
ascorbato de sódio; 00107
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Sal de sódio do ácido L-ascórbico (1:1)
Contagem do número total de micro-organismos [134-03-2]
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). C6H7NaO6 em relação à substância dessecada.
Cumpre o teste.
DESCRIÇÃO
DOSEAMENTO
Características físicas. Pó branco ou amarelado, cristalino.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, ligeiramente
A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir, solúvel em etanol e praticamente insolúvel em cloreto de
exatamente, quantidade do pó equivalente a 0,5 g de metileno.
artesunato para balão volumétrico de 50 mL e adicionar
Constantes físico-químicas.
40 mL de etanol. Agitar mecanicamente por 10 minutos,
completar o volume com o mesmo solvente e Þltrar. Titular Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +103° a +108°,
25 mL do Þltrado com hidróxido de sódio 0,05 M SV, determinado em uma solução 100 mg/mL em água.
utilizando duas gotas de fenolftaleína SI como indicador.
Cada mL de hidróxido de sódio 0,05 M SV equivale a
19,221 mg de C19H28O8. IDENTIFICAÇÃO

B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da


da monograÞa de Artesunato. Preparar a Solução amostra amostra, dispersa em óleo mineral, apresenta máximos de
como descrito a seguir. absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. no espectro de ascorbato de sódio SQR, preparado de
Transferir, exatamente, quantidade do pó equivalente a 0,25 g maneira idêntica.
de artesunato para balão volumétrico de 25 mL, adicionar
20 mL de etanol e agitar mecanicamente por 10 minutos. B. Pesar 1 g de amostra e dissolver em 50 mL de água. A 4
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar mL desta solução, adicionar 1 mL de ácido clorídrico 0,1
e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado para balão volumétrico M. A solução resultante reduz o tartarato cúprico alcalino
de 25 mL e completar o volume com Fase móvel. SR lentamente à temperatura ambiente e mais rapidamente
sob aquecimento.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir C. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C19H28O8
D. Preparar uma solução 10% (p/v) da amostra. A 1 mL
nos comprimidos, a partir das respostas obtidas para as
desta solução, adicionar 0,2 mL de ácido nítrico SR e 0,2
Soluções padrão e amostra.
mL de nitrato de prata 1,7% (p/v). Ocorre formação de
precipitado cinza.
a 660 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA Sulfatos (5.3.2.1). Dissolver 1,6 g da amostra em 40 mL de


água e proceder conforme descrito em Ensaio limite para
Aspecto da solução. Dissolver 5 g de amostra em água e sulfatos, utilizando 0,5 mL de solução padrão de ácido
completar para o volume de 50 mL com o mesmo solvente. sulfúrico 0,005 M. No máximo 0,015% (150 ppm).
Essa solução não é mais intensamente colorida que a
solução padrão preparada pela diluição de 5 mL da Solução Cobre. Proceder conforme descrito em Espectrometria
de referência de cor descrita a seguir, em 95 mL de ácido atômica (5.2.13.1.1). Utilizar espectrofotômetro provido
clorídrico 1% (p/v). Proceder conforme descrito em Cor de de chama alimentada com mistura de ar-acetileno, lâmpada
líquidos (5.2.12). de cátodo oco de cobre e selecionar a linha de emissão em
324,8 nm.
Solução de referência de cor: misturar 1,5 partes da
solução base de cloreto férrico, 1,2 partes da solução base Solução amostra: Transferir 2 g da amostra para frasco
de sulfato cúprico, 1,5 partes da solução base de cloreto volumétrico de 25 mL e completar o volume com ácido
cobaltoso e 0,8 partes de ácido clorídrico 1% (p/v). nítrico SR. No máximo 5 ppm de cobre.

pH (5.2.19). 7,0 a 8,0. Determinar na solução 10% (p/v). Ferro. Proceder conforme descrito em Espectrometria
atômica (5.2.13.1.1).Utilizar espectrofotômetro provido de
Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme chama alimentada com mistura de ar-acetileno, lâmpada
descrito em CromatograÞa gasosa (5.2.17.5). Utilizar de cátodo oco de ferro e selecionar a linha de emissão em
cromatógrafo provido de detector de ionização de chamas, 248,3 nm.
utilizando mistura de nitrogênio, ar sintético e hidrogênio
(1:1:10) como gases auxiliares à chama do detector; coluna Solução amostra: Transferir 5 g da amostra para frasco
capilar de 30 m de comprimento e 0,53 mm de diâmetro volumétrico de 25 mL e completar o volume com ácido
interno, preenchida com fase estacionária ligada de fenil e nítrico SR. No máximo 2 ppm de ferro.
metilpolisiloxano (5:95), com espessura do Þlme de 5 —m;
Níquel. Proceder conforme descrito em Espectrometria
temperatura da coluna de 35 ºC a 260 ºC (35 ºC mantida
atômica (5.2.13.1.1).Utilizar espectrofotômetro provido de
durante 5 minutos, aumentar a 175 ºC a 8 ºC por minuto,
chama alimentada com mistura de ar-acetileno, lâmpada
aumentada a 260 ºC a 35 ºC e mantida a esta temperatura
de cátodo oco de níquel e selecionar a linha de emissão em
por pelo menos 16 minutos), temperatura do injetor a 70 ºC
232,0 nm.
e temperatura do detector a 260 ºC; utilizar hélio como gás
de arraste; ßuxo do gás de arraste de 1 mL/minuto. Solução amostra: Transferir 10 g da amostra para frasco
volumétrico de 25 mL e completar o volume com ácido
Solução amostra: Dissolver em 50 mL de água, livre de
nítrico SR. No máximo 1 ppm de níquel.
compostos orgânicos, exatamente, cerca de, 1 g de amostra.
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g de amostra em
Solução padrão: preparar uma solução, em água livre de
água e completar para o volume de 20 mL. Transferir 12
compostos orgânicos, contendo, em cada mL, 10 —g de
mL desta solução e proceder conforme descrito em Método
cloreto de metileno, 1 —g de clorofórmio, 2 —g benzeno, 2
I. No máximo 0,001% (10 ppm).
—g de dioxana e 2 —g de tricloroetileno.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
Injetar, separadamente, 1 —L da Solução amostra e
amostra, em estufa a 105 ºC até peso constante. No máximo
da Solução padrão no cromatógrafo à gás. Obter os
0,25%.
cromatogramas e medir a área sob os picos. IdentiÞcar,
baseado no tempo de retenção, qualquer pico presente
no cromatograma da solução amostra. A presença e a DOSEAMENTO
identiÞcação dos picos no cromatograma devem ser
estabelecidas comparando os cromatogramas da Solução Pesar, exatamente, cerca de 0,4 g da amostra e dissolver em
amostra e Solução padrão. Limites: Benzeno 2 ppm, uma mistura de 100 mL de água e 25 mL de ácido sulfúrico
clorofórmio 50 ppm, dioxana 100 ppm, cloreto de metileno 9,8% (p/v). Titular imediatamente com iodo 0,1 M SV e
500 ppm e tricloroetileno 100 ppm. Cumpre o teste. adicionar 3 mL de amido I próximo ao ponto Þnal. Cada
mL de iodo 0,1 M SV equivale a 9,905 mg de C6H7NaO6.
Ácido oxálico. Deixar as seguintes preparações em
repouso por 1 hora. A opalescência da preparação amostra
não é maior que a da preparação padrão. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Preparação amostra: Dissolver 0,25 g de amostra em 5 Em recipientes não metálicos, protegidos da luz.
mL de água. Adicionar 1 mL de ácido acético diluído e 0,5
mL de cloreto de cálcio SR. No máximo 0,3% (3000 ppm). ROTULAGEM
Preparação padrão: Dissolver 70 mg de ácido oxálico em Observar a legislação vigente.
água e completar para o volume de 500 mL com o mesmo
solvente. A 5 mL desta solução, adicionar 1 mL de ácido
acético diluído e 0,5 mL de cloreto de cálcio SR. CATEGORIA
Excipiente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 661
aa
ATADURA DE GAZE ATENOLOL
Atenololum
A atadura de gaze é constituída por faixa contínua de gaze
puriÞcada do tipo I, Þrmemente enrolada, de largura e
comprimento variáveis, isenta de Þapos e enovelamentos.

A atadura de gaze, desenrolada previamente, deve


satisfazer todas as exigências estabelecidas para o tecido
de gaze hidróÞla puriÞcada, determinadas de acordo com
as respectivas técnicas e às especiÞcações a seguir.
C14H22N2O3; 266,34
atenolol; 00911
CARACTERÍSTICAS 4-[2-Hidroxi-3-[(1-metiletil)amino]propoxi]benzenoacetamida
Comprimento. Determinar medindo ao longo da linha [29122-68-7]
mediana da atadura, desenrolada e alisada sem tração; o
comprimento não deverá ser menor que 98% do indicado Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
na rotulagem. C14H22N2O3, em relação à substância dessecada.

Largura. Medir a largura em três pontos uniformemente


espalhados ao longo da atadura aberta. A média das três DESCRIÇÃO
medidas deve apresentar variação dimensional de, no Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
máximo, 2% em relação ao declarado na rotulagem. branco.
Número de fios. Determinar o número de Þos da urdidura Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, facilmente
e da trama em 5 áreas de 1 cm x 1 cm, na linha central da solúvel em metanol, solúvel em ácido acético glacial e
atadura, em pontos de intervalos regulares, pelo menos a etanol, pouco solúvel em cloreto de metileno, muito pouco
30 cm da extremidade e calcular o número de Þos em uma solúvel em acetona, praticamente insolúvel em acetonitrila.
área de 5 cm x 5 cm.
Constantes físico-químicas
Peso. Determinar o peso de todo o rolo da atadura e,
utilizando os resultados das medidas anteriores, calcular o Faixa de fusão (5.2.2): 152 °C a 155 °C.
peso por metro quadrado.
Poder rotatório (5.2.8): +0,10° a -0,10°. Determinar em
Poder absorvente. Sustente a atadura, devidamente solução a 1 % (p/v) em água.
desenrolada horizontalmente, quase em contato com uma
superfície de água destilada e deixar cair, delicadamente,
sobre o líquido; a atadura deve submergir completamente IDENTIFICAÇÃO
no espaço de tempo de 30 segundos. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Substâncias medicamentosas ou adesivas. A atadura de amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
gaze, quando impregnada de substâncias medicamentosas de potássio, apresenta máximos de absorção somente
ou misturas adesivas deve apresentar concentração nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
uniforme. Não deve conter substâncias em concentrações intensidades relativas daqueles observados no espectro de
capazes de provocar acidentes tóxicos ou reacionais. atenolol SQR, preparado de maneira idêntica.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na


TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA faixa de 230 nm a 350 nm, de solução a 0,01% (p/v) em
metanol, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos
Esterilidade (5.5.3.2.1). Aplicável quando a atadura é comprimentos de onda de solução similar de atenolol SQR.
declarada estéril. Cumpre o teste. A razão entre os valores de absorvância medidos em 275
nm e 282 nm está compreendida entre 1,15 e 1,20.
ROTULAGEM C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
Observar a legislação vigente. camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
como suporte, e mistura de hidróxido de amônio e metanol
(3:97), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
10 —L de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
descritas a seguir.

Solução (1): solução a 10 mg/mL da amostra em metanol.

Solução (2): solução a 10 mg/mL de atenolol SQR em


metanol.
a 662 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar


ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
—m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
de 0,6 mL/minuto.
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
cor e intensidade aquela obtida com a Solução (2). Fase móvel: dissolver 1,1 g de heptanossulfonato de sódio
e 0,71 g de fosfato de sódio dibásico anidro em 700 mL
de água. Se necessário, ajustar o pH em 3,0 com acido
ENSAIOS DE PUREZA fosfórico SR. Adicionar 300 mL de metanol e 2 mL de
dibutilamina e homogeneizar.
Cloretos. Dissolver 1 g da amostra em 100 mL de ácido
nítrico 0,15 M, adicionar 1 mL de nitrato de prata SR e Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
homogeneizar. Qualquer turbidez desenvolvida não é mais da amostra em Fase móvel de modo a obter solução a 10
intensa que a de mistura de 1,4 mL de ácido clorídrico 0,02 —g/mL.
M, 98,6 mL de ácido nítrico 0,15 M e 1 mL de nitrato de
prata SR. No máximo 0,1% (1000 ppm). Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de atenolol SQR em Fase móvel de modo a obter solução
Pureza cromatográfica. Proceder conforme descrito no a 10 —g/mL.
método B. de Doseamento. Preparar a Solução (1) e a
Solução(2) como descrito a seguir. Injetar replicatas de 10 —L da Solução padrão. A eÞciência
da coluna não é menor que 5000 pratos teóricos. O fator
Solução (1): dissolver quantidade exatamente pesada da de cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo
amostra em Fase móvel de modo a obter solução a 0,1 mg/ das áreas de replicatas dos picos registrados não é maior
mL. que 2,0%.
Solução (2): transferir 0,5 mL da Solução (1) para balão Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução
volumétrico de 100 mL e diluir com Fase móvel, de modo padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
a obter solução a 0,5 —g/mL. e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C14H22N2O3
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
Procedimento: injetar, separadamente, 50 —L da solução
padrão e a Solução amostra.
(1) e da Solução (2), registrar os cromatogramas por, no
mínimo, seis vezes o tempo de retenção do pico do atenolol
e medir as áreas dos os picos. Nenhum pico secundário EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
obtido com a Solução (1) deve apresentar área superior à
metade da área sob o pico principal obtido com a Solução Em recipientes bem fechados.
(2) (0,25%). A soma das área sob os picos secundários
obtidos com a Solução (1) não deve ser superior à área sob ROTULAGEM
o pico principal obtido com a Solução (2) (0,5%).
Observar a legislação vigente.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, até peso constante.
No máximo 0,5%. CLASSE TERAPÊUTICA.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. Anti-hipertensivo.


No máximo 0,1%.

ATENOLOL COMPRIMIDOS
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de quantidade declarada de C14H22N2O3.
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca
de 25 mg da amostra e dissolver em metanol. Completar IDENTIFICAÇÃO
o volume para 50 mL com o mesmo solvente. Diluir,
sucessivamente, em metanol, até concentração de 0,01 % A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
(p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração, de 230 nm a 350 nm, da Solução amostra obtida no método
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das A. de Doseamento, exibe máximos de absorção em 275 nm
soluções em 275 nm, utilizando metanol para o ajuste do e 282 nm, idênticos aos observados no espectro da Solução
zero. Calcular o teor de C14H22N2O3 na amostra, a partir das padrão.
leituras obtidas.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa liquida da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
de detector ultravioleta a 226 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada CARACTERÍSTICAS
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

da monograÞa de Atenolol. Preparar a Solução amostra


663
aa
como descrito a seguir.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
Solução amostra: transferir 10 comprimidos para balão
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. volumétrico de 1000 mL, adicionar 500 mL de Fase
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. móvel e deixar em ultrassom por 15 minutos, ou até
desintegração total dos comprimidos. Completar o volume
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir com o mesmo solvente, homogeneizar e centrifugar. Diluir
cada comprimido para balão volumétrico de 25 mL sucessivamente, no mesmo solvente, até concentração de
contendo 15 mL de metanol e deixar em ultrassom até 10 mg/mL.
a desintegração do comprimido. Prosseguir conforme
descrito no método A. de Doseamento a partir de “Aquecer Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução
a suspensão resultante”. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C14H22N2O3 nos comprimidos a partir das respostas obtidas
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) para a Solução padrão e a Solução amostra.
Meio de dissolução: água, 900 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem: pás, 50 rpm
Em recipientes bem fechados.
Tempo: 30 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de ROTULAGEM


dissolução, diluir com ácido fosfórico a 0,1% (v/v) até
concentração de 10 mg/mL e proceder conforme descrito Observar a legislação vigente.
no método B. de Doseamento da monograÞa de Atenolol.
Calcular a quantidade de C14H22N2O3 dissolvida no meio,
comparando as áreas sob os picos obtidos com a de solução ATENOLOL E CLORTALIDONA
de atenolol SQR na concentração de 10 mg/mL, preparada COMPRIMIDOS
no mesmo solvente.

Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
declarada de C14H22N2O3 se dissolvem em 30 minutos. quantidade declarada de C14H22N2O3 e C14H11ClN2O4S.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA IDENTIFICAÇÃO


Contagem do número total de micro-organismos A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G como
suporte, e mistura de hidróxido de amônio M e 1-butanol
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). (1:5), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
Cumpre o teste. 10 —L de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
descritas a seguir:
DOSEAMENTO
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
Empregar um dos métodos descritos a seguir. quantidade do pó equivalente a 10 mg de clortalidona para
balão volumétrico de 10 mL, adicionar 8 mL de metanol.
A. Por Espectrofotometria de absorção no ultravioleta Agitar mecanicamente por 15 minutos e completar o
(5.2.14). Pesar e pulverizar 20 comprimidos, transferir volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar.
quantidade do pó equivalente a 0,25 g de atenolol para
balão volumétrico de 250 mL e adicionar 150 mL de Solução (2): preparar solução a 1 mg/mL de clortalidona
metanol. Aquecer a suspensão resultante a 60 °C por 10 SQR em metanol.
minutos, agitando ocasionalmente. Agitar mecanicamente
Solução (3): preparar solução a 4 mg/mL de atenolol SQR
por 15 minutos, resfriar e completar o volume com metanol.
em metanol.
Homogeneizar e Þltrar. Diluir, sucessivamente, em metanol,
até concentração de 0,01% (p/v). Preparar solução padrão Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente. secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). As
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 275 manchas referentes ao atenolol e à clortalidona obtidas com
nm, utilizando metanol para o ajuste do zero. Calcular a a Solução (1) correspondem em posição, cor e intensidade
quantidade de C14H22N2O3 nos comprimidos, a partir das àquelas obtidas com a Solução (2) e com a Solução (3).
leituras obtidas.
B. Os tempos de retenção dos picos principais do
B. Por CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). cromatograma da Solução amostra, obtida em Doseamento,
Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
a 664 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

correspondem aqueles dos picos principais da Solução


padrão.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.

CARACTERÍSTICAS DOSEAMENTO
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Empregarum dos métodos descritos a seguir:

Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. de detector ultravioleta a 275 nm; coluna de 250 nm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
de 1,7 mL/minuto.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
cada comprimido para balão volumétrico, obtendo solução Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e ácido sulfúrico
de clortalidona a concentração de 0,025% (p/v). Adicionar 1,8 M (740:250:8) e 930 mg de octilsulfato de sódio por
mistura de água e acetonitrila (1:1) equivalente a 50% do litro de mistura.
volume do balão. Agitar mecanicamente por 20 minutos até
Solução amostra: pesar e pulverizar 10 comprimidos.
desintegração total do comprimido e completar o volume
Transferir quantidades de pó equivalente a 25 mg de
com o mesmo solvente. Prosseguir conforme descrito no
clortalidona para balão volumétrico de 50 mL, adicionar
método de Doseamento a partir da Solução padrão.
40 mL da mistura de água e acetonitrila (1:1) e agitar
mecanicamente por 20 minutos. Completar o volume com
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) o mesmo solvente, homogeneizar e Þltrar. Transferir 25 mL
do Þltrado para balão volumétrico de 50 mL e completar o
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,01 M, 900 mL volume com água, obtendo solução a 0,25 mg/mL.
Aparelhagem: pás, 50 rpm Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
Tempo: 45 minutos de atenolol SQR e clortalidona SQR em mistura de água e
acetonitrila (3:1) para obter solução a 1 mg/mL e 0,25 mg/
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de mL, respectivamente.
dissolução e proceder conforme descrito em Doseamento.
Preparar a Solução amostra, a Solução padrão e o Diluente Injetar replicatas de 10 —L da Solução padrão. Os tempos
como descrito a seguir. de retenção relativos são cerca de 0,8 para atenolol e 1,0
para clortalidona. A resolução entre atenolol e clortalidona
Diluente: mistura de acetonitrila e ácido sulfúrico 1,8 M não deve ser menor que 3,0. O desvio padrão relativo das
(1000:32). áreas de replicatas dos picos registrados não deve ser maior
que 2,0%.
Solução amostra: mistura de 10 mL da amostra e 3 mL do
Diluente. Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Solução padrão: preparar solução de atenolol SQR em e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C14H22N2O3
mistura de água e Diluente (750:225), obtendo solução a e C14H11ClN2O4S na amostra a partir das respostas obtidas
0,00085 L mg de atenolol e 0,00085 L’ mg de clortalidona, com a Solução padrão e a Solução amostra.
por mililitro, onde L e L’ são as quantidades declaradas, nos
comprimidos, de atenolol e clortalidona, respectivamente.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C14H22N2O3 e 70% (Q) da quantidade Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
declarada de C14H11ClN2O4S se dissolvem em 45 minutos.
ROTULAGEM
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Observar a legislação vigente.
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

metila SI como indicador. No máximo 0,1 mL de ácido


665

clorídrico 0,02 M é gasto para neutralizar 20 mL do Þltrado,


aa
AZATIOPRINA
Azathioprinum utilizando vermelho de metila SI como indicador.

Limite de mercaptopurina. Proceder conforme descrito


em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de
1-butanol, etanol e água (4:1:1), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 5 —L de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): solução da amostra a 20 mg/mL em amônia SR.

Solução (2): solução de mecarptopurina a 0,2 mg/mL em


amônia SR.

C9H7N7O2S; 277,26 Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


azatioprina; 00984 secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Em
6-[(1-Metil-4-nitro-1H-imidazol-5-il)tio]-9H-purina seguida, submeter a vapores de iodo. Qualquer mancha
[446-86-6] secundária obtida no cromatograma com a Solução (1),
diferente da mancha principal, não é mais intensa que
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,5% de aquela obtida com a Solução (2) (1,0%).
C9H7N7O2S, em relação à substância dessecada.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
amostra. Dessecar em estufa a vácuo 105 °C, por 5 horas.
DESCRIÇÃO
No máximo 1,0%.
Características físicas. Pó amarelo pálido.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, etanol e
clorofórmio. Solúvel em soluções diluídas de hidróxidos DOSEAMENTO
alcalinos e pouco solúvel em soluções diluídas de ácidos
minerais. Empregar um dos métodos descritos a seguir

A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio


IDENTIFICAÇÃO não aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g
da amostra e dissolver em 25 mL de dimetilformamida.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Titular com hidróxido de tetrabutilamônio 0,1 M SV,
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
determinando o ponto Þnal potenciometricamente. Cada
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
mL de hidróxido de tetrabutilamônio 0,1 M SV equivale a
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
27,726 mg de C9H7N7O2S.
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
azatioprina SQR, preparado de maneira idêntica. B. Por Espectrofotometria de absorção no ultravioleta
(5.2.14). Transferir, exatamente, cerca de 0,1 g de
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
azatioprina para balão volumétrico de 500 mL e acrescentar
faixa de 230 nm a 350 nm, de solução a 0,00075% (p/v)
300 mL de ácido c1orídrico 0,1 M. Deixar em banho-
preparada em ácido clorídrico 0,1 M, exibe máximo de
maria por 30 minutos. Resfriar e completar o volume
absorção em 280 nm, idêntico ao observado no espectro de
com o mesmo solvente. Homogeneizar. Realizar diluição
solução similar de azatioprina SQR.
até concentração de 0,001% (p/v), utilizando o mesmo
C. Aquecer 20 mg da amostra com 100 mL de água e Þltrar. solvente. Preparar solução padrão nas mesmas condições.
A 5 mL do Þltrado, adicionar 1 mL de acido clorídrico e Medir a absorvância das soluções em 280 nm, utilizando
10 mg de zinco em pó e deixar em repouso por 5 minutos. ácido clorídrico 0,1 M para o ajuste do zero. Calcular o
Desenvolve-se coloração amarela. Filtrar. Adicionar 0,1 teor de C9H7N7O2S na amostra, a partir das leituras obtidas.
mL de nitrito de sódio SR e 0,1 g de ácido sulfâmico. Alternativamente, realizar os cálculos considerando A
Agitar até desaparecimento das bolhas. Adicionar 1 mL de (1%, 1 cm) = 628, em 280 nm, em ácido c1orídrico 0,1 M.
2-naftol SR. Produz-se precipitado rosa.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Acidez ou alcalinidade. Agitar, exatamente, 2 g da
amostra com 100 mL de água por 15 minutos. Filtrar. No ROTULAGEM
máximo 0,1 mL de hidróxido de sódio 0,02 M é gasto
para neutralizar 20 mL do Þltrado, utilizando vermelho de Observar a legislação vigente.
a 666 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

CLASSE TERAPÊUTICA IDENTIFICAÇÃO


Imunossupressor. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
AZITROMICINA de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
Azithromycinum observados no espectro de azitromicina SQR, preparado de
maneira idêntica.

ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 9,0 a 11,0. Determinar em solução a 0,2%
(p/v), em mistura de água e metanol (1:1).

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. No


máximo 0,0025% (25 ppm).

Água (5.2.20.1). No máximo 5,0%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.


Umedecer a amostra com 2 mL de ácido nítrico e cinco
gotas de ácido sulfúrico. No máximo 0,3%.

Cristalinidade. Suspender algumas partículas da amostra


em óleo mineral, transferir para uma lâmina de vidro
e examinar por meio de microscópio dotado de luz
polarizada. As partículas exibem birrefringência, que se
extingue ao movimentar a amostra por meio de ajuste do
C38H72N2O12; 748,98
micrométrico.
C38H72N2O12.2H2O; 785,02
azitromicina; 00997
azitromicina diidratada; 00998 DOSEAMENTO
(2R,3S,4R,5R,8R,10R,11R,12S,13S,14R)-13-[(2,6-
Didesoxi-3-C-metil-3-O-metil-Į-L-ribo-hexopiranosil) Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico de
oxi]-2-etil-3,4,10-triidroxi-3,5,6,8,10,12,14-heptametil- antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar,
11-[[3,4,6-tridesoxi-3-(dimetilamino)-ȕ- D -xilo- utilizando cilindros.
hexopiranosil]oxi]-1-oxa-6-azaciclopentadecan-15-ona Micro-organismo: Micrococcus luteus ATCC 9341.
[83905-01-5]
(2R,3S,4R,5R,8R,10R,11R,12S,13S,14R)-13-[(2,6- Meios de cultura: meio de cultura número 1, para
Didesoxi-3-C-metil-3-O-metil-Į-L-ribo-hexopiranosil) manutenção do micro-organismo, meio de cultura número
oxi]-2-etil-3,4,10-triidroxi-3,5,6,8,10,12,14-heptametil- 3, para padronização do inóculo e meio de cultura número
11-[[3,4,6-tridesoxi-3-(dimetilamino)-ȕ- D -xilo- 11, para camada base e preparação do inóculo.
hexopiranosil]oxi]-1-oxa-6-azaciclopentadecan-15-ona
diidratada Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 25 mg da
[117772-70-0] amostra, transferir para balão volumétrico de 25 mL com
auxílio de 10 mL de metanol. Agitar mecanicamente por 15
Apresenta potência de, no mínimo 945 —g e, no máximo, minutos e completar o volume com metanol. Filtrar. Diluir,
1030 —g de azitromicina (C38H72N2O12) por miligrama, em sucessivamente, a solução resultante, em Tampão fosfato
relação à substância anidra. de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (solução 2), de modo a
obter soluções a 0,1 —g/mL, 0,2 —g/mL e 0,4 —g/mL.

DESCRIÇÃO Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 25 mg de


azitromicina SQR, transferir para balão volumétrico
Características físicas. Pó cristalino branco. de 25 mL e completar o volume com metanol. Diluir,
sucessivamente, a solução resultante, em Tampão fosfato
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, solúvel em de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (solução 2), de modo a
clorofórmio, facilmente solúvel em etanol e metanol. obter soluções a 0,1 —g/mL, 0,2 —g/mL e 0,4 —g/mL.
Muito pouco solúvel em soluções de hidróxidos alcalinos.
Ligeiramente solúvel em soluções ácidas. Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número
11 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de
Constantes físico-químicas inóculo a 1% e acrescentar, aos cilindros, 0,2 mL das
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -45º a -49º, em relação Soluções amostra e padrão recentemente preparadas.
à substância anidra. Determinar em solução a 2% (p/v) em Calcular a potência da amostra, em ȝg de azitromicina por
etanol, a 20 ºC.
miligrama, a partir da potência do padrão e das respostas
obtidas com a Solução padrão e com a Solução amostra.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

volumétrico de 25 mL e completar o volume com metanol.


Agitar por 15 minutos e Þltrar. Diluir, sucessivamente, a
667
aa
solução resultante, em Tampão fosfato de potássio 0,1 M,
estéril, pH 8,0 (solução 2), de modo a obter soluções nas
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
concentrações entre 0,1 —g/mL e 0,4 —g/mL.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ROTULAGEM
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Observar a legislação vigente.
ROTULAGEM
CLASSE TERAPÊUTICA
Observar a legislação vigente.
Antibacteriano.

AZITROMICINA PÓ PARA SUSPENSÃO


AZITROMICINA CÁPSULAS ORAL

Apresenta potência de, no mínimo, 90,0% e, no máximo, Azitromicina pó para suspensão oral é mistura de
110,0% do valor declarado de C38H72N2O12. azitromicina com um ou mais agentes aromatizantes,
tampões, adoçantes e agentes suspensores. Apresenta
potência de, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0%, do
IDENTIFICAÇÃO valor declarado de azitromicina (C38H72N2O12).
Pesar as cápsulas, remover o conteúdo e pesá-las
novamente. Transferir o equivalente a 0,25 g de IDENTIFICAÇÃO
azitromicina para balão volumétrico de 50 mL, dissolver
em metanol e completar o volume com o mesmo solvente. Transferir quantidade do pó equivalente a 0,2 g de
Filtrar. Evaporar o Þltrado em banho-maria e pesar 1,5 mg azitromicina para balão volumétrico de 50 mL, completar
do resíduo. Proceder conforme descrito em IdentiÞcação o volume com metanol. Homogeneizar e Þltrar. Evaporar
da monograÞa de Azitromicina. o Þltrado em banho-maria, até obter o resíduo. Prosseguir
conforme descrito em IdentiÞcação da monograÞa da
Azitromicina.
CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. CARACTERÍSTICAS
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Determinar no frasco do diluente.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
pH (5.2.19). 8,5 a 11,0. Reconstituir a suspensão como
ENSAIOS DE PUREZA descrito no rótulo do produto.

Água (5.2.20.1). No máximo 5,0%. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Determinar
no pó não reconstituído.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Aplicado


quando o pó é envasado em dose única. Cumpre o teste.
Contagem do número total de micro-organismos Reconstituir a suspensão como descrito no rótulo do
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. produto.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste. ENSAIOS DE PUREZA
Água (5.2.20.1). No máximo 1,5%.
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Doseamento da monograÞa TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
de Azitromicina. Preparar Solução amostra como descrito
a seguir. Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o
conteúdo e pesá-las novamente. Transferir quantidade Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
do pó equivalente a 25 mg de azitromicina para balão Cumpre o teste.
a 668 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO 50 mL e completar o volume com Tampão fosfato de


potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (solução 2). Diluir até as
Proceder conforme descrito em Doseamento da monograÞa concentrações de 0,1 —g/mL, 0,2 —g/mL e 0,4 —g/mL,
de Azitromicina. Preparar a Solução amostra como descrito utilizando o Tampão fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH
a seguir. 8,0 como diluente.
Solução amostra: reconstituir a suspensão como descrito
no rótulo do produto. Transferir volume da suspensão EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
oral, recentemente homogeneizada e livre de bolhas,
contendo o equivalente a 0,2 g de azitromicina, para balão Em recipientes bem fechados.
volumétrico de 20 mL com auxílio de 10 mL de metanol.
Agitar e completar o volume com mesmo solvente. Filtrar. ROTULAGEM
Transferir 5 mL do Þltrado para balão volumétrico de
Observar a legislação vigente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 669

e examinar o cromatograma à luz do dia. As manchas


BÁLSAMO DO PERU correspondentes ao benzoato de benzila e ao cinamato de
Balsamum peruvianum benzila apresentam coloração azul sobre fundo amarelo.

ba
O cromatograma apresenta, em sua parte média, uma
mancha cinza-violeta (timol) obtida com a Solução (2).
Myroxylon balsamum (L.) Harms var. pereirae (Royle) O cromatograma apresenta uma mancha de coloração
Harms – FABACEAE azul (nerolidol), obtida com a Solução (1), imediatamente
abaixo à mancha correspondente ao timol, obtida com a
A droga vegetal é constituída do bálsamo obtido a partir do Solução (2). Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Logo
tronco escariÞcado à quente. Contém, no mínimo, 45% e, abaixo da mancha correspondente ao nerolidol, não deve
no máximo, 70% de ésteres, principalmente benzoato de aparecer nenhuma mancha de coloração azul ou apresentar
benzila e cinamato de benzila. extinção de ßuorescência, quando examinada sob luz
ultravioleta (254 nm), correspondente à colofônia.
CARACTERÍSTICAS B. Dissolver 0,20 g da amostra em 10 mL de etanol.
Adicionar 0,2 mL de cloreto férrico SR. Desenvolve-se
Características organolépticas. Líquido viscoso,
coloração verde a verde oliva.
límpido, castanho-escuro a castanho-avermelhado.
Quando examinado em camada Þna apresenta cor C. Misturar duas ou três gotas com um volume
castanho-amarelada. Possui odor característico, aromático, aproximadamente 5 vezes maior de ácido sulfúrico
que lembra o da baunilha, e sabor amargo e acre. Não se concentrado. Desenvolve-se coloração vermelho-escura
solidiÞca em exposição ao ar, nem por tempo prolongado que, pela adição de 40 mL de água, passa a violácea. Não
ou por aquecimento, e não produz Þlamentos. deve aparecer qualquer matiz pardo (adulteração).
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, muito
solúvel em etanol, solúvel em clorofórmio e ácido acético, ENSAIOS DE PUREZA
pouco solúvel em éter etílico e éter de petróleo, imiscível
nos óleos graxos, exceto em óleo de rícino. Densidade relativa (5.2.5). 1,14 a 1,17.

Índice de acidez (5.2.29.7). 56 a 84. Dissolver 1 g da


IDENTIFICAÇÃO amostra em 100 mL de etanol neutralizado, adicionar 1
mL de fenolftaleína SI e titular com hidróxido de potássio
etanólico 0,5 M SV.
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, Índice de saponificação (5.2.29.8). 230 a 255. Determinar
com espessura de 250 ȝm, como suporte, e mistura de ácido no resíduo obtido em Doseamento.
acético glacial, acetato de etila e hexano (0,5:10:90), como
Bálsamos artificiais. Agitar, vigorosamente, 0,2 g da
de banda, 10 PL de cada uma das soluções, recentemente
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma
amostra com 6 mL de éter de petróleo. A solução de éter
preparadas, descritas a seguir. de petróleo deverá permanecer transparente e incolor e
todas as partes insolúveis do bálsamo estarão aderidas nas
Solução (1): dissolver 0,5 g da amostra em 10 mL de paredes do tubo de ensaio.
acetato de etila.
Terebintina. Evaporar 4 mL da solução obtida em

de benzila e 80 PL de benzoato de benzila em 5 mL de


Solução (2): dissolver 4 mg de timol, 30 mg de cinamato Bálsamos artiÞciais. O resíduo não apresenta odor de
terebintina.
acetato de etila.
Óleos graxos. Agitar 1 g da amostra com 3 mL de uma
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar solução de hidrato de cloral a 1000 g/L. A solução obtida
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). é transparente assim como a solução de hidrato de cloral a
As manchas principais obtidas com a Solução (1) 1000 g/L.
correspondem em posição, cor e intensidade àquelas
obtidas com a Solução (2). Quando examinada sob luz DOSEAMENTO
ultravioleta (254 nm), o cromatograma apresenta, em seu
terço superior, duas manchas de extinção de ßuorescência Ésteres
obtidas com a Solução (2), a superior correspondente ao
benzoato de benzila e a inferior ao cinamato de benzila, que Em funil de decantação, adicionar 2,5 g da amostra, 7,5
correspondem em posição àquelas obtidas com a Solução mL de solução de hidróxido de sódio diluída a 8,5%
(1). Duas outras manchas intensas, uma acima e outra (p/v) e 40 mL de éter etílico isento de peróxidos. Agitar,
abaixo das manchas de referência podem ser visualizadas. vigorosamente, durante 10 minutos. Separar a fase etérea
Nebulizar a placa com solução recém preparada de ácido e agitar a fase básica por 1 minuto com três porções de
fosfomolíbdico a 20% (p/v) em etanol, utilizando 10 15 mL de éter etílico isento de peróxidos. Reunir as fases
etéreas, dessecar com 10 g de sulfato de sódio anidro e
Aquecer entre 100 °C a 105 qC, durante 5 a 10 minutos,
mL para uma placa com dimensões 20 mm x 20 mm.
Þltrar. Lavar o resíduo de sulfato de sódio duas vezes com
10 mL de éter etílico isento de peróxidos. Reunir as fases
670 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

entre 100 °C a 105 qC, durante 30 minutos, resfriar em


etéreas e evaporar à secura. Dessecar o resíduo (ésteres) Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
dessecador e pesar. As manchas principais obtidas com a Solução (1)

b
correspondem em posição, cor e intensidade àquelas
obtidas com a Solução (2). O cromatograma obtido com a
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução (2), quando visualizado sob luz ultravioleta (254
Em recipiente bem fechado e protegido da luz. nm), apresenta em seu terço superior, duas manchas de
extinção de ßuorescência: a superior correspondente ao
benzoato de benzila e a inferior ao cinamato de benzila.
BÁLSAMO DE TOLU Na Solução (1) também podem ser observadas manchas
Balsamum tolutanum com extinção de ßuorescência: uma no fronte e duas
manchas logo abaixo da mancha correspondente ao

vanilina sulfúrica SR e colocar em estufa de 100 qC a


cinamato de metila. Em seguida, nebulizar a placa com

105 qC, durante 5 minutos. As manchas correspondentes


Myroxylon balsamum (L.) Harms e Myroxylon balsamum
var. pereirae (Royale) Harms – FABACEAE.
ao benzoato de benzila e cinamato de benzila apresentam
O Bálsamo de tolu é constituído de óleo-resina obtido coloração azul sobre fundo amarelo. Outras duas manchas
de Myroxylon balsamum (L.) Harms e de Myroxylon de coloração roxa são observadas acima da mancha do
balsamum var. pereirae (Royale) Harms. Contém, no benzoato de benzila. Na parte inferior do cromatograma
mínimo, 25% e, no máximo, 50% de ácidos livres ou ocorrem diversas manchas de coloração azul e roxa, entre
combinados, expressos em ácido cinâmico (C9H8O2, M estas uma mancha de coloração amarela.
148,16).

ENSAIOS DE PUREZA
CARACTERÍSTICAS
Índice de acidez (5.2.29.7). 100 a 160. Dissolver 1 g da
Características organolépticas. Massa acastanhada a amostra fragmentada em 50 mL de etanol neutralizado.
castanho-avermelhada, dura, friável e cujos fragmentos Adicionar 1 mL de fenolftaleína SI e titular com hidróxido
Þnos apresentam cor amarelo-acastanhada por de potássio etanólico 0,5 M SV.
transparência. Odor semelhante ao da baunilha e sabor um
pouco acre. Índice de saponificação (5.2.29.8). 154 a 220.

Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e éter de Limite de substâncias insolúveis em álcool. Aquecer à
petróleo, muito solúvel em etanol, solúvel em acetona e ebulição 2 g da amostra fragmentada com 25 mL de etanol
clorofórmio. a 90% (v/v). Filtrar por Þltro de vidro poroso, previamente
tarado. Lavar o recipiente e o resíduo contido no funil
com etanol a 90% (v/v) quente, até a extração completa.
IDENTIFICAÇÃO
qC, durante 2 horas. Resfriar em dessecador e pesar. No
Aquecer o funil de vidro e o seu conteúdo em estufa a 105
A. Adicionar, com cuidado, uma gota de ácido sulfúrico
concentrado sobre um fragmento da amostra. Desenvolve máximo, 5,0%.
coloração vermelho-vinho. Colofônia. Triturar 1 g da amostra com 10 mL de éter de
B. Aquecer 1 g da amostra com 5 mL de água até a ebulição, petróleo durante 1 a 2 minutos. Filtrar para tubo de ensaio
Þltrar através de papel de Þltro pregueado. Ferver o Þltrado e adicionar 10 mL de solução de acetato de cobre a 0,5%
com 1 mL de permanganato de potássio a 3% (p/v). Produz (p/v) recentemente preparada. Agitar energicamente, deixar
forte odor de aldeído benzoico. separar as fases. A camada etérea não deve apresentar
coloração verde.
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, Água (5.4.2.3). No máximo 5,0%. Espalhar 2 g da amostra
com espessura de 250 —m, como fase estacionária e mistura fragmentada na superfície de um cristalizador plano de 9
de éter de petróleo e tolueno (5:95) como fase móvel. cm de diâmetro e deixar secar à pressão reduzida, durante
4 horas.
PL da Solução (1) e 10 PL da Solução (2), recentemente
Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 20
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 0,3%.
preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): agitar 0,4 g da amostra fragmentada com DOSEAMENTO


10 mL de cloreto de metileno durante 5 minutos. Filtrar
através de papel de Þltro pregueado. Ácidos livres ou combinados expressos em ácido
cinâmico

1 mL de cloreto de metileno, juntar 50 PL de benzoato de


Solução (2): dissolver 50 mg de cinamato de benzila em
Aquecer sob reßuxo, em banho-maria, 1,5 g da amostra
benzila e completar o volume para 10 mL com cloreto de com 25 mL de hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV,
metileno. durante 1 hora. Evaporar o etanol e aquecer o resíduo
com 50 mL de água até que a solução Þque homogênea.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 671

Após o resfriamento à temperatura ambiente, juntar 80 mais interna, coloração marrom mais clara, quando
mL de água e solução de 1,5 g de sulfato de magnésio comparada à região do súber, mais externa e de intensa
em 50 mL de água. Misturar e deixar em repouso durante coloração marrom-avermelhada. Nos caules jovens o

ba
10 minutos. Filtrar, lavar o resíduo com 20 mL de água. súber apresenta-se, em vista frontal, de coloração escura e
Reunir o Þltrado e a água de lavagem, acidiÞcar com ácido aspecto granuloso, homogêneo, portando Þssuras estreitas
clorídrico concentrado e extrair quatro vezes com 40 mL e profundas no sentido transversal. Nas porções caulinares
de éter etílico. Desprezar a fase aquosa. Reunir os extratos mais velhas, apresenta coloração marrom-escura ou
orgânicos e extrair com duas vezes de 20 mL e três vezes marrom-acinzentada, quando da presença de líquens,
com 10 mL de solução de bicarbonato de sódio a 5% sempre com profundas fendas, predominantes no sentido
(p/v). Desprezar a fase etérea. Reunir os extratos aquosos, transversal, ou com cinturas consecutivas, desprendendo-
acidiÞcar com ácido clorídrico concentrado e extrair uma se em placas de dimensões e formatos variados, irregulares,
vez com 30 mL, duas vezes com 20 mL e uma vez com 10 deixando depressões profundas no local. A fratura da
mL de cloreto de metileno. Reunir os extratos de cloreto de casca é do tipo granulosa em relação à região do súber e
metileno e dessecar com 10 g de sulfato de sódio anidro. Þbrosa, estriada longitudinalmente, esquirolosa, na região
Filtrar, lavar o resíduo com 10 mL de cloreto de metileno. ßoemática.
Concentrar os extratos reunidos, sob pressão reduzida,
até 10 mL e eliminar o restante do cloreto de metileno em
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
corrente de ar na capela. Dissolver à quente o resíduo com
10 mL de etanol neutralizado previamente em presença A porção externa da casca apresenta súber com 20 a 30
de solução de vermelho de fenol SI. Após resfriamento, estratos de células tabulares enÞleirados radialmente,
titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV, utilizando o com paredes delgadas e conteúdo marrom, seguidos por
mesmo indicador. Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M muitos estratos de células parenquimáticas de formato
SV equivale a 14,816 mg de ácido cinâmico (C9H8O2). isodiamétrico ou pouco alongado periclinalmente, também
com paredes delgadas. A maioria destas células possui
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO conteúdo marrom-avermelhado, que não se descora
facilmente com hipoclorito de sódio a 30% (p/v) e não
Em recipiente bem fechado e não conservar na forma de pó. altera a cor na presença do cloreto férrico SR. Nesta
porção parenquimática ocorrem células pétreas (maioria)
e macroesclereídes, posicionados em diversos planos, em
BARBATIMÃO grupos de vários elementos ou isolados, com paredes muito
Barbadetimani cortex espessadas com lignina, apresentando lamelações evidentes
e pontoações simples, por vezes ramiÞcadas. Nas porções
mais externas do súber, tanto as células parenquimáticas
Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville - quanto os esclereídes podem ser visualizados, compactados
FABACEAE e deformados pela ação mecânica nos tecidos internos. Na
região do ßoema ocorrem conjuntos de poucos elementos
A droga vegetal é constituída pelas cascas caulinares secas de Þbras gelatinosas, relativamente estreitas, sempre com
contendo, no mínimo, 8% de taninos totais, expressos idioblastos adjuntos, contendo um grande cristal de oxalato
em pirogalol (C6H6O3; 126,11), dos quais no mínino 0,2 de cálcio, prismático, com variado número de lados, inteiro
mg/g equivalem a ácido gálico (C7H6O5; 170,1) e 0,3 mg/g ou superÞcialmente erodido. Os conjuntos de Þbras, quando
correspondem a galocatequina (C15H14O7; 306,27), em observados em secções longitudinais, acompanham os
relação à droga seca. Entende-se por casca do caule todos raios parenquimáticos do ßoema, os quais são, em geral,
os tecidos situados externamente ao câmbio vascular deste unisseriados, mas tornam-se bi-multisseriados nas porções
órgão. mais externas. Os elementos de tubo crivado apresentam
placas crivadas compostas, estando colapsados nas
SINONÍMIA CIENTÍFICA regiões mais externas do ßoema. Células pétreas isoladas,
semelhantes às do súber, e grãos de amido esféricos são
Stryphnodendron barbatimam Mart. abundantes no tecido parenquimático do ßoema. As células
ao redor dos raios parenquimáticos reagem positivamente
CARACTERÍSTICAS à presença do cloreto férrico SR, adquirindo coloração
verde-escura. Ainda na região ßoemática podem ser
Características organolépticas. Cascas secas inodoras e encontradas células volumosas de conteúdo hialino,
de sabor fortemente adstringente. dispostas em conjuntos de 5 a 7 elementos.

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ


As cascas caulinares, quando secas, apresentam-se em O pó atende a todas as características estabelecidas para
fragmentos arqueados, com dimensões e formatos muito a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
variados. Em secção transversal apresentam, em média, características: fragmentos do súber com células tabulares;
0,6 mm de espessura quando secas, e de 10 mm a 12 mm grupos de células parenquimáticas com conteúdo
de espessura quando hidratadas, tendo a região ßoemática, marrom-avermelhado, justapostas com células pétreas
672 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ou macroesclereídes, em grupos ou isolados, de paredes de ácido clorídrico SR. O desenvolvimento de coloração


fortemente ligniÞcadas, com pontoações simples, por vermelha, indica reação positiva para taninos condensados.
vezes ramiÞcadas; conjuntos de Þbras com idioblastos
E. A 5 mL do extrato obtido no teste B. de IdentiÞcação,

b
cristalíferos adjuntos, delimitando fragmentos de raios
parenquimáticos do ßoema; células parenquimáticas com adicionar 10 mL de ácido acético 2 M e 5 mL de acetato de
grãos de amido esféricos. chumbo SR. O aparecimento de precipitado esbranquiçado,
indica presença de taninos.

IDENTIFICAÇÃO
ENSAIOS DE PUREZA
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254, com Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.
espessura de 250 —m, como suporte, e mistura de acetato
Água (5.4.2.3). No máximo 14,0%.
de etila, ácido fórmico e água (75:5:5) como fase móvel.
Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 10 Cinzas totais (5.4.2.3). No máximo 2,0%.
mL da Solução (1) e 3 mL da Solução (2) e da Solução (3),
recentemente preparadas, como descrito a seguir. Cinzas sulfatadas (5.4.2.6). No máximo 3,0%.

Solução (1): extrair por turbólise exatamente cerca de 10


g da droga vegetal moída em 90 mL de mistura acetona DOSEAMENTO
e água (7:3) durante 15 minutos, com intervalos de 5 Taninos totais
minutos para que a temperatura não exceda 40 °C. Filtrar,
eliminar a acetona em evaporador rotatório sob pressão Nota: efetuar todas as operações de extração e diluição
reduzida. Extrair a fase aquosa resultante com três porções ao abrigo da luz.
de 20 mL de acetato de etila em funil de separação (125
mL). Deixar em repousou a temperatura de -18 °C durante Preparar as soluções descritas a seguir.
15 minutos, para total separação das fases. Reunir e Þltrar
Solução estoque: pesar 0,750 g da droga pulverizada (250
as frações orgânicas com 5 g de sulfato de sódio anidro.
—m) e transferir para um erlenmeyer de 250 mL com boca
Evaporar a fração orgânica em evaporador rotatório sob
esmerilhada. Adicionar 150 mL de água destilada. Aquecer
pressão reduzida até resíduo, ressuspendendo-o em 1 mL
em banho-maria durante 30 minutos, à temperatura de 60
de metanol.
°C. Resfriar em água corrente e transferir para um balão
Solução (2): pesar cerca de 1 mg de epigalocatequina SQR volumétrico de 250 mL. Lavar o erlenmeyer e transferir
e dissolver em 1 mL de metanol. as águas de lavagem com todo conteúdo de droga vegetal
para o mesmo balão volumétrico. Completar o volume
Solução (3): pesar cerca de 1 mg de 4’-O-metilgalocatequina com água destilada. Deixar decantar e Þltrar o líquido
SQR e dissolver em 1 mL de metanol. sobrenadante em papel de Þltro. Desprezar os primeiros 50
mL do Þltrado.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
secar em capela de exaustão. Examinar sob luz ultravioleta Solução amostra para polifenóis totais: diluir 5 mL do
(254 nm). O cromatograma obtido com a Solução (1) Þltrado em balão volumétrico de 25 mL com água destilada.
apresenta manchas de ßuorescência atenuada, na mesma Transferir volumetricamente 2 mL desta solução, 1 mL de
altura que as obtidas com a Soluções (2) e a Solução (3) reagente fosfomolibdotúngstico e 10 mL de água destilada
(Rf de aproximadamente 0,75 e 0,82, respectivamente). para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com
Em seguida, nebulizar a placa com cloreto férrico a 1% solução de carbonato de sódio a 29% (p/v). Determinar a
(p/v) em metanol. Após a nebulização, o cromatograma absorvância em 760 nm (A1) após 30 minutos, utilizando
da Solução (1) deverá apresentar bandas com a mesma água destilada para ajuste do zero.
coloração e Rf da Soluções (2) e da Solução (3).
Solução amostra para polifenóis não adsorvidos por pó
B. Aquecer sob reßuxo cerca de 3 g da droga vegetal moída de pele: para 10 mL do Þltrado adicionar 0,1 g de pó de
com 60 mL de água, durante 15 minutos. Esfriar e Þltrar. pele SQR e agitar mecanicamente em erlenmeyer de 125
A 2 mL do extrato adicionar duas gotas de ácido clorídrico mL durante 60 minutos. Filtrar em papel de Þltro. Diluir
SR e gotejar gelatina SR até precipitação. O aparecimento 5 mL desse Þltrado em balão volumétrico de 25 mL com
de precipitado nítido indica reação positiva para taninos água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL desta
totais. solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e 10
mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL e
C. A 2 mL do extrato obtido no teste B. de IdentiÞcação, completar o volume com solução de carbonato de sódio a
adicionar 10 mL de água e duas a quatro gotas de solução de 29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A2) após
cloreto férrico a 1% (p/v) em metanol. O desenvolvimento 30 minutos, utilizando água destilada para ajuste do zero.
de coloração cinza-escura indica reação positiva para
taninos totais. Solução padrão: dissolver imediatamente antes do uso 50
mg de pirogalol em balão volumétrico de 100 mL com água
D. A 2 mL do extrato obtido no teste B. de IdentiÞcação, destilada. Transferir volumetricamente 5 mL dessa solução
adicionar 0,5 mL de vanilina a 1% (p/v) em metanol e 1 mL para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 673

com água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL g de sulfato de sódio anidro. Evaporar a fração orgânica
dessa solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e obtida em evaporador rotatório sob pressão reduzida até
10 mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL resíduo. Retomar o resíduo com 5 mL de metanol:água

ba
e completar o volume com solução de carbonato de sódio a (2:8). Extrair em cartucho de extração em fase sólida,
29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A3) após empacotada com sílica quimicamente ligada a grupo
30 minutos, utilizando água destilada para ajuste do zero. octadecilsilano (55 mm, 70 Å), previamente acondicionada
com 10 mL de mistura de metanol e água (2:8), para balão
Calcular o teor, em porcentagem, de taninos (droga seca), de 100 mL. Eluir, em seguida, 10 mL da metanol e água
expressos em pirogalol, segundo a expressão: (2:8) para o mesmo balão e completar o volume (S1) com
metanol e água (2:8). Transferir volumetricamente 5 mL da
S1 para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com metanol e água (1:1) (S2). Filtrar a S2 (membrana de
em que: PTFE de porosidade 0,5 —m) e injetar no cromatógrafo.

A1 = absorvância da Solução amostra para polifenóis Solução padrão de galocatequina: dissolver quantidade
totais; exatamente pesada de galocatequina SQR em mistura de
A2 = absorvância da Solução amostra para polifenóis não metanol e água (1:1), para obter solução a 0,152 mg/mL.
adsorvidos em pó de pele; Solução padrão de ácido gálico: dissolver quantidade
A3 = absorvância da Solução padrão; exatamente pesada de ácido gálico SQR em mistura de
m1 = massa da amostra utilizada no ensaio, em gramas, metanol e água (1:1), para obter solução a 0,100 mg/mL.
considerando a determinação de água;
Soluções para curva analítica da galocatequina: diluir uma
m2 = massa de pirogalol, em gramas. alíquota de 600 —L da Solução padrão de galocatequina
Ácido gálico e galocatequina em balão volumétrico de 5 mL, com metanol e água (1:1).
Proceder diluições para obter concentrações de 1,14 mg/
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido de mL; 2,28 mg/mL; 4,56mg/mL; 9,12mg/mL; 18,24 mg/mL.
alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de
detector ultravioleta ajustado em comprimento de onda de Soluções para curva analítica do ácido gálico: diluir uma
210 nm; pré-coluna empacotada com sílica quimicamente alíquota de 800 —L da Solução padrão de ácido gálico em
ligada a grupo octadecilsilano; coluna de 250 mm de balão volumétrico de 5 mL, com metanol e água (1:1).
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada Proceder diluições para obter concentrações de 2 —g/mL; 4
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 —g/mL; 8 —g/mL; 14 —g/mL e 16 mg/mL.
mm); ßuxo da Fase móvel de 0,8 mL/minuto. Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das soluções
Eluente A: mistura de água e ácido trißuoracético 0,05 % para a construção das curvas analíticas e da Solução
(v/v). amostra em quintuplicata, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. O tempo de retenção relativo
Eluente B: mistura de acetonitrila e ácido trißuoracético para ácido gálico e galocatequina é cerca de 8,4 e 10,8
0,05% (v/v). minutos, respectivamente. Calcular o teor de ácido gálico e
galocatequina na amostra a partir da equação linear da reta
Gradiente da Fase móvel: adotar sistema de gradiente obtida com as curvas analíticas dos padrões. O resultado é
descrito na tabela a seguir: expresso pela média das determinações em mg/g de droga
vegetal, considerando o teor de água, segundo a expressão:
Tempo Eluente A Eluente B
Eluição
(minutos) (%) (%)
0 - 10 95 ĺ 80,7 5 ĺ 19,3 gradiente linear em que
10 – 13,5 80,7 ĺ 75 19,3 ĺ 25 gradiente linear
13,5 - 23 75 ĺ 62 25 ĺ 38 gradiente linear SQR = substância química de referência;
23 - 25 62 ĺ 25 38 ĺ 75 gradiente linear VLR = valor obtido em (—g/mL) de SQR/mL em S2, a
25 - 28 25 ĺ95 75 ĺ 5 gradiente linear partir da equação da reta;
28 - 32 95 5 isocrática 500 = fator de diluição;
Solução amostra: extrair por turbólise 10 g da droga 1000 = valor de conversão de —g para mg;
vegetal pulverizada (250 —m) em 90 mL de acetona:água m = massa (g) de droga vegetal considerando a determinação
(7:3) durante 15 minutos, com intervalos de 5 minutos para de água.
que a temperatura não exceda 40 °C. Filtrar em algodão
e eliminar a acetona em evaporador rotatório sob pressão
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
reduzida. Extrair a fase aquosa resultante com três porções
de 20 mL de acetato de etila em funil de separação (125 Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
mL). Deixar em repousou em temperatura de -18 °C
durante 15 minutos, para total separação das fases. Reunir
as fases orgânicas e Þltrar através de papel de Þltro com 5
674 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville


_____________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A, B e C a 1 cm; em D a 2 mm e em E, F, G e H a 100 —m.

A e B – aspecto parcial da superfície externa e interna da casca de ramo mais novo, respectivamente: líquens (li). C – aspecto parcial da superfície
externa de ramo mais velho. D – diagrama da distribuição dos tecidos da casca: células tabulares (ct), célula pétrea (cp); parênquima (pa); súber (su);
ßoema (f). E e F – detalhes parciais da região do súber, em secções transversais: células tabulares (ct); macroesclereídes (me); parênquima (pa); célula
pétrea (cp). G e H – detalhes parciais da região do ßoema, em secções transversais: Þbras do ßoema (ff); células volumosas (cv); placa crivada (pc);
elemento de tubo crivado obliterado (et).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 675

ba

Figura 2 – Aspectos microscópicos em Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville


________________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A, B e D a 100 —m; em C e E a 25 —m.

A e B – detalhes parciais de ßoema, em secções longitudinais tangenciais: raio parenquimático (ra); célula parenquimática (pa); idioblasto cristalífero
(ic). C – detalhe parcial do parênquima ßoemático com grãos de amido: grãos de amido (am); placa crivada (pc). D – detalhe parcial do ßoema em
secção longitudinal radial: célula volumosa (cv); idioblasto cristalífero (ic); Þbras do ßoema (ff); raio parenquimático (ra). E – detalhe dos idioblastos
cristalíferos do ßoema: Þbras do ßoema (ff); idioblasto cristalífero (ic).
676 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

profusamente ramiÞcada, onde em suas terminações se


BAUNILHA inserem as sementes. As sementes, de coloração negra ou
Vanillae fructus castanho-escura, anátropas e ligeiramente platispérmicas,

b
apresentam região calazal alargada e região micropilar
cônica com ápice obtuso; possuem testa esclerenquimática,
Vanilla planifolia Andrews – ORCHIDACEAE sendo classiÞcadas como testais; a testa seminal é
composta por uma única camada de braquisclereídes de
A droga vegetal é constituída pelos frutos imaturos e secos paredes muito espessas, ligniÞcadas, cujo lume é pouco
contendo, no mínimo, 12% de extrato hidroalcoólico seco. discernível; as paredes celulares apresentam linea lucida.
O tegumento interno ou tégmen é comprimido e a estrutura
CARACTERÍSTICAS de suas células é pouco discernível. O endosperma possui
células volumosas com reservas; embriões diferenciados
Características organolépticas. A droga apresenta odor não são observados.
agradável e ßoral que lembra a vanilina o qual, no entanto,
é bem mais sutil e encorpado que a substância isolada.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA O pó atende a todas as exigências estabelecidas para


a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
Os frutos são cápsulas plurispérmicas, derivadas de características: fragmentos com apresentação na forma
ovário súpero, tricarpelar, unilocular. O formato do fruto de grumos, pela própria natureza do fruto, levando a uma
em secção transversal é variável, em função do modo diÞculdade maior na observação de elementos dissociados;
de armazenamento; o fruto maduro não comprimido grumos compostos por fragmentos amalgamados de
possui contorno triangular em secção transversal. O fruto diferentes tecidos; elementos como cristais e esclereides,
maduro é castanho escuro, apresenta estrias longitudinais, referidos na descrição microscópica não são facilmente
é ßexível e mede de 20 cm a 25 cm de comprimento e, visualizados; são observados apenas os cristais prismáticos,
aproximadamente, 1 cm a 1,5 cm de diâmetro em sua embora não seja possível determinar, com clareza, a
região mediana. natureza do tecido que os abriga; fragmentos com células
do exocarpo apresentam evidentes paredes espessadas;
Þbras podem ser facilmente reconhecidas em grupos
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
de dois ou três elementos e frequentemente aparecem
O pericarpo, de maneira geral, possui exocarpo com apartadas de outros tecidos; elementos de vaso do xilema
uma única camada celular e mesocarpo multicelular, são reconhecidos facilmente graças às características
predominantemente parenquimático, com regiões de suas células; reforços de lignina e pontoações das
distintas; endocarpo com uma única camada celular paredes destacam-se mesmo nos grumos mais densos,
especializada. Em função do armazenamento, a forma onde as células que compõem o tecido mantêm-se juntas,
das células é descaracterizada, sendo diÞcultada também proporcionando a visualização da estrutura do tecido. O
a contagem do número de camadas, principalmente da elemento que se destaca são as sementes, que permanecem
porção interna do mesocarpo. Idioblastos com ráÞdes praticamente intactas em sua estrutura.
orientadas longitudinalmente ao pericarpo são comuns;
cristais prismáticos também são observados. O exocarpo IDENTIFICAÇÃO
possui células alongadas tangencialmente, cujas paredes
periclinais externas são espessas e cutinizadas e as paredes A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
periclinais internas também são espessas e pécticas; camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
as células geralmente acumulam compostos fenólicos. com espessura de 250 ȝm, como suporte, e mistura de
O exocarpo é estomatífero e glabro. O mesocarpo cloreto de metileno e acetona (95:5), como fase móvel.
externo apresenta duas a quatro camadas similares a um Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 20
colênquima anguloso, não vascularizado; o mesocarpo mL de Solução (1) e 10 mL de Solução (2).
médio possui células volumosas, com grande acúmulo
de compostos fenólicos. Feixes vasculares colaterais Solução (1): utilizar o extrato hidroalcoólico obtido em
em grupos de dois ou três, usualmente mais calibrosos Doseamento.
do que os feixes individuais de pequeno calibre; feixes Solução (2): dissolver 1 mg de vanilina em 10 mL de etanol.
envoltos por uma bainha esclerenquimática com duas a
cinco camadas celulares de espessura; o esclerênquima é Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e secar.
composto por células volumosas vacuoladas, de paredes Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha de
ligniÞcadas e pouco espessadas; o mesocarpo interno ßuorescência azul-violeta obtida com a Solução (1), com
possui células achatadas, contendo compostos fenólicos. Rf de aproximadamente 0,5, corresponde em posição
O endocarpo é diferenciado em um estrato densamente àquela obtida com a Solução (2), referente à vanilina.
piloso, cuja base das células possui arranjo compacto e
porção locular projetada para o espaço locular; as células B. Colocar sobre vidro de relógio algumas sementes do
possuem paredes delgadas e pécticas, com citoplasma fruto, adicionar uma gota de ßoroglucina SR e uma gota
denso, com aspecto secretor. Em secção transversal é de ácido clorídrico. A solução adquire, imediatamente,
possível distinguir três regiões placentárias, com placenta coloração vermelha.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 677

ENSAIOS DE PUREZA camada líquida e Þltrar, recolhendo o Þltrado em um


balão volumétrico de 100 mL. Lavar o frasco e o resíduo
Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 7,0%. quatro vezes sucessivas, com porções de 8 mL da solução

ba
de etanol diluído. Filtrar os líquidos de lavagem, através
DOSEAMENTO do mesmo Þltro, e juntar ao Þltrado obtido anteriormente.
Com quantidade suÞciente de etanol diluído, completar
Substâncias extraíveis o volume para 100 mL, homogenizar e evaporar 50 mL,
exatamente medidos, em uma cápsula de porcelana tarada,
Determinar o teor de substâncias extraíveis através do em banho-maria. Dessecar o resíduo em estufa a 105 °C
cálculo do rendimento do extrato hidroalcoólico. Pesar, por 4 horas. Resfriar a cápsula em dessecador e pesar. O
exatamente, cerca de 2 g de baunilha, previamente peso do resíduo representa o extrato hidroalcoólico seco
cortada em pequenos fragmentos ou triturada a pó grosso. de 1 g da droga.
Transferir o pó para um erlenmeyer, de tampa esmerilhada,
e adicionar 70 mL de etanol diluído (solução preparada
com 263 mL de etanol em 250 mL de água destilada), EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
tampar bem o recipiente e agitar por 2 horas em agitador
Em recipientes bem fechados e em lugar fresco e ao abrigo
mecânico, ou deixar em contato, durante uma noite, e
da luz.
agitar, frequentemente, por mais 8 horas. Decantar a
678 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos microscópicos de Vanilla planifolia Andrews


_________________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em: A a 20 mm; em B a 5 mm; em C a 100 —m; em D a 160 —m; em E a 74 —m; em
F a 9 —m; em G a 37 —m.

A – representação esquemática da cápsula, em vista lateral. B – representação da histologia do pericarpo e sementes, em secção transversal: endocarpo
(ed); endosperma (e); exocarpo (ep); idioblastos cristalíferos com ráÞdes (ic); feixe vascular (fv); mesocarpo (m); tecido placentário (pl); tegumento da
semente(t). C – representação esquemática da cápsula em secção transversal: pericarpo (f); semente (se). D – semente em vista lateral. E – fragmento
de elementos de vaso do xilema. F – fragmento de grupo de Þbras da bainha vascular. G – cristais de oxalato de cálcio.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 679

com grandes idioblastos contendo cristais prismáticos


BELADONA de oxalato de cálcio e areia microcristalina. A nervura
Belladonnae folium principal é proeminente em ambas as faces e apresenta

ba
feixes vasculares bicolaterais em arco aberto, sendo o
ßoema intra-axilar descontínuo. Colênquima angular
Atropa belladonna L. - SOLANACEAE ocorre abaixo da epiderme, em ambas as faces da nervura
principal.
A droga é constituída pelas folhas secas e deve apresentar
no mínimo 0,3% de alcaloides totais, expressos em
hiosciamina com referência ao material seco a temperatura DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
entre 100 °C e 105 °C. Entre esses alcaloides, a hiosciamina,
O pó atende a todas as características estabelecidas para
nitidamente preponderante, é acompanhada de pequenas
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
quantidades de escopolamina.
características: coloração verde escura; fragmentos da
lâmina, em vista frontal, com células epidérmicas de paredes
CARACTERÍSTICAS anticlinais sinuosas e cutícula com estrias; fragmentos do
mesoÞlo, em secção transversal, mostrando epiderme com
Características organolépticas. A droga apresenta sabor poucos estômatos e parênquima paliçádico uniestratiÞcado;
amargo e desagradável e odor fracamente nauseoso, fragmentos da epiderme voltada para a face abaxial, em
lembrando o do fumo. vista frontal, mostrando estômatos anisocíticos e raros
tricomas tectores e glandulares; fragmentos da epiderme
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA sobre as nervuras, em vista frontal, mostrando células
alongadas e de paredes Þnas; fragmentos do parênquima,
As folhas são elípticas, oval-lanceoladas a largamente em secção transversal, contendo idioblastos cristalíferos;
ovaladas, inteiras, de ápice acuminado, base atenuada, cristais prismáticos isolados como os descritos; tricomas
simétrica e algo decurrente, e bordo inteiro. Medem 5,0 glandulares, como os descritos, isolados, fragmentados ou
cm a 25,0 cm de comprimento e 3,0 cm a 12,0 cm de com restos da epiderme; tricomas tectores isolados ou seus
largura, com pecíolos de 0,5 cm a 4,0 cm de comprimento. fragmentos.
A coloração varia do verde a castanho esverdeado, sendo
mais escura na face adaxial. As folhas secas são enrugadas,
friáveis e delgadas. As folhas jovens são pubescentes, IDENTIFICAÇÃO
porém as mais idosas apresentam-se apenas ligeiramente A. Agitar 3 g de droga pulverizada com 30 mL de ácido
pubescentes ao longo das nervuras e do pecíolo. A nervação sulfúrico 0,05 M durante 2 minutos e Þltrar. Alcalinizar
é do tipo peninérvea, sendo que as nervuras secundárias o Þltrado com 3 mL de hidróxido de amônio e adicionar
partem da nervura principal em um ângulo de cerca de através do Þltro 15 mL de água. Transferir a solução
60° e se anastomosam próximo ao bordo. A superfície da alcalina para funil de separação e extrair sucessivamente
lâmina é seca e áspera ao tato, devido à presença de células com três alíquotas de 15 mL de clorofórmio. Reunir as
com conteúdo microcristalino de oxalato de cálcio no fases clorofórmicas e adicionar sulfato de sódio anidro.
mesoÞlo. Estas células aparecem como minúsculos pontos Filtrar e dividir o Þltrado em duas cápsulas de porcelana,
brilhantes quando a superfície é iluminada; as outras procedendo à evaporação do solvente. Em uma das
células contraem-se mais durante a dessecação. O exame à cápsulas de porcelana, adicionar 0,5 mL de ácido nítrico
lupa revela os mesmos pontos escuros por transparência e fumegante e evaporar à secura em banho-maria. Adicionar
brilhantes por reßexão. ao resíduo 2 mL de acetona e gotejar uma solução de
hidróxido de potássio a 10% (p/v) em etanol, desenvolve-
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA se uma coloração violeta intensa. Utilizar a outra cápsula
para a execução do teste B. de IdentiÞcação.
A lâmina foliar é anÞestomática e de simetria dorsiventral.
A epiderme, em vista frontal, mostra células fundamentais B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
de paredes anticlinais sinuosas e com cutícula Þnamente camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
estriada; sobre a região da nervura principal, as células são espessura de 250 —m, como suporte, e mistura de tolueno,
alongadas e de paredes Þnas. Tricomas tectores e glandulares acetato de etila e dietilamina (7:2:1) como fase móvel.
são numerosos por toda a lâmina. Os tricomas tectores têm Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 20 —L
de duas a cinco células, são unisseriados e cônicos, de das soluções recentemente preparadas, descritas a seguir.
paredes lisas e delgadas; os tricomas glandulares possuem
Solução (1): na cápsula reservada para esse Þm, descrita
pedicelo pluricelular, composto por duas a quatro células,
no teste A. de IdentiÞcação, dissolver o resíduo em 0,25
com célula terminal claviforme, ou possuem pedicelo
mL de metanol.
pluricelular e cabeça pluricelular, formada por quatro a sete
células, de aspecto ovóide a piriforme. Os estômatos, do Solução (2): dissolver 24 mg de sulfato de atropina em 9
tipo anisocítico, são mais frequentes na epiderme abaxial. mL de metanol e 7,5 mg de bromidrato de escopolamina
Em secção transversal, a epiderme é uniestratiÞcada e a em 10 mL de metanol. Misturar 9 mL da solução de
cutícula é delgada. O mesoÞlo é composto por parênquima sulfato de atropina e 1 mL da solução de bromidrato de
paliçádico uniestratiÞcado e parênquima esponjoso escopolamina.
680 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Desenvolver o cromatograma. Secar a placa a temperatura iodeto de potássio mercúrio SR. Reduzir o volume do
entre 100 °C e 105 °C durante 15 minutos. Deixar esfriar percolado até 50 mL e transferir para um funil de separação
e nebulizar sucessivamente com iodeto de potássio e com auxílio de éter etílico isento de peróxidos. Ao líquido

b
subnitrato de bismuto SR e solução etanólica de ácido obtido, adicionar éter etílico isento de peróxidos, 2,5 vezes
sulfúrico a 5% (p/v) (ou solução aquosa de nitrito de sódio o volume do percolador até a obtenção de um líquido
a 5% (p/v)) até o aparecimento de manchas vermelhas ou de densidade inferior a da água. Extrair a solução, no
vermelho alaranjadas sobre fundo amarelo cinzento. A mínimo três vezes, utilizando 20 mL de solução de ácido
Solução (2) apresenta, quando examinada sob luz visível, sulfúrico 0,25 M em cada uma das vezes. Separar as fases,
manchas com Rf variando de 0,3 a 0,45, correspondentes por centrifugação, se necessário, e transferir a fase ácida
à hiosciamina/atropina e manchas com Rf variando de para outro funil de separação. Alcalinizar a fase ácida com
0,55 a 0,65 correspondentes à escopolamina. As manchas hidróxido de amônio até pH entre 8,0 e 9,0 e extrair três
da Solução (1) devem ser semelhantes quanto à posição e vezes com clorofórmio, com alíquotas de 30 mL. Juntar as
coloração àquelas obtidas para a Solução (2). fases clorofórmicas e retirar a água residual, adicionando 4
g de sulfato de sódio anidro, deixando em repouso por 30
minutos, com agitação ocasional. Retirar a fase clorofórmica
ENSAIOS DE PUREZA
e lavar o sulfato de sódio restante com três alíquotas de
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 3,0% de caules 10 mL de clorofórmio. Reunir os extratos clorofórmicos
da espécie com um diâmetro superior a 5 mm. Não deve e evaporar à secura em banho-maria. Aquecer o resíduo
conter fragmentos de folhas com ráÞdes no mesoÞlo em estufa a temperatura entre 100 °C e 105 °C durante
(Phytolacca americana L.), nem apresentar camadas de 15 minutos. Dissolver o resíduo em 5 mL de clorofórmio,
células com maclas de oxalato de cálcio ao longo das adicionar 20 mL de solução de ácido sulfúrico 0,01 M SV
nervuras (Ailanthus altissima Swingle). e remover o clorofórmio por evaporação em banho-maria.
Titular o excesso de ácido com solução de hidróxido de
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 10,0%. sódio 0,02 M SV utilizando vermelho de metila como
indicador. Calcular a percentagem de alcaloides totais,
Cinzas insolúveis (5.4.2.5). No máximo 4,0%. expressos em hiosciamina, segundo a expressão:

DOSEAMENTO
Alcaloides totais
em que
Pesar cerca de 10 g da amostra pulverizada (180 —m) e
umedecer com 5 mL de hidróxido de amônio. Adicionar d = perda por dessecação, em %;
10 mL de etanol e 30 mL de éter etílico isento de peróxido,
n = volume da solução de hidróxido de sódio 0,02 M
misturados cuidadosamente. Transferir a mistura para um
utilizado (mL);
percolador, se necessário, com auxílio da solução extratora.
Macerar durante quatro horas e percolar a mistura com m = massa da droga (g).
mistura de clorofórmio e éter etílico isento de peróxidos
(1:3) até extração completa dos alcaloides. Evaporar à EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
secura 1 mL do percolado e dissolver o resíduo em ácido
sulfúrico 0,25 M e veriÞcar a ausência de alcaloides com Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e do calor.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 681

ba

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Atropa belladonna L.


______________

Complemento da legenda da Figura 1.

A – Representação esquemática da folha: lâmina foliar (lf); pecíolo (pl). B – detalhe de porção da epiderme voltada para a face adaxial em vista frontal:
tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt); estômato (es). C – detalhe da porção do mesoÞlo, em secção transversal: tricoma glandular (tg); cutícula (cu);
epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); idioblasto contendo microcristais de oxalato de cálcio (ic); feixe vascular (fv); parênquima esponjoso (pj);
epiderme (ep); tricoma tector (tt); estômato (es). D – detalhe de porção da epiderme voltada para a face abaxial, em vista frontal: tricoma glandular (tg);
estômato (es); tricoma tector (tt).
682 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 – Aspectos da microscopia do pó em Atropa belladonna L.


______________

Complemento da legenda da Figura 2.

A e C – fragmentos da epiderme voltada para a face adaxial, em vista frontal, mostrando idioblastos cristalíferos por transparência: idioblasto cristalífero
(ic); parênquima paliçádico (pp); feixe vascular (fv). B – fragmento da epiderme voltada para a face abaxial, em vista frontal, mostrando idioblastos
cristalíferos por transparência: idioblasto cristalífero (ic); estômato (es). D – fragmento da lâmina foliar, em secção transversal: cutícula (cu); epiderme
(ep); parênquima paliçádico (pp); idioblasto cristalífero (ic); parênquima esponjoso (pj). E – tricomas ou suas partes, isolados: tricoma glandular (tg);
tricoma tector (tt).

creme-esbranquiçada, que podem estar revestidas de um


BENJOIM material resinoso de cor castanho-acinzentada ou castanho-
Benzoe sumatranus avermelhada. São duras e quebradiças, sendo a superfície
de fratura rugosa e irregular. Odor suave e balsâmico e
sabor a princípio adocicado, passando a levemente picante
Styrax benzoin Dryander ou Styrax paralleloneuron e acre.
Perkins - STYRACACEAE
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, pouco
O benjoim é uma resina balsâmica, obtida por incisões solúvel em etanol, dissulfeto de carbono e xileno.
no tronco de Styrax benzoin Dryander ou Styrax
paralleloneuron Perkins. Contém, no mínimo, 25% e no
máximo, 50% de ácidos totais, calculados como ácido IDENTIFICAÇÃO
benzoico (C7H6O2). A. Aquecer lentamente 0,5 g da amostra em tubo de ensaio
seco. O material funde e emite fumaças brancas, acres e
CARACTERÍSTICAS irritantes que se condensam, na parte superior do tubo, em
lâminas e pequenos cristais.
Características organolépticas. Apresenta-se sob forma
de fragmentos arredondados ou ovóides, irregulares, de cor
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 683

B. Aquecer levemente 1 g da amostra moída com 10 mL Styrax tonkinensis. Proceder conforme descrito no teste
de permanganato de potássio a 3% (p/v). Um forte odor de E. de IdentiÞcação. A Solução (1) apresenta 2 manchas
aldeído benzoico é produzido. de fraca intensidade e não apresenta manchas intensas,

ba
respectivamente na mesma posição das manchas escuras
C. Adicionar 0,2 g da amostra Þnamente pulverizada a 10 correspondentes ao ácido benzoico e à vanilina no
mL de etanol. Agitar energicamente até a dissolução quase cromatograma obtido com a Solução (2).
completa. Filtrar. Num tubo de ensaio colocar 5 mL do
Þltrado e 0,5 mL de solução de cloreto férrico a 5% (p/v) Colofônia. Tomar 1 g da amostra com 10 mL de xileno,
em etanol, agitar. Não desenvolve coloração verde. colocar em ultrassom durante 1 minuto. Filtrar. Adicionar
ao Þltrado 10 mL de a acetato de cobre 1% (p/v). Agitar
D. Em 0,5 g da amostra moída e adicionar 5 mL de etanol; bem e deixar separar as fases. A camada de xileno não deve
colocar em ultrassom por 2 minutos. Filtrar. Adicionar ao apresentar coloração verde.
Þltrado 10 mL de água. VeriÞca-se formação de mistura
turva, com aspecto leitoso. Apresenta reação ácida ao papel Limite de substâncias insolúveis em etanol. Pesar 2 g da
de tornassol. amostra pulverizada e adicionar 25 mL de etanol a 90%
(v/v). Aquecer à ebulição até dissolução quase completa.
E. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em Filtrar por Þltro de vidro poroso, previamente tarado, lavar
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
o funil de vidro e seu conteúdo em estufa de 100 qC a 105
três vezes com 5 mL de etanol a 90% (v/v) quente. Aquecer
espessura de 250 —m, como fase estacionária e mistura de
ácido acético glacial, éter isopropílico e hexano (10:40:60) qC durante 2 horas. Resfriar em dessecador e pesar. No

banda, 10 PL das soluções, recentemente preparadas,


como fase móvel. Aplicar, separadamente, em forma de máximo 25,0%.

descritas a seguir. Água (5.4.2.3). No máximo 5,0%. Determinar em 2 g da


amostra grosseiramente pulverizada, a pressão reduzida,
Solução (1): tomar 0,2 g da amostra, Þnamente pulverizada, durante 4 horas.
adicionar 5 mL de etanol e colocar em banho de ultrassom
durante 2 minutos. Centrifugar e utilizar a solução Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 2,0%.
sobrenadante.

Solução (2): dissolver 20 mg de ácido benzoico, 10 mg de DOSEAMENTO


ácido cinâmico, 4 mg de vanilina e 20 mg de cinamato de
Em balão de boca esmerilhada de 250 mL, introduzir 0,75
metila em 10 mL de etanol.
g da amostra Þnamente pulverizada e 15 mL de hidróxido
As manchas principais obtidas com a Solução (1) de potássio etanólico 0,5 M SV. Aquecer sob reßuxo, em
correspondem em posição, cor e intensidade àquela obtida banho-maria, durante 30 minutos. Deixar esfriar, lavar o
com a Solução (2). O cromatograma obtido com a Solução condensador com 20 mL de etanol. Titular o excesso de
(1), quando examinado sob luz ultravioleta (254 nm), hidróxido de potássio com ácido clorídrico 0,5 M SV.
apresenta, em seu terço superior, manchas de extinção Determinar o ponto Þnal potenciometricamente. Realizar
de ßuorescência nas mesmas posições correspondentes ensaio em branco e fazer as correções necessárias. Cada
ao cinamato de metila (mancha escura intensa), ácido mL de hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV equivale
benzoico (mancha escura), ácido cinâmico (mancha escura a 61,050 mg de ácido benzoico (C7H6O2).
intensa) e uma mancha de intensidade muito fraca no meio
da placa referente à vanilina. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipiente bem fechado, protegido da luz e do calor.
ENSAIOS DE PUREZA
Goma Dammar. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando BENZNIDAZOL
óxido de alumínio G, com espessura de 250 —m, como Benznidazolum
suporte e mistura de éter de petróleo e éter etílico (40:60)

banda, 5 PL da solução, recentemente preparada, descrita


como fase móvel. Aplicar, separadamente, em forma de

a seguir.

Solução (1): aquecer 0,2 g da amostra moída com 10 mL de


etanol a 90% (v/v). Centrifugar.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar

em estufa de 100 qC a 105 qC durante 5 minutos. O


secar ao ar. Nebulizar com anisaldeído SR1. Aquecer C12H12N4O3; 260,25
benznidazol; 01153
cromatograma não deve apresentar nenhuma mancha 2-Nitro-N-(fenilmetil)-1H-imidazol-1-acetamida
nítida com Rf entre 0,4 e 1,0. [22994-85-0]
684 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de adicionar 1 mL de ácido clorídrico 0,1 M e 1 mL de cloreto
C12H12N4O3, em relação à substância dessecada. férrico a 5% (p/v). Produz-se coloração castanho-violeta.

b DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó cristalino,
amarelado, inodoro, insípido e estável ao ar.
levemente
ENSAIOS DE PUREZA
Cloretos. Dissolver 30 mg da amostra em 3 mL de metanol
em tubo de ensaio e adicionar 5 mL de ácido nítrico a 12%
(v/v) e 5 mL de nitrato de prata SR. Não ocorre turvação.
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, muito
solúvel em dimetilsulfóxido, facilmente solúvel em Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em estufa a 105
dimetilformamida, solúvel em hexano, ligeiramente °C, por 2 horas. No máximo 0,5%.
solúvel em etanol, metanol, acetato de etila e cloreto de
metileno, pouco solúvel em acetona, muito pouco solúvel
DOSEAMENTO
em clorofórmio, álcool isopropílico, glicerol e praticamente
insolúvel em éter de petróleo. Muito pouco solúvel em Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
hidróxido de sódio 0,1 M e ácido clorídrico 0,1 M. absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir, exatamente,
cerca de 0,12 g da amostra, para balão volumétrico de 200
Constantes físico-químicas.
mL e adicionar 150 mL de metanol. Agitar, mecanicamente,
Faixa de fusão (5.2.2): 188 °C a 190 °C. até completa solubilização. Completar o volume com o
mesmo solvente e homogeneizar. Diluir, sucessivamente,
em ácido clorídrico 0,1 M, até concentração de 0,0012%
IDENTIFICAÇÃO (p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração
e utilizando os mesmos solventes. Determinar as
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
absorvâncias das soluções em 316 nm, utilizando ácido
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular o teor de
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
C12H12N4O3 na amostra a partir das leituras obtidas.
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
benznidazol SQR, preparado de maneira idêntica. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na Em recipientes hermeticamente fechados e ao abrigo da luz.
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução amostra obtida
em Doseamento, exibe máximo de absorção em 316 nm,
idêntico ao observado no espectro da solução padrão. A ROTULAGEM
absorvância em 316 nm é de, aproximadamente, 0,352. Observar a legislação vigente.
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, CLASSE TERAPÊUTICA
como suporte, e mistura de acetato de etila e metanol
(85:15) como fase móvel. Saturar a cuba previamente com Antichagásico.
a fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa 5 mL de
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas
a seguir. BENZOATO DE ESTRADIOL
Estradioli benzoas
Solução (1): solução a 10 mg/mL da amostra em metanol.

Solução (2): solução a 10 mg/mL de benznidazol SQR em


metanol.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Nebulizar com solução extemporânea de cloreto de estanho
SR, deixar secar e colocar em recipiente com gases nitrosos,
por 10 minutos. Eliminar o excesso de gases nitrosos com
corrente de ar frio e nebulizar com dicloridrato de N-(1-
naftil)etilenodiamina SR. A mancha principal obtida com
a Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade
àquela obtida com a Solução (2). C25H28O3; 376,49
D. Dissolver cerca de 30 mg de amostra em 3 mL de metanol benzoato de estradiol; 03597
em tubo de ensaio, aquecendo ligeiramente. Adicionar 1 3-Benzoato de (17ȕ)-estra-1,3,5(10)-trieno-3,17-diol
mL de cloridrato de hidroxilamina 2 M em água. Aquecer, [50-50-0]
ligeiramente, em banho-maria ajustado para temperatura
entre 70 °C e 90 °C, durante cerca de 1 minuto. Resfriar e
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 685

Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
C25H28O3, em relação à substância dessecada. secar ao ar. Aquecer a 110 °C durante 10 minutos. Nebulizar
a placa quente com solução etanólica de ácido sulfúrico.

ba
Aquecer novamente a 110 °C durante 10 minutos. Examinar
DESCRIÇÃO
sob luz ultravioleta (365 nm). Qualquer mancha secundária
Características físicas. Pó cristalino, branco ou branco- obtida no cromatograma com a Solução (1), diferente da
amarelado, inodoro e estável ao ar. mancha principal, não é mais intensa que aquela obtida
com a Solução (4) (1,0%).
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água,
ligeiramente solúvel na acetona, pouco solúvel em etanol Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
e óleos vegetais. amostra. Dessecar em estufa a 105 °C durante 3 horas. No
máximo 0,5%.
Constantes físico-químicas.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,5 g da
Faixa de fusão (5.2.2): 191 °C a 196 °C amostra. No máximo 0,2%.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +57° a +63°, em relação
à substância dessecada. Determinar em solução a 1,0% DOSEAMENTO
(p/v) em dioxana.
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca
IDENTIFICAÇÃO de 25 mg da amostra e dissolver em etanol. Diluir para 250
mL com o mesmo solvente. Transferir 10 mL da solução
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da para balão volumétrico de 100 mL, diluir e completar
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo o volume com etanol. Medir a absorvância da solução
de potássio, apresenta máximos de absorção somente resultante em 231 nm, utilizando etanol para ajuste do
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas zero. Calcular o teor de C25H28O3 na amostra considerando
intensidades relativas daqueles observados no espectro de A (1%, 1 cm) = 500, em 231 nm, em etanol.
benzoato de estradiol SQR, preparado de maneira idêntica.

B. A mancha principal do cromatograma da Solução (2), EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
posição, coloração, ßuorescência e dimensão àquela obtida Em recipientes bem fechados e protegidos da luz.
com a Solução (3).

C. Dissolver 2 mg em 2 mL de ácido sulfúrico. A solução ROTULAGEM


apresenta-se amarelo-esverdeada e com ßuorescência azul. Observar a legislação vigente.
Adicionar 2 mL de água destilada, a coloração passa para
alaranjada.
CLASSE TERAPÊUTICA
ENSAIOS DE PUREZA Estrogênio.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
BENZOILMETRONIDAZOL
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de tolueno e etanol
(90:10), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
Metronidazoli benzoas
5 —L de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
descritas a seguir.

Solução (1): dissolver 0,2 g da amostra numa mistura de


metanol e clorofórmio (1:9) e completar o volume para 10
mL com a mesma mistura.

Solução (2): diluir 2,5 mL da Solução (1) e completar o


volume para 50 mL com mistura de metanol e clorofórmio
(1:9).
C13H13N3O4; 275,26
Solução (3): dissolver 25 mg de benzoato de estradiol SQR benzoilmetronidazol; 01166
numa mistura de metanol e clorofórmio (1:9) e completar 1-Benzoato de 2-metil-5-nitro-1H-imidazol-1-etanol
o volume para 25 mL com a mesma mistura. [13182-89-3]

Solução (4): diluir 2 mL da Solução (3) e completar o Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
volume para 10 mL com mistura de metanol e clorofórmio C13H13N3O4, em relação à substância dessecada.
(1:9).
686 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DESCRIÇÃO Solução (4): diluir 4 mL da Solução (3) para 10 mL com


acetona.
Características físicas. Pó cristalino ou ßocos, branco a
branco-amarelado. Solução (5): solução contendo metronidazol SQR a 0,2

b Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente


solúvel em clorofórmio, solúvel em acetona, pouco solúvel
em etanol.
mg/mL e de 2-metil-5-nitroimidazol SQR (Impureza A) a
0,2 mg/mL em acetona.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Constantes físico-químicas. Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
Faixa de fusão (5.2.2): 99 ºC a 102 ºC.
intensa que aquela obtida com a Solução (3) (0,5%), e não
mais do que três manchas secundárias são mais intensas que
IDENTIFICAÇÃO aquela obtida com a Solução (4) (0,2%). O teste somente
será válido se o cromatograma obtido com a Solução (5)
Os testes de identiÞcação C. e D. podem ser omitidos se apresentar duas manchas principais nitidamente separadas.
forem realizados os testes A. e B. O teste de identiÞcação
A. pode ser omitido se forem realizados os testes B., C. e D. Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. No
máximo 0,002% (20 ppm).
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos amostra, em estufa a 80 ºC, por 3 horas. No máximo 0,5%.
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de benzoilmetronidazol SQR, Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
preparado de maneira idêntica. No máximo 0,1%.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa


DOSEAMENTO
de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em ácido
clorídrico 1 M, exibe máximos de absorção em 232 nm e em Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
275 nm, idênticos aos observados no espectro de solução aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,25 g da amostra em 50 mL
similar de benzoilmetronidazol SQR. A absorvância em de anidrido acético. Titular com ácido perclórico 0,1 M
232 nm está compreendida entre 0,525 e 0,575. SV, determinando o ponto Þnal potenciometricamente ou
utilizando cloreto de metilrosalínio SI (cristal violeta) até
C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),
mudança de cor para verde-azulado. Cada mL de ácido
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
perclórico 0,1 M SV equivale a 27,526 mg de C13H13N3O4.
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3).

D. A 20 mg da amostra, adicionar 20 mg de zinco em pó, 2 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


mL de água e 1 mL de ácido clorídrico. Aquecer em banho-
maria por 5 minutos e resfriar a 0 ºC. A solução resultante Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
responde à reação de amina aromática primária (5.3.1.1).
ROTULAGEM
ENSAIOS DE PUREZA
Observar a legislação vigente.
Acidez. Dissolver 2 g da amostra em 40 mL de mistura de
dimetilformamida e água (1:1), previamente neutralizada
com ácido clorídrico 0,02 M ou hidróxido de sódio 0,02
CLASSE TERAPÊUTICA
M utilizando 0,2 mL de vermelho de metila SI como Antiprotozoário, antibacteriano.
indicador. Não mais que 0,25 mL de hidróxido de sódio
0,02 M SV é necessário para mudar a cor do indicador.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em BENZOILMETRONIDAZOL SUSPENSÃO


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando ORAL
sílica-gel GF254, como suporte, e acetato de etila, como fase
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10 —L de cada uma
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
quantidade de C13H13N3O4.
Solução (1): solução da amostra a 20 mg/mL em acetona.

Solução (2): diluir quantitativamente a Solução (1) IDENTIFICAÇÃO


em acetona, de modo a obter solução a 0,1 mg/mL de O teste A. pode ser omitido se forem realizados os testes B.
benzoilmetronidazol. e C. O teste de identiÞcação B. pode ser omitido se forem
Solução (3): solução de benzoilmetronidazol SQR a 0,1 realizados os testes A. e C.
mg/mL em acetona.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 687

A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa deixar em ultrassom por 15 minutos. Esfriar à temperatura
de 250 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método ambiente, completar o volume com o mesmo solvente,
A. de Doseamento, exibe máximo de absorção em 308 nm, homogeneizar e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado para

ba
idêntico ao observado no espectro da solução padrão. balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com a
Fase móvel, obtendo solução a 0,2 mg/mL.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, Solução padrão: transferir 50 mg de benzoilmetronidazol
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. SQR para balão volumétrico de 25 mL, adicionar 20 mL de
metanol e deixar em ultrassom por 15 minutos. Resfriar à
C. A um volume da suspensão oral equivalente a 20 mg temperatura ambiente, completar o volume com o mesmo
de benzoilmetronidazol, adicionar 20 mg de zinco em pó, solvente e homogeneizar. Transferir 5 mL para balão
1 mL de água e 1 mL de ácido clorídrico. Aquecer em volumétrico de 50 mL e completar o volume com Fase
banho-maria durante 5 minutos. Resfriar a 0 ºC. A solução móvel, obtendo solução a 0,2 mg/mL.
resultante responde à reação de amina aromática primária
(5.3.1.1). Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
não é maior que 2,0%.
CARACTERÍSTICAS
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas
pH (5.2.19). 5,5 a 6,5. Determinar na suspensão oral e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
reconstituída conforme indicado no rótulo. C13H13N3O4 na suspensão oral a partir das respostas obtidas
para a Solução padrão e Solução amostra.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste. ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. BICARBONATO DE POTÁSSIO
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
Kalli hydrogenocarbonas
absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume da
suspensão oral equivalente a 0,4 g de benzoilmetronidazol KHCO3; 100,12
para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 10 mL de bicarbonato de potássio; 01248
dimetilformamida e 60 mL de etanol. Deixar em ultrassom Sal de potássio do ácido carbônico (1:1)
por 15 minutos, agitar mecanicamente por 15 minutos, [298-14-6]
completar o volume com etanol, homogeneizar e Þltrar.
Diluir, sucessivamente, em etanol, até concentração
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
de 0,002% (p/v). Preparar solução padrão na mesma
KHCO3, em relação à substância dessecada.
concentração, utilizando os mesmos solventes. Medir
as absorvâncias das soluções resultantes em 308 nm,
utilizando etanol para ajuste do zero. Calcular a quantidade DESCRIÇÃO
de C13H13N3O4 na suspensão oral a partir das leituras
obtidas. Características físicas. Pó branco, cristalino, ou cristais
incolores. Quando aquecido, substância seca ou em solução,
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido converte-se gradualmente em carbonato de potássio.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 150 mm de Solubilidade. Facilmente solúvel em água e praticamente
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada insolúvel em etanol.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel IDENTIFICAÇÃO
de 1 mL/minuto.
A. A 5 mL da solução obtida em Aspecto da solução,
Fase móvel: mistura de metanol e água (50:50). adicionar 0,1 mL de fenolftaleína SI. A solução adquire
coloração rosa-pálido. Aquecer. O gás evapora, e a
Solução amostra: transferir volume da suspensão oral
coloração torna-se vermelha.
equivalente a 0,2 g de benzoilmetronidazol para balão
volumétrico de 50 mL, adicionar 35 mL de metanol e B. Responde às reações do íon carbonato (5.3.1.1).
688 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

C. Responde às reações do íon bicarbonato (5.3.1.1). amarelado. Cada mL de ácido clorídrico M SV equivale a
100,100 mg de KHCO3.
D. A solução obtida em Aspecto da solução responde às

b
reações do íon potássio (5.3.1.1).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA Em recipientes bem fechados.

Aspecto da solução. Dissolver 5 g da amostra em água


isenta de dióxido de carbono e completar o volume para ROTULAGEM
100 mL com o mesmo solvente. A solução obtida é límpida
Observar a legislação vigente.
(5.2.25) e incolor (5.2.12).

pH (5.2.19). No máximo 8,6. Determinar na solução obtida CATEGORIA


em Aspecto da solução.
Adjuvante farmacotécnico.
Sódio. Proceder conforme descrito em Espectrometria
de absorção atômica com chama (5.2.13.1.1), Método I.
Utilizar espectrômetro provido de chama alimentada com BICARBONATO DE SÓDIO
mistura de ar e acetileno, com fonte emissora de luz a 589,6
Natrii hydrogenocarbonas
nm. Preparar as soluções como descrito a seguir.

Solução (1): dissolver 1 g da amostra em água e completar


NaHCO3; 84,01
para 100 mL com o mesmo solvente.
bicarbonato de sódio; 01249
Solução (2): preparar solução a 0,1% (p/v), em água, Sal de sódio do ácido carbônico (1:1)
utilizando cloreto de sódio grau analítico. Preparar as [144-55-8]
soluções da curva analítica por diluição sequencial em
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
água.
NaHCO3.
Adicionar à Solução (1) e à Solução (2) quantidade
DESCRIÇÃO
equivalente a 0,5% (v/v) de uma solução de cloreto de
césio a 1% (p/v). No máximo 0,5% de sódio (5000 ppm). Características físicas. Pó branco, cristalino, inodoro.
Quando aquecido, seco ou em solução, converte-se,
Amônia (5.3.2.6). Utilizar 10 mL da solução obtida em
gradativamente, em carbonato de sódio.
Aspecto da solução. No máximo 0,002% (20 ppm).
Solubilidade. Solúvel em água, praticamente insolúvel em
Cálcio (5.3.2.7). Utilizar 10 mL da solução obtida em
etanol.
Aspecto da solução. No máximo 0,001% (10 ppm).

Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 2,4 g da amostra. No IDENTIFICAÇÃO


máximo 0,015% (150 ppm).
A. Preparar solução de bicarbonato de sódio a 5% (p/v)
Ferro (5.3.2.4). Determinar em 10 g da amostra. No em água isenta de dióxido de carbono. A 5 mL desta
máximo 0,002% (20 ppm). solução, adicionar 0,1 mL de solução de fenolftaleína SI.
Desenvolve-se coloração rósea. Sob aquecimento, ocorre
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Dissolver
liberação de gás e a coloração da solução muda para
2 g da amostra em 25 mL de água e prosseguir conforme
vermelho.
descrito em Ensaio limite para metais pesados, não
havendo a necessidade de ajustar o pH. No máximo B. Responde às reações dos íons carbonato e bicarbonato
0,001% (10 ppm). (5.3.1.1).
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 8 g da amostra. No C. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
máximo 0,015% (150 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de ENSAIOS DE PUREZA


amostra, em sílica-gel, por 4 horas. No máximo 0,3%.
Aspecto da solução. A solução a 5% (p/v) em água isenta
de dióxido de carbono é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
DOSEAMENTO
Amônia (5.3.2.6). Diluir 10 mL da solução descrita em
Dissolver 0,8 g da amostra em 50 mL de água isenta de Aspecto da solução para 15 mL com água. Prosseguir
dióxido de carbono. Adicionar 0,1 mL de alaranjado conforme descrito em Ensaio limite para amônia. No
de metila SI. Titular com ácido clorídrico M SV até a máximo 0,002% (20 ppm).
coloração amarela começar a mudar para rosa-amarelado.
Aquecer cuidadosamente e ferver por 2 minutos. A solução Arsênio (5.3.2.5). A 0,5 g de amostra, adicionar ácido
torna-se amarela. Resfriar e titular até obter coloração rosa- sulfúrico 3,5 M até cessar a efervescência. Prosseguir
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 689

conforme descrito em Ensaio limite para arsênio. No


máximo 0,0002% (2 ppm). BISACODIL
Bisacodylum
Carbonatos. O pH (5.2.19) da solução descrita em Aspecto
da solução, recém-preparada, não é superior a 8,6.

Cálcio (5.3.2.7). Neutralizar a suspensão de 1 g em 10


mL de água com ácido clorídrico e diluir para 15 mL com
água. Prosseguir conforme descrito em Ensaio limite para
ba
cálcio. No máximo 0,01% (100 ppm).

Cloretos (5.3.2.1). A 7 mL da solução descrita em Aspecto


da solução, adicionar 2 mL de ácido nítrico e diluir para
15 mL com água. Prosseguir conforme descrito em Ensaio
limite para cloretos. No máximo 0,015% (150 ppm).
C22H19NO4; 361,39
Ferro (5.3.2.4). Dissolver 0,5 g da amostra em 5 mL de bisacodil; 01287
ácido clorídrico. Prosseguir conforme descrito em Ensaio 1,1’-Diacetato de 4,4’-(2-piridinilmetileno)bis-fenol
limite para ferro. No máximo 0,002% (20 ppm). [603-50-9]

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Dissolver Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
2 g da amostra na mistura de 2 mL de ácido clorídrico e C22H19NO4, em relação à substância dessecada.
18 mL de água. Utilizar 12 mL da solução e prosseguir
conforme descrito em Ensaio limite para metais pesados.
No máximo 0,001% (10 ppm). DESCRIÇÃO

Sulfatos (5.3.2.2). Suspender 1 g da amostra em 10 mL Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase


de água e adicionar ácido clorídrico até neutralidade. branco.
Prosseguir conforme descrito em Ensaio limite para
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em
sulfatos. No máximo 0,015% (150 ppm).
acetona, pouco solúvel em etanol, muito pouco solúvel em
éter etílico. Solúvel em ácidos minerais diluídos.
DOSEAMENTO
Constantes físico-químicas
Dissolver 1,5 g da amostra em 50 mL de água isenta
de dióxido de carbono. Titular com ácido clorídrico M Faixa de fusão (5.2.2): 131 °C a 135 °C.
SV, utilizando 0,2 mL de alaranjado de metila SI como
indicador. Cada mL de ácido clorídrico M SV corresponde IDENTIFICAÇÃO
a 84,010 mg de NaHCO3.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra dessecada a 105 °C, até peso constante, e dispersa
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
Em recipientes bem fechados. somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
mesmas intensidades relativas daqueles observados no
espectro de bisacodil SQR, preparado de maneira idêntica.
ROTULAGEM
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
Observar a legislação vigente. de 200 nm a 350 nm, da solução da amostra a 0,001% (p/v)
em hidróxido de potássio metanólico 0,6% (p/v), exibe
CLASSE TERAPÊUTICA máximo em 248 nm e um ombro em 290 nm. A absorvância
em 248 nm é de, aproximadamente, 0,632 a 0,672.
Antiácido.
C. Nebulizar os cromatogramas obtidos em Substâncias
relacionadas com a mistura de solução de iodo 0,05
M e ácido sulfúrico M (50:50). A mancha principal do
cromatograma da Solução (2), obtida em Substâncias
relacionadas, corresponde em posição, cor e intensidade
àquele obtida com a Solução (3).

ENSAIOS DE PUREZA
Acidez ou alcalinidade. Agitar 1,0 g da amostra com 20
mL de água isenta de dióxido de carbono. Aquecer até
fervura, resfriar e Þltrar. No máximo 0,2 mL de hidróxido de
sódio 0,01 M é gasto para neutralizar o Þltrado, utilizando
690 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

vermelho de metila SI como indicador. No máximo 0,4


mL de ácido clorídrico 0,01 M é gasto para neutralizar o BISACODIL COMPRIMIDOS
Þltrado, utilizando o mesmo indicador.

b Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF 254, como suporte, e mistura de xileno e
metil-etil-cetona (50:50), como fase móvel. Aplicar,
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C22H19NO4. Os comprimidos
devem ser revestidos.

separadamente, à placa, 10 mL de cada uma das soluções


recentemente preparadas, descritas a seguir. IDENTIFICAÇÃO

Solução (1): dissolver 0,2 g da amostra em acetona e A. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
completar o volume para 10 mL com o mesmo solvente. da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.
Solução (2): diluir 1,0 mL da Solução (1) para 10 mL com
acetona. B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Extrair quantidade
do pó equivalente a 50 mg de bisacodil com clorofórmio,
Solução (3): dissolver 20 mg de bisacodil SQR em acetona Þltrar, evaporar o Þltrado até a secura e dissolver o resíduo
e completar o volume para 10 mL com o mesmo solvente. com 10 mL de solução de ácido sulfúrico a 0,5% (v/v).
A 2 mL da solução obtida, adicionar 50 —L de iodeto de
Solução (4): diluir 1,0 mL da Solução (1) para 100 mL com potássio mercúrio SR. Um precipitado branco é formado.
acetona.
C. A 2 mL da solução obtida no teste B. de IdentiÞcação,
Solução (5): diluir 5,0 mL da Solução (4) para 10 mL com adicionar ácido sulfúrico. Desenvolve-se coloração violeta.
acetona.
D. Ferver 2 mL da solução obtida no teste B. de IdentiÞcação
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar com um pouco de ácido nítrico. Desenvolve-se coloração
secar ao ar, se necessário aquecer a placa a 105 °C. amarela. Resfriar e adicionar hidróxido de sódio 5 M.
Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha Desenvolve-se coloração marrom-amarelada.
secundária obtida com a Solução (1), diferente da mancha
principal, não deve ser mais intensa que a mancha obtida
com a Solução (4) (1,0%) e nenhuma outra mancha deve CARACTERÍSTICAS
ser mais intensa que a mancha obtida no cromatograma
com a Solução (5) (0,5%). Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, até peso constante. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Realizar
No máximo 0,5%. a etapa ácida em ácido clorídrico 0,1 M por 120 minutos.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. A segunda etapa deve ser realizada com solução de
No máximo 0,1%. bicarbonato de sódio a 1,5% (p/v) por 60 minutos.

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.


DOSEAMENTO Proceder conforme descrito em Doseamento. Preparar
solução com concentração Þnal de 0,5 mg/mL.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio
não aquoso (5.3.4.5). Dissolver 0,250 g da amostra em
70 mL de ácido acético glacial, adicionar duas gotas de ENSAIOS DE PUREZA
1-naftolbenzeína SI e titular com ácido perclórico 0,1 M SV. Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias. CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 36,139 sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de xileno e
mg de C22H19NO4. metil-etil-cetona (50:50), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 10 mL de cada uma das soluções
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO recentemente preparadas, descritas a seguir.

Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em Solução (1): agitar quantidade de pó equivalente a 20 mg de
temperatura ambiente. bisacodil com 2 mL de acetona por 10 minutos, centrifugar
e utilizar o sobrenadante líquido.

ROTULAGEM Solução (2): diluir 3 volumes da Solução (1) para 100


volumes com acetona.
Observar a legislação vigente.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
CLASSE TERAPÊUTICA
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
Catártico. a Solução (1), diferente da mancha principal, que não seja
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 691

referente aos excipientes, não é mais intensa que aquela IDENTIFICAÇÃO


obtida com a Solução (2) (3%).
A. Proceder conforme descrito em Substâncias
relacionadas. Aplicar na placa cromatográÞca 2 —L de
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
cada uma das soluções e utilizar bisacodil SQR a 1% (p/v)
em acetona, como Solução (2). A mancha principal do
cromatograma da Solução (1) corresponde àquela obtida
com a Solução (2).
ba
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste. B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
DOSEAMENTO
C. Dissolver quantidade de supositórios contendo o
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido equivalente a 0,15 g de bisacodil em 150 mL de éter de
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido petróleo. Filtrar, lavar o resíduo com éter de petróleo até
de detector ultravioleta a 265 nm; coluna de 250 mm de o mesmo estar livre de material oleoso e secar a 100 °C.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada Dissolver o resíduo em quantidade mínima de clorofórmio
com sílica-gel quimicamente ligada a grupo octadecilsilano levemente aquecido e solubilizar em 10 mL de ácido
(4,6 —m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase sulfúrico a 0,5% (v/v). A 2 mL da solução obtida, adicionar
móvel de 2,0 mL/minuto. 50 ȝL de iodeto de potássio mercúrio SR. Um precipitado
branco é formado.
Tampão acetato de sódio 0,074 M: contém 10,06 g de
acetato de sódio tri-hidratado em água para produzir 1000 D. A 2 mL da solução obtida no teste C. de IdentiÞcação,
mL. Ajustar o pH a 7,4 com ácido acético a 2,5% (v/v) adicionar ácido sulfúrico. Desenvolve-se coloração violeta.
Fase móvel: mistura de Tampão acetato de sódio 0,074 M E. Ferver 2 mL da solução obtida no teste C. de IdentiÞcação
e acetonitrila (50:50). com um pouco de ácido nítrico. Desenvolve-se coloração
amarela. Resfriar e adicionar hidróxido de sódio 5 M.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. Desenvolve-se coloração marrom-amarelada.
Transferir quantidade de pó equivalente a 50 mg de bisacodil
para balão volumétrico de 100 mL e adicionar 12 mL de
água. Agitar mecanicamente por 15 minutos e submeter a CARACTERÍSTICAS
banho de ultrassom, à temperatura ambiente, por 15 minutos.
Adicionar 50 mL de acetonitrila, agitar mecanicamente e Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
sonicar por períodos de 15 minutos. Completar o volume Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
com acetonitrila, homogeneizar e centrifugar por 15 minutos. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento.
Filtrar o sobrenadante e utilizar o Þltrado nas determinações.

Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, ENSAIOS DE PUREZA


de bisacodil SQR em acetonitrila e diluir adequadamente
de modo a obter solução a 0,5 mg/mL. Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de xileno e
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas metil-etil-cetona (50:50), como fase móvel. Aplicar,
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C22H19NO4 separadamente, à placa, 10 mL de cada uma das soluções
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a recentemente preparadas, descritas a seguir.
Solução padrão e a Solução amostra.
Solução (1): agitar quantidade de supositórios contendo o
equivalente a 20 mg de bisacodil com 20 mL de éter de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO petróleo e Þltrar. Lavar o resíduo com éter de petróleo até o
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em mesmo estar livre do material oleoso e dissolver em 2 mL
temperatura ambiente. de acetona.

Solução (2): diluir 3 volumes da Solução (1) para 100


ROTULAGEM volumes com acetona.

Observar a legislação vigente. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
BISACODIL SUPOSITÓRIOS a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (3%).

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da


quantidade declarada de C22H19NO4.
692 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA NOMES POPULARES


Contagem do número total de micro-organismos Boldo-do-chile.
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

b Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste.
CARACTERÍSTICAS
Características organolépticas. A droga apresenta odor
aromático característico, canforáceo e levemente acre, que se
DOSEAMENTO acentua com o esmagamento. Sabor amargo e um tanto acre.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
aquoso (5.3.3.5). Dissolver quantidade de supositórios Folha simples, inteira, elíptica, elíptico ovalada, elíptico
contendo o equivalente a 0,1 g de bisacodil em 80 mL de obovada ou obovada, de ápice obtuso, retuso ou agudo e
ácido acético glacial previamente neutralizado com ácido base arredondada, obtusa ou cuneada, ápice e base simétricos
perclórico 0,02 M SV, utilizando 1-naftolbenzeína SI para ou assimétricos, margem ligeiramente revoluta, lâmina
veriÞcar a neutralização. Titular com ácido perclórico 0,02 coriácea, quebradiça, verde acinzentada a cinzento prateada,
M SV, determinando o ponto Þnal potenciometricamente. pontuações levemente translúcidas, correspondentes a
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias. cavidades secretoras, visíveis a olho nu ou com lente de
Cada mL de ácido perclórico 0,02 M SV equivale a 7,228 aumento de seis vezes, de 1,2 cm a 7,0 cm de comprimento
mg de C22H19NO4. e 0,6 cm a 5,0 cm de largura; lâmina pilosa, com tricomas
estrelados visíveis com lente de aumento, comumente
B. Proceder conforme descrito em Doseamento da caducos na face adaxial, sendo essa face áspera ao tato
monograÞa de Bisacodil comprimidos. Preparar a Solução devido às proeminências da base dos tricomas; venação
amostra como descrito a seguir. camptódroma-bronquidródoma. Pecíolo curto, piloso,
medindo de 0,1 cm a 0,5 cm de comprimento e de 0,1 cm
Solução amostra: transferir quantidade de supositórios
a 0,2 cm de largura, côncavo na face adaxial, com duas
contendo o equivalente a 0,1 g de bisacodil para funil de
pequenas costelas laterais, e convexo na face abaxial, com
separação de 500 mL e adicionar 150 mL de n-hexano.
maior densidade de tricomas nessa face.
Agitar mecanicamente até que os supositórios estejam
dissolvidos. Adicionar 50 mL de acetonitrila, agitar por
1 minuto e aguardar a separação das fases. Transferir a DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
fase inferior para balão volumétrico de 200 mL. Extrair
o conteúdo remanescente no funil de separação com Lâmina foliar de simetria dorsiventral, hipoestomática, com
duas porções de 50 mL de acetonitrila, reunir as camadas estômatos anomocíticos. Em vista frontal, a cutícula é lisa
inferiores no balão volumétrico de 200 mL e completar o e a epiderme voltada para a face adaxial, na região entre as
volume com acetonitrila. Agitar e Þltrar. nervuras, apresenta células poligonais de paredes anticlinais
espessas, pouco sinuosas e, na face abaxial, células de
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução diferentes formas, com paredes sinuosas, espessas; os
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas estômatos situam-se acima das demais células epidérmicas
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C22H19NO4 e são acompanhados por quatro a oito células; na região da
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução nervura principal, as células voltadas para a face adaxial
padrão e a Solução amostra. apresentam diferentes formas, são pouco alongadas, de
tamanho homogêneo e de paredes retilíneas, enquanto que
as voltadas para a face abaxial são mais alongadas e tem
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
diferentes tamanhos; entre as nervuras por transparência, são
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em visíveis células secretoras; os tricomas são estrelados, mais
temperatura ambiente. frequentes na face adaxial e formados por diferentes números
de longas células de paredes espessadas; em regra as células
epidérmicas têm disposição radial em torno da porção basal
ROTULAGEM do tricoma. Em secção transversal, a cutícula é mais espessa
na face adaxial, a epiderme é uniestratiÞcada, com células
Observar a legislação vigente.
alongadas e de paredes espessas; a hipoderme, também
apresenta paredes espessas, é uniestratiÞcada, raramente
biestratiÞcada, ocorre em ambas as faces, exclusivamente
BOLDO na região da nervura principal na face abaxial; a epiderme
Boldus folium e a hipoderme, em geral, são proeminentes ao redor da base
de cada tricoma; o parênquima paliçádico é uniestratiÞcado
Peumus boldus Molina – MONIMIACEAE ou biestratiÞcado, de células colunares mais alongadas,
enquanto que a segunda camada é mais frouxa, com células
A droga vegetal é constituída de folhas secas contendo, menores e com maior concentração de grãos de amido; o
no mínimo, 1,5% de óleo volátil e no mínimo 0,1% de parênquima esponjoso possui várias camadas de células de
alcaloides totais expressos em boldina.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 693

diferentes formas e grandes espaços intercelulares; feixes espessadas e com campos de pontoação visíveis, em vista
colaterais secundários distribuem-se no mesoÞlo, envolvidos frontal; porções de epiderme com estômatos, em vista frontal;
por bainha completa ou não de Þbras, ou por endoderme, porções da epiderme com células de paredes espessas,

ba
ou ocorrem agrupamentos xilemáticos envolvidos por mostrando a base de tricoma estrelado, em vista frontal;
endoderme. Na nervura principal, em secção transversal, fragmentos de epiderme com porções de nervuras, em
a cutícula é mais espessa, principalmente na face abaxial, vista frontal; porções da epiderme do pecíolo, com células
onde as células epidérmicas são pequenas e a hipoderme secretoras visíveis por transparência, em vista frontal; porções
geralmente apresenta duas camadas de células em ambas as do mesoÞlo com células secretoras, em vista frontal; porções
faces; o colênquima é angular e mais desenvolvido junto à do mesoÞlo com idioblasto cristalífero e célula com compostos
face abaxial; o parênquima é formado por células poligonais fenólicos, em vista frontal; agrupamentos de Þbras, em secção
de paredes espessas; o sistema vascular é formado por um longitudinal; fragmentos do sistema vascular com porções de
único feixe colateral, envolvido por endoderme e bainha Þbras, elementos traqueais, parênquima com porções de Þbras,
de Þbras muito escleriÞcadas; podem ocorrer outros em secção longitudinal; fragmentos da lâmina com porções
dois feixes menores, voltados para a face adaxial, sendo de epiderme, de hipoderme e de parênquima paliçádico, em
o conjunto envolvido por bainha de Þbras. Em toda a secção transversal; fragmentos de epiderme e de hipoderme,
lâmina, na hipoderme, colênquima e parênquimas ocorrem em secção transversal; porções de parênquima paliçádico com
células contendo compostos fenólicos; no parênquima há células secretoras e com células contendo cristais em forma
maior concentração de grãos de amido e são frequentes as de bastonete, em secção transversal; fragmentos da região do
células secretoras esféricas, unicelulares, de grande volume mesoÞlo, em secção transversal.
e de paredes suberizadas; cristais de oxalato de cálcio,
geralmente na forma de monocristais ou cristais prismáticos
IDENTIFICAÇÃO
são encontrados na epiderme e sob a forma de bastonete,
muito pequenos, Þnos e agrupados, nos parênquimas; gotas A. Triturar algumas folhas com etanol. Evaporar o etanol
lipídicas ocorrem em todos os tecidos. O pecíolo, em vista em banho-maria. Adicionar ao resíduo resultante algumas
frontal, apresenta cutícula levemente ondulada, epiderme gotas da solução de vanilina a 1% (p/v) em ácido clorídrico
formada por células pequenas, quadrangulares e de paredes SR. Desenvolve-se coloração castanho avermelhada ou
anticlinais espessas, muitas contendo compostos fenólicos, vermelha intensa.
e muitos tricomas estrelados, iguais aos da lâmina; várias
células secretoras esféricas, de grande volume e com B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
paredes suberizadas são visíveis por transparência. Em delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254 como suporte,
secção transversal, o pecíolo possui duas costelas laterais, e mistura de metanol, dietilamina e tolueno (10:10:80) como
voltadas para a face adaxial; a cutícula é espessa, as células fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma de
epidérmicas são pequenas, os tricomas são mais comuns na banda, 40 —L (ou 6 —L) da Solução (1) e 20 —L (ou 2 —L) da
face abaxial e sua inserção pode chegar até o parênquima Solução (2), recentemente preparadas, descritas a seguir.
cortical; a hipoderme é uniestratiÞcada, raramente
biestratiÞcada, formada por células pequenas de paredes Solução (1): transferir 0,5 g da droga pulverizada para
espessas; o colênquima é angular e o parênquima cortical é balão de 50 mL, adicionar uma mistura de 1 mL de ácido
formado por células poligonais, de paredes muito espessas, clorídrico 2 M e 20 mL de água. Homogeneizar. Aquecer
pequenos cristais de oxalato de cálcio, normalmente em banho-maria, sob reßuxo, durante 10 minutos. Resfriar
monocristais isolados ou agrupamentos em forma de e Þltrar. Adicionar ao Þltrado 2 mL de hidróxido de amônio
bastonete, além de gotas lipídicas e de células secretoras 6 M. Extrair o Þltrado duas vezes em funil de separação
de grande volume e de paredes suberizadas; a endoderme é com 20 mL de éter etílico em cada vez, com agitação
contínua, formada por células arredondadas a elípticas, com moderada para evitar a formação de emulsão. Reunir as
grande quantidade de grãos de amido; o sistema vascular fases orgânicas e evaporar o solvente sob pressão reduzida.
está representado por um feixe colateral aberto e central, Dissolver o resíduo em 1 mL de metanol.
apresentando ßoema com ou sem uma calota de Þbras Solução (2): dissolver 2 mg de boldina SQR em 5 mL de
ou Þbras esparsas, isoladas ou agrupadas; o procâmbio é metanol.
evidente e possui grande quantidade de grãos de amido; o
xilema tem distribuição em raios e pode apresentar Þbras Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
isoladas ou em pequenos grupos junto às suas células secar ao ar. Observar a placa sob luz ultravioleta (365
condutoras, além de um expressivo agrupamento de Þbras nm). O cromatograma obtido com a Solução (2) apresenta
junto aos elementos protoxilemáticos. uma mancha azul violácea. O cromatograma obtido com
a Solução (1) apresenta mancha similar em posição e
coloração à mancha obtida no cromatograma da Solução
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
(2). Nebulizar a placa com iodobismutato de potássio aquo-
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para a acético. Deixar secar ao ar por cinco minutos. Nebulizar a
espécie, menos os caracteres macroscópicos. A observação placa com nitrito de sódio SR. Observar à luz visível após
microscópica do pó exige utilização de hidrato de cloral. 30 minutos. A boldina apresenta coloração castanha.
São características: coloração amarelo esverdeada a amarelo
pardacenta; tricomas estrelados íntegros e isolados ou parte ENSAIOS DE PUREZA
destes, em vista frontal e/ou em vista lateral; porções de
epiderme da região do mesoÞlo, com células de paredes Material estranho (5.4.2.2). No máximo 3,0%.
694 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Água (5.2.20.2). No máximo 10,0%. Transferir 1 mL da solução obtida, utilizando pipeta


volumétrica, para balão volumétrico de 10 mL. Completar
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 10,0%. o volume com a Fase móvel e misturar.

b Cinzas insolúveis em ácido (5.4.2.5). No máximo 6,0%.

DOSEAMENTO
Solução de resolução: utilizar a Solução amostra.

Injetar 20 —L da Solução de resolução. Os tempos de retenção


relativos à boldina, cujo tempo de retenção é de cerca de seis
minutos, são cerca de 0,9 para isoboldina, 1,0 para boldina,
Alcaloides totais
1,8 para N-óxido de isocoridina, 2,2 para laurotetanina, 2,8
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido para isocoridina e 3,2 para N-metil laurotetanina. Outros
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido picos podem estar presentes. A resolução entre os picos de
de detector ultravioleta a 304 nm; coluna de 250 mm de isoboldina e de boldina não é menor que 1,0.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
de 1,5 mL/minuto. medir as áreas sob os picos referentes ao padrão de boldina
e aos seis alcaloides descritos e identiÞcados na Solução
Fase móvel: mistura da Solução A e Solução B (16:84), de resolução, ou seja, na Solução amostra. Calcular o teor,
preparadas como descrito a seguir. em porcentagem, de alcaloides totais, expresso em boldina,
segundo a expressão:
Solução A: mistura de 0,2 mL de dietilamina e 99,8 mL de
acetonitrila.

Solução B: mistura de 0,2 mL de dietilamina e 99,8 mL de em que


água, ajustar o pH para 3,0 utilizando ácido fórmico anidro.
m1 = massa da droga (g);
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 1 g da droga m2 = massa de boldina SQR na Solução padrão (g);
pulverizada em erlenmeyer, adicionar 50 mL de ácido
ȈA1 = somatório das área sob os picos referentes aos seis
clorídrico 2 M e aquecer em banho-maria a 80 °C por 30
alcaloides identiÞcados no cromatograma obtido com a
minutos, com agitação. Filtrar e ressuspender o resíduo com
Solução amostra;
50 mL de ácido clorídrico 2 M e aquecer em banho-maria a
80 °C por 30 minutos, com agitação. Filtrar e repetir mais A2 = área sob o pico referente à boldina no cromatograma
uma vez a operação com o resíduo obtido. Filtrar. Combinar obtido com a Solução padrão.
os Þltrados resfriados em funil de separação e agitar com
Óleos voláteis
100 mL de uma mistura de n-hexano e acetato de etila (1:1).
Descartar a fase orgânica. Ajustar o pH da fase aquosa para Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
9,0 com hidróxido de amônio 6 M. Extrair a fase aquosa com voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão de 1000
uma porção de 100 mL, e duas porções de 50 mL de cloreto mL contendo 500 mL de água como líquido de destilação.
de metileno. Combinar as fases orgânicas e evaporar em Utilizar 0,5 mL de xileno. A droga previamente triturada
evaporador rotatório até a secura. Transferir o resíduo para deve ser turbolizada com 100 mL de água. Transferir
balão volumétrico de 10 mL utilizando a Fase móvel como imediatamente para o balão e proceder a hidrodestilação a
diluente. Completar o volume com a Fase móvel e misturar. partir de 50 g da droga. Destilar durante 4 horas.
Solução padrão: pesar exatamente cerca de 12 mg de
boldina SQR. Dissolver a quantidade pesada em balão EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
volumétrico de 100 mL utilizando a Fase móvel como
diluente. Completar o volume com Fase móvel e misturar. Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e do calor.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 695

ba

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Peumus boldus Molina


_____________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A (a, b, c, e, f e g) a 10 mm, em A (d) a 15 mm, em B e C a 14 mm, em D a 5
mm; em E, F, G e H a 100 —m.

A – aspecto geral de diferentes formas foliares: base foliar assimétrica (bfa); ápice foliar assimétrico (afa); ápice foliar acuminado (afc); pecíolo (pe);
lâmina (l); ápice foliar retuso (aft); ápice foliar arredondado (afr). B – aspecto geral da face adaxial foliar: pedículo (pe); lâmina (l). C – aspecto geral
da face abaxial foliar: bordo (bor). D – detalhe de porção da face abaxial da lâmina foliar, em vista frontal, mostrando parte da nervação da região
da nervura principal até o bordo: bordo (bor); nervura secundária (ns); proeminência formada pela região basal do tricoma estrelado (pre); nervura
principal (np).E – detalhe de porção da epiderme voltada para a face adaxial, na região do mesoÞlo, em vista frontal: campo primário de pontoação
(cpp); célula fundamental da epiderme (cfe). F – detalhe de porção da epiderme voltada para a face abaxial, na região do mesoÞlo, em vista frontal:
estômato (es); campo primário de pontoação (cpp); célula fundamental da epiderme (cfe). G – detalhe de porção da epiderme na região da nervura
principal, voltada para a face adaxial, em vista frontal: campo primário de pontoação (cpp); célula fundamental da epiderme (cfe). H – detalhe de
porção da epiderme na região da nervura principal, voltada para a face abaxial, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); célula secretora
(cse); idioblasto cristalífero (ic); campo primário de pontoação (cpp); porção basal de célula do tricoma partido (pbt); tricoma estrelado (tes).
696 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 – Aspectos microscópicos em Peumus boldus Molina


_____________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A, C, F, G e E a 100 —m, em B a 400 —m; em D e H a 400 —m.

A – detalhe de porção da lâmina foliar em secção transversal, junto à face adaxial, mostrando proeminência da região basal do tricoma estrelado:
cloroplastídio (clo); gota lipídica (gl); campo primário de pontoação (cpp); cutícula (cu); face adaxial (ad); hipoderme (h); parênquima paliçádico (pp);
epiderme (ep). B – detalhe de porção de tricoma estrelado em vista frontal. C – detalhe de tricoma estrelado em vista lateral: tricoma estrelado (tes); célula
fundamental da epiderme (cfe). D – esquema parcial da região da nervura principal da lâmina foliar, em secção transversal, mostrando um único feixe
vascular: face adaxial (ad); face abaxial (ab); endoderme (end); colênquima (co); feixe vascular (fv); xilema (x); cutícula (cu); hipoderme (h); parênquima
paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pe); epiderme (ep); Þbras (fb); ßoema (f); procâmbio (prc). E – esquema parcial da região da nervura principal da
lâmina foliar, em secção transversal, mostrando três feixes vasculares: face adaxial (ad); face abaxial (ab); hipoderme (h); feixe vascular (fv); parênquima
paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pe); endoderme (end); Þbras (fb); colênquima (co); epiderme (ep); cutícula (cu); ßoema (f); procâmbio (prc); xilema
(x). F – detalhe de porção da lâmina foliar, na região do mesoÞlo, em secção transversal, mostrando feixe vascular secundário: face adaxial (ad); face abaxial
(ab); epiderme (ep); cutícula (cu); campo primário de pontoação (cpp); hipoderme (h); parênquima paliçádico (pp); Þbras (fb); feixe vascular (fv); idioblasto
cristalífero (ic); xilema (x); ßoema (f); grão de amido (ga); gota lipídica (gl); espaço intercelular (ei); célula com compostos fenólicos (ccf); parênquima
esponjoso (pe); estômato (es); colênquima (co); cloroplastídio (clo); célula secretora (cse). G – detalhe do bordo na região mediana da lâmina foliar, em
secção transversal: face adaxial (ad); face abaxial (ab); parênquima paliçádico (pp); agrupamento xilemático (ax); espaço intercelular (ei); cloroplastídio
(clo); cutícula (cu); idioblasto cristalífero (ic); célula com compostos fenólicos (ccf); parênquima esponjoso (pe); grão de amido (ga); : gota lipídica (gl);
epiderme (ep); Þbras (fb); hipoderme (h). H – detalhe de porção da região mediana da lâmina foliar, em secção transversal, na região da nervura principal:
face adaxial (ad); face abaxial (ab); grão de amido (ga); espaço intercelular (ei); xilema (x); gota lipídica (gl); cloroplastídio (clo); feixe vascular (fv);
idioblasto cristalífero (ic); ßoema (f); colênquima (co); Þbras (fb); pontoação (pto); célula com compostos fenólicos (ccf); célula secretora (cse); parênquima
esponjoso (pe); parênquima paliçádico (pp); hipoderme (h); epiderme (ep); cutícula (cu).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 697

ba

Figura 3 – Aspectos microscópicos e da microscopia do pó em Peumus boldus Molina


_____________

Complemento da legenda da Figura 3. As escalas correspondem em A, B, D e E (E2 até E5) a 100 —m, em C a 400 —m e em E (E1) a 400 —m.

A – detalhe de porção da epiderme do pecíolo, em vista frontal: gota lipídica (gl); célula com compostos fenólicos (ccf); célula secretora (cse); campo
primário de pontoação (cpp); célula fundamental da epiderme (cfe); tricoma estrelado (tes); porção basal de células do tricoma estrelado(pbt). B –
detalhe de porção da epiderme do pecíolo, em vista lateral: tricoma estrelado (tes); célula fundamental da epiderme (cfe); cutícula (cu). C – esquema
698 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

geral do pecíolo, em secção transversal: face adaxial (ad); face abaxial (ab); costela (cst); Þbras (fb); colênquima (co); procâmbio (prc); endoderme
(end); epiderme (ep); xilema (x); ßoema (f): parênquima (p); feixe vascular (fv); tricoma estrelado (tes); hipoderme (h); cutícula (cu). D – detalhe de
porção do pecíolo, em secção transversal, conforme destacado em C: face abaxial (ab); hipoderme (h); cutícula (cu); epiderme (ep); colênquima (co);
parênquima (p); gota lipídica (gl); célula secretora (cse); campo primário de pontoação (cpp); grão de amido (ga); endoderme (end); xilema (x); ßoema

b
(f); Þbras do xilema (fx); ßoema (F); idioblasto cristalífero (ic); cloroplastídio (clo). E – detalhes do pó: célula fundamental da epiderme (cfe); campo
primário de pontoação (cpp); estômato (es); base do tricoma (bt); célula secretora (cse); célula com compostos fenólicos (ccf); idioblasto cristalífero
(ic); pontoação (pto); Þbras (fb); elemento de vaso com espessamento helicoidal (eh); parênquima (p); face adaxial (ad); face abaxial (ab); cloroplastídio
(clo); gota lipídica (gl); cutícula (cu); epiderme (ep); hipoderme (h); parênquima paliçádico (pp); espaço intercelular (ei). E1 – detalhes de tricomas:
tricoma estrelado em vista frontal (a), porção de tricoma estrelado em vista lateral (b), célula isolada de tricoma estrelado, em vista lateral (c). E2 –
detalhes da epiderme: porção da epiderme na região do mesoÞlo, em vista frontal (a), porção da epiderme com estômato, em vista frontal (b), porção da
epiderme com células de paredes espessas, mostrando a base de tricoma estrelado, em vista frontal (c), fragmento da epiderme com porção de nervura,
em vista frontal (d), porção da epiderme do pecíolo, em vista frontal (e). E3 – detalhes do mesoÞlo, em secção transversal: porção do mesoÞlo com
célula secretora (a), porção do mesoÞlo com cristais de oxalato de cálcio e com célula contendo compostos fenólicos (b). E4 – detalhes de porções do
sistema vascular, em secção longitudinal: agrupamento de Þbras (a), fragmento do sistema vascular com porções de Þbras, de elementos traqueais e
de parênquima (b). E5 – detalhes de tecidos da lâmina foliar, em secção transversal: fragmento da lâmina com porção de epiderme, de hipoderme e de
parênquima paliçádico (a), fragmento da epiderme e da hipoderme (b); porção de parênquima paliçádico com célula secretora e célula contendo cristais
(c), fragmento da região do mesoÞlo (d).

a Solução (1) apresenta mancha similar em posição e


BOLDO TINTURA coloração à mancha obtida no cromatograma da Solução
(2). Nebulizar a placa com iodobismutato de potássio aquo-
Boldus tinctura
acético. Deixar secar ao ar por cinco minutos. Nebulizar a
placa com nitrito de sódio SR. Observar à luz visível após
A tintura é preparada a partir das folhas secas de Peumus 30 minutos. A boldina apresenta coloração castanha.
boldus Molina – MONIMIACEAE, a 10,0% (p/v), por
percolação ou maceração, utilizando etanol a 60,0% (v/v) ENSAIOS DE PUREZA
como líquido extrator. Contém, no mínimo, 0,01% de
alcaloides totais expressos em boldina. Etanol (5.3.3.8.1). 60 ± 5% (p/v). Proceder conforme
descrito em Método por destilação, Tratamentos especiais,
Líquidos com mais de 30% de álcool.
CARACTERÍSTICAS
Resíduo seco (5.4.3.2.3). No mínimo 2,0%.
Características organolépticas. Líquido límpido,
castanho esverdeado escuro, de odor e sabor característicos.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO Alcaloides totais
A. Evaporar 10 mL da tintura em banho-maria até a secura. Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Adicionar ao resíduo resultante algumas gotas da solução
de vanilina a 1% (p/v) em ácido clorídrico SR. Desenvolve- A. Pesar exatamente cerca de 100 g de tintura. Evaporar
se coloração castanho avermelhada ou vermelha intensa. em evaporador rotatório até a consistência de extrato mole.
Transferir quantitativamente a amostra para um funil de
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em separação, utilizando alguns mililitros de água. Adicionar
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254 6 mL de hidróxido de amônio 6 M. Agitar com sucessivas
como suporte, e mistura de metanol, dietilamina e tolueno frações de 40 mL, 25 mL e 25 mL de cloreto de metileno.
(10:10:80) como fase móvel. Aplicar, separadamente, à VeriÞcar a completa extração dos alcaloides pela adição de
placa, em forma de banda, 10 —L da Solução (1) e 5 —L da uma gota de iodeto de potássio mercúrico SR a algumas
Solução (2), recentemente preparadas, descritas a seguir. gotas da fase aquosa. No caso de reação positiva, agitar a
fase aquosa com sucessivas frações de 20 mL de cloreto
Solução (1): evaporar 25 mL da tintura em banho-maria
de metileno até reação de Mayer negativa. Reunir as fases
até a consistência de extrato mole. Triturar o resíduo ainda
orgânicas em funil de separação e lavar com água até a
quente duas vezes com 10 mL de ácido clorídrico 2 M em
neutralidade. Adicionar à solução orgânica 2 g de sulfato
cada vez. Filtrar e alcalinizar o Þltrado em pH 9,0 com
de sódio anidro, deixar em contato por alguns minutos,
hidróxido de amônio 6 M. Extrair o Þltrado duas vezes em
com agitação casual. A solução orgânica deve estar límpida.
funil de separação com 20 mL de éter etílico em cada vez,
Decantar e lavar o sulfato de sódio com 10 mL de cloreto
com agitação moderada para evitar a formação de emulsão.
de metileno três vezes. Reunir as frações orgânicas e
Reunir as fases orgânicas e evaporar o solvente em banho-
evaporar em evaporador rotatório. Transferir o resíduo com
maria. Dissolver o resíduo em 0,5 mL de metanol.
a menor quantidade possível de cloreto de metileno para um
Solução (2): dissolver 2 mg de boldina SQR em 5 mL de erlenmeyer, e adicionar 20 mL de ácido sulfúrico 0,005 M.
metanol. SV. Titular o excesso de ácido com hidróxido de sódio 0,01
M SV em presença de vermelho de metila SI.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Observar a placa sob luz ultravioleta (365 Calcular o teor, em porcentagem, de alcaloides totais,
nm). O cromatograma obtido com a Solução (2) apresenta expresso em boldina, segundo a expressão:
uma mancha azul violácea. O cromatograma obtido com
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 699

em que em porcentagem, de alcaloides totais, expresso em boldina,


segundo a expressão:
n = número de mililitros de hidróxido de sódio 0,01 M SV

ba
gastos;
m = massa da tintura (g).
em que
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
ȈA1 = somatório das área sob os picos referentes aos seis
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
alcaloides identiÞcados no cromatograma obtido com a
de detector ultravioleta a 304 nm; coluna de 250 mm de
Solução amostra;
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 mb = massa de boldina SQR na Solução padrão (g);
ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel A2 = área sob o pico referente à boldina no cromatograma
de 1,5 mL/minuto. obtido com a Solução padrão.

Fase móvel: mistura da Solução A e Solução B (16:84),


preparadas como descrito a seguir. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Solução A: mistura de 0,2 mL de dietilamina e 99,8 mL de Em recipientes de vidro âmbar bem fechados, protegidos
acetonitrila. da luz e calor.

Solução B: mistura de 0,2 mL de dietilamina e 99,8 mL de


água, ajustar o pH para 3,0 utilizando ácido fórmico anidro. BORATO DE SÓDIO
Natrii boras
Solução amostra: pipetar uma alíquota de 10 mL da tintura,
que equivale a 1 g da droga vegetal,. Evaporar em banho-
maria a 80 °C até a consistência de extrato mole. Triturar Na2B4O7; 201,22
o resíduo ainda quente com 50 mL de ácido clorídrico Na2B4O7.10H2O; 381,37
2 M por cinco minutos. Filtrar e repetir o procedimento borato de sódio; 00117
mais uma vez com o resíduo obtido. Filtrar. Combinar Óxido sódico de boro
os Þltrados resfriados em funil de separação e agitar com [1330-43-4]
100 mL de uma mistura de hexano e acetato de etila (1:1). Bórax
Descartar a fase orgânica. Ajustar o pH da fase aquosa para [1303-96-4]
9,0 utilizando hidróxido de amônio 6 M. Extrair a fase
aquosa com porções de 100 mL, 50 mL e 50 mL de cloreto Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 105,0% de
de metileno. Combinar as fases orgânicas e evaporar em Na2B4O7.10H2O.
evaporador rotatório até a secura. Transferir o resíduo para
balão volumétrico de 10 mL utilizando Fase móvel como
DESCRIÇÃO
diluente. Completar o volume com Fase móvel e misturar.
Características físicas. Pó cristalino branco ou cristais
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 12 mg de
incolores.
boldina SQR. Dissolver a quantidade pesada em balão
volumétrico de 100 mL utilizando Fase móvel como Solubilidade. Solúvel em água, muito solúvel em água
diluente. Completar o volume com Fase móvel e misturar. fervente, facilmente solúvel em glicerol, insolúvel em
Transferir 1 mL da solução obtida, utilizando pipeta etanol.
volumétrica, para balão volumétrico de 10 mL. Completar
o volume com Fase móvel e misturar.
IDENTIFICAÇÃO
Solução de resolução: utilizar a Solução amostra.
A. Dissolver 0,2 g da amostra em água isenta de dióxido
Injetar 20 —L da Solução de resolução. Os tempos de de carbono e completar para 5 mL com o mesmo solvente.
retenção relativos à boldina, cujo tempo de retenção é de Adicionar 0,1 mL de fenolftaleína SI. Desenvolve-se
cerca de seis minutos, são cerca de 0,9 para isoboldina, coloração vermelha. Adicionar 5 mL de glicerol a 85%
1,0 para boldina, 1,8 para N-óxido de isocoridina, 2,2 (v/v). A coloração desaparece.
para laurotetanina, 2,8 para isocoridina e 3,2 para N-metil
laurotetanina. Outros picos podem estar presentes. A B. A solução preparada de maneira idêntica à solução do
resolução entre os picos de isoboldina e de boldina não é teste A. de IdentiÞcação responde às reações do íon borato
menor que 1,0. (5.3.1.1).

Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução C. A solução preparada de maneira idêntica à solução do


padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e teste A. de IdentiÞcação responde às reações do íon sódio
medir as áreas sob os picos referentes ao padrão de boldina (5.3.1.1).
e aos seis alcaloides descritos e identiÞcados na Solução
de resolução, ou seja, na Solução amostra. Calcular o teor,
700 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA
BROMAZEPAM
Aspecto da solução. Dissolver 4 g da amostra em água
Bromazepamum
isenta de dióxido de carbono e completar o volume para

b 100 mL com o mesmo solvente. A solução obtida é límpida


(5.2.25) e incolor (5.2.12).

pH (5.2.19). 9,0 a 9,6. Determinar na solução obtida em


Aspecto da solução.

Carbonato e bicarbonato. Em tubo de ensaio adicionar 5


mL de solução aquosa da amostra a 5% (p/v) e 1 mL ácido
clorídrico 3 M. Não ocorre efervescência.

Sulfatos (5.3.2.2). Utilizar 15 mL da solução obtida em


Aspecto da solução e prosseguir conforme descrito em
Ensaio limite para sulfatos. Preparar a solução padrão
utilizando mistura de 3 mL da solução padrão de sulfato (10 C14H10BrN3O; 316,15
ppm SO4) e 12 mL de água. No máximo 0,005% (50 ppm). bromazepam; 01366
7-Bromo-1,3-diidro-5-(2-piridinil)-2H-1,4-benzodiazepin-
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar 12 mL da solução 2-ona
obtida em Aspecto da solução e prosseguir conforme [1812-30-2]
descrito no Método I. Preparar solução padrão utilizando
Solução padrão de chumbo (1 ppm). No máximo 0,0025% Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
(25 ppm). C14H10BrN3O em relação à substância dessecada.
Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método I. Utilizar 15 mL
da solução obtida em Aspecto da solução e prosseguir DESCRIÇÃO
conforme descrito em Ensaio limite para arsênio. No
máximo 0,0005% (5 ppm). Características físicas. Pó cristalino, branco ou
ligeiramente amarelado, e inodoro.
Amônia (5.3.2.6). Diluir 6 mL da solução obtida em
Aspecto da solução para 14 mL com água e prosseguir Solubilidade. Insolúvel em água, ligeiramente solúvel em
conforme descrito em Ensaio limite para amônia. Preparar etanol e cloreto de metileno.
a solução padrão utilizando mistura de 2,5 mL da Solução
Constantes físico-químicas.
padrão de amônia (1 ppm) e 7,5 mL de água. No máximo
0,001% (10 ppm). Faixa de fusão (5.2.2): 237 ºC a 238,5 ºC, com
decomposição.
Cálcio (5.3.2.7). Utilizar 15 mL da solução obtida em
Aspecto da solução e prosseguir conforme descrito em
Ensaio limite para cálcio. Preparar a solução padrão IDENTIFICAÇÃO
utilizando mistura de 6 mL da Solução padrão de cálcio
(10 ppm) e 9 mL de água. No máximo 0,01% (100 ppm). Os testes de identiÞcação C. e D. poderão ser omitidos se
forem realizados os testes A. e B.

DOSEAMENTO A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da


amostra, previamente dessecada até peso contante, e
Pesar, exatamente, cerca de 0,3 g da amostra e dissolver dispersa em brometo de potássio, apresenta máximos de
em 50 mL de água. Adicionar algumas gotas de vermelho absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
de metila SI e titular com ácido clorídrico 0,1 M SV. Cada com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
mL de ácido clorídrico 0,1 M SV equivale a 19,069 mg de no espectro de bromazepam SQR, preparado de maneira
Na2B4O7.10H2O. idêntica.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) na faixa


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de 220 nm a 350 nm, da solução a 0,0005% (p/v) em
Em recipientes bem fechados. metanol, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos
comprimentos de onda de solução similar de bromazepam
SQR. A razão entre os valores de absorvância medidos em
ROTULAGEM 233 nm e 325 nm está compreendida entre 980 e 1080.
Observar a legislação vigente. C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
CLASSE TERAPÊUTICA como suporte, e mistura de dietilamina e éter etílico
(30:70), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
Agente antisséptico, detergente, adstringente para mucosas.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 701

5 —L de cada uma das soluções, recentemente preparadas, ROTULAGEM


descritas a seguir.
Observar a legislação vigente.
Solução (1): solução a 1 mg/mL da amostra em mistura de
metanol e cloreto de metileno (1:9).

Solução (2): solução a 1 mg/mL de bromazepam SQR em


mistura de metanol e cloreto de metileno (1:9).
CLASSE TERAPÊUTICA
Ansiolítico
ba
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha BROMAZEPAM COMPRIMIDOS
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Contém, no mínimo, 93,0% e, no máximo, 110,0% da
D. Dissolver cerca de 20 mg da amostra em 5 mL de quantidade declarada de C14H10BrN3O.
metanol. Adicionar 5 mL de água e 1 mL de sulfato ferroso
amoniacal a 1% (p/v). Desenvolve-se coloração violeta.
IDENTIFICAÇÃO

ENSAIOS DE PUREZA A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na


faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida em
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Doseamento, exibe máximos e mínimos idênticos aos
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), observados no espectro da solução padrão.
utilizando sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de
etanol, trietilamina, cloreto de metileno e éter de petróleo B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
(5:5:20:70), como fase móvel. Aplicar, separadamente camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
à placa, 5 —L de cada uma das soluções, recentemente como suporte, e mistura de acetato de etila e hidróxido de
preparadas, descritas a seguir. O ensaio deve ser realizado amônio a 25% (v/v) (100:1), como fase móvel. Aplicar,
ao abrigo da luz. separadamente, à placa, 10 —L de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.
Solução (1): solução a 10 mg/mL da amostra em mistura
de metanol e cloreto de metileno (1:9). Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar
quantidade do pó equivalente a 25 mg de bromazepam e
Solução (2): diluir a Solução (1) em mistura de metanol adicionar 10 mL de metanol. Homogeneizar e Þltrar.
e cloreto de metileno (1:9), de modo a obter solução da
amostra a 20 mg/mL. Solução (2): solução a 2,5 mg/mL de bromazepam SQR
em metanol.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar em corrente de ar por 20 minutos. Examinar sob luz Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar
ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha secundária obtida ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
no cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
principal, não é mais intensa que aquela obtida com a cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Solução (2) (0,2%).
CARACTERÍSTICAS
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra, em estufa a vácuo, a 80 °C, por 4 horas. No Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
máximo 0,2%.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%. Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.


DOSEAMENTO
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g de amostra, dissolver
em 20 mL de ácido acético glacial e adicionar 50 mL de
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Proceder
anidrido acético. Titular com solução de ácido perclórico
ao abrigo da luz. Pesar individualmente e transferir cada
0,1 M SV e determinar o ponto Þnal potenciometricamente.
comprimido para balão volumétrico de 100 mL. Prosseguir
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
conforme descrito em Doseamento, a partir de “Adicionar
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 31,615
70 mL de ácido sulfúrico metanólico 0,1 M...”.
mg de C14H10BrN3O.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Meio de dissolução: ßuido gástrico simulado (sem enzima),
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
900 mL
702 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Aparelhagem: pás, 50 rpm

Tempo: 20 minutos
BROMETO DE NEOSTIGMINA
Neostigmini bromidum

b Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de


dissolução, Þltrar, resfriar a 20 ºC e diluir, se necessário,
em ßuido gástrico simulado (sem enzima) até concentração
adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 239 nm
(5.2.14), utilizando ßuido gástrico simulado (sem enzima)
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C14H10BrN3O
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com
a da solução de bromazepam SQR na concentração de
0,00033 % (p/v), preparada no mesmo solvente.

Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade decla-


rada de C14H10BrN3O se dissolvem em 20 minutos.
C12H19BrN2O2; 303,20
DOSEAMENTO brometo de neostigmina; 06287
Brometo de 3-[[(dimetilamino)carbonil]oxi]-N,N,N-
Nota: realizar o preparo das soluções ao abrigo da luz. trimetilbenzenamínio
[114-80-7]
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
comprimidos. Transferir quantidade do pó, exatamente
C12H19BrN2O2, em relação à substância dessecada.
pesada, equivalente a 0,6 g de bromazepam para balão
volumétrico de 100 mL. Adicionar 70 mL de ácido
sulfúrico metanólico 0,1 M e deixar em ultrassom por 20 DESCRIÇÃO
minutos. Completar o volume com o mesmo solvente,
centrifugar e Þltrar, se necessário. Realizar diluições Características físicas. Pó cristalino branco. É incolor e
sucessivas até concentração de 0,0006% (p/v), utilizando tem sabor amargo. Suas soluções são neutras ao papel de
o mesmo solvente. Preparar solução padrão nas mesmas tornassol.
condições. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
Solubilidade. Muito solúvel em água, solúvel em etanol.
em 239 nm, utilizando ácido sulfúrico metanólico 0,1 M
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C14H10BrN3O Constantes físico-químicas.
nos comprimidos, a partir das leituras obtidas.
Faixa de fusão (5.2.2): 171 °C a 176 °C, com decomposição.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada a 105 °C por 3 horas,
ROTULAGEM dispersa em brometo de potássio, apresenta máximos de
Observar a legislação vigente. absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
no espectro de brometo de neostigmina SQR, preparado de
maneira idêntica.

B. A solução 1:50 responde às reações do brometo (5.3.1.1).

ENSAIOS DE PUREZA
Sulfato. Dissolver 0,25 g da amostra em 10 mL de água,
adicionar 1 mL de ácido clorídrico e 1 mL de cloreto de
bário. Não se produz turbidez imediatamente.

Perda por dessecação (5.2.9). Dessecar a amostra a 105 °C


por 3 horas. No máximo 2,0%

Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,15%.


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 703

DOSEAMENTO 0,01 M ou hidróxido de sódio 0,01 M para promover a


Dissolver exatamente, cerca de 0,75 g da amostra em viragem do indicador.
mistura de 70 mL de ácido acético glacial e 20 mL de

ba
Brometos. A 10 mL da solução obtida em Aspecto da
acetato de mercúrio SR. Adicionar quatro gotas de cloreto solução adicionar 1 mL de solução de amido SI, 0,1 mL de
de metilrosanilínio SI e titular com ácido perclórico 0,1 M uma solução de iodeto de potássio 10% (p/v) e 0,25 mL de
SV ate coloração azul. Realizar ensaio em branco e fazer ácido sulfúrico 0,5 M. Proteger da luz por 5 minutos. Não
as correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 deve ser desenvolvida coloração azul ou violeta.
M SV equivale a 30,32 mg de C12H19BrN2O2.
Cloretos. Transferir 1 g da amostra para erlenmeyer e
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO dissolver em 20 mL de ácido nítrico a 20% (p/v). Adicionar
5 mL de peróxido de hidrogênio concentrado e aquecer em
Em recipientes herméticos. banho-maria até a solução ser completamente descolorida.
Lavar as paredes do frasco com um pouco de água e
aquecer em banho-maria por 15 minutos. Resfriar, diluir
ROTULAGEM para 50 mL com água, adicionar 5 mL de nitrato de prata
Observar a legislação vigente. 0,1 M SV e 1 mL de ftalato de dibutila. Homogeneizar
e titular com solução de tiocianato de amônio 0,1 M SV
utilizando 5 mL de solução de sulfato férrico amoniacal SR
CLASSE TERAPÊUTICA como indicador. Não mais que 1,7 mL de solução de nitrato
de prata 0,1 M SV são necessários para promover viragem
Colinérgico.
do indicador (0,6%). Registrar o volume de nitrato de prata
0,1 M SV utilizado.
BROMETO DE SÓDIO Iodetos. A 5 mL da solução obtida em Aspecto da solução
Natrii bromidum adicionar 0,15 mL de cloreto férrico SR e 2 mL de
clorofórmio. Agitar e observar as fases. A fase clorofórmica
é incolor.
NaBr; 102,89
brometo de sódio; 01445 Sulfatos (5.3.2.2). Utilizar 15 mL da solução obtida em
Brometo de sódio Aspecto da solução e prosseguir conforme descrito em
[7647-15-6] Ensaio limite para sulfatos. No máximo 0,01% (100 ppm).

Bário. A 5 mL da solução obtida em Aspecto da solução


Contém, no mínimo, 98,0 % e, no máximo, 100,5 % de
adicionar 5 mL de água destilada e 1 mL de ácido sulfúrico
NaBr, em relação à substância dessecada.
diluído SR. Após 15 minutos, qualquer opalescência
observada não é mais intensa do que a mistura de 5 mL
DESCRIÇÃO da solução obtida em Aspecto da solução e 6 mL de água.

Características físicas. Pó branco ou cristais incolores ou Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Utilizar 12
opacos, ligeiramente higroscópico. mL da solução obtida em Aspecto da solução e prosseguir
conforme descrito em Ensaio limite para metais pesados.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água e solúvel em Preparar uma solução referência utilizando solução de
etanol. chumbo (1 ppm Pb). No máximo 0,001% (10 ppm).

Ferro (5.3.2.4). Diluir 5 mL da solução obtida em Aspecto


IDENTIFICAÇÃO da solução para 10 mL com água e prosseguir conforme
A. Responde às reações do íon brometo (5.3.1.1). descrito em Ensaio limite para ferro. No máximo 0,002%
(20 ppm).
B. A solução a 10% (p/v) responde às reações do íon sódio
(5.3.1.1). Magnésio e metais alcalinos terrosos (5.3.2.9). Utilizar
10 g de amostra e prosseguir conforme descrito em Ensaio
limite para magnésio e metais alcalinos terrosos. O volume
ENSAIOS DE PUREZA de edetato dissódico 0,01 M SV utilizado não excede 5 mL.
No máximo 0,02% (200 ppm), calculados como cálcio.
Aspecto da solução. Transferir 10 g da amostra para
balão volumétrico de 100 mL, dissolver em água isenta de Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
dióxido de carbono e completar o volume com o mesmo amostra, em estufa entre 100 °C e 105 °C, por 3 horas. No
solvente. A solução é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12). máximo 3,0%.
Acidez ou alcalinidade. A 10 mL da solução obtida em
Aspecto da solução adicionar 0,1 mL de azul de bromotimol DOSEAMENTO
SI. Não é necessário mais que 0,5 mL de ácido clorídrico
Transferir, exatamente, cerca de 2 g da amostra para balão
volumétrico de 100 mL, dissolver em água e completar
704 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

o volume com mesmo solvente. A 10 mL desta solução IDENTIFICAÇÃO


adicionar 50 mL de água, 5 mL de ácido nítrico 20% (p/v),
25 mL de nitrato de prata 0,1 M SV, 2 mL de ftalato de A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dessecada em dessecador sob vácuo até peso

b
dibutila e homogeneizar. Titular com tiocianato de amônio
0,1 M SV, utilizando 2 mL de sulfato férrico amoniacal SR constante, dispersa em brometo de potássio, apresenta
como indicador, agitando vigorosamente, até a viragem máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
do indicador. Corrigir o volume, subtraindo o volume de de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
nitrato de prata 0,1 M SV gasto no teste para Cloretos em observados no espectro de bromidrato de citalopram SQR,
Ensaios de pureza. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M SV preparado de maneira idêntica.
equivale a 10,289 mg de NaBr.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, da solução a 0,001% (p/v) em ácido
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO clorídrico 0,1 M, exibe máximo em 239 nm, idêntico ao
observado no espectro de solução similar de bromidrato de
Em recipientes bem fechados. citalopram SQR.

C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em


ROTULAGEM camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
Observar a legislação vigente. como suporte, e mistura de água, 1-butanol e ácido acético
(15:12:3), como fase móvel. Preparar a fase móvel com
24 horas de antecedência e desprezar a camada orgânica.
CLASSE TERAPÊUTICA Aplicar, separadamente, à placa, 5 —L de cada uma das
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
Sedativo, hipnótico, anticonvulsivante.
Solução (1): solução a 1 mg/mL da amostra em água.

BROMIDRATO DE CITALOPRAM Solução (2): solução a 1 mg/mL de bromidrato de


Citaloprami hydrobromidum citalopram SQR em água.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar


ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).

D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

E. Responde às reações do íon brometo (5.3.1.1).

ENSAIOS DE PUREZA
C20H21FN2O.HBr; 405,30
bromidrato de citalopram; 02162 Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
Bromidrato de 1-[3-(dimetilamino)propil]-1-(4-ßuorfenil)- amostra.Dessecar sob vácuo, à temperatura ambiente, até
1,3-diidro-5-isobenzofurancarbonitrila (1:1) peso constante. No máximo 0,5 %.
[59729-32-7]
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
C20H21FN2O.HBr, em relação à substância dessecada. Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


DESCRIÇÃO absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir, exatamente, o
equivalente a 10 mg da amostra para balão volumétrico de
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase 100 mL, dissolver em ácido clorídrico 0,1 M e completar
branco. o volume com o mesmo solvente. Diluir, sucessivamente,
com o mesmo solvente, até concentração de 0,001% (p/v).
Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, solúvel em
Preparar solução padrão na mesma concentração, utilizando
clorofórmio, metanol e etanol, praticamente insolúvel em
o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das soluções
éter etílico.
resultantes em 239 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M
Constantes físico-químicas. para ajuste do zero. Calcular o teor de C20H21FN2O.HBr na
amostra a partir das leituras obtidas.
Faixa de fusão (5.2.2): 182 °C a 189 °C.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 705

de detector ultravioleta a 239 nm; coluna de 250 mm de Contém no mínimo 98,5% e, no máximo, 100,5% de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada C17H23NO3.HBr em relação à substância dessecada.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
de 1,0 mL/minuto.

Fase móvel: mistura de trietilamina a 0,3% (v/v), ajustar


com ácido fosfórico a pH 6,6, e acetonitrila (55:45).
DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó cristalino, branco, inodoro e de
sabor amargo. Deliquescente ao ar e sensível à luz.
ba
Solubilidade. Muito solúvel em água, em etanol e em
Solução amostra: transferir o equivalente a 10 mg da
clorofórmio. Muito pouco solúvel em éter etílico.
amostra para balão volumétrico de 50 mL e completar o
volume com água. Transferir 5 mL para balão volumétrico
de 25 mL e completar o volume com o mesmo solvente, IDENTIFICAÇÃO
obtendo solução a 40 —g/mL.
A. Colocar 10 mg da amostra em cápsula de porcelana,
Solução padrão: transferir o equivalente a 10 mg de adicionar cinco gotas de ácido nítrico e aquecer em
bromidrato de citalopram SQR para balão volumétrico de banho-maria até completa evaporação. Ao resíduo, após
50 mL e completar o volume com água. Transferir 5 mL resfriamento, adicionar algumas gotas de hidróxido de
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume potássio etanólico 0,5 M é produzida coloração violeta.
com o mesmo solvente, obtendo solução a 40 —g/mL.
B. A 1 mL de solução aquosa a 5% (p/v) da amostra,
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução adicionar cloreto de ouro SR gota a gota, até formação
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e de precipitado. Adicionar pequena quantidade de ácido
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C20H21FN2O. clorídrico diluído e aquecer até dissolução do precipitado.
HBr na amostra a partir das respostas obtidas com a Após resfriamento, devem ser formadas pequenas
Solução padrão e a Solução amostra. lâminas lustrosas, castanho avermelhadas que podem
ser acompanhadas de agulhas com a mesma coloração
(diferenciação com atropina e escopolamina).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
C. A uma solução aquosa a 5% (p/v) da amostra, adicionar
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em
nitrato de prata SR. É formado um precipitado branco-
temperatura ambiente.
amarelado, insolúvel em ácido nítrico.

ROTULAGEM
ENSAIOS DE PUREZA
Observar a legislação vigente.
Outros alcaloides. Dissolver 250 mg da amostra em 1 mL
de ácido clorídrico 0,1 M, diluir com água para 15 mL e
CLASSE TERAPÊUTICA separar em duas porções. A uma porção de 5 mL da solução
adicionar algumas gotas de cloreto platínico SR; não deve
Antidepressivo. formar precipitado imediatamente. A outra porção de 5 mL
da solução adicionar 2 mL de amônia SR; a mistura poderá
desenvolver leve opalescência, mas não deverá apresentar
BROMIDRATO DE HIOSCIAMINA turvação nem precipitação imediata.
Hyoscyamini hydrobromidum
Perda por dessecação (5.2.9). Dessecar em estufa a 105º,
por 2 horas. No máximo 1,0%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,2%.

DOSEAMENTO
Dissolver cerca de 700 mg da amostra, exatamente pesados,
em mistura de 50 mL de ácido acético glacial e 10 mL de
acetato de mercúrio SR. Adicionar uma gota de cloreto de
metilrosanilínio SI e titular com com ácido perclórico 0,1 M
SV até o aparecimento de cor azul-esverdeada. Faça ensaio
branco para correção necessária. Cada mL de ácido perclórico
NO3.HBr; 370,28 0,1 M SV equivale a 37,028 mg de C17H23NO3.HBr.
bromidrato de hiosciamina; 04727
Bromidrato do éster (ĮS)-(3-endo)-8-metil-8-azabiciclo[3.2.1]
octa-3-ílico do ácido Į-(hidroximetil)-benzenoacético EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
[306-03-6]
Em recipientes herméticos e opacos.
706 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ROTULAGEM Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No


máximo 0,003% (30 ppm).
Observar a legislação vigente.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da

b CATEGORIA
Anticolinérgico.
amostra, em estufa a 105 ºC, por 4 horas. No máximo 0,5%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


No máximo 0,1%.

BROMOPRIDA DOSEAMENTO
Bromopridum
Empregar um dos métodos descritos a seguir

A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio não


aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,17 g da
amostra, transferir para erlenmeyer de 150 mL e dissolver
em 80 mL de ácido acético glacial. Adicionar 2 mL de
anidrido acético. Titular com ácido perclórico 0,1 M SV,
determinando o ponto Þnal potenciometricamente. Cada
mL de ácido perclórico, 0,1 M SV equivale a 34,425 mg de
C14H22BrN3O2.
C14H22BrN3O2; 344,25
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
bromoprida; 01471
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente,
4-Amino-5-bromo-N-[2-(dietilamino)etil]-2-metoxibenzamida
cerca de 0,1 g da amostra para balão volumétrico de 100
[4093-35-0]
mL. Adicionar 50 mL de ácido clorídrico 0,1 M, e deixar
em ultrassom por 10 minutos, completar o volume com
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 102,0% de o mesmo solvente. Diluir, sucessivamente, com ácido
C14H22BrN3O2, em relação à substância dessecada. clorídrico 0,1 M até concentração de 0,001% (p/v). Preparar
solução padrão na mesma concentração, utilizando o
DESCRIÇÃO mesmo solvente. Medir as absorvâncias das soluções em
274 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do
Características físicas. Pó cristalino, branco a branco zero. Calcular o teor de C14H22BrN3O2 na amostra a partir
marÞm, praticamente inodoro. das leituras obtidas.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água. Pouco
solúvel em acetona, etanol e éter etílico. Ligeiramente EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
solúvel em acetonitrila. Solúvel em soluções diluídas de
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
ácidos minerais.

Constantes físico-químicas. ROTULAGEM


Faixa de fusão (5.2.2): 151 ºC a 155 ºC. Observar a legislação vigente.

IDENTIFICAÇÃO CLASSE TERAPÊUTICA


A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Antiemético.
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
BROMOPRIDA COMPRIMIDOS
observados no espectro de bromoprida SQR, preparado de
maneira idêntica.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
quantidade de C14H22BrN3O2.
de 230 nm a 350 nm, da solução amostra obtida no método
B. de Doseamento, exibe máximo em 274 nm, idêntico ao
observado no espectro da solução similar de bromoprida IDENTIFICAÇÃO
SQR.
O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida em
ENSAIOS DE PUREZA Doseamento, exibe máximos em 274 nm, idênticos aos
observados no espectro da solução padrão.
Aspecto da solução. Dissolver 1 g da amostra em 10 mL de
ácido clorídrico 0,5 M. A solução obtida é límpida (5.2.25).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 707

CARACTERÍSTICAS
BROMOPRIDA SOLUÇÃO ORAL
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.

Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.


Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C14H22BrN3O2.

IDENTIFICAÇÃO
ba
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtido em Doseamento, corresponde
Procedimento para uniformidade de conteúdo: triturar àquele do pico principal da Solução padrão.
cada comprimido até pó Þno, transferir, quantitativamente,
para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 50 mL de áci-
do clorídrico 0,1 M, deixar em ultrassom por 15 minutos. CARACTERÍSTICAS
Diluir, sucessivamente, em ácido clorídrico 0,1 M até con- Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
centração de 0,001% (p/v) e prosseguir conforme descrito
em Doseamento. pH (5.2.19). 2,8 a 3,7.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M , 500 mL Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Aparelhagem: cestas, 50 rpm
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Tempo: 30 minutos Cumpre o teste.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução e Þltrar. Medir as absorvâncias das soluções em DOSEAMENTO
274 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste
do zero. Calcular a quantidade de C14H22BrN3O2 dissolvida Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de bromoprida SQR na concentração de 0,002% (p/v), de detector ultravioleta a 310 nm; coluna de 250 mm de
preparada no mesmo solvente. comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo fenil (5 mm);
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade ßuxo da Fase móvel de 1 mL/minuto.
declarada de C14H22BrN3O2 se dissolvem em 30 minutos.
Tampão pH 7,0: dissolver 1,361 g de fosfato de potássio
monobásico em 900 mL de água, adicionar 2 mL de
DOSEAMENTO trietilamina, ajustar o pH em 7,0 ± 0,05 com ácido fosfórico
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de e diluir para 1000 mL com água.
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20 Fase móvel: mistura de Tampão pH 7,0 e acetonitrila
comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente (60:40).
a cerca de 10 mg de bromoprida para balão volumétrico
de 100 mL, adicionar 50 mL de ácido clorídrico 0,1 M, Diluente: Mistura de água e acetonitrila (3:2).
deixar em ultrassom por 10 minutos. Completar o volume
com ácido clorídrico 0,1 M, homogeneizar e Þltrar. Solução amostra: transferir volume da amostra equivalente
Diluir, sucessivamente, em ácido clorídrico 0,1 M até a 8 mg de bromoprida para balão volumétrico de 100 mL e
concentração de 0,001% (p/v). Preparar solução padrão na completar o volume com Diluente.
mesma concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir
Solução padrão: Transferir 40 mg de bromoprida SQR
as absorvâncias das soluções em 274 nm, utilizando ácido
para balão volumétrico de 50 mL, dissolver em acetonitrila
clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a quantidade
e completar o volume com o mesmo solvente. Transferir 1
de C14H22BrN3O2 nos comprimidos a partir das leituras
mL para balão volumétrico de 10 mL e completar o volume
obtidas.
com Diluente, obtendo solução a 80 mg/mL.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Injetar replicatas de 10 —L da Solução padrão. A eÞciência


da coluna não é menor que 3500 pratos teóricos/metro. O
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
registrados não é maior que 2,0%.
ROTULAGEM Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Observar a legislação vigente. e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
708 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

C14H22BrN3O2 na solução oral a partir das respostas obtidas butilbrometo de escopolamina SQR, preparado de maneira
com a Solução padrão e a Solução amostra. idêntica.

B. Dissolver sob agitação1 mg da amostra com 0,2 mL

b EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
de ácido nítrico e evaporar até secura em banho-maria.
Dissolver o resíduo em 2 mL de acetona e acrescentar
0,1 mL de hidróxido de potássio a 3% (p/v) em metanol.
Desenvolve-se coloração violeta.
ROTULAGEM
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Observar a legislação vigente. da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

BUTILBROMETO DE ESCOPOLAMINA D. Dissolver sob agitação 0,5 g da amostra com 5 mL de


água e acrescentar 2 mL de hidróxido de sódio SR. Não
Scopolamini butylbromidum
deve formar precipitado.

E. Responde às reações do íon brometo (5.3.1.1).

ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 5,5 a 6,5. Determinar em solução a 10% (p/v)
em água isenta de dióxido de carbono.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito


no método B. de Doseamento. Preparar as soluções como
descrito a seguir:

Solução (1): pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da amostra e


transferir para balão volumétrico de 10 mL com auxílio da
C21H30BrNO4; 440,37
Fase móvel. Completar o volume com o mesmo solvente.
butilbrometo de escopolamina; 03517
Brometo de (1Į,2ȕ,4ȕ,5Į,7ȕ)-9-butil-7-[(2S)-3-hidroxi-1- Solução (2): pesar, exatamente, cerca de 10 mg de
oxo-2-fenilpropoxi]-9-metil-3-oxa-9-azoniatriciclo[3.3.1.02,4] bromidrato de escopolamina SQR, transferir para balão
nonano volumétrico de 100 mL e completar com Fase móvel.
[149-64-4] Transferir 10 mL para balão volumétrico de 50 mL e
completar o volume com Fase móvel.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
C21H30BrNO4, em relação à substância dessecada. Solução (3): transferir 5 mL da Solução (2) para balão
volumétrico de 10 mL e completar o volume com Fase
móvel.
DESCRIÇÃO
Solução de resolução: a 10 mL da Solução (2), adicionar
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase 10 ȝL da Solução (1).
branco.
Injetar 20 ȝL da Solução de resolução. A resolução entre
Solubilidade. Facilmente solúvel em água e em cloreto de escopolamina e butilescopolamina não é menor que 5. O
metileno, pouco solúvel em etanol. desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
registrados não é maior que 2,0%.
Constantes físico-químicas
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
Faixa de fusão (5.2.2): 139 ºC a 141 ºC.
(1), Solução (2) e Solução (3), registrar os cromatogramas
Poder rotatório (5.2.8): -18° a -20°, em relação à substância por, no mínimo, o dobro do tempo de retenção do pico
dessecada. Determinar em solução a 10% (p/v) em água. principal e medir as áreas sob os picos. A área sob o pico
corresponde à escopolamina eventualmente presente no
cromatograma obtido com Solução (1) não é maior que a
IDENTIFICAÇÃO área sob o pico principal obtido com a Solução (3) (0,1%).
A área de qualquer outro pico secundário obtido com a
Os testes B., C. e D. podem ser omitidos quando os testes
Solução (1), exceto o pico principal e o pico correspondente
A. e E. forem realizados.
à escopolamina, não é maior que a área sob o pico principal
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da obtido com a Solução (2) (0,2%). Desconsiderar os picos
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo referentes ao solvente e ao íon brometo, os quais aparecem
de potássio, apresenta máximos de absorção somente no início do cromatograma.
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 709

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da


amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, até peso constante. BUTILBROMETO DE ESCOPOLAMINA
No máximo 2,5%. COMPRIMIDOS
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,5 g da
amostra. No máximo 0,1%.

DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da
quantidade declarada de C21H30BrNO4. Os comprimidos
devem ser revestidos (revestimento açucarado).
ba
Empregar um dos métodos a seguir.
IDENTIFICAÇÃO
A. Pesar, exatamente, cerca de 0,4 g da amostra e dissolver
em 50 mL de água. Titular com nitrato de prata 0,1 M SV A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade do
e determinar o ponto Þnal potenciometricamente. Utilizar pó equivalente a 50 mg de butilbrometo de escopolamina
eletrodo indicador de prata e eletrodo de referência de com 20 mL de clorofórmio. Filtrar, evaporar até secura e
prata-cloreto de prata. Realizar ensaio em branco e fazer as ressuspender o resíduo com 5 mL de acetonitrila. Evaporar
correções necessárias. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M até secura, a 50 ºC, sob pressão reduzida por 1 hora. O
SV corresponde a 44,037 mg de C21H30BrNO4. espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo,
disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
de detector ultravioleta a 210 nm; coluna de 250 mm de no espectro de butilbrometo de escopolamina SQR.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (5 mm B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade de
a 10 mm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase pó equivalente a 50 mg de butilbrometo de escopolamina
móvel de 2 mL/minuto. com 20 mL de clorofórmio. Filtrar, evaporar até secura,
ressuspender o resíduo com 50 mL de água e Þltrar. O
Fase móvel: 2 g de laurilsulfato de sódio em mistura de espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de
ácido clorídrico 0,001 M e metanol (37:68). 230 nm a 350 nm, da solução Þltrada, exibe máximos em
252 nm, 257 nm e 264 nm.
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
da amostra em ácido clorídrico 0,001 M para obter a 0,4 C. Utilizar 1 mg do resíduo obtido no método A. de
mg/mL. IdentiÞcação desta monograÞa, e proceder conforme
descrito no método B. de IdentiÞcação da monograÞa de
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada Butilbrometo de escopolamina.
butilbrometo de escopolamina SQR em ácido clorídrico
0,001 M para obter solução a 0,4 mg/mL. D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução àquele do pico principal da Solução padrão.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C21H30BrNO4
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução CARACTERÍSTICAS
padrão e a Solução amostra.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.

Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir


ROTULAGEM cada comprimido para balão volumétrico de 25 mL e
adicionar 15 mL de ácido clorídrico 0,001 M. Agitar
Observar legislação vigente. mecanicamente por 15 minutos para desintegrar o
comprimido. Deixar em ultrassom por 15 minutos,
CLASSE TERAPÊUTICA centrifugar por 15 minutos e completar o volume com
o mesmo solvente. Se necessário, Þltrar o sobrenadante.
Antiespasmódico. Prosseguir conforme descrito no método de Doseamento.

ENSAIOS DE PUREZA
Limite de escopolamina. Proceder conforme descrito no
método B. de Doseamento da monograÞa de Butilbrometo
de escopolamina. Preparar as soluções como descrito a
seguir.
710 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (1): pesar e pulverizar 20 comprimidos. Utilizar


quantidade do pó equivalente a cerca de 0,1 g de maior que o da mancha principal não é mais intensa do que
butilbrometo de escopolamina. Adicionar 10 mL de ácido a mancha obtida com a Solução (3) (2%) e não mais que
uma mancha é mais intensa do que a mancha obtida com a

b
clorídrico 0,001 M, deixar em ultrassom por 15 minutos
e centrifugar por 15 minutos. Se necessário, Þltrar o Solução (4) (0,25%).
sobrenadante.
DOSEAMENTO
Solução (2): pesar, exatamente, cerca de 10 mg de
bromidrato de escopolamina SQR, transferir para balão Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
volumétrico de 100 mL e completar o volume com ácido da monograÞa de Butilbrometo de escopolamina. Preparar
clorídrico 0,001 M. Transferir 5 mL para balão volumétrico a solução amostra como descrito a seguir.
de 50 mL e completar o volume com o mesmo solvente.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Solução de resolução: a 10 mL da Solução (2) adicionar 10 Transferir quantidade do pó equivalente a 40 mg de
ȝl da Solução (1). butilbrometo de escopolamina para balão volumétrico de
100 mL, acrescentar 60 mL de ácido clorídrico 0,001 M,
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. deixar em ultrassom por 15 minutos, completar o volume
A resolução entre os picos de escopolamina e com o mesmo solvente e centrifugar por 15 minutos. Se
butilescopolamina não é menor que 5. O desvio padrão necessário, Þltrar o sobrenadante.
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
menor que 2,0%. Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL de cada áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C21H30BrNO4
solução, registrar os cromatogramas e medir as áreas sob nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
os picos. A área sob o pico correspondente a escopolamina Solução padrão e Solução amostra.
obtido com a Solução (1) não deve ser maior do que a área
sob o pico principal obtido com a Solução (2) (0,1%).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
sílica-gel 60 F254, como suporte, e mistura de ácido fórmico,
água, etanol e cloreto de metileno (0,5:1,5:9:9), como fase
ROTULAGEM
móvel. Permitir que a fase móvel migre em torno de 4 cm
acima do ponto de aplicação na placa cromatográÞca e Observar a legislação vigente.
aplicar, separadamente, 2 ȝL de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): pesar e pulverizar 20 comprimidos. Utilizar


BUTILBROMETO DE ESCOPOLAMINA
quantidade do pó equivalente a cerca de 20 mg de SOLUÇÃO INJETÁVEL
butilbrometo de escopolamina. Adicionar 5 mL de ácido
clorídrico 0,01 M deixar em ultrassom por 15 minutos
Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da
e centrifugar por 15 minutos. Se necessário, Þltrar o
quantidade declarada de C21H30BrNO4. Pode ser preparada
sobrenadante.
em água para injetáveis ou em outro solvente adequado.
Solução (2): diluir 3 mL da Solução (1) para 100 mL com
ácido clorídrico 0,01 M. IDENTIFICAÇÃO
Solução (3): diluir 1 mL da Solução (1) para 50 mL com A. Utilizar volume da solução injetável equivalente a 0,1
ácido clorídrico 0,01 M. g de butilbrometo de escopolamina. Evaporar até secura
e ressuspender o resíduo com clorofórmio. Evaporar até
Solução (4): diluir 1 mL da Solução (1) para 400 mL com
secura e ressuspender o resíduo com 5 mL de acetonitrila.
ácido clorídrico 0,01 M.
Evaporar até secura, a 50 ºC, sob pressão reduzida, por 1
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar hora. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do
em estufa a 60 ºC durante 15 minutos e nebulizar com resíduo, disperso em brometo de potássio, apresenta máximos
iodeto de potássio e subnitrato de bismuto SR. Deixar de absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
a placa secar, nebulizar com nitrito de sódio a 5% com as mesmas intensidades relativas daqueles observados no
(p/v) e examinar imediatamente. A mancha principal espectro de butilbrometo de escopolamina SQR.
obtida no cromatograma da Solução (1) apresenta Rf de
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
aproximadamente 0,45. Qualquer mancha secundária
faixa de 230 nm a 350 nm, da Solução amostra obtida em
obtida no cromatograma da Solução (1) com Rf menor que
Doseamento, exibe máximos em 252 nm, 257 nm e 264 nm.
o da mancha principal não é mais intensa do que a mancha
obtida com a Solução (2) (3%), e não mais que duas C. Utilizar 1 mg do resíduo obtido no método A. de
manchas são mais intensas do que a mancha obtida com a IdentiÞcação desta monograÞa, e proceder conforme
Solução (4) (0,25%). Qualquer mancha secundária com Rf
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 711

descrito no método B. de IdentiÞcação da monograÞa de Solução (2): diluir 3 mL da Solução (1) para 100 mL com
Butilbrometo de escopolamina. ácido clorídrico 0,01 M.

D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Solução (3): diluir 1 mL da Solução (1) para 50 mL com
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.

CARACTERÍSTICAS
ácido clorídrico 0,01 M.

Solução (4): diluir 1 mL da Solução (1) para 400 mL com


ácido clorídrico 0,01 M.
ba
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar com a
pH (5.2.19). 3,7 a 5,5. 60 ºC durante 15 minutos e nebulizar com iodeto de potássio
e subnitrato de bismuto SR. Deixar a placa secar e nebulizar
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
com nitrito de sódio a 5% (p/v) e examinar imediatamente.
A mancha principal obtida no cromatograma da Solução (1)
ENSAIOS DE PUREZA apresenta Rf de aproximadamente 0,45. Qualquer mancha
secundária obtida no cromatograma da Solução (1) com Rf
Limite de escopolamina. Proceder conforme descrito no menor que o da mancha principal não é mais intensa do que
método B. de Doseamento da monograÞa de Butilbrometo a mancha obtida com a Solução (2) (3%) e não mais que
de escopolamina. Preparar as soluções como descrito a duas manchas são mais intensas do que a mancha obtida
seguir. com a Solução (4) (0,25%). Qualquer mancha secundária
com Rf maior que o da mancha principal não é mais intensa
Solução (1): diluir, se necessário, volume de solução
do que a mancha obtida com a Solução (3) (2%) e não mais
injetável em ácido clorídrico 0,001 M para preparar
do que uma mancha é mais intensa do que a mancha obtida
solução a 10 mg/mL.
com a Solução (4) (0,25%).
Solução (2): pesar, exatamente, 10 mg de bromidrato de
escopolamina SQR, transferir para balão volumétrico de TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
100 mL e completar o volume com ácido clorídrico 0,001
M. Transferir 5 mL dessa solução para balão volumétrico Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
de 50 mL e completar o volume com o mesmo solvente.
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 555 UE/
Solução de resolução: a 10 mL da Solução (2), adicionar mg de butilbrometo de escopolamina.
10 ȝL da Solução (1).

Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. DOSEAMENTO


A resolução entre os picos de escopolamina e
Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
butilescopolamina não é menor que 5. O desvio padrão
da monograÞa de Butilbrometo de escopolamina. Preparar
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
a Solução amostra como descrito a seguir.
menor que 2,0%.
Solução amostra: transferir volume de solução injetável
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL de cada
equivalente a 40 mg de butilbrometo de escopolamina para
solução, registrar os cromatogramas e medir as áreas sob
balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com
os picos. A área sob o pico correspondente à escopolamina
ácido clorídrico 0,001 M.
obtida com a Solução (1) não deve ser maior do que a área
sob o pico principal obtido com a Solução (2) (0,1%). Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C21H30BrNO4
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
na solução injetável a partir das respostas obtidas com as
sílica-gel 60 F254, como suporte, e mistura de ácido fórmico,
Soluções padrão e amostra.
água, etanol e cloreto de metileno (0,5:1,5:9:9), como fase
móvel. Permitir que a fase móvel migre em torno de 4 cm
acima do ponto de aplicação na placa cromatográÞca e EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
aplicar, separadamente, 2 ȝL de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir. Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz.

Solução (1): diluir, se necessário, volume de amostra


para preparar solução a 20 mg/mL de butilbrometo de ROTULAGEM
escopolamina em ácido clorídrico 0,01 M. Observar legislação vigente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 713

ENSAIOS DE PUREZA
CAFEÍNA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Coffeinum CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel G254, como suporte, e mistura de amônia, acetona,
clorofórmio e 1-butanol (10:30:30:40), como fase móvel.
Aplicar, separadamente, à placa, 10 —L de cada uma das
soluções descritas a seguir.

Solução (1): dissolver 0,2 g da amostra em mistura de

ca
metanol e clorofórmio (4:6) e completar o volume para
balão volumétrico de 10 mL.

Solução (2): transferir 0,5 mL da Solução (1) para balão


C8H10N4O2; 194,19 volumétrico de 100 mL e completar o volume com mistura
cafeína; 01642 de metanol e clorofórmio (4:6).
3,7-Diidro-1,3,7-trimetil-1H-purina-2,6-diona
[58-08-2] Desenvolver o cromatograma, no percurso de 15 cm.
Remover a placa, deixar secar ao ar. Examinar sob luz
ultravioleta (254 nm). Se aparecerem outras manchas,
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
além da mancha principal, no cromatograma obtido com
C8H10N4O2, em relação à substância dessecada.
a Solução (1), nenhuma é mais intensa que a mancha do
cromatograma obtido com a Solução (2) (0,5%).
DESCRIÇÃO
Outros Alcalóides. A 5 mL de uma solução a 0,02% (p/v),
Características físicas. Pó branco ou cristais aciculares adicionar gotas de iodeto de potássio mercúrio SR. Não
brancos e brilhantes. Sublima facilmente sob a ação do deve precipitar.
calor. Inodoro e de sabor amargo. A forma hidratada é
eßorescente ao ar. Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método 1. No máximo
0,0003% (3 ppm).
Solubilidade. Ligeiramente solúvel água e etanol,
facilmente solúvel em clorofórmio e pouco solúvel em éter Chumbo (5.3.2.12). No máximo 0,001% (10 ppm).
etílico.
Metais Pesados (5.3.2.3). Misturar 2 g da amostra com 5
Constantes físico-químicas. mL de ácido clorídrico 0,1 M e 45 mL de água e aquecer
até dissolução. Após o resfriamento, utilizar 25 mL desta
Faixa de fusão (5.2.2): 235 °C a 239 °C. solução para o ensaio de metais pesados. Prosseguir
conforme descrito em Método I. No máximo 0,002% (20
ppm).
IDENTIFICAÇÃO
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra. Dessecar em estufa a 115 °C até peso constante,
amostra previamente dessecada, dispersa em brometo
ou pelo método de Karl Fischer. No máximo 0,5% para a
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
cafeína anidra. No máximo 8,5% para a cafeína hidratada.
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
cafeína SQR, preparado de maneira idêntica. No máximo 0,1%.
B. Dissolver cerca de 5 mg da amostra em 1 mL de ácido
clorídrico em vidro de relógio ou cápsula de porcelana, DOSEAMENTO
adicionar 50 mg de clorato de potássio e evaporar em
banho-maria até secura. Inverter o vidro de relógio sobre Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
outro contendo uma pequena quantidade de hidróxido de aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,4 g da amostra, exatamente
amônio 6 M. O resíduo adquire uma coloração púrpura que pesada, com aquecimento, em 40 mL de anidrido acético.
desaparece com a adição de hidróxido de sódio M. Esfriar e adicionar 80 mL de benzeno. Titular com
ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o ponto Þnal
C. A 2 mL de uma solução aquosa saturada da amostra, potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
adicionar 0,1 mL de iodo SR. A solução apresenta-se SV equivale a 19,47 mg de C8H10N4O2.
límpida. Adicionar 0,1 mL de ácido clorídrico diluído.
Forma-se precipitado castanho que se dissolve após
neutralização com solução diluída de hidróxido de sódio.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes herméticos.
714 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ROTULAGEM Substâncias insolúveis em ácido. Pesar 2 g e adicionar


50 mL de ácido clorídrico 3 M. Se um resíduo insolúvel
Observar a legislação vigente. remanescer, coletar em um Þltro tarado, lavar com água e
secar a 105 °C por 1 hora, esfriar e pesar. O peso do resíduo
CLASSE TERAPÊUTICA não excede 40 mg (2,0%)

Estimulante central. Substâncias alcalinas. Fazer a digestão de 1 g com 20 mL


de água em banho-maria por 15 minutos, Þltrar, adicionar
duas gotas de fenoftaleína SI. Se uma cor vermelha é
produzida, não mais que 0,2 mL de ácido sulfúrico 0,05 M
CALAMINA

c ZnO; 81,41
calamina; 01646
é requerido para removê-la.

Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método 1. Utilizar solução de


ácido sulfúrico 3,5 M e solução de cloreto estanoso a 40%
(p/v) em ácido clorídrico. O limite é de 0,0008% (8 ppm).
Calamina
[8011-96-9] Cinzas sulfatadas (5.2.10). Pesar cerca de 2 g da amostra,
calcinar a 500 °C até peso constante. No máximo 2,0%.
Calamina é óxido de zinco com uma pequena proporção
de óxido de ferro, e contém, após ignição, não menos que
98,0% e não mais que 100,5% de óxido de zinco (ZnO).
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
DESCRIÇÃO Cumpre o teste para ausência de Pseudomonas aeruginosa
e Staphylococcus aureus.
Características físicas. Pó amorfo, não palpável, róseo
ou marrom avermelhado, dependendo da cor da variedade DOSEAMENTO
e da quantidade do óxido férrico presente, bem como do
Calcinar, exatamente, cerca de 1,5 g de calamina. A esta
processo pelo qual é incorporado.
amostra recentemente calcinada, fazer a digestão com 50
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água. Dissolve mL de ácido sulfúrico 0,5 M SV, aplicando calor suave, até
com efervescência em ácido clorídrico. não ocorrer mais solubilização. Filtrar a mistura, e lavar o
resíduo no Þltro com água quente até que a última lavagem
seja neutra ao papel de tornassol. Ao Þltrado combinado
IDENTIFICAÇÃO e lavagens, adicionar 2,5 g de cloreto de amônio, esfriar,
adicionar alaranjado de metila, e titular com hidróxido de
A. Dissolver 1 g da amostra com 10 mL de ácido clorídrico
sódio M SV. Cada mL de ácido sulfúrico 0,5 M SV equivale
3 M e Þltrar. O Þltrado responde às reações do íon zinco
a 40,69 mg de óxido de zinco.
(5.3.1.1).

B. Dissolver 1 g da amostra em 10 mL de ácido clorídrico 3 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


M, aquecer à fervura, e Þltrar. O Þltrado assume coloração
avermelhada após a adição de tiocianato de amônio SR. Em recipientes bem fechados e protegidos da luz.

ROTULAGEM
ENSAIOS DE PUREZA
Observar a legislação vigente.
Cálcio. Fazer a digestão de 1 g da amostra em 25 mL de
ácido clorídrico 3 M por 30 minutos. Filtrar para remover
o óxido férrico insolúvel, adicionar hidróxido de sódio 6 M CLASSE TERAPÊUTICA
ao Þltrado, até que o primeiro precipitado que se forma é
Adstringente; antipruriginoso.
redissolvido, em seguida adicionar mais 5 mL de hidróxido
de sódio 6 M. A 10 mL desta solução adicionar 2 mL de
oxalato de amônio a 3,5% (p/v). Não mais que uma leve
turbidez é produzida.
CALÊNDULA
Calendulae flos
Cálcio ou Magnésio. A outra porção de 10 mL da solução
preparada para o teste de Cálcio, adicionar 2 mL de fosfato
de sódio dibásico hepta-hidratado a 12% (p/v). Não mais Calendula ofÞcinalis L. – ASTERACEAE
que uma leve turbidez é produzida.
A droga vegetal consiste de ßores liguladas inteiras ou
Chumbo. Para 1 g da amostra, adicionar 15 mL de água, trituradas, acompanhadas de escassas ßores tubulosas,
agitar, adicionar então 3 mL de ácido acético glacial, separadas do receptáculo e das brácteas involucrais, secas.
aquecer em banho-maria até dissolver. Filtrar e adicionar Não deve conter menos que 0,4% de ßavonoides totais,
cinco gotas de cromato de potássio SR. Nenhuma turvação
é formada.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 715

calculados como hiperosídeo (C21H20O12, 464,4), em endotécio, composto de células ligeiramente alongadas que,
relação ao material dessecado. em vista frontal, mostram espessamentos característicos,
restritos às paredes transversais (anticlinais). Associados
ao endotécio, ocorrem esclereídes pequenos, alaranjados,
CARACTERÍSTICAS
com paredes pouco espessadas e numerosas pontoações.

em torno de 45 Pm de diâmetro. As células epidérmicas


Características organolépticas. A droga possui odor Os grãos de pólen são equinados, tricolpados, medindo
fraco e sabor levemente amargo.
dos estigmas são poligonais a levemente alongadas em
vista frontal e mostram papilas curtas, bulbosas, enquanto
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA as dos ovários são pequenas, poligonais em vista frontal,
Flores dispostas em capítulos de 3 cm a 7 cm de diâmetro,
envolvidas por um invólucro de duas séries de brácteas.
As ßores da periferia são liguladas, pistiladas, de 1,5 cm
a 3,0 cm de comprimento e 0,5 cm a 0,7 cm de largura
contendo pigmentos castanhos. Nos ovários ocorrem
tricomas glandulares iguais aos das corolas liguladas. Os
aquênios, quando presentes, têm forma navicular, com
ornamentações dentadas na face dorsal.
ca
na porção mediana da lígula. Corolas amareladas ou
alaranjadas, com o limbo tridentado, apresentando quatro DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
ou cinco nervuras e tubo curto coberto de tricomas,
ocasionalmente acompanhadas de um estilete Þliforme O pó deve atender a todas as exigências estabelecidas
e um estigma bíÞdo. As ßores do centro são escassas, para a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
tubulosas, pequenas, curtas, de aproximadamente 0,5 cm características: coloração castanho-amarelada; presença de
de comprimento, hermafroditas, amarelas ou alaranjadas, tubos das ßores liguladas; partes de lígulas; fragmentos da
raro quase avermelhadas, com corola quinquedentada; epiderme das lígulas com cutícula estriada; fragmentos de
anteras sagitadas e estilete indiviso. Papus ausente. parênquima subepidérmico com gotas de óleo; fragmentos
de epiderme com estômatos anomocíticos grandes;
células basais das corolas contendo cristais; fragmentos
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA de tecido vascular; corolas das ßores tubulosas; anteras
das ßores tubulosas; fragmentos de anteras na maioria das
Em vista frontal, a face adaxial da epiderme da corola
vezes com porções de feixes condutores; grãos de pólen
ligulada mostra células retangulares, alongadas, de
equinados, tricolpados; fragmentos de células epidérmicas
contorno levemente sinuoso, com cutícula estriada e é
dos estigmas com papilas bulbosas; fragmentos de paredes
destituída de estômatos. Na região apical desta mesma face,
de ovários com células pigmentadas: aquênios e tricomas
as células são menores e arranjadas menos regularmente;
iguais aos descritos acima.
no extremo basal da lígula existe uma camada de células
com espessamento nas paredes externas contendo prismas
e pequenos aglomerados de cristais. A face abaxial da IDENTIFICAÇÃO
epiderme é semelhante à adaxial, diferindo desta por
apresentar poucos estômatos anomocíticos, os quais são Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada

espessura de 250 Pm, como suporte, e mistura de ácido


relativamente grandes na região apical da lígula, quando delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
comparados com as demais células epidérmicas desta
porção. Na região basal da face abaxial ocorrem tricomas fórmico anidro, água e acetato de etila (10:10:80), como

de banda, 20 PL da Solução (1) e 10 PL da Solução (2),


tectores longos, multicelulares, bisseriados, cônicos, de fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma
ápice arredondado e tricomas glandulares multicelulares,
de pedicelo unisseriado, com três a cinco células, ou descritas a seguir.
bisseriado, com três ou quatro células em cada Þleira,
Solução (1): ferver sob reßuxo 1 g da droga pulverizada
ambos com cabeça ovalada, multicelular, geralmente
com 10 mL de metanol durante 10 minutos e Þltrar.
bisseriada. As células do parênquima subjacente da corola
ligulada apresentam numerosas gotas de óleo de coloração Solução (2): dissolver 2,5 mg de rutina, 1 mg de ácido
amarelo-alaranjada a amarelo-claro. O parênquima da cafeico e 1 mg de ácido clorogênico em metanol, e
lígula é atravessado longitudinalmente por quatro ou cindo completar o volume para 10 mL utilizando o mesmo
feixes vasculares, com elementos de vaso apresentando solvente.
espessamentos anelados e helicoidais. Junto às células
parenquimáticas das corolas tubulosas são encontrados Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
cinco feixes vasculares bifurcados abaixo da zona de secar em estufa a temperatura entre 100 °C e 105 ºC e,
soldadura das pétalas. Nas brácteas involucrais, quando ainda morna, nebulizar com uma solução de difenilborato
presentes, ocorrem tricomas tectores longos, multicelulares, de aminoetanol a 1% (p/v) em metanol, seguido de uma
bisseriados, cônicos, de ápice arredondado, e tricomas solução de macrogol 400 a 5% (p/v) em metanol. Deixar
tectores com quaro ou cinco células, unisseriadas, das a placa secar ao ar livre por 30 minutos. Examinar sob
quais a célula apical é muito mais longa do que as demais luz ultravioleta (365 nm). O cromatograma obtido com
e frequentemente dobrada e achatada, além de tricomas a Solução (2), deve apresentar no terço inferior da placa
glandulares mais raros, multicelulares, de pedicelo duas manchas ßuorescentes, uma de coloração marrom-
bisseriado, cônico, com células basais mais longas e amarelada (rutina) e outra de coloração azul claro (ácido
irregulares do que as demais. Nas anteras observa-se o clorogênico); e no terço superior, uma mancha ßuorescente
716 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de coloração azul claro (ácido cafeico). O cromatograma da e, após, extrair com 15 mL de acetato de etila, repetir três
Solução (1) deve apresentar mancha ßuorescente marrom- vezes, com porções de 10 mL de acetato de etila cada vez.
amarelada correspondente em posição à mancha obtida Reunir as fases de acetato de etila e lavá-las em funil de
com a rutina no cromatograma da Solução (2); manchas separação, com duas porções de 50 mL de água destilada.
ßuorescentes verde amarelada e azul claro, correspondentes Transferir a fase de acetato de etila para balão volumétrico
em posição à mancha obtida com o ácido clorogênico no de 50 mL e completar o volume com acetato de etila.
cromatograma da Solução (2); manchas ßuorescentes
verde amarelada e azul claro correspondente em posição Solução amostra: a 10 mL da Solução estoque, adicionar
à mancha obtida com o ácido cafeico no cromatograma da 1 mL de solução de cloreto de alumínio a 2% (p/v) em
Solução (2). Outras manchas podem estar presentes. solução de ácido acético 5% (v/v) em metanol. Diluir em

c ENSAIOS DE PUREZA
Matéria estranha (5.4.2.2). No máximo 3,0%.
balão volumétrico de 25 mL com solução de ácido acético
5% (v/v) em metanol.

Solução branco: adicionar 10 mL da Solução estoque em


balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com
solução de ácido acético a 5% (v/v) em metanol.
Água (5.4.2.3). No máximo 12,0%.
Exatamente após 30 minutos, medir a absorvância da
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 10,0%.
Solução amostra a 425 nm, em cubeta de 1 cm, utilizando
Solução branco para ajuste do zero. Calcular a porcentagem
DOSEAMENTO de ßavonoides totais segundo a expressão:

Flavonoides totais

Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
a seguir. em que

Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,4 g de A = absorvância da Solução amostra medida;
droga pulverizada (800 —m), e transferir para balão de m = massa da droga (g);
fundo redondo de 100 mL. Acrescentar 1 mL de solução
PD = perda por dessecação (% p/p).
aquosa de metenamina a 0,5% (p/v), 20 mL de acetona e
2 mL de ácido clorídrico. Aquecer em banho-maria, sob O resultado é fornecido em porcentagem (p/p) de
reßuxo, por 30 minutos. Filtrar a mistura em algodão para ßavonoides totais calculados como hiperosídeo (C21H20O12).
um balão volumétrico de 100 mL, retornar o resíduo da Alternativamente, realizar os cálculos considerando A(1%,
droga e o algodão ao mesmo balão de fundo redondo, 1cm) = 500.
adicionar 20 mL de acetona. Colocar em reßuxo, por 10
minutos. Após resfriamento até temperatura ambiente,
Þltrar a solução para o balão volumétrico de 100 mL. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Repetir a operação. Em seguida, completar o volume do Em recipientes de vidro ou metal, bem fechados, ao abrigo
balão volumétrico com acetona. Em funil de separação, da luz e do calor.
adicionar 20 mL dessa solução e 20 mL de água destilada
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 717

ca

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Calendula officinalis L.


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A, B, C, D, G, H e J a 100 —m; em E, F e I a 500 —m.

A – ßor pistilada ligulada. B – tricoma tector multicelular bisseriado do tubo da corola da ßor ligulada. C – epiderme da lígula com cutícula estriada. D –
parênquima da lígula contendo gotas de óleo. E – anteras da ßor tubulosa. F – corola da ßor tubulosa do disco. G – fruto. H – grãos de pólen tricolpados.
I – fragmento de lígula. J – detalhe do parênquima com gotas de óleo na porção indicada em I.
718 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

células companheiras, grande quantidade de parênquima,


CANELA-DA-CHINA incluindo parênquima seriado e Þbras libriformes esparsas
Cinnamomi cortex e usualmente isoladas. Os raios são predominantemente
heterocelulares, podendo ocorrer raios homocelulares,
com duas células de largura, raro três, e cinco a 18 células
Cinnamomum cassia (L.) J. Presl - LAURACEAE de altura, onde é usual ocorrer idioblastos fenólicos com
grande concentração de cristais aciculares de oxalato de
A droga vegetal corresponde à casca seca contendo no cálcio similares a ráÞdes, além de cristais prismáticos; a
mínimo 1,0% de óleo volátil, constituído por 70,0% a melhor observação dos cristais é realizada em aumento de
90,0% de trans-cinamaldeído. 1000 vezes. Também são observados idioblastos contendo

c SINONÍMIA CIENTÍFICA
Cinnamomum aromaticum Nees.
óleos, além de células mucilaginosas. O ßoema não é
estratiÞcado; as placas crivadas possuem uma única área
crivada, são retas ou com diversos tipos de inclinação. Na
porção externa do ßoema a dilatação do tecido se dá através
de proliferação dos raios e crescimento tangencial de suas
células, sendo que este tecido de expansão não acumula
CARACTERÍSTICAS
compostos fenólicos.
Características organolépticas. Possui odor aromático
característico e seu sabor é menos doce, levemente DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
mucilaginoso e menos aromático que o da canela-do-
ceilão. O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
características: coloração castanha; grãos de amido isolados
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
e/ou agrupados, simples ou compostos; fragmentos de
A droga apresenta a casca na forma de fragmentos com tecido parenquimático contendo grãos de amido e gotas
3,0 cm a 7,0 cm de comprimento, 1,0 cm a 2,0 cm de lipídicas; grande quantidade de cristais dissociados,
largura e 1,0 mm a 2,0 mm de espessura. A superfície aciculares e/ou prismáticos de ápice truncado; células
externa, correspondente aos restos do súber, possui pétreas isoladas e/ou agrupadas, dissociadas ou no interior
coloração parda, castanha ou acinzentada, com manchas de fragmentos de tecido parenquimático; raros esclereídes
ou estrias e lenticelas; a textura é rugosa e não áspera. colunares, isolados; Þbras de 600 ȝm de comprimento, em
A superfície interna, correspondente à região do ßoema, média, e 35 ȝm de largura, em média, com paredes espessas,
possui coloração castanho-clara a castanha e textura lisa e lúmen estreito, isoladas ou associadas a fragmentos de
homogênea. parênquima.

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA IDENTIFICAÇÃO

A casca possui tecidos de origem primária, principalmente Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada

espessura de 250 Pm, como suporte e mistura de metanol e


tecido cortical, e tecidos secundários, derivados do delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
câmbio vascular e felogênio. O felogênio se diferencia
superÞcialmente, e suas células são alongadas tolueno (10:90), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
tangencialmente, são vacuoladas e contém compostos à placa, em forma de banda, 10 ȝL da Solução (1) e da
fenólicos. O felema, em sua porção mais interna, apresenta Solução (2), recentemente preparadas, descritas a seguir.
células de paredes suberizadas, sendo as periclinais
Solução (1): dissolver 0,5 mL do óleo volátil a ser
externas espessas. Externamente ao felema recém
examinado em acetona e diluir a 10 mL com o mesmo
formado são observadas duas a três camadas de ritidoma
solvente.
em escamação. Lenticelas são comuns. Internamente
ao felogênio predomina tecido parenquimático, onde Solução (2): dissolver 10 —L de eugenol em acetona e
ocorrem células pétreas, as quais podem ocorrer isoladas diluir a 10 mL com o mesmo solvente.
ou agrupadas, podendo apresentar espessamento parietal
desigual. A porção média do tecido cortical primário é Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
composta por parênquima com espaços intercelulares secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). Uma
esquizógenos e acúmulo de material mucilaginoso em mancha ßuorescente azul é atribuída à cumarina (Rf de
alguns destes espaços. Alguns idioblastos com óleo aproximadamente 0,55). Nebulizar a cromatoplaca com
são observados, além de grande quantidade de células anisaldeído SR e deixar em estufa entre 100 °C e 105 °C,
contendo grãos de amido simples predominantemente, por 5 minutos. O cromatograma obtido com a Solução (2)
ou compostos. Na região cortical predominam idioblastos apresenta uma zona de coloração cinza escura (eugenol)
fenólicos. Na região mais interna do parênquima cortical, com Rf de aproximadamente 0,5. O cromatograma obtido
proximal ao ßoema secundário, ocorre uma faixa contínua com a Solução (1) apresenta zona violácea, logo acima da
e irregular de células pétreas de paredes espessas com mancha padrão de eugenol, com Rf de 0,6, correspondente
duas a dez camadas de células de espessura. O ßoema ao trans-cinamaldeído. Outras zonas tênues podem estar
secundário possui, além dos elementos de tubo crivados e presentes.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 719

ENSAIOS DE PUREZA Solução amostra: diluir o óleo volátil em éter etílico


(2:100).
Cinzas sulfatadas (5.4.2.6). No máximo 5,0%.
Procedimento: injetar 1 —L da Solução amostra no
cromatógrafo a gás, utilizar divisão de ßuxo de 1:50. O
DOSEAMENTO trans-cinamaldeído e o cis-cinamaldeído apresentam
Óleos voláteis tempos de retenção linear (Índice de Retenção Relativo) de
1270 e 1219, respectivamente. As concentrações relativas
Proceder conforme descrito em Determinação de óleos são obtidas por integração manual ou eletrônica. Calcular
voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão o Índice de Retenção Relativo (IRR), segundo a expressão:
de 1000 mL contendo 500 mL de água como líquido de
destilação e 0,5 mL de xileno. Utilizar 50 g da droga moída
e destilar a velocidade de 3 mL a 4 mL por minuto, durante
4 horas. O teor de óleo volátil não deve ser inferior à 1,0%.
em que

n = número de átomos de carbono do alcano de menor peso


ca
trans-cinamaldeído
molecular;
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a gás trx = tempo de retenção do composto “x” (intermediário a
(5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo a gás provido de detector trz e trz+1);
de ionização de chama; coluna cromatográÞca capilar de trz = tempo de retenção do alcano com “n” carbonos;
30 m de comprimento e 0,25 mm de diâmetro interno,
trz+1 = tempo de retenção do alcano com “n +1” carbonos.
do Þlme de 0,25 Pm; temperatura da coluna de 60 qC a 300
preenchida com polidifenildimetilsiloxano, com espessura

qC, a 3 qC por minuto (total de 80 minutos); temperatura


do injetor a 220 qC; temperatura do detector a 250 qC;
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

hélio a 80 kPa de pressão, como gás de arraste, e ßuxo de Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
1 mL/minuto. Utilizar mistura de nitrogênio, ar sintético e
hidrogênio (1:1:10) como gases auxiliares.
720 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Cinnamomum cassia (L.) J. Presl


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 5 mm; em B a 40 —m; em C a 10 —m; em D a 20 —m; em E a 17,5 —m; em F a
3,8 —m; em G a 24,5 —m; em H e I a 37,5 —m.

A – aspecto geral de porção da casca. B – aspecto histológico de porção externa da casca através de secção transversal: células pétreas (cp); raio
parenquimático (rp); Þbra (fb); elemento de tubo crivado (etc). C – detalhe de um idioblasto contendo cristais aciculares de oxalato de cálcio: cristal
(cr); espaço intercelular (ei). D – detalhe parcial de porção do ßoema, em secção longitudinal: Þbra (fb); parênquima (par). E, F, G e H – detalhes do pó.
E – grãos de amido. F – cristais truncado e acicular. G – células pétreas. H – células de parênquima com grãos de amido. I – células parenquimáticas
com inclusão lipídica.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 721

ou ráÞdes, e compostos fenólicos, além de idioblastos


CANELA-DO-CEILÃO lipídicos. Grãos de amido simples ocorrem em todos os
tecidos da casca, exceto células condutoras do ßoema,
Cinnamomi cortex
porém, predominam no ßoema não funcional e periderme.
O ßoema secundário não é estratiÞcado.
Cinnamomum verum J. Presl - LAURACEAE

A droga é constituída pela casca seca, isenta da periderme DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ


e do parênquima cortical externo, proveniente do caule O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
principal e de ramiÞcações deste, contendo, no mínimo, a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
1,2% de óleo volátil contendo, no mínimo, 60,0% de trans-
cinamaldeido.

SINONÍMIA CIENTÍFICA
característicos: coloração castanha; abundantes grãos de
amido, isolados e/ou agrupados; células parenquimáticas
isodiamétricas, contendo abundantes grãos de amido,
assim como gotas lipídicas; escassos fragmentos de súber;
ca
grande quantidade de cristais de oxalato de cálcio de forma
Cinnamonum zeylanicum Blume prismática e/ou acicular, de ápices truncados; numerosas
Þbras de 600 ȝm de comprimento, em média, e 35 ȝm de
CARACTERÍSTICAS largura, em média, com paredes espessas, lúmen estreito,
isoladas ou associadas a fragmentos de parênquima;
Características organolépticas. A droga apresenta esclereídes colunares e abundantes células pétreas, isoladas
aroma característico de aldeído cinâmico e sabor picante e/ou agrupadas, dissociadas ou no interior de fragmentos
e adocicado. de tecido parenquimático.

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA IDENTIFICAÇÃO


O material desidratado apresenta o tecido enrolado sobre A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
si mesmo formando tubos, com cerca de até 30,0 cm de camada delgada (5.2.17.1), utilizando cromatoplaca
comprimento e 0,2 mm a 0,4 mm de espessura. A superfície de sílica-gel G, com espessura de 250 —m como fase
exposta, referente à periderme, é lisa ou com estrias estacionária, e cloreto de metileno como fase móvel.
longitudinais levemente mais escuras, podendo ou não ser Aplicar na cromatoplaca, separadamente, em forma de
paralelas e com ondulações que podem ser regulares. A banda, 10 ȝL de cada uma das soluções, recentemente
coloração superÞcial é parda não homogênea. A coloração preparadas, descritas a seguir.
do ßoema secundário é castanho escura a quase vinácea.

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA Solução (1): utilizar cerca de 3 g do pó e agitar durante


15 minutos com 15 mL de cloreto de metileno. Filtrar e
A região peridérmica possui células pétreas que ocorrem evaporar até quase secura em banho-maria. Dissolver o
em grupos numerosos de células sem a formação de resíduo com 1 mL de tolueno.
uma faixa esclerenquimática contínua; as células pétreas
nesta região possuem paredes espessas. São observadas Solução (2): dissolver 10 ȝL de eugenol em 1 mL de
Þbras libriformes, as quais são esparsas e usualmente tolueno.
ocorrem isoladas. Células parenquimáticas também
Desenvolver o cromatograma. Remover a cromatoplaca e
são observadas na região peridérmica, as quais podem
deixar secar ao ar por 5 minutos. Nebulizar a placa com
acumular simultaneamente cristais de oxalato de cálcio,
vanilina sulfúrica SR e colocar em estufa entre 100 °C e
de formato prismático, compostos fenólicos e idioblastos
105 °C, durante 5 minutos. O cromatograma da Solução (1)
lipídicos. O raio se descaracteriza no ßoema secundário
apresenta mancha de coloração acinzentada sob luz visível,
não funcional, onde ocorrem divisões anticlinais radiais
localizada logo abaixo da altura da mancha originada pela
e suas derivadas apresentam leve crescimento tangencial,
Solução (2), de coloração acastanhada, correspondente ao
formando dilatações, cujas células se assemelham a regiões
eugenol (Rf aproximadamente 0,70).
meristemáticas; nem todos os raios formam dilatações. No
ßoema secundário funcional, o raio possui uma a duas B. Proceder a identiÞcação do eugenol utilizando uma
células de largura e seis a 14 células de altura, podendo alíquota de 0,05 mL de óleo volátil, obtida conforme
ser homocelular ou heterocelular, onde predominam descrito no item A. de Doseamento. Adicionar 5 mL de
células procumbentes. Fibras librifomes ocorrem esparsas, etanol e 0,05 mL de uma solução de cloreto férrico a 5%
podendo ser consideradas raras no tecido. Elementos (p/v). O desenvolvimento de coloração azul caracteriza a
de tubo crivado, células companheiras e parênquima presença de compostos fenólicos.
predominam no ßoema funcional. À semelhança do que
ocorre nos demais tecidos, células parenquimáticas podem
acumular, simultaneamente ou não, cristais de oxalato ENSAIOS DE PUREZA
de cálcio, prismáticos, romboédricos, pequenos cristais
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.
aciculares de ápices agudos ou truncados, mas não drusas
722 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 5,0%. Solução amostra: diluir o óleo volátil em éter etílico
(2:100).
DOSEAMENTO Procedimento: injetar 1 PL da Solução amostra no
cromatógrafo a gás, utilizando divisão de ßuxo de 1:50.
Óleos Voláteis
O aldeído cinâmico apresenta tempo de retenção linear
Proceder conforme descrito em Determinação de relativo de 1266 (Z) e 1214 (E). O teor em aldeído cinâmico
óleos voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar é de, no mínimo, 60,0%. As concentrações relativas são
um balão de 1000 mL, contendo 500 mL de água como obtidas por integração manual ou eletrônica. Calcular o
líquido de destilação. Reduzir a amostra a pó grosseiro e Índice de retenção relativo (IRR), segundo a expressão:

c imediatamente, proceder à determinação do óleo volátil a


partir de 50 g da droga em pó. Destilar durante 4 horas.

trans-cinamaldeído
em que
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a gás
(5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo a gás provido de detector n = número de átomos de carbono do alcano de menor peso
de ionização de chamas, coluna cromatográÞca capilar molecular;
de 30 m de comprimento e 0,25 mm de diâmetro interno,
trx = tempo de retenção do composto “x” (intermediário a
do Þlme de 0,25 ȝm; temperatura da coluna de 60 qC a 300
preenchida com polidifenildimetilsiloxano, com espessura
trz e trz+1);
qC, a 3 qC por minuto (total de 80 minutos); temperatura trz = tempo de retenção do alcano com “n” carbonos;
do injetor a 220 qC; temperatura do detector a 250 qC; trz+1 = tempo de retenção do alcano com “n +1” carbonos.
hélio a 80 kPa de pressão, como gás de arraste; ßuxo de
1,0 mL/minuto. Utilizar mistura de nitrogênio, ar sintético
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
e hidrogênio (1:1:10) como gases auxiliares.
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 723

ca

Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópico em Cinnamomum verum J. Presl


_________________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 15 mm; em B a 80 —m; em C e D a 10 —m; em E a 12,5 ȝm; em F e I a 37,5
ȝm; em G a 17,5 ȝm; em H a 125,0 ȝm.

A – aspecto geral de porção da casca; B – aspecto histológico da casca através de secção transversal: células pétreas; elemento de tubo crivado (etc);
Þbra (fb); raio parenquimático (rp); C – idioblasto contendo cristais prismáticos de oxalato de cálcio: cristal (cr); D – idioblasto contendo cristais tipo
ráÞde de oxalato de cálcio: cristal (cr); E – H – detalhes do pó; E – grãos de amido; F – esclereíde colunar ramiÞcado; G – cristal acicular; H – células
pétreas; I – células parenquimáticas com inclusão lipídica.
724 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

por cristais periformes isotrópicos reunidos em conjuntos


CÂNFORA radicais.
Camphora
ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. A solução a 10% (p/v) em hexano é
límpida (5.2.25).

Resíduo por evaporação. Aquecer em banho-maria 2,0


g da amostra em cápsula tarada até completa sublimação.

c Secar o resíduo a 120 ºC durante 3 horas, esfriar e pesar. O


peso do resíduo não deve exceder a 0,05%.

Halogênios. Misturar 0,1 g de cânfora Þnamente


dividida com 0,2 g de peróxido de sódio em um cadinho
C10H16O; 152,23 de porcelana seco. Aquecer lentamente até a completa
cânfora; 01677 incineração. Dissolver o resíduo em 25 mL de água morna,
1,7,7-Trimetilbiciclo[2.2.1]heptan-2-ona acidiÞcar com ácido nítrico e Þltrar a solução para um
[76-22-2] tubo de comparação. Lavar o tubo e o Þltro com 10 mL de
água quente (duas vezes) e Þltrar, adicionando as águas de
lavagem à solução Þltrada. Ao Þltrado, adicionar 0,5 mL
DESCRIÇÃO de nitrato de prata 0,1 M; diluir com água para 50 mL e
misturar. A turbidez não deve exceder aquela produzida em
Características físicas. Cristais, brancos ou incolores, ensaio branco, com as mesmas quantidades dos mesmos
massas cristalinas ou grânulos. Odor característico reagentes e 0,05 mL de ácido clorídrico 0,02 M (0,035%).
penetrante, sabor aromático pungente. Volatiliza-se
lentamente à temperatura ambiente.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solubilidade. Pouco solúvel em água; muito solúvel
Em recipientes herméticos. Evitar calor excessivo.
em etanol, em clorofórmio e em éter etílico; facilmente
solúvel em dissulfeto de carbono, hexano e em óleos Þxos
e voláteis. ROTULAGEM
Constantes físico-químicas. Observar legislação vigente. O rótulo deve indicar a
procedência, se natural ou sintética.
Faixa de fusão (5.2.2): 174 °C a 179 °C.

Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +41° a +43° para a CLASSE TERAPÊUTICA


cânfora natural. Cânfora sintética é a forma racêmica,
opticamente inativa. Determinar em solução a 10% (p/v) Antipruriginoso tópico.
em etanol.

CAPIM LIMÃO
IDENTIFICAÇÃO
Cymbopogonis foliae
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
Cymbopogon citratus (DC.) Stapf – POACEAE
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles A droga vegetal é constituída de folhas dessecadas
observados no espectro de cânfora padrão, preparado de contendo, no mínimo, 0,5% de óleo volátil. O óleo volátil
maneira idêntica. é constituído de, no mínimo, 60% de citral.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,1% (p/v) NOMES POPULARES
preparada com etanol, exibe máximos em 289 ± 1 nm.
Capim cidró, capim santo.
C. À cânfora pulverizada (que se obtém tratando-se a
mesma com pequena quantidade de etanol) junte uma
gota de vanilina 1,0% (p/v) e uma gota de ácido sulfúrico;
CARACTERÍSTICAS
aparecerá uma cor amarela que passa gradativamente a Características organolépticas. As folhas secas
roxo, violeta e azul. Esta prova é positiva somente para a apresentam odor característico de citral e sabor cítrico.
cânfora natural.

D. Aquecendo o pó da cânfora e recobrindo o recipiente


com vidro de relógio, obtêm-se um sublimado composto
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 725

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA bainha especializada do tipo kranz, além de bainha


mestomática nos feixes mais desenvolvidos. Os cordões
Folhas constituídas por bainha convoluta e lâmina. de Þbras ocorrem em ambas as faces, sempre opostos aos
Bainha alargada em direção à base, de 4 cm a 26 cm de feixes vasculares, sendo que, na face adaxial, acompanham
comprimento, com 0,6 cm a 6,5 cm de largura na região somente os feixes mais desenvolvidos; as células do
basal, 1,0 cm a 3,5 cm na região mediana e 0,9 cm a 2,1 clorênquima distribuem-se radialmente em torno dos
cm na região apical. Lígula com 0,2 cm de altura, curta e feixes. O parênquima fundamental ocorre tanto na região
truncada, membranosa. Tricomas simples, localizados na do mesoÞlo quanto na região da nervura principal. Células
base da face adaxial da lâmina foliar, menores do que a secretoras ocorrem na região limítrofe entre o clorênquima
lígula e distribuídos atrás desta. Lâmina de 60 cm a 85 cm e o parênquima fundamental, apresentando conteúdo denso
de comprimento, 0,8 cm a 1,1 cm de largura na região basal
e 1,4 cm a 1,8 cm na região mediana, verde-clara quando
fresca e verde-grisácea quando seca, linear-lanceolada,
plana na porção expandida e canaliculada e estreitada
na porção basal, acuminada no ápice, áspera devido aos
e forma distinta. As células secretoras da bainha e da lâmina
são visualizadas em reação com lugol, mostrando conteúdo
celular denso, de coloração castanha ou vermelha, em
material fresco ou seco. Na reação com vanilina sulfúrica, o
ca
conteúdo das células secretoras mostra-se marrom e denso.
tricomas curtos e silicosos; margem inteira, com tricomas Às vezes, este conteúdo aparece colapsado e concentrado
rígidos e cortantes em maior quantidade do que no restante junto à parede celular. Para a reação com vanilina sulfúrica
da lâmina; nervuras paralelas, a mediana mais desenvolvida os cortes devem ser imersos no álcool etílico, passados para
e pronunciada na face abaxial. a vanilina e ßambados, submersos nesta, por dois minutos.
A lâmina, para observação, deve ser montada em etanol e
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA os cortes não devem ser passados em água.

Folha anÞ-hipoestomática. Na bainha foliar, a epiderme


em vista frontal, na face adaxial, exibe células de paredes DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
retilíneas, com tricomas silicosos e raros estômatos e na O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
face abaxial, células com paredes sinuosas, dispostas em a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
Þleiras e intercaladas com células escleriÞcadas, localizadas característicos: cor verde-clara; porções da epiderme,
na região correspondente aos agrupamentos de Þbras conforme descrito; grande quantidade de fragmentos das
subepidérmicas, além de escassos tricomas unicelulares nervuras, com tricomas silicosos; porções do mesoÞlo
silicosos e estômatos, dispostos em Þleiras, na região entre foliar, conforme descrito; porções do bordo com tricomas
as nervuras. Em secção transversal, as células epidérmicas silicosos.
são retangulares, sendo a parede periclinal externa mais
espessa; as células voltadas para a face abaxial são
menores. O parênquima fundamental preenche quase toda IDENTIFICAÇÃO
a lâmina e é formado por células volumosas; na sua porção
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
mais interna ocorrem células secretoras de forma distinta
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
e junto à face abaxial ocorre um clorênquima formado
com espessura de 250 —m, como suporte, e mistura de
por células menores. Os feixes vasculares são do tipo
tolueno e acetato de etila (93:7), como fase móvel. Aplicar,
colateral; os de maior desenvolvimento estão distribuídos
separadamente, à placa, em forma de banda, 10 —L de cada
pelo parênquima, enquanto que os menores estão voltados
uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a
para a face abaxial, junto ao clorênquima. Agrupamentos
seguir.
subepidérmicos de Þbras ocorrem em maior quantidade
junto à face abaxial. Na lâmina foliar, a epiderme em Solução (1): agitar cerca de 0,5 g da droga moída com 10
vista frontal, na face adaxial, mostra células fundamentais mL de cloreto de metileno, em recipiente fechado, por 10
e células especializadas dispostas em Þleiras: células- minutos. Filtrar. Concentrar o Þltrado até secura, em banho-
guarda, buliformes, subsidiárias, suberosas e tricomas maria, a temperatura não superior a 60 °C. Ressuspender o
silicosos. As células buliformes são volumosas e mais ou resíduo em 10 mL de tolueno.
menos isodiamétricas; as células fundamentais possuem
gotas lipídicas, são retangulares, de paredes anticlinais Solução (2): diluir 2 —L do óleo volátil, obtido em
sinuosas e intercaladas por tricomas silicosos e por uma Doseamento para Óleos voláteis, em 1 mL de tolueno.
a três células suberosas, bem menores do que as demais
e de paredes retilíneas; os tricomas são unicelulares, Solução (3): diluir 2 —L de citral em 1 mL de tolueno.
curtos, de parede espessa, e possuem base alargada e ápice Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
agudo, direcionando-se ao ápice foliar. Os estômatos são secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). As
tetracíticos e possuem células-guarda em forma de halteres, manchas obtidas com a Solução (1) e a Solução (2), com
ocorrendo em maior número na face abaxial. Em secção Rf de aproximadamente 0,60, correspondem em posição e
transversal, a epiderme é uniestratiÞcada e os estômatos, na intensidade àquela obtida com a Solução (3). Nebulizar a
face adaxial, distribuem-se lateralmente ao agrupamento placa com vanilina sulfúrica SR e deixar em estufa entre 100
das células fundamentais, enquanto que, na face abaxial, °C e 105 °C, durante 5 minutos. A mancha correspondente
distribuem-se junto ao clorênquima. Os feixes vasculares ao citral apresenta coloração azul escura.
são do tipo colateral e de diferentes tamanhos; possuem
726 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA uma pressão de 80 kPa como gás de arraste; ßuxo do gás
de arraste de 1 mL/minuto.
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 1%.
Solução amostra: diluir o óleo volátil, obtido em
Água (5.4.2.3). No máximo 11%. Doseamento para Óleos voláteis, na razão de 2:100 em éter
etílico.
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 9%.
Procedimento: injetar 1 —L da Solução amostra no
DOSEAMENTO cromatógrafo a gás, utilizando divisão de ßuxo de 1:50.
O citral A (trans-citral) apresenta tempo de retenção linear

c
Óleos voláteis (Índice de Kóvats) de 1263 e o citral B (cis-citral) de 1233.
As concentrações relativas são obtidas por integração
Proceder conforme descrito em Determinação de óleos manual ou eletrônica.
voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão
volumétrico de 1000 mL contendo 500 mL de água como Calcular o Índice de Kóvats, segundo a expressão:
líquido de destilação e 0,5 mL de xileno. Utilizar planta
seca rasurada. Proceder imediatamente à determinação do
óleo volátil, a partir de 50 g da droga rasurada. Destilar por
4 horas.

Citral A e citral B em que

Proceder conforme descrito em CromatograÞa a gás n = número de átomos de carbono do alcano de


(5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo provido de detector de menor peso molecular;
ionização de chamas, utilizando mistura de nitrogênio, trx = tempo de retenção do composto “x” (intermediário
ar sintético e hidrogênio (1:1:10) como gases auxiliares à a trz e trz+1);
chama do detector; coluna capilar de 30 m de comprimento
trz = tempo de retenção do alcano com “n” carbonos;
e 0,25 mm de diâmetro interno, preenchida com
polidifenildimetilsiloxano, com espessura do Þlme de 0,25 trz+1 = tempo de retenção do alcano com “n +1” carbonos.
—m; temperatura da coluna de 60 °C a 300 °C, a 3 °C por
minuto (total: 80 minutos), a temperatura do injetor a 220 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
°C e a temperatura do detector a 250 °C; utilizar hélio a
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do
calor.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 727

ca

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos de Cymbopogon citratus (DC.) Stapf


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As réguas correspondem em A e B a 3 cm; em C a 0,5 cm; em D até G a 100 —m.

A – aspecto geral da lâmina foliar. B – aspecto geral da bainha foliar. C – detalhe da porção entre bainha e lâmina foliar, mostrando a lígula e os tricomas:
bainha foliar (bf); lígula (l); lâmina foliar (lf); tricomas tectores (tt). D – detalhe da epiderme da face adaxial da lâmina foliar: célula buliforme (cb);
célula fundamental da epiderme (cfe); célula epidérmica suberosa (ces); estômato (es); tricoma silicoso (ts). E – detalhe da epiderme da face abaxial
da lâmina foliar: célula epidérmica suberosa (ces); célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); tricoma silicoso (ts). F – detalhe da epiderme
da face adaxial da bainha foliar: células fundamentais da epiderme sobre uma nervura (cen); células fundamentais da epiderme (cfe); estômato (es).
G – detalhe da epiderme da face abaxial da bainha foliar: célula epidérmica escleriÞcada (cee); célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es).
728 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 – Aspectos microscópicos de Cymbopogon citratus (DC.) Stapf


______________

Complemento da legenda da Figura 2. As réguas correspondem em A a 100 —m; em B a 20 —m; em C a 1 mm; em D até J a 100 —m.

A – detalhe da secção transversal da lâmina foliar: bainha kranz (bk); bainha mestomática (bm); célula buliforme (cb); célula fundamental da epiderme
(cfe); clorênquima (cl); célula secretora (cse); estômato (es); ßoema(f); Þbras (fb); feixe vascular (fv); parênquima fundamental (pf); tricoma silicoso
(ts); xilema (x). B – detalhe da lâmina foliar contendo um estômato: célula fundamental da epiderme (cfe); célula-guarda (cg); clorênquima (cl); célula
subsidiária (csb); câmara subestomática (csu). C – aspecto geral da secção transversal de parte da bainha foliar: clorênquima (cl); ßoema (f); cordão de
Þbras (fb); feixe vascular (fv); parênquima fundamental (pf); xilema (x). D – detalhe de um elemento de vaso com espessamento reticulado. E – detalhes
de fragmentos observados no pó: bordo foliar com tricoma silicoso. F – detalhes de fragmentos observados no pó: epiderme com células sobre a nervura
mostrando tricoma silicoso. G – detalhes de fragmentos observados no pó: células epidérmicas. H – detalhes de fragmentos observados no pó: epiderme
com células sobre a nervura. I – detalhes de fragmentos observados no pó: células epidérmicas. J – detalhes de fragmentos observados no pó: epiderme.
Célula suberosa (ces); célula fundamental da epiderme (cfe).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 729

Soluções teste como descrito a seguir.


CAPTOPRIL
Solução (1): transferir 50 mg da amostra para balão
Captoprilum
volumétrico de 100 mL, dissolver com Fase móvel e
completar o volume com o mesmo solvente.

Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão


volumétrico de 50 mL e completar o volume com Fase
móvel.

Solução (3): dissolver 10 mg da amostra em 20 mL de Fase

C9H15NO3S; 217,29
captopril; 01699
1-[(2S)-3-Mercapto-2-metil-1-oxopropil]-L-prolina
móvel, adicionar 0,25 mL de iodo 0,05 M e completar o
volume para 100 mL com o mesmo solvente. Homogeneizar.
Transferir 5 mL dessa solução para balão volumétrico de
50 mL, homogeneizar e completar o volume com o mesmo
ca
[62571-86-2] solvente.
Contém, no mínimo, 97,5% e, no máximo, 102,0% de Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL de cada
C9H15NO3S, em relação à substância dessecada. solução, registrar os cromatogramas por, no mínimo, três
vezes o tempo de retenção do captopril e medir as áreas
sob os picos. O teste somente é válido se o cromatograma
DESCRIÇÃO
obtido com a Solução (3) apresenta três picos e a resolução
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase entre os dois picos de maior tempo de retenção não é menor
branco. que 2,0. Os três picos correspondem, respectivamente, ao
excesso de iodo, ao captopril e ao dissulfeto de captopril
Solubilidade. Solúvel em água, facilmente solúvel em formado. A área de qualquer pico secundário obtido no
metanol e cloreto de metileno. Solúvel em soluções cromatograma com a Solução (1) não é maior que 0,5 vezes
diluídas de hidróxidos alcalinos. a área sob o pico principal obtido no cromatograma com a
Solução (2) (1,0%). A soma das áreas de todos os picos
Constantes físico-químicas.
obtidos com a Solução (1), exceto a do pico principal, não é
Faixa de fusão (5.2.2): 105 ºC a 108 ºC. maior que a área sob o pico principal obtido com a Solução
(2) (2,0%). Não considerar picos referentes ao solvente ou
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): –156º a –161º, em com área inferior a 0,1 vezes a área sob o pico principal
relação à substância dessecada. Determinar em solução a obtido no cromatograma com Solução (2) (0,2%).
2% (p/v) em água isenta de dióxido de carbono.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,002% (20 ppm).
IDENTIFICAÇÃO
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem amostra. Dessecar em estufa a 60 ºC, sob pressão reduzida,
realizados os testes B. e C. por 3 horas. No máximo 1,0%.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo No máximo 0,2%.
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de DOSEAMENTO
captopril SQR, preparado de maneira idêntica.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
A. Transferir, exatamente, cerca de 0,15 g de amostra para
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
erlenmeyer de 125 mL e dissolver em 50 mL de água.
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Titular com iodo 0,05 M SV determinando o ponto Þnal
C. Dissolver cerca de 20 mg da amostra em 2 mL de água potenciometricamente ou utilizando 1 mL de amido SI.
e adicionar 0,5 mL de iodo 0,05 M. A coloração devida ao Cada mL de iodo 0,05 M SV equivale a 21,729 mg de
iodo desaparece imediatamente. C9H15NO3S.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


ENSAIOS DE PUREZA de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 250 mm de
pH (5.2.19). 2,0 a 2,6. Determinar em solução a 2% (p/v) comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
da amostra em água isenta de dióxido de carbono. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito no
de 1 mL/minuto.
método B. de Doseamento. Preparar as
730 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Fase móvel: mistura de ácido fosfórico a 0,11% (v/v) e Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
metanol (45:55). secar ao ar. Nebulizar com difenilcarbazona mercúrica SR.
A mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
Nota: proteger as soluções descritas a seguir da exposição em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução
ao ar e utilizá-las dentro de, no máximo, 8 horas. (2).
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da amostra em Fase móvel de modo a obter solução a 0,5 da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
mg/mL. corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada

c de captopril SQR em Fase móvel de modo a obter solução


a 0,5 mg/mL.

Injetar 20 ȝL da Solução (3) obtida em Substâncias


Relacionadas. O teste somente é válido se o cromatograma
CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.


obtido apresenta três picos e a resolução entre os dois picos
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
de maior tempo de retenção não é menor que 2,0. Injetar
replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. O desvio padrão Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
maior que 2,0%. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir cada comprimido para balão volumétrico de capacidade
as áreas sob os picos. Calcular o teor de C9H15NO3S na adequada contendo 5 mL de água e aguardar desintegração
amostra a partir das respostas obtidas com as Soluções total do comprimido. Adicionar volume de mistura de
padrão e amostra etanol e água (1:1) correspondente à metade da capacidade
do balão. Deixar em ultrassom por 15 minutos. Agitar
mecanicamente por 15 minutos e completar o volume
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar. Diluir,
Em recipientes herméticos. sucessivamente, com o mesmo solvente, até concentração
de 0,002% (p/v). Preparar solução padrão na mesma
concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir as
ROTULAGEM absorvâncias das soluções resultantes em 212 nm (5.2.14),
utilizando mistura de etanol e água (1:1) para ajuste do zero.
Observar a legislação vigente.
Calcular a quantidade de C9H15NO3S em cada comprimido,
a partir das leituras obtidas.
CLASSE TERAPÊUTICA
Anti-hipertensivo. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
CAPTOPRIL COMPRIMIDOS Aparelhagem: cestas, 50 rpm

Tempo: 20 minutos
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C9H15NO3S. Procedimento: imediatamente após o teste, retirar alíquota
do meio de dissolução e diluir, se necessário, com ácido
IDENTIFICAÇÃO clorídrico 0,1 M até concentração adequada. Medir as
absorvâncias em 212 nm (5.2.14), utilizando o mesmo
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa solvente para o ajuste do zero. Calcular a quantidade de
em camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel C9H15NO3S dissolvida no meio, comparando as leituras
G, como suporte, e mistura de tolueno, ácido acético obtidas com a da solução de captopril SQR na concentração
glacial e metanol (75:25:1) como fase móvel. Aplicar de 0,0025% (p/v), preparada em ácido clorídrico 0,1 M.
separadamente, à placa, 20 —L de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir. Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C9H15NO3S se dissolvem em 20 minutos.
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
o equivalente a 0,1 g de captopril para balão volumétrico de
25 mL, adicionar 15 mL de metanol, deixar em ultrassom ENSAIOS DE PUREZA
por 30 minutos, agitando ocasionalmente. Completar o
Limite de dissulfeto de captopril. Proceder conforme
volume com o mesmo solvente, homogeneizar e Þltrar.
descrito no método B. de Doseamento. Injetar,
Solução (2): preparar solução de captopril SQR a 4 mg/mL separadamente, 20 —L da Solução teste e da Solução
em metanol. amostra. A área do pico relativo ao dissulfeto de captopril
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 731

obtido na Solução amostra não deve ser superior à área do comprimidos a partir das respostas obtidas com a Solução
pico relativo ao dissulfeto de captopril obtido na Solução padrão e a Solução amostra.
teste. No máximo 3,0%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Em recipientes bem fechados.
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
ROTULAGEM
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).

ca
Observar a legislação vigente.
Cumpre o teste.

DOSEAMENTO CARBAMAZEPINA
Carbamazepinum
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Utilizar quantidade


do pó equivalente a cerca de 0,15 g de captopril, transferir
para erlenmeyer de 125 mL e adicionar 50 mL de água.
Deixar em ultrassom por 15 minutos e agitar mecanicamente
por 15 minutos. Prosseguir conforme descrito no método
A. de Doseamento na monograÞa de Captopril a partir de
“Titular com iodo 0,05 M SV...”.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido C15H12N2O; 236,27
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 250 mm de carbamazepina; 01710
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada 5H-Dibenz[b,f]azepina-5-carboxamida
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 [298-46-4]
—m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
de 1,0 mL/minuto. Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C15H12N2O, em relação à substância dessecada.
Fase móvel: mistura de ácido fosfórico a 0,11% (v/v) e
metanol (45:55).
DESCRIÇÃO
Solução de dissulfeto de captopril: preparar solução a 1
mg/mL de dissulfeto de captopril SQR em Fase móvel. Características físicas. Pó cristalino, branco ou branco
amarelado, inodoro. Apresenta polimorÞsmo.
Solução teste: transferir 3 mL da Solução de dissulfeto
de captopril para balão de 100 mL e completar com Fase Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
móvel. solúvel em cloreto de metileno, solúvel em clorofórmio e
metanol, ligeiramente solúvel em acetona e em etanol e
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. muito pouco solúvel em éter etílico.
Transferir quantidade do pó equivalente a 50 mg de
captopril para balão volumétrico de 50 mL, acrescentar 30 Constantes físico-químicas
mL de Fase móvel, deixar em ultrassom por 15 minutos
e agitar mecanicamente durante 15 minutos. Completar o Faixa de fusão (5.2.2): 189 ºC a 193 ºC.
volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar.
IDENTIFICAÇÃO
Solução padrão: transferir 0,1 g de captopril SQR para
balão volumétrico de 100 mL, adicionar 3 mL da Solução O teste de identiÞcação B. e C. podem ser omitidos se for
de dissulfeto de captopril e completar o volume com Fase realizado o teste A.
móvel.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. Os tempos amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de retenção relativos são cerca de 0,5 para o captopril e 1,0 de potássio, apresenta máximos de absorção somente
para o dissulfeto de captopril. A resolução entre os picos de nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
captopril e dissulfeto de captopril não deve ser menor do intensidades relativas daqueles observados no espectro de
que 2. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos carbamazepina SQR, preparado de maneira idêntica.
picos registrados não deve ser maior que 2,0%.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método A
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as de Doseamento, apresenta máximos de absorção em 285 nm.
áreas dos picos. Calcular a quantidade de C9H15NO3S nos
732 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

C. Aquecer cerca de 0,1 g de amostra com 2 mL de ácido (iminoestilbeno) em metanol para obter concentração de
nítrico, em banho-maria, por 3 minutos. Desenvolve-se 0,02 mg/mL de cada componente. Transferir 5 mL dessa
coloração vermelho-alaranjada. solução para balão volumétrico de 100 mL, completar com
Fase móvel, obtendo solução a 1 —g/mL.
ENSAIOS DE PUREZA Solução de resolução: dissolver quantidade, exatamente
pesada, de carbamazepina SQR e carbamazepina substância
Acidez ou alcalinidade. Pesar 2,5 g da amostra e transferir
relacionada A SQR (10,11-diidrocarbamazepina) em
para balão volumétrico de 50 mL. Adicionar 20 mL de água.
metanol de modo a obter solução de 100 —g/mL e 500 —g/
Agitar, completar o volume com água e homogeneizar.
mL, respectivamente. Transferir 5 mL dessa solução para

c
Filtrar. A uma alíquota de 20 mL adicionar uma gota de
balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
fenolftaleína SI. Titular com hidróxido de sódio 0,01 M.
Fase móvel.
Realizar em paralelo uma prova em branco. Não mais que
1 mL é requerido para cada 1 g de amostra. A outra alíquota Teste de Adequabilidade do Sistema: injetar replicatas de 20
de 20 mL adicionar uma gota de vermelho de metila SI. ȝL da Solução de resolução. A resolução entre os picos de
Titular com ácido clorídrico 0,01 M. Realizar em paralelo carbamazepina substância relacionada A e carbamazepina
uma prova em branco. Não mais que 1 mL é requerido para padrão não é menor que 1,70. O desvio padrão relativo das
cada 1 g de amostra. áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que
2,0 %.
Substâncias Relacionadas.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
padrão e amostra. Registrar os cromatogramas e medir
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em as áreas sob os picos. Calcular a quantidade em mg de
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, qualquer impureza encontrada na Solução amostra a partir
como suporte, e mistura de tolueno e metanol (70:30), das respostas obtidas.
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 ȝL
Cloretos (5.3.2.1). Ferver 0,5 g da amostra com 20 mL
de cada uma das soluções, recentemente preparadas em
de água por 10 minutos, esfriar e Þltrar, quantitativamente,
mistura de clorofórmio e etanol (1:1), descritas a seguir.
para tubo de Nessler. No máximo 0,014 % (140 ppm).
Solução (1): solução a 50 mg/mL da amostra.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Aquecer,
Solução (2): solução a 0,05 mg/mL da amostra. à ebulição, 1 g da amostra em 20 mL de água por 10 min,
esfriar e Þltrar, quantitativamente, para tubo de Nessler. No
Solução (3): solução a 50 mg/mL de carbamazepina SQR. máximo 0,001% (10 ppm).
Solução (4): solução a 0,05 mg/mL de iminodibenzila. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 oC, por 2 horas. No
Solução (5): solução a 0,05 mg/mL de carbamazepina máximo 0,5 %.
substância relacionada B SQR (iminoestilbeno).
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar No máximo 0,1%.
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm e 365
nm). Nebulizar com dicromato de potássio a 0,5% (p/v) em
ácido sulfúrico M. Qualquer mancha secundária obtida no DOSEAMENTO
cromatograma com a Solução (1) não é mais intensa que as
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
manchas obtidas com as Soluções (4) e (5) (0,1%). Aquecer
a 140 ºC por 15 minutos e observar sob luz ultravioleta (254 A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
nm e 365 nm). Qualquer mancha obtida no cromatograma absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca
com a Solução (1), com valor de Rf menor que a mancha de 50 mg da amostra. Transferir para balão volumétrico
principal, não é mais intensa que a obtida com a Solução de 50 mL, adicionar 25 mL de metanol e deixar em
(2) (0,1%). ultrassom por 15 minutos. Completar o volume com o
mesmo solvente. Diluir sucessivamente, em metanol, até
B. Proceder conforme descrito no método B. de
concentração de 0,001% (p/v). Preparar solução padrão,
Doseamento. Preparar as seguintes soluções.
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 100 mg Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 285
de amostra. Transferir para balão volumétrico de 50 mL, nm, utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular o
dissolver e completar o volume com metanol. Transferir teor de C15H12N2O na amostra a partir das leituras obtidas.
25 mL dessa solução para um balão volumétrico de 50 mL Alternativamente, realizar o cálculo utilizando A (1 %, 1
e completar com Fase móvel. cm) = 490, em 285 nm, em metanol.

Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de carbamazepina SQR, carbamazepina substância de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
relacionada A SQR (10,11-diidrocarbamazepina) de detector ultravioleta a 230 nm; coluna de 250 mm de
e carbamazepina substância relacionada B SQR comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 733

com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 CARACTERÍSTICAS


ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
de 1 mL/min. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

Fase móvel: metanol e água (70:30). Teste de Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.

Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente Teste de Friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
pesada, da amostra em metanol para obter solução a 2 mg/
Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 5 minutos.
mL. Deixar em ultrassom por 15 minutos. Transferir 5 mL
dessa solução para balão volumétrico de 50 mL e completar Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

ca
o volume com fase móvel, obtendo solução a 0,2 mg/mL.

Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, TESTE DE DISSOLUÇÃO


de carbamazepina SQR em metanol para obter solução a 1
mg/mL. Deixar em ultrassom por 15 minutos. Transferir Meio de dissolução: laurilsulfato de sódio a 1% (p/v) em
5 mL dessa solução para balão volumétrico de 25 mL e água; 900 mL.
completar o volume com fase móvel, obtendo solução a Aparelhagem: pás, 75 rpm.
0,2 mg/mL.
Tempo: 60 minutos, com tempos de coleta em 15 e 60
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções minutos.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H12N2O na amostra Procedimento: após o teste, retirar alíquotas do meio de
a partir das respostas obtidas com as Soluções padrão e dissolução nos tempos determinados e Þltrar. Medir as
amostra. absorvâncias em 285 nm (5.2.14), utilizando o Meio de
dissolução para ajuste do zero. Calcular o conteúdo de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO C15H12N2O dissolvida no meio, comparando as leituras
obtidas com a da solução de carbamazepina SQR na
Em recipientes herméticos, ao abrigo da luz. concentração de 0,002% (p/v), preparada em laurilsulfato
de sódio a 1% (p/v), com adição prévia de metanol para
garantir a solubilização. A concentração de metanol na
ROTULAGEM solução padrão não pode exceder a 1% (v/v).
Observar a legislação vigente. Tolerância: entre 45% e 75% se dissolvem em 15 minutos;
não menos que 75% (Q) da quantidade declarada de
CLASSE TERAPÊUTICA C15H12N2O se dissolvem em 60 minutos.

Anticonvulsivante.
ENSAIOS DE PUREZA
Água (5.2.20.1). No máximo 3,0%.
CARBAMAZEPINA COMPRIMIDOS
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contém, no mínimo, 92,0 % e, no máximo, 108,0 % da
quantidade declarada de C15H12N2O. Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

IDENTIFICAÇÃO Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste.
Pesar e pulverizar os comprimidos. Aquecer em banho-
maria uma quantidade do pó equivalente a 0,2 g de
carbamazepina, com 15 mL de acetona. Filtrar. Lavar DOSEAMENTO
com duas porções de 5 mL de acetona quente. Evaporar o
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Þltrado até cerca de 5 mL e resfriar em banho de gelo até
cristalização. Filtrar os cristais e lavar o Þltro com 3 mL A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
de acetona fria. Dessecar em estufa à vácuo a 70 °C por 30 absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
minutos. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente a
da amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo 50 mg de carbamazepina para balão volumétrico de 100
de potássio, apresenta máximos de absorção somente mL, adicionar 70 mL de metanol e deixar em ultrassom por
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas 30 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente,
intensidades relativas daqueles observados no espectro de homogeneizar e Þltrar. Realizar diluições sucessivas, até
carbamazepina SQR, preparado de maneira idêntica. concentração de 0,001% (p/v), utilizando metanol como
solvente. Preparar solução padrão, na mesma concentração,
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das
soluções resultantes em 285 nm, utilizando metanol para
734 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ajuste do zero. Calcular quantidade de C15H12N2O nos ENSAIOS DE PUREZA


comprimidos, a partir das leituras obtidas. Alternativamente,
realizar os cálculos utilizando A(1 %, 1 cm) = 490, em 285 Aspecto da solução. Agitar 5 g da amostra com 10 mL
nm, em metanol. de água. Adicionar 20 mL de ácido nítrico e aquecer até
dissolução. Resfriar e diluir para 100 mL com água. A
B. Proceder conforme descrito no método B. de solução obtida é incolor (5.2.12) e menos opalescente que
Doseamento da monograÞa de Carbamazepina. Preparar a uma suspensão da amostra a 10% (p/v) (5.2.25).
Solução amostra como descrito a seguir.
Cobre. A 5 mL da solução obtida em Aspecto da solução
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. adicionar 2 mL de amônia, diluir para 50 mL com água e

c
Transferir quantidade do pó equivalente a 100 mg de Þltrar. A 10 mL do Þltrado, adicionar 1 mL de solução de
carbamazepina para balão volumétrico de 50 mL, adicionar dietilditiocarbamato de sódio a 0,1% (p/v). A coloração da
25 mL de metanol e deixar em ultrassom por 15 minutos. solução não é mais intensa que a de uma solução referência
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar preparada em paralelo, nas mesmas condições, utilizando
e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado para balão volumétrico mistura de 0,25 mL de Solução padrão de cobre (10 ppm
de 50 mL e completar o volume com Fase móvel, obtendo Cu) e água suÞciente para 10 mL no lugar do Þltrado. No
solução a 0,2 mg/mL. máximo 0,005% (50 ppm).
Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução Metais alcalinos e alcalinos terrosos. A 1 g da amostra
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas adicionar 10 mL de água e 10 mL de ácido acético SR.
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de Aquecer à ebulição por 2 minutos, resfriar e Þltrar. Lavar
C15H9N2O nos comprimidos a partir das respostas obtidas o resíduo com 20 mL água destilada. Adicionar ao Þltrado
para a Solução padrão e a Solução amostra. 2 mL de ácido clorídrico SR e 20 mL de água. Aquecer
à ebulição e passar sulfeto de hidrogênio através da
solução até que todo o bismuto seja precipitado. Filtrar,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
lavar o resíduo com água, evaporar em banho-maria até
Em recipientes herméticos, ao abrigo da luz. secura e adicionar 0,5 mL de ácido sulfúrico. Incinerar
cuidadosamente e deixar resfriar. A massa de resíduo não
deverá ser maior que 10 mg (1,0%).
ROTULAGEM
Nitratos. Transferir 0,25 g da amostra para erlenmeyer
Observar a legislação vigente. de 125 mL, adicionar 20 mL de água destilada, 0,05 mL
de índigo carmim SV e, cuidadosamente, 30 mL de ácido
sulfúrico. Titular imediatamente com índigo carmim SV até
CARBONATO BÁSICO DE BISMUTO viragem para coloração azul estável. O volume de índigo
Bismuthi subcarbonas carmim SV gasto não é maior que o volume equivalente a
1 mg de NO3 (0,4%).
(BiO)2CO3; 509,97 Prata. A 2 g da amostra adicionar 1 mL de água e 4 mL
carbonato básico de bismuto; 01747 de ácido nítrico. Aquecer, cuidadosamente, até dissolução,
Óxido de carbonato de bismuto resfriar e diluir para 11 mL com água. Adicionar 2 mL de
[5892-10-4] ácido clorídrico M, homogeneizar e deixar em repouso
por 5 minutos ao abrigo da luz. Qualquer opalescência
Contém, no mínimo, 97,6% e, no máximo, 100,7% de desenvolvida não é mais intensa do que a de um padrão
(BiO)2CO3, em relação à substância dessecada, equivalente preparado pela mistura de 10 mL de solução padrão de
a, no mínimo, 80,0% e, no máximo, 82,5% de bismuto. prata (5 ppm Ag), 1 mL de ácido nítrico e 2 mL de ácido
clorídrico M. No máximo 0,0025% (25 ppm).
DESCRIÇÃO
Arsênio (5.3.2.5). Transferir 0,6 g da amostra para balão
Características físicas. Pó branco, inodoro, insípido. de destilação. Adicionar 5 mL de água, 7 mL de ácido
sulfúrico e resfriar. Adicionar 5 g de mistura redutora e
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, etanol e 10 mL de ácido clorídrico. Aquecer, gradualmente, até
éter etílico. Dissolve-se, com efervescência, em ácidos ebulição, durante 15 a 30 minutos, e continuar aquecendo de
minerais diluídos e ácido acético glacial. modo que a destilação prossiga regularmente até o volume
do balão se reduzir à metade, ou até que o condensador
IDENTIFICAÇÃO se encha de vapor por 5 minutos. A destilação deve ser
interrompida antes da formação de vapores de trióxido de
A. Responde às reações do íon bismuto (5.3.1.1). enxofre. Coletar o destilado em um tubo contendo 15 mL
de água resfriada em banho de gelo. Lavar o condensador
B. Responde às reações do íon carbonato (5.3.1.1). com água e diluir o destilado a 25 mL com mesmo solvente
e prosseguir conforme descrito em Método visual. Preparar
a solução referência utilizando uma mistura de 3 mL de
Solução padrão de arsênio (1 ppm As) e 22 mL de água.
No máximo 0,0005% (5 ppm).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 735

Chumbo. Proceder conforme descrito em insolúvel em água e etanol. Dissolve com efervescência em
Espectrofotometria de absorção atômica (5.2.13.1), utilizar ácido acético M, ácido clorídrico 3 M e ácido nítrico 2 M.
o Método II. Dissolver 12,5 g da amostra em 75 mL de uma
mistura de volumes iguais de água e ácido nítrico isento de
IDENTIFICAÇÃO
chumbo. Aquecer à ebulição por 1 minuto, resfriar e diluir
para 100 mL com água. Para o preparo das soluções de A. Introduzir, em tubo de ensaio, cerca de 0,1 g da amostra
referência de chumbo, utilizar quantidades apropriadas de e suspender com 2 mL de água. Em seguida, adicionar 3
solução padrão de chumbo e de ácido nítrico a 37% (v/v) mL de ácido acético 2 M, fechando o tubo imediatamente
isento de chumbo. Medir as absorvâncias das soluções em com uma rolha conectada a um tubo de vidro em “U”. A
283,3 nm utilizando lâmpada de cátodo-oco como fonte

ca
mistura efervesce. Na outra extremidade do tubo em “U”,
de radiação e chama ar-acetileno. No máximo 0,002% (20 conectar um segundo tubo de ensaio, contendo hidróxido
ppm). de bário 0,1 M. Aquecer brandamente o tubo que contém
a amostra. Forma-se, no segundo tubo, um precipitado que
Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 0,7 g da amostra e 1 mL
se dissolve em ácido clorídrico 6 M.
de ácido clorídrico 0,01 M. No máximo 0,05% (500 ppm).
B. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1).
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra, em estufa, a 105 °C. No máximo 1,0%.
ENSAIOS DE PUREZA
DOSEAMENTO Substâncias insolúveis em ácido. Pesar 5 g de amostra
e gotejar ácido clorídrico, com agitação, até cessar a
Dissolver 0,25 g da amostra em 2 mL de ácido nítrico e
efervescência. Em seguida, transferir para balão de 200 mL
diluir para 100 mL com água. Proceder conforme descrito
e completar o volume com água. Filtrar em papel de Þltro
em Titulações complexométricas (5.3.3.4) para Bismuto.
adequado. Lavar o resíduo até que a última lavagem não
Cada mL de edetato dissódico 0,05 M SV equivale a
apresente reação para cloreto (5.3.1.1). Incinerar e deixar
12,749 mg de (BiO)2CO3, correspondendo a 10,449 mg de
na estufa entre 100 °C e 105 °C por 1 hora. O peso do
bismuto.
resíduo é de, no máximo, 10 mg (0,2%).

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Magnésio e metais alcalinos. Misturar 1 g da amostra


com 35 mL de água destilada. Adicionar, cuidadosamente,
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. 3 mL de ácido clorídrico e ebulir a solução por 1 minuto.
Rapidamente, adicionar 40 mL de ácido oxálico SR.
Agitar vigorosamente até ocorrer precipitação. Aquecer
ROTULAGEM
imediatamente, adicionar duas gotas de vermelho de metila
Observar a legislação vigente. SI e acrescentar hidróxido de amônio 6 M até a mistura Þcar
alcalina. Resfriar à temperatura ambiente e transferir para
balão volumétrico de 100 mL. Completar o volume com
CLASSE TERAPÊUTICA água e deixar em repouso por 4 horas. Filtrar em papel de
Þltro adequado. Colocar 50 mL do Þltrado em uma cápsula
Antiácido.
de porcelana, adicionar 0,5 mL de ácido sulfúrico e reduzir
o volume em banho-maria até pequeno volume. Aquecer
em chapa elétrica até decomposição e volatilização dos
CARBONATO DE CÁLCIO sais de amônio. Incinerar o resíduo a 600 °C, até peso
Calcii carbonas constante. O peso do resíduo é de, no máximo, 5 mg (1%).

Arsênio (5.3.2.5). Utilizar Método I. Dissolver 5 g da


CaCO3; 100,09 amostra em 80 mL de ácido acético diluído. Após cessar
carbonato de cálcio; 01748 a efervescência, ferver por 2 min, arrefecer e completar
Sal de cálcio do ácido carbônico (1:1) o volume para 100 mL com ácido acético diluído. Filtrar,
[471-34-1] se necessário, através de Þltro de vidro sinterizado. No
máximo 0,0004% (4 ppm).
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 100,5% de
CaCO3, em relação à substância dessecada. Cloretos (5.3.2.1). Pesar 1 g da amostra, adicionar 10 mL
de água destilada e, cuidadosamente, adicionar 10 mL de
ácido nítrico 2 M, agitando até dissolução. No máximo
DESCRIÇÃO 0,035% (350 ppm).
Características físicas. Pó Þno, microcristalino branco, Bário. Pesar exatamente, cerca de 2,5 g da amostra,
inodoro e insípido. transferir quantitativamente para béquer, adicionar ácido
Solubilidade. Pouco solúvel em água, quando em presença clorídrico 3 M até cessar a efervescência e aquecer
de sais amoniacais ou de dióxido de carbono, praticamente até ebulição para eliminar o gás carbônico dissolvido.
Transferir quantitativamente para balão volumétrico de 25
mL e completar o volume com água. Transferir, para tubo
736 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de ensaio, 5 mL da solução da amostra e adicionar 5 mL de


sulfato de cálcio SR. Após 15 minutos a preparação não é CARBONATO DE MAGNÉSIO
mais opalescente que 5 mL solução da amostra com 5 mL Magnesii carbonas
de água.

Ferro. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria MgCO3; 84,31


de absorção atômica (5.2.13.1) Método I. No máximo MgCO3.xH2O
0,02% (200 ppm). MgO; 40,30
carbonato de magnésio; 01750
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da
Sal de magnésio do ácido carbônico (1:1)

c
amostra e transferir para um béquer. Adicionar 5 mL de
[546-93-0]
ácido clorídrico 3 M e aquecer até a ebulição para eliminar
Sal de magnésio do ácido carbônico hidratado (1:1)
o gás carbônico. Transferir quantitativamente para balão
[23389-33-5]
volumétrico de 25 mL e completar o volume com água.

Sulfato (5.3.2.2). Utilizar 5 mL da solução da amostra O carbonato de magnésio é uma mistura de carbonato de
obtida no teste de bário. No máximo 0,25% (2500 ppm). magnésio hidratado e carbonato de magnésio hidratado
básico. Deve conter, no mínimo 40,0% e, no máximo,
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. Utilizar 5 mL 43,5% de MgO.
da solução da amostra obtida no teste de bário. No máximo
0,002% (20 ppm).
DESCRIÇÃO
Perda por dessecação. (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 200 °C, por 4 horas. No Características físicas. Apresenta-se sob duas variedades:
máximo 2%. leve e pesado.

Carbonato de magnésio leve: massa branca, leve, friável,


DOSEAMENTO ou pó branco, Þníssimo, leve, insípido e inodoro.

Pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da amostra, previamente Carbonato de magnésio pesado: pó granuloso, branco,
dessecada e transferir para um erlenmeyer de 250 mL. insípido e inodoro.
Adicionar 50 mL de água e 2 mL de ácido clorídrico
diluído, cobrir com vidro de relógio e agitar até dissolução Ambos, quando agitados com água, tornam-na levemente
do carbonato de cálcio. Calcular o ponto de equivalência alcalina ao papel de tornassol.
teórico e titular com edetato dissódico 0,05 M SV até
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e etanol;
aproximadamente 2 mL antes deste volume. Adicionar 8
dissolve-se a frio, em quantidade apreciável, na água
mL de hidróxido de sódio SR e 150 mg do indicador azul de
saturada de dióxido de carbono.
hidroxinaftol. Continuar a titulação com edetato dissódico
0,05 M SV até cor azul. Cada mL de edetato dissódico 0,05
M SV equivale a 5,004 mg de CaCO3. IDENTIFICAÇÃO
A. Quando tratado com ácidos minerais diluídos produz
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO efervescência.
Em recipientes bem fechados. B. A solução obtida no teste A. de IdentiÞcação responde
às reações do íon magnésio (5.3.1.1).
ROTULAGEM
ENSAIOS DE PUREZA
Observar a legislação vigente.
Arsênio (5.3.2.5). A 1 g de amostra, adicionar 10 mL de
CLASSE TERAPÊUTICA água e 5 mL de ácido clorídrico bromado SR, eliminar
o excesso de bromo com algumas gotas de cloreto de
Antiácido, suplemento nutricional, quelante de fósforo. estanho(II) SR, e prosseguir como descrito no Ensaio
limite de arsênio . Utilizar Método I. No máximo 0,0005%
(5ppm).

Cálcio (5.3.2.7). Pesar, exatamente, cerca de 1 g de


amostra e adicionar 22 mL de água e 3 mL de ácido
sulfúrico, cautelosamente. Adicionar 50 mL de etanol e
deixar a mistura em repouso, no mínimo, durante 12 horas.
Se houver separação de cristais de sulfato de magnésio,
aquecer a mistura a cerca de 50 °C para dissolvê-los.
Filtrar através de cadinho de Gooch revestido de amianto e
previamente lavado com ácido sulfúrico M, água e etanol,
calcinado e tarado. Lavar o cadinho de Gooch várias vezes
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 737

com mistura de dois volumes de etanol e um volume de CLASSE TERAPÊUTICA


ácido sulfúrico M. Secá-lo ao vermelho vivo, resfriá-lo e
pesá-lo rapidamente. O peso do sulfato de cálcio, assim Antiácido e laxativo.
obtido, multiplicado por 0,4119 resulta no peso de CaO na
amostra. A amostra deve conter, no máximo, o equivalente
a 0,7% de CaO. CARBONATO DE POTÁSSIO
Kalli carbonas
Ferro (5.3.2.4). Pesar 2 g de amostra e dissolver em 15 mL
de ácido clorídrico 3 M. Quando cessar a efervescência,
completar o volume para 20 mL com água. Utilizar 5 mL K2CO3; 138,21

ca
no Ensaio limite de ferro. No máximo 0,02% (200 ppm). carbonato de potássio; 01751
Sal de potássio do ácido carbônico (2:1)
Metais pesados (5.3.2.3). Neutralizar com solução [584-08-7]
concentrada de amônia, 4 mL da solução preparada no
Ensaio limite de ferro. Adicionar 2 mL de ácido acético
Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 100,5 % de
SR (Pb) e prosseguir como descrito no Ensaio limite para
K2CO3, em relação à substância dessecada.
metais pesados. No máximo 0,0025% (25 ppm).

Sulfatos (5.3.2.2). Utilizar 10 mL da solução preparada no DESCRIÇÃO


Ensaio limite de ferro. No máximo 0,12%, (1200 ppm).
Características físicas. Pó granuloso, branco e
Cloretos (5.3.2.1). Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g de higroscópico.
amostra, adicionar 15 mL de ácido nítrico 2 M, 25 mL
de água e 1 mL de nitrato de prata 0,25 M. Completar o Solubilidade. Facilmente solúvel em água e praticamente
volume para 50 mL com água. Se produzir opalescência, insolúvel em etanol.
esta não deverá ser mais intensa do que a produzida por 0,1
mg de cloreto em igual volume de líquido, empregando-se
IDENTIFICAÇÃO
os mesmos reagentes. No máximo 0,02% (200 ppm).
A. A solução a 0,1% (p/v) da amostra responde às reações
Substâncias insolúveis em ácido clorídrico. Misturar 5 g
do íon carbonato (5.3.1.1).
da amostra com 75 mL de água e adicionar, sobre agitação,
ácido clorídrico, em pequenas porções até completa B. A solução a 0,1% (p/v) da amostra responde às reações
dissolução. Ferver durante 5 minutos. Recolher o resíduo do íon potássio (5.3.1.1).
insolúvel em um Þltro e lavar até que as águas de lavagem
não mais dêem reação de cloreto. Incinerar, deixar esfriar
e pesar. O resíduo deverá pesar, no máximo, 0,0025 g ENSAIOS DE PUREZA
(0,05%). Matéria insolúvel. Dissolver 10 g da amostra em 100
Substâncias solúveis em água. A 50 mL de água mL de água em um béquer. Aquecer o béquer coberto até
recentemente fervida, adicionar 1 g de amostra e levar à ebulição, em banho-maria, por 1 hora. Filtrar a solução em
ebulição durante 5 minutos. Filtrar, evaporar o Þltrado até funil tarado de média porosidade (10 ȝm a 15 ȝm). Lavar
a secura e dessecar o resíduo a 110 °C, durante 1 hora. com água quente. Secar a 105 ºC, resfriar em dessecador e
Deverá pesar, no máximo, 0,01 g (1%). pesar. No máximo 0,01% (100 ppm).

Cálcio e magnésio. A 20 mL da solução da amostra a


DOSEAMENTO 10% (p/v), adicionar ácido clorídrico até reação ácida ao
papel de tornassol, acrescentar 5 mL de oxalato de amônio
Pesar, exatamente, cerca de 1 g de amostra, adicionar 50 SR, 2 mL de fosfato de sódio dibásico heptaidratado SR
mL de ácido sulfúrico 0,5 M SV, 0,5 mL de alaranjado e 10 mL de hidróxido de amônio. Deixar em repouso, em
de metila SI e dosear o excesso de ácido com hidróxido lugar fresco, durante 24 horas. Se ocorrer formação de
de sódio M SV. Subtrair do volume de ácido 0,5 M SV precipitado, Þltrar e lavar com hidróxido de amônio a 2%
consumido e correspondente ao CaO determinado em (v/v). Dessecar e calcinar até peso constante. A massa do
Ensaios de pureza. A diferença será o volume de ácido resíduo não é superior a 0,4 mg. No máximo 0,02%.
sulfúrico 0,5 M SV que equivale ao carbonato de magnésio.
Cada mL de ácido sulfúrico 0,5 M SV equivale a 0,02015 Cianeto. A 15 mL da solução da amostra a 10% (p/v),
g de MgO e a 0,02804 g de CaO. adicionar 0,5 mL de sulfato ferroso SR e 0,5 mL de cloreto
férrico SR. Adicionar ácido clorídrico SR até reação
fortemente ácida. Não se desenvolve coloração azul.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cloretos (5.3.2.1). AcidiÞcar 10 mL da solução da amostra
Em recipientes fechados. a 10% (p/v) com ácido nítrico SR até reação ácida ao papel
de tornassol. Adicionar 1 mL de nitrato de prata SR e
ROTULAGEM completar o volume para 50 mL com água. Se produzir
opalescência, não deverá ser mais intensa que aquela
Observar a legislação vigente.
738 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

produzida por 0,02 mg do íon cloreto (Cl) tratado nas


mesmas condições. No máximo 0,002% (20 ppm). CARBONATO DE SÓDIO
Natrii carbonas
Sulfatos (5.3.2.2). AcidiÞcar 20 mL da solução da amostra
a 10% (p/v) com ácido clorídrico SR até reação ácida ao
papel de tornassol. Adicionar 1 mL de cloreto de bário SR, Na2CO3; 105,99
completar o volume para 50 mL com água e aquecer em Na2CO3.H2O; 124,00
banho-maria durante 15 minutos. Se produzir opalescência, carbonato de sódio; 01752
não deverá ser mais intensa que aquela produzida por 0,2 Sal de sódio do ácido carbônico (2:1)
mg do íon sulfato (SO42-) tratado nas mesmas condições. [497-19-8]

c No máximo 0,01% (100 ppm).

Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 4 g da amostra em


10 mL de água, adicionar 15 mL de ácido clorídrico SR e
aquecer até ebulição. Adicionar uma gota de fenolftaleína
Sal de sódio do ácido carbônico hidratado (2:1:1)
[5968-11-6]

Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 100,5% de


SI e neutralizar com hidróxido de sódio M até coloração Na2CO3, em relação à substância dessecada.
levemente rosa. Resfriar e diluir com água para 25 mL.
Prosseguir conforme descrito em Método I. No máximo DESCRIÇÃO
0,0005% (5 ppm).
Características físicas. Cristais incolores ou pó branco.
Ferro (5.3.2.4). Dissolver 10 g da amostra em 25 mL de Inodoro e de sabor alcalino e cáustico. No ar úmido e em
água, adicionar, lentamente, 14 mL de ácido clorídrico. lugar fresco, absorve água; a 100 °C torna-se anidro.
Quando cessar a efervescência, aquecer à ebulição por
alguns minutos. Resfriar e diluir para 50 mL com água. Solubilidade. Facilmente solúvel em água, água fervente e
Prosseguir conforme descrito em Método I utilizando 5 glicerol. Insolúvel em etanol.
mL da solução obtida. Utilizar 1 mL de Solução padrão de
ferro (10 ppm Fe). No máximo 0,001% (10 ppm).
IDENTIFICAÇÃO
Arsênio (5.3.2.5). Utilizar 10 mL de solução da amostra
A. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
a 10% (p/v) e adicionar 5 mL de ácido clorídrico SR.
Preparar o padrão com Solução estoque padrão de arsênio B. Responde às reações do íon carbonato (5.3.1.1).
(1 ppm As) e prosseguir conforme descrito em Método I.
No máximo 0,001% (10 ppm).
ENSAIOS DE PUREZA
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,3 g da
amostra. Dessecar em estufa a 180 °C, por 4 horas. No Aspecto da solução. A solução aquosa a 10% (p/v) é
máximo 0,5%. límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).

Alcalinidade. A solução aquosa da amostra é fortemente


DOSEAMENTO alcalina ao papel de tornassol.

Transferir, exatamente, cerca de 0,3 g da amostra Cálcio e Magnésio. Determinar em 20 mL da solução


previamente dessecada para erlenmeyer. Adicionar 150 mL obtida em Aspecto da solução. Adicionar ácido clorídrico
de água e quatro gotas de alaranjado de metila SI. Titular até reação ácida ao tornassol. Adicionar 5 mL de oxalato
com ácido clorídrico M SV. Cada mL de ácido clorídrico M de amônio 0,25 M, 2 mL de fosfato de sódio dibásico
SV equivale a 69,105 mg de K2CO3. heptaidratado 0,3 M e 10 mL de amônia. Deixar em repouso,
em lugar fresco, durante 24 horas. Se houver precipitação,
Þltrar, lavar com solução de amônia a 2% (p/v), dessecar
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO e calcinar até peso constante. O resíduo deverá pesar, no
Em recipientes bem fechados. máximo, 0,4 mg (0,02%).

Cianeto. Determinar em 15 mL da solução obtida em


ROTULAGEM Aspecto da solução. Adicionar 0,5 mL de sulfato ferroso
0,5 M e 0,5 mL de cloreto férrico 0,3 M. Adicionar ácido
Observar a legislação vigente. clorídrico 3 M até reação fortemente ácida. O líquido não
deve obter coloração azul.
CLASSE TERAPÊUTICA Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método I. Determinar em 10
Alcalinizante e diurético. mL da solução obtida em Aspecto da solução. No máximo
0,001% (10 ppm).

Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 10 mL da solução


obtida em Aspecto da solução. Adicionar ácido nítrico M
até reação ácida ao tornassol. Adicionar em 1 mL de nitrato
de prata 0,25 M e completar o volume até 50 mL com água.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 739

móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10 PL de cada uma


Se for produzida opalescência, não deverá ser mais intensa suporte, e mistura de acetona e água (80:20), como fase
da que for produzida por 0,1 mg de íon cloreto em igual
volume de líquido, empregando-se os mesmos reagentes. das soluções descritas a seguir.
No máximo 0,01% (100 ppm).
Solução amostra: solução injetável, se necessário,
Ferro (5.3.2.4). Utilizar o Método I. Determinar em 20 diluída em água de forma a obter solução a 10 mg/mL de
mL da solução obtida em Aspecto da solução. Adicionar carboplatina.
ácido acético até reação ácida ao tornassol. Se produzir
coloração rosa ou vermelha, não deve ser mais intensa do Solução padrão: solução de carboplatina SQR a 10 mg/
que a obtida com 0,02 mg de íon férrico em igual volume mL em água.
de líquido, empregando-se os mesmos reagentes. No
máximo 0,001% (10 ppm).

Metais Pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Determinar


em 5 mL da solução obtida em Aspecto da solução.
Nota: utilizar a Solução amostra e a Solução padrão em
até 2 horas.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar durante 2 horas. Nebulizar com mistura de 5,6
ca
Adicionar ácido acético até reação ácida ao tornassol. No
g de cloreto de estanho(II) em 10 mL de ácido clorídrico
máximo 0,002% (20 ppm).
(a dissolução pode não ser completa; se necessário, Þltrar)
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 20 mL da solução obtida e 90 mL de água contendo 1 g de iodeto de potássio,
em Aspecto da solução. Adicionar ácido clorídrico 3 M até preparada imediatamente antes do uso. Aquecer a placa a
reação ácida ao tornassol. Adicionar 1 mL de cloreto de 100 °C por 10 minutos. A mancha obtida no cromatograma
bário 0,5 M e completar o volume com água até 50 mL. com a Solução amostra corresponde em tamanho, cor e
Aquecer em banho-maria durante 10 minutos. Se for posição àquela obtida com a Solução padrão.
produzida opalescência, ela não deverá ser mais intensa
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da que for produzida por 0,8 mg de íon sulfato em igual
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
volume de líquido, empregando-se os mesmos reagentes.
àquele do pico principal da Solução padrão.
No máximo 0,04% (400 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em estufa a 105 CARACTERÍSTICAS


°C, por 4 horas. No máximo 0,5% para a substância anidra
e entre 12 e 15% para a substância hidratada. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 5,0 a 7,0.


DOSEAMENTO
Dissolver 1 g da amostra em 25 mL de água. Titular com ENSAIOS DE PUREZA
ácido clorídrico M, utilizando 0,2 mL de alaranjado de
metila SI. Cada mL de ácido clorídrico M SV equivale a Limite de ácido ciclobutano-1,1-dicarboxílico. Proceder
52,99 mg de Na2CO3 ou a 62,0 mg de Na2CO3.H2O. conforme descrito em CromatograÞa a líquido de alta
eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de
detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 300 mm de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada

(10 Pm), mantida a temperatura ambiente e ßuxo de Fase


com sílica químicamente ligada a grupo octadecilsilano
Em recipientes herméticos.
móvel de 2,0 mL/minuto.
ROTULAGEM
Solução (1): dissolver 8,5 g de sulfato de tetrabutilamônio
Observar a legislação vigente. em 80 mL de água, adicionar 3,4 mL de ácido fosfórico e
ajustar o pH para 7,55 com hidróxido de sódio.
CATEGORIA Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e Solução (1)
(88:10:2). DesgaseiÞcar e Þltrar.
Adjuvante farmacotécnico (agente alcalinizante).
Solução amostra: diluir a solução injetável em água de
modo a obter solução de carboplatina a 1 mg/mL. Utilizar
CARBOPLATINA SOLUÇÃO INJETÁVEL esta solução em até 2 horas.

Solução padrão: solução de ácido ciclobutano-1,1-


Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da dicarboxílico a 0,01 mg/mL em água.
quantidade declarada de C6H12N2O4Pt.
Solução de resolução: mistura de Solução amostra e
Solução padrão (1:1).
IDENTIFICAÇÃO
A resolução entre os picos da carboplatina e do ácido
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em ciclobutano-1,1-dicarboxílico não é inferior a 2,5. O desvio
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como padrão relativo das áreas de replicatas dos picos relativos
740 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ao ácido ciclobutano-1,1-dicarboxílico não é superior a


2,0%. CARDAMOMO
Procedimento: injetar separadamente, 100 PL da Solução
Cardamomi semen
amostra, da Solução padrão e da Solução de resolução.
Registrar os cromatogramas por, no mínimo, duas vezes Elettaria cardamomum (L.) Maton – ZINGIBERACEAE
e meia o tempo de retenção do pico correspondente à
carboplatina. A área sob o pico correspondente ao ácido A droga vegetal é constituída pelas sementes,
ciclobutano-1,1-dicarboxílico obtida no cromatograma da comercializadas ainda dentro dos frutos. As sementes
Solução amostra não é maior que a área sob o pico obtida devem ser utilizadas imediatamente após a quebra dos

c no cromatograma da Solução padrão (1,0%).

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


frutos. Contém, no mínimo, 5% de óleo volátil.

CARACTERÍSTICAS
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Características organolépticas. As sementes, quando
trituradas, têm forte odor e sabor levemente acre e
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,54 UE/ característico.
mg de carboplatina.

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DO FRUTO


DOSEAMENTO
Fruto cápsula trilocular deiscente, com 10,0 mm a 25,0
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido mm de comprimento e 5,0 mm a 10,0 mm de largura, de
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido coloração amarelo-clara, amarelo-esverdeada a amarelo-
de detector ultravioleta a 230 nm; coluna de 300 mm de acinzentada, ovóide ou oblonga em vista lateral, trígona
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada ou arredondada em secção transversal, com porção apical

(5 Pm), mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase


com sílica químicamente ligada a grupo aminopropilsilano estreitado-tubulosa em cerca de 1 mm a 2 mm, com ou sem
cicatriz dos órgãos ßorais visível e com cicatriz ou restos
móvel de 2,0 mL/minuto. de pedicelo na porção basal. Pericarpo delgado, coriáceo
e insípido. Epicarpo, em vista frontal, com numerosas
Fase móvel: preparar mistura de acetonitrila e água (87:13).
estrias longitudinais salientes. Em secção transversal,
DesgaseiÞcar e Þltrar.
cápsula trilocular, cada lóculo com duas a sete sementes de
Solução amostra: solução injetável diluída em água de placentação axial, aderidas entre si, formando três Þleiras
modo a obter solução a 1 mg/mL de carboplatina. duplas, separadas pelas paredes carpelares delgadas,
membranosas e pálidas. As sementes são comercializadas
Solução padrão: solução de carboplatina SQR a 1 mg/mL dentro do fruto, o qual é coletado imaturo e amadurecido
em água. artiÞcialmente, ao sol ou em estufas.
Nota: utilizar a Solução amostra e a Solução padrão em
até 2 horas. DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DA SEMENTE

O fator de retenção não é menor que 4,0 para o pico Sementes de placentação parietal (Figura 1), anátropas,
principal, o número de pratos teóricos não é menor que duras, ovóides, triangulares ou subcilíndricas,
5000 e o fator de cauda não é maior que 2,0. O desvio irregularmente angulosas e enrugadas transversalmente,
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados com uma das faces convexa e a outra escavada, com 2,0 mm
do padrão de carboplatina não é maior que 2,0%. a 4,0 mm de comprimento e 2,0 mm a 3,0 mm de largura,

Procedimento: injetar separadamente, 10 PL das Soluções


pretas, cinzento-pardas ou avermelhadas, recobertas por um
arilo delgado, tênue e incolor a esbranquiçado. Geralmente
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as as sementes estão aglutinadas em massas, correspondentes
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C6H12N2O4Pt às Þleiras limitadas pelos carpelos. Com auxílio de lente,
na solução injetável a partir das respostas obtidas para as em secção transversal, em cada semente são visíveis arilo,
Soluções padrão e amostra. tegumento, perisperma, endosperma e embrião.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA SEMENTE


Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e livre do Em vista frontal , o arilo apresenta células retangulares
contato com metais. muito estreitas, alongadas longitudinalmente e
irregularmente fusiformes, de paredes delgadas, dispostas
ROTULAGEM em Þleiras, com gotas lipídicas. A epiderme possui células
alongadas tangencialmente, fusiformes, de paredes
Observar a legislação vigente. anticlinais espessas e pontoadas, dispostas em ângulo
oblíquo em relação ao arilo, com gotas lipídicas. Por
transparência, o parênquima de reserva é visível, formado
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 741

por células parenquimáticas volumosas, de diferentes longitudinal; grãos de amido isolados e/ou agrupados;
formas, de paredes delgadas e onduladas, ricas em gotas cristais de oxalato de cálcio isolados.
lipídicas. Em secção transversal, o arilo apresenta células
pequenas, achatadas, de paredes Þnas. A epiderme é
IDENTIFICAÇÃO
formada por células pequenas, quadrangulares, de paredes
espessas e apresenta algumas gotas lipídicas. A hipoderme Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
possui células geralmente retangulares, achatadas
com espessura de 250 Pm, como suporte, e mistura
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
tangencialmente, de paredes delgadas, distribuídas em
poucas camadas, geralmente irregulares quanto ao número de tolueno e acetato de etila (93:7), como fase móvel.
de células. O parênquima de reserva possui algumas
PL da Solução (1) e 10 PL da Solução (2), preparadas
ca
Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 20
camadas de células volumosas, de diferentes formas,
geralmente poligonais a retangulares, de paredes delgadas, recentemente, como descrito a seguir.
contendo gotas lipídicas. Pode ocorrer internamente
ao parênquima de reserva uma camada regular ou não, Solução (1): a 0,1 g da droga moída, adicionar 2 mL
de células parenquimáticas de menor volume. Seguem de cloreto de metileno. Agitar por 15 minutos, Þltrar e

60 qC. Ressuspender em 2 mL de tolueno.


uma ou mais camadas de células esclerenquimáticas concentrar até secura em banho-maria a, aproximadamente,
colunares, com as paredes periclinal interna e anticlinais
Solução (2): dissolver 10 Pg de acetato de terpenila, 10 Pg
muito espessas e alaranjadas, com lúmen em forma
de cuia e com ou sem cristais de sílica. O perisperma é
esbranquiçado e apresenta as primeiras camadas de células de 1,8-cineol e 10 —L de linalol em 1 mL de tolueno.
parenquimáticas pequenas, achatadas tangencialmente, Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
de paredes delgadas, repletas de grãos de amido, seguido secar ao ar. Nebulizar a placa, em seguida, com solução
por muitas camadas de células parenquimáticas de forma de vanilina sulfúrica SR e deixar em estufa entre 100 °C e
irregular, geralmente colunares ou poligonais, volumosas, 105 °C durante, aproximadamente, 5 minutos. As manchas
com paredes delgadas e as anticlinais onduladas, contendo azuis obtidas com a Solução (1) na parte superior do
grande quantidade de grãos de amido de tamanho muito cromatograma (com Rf de aproximadamente 0,7), na parte
reduzido, gotas lipídicas e cristais de oxalato de cálcio. mediana (com Rf de aproximadamente 0,5) e na porção
O endosperma possui células parenquimáticas alongadas, inferior (com Rf de aproximadamente 0,4) correspondem
de variadas formas, de paredes delgadas, distribuídas em em posição e coloração àquelas obtidas com a Solução (2),
várias camadas paralelas, envolvendo completamente o referentes ao acetato de terpenila, ao 1,8-cineol e ao linalol,
embrião e apresentando gotas lipídicas e grãos de aleurona. respectivamente. Outras manchas podem ser observadas
O embrião é pequeno, ovóide e de coloração escura e suas na metade superior do cromatograma, uma de coloração
células são arredondadas a ovóides, de paredes delgadas, violácea, próxima ao fronte, com Rf de aproximadamente
apresentando grãos de aleurona e gotas lipídicas. 0,9, correspondente ao limoneno. Entre as manchas com Rf
de aproximadamente 0,8 e de 0,9 observa-se uma mancha
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ DA de coloração azul. Na metade inferior do cromatograma
SEMENTE também podem ser observadas várias manchas de coloração
violácea, azul e verde.
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para a
espécie, menos os caracteres macroscópicos, não devendo
conter elementos do pericarpo. São característicos com a
ENSAIOS DE PUREZA
adição de hidrato de cloral: coloração cinzento-pardacenta; Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 4,0%.
fragmentos do arilo, em vista frontal; fragmentos da
epiderme, em vista frontal; fragmentos do arilo com células
de parênquima de reserva, visualizadas por transparência, DOSEAMENTO
em vista frontal; fragmentos do arilo, da epiderme e do
Óleos voláteis
parênquima de reserva, visualizados por transparência,
em vista frontal; fragmentos da epiderme e do parênquima Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
de reserva, visualizado por transparência, em vista voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão de 500
frontal; fragmentos da epiderme, em secção transversal; mL contendo 200 mL de água como líquido de destilação.
fragmentos da hipoderme, em vista frontal; fragmentos Adicionar 0,5 mL de xileno pela abertura lateral k. Utilizar
do parênquima de reserva, em vista frontal; fragmentos do a semente imediatamente após ser removida do fruto, sem
parênquima de reserva, em secção transversal; fragmentos triturar. Proceder imediatamente à determinação do óleo
de esclerênquima em vista frontal; fragmentos da camada volátil, a partir de 20 g da droga. Destilar por 5 horas.
esclerenquimática, em secção transversal; fragmentos da
camada esclerenquimática e do perisperma em secção
transversal; fragmentos do perisperma, em vista frontal; EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
fragmentos do perisperma, em secção transversal; Em recipiente bem fechado, ao abrigo da luz e calor.
fragmentos do endosperma, em secção transversal;
células parenquimáticas isoladas; Þbras isoladas em vista
742 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos do fruto e da semente e microscópicos da


semente de Elettaria cardamomum (L.) Maton

______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 1cm (régua 1); em B a 0,5 cm (régua 2); em C a 0,5 cm (régua 3); em D, E e
H a 100 —m (régua 4); em F e G a 100 —m (régua 5).

A – aspecto geral do fruto, em vista lateral: pedicelo (ped). B – representação esquemática do fruto, em secção transversal: carpelo (cap); embrião
(em); endosperma (end); lóculo (lo); parênquima (p); perisperma (per); semente (se). C – aspecto geral de sementes, em vista lateral: arilo (ar). D –
detalhe de porção do arilo, em vista frontal: gota lipídica (gl). E – detalhe de porção da epiderme, em vista frontal: gota lipídica (gl); pontoação (pto).
F – representação esquemática da semente em secção longitudinal: arilo (ar); embrião (em); endosperma (end); esclerênquima (esc); parênquima
(p); perisperma (per). G – representação esquemática da semente em secção transversal: arilo (ar); embrião (em); endosperma (end); epiderme (ep);
esclerênquima (esc); parênquima (p); perisperma (per). H – detalhe parcial de porção da semente, em secção transversal: camada amilífera (cam); cristal
de oxalato de cálcio (cox); cristal de sílica (csi); epiderme (ep); esclerênquima (esc); idioblasto cristalífero (ic); grãos de amido (ga); gota lipídica (gl);
hipoderme (h); lúmen (lu); parênquima (p); perisperma (per).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 743

ca

Figura 2 – Aspectos microscópicos do pó da semente de Elettaria cardamomum (L.) Maton


_________________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A até P a 100 —m (régua 1); em Q a 100 —m (régua 2).

A – fragmento da epiderme e do parênquima de reserva, observado por transparência, em vista frontal: epiderme (ep); gota lipídica (gl); parênquima
(p); pontoação (pto). B – fragmento do arilo, da epiderme e do parênquima, em vista frontal: arilo (ar); epiderme (ep); gota lipídica (gl); parênquima (p);
pontoação (pto). C – fragmento do endosperma, em secção transversal: gota lipídica (gl). D – fragmento do esclerênquima, em vista frontal: pontoação
(pto). E – fragmento do arilo, em vista frontal: gota lipídica (gl). F – fragmento da epiderme, em vista frontal: gota lipídica (gl); pontoação (pto). G
– fragmento do parênquima, em vista frontal. H – fragmento da camada esclerenquimática e do perisperma, em secção transversal: camada amilífera
(cam); esclerênquima (esc); lúmen (lu); perisperma (per). I – fragmento da camada esclerenquimática, em secção transversal: lúmen (lu). J – fragmento
da camada esclerenquimática com restos do perisperma, em secção transversal: esclerênquima (esc); lúmen (lu); perisperma (per). L – fragmento do
parênquima, em secção transversal: gota lipídica (gl). M – fragmento da hipoderme, em vista frontal: gota lipídica (gl). N – cristais de oxalato de cálcio
isolados. O – grãos de amido isolados e/ou agrupados. P – células parenquimáticas e idioblastos cristalíferos isolados: cristal de oxalato de cálcio (cox);
gota lipídica (gl); idioblasto cristalífero (ic). Q – Þbra isolada, em vista longitudinal.
744 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

2 séries de 4 células cada uma. As células do clorênquima


CARQUEJA são elípticas a circulares, frouxamente distribuídas e
Baccharis trimerae herbae dispostas radialmente em 3 ou 4 camadas, interrompidas na
região do colênquima e dos canais secretores esquizógenos.
O colênquima, que se intercala ao clorênquima, modiÞca-
Baccharis trimera (Less.) DC. – ASTERACEAE; 09896 se de acordo com a idade do caule. Nos caules jovens,
isto é, até o quinto nó, estende-se da epiderme até os
A droga vegetal consiste de caules alados, dessecados e canais secretores, envolvendo-os parcialmente, enquanto
fragmentados contendo, mínimo, 1,7% de ácidos cafeicos que nas regiões entre os canais pode ocorrer sob a forma
totais, calculados como ácido clorogênico. de uma camada contínua e subepidérmica. Nos caules

c SINONÍMIA CIENTÍFICA
Baccharis genistelloides var. trimera (Less.) Baker
maduros, ou seja, a partir do quinto nó, distribui-se em
zonas opostas aos canais secretores, podendo as células
do colênquima transformar-se, parcial ou totalmente, em
Þbras agrupadas em até 3 camadas; nas zonas afastadas
dos canais secretores, a camada de colênquima não sofre
NOMES POPULARES modiÞcações. Os canais secretores, sempre acompanhados
de colênquima, situam-se externamente à endoderme,
Carqueja-amarga. ocorrendo, predominantemente, opostos às Þbras do
protoßoema. O número de canais secretores varia de 3 a
10, com epitélio de 3 a 14 células de paredes delgadas.
CARACTERÍSTICAS Internamente ao clorênquima existe uma camada contínua
Características organolépticas. As partes aéreas de endoderme com estrias de Caspary. O sistema vascular
apresentam sabor amargo. é colateral, apresentando caráter secundário já nos ramos
jovens. Os cordões de Þbras do protoßoema, em número
de 9 a 20, são formados por até 7 camadas de células de
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA paredes grossas e ligniÞcadas. Internamente ao xilema
ocorre uma faixa de Þbras quase contínua e de espessura
Ramos cilíndricos, trialados, de até 1 m de comprimento,
variável, localizada junto ao parênquima medular. A
áÞlos ou com raras folhas sésseis e reduzidas nos nós. Alas
medula é relativamente ampla, com células grandes,
verdes, glabras a olho nu, membranosas, com 0,5 cm a 1,5
esféricas ou elípticas, de paredes pouco espessadas,
cm de largura; alas dos ramos ßoríferos, mais estreitas do
com poucos espaços intercelulares, contendo cristais
que as demais. Plantas dióicas, portanto, quando presentes
prismáticos de oxalato de cálcio, de formas variadas, como
ramos ßoridos, estes devem ser somente pistilados ou
cristais aciculares, retangulares e octaédricos, dispostos
somente estaminados. Inßorescências, quando presentes,
predominantemente em zonas próximas ao xilema. Em
do tipo capítulo, branco-amareladas, numerosas, sésseis,
secção transversal, as alas exibem estrutura dorsiventral
dispostas ao longo dos ramos superiores, formando espigas
com parênquimas paliçádico e esponjoso. A epiderme é
interrompidas, com receptáculo plano, não paleáceo;
uniestratiÞcada, com características semelhantes àquelas
ßores com papus presente, piloso e branco. Capítulos
descritas para o caule. Ocorrem estômatos anomocíticos e
estaminados com brácteas involucrais de 0,4 cm a 0,5
anisocíticos, distribuídos em ambas as faces da epiderme.
cm de comprimento, plurisseriadas, sendo as externas
Os tricomas ocorrem predominantemente na região dos
gradativamente menores, ovaladas e glabras; ßores com
bordos das alas e na junção destas com o eixo do caule.
corola tubulosa, pentâmera, com até 0,4 cm de comprimento
São de 4 tipos fundamentais: a: multicelular, unisseriado,
e limbo dividido em lacínias longas, enroladas em espiral;
ereto, com 3 células no corpo e uma apical cônica, ereta ou
estames cinco, epipétalos, sinânteros; pistilo atroÞado.
inclinada, b: multicelular, unisseriado, ereto, com 5 células
Capítulos pistilados com brácteas involucrais de até 0,6
no corpo e uma célula apical cônica, com sua base dilatada,
cm de comprimento, plurisseriadas, lanceoladas, glabras;
c: multicelular, unisseriado, com 1 a 3 células no corpo e
ßores com corola Þliforme, pentadentada, com até 0,4 cm
célula apical arredondada, globosa, podendo às vezes ser
de comprimento; estilete bifurcado, mais longo do que a
recurvado, d: multicelular, unisseriado, recurvado, com 3
corola, linear-lanceolado, pubescente na face dorsal, com
células no corpo e uma célula aplical globosa, esta com
ramos divergentes; ovário ínfero, bicarpelar, gamocarpelar,
paredes espessadas. O parênquima paliçádico é formado
unilocular, monospérmico; fruto do tipo aquênio, de até 0,2
por células elípticas, dispostas em 3 a 5 camadas na porção
cm de comprimento, com 10 estrias longitudinais.
mediana-superior e na mediana-inferior de cada ala, com
seus eixos maiores orientados anticlinalmente. Ocorrem
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA até 18 feixes condutores colaterais em cada ala, dispostos
linearmente, alternando-se em grandes e pequenos,
O caule apresenta três alas ou expansões caulinares acompanhados de poucas Þbras e rodeados por uma bainha
divergentes, com as costelas pronunciadas entre cada ala. parenquimática. Cada feixe está acompanhado por 1 ou 2
A epiderme é uniestratiÞcada, com células retangulares canais secretores esquizógenos de grande tamanho, com
cobertas por uma cutícula estriada. Em vista frontal, as epitélio de 4 a 14 células, de paredes não espessadas.
células epidérmicas mostram-se poligonais com paredes O colênquima está restrito a apenas uma camada
sinuosas. Ocorrem poucos estômatos e alguns tricomas, subepidérmica junto à nervura do bordo da ala; abaixo
esses últimos formados por 2 células basais e a cabeça com dele ocorre um grupo de Þbras de paredes fortemente
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 745

espessadas, que envolvem 3 canais secretores de diferentes Pm), mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
tamanhos. de 0,6 mL/minuto.

Eluente A: mistura de acetonitrila, água e ácido


DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ trißuoracético (5:95:0,05).
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para Eluente B: acetonitrila.
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
característicos: fragmentos de epiderme com cutícula Gradiente da Fase móvel: adotar sistema de gradiente
estriada e estômatos anomocíticos e anisocíticos, além linear, conforme tabela a seguir.

ca
dos tricomas descritos; porções de parênquima medular
com cristais de oxalato de cálcio; porções de Þbras Tempo Eluente A Eluente B
Eluição
acompanhadas de canais secretores. Podem ocorrer, (minutos) (%) (%)
dependendo do grau de fragmentação, porções de ramos 0 – 30 100 ĺ 57 0 ĺ 43 gradiente linear
alados com e sem capítulos. 30 – 35 57 ĺ 0 43 ĺ 100 gradiente linear
35 – 36 0 ĺ 100 100 ĺ 0 gradiente linear
IDENTIFICAÇÃO 36 – 42 100 0 isocrática

Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada Solução amostra: pesar exatamente, cerca de 0,5 g da
droga seca e moída (250 —m) em béquer de 50 mL.
espessura de 250 Pm, e mistura de tolueno e acetato de
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com

levar ao banho-maria (40 qC) por 10 minutos. Esfriar o


Adicionar 10 mL de mistura de etanol e água (50:50) e

placa, em forma de banda, de 10 PL da Solução (1) e da


etila (70:30), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à
extrato à temperatura ambiente. Filtrar o extrato através
Solução (2), recentemente preparadas, descritas a seguir. de algodão, para balão volumétrico de 25 mL. Extrair
novamente o resíduo da droga retida no algodão com 10
Solução (1): agitar 2 g da amostra com 10 mL de cloreto de
maria (40 qC), por 10 minutos. Esfriar e Þltrar para o
mL de mistura de etanol e água (50:50), levar ao banho-
metileno durante 10 minutos. Filtrar e desprezar a solução

metanol sob agitação magnética em temperatura de 40 qC.


de cloreto de metileno. Extrair o resíduo com 10 mL de mesmo balão volumétrico de 25 mL. Completar o volume
com mistura de etanol e água (50:50). Diluir 0,12 mL da

qC). Ressuspender o resíduo em 2 mL de metanol.


Filtrar e concentrar até resíduo em evaporador rotatório (40 solução resultante em 1 mL de mistura de acetonitrila, água
e ácido trißuoracético (5:95:0,05).
Solução (2): dissolver 1 mg de quercetina SQR e 1 mg de Solução estoque: dissolver 5,6 mg de ácido clorogênico em
3-O-metilquercetina SQR em 0,1 mL de metanol. 5 mL de metanol.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Soluções para curva analítica de ácido clorogênico: diluir
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). A com mistura de acetonitrila e água (5:95) uma alíquota de
mancha principal obtida no cromatograma da Solução 0,2 mL da Solução estoque, para 0,4 mL, de modo a obter
(1), corresponde em posição e intensidade àquela solução a 0,56 mg/mL. Realizar diluições sucessivas da
obtida com a Solução (2). Em seguida, nebulizar a solução anterior, em mistura de acetonitrila e água (5:95),
placa com difenilborato de aminoetanol a 1% (p/v) em de modo a obter concentrações de 0,28 mg/mL, 0,14 mg/
metanol. As manchas correspondentes a quercetina e mL, 0,07 mg/mL, 0,035 mg/mL; 0,017 mg/mL e 0,0085
3-O-metilquercetina, examinadas à luz do dia, apresentam mg/mL.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL das Soluções


coloração alaranjada.

para curva analítica de ácido clorogênico e da Solução


ENSAIOS DE PUREZA amostra. Registrar os cromatogramas e medir as áreas sob
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%. os picos. Os tempos de retenção relativos aproximados em
relação ao ácido clorogênico são: ácido 3,4-dicafeoilquínico
Água (5.4.2.3). No máximo 12,0%. = 1,69; 3,5-dicafeoilquínico = 1,76; 4,5-dicafeoilquínico
= 1,84. Calcule o teor da amostra a partir da equação
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 8,0%. da reta obtida com as Soluções para curva analítica de
ácido clorogênico. O resultado é expresso pela média das
DOSEAMENTO determinações em gramas de ácido clorogênico por 100
g da droga (%), considerando a determinação de água.
Ácidos cafeicos totais Outros picos podem estar presentes na amostra.

Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
de detector ultravioleta a 325 nm; pré-coluna empacotada
Em recipiente de vidro, bem fechado, ao abrigo da luz e
com sílica octadecilsilanizada, coluna de 75 mm de
calor.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (4
746 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópicos em Baccharis trimera (Less.) DC


_____________

Complemento da legenda da Figura 1.

A - esquema representativo do caule com três alas, em secção transversal. B - detalhe da margem da ala; endoderme (e); canal esquizógeno (sd). C
- detalhe de uma porção do caule em secção transversal, indicado em A; endoderme (e); canal esquizógeno (sd). D - detalhe da epiderme da ala com
cutícula estriada e estômatos anisocíticos. E - tricoma glandular. F - cristais de oxalato de cálcio em forma de prismas octaédricos e prismas retangulares.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 747

ca

Figura 2 - Aspectos microscópicos em pó Baccharis trimera (Less.) DC


________________

Complemento da legenda da Figura 2. As réguas correspondem: 1 (B, C, H, E); 2 (D, F, G, I, J); 3 (A).

A - cristais de oxalato de cálcio. B - capítulo de ßores estaminadas. C - fragmento de caule alado com capítulo. D - porção de epiderme da ala. E -
fragmento do caule. F - porção de parênquima medular com cristais. G - fragmento de epiderme com tricoma glandular, em vista frontal. H - capítulo
de ßores pistiladas. I - detalhe de Þbras. J - fragmento de parênquima paliçádico.

família capa consiste em capa e iota. Capa-carragenina


CARRAGENINA é geralmente D-galactose-4-sulfato e 3,6-anidro-D-
galactose alternados e iota-carragenina é similar exceto
que a 3,6-anidrogalactose é sulfatada no carbono 2. Entre
carragenina; 01798 capa-carragenina e iota-carragenina existem diferentes
Carragenina composições intermediárias, dependentes do grau de
[9000-07-1] sulfatação no carbono 2. Devido à estrutura terciária
helicoidal, que permite geleiÞcação, a família capa é a
Carragenina é o colóide hidróÞlo obtido da extração com de maior importância comercial. Na lambda-carragenina
água ou com solução aquosa alcalina de alguns membros as unidades monoméricas são geralmente D-galactose-2-
da classe Rhodophyceae (algas vermelhas), utilizada sulfato (ligação 1,3) e D-galactose-2,6-dissulfato (ligação
como agente geleiÞcante, emulsionante, estabilizante, 1,4). Esta carragenina não é geleiÞcante. O conteúdo de
suspensor e de aumento de viscosidade. É uma mistura éster sulfato na carragenina é de 18% a 40%.
de polissacarídeos sulfatados, constituída normalmente
de ésteres sulfato de potássio, sódio, cálcio, magnésio e DESCRIÇÃO
amônio, e copolímeros de galactose e 3,6-anidrogalactose.
As famílias estruturais são identiÞcadas pela posição do Características físicas. Pó branco ou amarelado, quase
grupo sulfato e a presença ou não de anidrogalactose. inodoro.
Essas hexoses estão alternadas nas ligações Į-1,3 e ȕ-1,4
no polímero. Os copolímeros prevalentes no colóide são Solubilidade. Solúvel em água quente (80 °C). Dispersa
designados carragenina do tipo capa, iota e lambda. A mais facilmente se umedecida primeiramente em etanol,
glicerol e xarope.
748 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Constantes físico-químicas. D. Obter o espectro de absorção no infravermelho


(5.2.14) das frações geleiÞcantes e não-geleiÞcantes
Viscosidade (5.2.7): no mínimo 5 cP a 75 °C. Transferir pelo procedimento descrito a seguir. Dispersar 2 g da
7,5 g da amostra para um béquer de 600 mL previamente amostra em 200 mL de cloreto de potássio a 2,5% (p/v)
pesado, adicionar 450 mL de água e dispersar sob agitação e agitar durante 1 hora. Deixar em repouso durante 18
durante 15 minutos. Adicionar água até 500 g de peso e horas, agitar novamente durante 1 hora e transferir para
aquecer em banho-maria, com agitação contínua, até que a um tubo de centrífuga. Se a transferência não puder ser
temperatura de 80 °C seja alcançada. Adicionar água para realizada porque a dispersão é muito viscosa, diluir com
ajustar a perda por evaporação, resfriando até intervalo de 200 mL de cloreto de potássio a 2,5% (p/v). Centrifugar
76 °C a 77 °C e manter em banho, à temperatura constante a aproximadamente 1000 g durante 15 minutos. Remover

c de 75 °C. Utilizar um viscosímetro rotacional adequado e


adaptar um corpo rotatório de 1,88 cm de diâmetro e 6,51
cm de altura, com imersão de profundidade de 8,10 cm.
Deixar o corpo rotatório girar na amostra a 30 rpm por
o líquido sobrenadante límpido, ressuspendendo o
resíduo em 200 mL de cloreto de potássio a 2,5% (p/v)
e centrifugar novamente. Coagular os sobrenadantes
combinados, por adição de dois volumes de etanol 90%
6 rotações e efetuar leitura na escala. Converter a leitura (v/v). Recuperar o coágulo e o sedimento. Lavar o coágulo
para centipoises, por multiplicação pela constante do corpo com 250 mL de etanol 90% (v/v). Retirar o excesso de
rotatório e a velocidade empregada. líquido do coágulo por pressão e secar a 60 °C durante 2
horas. O material assim obtido é a fração não-geleiÞcante,
carragenina do tipo lambda. Dispersar o sedimento em 250
IDENTIFICAÇÃO
mL de água fria, aquecer a 90 °C durante 10 minutos e
A. Preparar uma dispersão uniforme a 2% (p/v) da amostra resfriar até 60 °C. Coagular a mistura, com dois volumes
em água e aquecer em banho-maria a 80 °C (Preparação de etanol a 90% (v/v). Recuperar, lavar e secar o coágulo
A). Após resfriamento a dispersão torna-se mais viscosa e como descrito anteriormente. O material assim obtido
pode formar um gel. é a fração geleiÞcante, carragenina do tipo capa e iota.
Preparar, para cada fração, Þlmes de 5 mm de espessura
B. A 10 mL da Preparação A, obtida no teste A. de (quando seca) em uma superfície não aderente uniforme e
IdentiÞcação, ainda quente, adicionar quatro gotas de obter os espectros de absorção no infravermelho de cada
cloreto de potássio a 10% (p/v), misturar e esfriar. Uma Þlme. Carragenina apresenta larga banda de absorção,
-1
textura frágil do gel indica predominância da carragenina típica dos polissacarídeos, na região de 1000 cm a
-1 -1
do tipo capa; um gel elástico indica predominância de 1100 cm . Os máximos de absorção são de 1065 cm e
-1
carragenina do tipo iota. Se a solução não formar gel, a 1020 cm para a fração geleiÞcante e não-geleiÞcante,
carragenina predominante é do tipo lambda. respectivamente. Outras bandas de absorção características
-1
e suas intensidades relativas à absorvância em 1050 cm
C. Diluir uma porção da Preparação A, obtida no teste A. são mostradas na tabela a seguir.
de IdentiÞcação, em quatro partes de água e adicionar duas
a três gotas de cloreto de metiltionínio a 0,05% (p/v) em
etanol. Forma-se precipitado Þbroso de cor azul.

-z
Comprimento Absorvâncias relativas a 1 050 cm
de onda Fração molecular
-1 Capa Iota lambda
(cm )
1220 a 1260 Éster sulfato 0,7 a 1,2 1,2 a 1,6 1,4 a 2,0
928 a 933 3,6-Anidrogalactose 0,3 a 0,6 0,2 a 0,4 0 a 0,2
840 a 850 Galactose-4-sulfato 0,3 a 0,5 0,2 a 0,4 ---
825 a 830 Galactose-2-sulfato --- --- 0,2 a 0,4
810 a 820 Galactose-6-sulfato --- --- 0,1 a 0,3
800 a 805 3,6-Anidrogalactose-2-sulfato 0 a 0,2 0,2 a 0,4 ---

ENSAIOS DE PUREZA previamente dessecado e pesado. Lavar o resíduo várias


vezes com água quente. Secar a 105 °C durante 3 horas,
Matéria ácida insolúvel. Transferir 2 g da amostra esfriar em dessecador e pesar. A diferença entre o peso Þnal
exatamente pesados para um béquer de 250 mL contendo e a soma dos pesos do funil, da Þbra de vidro e do agente
150 mL de água e 1,5 mL de ácido sulfúrico. Tampar com auxiliar de Þltração é o peso da matéria ácida insolúvel. No
vidro de relógio e aquecer em banho de vapor durante 6 máximo 2%.
horas. Friccionar frequentemente as paredes do béquer
com bastão de vidro com borracha na extremidade, Arsênio (5.3.2.5). No máximo 0,0003% (3 ppm).
repondo alguma água perdida por evaporação. Adicionar
500 mg, exatamente pesados, de um agente auxiliar de Chumbo (5.3.2.12). No máximo 0,001% (10 ppm).
Þltração. Filtrar a preparação em um funil com placa Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
Þltrante contendo uma camada de Þbra de vidro de 2,4 cm, máximo 0,004% (40 ppm).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 749

Perda por dessecação (5.2.9). Secar sob pressão não a face dorsal de um dos dois cotilédones e é claramente
excedente a 10 mm Hg a 70 °C, durante 18 horas. No proeminente na superfície externa.
máximo 12,5%.

Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 35%. DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA


Em vista frontal, a testa da semente mostra uma epiderme
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA de cor castanho-amarelada, com células uniformes, sendo a
maioria poligonal ou arredondada. Em secção transversal,
Contagem do número total de micro-organismos as células da epiderme são colunares e compactas, com
mesofilos (5.5.3.1.2). Bactérias totais: no máximo 200 UFC/g.

ca
cutícula espessa e lisa e paredes periclinais externas muito
mais espessas do que as internas. Abaixo se observam até
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
quatro zonas distintas. A primeira, mais externa, é formada
Ausência de Salmonella sp e Escherichia coli.
por algumas camadas de células colenquimáticas de cor
amarelo-acastanhada. A segunda é formada por dez ou
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO mais camadas de células esclerenquimáticas, achatadas
tangencialmente. A terceira é formada por quatro a dez
Em recipientes herméticos, preferencialmente em local camadas de células parenquimáticas, incolores, de forma
fresco. mais poliédrica e de paredes mais delgadas do que as das
regiões anteriores, apresentando espaços intercelulares. Nas
ROTULAGEM camadas mais externas desta região podem ser observados
os feixes vasculares. A quarta região, quando presente,
Observar a legislação vigente. é formada por algumas camadas de células achatadas
tangencialmente e de paredes espessadas. Os cotilédones
CATEGORIA são constituídos de parênquima amilífero, coberto por uma
epiderme uniestratiÞcada. Em vista frontal, as células da
Excipiente. epiderme dos cotilédones são poligonais. O parênquima
de reserva possui células ovaladas a elípticas, com paredes
delgadas, menores na região mais externa e gradativamente
CASTANHA-DA-ÍNDIA maiores para o interior, contendo grãos de amido e gotas
Hippocastani semen lipídicas. Delicados feixes vasculares ocorrem neste
parênquima; os elementos de vaso são estreitos e têm
espessamento de parede helicoidal. Os grãos de amido são
Aesculus hippocastanum L. – HIPPOCASTANACEAE simples, podendo ser esféricos, ovalados e piriformes, e
de diferentes tamanhos, variando de 2 —m a 80 —m_)) de
A droga vegetal é constituída de sementes maduras e diâmetro. Os grãos menores têm hilo geralmente em forma
dessecadas contendo, no mínimo, 3,0% de glicosídeos de ponto; os outros, mais numerosos, apresentam hilo em
triterpênicos, calculados como escina anidra. forma de cruz, ramiÞcado ou estrelado.

CARACTERÍSTICAS DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ


Características organolépticas. Semente inodora, quando O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
partida possui odor fraco. Casca com sabor adstringente e a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
embrião com sabor amargo, produzindo salivação quando característicos: fragmentos da testa irregulares, amarelo-
mastigado. dourados, com células de contornos irregulares, fortemente
interligadas, cujos limites não são reconhecíveis, com
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA prolongamentos da parede celular parecendo tubiformes,
de lume estreito, semelhante ao de Þbras em secção
As sementes são duras e exalbuminadas, de 2,5 cm a 4,0 transversal; fragmentos da testa mostrando células de
cm, irregularmente subesféricas, achatadas em ambos os paredes espessadas; fragmentos da epiderme da testa,
pólos ou somente no do hilo, ou ainda achatadas de forma em vista frontal, com paredes periclinais uniformemente
irregular pela dessecação. A semente fraturada mostra espessadas, e, quando em secção transversal, com paredes
testa de cor marrom, quebradiça, de 1,0 mm a 2,0 mm radiais e periclinal externa fortemente espessadas,
de espessura, envolvendo o embrião, o qual possui uma lembrando uma paliçada estreita, com células castanho-
pequena radícula e dois grandes cotilédones córneos e avermelhadas; fragmentos de parênquima de reserva, com
amiláceos, de coloração castanho-clara externamente e células achatadas a elípticas, contendo grãos de amido e
quase branca na fratura. Endosperma ausente. A testa é lisa, gotas lipídicas; fragmentos de parênquima de reserva com
coriácea, quebradiça, facilmente separável do embrião em porções de feixes vasculares; abundantes grãos de amido,
algumas partes, de cor castanho-avermelhada ou castanho- isolados ou agrupados, de diferentes tamanhos e formas,
clara, geralmente lustrosa, raro opaca e com grande mancha conforme descrito. Quando submetido ao hidrato de cloral
clara, correspondente ao hilo. A radícula é curva e ocupa frio, o amido incha imediatamente. Nos fragmentos de
uma depressão sobre a comissura dos cotilédones ou sobre tecidos cotiledonares, submetidos a longo cozimento, o
750 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

amido não perde o caráter pegajoso característico. Nestes pulverizada para balão de 250 mL, e adicionar 100 mL
tecidos, gotas lipídicas incolores são observadas tanto de metanol a 65% (v/v). Pesar exatamente o conjunto e
no interior das células quanto espalhadas ao redor dos aquecê-lo, sob reßuxo, em banho-maria por 30 minutos.
fragmentos. Esfriar, completar até o peso inicial com metanol a 65%
(v/v). Filtrar. Evaporar 30 mL do Þltrado até secura
em balão de 100 mL, sob pressão reduzida. Dissolver o
IDENTIFICAÇÃO
resíduo em 20 mL de ácido clorídrico 0,1 M, transferir
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em para funil de separação de 250 mL e lavar o balão com
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, duas porções de 5 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Reunir
com espessura de 250 —m, como suporte, e mistura as fases ácidas. Extrair com mistura de 20 mL de álcool

c de 1- butanol, ácido acético glacial e água (50:10:40),


utilizando a camada superior como fase móvel. Aplicar,
separadamente, em forma de banda, 20 —L da Solução (1)
e 10 —L da Solução (2), recentemente preparadas, descritas
n-propílico e 50 mL de clorofórmio, agitar energicamente
por 2 minutos. Separar a fase orgânica inferior. Adicionar à
fase remanescente no funil, 30 mL de ácido clorídrico 0,1
M, e extrair com mistura de 20 mL de álcool n-propílico
a seguir. e 50 mL de clorofórmio. Agitar energicamente por 2
minutos. Separar a fase inferior e reuni-la à fase inferior
Solução (1): aquecer 1 g da droga pulverizada com 10 mL da extração anterior. Evaporar as soluções reunidas, sob
de etanol a 70% (v/v), sob reßuxo, por 15 minutos. Esfriar pressão reduzida, até secura. Lavar o resíduo com quatro
e Þltrar. porções de 10 mL de éter etílico isento de peróxidos. Filtrar
a fase etérea. Lavar o Þltro com 10 mL de éter etílico isento
Solução (2): dissolver 10 mg de escina SQR em 1 mL de de peróxidos. Descartar o Þltrado. Eliminar o éter etílico
etanol a 70% (v/v). remanescente no Þltro e no balão. Lavar o Þltro e o balão
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar contendo o resíduo, com acético glacial transferindo para
secar ao ar. Observar sob luz ultravioleta (254 nm). A balão volumétrico de 50 mL. Completar o volume com
mancha principal obtida no cromatograma com a Solução ácido acético glacial. Transferir 2 mL da solução anterior
(1) corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida para tubo de ensaio e adicionar 4 mL de cloreto férrico
com a Solução (2). Nebulizar a placa com anisaldeído SR ácido SR. Homogeneizar. Preparar o branco utilizando
e colocar em estufa entre 100 °C e 105 °C durante 5 a 10 2 mL de ácido acético glacial e 4 mL de cloreto férrico
minutos. A mancha correspondente a escina, apresenta ácido SR. Aquecer os tubos de ensaio em banho-maria a
coloração violeta-azulada. O cromatograma obtido com 60 °C durante 25 minutos. Resfriar à temperatura ambiente
a Solução (1) apresenta manchas menores e de coloração e medir a absorvância em 540 nm (5.2.14), utilizando
fraca, variando de marrom a marrom avermelhado, uma o branco para ajuste do zero. Calcular teor de escina,
banda de coloração cinza-acastanhada presente no terço considerando A(1%, 1 cm) = 60, segundo a expressão:
inferior do cromatograma e logo abaixo uma banda de
coloração castanha.
em que
ENSAIOS DE PUREZA Escina % = teor de escina;
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%. A = absorvância;
m = massa da droga considerando a determinação de água (g).
Água (5.4.2.3). No máximo 10%.

Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 4%. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e do calor.
DOSEAMENTO
Escina

Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


absorção no visível (5.2.14). Transferir 1 g de droga
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 751

ca

Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópicos em Aesculus hippocastanum L.


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A e B a 0,5 cm; em C a 300 —m; em D a G a 100 —m; em H a 50 —m.

A - representações esquemáticas da semente, em vista abaxial e em vista adaxial, mostrando a região do hilo; B - representação esquemática da
semente, em secção transversal; C - detalhes da semente, em secção transversal, conforme mostrado em B; D - detalhe da epiderme do tegumento da
semente em vista frontal; E - detalhe da epiderme da testa, em secção transversal; F - células esclerenquimáticas, em secção transversal; G - células
do parênquima de reserva cotiledonar; H - grãos de amido; colênquima (co); esclerênquima (el);. epiderme (ep); grão de amido (ga); gota lipídica (gl);
hilo (h); parênquima fundamental (pf); parênquima interno da testa (pit), com paredes celulares espessadas; parênquima de reserva do cotilédone (pr).
752 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito


CEFACLOR em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Cefaclorum Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
220 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de

ligada a grupo octadecilsilano (5 Pm ou 10 Pm), mantida


diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente

à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/


minuto.

Diluente: dissolver 2,4 g de fosfato de sódio monobásico

c em 1000 mL de água e ajustar o pH para 2,5 utilizando


ácido fosfórico.

Eluente A: dissolver 6,9 g de fosfato de sódio monobásico


em 1000 mL de água e ajustar o pH para 4,0 utilizando
C15H14ClN3O4S; 367,81 ácido fosfórico.
C15H14ClN3O4S.H2O; 385,82
cefaclor; 01824 Eluente B: mistura da Eluente A e acetonitrila (55:45).
cefaclor monoidratado; 09368
Ácido (6R,7R)-7-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]- Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
3-cloro-8-oxo-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-2- descrito na tabela a seguir:
carboxílico
[53994-73-3] Tempo Eluente A Eluente B
Eluição
Ácido (6R,7R)-7-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]- (minutos) (%) (%)
3-cloro-8-oxo-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-2- 0 - 30 95 ĺ 75 5 ĺ 25 gradiente linear
carboxílico hidratado (1:1) 30 - 45 75 ĺ 0 25 ĺ 100 gradiente linear
[70356-03-5] 45 - 55 0 100 isocrática
55 - 60 0 ĺ 95 100 ĺ 5 gradiente linear
Contém, no mínimo, 950 Pg e, no máximo, 1020 Pg de 60 - 70 95 5 isocrática
C15H14ClN3O4S por miligrama, em relação à substância Solução amostra: transferir, exatamente, 50 mg da amostra
anidra. para balão volumétrico de 10 mL e sonicar se necessário.
Completar o volume com Diluente, homogeneizar e Þltrar.
DESCRIÇÃO Usar essa solução em até 3 horas, se estocada à temperatura
ambiente, ou em até 20 horas, se estocada sob refrigeração.
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
branco. Solução padrão: dissolver quantidade suÞciente de
cefaclor SQR em Diluente, de modo a obter solução a 50
Solubilidade. Pouco solúvel em água, praticamente ȝg/mL.
insolúvel em metanol, em clorofórmio e em benzeno.
Solução de resolução: dissolver quantidade de delta-3-
Constantes físico-químicas. cefaclor SQR em Solução padrão de modo a obter solução
a 50 ȝg/mL.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +101° a +111°, em
relação à substância anidra. Determinar em solução da Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. O tempo
amostra a 1% (p/v) em ácido clorídrico a 1% (p/v). de retenção para o pico do cefaclor esta compreendido entre
23 minutos e 29 minutos. O fator de cauda para o pico do
cefaclor não é maior do que 1,2. A resolução entre delta-3-
IDENTIFICAÇÃO
cefaclor e cefaclor não é menor que 2,0. Injetar o Diluente.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Desconsiderar qualquer pico referente ao Diluente.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
observados no espectro de cefaclor SQR, preparado de
cada substância relacionada segundo a expressão:
maneira idêntica.

B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde em que
àquele do pico principal da Solução padrão.
C = concentração, em mg/mL, de cefaclor na Solução
padrão;
P = potência, em Pg/mg, de cefaclor SQR;
ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 3,0 a 4,5. Determinar em suspensão aquosa a
2,5% (p/v).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 753

ri = área sob o pico de cada substância relacionada no CLASSE TERAPÊUTICA


cromatograma obtido com a Solução amostra;
Antibiótico.
rp = área sob o pico relativo ao cefaclor no cromatograma
obtido com a Solução padrão.

No máximo 1,0% para qualquer substância relacionada CEFACLOR CÁPSULAS


e no máximo 3,0% para a soma de todas as substâncias
relacionadas. Excluir qualquer pico com resultado inferior
a 0,1%. Contém cefaclor monoidratado equivalente a, no mínimo,
90,0% e, no máximo, 120,0% da quantidade declarada de

ca
Água (5.2.20.1). 3,0% a 6,5%. C15H14ClN3O4S.

DOSEAMENTO IDENTIFICAÇÃO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
de detector ultravioleta a 265 nm; coluna de 250 mm de àquele do pico principal da Solução padrão.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
CARACTERÍSTICAS
(5ȝm); ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Fase móvel: dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sódio

Ajustar o pH para 2,5 r 0,1 com ácido fosfórico. Adicionar


em uma mistura de 780 mL de água e 10 mL de trietilamina. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.

220 mL de metanol e agitar. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 15 mg


da amostra, para balão volumétrico de 50 mL, completar TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
o volume com Fase móvel e homogeneizar. Utilizar essa Meio de dissolução: água, 900 mL
solução em até 8 horas, se estocada à temperatura ambiente,
ou em até 20 horas, se estocada sob refrigeração. Aparelhagem: cestas, 50 rpm
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 15 mg de Tempo: 30 minutos
cefaclor SQR para balão volumétrico de 50 mL, completar
o volume com Fase móvel e homogeneizar. Utilizar essa Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
solução em até 8 horas, se estocada à temperatura ambiente, de dissolução, Þltrar e diluir em água até concentração
ou em até 20 horas, se estocada sob refrigeração. adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 264 nm
(5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero.
Solução de resolução: preparar solução, em Fase móvel, Calcular a quantidade de C15H14ClN3O4S dissolvida no
contendo cerca de 0,3 mg de cefaclor SQR e 0,3 mg de meio, comparando as leituras obtidas com a da solução de
delta-3-cefaclor SQR por mililitro. cefaclor SQR na concentração de 0,001% (p/v), preparada
Injetar replicatas de 20 PL da Solução de resolução. O fator
no mesmo solvente.
de cauda para o pico do cefaclor não é maior do que 1,5. A Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
resolução entre cefaclor e delta-3-cefaclor não é menor que declarada de C15H14ClN3O4S se dissolvem em 30 minutos.
2,5. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos
picos registrados não é maior que 2,0%.
ENSAIOS DE PUREZA
Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor em Pg de
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
em Substâncias relacionadas da monograÞa de Cefaclor.
cefaclor (C15H14ClN3O4S) por miligrama na amostra, Preparar a Solução amostra como descrito a seguir.
a partir do teor do padrão e das respostas obtidas com a Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo
Solução padrão e a Solução amostra. e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
cápsulas. Transferir quantidade do pó equivalente a 50 mg
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de cefaclor para balão volumétrico de 10 mL. Completar
o volume com Diluente, homogeneizar e Þltrar. Usar essa
Em recipientes bem fechados. solução em até 3 horas, se estocada à temperatura ambiente,
ou em até 20 horas, se estocada sob refrigeração.
ROTULAGEM Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. O tempo
de retenção para o pico do cefaclor está compreendido
Observar a legislação vigente.
entre 23 minutos e 29 minutos. O fator de cauda para o
pico do cefaclor não é maior do que 1,2. A resolução entre
754 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

os picos de delta-3-cefaclor e cefaclor não é menor que 2,0. Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução
Injetar o Diluente. Desconsiderar qualquer pico referente padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
ao Diluente. e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


C15H14ClN3O4S nas cápsulas a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
cada substância relacionada através da seguinte expressão: EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.

c em que

C = concentração, em mg/mL, de cefaclor na Solução


padrão;
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
P = potência, em Pg/mg, de cefaclor SQR;
ri = área sob o pico de cada substância relacionada no CEFACLOR SUSPENSÃO ORAL
cromatograma obtido com a Solução teste;
rp = área sob o pico relativo ao cefaclor no cromatograma
obtido com a Solução padrão. Contém, no mínimo, 80% e, no máximo, 120% da
quantidade declarada de C15H14ClN3O4S. A suspensão
No máximo 1,0% para qualquer substância relacionada. A oral pode conter agentes corantes, agentes suspensores,
soma das áreas de todos os picos obtidos com as substâncias aromatizantes, tampões, adoçantes e conservantes em
relacionadas é de no máximo 3,0%. Não considerar picos veículo aquoso.
com área inferior a 0,1%.

Água (5.2.20.1). No máximo 8,0%. IDENTIFICAÇÃO


A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA de 190 nm a 310 nm, de uma solução da amostra a 30 —g/
mL, diluída em água e Þltrada, exibe máximo em 264 nm.
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). àquele do pico principal da Solução padrão.
Cumpre o teste

CARACTERÍSTICAS
DOSEAMENTO
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 265 nm; coluna de 250 mm de ENSAIOS DE PUREZA
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Pm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
de 1,5 mL/minuto.
220 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de
Fase móvel: dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sódio diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
em uma mistura de 780 mL de água e 10 mL de trietilamina ligada a grupo octadecilsilano (5 —m); ßuxo da Fase móvel
e ajustar o pH para 2,5 ± 0,1 com ácido fosfórico. Adicionar de 1,0 mL/minuto.
220 mL de metanol e misturar.
Diluente: dissolver 2,4 g de fosfato de sódio monobásico
Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo em 1000 mL de água, ajustar o pH para 2,5 com ácido
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das fosfórico.
cápsulas. Transferir quantidade de pó equivalente a 30 mg
Eluente A: dissolver 6,9 g de fosfato de sódio monobásico
de cefaclor para balão volumétrico de 100 mL, adicionar
em 1000 mL de água, ajustar o pH para 4,0 com ácido
70 mL de Fase móvel e deixar em ultrassom até dissolução.
fosfórico.
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar
e Þltrar. Eluente B: preparar uma mistura de Eluente A e acetonitrila
(55:45).
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente
pesada, de cefaclor SQR em Fase móvel de modo a obter Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
concentração Þnal de 0,3 mg/mL. descrito na tabela a seguir:
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 755

Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução


Tempo Eluente A Eluente B
Eluição padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
(minutos) (%) (%)
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de
0-30 95 ĺ75 5ĺ 25 gradiente linear C15H14ClN3O4S na amostra a partir das respostas obtidas
30-45 75 ĺ 0 25ĺ 100 gradiente linear com a Solução padrão e a Solução amostra.
45-55 0 100 isocrática
55-60 0 ĺ95 100ĺ 5 gradiente linear
60-70 95 5 isocrática EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Solução amostra: diluir quantidade da amostra no Diluente Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente e

ca
de modo a obter uma solução de concentração 5 mg/mL. protegidos da luz.
Agitar e sonicar, se necessário. Filtrar.
ROTULAGEM
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de cefaclor SQR em Diluente de modo a obter uma solução Observar a legislação vigente.
de concentração 0,05 mg/mL.

Solução de resolução: dissolver quantidade exatamente


pesada de delta-3-cefaclor SQR na Solução padrão de
CEFADROXILA
modo a obter uma solução de concentração 0,05 mg/mL. Cefadroxilum

Procedimento: injetar 20 —L da Solução de resolução. A


resolução entre os picos relativos ao delta 3-cefaclor e o
cefaclor não é inferior a 2,0. Injetar, separadamente, 20
—L da Solução padrão e da Solução amostra, registrar os
cromatogramas por, no mínimo, duas vezes o tempo de
retenção do pico principal e medir as áreas sob os picos.
A porcentagem máxima tolerada é de 1,0% para cada
impureza individual e de, no máximo, 3,0% para a soma
de todas as impurezas presentes. Não considerar picos
relativos ao solvente ou com área inferior 0,1%.

C16H17N3O5S; 363,39
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA C16H17N3O5S.H2O; 381,40
cefadroxila; 01825
Contagem do número total de micro-organismos
Ácido (6R,7R)-7-[[(2R)-2-amino-2-(4-hidroxifenil)acetil]
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
amino]-3-metil-8-oxo-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). 2-carboxílico
Cumpre o teste. [50370-12-2]
Ácido (6R,7R)-7-[[(2R)-2-amino-2-(4-hidroxifenil)acetil]
amino]-3-metil-8-oxo-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-
DOSEAMENTO 2-carboxílico hidratado (1:1)
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido [66592-87-8]
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 265 nm; coluna de 250 mm de Apresenta potência de, no mínimo, 950 —g e, no máximo,
1050 —g de C16H17N3O5S por miligrama, em relação à
com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (5 Pm),
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
substância anidra.
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de
1,5 mL/minuto. DESCRIÇÃO
Fase móvel: dissolver 1 g de 1-pentanosulfonato sódico em Características físicas. Pó branco ou quase branco.
uma mistura de 780 mL de água com 10 mL de trietilamina
e ajustar o pH para 2,5 ± 0,1 com ácido fosfórico. Adicionar Solubilidade. Pouco solúvel em água, muito pouco solúvel
220 mL de metanol e misturar. em etanol, praticamente insolúvel em clorofórmio e em
éter etílico.
Solução amostra: pesar quantidade da suspensão,
equivalente a 75 mg de cefaclor, transferir para balão Constantes físico-químicas.
volumétrico de 250 mL. Agitar durante 30 minutos e
completar o volume com Fase móvel para obter uma Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +165° a +178°, em
concentração de 0,3 mg/mL. Filtrar em Þltro quantitativo. relação à substância anidra. Determinar em solução a 1%
(p/v) em água.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de cefaclor SQR em Fase móvel de modo a obter solução
concentração Þnal de 0,3 mg/mL.
756 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

IDENTIFICAÇÃO Solução (1): dissolver quantidade exatamente pesada da


amostra em Diluente de modo a obter solução a 25 mg/mL.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos volumétrico de 100 mL e completar o volume com
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles Diluente.
observados no espectro de cefadroxila SQR, preparada de
maneira idêntica. Solução (3): dissolver quantidades exatamente pesadas
de ácido 7-aminodesacetoxicefalosporânico e de D-Į-4-
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa hidroxifenilglicina em Diluente de modo a obter solução a

c
de 235 nm a 340 nm, de solução a 0,002% (p/v) em tampão 0,25 mg/mL de cada substância.
citro-fosfato pH 6,0, exibe máximo em 264 nm, idêntico
ao observado no espectro de solução similar de cefadroxila Solução (4): misturar 1 mL da Solução (1) com 1 mL da
SQR. Solução (3).

C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel HF254, secar ao ar. Nebulizar a placa com solução de ninidrina a
como suporte, e mistura de metanol e acetato de amônio a 3% (p/v) em metabissulÞto sódico a 4,55% (p/v). Deixar
15,4% (p/v) com pH 6,2 ajustado com ácido acético glacial a placa secar ao ar. Qualquer mancha secundária obtida
(15:85), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, no cromatograma com a Solução (1) correspondente ao
1 —L de cada uma das soluções, recentemente preparadas, ácido 7-aminodesacetoxicefalosporânico ou à D-Į-4-
descritas a seguir. hidroxifenilglicina, não é mais intensa que as manchas
obtidas no cromatograma da Solução (3) (1%). Qualquer
Solução (1): dissolver 20 mg da amostra em 5 mL de mancha obtida no cromatograma com a Solução (1), com
mistura de metanol e tampão citro-fosfato pH 7,0 (1:1). exceção da mancha principal e das manchas correspondentes
ao ácido 7-aminodesacetoxicefalosporânico ou à D-Į-4-
Solução (2): dissolver 20 mg de cefadroxila SQR em 5 mL hidroxifenilglicina, não é mais intensa que a mancha obtida
de mistura de metanol e tampão citro-fosfato pH 7,0 (1:1). no cromatograma da Solução (2) (1%). O teste somente
será válido se o cromatograma obtido com a Solução (4)
Solução (3): dissolver 20 mg de cefadroxila SQR e 20
apresentar três manchas nitidamente separadas.
mg de cefalexina SQR em 5 mL de mistura de metanol e
tampão citro-fosfato pH 7,0 (1:1). Limite de dimetilanilina. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa a gás (5.2.17.5) utilizando cromatógrafo
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
a gás provido de detector de ionização em chama; coluna
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A
cromatográÞca empacotada com terra de diatomácea
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
silanizada para cromatograÞa a gás impregnada com 3%
em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução
(p/p) de polimetilfenilsiloxano, mantida a 120 °C; injetor
(2). O teste somente será válido se o cromatograma obtido
e detector mantidos a 150 °C; nitrogênio como gás de
com a Solução (3) apresentar duas manchas nitidamente
arraste; ßuxo do gás de arraste de 30 mL/minuto.
separadas.
Solução amostra: transferir 1 g da amostra para um tubo
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
de centrífuga e adicionar 5 mL de hidróxido de sódio M
da Solução amostra, obtida no método A. de Doseamento,
e 1 mL de Solução de padrão interno. Fechar o tubo e
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
agitar por 1 minuto. Centrifugar se necessário, e usar o
sobrenadante límpido.
ENSAIOS DE PUREZA
Solução de padrão interno: transferir 50 mg de naftaleno,
pH (5.2.19). 4,0 a 6,0. Determinar em suspensão aquosa a exatamente pesado, para balão volumétrico de 50 mL
5% (p/v). e dissolver em cicloexano. Completar o volume com o
mesmo solvente e homogeneizar. Transferir 5 mL dessa
Absorção de luz. A absorção de solução a 0,02% (p/v) solução para balão volumétrico de 100 mL e completar o
em tampão citro-fosfato pH 6,0, medida em 330 nm, não é volume com cicloexano.
maior que 0,05 (5.2.14).
Solução padrão: transferir 50 mg de N,N-dimetilanilina,
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em exatamente pesada, para balão volumétrico de 50 mL.
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Adicionar 2 mL de ácido clorídrico, 20 mL de água e
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de acetato de etila, agitar para dissolver. Completar o volume com água e
etanol, água e ácido fórmico (14:5:5:1), como fase móvel. homogeneizar. Transferir 5 mL dessa solução para balão
Aplicar, separadamente, à placa, 2 —L das Soluções (1), volumétrico de 250 mL e completar o volume com água.
(2) e (3) e 4 —L da Solução (4), recentemente preparadas, Transferir 1 mL dessa solução para um tubo de centrífuga e
descritas a seguir. adicionar 5 mL de hidróxido de sódio M e 1 mL de Solução
de padrão interno. Fechar o tubo e agitar por 1 minuto.
Diluente: mistura de etanol, água e ácido clorídrico 2,4 M
Centrifugar se necessário, e usar o sobrenadante límpido.
(75:22:3).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 757

Procedimento: injetar, separadamente, 1 —L das Soluções Solução amostra: pesar, exatamente, o equivalente a 50
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir mg de amostra e transferir quantitativamente para balão
as áreas sob os picos correspondentes à dimetilanilina e volumétrico de 100 mL com auxílio de 60 mL de Tampão
ao padrão interno de naftaleno. A resposta obtida com a fosfato de potássio 1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1). Deixar
relação dimetilanilina/naftaleno na Solução amostra não é em ultrassom por 15 minutos. Agitar mecanicamente
maior do que aquela obtida na Solução padrão (0,002%). por 20 minutos e completar o volume com o mesmo
solvente. Homogeneizar e Þltrar. Diluir, sucessivamente,
Água (5.2.20.1). Determinar em 0,2 g de amostra. Entre até concentrações de 10 ȝg/mL, 20 ȝg/mL e 40 ȝg/mL,
4,0% e 6,0%. utilizando Tampão fosfato de potássio 1%, estéril, pH 6,0
como solvente.

ca
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
No máximo 0,5 %. Solução padrão: pesar, exatamente, o equivalente a 25
mg de cefadroxila SQR e transferir quantitativamente
DOSEAMENTO para balão volumétrico de 50 mL com auxílio de 30
mL de Tampão fosfato de potássio 1%, estéril, pH 6,0
Empregar um dos métodos descritos a seguir. (Solução 1). Deixar em ultrassom por 15 minutos. Agitar
mecanicamente por 20 minutos e completar o volume com
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
o mesmo solvente e homogeneizar. Diluir, sucessivamente,
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
até concentrações de 10 ȝg/mL, 20 ȝg/mL e 40 ȝg/mL,
de detector ultravioleta a 230 nm; coluna de 250 mm de
utilizando Tampão fosfato de potássio 1%, estéril, pH 6,0
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
como solvente.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel Procedimento: adicionar 20 mL de meio número 2 em cada
de 1,5 mL/minuto. placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de inóculo a 0,5%
e proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico de
Tampão pH 5,0: fosfato de potássio monobásico 0,05 M,
antibióticos (5.5.3.3).
pH 5,0, ajustado com hidróxido de sódio 2 M.

Fase móvel: mistura de Tampão pH 5,0 e acetonitrila EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


(96:4).
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em
Solução amostra: transferir 0,2 g da amostra, exatamente temperatura inferior a 30 °C.
pesada, para balão volumétrico de 200 mL, com auxílio
de 120 mL de Tampão pH 5,0 e agitar mecanicamente por
15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente, ROTULAGEM
homogeneizar e Þltrar. Utilizar a solução no mesmo dia.
Observar a legislação vigente.
Solução padrão: transferir o equivalente a 25 mg de
cefadroxila SQR para balão volumétrico de 25 mL, CLASSE TERAPÊUTICA
adicionar 15 mL de Tampão pH 5,0 e agitar mecanicamente
por 15 minutos. Completar o volume com o mesmo Antibiótico.
solvente e homogeneizar. Utilizar a solução no mesmo dia.

A eÞciência da coluna não deve ser menor do que 1800 CEFADROXILA CÁPSULAS
pratos teóricos. O fator de cauda não é superior a 2,2. O
fator de capacidade deve ser de 2 a 3,5. O desvio padrão
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da
deve ser maior que 2,0%. quantidade declarada de C16H17N3O5S.
Procedimento: injetar separadamente, 10 —L das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir IDENTIFICAÇÃO
as áreas sob os picos. Calcular a potência, em mg/mg, de
cefadroxila (C16H17N3O5S) na amostra a partir da potência A. Pesar as cápsulas, remover o conteúdo e pesá-las
do padrão e das respostas obtidas para as Soluções padrão novamente. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas.
e amostra. Utilizar quantidade de pó equivalente a 20 mg de
cefadroxila e transferir para balão volumétrico de 100 mL
B. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico com auxílio de 60 mL de tampão citro-fosfato pH 6,0.
de antibióticos (5.5.3.3) pelo método de difusão em ágar, Agitar por 10 minutos e completar o volume com o tampão.
utilizando cilindros. Homogeneizar e Þltrar. Prosseguir conforme descrito no
teste B. de IdentiÞcação da monograÞa de Cefadroxila.
Micro-organismo: Staphylococcus aureus ATCC 6538 P.
B. Proceder conforme descrito no teste C. de IdentiÞcação
Meios de cultura: solução Þsiológica estéril para da monograÞa de Cefadroxila. Preparar a Solução (1)
padronização do inóculo, meio número 2 para camada base como descrito a seguir.
e meio número 1 para preparação do inóculo.
758 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (1): pesar as cápsulas, remover o conteúdo 15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente,
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das homogeneizar e Þltrar. Utilizar a solução no mesmo dia.
cápsulas. Utilizar quantidade de pó equivalente a 20 mg
de cefadroxila, dissolver em 5 mL de mistura de metanol e Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução
tampão citro-fosfato pH 7,0 (1:1), homogeneizar e Þltrar. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma C16H17N3O5S nas cápsulas a partir das respostas obtidas
da Solução amostra, obtida no método A. de Doseamento, com a Solução padrão e a Solução amostra.
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento

c
da monograÞa de Cefadroxila. Preparar a Solução amostra
CARACTERÍSTICAS como descrito a seguir.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
cápsulas. Transferir quantidade de pó equivalente a 0,125
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. g de cefadroxila para balão volumétrico de 250 mL, com
Proceder conforme descrito no método A. de Doseamento. auxílio de 150 mL de Tampão fosfato de potássio a 1%,
estéril, pH 6,0 (Solução 1). Deixar em ultrassom por 15
minutos. Agitar mecanicamente por 20 minutos e completar
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar.
Meio de dissolução: água, 900 mL Diluir, sucessivamente, até concentrações de 10 ȝg/mL, 20
ȝg/mL e 40 ȝg/mL, utilizando o mesmo solvente.
Aparelhagem: cesta, 100 rpm

Tempo: 30 minutos EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de Em recipientes bem fechados.


dissolução e diluir em água até concentração adequada.
Medir as absorvâncias em 263 nm (5.2.14), utilizando o ROTULAGEM
mesmo solvente para ajuste do zero. Calcular a quantidade
de C16H17N3O5S dissolvida no meio, comparando as Observar a legislação vigente.
leituras obtidas com a da solução de cefadroxila SQR
na concentração de 0,002% (p/v), preparada no mesmo
solvente. CEFADROXILA COMPRIMIDOS
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C16H17N3O5S se dissolvem em 30 minutos. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da
quantidade declarada de C16H17N3O5S. Os comprimidos
podem ser revestidos.
ENSAIOS DE PUREZA
Água (5.2.20.1). No máximo 7,0%. IDENTIFICAÇÃO
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
de pó equivalente a 20 mg de cefadroxila e transferir para
Contagem do número total de micro-organismos balão volumétrico de 100 mL com auxílio de 60 mL de
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. tampão citro-fosfato pH 6,0. Agitar por 10 minutos e
completar o volume com o tampão. Homogeneizar e Þltrar.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). Prosseguir conforme descrito no teste B. de IdentiÞcação
Cumpre o teste. da monograÞa de Cefadroxila.

B. Proceder conforme descrito no teste C. de IdentiÞcação


DOSEAMENTO da monograÞa de Cefadroxila. Preparar a Solução (1)
como descrito a seguir.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar
A. Proceder conforme descrito no método A. de
quantidade de pó equivalente a 20 mg de cefadroxila,
Doseamento da monograÞa de Cefadroxila. Preparar a
dissolver em 5 mL de mistura de metanol e tampão citro-
Solução amostra como descrito a seguir.
fosfato pH 7,0 (1:1) e Þltrar.
Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
cápsulas. Transferir quantidade de pó equivalente a 0,2 g de
àquele do pico principal da Solução padrão.
cefadroxila para balão volumétrico de 200 mL, adicionar
120 mL de Tampão pH 5,0 e agitar mecanicamente por
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 759

CARACTERÍSTICAS Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.


Transferir quantidade de pó equivalente a 0,2 g de
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. cefadroxila para balão volumétrico de 200 mL, adicionar
120 mL de Tampão pH 5,0 e agitar mecanicamente por 15
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
minutos. Completar o volume com o mesmo solvente e
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. Þltrar. Utilizar a solução no mesmo dia.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C16H17N3O5S
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
cada comprimido para balão volumétrico de 500 mL
contendo 300 mL de Tampão fosfato pH 5,0 (descrito no
método A. de Doseamento na monograÞa de Cefadroxila)
nos comprimidos a partir das respostas obtidas para as
Soluções padrão e amostra.

B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento


na monograÞa de Cefadroxila. Preparar a Solução amostra
ca
e deixar em ultrassom por 5 minutos para desintegração como descrito a seguir.
do comprimido. Agitar mecanicamente por 15 minutos e
completar o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
e Þltrar. Transferir 10 mL dessa solução para balão Transferir quantidade do pó equivalente a 0,125 g de
volumétrico de 20 mL e completar o volume com Tampão cefadroxila para balão volumétrico de 250 mL, adicionar
fosfato pH 5,0. Prosseguir conforme descrito no método A. 150 mL de Tampão fosfato de potássio a 1% estéril,
de Doseamento. pH 6,0. Deixar em ultrassom por 15 minutos. Agitar
mecanicamente por 20 minutos e completar o volume
com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar. Diluir,
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) sucessivamente, até concentrações de 10 ȝg/mL, 20 ȝg/mL
Meio de dissolução: água, 900 mL e 40 ȝg/mL, utilizando Tampão fosfato de potássio a 1%
estéril, pH 6,0 como diluente.
Aparelhagem: pás, 50 rpm

Tempo: 30 minutos EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de Em recipientes bem fechados.


dissolução e diluir em água, até concentração adequada.
Medir as absorvâncias em 263 nm (5.2.14), utilizando o ROTULAGEM
mesmo solvente para ajuste do zero. Calcular a quantidade
de C16H17N3O5S dissolvida no meio, comparando as Observar a legislação vigente.
leituras obtidas com a da solução de cefadroxila SQR
na concentração de 0,002% (p/v), preparada no mesmo
solvente. CEFADROXILA PÓ PARA SUSPENSÃO
ORAL
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C16H17N3O5S se dissolvem em 30 minutos.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da
ENSAIOS DE PUREZA quantidade declarada de C16H17N3O5S. O pó para suspensão
oral é uma mistura de cefadroxila monoidratada com um ou
Água (5.2.20.1). No máximo 8,0%. mais agentes corantes, aromatizantes, tampões, adoçantes
e conservantes.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
IDENTIFICAÇÃO
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. A. Reconstituir o conteúdo de três frascos conforme
indicado no rótulo e homogeneizar. Transferir quantidade
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). de suspensão oral equivalente a 50 mg de cefadroxila para
Cumpre o teste. balão volumétrico de 250 mL com o auxílio de 150 mL de
tampão fosfato de sódio pH 6,0. Agitar por 10 minutos e
DOSEAMENTO completar o volume com o tampão. Homogeneizar e Þltrar.
Prosseguir conforme descrito no teste B. de IdentiÞcação
Empregar um dos métodos descritos a seguir. da monograÞa de Cefadroxila.
A. Proceder conforme descrito no método A. de B. Proceder conforme descrito no teste C. de IdentiÞcação
Doseamento na monograÞa de Cefadroxila. Preparar a da monograÞa de Cefadroxila. Preparar a Solução (1)
Solução amostra como descrito a seguir. como descrito a seguir.
760 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (1): reconstituir o conteúdo de três frascos volume de suspensão oral equivalente a 0,1 g de cefadroxila
conforme indicado no rótulo e homogeneizar. Utilizar para balão volumétrico de 200 mL, com auxílio de 120 mL
quantidade de suspensão oral equivalente a 0,1 g de de Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril, pH 6,0. Agitar
cefadroxila, dissolver em 25 mL de mistura de metanol e mecanicamente por 20 minutos e completar o volume
tampão citro-fosfato pH 7,0 (1:1) e Þltrar. com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar. Diluir,
sucessivamente, até concentrações de 10 ȝg/mL, 20 ȝg/mL
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma e 40 ȝg/mL, utilizando o mesmo solvente.
da Solução amostra, obtida no método A. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

c CARACTERÍSTICAS
pH (5.2.19). 4,5 a 6,0. Determinar na suspensão
reconstituída conforme indicado no rótulo.
Em recipientes bem fechados.

ROTULAGEM

Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Determinar Observar a legislação vigente.


no pó antes de reconstituir.

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. CEFALEXINA


Proceder conforme descrito no método A. de Doseamento. Cefalexinum

ENSAIOS DE PUREZA
Água (5.2.20.1). No máximo 2,0%.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste.
C16H17N3O4S; 347,39
C16H17N3O4S.H2O; 365,40
DOSEAMENTO cefalexina; 01826
Empregar um dos métodos descritos a seguir. cefalexina monoidratada; 01827
Ácido (6R,7R)-7-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]-
A. Proceder conforme descrito no método A. de 3-metil-8-oxo-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-2-
Doseamento da monograÞa de Cefadroxila. Preparar a carboxílico
Solução amostra como descrito a seguir. [15686-71-2]
Ácido (6R,7R)-7-[[(2R)-2-amino-2-fenilacetil]amino]-
Solução amostra: reconstituir o conteúdo de três frascos 3-metil-8-oxo-5-tia-1-azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-2-
conforme indicado no rótulo e homogeneizar. Transferir carboxílico hidratado (1:1)
volume da suspensão oral equivalente a 0,25 g de [23325-78-2]
cefadroxila para balão volumétrico de 250 mL, adicionar
150 mL de Tampão pH 5,0 e agitar mecanicamente por
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 103,0% de
15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente.
C16H17N3O4S, em relação à substância anidra.
Filtrar aproximadamente 25 mL dessa solução, através
de Þltro de porosidade de 0,8 ȝm ou inferior, e utilizar o
Þltrado límpido como solução amostra. Utilizar a solução DESCRIÇÃO
no mesmo dia.
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução branco.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de Solubilidade. Pouco solúvel em água, ligeiramente
C16H17N3O5S na suspensão oral a partir das respostas solúvel em metanol e praticamente insolúvel em etanol e
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra. dimetilformamida.

B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento Constantes físico-químicas.


da monograÞa de Cefadroxila. Preparar a Solução amostra
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +149° a +158°, em
como descrito a seguir.
relação à substância anidra. Determinar em solução a 0,5%
Solução amostra: reconstituir o conteúdo de três frascos (p/v) em tampão biftalato pH 4,4.
conforme indicado no rótulo e homogeneizar. Transferir
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 761

IDENTIFICAÇÃO Tempo Eluente A Eluente B


Eluição
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da (minutos) (%) (%)
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta 0 100 0 equilíbrio
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos 0–1 100 0 isocrática
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
1 – 33,3 100 ĺ 0 0 ĺ 100 gradiente linear
observados no espectro de cefalexina SQR, preparado de
maneira idêntica. 33,3 – 34,3 0 100 isocrática

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na Diluente: dissolver 18 g de fosfato de potássio monobásico


em 1000 mL de água.

ca
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra em água
(1:50), exibe máximo e mínimo no mesmo comprimento Solução amostra: transferir 25 mg da amostra, exatamente
de onda de uma solução de cefalexina SQR, preparada de pesada, para balão volumétrico de 5 mL, completar o
maneira idêntica, concomitantemente medido, bem como volume com Diluente e misturar.
a absortividade, calculada na base anidra, no comprimento
de onda de absorção máxima cerca de 262 nm não é menor Soluções padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
do que 95% e maior que 104% de cefalexina SQR, tendo de cefalexina SQR no Diluente e diluir adequadamente
em vista a potência declarada de cefalexina SQR. de modo a obter soluções a 0,08 mg/mL e 0,16 mg/mL
de cefalexina (C16H17N3O4S), tendo em vista a potência
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em declarada de cefalexina SQR.
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como
suporte, e mistura de acetato de etila, água, acetonitrila Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções
e ácido acético glacial (42:18:14:14), como fase móvel. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
Aplicar, separadamente, à placa, 5 —L de cada uma das medir as áreas sob todos os picos obtidos. Construir a curva
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. analítica a partir das respostas obtidas para a cefalexina
com as Soluções padrão versus as suas concentrações,
Solução (1): solução a 25 mg/mL da amostra em ácido calculadas na base anidra, em mg/mL. Determinar a
clorídrico 0,01 M. concentração C, em mg/mL, de cada substância relacionada
Solução (2): solução a 25 mg/mL de cefalexina SQR em à cefalexina obtida com a Solução amostra além do pico
ácido clorídrico 0,01 M. da cefalexina. Calcular a porcentagem de cada substância
relacionada à cefalexina pela fórmula:
Desenvolver o cromatograma até que o solvente tenha se
deslocado três quartos da placa. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde em em que A é a quantidade calculada da base anidra, em mg,
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). de cefalexina tomada para preparar a Solução amostra.
Não é encontrado mais que 1,0% de qualquer substância
ENSAIOS DE PUREZA relacionada à cefalexina. A soma das áreas de todas as
substâncias relacionadas à cefalexina não é superior a
pH (5.2.19). 3,0 a 5,5. Determinar em suspensão aquosa 5,0%.
contendo 50 mg/mL.
Água (5.2.20.1). Entre 4,0% e 8,0%.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa a liquido de alta eÞciência (5.2.17.4.).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a DOSEAMENTO
254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
ligada a grupo octadecilsilano (5 ȝm); ßuxo da Fase móvel de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
de 1,0 mL/minuto. comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Eluente A: dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sódio com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
numa mistura de 1000 mL de água e 15 mL de trietilamina. ȝm); ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.
Ajustar o pH para 2,5 ± 0,1 com ácido fosfórico. Fase móvel: preparar 1015 mL de uma mistura de água,
Eluente B: dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sódio acetonitrila, metanol e trietilamina (850:100:50:15).
numa mistura de 300 mL de água e 15 mL de trietilamina. Dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sódio nesta
Ajustar o pH para 2,5 ± 0,1 com ácido fosfórico. Adicionar mistura, ajustar com ácido fosfórico para pH 3,0 ± 0,1 e
350 mL de acetonitrila, 350 mL de metanol e homogeneizar. degaseiÞcar. Fazer ajustes se necessário.

Fase móvel: utilizar misturas variadas do Eluente A e Solução amostra: transferir 0,1 g da amostra, exatamente
Eluente B. Adotar o sistema de gradiente descrito na tabela pesada, para balão volumétrico de 100 mL, dissolver e
a seguir. completar o volume com água e homogeneizar. Transferir
10,0 mL desta solução para balão volumétrico de 25 mL,
completar o volume com a Fase móvel e homogeneizar.
762 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, no infravermelho (5.2.14) do resíduo obtido, disperso
de cefalexina SQR em água e diluir adequadamente de em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
modo a obter uma solução estoque a 1 mg/mL. Transferir somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
10 mL para balão volumétrico de 25 mL, completar o mesmas intensidades relativas daqueles observados no
volume com a Fase móvel e homogeneizar. espectro de cefalexina SQR, preparado de maneira idêntica.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução B. Misturar 20 mg do resíduo obtido no teste A. de


padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas IdentiÞcação com 0,25 mL de uma solução de ácido nítrico
e medir as áreas sob os picos principais. Calcular o teor em a 1% (v/v) em ácido sulfúrico a 80% (v/v). Desenvolve-se
ȝg de C16H17N3O4S por mg da amostra a partir da seguinte coloração amarela.

c fórmula:
C. Misturar 20 mg do resíduo obtido no teste A. de
IdentiÞcação com 0,25 mL de uma solução de ácido acético
glacial a 1% (v/v) e adicionar 0,1 mL de uma solução de
sulfato cúprico penta-hidratado a 1% (p/v) e 0,1 mL de
em que C é a concentração, em mg/mL, de cefalexina hidróxido de sódio 2 M. Desenvolve-se coloração verde-
SQR na solução estoque utilizada para preparar a Solução oliva.
padrão; P é a potência declarada de cefalexina, em ȝg/
mg, da cefalexina SQR; M é a quantidade, em mg, de D. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
cefalexina tomada para preparar a Solução amostra; Ra camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel não-
e Rp, são as áreas sob os picos da Solução amostra e da ligada, como suporte, e mistura de ácido cítrico 0,1 M,
Solução padrão, respectivamente. fosfato de sódio dibásico 0,1 M e ninidrina a 6,25% (p/v)
em acetona (60:40:1,5) como fase móvel. Impregnar

Aplicar, separadamente, à placa, 10 PL de cada uma das


a placa com mistura de n-hexano e tetradecano (95:5).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados. soluções descritas a seguir.

Solução amostra: pesar e pulverizar os comprimidos.


ROTULAGEM Dissolver quantidade do pó em água de modo a obter
uma concentração aproximada de 3 mg de cefalexina por
Observar a legislação vigente. mililitro.

Solução padrão: preparar solução aquosa contendo 3 mg


CLASSE TERAPÊUTICA de cefalexina SQR por mililitro.
Antibacteriano.
Desenvolver o cromatograma. Aquecer a placa a 110 °C
por 10 minutos. A principal mancha obtida com a Solução
amostra corresponde em posição, cor e intensidade àquela
CEFALEXINA COMPRIMIDOS obtida com a Solução padrão.

Cefalexina comprimidos são compostos de cefalexina ou CARACTERÍSTICAS


cloridrato de cefalexina com um ou mais agentes diluentes
e lubriÞcantes adequados. Contém, no mínimo, 90,0% Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
e, no máximo, 120,0% do valor declarado de cefalexina
ou cloridrato de cefalexina. A cefalexina empregada na Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
produção cumpre as especiÞcações descritas na monograÞa Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
de Cefalexina. Os comprimidos podem ser revestidos.
Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 30 minutos.
IDENTIFICAÇÃO Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Proceder conforme descrito no método A. de Doseamento.
O teste de identiÞcação D. pode ser omitido se forem
realizados os testes A., B. e C. Os testes de identiÞcação
A., B. e C. podem ser omitidos se for realizado o teste D. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
A. Remover qualquer revestimento presente nos Cefalexina
comprimidos. Misturar quantidade de comprimidos
Þnamente pulverizados contendo o equivalente a 0,5 g de Meio de dissolução: água, 900 mL
cefalexina em 1 mL de água e 1,4 mL de ácido clorídrico
Aparelhagem: cestas, 100 rpm
M, adicionar 0,1 g de carvão ativado, agitar, Þltrar e lavar o
Þltro com 1 mL de água. Adicionar lentamente ao Þltrado Tempo: 30 minutos
uma solução saturada de acetato de sódio até que ocorra
precipitação. Adicionar 5 mL de metanol. Secar a uma Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
pressão não excedendo 7 kPa. O espectro de absorção dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, em água, até
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 763

concentração adequada. Medir as absorvâncias em 262 mais intensa do que a mancha obtida com a Solução
nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do (4); nenhuma outra mancha secundária que apareça
zero. Calcular a quantidade de C16H17N3O4S dissolvida entre a mancha principal e as manchas correspondentes
no meio, comparando as leituras obtidas com a solução ao ácido 7-aminodesacetoxicefalosporânico e a D-Į-4-
de cefalexina SQR na concentração de 0,002% (p/v), hidroxifenilglicina é mais intensa que a mancha principal
preparada no mesmo solvente. no cromatograma obtido com a Solução (2).

Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade O teste não é válido a menos que o cromatograma obtido
declarada de C16H17N3O4S se dissolvem em 30 minutos. com a Solução (5) mostrar três manchas claramente
separadas.

ca
Cloridrato de cefalexina
Água (5.2.20.1). No máximo 9,0% para comprimidos
Meio de dissolução, Aparelhagem e Procedimento: de cefalexina e 8% para comprimidos de cloridrato de
proceder como indicado para cefalexina. cefalexina.
Tempo: 45 minutos
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C16H17N3O4S se dissolvem em 45 minutos. Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
ENSAIOS DE PUREZA Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1) usando
sílica-gel G como fase estacionária. Impregnar a placa pelo DOSEAMENTO
desenvolvimento com uma solução de tetradecano a 5%
(v/v) em hexano. Deixar o solvente evaporar e desenvolver Empregar um dos métodos descritos a seguir.
a cromatograÞa no mesmo sentido que a impregnação.
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Preparar a Solução (1) como descrito a seguir.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Fase móvel: mistura de acetona, solução de fosfato de de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
sódio dibásico dodeca-hidratado a 7,2% (p/v) e solução de comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno empacotada
ácido cítrico 2,1% (p/v) (3:80:120). com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
(5 —m), de baixa acidez; ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver minuto.
quantidade do pó equivalente a 0,25 g de cefalexina em
ácido clorídrico 2 M e diluir para 10 mL com o mesmo Fase móvel: empregar mistura de água, acetonitrila,
solvente. Homogeneizar e Þltrar. metanol e trietilamina (850:100:50:15). Dissolver 1 g de
1-pentanossulfonato de sódio nesta mistura, ajustar o pH
Solução (2): diluir a Solução (1) para 100 mL com ácido para 3,0 ± 0,1.
clorídrico 2 M.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Solução (3): solução contendo 0,025% (p/v) de ácido Transferir quantidade do pó equivalente a 0,25 g de
7-aminodesacetoxicefalosporânico em ácido clorídrico 2 M. cefalexina para balão volumétrico de 250 mL, acrescentar
100 mL de água. Agitar mecanicamente por 30 minutos e
Solução (4): solução contendo 0,025% (p/v) de D-Į-4- completar o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar
hidroxifenilglicina em ácido clorídrico 2 M. e Þltrar. Transferir 25 mL dessa solução para balão
Solução (5): solução contendo 2,5% (p/v) de volumétrico de 50 mL e completar o volume com água.
cefalexina e 0,025% (p/v) de cada solução de Solução padrão: dissolver, exatamente, quantidade de
ácido 7-aminodesacetoxicefalosporânico e D-Į-4- cefalexina SQR em água para obter concentração de 1 mg/
hidroxifenilglicina em ácido clorídrico 2 M. mL de cefalexina (C16H17N3O4S). Transferir 10 mL desta
solução para balão volumétrico de 50 mL e completar o
5 PL de cada solução. Desenvolver por um percurso de
Aplicar separadamente na placa previamente impregnada,
volume com água.
15 cm. Secar a placa a 90 °C por 3 min. Borrifar a placa Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Solução
quente com uma solução de ninidrina a 0,1% (p/v) na Fase padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas
móvel. Aquecer a placa a 90 °C por 15 minutos e esfriar. e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
No cromatograma obtido para a Solução (1), C16H17N3O4S nos comprimidos a partir das respostas
nenhuma mancha correspondente ao ácido obtidas para a Solução padrão e a Solução amostra.
7-aminodesacetoxicefalosporânico é mais intensa do B. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
que a mancha obtida com a Solução (3); nenhuma de antibióticos (5.5.3.3.1), pelo método de difusão em
mancha correspondente a D-Į-4-hidroxifenilglicina é ágar, utilizando cilindros.
764 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Micro-organismo: Staphylococcus aureus ATCC 6538P. de hexano e tetradecano (95:5) e, deixar essa mistura correr

ao ar. Aplicar, separadamente, à placa, 10 PL de cada uma


por toda a extensão da placa. Remover a placa, deixar secar
Meios de cultura: meio de cultura número 1, para
manutenção do micro-organismo; solução salina estéril, das soluções recentemente preparadas, descritas a seguir.
para padronização do inóculo; meio de cultura número
2, para camada base; meio número 1 para preparação do Solução (1): reconstituir o pó conforme indicado no rótulo.
inóculo. Preparar solução a 3 mg/mL de cefalexina em água.

Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, de
Transferir quantidade do pó equivalente a 250 mg de cefalexina SQR em água de modo a obter solução a 3 mg/mL.

c
cefalexina para balão de 250 mL, com auxílio de 200
mL de Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril, pH 6,0 Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar
(Solução 1). Agitar por 15 minutos. Completar o volume a 110°C por 10 minutos. A mancha principal obtida com
com Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril, pH 6,0 a Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade
(Solução 1) e Þltrar. Diluir, sucessivamente, com o mesmo àquela obtida com a Solução (2).
solvente, até obter as concentrações de 2,5 —g/mL; 5 —g/
mL e 10 —g/mL, utilizando Tampão fosfato de potássio a CARACTERÍSTICAS
1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1) como solvente.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Determinar
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada no pó antes de reconstituir.
de cefalexina SQR em Tampão fosfato de potássio a 1%,
estéril, pH 6,0 (Solução 1), de modo a obter solução a 1 pH (5.2.19). 3,0 a 6,0. Determinar na suspensão
mg/mL. Diluir, sucessivamente, com o mesmo solvente, reconstituída conforme indicado no rótulo.
até obter as concentrações de 2,5 —g/mL; 5 —g/mL e 10 —g/
mL, utilizando Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril,
ENSAIOS DE PUREZA
pH 6,0 (Solução 1) como solvente.
Determinação de água (5.2.20.1). No máximo 2%.
Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número
2 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de
inoculo a 1% e proceder conforme descrito em Ensaio TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
microbiológico por difusão em ágar (5.5.3.3.1). Calcular a
potência da amostra, em ȝg de cefalexina por miligrama, a Contagem do número total de micro-organismos
partir da potência do padrão e das respostas obtidas com a mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Solução padrão e a Solução amostra. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
DOSEAMENTO
temperatura inferior a 30 qC.
Em recipientes bem fechados, protegidos da umidade e em
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico


ROTULAGEM
de antibióticos (5.5.3.3.1), pelo método de difusão em
Observar a legislação vigente. ágar, utilizando cilindros.

Micro-organismo: Staphylococcus aureus ATCC 6538p.


CEFALEXINA PÓ PARA SUSPENSÃO Meios de cultura: meio de cultura número 1, para
ORAL manutenção do micro-organismo; solução salina estéril,
para padronização do inóculo e meio de cultura número
2, para a camada base e meio de cultura número 1 para
Cefalexina pó para suspensão oral é uma mistura de preparação do inóculo.
cefalexina com um ou mais agentes tampões, corantes,
aromatizantes, adoçantes e conservantes. Apresenta Solução amostra: reconstituir a suspensão conforme
no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da potência indicado no rótulo. Transferir volume de suspensão
declarada de C16H17N3O4S. equivalente a 200 mg de cefalexina para balão volumétrico
de 200 mL, completar o volume com Tampão fosfato

sucessivamente, até as concentrações de 4 Pg/mL, 8 Pg/


de potássio a 1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1). Diluir,
IDENTIFICAÇÃO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada mL e 16 Pg/mL de cefalexina, utilizando Tampão fosfato
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, como de potássio a 1%, estéril, pH 6,0 como diluente.
suporte, e mistura de ácido cítrico 0,1 M, fosfato de sódio
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
dibásico 0,1 M e solução de ninidrina em acetona (1:15)
de cefalexina SQR em Tampão fosfato de potássio a 1%,
(60:40:1,5), como fase móvel. Previamente, colocar a
estéril, pH 6,0, de modo a obter solução a 1 mg/mL. Diluir,
placa em uma cuba cromatográÞca contendo uma mistura
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 765

sucessivamente, até as concentrações de 4 Pg/mL, 8 Pg/mL e 16


Pg/mL de cefalexina, utilizando Tampão fosfato de potássio a
CARACTERÍSTICAS

1%, estéril, pH 6,0 como diluente. pH (5.2.19). 6,0 a 8,5. Determinar após reconstituição da
amostra com o diluente.
Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número 2 em
uma placa, esperar solidiÞcar, juntar 5 mL de inóculo a 0,05 % Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
em meio de cultura número 1 e proceder conforme descrito em
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Ensaio microbiológico de antibióticos, adicionando aos cilindros
0,1 mL da Solução padrão e da Solução amostra recentemente
preparadas. ENSAIOS DE PUREZA
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido de alta
eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector
ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4
Poder rotatório específico (5.2.8). +124° a +134°, em
relação à substância anidra e livre de bicarbonato de sódio.
Determinar em solução de cefalotina a 5 % (p/v) em água.
ca
ligada a grupo octadecilsilano (5 Pm), mantida à temperatura
mm de diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
Bicarbonato de sódio. Dissolver, aproximadamente, 1 g
ambiente; ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto. do pó para solução injetável, exatamente pesado, em 50
mL de água. Adicionar alaranjado de metila a 0,1% (p/v)
Fase móvel: dissolver 1 g de 1-pentanossulfonato de sódio dissolvido em água e titular com ácido sulfúrico 0,05 M SV.
monoidratado em mistura de água, acetonitrila, metanol e Cada mL de ácido sulfúrico 0,05 M SV equivale a 8,401
trietilamina (850:100:50:15). Ajustar o pH para 3,0 com ácido mg de NaHCO3. Calcular a porcentagem de bicarbonato de
fosfórico. sódio e usar o valor obtido para calcular o Poder rotatório
especíÞco em relação à base anidra e livre de bicarbonato
Solução amostra: reconstituir o pó conforme indicado no de sódio.
rótulo. Transferir volume de suspensão equivalente a 200 mg
de cefalexina para balão volumétrico de 200 mL, completar o
volume com água e homogeneizar. Transferir 10 mL dessa TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
solução para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com Fase móvel. Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Proceder
conforme descrito em Método de Þltração por membrana.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, de
cefalexina SQR em água de modo a obter solução a 1 mg/mL. Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,13 UE/
Transferir 10 mL desta solução para balão volumétrico de 25 mL mg de cefalotina sódica.
e completar o volume com Fase móvel.
DOSEAMENTO
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução padrão
e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e medir as Empregar um dos métodos descritos a seguir.
áreas sob os picos. Calcular o teor de C16H17N3O4S na amostra
a partir das respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
amostra. de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente,
quantidade da amostra equivalente a 0,25 g de cefalotina
sódica. Transferir para balão volumétrico de 100 mL e
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO completar o volume com água. Diluir no mesmo solvente
Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente e até a concentração de 0,0025% (p/v). Preparar solução
protegidos da luz. padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
em 285 nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular
ROTULAGEM o teor de C16H15N2NaO6S2 no pó para solução injetável, a
partir das leituras obtidas.
Observar a legislação vigente.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
CEFALOTINA SÓDICA PÓ PARA de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
SOLUÇÃO INJETÁVEL comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m), mantida a temperatura de 40 °C; ßuxo da Fase móvel
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 115,0% da de 1,5 mL/minuto.
quantidade declarada de cefalotina sódica (C16H15N2NaO6S2).
Fase móvel: dissolver 17 g de acetato de sódio em 790

se necessário, ajustar o pH a 5,9 r 0,1 com ácido acético


mL de água, adicionar 0,6 mL de ácido acético glacial e,
IDENTIFICAÇÃO
glacial ou hidróxido de sódio 0,1 M. Adicionar 150 mL de
O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
acetonitrila, 70 mL de etanol e homogeneizar.
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
766 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução amostra: reconstituir o conteúdo de um frasco em ROTULAGEM


água ultrapura, agitar até completa dissolução, transferir
todo volume para balão volumétrico de 200 mL, lavar Observar a legislação vigente.
o frasco com água ultrapura e transferir para balão.
Completar o volume e agitar. Transferir 5 mL desta solução
para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume CEFOXITINA SÓDICA
com Fase móvel de modo a obter solução a 0,5 mg/mL de Cefoxitinum natricum
cefalotina sódica.

Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,

c de cefalotina sódica SQR em Fase móvel de modo a obter


concentração Þnal de 0,5 mg/mL de cefalotina sódica.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução


padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C16H15N2NaO6S2 no pó para solução injetável a partir
das respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução C16H16N3NaO7S2; 449,43
amostra. cefoxitina sódica; 01883
C. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico Sal de sódio do ácido (6R,7S)-3-[[(aminocarbonil)oxi]
de antibióticos (5.5.3.3.1), pelo método de difusão em metil]-7-metoxi-8-oxo-7-[(2-tienilacetil)amino]-5-tia-1-
ágar, utilizando cilindros. azabiciclo[4.2.0]oct-2-eno-2-carboxílico (1:1)
[33564-30-6]
Micro-organismo: Staphylococcus aureus ATCC 6538p.
Apresenta potência de, no mínimo, 927 —g e, no máximo,
Meios de cultura: meio de cultura número 1, para 970 —g de cefoxitina (C16H17N3O7S2) por miligrama,
manutenção do micro-organismo e preparação do inóculo; correspondendo a, no mínimo, 97,5% e, no máximo,
solução salina estéril, para padronização do inóculo e meio 102,0% de cefoxitina sódica (C16H16N3NaO7S2), em relação
de cultura número 2, para a camada base. à substância anidra.

Solução amostra: reconstituir a solução injetável conforme


indicado no rótulo. Transferir volume da solução injetável, DESCRIÇÃO
exatamente medido, para balão volumétrico, completar o
Características físicas. Pó branco ou quase branco, muito
volume com água e agitar. Diluir no mesmo solvente até
higroscópico.
obter solução a 10 —g/mL. Transferir alíquotas de 6,4 mL,
10 mL e 15,6 mL desta solução para balões de 100 mL e Solubilidade. Muito solúvel em água, ligeiramente solúvel
completar o volume com Tampão fosfato de potássio a 1 %, em etanol e praticamente insolúvel em éter etílico.
estéril, pH 6,0 (Solução 1). Obtem-se soluções a 0,64 —g/
mL, 1,0 —g/mL e 1,56 —g/mL respectivamente (A1, A2 e A3). Constantes físico-químicas.

Solução padrão: pesar 20 mg de cefalotina sódica SQR, Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +206° a +214°, em
transferir para balão de 20 mL e dissolver em água para relação à substância anidra. Determinar em solução a 1%
obter solução a 1 mg/mL. Diluir no mesmo solvente até (p/v) em metanol.
obter solução a 10 —g/mL. Transferir alíquotas de 6,4 mL,
10 mL e 15,6 mL desta solução para balões de 100 mL e IDENTIFICAÇÃO
completar o volume com Tampão fosfato de potássio a 1 %,
estéril, pH 6,0 (Solução 1). Obtem-se soluções a 0,64 —g/ A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
mL, 1,0 —g/mL e 1,56 —g/mL respectivamente (P1, P2 e P3). de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,002% (p/v) em tampão
fosfato pH 7,1, exibe máximos e mínimos idênticos aos
Procedimento: pipetar 20 mL de meio de cultura número 2 observados no espectro de solução similar de cefoxitina
em placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de inóculo a sódica SQR.
0,1% em meio de cultura número 1 e proceder conforme
descrito em Ensaio microbiológico de antibióticos B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
(5.5.3.3.1), adicionando aos cilindros 0,1 mL da Solução da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
padrão e da Solução amostra recentemente preparadas. àquele do pico principal da Solução padrão.
Calcular a potência da amostra, em ȝg de cefalotina sódica
por miligrama, a partir da potência do padrão e das respostas C. A solução da amostra a 5% (p/v) em água responde às
obtidas com a Solução padrão e com a Solução amostra. reações do íon sódio (5.3.1.1).

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ENSAIOS DE PUREZA

Em recipientes bem fechados, em temperatura inferior a pH (5.2.19). 4,2 a 7,0. Determinar em solução aquosa a
25 °C. 1% (p/v).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 767

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em respostas obtidas para cefoxitina com a Solução padrão e
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando a Solução amostra.
sílica-gel F254, como suporte, e mistura de ácido acético
glacial, água, acetona e acetato de etila (10:10:20:50),
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 —L de
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas Em recipientes bem fechados, entre 2 °C e 8 °C.
a seguir.

Solução (1): transferir, exatamente, cerca de 0,25 g da ROTULAGEM


amostra para balão volumétrico de 10 mL, dissolver em

ca
água e completar o volume com o mesmo solvente. Observar a legislação vigente.

Solução (2): transferir 0,5 mL da Solução (1) para balão


CLASSE TERAPÊUTICA
volumétrico de 100 mL e completar o volume com água.
Antimicrobiano.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
CEFOXITINA SÓDICA PÓ PARA
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (0,5%). SOLUÇÃO INJETÁVEL
Água (5.2.20.1). No máximo 1%.
Contém cefoxitina sódica equivalente a, no mínimo,
90,0% e, no máximo, 120,0% da quantidade declarada de
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA cefoxitina (C16H17N3O7S2).
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
IDENTIFICAÇÃO
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,13 UE/
mg de cefoxitina. A. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.
DOSEAMENTO
B. A solução da amostra a 5% (p/v) em água responde às
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
reações do íon sódio (5.3.1.1).
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada CARACTERÍSTICAS
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m); ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Determinar no frasco do diluente.
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e ácido acético
glacial (84:16:1). Alternativamente, utilizar mistura de pH (5.2.19). 4,2 a 7,0. Determinar em solução aquosa a
água, acetonitrila e ácido trißuoracético (84:16:1). 1% (p/v).

Solução amostra: transferir, exatamente, quantidade da Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Determinar
amostra equivalente a cerca de 0,15 g de cefoxitina para no pó não reconstituído.
balão volumétrico de 500 mL, dissolver em tampão fosfato
pH 7,1 e completar o volume com o mesmo solvente. ENSAIOS DE PUREZA
Utilizar essa solução em no máximo 5 horas.
Água (5.2.20.1). No máximo 1%.
Solução padrão: pesar, exatamente, e dissolver em tampão
fosfato pH 7,1 quantidade de cefoxitina SQR suÞciente
para preparar solução a 0,3 mg/mL de cefoxitina. Utilizar TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
essa solução em no máximo 5 horas.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
A eÞciência da coluna não é menor que 2800 pratos
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,13 UE/
teóricos. O fator de cauda para o pico da cefoxitina não
mg de cefoxitina.
é maior que 1,5. O desvio padrão relativo das áreas de
replicatas dos picos registrados não é maior que 1,0%.
DOSEAMENTO
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas Proceder conforme descrito em Doseamento na monograÞa
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de cefoxitina de Cefoxitina sódica. Preparar a Solução amostra como
(C16H17N3O7S2) na amostra de cefoxitina sódica a partir das descrito a seguir.
768 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

paracíticos, raros anisocíticos, índice estomático igual a 18,


Solução amostra: reconstituir o conteúdo de um frasco e hidatódios; a cutícula é estriada. A face abaxial apresenta
ampola em volume de água destilada, exatamente medido, células também poligonais, de maior tamanho do que as da face
correspondente àquele indicado no frasco do diluente. adaxial, estômatos projetados, paracíticos e índice estomático
Transferir quantitativamente a solução reconstituída para igual a 12; a cutícula é fortemente estriada. Ambas as faces
balão volumétrico de capacidade adequada e diluir com da epiderme apresentam tricomas simples, unisseriados,
água de modo a obter solução a cerca de 0,3 mg/mL de retorcidos, geralmente tricelulares (duas a cinco células),
cefoxitina (C16H17N3O7S2). Utilizar essa solução em, no bastante escassos na face adaxial. Em secção transversal,
máximo, 5 horas as faces mostram-se constituídas por células retangulares
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções achatadas, alternadas com células quadrangulares papilosas;

c padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as


áreas sob os picos. Calcular a quantidade de cefoxitina
(C16H17N3O7S2) na solução injetável reconstituída, a partir
das respostas obtidas para as Soluções padrão e amostra.
a projeção dos estômatos pode ser melhor observada e a
cutícula é Þna. O mesoÞlo apresenta estrutura dorsoventral,
com uma a três camadas de parênquima paliçádico frouxo e
parênquima esponjoso ocupando mais da metade do mesoÞlo,
formado por células oblongas no sentido horizontal; nestes
parênquimas encontram-se drusas de oxalato de cálcio. Raros
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO canais secretores (ductos) encontram-se dispostos junto ao
ßoema. Na nervura mediana, observam-se, via de regra,
Em recipientes bem fechados, entre 2 ºC e 8 ºC.
dois canais secretores, dispostos na região do parênquima
fundamental, um voltado para a face adaxial e outro para
ROTULAGEM a abaxial, próximos ao sistema vascular e raramente no
ßoema; o colênquima, do tipo lacunar e presente em ambas
Observar a legislação vigente.. as faces, está representado por uma a três camadas celulares,
especialmente na face adaxial. O sistema vascular é colateral,
em arco aberto, com várias Þbras em zona externa ao ßoema.
CENTELA O pecíolo é Þstuloso e, em secção transversal, mostra
Centellae folium contorno circular, com duas arestas opostas na face adaxial,
separadas por uma pequena região levemente côncava,
conferindo-lhe aspecto canaliculado. A epiderme apresenta
Centella asiatica (L.) Urban – APIACEAE; 09898 células quadrangulares, algo papilosas, com estômatos
A droga vegetal é constituída pelas folhas secas. Contém, paracíticos e tricomas simples, pluricelulares, unisseriados,
no mínimo, 2,0% de asiaticosídeo, em relação ao material com célula basal bem mais curta do que as demais. A cutícula
dessecado. é Þna e estriada. Subepidermicamente ocorre um colênquima
angular, contínuo, onde se alterna uma camada predominante
de células com estreitas regiões de duas a três camadas, ou
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA nas arestas até cinco. Abaixo deste, situa-se um clorênquima,
contendo sete feixes vasculares colaterais, dispostos
As lâminas foliares são membranáceas, raramente papirácias, em círculo, separados por largas faixas de parênquima
verde-acinzentadas na face adaxial e verde-pálidas na face fundamental, ocorrendo um feixe menor em cada aresta.
abaxial, glabras a tomentosas em ambas as faces, cobertas de Ao redor do ßoema, no parênquima fundamental, podem
tricomas hialinos de até 2 mm, pluricelulares, unisseriados, ocorrer células amilíferas. Em cada feixe vascular há um
formados por duas a cinco células. A célula inferior é oriunda envoltório de Þbras, restrito ao ßoema. No pecíolo, também se
de uma só célula basal. Lâmina ovada a orbicular-reniforme, observam canais secretores: um internamente ao colênquima,
palminérvea, com cinco a nove nervuras, base cordada a geralmente e regularmente nas regiões em que ocorre maior
truncada, ápice arredondado, obtuso a truncado, margem número de camadas deste, um com menor frequência disposto
levemente sinuada a crenado-dentada, medindo 1,5 cm a 7 cm por toda a estrutura, na região aproximadamente equidistante
de comprimento e 1 cm a 6 cm de largura. A venação é pouco dos feixes vasculares e da epiderme, dois opostos entre si, em
densa, actinódroma. As nervuras de primeira ordem são, um mesmo feixe vascular, ambos muito próximos ao xilema,
longitudinalmente, retilíneas. As nervuras de segunda ordem e um por feixe vascular nas arestas. O parênquima medular é
apresentam ângulo de divergência moderada. As ramiÞcações inexistente, por ser o pecíolo Þstuloso. Nas proximidades da
das nervuras secundárias e terciárias terminam no epitema dos fístula encontram-se drusas de oxalato de cálcio, nas células
hidatódios. As aréolas são pentagonais ou poligonais, com do parênquima fundamental.
vênula simples, curvada ou ramiÞcada só uma vez e disposta
ao acaso. Pecíolo de até 15 cm de comprimento, alargado na
porção basal e canaliculado na face adaxial, viloso-tomentoso, DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
castanho-esverdeado a castanho-avermelhado.
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA característicos: tricomas ou porções deles, unisseriados;
drusas de oxalato de cálcio e porções de células epidérmicas,
Em vista frontal, a face adaxial da epiderme mostra células com estômatos paracíticos.
poligonais de paredes retas a curvas, estômatos projetados,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 769

IDENTIFICAÇÃO Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em de detector ultravioleta a 200 nm; coluna de 250 mm de
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com espessura de 250 ȝm, como suporte, e mistura com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
de clorofórmio, ácido acético glacial, metanol e água ȝm a 10 ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da
(60:32:12:8), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à Fase móvel de 0,5 mL/minuto.
placa, em forma de banda, 20 ȝL da Solução (1) e 5 ȝL da
Solução (2), preparadas como descrito a seguir. Eluente A: acetonitrila.

ca
Solução (1): ferver 3 g da amostra em 30 mL de mistura de Eluente B: solução aquosa de ácido fosfórico a 0,5% (v/v).
etanol e água (1:1). Filtrar e concentrar até secura. Retomar
em 0,5 mL de metanol. Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
descrito na tabela a seguir:
Solução (2): dissolver 1 mg de asiaticosídeo em 1 mL de metanol.
Tempo Eluente A Eluente B
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e secar Eluição
(minutos) (%) (%)
em capela por 5 minutos. Nebulizar com anisaldeído SR e
aquecer em estufa entre 100 °C a 105 °C durante 10 minutos. 0 – 40 25 ĺ 50 75 ĺ 50 gradiente linear
Nebulizar, novamente, com anisaldeído SR e aquecer em Solução amostra: extrair 5 g da droga seca em pó com 150
estufa entre 100 °C a 105 °C por 10 minutos. A mancha mL de metanol em aparelho de Soxhlet durante 4 horas.
principal de coloração acastanhada obtida com a Solução Evaporar o solvente em banho-maria até cerca de 50 mL.
(1), com Rf de aproximadamente 0,50, corresponde em Filtrar em funil de vidro sinterizado (G4). Transferir o
posição àquela obtida com a Solução (2), referente ao Þltrado para balão volumétrico de 100 mL e completar o
asiaticosídeo. Observa-se também uma mancha secundária volume com metanol.
de coloração violeta, com Rf aproximado de 0,90.
Solução de referência (1): dissolver 30 mg de asiaticosídeo
B. Transferir 1 g da droga em pó ou fragmentada para tubo em 5 mL de metanol.
de ensaio, adicionar 10 mL de água destilada e ferver por 2
minutos. Resfriar e agitar, vigorosamente, por 15 segundos. Solução de referência (2): diluir a Solução de referência
Em seguida, adicionar gotas de ácido clorídrico a 10% (1) em metanol de modo a obter solução a 80% (v/v).
(p/v). A espuma formada é persistente, o que caracteriza a
presença de saponinas. Solução de referência (3): diluir a Solução de referência
(1) em metanol de modo a obter solução a 60% (v/v).

ENSAIOS DE PUREZA Solução de referência (4): diluir a Solução de referência


(1) em metanol de modo a obter solução a 40% (v/v).
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%.
Solução de referência (5): diluir a Solução de referência
Água (5.4.2.3). No máximo 6%. (1) em metanol de modo a obter solução a 20% (v/v).
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 11%. Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução
amostra e das Soluções de referência (1), (2), (3), (4) e
ÍNDICE DE ESPUMA (5). Determinar a área sob o pico referente ao asiaticosídeo
(tempo de retenção de 30 a 40 minutos). Estabelecer uma
Proceder conforme descrito em Determinação de índice curva analítica com os valores obtidos com as Soluções de
de espuma (5.4.2.10). Pesar 1 g da droga pulverizada, referência (1), (2), (3), (4) e (5). Determinar a área sob
transferir para tubo de ensaio e ferver por 2 minutos. o pico do asiaticosídeo na Solução amostra e, utilizando
Utilizar 100 mL de água destilada. No máximo 100. a curva analítica, determinar o teor de asiaticosídeo na
amostra.
DOSEAMENTO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Asiaticosídeo
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
770 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos de Centella asiatica (L.) Urban


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 1 cm (régua 1); K a 500 ȝm (régua 2); B, F e J a 500 ȝm (régua 3); C, D, E,
G e H a 100 ȝm (régua 4); I a 50 ȝm (régua 5).

A – aspecto da folha. B – esquema da secção transversal da folha na nervura mediana. C – secção transversal da folha na região do limbo na porção
indicada em B. D – detalhe de secção transversal da folha com estômato e câmara subestomática. E – aspecto do parênquima. F – hidatódio na epiderme
adaxial. G – epiderme adaxial. H – epiderme abaxial. I – detalhe de estômato paracítico. J – arquitetura foliar: aréola. K – arquitetura foliar: margem
e hidatódio.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 771

ca

Figura 2 – Aspectos microscópicos de Centella asiatica (L.) Urban


______________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em L a 500 ȝm (régua 1); M a P a 100 ȝm (régua 2).

L – esquema do pecíolo em secção transversal. M – detalhe de uma porção transversal do pecíolo. N – drusas de oxalato de cálcio. O – canal secretor.
P – tricoma simples multicelular.
772 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


CETOCONAZOL COMPRIMIDOS
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C26H28Cl2N4O4. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.

IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada

c delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como suporte,


e mistura de n-hexano, acetato de etila, metanol, água e
acido acético glacial (42:40:15:2:1), como fase móvel.
Aplicar, separadamente, à placa, 10 ȝL de cada uma das
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 225 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
—m a 10 —m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
quantidade da amostra equivalente a 50 mg de cetoconazol
em clorofórmio, agitar por cerca de 2 minutos, completar o Fase móvel: mistura de metanol e acetato de amônio a
volume para 50 mL com o mesmo solvente e Þltrar. 0,5% (p/v) (95:5).

Solução (2): dissolver 10 mg de cetoconazol SQR em Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
clorofórmio e completar o volume para 10 mL com o Transferir quantidade do pó, exatamente pesado,
mesmo solvente. equivalente a 0,1 g de cetoconazol para balão volumétrico
de 50 mL, adicionar 30 mL de metanol e deixar em
Desenvolver o cromatograma em cuba não saturada. ultrassom por 30 minutos. Completar o volume com o
Remover a placa e deixar secar ao ar. Examinar sob luz mesmo solvente, homogeneizar e Þltrar. Diluir o Þltrado
ultravioleta (254 nm). A mancha principal obtida com a até a concentração de 0,1 mg/mL, utilizando metanol como
Solução (1) corresponde em posição e intensidade àquela solvente.
obtida com a Solução (2).
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de cetoconazol SQR em metanol e diluir com o mesmo
CARACTERÍSTICAS solvente de modo a obter solução a 0,1 mg/mL.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. C26H28Cl2N4O4 nos comprimidos a partir das repostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL ROTULAGEM

Aparelhagem: pás, 50 rpm Observar a legislação vigente.

Tempo: 30 minutos
CETOCONAZOL XAMPU
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução, Þltrar e diluir com ácido clorídrico 0,1 M
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
soluções em 270 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente quantidade declarada de C26H28Cl2N4O4.
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C26H28Cl2N4O4
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a
da solução de cetoconazol SQR na concentração de 0,0001 IDENTIFICAÇÃO
% (p/v), preparada no mesmo solvente. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade da Solução amostra, obtida no método de Doseamento,
declarada de C26H28Cl2N4O4 se dissolvem em 30 minutos. corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 773

CARACTERÍSTICAS ROTULAGEM
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. Observar a legislação vigente.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


CETOPROFENO
Contagem do número total de micro-organismos Ketoprofenum
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste.

DOSEAMENTO ca
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido C16H14O3; 254,28
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido cetoprofeno; 01960
de detector ultravioleta a 232 nm; coluna de 250 mm de Ácido 3-benzoil-Į-metilbenzenoacético
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada [22071-15-4]
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m), mantida à temperatura de 40 ºC; ßuxo da Fase móvel Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
de 1,5 mL/minuto. C16H14O3, em relação à substância dessecada.
Tampão fosfato pH 7,0: dissolver 2,8 g de fosfato de sódio
dibásico anidro, em 1000 mL de água. Ajustar o pH para DESCRIÇÃO
7,0 com ácido fosfórico.
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
Fase móvel: preparar uma mistura de acetonitrila, metanol, branco.
tetraidrofurano e Tampão fosfato pH 7,0 (390:95:15:500),
acrescentando 2,5 mL de hidróxido de tetrametilamônio a Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
25% (p/v) em metanol, Þltrada e degaseiÞcada. solúvel em acetona, em etanol e cloreto de metileno.

Solução amostra: transferir uma quantidade cuidadosamente Constantes físico-químicas.


pesada de xampu, equivalente a 20 mg de cetoconazol para Faixa de fusão (5.2.2): 94 ºC a 97 ºC.
um balão volumétrico de 100 mL. Adicionar ao balão 70
mL de metanol e agitar em ultrassom por 30 minutos para Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +1° a -1°, em relação à
dissolver. Completar o volume com metanol e Þltrar em substância dessecada. Determinar em solução a 1% (p/v)
papel de Þltro. Transferir 2,5 mL dessa preparação para um em etanol.
balão volumétrico de 10 mL, acresentar 1,5 mL de metanol.
Completar o volume com água e misturar.
IDENTIFICAÇÃO
Solução padrão: pesar exatamente, cerca de 10 mg de
cetoconazol SQR e transferir para um balão volumétrico de A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
100 mL. Adicionar ao balão 70 mL de metanol e agitar para amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
dissolver. Completar o volume com metanol e misturar. de potássio, apresenta máximos de absorção somente
Transferir uma alíquota de 5 mL para balão volumétrico nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
de 10 mL. Acrescentar 1 mL de metanol e completar o intensidades relativas daqueles observados no espectro da
volume com água. cetoprofeno SQR, preparado de maneira idêntica.

O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
registrados não é maior que 2%. de 230 nm a 350 nm, de solução a 0,0001% (p/v) em etanol,
exibe máximos de absorção em 255 nm. A absorvância em
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções 255 nm é de 0,615 a 0,680.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C26H28Cl2N4O4 ENSAIOS DE PUREZA
na amostra a partir das respostas obtidas com as Soluções
padrão e amostra. Pureza cromatográfica. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
233 nm, coluna de 150 mm de comprimento e 4,6 mm de
Em recipientes hermeticamente fechados e ao abrigo do diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
calor excessivo. ligada a grupo octadecilsilano (5 —m); ßuxo da Fase móvel
de 1 mL/minuto.
774 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Tampão pH 3,5: dissolver 68,0 g de fosfato de potássio


monobásico em 1000 mL de água e ajustar o pH para 3,5 ±
CHAPÉU-DE-COURO
0,1, com ácido fosfórico. Echinodorus folium

Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e Tampão pH 3,5


(55:43:2). Echinodorus grandißorus (Cham. & Schltdl.) Micheli –
ALISMATACEAE
Solução amostra: dissolver uma quantidade exatamente
A droga vegetal é constituída pelas folhas secas contendo,
Pg/mL. Proteger esta solução da luz.
pesada da amostra em Fase móvel para obter solução a 200
no mínino, 2,8% de derivados do ácido o-hidroxicinâmico,

c
expressos em verbascosídeo (C29H36O15, 624,6).
Solução padrão: dissolver uma quantidade exatamente

solução a 200 Pg/mL. Proteger esta solução da luz.


pesada de cetoprofeno SQR em Fase móvel para obter
CARACTERÍSTICAS
Características organolépticas. As folhas secas possuem
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. A eÞciência
odor característico e sabor amargo.
da coluna não é menor que 2250 pratos teóricos. O fator de
cauda para o pico do cetoprofeno não deve ser maior que
2,0. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
picos registrados não é maior que 5,0%.
Folhas simples, coriáceas, cordiformes, com base cordada
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução e ápice agudo a arredondado. Lâmina foliar de dimensões
amostra e da Solução padrão, registrar os cromatogramas variadas, dependendo da condição ambiental, de 10 cm
por, no mínimo, três vezes o tempo de retenção do a 35 cm de comprimento e 20 cm a 25 cm de largura na
cetoprofeno, e medir as áreas correspondentes aos picos porção mediana; pecíolo longo de secção transversal
de impurezas. Calcular a porcentagem de cada impureza circular a ovalada, com expansões aladas curtas e estriações
presente. Não mais que 0,2% de cada impureza individual longitudinais. A nervação é do tipo campilódroma, com 12
é encontrada, e a soma de todas as impurezas não é a 14 nervuras de calibres semelhantes, que partem de um
superior a 1,0% da área do cetoprofeno obtida com único ponto na base do limbo, proeminentes na face abaxial.
a Solução amostra. Destas partem nervuras de menor calibre, paralelas entre si,
e destas as terciárias, culminando na formação de aréolas
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. No máximo fechadas com terminações pouco ramiÞcadas. Tanto a
0,002% (20 ppm). lâmina quanto o pecíolo são pubescentes, relativamente
ásperos pela presença de tricomas estrelados. Ductos
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
secretores translúcidos são abundantes por toda a lâmina
amostra. Dessecar em estufa a 60° C, sob pressão reduzida,
foliar, por vezes visualizados sem auxílio de lentes.
por 4 horas. No máximo 0,5%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA


No máximo 0,1%.
Lâmina foliar com epiderme uniestratiÞcada recoberta
por cutícula delgada dotada de pequenas papilas que
DOSEAMENTO
aparecem como pontos brilhantes na microscopia óptica,
Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g da amostra, previamente também presentes no pecíolo. Lâmina anÞestomática,
dessecada, transferir para erlenmeyer de 250 mL e com estômatos no mesmo nível que as demais células
dissolver em 25 mL de etanol. Adicionar 25 mL de água e epidérmicas, paralelocíticos, com células-guarda
0,5 mL de vermelho de fenol SI. Titular com hidróxido de alongadas, contando com dois pares de células subsidiárias
sódio 0,1 M SV. Alternativamente, determinar o ponto Þnal adjacentes, sendo a mais proximal alongada e esguia,
potenciometricamente. Realizar ensaio em branco e fazer por vezes visualizadas com certa diÞculdade devido ao
as correções necessárias. Cada mL de hidróxido de sódio pouco contraste obtido em suas paredes. Em vista frontal,
0,1 M SV equivale a 25,428 mg de C16H14O3. em ambas as faces da lâmina, estão células epidérmicas
comuns com formatos e dimensões variadas, cujas paredes
anticlinais podem ser relativamente retas até sinuosas,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO embora este último formato seja mais comum na face
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. abaxial. Sobre as nervuras não ocorrem estômatos e as
células epidérmicas são retangulares, por vezes muito
alongadas em relação ao maior eixo da folha. Também sobre
ROTULAGEM as nervuras estão tricomas pluricelulares, estrelados. Em
secções transversais veriÞca-se que as células epidérmicas
Observar a legislação vigente. são volumosas e as câmaras sub-estomáticas são amplas.
O mesoÞlo está composto por apenas uma camada de
CLASSE TERAPÊUTICA parênquima paliçádico, com células pouco alongadas, e
parênquima esponjoso, cujas células apresentam pequenas
Anti-inßamatório. expansões braciformes. As nervuras de maior calibre
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 775

são biconvexas, com curvatura mais expressiva junto à Solução (1): turbolisar, exatamente, cerca de 10 g da droga
face abaxial, contando com aerênquima em abundância, vegetal moída em 100 mL de etanol a 70% (v/v) durante
o qual forma amplas lacunas por toda a extensão da 15 minutos, com intervalos de 5 minutos, de forma que a
estrutura. Nestas lacunas, dispostas transversalmente, temperatura não exceda 40 °C. Filtrar, eliminar o etanol em
estão trabéculas de células braciformes com reentrâncias evaporador rotatório sob pressão reduzida. Extrair a fase
espessadas, permitindo a formação de espaços intercelulares aquosa resultante com três porções de 25 mL de acetato de
triangulares. Por todo o aerênquima estão dispostos etila em funil de separação (125 mL). Deixar em repouso
ductos secretores. Na nervura principal estão três feixes em freezer (-18 °C) por 15 minutos, para total separação
vasculares de maior calibre, colaterais, em arco aberto com das fases. Reunir as frações orgânicas e lavar com 50 mL
bordos elevados, com pequena lacuna no protoxilema, de água. Evaporar a fração obtida em evaporador rotatório
parcialmente envoltos por calotas de Þbroesclereídes,
longas e com paredes ligniÞcadas. Dispostos
concentricamente, estão entre 8 a 11 feixes vasculares
menos calibrosos, também em arco aberto, mas contando
sob pressão reduzida até resíduo. Retomar o resíduo com
1 mL de metanol.

Solução (2): pesar cerca de 1 mg de ácido cafeico e


dissolver em 1 mL de metanol.
ca
com esclerênquima apenas junto ao ßoema. As nervuras de
menor calibre, dispostas no mesoÞlo, são colaterais com
Solução (3): pesar cerca de 1 mg de isorientina e dissolver
calota de poucos elementos esclerenquimáticos em ambos
em 1 mL de metanol.
os pólos de tecidos condutores. Uma única camada de
células parenquimáticas, volumosas e delgadas, compõe a Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
bainha dos feixes vasculares. O pecíolo apresenta células secar em capela de exaustão. Nebulizar a placa com
epidérmicas poliédricas, alongadas longitudinalmente. Em difenilborato de aminoetanol SR e deixar secar em capela
secção transversal veriÞca-se que esta porção foliar está de exaustão. A mancha de coloração acastanhada obtida
preenchida por aerênquima, com as mesmas características com a Solução (1), com Rf de aproximadamente 0,90,
da nervura principal, inclusive os ductos secretores e corresponde em posição àquela obtida com a Solução (2).
trabéculas com células braciformes. Diversas células deste Logo abaixo dessa, é obtida uma mancha esverdeada, com
aerênquima estão repletas de grãos de amido. Os feixes Rf de aproximadamente 0,82, na região do cromatograma
vasculares mais calibrosos (de um a dois) estão dispostos na da Solução (1). No quadrante inferior do cromatograma, a
região central do pecíolo, com três grupos concêntricos de mancha de coloração amarela intensa obtida com a Solução
feixes vasculares, menos calibrosos em direção à periferia, (1), com Rf de 0,28, corresponde em posição àquela obtida
semelhantes ao da nervura principal, mas contando com com a Solução (3), referente à isorientina. Imediatamente
uma lacuna de protoxilema de grandes dimensões. Como abaixo dela, é obtida na região do cromatograma da
na nervura principal, os feixes de menor calibre apresentam Solução (1) outra mancha de coloração amarela intensa,
esclerênquima apenas junto ao pólo ßoemático. Tanto com Rf de 0,22, que corresponde à swertia-japonina.
nos tecidos da lâmina foliar quanto do pecíolo não foram
detectadas reações positivas para polifenóis (cloreto férrico
a 10% (p/v)) ou substâncias lipídicas (Sudan IV). ENSAIOS DE PUREZA
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
Água (5.4.2.3). No máximo 9,0%.
O pó atende a todas as características estabelecidas para
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 11,0%.
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
características: fragmentos de epiderme da lâmina foliar, Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 13,0%.
com estômatos paralelocíticos e células epidérmicas de
contornos sinuosos, recobertas por cutícula ornamentada;
feixes de Þbroesclereídes associados a células com DOSEAMENTO
pequenas expansões braciformes, do parênquima
Derivados do ácido o-hidroxicinâmico
esponjoso; conjuntos de células tabulares, alongadas
longitudinalmente; células braciformes com reentrâncias Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
espessadas, que compõem as trabéculas da nervura absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
principal e pecíolo, ocorrem em abundância. a seguir.

Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da


IDENTIFICAÇÃO droga pulverizada (210 —m) e adicionar 90 mL de etanol
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada a 50% (v/v) em balão de fundo redondo de 250 mL.
Levar a reßuxo por 30 minutos. Esfriar e Þltrar para balão
de 250 Pm, como suporte, e mistura de acetato de etila,
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254, com espessura
volumétrico de 100 mL. Lavar o balão de fundo redondo
tolueno, ácido fórmico e água (100:10:10:1), como fase e o Þltro com 10 mL de etanol a 50% (v/v) para o balão
volumétrico. Completar o volume com etanol 50% (v/v).
banda, 10 PL da Solução (1) e 5 PL das Soluções (2),
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma de
Solução amostra: adicionar, volumetricamente, em balão
(3) e (4), separadamente, preparadas antes do uso, como volumétrico de 10 mL, 1 mL da Solução estoque, 2 mL
descrito a seguir. de ácido clorídrico 0,5 M, 2 mL da mistura de nitrito de
776 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

sódio a 20% (p/v) e molibdato de sódio a 20% (p/v) (1:1).


Adicionar 2 mL de solução de hidróxido de sódio a 8%
(p/v) e completar o volume com etanol 50% (v/v).

Solução branco: adicionar, volumetricamente, em balão em que


volumétrico de 10 mL, 1 mL da Solução estoque, 2 mL de
ácido clorídrico 0,5 M, 2 mL de solução de hidróxido de TA = teor de derivados do ácido o-hidroxicinâmico,
sódio a 8% (p/v) e completar o volume com etanol 50% expresso em verbascosídeo (%);
(v/v). A = absorvância da Solução amostra;

c
Medir a absorvância da Solução amostra, imediatamente m = massa da amostra utilizada no ensaio, em gramas,
após o seu preparo, no comprimento de onda de 525 considerando a determinação de água.
nm, utilizando a Solução branco para o ajuste do zero.
Calcular o teor de derivados do ácido o-hidroxicinâmico, EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
expresso em porcentagem de verbascosídeo, segundo a
expressão a seguir. Considerar a absortividade especíÞca Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
do verbascosídeo igual a 185.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 777

ca

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos


em Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schltdl.) Micheli
______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 8 cm, em B a 5 mm, em C a 1 mm, em D e E a 100 —m, em F a 50 —m.

A – aspecto geral da folha, em vista frontal. B – detalhe parcial de nervura secundária (ns) e de nervuras terciárias (nt) destacadas em A. C – detalhe de
algumas aréolas e terminações vasculares da lâmina foliar: aréola (ar); ducto secretor (dc); tricoma estrelado (tr). D – detalhe de porção da epiderme da
lâmina foliar voltada para a face adaxial, em vista frontal: estômato (es). E – detalhe de porção da epiderme da lâmina foliar voltada para a face abaxial,
em vista frontal: células subsidiárias (csb); estômato (es). F – detalhe de um tricoma estrelado.
778 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 – Aspectos microscópicos de Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schltdl.) Micheli


______________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A, B e D a 50 —m, em C a 500 —m, em E e F a 100 —m.

A – detalhe de porção do mesoÞlo na região mediana da lâmina foliar, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); bainha parenquimática
(bp); calota de Þbras (cf); epiderme (ep); parênquima esponjoso (pe); parênquima paliçádico (pp). B – detalhe de porção do mesoÞlo na região mediana
da lâmina foliar, evidenciando feixe terciário, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); bainha parenquimática (bp); calota de Þbras
(cf); epiderme (ep); parênquima esponjoso (pe); parênquima paliçádico (pp). C – detalhe da região da nervura principal, em secção transversal: espaço
intercelular (ei); feixe vascular (fv); tricoma estrelado (tr). D – detalhe de porção do mesoÞlo, evidenciando um feixe vascular, em secção transversal:
face abaxial (ab); face adaxial (ad); calota de Þbras (cf); epiderme (ep); ßoema (f); xilema (x). E – detalhe de um feixe vascular da nervura principal, em
secção transversal: ßoema (f); Þbroesclereídes (fb); lacuna do protoxilema (lp); xilema (x). F – detalhe de porção do aerênquima na região da nervura
principal, em secção transversal: ducto secretor (ds); espaço intercelular (ei).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 779

ca

Figura 3 – Aspectos microscópicos de Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schltdl.) Micheli


______________

Complemento da legenda da Figura 3. As escalas correspondem em A e B a 200 —m; em C, D e E a 100 —m.

A a D – secções transversais do pecíolo. A – detalhe de porção do pecíolo: aerênquima (ae); espaço intercelular (ei); epiderme (ep); feixe vascular (fv).
B – detalhe de porção do pecíolo, na região do aerênquima, evidenciando um feixe vascular: ducto secretor (ds); lacuna do protoxilema (lp). C – detalhe
de um feixe vascular, na região central do pecíolo: ducto secretor (ds); ßoema (f); Þbroesclereíde (fb); lacuna do protoxilema (lp); xilema (x). D – detalhe
das trabéculas do pecíolo: célula braciforme (cb). E – detalhe parcial do aerênquima em secção longitudinal: epiderme (ep); feixe vascular (fv).
780 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

CIANOCOBALAMINA SOLUÇÃO CICLOPIROX OLAMINA


INJETÁVEL Ciclopirox olaminum

Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 115,0% da


quantidade declarada de C63H88CoN14O14P.

IDENTIFICAÇÃO

c O espectro de absorção no ultravioleta e no visível (5.2.14),


na faixa de 300 nm a 550 nm, da solução amostra obtida
no Doseamento, exibe máximos de absorção idênticos aos
observados no espectro da solução padrão. A razão entre os C12H17NO2.C2H7NO; 268,35
valores de absorvância medidos em 361 nm e 550 nm está ciclopirox olamina; 09336
compreendida entre 3,15 e 3,40. 6-Cicloexil-1-hidroxi-4-metil-2(1H)-piridinona com
2-aminoetanol (1:1)
[41621-49-2]
CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. Contém, no mínimo, 97,5% e, no máximo, 101,5% de
C12H17NO2.C2H7NO, em relação à substância dessecada.
pH (5.2.19). 4,5 a 7,0.
DESCRIÇÃO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Características físicas. Pó cristalino branco ou amarelo
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. pálido.
Endotoxinas Bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,4 UE/ Solubilidade. Pouco solúvel em água, muito solúvel em
mg de cianocobalamina. etanol e cloreto de metileno, levemente solúvel em acetato
de etila, praticamente insolúvel em cicloexano.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume da A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
solução injetável equivalente a 0,3 mg de cianocobalamina amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
para balão volumétrico e diluir em água até concentração máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de 0,003% (p/v). Preparar solução padrão nas mesmas de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
condições. Medir as absorvâncias das soluções em 361 nm, observados no espectro de ciclopirox olamina SQR,
utilizando água para ajuste do zero. Calcular a quantidade preparado de maneira idêntica.
de C63H88CoN14O14P na solução injetável a partir das
leituras obtidas. B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254
como suporte, e mistura de amônia 13,5 M, água e etanol
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO (10:15:75) como fase móvel. Preparar duas placas. Aplicar,
separadamente, à cada placa, 10 ȝL de cada uma das
Em recipiente de dose simples de vidro tipo I, à temperatura
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
ambiente e protegido da luz.
Solução (1): dissolver 25 mg da amostra em metanol e
ROTULAGEM diluir em balão volumétrico de 10 mL utilizando o mesmo
solvente.
Observar a legislação vigente.
Solução (2): dissolver 25 mg de ciclopirox olamina SQR
em metanol e diluir em balão volumétrico de 10 mL
utilizando o mesmo solvente.

Antes de desenvolver o cromatograma, lavar as placas


pela passagem da mistura de 10 volumes de amônia 13,5
M, 15 volumes de água e 75 volumes de etanol. A mistura
deve migrar até o topo da placa. Deixar as placas secarem
em temperatura ambiente durante 5 minutos. Desenvolver
os cromatogramas. Remover a placa, deixar secar ao ar
durante 10 minutos. Para uma das placas, examinar sob
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 781

luz ultravioleta (254 nm). A mancha principal obtida com mL e 126 —g/mL, utilizando tampão fosfato pH 7,2, estéril,
a Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade como solvente.
àquela obtida com a Solução (2). Nebulizar a placa com
cloreto férrico a 1% (p/v) em metanol. A mancha principal Procedimento: adicionar 8 mL de meio de cultura número
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e 19, inoculado à 1% com a suspensão padronizada do micro-
intensidade àquela obtida com a Solução (2). Para a outra organismo, em cada placa, esperar solidiÞcar e proceder
placa, nebulizar com ninidrina SR e aquecer até 110 °C conforme descrito em Ensaio microbiológico por difusão
até o aparecimento das manchas. A mancha principal em ágar (5.5.3.3.1). Calcular a potência da amostra em —g
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e de ciclopirox olamina por miligrama, a partir da potência
intensidade àquela obtida com a Solução (2). do padrão e das respostas obtidas com a Solução padrão e

ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 8,0 a 9,0. Determinar em solução aquosa a
com a Solução amostra.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ca
1% (p/v). Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No


ROTULAGEM
máximo 0,001% (10 ppm).
Observar a legislação vigente.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra Dessecar em estufa sob forte vácuo. No máximo
1,5%. CLASSE TERAPÊUTICA
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. Antifúngico.
No máximo 0,1%.

DOSEAMENTO CICLOPIROX OLAMINA SOLUÇÃO


TÓPICA
Empregar um dos métodos a seguir descritos.

A. Dissolver 0,2 g da amostra, previamente dessecada, Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
em 2 mL de metanol. Adicionar 38 mL de água, agitar e quantidade declarada de C12H17NO2.C2H7NO.
titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV. Determinar o
ponto potenciometricamente. Fazer o branco e efetuar as
correções necessárias. Determinar o fator de correção do IDENTIFICAÇÃO
hidróxido de sódio 0,1 M SV, utilizando 0,1 g de ácido O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
benzoico, previamente pesado e titular nas condições de 200 nm a 400 nm, de solução concentrada a 0,0008%
descritas acima. Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV (p/v) em metanol, exibe máximos e mínimos, idênticos aos
equivale a 26,84 mg de ciclopirox olamina (C12H17NO2. observados no espectro de solução similar de ciclopirox
C2H7NO). olamina SQR.
B. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
de antibióticos por difusão em ágar (5.5.3.3.1), utilizando CARACTERÍSTICAS
cilindros.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Micro-organismo: Candida albicans ATCC 10231.

Meios de cultura: solução Þsiológica estéril para TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


padronização do inóculo e meio de cultura número 19 para
a camada inoculada. Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Solução amostra: pesar, exatamente, o equivalente a 25 mg
da amostra e transferir para balão volumétrico de 25 mL Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
com auxílio de dimetilsulfóxido. Completar o volume com Cumpre o teste.
o mesmo solvente e homogeneizar. Diluir, sucessivamente,
até as concentrações de 56 —g/mL, 84 —g/mL e 126 —g/mL, DOSEAMENTO
utilizando tampão fosfato pH 7,2, estéril, como solvente.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Solução padrão: pesar, exatamente, o equivalente a 25 mg de
ciclopirox olamina SQR e transferir para balão volumétrico A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
de 25 mL com auxílio de dimetilsulfóxido. Completar o de antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar,
volume com o mesmo solvente e homogeneizar. Diluir, utilizando cilindros.
sucessivamente, até as concentrações de 56 —g/mL, 84 —g/
Micro-organismo: Candida albicans ATCC 10231.
782 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Meios de cultura: solução Þsiológica estéril para Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das
padronização do inóculo e meio número 19 para a camada Soluções amostra e padrão resultantes após o processo
inoculada. de derivatização, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular o teor de C12H17NO2.C2H7NO
Tampão fosfato pH 7,2, estéril: juntar 250 mL de fosfato na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
de potássio monobásico 0,2 M e 175 mL de hidróxido de padrão e a Solução amostra.
sódio 0,2 M. Completar o volume a 1000 mL. Esterilizar a
solução por 20 minutos em autoclave a 121 °C.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução amostra: transferir, com auxílio de pipeta

c
volumétrica, o equivalente a 25 mg de ciclopirox Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
olamina para balão volumétrico de 25 mL com auxílio
de dimetilsulfóxido. Completar o volume com o mesmo ROTULAGEM
solvente e homogeneizar. Diluir, sucessivamente, até
as concentrações de 56 —g/mL, 84 —g/mL e 126 —g/mL, Observar a legislação vigente.
utilizando Tampão fosfato pH 7,2, estéril como diluente.

Solução padrão: pesar, exatamente, o equivalente a 25 mg de CIMETIDINA


ciclopirox olamina SQR e transferir para balão volumétrico
Cimetidinum
de 25 mL com auxílio de dimetilsulfóxido. Completar o
volume com o mesmo solvente e homogeneizar. Diluir,
sucessivamente, até as concentrações de 56 —g/mL, 84 —g/
mL e 126 —g/mL, utilizando Tampão fosfato pH 7,2, estéril
como diluente.

Procedimento: adicionar 8 mL de meio número 19,


inoculado a 1% com a suspensão padronizada do micro-
organismo, em cada placa, esperar solidiÞcar e proceder
conforme descrito em Ensaio microbiológico por difusão C10H16N6S; 252,34
em ágar (5.5.3.3.1). Calcular a quantidade, em —g de cimetidina; 02073
ciclopirox olamina na amostra, a partir da potência do N-Ciano-N’-metil-N”-[2-[[(4-metil-1H-imidazol-5-il)
padrão e das respostas obtidas para as Soluções padrão e metil]tio]etil]guanidina
amostra. [51481-61-9]

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido C10H16N6S, em relação à substância dessecada.
de detector ultravioleta a 300 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano DESCRIÇÃO
capeada (5 —m), mantida a temperatura de 30 °C; ßuxo da Características físicas. Pó branco ou quase branco.
Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, solúvel em
Fase móvel: mistura de acetonitrila e água (50:50). etanol e praticamente insolúvel em cloreto de metileno e
Solução amostra: transferir o equivalente a 25 mg de em éter etílico. Solúvel em ácidos minerais diluídos.
cilopirox olamina para balão volumétrico de 25 mL. Diluir Constantes físico-químicas.
com dimetilsulfóxido e completar o volume com o mesmo
solvente. Faixa de fusão (5.2.2): 139 °C a 144 °C. Se necessário,
dissolver a substância em álcool isopropílico, evaporar até
Solução padrão: transferir 25 mg de ciclopirox olamina secura e determinar novamente a faixa de fusão.
SQR para balão volumétrico de 25 mL. Diluir com
dimetilsulfóxido e completar o volume com o mesmo
solvente. IDENTIFICAÇÃO

Procedimento de derivatização: transferir, separadamente, O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
2 mL de Solução padrão para tubo de ensaio de 10 mL. realizados os testes B. e C.
Adicionar 1 mL de hidróxido de sódio 0,1 M e 0,2 mL de
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
sulfato de dimetila. Agitar em vórtex. Colocar em banho-
amostra, dessecada a 105 °C, até peso constante, e dispersa
maria a 37 °C, por 15 minutos. Acrescentar 0,2 mL de
em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
trietilamina. Agitar em vórtex. Diluir a solução resultante
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
com Fase móvel, até a concentração de 40 —g/mL. Repetir
o mesmo procedimento para 2 mL de Solução amostra.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 783

mesmas intensidades relativas daqueles observados no Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
espectro de cimetidina SQR, preparada de maneira idêntica. máximo 0,002% (20 ppm).

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
de 200 nm a 400 nm, de uma solução 0,0005% (p/v) em amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, até peso constante.
ácido clorídrico 0,1 M exibe máximo em 221 nm, idêntico No máximo 0,5%.
ao observado no espectro de solução similar de cimetidina
SQR. Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,2 %.
C. Proceder conforme descrito em Substâncias

ca
Relacionadas. A mancha principal obtida com a Solução
DOSEAMENTO
(2) é similar em posição, cor e tamanho àquela obtida com
a Solução (6). Empregar um dos métodos descritos a seguir.
D. Dissolver cerca de 1 mg da amostra em mistura de 1 A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio
mL de etanol absoluto e 5 mL de solução de ácido cítrico não aquoso (5.3.3.5). Dissolver, exatamente, cerca de 0,2
a 2% (p/v) em anidrido acético, recentemente preparada. g da amostra em 60 mL de anidrido acético. Titular com
Aquecer em banho-maria durante 10 a 15 minutos. ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o ponto Þnal
Desenvolve-se coloração violeta-avermelhada. potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
SV equivale a 25,234 mg de C10H16N6S.
ENSAIOS DE PUREZA B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 250 mm de
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de amônia 13,5 comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
M, metanol e acetato de etila (15:20:65), como fase móvel. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Saturar a cuba, por 15 minutos, com o vapor da fase móvel. —m), ßuxo da Fase móvel de 1,2 mL/minuto.
Aplicar separadamente, à placa, 5 —L de cada uma das
Fase Móvel: misturar 200 mL de metanol, 0,3 mL de ácido
soluções descritas a seguir.
fosfórico e completar o volume para 1000 mL com água.
Solução (1): dissolver 0,5 g da amostra em 10 mL de
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
metanol.
da amostra em uma parte de metanol e quatro partes de água,
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 10 mL com obtendo solução a 0,4 mg/mL. Deixar no ultrassom por 15
metanol. minutos. Realizar diluições sucessivas até concentração de
8 —g/mL, utilizando Fase móvel como diluente.
Solução (3): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com
metanol e diluir 20 mL desta solução para 100 mL com Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
metanol. de cimetidina SQR em uma parte de metanol e quatro
partes de água, de modo a obter uma solução a 0,1 mg/
Solução (4): diluir 5 mL da Solução (3) para 10 mL com mL. Diluir com Fase móvel, de modo a obter solução a 8
metanol. —g/mL.

Solução (5): diluir 5 mL da Solução (4) para 10 mL com A eÞciência da coluna não deve ser menor que 1000 pratos
metanol. teóricos/metro. O desvio padrão relativo das áreas de
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.
Solução (6): dissolver 10 mg de cimetidina SQR em 2 mL
de metanol. Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar em e medir a área sob os picos. Calcular a quantidade de
corrente de ar, deixar sob vapor de iodo até obter o máximo C10H16N6S na amostra a partir das respostas obtidas para a
contraste das manchas e examinar sob luz ultravioleta (254 Solução padrão e a Solução amostra.
nm). Qualquer mancha secundária obtida com a Solução
(1) (5%) não é mais intensa que a mancha principal obtida
com a Solução (3) (0,001%) e, no máximo, duas manchas EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
podem ser mais intensas que a mancha principal obtida com
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
a Solução (4) (0,0005%). Para que o ensaio seja válido, o
cromatograma obtido com a Solução (5) deve apresentar
mancha nitidamente visível. ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.

CLASSE TERAPÊUTICA
Anti-histamínico H2.
784 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

adicionar 50 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Agitar por 30


CIMETIDINA COMPRIMIDOS minutos e completar o volume com o mesmo solvente.
Filtrar. Realizar diluições sucessivas até concentração de
0,0005% (p/v), utilizando ácido clorídrico 0,1 M como
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da solvente. Preparar solução padrão nas mesmas condições.
quantidade declarada de C10H16N6S. Medir as absorvâncias das soluções em 221 nm, utilizando
ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a
quantidade de C10H16N6S nos comprimidos, a partir das
IDENTIFICAÇÃO
leituras obtidas.

c
O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método
da monograÞa de Cimetidina. Preparar a Solução amostra
A. de Doseamento, exibe máximo em 221 nm, idêntico ao
como descrito a seguir.
observado no espectro de solução similar de cimetidina
SQR. Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade de pó equivalente a 40 mg de
CARACTERÍSTICAS cimetidina para balão volumétrico de 100 mL, adicionar
20 mL de metanol e deixar em ultrassom por 15 minutos.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Completar o volume com água, homogeneizar e Þltrar.
Realizar diluições sucessivas até concentração de 8 —g/mL,
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. utilizando Fase móvel como solvente.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
e medir a área sob os picos. Calcular a quantidade de
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. C10H16N6S nos comprimidos a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Meio de dissolução: água, 900 mL
Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente e
Aparelhagem: cesta, 100 rpm protegidos da luz.
Tempo: 15 minutos
ROTULAGEM
Procedimento: retirar alíquota do meio de dissolução,
Þltrar e, se necessário, diluir com ácido sulfúrico 0,1 M Observar a legislação vigente.
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das
soluções em 218 nm (5.2.14), utilizando ácido sulfúrico
0,1 M para ajuste do zero. Calcular a quantidade de CIMETIDINA SOLUÇÃO INJETÁVEL
cimetidina (C10H16N6S) dissolvida no meio, comparando
com as leituras obtidas com a da solução de cimetidina
SQR, na concentração de 0,0005% (p/v) preparada no Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
mesmo solvente. quantidade declarada de C10H16N6S. Cimetidina solução
injetável é uma solução estéril de cloridrato de cimetidina
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade em água para injetáveis.
declarada de C10H16N6S se dissolvem em 15 minutos.
IDENTIFICAÇÃO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
A. Diluir a solução injetável, sucessivamente, em ácido
Contagem do número total de micro-organismos clorídrico 0,1 M, de modo a obter concentração de 0,0005%
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. (p/v) de cimetidina. Utilizar cloridrato de cimetidina SQR
e o mesmo solvente, para preparar solução na mesma
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). concentração de cimetidina. O espectro de absorção no
Cumpre o teste. ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 nm a 400 nm, exibe
máximos e mínimos somente nos mesmos comprimentos
DOSEAMENTO de onda observados no espectro da solução de cloridrato
de cimetidina SQR.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20 corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente a
0,1 g de cimetidina para balão volumétrico de 200 mL,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 785

C. A solução injetável responde às reações do íon cloreto Procedimento: injetar, separadamente, 50 —L da Solução
(5.3.1.1). padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C10H16N6S
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
CARACTERÍSTICAS
padrão e a Solução amostra.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 3,8 a 6,0. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Em recipiente de dose simples de vidro tipo I, à temperatura

ca
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA ambiente e protegido da luz.

Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Utilizar o Método


de Þltração em membrana ou o Método de inoculação ROTULAGEM
direta em meio de cultura. Observar a legislação vigente.
Endotoxinas Bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,5 EU/
mg de cloridrato de cimetidina.
CIPROFLOXACINO SOLUÇÃO
INJETÁVEL
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de quantidade declarada de C17H18FN3O3. Ciproßoxacino
absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir um volume solução injetável é uma solução de ciproßoxacino em água
da solução injetável equivalente a 0,1 g de cimetidina para injetáveis, em solução de glicose a 5% (p/v) ou de
para balão volumétrico de 200 mL, completar o volume cloreto de sódio a 0,9% (p/v), preparada com ácido láctico.
com ácido clorídrico 0,1 M e homogeneizar. Diluir
sucessivamente com o mesmo solvente até concentração IDENTIFICAÇÃO
de 0,0005% (p/v). Preparar solução padrão na mesma
concentração e no mesmo solvente, utilizando cloridrato Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
de cimetidina SQR. Medir as absorvâncias das soluções camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
em 221 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste como suporte, e mistura de cloreto de metileno, metanol,
do zero. Calcular a quantidade de C10H16N6S na solução hidróxido de amônio e acetonitrila (4:4:2:1), como fase

saturada por 15 minutos em atmosfera de amônia, 10 PL de


injetável a partir das leituras obtidas. móvel. Aplicar, separadamente, à placa, previamente

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido cada uma das soluções recentemente preparadas, descritas
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido a seguir.
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada Solução (1): diluir volume da solução injetável em água
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3 de forma a obter concentração de cerca de 0,05% (p/v) de
—m a 10 —m); ßuxo da Fase móvel de 2,0 mL/minuto. ciproßoxacino.

Fase móvel: transferir 200 mL de metanol e 0,3 mL de ácido Solução (2): solução de cloridrato de ciproßoxacino SQR
fosfórico para balão volumétrico de 1000 mL, completar em água na concentração de 0,05% (p/v) de ciproßoxacino.
com água, homogeneizar e Þltrar.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Solução amostra: transferir volume da solução injetável secar ao ar e examinar sob luz ultravioleta (254 nm e
equivalente a 0,25 g de cloridrato de cimetidina para balão 336 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1)
volumétrico de 100 mL, completar o volume com Fase corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
móvel e homogeneizar. Transferir 1 mL dessa solução para com a Solução (2).
balão volumétrico de 200 mL, completar o volume com
Fase móvel e homogeneizar.
CARACTERÍSTICAS
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
Determinação do volume (5.1.2). Cumpre o teste.
de cloridrato de cimetidina SQR em mistura de água e
metanol (80:20) para obter solução a 0,5 mg/mL. Transferir pH (5.2.19). 3,5 a 4,6.
2,5 mL dessa solução para balão volumétrico de 100 mL,
completar o volume com Fase móvel e homogeneizar.
ENSAIOS DE PUREZA
A eÞciência da coluna determinada para o pico do analito
não é menor que 1000 pratos teóricos. O fator de retenção Limite de impureza ciprofloxacino etilenodiamina.
não é menor que 0,6. O desvio padrão relativo das áreas Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento.
de replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.
786 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Calcular a porcentagem de impureza, a partir do O valor obtido esta entre 4,75 e 5,25 g de C6H12O6.H2O por
cromatograma obtido com a Solução amostra, segundo a 100 mL de solução injetável.
expressão:
Limite de cloreto de sódio. Transferir 10 mL da
solução injetável para erlenmeyer, diluir com água até
aproximadamente 150 mL, adicionar 1,5 mL de cromato
em que de potássio SR, e titular com nitrato de prata 0,1 M SV.
0,7 = fator de resposta entre a impureza e o ciproßoxacino; Cada mL de nitrato de prata equivale a 5,844 mg de cloreto
de sódio. O valor obtido esta entre 85,5 mg e 94,5 mg.
Ri = resposta do pico da impureza;

c
Rc = resposta do pico de ciproßoxacino.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
No máximo 0,5%.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre com o teste. Usar o
Limite de ácido láctico. Proceder conforme descrito em método de Þltração por membrana.
CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 1,76 UE/
208 nm; coluna de 300 mm de comprimento e 7,8 mm de mL de ciproßoxacino.
diâmetro interno, empacotada com resina de troca iônica

sulfonado na forma hidrogenada (7 —m a 11 Pm), mantida


constituída de copolímero de estireno-divinilbenzeno DOSEAMENTO
a 40 °C; ßuxo da Fase móvel de 0,6 mL/minuto. Empregar um dos métodos descritos a seguir.

Fase móvel: mistura de ácido sulfúrico 0,0025 M e A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
acetonitrila (85:15). de absorção no ultravioleta (5.2.14). Diluir a solução
injetável, em água, de modo a obter concentração de cerca
Solução amostra: utilizar a solução injetável não diluída. de 0,0004% (p/v) de ciproßoxacino. Utilizar cloridrato
de ciproßoxacino SQR para preparar solução padrão,
Solução padrão: solução a 0,8 mg/mL de lactato de sódio
utilizando o mesmo solvente. As soluções devem ser
SQR em água.
mantidas ao abrigo da luz. Medir as absorvâncias das
A eÞciência da coluna não deve ser menor que 5000 soluções resultantes em 272 nm, utilizando água para
pratos teóricos/metro. O desvio padrão relativo das áreas ajuste do zero. Calcular o teor de C17H18FN3O3 na amostra
de replicatas dos picos registrados não deve ser maior que a partir das leituras obtidas.
2,0%.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
amostra e da Solução padrão, registrar os cromatogramas de detector ultravioleta a 278 nm; coluna de 250 mm de

com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (3 Pm a


e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade, em comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada

10 Pm), mantida a temperatura de 30 °C; ßuxo da Fase


miligramas, de ácido láctico (C3H6O3) por mililitros da
solução injetável, segundo a expressão:
móvel de 1,5 mL/minuto.

previamente ajustado com trietilamina para 3,0 r 0,1 e


Fase móvel: mistura de ácido fosfórico 0,025 M, com pH

acetonitrila (87:13).
em que
Solução amostra: transferir volume da solução injetável
90,08 e 112,07 = massas moleculares do ácido láctico e do equivalente a 25 mg de ciproßoxacino para balão
lactato de sódio, respectivamente; volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase
C = concentração, em mg/mL, do lactato de sódio SQR; móvel.
Ra e Rp = respostas dos picos obtidos com a Solução
amostra e a Solução padrão, respectivamente. Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 30 mg de
cloridrato de ciproßoxacino SQR e transferir para balão
O valor obtido está entre 0,288 mg e 0,352 mg de C3H6O3 volumétrico de 100 mL, utilizando Fase móvel como
por mg de ciproßoxacino rotulado. solvente, para obter concentração de 0,25 mg/mL de
ciproßoxacino.
Limite de dextrose. Transferir 50 mL da solução injetável
para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar 0,2 mL de Solução de resolução: dissolver na Solução padrão
hidróxido de amônio 6 M, completar o volume com água e quantidade da impureza ciproßoxacino etileno-diamina
agitar. Determinar o ângulo de rotação (Į), em tubo de 200 SQR (cloridrato do ácido 1-ciclopropil-6-ßúor-1,4-diidro-
mm a 25 °C (5.2.8). A quantidade, em gramas, de dextrose 4-oxo-7-2[2-(amino]-3-quinolino carboxílico) para obter
(C6H12O6.H2O) em 100 mL de solução injetável é calculada solução a 0,25 mg/mL.
segundo a expressão:
A eÞciência da coluna não deve ser menor do que 10 000
pratos teóricos/metro. Os tempos de retenção relativos são
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 787

cerca de 0,7 para a impureza da Solução de resolução e 1,0 IDENTIFICAÇÃO


para o ciproßoxacino. A resolução entre o pico da impureza
e o do ciproßoxacino não é menor que 6. O desvio padrão A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é de 230 nm a 350 nm, da solução amostra a 0,1% (p/v) em
maior que 1,5%. água exibe máximo em 300 nm, idêntico ao observado

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL da Solução


no espectro de solução de cisplatina SQR preparada nas
mesmas condições.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
C17H18FN3O3 na amostra a partir das respostas obtidas com da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde

ca
a Solução padrão e a Solução amostra. àquele do pico principal da Solução padrão.

C. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico


de antibióticos (5.5.3.3.1), pelo método de difusão em
CARACTERÍSTICAS
ágar, utilizando cilindros. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Micro-organismo: Staphylococcus epidermidis ATCC pH (5.2.19). 3,5 a 6,5.
12228.

Meios de cultura: meio de cultura número 1, para ENSAIOS DE PUREZA


manutenção do micro-organismo; solução salina estéril,
para padronização do inóculo e meio de cultura número Limite de tricloroaminoplatinato. Proceder conforme
11, para a camada base e preparação do inóculo. descrito em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência
(5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector
Solução amostra: transferir volume da solução injetável ultravioleta a 209 nm; coluna de 250 mm de comprimento
contendo o equivalente a 20 mg de ciproßoxacino para e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica

troca aniônica, bases fortes, (10 Pm), mantida à temperatura


balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com água quimicamente ligada a grupos de amônio quaternário para

Pg/mL, 4 Pg/mL e 8 Pg/mL, utilizando Tampão fosfato de


e agitar. Diluir, sucessivamente, até as concentrações de 2
ambiente; ßuxo de Fase móvel de 2 mL/minuto.
potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente.
Fase móvel: preparar solução de sulfato de amônio a 0,04%
Solução padrão: pesar, o equivalente a 20 mg de (p/v) em água e, se necessário, ajustar pH entre 5,8 e 6,0.
ciproßoxacino SQR, transferir para balão volumétrico DesgaseiÞcar e Þltrar.

sucessivamente, até as concentrações de 2 Pg/mL, 4 Pg/


de 50 mL e completar o volume com água. Diluir,
Solução (1): diluir, se necessário, a solução injetável em
mL e 8 Pg/mL, utilizando Tampão fosfato de potássio 0,1 solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) de modo a obter
M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente. solução de cisplatina a 0,05% (p/v).

Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número Solução (2): diluir quantidade exatamente pesada de
11 em uma placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de tricloroaminoplatinato de potássio SQR em solução de
inóculo a 1% e proceder conforme descrito em Ensaio cloreto de sódio a 0,9% (p/v) de modo a obter uma solução
microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos de tricloroaminoplatinato a 0,0015% (p/v).

Injetar replicatas de 20 PL da Solução (2). A resolução entre


cilindros 0,1 mL das soluções recentemente preparadas.
Calcular a potência da amostra, em —g de ciproßoxacino por
o pico de cloreto de sódio e o pico de tricloroaminoplatinato
miligrama, a partir da potência do padrão e das respostas
não é inferior a 2,0. O desvio padrão relativo das áreas de
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
replicatas dos picos obtidos não é superior a 2,0%.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


(1) e da Solução (2) e registrar os cromatogramas. A área
Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente e sob o pico correspondente ao tricloroaminoplatinato obtida
protegidos da luz. no cromatograma da Solução (1) não é maior que a área
sob o pico principal obtido no cromatograma da Solução
(2) (3%).
ROTULAGEM
Limite de transplatina. Proceder conforme descrito em
Observar a legislação vigente.
CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de
CISPLATINA SOLUÇÃO INJETÁVEL
ligada a grupos de troca catiônica, ácidos fortes, (10 Pm),
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da mantida a temperatura de 45 ºC e ßuxo da Fase móvel a 2
quantidade declarada de Cl2H6N2Pt. mL/minuto por 30 minutos, a 0,5 mL/minuto por mais 30
minutos e novamente a 2 mL/minuto por 30 minutos.
788 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Fase móvel: preparar solução de fosfato de potássio de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 250 mm de

com sílica quimicamente ligada a grupos amina (10 Pm),


monobásico a 2,5% (p/v) em água e ajustar o pH a 3,2 com comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
ácido fosfórico. DesgaseiÞcar e Þltrar.
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de
Solução (1): solução de transplatina SQR a 0,005% (p/v) 1,5 mL/minuto.
em solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v).
Fase móvel: mistura de acetonitrila e água (90:10).
Solução (2): solução de tioureia a 0,5% (p/v) em água. DesgaseiÞcar e Þltrar.
Solução (3): solução de cisplatina SQR a 0,005% (p/v) em Solução (1): diluir, se necessário, a solução injetável em
solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v).

c
solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) de modo a obter
Solução (4): diluir, se necessário, a solução injetável em solução de cisplatina a 0,1% (p/v).
solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) de modo a obter Solução (2): solução de cisplatina SQR a 0,1% (p/v) em
solução de cisplatina a 0,05% (p/v). solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v).
Solução (5): transferir 10 mL de Solução (1) para um Solução (3): solução de cisplatina SQR a 0,05% (p/v) e de
balão volumétrico de 50 mL. Adicionar uma quantidade, transplatina SQR a 0,005% (p/v) em solução de cloreto de
exatamente pesada, de 25 mg de cisplatina SQR. Adicionar sódio a 0,9% (p/v).

Injetar 10 PL da Solução (3). A resolução entre cisplatina


25 mL de solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v), agitar
por 30 minutos e completar o volume com o mesmo

PL da Solução (2). O desvio padrão relativo das áreas não


solvente. e transplatina não é inferior a 3,5. Injetar replicatas de 10
Solução (6): misturar 5 mL de Solução (2) com 5 mL de é superior a 2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL da Solução


ácido clorídrico M e 10 mL de Solução (4). Aquecer a 60
ºC por uma hora e resfriar.
(1) e da Solução (2), registrar os cromatogramas e medir
Solução (7): misturar 5 mL de Solução (2) com 5 mL de as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de Cl2H6N2Pt
ácido clorídrico M e 10 mL de Solução (5). Aquecer a 60 na solução injetável a partir das respostas obtidas para a
ºC por uma hora e resfriar. Solução (1) e a Solução (2).
Solução (8): misturar 10 mL de Solução (1) com 10 mL de
Solução (3). Aquecer a 60 ºC por uma hora e resfriar. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Injetar replicatas de 10 PL da Solução (7) e da Solução Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz. Não deve
(8). A eÞciência da coluna, determinada para o pico ser refrigerado.
correspondente a transplatina no cromatograma da Solução
(7), não é menor que 2500 pratos teóricos. Os tempos
de retenção para transplatina e cisplatina, obtidos no ROTULAGEM
cromatograma da Solução (8), são de aproximadamente 5
Observar a legislação vigente..
minutos e 9 minutos, respectivamente. Se necessário, fazer
ajustes na composição da Fase móvel e re-condicionar
a coluna. A resolução entre cisplatina e transplatina, no
cromatograma da Solução (8), não é inferior a 1,7. O desvio
CITRATO DE LÍTIO
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos obtidos Lithii citras
do padrão de transplatina no cromatograma da Solução (7)
não é superior a 2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL da Solução


(6) e da Solução (7) e registrar os cromatogramas. A
área sob o pico correspondente a transplatina obtida no
cromatograma da Solução (6) não é maior que a área sob o C6H5Li3O7; 209,92
pico obtida no cromatograma da Solução (7) (2%). C6H5Li3O7.4H2O; 281,98
citrato de lítio; 09575
Sal de lítio do ácido 2-hidroxi-1,2,3-propanotricarboxílico
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
(3:1)
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. [919-16-4]
Sal de lítio do ácido 2-hidroxi-1,2,3-propanotricarboxílico
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 2,0 UE/ hidratado (3:1:4)
mg de cisplatina. [6080-58-6]

Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de


DOSEAMENTO C6H5Li3O7, em relação à substância anidra.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 789

DESCRIÇÃO Água (5.2.20.1). Determinar em 0,1 g da amostra, deixando


em agitação por 15 minutos antes de iniciar a titulação. De
Características físicas. Pó Þno cristalino branco ou quase 24,0% a 27,0%.
branco.

Solubilidade. Facilmente solúvel em água, pouco solúvel DOSEAMENTO


em etanol.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 80 mg da
IDENTIFICAÇÃO amostra em 50 mL de ácido acético glacial, aquecer até

ca
aproximadamente 50 ºC e esfriar. Adicionar 0,25 mL de
A. Responde às reações do íon citrato (5.3.1.1).
1-naftolbenzeína SI e titular com ácido perclórico 0,1 M
B. Diluir 3 mL da solução obtida em Aspecto da solução SV até viragem do indicador de amarelo para verde. Cada
em 10 mL de água. Adicionar 3 mL de periodato férrico de mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 6,997 mg de
potássio SR. Deve ser formado um precipitado branco ou C6H5Li3O7.
branco-amarelado.

C. Quando umedecido com ácido clorídrico e submetido à EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


chama não luminosa, desenvolve coloração vermelha. Em recipientes bem fechados.

ENSAIOS DE PUREZA ROTULAGEM


Aspecto da solução. Pesar 10 g da amostra e dissolver em Observar a legislação vigente.
água isenta de dióxido de carbono. Diluir para 100 mL com
o mesmo solvente. A solução obtida é límpida (5.2.25) e
incolor (5.2.12). CLASSE TERAPÊUTICA

Acidez ou alcalinidade. A 10 mL da solução obtida em Antidepressivo


Aspecto da solução adicionar 0,1 mL de fenolftaleína SI.
Não é necessário mais que 0,2 mL de ácido clorídrico 0,1
M ou 0,2 mL de hidróxido de sódio 0,1 M para promover a CITRATO DE POTÁSSIO
viragem do indicador. Kalli citras
Carbonatos. Adicionar, exatamente, cerca de 0,5 g da
amostra em 5 mL de ácido acético 6 M. É produzida uma
leve efervescência.

Oxalatos. Pesar 0,5 g da amostra e dissolver em 4 mL de


água, adicionar 3 mL de ácido clorídrico e 1 g de zinco C6H5K3O7; 306,39
granulado e aquecer em banho-maria por 1 minuto. Deixar C6H5K3O7.H2O; 324,41
em repouso por 2 minutos, decantar o líquido para um tubo citrato de potássio; 02181
de ensaio contendo 0,25 mL de cloridrato de fenilidrazina citrato de potássio monoidratado; 09373
a 1% (p/v) e aquecer até ebulição. Resfriar rapidamente, Sal de potássio do ácido 2-hidroxi-1,2,3-
transferir para uma proveta e adicionar igual volume de propanotricarboxílico (3:1)
ácido clorídrico e 0,25 mL de ferricianeto de potássio SR. [866-84-2]
Agitar e deixar em repouso durante 30 minutos. Nenhuma Sal de potássio do ácido 2-hidroxi-1,2,3-
coloração rosa desenvolvida é mais intensa que a do padrão propanotricarboxílico hidratado (3:1:1)
preparado em paralelo da mesma maneira utilizando 4 mL de [6100-05-6]
ácido oxálico 0,005% (p/v). No máximo 0,03% (300 ppm).

Cloretos (5.3.2.1). Pesar 3,55 g de amostra e completar o Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
volume para 40 mL com água. Proceder conforme descrito C6H5K3O7, em relação à substância dessecada.
em Ensaio limite para cloretos. No máximo 0,01% (100
ppm). DESCRIÇÃO
Sulfatos (5.3.2.2). Pesar 2,4 g de amostra e completar o Características físicas. Pó granuloso, branco ou cristais
volume para 40 mL com água. Proceder conforme descrito incolores.
em Ensaio limite para sulfatos. No máximo 0,05% (500
ppm). Solubilidade. Muito solúvel em água, praticamente
insolúvel em etanol.
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g da amostra em 2
mL de ácido clorídrico 0,1 M e diluir para 25 mL com água.
No máximo 0,001% (10 ppm).
790 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

IDENTIFICAÇÃO em banho-maria a 90 °C por 1 hora. Resfriar rapidamente.


A coloração da solução não é mais intensa do que a da
A. A solução obtida em Aspecto da solução responde às mistura de 75 mL da Solução padrão de cor SC F (5.2.12)
reações do íon potássio (5.3.1.1). e 25 mL de ácido clorídrico a 1% (p/v) ou a mistura de
15 mL da Solução padrão de cor SC O e 85 mL de ácido
B. A solução obtida em Aspecto da solução responde às
clorídrico a 1% (p/v).
reações do íon citrato (5.3.1.1).
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
ENSAIOS DE PUREZA amostra. Dessecar em estufa a 180 °C por 4 horas. Entre
3% e 6%.

c Aspecto da solução. Dissolver 10 g da amostra em água


isenta de dióxido de carbono e completar para 100 mL com
o mesmo solvente. A solução obtida é límpida (5.2.25) e
incolor (5.2.12).
DOSEAMENTO
Dissolver, aproximadamente, 0,2 g da amostra, exatamente
pesada, em 25 mL de ácido acético glacial. Titular com
Alcalinidade. A solução, de 1 g da amostra em 20 mL
ácido perclórico 0,1 M SV, utilizando duas gotas de cloreto
de água, é alcalina ao papel de tornassol. Adicionar à
de metilrosanilínio SI (cristal violeta) como indicador, até
solução 0,2 mL de ácido sulfúrico 0,05 M e uma gota de
viragem para verde. Realizar ensaio em branco e fazer as
fenolftaleína SI. A solução não adquire coloração rosa.
correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
Oxalatos. Dissolver 0,5 g da amostra em 4 mL de água, SV equivale a 10,213 mg de C6H5K3O7.
adicionar 3 mL de ácido clorídrico, 1 g de zinco granulado e
aquecer em banho-maria por 1 minuto. Deixar em repouso EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
por 2 minutos, transferir o sobrenadante para tubo contendo
0,25 mL de cloreto de fenilidrazina a 1% (p/v) e aquecer Em recipientes bem fechados.
até ebulição. Resfriar rapidamente, transferir para frasco
graduado, adicionar o mesmo volume de ácido clorídrico
ROTULAGEM
e 0,25 mL de ferricianeto de potássio SR. Homogeneizar e
deixar em repouso por 30 minutos. Qualquer coloração rosa Observar a legislação vigente.
produzida não é mais intensa do que a de preparação padrão
obtida nas mesmas condições, utilizando 4 mL de ácido
oxálico a 0,005% (p/v). No máximo 0,03% (300 ppm). CLASSE TERAPÊUTICA

Sódio. Proceder conforme descrito em Espectrometria de Antiurolítico, antiácido.


emissão atômica (5.2.13.2). Dissolver 1 g da amostra em
água e diluir para 100 mL com o mesmo solvente. Preparar
a solução padrão utilizando solução padrão de sódio (200 CITRATO DE SÓDIO
ppm Na). Diluir se necessário. Medir a intensidade de Natrii citras
emissão em 589 nm. No máximo 0,3% (3000 ppm).

Tartarato. Em tubo de ensaio, adicionar 1 g de amostra,


1,5 mL de água e 1 mL de ácido acético 6 M. Arranhar a
parede do tubo com bastão de vidro. Não ocorre formação
de precipitado cristalino. C6H5Na3O7; 258,07
Cálcio (5.3.2.7). Diluir 5 mL da solução obtida em C6H5Na3O7.2H2O; 294,10
Aspecto da solução para 15 mL com ácido acético diluído citrato de sódio; 02182
e prosseguir conforme descrito em Ensaio limite para citrato de sódio di-hidratado; 02183
cálcio. Preparar a solução padrão utilizando mistura de Sal de sódio do ácido 2-hidroxi-1,2,3-propanotricarboxílico
5 mL da Solução padrão de cálcio (10 ppm) e 10 mL de (3:1)
água. No máximo 0,01% (100 ppm). [68-04-2]
Sal de sódio do ácido 2-hidroxi-1,2,3-propanotricarboxílico
Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 7 g da amostra. No hidratado (3:1:2)
máximo 0,005% (50 ppm). [6132-04-3]

Ferro (5.3.2.4). Utilizar 10 mL da solução obtida em Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
Aspecto da solução. No máximo 0,002% (20 ppm). C6H5Na3O7, em relação à substância dessecada.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Dissolver
2 g em 25 mL de água e prosseguir conforme descrito DESCRIÇÃO
em Ensaio limite para metais pesados, não havendo a
necessidade de ajustar o pH. No máximo 0,001% (10 ppm). Características físicas. Pó cristalino branco ou cristais
brancos inodoros.
Substâncias facilmente carbonizáveis. A 0,2 g da amostra
pulverizada, adicionar 10 mL de ácido sulfúrico e aquecer
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 791

Solubilidade. A forma hidratada é facilmente solúvel


em água e muito solúvel em água fervente; insolúvel em CLARITROMICINA
etanol. Clarithromycinum

IDENTIFICAÇÃO
A. Uma solução 1:20 responde ao teste para o íon sódio
(5.3.1.1).

B. Uma solução 1:20 responde ao teste para o íon citrato


(5.3.1.1).

C. Após incineração, resulta em resíduo alcalino que


efervesce quando tratado com ácido clorídrico diluído.
ca
ENSAIOS DE PUREZA
Acidez ou alcalinidade. Uma solução de 1 g da amostra
em 20 mL de água é alcalina ao papel de tornassol, mas
após a adição de 0,2 mL de ácido sulfúrico 0,05 M, não se
produz cor rosa por uma gota de fenolftaleína SI.

Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g da amostra em 25


mL de água. No máximo 0,001% (10 ppm). C38H69NO13; 747,95
claritromicina; 02200
Tartarato (5.3.1.1). Dissolver 1 g da amostra em 2 mL de 6-O-Metileritromicina
água, adicionar 1 mL de acetato de potássio SR e 1 mL de [81103-11-9]
ácido acético 6 M. Atritar a parede do tubo com um bastão
de vidro; não se forma precipitado cristalino. Contém, no mínimo, 96,0% e, no máximo, 102,0% de
C38H69NO13, em relação à substância anidra.
Perda por dessecação (5.2.9). Dessecar a 180 ºC por 18
horas. Para a forma anidra, no máximo, 1% e, para a forma
hidratada, no máximo entre 10% e 13%. DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
DOSEAMENTO branco, inodoro.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 350 mg de em acetona, ligeiramente solúvel em acetonitrila e pouco
amostra, previamente dessecados, transferir para béquer solúvel em etanol absoluto e metanol. Pouco solúvel em
de 250 mL e dissolver em 100 mL de ácido acético tampões fosfato com pH entre 2,0 e 5,0.
glacial. Agitar até dissolver completamente. Titular com
ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o ponto Þnal Constantes físico-químicas.
potenciometricamente. Fazer branco para a correção
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): entre -87° e -97°, em
necessária. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale
relação à substância anidra. Determinar em solução a 1 %
a 8,602 mg de C6H5Na3O7.
(p/v) em clorofórmio, a 20 °C.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Faixa de fusão (5.2.2): 217 °C a 225 °C, com decomposição.

Em recipientes herméticos.
IDENTIFICAÇÃO

ROTULAGEM A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da


amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
Observar a legislação vigente. máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de claritromicina SQR, preparado
CLASSE TERAPÊUTICA
de maneira idêntica.
Alcalinizante sistêmico.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.
792 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA
CLARITROMICINA COMPRIMIDOS
pH (5.2.19). 7,5 a 10,0. Determinar em suspensão a 0,2%
(p/v) em mistura de água e metanol (19:1).
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método II. No máximo quantidade declarada de C38H69NO13. Os comprimidos
0,002% (20 ppm). podem ser revestidos.
Água (5.2.20). No máximo 2,0%.
IDENTIFICAÇÃO
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.

c Umedecer a amostra com 2 mL de ácido nítrico e cinco


gotas de ácido sulfúrico. No máximo 0,3%.

DOSEAMENTO
O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.

CARACTERÍSTICAS
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
de detector ultravioleta a 210 nm; coluna de 150 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
—m), mantida a temperatura de 50 °C; ßuxo da Fase móvel
de 1,0 mL/minuto. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Fase móvel: mistura de metanol e fosfato de potássio Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
monobásico 0,067 M (65:35). Ajustar o pH para 4,0
utilizando ácido fosfórico, se necessário. Procedimento para a uniformidade de conteúdo. Proceder
conforme descrito em Doseamento, utilizando a solução
Solução amostra: transferir 50 mg da amostra para balão descrita a seguir como Solução amostra. Transferir cada
volumétrico de 50 mL, acrescentar 35 mL de metanol, comprimido para balão volumétrico de 250 mL, adicionar
deixar em ultrassom por 30 minutos e completar o volume 100 mL de fosfato de potássio monobásico 0,067 M (se
com o mesmo solvente. Homogeneizar. Transferir 5 mL necessário, ajustar com ácido fosfórico, o pH para 4,0) e
dessa solução para balão volumétrico de 25 mL e completar aguardar desintegração total do comprimido. Acrescentar
o volume com a Fase móvel, obtendo solução a 0,2 mg/mL. 130 mL de metanol, deixar em ultrassom por 30 minutos.
Agitar, mecanicamente, por 30 minutos. Completar o
Solução padrão: transferir 50 mg de claritromicina SQR
volume com metanol, homogeneizar e Þltrar. Transferir
para balão volumétrico de 50 mL, acrescentar 35 mL de
volume equivalente a 5 mg da amostra para balão
metanol, deixar em ultrassom por 30 minutos e completar o
volumétrico de 25 mL e completar o volume com fase
volume com o mesmo solvente. Homogeneizar. Transferir
móvel.
5 mL dessa solução para balão volumétrico de 25 mL e
completar o volume com Fase móvel, obtendo solução a
0,2 mg/mL. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução Meio de dissolução: tampão acetato de sódio 0,1 M pH 5,0,
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e 900 mL
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de claritromicina
(C38H69NO13) por miligrama na amostra a partir do teor do Aparelhagem: pás, 50 rpm
padrão e das respostas obtidas com a Solução padrão e a
Tempo: 30 minutos
Solução amostra.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, em Fase móvel,
de modo a obter concentração de aproximadamente 0,02%
Em recipientes opacos, bem fechados e ao abrigo da luz. (p/v). Prosseguir conforme descrito em Doseamento.
Calcular a quantidade de C38H69NO13 dissolvida no meio,
a partir da potência da claritromicina SQR e das respostas
ROTULAGEM obtidas com a Solução padrão e Solução amostra.
Observar a legislação vigente. Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C38H69NO13 se dissolvem em 30 minutos.
CLASSE TERAPÊUTICA
Antimicrobiano.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 793

ENSAIOS DE PUREZA CARACTERÍSTICAS


Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
amostra. Dessecar em estufa à vácuo a 10 ºC, por 3 horas. Determinar no frasco do diluente.
No máximo 6%.
pH (5.2.19). 4,0 a 5,4. Determinar na suspensão
reconstituída conforme indicado no rótulo.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Determinar
Contagem do número total de micro-organismos no pó não reconstituído.
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste.
ENSAIOS DE PUREZA
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a vácuo a 60 ºC, por 3 horas.
ca
DOSEAMENTO No máximo 2%.
Proceder conforme descrito em Doseamento na monograÞa
de Claritromicina. Preparar a Solução amostra como DOSEAMENTO
descrito a seguir.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Transferir quantidade do pó equivalente a 50 mg de de detector ultravioleta a 210 nm; coluna de 150 mm de
claritromicina para balão volumétrico de 50 mL, adicionar comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
35 mL de metanol e deixar em ultrassom por 30 minutos. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
Agitar, mecanicamente, por 30 minutos. Completar o (5 —m), mantida a 50 ºC; ßuxo da Fase móvel de 1 mL/
volume com metanol. Homogeneizar e Þltrar. Transferir minuto.
5 mL dessa solução para balão volumétrico de 25 mL e
completar o volume com Fase móvel, obtendo solução a Fase móvel: mistura de metanol e fosfato de potássio
200 —g/mL. monobásico 0,067 M (60:40). Ajustar o pH para 3,5 com

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções


ácido fosfórico, se necessário.

padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as Solução amostra: reconstituir a suspensão como descrito
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C38H69NO13 no rótulo do produto. Transferir volume da suspensão
nos comprimidos a partir da potência da claritromicina equivalente a 0,5 g de claritromicina para balão
SQR e das respostas obtidas com a Solução padrão e volumétrico de 250 mL contendo 100 mL de fosfato de
Solução amostra. potássio monobásico 0,067 M. Agitar mecanicamente por
30 minutos. Acrescentar 130 mL de metanol e deixar em
ultrassom por 60 minutos, agitando regularmente. Esfriar à
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO temperatura ambiente. Completar o volume com metanol,
homogeneizar e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado para
Em recipientes opacos, bem fechados e ao abrigo da luz.
balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com a
Fase móvel.
ROTULAGEM
Solução padrão estoque: transferir 50 mg de claritromicina
Observar a legislação vigente. SQR para balão volumétrico de 25 mL, acrescentar 20
mL de metanol, deixar em ultrassom por 30 minutos e
completar o volume com o mesmo solvente, de modo a
CLARITROMICINA PÓ PARA obter solução a 2 mg/mL. Homogeneizar.
SUSPENSÃO ORAL Solução padrão: transferir 5 mL da Solução padrão
estoque para balão volumétrico de 25 mL e completar o
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 115,0% da volume com a Fase móvel. Homogeneizar.
quantidade declarada de C38H69NO13. Pode conter agentes A eÞciência da coluna, determinada a partir das respostas
dispersantes, diluentes, conservantes e aromatizantes. obtidas para a claritromicina, não é menor que 750 pratos
teóricos/coluna. O fator de cauda está compreendido entre
IDENTIFICAÇÃO 1,0 e 1,7 e o fator de capacidade está compreendido entre
2,5 e 6,0. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas
O tempo de retenção do pico principal do cromatograma dos picos registrados não deve ser maior que 2,0%.
da Solução amostra, obtida no Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão. Procedimento: injetar, separadamente, 50 —L das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C38H69NO13 na
794 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

suspensão oral reconstituída a partir das respostas obtidas ENSAIOS DE PUREZA


com a Solução padrão e a Solução amostra.
pH (5.2.19). 5,5 a 8,0. Determinar em solução a 1% em
água isenta de dióxido de carbono.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Em recipientes opacos, bem fechados e ao abrigo da luz. em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
ROTULAGEM 230 nm; coluna de 100 mm de comprimento e 4,6 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente

c
Observar a legislação vigente. ligada a grupo octadecilsilano (5 —m), mantida a
temperatura 40 °C; ßuxo da Fase móvel de 1 mL/minuto.

Eluente A: dissolver 7,8 g de fosfato de sódio monobásico


CLAVULANATO DE POTÁSSIO
em 900 mL de água. Ajustar o pH em 4,0 com ácido
Kalli clavulanas fosfórico, completar o volume para 1000 mL com água e
homogeneizar.

Eluente B: mistura de metanol e Eluente A (50:50).

Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente


descrito na tabela a seguir:

Tempo Eluente A Eluente B


Eluição
(minutos) (%) (%)
C8H8KNO5; 237,25 0–4 100 0 isocrática
clavulanato de potássio; 00137
4 – 15 100 ĺ 50 0 ĺ 50 gradiente linear
Sal de potássio do ácido (2R,3Z,5R)-3-(2-hidroxietilideno)-
15 – 18 50 50 isocrática
7-oxo-4-oxa-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-carboxílico
18 – 24 50 ĺ 100 50 ĺ 0 gradiente linear
(1:1)
[61177-45-5] 24 – 39 100 0 isocrática
Solução (1): solução da amostra a 10 mg/mL, em Eluente A.
Contém, no mínimo, 75,5% e, no máximo, 92,0% de ácido
clavulânico (C8H9NO5), em relação à substância anidra. Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com
Eluente A.
DESCRIÇÃO Solução (3): dissolver 10 mg de clavulanato de lítio SQR
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase e 10 mg de amoxicilina tri-hidratada SQR em Eluente A e
branco, higroscópico. completar o volume para 100 mL com o mesmo solvente.

Solubilidade. Muito solúvel em água, ligeiramente solúvel Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L de cada
em etanol e pouco solúvel em acetona. solução. Registrar os cromatogramas e medir as áreas sob
os picos. A soma das áreas sob todos os picos secundários
Constantes físico-químicas obtidos com a Solução (1), exceto a do pico principal, não
é maior que o dobro da área sob o pico principal, obtido
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +53° a +63°, em relação com a Solução (2) (2,0%) e a área sob nenhum pico é
à substância anidra. Determinar em solução a 2% (p/v) em maior que aquela do pico principal obtido com a Solução
água isenta de dióxido de carbono. (2) (1,0%). Desconsiderar os picos com área inferior a 0,05
vezes a área sob o pico principal obtido com a Solução (2)
IDENTIFICAÇÃO (0,05%). O teste somente será válido se o cromatograma
obtido com a Solução (3) apresentar resolução entre os
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da picos de clavulanato e amoxicilina de, no mínimo, 13.
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos Limite de aminas alifáticas. Proceder conforme descrito
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles em CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo
observados no espectro de clavulanato de potássio SQR, provido de detector de ionização de chamas; coluna
preparado de maneira idêntica. capilar de 50 m de comprimento e 0,53 mm de diâmetro
interno, preenchida com polidifenildimetilsiloxano, com
espessura do Þlme de 5 ȝm; temperatura da coluna de 35
qC nos primeiros 7 minutos, 35 °C a 150 °C de 7 minutos
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa

a 10,8 minutos, e 150 qC de 10,8 minutos a 25,8 minutos;


de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,1% (p/v) em tampão

temperatura do injetor 200 qC; temperatura do detector


fosfato pH 7,0, exibe máximo em 278 nm. A absorvância

250 qC; utilizar hélio como gás de arraste; ßuxo do gás de


em 278 nm é de aproximadamente 0,40.

C. Responde às reações do íon potássio (5.3.1.1). arraste de 8,0 mL/minuto.


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 795

Solução de padrão interno: dissolver 50 —L de 3-metil-2- com ácido fosfórico ou hidróxido de sódio 10 M, completar
pentanona em água e diluir para 100 mL com o mesmo o volume para 1000 mL com água e homogeneizar.
solvente.
Fase móvel: mistura de Tampão pH 4,4 e metanol (95:5).
Solução amostra: transferir 1 g da amostra para tubo de
centrífuga e adicionar 5 mL de Solução de padrão interno, Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 50 mg da
5 mL de hidróxido de sódio 2 M, 10 mL de água, 5 mL amostra e transferir para balão volumétrico de 200 mL.
de álcool isopropílico e 5 g de cloreto de sódio. Agitar Dissolver em água e completar o volume com o mesmo
vigorosamente durante 1 minuto e centrifugar para solvente.
separação das camadas.

ca
Solução padrão: solução de clavulanato de lítio SQR a
Solução padrão: dissolver 80 mg de cada uma 0,25 mg/mL em água.
das aminas: 1,1-dimetiletilamina, dietilamina, Solução de resolução: solução contendo clavulanato de
tetrametiletilenodiamina, 1,1,3,3-tetrametilbutilamina, lítio SQR a 0,25 mg/mL e amoxicilina tri-hidratada SQR
N,N’-diisopropiletilenodiamina e 2,2’-oxibis(N,N- a 0,5 mg/mL em água.
dimetiletilamina) em ácido clorídrico 2 M e diluir para 200
mL com o mesmo solvente. Transferir 5 mL da solução Injetar replicatas de 20 —L da Solução de resolução. A
obtida para tubo de centrífuga e adicionar 5 mL de Solução eÞciência da coluna não é menor que 550 pratos teóricos.
de padrão interno, 10 mL de hidróxido de sódio 2 M, Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,5 para ácido
5 mL de álcool isopropílico e 5 g de cloreto de sódio. clavulânico e 1,0 para amoxicilina. O fator de cauda não
Agitar vigorosamente durante 1 minuto e centrifugar para é maior que 1,5. A resolução entre ácido clavulâncio e
separação das camadas. amoxicilina não é menor que 3,5. O desvio padrão relativo
das áreas de replicatas dos picos registrados não é maior
Injetar, separadamente, 1 —L das camadas superiores que 2,0%.
da Solução padrão e da Solução amostra. O tempo de
retenção de 3-metil-2-pentanona é de aproximadamente Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
11,4 minutos. Os tempos de retenção relativos padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
das aminas em relação a 3-metil-2-pentanona são e medir a área sob os picos. Calcular o teor de ácido
cerca de 0,55 para 1,1-dimetiletilamina, 0,76 para clavulânico (C8H9NO5) na amostra a partir das respostas
dietilamina, 1,07 para tetrametiletilenodiamina, 1,13 obtidas com a Solução padrão e com a Solução amostra.
para 1,1,3,3-tetrametilbutilamina, 1,33 para N,N’-
diisopropiletilenodiamina e 1,57 para 2,2’-oxibis(N,N-
dimetiletilamina). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Procedimento: injetar, separadamente, 1 —L das camadas Em recipientes herméticos, protegidos da luz, em


superiores da Solução padrão e da Solução amostra, temperatura entre 2 °C e 8 °C.
registrar os cromatogramas e medir as áreas sob os picos.
No máximo 0,2% de aminas alifáticas. CLASSE TERAPÊUTICA
Água (5.2.20.1). Determinar em 1 g da amostra. No Inibidor de beta-lactamase.
máximo 1,5%.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA CLOFAZIMINA


Clofaziminum
Quando for indicado no rótulo que a substância é estéril ou
quando essa for destinada para a produção de preparações
parenterais, a amostra cumpre com o teste.

Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,03 UI/


mg de clavulanato de potássio.

DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m), mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
de 1,6 mL/minuto.
C27H22Cl2N4; 473,40
Tampão pH 4,4: dissolver 7,8 g de fosfato de sódio clofazimina; 02268
monobásico em 900 mL de água. Ajustar o pH para 4,4 ± 0,1
796 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

N,5-Bis(4-clorofenil)-3,5-diidro-3-[(1-metiletil)imino]-2- Solução (4): diluir a Solução (2) em cloreto de metileno de


fenazinamina modo a obter solução a 0,1 mg/mL.
[2030-63-9]
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma
C27H22Cl2N4, em relação à substância dessecada.
com a Solução (1), diferente da mancha principal, não é
mais intensa que aquela obtida com a Solução (2) (1,0%).
DESCRIÇÃO O somatório das intensidades das manchas secundárias
obtidas no cromatograma com a Solução (1) não ultrapassa

c
Características físicas. Pó cristalino vermelho escuro, 2,0%.
inodoro.
Metais pesados (5.3.2.3). Proceder conforme descrito em
Solubilidade. Insolúvel em água, solúvel em acetona, Método IV. No máximo 0,001% (10 ppm).
clorofórmio, éter etílico e pouco solúvel em etanol.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
Constantes físico-químicas. amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 3 horas. No
máximo 0,5 %.
Faixa de fusão (5.2.2): 217 °C a 219 °C.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
IDENTIFICAÇÃO No máximo 0,1%.

A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da


DOSEAMENTO
solução da amostra a 5% (p/v) em cloreto de metileno,
dispersa em brometo de potássio, apresenta máximos de Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e aquoso (5.3.3.5). Dissolver, exatamente, cerca de 0,3 g da
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados amostra, previamente dessecada, em 5 mL de clorofórmio.
no espectro de clofazimina SQR, preparado de maneira Aquecer com cuidado, se necessário. Adicionar 20 mL
idêntica. de acetona e 5 mL de ácido acético glacial. Titular com
ácido perclórico 0,1 M SV e determinar o ponto Þnal
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
potenciometricamente. Realizar ensaio em branco e fazer
de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em ácido
as correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1
clorídrico metanólico 0,1 M exibe máximos e mínimos
M SV equivale a 47,340 mg de C27H22Cl2N4.
somente nos mesmos comprimentos de onda de solução
similar de clofazimina SQR.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
C. A mancha principal do cromatograma da Solução (1),
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em Em recipientes bem fechados.
posição e cor àquela obtida com a Solução (2).
ROTULAGEM
ENSAIOS DE PUREZA
Observar a legislação vigente.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
CLASSE TERAPÊUTICA
sílica-gel HF254, como suporte, e mistura de cloreto de
metileno e n-propanol (10:1), como fase móvel. Expor a Hansenostático.
placa a vapores de amônia por 30 minutos imediatamente
antes do uso, suspendendo a placa numa cuba contendo
camada superÞcial de aproximadamente 25 mL de solução CLONAZEPAM COMPRIMIDOS
recém-preparada de amônia a 1% (v/v), impedindo
que a placa entre em contato com o líquido. Aplicar,
separadamente, à placa, 5 —L de cada uma das soluções, Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 110,0% da
recentemente preparadas, descritas a seguir. quantidade declarada de C15H10ClN3O3.

Solução (1): dissolver quantidade, exatamente pesada, da


amostra em cloreto de metileno de modo a obter solução IDENTIFICAÇÃO
a 50 mg/mL.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, quantidade do pó equivalente a 10 mg de clonazepam para
de clofazimina SQR em cloreto de metileno, para obter funil de separação de 125 mL. Adicionar 25 mL de água,
solução a 0,5 mg/mL. agitar por 2 minutos e extrair com duas porções de 40 mL
de clorofórmio. Filtrar os extratos orgânicos utilizando
Solução (3): diluir a Solução (2) em cloreto de metileno de sulfato de sódio anidro, combiná-los e evaporar a
modo a obter solução a 0,25 mg/mL. temperatura ambiente, com auxílio de ßuxo de nitrogênio.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 797

Lavar o resíduo em três porções de 10 mL de hexano. O sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de acetato de etila

separadamente, à placa, 25 PL de cada uma das soluções,


espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo, e tetracloreto de carbono (1:1) como fase móvel. Aplicar,
disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e recentemente preparadas, descritas a seguir.
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
no espectro de clonazepam SQR, preparado de maneira Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar
idêntica. por 1 minuto, quantidade de pó equivalente a 10 mg de
clonazepam em 20 mL de acetona. Filtrar e evaporar até a
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma secura. Dissolver o resíduo em 0,5 mL de acetona.
da Solução amostra, obtido no Doseamento, corresponde

ca
àquele do pico principal da Solução padrão. Solução (2): preparar solução de 3-amino-4-(2-clorofenil)-
6-nitroquinolin-2(1H)-ona SQR a 0,2 mg/mL em acetona.

CARACTERÍSTICAS Solução (3): preparar solução de (2-amino-5-nitrofenil)


(2-clorofenil) metanona SQR a 0,2 mg/mL em acetona.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. secar em corrente de ar seco e observar sob a luz ultravioleta
(254 nm). Nebulizar a placa com ácido sulfúrico a 10% (v/v)
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
e aquecer a 105 °C por 15 minutos. Nebulizar com nitrito
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. de sódio a 0,1% (p/v) e secar sob corrente de ar quente.
Nebulizar com sulfamato de amônio a 0,5% (p/v) e secar
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. sob corrente de ar quente. Quaisquer manchas obtidas no
cromatograma com a Solução (1), diferente da principal,
não são mais intensas que àquelas obtidas com a Solução
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
(2). A diminuição da intensidade da ßuorescência na placa
Meio de dissolução: água, 900 mL é observada. A mancha principal obtida com a Solução (1)
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
Aparelhagem: pás, 75 rpm com as Soluções (2) e (3).
Tempo: 60 minutos
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido Contagem do número total de micro-organismos
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
—m), mantida à temperatura de 25 °C; ßuxo da Fase móvel Cumpre o teste.
de 1,0 mL/min.
DOSEAMENTO
Fase móvel: mistura de água, metanol e acetonitrila
(40:30:30) Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Solução amostra: após realização do teste, utilizar alíquotas
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
do meio de dissolução.
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
de clonazepam SQR em metanol, de modo a obter solução (5Pm); ßuxo da Fase móvel de 0,6 mL/minuto.
a 0,05 mg/mL. Diluir sucessivamente com meio de
Tampão fosfato de amônia: transferir 6,6 g de fosfato de
dissolução de modo a obter concentração similar àquela
amônio dibásico para balão volumétrico de 1000 mL e
obtida nas cubas de dissolução após o teste.
acrescentar 950 mL de água, ajustar pH para 8,0 com ácido
Procedimento: injetar, separadamente, 100 PL das fosfórico 0,33 M ou hidróxido de sódio M e completar o
Soluções padrão e amostra, registrar os cromatogramas volume com água.
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato de amônia, metanol
C15H10ClN3O3 dissolvida no meio a partir das respostas
e tetraidrofurano (60:52:13). Filtrar e degaseiÞcar.
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
Diluente: mistura de água, metanol e tetraidrofurano
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
(60:52:13)
declarada de C15H10ClN3O3 se dissolvem em 60 minutos.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
ENSAIO DE PUREZA Transferir quantidade de pó equivalente 5 mg de
clonazepam para balão volumétrico de 50 mL. Dissolver,
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em inicialmente, em 20 mL de metanol. Deixar em ultrassom
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
798 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

por 15 minutos e completar o volume com Diluente. pH (5.2.19). 3,6 a 4,1. Determinar em solução a 50% (v/v)
Homogeneizar e Þltrar. da amostra em água.

Solução padrão: transferir quantidade equivalente a 10 mg


de clonazepam SQR para um balão volumétrico de 100 mL. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Dissolver, inicialmente, em 75 mL de metanol. Deixar em
Contagem do número total de micro-organismos
ultrassom por aproximadamente 15 minutos. Completar o
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
volume com Diluente de modo a obter solução a 0,1 mg/
mL. Homogeneizar e Þltrar. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Solução
Cumpre o teste.

c padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e


medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H10ClN3O3
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Solução padrão e a Solução amostra.
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Doseamento da monograÞa
de Clonazepam comprimidos. Preparar a Solução amostra
como descrito a seguir.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução amostra: transferir para balão volumétrico de 50

de clonazepam de modo a obter solução de 100 Pg/mL.


Em recipientes bem fechados, de vidro âmbar e em mL, volume de solução oral contendo o equivalente a 5 mg
temperatura inferior a 25 °C.
Solubilizar, inicialmente, em 20 mL de metanol, levar em
ROTULAGEM banho de ultrassom por 15 minutos e completar o volume
com Diluente. Homogeneizar e Þltrar.

Procedimento: injetar, separadamente 20 PL da Solução


Observar legislação vigente.
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H10ClN3O3
CLONAZEPAM SOLUÇÃO ORAL
na solução oral a partir das respostas obtidas com a Solução
padrão e Solução amostra.
Contém, no mínimo, 95% e, no máximo, 115% da
quantidade declarada de C15H10ClN3O3. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, de vidro âmbar e em
IDENTIFICAÇÃO
temperatura inferior a 25 °C.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, ROTULAGEM
como suporte, e mistura de tolueno, acetato de etila e

separadamente, à placa, 10 PL de cada uma das soluções,


ácido fórmico anidro (60:40:5) como fase móvel. Aplicar, Observar legislação vigente.

recentemente preparadas, descritas a seguir.


CLOPIDOGREL COMPRIMIDOS
Solução (1): em tubo de centrífuga, diluir 2 mL da
amostra com 10 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Adicionar
1 g de cloreto de sódio e agitar até a dissolução, por Comprimidos de bissulfato de clopidogrel contêm o
aproximadamente 2 minutos. Adicionar 5 mL de acetato equivalente a, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
de etila, agitar 3 minutos e centrifugar por mais 3 minutos. quantidade declarada de C16H16ClNO2S.
Utilizar a fase orgânica.

Solução (2): dissolver 20 mg de clonazepam SQR em 20 IDENTIFICAÇÃO


mL de acetato de etila.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar faixa de 250 nm a 300 nm, da solução amostra obtida
secar em corrente de ar seco por 10 minutos e observar sob em Procedimento para uniformidade de conteúdo, exibe
a luz ultravioleta (254 nm). A diminuição da intensidade máximos de absorção no mesmo comprimento de onda da
da ßuorescência na placa é observada. A mancha principal solução padrão.
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e
intensidade àquela obtida com a Solução (2). B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.
CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 799

Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. cerca de 30 mL de metanol. Deixar em ultrassom por 5
minutos. Agitar mecanicamente por 30 minutos e completar
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. o volume com metanol. Homogeneizar e Þltrar. Transferir
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. 5 mL dessa solução para balão volumétrico de 50 mL e
completar o volume com metanol. Homogeneizar.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Solução padrão: pesar, exatamente, o equivalente a 25 mg
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir de clopidogrel, transferir para balão volumétrico de 25 mL.
cada comprimido para balão volumétrico de 50 mL. Dissolver em 5 mL de metanol, com auxílio de banho de
Adicionar 30 mL de ácido clorídrico 0,1 M e deixar ultrassom, se necessário. Completar o volume com metanol
em ultrassom durante 5 minutos, completar o volume
com o mesmo solvente e Þltrar. Transferir 5 mL dessa
solução para balão volumétrico de 50 mL e completar o
volume com o mesmo solvente. Filtrar com Þltro de 0,45
—m de porosidade. Preparar solução padrão na mesma
e homogeneizar. Transferir 5 mL dessa solução para balão
volumétrico de 50 mL e completar o volume com metanol.
Homogeneizar.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução


ca
concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir as padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
absorvâncias das soluções resultantes em 270 nm (5.2.14), e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. C16H16ClNO2S nos comprimidos a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Meio de dissolução: tampão de ácido clorídrico pH 2,0,
1000 mL Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente.

Aparelhagem: pás, 50 rpm ROTULAGEM


Tempo: 30 minutos Observar a legislação vigente.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução, Þltrar imediatamente e diluir em tampão
de ácido clorídrico pH 2,0 até concentração adequada. CLORETO DE AMÔNIO
Medir as absorvâncias das soluções em 240 nm (5.2.14), Ammonii chloridum
utilizando tampão de ácido clorídrico pH 2,0 para ajuste do
zero. Calcular a quantidade de C16H16ClNO2S dissolvido
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução NH4Cl; 53,49
de bissulfato de clopidogrel SQR contendo o equivalente a cloreto de amônio; 02362
0,003% (p/v) de clopidogrel, preparada no mesmo solvente. Cloreto de amônio
[12125-02-9]
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C16H16ClNO2S se dissolvem em 30 minutos. Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
NH4Cl, em relação à substância dessecada.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
DESCRIÇÃO
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Características físicas. Pó cristalino branco ou cristais
incolores.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste. Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em
glicerol, ligeiramente solúvel em etanol.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido A. A solução a 0,1% (p/v) da amostra responde às reações
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna ovomucóide, de do íon amônio (5.3.1.1).
150 mm de comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno,
empacotada com sílica, mantida à temperatura ambiente; B. A solução a 0,1% (p/v) da amostra responde às reações
ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/min. do íon cloreto (5.3.1.1).

Fase móvel: mistura de fosfato monobásico de potássio 0,1


M e acetonitrila (75:25). ENSAIOS DE PUREZA

Solução amostra: pesar e pulverizar os comprimidos. Aspecto da solução. Dissolver 10 g da amostra em água e
Transferir quantidade do pó equivalente a 50 mg de completar para 100 mL com o mesmo solvente. A solução
clopidogrel para balão volumétrico de 50 mL. Adicionar obtida é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
800 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Acidez ou alcalinidade. A 10 mL da solução obtida em


Aspecto da solução, adicionar 0,05 mL de vermelho de CLORETO DE CÁLCIO
metila SI. Não mais do que 0,5 mL de ácido clorídrico 0,01 Calcii chloridum
M ou 0,5 mL de hidróxido de sódio 0,01 M é necessário
para promover a viragem do indicador.
CaCl2; 110,98
Brometos e iodetos. A 10 mL da solução obtida em CaCl2.2H2O; 147,01
Aspecto da solução adicionar 0,1 mL de ácido clorídrico cloreto de cálcio; 02369
e 0,05 mL de cloramina-T a 2% (p/v). Após 1 minuto, cloreto de cálcio di-hidratado; 02370
adicionar 2 mL de clorofórmio e misturar vigorosamente. Cloreto de cálcio

c A fase clorofórmica permanece incolor.

Tiocianato. AcidiÞcar 10 mL da solução obtida em Aspecto


da solução com ácido clorídrico e adicionar algumas gotas
de cloreto férrico a 9% (p/v). Não se desenvolve coloração
[10043-52-4]
Cloreto de cálcio di-hidratado
[10035-04-8]

vermelho-alaranjada. Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de


CaCl2.2H2O.
Cálcio (5.3.2.7). Diluir 5 mL da solução obtida em Aspecto da
solução com 10 mL de água. No máximo 0,02% (200 ppm).
DESCRIÇÃO
Ferro (5.3.2.4). Utilizar Método I. Diluir 5 mL de solução
Características físicas. Pó cristalino branco, higroscópico.
obtida em Aspecto da solução com 5 mL de água. Utilizar
Solução padrão de ferro (1 ppm Fe). No máximo 0,002% Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em
(20 ppm). etanol.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Determinar
em 20 mL da solução obtida em Aspecto da solução. No IDENTIFICAÇÃO
máximo 0,001% (10 ppm).
A. Dissolver 1 g da amostra em água isenta de dióxido de
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 8 g da amostra. No carbono e completar para 10 mL com o mesmo solvente. A
máximo 0,015% (150 ppm). solução obtida responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da B. Dissolver 1 g da amostra em água isenta de dióxido de
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No carbono e completar para 10 mL com o mesmo solvente. A
máximo 1,0%. solução obtida responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 2 g da amostra.


No máximo 0,1%. ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. Dissolver 10 g da amostra em água
DOSEAMENTO isenta de dióxido de carbono e completar para 100 mL com
o mesmo solvente. A solução obtida é límpida (5.2.25) e
Pesar, exatamente, cerca de 1 g da amostra, dissolver em não é mais corada que mistura de 5 mL da Solução padrão
20 mL de água e adicionar mistura de 20 mL de água e 5 de cor SC F (5.2.12) e 95 mL de ácido clorídrico a 1%
mL de solução de formaldeído, previamente neutralizada (p/v).
em presença de fenolftaleína SI. Após 1 a 2 minutos, titular
com hidróxido de sódio M SV, utilizando fenolftaleína SI Acidez ou alcalinidade. A 10 mL da solução obtida em
como indicador. Cada mL de hidróxido de sódio M SV Aspecto da solução, recentemente preparada, adicionar 0,1
equivale a 53,490 mg de NH4Cl. mL de fenolftaleína SI. Se a solução adquirir coloração
rosa, deve tornar-se incolor pela adição de, no máximo,
0,2 mL de ácido clorídrico 0,01 M. Se nenhuma coloração
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
aparecer, deve tornar-se rosa pela adição de, no máximo,
Em recipientes bem fechados. 0,2 mL de hidróxido de sódio 0,01 M.

pH (5.2.19). 4,5 a 9,2. Determinar em solução aquosa a


ROTULAGEM 5% (p/v).

Observar a legislação vigente. Bário. A 10 mL da solução obtida em Aspecto da solução


adicionar 1 mL de sulfato de cálcio SR. Após 15 minutos,
qualquer opalescência observada não é mais intensa do
CLASSE TERAPÊUTICA que a mistura de 10 mL da solução obtida em Aspecto da
AcidiÞcante sistêmico. solução e 1 mL de água.

Ferro, alumínio e fosfato. Dissolver 1 g da amostra em


20 mL de água. Adicionar duas gotas de ácido clorídrico
3 M e uma gota de fenolftaleína SI. Adicionar, gota a
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 801

gota, cloreto de amônio-hidróxido de amônio SR, até CLASSE TERAPÊUTICA


leve coloração rósea e adicionar duas gotas em excesso.
Aquecer a ebulição. Não ocorre turvação ou precipitação. Repositor eletrolítico. Pode ser usado como diurético,
acidiÞcante urinário e antialérgico.
Magnésio e metais alcalinos. Misturar 20 mL da solução
obtida em Aspecto da solução e 80 mL de água. Adicionar
2 g da amostra e 2 mL de amônia SR. Aquecer a ebulição e CLORETO DE CÁLCIO HEXAIDRATADO
adicionar solução a quente de 5 g de oxalato de amônio em Calcii chloridum hexahydricum
75 mL de água. Deixar em repouso por 4 horas, completar
para 200 mL com água e Þltrar. A 100 mL do Þltrado,

ca
adicionar 0,5 mL de ácido sulfúrico. Evaporar a secura em CaCl2.6H2O; 219,08
banho-maria e incinerar a 600 °C até peso constante. O cloreto de cálcio hexaidratado; 02371
peso do resíduo não deve ser superior a 5 mg. No máximo Cloreto de cálcio hexaidratado
0,5%. [7774-34-7]

Alumínio (5.3.2.10). A 10 mL da solução obtida em


Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de
Aspecto da solução, adicionar 2 mL de cloreto de amônio
CaCl2.6H2O.
SR, 1 mL de amônia SR e ferver a solução. Não ocorre
turvação ou precipitação. Se utilizado para a preparação
de soluções para diálise, dissolver 4 g da amostra em DESCRIÇÃO
100 mL de água. Adicionar 10 mL de tampão acetato pH
6,0 e proceder conforme descrito em Ensaio limite para Características físicas. Cristais incolores ou massa
alumínio. Utilizar como solução padrão mistura de 2 mL cristalina incolor.
de Solução padrão de alumínio (2 ppm Al), 10 mL de Solubilidade. Muito solúvel em água e etanol.
tampão acetato pH 6,0 e 98 mL de água. Para o branco
utilizar mistura de 10 mL de tampão acetato pH 6,0 e 100 Constantes físico-químicas.
mL de água. No máximo 0,0001% (1 ppm).
Temperatura de fusão (5.2.2): 30 °C.
Arsênio (5.3.2.5). Utilizar Método I. Determinar em 1 g da
amostra. No máximo 0,0003% (3 ppm).
IDENTIFICAÇÃO
Ferro (5.3.2.4). Utilizar Método I. Utilizar 10 mL da
solução obtida em Aspecto da solução. Utilizar solução A. Dissolver 15 g da amostra em água isenta de dióxido de
padrão de ferro (1 ppm Fe). No máximo 0,001% (10 ppm). carbono e completar o volume para 100 mL com o mesmo
solvente. A solução obtida responde às reações do íon
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 4 g da amostra. No cálcio (5.3.1.1).
máximo 0,03% (300 ppm).
B. A solução preparada de maneira idêntica à solução do
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. Utilizar 10 teste A. de IdentiÞcação responde às reações do íon cloreto
mL da solução obtida em Aspecto da solução. Preparar a (5.3.1.1).
solução padrão utilizando solução padrão de chumbo (2
ppm Pb). No máximo 0,002% (20 ppm). ENSAIOS DE PUREZA

DOSEAMENTO Aspecto da solução. Dissolver 15,0 g da amostra em água


isenta de dióxido de carbono e completar o volume para
Pesar, exatamente, cerca de 0,28 g da amostra, dissolver em 100 mL com o mesmo solvente. A solução obtida é límpida
100 mL de água e proceder conforme descrito em Titulação (5.2.25) e apresenta coloração menos intensa que a mistura
complexométrica para cálcio (5.3.3.4), utilizando 4 mL de de 5 mL da Solução padrão de cor SC F descrita em Cor
hidróxido de sódio 2 M. Cada mL de edetato dissódico 0,1 de líquidos (5.2.12).
M SV equivale a 14,702 mg de CaCl2.2H2O.
Acidez ou alcalinidade. A 10 mL da solução obtida em
Aspecto da solução, recentemente preparada, adicionar 0,1
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO mL de fenolftaleína SI. Se a solução adquirir coloração
rosa, deve tornar-se incolor pela adição de, no máximo,
Em recipientes bem fechados. 0,2 mL de ácido clorídrico 0,01 M. Se nenhuma coloração
aparecer, deve tornar-se rosa pela adição de, no máximo,
ROTULAGEM 0,2 mL de hidróxido de sódio 0,01 M.

Observar a legislação vigente. O rótulo deve indicar se Alumínio. A 10 mL da solução obtida em Aspecto da
pode ser utilizado na preparação de soluções para diálise. solução, adicionar 2 mL de cloreto de amônio SR, 1 mL
de hidróxido de amônio 6 M e ferver a solução, não ocorre
turvação ou precipitação. Se utilizado para a preparação
de soluções para diálise, dissolver 6 g da amostra em
100 mL de água, adicionar 10 mL de tampão acetato pH
802 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

6,0 e proceder conforme descrito em Ensaio limite pata Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
alumínio. Utilizar como solução padrão mistura de 2 mL C8H18ClNO2, em relação à substância dessecada.
de Solução padrão de alumínio (2 ppm), 10 mL de tampão
acetato pH 6,0 e 98 mL de água. Para o branco utilizar
DESCRIÇÃO
mistura de 10 mL de tampão acetato pH 6,0 e 100 mL de
água. No máximo 0,0001% (1 ppm). Características físicas. Pó cristalino branco ou cristais
brancos ou incolores; inodoro ou com leve odor; muito
Bário. A 10 mL da solução obtida em Aspecto da solução
higroscópico.
adicionar 1 mL de sulfato de cálcio SR. Após 15 minutos,
qualquer opalescência observada não é mais intensa do Solubilidade. Solúvel em água, facilmente solúvel em

c que a mistura de 10 mL da solução obtida em Aspecto da


solução e 1 mL de água.

Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 6 g da amostra e


proceder conforme descrito em Ensaio limite para sulfatos.
clorofórmio e etanol, insolúvel em éter etílico.

Constantes físico-químicas.

Faixa de fusão (5.2.2): Transferir 0,1 g da amostra para


No máximo 0,02% (200 ppm). um béquer de vidro e dissolver em 3 mL de clorofórmio.
Aquecer a 110 ºC por 1 hora. Determinar a faixa de fusão
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Utilizar 10 no pó aderido às paredes do béquer. Entre 170 ºC e 173 ºC.
mL da solução obtida em Aspecto da solução. Preparar a
solução padrão utilizando Solução padrão de chumbo (2
ppm). No máximo 0,002% (20 ppm). IDENTIFICAÇÃO
A. Dissolver 0,1 g da amostra em 2 mL de água e adicionar
DOSEAMENTO 3 mL de cloreto platínico SR. Ocorre formação de cristais
romboédricos com faixa de fusão entre 220 ºC e 225 ºC.
Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g da amostra, dissolver em
100 mL de água e proceder conforme descrito em Titulação B. Dissolver 10 mg da amostra em 100 mL de água. Para
complexométrica para cálcio (5.3.3.4), utilizando 4 mL de cada 1 mL dessa solução, adicionar 1 mL de etanol e 1 mL
hidróxido de sódio 2 M. Cada mL de edetato dissódico 0,1 de ácido sulfúrico. Aquecer lentamente até a percepção de
M SV equivale a 21,908 mg de CaCl2.6H2O. odor característico de acetato de etila.

C. Preparar uma solução 10% (p/v) da amostra. Em 5 mL


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO dessa solução, adicionar 2 g de hidróxido de potássio.
Aquecer lentamente até a percepção de odor característico
Em recipientes bem fechados.
de trimetilamina.

ROTULAGEM D. Preparar uma solução 2% (p/v) da amostra. Responde às


reações do íon cloreto (5.3.1.1).
Observar a legislação vigente. O rótulo deve indicar se
pode ser utilizado na preparação de soluções para diálise.
ENSAIOS DE PUREZA

CLASSE TERAPÊUTICA Cloreto de acetilcolina. Dissolver 10 mg da amostra em


100 mL de água. Para cada 2 mL dessa solução, adicionar
Repositor eletrolítico. Pode ser usado como diurético, 3 mL de solução de perclorato de sódio 20% (p/v), agitar
acidiÞcante urinário e antialérgico. e colocar sob banho de gelo por 5 minutos. Não ocorre
formação de precipitado.

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. No


CLORETO DE METACOLINA
máximo 0,002% (20 ppm).
Methacholini chloridum
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 4 horas. No
máximo 1,5%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


No máximo 0,1%.

DOSEAMENTO
C8H18ClNO2; 195,69
cloreto de metacolina; 02401 Pesar, exatamente, cerca de 0,4 g da amostra, previamente
Cloreto de 2-(acetiloxi)-N,N,N-trimetil-1-propanamínio dessecada, e dissolver em uma mistura de ácido acético
(1:1) glacial e acetato de mercúrio SR (50:10). Titular com ácido
[62-51-1] perclórico 0,1 M SV, utilizando cloreto de metilrosanilínio
SI como indicador, até coloração verde. Realizar ensaio em
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 803

branco e fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido repouso por 2 minutos. Adicionar 0,15 mL de tiossulfato
perclórico 0,1 M SV equivale a 19,569 mg de C8H18ClNO2. de sódio 0,1 M, homogeneizar e completar volume para 10
mL com água. A absorvância desta solução (5.2.14), em
590 nm, utilizando água para ajuste do zero, não é maior
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
que da solução padrão, preparada da mesma maneira,
Em recipientes bem fechados. utilizando 5 mL de brometo de potássio a 0,3% (p/v). No
máximo 0,005% (50 ppm).

ROTULAGEM Ferrocianetos. Dissolver 2 g da amostra em 6 mL de água.


Adicionar 0,5 mL da mistura de 5 mL de sulfato ferroso

ca
Observar a legislação vigente. amoniacal a 1% (p/v) em solução de ácido sulfúrico 0,05 M
e 95 mL de sulfato ferroso heptaidratado a 1% (p/v). Não
CLASSE TERAPÊUTICA se desenvolve coloração azul.

Colinérgico. Iodetos. Umedecer 5 g da amostra pela adição, gota a gota,


de mistura recém-preparada de 0,15 mL de nitrito de sódio
SR, 2 mL de ácido sulfúrico 0,05 M , 25 mL de amido
CLORETO DE SÓDIO SI e 25 mL de água. Após 5 minutos, não se desenvolve
coloração azul.
Natrii chloridum
Nitritos. Adicionar 10 mL de água a 10 mL da solução
descrita em Aspecto da solução. Medir a absorvância
NaCl; 58,44
(5.2.14) da solução a 354 nm. A absorvância não é maior
cloreto de sódio; 02421
que 0,01.
Cloreto de sódio
[7647-14-5] Potássio. Exigido para cloreto de sódio destinado à
preparação de soluções para uso parenteral ou soluções
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de para hemodiálise. Proceder conforme descrito em
NaCl, em relação à substância dessecada. Espectrometria de absorção atômica (5.2.13.1). Preparar
as soluções como descrito a seguir.
DESCRIÇÃO Solução amostra: dissolver 1 g da amostra em água e diluir
para 100 mL com o mesmo solvente.
Características físicas. Pó Þno, cristalino branco ou
cristais incolores. Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de cloreto de potássio, previamente dessecado entre 100 ºC
Solubilidade. Muito solúvel em água, praticamente
e 105 ºC, por 3 horas, para obter solução a 0,1144% (p/v)
insolúvel em etanol.
em água. Diluir se necessário.

IDENTIFICAÇÃO Medir a intensidade de emissão a 766,5 nm. No máximo


0,05% (500 ppm).
A. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
Alumínio (5.3.2.10). Exigido para cloreto de sódio
B. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1). destinado à preparação de soluções para hemodiálise.
Dissolver 20 g da amostra em 100 mL de água e adicionar
10 mL de tampão acetato pH 6,0. Prosseguir conforme
ENSAIOS DE PUREZA
descrito em Ensaio limite para alumínio. Utilizar mistura
Aspecto da solução. A solução a 20% (p/v) em água isenta de 2 mL da Solução padrão de alumínio (2 ppm), 10 mL
de dióxido de carbono é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12). de tampão acetato pH 6,0 e 98 mL de água como solução
padrão. Utilizar mistura de 10 mL de tampão acetato pH
Acidez ou alcalinidade. No máximo 0,5 mL de ácido 6,0 e 100 mL de água como branco. No máximo 0,00002%
clorídrico 0,01 M ou de hidróxido de sódio 0,01 M é gasto (0,2 ppm).
para neutralizar 20 mL da solução descrita em Aspecto da
solução, utilizando azul de bromotimol SI como indicador. Arsênio (5.3.2.5). Utilizar 5 mL da solução descrita em
Aspecto da solução. No máximo 0,0001% (1 ppm).
Bário. Adicionar a 5 mL da solução descrita em Aspecto
da solução, 5 mL de água e 1 mL de ácido sulfúrico M . Ferro (5.3.2.4). Utilizar 10 mL da solução descrita em
Após 15 minutos, qualquer opalescência observada não é Aspecto da solução. No máximo 0,0002% (2 ppm).
mais intensa que a mistura de 5 mL da solução descrita em
Fosfatos (5.3.2.11). Utilizar 2 mL da solução descrita em
Aspecto da solução e 7 mL de água.
Aspecto da solução e diluir com água para 100 mL com
Brometos. Adicionar a 0,5 mL da solução descrita em água. No máximo 0,0025% (25 ppm).
Aspecto da solução, 4 mL de água, 2 mL de vermelho
Magnésio e metais alcalino terrosos (5.3.2.9). Utilizar 10
de fenol SR e 1 mL de cloramina-T a 0,01% (p/v),
g da amostra. O volume de edetato dissódico 0,01 M SV
recentemente preparada. Homogeneizar e deixar em
804 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

utilizado não é maior que 2,5 mL. No máximo 0,01% (100 Metais pesados (5.3.2.3). Transferir volume da solução
ppm), calculados como cálcio. injetável equivalente a 1 g de cloreto de sódio para recipiente
adequado, se necessário evaporar para volume de 20 mL.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Determinar Adicionar 2 mL de ácido acético M e completar o volume
em 12 mL da solução descrita em Aspecto da solução. No para 25 mL com água. Prosseguir conforme descrito no
máximo 0,0005% (5 ppm). Método I, porém, utilizar apenas 1 mL da Solução padrão
de chumbo (10 ppm Pb) em Preparo do padrão e em
Sulfatos (5.3.2.2). Utilizar 3 mL da solução descrita em
Preparo do tubo controle. No máximo 0,001% (10 ppm).
Aspecto da solução. No máximo 0,025% (250 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de

c
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No
máximo 0,5%. Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.

Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,5 UE/


DOSEAMENTO mL se a quantidade declarada de cloreto de sódio for entre
0,5% e 0,9%, e no máximo 3,6 UE/mL se a quantidade
Dissolver, exatamente, cerca de 50 mg da amostra em água
declarada de cloreto de sódio for entre 3,0% e 24,3%.
e completar o volume para 50 mL com o mesmo solvente.
Titular com nitrato de prata 0,1 M SV, determinando o
ponto Þnal potenciometricamente. Cada mL de nitrato de DOSEAMENTO
prata 0,1 M SV equivale a 5,844 mg de NaCl.
Transferir volume da solução injetável contendo o
equivalente a 90 mg de cloreto de sódio para erlenmeyer.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Adicionar água, se necessário, para obter volume de 10
mL. Adicionar 10 mL de ácido acético glacial e 75 mL de
Em recipientes bem fechados.
metanol. Titular com nitrato de prata 0,1 M SV. Determinar
o ponto Þnal utilizando eosina Y SI como indicador, até
ROTULAGEM aparecimento de coloração rosa. Cada mL de nitrato de
prata 0,1 M SV equivale a 5,844 de NaCl.
Observar a legislação vigente.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
CLASSE TERAPÊUTICA
Em recipientes de plástico ou vidro preferencialmente tipo
Repositor eletrolítico. I ou tipo II.

CLORETO DE SÓDIO SOLUÇÃO ROTULAGEM


INJETÁVEL Observar a legislação vigente.

Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da


quantidade declarada de NaCl. A solução não contém CLORETO DE ZINCO
agentes antimicrobianos. Zinci chloridum

IDENTIFICAÇÃO ZnCl2; 136,32


cloreto de zinco; 02433
A. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1). Cloreto de zinco
[7646-85-7]
B. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).

Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 100,5% de


CARACTERÍSTICAS ZnCl2.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
DESCRIÇÃO
pH (5.2.19). 4,5 a 7,0.
Características físico-químicas. Pó cristalino, branco ou
quase branco. Temperatura de fusão (5.2.2): em torno de
ENSAIOS DE PUREZA
318 ºC.
Ferro (5.3.2.4). Utilizar o Método III. Diluir 5 mL da
Solubilidade. Muito solúvel em água, facilmente solúvel
solução injetável para 45 mL com água, adicionar 2 mL de
em etanol e glicerol.
ácido clorídrico. No máximo 0,0002% (2 ppm).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 805

IDENTIFICAÇÃO IDENTIFICAÇÃO
A. Dissolver 0,5 g da amostra em ácido nítrico SR e diluir A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
para 10 mL com o mesmo solvente. Responde às reações do pó equivalente a 0,1 g de hidroclorotiazida para béquer
do íon cloreto (5.3.1.1). e dissolver em 50 mL de acetona. Filtrar e evaporar o
Þltrado até secura. Secar o resíduo a 105 °C por 1 hora. O
B. A 2 g da amostra adicionar 38 mL de água isenta de espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo
dióxido de carbono. Gotejar ácido clorídrico SR até seco, disperso em brometo de potássio, apresenta máximos
solubilização completa e diluir para 40 mL com água isenta de absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
de dióxido de carbono. Responde às reações do íon zinco com as mesmas intensidades relativas daqueles observados

ca
(5.3.1.1). no espectro de hidroclorotiazida SQR.

B. O tempo de retenção dos picos principais do


ENSAIOS DE PUREZA
cromatograma da Solução amostra, obtida em Doseamento,
pH (5.2.19). 4,6 a 5,5. Determinar em solução contendo 1 g correspondem àqueles dos picos principais da Solução
da amostra em 9 mL de água isenta de dióxido de carbono. padrão.

Alumínio, cálcio, metais pesados, ferro, magnésio. A 8


mL da solução obtida no teste B. de IdentiÞcação adicionar
CARACTERÍSTICAS
2 mL de solução concentrada de amônia e homogeneizar. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
A solução é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12). Adicionar
1 mL de fosfato de sódio dibásico dodecaidratado SR. A Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
solução permanece límpida por, no mínimo, 5 minutos.
Adicionar 0,2 mL de sulfeto de sódio SR. Produz-se Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
precipitado branco. O sobrenadante permanece incolor.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Sais de amônio. A 5 mL de solução da amostra a 10%
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
(p/v), adicionar hidróxido de sódio M até iniciar formação
de precipitado. Aquecer levemente. Não ocorre liberação
de odor de amônia. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 0,8 g da amostra em 10 mL de Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
água e prosseguir conforme descrito em Ensaio limite para
sulfatos. No máximo 0,03% (300 ppm). Aparelhagem: pás, 50 rpm

Tempo: 30 minutos
DOSEAMENTO
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
Dissolver 0,25 g da amostra em 5 mL de ácido acético dissolução e diluir, se necessário, com Meio de dissolução,
diluído. Proceder conforme descrito em Titulações até concentração adequada. Medir as absorvâncias das
complexométricas (5.3.3.4) para Zinco. Cada mL de edetato soluções em 363 nm para o cloridrato de amilorida e em 270
dissódico 0,1 M SV equivale a 13,632 mg de ZnCl2. nm para a hidroclorotiazida (5.2.14), utilizando o mesmo
solvente para o ajuste do zero. Calcular a quantidade de
C6H8ClN7O.HCl e de C7H8ClN3O4S2 dissolvidas no meio,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO comparando as leituras obtidas com as das soluções de
Em recipientes não metálicos bem fechados. cloridrato de amilorida SQR e hidroclorotiazida SQR de
concentrações conhecidas preparadas no mesmo solvente.

ROTULAGEM Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade


declarada de C6H8ClN7OÂHCl e 75% (Q) da quantidade
Observar a legislação vigente. declarada de C7H8ClN3O4S2 se dissolvem em 30 minutos.

CLASSE TERAPÊUTICA ENSAIOS DE PUREZA


Suplemento nutricional. Limite de metil 3,5-diamino-6-cloropirazina-2-
carboxilato. Proceder conforme descrito em CromatograÞa
em camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254,
CLORIDRATO DE AMILORIDA E como suporte, e mistura de dioxana e hidróxido de amônia
HIDROCLOROTIAZIDA COMPRIMIDOS 3 M (90:12), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
à placa, 10 —L de cada uma das soluções recentemente
preparadas, descritas a seguir:
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C6H8ClN7O.HCl e C7H8ClN3O4S2.
806 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (1): pulverizar os comprimidos e dissolver Solução padrão: dissolver 20 mg de cloridrato de


quantidade do pó equivalente a 17,5 mg de cloridrato de amilorida SQR em metanol e diluir para 20 mL com o
amilorida anidra em 10 mL de metanol e centrifugar. mesmo solvente. Transferir 10 mL dessa solução para
balão volumétrico de 100 mL contendo, exatamente, cerca
Solução (2): dissolver 1 mg de metil 3,5-diamino-6- de 100 mg de hidroclorotiazida SQR e 20 mL de metanol.
cloropirazina-2-carboxilato SQR em metanol e diluir para Adicionar 4 mL de ácido clorídrico M, completar o volume
100 mL com o mesmo solvente. com água e homogeneizar.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. Os
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). tempos de retenção relativos são cerca de 0,7 para a

c
Qualquer mancha correspondente ao metil 3,5-diamino-6- hidroclorotiazida e 1 para o cloridrato de amilorida. A
cloropirazina-2-carboxilato obtida no cromatograma com resolução entre hidroclorotiazida e cloridrato de amilorida
a Solução (1) não é mais intensa que aquela obtida com a não deve ser menor que 2,0. O desvio padrão relativo das
Solução (2). áreas de replicatas dos picos registrados não deve ser maior
que 2,0%.
Limite de 4-amino-6-cloro-1,3-benzenodissulfonamida.
Proceder conforme descrito em Doseamento. Preparar a Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução
Solução teste como descrito a seguir. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C6H8ClN7O.
Solução teste: dissolver 1 mg de 4-amino-6-cloro-1,3-
HCl e C7H8ClN3O4S2 na amostra a partir das respostas
benzenodissulfonamida SQR na fase móvel e diluir para
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
100 mL com o mesmo solvente.

Injetar, separadamente, 20 —L da Solução teste e 20 —L da EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Solução amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. A área sob o pico relativo à 4-amino- Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
6-cloro-1,3-benzenodissulfonamida obtido com a Solução
amostra, não é superior à área sob o pico principal obtido
com a Solução teste. No máximo 1,0%. ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos CLORIDRATO DE AMIODARONA
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Amiodaroni hydrochloridum
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.

DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 286 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada

Pm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel


com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 C25H29I2NO3.HCl; 681,77
cloridrato de amiodarona; 00700
de 1,0 mL/minuto. Cloridrato de (2-butil-3-benzofuranil)-[4-[2-(dietilamino)
etoxi]-3,5-diiodofenil]-metanona (1:1)
Tampão fosfato: dissolver 136 g de fosfato de potássio
[19774-82-4]
monobásico em 800 mL de água, ajustar o pH para 3,0 com
ácido fosfórico e completar o volume para 1000 mL com
água. Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
C25H29I2NO3.HCl, em relação à substância dessecada.
Fase móvel: mistura de água, metanol e Tampão fosfato
(71:25:4).
DESCRIÇÃO
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Características físicas. Pó Þno, cristalino, branco ou
Transferir quantidade do pó equivalente a 5 mg de
quase branco.
cloridrato de amilorida para balão volumétrico de 50 mL.
Adicionar 15 mL de metanol e 2 mL de ácido clorídrico Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, muito
M. Deixar em ultrassom por 10 minutos, homogeneizar e solúvel em cloreto de metileno, solúvel em metanol,
Þltrar. ligeiramente solúvel em etanol, muito pouco solúvel em
n-hexano.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 807

Constantes físico-químicas Solução (6): dissolver 10 mg de cloridrato de (2-cloroetil)


dietilamina em 50 mL de cloreto de metileno, obtendo
Faixa de fusão (5.2.2): 159 ºC a 163 ºC, com decomposição. solução a 0,2 mg/mL.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


IDENTIFICAÇÃO
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos intensa que aquela obtida com a Solução (4) (0,5%), e no
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles máximo uma mancha é mais intensa que aquela obtida
observados no espectro de cloridrato de amiodarona SQR,
preparado de maneira idêntica.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na


faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,002% (p/v) em
no cromatograma com a Solução (5) (0,25%). Nebulizar
a placa com iodobismutato de potássio SR, em seguida
com peróxido de hidrogênio a 3% (p/v) SR e examinar
imediatamente. Qualquer mancha correspondente
ao cloridrato de (2-cloroetil)dietilamina obtida no
ca
metanol, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos cromatograma com a Solução (1) não é mais intensa que
comprimentos de onda de solução similar de cloridrato de aquela obtida com a Solução (6) (0,2%).
amiodarona SQR.
Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme descrito
C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2), em CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em provido de detector de ionização de chamas; coluna de 30 m
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3). de comprimento e 0,25 mm de diâmetro interno, com fase
estacionária de 35% de difenilpolissiloxano (0,25 ȝm de
D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1). espessura); coluna operada com a seguinte programação:
40 °C por minuto, rampa de 40 °C a 200 °C com taxa de
ENSAIOS DE PUREZA aquecimento de 15 °C por minuto. Manter as temperaturas
do injetor e do detector a 250 °C, respectivamente; utilizar
Aspecto da solução. A solução a 5% (p/v) em metanol é hidrogênio como gás de arraste, com pressão de 85 kPa na
límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12). cabeça da coluna.
pH (5.2.19). 3,2 a 3,8. Determinar em solução preparada
como descrito a seguir. Dissolver 1,25 g da amostra em
água aquecida a 80 ºC. Resfriar e completar o volume para Solução (1): transferir 0,3 g da amostra e 5 mL de
25 mL com água. dimetilsulfóxido para frasco de amostragem tipo headspace
de 10 mL contendo 1 g de sulfato de sódio anidro.
Absorção de luz. A absorvância da solução a 0,002% (p/v)
em metanol, medida em 242 nm, está compreendida entre Solução (2): pesar 1 g de cloreto de metileno e diluir a
1,03 e 1,05. 0,02% (p/v) (200 ppm) com dimetilsulfóxido. Transferir
5 mL desta solução para frasco de amostragem tipo
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em headspace contendo 1 g de sulfato de sódio anidro.
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de ácido fórmico, Solução (3): pesar 1 g de tolueno e diluir a 0,02% (p/v)
metanol e cloreto de metileno (5:10:85), como fase móvel. com dimetilsulfóxido. Transferir 5 mL desta solução para
Aplicar, separadamente, à placa, 5 ȝL de cada uma das frasco de amostragem tipo headspace contendo 1 g de
soluções, recentemente preparadas e mantidas ao abrigo de sulfato de sódio anidro.
luz direta, descritas a seguir.
Tampar os frascos de amostragem tipo headspace com
Solução (1): dissolver 1 g da amostra em cloreto de tampa de politetraßuoretileno e lacre de alumínio. Aquecer
metileno e completar para 10 mL com o mesmo solvente, as amostras a 80 °C por 60 minutos.
obtendo solução a 100 mg/mL.
Procedimento: injetar 1 ȝL da fase vapor de cada solução,
Solução (2): diluir 0,5 mL da Solução (1) para 10 mL com registrar as áreas de cada pico. O tempo de retenção do
cloreto de metileno, obtendo solução a 5 mg/mL. tolueno é de aproximadamente 2,5 minutos; a resolução
entre os picos relativos ao cloreto de metileno e ao tolueno
Solução (3): dissolver 25 mg de cloridrato de amiodarona é superior a 2; o desvio padrão relativo das áreas de
SQR em cloreto de metileno e completar para 5 mL com o replicatas dos picos registrados, para ambos solventes, é
mesmo solvente, obtendo solução a 5 mg/mL. inferior a 15%. As áreas relativas ao cloreto de metileno e
tolueno na Solução (1) não são superiores às áreas para os
Solução (4): diluir 1 mL da Solução (2) para 10 mL com
padrões de cloreto de metileno da Solução (2) e tolueno da
cloreto de metileno, obtendo solução a 0,5 mg/mL.
Solução (3).
Solução (5): diluir 5 mL da Solução (4) para 10 mL com
Iodetos. Preparar, simultaneamente, as soluções descritas
cloreto de metileno, obtendo solução a 0,25 mg/mL.
a seguir.
808 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (1): adicionar 1,5 g da amostra a 40 mL de água ROTULAGEM


aquecida a 80 ºC e agitar até completa dissolução. Esfriar à
temperatura ambiente e diluir para 50 mL com água. Observar a legislação vigente.

Solução (2): a 15 mL da Solução (1), adicionar 1 mL de


ácido clorídrico 0,1 M, 1 mL de iodato de potássio 0,05 M e
CLASSE TERAPÊUTICA
diluir para 25 mL com água. Deixar em repouso, ao abrigo Antiarrítmico e antianginoso.
da luz, por 4 horas.

Solução (3): a 15 mL da Solução (1), adicionar 1 mL


CLORIDRATO DE AMITRIPTILINA

c
de ácido clorídrico 0,1 M, 1 mL de iodeto de potássio a
0,00882% (p/v), 1 mL de iodato de potássio 0,05 M e diluir Amitriptylini hydrochloridum
para 25 mL com água. Deixar em repouso, ao abrigo da
luz, por 4 horas.

Medir as absorvâncias da Solução (2) e da Solução (3) em


420 nm (V.2.14), utilizando, para o ajuste do zero, mistura
de 15 mL da Solução (1) e 1 mL de ácido clorídrico 0,1 M,
diluída para 25 mL com água. A absorvância da Solução (2)
não é maior que a metade da absorvância da Solução(3).
No máximo 0,015% (150 ppm).

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. No


máximo 0,002% (20 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da


C20H23N.HCl; 313,86
amostra. Dessecar, sob pentóxido de fósforo, em estufa a
cloridrato de amitriptilina; 00712
50 °C, sob pressão não superior a 0,3 kPa, por 4 horas. No
Cloridrato de 3-(10,11-diidro-5H-dibenzo[a,d]ciclohepten-
máximo 0,5%.
5-ilideno)-N,N-dimetil-1-propanamina (1:1)
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. [549-18-8]
No máximo 0,1%.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
C20H23N.HCl, em relação à substância dessecada.
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos a seguir. DESCRIÇÃO
A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio Características físicas. Pó branco ou quase branco ou
não aquoso (5.3.3.5). Dissolver, exatamente, cerca de cristais incolores.
0,5 g da amostra em 40 mL de ácido acético glacial.
Adicionar 10 mL de acetato mercúrico a 5% (p/v) em Solubilidade. Facilmente solúvel em água, cloreto de
ácido acético glacial. Titular com ácido perclórico 0,1 M metileno e etanol.
SV, determinando o ponto Þnal potenciometricamente.
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias. Constantes físico-químicas
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 68,177 Faixa de fusão (5.2.2): 195 ºC a 199 ºC.
mg de C25H29I2NO3.HCl.

B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de IDENTIFICAÇÃO


absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca
de 50 mg da amostra e dissolver em metanol. Completar A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
o volume para 100 mL com o mesmo solvente. Diluir, amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
sucessivamente, em metanol, até concentração de 0,0008% de potássio, apresenta máximos de absorção somente
(p/v). Preparar solução de cloridrato de amiodarona SQR nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
na mesma concentração utilizando o mesmo solvente. intensidades relativas daqueles observados no espectro
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 242 nm, de cloridrato de amitriptilina SQR, preparado de maneira
utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular o teor de idêntica.
C25H29I2NO3.HCl na amostra a partir das leituras obtidas.
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
de absorção no ultravioleta. O espectro de absorção no
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 nm a 400 nm, de
solução a 0,001% (p/v) em metanol, exibe máximo de
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz, em absorção em 239 nm, idêntico ao observado no espectro de
temperatura não superior a 30 ºC. solução similar de cloridrato de amitriptilina SQR.

C. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 809

ENSAIOS DE PUREZA cloreto de metileno, 1,2 ȝg de clorofórmio, 7,6 ȝg de


dioxana e 1,6 ȝg de tricloroetileno. Preparar no dia do uso.
pH (5.2.19). 5,0 a 6,0. Determinar em solução aquosa a
1% (p/v). Injetar replicatas de 1 ȝL da Solução padrão. A resolução
entre quaisquer dois componentes não deve ser menor que
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em 1,0. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando picos registrados não é maior que 15,0%.
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio,
metanol e hidróxido de amônio (135:15:1), como fase Procedimento: injetar, separadamente, 1 ȝL da Solução
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10 ȝL de cada uma padrão e da Solução amostra. Registrar os cromatogramas

ca
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. e medir as áreas sob os picos. A identidade e a resposta de
cada pico presente no cromatograma da Solução amostra
Solução (1): solução da amostra a 40 mg/mL em metanol. podem ser relacionadas com a identidade e a resposta das
impurezas orgânicas voláteis presentes no cromatograma
Solução (2): solução de cloridrato de amitriptilina SQR a
da Solução padrão. A quantidade de cada impureza
0,8 mg/mL em metanol.
orgânica volátil presente no cromatograma da Solução
Solução (3): diluir a Solução (2) em metanol de modo a amostra não excede o limite prescrito na tabela a seguir.
obter solução a 0,4 mg/mL.
Impureza orgânica volátil Limite (ppm)
Solução (4): diluir a Solução (2) em metanol de modo a
Clorofórmio 60
obter solução a 0,2 mg/mL.
Dioxana 380
Solução (5): diluir a Solução (2) em metanol de modo a Cloreto de metileno 600
obter solução a 0,16 mg/mL. Tricloroetileno 80

Solução (6): diluir a Solução (2) em metanol de modo a Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. No máximo
obter solução a 80 ȝg/mL. 0,001% (10 ppm).

Solução (7): diluir a Solução (2) em metanol até Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g
concentração de 40 ȝg/mL. da amostra. Dessecar em estufa a 60 ºC, sob pressão
reduzida, até peso constante. No máximo 0,5%.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com No máximo 0,1%.
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
intensa que aquela obtida com a Solução (4) (0,5%). A soma
DOSEAMENTO
das intensidades de todas as manchas secundárias obtidas
com a Solução (1) corresponde a, no máximo, aquela obtida Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
com a Solução (3) (1%). Desconsiderar qualquer mancha aquoso (5.3.3.5). Dissolver 1 g da amostra em 30 mL de
obtida no cromatograma com a Solução (1) que seja menos ácido acético glacial, aquecendo levemente, se necessário,
intensa que a mancha principal obtida com a Solução (7) e resfriar. Adicionar 10 mL de acetato mercúrico SR.
(0,1%). Desconsiderar quaisquer manchas observadas nos Titular com ácido perclórico 0,1 M SV, utilizando cloreto
pontos de aplicação das soluções. de metilrosanilínio SI como indicador, até coloração verde.
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 31,391
descrito em CromatograÞa a gás (5.2.17.5), utilizando
mg de C20H23N.HCl.
cromatógrafo provido de detector de ionização de chama;
coluna de sílica fundida, de 30 m de comprimento e 0,53
mm de diâmetro interno, preenchida com fenil (5%) metil EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
(95%) polisiloxano, e pré-coluna de sílica de 5 m de
comprimento e 0,53 mm de diâmetro interno, desativada Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
com fenilmetilsiloxano. Manter a coluna a 35 ºC por 5
minutos, aumentar para 175 °C a 8 ºC por minuto, em ROTULAGEM
seguida para 260 °C a 35 °C por minuto, e manter por pelo
menos 16 minutos. Manter as temperaturas do injetor e do Observar a legislação vigente.
detector a 70 °C e 260 °C, respectivamente; utilizar hélio a
velocidade linear de 35 cm/s como gás de arraste. CLASSE TERAPÊUTICA
Solução amostra: dissolver, em água livre de material Antidepressivo.
orgânico, quantidade exatamente pesada da amostra, de
modo a obter solução a 20 mg/mL.

Solução padrão: preparar solução, em água livre de


material orgânico, contendo em cada mililitro, 12 ȝg de
810 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Tempo: 45 minutos
CLORIDRATO DE AMITRIPTILINA Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
CÁPSULAS dissolução e diluir, se necessário, em ácido clorídrico 0,1
M, até concentração adequada. Medir as absorvâncias em
239 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
do zero. Calcular a quantidade de C20H23N.HCl dissolvida
quantidade declarada de C20H23N.HCl.
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
de cloridrato de amitriptilina SQR, na concentração de
IDENTIFICAÇÃO 0,001% (p/v), preparada no mesmo solvente.

c A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa


de 200 nm a 400 nm, da Solução amostra obtida no método
A. de Doseamento, exibe máximos e mínimos idênticos
aos observados no espectro da Solução padrão.
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C20H23N.HCl se dissolvem em 45 minutos.

ENSAIOS DE PUREZA
B. A mancha principal do cromatograma da Solução (1),
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de dietilamina,
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma acetato de etila e cicloexano (3:15:85), como fase móvel.
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, Aplicar, separadamente, à placa, 20 ȝL de cada uma das
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.

D. Pesar as cápsulas, remover o conteúdo e pesá-las Solução (1): pesar as cápsulas, remover o conteúdo e pesá-
novamente. Agitar quantidade do pó equivalente a 10 mg las novamente. Transferir quantidade do pó equivalente a
de cloridrato de amitriptilina com 5 mL de água. Filtrar. 20 mg de cloridrato de amitriptilina para balão volumétrico
Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1). de 5 mL e completar o volume com etanol absoluto. Agitar
por 10 minutos. Homogeneizar e Þltrar.
E. Pesar as cápsulas, remover o conteúdo e pesá-las
novamente. Agitar quantidade do pó equivalente a 0,1 g Solução (2): transferir 20 mg de cloridrato de amitriptilina
de cloridrato de amitriptilina com 10 mL de clorofórmio. SQR para balão volumétrico de 5 mL e completar o volume
Filtrar e reduzir o volume de Þltrado por evaporação. com etanol absoluto, obtendo solução a 4 mg/mL.
Precipitar adicionando éter etílico até produzir turbidez.
Solução (3): transferir 1 mL da Solução (2) para balão
Deixar em repouso e Þltrar. Dissolver 50 mg do precipitado
volumétrico de 100 mL e completar o volume com etanol
em 3 mL de água. Adicionar 50 mL de quinidrona a 2,5%
absoluto, obtendo solução a 40 ȝg/mL.
(p/v) em metanol. Não se desenvolve coloração vermelha
por 15 minutos. Solução (4): transferir 2,5 mL da Solução (3) para balão
volumétrico de 10 mL e completar o volume com etanol
CARACTERÍSTICAS absoluto, obtendo solução a 10 ȝg/mL.

Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sobre luz ultravioleta (254 nm).
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. No Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma
máximo 15 minutos. com a Solução (1), diferente da mancha principal, não é
mais intensa que as obtidas com as Soluções (3) ou (4)
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. (1% e 0,25%). Nebulizar a placa com iodeto de potássio
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir e subnitrato de bismuto SR. Qualquer mancha obtida no
cada cápsula para balão volumétrico de 50 mL e acrescentar cromatograma com a Solução (1), diferente da principal e
35 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Deixar em ultrassom por corada pelo revelador, não é mais intensa que aquela obtida
20 minutos, agitando ocasionalmente. Homogeneizar e com a solução (3) (1%).
Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado para balão volumétrico
de 25 mL e completar o volume com ácido clorídrico TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
0,1 M. Transferir 5 mL da solução resultante para balão
volumétrico de 50 mL e completar o volume com o mesmo Contagem do número total de micro-organismos
solvente, obtendo solução a 0,001% (p/v). Prosseguir mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
conforme descrito no método A. de Doseamento a partir
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
de “Preparar solução padrão na mesma concentração...”.
Cumpre o teste.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


DOSEAMENTO
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Aparelhagem: cestas, 100 rpm
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 811

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar 20 cápsulas,
remover o conteúdo e pesá-las novamente. Transferir Em recipientes bem fechados.
quantidade do pó equivalente a 10 mg de cloridrato de
amitriptilina para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar ROTULAGEM
75 mL de ácido clorídrico 0,1 M, agitar mecanicamente
por 15 minutos e deixar em ultrassom por 15 minutos. Observar a legislação vigente.
Completar o volume com o mesmo solvente. Filtrar.
Transferir 5 mL do Þltrado para balão volumétrico de
50 mL e completar o volume com o mesmo solvente, CLORIDRATO DE AMITRIPTILINA
obtendo solução a 0,001% (p/v). Preparar solução padrão
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Determinar as absorvâncias das soluções resultantes em
239 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do
COMPRIMIDOS

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da


ca
zero. Calcular a quantidade de C20H23N.HCl nas cápsulas, quantidade declarada de C20H23N.HCl. Os comprimidos
a partir das leituras obtidas. podem ser revestidos.
B. Por CromatograÞa a líquido de alta eÞciência
(5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector IDENTIFICAÇÃO
ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de comprimento
e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 —m), de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de A. de Doseamento, exibe máximos e mínimos idênticos
2 mL/minuto. aos observados no espectro da solução padrão.

Tampão fosfato-trietilamina: transferir 11,04 g de fosfato B. A mancha principal do cromatograma da Solução (1),
de sódio monobásico e 3 mL de trietilamina para balão obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
volumétrico de 1000 mL, dissolver em 900 mL de água. posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Ajustar o pH para 2,5 ± 0,5 com ácido fosfórico e completar C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
o volume com água. da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato-trietilamina e corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
acetonitrila (58:42). D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo do pó equivalente a 10 mg de cloridrato de amitriptilina
e pesá-las novamente. Transferir quantidade do pó com 5 mL de água. Filtrar. Responde às reações do íon
equivalente a 50 mg de cloridrato de amitriptilina para cloreto (5.3.1.1).
balão volumétrico de 50 mL, adicionar 35 mL de Fase E. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
móvel, agitar mecanicamente por 15 minutos e deixar em do pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de amitriptilina
ultrassom por 15 minutos. Completar o volume com o com 10 mL de clorofórmio. Filtrar e reduzir o volume de
mesmo solvente, homogeneizar e Þltrar. Transferir 10 mL Þltrado por evaporação. Precipitar adicionando éter etílico
do Þltrado para balão volumétrico de 50 mL e completar o até produzir turbidez. Deixar em repouso e Þltrar. Dissolver
volume com a Fase móvel. Homogeneizar. 50 mg do precipitado em 3 mL de água. Adicionar 50 mL
Solução padrão: transferir 50 mg de cloridrato de de quinidrona a 2,5% (p/v) em metanol. Não desenvolve-se
amitriptilina SQR para balão volumétrico de 50 mL, diluir coloração vermelha por 15 minutos.
em 35 mL de Fase móvel e completar o volume com o
mesmo solvente. Transferir 10 mL da solução para balão CARACTERÍSTICAS
volumétrico de 50 mL e completar o volume com o
mesmo solvente, de modo a obter solução de cloridrato de Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
amitriptilina a 0,2 mg/mL.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
A eÞciência da coluna não deve ser menor que 800 pratos
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
teóricos. O fator de cauda não é superior a 2,5. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. No
não deve ser maior que 2,0%. máximo 15 minutos.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL das Soluções Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C20H23N.HCl Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
nas cápsulas a partir das respostas obtidas com a Solução cada comprimido para balão volumétrico de 50 mL e
padrão e Solução amostra. acrescentar 35 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Deixar em
ultrassom por 20 minutos, agitando ocasionalmente.
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar
812 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado para balão volumétrico corada pelo revelador, não é mais intensa que aquela obtida
de 25 mL e completar o volume com ácido clorídrico com a Solução (3) (1%).
0,1 M. Transferir 5 mL da solução resultante para balão
volumétrico de 50 mL e completar o volume com o mesmo
DOSEAMENTO
solvente, obtendo solução a 0,001% (p/v). Prosseguir
conforme descrito no método A. de Doseamento a partir de Empregar um dos métodos descritos a seguir.
“Preparar solução padrão na mesma concentração...”.
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a 10

c Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL

Aparelhagem: cestas, 100 rpm

Tempo: 45 minutos
mg de cloridrato de amitriptilina para balão volumétrico de
100 mL. Adicionar 75 mL de ácido clorídrico 0,1 M, agitar
mecanicamente por 15 minutos e deixar em ultrassom por
15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente.
Filtrar. Transferir 5 mL do Þltrado para balão volumétrico
de 50 mL e completar o volume com o mesmo solvente,
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
obtendo solução a 0,001% (p/v). Preparar solução padrão
dissolução e diluir, se necessário, em ácido clorídrico 0,1
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
M, até concentração adequada. Medir as absorvâncias em
Determinar as absorvâncias das soluções resultantes em 239
239 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste
nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero.
do zero. Calcular a quantidade de C20H23N.HCl dissolvida
Calcular a quantidade de C20H23N.HCl nos comprimidos, a
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
partir das leituras obtidas.
de cloridrato de amitriptilina SQR, na concentração de
0,001% (p/v), preparada no mesmo solvente. B. Por CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
da monograÞa de Cloridrato de amitriptilina cápsulas.
declarada de C20H23N.HCl se dissolvem em 45 minutos.
Preparar a Solução amostra como descrito a seguir.

ENSAIOS DE PUREZA Solução amostra: pesar e pulverizar os comprimidos.


Transferir quantidade do pó equivalente a 50 mg de
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em cloridrato de amitriptilina para balão volumétrico
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando de 50 mL, adicionar 35 mL de Fase móvel, agitar
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de dietilamina, mecanicamente por 15 minutos e deixar em ultrassom por
acetato de etila e cicloexano (3:15:85), como fase móvel. 15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente,
Aplicar, separadamente, à placa, 20 —L das soluções, homogeneizar e Þltrar. Transferir 10 mL do Þltrado para
recentemente preparadas, descritas a seguir. balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com a
Fase móvel. Homogeneizar.
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade do pó equivalente a 20 mg de cloridrato de Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL das Soluções
amitriptilina para balão volumétrico de 5 mL e completar padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
o volume com etanol absoluto. Agitar por 10 minutos. as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C20H23N.
Homogeneizar e Þltrar. HCl nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Solução padrão e a Solução amostra.
Solução (2): transferir 20 mg de cloridrato de amitriptilina
SQR para balão volumétrico de 5 mL e completar o volume
com etanol absoluto, obtendo solução a 4 mg/mL. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Solução (3): transferir 1 mL da Solução (2) para balão Em recipientes bem fechados.
volumétrico de 100 mL e completar o volume com etanol
absoluto, obtendo solução a 40 mg/mL. ROTULAGEM
Solução (4): transferir 2,5 mL da Solução (3) para balão Observar a legislação vigente.
volumétrico de 10 mL e completar o volume com etanol
absoluto, obtendo solução a 10 mg/mL.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar CLORIDRATO DE BIPERIDENO


secar ao ar. Examinar sobre luz ultravioleta (254 nm). COMPRIMIDOS
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma
com a Solução (1), diferente da mancha principal, não é
mais intensa que as obtidas com as Soluções (3) ou (4) Comprimidos de cloridrato de biperideno contêm o
(1% e 0,25%). Nebulizar a placa com iodeto de potássio equivalente a, no mínimo, 93,0% e, no máximo, 107,0%
e subnitrato de bismuto SR. Qualquer mancha obtida no da quantidade declarada de C21H29NO.HCl.
cromatograma com a Solução (1), diferente da principal e
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 813

IDENTIFICAÇÃO padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas


e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em C21H29NO.HCl dissolvida no meio a partir das respostas
camada delgada (5.2.17.1) utilizando sílica-gel GF254, obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
como suporte, e mistura de álcool isopropílico-hidróxido
de amônio a 25% (v/v) (95:5), como fase móvel. Aplicar Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
separadamente, à placa, 20 —L de cada uma das soluções declarada de C21H29NO.HCl se dissolvem em 45 minutos.
descritas a seguir.

Solução (1): pulverizar os comprimidos. Pesar do pó o DOSEAMENTO

ca
equivalente a 10 mg de cloridrato de biperideno, adicionar
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
5 mL de cloreto de metileno e agitar. Filtrar e lavar o
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
resíduo com 5 mL de cloreto de metileno. Evaporar o
de detector ultravioleta a 205 nm; coluna de 150 mm de
Þltrado. Dissolver o resíduo com 1 mL de metanol.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Solução (2): solução a 1% (p/v) de cloridrato de biperideno com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 —m),
SQR em metanol. mantida à 25ºC; ßuxo da Fase móvel de 1,2 mL/min.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Tampão fosfato de sódio pH 2,5: dissolver 6,9 g de fosfato
secar ao ar e examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Expor de sódio monobásico em 500 mL de água. Adicionar 1,011
a placa por 10 minutos a vapores de iodo em cuba fechada, g de heptanossulfonato de sódio e completar o volume para
previamente saturada, tendo ao fundo cristais de iodo. A 1000 mL com o mesmo solvente. Se necessário, ajustar o
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde em pH para 2,5 com ácido fosfórico.
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato de sódio pH 2,5 e
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade metanol (50:50).
do pó equivalente a 10 mg de cloridrato de biperideno,
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
adicionar 10 mL de água e aquecer por 15 minutos. Filtrar.
Transferir quantidade do pó equivalente a 2 mg de
O Þltrado responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
cloridrato de biperideno para balão volumétrico de 20 mL.
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Adicionar 10 mL de metanol e deixar em ultrassom por 20
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde minutos. Agitar mecanicamente por 10 minutos e completar
àquele do pico principal da Solução padrão. o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar.
Transferir 2 mL da solução anterior para balão volumétrico
de 10 mL e completar o volume com Fase móvel.
CARACTERÍSTICAS
Solução padrão: pesar, exatamente, o equivalente a 10
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. mg de cloridrato de biperideno SQR, transferir para balão
volumétrico de 10 mL. Completar o volume com metanol e
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
homogeneizar. Transferir 0,2 mL desta solução para balão
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. volumétrico de 10 mL e completar o volume com Fase
móvel. Homogeneizar.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C21H29NO.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) HCl nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Solução padrão e a Solução amostra.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,01 M, 500 mL

Aparelhagem: pás, 50 rpm EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Tempo: 45 minutos Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente.

Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada


ROTULAGEM
de cloridrato de biperideno SQR em metanol e diluir com
o mesmo solvente de modo a obter concentração de cerca Observar a legislação vigente.
de 1,0 mg/mL. Diluir sucessivamente com ácido clorídrico
0,01 M de modo a obter concentração de 4 —g/mL.

Solução amostra: após realização do teste, utilizar alíquotas CLORIDRATO DE BUPIVACAÍNA E


do meio de dissolução. GLICOSE SOLUÇÃO INJETÁVEL
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução e proceder conforme descrito no método de Contém, no mínimo, 93,0% e, no máximo, 107,0% das
Doseamento. Injetar, separadamente, 50 —L da Solução quantidades declaradas de C18H28N2O.HCl e C6H12O6.
814 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

A solução injetável pode ser preparada em água para DOSEAMENTO


injetáveis ou em outro solvente adequado.
Cloridrato de bupivacaína. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
IDENTIFICAÇÃO Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
263 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
camada delgada (5.2.17.1) utilizando sílica-gel GF254,
ligada a grupo octadecilsilano (5 —m), mantida à
como suporte, e mistura de 1-butanol, água, etanol e
temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de 2,0 mL/min.
ácido acético glacial (6:2:1:1), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa 10 ȝL da Solução (1), da Solução

c
Tampão fosfato pH 6,8: dissolver 1,94 g de fosfato de
(2) e da Solução (4), e 1 ȝL da amostra e da Solução (3), potássio monobásico e 2,48 g de fosfato de potássio
recentemente preparadas, como segue. dibásico em 1000 mL de água. Ajustar o pH, se necessário,
para 6,8 ± 0,05 com hidróxido de potássio M ou ácido
Solução (1): solução injetável de cloridrato de bupivacaína
fosfórico M.
e glicose.
Fase móvel: mistura de acetonitrila e Tampão fosfato pH
Solução (2): solução de cloridrato de bupivacaína SQR
6,8 (65:35). Ajustar o pH, se necessário, para 7,7 ± 0,02
em água, na concentração correspondente à da solução
com ácido fosfórico M.
injetável.
Solução amostra: transferir volume da solução injetável
Solução (3): solução de glicose SQR em água na
equivalente a 25 mg de cloridrato de bupivacaína para
concentração correspondente à da solução injetável.
balão volumétrico de 50 mL. Completar o volume com
Solução (4): diluir solução de cloridrato de bupivacaína metanol e homogeneizar.
SQR em Solução (3), de modo a obter concentração
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 25 mg de
correspondente à da solução injetável.
cloridrato de bupivacaína SQR e transferir para balão
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e secar ao volumétrico de 50 mL. Dissolver em 5 mL de água, com
ar quente circulante. Examinar a placa sob luz ultravioleta auxilio de banho de ultrassom, se necessário. Completar o
(254 nm). A posição da mancha principal obtida com a volume com metanol e homogeneizar.
Solução (1) corresponde àquela das manchas da Solução
Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. O desvio
(2) e da Solução (4). Nebulizar com reagente naftalenodiol,
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
aquecer a 90 °C por 5 minutos e examinar a placa. A posição
não é maior que 2,0%.
da mancha principal marrom, obtida com a amostra,
corresponde àquela obtida com a Solução (3). Esfriar a Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
placa, nebulizar com reagente iodoplatinado e examinar padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
a placa. A bupivacaína é visualizada como mancha azul- e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C18H28N2O.
violeta em fundo laranja e a mancha correspondente à HCl na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
glicose desaparece gradativamente. A posição da mancha padrão e a Solução amostra.
de bupivacaína obtida com a Solução (1) corresponde
àquelas obtidas com a Solução (2) e com a Solução (4). Glicose. Medir o ângulo de rotação da amostra, em tubo
adequado (5.2.8), utilizando água destilada para o ajuste do
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma zero. Calcular o teor de C6H12O6, em cada mL da amostra,
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, utilizando a fórmula:
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Į ×9,452×A
CARACTERÍSTICAS em que Į é a leitura média obtida e A é a divisão de 200
pelo comprimento do tubo, em mm.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 4,0 a 6,5. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Em recipientes de dose única, preferencialmente em vidro
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA tipo I, protegidos da luz.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
ROTULAGEM
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 2,5 UE/mL.
Observar a legislação vigente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 815

sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de acetona,

Aplicar, separadamente, à placa, 5 PL de cada uma das


CLORIDRATO DE CICLOBENZAPRINA tolueno e hidróxido de amônio (75:25:1) como fase móvel.
Cyclobenzaprini hydrochloridum
soluções recentemente preparadas descritas a seguir.

Solução (1): solução a 20 mg/mL da amostra em metanol.

Solução (2): solução a 20 mg/mL de cloridrato de


ciclobenzaprina SQR em metanol.

Solução (3): diluir 0,1 mL da Solução (1) em 20 mL em


metanol.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar por 15 minutos e observar sob luz ultravioleta
(254 nm). A mancha principal da Solução (1) corresponde
ca
C20H21N.HCl; 311,85 em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução
cloridrato de ciclobenzaprina; 02013 (2), e qualquer outra mancha obtida a partir da Solução (1)
Cloridrato de 3-(5H-dibenzo[a,d]ciclohepten-5-ilideno)- não excede em tamanho ou intensidade a mancha principal
N,N-dimetil-1-propanamina (1:1) obtida a partir da Solução (3)(0,5%).
[6202-23-9] Metais Pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. Determinar
em 1 g da amostra. No máximo 0,001% (10 ppm).
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo 101,0% de,

amostra em estufa a 105 qC até peso constante. No máximo


C20H21N.HCl em relação à substância dessecada. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da

1,0%.
DESCRIÇÃO
Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
Características físicas. Pó cristalino branco. No máximo 0,1%.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, etanol e
metanol, ligeiramente solúvel em álcool isopropílico, DOSEAMENTO
muito pouco solúvel em clorofórmio, insolúvel em
hidrocarbonetos. Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,4 g da
Constantes físico-químicas. amostra, dessecada. Dissolver em 80 mL de ácido acético
glacial e 15 mL de acetato de mercúrio SR. Titular com
Faixa de fusão (5.2.2): 215 °C a 219 °C, sendo que a faixa
ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o ponto Þnal
entre o início e o Þnal da fusão não deve exceder 2 °C.
potenciometricamente. Realizar ensaio em branco e fazer
as correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1
IDENTIFICAÇÃO M SV equivale a 31,185 mg de C20H21N.HCl.

O teste de identiÞcação B. pode ser omitido se forem


realizados os testes A. e C. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.


amostra, dessecada, e dispersa em brometo de potássio,
apresenta máximo de absorção somente nos mesmos ROTULAGEM
comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
relativas daqueles observados no espectro de cloridrato de Observar a legislação vigente.
ciclobenzaprina SQR, preparado de maneira idêntica.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa CLASSE TERAPÊUTICA


de 250 nm a 350 nm, de solução da amostra a 0,0015%
Relaxante muscular.
(p/v) preparada em metanol, exibe máximo de absorção em
290 nm, idêntico ao observado no espectro de cloridrato de
ciclobenzaprina SQR, preparado de maneira idêntica.
CLORIDRATO DE CICLOBENZAPRINA
C. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1). COMPRIMIDOS

ENSAIOS DE PUREZA Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da


quantidade declarada de C20H21N.HCl.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
816 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

IDENTIFICAÇÃO de detector ultravioleta a 290 nm; coluna de 100 mm de


comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
do pó equivalente a 50 mg de cloridrato de ciclobenzaprina, —m); ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.
adicionar 20 mL de cloreto de metileno. Filtrar e evaporar
cerca de 5 mL do Þltrado. Transferir para tubo de centrífuga Fase móvel: mistura de água, acetonitrila, metanol e ácido
com 2 mL de éter etílico. Evaporar por corrente de ar e metanossulfônico (48:28:24:0,2). Ajustar o pH para 3,6
agitar até ocorrer cristalização. Lavar os cristais com com dietilamina.
porções de éter etílico e secar à temperatura ambiente. O
espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo, Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.

c disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de Transferir quantidade de pó equivalente a 10 mg de


absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e cloridrato de ciclobenzaprina para balão volumétrico
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados de 200 mL e adicionar 150 mL de ácido clorídrico 0,1
no espectro de cloridrato de ciclobenzaprina SQR. M. Agitar mecanicamente por 30 minutos. Completar o
volume com o mesmo solvente, obtendo solução a 50 —g/
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma mL. Homogeneizar e Þltrar.
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão. Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de cloridrato de ciclobenzaprina SQR em ácido clorídrico
0,1 M, para obter solução a 50 —g/mL.

Injetar replicatas de 20 PL da Solução padrão. A eÞciência


CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. da coluna não é menor que 1000 pratos teóricos/metro. O
desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
registrados não é maior que 2,0%. O fator de cauda do pico
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. principal não é maior que 2.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C20H21N.HCl nos comprimidos a partir das respostas
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.

Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Aparelhagem: cesta, 50 rpm Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Tempo: 30 minutos
ROTULAGEM
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução, Þltrar e, se necessário, diluir em ácido clorídrico Observar a legislação vigente.
0,1 M até concentração adequada. Medir as absorvâncias
das soluções em 290 nm (5.2.14), utilizando o mesmo
solvente para ajuste do zero. Calcular a quantidade de CLORIDRATO DE CIPROFLOXACINO
C20H21N.HCl dissolvida no meio, comparando as leituras
COMPRIMIDOS
obtidas com a da solução de cloridrato de ciclobenzaprina
SQR na concentração de 0,00001% (p/v), preparada em
ácido clorídrico 0,1 M. Comprimidos de cloridrato de ciproßoxacino contém o
equivalente a, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
quantidade declarada de C17H18FN3O3.
declarada de C20H21N.HCl se dissolvem em 30 minutos.

IDENTIFICAÇÃO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
Contagem do número total de micro-organismos
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
como suporte, e mistura de cloreto de metileno, metanol,

móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 PL de cada uma


Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). hidróxido de amônio e acetonitrila (4:4:2:1), como fase
Cumpre o teste.
das soluções recentemente preparadas, descritas a seguir.

DOSEAMENTO Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir


para balão volumétrico de 100 mL, quantidade de pó
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido equivalente a 0,15 g de ciproßoxacino. Adicionar 70 mL de
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido água, agitar por cerca de 20 minutos e completar o volume
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 817

com o mesmo solvente. Centrifugar e utilizar porção quantidade do pó equivalente a 1,25 g de ciproßoxacino,
límpida do sobrenadante. com auxílio de 400 mL de água. Agitar por 30 minutos,
completar o volume e Þltrar. Diluir, sucessivamente, até
Solução (2): solução aquosa de cloridrato de ciproßoxacino a concentração de 0,0004% (p/v), utilizando água como
SQR contendo o equivalente a 0,15% (p/v) de solvente. Preparar solução de cloridrato de ciproßoxacino
ciproßoxacino. SQR em água contendo a mesma concentração de
ciproßoxacino. Medir as absorvâncias das soluções
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
resultantes em 272 nm, utilizando água para ajuste do zero.
secar ao ar por 15 minutos. Examinar sob luz ultravioleta
Calcular o teor de C17H18FN3O3 nos comprimidos, a partir
(254 nm e 336 nm). A mancha principal obtida com a
das leituras obtidas.

ca
Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade
àquela obtida com a Solução (2). B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
de detector ultravioleta a 278 nm; coluna de 250 mm de
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Pm a 10 Pm), mantida a 30 °C; o ßuxo da Fase móvel de
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3

CARACTERÍSTICAS 1,5 mL/minuto.

(previamente ajustar o pH com trietilamina para 3,0 r 0,1)


Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Fase móvel: mistura de ácido fosfórico 0,025 M
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. e acetonitrila (85:15).
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. Solução amostra: transferir cinco comprimidos para balão
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. de 500 mL. Adicionar cerca de 400 mL de água e deixar
em ultrassom por aproximadamente 20 minutos, completar
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. o volume com água e agitar. Diluir, sucessivamente, até
concentração de 0,25 mg/mL de ciproßoxacino, utilizando
água como solvente e Þltrar.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Solução padrão: pesar quantidade de cloridrato de
Meio de dissolução: água, 900 mL
ciproßoxacino SQR equivalente a 25 mg de ciproßoxacino,
Aparelhagem: pás, 50 rpm transferir para balão volumétrico de 25 mL e completar o
volume com água. Diluir sucessivamente em água de modo
Tempo: 30 minutos a obter solução a 0,25 mg/mL de ciproßoxacino.

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução
de dissolução, Þltrar imediatamente e diluir em água padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
soluções em 272 nm (5.2.14), utilizando água para ajuste do C17H18FN3O3 nos comprimidos a partir das respostas
zero. Calcular a quantidade de C17H18FN3O3 dissolvida no obtidas para a Solução padrão e a Solução amostra.
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução de
cloridrato de ciproßoxacino SQR, contendo o equivalente C. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
a 0,0004% (p/v) de ciproßoxacino, preparada no mesmo de antibióticos (5.5.3.3.1), pelo método de difusão em
solvente. ágar, utilizando cilindros.

Tolerância: não menos que 80 % (Q) da quantidade Micro-organismo: Staphylococcus epidermidis ATCC
declarada de C17H18FN3O3 se dissolvem em 30 minutos. 12228.

Meios de cultura: meio de cultura número 1, para


TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA manutenção do micro-organismo; solução salina estéril,
para padronização do inóculo e meio de cultura número
Contagem do número total de micro-organismos 11, para a camada base e preparação do inóculo.
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Solução amostra: transferir cinco comprimidos para balão
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). de 500 mL. Adicionar cerca de 400 mL de água e deixar em
Cumpre o teste. ultrassom por aproximadamente 20 minutos, completar o

até as concentrações de 4 Pg/mL, 8 Pg/mL e 16 Pg/mL de


volume com água e agitar. Diluir, sucessivamente em água,
DOSEAMENTO
ciproßoxacino, utilizando Tampão fosfato de potássio 0,1
Empregar um dos métodos descritos a seguir. M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente.

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Solução padrão: pesar quantidade de cloridrato de


absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20 ciproßoxacino SQR, equivalente a 20 mg de ciproßoxacino,
comprimidos. Transferir para balão volumétrico de 500 mL, transferir para balão volumétrico de 20 mL e completar o
818 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

as concentrações de 4 Pg/mL, 8 Pg/mL e 16 Pg/mL de


volume com água. Diluir, sucessivamente em água, até TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

ciproßoxacino, utilizando Tampão fosfato de potássio 0,1 Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre com o teste. Utilizar o
M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente. Método de Þltração por membrana.

Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura


número 11 em uma placa, esperar solidiÞcar, juntar 5 mL
DOSEAMENTO
de inóculo a 1% e proceder conforme descrito em Ensaio Empregar um dos métodos descritos a seguir.
microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos
cilindros 0,1 mL das soluções recentemente preparadas. A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido

c Calcular a potência da amostra, em ȝg de ciproßoxacino por


miligrama, a partir da potência do padrão e das respostas
obtidas com a Solução padrão e com a Solução amostra.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 280 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada

Pm a 10 Pm), mantida a 30 °C; ßuxo da Fase móvel de 1,5


com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
mL/minuto.
Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente e
Tampão fosfato de tetrabutilamônio: preparar solução de
protegidos da luz.
previamente com ácido fosfórico para 2,0 r 0,1.
fosfato de tetrabutilamônio 0,005 M, com pH ajustado

ROTULAGEM
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato de tetrabutilamônio
Observar a legislação vigente. e metanol (75:25).

Solução amostra: transferir volume da solução oftálmica


equivalente a 6 mg de ciproßoxacino para balão volumétrico
CLORIDRATO DE CIPROFLOXACINO
de 50 mL. Completar o volume com água e agitar.
SOLUÇÃO OFTÁLMICA
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de cloridrato de ciproßoxacino SQR em água e diluir
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da adequadamente de modo a obter solução a 0,12 mg/mL de
quantidade declarada de ciproßoxacino (C17H18FN3O3). ciproßoxacino.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


IDENTIFICAÇÃO
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, ciproßoxacino (C17H18FN3O3) na solução oftálmica a partir
como suporte, e mistura de cloreto de metileno, metanol, das respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução
amostra.
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 3 PL de cada uma
hidróxido de amônio e acetonitrila (4:4:2:1), como fase
B. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
de antibióticos (5.5.3.3), pelo método de difusão em ágar,
Solução (1): diluir volume da amostra em água, de modo a utilizando cilindros.
obter solução de ciproßoxacino a 0,3% (p/v).
Micro-organismo: Staphylococcus epidermidis ATCC
Solução (2): solução de cloridrato de ciproßoxacino SQR 12228.
a 0,3% (p/v) em água.
Meios de cultura: meio de cultura número 1, para
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar manutenção do micro-organismo; solução salina estéril,
secar ao ar por 15 minutos. Examinar sob luz ultravioleta para padronização do inóculo e meio de cultura número
(254 nm e 336 nm). A mancha principal obtida com a 11, para a camada base e preparação do inóculo.
Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade
Solução amostra: transferir volume da solução oftálmica
àquela obtida com a Solução (2).
equivalente a 40 mg de ciproßoxacino para balão
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma volumétrico de 100 mL, completar o volume com água e

Pg/mL, 4 Pg/mL e 8 Pg/mL de ciproßoxacino, utilizando


da Solução amostra, obtida no método A. de Doseamento, agitar. Diluir, sucessivamente, até as concentrações de 2
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Tampão fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução
2) como diluente.
CARACTERÍSTICAS
Solução padrão: pesar quantidade de cloridrato de
Determinação do volume (5.1.2). Cumpre o teste. ciproßoxacino equivalente a 20 mg de ciproßoxacino,
pH (5.2.19). 3,5 a 5,5. transferir para balão volumétrico de 50 mL e completar

concentrações de 2 Pg/mL, 4 Pg/mL e 8 Pg/mL de


o volume com água. Diluir, sucessivamente, até as
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 819

ciproßoxacino, utilizando Tampão fosfato de potássio 0,1 Nota: a redução da proporção de acetonitrila na Fase
M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente. móvel aumenta a resolução entre os picos relativos à
7-epiclindamicina e à clindamicina.
Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura
número 11 em uma placa, esperar solidiÞcar, juntar 5 mL Solução (1): pesar as cápsulas, remover o conteúdo e
de inóculo a 1% e proceder conforme descrito em Ensaio pesá-las novamente. Transferir, exatamente, quantidade
microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos do pó equivalente a 50 mg de clindamicina para balão
cilindros 0,1 mL das soluções recentemente preparadas. volumétrico de 50 mL e completar o volume com Fase
Calcular a potência da solução oftálmica, em ȝg de móvel. Agitar por 15 minutos. Homogeneizar e Þltrar.
ciproßoxacino por miligrama, a partir da potência do

ca
padrão e das respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução (2): solução de cloridrato de clindamicina SQR a
Solução amostra. 1 mg/mL em Fase móvel.

Solução (3): diluir 2 mL da Solução (1) para 100 mL com


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Fase móvel.

Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente e Injetar 20 —L da Solução (2) e registrar o cromatograma
protegidos da luz. por, no mínimo, duas vezes o tempo de retenção do pico
principal. Os tempos de retenção relativos são cerca de
0,4 para lincomicina, 0,65 para clindamicina B, 0,8 para
ROTULAGEM 7-epiclindamicina e 1,0 para clindamicina. A resolução entre
Observar a legislação vigente. os picos relativos à clindamicina B e à 7-epiclindamicina
não é inferior a 2,4. A resolução entre os picos relativos
à 7-epiclindamicina e à clindamicina não é inferior a 3,0.
CLORIDRATO DE CLINDAMICINA Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções
CÁPSULAS (1) e (3), registrar os cromatogramas por, no mínimo, duas
vezes do tempo de retenção do pico principal e medir as
áreas sob os picos. A área de qualquer pico secundário
Contém cloridrato de clindamicina equivalente a, no correspondente à clindamicina B no cromatograma obtido
mínimo, 90,0% e, no máximo, 110% da quantidade com a Solução (1) não é maior que a área sob o pico principal
declarada de clindamicina (C18H33ClN2O5S). obtido com a Solução (3) (2,0%). A área de qualquer
pico secundário correspondente à 7-epiclindamicina no
IDENTIFICAÇÃO cromatograma obtido com a Solução (1) não é maior
que duas vezes a área sob o pico principal obtido com a
O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Solução (3) (4,0%). A soma das áreas de todos os picos
da Solução amostra, obtida no método no Doseamento, secundários obtidos no cromatograma com a Solução (1),
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. exceto o pico principal, não é maior que três vezes a área
sob o pico principal obtido com a Solução (3) (6,0%). Não
CARACTERÍSTICAS considerar picos relativos ao solvente ou com área inferior
a 0,025 vezes a área sob o pico principal obtido com a
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Solução (3) (0,05%).

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. Água (5.2.20.1). No máximo 7,0%.

ENSAIOS DE PUREZA TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Contagem do número total de micro-organismos
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
210 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente Cumpre o teste.
ligada a grupo octadecilsilano (5 —m); ßuxo da Fase móvel
de 1,5 mL/minuto. DOSEAMENTO
Tampão fosfato: dissolver 6,8 g de fosfato de potássio Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
monobásico em 950 mL de água, ajustar o pH em 7,5 com de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
hidróxido de potássio a 25% (p/v) e diluir para 1000 mL de detector ultravioleta a 210 nm; coluna de 250 mm de
com água. comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato e acetonitrila
—m); ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.
(55:45). Fazer ajustes, se necessário.
Tampão fosfato: dissolver 6,8 g de fosfato de potássio
monobásico em 950 mL de água, ajustar o pH em 7,5 com
820 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

hidróxido de potássio a 25% (p/v) e diluir para 1000 mL DESCRIÇÃO


com água.
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato e acetonitrila branco, inodoro.
(55:45). Fazer ajustes, se necessário.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, etanol e
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada clorofórmio, praticamente insolúvel em éter etílico.
de cloridrato de clindamicina SQR em Fase móvel de
modo a obter solução a 1,0 mg/mL. Constantes físico-químicas

Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o Faixa de fusão (5.2.2): 167 ºC a 172 ºC.

c conteúdo e pesá-las novamente. Transferir quantidade


do pó equivalente a 50 mg de clindamicina para balão
volumétrico de 50 mL e completar com Fase móvel. Agitar
por 15 minutos. Homogeneizar e Þltrar.
IDENTIFICAÇÃO
Os testes de identiÞcação B. e C. poderão ser omitidos se
forem realizados os testes A. e D. Os testes de identiÞcação
Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão e registrar A. e D. poderão ser omitido se forem realizados os testes
os picos por, no mínimo, duas vezes o tempo de retenção B. e C.
do pico principal. A resolução entre os picos relativos à
clindamicina B e à 7-epiclindamicina não é inferior a 2,4. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
A resolução entre os picos relativos à 7-epiclindamicina e à amostra dessecada e dispersa em brometo de potássio,
clindamicina não é inferior a 3,0. O desvio padrão relativo apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
das áreas de replicatas dos picos relativos à clindamicina comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
registrados não é maior que 2,0%. relativas daqueles observados no espectro de cloridrato de
difenidramina SQR, preparado de maneira idêntica.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das
Soluções padrão e amostra, registrar os cromatogramas B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
por, no mínimo, duas vezes o tempo de retenção do pico de 230 nm a 350 nm, da solução com a amostra a 0,05%
principal e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de (p/v) em etanol, exibe máximo em 253 nm.
C18H33ClN2O5S na amostra a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra. C. Dissolver 0,05 g da amostra em 100 mL de água. Em 0,05
mL da solução anterior, adicionar 2 mL de ácido sulfúrico.
Desenvolve-se coloração amarela que passa para vermelha
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO pela adição de 0,5 mL de ácido nítrico. Adicionar 15 mL
de água, esfriar, adicionar 5 mL de clorofórmio e agitar.
Em recipientes bem fechados.
Desenvolve-se coloração violeta na camada clorofórmica.

ROTULAGEM D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).

Observar a legislação vigente.


ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. A solução aquosa a 0,2% (p/v), e uma
CLORIDRATO DE DIFENIDRAMINA solução cinco vezes mais diluída, são incolores (5.2.12).
Diphenhydramini hydrochloridum A solução aquosa a 0,2% (p/v) não é mais corada que a
Solução padrão de cor SC G (5.2.12).

pH (5.2.19). 4,0 a 6,0. Determinar em solução aquosa a


5% (p/v).

Acidez ou alcalinidade. Dissolver 2,5 g da amostra em 50


mL de água. No máximo 0,25 mL de ácido clorídrico 0,01
M é gasto para neutralizar 10 mL da amostra, utilizando
vermelho de metila SI como indicador. No máximo 0,5 mL
de hidróxido de sódio 0,01 M são necessários para mudar a
cor da solução de rosa para amarelo.
C17H21NO.HCl; 291,82 Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
cloridrato de difenidramina; 02979 CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
Cloridrato de 2-difenilmetoxi-N,N-dimetiletanamina (1:1) sílica-gel H, como suporte, e mistura de dietilamina,
[147-24-0] metanol e clorofórmio (1:20:80), como fase móvel. Ativar
a placa a 105 oC, por 1 hora. Aplicar, separadamente, à
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
placa, 5 ȝL de cada uma das soluções, descritas a seguir.
C17H21NO.HCl, em relação à substância dessecada.
Solução (1): solução da amostra a 2% (p/v), em metanol
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 821

Solução (2): solução da amostra a 0,02% (p/v), em metanol. resíduo (5.2.14) apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar em intensidades relativas daqueles observados no espectro de
corrente de ar e nebulizar com ácido sulfúrico. Aquecer a cloridrato de difenidramina SQR, preparado de maneira
120 oC, por 10 minutos, até o aparecimento das manchas. idêntica.
Nenhuma mancha obtida com a Solução (1), com exceção
da mancha principal, é mais intensa que àquela obtida com B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
a Solução (2) (1,0%) e não é mais corada que a Solução do pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de difenidramina
padrão de cor SC F (5.2.12). com duas porções de 15 mL de clorofórmio, Þltrando cada
porção. Evaporar o Þltrado até secura em banho-maria.

ca
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da Dessecar o resíduo em estufa a 80 °C, por 1 hora. O resíduo
amostra. Dessecar em estufa, a 105 ºC, por 3 horas. No funde em torno de 168 °C.
máximo 0,5%.
C. O resíduo obtido no teste B. de IdentiÞcação responde
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
No máximo 0,1%.

CARACTERÍSTICAS
DOSEAMENTO
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Dissolver, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra,
previamente dessecada, em 20 mL de ácido acético Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
glacial e 10 mL de acetato de mercúrio SR. Adicionar
uma gota de cloreto de metilrosanilínio SI e titular com Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
ácido perclórico 0,1 M SV, até mudança de cor para azul-
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
esverdeado. Realizar ensaio em branco e fazer as correções
necessárias. Alternativamente determinar o ponto Þnal Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
SV equivale a 29,182 mg de C17H21NO.HCl.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL

Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. Aparelhagem: cestas, 100 rpm

Tempo: 45 minutos
ROTULAGEM
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
Observar a legislação vigente. de dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, com ácido
clorídrico 0,1 M, até concentração adequada. Medir as
CLASSE TERAPÊUTICA absorvâncias em 254 nm (5.2.14), utilizando o mesmo
solvente para ajuste do zero. Calcular a quantidade de
Anti-histamínico. C17H21NO.HCl dissolvida no meio, comparando as leituras
obtidas com a da solução de cloridrato de difenidramina
SQR, na mesma concentração e preparada no mesmo
CLORIDRATO DE DIFENIDRAMINA solvente.
COMPRIMIDOS Tolerância: não mesmo que 75% (Q) da quantidade
declarada de C17H21NO.HCl se dissolvem em 45 minutos.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% da
quantidade declarada de C17H21NO.HCl. ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
IDENTIFICAÇÃO em Substâncias relacionadas na monograÞa de Cloridrato
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade de difenidramina. Preparar a Solução (1) e a Solução (2)
do pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de difenidramina. como descrito a seguir.
Adicionar 1 mL de ácido sulfúrico 0,1 M e agitar com Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar
três porções de 20 mL de éter etílico. Descartar a camada quantidade de pó equivalente a 50 mg de cloridrato de
etérea. Alcalinizar a fase aquosa com hidróxido de sódio difenidramina e extrair com três porções de 10 mL de
5 M e extrair com duas porções de 50 mL de n-heptano. clorofórmio. Filtrar, evaporar os extratos combinados até
Reunir os extratos orgânicos, lavá-los com 10 mL de água, secura e dissolver o resíduo em 5 mL de clorofórmio.
Þltrar sobre sulfato de sódio anidro e evaporar o Þltrado
até a secura. Dissolver o resíduo em 1 mL de dissulfeto Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com
de carbono. O espectro de absorção no infravermelho do clorofórmio.
822 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Água (5.2.20.1). Determinar em 1 g da amostra. No B. Evaporar à secura 1 mL da Solução (1). Dissolver o


máximo 1,0%. resíduo em 0,15 mL de água e adicionar 2 mL de ácido
sulfúrico. Produz-se cor amarela, que, pela adição de 0,5
mL de ácido nítrico, muda para vermelha. Adicionar 15 mL
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
de água, esfriar, adicionar 5 mL de clorofórmio e agitar. A
Contagem do número total de micro-organismos camada clorofórmica adquire a coloração violeta.
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Solução (1): acidiÞcar volume de solução oral contendo
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). 50 mg de cloridrato de difenidramina com ácido clorídrico
Cumpre o teste. 2 M, agitar com três porções de 20 mL de éter etílico.

c DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
Descartar a fração etérea. Extrair com duas porções de
20 mL de clorofórmio, secar os extratos combinados sob
sulfato de sódio anidro, Þltrar, evaporar o clorofórmio e
dissolver o resíduo em 5 mL de clorofórmio.
aquoso (5.3.3.5). Pesar e pulverizar 20 comprimidos. C. Adicionar um excesso de hidróxido de sódio M.
Pesar quantidade do pó equivalente a 0,2 g de cloridrato de Ocorre desprendimento de vapores de amônio com
difenidramina, adicionar 20 mL de ácido acético anidro e odor característico, que pode ser reconhecido com o
10 mL de acetato de mercúrio a 6% (p/v) em ácido acético desenvolvimento de coloração vermelha quando um papel
glacial. Titular com ácido perclórico 0,1 M SV, utilizando Þltro Þca exposto aos vapores desprendidos.
cloreto de metilrosanilínio SI como indicador. Cada mL
de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 29,180 mg de
C17H21NO.HCl. CARACTERÍSTICAS
pH (5.2.19). 4,0 a 6,0.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegido da luz. ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
ROTULAGEM em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel H, como suporte, e mistura de
Observar a legislação vigente.
separadamente à placa, 5 PL de cada uma das soluções,
metanol e clorofórmio (20:80), como fase móvel. Aplicar,

recentemente preparadas, descritas a seguir.


CLORIDRATO DE DIFENIDRAMINA
SOLUÇÃO ORAL Solução (1): utilizar a Solução (1) descrita no teste B. de
IdentiÞcação.

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da Solução (2): diluir 1 volume da Solução (1) para 100
quantidade declarada de C17H21NO.HCl. volumes com clorofórmio.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


IDENTIFICAÇÃO secar ao ar, nebulizar com iodobismutato de potássio diluído
SR. Nenhuma mancha secundária obtida na Solução (1) é
A. Transferir uma quantidade de solução oral contendo mais intensa que aquela obtida na Solução (2).
50 mg de cloridrato de difenidramina para um funil
de separação. Adicionar 0,5 mL de ácido sulfúrico 2
M e extrair com três porções de 15 mL de éter etílico, TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
descartando as fases etéreas. Em um segundo funil de
Contagem do número total de micro-organismos
separação, dissolver 50 mg de cloridrato de difenidramina
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
SQR em 25 mL de água. Tratar as soluções como segue:
adicionar 2 mL de hidróxido de sódio M e extrair com 75 Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
mL de n-heptano. Lavar o extrato de n-heptano com 10 Cumpre o teste.
mL de água, evaporar até secura e dissolver o resíduo em
4 mL de clorofórmio. Filtrar se necessário para clariÞcar a
solução. Determinar rapidamente o espectro de absorção DOSEAMENTO
no infravermelho das Soluções padrão e amostra Þltradas, Cloridrato de difenidramina
usando clorofórmio como branco, em cela de 0,1 mm ou
1 mm e entre 7 —m a 15 —m. O espectro de absorção no AcidiÞcar volume da solução oral contendo exatamente
infravermelho (5.2.14) da amostra apresenta máximos de cerca de 0,1 g de cloridrato de difenidramina com ácido
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e clorídrico 2 M, agitar e extrair com três porções de 20 mL
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados de éter etílico. Descartar as frações etéreas. Alcalinizar a
no espectro de difenidramina SQR preparado de maneira fração aquosa com hidróxido de sódio 5 M e extrair com
idêntica.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 823

quatro porções de 25 mL de éter etílico. Lavar os extratos Constantes físico-químicas


etéreos combinados com duas porções de 5 mL de água.
Extrair as águas de lavagem com 15 mL de éter etílico, Faixa de fusão (5.2.2): 273 °C a 275 °C.
reunir os extratos etéreos e evaporar à secura. Dissolver o
resíduo em 15 mL de ácido sulfúrico 0,05 M SV e titular o IDENTIFICAÇÃO
excesso de ácido com hidróxido de sódio 0,1 M SV, usando
vermelho de metila SI. Cada mL de ácido sulfúrico 0,05 M Os testes de identiÞcação C. e D. poderão ser omitidos se
SV corresponde a 29,180 mg de C17H21NO.HCl forem realizados os testes A. e B.

Cloreto de Amônio A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da

ca
amostra dessecada e dispersa em brometo de potássio,
Realizar o doseamento do cloreto de amônio quando estiver apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
presente na formulação. Contém, no mínimo, 95,0% e, no comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
máximo, 105,0% da quantidade declarada de NH4Cl. relativas daqueles observados no espectro de cloridrato de
epinastina SQR, preparado de maneira idêntica.
Dissolver um volume da solução oral contendo exatamente
cerca de 1 g de cloreto de amônio em 20 mL de água. B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
Adicionar mistura de 5 mL de formaldeído neutralizado de 200 nm a 300 nm, da solução a 0,025% (p/v) em ácido
previamente em presença de fenolftaleína SI e 20 mL de clorídrico 0,1 M, exibe máximos em 210 nm, idêntico
água. Após 1 a 2 minutos, titular lentamente com hidróxido ao observado no espectro de solução de cloridrato de
de sódio M SV em presença de 0,2 mL do mesmo indicador. epinastina SQR, preparada de maneira idêntica.
Cada mL de hidróxido de sódio M SV corresponde a 53,490
mg de NH4Cl. Se a amostra for colorida, tratar previamente C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
com carvão ativo para remoção do corante. camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
como suporte, e mistura de água, 1-butanol e ácido acético
glacial (50:40:10), como fase móvel. Preparar a fase móvel
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
camada inferior. Aplicar, separadamente, a placa 5 PL de
com 24 horas de antecedência. Em seguida, desprezar a
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas
a seguir.
ROTULAGEM
Solução (1): preparar solução a 1 mg/mL da amostra em
Observar a legislação vigente. metanol.

Solução (2): preparar solução a 1 mg/mL de cloridrato de


CLORIDRATO DE EPINASTINA epinastina SQR em metanol.
Epinastini hydrochloridum Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).

D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.

ENSAIOS DE PUREZA
C16H15N3.HCl; 285,77
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
cloridrato de epinastina; 03440
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, até peso constante.
Cloridrato de 9,13b-diidro-1H-dibenz[c,f]imidazo[1,5-a]
No máximo 0,5%.
azepin-3-amina (1:1)
[80012-44-8]
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
C16H15N3.HCl em relação à substância dessecada.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 207 nm; coluna de 150 mm de
DESCRIÇÃO comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada

Pm) com base desativada, mantida à temperatura ambiente;


com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Características físicas. Pó cristalino branco ou amarelo
pálido. ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água. Fase móvel: mistura de trietilamina a 0,3% (v/v), ajustar o
pH para 4,0 com ácido fosfórico, e metanol (60:40).
824 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução amostra: transferir o equivalente a 25 mg de principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
amostra para balão volumétrico de 50 mL e completar o cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
volume com Fase móvel. Transferir 4 mL dessa solução
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
com Fase móvel, de modo a obter uma solução a 20 Pg/
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
da Solução amostra, obtida no Doseamento, corresponde
mL. àquele do pico principal da Solução padrão.

Solução padrão: transferir o equivalente a 25 mg de


CARACTERÍSTICAS
cloridrato de epinastina SQR para balão volumétrico de
50 mL e completar o volume com Fase móvel. Transferir Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

c 4 mL dessa solução para balão volumétrico de 100 mL e

solução a 20 Pg/mL.
completar o volume com Fase móvel, de modo a obter uma

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.

Preparar solução Þnal contendo 20 Pg/mL de cloridrato de


Uniformidade de dose unitária (5.1.6). Cumpre o teste.

padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas epinastina.


e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C16H15N3.
HCl na amostra a partir das respostas obtidas com a
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Solução padrão e com a Solução amostra.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Aparelhagem: pás, 60 rpm.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. Tempo: 45 minutos.

Proceder conforme descrito no método de Doseamento da


ROTULAGEM
monograÞa de Cloridrato de Epinastina.
Observar a legislação vigente.
Solução padrão: dissolver em ácido clorídrico 0,1 M
quantidade exatamente pesada de cloridrato de epinastina
CLASSE TERAPÊUTICA SQR de modo a obter solução cuja concentração seja
(L/900) mg/mL, em que L é a quantidade declarada, em
Anti-histamínico. miligramas, de cloridrato de epinastina por comprimido.

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de


CLORIDRATO DE EPINASTINA dissolução e Þltrar. Injetar, separadamente, 20 —L das
COMPRIMIDOS Soluções padrão e amostra. Registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C16H15N3.
HCl na amostra a partir das respostas obtidas com a
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da Solução padrão e Solução amostra.
quantidade declarada de C16H15N3.HCl. Os comprimidos
podem ser revestidos. Tolerância: não menos do que 75% (Q) da quantidade
declarada de C16H15N3.HCl se dissolvem em 45 minutos.

IDENTIFICAÇÃO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, Contagem do número total de micro-organismos
como suporte, e mistura de água, 1-butanol e ácido acético mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
glacial (50:40:10), como fase móvel. Preparar a fase móvel
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
camada inferior. Aplicar, separadamente à placa, 10 PL de
com 24 horas de antecedência. Em seguida, desprezar a
Cumpre o teste.
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas
a seguir. DOSEAMENTO
Solução (1): pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir Proceder conforme descrito no método de Doseamento
o equivalente a 10 mg de cloridrato de epinastina para da monograÞa de Cloridrato de Epinastina. Preparar as
balão volumétrico de 10 mL com auxílio de 5 mL de Soluções amostra e padrão como descrito a seguir.
metanol. Agitar mecanicamente por 10 minutos, completar
o volume com o mesmo solvente e Þltrar. Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade de pó equivalente a 25 mg de cloridrato
Solução (2): preparar a solução a 1 mg/mL de cloridrato de de epinastina para balão volumétrico de 50 mL e adicionar
epinastina SQR em metanol. 30 mL de metanol. Deixar em ultrassom a temperatura
ambiente por 15 minutos e agitar mecanicamente por 15
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar minutos. Completar o volume com o mesmo solvente,
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 825

agitar e Þltrar. Transferir alíquota equivalente a 4 mL para IDENTIFICACÃO


balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com
Fase móvel. O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
realizados os testes B., C. e D. Os testes de identiÞcação
Solução padrão: transferir o equivalente a 25 mg de B. e C. podem ser omitidos se forem realizados os testes
cloridrato de epinastina SQR para balão volumétrico de 50 A. e D.
mL e adicionar 30 mL de metanol. Agitar mecanicamente
por 15 minutos e completar o volume com o mesmo A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
solvente. Transferir alíquota equivalente a 4 mL para balão amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase de potássio, apresenta máximos de absorção somente

ca
móvel. nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções


intensidades relativas daqueles observado no espectro
de cloridrato de etambutol SQR preparado de maneira
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir idêntica.
as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C16H15N3.
HCl, nos comprimidos, a partir das respostas obtidas com B. A mancha principal do cromatograma da Solução
a Solução padrão e Solução amostra. (2), obtida em Limite de aminobutanol, corresponde em
posição, cor e intensidade aquela obtida com a Solução (4).

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO C. Dissolver 0,1 g da amostra em 10 mL de água e adicionar


0,2 mL de sulfato cúprico SR. Adicionar 1 mL de hidróxido
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. de sódio M. Desenvolve-se coloração azul.

D. A solução aquosa a 10% (p/v) responde às reações do


ROTULAGEM íon cloreto (5.3.l.1).
Observar a legislação vigente.
ENSAIOS DE PUREZA

CLORIDRATO DE ETAMBUTOL pH (5.2.19). 3,7 a 4,0. Determinar em solução a 2% (p/v)


Ethambutoli hydrochloridum em água isenta de dióxido de carbono.

Limite de aminobutanol. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel G, como suporte, e mistura de hidróxido de
amônio, água e metanol (10:15:75), como fase móvel.
Aplicar, separadamente, à placa, 2 —L de cada uma das
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): solução da amostra a 50 mg/mL em metanol.


C10H24N2O2.2HCl; 277,23 Solução (2): solução da amostra a 5 mg/mL em metanol.
cloridrato de etambutol; 03642
Cloridrato de (2S,2’S)-2,2’-(1,2-etanodiildiimino)bis-1- Solução (3): solução de aminobutanol SQR a 0,5 mg/mL
butanol (2:1) em metanol.
[1070-11-7]
Solução (4): solução de cloridrato de etambutol SQR a 5
mg/mL em metanol.
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 101,0% de
C10H24N2O2.2HCl em relação à substância dessecada. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar e aquecer a 110 °C por 10 minutos. Resfriar e
nebulizar com ninidrina SR. Aquecer a placa a 110 °C por
DESCRICÃO
5 minutos. Qualquer mancha secundária correspondente ao
Características físicas. Pó branco, cristalino, inodoro, aminobutanol obtida no cromatograma com a Solução (1)
sabor amargo e higroscópico. não é mais intensa que aquela obtida com a Solução (3)
(1,0%).
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel
em etanol e metanol, pouco solúvel em clorofórmio e Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
praticamente insolúvel em éter etílico. máximo 0,001% (10 ppm).

Constantes físico-químicas. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da


amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 3 horas. No
Faixa de fusão (5.2.2): 199 °C a 204 °C. máximo 0,5%.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +5,8° a +6,6°, em Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
relação à substância anidra. Determinar em solução a 10% No máximo 0,1%.
(p/v).
826 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO 1 % (p/v) e 1 mL de hidróxido de sódio M. Desenvolve-se


coloração azul.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio de pó equivalente a 1 g de cloridrato de etambutol com 10
não aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,2 g da amostra em 100 mL de água. A solução obtida responde às reações do íon
mL de ácido acético glacial e adicionar 5 mL de acetato cloreto (5.3.1.1).
de mercúrio SR. Titular com acido perclórico 0,1 M SV,
utilizando cloreto de metilrosanilínio SI como indicador. D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias. da Solução amostra, obtida no método A. de Doseamento,

c
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 13,862 correspondente àquele do pico principal da Solução
mg de C10H24N2O2.2HCl. padrão.

B. Dissolver 0,1 g da amostra em 20 mL de uma solução


preparada da seguinte maneira: mistura de 4 mL de sulfato CARACTERÍSTICAS
cúprico SR com 70 mL de hidróxido de amônio 2 M, adição
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
de 10 mL de hidróxido de sódio M e diluição para 100 mL
com água. Após a dissolução, completar o volume para Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
25 mL com o mesmo solvente. Preparar solução padrão
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Medir o ângulo de rotação das soluções em tubo adequado TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
(5.2.8), utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero. Meio de dissolução: água, 900 mL
Calcular o teor de C10H24N2O2.2HCl na amostra a partir das
leituras dos ângulos obtidos. Aparelhagem: cesta, 100 rpm

Tempo: 45 minutos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. de dissolução e Þltrar, desprezando os 10 mL iniciais.
Determinar a quantidade de etambutol dissolvido conforme
ROTULAGEM descrito no método A. em Doseamento. Preparar a Solução
padrão como descrito a seguir.
Observar a legislação vigente.
Solução padrão: pesar com exatidão, 22,2 mg de cloridrato
de etambutol SQR e transferir para balão volumétrico de
CLASSE TERAPEUTICA 50 mL. Dissolver e completar o volume com o meio de
dissolução. Homogeneizar e Þltrar.
Agente antibacteriano (tuberculostático).
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C10H24N2O2.2HCl se dissolvem em 45
CLORIDRATO DE ETAMBUTOL minutos.
COMPRIMIDOS
ENSAIOS DE PUREZA
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0%
Limite de aminobutanol. Proceder conforme descrito em
da quantidade declarada de cloridrato de etambutol
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
(C10H24N2O2.2HCl). Os comprimidos devem ser revestidos.
sílica-gel G, como suporte, e mistura de hidróxido de
amônio concentrado, água e metanol (10:15:75), como fase
IDENTIFICAÇÃO móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 —L de cada uma
das soluções, recentemente preparada, descritas a seguir.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
do pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de etambutol e Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar
misturar com 3 mL de metanol em gral de vidro. Adicionar quantidade do pó equivalente a 0,5 g de cloridrato de
5 mL de metanol, homogeneizar e Þltrar. Recolher o Þltrado etambutol, adicionar 7 mL metanol e agitar por 5 minutos.
em béquer contendo 100 mL de acetona. Agitar a mistura Completar o volume para 10 mL com o mesmo solvente e
e deixar ocorrer cristalização por 15 minutos. Remover Þltrar, de modo a obter solução a 50 mg/mL.
o sobrenadante e secar os cristais com ar comprimido.
Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação da Solução (2): solução de aminobutanol SQR a 0,5 mg/mL
monograÞa de Cloridrato de etambutol. em metanol.

B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
de pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de etambutol e agitar secar ao ar e aquecer a 110 °C por 10 minutos. Resfriar
com 10 mL de água. Adicionar 2 mL de sulfato cúprico a e nebulizar com ninidrina SR. Aquecer a 110 °C por 5
minutos. Qualquer mancha secundária corresponde ao
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 827

aminobutanol obtida no cromatograma com a Solução (1) clorofórmicos em béquer e evaporar em banho-maria
não é mais intensa que aquela obtida com a Solução (2) até volume de aproximadamente 25 mL. Filtrar através
(1%). de papel para um erlenmeyer. Lavar o béquer e o papel
de Þltro com 100 mL de ácido acético glacial anidro.
Proceder conforme descrito em Titulação em meio não
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
aquoso (5.3.3.5), utilizando como indicador 10 gotas
Contagem do número total de micro-organismos de 1-naftolbenzeína SI e como agente titulante ácido
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. perclórico 0,1 M SV. Preparar branco e titular de modo
análogo. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). 13,862 mg de cloridrato de C10H24N2O2.2HCl.
Cumpre o teste.

DOSEAMENTO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
ca
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido ROTULAGEM


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Observar a legislação vigente.
de detector ultravioleta a 270 nm; coluna de 100 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m); mantida a temperatura de 40 °C; ßuxo da Fase móvel CLORIDRATO DE FEXOFENADINA
de 2,0 mL/minuto. Fexofenadini hydrochloridum

Tampão acetato de amônio pH 5,0: transferir


quantitativamente 50 g de acetato de amônio e 0,2 g de
acetato de cobre para balão volumétrico de 1000 mL.
Completar o volume com água, homogeneizar e ajustar a
pH 5,0 com ácido acético glacial.

Fase móvel: mistura de Tampão acetato de amônio pH


5,0e metanol (94:6).

Diluente: água e metanol (94:6).

Solução amostra: pesar e pulverizar os comprimidos.


Transferir 20 mg de cloridrato de etambutol, exatamente C32H39NO4.HCl; 538,12
pesada, para balão volumétrico de 50 mL. Adicionar cloridrato de fexofenadina; 04038
Diluente, agitar, completar o volume com o Diluente e Cloridrato do ácido 4-[1-hidroxi-4-[4-(hidroxidifenilmetil)-
Þltrar. Diluir o Þltrado quantitativamente com a Fase 1-piperidinil]butil]-Į,Į-dimetil-benzenoacético (1:1)
móvel até obter solução de concentração semelhante à da [153439-40-8]
Solução padrão.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada C32H39NO4.HCl, em relação à substância dessecada.
de cloridrato de etambutol SQR no Diluente, de modo a
obter solução a 0,4 mg/mL. Homogeneizar e Þltrar.
DESCRIÇÃO
Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. A eÞciência
da coluna é maior ou igual a 2000 pratos teóricos. O fator Características físicas. Pó cristalino branco ou branco
de cauda é menor que 2,5. O desvio padrão relativo das pálido.
áreas de replicatas dos picos registrados não deve ser maior
Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, muito solúvel
que 2,0%.
em etanol e metanol, ligeiramente solúvel em clorofórmio,
Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução insolúvel em hexano.
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas
Constantes físico-químicas.
e medir a área sob os picos. Calcular o teor de
C10H24N2O2.2HCl nos comprimidos a partir das respostas Faixa de fusão (5.2.2): 195 °C a 197 °C.
obtidas com as Solução padrão e Solução amostra.

B. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Usar o equivalente IDENTIFICAÇÃO


a 0,2 g de cloridrato de etambutol e transferir para funil
de separação. Adicionar 20 mL de solução de hidróxido A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
de sódio 2 M e agitar durante 5 minutos. Extrair com amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
cinco porções de 25 mL de clorofórmio. Reunir os estratos máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
828 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

observados no espectro de cloridrato de fexofenadina SQR, Solução amostra: transferir 20 mg da amostra, exatamente
preparado de maneira idêntica. pesada, para balão volumétrico de 100 mL, completar o
volume com Fase móvel e homogeneizar. Transferir 5 mL
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa dessa solução para balão volumétrico de 25 mL e completar
de 200 a 370 nm, de solução a 0,0014% (p/v) em etanol, o volume com Fase móvel, de modo a obter solução a 40
exibe um ombro característico em 220 nm, idêntico ao —g/mL.
observado no espectro de solução similar de cloridrato de
fexofenadina SQR. Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de cloridrato de fexofenadina SQR em Fase móvel de
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em modo a obter solução a 40 —g/mL.

c
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
como suporte, e mistura de 1-butanol, ácido acético glacial Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. A eÞciência
e água (6:3:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, da coluna não é menor do que 2500 pratos teóricos. O fator
à placa, 10 —L de cada uma das soluções recentemente de cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo
preparadas, descritas a seguir. das áreas de replicatas dos picos registrados não é maior
que 2,0%.
Solução (1): solução a 1 mg/mL da amostra em metanol.
Procedimento: injetar separadamente, 20 —L das Soluções
Solução (2): solução a 1 mg/mL de cloridrato de padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
fexofenadina SQR em metanol. as áreas sob os picos. Calcular o teor de C32H39NO4.HCl
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm) ou padrão e a Solução amostra.
expor a placa a vapores de iodo. A mancha principal
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
intensidade àquele obtida com a Solução (2).
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão. ROTULAGEM
Observar legislação vigente.
ENSAIOS DE PUREZA
Cloretos. Dissolver 0,3 g da amostra em 50 mL de metanol. CLASSE TERAPEUTICA
Titular potenciometricamente com nitrato de prata 0,1 M Anti-histamínico.
SV. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 3,545
mg de cloreto. Deve apresentar teor entre 6,45% a 6,75%
de cloreto, calculado sobre a base anidra. CLORIDRATO DE FEXOFENADINA
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No COMPRIMIDOS
máximo 0,002% (20 ppm).

Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% das
quantidades declaradas de C32H39NO4.HCl.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 2 horas. No
máximo 1,0%. IDENTIFICAÇÃO

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. A. Pesar e pulverizar quantidade suÞciente de


No máximo 0,1%. comprimidos. Transferir, exatamente, quantidade de pó
equivalente a cerca de 60 mg de cloridrato de fexofenadina
para um tubo com tampa. Adicionar 10 mL da mistura de
DOSEAMENTO acetonitrila e metanol (10:1), e agitar em vórtex por 1 a
2 minutos até dispersão da amostra. Deixar a solução em
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
repouso por 10 minutos ou centrifugar por 2 a 3 minutos.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Filtrar para um frasco de 50 mL usando um Þltro de 0,45
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 250 mm de
ȝm politetraßuoretileno. Evaporar o solvente até cerca de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
0,5 mL usando ßuxo de nitrogênio com suave aquecimento
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
(não exceder a 75 ºC). Adicionar 5 mL de água e cinco
—m), mantida a temperatura de 30 °C; ßuxo da Fase móvel
gotas de ácido clorídrico diluído, agitar e induzir a
de 1,0 mL/minuto.
precipitação. Introduzir em banho de gelo por 30 minutos.
Fase móvel: mistura de acetato de amônio 0,05 M e Filtrar a solução para cadinho de vidro sinterizado de 10
acetonitrila (50:50). Ajustar o pH em 3,2 com ácido a 15 —m. Secar o precipitado em estufa a 105 °C por 1
clorídrico M. hora. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do
resíduo obtido, disperso em brometo de potássio, apresenta
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 829

máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos DOSEAMENTO


de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de fexofenadina SQR, preparado de Proceder conforme descrito em Doseamento na monograÞa
maneira idêntica. Para preparar a dispersão de brometo de de Cloridrato de fexofenadina. Preparar a Solução amostra
potássio com a fexofenadina SQR, deve-se transferir cerca como descrito a seguir.
de 60 mg do padrão para um tubo com tampa e proceder
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
a partir de “Adicionar 10 mL da mistura de acetonitrila e
Transferir quantidade do pó equivalente a 40 mg de
metanol (10:1)...”.
cloridrato de fexofenadina para balão volumétrico de 200
B. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir mL, adicionar 120 mL de Fase móvel e deixar em ultrassom

ca
quantidade do pó equivalente a 14 mg de cloridrato de por 15 minutos. Agitar mecanicamente por 30 minutos,
fexofenadina para balão volumétrico de 100 mL com auxílio completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar
de 60 mL de etanol. Agitar por 10 minutos e completar o e Þltrar. Transferir 5 mL para balão volumétrico de 25 mL,
volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar. completar o volume com Fase móvel e homogeneizar.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções


Prosseguir conforme descrito no teste B. de IdentiÞcação
da monograÞa de Cloridrato de fexofenadina.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir a
C. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Agitar quantidade área sob os picos. Calcular o teor de C32H39NO4.HCl nos
de pó equivalente a 10 mg de cloridrato de fexofenadina comprimidos a partir das respostas obtidas com a Solução
com 10 mL de metanol, homogeneizar e Þltrar. Prosseguir padrão e a Solução amostra.
conforme descrito no teste C. de IdentiÞcação da
monograÞa de Cloridrato de fexofenadina. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
da Solução amostra, obtida no método de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
ROTULAGEM
CARACTERÍSTICAS Observar a legislação vigente.

Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. CLORIDRATO DE FLUOXETINA


Fluoxetini hydrochloridum
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,01 M, 900 mL

Aparelhagem: cestas, 100 rpm

Tempo: 45 minutos
C17H18F3NO.HCl; 345,79
Procedimento: proceder conforme descrito em Doseamento
cloridrato de ßuoxetina; 04177
na monograÞa de Cloridrato de fexofenadina. Preparar a
Cloridrato de N-metil-Ȗ-[4-(trißuormetil)fenoxi]
Solução amostra como descrito a seguir.
benzenopropanamina (1:1)
Solução amostra: após o teste, retirar alíquota de dissolução [56296-78-7]
e diluir até concentração próxima a da Solução padrão,
utilizando Fase móvel como diluente. Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de
C17H18F3NO.HCl, em relação à substância anidra.
Tolerância: não menos que 70% (Q) da quantidade
declarada de C32H39NO4.HCl se dissolvem em 45 minutos.
DESCRIÇÃO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
branco.
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, facilmente
solúvel em etanol e metanol, praticamente insolúvel em
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). éter etílico.
Cumpre o teste.
Constantes físico-químicas.

Faixa de fusão (5.2.2): 158,4 °C a 158,9 °C.


830 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Poder rotatório (5.2.8): -0,05° a +0,05°. Determinar em Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
solução a 2% (p/v) em mistura de água e metanol (15:85). (1) e Solução (2) e registrar os cromatogramas por, no
mínimo, o dobro do tempo de retenção do pico principal.
Calcular a porcentagem de cada impureza da Solução
IDENTIFICAÇÃO
(2) a partir da fórmula: 0,1(ri/rp), onde ri é a resposta do
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da pico de impureza na Solução (2) e rp é a resposta do pico
amostra não dessecada e dispersa em brometo de potássio referente à ßuoxetina na Solução (1). No máximo 0,15%
apresenta máximos de absorção somente nos mesmos de impureza com tempo de retenção relativo de 0,88 e no
comprimentos de onda e com as mesmas intensidades máximo 0,1% de outra impureza individual. No máximo
0,5% de impurezas totais.

c
relativas daqueles observados no espectro de cloridrato de
ßuoxetina SQR, preparado de maneira idêntica.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa em 0,67 g da amostra. Utilizar solução padrão de chumbo 2
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método ppm.. No máximo 0,003% (30 ppm).
A. de Doseamento, exibe máximos e mínimos somente nos
Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%.
mesmos comprimentos de onda observados no espectro de
solução similar de cloridrato de ßuoxetina SQR. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. DOSEAMENTO
D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1). Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


ENSAIOS DE PUREZA absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca
de 75 mg da amostra, transferir para balão volumétrico
pH (5.2.19). 4,5 a 6,5. Determinar em solução aquosa a 1%
de 100 mL e dissolver em ácido clorídrico 0,1 M.
(p/v) em água isenta de dióxido de carbono.
Completar o volume com o mesmo solvente. Diluir,
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito sucessivamente, utilizando ácido clorídrico 0,1 M, até
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). concentração de 0,0015% (p/v). Preparar solução padrão
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
215 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mmde Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 227
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero.
ligada a grupo octilsilano (5 —m), mantida a temperatura Calcular o teor de C17H18F3NO.HCl na amostra a partir das
de 30 °C; ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto. leituras obtidas.

Tampão fosfato pH 3,6: transferir 3,395 g de sulfato B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de tetrabutilamônio e 1,361 g de fosfato de potássio de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
monobásico para balão volumétrico de 1000 mL, dissolver de detector ultravioleta a 227 nm; coluna de 250 mm de
em 900 mL de água, ajustar o pH para 3,6 com hidróxido comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
de amônio e completar o volume com água. com sílica quimicamente ligada a octilsilano (5 —m),
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 3,6 e acetonitrila 1,0 mL/minuto.
(78:22).
Tampão trietilamina pH 6,0: transferir 10 mL de trietilamina
Solução (1): transferir, exatamente, cerca de 30 mg de para balão volumétrico de 1000 mL, adicionar cerca de 980
cloridrato de ßuoxetina SQR para balão volumétrico de 250 mL de água, ajustar o pH para 6,0 com ácido fosfórico e
mL, dissolver na Fase móvel e completar o volume com completar o volume com água.
o mesmo solvente. Transferir 5 mL da solução resultante
para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume Fase móvel: mistura de Tampão trietilamina pH 6,0,
com o mesmo solvente. Transferir 5 mL dessa solução para tetraidrofurano e metanol (6:3:1).
balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 27,5 mg
o mesmo solvente, de modo a obter solução a 1,2 —g/mL.
da amostra e transferir para balão volumétrico de 25 mL.
Solução (2): transferir, exatamente, cerca de 30 mg da Dissolver com Fase móvel e completar o volume com
amostra para balão volumétrico de 25 mL e completar o o mesmo solvente. Homogeneizar. Transferir 5 mL da
volume com a Fase móvel. Homogeneizar. solução resultante para balão volumétrico de 50 mL e
completar o volume com Fase móvel. Homogeneizar.
Injetar replicatas de 20 —L da Solução (1). O fator de cauda
não é maior que 1,7. O desvio padrão relativo das áreas de Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 27,5 mg
replicatas dos picos registrados não deve ser maior que 10%. de cloridrato de ßuoxetina SQR e transferir para balão
volumétrico de 25 mL. Dissolver em Fase móvel e
completar o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 831

Transferir 50 mL e completar o volume com Fase móvel. CARACTERÍSTICAS


Homogeneizar.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Injetar replicatas de 10 —L da Solução padrão. O fator de
cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
áreas de replicatas dos picos registrados não deve ser maior
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
que 2,0%.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Procedimentoinjetar, separadamente,PL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

ca
áreas sob os picos. Calcular o teor de C17H18F3NO.HCl
na amostra a partir das respostas obtidas com a Soluções Procedimento para uniformidade de conteúdo. Tansferir
padrão e a Solução amostra. cada comprimido para balão volumétrico de 100 mL.
Adicionar 70 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Deixar em
ultrassom por 5 minutos. Agitar mecanicamente por 15
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
minutos, completar o volume com o mesmo solvente,
Em recipientes bem fechados. homogeneizar e Þltrar. Diluir, sucessivamente, no mesmo
solvente, até concentração de 0,0015% (p/v) de ßuoxetina.
Preparar solução padrão na mesma concentração de
ROTULAGEM ßuoxetina (C12H18F3NO), utilizando cloridrato de ßuoxetina
SQR e o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das
Observar a legislação vigente.
soluções resultantes em 227 nm (5.2.14), utilizando ácido
clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a quantidade
CLASSE TERAPÊUTICA de ßuoxetina (C12H18F3NO) em cada comprimido a partir
das leituras obtidas.
Antidepressivo.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


CLORIDRATO DE FLUOXETINA Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
COMPRIMIDOS
Aparelhagem: pás, 50 rpm

Contém cloridrato de ßuoxetina equivalente a, no mínimo, Tempo: 45 minutos


90,0% e, no máximo, 110,0% da quantidade declarada de
ßuoxetina (C17H18F3NO). Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução e diluir, se necessário, com ácido clorídrico 0,1
M até concentração adequada. Medir as absorvâncias em
IDENTIFICAÇÃO 227 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste
do zero. Calcular a quantidade de ßuoxetina (C12H18F3NO)
Os testes de identiÞcação B. e C. podem ser omitidos se
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a
forem realizados os testes A. e D.
da solução de cloridrato de ßuoxetina SQR na concentração
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade de 0,0015% (p/v) de ßuoxetina (C12H18F3NO), preparada
do pó equivalente a 10 mg de ßuoxetina para béquer, com o mesmo solvente.
dissolver em 10 mL de etanol e Þltrar. Lavar o recipiente
Tolerância: não menos que 70% (Q) da quantidade
com 5 mL do mesmo solvente e evaporar o Þltrado em
declarada de ßuoxetina (C12H18F3NO) se dissolvem em 45
banho-maria até resíduo. O resíduo obtido, dessecado a 60
minutos.
°C, em estufa a vácuo, por 3 horas responde ao teste A. de
IdentiÞcação da monograÞa de Cloridrato de ßuoxetina.
ENSAIOS DE PUREZA
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
A. de Doseamento, exibe máximos e mínimos somente nos Substâncias relacionadas da monograÞa de Cloridrato de
mesmos comprimentos de onda observados no espectro da ßuoxetina. Preparar a Solução (2) como descrito a seguir.
solução padrão.
Solução (2): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir,
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma exatamente, quantidade do pó equivalente a 20 mg de
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, ßuoxetina para balão volumétrico de 10 mL, acrescentar 8
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. mL de Fase móvel, deixar em ultrassom por 15 minutos e
completar o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar
D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir e Þltrar.
quantidade do pó equivalente a 20 mg de ßuoxetina para
balão volumétrico de 5 mL e completar o volume com Procedimento: injetar replicatas de 20 —L da Solução
água. Homogeneizar e Þltrar. A solução resultante responde (2), registrar os cromatogramas e medir as áreas sob
às reações do íon cloreto (5.3.1.1). os picos. Calcular a porcentagem de cada impureza no
832 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

cromatograma da Solução (2), utilizando a fórmula: 100 ROTULAGEM


(ri/rt) em que ri é a resposta de cada pico, excluindo o
pico relativo à ßuoxetina, e rt é a soma das respostas de Observar a legislação vigente.
todos os picos, incluindo o pico relativo à ßuoxetina. Não
considerar os picos relativos aos solventes. No mínimo,
0,25% de impureza individual e, no máximo, 0,40% de CLORIDRATO DE FLURAZEPAM
impureza total. COMPRIMIDOS

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da

c Contagem do número total de micro-organismos


mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


quantidade declarada de C21H23ClFN3O.HCl.

IDENTIFICAÇÃO
Cumpre o teste. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, como
DOSEAMENTO suporte e mistura de tolueno, acetona e hidróxido de

separadamente, à placa, 10 PL de cada uma das soluções


amônio a 25% (v/v) (50:50:2), como fase móvel. Aplicar,

Empregar um dos métodos a seguir. recentemente preparadas, descritas a seguir.


A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Solução (1): pulverizar os comprimidos. Transferir
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar os quantidade do pó equivalente a 20 mg de cloridrato de
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a 15 ßurazepam para béquer, adicionar 10 mL de metanol,
mg de ßuoxetina (C17H18F3NO) para balão volumétrico de agitar por 5 minutos e Þltrar.
100 mL. Adicionar 70 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Deixar
em ultrassom por 5 minutos. Agitar mecanicamente por Solução (2): solução de cloridrato de ßurazepam SQR a 2
15 minutos, completar o volume com o mesmo solvente, mg/mL em metanol.
homogeneizar e Þltrar. Diluir, sucessivamente, no mesmo
solvente, até concentração de 0,0015% (p/v) de ßuoxetina. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Preparar solução padrão na mesma concentração de secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A
ßuoxetina (C17H18F3NO), utilizando cloridrato de mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde em
ßuoxetina SQR e o mesmo solvente. Medir as absorvâncias posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
das soluções resultantes em 227 nm, utilizando ácido
clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a quantidade
CARACTERÍSTICAS
de ßuoxetina (C17H18F3NO) nos comprimidos a partir das
leituras obtidas. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Proceder conforme descrito
no método B. de Doseamento da monograÞa de Cloridrato Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
de ßuoxetina. Preparar a Solução amostra como descrito
a seguir. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.

Solução amostra: pesar e pulverizar os comprimidos. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Transferir quantidade do pó equivalente a 10 mg de
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Proceder
ßuoxetina (C17H18F3NO) para balão volumétrico de
ao abrigo da luz. Pesar individualmente e transferir cada
100 mL, acrescentar 70 mL de Fase móvel. Deixar em
comprimido para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar
ultrassom por 15 minutos. Agitar mecanicamente por 15
2 mL de água e deixar em ultrassom por 5 minutos.
minutos e completar o volume com o mesmo solvente.
Adicionar 80 mL de metanol e submeter a ultrassom por
Homogeneizar e Þltrar.
mais 5 minutos. Agitar por 10 minutos e completar o
Procedimentoinjetar, separadamente, 10 —L das Soluções volume com metanol. Centrifugar e Þltrar, se necessário.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as Diluir sucessivamente com ácido sulfúrico metanólico
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de ßuoxetina 0,1 M de modo a obter concentração de 0,003% (p/v) de
(C17H18F3NO) nos comprimidos a partir das respostas cloridrato de ßurazepam. Preparar solução padrão conforme
obtidas para a Solução padrão e a Solução amostra. descrito no Doseamento. Medir as absorvâncias das
soluções resultantes em 284 nm (5.2.14), utilizando ácido
sulfúrico metanólico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO a quantidade de C21H23ClFN3O.HCl nos comprimidos, a
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz. partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os
cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 319, em 284 nm, em
ácido sulfúrico metanólico 0,1 M.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 833

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


Meio de dissolução: água, 900 mL
CLORIDRATO DE HIDRALAZINA
Hydralazini hydrochloridum
Aparelhagem: cestas, 100 rpm

Tempo: 20 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de

de 0,45 Pm. Medir as absorvâncias das soluções em 270


dissolução, Þltrar com auxílio de membrana com porosidade

nm (5. 2.14), utilizando água para ajuste do zero. Calcular


a quantidade de C21H23ClFN3O.HCl dissolvida no meio,
comparando as leituras obtidas com a da solução de cloridrato
de ßurazepam SQR na concentração de 0,0033% (p/v).
C8H8N4.HCl; 196,64
cloridrato de hidralazina; 04647
ca
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade Cloridrato de 1-hidrazinilftalazina (1:1)
declarada de C21H23ClFN3O.HCl se dissolvem em 20 [304-20-1]
minutos.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C8H8N4.HCl, em relação à substância dessecada.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos DESCRIÇÃO
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). branco, inodoro ou quase inodoro.
Cumpre o teste.
Solubilidade. Solúvel em água, pouco solúvel em etanol,
praticamente insolúvel em clorofórmio e éter etílico.
DOSEAMENTO
Constantes físico-químicas.
Realizar o doseamento ao abrigo da luz. Pesar e pulverizar
20 comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a Temperatura de fusão (5.2.2): 275 ºC, com decomposição.
0,3 g de cloridrato de ßurazepam para balão volumétrico de
100 mL. Adicionar 2 mL de água e deixar em ultrassom por 5
IDENTIFICAÇÃO
minutos. Adicionar 80 mL de metanol e deixar em ultrassom
por mais 5 minutos. Agitar por 10 minutos e completar o Os testes de identiÞcação B., C. e D. podem ser omitidos se
volume com metanol. Centrifugar e Þltrar, se necessário. forem realizados os testes A. e E.
Diluir sucessivamente com ácido sulfúrico metanólico
0,1 M de modo a obter concentração de 0,003% (p/v) de A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
cloridrato de ßurazepam. Pesar, exatamente, cerca de 30 da amostra, dispersa em cloreto de potássio, apresenta
mg de cloridrato de ßurazepam SQR e transferir para balão máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
volumétrico de 100 mL. Dissolver com 80 mL de metanol de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
e deixar em ultrassom por 5 minutos. Completar o volume observados no espectro de cloridrato de hidralazina SQR,
com o mesmo solvente e diluir sucessivamente com ácido preparado de maneira idêntica.
sulfúrico metanólico 0,1 M de modo a obter concentração
de 0,003% (p/v) de cloridrato de ßurazepam. Medir as B. O espectrode absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
absorvâncias das soluções resultantes em 284 nm (5.2.14), de 230 nm a 350 nm, de solução a 0,002% (p/v) em água,
utilizando ácido sulfúrico metanólico 0,1 M para ajuste exibe máximos de absorção em 240, 260, 305 e 315 nm.
do zero. Calcular a quantidade de C21H23ClFN3O.HCl nos Os valores das absorvâncias são de, aproximadamente, 1,1,
comprimidos a partir das leituras obtidas. Alternativamente, 1,1, 0,53 e 0,43, respectivamente.
realizar os cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 319, em C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
284 nm, em ácido sulfúrico metanólico 0,1 M. da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
D. Dissolver 0,1 g da amostra em 10 mL de água. A 5 mL
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. da solução obtida, adicionar 5 mL de 2-nitrobenzaldeído a
2% (p/v) em etanol. Produz-se precipitado laranja.

ROTULAGEM E. A solução aquosa da amostra a 0,025% (p/v) responde


às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
Observar a legislação vigente.
834 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA solução a 0,4 mg/mL. Transferir 5 mL dessa solução para


balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
pH (5.2.19). 3,5 a 4,2. Determinar em solução aquosa a ácido acético 0,1 M, obtendo solução a 40 —g/mL.
2% (p/v).
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, de
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito no cloridrato de hidralazina SQR em ácido acético 0,1 M de modo
método B. de Doseamento. Preparar a Solução teste como a obter solução a 0,4 mg/mL. Transferir 5 mL dessa solução
descrito a seguir. para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
Solução teste: transferir, exatamente, cerca de 25 mg da ácido acético 0,1 M, obtendo solução a 40 —g/mL.

c
amostra para balão volumétrico de 50 mL, dissolver em Solução de resolução: preparar solução em ácido acético
30 mL de ácido acético 0,1 M e completar o volume com o 0,1 M contendo aproximadamente 0,25 mg de cloridrato
mesmo solvente. de hidralazina SQR e 50 —g de ftalazina por mililitro.
Procedimento: injetar 20 —L da Solução teste, registrar os Transferir 5 mL dessa solução para balão volumétrico de
cromatogramas e medir as áreas de todos os picos obtidos. 50 mL, completar o volume com ácido acético 0,1 M e
A soma das área sob os picos secundários, exceto a do pico homogeneizar.
principal, não é superior a 1,0% da área total dos picos Injetar replicatas de 20 —L da Solução de resolução. Os
obtidos, incluindo a do pico principal. Não incluir nos tempos de retenção relativos são cerca de 0,65 para a
cálculos os picos relativos ao solvente. ftalazina e 1,0 para o cloridrato de hidralazina. A resolução
Metais pesados (5.3.2.3). Umedecer o resíduo obtido em entre os picos de ftalazina e de cloridrato de hidralazina
Cinzas sulfatadas com 2 mL de ácido clorídrico, evaporar, não é menor que 4,0. O desvio padrão relativo das áreas
secar e adicionar 20 mL de água. Proceder conforme de replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.
descrito em Ensaio limite para metais pesados, Método I. Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
No máximo 0,002% (20 ppm). padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1,0 g da medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C8H8N4.HCl
amostra. Dessecar em estufa a 110 ºC, por 15 horas, até na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
peso constante. No máximo 0,5%. padrão e a Solução amostra.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1,0 g da


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
amostra. No máximo 0,5%.
Em recipientes bem fechados.
DOSEAMENTO
ROTULAGEM
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Observar a legislação vigente.
A. Pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da amostra, transferir
para erlenmeyer de 250 mL com tampa e dissolver em
25 mL de água. Adicionar 35 mL de ácido clorídrico CLASSE TERAPÊUTICA
e resfriar à temperatura ambiente. Adicionar 5 mL de
clorofórmio e titular com iodato de potássio 0,02 M SV. Vasodilatador.
Próximo ao ponto Þnal, adicionar o titulante gota a gota,
agitando continuamente até desaparecimento da coloração
púrpura da camada de clorofórmio. Alternativamente, CLORIDRATO DE HIDRALAZINA
determinar o ponto Þnal potenciometricamente, excluindo COMPRIMIDOS
o clorofórmio. Cada mL de iodato de potássio 0,02 M SV
equivale a 3,933 mg de C8H8N4.HCl.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido quantidade declarada de C8H8N4.HCl.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 230 nm; coluna de 250 mm de
IDENTIFICAÇÃO
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo nitrila (10 —m), A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de de pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de hidralazina para
1 mL/minuto. funil de separação, adicionar 2 mL de hidróxido de amônio
6 M e 10 mL de água. Extrair com duas porções de 10 mL
Fase móvel: dissolver 1,44 g de laurilsulfato de sódio e 0,75 g
de clorofórmio. Reunir os extratos orgânicos e evaporar até
de brometo de tetrabutilamônio em 770 mL de água, adicionar
secura. O resíduo responde ao teste A. de IdentiÞcação da
230 mL de acetonitrila e homogeneizar. Se necessário, ajustar
monograÞa de Cloridrato de hidralazina.
o pH para 3,0 com ácido sulfúrico 0,05 M.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente
de 230 nm a 350 nm, da solução amostra obtida no método
pesada, da amostra em ácido acético 0,1 M de modo a obter
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 835

B. de Doseamento, exibe máximos de absorção em 240 DOSEAMENTO


nm, 260 nm, 305 nm e 315 nm, idênticos aos observados
no espectro da solução padrão. Empregar um dos métodos descritos a seguir.

C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade
da Solução amostra, obtida no método C. de Doseamento, de pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de hidralazina para
correspondente àquele do pico principal da Solução béquer e acrescentar 25 mL de água. Adicionar 35 mL de
padrão. ácido clorídrico e resfriar à temperatura ambiente. Agitar,
mecanicamente, por 15 minutos. Titular com iodato de
D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade potássio 0,02 M SV, com agitação contínua. Determinar o

ca
de pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de hidralazina para ponto Þnal potenciometricamente. Cada mL de iodato de
béquer, adicionar 50 mL de mistura de metanol e água potássio 0,02 M SV equivale a 3,933 mg de C8H8N4.HCl.
(1:2), misturar e Þltrar. Concentrar o Þltrado em banho-
maria até 10 mL e deixar esfriar. A 5 mL da solução B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
concentrada, adicionar 5 mL de 2-nitrobenzaldeído a 2% absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
(p/v) em etanol. Produz-se precipitado laranja. comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente a 50
mg de cloridrato de hidralazina para balão volumétrico de
50 mL e adicionar 25 mL de mistura de metanol e água
CARACTERÍSITCAS (1:2). Agitar, mecanicamente, por 10 minutos e completar
o volume com o mesmo solvente. Filtrar. Realizar diluições
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
sucessivas até concentração de 0,001% (p/v), utilizando
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. água como solvente. Preparar a solução padrão nas mesmas
condições. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. em 260 nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular
a quantidade de C8H8N4.HCl nos comprimidos a partir das
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. leituras obtidas.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. C. Proceder conforme descrito no método B. de
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Triturar Doseamento da monograÞa de Cloridrato de hidralazina.
cada comprimido até pó Þno, transferir, quantitativamente, Preparar a Solução amostra como descrito a seguir.
para balão volumétrico de 50 mL, adicionar 25 mL de Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
mistura de metanol e água (1:2). Prosseguir conforme Transferir quantidade do pó equivalente a 20 mg de
descrito no método B. de Doseamento, a partir de “Agitar cloridrato de hidralazina para balão volumétrico de 50
mecanicamente...”. mL, adicionar 40 mL de ácido acético 0,1 M e deixar em
ultrassom por 15 minutos. Agitar, mecanicamente, por 15
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) minutos. Completar o volume com o mesmo solvente,
homogeneizar e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado para
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,01 M, 900 mL balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
ácido acético 0,1 M, obtendo solução a 40 —g/mL.
Aparelhagem: cestas, 100 rpm
Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução
Tempo: 30 minutos
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
dissolução e diluir, se necessário, com ácido clorídrico C8H8N4.HCl nos comprimidos a partir das respostas obtidas
0,01 M, até concentração adequada. Medir as absorvâncias com a Solução padrão e a Solução amostra.
das soluções em 260 nm (5.2.14), utilizando o mesmo
solvente para ajuste do zero. Calcular a quantidade de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
C8H8N4.HCl dissolvida no meio, comparando as leituras
obtidas com a da solução de cloridrato de hidralazina SQR Em recipientes bem fechados.
na concentração de 0,001 % (p/v), preparada em ácido
clorídrico 0,01 M.
ROTULAGEM
Tolerância: não menos que 60% (Q) da quantidade
Observar a legislação vigente.
declarada de C8H8N4.HCl se dissolvem em 30 minutos.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA CLORIDRATO DE HIDRALAZINA


Contagem do número total de micro-organismos
SOLUÇÃO INJETÁVEL
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 105,0% da
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
quantidade declarada de C8H8N4.HCl.
Cumpre o teste.
836 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

IDENTIFICAÇÃO utilizando água como solvente. Preparar solução padrão


nas mesmas condições. Medir as absorvâncias das soluções
Os testes de identiÞcação B., C. e D. podem ser omitidos se em 260 nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular a
forem realizados os testes A. e E. quantidade de C8H8N4.HCl na solução injetável a partir das
leituras obtidas.
A. Transferir volume da solução injetável equivalente a
0,1 g de cloridrato de hidralazina para funil de separação. C. Proceder conforme descrito no método B. de
Adicionar 2 mL de hidróxido de amônio 6 M e 10 mL de Doseamento da monograÞa de Cloridrato de hidralazina.
água. Extrair com duas porções de 10 mL de clorofórmio. Preparar a Solução amostra como descrito a seguir.
Reunir os extratos orgânicos e evaporar até secura. O

c
resíduo responde ao teste A. de IdentiÞcação da monograÞa Solução amostra: transferir volume da solução injetável
de Cloridrato de hidralazina. equivalente a 20 mg de cloridrato de hidralazina para balão
volumétrico de 50 mL, completar o volume com ácido acético
B. Diluir a solução injetável em água, até concentração 0,1 M e homogeneizar. Transferir 5 mL da solução obtida para
de 0,002% (p/v). O espectro de absorção no ultravioleta balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com ácido
(5.2.14) da solução obtida, na faixa de 230 nm a 350 nm, acético 0,1 M, obtendo solução a 40 ȝg/mL.
exibe máximos de absorção em 240 nm, 260 nm, 305 nm
e 315 nm. Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
da Solução amostra, obtida no método C. de Doseamento, C8H8N4.HCl na solução injetável a partir das respostas
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
D. Transferir volume da solução injetável equivalente a 0,1
g de cloridrato de hidralazina para um béquer e adicionar EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
água, se necessário, para obter volume Þnal de 10 mL.
Adicionar a 5 mL da solução, 5 mL de 2-nitrobenzaldeído Em recipientes bem fechados.
a 2% (p/v) em etanol. Produz-se precipitado laranja.
ROTULAGEM
E. Diluir a solução injetável em água, até concentração de
0,025% (p/v). A solução obtida responde às reações do íon Observar a legislação vigente.
cloreto (5.3.1.1).

CARACTERÍSTICAS CLORIDRATO DE IMIPRAMINA


Imipramini hydrochloridum
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 3,4 a 4,4.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.

DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Transferir volume da solução injetável equivalente


a cerca de 0,1 g de cloridrato de hidralazina para C19H24N2.HCl; 316,87
erlenmeyer de 250 mL com tampa. Adicionar 25 mL de cloridrato de imipramina; 04837
água e prosseguir conforme descrito no método A. de Cloridrato de 10,11-diidro-N,N-dimetil-5H-dibenz[b,f]
Doseamento da monograÞa de Cloridrato de hidralazina azepina-5-propanamina (1:1)
a partir de “Adicionar 35 mL de ácido clorídrico...”. Cada [113-52-0]
mL de iodato de potássio 0,02 M SV equivale a 3,933 mg
de C8H8N4.HCl. Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C19H24N2.HCl, em relação à substância dessecada.
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume
da solução equivalente a cerca de 0,1 g de cloridrato de DESCRIÇÃO
hidralazina para balão volumétrico de 100 mL e completar
o volume com mistura de metanol e água (1:2). Realizar Características físicas. Pó cristalino branco a levemente
diluições sucessivas até concentração de 0,001% (p/v), amarelado.

Solubilidade. Facilmente solúvel em água e etanol.


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 837

Constantes físico-químicas. Metais pesados (5.3.2.3). Prosseguir conforme descrito


em Métodos de reação com tiocetamida, Método III. No
Faixa de fusão (5.2.2): 170 °C a 174 °C. máximo 0,002% (20 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da


IDENTIFICAÇÃO
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 2 horas. No
Os testes de identiÞcação B. e D. podem ser omitidos se máximo 0,5%.
forem realizados os testes A., C. e E. O teste de identiÞcação
Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
A. pode ser omitido se forem realizados os testes B., C., D.
No máximo 0,1%.
e E.

A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da


amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
ca
observados no espectro de cloridrato de imipramina SQR, A. Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra e dissolver
preparado de maneira idêntica. em 50 mL de etanol. Adicionar 5 mL de ácido clorídrico
0,01 M e homogeneizar. Titular com hidróxido de sódio
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma 0,1 M SV. Determinar o ponto Þnal potenciometricamente
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, entre os dois pontos de inßexão. Realizar ensaio em branco
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. e fazer as correções necessárias. Cada mL de hidróxido de
sódio 0,1 M SV equivale a 31,687 mg de C19H24N2.HCl.
C. Cumpre com a exigência da Faixa de fusão.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
D. Dissolver 5 mg da amostra em 2 mL de ácido nítrico. de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Desenvolve-se coloração azul intensa. de detector ultravioleta a 269 nm; coluna de 300 mm de
E. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1). comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m), mantida a temperatura de 40 °C; ßuxo da Fase móvel
ENSAIOS DE PUREZA de 1,5 mL/minuto.
pH (5.2.19). 3,6 a 5,0. Determinar em solução a 10% (p/v) Fase móvel: mistura de perclorato de sódio 0,06 M,
em água isenta de dióxido de carbono. acetonitrila e trietilamina (625:375:1). Ajustar o pH para
2,0 com ácido perclórico.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de ácido pesada, da amostra em mistura de água e acetonitrila (5:3)
clorídrico, água, ácido acético glacial e acetato de etila de modo a obter solução a 0,3 mg/mL.
(5:5:35:55), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
à placa, 10 —L de cada uma das soluções recentemente Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
preparadas, descritas a seguir. de cloridrato de imipramina SQR em mistura de água e
acetonitrila (5:3) para obter solução a 0,3 mg/mL.
Solução (1): dissolver 0,25 g da amostra em metanol e
completar para 10 mL com o mesmo solvente. Solução de resolução: preparar solução contendo cloridrato
de imipramina SQR e cloridrato de desipramina SQR a 0,3
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 10 mL com mg/mL, cada, em mistura de água e acetonitrila (5:3).
metanol. Diluir 1 mL da solução resultante para 50 mL
com o mesmo solvente. Injetar replicatas de 20 —L da Solução de resolução. A
resolução entre os picos do cloridrato de imipramina e do
Solução (3): dissolver 5 mg de iminodibenzila em metanol cloridrato de desipramina não é menor que 1,3. O desvio
e completar o volume para 100 mL com o mesmo solvente. padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrado
para o cloridrato de imipramina não é maior que 2,0%.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar com solução de dicromato de Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
potássio a 0,5% (p/v) em mistura de água e ácido sulfúrico padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
(4:1). Qualquer mancha secundária, correspondente ao e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C19H24N2.
iminodibenzila, obtida no cromatograma com a Solução HCl na amostra a partir das respostas obtidas com a
(1), não é mais intensa que aquela obtida com a Solução Solução padrão e a Solução amostra.
(3) (0,2%). Qualquer mancha secundária obtida no
cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha
principal e do iminodibenzila, não é mais intensa que EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
aquela obtida com a Solução (2) (0,2%). Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
838 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ROTULAGEM Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade


declarada de C19H24N2.HCl se dissolvem em 45 minutos.
Observar a legislação vigente.

ENSAIOS DE PUREZA
CLASSE TERAPÊUTICA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Antidepressivo. em Substâncias relacionadas da monograÞa de Cloridrato
de imipramina. Preparar as Soluções (1), (2) e (3) como
descrito a seguir.
CLORIDRATO DE IMIPRAMINA

c COMPRIMIDOS

Contém cloridrato de imipramina equivalente a, no mínimo,


Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir,
exatamente, quantidade do pó equivalente a 0,2 g de
cloridrato de imipramina, adicionar 30 mL de clorofórmio.
Filtrar. Evaporar o Þltrado até secura. Dissolver o resíduo
92,5% e, no máximo, 107,5% da quantidade declarada de em 10 mL de metanol.
C19H24N2.HCl.
Solução (2): diluir 3 mL da Solução (1) para 100 mL com
metanol. Diluir 1 mL da solução resultante para 10 mL
IDENTIFICAÇÃO com o mesmo solvente.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade Solução (3): preparar solução a 60 —g/mL de iminodibenzila
do pó equivalente a 250 mg de cloridrato de imipramina, em metanol.
adicionar 10 mL de clorofórmio. Filtrar e evaporar para
reduzir o volume. Adicionar éter etílico até que se produza Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
uma solução turva. Deixar em repouso. O precipitado, após secar ao ar. Nebulizar com solução dicromato de
Þltração seguida de recristalização em acetona, apresenta potássio a 0,5% (p/v) em ácido sulfúrico (1:4). A mancha
ponto de fusão em torno de 172 °C. principal obtida com a Solução (1) apresenta coloração
azul. Qualquer mancha secundária, correspondente ao
B. Dissolver 5 mg dos cristais obtidos no teste A. de iminodibenzil, obtida no cromatograma com a Solução
IdentiÞcação em 2 mL de ácido nítrico. Desenvolve-se (1), diferente da mancha principal não é mais intensa
coloração azul. que a mancha principal obtida com a Solução (3) (0,2%).
Qualquer mancha secundária obtida diferente da mancha
C. Os cristais obtidos no teste A. de IdentiÞcação
principal, não é mais intensa que a mancha principal obtida
respondem as reações do íon cloreto (5.3.1.1).
com a Solução (2) (0,2%).

CARACTERÍSTICAS
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste
Contagem do número total de micro-organismos
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste.
Teste de Desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste DOSEAMENTO


Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) do pó equivalente a 50 mg de cloridrato de imipramina
para balão volumétrico de 100 mL e adicionar 70 mL de
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,01 M, 900 mL ácido clorídrico 0,1 M. Agitar, mecanicamente, por 40
Aparelhagem: cestas, 100 rpm minutos e completar o volume com o mesmo solvente.
Filtrar. Transferir 5 mL para balão volumétrico de 100 mL
Tempo: 45 minutos e completar o volume com ácido clorídrico 0,1 M. Preparar
solução de padrão na mesma concentração, utilizando o
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de mesmo solvente. Medir as absorvâncias das soluções em
dissolução e diluir, se necessário, com ácido clorídrico 0,01 250 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do
M, até concentração adequada. Medir as absorvâncias em zero. Calcular o conteúdo de C19H24N2.HCl nos comprimidos
250 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para o ajuste a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar o
do zero. Calcular a quantidade de C19H24N2.HCl dissolvida cálculo utilizando A (1%, 1 cm) = 264, em 250 nm.
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
de cloridrato de imipramina SQR de concentração
conhecida, preparada no mesmo solvente. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 839

ROTULAGEM C. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).

Observar a legislação vigente.


ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 4,0 a 5,5. Determinar em solução aquosa a
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA 0,5% (p/v).
Lidocaini hydrochloridum
Limite de 2,6-dimetilanilina

Solução teste: transferir 0,25 g da amostra para balão

ca
volumétrico de 10 mL e completar o volume com metanol.

Solução de 2,6-dimetilanilina: transferir 50 mg de


2,6-dimetilanilina para balão volumétrico de 100 mL e
completar o volume com metanol. Transferir 1 mL dessa
solução para balão volumétrico de 100 mL e completar o
volume com metanol.
C14H22N2O; 234,34
C14H22N2O.HCl; 270,80 Procedimento: utilizar três tubos de Nessler e realizar o
C14H22N2O.HCl.H2O; 288,81 ensaio da seguinte maneira: no primeiro tubo colocar 2
lidocaína; 05313 mL da Solução teste, no segundo tubo 1 mL da Solução
cloridrato de lidocaína; 05314 de 2,6-dimetilanilina e 1 mL de metanol e no terceiro
2-(Dietilamino)-N-(2,6-dimetilfenil)acetamida tubo 2 mL de metanol (branco). Adicionar em cada tubo
[137-58-6] 1 mL de solução de p-dimetilaminobenzaldeído 1% (p/v)
Cloridrato de 2-(dietilamino)-N-(2,6-dimetilfenil) em metanol, recentemente preparada e 2 mL de ácido
acetamida (1:1) acético glacial. Deixar em repouso durante 10 minutos à
[73-78-9] temperatura ambiente. A intensidade da coloração amarela
Cloridrato de 2-(dietilamino)-N-(2,6-dimetilfenil) obtida no tubo da Solução teste deve estar entre o branco e a
acetamida hidratado (1:1:1) coloração amarela obtida na Solução de 2,6-dimetilanilina
[6108-05-0] (100 ppm).

Contém, no mínimo, 97,5% e, no máximo, 102,5% de Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar 1 g da amostra.
C14H22N2O.HCl, em relação à substância anidra. Prosseguir conforme descrito em Ensaios-limite para
metais pesados, Método III. No máximo 0,002% (20 ppm).

DESCRIÇÃO Sulfatos. Dissolver aproximadamente 0,2 g da amostra em


20 mL de água e adicionar 2 mL de ácido clorídrico 3 M.
Características físicas. Pó cristalino branco. Homogeneizar e dividir em duas partes. Adicionar em uma
das partes 1 mL de cloreto de bário 12% (p/v). A turbidez
Solubilidade. Muito solúvel em água, facilmente solúvel
obtida por essa preparação não é mais intensa do que a
em etanol, solúvel em clorofórmio e insolúvel em éter
turbidez obtida pela preparação sem adição do cloreto de
etílico.
bário.
Constantes físico-químicas.
Água (5.2.20.1). 5,0% a 7,0%.
Faixa de fusão (5.2.2): 74 °C a 79 °C, determinada sem
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
prévia dessecação.
No máximo 0,1%.

IDENTIFICAÇÃO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
O ensaio B. pode ser omitido se forem realizados os ensaios
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
A. e C. O ensaio A. pode ser omitido se forem realizados
os ensaios B. e C. Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 1,1 UE/
mg de cloridrato de lidocaína.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14),
da amostra dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos DOSEAMENTO
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de cloridrato de lidocaína SQR, Empregar um dos métodos descritos a seguir.
preparado de maneira idêntica. A. Pesar, exatamente, cerca de 0,22 g da amostra, transferir
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma para erlenmeyer de 125 mL e dissolver em 50 mL de etanol.
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde Adicionar 5,0 mL de ácido clorídrico 0,01 M e titular com
àquele do pico principal da Solução padrão. hidróxido de sódio 0,1 M SV, determinando o ponto Þnal
potenciometricamente entre os dois pontos de inßexão.
840 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 27,08 estéreis, o rótulo deve indicar se o produto é estéril ou se
mg de C14H22N2O.HCl. deve ser esterilizado durante o processo.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido Quando o rótulo indicar que a substância é estéril, ela deve
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido cumprir os testes de esterilidade e endotoxinas bacterianas.
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de Quando o rótulo indicar que a substância deve ser
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada esterilizada durante a produção ou a substância é destinada

Pm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel


com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 a produção de preparações estéreis não-parenterais, ela
deve cumprir o teste de endotoxinas bacterianas.
de 1,5 mL/minuto.

c Fase móvel: misturar 50 mL de ácido acético glacial e 930


mL de água. Ajustar o pH para 3,4 com hidróxido de sódio
1 M. Misturar 4 volumes dessa solução com 1 volume de
acetonitrila. O tempo de retenção da lidocaína deve ser de
CLASSE TERAPÊUTICA
Anestésico local.

4 a 6 minutos.
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA GEL
Solução amostra: transferir 100 mg da amostra, exatamente
pesada, para balão volumétrico de 50 mL, completar o
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0%
volume com a Fase móvel e misturar.
da quantidade declarada de C14H22N2O.HCl em base
Solução padrão: transferir 42,5 mg de lidocaína SQR, hidrofílica, viscosa e estéril.
exatamente pesada, para balão volumétrico de 25 mL e
dissolver, com aquecimento se necessário, em 0,5 mL IDENTIFICAÇÃO
ácido clorídrico 1 M. Completar o volume com a Fase
móvel de modo a obter solução a 1,7 mg/mL de lidocaína. A. Transferir uma quantidade de gel equivalente a 80
mg de cloridrato de lidocaína para um tubo de ensaio,

a 220 Pg/mL utilizando a Fase móvel como diluente.


Solução de resolução: preparar solução de metilparabeno adicionar 4 mL de ácido clorídrico e aquecer em banho de
água por 10 minutos. Deixar esfriar, transferir para funil
Misturar 2 mL dessa solução e 20 mL da Solução padrão. de separação com auxílio de 20 mL de água, adicionar
Injetar replicatas de 20 PL da Solução de resolução. A hidróxido de sódio 5 M até ocorrer a completa precipitação
do fármaco e extrair com duas porções de 20 mL de
não é menor que 3. Injetar replicatas de 20 PL da Solução
resolução entre os picos de lidocaína e metilparabeno
clorofórmio. Juntar as fases orgânicas e Þltrar com sulfato
padrão. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas de sódio anidro. Evaporar o Þltrado em banho de água até
sob os picos registrados não deve ser maior que 1,5%. secura, sob corrente de nitrogênio. O espectro de absorção

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


no infravermelho (5.2.14) do resíduo obtido, disperso
em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C14H22N2O. mesmas intensidades relativas daqueles observados no
HCl na amostra de acordo com a seguinte fórmula: espectro de lidocaína SQR, preparado de maneira idêntica.

B. Dissolver 20 mg do resíduo obtido no teste A. de


IdentiÞcação em 1 mL de etanol, adicionar 0,5 mL de
cloreto cobaltoso a 10% (p/v), 0,5 mL de hidróxido de
sódio 5 M e agitar por 2 minutos. Produz-se precipitado
em que verde-azulado.
270,80 = peso molecular de cloridrato de lidocaína;
234,34 = peso molecular de lidocaína; CARACTERÍSTICAS
C = concentração (mg/mL) de lidocaína na Solução padrão; Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Aa = área sob o pico de lidocaína na Solução amostra;
Ap = área sob o pico de lidocaína na Solução padrão. ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 6,0 a 7,0.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Limite de 2,6-dimetilanilina. Misturar quantidade
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
exatamente pesada de gel equivalente a 25 mg de
cloridrato de lidocaína anidra com água suÞciente para
ROTULAGEM produzir 5 mL e agitar em agitador de vórtex. A 2 mL
dessa mistura, adicionar 1 mL de solução, recentemente
Observar a legislação vigente. preparada, de p-dimetilaminobenzaldeído 1% (p/v) em
metanol. Agitar em agitador de vórtex e adicionar 2 mL
Quando a matéria-prima é utilizada no processo de
de ácido acético glacial. Deixar em repouso durante 10
fabricação de injetáveis ou outras formas farmacêuticas
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 841

minutos à temperatura ambiente. Preparar solução padrão CARACTERÍSTICAS


de 2,6-dimetilanilina nas mesmas condições, utilizando 2
mL de uma 2,6-dimetilanilina a 0,0002% (v/v) em metanol, Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
ao invés da solução do gel. A intensidade da coloração
amarela obtida no tubo da solução teste não é mais intensa ENSAIOS DE PUREZA
do que a obtida na solução padrão de 2,6-dimetilanilina.
Limite de 2,6-dimetilanilina. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
230 nm; coluna de 150 mm de comprimento e 4,6 mm de

ca
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.

ligada a grupo octadecilsilano (5 Pm), mantida à


diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
DOSEAMENTO temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de 0,8 mL/
Transferir quantidade de gel equivalente a 20 mg de minuto.
cloridrato de lidocaína para funil de separação contendo 10 Tampão pH 8,0: adicionar a uma solução de fosfato de
mL de água. Agitar para diluir, adicionar 1 mL de hidróxido potássio dibásico a 0,685% (p/v), quantidade suÞciente de
de amônio 6 M e extrair com quatro porções de 20 mL fosfato de potássio monobásico a 0,408% (p/v) até pH 8,0.
de clorofórmio. Juntar as fases orgânicas e evaporar em
corrente de ar quente. Adicionar 25 mL de ácido sulfúrico Fase móvel: mistura de Tampão pH 8,0 e metanol (35:65).
0,005 M SV antes que o último traço de clorofórmio seja
evaporado. Completar a evaporação do clorofórmio e Solução (1): transferir quantidade, exatamente pesada,
titular o excesso de ácido com hidróxido de sódio 0,01 M de pomada equivalente a 50 mg de lidocaína, para balão
SV. Determinar o ponto Þnal potenciometricamente. Cada volumétrico de 50 mL, completar o volume com Fase
mL de ácido sulfúrico 0,005 M SV equivale a 2,708 mg de móvel e misturar. Transferir 2 mL dessa solução para balão
C14H22N2O.HCl. volumétrico de 20 mL e completar o volume com Fase
móvel.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Solução de (2): dissolver quantidade exatamente pesada


de 2,6-dimetilanilina em metanol para obter solução a
Em recipientes bem fechados. A tampa, devido à
concentração de 0,04 Pg/mL.
1 mg/mL. Diluir, sucessivamente, em Fase móvel até
esterilidade, deve apresentar dispositivo indicativo de
abertura do tubo.
Solução (3): misturar iguais volumes de solução de
lidocaína SQR 0,1 mg/mL em Fase móvel e solução de
ROTULAGEM 2,6-dimetilanilina 0,05 g/mL em Fase móvel.

Injetar replicatas de 20 PL da Solução (3). Os tempos de


Observar a legislação vigente.
retenção relativos são cerca de 1 para a 2,6-dimetilanilina
e de 0,5 para lidocaína.
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA POMADA
Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução
(1) e 20 PL da Solução (2), registrar os cromatogramas
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da e medir as áreas sob os picos. A área sob o pico relativo
quantidade declarada de C14H22N2O em pomada base à 2,6-dimetilanilina, obtido com a Solução (1), não é
hidrofílica. superior à área sob o pico principal obtido com a Solução
(2). No máximo 0,04% (400 ppm) em relação ao conteúdo
IDENTIFICAÇÃO de lidocaína.

Para extrair o fármaco, transferir quantidade de pomada


equivalente a 300 mg de lidocaína para funil de separação TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
contendo 20 mL de água. Agitar para diluir e extrair com Contagem do número total de micro-organismos
duas porções de 30 mL de hexano. Lavar o combinado mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
dos extratos orgânicos com 10 mL de água e evaporar em
corrente de ar quente. Secar o resíduo em vácuo sob sílica- Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
gel por 24 horas. O espectro de absorção no infravermelho Cumpre o teste.
(5.2.14) do resíduo cristalino obtido na extração do
fármaco, disperso em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
DOSEAMENTO
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles Proceder conforme descrito em Doseamento da monograÞa
observados no espectro de lidocaína padrão, preparado de de Cloridrato de Lidocaína Gel. Cada mL de ácido
maneira idêntica. sulfúrico 0,005 M SV equivale a 2,343 mg de C14H22N2O.
842 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Em recipientes bem fechados. Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.

Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 1,1 EU/


ROTULAGEM mg de cloridrato de lidocaína.
Observar a legislação vigente.
DOSEAMENTO

CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA Empregar um dos métodos a seguir.

c SOLUÇÃO INJETÁVEL

Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da


A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio
não aquoso (5.3.3.5). Em um volume da solução injetável
equivalente a 0,1 g de cloridrato de lidocaína, adicionar
hidróxido de sódio 2 M até alcalinizar a solução, e extrair
quantidade declarada de C14H22N2O.HCl. Solução estéril
com três porções de 20 mL de clorofórmio. Lavar cada
de cloridrato de lidocaína em água para injetável.
extrato orgânico com 10 mL de água (utilizar sempre os
mesmos 10 mL de água). Filtrar os combinados orgânicos
IDENTIFICAÇÃO extraídos através de Þltro umedecido com clorofórmio
e lavar o Þltro com 10 mL de clorofórmio. Juntar os
O teste B. pode ser omitido se forem realizados os testes combinados orgânicos Þltrados e os de lavagem. Titular
A. e C. com ácido perclórico 0,02 M SV. Determinar o ponto
Þnal potenciometricamente ou utilizando cloreto de
A. Transferir volume de solução injetável equivalente a 0,1
metilrosanilínico SI como indicador. Cada mL de ácido
g de cloridrato de lidocaína para béquer e adicionar volume
perclórico 0,02 M SV equivale a 5,416 mg de C14H22N2O.
de hidróxido de sódio 5 M até alcalinizar a solução. Filtrar
HCl.
e lavar o resíduo com água. Dissolver o resíduo em 1 mL
de etanol, adicionar 0,5 mL de cloreto cobaltoso a10% B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
(p/v) e agitar por 2 minutos. Produz-se precipitado azul- de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
esverdeado. de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
B. Para volume de solução injetável equivalente a 0,1 g de
(5 ȝm), mantida entre 20ºC a 25ºC r 1ºC da temperatura
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
cloridrato de lidocaína, adicionar 10 mL de ácido pícrico
SR. O ponto de fusão do precipitado obtido, após lavar
selecionada; ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.
com água e secar a 105 °C, é em torno de 229 °C.
Fase móvel: misturar 50 mL de ácido acético glacial e
C. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
930 mL de água. Ajustar o pH para 3,4 com hidróxido de
sódio M. Misturar quatro volumes dessa solução com um
CARACTERÍSTICAS volume de acetonitrila. A composição da Fase móvel pode
ser ajustada para que o pico da lidocaína tenha tempo de
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. retenção entre 4 e 6 minutos.
pH (5.2.19). 5,0 a 7,0. Solução amostra: transferir volume de solução injetável
equivalente a 0,1 mg de cloridrato de lidocaína para balão
ENSAIOS DE PUREZA volumétrico de 50 mL, completar o volume com Fase
móvel e misturar.
Limite de 2,6-dimetilanilina. Em um volume de solução
injetável equivalente a 25 mg de cloridrato de lidocaína, Solução padrão: transferir 42,5 mg de lidocaína SQR,
adicionar, se necessário, água suÞciente para produzir 10 exatamente pesada, para balão volumétrico de 25 mL e
mL. Adicionar hidróxido de sódio 2 M até alcalinizar a dissolver com aquecimento, se necessário, em 0,5 mL de
solução e extrair com três porções de 5 mL de clorofórmio. ácido clorídrico 1 M. Completar o volume com Fase móvel
Filtrar os combinados dos extratos orgânicos sob sulfato de modo a obter solução a 1,7 mg/mL de lidocaína.
de sódio anidro e lavar o Þltro com 5 mL de clorofórmio.
Solução de resolução: preparar solução de metilparabeno a
Evaporar o Þltrado até secura sob pressão de 2 kPa.
0,22 mg/mL utilizando Fase móvel como diluente. Misturar
Dissolver o resíduo em 2 mL de metanol, adicionar 1 mL
2 mL dessa solução e 20 mL da Solução padrão.
de p-dimetilaminobenzaldeído a 1% (p/v) em metanol,
recentemente preparada, e 2 mL de ácido acético glacial. Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. A
Preparar solução de 2,6-dimetilanilina da mesma maneira resolução entre lidocaína e metilparabeno não é menor que
utilizando 10 mL de uma solução de 2,6-dimetilanilina a 3. Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. O desvio
0,0001% (p/v) em metanol, ao invés da solução injetável. padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
A intensidade da coloração amarela obtida no tubo da não deve ser maior que 1,5%.
solução contendo a amostra não deve ser mais intensa do
que a obtida na solução de 2,6-dimetilanilina.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 843

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução não forem idênticos, dissolver, separadamente, padrão e
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas amostra em metanol e evaporar até a secura. Obter novos
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de espectros com os resíduos.
C14H22N2O.HCl na amostra a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra. B. A 20 mg da amostra, acrescentar 0,2 mL de ácido
sulfúrico. Desenvolve-se ßuorescência azul sob luz
ultravioleta (365 nm).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
C. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz.

ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
ca
280 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4 mm de
CLORIDRATO DE MEFLOQUINA diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
Mefloquini hydrochloridum ligada a grupo octadecilsilano (3—m a 10—m), capeada;
ßuxo da Fase móvel de 0,8 mL/minuto. Equilibrar a coluna
por 30 minutos com ßuxo de 2 mL/minuto.

Fase móvel: dissolver 1 g de brometo de tetraeptilamônio


em mistura de metanol, bissulfato de sódio a 0,15% (p/v) e
acetonitrila (2:4:4).

Solução (1): solução da amostra a 4 mg/mL em Fase móvel.

Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão


volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase
móvel.

Solução (3): transferir cerca de 8 mg de cloridrato de


C17H16F6N2O.HCl; 414,77 meßoquina SQR e 8 mg de sulfato de quinidina para balão
cloridrato de meßoquina; 05577 volumétrico de 50 mL. Dissolver e completar o volume
Cloridrato de (ĮS)-rel-Į-(2R)-2-piperidinil-2,8-bis- com Fase móvel. Transferir 5 mL para balão volumétrico
(trißuormetil)-4-quinolinametanol (1:1) de 100 mL e completar o volume com o mesmo solvente.
[51773-92-3] Homogeneizar.

Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de Injetar 20 —L da Solução (3). Os tempos de retenção
C17H16F6N2O.HCl, em relação à substância anidra. relativos são cerca de 0,5 para quinidina e 1,0 para
meßoquina. A resolução entre os picos de meßoquina e
quinidina não é menor que 8,5.
DESCRIÇÃO
Procedimento: injetar 20 —L das Soluções (1) e (2) e
Características físicas. Pó cristalino, branco ou amarelado.
registrar o cromatograma por, no mínimo, 10 vezes o
Apresenta polimorÞsmo.
tempo de retenção do pico principal. A área sob qualquer
Solubilidade. Pouco solúvel em água, facilmente solúvel pico com tempo de retenção relativo de cerca de 0,7 obtido
em metanol, solúvel em acetato de etila e etanol. com a Solução (1) não é maior que duas vezes a área sob
o pico principal obtido com a Solução (2) (0,2%). A área
Constantes físico-químicas. sob qualquer pico obtido com a Solução (1), exceto o pico
principal e o pico com tempo de retenção relativo de cerca
Faixa de fusão (5.2.2): 259 °C a 260 °C. de 0,7 não é maior que a área sob o pico principal obtido
Poder rotatório (5.2.8): -0,2° a +0,2°. Determinar em com a Solução (2) (0,1%). A soma das áreas sob todos os
solução a 5% (p/v) em metanol. picos obtidos com a Solução (1), exceto o pico principal
não é maior que cinco vezes a área sob o pico principal
obtido com a Solução (2) (0,5%). Não considerar picos
IDENTIFICAÇÃO com área inferior a 0,2 vezes a área sob o pico principal
obtido com a Solução (2).
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta Metais pesados (5.3.2.3). Determinar em 1 g da amostra.
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos No máximo 0,002% (20 ppm).
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de cloridrato de meßoquina SQR, Água (5.2.20.1). Determinar em 1 g da amostra. No
preparado de maneira idêntica. Se os espectros obtidos máximo 3,0%.
844 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


No máximo 0,1%.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
DOSEAMENTO Aparelhagem: pás, 100 rpm
Proceder conforme descrito em Titulações em meio Tempo: 60 minutos
não aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,3 g da amostra em
15 mL de ácido fórmico anidro. Acrescentar 40 mL de Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
anidrido acético. Titular com ácido perclórico 0,1 M SV de dissolução, Þltrar e diluir com Meio de dissolução
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das

c
determinando o ponto Þnal potenciometricamente. Cada
mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 41,477 mg de soluções em 283 nm (5.2.14) utilizando Meio de dissolução
C17H16F6N2O.HCl. para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C17H16F6N2O.
HCl dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas
com a da solução de cloridrato de meßoquina SQR na
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO concentração de 0,006% (p/v), preparada no mesmo
solvente. Pode-se utilizar até 5% (v/v) de metanol na
Em recipientes bem fechados.
primeira diluição para assegurar a completa solubilização
do cloridrato de meßoquina SQR.
ROTULAGEM
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
Observar a legislação vigente. declarada de C17H16F6N2O.HCl se dissolvem em 60
minutos.
CLASSE TERAPÊUTICA
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Antimalárico.
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
CLORIDRATO DE MEFLOQUINA
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
COMPRIMIDOS Cumpre o teste.

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da DOSEAMENTO


quantidade declarada de C17H16F6N2O.HCl.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
IDENTIFICAÇÃO A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
de 200 nm a 350 nm, da solução amostra obtida no método
0,1 g de cloridrato de meßoquina para balão volumétrico
A. de Doseamento, exibe máximos e mínimos idênticos
de 100 mL e adicionar 70 mL de metanol. Deixar em banho
aos observados no espectro da solução padrão.
de ultrassom durante 10 minutos e completar o volume
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade com metanol. Filtrar. Diluir, sucessivamente, em metanol,
do pó equivalente a 0,25 g de cloridrato de meßoquina para até concentração de 0,004% (p/v). Preparar solução padrão
béquer e adicionar cinco gotas de ácido nítrico. Agitar com na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
50 mL de água e Þltrar em papel de Þltro para Þltração Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 283
lenta. Adicionar ao Þltrado nitrato de prata SR. Forma-se nm, utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular a
precipitado branco caseoso, insolúvel em ácido nítrico mas quantidade de C17H16F6N2O.HCl nos comprimidos a partir
solúvel em ligeiro excesso de hidróxido de amônio 6 M. das leituras obtidas.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


CARACTERÍSTICAS de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 283 nm; coluna de 250 mm de
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
ȝm), mantida à temperatura de 30 °C; ßuxo da Fase móvel
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste de 1,0 mL/min.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Tampão pH 3,5: transferir cerca de 6,80 g de fosfato de
potássio monobásico para balão volumétrico de 1000 mL.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. Dissolver e completar o volume com água. Ajustar o pH
para 3,5 com ácido fosfórico.

Fase móvel: mistura de Tampão pH 3,5 e metanol (40:60).


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 845

Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. Constantes físico-químicas.


Transferir quantidade do pó equivalente a 100 mg de
cloridrato de meßoquina para balão volumétrico de 100 Faixa de fusão (5.2.2): 222 ºC a 226 ºC.
mL, adicionar cerca de 80 mL de metanol e deixar em
ultrassom durante 10 minutos. Completar o volume com IDENTIFICAÇÃO
o mesmo solvente e Þltrar, descartando os primeiros 10
mL do Þltrado. Transferir 5 mL do Þltrado para balão A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
volumétrico de 50 mL, completar o volume com Fase amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
móvel e homogeneizar. de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Solução padrão: pesar exatamente cerca de 10 mg de
cloridrato de meßoquina SQR e transferir para balão
volumétrico de 100 mL. Adicionar cerca de 80 mL de Fase
móvel e deixar em ultrassom durante 10 minutos. Completar
o volume com o mesmo solvente e homogeneizar.
intensidades relativas daqueles observados no espectro
de cloridrato de metformina SQR, preparado de maneira
idêntica.

B. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).


ca
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. O fator de
cauda não é maior que 1,5. O desvio padrão de áreas de ENSAIOS DE PUREZA
replicatas dos picos registrados não é maior que 1,0%.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C17H16F6N2O. 218 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de
HCl nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
Solução padrão e a Solução amostra. ligada a grupo octadecilsilano (3 —m a 10 ȝm), mantida
à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/
minuto.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Fase móvel: dissolver 17 g de fosfato de amônio
Em recipientes bem fechados. monobásico em 1000 mL de água e ajustar o pH para 3,0 ±
0,1, com ácido fosfórico.
ROTULAGEM Solução (1): dissolver, exatamente, cerca de 20 mg de
Observar a legislação vigente. cianoguanidina SQR em água e completar o volume para
100 mL. Transferir 1 mL para um balão volumétrico de 200
mL, completar o volume com Fase móvel e homogeneizar.
CLORIDRATO DE METFORMINA Solução (2): dissolver, exatamente, cerca de 50 mg da
Metformini hydrochloridum amostra em Fase móvel e diluir para 100 mL com o mesmo
solvente.

Solução (3): diluir 1 mL da Solução (2) para 100 mL com


Fase móvel. Transferir 1 mL para balão volumétrico de 100
mL e completar o volume com Fase móvel.

Solução (4): dissolver, exatamente, cerca de 10 mg de


C4H11N5.HCl; 165,62 melamina em 90 mL de água. Adicionar 5 mL da Solução
cloridrato de metformina; 05782 (2) e completar o volume para 100 mL, com o mesmo
Cloridrato de N,N-dimetilimidodicarbonimídico diamida solvente. Dissolver 1 mL para 50 mL com Fase móvel.
(1:1)
Injetar 20 —L da Solução (4). A resolução entre melamina e
[1115-70-4]
cloridrato de metformina deve ser maior que 10. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de não deve ser maior que 2,0%.
C4H11N5.HCl, em relação à substância dessecada.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
(1), da Solução (2) e da Solução (3) e registrar os
DESCRIÇÃO
cromatogramas por, no mínimo, o dobro do tempo de
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase retenção do pico principal. O pico obtido na Solução (2),
branco. correspondente a cianoguanidina, não pode ser maior que
0,02%, comparado ao pico obtido com a Solução (1).
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, pouco solúvel Nenhuma impureza individual obtida com a Solução (2)
em etanol, praticamente insolúvel em acetona, cloreto de poderá ser superior a 0,1%, comparada ao pico obtido
metileno, éter etílico e clorofórmio. com a Solução (3). A soma das áreas de todos os picos
obtidos com a Solução (2), exceto a do pico do solvente,
846 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

não é maior que a área sob o pico principal, obtido com a CARACTERÍSTICAS
Solução (3) (0,5%). Não considerar picos com área inferior
àquela apresentada pelo pico principal no cromatograma Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
obtido com a Solução (4) (0,2%). Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Metais pesados (5.3.2.3). Proceder conforme descrito em Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
Método I. No máximo 0,001% (10 ppm).
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C, por 5 horas. No Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

c
máximo 0,5%.
Procedimento para uniformidade do conteúdo. Transferir
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. cada comprimido para balão volumétrico de 250 mL,
No máximo 0,1%. adicionar 150 mL de água e agitar, mecanicamente,
por 15 minutos e completar o volume com o mesmo
solvente. Filtrar. Transferir 5 mL do Þltrado para balão
DOSEAMENTO
volumétrico de 100 mL e completar o volume com água.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não Realizar diluições sucessivas até concentração de 0,001%
aquoso (5.3.3.5). Dissolver 60 mg da amostra previamente (p/v), utilizando água como solvente. Preparar solução
dessecada em 4 mL de ácido fórmico anidro e adicionar padrão nas mesmas condições. Medir as absorvâncias das
50 mL de anidrido acético. Titular com ácido perclórico soluções em 232 nm (5.2.14), utilizando água para ajuste
0,1 M SV. Determinar o ponto Þnal potenciometricamente. do zero. Calcular a quantidade de C4H11N5.HCl em cada
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias. comprimido, a partir das leituras obtidas.
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 8,281 mg
de C4H11N5.HCl. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Meio de dissolução: tampão fosfato pH 6,8, 900 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem: cestas, 100 rpm
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Tempo: 45 minutos
ROTULAGEM
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
Observar a legislação vigente. de dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, com água,
até concentração adequada. Medir as absorvâncias em
233 nm (5.2.14), utilizando água para ajuste do zero.
CLASSE TERAPÊUTICA Calcular a quantidade de C4H11N5.HCl dissolvida no
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução de
Hipoglicemiante.
cloridrato de metformina SQR na concentração de 0,001%
(p/v), preparada no mesmo solvente.
CLORIDRATO DE METFORMINA Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
COMPRIMIDOS declarada de C4H11N5.HCl se dissolvem em 45 minutos.

Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da ENSAIOS DE PUREZA


quantidade declarada de C4H11N5.HCl. Os comprimidos
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
são revestidos.
Substâncias relacionadas na monograÞa de Cloridrato de
IDENTIFICAÇÃO metformina. Preparar a Solução (2) como descrito a seguir.

A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver quantidade Solução (2): Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir
do pó equivalente a 20 mg de cloridrato de metformina em quantidade do pó equivalente a 500 mg da amostra para
20 mL de etanol e agitar. Filtrar, evaporar o Þltrado até balão volumétrico de 100 mL, dissolver com 60 mL de
secura em banho-maria e dessecar o resíduo a 105°C por Fase móvel, agitar por 15 minutos e completar o volume
1 hora. O resíduo responde ao teste A. de IdentiÞcação da com o mesmo solvente. Filtrar.
monograÞa de Cloridrato de metformina.
Procedimento: injetar 20 ȝL da Solução (2) e da Solução
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade (3), registrar os cromatogramas e medir as áreas de todos
de pó equivalente a 50 mg de cloridrato de metformina para os picos obtidos. Nenhum cromatograma pode ter o
tubo de ensaio, adicionar 10 mL de água, misturar e Þltrar. tempo de retenção duas vezes superior ao da metformina.
O Þltrado responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1). No máximo 0,1% de impureza individual e, no máximo
0,6% de impureza total. Não incluir nos cálculos os picos
relativos ao solvente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 847

DOSEAMENTO E. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade


do pó equivalente a 10 mg de cloridrato de metoclopramida.
Por Espectrofotometria de absorção no ultravioleta Adicionar 10 mL de água, agitar e Þltrar. O Þltrado
(5.2.14). Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
quantidade do pó equivalente a 100 mg de cloridrato de
metformina para balão volumétrico de 100 mL e adicionar
70 mL de água. Agitar, mecanicamente, por 15 minutos, CARACTERÍSTICAS
completar o volume com o mesmo solvente e Þltrar.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Transferir 10 mL do Þltrado para balão volumétrico de 100
mL e completar o volume com água. Realizar diluições Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
sucessivas até concentração de 0,001% (p/v), utilizando
água como solvente. Preparar solução padrão nas mesmas
condições. Medir as absorvâncias das soluções em 232 nm,
utilizando água para ajuste do zero. Calcular a quantidade
de C4H11N5.HCl nos comprimidos, a partir das leituras
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.


ca
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
obtidas.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
cada comprimido para balão volumétrico de 100 mL e
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
prosseguir conforme descrito no método A. de Doseamento,
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. a partir de “...adicionar 70 mL de ácido clorídrico 0,1 M.”

ROTULAGEM TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)

Observar a legislação vigente. Meio de dissolução: água, 900 mL

Aparelhagem: cestas, 50 rpm


CLORIDRATO DE METOCLOPRAMIDA Tempo: 30 minutos
COMPRIMIDOS
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução e diluir em água até concentração adequada.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da Medir as absorvâncias em 309 nm (5.2.14), utilizando
quantidade declarada de C14H22ClN3O2.HCl. água para o ajuste do zero. Calcular a quantidade de
C14H22ClN3O2.HCl dissolvida no meio, comparando
as leituras obtidas com a da solução de cloridrato de
IDENTIFICAÇÃO metoclopramida SQR na concentração de 0,001% (p/v),
O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem preparada no mesmo solvente.
realizados os testes B., C., D. e E.. O teste de identiÞcação Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
B. pode ser omitido se forem realizados os testes A., C., declarada de C14H22ClN3O2.HCl se dissolvem em 30
D. e E.. minutos.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método ENSAIOS DE PUREZA
A. de Doseamento, exibe máximos de absorção idênticos
aos observados no espectro da solução padrão. Água (5.2.20.1). No máximo 3,0%.

B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, DOSEAMENTO
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
de pó equivalente a 10 mg de cloridrato de metoclopramida.
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
Adicionar 1 mL de água, agitar mecanicamente e Þltrar.
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a 10
Adicionar ao Þltrado 1 mL de p-dimetilaminobenzaldeído
mg de cloridrato de metoclopramida para balão volumétrico
1% (p/v) em ácido clorídrico M. Desenvolve-se coloração
de 100 mL e adicionar 70 mL de ácido clorídrico 0,1 M.
amarelo-alaranjada.
Deixar em ultrassom por 15 minutos. Agitar mecanicamente
D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade por 15 minutos, completar o volume com o mesmo solvente,
do pó equivalente a 10 mg de cloridrato de metoclopramida. homogeneizar e Þltrar. Diluir, sucessivamente, no mesmo
Adicionar 10 mL de ácido clorídrico SR, resfriar a 0 °C e solvente, até concentração de 0,002% (p/v). Preparar
adicionar 1 mL de nitrito de sódio a 1% (p/v). Desenvolve- solução padrão na mesma concentração utilizando o mesmo
se precipitado amarelo. Adicionar 1 mL de 2-naftol SR. solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
Produz-se precipitado vermelho-alaranjado. em 309 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste
848 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

do zero. Calcular a quantidade de C14H22ClN3O2.HCl nos


comprimidos, a partir das leituras obtidas. CLORIDRATO DE METOCLOPRAMIDA
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido SOLUÇÃO INJETÁVEL
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 215 nm; coluna de 250 mm de Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada quantidade declarada de C14H22ClN3O2.HCl.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
de 1,5 mL/minuto. IDENTIFICAÇÃO

c Fase móvel: dissolver 2,7 g de acetato de sódio em 500


mL de água. Adicionar 500 mL de acetonitrila e 2 mL de
hidróxido de tetrametilamônio a 20% (p/v) em metanol.
Homogeneizar. Ajustar o pH em 6,5 com ácido acético
O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
realizados os testes B., C., D. e E.. O teste de identiÞcação
B. pode ser omitido se forem realizados os testes A., C.,
D. e E..
glacial.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método A.
Transferir quantidade do pó equivalente a 40 mg de de Doseamento, exibe máximos de absorção idênticos aos
cloridrato de metoclopramida para balão volumétrico de 50 observados no espectro da solução padrão.
mL e acrescentar 35 mL de ácido fosfórico 0,01 M. Deixar
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
em ultrassom por 15 minutos. Agitar mecanicamente por
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
15 minutos, completar o volume com o mesmo solvente,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
homogeneizar e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado para
balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com o C. Utilizar volume da solução injetável equivalente a 10 mg
mesmo solvente. de cloridrato de metoclopramida. Adicionar 1 mL de água
e agitar. Adicionar 1 mL de p-dimetilaminobenzaldeído a
Solução padrão estoque: transferir 40 mg de cloridrato de
1% (p/v) em ácido clorídrico M. Desenvolve-se coloração
metoclopramida SQR para balão volumétrico de 50 mL.
amarelo-alaranjada.
Dissolver em ácido fosfórico 0,01 M e completar o volume com
o mesmo solvente, de modo a obter solução a 0,8 mg/mL. D. Utilizar volume da solução injetável equivalente a 10
mg de cloridrato de metoclopramida. Adicionar 10 mL de
Solução padrão: transferir 5 mL da Solução padrão estoque
ácido clorídrico SR, resfriar a 0 ºC e adicionar 1 mL de
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
nitrito de sódio a 1% (p/v). Produz-se precipitado amarelo.
com ácido fosfórico 0,01 M, de modo a obter solução a 40
Adicionar 1 mL de 2-naftol SR. Produz-se precipitado
ȝg/mL.
vermelho-alaranjado.
Solução de resolução: transferir 12,5 mg de
E. Utilizar volume da solução injetável equivalente a 10
benzenossulfonamida para balão volumétrico de 25 mL,
mg de cloridrato de metoclopramida. Adicionar 10 mL de
dissolver em 15 mL de metanol e completar o volume
água e agitar. A solução resultante responde às reações do
com ácido fosfórico 0,01 M. Transferir 5 mL da solução
íon cloreto (5.3.1.1).
resultante para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 5
mL da Solução padrão estoque e completar o volume com
ácido fosfórico 0,01 M. CARACTERÍSTICAS
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,2
para benzenossulfonamida e 1,0 para cloridrato de pH (5.2.19). 2,5 a 6,5.
metoclopramida. O desvio padrão relativo das áreas de
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste.
C14H22ClN3O2.HCl nos comprimidos a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
DOSEAMENTO

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Empregar um dos métodos descritos a seguir.

Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria


de absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume
da solução injetável equivalente a 10 mg de cloridrato
ROTULAGEM de metoclopramida para balão volumétrico de 100
mL e completar o volume com ácido clorídrico 0,1 M.
Observar a legislação vigente.
Homogeneizar. Diluir, sucessivamente, com o mesmo
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 849

solvente, até concentração de 0,002% (p/v). Preparar D. Utilizar volume da solução oral equivalente a 10 mg de
solução padrão na mesma concentração utilizando o mesmo cloridrato de metoclopramida. Adicionar 10 mL de ácido
solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes clorídrico SR, resfriar a 0 °C e adicionar 1 mL de nitrito
em 309 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para o ajuste de sódio a 1% (p/v). Desenvolve-se precipitado amarelo.
do zero. Calcular a quantidade de C14H22ClN3O2.HCl na Adicionar 1 mL de 2-naftol SR. Desenvolve-se precipitado
solução injetável, a partir das leituras obtidas. vermelho-alaranjado.
B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento E. Utilizar volume da solução oral equivalente a 10 mg de
da monograÞa de Cloridrato de metoclopramida cloridrato de metoclopramida. Adicionar 10 mL de água
comprimidos. Preparar a Solução amostra como descrito e agitar. A solução resultante responde às reações do íon
a seguir.

Solução amostra: transferir volume da solução injetável


equivalente a 40 mg de cloridrato de metoclopramida para
balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com
cloreto (5.3.1.1).

CARACTERÍSTICAS
ca
ácido fosfórico 0,01 M. Homogeneizar. Transferir 5 mL Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume pH (5.2.19). 2,0 a 5,5.
com o mesmo solvente.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝl da Solução TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de Contagem de micro-organismos viáveis totais
C14H22ClN3O2.HCl na solução injetável a partir das (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução
Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
amostra.
Cumpre o teste.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
DOSEAMENTO
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

ROTULAGEM A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria


de absorção no visível (5.2.14). Proceder ao abrigo da
Observar a legislação vigente. luz direta. Transferir volume da solução oral equivalente
a 10 mg de cloridrato de metoclopramida para balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume com água.
CLORIDRATO DE METOCLOPRAMIDA Homogeneizar. Transferir 5 mL para balão volumétrico de
SOLUÇÃO ORAL 100 mL, acrescentar 5 mL de ácido clorídrico M e misturar.
Acrescentar 5 mL de nitrito de sódio a 1% (p/v), preparado
extemporaneamente. Misturar e deixar em repouso por
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da 10 minutos. Acrescentar 5 mL de sulfamato de amônio
quantidade declarada de C14H22ClN3O2.HCl. a 5% (p/v), preparado extemporaneamente. Misturar e
deixar em repouso por 25 minutos. Acrescentar 5 mL de
dicloridrato de N-(1-naftil)etilenodiamina a 0,5% (p/v)
IDENTIFICAÇÃO
em ácido clorídrico M, preparado extemporaneamente,
O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem misturar. Completar o volume com água e deixar em
realizados os testes B., C., D. e E.. O teste de identiÞcação repouso por cinco minutos, obtendo solução a 0,0005%
B. pode ser omitido se forem realizados os testes A., C., (p/v). Preparar solução padrão nas mesmas condições.
D. e E.. Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 534 nm,
utilizando água para o ajuste do zero. Calcular a quantidade
A. O espectro de absorção no visível (5.2.14), na faixa de de C14H22ClN3O2.HCl na solução oral a partir das leituras
400 nm a 800 nm, da solução amostra obtida no método A. obtidas.
de Doseamento, exibe máximos de absorção idênticos aos
observados no espectro da solução padrão. B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma de detector ultravioleta a 215 nm; coluna de 250 mm de
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
C. Utilizar volume da solução oral equivalente a 10 mg de 1,5 mL/minuto.
de cloridrato de metoclopramida. Adicionar 1 mL de água
e agitar. Adicionar 1 mL de p-dimetilaminobenzaldeído a Fase móvel: dissolver 2,7 g de acetato de sódio em 600
1% (p/v) em ácido clorídrico M. Desenvolve-se coloração mL de água. Adicionar 400 mL de acetonitrila e 5 mL de
amarelo-alaranjada. hidróxido de tetrametilamônio a 20% (p/v) em metanol.
850 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Homogeneizar. Ajustar o pH para 6,5 com ácido acético Cloridrato de (3S,4S)-3-etildiidro-4-[(1-metil-1H-


glacial. imidazol-5-il)metil]-2(3H)-furanona (1:1)
[54-71-7]
Solução amostra: transferir volume da solução oral
equivalente a 4 mg de cloridrato de metoclopramida para
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com
C11H16N2O2.HCl, em relação à substância dessecada.
ácido fosfórico 0,01 M. Homogeneizar.

Solução padrão estoque: transferir 40 mg de cloridrato de DESCRIÇÃO


metoclopramida SQR para balão volumétrico de 50 mL.

c
Dissolver em ácido fosfórico 0,01 M e completar o volume Características físicas. Pó branco cristalino ou cristais
com o mesmo solvente, de modo a obter solução a 0,8 mg/ incolores, higroscópico.
mL.
Solubilidade. Solúvel em água e em etanol, pouco solúvel
Solução padrão: transferir 5 mL da Solução padrão estoque em clorofórmio, insolúvel em éter etílico.
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com ácido fosfórico 0,01 M, de modo a obter solução Constantes físico-químicas.
padrão de cloridrato de metoclopramida a 0,16 mg/mL. Faixa de fusão (5.2.2): 199 °C a 205 °C. O intervalo entre
Solução de resolução: transferir 0,125 g de o início e o Þm da fusão não deve exceder a 3 °C.
benzenossulfonamida para balão volumétrico de 25 mL. Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +89° a +93°, em relação
Dissolver em 15 mL de metanol. Completar o volume à substância dessecada. Determinar em solução a 2% (p/v)
com ácido fosfórico 0,01 M. Transferir 15 mL da solução em água.
anterior e 5 mL da Solução padrão estoque para balão
volumétrico de 250 mL e completar o volume com ácido
fosfórico 0,01 M. Homogeneizar. IDENTIFICAÇÃO
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
O tempo de retenção relativo é cerca de 0,2 para realizados os testes B.,C. e D. Os testes de identiÞcação
a benzenossulfonamida e 1,0 para o cloridrato de B. e C. podem ser omitidos se forem realizados os testes
metoclopramida. O desvio padrão relativo das áreas de A. e D.
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções amostra, previamente dessecada, dispersa em óleo mineral,
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as áreas apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
sob os picos. Calcular a quantidade de C14H22ClN3O2.HCl na comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
solução oral a partir das respostas obtidas com as Soluções relativas daqueles observados no espectro de cloridrato de
padrão e amostra. pilocarpina SQR, preparado de maneira idêntica.

B. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3).
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
C. Dissolver 2,5 g da amostra em água isenta de dióxido de
ROTULAGEM carbono e completar para 50 mL com o mesmo solvente.
Diluir 0,2 mL dessa solução para 2 mL com água e
Observar a legislação vigente. adicionar 0,05 mL de dicromato de potássio SR, 1 mL de
peróxido de hidrogênioa 3% (p/v) e 2 mL de clorofórmio.
Homogeneizar. Desenvolve-se coloração violeta na
CLORIDRATO DE PILOCARPINA camada clorofórmica.
Pilocarpini hydrochloridum D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).

ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 3,5 a 4,5. Determinar em solução a 5% (p/v)
em água isenta de dióxido de carbono.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel G, como suporte, e mistura de hidróxido de
amônio concentrado, metanol e cloreto de metileno
C11H16N2O2.HCl; 244,72
(1:14:85), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
cloridrato de pilocarpina; 07050
à placa, 25 —L de cada uma das soluções, recentemente
preparadas, descritas a seguir.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 851

Solução (1): dissolver 0,25 g da amostra em metanol e


completar para 5 mL com o mesmo solvente. CLORIDRATO DE PIRIDOXINA
Pyridoxini hydrochloridum
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 10 mL com
metanol.

Solução (3): dissolver 10 mg de cloridrato de pilocarpina


SQR em metanol e completar para 2 mL com o mesmo
solvente.

ca
Solução (4): diluir 1 mL da Solução (2) para 10 mL com
metanol.

Desenvolver o cromatograma por 15 cm. Secar a placa C8H11NO3.HCl; 205,64


entre 100 °C e 105 °C por 10 minutos, deixar esfriar e cloridrato de piridoxina; 07167
nebulizar com iodobismutato de potássio SR e, em seguida, Cloridrato de 5-hidroxi-6-metil-3,4-piridinodimetanol
com peróxido de hidrogênio a 3% (p/v). Qualquer mancha (1:1)
secundária obtida no cromatograma com a Solução (1), [58-56-0]
diferente da mancha principal, não é mais intensa que
aquela obtida com a Solução (4) (1%). Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C8H11NO3.HCl, em relação à substância dessecada.
Ferro (5.3.2.4). Determinar em 10 mL de solução a 5%
(p/v) em água isenta de dióxido de carbono. Preparar o
padrão utilizando 5 mL de Solução padrão de ferro (1 ppm DESCRIÇÃO
Fe) e 5 mL de água. No máximo 0,001% (10 ppm).
Características físico-químicas. Pó cristalino, branco ou
Perda por dessecação (5.2.9). Dessecar em estufa a100- quase branco. Ponto de fusão (5.2.2): em torno de 205 oC,
105 °C por 2 horas. No máximo 3%. com decomposição.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,5 g da Solubilidade. Facilmente solúvel em água, pouco solúvel
amostra. No máximo 0,5%. em etanol, praticamente insolúvel em clorofórmio e éter
etílico.
DOSEAMENTO Constantes físico-químicas.
Pesar, exatamente, cerca de 2 g de amostra e dissolver em Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +28º a +30º, determinado
60 mL de água. Titular com hidróxido de sódio M SV e em solução a 2% (p/v) em ácido clorídrico 0,1 M.
determinar o ponto Þnal potenciometricamente. Cada mL
de hidróxido de sódio M SV equivale a 244,720 mg de
C11H16N2O2.HCl. IDENTIFICAÇÃO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro
ROTULAGEM de cloridrato de piridoxina SQR, preparado de maneira
idêntica.
Observar a legislação vigente.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 250 nm a 350 nm, de solução a 0,001% (p/v) em ácido
CLASSE TERAPÊUTICA clorídrico 0,1 M, exibe máximos entre 288 nm e 296 nm,
com absorvância de 0,420 a 0,445. Na faixa de 220 nm
Antiglaucomatoso.
a 350 nm, uma solução preparada pela diluição de 1 mL
de solução a 0,1% (p/v) em ácido clorídrico 0,1 M para
100 mL com tampão fosfato equimolar 0,025 M, exibe
máximos entre 248 nm e 256 nm e entre 320 nm e 327 nm.
As absorvâncias em cada máximo são de, respectivamente,
0,175 a 0,195 e 0,345 a 0,365.

C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),


obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (4).

D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).


852 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA ultrassom até completar a dissolução. Titular com ácido


perclórico 0,1 M SV, utilizando cloreto de metilrosanilínio
pH (5.2.19). 2,4 a 3,0. Determinar em solução da amostra a SI como indicador. Realizar ensaio em branco e fazer as
5% (p/v) em água isenta de dióxido de carbono. correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito SV equivale a 20,564 mg de C8H11NO3.HCl.
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
utilizando sílica-gel G, como suporte, e mistura de acetona, de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
tetracloreto de carbono, tetraidrofurano e amônia 13,5 M de detector ultravioleta a 280 nm; coluna de 250 mm de
(65:13:13:9), como fase móvel. Aplicar, separadamente, comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada

c
à placa, 2 ȝL de cada uma das soluções, recentemente com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
preparadas, descritas a seguir. a 10 ȝm), mantida a 25 ºC; ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/
Solução (1): solução aquosa da amostra a 100 mg/mL. minuto.

Solução (2): solução aquosa da amostra a 10 mg/mL. Fase móvel: transferir para balão volumétrico de 2000 mL,
20 mL de ácido acético glacial, 1,2 g de 1-hexanossulfonato
Solução (3): solução aquosa da amostra a 0,25 mg/mL. de sódio, diluir com 1400 mL de água. Ajustar o pH para
3,0 com ácido acético glacial ou hidróxido de sódio M.
Solução (4): solução aquosa de cloridrato de piridoxina Adicionar 470 mL de metanol, homogeneizar e completar
SQR a 10 mg/mL. o volume com água. Fazer ajustes, se necessário.
Procedimento: desenvolver o cromatograma. Remover Solução padrão interno: dissolver quantidade de ácido
a placa, deixar secar ao ar. Nebulizar com solução de p-hidroxibenzoico em Fase móvel de modo a obter
carbonato de sódio a 5% (p/v) em mistura de água e etanol concentração de 5 mg/mL.
(70:30). Secar em corrente de ar e nebulizar com solução
de 2,6-dicloroquinona-4-clorimida a 0,1% (p/v) em etanol. Solução amostra: transferir 50 mg da amostra, exatamente
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma pesada, para balão volumétrico de 100 mL, dissolver e
com a Solução (1), diferente da mancha principal, não é completar o volume com Fase móvel. Homogeneizar.
mais intensa que aquela obtida com a Solução (3) (0,25%). Transferir 10 mL para balão volumétrico de 100 mL,
Desconsiderar manchas remanescentes na linha de base. adicionar 1 mL de Solução padrão interno, completar o
volume com Fase móvel e homogeneizar.
Compostos fenólicos. Em tubo de ensaio adicionar 5 mg
da amostra, 0,05 mL de ácido clorídrico 3 M, 1 mL de água Solução de padrão: transferir, exatamente, cerca de 50 mg
e 1 mL de cloreto férrico SR. Homogeneizar e adicionar 1 de cloridrato de piridoxina SQR para balão volumétrico de
mL de ferricianeto de potássio SR. Após 2 minutos não se 100 mL, dissolver com fase móvel, completar o volume
desenvolve coloração verde azulada. com o mesmo solvente e homogeneizar. Transferir 10 mL
para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 1 mL de
Limite de N,N-dimetilanilina. Transferir, exatamente, Solução de padrão interno, completar o volume com Fase
cerca de 0,5 g da amostra para balão volumétrico de 25 móvel e homogeneizar.
mL, adicionar 20 mL de água e dissolver com auxílio de
aquecimento. Resfriar e adicionar 2 mL de ácido acético M Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. A resolução
e 1 mL de nitrito de sódio a 1% (p/v). Completar o volume entre os picos correspondentes ao cloridrato de piridoxina
com água e homogeneizar. A solução não deve apresentar e ao ácido p-hidroxibenzoico não é menor que 2,5. O
coloração mais intensa que solução de N,N-dimetilanilina a desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
0,001% (p/v) (10 ppm) preparada de maneira similar. registrados não é maior que 3,0%.

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Determinar Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
em 20 mL de solução da amostra a 5% (p/v). No máximo padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
0,002% (20 ppm). e medir as áreas sob os picos correspondentes ao cloridrato
de piridoxina e ao ácido p-hidroxibenzoico. Calcular o
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da teor de C8H11NO3.HCl na amostra a partir das respostas
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC. No máximo 0,5%. obtidas para a relação cloridrato de piridoxina/ácido
p-hidroxibenzoico com a Solução padrão e a Solução
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
amostra.
No máximo 0,1%.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
DOSEAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio ROTULAGEM


não aquoso (5.3.3.5). A 0,4 g da amostra, exatamente
pesada, adicionar 30 mL de ácido acético glacial e 10 Observar a legislação vigente.
mL de acetato de mercúrio SR. Se necessário, deixar em
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 853

CLASSE TERAPÊUTICA Desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.

Suplemento vitamínico. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir


CLORIDRATO DE PIRIDOXINA cada comprimido para balão volumétrico de 500 mL
contendo 300 mL de água, aguardar desintegração e
COMPRIMIDOS completar o volume com o mesmo solvente. Filtrar
descartando os primeiros 25 mL do Þltrado. A partir do
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 115,0% da Þltrado, fazer diluições adequadas com ácido clorídrico a

ca
quantidade declarada de C8H11NO3.HCl. 1% (v/v) de modo a obter concentração de 0,001% (p/v).
Preparar solução de cloridrato de piridoxina SQR na
mesma concentração da solução amostra, usando o mesmo
IDENTIFICAÇÃO solvente. Determinar as absorvâncias das soluções em 290
nm (5.2.14), utilizando ácido clorídrico a 1% (v/v) para
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver quantidade
ajuste do zero. Calcular a quantidade de C8H11NO3.HCl em
do pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de piridoxina em 50
cada comprimido, a partir das leituras obtidas.
mL de metanol agitando, mecanicamente, por 15 minutos.
Filtrar, adicionar amônia 13,5 M suÞciente para alcalinizar
o Þltrado e evaporar até secura. Retomar o resíduo com TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
15 mL de clorofórmio e Þltrar. Ao Þltrado gotejar 2 mL de
cloreto de acetila, adicionar 8 mL de metanol e evaporar até Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
secura. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) Aparelhagem: pás, 50 rpm
do resíduo, disperso em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos Tempo: 45 minutos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de cloridrato de piridoxina SQR, Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
preparado de maneira idêntica. de dissolução, Þltrar e diluir em ácido clorídrico 0,1 M
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver quantidade soluções em 290 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente
do pó equivalente a 20 mg de cloridrato de piridoxina em para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C8H11NO3.
50 mL de tampão fosfato 0,025 M e agitar por 15 minutos. HCl dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas
Transferir para balão volumétrico de 100 mL e completar com a de solução de cloridrato de piridoxina SQR na
o volume com tampão fosfato 0,025 M. O espectro de concentração de 0,001% (p/v), preparada no mesmo
absorção no ultravioleta (5.2.14) dessa solução, na faixa solvente.
de 230 nm a 350 nm, exibe máximos de absorção em 254
nm e 324 nm. Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C8H11NO3.HCl se dissolvem em 45 minutos.
C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
do pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de piridoxina com
ENSAIOS DE PUREZA
5 mL de água e Þltrar para tubo de ensaio. Adicionar duas
a três gotas de cloreto férrico SR. Desenvolve-se coloração Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
laranja-avermelhada. em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel G, como suporte, e mistura de acetona,
D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
tetracloreto de carbono, tetraidrofurano e amônia 13,5 M
do pó equivalente a 20 mg de cloridrato de piridoxina para
(65:13:13:9), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
béquer, adicionar 50 mL de água e deixar em repouso até
à placa, 10 —L de cada uma das soluções, recentemente
decantação. A 1 mL do sobrenadante, adicionar 10 mL
preparadas, descritas a seguir.
de acetato de sódio a 5% (p/v), 1 mL de água, 1 mL de
2-6-dicloroquinona-4-clorimida a 0,5% (p/v) em etanol e Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar
homogeneizar. Desenvolve-se coloração azul, com rápida quantidade do pó equivalente a 40 mg de cloridrato de
passagem para marrom. Repetir a operação adicionando 1 piridoxina com 10 mL de água por 15 minutos, Þltrar e
mL de ácido bórico a 0,3% (p/v) no lugar da água. Não usar o Þltrado.
produz coloração azul.
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 200 mL com
CARACTERÍSTICAS água.

Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar com carbonato de sódio decaidratado
Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. a 5% (p/v) em mistura de etanol e água (30:70). Secar
em corrente de ar e nebulizar com 2-6-dicloroquinona-
Friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. 4-clorimida a 0,1% (p/v) em etanol. Qualquer mancha
secundária obtida no cromatograma com a Solução (1),
854 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

diferente da mancha principal, não é mais intensa que IDENTIFICAÇÃO


aquela obtida com a Solução (2) (0,5%).
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
DOSEAMENTO de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade
intensidades relativas daqueles observados no espectro
do pó equivalente a 25 mg de cloridrato de piridoxina e
de cloridrato de prometazina SQR, preparado de maneira
acrescentar 50 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Aquecer em
idêntica.
banho-maria por 15 minutos, agitando ocasionalmente.

c
Resfriar, diluir para 100 mL com ácido clorídrico 0,1 B. Responde às reações de identiÞcação de fenotiazinas
M e Þltrar, descartando os primeiros 20 mL. Diluir 5 (5.3.1.5).
mL do Þltrado para 100 mL com ácido clorídrico 0,1
M. Preparar solução padrão na mesma concentração, C. Dissolver 0,1 g de amostra em 3 mL de água puriÞcada
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias e adicionar 1 mL de ácido nítrico gota a gota. Forma-se
das soluções resultantes em 290 nm (5.2.14), utilizando precipitado que se dissolve rapidamente, desenvolvendo
ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a coloração vermelha que passa a alaranjada e, em seguida,
quantidade de C8H11NO3.HCl nos comprimidos, a partir amarela. Aquecer até fervura. A solução passa à alaranjada
das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os cálculos e a seguir forma-se precipitado vermelho-alaranjado.
considerando A (1%, 1 cm) = 430, em 290 nm.
D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA
Em recipientes bem fechados, protegido da luz.
pH (5.2.19). 4,0 a 5,0. Determinar em solução a 10% (p/v)
recém-preparada.
ROTULAGEM
Substâncias relacionadas. Proceder ao teste para

Fase móvel B e aplicar separadamente à placa 10 PL de


Observar a legislação vigente. Substâncias relacionadas à fenotiazinas (5.3.1.6), usando

cada uma das três soluções, recentemente preparadas,


CLORIDRATO DE PROMETAZINA descritas a seguir.
Promethazini hydrochloridum
Solução (1): solução a 2% (p/v) da amostra em mistura de
dietilamina e metanol (5:95).

Solução (2): solução a 0,02% (p/v) de cloridrato de


isoprometazina SQR no mesmo solvente.

Solução (3): solução a 0,01% (p/v) de cloridrato de


prometazina SQR no mesmo solvente.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Nenhuma mancha de isoprometazina no
cromatograma obtida com a Solução (1) é mais intensa
C17H20N2S.HCl; 320,88 que aquelas obtidas com a Solução (2) (1%). Nenhuma
cloridrato de prometazina; 07431 outra mancha secundária obtida com a Solução (1) é mais
Cloridrato de N,N,Į-trimetil-10H-fenotiazina-10- intensa que aquelas obtidas com a Solução (3) (0,5%).
etanamina (1:1)
amostra. Dessecar em estufa de 100 qC a 105 qC, até peso
[58-33-3] Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de

constante. No máximo 0,5%.


Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
C17H20N2S.HCl em relação à substância dessecada. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
No máximo 0,1%.
DESCRIÇÃO
DOSEAMENTO
Características físico-químicas. Pó cristalino, branco a
levemente amarelado, inodoro, sabor amargo. Funde em Empregar um dos métodos descritos a seguir.
torno de 222 °C, com decomposição (5.2.2).
A. Dissolver 0,25 g, exatamente pesados, em mistura de 5
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, etanol e mL de ácido clorídrico 0,01 M e 50 mL de etanol. Titular com
clorofórmio; praticamente insolúvel em éter etílico. hidróxido de sódio 0,1 M SV, determinando o volume gasto
entre os dois pontos de inßexão potenciometricamente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 855

Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV corresponde a Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
32,088 mg de C17H20N2S.HCl.

B. Dissolver, exatamente, cerca de 700 mg da amostra TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


em uma mistura de 75 mL de ácido acético glacial e 10
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
mL de solução de acetato de mercúrio SR. Adicionar uma
gota de solução de cristal violeta SI e titular com ácido Aparelhagem: cestas, 100 rpm
perclórico 0,1 M SV até coloração azul. Realizar ensaio em
branco e fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido Tempo: 45 minutos
perclórico 0,1 M SV equivale a 32,090 mg de C17H20N2S.

ca
HCl. Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, com ácido
clorídrico 0,1 M até concentração adequada. Medir as
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO absorvâncias das soluções em 249 nm, utilizando o mesmo
solvente para ajuste do zero. Calcular a quantidade de
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. C17H20N2S.HCl dissolvida no meio, comparando as leituras
obtidas com a solução de cloridrato de prometazina SQR,
ROTULAGEM preparada no mesmo solvente.

Observar a legislação vigente. Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
declarada de C17H20N2S.HCl se dissolvem em 45 minutos.
CLASSE TERAPÊUTICA
ENSAIOS DE PUREZA
Antiemético, anti-histamínico.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em Pesquisa de impurezas relacionadas a fenotiazinas por
CLORIDRATO DE PROMETAZINA cromatograÞa em camada delgada (5.3.1.6), utilizando
COMPRIMIDOS a Fase móvel B e aplicando, separadamente, à placa
20 —L de cada uma das seguintes soluções, preparadas
imediatamente antes do uso. Desnecessária a operação em
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 110,0% da atmosfera de nitrogênio.
quantidade declarada de C17H20N2S.HCl. Os comprimidos
devem ser revestidos. Solução (1): extrair quantidade do pó de comprimidos,
equivalente a 0,1 g de cloridrato de prometazina com 10
mL de mistura dietilamina e metanol (5:95) e Þltrar.
IDENTIFICAÇÃO
Solução (2): solução a 0,01% (p/v) de cloridrato de
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Pesar quantidade isoprometazina SQR em mistura de dietilamina e metanol
do pó equivalente a 40 mg de cloridrato de prometazina, (5:95).
adicionar 10 mL de água e 2 mL de hidróxido de sódio
M, agitar e extrair com 15 mL de éter etílico. Lavar o Solução (3): diluir 1 volume da Solução (1) para 200
extrato etéreo com 5 mL de água, secar com sulfato de volumes com mistura dietilamina e metanol (5:95).
sódio anidro, evaporar à secura e dissolver o resíduo
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa,
em 0,4 mL de clorofórmio. O espectro de absorção no
deixar secar ao ar. Nenhuma mancha correspondente a
infravermelho (5.2.14) apresenta máximos de absorção
isoprometazina no cromatograma obtido com a Solução (1)
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
é mais intensa que qualquer outra obtida com a Solução (2)
mesmas intensidades relativas daqueles observados no
(1%). Nenhuma outra mancha secundária é mais intensa
espectro de cloridrato de prometazina SQR, preparado de
que a mancha obtida no cromatograma com a Solução (3)
maneira idêntica.
(0,5%).
B. À quantidade de pó de comprimidos, contendo 5 mg
de cloridrato de prometazina, adicionar 5 mL de ácido DOSEAMENTO
sulfúrico. Deixar em repouso por 5 minutos. Desenvolve-
se coloração vermelha. Realizar o doseamento ao abrigo da luz. Pulverizar 20
comprimidos. Pesar quantidade do pó equivalente a 50
mg de cloridrato de prometazina, adicionar 10 mL de
CARACTERÍSTICAS
ácido clorídrico 2 M, 200 mL de água puriÞcada, agitar
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. por 15 minutos, completar o volume para 500 mL com
água puriÞcada e centrifugar 50 mL da mistura. A 5 mL
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. do sobrenadante claro e límpido, adicionar 10 mL de ácido
clorídrico 0,1 M e completar o volume para 100 mL com água
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. puriÞcada. Preparar solução de cloridrato de prometazina
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. SQR na mesma concentração, em ácido clorídrico 0,01 M.
856 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Medir as absorvâncias (5.2.14) das soluções resultantes Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 200 mL com
em 249 nm, utilizando ácido clorídrico 0,01 M para ajuste a mistura de dietilamina e metanol (5:95).
do zero. Calcular a quantidade de C17H20N2S.HCl nos
comprimidos a partir das leituras obtidas, com as soluções Solução (3): preparar solução de cloridrato de
padrão e amostra. isoprometazina SQR a 0,01% (v/v) com a mistura
dietilamina e metanol (5:95).

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Solução (4): preparar solução de sulfóxido de prometazina


SQR a 0,025% (v/v) com a mistura de dietilamina e
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. metanol (5:95)

c ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar com ácido perclórico a 20% (v/v).
Aquecer a placa a 100 °C por 5 minutos. No cromatograma
obtido com a Solução (1), qualquer mancha correspondente
à isoprometazina não é mais intensa do que a mancha
principal no cromatograma obtido com a Solução (3)
CLORIDRATO DE PROMETAZINA
(1,0%). Qualquer mancha correspondente ao sulfóxido
SOLUÇÃO INJETÁVEL de prometazina não é mais intensa do que a mancha
no cromatograma obtido com a Solução (4) (2,5%), e
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da qualquer outra mancha secundária não é mais intensa do
quantidade declarada de C17H20N2S.HCl. que a mancha no cromatograma obtido com a Solução (2)
(0,5%). Desconsiderar qualquer mancha restante na linha
de aplicação.
IDENTIFICAÇÃO
O teste B. pode ser omitido se forem realizados os testes TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
A. e C.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
A. Medir o volume da solução injetável equivalente a 25
mg de cloridrato de prometazina e completar para 50 mL Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 5,0 UE/
com ácido sulfúrico 0,5 M. Diluir 5 mL para 100 mL com mg de cloridrato de prometazina.
o mesmo solvente. O espectro de absorção no ultravioleta
(5.2.14) exibe máximos e mínimos nos mesmos DOSEAMENTO
comprimentos de onda que a solução similar de cloridrato
de prometazina SQR. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14), protegendo da luz.
B. Adicionar, lentamente, 2 mL de ácido sulfúrico ao Transferir volume da solução injetável equivalente a,
volume da solução contendo 5 mg de cloridrato de cerca de, 25 mg de cloridrato de prometazina para balão
prometazina e deixar em repouso por 5 minutos. Produz-se volumétrico de 100 mL e completar o volume com ácido
cor vermelha. clorídrico 0,01 M. Diluir 10 mL para 100 mL com ácido
clorídrico 0,01 M e, em seguida, diluir 10 mL para 50 mL
C. Responde às reações de íon cloreto (5.3.1.1).
com o mesmo solvente, obtendo concentração de 0,0005%
(p/v). Preparar solução padrão nas mesmas condições.
CARACTERÍSTICAS Medir as absorvâncias da solução em 249 nm, utilizando
ácido clorídrico 0,01 M para ajuste do zero. Calcular a
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. quantidade de C17H20N2S.HCl na solução injetável a partir
das leituras obtidas.
pH (5.2.19). 5,0 a 6,0.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA
Em recipiente de vidro tipo I, protegido da luz.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1).
Desenvolver o cromatograma, protegido da luz, sob uma ROTULAGEM
atmosfera de nitrogênio utilizando sílica-gel GF254, como
suporte, e uma mistura de dietilamina, hexano e acetona Observar a legislação vigente.
(15:45:50) como fase móvel. Aplicar, separadamente,
à placa, 10 —L de cada uma das soluções, recentemente
preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): diluir volume da solução injetável com


mistura dietilamina e metanol (5:95) até obter solução de
cloridrato de prometazina a 1,0 % (v/v).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 857

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


CLORIDRATO DE PROPRANOLOL secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Propranololi hydrochloridum Nebulizar a placa com uma mistura de anisaldeído, ácido
acético glacial, metanol e ácido sulfúrico (0,5:10:85:5).
Secar entre 100 ºC e 105 ºC. A mancha principal obtida no
cromatograma da Solução (1) corresponde em posição, cor
e intensidade àquela obtida com a Solução (2).

D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).

C16H21NO2.HCl; 295,80
cloridrato de propranolol; 07482
Cloridrato de 1-[(1-metiletil)amino]-3-(1-naftaleniloxi)-2-
ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 5,0 a 6,0. Determinar em solução aquosa a
1% (p/v).
ca
propanol (1:1)
Acidez e alcalinidade. Dissolver 0,2 g da amostra em
[318-98-9]
água livre de dióxido de carbono e completar para 20 mL
com o mesmo solvente. Adicionar 0,2 mL de vermelho de
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,5% de metila SI e 0,2 mL de ácido clorídrico 0,01 M. A solução é
C16H21NO2.HCl, em relação à substância dessecada. vermelha. Adicionar 0,4 mL de hidróxido de sódio 0,01 M.
A solução é amarela.
DESCRIÇÃO Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Características físicas. Pó branco ou quase branco, em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
inodoro, de sabor amargo e aspecto cristalino ou amorfo. utilizando sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de
tolueno e metanol (90:10), como fase móvel. Aplicar,
Solubilidade. Solúvel em água e etanol, pouco solúvel em separadamente, à placa, 10 —L de cada uma das soluções,
clorofórmio, insolúvel em éter etílico. recentemente preparadas, descritas a seguir.

Constantes físico-químicas. Solução (1): solução a 100 mg/mL da amostra em metanol.

Faixa de fusão (5.2.2): 163 ºC a 166 ºC. Solução (2): solução a 0,2 mg/mL da amostra em metanol.

Poder rotatório especíÞco (5.2.8): –1,0º a +1,0º. Determinar Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
em solução aquosa a 4% (p/v) da substância dessecada. secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Nebulizar a placa com uma mistura de anisaldeído, ácido
acético glacial, metanol e ácido sulfúrico (0,5:10:85:5).
IDENTIFICAÇÃO
Secar entre 100 ºC e 105 ºC. Qualquer mancha secundária
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da obtida no cromatograma com a Solução (1), diferente da
amostra, previamente dessecada, e dispersa em brometo mancha principal, não é mais intensa que aquela obtida
de potássio, apresenta máximos de absorção somente com a Solução (2) (0,2%).
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Metais pesados (5.3.2.3). No máximo 0,002% (20 ppm).
intensidades relativas daqueles observados no espectro
de cloridrato de propranolol SQR, preparado de maneira Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
idêntica. amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 4 horas. No
máximo 0,5%.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,004% (p/v) em Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
metanol, exibe máximos de absorção em 290 nm, 306 nm No máximo 0,1%.
e 319 nm. As absorvâncias são de, aproximadamente, 0,84,
0,50 e 0,30, respectivamente.
DOSEAMENTO
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, Empregar um dos métodos descritos a seguir.
como suporte, e mistura de metanol e solução concentrada
A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
de amônia (99:1) como fase móvel. Aplicar, separadamente,
aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,5 g da amostra em mistura
à placa, 10 —L de cada uma das soluções, recentemente
de 50 mL de ácido acético glacial e 10 mL de acetato
preparadas, descritas a seguir.
de mercúrio SR. Titular com ácido perclórico 0,1 M SV,
Solução (1): solução a 10 mg/mL da amostra em metanol. determinando o ponto Þnal potenciometricamente ou
utilizando cloreto de metilrosanilínio SI como indicador.
Solução (2): solução a 10 mg/mL de cloridrato de Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
propranolol SQR em metanol. Cada mL do ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 29,580
mg de C16H21NO2.HCl.
858 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido CLORIDRATO DE PROPRANOLOL
de detector ultravioleta a 290 nm; coluna de 250 mm de
COMPRIMIDOS
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 ȝm),
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
1,5 mL/minuto. quantidade declarada de C16H21NO2.HCl.
Fase móvel: dissolver 0,5 g de laurilsulfato de sódio em 18 mL
de ácido fosfórico 0,15 M, adicionar 90 mL de acetonitrila, 90 IDENTIFICAÇÃO

c mL de metanol e diluir com água para 250 mL.

Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 50 mg


da amostra para balão volumétrico de 50 mL, adicionar
45 mL de metanol e deixar em ultrassom por 5 minutos.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Suspender em
água quantidade do pó equivalente a 0,1 g de cloridrato
de propranolol e Þltrar. Transferir o Þltrado para funil
de separação, alcalinizar com hidróxido de sódio M e
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar extrair com três volumes de 10 mL de éter etílico. Lavar
e Þltrar. Transferir 5 mL para balão volumétrico de 25 mL, os extratos combinados com água até neutralizar. Filtrar
completar o volume com metanol e homogeneizar. sobre sulfato de sódio anidro, evaporar o Þltrado e secar
o resíduo à pressão reduzida a 50 °C por uma hora. O
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 50 mg espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo,
de cloridrato de propranolol SQR para balão volumétrico disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
de 50 mL, dissolver com metanol e completar o volume absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
com o mesmo solvente, de modo a obter solução a 1 mg/ com as mesmas intensidades relativas daqueles obtidos
mL. Transferir 5 mL para balão volumétrico de 25 mL, no espectro do resíduo obtido após tratamento idêntico
completar o volume com metanol e homogeneizar. realizado com 0,1 g do cloridrato de propranolol SQR.
Solução de resolução: preparar solução a 0,25 mg/mL B. O ponto de fusão do resíduo obtido no teste A. de
de cloridrato de procainamida em metanol. Transferir 5 IdentiÞcação é de, aproximadamente, 94 °C (5.2.2).
mL desta solução e 5 mL da Solução padrão para balão
volumétrico de 25 mL. Completar o volume com metanol C. A solução a 0,004% (p/v) obtida no método A. do
e homogeneizar. Doseamento responde ao teste C. de IdentiÞcação na
monograÞa de Cloridrato de propranolol.
Injetar replicatas de 20 —L da Solução de resolução. A
resolução entre os picos correspondentes à procainamida e D. Proceder conforme descrito em Substâncias
ao cloridrato de propranolol não é menor que 2,0. O fator de relacionadas. A mancha principal obtida no cromatograma
cauda do pico correspondente ao cloridrato de propranolol com a Solução (1) corresponde em posição, cor e
não é maior que 3,0. O desvio padrão relativo das áreas de intensidade àquela obtida com a Solução (3).
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.
E. Suspender em água quantidade de pó dos comprimidos
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução equivalente a 0,1 g de cloridrato de propranolol. Agitar e
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e Þltrar em papel de Þltro adequado. O Þltrado responde às
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C16H21NO2.HCl reações do íon cloreto (5.3.1.1).
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução padrão
e a Solução amostra.
CARACTERÍSTICAS

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

Em recipientes bem fechados, protegido da luz. Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.

Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.


ROTULAGEM
Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 30 minutos.
Observar a legislação vigente.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

CLASSE TERAPÊUTICA Procedimento para uniformidade de conteúdo. Pesar,


individualmente, e transferir cada comprimido para balão
Anti-hipertensivo, antiarrítmico, antianginoso. volumétrico de 100 mL, adicionar 5 mL de ácido clorídrico
a 1% (v/v), agitar até desintegração do comprimido.
Adicionar 70 mL de metanol e submeter ao ultrassom por 1
minuto. Completar o volume com metanol, homogeneizar
e Þltrar em papel de Þltro adequado, desprezando os
primeiros mililitros. Diluir o Þltrado até concentração de
0,004% (p/v). Preparar solução metanólica a 0,004% (p/v)
de cloridrato de propranolol SQR e medir as absorvâncias
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 859

das soluções resultantes em 290 nm (5.2.14), utilizando DOSEAMENTO


metanol para ajuste do zero. Calcular o teor individual
de C16H21NO2.HCl nos comprimidos a partir das leituras Empregar um dos métodos descritos a seguir.
obtidas.
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a 20
mg de cloridrato de propranolol, para balão volumétrico de
Meio de dissolução: ácido clorídrico a 1% (v/v), 1000 mL 100 mL, adicionar 20 mL de água e agitar mecanicamente
por 10 minutos. Adicionar 50 mL de metanol e agitar por 10
Aparelhagem: cesta, 100 rpm

ca
minutos, completar o volume com metanol, homogeneizar
Tempo: 30 minutos e Þltrar. Transferir, quantitativamente, 10 mL do Þltrado
para balão volumétrico de 50 mL, completando o volume
Procedimento: após o teste, retirar alíquotas do meio de com metanol. Preparar solução a 0,004% (p/v) de cloridrato
dissolução e diluir, se necessário, com ácido clorídrico a 1% de propranolol SQR em metanol e medir as absorvâncias
(v/v), até concentração adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 290 nm, utilizando metanol como branco.
em 289 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para Calcular a quantidade de C16H21NO2.HCl nos comprimidos
ajuste do zero. Calcular a quantidade de C16H21NO2.HCl a partir das leituras obtidas.
dissolvido no meio, comparando as leituras obtidas com a da
solução de cloridrato de propranolol SQR na concentração B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de 0,004% (p/v), preparada no mesmo solvente. de alta eÞciência (5.2.17.4). Prosseguir conforme descrito
no método B. de Doseamento na monograÞa de Cloridrato
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade de propranolol. Preparar a solução amostra como descrito
declarada de C16H21NO2.HCl se dissolvem em 30 minutos. a seguir.

Solução amostra: pesar e pulverizar não menos que 20


ENSAIOS DE PUREZA comprimidos. Transferir, exatamente, quantidade do pó
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em equivalente a 50 mg de cloridrato de propranolol para balão
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1) utilizando volumétrico de 50 mL, adicionar 40 mL de metanol, agitar
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de tolueno, e deixar em banho de ultrassom por 5 minutos. Completar
metanol e amônia concentrada (80:20:01) como fase o volume com metanol, homogeneizar e Þltrar. Transferir 5
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, respectivamente, mL da solução anterior para balão volumétrico de 25 mL,
100 —L, 20 —L e 100 —L de cada uma das soluções descritas completar o volume com metanol, homogeneizar e Þltrar
a seguir. em membrana de 0,45 —m.

Solução (1): solução a 1% (p/v) de cloridrato de propranolol EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


SQR em metanol. Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Solução (2): solução a 0,02% (p/v) cloridrato de propranolol
SQR em metanol. ROTULAGEM
Solução (3): pesar e pulverizar os comprimidos. Pesar Observar a legislação vigente.
quantidade do pó equivalente a 50 mg de cloridrato de
propranolol, transferir para balão volumétrico de 5 mL,
completar com metanol, homogeneizar e Þltrar, obtendo CLORIDRATO DE RANITIDINA
solução a 1% (p/v). Ranitidini hydrochloridum
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar, examinar sub luz ultravioleta (254 nm) e
marcar as manchas. Nebulizar com solução contendo
anisaldeído, acido acético glacial, metanol e ácido
sulfúrico (0,5:10:85:5). Secar entre 100 °C e 105 °C.
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (3) não é maior ou mais intensa que a mancha
C13H22N4O3S.HCl; 350,86
obtida com a Solução (2).
cloridrato de ranitidina; 07639
Cloridrato de N’-[2-[[[5-[(dimetilamino)metil]-2-furanil]
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA metil]tio]etil]-N-metil-2-nitro-1,1-etenodiamina (1:1)
[66357-59-3]
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
C13H22N4O3S.HCl, em relação à substância dessecada.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
860 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DESCRIÇÃO padrão nas mesmas condições. Medir as absorvâncias das


soluções resultantes em 314 nm, utilizando água para ajuste
Características físicas. Pó cristalino, branco a do zero. Calcular o teor de C13H22N4O3S.HCl na amostra, a
amarelo pálido, inodoro, sensível à umidade. Apresenta partir das leituras obtidas.
polimorÞsmo.

Solubilidade. Facilmente solúvel em água e metanol, EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


ligeiramente solúvel em etanol, muito pouco solúvel
em cloreto de metileno, praticamente insolúvel em Em recipientes herméticos, protegidos da luz.
clorofórmio. Facilmente solúvel ácido acético.

c Constantes físico-químicas.

Faixa de fusão (5.2.2): 133 ºC a 134 ºC.


ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.

CLASSE TERAPÊUTICA
IDENTIFICAÇÃO
Anti-secretor.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada a 60 ºC a vácuo, dispersa
em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
CLORIDRATO DE RANITIDINA
mesmas intensidades relativas daqueles observados no COMPRIMIDOS
espectro de cloridrato de ranitidina SQR, preparado de
maneira idêntica.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa quantidade declarada de C13H22N4O3S.
de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em água
destilada, exibe máximos em 229 nm e 315 nm. A razão IDENTIFICAÇÃO
entre os valores de absorvância medidos em 229 nm e em
315 nm está compreendida entre 1,01 e 1,07. A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método
C. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1). A. de Doseamento, exibe máximos de absorção em 229 nm
e 315 nm idênticos aos observados no espectro da solução
ENSAIOS DE PUREZA padrão.

pH (5.2.19). 4,5 a 6,0. Determinar em solução a 1% (p/v) B. O tempo de retenção do pico principal obtido com a
em água isenta de dióxido de carbono. Solução amostra obtida no método B. de Doseamento
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. No
máximo 0,002% (20 ppm). C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
do pó equivalente a 0,1 g de ranitidina com 2 mL de água
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de e Þltrar. O Þltrado responde às reações do íon cloreto
amostra. Dessecar em estufa a 60 ºC, sob pressão reduzida, (5.3.1.1).
por 3 horas. No máximo 0,75%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. CARACTERÍSITCAS


No máximo 0,1%.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

DOSEAMENTO Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.

Empregar um dos métodos descritos a seguir. Friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.

A. Pesar, exatamente, cerca de 0,28 g da amostra e dissolver Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
em 35 mL de água. Titular com hidróxido de sódio 0,1 M
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
SV determinando o ponto Þnal potenciometricamente.
Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 35,087
mg de C13H22N4O3S.HCl. TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Meio de dissolução: água, 900 mL
absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir, exatamente,
cerca de 50 mg da amostra para balão volumétrico de 100 Aparelhagem: pás, 50 rpm
mL. Adicionar 40 mL de água, agitar e completar o volume Tempo: 45 minutos
com o mesmo solvente. Diluir, sucessivamente, em água,
até concentração de 0,00125% (p/v). Preparar solução
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 861

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio


de dissolução, Þltrar e diluir em água até concentração CLORIDRATO DE SERTRALINA
adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 314 Sertralini hydrochloridum
nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do
zero. Calcular a quantidade de C13H22N4O3S dissolvida no
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução de
cloridrato de ranitidina SQR na concentração de 0,00125%
(p/v), preparada com o mesmo solvente.

Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade


declarada de C13H22N4O3S se dissolvem em 45 minutos.

DOSEAMENTO
ca
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Por Espectrofotometria de absorção no ultravioleta


(5.2.14). Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir
quantidade de pó equivalente a 0,125 g de ranitidina, para C17H17Cl2N.HCl; 342,69
balão volumétrico de 250 mL, diluir com 150 mL de água, cloridrato de sertralina; 07964
agitar mecanicamente por 30 minutos e completar o volume Cloridrato de (1S,4S)-4-(3,4-diclorofenil)-1,2,3,4-
com o mesmo solvente. Filtrar. Diluir sucessivamente, até tetraidro-N-metil-1-naftalenamina (1:1)
concentração de 0,00125% (p/v). Preparar a solução padrão [79559-97-0]
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 314
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 102,0% de
nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular o teor de
C17H17Cl2N.HCl, em relação à substância dessecada.
C13H22N4O3S nos comprimidos a partir das leituras obtidas.

B. Por CromatograÞa a líquido de alta eÞciência DESCRIÇÃO


(5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector
ultravioleta a 275 nm; coluna de 250 mm de comprimento Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica branco e inodoro. Apresenta polimorÞsmo.
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 —m);
mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de Solubilidade. Solúvel em água, acetonitrila, álcool
1,7 mL/minuto. isopropílico e metanol, muito pouco solúvel em etanol,
insolúvel em tolueno, cicloexano e n-hexano.
Fase móvel: mistura de metanol e acetato de amônio 0,1
M (85:15). Constantes físico-químicas.

Solução amostra: pesar e pulverizar os comprimidos. Faixa de fusão (5.2.2): 243 ºC a 245 ºC.
Transferir quantidade do pó, exatamente pesada, para balão
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +37,0º a +42,0º, em
volumétrico adequado. Adicionar a Fase móvel, agitar,
relação à substância dessecada. Determinar em solução a
completar o volume com o mesmo solvente e Þltrar. Diluir
2% (p/v) em metanol.
o Þltrado quantitativamente com a Fase móvel até obter
solução de concentração semelhante à da Solução padrão.
IDENTIFICAÇÃO
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de cloridrato de ranitidina SQR na Fase móvel, de modo A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
a obter solução a 0,112 mg/mL, equivalente a 0,1 mg/mL amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de ranitidina. de potássio, apresenta máximos de absorção somente

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL da Solução


nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas de cloridrato de sertralina SQR, preparado de maneira
e medir a área sob os picos. Calcular o teor de C13H22N4O3S idêntica.
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Solução padrão e a Solução amostra. B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método
B. de Doseamento, exibe máximos em 266 nm, 274 nm e
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
282 nm, idênticos aos observados no espectro da solução
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. padrão.

C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


ROTULAGEM da Solução amostra, obtida no método C. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Observar a legislação vigente.
862 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. O fator de


cauda não é superior a 2,0. O desvio padrão relativo das
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. No máximo áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que
0,002% (20 ppm). 2,0%.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
amostra, em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No máximo 1,0%. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas dos picos. Calcular o teor de C17H17Cl2N.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.
HCl na amostra a partir das respostas obtidas com a
Solução padrão e a Solução amostra.

c DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem-fechados, ao abrigo da luz.
não-aquoso (5.3.3.5). Transferir, cerca de 0,4 g da amostra,
exatamente pesados, para erlenmeyer de 250 mL e dissolver ROTULAGEM
com 80 mL de ácido acético glacial. Acrescentar 10 mL
de acetato de mercúrio SR. Titular com ácido perclórico Observar a legislação vigente.
0,1 M SV, utilizando cloreto de metilrosanilínio SI como
indicador, até mudança de cor para verde-azulado. Cada
mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 34,269 mg de
CLASSE TERAPÊUTICA
C17H17Cl2N.HCl. Antidepressivo.
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar cerca de 0,5
g da amostra, exatamente pesados, e transferir para balão CLORIDRATO DE SERTRALINA
volumétrico de 200 mL. Adicionar 100 mL de metanol e COMPRIMIDOS
deixar em ultrassom por 15 minutos. Completar o volume
com o mesmo solvente, homogeneizar e Þltrar. Diluir,
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
em metanol, até concentração de 0,025% (p/v). Preparar
quantidade declarada de C17H17Cl2N.HCl.
solução padrão na mesma concentração, utilizando o
mesmo solvente. Medir as absorbâncias das soluções
resultantes em 274 nm, utilizando metanol para ajuste do IDENTIFICAÇÃO
zero. Calcular o teor de C17H17Cl2N.HCl na amostra a partir
das leituras obtidas. A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa líquida método A. de Doseamento, exibe máximos de absorção em
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido 266 nm, 274 nm e 282 nm, idênticos aos observados no
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 125 mm de espectro da solução padrão.
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
ȝm), mantida a 30 ºC; ßuxo da Fase móvel de 1,2 mL/ da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
minuto. corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

Tampão fosfato pH 3,0: dissolver 2,27 g de fosfato de sódio


monobásico em 950 mL de água, ajustar o pH em 3,0 ± 0,1 CARACTERÍSTICAS
com ácido fosfórico e completar o volume para 1000 mL Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
com água.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Fase móvel: mistura de acetonitrila, metanol e Tampão
fosfato pH 3,0 (30:60:10). Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.

Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 50 mg Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
da amostra para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar
50 mL de metanol e deixar em ultrassom por 15 minutos. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Completar o volume com metanol, obtendo solução a 0,5
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
mg/mL.
cada comprimido para balão volumétrico de 100 mL e
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada dissolver em 60 mL de metanol. Deixar em ultrassom por
de cloridrato de sertralina SQR em metanol e diluir com 20 minutos. Após a desintegração total do comprimido,
o mesmo solvente de modo a obter uma solução a 0,5 mg/ completar o volume com metanol, homogeneizar e Þltrar.
mL. Realizar diluições sucessivas até concentração aproximada
de 0,02% (p/v) de cloridrato de sertralina. Preparar solução
padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 863

solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


em 274 nm (5.2.14), utilizando metanol para o ajuste
do zero. Calcular o teor de C17H17Cl2N.HCl em cada Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
comprimido a partir das respostas obtidas para as soluções
padrão e amostra. ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Meio de dissolução: tampão acetato de sódio pH 4,5; 900 mL
CLORIDRATO DE TETRACICLINA
Aparelhagem: pás; 75 rpm

Tempo: 45 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de


Tetracyclini hydrochloridum
ca
dissolução e Þltrar. Medir as absorvâncias em 274 nm
(5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero.
Calcular a quantidade de C17H17Cl2N.HCl dissolvida no
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução de
cloridrato de sertralina SQR na concentração de 0,005%
(p/v), preparada no mesmo solvente.

Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade C22H24N2O8.HCl; 480,90


declarada de C17H17Cl2N.HCl se dissolvem em 45 minutos. cloridrato de tetraciclina; 08465
Cloridrato de (4S,4aS,5aS,6S,12aS)-4-(dimetilamino)-
1,4,4a,5,5a,6,11,12a-octaidro-3,6,10,12,12a-pentaidroxi-
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA 6-metil-1,11-dioxo-2-naftacenocarboxamida (1:1)
Contagem do número total de micro-organismos [64-75-5]
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 102,0% de
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). C22H24N2O8.HCl, em relação à substância dessecada.
Cumpre o teste.
DESCRIÇÃO
DOSEAMENTO
Características físicas. Pó cristalino, amarelo, inodoro e
Empregar um dos métodos descritos a seguir. levemente higroscópico.
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Solubilidade. Solúvel em água, pouco solúvel em etanol e
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20 praticamente insolúvel em clorofórmio e éter etílico.
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
0,5 g de cloridrato de sertralina para balão volumétrico de Constantes físico-químicas.
200 mL. Prosseguir conforme descrito no método B. de
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -240° a -255°.
Doseamento da monograÞa de Cloridrato de sertralina,
Determinar em solução a 1% (p/v) em ácido clorídrico
a partir de “Adicionar 100 mL de metanol e deixar em
0,01 M.
ultrassom...”.

B. Proceder conforme descrito no método C. de IDENTIFICAÇÃO


Doseamento da monograÞa de Cloridrato de sertralina.
Preparar a Solução amostra como descrito a seguir. Os testes de identiÞcação B., C. e D. podem ser omitidos se
forem realizados os testes A. e E.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade do pó equivalente a 50 mg de A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
cloridrato de sertralina para balão volumétrico de 100 mL. amostra não dessecada, dispersa em brometo de potássio,
Adicionar 50 mL de metanol e deixar em ultrassom por apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente, comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
homogeneizar e Þltrar. relativas daqueles observados no espectro de cloridrato de
tetraciclina SQR, preparado de maneira idêntica.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,002% (p/v) em
C17H17Cl2N.HCl nos comprimidos a partir das respostas hidróxido de sódio 0,25 M, exibe máximo em 380 nm. A
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra. absorvância em 380 nm, em relação à substância dessecada,
é de 96% a 104% da absorvância obtida com solução
padrão preparada nas mesmas condições. A determinação
864 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

deve ser feita seis minutos após a preparação da solução Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 20 mg de
Þnal. cloridrato de tetraciclina SQR para balão volumétrico de
100 mL com auxílio de 70 mL de ácido clorídrico 0,01
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma M. Agitar, completar o volume da solução com o mesmo
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
Pg/mL, 4 Pg/mL e 8 Pg/mL, utilizando água estéril.
solvente. Diluir, sucessivamente, até concentrações de 2
àquele do pico principal da Solução padrão.

D. Adicionar a 2 mg da amostra, 5 mL de ácido sulfúrico. Procedimento: adicionar 20 mL de meio número 1 em cada


Desenvolve-se coloração violeta-avermelhada. Adicionar placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de inóculo a 2%
2,5 mL de água. Desenvolve-se coloração amarela. e proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico

c E. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).

ENSAIOS DE PUREZA
de antibióticos, adicionando aos cilindros, 0,2 mL das
soluções recentemente preparadas.

B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


absorção no ultravioleta (5.2.14). Preparar solução a 0,05%
pH (5.2.19). 1,8 a 2,8. Determinar em solução a 1% (p/v) (p/v) da amostra em ácido clorídrico 0,01 M. Preparar
em água isenta de dióxido de carbono. solução padrão na mesma concentração, utilizando o
mesmo solvente. Diluir 3 mL de cada solução para 100 mL
Limite de cloridrato de 4-epianidrotetraciclina. com hidróxido de sódio 0,25 M. Homogeneizar e deixar
Proceder conforme descrito no método C. de Doseamento. em repouso por seis minutos. Preparar branco em paralelo
Preparar as soluções como descrito a seguir. diluindo 3 mL de ácido clorídrico 0,01 M para 100 mL
Solução (1): utilizar a Solução amostra descrita no método com hidróxido de sódio 0,25 M. Medir as absorvâncias das
C. de Doseamento. soluções em 380 nm, utilizando o branco para ajuste do
zero. Calcular o teor de C22H24N2O8.HCl na amostra a partir
Solução (2): solução de cloridrato de 4-epianidrotetraciclina das leituras obtidas.
SQR a 10 —g/mL em Fase móvel.
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Injetar, separadamente 20 —L das Soluções (1) e (2), registrar de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
os cromatogramas e medir as áreas sob os picos. A área de de detector ultravioleta a 365 nm; coluna de 150 mm de
qualquer pico correspondente à 4-epianidrotetraciclina no comprimento e 4,5 mm de diâmetro interno, empacotada
cromatograma obtido com a Solução (1) não é superior à com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 —m),
área sob o pico principal obtido com a Solução (2). No mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de
máximo 2,0 %. 0,8 mL/minuto.

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No Fase móvel: mistura de ácido oxálico 0,01 M, metanol e
máximo 0,005% (50 ppm). acetonitrila (70:20:10).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da Solução amostra: transferir 50 mg da amostra para balão
amostra. Dessecar em estufa a 60 °C, sob pressão reduzida volumétrico de 100 mL, adicionar 70 mL de Fase móvel,
de não mais que 5 mm de Hg, por 3 horas, até peso deixar em ultrassom por 15 minutos e completar o volume
constante. No máximo 2,0%. com o mesmo solvente. Transferir alíquota equivalente a 5,0
mL para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com o mesmo solvente, obtendo solução a 0,1 mg/mL.
DOSEAMENTO
Solução padrão: transferir 25 mg de cloridrato de
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
tetraciclina SQR para balão volumétrico de 50 mL,
A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico adicionar 35 mL de Fase móvel, deixar em ultrassom
de antibióticos (5.5.3.3.1), pelo método de difusão em por 15 minutos e completar o volume com o mesmo
ágar, utilizando cilindros. solvente. Transferir alíquota equivalente a 5 mL para balão
volumétrico de 25 mL e completar o volume com o mesmo
Micro-organismo: Staphylococcus epidermidis ATCC solvente, obtendo solução a 0,1 mg/mL.
12228.
Solução de resolução: preparar solução contendo
Meios de cultura: meio de cultura número 1 para cloridrato de tetraciclina SQR a 100 —g/mL e cloridrato de
manutenção do micro-organismo, solução salina estéril 4-epianidrotetraciclina SQR a 25 —g/mL utilizando Fase
para padronização do inóculo, meio de cultura número 1 móvel como solvente.
para camada base e para preparação do inóculo.
Injetar 20 —L da Solução de resolução. A resolução entre
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 20 mg 4-epianidrotetraciclina e tetraciclina não é menor que 2.
da amostra para balão volumétrico de 100 mL com auxílio Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. O desvio
de 70 mL de ácido clorídrico 0,01 M. Agitar, completar padrão relativo das áreas de replicatas sob os picos

sucessivamente, até concentrações de 2 Pg/mL, 4 Pg/mL


o volume da solução com o mesmo solvente. Diluir, registrados não é maior que 2,0%.

e 8 Pg/mL, utilizando água estéril.


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 865

Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
as áreas sob os picos. Calcular o teor de C22H24N2O8.HCl Meio de dissolução: água, 900 mL
na amostra a partir das respostas obtidas com a Soluções
Aparelhagem: pás, 75 rpm
padrão e a Solução amostra.
Tempo: 60 minutos (90 minutos para cápsulas de 500 mg).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
Em recipientes opacos, bem fechados e ao abrigo da luz. de dissolução, Þltrar e diluir em água até concentração
adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 276 nm

ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
(5.2.14), utilizando água para o ajuste do zero. Calcular
a quantidade de C22H24N2O8.HCl dissolvida no meio,
comparando as leituras obtidas com a da solução de
cloridrato de tetraciclina SQR na concentração de 0,0015%
ca
(p/v), preparada no mesmo solvente.
CLASSE TERAPÊUTICA
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
Antimicrobiano. declarada de C22H24N2O8.HCl se dissolvem em 60 minutos
(90 minutos para cápsulas de 500 mg).

CLORIDRATO DE TETRACICLINA ENSAIOS DE PUREZA


CÁPSULAS
Limite de cloridrato de 4-epianidrotetraciclina.
Proceder conforme descrito no método C. de Doseamento.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 125,0% da Preparar as soluções como descrito a seguir
quantidade declarada de C22H24N2O8.HCl.
Solução (1): utilizar a solução amostra descrita no método
C. de Doseamento.
IDENTIFICAÇÃO
Solução (2): solução de cloridrato de 4-epianidrotetraciclina
A. Pesar e homogeneizar o conteúdo das cápsulas. Utilizar
SQR a 10 —g/mL em Fase móvel.
quantidade de pó equivalente a 25 mg de cloridrato de
tetraciclina, adicionar 25 mL de metanol e deixar em Injetar, separadamente, 20 —L das Soluções (1) e (2), registrar
repouso por 20 minutos. Filtrar e evaporar o Þltrado em os cromatogramas e medir as áreas sob os picos. A área de
banho-maria até resíduo. O espectro de absorção no qualquer pico correspondente à 4-epianidrotetraciclina no
infravermelho (5.2.14) do resíduo obtido, dessecado em cromatograma obtido com a Solução (1) não é superior à
estufa a 60 °C, sob pressão reduzida, até peso constante área sob o pico principal obtido com a Solução (2). No
e disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de máximo 3,0%.
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
no espectro de cloridrato de tetraciclina SQR, preparado de amostra. Dessecar em estufa a 60 °C, sob pressão reduzida
maneira idêntica. de não mais que 5 mm de Hg, por 3 horas, até peso
constante. No máximo 2,0%.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método C. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

C. Adicionar a 2 mg do resíduo obtido no teste A. de Contagem do número total de micro-organismos


IdentiÞcação, 5 mL de ácido sulfúrico. Produz-se coloração mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
violeta avermelhada. A adição de 2,5 mL de água a essa Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
solução torna a coloração amarela. Cumpre o teste.
D. O resíduo obtido no teste A. de IdentiÞcação responde
às reações do íon cloreto (5.3.1.1). DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
CARACTERÍSTICAS
A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. de antibióticos (5.5.3.3), pelo método de difusão em ágar,
Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 45 minutos. utilizando cilindros.

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. Micro-organismo: Staphylococcus epidermidis ATCC
Proceder conforme descrito no método A. de Doseamento. 12228.
866 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Meios de cultura: meio de cultura número 1 para solvente. Transferir alíquota equivalente a 5 mL para balão
manutenção do micro-organismo, solução salina estéril volumétrico de 25 mL e completar o volume com o mesmo
para padronização do inóculo, meio de cultura número 1 solvente, obtendo solução a 0,1 mg/mL.
para camada base e para preparação do inóculo.
Solução de resolução: preparar solução contendo
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 20 mg cloridrato de tetraciclina SQR a 100 —g/mL e cloridrato
da amostra para balão volumétrico de 100 mL com auxílio de 4-epianidrotetraciclina a 25 —g/mL utilizando como
de 70 mL de ácido clorídrico 0,01 M. Agitar, completar o solvente a Fase móvel.

concentrações de 2 Pg/mL, 4 Pg/mL e 8 Pg/mL, utilizando


volume com o mesmo solvente. Diluir, sucessivamente, até
Injetar 20 —L da Solução de resolução. A resolução entre

c água estéril. 4-epianidrotetraciclina e tetraciclina não é menor que 2.


Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. O desvio
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 20 mg de padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
cloridrato de tetraciclina SQR para balão volumétrico de não é maior que 2,0%.
100 mL com auxílio de 70 mL de ácido clorídrico 0,01 M.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções
sucessivamente, até concentrações de 2 Pg/mL, 4 Pg/mL e
Agitar, completar o volume com o mesmo solvente. Diluir,
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
8 Pg/mL, utilizando água estéril. as áreas sob os picos. Calcular o teor de C22H24N2O8.HCl
nas cápsulas a partir das respostas obtidas com a Soluções
Procedimento: adicionar 20 mL de meio número 1 em cada padrão e a Solução amostra.
placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de inóculo a 2% e
proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
antibióticos (5.5.3.3), adicionando aos cilindros, 0,2 mL das

amostra, em Pg de cloridrato de tetraciclina por miligrama,


soluções recentemente preparadas. Calcular a potência da Em recipientes opacos, bem fechados e ao abrigo da luz.

a partir da potência do padrão e das respostas obtidas com


a Solução padrão e com a Solução amostra. Acrescentei. ROTULAGEM

B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Observar a legislação vigente.


absorção no ultravioleta (5.2.14). Preparar solução a 0,05%
(p/v) da amostra em ácido clorídrico 0,01 M. Preparar
solução padrão na mesma concentração, utilizando o CLORIDRATO DE TETRIZOLINA
mesmo solvente. Diluir 3 mL de cada solução para 100 mL Tetryzolini hydrochloridum
com hidróxido de sódio 0,25 M. Homogeneizar e deixar
em repouso por seis minutos. Preparar branco em paralelo
diluindo 3 mL de ácido clorídrico 0,01 M para 100 mL
com hidróxido de sódio 0,25 M. Medir as absorvâncias
das soluções em 380 nm, utilizando o branco para ajuste
do zero. Calcular a quantidade de C22H24N2O8.HCl nas
cápsulas, em —g por miligrama, a partir da potência do
padrão e das leituras obtidas.
C13H16N2.HCl; 236,74
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido cloridrato de tetrizolina; 08484
de alta eÞciência (5.2.17.4) Utilizar cromatógrafo provido Cloridrato de 4,5-diidro-2-(1,2,3,4-tetraidro-1-naftalenil)-
de detector ultravioleta a 365 nm; coluna de 150 mm de 1H-imidazol (1:1)
comprimento e 4,5 mm de diâmetro interno, empacotada [522-48-5]
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 —m),
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de
0,8 mL/minuto. C13H16N2.HCl, em relação à substância dessecada.
Fase móvel: mistura de ácido oxálico 0,01 M, metanol e
acetonitrila (70:20:10). DESCRIÇÃO
Solução amostra: transferir 50 mg da amostra para balão Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
volumétrico de 100 mL, adicionar 70 mL de Fase móvel, branco, inodoro.
deixar em ultrassom por 15 minutos e completar o volume
com o mesmo solvente. Transferir alíquota equivalente a 5 Solubilidade. Facilmente solúvel em água e em etanol,
mL para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume muito pouco solúvel em clorofórmio, praticamente
com o mesmo solvente, obtendo solução a 0,1 mg/mL. insolúvel em éter etílico.

Solução padrão: transferir 25 mg de cloridrato de Constantes físico-químicas.


tetraciclina SQR para balão volumétrico de 50 mL,
Faixa de fusão (5.2.2): 253 °C a 259 °C.
adicionar 35 mL de Fase móvel, deixar em ultrassom
por 15 minutos e completar o volume com o mesmo
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 867

IDENTIFICAÇÃO
CLORIDRATO DE TIAMINA
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Thiamini hydrochloridum
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro
de cloridrato de tetrizolina SQR, preparado de maneira
idêntica.

ca
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,025% (p/v) em
água, exibe máximos em 264 nm e 271 nm, idênticos aos
observados no espectro de solução similar de cloridrato de C12H17ClN4OS.HCl; 337,27
tetrizolina SQR. cloridrato de tiamina; 08511
Cloridrato do cloreto de 3-[(4-amino-2-metil-5-pirimidinil)
C. A solução aquosa a 0,5% (p/v) responde às reações do metil]-5-(2-hidroxietil)-4-metil-tiazólio (1:1:1)
íon cloreto (5.3.1.1). [67-03-8]

ENSAIOS DE PUREZA Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de


C12H17ClN4OS.HCl, em relação à substância anidra.
Metais Pesados (5.3.2.3). Dissolver 0,4 g da amostra em
23 mL de água e adicionar 2 mL de ácido acético diluído. DESCRIÇÃO
No máximo 0,005% (50 ppm).
Características físicas. Pó cristalino ou cristais brancos
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da com odor característico. Quando exposto ao ar, absorve
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No rapidamente cerca de 4% de água.
máximo 1,0%.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. glicerol, pouco solúvel em etanol, insolúvel em éter etílico
No máximo 0,1%. e benzeno.

DOSEAMENTO IDENTIFICAÇÃO
Pesar, exatamente, cerca de 0,4 g de amostra, transferir A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
para erlenmeyer de 250 mL e dissolver em 60 mL de ácido amostra, previamente dessecada a 105 ºC por 2 horas,
acético glacial, com aquecimento, se necessário. Adicionar dispersa em brometo de potássio, apresenta máximos de
5 mL de anidrido acético, 5 mL de acetato de mercúrio SR absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
e 1 gota de vermelho de quinaldina SI. Titular com ácido com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
perclórico 0,1 M SV. Realizar ensaio em branco e fazer a no espectro de cloridrato de tiamina SQR, preparado de
correção necessária. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M maneira idêntica.
SV equivale a 23,674 mg de C13H16N2.HCl.
B. Dissolver 5 mg da amostra em 4 mL de água, adicionar
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO 2 mL de hidróxido de sódio SR, 1 mL de ferrocianeto
de potássio SR e 5 mL de álcool isobutílico. Agitar
Em recipientes bem fechados. vigorosamente durante 2 minutos e deixar em repouso
por 30 minutos. A camada alcoólica apresenta intensa
ßuorescência azul, mais nítida quando observada sob luz
ROTULAGEM ultravioleta. A ßuorescência desaparece pela acidiÞcação,
Observar a legislação vigente. reaparecendo com a alcalinização da mistura.

C. Dissolver 5 mg da amostra em 1 mL de água, adicionar 1


CLASSE TERAPÊUTICA mL de acetato de chumbo SR e 1 mL de hidróxido de sódio
SR. A mistura desenvolve coloração amarela. Aquecer em
Adrenérgico (nasal). banho-maria durante alguns minutos. A coloração escurece
gradualmente, transformando-se em precipitado negro, de
sulfeto de chumbo.

D. Dissolver 0,1 g da amostra em 10 mL de água e dividir


em 4 frações. Reagir, separadamente, cada fração com
0,5 mL das seguintes soluções: a) cloreto mercúrico SR
(produz-se precipitado branco); b) iodo SR (produz-se
precipitado vermelho-acastanhado); c) iodeto de potássio-
868 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

mercúrio SR (produz-se precipitado amarelo-claro); d) B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


trinitrofenol SR (produz-se precipitado amarelo). Filtrar o de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
precipitado produzido com trinitrofenol SR, lavar o resíduo de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 150 mm de
com água e dessecar a 105 ºC, durante 30 minutos. O sólido comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada
obtido funde entre 206 ºC e 208 ºC, com escurecimento e com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
decomposição, após aglomeração a 200 ºC. ȝm a 10 ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da
Fase móvel de 1 mL/minuto.
E. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
Solução A: solução de 1-octanossulfonato de sódio a 0,005
M em ácido acético 1% (v/v).

c
ENSAIOS DE PUREZA
Solução B: mistura de metanol e acetonitrila (3:2).
pH (5.2.19). 2,7 a 3,4. Determinar em solução aquosa a
1% (p/v). Fase móvel: mistura de Solução A e Solução B (60:40).
Absorção de luz. A absorvância da solução aquosa a 10% Solução padrão interno: transferir 2 mL de benzoato de
(p/v), após Þltração em funil sinterizado de porosidade metila para balão volumétrico de 100 mL, completar o
Þna, medida em 400 nm, não excede a 0,025. volume com metanol e homogeneizar.
Pureza cromatográfica. Proceder conforme descrito Solução amostra: pesar cerca de 0,2 g da amostra,
no método B. de Doseamento, exceto por utilizar ßuxo exatamente pesados, transferir para balão volumétrico
da Fase móvel de 0,75 mL/minuto. Preparar a Solução de 100 mL, completar o volume com Fase móvel e
amostra como descrito a seguir. homogeneizar. Transferir 10 mL para balão volumétrico
de 50 mL, adicionar 5 mL da Solução padrão interno,
Solução amostra: dissolver 10 mg da amostra em Fase completar o volume com fase móvel e homogeneizar.
móvel e completar o volume para 10 mL com o mesmo
solvente, de modo a obter solução a 1,0 mg/mL. Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de cloridrato de tiamina SQR em Fase móvel de modo
Procedimento: injetar 10 —L da Solução amostra e registrar a obter solução a 1 mg/mL. Transferir 20 mL para balão
o cromatograma por, no mínimo, três vezes o tempo de volumétrico de 50 mL, adicionar 5 mL da Solução de
retenção do pico principal. Medir as áreas sob os picos. A padrão interno, completar o volume com Fase móvel e
soma das área sob os picos secundários não é maior que homogeneizar.
1,0% do total das áreas de todos os picos presentes no
cromatograma. Não considerar picos relativos ao solvente. A eÞciência da coluna para o pico correspondente à tiamina
não é menor que 1500 pratos teóricos/coluna. O fator de
Nitrato. A 2 mL de solução a 2% (p/v), adicionar 2 mL de cauda do pico correspondente à tiamina não é maior que
ácido sulfúrico, resfriar e adicionar 2 mL de sulfato ferroso 2,0. A resolução entre os picos correspondentes à tiamina
SR. Nenhum anel castanho é produzido na junção das duas e ao benzoato de metila não é menor que 4,0. O desvio
camadas. padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 0,5 g da amostra. No não é maior que 2,0%.
máximo 0,03% (300 ppm). Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução
Metais pesados (5.3.2.3). No máximo 0,002% (20 ppm). padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos correspondentes à tiamina e
Água (5.2.20.1). Determinar em 0,4 g da amostra. No ao benzoato de metila. Calcular o teor de C12H17ClN4OS.
máximo 5,0%. HCl na amostra, a partir das respostas obtidas para a
relação tiamina/benzoato de metila com a Solução padrão
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. e com a Solução amostra.
No máximo 0,2%.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
DOSEAMENTO
Em recipientes não metálicos, bem fechados, ao abrigo da
Empregar um dos métodos descritos a seguir. luz.
A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio
não aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,15 g da amostra em ROTULAGEM
5 mL de ácido fórmico anidro. Adicionar 65 mL de
ácido acético anidro e, com agitação, 10 mL de acetato Observar a legislação vigente.
mercúrico SR. Titular com ácido perclórico 0,1 M SV,
determinando o ponto Þnal potenciometricamente. Cada CLASSE TERAPÊUTICA
mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 16,864 mg de
C12H17ClN4OS.HCl. Vitamina do complexo B.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 869

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


CLORIDRATO DE TIAMINA Cumpre o teste.
COMPRIMIDOS
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da Empregar um dos métodos descritos a seguir.
quantidade declarada de C12H17ClN4OS.HCl.
A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio
não aquoso (5.3.3.5). Pesar e pulverizar 20 comprimidos.
IDENTIFICAÇÃO Utilizar quantidade do pó equivalente a 150 mg de tiamina.
A. O tempo de retenção do pico principal obtido com a
Solução amostra, obtida no método de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Adicionar, com agitação, 5 mL de ácido fórmico anidro,
65 mL de ácido acético glacial e 10 mL de acetato de
mercúrio a 6% (p/v) em ácido acético glacial. Titular
com ácido perclórico 0,1 M SV. Determinar o ponto Þnal
ca
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver quantidade potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
de pó equivalente a 10 mg de cloridrato de tiamina em 10 SV corresponde a 16,860 mg de C12H17ClN4OSÂHCl.
mL de água e Þltrar. Separar duas porções de 2 mL do
Þltrado. Adicionar solução de iodo a 1,27% (p/v) à primeira B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
porção do Þltrado. Produz-se um precipitado marrom- de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
avermelhado. Adicionar cloreto mercúrico SR à segunda de detector ultravioleta a 246 nm; coluna de 125 mm de

com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (5 Pm);


porção do Þltrado. Produz-se um precipitado branco que comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
responde ao teste para cloretos (5.3.1.1.).
ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.

CARACTERÍSTICAS Fase móvel: dissolver 1 g de heptanossulfonato de sódio


em uma mistura de 180 mL de metanol e 10 mL de
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. trietilamina. Completar o volume para 1000 mL com água
e ajustar o pH para 3,2 com ácido fosfórico.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Solução padrão: contém cloridrato de tiamina SQR a 0,06
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. mg/mL em ácido clorídrico 0,005 M.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Solução amostra: para comprimidos contendo menos
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. de 10 mg de cloridrato de tiamina. Pesar e pulverizar os
comprimidos. Dissolver quantidade equivalente a 6 mg de
cloridrato de tiamina em 5 mL de ácido clorídrico 0,1 M e
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) 50 mL de água. Agitar por 20 minutos, diluir a 100 mL com
água e Þltrar.
Meio de dissolução: água, 900 mL
Solução amostra: para comprimidos contendo 10 mg
Aparelhagem: pás, 50 rpm
ou mais de cloridrato de tiamina. Pesar e pulverizar os
Tempo: 45 minutos comprimidos. Dissolver quantidade equivalente a 30 mg
de cloridrato de tiamina em 25 mL de ácido clorídrico 0,1
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de M e 250 mL de água. Agitar por 20 minutos, diluir a 500
dissolução e diluir, se necessário, com o Meio de dissolução, mL com água e Þltrar.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções


até concentração adequada. Medir as absorvâncias em 246
nm (5.2.14.), utilizando o mesmo solvente para ajuste
do zero. Calcular a quantidade de C12H17ClN4OS.HCl amostra e padrão, registrar os cromatogramas e medir as
dissolvido no meio, comparando as leituras obtidas com a áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C12H17ClN4OS.
solução de cloridrato de tiamina SQR na concentração de HCl nos comprimidos a partir das respostas obtidas para a
0,002% (p/v), preparada com o mesmo solvente. Solução padrão e a Solução amostra.

Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade


declarada de C12H17ClN4OS.HCl se dissolvem em 45
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
minutos. Manter em recipientes não metálicos e ao abrigo da luz.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA ROTULAGEM


Contagem do número total de micro-organismos Observar a legislação vigente.
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
870 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução amostra: transferir volume de solução injetável


CLORIDRATO DE TIAMINA SOLUÇÃO equivalente para obter solução contendo 0,5 mg/mL de
INJETÁVEL cloridrato de tiamina. Pipetar 10 mL da solução resultante e
10 mL da Solução de padrão interno para balão volumétrico
de 100 mL, completar o volume com Fase móvel e agitar.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C12H17ClN4OS.HCl. Solução Solução padrão: preparar uma solução de cloridrato de
estéril de cloridrato de tiamina em água para injetável. tiamina SQR em Fase móvel com concentração de 0,5
mg/mL. Pipetar 10 mL da solução resultante e 10 mL da
Solução de padrão interno para balão volumétrico de 100

c
IDENTIFICAÇÃO
obter solução com concentração de 50 Pg/mL.
mL, completar o volume com Fase móvel e agitar para
O teste de identiÞcação B. pode ser omitido se forem
realizados os testes A. e C. Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. Os tempos
de retenção relativo são cerca de 0,3 para tiamina e 1,0
A. Dissolver volume da solução injetável equivalente a 0,1
para metilparabeno. A resolução entre os picos de tiamina
g de cloridrato de tiamina em 10 mL de água destilada e
e metilparabeno não é menor que 6,0. O desvio padrão
dividir em quatro porções. Fazer reagir, separadamente,
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não
cada fração com 0,5 mL de cloreto mercúrico SR, iodo
é maior que 2,0%.
SR, iodeto de potássio mercúrio SR e trinitrofenol SR,
produzindo-se, respectivamente, precipitados de coloração Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
branco, vermelho-acastanhado, amarelo claro e amarelo. padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade, em mg,
B. Diluir porção da solução injetável com água para
de cloridrato de tiamina em cada mL do injetável.
concentração de 10 mg/mL de cloridrato de tiamina. A 0,5
mL dessa solução, adicionar 5 mL de hidróxido de sódio
0,5 M, então adicionar 0,5 mL de ferrocianeto de potássio EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
e 5 mL de álcool isobutílico, agitar vigorosamente durante
2 minutos e deixar em repouso por 30 minutos. A camada Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz.
alcoólica deve apresentar ßuorescência azul, mais nítida
quando observada sob luz ultravioleta. Esta ßuorescência ROTULAGEM
desaparece pela acidiÞcação, voltando pela alcalinização
da mistura. Observar a legislação vigente.

C. Responde às reações de íon cloreto (5.3.1.1).


CLORIDRATO DE TRAMADOL
CARACTERÍSTICAS Tramadoli hydrochloridum
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 2,5 a 4,5.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.

Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 3,5 UE/


mg de cloridrato de tiamina.
C16H25NO2.HCl; 299,84
cloridrato de tramadol; 08807
DOSEAMENTO Cloridrato de (1R,2R)-rel-2-[(dimetilamino)metil]-1-(3-
metoxifenil)ciclohexanol (1:1)
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido [36282-47-0]
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada C16H25NO2.HCl em relação a substância anidra.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m); ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
DESCRIÇÃO
Fase móvel: preparar uma mistura Þltrada e desgaseiÞcada
de fosfato de potássio monobásico 0,04 M e metanol Características físicas. Pó cristalino, branco, inodoro.
(55:45).
Solubilidade. Solúvel em água, etanol e metanol e muito
Solução de padrão interno: preparar uma solução de pouco solúvel em acetona.
metilparabeno em Fase móvel com concentração de 0,1
mg/mL.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 871

Constantes físico-químicas. tramadol (tempo de retenção: em torno de 5 minutos) e


de cerca de 0,85 para o cloridrato de tramadol substância
Faixa de fusão (5.2.2): 180 ºC a 184 ºC. relacionada A. A resolução entre os picos do cloridrato de
Poder rotatório (5.2.8): - 0,10 a + 0,10. Determinar em tramadol e do cloridrato de tramadol substância relacionada
solução aquosa a 5% (p/v). A é de, no mínimo, 2,0. No cromatograma obtido com
a Solução amostra, a área sob o pico do cloridrato de
tramadol substância relacionada A não é maior que a área
IDENTIFICAÇÃO obtida com o pico principal da Solução padrão (0,2%).
Qualquer outra impureza registrada no cromatograma da
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Solução amostra não possui área maior que 0,5 vezes a área
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximo de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de cloridrato de tramadol SQR,
preparado de maneira idêntica.
obtida com o pico principal da Solução padrão (0,1%).

Metais Pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Dissolver


2 g da amostra em 20 mL de água. Determinar em 12 mL
da solução obtida e proceder conforme descrito em Ensaio
ca
limite para metais pesados. No máximo 0,002% (20 ppm).
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 250 nm a 300 nm, da solução a 0,1 mg/mL, exibe Água (5.2.20.1). Determinar em 1 g da amostra. No
máximo de absorção em 270 nm, idêntico ao observado no máximo 0,5%.
espectro de cloridrato de tramadol SQR.
Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1g de amostra.
C. Responde as reações do íon cloreto (5.3.1.1). No máximo 0,1%.

ENSAIOS DE PUREZA DOSEAMENTO


Aspecto da solução. A solução a 5% (p/v) em água é Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra, dissolver em
límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12). 80 mL de anidrido acético. Titular com ácido perclórico 0,1
M SV, determinando o ponto Þnal potenciometricamente.
Acidez ou Alcalinidade. Dissolver 1 g da amostra em Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 29,984
20 mL de água e adicionar 0,2 mL de vermelho de metila mg de C16H25NO2.HCl.
SI e 0,2 mL de ácido clorídrico 0,01 M. Desenvolve-se
coloração vermelha. Adicionar 0,4 mL de hidróxido de
sódio 0,01 M. Desenvolve-se coloração amarela. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4),
utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a ROTULAGEM
270 nm; coluna de base 250 mm e 4,6 mm de diâmetro
interno, empacotada com sílica quimicamente ligada a Observar a legislação vigente.
grupo octilsilano (3 ȝm a 10 ȝm); ßuxo da Fase móvel de
1,0 mL/minuto.
CLASSE TERAPÊUTICA
Fase móvel: utilizar mistura de ácido tricloroacético a
0,2% (p/v) e acetonitrila (705:295). Analgésico.

Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada


da amostra na Fase móvel, de modo a obter solução CLORIDRATO DE TRAMADOL
contendo 1,5 mg/mL. SOLUÇÃO INJETÁVEL
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de cloridrato de tramadol SQR na Fase móvel, de modo a Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
obter solução contendo 0,003 mg/mL. quantidade declarada de C16H25NO2.HCl. Solução estéril
em água para injetáveis.
Solução de resolução: transferir, exatamente, cerca de
5 mg de cloridrato de tramadol substância relacionada
A SQR ((1RS, 2SR)-2-[(dimetilamino)metil)]-1-(3- IDENTIFICAÇÃO
metoxifenil) cicloexanol) e 4 mL da Solução amostra para
balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) na
a Fase móvel. faixa de 250 nm a 300 nm, da solução amostra obtida
em Doseamento, exibe máximo de absorção em 270 nm,
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução idêntico ao observado no espetro da solução padrão.
amostra e da Solução padrão e registrar os cromatogramas.
O tempo de retenção relativo é de 1,0 para o cloridrato de B. Responde às reações de íon cloreto (5.3.1.1).
872 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

CARACTERÍSTICAS DESCRIÇÃO
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
branco, inodoro ou quase inodoro.
pH (5.2.19). 5,5 a 6,3.
Solubilidade. Solúvel em água, muito solúvel em
clorofórmio e pouco solúvel em etanol.
TESTE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Constantes físico-químicas.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Utilizar o método
de inoculação direta ou Þltração em membrana. Faixa de fusão (5.2.2): 140 °C a 144 °C.

c Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 7,0 UE/


mL de cloridrato de tramadol. IDENTIFICAÇÃO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
DOSEAMENTO amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume da
intensidades relativas daqueles observados no espectro
solução injetável equivalente a 50 mg de cloridrato de
de cloridrato de verapamil SQR, preparado de maneira
tramadol para balão volumétrico de 100 mL e completar o
idêntica.
volume com água. Transferir 10 mL para balão volumétrico
de 50 mL e completar o volume com água, obtendo B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
concentração de 0,01% (p/v). Preparar solução padrão na de 210 nm a 340 nm, da solução a 0,002% (p/v) em ácido
mesma concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir clorídrico 0,01 M, exibe máximos em 229 nm e 278 nm. A
as absorvâncias das soluções resultantes em 270 nm, razão entre os valores de absorvância medidos em 278 nm
utilizando água para ajuste do zero. Calcular a quantidade e 229 nm é de 0,35 a 0,39.
de C16H25NO2.HCl na solução injetável, a partir das leituras
obtidas. C. A 2 mL da solução aquosa da amostra a 15% (p/v)
adicionar 0,2 mL de cloreto de mercúrio(II) a 5% (p/v).
Produz-se precipitado branco.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
D. A 2 mL da solução aquosa da amostra a 1% (p/v)
Em recipientes de vidro tipo I, em local fresco e protegido adicionar 0,5 mL de ácido sulfúrico 3 M e 0,2 mL
da luz. de permanganato de potássio a 1,0% (p/v). Produz-
se precipitado violeta, que se dissolve rapidamente,
ROTULAGEM resultando em solução de coloração amarelo pálido.

Observar a legislação vigente. E. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).

ENSAIOS DE PUREZA
CLORIDRATO DE VERAPAMIL
Verapamili hydrochloridum pH (5.2.19). 4,5 a 6,5. Determinar em solução a 5% (p/v)
em água isenta de dióxido de carbono.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito


em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
278 nm; coluna de 125 mm de comprimento e 4,6 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
ligada a grupo octadecilsilano (3 ȝm a 5 —m), mantida à
C27H38N2O4.HCl; 491,06
temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de 0,9 mL/
cloridrato de verapamil; 09119
minuto.
Cloridrato de Į-[3-[[2-(3,4-dimetoxifenil)etil]metilamino]
propil]-3,4-dimetoxi-Į-(1-metiletil)-benzenoacetonitrila Tampão acetato: solução aquosa de acetato de sódio 0,015
(1:1) M, contendo ácido acético glacial a 3,3% (v/v).
[152-11-4]
Fase móvel: mistura de Tampão acetato, acetonitrila e
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de 2-aminoeptano (70:30:0,5).
C27H38N2O4.HCl em relação à substância dessecada.
Solução (1): solução a 1,9 mg/mL da amostra em Fase
móvel.

Solução (2): solução de cloridrato de verapamil SQR a 5,6


ȝg/mL em Fase móvel.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 873

Solução (3): solução de cloridrato de verapamil SQR a 9,4


—g/mL em Fase móvel. CLORIDRATO DE VERAPAMIL
Solução de Resolução: dissolver quantidade suÞciente de COMPRIMIDOS
cloridrato de verapamil SQR e monocloridrato de Į-[2-
[[2-(3,4-dimetoxifenil)etil]metilamino]etil]-3,4-dimetoxi- Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
Į-(1-metiletil)benzenoacetonitrila (verapamil composto quantidade declarada de C27H38N2O4.HCl.
relacionado B) SQR em Fase móvel obtendo solução de
resolução com concentração conhecida de 1,9 e 1,5 mg/
mL, respectivamente. IDENTIFICAÇÃO
Os tempos de retenção são cerca de 0,88 para verapamil
composto relacionado B e 1,0 para verapamil. A resolução
entre o pico de verapamil composto relacionado B e
verapamil não é menor que 1,5. O desvio padrão relativo
Os testes de identiÞcação C. e D. podem ser omitidos se
forem realizados os testes A. e B.

A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir


ca
para replicatas das injeções não é maior que 2,0%. quantidade de pó equivalente a 25 mg de cloridrato de
verapamil para funil de separação. Adicionar 25 mL de
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L de cada água e agitar por 30 minutos. Adicionar 1 mL de hidróxido
solução e registrar os cromatogramas por, no mínimo, de sódio M e extrair com 25 mL de clorofórmio, agitando
quatro vezes o tempo de retenção do pico principal e medir por 10 minutos. Filtrar através de Þltro contendo sulfato de
as áreas sob os picos. A soma das áreas sob os picos, exceto sódio anidro e evaporar até a secura. Secar a 105 °C por 2
o pico de verapamil, obtido com a Solução (1), não é maior horas. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
que a área sob o pico principal obtido com a Solução (3) do resíduo, disperso em brometo de potássio, apresenta
(0,5%). A área de qualquer pico individual obtido com a máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
Solução (1), exceto o pico principal, não é maior que a área de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
sob o pico principal obtido com a Solução (2) (0,3%). observados no espectro de cloridrato de verapamil SQR,
preparado de maneira idêntica.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 2 horas. No B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
máximo 0,5%. da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%. C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade de pó equivalente a 0,1 g de cloridrato de
verapamil para um béquer. Adicionar 10 mL de cloreto de
DOSEAMENTO metileno e homogeneizar. Filtrar, evaporar o Þltrado até a
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não secura e dissolver o resíduo em 10 mL de água. A 2 mL da
aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,4 g da amostra em 40 mL solução resultante, adicionar 0,2 mL de solução de cloreto
de ácido acético glacial, adicionar 5 mL de anidrido de mercúrio(II) a 5% (p/v). Produz-se precipitado branco.
acético e 10 mL de acetato de mercúrio a 6% (p/v) em D. A 2 mL da solução obtida no teste C. de IdentiÞcação,
ácido acético glacial. Titular com ácido perclórico 0,1 M adicionar 0,5 mL de ácido sulfúrico 3 M e 0,2 mL de
SV determinando o ponto Þnal potenciometricamente. permanganato de potássio a 1,0% (p/v). Produz-se
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias. precipitado violeta que se dissolve rapidamente produzindo
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 49,106 uma solução amarelo pálido.
mg de C27H38N2O4.HCl.

CARACTERÍSTICAS
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
ROTULAGEM Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente. Teste de desintegração (5.1.4.1). Utilizar 900 mL de ácido
clorídrico 0,1 M como meio de desintegração. No máximo
CLASSE TERAPÊUTICA 30 minutos.

Antiarrítmico. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


Meio de dissolução: 900 mL de ácido clorídrico 0,1 M.

Aparelhagem: pás, 50 rpm


874 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Tempo: 30 minutos de 250 mL e dissolver em ácido clorídrico 0,01 M, com


agitação. Completar o volume com o mesmo solvente.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de Filtrar. Transferir 10 mL do Þltrado para balão volumétrico
dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, em ácido clorídrico de 100 mL e completar o volume com ácido clorídrico
0,1 M até concentração adequada. Medir as absorvâncias em 0,01 M. Preparar solução padrão nas mesmas condições.
278 nm e em 300 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente Medir as absorvâncias das soluções em 278 nm, utilizando
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C27H38N2O4. ácido clorídrico 0,01 M para ajuste do zero. Calcular a
HCl dissolvida no meio, por meio da diferença entre as quantidade de C27H38N2O4.HCl nos comprimidos a partir
medidas em 278 nm e em 300 nm, comparando as leituras das leituras obtidas.
obtidas com a da solução de cloridrato de verapamil SQR

c na mesma concentração, preparada no mesmo solvente.

Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade


declarada de C27H38N2O4.HCl se dissolvem em 30 minutos.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 278 nm; coluna de 150 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
ENSAIOS DE PUREZA —m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
de 0,8 mL/minuto.
Pureza Cromatográfica. Proceder conforme descrito no
método B. de Doseamento. Preparar as soluções como Tampão acetato: solução aquosa de acetato de sódio 0,01
descrito a seguir. M contendo ácido acético glacial a 3,3% (v/v).

Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir Fase móvel: mistura de Tampão acetato, acetonitrila e
para balão volumétrico de 25 mL uma quantidade de pó dietilamina (65:35:1). Filtrar e desgaseiÞcar.
suÞciente para se preparar uma solução de 1,9 mg/mL.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Adicionar 15 mL de Fase móvel e agitar mecanicamente
Transferir quantidade de pó equivalente a 35 mg de
por 15 minutos. Completar o volume com Fase móvel,
cloridrato de verapamil para balão volumétrico de 50 mL
homogeneizar e Þltrar.
e adicionar 30 mL de Fase móvel. Agitar, mecanicamente,
Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, de por 15 minutos. Completar o volume com Fase móvel,
cloridrato de verapamil SQR em Fase móvel de modo a homogeneizar e Þltrar, de modo a obter solução a 70 —g/mL.
obter solução a 5,6 —g/mL.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
Solução (3): dissolver quantidade, exatamente pesada, de de cloridrato de verapamil SQR em Fase móvel de modo a
cloridrato de verapamil SQR em Fase móvel de modo a obter solução a 70 —g/mL.
obter solução a 9,4 —g/mL.
Solução de resolução: dissolver quantidade de cloridrato
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L de cada de verapamil SQR e monocloridrato de Į-[2-[[2-(3,4-
solução. Registrar os cromatogramas e medir as áreas dimetoxifenil)etil]metilamino]etil]-3,4-dimetoxi-Į-
sob os picos. A soma das área sob os picos obtidos com (1-metiletil)benzenoacetonitrila (verapamil composto
a Solução (1), exceto a do cloridrato de verapamil, não relacionado B) SQR em Fase móvel de modo a obter
é maior que a área sob o pico obtido com a Solução (3) solução a 70 —g/mL para cada composto.
(0,5%). Nenhum pico apresenta área maior que a do pico
Injetar replicatas de 10 —L da Solução de resolução.
obtido com a Solução (2) (0,3%).
Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,88 para
Água (5.2.20.1). No máximo 4,0%. verapamil composto relacionado B e 1,0 para cloridrato
de verapamil. A resolução entre os picos de verapamil
composto relacionado B e de cloridrato de verapamil não
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA é menor que 1,5. O desvio padrão entre as replicatas de
injeção não é maior que 2,0%.
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
Cumpre o teste.
C27H38N2O4.HCl nos comprimidos a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.


absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente a ROTULAGEM
100 mg de cloridrato de verapamil para balão volumétrico
Observar a legislação vigente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 875

Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução


CLORIDRATO DE VERAPAMIL (1), 10 —L da Solução (2) e 10 —L da Solução (3). Registrar
SOLUÇÃO INJETÁVEL os cromatogramas e medir as respostas dos picos. A soma
das respostas dos picos, exceto a do cloridrato de verapamil
obtido na Solução (1), não é maior que a resposta do pico
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da obtido com a Solução (3) (0,5%); e nenhum pico é maior
quantidade declarada de C27H38N2O4.HCl. que a resposta do pico obtido com a Solução (2) (0,3%).

IDENTIFICAÇÃO TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Os testes de identiÞcação C. e D. podem ser omitidos se
forem realizados os testes A. e B.

A. Diluir um volume da amostra contendo o equivalente a


Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.

Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 16,7 UE/


mg de cloridrato de verapamil.
ca
10 mg de cloridrato de verapamil em 5 mL ácido clorídrico
0,1 M, extrair com 5 mL de éter etílico, descartar o extrato
DOSEAMENTO
e alcalinizar a fase aquosa utilizando carbonato de potássio
sesqui-hidratado. Extrair com 5 mL de éter etílico, Þltrar a Empregar um dos métodos descritos a seguir.
fase etérea através de sulfato de sódio anidro e evaporar até
secura. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
da amostra apresenta máximos de absorção somente absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir um volume
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas de solução contendo 5 mg de cloridrato de verapamil
intensidades relativas daqueles observados no espectro para balão volumétrico de 100 mL e dissolver com ácido
de cloridrato de verapamil SQR preparado de maneira clorídrico 0,01 M. Preparar solução padrão nas mesmas
idêntica. condições. Medir as absorvâncias das soluções em 278 nm,
utilizando ácido clorídrico 0,01 M para o ajuste do zero.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Calcular a quantidade de C27H38N2O4.HCl nos comprimidos
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 118, em 278, em
ácido clorídrico 0,01 M.
C. Em volume da solução injetável contendo 5 mg de
cloridrato de verapamil, adicionar 0,2 mL de cloreto de B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
mercúrio(II) a 5% (p/v). Produz-se precipitado branco. de alta eÞciência (5.2.17.4), utilizando cromatógrafo
provido de detector 278 nm, coluna de 150 mm de
D. Em volume da solução injetável contendo 5 mg de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
cloridrato de verapamil, adicionar 0,5 mL de ácido sulfúrico
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
3 M e 0,2 mL de permanganato de potássio a 1,0% (p/v).
—m), mantida à temperatura ambiente, ßuxo da Fase móvel
Produz-se precipitado violeta que dissolve-se rapidamente
de 0,8 mL/min.
para formação de uma solução amarelo pálido intenso.
Tampão acetato: solução aquosa de acetato de sódio 0,015
CARACTERÍSTICAS M, contendo ácido acético glacial a 3,3% (v/v)

Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste para Fase móvel: preparar uma mistura de Tampão acetato,
injetáveis de pequenos volumes. acetonitrila e dietilamina (65:35:1,0). Filtrar e desgaseiÞcar
a mistura.
pH (5.2.19). 4,0 a 6,5.
Solução amostra: diluir a solução injetável,
quantitativamente, se necessário, com Fase móvel, de
ENSAIO DE PUREZA modo a obter uma solução de 70 —g/mL.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
no método B. de Doseamento. Preparar as Soluções como de cloridrato de verapamil SQR em Fase móvel de modo a
descrito a seguir: obter concentração conhecida de 70 —g/mL.
Solução (1): solução da amostra contendo 2,5 mg/mL de Solução de resolução: dissolver quantidade de cloridrato
cloridrato de verapamil. de verapamil SQR e monocloridrato de Į-[2-[[2-(3,4-
dimetoxifenil)etil]metilamino]etil]-3,4-dimetoxi-Į-
Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, de (1-metiletil)benzenoacetonitrila (verapamil composto
cloridrato de verapamil SQR em Fase móvel de modo a relacionado B) SQR em Fase móvel, de modo a obter uma
obter uma solução de concentração conhecida de 5,6 —g/mL. solução de concentração conhecida de 70 —g/mL para cada
Solução (3): dissolver quantidade, exatamente pesada, de composto.
cloridrato de verapamil SQR em Fase móvel de modo a Injetar 10 —L da Solução de resolução e registrar as
obter uma solução de concentração conhecida de 9,4 —g/mL. respostas dos picos. Os tempos relativos de retenção
876 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

são de aproximadamente 0,88 para verapamil composto B. Preparar uma solução da amostra a 0,01% (p/v) em
relacionado B e 1,0 para cloridrato de verapamil SQR. metanol e diluir 10 mL desta solução em 100 mL de ácido
A resolução entre o verapamil composto relacionado B e clorídrico 0,01 M. O espectro de absorção no ultravioleta
o cloridrato de verapamil SQR não é menor que 1,5 e o (5.2.14), na faixa de 220 nm a 350 nm, da solução amostra
desvio padrão entre as replicatas de injeção não é maior exibe máximo de absorção em 232 nm e a absorvância em
que 2,0%. 232 nm é de 0,57 a 0,63.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL da Solução C. Misturar 0,1 g da amostra com 2 g de carbonato de


padrão e da Solução amostra. Calcular a quantidade de sódio anidro e aquecer até aparecer uma forte coloração
C27H38N2O4.HCl na solução injetável a partir das respostas vermelho rubro que permaneça durante 10 minutos. Deixar

c obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
esfriar e extrair o resíduo com aproximadamente 5 mL de
água. Diluir para 10 mL com água e Þltrar. AcidiÞcar 2
mL da solução obtida com ácido nítrico e adicionar 0,4
mL de nitrato de prata SR. Misturar e deixar em repouso.
Um precipitado branco caseoso deve ser formado. Deixar
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
o precipitado decantar e lavá-lo três vezes com 1 mL de
água. Proteger da incidência da luz, descartando a solução
ROTULAGEM sobrenadante por não se encontrar perfeitamente límpida.
Suspender o precipitado em 2 mL de água e adicionar
Observar a legislação vigente.
1,5 mL de amônia. O precipitado dissolve-se facilmente
com possível presença de algumas partículas de tamanhos
maiores que se dissolvem vagarosamente.
CLORPROPAMIDA
Chlorpropamidum
ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
placa de sílica-gel GF254 como suporte e mistura de amônia,

como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 PL de


cicloexano, metanol e cloreto de metileno (11,5:30:50:100)

cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas


C10H13ClN2O3S; 276,74 a seguir.
clorpropamida; 02505
Solução (1): dissolver 0,5 g da amostra em acetona e diluir
4-Cloro-N-[(propilamino)carbonil]benzenossulfonamida
para 10 mL com o mesmo solvente.
[94-20-2]
Solução (2): dissolver 15 mg de 4-clorobenzenosulfonamida
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
(clorpropamida impureza A) SQR em acetona e diluir para
C10H13ClN2O3S em relação à substância dessecada.
100 mL com o mesmo solvente.

DESCRIÇÃO Solução (3): dissolver 15 mg de clorpropamida impureza


B SQR em acetona e diluir para 100 mL com o mesmo
Características físicas. Pó cristalino branco. solvente.

Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente Solução (4): diluir 0,3 mL da Solução (1) para 100 mL com
solúvel em acetona e cloreto de metileno, solúvel em acetona.
etanol. Solúvel em soluções de hidróxidos alcalinos.
Solução (5): diluir 5 mL da Solução (3) para 15 mL com
Constantes físico-químicas. acetona.

Faixa de fusão (5.2.2): 126 qC a 130 qC. Solução (6): dissolver 0,1 g da amostra, 5 mg de
4-clorobenzenosulfonamida (clorpropamida impureza
A) SQR e 5 mg de clorpropamida impureza B SQR em
IDENTIFICAÇÃO acetona e diluir para 10 mL com o mesmo solvente.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Desenvolver o cromatograma em 15 cm da placa. Secar
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
a placa em estufa a 110 °C durante 10 minutos. No fundo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
da cuba cromatográÞca colocar uma mistura contendo um
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
volume de ácido clorídrico, um volume de água e dois
intensidades relativas daqueles observados no espectro da
volumes de uma solução 5% (p/v) de permanganato de
clorpropamida SQR, preparado de maneira idêntica. Caso
potássio. Fechar a cuba e esperar por 15 minutos. Colocar a
o espectro obtido mostre-se diferente, dissolver o padrão e
placa em contato com vapor de cloro por 2 minutos. Retirar
a amostra em cloreto de metileno, evaporar até a secura e
a placa e colocá-la em local de corrente de ar frio até que
realizar um novo espectro utilizando o resíduo.
o excesso de cloro seja removido e a área de cobertura
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 877

abaixo dos pontos de aplicação não apresente coloração Solução padrão: pesar e dissolver precisamente uma
azul com uma gota de amido iodetado SR1. Nebulizar quantidade de clorpropamida SQR na Fase móvel, e diluir
com amido iodetado SR1. No cromatograma obtido com a adequadamente, com Fase móvel, de modo a obter solução
Solução (1), qualquer mancha correspondente à impureza a 0,05 mg/mL.
A não é mais intensa que a mancha obtida com a Solução
(2) (0,3%), qualquer mancha correspondente à impureza Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. O tempo
B não é mais intensa que a obtida no cromatograma da de retenção é cerca de 2,2 minutos para a clorpropamida.
Solução (3) (0,3%), qualquer mancha, além da mancha O fator de cauda não é maior que 1,5 e o desvio padrão
principal, e qualquer mancha correspondente às impurezas relativo para as replicatas de injeção não é maior que 2,0%.
A e B não é mais intensa que a mancha do cromatograma

ca
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
obtido com a Solução (4) (0,3%); não mais que duas
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
manchas são mais intensas que a mancha obtida no
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de
cromatograma da Solução (5) (0,1%). O teste não é válido
C10H13ClN2O3S na amostra a partir das respostas obtidas
a menos que o cromatograma obtido com a Solução (6)
com a Solução amostra e a Solução padrão.
mostre três manchas separadas claramente com valores
de Rf aproximados de 0,4 para clorpropamida, 0,6 para
impureza A e 0,9 para impureza B. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Metais pesados (5.3.2.3). Preparar uma solução a 10% Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
(p/v) da amostra em acetona ou dioxana contendo, no
mínimo, 15% (v/v) de água. Proceder conforme descrito
em Método III. Utilizar Solução padrão de chumbo (2 ppm
ROTULAGEM
Pb). No máximo 0,002% (20 ppm). Observar a legislação vigente.

amostra. Dessecar em estufa a 100 qC a 105 qC, até peso


Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
CLASSE TERAPÊUTICA
constante. No máximo 0,5%.
Hipoglicemiante.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
No máximo 0,4%.
CLORPROPAMIDA COMPRIMIDOS
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C10H13ClN2O3S.
A. Dissolver 0,25 g em 50 mL de etanol, previamente
neutralizado em presença de solução de fenolftaleína SI, e
IDENTIFICAÇÃO
adicionar 25 mL de água. Titular com hidróxido de sódio
0,1 M SV até a obtenção da coloração rosa. Cada mL de A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 27,674 mg de de pó equivalente a 1 g de clorpropamida, adicionar 4 mL
C10H13ClN2O3S. de acetona, Þltrar e evaporar até a secura. O espectro de
absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo obtido,
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
de detector ultravioleta a 240 nm; coluna de 150 mm de
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
no espectro de clorpropamida SQR, preparado de maneira
Pm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
idêntica.
de 1,5 mL/minuto. B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254
Fase Móvel: preparar uma mistura de igual volume de
como suporte, e mistura de cloreto de metileno, metanol,
ácido acético glacial diluído (1:100) e acetonitrila. Filtrar e
cicloexano e hidróxido de amônio (100:50:30:10), como
desgaseiÞcar a mistura.
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10 —L de cada
Nota: não exceder a quantidade de 50% de acetonitrila. uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a
Proceder com ajustes se necessário. seguir.

Solução amostra: transferir 50 mg da amostra, exatamente Solução (1): misturar uma quantidade de pó do comprimido,
pesada, para um balão volumétrico de 100 mL, completar o equivalente a 100 mg de clorpropamida, com 20 mL de
volume com Fase móvel e misturar. Transferir 10 mL dessa ácido clorídrico M e extrair com 50 mL de clorofórmio.
solução para um segundo balão volumétrico de 100 mL, Filtrar a solução e lavar o algodão com clorofórmio em um
completar o volume com Fase móvel e misturar. béquer. Evaporar o clorofórmio em um banho-maria até a
secura. Secar o resíduo a 105 °C por uma hora. A partir do
resíduo obtido, preparar uma solução 1 mg/mL em acetona.
878 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (2): preparar uma solução a 1 mg/mL de 232 nm. Calcular a quantidade de C10H13ClN2O3S nos
clorpropamida SQR em acetona. comprimidos a partir das leituras obtidas. Alternativamente,
pode-se utilizar A(1%, 1 cm) = 598, em 232 nm.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa da cuba
cromatográÞca e deixar secar ao ar. Examinar sob luz B. Proceder conforme descrito no método B. de
ultravioleta (254 nm). A mancha principal obtida com a Doseamento da monograÞa Clorpropamida. Preparar a
Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade Solução amostra como descrito a seguir.
àquela obtida com a Solução (2).
Solução amostra: pesar e triturar 20 comprimidos.
Transferir uma quantidade do pó equivalente a 50 mg
CARACTERÍSTICAS

c
de clorpropamida para balão volumétrico de 100 mL.
Adicionar 75 mL de Fase móvel, misturar durante 10
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
minutos e completar o volume com a Fase móvel. Filtrar,
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. descartando os primeiros 10 mL do Þltrado. Pipetar 10 mL
do Þltrado e colocar em um segundo balão volumétrico de
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. 100 mL, completar o volume com Fase móvel e misturar.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de
C10H13ClN2O3S na amostra a partir das respostas obtidas
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) com a Solução amostra e a Solução padrão.

Meio de dissolução: água, 900 mL


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem: pás, 50 rpm
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Tempo: 60 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio ROTULAGEM


de dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, com ácido
Observar a legislação vigente.
clorídrico 0,1 M até concentração adequada. Medir as
absorvâncias em 230 nm, utilizando o mesmo solvente para
ajuste do zero. Calcular a quantidade de C10H13ClN2O3S
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a
CLORTALIDONA
solução de clorpropamida SQR de concentração conhecida, Chlortalidonum
preparada em ácido clorídrico 0,1 M.

Nota: um volume de etanol que não exceda 10% (v/v)


pode ser adicionado no preparo da solução padrão para
dissolver a clorpropamida SQR.

Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade


declarada de C10H13ClN2O3S se dissolvem em 60 minutos.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Contagem do número total de micro-organismos C14H11ClN2O4S; 338,77
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. clortalidona; 02510
2-Cloro-5-(2,3-diidro-1-hidroxi-3-oxo-1H-isoindol-1-il)-
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). benzenossulfonamida
Cumpre o teste. [77-36-1]

DOSEAMENTO Contém, no mínimo, 98,0 % e, no máximo, 102,0% de


C14H11ClN2O4S, em relação à substância dessecada.
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a DESCRIÇÃO
0,25 g de clorpropamida, agitar com 40 mL de metanol por Características físicas. Pó branco ou branco-amarelado.
20 minutos, completar o volume para balão volumétrico
de 50 mL com o mesmo solvente. Filtrar e diluir a amostra Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel
até a concentração de 0,001% (p/v), com ácido clorídrico em acetona e em metanol, pouco solúvel em etanol e
0,1 M. Preparar solução de clorpropamida SQR na mesma praticamente insolúvel em cloreto de metileno. Solúvel em
concentração. Medir as absorvâncias das soluções em soluções diluídas de hidróxidos alcalinos.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 879

Constantes físico-químicas. Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito


em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -0,15° a +0,15°. utilizando sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de
Determinar em solução a 1% (p/v) em metanol. tolueno, xileno, hidróxido de amônio, dioxana e álcool
isopropílico (5:10:20:30:30), como fase móvel. Aplicar,
IDENTIFICAÇÃO separadamente, à placa, 5 —L de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.
Os testes de identiÞcação B., C., D. e E. podem ser omitidos
se for realizado o teste A. Solução (1): dissolver 200 mg da amostra em mistura de
água e acetona (1:4) e diluir para 5 mL com a fase móvel.

ca
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta Solução (2): dissolver 20 mg do ácido 2-(4-cloro-3-
máximos de absorção somente nos mesmos números de sulfamoilbenzoil)-benzoico SQR e 20 mg de clortalidona
onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles SQR em mistura de água e acetona (1:4) e diluir para 50
observados no espectro de clortalidona SQR, preparado de mL com a fase móvel.
maneira idêntica.
Solução (3): Transferir 1 mL da Solução (1) para balão
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na volumétrico de 200 mL e completar o volume com mistura
faixa de 230 nm a 340 nm, de solução a 0,01% (p/v) em de água e acetona (1:4).
etanol, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
comprimentos de onda de solução similar de clortalidona
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
SQR. A razão entre os valores de absorvância medidos em
Qualquer mancha correspondente ao ácido 2-(4-cloro-3-
284 nm e 275 nm está compreendida entre 0,73 e 0,88.
sulfamoilbenzoil)-benzoico obtida no cromatograma com
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em a Solução (1), não é mais intensa que aquela obtida com a
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, Solução (2) (1%). Qualquer mancha secundária, diferente
como suporte, e mistura de água e acetato de etila (1,5:98,5), da mancha principal e da mancha do ácido 2-(4-cloro-3-
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 —L de sulfamoilbenzoil)-benzoico obtida no cromatograma com
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a Solução (1), não é mais intensa que aquela obtida com
a seguir. a Solução (3) (0,5%). O teste somente será válido se o
cromatograma obtido com a Solução (2) apresentar duas
Solução (1): solução a 1 mg/mL da amostra em mistura de manchas nitidamente separadas.
água e acetato de etila (1,5:98,5).
Cloretos (5.3.2.1). Pulverizar 0,3 g da amostra. Adicionar
Solução (2): dissolver 10 mg de clortalidona SQR em 30 mL de água, agitar por 5 minutos e Þltrar. Utilizar 15
acetona e diluir para 10 mL em mistura de água e acetato mL do Þltrado para realizar Ensaio limite para cloretos.
de etila (1,5:98,5). Preparar o padrão utilizando 10 mL de solução a 5 ppm de
cloretos. No máximo 350 ppm (0,035%).
Solução (3): dissolver 10 mg de clortalidona SQR e 10 mg
de hidroclorotiazida SQR em acetona e diluir para 10 mL Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. No
em mistura de água e acetato de etila (1,5:98,5). máximo 0,001% (10 ppm).
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C, por 4 horas. No
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde máximo 0,4%.
em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução
(2). O teste somente será válido se o cromatograma obtido Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
com a Solução (3) apresentar duas manchas nitidamente No máximo 0,1%.
separadas.

D. Dissolver cerca de 10 mg da amostra em 1 mL de ácido DOSEAMENTO


sulfúrico. Desenvolve-se coloração amarela intensa. Empregar um dos métodos descritos a seguir.
E. Proceder conforme descrito em Poder rotatório A. Dissolver cerca de 0,2 g, exatamente pesados, da
especíÞco. amostra em 50 mL de acetona. Titular com hidróxido de
tetrabutilamônio 0,1 M SV em atmosfera de nitrogênio.
ENSAIOS DE PUREZA Determinar o ponto Þnal potenciometricamente. Realizar
ensaio em branco e fazer as correções necessárias. Cada
Acidez. Agitar 1 g da amostra em 50 mL da mistura de mL de hidróxido de tetrabutilamônio 0,1 M SV equivale a
acetona e água livre de dióxido de carbono (1:1) com o 33,877 mg de C14H11ClN2O4S.
auxílio de aquecimento. Deixar esfriar. No máximo 0,75
mL de hidróxido de sódio 0,1 M é gasto para neutralizar, B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
determinando o ponto Þnal potenciometricamente. de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
880 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano(5 Pm),


comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
CLORTALIDONA COMPRIMIDOS
mantida à temperatura ambiente, ßuxo da Fase móvel de 1
mL/minuto.
Contém, no mínimo, 92,0% e, no máximo, 108,0% da
Fase móvel: mistura de fosfato dibásico de amônia 0,01 quantidade declarada de C14H11ClN2O4S.
M e metanol (3:2). Ajustar o pH para 5,5 ±0,1, com ácido
fosfórico.
IDENTIFICAÇÃO
Solução de padrão interno: dissolver quantidade
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade

c
exatamente pesada de 2,7-naftalenodiol em metanol e
diluir quantitativamente para obter solução a 1 mg/mL. do pó equivalente a 0,1 g de clortalidona para béquer e
dissolver em 10 mL de acetona. Aquecer em banho-maria
Solução de ácido 2-(4-cloro-3-sulfamoilbenzoil)-benzoico: por 5 minutos. Deixar esfriar e Þltrar. Adicionar 20 mL de
dissolver quantidade exatamente pesada de ácido água ao Þltrado e aquecer em banho-maria por 5 minutos.
2-(4-cloro-3-sulfamoilbenzoil)-benzoico SQR em metanol Aplicar, gentilmente, corrente de ar sobre a solução para
e diluir quantitativamente para obter solução a 5 —g/mL. remover a acetona. Deixar esfriar em banho de gelo, Þltrar
e secar os cristais a 105 °C por 4 horas. O resíduo seco
Solução amostra: dissolver 50 mg da amostra em metanol responde ao teste A. de IdentiÞcação da monograÞa de
e diluir para 50 mL com o mesmo o solvente. Transferir Clortalidona.
5 mL desta solução para balão volumétrico de 50 mL.
Adicionar 5 mL da solução de padrão interno e 10 mL de B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
metanol. Completar o volume com água e homogeneizar. da Solução amostra, obtida no método B. em Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução de padrão.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de clortalidona SQR em metanol e diluir quantitativamente
para obter solução a 1 mg/mL. Transferir 5 mL desta CARACTERÍSTICAS
solução para balão volumétrico de 50 mL. Adicionar 5
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
mL da Solução de padrão interno e 10 mL da Solução de
ácido 2-(4-cloro-3-sulfamoilbenzoil)-benzoico. Completar Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
o volume com água e homogeneizar.

Injetar replicatas de 25 PL da Solução padrão. Os


Friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.

tempos de retenção relativos são cerca de 0,5 para o Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
ácido 2-(4-cloro-3-sulfamoilbenzoil)-benzoico, 0,8 para
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
a clortalidona e 1,0 para o 2,7-naftalenodiol. A resolução
entre os picos da clortalidona e do ácido 2-(4-cloro-3-
sulfamoilbenzoil)-benzoico e entre os picos da clortalidona TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
e do 2,7-naftalenodiol não é menor que 1,5. O fator de
cauda para os picos da clortalidona e do ácido 2-(4-cloro- Meio de dissolução: água, 900 mL
3-sulfamoilbenzoil)-benzoico não é maior que 2,0. O
Aparelhagem: pás, 75 rpm
desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
registrados não é maior que 2,0%. Tempo: 60 minutos
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas de dissolução e diluir, se necessário, com água, até
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de concentração adequada. Medir as absorvâncias das soluções
C14H11ClN2O4S na amostra a partir das respostas obtidas em 275 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para o
com a Solução padrão e a Solução amostra. ajuste do zero. Calcular a quantidade de C14H11ClN2O4S
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO da solução de clortalidona SQR na concentração de 0,5%
(p/v) em metanol. Realizar diluições sucessivas dessa
Em recipientes bem fechados. solução em água até concentração adequada.

Tolerância: não menos que 70% (Q) da quantidade


ROTULAGEM declarada de C14H11ClN2O4S se dissolvem em 60 minutos.
Observar a legislação vigente.
ENSAIOS DE PUREZA
CLASSE TERAPÊUTICA Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
Diurético.
utilizando sílica-gel 60 F254, como suporte, e mistura de
tolueno, xileno, hidróxido de amônio, dioxana e álcool
isopropílico (5:10:20:30:30), como fase móvel. Aplicar,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 881

separadamente, à placa, 5 —L de cada uma das soluções, deve ser menor que 1,5. O fator de cauda para os picos da
recentemente preparadas, descritas a seguir. clortalidona e do 2,7-naftalenodiol não é maior que 2,0.
O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver registrados não é maior que 2,0%.
quantidade do pó equivalente a 100 mg de clortalidona
em 5 mL de etanol. Deixar em ultrassom por 15 minutos e Procedimento: injetar, separadamente, 25 ȝL das Soluções
centrifugar. Utilizar o sobrenadante límpido. padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular o teor de C14H11ClN2O4S nos
Solução (2): Transferir 1 mL da Solução (1) para balão comprimidos a partir das respostas obtidas com a Solução
volumétrico de 200 mL e completar o volume com etanol. padrão e a Solução amostra.
Solução (3): dissolver quantidade, exatamente pesada, do
ácido 2-(4-cloro-3-sulfamoilbenzoil)-benzoico SQR em
etanol e diluir para obter solução a 0,02% (p/v) no mesmo
solvente.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
ca
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). ROTULAGEM
Qualquer mancha correspondente ao ácido 2-(4-cloro-3- Observar a legislação vigente.
sulfamoilbenzoil)-benzoico obtida no cromatograma com
a Solução (1) não é mais intensa que aquela obtida com
a Solução (3) (1%). Qualquer outra mancha secundária CLOZAPINA
obtida no cromatograma com a Solução (1) não é mais
Clozapinum
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (0,5%).

DOSEAMENTO
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar
20 comprimidos. Ferver, sob reßuxo, quantidade do
pó equivalente a 100 mg de clortalidona em 30 mL de
metanol por 5 minutos. Agitar mecanicamente por 15
minutos. Deixar esfriar e Þltrar. Lavar o resíduo com
metanol, juntar as lavagens ao Þltrado e diluir para 100
mL com o mesmo solvente. Transferir 5 mL dessa solução
para balão volumétrico de 50 mL, adicionar 2 mL de
ácido clorídrico M e completar o volume com metanol. C18H19ClN4; 326,82
Medir a absorvância da solução resultante em 275 nm, clozapina; 02540
utilizando metanol para o ajuste do zero. Calcular o teor 8-Cloro-11-(4-metil-1-piperazinil)-5H-dibenzo[b,e][1,4]
de C14H11ClN2O4S nos comprimidos, a partir das leituras diazepina
obtidas. Alternativamente, realizar o cálculo utilizando A [5786-21-0]
(1%, 1cm) = 57,4, em 275 nm.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
de alta eÞciência (5.2.17.4), de acordo com o método B. de C18H19ClN4, em relação à substância dessecada.
Doseamento da monograÞa de Clortalidona. Preparar as
Soluções padrão e amostra como descrito a seguir. DESCRIÇÃO
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. Características físicas. Pó cristalino amarelo.
Transferir quantidade do pó equivalente a 100 mg de
clortalidona para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
50 mL de metanol e agitar mecanicamente por 30 minutos. solúvel em cloreto de metileno, solúvel em etanol. Solúvel
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar em ácido acético diluído.
e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado para balão volumétrico
Constantes físico-químicas.
de 50 mL, contendo 5 mL da Solução de padrão interno
e 10 mL de metanol. Completar o volume com água e Faixa de fusão (5.2.2): 182 qC a 186 qC.
homogeneizar.

Solução padrão: preparar como indicado na monograÞa de IDENTIFICAÇÃO


Clortalidona. Substituir a Solução de ácido 2-(4-cloro-3-
sulfamoilbenzoil)-benzoico por 10 mL de metanol. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da

Injetar replicatas de 25 PL da Solução padrão. A resolução


amostra, previamente dessecada, apresenta máximos de
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
entre os picos da clortalidona e do 2,7-naftalenodiol não com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
882 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

no espectro da clozapina SQR, preparado de maneira Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Preparar
idêntica. o padrão com 2 mL de solução a 10 ppm de chumbo (Pb).
No máximo 0,002% (20 ppm).
B. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (1). amostra. Dessecar em estufa entre 100 °C a 105 °C, por 4
horas, até peso constante. No máximo 0,5 %.
ENSAIOS DE PUREZA Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em

c CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando


sílica-gel 0,25 mm, como suporte, e mistura de clorofórmio

à placa, 20 PL de cada uma das soluções, recentemente


e metanol (3:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Titulações em meio
não aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,1
preparadas, descritas a seguir.
g da amostra, transferir para erlenmeyer de 250 mL e
Solução (1): dissolver 0,1 g da amostra em etanol e dissolver em 50 mL de ácido acético glacial. Titular com
completar para 10 mL com clorofórmio. ácido perclórico 0,1 M SV. Determinar o ponto Þnal
potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
Solução (2): transferir 2,5 mg de clozapina SQR para um SV equivale a 16,341 mg de C18H19ClN4.
balão volumétrico de 25 mL. Dissolver em clorofórmio e
completar o volume com o mesmo solvente.
EMBALAGEM E DOSEAMENTO
Solução (3): transferir 3 mL da Solução (2) para um
balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
clorofórmio. Porcentagem para comparação com a amostra
0,3%. ROTULAGEM
Solução (4): transferir 1 mL da Solução (2) para um Observar a legislação vigente.
balão volumétrico de 5 mL e completar o volume com
clorofórmio. Porcentagem para comparação com a amostra
0,2%. CLASSE TERAPÊUTICA

Solução (5): transferir 1 mL da Solução (2) para um Antipsicótico


balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com
clorofórmio. Porcentagem para comparação com a amostra
0,1%. CLOZAPINA COMPRIMIDOS
Solução (6): transferir 1 mL da Solução (2) para um
balão volumétrico de 20 mL e completar o volume com Contém, no mínimo, 90% e, no máximo, 110% da
clorofórmio. Porcentagem para comparação com a amostra quantidade declarada de C18H19ClN4.
0,05%.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar IDENTIFICAÇÃO


secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm), e
A. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),
comparar a intensidade de alguma mancha secundária
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
observada no cromatograma da Solução (1) com aquela
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (1).
da mancha principal do cromatograma da Solução (2).
Qualquer mancha do cromatograma da Solução (1) com B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
valor de Rf de 0,82 não corresponde a 11,11- (piperazina- da Solução amostra, obtida no método de Doseamento,
1,4-diil)bis(8-cloro-5H-dibenzo[b,e][1,4]diazepina); corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Rf de 0,67 não corresponde a 8-cloro-5,10-di-hidro-
11H-dibenzo[b,e][1,4]diazepina-11-ona e Rf de 0,10
não corresponde a 8-cloro-11-(1-piperazina-1-il)-5H- CARACTERÍSTICAS
dibenzo[b,e][1,4]-diazepina) ou mais intensa do que a Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Solução (3), Solução (4) e Solução (5), respectivamente.
Qualquer outra mancha secundária do cromatograma Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
da Solução (1) não é mais larga ou mais intensa do que
a mancha principal obtida da Solução (5). A soma da Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
intensidade de todas as manchas secundárias obtidas da
Teste de Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Solução (1) corresponde não mais do que 0,6%
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 883

Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir Solução (6): transferir 1 mL da Solução (2) para um
cada comprimido para balão volumétrico de 1000 mL. balão volumétrico de 500 mL e completar o volume com
Adicionar 640 mL de metanol, deixar em ultrassom por clorofórmio. Porcentagem para comparação com a amostra
10 minutos, completar o volume com água. Prosseguir 0,2%.
conforme descrito no método de Doseamento a partir de
“Homogeneizar...”. Solução (7): transferir 1 mL da Solução (2) para um balão
volumétrico de 1000 mL e completar o volume com o
clorofórmio. Porcentagem para comparação com a amostra
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) 0,1%.

ca
Meio de dissolução: tampão acetato pH 4,0, 900 mL. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta no comprimento
Aparelhagem: cestas, 100 rpm.
de onda curto, e comparar a intensidade de qualquer
Tempo: 45 minutos. mancha secundária observada no cromatograma da Solução
(1) com aquela da mancha principal do cromatograma
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio das Soluções (2), (3), (4), (5), (6) e (7). Nenhuma outra
de dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, com Meio mancha secundária do cromatograma da Solução (1) é mais
de dissolução até concentração adequada. Medir as larga ou mais intensa do que a mancha principal obtida
absorvâncias das soluções em 290 nm (5.2.14), utilizando no cromatograma da Solução (3) (0,5%); e a soma das
o mesmo solvente para o ajuste do zero. Calcular a intensidades de todas as manchas secundárias obtidas da
quantidade de C18H19ClN4 dissolvida no meio, comparando Solução (1) corresponde a não mais do que 2,0%.
as leituras obtidas com a da solução de clozapina SQR
na concentração de 1,11% (p/v), preparada no mesmo
solvente. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

Tolerância: não menos que 85% (Q) da quantidade Contagem do número total de micro-organismos
declarada de C18H19ClN4 se dissolvem em 45 minutos. mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


ENSAIOS DE PUREZA Cumpre o teste.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando DOSEAMENTO
sílica-gel 0,25 mm, e mistura de n-heptano, clorofórmio, Por CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
fase móvel. Aplicar, separadamente, a placa, 20 PL de cada
etanol absoluto e hidróxido de amônio (30:30:30:1), como Utilizar cromatógrafo provido de detector de ultravioleta
a 257 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm
uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a de diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
seguir. ligada a grupo octilsilano (5 —m), mantida a temperatura
Solução diluente: preparar mistura de clorofórmio e ambiente; ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
metanol (4:1). Fase móvel: mistura de metanol, água e trietilamina
Solução (1): pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir (800:200:0,75).
o equivalente a 125 mg de clozapina para balão volumétrico Solução amostra: pesar e pulverizar não menos que 20
de 25 mL e dissolver utilizando 20 mL de Solução diluente. comprimidos. Transferir quantidade do pó, exatamente
Agitar, mecanicamente, por 15 minutos e completar o pesado, equivalente a 125 mg de clozapina, para balão
volume com Solução diluente. Filtrar e homogeneizar. volumétrico de 1000 mL, dissolver em 640 mL de metanol,
Solução (2): solução a 5 mg/mL de clozapina SQR amostra deixar em ultrassom por 10 minutos, completar o volume
em Solução diluente. com água e homogeneizar, obtendo solução a 0,125 mg/mL.

Solução (3): transferir 1 mL da Solução (2) para um balão Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
volumétrico de 200 mL e completar o volume com o de clozapina SQR em metanol, de modo a obter solução a
clorofórmio. Porcentagem para comparação com a amostra 0,125 mg/mL. A composição Þnal do solvente metanol:água
0,5%. deve ser de cerca de 8:2.

Solução (4): transferir 1 mL da Solução (2) para um balão Solução de resolução: transferir cerca de 10 mg de clozapina,
volumétrico de 250 mL e completar o volume com o exatamente , para um recipiente adequado. Adicione 5 mL
clorofórmio. Porcentagem para comparação com a amostra de ácido clorídrico 0,1 M, aquecer por 2 horas a 90 °C.
0,4%. Transferir essa solução para balão volumétrico de 100
mL, adicionar 15 mL de água e completar o volume com
Solução (5): transferir 3 mL da Solução (2) para um balão metanol. Homogeneizar. Transferir 10 mL dessa preparação
volumétrico de 1000 mL e completar o volume com para um recipiente adequado e adicionar 10 mL da Solução
clorofórmio. Porcentagem para comparação com a amostra padrão e misturar.
0,3%.
884 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Injetar replicatas de 10 —L da Solução padrão. A eÞciência IDENTIFICAÇÃO


da coluna não deve ser menor que 1500 pratos teóricos,
o desvio padrão relativo para replicatas não é maior que A. Dissolver a amostra em 0,5 mL de clorofórmio,
2,0%. Injetar 10 —L da Solução de resolução. A resolução dispersar em brometo de potássio, misturar e evaporar
entre a clozapina e qualquer outro pico não deve ser menor o solvente primeiramente numa corrente de ar e depois
que 1,5. por aquecimento a 80 °C por 60 minutos. O espectro de
absorção no infravermelho (5.2.14) da amostra apresenta
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
áreas sob os picos. Calcular o teor de clozapina C18H19ClN4 observados no espectro de colchicina SQR, preparado de

c nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a


Solução padrão e a Solução amostra.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
maneira idêntica.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na


faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em
etanol, exibe máximos em 243 nm e 350 nm, idênticos aos
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz. observados no espectro de solução similar de colchicina
SQR.
ROTULAGEM C. Dissolver 30 mg de amostra em 1 mL de etanol e
adicionar 0,15 mL de cloreto férrico SR. Produz-se
Observar a legislação vigente
coloração marrom-avermelhada.

D. Misturar 1 mg de colchicina com aproximadamente 0,2


COLCHICINA mL de ácido sulfúrico SR. Produz-se coloração amarela.
Colchicinum Adicionar 0,1 mL de ácido nítrico SR. A solução torna-se
azul-esverdeada, passando rapidamente para vermelho e,
Þnalmente, amarelo quase incolor. Adicionar algumas gotas
de hidróxido de sódio SR. A solução torna-se vermelha.

ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. A solução a 0,5% (p/v) em água é
límpida (5.2.25), não apresentando coloração mais intensa
(5.2.12) que uma solução preparada pela diluição de 8,5
mL da Solução de referência de cor SC O em 91,5 mL de
ácido clorídrico a 1% (p/v).

C22H25NO6; 399,44 Acidez ou alcalinidade. Adicionar a 10 mL de solução


colchicina; 02567 amostra a 0,5% (p/v) em água, 0,1 mL de azul de
N-[(7S)-5,6,7,9-Tetraidro-1,2,3,10-tetrametoxi-9- bromotimol SI. Não ocorre alteração de cor nem produção
oxobenzo[a]heptalen-7-il]acetamida de coloração verde. Não mais que 0,1 mL de hidróxido de
[64-86-8] sódio 0,01 M é necessário para a viragem do indicador para
coloração azul.
Contém, no mínimo, 94,0% e, no máximo, 101,0% de Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
C22H25NO6, em relação à substância anidra. CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel HF254, como suporte, e mistura de amônia
DESCRIÇÃO concentrada, clorofórmio e acetona (1:25:50), como fase
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10 —L de cada uma
Características físicas. Pó amorfo ou cristalino amarelo- das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
pálido, inodoro.
Solução (1): solução a 10 mg/mL da amostra em
Solubilidade. Muito solúvel em água, facilmente solúvel clorofórmio.
em etanol e clorofórmio, ligeiramente solúvel em éter de
petróleo. Solução (2): diluir 2 mL da Solução (1) para 100 mL com
clorofórmio.
Constantes físico-químicas.
Solução (3): diluir 5 mL da Solução (2) para 10 mL com
Faixa de fusão (5.2.2): 142 °C a 150 °C (pó); 157 °C clorofórmio.
(cristal).
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -240° a -250°, secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
determinado em solução a 1% (p/v) em etanol, em relação Qualquer mancha secundária obtida com a Solução (1),
à substância anidra.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 885

diferente da mancha principal, não é mais intensa do que CLASSE TERAPÊUTICA


aquela obtida no cromatograma da Solução (2) (2%) e não
mais que uma mancha é mais intensa do que aquela obtida Agente antigotoso.
no cromatograma da Solução (3) (1%).

Água (5.2.20.1). Determinar em 0,5 g de amostra. No COLCHICINA COMPRIMIDOS


máximo 2,0%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,5 g de Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
amostra. No máximo 0,1%. quantidade declarada de C22H25NO6 .

DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
IDENTIFICAÇÃO
Pesar e pulverizar os comprimidos. Triturar quantidade de
ca
pó equivalente a 20 mg de colchicina com 20 mL de água.
A. Proceder conforme descrito em Titulação em meio não
Filtrar. Transferir o Þltrado para funil de separação. Extrair
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da
com 30 mL de clorofórmio. Evaporar o clorofórmio, até
amostra, dissolver em uma mistura de 10 mL de anidrido
resíduo, sob calor brando. Proceder conforme descrito
acético e 20 mL de tolueno e aquecer, se necessário. Titular
no teste A. de IdentiÞcação na monograÞa de Colchicina
com ácido perclórico 0,1 M SV e determinar o ponto Þnal
utilizando o resíduo obtido.
potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
SV equivale a 39,940 mg de C22H25NO6.
CARACTERÍSTICAS
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (3 —m
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
a 10 —m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase
móvel de 1,0 mL/minuto. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Fase móvel: mistura de fosfato de potássio monobásico 0,5 Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
M, água e metanol (4,5:45:53). Ajustar o pH para (5,50 ±
0,05) com ácido fosfórico.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Solução amostra: solução a 6 —g/mL da amostra em
mistura de metanol e água (1:1). Preparar imediatamente Meio de dissolução: água, 500 mL
antes de usar. Aparelhagem: cesta, 100 rpm
Solução padrão: solução a 6 —g/mL de colchicina SQR em Tempo: 30 minutos
mistura de metanol e água (1:1). Preparar imediatamente
antes de usar. Procedimento: realizar o teste, sem muita demora, sob
pouca luz, utilizando vidraria de baixo actinismo. Após
A eÞciência da coluna não deve ser menor que 4500 pratos o teste, proceder conforme descrito no método B. de
teóricos/metro. O tempo de retenção para colchicina está Doseamento na monograÞa de Colchicina.
entre 5,5 e 9,5. O desvio padrão relativo das áreas de
replicatas dos picos registrados não deve ser maior que Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
2,0%. declarada de C22H25NO6 se dissolvem em 30 minutos.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções
amostra e padrão, registrar os cromatogramas e medir as DOSEAMENTO
áreas sob os picos. Calcular o teor de C22H25NO6 a partir
das respostas obtidas para a Solução padrão e a Solução Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
amostra. na monograÞa de Colchicina. Preparar a Solução amostra
como descrito a seguir.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.


Transferir quantidade do pó equivalente a 0,6 mg de
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. colchicina para balão volumétrico de 100 mL com
auxílio de 50 mL de mistura metanol e água (1:1). Agitar
ROTULAGEM mecanicamente por 15 minutos e completar o volume com
o mesmo solvente. Preparar imediatamente antes de usar.
Observar a legislação vigente.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
886 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C22H25NO6 nos


comprimidos a partir das respostas obtidas com a Solução concentricamente às células-guarda. Em ambas as faces
padrão e a Solução amostra. ocorrem tricomas unicelulares, pontiagudos, longos e com
parede muito espessada; em sua base ocorrem sete ou oito
células epidérmicas dispostas em roseta, recobertas por
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO pronunciado acúmulo de cutícula. O mesoÞlo apresenta
dois, ou mais raramente, três estratos de parênquima
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. paliçádico; o parênquima esponjoso apresenta células
alongadas com braços curtos, mas que permitem a
ROTULAGEM formação de amplos espaços intercelulares. Drusas com

c
arestas erodidas e/ou disformes, de oxalato de cálcio, são
Observar a legislação vigente. comuns por todo o clorênquima, enquanto que cristais
prismáticos (cúbicos e rômbicos) de tamanhos variados
localizam-se nas proximidades dos feixes vasculares. A
CRATEGO nervura principal, de secção transversal plano-convexa a
Crataegi folium cum flore côncavo-convexa, mostra-se proeminente na face abaxial,
contando com três ou quatro estratos de colênquima anelar
nessa região. O feixe vascular da nervura principal é do
Crataegus spp. – ROSACEAE tipo colateral em arco aberto, com Þbras ligniÞcadas em
ambos os pólos de tecidos condutores, estando o conjunto
A droga vegetal é constituída por ramos ßoridos, secos,
envolto por uma bainha de células parenquimáticas.
inteiros ou rasurados de Crataegus monogyna Jacq.,
Tal feixe pode ser único, ou em número de dois ou três,
Crataegus oxyacantha L., Crataegus laevigata (Poir.)
dependendo da folha analisada. Os feixes vasculares de
DC., Crataegus pentagyna Waldst. et Kit., Crataegus
menor calibre também são colaterais, com calotas de Þbras
nigra Waldst. et Kit., Crataegus azarolus L., incluindo
em ambos os pólos de tecidos condutores, envoltos por uma
folhas e ßores, contendo no mínimo 1,5% de ßavonoides
bainha parenquimática. O pecíolo, em secção transversal,
totais expressos como hiperosídeo (C21H20O12; 464,4), em
apresenta contorno plano-convexo a côncavo-convexo,
relação à droga seca.
com epiderme uniestratiÞcada recoberta por cutícula
espessada, seguida de cinco ou seis estratos de colênquima
CARACTERÍSTICAS anelar, e tecidos condutores organizados em um único
feixe vascular em arco aberto com bordos pouco elevados.
Características organolépticas. As folhas secas possuem Em algumas amostras veriÞca-se uma pequena ßexão nos
odor característico e são insípidas. bordos do arco, composta apenas pelo ßoema. As pétalas
apresentam epiderme papilosa, recoberta por cutícula
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA ornamentada com pequenas projeções, também presentes
nas sépalas e anteras. O mesoÞlo das pétalas é homogêneo,
Folhas simples, com três ou mais lóbulos, partidas a lobadas, composto por 10 a 12 estratos na região central-mediana
alternas, pilosas e com pecíolo longo. Lâmina com base e e dois ou três estratos nos bordos e terço superior. Nas
ápice agudos, bordo serrilhado irregularmente, peninérvea, anteras, o endotécio apresenta espessamentos anticlinais
com nervuras secundárias partindo em ângulo agudo paralelos entre si, às vezes entrelaçados na diagonal.
em relação à principal e terminando no bordo do limbo; Os grãos de pólen são tricolpados e ornamentados com
nervuras de ordens superiores formam aréolas fechadas pequenas papilas esféricas. Na face interna da base das
com poucas ramiÞcações terminais. Flores pentâmeras, sépalas está o nectário ßoral.
pequenas, longamente pedunculadas. Cálice com lacínios
de ápice agudo, formando com o hipanto uma estrutura
pilosa e de coloração pardo esverdeada nas amostras secas. DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
Corola com pétalas alvas, levemente pardas nas amostras O pó atende a todas as características estabelecidas
desidratadas; pétalas livres, de contorno arredondado e para a espécie, menos os caracteres macroscópicos.
unha curta. Estames numerosos, com anteras visíveis. São características: tricomas unicelulares com paredes
espessadas, fragmentados ou íntegros; fragmentos de
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA epiderme foliar com células dispostas em roseta na base dos
tricomas; estômatos ciclocíticos com células subsidiárias
Folhas hipoestomáticas, de mesoÞlo dorsiventral. Em com cutícula estriada; células fundamentais da epiderme
vista frontal, a epiderme é recoberta por cutícula mais com paredes sinuosas, com sinuosidade mais ou menos
espessada na face adaxial e apresenta células fundamentais pronunciada, dependendo da amostra e da face foliar;
de dimensões variadas e paredes anticlinais sinuosas, fragmentos de mesoÞlo dorsiventral com drusas disformes
com sinuosidade mais pronunciada na face abaxial. Em e cristais prismáticos acompanhando os feixes vasculares.
secção transversal, a epiderme é uniestratiÞcada, com
células mais volumosas na face adaxial; os estômatos são
do tipo ciclocítico, com células-guarda reniformes típicas IDENTIFICAÇÃO
e com pronunciado espessamento na parede anticlinal A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
interna; sobre as células subsidiárias a cutícula é estriada camada delgada (5.2.17.1), utilizando cromatoplaca de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 887

sílica-gel F254, com espessura de 250 —m, como suporte e Água (5.4.2.3). No máximo 11,0%.
mistura de ácido fórmico anidro, água, metil-etil-cetona e
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 10,0%.
separadamente, à placa, em forma de banda, 20 PL da
acetato de etila (10:10:30:50), como fase móvel. Aplicar,
Cinzas sulfatadas (5.4.2.6). No máximo 12,0%.
Solução (1), Solução (2) e da Solução (3), recentemente
preparadas, descritas a seguir.
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ESPUMA (IE)
Solução (1): pesar, exatamente, cerca de 1 g da droga
moída (355 —m), acrescentar 10 mL de metanol, aquecer Transferir exatamente cerca de 1 g da droga vegetal moída
sob reßuxo por cinco minutos, à temperatura de 65 °C. (180 —m), para erlenmeyer contendo 50 mL de água
Após resfriamento à temperatura ambiente, Þltrar a solução
obtida em papel Þltro, sob pressão reduzida.

Solução (2): dissolver 1 mg de ácido clorogênico em 10


mL de metanol.
fervente. Manter sob fervura moderada durante 15 minutos.
Resfriar, Þltrar em algodão para balão volumétrico de
100 mL. Completar o volume, através do Þltro, até 100
mL. Distribuir o decocto obtido em 10 tubos de ensaio
com tampa (16 mm de diâmetro por 16 cm de altura), em
ca
uma série sucessiva de 1 mL, 2 mL, 3 mL, até 10 mL, e
Solução (3): dissolver 1 mg de hiperosídeo em 5 mL de
ajustar o volume do líquido, em cada tubo, a 10 mL com
metanol.
água. Tampar os tubos e agitá-los vigorosamente com
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar movimentos verticais por 15 segundos, com duas agitações
em estufa a temperatura entre 100 °C a 105 °C por 15 por segundo. Deixar em repouso por 15 minutos e medir a
minutos, e, ainda morna, nebulizar com difenilborato de altura da espuma. Em seguida, adicionar em cada tubo 1
aminoetanol SR, seguido de uma solução de macrogol 400 mL de ácido clorídrico 2 M. Se a altura da espuma de todos
a 5% (p/v) em metanol. Deixar a placa secar ao ar livre os tubos for inferior a 1 cm, o índice de espuma é menor do
por 30 minutos e examiná-la sob luz ultravioleta (365 nm). que 100. Se, em qualquer um dos tubos, a altura da espuma
Observa-se a presença de quatro manchas ßuorescentes na medida permanecer, após 10 minutos, igual ou superior a
Solução (1), sendo a superior uma mancha de coloração 1 cm, a diluição do material vegetal nesse tubo (A) é o
verde amarelada; abaixo uma mancha de coloração amarelo índice observado. Calcular o índice de espuma segundo a
alaranjada com Rf de 0,65, correspondente ao hiperosídeo; expressão:
uma mancha de coloração azul, correspondente ao ácido
clorogênico com Rf de 0,53; e a mancha inferior de
coloração verde amarelada.
em que
B. Aquecer, sob reßuxo, cerca de 3 g da droga pulverizada
com 60 mL de água destilada durante 15 minutos. Esfriar IE = índice de espuma;
e Þltrar. A 2 mL do extrato adicionar duas gotas de ácido
A = volume (mL) do decocto utilizado para preparação da
clorídrico SR e gotejar gelatina SR. O aparecimento de
diluição no tubo o qual a espuma foi observada.
precipitado nítido indica reação positiva para taninos totais.
O IE para o decocto deve ser no mínimo de 100.
C. A 2 mL do extrato obtido do teste B. de IdentiÞcação,
adicionar 10 mL de água destilada e duas a quatro gotas
de solução de cloreto férrico a 1% (p/v) em etanol. O DOSEAMENTO
desenvolvimento de coloração cinza-escuro, indica reação
positiva para taninos. Flavonoides totais

D. A 2 mL do extrato obtido no teste B. de IdentiÞcação, Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


adicionar 0,5 mL de vanilina a 1% (p/v) em metanol e 1 absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
mL de ácido clorídrico. O desenvolvimento de coloração a seguir.
vermelha, indica reação positiva para taninos condensados. Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,4 g da
E. A 5 mL do extrato obtido no teste B. de IdentiÞcação, droga pulverizada (250 —m) e transferir para erlenmeyer
adicionar 10 mL de ácido acético 2 M e 5 mL de acetato de de 200 mL e adicionar 40 mL de etanol a 60% (v/v).
chumbo SR. O aparecimento de precipitado esbranquiçado, Colocar em banho-maria à 60 °C por 10 minutos com
indica presença de taninos. agitação frequente. Resfriar e Þltrar em algodão para balão
volumétrico de 100 mL. Retornar o resíduo insolúvel e o
F. A 5 mL do extrato obtido no teste B. de IdentiÞcação, algodão para o mesmo erlenmeyer, adicionar 40 mL de
adicionar pequenos fragmentos de magnésio metálico e etanol a 60% (v/v) e levar, novamente ao banho-maria
1 mL de ácido cloridríco. O aparecimento de coloração por 10 minutos com agitação frequente. Filtrar a solução
vermelha indica a presença de agliconas ßavonoídicas. em algodão para o balão volumétrico como previamente
descrito. Completar o volume com etanol a 60% (v/v).
ENSAIOS DE PUREZA Solução amostra: transferir volumetricamente 5 mL
da Solução estoque para balão de fundo redondo de
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 8,0% de ramos
100 mL e evaporar até secura em evaporador rotatório.
ligniÞcados e 2,0% de outros materiais estanhos.
Solubilizar o resíduo em 8 mL de mistura de solução
888 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

metanol com ácido acético glacial (10:100) e transferir Solução reagente: ácido bórico a 2,5% (p/v) e ácido
para balão volumétrico de 25 mL. Lavar o balão de fundo oxálico a 2% (p/v) em ácido fórmico anidro. Solubilizar
redondo com 3 mL da mistura de solução metanol com com aquecimento, em capela de exaustão.
ácido acético glacial (10:100) e transferir para o balão
volumétrico como previamente descrito. Adicionar 10 mL Medir a absorvância da Solução amostra após 30
da Solução reagente. Levar ao banho de gelo para resfriar, minutos, no comprimento de onda de 410 nm. Calcular a
por 10 minutos. Não permitir o congelamento. Completar o porcentagem do teor de ßavonoides totais expressos em
volume com ácido acético anidro. Colocar imediatamente hiperosídeo. Considerar, a absortividade especíÞca do
em banho de gelo. Retirar 10 minutos antes da leitura em hiperosídeo igual a 405. Calcular a porcentagem do teor de
espectrofotômetro. ßavonoides totais segundo a expressão:

c Solução branco: transferir volumetricamente 5 mL da


Solução estoque para balão de fundo redondo de 100 mL em que
e evaporar até secura em evaporador rotatório. Solubilizar
H = teor de ßavonoides totais expressos em hiperosídeos;
o resíduo em 8 mL da mistura de solução metanol com
ácido acético glacial (10:100) e transferir para balão Abs = absorvância da Solução amostra;
volumétrico de 25 mL. Lavar o balão de fundo redondo m = massa da droga (g) considerando a determinação de
com 3 mL da mistura de solução metanol com ácido acético água.
glacial (10:100) e transferir para o balão volumétrico
como previamente descrito. Adicionar 10 mL de ácido EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
fórmico anidro. Levar ao banho de gelo para resfriar por
10 minutos. Não permitir o congelamento. Completar o Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
volume com ácido acético anidro. Colocar imediatamente
em banho de gelo. Retirar 10 minutos antes da leitura em
espectrofotômetro.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 889

ca

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Crataegus spp.


_________________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A, B, C a 0,5 cm; em D a 1 mm; em E a 0,5 mm; em F, G, I e J a 50 —m; em H
e K a 25 —m.

A – aspecto geral de um ramo na fase de pré-antese: hipanto (hip); botão ßoral (bo). B – detalhe parcial de um ramo após a queda das corolas: cálice
(cl); estames (est). C – aspecto geral de uma folha: pecíolo (pc); nervura principal (np); nervura secundária (ns). D – detalhe parcial da nervação foliar
em destaque em C: nervura secundária (ns). E – detalhe parcial das aréolas e terminações vasculares: aréola (ar). F e G – vista frontal das faces adaxial
e abaxial foliar, respectivamente: célula epidérmica comum (ce); estômato (es). H – detalhe dos estômatos: célula-guarda (cg); célula subsidiária (cs).
I – tricoma tector foliar: tricoma (tr). J e K - detalhes da inserção do tricoma em vista frontal e transversal, respectivamente: tricoma (tr); células em
roseta (cr); epiderme (ep); cutícula (cu); face adaxial (ad); parênquima paliçádico (pp).
890 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 – Secções transversais da lâmina foliar em Crataegus spp.


_________________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A, B, C e D a 50 —m; em E a 25 —m.

A – detalhe do mesoÞlo mediano com um feixe vascular terciário: face abaxial (ab); face adaxial (ad); feixe vascular (fv); bainha do feixe vascular
(ba); parênquima esponjoso (pj); idioblasto cristalífero (ic); epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); estômato (es). B – detalhe de um feixe vascular
secundário nas proximidades do bordo foliar: face abaxial (ab); face adaxial (ad); epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); Þbras do ßoema (ff);
Þbra do xilema (fx); xilema (x); ßoema (f); parênquima esponjoso (pj); epiderme (ep). C – detalhe parcial do feixe vascular da nervura principal: Þbra
do xilema (fx); xilema (x); ßoema (f); Þbras do ßoema (ff); idioblasto cristalífero (ic); bainha do feixe vascular (ba). D – fragmento do pó mostrando
cristais próximos aos feixes vasculares: idioblasto cristalífero (ic); drusa (dr); cristal prismático (cr). E – detalhe de uma drusa em um fragmento do pó:
drusa (dr).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 891

ca

Figura 3 – Diagramas da distribuição dos tecidos na folha e no pecíolo,


em secções transversais, em Crataegus spp.

_________________

Complemento da legenda da Figura 3. As escalas correspondem em A, B, C e D a .250 —m.

A – região apical da nervura principal: parênquima paliçádico (pp); feixe vascular (fv); tricoma (tr). B – região mediana da nervura principal: xilema
(x); ßoema (f); colênquima (co); parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj); Þbras do ßoema (ff); tricoma (tr). C – região basal da nervura
principal: epiderme (ep); feixe vascular (fv); xilema (x); ßoema (f); colênquima (co); Þbras do ßoema (ff); tricoma (tr). D – região mediana do pecíolo:
colênquima (co); epiderme (ep).
892 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 4 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Crataegus spp.


_________________

Complemento da legenda da Figura 4. As escalas correspondem em A, B e C a 1 mm; em D e E a 50 —m; em F a 25 —m.

A – aspecto geral do hipanto, pedúnculo ßoral, algumas sépalas e anteras: antera (at); sépala (sp); hipanto (hi); pedúnculo ßoral (pd). B – aspecto geral
de uma pétala. C – aspecto geral de uma ßor em secção longitudinal mediana: antera (at); pétala (pt); sépala (sp); nectário (ne); hipanto (hi); óvulo
(ov); tricoma (tr). D – detalhe parcial da base da pétala em secção transversal: epiderme (ep); parênquima homogêneo (ph); feixe vascular (fv). E e F –
detalhes parciais da antera e parede da teca, respectivamente, em secções transversais: endotécio (en); epiderme (ep); grão de pólen (gp).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 893

camadas de células retangulares, muito maiores do que


CÚRCUMA as da epiderme, compactas, de paredes suberizadas,
Curcumae longae rhizoma enÞleiradas radialmente e com gotas lipídicas. As últimas
camadas do súber podem se apresentar colapsadas. O
parênquima cortical é constituído por células de várias
Curcuma longa L. - ZINGIBERACEAE formas e tamanhos, geralmente poligonais, volumosas,
com espaços intercelulares evidentes. Grãos de amido
A droga vegetal é constituída pelos rizomas secos. Contém, grandes, de variadas formas, com lamelação bem deÞnida e
no mínimo, 2,5% de óleo volátil e, no mínimo, 2,5% de hilo excêntrico ocorrem no parênquima cortical em grande
derivados do dicinamoilmetano expressos em curcumina quantidade. Dispersos no córtex ocorrem idioblastos
(C21H20O6, 368,4).

SINONÍMIA CIENTÍFICA
secretores de óleo, cada um deles comumente constituído
por uma célula secretora geralmente circular, com uma
grande gota amarela, e com células parenquimáticas
dispostas radialmente em torno desta célula. Pequenos
ca
Curcuma domestica Valeton feixes vasculares colaterais, células contendo compostos
fenólicos e pequenas gotas lipídicas também são comuns
nesta região. A endoderme é praticamente contínua e é
CARACTERÍSTICAS
formada por células pequenas e achatadas, de diferentes
Características organolépticas. A droga tem odor formas, com paredes delgadas. O cilindro central é bastante
fracamente aromático, lembrando o do gengibre; sabor desenvolvido, apresentando células parenquimáticas e
picante e levemente amargo. células contendo compostos fenólicos e gotas lipídicas.
Nas células do cilindro central ocorre menor quantidade
de grãos de amido e maior quantidade de idioblastos
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA secretores. Pequenos feixes vasculares de distribuição
Rizomas principais ovalados, oblongos ou arredondados, anelar ocorrem junto à endoderme e feixes de maior
medindo até 12 cm de comprimento e até 5 cm de diâmetro; desenvolvimento, de distribuição aleatória e em grande
rizomas laterais cilíndricos e alongados, arredondados nas número, ocorrem mais internamente.
extremidades, medindo de 6 cm a 15 cm de comprimento
e de 1 cm a 4 cm de diâmetro, geralmente portando DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
pequenas ramiÞcações. Os rizomas possuem coloração
amarelo-parda a amarelo-acastanhada, superfície lisa, O pó atende a todas as exigências estabelecidas para a
com cicatrizes anelares provenientes das bases das espécie, menos os caracteres macroscópicos. A observação
bainhas foliares, cicatrizes irregulares provenientes das microscópica do pó torna-se mais clara, quando utilizado
ramiÞcações laterais e pequenas cicatrizes arredondadas, hidrato de cloral. São características: coloração amarelo-
de raízes. Raízes laterais amarronzadas, paleáceas, escura; fragmentos da epiderme com pelos, em vista frontal;
estriadas, partem dos rizomas. Pelos longos são visíveis pelos isolados ou parte destes; fragmentos da epiderme com
com auxílio de lente. Bainhas Þbrosas podem acompanhar estômatos, em vista frontal; fragmentos da epiderme com
o rizoma principal. A fratura é lisa, nítida e gelatinosa, células mostrando gotas lipídicas; fragmentos da epiderme
amarelo-alaranjada a alaranjada, com pontos mais claros mostrando a cicatriz de pelos, em vista frontal; fragmentos
dispersos, correspondentes aos feixes vasculares. Em da epiderme e do córtex, visualizado por transparência,
secção transversal são claras duas zonas: o córtex e o em vista frontal; fragmentos de epiderme e de súber, em
cilindro central, separados pela endoderme. A região secção transversal; fragmentos de súber, em vista oblíqua;
cortical é estreita e mais clara e a medula bem desenvolvida fragmentos de súber, em secção transversal; fragmentos
e alaranjada. de súber e de parênquima cortical, em secção transversal;
células parenquimáticas isoladas ou agrupadas; fragmentos
de parênquima, em secção transversal; fragmentos de
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA parênquima de reserva com células repletas de grãos de
Em vista frontal, a epiderme apresenta células de variadas amido, em secção transversal; células parenquimáticas
formas e de paredes retilíneas e espessas, com algumas gotas isoladas, repletas de grãos de amido, em secção
lipídicas. Os estômatos são anomocíticos. Os pelos são transversal; massas de grãos de amido; grãos de amido
simples, uni a tricelulares, longos, de paredes espessadas, isolados e/ou agrupados; porções de elementos de vaso
muitas vezes caducos e de base nítida, arredondada e agrupados, com espessamento escalariforme, em secção
espessa. O súber, visualizado por transparência, apresenta longitudinal; porções de elementos de vaso isolados, com
células quadrangulares a retangulares, de paredes espessas, espessamento reticulado, em secção longitudinal; porções
com gotas lipídicas. Em secção transversal, a cutícula é de elementos de vaso com espessamento reticulado, em
delgada e lisa. A epiderme é formada por células achatadas secção longitudinal, associado a células parenquimáticas,
tangencialmente, a maioria tabular, de paredes Þnas e em secção transversal; porções de elementos de vaso
os estômatos localizam-se um pouco acima das demais com espessamento reticulado e com espessamento
células epidérmicas. O súber é constituído por poucas helicoidal, em secção longitudinal; porções de elementos
894 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de vaso isolados, com espessamento helicoidal, em secção revelação com vanilina sulfúrica SR, apresenta na parte
longitudinal; gotas lipídicas isoladas. mediana da placa, uma mancha de coloração avermelhada,
correspondente ao timol (Rf de aproximadamente 0,6). Na
Solução (1) não se observa mancha com Rf correspondente
IDENTIFICAÇÃO
ao veriÞcado para a Solução (3). No cromatograma obtido
A. Agitar 0,5 g da amostra recentemente pulverizada para a Solução (1) também é possível veriÞcar mancha de
com 5 mL de etanol durante 5 minutos e Þltrar. Colocar coloração violácea, correspondente ao zingibereno (Rf de
gotas do Þltrado sobre papel de Þltro, que deve corar-se aproximadamente 0,8). Na parte inferior do cromatograma,
de amarelo. Em seguida, umedecer o papel com gotas de podem ser visualizadas outras manchas de coloração
violácea (superior) e vermelha (inferior), próximo ao ponto

c
solução saturada de ácido bórico. A cor passa a vermelho-
alaranjada. A adição posterior de hidróxido de amônio leva de aplicação.
ao desenvolvimento de coloração azul-escura.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em


ENSAIOS DE PUREZA
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, Água (5.4.2.3). No máximo 12,0%.
com espessura de 250 —m, como suporte, e mistura de

fase móvel. Aplicar à placa, em forma de banda, 10 PL


clorofórmio, etanol e ácido acético glacial (95:5:0,5) como Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 8,0%.

de cada uma das soluções descritas a seguir, recentemente


DOSEAMENTO
preparadas.
Óleos voláteis
Solução (1): agitar 0,5 g da amostra recentemente
pulverizada com 5 mL de metanol, por 30 minutos, Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
centrifugar durante 10 minutos a 2500 rpm. Filtrar. voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão de
fundo redondo de 500 mL contendo 200 mL de água como
Solução (2): dissolver 5 mg de curcumina SQR,
líquido de destilação e 0,5 mL de xileno (que devem ser
demetoxicurcumina SQR e bisdemetoxicurcumina SQR
inseridos no tubo graduado). Reduzir a amostra a pó (500
em 5 mL de metanol.
—m) e proceder imediatamente à determinação em 5 g da
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar droga em pó. Destilar por 4 horas.
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). A
Derivados do dicinamoilmetano
região do cromatograma obtido com a Solução (2), quando
examinado sob luz ultravioleta (365 nm), apresenta na parte Introduzir 10 mg da amostra em béquer de 50 mL, adicionar
mediana, uma mancha verde ßuorescente, correspondente 6 mL de ácido acético glacial e aquecer em banho-maria a
à demetoxicurcumina (Rf de aproximadamente 0,6); 90 °C por 60 minutos. Adicionar 0,2 g de ácido bórico e
no terço superior observa-se uma mancha referente à 0,2 g de ácido oxálico, aquecer em banho-maria (90 °C)
curcumina, também de coloração verde ßuorescente (Rf durante 10 minutos. Esfriar e diluir com ácido acético
de aproximadamente 0,7); e, no terço inferior, observa- glacial em balão volumétrico de 10 mL. Transferir 1 mL
se mancha com a mesma coloração daquelas veriÞcadas dessa solução para balão volumétrico de 10 mL e completar
em Rf 0,7 e 0,6, referente à bisdemetoxicurcumina (Rf o volume com ácido acético glacial. Medir a absorvância
de aproximadamente 0,4). As mesmas manchas devem em 530 nm, logo após o seu preparo utilizando ácido
ser visualizadas na região do cromatograma obtida com acético glacial para ajuste do zero. Utilizar como valor
a Solução (1), devendo corresponder em posição àquelas de absorvância especíÞca da curcumina 2350. Calcular o
obtidas com a Solução (2). teor de derivados de dicinamoilmetano, expresso como
curcumina, segundo a expressão:
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
com espessura de 250 —m, como suporte, e mistura de

separadamente, à placa, em forma de banda, 10 PL da


tolueno e acetato de etila (97:3) como fase móvel. Aplicar, em que

Solução (1) descrita no teste B. de IdentiÞcação e 10 —L DC % = teor de derivados de dicinamoilmetano (%, p/p);
da Solução (3), recentemente preparada, descrita a seguir. A = absorvância medida;
m = massa da amostra (g), considerando o teor de água.
Solução (3): dissolver 10 mg de timol em 10 mL de
metanol.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar a placa com vanilina sulfúrica SR. Em recipiente bem fechado, ao abrigo da luz e calor.
A região do cromatograma obtido com a Solução (3), após
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 895

ca

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Curcuma longa L.


_____________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 5 cm (régua 1); em B, C e E a 100 —m (régua 2); em D a 1,0 mm (régua 3).

A – aspectos gerais de rizomas: bainha foliar (bf); cicatriz anelar proveniente da base da bainha foliar (cia); cicatriz de ramiÞcação lateral (crl); cicatriz
de raiz (cra); rizoma lateral (ril); rizoma principal (rip); raiz lateral (rlt). B – detalhe de porção da epiderme, em vista frontal: célula fundamental
da epiderme (cfe); estômato (es); pêlo (pel). C – detalhe de porção do súber, em vista frontal: gota lipídica (gl). D – esquema do rizoma em secção
transversal: cilindro central (cc); cutícula (cu); córtex (cx); endoderme (end); epiderme (ep); feixe vascular (fv); parênquima cortical (pc); parênquima
medular (pm); súber (s). E – detalhe de porção do rizoma em secção transversal: cilindro central (cc); célula contendo composto fenólico (ccf); cutícula
(cu); córtex (cx); espaço intercelular (ei); endoderme (end); epiderme (ep); ßoema (f); feixe vascular (fv); grão de amido (ga); gota lipídica (gl);
idioblasto secretor (is); núcleo (nu); pêlo (pel); parênquima cortical (pc); parênquima medular (pm); súber (s); xilema (x).
896 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 – Aspectos microscópicos do pó em Curcuma longa L.

_____________
Complemento da legenda da Figura 2. A escala corresponde a 100 —m.

A – fragmento de epiderme, com pêlo, em vista frontal: pêlo (pel). B – pêlos isolados. C – fragmento de epiderme com estômato, em vista frontal:
estômato (es); gota lipídica (gl). D – fragmento de epiderme, em vista frontal: gota lipídica (gl). E – fragmento de epiderme com cicatrizes de pêlos,
em vista frontal: cicatriz de pêlo (cpe). F – fragmento de epiderme e do córtex, visto por transparência, em vista frontal: epiderme (ep); súber (s).
G – fragmento de epiderme e de súber, em secção transversal: cutícula (cu); epiderme (ep); gota lipídica (gl); súber (s). H – fragmento de súber, em
vista oblíqua: grão de amido (ga); gota lipídica (gl). I – fragmentos de súber, em secção transversal: gota lipídica (gl). J – células parenquimáticas
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 897

isoladas ou agrupadas: gota lipídica (gl). L – fragmento de súber e de parênquima cortical, em secção transversal: gota lipídica (gl); parênquima cortical
(pc); súber (s). M – fragmento de parênquima, em secção transversal: célula contendo composto fenólico (ccf); gota lipídica (gl). N – fragmento de
parênquima de reserva com células repletas de grãos de amido, em secção transversal: grão de amido (ga). O – células parenquimáticas isoladas,
repletas de grãos de amido, em secção transversal: grão de amido (ga). P – massa de grãos de amido. Q – grãos de amido isolados e/ou agrupados.
R – porções de elementos de vaso agrupados, com espessamento escalariforme, em secção longitudinal. S – porção de elemento de vaso isolado, com
espessamento reticulado, em secção longitudinal. T - porção de elemento de vaso com espessamento reticulado em secção longitudinal, associado a
células parenquimáticas, em secção transversal: elemento de vaso com espessamento reticulado (ere); parênquima (p). U – porções de elementos de vaso
com espessamento reticulado e com espessamento helicoidal, em secção longitudinal: elemento de vaso com espessamento helicoidal (eh); elemento
de vaso com espessamento reticulado (ere). V – porção de elemento de vaso isolado, com espessamento helicoidal, em secção longitudinal. X – gotas
lipídicas isoladas.

ca
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 899

Solução (1): solução a 1% (p/v) da amostra.


DAPSONA
Solução (2): solução a 0,01% (p/v) da amostra.
Dapsonum
Solução (3): solução a 0,002% (p/v) da amostra.

Solução (4): solução a 0,1% (p/v) da amostra.

Solução (5): solução a 0,1% (p/v) de dapsona SQR.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar


à temperatura ambiente e nebulizar primeiramente com
solução de nitrito de sódio a 0,5% (p/v) em ácido clorídrico
C12H12N2O2S; 248,30 0,1 M. Aguardar por 5 minutos e nebulizar com dicloridrato
dapsona; 02686 de N-(1-naftil)etilenodiamina SR. Qualquer mancha obtida
4,4’-Sulfonilbisbenzenamina no cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha
[80-08-0] principal, não é mais intensa do que a mancha obtida no
cromatograma com a Solução (2)(1,0%) e não mais que
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
C12H12N2O2S, em relação à substância dessecada.

DESCRIÇÃO
duas quaisquer dessas manchas são mais intensas do que
a mancha obtida no cromatograma com a Solução (3)
(0,2%).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da


da
amostra. Dessecar em estufa em temperatura entre 100 oC
Características físicas. Pó cristalino, branco ou levemente e 105 oC, por 3 horas. No máximo 1,5%.
amarelado, inodoro e com leve sabor amargo.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente No máximo 0,1%.
solúvel em acetona e ligeiramente solúvel em etanol.
Facilmente solúvel em ácidos minerais diluídos.
DOSEAMENTO
Constantes físico-químicas.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Faixa de fusão (5.2.2): 175 oC a 181 oC.
A. Proceder conforme descrito em Titulações por
diazotação (5.3.3.1), utilizar o Método 1 ou o Método 2.
IDENTIFICAÇÃO Utilizar 0,25 g da amostra. Cada mL de nitrito de sódio 0,1
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da M SV equivale a 12,415 mg de C12H12N2O2S.
amostra previamente dessecada e dispersa em brometo B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
de potássio apresenta máximos de absorção somente absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar 50 mg da amostra,
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas adicionar 40 mL de etanol e submeter ao ultrassom por 10
intensidades relativas daqueles observados no espectro de minutos. Agitar durante 30 minutos e completar o volume
dapsona SQR, preparado de maneira idêntica. para 100 mL com o mesmo solvente. Filtrar em papel de
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa Þltro adequado. Diluir, sucessivamente, em etanol, até
de 200 nm a 400 nm, de uma solução a 0,0005% (p/v), em concentração de 0,0005% (p/v). Preparar solução padrão
metanol, exibe máximos em 260 nm e 295 nm e mínimos de dapsona SQR na mesma concentração, utilizando o
em 232 nm e 268 nm, idênticos aos observados no espectro mesmo solvente. Medir as absorvâncias das soluções
de solução similar de dapsona SQR. resultantes em 295 nm utilizando etanol para ajuste do
zero. Calcular o teor de C12H12N2O2S na amostra a partir
C. Proceder conforme descrito em Substâncias das leituras obtidas.
relacionadas. A mancha principal obtida no cromatograma
com a Solução (4) corresponde em posição, cor e EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
intensidade àquela obtida com a Solução (5).
Em recipientes bem fechados e opacos.
D. Responde às reações de aminas aromáticas primárias
(5.3.1.1).
ROTULAGEM
ENSAIOS DE PUREZA Observar a legislação vigente.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando CLASSE TERAPÊUTICA
sílica-gel G, como suporte, e mistura de clorofórmio-
acetona (1:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à Quimioterápico.
placa 10 —L de cada uma das seguintes soluções, preparadas
em metanol.
900 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (2): dissolver 25 mg de dexametasona SQR numa


DEXAMETASONA mistura de metanol e cloreto de metileno (1:9), em um
Dexamethasonum balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com o
mesmo solvente.

Solução (3): dissolver 10 mg de betametasona SQR em


Solução (2) e completar 10 mL com a mesma solução.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Examine a luz ultravioleta (254 nm). A
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
em posição, cor e intensidade àquela obtida Solução
(2). Nebulizar com solução etanólica de ácido sulfúrico.
Aquecer a 120 °C durante 10 minutos ou até aparecimento
de manchas e deixar arrefecer. Examinar à luz do dia e à
luz ultravioleta de 365 nm. A mancha principal, obtida com
a Solução (1), corresponde em posição, cor à luz do dia,

d
C22H29FO5; 392,46 ßuorescência à luz ultravioleta de 365 nm e dimensões, à
dexametasona; 02817 mancha principal obtido com a Solução (2). O ensaio só
(11ȕ,16Į)-9-Fluor-11,17,21-triidroxi-16-metilpregna-1,4- é válido se a Solução (3), apresentar duas manchas que
dieno-3,20-diona podem não estar totalmente separadas.
[50-02-2]
C. Solubilizar 2 mg da amostra em 2 mL de ácido sulfúrico.
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 102,0% de Dentro de 5 minutos desenvolve-se coloração vermelha
C22H29FO5, calculado em relação à substância dessecada. acastanhada fraca. Adicionar a solução a 10 mL de água e
misturar. A coloração desaparece.

DESCRIÇÃO
ENSAIOS DE PUREZA
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
branco. Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta
ligeiramente solúvel em etanol e pouco solúvel em cloreto a 254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6
de metileno. mm de diâmetro interno, empacotada com grupo fenila
quimicamente ligada a partícula de sílica porosa (5 a 10
Constantes físico-químicas. —m), mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
Temperatura de fusão (5.2.2): 255 °C, com decomposição. de 1 mL/minuto.

Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +72° a 80°, em relação Tampão formato pH 3,6: transferir 1,32 g de formato de
à substância dessecada. Determinar em solução a 1% (p/v) amônio para um balão volumétrico de 1000 mL, adicionar
em dioxana. água e agitar até dissolução. Ajustar com acido fórmico
para o pH de 3,6.

IDENTIFICAÇÃO Fase móvel: mistura de Tampão formato pH 3,6 e


acetonitrila (67:33). Fazer os ajustes se necessários.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta Solução (1): dissolver 180 mg de amostra, e diluir com
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos acetonitrila para 100 mL. Transferir 33 mL da solução para
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles balão volumétrico de 100 mL, completar o volume com
observados no espectro de dexametasona SQR, preparado Tampão formato pH 3,6 e misturar.
de maneira idêntica.
Procedimento: injetar 10 —L da Solução (1). Calcular a
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em percentagem de cada impureza na porção da dexametasona
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel contendo pela fórmula:
um indicador de ßuorescência de intensidade máxima em
100(ri/rs)
254 nm, como suporte, e mistura de butanol saturado com
água, tolueno e éter etílico (5:10:85), como fase móvel. ri é a resposta do pico para cada impureza, e rs é a soma
Aplicar separadamente, à placa, 5 —L de cada uma das da resposta de todos os picos: não mais do que 1,0% de
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. alguma impureza individual é achado, e não mais do que
2% de impurezas totais são achados. A eÞciência da coluna
Solução (1): dissolver 10 mg da amostra numa mistura
não é menor do que 5000 pratos teóricos.
de metanol e cloreto de metileno (1:9), em um balão
volumétrico de 10 mL e completar o volume com o mesmo
solvente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 901

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da


amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C por 3 horas. No DEXAMETASONA ELIXIR
máximo 0,5%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,25 g da Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
amostra. No máximo 0,2%. quantidade declarada de C22H29FO5.

DOSEAMENTO IDENTIFICAÇÃO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel, como suporte,
A. Por Espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14).
e mistura de clorofórmio, acetona e acido acético glacial
Pesar exatamente, cerca de 0,1 g da amostra e dissolver em
(80:40:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
etanol. Completar o volume para 100 mL com o mesmo
a placa, 5 —L de cada uma das soluções, recentemente
solvente. Transferir 2,0 mL dessa solução para balão
preparadas, descritas a seguir.
volumétrico de 100 mL e completar o volume com etanol.

da
Preparar solução padrão de dexametasona em etanol, na Solução (1): solução a 0,1 mg/mL de dexametasona na
mesma concentração Þnal. Medir as absorvâncias das amostra.
soluções resultantes em 238,5 nm, utilizando etanol para
ajuste do zero. Calcular o teor de C22H29FO5 na amostra Solução (2): solução a 0,1 mg/mL de dexametasona SQR
a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os em mistura de cloreto de metileno e metanol (1:1).
cálculos considerando A (1%, 1 cm) = 394, em 238,5 nm,
em etanol. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa. Evaporar o
solvente. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
B. Por CromatograÞa a líquido de alta eÞciência principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
(5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de comprimento
e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica
CARACTERÍSTICAS
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 —m),
mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
1,0 mL/minuto.
pH (5.2.19). 2,7 a 4,0.
Fase móvel: preparar adequadamente solução metanol e
água (75:25). Determinação do álcool (5.3.3.8). Entre 3,8% e 5,7%.
Álcool n-propilíco como padrão interno.
Solução amostra: transferir 30 mg da amostra, exatamente
pesada, para balão volumétrico de 100 mL, completar o
volume com Fase móvel e misturar. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

Solução padrão: dissolver uma quantidade exatamente Contagem de micro-organismos viáveis totais
pesada de dexametasona SQR em metanol para obter (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
solução a 1 mg/mL. Transferir 3 mL dessa solução para Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com Cumpre o teste.
Fase móvel, obtendo solução a 0,3 mg/mL.

Procedimento: injetar, separadamente, entre 10 —L DOSEAMENTO


da Solução padrão e da Solução amostra, registrar os
cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Calcular o Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
teor de C22H29FO5, na amostra a partir das respostas obtidas de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
com a Solução padrão e a Solução amostra. de detector ultravioleta 254 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO —m), mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. de 1,0 mL/minuto.

Fase móvel: preparar adequadamente solução de metanol


ROTULAGEM e água (75:25).

Observar a legislação vigente Solução amostra: solução equivalente a 0,1 mg/mL de


dexametasona, caso necessário diluir com a Fase móvel.
CLASSE TERAPÊUTICA Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de dexametasona SQR na Fase móvel, de modo a obter
Anti-inßamatório uma concentração 0,1 mg/mL.
902 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as cada comprimido para balão volumétrico de 100 mL,
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C22H29FO5 adicionar 5 mL de água, agitar e aguardar 15 minutos
na amostra, a partir das respostas obtidas para a Solução até sua desintegração. Prosseguir conforme descrito no
padrão e a Solução amostra. método A. de Doseamento, a partir de “Adicionar 70 mL
de ácido clorídrico 0,1 M...”.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
ROTULAGEM Aparelhagem: cestas, 100 rpm
Observar a legislação vigente Tempo: 45 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de


DIAZEPAM COMPRIMIDOS dissolução e diluir, se necessário, com ácido clorídrico 0,1

d
M, até concentração adequada. Medir as absorvâncias em
284 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste
Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da do zero. Calcular a quantidade de C16H13ClN2O dissolvida
quantidade declarada de C16H13ClN2O. no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
de diazepam SQR na concentração de 0,002% (p/v),
IDENTIFICAÇÃO preparada em ácido clorídrico 0,1 M.

A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
de 230 nm a 350 nm, da solução amostra obtida no método declarada de C16H13ClN2O se dissolvem em 45 minutos.
A. de Doseamento, exibe máximos de absorção em 242 e
284 nm, idênticos aos observados no espectro da solução ENSAIOS DE PUREZA
padrão.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de acetato
como suporte, e mistura de acetato de etila e hexano de etila e hexano (50:50), como fase móvel. Aplicar,
(50:50), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, separadamente, à placa, 20 —L da Solução (1) e 5 —L da
2 —L das soluções descritas a seguir. Solução (2), recentemente preparadas, descritas a seguir.
Solução (1): agitar com etanol, quantidade do pó de Solução (1): agitar quantidade do pó de comprimidos
comprimidos suÞciente para preparar solução contendo correspondente a 50 mg de diazepam com 5 mL de etanol
0,02% (p/v) de diazepam e Þltrar. e Þltrar.
Solução (2): preparar solução de diazepam SQR a 0,02% Solução (2): diluir um volume da Solução (1) para 50
(p/v) em etanol. volumes com etanol.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar à
à temperatura ambiente e examinar sob luz ultravioleta temperatura ambiente e examinar sob luz ultravioleta (254
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1) nm). Nenhuma mancha secundária obtida com a Solução
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida (1) é mais intensa que a mancha principal obtida com a
com a Solução (2). Solução (2) (2%).
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, DOSEAMENTO
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

CARACTERÍSTICAS A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente
a 10 mg de diazepam para balão volumétrico de 100 mL
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. e adicionar 5 mL de água, misturar e deixar em repouso
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. por 15 minutos. Adicionar 70 mL de ácido clorídrico 0,1
M, agitar, mecanicamente, por 15 minutos e completar o
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. volume com o mesmo solvente. Filtrar. Realizar diluições
sucessivas até concentração de 0,002% (p/v), utilizando
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. ácido clorídrico 0,1 M como solvente. Preparar solução
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 903

padrão nas mesmas condições. Medir as absorvâncias das A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
soluções em 284 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no
ajuste do zero. Realizar a leitura das soluções em no máximo método A. de Doseamento, apresenta máximo de absorção
30 minutos. Calcular a quantidade de C16H13ClN2O nos em 368 nm e com a mesma intensidade relativa daqueles
comprimidos, a partir das leituras obtidas. observados no espectro da solução padrão.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 150 mm de suporte, e mistura de clorofórmio e metanol (10:1), como
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada fase móvel. Aplicar separadamente, à placa, 10 ȝL de cada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a
—m), mantida à temperatura de 30°C; ßuxo da Fase móvel seguir.
de 0,8 mL/minuto.
Solução (1): diluir a solução injetável em metanol de modo
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e metanol (4:4:2). a obter solução a 1 mg/mL.

Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, de

da
Transferir quantidade do pó equivalente a 10 mg de diazepam SQR em metanol, de modo a obter solução de
diazepam para balão volumétrico de 50 mL, adicionar 40 concentração 1 mg/mL.
mL de Fase móvel e deixar em ultrassom por 5 minutos.
Agitar, mecanicamente, por 5 minutos. Completar o volume Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar
com o mesmo solvente, homogeneizar e Þltrar. Transferir 5 ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). Nebulizar
mL do Þltrado para balão volumétrico de 50 mL e completar com ácido sulfúrico a 10% (p/v) em etanol absoluto, aquecer
o volume com a Fase móvel, obtendo solução a 20 —g/mL. a placa a 105 °C por 10 minutos. A mancha principal obtida
com a Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada de àquela obtida com a Solução (2).
diazepam SQR em Fase móvel para obter solução a 0,2 mg/
mL. Transferir 5 mL dessa solução para balão volumétrico C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de 50 mL e completar o volume com a Fase móvel, obtendo de alta eÞciência (5.2.17.4). O tempo de retenção do pico
solução a 20 —g/mL. principal do cromatograma da Solução amostra, obtido no
método B. de Doseamento, corresponde àquele do pico
Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. A eÞciência principal da Solução padrão.
da coluna não é menor que 5000 pratos teóricos. O fator de
cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das
CARACTERÍSTICAS
áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que
2,0%. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções pH (5.2.19). 6,2 e 7,0.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C16H13ClN2O
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Solução padrão e a Solução amostra.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 11,6 UE/


mg de diazepam.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
DOSEAMENTO
ROTULAGEM
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Observar a legislação vigente.
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume da
solução injetável equivalente a 10 mg de diazepam para
DIAZEPAM SOLUÇAO INJETÁVEL
funil de separação e adicionar 20 mL de tampão fosfato pH
7,0. Extrair com quatro porções de 20 mL de clorofórmio,
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da passando os extratos em 5 g de sulfato de sódio anidro.
quantidade declarada de C16H13Cl N2O. Reunir os extratos em balão volumétrico de 100 mL e
completar o volume com clorofórmio. Homogeneizar.
Evaporar alíquota de 10 mL, sob corrente de nitrogênio, até
IDENTIFICAÇÃO secura. Dissolver o resíduo com 25 mL de ácido sulfúrico
O teste de identiÞcação C. pode ser omitido se forem metanólico 0,05 M. Preparar solução padrão nas mesmas
realizados os testes A. e B. O teste de identiÞcação A. pode condições da solução amostra. Medir a absorvância da
ser omitido se forem realizados os testes B. e C. solução amostra e solução padrão em 368 nm, utilizando
904 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ácido sulfúrico metanólico 0,05 M para o ajuste do zero.


Calcular a quantidade de C16H13ClN2O na solução injetável DICLOFENACO POTÁSSICO
a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os Diclofenacum kalicum
cálculos considerando A( 1% 1 cm)=151, em 368 nm.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
comprimento por 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m); ßuxo da Fase móvel de 1,4 mL/minuto.

Fase móvel: preparar uma solução Þltrada e desgaseiÞcada


de metanol e água (65:35). C14H10Cl2KNO2; 334,24
diclofenaco potássico; 02929
Solução padrão interno: preparar uma solução de Sal de potássio do ácido 2-[(2,6-diclorofenil)amino]
p-tolualdeído contendo cerca de 0,3 ȝL/mL em metanol. benzenoacético (1:1)

d
[15307-81-0]
Solução amostra: transferir, exatamente, um volume da
solução injetável, equivalente a 10 mg de diazepam, para
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
um balão volumétrico de 50 mL. Transferir 10 mL da
C14H10Cl2KNO2, em relação à substância dessecada.
Solução padrão interno para a Solução da amostra e diluir
com metanol para o volume Þnal e homogeneizar.
DESCRIÇÃO
Solução padrão: dissolver uma quantidade, exatamente
pesada, de diazepam SQR em metanol e diluir com o Características físicas. Pó cristalino branco ou levemente
mesmo solvente para obter uma solução a 1 mg/mL. amarelado, ligeiramente higroscópico.
Transferir 5,0 mL dessa solução para um balão volumétrico
de 25 mL, adicionar 5 mL da Solução padrão interno, diluir Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, facilmente
com metanol ao volume Þnal e homogeneizar obtendo uma solúvel em metanol, solúvel em etanol, muito pouco
solução de diazepam SQR de concentração de 0,2 mg/mL. solúvel em acetona.

Injetar replicatas de 10 —L da Solução padrão. O fator Constantes físico-químicas.


de cauda para o pico do diazepam não é mais que 2,5 e a Faixa de fusão (5.2.2): 295 °C a 300 °C, com decomposição.
resolução entre os picos de p-tolualdeído e diazepam não
é menor que 3,5 e o desvio padrão para as replicatas das
injeções não é mais que 2,0%. IDENTIFICAÇÃO

Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL das Soluções Os testes de identiÞcação B., C. e D. podem ser omitidos se
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir forem realizados os testes A. e E. O teste de identiÞcação
as áreas sob os picos principais. Os tempos de retenção A. pode ser omitido se forem realizados os testes B., C.,
relativos são cerca de 0,5 para p-tolualdeído e 1,0 para D. e E.
o diazepam. Calcular a quantidade de C16H13Cl N2O na
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14), da
solução injetável a partir das respostas obtidas com a
amostra, dessecada e dispersa em brometo de potássio,
Solução padrão e a Solução amostra através da fórmula:
apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
50C/V(Ru/Rs) comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
relativas daqueles observados no espectro de diclofenaco
em que C é a concentração em mg/mL de diazepam SQR na potássico SQR, preparado de maneira idêntica.
Solução padrão, V é o volume em mL da solução injetável
tomada e Ru e Rs são as razões das respostas dos picos de B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
diazepam para o p-tolualdeído obtido da Solução amostra de 200 a 350 nm, de solução a 0,001% (p/v) em hidróxido
e da Soluções padrão, respectivamente. de potássio 0,1 M, exibe máximos em 218 e 275 nm,
idênticos aos observados no espectro de solução similar de
diclofenaco potássico SQR.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
Em recipientes de vidro tipo I protegidos da luz. camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254
como suporte, e mistura de hidróxido de amônio, metanol
ROTULAGEM e acetato de etila (10:10:80), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 5 ȝL de cada uma das soluções,
Observar a legislação vigente recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): diluir 25 mg de amostra em metanol e


completar o volume para 5 mL com o mesmo solvente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 905

Solução (2): diluir 25 mg de diclofenaco potássico SQR vezes a área sob o pico principal obtido no cromatograma
em metanol e completar o volume para 5 mL com o mesmo da Solução (2).
solvente.
Metais pesados (5.3.2.3). Pesar 2 g da amostra. Incinerar
Solução (3): diluir 10 mg de indometacina SQR com a entre 500 °C e 600 °C. Se o resíduo não se apresentar
Solução (2) e completar o volume para 2 mL com metanol. completamente branco após a incineração, adicionar
quantidade suÞciente de peróxido de hidrogênio para
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar solubilizar. Aquecer até completa evaporação. Repetir o
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A procedimento até obter resíduo completamente branco e
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde prosseguir conforme descrito no Método III. No máximo
em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução 0,001% (10 ppm).
(2). O teste somente será válido se o cromatograma obtido
com a Solução (3) apresentar duas manchas nitidamente Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
separadas. amostra. Dessecar em estufa, entre 100 °C e 105 °C, por 3
horas. No máximo 0,5%.
D. Dissolver cerca de 10 mg de amostra em 10 mL de
etanol. A 1 mL desta solução adicionar 0,2 mL de mistura

da
de ferricianeto de potássio 0,6% (p/v) e cloreto férrico DOSEAMENTO
a 0,9% (p/v) (1:1), recentemente preparada. Deixar em
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
repouso, protegido da luz, por 5 minutos. Adicionar 3 mL
de ácido clorídrico 0,1 M. Deixar em repouso, protegido A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio
da luz, por 15 minutos. Desenvolve-se coloração azul e não aquoso (5.3.3.5). Dissolver, exatamente, cerca de 0,3
produz-se precipitado. g de amostra em 30 mL de ácido acético glacial. Titular
com ácido perclórico 0,1 M SV, determinar o ponto Þnal
E. Dissolver 0,5 g da amostra em 10 mL de água. Adicionar
potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
2 mL de ácido clorídrico diluído, agitar por uma hora e
SV equivale a 33,424 mg de C14H10Cl2KNO2.
Þltrar a vácuo. Neutralizar com hidróxido de sódio 5 M.
Responde à reação 2 do íon potássio (5.3.1.1). B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
ENSAIOS DE PUREZA de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Aspecto da solução. A solução a 5% (p/v) em metanol com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12) e a absorvância da mm); ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
solução no ultravioleta, determinada em 440 nm, não é
superior a 0,05. Tampão fosfato pH 2,5: misturar iguais volumes de ácido
fosfórico a 0,05% (p/v) e fosfato de sódio monobásico a
pH (5.2.19). 7,0 a 8,5. Determinar em solução aquosa a 0,08% (p/v). Se necessário ajustar o pH para 2,5 com ácido
1% (p/v). fosfórico.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito no Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 2,5 e metanol
método B. de Doseamento. Preparar as Soluções (1) e (2) (30:70).
como descrito a seguir.
Diluente: mistura de água e metanol (30:70).
Diluente: mistura de água e metanol (30:70).
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
Solução (1): transferir 50 mg de amostra para balão da amostra em Diluente de modo a obter solução a 40 ȝg/
volumétrico de 100 mL, diluir com Diluente e completar o mL.
volume com o mesmo solvente.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
Solução (2): transferir 2 mL da Solução (1) para balão da diclofenaco potássico SQR em Diluente de modo a
volumétrico de 100 mL, completar o volume com Diluente. obter solução a 40 ȝg/mL.
Transferir 1 mL dessa solução para balão volumétrico de
10 mL e completar o volume com o mesmo solvente. Solução de resolução: transferir 2,0 mg de dietilftalato,
10,0 mg de diclofenaco potássico SQR e 1,0 mg de
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções 1-(2,6-diclorofenil)-1,3-diidro-2H-indol-2-ona (Impureza
(1) e (2), registrar os cromatogramas e medir as áreas sob A) para balão volumétrico de 200 mL, completando volume
os picos. Nenhum pico secundário, obtido com a Solução com Diluente e homogeneizar.
(1) apresenta área superior à área sob o pico principal
obtido no cromatograma da Solução (2) (0,2%). A soma de Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. Os
todas as áreas, de todos os picos, exceto o pico principal, tempos de retenção relativos são cerca de 0,5 para o
no cromatograma da Solução (1) não é superior a 2,5 vezes dietilftalato, 0,7 para a Impureza A e 1 para o diclofenaco
a área sob o pico principal, obtido no cromatograma da potássico. A resolução entre dietilftalato e a Impureza A
Solução (2) (0,5%). No cromatograma da Solução (1), não é menor que 4,0; e entre a Impureza A e o diclofenaco
desprezar qualquer pico cuja área seja menor que 0,25 potássico não é menor que 6,5. O desvio padrão relativo
906 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

das áreas de replicatas sob os picos registrados não é maior Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
que 2,0%. quantidade de pó equivalente a 50 mg de diclofenaco
potássico para balão volumétrico de 10 mL, adicionar 7
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução mL de metanol. Deixar em ultrassom por 15 minutos e
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas completar o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de e Þltrar;
C14H10Cl2KNO2 na amostra a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra. D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
ROTULAGEM
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente.

d
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
CLASSE TERAPÊUTICA Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Anti-inßamatório. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

DICLOFENACO POTÁSSICO TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


COMPRIMIDOS Meio de dissolução: tampão fosfato pH 6,8 r 0,05, 900 mL

Aparelhagem: pás, 40 rpm


Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C14H10Cl2KNO2. Os comprimidos Tempo: 60 minutos
podem ter revestimento açucarado ou Þlme, neste caso não
devem cumprir com os testes de friabilidade e dureza. Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de

r 0,05, até concentração adequada. Medir as absorvâncias


dissolução e diluir, se necessário, com tampão fosfato pH 6,8

IDENTIFICAÇÃO em 276 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para


ajuste do zero. Calcular a quantidade de C14H10Cl2KNO2
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a
de pó equivalente a 0,15 g de diclofenaco potássico,
de 0,005% (p/v), preparada em tampão fosfato pH 6,8 r
da solução de diclofenaco potássico SQR na concentração
adicionar 0,5 mL de ácido acético glacial e 15 mL de
metanol. Deixar em ultrassom por 15 minutos e agitar por
0,05.
mais 1 minuto. Filtrar e recolher o Þltrado com 15 mL de
água. Filtrar o sólido formado sob pressão reduzida, lavar Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
com quatro porções de 5 mL de água e secar a 105 °C por 2 declarada de C14H10Cl2KNO2 se dissolvem em 60 minutos.
a 3 horas. Solubilizar 50 mg de diclofenaco potássico SQR
em 5 mL de metanol, adicionar 0,5 mL de ácido acético
glacial, 15 mL de água e agitar. Filtrar o sólido formado ENSAIOS DE PUREZA
sob pressão reduzida, lavar com quatro porções de 5 mL
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito no
de água e secar a 105 °C por 2 a 3 horas. O espectro de
método B. de Doseamento na monograÞa de Diclofenaco
absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo obtido,
potássico. Preparar as Soluções (1) e (2) como descrito a
disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
seguir.
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
com as mesmas intensidades relativas daqueles observadas Diluente: mistura de água e metanol (30:70).
no espectro de diclofenaco potássico SQR, preparado de
maneira idêntica. Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade de pó equivalente a 50 mg de diclofenaco
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa potássico para balão volumétrico de 50 mL e adicionar 30
de 200 a 350 nm, da solução amostra obtida no método mL de Diluente. Deixar em ultrassom por 15 minutos e
A. de Doseamento, exibe máximos em 218 e 275 nm, completar o volume com o mesmo solvente, de modo a
idênticos aos observados no espectro da solução padrão. obter uma solução a 1 mg/mL. Homogeneizar e Þltrar.
C. Proceder conforme descrito no teste C. de IdentiÞcação
na monograÞa de Diclofenaco potássico. Preparar a
Solução (1) como descrito a seguir. Solução (2): transferir 2 mL da Solução (1) para balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume com Diluente.
Transferir 1 mL desta solução para balão volumétrico de 10
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 907

mL e completar o volume com o Diluente, de modo a obter EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


uma solução a 2 ȝg/mL. Homogeneizar.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções
(1) e (2), registrar os cromatogramas e medir as áreas dos
picos. Nenhum pico secundário, obtido com a Solução
ROTULAGEM
(1) deve apresentar área superior à área do pico principal Observar a legislação vigente.
obtido no cromatograma da Solução (2) (0,2%). A soma de
todas as áreas, de todos os picos, exceto o pico principal,
no cromatograma da Solução (1) não deve ser superior a DIFOSFATO DE CLOROQUINA
2,5 vezes a área do pico principal, obtido no cromatograma
da Solução (2) (0,5%). No cromatograma da Solução (1),
COMPRIMIDOS
desprezar qualquer pico cuja área seja menor que 0,25
vezes a área do pico principal obtido no cromatograma da Contém, no mínimo, 93,0% e, no máximo, 107,0% da
Solução (2). quantidade declarada de C18H26ClN3.2H3PO4.

da
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA IDENTIFICAÇÃO
Contagem do número total de micro-organismos O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. realizados os testes B. e C.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
Cumpre o teste. equivalente a 0,1 g de difosfato de cloroquina para funil de
separação e dissolver em 10 mL de água. Adicionar 2 mL
DOSEAMENTO de hidróxido de sódio 2 M e extrair com duas porções de 20
mL de clorofórmio. Combinar os extratos orgânicos, lavar
Empregar um dos métodos descritos a seguir. com água, secar com sulfato de sódio anidro e evaporar até
secura. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de do resíduo, dissolvido em 2 mL de clorofórmio, apresenta
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar os máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
50 mg de diclofenaco potássico para balão volumétrico de observados no espectro de difosfato de cloroquina SQR,
100 mL, adicionar 70 mL de hidróxido de sódio 0,1 M. preparado de maneira idêntica.
Deixar em ultrassom por 15 minutos e completar o volume
com o mesmo solvente. Filtrar. Transferir 5 mL do Þltrado B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
para um balão volumétrico de 50 mL, completar o volume do pó equivalente a 0,1 g de difosfato de cloroquina para
com o mesmo solvente e homogeneizar, a Þm de obter uma balão volumétrico de 100 mL. Acrescentar 70 mL de
solução a 50 —g/mL. Preparar solução padrão nas mesmas água, deixar em ultrassom por 10 minutos e completar
condições. Medir as absorvâncias das soluções em 276 nm, o volume com o mesmo solvente (usar essa solução,
utilizando hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste do zero. também, nos testes B. e C. de IdentiÞcação). Filtrar. Diluir,
Calcular a quantidade de C14H10Cl2KNO2 nos comprimidos, sucessivamente, com água até concentração de 0,001%
a partir das leituras obtidas. (p/v). O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, da solução resultante exibe
B. Proceder conforme descrito no método B. de máximos e mínimos somente nos mesmos comprimentos
Doseamento na monograÞa de Diclofenaco potássico. de onda de solução similar de difosfato de cloroquina SQR.
Preparar a Solução amostra como descrito a seguir: A razão entre os valores de absorvância medidos em 343
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. nm e 329 nm está compreendida entre 1,00 e 1,15.
Transferir quantidade do pó equivalente a 25 mg de C. Acrescentar 5 mL de ácido pícrico SR1 à 20 mL da
diclofenaco potássico para balão volumétrico de 25 mL, primeira solução obtida no teste B. de IdentiÞcação.
adicionar 15 mL de Diluente. Deixar em ultrassom por Forma-se precipitado amarelo. Filtrar e lavar o precipitado
15 minutos e completar o volume com o mesmo solvente. com água até que a última água de lavagem seja incolor.
Transferir 1 mL desta solução para balão volumétrico de 25 Secar sobre sílica-gel. O resíduo obtido funde entre 205
uma solução a 40 Pg/mL. Homogeneizar.
mL e completar o volume com o Diluente, de modo a obter °C e 210 °C.

D. A solução obtida no teste B. de IdentiÞcação responde


Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções às reações do íon fosfato (5.3.1.1).
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas dos picos. Calcular a quantidade de C14H10Cl2KNO2
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com as CARACTERÍSTICAS
Soluções padrão e amostra.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
908 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. (v/v) e completar o volume com o mesmo solvente. Diluir,
sucessivamente, em ácido clorídrico a 0,1% (v/v), até
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. concentração de 0,001% (p/v). Preparar solução padrão na
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. mesma concentração, utilizando ácido clorídrico a 0,1%
(v/v) como solvente. Medir as absorvâncias das soluções
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. resultantes em 343 nm, utilizando o mesmo solvente para
ajuste do zero. Calcular a quantidade de C18H26ClN3.2H3PO4
nos comprimidos a partir das leituras obtidas.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Meio de dissolução: água, 900 mL EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem: pás, 100 rpm Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em
temperatura controlada.
Tempo: 45 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de ROTULAGEM


dissolução, Þltrar e diluir com água até concentração

d adequada. Medir as absorvâncias das soluções em 343 nm


(5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero.
Calcular a quantidade de C18H26ClN3.2H3PO4 dissolvida no
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução de
difosfato de cloroquina SQR na concentração de 0,002%
Observar a legislação vigente.

DIFOSFATO DE PRIMAQUINA
Primaquini diphosphas
(p/v), preparada no mesmo solvente.

Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade


declarada de C18H26ClN3.2H3PO4 se dissolvem em 45
minutos.

DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio


não aquoso (5.3.3.5). Pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Dissolver quantidade do pó equivalente a 0,5 g de
difosfato de cloroquina em 20 mL de hidróxido de sódio
M. Transferir, quantitativamente, para funil de separação C15H21N3O.2H3PO4; 455,34
de 250 mL e extrair com quatro porções de 25 mL de difosfato de primaquina; 07367
clorofórmio. Reunir os extratos clorofórmicos e evaporar Fosfato de N4-(6-metoxi-8-quinolinil)-1,4-pentanodiamina
em banho-maria até o volume de 10 mL. Acrescentar 40 (2:1)
mL de anidrido acético e titular com ácido perclórico 0,1 [63-45-6]
M SV determinando o ponto Þnal potenciometricamente.
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 25,794
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
mg de C18H26ClN3.2H3PO4.
C15H21N3.2H3PO4, em relação à substância dessecada.
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20 DESCRIÇÃO
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a 0,8
g de difosfato de cloroquina para balão volumétrico de 200 Características físicas. Pó cristalino alaranjado, inodoro.
mL e adicionar 100 mL de água. Agitar mecanicamente por
10 minutos e completar o volume com o mesmo solvente. Solubilidade. Solúvel em água, praticamente insolúvel em
Homogeneizar. Filtrar, descartando os primeiros 50 mL do clorofórmio, etanol e éter etílico.
Þltrado. Transferir 50 mL do Þltrado para funil de separação
Características físico-químicas.
e acrescentar 5 mL de hidróxido de amônio 6 M. Agitar
e extrair com cinco porções de 25 mL de clorofórmio. Faixa de fusão (5.2.2): 197 ºC a 198 ºC.
Reunir os extratos clorofórmicos e lavar com 10 mL de
água. Lavar a fase aquosa com 10 mL de clorofórmio.
Evaporar os extratos clorofórmicos combinados em banho- IDENTIFICAÇÃO
maria até o volume de 10 mL. Adicionar 50 mL de ácido
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
clorídrico a 0,1% (v/v) e continuar a evaporar até que o
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
odor do clorofórmio não seja mais perceptível. Transferir
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
a solução resultante para balão volumétrico de 200 mL,
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
lavando as paredes do frasco com ácido clorídrico a 0,1%
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 909

intensidades relativas daqueles observados no espectro DOSEAMENTO


de difosfato de primaquina SQR, preparado de maneira
idêntica. Empregar um dos métodos descritos a seguir.

B. O resíduo obtido por ignição da amostra responde às Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
reações do íon fosfato (5.3.1.1), porém, o precipitado aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g da
obtido com a adição de nitrato de prata SR é branco e o amostra e dissolver em 40 mL de ácido acético glacial,
obtido com a adição de molibdato de amônio SR é amarelo. aquecendo moderadamente. Titular com ácido perclórico
0,1 M SV, determinando o ponto Þnal potenciometricamente.
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 22,767
ENSAIOS DE PUREZA mg de C15H21N3O.2H3PO4.
pH (5.2.19). 2,5 a 3,5. Determinar em solução aquosa a
1% (p/v). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Em frascos âmbar, hermeticamente fechados, ao abrigo da
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). luz.

da
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta
a 261 nm; coluna de 200 mm de comprimento e 4,6 mm
de diâmetro interno, empacotada com sílica-gel (10 ȝm),
ROTULAGEM
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de Observar a legislação vigente.
3 mL/minuto.

Fase móvel: mistura de n-hexano, clorofórmio, metanol e CLASSE TERAPÊUTICA


solução concentrada de amônia (45:45:10:0,1).
Antimalárico.
Solução (1): dissolver, exatamente, cerca de 50 mg de
difosfato de primaquina SQR em água e diluir para 5 mL
com o mesmo solvente. A 1 mL dessa solução, adicionar DIFOSFATO DE PRIMAQUINA
0,2 mL de solução concentrada de amônia e misturar com COMPRIMIDOS
10 mL da Fase móvel. Utilizar a camada límpida inferior.

Solução (2): dissolver, exatamente, cerca de 50 mg da Contém, no mínimo, 93,0% e, no máximo, 107,0% da
amostra em água e diluir para 5 mL com o mesmo solvente. quantidade declarada de C15H21N3O.2H3PO4.
A 1 mL dessa solução, adicionar 0,2 mL de solução
concentrada de amônia e misturar com 10 mL da Fase
móvel. Utilizar a camada límpida inferior. IDENTIFICAÇÃO
Solução (3): diluir 3 mL da Solução (2) para 100 mL com A. Pulverizar os comprimidos e transferir, aproximadamente,
a Fase móvel. 60 mg de primaquina para funil de separação. Adicionar 10
mL de água, 2 mL de hidróxido de sódio 2 M e extrair com
Solução (4): diluir 1 mL da Solução (2) para 10 mL com a duas porções de 20 mL de clorofórmio, agitando por 10
Fase móvel. Diluir 1 mL da solução resultante para 50 mL minutos. Filtrar através de Þltro contendo sulfato de sódio
com a Fase móvel. anidro, evaporar, até a secura, e dissolver o resíduo em 2 mL
de clorofórmio. O espectro de absorção no infravermelho
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL de cada
(5.2.14) da solução obtida apresenta máximos de absorção
solução e registrar os cromatogramas por, no mínimo, o
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
dobro do tempo de retenção do pico principal. A soma
mesmas intensidades relativas daqueles observados no
das áreas de todos os picos obtidos com a Solução (2),
espectro de difosfato de primaquina SQR, preparado de
exceto a do pico do solvente, não é maior que a área sob
maneira idêntica.
o pico principal, obtido com a Solução (3) (3%). Não
considerar picos com área inferior àquela apresentada pelo B. Dissolver quantidade de comprimidos, Þnamente
pico principal no cromatograma obtido com a Solução pulverizados, contendo equivalente a 25 mg de difosfato
(4) (0,2%). O teste somente é válido se o cromatograma de primaquina, em 10 mL de água e Þltrar. O Þltrado, após
obtido com a Solução (1) apresenta, antes do pico neutralização com 2 mL de ácido nítrico 2 M, responde às
principal, um pico com área de aproximadamente 6% do reações do íon fosfato (5.3.1.1).
pico da primaquina; a resolução entre os dois picos é de,
no mínimo, 2,0 e, no cromatograma obtido com a Solução
(4), a relação sinal/ruído é superior a 5. CARACTERÍSTICAS

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
máximo 1,0%.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
910 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. DOSEAMENTO


Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. Proceder conforme descrito em Titulações em meio
não aquoso (5.3.3.5). Pesar e pulverizar Þnamente 20
comprimidos. Dissolver quantidade do pó equivalente
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
a 0,15 g de difosfato de primaquina em 20 mL de água.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL Transferir, quantitativamente, para funil de separação de
250 mL. Adicionar 5 mL de hidróxido de sódio 2 M e
Aparelhagem: pás, 100 rpm extrair com quatro porções de clorofórmio de 25 mL cada.
Combinar os extratos clorofórmicos e evaporar até volume
Tempo: 45 minutos
de aproximadamente 10 mL. Adicionar 40 mL de ácido
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio acético glacial e titular com ácido perclórico 0,1 M SV
de dissolução, Þltrar e proceder conforme descrito em determinando o ponto Þnal potenciometricamente. Cada
CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4), mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 22,768 mg de
utilizando cromatógrafo provido de detector ultravioleta a C15H21N3O.2H3PO4.
254 nm; coluna de 300 mm de comprimento e 3,9 mm de

d
diâmetro interno, empacotada com grupos octadecilsilano EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
quimicamente ligados a sílica porosa ou partículas de
cerâmica (3 mm a 10 mm); ßuxo da Fase móvel de 2,0 mL/ Em recipientes hermeticamente fechados e ao abrigo da
minuto. luz.

Solução aquosa de 1-pentanossulfonato de sódio: adicionar


aproximadamente 961 mg de 1-pentanossulfonato de ROTULAGEM
sódio e 1 mL de ácido acético glacial a 400 mL de água e
Observar a legislação vigente.
homogeneizar.

Fase móvel: mistura Þltrada e desgaseiÞcada de metanol e


Solução aquosa de 1-pentanossulfonato de sódio (60:40). DIGOXINA COMPRIMIDOS
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de difosfato de primaquina SQR em ácido clorídrico 0,1 M Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
para obter solução a 0,003% (p/v). quantidade declarada de C41H64O14.

Solução amostra: após o teste, retirar alíquota do meio


de dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, com meio de IDENTIFICAÇÃO
dissolução, até concentração adequada. A. Proceder conforme descrito em Substâncias
Procedimento: Injetar, separadamente, 20 mL das relacionadas na monograÞa de Digoxina, utilizando as
Soluções padrão e amostra, Þltradas, de concentrações seguintes soluções.
conhecidas e dissolvidas no meio de dissolução, registrar Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
os cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Calcular quantidade do pó equivalente a 0,5 mg de digoxina para
a quantidade de C15H21N3O.2H3PO4 dissolvida no meio um tubo de centrífuga e adicionar 2 mL de mistura de
a partir das respostas obtidas com as Soluções padrão e clorofórmio e metanol (2:1). Agitar por 10 minutos e
amostra. centrifugar. Decantar e usar o sobrenadante límpido.
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade Solução (2): solução de digoxina SQR a 0,25 mg/mL em
declarada de C15H21N3O.2H3PO4 se dissolvem em 45 mistura de clorofórmio e metanol (2:1).
minutos.
Desenvolver o cromatograma. A mancha principal
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e
ENSAIOS DE PUREZA
intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Água (5.2.20.1). No máximo 4%.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

Contagem do número total de micro-organismos


mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. CARACTERÍSTICAS

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.


Cumpre o teste.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.

Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 911

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. água e etanol e cuidadosamente secas. Estas precauções
são tomadas para prevenir contaminações por partículas
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. metálicas provenientes de materiais de limpeza.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
cada comprimido para balão volumétrico de 10 mL TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
contendo 7 mL de mistura de etanol e água (1:1) e aguardar
a desintegração total do comprimido. Deixar em ultrassom Contagem do número total de micro-organismos
por 30 minutos e completar o volume com o mesmo mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
diluente. Homogeneizar e Þltrar. Prosseguir conforme
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
descrito no método B. de Doseamento. Preparar Solução
Cumpre o teste.
padrão na mesma concentração da Solução amostra.

DOSEAMENTO
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M; 500 mL

da
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
Aparelhagem: cestas, 120 rpm
de absorção no visível (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
Tempo: 60 minutos comprimidos. Utilizar quantidade do pó equivalente a 1,25
mg de digoxina, adicionar 3 mL de água e agitar. Deixar em
Solução padrão: transferir, o equivalente a 25 mg de repouso por 10 minutos e agitar ocasionalmente. Adicionar
digoxina SQR para balão volumétrico de 500 mL e dissolver 25 mL de ácido acético glacial, agitar por 1 hora e Þltrar.
com pequena quantidade de etanol. Completar o volume Transferir 4 mL do Þltrado para balão volumétrico de 25
com etanol a 80% (v/v) e homogeneizar. Transferir uma mL e adicionar 1 mL de dimetilsulfóxido. Completar o
alíquota de 10 mL dessa solução para balão volumétrico volume com reagente de xantidrol, homogeneizar e deixar
de 100 mL e completar o volume com etanol a 80% (v/v). em repouso, ao abrigo da luz, por 4 horas. Preparar solução
Transferir alíquotas dessa solução para balão volumétrico padrão nas mesmas condições, utilizando os mesmos
de 50 mL para preparar curva padrão equivalente a 20%, solventes. Preparar o branco utilizando os mesmos
40%, 60%, 80% e 100% da quantidade declarada de solventes. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
digoxina em 500 mL e completar o volume com o Meio em 545 nm, utilizando o branco para o ajuste do zero.
de dissolução. Calcular a quantidade de C41H64O14 nos comprimidos, a
partir das leituras obtidas.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução, Þltrar através de Þltro de porosidade inferior B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
a 0,8 mm e descartar os primeiros 10 mL. Transferir, de alta eÞciência (5.2.17.4). Proceder conforme descrito
para frascos individuais com tampa, em duplicata, 1 mL no método B. de Doseamento na monograÞa de Digoxina.
da solução amostra, 1 mL da solução da curva padrão e Preparar Solução amostra como descrito a seguir.
1 mL do Meio de dissolução para o preparo do branco e
adicionar, rapidamente, os seguintes reagentes: 1 mL de Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
solução de ácido ascórbico a 0,2% (p/v) em metanol, 5 Transferir quantidade do pó equivalente a 1 mg de digoxina
mL de ácido clorídrico e 1 mL de peróxido de hidrogênio para balão volumétrico de 25 mL. Adicionar 15 mL da
metanólico. Agitar após a adição de cada reagente. Fechar mistura de etanol e água (1:1) e deixar em ultrassom por 30
os frascos e após 2 horas medir a ßuorescência das minutos. Completar o volume e homogeneizar, de modo a
soluções em comprimento de onda de excitação de 372 nm obter solução a 40 mL/mL.
e de emissão de 485 nm. Para veriÞcar a estabilidade do
Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Soluções
ßuorímetro, repetir a leitura de ßuorescência nas soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
da curva padrão. Corrigir as leituras pelo branco e analisar
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C41H64O14 nos
os resultados plotando curva padrão de ßuorescência em
comprimidos a partir das respostas obtidas para a Solução
função da porcentagem de dissolução.
padrão e a Solução amostra.
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C41H64O14 se dissolvem em 60 minutos. Se EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
existir a necessidade de realização do estágio E2 (5.1.5) o
critério de aceitação da média de 12 unidades é igual ou Em recipientes bem fechados.
maior do que Q e nenhuma unidade apresenta resultados
inferiores a Q - 5%.
ROTULAGEM
Atenção. As cubas de dissolução devem ser lavadas,
Observar a legislação vigente.
sucessivamente, antes do teste, com ácido clorídrico,
912 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

béquer de 100 mL e neutralizar com hidróxido de amônio


DIÓXIDO DE SILÍCIO utilizando papel de tornassol como indicador. Ajustar o pH
Silica entre 3 e 4 utilizando ácido acético 6 M. Filtrar, utilizando
papel de Þltração rápida. Lavar com água até o volume
do Þltrado alcançar 40 mL. Proceder conforme descrito
SiO2; 60,08 em Ensaio limite para metais pesados, utilizando 2 mL
dióxido de silício; 09428 de Solução padrão de chumbo (10 ppm Pb). No máximo
Sílica 0,003% (30 ppm).
[7631-86-9]
Sulfatos (5.3.2.2). Utilizar 10 mL do Þltrado obtido no
ensaio para Cloretos e 10 mL de ácido sulfúrico padrão
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
0,005 M. Proceder conforme Ensaio limite para sulfatos.
SiO2, em relação à substância incinerada.
No máximo 0,5% (5000 ppm).

DESCRIÇÃO Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de


amostra. Dessecar em estufa a 145 °C, por 4 horas. No
Características físicas. Pó branco, amorfo, Þno e máximo 5%.

d
higroscópico.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Incinerar, exatamente, cerca
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e ácidos de 1 g da amostra, previamente dessecada, a 1000 °C por 1
minerais, exceto ácido ßuorídrico. Insolúvel em etanol, hora. No máximo 8,5%.
e outros solventes orgânicos. Solúvel em soluções de
hidróxidos alcalinos a quente.
DOSEAMENTO

IDENTIFICAÇÃO Transferir, exatamente, cerca de 1 g da amostra para


cadinho de platina, incinerar a 900 °C, por 1 hora, resfriar
Transferir, aproximadamente, 5 mg da amostra para em dessecador e pesar. Umedecer, cuidadosamente, com
cadinho de platina. Misturar com cerca de 200 mg de água e adicionar, em pequenas quantidades, cerca de 10
carbonato de potássio anidro. Incinerar até incandescência mL de ácido ßuorídrico. Evaporar em banho-maria até a
por 10 minutos e resfriar. Dissolver a substância fundida secura e resfriar. Adicionar 10 mL de ácido ßuorídrico, 0,5
em 2 mL de água destilada, aquecer se necessário, e mL de ácido sulfúrico e evaporar até a secura. Aumentar
adicionar, lentamente, 2 mL de molibdato de amônio SR. lentamente a temperatura até volatilização dos ácidos.
Desenvolve-se coloração amarela intensa. Incinerar a 900 °C. Resfriar em dessecador e pesar. Cada 1
g do resíduo equivale a 1 g de SiO2.
ENSAIOS DE PUREZA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
pH (5.2.19). 4,0 a 8,0. Determinar em suspensão a 5%
(p/v). Em recipientes bem fechados.
Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método I. Transferir 4 g da
amostra para cadinho de platina, adicionar 5 mL de ácido ROTULAGEM
nítrico, 35 mL de ácido ßuorídrico e evaporar em banho-
Observar a legislação vigente.
maria. Resfriar. Adicionar 5 mL de ácido perclórico, 10 mL
de ácido ßuorídrico, 10 mL de ácido sulfúrico e evaporar
em chapa de aquecimento. Observa-se fumaça intensa. CATEGORIA
Resfriar cuidadosamente e transferir para béquer de 100
mL com auxílio de alguns mililitros de ácido clorídrico. Adjuvante farmacotécnico
Evaporar até a secura e resfriar. Adicionar 5 mL de ácido
clorídrico, diluir com água para aproximadamente 40 mL, e
aquecer para dissolver qualquer resíduo presente. Resfriar, DIPIRONA COMPRIMIDOS
transferir para balão volumétrico de 100 mL e completar o
volume com água. Utilizar 25 mL desta solução e proceder
conforme descrito em Ensaio limite para arsênio. No Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
máximo 0,0003% (3 ppm). quantidade declarada de C13H16N3NaO4S.H2O.

Cloretos (5.3.2.1). Ferver 5 g da amostra em 50 mL de IDENTIFICAÇÃO


água sob reßuxo por 2 horas, resfriar e Þltrar. Utilizar 7
mL do Þltrado e 2 mL de ácido clorídrico padrão 0,01 M. A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Adicionar a 0,5 g do
Proceder conforme Ensaio limite para cloreto. No máximo pó, algumas gotas de peróxido de hidrogênio concentrado.
0,1% (1000 ppm). Desenvolve-se uma coloração azul, que desaparecerá
rapidamente passando a vermelha intensa (reação
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Transferir fortemente exotérmica).
16,7 mL da solução obtida no ensaio para Arsênio, para
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 913

B. Misturar 0,5 g do pó dos comprimidos com algumas


gotas de persulfato de potássio a 10% (p/v). Desenvolve DIPIRONA SÓDICA MONOIDRATADA
coloração amarelo intensa após 5 minutos de reação. Dipyronum natricum monohydricum

CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.

Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.


C13H16N3NaO4S.H2O; 351,35
Uniformidade de dose unitária (5.1.6). Cumpre o teste. dipirona sódica monoidratada; 09564
Sal de sódio do ácido 1-[(2,3-diidro-1,5-dimetil-3-oxo-
2-fenil-1H-pirazol-4-il)metilamino]metanossulfônico
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)

da
hidratado (1:1:1)
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 500 mL. [5907-38-0]

Aparelhagem: pás, 50 rpm Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de


C13H16N3NaO4S em relação à substância dessecada.
Tempo: 45 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio DESCRIÇÃO


de dissolução, Þltrar e diluir em ácido clorídrico 0,1 M,
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das Características físicas. Pó cristalino, quase branco e
soluções em 258 nm, utilizando o mesmo solvente para inodoro.
ajuste do zero. Calcular a quantidade de C13H16N3NaO4S.
Solubilidade. Solúvel em água e metanol, pouco solúvel
H2O dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas
em etanol, praticamente insolúvel em éter etílico, acetona,
com a solução de dipirona SQR em concentração
benzeno e clorofórmio.
conhecida, preparada no mesmo solvente.

Tolerância: não menos do que 70% (Q) da quantidade IDENTIFICAÇÃO


declarada de C13H16N3NaO4S.H2O se dissolvem em 45
minutos. A. A 2 mL da solução oral, adicionar 2 mL de peróxido de
hidrogênio 30 % (p/p). Desenvolve-se coloração azul, que
desaparece rapidamente, passando a vermelho intenso.
DOSEAMENTO
B. A 2 mL da solução oral, adicionar 2 mL de persulfato
Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Pesar quantidade do pó
de potássio 10% (p/v). Desenvolve-se coloração amarela
equivalente a 0,35 g de C13H16N3NaO4S.H2O e transferir,
intensa.
quantitativamente, para erlenmeyer. Adicionar 25 mL de
água, 5 mL de ácido acético glacial e agitar até dispersão
homogênea. Titular com iodo 0,05 M SV, em temperatura ENSAIOS DE PUREZA
abaixo de 15 °C, utilizando 1 mL de amido SI, como
indicador. Cada mL de iodo 0,05 M SV equivale a 17,570 Aspecto da solução. Dissolver 2,5 g da amostra em água
mg de C13H16N3NaO4S.H2O. isenta de dióxido de carbono e completar o volume para 50
mL com o mesmo solvente. A solução apresenta-se límpida
(5.2.25). Imediatamente após a preparação, comparar 5 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO da solução da amostra com 5 mL da Solução padrão de
cor, descrita a seguir. A cor não é mais intensa que a da
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
solução padrão de cor (5.2.12).

ROTULAGEM Solução padrão de cor: misturar 0,75 mL da Solução (1),


0,25 mL da Solução (2), 0,25 mL da Solução (3) e 48,75
Observar a legislação vigente. mL da Solução (4).

Solução (1): dissolver 4,51 g de cloreto férrico com 3,2


mL de ácido clorídrico M e completar o volume com água
para 100 mL.

Solução (2): dissolver 6,5 g de cloreto cobaltoso com 3 mL


de ácido clorídrico 6 M e completar o volume com água
para 100 mL.
914 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (3): dissolver 6,242 g de sulfato cúprico


pentaidratado com água e completar o volume para 100 DIPIRONA SOLUÇÃO ORAL
mL.

Solução (4): ácido clorídrico 1% (p/v). Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo 110,0% da
quantidade declarada de C13H16N3NaO4S.H2O.
Acidez ou alcalinidade. Adicionar 0,1 mL de fenolftaleína
SI a 5 mL da solução obtida em Aspecto da solução. A
IDENTIFICAÇÃO
cor da solução não sofre alteração. A viragem do indicador
para rosa consome no máximo 0,1 mL de hidróxido de A. A 2 mL da solução oral, adicionar 2 mL de peróxido de
sódio 0,02 M em relação ao branco. hidrogênio 30% (p/p). Desenvolve-se coloração azul, que
desaparece rapidamente, passando a vermelho intenso.
Impurezas solúveis em clorofórmio. Pesar 1 g de amostra,
adicionar 10 mL de clorofórmio, deixar em repouso B. A 2 mL da solução oral, adicionar 2 mL de persulfato
durante 30 minutos. Filtrar e lavar duas vezes com 5 mL de de potássio 10% (p/v). Desenvolve-se coloração amarela
clorofórmio. Evaporar em banho-maria e secar a 105 ºC até intensa.
peso constante. No máximo 0,5%.

d Metais pesados (5.3.2.3). Proceder conforme descrito em


Método I. No máximo 0,002% (20 ppm).

Sulfatos (5.3.2.2). No máximo 0,1% (1000 ppm).


CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 5,5 a 7,0.


Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,25 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, até peso constante. Teste de gotejamento (5.1.8). Dipirona solução oral
No mínimo 4,9% e no máximo 5,3%. acondicionada em recipientes com dispositivo dosador
integrado cumpre o teste.

DOSEAMENTO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Pesar, exatamente cerca de 0,35 g da amostra e dissolver
em 50 mL de água. Adicionar 3 mL de ácido acético 6% Contagem do número total de micro-organismos
(v/v) e titular com iodo 0,05 M SV em temperatura abaixo mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
de 20 °C, utilizando amido SI. Cada mL de iodo 0,05 M SV
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
equivale a 16,67 mg de C13H16N3NaO4S.
Cumpre o teste.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO DOSEAMENTO


Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Transferir volume da solução oral correspondente a 5 g de
C13H16N3NaO4S.H2O para balão volumétrico de 200 mL.
ROTULAGEM Completar o volume com água e homogeneizar. Transferir
10 mL da solução para erlenmeyer, adicionar 50 mL de
Observar a legislação vigente. água, 5 mL de ácido acético glacial e homogeneizar. Titular
com iodo 0,05 M SV, em temperatura abaixo de 15ºC,
CLASSE TERAPÊUTICA utilizando amido SI como indicador. Cada mL de iodo 0,05
M SV equivale a 17,57 mg de C13H16N3NaO4S.H2O.
Analgésico e antipirético.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegido da luz.

ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 915

ENSAIOS DE PUREZA
EFAVIRENZ
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Efavirenzum
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
250 nm; coluna de 150 mm de comprimento e 4,6 mm de

ligada a grupo ciano (5 Pm), mantida a 30qC; ßuxo da Fase


diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente

móvel de 1,5 mL/minuto.

Eluente (A): mistura de água, metanol e ácido trißuoracético


(90:10:0,05).

Eluente (B): mistura de água, metanol e ácido trißuoracético


(10:90:0,05).

Fase móvel: utilizar o gradiente de eluição descrito a seguir


C14H9ClF3NO2; 315,67
efavirenz; 03308 Tempo Eluente A Eluente B
(4S)-6-Cloro-4-(2-ciclopropiletinil)-1,4-diidro-4- Condição
(minutos) (% v/v) (% v/v)
(trißuormetil)-2H-3,1-benzoxazin-2-ona
[154598-52-4] 0-16 60 ĺ 50 40 ĺ 50 Gradiente linear
16-23 50 ĺ 35 50 ĺ 65 Gradiente linear
23-28 35 ĺ 30 65 ĺ 70 Gradiente linear
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C14H9ClF3NO2 em relação à substância dessecada.

DESCRIÇÃO
28-29
29-31
31-32
30 ĺ 20
20
20 ĺ 60
70 ĺ 80
80
80 ĺ 40
Gradiente linear
Isocrático
Gradiente linear
Equilibrar a coluna nas condições iniciais por 30 minutos.
ea
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase Proceder corrida em branco utilizando o gradiente descrito,
branco, inodoro. antes de injetar a Solução (1),a Solução (2) e a Solução (3).
Ao Þnal de cada corrida, reequilibrar a coluna por, pelo
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em
menos 8 minutos antes de iniciar nova corrida.
metanol e diclorometano.
Diluente: mistura de água e acetonitrila (1:1).
Constantes físico-químicas.
Solução (1): solução a 500 —g/mL da amostra em Diluente.
Faixa de fusão (5.2.2): 136 ºC a 141 ºC.
Solução (2): solução a 500 —g/mL de efavirenz SQR em
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -86º a -98º, em relação à
Diluente.
substância dessecada. Determinar em solução a 0,3% (p/v)
em metanol. Solução (3): diluir a Solução (2) com Diluente de modo a
obter solução de efavirenz SQR a 1,25 —g/mL.
IDENTIFICAÇÃO Injetar replicatas de 35 —L da Solução (2). A eÞciência
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da da coluna não é menor que 30000 pratos teóricos/metro.
amostra, previamente dessecada e dispersa em brometo Injetar replicatas de 35 —L da Solução (3). O desvio padrão
de potássio, apresenta máximos de absorção somente relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas é maior que 5,0%. Injetar replicatas de 35 —L da Solução
intensidades relativas daqueles observados no espectro de (1). Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,93
efavirenz SQR, preparado de maneira idêntica. para (4S)-6-cloro-4-[(1-E)-ciclopropiletenil]-1,4-diidro-
4-(trißuorometil)-2H-3,1-benzoxazin-2-ona (impureza
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na trans-alqueno), se presente, e 1,0 para efavirenz. A
faixa de 200 nm a 350 nm, da solução a 0,001% (p/v) em resolução entre os picos não é menor que 1,7.
metanol, exibe máximos em 206 nm, 247 nm e 293 nm,
idênticos aos observados no espectro de solução similar de Procedimento: injetar, separadamente, 35 —L de cada
efavirenz SQR. solução, registrar os cromatogramas e medir as áreas sob os
picos. Calcular a porcentagem de Impureza trans-alqueno,
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma se presente, na amostra, segundo a expressão:
da Solução amostra, obtida no Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão. 1,1 x 100 x (CS3 . At / CS1 . Ae)

em que

1,1 = fator de quantiÞcação para Impureza trans-alqueno;


CS1 = concentração da amostra, em mg/mL, na Solução (1);
916 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

CS3 = concentração do efavirenz SQR, em mg/mL, na Completar o volume com Diluente e homogeneizar.
Solução (2); Transferir 5 mL dessa solução para balão volumétrico de
At = área sob o pico correspondente à impureza trans- 100 mL e completar o volume com Diluente, obtendo uma
alqueno no cromatograma obtido com a Solução (1); solução a 20 —g/mL.
Ae = área sob o pico correspondente ao efavirenz no Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução
cromatograma obtido com a Solução (3). padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de
No máximo 0,15% de Impureza trans-alqueno. A soma das
C14H9ClF3NO2 na amostra a partir das respostas obtidas
áreas de todos os picos obtidos com a Solução (1), exceto os
com a Solução padrão e a Solução amostra.
correspondentes ao efavirenz e à impureza trans-alqueno,
não é maior que a área sob o pico principal obtido com a
Solução (3) (0,5% de outras impurezas). Não considerar os EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
picos relativos ao solvente.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. No máximo
0,002% (20 ppm).
ROTULAGEM

amostra. Dessecar em estufa a 60 qC, sob pressão reduzida,


Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
Observar a legislação vigente.
por 3 horas. No máximo 1,0%.
CLASSE TERAPÊUTICA
Água (5.2.20). No máximo 0,5%.
Antirretroviral

e
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,2%.
EFAVIRENZ COMPRIMIDOS
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C14H9ClF3NO2.
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar exatamente, cerca
de 50 mg de amostra e dissolver em metanol. Completar IDENTIFICAÇÃO
o volume para 50 mL com o mesmo solvente. Diluir,
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Triturar quantidade
sucessivamente, em metanol, até concentração de 0,001%
de pó equivalente a 0,3 g de efavirenz com 10 mL de éter
(p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração,
etílico por 1 minuto. Filtrar em funil de vidro sinterizado,
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias
aplicando vácuo, se necessário. Lavar com duas porções
das soluções amostra e padrão resultantes, em 247 nm,
de 5 mL de éter etílico e combinar os extratos etéreos em
utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular o teor de
béquer de 50 mL. Evaporar sob corrente de ar à temperatura
C14H9ClF3NO2 na amostra a partir das leituras obtidas.
ambiente. Dessecar o resíduo em estufa a 60 °C por 30
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido minutos e resfriar à temperatura ambiente. Adicionar 3 mL
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de heptano, aquecer em banho-maria a 70 °C e dissolver o
de detector ultravioleta a 252 nm; coluna de 250 mm de resíduo com auxílio de espátula. Cobrir a boca do béquer
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada com vidro de relógio, resfriar em banho de gelo a -10 °C
por 5 minutos e deixar em repouso à temperatura ambiente
Pm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
por 25 minutos. Filtrar sob vácuo, lavar o resíduo com três
de 1,0 mL/minuto. porções de 2 mL de heptano e dividir Þnamente o resíduo
com auxílio de espátula, mantendo vácuo por 10 minutos.
Fase móvel: preparar um sistema isocrático com fase Dessecar em estufa a 80 °C, sob pressão reduzida, por 6
móvel composta por acetonitrila, água e ácido ortofosfórico horas. O resíduo responde ao teste A. de IdentiÞcação da
(70:30:0,1). monograÞa de Efavirenz.
Diluente: mistura de acetinitrila, água e ácido ortofosfórico B. O resíduo obtido no teste A. de IdentiÞcação funde em
(70:30:0,1). torno de 138 °C.
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 40 mg C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
da amostra para balão volumétrico de 100 mL. Completar quantidade de pó equivalente a 0,1 g de efavirenz para
o volume com Diluente e homogeneizar. Transferir 5 balão volumétrico de 100 mL. Adicionar 70 mL de metanol,
mL dessa solução para balão volumétrico de 100 mL e deixar em ultrassom por 5 minutos e completar o volume
completar o volume com Diluente, obtendo uma solução com o mesmo solvente. Filtrar, desprezando os primeiros
a 20 —g/mL. mililitros do Þltrado, e diluir com metanol até concentração
de 0,002% (p/v). O espectro de absorção no ultravioleta
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 40 mg (5.2.14), na faixa de 200 nm a 350 nm, exibe máximos em
de efavirenz SQR para balão volumétrico de 100 mL.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 917

206 nm, 247 nm e 293 nm, idênticos aos observados no DOSEAMENTO


espectro de solução similar de efavirenz SQR.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente
a 0,15 g de efavirenz para balão volumétrico de 100
CARACTERÍSTICAS mL e adicionar 70 mL de etanol absoluto. Deixar em
ultrassom por 5 minutos. Filtrar, se necessário, e diluir
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
até concentração de 0,0075% (p/v) utilizando o mesmo
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. solvente. Preparar solução padrão nas mesmas condições.
Medir as absorvâncias das soluções resultantes a 293 nm
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. utilizando etanol absoluto para ajuste do zero. Calcular
o teor de C14H9ClF3NO2 na amostra a partir das leituras
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. No obtidas.
máximo 60 minutos.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. de alta eÞciência (5.2.17.4). Proceder conforme descrito
no método B. de Doseamento da monograÞa de Efavirenz.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) Preparar a Solução amostra como descrito a seguir:

Meio de dissolução: laurilsulfato de sódio a 1% (p/v), 900 Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade de pó equivalente a 40 mg de

ea
mL
efavirenz para balão volumétrico de 100 mL, adicionar
Aparelhagem: pás, 100 rpm 40 mL de Diluente e deixar em ultrassom por 15 minutos.
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar
Tempo: 45 minutos
e Þltrar. Transferir 5 mL para balão volumétrico de 100 mL

Pg/mL.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de e completar o volume com Diluente, obtendo solução a 20
dissolução e diluir, se necessário, com meio de dissolução
Procedimento: injetar separadamente, 20 PL das Soluções
até concentração adequada. Medir as absorvâncias em 247
nm (5.2.14), utilizando Meio de dissolução para ajuste do
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
zero. Calcular a quantidade de C14H9ClF3NO2 dissolvida
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C14H9ClF3NO2
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
de efavirenz SQR na concentração de 0,0012% (p/v) com
Solução padrão e a Solução amostra.
Meio de dissolução.

Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


declarada de C14H9ClF3NO2 se dissolvem em 45 minutos.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
ENSAIO DE PUREZA
ROTULAGEM
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em Substâncias relacionadas na monograÞa de Efavirenz. Observar a legislação vigente.
Preparar a Solução (1) como descrito a seguir.

Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir EMBONATO DE PIRVÍNIO


quantidade de pó equivalente a 0,25 g de efavirenz para
Pyrvinii embonas
balão volumétrico de 100 mL. Adicionar 70 mL de
Diluente, deixar em ultrassom por 5 minutos. Completar o
volume com o mesmo solvente, homogeneizar e deixar em
repouso por 15 minutos. Filtrar, se necessário, e diluir com
o mesmo solvente de modo a obter solução a 250 —g/mL.
No máximo 0,15% de Impureza trans-alqueno e 1,0% de
outras impurezas.

(C26H28N3)2.C23H14O6; 1151,40
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA embonato de pirvínio; 03346
Contagem do número total de micro-organismos 4,4’-Metilenobis[3-hidroxi-2-naftalenocarboxilato] de
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. 6-(dimetilamino)-2-[2-(2,5-dimetil-1-fenil-1H-pirrol-3-il)
etenil]-1-metil-quinolínio (1:2)
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). [3546-41-6]
Cumpre o teste.
918 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Contém, no mínimo, 96,0% e, no máximo, 104,0% de ROTULAGEM


(C26H28N3)2.C23H14O6, em relação à substância anidra.
Observar a legislação vigente.

DESCRIÇÃO
CLASSE TERAPÊUTICA
Características físicas. Pó cristalino, alaranjado claro ou
vermelho-alaranjado a quase negro. Anti-helmíntico (oxiurose).

Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, pouco


solúvel em clorofórmio e em metoxietanol, muito pouco ENDRO
solúvel em metanol, praticamente insolúvel em éter etílico. Anethi fructus
Facilmente solúvel em ácido acético glacial.

Anethum graveolens L. – APIACEAE


IDENTIFICAÇÃO
A droga vegetal é constituída pelos frutos, que são
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
diaquênios (esquizocarpos), contendo, no mínimo, 2,0%
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
de óleo volátil.
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de embonato de pirvínio SQR, CARACTERÍSTICAS
preparado de maneira idêntica.
Características organolépticas. Possui odor aromático e
B. O espectro de absorção no ultravioleta e visível (5.2.14), sabor característico.

e na faixa de 200 nm a 800 nm, da solução amostra obtida em


Doseamento, exibe máximos de absorvância em torno de
358 nm e em torno de 505 nm. A razão entre os valores de
absorvância medidos está compreendida entre 1,93 e 2,07.
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
O fruto é um diaquênio ovalado, dividido em dois
mericarpos comprimidos dorsalmente, de 0,30 cm a 0,60
ENSAIOS DE PUREZA cm de comprimento e 0,12 cm a 0,30 cm de largura,
castanho a castanho-claro, com dois estilopódios e ápice
Água (5.2.20). Determinar em 0,2 g da amostra, dos estiletes retrorsos. Na dessecação, os mericarpos estão
empregando mistura de 10 mL de metanol e 10 mL de usualmente separados e, em regra, não estão acompanhados
clorofórmio como solvente. No máximo 6,0%. pelos carpóforos; restos do estilopódio e do cálice podem
ocorrer. Cada mericarpo apresenta duas arestas marginais
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. prolongadas em uma ala circundante, larga, membranácea,
No máximo 0,5%. mais clara, amarelada e três arestas dorsais, longitudinais,
Þliformes, castanho-claras a amareladas, pouco elevadas,
DOSEAMENTO mas evidentes, todas primárias. A face comissural é
achatada e um pouco côncava pela dessecação, mostrando
Nota: utilizar frascos de baixo actinismo para as soluções, nitidamente a linha do carpóforo. A cutícula de cada
bem como proteger as soluções de exposição desnecessária mericarpo é recoberta por uma cera epicuticular formada
à luz forte. Fazer o doseamento sem interrupções por curtos Þlamentos distribuídos ao acaso. Esses
prolongadas. Þlamentos são bem mais densos na face comissural, o que
a torna esbranquiçada. O mericarpo, em secção transversal,
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de é plano-convexo, deixando visíveis seis canais secretores
absorção no visível (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca de elípticos, quatro deles grandes e estreitos, distribuídos na
0,25 g da amostra e dissolver em 125 mL de ácido acético porção dorsal e dois, raramente mais, grandes, na face
glacial. Completar o volume para 250 mL com metanol comissural ou ventral. Em cada aresta dorsal ocorrem
e homogeneizar. Diluir, sucessivamente, em metanol, até feixes vasculares. Aqueles correspondentes às alas são
concentração de 0,001% (p/v). Preparar solução padrão levemente maiores do que os demais. O endosperma é
na mesma concentração, utilizando os mesmos solventes. oleoso e côncavo na face comissural.
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 505
nm, utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular o teor
de (C26H28N3)2.C23H14O6 na amostra a partir das leituras DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
obtidas.
Em secção transversal, o mericarpo, achatado dorsalmente,
mostra três arestas primárias dorsais, estreitas, e duas
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO arestas primárias laterais, alongadas. O epicarpo é
constituído por cutícula estriada, formada por Þlamentos
Em recipientes herméticos e opacos. de cera dispostos ao acaso e por uma camada incolor de
células epidérmicas achatadas e de paredes Þnas, exceto
a periclinal externa, que é mais espessa. O mesocarpo é
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 919

formado externamente por algumas camadas de células IDENTIFICAÇÃO


parenquimáticas achatadas, de paredes mais Þnas, quando
comparadas com as das camadas mais internas, que Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
mostram evidentes pontoações. Na região do mesocarpo, camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
correspondente às arestas primárias, tanto marginais com espessura de 250 —m, como suporte, e mistura de

separadamente, à placa, em forma de banda, 10 PL da


quanto dorsais, localizam-se cordões de Þbras, com alguns tolueno e acetato de etila (93:7), como fase móvel. Aplicar,
elementos vasculares, nem sempre visíveis. Os cordões
de Þbras correspondentes às arestas dorsais são menos Solução (1), da Solução (2) e da Solução (3), recentemente
desenvolvidos do que aqueles correspondentes às arestas preparadas, descritas a seguir.
marginais aladas. Na região entre as arestas e na região
Solução (1): agitar, por 10 minutos, 0,5 g da droga
comissural, ocorrem os canais secretores, esquizógenos,
pulverizada com 10 mL de cloreto de metileno. Filtrar.
de forma elíptica e estreito-alongada no sentido tangencial.
temperatura não superior a 60 qC. Ressuspender o resíduo
Concentrar o Þltrado em banho-maria, até resíduo, em
O epitélio secretor é formado por células achatadas
tangencialmente e de paredes espessas. Na porção do
em 10 mL de tolueno.
canal secretor voltado para o epicarpo e logo abaixo desse,
ocorrem esclereídes de paredes espessas, quadrados ou Solução (2): diluir 2 PL do óleo volátil, obtido em
retangulares, com numerosas e conspícuas pontoações. A Doseamento de Óleos voláteis, em 1 mL de tolueno.

Solução (3): diluir 2 PL de carvona em 1 mL de tolueno.


porção mais interna do mesocarpo é composta por duas
a três camadas de células amarelo acastanhadas, muito
achatadas tangencialmente, de paredes espessas, quando
comparadas com as do epicarpo. O endocarpo é composto Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
por uma camada de células ligniÞcadas. Entre o pericarpo secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Uma das manchas principais obtidas com a Solução (1)

ea
e a semente, na face comissural, há uma câmara ao lado
da rafe. Usualmente associada ao endocarpo, ocorre a corresponde em posição e intensidade àquela obtida com a
testa, formada por uma única camada de células, em regra Solução (3), atribuída à carvona (Rf de aproximadamente
colapsadas, de cor castanha e paredes Þnas. O endosperma 0,60). O cromatograma também apresenta uma mancha
é abundante, composto por células de paredes espessas, intensa com Rf em torno de 0,80, correspondente ao
as mais externas mais alongadas e completamente dilapiol. Nebulizar a placa com vanilina sulfúrica SR
preenchidas por grãos de amido. Gotas de óleo esféricas e e deixar em estufa entre 100 °C e 105 °C, durante cinco
inúmeros cristais de oxalato de cálcio de diferentes formas, minutos. A mancha correspondente à carvona apresenta
também estão presentes. As camadas mais internas desse coloração rosa, e a correspondente ao dilapiol apresenta
tecido possuem forma mais poliédrica e geralmente menor coloração marrom.
quantidade de grãos de amido. As células com grãos de
amido, quando submetidas ao lugol, Þcam avermelhadas e ENSAIOS DE PUREZA
as gotas de óleo, isoladas no material, coram-se de amarelo
a alaranjado. As gotas de óleo podem ocupar grande parte Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.
do volume celular.
Água (5.4.2.3). No máximo 11,0%.

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 7,0%.

O pó atende a todas as exigências estabelecidas para


DOSEAMENTO
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
características: cor castanha; porções da epiderme do Óleos voláteis
epicarpo, cujas células têm cutícula coberta por Þlamentos
de cera dispostos ao acaso; porções do mesocarpo Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
com células poligonais a retangulares de paredes com voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão de 250
pontoações evidentes; porções do endocarpo com células mL contendo 100 mL de água como líquido de destilação
de paredes sinuosas; cristais diminutos de diferentes e 0,5 mL de xileno. Reduzir os frutos dessecados a pó
formas, principalmente drusas, ocorrem abundantemente grosseiro. Proceder imediatamente à determinação do óleo
e agregados; cristais isolados em forma de prismas, volátil, a partir de 25 g da droga em pó. Destilar durante 4
principalmente romboédricos, em geral maiores do que os horas.
cristais agregados; agrupamentos de Þbras associados aos
feixes vasculares; elementos traqueais de espessamento Carvona
helicoidal e/ou anelado, ou ocasionalmente, reticulado ou Empregar um dos métodos a seguir.
pontoado; porções do endosperma constituído por tecido
parenquimático de paredes espessas, com células repletas A. Preparar as soluções descritas a seguir.
de grãos de amido; esclereídes como descritos; canais
secretores, ou porções destes, com células do epitélio Solução (1): transferir para frasco de vidro fechado, de
secretor. aproximadamente, 150 mm x 25 mm, 1,5 g do óleo volátil
logo após sua extração e adicionar 10 mL da Solução (2),
previamente preparada, descrita a seguir.
920 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (2): dissolver 7 g de cloridrato de hidroxilamina a 80 kPa de pressão, como gás de arraste; ßuxo do gás de
em 90 mL de etanol a 90% (v/v), aquecer brandamente arraste de 1 mL/minuto.
se necessário. Adicionar 1,6 mL de amarelo de dimetila
SI e hidróxido de potássio M em etanol a 90% (v/v), em Solução amostra: diluir o óleo volátil obtido em
quantidade suÞciente somente até produzir cor amarela Doseamento de óleos voláteis em éter etílico (2:100).
sem formar precipitado no fundo do frasco, e diluir com Procedimento: injetar 1 PL da Solução amostra no
etanol a 90% (v/v) para a obtenção de 100 mL. cromatógrafo a gás, utilizando divisão de ßuxo de 1:50. A
Titular a Solução (1) com hidróxido de potássio M carvona e o dilapiol apresentam tempos de retenção linear
diluído em etanol a 90% (v/v), até que a cor rósea mude (Índice de Kóvats) de 1236 e 1615, respectivamente. As
para amarela intensa. Colocar o tubo em banho-maria concentrações relativas são obtidas por integração manual
a temperatura entre 70 °C e 80 °C e, em intervalos de ou eletrônica.
cinco minutos, neutralizar com hidróxido de potássio Calcular o Índice de Kóvats (IK), segundo a expressão:
M em etanol a 90% (v/v). Após 40 minutos, completar a
titulação até atingir a mesma cor amarela da Solução (2).
Repetir o procedimento utilizando como cor padrão para a
determinação do ponto Þnal da titulação, a solução titulada
na primeira determinação, com adição de 0,5 mL de
hidróxido de potássio M em etanol a 90% (v/v). Calcular em que
o conteúdo de carvona da segunda determinação. Cada mL
n = número de átomos de carbono do alcano de menor peso
de hidróxido de potássio M em etanol 90% (v/v), equivale
molecular;
a 151,4 mg de carvona, C10H14O.
trx = tempo de retenção do composto “x” (intermediário a

e
O óleo volátil deve apresentar, no mínimo, 43,0% de trz e trz+1);
carvona. trz = tempo de retenção do alcano com “n” carbonos;
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a gás trz+1 = tempo de retenção do alcano com “n +1” carbonos.
(5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo provido de detector de
O óleo volátil deve apresentar, no mínimo, 30,0% de
ionização de chamas, utilizando mistura de nitrogênio,
carvona e 30,0% de dilapiol.
ar sintético e hidrogênio (1:1:10) como gases auxiliares
à chama do detector; coluna cromatográÞca capilar de
30 m de comprimento e 0,25 mm de diâmetro interno, EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

do Þlme de 0,25 Pm; temperatura da coluna de 60 qC a 300


preenchida com polidifenildimetilsiloxano, com espessura
Em recipientes, bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
qC, a 3 qC por minuto (total de 80 minutos); temperatura
do injetor a 220 qC; temperatura do detector a 250 qC; hélio
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 921

ea

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Anethum graveolens L.


_____________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem: em A, B, C, D. a 1 mm; em E, F, I a 100 ȝm; em G e H a 50 ȝm.

A – diaquênio em vista lateral: carpóforo (car); estilopódio (est). B – mericarpo em vista frontal. C – vista da face comissural do mericarpo. D – aspecto
geral de um mericarpo em secção transversal: Þbras (fb); canal secretor (cns); embrião (em); endosperma (en). E –. detalhe da secção transversal
do mericarpo, como assinalado em D: mesocarpo (me); endosperma (en); cristais (cr); gota lipídica (gl); grão de amido (ga); epitélio secretor (eps);
canal secretor (cns); esclereide (ec); cutícula (cu); epicarpo (epi). F – detalhe da secção transversal do mericarpo na região de uma aresta dorsal, como
assinalado em D: feixe vascular (fv); Þbras (fb); cutícula (cu); epicarpo (epi); mesocarpo (me); endosperma (en). G – detalhe de células do endosperma:
gota lipídica (gl); grão de amido (ga); cristais (cr). H – cristais de diferentes formas. I – detalhes do pó: cordão de Þbras (cf); detalhe de elementos
traqueais em vista longitudinal (el); detalhe de células do mesocarpo com paredes espessas (cme).
922 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ROTULAGEM
ESPARADRAPO
Observar a legislação vigente.

Consiste em tecido de diversas origens uniformemente


revestido em uma das faces, por uma camada adesiva ESPINHEIRA SANTA
sensível à pressão. Mayteni folium
O esparadrapo tem a superfície adesiva plana, uniforme
e isenta de grumos; apresenta reação neutra e é isento Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek – CELASTRACEAE ;
de substâncias tóxicas ou irritantes. O lado oposto ao da 09912
mistura adesiva pode ser revestido por uma camada Þna de
substâncias impermeáveis à água. Em geral é apresentado A droga vegetal é constituída pelas folhas secas da espécie,
enrolado em faixas contínuas de diversas dimensões. O contendo no mínimo, 2,0 % de taninos totais, expressos em
esparadrapo deve estar isento de impurezas e contaminação. pirogalol (C6H6O3; 126,11), dos quais no mínino 2,8 mg/g
equivalem a epicatequina (C15H14O6; 290,3).

CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS
Dimensão. Determinar o comprimento do esparadrapo.
O resultado obtido não deve ser inferior a 98% do Características organolépticas. As folhas secas são
comprimento inscrito na rotulagem. Determinar a largura inodoras, levemente amargas e adstringentes.
do esparadrapo em 5 pontos diferentes ao longo de seu
comprimento. A média dos resultados não deve apresentar

e
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
diferença superior 1,6 mm da largura inscrita na rotulagem.
Folhas simples, inteiras, de formato oval-lanceolado
Resistência à tração (5.7.1). Determinar a resistência à quando jovens, passando a elíptico-lanceolado com o
tração da Þta após desenrolar e condicionar durante um amadurecimento. Lâmina com 2,1 cm a 9,0 cm (raramente
período mínimo de quatro horas em atmosfera padrão de até 15,0 cm) de comprimento, e 1,0 cm a 3,1 cm (raramente
65 ± 2% de umidade relativa, a 21 °C ± 1,1 °C, usando um até 7,0 cm) de largura, coriáceas a subcoriáceas, glabras,
dispositivo tipo pêndulo. Prosseguir conforme descrito em com ápice mucronado, base aguda a obtusa, peninérvias,
Resistência à tração. A média com três determinações em com nervura principal proeminente na face abaxial. A
tiras de 2,5 cm de largura não deve ser inferior a 20 kg. nervação é do tipo craspedódroma mista, com nervuras
Adesão à superfície. A partir da amostra fabricada secundárias partindo em ângulo agudo em relação à
em tecido, cortar uma faixa de 2,54 cm de largura e, principal, terminando na margem da lâmina, ou ramiÞcando-
aproximadamente, 15 cm de comprimento. A uma das se nas proximidades dela, ou ainda seguindo em direção
extremidades da Þta, de superfície igual a 12,90 cm2, 2,54 à margem, onde se reúnem com a superior subsequente,
cm de largura por 5,08 cm de comprimento, aplicar pressão formando arcos. Na margem foliar, tanto as nervuras
equivalente a 850 g contra uma superfície limpa de vidro, secundárias quanto as que delas partem, unem-se com a
plástico ou aço inoxidável. Exercer a pressão com auxílio nervura marginal, formando projeções pontiagudas, de 9 a
de um rolo de borracha, por duas vezes consecutivas a uma 14 unidades por folha, dispostas mais frequentemente, na
velocidade de 30 cm por minuto. Ajustar a temperatura metade apical da lâmina. As aréolas são predominantemente
da superfície e da Þta em 37 °C (5.7.1) e conduzir o teste retangulares, com terminações ramiÞcadas. Pecíolo curto,
imediatamente conforme descrito em Resistência à tração. com 0,2 cm a 0,5 cm de comprimento. Nas amostras secas,
Usar um dispositivo tipo pêndulo, sendo a ruptura efetuada a face adaxial do limbo mostra-se relativamente mais
paralelamente ao urdume e à superfície. O valor médio de escura que a abaxial, esbranquiçada.
pelo menos 10 testes deverá ser, no mínimo, 18 kg
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA A folha é hipoestomática e de mesoÞlo dorsiventral.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Aplicável quando o esparadrapo Os estômatos são do tipo laterocítico, com 1 a 3 células
é declarado estéril. Cumpre o teste. subsidiárias para cada célula-guarda, situados pouco
acima, ou na mesma altura das demais células epidérmicas.
O espessamento interno das células-guardas é proeminente
EMBALAGEM E ACONDICIONAMENTO e, devido à espessa cutícula foliar, sobre o poro estomático,
formam-se projeções, originando um átrio supra-
Em embalagens bem fechadas, protegidas da luz e calor estomático. As demais células epidérmicas, em ambas as
excessivo. faces da lâmina, são poligonais, de dimensões variadas,
O esparadrapo, quando declarado estéril ou esterilizado, com paredes anticlinais retas, maiores na face adaxial. Em
deverá ser acondicionado de modo que sua esterilidade secção transversal observa-se epiderme uniestratiÞcada,
seja mantida contra contaminação posterior. com paredes espessadas, recoberta por camada de cutícula
também espessada, formando ßange cuticular, alcançando,
em média, 7,8 —m na face adaxial e 4,8 —m na face oposta,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 923

sempre mais proeminente na região da nervura principal, coloração verde-amarelada; fragmentos de epiderme com
onde ocorrem ornamentações cuticulares na forma de paredes periclinais retas, recobertas por cutícula espessa
estrias e papilas. Nas células epidérmicas estão presentes e contendo pequenos estilóides ou cristais prismáticos
estilóides de pequenas dimensões (folhas jovens) ou em abundância; fragmentos de epiderme com estômatos
cristais prismáticos retangulares (folhas maduras), ambos laterocíticos; fragmentos de parênquima paliçádico com 2
de oxalato de cálcio. O parênquima paliçádico é formado ou 3 estratos celulares, completamente distendidos ou não;
por 2 estratos de células longas e Þnas, em paliçada fragmentos de Þbras de grosso calibre com pontoações
típica, ou ainda, por 2 a 3 estratos de células cúbicas ou simples.
pouco alongadas, dependendo da amostra analisada. O
parênquima esponjoso é formado por 6 a 9 estratos de
IDENTIFICAÇÃO
células com expansões braciformes curtas, com formação
de amplos espaços intercelulares, mais compactado em A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
direção à região abaxial. No mesoÞlo são comuns células camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254, com
contendo compostos fenólicos, isoladas ou em grupos, espessura de 250 —m, como suporte, e mistura de acetato
com destaque para aquelas pertencentes ao parênquima de etila, ácido fórmico e água (90:5:5), como fase móvel.
paliçádico, além de estilóides e cristais prismáticos de
PL da Solução (1) e 3 PL da Solução (2), recentemente
Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 10
pequenas dimensões. Na nervura principal, biconvexa em
secção transversal, ocorrem 3 a 4 camadas de colênquima preparadas, descritas a seguir.
angular junto à face adaxial e 2 a 3 na face oposta, as quais
reagem positivamente ao cloreto férrico SR (substâncias Solução (1): pesar exatamente cerca de 5 g da droga moída,
fenólicas). O feixe vascular da nervura principal é único, acrescentar 50 mL de água e aquecer sob reßuxo durante
do tipo colateral em arco aberto, circundado por uma 15 minutos. Após resfriamento à temperatura ambiente,

ea
bainha de células parenquimáticas de paredes delgadas, Þltrar a solução obtida em algodão, sob pressão reduzida,
e com calotas de Þbras sobre ambos os pólos de tecidos transferir para balão volumétrico de 50 mL e completar o
condutores, também presentes nos feixes de menor ordem. volume com água destilada.
A distribuição dos tecidos nos feixes vasculares não é
constante, podendo variar de acordo com a porção da lâmina Solução (2): pesar cerca de 1 mg de epicatequina SQR e
e o grau de amadurecimento do órgão. O ßoema apresenta dissolver em 1 mL de metanol.
cristais rômbicos de oxalato de cálcio, esclereídes e células Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
contendo compostos fenólicos. As Þbras que o acompanham secar em capela de exaustão. Examinar sob luz ultravioleta
apresentam parede celular espessa, com pontoações (254 nm). O cromatograma obtido com a Solução (1)
simples. Folhas maduras podem apresentar feixe vascular apresenta uma mancha de coloração bordô, na mesma
bicolateral ou concêntrico (anÞcrival), sempre circundado altura que a obtida no cromatograma da Solução (2) (Rf de
por esclerênquima. Na região da margem foliar, o feixe aproximadamente 0,82). Em seguida, nebulizar a placa com
vascular, que constitui a nervura marginal, encontra-se vanilina sulfúrica SR e deixar em estufa a 110 ºC, durante
envolto por 250 a 280 Þbras de paredes muito espessadas. 10 minutos. Após a visualização deverão ser observadas
O pecíolo apresenta contorno circular a plano-convexo, na Solução (1) duas manchas de coloração bordô com Rf
em secção transversal e, em direção à porção distal da de aproximadamente 0,82 para equicatequina e 0,72 para
folha, ocorrem aletas laterais e uma leve convexidade na banda bordô que aparece logo abaixo.
porção adaxial. A epiderme do pecíolo é uniestratiÞcada,
coberta por espessa camada de cutícula. Tanto as células B. A 2 mL do extrato obtido no preparo da Solução (1)
epidérmicas, quanto dos estratos subjacentes, apresentam no teste A. de IdentiÞcação, adicionar duas gotas de ácido
pequenos cristais de oxalato de cálcio e conteúdo denso, clorídrico SR e gotejar gelatina SR até precipitação. O
de coloração marrom, que reage positivamente ao cloreto aparecimento de um precipitado nítido indica reação
férrico SR. O parênquima possui espessamentos em positiva para taninos totais.
celulose, colenquimatoso, podendo conter estilóides,
semelhantes aos da lâmina, e cristais prismáticos de C. A 2 mL do extrato obtido no preparo da Solução (1)
pequenas dimensões. Braquiesclereídes isolados, com no teste A. de IdentiÞcação, adicionar 10 mL de água e
parede muito espessada e pontoações simples, ocorrem duas a quatro gotas de solução de cloreto férrico a 1% (p/v)
ao acaso no parênquima fundamental. O feixe vascular em etanol. O desenvolvimento de coloração cinza-escura,
é único, concêntrico, cilíndrico a levemente côncavo- indica reação positiva para taninos totais.
convexo, circundado por uma bainha esclerenquimática
D. A 2 mL do extrato obtido no preparo da Solução (1)
composta por Þbras isoladas ou em grupos de 2 a muitos
no teste A. de IdentiÞcação, adicionar 0,5 mL de vanilina
elementos. Algumas células parenquimáticas do ßoema
a 1% (p/v) em metanol e 1 mL de ácido clorídrico. O
e as dos raios parenquimáticos reagem positivamente ao
desenvolvimento de coloração vermelha, indica reação
cloreto férrico SR.
positiva para taninos condensados.

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ E. A 5 mL do extrato obtido no preparo da Solução (1) no


teste A. de IdentiÞcação, adicionar 10 mL de ácido acético
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para 2 M e 5 mL de acetato de chumbo SR. O aparecimento de
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São precipitado esbranquiçado, indica presença de taninos.
características: pó inodoro, levemente refrescante;
924 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA Transferir volumetricamente 2 mL dessa solução, 1 mL de


reagente fosfomolibdotúngstico e 10 mL de água destilada
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%. em balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com
solução de carbonato de sódio a 29% (p/v). Determinar a
Água (5.4.2.3). No máximo 12%.
absorvância em 760 nm (A1) após 30 minutos, utilizando
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 8%. água destilada para ajuste do zero.

Cinzas sulfatadas (5.4.2.6). No máximo 12%. Solução amostra para polifenóis não adsorvidos por pó
de pele: para 10 mL do Þltrado, adicionar 0,1 g de pó de
pele SQR e agitar mecanicamente em erlenmeyer de 125
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ESPUMA (IE) mL durante 60 minutos. Filtrar em papel de Þltro. Diluir
5 mL desse Þltrado em balão volumétrico de 25 mL com
Transferir exatamente cerca de 1 g da droga vegetal
água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL desta
moída (180 —m), para erlenmeyer contendo 50 mL de
solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e 10
água fervente. Manter sob fervura moderada durante
mL de água destilada em balão volumétrico de 25 mL e
15 minutos. Resfriar, Þltrar em algodão para balão
completar o volume com solução de carbonato de sódio a
volumétrico de 100 mL. Completar o volume, através do
29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A2) após
Þltro, até 100 mL. Distribuir o decocto obtido em 10 tubos
30 minutos, utilizando água destilada para ajuste do zero.
de ensaio com tampa (16 mm de diâmetro por 16 cm de
altura), em uma série sucessiva de 1 mL, 2 mL, 3 mL, até Solução padrão: dissolver imediatamente antes do uso
10 mL, e ajustar o volume do líquido em cada tubo a 10 50 mg de pirogalol em balão volumétrico de 100 mL
mL com água. Tampar os tubos e agitá-los vigorosamente com água destilada. Transferir volumetricamente 5 mL
com movimentos verticais durante 15 segundos, com 2 da solução para balão volumétrico de 100 mL e completar

e
agitações por segundo. Deixar em repouso por 15 minutos com água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL
e medir a altura da espuma. Após, adicionar em cada tubo 1 dessa solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e
mL de ácido clorídrico 2 M, se a altura da espuma de todos 10 mL de água destilada em balão volumétrico de 25 mL e
os tubos for inferior a 1 cm, o índice de espuma é menor completar o volume com solução de carbonato de sódio a
que 100. Se, em qualquer um dos tubos, a altura da espuma 29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A3) após
medida permanecer igual ou superior a 1 cm, a diluição 30 minutos, utilizando água destilada para ajuste do zero.
do material vegetal nesse tubo (A) é o índice observado.
Calcular o índice de espuma segundo a expressão: Calcular o teor em porcentagem de taninos (droga seca),
expressos em pirogalol, segundo a expressão:

em que
em que
A = volume (mL), do decocto usado para preparação da
diluição no tubo no qual a espuma foi observada. A1 = absorvância da Solução amostra para polifenóis
totais;
O índice de espuma é de no mínimo 250.
A2 = absorvância da Solução amostra para polifenóis não
adsorvidos em pó de pele;
DOSEAMENTO A3 = absorvância da Solução padrão;
Taninos totais m1 = massa da amostra utilizada no ensaio (g), considerando
a determinação de água;
Nota: efetuar todas as operações de extração e diluição m2 = massa de pirogalol (g).
ao abrigo da luz.
Epicatequina
Preparar as soluções descritas a seguir.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Solução estoque: pesar 0,750 g da droga pulverizada (250 de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
—m) e transferir para um erlenmeyer de 250 mL com boca de detector ultravioleta a 210 nm; pré-coluna empacotada
esmerilhada. Adicionar 150 mL de água destilada. Aquecer com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano;
em banho-maria durante 30 minutos à temperatura de 60 coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de diâmetro
°C. Resfriar em água corrente e transferir para um balão
grupo octadecilsilano (5 Pm); ßuxo da Fase móvel de 0,8
interno, empacotada com sílica quimicamente ligada a
volumétrico de 250 mL. Lavar o erlenmeyer e transferir
as águas de lavagem com todo conteúdo de droga vegetal mL/minuto.
para o mesmo balão volumétrico. Completar o volume
com água destilada. Deixar decantar e Þltrar o líquido Eluente A: mistura de água e ácido trißuoracético a 0,05
sobrenadante em papel de Þltro. Desprezar os primeiros 50 % (v/v).
mL do Þltrado.
Eluente B: mistura de acetonitrila e ácido trißuoracético a
Solução amostra para polifenóis totais: diluir 5 mL do 0,05% (v/v).
Þltrado em balão volumétrico de 25 mL com água destilada.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 925

Gradiente da Fase móvel: adotar sistema de gradiente Solução padrão de epicatequina: dissolver quantidade
descrito na tabela a seguir: exatamente pesada de epicatequina SQR em metanol e
água (1:1), para obter solução a 0,4 mg/mL.
Tempo Eluente A Eluente B
Eluição Solução para curva analítica de epicatequina: diluir
(minutos) (%) (%)
alíquotas de 50 —L, 200 —L, 350 —L, 500 —L e 600 —L da
0 - 13 82 ĺ 75 18 ĺ 25 gradiente linear Solução padrão de epicatequina em balão volumétrico de
13 - 16 75 ĺ 66 25 ĺ 34 gradiente linear 2 mL, com metanol e água (1:1), para obter concentrações
16 - 20 66 ĺ 58 34 ĺ 42 gradiente linear de 10 —g/mL; 40 —g/mL; 70 —g/mL; 100 —g/mL e 120 —g/
20 - 23 58 ĺ 35 42 ĺ 65 gradiente linear mL.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das soluções


23 - 25 35 ĺ 82 65 ĺ 18 gradiente linear
25 - 28 82 18 isocrática
para curva analítica e da Solução amostra em quintuplicata,
Solução amostra: pesar exatamente cerca de 5 g da droga registrar os cromatogramas e medir as áreas sob os picos.
vegetal pulverizada (250 —m) em balão de fundo redondo O tempo de retenção relativo é cerca de 8,0 minutos para
de 100 mL e boca esmerilhada, acrescentar 50 mL de epicatequina. Calcular o teor de epicatequina na amostra
água destilada, levar a reßuxo durante 15 minutos. Após a partir da equação linear da reta obtida com a curva
resfriamento à temperatura ambiente, Þltrar a solução obtida analítica do padrão. O resultado é expresso pela média
sob pressão reduzida. Extrair o Þltrado com três porções de das determinações em mg/g de droga vegetal, seguindo a
50 mL de acetato de etila em funil de separação de 250 expressão:

temperatura de -18 qC durante 5 minutos. Reunir as fases


mL. Para total separação das fases, deixar em repouso à

orgânicas. Filtrar através de papel de Þltro contendo 5 g de


sulfato de sódio anidro, sob pressão reduzida. Evaporar a
fase orgânica em evaporador rotatório sob pressão reduzida
até resíduo. Ressuspender o resíduo com 5 mL de mistura
de metanol e água (2:8). Extrair em cartucho de extração
em que

EC = epicatequina;
VLR = valor obtido (—g/mL) de epicatequina/mL em S2, a
ea
ligada a grupo octadecilsilano (55 Pm, 70 Å), previamente
em fase sólida, empacotada com sílica quimicamente partir da equação da reta;
500 = fator de diluição;
acondicionada com 8 mL de mistura de metanol e água
(2:8), para balão de 100 mL. Eluir 10 mL de metanol e água 1000 = valor de conversão de —g para mg;
(2:8) para o mesmo balão e completar o volume (S1) com m = massa (g) de droga vegetal considerando a determinação
metanol e água (2:8). Transferir volumetricamente 5 mL de água.
da S1 para balão volumétrico 25 mL e completar o volume
com metanol e água (1:1) (S2). Filtrar a S2 (membrana de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
PTFE de porosidade 0,5 —m) e injetar no cromatógrafo.
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
926 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A e B a 5 mm; em C a 1 mm; em D, E e F a 30 —m.

A – aspecto geral da lâmina foliar. B – detalhe da nervação foliar na face adaxial, em vista frontal. C – detalhe de porção da lâmina foliar, na face
adaxial, em vista frontal, mostrando as aréolas e terminações xilemáticas: aréola (ar). D e E – detalhe parcial da epiderme voltada para a face adaxial
e abaxial, respectivamente, em vista frontal: idioblasto cristalífero (ic); célula subsidiária (csb); estômato (es). F – detalhe parcial da lâmina foliar, em
secção transversal, mostrando um estômato: parênquima esponjoso (pj); cutícula (cu); átrio supra-estomático (at); célula-guarda (cg); célula subsidiária
(csb); idioblasto cristalífero (ic).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 927

ea

Figura 2 – Aspectos microscópicos em Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek


_____________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A e B a 50 —m; em C e D a 75 —m; em E a 35 —m; em F a 120 —m; em G a 180
—m; em H e I a 200—m; em J a 50 —m.

A e B – detalhes parciais do mesoÞlo de amostras distintas, em secções transversais: face adaxial (ad); face abaxial (ab); epiderme (ep); cutícula (cu);
idioblasto cristalífero (ic); parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj); xilema (x); ßoema (f); bainha parenquimática (bp); Þbras (fb);
estômato (es). C e D – detalhe de um feixe vascular secundário na porção basal e na porção mediana da lâmina foliar, respectivamente, em secção
transversal: Þbras (fb); bainha parenquimática (bp); parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp); xilema (x); ßoema (f). E – detalhe do bordo
foliar, em secção transversal, mostrando a nervura marginal: face adaxial (ad); face abaxial (ab); epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); parênquima
esponjoso (pj); Þbras (fb); estômato (es). F, G e H – esquemas do aspecto geral das da porção mediana da nervura principal, em secções transversais,
mostrando variações na distribuição do ßoema, xilema e Þbras: face adaxial (ad); face abaxial (ab); colênquima (co); epiderme (ep); parênquima
paliçádico (pp); xilema (x); ßoema (f); Þbras (fb). I – esquema do aspecto geral do pecíolo, em secção transversal: epiderme (ep); Þbras (fb); xilema (x);
ßoema (f). J – detalhe de um braquiesclereíde do pecíolo, em secção transversal: braquiesclereíde (br).
928 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

calculadas no comprimento de onda de absorvância


ESPIRONOLACTONA máxima em torno de 238 nm, não diferem mais que 3%.
Spironolactonum C. Dissolver 100 mg da amostra em uma mistura de 10
mL de água e 2 mL de hidróxido de sódio SR. Ferver a
mistura por 3 minutos, resfriar, adicionar 1 mL de ácido
acético glacial e 1 mL de acetato de chumbo SR. Forma-se
precipitado de sulfeto de chumbo de cor castanha a negro.

ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando

fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 PL de cada


sílica-gel GF254, como suporte, e acetato de butila como

uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a


seguir.
C24H32O4S; 416,57
espironolactona; 03561 Solução (1): dissolver 0,2 g da amostra em clorofórmio e
Ȗ-Lactona do ácido (7Į,17Į)-7-(acetiltio)-17-hidroxi-3- completar para 10 mL com o mesmo solvente.
oxopregn-4-eno-21-carboxílico
[52-01-7] Solução (2): diluir 0,5 mL da Solução (1) para 50 mL com
clorofórmio.

e Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de


C24H32O4S, em relação à substância dessecada.

DESCRIÇÃO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar com ácido sulfúrico/metanol SR,
aquecer a placa a 105 ºC por 10 minutos e examinar
imediatamente. Qualquer mancha secundária obtida no
cromatograma com a Solução (1) (2%), diferente da
Características físicas. Pó cristalino, bege claro a mancha principal, não é mais intensa que aquela obtida
castanho-amarelado. Estável ao ar. com a Solução (2) (1 %).

Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente Compostos mercapto. Agitar 2 g da amostra com 30 mL
solúvel em benzeno e clorofórmio, solúvel em acetato de de água, Þltrar, em seguida adicionar 3 mL de amido SI a
etila e em etanol absoluto, pouco solúvel em metanol. 15 mL do Þltrado, e titular com iodo 0,005 M SV. Fazer
ensaio em branco para a correção necessária. É consumido
Constantes físico-químicas. no máximo 0,10 mL de iodo 0,005 M SV.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): entre -33º e -37º, em Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
relação à substância dessecada. Determinar em solução a amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No
1% (p/v) em clorofórmio. máximo 0,5%.
Faixa de fusão (5.2.2): 198 ºC a 207 ºC, com decomposição.
Ocasionalmente pode apresentar fusão preliminar em cerca DOSEAMENTO
de 135 ºC seguida por re-solidiÞcação.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

IDENTIFICAÇÃO A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca
O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem de 50 mg da amostra e dissolver em metanol. Completar
realizados os testes B. e C. o volume para 250 mL com o mesmo solvente. Diluir,
sucessivamente, com metanol até concentração de 0,001%
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
(p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração,
amostra, previamente dessecada, em solução a 5% (p/v)
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das
em clorofórmio, apresenta máximos de absorção somente
soluções resultantes em 238 nm, utilizando metanol para
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
ajuste do zero. Calcular o teor de C24H32O4S na amostra a
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
partir das leituras obtidas.
espironolactona SQR, preparado de maneira idêntica.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método
de detector ultravioleta a 230 nm; coluna de 150 mm de
A. de Doseamento, exibe máximos e mínimos somente
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
nos mesmos comprimentos de onda de solução similar
Pm), mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
de espironolactona SQR. As absortividades respectivas,
de 1 mL/minuto.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 929

Fase móvel: mistura de metanol e água (60:40), Þltrada e Índice de refração (5.2.6): 1,4510 a 1,4525.
desgaseiÞcada.

Solução amostra: transferir aproximadamente 50 mg da IDENTIFICAÇÃO


amostra para balão volumétrico de 100 mL e completar o
O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
volume com uma mistura de acetonitrila e água (50:50).
amostra, dispersa em cloreto de potássio, apresenta
Homogeneizar. Transferir 2 mL dessa solução para
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
concentração de 100 Pg/mL.
uma mistura de acetonitrila e água (50:50), obtendo
observados no espectro de esqualano SQR, preparado de
maneira idêntica.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada

água (50:50), para obter solução a 500 Pg/mL. Diluir,


de espironolactona SQR em mistura de acetonitrila e ENSAIOS DE PUREZA

para obter solução a 100 Pg/mL


sucessivamente, mistura de acetonitrila e água (50:50), Índice de acidez (5.2.29.7). No máximo 0,2.

Procedimento: Injetar, separadamente, 20 PL das Soluções


Índice de saponificação (5.2.29.8). No máximo 2,0.

padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as Índice de iodo (5.2.29.10). No máximo 4,0.
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C24H32O4S
Pureza cromatográÞca. Proceder conforme descrito em
na amostra a partir das respostas obtidas para a Solução
CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo
padrão e a Solução amostra.
provido de detector de ionização de chamas; coluna capilar
de 30 m de comprimento e 0,25 mm de diâmetro interno,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
preenchida com polidimetilsiloxano, com espessura do
Þlme de 0,25 ȝm; a temperatura da coluna deverá ser
mantida em 60 °C durante 3 minutos e então programar o
incremento de temperatura da ordem de 6 °C por minuto
até 290 °C; temperatura do injetor de 280 °C e temperatura
ea
ROTULAGEM
do detector de 300 °C; utilizar nitrogênio como gás de
Observar a legislação vigente. arraste; ßuxo do gás de arraste de 2 mL/minuto.

Solução amostra: preparar solução amostra a 1,5% (p/v).


CLASSE TERAPÊUTICA
Solução padrão: preparar solução de esqualano SQR a
Diurético. 1,5% (p/v).

Procedimento: injetar, separadamente, 1 —L das Soluções


ESQUALANO padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
Squalanum as áreas sob os picos. A soma das áreas sob os picos
secundários, exceto a do pico principal, não é superior
a 3,0% da área total dos picos obtidos. Não incluir nos
cálculos os picos relativos ao solvente.

C30H62; 422,81 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


esqualano; 09701
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e à
2,6,10,15,19,23-Hexametiltetracosano
temperatura de 8 °C a 15 °C.
[111-01-3]

ROTULAGEM
DESCRIÇÃO
Observar a legislação vigente, especiÞcando no rótulo a
Características físicas. Líquido oleoso límpido e incolor. origem (vegetal ou animal).
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em
acetona, facilmente solúvel em hexano e pouco solúvel em CATEGORIA
etanol. Miscível com óleos.
Adjuvante.
Constantes físico-químicas.

Densidade relativa (5.2.5): 0,807 a 0,810.


930 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

2 minutos cada vez. Repetir o procedimento do banho de


ESTEARATO DE MACROGOL 40 vapor para obter a completa separação de fases. Transferir
Macrogoli stearas 40 as porções de clorofórmio para um copo de béquer de 150
mL e evaporar no banho de vapor até aparente secura.
Adicionar ao resíduo 15 mL de clorofórmio e Þltrar,
coletando o Þltrado em um béquer de 150 mL. Lavar o
Þltro com pequenas porções de clorofórmio, coletando
C18H36O2.(C2H4O)n; 09890 no mesmo béquer de 150 mL que foi coletado o Þltrado e
Į-(1-Oxooctadecil)-Ȧ-hidroxipoli(oxi-1,2-etanodiil) evaporar até que não se perceba mais odor de clorofórmio
[9004-99-3] ou acetato de etila. Dessecar a temperatura de 60 °C em
estufa a vácuo por 1 hora. Arrefecer em dessecador e pesar.
No mínimo 17% e no máximo 27% de polietileno glicóis
DESCRIÇÃO livres.

Características físicas. Sólido branco escamoso.


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solubilidade. Ligeiramente solúvel na água, solúvel em
etanol, em éter etílico e em acetona e insolúvel em óleos Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
minerais e vegetais.
ROTULAGEM
IDENTIFICAÇÃO
Observar a legislação vigente.
O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da

e amostra, dispersa em óleo mineral, apresenta máximos de


absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
no espectro do estearato de polioxila 40 SQR, preparado de
CATEGORIA
Adjuvante farmacotécnico, tensoativo.

maneira idêntica.
ESTÉVIA
ENSAIOS DE PUREZA Steviae folium

Temperatura de congelamento (5.2.4). No mínimo 37 °C


e no máximo 47 °C. Stevia rebaudiana (Bertoni) Bertoni – ASTERACEAE

Índice de acidez (5.2.29.7). No máximo 2,0. A droga vegetal é constituída pelas folhas secas, contendo,
no mínimo, 12,0% de carboidratos totais e 4,0% de
Índice de saponificação (5.2.29.8). Entre 25 e 35. esteviosídeo (C38H60O18; M 804,87).

Índice de hidroxila (5.2.29.12). Entre 25 e 40.


CARACTERÍSTICAS
Água (5.2.20). No máximo 3,0%.
Características organolépticas. Odor fraco, sabor
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. No máximo adocicado no início da mastigação, amargo no Þnal.
0,001%.

Polietilenoglicóis livres. Pesar, exatamente, 6 g de amostra DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA


e transferir para funil de separação de 500 mL, contendo
50 mL de acetato de etila. Dissolver completamente e Folhas simples, com até 6,0 cm de comprimento e até
adicionar 50 mL de solução de cloreto de sódio a 29% 2,5 cm de largura, verde escuras na face adaxial e mais
(p/v), agitar vigorosamente por 2 minutos e deixar em claras na abaxial, quebradiças quando secas, de disposição
repouso por 15 minutos. Se a separação for incompleta, oposta, alternas apenas quando junto à inßorescência,
inserir cuidadosamente o funil de separação em banho membranosas, espatuladas a lanceoladas, sésseis, de
de vapor, em pequenos intervalos de tempo. Repetir ápice agudo, base atenuada e margem serrilhada a partir
esse procedimento quantas vezes forem necessárias para do terço basal em direção ao ápice foliar, com 3 nervuras
assegurar a completa separação de fases. Resfriar e separar longitudinais, a principal mais desenvolvida. Venação
a fase inferior, aquosa, para um segundo funil de separação actinódroma. A folha é recoberta por tricomas tectores
de 500 mL, extrair a fase superior novamente com 50 mL em ambas as faces. Flores, quando presentes, alvas, todas
de solução de cloreto de sódio a 29% (p/v), repetindo o iguais, reunidas em capítulos e protegidas por um invólucro
procedimento descrito anteriormente. Ao segundo funil de de 5 ou 6 brácteas. Os capítulos são agrupados em panículas
separação contendo as fases aquosas adicionar 50 mL de terminais corimbiformes. Fruto, quando presente, do tipo
acetato de etila, agitar vigorosamente por 2 minutos e deixar aquênio, com 4 ou 5 ângulos longitudinais e superfície
em repouso por 15 minutos. Separar a fase inferior, aquosa, pilosa, acompanhado do papus formado por uma só Þleira
para um terceiro funil de separação de 500 mL, e extrair de cerdas.
com duas porções de 50 mL de clorofórmio, agitando por
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 931

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA ácido acético glacial (60:40:5), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, em forma de banda, 10 —L da Solução (1)
A epiderme foliar, em vista frontal, exibe células de e 5—L da Solução (2), preparadas como descrito a seguir.
paredes sinuosas, com sinuosidade mais acentuada na face
abaxial. Na região das nervuras, as células são alongadas Solução (1): pesar cerca de 0,25 g de folhas moídas e
e de paredes periclinais retilíneas. Estômatos do tipo colocar em balão de fundo redondo. Adicionar 10 mL de
anomocítico, em maior número na face abaxial. Tricomas mistura de água e etanol (1:1). Aquecer, sob reßuxo, por 1
tectores pluricelulares unisseriados, de dois tipos, são hora. Filtrar através de papel de Þltro. Transferir o Þltrado
encontrados em toda a superfície da lâmina foliar, em para balão volumétrico de 10 mL, resfriar e completar o
ambas as faces, os maiores com base alargada e ápice volume com mistura de água e etanol (1:1). Diluir 50 mL
agudo, sendo as células basais mais volumosas, os menores da solução obtida com 150 mL de metanol.
com diâmetro uniforme da base até o ápice, sendo esse,
Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, de
menos aÞlado. Tricomas glandulares ocorrem em toda
esteviosídeo em metanol, de modo a obter solução a 1 mg/
a extensão da lâmina, nas duas faces; localizam-se em
mL.
pequenas depressões da epiderme, têm pedicelo pluricelular
e unisseriado e cabeça arredondada e unicelular. Em alguns Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
locais da epiderme são visíveis estrias epicuticulares. Em secar ao ar. Nebulizar com anisaldeído SR e deixar em
secção transversal, a lâmina tem organização dorsiventral e estufa entre 100 °C e 110 °C durante 5 minutos. A mancha
é anÞestomática, com estômatos situados no mesmo nível principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
ou ligeiramente acima das demais células epidérmicas. As cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2), de Rf
paredes periclinais internas e anticlinais que delimitam de aproximadamente 0,50. A mancha correspondente ao
o poro estomático são espessadas. O parênquima esteviosídeo apresenta coloração verde fugaz.
paliçádico é formado por uma ou duas camadas. Quando
duas camadas, estas abrangem a metade da espessura
da lâmina. O parênquima esponjoso apresenta vários
estratos, dispostos irregularmente. Os feixes vasculares
secundários são colaterais, circundados por uma bainha
ENSAIOS DE PUREZA
Material estranho (5.4.2.2). Não mais que 2,0%.
ea
parenquimática cloroÞlada. A nervura principal, em secção Água (5.4.2.3). No máximo 13,0%.
transversal, mostra-se mais proeminente na face abaxial.
As células da epiderme, nessa região, são isodiamétricas, e Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 9,5%.
o colênquima é lacunar. O sistema vascular é representado
por um feixe vascular colateral, envolvido parcialmente
DOSEAMENTO
por Þbras esclerenquimáticas junto ao xilema e ao ßoema,
em forma de calotas. Em secção transversal, a base foliar Carboidratos totais
mostra forma semicircular aberta, ligeiramente côncava na
face adaxial e convexa na abaxial. A epiderme apresenta Solução amostra concentrada: pesar 2 g de folha de estévia
células poliédricas a quadrangulares, com cutícula moída. Extrair, por infusão, com 80 mL de água quente,
ornamentada. Os estômatos estão localizados acima do por três vezes e Þltrar. Reunir os Þltrados e completar o
nível das demais células epidérmicas e ocorrem apenas nos volume para 250 mL. Transferir 5 mL do extrato para balão
bordos. O colênquima é formado por uma ou duas camadas volumétrico de 50 mL e completar o volume com água.
de células, em ambas as faces. O parênquima fundamental
Solução amostra: transferir 0,6 mL da Solução amostra
preenche a maior parte desta região e o clorênquima os
concentrada para tubo de ensaio, adicionar 0,6 mL de fenol
bordos. O sistema vascular é constituído de cinco a sete
a 5% (p/v) e 3 mL de ácido sulfúrico. Deixar em repouso
feixes vasculares colaterais, sendo o central o maior e os
por 10 minutos.
demais diminuem gradualmente até os mais periféricos.
Solução branco: transferir 0,6 mL de água para tubo de
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ ensaio, adicionar 0,6 mL de fenol a 5% (p/v) e 3 mL de
ácido sulfúrico. Deixar em repouso por 10 minutos.
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São Solução padrão: transferir 0,6 mL de glicose padrão a
características: fragmentos de epiderme com células de 0,01% (p/v) em água, para tubo de ensaio, adicionar 0,6
paredes anticlinais sinuosas e estômatos anomocíticos; mL de fenol a 5% (p/v) e 3 mL de ácido sulfúrico. Deixar
fragmentos de regiões das nervuras com células epidérmicas em repouso por 10 minutos.
alongadas; tricomas tectores e glandulares como descritos
Medir a absorvância da solução amostra e da solução
acima.
padrão em 490 nm (5.2.14), utilizando a Solução branco
para ajuste do zero. Calcular o teor de carboidratos totais
IDENTIFICAÇÃO na amostra a partir da expressão:

Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada


delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254, com espessura
de 250 —m, como suporte, e acetato de etila, metanol e
932 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

em que Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 0,25 g da


droga seca e moída para balão de fundo redondo. Adicionar
TC = teor de carboidratos em %; 10 mL de mistura de água e etanol (1:1), e aquecer a cerca
D = 10; de 100 °C sob reßuxo, por 60 minutos. Resfriar o extrato
As = absorvância medida da solução amostra; à temperatura ambiente com corrente de água fria. Filtrar
o extrato através de papel de Þltro, sob vácuo, lavando o
Ap = absorvância medida da solução padrão.
marco com pequeno volume de água. Transferir o Þltrado
Esteviosídeo para balão volumétrico de 10 mL e completar o volume
com mistura de água e etanol (1:1). Diluir 50 —L da solução
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido de resultante em 950 —L de mistura de acetonitrila e água
alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de (20:80).
detector ultravioleta a 206 nm; pré-coluna empacotada com
sílica ligada a grupo octadecilsilano; coluna de 150 mm de Solução padrão estoque: dissolver quantidade exatamente
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada pesada de esteviosídeo em metanol de modo a obter
com sílica ligada a grupo octadecilsilano (5 —m), mantida solução a 1 mg/mL. Aquecer, brandamente, se necessário.
à temperatura ambiente; ßuxo do Fase móvel de 1,0 mL/
Curva analítica: diluir 500 —L da Solução padrão estoque,
minuto.
à metade, de modo a obter solução a 0,50 mg/mL. Realizar
Eluente A: mistura de acetonitrila e água (20:80). diluições sucessivas da solução anterior, em metanol, de
modo a obter concentrações de 0,25 mg/mL, 0,125 mg/mL,
Eluente B: acetonitrila. 0,0625 mg/mL, 0,032 mg/mL e 0,016 mg/mL. Injetar as 6
concentrações obtidas.
Gradiente de fase móvel: adotar sistema de gradiente
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das soluções

e
linear, conforme tabela a seguir.
da Curva analítica e da Solução amostra. Registrar os
Tempo (minutos) Eluente A (%) Eluente B (%) cromatogramas e medir as áreas sob os picos. O tempo
0 100 0 de retenção é de aproximadamente 4,6 minutos para o
4 70 30 esteviosídeo. Calcular o teor de esteviosídeo na amostra a
partir da equação da reta obtida com a curva analítica.
7 0 100

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 933

ea

Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópicos em Stevia rebaudiana (Bertoni) Bertoni


_________________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 1 cm; em B, E e H a 250 —m; em C, D, G, F e I a 50 —m.

A – aspecto geral da folha; B – detalhe da nervação foliar; C – detalhe da epiderme da face adaxial em vista frontal, mostrando estômatos; D - detalhe
da epiderme da face abaxial em vista frontal, mostrando estômatos e células com paredes altamente sinuosas; E – esquema da secção transversal da
lâmina foliar na região da nervura principal, evidenciando feixe do tipo colateral: ßoema (f); Þbras (Þ); feixe vascular (fv); parênquima fundamental
(pf); parêquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj); xilema (x). F – detalhe do feixe vascular da nervura principal em secção transversal como
mostrado em E: ßoema (f); Þbras (Þ); parênquima fundamental (pf); xilema (x). G – detalhe da epiderme e do colênquima na região da nervura principal
voltada para a face adaxial e detalhe da epiderme e do colênquima na região da nervura principal voltada para a face abaxial: colênquima (co); epiderme
(ep). H – esquema da secção transversal da base da lâmina foliar na região da nervura principal, evidenciando feixe do tipo colateral: clorênquima
(cl); colênquima (co); ßoema (f); feixe vascular (fv); xilema (x). I – detalhe do feixe vascular da região basal da lâmina foliar: ßoema (f); parênquima
fundamental (pf); xilema (x).
934 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 - Aspectos microscópicos em Stevia rebaudiana (Bertoni) Bertoni


_________________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A a H a 50 —m.

A – detalhe da lâmina foliar, em secção transversal: epiderme (ep); bainha vascular com cloroplastídeos (bc); feixe vascular (fv); parênquima esponjoso
(pj); parênquima paliçádico (pp); tricoma glandular (tg). B – detalhe da lâmina foliar, em secção transversal: estômato (es); epiderme (ep); bainha
vascular com cloroplastídeos (bc); feixe vascular (fv); parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp). C – fragmento da porção basal da
lâmina foliar em secção transversal ao nível da nervura principal, mostrando estrias epicuticulares: epiderme (ep); clorênquima (cl); colênquima (co);
parênquima fundamental (pf); D – fragmento de epiderme em vista frontal, evidenciando estômatos e a variabilidade morfológica das células; E –
fragmento da epiderme, em vista frontal, evidenciando estômatos e tricomas tectores; F – tricoma tector e células epidérmicas fundamentais mostrando
estrias epicuticulares; G – tricoma tector com células basais alargadas; H – fragmento da epiderme, em vista frontal, destacando estômatos e tricoma
glandular.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 935

D. Dissolver 10 mg de amostra em 5 mL de ácido clorídrico.


ESTOLATO DE ERITROMICINA Deixar em repouso por 20 minutos. Desenvolve-se
Erythromycini estolas coloração amarela.

ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 4,5 a 7,0. Determinar na suspensão aquosa a
1% (p/v).

Sustâncias Relacionadas. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel G, como suporte, e mistura de acetato de amônio
a 15% (p/v) com pH ajustado para 7,0, etanol e clorofórmio
(1:15:85), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
à placa, 10 —L de cada uma das soluções recentemente
preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): solução a 4 mg/mL da amostra em acetona.

Solução (2): diluir 2,5 mL da Solução (1) em 10 mL de


acetona.

Solução (3): solução a 1 mg/mL de estolato de eritromicina


C40H71NO14.C12H26O4S; 1056,39

ea
SQR em acetona.
estolato de eritromicina; 03494
Sulfato de dodecila de 2’-propanoato de eritromicina (1:1) Solução (4): dissolver 10 mg de estolato de eritromicina
[3521-62-8] SQR e 10 mg de etilsuccinato de eritromicina em 10 mL
de acetona.
Apresenta potência de, no mínimo, 610 UI de estolato de
Solução (5): solução a 80 mg/mL de eritromicina SQR em
eritromicina (C40H71NO14.C12H26O4S) por miligrama em
acetona.
relação à substância anidra.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
DESCRIÇÃO secar ao ar. Nebulizar com anisaldeído SR e aquecer a 110
°C por 5 minutos. Qualquer mancha secundária obtida no
Características físicas. Pó cristalino branco. cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha
principal, não é mais intensa que aquela obtida com a
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em Solução (5) (2,0%).
etanol, acetona e clorofórmio. Praticamente insolúvel em
ácido clorídrico diluído. Água (5.2.20.1). Utilizar 20 mL de metanol contendo 10%
de imidazol no frasco de titulação. No máximo 4,0%.
Constantes físico-químicas.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,5 g da
Faixa de fusão (5.2.2): 135 °C a 138 °C, com decomposição. amostra. No máximo 0,5%.

IDENTIFICAÇÃO DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico de
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar,
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos cilindros em placa.
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de estolato de eritromicina SQR, Micro-organismo: Micrococcus luteus ATCC 9341.
preparado de maneira idêntica.
Meios de cultura: meio de cultura número 1 para
B. A mancha principal do cromatograma da Solução (2), manutenção do micro-organismo, solução salina estéril
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em para padronização do inóculo, meio de cultura número 11
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3). para camada base e para preparação do inóculo.
O teste somente é válido se o cromatograma obtido com a
Solução (4) apresentar duas manchas nitidamente separadas. Solução amostra: dissolver quantidade de amostra
equivalente a 50 mg de eritromicina em 20 mL de metanol.
C. Suspender 3 mg de amostra em 2 mL de ácido Diluir a 50 mL com Tampão fosfato de potássio 0,1 M,
sulfúrico M. Adicionar 0,1 mL de cloreto de metiltionínio estéril, pH 8,0 (Solução 2). Manter a 60 ºC por 3 horas.
a 10% (p/v), 2 mL de clorofórmio e misturar. A camada Filtrar. Diluir, sucessivamente, até concentrações de 0,30
clorofórmica torna-se azul. —g/mL, 0,60 —g/mL e 1,2 —g/mL, utilizando Tampão
fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2).
936 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 50 mg de com a Solução (2). A eritromicina aparece como mancha
estolato de eritromicina SQR e transferir quantitativamente de cor preta a roxa.
para balão volumétrico de 50 mL com auxílio de 20 mL de
metanol. Agitar, completar o volume com Tampão fosfato
CARACTERÍSTICAS
de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2). Diluir,
sucessivamente, até concentrações de 0,30 —g/mL, 0,6 —g/ Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
mL e 1,2 —g/mL, utilizando Tampão fosfato de potássio 0,1
M, estéril, pH 8,0 (Solução 2). Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 30 minutos.
Utilizar ßuido gástrico simulado no lugar de água.
Procedimento: adicionar 20 mL de meio número 11 em cada
placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de inóculo a 1,5% Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
e proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos cilindros, 0,2
ENSAIOS DE PUREZA
mL das soluções recentemente preparadas. Calcular a
potência da amostra, em UI de estolato de eritromicina por Água (5.2.20.1). Utilizar 20 mL de metanol contendo 10%
miligrama, a partir da potência do padrão e das respostas de imidazol no frasco de titulação. No máximo 5,0%.
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Contagem do número total de micro-organismos
Em recipientes hermeticamente fechados, protegidos da mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
luz e em temperatura inferior a 30 °C.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).

e ROTULAGEM
Observar legislação vigente.
Cumpre o teste.

DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico de
CLASSE TERAPÊUTICA antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em ágar,
Antimicrobiano. utilizando cilindros. Preparar Solução amostra como
descrito a seguir.

Solução amostra: pesar e pulverizar os comprimidos.


ESTOLATO DE ERITROMICINA Utilizar quantidade do pó equivalente a 0,5 g de eritromicina
COMPRIMIDOS e transferir para balão volumétrico de 500 mL. Diluir
em 200 mL de metanol e agitar mecanicamente por 10
minutos. Adicionar 100 mL de Tampão fosfato de potássio
Contém estolato de eritromicina equivalente a, no mínimo,
0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) e agitar mecanicamente
90,0% e, no máximo, 120,0% da quantidade declarada de
por 10 minutos. Completar o volume com mesmo solvente
eritromicina (C H NO ). Os comprimidos devem ser
37 67 13 e Þltrar.
revestidos.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Em recipientes bem fechados.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel (0,25 mm), como
suporte, e mistura de metanol e clorofórmio (85:15), como ROTULAGEM
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 3 —L de cada
uma das soluções recentemente preparadas, descritas a Observar a legislação vigente.
seguir.

Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. A partir ESTOLATO DE ERITROMICINA


do pó, preparar solução equivalente a 20 mg/mL de SUSPENSÃO ORAL
eritromicina em metanol.

Solução (2): utilizar estolato de eritromicina SQR de modo Estolato de eritromicina suspensão oral é a mistura de
a obter solução a 20 mg/mL de eritromicina em metanol. estolato de eritromicina com um ou mais agentes corantes,
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar aromatizantes, tampões, adoçantes e conservantes.
secar ao ar. Nebulizar com mistura de etanol, anisaldeído Contém estolato de eritromicina equivalente a, no mínimo,
e ácido sulfúrico (90:5:5). Aquecer a placa a 100 °C por 90,0% e, no máximo, 115,0% da quantidade declarada de
10 minutos. A mancha principal obtida com a Solução (1) eritromicina (C37H67 NO13).
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 937

IDENTIFICAÇÃO Solução amostra: transferir volume da suspensão oral, livre


de bolhas, equivalente a 0,25 g de eritromicina, para balão
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada volumétrico de 250 mL. Adicionar 100 mL de metanol e
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel 0,25 mm, como agitar por 10 minutos. Completar o volume com a Tampão
suporte, e mistura de metanol e clorofórmio (85:15), como fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2)
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 3 —L de cada e aquecer até 60 °C por três horas, esfriar e Þltrar. Diluir
uma das soluções recentemente preparadas, descritas a sucessivamente com Tampão fosfato de potássio 0,1 M,
seguir. estéril, pH 8,0 (Solução 2) de modo a obter soluções na
faixa de concentração adequada à curva padrão.
Solução (1): transferir volume de suspensão oral equivalente
a 20 mg de eritromicina para funil de separação. Adicionar Procedimento: adicionar 20 mL de meio base número
15 mL de hidróxido de sódio 0,02 M e misturar. Adicionar 11 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de
2 g de cloreto de sódio e 25 mL de clorofórmio e agitar meio semeado número 11 e proceder conforme descrito
por 3 minutos. Separar a fase clorofórmica passando-a em Ensaio microbiológico por difusão em ágar. Calcular
através de pequena quantidade de sulfato de sódio anidro, a quantidade, em mg de eritromicina (C37H67NO13) na
previamente lavado com clorofórmio. Coletar o extrato suspensão oral, a partir da potência do padrão e das
clorofórmico. Lavar o sulfato de sódio com mais 5 mL respostas obtidas para a Solução padrão e a Solução
de clorofórmio. Evaporar a fase orgânica até secura em amostra.
evaporador rotatório. Dissolver o resíduo em 1 mL de
metanol.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução (2): transferir quantidade de estolato de
eritromicina SQR equivalente a 20 mg de eritromicina Em recipientes bem fechados.

ea
para um funil de separação e proceder a extração conforme
descrito para Solução (1). ROTULAGEM
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Observar a legislação vigente.
secar ao ar e nebulizar com mistura de etanol, anisaldeído
e ácido sulfúrico (90:5:5). Aquecer a placa a 100 °C por
10 minutos. A mancha principal obtida com a Solução (1) ESTRADIOL
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
Estradiolum
com a Solução (2). A eritromicina aparece como uma
mancha de cor preta a roxa.

CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 3,5 a 6,5.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Contagem do número total de micro-organismos C18H24O2; 272,38
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. estradiol; 03595
(17ȕ)-Estra-1,3,5(10)-trieno-3,17-diol
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). [50-28-2]
Cumpre o teste.
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de
DOSEAMENTO C18H24O2, em relação à substância anidra.

Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico por


DESCRIÇÃO
difusão em ágar (5.5.3.3.1), utilizando cilindros.
Características físicas. Pó branco a branco-amarelado.
Micro-organismo: Micrococcus luteus ATCC 9341.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
em acetona e dioxana, facilmente solúvel em etanol,
de eritromicina SQR em metanol de modo a obter solução
ligeiramente solúvel em óleo vegetal e pouco solúvel em
a 10 mg/mL. Diluir quantitativamente com Tampão
cloreto de metileno. Solúvel em soluções de hidróxidos
fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) até
alcalinos.
concentração de 1 mg/mL. Diluir sucessivamente com o
Tampão fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução Constantes físico-químicas.
2) de modo a obter soluções na faixa de concentração
adequada à curva padrão. Faixa de fusão (5.2.2): 173 °C a 179 °C.
938 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +76 a +83. Determinar e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C18H24O2
em solução a 1% (p/v). na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
padrão e a Solução amostra.
IDENTIFICAÇÃO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra previamente dessecada, dispersa em brometo Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
ROTULAGEM
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
estradiol SQR, preparado de maneira idêntica. Observar a legislação vigente.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,0005% (p/v) em CLASSE TERAPÊUTICA
etanol, exibe máximo em 280 nm, idêntico ao observado
no espectro de solução similar de estradiol SQR. Hormônio.

ENSAIOS DE PUREZA ESTRAMÔNIO


Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. Stramonii folium
No máximo 0,5%.

Água (5.2.20.1). No máximo 3,5%. Datura stramonium L. – SOLANACEAE

e DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
A droga é constituída pelas folhas de Datura stramonium
L. e das suas variedades. Contém no mínimo 0,25% de
alcaloides totais calculados em hiosciamina (C17H23NO3,
289,37) em relação a droga seca.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 205 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada CARACTERÍSTICAS
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 Características organolépticas. A folha tem odor
ȝm), mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel desagradável, sabor nauseoso e levemente salgado.
de 1 mL/minuto.

Fase móvel: acetonitrila e água (55:45). DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA


Solução amostra: transferir 100 mg da amostra, exatamente Lâmina foliar ovalada ou ovalado-triangular, lobado-
pesada, para balão volumétrico de 250 mL e completar dentada, de ápice acuminado e base assimétrica, de
o volume com metanol. Transferir 10 mL para balão coloração verde acastanhada escura a verde acinzentada
volumétrico de 200 mL e adicionar 5 mL da Solução padrão escura, torcidas e encolhidas devido à secagem, Þnas e
interno, completar o volume com água e homogeneizar. frágeis, com 15,0 cm a 20,0 cm de comprimento e 8,0 cm
a 10,0 cm de largura. Venação pinada, com 4-5 nervuras
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
secundárias alternadas, côncavas na face adaxial e
de estradiol SQR e estrona SQR em metanol, de modo a
proeminentes na face abaxial. Pecíolo curto. Folhas jovens
obter solução a 0,4 mg/mL e 0,24 mg/mL, respectivamente.
pubescentes sobre as nervuras.
Transferir 10 mL dessa solução e 5 mL da Solução padrão
interno para balão volumétrico de 200 mL. Adicionar 100
mL de metanol e completar o volume com água, obtendo DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
solução a 20 —g/mL de estradiol SQR.
A lâmina foliar é anÞhipoestomática e de simetria
Solução padrão interno: transferir 300 mg de etilparabeno dorsiventral. A epiderme, em vista frontal, apresenta células
para balão volumétrico de 500 mL, completar o volume com poligonais, de paredes anticlinais sinuosas e espessas, e
metanol e homogeneizar. estômatos do tipo anisocítico, raramente anomocítico,
mais abundantes na face abaxial. Os tricomas tectores e
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. Os tempos glandulares são mais abundantes na face abaxial e sobre
de retenção são cerca de 0,7 para o padrão interno, 1,3 para as nervuras. Os tricomas tectores são pluricelulares,
estrona e 1,0 para o estradiol. A resolução entre estradiol unisseriados, cônicos, formados por 2-5 células alongadas
e estrona não é menor que 2,0. O desvio padrão relativo de paredes Þnamente verrucosas; os tricomas glandulares
das áreas de replicatas dos picos registrados não é maior são, em geral, curtamente pedicelados, com glândula apical
que 2,0%. ovoide ou claviforme, formada por 2-7 células. A epiderme,
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução em secção transversal, apresenta-se uniestratiÞcada e é
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas recoberta por uma cutícula lisa e delgada. O mesoÞlo
consiste de parênquima paliçádico composto de uma
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 939

camada de células e de parênquima esponjoso. Entre os (1) são semelhantes, quanto a posição (hiosciamina
dois parênquimas encontram-se uma ou mais camadas de no terço inferior, escopolamina no terço superior dos
idioblastos contendo cristais de oxalato de cálcio na forma cromatogramas) e coloração, às dos cromatogramas
de drusas. Os feixes vasculares são bicolaterais. obtidos com a Solução (2). A dimensão das bandas dos
cromatogramas obtidos com a Solução (1) não é inferior
a das bandas correspondentes dos cromatogramas obtidos
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
com o mesmo volume da Solução (2). Podem aparecer
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para fracas bandas secundárias, em particular no centro do
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São cromatograma obtido com 20 —L da Solução (1), ou perto
característicos: fragmentos de epiderme com células de do ponto de aplicação do cromatograma obtido com 10
paredes anticlinais ligeiramente sinuosas e com cutícula —L da Solução (1). Pulverizar com nitrito de sódio SR
lisa; fragmentos de epiderme com estômatos anisocíticos até que a camada se torne transparente. Examinar após
e anomocíticos mais frequentes na epiderme abaxial; 15 minutos. A coloração das bandas correspondentes à
tricomas tectores cônicos pluricelulares unisseriados e hiosciamina nos cromatogramas obtidos com a Solução (2)
tricomas glandulares curtos e claviformes; fragmentos do e nos cromatogramas obtidos com a Solução (1) passa de
mesoÞlo em secção transversal; fragmentos de elementos castanho para castanho avermelhado, mas não passa para
de vaso anelados e espiralados; fragmentos de parênquima azul acinzentado (atropina).
com numerosos idioblastos contendo cristais do tipo drusa.
ENSAIOS DE PUREZA
IDENTIFICAÇÃO
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 3% de caules
A. Agitar 1 g da amostra pulverizada com 10 mL de ácido com um diâmetro superior a 5 mm.
sulfúrico 0,05 M, durante 2 minutos e Þltrar. Aos Þltrados
juntar 1 mL de solução concentrada de amônia e 5 mL de
água. Agitar com 15 mL de éter etílico isento de peróxidos,
com precaução, para evitar a formação de emulsão. Secar a
fase etérea sobre sulfato de sódio anidro. Filtrar para uma
Água (5.2.20.2). No máximo 12,0%.

Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 20%.

Cinzas insolúveis (5.4.2.5). No máximo 4%.


ea
cápsula de porcelana e evaporar o solvente à secura em
banho-maria. Juntar 2 mL de acetona e, gota a gota, de
DOSEAMENTO
hidróxido de potássio a 3% (p/v) em etanol a 96% (v/v).
Desenvolve coloração violeta intensa. Alcaloides totais
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em Pesar cerca de 10 g da amostra pulverizada (180 —m) e
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, umedecer com 5 mL de hidróxido de amônio. Adicionar 10
como suporte, e mistura de solução concentrada de mL de etanol a 96% (v/v) e 30 mL de éter etílico isento de
amônia, água e acetona (3:7:90) como fase móvel. Aplicar, peróxido, misturados cuidadosamente. Transferir a mistura
separadamente, na placa, na forma de banda, 10 —L e 20 —L para um percolador, se necessário, com auxílio da solução
das soluções a seguir, respectivamente: extratora. Macerar durante 4 horas e percolar a mistura
com clorofórmio e éter etílico isento de peróxidos (1:3)
Solução (1): a 1 g da amostra pulverizada juntar 10 mL de
até extração completa dos alcaloides. Evaporar à secura 1
ácido sulfúrico 0,05 M, agitar durante 15 minutos e Þltrar.
mL do percolado e dissolver o resíduo em ácido sulfúrico
Lavar o Þltro com ácido sulfúrico 0,05 M, até a obtenção
0,25 M e veriÞcar a ausência de alcaloides com iodeto de
de 25 mL de Þltrado. Ao Þltrado juntar 1 mL de solução
potássio mercúrico SR. Reduzir o volume do percolado até
concentrada de amônia e agitar duas vezes com 10 mL de
50 mL e transferir para um funil de separação com auxílio
éter etílico isento de peróxido de cada vez. Separar por
de éter etílico isento de peróxidos. Ao líquido assim obtido
centrifugação, se necessário. Reunir as camadas etéreas,
juntar éter etílico isento de peróxidos, 2,5 vezes o volume
secar sobre sulfato de sódio anidro, Þltrar e evaporar à
do percolador até a obtenção de um líquido de densidade
secura em banho-maria. Dissolver o resíduo em 0,5 mL de
inferior a da água. Extrair a solução, no mínimo três vezes,
metanol.
com 20 mL de solução de ácido sulfúrico 0,25 M cada
Solução (2): dissolver 50 mg de sulfato de hiosciamina vez. Separar as fases, por centrifugação, se necessário,
em 9 mL de metanol. Dissolver 15 mg de bromidrato de e transferir a fase ácida para outro funil de separação.
escopolamina em 10 mL de metanol. Misturar 3,8 mL de Alcalinizar a fase ácida com hidróxido de amônio até
solução de sulfato de hiosciamina, 4,2 mL de solução de pH 8,0 - 9,0 e extrair três vezes com clorofórmio, com
bromidrato de escopolamina e completar com 10 mL de alíquotas de 30 mL. Juntar as fases clorofórmicas e retirar
metanol. a água residual, adicionando 4 g de sulfato de sódio anidro,
deixando em repouso por 30 minutos, com agitação
Desenvolver o cromatograma. Secar a placa a 100 °C - ocasional. Retirar a fase clorofórmica e lavar o sulfato de
105 °C durante 15 minutos. Deixar esfriar e pulverizar sódio restante com três alíquotas de 10 mL de clorofórmio.
com cerca de 10 mL de iodobismutato de potássio SR2, Reunir os extratos clorofórmicos e evaporar à secura em
para uma placa de 200 mm de lado até aparecimento de banho-maria. Aquecer o resíduo em estufa a 100 °C - 105
bandas alaranjadas ou castanhas sobre o fundo amarelo. °C durante 15 minutos. Dissolver o resíduo em 5 mL de
As bandas dos cromatogramas obtidos coma a Solução clorofórmio, adicionar 20 mL de solução de ácido sulfúrico
940 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

0,01 M SV e remover o clorofórmio por evaporação em n = número de mililitros de hidróxido de sódio 0,02 M
banho-maria. Titular o excesso de ácido com solução de gastos;
hidróxido de sódio 0,02 M SV usando vermelho de metila m = massa da tomada de ensaio, em gramas.
SI como indicador. Calcular a porcentagem de alcaloides
totais, expressos em hiosciamina, segundo a expressão:
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e do calor.

em que

d = perda por secagem expressa em porcentagem;

e
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 941

ea

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos de Datura stramonium L.


_________________

Complemento da legenda da Figura 1.

A – representação esquemática da folha, em vista frontal: lâmina (la); pecíolo (pe). B – detalhe de porção da lâmina foliar, em secção transversal:
cutícula (cu); epiderme (ep); idioblasto contendo drusas de oxalato de cálcio (ic); parênquima esponjoso (pj); tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt).
C – detalhe de porção da epiderme voltada para a face adaxial, em vistra frontal: estômato (es); tricoma tector (tt). D – detalhe de porção da epiderme
voltada para a face abaxial, em vistra frontal: estômato (es); tricoma tector.
942 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

e
Figura 2 – Aspectos microscópicos de Datura stramonium L.
_________________

Complemento da legenda da Figura 2.

A a D – Representação esquemática do pó. A – fragmento da epiderme em vista frontal, na face adaxial, mostrando cristais por transparência: cristal do
tipo drusa. B – fragmento da epiderme em vista frontal, na face abaxial, mostrando cristais e porções de elementos de vaso por transparência: cristal do
tipo drusa (cd); feixe vascular (fv). C – fragmento de porção do mesoÞlo, em secção transversal: cutícula (cu); epiderme (ep); idioblasto cristalífero (ic);
parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp). D – tricomas ou porções destes, isolados: tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt).

DESCRIÇÃO
ESTRONA
Características físicas. Pó branco a branco-amarelado ou
Estronum
pequenos cristais brancos a branco-amarelados.

Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em


etanol, metanol, acetona e óleos vegetais. Pouco solúvel
em soluções de hidróxidos alcalinos Þxos.

Constantes físico-químicas.

Faixa de fusão (5.2.2): 258ºC a 262ºC.

Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +158º a +165º, em


relação à substância dessecada. Determinar em solução a
C18H22O2; 270,37 1% (p/v) em dioxana.
estrona; 03630
3-Hidroxiestra-1,3,5(10)-trien-17-ona
IDENTIFICAÇÃO
[53-16-7]
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de amostra previamente dessecada, dispersa em brometo
C18H22O2, em relação à substância dessecada. de potássio, apresenta máximos de absorção somente
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 943

nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas ROTULAGEM


intensidades relativas daqueles observados no espectro de
estrona SQR, preparado de maneira idêntica. Observar a legislação vigente.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na


faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,005% (p/v) em
CLASSE TERAPÊUTICA
etanol aquecido em banho-maria e esfriado a temperatura Hormônio.
ambiente, exibe máximos, idênticos ao observado no
espectro de solução similar de estrona SQR.

C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma ÉTER ETÍLICO


da Solução amostra, obtido em Doseamento, corresponde Aether ethylicus
àquele do pico principal da Solução padrão.

ENSAIOS DE PUREZA
C4H10O; 74,12
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da éter etílico; 03663
amostra, em estufa, a 105 ºC, por 3 horas. No máximo 1,1’-Oxibisetano
0,5%. [60-29-7]

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


No máximo 0,5%. DESCRIÇÃO

ea
Características físicas. Líquido límpido, incolor, volátil,
DOSEAMENTO muito inßamável.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Solubilidade. Solúvel em água, miscível com etanol, com
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
cloreto de metileno e com óleos graxos.
de detector ultravioleta a 280 nm; coluna de 150 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 IDENTIFICAÇÃO
ȝm), mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
de 1 mL/minuto. A. Satisfaz ensaio de Densidade relativa (5.2.5).

Fase móvel: acetonitrila e fosfato de potássio monobásico B. Satisfaz o ensaio de Determinação da faixa de destilação
0,05 M (50:50). (5.2.3).

Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente pesada,


ENSAIOS DE PUREZA
da amostra em metanol de modo a obter solução a 0,2 mg/
mL. Transferir 5 mL desta solução para balão volumétrico Acidez. Num frasco de tampa esmerilhada introduzir
de 25 mL e completar o volume com Fase móvel, obtendo 10 mL de etanol, 2 mL de água destilada, 0,5 mL de
solução a 40 —g/mL. fenolftaleína SI e juntar a solução de hidróxido de sódio
0,02 M até obtenção de coloração rósea persistente, após
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
agitação durante 30 segundos. Adicionar, exatamente, 25
de estrona SQR em metanol, de modo a obter solução a
mL da amostra, fechar e agitar cuidadosamente, adicionar
0,2 mg/mL. Transferir 5 mL desta solução para balão
a solução de hidróxido de sódio 0,02 M até coloração rósea
volumétrico de 25 mL e completar o volume com Fase
persistente, após agitação durante 30 segundos. Não devem
móvel, obtendo solução a 40 —g/mL.
ser gastos mais de 0,4 mL de hidróxido de sódio 0,02 M
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. A eÞciência para neutralizar o éter etílico.
da coluna não deve ser menor que 1500 pratos teóricos/
Densidade relativa (5.2.5). 0,714 a 0,716.
metro. O fator de cauda não é maior que 2. O desvio padrão
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é Peróxidos. Numa proveta com tampa esmerilhada de 25
maior que 2,0%. mL, introduzir 10 mL da amostra e 1 mL de uma solução
recentemente preparada de iodeto de potássio 10% (p/v)
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
e agitar. A mistura deverá ser protegida da luz durante 1
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas e
hora. Os líquidos não devem apresentar coloração.
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C18H22O2
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução Faixa de destilação (5.2.3). Não destilar se a amostra
padrão e Solução amostra. não satisÞzer o ensaio de peróxidos. A amostra destila
completamente entre 34 °C e 35 °C. Realizar o ensaio
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO utilizando dispositivo de aquecimento apropriado.
Proceder com precaução, evitar aquecer o balão acima do
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. nível do líquido.
944 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Resíduo não volátil. Evaporar 50 mL, espontaneamente, Constantes físico-químicas.


em cápsula de porcelana previamente tarada. Dessecar o
resíduo em estufa a 105 °C, durante 1 hora, deixar arrefecer Faixa de fusão (5.2.2): 180 °C a 186 °C. Apresenta forma
e pesar. O peso do resíduo não deve exceder 1 mg (0,003 %). polimorfa com faixa de fusão de 142 °C a 146 °C.

Aldeídos. Num funil de separação colocar 20 mL de éter Poder rotatório especíÞco (5.2.8): –28,0° a –29,5°, em
etílico e adicionar 7 mL da mistura de 1 mL de iodeto relação à substância dessecada. Determinar em solução a
de potássio mercúrico alcalino SR e 17 mL de solução 0,4% (p/v) em piridina.
saturada de cloreto de sódio. Fechar e agitar vigorosamente
por 10 segundos. Deixar repousar por 1 minuto. A camada IDENTIFICAÇÃO
aquosa não deve apresentar turvação.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Odor estranho. Sobre um disco de papel de Þltro de 80 amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
cm de diâmetro, aplicar 5 mL da amostra. Deixar evaporar de potássio, apresenta máximos de absorção somente
espontaneamente. Após a volatilização da amostra não nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
deve ser observado odor estranho ao éter etílico. intensidades relativas daqueles observados no espectro de
etinilestradiol SQR, preparado de maneira idêntica.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e à faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,005% (p/v) em
temperatura de 8 °C a 15 °C. etanol, exibe máximo em 281 nm, idêntico ao observado
no espectro de solução similar de etinilestradiol SQR. Os
valores de A (1%, 1 cm) em 281 nm, calculados em relação

e
ROTULAGEM à substância dessecada, não diferem mais do que 3,0%.
O rótulo deverá indicar o nome e a concentração do C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),
antioxidante não volátil, eventualmente utilizado. obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3).
CATEGORIA D. Em tubo de ensaio, dissolver 1 mg da amostra em 1
Solvente. mL de ácido sulfúrico. Desenvolve-se coloração vermelho-
alaranjada, que, sob a luz ultravioleta a 365 nm, apresenta
ßuorescência esverdeada. Adicionar 10 mL de água.
ETINILESTRADIOL Desenvolve-se coloração violeta e produz-se precipitado
de cor similar.
Ethinylestradiolum

ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. A solução a 2% (p/v) em etanol é
límpida (5.2.25).

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel G, como suporte, e mistura de etanol e tolueno
(10:90), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
5 ȝL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
C20H24O2; 296,40 descritas a seguir.
etinilestradiol; 03699
(17Į)-19-Norpregna-1,3,5(10)-trien-20-ino-3,17-diol Solução (1): dissolver 0,2 g da amostra em mistura de
[57-63-6] metanol e clorofórmio (10:90). Diluir para 10 mL com o
mesmo solvente, de modo a obter solução a 20 mg/mL.
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 102,0% de Solução (2): solução a 1 mg/mL da amostra em mistura de
C20H24O2, em relação à substância dessecada. metanol e clorofórmio (10:90).

Solução (3): dissolver 25 mg de etinilestradiol SQR em


DESCRIÇÃO mistura de metanol e clorofórmio (10:90). Diluir para 25
Características físicas. Pó cristalino, branco ou levemente mL com o mesmo diluente, obtendo solução a 1 mg/mL.
amarelado, inodoro.
Solução (4): dissolver 10 mg de estrona SQR em mistura
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em de metanol e clorofórmio (10:90) e diluir para 10 mL com
acetona, clorofórmio, dioxana, etanol e éter etílico. Solúvel o mesmo solvente. Diluir 2 mL desta solução para 10 mL
em soluções alcalinas diluídas. com o mesmo solvente, obtendo solução a 0,2 mg/mL.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 945

Solução (5): diluir 1 mL da Solução (2) para 5 mL com Procedimento: injetar, separadamente, 25 ȝL da Solução
mistura de metanol e clorofórmio (10:90), obtendo solução padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
a 0,2 mg/mL. e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C20H24O2
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar padrão e a Solução amostra.
secar ao ar e aquecer a 110 °C por 10 minutos. Nebulizar a
placa quente com ácido sulfúrico metanólico SR. Aquecer
a placa novamente a 110 °C por 10 minutos e examinar sob EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
luz ultravioleta (365 nm). Qualquer mancha correspondente
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
à estrona no cromatograma obtido com a Solução (1) não
é mais intensa que aquela obtida no cromatograma com
a Solução (4) (1%). Qualquer mancha secundária obtida ROTULAGEM
no cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha
principal e da mancha correspondente à estrona, não é mais Observar a legislação vigente.
intensa que aquela obtida no cromatograma com a Solução
(5) (1%). CLASSE TERAPÊUTICA
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da Contraceptivo.
amostra, em estufa a 105 °C, por 3 horas. No máximo
1,0%.
ETIONAMIDA
DOSEAMENTO Ethionamidum
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g da amostra. Dissolver


em 40 mL de tetraidrofurano e adicionar 5 mL de nitrato
de prata a 10% (p/v). Titular com hidróxido de sódio 0,1
ea
M SV determinando o ponto Þnal potenciometricamente.
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 29,64
mg de C20H24O2. C8H10N2S; 166,24
etionamida; 03704
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de 2-Etil-4-piridinacarbotioamida
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca [536-33-4]
de 50 mg da amostra, dissolver em etanol e completar o
volume para 100 mL com o mesmo solvente. Diluir com Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
etanol até concentração de 0,01% (p/v). Preparar solução C8H10N2S, em relação à substância dessecada.
padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
em 281 nm, utilizando etanol para ajuste do zero. Calcular DESCRIÇÃO
o teor de C20H24O2 na amostra a partir das leituras obtidas.
Características físicas. Pó cristalino amarelo ou pequenos
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido cristais amarelos, com odor de sulfeto leve a moderado.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 280 nm; coluna de 150 mm de Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada metanol, ligeiramente solúvel em etanol, pouco solúvel em
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3 propilenoglicol, clorofórmio e éter etílico
ȝm a 10 ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Constantes físico-químicas.
Fase móvel de 1 mL/minuto.
Faixa de fusão (5.2.2): 158 ºC a 164 ºC.
Fase móvel: mistura de acetonitrila e água (1:1).

Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 25 mg IDENTIFICAÇÃO


da amostra para balão volumétrico de 25 mL, dissolver e
completar o volume com Fase móvel. Transferir 10 mL A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
para balão volumétrico de 50 mL, diluir e completar o da amostra, dessecada por 18 horas sobre sílica-gel e
volume com Fase móvel, obtendo solução a 0,2 mg/mL. sob pressão reduzida, dispersa em brometo de potássio,
apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
Solução padrão: dissolver, exatamente, cerca de 10 mg de comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
etinilestradiol SQR em Fase móvel e diluir para 50 mL, relativas daqueles observados no espectro de etionamida
obtendo solução a 0,2 mg/mL. SQR, preparado de maneira idêntica.
946 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


220 nm a 350 nm, da solução amostra obtida no método B. do
Doseamento exibe máximos e mínimos somente nos mesmos Em recipientes bem fechados, em local fresco.
comprimentos de onda da solução similar de etionamida SQR.

C. Dissolver 10 mg da amostra em 5 mL de metanol


ROTULAGEM
e adicionar 5 mL de nitrato de prata 0,1 M. Forma-se Observar a legislação vigente.
precipitado marrom escuro.

CLASSE TERAPÊUTICA
ENSAIOS DE PUREZA
Antibacteriano (tuberculostático).
pH (5.2.19). 6,0 a 7,0. Determinar em suspensão aquosa a
1% (p/v).

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em ETIONAMIDA COMPRIMIDOS


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio e Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 110,0% da
metanol (90:10), como fase móvel. Aplicar, separadamente, quantidade declarada de C8H10N2S. Os comprimidos
à placa, 10 ȝL de cada uma das soluções, descritas a seguir. devem ser revestidos (revestimento açucarado).
Solução (1): solução a 20 mg/mL da amostra em acetona.
IDENTIFICAÇÃO
Solução (2): solução a 0,1 mg/mL da amostra em acetona.

e
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
Solução (3): solução a 0,04 mg/mL da amostra em acetona.
do pó equivalente a 0,125 g de etionamida com 25 mL de
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar éter etílico por 2 ou 3 minutos. Filtrar e evaporar o Þltrado a
secar ao ar, examinar sob luz ultravioleta (254 nm). temperatura ambiente. Secar o resíduo sobre sílica-gel, sob
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com pressão reduzida. O espectro de absorção no infravermelho
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais (5.2.14) do resíduo, disperso em brometo de potássio,
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (0,5%), e não apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
mais que uma mancha secundária obtida com a Solução (1) comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
é mais intensa que aquela obtida com a Solução (3) (0,2%). relativas daqueles observados no espectro da etionamida
SQR, preparado de maneira idêntica.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 3 horas. No B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
máximo 0,5%. faixa de 220 nm a 350 nm, da solução amostra obtida
em Doseamento, exibe máximo de absorção em 290 nm,
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. idêntico ao observado no espectro da solução padrão.
No máximo 0,2%.
C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade do
pó equivalente a 1 g de etionamida com 50 mL de metanol
DOSEAMENTO e Þltrar utilizando papel de Þltração lenta. Evaporar o
Þltrado em banho de vapor até secura. O resíduo obtido
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
funde entre 155 ºC e 164 ºC.
A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,25 g da amostra em 50 mL CARACTERÍSTICAS
de ácido acético glacial e titular com ácido perclórico 0,1
M SV determinando o ponto Þnal potenciometricamente. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 16,624 Teste de desintegração (5.1.4.1). Utilizar ácido clorídrico
mg de C8H10N2S. 0,1 M. No máximo 30 minutos.

B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
de 50 mg da amostra e dissolver em metanol. Completar
cada comprimido para balão volumétrico de 100 mL
o volume para 100 mL com o mesmo solvente. Diluir,
contendo 60 mL de metanol e aguardar desintegração total
sucessivamente, em metanol, até concentração de 0,001%
do comprimido. Deixar em ultrassom por 10 minutos, agitar
(p/v). Preparar solução padrão de etionamida SQR na
mecanicamente por 15 minutos e completar o volume com
mesma concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir
o mesmo solvente. Filtrar, desprezando os primeiros 20 mL.
as absorvâncias das soluções resultantes em 290 nm,
Realizar diluições sucessivas até concentração de 0,001%
utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular o teor de
(p/v), utilizando metanol como solvente. Preparar solução
C8H10N2S na amostra a partir das leituras obtidas.
padrão nas mesmas condições. Medir as absorvâncias em
290 nm (5.2.14), utilizando metanol para ajuste do zero.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 947

Calcular a quantidade de C8H10N2S nos comprimidos a DOSEAMENTO


partir das leituras obtidas.
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
50 mg de etionamida para balão volumétrico de 100 mL e
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
adicionar 80 mL de metanol. Deixar em ultrassom por 10
Aparelhagem: cestas, 100 rpm minutos, agitar mecanicamente por 15 minutos e completar
o volume com o mesmo solvente. Filtrar, desprezando os
Tempo: 45 minutos primeiros 20 mL. Transferir 2 mL do Þltrado para balão
volumétrico de 100 mL, completar o volume com metanol
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de e homogeneizar. Preparar solução padrão nas mesmas
dissolução e diluir, se necessário, com ácido clorídrico 0,1 condições. Medir as absorvâncias das soluções em 290
M até concentração adequada. Medir as absorvâncias em nm, utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular a
274 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste quantidade de C8H10N2S nos comprimidos a partir das
do zero. Calcular a quantidade de C8H10N2S dissolvida no leituras obtidas.
meio, comparando as leituras obtidas com a de solução
de etionamida padrão na concentração de 0,001% (p/v),
preparada em ácido clorídrico 0,1 M. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade Em recipientes bem fechados.
declarada de C8H10N2S se dissolvem em 45 minutos.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
ea
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 949

A. Proceder aos ensaios de precipitação com a amostra,


FATOR IX DA COAGULAÇÃO usando uma gama apropriada de soros especíÞcos
de espécies animais. O ensaio é realizado com soros
SANGUÍNEA HUMANA LIOFILIZADO
especíÞcos que contenham proteínas plasmáticas das
Fator IX Coagulationis Sanguinis Humanus
espécies animais que normalmente se usam no país para
Cryodesiccatus a preparação de produtos de origem biológica. A amostra
contém proteínas de origem humana e não precipita com os
O Fator IX da coagulação sanguínea de origem humana soros especíÞcos que contenham proteínas plasmáticas de
lioÞlizado é a fração proteica do plasma que contém o Fator outras espécies animais.
IX da coagulação sanguínea de origem humana, obtido por B. A determinação da atividade coagulante do Fator IX
um método que permite a separação do Fator IX dos outros contribui para identiÞcar a amostra.
Fatores do Complexo Protrombínico Humano (Fatores II,
VII e X). É preparado a partir de plasma humano, de acordo
com a monograÞa Plasma Humano para Fracionamento. CARACTERÍSTICAS
A atividade da preparação, reconstituída de acordo com as
indicações que Þguram no rótulo, não é inferior a 20 UI de Aspecto. Pó ou sólido friável, branco ou amarelo claro.
Fator IX por mililitro. pH (5.2.19). O pH da amostra está compreendido entre 6,5
e 7,5.
PRODUÇÃO
Osmolalidade (5.2.28). No mínimo 240 mosmol/kg.
O método de preparação deve ser desenvolvido de modo
Solubilidade. Ao conteúdo de um recipiente da amostra
a manter a integridade funcional do Fator IX, minimizar
juntar o volume de diluente indicado no rótulo e agitar
a ativação de qualquer Fator de coagulação (para limitar
suavemente durante 10 minutos, à temperatura ambiente.
o potencial trombogênico) e deve incluir uma ou várias
Há dissolução total, formando-se uma solução límpida ou
etapas que demonstrem eliminar ou inativar os agentes
ligeiramente opalescente e incolor.
infecciosos conhecidos e não conhecidos. Se forem
acrescentadas substâncias para inativação viral na etapa
de produção, um procedimento de puriÞcação deve ser ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS

fa
validado de modo a demonstrar que a concentração dessas
substâncias foram reduzidas a um nível aceitável, e que tais Água. Determinar por um método apropriado, como
resíduos não comprometem a segurança da preparação. A Determinação da água pelo método semimicro (5.2.20.3),
atividade especíÞca não deve ser inferior a 50 U.I. de Fator a Perda por dessecação (5.2.9) ou por Espectrofotometria
IX por miligrama de proteínas totais, antes de eventual de absorção no infravermelho (5.2.14.). Não mais que
adição de um estabilizante protéico. 2,0%.

A fração que contém o Fator IX é solubilizada em diluente


TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
apropriado. Pode ser adicionado heparina, antitrombina e
outras substâncias auxiliares, como um estabilizante. Não Pirogênios (5.5.2.1). A amostra cumpre o teste. Injetar em
devem ser adicionados conservantes antimicrobianos. cada coelho por quilograma de massa corporal, um volume
A solução é Þltrada através de um Þltro esterilizante de solução da amostra reconstituída que corresponda a no
e distribuída assepticamente nos frascos Þnais, e mínimo 30 UI do Fator IX e no máximo 50 UI do Fator IX.
imediatamente congelada. Em seguida, são lioÞlizados
sendo os frascos fechados a vácuo ou sob gás inerte. Esterilidade (5.5.3.2.1). A amostra cumpre o teste.

A regularidade do método de produção é avaliada por Toxicidade (5.5.2.3). A amostra cumpre o teste.
procedimentos analíticos apropriados durante os estudos
de desenvolvimento entre os quais Þguram habitualmente
DOSEAMENTO
os seguintes:
Fator IX de Coagulação Sanguínea
• determinação do Fator IX;
• determinação dos Fatores de Coagulação Ativados; Proceder conforme descrito em Determinação do Fator
• determinação da atividade dos Fatores de coagulação IX de coagulação sanguínea (5.5.1.4). A atividade
II, VII e X que não é superior a 5% da atividade do determinada não é inferior a 80% nem superior a 125% da
Fator IX. atividade declarada. O intervalo de conÞança (P = 0,95) da
atividade determinada não ultrapassa 80% a 125%.
IDENTIFICAÇÃO Fatores de Coagulação Ativados
A preparação a ser examinada deve ser reconstituída Proceder conforme descrito em Determinação de fatores
conforme declarado no rótulo, imediatamente antes da de coagulação ativados (5.5.1.8). Se necessário, dilua a
identiÞcação (exceto teste de solubilidade e água) testes amostra para obter uma solução contendo 20 UI do Fator
e ensaio. IX por mililitro. Para cada uma das diluições, o tempo de
coagulação não é inferior a 150 segundos.
950 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Heparina atividade da preparação, reconstituída de acordo com as


indicações que Þguram no rótulo, não é inferior a 15 UI de
Caso tenha sido adicionada heparina durante a produção, Fator VII por mililitro.
determinar sua quantidade de acordo com a monograÞa
Determinação da heparina nos fatores de coagulação O método de preparação deve ser desenvolvido de modo
(5.5.1.1). A amostra não contém mais do que a quantidade a manter a integridade funcional do Fator VII, minimizar
de heparina indicada no rótulo e não é superior a 0,5 UI de a ativação de qualquer fator de coagulação (para limitar
heparina por unidade internacional de Fator IX. o potencial trombogênico) e deve incluir uma ou várias
etapas que demonstrem eliminar ou inativar os agentes
Proteínas totais infecciosos conhecidos e não conhecidos. Se forem
Se necessário, deve-se diluir a preparação reconstituída acrescentadas substâncias para inativação viral na etapa
com uma solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) de de produção, um procedimento de puriÞcação deve ser
forma a obter-se uma solução que contenha cerca de 15 mg validado de modo a demonstrar que as concentrações dessas
de proteínas em 2 mL. Num tubo de centrifuga de fundo substâncias foram reduzidas a um nível aceitável, e que tais
redondo deve-se introduzir 2,0 mL desta solução. Adicionar resíduos não comprometem a segurança da preparação. A
2 mL de solução de molibdato de sódio a 7,5% (p/v) e 2 atividade especiÞca não é inferior a 2 UI de Fator VII por
mL de uma mistura de ácido sulfúrico isento de nitrogênio miligrama de proteínas totais, antes da eventual adição de
e água (1:30). Agitar e centrifugar durante 5 minutos. O um estabilizante protéico.
líquido sobrenadante deve ser decantado permitindo-se A fração que contém o Fator VII é dissolvida em um diluente
que o tubo seja enxuto sobre um papel de Þltro. Determinar apropriado. Pode ser adicionado heparina, antitrombina e
o nitrogênio no resíduo pelo método de Determinação de outras substâncias auxiliares, como um estabilizante.
nitrogênio pelo método de Kjeldahl (5.3.3.2). Calcular o
teor em proteínas devendo ser o resultado multiplicado por Não se adiciona qualquer conservante antimicrobiano.
6,25. Este método pode não ser aplicável a certos produtos, A solução é Þltrada através de um Þltro esterilizante e
notadamente aos que não contêm estabilizante proteico depois distribuída assepticamente nos frascos Þnais e
como a albumina, sendo utilizado outro método validado imediatamente congelada. Em seguida é lioÞlizada e os
para o doseamento da proteína. frascos são fechados sob vácuo ou sob gás inerte.

É demonstrada a regularidade do método de produção, no


ARMAZENAMENTO

f
que diz respeito às atividades dos Fatores II, IX e X da
preparação, expressas em unidades internacionais e em
Ao abrigo da luz.
relação à atividade do Fator VII.

ROTULAGEM É demonstrada a regularidade do método de produção, no


que diz respeito à atividade do Fator VIIa da preparação.
No rótulo indica-se no mínimo: o número de unidades A atividade do Fator VIIa pode ser determinada, com
internacionais do Fator IX em cada frasco; a quantidade de um Fator Tissular recombinante solúvel que não ativa o
proteínas em cada frasco; o nome e a quantidade de qualquer Fator VII em Fator VIIa, mas que tem função de cofator
substância adicionada, incluindo a heparina, quando especíÞco do Fator VIIa: após incubação da mistura do
aplicável; o nome e o volume do diluente necessário para Fator Tissular recombinante solúvel e fosfolipídios com
reconstituir a preparação; as condições de conservação; o uma diluição da amostra e do plasma deÞciente em Fator
prazo de validade; que a transmissão de agentes infecciosos VII, junta-se cloreto de cálcio e determina-se o tempo,
não pode ser totalmente excluída quando se administram de coagulação; o tempo de coagulação é inversamente
medicamentos derivados do sangue ou do plasma humanos proporcional à atividade do Fator VIIa da amostra.
(este último pode ser indicado alternativamente no texto
de bula).
IDENTIFICAÇÃO
Reconstituir a amostra como indicado no rótulo,
FATOR VII DA COAGULAÇÃO imediatamente antes de realizar a identiÞcação, o ensaio
SANGUÍNEA HUMANA LIOFILIZADA (com exceção da solubilidade e da água) e o doseamento.
Fator VII Coagulationis Humanus
A. Realizar com a amostra, ensaios de precipitação com
Cryodesiccatus uma série adequada de soros especíÞcos para as várias
espécies. Recomenda-se que o ensaio seja realizado com
O Fator VII da coagulação sanguínea de origem humana soros especíÞcos de proteínas plasmáticas de cada uma das
lioÞlizado é uma fração proteica do plasma que contém o espécies domésticas normalmente utilizadas na preparação
Fator VII (um derivado glicoprotéico de cadeia simples), de produtos biológicos. Demonstra-se que a preparação
podendo igualmente conter pequenas quantidades da sua contém proteínas de origem humana e apresenta resultados
forma ativada (o derivado de 2 cadeias ou Fator VIIa), negativos com soros especíÞcos para as proteínas
assim como os Fatores II, IX, e X, a Proteína C e a Proteína plasmáticas de outras espécies.
S. É preparado a partir de plasma humano de acordo com B. A determinação do Fator VII contribui para identiÞcar
a monograÞa Plasma Humano para Fracionamento. A a preparação.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 951

CARACTERÍSTICAS Proteínas totais

Aspecto. Pó ou sólido friável, podendo ser branco, amarelo Se necessário, deve-se diluir a preparação reconstituída
claro, verde ou azul. com uma solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) de
forma a obter-se uma solução que contenha cerca de 15 mg
pH (5.2.19). O pH da amostra está compreendido entre 6,5 de proteínas em 2 mL. Num tubo de centrifuga de fundo
e 7,5. redondo deve-se introduzir 2 mL desta solução. Adicionar
2 mL de solução de molibdato de sódio a 7,5% (p/v) e 2
Osmolalidade (5.2.28). A osmolalidade da amostra não é
mL de uma mistura de ácido sulfúrico isento de nitrogênio
inferior a 240 mosmol/kg.
e água (1:30). Agitar e centrifugar durante 5 minutos. O
Solubilidade. Ao conteúdo de um frasco da amostra juntar líquido sobrenadante deve ser decantado permitindo-se
o volume do diluente indicado no rótulo, à temperatura que o tubo seja enxuto sobre um papel de Þltro. Determinar
recomendada, e agitar suavemente por no máximo 10 o nitrogênio no resíduo pelo método de Determinação de
minutos. A amostra dissolve-se completamente formando nitrogênio pelo método de Kjeldahl (5.3.3.2). Calcular o
uma solução límpida ou ligeiramente opalescente que pode teor em proteínas devendo ser o resultado multiplicado por
ser corada. 6,25.

Trombina
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
Se a amostra contiver heparina, determinar a quantidade
Água. Determinar por um método apropriado, como presente, como se indica na Determinação da heparina nos
Determinação da água pelo método semimicro (5.2.20.3), fatores de coagulação (5.5.1.1), e neutralize-a, juntando
a Perda por dessecação (5.2.9) ou por Espectrofotometria sulfato de protamina (10 ȝg de sulfato de protamina
de absorção no infravermelho (5.2.14.). Não mais que 2%. neutralizam 1 UI de heparina). Utilizar 2 tubos de ensaio
e em cada um misturar volumes iguais da amostra
reconstituída e de solução de Þbrinogênio a 0,3% (p/v).
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Mantenha um dos tubos a 37 °C durante 6 horas e o outro
Pirogênios (5.5.2.1). Injetar, em cada coelho, por à temperatura ambiente durante 24 horas. Num terceiro
quilograma de massa corporal, um volume da amostra tubo, misturar um volume da solução de Þbrinogênio com
um volume de solução de trombina humana contendo 1 UI

fa
correspondente a, pelo menos, 30 UI do Fator VII. Cumpre
o teste. por mililitro e colocar o tubo num banho-maria a 37 °C.
Não se produz coagulação nos tubos da amostra. Produz-se
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. coagulação em 30 segundos no tubo que contém trombina.
Toxicidade (5.5.2.3). Cumpre o teste.
ARMAZENAMENTO
DOSEAMENTO Ao abrigo da luz.
Fator VII de Coagulação Sanguínea
ROTULAGEM
Proceder conforme descrito em Determinação do Fator
VII de coagulação sanguínea (5.5.1.5). A atividade No rótulo indica-se no mínimo: o número de unidades
determinada não é inferior a 80% nem superior a 125% da internacionais do Fator VII em cada frasco; a quantidade
atividade declarada. O intervalo de conÞança (P = 0,95) da de proteínas em cada frasco; o nome e a quantidade de
atividade determinada não ultrapassa 80% a 125%. qualquer substância adicionada, incluindo a heparina,
quando aplicável; o nome e o volume do diluente
Fatores de Coagulação Ativados necessário para reconstituir a preparação; as condições
de conservação; o prazo de validade; que a transmissão
Proceder conforme descrito em Determinação de fatores
de agentes infecciosos não pode ser totalmente excluída
de coagulação ativados (5.5.1.8). Para cada uma das
quando se administram medicamentos derivados do sangue
diluições, o tempo de coagulação não é inferior a 150
ou do plasma humanos (este último pode ser indicado
segundos.
alternativamente no texto de bula).
Heparina

Se tiver sido adicionada heparina durante a produção, FATOR VIII DA COAGULAÇÃO


determinar a sua quantidade de acordo com a monograÞa SANGUÍNEA HUMANA LIOFILIZADO
Determinação da heparina nos fatores de coagulação
Factor VIII Coagulationis Sanguinis Humanus
(5.5.1.1). A amostra não contém mais do que a quantidade
Cryodesiccatus
de heparina indicada no rótulo e não é superior a 0,5 UI de
heparina por unidade internacional de Fator VII.
O Fator VIII da coagulação sanguínea de origem humana
lioÞlizado é uma fração proteica do plasma que contém
uma glicoproteína chamada Fator VIII da coagulação e,
952 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

em função do método de puriÞcação, quantidades variáveis pH (5.2.19). 6,5 a 7,5.


do Fator de Von Willebrand. É preparado a partir de uma
mistura de plasma obtida de doadores sadios. Osmolalidade (5.2.28). No mínimo 240 mosmol/kg.

A atividade da preparação, reconstituída de acordo com Solubilidade. Ao conteúdo de um frasco contendo a


as indicações que Þguram no rótulo do fabricante, não é amostra, adicionar um volume do diluente indicado no rótulo
inferior a 20 UI de Fator VIII:C por mililitro. à temperatura recomendada e agitar suavemente por no
máximo 10 minutos. A amostra dissolve-se completamente
O método de preparação inclui duas ou mais etapas formando uma solução límpida ou ligeiramente opalescente
de inativação viral que demonstrem a eliminação ou e incolor ou ligeiramente amarelada. Quando o frasco do
inativação dos agentes infecciosos virais conhecidos. Se produto apresentar ínÞmas partículas ou ßocos após a
forem utilizadas substâncias para inativar os vírus durante reconstituição, deve-se reconstituir e Þltrar a preparação,
a produção, o processo de puriÞcação posterior deve como descrito no rótulo. A solução Þltrada é clara ou
demonstrar, mediante validação, que a concentração das ligeiramente opalescente.
substâncias inativadoras foi eliminada ou reduzida a níveis
aceitáveis pelas normas e que tais eventuais resíduos não
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
possam vir a trazer riscos aos pacientes.
Água. Determinar por um dos métodos a seguir:
A atividade especíÞca não é inferior a 1 UI de Fator VIII:C
Determinação da água pelo método semimicro (5.2.20.3),
por miligrama de proteínas totais, antes de eventual adição
Perda por dessecação (5.2.9) ou por Espectrofotometria
de um estabilizante proteico. O Fator VIII lioÞlizado é
de absorção no infravermelho (5.2.14). No máximo 2,0%.
dissolvido em diluente especiÞcado pelo fabricante. Podem
ser adicionadas substâncias auxiliares, como por exemplo
um estabilizante. Não são adicionados conservantes TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
antimicrobianos. A solução é Þltrada de modo a
proporcionar retenção de bactérias, sendo então distribuída Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
assepticamente nos recipientes Þnais e imediatamente
Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar, em cada
congelada. A mesma é lioÞlizada e os recipientes são
coelho, por quilograma de massa corporal, um volume
fechados sob vácuo ou sob gás inerte.
correspondente a, no mínimo, 30 UI do Fator VIII:C.

f
Validação aplicada aos produtos com indicação
de possuírem uma atividade do tipo Fator de Von DOSEAMENTO
Willebrand. Nos produtos destinados ao tratamento da
doença de Von Willebrand, tem sido demonstrado que o Antígenos de superfície da Hepatite B
processo de fabricação dá origem a um produto com uma
composição constante no que diz respeito ao Fator de Von Proceder conforme descrito em Métodos imunoquímicos
Willebrand. Esta composição pode ser demonstrada de várias (5.6). Examinar a amostra reconstituída. Não se detecta o
maneiras. Por exemplo, o número e os vários multímeros antígeno de superfície da Hepatite B.
do Fator de Von Willebrand pode ser determinado por Fator de Von Willebrand Humano
eletroforese em gel de agarose (aproximadamente 1% de
agarose) em presença de dodecilsulfato de sódio (DSS), Empregar um dos métodos descritos a seguir.
com ou sem análise de Western Blot, utilizando uma
mistura de plasma humano normal como referência. A A. Proceder conforme descrito em Determinação do Fator
visualização do perÞl multimérico pode ser realizada por de Von Willebrand Humano (5.5.1.2).
uma técnica imunoenzimática e a avaliação quantitativa
B. Determinar a atividade do cofator da ristocetina.
por densitometria ou outros métodos apropriados.
Preparar diluições apropriadas da amostra reconstituída
Produtos que apresentam flocos ou partículas depois da e da preparação de referência, utilizando como diluente
reconstituição para uso. Se ínÞmas partículas ou ßocos solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) e albumina humana
permanecem após a preparação reconstituída, durante o a 5% (p/v). Adicionar, a cada preparação, uma quantidade
estudo de validação deve ser demonstrado que a potência apropriada de uma mistura contendo plaquetas humanas
não é signiÞcativamente inßuenciada após a Þltração da estabilizadas e ristocetina A. Misturar numa lâmina de
preparação. vidro com movimentos circulares suaves durante 1 minuto.
Deixar em repouso durante 1 minuto e efetuar a leitura do
resultado em fundo escuro e iluminação lateral. A última
IDENTIFICAÇÃO diluição que apresentar uma aglutinação nitidamente visível
indicará o titulo da amostra. Como testemunho negativo
Atende ao teste Fator VIII da coagulação sanguínea
deve ser utilizado o diluente. A atividade determinada é de
humana lioÞlizado descrito em Doseamento.
no mínimo 60% e no máximo 140% da atividade aprovada
para o produto.
CARACTERÍSTICAS
Aspecto. Pó ou sólido friável branco ou ligeiramente
amarelo e higroscópico.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 953

Fator VIII da coagulação sanguínea humana liofilizado


FENINDIONA
Proceder conforme descrito em Determinação do Fator
VIII da coagulação sanguínea humana lioÞlizado (5.5.1.7).
Phenindionum
A atividade determinada não é inferior a 80% nem superior
a 120% da atividade indicada. Cumpre o teste.

Hemaglutininas anti-A e anti-B

Proceder conforme descrito em Determinação de títulos de


hemaglutininas Anti-A e Anti-B (5.5.1.9). Diluir a amostra
reconstituída com uma solução de cloreto de sódio a 0,9%
(p/v) até uma concentração de 3 UI/mL. As diluições a
C15H10O2; 222,24
1/64 não apresentam sinais de aglutinação. Cumpre o teste.
fenindiona; 03938
Proteínas totais 2-Fenil-1H-indeno-1,3(2H)-diona
[83-12-5]
Proceder conforme descrito em Determinação de nitrogênio
pelo método de Kjeldahl (5.3.3.2). Se necessário, diluir a Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de
preparação reconstituída com uma solução de cloreto de C15H10O2, em relação à substância dessecada.
sódio a 0,9% (p/v) de forma a obter uma solução contendo
cerca de 15 mg de proteínas em 2 mL. A um tubo de
centrifuga de fundo redondo, adicionar 2 mL desta solução, DESCRIÇÃO
2 mL de solução de molibdato de sódio a 7,5% (p/v) e
Características físicas. Pó cristalino, quase inodoro
2 mL de mistura de ácido sulfúrico isento de nitrogênio
e insípido, ou cristais sedosos, brancos ou levemente
e água (1:30). Agitar e centrifugar durante 5 minutos. O
amarelados.
líquido sobrenadante deve ser decantado permitindo-se
que o tubo seja enxuto sobre um papel de Þltro. Calcular Solubilidade. Insolúvel em água, facilmente solúvel em
o teor em proteínas multiplicando o resultado por 6,25. clorofórmio, pouco solúvel em etanol e éter etílico.
Este método pode não ser aplicável a certos produtos,

fa
notadamente aos que não contêm estabilizante proteico Constantes físico-químicas.
como a albumina, sendo utilizado outro método validado
para este doseamento. Faixa de fusão (5.2.2). 148 oC a 151 oC, com decomposição.

ARMAZENAMENTO IDENTIFICAÇÃO

Ao abrigo da luz. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)


da amostra, dispersa em brometo de potássio apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
ROTULAGEM de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de fenindiona SQR, preparado de
Observar a legislação vigente. No rótulo indica-se: o
maneira idêntica.
número de unidades internacionais do Fator VIII:C e,
nos casos apropriados, do Fator de Von Willebrand; a B. Dissolver 0,1 g da amostra em 30 mL de etanol, com
quantidade de proteínas em cada recipiente; o nome e a auxílio de aquecimento, se necessário. Resfriar, transferir
quantidade de qualquer substância adicionada; o nome e o para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
volume do liquido necessário para reconstituir a preparação; com o mesmo solvente. Diluir sucessivamente até
as condições de conservação; o prazo de validade; que a 0,0004% (p/v) com hidróxido de sódio 0,1 M. O espectro
transmissão de agentes infecciosos não pode ser totalmente de absorção no ultravioleta (5.2.14) desta solução, na faixa
excluída quando se administram medicamentos derivados de 200 a 400 nm, exibe máximos em 278 nm e 330 nm. A
do sangue ou do plasma humanos (este último pode ser absorvância em 278 nm é de 0,54 e em 330 nm é de 0,16.
indicado alternativamente no texto de bula).

ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel F254, como suporte, e hidroxitolueno butilado a
0,02% (p/v) em mistura de acetato de etila-ácido acético
glacial (20:4) como fase móvel. Aplicar, separadamente,
à placa, 10 ȝL de cada uma das soluções, recentemente
preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): solução da amostra a 10 mg/mL em cloreto


de metileno.
954 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 50 mL com DESCRIÇÃO


cloreto de metileno.
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
Solução (3): diluir 2,5 mL da Solução (2) para 10 mL com branco.
cloreto de metileno.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar etanol quente, pouco solúvel em etanol frio, clorofórmio e
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). éter etílico.
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais Constantes físico-químicas.
intensa que a mancha principal obtida com a Solução (2)
Faixa de fusão (5.2.2): 295 ºC a 298 ºC.
(2,0%). Não mais do que uma mancha secundária obtida
no cromatograma com a Solução (1) é mais intensa que a
mancha principal obtida com a Solução (3) (0,5%). IDENTIFICAÇÃO
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra. Dessecar em estufa a 105 oC, por 2 horas. No amostra, previamente dessecada, e dispersa em brometo
máximo 1,0%. de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%. intensidades relativas daqueles observados no espectro de
fenitoína SQR, preparado de maneira idêntica.
DOSEAMENTO
B. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3).
cerca de 50 mg da amostra, dissolver em hidróxido de
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
sódio 0,1 M e diluir para 250 mL com o mesmo solvente.
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
Diluir, sucessivamente, em hidróxido de sódio 0,1 M até
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
concentração de 0,0004% (p/v). Medir as absorvâncias das
soluções resultantes em 278 nm, utilizando hidróxido de D. Solubilizar 10 mg da amostra em 1 mL de água e 50 —L

f
sódio 0,1 M para ajuste do zero. Calcular o teor de C15H10O2 de solução concentrada de amônia. Aquecer até início de
na amostra considerando A (1%, 1 cm) = 1310, em 278 nm, ebulição. Adicionar 50 —L de sulfato cúprico pentaidratado
em hidróxido de sódio 0,1 M. a 5% (p/v) em amônia 2 M. Agitar. Produz-se precipitado
róseo.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Acidez ou alcalinidade. Pesar, exatamente, cerca de 1 g
CLASSE TERAPÊUTICA da amostra. Adicionar 45 mL de água e aquecer à ebulição
durante 2 minutos. Resfriar e Þltrar. Lavar o Þltro com água
Anticoagulante. isenta de dióxido de carbono. Reunir as águas de lavagem
em balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
água isenta de dióxido de carbono. Homogeneizar. Pipetar
FENITOÍNA 10 mL da solução obtida para erlenmeyer. Adicionar 0,15
Phenytoinum mL de vermelho de metila SI. Titular com ácido clorídrico
0,01 M até coloração vermelha. No máximo 0,5 mL do
titulante é gasto para viragem do indicador. Pipetar 10 mL
da solução inicial para erlenmeyer. Adicionar 0,15 mL de
azul de bromotimol SI. Titular com hidróxido de sódio
0,01 M até coloração azul. No máximo 0,5 mL do titulante
é gasto para viragem do indicador.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de dioxana e
hexano (30:75), como fase móvel. Antes do teste, lavar
C15H12N2O2; 252,27 a placa com a fase móvel e deixar secar ao ar. Aplicar,
fenitoína; 03953 separadamente, à placa, 10 —L de cada uma das soluções,
5,5-Difenil-2,4-imidazolidinadiona recentemente preparadas, descritas a seguir.
[57-41-0]
Solução (1): solução da amostra a 40 mg/mL em mistura de
acetona e metanol (50:50).
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C15H12N2O2, em relação à substância dessecada.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 955

Solução (2): solução da amostra a 2 mg/mL em mistura de Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da
acetona e metanol (50:50). amostra e transferir para balão volumétrico de 100 mL.
Dissolver em metanol, completar o volume com o mesmo
Solução (3): solução de fenitoína SQR a 2 mg/mL em solvente e homogeneizar. Transferir 10 mL da solução
mistura de acetona e metanol (50:50). obtida para balão volumétrico de 100 mL, completar o
volume com Fase móvel e homogeneizar.
Solução (4): solução de benzofenona a 80 —g/mL em
mistura de acetona e metanol (50:50). Solução padrão: dissolver quantidade. exatamente pesada,
de fenitoína SQR em Fase móvel, com auxílio de ultrassom,
Solução (5): solução de benzil a 80 —g/mL em mistura de
de modo a obter solução a 0,1 mg/mL.
acetona e metanol (50:50).
Solução de resolução: preparar solução contendo,
Solução (6): solução da amostra a 0,4 mg/mL em mistura
aproximadamente, 1,5 mg/mL de benzoína em Fase móvel.
de acetona e metanol (50:50).
Misturar 1 mL da solução obtida com 9 mL da Solução
Solução (7): mistura de 1 mL da Solução (4) e 1 mL da padrão e homogeneizar.
Solução (5).
Injetar 20 —L da Solução de resolução. Os tempos de
Procedimento: desenvolver o cromatograma. Remover retenção relativos são cerca de 0,75 para a fenitoína e 1,0
a placa, deixar secar sob corrente de ar frio durante 2 para a benzoína, e a resolução entre os picos de fenitoína e
minutos. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Qualquer benzoína não é menor que 1,5. Injetar replicatas de 20 —L
mancha correspondente à benzofenona ou ao benzil obtida da Solução padrão. O desvio padrão relativo das áreas de
no cromatograma com a Solução (1) não é mais intensa replicatas dos picos registrados não é maior que 1,0%, e o
que as manchas obtidas com a Solução (4) e a Solução (5) fator de cauda para o pico de fenitoína não é maior que 1,5.
(0,2%). Qualquer outra mancha obtida no cromatograma
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
com a Solução (1), diferente das manchas correspondentes
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
à fenitoína, benzofenona ou benzil, não é mais intensa que
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H12N2O2
aquela obtida com a Solução (6) (1%). O teste somente
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
é válido se o cromatograma obtido com a Solução (7)
padrão e a Solução amostra.
apresenta duas manchas principais nitidamente separadas.

fa
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. Determinar EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
em 2 g da amostra. Utilizar 2 mL da solução padrão de
chumbo (10 ppm Pb). No máximo 0,001% (10 ppm). Em recipientes bem fechados.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, até peso constante. ROTULAGEM
No máximo 0,5%.
Observar a legislação vigente.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
No máximo 0,1%.
CLASSE TERAPÊUTICA

DOSEAMENTO Anticonvulsivante.

Empregar um dos métodos descritos a seguir.


FENITOÍNA COMPRIMIDOS
A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio
não aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,2
g da amostra, transferir para erlenmeyer de 250 mL e Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
dissolver em 50 mL de dimetilformamida. Titular com quantidade declarada de C15H12N2O2.
metóxido de sódio 0,1 M SV, determinando o ponto Þnal
potenciometricamente. Realizar ensaio em branco e fazer
IDENTIFICAÇÃO
as correções necessárias. Cada mL de metóxido de sódio
0,1 M SV equivale a 25,227 mg de C15H12N2O2. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
àquele do pico principal da Solução padrão.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada CARACTERÍSTICAS
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
de 1,5 mL/minuto.
Testes de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Fase móvel: mistura de metanol e água (55:45).
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
956 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. C15H12N2O2 nos comprimidos a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Em recipientes bem fechados.
Meio de dissolução: tampão tris 0,05 M pH 9,0, 900 mL

Aparelhagem: pás, 100 rpm ROTULAGEM


Tempo: 120 minutos Observar a legislação vigente.
Procedimento: imediatamente após o teste, retirar alíquota
do meio de dissolução e Þltrar, descartando os primeiros
FENITOÍNA SÓDICA SOLUÇÃO
mililitros. Pipetar 10 mL do Þltrado e transferir para balão
volumétrico de 50 mL. Completar o volume com Fase INJETÁVEL
móvel, obtida em Doseamento, e homogeneizar. Preparar
a solução padrão pesando, exatamente, cerca de 75 mg de Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
fenitoína SQR. Transferir para balão volumétrico de 25 mL, quantidade declarada de C15H11N2NaO2.
dissolver em metanol e completar o volume com o mesmo
solvente. Pipetar 1 mL da solução obtida, transferir para
balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com IDENTIFICAÇÃO
o Meio de dissolução. Pipetar 10 mL da solução anterior
e diluir para 25 mL com Fase móvel. Proceder conforme A. A mancha principal do cromatograma da Solução (1),
descrito em Doseamento. obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Tolerância: não menos que 70% (Q) da quantidade
declarada de C15H12N2O2 se dissolvem em 120 minutos. B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.
DOSEAMENTO

f
C. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de CARACTERISTICAS
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel pH (5.2.19). 10,0 a 12,3.
de 1,5 mL/minuto.

Fase móvel: mistura de água, metanol, acetonitrila, ENSAIOS DE PUREZA


trietilamina a 1% (v/v) e ácido acético (500:270:230:5:1).
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
Transferir quantidade do pó equivalente a 50 mg de fenitoína sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de dioxana e
para balão volumétrico de 100 mL, adicionar cerca de 70 hexano (30:75), como fase móvel. Antes do teste, lavar
mL da Fase móvel e deixar em ultrassom por 10 minutos. a placa com a fase móvel e deixar secar ao ar. Aplicar,
Completar o volume com o mesmo solvente e homogeneizar. separadamente, à placa, 5 —L de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 50 mg de
fenitoína SQR e transferir para balão volumétrico de 100 Solução (1): diluir volume da solução injetável em metanol
mL. Dissolver em, no máximo, 5 mL de metanol com de modo a obter solução de fenitoína sódica a 20 mg/mL.
auxílio de ultrassom. Completar o volume com a Fase móvel
Solução (2): solução a 20 mg/mL de fenitoína sódica SQR
e homogeneizar.
em metanol.
Injetar replicatas de 25 —L da Solução padrão. A eÞciência
Solução (3): solução a 0,1 mg/mL de benzofenona em
da coluna não deve ser menor que 6500 pratos teóricos/
etanol.
metro. O fator de cauda não é maior que 1,5. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados Solução (4): solução a 0,1 mg/mL de benzil em etanol.
não é maior que 2,0%.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Procedimento: injetar, separadamente, 25 —L da Solução secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas Qualquer mancha correspondente à benzofenona ou ao
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de benzil obtida no cromatograma com a Solução (1) não é
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 957

mais intensa que as manchas obtidas nos cromatogramas


com a Solução (3) e a Solução (4) (0,5%). FENOBARBITAL
Phenobarbitalum
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.

Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,35 UE/


mg de fenitoína sódica.

DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
C12H12N2O3; 232,24
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
fenobarbital; 03960
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
5-Etil-5-fenil-2,4,6(1H,3H,5H)-pirimidinatriona
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
[50-06-6]
—m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
de 1,5 mL/minuto.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
Fase móvel: mistura de metanol e água (55:45). C12H12N2O3, em relação à substância dessecada.

Solução amostra: transferir volume da solução injetável


equivalente a 0,25 g de fenitoína sódica para balão DESCRIÇÃO
volumétrico de 100 mL. Completar o volume com Fase
Características físicas. Pó cristalino branco ou cristais
móvel e homogeneizar. Transferir 5 mL para balão
incolores inodoros.
volumétrico de 50 mL. Completar o volume com Fase
móvel e homogeneizar. Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, facilmente
solúvel em etanol, ligeiramente solúvel em éter etílico.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,

fa
Solúvel em carbonatos e hidróxidos diluídos.
de fenitoína sódica SQR na Fase móvel e diluir de modo a
obter solução a 0,25 mg/mL. Constantes físico-químicas.
Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. O fator de Faixa de fusão (5.2.2): 174 °C a 178 °C.
cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das
áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que
2,0%. IDENTIFICAÇÃO

Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas realizados os testes B., C., D., E. e F. Os testes de
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de identiÞcação C. e D. podem ser omitidos se forem
C15H11N2NaO2 na solução injetável a partir das respostas realizados os testes A., B., E. e F.
obtidas para a Solução padrão e a Solução amostra. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dessecada e dispersa em brometo de potássio,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO apresenta máximos de absorção somente nos mesmos
comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz, em relativas daqueles observados no espectro de fenobarbital
temperatura inferior a 25 ºC. SQR, preparado de maneira idêntica.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na


ROTULAGEM faixa de 200 a 400 nm, de solução obtida no método B.
Observar a legislação vigente. de Doseamento, exibe máximos e mínimos idênticos aos
observados no espectro da solução padrão.

C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em


camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254
como suporte, e mistura de amônia 13,5 M, etanol
e clorofórmio (5:15:80), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 10 ȝL de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): solução a 1 mg/mL da amostra em etanol.


958 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (2): solução a 1 mg/mL de fenobarbital SQR em Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
etanol. No máximo 0,1%.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar


ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha DOSEAMENTO
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
A. Pesar, exatamente, cerca de 0,4 g de amostra, transferir
D. A relação entre os tempos de retenção do pico principal
para erlenmeyer de 125 mL e dissolver em 50 mL de
e do pico do padrão interno no cromatograma da solução
etanol, previamente neutralizado com hidróxido de sódio
amostra, obtida no método C. de Doseamento, corresponde
0,1 M SV, utilizando seis gotas de timolftaleína SI. Titular
à relação entre os tempos de retenção do pico principal e
com hidróxido de sódio 0,1 M SV. Cada mL de hidróxido
do pico do padrão interno no cromatograma da solução
de sódio 0,1 M SV equivale a 23,220 mg de C12H12N2O3.
padrão.
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
E. Responde à reação de barbitúrico sem substituinte
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca
no nitrogênio (5.3.1.1). Utilizar solução a 1 mg/mL em
de 50 mg de amostra, transferir para balão volumétrico de
metanol.
50 mL, dissolver em 5 mL de etanol e completar o volume
F. Agitar 0,1 g da amostra com 4 mL de hidróxido de com tampão borato pH 9,6. Diluir, sucessivamente,
sódio 0,1 M e 1 mL de água e Þltrar. Adicionar a 2 mL do até concentração de 0,001% (p/v), utilizando o mesmo
Þltrado, 0,25 mL de cloreto de mercúrio 0,2 M. Produz-se solvente. Preparar solução padrão na mesma concentração,
precipitado branco que se dissolve pela adição de 5 mL de utilizando o mesmo solvente e fenobarbital SQR ao invés
hidróxido de amônio 6 M. da amostra. Medir a absorvância das soluções resultantes
em 240 nm, utilizando tampão borato pH 9,6 para o ajuste
do zero. Calcular o teor de C12H12N2O3 na amostra, a partir
ENSAIOS DE PUREZA das leituras obtidas.
Aspecto da solução. A solução a 10% (p/v) em mistura de C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
hidróxido de sódio 2 M e água (2:3) mantem-se límpida de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
(5.2.25). de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de

f Acidez. Ebulir, durante 2 minutos, 1 g da amostra em 50 mL


de água. Resfriar e Þltrar. Adicionar, a 10 mL do Þltrado,
0,15 mL de vermelho de metila SI. A solução torna-se
amarelo-alaranjada. Titular com hidróxido de sódio 0,1 M
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com
sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 ȝm);
ßuxo de Fase móvel de 1,2 mL/minuto.

Tampão acetato pH 4,5: dissolver cerca de 6,6 g de acetato


SV. Não mais que 0,1 mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV de sódio tri-hidratado e 3 mL de ácido acético glacial em
é necessário para produzir coloração amarela nítida. 1000 mL de água e ajustar, se necessário, com ácido acético
glacial para pH de 4,5 ± 0,1.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Fase móvel: mistura de Tampão acetato pH 4,5 e metanol
sílica-gel GF254 como suporte, e mistura de amônia 13,5 M, (56:44).
etanol e clorofórmio (5:15:80), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 20 ȝL de cada uma das soluções, Diluente: misturar Tampão acetato pH 4,5 e metanol (1:2)
recentemente preparadas, descritas a seguir:
Solução padrão interno: dissolver quantidade exatamente
Solução (1): dissolver 0,1 g da amostra em etanol e pesada da cafeína SQR em Diluente de modo a obter
completar para 10 mL com o mesmo solvente. solução a 0,6 mg/mL.

Solução (2): diluir 0,5 mL da Solução (1) para 100 mL Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 60 mg
com etanol. da amostra para balão volumétrico de 100 mL. Acrescentar
10 mL de Solução padrão interno e cerca de 60 mL de
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Diluente. Levar a banho de ultrassom por 15 minutos.
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Completar o volume com Diluente.
Nebulizar com difenilcarbazona mercúrica SR, deixar secar
ao ar e nebulizar com hidróxido de potássio etanólico SR Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 60 mg
recém preparada. Aquecer a placa a 105 °C por 5 minutos de fenobarbital SQR para balão volumétrico de 100 mL.
e examinar imediatamente. Qualquer mancha secundária Acrescentar 10 mL de Solução padrão interno e cerca de
obtida com a Solução (1) diferente da mancha principal, 60 mL de Diluente. Levar a banho de ultrassom por 15
não é mais intensa que aquela obtida com a Solução (2) minutos e completar o volume com Diluente, de modo a
(0,5%). obter solução contendo 0,6 mg/mL de fenobarbital.

Perda por dessecação. (5.2.9). Dessecar em estufa, a 105 Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. Os tempos
°C, por 2 horas. No máximo 1%. de retenção relativos são cerca de 0,4 para a cafeína e 1,0
para o fenobarbital. O fator de cauda não é maior que 2,0. A
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 959

resolução entre fenobarbital e cafeína não deve ser menor Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
que 1,2. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas
dos picos registrados não é maior que 2,0%. Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
cada comprimido para balão volumétrico de 100 mL
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução contendo 5 mL de água e aguardar desintegração total do
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e comprimido. Acrescentar 5 mL de etanol e 60 mL de tampão
medir as áreas sob os picos correspondentes à fenobarbital borato pH 9,6. Deixar em ultrassom por 15 minutos. Agitar,
e cafeína. Calcular o teor de C12H12N2O3 na amostra a partir mecanicamente, por 15 minutos, completar o volume com
das respostas obtidas para a relação fenobarbital/cafeína o tampão. Prosseguir conforme descrito no método A. de
com a Solução padrão e com a Solução amostra. Doseamento a partir de “Homogeneizar e Þltrar”.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


Em recipientes bem fechados. Meio de dissolução: água, 900 mL

Aparelhagem: pás, 50 rpm


ROTULAGEM
Tempo: 45 minutos
Observar a legislação vigente.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de dissolução e diluir com tampão borato pH 9,6 até
CLASSE TERAPÊUTICA
concentração adequada. Medir as absorvâncias em 240
Anticonvulsivante, hipnótico, sedativo. nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para o ajuste
do zero. Calcular a quantidade de C12H12N2O3 dissolvida
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
FENOBARBITAL COMPRIMIDOS de fenobarbital SQR na concentração de 0,001% (p/v),
preparada em tampão borato pH 9,6.

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
quantidade declarada de C12H12N2O3. declarada de C12H12N2O3 se dissolvem em 45 minutos.

IDENTIFICAÇÃO
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
fa
quantidade de pó equivalente a 60 mg de fenobarbital para
béquer, adicionar 50 mL de clorofórmio, homogeneizar Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
e Þltrar. Evaporar até secura. Secar o resíduo em estufa Cumpre o teste.
a 105 °C por 2 horas. O resíduo responde ao teste A. de
IdentiÞcação da monograÞa de Fenobarbital.
DOSEAMENTO
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) na
faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida Empregar um dos métodos descritos a seguir.
no método A. de Doseamento, exibe máximos e mínimos
idênticos aos observados no espectro da solução padrão. A. Por Espectrofotometria de absorção no ultravioleta
(5.2.14). Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir
C. A relação entre os tempos de retenção do pico principal quantidade do pó equivalente a 50 mg de fenobarbital para
e do pico do padrão interno no cromatograma da Solução balão volumétrico de 50 mL, dissolver em 5 mL de etanol
amostra, obtida no método B. de Doseamento, corresponde e acrescentar 35 mL de tampão borato pH 9,6. Deixar em
à relação entre os tempos de retenção do pico principal e ultrassom por 15 minutos, completar o volume com o
do pico do padrão interno no cromatograma da Solução tampão. Homogeneizar e Þltrar. Diluir, sucessivamente,
padrão. com o mesmo solvente, até concentração de 0,001%
(p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração,
D. O resíduo obtido no teste A. de IdentiÞcação funde utilizando o mesmo solvente. Medir a absorvância das
entre 174 °C e 178 °C. soluções resultantes no comprimento de onda de 240 nm,
utilizando tampão borato pH 9,6 para o ajuste do zero.
CARACTERÍSTICAS Calcular a quantidade de C12H12N2O3 nos comprimidos, a
partir das leituras obtidas.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
B. Por CromatograÞa a líquido de alta eÞciência
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. (5.2.17.4). Proceder conforme descrito no método C. de
Doseamento da monograÞa de Fenobarbital. Preparar a
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. Solução amostra como descrito a seguir.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
960 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Transferir quantidade do pó equivalente a 60 mg de
fenobarbital para balão volumétrico de 50 mL, acrescentar Contagem do número total de micro-organismos
4 mL de Solução de padrão interno e 30 mL de Diluente. mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Deixar em ultrassom por 15 minutos. Agitar mecanicamente
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
por 15 minutos, completar o volume com o Diluente,
homogeneizar e Þltrar. Cumpre o teste.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução


DOSEAMENTO
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos correspondentes ao fenobarbital Proceder conforme descrito no método C. de Doseamento
e à cafeína. Calcular a quantidade de C12H12N2O3 nos da monograÞa de Fenobarbital. Preparar a Solução
comprimidos a partir das respostas obtidas para a relação amostra como descrito a seguir.
fenobarbital/cafeína, com a Solução padrão e a Solução
amostra. Solução amostra: transferir volume da solução oral,
equivalente a 0,6 g de fenobarbital, para balão volumétrico
de 100 mL e completar o volume com o Diluente. Transferir
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO 10 mL para balão volumétrico de 50 mL, acrescentar 4 mL
Em recipientes bem fechados. de Solução de padrão interno e completar o volume com
o Diluente.

ROTULAGEM Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução


padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
Observar a legislação vigente. medir as áreas sob os picos correspondentes ao fenobarbital
e à cafeína. Calcular a quantidade de C12H12N2O3 na
solução oral a partir das respostas obtidas para a relação
FENOBARBITAL SOLUÇÃO ORAL fenobarbital/cafeína, com a Solução padrão e a Solução
amostra.

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 105,0% da

f quantidade declarada de C12H12N2O3. Contém agentes EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


estabilizantes e alcalinizantes apropriados. Em recipientes bem fechados.

IDENTIFICAÇÃO ROTULAGEM
A. Transferir volume da solução oral, equivalente a 0,4 g de Observar a legislação vigente.
fenobarbital, para funil de separação de 125 mL contendo
20 mL de água, adicionar 5 mL de hidróxido de sódio M,
homogeneizar e extrair com duas porções de 10 mL de FENOL
clorofórmio, descartando a camada orgânica. Adicionar 5 Phenolum
mL de ácido clorídrico 3 M e extrair com duas porções
de 25 mL de clorofórmio, Þltrar, recolhendo os extratos
orgânicos em béquer. Evaporar até secura. Secar o resíduo
em estufa a 105 °C por 2 horas. O resíduo responde ao teste
A. de IdentiÞcação da monograÞa de Fenobarbital.

B. A relação entre os tempos de retenção do pico principal


e do pico do padrão interno no cromatograma da Solução
amostra, obtida em Doseamento, corresponde à relação
C6H6O; 94,11
entre os tempos de retenção do pico principal e do pico do
fenol; 03968
padrão interno no cromatograma da Solução padrão.
Fenol
C. O resíduo obtido no teste A. de IdentiÞcação funde [108-95-2]
entre 174 °C e 178 °C (5.2.2).
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
C6H6O, em relação à substância anidra.
CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. DESCRIÇÃO
pH (5.2.19). 9,2 a 10,2. Características físicas. Cristais aciculares incolores ou
massa cristalina branca, odor característico, corrosivo,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 961

irritante para mucosas e pele, deliquescente. Escurece CATEGORIA


quando exposto ao ar e à luz.
Antisséptico, conservante e antipruriginoso.
Solubilidade. Solúvel em água, muito solúvel em etanol,
éter etílico, clorofórmio, glicerol e óleos Þxos e voláteis,
insolúvel em éter de petróleo. FENOXIMETILPENICILINA POTÁSSICA
Phenoxymethylpenicillinum kalicum
Constantes físico-químicas.

Temperatura de congelamento (5.2.4): no mínimo 39 ºC.

IDENTIFICAÇÃO
A. A 5 mL de uma solução aquosa da amostra a 2% (p/v),
adicionar uma gota de solução aquosa de cloreto férrico a
5% (p/v). Desenvolve-se coloração violeta. Adicionar 10
mL de etanol a 90% (v/v). A coloração se torna amarela.
C16H17KN2O5S; 388,48
B. Adicionar água de bromo SR a uma solução aquosa da fenoximetilpenicilina potássica; 03996
amostra a 1% (p/v). Produz-se um precipitado branco que Sal de potássio do ácido (2S,5R,6R)-3,3-dimetil-7-oxo-6-
se dissolve imediatamente, mas que se torna permanente [(fenoxiacetil)amino]-4-tia-1-azabiciclo[3.2.0]heptano-2-
após adição de excesso de reagente. carboxílico (1:1)
[132-98-9]

ENSAIOS DE PUREZA Apresenta teor de, no mínimo, 1380 UI e, no máximo, 1610


Aspecto da solução. A solução de 1 g da amostra em 15 UI de fenoximetilpenicilina (C16H18N2O5S) por miligrama,
mL de água é límpida (5.2.25). em relação à substância dessecada.

Acidez. A 5 mL de uma solução de 1 g da amostra em 15


DESCRIÇÃO

fa
mL de água, adicionar uma gota de alaranjado de metila SI.
Produz-se coloração amarela. Características físicas. Pó cristalino branco, inodoro.
Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%. Solubilidade. Muito solúvel em água, pouco solúvel em
etanol e insolúvel em acetona.
Resíduo por evaporação. Pesar, exatamente, cerca de 5 g
da amostra, evaporar em banho-maria e secar a 105 ºC por Constantes físico-químicas.
1 hora. A massa do resíduo não deve ser superior a 2,5 mg.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +220° a +235°, em
relação à substância dessecada. Determinar em solução a
DOSEAMENTO 1% (p/v) em água isenta de dióxido de carbono.
Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g da amostra, dissolver em
água e completar o volume para 100 mL com o mesmo IDENTIFICAÇÃO
solvente. Transferir 25 mL da solução para um erlenmeyer
com tampa e adicionar 50 mL de bromo 0,05 M SV e 5 mL Os testes de identiÞcação B. e C. podem ser omitidos se
de ácido clorídrico. Tampar, agitar ocasionalmente durante forem realizados os testes A. e D. O teste de identiÞcação
20 minutos e deixar ao abrigo da luz por 15 minutos. A. pode ser omitido se forem realizados os testes B., C. e D.
Adicionar 5 mL de solução de iodeto de potássio a 20%
(p/v) e agitar suavemente. Titular com tiossulfato de sódio A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
0,1 M SV. Adicionar 3 mL de solução de amido SI e 10 mL da amostra, dispersa em brometo de potássio apresenta
de clorofórmio quando a coloração da solução permanecer máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
levemente amarelada. Continuar a titulação com agitação de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
vigorosa até o desaparecimento da cor azul. Realizar observados no espectro de fenoximetilpenicilina potássica
ensaio em branco e fazer as correções necessárias. Cada SQR, preparado de maneira idêntica.
mL de bromo 0,05 M SV equivale a 1,569 mg de C6H6O. B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel H, como
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO suporte, e mistura de acetona e acetato de amônio a 15,4%
(p/v) com o pH ajustado para 5,0 com ácido acético glacial
Em recipientes herméticos, protegidos da luz. (30:70), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
1 —L de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
descritas a seguir.
ROTULAGEM
Solução (1): solução a 5 mg/mL da amostra em água.
Observar a legislação vigente.
962 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (2): solução a 5 mg/mL de fenoximetilpenicilina empregando a fórmula: 100rh/rs, onde rh é a área sob o
potássica SQR em água. pico de 4-hidroxifenoximetilpenicilina e rs é a soma das
áreas sob os picos de 4-hidroxifenoximetilpenicilina e
Solução (3): solução contendo 5 mg/mL de benzilpenicilina fenoximetilpenicilina. No máximo 5,0%.
potássica SQR e 5 mg/mL de fenoximetilpeniclina
potássica SQR em água. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
amostra. Dessecara em estufa a 105 °C. No máximo 1,5%.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar e expor a vapores de iodo até o aparecimento
das manchas. Examinar sob luz visível. A mancha principal DOSEAMENTO
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
intensidade àquela obtida com a Solução (2). O teste não
é válido a menos que o cromatograma da Solução (3) A. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico
apresente duas manchas nitidamente separadas. de antibióticos (5.5.3.3.1) pelo método de difusão em agar,
utilizando cilindros.
C. Transferir 2 mg da amostra para um tubo de ensaio.
Umedecer com 0,05 mL de água e adicionar 2 mL da Micro-organismo: Staphylococcus aureus ATCC 6538P.
mistura de 2 mL de solução de formaldeído com 100 mL
de ácido sulfúrico. Agitar o tubo. Desenvolve-se coloração Meios de cultura: meio de cultura número 1, para
marrom avermelhada. Imergir o tubo em banho-maria manutenção do micro-organismo e preparo do inóculo;
durante 1 minuto. A coloração marrom-avermelhada torna- meio de cultura número 2, para a camada base.
se mais escura.
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
D. Responde às reações do íon potássio (5.3.1.1). da amostra em Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril,
pH 6,0 (Solução 1) para obter solução a 100 UI/mL. Diluir,
sucessivamente, até as concentrações 0,2 UI/mL, 0,4 UI/
ENSAIOS DE PUREZA mL e 0,8 UI/mL, utilizando Tampão fosfato de potássio a
pH (5.2.19). 4,0 a 7,5. Determinar em solução aquosa a 1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1) para completar o volume.
3% (p/v). Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de fenoximetilpenicilina potássica em Tampão fosfato de

f
Limite de ácido fenoxiacético. Proceder conforme
descrito em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência potássio a 1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1) para obter solução
(5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector a 100 UI/mL. Diluir, sucessivamente, até as concentrações
ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de comprimento 0,2 UI/mL, 0,4 UI/mL e 0,8 UI/mL, utilizando Tampão
e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica fosfato de potássio a 1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1) para
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 —m), completar o volume.
mantido à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de Procedimento: adicionar 21 mL de meio de cultura número
1,0 mL/minuto. 2 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 4 mL de
Tampão fosfato pH 6,6: transferir 250 mL de fosfato de inóculo a 1% e proceder conforme descrito em Ensaio
potássio monobásico 0,2 M e 82 mL de hidróxido de sódio microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando
0,2 M para balão volumétrico de 1000 mL. Completar aos cilindros, 0,2 mL das soluções recentemente
volume com água e homogeneizar. preparadas. Calcular a potência da amostra, em UI de
fenoximetilpenicilina por miligrama, a partir da potência
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e ácido acético do padrão e das respostas obtidas com as soluções padrão
glacial (65:35:1). Fazer os ajustes necessários. e amostra.

Solução padrão: solução de ácido fenoxiacético a 0,1 mg/ B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
mL em Tampão fosfato pH 6,6. de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
Solução amostra: solução da amostra a 20 mg/mL em comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Tampão fosfato pH 6,6. Utilizar a solução no mesmo dia. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
—m), mantido à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. O fator de
de 1,0 mL/minuto.
cauda não é maior que 1,5 e o desvio padrão relativo das
áreas de replicatas sob os picos registrados não é maior Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e ácido acético
que 2,0%. glacial (650:350:5,75). Fazer os ajustes necessários.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente pesada,
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as da amostra em Fase móvel para obter solução a 2,5 mg/mL.
áreas sob os picos. No máximo 0,5% de ácido fenoxiacético.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
Limite de 4-hidroxifenoximetilpenicilina. Utilizar de fenoximetilpenicilina potássica SQR em Fase móvel
o cromatograma obtido no Doseamento e calcular a para obter solução a 2,5 mg/mL.
porcentagem de 4-hidroxifenoximetilpeniclina na amostra
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 963

Solução de resolução: preparar solução em Fase móvel à preparação um estabilizante proteico (por exemplo, a
contendo aproximadamente 2,5 mg de benzilpenicilina albumina humana) essa deve satisfazer às exigências para
potássica e 2,5 mg de fenoximetilpenicilina por mililitro. a atividade especíÞca do Þbrinogênio antes da adição do
estabilizante.
Injetar replicatas de 10 —L da Solução de resolução.
Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,8 para Durante o fracionamento do plasma humano, poderá ser
benzilpenicilina e 1,0 para fenoximetilpenicilina. obtido ao mesmo tempo o Þbrinogênio e a albumina. A
A resolução entre os picos de benzilpenicilina e determinação da atividade especíÞca da albumina deve
fenoximetilpenicilina não é menor que 3,0. O desvio padrão ser então, determinada por um método imunoquímico
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é apropriado e a quantidade determinada deve ser subtraída
maior que 1,0%. da quantidade de proteínas totais para o cálculo de atividade
especíÞca.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
as áreas sob o maior pico de fenoximetilpenicilina e de IDENTIFICAÇÃO
qualquer pico com tempo de retenção relativo ao pico
Reconstituir a amostra, segundo as indicações que constam
principal de fenoximetilpenicilina de aproximadamente
no rótulo, realizar ensaios de precipitação com vários soros
0,4. Calcular o teor em UI de fenoximetilpenicilina
especíÞcos de diferentes espécies. É recomendável que o
(C16H18N2O5S) por miligrama da amostra a partir das
ensaio seja realizado com soros especíÞcos das proteínas
respostas obtidas para a soma das áreas sob os picos com a
plasmáticas de cada espécie de animal doméstico,
Solução padrão e a Solução amostra.
correntemente, utilizado para a preparação de produtos
de origem biológica. A amostra deve conter proteínas de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO origem humana e dá resultados negativos com os soros
especíÞcos das proteínas plasmáticas de outras espécies.
Em recipientes herméticos e protegidos da luz. O doseamento da amostra contribui para identiÞcação da
preparação.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
CARACTERÍSTICAS

fa
Aspecto. Pó ou sólido friável, branco, ou amarelo pálido.
CLASSE TERAPÊUTICA
pH (5.2.19). 6,5 a 7,5.
Antibiótico.
Osmolalidade (5.2.28). A Osmolalidade da amostra
reconstituída não é inferior a 240 mosmol/kg.
FIBRINOGÊNIO HUMANO LIOFILIZADO Solubilidade. Adicionar o volume de diluente, indicado no
Fibrinogenum Humanum Cryodesiccatus rótulo, ao conteúdo do frasco. À temperatura de 20 °C a 25
°C, o Þbrinogênio dissolve-se em 30 minutos, originando
uma preparação quase incolor e ligeiramente turva.
O Þbrinogênio humano lioÞlizado contém a fração
solúvel do plasma humano que, por adição da trombina é Estabilidade da preparação. Após reconstituição da
transformado em Þbrina. O Þbrinogênio deve ser obtido preparação à temperatura de 20 °C a 25 °C, deixar em
a partir do Plasma Humano para Fracionamento. A repouso. Não deve aparecer qualquer sinal de geliÞcação
preparação pode conter aditivos, como sais, tampões ou no decurso dos 60 minutos que seguem à reconstituição.
estabilizantes. A preparação reconstituída com o volume
de diluente indicado no rótulo deve conter no mínimo, 10
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
g/L de Þbrinogênio.
Água. Determinar por um dos métodos: Determinação
O método de preparação compreende uma ou várias
da água pelo método semimicro (5.2.20.3), Perda por
etapas que demonstraram eliminar agentes infecciosos
dessecação (5.2.9) ou por Espectrofotometria de absorção
conhecidos; tem sido demonstrado que os resíduos, no
no infravermelho (5.2.14). No máximo 2,0%.
produto Þnal das substâncias eventualmente utilizadas nos
processos destinados à inativação viral ou nos processos
de puriÞcação devidamente validados posteriores não têm TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
qualquer efeito indesejável nos pacientes.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
Não se deve adicionar ao plasma nenhum antibiótico
e a preparação não deve conter nenhum conservante Pirogênios (5.5.2.1). Injetar, por quilograma de massa
antimicrobiano. corporal, em cada coelho, um volume correspondente a
30 mg, no mínimo, de Þbrinogênio calculado em relação à
O método de preparação deve ser tal que a atividade quantidade indicada no rótulo. Cumpre o teste.
especíÞca (teor em Þbrinogênio em relação ao teor em
proteínas totais) não é inferior a 80%. Se for adicionado Toxicidade (5.5.2.3). Cumpre o teste.
964 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO
FITA ADESIVA
Antígenos de superfície da Hepatite B

Examinar a amostra reconstituída conforme descrito em Consiste em tecido e/ou Þlme uniformemente revestido em
Métodos Imunoquímicos (5.6). Não deve ser detectado o uma das faces, por uma camada adesiva sensível à pressão.
antígeno de superfície da Hepatite B.

Fibrinogênio CARACTERÍSTICAS
Misturar 0,2 mL da amostra reconstituída com 2 mL de Dimensões. Determinar o comprimento da Þta adesiva. No
tampão apropriado (pH 6,6 a 6,8) contendo uma quantidade mínimo 98,0% do valor declarado. Determinar a largura
suÞciente de trombina (cerca de 3 UI/mL) e cálcio (0,05 em cinco pontos uniformemente espaçados ao longo da
mol/L). Manter a mistura à temperatura de 37 °C durante linha central da Þta e calcular a média. No mínimo, 95,0%
20 minutos, separar o precipitado por centrifugação (5000 do valor declarado.
g por 20 minutos) e lavar, cuidadosamente, com uma
solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v). Determinar o teor Resistência à tração (5.7.1). Determinar a resistência à
de nitrogênio pelo método Determinação de nitrogênio tração da Þta após desenrolar e condicionar durante um
pelo método de Kjeldahl (5.3.3.2) e calcular a quantidade período mínimo de quatro horas em atmosfera padrão de
de Þbrinogênio (proteínas coaguláveis) multiplicando o 65% ± 2% de umidade relativa, a 21 °C ± 1,1 °C, utilizando
resultado por 6,0. O teor é, no mínimo, 70,0% e, no máximo, um dispositivo tipo pêndulo. Prosseguir conforme descrito
130,0% da quantidade indicada no rótulo. Também, em Resistência à tração. A Þta fabricada a partir de tecido
estão disponíveis no mercado, conjuntos destinados às deverá apresentar resistência à tração de, no mínimo, 20,41
determinações quantitativas, manuais ou automatizadas, kg por 2,54 cm de largura. A Þta fabricada a partir de Þlme
de Þbrinogênio em plasma citratado por método de polimérico deverá apresentar resistência à tração de, no
formação do coágulo. Esses conjuntos baseiam-se numa mínimo, 3 kg por 2,54cm de largura.
quantidade ótima de trombina bovina que é adicionada a
um plasma diluído a 1:10. O tempo de coagulação medido Adesão à superfície. A partir da amostra fabricada em tecido,
deve ser inversamente relacionado à concentração de cortar uma faixa de 2,54 cm de largura e aproximadamente
Þbrinogênio na amostra testada. Esses conjuntos devem 15 cm de comprimento. A uma das extremidades da Þta, de
superfície igual a 12,90 cm2, 2,54 cm de largura por 5,08 cm

f
estar registrados no órgão competente e devidamente
validados em conformidade com os padrões do National de comprimento, aplicar pressão equivalente a 850 g contra
Committee for Clinical Standards: Collection Transport uma superfície limpa de vidro, plástico ou aço inoxidável.
and Processing of Blood Specimens for Coagulation Exercer a pressão com auxílio de um rolo de borracha, por
Testing and Performance of Coagulation Assays. 1991. duas vezes consecutivas a uma velocidade de 30 cm por
NCCLS Document H21 - A2 podem ser utilizados em minuto. Ajustar a temperatura da superfície e da Þta em
unidades hemoterápicas que produzam crioprecipitados a 37 °C (5.7.1) e conduzir o teste imediatamente conforme
partir do plasma fresco congelado e tenham necessidade de descrito em Resistência à tração. Utilizar um dispositivo
quantiÞcar o Þbrinogênio plasmático. tipo pêndulo, sendo a ruptura efetuada paralelamente ao
urdume e à superfície. O valor médio de pelo menos 10
testes deverá ser, no mínimo, 18 kg.
ARMAZENAMENTO
Ao abrigo da luz. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Esterilidade (5.5.3.2.1). Aplicável quando a Þta é
ROTULAGEM declarada estéril. Cumpre o teste.
No rótulo, deve indicar-se a quantidade de Þbrinogênio
contida no frasco, o nome e o volume do diluente a EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ser utilizado para reconstituir a preparação, nos casos
apropriados, o nome e a quantidade de estabilizante Em embalagens bem fechadas, protegidas da luz e do calor
proteico utilizado na preparação. excessivo.

A Þta adesiva, quando declarada estéril ou esterilizada,


deverá ser acondicionada de modo que sua esterilidade seja
mantida contra contaminação posterior.

ROTULAGEM
Observar legislação vigente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 965

100 u az / (az+ae),
FITOMENADIONA
em que
Phytomenadionum
az = área sob o pico de (Z)-Þtomenadiona obtida com a
Solução amostra;
ae = área sob o pico de (E)-Þtomenadiona obtida com a
Solução amostra.

No máximo 21,0%.

C31H46O2; 450,70 DOSEAMENTO


Þtomenadiona; 04060
2 - M e t i l - 3 - [ ( 2 E , 7 R , 11 R ) - 3 , 7 , 11 , 1 5 - t e t r a m e t i l - 2 - Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
hexadecen-1-il]-1,4-naftalenodiona de alta eÞciência (5.2.17.4). Proteger as soluções da
[84-80-0] exposição à luz direta. Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
Fitomenadiona é uma mistura dos isômeros E e Z que comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de com sílica (5 ȝm), mantida a 30 °C; ßuxo da Fase móvel
C31H46O2. Contém, no máximo, 21,0% do isômero Z. de 1,0 mL/minuto.

Fase móvel: mistura de n-hexano e álcool n-amílico


DESCRIÇÃO (2000:1,5).

Características físicas. Líquido límpido, amarelo a âmbar, Solução de padrão interno: dissolver quantidade,
muito viscoso, oleoso, inodoro ou quase inodoro. É estável exatamente pesada, de benzoato de colesterila em Fase
ao ar, mas decompõe-se pela exposição à luz. móvel, de modo a obter solução a 2,5 mg/mL.

Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 60 mg da
com etanol absoluto, benzeno, clorofórmio, éter etílico e amostra para balão volumétrico de 50 mL e dissolver em

fa
óleos vegetais, ligeiramente solúvel em etanol. 20 mL de Fase móvel. Completar o volume com o mesmo
solvente e homogeneizar. Transferir 4 mL da solução para
Constantes físico-químicas. balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com
Índice de refração (5.2.6): 1,523 a 1,526. Fase móvel e homogeneizar. Transferir 10 mL da solução
obtida e 7 mL da Solução padrão interno para balão
volumétrico de 25 mL, completar o volume com Fase
IDENTIFICAÇÃO móvel e homogeneizar.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do Þlme Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 60 mg
Þno da amostra apresenta máximos de absorção somente de Þtomenadiona SQR para balão volumétrico de 50 mL
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas e dissolver em 20 mL de Fase móvel. Completar o volume
intensidades relativas daqueles observados no espectro de com o mesmo solvente e homogeneizar. Transferir 4 mL
Þtomenadiona SQR, preparado de maneira idêntica. da solução para balão volumétrico de 50 mL, completar
o volume com Fase móvel e homogeneizar. Transferir 10
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na mL da solução obtida e 7 mL da Solução de padrão interno
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em para balão volumétrico de 25 mL, completar o volume com
n-hexano, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos Fase móvel e homogeneizar.
comprimentos de onda de solução de Þtomenadiona SQR,
preparada de maneira idêntica. Injetar replicatas de 50 ȝL da Solução padrão. Os tempos
de retenção relativos são cerca de 0,7 para benzoato de
ENSAIOS DE PUREZA colesterila, 0,9 para (Z)-Þtomenadiona e 1,0 para (E)-
Þtomenadiona. A resolução entre (Z)-Þtomenadiona e
Acidez ou alcalinidade. A solução a 5% (v/v) em etanol (E)-Þtomenadiona não é menor que 1,5. O desvio padrão
absoluto é neutra ao papel tornassol. relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
maior que 2,0%.
Menadiona. Misturar cerca de 20 mg da amostra com 0,5
mL de mistura de volumes iguais de amônia SR e metanol. Procedimento: injetar, separadamente, 50 ȝL da Solução
Adicionar uma gota de cianoacetato de etila e agitar padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
levemente. Não se desenvolve coloração púrpura ou azul. e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C31H46O2
na amostra a partir das respostas obtidas para a relação
Limite de (Z)-fitomenadiona. Proceder conforme descrito (área de (Z)-Þtomenadiona + área de (E)-Þtomenadiona)
em Doseamento. Calcular o teor de (Z)-Þtomenadiona na / área de benzoato de colesterol, com a Solução padrão e
amostra a partir da fórmula: Solução amostra.
966 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa


de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,02% (p/v) da amostra
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. em hidróxido de sódio 0,1 M, exibe máximo em 261 nm,
idêntico ao observado no espectro de solução similar de
ROTULAGEM ßuconazol SQR.

Observar a legislação vigente. C. Dissolver 50 mg da amostra em 1 mL de acetona.


Adicionar, sob agitação, cinco a oito gotas de ácido crômico
a 5% (p/v). Produz-se precipitado em cinco segundos.
CLASSE TERAPÊUTICA
D. Adicionar a 50 mg da amostra, 3 mL de cloreto férrico
Anti-hemorrágico. a 1% (p/v) em ácido acético glacial e agitar. Adicionar
ácido sulfúrico M cuidadosamente pelas paredes do tubo.
A coloração deve passar a alaranjado e amarelo.
FLUCONAZOL
Fluconazolum
ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. A solução a 5% (p/v) em metanol é
límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).

Ferro (5.3.2.4). Dissolver 0,5 g da amostra em 5 mL de


etanol. Adicionar 5 mL de água, homogeneizar e proceder
conforme descrito em Ensaio limite para ferro, Método III.
No máximo 0,002% (20 ppm).

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o resíduo obtido no


teste de Cinzas sulfatadas e proceder conforme descrito no
Método III, a partir de “adicionar 4 mL de ácido clorídrico
6 M...”. Utilizar 2,5 mL de Solução padrão de chumbo (10
ppm Pb) para Preparação padrão. No máximo 0,0025%

f
C13H12F2N6O; 306,27 (25 ppm).
ßuconazol; 04109
Į-(2,4-Difluorfenil)-Į-(1H-1,2,4-triazol-1-ilmetil)-1H- Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
1,2,4-triazol-1-etanol amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C, por 3 horas. No
[86386-73-4] máximo 0,5%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
No máximo 0,1%.
C13H12F2N6O, em relação à substância dessecada.

DOSEAMENTO
DESCRIÇÃO
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
Características físicas. Pó branco ou quase branco,
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da
inodoro.
amostra e dissolver em 50 mL de ácido acético glacial.
Solubilidade. Pouco solúvel em água, facilmente solúvel Titular com ácido perclórico 0,1 M SV. Determinar o
em metanol, solúvel em etanol e acetona, ligeiramente ponto Þnal potenciometricamente ou utilizando cloreto
solúvel em álcool isopropílico e clorofórmio, pouco de metilrosanilínio SI como indicador. Realizar ensaio em
solúvel em tolueno. Solúvel em soluções diluídas de ácidos branco e fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido
minerais e hidróxidos alcalinos. perclórico 0,1 M SV equivale a 15,314 mg de C13H12F2N6O.

Constantes físico-químicas.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Faixa de fusão (5.2.2): 138 °C a 140 °C.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

IDENTIFICAÇÃO
ROTULAGEM
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Observar a legislação vigente.
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas CLASSE TERAPÊUTICA
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
ßuconazol SQR, preparado de maneira idêntica. Antifúngico.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 967

Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade


FLUCONAZOL CÁPSULAS declarada de C13H12F2N6O se dissolvem em 30 minutos.

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da DOSEAMENTO


quantidade declarada de C13H12F2N6O. Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria


IDENTIFICAÇÃO
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar 20 cápsulas,
A. Agitar quantidade do pó equivalente a 10 mg de remover o conteúdo e pesá-las novamente. Homogeneizar
ßuconazol com 20 mL de metanol. Filtrar e evaporar o conteúdo das cápsulas. Transferir quantidade do pó
o Þltrado até secura. O resíduo responde ao teste A. de equivalente a 0,1 g de ßuconazol para balão volumétrico
IdentiÞcação da monograÞa de Fluconazol. de 100 mL. Adicionar 70 mL de ácido clorídrico 0,1 M.
Deixar em ultrassom por 10 minutos, completar o volume
B. Transferir quantidade do pó equivalente a 0,1 g de com o mesmo solvente, homogeneizar e Þltrar. Diluir com
ßuconazol para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar ácido clorídrico 0,1 M, até concentração de 0,02% (p/v).
70 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Deixar em ultrassom por Preparar solução padrão na mesma concentração, utilizando
10 minutos, completar o volume com o mesmo solvente, o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das soluções
homogeneizar e Þltrar. Diluir com ácido clorídrico 0,1 M, resultantes em 261 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M
até concentração de 0,02% (p/v). O espectro de absorção para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C13H12F2N6O
no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 nm a 400 nm, de nas cápsulas a partir das leituras obtidas.
solução a 0,02% (p/v) em ácido clorídrico 0,1 M, exibe
máximo em 261 nm, idêntico ao observado no espectro de B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
solução similar de ßuconazol SQR. de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 260 nm; coluna de 150 mm de
C. Dissolver quantidade do pó equivalente a 0,25 g da comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
amostra em 5 mL de acetona e Þltrar. Adicionar, sob com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
agitação, cinco a oito gotas de ácido crômico a 5% (p/v). ȝm), mantida a 30 °C; ßuxo da Fase móvel de 0,8 mL/
Produz-se precipitado em cinco segundos. minuto.
D. Adicionar 3 mL de cloreto férrico a 1% (p/v) em ácido
acético glacial a uma quantidade do pó equivalente a 50
mg de ßuconazol e agitar. Adicionar ácido sulfúrico M
cuidadosamente pelas paredes do tubo. A coloração deve
passar a alaranjado e amarelo.
Fase móvel: mistura de água e acetonitrila (78:22).

Solução amostra: pesar as cápsulas, remover o conteúdo


e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
cápsulas. Transferir, exatamente, quantidade do pó
fa
equivalente a 50 mg de ßuconazol para balão volumétrico
de 100 mL. Adicionar 70 mL de Fase móvel e deixar em
CARACTERÍSTICAS ultrassom por 10 minutos. Completar o volume com o
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. mesmo solvente, homogeneizar e Þltrar.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de ßuconazol SQR em Fase móvel de modo a obter solução
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. a 0,5 mg/mL.
Proceder conforme descrito no método A. de Doseamento.
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
TESTE DE DISSOLUÇÃO não é maior que 2,0%.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Aparelhagem: cestas, 100 rpm e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
Tempo: 30 minutos C13H12F2N6O nas cápsulas a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução, Þltrar e medir as absorvâncias das soluções
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
em 261 nm (5.2.14), utilizando ácido clorídrico 0,1 M para
o ajuste do zero. Calcular a quantidade de C13H12F2N6O Em recipientes bem fechados.
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a
da solução de ßuconazol SQR na concentração de 0,02%
(p/v), preparada no mesmo solvente. ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
968 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Tempo: 45 minutos
FLUNITRAZEPAM COMPRIMIDOS
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo, 107,5% da de detector ultravioleta a 279 nm; coluna de 250 mm de
quantidade declarada de C16H12FN3O3. comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 —m);
ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.
IDENTIFICAÇÃO
Fase móvel: transferir 670 mL de fosfato de potássio
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na monobásico 0,05 M para balão volumétrico de 1000 mL
faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida em e completar o volume com acetonitrila. Ajustar o pH da
Doseamento, exibe máximos e mínimos idênticos aos solução para 6,2 com solução de hidróxido de potássio
observados no espectro da solução padrão. 0,25 M.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em Solução amostra: após o teste, retirar alíquota suÞciente do
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, meio de dissolução, Þltrar, através de membrana 0,45 —m,
como suporte, e mistura de nitrometano, éter etílico, resfriar e diluir no Meio de dissolução, se necessário, até a
n-heptano e amônia a 25% (v/v) (30:60:15:2,5), como fase concentração de 1,1 —g/mL.
móvel. Aplicar, separadamente, a placa, 10 —L de cada uma
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 22 mg de
ßunitrazepam SQR, transferir para balão volumétrico
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar de 250 mL, adicionar 100 mL de metanol e deixar
quantidade do pó equivalente a 20 mg de ßunitrazepam e em ultrassom até completa dissolução. Completar o
adicionar 20 mL de metanol, agitar e Þltrar. volume com o mesmo solvente e homogeneizar. Diluir,
Solução (2): solução de ßunitrazepam SQR a 1 mg/mL em sucessivamente, no Meio de dissolução de modo a obter
metanol. solução a 1,1 —g/mL.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar Procedimento: injetar, separadamente, 100 —L das Soluções
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Nebulizar padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir a
área sob os picos. Calcular a quantidade de C16H12FN3O3

f
com solução de hidróxido de sódio a 10% (p/v). A mancha
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição, dissolvida no meio, a partir das respostas obtidas com a
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). Solução padrão e a Solução amostra.

Tolerância: não menos que 85% (Q) da quantidade


CARACTERÍSTICAS declarada de C16H12FN3O3 se dissolvem em 45 minutos.

Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.


TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o test
Contagem do número total de micro-organismos
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

Procedimento para uniformidade de conteúdo. Pesar, DOSEAMENTO


individualmente, e transferir cada comprimido para tubo
de centrifugação, adicionar 5 mL de água e deixar em Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir, exatamente,
ultrassom até desintegração do comprimido. Adicionar para balão volumétrico de 100 mL, quantidade do pó
25 mL de metanol, deixar em ultrassom por 3 minutos equivalente a 16 mg de ßunitrazepam. Adicionar 10 mL
e agitar por 10 minutos. Centrifugar por 10 minutos, de água e agitar até completa dissolução. Completar o
Þltrar o sobrenadante em membrana com porosidade volume com metanol, agitar, em agitador magnético,
de 0,45 —m. Diluir, sucessivamente em metanol até a por 20 minutos e Þltrar, através de membrana 0,45 —m.
concentração de 0,0016% (p/v). Proceder conforme Diluir, sucessivamente, em metanol, até a concentração
descrito em Doseamento, a partir de “Preparar solução de 0,0016% (p/v). Preparar solução padrão na mesma
padrão...”. Calcular a quantidade de C16H12FN3O3 em cada concentração, utilizando metanol como solvente. Medir
comprimido a partir das leituras obtidas. as absorvâncias das soluções resultantes em 309 nm
(5.2.14), utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular
a quantidade de C16H12FN3O3 nos comprimidos a partir das
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) leituras obtidas.
Meio de dissolução: ßuido gástrico simulado, 900 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem: pás, 50 rpm
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 969

ROTULAGEM de 0,0015% (p/v). Preparar solução padrão na mesma


concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir as
Observar legislação vigente. absorvâncias das soluções resultantes em 309 nm (5.2.14),
utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular o teor de
C16H12FN3O3 na amostra, a partir das leituras obtidas.
FLUNITRAZEPAM SOLUÇÃO
INJETÁVEL EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz.
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
quantidade declarada de C16H12FN3O3. Solução estéril em
água para injetáveis ou em outro solvente adequado. ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
IDENTIFICAÇÃO
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida
FLUOCINOLONA ACETONIDA
em Doseamento, exibe máximos e mínimos idênticos ao Fluocinoloni acetonidum
observado no espectro da solução padrão.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em


camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel 60
GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio, metanol
e hidróxido de amônio a 25% (v/v) (90:10:1), como fase
móvel. Aplicar, separadamente à placa, 10 ȝL de cada uma
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
Proceder ao abrigo da luz direta.

Solução (1): diluir volume da solução injetável em etanol

fa
de modo a obter concentração de aproximadamente 0,5
mg/mL.

Solução (2): solução de ßunitrazepam SQR a 0,5 mg/mL


em etanol. C24H30F2O6; 452,49
ßuocinolona acetonida; 04159
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar (6Į,11ȕ,16Į)-6,9-Difluor-11,21-diidroxi-16,17-[(1-
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). metiletilideno)bis(oxi)]-pregna-1,4-dieno-3,20-diona
Nebulizar com iodeto de potássio e subnitrato de bismuto [67-73-2]
SR. A mancha principal obtida com a Solução (1)
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
com a Solução (2). Podem aparecer outras manchas devido C24H30F2O6, em relação à substância dessecada.
à presença dos excipientes.

DESCRIÇÃO
CARACTERÍSTICAS
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. branco. Apresenta polimorÞsmo.
pH (5.2.19). 3.9 a 4,7. Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel
em acetona, etanol e metanol e ligeiramente solúvel em
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA clorofórmio.

Teste de esterilidade (5.5.3..2.1). Cumpre o teste. Constantes físico-químicas.

Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar 0,5 mL/ Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +98o a +108o, em relação
kg, empregando ßunitrazepam a 0,2 mg/mL em solução à substância dessecada. Determinar em solução a 1% (p/v)
Þsiológica. em metanol.

DOSEAMENTO IDENTIFICAÇÃO
Transferir volume da solução injetável, equivalente à A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
0,2 g de ßunitrazepam para balão volumétrico de 200 amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
mL, dissolver e completar o volume com metanol. de potássio, apresenta máximos de absorção somente
Diluir, sucessivamente, com metanol até a concentração nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
970 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

intensidades relativas daqueles observados no espectro a partir das respostas obtidas com a Solução padrão e a
de ßuocinolona acetonida SQR, preparado de maneira Solução amostra.
idêntica. Caso sejam observadas diferenças, dissolver a
amostra e o padrão, separadamente, em etanol, evaporar o
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
solvente e traçar novos espectros com os resíduos.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1) utilizando sílica-gel GF254,
como suporte, e mistura de nitrometano, cloreto de ROTULAGEM
metileno e metanol (50:50:1) como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 5 ȝL de cada uma das soluções, Observar a legislação vigente. O rótulo deve indicar se a
recentemente preparadas, descritas a seguir. forma da ßuocinolona acetonida é a anidra ou a hidratada.

Solução (1): solução a 5 mg/mL da amostra em acetona.


CLASSE TERAPÊUTICA
Solução (2): solução a 5 mg/mL de ßuocinolona acetonida
Anti-inßamatório esteroide.
SQR em acetona.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar


ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha FLUORESCEÍNA SÓDICA
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição, Fluoresceinum natricum
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).

ENSAIOS DE PUREZA
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 oC, por 3 horas. No
máximo 1,0% para a forma anidra e no máximo 8,5% para
a forma hidratada.

f DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm, coluna de 100 mm de
C20H10Na2O5; 376,27
ßuoresceína sódica; 04167
Sal de sódio de 3’,6’-diidroxiespiro[isobenzofuran-
1(3H),9’-[9H]xanten]-3-ona (2:1)
comprimento e 4,5 mm de diâmetro interno, empacotada [518-47-8]
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 102,0% de
de 1 mL/minuto. C20H10Na2O5, em relação à substância anidra.
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e tetraidrofurano
(77:13:10). DESCRIÇÃO
Solução amostra: transferir 20 mg da amostra, exatamente Características físicas. Pó Þno, vermelho-alaranjado,
pesada, para balão volumétrico de 100 mL, dissolver em inodoro e higroscópico.
23 mL de mistura de acetonitrila e tetraidrofurano (13:10),
completar o volume com água e homogeneizar. Solubilidade. Facilmente solúvel em água, ligeiramente
solúvel em etanol, praticamente insolúvel em hexano e
Solução padrão: transferir 20 mg de ßuocinolona acetonida cloreto de metileno.
SQR, exatamente pesada, para balão volumétrico de 100
mL, dissolver em 23 mL de mistura de acetonitrila e
IDENTIFICAÇÃO
tetraidrofurano (13:10), completar o volume com água e
homogeneizar. A. A solução aquosa a 0,05% (p/v) apresenta ßuorescência
verde-amarelada. A ßuorescência desaparece com a adição
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. A eÞciência
de 0,1 mL de ácido clorídrico 2 M e reaparece com a adição
da coluna não é menor que 3000 pratos teóricos. O
de 0,2 mL de hidróxido de sódio 2 M.
desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
registrados não é maior que 3,0%. O ßuxo da Fase móvel B. Adicionar uma gota de solução a 0,05% (p/v) em papel
pode ser ajustado para que o tempo de retenção do pico de de Þltro. Produz-se mancha amarela que, quando exposta
ßuocinolona acetonida esteja entre 9 e 13 minutos. a vapores de bromo por 1 minuto e, em seguida, a vapores
de amônia, adquire coloração rosa intensa.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular o teor de C24H30F2O6 na amostra
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 971

C. Calcinar 0,1 g da amostra em cadinho de porcelana.


Dissolver o resíduo em 5 mL de água e Þltrar. A solução FLUORETO DE SÓDIO
responde às reações do íon sódio (5.3.1.1). Natrii fluoridum

ENSAIOS DE PUREZA NaF; 41,99


pH (5.2.19). 7,0 a 9,0. Determinar em solução aquosa a ßuoreto de sódio; 04170
2% (p/v). Fluoreto de sódio
[7681-49-4]
Acriflavina. Dissolver 10 mg da amostra em 5 mL de água
e adicionar algumas gotas de solução aquosa de salicilato Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de NaF,
de sódio a 10% (p/v). Não ocorre formação de precipitado. em relação à substância dessecada.
Zinco. Dissolver 0,1 g da amostra em 10 mL de solução
saturada de cloreto de sódio. Adicionar 2 mL de ácido DESCRIÇÃO
clorídrico 3 M, agitar vigorosamente e Þltrar. Adicionar
1 mL de ferrocianeto de potássio SR. Não é produzida Características físicas. Pó branco, inodoro.
turbidez. Solubilidade. Solúvel em água, praticamente insolúvel em
Água (5.2.20.1). No máximo 17,0%. etanol.

DOSEAMENTO IDENTIFICAÇÃO

Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de A. Transferir 1 g da amostra para cadinho de platina, em


ßuorescência (5.2.15). Pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da capela, e adicionar 15 mL de ácido sulfúrico. Cobrir com
amostra e dissolver em água. Diluir quantitativamente com uma peça de vidro límpida e polida e aquecer em banho-
o mesmo solvente, para obter solução a 1 —g/mL. Transferir maria por 1 hora. Retirar a tampa de vidro, lavar com água
3 mL para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 20 mL e secar. A superfície do vidro Þca marcada.
de tampão borato pH 9,0 e completar o volume com água, B. A solução a 4% (p/v) responde às reações do íon sódio

fa
de modo a obter solução a 0,03 —g/mL. Para preparo da (5.3.1.1).
solução padrão, dissolver quantidade exatamente pesada
de diacetilßuoresceína SQR em 10 mL de etanol, em balão
volumétrico de 100 mL. Adicionar 2 mL de hidróxido de ENSAIOS DE PUREZA
sódio 2,5 M e aquecer em banho-maria fervente por 20
minutos, com agitação. Resfriar e completar o volume com Acidez ou alcalinidade. Dissolver 2 g da amostra em
água. Diluir quantitativamente em água, de modo a obter 40 mL de água em cápsula de platina, adicionar 10 mL
solução de ßuoresceína sódica a 1 —g/mL. Transferir 3 mL de solução saturada de nitrato de potássio, resfriar a
para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 20 mL de solução a 0 ºC e adicionar 3 gotas de fenolftaleína SI. Se
tampão borato pH 9,0 e completar o volume com água, a solução adquire coloração rosa, não mais que 0,5 mL
de modo a obter solução padrão a 0,03 —g/mL. Medir as de ácido sulfúrico 0,05 M é necessário para viragem do
intensidades de ßuorescência das soluções resultantes em indicador. Se a solução permanece incolor, não mais que
ßuorímetro, em comprimento de onde de excitação a 485 2 mL de hidróxido de sódio 0,1 M são necessários para
nm e emissão a 515 nm. Calcular o teor de C20H10Na2O5 desenvolvimento de coloração rosa persistente por 15
na amostra a partir das leituras obtidas. Cada mg de segundos.
diacetilßuoresceína equivale a 0,9037 mg de ßuoresceína Fluorossilicato. Aquecer até ebulição a solução
sódica (C20H10Na2O5). neutralizada obtida em Acidez ou alcalinidade e titular,
ainda quente, com hidróxido de sódio 0,1 M SV até
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO coloração rosa permanente. São necessários, no máximo,
1,5 mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Cloretos (5.3.2.1). Dissolver 0,3 g da amostra em 20 mL
de água e adicionar 0,2 g de ácido bórico, 1 mL de ácido
ROTULAGEM nítrico SR e 1 mL de nitrato de prata 0,1 M. Qualquer
turvação resultante não é mais intensa do que a de um
Observar a legislação vigente.
padrão preparado com 1 mL de ácido clorídrico 0,001 M,
utilizando os mesmos reagentes. No máximo 0,012% (120
CLASSE TERAPÊUTICA ppm).
Agente diagnóstico. Metais pesados (5.3.2.3). Transferir 1 g da amostra para
cápsula ou cadinho de platina, adicionar 1 mL de água
e 3 mL de ácido sulfúrico. Aquecer, em capela, a uma
temperatura tão baixa quanto possível, até que todo ácido
972 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

sulfúrico tenha sido expelido. Dissolver o resíduo em 20 mL TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


de água e neutralizar com hidróxido de amônio utilizando
fenolftaleína SI. Adicionar 1 mL de ácido acético glacial, Contagem do número total de micro-organismos
diluir com água para 45 mL e Þltrar. Prosseguir conforme mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
descrito em Método I utilizando 30 mL do Þltrado. No
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
máximo 0,003% (30 ppm).
Cumpre o teste.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra, em estufa a 150 ºC, por 4 horas. No máximo 1,0%. DOSEAMENTO
Proceder a uma determinação potenciométrica com
DOSEAMENTO
eletrodo íon-seletivo para ßuoreto.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
Tampão de ßuoreto: a 500 mL de água, adicionar 57 mL
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 80 mg da
de ácido acético glacial, 58 g de cloreto de sódio e 4 g de
amostra, adicionar 5 mL de anidrido acético, 20 mL de
ácido 1,2-cicloexileno-dinitrilo-tetracético (CDTA). Em
ácido acético glacial e aquecer brandamente até completa
um banho de água fria, adicionar lentamente, sob agitação,
dissolução. Deixar esfriar e adicionar 20 mL de dioxana.
solução concentrada de hidróxido de sódio SR até pH entre
Adicionar 3 gotas de cloreto de metilrosanilínio SI e
5,3 e 5,5. Transferir para um balão volumétrico de 1000
titular com ácido perclórico 0,1 M SV até coloração verde
mL, completar o volume com água e homogeneizar.
esmeralda. Realizar ensaio em branco e fazer as correções
necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV Solução amostra: diluir a solução oral em água por um
equivale a 4,199 mg de NaF. fator de 100 vezes.

Solução padrão: preparar a solução estoque de referência


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de ßuoreto a 100 mg/L em água, utilizando ßuoreto de sódio
Em recipientes bem fechados. grau analítico. Construir a curva analítica com as soluções
de referência de ßuoreto nas seguintes concentrações: 0,25
mg/L, 0,5 mg/L, 1,0 mg/L, 2,5 mg/L e 5,0 mg/L.
ROTULAGEM
Procedimento: para cada 10 mL da Solução amostra ou da

f Observar a legislação vigente.

CLASSE TERAPÊUTICA
Solução padrão, adicionar 10 mL de Tampão de ßuoreto.
Sob agitação magnética, medir os potenciais das soluções.
Construir um gráÞco relacionando as concentrações de
ßuoreto dos padrões na ordenada (em escala logarítmica,
ProÞlático dental. log10) com as medições das diferenças de potencial na
abscissa (em escala normal). Determinar a concentração
de ßuoreto em mg/L. Cada mg de ßuoreto equivale a 2,21
FLUORETO DE SÓDIO SOLUÇÃO ORAL mg de NaF.

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


quantidade declarada de NaF. Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

IDENTIFICAÇÃO ROTULAGEM
A. Transferir 0,1 mL da solução oral para tubo de ensaio, Observar a legislação vigente.
adicionar 0,1 mL de mistura de alizarina SI e nitrato de
zirconila a 0,1% (p/v) em ácido clorídrico 7 M (1:1).
Desenvolve-se coloração amarela.
FLUORETO ESTANOSO
B. S necessário, reduzir o volume da solução oral por Stannosi fluoridum
aquecimento em banho-maria até volume contendo
aproximadamente 10 mg de sódio por mililitro. A solução
SnF2; 156,71
resultante responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
ßuoreto estanoso; 09827
Fluoreto de estanho
CARACTERÍSTICAS [7783-47-3]

Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.


Contém, no mínimo, 71,2% do íon estanho (Sn2+), no
pH (5.2.19). 5,5 a 7,0. mínimo 22,3% e no máximo, 25,5% de ßuoreto em relação
à substância dessecada.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 973

DESCRIÇÃO agitar por 30 segundos e descartar a fase aquosa. Decantar


a fase etérea ou centrifugar se necessário para obter uma
Características físicas. Pó branco. solução límpida. Determinar a absorvância das soluções
obtidas a partir da Solução amostra e Solução padrão em
Solubilidade. Facilmente solúvel em água.
comprimento de onda máximo de 550 nm. A absorvância
da Solução amostra não excede a absorvância da Solução
IDENTIFICAÇÃO padrão (0,005%). Realizar prova em branco.

A. Dissolver 0,25 g de amostra em 25 mL de água. Em Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de


um tubo de ensaio, adicionar 2 mL de cloreto de cálcio SR amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 4 horas. No
sobre 5 mL da solução amostra. Ocorre formação de um máximo 0,5%.
precipitado branco de ßuoreto de cálcio.

B. Utilizar a mesma solução amostra do teste A de DOSEAMENTO


IdentiÞcação. Adicionar duas gotas de nitrato de prata 0,1
Íon estanoso
M em duas gotas da solução amostra. Ocorre formação de
um precipitado preto. Solução de iodeto de potássio-iodato 0,1 M: em um frasco
volumétrico de 1000 mL, dissolver 3,567 g de iodato
C. Adicionar duas gotas de cloreto mercúrico SR em
de potássio, previamente dessecado a 110 °C até peso
uma gota da solução amostra. Ocorre formação de um
constante, em 200 mL de água contendo 1 g de hidróxido
precipitado branco. Com a adição de um excesso da
de sódio e 10 g de iodeto de potássio. Completar para o
solução amostra ocorre formação de um precipitado preto.
volume de 1000 mL com água. Padronizar essa solução por
titulação utilizando estanho metálico grau analítico (99,5%
ENSAIOS DE PUREZA de pureza) e dissolver em ácido clorídrico. Cada mL de
iodeto de potássio-iodato 0,1 M equivale a 5,936 mg de Sn.
pH (5.2.19). 2,8 a 3,5. Determinar na solução 0,4% (p/v)
recentemente preparada. Pesar, exatamente, cerca de 250 mg de ßuoreto estanoso
e dissolver em 300 mL de ácido clorídrico 3 M aquecido
Substâncias insolúveis em água. Transferir 5 g de amostra (recentemente fervido). Girar o frasco contendo a amostra,
para um béquer, adicionar 100 mL de água e agitar a

fa
enquanto passa ßuxo de gás inerte (livre de oxigênio) pela
solução por 3 minutos ou até ocorrer completa dissolução. superfície do líquido. Arrefecer à temperatura ambiente.
Filtrar em cadinho de massa conhecida e previamente Adicionar 5 mL de iodeto de potássio SR, 3 mL de amido
tarado, lavar com solução ßuoreto de amônio a 1% (p/v) e SI e titular com Solução de iodeto de potássio-iodato 0,1 M
água. Secar o resíduo por 4 horas a 105 °C, resfriar e pesar. em atmosfera inerte. Cada mL de iodeto de potássio-iodato
O peso do resíduo não excede 0,2%. 0,1 M equivale a 5,936 mg de Sn2+.
Antimônio. Íon fluoreto
Solução amostra: transferir 1 g de ßuoreto estanoso para um Solução tamponante: dissolver 57 mL de ácido
balão volumétrico com capacidade para 50 mL, dissolver acético glacial, 58 g de cloreto de sódio e 4 g de ácido
em ácido clorídrico 6 M e completar para o volume de 50 1,2-cicloexileno-dinitrilo-tetracético em 500 mL de água.
mL com o mesmo solvente. Ajustar o pH para 5,25 ± 0,25 com hidróxido de sódio e
Solução padrão: transferir 55 mg de tartarato de antimônio completar para o volume de 1000 mL com água.
e potássio para um balão volumétrico de 200 mL, dissolver Solução amostra: transferir 100 mg de ßuoreto estanoso
em água e completar para o volume de 200 mL com o para um balão volumétrico de 250 mL. Adicionar 50 mL de
mesmo solvente. Transferir 5 mL dessa solução para um água, agitar vigorosamente por 5 minutos e completar para
balão volumétrico de 500 mL, dissolver em ácido clorídrico o volume de 250 mL com água. Transferir 10 mL dessa
6 M e completar o volume com o mesmo solvente. solução para um balão volumétrico de 50 mL e completar
Solução de rodamina B: dissolver 20 mg de rodamina B o volume com água.
em 200 mL de ácido clorídrico 0,5 M. Solução padrão: dissolver uma quantidade exata de
Pipetar 5 mL da Solução amostra e da Solução padrão ßuoreto de sódio SQR em água para obter uma solução
para funis de separação distintos, adicionar 15 mL de de 0,42 mg/mL. Cada mL dessa solução (Solução padrão
ácido clorídrico, 1 g de sulfato cérico e deixar em repouso A) contém 0,19 mg do íon ßuoreto (10-2 M). Transferir 25
por 5 minutos, agitando ocasionalmente. Adicionar 500 mL desta solução para um balão volumétrico de 250 mL,
mg de cloridrato de hidroxilamina e agitar por 1 minuto. completando o volume com água. Esta solução, Solução
Transferir 15 mL de éter isopropílico para a solução, padrão B, contém 19 —g do íon ßuoreto por mL (10-2 M).
agitar por 30 segundos, adicionar 7 mL de água e agitar Transferir 25 mL desta solução para um balão volumétrico
novamente. Resfriar em banho-maria à temperatura de 250 mL e completar o volume com água. Esta solução,
ambiente por 10 minutos, agitar por 30 segundos, deixar Solução padrão C, contém 1,9 —g do íon ßuoreto por mL
em repouso até ocorrer separação das fases e descartar a (10-4 M).
fase aquosa. Adicionar 20 mL da Solução de rodamina B,
974 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Pipetar 20 mL de cada Solução padrão A, B e C, transferir IDENTIFICAÇÃO


para béqueres de plástico distintos e acrescentar, em cada
frasco, 20 mL da Solução tamponante. Determinar o A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
potencial de cada Solução padrão e da Solução amostra, amostra, dispersa em óleo mineral, apresenta máximos de
em mV, utilizando um eletrodo íon seletivo para ßuoreto. absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
Durante a realização das medidas, imergir o eletrodo com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
na solução sob agitação magnética e aguardar até o no espectro de ßutamida SQR, preparado de maneira
equilíbrio ser atingido para registrar o valor de potencial. idêntica.
Lavar o eletrodo com água entre as medidas e secar
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
cuidadosamente para evitar danos à membrana sólida do
da Solução amostra obtida no método de Doseamento,
eletrodo. Elaborar uma curva analítica, plotando um gráÞco
corresponde aquele do pico principal da Solução padrão.
do logaritmo da concentração do íon ßuoreto (em —g/mL)
versus o potencial (em mV). Calcular a concentração do
íon ßuoreto na solução amostra interceptando o valor de ENSAIOS DE PUREZA
potencial registrado na curva analítica. A porcentagem do
íon ßuoreto é calculada pela fórmula: 125C/W, onde C é a Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. No máximo
concentração do íon ßuoreto determinada na amostra em 0,001 % (10 ppm).
—g/mL e W é a massa da amostra, em mg, utilizada. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa à vácuo a 60 °C por 3 horas.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO No máximo 1,0%.

Em recipientes bem fechados. Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.


No máximo 0,1 %.
ROTULAGEM
DOSEAMENTO
Observar a legislação vigente.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido de
alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar um cromatógrafo provido
CLASSE TERAPÊUTICA de detector ultravioleta a 240 nm; coluna de 250 mm de

f ProÞlático à cárie dentária.

FLUTAMIDA
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada

Pm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel


com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5

1,0 mL/minuto.
Flutamidum Fase móvel: mistura de água e acetonitrila (50:50).

Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada


da amostra na Fase móvel, de modo a obter solução a 0,5
mg/mL.

Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada


de ßutamida SQR na Fase móvel, de modo a obter solução
a 0,5 mg/mL.

Solução de resolução: preparar solução em Fase móvel


C11H11F3N2O3; 276,21 contendo aproximadamente 0,5 mg de o-ßutamida SQR por
ßutamida; 04220 mililitro. Transferir 1 mL dessa solução e 1 mL da Solução
2-Metil-N-[4-nitro-3-(trißuormetil)fenil]propanamida padrão para balão volumétrico de 50 mL e completar com
[13311-84-7] Fase móvel, obtendo solução a 0,01 mg/mL de o-ßutamida
e ßutamida.

Injetar replicatas de 20 PL da Solução de resolução. Os


Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo 101,0% de
C11H11F3N2O3, em relação à substância dessecada.
tempos de retenção relativos são cerca de 1,0 para ßutamida
e 1,4 para o-ßutamida. O fator de cauda não é maior que
DESCRIÇÃO 2,0. A resolução entre ßutamida e o-ßutamida não é menor
Características físicas. Pó cristalino amarelo. que 6,0. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas
dos picos registrados não deve ser maior que 1,5 %.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
solúvel em acetona e etanol.
amostra e da Solução padrão, registrar os cromatogramas e
Constantes físico-químicas. medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C11H11F3N2O3
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
Faixa de fusão (5.2.2): 110 °C a 114 °C. padrão e a Solução amostra.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 975

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Aparelhagem: pás, 75 rpm

Em recipientes protegidos da luz. Tempo: 45 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio


ROTULAGEM de dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, em
solução aquosa de laurilsulfato de sódio a 3% (p/v) até
Observar a legislação vigente.
concentração adequada. Medir as absorvâncias em 306
nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do
CLASSE TERAPEUTICA zero. Calcular a quantidade de C11H11F3N2O3 dissolvida
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
Antiandrogênio. de ßutamida SQR na concentração de 0,0025% (p/v),
preparada no mesmo solvente.

FLUTAMIDA COMPRIMIDOS Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade


declarada de C11H11F3N2O3 se dissolvem em 45 minutos.

Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da


quantidade declarada de C11H11F3N2O3. DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
IDENTIFICAÇÃO de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
suporte, e mistura de clorofórmio e acetato de etila (3:1), —m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 20 de 1,0 mL/minuto.
—L de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
descritas a seguir. Fase móvel: mistura de fosfato de potássio monobásico
0,05 M e metanol (30:70).
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir

fa
quantidade do pó equivalente a 15 mg de ßutamida para Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
balão volumétrico de 10 mL, completar o volume com Transferir quantidade do pó equivalente a 125 mg de
mistura de clorofórmio e metanol (5:1). ßutamida para balão volumétrico de 100 mL e adicionar
60 mL de uma mistura de metanol e água (95:5). Agitar
Solução (2): dissolver cerca de 15 mg de ßutamida SQR mecanicamente por 30 minutos e completar o volume
em 10 mL de uma mistura de clorofórmio e metanol (5:1). com metanol, homogeneizar e Þltrar. Transferir 10 mL
do Þltrado para balão volumétrico de 50 mL e diluir em
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar metanol de modo a obter solução de ßutamida a 0,25 mg/
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mL.
mancha referente à ßutamida obtida com a Solução (1)
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida Solução padrão: diluir quantidade exatamente pesada de
com a Solução (2). ßutamida SQR em metanol de modo a obter solução a 0,25
mg/mL.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
àquele do pico principal da Solução padrão. registrados não é maior que 2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL da Solução


CARACTERÍSTICAS padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. e medir a área sob os picos. Calcular a quantidade de
C11H11F3N2O3 nos comprimidos a partir das respostas
Teste de Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.

Teste de Friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
ROTULAGEM
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Observar a legislação vigente.
Meio de dissolução: solução aquosa de laurilsulfato de
sódio a 3% (p/v), 900 mL
976 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO
FOLINATO DE CÁLCIO
Proceder ao abrigo da luz direta. Realizar o doseamento
Calcii folinas
sem interrupção prolongada.

Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
ȝm), mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
de 1,5 mL/minuto.
C20H21CaN7O7; 511,50
Fase móvel: misturar 835 mL de água, 125 mL de acetonitrila
folinato de cálcio; 00197
e 15 mL de solução de hidróxido de tetrabutilamônio a 25%
Sal de cálcio do ácido N-[4-[[(2-amino-5-formil-
(p/v) em metanol. Ajustar pH para 7,5 ± 0,1 com fosfato de
1,4,5,6,7,8-hexaidro-4-oxo-6-pteridinil)metil]amino]
sódio monobásico 2 M e completar o volume para 1000
benzoil]-L-glutâmico (1:1)
mL com água.
[1492-18-8]
Diluente: misturar 900 mL de água e 15 mL de solução
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% de de hidróxido de tetrabutilamônio a 25% (p/v) em metanol.
C20H21CaN7O7, em relação à substância anidra. Ajustar pH para 7,5 ± 0,1 com fosfato de sódio monobásico
2 M e completar o volume para 1000 mL com água.
DESCRIÇÃO Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente
pesada, da amostra em Diluente para obter solução a 0,2
Características físicas. Pó amorfo ou cristalino, branco ou
mg/mL.
amarelado, inodoro.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
Solubilidade. Solúvel em água, praticamente insolúvel em
de folinato de cálcio SQR em Diluente para obter solução
acetona e etanol.
a 0,2 mg/mL.

f Constantes físico-químicas

Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +14,4° a +18,0° em


relação à substância anidra. Determinar em solução a 2,5%
(p/v) em água livre de dióxido de carbono.
Solução de resolução: transferir 17,5 mg de ácido fólico
para balão volumétrico de 100 mL, dissolver em Diluente
e completar o volume com mesmo solvente. Transferir 5
mL para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com Solução padrão. Homogeneizar.

IDENTIFICAÇÃO Injetar replicatas de 15 ȝL da Solução de resolução. Os


tempos de retenção relativos são cerca de 1,0 para folinato
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da de cálcio e 1,6 para ácido fólico. A resolução entre folinato
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta de cálcio e ácido fólico não é menor que 3,6. O desvio
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles não é maior que 2,0%.
observados no espectro de folinato de cálcio SQR,
preparado de maneira idêntica. Procedimento: injetar, separadamente, 15 ȝL da Solução
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas e
B. Responde à reação 2 do íon cálcio (5.3.1.1). medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C20H21CaN7O7
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
ENSAIOS DE PUREZA padrão e a Solução amostra.

Aspecto da solução. A solução aquosa a 2,5% (p/v)


é límpida (5.2.25) e amarela. Medir a absorvância da
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
solução a 420 nm, utilizando água para ajuste do zero. A Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
absorvância não deve ser maior que 0,60.

pH (5.2.19). 6,8 a 8,0. Determinar em solução aquosa a ROTULAGEM


2,5% (p/v).
Observar a legislação vigente.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. No máximo
0,005% (50 ppm).
CLASSE TERAPÊUTICA
Água (5.2.20.3). Determinar em 0,1 g da amostra. No
máximo 17%. Antídoto aos antagonistas do ácido fólico.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 977

de 250 mL e completar o volume com água. Transferir


FOSFATO DE ALUMÍNIO 10 mL dessa solução para balão volumétrico de 100 mL
Aluminii phophas e completar o volume com água, obtendo a Solução (1).
Paralelamente, transferir 2,86 g de fosfato de potássio
monobásico para balão volumétrico de 100 mL, dissolver
AlPO4; 121,95 em água e completar o volume com o mesmo solvente,
AlPO4.ѿH2O; 127,96 obtendo Solução (2). Transferir 1 mL da Solução (2) para
fosfato de alumínio; 00200 balão volumétrico de 5 mL e completar o volume com
Sal de alumínio do ácido fosfórico (1:1) água, obtendo Solução (3). Transferir 3 mL da Solução
[7784-30-7] (2) para balão volumétrico de 5 mL e completar o volume
Sal de alumínio do ácido fosfórico hidratado (3:3:1) com água, obtendo a Solução (4). Transferir 5 mL de cada
[1117729-44-8] solução obtida para balão volumétrico de 25 mL, adicionar
4 mL de ácido sulfúrico M, 1 mL de molibdato de amônio a
Contém, no mínimo, 94,0% e, no máximo, 102,0% de 1% (p/v) em ácido sulfúrico M, 5 mL de água e 2 mL de uma
AlPO4, em relação à substância incinerada. solução contendo 0,1 g de sulfato de 4-metilaminofenol,
0,5 g de sulÞto de sódio anidro, 20 g de metabissulÞto de
sódio em 100 mL com água. Agitar e deixar sob repouso
DESCRIÇÃO por 15 minutos. Completar o volume com água. Medir a
absorvância das soluções resultantes em 730 nm. Calcular
Características físicas. Pó branco ou quase branco,
a concentração de PO43- na Solução (1) a partir da curva
contendo alguns agregados friáveis.
de calibração preparada com as Soluções (2), (3) e (4). No
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, praticamente máximo 1,0%.
insolúvel em etanol. Solúvel em hidróxidos alcalinos e em
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 0,4 g da amostra em 30 mL
soluções diluídas de ácidos.
de ácido clorídrico diluído e Þltrar. Utilizar 15 mL dessa
solução e 2,5 mL da Solução padrão de ácido sulfúrico
IDENTIFICAÇÃO 0,005 M. No máximo 0,6% (6000 ppm).

A. A solução obtida em Aspecto da solução responde às Arsênio (5.3.2.5). Determinar em 1 g da amostra. Proceder

fa
reações do íon alumínio (5.3.1.1). conforme descrito em Método espectrofotométrico, Método
I. No máximo 0,0001% (1 ppm).
B. A solução obtida em Aspecto da solução responde às
reações do íon fosfato (5.3.1.1). Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Dissolver 2
g da amostra em 20 mL de ácido clorídrico SR. Utilizar 10
mL dessa solução. No máximo 0,002% (20 ppm).
ENSAIOS DE PUREZA
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Aspecto da solução. Transferir 2 g da amostra para balão
Incinerar entre 800 °C e 1000 °C, até peso constante. Entre
volumétrico de 100 mL, dissolver em 50 mL de ácido
10% e 20%.
clorídrico SR e completar o volume com o mesmo solvente.
A solução obtida é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
DOSEAMENTO
pH (5.2.19). Pesar 2,0 g da amostra e adicionar 50 mL
de água, agitando vigorosamente por 5 minutos. O pH da Pesar, exatamente, cerca de 0,4 g da amostra, previamente
solução obtida é entre 5,5 e 7,2. incinerada, dissolver em 10 mL de ácido clorídrico diluído
e diluir a 100 mL com água. A 10 mL dessa solução,

da amostra por um tamis de abertura de 75 Pm. A 0,5 g da


Capacidade neutralizante. Passar quantidade suÞciente adicionar 10 mL de edetato de sódio 0,1 M SV e 30 mL de
mistura de acetato de amônio SR e acido acético diluído

previamente aquecido a 37 qC. Manter essa mistura a 37 qC


amostra peneirada, adicionar 30 mL de ácido clorídrico M, (1:1). Ferver por 3 minutos, deixar esfriar. Adicionar 25
mL de etanol e 1 mL de ditizona a 0,025% (p/v) em etanol,

o pH (5.2.19) da mistura, a 37 qC, é entre 2,0 e 2,5.


por 30 minutos, agitando continuamente. Após 30 minutos, recém-preparada. Titular o excesso de edetato de sódio 0,1
M SV com sulfato de zinco 0,1 M SV até mudança para
rosa. Cada mL de edetato dissódico 0,1 M SV equivale a
Cloretos (5.3.2.1). Dissolver 54,4 mg da amostra em 30 mL
12,195 mg de AlPO4.
de ácido nítrico a 20% (p/v) e Þltrar. Utilizar 15 mL dessa
solução e 1 mL da Solução padrão de ácido clorídrico 0,01
M. No máximo 1,3% (13000 ppm). EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Fosfatos solúveis. Proceder conforme descrito em Em recipientes bem fechados.
Espectrofotometria de absorção no visível (5.2.14). Pesar,
exatamente, cerca de 5 g da amostra e misturar com 150
mL de água. Agitar por 2 horas. Filtrar e lavar com 50 ROTULAGEM
mL de água. Recolher o Þltrado em balão volumétrico Observar a legislação vigente.
978 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

CLASSE TERAPÊUTICA ROTULAGEM


Antiácido. Observar a legislação vigente.

CATEGORIA
FOSFATO DE AMÔNIO DIBÁSICO
Ammonii hydrogenophosphas Agente tamponante, agente sequestrante.

(NH4)2HPO4; 132,06
FOSFATO DE CÁLCIO DIBÁSICO DI-
fosfato de amônio dibásico; 04277
Sal de amônio do ácido fosfórico (2:1) HIDRATADO
[7783-28-0] Calcii hydrogenophosphas dihydricus

Contém, no mínimo, 96,0% e, no máximo, 102,0% de CaHPO4.2H2O; 172,09


(NH4)2HPO4. fosfato de cálcio dibásico di-hidratado; 04278
Sal de cálcio do ácido fosfórico hidratado (1:1:2)
DESCRIÇÃO [7789-77-7]

Características físicas. Pó cristalino ou cristais, brancos Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de
ou quase brancos. CaHPO4.2H2O.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, praticamente
insolúvel em acetona e etanol. DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó cristalino branco.
IDENTIFICAÇÃO
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e em etanol.
A. A solução a 5% (p/v) responde às reações do íon amônio Solúvel em soluções diluídas de ácido clorídrico e ácido
(5.3.1.1). nítrico, pouco solúvel em ácido acético diluído.

f B. A solução a 5% (p/v) responde às reações do íon fosfato


(5.3.1.1).

ENSAIOS DE PUREZA
IDENTIFICAÇÃO
A. Dissolver aproximadamente 0,1 g da amostra por
aquecimento com mistura de 5 mL de ácido clorídrico 3
M e 5 mL de água. Adicionar, gota a gota, sob agitação,
pH (5.2.9). 7,6 a 8,2. Determinar em solução aquosa a 1%
2,5 mL de hidróxido de amônio 6 M e adicionar 5 mL de
(p/v).
oxalato de amônio SR. Produz-se precipitado branco.
Arsênio (5.3.2.5). Utilizar Método espectrofotométrico,
B. Em 10 mL de solução a 1% (p/v) da amostra aquecida
Método I. Determinar em 1 g da amostra. No máximo
com pequeno excesso de ácido nítrico adicionar 10 mL de
0,0003% (3 ppm).
molibdato de amônio SR. Produz-se precipitado amarelo
Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 1,22 g da amostra. No de fosfomolibdato de amônio.
máximo 0,03% (300 ppm).

Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 0,8 g da amostra. No ENSAIOS DE PUREZA


máximo 0,15% (1500 ppm). Bário. Dissolver 2,5 g da amostra em 20 mL de ácido
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g da amostra em 25 clorídrico SR, Þltrar se necessário e adicionar amônia SR
mL de água. No máximo 0,001% (10 ppm). até formação de precipitado. Adicionar ácido clorídrico
SR até dissolução do precipitado e completar o volume
para 50 mL com água. A 10 mL desta solução adicionar
DOSEAMENTO 0,5 mL de ácido sulfúrico diluído. A outra alíquota de 10
mL adicionar 0,5 mL de água. Após 15 minutos, qualquer
Dissolver 0,6 g da amostra em 40 mL de água. Titular opalescência na alíquota adicionada de ácido não é mais
com ácido sulfúrico 0,05 M SV até pH 4,6 determinado intensa que a obtida com a alíquota adicionada de água.
potenciometricamente. Cada mL de ácido sulfúrico 0,05 M
SV equivale a 13,206 mg de (NH4)2HPO4. Carbonatos. Misturar 0,5 g da amostra com 5 mL de água
isenta de dióxido de carbono e adicionar 1 mL de ácido
clorídrico. Não se observa efervescência.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Fosfatos monocálcico e tricálcico. Dissolver 2 g da
Em recipientes bem fechados, não metálicos.
amostra em 30 mL de ácido clorídrico M SV, adicionar 20
mL de água e 0,05 mL de alaranjado de metila SI. Titular o
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 979

excesso de ácido clorídrico M SV com hidróxido de sódio EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


M SV. O consumo de ácido clorídrico M SV está entre 11
mL e 12,5 mL. Em recipientes bem fechados, não metálicos.

Substâncias insolúveis em ácido. Aquecer 5 g da amostra


com mistura de 40 mL de água e 10 mL de ácido clorídrico,
ROTULAGEM
até máxima solubilização, e completar o volume para 100 Observar a legislação vigente.
mL com água. Se um resíduo insolúvel aparecer, Þltrar,

negativa. Secar o resíduo a 105 qC, por 1 hora. No máximo


lavar com água quente, até a reação para cloretos ser
CLASSE TERAPÊUTICA
0,2%.
Suplemento de cálcio.
Arsênio (5.3.2.5). Dissolver 2,5 g da amostra em 20 mL
de ácido clorídrico SR. Filtrar, se necessário, e adicionar
amônia SR até formação de precipitado. Adicionar ácido FOSFATO DE CÁLCIO TRIBÁSICO
clorídrico SR até dissolução do precipitado e completar o Tricalcii phosphas
volume para 50 mL com água. Utilizar 2 mL desta solução
e prosseguir conforme descrito em Método visual. No
máximo 0,001% (10 ppm). Ca5(OH)(PO4)3; 502,31
fosfato de cálcio tribásico; 00203
Cloretos (5.3.2.1). Dissolver 3,58 g da amostra em mistura Fosfato de cálcio hidróxido
de 7 mL de ácido nítrico e 20 mL de água. Diluir para 50 [12167-74-7]
mL com água. Utilizar 15 mL desta solução. No máximo
0,033% (330 ppm). Fosfato de cálcio tribásico consiste de uma mistura variável
de fosfatos de cálcio. Contém, no mínimo, 35,0% e, no
Ferro (5.3.2.4). Dissolver 2,5 g da amostra em 20 mL
máximo, 40,0% de Ca (40,08).
de ácido clorídrico SR. Filtrar, se necessário, e adicionar
amônia SR até formação de precipitado. Adicionar ácido
clorídrico SR até dissolução do precipitado e completar o DESCRIÇÃO
volume para 50 mL com água. Utilizar 5 mL desta solução

fa
e prosseguir conforme descrito em Método I. Utilizar 1 Características físicas. Pó branco, inodoro e insípido.
mL de Solução padrão de ferro (100 ppm Fe). No máximo Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e etanol.
0,04% (400 ppm). Solúvel em soluções diluídas de ácido clorídrico e ácido
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver, tanto quanto possível, nítrico. Praticamente insolúvel em ácido acético.
por meio de aquecimento, 1,3 g da amostra em 3 mL de
ácido clorídrico 3 M, resfriar e diluir para 50 mL com água. IDENTIFICAÇÃO
Determinar em 25 mL desta solução. No máximo 0,003%
(30 ppm). A. Dissolver 0,1 g da amostra em 5 mL de solução de ácido
nítrico a 25% (v/v). A solução responde às reações do íon
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 0,8 g da amostra em 20 mL fosfato (5.3.1.1).
de ácido clorídrico SR. Filtrar, se necessário, e adicionar
amônia SR até formação de precipitado. Adicionar ácido B. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1).
clorídrico SR até dissolução do precipitado e completar
o volume para 50 mL com água. Utilizar 15 mL desta
ENSAIOS DE PUREZA
solução. No máximo 0,5% (5 000 ppm).
Substâncias insolúveis em ácido. Dissolver 5 g da amostra
Incinerar entre 800 °C e 825 qC, até peso constante. Entre
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
em uma mistura de 10 mL de ácido clorídrico e 30 mL de
água. Filtrar, lavar o resíduo com água e secar em estufa
24,5% e 26,5%.
a 105 °C, até peso constante. A massa do resíduo não é
superior a 10 mg (0,2 %).
DOSEAMENTO
Arsênio (5.3.2.5). Adicionar 0,25 g da amostra a 20 mL de
Pesar, exatamente, cerca de 0,3 g da amostra, dissolver em água. Adicionar ácido clorídrico até completa dissolução
mistura de 1 mL de ácido clorídrico a 0,3% (v/v) e 5 mL e prosseguir conforme descrito em Método visual. No
de água. Adicionar 25 mL de edetato dissódico 0,1 M SV máximo 0,0004% (4 ppm).
e diluir a 200 mL com água. Neutralizar com hidróxido de
amônio e adicionar 10 mL de solução tampão cloreto de Bário. Pesar 0,5 g da amostra. Adicionar 10 mL de água
amônio pH 10,0 e aproximadamente 50 mg de negro de e 1 mL de ácido nítrico, com agitação. A solução obtida
eriocromo T. Titular o excesso de edetato dissódico com deve permanecer límpida após adição de 1 mL de sulfato
sulfato de zinco 0,1 M SV até coloração violeta. Realizar de cálcio SR.
ensaio em branco. Cada mL de edetato dissódico 0,1 M SV Ferro (5.3.2.4). Dissolver 2,5 g da amostra em 20 mL
equivale a 17,209 mg de CaHPO4.2H2O. de ácido clorídrico diluído. Filtrar, se a solução não se
980 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

apresentar límpida. Adicionar amônia diluída, lentamente,


até formação de precipitado. Dissolver o precipitado em FOSFATO DE CLINDAMICINA
ácido clorídrico diluído e completar o volume para 50 Clindamycini phosphas
mL com água. Utilizar 5 mL da solução obtida e proceder
conforme descrito em Método I. Utilizar 1 mL de Solução
padrão de ferro (100 ppm Fe). No máximo 0,04% (400
ppm).

Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 0,6667 g da amostra


em 10 mL de ácido clorídrico a 10% (p/v) e aquecer em
banho-maria durante 5 minutos. Diluir com água para 25
mL e proceder conforme descrito em Método I. No máximo
0,003% (30 ppm).

Cloretos (5.3.2.1). Adicionar 0,1 g da amostra a 10 mL de


água. Adicionar 1 mL de ácido nítrico, agitar até dissolução
e diluir para 40 mL com água. Proceder conforme descrito C18H33ClN2O5S; 424,98
em Ensaio limite para cloretos. No máximo 0,35%. C18H34ClN2O8PS; 504,96
clindamicina; 02229
Sulfatos (5.3.2.2). Adicionar 0,15 g da amostra a 10 mL
fosfato de clindamicina; 02232
de água. Adicionar 1 mL de ácido clorídrico até completa
7-Cloro-6,7,8-tridesoxi-6-[[[(2S,4R)-1-metil-4-propil-2-
dissolução e diluir para 40 mL com água. No máximo
pirrolidinil]carbonil]amino]-1-tio-L-treo-Į-D-galacto-
0,8%.
octopiranosídeo de metila
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da [18323-44-9]
amostra. Dessecar em mußa a 800 °C, por 30 minutos. No 2-(Diidrogenofosfato) de 7-cloro-6,7,8-tridesoxi-6-
máximo 8,0 %. [[[(2S,4R)-1-metil-4-propil-2-pirrolidinil]carbonil]
amino]-1-tio-L-treo-Į-D-galacto-octopiranosídeo de
metila
DOSEAMENTO [24729-96-2]

f
Dissolver 0,2 g da amostra em mistura de 1 mL de ácido
clorídrico SR e 5 mL de água. Adicionar 25 mL de edetato Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 100,5% de
dissódico 0,1 M e completar o volume para 200 mL com C18H34ClN2O8PS, em relação à substância anidra.
água. Ajustar o pH da solução para 10,0 com amônia e
adicionar 10 mL de tampão cloreto de amônio pH 10,0. DESCRIÇÃO
Utilizar negro de eriocromo T SI como indicador. Titular
o excesso de edetato dissódico 0,1 M com sulfato de zinco Características físicas. Pó branco ou quase branco,
0,1 M SV até viragem do indicador de azul para violeta. ligeiramente higroscópico. Apresenta polimorÞsmo.
Cada mL de edetato dissódico 0,1 M equivale a 4,008 mg
de Ca. Solubilidade. Facilmente solúvel em água, muito pouco
solúvel em etanol, praticamente insolúvel em cloreto de
metileno.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Constantes físico-químicas.
Em recipientes bem fechados.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +115° a +130°, em
relação à substância anidra. Determinar em solução a 1%
ROTULAGEM (p/v) em água.
Observar a legislação vigente.
IDENTIFICAÇÃO
CLASSE TERAPÊUTICA A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
Suplemento e adjuvante farmacotécnico.
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de fosfato de clindamicina SQR,
preparado de maneira idêntica.

B. Aquecer, sob reßuxo, 0,1 g da amostra com mistura de


5 mL de solução concentrada de hidróxido de sódio SR e 5
mL de água, por 90 minutos. Resfriar. Acrescentar 5 mL de
ácido nítrico. Extrair com tres porções de 15 mL de cloreto
de metileno. Filtrar a camada aquosa. O Þltrado responde
às reações do íon fosfato (5.3.1.1).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 981

ENSAIOS DE PUREZA Solução amostra: transferir 75 mg da amostra, exatamente


pesada, para balão volumétrico de 25 mL, completar o
Aspecto da solução. Dissolver 1 g da amostra em água. volume com a Fase móvel e misturar.
Aquecer, ligeiramente, se necessário. Resfriar e completar
o volume para 25 mL com água. A solução obtida é límpida Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
(5.2.25) e incolor (5.2.12). de fosfato de clindamicina SQR na Fase móvel e diluir
adequadamente de modo a obter solução a 3 mg/mL.
pH (5.2.19). 3,5 a 4,5. Determinar em solução aquosa a
1% (p/v). Solução de resolução: dissolver 5 mg de cloridrato de
lincomicina SQR e 15 mg de cloridrato de clindamicina
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em SQR em 5 mL da Solução padrão e completar o volume
Doseamento. Preparar as soluções como descrito a seguir. para 100 mL com a Fase móvel.
Solução (1): transferir 75 mg da amostra, exatamente pesada, Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. O
para balão volumétrico de 25 mL, completar o volume com doseamento será válido somente se o pico de cloridrato
a Fase móvel e misturar. de lincomicina estiver separado do pico do solvente. A
resolução entre os picos de fosfato de clindamicina e
Solução (2): diluir 1 mL da Solução padrão para 100 mL
cloridrato de clindamicina não é menor que 6,0. Ajustar a
com a Fase móvel.
proporção de acetonitrila na Fase móvel, se necessário. O
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL de cada fator de cauda para o pico de fosfato de clindamicina não
solução, registrar os cromatogramas e medir as áreas de é maior que 1,5.
todos os picos obtidos. A área de todos os picos obtidos
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. O desvio
com a Solução (1), exceto a do pico principal e a do pico
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
do solvente, não é superior a 2,5 vezes a área sob o pico
não é maior que 1,0%. Ajustar os parâmetros do integrador,
principal obtido com a Solução (2) (2,5%). A soma das
se necessário.
áreas de todos os picos obtidos com a Solução (1), exceto a
do pico principal e a do pico do solvente, não é superior a 4 Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
vezes a área sob o pico principal obtido com a Solução (2) padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
(4,0%). Desconsiderar qualquer pico com área inferior a e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de
10% da área sob o pico principal obtido com a Solução (2).

fa
C18H34ClN2O8PS na amostra a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra.
Água (5.2.20.1). Determinar em 0,25 g da amostra. No
máximo 6,0%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Em recipientes bem fechados.
Quando for indicado no rótulo que a substância é
estéril, a amostra cumpre com os testes de Esterilidade ROTULAGEM
e Endotoxinas bacterianas. Quando for indicado que a
substância deve ser esterilizada durante a produção de Observar a legislação vigente. Quando a substância é
preparações estéreis, a amostra cumpre com o teste de destinada à produção de preparações parenterais, o rótulo
Endotoxinas bacterianas. deve indicar se o produto é estéril ou se deve ser esterilizado
durante o processo.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Utilizar o Método
de Þltração por membrana.
CLASSE TERAPÊUTICA
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,6 UE/
Antibacteriano; antiprotozoário.
mg de fosfato de clindamicina.

DOSEAMENTO FOSFATO DE CLINDAMICINA SOLUÇÃO


Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido INJETÁVEL
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 210 nm; coluna de 250 mm de Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 105,0% da
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada quantidade declarada de C18H33ClN2O5S.
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 ȝm
a 10 ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase
móvel de 1,0 mL/minuto. IDENTIFICAÇÃO

Fase móvel: misturar 200 mL de acetonitrila e 800 mL de A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
fosfato de potássio monobásico a 1,36% (p/v), previamente camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
ajustado para pH 2,5 com ácido fosfórico. como suporte, e mistura de metanol, tolueno e amônia 18
M (70:30:1,5), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
982 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

à placa, 10 ȝL de cada uma das soluções, recentemente padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
preparadas, descritas a seguir. não é maior que 2,0%.

Solução (1): transferir volume da solução injetável Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
equivalente a 50 mg de fosfato de clindamicina para balão padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
volumétrico de 10 mL, completar o volume com metanol e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
e homogeneizar. C18H33ClN2O5S na solução injetável a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
Solução (2): solução a 5 mg/mL de fosfato de clindamicina Cada mg de C18H34ClN2O8PS equivale a 0,8416 mg de
SQR, em metanol. C18H33ClN2O5S.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar a placa com iodobismutato de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
potássio diluído SR. Examinar sob luz ultravioleta
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1) Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz, em
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida temperaturas entre 8 °C e 30 °C.
com a Solução (2).

B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma ROTULAGEM


da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde Observar a legislação vigente.
àquele do pico principal da Solução padrão.

CARACTERÍSTICAS FOSFATO DE SÓDIO DIBÁSICO


Natrii hydrogenophosphas
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 5,5 a 7,0. Na2HPO4; 141,96


Na2HPO4.H2O; 159,97
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Na2HPO4.2H2O; 177,99
Na2HPO4.7H2O; 268,07

f
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Na2HPO4.12H2O; 358,14
fosfato de sódio dibásico; 00207
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,58 UE/ fosfato de sódio dibásico di-hidratado; 00209
mg de fosfato de clindamicina. fosfato de sódio dibásico heptaidratado; 00211
fosfato de sódio dibásico dodecaidratado; 00210
DOSEAMENTO Sal de sódio do ácido fosfórico (2:1)
[7558-79-4]
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido Sal dissódico do ácido fosfórico monoidratado
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido [118830-14-1]
de detector ultravioleta a 210 nm; coluna de 250 mm de Sal dissódico do ácido fosfórico di-hidratado
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada [10028-24-7]
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 Sal dissódico do ácido fosfórico heptaidratado
ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel [7782-85-6]
de 1,0 mL/minuto. Sal de sódio do ácido fosfórico hidratado (2:1:12)
[10039-32-4]
Fase móvel: mistura de 250 mL de acetonitrila e 750 mL de
fosfato de potássio monobásico 1,36% (p/v), previamente
ajustado para pH 2,5 com ácido fosfórico. Fosfato de sódio dibásico é anidro ou contém uma, duas,
sete ou doze moléculas de água de hidratação. Contém, no
Solução amostra: diluir volume da solução injetável na mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de Na2HPO4, em
Fase móvel de modo a obter solução a 0,15 mg/mL de relação à substância dessecada.
clindamicina.

Solução padrão: solução a 0,18 mg/mL de fosfato de DESCRIÇÃO


clindamicina SQR na Fase móvel. Características físicas. Pó incolor ou branco, inodoro,
Solução resolução: solução contendo 0,12 mg/mL de sabor salino.
cloridrato de lincomicina SQR e 0,24 mg/mL de fosfato de Solubilidade. Facilmente solúvel em água, muito pouco
clindamicina SQR na Fase móvel. solúvel em etanol.
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. A
resolução entre os picos de cloridrato de lincomicina e IDENTIFICAÇÃO
fosfato de clindamicina não é menor que 7,7. O desvio
A. A solução aquosa a 3% (p/v) responde às reações do íon
fosfato (5.3.1.1).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 983

B. A solução aquosa a 3% (p/v) responde às reações do íon ROTULAGEM


sódio (5.3.1.1).
Observar a legislação vigente.

ENSAIOS DE PUREZA
CLASSE TERAPÊUTICA
Substâncias insolúveis. Dissolver quantidade da amostra
equivalente a 5 g de Na2HPO4 em 100 mL de água quente, Adjuvante.
Þltrar em cadinho de Gooch tarado, lavar o resíduo com
água quente e dessecar a 105 °C por 2 horas. O peso do
resíduo não é maior que 20 mg (0,4%). FOSFATO DE SÓDIO MONOBÁSICO
Natrii dihydrogenophosphas
Arsênio (5.3.2.5). Utilizar Método espectrofotométrico,
Método I. Determinar em solução contendo o equivalente
a 187,5 mg de Na2HPO4 em 35 mL de água. No máximo NaH2PO4; 119,98
0,0016% (16 ppm). NaH2PO4.H2O; 138,00
NaH2PO4.2H2O; 156,01
Cloretos (5.3.2.1). Determinar em quantidade da amostra fosfato de sódio monobásico; 00212
equivalente a 0,6 g de Na2HPO4. No máximo 0,06% (600 fosfato de sódio monobásico monoidratado; 09331
ppm). fosfato de sódio monobásico di-hidratado; 00213
Sal de sódio do ácido fosfórico (1:1)
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. Dissolver
[7558-80-7]
quantidade da amostra equivalente a 2,1 g de Na2HPO4 em
Sal monossódico do ácido fosfórico monoidratado
50 mL de água e utilizar 12 mL da solução obtida para
[10049-21-5]
Preparação amostra. No máximo 0,002% (20 ppm).
Sal de sódio do ácido fosfórico hidratado (1:1:2)
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em quantidade da amostra [13472-35-0]
equivalente a 0,6 g de Na2HPO4. No máximo 0,2% (2000
ppm). Fosfato de sódio monobásico é anidro ou contém uma ou
duas moléculas de água de hidratação. Contém, no mínimo,
Perda por dessecação (5.2.9). Dessecar em estufa a 130 98,0% e, no máximo, 103,0% de NaH2PO4, em relação à

fa
°C, até peso constante. No máximo 5,0% para a forma substância anidra.
anidra, entre 10,3% e 12,0% para a forma monoidratada,
entre 18,5% e 21,5% para a forma di-hidratada, entre
43,0% e 50,0% para a forma hepta-hidratada e entre 55,0% DESCRIÇÃO
e 64,0% para a forma dodeca-hidratada.
Características físicas. Pó cristalino ou cristais incolores
ou brancos, inodoro e levemente deliquescente.
DOSEAMENTO
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, praticamente
Pesar, exatamente, quantidade da amostra equivalente a 1 g insolúvel em etanol.
de Na2HPO4 e dissolver em 40 mL de água. Adicionar, com
auxílio de pipeta volumétrica, 15 mL de ácido clorídrico
IDENTIFICAÇÃO
M. Titular potenciometricamente com hidróxido de sódio
M SV, até ponto de inßexão próximo a pH 4,0 e anotar o A. A solução aquosa a 5% (p/v) responde às reações do íon
volume gasto. Continuar a titulação até o segundo ponto fosfato (5.3.1.1).
de inßexão, próximo a pH 8,8. Realizar ensaio em branco,
transferindo 15 mL de ácido clorídrico M com pipeta B. A solução aquosa a 5% (p/v) responde às reações do íon
volumétrica e 40 mL de água para erlenmeyer e titulando sódio (5.3.1.1).
potenciometricamente com hidróxido de sódio M SV.
A diferença entre o volume de hidróxido de sódio M SV
ENSAIOS DE PUREZA
gasto no ensaio em branco e o volume gasto na titulação
da amostra até o ponto de inßexão pH 4,0 é considerado pH (5.2.19). 4,1 a 4,5. Determinar em solução contendo
Volume A. A diferença entre o volume de hidróxido de o equivalente a 1 g de NaH2PO4.H2O em 20 mL de água.
sódio M SV gasto entre os pontos de inßexão pH 4,0 e
pH 8,8 é considerado Volume B. Se o Volume A for igual Substâncias insolúveis. Dissolver quantidade da amostra
ou menor do que o Volume B, cada mL do Volume A de equivalente a 10 g de NaH2PO4.H2O em 100 mL de água
hidróxido de sódio M SV equivale a 141,960 mg de quente, Þltrar em cadinho de Gooch tarado, lavar o resíduo
Na2HPO4. Se o Volume A for maior do que o Volume B, com água quente e dessecar a 105 °C por 2 horas. O peso
cada mL de (2 Volume B) – Volume A de hidróxido de sódio do resíduo não é maior que 20 mg (0,2%).
M SV equivale a 141,960 mg de Na2HPO4.
Alumínio, cálcio e elementos relacionados. A solução
contendo o equivalente a 1 g de NaH2PO4.H2O em 10 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de água não apresenta turbidez quando o meio é levemente
Em recipientes bem fechados, não metálicos.
984 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

alcalinizado com hidróxido de amônio 6 M, utilizando (Na2HPO4.7H2O) e no mínimo 43,2 g e no máximo, 52,8 g
papel tornassol rosa. de fosfato de sódio monobásico (NaH2PO4.H2O).

Arsênio (5.3.2.5). Utilizar Método espectrofotométrico,


Método I. Determinar em solução contendo o equivalente a IDENTIFICAÇÃO
0,375 g de NaH2PO4.H2O em 35 mL de água. No máximo
A. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
0,0008% (8 ppm).
B. Responde às reações do íon fosfato (5.3.1.1).
Cloretos (5.3.2.1). Determinar em quantidade da amostra
equivalente a 2,5 g de NaH2PO4.H2O. No máximo 0,014%
(140 ppm). CARACTERÍSTICAS
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. Dissolver Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
quantidade da amostra equivalente a 1 g de NaH2PO4.H2O
em 20 mL de água, adicionar 1 mL de ácido clorídrico 3 M Densidade relativa (5.2.5). 1,333 a 1,366.
e completar o volume para 25 mL com água. No máximo
pH (5.2.19). Entre 4,4 e 5,2.
0,002% (20 ppm).

Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em quantidade da amostra TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


equivalente a 0,8 g de NaH2PO4.H2O. No máximo 0,15%
(1500 ppm). Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Água (5.2.20.1). No máximo 2,0% para a forma anidra,
entre 10,0% e 15,0% para a forma monoidratada e entre Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
18,0% e 26,5% para a forma di-hidratada. Cumpre o teste.

DOSEAMENTO DOSEAMENTO
Dissolver, exatamente, cerca de 2,5 g da amostra em 10 Pipetar 25 mL de amostra e transferir para um balão
mL de água fria e adicionar 20 mL de solução saturada de volumétrico de 500 mL e completar o volume com água.

f
cloreto de sódio fria. Titular com hidróxido de sódio M SV, Transferir 25 mL dessa solução para um béquer de 250 mL,
utilizando fenolftaleína SI como indicador e mantendo a adicionar 15 mL de hidróxido de sódio 0,5 M e 75 mL de
temperatura da solução entre 10 e 15 °C durante a titulação. água. Titular o excesso de base, potenciometricamente, com
Cada mL de hidróxido de sódio M SV equivale a 119,98 ácido clorídrico 0,5 M SV até o primeiro ponto de inßexão
mg de NaH2PO4. (em pH próximo a 9,2). Registrar o volume de titulante
gasto (A). Continuar a titulação até o segundo ponto de
inßexão (pH próximo a 4,4) e registrar o volume (B). Para
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO a determinação do branco, transferir 15 mL de hidróxido
Em recipientes bem fechados, não metálicos. de sódio 0,5 M para um béquer de 250 mL, adicionar 100
mL de água, e titular imediatamente com ácido clorídrico
0,5 M SV. Registrar o volume do ácido clorídrico 0,5 M
ROTULAGEM SV consumido (C), em mL. Cada mL do volume (C-A) de
ácido clorídrico 0,5 M equivale a 69 mg de fosfato de sódio
Observar a legislação vigente.
monobásico (NaH2PO4.H2O) e cada mL do volume de (B-
C) de ácido clorídrico 0,5 M SV equivale a 134,0 mg de
CLASSE TERAPÊUTICA fosfato de sódio dibásico (Na2HPO4.7H2O).

Adjuvante.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
FOSFATO DE SÓDIO SOLUÇÃO ORAL
ROTULAGEM
Solução oral de fosfato de sódio é uma solução contendo
fosfato de sódio dibásico e fosfato de sódio monobásico Observar a legislação vigente.
ou fosfato de sódio dibásico e ácido fosfórico em água
puriÞcada. Contém, em 100 mL, no mínimo, 16,2
g e no máximo, 19,8 g de fosfato de sódio dibásico
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 985

Solução (1): pesar 20 mg da amostra em um tubo de


FOSFATO DISSÓDICO DE centrífuga. Adicionar 5 mL de solução de fosfatase alcalina,
DEXAMETASONA agitar vigorosamente e deixar em repouso por 30 minutos.
Dexamethasoni natrii phosphas Adicionar 5 mL de acetato de etila, agitar vigorosamente,
centrifugar e utilizar a camada superior.

Solução (2): solução a 3 mg/mL de dexametasona SQR em


acetato de etila.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução
(2).

C. Dissolver 2 mg em 2 mL de ácido sulfúrico e misturar.


Desenvolve-se coloração marrom amarelado em 5
minutos. Adicionar 10 mL de água e misturar. A coloração
desaparece e a preparação permanece límpida.

D. O resíduo obtido conforme descrito em Cinzas


C22H28FNa2O8P; 516,40 sulfatadas (5.2.10) responde às reações do íon sódio e íon
fosfato dissódico de dexametasona; 02821 fosfato (5.3.1.1).
Sal de sódio de (11ȕ,16Į)-9-ßuor-11,17-diidroxi-16-metil-
21-(fosfonooxi)-pregna-1,4-dieno-3,20-diona (2:1)
ENSAIOS DE PUREZA
[2392-39-4]
Aspecto da solução. A solução a 5% (p/v) em água livre de
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de dióxido de carbono é límpida (5.2.25).
C22H28FNa2O8P, em relação à substância anidra, livre de
etanol. pH (5.2.19). 7,5 a 10,5. Determinar em solução a 1% (p/v)

fa
em água livre de dióxido de carbono.

DESCRIÇÃO Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito


em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Características físicas. Pó branco, muito higroscópico. Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, muito pouco
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
solúvel em etanol, dioxana e insolúvel em clorofórmio.
ligada a grupo octadecilsilano (5 ȝm), mantida à
Constantes físico-químicas. temperatura ambiente, ßuxo da Fase móvel de 1 mL/min.

Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +75° a +83°, em relação Fase móvel: misturar 1,36 g de fosfato de potássio
à substância anidra e livre de etanol. Determinado em monobásico e 0,6 g de hexilamina e deixar em repouso por
solução a 1% (p/v) em água. 10 minutos. Dissolver em 182,5 mL de água e adicionar
67,5 mL de acetonitrila. Fazer os ajustes necessários.

IDENTIFICAÇÃO Solução (1): dissolver quantidade, exatamente pesada, da


amostra em Fase móvel para obter solução a 2,5 mg/mL.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
da amostra, dispersa em brometo de potássio apresenta Solução (2): dissolver 2 mg de fosfato dissódico
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos de dexametasona SQR e 2 mg de fosfato sódico de
de onda e com as mesmas intensidades relativas betametasona em Fase móvel e diluir para 100 mL com o
daqueles observados no espectro de fosfato dissódico de mesmo solvente.
dexametasona SQR, preparado de maneira idêntica. Se
o espectro obtido no estado sólido mostrar diferenças, Solução (3): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
dissolver a substância a ser examinada e o fosfato dissódico volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase
de dexametasona SQR, separadamente, em um mínimo móvel.
volume de etanol, evaporar e secar em banho-maria.
Injetar 20 ȝL da Solução (2). A resolução entre fosfato sódico
Registrar novos espectros usando os resíduos.
de betametasona e fosfato dissódico de dexametasona não
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em é menor que 2,2.
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel HF254,
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
como suporte, e mistura de clorofórmio, metanol e água
(1) e da Solução (3) e registrar os cromatogramas por, no
(180:15:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
mínimo, o dobro do tempo de retenção do pico principal.
à placa, 10 —L de cada uma das soluções, recentemente
A área sob qualquer pico a partir do pico principal obtido
preparadas, descritas a seguir.
986 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

com a Solução (1) não é maior que a metade da área sob DOSEAMENTO
o pico principal obtido com a Solução (3) (0,5%). A soma
das áreas sob todos os picos obtidos com a Solução (1), Proceder conforme Espectrofotometria de absorção no
exceto a do pico do solvente, não é maior que a área sob ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da
o pico principal obtido com a Solução (3) (1%). Não amostra e dissolver em água. Completar o volume para
considerar picos com área inferior 0,05 vezes a área sob o 100 mL com o mesmo solvente. Diluir, sucessivamente,
pico principal obtido com a Solução (3). em água, até a concentração de 0,002% (p/v). Preparar
solução padrão na mesma concentração, utilizando o
Limite de etanol. Proceder conforme descrito em mesmo solvente e fosfato dissódico de dexametasona SQR
CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo ao invés da amostra. Medir as absorvâncias das soluções
a gás provido de detector de ionização de chamas, resultantes em 241,5 nm, utilizando água para ajuste do
utilizando coluna capilar de 1 m de comprimento e 3,2 zero. Calcular o teor de C22H28FNa2O8P na amostra a partir
mm de diâmetro interno, preenchida com copolímero das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os cálculos
etilvinilbenzeno e divinilbenzeno com espessura de Þlme considerando A(1%, 1 cm) = 303, em 241,5 nm, em água.
de 150 —m a 180 —m; temperatura da coluna de 150 °C,
temperatura do injetor a 250 °C e temperatura do detector
a 280 °C. Utilizar nitrogênio como gás de arraste; ßuxo de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
30 mL/minuto Em recipientes hermeticamente fechados, protegidos da luz.
Solução de padrão interno: diluir 1 mL de álcool n-propílico
para 100 mL de água. ROTULAGEM
Solução amostra: dissolver 0,5 g da amostra em 5 mL de Observar a legislação vigente.
Solução de padrão interno e diluir para 10 mL com água.

Solução padrão: diluir 1 mL etanol para 100 mL com água. CLASSE TERAPÊUTICA
Transferir 2 mL dessa solução para balão volumétrico de
10 mL, adicionar 5 mL de Solução de padrão interno e Antiinßamatórios esteroides.
completar o volume com água.

Procedimento: injetar, separadamente, 2 ȝL da Solução FOSFATO SÓDICO DE RIBOFLAVINA

f padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas


e medir as áreas sob os picos. Calcular a porcentagem de
etanol na amostra. No máximo 3,0% (p/p) de etanol.

Limite de íons fosfato. Proceder conforme descrito


Riboflavini natrii phosphas

em Espectrofotometria de absorção no visível (5.2.14).


Dissolver, exatamente, cerca de 50 mg da amostra em
mistura de 10 mL de água e 5 mL de ácido sulfúrico M.
Aquecer se necessário. Adicionar 1 mL de solução de
molibdato de amônio a 5% (p/v) em ácido sulfúrico 0,05
M e 1 mL de sulfato de 4-metilaminofenol SR. Completar
o volume para 25 mL com água, homogeneizar e deixar
em repouso por 30 minutos. Preparar solução padrão na
mesma concentração, utilizando 5 mL da solução de
fosfato de potássio monobásico a 0,01433% (p/v), ao invés
da amostra, e os mesmos solventes. Medir as absorvâncias C17H20N4NaO9P; 478,33
das soluções resultantes em 730 nm, utilizando água para C17H20N4NaO9P.2H2O; 514,36
ajuste do zero. A absorvância da solução da amostra não é fosfato sódico de riboßavina; 07703
maior que da solução padrão. No máximo 1,0%. Sal de sódio de 5’-(dihidrogenofosfato) de riboßavina (1:1)
[130-40-5]
Água (5.2.20.1). A soma das porcentagens do conteúdo de Sal monossódico de 5’-(dihidrogenofosfato) de riboßavina
água e de etanol, determinado em Limite de etanol, não é di-hidratado
maior que 16,0%. [6184-17-4]

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Mistura contendo riboßavina 5’-(hidrogenofosfato de


sódio) como principal componente e outros monofosfatos
Contagem do número total de micro-organismos sódicos de riboßavina. Contém, no mínimo, 73,0% e, no
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. máximo, 79,0% de riboßavina (C17H20N4O6), em relação à
substância dessecada.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 987

DESCRIÇÃO balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com


Fase móvel.
Características físicas. Pó cristalino, amarelo ou laranja-
amarelado, higroscópico. Solução (3): dissolver, exatamente, cerca de 0,1 g de
fosfato sódico de riboßavina SQR em 50 mL de água e
Solubilidade. Solúvel em água, muito pouco solúvel em diluir para 100 mL com Fase móvel. Transferir 4 mL desta
etanol, praticamente insolúvel em éter etílico. solução para balão volumétrico de 25 mL e completar o
volume com Fase móvel.
Constantes físico-químicas.
Injetar replicatas de 100 —L das Soluções (1) e (3).
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +37º a +42º. Determinar
Registrar o cromatograma até a completa eluição do
em solução a 1,2% (p/v) em ácido clorídrico 5 M.
pico correspondente à riboßavina. Nas condições
cromatográÞcas prescritas os tempos de retenção relativos
IDENTIFICAÇÃO são cerca de 0,2 para riboßavina 3’,4’-difosfato; 0,3
para riboßavina 3’,5’-difosfato; 0,5 para riboßavina
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na 4’,5’-difosfato; 0,7 para riboßavina 3’-monofosfato; 0,9
faixa de 230 nm a 350 nm, de solução a 0,001% (p/v) em para riboßavina 4’-monofosfato; 1,0 para riboßavina
tampão citro-fosfato pH 7,0 exibe máximo em 266 nm. A 5’-monofosfato; e 2,0 para riboßavina. A resolução entre
absorvância em 266 nm é de 0,58 a 0,64. riboßavina 4’-monofosfato e à riboßavina e 5’-monofosfato
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma no cromatograma obtido com a Solução (3) não é inferior
da Solução (1), obtida em Substâncias relacionadas, a 1,5. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas do
corresponde àquele do pico principal da Solução (3). pico referente a riboßavina 5’-monofosfato não é maior
que 1,5%
C. Transferir 10 mg da amostra para balão volumétrico de
100 mL, dissolver com hidróxido de sódio SR e completar Procedimento: injetar, separadamente, 100 —L da Solução
o volume com o mesmo solvente. Examinar 1 mL desta (1), Solução (2) e Solução (3), registrar os cromatogramas
solução sob luz ultravioleta (254 nm) por 5 minutos. e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de riboßavina
Adicionar ácido acético suÞciente para acidiÞcar a solução, livre e de difosfatos de riboßavina na amostra a partir das
utilizando papel de tornassol azul como indicador. Agitar área sob os picos no cromatograma obtido com as Soluções
(1), (2) e (3). No máximo 6,0% de riboßavina livre e, no

fa
com 2 mL de cloreto de metileno. A fase inferior da mistura
apresenta ßuorescência amarela. máximo, 6,0% de difosfatos de riboßavina, em relação à
substância dessecada.
D. A 0,5 g da amostra, adicionar 10 mL de ácido nítrico e
evaporar, em banho-maria, até secura. Aquecer o resíduo Limite de lumiflavina. Agitar 35 mg da amostra com
até adquirir coloração branca, dissolver em 5 mL de água e 10 mL de clorofórmio isento de álcool, recentemente
Þltrar. O Þltrado responde às reações do íon sódio (5.3.1.1) preparado, por 5 minutos e Þltrar. A absorvância (5.2.14)
e às reações do íon fosfato (5.3.1.1). da solução resultante em 440 nm, utilizando clorofórmio
isento de álcool para ajuste do zero, é de, no máximo,
0,025.
ENSAIOS DE PUREZA
Limite de fosfato livre. Dissolver 0,3 g da amostra em
pH (5.2.19). 5,0 a 6,5. Determinar em solução aquosa a água, diluir para 100 mL com o mesmo solvente. Transferir
1% (p/v). 10 mL desta solução para balão volumétrico de 50 mL.
Adicionar 10 mL de solução ácida de molibdato de amônio
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito e 5 mL de sulfato ferroso a 10% (p/v) em ácido sulfúrico
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). 0,075 M. Homogeneizar. Preparar solução padrão de
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a maneira similar utilizando 10 mL de fosfato de potássio
266 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de monobásico a 0,004% (p/v), 10 mL de solução ácida de
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente molibdato de amônio e 5 mL de sulfato ferroso a 10% (p/v)
ligada a grupo octadecilsilano (5 —m), mantida à temperatura em ácido sulfúrico 0,075 M. Medir as absorvâncias das
ambiente; ßuxo da fase móvel de 2 mL/minuto. soluções resultantes em 700 nm (5.2.14). Utilizar mistura
Fase móvel: mistura de metanol e fosfato de potássio de 10 mL de água, 10 mL de solução ácida de molibdato
monobásico a 0,735% (p/v) (15:85). de amônio e 5 mL de sulfato ferroso a 10% (p/v) em ácido
sulfúrico 0,075 M para ajuste do zero. A absorvância da
Solução (1): transferir, exatamente, cerca de 0,1 g da solução amostra não é superior à da solução padrão. No
amostra para balão volumétrico de 100 mL, dissolver em máximo 1,0%.
50 mL de água e completar o volume com Fase móvel.
Transferir 4 mL desta solução para balão volumétrico de Metais pesados (5.3.2.3). Transferir 2 g da amostra
25 mL e completar o volume com Fase móvel. para cadinho de sílica, adicionar, gota a gota, 2 mL de
ácido nítrico e 0,25 mL de ácido sulfúrico. Aquecer,
Solução (2): dissolver, exatamente, cerca de 60 mg de cuidadosamente, até aparecimento de fumaça branca e
riboßavina SQR em 1 mL de ácido clorídrico e diluir para ignição da amostra. Resfriar. Extrair o resíduo com duas
250 mL com água. Transferir 4 mL desta solução para porções de 2 mL de ácido clorídrico. Evaporar os extratos
até secura. Dissolver o resíduo com 2 mL de ácido acético
988 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

diluído e diluir para 20 mL com água. Prosseguir conforme


descrito em Método I. No máximo 0,001% (10 ppm). FTALATO DE ETILA
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
Ethylis phthalas
amostra, em estufa a 105 °C, sob pressão reduzida, por 5
horas. No máximo 8,0%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


No máximo 25,0%.

DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
C12H14O4; 222,24
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de ftalato de etila; 09828
absorção no visível (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca de Éster 1,2-dietílico do ácido 1,2-benzenodicarboxílico
0,1 g da amostra e dissolver em 150 mL de água. Adicionar [84-66-2]
2 mL de ácido acético glacial e diluir para 1000 mL com
água. Transferir 10 mL desta solução para balão volumétrico
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
de 50 mL, adicionar 3,5 mL de acetato de sódio a 1,4%
C12H14O4, em relação à substância anidra.
(p/v) e completar o volume com água. Medir a absorvância
da solução em 444 nm. Utilizar mistura de água e acetato
de sódio a 1,4% (p/v) (93:7) para ajuste do zero. Calcular o DESCRIÇÃO
teor de C17H20N4O6 na amostra considerando A (1%, 1 cm)
= 328, em 444 nm. Características físicas. Líquido oleoso, incolor ou
ligeiramente amarelado.
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
ßuorescência (5.2.15). Dissolver, exatamente, cerca de 50 Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, miscível
mg da amostra em 20 mL de piridina e 75 mL de água, e com etanol e com éter etílico.
diluir para 1000 mL com água. Preparar solução padrão
Constantes físico-químicas.

f
na mesma concentração, utilizando os mesmos solventes.
Transferir 10 mL de cada solução para balões volumétricos Densidade relativa (5.2.5): 1,117 a 1,121. Determinar a 20 °C.
de 1000 mL. Adicionar ácido sulfúrico 0,05 M até ajuste de
pH entre 5,9 e 6,1 (aproximadamente 4 mL) e completar o Índice de refração (5.2.6): 1,500 a 1,505. Determinar a 20 °C.
volume com água. Medir as intensidades de ßuorescência
Temperatura de ebulição (5.2.3): 295 °C.
das soluções resultantes em ßuorímetro, em comprimento
de onda de excitação de 440 nm e emissão de 530 nm.
Calcular o teor de C17H20N4O6 na amostra, a partir das IDENTIFICAÇÃO
leituras obtidas.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa entre placas de cloreto de sódio, apresenta
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
observados no espectro de ftalato de etila SQR, preparado
de maneira idêntica.
ROTULAGEM
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
Observar a legislação vigente. camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
como suporte, e mistura de heptano e éter etílico (30:70),

PL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,


como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10
CLASSE TERAPÊUTICA
Componente da vitamina B. descritas a seguir.

Solução (1): solução a 5 mg/mL da amostra em éter etílico.

Solução (2): solução a 5 mg/mL de ftalato de etila SQR em


éter etílico.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar


ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 989

C. A 0,1 mL da amostra, adicionar 0,25 mL de ácido


sulfúrico e 50 mg de resorcinol. Aquecer em banho-maria FUROSEMIDA
por 5 minutos. Deixar esfriar, adicionar 10 mL de água e Furosemidum
1 mL de solução concentrada de hidróxido de sódio SR.
Desenvolve-se coloração amarela ou marrom-amarelada e
ßuorescência verde.

ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. A solução examinada é límpida
(5.2.25) e não é mais corada que a solução descrita a
seguir (5.2.12). Misturar 24 mL da Solução base de cloreto
férrico, 6 mL da Solução base de cloreto cobaltoso e 70 mL
de ácido clorídrico a 1% (p/v). Transferir 12,5 mL dessa
solução para balão volumétrico de 100 mL e completar o
volume com ácido clorídrico a 1% (p/v). C12H11ClN2O5S; 330,74
furosemida; 04361
Acidez. Dissolver 20 g da amostra em 50 mL de
Ácido 5-(aminossulfonil)-4-cloro-2-[(2-furanilmetil)
etanol previamente neutralizado. Adicionar 0,2 mL de
amino]-benzoico
fenolftaleína SI e titular com hidróxido de sódio 0,1 M. No
[54-31-9]
máximo 0,1 mL de hidróxido de sódio 0,1 M é gasto para
neutralizar a solução.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
Água (5.2.20.1). Determinar em 5 g da amostra. No C12H11ClN2O5S, em relação à substância dessecada.
máximo 0,2%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. DESCRIÇÃO


No máximo 0,1%.
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
branco, inodoro.

fa
DOSEAMENTO
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
Pesar, exatamente, cerca de 0,75 g da amostra e transferir solúvel em acetona e dimetilformamida, solúvel em
para erlenmeyer de 250 mL. Adicionar 25 mL de hidróxido metanol, ligeiramente solúvel em etanol, pouco solúvel
de potássio etanólico 0,5 M SV e algumas pérolas de vidro. em éter etílico e praticamente insolúvel em clorofórmio.
Aquecer em banho-maria, sob reßuxo, por uma hora. Facilmente solúvel em soluções aquosas de hidróxidos
Adicionar 1 mL de fenolftaleína SI e titular imediatamente alcalinos.
com ácido clorídrico 0,5 M SV. Realizar ensaio em branco
e fazer as correções necessárias. Calcular o volume de
IDENTIFICAÇÃO
hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV utilizado na
saponiÞcação. Cada mL de hidróxido de potássio etanólico A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
0,5 M SV equivale a 55,560 mg de C12H14O4. de absorção no infravermelho (5.2.14). O espectro de
absorção no infravermelho da amostra, dispersa em brometo
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Em recipientes bem fechados, completamente cheios, intensidades relativas daqueles observados no espectro de
protegidos da luz. furosemida SQR, preparado de maneira idêntica.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na


ROTULAGEM faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,0005% (p/v) em
hidróxido de sódio 0,1 M, exibe máximos em 228, 271 e
Observar a legislação vigente. 333 nm, idênticos aos observados no espectro de solução
similar de furosemida SQR. As absorvâncias das soluções
CATEGORIA em 271 nm, não diferem mais que 3%, quando calculadas
em relação à substância dessecada.
Adjuvante farmacêutico.
C. Dissolver cerca de 5 mg da amostra em 10 mL de
metanol. Transferir 1 mL desta solução para balão de
reßuxo, adicionar 10 mL de ácido clorídrico 2 M e submeter
a reßuxo por 15 minutos. Esfriar e adicionar 15 mL de
hidróxido de sódio M e 5 mL de nitrito de sódio 0,1%
(p/v). Homogeneizar e aguardar por 3 minutos. Adicionar
5 mL de sulfamato de amônio 2,5% (p/v), homogeneizar e
adicionar 1 mL de solução recém preparada de dicloridrato
990 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de N-(1-naftil)etilenodiamina 0,5% (p/v). Desenvolve-se


coloração vermelho-violeta. FUROSEMIDA COMPRIMIDOS

ENSAIOS DE PUREZA Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da


Aminas primárias aromáticas livres. Transferir 0,1 g da quantidade declarada de C12H11ClN2O5S.
amostra para balão volumétrico de 25 mL, com auxílio
de metanol. Agitar, completar o volume com o mesmo IDENTIFICAÇÃO
solvente, homogeneizar e Þltrar. Pipetar 1 mL do Þltrado,
transferir para balão volumétrico de 25 mL, adicionar, O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de
com agitação, 3 mL de dimetilformamida, 12 mL de água 220 nm a 320 nm, da solução Þnal obtida no Doseamento
destilada e 1 mL de ácido clorídrico M. Esfriar e adicionar exibe máximos de absorção em 228 nm e 271 nm.
1 mL de nitrito de sódio 0,5% (p/v), com agitação. Deixar
em repouso durante 5 minutos. Adicionar 1 mL de ácido CARACTERÍSTICAS
sulfâmico 2,5% (p/v) com agitação e deixar em repouso
por 3 minutos. Em seguida, adicionar 1 mL de solução Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
de dicloridrato de N-(1-naftil)etilenodiamina 0,5% (p/v)
e diluir para 25 mL com água destilada. Paralelamente, Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
realizar ensaio em branco, substituindo 1 mL do Þltrado
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
por 1 mL de metanol. Realizar imediatamente a leitura
da absorvância, em 530 nm. A absorvância obtida não é Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
superior a 0,20.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Cloretos (5.3.2.1). A 1 g da amostra, adicionar uma mistura
de 0,2 mL de ácido nítrico e 30 mL de água. Agitar durante Procedimento para uniformidade de conteúdo. Pesar,
5 minutos, deixar em repouso durante 15 minutos e Þltrar. separadamente, cada comprimido, e triturar. Transferir,
Utilizar 15 mL do Þltrado. No máximo 0,02% (200 ppm). quantitativamente, para balão volumétrico de 100 mL,
adicionar hidróxido de sódio 0,1 M, agitar, completar o
Sulfatos (5.3.2.2). A 2 g da amostra, adicionar uma mistura volume com o mesmo solvente e homogeneizar. Filtrar,
de 0,2 mL de ácido acético e 30 mL de água. Agitar durante

f
transferir 1 mL do Þltrado para balão volumétrico de 50
5 minutos, deixar em repouso por 15 minutos e Þltrar. mL e completar o volume com o mesmo solvente. Preparar
Utilizar 15 mL do Þltrado. No máximo 0,03% (300 ppm). solução padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
solvente. Medir as absorvâncias em 271 nm (5.2.14),
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. Determinar
utilizando hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste do zero.
em 1 g de amostra. No máximo 0,002% (20 ppm).
Calcular a quantidade de C12H11ClN2O5S no comprimido,
Perda por dessecação (5.2.9). Dessecar a 105 oC, por 3 a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar o
horas. No máximo 1,0%. cálculo utilizando A(1%,1cm) = 580, em 271 nm.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.


TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)

DOSEAMENTO Meio de dissolução: tampão fosfato pH 5,8, 900 mL

Dissolver 0,25 g da amostra em 20 mL de dimetilformamida, Aparelhagem: pás, 50 rpm


adicionar 0,2 mL de solução de azul de bromotimol a 1%
Tempo: 60 minutos
(p/v) em dimetilformamida e titular com hidróxido de sódio
0,1 M SV até coloração azul. Realizar ensaio em branco e Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
fazer as correções necessárias. Cada mL de hidróxido de dissolução, Þltrar e diluir com tampão fosfato pH 5,8 até
sódio 0,1 M SV equivale a 33,07 mg de C12H11ClN2O5S. concentração adequada. Medir as absorvâncias das soluções
em 271 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente, para
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ajuste do zero. Calcular a quantidade de C12H11ClN2O5S
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com
Em recipientes opacos bem fechados. a da solução de furosemida SQR na concentração de
0,0008% (p/v) preparada com o mesmo solvente.
ROTULAGEM Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C12H11ClN2O5S se dissolvem em 30 minutos.
Observar a legislação vigente.

ENSAIOS DE PUREZA
CLASSE TERAPÊUTICA
Aminas aromáticas primárias livres. Pulverizar os
Diurético.
comprimidos e pesar do pó o equivalente a 0,1 g de
furosemida. Transferir para balão volumétrico de 25 mL,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 991

com auxílio de metanol. Agitar, completar o volume com CARACTERÍSTICAS


metanol, homogeneizar e Þltrar. Prosseguir como descrito
em Aminas aromáticas primárias livres, na monograÞa de Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Furosemida, a partir de “Pipetar 1 mL do Þltrado...”. A
pH (5.2.19). 8,0 a 9,3.
absorvância obtida não é superior a 0,20.

ENSAIOS DE PUREZA
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Aminas primárias aromáticas livres. Transferir volume
Contagem do número total de micro-organismos
da solução injetável contendo o equivalente a 40 mg de
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
furosemida para balão volumétrico de 10 mL, completar
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). o volume com metanol, homogeneizar e Þltrar. Prosseguir
Cumpre o teste. conforme descrito no ensaio de Aminas primárias
aromáticas livres da monograÞa de Furosemida, a partir
de “Pipetar 1 mL do Þltrado...”. A absorvância obtida não
DOSEAMENTO é superior a 0,20.
Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade
de pó, equivalente a 0,2 g de furosemida, para balão TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
volumétrico de 500 mL com auxílio de 300 mL de hidróxido
de sódio 0,1 M. Agitar por 10 minutos. Completar o volume Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
com o mesmo solvente, homogeneizar e Þltrar. Diluir 5
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 3,6 UE/
mL do Þltrado para 250 mL com hidróxido de sódio 0,1
mg de furosemida.
M e homogeneizar. Preparar solução padrão na mesma
concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir as
absorvâncias das soluções resultantes em 271 nm (5.2.14), DOSEAMENTO
utilizando hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste do zero.
Calcular o conteúdo de C12H11ClN2O5S nos comprimidos Empregar um dos métodos descritos a seguir.
a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar o A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
cálculo utilizando A(1%,1cm) = 580, em 271 nm.

fa
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pipetar volume
da solução injetável contendo o equivalente a 20 mg de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO furosemida, transferir para balão volumétrico de 100
mL, completar o volume com água e homogeneizar.
Em recipientes opacos bem fechados. Diluir 5 mL para 100 mL com hidróxido de sódio 0,1
M e homogeneizar. Preparar solução padrão na mesma
concentração, utilizando os mesmos solventes. Medir
ROTULAGEM
as absorvâncias das soluções resultantes em 271 nm,
Observar a legislação vigente. utilizando hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste do zero.
Calcular a quantidade de C12H11ClN2O5S na solução
injetável a partir das leituras obtidas. Alternativamente,
FUROSEMIDA SOLUÇÃO INJETÁVEL realizar os cálculos considerando A (1%, 1 cm) = 580, em
271 nm, em hidróxido de sódio 0,1 M.

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
quantidade declarada de C12H11ClN2O5S. de alta eÞciência (5.2.17.4). Proteger as soluções da
exposição à luz. Utilizar cromatógrafo provido de detector
ultravioleta a 272 nm; coluna de 150 mm de comprimento
IDENTIFICAÇÃO e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 ȝm),
A. Transferir volume da solução injetável contendo o
mantida a 30 °C; ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
equivalente a 20 mg de furosemida para balão volumétrico
de 100 mL, completar o volume com água e homogeneizar. Fase móvel: mistura de água, tetraidrofurano e ácido
Diluir 5 mL da solução para 100 mL com hidróxido de acético glacial (70:30:1).
sódio 0,1 M. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14)
da solução obtida, na faixa de 220 nm a 340 nm, exibe Diluente: diluir 22 mL de ácido acético glacial em mistura
máximos em 228 nm e 271 nm, idênticos aos observados de água e acetonitrila (50:50), completar o volume para
no espectro de solução similar de furosemida SQR. 1000 mL e homogeneizar.

B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Solução amostra: transferir volume da solução injetável
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, contendo o equivalente a 20 mg de furosemida para balão
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. volumétrico de 50 mL, completar o volume com Diluente
e homogeneizar. Transferir 5 mL da solução para balão
992 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

volumétrico de 50 mL, completar o volume com o mesmo e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
solvente e homogeneizar. C12H11ClN2O5S na solução injetável a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de furosemida SQR no Diluente e diluir sucessivamente de
modo a obter solução a 40 —g/mL. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. O desvio Em recipientes de vidro tipo I, protegidos da luz.
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
não é maior que 2,0%. ROTULAGEM
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução Observar a legislação vigente.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas

f
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 993

GAZE DE PETROLATO GENCIANA


Gentianae rhizoma et radix
A gaze de petrolato é a gaze hidróÞla puriÞcada saturada
com petrolato branco. É estéril e pode ser preparada, sob Gentiana lutea L. – GENTIANACEAE
condições assépticas, na proporção de 60 g de petrolato
para cada 20 g de gaze, por adição de petrolato branco A droga vegetal é constituída de rizomas e raízes,
derretido à gaze hidróÞla puriÞcada seca e previamente dessecados e fragmentados.
cortada no tamanho Þnal. O peso do petrolato na gaze é, no
mínimo 70% e, no máximo, 80% e relação ao peso total da
gaze de petrolato. CARACTERÍSTICAS

O petrolato recuperado por drenagem em Doseamento Características organolépticas. A droga apresenta odor
apresenta as mesmas características e cumpre os testes de forte e sabor amargo e persistente.
Descrição e Ensaios de Pureza descritos na monograÞa de
Petrolato branco. DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
Rizomas e raízes apresentam-se em fragmentos cilíndricos
CARACTERÍSTICAS de diferentes tamanhos. Em regra, os rizomas são maiores do
A gaze condicionada obtida em Doseamento cumpre os que as raízes, atingindo até 6 cm de diâmetro. As raízes são
testes de Contagem dos Þos, Comprimento, Largura e torcidas ou arqueadas, com profundas estrias longitudinais
Gramatura descritos na monograÞa de Tecido de gaze e cicatrizes pequenas e ovais, oriundas de ramiÞcações
hidróÞla puriÞcada. secundárias. Os rizomas são robustos; externamente têm
cor castanho-amarelada a cinza-amarelada e apresentam
fendas longitudinais e numerosos sulcos anelares,
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA marcados por Þleiras de pequenas cicatrizes. Rizomas e
raízes entumescem consideravelmente em contato com a
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. umidade, tornando-se ßexíveis. A fratura não é farinácea,
nem Þbrosa, e possui cor amarelada com manchas
DOSEAMENTO avermelhadas. Em secção transversal, o rizoma apresenta
a zona cortical nitidamente demarcada por uma região
Pesar, no mínimo, 20 unidades da amostra e transferir, externa suberosa, com linhas mais escuras, a qual ocupa 1/3
separadamente, para funil de vidro aquecido, mantendo da secção. O cilindro central, de cor castanho-amarelada, é
a temperatura em aproximadamente 75 °C. Deixar que poroso e exibe Þnas estrias radialmente.
o petrolato derreta e drene através do funil. A drenagem
pode ser facilitada pressionando a gaze com um bastão de
vidro ou uma espátula de porcelana. Lavar a gaze sobre o
funil ou uma espátula de porcelana. Lavar a gaze sobre o
funil com porções sucessivas de 1,1,1-tricloroetano quente
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
As células do felema (súber), em secção transversal,
possuem paredes delgadas, castanho-amareladas e estão
ga
até que a ela Þque isenta de petrolato. Deixar o solvente dispostas em 4 a 8 camadas. A feloderme é composta
residual evaporar espontaneamente. Manter a gaze em por várias camadas, externamente com colênquima e
atmosfera padrão de 65% ± 2% de umidade relativa e 21 internamente com parênquima de células tangencialmente
°C ± 1,1 °C por, no mínimo, 4 h e pesar. A diferença entre alongadas, contendo cristais de oxalato de cálcio na
as duas pesagens representa o peso de petrolato. forma de ráÞdes e gotas lipídicas. Esta região se confunde
gradualmente com o parênquima cortical. O sistema
EMBALAGEM E ACONDICIONAMENTO vascular é separado da zona cortical por um câmbio bem
desenvolvido. No ßoema, destacam-se pequenos grupos de
Cada unidade de gaze de petrolato é embalada tubos crivados, além de células de parênquima. O xilema é
individualmente de forma a manter a esterilidade até que a predominantemente parenquimático e apresenta elementos
embalagem seja aberta para uso. de vaso dispersos, com paredes mostrando espessamentos
anelado, helicoidal ou reticulado. Os elementos de vaso
ROTULAGEM ocorrem isoladamente ou em pequenos grupos; o ßoema
interxilemático (ßoema incluso) apresenta-se disperso em
Deve atender ao estipulado na legislação especíÞca. pequenos grupos. A medula do rizoma é parenquimática e
bem desenvolvida. Nas células do parênquima encontram-
se gotas de óleo e cristais aciculares ou prismas delgados
de oxalato de cálcio. O amido é quase completamente
ausente. Em estrutura secundária, a anatomia da raiz é
semelhante à do rizoma. A casca (incluindo o ßoema
secundário) e o xilema secundário são separados por nítido
994 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

câmbio e apresentam uma estrutura porosa com poucos ultravioleta (254 nm). Nebulizar a placa com vanilina
raios parenquimáticos. sulfúrica SR, aquecer entre 100 °C e 105 °C, durante
5 minutos e visualizar sob luz visível. A mancha
correspondente à amarogentina apresenta coloração
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
marrom, com um valor de Rf em torno de 0,50. Na Solução
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para amostra, observa-se, também, manchas castanhas na parte
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São inferior e manchas azul-violáceas na parte superior do
características: cor amarelada a amarelo-castanho; cromatograma.
fragmentos de células com gotas lipídicas; cristais
prismáticos ou na forma de ráÞdes e gotas lipídicas livres; ENSAIOS DE PUREZA
fragmentos contendo câmbio; fragmentos contendo células
parenquimáticas; são raramente visíveis vasos ligniÞcados Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2 %.
reticulados, espiralados ou escalariformes. Fibras e
esclereídes ausentes. Água (5.4.2.3). No máximo 8 %.

Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 6%.


IDENTIFICAÇÃO
Índice de Amargor (5.4.2.12). No mínimo 10 000.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
Pesar 1 g da droga pulverizada e adicionar 1000 mL de
suporte, com espessura de 250 Pm, como fase estacionária,
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254 como
água fervente e deixar em banho-maria durante 30 minutos,
e a mistura de acetona, cloreto de metileno, água (70:30:2) agitando ocasionalmente. Deixar esfriar e completar até
1000 mL com água destilada. Agitar vigorosamente e
em forma de banda, 15 a 20 PL da Solução amostra e 5 a
como fase móvel. Aplicar na cromatoplaca, separadamente,
Þltrar, descartando os primeiros 20 mL do Þltrado.
10 PL da Solução referência, preparadas como descrito a Matéria Extraível Com Água
seguir:
Pesar 5 g da droga pulverizada, adicionar 200 mL de
Solução amostra: Adicionar 20 mL de metanol a 2 g da água fervente e manter sob agitação constante durante 10
droga pulverizada e agitar durante 20 minutos. Filtrar minutos. Deixar esfriar e completar o volume para 200 mL
e evaporar o Þltrado a secura sob pressão reduzida à com água destilada. Filtrar. Evaporar 20 mL do Þltrado à
temperatura não superior a 50 °C. Dissolver o resíduo em 5 secura. Secar o resíduo em estufa a 100 °C - 105 °C até
mL metanol, o qual pode conter um sedimento. peso constante. O resíduo deverá pesar no mínimo 0,165 g.
Solução referência: solução de amarogentina 0,5% (p/v) e
de gentiopicrosídeo 0,12% (p/v) em metanol. EMBALAGEM E ACONDICIONAMENTO

g
Desenvolver o cromatograma. Remover a cromatoplaca Em recipiente bem fechado e ao abrigo da luz e calor.
e deixar secar ao ar por 15 minutos. Observar sob luz
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 995

ga

Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópicos em Gentiana lutea L.


_____________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A, B e C a 2 cm; em D a 150—m; em E e F a 50 —m.

A e B - aspecto geral dos rizomas; C - aspecto geral do rizoma em secção transversal; D - detalhe de uma porção do rizoma em secção transversal:
câmbio (ca), colênquima (co), elementos de vaso (ev), parênquima cortical (pc), periderme (pe), parênquima medular (pm), parênquima do xilema
(px); E - detalhe evidenciando a região do felema e do felogênio com sua porção colenquimática e parenquimática: colênquima (co) gotas lipídicas
(gl), parênquima cortical (pc), periderme (pe) súber (su); F. detalhe do xilema evidenciando vasos xilemáticos: câmbio (ca), elementos de vaso (ev),
parênquima do xilema (px);
996 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

g
Figura 2 - Aspectos macroscópicos e microscópicos em Gentiana lutea L.
_____________

Complemento da legenda da Figura 2. A escala corresponde a 50 Pm.

Aspecto geral da droga em pó: colênquima (co); células de parênquima (cp); elementos de vaso (ev); gotas lipídicas (gl); porções de periderme (pe);
porções de súber (su).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 997

Solução (2): transferir, exatamente, cerca de 10 mg de


GENFIBROZILA genÞbrozila SQR e 10 mg de Impureza A SQR para balão
Gemfibrozilum volumétrico de 100 mL, dissolver em 50 mL de metanol,
completar o volume com o mesmo solvente e homogeneizar.
Transferir 5 mL desta solução para balão volumétrico de 50
mL, completar o volume com Fase móvel e homogeneizar.

Solução (3): transferir, exatamente, cerca de 0,1 g da


amostra para balão volumétrico de 10 mL. Dissolver em
Fase móvel, completar o volume com o mesmo solvente e
homogeneizar.

C15H22O3; 250,33 Injetar replicatas de 100 —L da Solução (1). Os tempos de


genÞbrozila; 04421 retenção relativos são cerca de 0,35 para 2,5-dimetilfenol,
Ácido 5-(2,5-dimetilfenoxi)-2,2-dimetilpentanóico 1,0 para genÞbrozila e 2,1 para Impureza A. O desvio
[25812-30-0] padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
não é maior que 3,0%.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de Procedimento: injetar, separadamente, 100 —L das Soluções
C15H22O3, em relação à substância anidra. (2) e (3), registrar os cromatogramas por, no mínimo, três
vezes o tempo de retenção do pico referente à genÞbrozila
DESCRIÇÃO e medir as áreas sob os picos. Calcular a porcentagem de
Impureza A na amostra segundo a equação:
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
branco, ceroso. 1000(C / W)(ru / rs)

Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente em que


solúvel em metanol. C = concentração, em mg/mL, de Impureza A SQR na
Constantes físico-químicas. Solução (2);
W = massa, em mg, de amostra pesada para o preparo da
Faixa de fusão (5.2.2): 58 °C a 61 °C. Solução (3);
ru e rs = área sob os picos referentes à Impureza A obtidos
IDENTIFICAÇÃO com as Soluções (3) e (2), respectivamente.

O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da No máximo 0,1% de Impureza A. Calcular a porcentagem


de outras impurezas presentes na amostra segundo a

ga
amostra dispersa em brometo de potássio apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos equação:
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de genÞbrozila SQR, preparado de 1000(CG / W)(ri / rG)
maneira idêntica. em que

CG = concentração, em mg/mL, de genÞbrozila SQR na


ENSAIOS DE PUREZA
Solução (2);
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito ri = área sob o pico de cada impureza individual obtida na
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). Solução (3);
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a rG =área sob o pico de genÞbrozila obtida na Solução (2);
276 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4 mm de
W = massa, em mg, de amostra pesada para o preparo da
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
Solução (3)
ligada a grupo octadecilsilano (5 —m), mantida à
temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel 1,0 mL/minuto. No máximo 0,1% de qualquer outra impureza individual.
No máximo 0,5% de impurezas totais.
Fase móvel: transferir 10 mL de ácido acético glacial e
750 mL de metanol para balão volumétrico de 1000 mL. Metais pesados (5.3.2.3). Determinar em 1 g de amostra
Completar o volume com água e homogeneizar. utilizando o Método III. No máximo 0,002% (20 ppm).
Solução (1): dissolver quantidades exatamente pesadas Água (5.2.20.1). Determinar em 1,5 g da amostra. No
de genÞbrozila SQR, ácido 5-[2,5-dimetil-4-(1-propenil) máximo 0,25%.
fenoxi]-2,2-dimetilpentanóico (Impureza A) SQR e
2,5-dimetilfenol em Fase móvel, de modo a obter solução Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 2 g da amostra.
com concentrações em torno de 0,2 mg/mL, 0,05 mg/mL e No máximo 0,1%.
0,05 mg/mL, respectivamente.
998 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO
GLIBENCLAMIDA
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Glibenclamidum
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 276 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 3,9 de diâmetro interno, empacotada com
sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 —m),
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel 0,8
mL/minuto.

Fase móvel: transferir 10 mL de ácido acético glacial e


800 mL de metanol para balão volumétrico de 1000 mL.
Completar o volume com água e homogeneizar.
C23H28ClN3O5S; 494,00
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 25 mg da
glibenclamida; 04451
amostra e transferir para balão volumétrico de 25 mL.
5-Cloro-N-[2-[4-[[[(cicloexilamino)carbonil]amino]
Dissolver em metanol e completar o volume com o mesmo
sulfonil]fenil]etil]-2-metoxibenzamida
solvente. Homogeneizar. Transferir 5 mL desta solução
[10238-21-8]
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com Fase móvel. Homogeneizar.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 25 mg de C23H28ClN3O5S, em relação à substância dessecada.
genÞbrozila SQR e transferir para balão volumétrico de
25 mL. Dissolver em metanol e completar o volume com
DESCRIÇÃO
o mesmo solvente. Homogeneizar. Transferir 5 mL desta
solução para balão volumétrico de 25 mL e completar o Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
volume com Fase móvel. Homogeneizar. branco, inodoro ou quase inodoro.
Solução de resolução: preparar solução a 0,2 mg/mL de Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel
genÞbrozila e 0,05 mg/mL de 2,5-dimetilfenol em Fase em dimetilformamida, ligeiramente solúvel em cloreto de
móvel. metileno, pouco solúvel em etanol, metanol e clorofórmio,
praticamente insolúvel em éter etílico.
Injetar 10 —L da Solução de resolução. A resolução entre
genÞbrozila e 2,5-dimetilfenol não é menor que 8,0. Injetar Constantes físico-químicos.
replicatas de 10 —L da Solução padrão. O desvio padrão
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é Faixa de fusão (5.2.2): 169 ºC a 174 ºC.
maior que 2,0%.

g Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções


padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H22O3 na amostra
a partir das respostas obtidas com as Soluções padrão e
IDENTIFICAÇÃO
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
de absorção no infravermelho (5.2.14). O espectro de
absorção no infravermelho da amostra, previamente
amostra. dessecada, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de glibenclamida SQR, preparado
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz. de maneira idêntica.

B. Dissolver cerca de 50 mg da amostra em metanol,


ROTULAGEM utilizando banho de ultrassom, se necessário, e completar
Observar a legislação vigente. o volume para 50 mL com o mesmo solvente. Transferir
10 mL para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 1 mL
de ácido clorídrico M e completar o volume com metanol.
CLASSE TERAPÊUTICA O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) da solução
obtida, na faixa de 230 nm a 350 nm, exibe máximos em
Antilipêmico. 300 nm e em 275 nm. A absorvância a 300 nm é de 0,61 a
0,65 e a 275 nm é de 0,27 a 0,32.

C. A mancha principal do cromatograma da Solução (1),


obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
posição àquela obtida com a Solução (3).

D. Aquecer à ebulição cerca de 50 mg da amostra com 1


mL de hidróxido de sódio 6 M. O papel tornassol muda
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 999

de vermelho para azul quando umedecido pelos vapores como indicador. Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV
que se desprendem com a evaporação da água, os quais equivale a 49,40 mg de C23H28ClN3O5S.
apresentam odor irritante, característico das aminas.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
E. Misturar 0,2 g da amostra com 0,25 g de carbonato de de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
sódio anidro e 0,25 g de carbonato de potássio anidro. de detector ultravioleta a 230 nm; coluna de 150 mm de
Incinerar a mistura por 10 minutos, esfriar, adicionar ao comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
resíduo 10 mL de água quente, agitar por 1 minuto e Þltrar. com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 ȝm);
O Þltrado responde às reações dos íons cloreto e sulfato ßuxo da Fase móvel 1,5 mL/minuto.
(5.3.1.1).
Tampão fosfato pH 3,0: dissolver 1,36 g de fosfato de
potássio monobásico em 900 mL de água, ajustar o pH em
ENSAIOS DE PUREZA 3,0 ± 0,1 com ácido fosfórico SR e diluir para 1000 mL
com água.
Aspecto da solução. A solução a 1% (p/v) da amostra em
etanol, preparada com aquecimento, é límpida (5.2.25) e Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 3,0 e acetonitrila
incolor (5.2.12). (45:55).
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 22
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando mg da amostra para balão volumétrico de 100 mL,
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio, adicionar 70 mL de metanol e deixar em ultrassom por 20
cicloexano, etanol e ácido acético glacial (45:45:5:5), minutos. Completar o volume com o mesmo solvente e
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10 homogeneizar. Diluir, sucessivamente, com tampão fosfato
ȝL de cada uma das soluções, recentemente preparadas, pH 7,3 até concentração de 5,5 ȝg/mL.
descritas a seguir.
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 22 mg de
Solução (1): dissolver 0,1 g da amostra em mistura de glibenclamida SQR para balão volumétrico de 100 mL,
clorofórmio e metanol (1:1) e completar para 5 mL com o adicionar 70 mL de metanol e deixar em ultrassom por 20
mesmo solvente. minutos. Completar o volume com o mesmo solvente e
homogeneizar. Diluir, sucessivamente, com tampão fosfato
Solução (2): dissolver 20 mg da amostra em mistura de
pH 7,3 até concentração de 5,5 ȝg/mL.
clorofórmio e metanol (1:1) e completar para 100 mL com
o mesmo solvente. Diluir 2 mL para 10 mL com o mesmo Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução
solvente. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de
Solução (3): dissolver 0,2 g de glibenclamida SQR em 10
C23H28ClN3O5S na amostra a partir das respostas obtidas
mL de metanol e aquecer sob reßuxo por 10 minutos.
com a Solução padrão e a Solução amostra.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária no cromatograma obtido
com a Solução (1) não é mais intensa que aquela obtida
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em local
ga
com a Solução (2) (0,2%). O teste somente é válido se o fresco.
cromatograma obtido com a Solução (3) apresenta duas
manchas nitidamente separadas.
ROTULAGEM
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. No máximo
Observar a legislação vigente.
0,002% (20 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da CLASSE TERAPÊUTICA


amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 6 horas. No
máximo 1,0%. Hipoglicemiante oral.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


No máximo 0,5%. GLIBENCLAMIDA COMPRIMIDOS

DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
Empregar um dos métodos descritos a seguir. quantidade declarada de C23H28ClN3O5S.

A. Pesar cerca de 0,5 g da amostra, exatamente pesados,


e dissolver em 100 mL de etanol aquecido, previamente IDENTIFICAÇÃO
neutralizado com hidróxido de sódio 0,1 M SV. Titular com A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Misturar em gral
hidróxido de sódio 0,1 M SV utilizando fenolftaleína SI quantidade do pó equivalente a 20 mg de glibenclamida
com 20 mL de mistura de cloreto de metileno e acetona
1000 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

(2:1). Filtrar, evaporar o Þltrado até secura, à temperatura com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 ȝm);
ambiente, e dessecar em estufa a 105 ºC, por 2 horas. O ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.
espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo,
disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de Tampão fosfato pH 3,0: dissolver 1,36 g de fosfato de
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e potássio monobásico em 900 mL de água, ajustar o pH em
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados 3,0 ± 0,1 com ácido fosfórico e diluir para 1000 mL com
no espectro de glibenclamida SQR, preparado de maneira água.
idêntica.
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 3,0 e acetonitrila
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir (45:55).
quantidade do pó equivalente a 20 mg de glibenclamida
Solução amostra: após o teste, retirar alíquota do meio de
para balão volumétrico de 200 mL. Adicionar 4 mL de
dissolução e Þltrar.
ácido clorídrico 0,5 M e agitar. Adicionar 100 mL de
metanol, deixar em ultrassom por 15 minutos e agitar Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 22 mg de
mecanicamente por mais 15 minutos. Completar o volume glibenclamida SQR para balão volumétrico de 100 mL,
com metanol e homogeneizar. Filtrar. O espectro de adicionar 70 mL de metanol e deixar em ultrassom por 20
absorção no ultravioleta (5.2.14) da solução obtida, na minutos. Completar o volume com o mesmo solvente e
faixa de 230 nm a 350 nm, exibe máximos em 275 nm e homogeneizar. Diluir, sucessivamente, com tampão fosfato
300 nm. pH 7,3 até concentração de 5,5 ȝg/mL.
C. A mancha principal do cromatograma da Solução (1), Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3). e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C23H28ClN3O5S dissolvida no meio a partir das respostas
CARACTERÍSTICAS obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.

Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. Tolerância: não menos que 70% (Q) da quantidade
declarada C23H28ClN3O5S se dissolvem em 60 minutos.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.

Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. ENSAIOS DE PUREZA

Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 15 minutos. Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio,
cicloexano, etanol e ácido acético glacial (45:45:5:5),
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir

g
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10
cada comprimido para balão volumétrico de 25 mL. ȝL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
Adicionar 2,5 mL de água e aguardar desintegração total descritas a seguir.
do comprimido. Adicionar 15 mL de metanol, deixar
em ultrassom por 20 minutos. Completar o volume com Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar em
metanol e homogeneizar. Filtrar. Proseguir conforme gral quantidade do pó equivalente a 40 mg de glibenclamida
descrito em Doseamento. com 20 mL de mistura de cloreto de metileno e acetona (2:1)
e Þltrar. Evaporar o Þltrado até secura, em temperatura não
excedente a 40 ºC, sob vácuo. Dissolver o resíduo em 4 mL
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
de mistura de clorofórmio e metanol (1:1).
Nota: antes do teste, o meio de dissolução deve ser
Solução (2): solução a 0,24 mg/mL de glibenclamida SQR
aquecido a 41 ºC e desaerado, utilizando sistema de
em mistura de clorofórmio e metanol (1:1).
Þltração sob vácuo, com agitação vigorosa. Manter a
agitação por cerca de 5 minutos após o término da Þltração Solução (3): solução a 10 mg/mL de glibenclamida SQR
no sistema, ainda sob vácuo. Filtrar as alíquotas do meio em mistura de clorofórmio e metanol (1:1).
de dissolução utilizando membrana com porosidade de
0,45 ȝm compatível com o meio de dissolução. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Meio de dissolução: tampão fosfato pH 7,3; 900 mL Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
Aparelhagem: pás, 75 rpm
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (2,4%).
Tempo: 60 minutos

Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


DOSEAMENTO
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de detector ultravioleta a 230 nm; coluna de 150 mm de de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada de detector ultravioleta a 300 nm; coluna de 150 mm de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1001

comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada Solubilidade. Miscível com água e etanol, praticamente
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 ȝm); insolúvel em benzeno, clorofórmio, éter de petróleo, óleos
ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto. graxos e óleos essenciais.

Tampão fosfato pH 3,0: dissolver 1,36 g de fosfato de Constantes físico-químicas.


potássio monobásico em 900 mL de água, ajustar o pH em
3,0 ± 0,1 com ácido fosfórico e diluir para 1000 mL com Densidade relativa (5.2.5): 1,25 a 1,26.
água.
IDENTIFICAÇÃO
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 3,0 e acetonitrila
(47:53). Misturar 1 mL da amostra e 0,5 mL de ácido nítrico.
Acrescentar 0,5 mL de dicromato de potássio a 10,6%
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
(p/v). Na superfície de contato desenvolve-se um anel azul
Transferir, exatamente, quantidade do pó equivalente a
que, por 10 minutos, não se difunde na camada inferior.
cerca de 5 mg de glibenclamida para balão volumétrico
de 25 mL, adicionar 15 mL de mistura de metanol e água
(10:1) e deixar em ultrassom por 20 minutos. Completar ENSAIOS DE PUREZA
o volume com o mesmo solvente, homogeneizar e Þltrar.
Aspecto da solução. Diluir 25 g da amostra para 50 mL
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 20 mg de com água isenta de dióxido de carbono. A solução é límpida
glibenclamida SQR para balão volumétrico de 100 mL, (5.2.25). Diluir 10 mL da solução obtida para 25 mL com
adicionar 70 mL de mistura de metanol e água (10:1) e água. A solução é incolor (5.2.12).
deixar em ultrassom por 20 minutos. Completar o volume
com o mesmo solvente e homogeneizar. Compostos clorados. Em balão de fundo redondo
adaptado a condensador acrescentar 5 g da amostra e 15
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução mL de morfolina. Aquecer, suavemente, sob reßuxo, por 3
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas horas. Lavar o condensador com 10 mL de água. Recolher
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de a água de lavagem no balão. Transferir para tubo de
C23H28ClN3O5S nos comprimidos a partir das respostas Nessler. AcidiÞcar com ácido nítrico SR, acrescentar 0,5
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra. mL de nitrato de prata 0,5 M e diluir para 50 mL com água.
Agitar. Preparar padrão, em tubo de Nessler, utilizando
15 mL de morfolina, 10 mL de água e 0,2 mL de ácido
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
clorídrico 0,02 M. Prosseguir conforme descrito para a
Em recipientes bem fechados. preparação amostra a partir de “AcidiÞcar...”. Qualquer
turvação desenvolvida na preparação amostra não é mais
intensa que aquela obtida com a preparação padrão No
ROTULAGEM

ga
máximo 0,003% (30 ppm).
Observar a legislação vigente. Acroleína, glicose e compostos amoniacais. Misturar
5 mL da amostra e 5 mL de hidróxido de potássio 10%
(p/v). Aquecer a 60 ºC por 5 minutos. Não se desprendem
GLICEROL vapores de amônia. Não se desenvolve coloração amarela.
Glycerolum
Outras substâncias redutoras. Misturar 5 mL de amostra
com 5 mL de hidróxido de amônio 10% (p/v) e aquecer
a 60 ºC por 5 minutos. Adicionar, rapidamente, 0,5 mL
de nitrato de prata 0,1 M, mantendo a ponta da pipeta
acima do tubo, fazendo a solução cair diretamente sobre a
solução sem tocar as paredes do tubo. Agitar e manter em
C3H8O3; 92,09 local escuro por 5 minutos. Não ocorre escurecimento da
glicerol; 04469 solução.
1,2,3-Propanotriol
[56-81-5] Ácidos graxos e ésteres. Misturar 50 g da amostra com 100
mL de água quente, recentemente fervida. Adicionar 1 mL
Contém, no mínimo, 98,0 % e, no máximo, 101,0 % de de fenolftaleína SI e neutralizar com ácido sulfúrico 0,1 M.
C3H8O3, em relação à substância anidra. Adicionar 15 mL de hidróxido de sódio 0,2 M. Aquecer sob
reßuxo, por 5 minutos, esfriar e titular com ácido sulfúrico
0,1 M SV. Realizar ensaio em branco utilizando 140 mL de
DESCRIÇÃO água, recentemente fervida. A diferença entre as titulações
Características físicas. Líquido xaroposo, incolor ou não é maior que 1,6 mL.
quase incolor, límpido, higroscópico. Sacarose. A 4 mL da amostra adicionar 6 mL de ácido
sulfúrico 0,5 M. Aquecer por 1 minuto, esfriar e neutralizar
com hidróxido de sódio SR, utilizando papel de tornassol.
1002 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Adicionar 5 mL de tartarato cúprico alcalino SR e aquecer à e transferir a mistura para funil de separação de 250
ebulição por 1 minuto. Não ocorre formação de precipitado mL. Extrair com 75 mL de hexano, descartar a camada
vermelho-alaranjado. aquosa e recolher a camada orgânica em um béquer.
Evaporar em banho-maria até secura. O espectro de
Arsênio (5.3.2.5). Proceder conforme descrito em Método absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo disperso
visual. No máximo 0,00015% (1,5 ppm). em óleo mineral apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Cloretos. A 10 mL de solução da amostra a 10% (p/v)
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
adicionar 0,25 mL de ácido nítrico SR e 0,5 mL de nitrato
ácido esteárico SQR preparado de maneira idêntica.
de prata 0,1 M. Agitar. Não ocorre turvação.
B. Dissolver 1 g de borato de sódio decaidratado em
Metais pesados (5.3.2.3). Misturar 4 g da amostra com 2
100 mL de água, adicionar 25 gotas de fenolftaleína SI e
mL de ácido clorídrico 0,1 M e diluir com água para 25
homogeneizar. Em um tubo de ensaio contendo 0,5 mL
mL. No máximo 0,0005% (5 ppm).
dessa solução adicionar duas gotas de um supositório
Sulfatos. A 10 mL de solução da amostra a 10 % (p/v) previamente fundido. A cor rosa intensa é completamente
adicionar tres gotas de ácido clorídrico SR e cinco gotas de descorada. Quando a solução é aquecida a coloração rosa
cloreto de bário SR. Não ocorre turvação. reaparece.

Água (5.2.20.1). Determinar em 1 g da amostra. No


máximo 2,0%. CARACTERÍSTICAS

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 5 g da amostra. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
No máximo 0,01%.
ENSAIOS DE PUREZA
DOSEAMENTO Água (5.2.20.1). No máximo 15,0%.
Pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da amostra, transferir
para erlenmeyer de 250 mL e dissolver em 45 mL de DOSEAMENTO
água. Adicionar 25 mL de mistura de ácido sulfúrico 0,1
M e periodato de sódio 2,14% (p/v) (1:20) e deixar em Pesar quantidade de supositórios equivalente a 0,25 g de
repouso por 15 minutos, protegido da luz. Adicionar 5 mL glicerina, dissolver em água, completar o volume para 250
de etilenoglicol a 50% (p/v) e deixar em repouso por 20 mL e Þltrar. Transferir 5 mL desta solução para erlenmeyer,
minutos, protegido da luz. Titular com hidróxido de sódio adicionar 50 mL de um reagente preparado pela mistura de
0,1 M SV utilizando 0,5 mL de fenolftaleína SI. Realizar 40 mL ácido sulfúrico a 5% (v/v) e 60 mL de periodato de
ensaio em branco e fazer as correções necessárias. Cada potássio a 0,1% (p/v) acidiÞcado com três a cinco gotas
de ácido sulfúrico. Aquecer a solução em banho-maria

g
mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 9,210 mg
de C3H8O3. durante 15 minutos, resfriar à temperatura ambiente e
adicionar 1 g de iodeto de potássio. Deixar em repouso
durante 5 minutos. Titular com o tiossulfato de sódio
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO 0,02 M SV, utilizando amido SI como indicador. Realizar
Em recipientes perfeitamente fechados. ensaio em branco e efetuar as correções necessárias. Cada
mL de tiossulfato de sódio 0,02 M SV equivale a 0,4604
mg de C3H8O3.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
CATEGORIA Em recipientes herméticos e opacos.

Umectante, solvente.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
GLICEROL SUPOSITÓRIOS

Contém, no mínimo, 75,0% e, no máximo, 90,0% da


quantidade declarada de C3H8O3. Contém estearato de
sódio.

IDENTIFICAÇÃO
A. Dissolver sob aquecimento 12 supositórios em 125
mL de água. Esfriar, adicionar 1,5 mL de ácido clorídrico
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1003

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Preparar


GLICINA 12 mL de uma solução a 10% (p/v) da amostra em água
Glycinum e proceder conforme Ensaio limite para metais pesados.
Utilizar Solução padrão de chumbo (1 ppm Pb). No
máximo 0,001% (10 ppm).

Sulfatos (5.3.2.2.). Dissolver 4 g da amostra em 40 mL de


água e prosseguir conforme descrito em Ensaio limite para
C2H5NO2; 75,07 sulfatos, utilizando 0,5 mL da solução padrão de ácido
glicina; 04472 sulfúrico 0,005 M. No máximo 0,0065% (65 ppm).
Glicina Substâncias facilmente carbonizáveis. Dissolver 0,5 g de
[56-40-6] glicina em 5 mL de ácido sulfúrico. A solução deve ser
incolor.
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de
C2H5NO2, em relação à substância dessecada. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
amostra. Dessecar em estufa a 105ºC, por 2 horas. No
máximo 0,2%.
DESCRIÇÃO
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
Características físicas. Pó cristalino, branco, inodoro e de No máximo 0,1%.
sabor adocicado.

Solubilidade. Facilmente solúvel em água, pouco solúvel DOSEAMENTO


em etanol e muito pouco solúvel em éter etílico.
Pesar, exatamente, cerca de 0,15 g da amostra e dissolver em
Constantes físico-químicas. 100 mL de ácido acético glacial, aquecer brandamente para
facilitar a solubilização. Adicionar duas gotas de cloreto de
Faixa de fusão (5.2.2): 232 °C a 236 °C, com decomposição.
metilrosanilínio SI e titular com ácido perclórico 0,1 M SV
até mudança de cor de azul para azul-esverdeado. Proceder
IDENTIFICAÇÃO a um ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 7,507
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da mg de C2H5NO2.
amostra dessecada a 105 ºC, por 2 horas, dispersa em
óleo mineral, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
intensidades relativas daqueles observados no espectro da
Em recipientes bem fechados.

ga
glicina SQR, preparado de maneira idêntica.

B. Preparar 2 mL de uma solução a 10% (p/v) em água ROTULAGEM


e adicionar 1 mL de cloreto férrico SR. Uma coloração
vermelho intensa é observada, a qual desaparece pela Observar a legislação vigente.
adição de um excesso de ácido clorídrico e reaparece pela
adição de um excesso de solução concentrada de amônia.
CLASSE TERAPÊUTICA
C. Preparar 5 mL de uma solução a 0,1% (p/v) em água e
Aminoácido não essencial.
adicionar 1 mL de sulfato cúprico SR. Uma coloração azul
intensa é observada.

D. Preparar 5 mL de uma solução a 10% (p/v) em água e GLICLAZIDA


adicionar cinco gotas de ácido clorídrico SR e cinco gotas Gliclazidum
de nitrito de sódio 50% (p/v). Um intenso desprendimento
de gás incolor é observado.

ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. Ferver 10 mL de uma solução 10%
(p/v) por 1 minuto e deixar em repouso durante 2 horas. A
solução obtida é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).

Cloretos (5.3.2.1). Proceder conforme descrito em Ensaio


C15H21N3O3S; 323,41
limite para cloretos. Determinar em 5 g de amostra. No
gliclazida; 04474
máximo 0,007% (70 ppm).
N-[[(Hexaidrociclopenta[c]pirrol-2(1H)-il)amino]
carbonil]-4-metilbenzenossulfonamida
[21187-98-4]
1004 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de Injetar 20 ȝL da Solução (3). A resolução entre os picos de
C15H21N3O3S, em relação à substância dessecada. 1-(hexahidrociclopenta[c]pirol-2(1H)-il)-3-[(2-metilfenil)
sulfonil]ureia e de gliclazida não é menor que 1,8.
DESCRIÇÃO Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das soluções
(1), (2) e (4). Correr o cromatograma da Solução (1) até
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
o dobro do tempo de retenção da gliclazida, registrar
branco.
os cromatogramas e medir as áreas sob os picos. No
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente cromatograma obtido com a Solução (1), a área de todos
solúvel em cloreto de metileno, ligeiramente solúvel em os picos correspondentes a 1-(hexahidrociclopenta[c]
acetona e pouco solúvel em etanol. pirol-2(1H)-il)-3-[(2-metilfenil)sulfonil]ureia não é maior
do que a área sob o pico obtido com a Solução (4) (0,1%).
A área de todos os picos obtidos com a Solução (1),
IDENTIFICAÇÃO exceto a do pico principal e a do pico correspondente a
1-(hexahidrociclopenta[c]pirol-2(1H)-il)-3-[(2-metilfenil)
O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
sulfonil]ureia, não é maior do que a área sob o pico
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
principal obtido com a Solução (2) (0,1%). A soma das
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
áreas de todos os picos obtidos com a Solução (1) não é
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
superior a duas vezes a área sob o pico principal obtido
observados no espectro de gliclazida SQR, preparado de
com a Solução (2) (0,2%). Desconsiderar todos os picos
maneira idêntica.
com área inferior a 0,2 vezes a do pico principal obtido
com a Solução (2) (0,02%).
ENSAIOS DE PUREZA
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. No
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito máximo 0,001% (10 ppm). Preparar a solução padrão de
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). chumbo na concentração de 10 ppm de Pb.
Preparar as soluções no momento do uso. Utilizar
cromatógrafo provido de detector ultravioleta a 235 nm; Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
coluna de 250 mm de comprimento e 4 mm de diâmetro amostra. Dessecar em estufa a 100-105 °C, por 2 horas. No
interno, empacotada com sílica quimicamente ligada a máximo 0,25%.
grupo octilsilano (5 ȝm), mantida à temperatura ambiente;
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
ßuxo da Fase móvel de 0,9 mL/minuto.
No máximo 0,1%.
Fase móvel: mistura de trietanolamina, ácido trißuoracético,
acetonitrila e água (0,1:0,1:45:55). DOSEAMENTO

g
Solução (1): dissolver, exatamente, cerca de 50 mg da Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra, previamente
amostra em 23 mL de acetonitrila e diluir para 50 mL com dessecada, e dissolver em 50 mL de ácido acético glacial.
água. Titular com ácido perclórico 0,1 M SV e determinar o ponto
Þnal potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com
0,1 M SV equivale a 32,341 mg de C15H21N3O3S.
mistura de acetonitrila e água (45:55). Diluir 10 mL da
solução resultante para 100 mL com o mesmo diluente.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução (3): dissolver, exatamente, cerca de 5 mg da
amostra e 15 mg de 1-(hexahidrociclopenta[c]pirol-2(1H)- Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
il)-3-[(2-metilfenil)sulfonil]ureia SQR em 23 mL de
acetonitrila e diluir para 50 mL com água. Diluir 5 mL da
solução resultante para 100 mL com mistura de acetonitrila
ROTULAGEM
e água (45:55). Observar a legislação vigente.
Solução (4): dissolver, exatamente, cerca de 10 mg de
1-(hexahidrociclopenta[c]pirol-2(1H)-il)-3-[(2-metilfenil) CLASSE TERAPÊUTICA
sulfonil]ureia SQR em 45 mL de acetonitrila e diluir para
100 mL com água. Diluir 1 mL da solução resultante para Antidiabético oral.
100 mL com mistura de acetonitrila e água (45:55).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1005

Arsênio (5.3.2.5). Pesar 1 g de amostra e proceder


GLICONATO DE COBRE conforme o Método I do Ensaio limite para arsênio. No
Cupri gluconas máximo 0,0003% (3 ppm).

Chumbo. Proceder conforme descrito no Método II de


Espectrometria de absorção atômica (5.2.13.1). Utilizar
espectrofotômetro provido de forno de graÞte, lâmpada de
cátodo oco de chumbo e selecionar a linha de emissão em
283,3 nm. Utilizar a seguinte programação de temperatura,
utilizando a vazão de argônio de 3 litros por minuto, exceto
quando indicado: 70 °C por 10 segundos, 90 °C por 60
segundos, 120 °C por 15 segundos, 250 °C por 5 segundos
(sem ßuxo de gás), 250 °C por 10 segundos, 250 °C por 2
segundos (sem ßuxo de gás), e 2000 °C por 3,2 segundos.
Nesta última temperatura, determinar a absorvância.
C12H22CuO14; 453,84 Solução padrão: transferir 10 mL de chumbo SRA para um
gliconato de cobre; 04479 balão volumétrico de 100 mL. Adicionar 40 mL de água
Bis(D-gliconato-țO1,țO2)-cobre e 5 mL de ácido nítrico. Completar o volume com água e
[527-09-3] misturar. Transferir 0,4 mL desta solução para um segundo
balão volumétrico. Adicionar 50 mL de água e 1 mL de
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de ácido nítrico. Completar o volume com água e misturar.
C12H22CuO14. Esta solução contém 0,04 —g/mL de chumbo.

Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 4 g de


DESCRIÇÃO gliconato de cobre para um balão volumétrico de 100
Características físicas. Pó Þno, azul esverdeado. mL. Adicionar 50 mL de água e 5 mL de ácido nítrico.
Colocar em banho de ultrassom até dissolver a substância.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, insolúvel em Completar o volume com água e misturar. Transferir 4 mL
etanol e em benzeno. desta solução para um segundo balão volumétrico de 100
mL. Adicionar 50 mL de água e 1 mL de ácido nítrico.
Constantes físico-químicas. Completar o volume com água e misturar.
Faixa de fusão (5.2.2): 155 ºC a 157 °C. Solução branco: transferir 1,2 mL de ácido nítrico para um
balão volumétrico de 100 mL. Completar o volume com
IDENTIFICAÇÃO água e misturar.

A. Responde às reações do íon cobre (5.3.1.1).

B. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1).


Preparar soluções analíticas a partir da Solução padrão,
da Solução amostra e da Solução branco nas seguintes
proporções, em volume: 10:0:10; 10:4:6; 10:7:3 e 10:10:0.
Essas soluções contêm, respectivamente, 0; 0,008; 0,014
ga
e 0,020 —g/mL de chumbo. Injetar, separadamente, 20 —L
ENSAIOS DE PUREZA
da solução branco e de cada uma das soluções analíticas.
Substâncias redutoras. Pesar 1 g da amostra, dissolver Transferir os resultados de absorvância e as concentrações
em 10 mL de água e adicionar 25 mL de citrato cúprico correspondentes para um gráÞco e calcular a concentração
alcalino SR. Tampar o frasco, ferver suavemente por 5 da Solução amostra.
minutos e resfriar rapidamente à temperatura ambiente.
Adicionar 25 mL de ácido acético 0,6 M, 10 mL de iodo DOSEAMENTO
0,1 M SV e 10 mL de ácido clorídrico 3 M. Titular com
tiossulfato de sódio 0,1 M SV, adicionar 3 mL de amido Pesar, exatamente, cerca de 1,5 g da amostra e dissolver em
SI próximo ao ponto Þnal. Fazer prova em branco e 100 mL de água. Adicionar 2 mL de ácido acético glacial e 5
anotar a diferença, em volumes, necessária. Cada mL da g de iodeto de potássio. Titular com tiossulfato de sódio 0,1
diferença em volume da tiossulfato de sódio 0,1 M SV é M SV até formação de coloração amarelo-clara. Adicionar
equivalente a 2,7 mg de substâncias redutoras (expressas 2 g de tiocianato de amônio. Misturar e adicionar 3 mL de
como dextrose). No máximo 1%. amido SI. Continuar a titulação até mudança de cor. Cada
mL de tiossulfato de sódio 0,1 M SV equivale a 45,384 mg
Cloretos (5.3.2.1). Dissolver 0,5 g da amostra em 40 mL de C12H22O14Cu.
de água fervente e prosseguir conforme descrito em Ensaio
limite para cloretos. No máximo 0,07% (700 ppm).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 2,4 g da amostra em 40 mL
de água fervente e prosseguir conforme descrito em Ensaio Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
limite para sulfatos. No máximo 0,05% (500 ppm).
1006 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ROTULAGEM
Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme
Observar a legislação vigente. descrito em CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar
cromatógrafo provido de detector de ionização de chamas,
CLASSE TERAPÊUTICA utilizando mistura de nitrogênio, ar sintético e hidrogênio
(1:1:10) como gases auxiliares à chama do detector;
Suplemento alimentar. coluna capilar de 30 m de comprimento e 0,53 mm de
diâmetro interno, preenchida com fase estacionária ligada
a 5% de fenilpolisiloxano e 95% a metilpolisiloxano, com
GLICONATO DE MAGNÉSIO espessura do Þlme de 5 —m; temperatura da coluna de 35
Magnesii gluconas °C a 260 °C (35 °C mantida durante 5 minutos, aumentada
a 175 °C a 8 °C por minuto, aumentada a 260 °C a 35 °C
e mantida a esta temperatura por pelo menos 16 minutos),
temperatura do injetor a 70 °C e temperatura do detector a
260 °C; utilizar hélio como gás de arraste; ßuxo do gás de
arraste de 1 mL/minuto.

Solução amostra: Dissolver em 50 mL de água, livre de


compostos orgânicos, exatamente, cerca de, 1 g de amostra.

Solução padrão: preparar uma solução, em água livre de


compostos orgânicos, contendo em cada mL, 10 —g de
C12H22MgO14; 414,60 cloreto de metileno, 1 —g de clorofórmio, 2 —g benzeno, 2
C12H22MgO14.2H2O; 450,63 —g de dioxana e 2 —g de tricloroetileno.
gliconato de magnésio; 04480
Sal de magnésio do ácido D-glicônico (1:2) Injetar, separadamente, 1 —L da Solução amostra e
[3632-91-5] da Solução padrão no cromatógrafo à gás. Obter os
Sal de magnésio do ácido D-glicônico hidratado (1:2:2) cromatogramas e medir a área sob os picos. IdentiÞcar,
[59625-89-7] baseado no tempo de retenção, qualquer pico presente
no cromatograma da solução amostra. A presença e a
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de identiÞcação dos picos no cromatograma devem ser
C12H22MgO14 em relação à substância anidra. estabelecidas comparando os cromatogramas da solução
amostra e solução padrão. Limite: Benzeno 2 ppm,
clorofórmio 50 ppm, dioxana 100 ppm, cloreto de metileno
DESCRIÇÃO 500 ppm e tricloroetileno 80 ppm. Cumpre o teste.
Características físicas. Pó branco. Arsênio (5.3.2.5). Utilizar Método II. Dissolver 1,0 g de

g Solubilidade. Solúvel em água, ligeiramente solúvel em


etanol e insolúvel em éter etílico.
amostra em 35 mL de água. Proceder conforme Ensaio
limite para arsênio. No máximo 0,0003% (3 ppm).

Cloretos (5.3.2.1). Pesar 0,7 g de amostra e proceder


IDENTIFICAÇÃO conforme descrito em Ensaio limite para cloretos. No
máximo 0,05% (500 ppm)
A. Responde às reações do íon magnésio (5.3.1.1).
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 2,4 g da amostra em 40 mL
B. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1). de água fervente e prosseguir conforme descrito em Ensaio
limite para sulfatos. No máximo 0,05% (500 ppm).
ENSAIOS DE PUREZA Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. Dissolver 1,0
g da amostra em 10 mL de água, adicionar 6 mL de ácido
pH (5.2.19.). 6,0 a 7,8. Determinar em solução a 5% (p/v).
clorídrico 3,0 M e completar com água para o volume
Substâncias redutoras. Pesar 1 g da amostra, dissolver em de 25 mL. Proceder conforme Ensaio limite para metais
20 mL de água quente, resfriar e adicionar 25 mL de citrato pesados. No máximo 0,002% (20 ppm).
cúprico alcalino SR. Tampar o frasco, ferver suavemente
Água (5.2.20.1). Utilizar Método indireto. No máximo
por 5 minutos e resfriar rapidamente à temperatura
12,0%.
ambiente. Adicionar 25 mL de ácido acético 2 M, 10 mL
de iodo 0,1 M SV e 10 mL de ácido clorídrico 3 M. Titular
com tiossulfato de sódio 0,1 M SV, adicionando 3 mL de DOSEAMENTO
amido SR próximo ao ponto Þnal. Fazer prova em branco
e anotar a diferença em volumes necessária. Cada mL da Pesar, exatamente, cerca de 800 mg da amostra e dissolver
diferença em volume da solução de tiossulfato de sódio é em 20 mL de água. Adicionar 5 mL de cloreto de amônio
equivalente a 2,7 mg de substâncias redutoras (expressas SR e 0,1 mL de negro de eriocromo T SI. Titular com
como dextrose). No máximo 1%. edetato dissódico 0,05 M SV até mudança de coloração
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1007

para azul. Cada mL de edetato dissódico 0,05 M equivale a Solução (1): dissolver 0,1 g de amostra em água e completar
20,730 mg de C12H22MgO14. o volume para 10 mL.

Solução (2): dissolver 0,1 g de glicose SQR em água e


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO completar o volume para 10 mL.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. Aplicar, separadamente, 2 —l da Solução (1) e da Solução
(2) na placa cromatográÞca. Desenvolver o cromatograma,
ROTULAGEM permitindo que a frente do solvente ascenda 17 cm acima
da linha de aplicação, remover a placa da cuba e secar ao
Observar a legislação vigente. ar. Nebulizar com solução de periodato de sódio a 0,2%
(p/v). Secar a placa ao ar por 15 minutos e nebulizar
com solução de 4,4-metilenobis-N,N-dimetilanilina a 2%
CLASSE TERAPÊUTICA (p/v) em mistura de 20 volumes de ácido acético glacial
Suplemento alimentar. e 80 volumes de acetona. A mancha principal obtida no
cromatograma da Solução (1) corresponde em posição, cor
e intensidade àquela obtida no cromatograma da Solução
GLICOSE (2).
Glucosum B. Dissolver 0,1 g da amostra em 10 mL de água. Adicionar
3 mL de tartarato cúprico alcalino SR e aquecer. Produz-se
precipitado vermelho.

ENSAIOS DE PUREZA

Aspecto da solução. Dissolver 12,5 g da amostra em


água e completar o volume para 25 mL. A solução obtida
não é mais intensamente colorida (5.2.12) que solução
preparada pela mistura de 1 mL de cloreto cobaltoso SR,
3 mL de cloreto férrico SR e 2 mL de sulfato cúprico SR
C6H12O6; 180,16 em água suÞciente para 10 mL, diluindo-se, em seguida,
C6H12O6.H2O; 198,17 1,5 mL desta solução com água para obter 25 mL. Fazer a
glicose; 04485 comparação sobre fundo branco em tubos de Nessler.
glicose monoidratada; 04486
D-Glicose Acidez. Dissolver 5 g da amostra em 50 mL de água isenta
[50-99-7] de dióxido de carbono, adicionar fenolftaleína SI e titular
D-Glicose hidratada (1:1)
[77938-63-7]

Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,5% de


com hidróxido de sódio 0,02 M SV até coloração rósea.
No máximo 0,3 mL do titulante é gasto para neutralização.

Dextrinas e açúcares menos solúveis. Dissolver 1 g da


amostra pulverizada em 30 mL de etanol a 90% (v/v) e
ga
C6H12O6 em relação à substância anidra.
aquecer, sob agitação, em balão provido de coluna de
reßuxo. Após resfriamento, a solução permanece límpida.
DESCRIÇÃO
Amido solúvel e sulfitos. Dissolver 1 g da amostra em
Características físicas. Cristais incolores ou pó cristalino 10 mL de água e adicionar uma gota de iodo 0,1 M SV.
branco, inodoro, de sabor adocicado. A solução torna-se amarelada e não desenvolve coloração
azul.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, ligeiramente
solúvel em etanol. Arsênio (5.3.2.5). Determinar em 1 g de amostra. No
máximo 0,0001% (1 ppm).
Constantes físico-químicas.
Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 2 g de amostra. No
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +52,5º a +53,5º, em máximo 0,018% (180 ppm).
relação à substância dessecada. Determinar em solução a
10% (p/v) em hidróxido de amônio 0,012 M. Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 2 g de amostra. Para a
Preparação padrão utilizar 1 mL de ácido sulfúrico 0,005
M. No máximo 0,025% (250 ppm).
IDENTIFICAÇÃO
Metais pesados (5.3.2.3). Proceder ao ensaio em solução
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
preparada pela dissolução de 4 g em água e completando o
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como
volume para 25 mL. No máximo 0,0005% (5 ppm).
suporte, e mistura de álcool n-propílico, acetato de etila e
água (70:20:10), como fase móvel. Preparar as seguintes
soluções:
1008 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Água (5.2.20.1). Determinar em 0,5 g da amostra. No CARACTERÍSTICAS


máximo 1,0% para glicose anidra e de 7,0% a 9,5% para
glicose monoidratada. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 3,2 a 6,5. Determinar em solução contendo o


TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA equivalente a 5% (p/v) de C6H12O6. Diluir a amostra com
água para injetáveis, se necessário. Adicionar 0,3 mL de
Nota: Quando a substância é destinada à produção solução saturada de cloreto de potássio para cada 100 mL
de preparações parenterais sem qualquer tratamento de solução.
adequado para remoção de endotoxinas bacterianas, a
amostra cumpre com o seguinte teste adicional.
ENSAIOS DE PUREZA
Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar 10 mL/kg,
empregando solução de glicose a 50 mg/mL em água para 5-Hidroximetilfurfural e substâncias relacionadas.
injetáveis. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Diluir volume da
solução injetável contendo o equivalente a 1 g de C6H12O6
DOSEAMENTO para 250 mL com água. A absorvância em 284 nm não é
maior que 0,25.
Pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da amostra e dissolver em
50 mL de água, em erlenmeyer com tampa esmerilhada. Contaminação por partículas (5.1.7). Utilizar o Método I
Adicionar 25 mL de iodo 0,05 M SV e 10 mL de solução de Partículas sub-visíveis (5.1.7.1). Cumpre o Teste A ou o
de carbonato de sódio a 5% (p/v). Homogeneizar e deixar Teste B, conforme o volume dos recipientes.
em repouso por 20 minutos, protegido da luz. Adicionar 15
mL de ácido clorídrico diluído e titular o excesso de iodo Metais pesados (5.3.2.3). Transferir volume da solução
com tiossulfato de sódio 0,1 M SV, usando amido SI como injetável equivalente a 4 g de glicose para um recipiente
indicador. Realizar ensaio em branco e fazer as correções adequado e ajustar o volume para 25 mL por evaporação
necessárias. Cada mL de iodo 0,05 M SV equivale a 9,008 ou adição de água, conforme necessário. No máximo
mg de C6H12O6 e a 9,909 mg de C6H12O6.H2O. 0,0005% (5 ppm).

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Em recipientes bem fechados, protegidos da luz, à Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
temperatura ambiente.
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,25 UE/
mL de solução injetável. Diluir em água para injetáveis, se
ROTULAGEM necessário, até concentração de 5% (p/v) de C6H12O6.

g Observar a legislação vigente.

CLASSE TERAPÊUTICA
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Determinação do poder
rotatório e do poder rotatório especíÞco (5.2.8). Transferir,
Adoçante, energético, excipiente.
exatamente, volume da solução injetável contendo entre
2 g e 5 g de C6H12O6 para balão volumétrico de 100 mL,
adicionar 0,2 mL de amônia 5 M e completar o volume com
GLICOSE SOLUÇÃO INJETÁVEL água. Homogeneizar e deixar em repouso por 30 minutos.
Determinar a rotação óptica em tubo de 2 dm. O ângulo
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da de rotação obtido, multiplicado por 0,9477, representa a
quantidade declarada de C6H12O6. A solução injetável de massa de C6H12O6 presente no volume utilizado.
glicose é uma solução estéril e incolor de glicose anidra
ou de glicose monoidratada em água para injetáveis. Não EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
contém agentes antimicrobianos.
Em recipientes bem fechados, de dose única, de plástico ou
de vidro, preferencialmente do tipo I ou II.
IDENTIFICAÇÃO
A. Aquecer uma porção da solução injetável com tartarato ROTULAGEM
cúprico alcalino SR. Forma-se precipitado vermelho.
Observar a legislação vigente.
B. A solução obtida em Doseamento é dextrógira (5.2.8).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1009

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS


GUARANÁ IMPUREZAS
Paulliniae semen
O tegumento, se presente como impureza, denominado
de casquilho ou cascarilho, apresenta testa brilhante,
Paullinia cupana Kunth – SAPINDACEAE glabra, castanho-avermelhada ou pardo-negra, com um
largo hilo guarnecido de um arilo carnoso, membranoso
A droga vegetal é constituída pelas sementes desprovidas e esbranquiçado, que cobre a semente até no máximo da
de arilo e tegumento (casquilho), contendo, no mínimo, sua porção mediana. Na ocasião da coleta ou dessecação, o
5% de metilxantinas, calculadas como cafeína (C8H10N4O2; arilo é retirado, deixando uma cicatriz de coloração pardo-
194,19) e, no mínimo, 4% de taninos. creme opaca, em forma de cúpula, que ocupa até 1/3 do
eixo longitudinal da semente. Na dessecação, o tegumento
CARACTERÍSTICAS torna-se quebradiço e separa-se facilmente dos cotilédones.

Características organolépticas. A droga é inodora, de


DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS
sabor amargo e fracamente adstringente.
IMPUREZAS

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA O tegumento, se presente como impureza, apresenta, em


secção transversal, uma epiderme formada por grandes
A semente é globosa, quando única no fruto, ou subesférica células, dispostas em paliçada, de paredes espessas, com
a elipsóide e levemente comprimida lateralmente, quando poucas pontuações. Estas apresentam paredes sinuosas,
2 ou 3, desigualmente convexa nos dois lados, geralmente em vista frontal. Abaixo da epiderme encontram-se várias
apresentando uma curta projeção apical. Em regra, tem 0,6 camadas de um parênquima com células irregularmente
cm a 0,8 cm de diâmetro, sendo coberta por um tegumento, espessadas, de aparência parda. Ocorrem numerosas
denominado de casquilho ou cascarilho, que deve ser células pétreas, de paredes nitidamente pontoadas.
descartado. A semente sem o tegumento é exalbuminada
e apresenta dois grandes cotilédones carnosos, espessos e
Þrmes, desiguais, plano-convexos, de coloração castanho-
IDENTIFICAÇÃO
escura. A cicatriz do arilo mantém-se nos cotilédones, A. Caracterização da presença de taninos. Proceder
porém, enegrecida. O embrião é pouco desenvolvido e conforme descrito em CromatograÞa em camada delgada
possui um curto eixo radículo-caulinar inferior. (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com espessura
de 250 —m, como suporte, e mistura de acetato de etila,
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA ácido fórmico e água (90:5:5), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 10 —L da Solução (1) e 5 —L da
Os cotilédones são constituídos por uma epiderme Solução (2), recentemente preparadas, descritas a seguir.
unisseriada, formada por células alongadas tangencialmente
e por um parênquima cotiledonar de células arredondadas
ou arredondado-poliédricas, de 40 —m a 80 —m de diâmetro.
Contém grãos de amido simples e compostos, de formas
Solução (1): pesar 1 g da droga pulverizada e transferir
para balão de fundo redondo. Adicionar 20 mL de água e
aquecer sob reßuxo durante 15 minutos. Filtrar através de
ga
variadas, globosos, poligonais, ovalados ou elípticos, de algodão e concentrar 4 mL do Þltrado à secura em banho-
10 —m a 25 —m de diâmetro. O hilo é central e por vezes maria. Ressuspender o resíduo em 1 mL de metanol.
ramiÞcado. A maioria dos grãos encontra-se aglutinada e
Solução (2): solução a 1 mg/mL de catequina em metanol.
deformada devido ao aquecimento durante a torrefação.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A
mancha principal, obtida com a Solução (1) corresponde
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para em posição, cor e intensidade de ßuorescência àquela
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São obtida com a Solução (2). Em seguida, nebulizar a placa
característicos: cor castanho clara a castanho-avermelhada, com vanilina sulfúrica SR. A mancha correspondente à
porções de células do parênquima cotiledonar, em geral catequina (Rf 0,72 aproximadamente) apresenta coloração
isodiamétricas, amareladas, com ou sem massas de vermelho fugaz.
grãos de amido aglutinados, massas de grãos de amido
aglutinados, grãos de amido isolados, com hilo central. B. Caracterização da presença de metilxantinas. Proceder
Fragmentos do tegumento, quando presentes até o limite conforme descrito em CromatograÞa em camada delgada
permitido, formados por células em paliçada de paredes (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, como suporte, e
muito espessas e pouco pontoadas, sinuosas em vista mistura de clorofórmio, etanol e ácido fórmico (90:8:2),
frontal; células pétreas agrupadas ou isoladas. como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10
—L da Solução (1) e 5 —L da Solução (2), recentemente
preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): pesar 1 g da droga pulverizada e transferir para


erlenmeyer com tampa. Adicionar 3 mL de hidróxido de
1010 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

amônio a 25% (v/v) e 40 mL de cloreto de metileno. Agitar o sedimento e Þltrar através de papel de Þltro. Desprezar os
por 15 minutos em agitador magnético. Filtrar através de primeiros 50 mL do Þltrado.
algodão e concentrar 5 mL do Þltrado à secura em banho-
maria. Ressuspender o resíduo em 1 mL de metanol. Solução amostra para polifenóis totais: transferir 5 mL
da Solução estoque para balão volumétrico de 25 mL e
Solução (2): solução a 1 mg/mL de cafeína SQR em completar o volume com água. Misturar 5 mL desta solução
metanol. com 2 mL de ácido fosfotúngstico SR e diluir a 50 mL com
carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da solução
Solução (3): solução a 1 mg/mL de teoÞlina SQR em (A1) em 691 nm (5.2.14), exatamente 3 minutos após a
metanol. adição do último reagente, utilizando água como branco.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Solução amostra para polifenóis não adsorvidos pelo pó
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). de pele: adicionar 0,2 g de pó de pele SQR a 20 mL da
O cromatograma, obtido com a Solução (1), apresenta Solução estoque e agitar mecanicamente por 60 minutos.
duas manchas principais, que correspondem em posição, Filtrar. Diluir 5 mL dessa solução para 25 mL com água.
cor e intensidade de ßuorescência àquelas obtidas com Misturar 5 mL da solução anterior com 2 mL de ácido
as Soluções (2) e (3). Em seguida, nebulizar a placa fosfotúngstico SR e diluir a 50 mL com carbonato de
com iodo SR. A mancha correspondente à teoÞlina (Rf sódio SR. Medir a absorvância da solução (A2) em 691 nm
0,50 aproximadamente) apresenta coloração violácea (5.2.14), exatamente 3 minutos após a adição do último
fugaz e a mancha correspondente à cafeína (Rf 0,70 reagente, utilizando água como branco.
aproximadamente) apresenta coloração castanho-
avermelhada. Solução referência: dissolver 50 mg de pirogalol em água
e diluir a 100 mL. Diluir 5 mL desta solução a 100 mL
C. Pesar 3 g da droga pulverizada e transferir para balão com água. Misturar 5 mL desta solução com 2 mL de
de fundo redondo. Adicionar 60 mL de água e aquecer sob ácido fosfotúngstico SR e diluir a 50 mL com carbonato
reßuxo por 15 minutos. Deixar esfriar e Þltrar. A 2 mL do de sódio SR. Medir a absorvância da solução (A3) em 691
extrato obtido, adicionar duas gotas de ácido clorídrico nm (5.2.14), exatamente 3 minutos após a adição do último
diluído e gotejar gelatina SR. Produz precipitado nítido. reagente e dentro de 15 minutos contados da dissolução do
pirogalol, utilizando água como branco.
D. A 2 mL do extrato obtido no método C. de IdentiÞcação,
adicionar 10 mL de água e quatro gotas de cloreto férrico Calcular o teor de taninos pela expressão:
metanólico. Desenvolve coloração cinza escuro.

E. A 2 mL do extrato obtido no método C. de IdentiÞcação,


adicionar 0,5 mL de vanilina a 1% (p/v) e 1 mL de ácido em que
clorídrico. Desenvolve coloração vermelha.
TT = taninos totais;

g ENSAIOS DE PUREZA
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 3%, incluindo o
casquilho.
A1 = absorvância medida da Solução amostra para
polifenóis totais;
A2 = absorvância medida da Solução amostra para
polifenóis não adsorvidos pelo pó de pele;
A3 = absorvância medida da Solução padrão;
Água (5.4.2.3). No máximo 9,5%.
m = massa da droga vegetal considerando a determinação
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 3%. de água.

Metilxantinas
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
Taninos totais absorção no ultravioleta (5.2.14). Preparar soluções como
descrito a seguir.
Nota: Proteger as amostras da luz durante a extração e a
diluição. Utilizar água isenta de dióxido de carbono em Solução amostra: Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da
todas as operações. droga pulverizada e extrair com 20 mL de ácido sulfúrico
a 2,5% (v/v), com agitação mecânica, durante 15 minutos,
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
por quatro vezes. Filtrar as porções para balão volumétrico
absorção no visível (5.2.14). Preparar soluções como
de 100 mL. Completar o volume com o mesmo solvente.
descritas a seguir.
Transferir uma alíquota de 10 mL desta solução para balão
Solução estoque: pesar, exatamente, 0,75 g da droga volumétrico de 100 mL e completar o volume com ácido
moída, transferir para erlenmeyer e adicionar 150 mL de sulfúrico a 2,5% (v/v).
água. Aquecer até fervura e manter em banho-maria à
Soluções para curva analítica: Preparar a curva analítica
temperatura de 80 ºC a 90 ºC por 30 minutos. Resfriar em
de cafeína dissolvendo, exatamente, 50 mg de cafeína
água corrente, transferir a mistura para balão volumétrico
SQR em 100 mL de ácido sulfúrico a 2,5% (v/v), obtendo
de 250 mL e completar o volume com água. Deixar decantar
solução estoque a 0,05% (p/v). Preparar as soluções de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1011

referência transferindo alíquotas de 1 mL; 2 mL; 3 mL; solução de ácido sulfúrico a 2,5% (v/v) para ajuste do
4 mL e 5 mL da solução estoque, separadamente, para zero. Calcular o teor de cafeína (metilxantinas) na amostra
balões volumétricos de 100 mL. Completar o volume com a partir da equação da reta obtida com as Soluções para
ácido sulfúrico a 2,5% (v/v), de forma a obter soluções a curva analítica da cafeína.
5 —g/mL, 10 —g/mL, 15 —g/mL, 20 —g/mL e 25 —g/mL,
respectivamente.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Medir a absorvância da Solução amostra e das Soluções
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e do calor.
para curva analítica em 271 nm (5.2.14), utilizando

ga
1012 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópicos em Paullinia cupana Kunth


______________

Legenda da Figura 1. As escalas correspondem: em A e B (4 cm), em C até H (100 —m).

A – aspecto geral da semente. B – aspecto geral dos cotilédones. C – secção transversal da porção externa de um cotilédone; epiderme cotiledonar (epc);
célula contendo grãos de amido (ga); parênquima cotiledonar (pct). D – detalhe dos grãos de amido. E – células epidérmicas dos cotilédones em vista
frontal. F – células parenquimáticas dos cotilédones. G – detalhe da secção transversal do tegumento da semente; células pétreas (cp); epiderme do
tegumento (ep); parênquima (p). H – células epidérmicas do tegumento em vista frontal.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1013

potássio etanólico 2 M. Desenvolve-se coloração violeta,


HALOPERIDOL passando para vermelha-acastanhada após 20 minutos.
Haloperidolum
ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. Dissolver 0,2 g da amostra em 20
mL de ácido láctico a 1% (v/v). Deixar em ultrassom, se
necessário, até completa dissolução. A solução é límpida
(5.2.25) e não é mais corada que a Solução padrão de cor
SC F (5.2.12) diluída a 2,5% (v/v) em água.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
C21H23ClFNO2; 375,86 sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio,

móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 10 PL de cada uma


haloperidol; 04589 ácido acético glacial e metanol (80:10:10), como fase
4-[4-(4-Clorofenil)-4-hidroxi-1-piperidinil]-1-(4-
ßuorfenil)-1-butanona das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
[52-86-8]
Solução (1): solução da amostra a 10 mg/mL em cloreto
de metileno.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C21H23ClFNO2, em relação à substância dessecada. Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 10 mL com
cloreto de metileno.
DESCRIÇÃO Solução (3): solução de haloperidol SQR a 1 mg/mL em
cloreto de metileno.
Características físicas. Pó branco ou quase branco,
microcristalino ou amorfo. Solução (4): diluir 0,5 mL da Solução (2) para 10 mL com
cloreto de metileno.
Solubilidade. Insolúvel em água, facilmente solúvel em
acetona, benzeno, clorofórmio e metanol, pouco solúvel Procedimento: desenvolver o cromatograma. Remover a
em etanol e cloreto de metileno. Facilmente solúvel em placa, deixar secar sob corrente de ar durante 15 minutos.
ácidos diluídos. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha
secundária obtida no cromatograma com a Solução (1),
Constantes físico-químicas.
diferente da mancha principal, não é mais intensa que
Faixa de fusão (5.2.2): 148 ºC a 151 ºC. Determinar em aquela obtida com a Solução (4) (0,5%).
amostra dessecada em estufa a 105 ºC, por 1 hora.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, até peso constante.
IDENTIFICAÇÃO No máximo 0,5%.

A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


da amostra dessecada a 105 °C e dispersa em brometo No máximo 0,1%.
de potássio, apresenta máximos de absorção somente

ha
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
DOSEAMENTO
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
haloperidol SQR, preparado de maneira idêntica. Empregar um dos métodos descritos a seguir.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na A. Proceder conforme descrito em Titulação em meio não
faixa de 230 nm a 350 nm, de solução a 0,0002% (p/v) aquoso (5.3.3.5). Dissolver, exatamente, cerca de 0,3 g
em mistura de ácido clorídrico 0,1 M e álcool isopropílico da amostra em 30 mL de ácido acético glacial. Adicionar
(1:9), exibe máximo em 245 nm. A absorvância em 245 nm cinco gotas de 1-naftolbenzeína SI e titular com ácido
não difere mais que 3,0% da leitura de solução similar de perclórico 0,1 M SV até mudança de cor de amarelo-
haloperidol SQR. alaranjado para verde. Realizar ensaio em branco e fazer as
correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),
SV equivale a 37,586 mg de C21H23ClFNO2.
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3). B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
E. Dissolver 10 mg da amostra em 5 mL de etanol, adicionar —m), mantida a 30 ºC; ßuxo da fase móvel de 1 mL/minuto.
0,5 mL de 1,3-dinitrobenzeno SR e 0,5 mL de hidróxido de
1014 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Fase móvel: mistura de metanol, fosfato de potássio CARACTERÍSTICAS


monobásico 0,05 M, tetraidrofurano e trietilamina
(50:47:3:0,3). Ajustar o pH em 3,5 ± 0,1 com ácido Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
fosfórico SR.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente pesada,
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
da amostra em Fase móvel de modo a obter solução a 10
—g/mL. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
de haloperidol SQR em Fase móvel de modo a obter
solução a 10 —g/mL. Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
cada comprimido para balão volumétrico de 50 mL.
Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. O fator de Adicionar 30 mL de metanol a quente e deixar em
cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das ultrassom por 15 minutos. Agitar, mecanicamente, por 15
áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que minutos, completar o volume com metanol e Þltrar. Diluir
2,0%. se necessário, em metanol, de modo a obter concentração
de 0,002% (p/v). Preparar solução de haloperidol SQR
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 245 nm
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de
(5.2.14), utilizar metanol para ajuste do zero. Calcular a
C21H23ClFNO2 na amostra a partir das respostas obtidas
quantidade de C21H23ClFNO2 em cada comprimido, a partir
com a Solução padrão e a Solução amostra.
das leituras obtidas.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Meio de dissolução: ßuido gástrico simulado (sem enzima),
900 mL
ROTULAGEM
Aparelhagem: cestas, 100 rpm
Observar a legislação vigente.
Tempo: 60 minutos

CLASSE TERAPÊUTICA Procedimento: proceder conforme descrito em


CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Antipsicótico. Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,0 mm de

ligada a grupo octadecilsilano (5 Pm), mantida a 30 ºC;


diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
HALOPERIDOL COMPRIMIDOS
ßuxo da Fase móvel de 1 mL/minuto.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da Fase móvel: mistura de metanol e fosfato de potássio

para 4,0 r 0,1 com ácido fosfórico ou hidróxido de sódio


quantidade declarada de C21H23ClFNO2. monobásico 0,05 M (60:40). Ajustar o pH da mistura

h IDENTIFICAÇÃO
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade do pó equivalente a 10 mg de haloperidol para
diluído.

Solução amostra: após o teste, retirar alíquota do meio


de dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, com meio de

1,11 Pg/mL.
dissolução, de modo a obter concentração aproximada de
funil de separação, adicionar 10 mL de água e 1 mL de
hidróxido de sódio M. Extrair com 10 mL de clorofórmio
saturado de água. Filtrar e evaporar até secura. O espectro Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 27,75 mg
de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo, disperso de haloperidol SQR para balão volumétrico de 250 mL.
em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção Dissolver com 5 mL de metanol, completar o volume com
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas meio de dissolução e homogeneizar. Diluir sucessivamente
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
concentração aproximada de 1,11 Pg/mL.
esta solução, com meio de dissolução, de modo a obter
haloperidol SQR, preparado de maneira idêntica.

B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Injetar replicatas de 100 PL da Solução padrão. O fator de
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde cauda não é superior a 2. O desvio padrão relativo não deve
àquele do pico principal da Solução padrão. ser maior que 3,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 100 PL das Soluções


padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C21H23ClFNO2
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1015

dissolvida no meio a partir das respostas obtidas com a Injetar replicatas de 20 PL da Solução padrão. O fator de
Solução padrão e a Solução amostra. cauda não é superior a 2. O desvio padrão relativo das áreas
não deve ser maior que 3,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções


Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C21H23ClFNO2 se dissolvem em 60 minutos.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C21H23ClFNO2
ENSAIOS DE PUREZA
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em Solução padrão e a Solução amostra.
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel G, como suporte, e mistura de clorofórmio, ácido EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aplicar separadamente, à placa, 10 PL de cada uma das
acético glacial e metanol (80:10:10), como fase móvel.
Em recipientes bem fechados.
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar ROTULAGEM


quantidade do pó equivalente a 10 mg de haloperidol com
Observar a legislação vigente.
10 mL de clorofórmio. Filtrar e evaporar o resíduo até
secura. Dissolver o resíduo com 1 mL de clorofórmio.

Solução (2): diluir 0,25 mL da Solução (1) para 25 mL com HALOPERIDOL SOLUÇÃO INJETÁVEL
clorofórmio.

Solução (3): diluir 0,25 mL da Solução (2) para 50 mL com Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
clorofórmio. quantidade declarada de C21H23ClFNO2. A solução injetável
pode conter ácido láctico e conservantes adequados.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar e nebulizar com iodobismutato de potássio
SR. Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma IDENTIFICAÇÃO
da Solução (1), diferente da mancha principal, não é O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de
mais intensa que aquela obtida com a Solução (2) (1%), 200 a 400 nm, da solução amostra obtida em Doseamento,
e somente uma é mais intensa que aquela obtida com a exibe máximos de absorção em 245 nm, idênticos aos
Solução (3) (0,5%). observados no espectro da solução padrão.

DOSEAMENTO CARACTERÍSTICAS
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de pH (5.2.19). 3,0 a 3,8.
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada

Pm), mantida a 30ºC; ßuxo da Fase móvel de 1 mL/minuto.


com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

ha
Fase móvel: mistura de metanol e fosfato de potássio Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.

para 4,0 r 0,1 com ácido fosfórico ou hidróxido de sódio


monobásico 0,05 M (60:40). Ajustar o pH da mistura Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 71,4 UE/
mg de haloperidol.
diluído.

Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. DOSEAMENTO


Transferir quantidade da amostra equivalente a 5 mg de
haloperidol para balão volumétrico de 50 mL. Adicionar 30 Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
mL de Fase móvel e deixar em ultrassom por 30 minutos. de absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir
Agitar, mecanicamente, por 30 minutos. Completar o quantitativamente volume de amostra equivalente a 10
volume com Fase móvel, homogeneizar e Þltrar. Transferir mg de haloperidol para um funil de separação e adicionar
5 mL para balão volumétrico de 50 mL e completar o 20 mL de ácido clorídrico a 5% (v/v). Extrair com quatro
volume com Fase móvel. porções de 25 mL de éter etílico. Juntar as fases etílicas e
adicionar 3 porções de 5 mL de ácido clorídrico diluído
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 25 mg (1 em 20). Adicionar as porções do ácido clorídrico à fase
de haloperidol SQR para balão volumétrico de 250 mL. aquosa. Transferir para um balão volumétrico de 50 mL,
Dissolver com 5 mL de metanol, completar o volume com completar o volume com ácido clorídrico a 5% (v/v) e
Fase móvel e homogeneizar. Diluir sucessivamente essa agitar. Transferir 5 mL dessa solução para balão volumétrico

aproximada de 10 Pg/mL.
solução, com Fase móvel, de modo a obter concentração de 50 mL e completar o volume com metanol. Preparar
solução de haloperidol SQR na mesma concentração,
utilizando os mesmos solventes. Medir as absorvâncias das
1016 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

soluções resultantes em 245 nm, utilizando 5 mL de ácido principal, não é mais intensa que aquela obtida com a
clorídrico a 5% (v/v) em 50 mL de metanol para ajuste Solução (2) (1%) e somente uma é mais intensa que aquela
do zero. Calcular a quantidade de C21H23ClFO2 na solução obtida com a Solução (3) (0,5%).
injetável a partir das leituras obtidas.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Contagem do número total de micro-organismos
Em recipientes bem fechados. mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


ROTULAGEM Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente.
DOSEAMENTO

HALOPERIDOL SOLUÇÃO ORAL Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria


Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da de absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir
quantidade declarada de C21H23ClFNO2. A solução oral quantitativamente volume de amostra equivalente a 10
pode conter ácido láctico e conservantes adequados. mg de haloperidol para um funil de separação e adicionar
20 mL de ácido clorídrico diluído (1 em 20). Extrair com
quatro porções de 25 mL de éter etílico. Juntar as fases
IDENTIFICAÇÃO etílicas e adicionar três porções de 5 mL de ácido clorídrico
diluído (1 em 20). Adicionar as porções do ácido clorídrico
A. Transferir volume da solução oral equivalente a 10 mg
à fase aquosa. Transferir para balão volumétrico de 50
de haloperidol para funil de separação. Adicionar 1 mL de
mL, completar o volume com ácido clorídrico diluído
hidróxido de sódio M, homogeneizar e extrair com uma
(1 em 20) e agitar. Transferir 5 mL dessa solução para
porção de 10 mL de clorofórmio. Descartar a fase aquosa.
Evaporar o extrato até secura. O resíduo responde ao teste balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
A. de IdentiÞcação da monograÞa de Haloperidol. metanol. Preparar solução de haloperidol SQR na mesma
concentração, utilizando os mesmos solventes. Medir
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma as absorvâncias das soluções resultantes em 245 nm,
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, utilizando 5 mL de ácido clorídrico diluído (1 em 20) em 50
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. mL de metanol para ajuste do zero. Calcular a quantidade
de C21H23ClFNO2 na solução injetável a partir das leituras
obtidas.
CARACTERÍSTICAS
B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
da monograÞa de Haloperidol. Preparar Solução amostra e
pH (5.1.19). 2,5 a 3,5. Solução de resolução como descrito a seguir.

Solução amostra: transferir volume da solução oral


ENSAIOS DE PUREZA equivalente a 10 mg de haloperidol para balão volumétrico
de 100 mL e completar o volume com Fase móvel.

h Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito


em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel G como suporte e mistura de cloreto
de metileno, metanol e amônia 13,5 M (92:8:1) como fase
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 50 —L de cada uma
Transferir 5 mL para balão volumétrico de 50 mL e
completar o volume com Fase móvel.

Solução de resolução: preparar solução em Fase móvel


contendo, aproximadamente, 10 mg de haloperidol SQR,
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. 3 mg de metilparabeno e 3 mg de propilparabeno por
mililitro.
Solução (1): diluir a solução oral, se necessário, com
metanol, de modo a obter solução de haloperidol a 1 mg/mL. Injetar, separadamente, replicatas de 20 —L das Soluções
padrão e de resolução e registrar os cromatogramas. Medir
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com a área sob o pico correspondente ao haloperidol. O fator
metanol. de cauda não é superior a 2. O desvio padrão relativo das
Solução (3): diluir 1 mL da Solução (1) para 200 mL com áreas de replicatas dos picos registrados para o haloperidol
metanol. não deve ser maior que 2,0%. A resolução entre o pico
correspondente ao haloperidol e os picos correspondentes
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar ao metilparabeno e ao propilparabeno não é menor que 2.
secar ao ar. Nebulizar com iodobismutato de potássio
diluído SR. Qualquer mancha secundária obtida no Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções
cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C21H23ClFNO2
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1017

na solução oral a partir das respostas obtidas para a Solução ENSAIOS DE PUREZA
padrão e a Solução amostra.
Acidez ou alcalinidade. Agitar 20 mL da amostra em 20
mL de água isenta de dióxido de carbono por 3 minutos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO e deixar as camadas se separarem. A camada aquosa
requer, no máximo, 0,1 mL de hidróxido de sódio 0,01
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz, à
M ou no máximo 0,6 mL de ácido clorídrico 0,01 M para
temperatura ambiente.
neutralização, utilizando-se púrpura de bromocresol SI
como indicador.
ROTULAGEM
Cloreto e brometo. Agitar 25 mL da amostra em 25 mL
Observar a legislação vigente. de água por 5 minutos e deixar os líquidos se separarem
completamente. Retirar a camada aquosa e a 10 mL da
mesma, adicionar uma gota de ácido nítrico e cinco gotas
HALOTANO de nitrato de prata SR. Não deve produzir opalescência.
Halothanum
Timol.

Solução padrão de timol: preparar solução de timol a 0,1


mg/mL em hidróxido de sódio 0,25 M.

Solução tampão: utilizar tampão de borato pH 8,0.

Solução de clorimida: dissolver 100 mg de


C2HBrClF3; 197,38 2,6-dibromoquinona-4-clorimida em 25 mL de etanol
halotano; 04596 absoluto. A solução deve ser recentemente preparada.
2-Bromo-2-cloro-1,1,1-trißuoretano
Curva padrão de timol: pipetar 1 mL, 3 mL e 5 mL de
[151-67-7]
Solução padrão de timol respectivamente em três balões
volumétricos de 100 mL, e adicionar, se necessário,
Contém, no mínimo, 0,008% e, no máximo, 0,012% de hidróxido de sódio 0,25 M, para perfazer o volume de 5
timol, em peso, como estabilizador. mL. Adicionar 5 mL de hidróxido de sódio 0,25 M em um
quarto balão para preparação do branco. Adicionar 10 mL
DESCRIÇÃO de Solução tampão em cada balão, agitar brandamente e
adicionar 1 mL de Solução de clorimida. Deixar repousar
Características físicas. Líquido denso, incolor, móvel, não exatamente por 15 minutos, adicionar 3 mL de solução de
inßamável, de odor característico que se assemelha ao do hidróxido de sódio 0,25 M e completar o volume com água.
clorofórmio, sabor doce e produz sensação de queimadura.
Com espectrofotômetro adequado, medir as absorvâncias
Solubilidade. Levemente solúvel em água, miscível em das soluções contendo timol e a do branco a 590 nm.
etanol, clorofórmio, éter etílico e em óleos Þxos. Faça um gráÞco das leituras e trace a curva da melhor
concordância.
IDENTIFICAÇÃO Procedimento: colocar 2 mL da amostra, exatamente

ha
medidos, em balão volumétrico de 100 mL contendo
A. Adicionar 5 mL de ácido sulfúrico a 5 mL da amostra.
5 mL de solução de hidróxido de sódio 0,25 M e agitar
O ácido forma uma camada sobre a amostra (diferenciação
brandamente. Evaporar o halotano sob uma corrente de
do clorofórmio e do tricloroetileno).
nitrogênio e adicionar 10 mL de Solução tampão e 1 mL
B. Em 0,3 mL da amostra contidos num tubo de ensaio de de Solução de clorimida. Agitar brandamente e deixar
vidro de borossilicato 12 x 75 mm, adicionar um fragmento repousar exatamente por 15 minutos, adicionar 3 mL de
de sódio limpo de cerca de 8 mm de diâmetro e deixe hidróxido de sódio 0,25 M e completar volume com água.
repousar por alguns minutos. Prenda o tubo em posição Ler a absorvância da solução resultante e por referência a
vertical e aqueça brandamente com um microqueimador Curva padrão de timol, calcular a porcentagem de timol no
até que o metal funda e a reação comece. Em seguida retire peso de halotano utilizado.
a fonte de calor e resfrie o tubo. Adicionar cautelosamente
Resíduo por evaporação. Evaporar 50 mL da amostra,
2 mL de água e deixar a reação se completar. Filtrar a
numa cápsula tarada, em banho-maria até secura. Dessecar
solução e adicionar 0,5 mL de ácido acético glacial ao
o resíduo em estufa a 105 °C por 2 horas. O peso do resíduo
Þltrado. Adicionar duas gotas dessa solução a uma mistura
não deve exceder 1 mg.
de 0,1 mL de alizarina SI, recentemente preparada, e 0,1
mL de nitrato de zirconila SR. Há mudança de coloração
de vermelho para amarela. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados e protegidos da luz.
1018 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ROTULAGEM posição àquelas obtidas com a Solução (2) e a Solução (3).


Observar duas manchas de coloração castanho-amarelada
De acordo com legislação vigente. no terço central do cromatograma e uma no terço inferior,
com Rf de aproximadamente 0,35, correspondente a
CLASSE TERAPÊUTICA hamamelitaninos.

Anestésico geral (inalação)


ENSAIOS DE PUREZA
Densidade relativa (5.2.5). 0,902 a 0,914.
HAMAMÉLIS TINTURA
Hamamelidis tinctura Determinação de álcool (5.3.3.8). 58% (v/v) a 62% (v/v).

Resíduo seco (5.4.3.2.2). No mínino 1,2%.


Hamamelis virginiana L. – HAMAMELIDACEAE

A tintura é obtida a partir das folhas contendo, no mínimo,


DOSEAMENTO
0,6% de taninos totais, expressos em pirogalol (C6H6O3, Taninos totais
126,1), (p/p).
Preparar as soluções descritas a seguir. Efetuar todas as
operações de extração e diluição ao abrigo da luz.
PREPARAÇÃO
Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 1,5 g de
A tintura de hamamélis é obtida a partir de 1 parte da
tintura de hamamélis em um balão volumétrico de 250 mL
droga vegetal em 10 partes de etanol a 65% (v/v), por um
e completar o volume com água destilada. Filtrar a mistura
procedimento adequado.
por papel de Þltro. Rejeitar os primeiros 50 mL do Þltrado.

CARACTERÍSTICAS Solução amostra para polifenóis totais: transferir,


volumetricamente, 5 mL da Solução estoque para balão
Características organolépticas. Líquido de coloração volumétrico de 25 mL e completar o volume com água
castanho-amarelada e sabor adstringente. destilada. Transferir, volumetricamente, 2 mL dessa
solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e 10
mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL e
IDENTIFICAÇÃO completar o volume com solução de carbonato de sódio a
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada 29% (p/v). Determinar a absorvância à 760 nm (A1) após
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254, com espessura 30 minutos, utilizando água destilada como líquido de
de 250 ȝm, como suporte, e mistura de acetato de etila, compensação.
tolueno, ácido fórmico e água (60:20:15:15), como fase
Solução amostra para polifenóis não adsorvidos por pó
banda, 20 PL da Solução (1) e 10 PL da Solução (2) e da
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma de
de pele: a 10 mL da Solução estoque, adicionar 0,100 g de
pó de pele SQR e agitar, mecanicamente, em erlenmeyer
Solução (3), recentemente preparadas, como descrito a
de 125 mL durante 60 minutos. Filtrar em papel de Þltro.
seguir.
Diluir 5 mL do Þltrado em balão volumétrico de 25 mL
Solução (1): reduzir 5 mL da tintura de hamamélis a resíduo com água destilada. Transferir, volumetricamente, 2 mL

h seco em banho-maria. Retomar o resíduo em 10,0 mL de dessa solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico


água. Extrair a fase aquosa resultante com três porções de e 10 mL de água destilada para balão volumétrico de 25
10 mL de acetato de etila em funil de separação de 125 mL. mL e completar o volume com solução de carbonato de
Deixar em repouso em freezer a -18 °C por 15 minutos, sódio a 29% (p/v). Determinar a absorvância à 760 nm (A2)
para total separação das fases. Reunir as fases orgânicas e após 30 minutos, utilizando água destilada como líquido
lavar com 20 mL de água. de compensação.

Solução (2): pesar cerca de 1 mg de ácido gálico e dissolver Solução padrão: dissolver, imediatamente antes do uso,
em 1,0 mL de metanol. 50 mg de pirogalol em balão volumétrico de 100 mL com
água destilada. Transferir, volumetricamente, 5 mL da
Solução (3): pesar cerca de 1 mg de catequina e dissolver solução para balão volumétrico de 100 mL e completar
em 2,0 mL de metanol. com água destilada. Transferir, volumetricamente, 2 mL
dessa solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar 10 mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL
secar em capela de exaustão. Em seguida, nebulizar a placa e completar o volume com solução de carbonato de sódio
com cloreto férrico a 1% (p/v) em metanol. Uma mancha de a 29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A3)
coloração amarela e duas manchas inferiores de coloração após 30 minutos, utilizando água destilada como líquido
azul-acinzentada mais intensa obtidas com a Solução (1), de compensação.
no terço superior do cromatograma, correspondem em
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1019

Calcular o teor em porcentagem de taninos, expressos em IDENTIFICAÇÃO


pirogalol, usando a expressão:
A. Cumpre com as exigências do Doseamento, conforme
o método de Determinação da potência ou o método de
Potência anti-fator IIa.
em que
B. Utilizar a técnica de espectroscopia de ressonância
A1 = absorvância da Solução amostra para polifenóis magnética nuclear. Preparar as soluções conforme descrito
totais; a seguir:
A2 = absorvância da Solução amostra para polifenóis não
adsorvidos por pó de pele; Solução amostra: não menos que 20 mg/mL da amostra
A3 = absorvância da Solução padrão; em óxido de deutério 99,9% com 0,02% (p/v) de
trimetilsililpropiônico de sódio.
m1 = massa da amostra utilizada no ensaio, em gramas;
m2 = massa de pirogalol, em gramas. Solução padrão: não menos que 20 mg/mL de heparina
cálcica SQR em óxido de deutério 99,9% com 0,02% (p/v)
de trimetilsililpropiônico de sódio.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Procedimento: na análise das amostras deve-se utilizar
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor. um espectrômetro de ressonância magnética nuclear de
não menos que 500 MHz operando o pulso (Transformada
de Fourier) para aquisição de 1H sob decaimento livre
HEPARINA CÁLCICA utilizando 16 scans em pulso de 90°. O ensaio deve ser
Heparinum calcicum realizado sob a temperatura constante de 25 °C. A janela
espectral dever ser no mínimo de 10 a -2 ppm. Para todas
as amostras o metil do composto trimetilsililpropiônico
A heparina cálcica é uma preparação contendo o sal cálcico deve ser referenciado em 0,00 ppm. Os deslocamentos
de uma mistura de glicosaminoglicanos sulfatados, de peso químicos de quatro regiões típicas da heparina suína são;
variável, presente em tecidos de mamíferos. Normalmente H1 da glucosamina N-acetilada/glucosamina N-sulfatada
é obtida a partir do pulmão bovino ou a partir da mucosa (sinal 1) em 5,40 ppm, H1 do ácido idurônico 2-sulfatado
intestinal suína. É composta de polímeros com unidades (sinal 2) em 5,21 ppm, H2 da glucosamina N-sulfatada em
de D-glicosamina (N-sulfatada ou N-acetilada) e ácido 3,28 ppm e metil da glucosamina N-acetilada em 2,05 ppm.
urônico (ácido L-idurônico ou D-glicurônico) que se Os valores de ppm observados para cada sinal não devem
alternam unidos por ligações glicosídicas. Possui a variar ± 0,03 ppm.
propriedade de prolongar o tempo de coagulação sanguínea
principalmente pela formação de complexo de alguns dos Os critérios de aceitação são baseados no valor médio da
componentes da mistura com proteínas especíÞcas do altura dos sinais 1 e 2. Qualquer sinal identiÞcado, nos
plasma potencializando a inativação da trombina (fator IIa). seguintes campos: 0,10 - 2,00, 2,10 - 3,20 e 5,70 - 8,00
Outras proteases envolvidas no processo de coagulação, ppm, não devem ultrapassar 4% da média do valor da
como o fator X ativado (fator Xa), também são inibidas. altura dos dois sinais citados acima. Da mesma forma não
A razão da atividade anti-fator Xa pela potência do anti- devem ser encontrado sinais 200% maiores que este valor
fator IIa deve estar entre 0,9 e 1,1. A potência da heparina entre 3,35 - 4,55 ppm.
cálcica não deve ser inferior a 180 UI/mg, em relação à
Impurezas: sulfato de condroitina sobre-sulfatado. O

ha
substância dessecada. Os animais dos quais a heparina é
derivada devem preencher os requisitos sanitários para a deslocamento químico da região N-acetil do sulfato de
espécie em questão e o processo de produção deve garantir condroitina sobre-sulfatado deve ser observada em 2,16 ±
a remoção ou inativação de agentes infecciosos. 0,03 ppm.

Sulfato de dermatam: O deslocamento químico da região


N-acetil do sulfato de condroitina sobre-sulfatado deve ser
observada em 2,10 ± 0,03 ppm.
1020 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

C. Utilizar a técnica de cromatograÞa líquida de troca Solução para ensaio (b): dissolver cerca de 0,1 g da
iônica. A cromatograÞa de troca iônica é um ensaio para substância para ser examinada, pesada com precisão em 1
determinação de pureza das preparações de heparina, mL de água para cromatograÞa. Misturar com um vórtice
principalmente para detecção e separação de sulfato de até completa dissolução. Misturar 0,5 mL da solução e

PL de solução de nitrito de sódio a 250 mg/mL. Misture


dermatam, sulfato de condroitina e sulfato de condroitina 0,25 mL de ácido clorídrico M, em seguida, adicionar 50
sobre-sulfatado. Utilizar cromatógrafo provido de
detector ultravioleta a 202 nm; pré-coluna de 50 mm de delicadamente e deixe repousar à temperatura ambiente
comprimento e 2 mm de diâmetro interno, empacotada com por 40 min antes de adicionar 0,2 mL de hidróxido de sódio
resina trocadora de ânions (13 mm); coluna de 250 mm M para parar a reação.
de comprimento e 2 mm de diâmetro interno, empacotada
com resina trocadora de ânions (9 mm), mantida a 40 °C; Solução de referência (a): dissolver 250 mg de heparina
ßuxo da Fase móvel de 0,22 mL/minuto. SQR em água por cromatograÞa e diluir para 2 mL com o
mesmo solvente. Misturar usando um vórtice até completa
Padrões de referências: Solução para ensaio (a) e Solução dissolução.
de referência (a), retenção relativa da heparina referência
(tempo de retenção = cerca de 26 min); dermatam e sulfato Solução de referência (b): adicionar 1,2 mL de Solução de
de condroitina = cerca de 0,9; sulfato de condroitina sobre- referência (a) e 0,3 mL de sulfato de dermatam e sulfato de
sulfatado = 1,3, em relação a heparina. condroitina sobre-sulfatado. Misturar com um vórtice para
homogeneizar.
Nota: as soluções de referência devem ser estabilizadas
por 24 horas a temperatura ambiente. Solução de referência (c): adicionam-se 0,1 mL de Solução

h
de referência (b) e 0,9 mL de água para cromatograÞa.
Sistema de adequação: Solução de referência; relação de Misturar com um vórtice para homogeneizar.
pico e vale: mínimo de 1,3, onde Hp = altura acima da
linha de base do pico devido ao dermatam e o sulfato de Solução de referência (d): adicionar 0,4 mL de Solução
condroitina; Hv = altura acima da linha de base o ponto de referência (a) para 0,1 mL de água para cromatograÞa

clorídrico M, em seguida, adicionar 50 PL de solução


mais baixo da curva que separa este cume do pico devido e misture com um vórtice. Adicionar 0,25 mL de ácido
à heparina.
de nitrito de sódio a 250 mg/mL. Misture delicadamente
O pico principal no cromatograma obtido com a Solução e deixe repousar à temperatura ambiente por 40 minutos
de ensaio (a) deve ser semelhante em forma e tempo de antes de adicionar 0,2 mL de hidróxido de sódio M para
retenção do pico principal no cromatograma obtido com a parar a reação.
Solução de referência (a).

referência (b), adicionar 250 PL de ácido clorídrico M, em


Solução de referência (e): a 0,5 mL de Solução de

seguida, adicionar 50 PL de solução de nitrito de sódio a


Preparar as soluções para o teste como descrito a seguir.

Solução para ensaio (a): dissolver cerca de 50 mg da 250 mg/mL. Misturar suavemente e deixar repousar em
substância para ser examinada pesada com precisão em 5 temperatura ambiente por 40 minutos antes de adicionar
mL de água para cromatograÞa (água deionizada com uma 0,2 mL de hidróxido de sódio M para parar a reação.
resistividade não menos que 0,18 Mohms). Misturar com
um vórtice até completa dissolução.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1021

Fase móvel A: dissolver 0,4 g de fosfato de sódio monobásico


em 1000 mL de água para cromatograÞa e ajustar o pH
para 3,0 com solução diluída de ácido fosfórico;

Fase móvel B: dissolver 0,4 g de fosfato de sódio


monobásico em 1000 mL de água para cromatograÞa,
adicione 140 g de perclorato de sódio e ajustar ao pH 3,0
com ácido fosfórico diluído, Þltrar e desgaseiÞcar.

Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente


descrito na tabela a seguir:

Tempo Fase móvel Fase móvel A – Cromatograma da solução de heparina SQR (Hep).
Eluição B – Cromatograma da solução padrão das misturas (DS - dermatam
(minutos) A% (v/v) B% (v/v)
Sulfato – 12%; Hep - Heparina – 44% e OSC – sulfato de condroitina
0 - 10 75 25 isocrática sobre-sulfatado – 54%).
10 - 35 75 ĺ 0 25 ĺ 100 gradiente linear C – Cromatograma de uma amostra reprovada pela presença de sulfato de
condroitina sobre-sulfatado (OSC).
35 - 40 0 100 isocrática
Procedimento: injetar 20 PL de Solução de teste (b) e
D. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1).

Soluções de referência (d) e (e). A retenção relativa com


referência à heparina (tempo de retenção = cerca de 26 CARACTERÍSTICAS
minutos): sulfato de dermatam e sulfato de condroitina Características físicas. Pó branco ou quase branco,
= cerca de 0,9; sulfato de condroitina sobre-sulfatado = moderadamente higroscópico.
1,3. Equilíbrio: pelo menos 15 min. A resolução é de no
mínimo 3,0 entre os picos relativo ao sulfato de dermatam Solubilidade. Solúvel em água.
mais sulfato de condroitina e sulfato de condroitina sobre-
sulfatado no cromatograma obtido com referência. Soma
das áreas de slfato de dermatam e sulfato de condroitina
ENSAIOS DE PUREZA
não é maior do que a área sob o pico correspondente pH (5.2.19). 5,0 a 8.0. Determinar em solução aquosa a
no cromatograma obtido com a Solução de referência 1% (p/v).
(e) 2,0%. Não podem existir outros picos além do pico
relativo à sulfato de dermatam mais sulfato de condroitina Proteínas. Adicionar cinco gotas de ácido tricloroacético
e heparina, ou seja, não devem haver impurezas. a 20% (p/v) em 1 mL de solução aquosa da amostra a 1%
(p/v). Não deve haver formação de precipitado ou turbidez.
Adequação do sistema: o cromatograma obtido com a
Solução de referência (d) não apresenta picos no tempo de Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. No máximo
retenção da heparina. Exemplo: 0,003%.

Nitrogênio (5.3.3.2). Utilizar o Método I, macrodeterminação.


No mínimo 1,3% e, no máximo, 2,5% de nitrogênio, calculado
em relação à substância dessecada.

ha
Cálcio (5.3.2.7). No mínimo 9,5% e, no máximo, 11,5%
de cálcio, calculado em relação à substância dessecada,
determinado em 0,2 g por Titulação complexométrica (5.3.3.4).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em estufa, sob


vácuo, a 60 °C, por 3 horas. No máximo 5%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). No mínimo 28% e, no máximo, 41%.

Impurezas nucleotídicas: Dissolver 40 mg em 10 mL de


água. A absorvância medida a 260 nm e o resultado não
deve ser superior a 0,2.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,03 UE/
UI de heparina.
1022 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO determinado pela técnica escolhida. Determinar o tempo


de recalciÞcação do branco no início e no Þnal do processo
Determinação da potência. de uma forma similar, utilizando 1 mL de uma solução de
cloreto de sódio a 0,9% (p/v) no lugar de uma das diluições
A atividade anticoagulante da heparina é determinada in
da heparina, os dois valores obtidos no branco não deve
vitro, comparando sua habilidade em condições especíÞcas
diferenciar signiÞcativamente. Transforme o tempo de
para retardar a coagulação, de um plasma ovino de referência
coagulação em logaritmos, utilizando o valor médio
ou plasma humano de referência, citratado e recalciÞcado
para os tubos em duplicatas. Repita o procedimento com
com a mesma capacidade de uma preparação de referência
diluições a fresco e realizar a incubação na ordem A1, A2,
de heparina, calibrado em unidades internacionais.
A3, P1, P2, P3. Calcular os resultados através dos métodos
Uma Unidade Internacional é a atividade contida em um estatísticos habituais. Realizar de não menos de três
montante indicado na norma internacional, que consiste de ensaios independentes. Para cada ensaio preparar novas
uma quantidade de heparina cálcica lioÞlizada obtida de soluções de referência e a preparação para ser examinada e
mucosa intestinal de suínos. A equivalência em unidades usar outro, recentemente descongelada porção de plasma.
internacionais do Padrão Internacional de Referência é Realizar o ensaio de heparina. A potência estimada deve
indicado pela Organização Mundial de Saúde. ser de não menos de 90% e não mais de 111% da potência
declarada. Os limites de conÞança da potência estimada
A heparina cálcica padrão de referência é calibrada em devem ser não inferiores a 80% e não superiores a 125%
unidades internacionais, em comparação com um Padrão da potência declarada (P = 0,95).
Internacional por meio do ensaio a seguir.
Potência anti-fator IIa.
Realizar o ensaio utilizando registro mecânico da alteração
da ßuidez na agitação, tendo o cuidado de perturbar o Tampão pH 8,4: dissolver 6,1 g de trometamina, 10,2
mínimo da solução durante a fase inicial de coagulação g de cloreto de sódio, 2,8 g de edetato dissódico e, se
(coagulometro). necessário, entre 0 e 10 g de polietilenoglicol 6000 e/ou 2 g
de albumina bovina em 800 mL de água. Ajuste com ácido
Procedimento: Os volumes descritos no texto são clorídrico a um pH de 8,4, e diluir com água até 1000 mL.
apresentados como exemplos e pode ser adaptado para o
aparelho utilizado, desde que a relação entre os diferentes Nota: 2 g de albumina humana podem ser substituídos por
volumes seja respeitada. Diluir a heparina cálcica padrão 2 g de albumina bovina.
de referência em uma solução de cloreto de sódio a 0,9%
Solução Antitrombina: reconstituir um frasco de
(p/v) de modo a conter um número precisamente conhecido
antitrombina em água até obter uma solução de 5 UI/
de Unidades Internacionais por mililitro e preparar
mL antitrombínica. Diluir com Tampão pH 8,4 para
uma solução da amostra similar à preparação para ser
obter uma solução a uma concentração de 0,125 UI/mL
examinada, que deverá ter a mesma atividade. Usando uma
antitrombínica.
solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v), preparar uma série
de diluições em progressão geométrica de tal forma que o Solução de trombina humana: reconstituir a trombina
tempo de coagulação obtido com a menor concentração humana (Fator IIa) em água para dar 20 UI/mL de trombina,
não seja inferior a 1,5 vezes o tempo de recalciÞcação e diluir com Tampão pH 8,4 para obter uma solução com
em branco, e que sendo obtida a maior concentração seja uma concentração de 5 UI/mL de trombina.
dada uma curva em logaritmo dose-resposta satisfatória.
Colocar 12 tubos em um banho-maria com água gelada, Nota: a trombina deve ter uma atividade especíÞca não
rotulando-os em duplicado: A1, A2 e A3 para as diluições menor que 750 UI/mg.

h das preparações a serem examinadas e P1, P2 e P3 para


as diluições de preparação de referência. Para cada tubo
adicionar 1 mL de plasma descongelado substrato e 1 mL
de uma diluição adequada da preparação a ser examinada
Solução de substrato cromogênico: preparar uma
solução de um substrato da trombina adequado para o
ensaio cromogênico amidolítico em água para obter uma
concentração de 1,25 mM.
ou a preparação de referência. Após cada adição, misturar,
mas não permitir a formação de bolhas. Tratar os tubos na Solução de parada: preparar uma solução de ácido acético
ordem P1, P2, P3, A1, A2, A3, a transferência de cada tubo a 20% (v/v) em água.
para um banho-maria a 37 °C, permite equilibrar a 37 °C
por aproximadamente 15 minutos e adicionar a cada tubo Soluções padrão: reconstituir o conteúdo total do uma
1 mL de uma diluição de cefalina ao qual foi adicionado ampola de heparina de cálcio SQR em água e diluir com
um ativador adequado, tais como caolim de modo que um Tampão pH 8,4 para obter pelo menos quatro diluições
tempo de recalciÞcação adequado obtido no branco não é entre o intervalo de concentração de 0,005 e 0,03 unidade/
superior a 60 segundos. Quando o caolim é utilizado, deve mL de heparina.
ser preparado imediatamente antes do uso, uma mistura
de volumes iguais de cefalina e de suspensão de caolim Soluções de amostra: proceder como indicado nas soluções
a 0,4% (p/v) protegido da luz em uma solução de cloreto para obter as concentrações de heparina de cálcio similar
de sódio a 0,9% (p/v). Exatamente depois de 2 minutos aos obtidos para as Soluções padrão.
adicionar 1 mL de uma solução de cloreto de cálcio a 3,7
Para cada diluição da Solução padrão ou da Solução da
g/mL e registrar o tempo de coagulação e o intervalo em
amostra devem ser realizadas em duplicatas. Rótulos
segundos entre esta última adição e o início da coagulação
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1023

numéricos devem ser colocados dependendo do número de entre inclinações. Exprimir a potência de heparina cálcica
repetições a serem testadas. Por exemplo: se houver cinco em UI/mg, de base seca.
brancos a serem usados B1, B2, B3, B4 e B5; A1, A2, A3
e A4 para cada duplicada das amostras em testes e P1, Critérios de aceitação: A potência da heparina cálcica,
P2, P3 e P4 para cada duplicada das soluções padrões em calculada em base seca, é não é inferior a 180 unidades de
teste. Distribuir os espaços em branco sobre a série de tal heparina por mg.
maneira que representam com precisão o comportamento
Atividade anti-fator Xa.
dos reagentes durante os experimentos.
Tampão pH 8,4: dissolver 10,24 g de cloreto de sódio, 6,6
Nota: Os tubos devem ser tratados na ordem B1, P1, P2,
g de trometamina e 2,8 g de edetato dissódico em água. Se
P3, P4, B2, A1, A2, A3, A4, B3, A1, A2, A3, A4, B4, P1, P2,
necessário, ajustar o pH para 8,4 com solução diluída de
P3, P4, B5.
ácido clorídrico ou hidróxido de sódio.
Notar que, após cada adição de reagente, a solução
Solução antitrombina : reconstituir o conteúdo de uma
incubada deve ser misturada sem permitir a formação
ampola contendo antitrombina com água (ou conforme
PL) de solução Antitrombina a cada tubo contendo um
de bolhas. Adicione duas vezes o volume (100 - 200
recomendado pelo fabricante). Diluir com Tampão pH 8,4
volume (50-100 PL), de Tampão pH 8,4 ou uma diluição
de modo a obter solução a 1 UI de antitrombina por mL.
apropriada das soluções de amostra ou o padrão. Agitar, Solução de fator Xa bovino: reconstituir o conteúdo de uma

pelo menos 1 minuto. Adicionar a cada tubo de 25-50 PL


mas não permitir a formação de bolhas, incubar a 37 °C por ampola contendo fator Xa bovino com água (ou conforme
recomendado pelo fabricante). Diluir a solução obtida em

1 minuto. Adicionar 50 - 100 PL de Solução de substrato


de Solução de trombina humana, e incubar por pelo menos Tampão pH 8,4, de modo a obter uma solução com valores
de absorvância entre 0,65 e 1,25 medidas em 405 nm,

30 PL de Tampão pH 8,4 ao invés de 30 PL de Solução


cromogênico. Notar que todos os reagentes, soluções quando testadas conforme descrito abaixo, mas utilizando
padrão, e soluções de amostra devem ser pré-aquecidas a
37 °C pouco antes de usar. padrão ou Solução amostra.
Dois diferentes tipos de medições podem ser registrados: A solução de fator Xa contem três unidades nano catalíticas
por mL, mas pode variar dependendo do fabricante do
Medição “endpoint”: Parar a reação pelo menos após
factor Xa, ou o substrato utilizado.
1 minuto com 5-10 —L de Solução de parada. Medir a
absorvância de cada solução a 405 nm através de um Solução de substrato cromogênico: preparar uma solução
espectrofotômetro adequado. Um desvio padrão relativo cromogênica adequada para o teste amidolítico especíÞco
sobre as leituras em branco tem que ser menor que 10%. para fator Xa em água para obter uma concentração de
cerca de 1 mM.
Medição Cinética: Seguindo a mudança na absorvância
para cada solução sobre 1 minuto a 405 nm através de um Solução de parada: preparar uma solução de ácido acético
espectrofotômetro. Calcular a variação de absorvância/ a 20% (v/v) em água.
minuto (¨OD/minuto). Os brancos para a medição cinética
também é expressa como ¨OD/minuto e deve dar valores Solução amostra: dissolver quantidade exata da amostra de
maiores em que são realizadas na ausência de heparina. O heparina cálcica em Tampão pH 8,4 e diluir com o mesmo
desvio padrão relativo sobre as leituras em branco deve ser para obter soluções contendo atividades aproximadamente
inferior a 10%. iguais à Solução Padrão.

Os modelos estatísticos para análise da relação ente


inclinação das retas ou sobre paralelismo podem ser usados
dependendo do melhor modelo que descreva a correlação
entre a concentração e a resposta.
Solução padrão: utilizar padrão oÞcial de heparina. Pode
ser utilizada outra preparação, cuja potência tenha sido
calibrada frente ao padrão oÞcial. Reconstituir o conteúdo
da ampola de heparina padrão oÞcial em água e misturar
levemente até completa dissolução. Preparar diluições em
ha
Ensaio sobre paralelismo: Para cada série, calcular a Tampão pH 8,4, de forma a obter de cinco até sete soluções
regressão da absorvância ou mudança de absorvância/ contendo atividades conhecidas de 0,375; 0,3125; 0,25;
minuto contra as concentrações em logaritmo das soluções 0,188; 0,125; 0,0625 e 0,0313 em unidades de heparina
de amostra e das soluções padrões e calcular a potência por mL.
da heparina de cálcio de referência em Unidades/mL
utilizando métodos estatísticos para ensaios linha paralela. Procedimento: os volumes descritos podem ser adaptados
Exprimir a potência de heparina cálcica UI/mg de base para realização do ensaio em tubos ou microplacas,
seca. mantendo a relação entre os volumes. Executar o teste com
cada Solução padrão e Solução amostra em duplicata.

°C, transferir 120 PL de Tampão pH 8,4. Separadamente


Relação entre Inclinação das Retas: Para cada série, calcular Para cada série de tubos plásticos em banho-maria a 37
a regressão da absorvância em logaritmo ou o logaritmo

ou de soluções amostra aos tubos. Adicionar 150 PL, para


das alterações na absorção/minuto contra as concentrações transferir 30PL de diferentes diluições de soluções padrão
das soluções de amostra e das soluções padrões e calcular a

300 PL de Solução substrato cromogênico, pré aquecido


potência da heparina de cálcio de referência Unidades/mL cada tubo, misturar e incubar por dois minutos. Adicionar
utilizando métodos estatísticos para ensaios de relações
1024 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

a 37 °C por 15 minutos. Adicionar 150 PL de Solução de componentes da mistura com proteínas especíÞcas do
parada em cada tubo e misturar. Preparar o branco para plasma potencializando a inativação da trombina (fator IIa).
zerar o espectrofotômetro adicionando os reagentes em Outras proteases envolvidas no processo de coagulação,

terminando com a adição de 150 PL de Tampão pH 8,4,


ordem inversa, começando com Solução de parada e como o fator X ativado (fator Xa), também são inibidas.
A razão da atividade anti-fator Xa pela potência do anti-
e excluindo as soluções padrão ou as soluções amostra. fator IIa deve estar entre 0,9 e 1,1. A potência da heparina
Registrar a absorvância medida em 405 nm contra o branco. sódica não deve ser inferior a 180 UI por mg, em relação
à substância dessecada. Os animais dos quais a heparina
Construir um gráÞco dos valores das absorvâncias é derivada devem preencher os requisitos sanitários para
das soluções padrão e as soluções amostra contra as espécie em questão e o processo de produção deve garantir
concentrações de heparina em unidades. Construir retas a remoção ou inativação de agentes infecciosos.
separadas de melhor ajuste utilizando análise de regressão
linear dos mínimos quadrados para as soluções padrão e
as soluções amostra e determinar a inclinação de cada reta IDENTIFICAÇÃO
de regressão. Calcular a potência da heparina cálcica pela
A. Cumpre as exigências do Doseamento, conforme
formula.
o método Determinação de potência ou o método de
Potência Anti-fator IIa.

em que B. Utilizar a técnica de espectroscopia de ressonância


magnética nuclear. Preparar as soluções conforme descrito
P = potência do padrão de referência da heparina cálcica; a seguir.
SA e SP = são as inclinações das retas a partir das Soluções
Solução padrão: não menos que 20 mg/mL de Heparina
amostra e das Soluções padrão, respectivamente.
sódica SQR em óxido de deutério 99,9% com 0,02% (p/v)
de ácido trimetilsililpropionico de sódio.

Solução amostra: não menos que 20 mg/mL da amostra


em óxido de deutério 99,9% com 0,02% (p/v) de ácido
Expressar a potência do Anti- Fator Xa da solução amostra trimetilsililpropionico de sódio.
como uma porcentagem da concentração de heparina
determinada no Ensaio. Calcular a razão do anti-fator Xa Procedimento: na análise das amostras: deve-se utilizar
contra potência do fator IIa pela formula.A razão entre um espectrômetro de ressonância magnética nuclear de
atividade do anti-fator Xa com potência anti-fator IIa deve não menos que 500 MHz operando o pulso (Transformada
ser no mínimo, 0,9 e no máximo 1,1. de Fourier) para aquisição de 1H sob decaimento livre
utilizando 16 scans em pulso de 90°. O ensaio deve ser
realizado sob a temperatura constante de 25 °C. A janela
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO espectral dever ser no mínimo de 10 a -2 ppm. Para todas
Conforme legislação vigente. as amostras o metil do composto trimetilsililpropionico
deve ser referenciado em 0,00 ppm. Os deslocamentos
químicos de quatro regiões típicas da heparina suína são;
ROTULAGEM H1 da glucosamina N-acetilada/glucosamina N -sulfatada
(sinal 1) em 5,40 ppm, H1 do ácido idurônico 2-sulfatado
Conforme legislação vigente. (sinal 2) em 5,21 ppm, H2 da glucosamina N-sulfatada

h CLASSE TERAPÊUTICA
Anticoagulante.
em 3,28 ppm e metil da glucosamina N -acetilada em 2,05
ppm. Os valores de ppm observados para cada sinal não
devem variar ± 0,03 ppm.

Os critérios de aceitação são baseados no valor médio da


altura dos sinais 1 e 2. Qualquer sinal identiÞcado, nos
HEPARINA SÓDICA seguintes campos: 0,10 – 2,00, 2,10 – 3,20 e 5,70 – 8,00
Heparinum natricum ppm, não devem ultrapassar 4% da média do valor da
altura dos dois sinais citados acima. Da mesma forma não
devem ser encontrado sinais 200% maiores que este valor
A heparina sódica é uma preparação contendo o sal sódico entre 3,35 – 4,55 ppm.
de uma mistura de glicosaminoglicanos sulfatados, de peso
variável, presente em tecidos de mamíferos. Normalmente Impurezas: condroitina sulfato sobre-sulfatado. O
é obtida a partir do pulmão bovino ou a partir da mucosa deslocamento químico da região N-acetil do sulfato de
intestinal suína. É composta de polímeros com unidades condroitina sobre-sulfatado deve ser observada em 2,16 ±
de D-glicosamina (N-sulfatada ou N-acetilada) e ácido 0,03 ppm.
urônico (ácido L-idurônico ou D-glicurônico) que se Sulfato de dermatam: O deslocamento químico da região
alternam unidas por ligações glicosídicas. Possui a N-acetil do sulfato de condroitina sobre-sulfatado deve ser
propriedade de prolongar o tempo de coagulação sanguínea observada em 2,10 ± 0,03 ppm.
principalmente pela formação de complexo de alguns dos
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1025

C. Utilizar a técnica de cromatograÞa líquida de troca Solução para ensaio (b): dissolver cerca de 0,1 g da
iônica. A cromatograÞa de troca iônica é um ensaio para substância para ser examinada, pesada com precisão em 1,0
determinação de pureza das preparações de heparina, mL de água para cromatograÞa. Misturar com um vórtice
até completa dissolução. Misturar 500 ȝL da solução e
250 PL de ácido clorídrico M, em seguida, adicione 50
principalmente para detecção e separação de sulfato de

PL de 250 mg/mL de solução de nitrito de sódio. Misture


dermatam, sulfato de condroitina e sulfato de condroitina
sobre-sulfatado. Utilizar cromatógrafo provido de

40 min antes de adicionar 200 PL de hidróxido de sódio M


detector ultravioleta a 202 nm; pré-coluna de 50 mm de delicadamente e deixe repousar à temperatura ambiente por
comprimento e 2 mm de diâmetro interno, empacotada com
resina trocadora de ânions (13 mm); coluna de 250 mm para parar a reação.
de comprimento e 2 mm de diâmetro interno, empacotada
com resina trocadora de ânions (9 mm), mantida a 40 °C; Solução de referência (a): Dissolver 250 mg de heparina
ßuxo da Fase móvel de 0,22 mL/minuto. SQR em água por cromatograÞa e diluir para 2,0 mL com o
mesmo solvente. Misture usando um vórtice até completa
Padrões de referências: Solução para ensaio (a) e Solução dissolução.

Solução de referência (b): adicionar 1200 PL de Solução


de referência, retenção relativa da heparina referência
(tempo de retenção = cerca de 26 min): dermatam e sulfato
de condroitina = cerca de 0,9; condroitina sulfato sobre- de referência (a) e 300 ȝL de sulfato de dermatam e
sulfatado = 1,3, em relação a heparina. condroitim sulfato sobre-sulfatado. Misturar com um
vórtice para homogeneizar.

Solução de referência (c): adicionam-se 100 PL de Solução


Nota: as soluções de referência devem ser estabilizadas

de referência (b) e 900 PL de água para cromatograÞa.


por 24h a temperatura ambiente.

Sistema de adequação: Solução de referência: relação de


pico e vale: mínimo de 1,3, onde Hp = altura acima da
linha de base do pico devido à dermatam mais sulfato de
condroitina; Hv = altura acima da linha de base o ponto
Misturar com um vórtice para homogeneizar.

Solução de referência (d): adicionar 400 PL de Solução


de referência (a) para 100 PL de água para cromatograÞa
e misture com um vórtice. Adicionar 250 PL de ácido
ha
clorídrico M, em seguida, adicione 50 PL de 250 mg/mL
mais baixo da curva que separa este cume do pico devido
à heparina.
de solução de nitrito de sódio. Misture delicadamente e

antes de adicionar 200 PL de hidróxido de sódio M para


O pico principal no cromatograma obtido com a Solução deixe repousar à temperatura ambiente por 40 minutos
de ensaio (a) deve ser semelhante em forma e tempo de
retenção do pico principal no cromatograma obtido com a parar a reação.

Solução de referência (e): a 500 PL de Solução de


Solução de referência (a).

referência (b), adicionar 250 PL de ácido clorídrico M,


em seguida, adicione 50 PL de 250 mg/mL de solução de
Preparar as soluções para o teste como descrito a seguir.

Solução para ensaio (a): dissolver cerca de 50 mg da nitrito de sódio. Misturar suavemente e deixar repousar em
substância para ser examinado pesada com precisão em 5,0
200 PL de hidróxido de sódio M para parar a reação.
temperatura ambiente por 40 minutos antes de adicionar
mL de água para cromatograÞa (água deionizada com uma
resistividade não menos que 0,18Mohms). Misturar com
um vórtice até completa dissolução. Fase móvel A: dissolver 0,40 g de dihidrogeno fosfato de
sódio em 1000 mL de água para cromatograÞa e ajustar o
pH para 3,0 com solução diluída de ácido fosfórico.
1026 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Fase móvel B: dissolver 0,40 g de dihidrogeno fosfato de


sódio em 1000 mL de água para cromatograÞa, adicione
140 g de perclorato de sódio e ajustar ao pH 3.0 com ácido
fosfórico diluído, Þltrar e desgaseiÞcar.

Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente


descrito na tabela a seguir:

Fase móvel A% Fase móvel B%


Tempo (minutos)
(v/v) (v/v)
0 - 10 75 25
10 - 35 75 ĺ 0 25 ĺ 100 A – Cromatograma da Solução de Hep - Heparina de Referência.
35 - 40 0 100 B – Cromatograma da Solução Padrão das Misturas (DS - Dermatam

Procedimento: injetar 20 PL de Solução de teste (b)


Sulfato – 12%; Hep - Heparina – 44% e OSC - sulfato de condroitina
sobre-sulfatado – 54%).
e Soluções de referência (d) e (e). A retenção relativa C – Cromatograma de uma amostra reprovada pela presença de OSC –
com referência à heparina (tempo de retenção = cerca sulfato de condroitina sobre-sulfatado.
de 26 minutos): dermatan sulfato e condroitina sulfato
= cerca de 0,9; sulfato de condroitina sobre-sulfatado = D. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
1,3. Equilíbrio: pelo menos 15 min. A resolução é de 3,0
mínimo entre os picos devido ao dermatam sulfato mais CARACTERÍSTICAS
condroitina sulfato e condroitina sulfato sobre-sulfatado o
no cromatograma obtido com referência. Soma das áreas Características físicas. Pó branco ou quase branco,
de dermatam sulfato e condroitina sulfato não é maior do moderadamente higroscópico.
que a área sob o pico correspondente no cromatograma
obtido com a Solução de referência (e) 2,0%. Não podem Solubilidade. Solúvel em água.
existir outros picos além do pico devido à dermatam mais
sulfato de condroitina e heparina, ou seja, não devem haver ENSAIOS DE PUREZA
impurezas.
pH (5.2.19). 5,0 a 8.0. Determinar em solução aquosa a
Adequação do sistema: o cromatograma obtido com a 1% (p/v).
Solução de referência (d) não apresenta picos na retenção
tempo de heparina. Proteínas. Adicionar cinco gotas de ácido tricloroacético
a 20% (p/v) em 1 mL de solução aquosa da amostra a 1%
Exemplo: (p/v). Não deve haver formação de precipitado ou turbidez.

Metais pesados. Utilizar o Método I. No máximo 0,003%.

Nitrogênio (5.3.3.2). Utilizar o Método I,


macrodeterminação. No mínimo 1,3% e, no máximo,
2,5% de nitrogênio, calculado em relação à substância
dessecada.

h
Sódio (5.2.13.1). 9,5% a 12,5% de sódio determinado
conforme descrito em Espectrofotometria de absorção
atômica.

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em estufa a


vácuo a 60 °C, por 3 horas. No máximo 5%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). No mínimo 28% e, no máximo,


41%.

Impurezas nucleotidicas. Dissolver 40 mg em 10 mL de


água. A absorvância medida a 260 nm e o resultado não
deve ser superior a 0,2.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,03 UE/
UI de heparina.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1027

DOSEAMENTO determinado pela técnica escolhida. Determinar o tempo


de recalciÞcação do branco no início e no Þnal do processo
Determinação da potência. de uma forma similar, utilizando 1 mL de uma solução de
9 g/L de cloreto de sódio no lugar de uma das diluições
A atividade anticoagulante da heparina é determinada in
da heparina, os dois valores obtidos no branco não deve
vitro, comparando sua habilidade em condições especíÞcas
difereciar signiÞcativamente. Transforme o tempo de
para retardar a coagulação, de um plasma ovino de referência
coagulação em logaritmos, utilizando o valor médio
ou plasma humano de referência, citratado e recalciÞcado
para os tubos em duplicatas. Repita o procedimento com
com a mesma capacidade de uma preparação de referência
diluições a fresco e realizar a incubação na ordem A1, A2,
de heparina, calibrado em unidades internacionais.
A3, P1, P2, P3. Calcular os resultados através dos métodos
Uma Unidade Internacional é a atividade contida em um estatísticos habituais. Realizar de não menos de três ensaios
montante indicado na norma internacional, que consiste independentes. Para cada ensaio preparar novas soluções de
de uma quantidade de heparina sódica lioÞlizada obtida de referência e a preparação para ser examinada e usar outro,
mucosa intestinal de suínos. A equivalência em unidades recentemente descongelada porção de plasma. Realizar o
internacionais do Padrão Internacional de Referência é ensaio de heparina. A potência estimada deve ser de não
indicado pela Organização Mundial de Saúde. menos de 90% e não mais de 111% da potência declarada.
Os limites de conÞança da potência estimada devem ser
A heparina sódica padrão de referência é calibrado em não inferiores a 80% e não superiores a 125% da potência
unidades internacionais, em comparação com um Padrão declarada (P=0,95).
Internacional por meio do ensaio a seguir.
Potência anti-fator IIa.
Realizar o ensaio utilizando registro mecânico da alteração
da ßuidez na agitação, tendo o cuidado de perturbar o Tampão pH 8,4: dissolver 6,10 g de tris (hidroximetil)
mínimo da solução durante a fase inicial de coagulação aminometano, 10,20 g de cloreto de sódio, 2,80 g de edetato
(coagulometro). sódio e, se adequado, entre 0 e 10,00 g de polietileno Glicol
6000 e/ou 2,00 g de albumina bovina em 800 mL de água.
Procedimento: os volumes descritos no texto são Ajuste com ácido clorídrico a um pH de 8,4, e diluir com
apresentados como exemplos e pode ser adaptado para o água até 1000 mL.
aparelho utilizado, desde que a relação entre os diferentes
volumes sejam respeitados. Diluir a heparina sódica Nota: 2,00 g de albumina humana podem ser substituídos
padrão de referência em uma solução de 9 g/L de cloreto por 2,00 g de albumina bovina. Ajuste com ácido clorídrico
de sódio de modo a conter um número precisamente a um pH de 8,4, e diluir com água até 1000 mL.
conhecido de Unidades Internacionais por mililitro e
Solução Antitrombina: reconstituir um frasco de
preparar uma solução da amostra similar à preparação para
antitrombina em água até obter uma solução de 5 UI/mL
ser examinada, que deverá ter a mesma atividade. Usando
antitrombínica. Diluir esta solução tampão com pH 8,4
uma solução de cloreto de sódio na concentração de 9 g/L,
para obter uma solução com uma concentração de 0,125
preparar uma série de diluições em progressão geométrica
UI/mL antitrombínica.
de tal forma que o tempo de coagulação obtido com a
menor concentração não seja inferior a 1,5 vezes o tempo Solução de trombina humana: reconstituir a trombina
de recalciÞcação em branco, e que sendo obtida a maior humana (Fator IIa) em água para dar 20 UI/mL de trombina,
concentração seja dada uma curva em logaritmo dose- e diluir com tampão pH 8,4 para obter uma solução com
resposta satisfatória. Colocar 12 tubos em um banho-maria um concentração de 5 UI/mL de trombina.

ha
com de água gelada, rotulando-os em duplicado: A1, A2 e
A3 para as diluições das preparações a serem examinadas Nota: a trombina deve ter uma atividade especíÞca não
e P1, P2 e P3 para as diluições de preparação de referência. menor que 750 UI/mg.
Para cada tubo adicionar 1,0 mL de plasma descongelado
substrato R1 e 1,0 mL de uma diluição adequada da Solução de substrato cromogênico: Prepare uma solução
preparação a ser examinada ou a preparação de referência. de um substrato da trombina adequado para o ensaio
Após cada adição, misturar, mas não permitir a formação cromogênico amidolítico em água para obter uma
de bolhas. Tratar os tubos na ordem P1, P2, P3, A1, A2, A3, concentração de 1,25 mM.
a transferência de cada tubo para um banho de água a 37 °C, Solução de parada: 20% (v/v) de ácido acético.
permite equilibrar a 37 °C por aproximadamente 15 minutos
e adicionar a cada tubo 1 mL de uma diluição de cefalina Soluções padrão: Reconstituir o conteúdo total do uma
ao qual foi adicionado um ativador adequado, tais como ampola de heparina de sódio SR em água e diluir com
caulim de modo que um tempo de recalciÞcação adequado tampão pH 8,4 para obter pelo menos quatro diluições
obtido no branco não é superior a 60 segundos. Quando o entre o intervalo de concentração de 0,005 e 0,03 unidade/
caulim é utilizado, deve ser preparado imediatamente antes mL de heparina.
do uso, uma mistura de volumes iguais de cefalina e 4 g/L
de suspensão de caulim protegido da luz em uma solução de Soluções de amostra: Proceder como indicado nas soluções
9 g/L de cloreto de sódio. Exatamente depois de 2 minutos para obter as concentrações de heparina de sódio similar
adicionar 1 mL de uma solução a 3,7 g/mL de cloreto de aos obtidos para as soluções padrão.
cálcio e registrar o tempo de coagulação e o intervalo em
segundos entre esta última adição e o início da coagulação
1028 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Para cada diluição da solução; padrão ou da solução da utilizando métodos estatísticos para ensaios de relações
amostra devem ser realizadas em duplicatas. Rótulos entre inclinações. Exprimir a potência de heparina sódica
numéricos devem ser colocados dependendo do número de em UI/mg, de base seca.
repetições a serem testadas. Por exemplo: se houver cinco
brancos a serem usados B1, B2, B3, B4 e B5 para branco; Critérios de aceitação: a potência da heparina sódica,
A1, A2, A3 e A4 para cada duplicada das amostras em calculado em base seca, é não é inferior a 180 unidades de
testes e P1, P2, P3 e P4 para cada duplicada das soluções heparina por cada mg.
padrões em teste. Distribuir os espaços em branco sobre
Atividade anti-fator Xa.
a série de tal maneira que representam com precisão o
comportamento dos reagentes durante os experimentos. Tampão tris (hidroximetil) aminometano e EDTA pH
8,4: dissolver 10,24 g de cloreto de sódio, 6,6 g de
Nota: Os tubos devem ser tratados na ordem B1, P1, P2,
tris(hidroximetil)aminometano e 2,8 g de EDTA dissódico
P3, P4, B2, A1, A2, A3, A4, B3, A1, A2, A3, A4, B4, P1, P2,
em água. Se necessário, ajustar o pH para 8,4 com solução
P3, P4, B5.
diluída de ácido clorídrico ou hidróxido de sódio.
Notar que, após cada adição de reagente, a solução incubada
Solução antitrombina SR: reconstituir o conteúdo de uma
Adicione duas vezes o volume (100 - 200 PL) de solução
deve ser misturada sem permitir a formação de bolhas.
ampola contendo antitrombina com água (ou conforme
recomendado pelo fabricante). Diluir com tampão
PL), de tampão de pH 8,4 ou uma diluição apropriada das
Antitrombina a cada tubo contendo um volume (50-100
tris(hidroximetil)aminometano e EDTA pH 8,4 de modo a
obter solução a 1 UI de antitrombina por mL.
soluções de amostra ou o padrão soluções. Agitar, mas não

menos 1 minuto. Adicionar a cada tubo de 25-50 PL de


permitir a formação de bolhas, incubar a 37 °C por pelo Solução de fator Xa bovino: reconstituir o conteúdo de uma
ampola contendo fator Xa bovino com água (ou conforme

1 minuto. Adicionar 50 - 100 PL de solução de substrato


solução de trombina humana, e incubar por pelo menos recomendado pelo fabricante). Diluir a solução obtida em
tampão pH 8,4, de modo a obter uma solução com valores
cromogênico. Notar que todos os reagentes, soluções de absorvância entre 0,65 e 1,25 medidas em 405 nm,
padrão, e soluções de amostra devem ser pré-aquecida a 37 quando testadas conforme descrito abaixo, mas utilizando
°C pouco antes de usar. 30 —L de tampão pH 8,4 ao invés de 30 —L de Solução
padrão ou Solução amostra.
Dois diferentes tipos de medições podem ser registrados:
A solução de fator Xa contem três unidades nano catalíticas
Medição “endpoint”: Parar a reação pelo menos após
por mL, mas pode variar dependendo do fabricante do
1 minuto com 5-10 —L de solução de parada. Medir a
factor Xa, ou o substrato utilizado.
absorvância de cada solução a 405 nm através de um
espectrofotômetro adequado. Um desvio padrão relativo Solução de substrato cromogênico: Preparar uma solução
sobre as leituras em branco tem que ser menor que 10%. cromogênica adequada para o teste amidolítico (ver
EspeciÞcações de reagentes em reagentes, indicadores e
Medição Cinética: Seguindo a mudança na absorvância
Soluções) especíÞco para fator Xa em água para obter uma
para cada solução sobre 1 minuto a 405 nm através de um
concentração de cerca de 1 mM.
espectrofotômetro. Calcular a variação de absorvância/
minuto (¨OD/minuto). Os brancos para a medição cinética Solução de parada: Preparar uma solução 20% (v/v) de
também é expressa como ¨OD/minuto e deve dar valores ácido acético em água.
maiores em que são realizadas na ausência de heparina. O
Solução amostra: dissolver quantidade exata da amostra de

h
desvio padrão relativo sobre as leituras em branco deve ser
inferior a 10%. heparina sódica em tampão pH 8,4 e diluir com o mesmo
para obter soluções contendo atividades aproximadamente
Os modelos estatísticos para análise da relação ente iguais às Soluções Padrão.
inclinação das retas ou sobre paralelismo podem ser usados
dependendo do melhor modelo que descreva a correlação Solução padrão: utilizar padrão oÞcial de heparina. Pode
entre a concentração e a resposta. ser utilizada outra preparação, cuja potência tenha sido
calibrada frente ao padrão oÞcial. Reconstituir o conteúdo
Ensaio sobre paralelismo: Para cada série, calcular a da ampola de heparina padrão oÞcial em água e misturar
regressão da absorvância ou mudança de absorvância/ levemente até completa dissolução. Preparar diluições
minuto contra as concentrações em logaritmo das soluções em solução tampão pH 8,4, de forma a obter de cinco até
de amostra e das soluções padrões e calcular a potência da sete soluções contendo atividades conhecidas de 0,375;
heparina de sódio de referência em Unidades/mL utilizando 0,3125; 0,25; 0,188; 0,125; 0,0625 e 0,0313 em unidades
métodos estatísticos para ensaios linha paralela. Exprimir a de heparina por mL.
potência de heparina sódica UI/mg de base seca.
Procedimento: os volumes descritos podem ser adaptados
Relação entre Inclinação das Retas: Para cada série, calcular para realização do ensaio em tubos ou microplacas,
a regressão da absorvância em logaritmo ou o logaritmo mantendo a relação entre os volumes. Executar o teste
das alterações na absorção/minuto contra as concentrações com cada solução padrão e solução teste em duplicata.

transferir 120 PL de tampão 8,4. Separadamente transferir


das soluções de amostra e das soluções padrões e calcular Para cada série de tubos plásticos em banho-maria a 37 °C,
a potência da heparina de sódio de referência Unidades/mL
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1029

30 PL de diferentes diluições de soluções padrão ou de


soluções amostra aos tubos. Adicionar 150PL, para cada HEXILRESORCINOL
PL de solução substrato cromogênico, pré aquecido a 37
tubo, misturar e incubar por dois minutos. Adicionar 300 Hexylresorcinolum
°C por 15 minutos. Adicionar 150 PL de solução de parada
em cada tubo e misturar. Preparar o branco para zerar o
espectrofotômetro adicionando os reagentes em ordem

com a adição de 150 PL de Tampão pH 8,4, e excluindo


inversa, começando com solução de parada e terminando

as soluções padrão ou as soluções amostra. Registrar a


absorvância medida em 405 nm contra o branco.
C12H18O2; 194,27
Construir um gráÞco dos valores das absorvâncias
hexilresorcinol; 04636
das soluções padrão e as soluções amostra contra as
4-Hexil-1,3-benzenodiol
concentrações de heparina em unidades. Construir retas
[136-77-6]
separadas de melhor ajuste utilizando análise de regressão
linear dos mínimos quadrados para as soluções padrão e
as soluções amostra e determinar a inclinação de cada reta Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
de regressão. Calcular a potência da heparina sódica pela C12H18O2, em relação à substância dessecada.
formula:
DESCRIÇÃO
Características físicas. Cristais aciculares brancos e
levemente amarelados ou placas ou aglomerados de massas
em que
aciculares ou pó cristalino, de odor e de sabor pronunciado
P = potência do Padrão de referência da heparina cálcica; e estíptico, produzindo insensibilização da língua.
SA e SP = são as inclinações das retas a partir das Soluções Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, facilmente
amostra e das Soluções padrão, respectivamente. solúvel em benzeno, clorofórmio, etanol, éter etílico,
glicerol, metanol e em óleos Þxos, praticamente insolúvel
em éter de petróleo.

Constantes físico-químicas.
Expressar a potência do anti- fator Xa da solução amostra
Faixa de fusão (5.2.2): 62 °C a 67 °C.
como uma porcentagem da concentração de heparina
determinada no Ensaio. Calcular a razão do anti-fator Xa
contra potência do fator IIa pela formula.A razão entre IDENTIFICAÇÃO
atividade do anti-fator Xa com potência anti-fator IIa deve
ser no mínimo, 0,9 e no máximo 1,1. A. A 10 mL de solução de hexilresorcinol, a 1% (p/v) em
etanol, adicionar duas gotas de cloreto férrico SR, forma-se
coloração verde.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
B. A 1 mL de solução saturada de hexilresorcinol adicionar

ha
Conforme legislação vigente. 1 mL de ácido nítrico SR, forma-se leve coloração
vermelha.
ROTULAGEM C. A 1 mL de solução saturada de hexilresorcinol adicionar
Conforme legislação vigente. 1 mL de bromo 0,1 M. Produz-se precipitado ßocoso
amarelo que se dissolve pela adição de 2 mL de amônia SR
e forma solução amarela.
CLASSE TERAPÊUTICA
Anticoagulante. ENSAIOS DE PUREZA
Acidez. Dissolver 0,25 g da amostra em 500 mL de água
destilada. No máximo 1 mL de hidróxido de sódio 0,02 M
é gasto para neutralizar, utilizando vermelho de metila SI
como indicador.

Resorcinol e outros fenóis. Agitar cerca de 1 g da amostra


com 50 mL de água durante alguns minutos. Filtrar.
Adicionar ao Þltrado três gotas de cloreto férrico SR. Não
deve desenvolver coloração vermelha nem azul.
1030 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO DESCRIÇÃO
Dissolver, exatamente, cerca de 70 a 100 mg da amostra, Características físicas. Pó cristalino, amarelo,
previamente dessecada sobre sílica-gel por 4 horas, em 10 higroscópico; odor levemente alcoólico; sabor amargo.
mL de metanol, num frasco de iodo de 250 mL. Adicionar
30 mL de bromo 0,1 M SV e, em seguida, adicionar Solubilidade. Facilmente solúvel em água e em metanol,
rapidamente 5 mL de ácido clorídrico, arrolhando-o ligeiramente solúvel em etanol. Solúvel em soluções de
imediatamente. Resfriar sob água corrente à temperatura hidróxidos alcalinos.
ambiente. Agitar vigorosamente por 5 minutos e deixar
em repouso por 5 minutos. Adicionar 6 mL de iodeto de IDENTIFICAÇÃO
potássio SR ao redor da rolha e, cautelosamente, afrouxar
a rolha. Em seguida, fechar hermeticamente e agitar A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
levemente. Adicionar 1 mL de clorofórmio, e titular o iodo amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
desprendido com tiossulfato de sódio 0,05 M SV, adicionar de potássio, apresenta máximos de absorção somente
3 mL de amido SI quando o ponto Þnal aproximar-se. nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Realizar ensaio em branco. Cada mL de bromo 0,1 M SV intensidades relativas daqueles observados no espectro de
equivale a 4,857 mg de C12H18O2. hiclato de doxiciclina SQR, preparado de maneira idêntica.

B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.
Em recipientes hermeticamente fechados, ao abrigo da luz.
C. Pesar 2 mg da amostra e adicionar 5 mL de ácido
ROTULAGEM sulfúrico. Produz-se coloração amarela.

Observar a legislação vigente. D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).

CLASSE TERAPÊUTICA ENSAIOS DE PUREZA

Anti-helmíntico (nematóides e trematóides). pH (5.2.19). 2,0 a 3,0. Determinar em solução aquosa a


1% (p/v).

Poder rotatório (5.2.8). -105° a -120°. Dissolver 0,25 g da


HICLATO DE DOXICICLINA amostra em uma mistura de ácido clorídrico M e metanol
Doxycyclini hyclas (1:99) e diluir para 25 mL com o mesmo solvente. Realizar
a leitura dentro de 5 minutos após a preparação.

Absorção de luz. Dissolver 25 mg em uma mistura de


ácido clorídrico M e metanol (1:99) e diluir para 25 mL
com a mesma mistura de solventes. Diluir 1 mL dessa
solução para 100 mL com a mistura de ácido clorídrico M e
metanol (1:99). Proceder a medida 1 hora após a preparação
da solução. A absorvância da solução, medida em 349 nm,

h
da substância anidra e livre de etanol, está compreendida
entre 0,300 e 0,335.
C22H24N2O8; 444,43
C22H24N2O8.HCl.½C2H6O.½H2O; 512,94 Impurezas que absorvem luz. Dissolver 0,10 g da amostra
doxiciclina; 03217 em uma mistura de ácido clorídrico M e metanol (1:99)
hiclato de doxiciclina; 03222 e diluir para 10 mL com a mesma mistura de solventes.
(4S,4aR,5S,5aR,6R,12aS)-4-(Dimetilamino)- Proceder a medida 1 hora após a preparação da solução. A
1,4,4a,5,5a,6,11,12a-octaidro-3,5,10,12,12a-pentaidroxi- absorvância da solução, medida em 490 nm, da substância
6-metil-1,11-dioxo-2-naftacenocarboxamida anidra e livre de etanol, é de no máximo 0,7.
[564-25-0]
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Cloridrato de (4S,4aR,5S,5aR,6R,12aS)-4-(dimetilamino)-
Doseamento. Preparar as soluções como descrito a seguir:
1,4,4a,5,5a,6,11,12a-octaidro-3,5,10,12,12a-pentaidroxi-
6-metil-1,11-dioxo-2-naftacenocarboxamida etanolado Solução (1): usar a Solução amostra, preparada conforme
hidratado (2:2:1:1) descrito em Doseamento.
[24390-14-5]
Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada,
Contém o equivalente a, no mínimo, 800 —g e, no máximo, de cloridrato de metaciclina SQR com Diluente e
920 ȝg de doxiciclina (C22H24N2O8) por miligrama. diluir, quantitativamente, para obter uma solução com
concentração conhecida de 1,2 mg/mL.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1031

Solução (3): preparar como descrito para Solução padrão Metais pesados (5.3.2.3). Proceder conforme descrito
em Doseamento. em Métodos de reação com tioacetamida, Método IV. No
máximo 0,005% (50 ppm).
Solução (4): transferir 2 mL da Solução (3) e 2 mL da
Solução (2) para balão volumétrico de 100 mL, diluir com Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Diluente até completar o volume e homogeneizar. Essa No máximo 0,4%.
solução contém cerca de 0,024 mg de hiclato de doxiciclina
SQR e de cloridrato de metaciclina SQR por mL.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Solução (5): preparar como descrito para Solução de
Quando for indicado no rótulo que a substância é
resolução em Doseamento.
estéril, a amostra cumpre com os testes de Esterilidade
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução, e Endotoxinas bacterianas. Quando for indicado que a
conforme descrito em Doseamento. Os tempos de retenção substância deve ser esterilizada durante a produção de
relativos são cerca de 0,4 para 4-epidoxiciclina (o principal preparações estéreis, a amostra cumpre com o teste de
produto de degradação), 0,6 para metaciclina e 1,0 para Endotoxinas bacterianas.
doxiciclina. A resolução entre os picos de 4-epidoxiciclina
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Utilizar o Método
e doxiciclina não é menor que 3,0. O fator de cauda não
de Þltração em membrana.
é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das áreas de
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%. Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 1,14 UE/
mg de doxiciclina.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução
(4) e da Solução (1) registrar os cromatogramas por
tempo correspondente a 1,7 vezes o tempo de retenção DOSEAMENTO
da doxiciclina e medir as áreas sob os picos. Calcular a
porcentagem de metaciclina, segundo a equação. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 270 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
em que com copolímero esférico estireno divinilbenzeno (5 —m),
CS = concentração, em mg/mL, de cloridrato de metaciclina mantida a 60 °C ± 1 °C; ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/min.
SQR na Solução (4); Fase móvel: dissolver 2,72 g de fosfato de potássio
W = peso, em mg, de hiclato de doxiciclina na Solução (1); monobásico, 0,74 g de hidróxido de sódio, 0,5 g de
ru = resposta do pico de metaciclina no cromatograma da sulfato de tetrabutilamônio, e 0,4 g de edetato dissódico
Solução (1); em 850 mL de água em balão volumétrico de 1000 mL.
rM = resposta do pico de metaciclina no cromatograma da Adicionar 60 g de álcool tert-butílico com auxílio de água,
Solução (4). completar o volume com água e ajustar o pH em 8,0 ± 0,1
com hidróxido de sódio M. Filtrar e desaerar a solução
Não mais que 2% de metaciclina é encontrada. Calcular as antes do uso. A diminuição na proporção de álcool tert-
porcentagens de outras substâncias relacionadas presentes butílico resulta em prolongamento do tempo de retenção
na amostra segundo a equação: da doxiciclina e melhora a separação da doxiciclina de suas
substâncias relacionadas.

em que

CS = concentração, em mg/mL, de hiclato de doxiciclina


SQR na Solução (4);
Diluente: ácido clorídrico 0,01 M.

Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 120 mg


da amostra para balão volumétrico de 100 mL. Dissolver e
completar o volume com Diluente. Homogeneizar e Þltrar.
ha
W = peso, em mg, de hiclato de doxiciclina na Solução (1);
Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 12 mg
ri = resposta do pico de cada substância relacionada no
de hiclato de doxiciclina SQR para balão volumétrico de
cromatograma na Solução (1);
10 mL. Adicionar 6 mL de Diluente, agitar por 5 minutos
rs = resposta do pico de doxiciclina no cromatograma na ou até dissolver, completar o volume com Diluente e
Solução (4). homogeneizar.
Não mais que 0,5% de alguma impureza eluída antes Solução de resolução: preparar solução de hiclato de
da metaciclina é encontrada; não mais que 2% de doxiciclina SQR a 6 mg/mL utilizando Diluente. Transferir
6-epidoxiciclina é encontrada e não mais que 0,5% de 5 mL para balão volumétrico de 25 mL, aquecer em banho
alguma impureza eluída depois do pico principal da de vapor por 60 minutos e evaporar até secura em chapa
doxiciclina é encontrada. aquecedora, tomando cuidado para não incinerar o resíduo.
Dissolver o resíduo e completar o volume com o Diluente.
Água (5.2.20.1). 1,4% a 2,8%.
Homogeneizar e Þltrar. Essa solução contém uma mistura
de 4-epidoxiciclina, 6-epidoxiciclina e doxiciclina. Quando
1032 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

estocada em refrigerador, essa solução pode ser usada por cicatrizes, mais ou menos circulares, provenientes da queda
14 dias. dos caules, e outras menores, da queda dos brotos e raízes.
As raízes, originadas nas superfícies ventral e lateral, são
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. numerosas, Þliformes, com 0,1 cm de diâmetro e 3,5 cm
Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,4 para de comprimento, curvadas, retorcidas, frágeis, facilmente
4-epidoxiciclina (o principal produto de degradação), 0,7 separáveis e destacáveis, de coloração semelhante à do
para 6-epidoxiciclina e 1,0 para doxiciclina. A resolução rizoma.
entre os picos de 4-epidoxiciclina e doxiciclina não é
menor que 3,0. O fator de cauda para o pico da doxiciclina
não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das áreas de DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.
O rizoma mostra, da periferia para o centro, os seguintes
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções tecidos: fragmentos de súber castanho-amarelados,
padrão e amostra, registrar os cromatogramas por tempo compostos de células poligonais em vista frontal, com
correspondente a 1,7 vezes o tempo de retenção da paredes Þnas e ligniÞcadas; fragmentos, em secção
doxiciclina e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de transversal, freqüentemente com massa irregular de
doxiciclina (C22H24N2O8) na amostra, em ȝg por miligrama, material castanho granular, que na sua parte externa
a partir do teor do padrão e das respostas obtidas com a pode obscurecer as células do súber. Parênquima cortical
Solução padrão e a Solução amostra. com cerca de 25 camadas de células, de paredes Þnas,
poligonais a arredondadas, em secção transversal e
alongadas em secção longitudinal, contendo grãos de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO amido e massas amareladas. Os grãos de amido são, na
maioria, simples, podendo também apresentar dois, três
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
ou quatro componentes. As células da região externa deste
parênquima têm paredes espessadas com aparência das de
ROTULAGEM um colênquima. A seguir, observa-se um círculo de 12 a 20
feixes vasculares colaterais, separados por largas Þleiras
Observar a legislação vigente. Quando a substância é de células parenquimáticas de coloração alaranjado-
destinada à produção de preparações parenterais, o rótulo amarelada a amarelo-esverdeada. O xilema é constituído
deve indicar se o produto é estéril ou se deve ser esterilizado de elementos de vaso pequenos, dos tipos helicoidal,
durante o processo. pontoado e reticulado (mais raro), com placa de perfuração
em paredes terminais oblíquas. A parte central é ocupada
CLASSE TERAPÊUTICA por um amplo parênquima medular. O corte transversal da
raiz mostra uma epiderme formada por uma única camada
Antibacteriano. Antiparasitário (peste, tracoma e malária). de células, castanho-amareladas, com paredes externas
suberiÞcadas. Essas em vista frontal são mais alongadas e
irregulares do que aquelas do rizoma, algumas dão origem
HIDRASTE a tricomas. O parênquima cortical, de células de paredes
Hydrastidis radix espessadas, contém amido. A endoderme possui células de
paredes ligeiramente ligniÞcadas; nas raízes jovens, em
secção tangencial, as células mostram-se alongadas, de
Hydrastis canadensis L. – RANUNCULACEAE paredes Þnas e marcadamente sinuosas. O sistema vascular
apresenta de duas a seis arestas do xilema, alternadas com

h
A droga vegetal consiste de rizomas e raízes, dessecados
o ßoema. A medula consiste de uma pequena área central
e fragmentados, contendo, no mínimo, 2,5% de hidrastina
de células parenquimáticas, pouco evidentes.
(C21H21NO6, 383,4) base seca e, no mínimo, 3,0% de
berberina (C20H18NO4, 336,4) base seca.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
CARACTERÍSTICAS O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
Características organolépticas. A droga tem odor fraco e
características: cor amarelada a amarelo-esverdeada;
sabor fortemente amargo.
abundantes grãos de amido esféricos, isolados ou
reunidos em grupos de dois, três ou quatro componentes;
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA fragmentos de parênquima contendo grãos de amido;
poucos fragmentos do súber castanho-amarelado,
O rizoma cresce horizontal ou obliquamente e sustenta composto de células poligonais em vista frontal, e, em vista
numerosas e pequenas ramiÞcações, além das raízes transversal, mostrando massas irregulares de substância
adventícias. O rizoma é cilíndrico, tortuoso, muitas vezes granular castanho-escuro sobre o lado externo do súber;
dilatado, enrugado longitudinalmente, com 1 cm a 6 cm de fragmentos de tecido vascular, contendo elementos de
comprimento e 0,2 cm a 1,0 cm de diâmetro; externamente vaso com pontoações areoladas, alguns com espessamento
é castanho-amarelado ou castanho-acinzentado e helicoidal, infreqüentes Þbras do xilema, de 200 —m a 300
internamente amarelo claro no centro a amarelo esverdeado —m de comprimento, de paredes delgadas e poros simples;
próximo à margem. Externamente é marcado por numerosas
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1033

fragmentos ocasionais da endoderme; numerosas massas diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
esféricas a ovóides, de substância granular castanho- ligada a grupo octadecilsilano (3,5 —m); ßuxo da Fase
alaranjada, dispersas por todo o pó. O pó não contém móvel de 0,30 mL/minuto.
cristais de oxalato de cálcio nem células escleriÞcadas
(esclereídes). Fase móvel: mistura de fosfato monobásico de potássio
0,05 M e acetonitrila (73:27).

IDENTIFICAÇAO Solução amostra: a um balão de fundo redondo de 100 mL


contendo 1000 g da amostra pulverizada, adicionar 50 mL
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em de solução alcoólica de amônia a 1% (v/v). Aquecer até
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, ebulição, sob reßuxo, durante 30 minutos. Deixar esfriar
com espessura de 250 —m, como suporte, e mistura de à temperatura ambiente e Þltrar em algodão hidróÞlo,
álcool n-propílico, ácido fórmico e água (90:1:9), como recolhendo o Þltrado em um erlenmeyer. Juntar o algodão
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma de hidróÞlo ao resíduo contido no balão de fundo redondo e
banda, 15 —L a 20 —L da Solução amostra e 3 —L a 5 —L repetir a extração por duas vezes com 30 mL da solução
da Solução referência, preparadas como descrito a seguir. alcoólica de amônia a 1% (v/v), aquecendo com reßuxo
durante 10 minutos e Þltrando em algodão para o mesmo
Solução (1): extrair 0,5 g da droga pulverizada com 15 mL
erlenmeyer utilizado anteriormente. Filtrar em papel de
de etanol a 60% (v/v) sob agitação magnética durante 15
Þltro os Þltrados reunidos no erlenmeyer para um balão
minutos. Filtrar. Repetir a operação duas vezes e reunir os
de fundo redondo de 250 mL, lavar o balão e o papel de
extratos. Concentrar sob vácuo até volume de cerca de 5
Þltro com 20 mL de solução alcoólica de amônia a 1%
mL. Ajustar o resíduo a 10 mL.
(v/v). Evaporar o Þltrado até secura sob pressão reduzida
Solução (2): solução recentemente preparada de cloridrato em banho-maria a 55 °C. Dissolver o resíduo em 50 mL
de hidrastina e cloridrato de berberina a 0,l% (p/v) em da Fase móvel. Diluir 1 mL da solução obtida para 50 mL,
etanol a 60% (v/v). utilizando a Fase móvel. Filtrar em membrana de 0,45 —m
e injetar no cromatógrafo.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e secar ao
ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). Em seguida, Solução padrão A: dissolver 10 mg de cloridrato de
revelar com iodeto de potássio e subnitrato de bismuto hidrastina e 10 mg de cloreto de berberina em metanol e
SR e examiná-la novamente. A mancha de ßuorescência completar o volume para 25 mL com o mesmo solvente.
amarelo vivo obtida com a Solução (1), na parte inferior da
Solução padrão B: diluir 1 mL da Solução padrão A para
cromatoplaca, corresponde em posição àquela obtida com
25 mL utilizando metanol como solvente.
a Solução (2), referente à berberina. Abaixo dela é obtida
uma segunda mancha com a Solução (1) de ßuorescência Soluções para curva analítica: diluir 2,0 mL da Solução
azul-escuro, que corresponde em posição àquela obtida com padrão A em balão volumétrico de 25 mL e completar o
a Solução (2), referente à hidrastina. Podem ser observadas volume com Fase móvel. Diluir alíquotas de 1 mL, 2 mL,
ainda, uma mancha de ßuorescência azul-escuro e outra de 3 mL, 5 mL e 7 mL com Fase móvel para 10 mL, obtendo
coloração azul-claro vivo. Após revelação com iodeto de soluções com concentrações de 3,2 —g/mL, 6,4 —g/mL,
potássio e subnitrato de bismuto SR, manchas de coloração 9,6 —g/mL, 16,0 —g/mL e 22,4 —g/mL para cloridrato de
amarelada são observadas. hidrastina e cloreto de berberina. Filtrar as soluções em
membrana de 0,45 —m e injetar no cromatógrafo.
B. Adicionar 5 mL de cloreto de metileno a 1 g da droga
pulverizada e deixar em maceração durante 1 hora, com Injetar 10 —L da Solução padrão B. A hidrastina tem tempo
agitação ocasional. Filtrar. Evaporar o Þltrado. Adicionar
ao resíduo 1 mL de ácido sulfúrico e um cristal de molibdato
de amônio, que se cora de azul intenso, caracterizando a
presença de hidrastina.
de retenção menor que a berberina. A resolução entre os
picos de hidrastina e berberina é de no mínimo 1,5.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução


padrão A, da Solução padrão B e da Solução amostra,
ha
registrar os cromatogramas e medir as áreas sob os picos
ENSAIOS DE PUREZA correspondentes à hidrastina e à berberina. O tempo de
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%. retenção relativo é cerca de 8,2 minutos para a hidrastina e
10,8 minutos para a berberina. Calcular o teor de hidrastina
Água (5.4.2.3). No máximo 10%. e berberina na amostra a partir da equação da reta obtida
com as curvas analíticas do cloridrato de hidrastina e
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 8%. cloreto de berberina. O resultado é expresso pela média
das determinações em gramas de hidrastina e berberina,
DOSEAMENTO separadamente, por 100 gramas da droga considerando a
determinação de água.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 235 nm; pré-coluna empacotada
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano e Em recipiente bem fechado, ao abrigo da luz e calor.
coluna analítica de 75 mm de comprimento e 4,6 mm de
1034 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

h Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos de Hydrastis canadensis L.


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 100 mm, em B a F a 100 —m.

A – aspecto geral do rizoma. B – esquema da secção transversal do rizoma: ßoema primário (fp), região do ßoema secundário (fs), parênquima cortical
(pc), periderme (pe), parênquima medular (pm), xilema primário (xp), xilema secundário (xs). C – detalhe de periderme (pe) e parênquima cortical
(pc) em secção transversal, os numerosos grãos de amido (ga) estão representados apenas nas células à esquerda. D – detalhe de secção transversal das
seguintes regiões, de cima para baixo: xilema secundário (xs) apresentando raios parenquimáticos multisseriados, Þbras e elementos de vaso dispostos
em séries radiais; xilema primário (xp) com Þbras, meta e protoxilema envolto por parênquima medular; os abundantes grãos de amido presentes no
parênquima medular e nos raios parenquimáticos não foram representados. E – detalhe de secção transversal do parênquima medular (pm) apresentando
numerosos grãos de amido (ga) na maioria das células. F – aspecto geral do pó do rizoma, com fragmentos do súber (acima, à esquerda), de vasos
(acima, à direita), de Þbras (abaixo, à direita), de grãos de amido, isolados ou agregados.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1035

C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


HIDROCLOROTIAZIDA da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
Hydrochlorothiazidum àquele do pico principal da Solução padrão.

ENSAIOS DE PUREZA
Acidez ou alcalinidade. Agitar 0,5 g da amostra com 25
mL de água por 2 minutos e Þltrar. A 10 mL desta solução
adicionar 0,2 mL de hidróxido de sódio 0,01 M e cinco
gotas de vermelho de metila SI. A solução apresenta
coloração amarela. No máximo 0,4 mL de ácido clorídrico
0,01 M são gastos para a viragem da coloração do indicador
para rósea.
C7H8ClN3O4S2; 297,74
hidroclorotiazida; 04652 Cloretos (5.3.2.1). Utilizar o Método II. Dissolver 1 g da
1,1-Dióxido de 6-cloro-3,4-diidro-2H-1,2,4- amostra em 25 mL de acetona e completar o volume para
benzotiadiazina-7-sulfonamida 30 mL com água. 15 mL dessa solução devem satisfazer ao
[58-93-5] Ensaio limite para cloretos. Empregar como Preparação
padrão 10 mL de solução padrão de cloreto (5 ppm Cl)
adicionada de 5 mL de solução de acetona em água (85:15).
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C7H8ClN3O4S2 em relação à substância dessecada. Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,001%.
DESCRIÇAO Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 1 hora. No
branco, inodoro. máximo 0,1%.

Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, solúvel em Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
acetona e pouco solúvel em etanol. Solúvel em soluções No máximo 0,1%.
diluídas de hidróxidos alcalinos.
DOSEAMENTO
Constantes físico-químicas.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Faixa de fusão (5.2.2): 266 °C a 270 °C, com decomposição.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm, coluna de 250 mm de
IDENTIFICAÇÃO comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica ligada a grupo octadecilsilano (5 —m), mantida
O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem à temperatura ambiente; ßuxo de Fase móvel de 2,0 mL/
realizados os testes B. e C. minuto.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Fase móvel: mistura de solução de fosfato de potássio 0,1
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta M e acetonitrila (9:1). DegaseiÞcar, ajustar o pH para 3,0

ha
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos e Þltrar.
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de hidroclorotiazida SQR, Solução amostra: transferir exatamente cerca de 30 mg de
preparado de maneira idêntica. amostra para balão volumétrico de 200 mL, dissolver em
volume de acetonitrila que não exceda 10% da capacidade
B. Determinar a absorvância (5.2.14) das seguintes do balão e adicionar Fase móvel até completar o volume e
soluções: misturar.
Solução (1): dissolver 50 mg da amostra em 10 mL de Solução padrão: dissolver quantidade de hidroclorotiazida
solução de hidróxido de sódio 0,1 M e completar o volume SQR, exatamente pesada, na Fase móvel, de modo a obter
para 100 mL de água. Diluir 10 mL dessa solução para 100 solução de concentração próxima a 0,15 mg/mL. Pode-
mL com solução de hidróxido de sódio 0,01 M. O espectro se utilizar volume de acetonitrila não excedendo 10% do
de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 a 400 volume total da solução para dissolver o padrão.
nm, exibe máximo em 323 nm. A absorção em 323 nm é
de 0,45 a 0,475. Solução de resolução: dissolver quantidade de
hidroclorotiazida SQR e clorotiazida, exatamente pesadas,
Solução (2): diluir 2 mL da Solução (1) para 100 mL em Fase móvel de modo a obter solução com concentrações
com hidróxido de sódio 0,01 M. O espectro de absorção próximas de 1,5 mg/mL.
no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 a 400 nm, exibe
máximo em 273 nm. A absorção em 273 nm é 0,0505 a Injetar replicadas de 20 —L de Solução padrão. O desvio
0,053. padrão das áreas sob os picos registrados não deve ser
1036 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

maior que 1,5%. Os tempos de retenção relativos são de Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
cerca de 0,8 para clorotiazida e 1 para hidroclorotiazida e
a resolução entre clorotiazida e hidroclorotiazida não deve Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
ser menor que 2. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e mediar as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C7H8ClN3O4S2 a partir das respostas obtidas para a Solução TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
padrão e para a Solução amostra.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Aparelhagem: cestas, 100 rpm.

Em recipientes perfeitamente fechados, em temperatura Tempo: 30 minutos


entre 15 °C a 25 °C.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, com ácido
ROTULAGEM clorídrico 0,1 M até concentração adequada. Medir as
absorvâncias em 272 nm (5.2.14), utilizando o mesmo
Observar a legislação vigente. solvente para ajuste do zero. Calcular a quantidade de
C7H8ClN3O4S2 dissolvida no meio, comparando as leituras
CLASSE TERAPÊUTICA obtidas com a da solução de hidroclorotiazida SQR na
concentração de 0,001% (p/v), preparada no mesmo
Diurético. solvente.

Tolerância: não menos que 60% (Q) da quantidade


HIDROCLOROTIAZIDA COMPRIMIDOS declarada de C7H8ClN3O4S2 se dissolvem em 30 minutos.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Contém no mínimo, 93,0% e, no máximo, 107,0% da
quantidade declarada de C7H8ClN3O4S2. Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
IDENTIFICAÇÃO Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade Cumpre o teste.
do pó, equivalente a 10 mg de hidroclorotiazida, com 20
mL de acetona. Filtrar e evaporar o Þltrado até secura. O DOSEAMENTO
resíduo responde ao teste A. de IdentiÞcação da monograÞa
de Hidroclorotiazida. A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa 20 comprimidos. Agitar quantidade do pó, equivalente
em camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel a 30 mg de hidroclorotiazida, com 50 mL de hidróxido
GF254, como suporte, e mistura de acetato de etila e de sódio 0,1 M durante 20 minutos. Diluir para 100 mL

h álcool isopropílico (85:15), como fase móvel. Aplicar,


separadamente, à placa, 10 ȝL de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar


com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar. Diluir
com água até concentração de 0,0015% (p/v). Preparar
solução padrão nas mesmas condições, utilizando os
mesmos solventes. Medir as absorvâncias das soluções
em 273 nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular
quantidade do pó, equivalente a 10 mg de hidroclorotiazida,
a quantidade de C7H8ClN3O4S2 nos comprimidos a partir
com 10 mL de acetona. Filtrar.
das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os cálculos
Solução (2): solução de hidroclorotiazida SQR a 1 mg/mL considerando A(1%, 1 cm) = 520, em 273 nm.
em acetona.
B. Proceder conforme descrito em Doseamento da
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar monograÞa de Hidroclorotiazida. Preparar a solução
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A amostra como descrito a seguir.
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
em posição e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Transferir quantidade do pó equivalente a 30 mg de
hidroclorotiazida para balão volumétrico de 200 mL,
CARACTERÍSTICAS adicionar 20 mL de Fase móvel e deixar em ultrassom
durante 5 minutos. Adicionar 20 mL de acetonitrila e deixar
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. em ultrassom durante 5 minutos. Adicionar 50 mL de
Fase móvel e agitar, mecanicamente, durante 10 minutos.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1037

Completar o volume com Fase móvel, homogeneizar e B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
Þltrar, descartando os primeiros 10 mL do Þltrado. faixa de 200 a 400 nm, de uma solução a 0,0002% (p/v)
em etanol, exibe máximos idênticos aos observados no
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução espectro da solução preparada de maneira similar de
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas hidrocortisona SQR.
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C7H8ClN3O4S2 nos comprimidos a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra. ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel G 60, como suporte, e mistura de clorofórmio e
Em recipientes bem fechados.
à placa, 10 PL de cada uma das soluções descritas a seguir:
etanol (85:15), como fase móvel. Aplicar, separadamente,

ROTULAGEM
Solução (1): dissolver cerca de 20 mg da amostra em 10
Observar a legislação vigente. mL de mistura de clorofórmio-metanol (9:1).

Solução (2): pipetar 1 mL da Solução (1) para um balão


volumétrico de 50 mL e completar o volume com mistura
HIDROCORTISONA de clorofórmio e metanol (9:1).
Hydrocortisonum
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar e examinar a placa a sob luz ultravioleta (254
nm). Nenhuma mancha secundária obtida com a Solução
(1) apresenta intensidade maior que a mancha principal
obtida com a Solução (2).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de


amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 3 horas. No
máximo 1,0%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 100 mg de


amostra. No máximo 0,1%.

C21H30O5; 362,46 DOSEAMENTO


hidrocortisona; 04664
(11ȕ)-11,17,21-Triidroxipregn-4-eno-3,20-diona A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
[50-23-7] absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir, exatamente,
20 mg de amostra para um balão volumétrico de 100 mL,
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 102,0% de completar o volume com etanol e agitar. Transferir 5 mL
C21H30O5, em relação à substância dessecada. dessa solução para um balão volumétrico de 100 mL e
completar o volume com etanol. Preparar solução de
hidrocortisona SQR na mesma concentração, utilizando

ha
DESCRIÇÃO os mesmos solventes. Medir as absorvâncias das soluções
resultantes em 242 nm, utilizando etanol para ajuste do
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase zero. Calcular a quantidade de C21H30O5 a partir das leituras
branco, inodoro. obtidas.
Constantes físico-químicas. B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Faixa de fusão (5.2.2): 214 - 215 °C, com decomposição. de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 150 mm de
Poder rotatório (5.2.8): De +150° a +156°, em relação à comprimido e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada

Pm) e ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.


substância dessecada. Determinar em solução a 1% (p/v) com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
em dioxana.

Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e metanol


IDENTIFICAÇÃO (50:25:25).
A. O Espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) Diluente: mistura de metanol e água (1;1).
da amostra dessecada, dispersa em brometo de potássio,
apresenta máximos de absorção somente nos mesmos Solução padrão interno: preparar solução de propilparabeno
comprimentos de onda e com as mesmas intensidades em metanol em concentração cerca de 1 mg/mL.
relativas daqueles observados no espectro de hidrocortisona
SQR, preparado de maneira idêntica.
1038 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução padrão estoque: pesar, exatamente, cerca de 25


mg hidrocortisona SQR para balão volumétrico de 25 mL. HIDROQUINONA
Dissolver em metanol, completar o volume e homogeneizar
de modo a obter uma solução com concentração aproximada
de 1 mg/mL.

Solução padrão: transferir 2,0 mL da Solução padrão


estoque e 2,0 mL de Solução padrão interno para balão
volumétrico de 50 mL. Completar o volume com Diluente
e homogeneizar.

Solução amostra: pesar exatamente cerca de 50 mg de


C6H6O2; 110,11
amostra e transferir para balão volumétrico de 50 mL.
hidroquinona; 09457
Dissolver e diluir com metanol até completar o volume e
1,4-Benzenodiol
homogeneizar. Transferir 2,0 mL dessa solução e 2,0 mL
[123-31-9]
de Solução padrão interno para um balão volumétrico de
50 mL. Completar o volume com Diluente e homogeneizar.

Injetar replicatas de 10 PL da Solução padrão. A


Contém, no mínimo, 99,0 % e, no máximo 100,5 % de
C6H6O2, em relação à base anidra.
eÞciência da coluna é maior que 3000 pratos teóricos para
hidrocortisona. Os tempos de retenção relativos são cerca
DESCRIÇÃO
de 1,8 para propilparabeno e 1,0 para hidrocortisona. O fator
de cauda é menor que 1,2. A resolução entre hidrocortisona Características físicas. Cristais brancos e cristalinos que
e propilparabeno é maior que 9,0. O desvio padrão relativo se tornam escuros à exposição ao ar.
das áreas de replicatas dos picos registrados não deve ser
maior que 2,0%. Solubilidade. Solúvel em água, facilmente solúvel em

Procedimento: injetar, separadamente, cerca de 10 PL


etanol e éter etílico, praticamente solúvel em clorofórmio e
praticamente insolúvel em benzeno.
da Solução padrão e Solução amostra, registrar os
cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Calcular a Constantes físico-químicas.

Faixa de fusão (5.2.2): 170 qC a 171 qC.


quantidade de C21H30O5 a partir das respostas obtidas com
a Solução padrão e a Solução amostra pela fórmula:

1250.C (AA/AP)
IDENTIFICAÇÃO
em que
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
C é a concentração em mg/mL da Solução padrão; da amostra dispersa em brometo de potássio apresenta
máximo de absorção somente nos mesmos comprimentos
AA ,AP são as razões das áreas de hidrocortisona e do
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
propilparabeno obtido da Solução padrão e da Solução
observados no espectro de hidroquinona SQR, preparado
amostra.
de maneira idêntica.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa


de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,0025%

h Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

ROTULAGEM
(p/v) preparada em metanol, exibe máximos de absorção
idênticos aos observados no espectro de solução de
hidroquinona SQR na mesma concentração.

Observar a legislação vigente. ENSAIOS DE PUREZA


Água (5.2.20.1). Determinar em 3 g da amostra. No
CLASSE TERAPÊUTICA
máximo 0,5 %.
Anti-inßamatório.
Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,5 %.

DOSEAMENTO
Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra, dissolver
em 100 mL de uma mistura de água e ácido sulfúrico 0,05
M. (10:1) e adicionar 3 mL de difenilamina SR. Titular
com sulfato cérico 0,05 M SV até o aparecimento da cor
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1039

vermelha. Cada mL de sulfato cérico 0,05 M SV equivale a perfazer 1500 mL de solução e homogeneizar. Ajustar o pH
5,506 mg de C6H6O2. se necessário.

Solução amostra: transferir um volume exatamente


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO medido da solução injetável, equivalente a cerca de 5 mg
de hidroxicobalamina, para um balão volumétrico de 50
Em recipientes protegidos da luz.
mL, contendo 25mL de Tampão borato pH 9,3. Adicionar
5 mL de solução de cianeto de potássio (1:10 000). Deixar
ROTULAGEM em repouso durante 30 minutos à temperatura ambiente e
diluir com Tampão borato pH 9,3 até o volume indicado
Observar a legislação vigente. e homogeneizar. Transferir 15 mL dessa solução para um
segundo balão volumétrico de 50 mL, diluir com Tampão
CLASSE TERAPÊUTICA
borato pH 9,3 até o volume indicado e homogeneizar.
Despigmentante.
Solução padrão: dissolver em Tampão borato pH 9,3
uma quantidade suÞciente de cianocobalamina SQR,
exatamente pesada e diluir quantitativamente, passo a passo
HIDROXICOBALAMINA SOLUÇÃO se necessário, para obter uma solução com concentração
INJETÁVEL conhecida de cerca de 30 —g/mL.

Procedimento: concomitantemente, determinar as


Hidroxicobalamina solução injetável contém, no mínimo, absorvâncias das soluções em cubetas de 1 cm no
95% e, no máximo, 115% da quantidade declarada de comprimento de onda de máxima absorção em cerca de 361
C62H89CoN13O15P. nm, com espectrofotômetro apropriado, utilizando Tampão
borato pH 9,3 como branco. Calcular a quantidade em
IDENTIFICAÇÃO mg de C62H89CoN13O15P em cada mL da solução injetável
segundo a expressão:
Diluir 3 mL da solução injetável para 100 mL utilizando
Tampão pH 4,0, descrito a seguir. O espectro de absorção no
ultravioleta e visível (5.2.14) exibe máximo em 352 ± 1 nm
e em 528 ± 2 nm. A razão entre os valores de absorvância
medidos em 352 nm e 528 nm esta compreendida entre 2,7 em que
e 3,3.
1346,38 e 1355,39 = são os pesos moleculares de
Tampão pH 4,0: dissolver 2,61 g de acetato de sódio e 20,5 hidroxicobalamina e cianocobalamina respectivamente;
g de cloreto de sódio em 5,25 mL de ácido acético glacial e C = concentração em —g/mL da solução de SQR de
água suÞciente para perfazer 1500 mL de solução. Ajustar cianocobalamina na preparação da Solução padrão;
o pH se necessário.
V = volume em mL, da solução injetável tomada;
Au e As = absorvâncias da Solução amostra e da Solução
CARACTERÍSTICAS padrão, respectivamente.
pH (5.2.19). 3,5 a 5,0.

ha
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Em recipientes de doses únicas ou múltiplas de vidro tipo I
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
protegidos da luz.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA ROTULAGEM


Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,4 EU/
Observar a legislação vigente.
—g de hidroxicobalamina.

Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Empregar o


método de Þltração por membrana.

DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14).

Tampão borato pH 9,3: dissolver 28,3 g de tetraborato


sódico e 402 mg de ácido bórico em água suÞciente para
1040 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO teste. Adicionar 100 mL de ácido clorídrico 0,1 M a 37 °C


Aluminii hydroxidum e agitar continuamente. O pH da solução após 10 minutos,
15 minutos e 20 minutos, não é inferior a 1,8, 2,3 e 3,0,
respectivamente. Em nenhum momento é superior a 4,5.
Al(OH)3; 78,00 Adicionar 10 mL de ácido clorídrico 0,5 M a 37 °C e agitar
Al2O3; 101,96 continuamente por 1 hora. Adicionar hidróxido de sódio
hidróxido de alumínio; 04694 0,1 M a 37 °C até pH 3,5. No máximo 35 mL de hidróxido
Hidróxido de alumínio de sódio 0,1 M são gastos.
[21645-51-2]
Cloretos (5.3.2.1). Prosseguir conforme descrito em
Contém o equivalente a, no mínimo, 47,0% e, no máximo, Ensaio limite para cloretos, exceto que a Preparação
60,0% de Al2O3. padrão e Preparação amostra não devem ser diluídas para
50 mL. No máximo 1,0% (10 000 ppm).

DESCRIÇÃO Preparação amostra: dissolver 0,106 g da amostra, sob


aquecimento, em 10 mL de ácido nítrico 2 M e completar
Características físicas. Pó branco ou quase branco, o volume para 100 mL com água. Transferir 10 mL da
amorfo. solução obtida para tubo adequado e diluir para 25 mL com
água
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água. Solúvel em
soluções de ácidos e hidróxidos alcalinos. Preparação padrão: Transferir 0,3 mL de ácido clorídrico
0,01 M para tubo adequado e diluir para 25 mL com água.
IDENTIFICAÇÃO Sulfatos (5.3.2.2). Diluir 4 mL da solução obtida em
A. A solução obtida em Aspecto da solução responde às Aspecto da solução para 100 mL com água. Utilizar 15
reações do íon alumínio (5.3.1.1). mL desta solução. Para a Preparação padrão, utilizar 0,3
mL de ácido sulfúrico 0,005 M. No máximo 1,0% (10 000
B. Misturar 15 mg da amostra em 2 mL de água e 0,5 ppm).
mL de ácido clorídrico 2 M. Filtrar. Acrescentar 0,5 mL
de tioacetamida SR. Não ocorre formação de precipitado. Arsênio (5.3.2.5). Utilizar Método visual. Utilizar 10 mL
Adicionar hidróxido de sódio 2 M, gota a gota. Forma-se da solução obtida em Aspecto da solução. No máximo
precipitado branco gelatinoso que dissolve em excesso de 0,0004% (4 ppm).
hidróxido de sódio 2 M. Adicionar, gradualmente, cloreto Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 0,33 g da amostra em
de amônio SR. Produz-se precipitado branco gelatinoso. 10 mL de ácido clorídrico 3 M com auxílio de aquecimento,
Þltrar, se necessário e diluir para 25 mL com água. No
ENSAIOS DE PUREZA máximo 0,006% (60 ppm).

Aspecto da solução. Dissolver 2,5 g da amostra em 15


mL de ácido clorídrico SR, aquecer em banho-maria e TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
completar o volume para 100 mL com água. A solução Contagem do número total de micro-organismos
obtida não é mais opalescente que a Suspensão de mesofilos (5.5.3.1.2). Bactérias aeróbicas totais: no
referência II (5.2.25) e não mais corada que a Solução de máximo 1000 UFC/g.
referência de cor (5.2.12) descrita a seguir.

h Solução de referência de cor: preparar mistura de Solução


base de cloreto férrico, Solução base de cloreto cobaltoso
e Solução base de sulfato cúprico (96:2:2) (5.2.12).
Transferir 1,5 mL da solução obtida para balão volumétrico
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste para enterobactérias e Escherichia coli.

DOSEAMENTO
de 100 mL e completar o volume com ácido clorídrico a
Proceder conforme descrito em Titulações
1% (p/v).
complexométricas (5.3.3.4) para Alumínio. Dissolver,
Alcalinidade. Agitar, exatamente, cerca de 1 g da amostra exatamente, cerca de 0,8 g da amostra em 10 mL de ácido
em 20 mL de água isenta de dióxido de carbono, durante 1 clorídrico SR aquecendo em banho-maria. Deixar esfriar
minuto. Filtrar. Adicionar 0,1 mL de fenolftaleína SI a 10 e diluir para 50 mL com água. A 10 mL desta solução,
mL do Þltrado. Se desenvolver coloração rosa, no máximo adicionar amônia SR até iniciar a formação de precipitado.
0,3 mL de ácido clorídrico 0,1 M é gasto para neutralizar Adicionar volume suÞciente de ácido clorídrico SR
10 mL do Þltrado. necessário para dissolver o precipitado e diluir para 20
mL com água. Cada mL de edetato dissódico 0,1 M SV
Capacidade neutralizante. Agitar 0,5 g da amostra em equivale a 5,098 mg de Al2O3.
100 mL de água mantida a 37 °C durante todo o tempo do
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1041

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO temperatura de (37 r 3) °C. Não menos que 5 mEq de ácido
é consumido, e não menos que 55,0% do valor esperado
Em recipientes bem fechados, em temperatura inferior a de mEq, a partir da quantidade declarada de hidróxido de
30 °C. alumínio, é obtido. Cada mg de Al(OH)3 tem capacidade de
neutralização de 0,0385 mEq.
ROTULAGEM
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Observar a legislação vigente.
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
CLASSE TERAPÊUTICA
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Antiácido.
Cumpre o teste.

HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO DOSEAMENTO


COMPRIMIDOS MASTIGÁVEIS Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Pesar uma quantidade
do pó equivalente a 1,2 g de Al(OH)3, adicionar 15 mL
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da de ácido clorídrico concentrado e aquecer até dissolver.
quantidade declarada de Al(OH)3. Os comprimidos Diluir com água para cerca de 100 mL, agitar, Þltrar
mastigáveis podem conter agentes edulcorantes. quantitativamente para balão volumétrico de 500 mL,
lavando com água. Completar o volume com água e agitar.
Transferir 20 mL dessa solução para um erlenmeyer de 250
IDENTIFICAÇÃO mL, adicionar 25 mL de edetato dissódico 0,05 M SV e 20
mL de tampão ácido acético-acetato de amônio e aquecer
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver quantidade
até fervura por 5 minutos. Esfriar, adicionar 50 mL de etanol
do pó equivalente a 15 mg de hidróxido de alumínio em 2
e 2 mL de ditizona a 0,025% (p/v). Titular a solução com
mL de água. Responde às reações do íon alumínio (5.3.1.1).
sulfato de zinco 0,05 M SV até coloração rósea. Realizar
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade prova em branco, empregando 20 mL de água ao invés de
do pó equivalente a cerca de 15 mg de hidróxido de alumínio, 20 mL de solução amostra. Cada mL de edetato dissódico
adicionar 2 mL de água e 0,5 mL de ácido clorídrico 2 M. 0,05 M SV equivale a 3,900 mg de Al(OH)3.
Filtrar. Acrescentar 0,5 mL de tioacetamida SR. Não ocorre
formação de precipitado. Adicionar hidróxido de sódio 2 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
M, gota a gota. Forma-se precipitado branco gelatinoso que
dissolve em excesso de hidróxido de sódio 2 M. Adicionar, Em recipientes bem fechados.
gradualmente, cloreto de amônio SR. Forma-se precipitado
branco gelatinoso.
ROTULAGEM

CARACTERÍSTICAS Observar a legislação vigente.

Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

ha
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO GEL
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.

Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. Gel de hidróxido de alumínio é uma suspensão de hidróxido
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. de alumínio amorfo na qual há substituição parcial de
carbonato por hidróxido. Contém, no mínimo, 90,0% e, no
máximo, 110,0% da quantidade declarada de Al(OH)3.
CAPACIDADE DE NEUTRALIZAÇÃO DA
ACIDEZ
IDENTIFICAÇÃO
Transferir uma quantidade equivalente a um comprimido
A. A 1 g da amostra, adicionar 4 mL de ácido clorídrico
para um béquer de 250 mL. Adicionar 70 mL de água e
concentrado. Aquecer a 60 °C por 1 hora, resfriar, diluir
misturar com agitador magnético por aproximadamente 1
para 50 mL com água e Þltrar se necessário. A 10 mL
minuto. Transferir 25 mL de ácido clorídrico M SV e agitar
da solução obtida, adicionar 0,5 mL de ácido clorídrico
por 15 minutos. Titular o excesso de ácido imediatamente
2 M e 0,5 de tioacetamida SR. Não ocorre formação de
e, em um período adicional que não exceda 5 minutos
precipitado. Adicionar, lentamente, 5 mL de hidróxido
com hidróxido de sódio 0,5 M SV para obter um pH
de sódio 2 M e deixar em repouso por 1 hora. Produz-se
estável de 3,5 (por 10 a 15 segundos). Conduzir o teste à
1042 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

precipitado branco gelatinoso que se dissolve pela adição volumétrico de 500 mL e completar o volume com água.
de 5 mL de hidróxido de sódio 2 M. Adicionar, lentamente, Transferir 20 mL da solução para erlenmeyer de 250 mL
5 mL de cloreto de amônio SR e deixar em repouso por e adicionar, com agitação constante, 25 mL de edetato
30 minutos. Produz-se novamente precipitado branco dissódico 0,05 M SV e 20 mL de tampão ácido acético-
gelatinoso. acetato de amônio. Aquecer por 5 minutos. Resfriar,
adicionar 50 mL de etanol e 2 mL de ditizona a 0,025%
B. A 1 g da amostra, adicionar 4 mL de ácido clorídrico (p/v) em etanol. Titular com sulfato de zinco 0,05 M SV até
concentrado. Aquecer a 60 °C por 1 hora, resfriar, diluir mudança de cor de violeta esverdeado para rosa. Realizar
para 50 mL com água e Þltrar se necessário. A solução ensaio em branco, utilizando 20 mL de água, e fazer as
obtida responde às reações do íon alumínio (5.3.1.1). correções necessárias. Cada mL de edetato dissódico 0,05
M SV é equivalente a 3,900 mg de Al(OH)3.
CARACTERÍSTICAS
pH (5.2.19). 5,5 a 8,0.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
ENSAIOS DE PUREZA
Arsênio (5.3.2.5). Dissolver quantidade exatamente
ROTULAGEM
pesada da amostra, equivalente a 0,3 g de Al(OH)3, em 20 Observar a legislação vigente.
mL de ácido sulfúrico 10 M. Proceder conforme descrito
em Método espectrofotométrico, Método I. No máximo
0,001% (10 ppm). HIDRÓXIDO DE CÁLCIO
Cloretos. Transferir quantidade exatamente pesada da Calcii hydroxidum
amostra, equivalente a 0,6 g de Al(OH)3, para cápsula de
porcelana. Adicionar 0,1 mL de cromato de potássio SR e
Ca(OH)2; 74,09
25 mL de água. Agitar. Gotejar nitrato de prata 0,1 M até
hidróxido de cálcio; 04696
coloração rosa persistente. No máximo 8 mL de nitrato de
Hidróxido de cálcio
prata 0,1 M são gastos (4,7%).
[1305-62-0]
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2,3 g da amostra em
20 mL de ácido clorídrico M e 10 mL de água. Adicionar Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 100,5% de
0,5 mL de ácido nítrico e deixar em ebulição por 30 Ca(OH)2.
segundos. Esfriar, adicionar 2 g de cloreto de amônio e 2
g de tiocianato de amônio e extrair com duas porções de
DESCRIÇÃO
10 mL de mistura de álcool isoamílico e éter etílico (1:1).
Adicionar à fase aquosa 2 g de ácido cítrico e diluir para Características físicas. Pó Þno, branco ou quase branco.
40 mL com água. Utilizar 18 mL da solução resultante
e proceder conforme descrito em Método I. No máximo Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em
0,002% (20 ppm). glicerol. Solúvel em ácidos, com liberação de calor.

Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver quantidade exatamente


pesada da amostra, equivalente a 0,15 g de Al(OH)3, em IDENTIFICAÇÃO

h 5 mL de ácido clorídrico 3 M, aquecendo se necessário.


Filtrar e prosseguir conforme descrito em Ensaio limite
para sulfatos. No máximo 0,8% (8000 ppm).
A. Transferir 0,8 g da amostra para gral de vidro, adicionar
10 mL de água, 0,5 mL de fenolftaleína SI e homogeneizar.
Desenvolve-se coloração vermelha. Adicionar 17,5 mL
de ácido clorídrico M. A suspensão torna-se incolor, sem
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA efervescência. Triturar a mistura por 1 minuto. A cor
vermelha aparece novamente. Adicionar 6 mL de ácido
Contagem do número total de micro-organismos clorídrico M e triturar. A solução torna-se incolor.
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
B. Dissolver 0,1g da amostra em ácido clorídrico SR e
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). diluir para 10 mL com água. A solução responde às reações
Cumpre o teste. do íon cálcio (5.3.1.1).

DOSEAMENTO ENSAIOS DE PUREZA


Transferir quantidade exatamente pesada da amostra, Alcalinidade e metais alcalinos terrosos. Dissolver 1 g da
equivalente a 1,5 g de Al(OH)3, para béquer e adicionar amostra em mistura de 10 mL de ácido clorídrico e 40 mL
15 mL de ácido clorídrico concentrado, aquecendo para de água. Aquecer até ebulição e adicionar 50 mL de ácido
completa solubilização. Resfriar, transferir para balão oxálico SR. Neutralizar com amônia e completar o volume
para 200 mL com água. Deixar em repouso por 1 hora e
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1043

Þltrar com Þltro adequado. A 100 mL do Þltrado, adicionar HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO


0,5 mL de ácido sulfúrico, cuidadosamente. Evaporar até Magnesii hydroxidum
secura e incinerar. No máximo 20 mg de resíduos (4,0%
de sulfatos).
Mg(OH)2; 58,32
Carbonatos. Adicionar 5 mL de ácido clorídrico M SV hidróxido de magnésio; 04697
à solução obtida em Doseamento. Titular com hidróxido Hidróxido de magnésio
de sódio M SV utilizando 0,5 mL de alaranjado de metila [1309-42-8]
SI como indicador. Cada mL de ácido clorídrico M SV
equivale a 50,05 mg de carbonato de cálcio. No máximo Contém, no mínimo, 95,0 % e, no máximo, 100,5 % de
5% de CaCO3. Mg(OH)2, em relação à substância dessecada.
Arsênio (5.3.2.5). Dissolver 0,75 g da amostra em 15
mL de ácido clorídrico. Prosseguir conforme descrito em DESCRIÇÃO
Método espectrofotométrico, Método I. A adição de 20 mL
de ácido sulfúrico 3,5 M especiÞcada no procedimento Características físicas. Pó branco ou quase branco, Þno,
pode ser omitida. No máximo 0,0004% (4 ppm). amorfo, inodoro.

Cloretos (5.3.2.1). Dissolver 1,07 g da amostra em 7 mL Solubilidade. Praticamente insolúvel em água. Solúvel em
de ácido nítrico. Diluir para 40 mL com água e prosseguir soluções de ácidos diluídos.
conforme descrito em Ensaio limite para cloretos. No
máximo 0,033% (330 ppm). IDENTIFICAÇÃO
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 0,3 g da amostra em 10 mL A. Preparar suspensão aquosa da amostra e adicionar
de ácido clorídrico SR e prosseguir conforme descrito em fenolftaleína SI. Desenvolve-se coloração rósea.
Ensaio limite para sulfatos. No máximo 0,4% (4 000 ppm).
B. Dissolver cerca de 15 mg da amostra em 2 mL de ácido
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 1 g da amostra em 10 nítrico SR e neutralizar com solução de hidróxido de sódio
mL de ácido clorídrico 3 M e evaporar em banho-maria 8,5% (p/v). A solução responde às reações do íon magnésio
até secura. Dissolver o resíduo em 20 mL de água. Filtrar. (5.3.1.1).
Prosseguir conforme descrito em Método I. No máximo
0,002% (20 ppm).
ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias insolúveis em ácidos. Dissolver 2 g da
amostra em 30 mL de ácido clorídrico. Aquecer à ebulição Aspecto da solução. Dissolver 5 g da amostra em mistura
e Þltrar. Lavar o resíduo com água quente e incinerar. O de 50 mL de ácido acético SR e 50 mL de água. Desenvolve-
peso do resíduo não é maior que 10 mg. No máximo 0,5%. se leve efervescência. Ferver por 2 minutos e diluir para
100 mL com ácido acético 2 M. Filtrar em cadinho-Þltro
de porcelana ou sílica, previamente calcinado e tarado,
DOSEAMENTO de porosidade adequada para obter um Þltrado límpido.
Transferir, exatamente, cerca de 1,5 g da amostra para A solução obtida não é mais intensamente corada que a
gral de vidro. Adicionar 20 mL a 30 mL de água e 0,5 Solução de referência de cor (5.2.12).
mL de fenolftaleína SI. Titular com ácido clorídrico M Solução de referência de cor: preparar mistura de 3

ha
SV, triturando a substância até desaparecimento da cor partes da Solução base de cloreto cobaltoso, 2,4 partes
vermelha. Cada mL de ácido clorídrico M SV equivale a da Solução base de sulfato cúprico, 3 partes da Solução
37,045 mg de Ca(OH)2. base de cloreto férrico e 1,6 partes de ácido clorídrico a
1% (p/v). No momento do uso, diluir 3,75 volumes desta
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO solução com 6,25 volumes de ácido clorídrico a 1% (p/v).

Em recipientes bem fechados e não metálicos. Substâncias solúveis. Misturar 2 g da amostra com 100
mL de água e ferver por 5 minutos. Filtrar ainda quente,
em funil de vidro sinterizado, resfriar e diluir para 100 mL
ROTULAGEM com água. Evaporar 50 mL da solução obtida à secura e
Observar a legislação vigente. dessecar entre 100 ºC e 105 ºC. O peso do resíduo não é
maior que 20 mg. No máximo 2,0%.

CLASSE TERAPÊUTICA Substâncias insolúveis em ácido acético. O peso do


resíduo obtido em Aspecto da solução, após lavagem com
Adstringente. ácido acético 2 M, dessecação e incineração a 600 ºC, não
é maior que 5 mg. No máximo 0,1%.

Arsênio (5.3.2.5). Determinar em 5 mL da solução obtida


em Aspecto da solução. Proceder conforme descrito em
Método visual. No máximo 0,0004% (4 ppm).
1044 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Cálcio (5.3.2.7). Diluir 1,3 mL da solução obtida em HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO


Aspecto da solução para 150 mL com água. Determinar Kalli hydroxidum
em 15 mL desta solução. No máximo 1,5%.

Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 7 mL da solução obtida KOH; 56,11


em Aspecto da solução. Para a Preparação padrão, utilizar hidróxido de potássio; 04698
1 mL de ácido clorídrico 0,01 M. No máximo 0,1% (1000 Hidróxido de potássio
ppm). [1310-58-3]
Ferro (5.3.2.4). Dissolver 0,143 g da amostra em 5 mL
de ácido clorídrico 2 M e diluir para 10 mL com água Contém, no mínimo, 85,0% e, no máximo, 100,5% de
destilada. Utilizar 1 mL da solução obtida e proceder KOH.
conforme descrito em Método I. Utilizar 10 mL de Solução DESCRIÇÃO
padrão de ferro (1 ppm Fe). No máximo 0,07% (700 ppm).
Características físico-químicas. Partículas brancas ou
Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 2 mL da solução obtida levemente amareladas, cristalinas, fornecidas como esferas,
em Aspecto da solução. Para a Preparação padrão, utilizar raspas, bastões ou pedaços irregulares. Higroscópico e
1 mL de ácido sulfúrico 0,005 M. No máximo 0,5% (5000 deliquescente, absorve rapidamente dióxido de carbono
ppm). atmosférico. Ponto de fusão (5.2.2): funde em torno de 360 ºC.
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 1 g da amostra em 15 Solubilidade. Muito solúvel em água, facilmente solúvel
mL de ácido clorídrico 3 M e evaporar em banho-maria até em etanol.
secura. Próximo ao Þnal da evaporação, agitar o resíduo
com freqüência para desintegrá-lo, de modo a obter um pó
Þno seco. Dissolver o resíduo em 20 mL de água e Þltrar. IDENTIFICAÇÃO
Adicionar ao Þltrado 2 mL de ácido acético M e diluir com
água para 25 mL. No máximo 0,002% (20 ppm). A. Dissolver 0,1 g da amostra em 10 mL de água. Diluir 1
mL para 100 mL com o mesmo solvente. O pH (5.2.19) da
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em estufa a 105 ºC, solução resultante não é inferior a 10,5.
por 2 horas. No máximo 2,0%.
B. A solução aquosa da amostra a 1% (p/v) responde às
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,5 g da reações do íon potássio (5.3.1.1).
amostra. Aquecer, gradativamente, até 900 ºC e calcinar
até peso constante. Entre 29,0% e 32,5%. ENSAIOS DE PUREZA

DOSEAMENTO Aspecto da solução. Dissolver 5 g da amostra em água


isenta de dióxido de carbono e diluir para 50 mL com o
Dissolver 0,1 g da amostra em 2 mL de ácido clorídrico mesmo solvente. A solução obtida é límpida (5.2.25) e
2 M e proceder conforme descrito em Titulações incolor (5.2.12).
complexométricas (5.3.3.4) para magnésio. Cada mL
de edetato dissódico 0,1 M SV equivale a 5,832 mg de Cloretos (5.3.2.1). Pesar, exatamente, cerca de 8,75 g da
Mg(OH)2. amostra e transferir para balão volumétrico de 25 mL.
Dissolver em 10 mL de água. Adicionar, lentamente, 2
mL de ácido nítrico, resfriar e completar o volume com

h EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
ácido nítrico SR. Utilizar 20 mL desta solução e proceder
conforme descrito em Ensaio limite para cloretos. No
máximo 0,005% (50 ppm).

Carbonatos. Proceder conforme descrito em Doseamento.


ROTULAGEM
Cada mL de ácido clorídrico M necessário para a viragem
Observar a legislação vigente. da solução de azul de bromofenol SI equivale a 69,103 mg
de K2CO3. No máximo 2%.
CLASSE TERAPÊUTICA Sulfatos (5.3.2.2). Pesar, exatamente, cerca de 15 g da
amostra e transferir para balão volumétrico de 50 mL.
Antiácido. Dissolver em 15 mL de água. Adicionar, lentamente, 12 mL
de ácido clorídrico, resfriar, e diluir para 50 mL com ácido
clorídrico diluído. Utilizar 30 mL da solução obtida e 1 mL
de solução padrão de ácido sulfúrico 0,005 M. Proceder
conforme descrito em Ensaio limite para sulfatos. No
máximo 0,005% (50 ppm).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1045

Sódio. Proceder conforme descrito em Espectrometria CATEGORIA


atômica (5.2.13.1.1), método da calibração direta.
Dissolver 1 g da amostra em 50 mL de água, adicionar 5 Agente alcalinizante.
mL de ácido sulfúrico e completar a 100 mL com água.
Diluir 1 mL desta solução para 10 mL com água. Preparar
a solução de referência dissolvendo, em água, 0,5084 g de HIPOCLORITO DE SÓDIO SOLUÇÃO
cloreto de sódio, previamente dessecado a 105 ºC por 3 DILUÍDA
horas, e diluir para 1000 mL com mesmo solvente (0,2 mg/
mL de sódio). Diluir com água para o preparo das soluções
padrão, conforme necessário. Efetuar a leitura em 589 nm Solução aquosa de hipoclorito de sódio. Contém, no
usando como fonte de radiação lâmpada de cátodo oco de mínimo, 2,0% (p/v) e, no máximo, 3,0% (p/v) de NaClO,
sódio e chama do tipo ar-acetileno. No máximo 1,0% (10 equivalente a, no mínimo, 1,9% (p/v) e, no máximo, 2,9%
000 ppm). (p/v) de cloro ativo.

Ferro (5.3.2.4). Utilizar o Método III. Disssolver 10 g da


amostra em 15 mL de água. Cuidadosamente, adicionar 12 IDENTIFICAÇÃO
mL de ácido clorídrico, resfriar, diluir com ácido clorídrico A. Misturar 5 mL da amostra com 1 mL de iodeto
7,3 % (p/v) e completar a 50 mL com o mesmo solvente. de potássio a 15% (p/v). Desenvolve-se rapidamente
Utilizar 5 mL dessa solução. No máximo 0,001% (10 ppm). coloração alaranjada que logo desaparece. Adicionar, em
Alumínio (5.3.2.10). Exigido para hidróxido de potássio seguida, cinco gotas de ácido clorídrico 2 M e gotas de
destinado à preparação de soluções de hemodiálise. amido SR. A solução adquire cor azul.
Dissolver 20 g da amostra em 100 mL de água e adicionar B. Misturar 1 mL da amostra com 50 mg de fenolftaleína.
10 mL de tampão de acetato pH 6,0. Proceder conforme O líquido torna-se avermelhado.
descrito em Ensaio limite para alumínio. Utilizar, como
solução de referência, mistura de 2 mL de Solução padrão C. A 5 mL da amostra adicionar cinco gotas de ácido
de alumínio (2 ppm Al), 10 mL de tampão acetato pH 6,0 clorídrico 2 M. Ocorre aumento da intensidade da coloração
e 98 mL de água. Para o branco utilizar mistura de 10 mL esverdeada e formam-se bolhas de cloro gasoso.
de solução tampão acetato pH 6,0 e 100 mL de água. No
máximo 0,00002% (0,2 ppm). D. Imergir, em 1 mL da amostra, papel de tornassol
vermelho. A coloração do papel passa para azul,
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Diluir 10 descorando-se em seguida.
mL da solução obtida no teste para Ferro a 20 mL com
água. Utilizar, como referência, Solução padrão de chumbo E. A solução acidiÞcada obtida no teste C. de IdentiÞcação
(1 ppm Pb). No máximo 0,001% (10 ppm). responde ao teste de chama para íons sódio (5.3.1.1).

DOSEAMENTO CARACTERÍSTICAS

Pesar, exatamente, cerca de 2 g da amostra e dissolver em Descrição. Líquido límpido de cor amarelo-pálida
25 mL de água isenta de dióxido de carbono. Adicionar 25 esverdeada com odor de cloro. É suscetível à luz e deteriora
mL de cloreto de bário 0,025 M, recentemente preparado, gradualmente.
e 0,3 mL de fenolftaleína SI. Adicionar, lentamente, sob
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

ha
agitação, 25 mL de ácido clorídrico M SV. Continuar
a titulação com ácido clorídrico M SV até a viragem do pH (5.2.19). Acima de 11,0.
indicador de rosa para incolor. Adicionar 0,3 mL de
solução de azul de bromofenol SI e continuar a titulação
com ácido clorídrico M SV até a viragem do indicador de ENSAIOS DE PUREZA
violeta-azulado para amarelo. Cada mL de ácido clorídrico Cálcio. Transferir 10 g da amostra para béquer de 150 mL,
M SV utilizado na segunda parte da titulação equivale a adicionar 10 mL de água, 5 mL de ácido clorídrico e 1 g
69,103 mg de K2CO3. Cada mL de ácido clorídrico M SV de iodeto de potássio. Aquecer por 5 minutos, resfriar e
utilizado na combinação das titulações equivale a 56,110 adicionar 2 mL de peróxido de hidrogênio a 30% (v/v).
mg de alcalinidade total, calculada como KOH. Evaporar até secura, resfriar, adicionar 2 mL de ácido
clorídrico e 2 mL de peróxido de hidrogênio a 30% (v/v).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Lavar as paredes internas do béquer com poucos mililitros
de água e Þltrar, se necessário. Adicionar ao Þltrado 3 mL
Em recipientes bem fechados e não metálicos. de hidróxido de amônio e 5 mL de oxalato de amônio a
3,5% (p/v). Transferir quantitativamente para tubo de
ROTULAGEM Nessler, completar o volume para 25 mL e homogeneizar.
Nenhuma turbidez produzida dentro 15 minutos excede
Observar a legislação vigente. à da preparação padrão obtida submetendo-se 10 mL de
solução padrão de cálcio (10 ppm Ca) ao mesmo tratamento
dado à amostra. No máximo 0,001% (10 ppm).
1046 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO côncavo na face adaxial, convexo na face abaxial e com


costelas laterais, com tricomas iguais aos da lâmina
Transferir, exatamente, 3 mL da amostra ou volume
contendo entre 60 mg e 90 mg de NaClO ou entre 57 mg
e 87 mg de cloro ativo para erlenmeyer de 250 mL com DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
tampa. Adicionar cerca de 50 mL de água, 1 g de iodeto
Lâmina foliar de simetria dorsiventral, hipo-anÞestomática,
de potássio e 10 mL de ácido acético 6 M. Tampar, agitar
com estômatos diacíticos. Em vista frontal, a cutícula é lisa
e deixar em repouso, ao abrigo da luz, por 15 minutos.
e as células da epiderme têm paredes anticlinais de contorno
Lavar as paredes do frasco com poucos mililitros de água
ondulado na região entre as nervuras e paredes retilíneas
e titular o iodo formado com tiossulfato de sódio 0,1 M
sobre as nervuras. Ocorrem cinco tipos de tricomas em
SV. Adicionar 1 mL de amido SR quando a coloração da
ambas as faces: (1) tricoma tector pluricelular, longo,
solução se tornar amarelo esverdeada. Continuar a titulação
delgado, agudo, unisseriado, com duas a quatorze células,
até desaparecimento da cor azul. Cada mL de tiossulfato de
a célula basal de maior comprimento e a apical de ápice
sódio 0,1 M SV equivale a 3,723 mg de NaClO e a 3,545
obtuso; alguns destes tricomas quando com maior número
mg de cloro ativo.
de células apresentam coroa de células basais; cutícula
espessa e marcadamente estriada; (2) tricoma tector
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO pluricelular, com duas a seis células, bisseriado na base,
com cutícula espessa e estriada; (3) tricoma glandular com
Em recipientes bem fechados e opacos, preferencialmente pedicelo unicelular, curto e cabeça unicelular, arredondada,
em temperatura abaixo de 25 °C. com cutícula delgada; (4) tricoma glandular com pedicelo
unicelular, bicelular ou tricelular, curto e cabeça unicelular
ROTULAGEM elíptica, com cutícula delgada; (5) tricoma glandular
peltado, de pedicelo curto, formado por uma ou duas
Observar a legislação vigente células na porção basal e cabeça pluricelular com oito
células de disposição radial, geralmente com cutícula
dilatada e de coloração parda. Em secção transversal, a
HORTELÃ PIMENTA cutícula é delgada e a epiderme é uniestratiÞcada, com
Menthae piperitae folium células achatadas tangencialmente, ricas em gotas de óleo;
os estômatos são projetados; tricomas tectores do tipo 1
ocorrem em maior número na face abaxial e sobre a região
Mentha x piperita L. – LAMIACEAE; 09914 da nervura principal e os do tipo 2 são raros; tricomas
glandulares, dos tipos 3 e 4, estão distribuídos por toda
A droga vegetal é constituída de folhas secas, inteiras, a lâmina; tricomas glandulares peltados, do tipo 5, são
quebradas, cortadas ou pulverizadas da espécie e de suas depressos na epiderme e mais frequentes na face abaxial da
variedades, contendo, no mínimo, 1,2% de óleo volátil região intercostal; parênquima paliçádico uniestratiÞcado,
em folhas inteiras e, no mínimo, 0,9% de óleo volátil em com células compactas e curtas; parênquima esponjoso
folhas rasuradas. triestratiÞcado ou mais, preenchendo em torno de 60%
da secção; gotas de óleo abundantes; cristais de oxalato
CARACTERÍSTICAS de cálcio ausentes. A nervura principal, em secção
transversal, apresenta cutícula espessa na face abaxial, as
Características organolépticas. A droga tem odor forte, células epidérmicas são poligonais, ovaladas, pequenas
aromático, penetrante, semelhante ao mentol e sabor e com parede periclinal externa espessa, o colênquima é

h aromático picante, com sensação de frescor agradável.

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
angular, uniestratiÞcado ou com mais camadas junto à face
adaxial, seguido nesta face por um clorênquima com até
cinco camadas de células poligonais e pelo parênquima.
Este último, junto a face abaxial, é formado por até dez
Folhas inteiras, membranosas, rugosas, quebradiças, camadas de células isodiamétricas com grandes espaços
oposto-cruzadas, pecioladas, verdes a verde-amarronzadas intercelulares. O sistema vascular é formado por um ou
quando secas, com numerosos tricomas glandulares na mais feixes colaterais abertos ou não, apresentando ßoema
face abaxial da lâmina, visíveis no aumento de seis vezes bem desenvolvido com calota de Þbras voltada para a
ou contra a luz, como pontos claros, amarelos, brilhantes face abaxial, ou com algumas Þbras isoladas localizadas
e tricomas tectores distribuídos sobre as nervuras; venação externamente. O pecíolo, em secção transversal, apresenta
camptódroma-broquidódroma, nervura principal espessa cutícula espessa e lisa, epiderme uniestratiÞcada, de
e pronunciada em ambas as faces, nervuras secundárias células poliédricas, estômatos projetados, com maior
em ângulo aproximado de 45°, depressas na face adaxial frequência de tricomas do tipo 1, o córtex apresenta
e salientes na face abaxial. Lâmina ovalada a ovalado- colênquima angular com até oito camadas na região das
lanceolada, ápice agudo, base irregularmente arredondada costelas e uniestratiÞcado na face abaxial; clorênquima
e assimétrica, margem irregularmente serreada, com dentes mais compactado na região das costelas; parênquima
agudos, medindo de 3,0 cm a 9,0 cm de comprimento e cortical formado por células ovaladas, de grande volume,
1,0 cm a 5,0 cm de largura. Pecíolo de 0,5 cm a 1,0 cm com maiores espaços intercelulares junto à face abaxial;
de comprimento, verde, quando seco vinoso-acastanhado, endoderme rica em grãos de amido; sistema vascular com
três ou mais feixes colaterais, o central amplamente aberto,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1047

com ßoema expressivo, com ou sem Þbras. Gotas de óleo Adulteração: Mentha crispa L. apresenta tricomas
ocorrem no clorênquima, no parênquima cortical e na glandulares com cabeça de doze células e tricomas tectores
endoderme. de paredes Þnas e de uma a seis células.

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ IDENTIFICAÇÃO


O pó atende a todas as exigências estabelecidas para a Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada

de 250 Pm, como fase estacionária e tolueno e acetato de


espécie, menos os caracteres macroscópicos. Examinar delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com espessura
ao microscópio, utilizando solução de hidrato de cloral.

forma de banda, 20 PL da Solução (1) e 10 PL da Solução


São características: folhas quebradas ou cortadas, etila (95:5) como fase móvel. Aplicar, separadamente, em
frequentemente amassadas, de cor verde-acastanhada;
fragmentos da lâmina com células epidérmicas de paredes (2), recentemente preparadas, descritas a seguir.
sinuosas e estômatos diacíticos numerosos, principalmente
na face abaxial; tricomas como os descritos, principalmente Solução (1): agitar 0,2 g da droga recentemente pulverizada
os do tipo 1; fragmentos do mesoÞlo heterogêneo com 2 mL de cloreto de metileno. Filtrar. Evaporar à secura
assimétrico, como descrito; Þbras; elementos traqueais de (40 °C) e dissolver o resíduo em 0,1 mL de tolueno.

Solução (2): diluir 50 mg de mentol SQR, 20 PL de


espessamento helicoidal; cristais amarelos de mentol sob
1,8-cineol, 10 mg de timol e 10 PL de acetato de mentila
a cutícula dos tricomas peltados podem ser observados;
cristais de oxalato de cálcio ausentes.
em tolueno e completar a 10 mL com o mesmo solvente.

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Observar sob luz ultravioleta (254 nm). O
IMPUREZAS
cromatograma, obtido com a Solução (1), apresenta, na
Os caules, ramos, ßores, frutos e sementes da própria parte superior da cromatoplaca, quatro manchas principais,
espécie, se presentes como impureza, caracterizam-se por que correspondem em posição, cor e intensidade de
apresentar: caule quadrandular com costelas bem deÞnidas ßuorescência àquelas obtidas com a Solução (2).
até o quarto nó, ramiÞcado, na maioria das variedades Em seguida, nebulizar a placa com anisaldeído SR e
vinoso quando adulto, verde-claro quando jovem e deixar em estufa entre 100 °C e 105 °C, durante 5 a 10
esbranquiçado nos nós basais; tricomas não visíveis a minutos. A mancha correspondente ao acetato de mentila
olho nu; ßores reunidas em inßorescências espigadas; (Rf 0,81 aproximadamente) apresenta coloração azul-
cálice glabro, com cinco dentes; corola rosado-violácea violeta, a mancha correspondente ao timol (Rf 0,65
ou branca, com quatro lobos, o superior alargado; estames aproximadamente) apresenta coloração rósea, a mancha
quatro, didínamos, inclusos na corola; ovário súpero, correspondente ao 1,8-cineol (Rf 0,60 aproximadamente)
tetralobado, estilete ginobásico; sementes raras e estéreis. apresenta coloração de azul a violeta-castanho e a mancha
correspondente ao mentol (Rf 0,55 aproximadamente)
apresenta coloração de azul a violeta.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA IMPUREZA
CORRESPONDENTE AO CAULE
ENSAIOS DE PUREZA
Os caules da própria espécie, se presentes como
impureza, apresentam, em estrutura secundária e em Material estranho (5.4.2.2). No máximo 10% de caules
secção transversal, cutícula espessa e estriada, epiderme quadrangulares, glabros ou com tricomas tectores; escassos

ha
uniestratiÞcada, de células poligonais, com ou sem fragmentos de caules reconhecidos pelas Þbras, além de numerosos
idioblastos de areia cristalina e com ou sem células contendo elementos de vaso, fragmentos de ßores como os descritos.
antocianinas; tricomas e estômatos raros; colênquima Água (5.4.2.3). No máximo 12,0%.
angular, formado por uma a muitas camadas na região das
costelas; clorênquima com até dez camadas, com esclereídes Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 15,0%.
isolados e com idioblastos de areia cristalina; endoderme com
estrias de Caspary evidentes e sem grãos de amido; ßoema
com ou sem Þbras isoladas ou em pequenos grupos; zona DOSEAMENTO
cambial evidente de até quatro camadas; xilema totalmente Óleo volátil
escleriÞcado ou não; gotas de óleo em todos os tecidos, exceto
no câmbio e no xilema; parênquima medular desenvolvido. Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
Quando em estrutura primária, células da epiderme repletas voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão de 500
de antocianinas; tricomas iguais aos descritos para a folha; mL contendo 200 mL de água como líquido de destilação.
colênquima formado por uma camada nas regiões intercostais Adicionar 0,5 mL de xileno pela abertura k. Utilizar planta
e até nove camadas nas costelas; clorênquima rico em seca rasurada. Proceder imediatamente à determinação do
cloroplastídios e grãos de amido; endoderme evidente e rica óleo volátil, a partir de 20 g da droga. Destilar por 4 horas.
em grãos de amido; sistema vascular com feixes colaterais
mais desenvolvidos nas costelas; câmbio fascicular e
interfascicular evidente; parênquima medular com células
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
isodiamétricas de grande volume. Em recipientes de vidro bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
1048 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

h
Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Mentha piperita L.
______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 2,5 cm; em B e C a 1 cm; em D, E, F, G e H a 100—m.

A – aspecto geral de um ramo: caule (c); lâmina foliar (lf). B – vista da face adaxial de uma folha: lâmina foliar (lf); pecíolo (pl). C – vista da face abaxial
de uma folha: lâmina foliar (lf); pecíolo (pl). D – detalhe de uma porção da face adaxial da epiderme da lâmina foliar, na região intercostal, em vista
frontal: estômato (es); tricoma glandular com cabeça unicelular (tgu). E – detalhe de uma porção da face abaxial da epiderme da lâmina foliar, na região
intercostal, em vista frontal: estômato (es); tricoma glandular com cabeça octacelular (tgo); tricoma glandular com cabeça unicelular (tgu). F – detalhe
de uma porção da face adaxial da epiderme da lâmina foliar, sobre a nervura principal, em vista frontal: cicatriz do tricoma tector (ct); tricoma glandular
com cabeça unicelular (tgu). G – detalhe de uma porção da face abaxial da epiderme da lâmina foliar, sobre a nervura principal, em vista frontal: cicatriz
do tricoma tector (ct); tricoma glandular com cabeça octacelular (tgo); tricoma glandular com cabeça unicelular (tgu); tricoma tector (tt). H – tricomas:
detalhe de um tricoma tector pluricelular unisseriado, com coroa de células basais, em vista lateral (a); detalhe de um tricoma tector pluricelular
unisseriado, com a base bisseriada, em vista lateral (b); detalhe de um tricoma tector tetracelular unisseriado, em vista lateral (c); detalhe de um tricoma
tector bicelular unisseriado, em vista lateral (d); detalhe de tricoma glandular de cabeça arredondada e pedicelo unicelular, em vista lateral (e); detalhe de
tricomas glandulares de cabeça unicelular elíptica, pedicelo unicelular ou bicelular e unisseriado, em vista lateral (f); detalhe de tricoma glandular, com
cabeça secretora octacelular, em vista lateral (g); detalhe de tricoma glandular de cabeça unicelular, pedicelo tricelular e unisseriado, em vista lateral (h).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1049

ha

Figura 2 – Aspectos microscópicos em Mentha piperita L.


_____________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A a 400 —m; em B, C e E a 100—m; em D a 1000 —m.

A – representação esquemática do aspecto geral da região da nervura principal e de porção da região intercostal, em secção transversal: face abaxial (ab);
face adaxial (ad); parênquima esponjoso (pj); tricoma tector (tt); colênquima (co); parênquima paliçádico (pp); parênquima do xilema (px); endoderme
(end); epiderme (ep); xilema (x); ßoema (f); parênquima fundamental (pf). B – detalhe da região da nervura principal e de porção da região intercostal,
em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); parênquima paliçádico (pp); tricomas glandulares com cabeça unicelular (tgu); parênquima
esponjoso (pj); ßoema (f); xilema (x); tricoma tector (tt); estômato (es); parênquima do xilema (px); parênquima fundamental (pf); endoderme (end);
1050 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

colênquima (co); epiderme (ep); cutícula (cu); grão de amido (ga). C – detalhe da lâmina foliar na região intercostal, em secção transversal: face
abaxial (ab); face adaxial (ad); tricomas glandulares com cabeça unicelular (tgu); parênquima paliçádico (pp); epiderme (ep); cutícula (cu); estômato
(es); parênquima esponjoso (pj); tricoma glandular com cabeça octacelular (tgo). D – representação esquemática do aspecto geral do pecíolo, em
secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); ßoema (f); xilema (x); epiderme (ep); endoderme (end); colênquima (co); feixe vascular (fv);
clorênquima (cl); parênquima fundamental (pf). E – detalhe de porção do pecíolo, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); tricomas
glandulares com cabeça unicelular (tgu); colênquima (co); epiderme (ep); cutícula (cu); clorênquima (cl); parênquima fundamental (pf); grão de amido
(ga); ßoema (f); xilema (x); parênquima do xilema (px); endoderme (end).

Índice de refração (5.2.6). 1,457 a 1,467.


HORTELÃ PIMENTA ÓLEO VOLÁTIL
Poder rotatório (5.2.8). –10° a –30°.
Menthae piperitae aetheroleum
Índice de acidez (5.2.29.7). No máximo, 1,4. Determinar
em 5 g de óleo volátil, diluídos em 50 mL de mistura de
Mentha x piperita L. – LAMIACEAE
solventes.
Óleo volátil obtido por arraste de vapor d’água das partes
aéreas, recém coletadas, da espécie vegetal. O óleo volátil PERFIL CROMATOGRÁFICO
é constituído de, no mínimo, 35,0% de mentol.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a gás
(5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo provido de detector de
CARACTERÍSTICAS
ionização de chamas, utilizando mistura de nitrogênio,
Características organolépticas. Líquido incolor, amarelo ar sintético e hidrogênio (1:1:10) como gases auxiliares à
pálido ou amarelo esverdeado pálido, com odor e sabor chama do detector; coluna capilar de 30 m de comprimento
característicos, seguido de sensação de frescor. e 0,25 mm de diâmetro interno, preenchida com

Pm; temperatura da coluna de 60 qC a 300 qC, a 3 qC por


polidifenildimetilsiloxano, com espessura do Þlme de 0,25

IDENTIFICAÇÃO
qC e temperatura do detector a 250 qC; utilizar hélio a uma
minuto (total: 80 minutos), temperatura do injetor a 220
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, pressão de 80 kPa como gás de arraste; ßuxo do gás de 1
com espessura de 250 ȝm, como suporte, e mistura mL/minuto.
de tolueno e acetato de etila (95:5), como fase móvel. Solução amostra: diluir o óleo volátil na razão de 2:100

PL da Solução (1) e 10 PL da Solução (2), preparadas


Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 20 em éter etílico.

recentemente, como descrito a seguir. Procedimento: injetar 1 PL da Solução amostra no


cromatógrafo a gás, utilizando divisão de ßuxo de 1:50.
Solução (1): dissolver 0,1 mL do óleo volátil em 1 mL de Os índices de retenção relativo dos constituintes do óleo
tolueno. são calculados em relação a uma série homóloga de
Solução (2): diluir 50 mg de mentol SQR, 20 PL de hidrocarbonetos e comparados com amostras de referência.
1,8-cineol, 10 mg de timol e 10 PL de acetato de mentila A concentração relativa é obtida por normalização
em tolueno e completar o volume para 10 mL com o (integração manual ou eletrônica).
mesmo solvente. Calcular o Índice de Retenção Relativo, segundo a
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar expressão:

h secar ao ar. Observar sob luz ultravioleta (254 nm). As


quatro manchas principais obtidas com a Solução (1),
na parte superior do cromatograma, correspondem em
posição, cor e atenuação de ßuorescência àquelas obtidas
em que

com a Solução (2). Em seguida, nebulizar a placa com n = número de átomos de carbono do alcano com tempo de
anisaldeído SR e deixar em estufa entre 100 °C e 105 °C, retenção imediatamente anterior ao constituinte “x” a ser
durante 5 a 10 minutos. Examinar imediatamente à luz caracterizado;
visível. As manchas principais correspondem a acetato de trx = tempo de retenção do constituinte “x” (intermediário
mentila (com Rf de aproximadamente 0,81 e coloração a trz e trz+1);
azul-violeta), timol (com Rf de aproximadamente 0,65 e trz = tempo de retenção do alcano imediatamente anterior
coloração rósea), 1,8-cineol (com Rf de aproximadamente ao constituinte “x”;
0,60 e coloração de azul a violeta-castanho) e mentol (com
trz+1 = tempo de retenção do alcano com “n +1” carbonos
Rf de aproximadamente 0,55 e coloração de azul a violeta).
(imediatamente posterior ao constituinte “x”).

ENSAIOS DE PUREZA
Densidade relativa (5.2.5). 0,900 a 0,916.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1051

Observar Figura 1 a seguir.

Figura 1 – Cromatograma ilustrativo, obtido com o óleo volátil de Mentha x piperita

As porcentagens dos principais constituintes estão


dentro dos seguintes intervalos:

Pico Índice de Retenção Constituinte Teor (%)


1 1023 Limoneno 0,5 – 5,0
2 1025 1,8-Cineol 0,5 – 13,0
3 1147 Mentona 6,0 – 30,0
4 1156 Isomentona 2,0 – 10,0
5 1160 Neo-mentol 2,0 – 3,5
6 1165 Mentol 35,0 – 79,0
7 1230 Pulegona máximo 2,0
8 1237 Carvona máximo 1,0
9 1290 Acetato de mentila 3,0- 10,0

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes de vidro, hermeticamente fechados, ao
abrigo da luz, oxigênio e calor.

ha
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1053

Aplicar, separadamente, à placa, 5 ȝL de cada uma das


IBUPROFENO soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
Ibuprofenum
Solução (1): solução a 100 mg/mL da amostra em cloreto
de metileno.

Solução (2): solução a 1 mg/mL da amostra em cloreto de


metileno.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Nebulizar com p-dimetilaminobenzaldeído a
1% (p/v) em mistura de etanol e ácido clorídrico (10:1),
aquecer em estufa a 100 °C por 5 minutos e nebulizar com
C13H18O2; 206,28
cloreto férrico a 5% (p/v). Qualquer mancha secundária
ibuprofeno; 04766
obtida no cromatograma com a Solução (1), diferente da
Ácido Į-metil-4-(2-metilpropil)benzenoacético
mancha principal, não é mais intensa que aquela obtida
[15687-27-1]
com a Solução (2) (1%).
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
C13H18O2, em relação à substância anidra. máximo 0,002% (20 ppm).

Água (5.2.20.1). No máximo 1%.


DESCRIÇÃO
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase substância. No máximo 0,5%.
branco, odor característico.

Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente DOSEAMENTO


solúvel em etanol, acetona, metanol e clorofórmio,
ligeiramente solúvel em acetato de etila. Solúvel em Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra e dissolver
soluções aquosas de hidróxidos alcalinos. em 100 mL de etanol. Adicionar 3 mL de fenolftaleína SI
e titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV até a viragem
Constantes físico-químicas. para rosa. Realizar ensaio em branco e fazer as correções
necessárias. Cada mL de hidróxido de sódio 0,1 M SV
Faixa de fusão (5.2.2): 75 °C a 78 °C. equivale a 20,628 mg de C13H18O2.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +0,05° a –0,05°.
Determinar em solução a 2,5% (p/v) em metanol. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
IDENTIFICAÇÃO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da ROTULAGEM
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos Observar a legislação vigente.
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de ibuprofeno SQR, preparado de CLASSE TERAPÊUTICA
maneira idêntica.
Analgésico, anti-inßamatório.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 240 a 300 nm, da solução a 0,025% (p/v) em hidróxido
de sódio 0,1 M, exibe máximos e mínimos somente nos
IBUPROFENO COMPRIMIDOS

ia
mesmos comprimentos de onda da solução similar de
ibuprofeno SQR. As respectivas absorvâncias, calculadas
em relação à substância anidra, nos comprimidos de onda Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
de 264 e 273 nm, não diferem mais que 3%. quantidade declarada de C13H18O2.

ENSAIOS DE PUREZA IDENTIFICAÇÃO


Aspecto da solução. A solução a 10% (p/v) em etanol é A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Misturar quantidade
límpida (5.2.25). de pó equivalente a 0,5 g de ibuprofeno com 20 mL de
acetona, agitar, Þltrar e evaporar o Þltrado até secura em
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
corrente de ar, sem aquecimento. O espectro de absorção
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
no infravermelho (5.2.14) do resíduo obtido, disperso
sílica-gel G como suporte, e mistura de n-hexano, acetato
em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
de etila e ácido acético glacial (15:5:1), como fase móvel.
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
1054 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

mesmas intensidades relativas daqueles observadas no solução aquosa de cloreto férrico a 5% (p/v). Nenhuma
espectro de ibuprofeno SQR, preparado de maneira mancha secundária obtida no cromatograma com a Solução
idêntica. (1) é mais intensa que mancha obtida com a Solução (2)
(1%).
B. Recristalizar o resíduo obtido no teste A. de IdentiÞcação
com éter de petróleo. A temperatura de fusão (5.2.2) do Água (5.2.20.1). No máximo 5,0%.
resíduo é de 75 °C.

C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
Contagem do número total de micro-organismos
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

CARACTERÍSTICAS Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.

Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. DOSEAMENTO

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Empregar um dos métodos descritos a seguir.

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
de pó equivalente a 0,5 g de ibuprofeno com 20 mL de
clorofórmio. Filtrar em funil de vidro sinterizado e lavar
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) o resíduo obtido com 50 mL de etanol, previamente
neutralizado com hidróxido de sódio 0,1 M SV, utilizando
Meio de dissolução: tampão fosfato pH 7,2, 900 mL
fenolftaleína SI como indicador.Titular com hidróxido
Aparelhagem: cestas, 150 rpm de sódio 0,1 M SV até viragem para rosa. Cada mL de
hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 20,628 mg de
Tempo: 30 minutos C13H18O2..
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
dissolução e diluir, se necessário, com tampão fosfato pH de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
7,2, até concentração adequada. Medir as absorvâncias em de detector ultravioleta a 264 nm; coluna de 150 mm de
221 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
do zero. Calcular a quantidade de C13H18O2 dissolvida no com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução ȝm); ßuxo de Fase móvel de 1,2 mL/minuto.
de ibuprofeno SQR na concentração de 0,002% (p/v),
preparada no mesmo solvente. Fase móvel: mistura de ácido fosfórico, água e metanol
(3:247:750).
Tolerância: não menos que 60% (Q) da quantidade
declarada de C13H18O2 se dissolvem em 30 minutos. Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade do pó equivalente a 100 mg de
ibuprofeno para balão volumétrico de 100 mL, adicionar
ENSAIOS DE PUREZA 70 mL de Fase móvel, agitar por 30 minutos, completar o
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em volume com a Fase móvel e homogeneizar. Centrifugar uma
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando porção da suspensão obtida e usar o líquido sobrenadante.
sílica-gel como suporte, e uma mistura de n-hexano, Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
acetato de etila e ácido acético glacial (15:5:1), como de ibuprofeno SQR na Fase móvel de modo a obter solução
fase móvel. Aplicar separadamente 5 ȝL de cada uma das a 1 mg/mL.
soluções descritas seguir.

i
Injetar replicatas de 20 —L das Solução padrão. O fator de
Solução (1): agitar quantidade de pó equivalente a 0,2 g de cauda não é maior que 2,0 e o desvio padrão relativo das
ibuprofeno com 10 mL de clorofórmio, Þltrar e reservar o áreas de replicatas dos picos registrados é maior que 2,0%.
Þltrado. Repetir o procedimento com mais duas porções de
10 mL de clorofórmio e reunir os extratos clorofórmicos. Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções
Evaporar o Þltrado até cerca de 1 mL e adicionar quantidade padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
suÞciente de clorofórmio para 2 mL. áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C13H18O2 nos
comprimidos a partir das respostas obtidas com as Soluções
Solução (2): diluir um volume da Solução (1) para 100 padrão e amostra.
volumes com clorofórmio.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


secar ao ar, nebulizar com p-dimetilaminobenzaldeído a
1% (p/v) em mistura de etanol e ácido clorídrico (10:1), Em recipientes bem fechados.
aquecer em estufa a 100 °C por 5 minutos e nebulizar com
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1055

ROTULAGEM ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. Observar a legislação vigente. Ver a monograÞa
Imunoglobulina Humana Normal. No rótulo indica-se o
número de Unidades Internacionais por recipiente.
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA
O ANTÍGENO D
Immunoglobulinum Humanum anti-D IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA
A HEPATITE A
Immunoglobulinum Humanum Hepatitidis A
A imunoglobulina humana contra o antígeno D é uma
preparação estéril, líquida ou lioÞlizada contendo
imunoglobulinas, principalmente a imunoglobulina G. A imunoglobulina humana contra a hepatite A é uma
A preparação é destinada a ser administrada por via preparação estéril, líquida ou lioÞlizada contendo
intramuscular. É obtida a partir do plasma proveniente imunoglobulinas, principalmente a imunoglobulina G.
de doadores D-negativos, contendo títulos elevados de A preparação é destinada a ser administrada por via
imunoglobulinas contra o antígeno D especíÞco e pequenas intramuscular. É obtida a partir do plasma proveniente de
quantidades de anticorpos contra outros grupos sanguíneos. doadores selecionados contendo anticorpos contra o vírus
Pode ser adicionada a ela imunoglobulina humana normal. da hepatite A. Pode ser adicionada a ela a imunoglobulina
A imunoglobulina humana anti-D satisfaz às exigências humana normal.
estabelecidas na monograÞa Imunoglobulina Humana
Normal, exceto no que se refere ao número mínimo de A imunoglobulina humana contra o vírus da hepatite
doadores e ao teor mínimo em proteínas totais. A satisfaz às exigências estabelecidas na monograÞa
Imunoglobulina Humana Normal, exceto no que se refere
Estabilidade. Para a preparação líquida, realizar ensaio ao número mínimo de doadores e ao teor mínimo em
de degradação acelerada, realizado por aquecimento a 37 proteínas totais.
°C durante quatro semanas no produto Þnal; a perda de
atividade anti-D não é superior a 20% do valor inicial.
DOSEAMENTO
Para limitar a carga viral do vírus B19 em pools de plasma
A atividade da imunoglobulina humana contra a
utilizados por fabricantes da imunoglobulina anti D, o
hepatite A é avaliada por comparação com a atividade
pool de plasma é testado quanto à presença do vírus B19
de uma preparação de referência aferida em unidades
mediante o emprego de técnicas de ampliÞcação de ácidos
internacionais, por meio de um ensaio com sensibilidade e
nucleicos devidamente validadas. No máximo 10 UI por
especiÞcidade apropriadas (Proceder conforme descrito em
microlitro.
Métodos imunoquímicos (5.6)). A Unidade Internacional
Um controle positivo com 10 UI do DNA do vírus B19 corresponde à atividade de uma determinada quantidade da
por microlitro e um controle interno preparado por meio preparação de referência internacional da imunoglobulina
da adição de um marcador apropriado a uma amostra do humana contra a hepatite A. A correspondência entre
pool de plasma a ser usado no teste. O teste é inválido se o a Unidade Internacional e a preparação de referência
controle positivo for não reagente ou se o resultado obtido internacional é indicada pela Organização Mundial de
com o controle interno indicar a presença de inibidores. Saúde.

Se for adicionada à preparação imunoglobulina humana A atividade indicada não é inferior a 600 UI por mililitro e
e ou solução de albumina humana o pool de plasma ou nem inferior à atividade indicada. Os limites de conÞança
pools de origem devem cumprir os requisitos apresentados (P = 0,95) da atividade determinada não são inferiores a
anteriormente para o DNA de vírus B19. 80%, nem superiores a 125%.

DOSEAMENTO EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Proceder conforme em Determinação da imunoglobulina


humana anti-D (5.5.1.15). A potência estimada não
é inferior a 90% da potência declarada. Os limites de
conÞança (P = 0,95) não são inferiores a 80% e nem
Ver a monograÞa de Imunoglobulina Humana Normal.

ROTULAGEM
ia
superiores a 120% da potência estimada. Observar a legislação vigente. Ver a monograÞa de
Imunoglobulina Humana Normal. No rótulo indica-se o
número de Unidades Internacionais por mililitro.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Ver a monograÞa Imunoglobulina Humana Normal.
1056 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de doadores portadores de anticorpos especíÞcos contra o


IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA antígeno de superfície da hepatite B. Pode ser adicionada
A HEPATITE B de imunoglobulina humana normal para administração
por via intravenosa. A imunoglobulina humana contra
Immunoglobulinum Humanum Hepatitidis B
a hepatite B para uso intravenoso satisfaz as exigências
estabelecidas na monograÞa Imunoglobulina Humana
A imunoglobulina humana contra a hepatite B é uma Normal para Administração por Via Intravenosa exceto
preparação estéril, líquida ou lioÞlizada contendo no que se refere ao número mínimo de doadores, ao teor
imunoglobulinas, principalmente a imunoglobulina G. mínimo em proteínas totais e ao limite de osmolalidade.
A preparação é destinada a ser administrada por via
intramuscular. É obtida a partir do plasma proveniente de DOSEAMENTO
doadores selecionados contendo anticorpos contra o vírus
da hepatite B. Pode ser adicionada a ela imunoglobulina A atividade da imunoglobulina humana contra a hepatite
humana normal. A imunoglobulina humana contra o B para administração por via intravenosa é avaliada por
vírus da hepatite B satisfaz às exigências estabelecidas comparação do título em anticorpos da amostra com a
na monograÞa Imunoglobulina Humana Normal, exceto atividade de uma preparação de referência aferida em
no que se refere ao número mínimo de doadores e ao teor Unidades Internacionais, por meio de um imunodoseamento
mínimo em proteínas totais. com sensibilidade e especiÞcidade apropriadas (Proceder
conforme descrito em Métodos imunoquímicos (5.6)). A
Unidade Internacional corresponde à atividade de uma
DOSEAMENTO
determinada quantidade da preparação internacional
A atividade da imunoglobulina humana contra a de referência da imunoglobulina da hepatite B. A
hepatite B é avaliada por comparação com a atividade correspondência entre a Unidade Internacional e a
de uma preparação de referência aferida em Unidades preparação de referência internacional é indicada pela
Internacionais, por meio de um ensaio com sensibilidade e Organização Mundial de Saúde.
especiÞcidade apropriadas (Proceder conforme descrito em
A atividade indicada não é inferior a 50 UI por mililitro. A
Métodos imunoquímicos (5.6)). A Unidade Internacional
atividade determinada não é inferior à atividade indicada.
corresponde à atividade de uma determinada quantidade da
Os limites de conÞança (P = 0,95) da atividade determinada
preparação de referência internacional da imunoglobulina
não são inferiores a 80%, nem superiores a 125%.
humana contra a hepatite B. A correspondência entre
a Unidade Internacional e a preparação de referência é
indicada pela Organização Mundial de Saúde. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
A atividade indicada não é inferior a 100 UI por mililitro, Ver a monograÞa de Imunoglobulina Humana Normal para
nem inferior à atividade indicada. Os limites de conÞança Administração por Via Intravenosa.
(P = 0,95) da atividade determinada não são inferiores a
80%, nem superiores a 125%.
ROTULAGEM

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Observar a legislação vigente. Ver a monograÞa de


Imunoglobulina Humana Normal para Administração por
Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso Via Intravenosa. No rótulo indica-se o número mínimo de
humano. Unidades Internacionais por recipiente.

ROTULAGEM
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA
Observar legislação vigente. A RAIVA
Immunoglobulinum Humanum Rabicum

i IMUNOGLOBULINA HUMANA
CONTRA A HEPATITE B PARA USO
INTRAVENOSO
Immunoglobulinum Humanum Hepatitidis B ad
A imunoglobulina humana contra a raiva é uma preparação
estéril, líquida ou lioÞlizada contendo imunoglobulinas,
principalmente a imunoglobulina G. A preparação é
destinada a ser administrada por via intramuscular. É obtida
Usum Intravenosum a partir do plasma proveniente de doadores portadores de
anticorpos especíÞcos contra a raiva. Pode ser adicionada
a ela a imunoglobulina humana normal. A imunoglobulina
A imunoglobulina humana contra a hepatite B para
humana contra a raiva satisfaz às exigências estabelecidas
uso intravenoso é uma preparação estéril, líquida ou
na monograÞa Imunoglobulina Humanas Normal exceto
lioÞlizada contendo imunoglobulinas, principalmente a
no que se refere ao número mínimo de doadores e ao teor
imunoglobulina G. É obtida a partir do plasma proveniente
mínimo em proteínas totais.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1057

DOSEAMENTO se encontre entre as quatro diluições. Adicionar 0,1 mL de


meio a cada câmara, exceto na 1ª de cada uma de duas Þlas
A atividade da imunoglobulina humana contra a raiva às quais se junta, respectivamente, 0,2 mL das duas pré-
é avaliada por comparação entre a dose necessária para diluições da diluição-mãe de referência e a seguir transferir
neutralizar o poder infeccioso do vírus da raiva e a dose 0,1 mL sucessivamente para as outras câmaras.
de uma preparação de referência aferida em Unidades
Internacionais necessária para assegurar o mesmo grau de Diluir a amostra a 1/100 com meio de cultura não
neutralização (Métodos imunoquímicos (5.6)). Realizar suplementado (diluição-mãe de imunoglobulina) para
a aferição em culturas celulares sensíveis e revelar a reduzir ao mínimo os erros devidos à viscosidade da
presença do vírus não neutralizado por imunoßuorescência. preparação não diluída. Prepare três pré-diluições
A Unidade Internacional corresponde à atividade apropriadas da diluição-mãe de imunoglobulina de modo
neutralizante especíÞca para o vírus da raiva de uma que a diluição da amostra que reduz de 50% o número
determinada quantidade de uma preparação de referência de campos ßuorescentes na placa de cultura celular se
internacional de imunoglobulina humana contra a raiva. encontre entre as quatro diluições.

A correspondência entre a Unidade Internacional e a Adicionar 0,1 mL de meio a cada câmara, exceto na 1ª de
preparação de referência internacional é indicada pela cada uma de três Þlas às quais se adiciona respectivamente
Organização Mundial de Saúde. 0,2 mL das três pré-diluições da diluição-mãe de
imunoglobulina. Preparar uma série de diluições de razão
Realizar a aferição em células sensíveis apropriadas. 2 transferindo 0,1 mL sucessivamente para as outras
Utilizar a linha celular BHK 21, multiplicada no meio de câmaras.
cultura descrita a seguir, e submeter entre 18 a 30 passagens
a partir do lote semente do ATCC. Recolha as células após A todas as câmaras contendo as diluições da preparação
uma incubação de 2 a 4 dias. Tratar as células com tripsina. de referência e as diluições da amostra, adicionar 0,1 mL
Preparar uma suspensão de 500 000 células por mililitro da suspensão de vírus correspondente a 100 DICC50 por
(suspensão de células). Para aumentar a sensibilidade das 0,1 mL (diluição de trabalho), agitar manualmente e deixar
células junte, se necessário, 10 minutos antes da utilização em repouso a 37 °C em atmosfera de dióxido de carbono
desta suspensão, 10 ȝg de dietilaminoetildextrano por durante 90 minutos, acrescentar 0,2 mL da suspensão de
mililitro. células agitar manualmente e deixe em repouso a 37 °C em
atmosfera de dióxido de carbono durante 24 horas. Após
Utilizar uma cepa de vírus Þxa multiplicada em células 24 horas eliminar o meio e retirar as paredes de plástico.
sensíveis, por exemplo, a cepa CVS adaptada à cultura na
linha celular BHK 21 (suspensão-mãe do vírus). Titular a Lavar as câmaras monocelulares com tampão fosfato-
suspensão-mãe do vírus do seguinte modo: salina de pH 7,4, e depois com uma mistura de 20 volumes
de água e 80 volumes de acetona e Þxe durante 3 minutos
Preparar uma série de diluições da suspensão do vírus. Em com uma mistura de 20 volumes de água e 80 volumes
placas com câmaras para culturas celulares (8 câmaras por de acetona a -20 °C. Espalhar nas lâminas o conjugado
placa), distribuir 0,1 mL de cada diluição. Adicionar 0,1 ßuorescente de soro anti-rábico pronto a ser utilizado.
mL do meio de cultura e 0,2 mL da suspensão de células.
Incubar a 37 °C em atmosfera de dióxido de carbono, Deixar em repouso durante 30 minutos a 37 °C numa
durante 24 horas. Fixar, core por imunoßuorescência e atmosfera com uma umidade muito elevada. Lavar com
realizar os cálculos segundo as indicações descritas a tampão fosfato-salina de pH 7,4 e secar. Examinar 20
seguir. Determinar o título da suspensão-mãe do vírus e campos de cada câmara com uma ampliação de 250
preparar uma diluição de trabalho do vírus correspondente vezes com um microscópio equipado para leitura com
a 100 DICC50 por 0,1 mL. ßuorescência. Registrar o número de campos contendo,
no mínimo, uma célula ßuorescente. VeriÞcar a dose
Em cada ensaio veriÞcar a quantidade do vírus realizando do vírus de prova utilizado na placa para a titulação do
uma titulação controle: a partir da diluição correspondente vírus e determinar a diluição da preparação de referência
a 100 DICC50 por 0,1 mL, realizar três diluições sucessivas e da amostra que reduz de 50% o número de campos
de razão 10. Distribuir respectivamente 0,1 mL de cada

ia
ßuorescentes realizando os cálculos para o conjunto
diluição em quatro câmaras contendo 0,1 mL do meio das duas ou três diluições, por meio de uma análise de
de cultura e acrescentar 0,2 mL da suspensão de células. probabilidade iterativa. O ensaio só é válido quando a
O ensaio só é válido se o título se situar entre 30 e 300 análise estatística demonstrar uma inclinação signiÞcativa
DICC50. da curva dose/efeito e não revelar desvio da linearidade ou
do paralelismo.
Diluir a preparação de referência com meio de cultura
não suplementar até à concentração de 2 UI por mililitro A atividade indicada é, no mínimo, de 150 UI por mililitro.
(diluição-mãe de referência e conservar a uma temperatura
inferior a -80 °C). Preparar duas pré-diluições apropriadas A atividade determinada não é inferior, nem superior a 2
(1/8 e 1/10) da diluição-mãe de referência de modo que a vezes à atividade indicada. Os limites de conÞança (P =
diluição da preparação de referência que reduz de 50% o 0,95) da atividade determinada não são inferiores a 80%,
número de campos ßuorescentes na placa de cultura celular nem superiores a 125%.
1058 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

MEIO DE CULTURA PARA O CRESCIMENTO ROTULAGEM


DAS CÉLULAS BHK 21
Ver a monograÞa Imunoglobulina Humana Normal. No
Os meios comercializados com uma composição rótulo indica-se o número de Unidades Internacionais por
ligeiramente diferente daquela que se indica podem recipiente.
igualmente ser utilizado.

Cloreto de sódio 6,4 g IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA


Cloreto de potássio 0,40 g A RUBÉOLA
Cloreto de cálcio anidro 0,20 g Immunoglobulinum Humanum Rubellae
Sulfato de magnésio hepta-hidratado 0,20 g
Fosfato de sódio monoidratado 0,124 g A imunoglobulina humana contra a rubéola é uma
Glicose monoidratada 4,5 g preparação estéril, líquida ou lioÞlizada contendo
Nitrato férrico monoidratado 0,10 mg imunoglobulinas, principalmente a imunoglobulina
Cloridrato de L-arginina 42,0 mg G. A preparação é destinada a ser administrada por via
intramuscular. É obtida a partir do plasma contendo
L-cistina 24,0 mg anticorpos especíÞcos contra o vírus da rubéola. Pode
L-histidina 16,0 mg ser adicionada de imunoglobulina humana normal. A
L-isoleucina 52,0 mg imunoglobulina humana contra a rubéola satisfaz às
L-leucina 52,0 mg exigências estabelecidas na monograÞa Imunoglobulina
Humana Normal, exceto no que se refere ao número
Cloridrato de L-lisina 74,0 mg
mínimo de doadores e ao teor mínimo em proteínas totais.
L-fenilalanina 33,0 mg
L-treonina 48,0 mg
DOSEAMENTO
L-triptofano 8,0 mg
L-tirosina 36,0 mg A atividade da imunoglobulina humana contra a
rubéola é avaliada por comparação com a atividade
L-valina 47,0 mg
de uma preparação de referência aferida em Unidades
L-metionina 15,0 mg Internacionais, por meio de um ensaio apropriado de
L-glutamina 0,292 g inibição de hemaglutinação. A Unidade Internacional
I-inositol 3,60 mg corresponde à atividade de uma determinada quantidade
da preparação de referência internacional de soro humano
Cloreto de colina 2,0 mg
contra a rubéola. A correspondência entre a Unidade
Ácido fólico 2,0 mg Internacional e a preparação de referência internacional é
Nicotinamida 2,0 mg indicada pela Organização Mundial de Saúde.
Pantotenato de cálcio 2,0 mg
A atividade indicada não é inferior a 4500 UI por mililitro.
Cloridrato de piridoxal 2,0 mg Os limites de conÞança (P = 0,95) da atividade determinada
Cloridrato de tiamina 2,0 mg não são inferiores a 50%, nem superiores a 200%.
Riboßavina 2,0 mg
Vermelho de fenol 15,0 mg EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Bicarbonato de sódio 2,75 g
Ver a monograÞa Imunoglobulina Humana Normal.
Água q.s.p. 1000 mL

Adicione ao meio o seguinte suplemento: ROTULAGEM


Soro fetal de vitela Observar a legislação vigente. Ver a monograÞa de

i
(aquecido durante 30 minutos a 56 °C) 10% Imunoglobulina Humana Normal. No rótulo indica-se o
Caldo triptose fosfato 10% número de Unidades Internacionais por mililitro.
Benzilpenicilina sódica 60 mg/L
Estreptomicina 0,1 g/L

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Ver a monograÞa Imunoglobulina Humana Normal.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1059

IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA


O SARAMPO O TÉTANO
lmmunoglobulinum Humanum Morbillicum Immunoglobulinum Humanum Tetanicum

A imunoglobulina humana contra o sarampo é uma A imunoglobulina humana contra o tétano é uma preparação
preparação estéril; líquida, ou lioÞlizada contendo estéril; líquida, ou lioÞlizada contendo imunoglobulinas,
imunoglobulinas, principalmente a imunoglobulina G. principalmente a imunoglobulina G. É obtida a partir do
A preparação é destinada a ser administrada por via plasma contendo anticorpos especíÞcos contra a toxina do
intramuscular. É obtida a partir do plasma contendo Clostridium tetani. Pode ser adicionada de imunoglobulina
anticorpos especíÞcos contra o vírus do sarampo. Pode humana normal. A imunoglobulina humana contra o
ser adicionada de imunoglobulina humana normal. A tétano satisfaz às exigências estabelecidas na monograÞa
imunoglobulina humana contra o sarampo satisfaz às Imunoglobulina Humana Normal, exceto no que se refere
exigências estabelecidas na monograÞa Imunoglobulina ao número mínimo de doadores e ao teor mínimo em
Humana Normal, exceto no que se refere ao número proteínas totais.
mínimo de doadores e ao teor mínimo em proteínas totais.
Durante a produção é conveniente ser estabelecida uma
relação satisfatória entre a atividade determinada por
DOSEAMENTO imunodoseamento pelo método Determinação da atividade
humana contra o tétano e a atividade determinada
A atividade da preparação líquida, ou da preparação
pelo método Atividade antitóxica em camundongos em
lioÞlizada reconstituída segundo as indicações contidas no
Doseamento.
rótulo é, no mínimo, de 50 UI de anticorpos neutralizantes
do vírus do sarampo por mililitro.
DOSEAMENTO
A atividade é avaliada por comparação entre o título em
anticorpos da amostra e de uma preparação de referência Atividade antitóxica em camundongos
aferida em unidades internacionais, utilizando uma dose de
prova de vírus do sarampo em cultura celular apropriada. Avaliar a atividade pela determinação da dose que
permite assegurar a proteção de camundongos contra os
A Unidade Internacional corresponde à atividade efeitos paralisantes de uma determinada dose de toxina
neutralizante especíÞca para o vírus do sarampo de uma tetânica. Essa dose é comparada com uma preparação
determinada quantidade da preparação internacional de de referência de uma imunoglobulina humana tetânica
referência do soro humano do sarampo. aferida em unidades internacionais, necessária para
assegurar a mesma proteção. A Unidade Internacional de
A correspondência entre a Unidade Internacional e a antitoxina corresponde à atividade neutralizante especíÞca
preparação de referência internacional é indicada pela relativamente à toxina tetânica contida numa determinada
Organização Mundial de Saúde. quantidade do padrão internacional constituído pela
imunoglobulina humana lioÞlizada. A correspondência
Preparar diluições seriadas da amostra e da preparação
entre a Unidade Internacional e o Padrão Internacional
de referência. Misturar volumes iguais de cada diluição e
é indicada pela Organização Mundial de Saúde. A
de uma suspensão de vírus do sarampo contendo cerca de
imunoglobulina humana contra o tétano é aferida em
100 DICC50 em 0,1 mL. Incubar essas misturas ao abrigo
unidades internacionais por comparação com o padrão
da luz a 37 °C durante 2 horas. Utilizar, no mínimo, seis
internacional.
culturas celulares para cada mistura e inocular 0,2 mL da
mistura por cultura. Incubar, pelo menos, durante 10 dias. Escolha dos animais. Utilizar camundongos com peso
Examinar as culturas quanto ao desenvolvimento do vírus. compreendido entre 16 e 20 g.
Determinar a atividade comparando a diluição que contém Preparação da toxina de teste. Preparar a toxina de teste

ia
a menor quantidade da amostra que tenha neutralizado o por um método apropriado a partir do Þltrado estéril de
vírus com a da preparação de referência que manifeste uma cultura de C. tetani em meio líquido. Os dois métodos
idêntica atividade. Calcular a atividade da amostra em a seguir referidos são dados a título de exemplo, mas
unidades internacionais de anticorpos neutralizantes do qualquer outro método apropriado pode ser utilizado.
vírus do sarampo por mililitro.
(1) Ao Þltrado de uma cultura de cerca de nove dias,
adicionar 1 a 2 volumes de glicerina e conservar a mistura
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
no estado líquido a uma temperatura ligeiramente inferior
Ver a monograÞa Imunoglobulina Humana Normal. a 0 °C.

(2) Precipitar a toxina por adição à cultura de sulfato de amônio,


ROTULAGEM secar o precipitado sob vácuo em presença de pentóxido de
fósforo, pulverizá-lo e conservá-lo seco em ampolas fechadas
Ver a monograÞa Imunoglobulina Humana Normal. No rótulo sob vácuo em presença de pentóxido de fósforo.
indica-se o número de Unidades Internacionais por recipiente.
1060 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Determinação da dose da toxina de teste (dose Lp/10). A atividade da imunoglobulina humana contra o tétano
Preparar uma solução da preparação de referência em é avaliada por comparação do título de anticorpos da
líquido apropriado de modo que contenha 0,5 UI de amostra e o de uma preparação de referência, aferida em
antitoxina por mililitro. Se a toxina for conservada no unidades internacionais, com o auxílio de um ensaio de
estado seco, reconstituir usando um líquido apropriado. imunodoseamento com sensibilidade e especiÞcidade
Preparar uma série de misturas da solução da preparação apropriadas (Métodos imunoquímicos). A imunoglobulina
de referência e da amostra de modo que cada uma contenha humana contra o tétano é aferida em unidades internacionais
2 mL da solução da preparação de referência e uma por comparação com o padrão internacional. A atividade
quantidade variável da amostra. Completar cada mistura indicada não é inferior a 100 UI de antitoxina tetânica por
com o mesmo volume Þnal de 5 mL utilizando um líquido mililitro. A atividade determinada não é inferior à atividade
apropriado. Deixar em repouso e ao abrigo da luz, durante indicada. Os limites de conÞança (P = 0,95) da atividade
60 minutos. Utilizar um grupo de seis camundongos para determinada não são inferiores a 80%, nem superiores a
cada mistura. Injetar a cada um deles, por via subcutânea, 125%.
0,5 mL da mistura atribuída ao seu grupo. Manter os
camundongos em observação durante 96 horas. Os que
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
forem atingidos por paralisia podem ser sacriÞcados. A
dose de teste da toxina corresponde à quantidade presente Ver a monograÞa Imunoglobulina Humana Normal.
em 0,5 mL da mistura contendo a menor quantidade de
toxina que provoca, durante o período de observação, a
paralisia nos 6 camundongos aos quais foi administrada, ROTULAGEM
apesar da neutralização parcial devido a preparação de
Observar a legislação vigente. Ver a monograÞa
referência.
Imunoglobulina Humana Normal. O rótulo deve indicar o
Determinação da atividade da imunoglobulina número de unidades internacionais contido no frasco.

Preparar uma solução da preparação de referência em


líquido apropriado de modo que contenha 0,5 UI de IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA
antitoxina por mililitro. Preparar uma solução da toxina de A VARICELA
teste em líquido apropriado de modo que contenha 5 doses/
Immunoglobulinum Humanum Varicellae
mL. Preparar uma série de misturas da solução da toxina de
prova e da amostra de modo que contenham cada uma 2 mL
da solução da toxina de prova e uma quantidade variável A imunoglobulina humana contra a varicela é uma
da amostra. Completar cada mistura com o mesmo volume preparação estéril, líquida ou lioÞlizada contendo
Þnal de 5 mL com líquido apropriado. Preparar uma segunda imunoglobulinas, principalmente a imunoglobulina G.
série de misturas da solução da toxina de teste e da solução A preparação é destinada a ser administrada por via
da preparação de referência de modo que contenha cada intramuscular. É obtida a partir do plasma contendo
uma 2 mL da solução da toxina de teste e uma quantidade anticorpos especíÞcos contra o Herpesvírus varicellae.
variável da preparação de referência. Nessa segunda série, Pode ser adicionada de imunoglobulina humana normal.
a diluição média da preparação de referência corresponde A imunoglobulina humana contra varicela satisfaz às
à mistura que contém 1 UI de antitoxina (2 mL da solução exigências estabelecidas na monograÞa Imunoglobulina
da preparação de referência). Completar cada mistura com Humana Normal, exceto no que se refere ao número
o mesmo volume Þnal de 5 mL, utilizando um líquido mínimo de doadores, ao teor mínimo em proteínas totais
apropriado. Deixar em repouso as misturas das duas séries e, nos casos autorizados, ao ensaio dos anticorpos contra o
ao abrigo da luz, durante 60 minutos. Utilizar um grupo antígeno de superfície da hepatite B.
de seis camundongos para cada mistura. Injetar a cada um
deles por via subcutânea, 0,5 mL da mistura atribuída ao
seu grupo. Manter os camundongos em observação durante DOSEAMENTO
96 horas. Os que forem atingidos por paralisia podem ser A atividade da imunoglobulina humana contra a varicela é
sacriÞcados. A mistura contendo a quantidade máxima de

i
avaliada por comparação com a atividade de uma preparação
imunoglobulina que não protege nenhum camundongo de referência aferida em Unidades Internacionais, por meio
da paralisia corresponde a 1 UI. Essa quantidade serve de um ensaio com sensibilidade e especiÞcidade apropriadas
para calcular a atividade da imunoglobulina em unidades (Proceder conforme descrito em Métodos imunoquímicos
internacionais por mililitro. (5.6)). A Unidade Internacional corresponde à atividade de
O ensaio só é válido se todos os camundongos inoculados uma determinada quantidade da preparação de referência
com a mistura contendo, até, 2 mL da solução da preparação internacional da imunoglobulina humana contra a varicela.
de referência forem atingidos por paralisia e se todos A correspondência entre a Unidade Internacional e a
os camundongos inoculados com as misturas contendo preparação de referência internacional é indicada pela
maiores volumes dessa solução não apresentarem sintomas Organização Mundial de Saúde.
de paralisia. A atividade determinada não é inferior a 100 UI por
Determinação da atividade da imunoglobulina humana mililitro, nem inferior à atividade indicada. Os limites
contra o tétano
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1061

de conÞança (P = 0,95) da atividade determinada não são ROTULAGEM


inferiores a 80%, nem superiores a 125%.
Observar a legislação vigente. Ver a monograÞa de
Imunoglobulina Humana Normal para Administração por
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Via Intravenosa. No rótulo indica-se o número de Unidades
Internacionais por mililitro.
Ver a monograÞa Imunoglobulina Humana Normal.

ROTULAGEM IMUNOGLOBULINA HUMANA NORMAL


Immunoglobulinum Humanum Normale
Observar a legislação vigente. Ver a monograÞa de
Imunoglobulina Humana Normal. No rótulo indica-se o
número de Unidades Internacionais por mililitro. Imunoglobulina humana normal é uma preparação
estéril, líquida ou lioÞlizada, contendo principalmente
IgG. Outras proteínas também podem estar presentes. A
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA imunoglobulina humana normal contendo anticorpos IgG
A VARICELA PARA USO INTRAVENOSO pode ser administrada via intramuscular ou via subcutânea.
Immunoglobulinum Humanum Varicellae ad A imunoglobulina humana normal é obtida do plasma
Usum Intravenosum humano, o qual cumpre os requisitos da monograÞa de
Plasma Humano para Fracionamento. Não deve ser
adicionado antibiótico na preparação.
A imunoglobulina humana contra a varicela para
uso intravenoso é uma preparação estéril, líquida ou O método de preparação deve incluir uma ou mais etapas
lioÞlizada contendo imunoglobulinas, principalmente a que demonstrem remover ou inativar agentes infecciosos
imunoglobulina G. É obtida a partir do plasma contendo conhecidos. Se substâncias são usadas para inativação
anticorpos especíÞcos contra o herpes vírus humano viral, deverá demonstrar que não há nenhum resíduo
3 (vírus da varicela-zoster 1). Pode ser adicionada de na preparação Þnal que apresente efeitos adversos nos
imunoglobulina humana normal para administração por via pacientes tratados com a imunoglobulina. É necessário
endovenosa. A imunoglobulina humana contra a varicela demonstrar, por meio de testes adequados em animais e
para uso intravenoso satisfaz às exigências estabelecidas avaliação durante os ensaios clínicos, que o produto é bem
na monograÞa Imunoglobulina Humana Normal para tolerado quando administrado por via intramuscular, ou
Administração por Via Intravenosa exceto no que se subcutânea. A imunoglobulina humana normal é preparada
refere ao número mínimo de doadores, ao teor mínimo em com pool de plasma de no mínimo 1000 doadores, por um
proteínas totais e ao limite de osmolalidade. método conhecido que proporciona um produto Þnal estéril
e com concentração de proteínas de 160 g/L, contendo
anticorpos de, no mínimo, dois agentes (dos quais um viral
DOSEAMENTO e um bacteriano) disponíveis na Preparação de Referencia,
ou Padrão Internacional. A concentração de cada anticorpo
A atividade da imunoglobulina humana contra a varicela
deve ser, no mínimo, dez vezes maior que no pool de
para uso intravenoso é avaliada por comparação do título de
plasma inicial.
anticorpos da amostra com a atividade de uma preparação
de referência aferida em Unidades Internacionais, por Se a imunoglobulina humana normal for preparada para
meio de um imunodoseamento com sensibilidade e a administração subcutânea, o método de produção deve
especiÞcidade apropriadas (Proceder conforme descrito em ser adequado para um rendimento consistente do produto
Métodos imunoquímicos (5.6)). A Unidade Internacional que cumpre com o teste de função Fc da imunoglobulina.
corresponde à atividade de uma determinada quantidade da A imunoglobulina humana normal é preparada como
preparação de referência internacional da imunoglobulina uma solução estabilizada, por exemplo, em uma solução
humana contra a varicela. A correspondência entre a de cloreto de sódio a 0,9% (p/v); em solução de glicina
Unidade Internacional e a preparação de referência 2,25% (p/v); ou, se a preparação é lioÞlizada, em solução

ia
internacional é indicada pela Organização Mundial de de glicina 6% (p/v). Preparações multidoses devem conter
Saúde. um agente antimicrobiano. Preparações dose única não
devem conter agentes antimicrobianos. No produto Þnal a
A atividade indicada não é inferior a 25 UI por mililitro. A
quantidade de agentes antimicrobianos ou estabilizadores
atividade determinada não é inferior à atividade indicada.
usados não deve apresentar efeitos nocivos à saúde. A
Os limites de conÞança (P = 0,95) da atividade determinada
substância deve ser Þltrada através de Þltro de retenção
não são inferiores a 80%, nem superiores a 125%.
das bactérias (Þltração esterilizante). A preparação pode
subsequentemente ser lioÞlizada e os frascos vedados sob
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO vácuo, ou um gás inerte.

Ver a monograÞa Imunoglobulina Humana Normal para A estabilidade da preparação deve ser demonstrada, por
Administração por Via Intravenosa. meio de testes adequados, durante o desenvolvimento do
estudo de estabilidade.
1062 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

IDENTIFICAÇÃO Adequabilidade do sistema: no eletroforetograma obtido


com a Solução de referência, em gel de acetato de celulose
A. Realizar na amostra ensaios de precipitação com uma ou de agarose, a proporção de proteínas na banda principal
gama apropriada de soros especíÞcos de diferentes espécies está de acordo com os limites estabelecidos na bula que
de animais domésticos. É recomendável que o ensaio seja acompanha a preparação de referência.
realizado com soros especíÞcos das proteínas plasmáticas
de cada espécie de animal doméstico correntemente Procedimento: aplicar na tira 2,5 —L da Solução amostra ou
utilizado para a preparação de produtos de origem 0,25 —L por mililitro se for utilizada uma tira mais estreita.
biológica. A imunoglobulina humana normal contém Para outras tiras, aplicar da mesma maneira o mesmo
proteínas de origem humana e dá resultados negativos com volume da Solução de referência. Aplicar um campo
os soros especíÞcos das proteínas plasmáticas de outras elétrico adequado de forma que a banda de albumina do
espécies. soro humano, aplicada na tira controle, migre, no mínimo,
30 mm. Corar a tira com negro de amido 10B SR por 5
B. Realizar na amostra um ensaio de imunoeletroforese minutos. Descolorar com uma mistura de ácido acético
segundo técnica apropriada. Usando um antissoro humano glacial e metanol (10:90) de forma que o fundo esteja livre
normal, comparar o soro humano normal com a amostra de coloração. Desenvolver a transparência das tiras com
diluída de modo a conter 10 g/L de proteínas. O componente uma mistura de ácido acético glacial e metanol (19:81).
principal da amostra corresponde ao componente IgG do Medir a absorvância da banda em instrumentos de resposta
soro humano normal, podendo existir outras proteínas linear e comprimento de onde 600 nm. Calcular o resultado
plasmáticas em pequenas quantidades. Se a albumina como a média de três medidas de cada banda.
humana foi adicionada como estabilizante, pode ser visto
como um composto importante. A mobilidade da proteína não é maior que 10% da banda
proteica principal.
CARACTERÍSTICAS Distribuição do tamanho molecular. Proceder conforme
descrito em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência
Aspecto. A preparação líquida é clara ou amarelo pálido
(5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector
ou ligeiramente marrom durante a estocagem, podendo
ultravioleta a 280 nm; coluna de 600 mm de comprimento e
apresentar uma leve turbidez ou uma pequena quantidade
7,5 mm de diâmetro interno ou de 300 mm de comprimento
de formação de partículas. A preparação lioÞlizada é um
e 7,8 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica-gel
pó ou sólido de massa friável, branco ou ligeiramente
hidrofílica (de um grau adequado para fracionamento de
amarelado. Para a preparação lioÞlizada, a reconstituição
proteínas globulares com massa molecular relativa entre
deve ser de acordo com a rotulagem, imediatamente antes
10 000 e 500 000); ßuxo da Fase móvel de 0,5 mL/minuto.
da IdentiÞcação e outros testes, exceto para Solubilidade
e Água. Fase móvel: dissolver 4,873 g de fosfato de sódio dibásico
di-hidratado, 1,741 g de fosfato de sódio monobásico
pH (5.2.19). 5,0 a 7,2. Diluir a preparação a ser examinada
monoidratado, 11,688 g de cloreto de sódio e 50 mg de
em uma solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) a uma
azida sódica em 1000 mL de água.
concentração de proteínas de 1% (p/v).
Solução amostra: diluir a amostra com solução de cloreto
Osmolalidade (5.2.28). Não é inferior a 240 mosmol/kg.
de sódio a 0,9% (p/v) até concentração apropriada ao
Solubilidade. Para a preparação lioÞlizada, adicionar o sistema cromatográÞco utilizado. A faixa de concentração
volume do diluente de acordo com o rótulo. A preparação de 4 g/L a 12 g/L e a injeção de 50 —g a 600 —g de proteínas
dissolve completamente dentro de 20 minutos à temperatura é normalmente adequada.
de 20 °C a 25 °C.
Solução padrão: diluir o padrão de imunoglobulina humana
Composição proteica. Proceder conforme descrito em com solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até obter uma
Eletroforese (5.2.22), utilizar a técnica Eletroforese de concentração em proteínas igual à da Solução amostra.
zona. Utilizar tiras adequadas de gel de acetato de celulose
No cromatograma obtido com a Solução padrão, o pico
ou de agarose, como meio suporte, e tampão barbital pH

i
principal corresponde ao monômero de IgG e há um pico
8,6 como solução eletrolítica. Se o acetato de celulose
correspondente ao dímero com retenção relativa do pico
é o material suporte, utilizar o método descrito a seguir.
principal de 0,85. IdentiÞcar os picos no cromatograma
Se é o gel de agarose, e porque ele é normalmente parte
obtido com a Solução amostra por comparação com o
do sistema automático, utilizar o manual de instrução do
cromatograma da Solução padrão; nenhum pico com o
fabricante.
tempo de retenção menor que o do dímero corresponde
Solução da amostra: diluir a amostra com solução de aos polímeros e agregados. A preparação a ser examinada
cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até uma concentração de 50 cumpre com o teste se no cromatograma obtido com a
g/L em proteínas. Solução amostra atender os seguintes itens:

Solução de referência: reconstituir um padrão de referência • o tempo de retenção relativa, em relação ao pico
para eletroforese de imunoglobulina humana e diluir com correspondente do cromatograma obtido com a Solução
solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até a concentração padrão, for de 1 ± 0,02 para o monômero e o dímero;
de 5% (p/v) em proteínas.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1063

• área sob o pico: a soma das área sob os picos do conÞança (P = 0,95) da potência estimada não é menor que
monômero e dímero representa não menos que 85% da 80% e nem maior que 125%.
área total do cromatograma e a soma das área sob os
picos dos polímeros e agregados representa não mais Hemaglutininas anti-A e anti-B
que 10% da área total do cromatograma. Essa exigência Realizar o teste se a imunoglobulina humana normal é
não se aplica às preparações a que se adicionou para a preparação subcutânea. Proceder conforme descrito
albumina como estabilizante; no caso de preparações em Determinação de títulos de hemaglutininas Anti-A
estabilizadas com albumina, realiza-se um ensaio de e Anti-B (5.5.1.9). Diluir a preparação a ser examinada
distribuição do tamanho molecular durante a fabricação na concentração de 30 g/L de imunoglobulina antes da
antes da adição do estabilizante. preparação da serie de diluições a serem usadas no teste. A
aglutinação é inferior à diluição de 1:64.
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
Proteínas totais
Água. Determinada por um método apropriado como
o Método semimicro (5.2.20.3), a Perda por dessecação Proceder conforme descrito em Determinação de nitrogênio
(5.2.9) ou a Espectrofotometria de absorção no pelo método de Kjeldahl (5.3.3.2). Diluir a amostra com
infravermelho (5.2.14). Não mais que 2%. solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até obter uma
concentração de cerca de 15 mg de proteínas em 2 mL. A
um tubo de centrífuga de fundo redondo, adicionar 2 mL
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
dessa solução, 2 mL de molibdato de sódio a 7,5% (p/v) e 2
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. mL de uma mistura de ácido sulfúrico isento de nitrogênio
e água (1:30). Agitar e centrifugar durante 5 minutos. O
Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar em cada líquido sobrenadante deve ser decantado possibilitando
coelho, por quilograma de massa corporal, um volume que o tubo seja enxuto sobre um papel de Þltro. Calcular o
correspondente a 1 mL de imunoglobulina. teor em proteínas multiplicando a quantidade de nitrogênio
por 6,25. O teor em proteínas não é inferior a 100 g/L e
DOSEAMENTO não é superior a 180 g/L. Contém, no mínimo, 90% e, no
máximo, 100% da quantidade indicada no rótulo.
Anticorpo anti-D

Se a imunoglobulina normal é para administração EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


subcutânea, deve cumprir com a Determinação
Conservar a preparação líquida em recipiente de vidro
da imunoglobulina humana anti-D (5.5.1.15) na
incolor, ao abrigo da luz e à temperatura indicada no rótulo.
imunoglobulina normal para administração intravenosa.
Conservar a preparação lioÞlizada em recipiente de vidro
Anticorpo para o antígeno de superfície da Hepatite B incolor, à pressão reduzida ou sob gás inerte, ao abrigo da
luz e a uma temperatura que não ultrapasse 25 °C.
Determinar por um Método Imunoquímico (5.6) apropriado.
Não é inferior a 0,5 UI/g de imunoglobulina.
ROTULAGEM
Anticorpo para Vírus da Hepatite A
Observar a legislação vigente. O rótulo deve declarar:
Se a intenção for usar para a proÞlaxia da Hepatite A,
• para a preparação líquida, o volume da preparação e o
deve cumprir com os seguintes requerimentos adicionais.
conteúdo proteico devem ser expressos em g/L;
Determinar o conteúdo de anticorpos por comparação com
a preparação de um padrão de referência calibrado em • para a preparação lioÞlizada, a quantidade de proteínas
UI, usando um Método Imunoquímico (5.6) apropriado, no frasco;
especíÞco e sensível. • a via de administração;
• para a preparação lioÞlizada, o nome ou composição
A Unidade Internacional é a quantidade de atividade do

ia
e o volume do diluente para reconstituição a ser
padrão internacional de imunoglobulina anti-hepatite A.
adicionado;
O equivalente na Unidade do padrão internacional está
declarado pela Organização Mundial de Saúde. • quando aplicável, que a preparação é adequada para o
uso na proÞlaxia da infecção da Hepatite A;
O padrão de referência da Imunoglobulina Humana contra • quando aplicável, a atividade da imunoglobulina anti-
a Hepatite A é calibrado em unidades internacionais em Hepatite A em UI/mL;
comparação com o padrão internacional. A potência
• nas preparações multidose, o nome e a concentração do
declarada não é menor que 100 UI/mL. A potência estimada
agente antimicrobiano.
não é menor que a potência declarada. O intervalo de
1064 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de animais domésticos. É recomendável que o ensaio seja


IMUNOGLOBULINA HUMANA NORMAL realizado com soros especíÞcos das proteínas plasmáticas
de cada espécie de animal doméstico correntemente
PARA ADMINISTRAÇÃO POR VIA
utilizado para a preparação de produtos de origem
INTRAVENOSA biológica. A imunoglobulina humana normal contém
Immunoglobulinum Humanum Normale ad proteínas de origem humana e dá resultados negativos com
Usum Intravenosum os soros especíÞcos das proteínas plasmáticas de outras
espécies.
A imunoglobulina humana normal para administração B. Realizar na amostra um ensaio de imunoeletroforese
por via intravenosa é uma preparação estéril, líquida ou segundo técnica apropriada descrita em Métodos
lioÞlizada contendo imunoglobulinas, principalmente a Imunoquímicos (5.6). Utilizar um antisoro humano normal,
imunoglobulina G (IgG). Podem estar presentes outras comparar o soro humano normal com a amostra diluída
proteínas. Contém anticorpos IgG de indivíduos normais. de modo a conter 10 g/L de proteínas. O componente
Essa monograÞa não se aplica às preparações produzidas principal da amostra corresponde ao componente IgG do
por um processo que tenha por Þm obter uma preparação soro humano normal, podendo existir outras proteínas
contendo fragmentos ou quimicamente modiÞcada. A plasmáticas em pequenas quantidades. Se a albumina
imunoglobulina humana normal para administração por humana foi adicionada como estabilizante, pode ser visível
via intravenosa é obtida a partir de plasma que satisfaz como um composto importante.
às exigências da monograÞa Plasma Humano para
Fracionamento. Não é adicionado ao plasma utilizado
nenhum antimicrobiano. CARACTERÍSTICAS

O método de preparação compreende uma ou várias etapas Aspecto. A preparação líquida é límpida, ou ligeiramente
que demonstraram que eliminam ou inativam os agentes opalescente e incolor, ou amarela clara. A preparação
infecciosos conhecidos. Tem sido demonstrado que os lioÞlizada é um pó branco, ou ligeiramente amarelado, ou
resíduos no produto Þnal das substâncias eventualmente uma massa sólida e friável. No caso de uma preparação
utilizadas nos processos destinados a inativar os vírus não lioÞlizada, a sua reconstituição é feita segundo as indicações
tenham qualquer efeito indesejável nos pacientes tratados do rótulo imediatamente antes de realizar a identiÞcação e
com a imunoglobulina. A inocuidade da preparação os ensaios, salvo os de solubilidade e de teor em água.
pronta para administração por via intravenosa terá sido pH (5.2.19). O pH da solução está compreendido entre 4,0
demonstrada por ensaios apropriados em animais e por e 7,4. Diluir a amostra com solução de cloreto de sódio a
um estudo durante os ensaios clínicos. A imunoglobulina 0,9% (p/v) até a concentração de 1% (p/v) em proteínas.
humana normal para administração por via intravenosa
é preparada a partir do plasma recolhido de, no mínimo, Osmolalidade (5.2.28). Não é inferior a 240 mosmol/kg.
1000 doadores, segundo um método por meio do qual se
saiba ser possível obter uma preparação que: Solubilidade. No caso de uma amostra lioÞlizada, adicionar
o volume do diluente indicado no rótulo. À temperatura de
• não transmitirá infecção; 20 °C a 25 °C, a amostra dissolve-se, completamente, em
• na concentração em imunoglobulina de 5% (p/v) 30 minutos.
contém, pelo menos, dois anticorpos (um viral e
Composição em proteínas. Proceder conforme descrito
outro bacteriano) para os quais existe um padrão
em Eletroforese (5.2.22), utilizar a técnica Eletroforese
internacional, ou uma preparação de referência; a
de zona. Utilizar tiras de gel de acetato de celulose
concentração de tais anticorpos é, pelo menos, três
apropriadas, como suporte e tampão barbital pH 8,6, como
vezes superior à da matéria-prima inicial; tem uma
solução de eletrólito.
distribuição deÞnida em subclasses da imunoglobulina
G e satisfaz ao teste de Determinação da função Fc da Solução amostra: diluir a amostra com solução de cloreto
imunoglobulina (5.5.1.16). de sódio a 0,9% (p/v) até uma concentração de 3% (p/v) em
imunoglobulina.

i
A imunoglobulina humana normal para administração
por via intravenosa é preparada quer na forma de solução Solução padrão: reconstituir um padrão de referência
estabilizada, quer lioÞlizada. Pode adicionar-se um para eletroforese de imunoglobulina humana e diluir com
estabilizante. Nos dois casos, a preparação é submetida solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até a concentração
a uma Þltração esterilizante. Nenhum conservante de 3% (p/v) em proteínas.
antimicrobiano é adicionado durante o fracionamento do
plasma e no pool de plasma Þnal. A estabilidade do produto Aplicar numa tira 4 ȝL da Solução amostra em spot de
Þnal é demonstrada por ensaios realizados durante os 10 mm ou aplicar 0,4 ȝL por milímetro se utilizar uma
estudos de desenvolvimento. tira mais estreita. Numa outra tira aplicar, nas mesmas
condições, o mesmo volume da Solução padrão. Aplicar
um campo elétrico apropriado de modo que a banda da
IDENTIFICAÇÃO albumina do soro humano normal num eletroforetograma
A. Realizar na amostra ensaios de precipitação com uma padrão migre, pelo menos, 30 mm. Tratar as tiras com negro
gama apropriada de soros especíÞcos de diferentes espécies de amido 10B SR durante 5 minutos e com uma mistura
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1065

de 10 volumes de ácido acético glacial com 90 volumes de preparações estabilizadas com albumina, realizar um
de metanol durante o tempo estritamente necessário para ensaio de distribuição do tamanho molecular durante a
obter a descoloração da moldura. Provocar a transparência fabricação antes da adição do estabilizante.
da moldura com uma mistura de 19 volumes de ácido
acético glacial com 81 volumes de metanol. Determinar
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
a absorvância das bandas em 600 nm com auxílio de um
aparelho que nesse comprimento de onda dê resposta Água. Determinar por um dos métodos: Determinação
linear no intervalo de medida. Realizar três determinações da água pelo método semimicro (5.2.20.3), Perda por
sobre cada tira e calcular a média das leituras em cada dessecação (5.2.9) ou por Espectrofotometria de absorção
tira. No eletroforetograma da amostra, no máximo 5% no infravermelho (5.2.14). No máximo 2,0%.
das proteínas podem ter mobilidade diferente da banda
principal. Esse limite não é aplicável se foi adicionada Ativador da pré-calicreína. Proceder conforme
albumina à preparação como estabilizante; no caso de descrito em Determinação do título do ativador da pré-
preparações estabilizadas com albumina, realiza-se um calicreína (5.5.1.11). No máximo, 35 UI/mL, calculado
ensaio de composição em proteínas durante a produção em relação a uma diluição da amostra contendo 30 g/L de
antes de adicionar o estabilizante. O ensaio só é válido imunoglobulina.
se no eletroforetograma obtido com a Solução padrão, a
proporção de proteínas contidas na banda principal estiver
TESTE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
compreendida entre os limites indicados na literatura que
acompanha a preparação do padrão de referência. Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
Distribuição do tamanho molecular. Proceder conforme Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar em cada
descrito em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência coelho, por quilograma de massa corporal, um volume
(5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector correspondente a 1 mL de imunoglobulina.
ultravioleta a 280 nm; coluna de 300 mm de comprimento
e 7,8 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica-gel
hidróÞla para cromatograÞa. Fluxo da Fase móvel de 0,5 DOSEAMENTO
mL/minuto. Anticorpos contra o antígeno de superfície da hepatite-B
Fase móvel: dissolver 4,873 g de fosfato de sódio dibásico O teor da amostra em anticorpos contra o antígeno de
di-hidratado, 1,741 g de fosfato de sódio monobásico superfície da hepatite-B, determinado por um Método
monoidratado, 11,688 g de cloreto de sódio e 50 mg de Imunoquímico (5.6) apropriado, não é inferior a 0,5 UI/g
azida sódica em 1000 mL de água. de imunoglobulina.
Solução amostra: diluir quantidade da amostra em solução Atividade anticomplementar
de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até concentração apropriada
ao sistema cromatográÞco utilizado. Geralmente, são Proceder conforme descrito em Determinação da
convenientes uma concentração entre 4 g/L e 12 g/L e a atividade anticomplementar da imunoglobulina (5.5.1.13).
injeção de 500 —g a 600 ȝg de proteína. A proporção de complemento consumido é de, no máximo,
50,0% (1 CH50 por miligrama de imunoglobulina).
Solução padrão: diluir o padrão de imunoglobulina
humana com solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) até Hemaglutininas anti-A e anti-B
obter uma concentração em proteínas igual à da Solução
amostra. Proceder conforme descrito em Determinação de títulos
de hemaglutininas anti-A e anti-B (5.5.1.9). Realizar os
Injetar a Solução amostra e a Solução padrão. No ensaios das Hemaglutininas anti-A e anti-B. Se a amostra
cromatograma obtido com a Solução padrão, o pico contiver um teor de imunoglobulinas superior a 30 g/L,
principal corresponde ao monômero IgG e aparece um diluir até essa concentração antes de preparar as diluições
pico correspondente ao dímero com um tempo de retenção para o ensaio. As diluições a 1/64 não apresentam sinais de

ia
em relação ao monômero de cerca de 0,85. IdentiÞque os aglutinação.
picos no cromatograma obtido com a Solução amostra por
comparação com o cromatograma obtido com a Solução Imunoglobulina A
padrão; os picos com tempos de retenções menores que o
Como determinado em Métodos Imunoquímicos (5.6)
do dímero correspondem aos polímeros e aos agregados.
apropriado, o conteúdo de imunoglobulina A não é superior
A amostra satisfaz ao ensaio se no cromatograma obtido
ao indicado no conteúdo do rótulo.
com a Solução amostra o tempo de retenção, em relação
ao pico correspondente do cromatograma obtido com Proteínas totais
a Solução padrão, for de 1 ± 0,02 para o monômero e o
dímero; e se a soma do monômero e do dímero representar, Diluir a amostra com solução de cloreto de sódio a 0,9%
no mínimo, 90,0% da área total do cromatograma e os (p/v) até obter uma concentração de cerca de 15 mg de
polímeros e agregados representarem, no máximo, 3,0% proteínas em 2 mL. Num tubo de centrífuga de fundo
da área total. Essa exigência não se aplica às preparações redondo introduzir 2 mL dessa solução. Adicionar 2 mL
a que se adicionou albumina como estabilizante; no caso de solução de molibdato de sódio a 7,5% (p/v) e 2 mL
1066 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de uma mistura de 1 volume de ácido sulfúrico isento de Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
nitrogênio com 30 volumes de água. Agitar, centrifugar C19H16ClNO4, em relação à substância dessecada.
durante 5 minutos. O líquido sobrenadante deve ser
decantado possibilitando que o tubo seja enxuto sobre um
DESCRIÇÃO
papel de Þltro. Dosar o nitrogênio no resíduo pelo método
de Determinação de nitrogênio pelo método de Kjeldahl Características físicas. Pó cristalino branco ou amarelo.
(5.3.3.2). Calcular o teor em proteínas multiplicando a Apresenta polimorÞsmo.
quantidade de nitrogênio por 6,25. O teor em proteínas
não é inferior a 30 g/L e contém, no mínimo, 90,0% e, no Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, pouco solúvel
máximo, 110,0% da quantidade indicada no rótulo. em etanol, clorofórmio e éter etílico.

Constantes físico-químicas.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Faixa de fusão (5.2.2): 158 ºC a 162 ºC.
Conservar a preparação líquida em recipiente de vidro
incolor, ao abrigo da luz e à temperatura indicada no rótulo.
Conservar a preparação lioÞlizada em recipiente de vidro IDENTIFICAÇÃO
incolor, a pressão reduzida ou sob gás inerte, ao abrigo da Os testes B., C. e D. podem ser omitidos se for realizado
luz e a uma temperatura que não ultrapasse 25 °C. o teste A.

A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da


ROTULAGEM
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
No rótulo indica-se: máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
• no caso de um produto líquido, o volume da preparação observados no espectro de indometacina SQR, preparado
no recipiente e o teor em proteínas expresso em gramas de maneira idêntica. Se os espectros obtidos não forem
por litro; idênticos, dissolver as substâncias, separadamente, em
• no caso de um produto lioÞlizado, a quantidade de metanol e evaporar até secura. Obter novos espectros com
proteínas no frasco; os resíduos.
• a quantidade de imunoglobulina no frasco; B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
• a via de administração; faixa de 300 nm a 400 nm, de solução a 0,0025% (p/v) em
• as condições de conservação; mistura de metanol e ácido clorídrico (9:1), exibe máximo
• o prazo de validade; em 318 nm. A absorvância em 318 nm está compreendida
entre 0,425 e 0,475.
• no caso do produto lioÞlizado, o nome ou a composição
e o volume do diluente; C. Adicionar, a 0,1 mL de solução da amostra a 1% (p/v) em
• a distribuição das subclasses da imunoglobulina G na etanol, 2 mL de mistura, recém preparada, de cloridrato de
preparação; hidroxilamina a 25% (p/v) e hidróxido de sódio SR (1:3).
• nos casos apropriados, a quantidade de albumina Adicionar 2 mL de ácido clorídrico a 20% (p/v), 1 mL de
adicionada como estabilizante; cloreto férrico a 1,3% (p/v) e homogeneizar. Desenvolve-
se coloração rosa-violeta.
• o teor máximo de imunoglobulina A.
D. Adicionar, a 0,5 mL de solução da amostra a 1% (p/v)
em etanol, 0,5 mL de p-dimetilaminobenzaldeído SR.
INDOMETACINA Solubilizar o precipitado formado, sob agitação. Aquecer
Indometacinum em banho-maria. Produz-se coloração verde-azulada.
Aquecer por 5 minutos e resfriar em banho de gelo por
2 minutos. Forma-se precipitado e a coloração muda para
verde-acinzentada. Adicionar 3 mL de etanol. A solução

i torna-se clara e de coloração rosa-violeta.

ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando suspensão de sílica-gel HF254 em fosfato de
sódio monobásico a 4,68% (p/v) para preparar o suporte
C19H16ClNO4; 357,79 da cromatoplaca, e mistura de éter de petróleo e éter etílico

10 PL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,


indometacina; 04889 (30:70), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
Ácido 1-(4-clorobenzoil)-5-metoxi-2-metil-1H-indol-3-
acético descritas a seguir.
[53-86-1]
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1067

Solução (1): solução da amostra a 20 mg/mL em metanol. medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C19H16ClNO4
Preparar imediatamente antes do uso. na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
padrão e a Solução amostra.
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) a 200 mL com metanol,
de modo a obter solução a 0,1 mg/mL.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da principal, não é mais intensa ROTULAGEM
que aquela obtida com a Solução (2) (0,5%).
Observar legislação vigente.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar 2 g da amostra e
proceder conforme descrito em Método IV. Preparar a
solução padrão utilizando 4 mL de Solução padrão de CLASSE TERAPÊUTICA
chumbo (10 ppm Pb). No máximo 0,002% (20 ppm).
Anti-inßamatório, analgésico.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra, em estufa a 105 ºC, até peso constante. No
máximo 0,5%. INDOMETACINA CÁPSULAS
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,2%. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C19H16ClNO4.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
A. Pesar as cápsulas, remover os conteúdos e pesá-las
A. Dissolver, exatamente, cerca de 0,3 g da amostra em 75 novamente. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas.
mL de acetona. Borbulhar nitrogênio livre de dióxido de Misturar quantidade do pó equivalente a 50 mg de
carbono, por 15 minutos. Adicionar 0,1 mL de fenolftaleína indometacina com 10 mL de acetona durante 2 minutos
SI e titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV, mantendo e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado para erlenmeyer
o ßuxo de nitrogênio constante. Titular com hidróxido com tampa, adicionar 20 mL de água e agitar durante 2
de sódio 0,1 M SV até coloração rósea. Realizar minutos até formação de precipitado cristalino. Filtrar
ensaio em branco e fazer correções necessárias. Cada mL e recolher os cristais. Secar os cristais em temperatura
de hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 35,779 mg de ambiente e dessecar em estufa à vácuo a 100 °C, por 2
C19H16ClNO4. horas. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
dos cristais, dispersos em brometo de potássio, apresenta
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
observados no espectro de indometacina SQR, preparado
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
de maneira idêntica.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
ȝm); ßuxo de Fase móvel de 1,0 mL/minuto. B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel como
Fase móvel: solução de fosfato de sódio monobásico 0,01
suporte, e mistura de clorofórmio e metanol (4:1), como
M e fosfato de sódio dibásico 0,01 M , preparada utilizando
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 —L de cada
mistura de acetonitrila e água (1:1) como solvente.
uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 0,1 g da seguir.

ia
amostra para balão volumétrico de 100 mL. Dissolver em
Solução (1): pesar as cápsulas, remover os conteúdos
Fase móvel e completar o volume com o mesmo solvente.
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
Homogeneizar. Transferir 10 mL dessa solução para balão
cápsulas. Misturar quantidade do pó equivalente a 25 mg de
volumétrico de 100 mL, completar o volume com a Fase
indometacina com 25 mL de metanol, obtendo solução a 1
móvel. Homogeneizar.
mg/mL. Filtrar.
Solução padrão: solução de indometacina SQR a 0,1 mg/
Solução (2): solução a 1 mg/mL de indometacina SQR em
mL em Fase móvel.
metanol.
A eÞciência da coluna não é menor que 500 pratos teóricos/
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
coluna. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A
picos registrados não é maior que 1,0%.
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução em posição e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
1068 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

C. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
faixa de 300 nm a 350 nm, da solução amostra obtida volumétrico de 200 mL e completar o volume com
no Doseamento, exibe máximo em 320 nm, idêntico ao clorofórmio, obtendo solução a 0,1 mg/mL.
observado no espectro da solução padrão.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
D. Pesar as cápsulas, remover os conteúdos e pesá-las secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
novamente. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas. Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
Misturar quantidade do pó equivalente a 25 mg de a Solução (1), diferente da principal, não é mais intensa
indometacina com 2 mL de água e adicionar 2 mL de que aquela obtida com a Solução (2) (0,5%).
hidróxido de sódio 2 M. Desenvolve-se coloração amarelo
clara que enfraquece rapidamente.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

CARACTERÍSTICAS Contagem do número total de micro-organismos


mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Cumpre o teste.

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.


DOSEAMENTO
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
o conteúdo de cada cápsula para balão volumétrico de 100 Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
mL. Adicionar 10 mL de água, deixar em repouso por 10 absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar 20 cápsulas,
minutos, agitando ocasionalmente. Acrescentar 75 mL de remover os conteúdos e pesá-las novamente. Homogeneizar
metanol, agitar mecanicamente por 10 minutos, completar o conteúdo das cápsulas. Transferir, exatamente, quantidade
o volume com metanol, homogeneizar e Þltrar. Diluir, de pó equivalente a cerca de 50 mg de indometacina para
sucessivamente, com mistura de metanol e tampão fosfato balão volumétrico de 100 mL, adicionar 10 mL de água e
pH 7,2 (1:1) até concentração de 0,0025% (p/v). Prosseguir deixar em repouso por 10 minutos, agitando ocasionalmente.
conforme descrito no Doseamento. Acrescentar 75 mL de metanol, homogeneizar, completar
o volume com metanol e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) com mistura de tampão fosfato pH 7,2 e metanol (1:1), de
Meio de dissolução: mistura de tampão fosfato pH 7,2 e modo a obter solução a 0,0025% (p/v). Preparar solução
água (1:4), 750 mL padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
Aparelhagem: cestas, 100 rpm em 320 nm, utilizando mistura de tampão fosfato pH 7,2
e metanol (1:1) para ajuste do zero. Calcular a quantidade
Tempo: 20 minutos de C19H16ClNO4 nas cápsulas a partir das leituras obtidas.
Alternativamente, realizar os cálculos considerando A(1%,
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
1 cm) = 193, em 320 nm, em mistura de tampão fosfato pH
dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, em mistura de
7,2 e metanol (1:1).
tampão fosfato pH 7,2 e água (1:4), até concentração
adequada. Medir as absorvâncias em 318 nm (5.2.14),
utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero. Calcular EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
a quantidade de C19H16ClNO4 dissolvida no meio,
comparando as leituras obtidas com a da solução de Em recipientes bem fechados.
indometacina SQR na concentração de 0,0025% (p/v),
preparada no mesmo solvente. ROTULAGEM
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade Observar legislação vigente.

i
declarada de C19H16ClNO4 se dissolvem em 20 minutos.

ENSAIOS DE PUREZA INDOMETACINA SUPOSITÓRIOS


Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Substâncias relacionadas na monograÞa de Indometacina. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
Preparar as Soluções (1) e (2) como descrito a seguir. quantidade declarada de C19H16ClNO4.

Solução (1): pesar as cápsulas, remover os conteúdos


e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
IDENTIFICAÇÃO
cápsulas. Misturar quantidade do pó equivalente a 0,1 g de A. Pesar os supositórios, triturar ou cortar em pequenos
indometacina com 5 mL de clorofórmio e Þltrar, obtendo pedaços e misturar até obter massa homogênea. Dissolver
solução a 20 mg/mL. quantidade equivalente a 0,1 g de indometacina em 50
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1069

mL de água quente e Þltrar. Lavar o resíduo com água ácido acético glacial (199:1) para ajuste do zero. Calcular
quente, deixar secar ao ar. Dissolver o resíduo em 5 mL de a quantidade de C19H16ClNO4 nos supositórios a partir das
clorofórmio e evaporar até secura. O espectro de absorção leituras obtidas.
no infravermelho (5.2.14) do resíduo, disperso em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
DOSEAMENTO
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
indometacina SQR, preparado de maneira idêntica. absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar 10 supositórios,
triturar ou cortar em pequenos pedaços e misturar até
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
obter massa homogênea. Pesar, exatamente, quantidade
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel, como
equivalente a cerca de 0,1 g de indometacina, transferir
suporte, e mistura de clorofórmio e ácido acético glacial
para balão volumétrico de 50 mL com auxílio de 40 mL
(19:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
de metanol e agitar até completa dispersão. Completar o
10 —L das soluções, recentemente preparadas, descritas a
volume com metanol e Þltrar. Transferir 2 mL do Þltrado
seguir.
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
Solução (1): pesar os supositórios, triturar ou cortar em com mistura de tampão fosfato pH 7,2 e metanol (1:1).
pequenos pedaços e misturar até obter massa homogênea. Preparar solução padrão na mesma concentração, utilizando
Transferir quantidade equivalente a 25 mg de indometacina os mesmos solventes. Medir as absorvâncias das soluções
para funil de separação de 125 mL, adicionar 15 mL de água em 318 nm, utilizando mistura de tampão fosfato pH 7,2 e
e 50 mL de éter etílico e agitar até dissolução. Transferir a metanol (1:1) para ajuste do zero. Calcular a quantidade de
camada etérea para balão volumétrico de 200 mL e extrair C19H16ClNO4 nos supositórios a partir das leituras obtidas.
a camada aquosa com mais duas porções de 50 mL de éter Alternativamente, realizar os cálculos considerando A (1%,
etílico. Combinar os extratos etéreos e completar o volume 1 cm) = 193, em 318 nm, em mistura de tampão fosfato pH
com éter etílico. 7,2 e metanol (1:1).

Solução (2): solução a 0,125 mg/mL de indometacina SQR


em mistura de metanol e éter etílico (1:100). Dissolver EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
previamente em metanol. Em recipientes bem fechados.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A ROTULAGEM
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
em posição e intensidade àquela obtida com a Solução (2). Observar legislação vigente.

C. Pesar os supositórios, triturar ou cortar em pequenos


pedaços e misturar até obter massa homogênea. Agitar IODETO DE POTÁSSIO
quantidade equivalente a 25 mg de indometacina com 5 Kalii iodidum
mL de água até que uma suspensão branca seja produzida.
Adicionar 2 mL de hidróxido de sódio 2 M. Desenvolve-se
coloração amarelo clara que enfraquece rapidamente. KI; 166,00
iodeto de potássio; 04965
Iodeto de potássio
CARACTERÍSTICAS
[7681-11-0]
Teste de desintegração (5.1.4.2). Realizar o teste por
90 minutos em tampão fosfato pH 6,8 utilizando três Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de KI,
supositórios exatamente pesados. Após o teste, remover em relação à substância dessecada.
cada supositório, secar em papel de Þltro e pesar. Não
menos que 75% de cada supositório são dissolvidos.
DESCRIÇÃO
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

Procedimento para uniformidade de conteúdo. Proceder


conforme descrito em Espectrofotometria de absorção
no ultravioleta (5.2.14). Transferir cada supositório
Características físicas. Pó branco ou cristais incolores.

Solubilidade. Muito solúvel em água, facilmente solúvel


em glicerol e solúvel em etanol.
ia
para balão volumétrico de 100 mL contendo 80 mL de
mistura de metanol e ácido acético glacial (199:1), agitar IDENTIFICAÇÃO
mecanicamente até dissolução do supositório e completar
o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar. A. A solução a 10% (p/v) em água isenta de dióxido de
Diluir, sucessivamente, com mistura de metanol e ácido carbono responde às reações do íon iodeto (5.3.1.1).
acético glacial (199:1) até concentração de 0,0025%
B. A solução a 10% (p/v) em água isenta de dióxido de
(p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração,
carbono responde às reações do íon potássio (5.3.1.1).
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das
soluções resultantes em 320 nm, utilizando metanol e
1070 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA
IODETO DE SÓDIO
Aspecto da solução. A solução utilizada no teste A. de
IdentiÞcação é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
Natrii iodidum

Alcalinidade. A 12,5 mL da solução utilizada no teste A.


NaI; 149,89
de IdentiÞcação, adicionar 0,1 mL de azul bromotimol SI e
iodeto de sódio; 04969
titular com ácido clorídrico 0,01 M até coloração amarela.
Iodeto de sódio
No máximo 0,5 mL de ácido clorídrico 0,01 M.
[7681-82-5]
Iodatos. A 10 mL da solução utilizada no teste A. de
IdentiÞcação, adicionar 0,25 mL de amido isento de iodeto Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,5% de NaI,
SI e 0,2 mL de ácido sulfúrico M. Deixar em repouso, em relação à substância dessecada.
protegido da luz, por 2 minutos. Não desenvolve coloração
azul.
DESCRIÇÃO
Tiossulfato. A 10 mL da solução utilizada no teste A. de
Características físicas. Pó cristalino branco ou cristais
IdentiÞcação, adicionar 0,1 mL de amido iodetado SI e 0,1
incolores higroscópicos.
mL de iodo 0,005 M. Desenvolve-se coloração azul.
Solubilidade. Muito solúvel em água e facilmente solúvel
Ferro (5.3.2.4). Diluir 5 mL da solução obtida no teste A.
em etanol.
de IdentiÞcação para 10 mL com água. Proceder conforme
descrito em Ensaio limite para ferro, Método I. No máximo
0,002% (20 ppm). IDENTIFICAÇÃO
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Usar 20 mL A. Dissolver 10 g da amostra em água isenta de dióxido de
da solução obtida no teste A. de IdentiÞcação. No máximo carbono e completar o volume para 100 mL com o mesmo
0,001% (10 ppm). solvente. A solução resultante responde às reações do íon
iodeto (5.3.1.1).
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 8 g da amostra em 15 mL com
água. Proceder conforme descrito em Ensaio limite para B. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
sulfatos. No máximo 0,015% (150 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da ENSAIOS DE PUREZA


amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 3 horas. No
Aspecto da solução. Dissolver 10 g da amostra em água
máximo 1%.
isenta de dióxido de carbono e completar o volume para
100 mL com o mesmo solvente. A solução é límpida
DOSEAMENTO (5.2.25) e incolor (5.2.12).
Pesar, exatamente, cerca de 1,5 g da amostra, dissolver em Alcalinidade. A 12,5 mL da solução obtida em Aspecto da
água e completar para 100 mL com o mesmo solvente. A solução adicionar 0,1 mL de azul de bromotimol SI. No
20 mL dessa solução, adicionar 40 mL de ácido clorídrico máximo 0,7 mL de ácido clorídrico 0,01 M é gasto para a
concentrado e titular com iodato de potássio 0,05 M SV viragem do indicador.
até mudança de cor de marrom para amarelo. Adicionar
5 mL de clorofórmio. Continuar a titulação, agitando Bário. Uma solução da amostra a 20% (p/v), acidiÞcada
vigorosamente, até descoloração da camada clorofórmica. com ácido clorídrico, não deve se turvar com a adição de
Cada mL de iodato de potássio 0,05 M SV equivale a sulfato de potássio a 1% (p/v).
16,600 mg de KI.
Iodetos. A 10 mL da solução obtida em Aspecto da
solução adicionar 0,25 mL de amido isento de iodeto
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO SI e 0,2 mL de ácido sulfúrico M. Deixar em repouso,

i Em recipientes bem fechados.

ROTULAGEM
ao abrigo da luz, durante 2 minutos. Não se desenvolve
coloração azul.

Nitrato, nitrito e amônia. Adicionar 5 mL de hidróxido


de sódio M e cerca de 0,2 g de alumínio metálico a uma
Observar a legislação vigente. solução de 1 g da amostra em 5 mL de água, em um tubo
de ensaio com capacidade para 40 mL. Introduzir um
chumaço de algodão na parte superior do tubo e colocar
CLASSE TERAPÊUTICA um pedaço de papel tornassol vermelho na boca do tubo de
ensaio. Aquecer em banho-maria por 15 minutos. Nenhuma
Antitireoidiano.
coloração azul no papel é observada.

Potássio. Uma solução de 1 g da amostra em 2 mL de água


não deve precipitar com 1 mL de bitartarato de sódio SR.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1071

Tiossulfatos. A 10 mL da solução obtida em Aspecto da DESCRIÇÃO


solução adicionar 0,1 mL de amido iodetado SR e 0,1 mL
de iodo 0,005 M. Desenvolve-se coloração azul. Características físicas. Cristais Þnos, violáceos e com
brilho metálico.
Ferro (5.3.2.4). Utilizar o Método I. Utilizar 5 mL
da solução obtida em Aspecto da solução e proceder Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, solúvel em
conforme descrito em Ensaio limite para ferro. Utilizar 1 etanol, pouco solúvel em glicerina. Muito solúvel em
mL de Solução padrão de ferro (1 ppm de Fe). No máximo soluções concentradas de iodetos.
0,002% (20 ppm).

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Pesar 2 g da


IDENTIFICAÇÃO
amostra, solubilizar em 2 mL de água e proceder conforme A. Em um tubo de ensaio aquecer uma pequena porção
descrito em Ensaio limite para metais pesados. No máximo da amostra. Vapores violáceos são liberados, os quais
0,001% (10 ppm). condensam sobre as paredes do tubo na forma de cristais
azulados.
Sulfatos (5.3.2.2). Utilizar 10 mL da solução obtida em
Aspecto da solução e diluir para 15 mL com água. Proceder B. A uma solução saturada da amostra, adicionar solução
conforme descrito em Ensaio limite para sulfatos. No de amido SR. Uma coloração azul é produzida. Aquecer
máximo 0,015% (150 ppm). até descoloração. Com resfriamento, a coloração azul
reaparece.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 3 horas. No
máximo 3,0%. ENSAIOS DE PUREZA
Cianeto. Agitar vigorosamente 1 g da amostra com 30 mL
DOSEAMENTO de água e Þltrar. A 5 mL do Þltrado, juntar dez gotas de
tiossulfato de sódio 0,1 M, um cristal de sulfato ferroso,
Pesar, exatamente, cerca de 0,3 g da amostra previamente
uma gota de cloreto férrico SR e ferver. Deixar esfriar.
dessecada e solubilizar em 10 mL de água. Adicionar 15
AcidiÞcar com ácido clorídrico. Não se desenvolve
mL de ácido clorídrico e titular com iodato de potássio
coloração azul.
0,1 M SV até mudança de cor de vermelho para amarelo.
Adicionar 5 mL de clorofórmio e continuar a titulação, Brometo e cloreto. Triturar 3 g da amostra e misturar com
agitando vigorosamente até a descoloração da camada 20 mL de água. Filtrar, lavar o Þltro com água e diluir para
clorofórmica. Cada mL de iodato de potássio 0,1 M SV 30 mL com o mesmo solvente. Adicionar 1 g de zinco em
equivale a 29,978 mg de NaI. pó. Após descoloração da solução, Þltrar, lavar o Þltro
com água e completar o volume para 40 mL com o mesmo
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO solvente. A 10 mL da solução, adicionar 3 mL de amônia
e 6 mL de solução de nitrato de prata 0,1 M. Em seguida,
Em recipientes fechados e ao abrigo da luz. Þltrar novamente, lavar o Þltro com água e completar o
volume para 20 mL com o mesmo solvente. Tratar 10 mL
da solução com 1,5 mL de ácido nítrico. Após 1 minuto,
ROTULAGEM
a opalescência apresentada pela proparação não deve ser
Observar a legislação vigente. mais intensa que a de uma preparação padrão preparada
simultaneamente com uma mistura de 10,75 mL de água,
0,25 mL de ácido clorídrico 0,01 M, 0,2 mL de ácido nítrico
CLASSE TERAPÊUTICA a 20% (p/v) e 0,3 mL de solução de nitrato de prata 0,1 M.
Expectorante e anti-hipertiroidiano. No máximo 0,025% (250 ppm).

Sulfato. Diluir 3 mL do Þltrado obtido em Cianeto para


5 mL com água, adicionar uma gota de ácido clorídrico

ia
IODO e cinco gotas de cloreto de bário SR. Não se observa
Iodum turvação.

Resíduo por evaporação. Transferir, exatamente, cerca de


I2; 253,81 5 g da amostra para uma cápsula de porcelana, aquecer em
iodo; 04983 banho-maria até todo o iodo ser sublimado e, em seguida,
Iodo secar em estufa a 105 °C por uma hora. No máximo 0,05%.
[7553-56-2]
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 99,5% e, no máximo, 100,5% de I.
Transferir, exatamente, cerca 0,2 g de iodo para erlenmeyer
contendo 1 g de iodeto de potássio e 2 mL de água. Adicionar
1 mL de ácido acético diluído e, após a dissolução, adicionar
50 mL de água. Titular com tiossulfato de sódio 0,1 M SV,
1072 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

em temperatura inferior a 15 °C, até a descoloração da 265 nm, idênticos aos observados no espectro da solução
cor amarelo escura para a cor amarelo pálida. Adicionar padrão.
algumas gotas de amido SI e continuar a titulação até o
desaparecimento da cor azul. Cada mL de tiossulfato de C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
sódio 0,1 M SV equivale a 12,691 mg de I. da Solução amostra, obtida no método C. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA
Em recipientes hermeticamente fechados, protegidos da
luz e do calor. pH (5.2.19). 6,0 a 8,0. Determinar em solução aquosa a
5% (p/v).

ROTULAGEM Substâncias relacionadas: Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
Observar a legislação vigente. sílica-gel GF254 como suporte, e mistura de água, acetona,
metanol e acetato de etila (5:20:10:75) como fase móvel.
CLASSE TERAPÊUTICA Aplicar, separadamente, à placa, 5 —L de cada uma das
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
Anti-infeccioso, anti-hipertireoidiano.
Solução (1): dissolver 1 g da amostra em mistura de água
e acetona (1:1) e completar para 10 mL com o mesmo
ISONIAZIDA solvente.
Isoniazidum Solução (2): dissolver 50 mg de sulfato de hidrazina em
50 mL de água e completar para 100 mL com acetona.
Transferir 10 mL desta solução para balão volumétrico de
100 mL, adicionar 0,2 mL da Solução (1) e completar o
volume com mistura de água e acetona (1:1).

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar


secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
C6H7N3O; 137,14
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
isoniazida; 05092
intensa que a obtida com a Solução (2) (0,2%). Nebulizar
Hidrazida do ácido 4-piridinacarboxílico
as placas com p-dimetilaminobenzaldeído SR1. Uma
[54-85-3]
mancha adicional, correspondente à hidrazina, aparece
no cromatograma. Qualquer mancha correspondente a
Contém, no mínimo 98,0% e, no máximo, 102,0% de hidrazina obtida no cromatograma com a Solução (1) não
C6H7N3O, em relação à substância dessecada. é mais intensa que aquela obtida no cromatograma com a
Solução (2) (0,05%).
DESCRIÇÃO
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
Características físicas. Pó cristalino branco ou incolor. máximo 0,001% (10 ppm).

Solubilidade: Facilmente solúvel em água, ligeiramente Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
solúvel em etanol, pouco solúvel em clorofórmio, amostra. Dessecar em estufa por 105 oC, por 4 horas. No
praticamente insolúvel em benzeno e éter etílico. máximo 0,5%.

Constantes físico-químicas. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.


No máximo 0,1%.

i
Faixa de fusão (5.2.2): 170 °C a 174 °C.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada e dispersa em brometo A. Pesar exatamente cerca de 250 mg da amostra.
de potássio, apresenta máximos de absorção somente Transferir para balão volumétrico de 100 mL e completar
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas o volume com água. Transferir volumetricamente 20 mL
intensidades relativas daqueles observados no espectro de desta solução para Erlenmeyer de 250 mL. Adicione 100
isoniazida SQR, preparado de maneira idêntica. mL de água destilada, 20 mL de ácido clorídrico SR, 0,2 g
de brometo de potássio e 0,05 mL de vermelho de metila
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa SI. Titular com bromato de potássio 0,0167 M SV até o
de 200 nm a 350 nm, da solução da amostra obtida no desaparecimento da coloração vermelha do indicador.
método B. de Doseamento, exibe máximos em 212 nm e
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1073

Cada mL de bromato de potássio 0,0167 M SV equivale a CLASSE TERAPÊUTICA


3,429 mg de isoniazida (C6H7N3O).
Tuberculostático
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente,
cerca de 25 mg da amostra e dissolver em ácido clorídrico ISONIAZIDA COMPRIMIDOS
0,01 M. Deixar em ultrassom se necessário, e completar o
volume para 250 mL com o mesmo solvente. Diluir com
ácido clorídrico 0,01 M até a concentração de 0,001% Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
(p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração, quantidade declarada de C6H7N3O.
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das
soluções em 265 nm, utilizando ácido clorídrico para IDENTIFICAÇÃO
ajuste do zero. Calcular o teor de C6H7N3O na amostra, a
partir das leituras obtidas. A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 350 nm, da solução amostra obtida no método
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido B. de Doseamento, exibe máximos de absorção em 212 nm
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido e 265 nm, idênticos aos observados no espectro da solução
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de padrão.
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel da Solução amostra, obtida no método C. de Doseamento,
de 1,5 mL / minuto. corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Tampão fosfato pH 6,9: preparar solução de fosfato de C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
potássio monobásico a 0,1 M e ajustar o pH em 6,9 com de pó equivalente a 1 mg de isoniazida para erlenmeyer,
solução concentrada de hidróxido de sódio SR. Adicionar adicionar 50 mL de etanol e agitar. A 5 mL da solução
cinco gotas de trietanolamina por litro de tampão preparado resultante, adicionar 0,1 g de tetraborato sódico e 5 mL de
e homogeneizar. 1-cloro-2,4-dinitrobenzeno a 5% (p/v) em etanol. Evaporar
em banho-maria até a secura e aquecer por mais 10 minutos.
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 6,9 e metanol Adicionar 10 mL de metanol ao resíduo e homogeneizar.
(95:5). Desenvolve-se coloração púrpura-avermelhada.
Solução amostra: transferir, exatamente, 32 mg da amostra
para balão volumétrico de 100 mL com auxílio de 40 mL CARACTERÍSTICAS
de Fase móvel e deixar em ultrassom por 10 minutos.
Completar o volume com o mesmo solvente, de modo a Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
obter solução a 0,32 mg/mL.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de isoniazida SQR em Fase móvel para obter solução a Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
0,32 mg/mL. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Injetar replicatas de 20 —L da Solução amostra. A eÞciência Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
da coluna não é menor que 1800 pratos teóricos. O fator
de retenção não é inferior a 2,35. O fator de cauda não
é superior a 2,0. O desvio padrão relativo das áreas de TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
replicatas dos picos registrados não é maior que 1,0%.
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,01 M, 900 mL
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
Aparelhagem: cestas, 100 rpm
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas

ia
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C6H7N3O Tempo: 45 min
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
padrão e a Solução amostra. Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução, Þltrar e diluir em ácido clorídrico 0,01 M
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO soluções em 265 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente
Em recipientes bem fechados. para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C6H7N3O
dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com
a solução de isoniazida SQR na concentração de 0,001%
ROTULAGEM (p/v), preparada no mesmo solvente.
Observar a legislação vigente. Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C6H7N3O se dissolvem em 45 minutos.
1074 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA ROTULAGEM


Contagem do número total de micro-organismos Observar a legislação vigente.
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). ISOTIOCIANATO DE ALILA


Cumpre o teste.

DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
C4H5NS; 99,15
A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Dissolver quantidade 3-Isotiocianato-1-propeno; 09889
de pó equivalente a 0,4 g de isoniazida em água, transferir [57-06-7]
para balão volumétrico de 250 mL, completar o volume
com água e agitar. Filtrar. Transferir 50 mL da solução Contém, no mínimo, 93,0% e, no máximo, 105,0% de
obtida para erlenmeyer. Adicionar 50 mL de água, 20 mL C4H5NS.
de ácido clorídrico SR e 0,2 g de brometo de potássio e
titular com solução de bromato de potássio 0,0167 M SV,
determinando o ponto Þnal potenciometricamente. Cada
DESCRIÇÃO
mL de bromato de potássio 0,0167 M equivale a 3,429 mg Características físicas. Líquido viscoso, variando
de C6H7N3O. de incolor a levemente amarelo. É agente fortemente
lacrimejante, possui odor irritante e durante sua
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
manipulação, deve-se utilizar protetor de olhos.
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente a Constantes físico-químicas.
0,1 g de isoniazida para balão volumétrico de 100 mL e
adicionar 50 mL de ácido clorídrico 0,01 M. Deixar em Densidade relativa (5.2.5): 1,013 a 1,020.
ultrassom por 15 minutos, agitar mecanicamente por 15
minutos e completar o volume com o mesmo solvente. Faixa de destilação (5.2.3): 148 °C a 154 °C.
Homogeneizar e Þltrar. Realizar diluições sucessivas Índice de refração (5.2.6): 1,527 a 1,531, determinado a
até concentração de 0,001% (p/v), utilizando o mesmo 20 °C.
solvente. Preparar solução padrão nas mesmas condições.
Medir as absorvâncias das soluções em 265 nm, utilizando
ácido clorídrico 0,01 M para ajuste do zero. Calcular a IDENTIFICAÇÃO
quantidade de C6H7N3O nos comprimidos, a partir das
leituras obtidas. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em cloreto de sódio, apresenta bandas de
C. Proceder conforme descrito no método C. de Doseamento absorção em 700 cm-1, 950 cm-1, 980 cm-1, 1300 cm-1, 1340
da monograÞa de Isoniazida. Preparar a Solução amostra cm-1, 1350 cm-1, 1410 cm-1, 1420 cm-1, 1650 cm-1, 2100
como descrito a seguir. cm-1 e 2200 cm-1.

Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.


Transferir quantidade de pó equivalente a 32 mg de ENSAIOS DE PUREZA
isoniazida para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 40
Fenóis. Diluir 1 mL de amostra em 5 mL de etanol e
mL de Fase móvel e deixar em ultrassom por 10 minutos.
adicionar uma gota de cloreto férrico SR. Não ocorre
Resfriar à temperatura ambiente, completar o volume com
formação de coloração azul.
Fase móvel e centrifugar por 5 minutos, de modo a obter
solução a 0,32 mg/mL.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


DOSEAMENTO

i padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas


e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
isoniazida (C6H7N3O) nos comprimidos a partir das
respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução
Transferir, exatamente, cerca de 4 mL da amostra para
um balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
com etanol. Transferir 5 mL desta solução para um balão
de destilação, juntamente, com 50 mL de nitrato de prata
amostra. 0,1 M SV e 5 mL de solução de amônia a 10% (v/v).
Conectar o balão em um condensador de reßuxo, aquecer
em banho-maria por 1 hora e arrefecer a temperatura
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ambiente. Desconectar o balão do condensador de reßuxo,
Em recipientes bem fechados. transferir o conteúdo para um balão volumétrico de 100
mL e completar o volume com água. Filtrar a solução,
descartando 10 mL do volume inicial do Þltrado. Para
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1075

cada 50 mL do Þltrado, adicionar 5 mL de ácido nítrico, Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


2 mL de sulfato férrico amoniacal SR e titular o excesso Cumpre o teste.
de nitrato de prata com tiocianato de amônio 0,1 M SV.
Realizar prova em branco utilizando 5 mL de etanol ao
DOSEAMENTO
invés da solução amostra. Cada mL de nitrato de prata 0,1
M equivale a 4,958 mg de C4H5NS. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de detector ultravioleta a 353 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada

(10 Pm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase


Em recipientes bem fechados. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano

móvel de 1,4 mL/minuto.


ROTULAGEM
Fase móvel: mistura de metanol e água (77:23) com 0,5%
Observar a legislação vigente.
(v/v) de ácido acético glacial.

CLASSE TERAPÊUTICA Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo


e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
Antissecretora. cápsulas. Transferir quantidade de pó equivalente a 20 mg
de isotretinoína para balão volumétrico âmbar de 100 mL.
Adicionar 80 mL de metanol e agitar mecanicamente por
ISOTRETINOÍNA CÁPSULAS 15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente,
homogeneizar e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado para
balão volumétrico âmbar de 25 mL e completar o volume
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da com metanol, obtendo solução a 40 —g/mL.
quantidade declarada de C20H28O2.
Solução padrão: transferir 20 mg de isotretinoína SQR
exatamente pesados, para balão volumétrico âmbar de 50
IDENTIFICAÇÃO mL. Dissolver em metanol e completar o volume com o
O tempo de retenção do pico principal do cromatograma mesmo solvente. Transferir 5 mL da solução anterior para
da Solução amostra, obtida no Doseamento, corresponde balão volumétrico âmbar de 50 mL e completar o volume
àquele do pico principal do cromatograma da Solução com metanol.
padrão. Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
CARACTERÍSTICAS áreas sob os picos. Calcular a quantidade de isotretinoína
(C20H28O2) nas cápsulas a partir das respostas obtidas com
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. a Soluções padrão e a Solução amostra.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
ROTULAGEM
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Observar a legislação vigente.

ia
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1077

seguida, com solução de nitrito de sódio SR. A mancha no


JABORANDI TINTURA cromatograma correspondente à pilocarpina, apresenta-se
Jaborandi tinctura com coloração castanho-avermelhada.

ENSAIOS DE PUREZA
A tintura é preparada a partir das folhas secas de Pilocarpus
microphyllus Stapf - RUTACEAE a 10% (p/v), por Etanol (5.3.3.8.1). 65 ± 5% (v/v). Proceder conforme
maceração ou percolação utilizando etanol a 65% (v/v) descrito em Método por destilação, Líquidos com mais de
como líquido extrator. Contém, no mínimo, 0,06% de 30% de álcool.
alcaloides totais expressos como pilocarpina (C11H16N2O2;
M 208,26). Resíduo seco (5.4.3.2.2). No mínimo 0,8%.

CARACTERÍSTICAS DOSEAMENTO
Características organolépticas. A tintura é de cor Evaporar sob vácuo 100 g da tintura de jaborandi a baixa
amarelo-parda esverdeada, de cheiro aromático agradável temperatura, até reduzir à cerca de 20 g. Transferir o
e sabor amargo. resíduo completamente para um funil de separação, usando
alguns mililitros de cloreto de metileno. Adicionar 10
mL de hidróxido de amônio 6 M. Extrair sucessivamente
IDENTIFICAÇÃO com frações de 20 mL de cloreto de metileno até que os
A. Evaporar 50 mL da tintura de jaborandi, tratar o resíduo alcaloides sejam totalmente extraídos, ou seja, quando
com 10 mL de água e cinco gotas de ácido clorídrico. algumas gotas da fase aquosa não apresentarem mais
Filtrar e lavar o Þltrado com éter etílico. Alcalinizar com turvação pela adição de uma gota do solução de iodeto
hidróxido de amônio 6 M e agitar duas vezes com 5 mL de de potássio mercúrio SR. Juntar as camadas orgânicas e
clorofórmio. Reunir as frações clorofórmicas com 5 mL de então extrair várias vezes utilizando ácido sulfúrico 0,05
água destilada e adicionar uma gota de ácido nítrico. Agitar M. Alcalinizar lentamente usando hidróxido de amônio 6
e separar as fases. Juntar à solução ácida um pequeno cristal M até pH 9 e então extrair com cloreto de metileno até que
de dicromato de potássio, 2 mL de clorofórmio e 1 mL de os alcaloides sejam totalmente retirados. Lavar as soluções
peróxido de hidrogênio a 3% (p/v). O clorofórmio terá orgânicas reunidas com 20 mL de água. Evaporar a porção
coloração azul arroxeado ou azul anilado, evidenciando a orgânica até cerca de 5 mL. Dissolver o resíduo com 20
presença de núcleo imidazólico ou glioxálico. mL de ácido clorídrico 0,02 M SV e secar o restante de
cloreto de metileno em banho-maria a 40 °C. Titular o
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em excesso de ácido clorídrico com hidróxido de sódio 0,02
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254 M SV. Utilizar 5 gotas de vermelho de metila SI, até a cor
como fase estacionária e mistura de cloreto de metileno, mudar de rosa para amarelo. Calcular a porcentagem (p/p)
metanol e hidróxido de amônio (85:14:1) como fase móvel. de alcaloides totais expressos em pilocarpina, segundo a
Aplicar à placa, separadamente, 40 ȝL da Solução (1) e 2 expressão:
ȝL da Solução (2).

Solução (1): tintura de jaborandi.


em que
Solução (2): dissolver 10 mg de cloridrato de pilocarpina
SQR em metanol e completar o volume para 2 mL com o AT = alcaloides totais em %;
mesmo solvente. Vácido = volume de ácido clorídrico 0,02 M usado em mL;
n = volume de hidróxido de sódio 0,02 M usado em mL;
Desenvolver o cromatograma em percurso de 15 cm.
Remover a cromatoplaca, secar em estufa entre 100 °C e m = massa da amostra em g.
105 °C por 10 minutos, deixar esfriar. A mancha principal
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
intensidade àquela obtida com a Solução (2). Nebulizar
com iodobismutato de potássio aquo-acético SR e, em Em recipientes de vidro âmbar bem fechados, protegidos
da luz e calor.

ja
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1079

15 mL de hidróxido de sódio SR, 0,3 g de indicador azul de


LACTATO DE CÁLCIO hidroxinaftol e continuar a titulação até a viragem ao azul.
Calcii lactas Cada mL de edetato dissódico 0,05 M SV equivale a 10,91
mg de C6H10CaO6.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes herméticos.

ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
C6H10CaO6; 218,22
C6H10CaO6.xH2O
lactato de cálcio; 00275 CLASSE TERAPÊUTICA
Sal de cálcio do ácido 2-hidroxipropanóico (1:2)
Repositor de cálcio e repositror eletrolítico.
[814-80-2]

Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de


LAMIVUDINA
C6H10CaO6, em relação à substância dessecada.
Lamivudinum

DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó ou grânulos brancos,
praticamente inodoros. O penta-hidrato é eßorescente e
torna-se anidro a 120 °C.

Solubilidade. O penta-hidrato é solúvel em água e


C8H11N3O3S; 229,26
praticamente insolúvel em etanol.
lamivudina; 05152
4-Amino-1-[(2R,5S)-2-(hidroximetil)-1,3-oxatiolan-5-il]-
IDENTIFICAÇÃO 2(1H)-pirimidona
[134678-17-4]
A. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1).

B. Responde às reações do lactato (5.3.1.1). Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de


C8H11N3O3S, em relação à substância anidra.

ENSAIOS DE PUREZA
DESCRIÇÃO
Ácidos graxos voláteis. Agitar cerca de 0,5 g com 1 mL de
ácido sulfúrico e aquecer. Não há desprendimento de odor Características físicas. Pó cristalino, branco a branco-
de ácidos graxos voláteis. amarelado.

Acidez. Titular 20 mL de uma solução da amostra (1:20) Solubilidade. Facilmente solúvel em água, ligeiramente
com hidróxido de sódio 0,1 M, utilizar fenolftaleína SI solúvel em metanol e etanol, insolúvel em acetona.
como indicador. A neutralização é atingida utilizando não Facilmente solúvel em ácido clorídrico 0,1 M e hidróxido
mais que 0,5 mL de hidróxido de sódio (0,45% como ácido de sódio 0,1 M.
láctico). Constantes físico-químicas.
Perda por dessecação (5.2.9). Distribuir 1 a 2 g da amostra Faixa de fusão (5.2.2): 176 ºC a 178 ºC.
uniformemente em camada, de no máximo 3 mm, em um
pesa-Þltro adequado. Dessecar a 120 °C, por 4 horas. A Poder rotatório especíÞco (5.2.8): –135º a –146º, em
perda de água é a seguinte: penta-hidratado, 20% a 30%; relação à substância anidra. Determinar em solução a 0,8%
tri-hidrato, 15% a 20%; monoidrato 5% a 8%; forma (p/v) em metanol.
anidra, no máximo 3%.
IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Pesar, exatamente, uma quantidade da amostra que contenha amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
cerca de 0,35 g de lactato anidro. Dissolver em 150 mL de máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
água acidulada com 2 mL de ácido clorídrico diluído. Sob de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
agitação (de preferência em agitador magnético), adicionar observados no espectro de lamivudina SQR, preparado de

l
cerca de 30 mL de edetato dissódico 0,05 M SV. Adicionar maneira idêntica.
1080 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa Tampão acetato pH 3,8: dissolver 1,9 g de acetato de
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra, obtida no método amônio em 900 mL de água, ajustar o pH em (3,8 ± 0,2)
A. de Doseamento, exibe máximo em 270 nm, idêntico ao com ácido acético glacial e completar o volume para 1000
observado no espectro da solução padrão. mL.

C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Fase móvel: mistura de Tampão acetato pH 3,8 e metanol
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, (95:5)
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Solução amostra: transferir 20 mg da amostra para balão
volumétrico de 50 mL. Dissolver com Fase móvel e
ENSAIOS DE PUREZA completar o volume com o mesmo solvente.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Solução padrão: transferir 20 mg de lamivudina SQR para
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4), balão volumétrico de 50 mL. Dissolver com Fase móvel e
utilizando cromatógrafo provido de detector ultravioleta a completar o volume com o mesmo solvente.
270 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de
diâmetro interno, empacotada com ȕ-ciclodextrina ligada Injetar replicatas de 10 ȝL da Solução padrão. O desvio
a hidroxipropil éter (5 ȝm); ßuxo da fase móvel de 1 mL/ padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
minuto. não é maior que 2,0%.

Fase móvel: mistura de acetato de amônio 0,1 M e metanol Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução
(95:5). padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C8H11N3O3S
Solução (1): dissolver 15 mg da amostra em Fase móvel e na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
completar para 10 mL com o mesmo solvente. padrão e a Solução amostra.
Procedimento: injetar 20 ȝL da Solução (1), registrar os
cromatogramas e medir as áreas sob os picos. A soma das EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
áreas obtidas para os picos secundários, exceto a área sob
o pico principal, não representa mais do que 1,0% da área Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
total dos picos obtidos. Não considerar picos relativos ao
solvente. ROTULAGEM
Água (5.2.20.1). No máximo 2,0%. Observar a legislação vigente.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. No máximo
0,001% (10 ppm). CLASSE TERAPÊUTICA
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. Antirretroviral.
No máximo 0,2%.

DOSEAMENTO LAMIVUDINA COMPRIMIDOS

Empregar um dos métodos descritos a seguir.


Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria quantidade declarada de C8H11N3O3S. Os comprimidos
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, podem ser revestidos.
cerca de 50 mg de amostra e dissolver em água. Completar
o volume para 100 mL com o mesmo solvente. Diluir
IDENTIFICAÇÃO
sucessivamente em água até concentração de 0,0015%
(p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração, A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das quantidade do pó equivalente a 0,15 g de lamivudina
soluções resultantes em 270 nm, utilizando água para para gral, adicionar 10 mL de metanol, misturar e Þltrar.
ajuste do zero. Calcular o teor de C8H11N3O3S na amostra a Evaporar o Þltrado até resíduo e dessecar em estufa, a 40
partir das leituras obtidas. ºC, durante 2 horas. O resíduo responde ao teste A. de
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido IdentiÞcação da monograÞa de Lamivudina.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de detector ultravioleta a 277 nm; coluna de 250 mm de
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra, obtida no método
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
A. de Doseamento, exibe máximo de absorção em 270 nm,
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 ȝm),
idêntico ao observado no espectro da solução padrão.
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de
1 mL/minuto. C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,

l
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1081

CARACTERÍSTICAS solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes


em 270 nm, utilizando água para ajuste do zero. Calcular a
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. quantidade de C8H11N3O3S nos comprimidos a partir das
leituras obtidas.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Proceder conforme descrito no
Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 30 minutos. método B. de Doseamento da monograÞa de Lamivudina.
Preparar a Solução amostra como descrito a seguir.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir Transferir quantidade do pó equivalente a 0,2 g de
cada comprimido para balão volumétrico de 100 mL lamivudina para balão volumétrico de 100 mL e adicionar
contendo 70 mL de água e agitar até desintegração total 50 mL da Fase móvel. Agitar mecanicamente por 10 minutos
do comprimido. Deixar em ultrassom por 15 minutos, e completar o volume com a Fase móvel. Homogeneizar e
completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar Þltrar. Transferir 10 mL para balão volumétrico de 50 mL,
e Þltrar. Prosseguir conforme descrito no método A. de completar o volume com Fase móvel e homogeneizar.
Doseamento a partir de “Diluir até concentração...”.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C H N O S
8 11 3 3
Meio de dissolução: água; 900 mL nos comprimidos a partir das respostas obtidas para as
Soluções padrão e amostra.
Aparelhagem: pás, 50 rpm

Tempo: 30 minutos EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
de dissolução, Þltrar e diluir em água até concentração
adequada. Medir as absorvâncias em 270 nm (5.2.14), ROTULAGEM
utilizando água para ajuste do zero. Calcular a quantidade
de C8H11N3O3S dissolvida no meio, comparando as Observar a legislação vigente.
leituras obtidas com a leitura da solução de lamivudina
SQR a 0,0015% (p/v), preparada no mesmo solvente.
LAMOTRIGINA
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
Lamotriginum
declarada de C8H11N3O3S se dissolvem em 30 minutos.

ENSAIOS DE PUREZA
Água (5.2.20.1). No máximo 3,0%.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste.
C9H7Cl2N5; 256,09
lamotrigina; 05153
DOSEAMENTO 6-(2,3-Diclorofenil)-1,2,4-triazina-3,5-diamina
Empregar um dos métodos descritos a seguir. [84057-84-1]

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de


absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20 C9H7NCl2N5 em relação à substância dessecada.
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
0,15 g de lamivudina para balão volumétrico de 100 mL,
DESCRIÇÃO
adicionar 70 mL de água, deixar em ultrassom por 15
minutos e completar o volume com o mesmo solvente. Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
Homogeneizar e Þltrar. Diluir até concentração de 0,0015% branco.
(p/v) utilizando água como solvente. Preparar solução

l
padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
1082 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solubilidade. Facilmente solúvel em dimetilformamida, Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
ligeiramente solúvel em metanol, pouco solúvel em da amostra em metanol para obter solução a 0,5 mg/mL.
benzeno e acetona. Transferir 4 mL dessa solução para balão volumétrico de

solução a 40 Pg/mL.
50 mL e completar o volume com Fase móvel, obtendo
Constantes físico-químicas.

Faixa de fusão (5.2.2): 216 qC a 218 qC. Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de lamotrigina SQR em metanol para obter solução a
IDENTIFICAÇÃO 0,5 mg/mL. Transferir 4 mL dessa solução para balão

móvel, obtendo solução a 40 Pg/mL.


volumétrico de 50 mL e completar o volume com Fase
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente A eÞciência da coluna não deve ser menor do que 5000
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas pratos teóricos para o pico de lamotrigina. O fator de cauda
intensidades relativas daqueles observados no espectro de para o pico de lamotrigina não é maior que 2,0. O desvio
lamotrigina SQR, preparado de maneira idêntica. padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
não deve ser maior que 2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 a 370 nm, de solução a 0,002% (p/v) em ácido
clorídrico 0,01 M, exibe máximo em 269 nm, idêntico ao amostra e da Solução padrão, registrar os cromatogramas
observado no espectro de solução similar de lamotrigina e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade, em
SQR. mg, de C9H7NCl2N5 na amostra a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel 60
F254, como suporte, e mistura de clorofórmio, metanol e EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

separadamente, à placa, 10 PL de cada uma das soluções


dimetilformamida (16:3,5:0,5), como fase móvel. Aplicar, Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

recentemente preparadas, descritas a seguir.


ROTULAGEM
Solução (1): solução da amostra a 1,0 mg/mL em metanol.
Observar legislação vigente.
Solução (2): solução de lamotrigina SQR a 1,0 mg/mL em
metanol.
CLASSE TERAPÊUTICA
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm) ou Anticonvulsivante.
expor a placa a vapores de iodo. A mancha principal
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e
intensidade àquele obtida com a Solução (2). LAMOTRIGINA COMPRIMIDOS

D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
àquele do pico principal da Solução padrão. quantidade declarada de C9H7Cl2N5.

ENSAIOS DE PUREZA IDENTIFICAÇÃO


A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
amostra. Dessecar em estufa, a 60 qC, sob pressão reduzida,
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
do pó equivalente a 10 mg de lamotrigina. Prosseguir
por 2 horas. No máximo 0,5%. conforme descrito no teste B. de IdentiÞcação da
monograÞa de Lamotrigina.

DOSEAMENTO B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra, obtida no método de Doseamento,
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 279 nm; coluna de 150 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno empacotada CARACTERÍSTICAS

Pm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel


com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
de 1,0 mL/minuto. Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Fase móvel: mistura de trietilamina a 0,3% (v/v), com Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
pH ajustado para 4,0 com ácido fosfórico a 10% (v/v), e

l
metanol (62:38). Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1083

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com


Fase móvel e homogeneizar.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C9H7Cl2N5
Cumpre o teste. nos comprimidos, a partir das respostas obtidas com a
Solução padrão e com a Solução amostra.
DOSEAMENTO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
A. Proceder conforme descrito no método de Doseamento
da monograÞa de Lamotrigina. Preparar a Solução amostra Em recipientes bem fechados e temperatura ambiente.
como descrito a seguir.

Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. ROTULAGEM


Utilizar quantidade de pó equivalente a 25 mg de
lamotrigina e transferir para balão volumétrico de 50 mL Observar a legislação vigente.
com auxílio de 30 mL de metanol. Deixar em ultrassom por
15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente,
Þltrar e homogeneizar. Transferir 4 mL dessa solução para LANATOSÍDEO C
Lanatosidum C

C49H76O20; 985,12 Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 102,0% de


lanatosídeo C; 05156 C49H76O20, em relação à substância dessecada.
(3ȕ,5ȕ,12ȕ)-3-[(O-ȕ-D-Glicopiranosil-(1ĺ4)-O-
3-O-acetil-2,6-didesoxi-ȕ-D-ribo-hexopiranosil-
(1ĺ4)-O-2,6-didesoxi-ȕ-D-ribo-hexopiranosil- DESCRIÇÃO
(1ĺ4)-2,6-didesoxi-ȕ-D-ribo-hexopiranosil) Características físicas. Pó cristalino, branco ou levemente
oxi]-12,14-diidroxi-card-20(22)-enolídeo amarelo, higroscópico e inodoro.
[17575-22-3]

l
1084 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em etanol. No cromatograma obtido com a Solução (1),
em metanol, dioxana e piridina anidra, insolúvel em nenhuma mancha secundária é mais intensa do que a
clorofórmio e éter etílico. mancha principal obtida no cromatograma com a Solução
(4) (1,5%), não mais que três manchas secundárias
Constantes físico-químicas. são mais intensas do que a mancha principal obtida no
cromatograma com a Solução (6) (0,5%); e não mais
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +32,0º a +35,5º, em
que uma destas manchas é mais intensa do que a mancha
relação à substância dessecada. Determinar em solução a
principal obtida com a Solução (5) (1,0%).
2% (p/v) em metanol.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
IDENTIFICAÇÃO amostra, em estufa a 105 ºC, sob pressão reduzida, sobre
pentóxido de fósforo, até peso constante. No máximo 7,5%.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,1 g da
de potássio, apresenta máximos de absorção somente amostra. No máximo 0,5%.
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de DOSEAMENTO
lanatosídeo C SQR, preparado de maneira idêntica.
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
B. A mancha principal do cromatograma da Solução (2), absorção no visível (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca de
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em 50 mg de amostra e dissolver em etanol. Diluir para 50 mL
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3). com o mesmo solvente. Diluir, sucessivamente, em etanol
até concentração de 0,005% (p/v). Preparar solução padrão
C. Dissolver 0,5 mg da amostra em 0,2 mL de etanol a
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente. A
60% (v/v). Adicionar 0,1 mL de ácido 3,5-dinitrobenzoico
5 mL de cada solução diluída, adicionar 3 mL de picrato
a 2% (p/v) em etanol e 0,1 mL de hidróxido de sódio 2 M.
de sódio alcalino SR e deixar em repouso, em banho de
Desenvolve-se coloração violeta.
água, em temperatura entre 19 ºC e 21 ºC, por 40 minutos,
D. Dissolver 5 mg da amostra em 5 mL de ácido acético ao abrigo da luz. Medir as absorvâncias das soluções em
glacial e adicionar 0,05 mL de cloreto férrico SR. Adicionar, 484 nm, utilizando mistura de 5 mL de etanol e 3 mL de
cuidadosamente, sem agitação, 2 mL de ácido sulfúrico. solução de picrato de sódio alcalino SR para ajuste do zero.
Deixar em repouso. Um anel castanho não-avermelhado se Calcular o teor de C49H76O20 na amostra a partir das leituras
desenvolve na interface e uma coloração verde-amarelada obtidas.
que muda para azul-esverdeada se difunde a partir do anel.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA
Em recipientes de vidro bem fechados, protegidos da luz e
Aspecto da solução. A solução a 2% (p/v) em metanol é estocados em temperatura inferior a 10 ºC.
límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em ROTULAGEM


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Observar a legislação vigente.
sílica-gel G, como suporte, e mistura de tolueno, etanol,
cloreto de metileno e água (60:30:20:1), como fase móvel.
Aplicar, separadamente, à placa, 5 —L de cada uma das CLASSE TERAPÊUTICA
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
Glicosídeo cardiotônico.
Solução (1): solução da amostra a 20 mg/mL em metanol.

Solução (2): solução da amostra a 2 mg/mL em metanol. LARANJA-AMARGA


Solução (3): solução de lanatosídeo C SQR a 2 mg/mL em Aurantii amari exocarpium
metanol.

Solução (4): solução de lanatosídeo C SQR a 0,3 mg/mL Citrus aurantium L. subsp. aurantium – RUTACEAE
em metanol. A droga vegetal é constituída por porções secas do
Solução (5): solução de lanatosídeo C SQR a 0,2 mg/mL exocarpo, correspondente ao ßavedo do fruto maduro,
em metanol. isenta da maior parte do mesocarpo, que é o tecido branco
esponjoso, correspondente ao albedo. Contém, no mínimo,
Solução (6): solução de lanatosídeo C SQR a 0,1 mg/mL 2,0% de óleo volátil.
em metanol.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar SINONÍMIA CIENTÍFICA


secar ao ar. Nebulizar com ácido sulfúrico a 5% (v/v)

l
Citrus aurantium L. subsp. amara (L.) Engler
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1085

CARACTERÍSTICAS cloral são característicos: fragmentos de epiderme do


ßavedo com células conforme descritas, em vista frontal;
Características organolépticas. A droga tem odor forte, fragmentos de epiderme do ßavedo com estômatos, em
aromático, característico, e sabor aromático e muito vista frontal; fragmentos do ßavedo, em secção transversal,
amargo. apresentando epiderme e parênquima colenquimatoso;
fragmentos de parênquima colenquimatoso, em secção
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA transversal; fragmentos do parênquima do ßavedo, com
células contendo gotas lipídicas, em secção transversal;
O exocarpo consiste em porções irregulares de até 8,0 fragmentos do parênquima do ßavedo, em secção
cm de comprimento e até 4,0 cm de largura. A superfície transversal, contendo gotas lipídicas, monocristais de
externa, em vista frontal, é amarelada, pardo-amarelada a oxalato de cálcio e cristais de hesperidina; fragmentos
castanho-amarelada, grosseiramente ondulada e pontuada do parênquima do ßavedo, em secção transversal, com
por numerosas glândulas secretoras translúcidas. A porções de feixes vasculares, observados em vista
superfície interna, em vista frontal, é branco-amarelada a longitudinal; fragmentos do parênquima do ßavedo, em
pardo-esbranquiçada, rugosa e esponjosa. Em vista lateral secção transversal, contendo gotas lipídicas e cristais
as glândulas são visíveis na forma de cavidades. de hesperidina; fragmentos do ßavedo com porções de
glândulas secretoras, em secção transversal; fragmentos
do parênquima do ßavedo, em secção transversal, com
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
porção de feixe vascular, observado em vista longitudinal;
O ßavedo é composto pela epiderme e pelos tecidos fragmentos de parênquima com cristais de hesperidina;
parenquimáticos adjacentes. O albedo é formado pelo idioblastos cristalíferos do ßavedo, com monocristais
parênquima esponjoso. O ßavedo, em vista frontal, de oxalato de cálcio, em secção transversal; cristais de
apresenta epiderme com células pequenas, de diferentes oxalato de cálcio isolados; cristais de hesperidina isolados,
formas, de paredes anticlinais retilíneas, contendo gotas em forma de agulha, somente observados com adição de
lipídicas. Os estômatos são ciclocíticos e situados um pouco lugol; porções de elementos traqueais com espessamento
acima das demais células. Glândulas secretoras são visíveis helicoidal, em vista longitudinal; fragmentos do albedo, em
por transparência. Em secção transversal, a cutícula é pequena quantidade, em secção transversal ou longitudinal.
espessa e lisa. A epiderme é formada por células pequenas,
poligonais, com protoplasto denso, contendo cromoplastos IDENTIFICAÇÃO
e gotas lipídicas. Subepidermicamente ocorrem quatro a
cinco camadas amarelo-ocre, colenquimatosas, compactas, Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
formadas por células pequenas, com conteúdo denso, camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
apresentando cromoplastos e gotas lipídicas. Abaixo com espessura de 250 ȝm, como suporte, e mistura de
destas, ocorrem células parenquimáticas maiores, de água, ácido fórmico e acetato de etila (10:15:75), como

de banda, 20 PL da Solução (1) e 10 PL da Solução (2),


paredes mais delgadas, com espaços intercelulares visíveis, fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma
grande quantidade de gotas lipídicas e de monocristais
prismáticos de oxalato de cálcio, de diferentes formas preparadas recentemente, como descrito a seguir.
e tamanhos. Nas primeiras camadas deste parênquima
ocorrem glândulas esquizolisígenas, circulares a ovóides, Solução (1): adicionar a 1 g da droga moída (710 ȝm), 10 mL

60 qC, por 10 minutos, agitando frequentemente. Esfriar e


com até 1,0 mm de diâmetro, em diferentes fases de de metanol. Aquecer em banho-maria a, aproximadamente,
desenvolvimento e dispostas irregularmente. O parênquima
localizado lateralmente às glândulas é formado por células Þltrar.

Solução (2): dissolver 1 Pg de naringina e 10,0 Pg de ácido


alongadas, compactas, com grande quantidade de gotas
lipídicas e cristais. Pequenos feixes vasculares colaterais
cafeico em 1 mL de metanol.
estão distribuídos neste tecido. Elementos de vaso com
espessamento helicoidal são visíveis longitudinalmente. O Desenvolver o cromatograma. Remover a placa,
parênquima mais interno é frouxo e constituído por células deixar secar ao ar. Em seguida, nebulizar a placa com
hialinas de paredes delgadas e de diferentes formas e difenilborato de aminoetanol SR (Reagente Natural A)
tamanhos, contendo monocristais. O parênquima próximo a 1% (p/v) em metanol e observar sob luz ultravioleta
ao albedo apresenta células de maior volume, de paredes (365 nm). A mancha amarelo ßuorescente obtida na parte
mais espessas e menor quantidade de cristais. Cristais mediana do cromatograma com a Solução (1), com Rf de
de hesperidina são comuns em todos os parênquimas. aproximadamente 0,6, corresponde em posição e coloração
O albedo é constituído por parênquima esponjoso, com àquela obtida com a Solução (2), referente à naringina. A
células braciformes, com amplos espaços intercelulares e mancha azul ßuorescente claro obtida na parte superior
com poucos cristais e gotas lipídicas. próxima do fronte do cromatograma com a Solução (1),
com Rf de aproximadamente 0,9, corresponde em posição
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ e coloração àquela obtida com a Solução (2), referente ao
ácido cafeico. Entre as manchas referentes à naringina e
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para ao ácido cafeico, são obtidas duas manchas ßuorescentes
a subespécie, menos os caracteres macroscópicos. Pó claras com a Solução (1), sendo a mais próxima à
de coloração pardo-clara. Com a adição de hidrato de naringina correspondente à hesperidina. Outras manchas

l
1086 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

são observadas na metade inferior do cromatograma: de DOSEAMENTO


coloração amarelo ßuorescente (Rf de aproximadamente
0,58), vermelho ßuorescente (Rf de aproximadamente Óleos voláteis
0,5), e outras mais abaixo de coloração azul e laranja
Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
ßuorescente.
voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão
de 500 mL contendo 200 mL de água como líquido de

k. Utilizar planta seca reduzida a pó (710 Pm). Proceder


ENSAIOS DE PUREZA destilação. Adicionar 0,5 mL de xileno pela abertura lateral

Água (5.2.20.2). Determinar em 20,0 g da amostra imediatamente à determinação do óleo volátil, a partir de
pulverizada (355 ȝm). No mínimo 10%. 15 g da droga em pó. Destilar por 90 minutos.
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 7,0%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipiente bem fechado, ao abrigo da luz, calor e
umidade.

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Citrus aurantium L. subsp. aurantium

______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 1 cm (régua 1); em B a 0,5 cm (régua 2); em C a 100 —m (régua 3); em D a
100 —m (régua 4).

A – representação esquemática da superfície externa da droga, em vista frontal. B – representação esquemática da droga, em secção transversal: albedo
(alb); ßavedo (ßa); glândula secretora (gla). C – detalhe de uma porção da epiderme do ßavedo, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe);
estômato (es); gota lipídica (gl). D – detalhe de porção da droga, em secção transversal: albedo (alb); cristal de hesperidina (ch); cristal de oxalato de
cálcio (cox); cutícula (cu); elemento de vaso com espessamento helicoidal (eh); espaço intercelular (ei); epiderme (ep); epitélio secretor (eps); estômato
(es); ßoema (f); ßavedo (ßa); feixe vascular (fv); gota lipídica (gl); glândula secretora (gla); idioblasto cristalífero (ic); parênquima (p); parênquima
colenquimatoso (pco); parênquima esponjoso (pj); xilema (x).

l
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1087

Figura 2 – Aspectos microscópicos do pó em Citrus aurantium L. subsp. aurantium


______________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A até G, I até O e R até T a 100 —m (régua 1); em H e P a 100 —m (régua 2); em
Q a 100 —m (régua 3).

A – fragmento do ßavedo com epiderme, parênquimas e restos de epitélio secretor, em secção transversal: cristal de hesperidina (ch); cutícula (cu);
epiderme (ep); epitélio secretor (eps); gota lipídica (gl); glândula secretora (gla); idioblasto cristalífero (ic); parênquima (p); parênquima colenquimatoso
(pco). B – fragmento de parênquima do ßavedo, em secção transversal: cristal de hesperidina (ch); cristal de oxalato de cálcio (cox); gota lipídica (gl);
idioblasto cristalífero (ic). C – porção de elementos traqueais com espessamento helicoidal, em vista longitudinal.D – cristais de oxalato de cálcio
isolados. E – fragmento do ßavedo, em secção transversal: cristal de hesperidina (ch); cristal de oxalato de cálcio (cox); cutícula (cu); epiderme (ep);
gota lipídica (gl); idioblasto cristalífero (ic); parênquima (p); parênquima colenquimatoso (pco). F – fragmento de parênquima do ßavedo, em secção
transversal, com porção de feixe vascular, observado em vista longitudinal: elemento de vaso com espessamento helicoidal (eh); Þbra (fb); gota
lipídica (gl); parênquima (p). G – cristal de hesperidina, somente observado com adição de lugol. H – fragmento de parênquima do ßavedo, em secção
transversal: espaço intercelular (ei); gota lipídica (gl). I – fragmento de parênquima do ßavedo em secção transversal, contendo gotas lipídicas: gota
lipídica (gl); núcleo (nu). J – fragmento da epiderme, em vista frontal: gota lipídica (gl). L – fragmento do albedo, em vista frontal: cristal de hesperidina
(ch); espaço intercelular (ei); parênquima esponjoso (pj). M – fragmento de parênquima do ßavedo, em secção transversal: cristal de hesperidina (ch);

l
1088 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

cristal de oxalato de cálcio (cox); gota lipídica (gl); idioblasto cristalífero (ic). N – fragmento de parênquima do ßavedo, em secção transversal: cristal de
oxalato de cálcio (cox); gota lipídica (gl); idioblasto cristalífero (ic). O – fragmento do ßavedo e do albedo, em secção transversal: albedo (alb); espaço
intercelular (ei); ßavedo (ßa); gota lipídica (gl); parênquima (p); parênquima esponjoso (pj). P – fragmento de epiderme do ßavedo com estômato, em
vista frontal: estômato(es). Q – fragmento do parênquima colenquimatoso, em secção transversal. R – fragmento do albedo, em secção transversal:
espaço intercelular (ei); gota lipídica (gl); parênquima esponjoso (pj). S – idioblastos cristalíferos do ßavedo, em secção transversal: cristal de oxalato
de cálcio (cox). T – fragmento do ßavedo, com células parenquimáticas de paredes espessadas, em secção transversal.

E. Uma solução da amostra a 10% (p/v) acidiÞcada com


LAURILSULFATO DE SÓDIO ácido clorídrico e fervida brandamente durante 20 minutos
Natrii laurilsulfas responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).

ENSAIOS DE PUREZA
Alcalinidade. Pesar exatamente, cerca de 1 g da amostra e
dissolver em 100 mL de água isenta de dióxido de carbono.
Adicionar 0,1 mL de vermelho de fenol SI e titular com
ácido clorídrico 0,1 M. Devem ser gastos, no máximo, 0,6
C12H25NaO4S; 288,38
mL de ácido clorídrico 0,1 M.
laurilsulfato de sódio; 05178
Álcoois não esterificados. Pesar, exatamente, cerca de 10
Sal de sódio do éster monododecílico do ácido sulfúrico g da amostra e dissolver em 100 mL de água, acrescentar
(1:1) 100 mL de etanol e extrair a solução três vezes com 50 mL
de álcool n-amílico, de cada vez. Se necessário, adicionar
[151-21-3] cloreto de sódio para facilitar a separação das duas fases.
Reunir as fases orgânicas e lavar três vezes com 50 mL de
O laurilsulfato de sódio é uma mistura de alquilsulfatos de água, de cada vez. Eliminar a água da solução orgânica
sódio constituída principalmente pelo sal de sódio do éster com sulfato de sódio anidro, Þltrar e evaporar em banho de
monododecílico do ácido sulfúrico (1:1) - laurilsulfato de água até eliminar todo o solvente. Aquecer o resíduo a 105
sódio. Contém, no mínimo, 85,0 % de alquilsulfatos de °C durante 15 min e arrefecer. A massa do resíduo deve ser
sódio, expressos em C12H25NaO4S, em relação à substância de, no máximo, 4%.
dessecada. O teor total de cloreto de sódio e de sulfato de
sódio é, no máximo, 8,0%. Álcoois totais. Pesar, exatamente, cerca de 5g da amostra
para um frasco de Kjeldahl de 800 mL. Adicionar 150 mL
de água, 50 mL de ácido clorídrico e algumas pérolas de
DESCRIÇÃO
ebulição. Acoplar o frasco de Kjeldahl em um condensador
Características físicas. Pó ou cristal, branco ou de reßuxo. Aquecer cuidadosamente para evitar formação
ligeiramente amarelado. Leve odor característico. excessiva de espuma e ferver por 4 horas. Arrefecer, lavar o
condensador com éter etílico, coletando o éter etílico para o
Solubilidade. Facilmente solúvel em água formando frasco, e transferir o conteúdo para um funil de separação.
solução ou mistura opalescente, pouco solúvel em etanol. Lavar o frasco duas vezes com éter etílico e adicionar as
lavagens ao funil de separação. Extrair a solução com
duas porções de 75 mL de éter etílico. Em um béquer
IDENTIFICAÇÃO
previamente pesado, reunir os extratos combinados de éter,
A. Dissolver 0,1 g da amostra em 10 mL de água e agitar. evaporar em banho-maria e secar o resíduo a 105 °C por 30
Forma-se espuma abundante. minutos. Resfriar e pesar. O resíduo representa o total de
álcoois. A massa do resíduo deve ser de, no mínimo, 59,0%
B. Misturar 0,1 mL da solução obtida no teste A. de da massa de amostra utilizada.
IdentiÞcação com 0,1 mL de cloreto de metiltionínio a
0,1% (p/v) e 2 mL de ácido sulfúrico diluído. Acrescentar Cloreto de sódio. Pesar exatamente, cerca de 0,5 g da
2 mL de cloreto de metileno e agitar. Desenvolve-se amostra e dissolver em 50 mL de água. Adicionar ácido
coloração azul intensa na camada do cloreto de metileno. nítrico diluído (1:20), gota a gota, até a solução apresentar-
se neutra ao papel tornassol. Adicionar 2 mL de cromato de
C. Misturar cerca de 10 mg da amostra com 10 mL de potássio SR e titular com nitrato de prata 0,1 M SV. Cada
etanol. Aquecer até ebulição em banho-maria, agitando mL de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 5,844 mg de
frequentemente. Filtrar imediatamente e evaporar o etanol. cloreto de sódio.
Dissolver o resíduo em 8 mL de água, acrescentar 3 mL
de ácido clorídrico SR, evaporar a solução até metade do Sulfato de sódio. Pesar, exatamente, cerca de 1 g de
seu volume e deixar esfriar. Separar por Þltração os álcoois amostra e transferir para um béquer de 250 mL. Adicionar
graxos solidiÞcados. Ao Þltrado acrescentar 1 mL de 35 mL de água, aquecer para dissolver. Acrescentar à
cloreto de bário a 6,1% (p/v). Forma-se precipitado branco solução aquecida 2 mL de ácido nítrico M, misturar e
cristalino. adicionar 50 mL de etanol. Aquecer a solução até a fervura.
Adicionar lentamente, sob agitação, 10 mL de solução de
D. Uma solução da amostra a 10% (p/v) responde às nitrato de chumbo a 3,31% (p/v). Cobrir o béquer com

l
reações do íon sódio (5.3.1.1). vidro de relógio, ferver brandamente por 5 minutos e
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1089

deixar em repouso. Se o sobrenadante estiver turvo, deixar


em repouso mais 10 minutos, aquecer até fervura e deixar LEFLUNOMIDA
novamente em repouso. Quando a solução estiver quase Leflunomidum
fervendo, decantar o máximo de líquido possível através
de papel Þltro quantitativo de 9 cm de diâmetro, faixa
preta, Þltração rápida, isento de cinzas. Lavar quatro vezes
por decantação, utilizando cada vez 50 mL de etanol a 50%
(v/v) e levar a mistura à fervura. Transferir o papel Þltro
para o béquer original, e imediatamente adicionar 30 mL
de água, 20 mL de edetato dissódico 0,05 M SV, e 1 mL de
tampão cloreto de amônio pH 10,7. Aquecer até dissolver
o precipitado. Aguardar resfriamento. Adicionar 0,2 mL de
negro de eriocromo T SI e titular com sulfato de zinco 0,05 C12H9F3N2O2; 270,21
M SV. Cada mL de edetato dissódico 0,05 M equivale a leßunomida; 05192
7,102 mg de sulfato de sódio. 5-Metil-N-[4-(trißuormetil)fenil]-4-isoxazolcarboxamida
[75706-12-6]
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. Pesar
exatamente, cerca de 1g de amostra. No máximo 0,002%
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
(20 ppm).
C12H9F3N2O2, em relação à substância dessecada.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra em estufa a 105 °C, por 2 horas. No máximo 3%. DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó cristalino branco. Apresenta
DOSEAMENTO
polimorÞsmo.
Pesar, exatamente, cerca de 0,115 g da amostra, dissolver
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em
em 20 mL água, aquecer se necessário. Transferir para
metanol, etanol, álcool isopropílico e acetato de etila.
balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com o
mesmo solvente. Retirar alíquota de 20 mL dessa solução Constantes físico-químicas.
e transferir para erlenmeyer de 125 mL, adicionar 15 mL
de clorofórmio e 10 mL de brometo de dimídio-azul de Faixa de fusão (5.2.2): 165 ºC a 167 ºC.
sulfano SR. Titular com cloreto de benzetônio 0,004 M
SV, com agitação enérgica, até mudança da cor rosa para
IDENTIFICAÇÃO
azul-acinzentado da camada clorofórmica. Antes de cada
adição do titulante, veriÞcar a completa separação das A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
camadas. Cada mL de cloreto de benzetônio 0,004 M SV da amostra dispersa em brometo de potássio apresenta
equivale a 1,154 mg de alquilsulfatos de sódio, calculados máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
em C12H25NaO4S. de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de leßunomida SQR.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
Em recipientes bem fechados. de 200 a 370 nm, da solução amostra a 0,001% (p/v) em
mistura de acetonitrila e água (50:50), exibe máximo em
260 nm, idêntico ao observado no espectro de solução
ROTULAGEM similar de leßunomida SQR.
Observar a legislação vigente. C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel 60 F254,
CATEGORIA como suporte, e mistura de cloreto de metileno e acetato

à placa, 10 PL de cada uma das soluções, recentemente


de etila (97:3), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
Tensoativo aniônico
preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): solução a 0,1 mg/mL de amostra em acetato


de etila.

Solução (2): solução a 0,1 mg/mL de leßunomida SQR em


acetato de etila.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm) ou
expor a placa a vapores de iodo. A mancha principal

l
1090 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e CLASSE TERAPÊUTICA


intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Antirreumático.
D. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão. LEFLUNOMIDA COMPRIMIDOS

ENSAIOS DE PUREZA
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da quantidade declarada de C12H9F3N2O2. Os comprimidos
amostra. Dessecar em estufa, a 60 ºC, sob pressão reduzida, podem ser revestidos.
por 2 horas. No máximo 1%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. IDENTIFICAÇÃO


No máximo 0,1%.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
de pó equivalente a 10 mg de leßunomida e transferir
DOSEAMENTO para balão volumétrico de 100 mL com auxílio de 60 mL
de mistura de acetonitrila e água (50:50). Agitar por 10
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido minutos e completar o volume com o mesmo solvente.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido Homogeneizar e Þltrar. Transferir 5 mL dessa solução
de detector ultravioleta a 254 nm, coluna de 250 mm de para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno compactada com mistura de acetonitrila e água (50:50). O espectro de

Pm), mantida à temperatura de 25 ºC, ßuxo da Fase móvel


com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 nm a 370
nm, dessa solução, exibe máximo em 260 nm, idêntico ao
de 1,0 mL/minuto. observado no espectro de leßunomida SQR, preparado de
maneira idêntica.
Fase móvel: mistura de água e acetonitrila (50:50).
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
Solução amostra: transferir 20 mg da amostra, exatamente
de pó equivalente a 5 mg de leßunomida, dissolver em 50
pesada, para balão volumétrico de 100 mL com auxílio de
mL de acetato de etila, homogeneizar e Þltrar. Prosseguir
60 mL de Fase móvel. Agitar se necessário, completar o
conforme descrito no teste C. de IdentiÞcação da
volume com o mesmo solvente e homogeneizar. Transferir
monograÞa de Leßunomida.
5 mL dessa solução para balão volumétrico de 25 mL e
completar o volume com Fase móvel (injetar essa solução C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
imediatamente ou, no máximo, 24 horas após a preparação da Solução amostra, obtida no método de Doseamento,
se a mesma for mantida sob refrigeração). corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada

Pg/mL (injetar essa solução imediatamente ou, no máximo,


de leßunomida SQR em Fase móvel para obter solução a 40 CARACTERÍSTICAS

24 horas após a preparação se a mesma for mantida sob Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
refrigeração).
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Injetar replicatas de 20 PL da Solução padrão. A eÞciência
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
da coluna não deve ser menor do que 3000 pratos teóricos
para o pico da leßunomida. O fator de cauda não é superior Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
a 2. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos
picos registrados não deve ser maior que 2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)

padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e Meio de dissolução: água desaerada, 1000 mL, para
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C12H9F3N2O2 comprimidos contendo 10 ou 20 mg.
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução Aparelhagem: pás, 100 rpm
padrão e a Solução amostra.
Tempo: 30 minutos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio

com porosidade 0,45 Pm e diluir, se necessário, com o


de dissolução e Þltrar imediatamente através de Þltro
Em recipientes herméticos, protegidos da luz e em
refrigerador.
Meio de dissolução, até concentração adequada. Medir
as absorvâncias das soluções em 260 nm (5.2.14),
ROTULAGEM utilizando água para ajuste do zero. Calcular a quantidade
de C12H9F3N2O2 dissolvida no meio, comparando as

l
Observar legislação vigente. leituras obtidas com a da solução de leßunomida SQR na
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1091

concentração de 10 Pg/mL, preparada no mesmo solvente em ácido clorídrico M e ligeiramente solúvel em ácido
(acetonitrila pode ser utilizada para dissolver a leßunomida clorídrico 0,1 M.
em volume que não ultrapasse 2% na solução Þnal).
Constantes físico-químicas.
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
declarada de C12H9F3N2O2 se dissolvem em 30 minutos. Poder rotatório (5.2.8): -1,27° a -1,34°, em relação à
substância dessecada. Dissolver 0,2 g da amostra e 5 g
de metenamina em 10 mL de ácido clorídrico M. Diluir
DOSEAMENTO para 25 mL com o mesmo ácido e homogeneizar. Deixar a
solução ao abrigo da luz (25 °C) por 3 horas.
Proceder conforme descrito no método de Doseamento da
monograÞa de Leßunomida. Preparar a Solução amostra
como descrito a seguir. IDENTIFICAÇÃO
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Transferir quantidade de pó equivalente a 10 mg de amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
leßunomida para balão volumétrico de 50 mL com auxílio máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de 30 mL de Fase móvel. Agitar mecanicamente por 15 de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
minutos, completar o volume com o mesmo solvente, observados no espectro de levodopa SQR, preparado de
homogeneizar e Þltrar. Transferir 5 mL dessa solução para maneira idêntica.
balão volumétrico de 25 mL, completar o volume com
Fase móvel e homogeneizar. B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 230 nm a 350 nm, de solução a 0,003% (p/v) em ácido
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução clorídrico 0,1 M, exibe máximo em 280 nm, idêntico ao
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas observado no espectro de solução similar de levodopa
e medir as áreas dos picos. Calcular a quantidade de SQR.
C12H9F3N2O2 nos comprimidos a partir das respostas
obtidas com a Solução padrão e com a Solução amostra. C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em ENSAIOS DE PUREZA
temperatura ambiente.
pH (5.2.19). 4,5 a 7,0. Determinar em suspensão a 1%
(p/v) em água livre de dióxido de carbono, obtida após 15
ROTULAGEM minutos de agitação da amostra no solvente.
Observar legislação vigente. Absorção de luz. O espectro de absorção no ultravioleta
(5.2.14), na faixa de 230 nm a 350 nm, de solução a 0,003%
(p/v) em ácido clorídrico 0,1 M, exibe máximo em 280 nm.
LEVODOPA A absortividade especíÞca, A(1%, 1 cm), é de 137 a 147,
Levodopum em 280 nm, em ácido clorídrico 0,1 M.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
placa de celulose, como suporte, e mistura de ácido acético
glacial, água e 1-butanol, (25:25:50), como fase móvel.
Aplicar, separadamente, à placa, 10 —L de cada uma das
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
C9H11NO4; 197,19
levodopa; 05249 Solução (1): dissolver 0,1 g da amostra em 5 mL de ácido
3-Hidroxi-L-tirosina fórmico anidro e diluir para 10 mL com metanol. Preparar
[59-92-7] extemporaneamente.

Solução (2): transferir 0,5 mL da Solução (1) para balão


Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de volumétrico de 100 mL e completar o volume com metanol.
C9H11NO4, em relação à substância dessecada.
Solução (3): dissolver 30 mg de tirosina em 1 mL de ácido
fórmico anidro e diluir para 100 mL com metanol. Misturar
DESCRIÇÃO 1 mL desta solução com 1 mL da Solução (1).
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase Desenvolver o cromatograma. Remover a placa,
branco. deixar secar sob ar quente. Nebulizar com uma mistura
Solubilidade. Pouco solúvel em água, praticamente recentemente preparada de cloreto férrico SR e ferricianeto
de potássio SR (1:1). Examinar imediatamente. Qualquer

l
insolúvel em etanol e éter etílico. Facilmente solúvel
1092 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

mancha secundária, diferente da mancha principal, obtida O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
no cromatograma com a Solução (1), não é mais intensa que registrados não é maior que 2,0%.
aquela obtida com a Solução (2) (0,5%). O teste somente
será válido se o cromatograma obtido com a Solução Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções
(3) apresentar, acima da mancha principal, uma mancha padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
distinta, mais intensa que a mancha do cromatograma áreas sob os picos. Calcular o teor de C9H11NO4 na amostra
obtido com a Solução (2). a partir das respostas obtidas com as Soluções padrão e
amostra.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Preparar o
padrão utilizando 2 mL de Solução padrão de chumbo (10
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ppm Pb). No máximo 0,001% (10 ppm).
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 4 horas. No
máximo 1%. ROTULAGEM
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. Observar a legislação vigente.
No máximo 0,1%.
CLASSE TERAPÊUTICA
DOSEAMENTO
Antiparkinsoniano.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio LEVONORGESTREL


não aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,18 g
Levonorgestrelum
da amostra e dissolver em 5 mL de ácido fórmico anidro.
Aquecer se necessário. Deixar esfriar e acrescentar 25 mL
de ácido acético glacial e 25 mL de dioxana. Titular com
ácido perclórico 0,1 M SV, utilizando 0,1 mL de cloreto
de metilrosanilínio SI, até mudança de cor para verde.
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 19,719
mg de C9H11NO4.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


de alta eÞciência (5.2.17.4). Realizar o procedimento ao
abrigo da luz e manter as soluções à temperatura de 10 °C
até a injeção. Utilizar cromatógrafo provido de detector C21H28O2; 312,45
ultravioleta a 280 nm; coluna de 250 mm de comprimento levonorgestrel; 05279
(17Į)-13-Etil-17-hidroxi-18,19-dinorpregn-4-en-20-in-3-
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 Pm),
e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica
ona
mantida à temperatura ambiente, ßuxo da Fase móvel de [797-63-7]
1,0 mL/minuto.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
Diluente: mistura de ácido trißuoracético e água (1:1000). C21H28O2, em relação à substância dessecada.
Fase móvel: mistura do Diluente e tetraidrofurano (97:3).
DESCRIÇÃO
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
da amostra em Diluente obtendo solução a 0,4 mg/mL Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
branco.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de levodopa SQR em Diluente obtendo solução a 0,4 mg/ Solubilidade. Praticamente insolúvel em água,
mL. ligeiramente solúvel em cloreto de metileno, pouco solúvel
em etanol.
Solução de resolução: dissolver quantidade exatamente
pesada de levodopa SQR e L-tirosina SQR em Diluente Constantes físico-químicas.
para obter solução a 10 —g/mL de cada substância.

Injetar replicatas de 20 PL da Solução de resolução.


Faixa de fusão (5.2.2): 232 °C a 239 °C. A faixa entre o
início e o Þm da fusão não excede 4 °C.
Os tempos de retenção relativos são cerca de 1,0 para a
levodopa e 1,3 para a L-tirosina. A resolução entre os picos Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -30° a -35°. Determinar
da levodopa e da L-tirosina não deve ser menor que 3,0. O em solução a 2% (p/v) em clorofórmio.
fator de cauda para o pico da levodopa não é maior que 2,0.

l
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1093

IDENTIFICAÇÃO DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da A. Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g da amostra e dissolver
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta em 45 mL de tetraidrofurano. Adicionar 10 mL de nitrato
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos de prata a 10% (p/v) em água. Após 1 minuto, titular com
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles hidróxido de sódio 0,1 M SV determinando o ponto Þnal
observados no espectro de levonorgestrel SQR, preparado potenciometricamente. Realizar ensaio em branco e fazer
de maneira idêntica. as correções necessárias. Cada mL de hidróxido de sódio
0,1 M SV equivale a 31,245 mg de C21H28O2.

ENSAIOS DE PUREZA B. Por Espectrofotometria de absorção no ultravioleta


(5.2.14). Pesar, exatamente, cerca de 100 mg da amostra
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito e dissolver em etanol. Diluir, sucessivamente, em etanol,
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), até concentração de 0,001% (p/v). Preparar solução padrão
utilizando sílica-gel G, como suporte, e mistura de na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
acetona e clorofórmio (20:80), como fase móvel. Aplicar, Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 241 nm,
separadamente, à placa, 10 mL de cada uma das soluções,
utilizando etanol para o ajuste do zero. Calcular o teor de
recentemente preparadas, descritas a seguir.
C21H28O2 na amostra, a partir das leituras obtidas.

Solução (1): dissolver 0,5 g da amostra em clorofórmio e


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
diluir para 25 mL com o mesmo solvente. Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Solução (2): transferir 2,5 mL da Solução (1) para
balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com ROTULAGEM
clorofórmio. Transferir 2,5 mL da solução anterior para
balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com o Observar a legislação vigente.
mesmo solvente.

Solução (3): transferir 10 mL da Solução (2) para balão CLASSE TERAPÊUTICA


volumétrico de 25 mL e completar o volume com Anticoncepcional.
clorofórmio.

Solução (4): dissolver 5 mg de levonorgestrel SQR e 5 mg


de etinilestradiol SQR em clorofórmio e diluir para 50 mL LEVONORGESTREL E
com o mesmo solvente. ETINILESTRADIOL COMPRIMIDOS
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Nebulizar com ácido fosfomolíbdico a 10% Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
(p/v) em álcool n-propílico. Aquecer a placa entre 100 quantidade declarada de levonorgestrel (C21H28O2) e
°C e 105 °C por 15 minutos e examinar imediatamente. etinilestradiol (C20H24O2).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da principal, não é mais intensa IDENTIFICAÇÃO
que aquela obtida com a Solução (2) (0,5%) e, no máximo,
duas destas manchas são mais intensas que aquela obtida A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
com a Solução (3) (0,2%). O teste somente será válido se camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
o cromatograma obtido com a Solução (4) apresentar duas como suporte, e mistura de metanol e clorofórmio (1:99),
manchas principais nitidamente separadas. como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 20
—L de cada uma das soluções, recentemente preparadas,
Limite do grupo etinila. Proceder conforme descrito no descritas a seguir.
método A. de Doseamento. Cada mililitro de hidróxido de
sódio 0,1 M SV equivale a 2,503 mg de etinila. No mínimo, Solução (1): pesar e pulverizar 15 comprimidos e extrair
7,81% e, no máximo, 8,18%. com 30 mL de acetona. Filtrar e evaporar até secura.
Dissolver o resíduo obtido em 1 mL de clorofórmio.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C, por 5 horas. No Solução (2): preparar solução a 0,75 mg/mL de
máximo 0,5%. levonorgestrel SQR em clorofórmio.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. Solução (3): preparar solução a 0,45 mg/mL de
No máximo 0,1%. etinilestradiol SQR em clorofórmio.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar


ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). As manchas
referentes ao levonorgestrel e ao etinilestradiol obtidas

l
1094 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

com a Solução (1) correspondem em posição e cor àquelas de replicatas dos picos registrados não deve ser maior que
principais obtidas com as Soluções (2) e (3). Nebulizar com 3,0%.
ácido p-toluenossulfônico a 2% (p/v) em água. Aquecer a 110
°C por 10 minutos. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). Procedimento: injetar, separadamente, 100 mL das Soluções
As manchas referentes ao levonorgestrel e etinilestradiol padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
aparecem com coloração azul. áreas sob os picos. Calcular a quantidade de levonorgestrel
(C21H28O2) e etinilestradiol (C20H24O2) dissolvida no meio
B. Os tempos de retenção dos picos principais do a partir das respostas obtidas com a Solução padrão e a
cromatograma da Solução amostra, obtida em Doseamento, Solução amostra.
correspondem àqueles dos picos principais da Solução
padrão. Tolerância: para comprimidos não revestidos, não menos
que 80% (Q) da quantidade declarada de levonorgestrel
(C21H28O2) e 75% (Q) da quantidade declarada de
CARACTERÍSTICAS etinilestradiol (C20H24O2) se dissolvem em 60 minutos. Para
drágeas, não menos que 60% (Q) da quantidade declarada
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. de levonorgestrel (C21H28O2) e 60% (Q) da quantidade
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. declarada de etinilestradiol (C20H24O2) se dissolvem em 60
minutos.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


Meio de dissolução: solução de polissorbato 80 a 0,0005% Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
(p/v) em água, 500 mL Cumpre o teste.

Aparelhagem: pás, 75 rpm.


DOSEAMENTO
Tempo: 60 minutos
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a 215 nm; coluna de 150 mm de
de detector ultravioleta a 247 nm (para determinação de comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
levonorgestrel), e de detector espectroßuorométrico (para com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (5 —m),
determinação de etinilestradiol) com comprimentos de mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de
onda de excitação a 285 nm e de emissão a 310 nm; coluna 1,5 mL/minuto.
de 150 mm de comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno,
Fase móvel: mistura de água e acetonitrila (51:49).
empacotada com sílica quimicamente ligada a grupo
octadecilsilano (5 —m a 10 —m), mantida à temperatura Diluente: mistura de água e acetonitrila (40:60).
ambiente; ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Fase móvel: mistura de acetonitrila e água (60:40). Transferir quantidade do pó equivalente a 250 mg de
levonorgestrel para tubo de centrífuga e adicionar 4 mL do
Solução amostra: após o teste, retirar alíquota do meio de Diluente. Aquecer a 60 °C por 25 minutos, agitar e deixar
dissolução, Þltrar em Þltro de polivinilideno, descartando em ultrassom por mais 25 minutos. Esfriar, centrifugar e
os primeiros mililitros. Para comprimidos não revestidos usar o sobrenadante límpido.
retirar alíquotas do meio de dissolução nos tempos de 30
minutos (tomando o cuidado de repor o volume de cada Solução padrão: preparar solução de levonorgestrel SQR e
cuba) e 60 minutos. Para drágeas realizar este procedimento etinilestradiol SQR no Diluente contendo, respectivamente,
somente no tempo de 60 minutos. 0,625 mg e 0,125 mg por mililitro. Transferir 5 mL dessa
solução para balão volumétrico de 50 mL e completar o
Solução padrão: preparar solução contendo norgestrel volume com o Diluente, obtendo solução contendo 62,5 mg
padrão e etinilestradiol SQR em Meio de dissolução, de levonorgestrel e 12,5 mg de etinilestradiol por mililitro.
de modo a obter concentrações próximas àquelas de
levonorgestrel e etinilestradiol, respectivamente, da Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções
Solução amostra. padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de levonorgestrel
Injetar replicatas de 100 mL da Solução padrão. Os tempos (C21H28O2) e etinilestradiol (C20H24O2) nos comprimidos
de retenção relativos são cerca de 0,7 para etinilestradiol e
1,0 para levonorgestrel. O desvio padrão relativo das áreas

l
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1095

a partir das respostas obtidas com a Solução padrão e a C. Em cerca de 5 mg da amostra, adicionar 0,5 mL de
Solução amostra. ácido nítrico fumegante. Evaporar até secura em banho-
maria, esfriar e dissolver o resíduo em 5 mL de acetona.
Adicionar 0,2 mL de hidróxido de potássio etanólico 0,5
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
M. Desenvolve-se coloração verde.
Em recipientes bem fechados.
D. Dissolver cerca de 0,1 g da amostra em 1 mL de etanol
e adicionar 0,5 mL de solução a 10 % (p/v) de nitrato de
ROTULAGEM cobalto. Forma-se precipitado verde-azulado.

Observar a legislação vigente.


ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. Dissolver 1 g da amostra em 3 mL de
LIDOCAÍNA ácido clorídrico diluído e diluir para 10 mL com água. A
Lidocainum solução obtida é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).

2,6 dimetilanilina. Dissolver 0,25 g da amostra em metanol


e diluir para 10 mL com o mesmo solvente. A 2 mL da solução
anterior, adicionar 1 mL de p-dimetilaminobenzaldeído a 1
% (p/v) em metanol e 2 mL de ácido acético glacial. Deixar
em repouso por 10 minutos. Qualquer coloração amarela
na solução em exame não é mais intensa do que a de uma
solução referência, preparada simultaneamente, utilizando
2 mL de 2,6-dimetilanilina a 0,00025 % (p/v) em metanol.
C14H22N2O; 234,34
lidocaína; 05313 Cloretos (5.3.2.1). Dissolver 1,4 g da amostra em mistura
2-(Dietilamino)-N-(2,6-dimetilfenil)acetamida de 3 mL de ácido nítrico e 12 mL de água e proceder
[137-58-6] conforme descrito em Ensaio limite para cloretos. No
máximo 0,0035 % (35 ppm).
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de Sulfato (5.3.2.2). Dissolver 0,5 g da amostra em 5 mL de
C14H22N2O, em relação à substância anidra. etanol e diluir para 25 mL com água. No máximo 0,1 %
(1000 ppm).
DESCRIÇÃO
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase em 1 g da amostra. No máximo 0,002% (20 ppm).
branco.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, muito No máximo 0,1%.
solúvel em etanol e em cloreto de metileno, solúvel em
éter etílico. Solúvel em ácido clorídrico diluído. Água (5.2.20.1). Determinar em 1 g de amostra. No
máximo 1,0 %.
Constantes físico-químicas.

Faixa de fusão (5.2.2): 66 ºC a 70 ºC. DOSEAMENTO


Proceder conforme descrito em Titulação em meio não
IDENTIFICAÇÃO aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,2 g da amostra, dessecada
a vácuo sob sílica-gel por 24 horas, em 50 mL de ácido
Os testes de identiÞcação B., C. e D. podem ser omitidos se acético glacial e agitar até completa dissolução. Titular
for realizado o teste A. com ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o ponto Þnal
potenciometricamente. Realizar ensaio em branco e fazer
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
as correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
M equivale a 23,434 mg de C14H22N2O.
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de lidocaína SQR, preparado de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
maneira idêntica.
Em recipientes herméticos.
B. Dissolver, aquecendo, 0,2 g da amostra em mistura de 0,5
mL de ácido clorídrico diluído e 10 mL de água. Adicionar
ROTULAGEM
10 mL de ácido pícrico a 1 % (p/v). O precipitado lavado
com água e dessecado apresenta temperatura de fusão Observar a legislação vigente.
(5.2.2) próximo a 230 oC, com decomposição.

l
1096 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA
CLASSE TERAPÊUTICA
Substâncias relacionadas.
Anestésico local.
Nota: de acordo com a rota de síntese, realizar o Teste 1 ou
o Teste 2. O Teste 2 é recomendado se o 4,8-dicloro-6,11-
diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridin-11-ona é
LORATADINA uma substância relacionada potencial.
Loratadinum
Teste 1. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a
líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo
provido de detector ultravioleta a 254 nm, coluna de
150 mm de comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno,
empacotada com sílica ligada a grupos octilsilano (5 —m),
mantida a temperatura entre 25 °C e 35 °C, ßuxo da Fase
móvel de 1,0 mL/minuto.

Fase móvel: mistura de fosfato de potássio dibásico anidro


0,01 M, preparado conforme descrito no método B. de
Doseamento, metanol e acetonitrila (7:6:6). Ajustar com
ácido fosfórico para um pH de 7,2.

Diluente: transferir 400 mL de ácido clorídrico 0,05 M e 80


C22H23ClN2O2; 382,88 mL de fosfato de potássio dibásico anidro 0,6 M, preparado
loratadina; 05416 conforme descrito no método B. de Doseamento, para
Éster etílico do ácido 4-(8-cloro-5,6-diidro-11H- balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com
benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridin-11-ilideno)-1- mistura de metanol e acetonitrila (1:1). Homogeneizar.
piperidinacarboxílico Solução (1): solução a 0,8 —g/mL de loratadina SQR em
[79794-75-5] Diluente.

Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 102,0% de Solução (2): transferir, exatamente, cerca de 40 mg da
C22H23ClN2O2, em relação à substância dessecada. amostra para balão volumétrico de 100 mL. Dissolver,
deixar em ultrassom por 10 minutos e completar o volume
com Diluente.
DESCRIÇÃO
Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,79
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase para 4-(8-cloro-11-ßuoro-6,11-diidro-5H-benzo[5,6]
branco. Apresenta polimorÞsmo. ciclohepta[1,2-b]piridin-11-il)-1-piperidinacarboxilato de
Solubilidade. Insolúvel em água, facilmente solúvel em etila e 1,00 para loratadina. O desvio padrão relativo das
acetona, clorofórmio, metanol e tolueno. áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que
4,0%.
Constantes físico-químicas.
Procedimento: injetar, separadamente, 50 —L de cada
Faixa de fusão (5.2.2): 132 ºC a 137 ºC. solução, registrar os cromatogramas e medir as áreas
de todos os picos da Solução (2) e do pico principal da
Solução (1). Calcular a porcentagem de cada impureza
IDENTIFICAÇÃO em relação à área sob o pico principal da Solução (1) e os
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da fatores de resposta para as impurezas (o fator de resposta
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta para 4-(8-cloro-11-ßuoro-6,11-diidro-5H-benzo[5,6]
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos ciclohepta[1,2-b]piridin-11-il)-1-piperidinacarboxilato de
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles etila é 0,25). No máximo 0,2% de 4-(8-cloro-11-ßuoro-
observados no espectro de loratadina SQR, preparado 6,11-diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridin-11-
de maneira idêntica. Se os espectros obtidos não forem il)-1-piperidinacarboxilato de etila, 0,1% de impurezas
idênticos, dissolver as substâncias, separadamente, em individuais e 0,3% de impurezas totais.
acetona e evaporar até secura. Obter novos espectros com Teste 2. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a
os resíduos. líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma provido de detector ultravioleta a 254 nm e coluna de
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, 250 mm de comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. empacotada com sílica ligada a grupos octadecilsilano (5
—m), ßuxo da Fase móvel de 1,2 mL/min.

Eluente A: dissolver 0,96 g de 1-pentanossulfonato de

l
sódio monoidratado em 900 mL de água. Ajustar com
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1097

ácido fosfórico a 10% (v/v) para pH 3,00 ± 0,05 e diluir composto relacionado A SQR) e 8-cloro-6,11-diidro-11-
com água para 1000 mL. (N-metil-4-piperinilideno)-5H-benzo[5,6]cicloepta[1,2-b]
piridina SQR (loratadina composto relacionado B SQR)
Eluente B: utilizar acetonitrila. em metanol a Þm de obter solução a 0,1 mg/mL de cada
composto. Transferir 1 mL dessa solução para balão
Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
volumétrico de 10 mL, acrescentar 2 mL do Eluente A e
descrito na tabela a seguir.
completar o volume com metanol.
Tempo Eluente A Eluente B Solução (2): pesar exatamente cerca de 0,1 g da amostra e
Eluição
(min) (%) (%) transferir para balão volumétrico de 10 mL. Acrescentar 2
0 75 25 Isocrática mL de metanol e agitar até dissolução. Acrescentar 2 mL
0-20 75ĺ50 25ĺ50 Gradiente linear do Eluente A e completar o volume com metanol.
20-30 50ĺ40 50ĺ60 Gradiente linear
Injetar replicatas de 20 —L da Solução (1). A resolução
30-35 40ĺ30 60ĺ70 Gradiente linear
entre o pico de loratadina composto relacionado A e
35-45 30 70 Isocrática loratadina composto relacionado B não é menor que 1,5.
45-50 75 25 Isocrática O desvio padrão relativo das áreas do pico de loratadina
Solução (1): dissolver quantidades exatamente pesadas de nas replicatas não é maior que 10%. Os tempos de retenção
loratadina SQR, 8-cloro-6,11-diidro-11-(4-piperidilideno)- relativos e fatores de resposta estão descritos na tabela a
5H-benzo[5,6]cicloepta[1,2-b]piridina SQR (loratadina seguir. Para impurezas desconhecidas, o fator de resposta
é 1,00.

Tempo de
Fator de
Composto relacionado retenção
resposta
relativo
Loratadina composto relacionado A 0,50 1,00
Loratadina composto relacionado B 0,53 0,89
8-Cloro-6,11-diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridin-11-ona 0,70 0,60
8-Cloro-6,11-diidro-11-[N-metil-4-piperidinil]11-hidroxi-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]
0,75 0,46
piridina
4,8-Dicloro-6,11-diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridin-11-ona 1,23 0,92
8-Cloro-6,11-diidro-11-[N-etoxicarbonil-4-piperidinil]-11-hidroxi-5H-benzo[5,6]
1,60 0,42
ciclohepta[1,2-b]piridina
4,8-Dicloro-6,11-diidro-11-[N-etoxicarbonil-4-piperidilideno]-5H-benzo[5,6]
1,83 1,08
ciclohepta[1,2-b]piridina
Loratadina 1,00 1,00

Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L de cada Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 38,288
solução e registrar os cromatogramas. No máximo 0,1% mg de C22H23ClN2O2.
de loratadina composto relacionado A, 0,1% de loratadina
composto relacionado B, 0,1% de cada impureza individual B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
e 0,3% de impurezas totais. de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 150 mm de
Metais pesados (5.3.2.3). Proceder conforme descrito em comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Método III. No máximo 0,001% (10 ppm). com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 ȝm),
mantida à temperatura entre 25 °C e 35 °C, ßuxo da Fase
Perda por dessecação (5.2.10). Determinar em 1 g da móvel de 1,0 mL/minuto.
amostra. Dessecar em estufa a 100 ºC, até peso constante.
No máximo 0,5%. Fase móvel: mistura de fosfato de potássio dibásico anidro
0,01 M, metanol e acetonitrila (7:6:6). Ajustar com ácido
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. fosfórico para um pH de 7,2.
No máximo 0,1%.
Diluente: transferir 400 mL de ácido clorídrico 0,05 M e
80 mL de fosfato de potássio dibásico anidro 0,6 M para
DOSEAMENTO
balão volumétrico de 1000 mL e completar o volume com
Empregar um dos métodos descritos a seguir. mistura de metanol e acetonitrila (1:1). Homogeneizar.

A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio não Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 40 mg
aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,3 g da amostra em 50 mL da amostra para balão volumétrico de 100 mL. Dissolver,
de ácido acético glacial. Titular com ácido perclórico 0,1 deixar em ultrassom por 10 minutos e completar o volume

l
M SV determinando o ponto Þnal potenciometricamente. com Diluente. Homogeneizar.
1098 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução padrão: solução de loratadina SQR a 0,4 mg/mL Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
em Diluente.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Procedimento: injetar, separadamente, 15 —L da Soluções
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C22H23ClN2O2 TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
padrão e a Solução amostra. O desvio padrão relativo das
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%. Aparelhagem: pás, 50 rpm

Tempo: 60 minutos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. de dissolução, Þltrar e diluir em ácido clorídrico 0,1 M
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das
ROTULAGEM soluções em 280 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C22H23ClN2O2
Observar legislação vigente. dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a
da solução de loratadina SQR na concentração de 0,001%
(p/v) preparada no mesmo solvente.
CLASSE TERAPÊUTICA
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
Anti-histamínico.
declarada de C22H23ClN2O2 se dissolvem em 60 minutos.

LORATADINA COMPRIMIDOS
ENSAIOS DE PUREZA

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
quantidade declarada de loratadina (C22H23ClN2O2). no método B. de Doseamento da monograÞa Loratadina.
Preparar as soluções como descrito a seguir.

IDENTIFICAÇÃO Solução (1): utilizar a Solução amostra descrita no


Doseamento desta monograÞa.
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como Solução (2): transferir 5 mL da Solução padrão para balão
suporte, e mistura de éter etílico e dietilamina (40:1), como volumétrico de 100 mL, completar o volume com Diluente
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 ȝL de cada e homogeneizar. Diluir esta solução até obter concentração
uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a de 0,8 —g/mL de loratadina SQR.
seguir.
Injetar replicatas de 50 —L da Solução (1). Os tempos de
Solução (1): transferir quantidade do pó dos comprimidos retenção relativos são 0,79 para 4-(8-cloro-11-ßuoro-
equivalente a cerca de 20 mg de loratadina para um tubo de 6,11-diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridin-11-il)-
centrífuga. Adicionar 5 mL de uma mistura de clorofórmio 1-piperidinacarboxilato de etila e 1,0 para loratadina. O
e metanol (1:1), agitar por 30 minutos e centrifugar. desvio padrão relativo das áreas de replicatas do pico de
loratadina não é maior que 4,0%.
Solução (2): solução a 4 mg/mL de loratadina SQR em
mistura de clorofórmio e metanol (1:1) Procedimento: injetar, separadamente, 50 —L da Soluções
(1) e da Solução (2), registrar os cromatogramas e medir
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar as áreas sob os picos. No máximo 0,2% de 4-(8-cloro-
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha 11-fluoro-6,11-diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição, piridin-11-il)-1-piperidinacarboxilato de etila. No máximo
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). 0,1% de qualquer outra impureza individual. A soma de
todas as impurezas exceto 4-(8-cloro-11-ßuoro-6,11-
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
diidro-5H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridin-11-il)-1-
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
piperidinacarboxilato de etila não excede 0,1%.
àquele do pico principal da Solução padrão.

CARACTERÍSTICAS TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Contagem do número total de micro-organismos
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. Cumpre o teste.

l
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1099

DOSEAMENTO principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,


cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
da monograÞa Loratadina. Preparar a Solução amostra B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
como descrito a seguir. da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade do pó equivalente a 100 mg de
loratadina para balão volumétrico de 250 mL. Acrescentar CARACTERÍSTICAS
100 mL de ácido clorídrico 0,05 M e agitar por 40 minutos.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Acrescentar 75 mL de uma mistura de metanol e acetonitrila
(1:1) e homogeneizar. Acrescentar 20 mL de fosfato de pH (5.2.19). 2,5 a 3,1.
potássio dibásico anidro 0,6 M e homogeneizar por 5
minutos. Completar o volume com mistura de metanol e
acetonitrila (1:1) e homogeneizar. ENSAIOS DE PUREZA

Injetar replicatas de 15 —L da Solução padrão. O fator de Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
retenção não é inferior a 3,5. O fator de cauda não é maior em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
que 1,7. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
dos picos registrados não é maior que 2,0%. 254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica ligada a grupos
Procedimento: injetar, separadamente, 15 ȝL da Solução octilsilano (5 —m), mantida a temperatura entre 30 °C e 40
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas °C; ßuxo da Fase móvel de 2,0 mL/minuto.
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C22H23ClN2O2 nos comprimidos a partir das respostas Fase móvel: solução de laurilsulfato de sódio a 0,015 M em
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra. uma mistura de água e acetonitrila (1:1). Ajustar o pH em
2,6 ± 0,1 com ácido fosfórico.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Diluente: mistura de Fase móvel e água (2:1).

Em recipientes bem fechados à temperatura de 2 ºC a 30º C. Solução de adequabilidade do sistema (1): solução de
loratadina SQR a 0,002 mg/mL em Diluente.
ROTULAGEM Solução de adequabilidade do sistema (2): transferir 5 mL
da Solução de adequabilidade do sistema (1) para balão
Observar a legislação vigente. volumétrico de 50 mL e completar o volume com Diluente.

Solução de resolução: transferir volume da solução oral


LORATADINA SOLUÇÃO ORAL contendo o equivalente a 20 mg de loratadina para um
frasco de vidro com tampa. Adicionar 1 mL de uma solução
de peróxido de hidrogênio a 3% (p/v) e homogeneizar.
Contém, no mínimo, 94,0% e, no máximo, 105,0% da Tampar o frasco e aquecer a 65 °C por 18 a 24 horas.
quantidade declarada de loratadina (C22H23ClN2O2). Resfriar até temperatura ambiente. Transferir 5 mL para
balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com
IDENTIFICAÇÃO Diluente.

A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em Solução amostra: transferir volume da solução oral
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como contendo o equivalente a 5 mg de loratadina para balão
suporte, e mistura de éter etílico e dietilamina (40:1), como volumétrico de 25 mL e completar o volume com Diluente.
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 ȝL de cada Homogeneizar.
uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a
Injetar replicatas de 50 —L da Solução de resolução.
seguir.
Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,70
Solução (1): transferir volume da solução oral contendo o para 4-(8-cloro-5,6-diidro-4-(hidroximetil)-11H-
equivalente a cerca de 10 mg de loratadina para um tubo benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridina-11-ilideno)-1-
de centrífuga. Adicionar 10 mL de hidróxido de sódio 0,2 piperidinacarboxilato de etila, 0,84 para 4-[8-cloro-5,6-
M e 2 mL de cloreto de metileno. Agitar por 10 minutos. diidro-2-(hidroximetil)-11H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]
Centrifugar. Utilizar a fase orgânica. piridina-11-ilideno]-1-piperidinacarboxilato de etila
e 1,0 para loratadina. A resolução entre os picos de
Solução (2): solução de loratadina SQR a 5 mg/mL em loratadina e 4-[8-cloro-5,6-diidro-2-(hidroximetil)-
cloreto de metileno. 11H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridina-11-ilideno]-1-
piperidinacarboxilato de etila não é inferior a 3,0. Injetar
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar replicatas de 50 —L da Solução de adequabilidade do
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha sistema (1). O fator de cauda para o pico de loratadina está
compreendido entre 0,7 e 1,1. Injetar replicatas de 50 —L

l
1100 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

da Solução de adequabilidade do sistema (2). O desvio Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução


padrão relativo das áreas de replicatas do pico de loratadina padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
não é maior que 10,0%. e medir as áreas sob os picos correspondentes à loratadina
e ao butilparabeno. Calcular a quantidade de C22H23ClN2O2
Procedimento: injetar 50 —L da Solução amostra, na solução oral a partir das respostas obtidas para a relação
registrar os cromatogramas e medir as áreas sob os loratadina/butilparabeno com a Solução padrão e a Solução
picos. No máximo 0,3% de 4-(8-cloro-5,6-diidro- amostra.
4-(hidroximetil)-11H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]
piridina-11-ilideno)-1-piperidinacarboxilato de etila. No
máximo 0,3% de 4-(8-cloro-5,6-diidro-2-(hidroximetil)- EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
11H-benzo[5,6]ciclohepta[1,2-b]piridina-11-ilideno)-
Em recipientes bem fechados.
1-piperidinacarboxilato de etila. No máximo 0,2% de
qualquer outra impureza individual, e a soma de todas as
impurezas não excede 0,5%. ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. LORATADINA E SULFATO DE
PSEUDOEFEDRINA SOLUÇÃO ORAL
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
Contém, no mínimo, 94,0% e, no máximo, 105,0% das
quantidades declaradas de loratadina (C22H23ClN2O2) e
DOSEAMENTO sulfato de pseudoefedrina ((C10H15NO)2.H2SO4).
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido IDENTIFICAÇÃO
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada A relação entre os tempos de retenção dos picos principais
com sílica ligada a grupo fenila (10 —m), mantida a e do pico do padrão interno no cromatograma da Solução
temperatura entre 20 °C e 30 °C; ßuxo da Fase móvel de amostra, obtida em Doseamento, corresponde à relação
2,0 mL/minuto. entre os tempos de retenção dos picos principais e do pico
do padrão interno no cromatograma da Solução padrão.
Fosfato de potássio monobásico 0,05 M: transferir cerca
de 6,8 g de fosfato de potássio monobásico para balão
volumétrico de 1000 mL. Dissolver e completar o volume CARACTERÍSTICAS
com água e homogeneizar. Ajustar o pH em 3,0 ± 0,1 com Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
ácido fosfórico.
pH (5.2.19). 4,5 a 5,5.
Fase móvel: mistura de Fosfato de potássio monobásico
0,05 M e acetonitrila (7:3).
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Solução de padrão interno: solução de butilparabeno a 0,3
mg/mL em mistura de água e acetonitrila (7:3). Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Solução amostra: transferir volume da solução oral
contendo o equivalente a 5 mg de loratadina para balão Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
volumétrico de 50 mL. Acrescentar 5 mL da Solução de Cumpre o teste.
padrão interno e completar o volume com mistura de água
e acetonitrila (7:3). Homogeneizar. DOSEAMENTO
Solução padrão: preparar solução de loratadina SQR a 1 Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
mg/mL em acetonitrila. Transferir 5 mL desta solução para de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
balão volumétrico de 50 mL e acrescentar 5 mL da Solução de detector ultravioleta a 247 nm; coluna de 300 mm de
de padrão interno e 12 mL de água. Completar o volume comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
com mistura de água e acetonitrila (7:3). Homogeneizar. com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
Injetar replicatas de 10 —L da Solução padrão. Os tempos (10 —m), mantida em temperatura entre 20 oC e 30 oC; ßuxo
de retenção relativos são cerca de 0,78 para o butilparabeno da Fase móvel de 2 mL/minuto.
e 1,0 para loratadina. A resolução entre butilparabeno Solução A: dissolver 3 g de fosfato de amônio monobásico
e loratadina não é menor que 1,9. O fator de cauda não em uma mistura de água, metanol e ácido fosfórico
é maior que 1,6. O desvio padrão relativo das áreas de (150:110:1).
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.

l Fase móvel: mistura de Solução A e acetonitrila (60:40).


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1101

Solução de padrão interno: solução de butilparabeno a 0,1 Sal de potássio de 2-butil-4-cloro-1-[[2’-(2H-tetrazol-5-il)


mg/mL em Fase móvel. [1,1’-bifenil]-4-il]metil]-1H-imidazol-5-metanol (1:1)
[124750-99-8]
Solução amostra: transferir volume da solução oral
equivalente a 5 mg de loratadina para balão volumétrico
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
de 50 mL, completar o volume com Fase móvel e
C22H22ClKN6O, em relação à substância anidra.
homogeneizar. Transferir 2 mL da solução obtida para
balão volumétrico de 10 mL, acrescentar 1 mL de Solução
de padrão interno e completar o volume com Fase móvel. DESCRIÇÃO
Homogeneizar.
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 24 mg de branco.
sulfato de pseudoefedrina SQR e transferir para balão
volumétrico de 100 mL. Acrescentar 10 mL de solução de Solubilidade. Solúvel em água e etanol, praticamente
loratadina SQR a 0,2 mg/mL em Fase móvel e 10 mL da insolúvel em acetato de etila, clorofórmio e cloreto de
Solução de padrão interno. Completar o volume com Fase metileno.
móvel e homogeneizar.
IDENTIFICAÇÃO
Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. Os
tempos de retenção relativos são cerca de 0,4 para sulfato A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
de pseudoefedrina, 0,6 para butilparabeno e 1,0 para amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
loratadina. A resolução entre os picos de butilparabeno máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
e loratadina não é menor que 2,0. O fator de cauda não de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
é maior que 1,6. O desvio padrão relativo das áreas de observados no espectro de losartana potássica SQR,
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%. preparado de maneira idêntica.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL da Solução B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,001%
e medir as áreas sob os picos correspondentes a sulfato (p/v) em metanol, exibe máximo de absorção idêntico
de pseudoefedrina, butilparabeno e loratadina. Calcular ao observado no espectro de solução similar de losartana
as quantidades de (C10H15NO)2.H2SO4 e C22H23ClN2O2 na potássica SQR.
solução oral a partir das respostas obtidas para as relações
sulfato de pseudoefedrina/butilparabeno e loratadina/ C. Responde às reações do íon potássio (5.3.1.1).
butilparabeno com a Solução padrão e a Solução amostra.
ENSAIOS DE PUREZA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Limite de cicloexano e álcool isopropílico. Proceder
Em recipientes bem fechados. conforme descrito em CromatograÞa a gás (5.2.17.5).
Utilizar cromatógrafo a gás provido de detector de
ionização de chamas; coluna capilar de 30 m de
ROTULAGEM comprimento e 0,53 mm de diâmetro interno, preenchida
Observar a legislação vigente. com fenil-metilpolisiloxano (5:95), com espessura do
Þlme de 1,5 —m; temperatura da coluna de acordo com os
seguintes parâmetros: deixar a 50 °C durante 5 minutos e
LOSARTANA POTÁSSICA aumentar para 200 °C a 30 °C por minuto e manter durante
5 minutos. Manter as temperaturas do injetor e do detector
Losartanum kalicum
a 220 °C. Utilizar hélio como gás de arraste a velocidade
linear de cerca de 6 mL/minuto.

Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada


da amostra em dimetilformamida para obter solução 50
mg/mL.

Solução padrão: preparar solução, em dimetilformamida,


contendo 0,05 mg/mL de cicloexano e 0,05 mg/mL de
álcool isopropílico.

Injetar replicatas de 1 —L da Solução padrão. Os tempos de


retenção são cerca de 2 minutos para o álcool isopropílico e
de 4 minutos para o cicloexano. A resolução entre os picos
do cicloexano e do álcool isopropílico não deve ser menor
C22H22ClKN6O; 461,00 que 4,0. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas
losartana potássica; 05432 dos picos registrados não deve ser maior que 8,0%.

l
1102 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Procedimento: injetar, separadamente, 1 —L da Solução DOSEAMENTO


padrão e da Solução amostra. Registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. As áreas sob os picos Empregar um dos métodos descritos a seguir.
relativos ao cicloexano e álcool isopropílico obtidos para
A. Proceder conforme descrito em Titulação em meio não
a Solução amostra não devem ser superiores às área sob os
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,18 g da
picos relativos ao cicloexano e álcool isopropílico obtidos
amostra e dissolver em 50 mL de ácido acético glacial.
para a Solução padrão. No máximo 0,1% de cicloexano e
Titular com ácido perclórico 0,1 M SV. Determinar o ponto
0,2% de álcool isopropílico.
Þnal potenciometricamente ou utilizando 1-naftolbenzeína
Pureza cromatográfica. Proceder conforme descrito SI como indicador. Realizar ensaio em branco e fazer as
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a SV equivale a 23,050 mg de C22H22ClKN6O.
220 nm; coluna cromatográÞca de 250 mm de comprimento
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 —m),
de detector ultravioleta a 254 nm, coluna cromatográÞca
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de
de 250 mm de comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno,
1 mL/minuto.
empacotada com sílica quimicamente ligada a grupo
Eluente A: solução de ácido fosfórico a 0,1% (v/v) em octadecilsilano (5 —m), mantida à temperatura de 35 °C,
água. ßuxo da Fase móvel de 1 mL/minuto.

Eluente B: acetonitrila. Fase móvel: mistura de solução de ácido fosfórico a 0,1%


(v/v) em água e acetonitrila (60:40). Realizar os ajustes
Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente necessários.
descrito na tabela a seguir:
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
Tempo Eluente A Eluente B Eluição da amostra em metanol para obter solução a 250 —g/mL.
(minutos) (%) (%)
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente
0 – 25 75 ĺ 10 25 ĺ 90 gradiente linear pesada de losartana potássica SQR em metanol e diluir
25 – 35 10 90 isocrática quantitativamente para obter solução a 250 —g/mL.
35 – 45 10 ĺ 75 90 ĺ 25 gradiente linear
45 – 50 75 25 isocrática Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. A eÞciência
da coluna não deve ser menor que 4000 pratos teóricos.
Solução amostra: dissolver 30 mg da amostra em metanol O fator de cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão
e diluir para 100 mL com o mesmo solvente, obtendo relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
solução a 300 —g/mL. maior que 2,0%.
Solução de resolução: dissolver quantidade exatamente Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução
pesada de losrtana potássica SQR e trifenilmetanol em padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
metanol e diluir quantitativamente para obter solução a 0,3 e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de
mg/mL e 0,002 mg/mL respectivamente. C22H22ClKN6O na amostra a partir das respostas obtidas
com a Solução padrão e a Solução amostra.
Injetar replicatas de 20 —L da Solução de resolução. Os
tempos de retenção relativos são cerca de 1,0 para a losartana
e 1,9 (cerca de 20 minutos) para o trifenilmetanol. O fator de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
cauda para o pico da losartana não é maior que 1,6.
Em recipientes bem fechados, à temperatura ambiente.
Procedimento: injetar 10 —L da Solução amostra, registrar
os cromatogramas e medir as áreas de todos os picos ROTULAGEM
obtidos. A área de qualquer pico secundário não é superior
a 0,2% da área total dos picos obtidos. A soma das área Observar a legislação vigente.
sob os picos secundários, exceto a do pico principal, não é
superior a 0,5% da área total dos picos obtidos. Não incluir
nos cálculos os picos relativos ao solvente. CLASSE TERAPÊUTICA

Metais pesados (5.3.2.3). Prosseguir conforme descrito Anti-hipertensivo.


em Métodos de reação com tioacetamida, Método III. No
máximo 0,001% (10 ppm).

Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%.

l
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1103

Tabela 1 – Limite de viscosidade para amostras de macrogol.


m
a
MACROGOL
Macrogolum Faixa de Faixa de
Peso Peso
Viscosidade Viscosidade
Molecular Molecular
em em
Médio Médio
Centistokes Centistokes
200 3,9 a 4,8 2200 43,0 a 56,0
H(OCH2CH2)nOH 300 5,4 a 6,4 2300 46,0 a 60,0
macrogol; 05474 400 6,8 a 8,0 2400 49,0 a 65,0
Į-Hidro-Ȧ-hidroxipoli(oxi-1,2-etanodiil) 500 8,3 a 9,6 2500 51,0 a 70,0
[25322-68-3] 600 9,9 a 11,3 2600 54,0 a 74,0
700 11,5 a 13,0 2700 57,0 a 78,0
Macrogol é um polímero de adição do óxido de etileno e 800 12,5 a 14,5 2800 60,0 a 83,0
água, representado pela fórmula acima em que n é o número 900 15,0 a 17,0 2900 64,0 a 88,0
médio de grupos de óxido de etileno. O peso molecular 1000 16,0 a 19,0 3000 67,0 a 93,0
médio é, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% do 1100 18,0 a 22,0 3250 73,0 a 105,0
valor nominal rotulado quando esse for inferior a 1000; no 1200 20,0 a 24,5 3350 76,0 a 110,0
mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% do valor nominal 1300 22,0 a 27,5 3500 87,0 a 123,0
rotulado quando esse se encontrar entre 1000 e 7000; e, no 1400 24,0 a 30,0 3750 99,0 a 140,0
mínimo, 87,5% e, no máximo, 112,5% do valor nominal 1450 25,0 a 32,0 4000 110,0 a 140,0
rotulado quando este for superior a 7000. 1500 26,0 a 33,0 4250 123,0 a 177,0
1600 28,0 a 36,0 4500 140,0 a 200,0
DESCRIÇÃO 1700 31,0 a 39,0 4750 155,0 a 228,0
1800 33,0 a 42,0 5000 170,0 a 250,0
Características físicas. Líquido límpido ou levemente 1900 35,0 a 45,0 5500 206,0 a 315,0
turvo, viscoso, incolor, levemente higroscópico e com 2000 38,0 a 49,0 6000 250,0 a 390,0
leve odor característico, ou sólido branco inodoro, de 2100 40,0 a 53,0 6500 295,0 a 480,0
consistência cremosa, em forma de pó ou ßocos que se
7000 350,0 a 590,0
dissolvem em água.
7500 405,0 a 735,0
Solubilidade. Solúvel em água, acetona, etanol, miscível 8000 470,0 a 900,0
com outros glicóis e com hidrocarbonetos aromáticos,
insolúvel em éter etílico e hidrocarbonetos alifáticos. IDENTIFICAÇÃO
Constantes físico-químicas. Determinação do peso molecular médio.
Viscosidade (5.2.7): determinar em viscosímetro capilar Solução de anidrido ftálico: adicionar 49 g de anidrido
com tempo de escoamento de, no mínimo, 200 segundos ftálico num erlenmeyer âmbar e dissolver em 300 mL de
e em temperatura mantida a 98,9 ± 0,3 °C. A viscosidade piridina recentemente destilada em presença de anidrido
deve estar dentro dos limites estabelecidos na Tabela 1, ftálico. Agitar o erlenmeyer vigorosamente até completa
de acordo com o peso molecular médio da amostra. Para dissolução. Adicionar 7 g de imidazol e misturar,
amostras cujo peso molecular médio não esteja listado na cuidadosamente, para dissolver inteiramente. Deixar a
tabela, calcular os limites por interpolação. solução em repouso por 16 horas antes do uso.

Preparo da amostra para macrogóis líquidos: introduzir,


cuidadosamente, 25 mL da Solução de anidrido ftálico num
erlenmeyer seco, resistente a pressão e calor. Adicionar, ao
erlenmeyer, quantidade de amostra, exatamente pesada,
equivalente ao seu peso nominal dividido por 160. Tampar
o frasco e envolvê-lo com uma capa ou rede de segurança.

Preparo da amostra para macrogóis sólidos: introduzir,


cuidadosamente, 25 mL da Solução de anidrido ftálico
num erlenmeyer seco, resistente a pressão e calor.
Adicionar, ao frasco, quantidade de amostra, exatamente
pesada, equivalente ao seu peso nominal divido por 160
(devido ao limite de solubilidade, não usar mais do que
25 g). Adicionar 25 mL de piridina recentemente destilada
em presença de anidrido ftálico. Agitar até efetiva solução.
Tampar o erlenmeyer e envolvê-lo com uma capa de
segurança.
m
a 1104 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Procedimento: transferir o erlenmeyer para banho-maria CATEGORIA


com temperatura entre 96 °C e 100 °C, de modo que a
altura da água do banho corresponda à altura do líquido Adjuvante farmacotécnico.
dentro do erlenmeyer. Remover o erlenmeyer do banho
após 5 minutos, sem retirar a capa de segurança, agitar por
30 segundos para assegurar a homogeneidade. Aquecer MALEATO DE CLORFENIRAMINA
por mais 30 minutos (60 minutos para macrogol de peso Chlorphenamini maleas
molecular acima de 3000). Remover o erlenmeyer do
banho e deixar esfriar até temperatura ambiente. Destampar
o frasco cuidadosamente para eliminar qualquer pressão.
Remover a capa de segurança. Adicionar 10 mL de água
e agitar. Aguardar 2 minutos, adicionar 0,5 mL de mistura
de fenolftaleína SI e piridina (1:99). Titular com hidróxido
de sódio 0,5 M SV até que a coloração rosa persista por
15 segundos. Realizar ensaio em branco utilizando mistura
de 25 mL de Solução de anidrido ftálico e quantidade de
piridina equivalente àquela adicionada à amostra.

Calcular o peso molecular médio segundo a expressão:


C16H19ClN2.C4H4O4; 390,86
maleato de clorfeniramina; 02442
em que (2Z)-2-Butenodioato de Ȗ-(4-clorofenil)-N,N-dimetil-2-
piridinapropamina (1:1)
P = peso molecular médio em g/mol;
[113-92-8]
m = massa da amostra em gramas;
B = volume de hidróxido de sódio 0,5 M SV consumido Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de
pelo branco; C16H19ClN2.C4H4O4, em relação à substância dessecada.
S = volume de hidróxido de sódio 0,5 M SV consumido
pela amostra;
DESCRIÇÃO
M = molaridade da solução de hidróxido de sódio.
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
branco, inodoro.
ENSAIOS DE PUREZA
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em
Aspecto da solução. A solução aquosa a 10% (p/v) é
etanol e clorofórmio, praticamente insolúvel em éter
límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12) para as amostras líquidas
etílico.
e não mais que levemente turva para as amostras sólidas.
Constantes físico-químicas.
pH (5.2.19). 4,5 a 7,5. Determinar em solução preparada
pela dissolução de 5 g da amostra em 100 mL de água Faixa de fusão (5.2.2): 130 ºC a 135 ºC.
isenta de dióxido de carbono e adição de 0,3 mL de solução
saturada de cloreto de potássio.
IDENTIFICAÇÃO
Arsênio (5.3.2.5). Proceder conforme descrito em Método
espectrofotométrico, Método II. No máximo 0,0003% (3 A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
ppm). amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
Metais pesados (5.3.2.3). Misturar 4 g da amostra com 5 nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
mL de ácido clorídrico 0,1 M e diluir com água para 25 mL. intensidades relativas daqueles observados no espectro
Prosseguir conforme descrito em Método I. No máximo de maleato de clorfeniramina SQR, preparado de maneira
0,0005% (5 ppm). idêntica.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 25 g da B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa


amostra, em cadinho de platina. No máximo 0,1%. de 230 nm a 350 nm, da solução amostra a 0,003% (p/v)
em ácido clorídrico 0,1 M, exibe máximo em 265 nm.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA
Em recipientes bem fechados. Alguns plásticos sofrem
amolecimento pelo macrogol. pH (5.2.19). 4,0 a 5,0. Determinar em solução aquosa a
2% (p/v).
ROTULAGEM Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
Observar a legislação vigente.
sílica-gel HF254, como suporte, e mistura de acetato de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1105
m
a
etila, metanol e ácido acético M (50:30:20), como fase MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 ȝL de cada uma Dexchlorpheniramini maleas
das soluções descritas a seguir.

Solução (1): solução da amostra a 5% (p/v) em clorofórmio.

Solução (2): solução da amostra a 0,01% (p/v) em


clorofórmio.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma
com a Solução (1), com exceção das duas principais,
correspondentes a clorfeniramina e ácido maléico, não é
mais intensa que aquela obtida com a Solução (2) (0,2%).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da C16H19ClN2.C4H4O4; 390,86


amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 3 horas. No maleato de dexclorfeniramina; 02839
máximo 0,5%. (2Z)-2-Butenodioato de (ȖS)-Ȗ-(4-clorofenil)-N,N-dimetil-
2-piridinapropamina (1:1)
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. [2438-32-6]
No máximo 0,2%.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de
DOSEAMENTO C16H19ClN2.C4H4O4, em relação à substância dessecada.

Dissolver, exatamente, cerca de 0,4 g da amostra,


previamente dessecada, em 20 mL de ácido acético glacial. DESCRIÇÃO
Adicionar duas gotas de cloreto de metilrosanilínio SI e Características físicas. Pó cristalino branco.
titular com ácido perclórico 0,1 M SV até mudança de cor
para azul-esverdeado. Realizar ensaio em branco e fazer Solubilidade. Facilmente solúvel em água, etanol e
as correções necessárias. Alternativamente, determinar clorofórmio.
o ponto Þnal potenciometricamente. Cada mL de ácido
perclórico 0,1 M equivale a 19,543 mg de C16H19ClN2. Constantes físico-químicas.
C4H4O4.
Faixa de fusão (5.2.2): 110 °C a 115 °C.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +39,5° a +43°, em


relação à substância dessecada. Determinar em solução a
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. 5% (p/v) em dimetilformamida.

ROTULAGEM IDENTIFICAÇÃO
Observar a legislação vigente. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
CLASSE TERAPÊUTICA
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
Anti-histamínico. observados no espectro de maleato de dexclorfeniramina
SQR, preparado de maneira idêntica.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na


faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,002% (p/v) em
água, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos
comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
relativas daqueles observados no espectro de solução
similar de maleato de dexclorfeniramina SQR.

ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 4,0 a 5,0. Determinar em solução aquosa a
0,01% (p/v), utilizando água isenta de dióxido de carbono.
m
a 1106 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
amostra. Dessecar em estufa a 65 °C, por 4 horas. No da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
máximo 0,5%. àquele do pico principal da Solução padrão.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


No máximo 0,2%. CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
DOSEAMENTO
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,4 g da Teste de friabilidade (5.1.3.2). No máximo 1%.
amostra, previamente dessecada, e dissolver em 50 mL de
Teste de desintegração (5.1.4.1). Até 15 minutos em água
ácido acético glacial anidro. Titular com ácido perclórico
a 37 °C.
0,1 M SV determinando o ponto Þnal potenciometricamente
ou utilizando 0,1 mL de cloreto de metilrosanilíneo SI até Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
mudança de cor de azul para verde. Realizar ensaio em
branco e fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido Procedimento para uniformidade de conteúdo. Triturar
perclórico 0,1 M SV equivale a 19,543 mg de C16H19ClN2. cada comprimido a pó Þno, transferir quantitativamente
C4H4O4. para balão volumétrico de 10 mL e adicionar 9 mL de
mistura de água e ácido trißuoracético (100:0,8). Prosseguir
conforme descrito em Doseamento a partir de “Agitar
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO mecanicamente...”.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
ROTULAGEM Meio de dissolução: água, 500 mL
Observar a legislação vigente. Aparelhagem: pás, 50 rpm

Tempo: 45 minutos
CLASSE TERAPÊUTICA
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
Antialérgico.
de dissolução e Þltrar. Prosseguir conforme condições
cromatográÞcas descritas em Doseamento. Preparar a
Solução padrão como descrito a seguir.
MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA
COMPRIMIDOS Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de maleato de dexclorfeniramina SQR em água e diluir
adequadamente de modo a obter solução a 4 —g/mL.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C16H19ClN2.C4H4O4. Injetar replicatas de 40 —L da Solução padrão. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
não é maior que 2,0%.
IDENTIFICAÇÃO
Procedimento: injetar, separadamente, 40 —L da Solução
A. Pulverizar, a pó Þno, quantidade de comprimidos padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
equivalente a 150 mg de maleato de dexclorfeniramina. e medir a área sob os picos. Calcular a quantidade de
Adicionar 100 mL de ácido acético M e agitar C16H19ClN2.C4H4O4 a partir das respostas obtidas com a
mecanicamente por 10 minutos. Filtrar através de funil Solução padrão e a Solução amostra.
sinterizado de vidro. Ajustar o pH do Þltrado em 11,0 com
hidróxido de sódio a 0,1% (p/v). Transferir para funil de Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
separação e extrair com seis porções de 100 mL de hexano. declarada de C16H19ClN2.C4H4O4 se dissolvem em 45
Filtrar cada extrato obtido utilizando meio adequado para minutos
permitir a eÞciente separação entre a fase orgânica e a fase
aquosa. Reunir os extratos e concentrar em banho aquecido
até volume reduzido. Transferir para recipiente menor e TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
evaporar até o ponto em que os vapores de hexano não Contagem do número total de micro-organismos
sejam mais perceptíveis. Transferir o resíduo oleoso com mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
o auxílio de quatro porções de 3 mL de dimetilformamida
para proveta de 15 mL com tampa, completar o volume Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
com o mesmo solvente e agitar. Centrifugar se necessário. Cumpre o teste.
O poder rotatório (5.2.8) está compreendido entre +0,24°
e +0,35°.
DOSEAMENTO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1107
m
a
MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido SOLUÇÃO ORAL
de detector ultravioleta a 262 nm; coluna de 150 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 100,0% da
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 quantidade declarada de maleato de dexclorfeniramina.
—m) capeado, mantida à temperatura ambiente; ßuxo da
Fase móvel de 0,8 mL/minuto.
IDENTIFICAÇÃO
Eluente A: mistura de água e ácido trißuoracético
(100:0,05). A. Diluir o equivalente a 20 mg de maleato de
dexclorfeniramina para 100 mL com ácido clorídrico
Eluente B: mistura de acetonitrila e ácido trißuoracético (1:120). Diluir 10 mL para 100 mL com o mesmo solvente.
(100:0,05). O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de
200 a 400 nm, da solução amostra, obtida no método A. de
Gradiente da Fase móvel: adotar sistema de gradiente Doseamento exibe máximos idênticos aos observados no
linear, conforme tabela a seguir. espectro da solução padrão.

Tempo B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


Eluente A (%) Eluente B (%)
(minutos) da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
0 100 0 correspondente àquele do pico principal da Solução
10 50 50 padrão.
11 0 100
16 0 100 CARACTERÍSTICAS
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Transferir quantidade do pó equivalente a 10 mg de
maleato de dexclorfeniramina para balão volumétrico
de 50 mL. Adicionar 40 mL de mistura de água e ácido TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
trißuoracético (100:0,8). Agitar mecanicamente por 15 Contagem do número total de micro-organismos
minutos. Completar o volume com o mesmo solvente, mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
homogeneizar e Þltrar. Diluir com água de modo a obter
solução a 40 —g/mL. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de maleato de dexclorfeniramina SQR em água e diluir
adequadamente de modo a obter solução a 40 —g/mL. DOSEAMENTO

Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. O desvio A. Transferir quantitativamente volume da solução oral
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados equivalente a 8 mg de maleato de dexclorfeniramina para
não é maior que 2,0%. funil de separação de 250 mL e ajustar o pH da solução para
11,0 com hidróxido de sódio M. Extrair com duas porções
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução de 75 mL de hexano e combinar os extratos num segundo
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas funil de separação. Repetir a extração com três porções de 50
e medir a área sob os picos. Calcular a quantidade de mL de ácido clorídrico (1:20), completando o volume para
C16H19ClN2.C4H4O4 nos comprimidos a partir das respostas 200 mL com o mesmo solvente. Em outro recipiente, pesar
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra. 40 mg de maleato de dexclorfeniramina SQR, dissolver
em água e completar para 100 mL com o mesmo solvente.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Transferir 10 mL desta solução para funil de separação e
ajustar o pH para 11,0 com hidróxido de sódio M. Extrair
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. com duas porções de 50 mL de hexano, agitando 2 minutos
cada porção, antes da separação das fases. Combinar os
extratos num segundo funil de separação, extrair com duas
ROTULAGEM porções de 40 mL de ácido clorídrico (1:20). Combinar
Observar a legislação vigente. os extratos em balão volumétrico e completar o volume
para 100 mL com o mesmo solvente. Filtrar a solução,
desprezando as primeiras porções do Þltrado. Calcular o
teor de C16H19ClN2.C4H4N4 pelas absorvâncias medidas,
relacionando-as com as concentrações das soluções.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 262 nm; coluna de 250 mm de
m
a 1108 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, facilmente
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 solúvel em metanol e ligeiramente solúvel em cloreto
—m); mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de metileno. Solúvel em soluções diluídas de hidróxidos
de 1,0 mL/minuto. alcalinos.

Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e ácido Constantes físico-químicas

Faixa de fusão (5.2.2): 143 qC a 145 qC.


trißuoracético (70:30:0,5).

Solução amostra: transferir volume conhecido da amostra


para balão volumétrico. Adicionar água, homogeneizar, de Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -41° a -43,5°, em relação
modo a obter solução a 40 ȝg/mL. Filtrar. à substância dessecada. Determinar em solução a 1% (p/v)
em água livre de dióxido de carbono.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de maleato de dexclorfeniramina SQR em água, de modo a
IDENTIFICAÇÃO
obter solução a 0,4 ȝg/mL. Homogeneizar e Þltrar.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. O desvio
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
padrão relativo das áreas de replicatas sob os picos
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
registrados não deve ser maior que 2,0%.
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução intensidades relativas daqueles observados no espectro de
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e maleato de enalapril SQR, preparado de maneira idêntica.
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C16H19ClN2.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
C4H4O4 nos comprimidos a partir das respostas obtidas
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
com a Solução padrão e a Solução amostra.
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
pH (5.2.19). 2,4 a 2,9. Determinar em solução aquosa a
1% (p/v).
ROTULAGEM
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
Observar a legislação vigente. no método B. de Doseamento. Injetar 50 —L da Solução
amostra. Calcular a percentagem de cada pico obtido
no cromatograma da Solução amostra, excluindo o pico
MALEATO DE ENALAPRIL relativo ao maleato de enalapril. Não incluir nos cálculos os
Enalaprili maleas picos relativos ao solvente. No máximo 2,0% de impurezas
totais.

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. Determinar


em 2 g de amostra. No máximo 0,001% (10 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da


amostra. Dessecar em estufa a 60 ºC, sob pressão reduzida,
não superior a 5 mmHg, por 2 horas. No máximo 1,0%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.


No máximo 0,2%.
C20H28N2O5.C4H4O4; 492,52
maleato de enalapril; 03370
(2Z)-2-Butenodioato de N-[(1S)-1-(etoxicarbonil)-3- DOSEAMENTO
fenilpropil]-L-alanil-L-prolina (1:1) A. Pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da amostra, transferir
[76095-16-4] para erlenmeyer de 250 mL e dissolver em 30 mL de água
livre de dióxido de carbono. Titular com hidróxido de sódio
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de 0,1 M SV e determinar o ponto Þnal potenciometricamente,
C20H28N2O5.C4H4O4 em relação à substância dessecada. até o segundo ponto de inßexão. Cada mL de hidróxido de
sódio 0,1 M SV equivale a 16,417 mg de C20H28N2O5.C4H4O4.
DESCRIÇÃO B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a liquido
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase de alta eÞciência (5.2.17.4.). Utilizar cromatógrafo provido
branco.
de detector de ultravioleta a 215 nm; coluna de 250 mm de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
1109
m
a
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 Pm),
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Em recipientes bem fechados.
mantida a temperatura de 50 ºC; ßuxo da Fase móvel de
2,0 mL/minuto. CLASSE TERAPÊUTICA
Fase móvel: mistura de tampão fosfato pH 2,2 e acetonitrila Anti-hipertensivo.
(75:25).

Solução de enalaprilato: dissolver quantidade exatamente


pesada da enalaprilato SQR em água para obter solução a MALEATO DE ENALAPRIL
0,4 mg/mL. COMPRIMIDOS
Solução de dicetopiperazina de enalapril: fundir cerca
de 20 mg de maleato de enalapril SQR no centro de um Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
béquer de 100 mL sobre chapa de aquecimento (cerca de 5 quantidade declarada de C20H28N2O5.C4H4O4.
a10 minutos de aquecimento). Imediatamente após, retirar
o béquer da chapa e deixar esfriar. Adicionar 50 mL de
IDENTIFICAÇÃO
acetonitrila ao resíduo e deixar em ultrassom por poucos
minutos para dissolver. A solução contém, em geral, entre O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
0,2 e 0,4 mg/mL de dicetopiperazina de enalapril. da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução de referência.
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
da amostra em tampão fosfato pH 2,2 para obter solução a
0,3 mg/mL. Deixar em ultrassom por 15 minutos. Completar CARACTERÍSTICAS
o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de maleato de enalapril SQR em tampão fosfato pH 2,2 Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
para obter solução a 0,3 mg/mL. Deixar em ultrassom por Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
15 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente.
Homogeneizar. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Solução de resolução: preparar solução de maleato de Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
enalapril SQR a 0,3 mg/mL em tampão fosfato pH 2,2 e
adicionar volume adequado da Solução de enalaprilato Procedimento para uniformidade de conteúdo: transferir
para obter solução de enalaprilato SQR a 0,003 mg/mL. cada comprimido para balão volumétrico correspondente
Transferir 0,75 mL da Solução de dicetopiperazina de para obter solução a 0,1 mg/mL. Adicionar tampão
enalapril para balão volumétrico de 25 mL e completar o fosfato pH 2,2 e deixar no ultrassom até desintegração
volume com a solução anteriormente preparada. total do comprimido. Prosseguir conforme descrito em

Injetar replicatas de 50 PL da Solução de resolução. A


Doseamento a partir de “Agitar mecanicamente por 30
minutos...”. Preparar Solução de referência em tampão
eÞciência da coluna não deve ser menor que 1000 pratos fosfato pH 2,2 para obter solução de maleato de enalapril
teóricos/metro para o enalaprilato, não menos que 300 SQR a 0,1 mg/mL.
pratos teóricos/metro para o enalapril e não menos que
2500 pratos teóricos/metro para a dicetopiperazina de
enalapril. Os tempos de retenção relativos são cerca de TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
0,3 para o ácido malêico, 0,5 para o enalaprilato, 1 para Meio de dissolução: tampão fosfato pH 6,8, 900 mL
o enalapril e maior que 1,5 para a dicetopiperazina de
enalapril. O fator de cauda do enalapril não é superior a Aparelhagem: pás, 50 rpm
2,0. A resolução não é menor que 2,0 entre o ácido malêico
e o enalaprilato, entre o enalaprilato e o enalapril e entre o Tempo: 30 minutos
enalpril e a dicetopiperazina de enalapril. O desvio padrão
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
dissolução e diluir, se necessário, com tampão fosfato pH
maior que 2,0% para o enalapril e 5,0% para o enalaprilato.
6,8, até concentração adequada. Calcular a quantidade
Procedimento: injetar, separadamente, 50 PL da Solução de C20H28N2O5.C4H4O4 dissolvida no meio, procedendo
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e conforme Uniformidade de doses unitárias.
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C20H28N2O5.
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
C4H4O4 na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
declarada de C20H28N2O5.C4H4O4 se dissolvem em 30
padrão e a Solução amostra.
minutos.
m
a 1110 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
MALEATO DE LEVOMEPROMAZINA
Doseamento. Injetar 50 —L da Solução amostra. Calcular Levomepromazini maleas
a porcentagem de cada pico obtido no cromatograma da
Solução amostra, excluindo o pico relativo ao maleato de
enalapril. Não incluir nos cálculos os picos relativos ao
solvente. No máximo 5,0% de impurezas totais.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste. C19H24N2OS.C4H4O4; 444,54
maleato de levomepromazina; 05265
(2Z)-2-Butenodioato de (ȕR)-2-metoxi-N,N,ȕ-trimetil-
DOSEAMENTO
10H-fenotiazina-10-propanamina (1:1)
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido [7104-38-3]
de alta eÞciência (5.2.17.4). Proceder conforme descrito
no método B. de Doseamento da monograÞa de Maleato Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
de enalapril. Preparar as soluções como descrito a seguir. C19H24N2OS.C4H4O4, em relação à substância dessecada.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade do pó equivalente a 20 mg de DESCRIÇÃO
maleato de enalapril para balão volumétrico de 100 mL,
Características físicas. Pó cristalino, branco ou
adicionar tampão fosfato pH 2,2 e deixar no ultrassom
ligeiramente amarelado. Deteriora-se quando exposto ao
por 15 minutos. Agitar mecanicamente por 30 minutos.
ar e à luz.
Completar o volume com o mesmo solvente obtendo
solução a 0,2 mg/mL. Homogeneizar e Þltrar, desprezando Solubilidade. Pouco solúvel em água, ligeiramente solúvel
os primeiros 5 mL do Þltrado. em cloreto de metileno, pouco solúvel em etanol.
Solução de referência: dissolver quantidade exatamente Constantes físico-químicas.
pesada de maleato de enalapril SQR em tampão fosfato pH
2,2 para obter solução a 0,2 mg/mL. Deixar em ultrassom Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -7,0° a -8,5°, em relação
por 15 minutos. Completar o volume com o mesmo à substância dessecada. Determinar em solução a 5% (p/v)
solvente. Homogeneizar. em dimetilformamida.

Solução de resolução: preparar solução de maleato de


enalapril SQR a 0,2 mg/mL em tampão fosfato pH 2,2 e IDENTIFICAÇÃO
adicionar volume adequado da Solução de enalaprilato
O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
para obter solução de enalaprilato SQR a 0,002 mg/mL.
realizados os testes B. e C.
Transferir 0,5 mL da Solução de dicetopiperazina de
enalapril para balão volumétrico de 25 mL e completar o A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
volume com a solução anteriormente preparada. amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
Procedimento: injetar, separadamente, 50 PL das Soluções
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
de referência e amostra, registrar os cromatogramas
observados no espectro do maleato de levomepromazina
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
SQR, preparado de maneira idêntica.
C20H28N2O5.C4H4O4 nos comprimidos a partir das respostas
obtidas com as Soluções de referência e amostra. B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 230 nm a 350 nm, de solução a 0,001% (p/v)
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO em metanol, exibe máximos em 254 nm e 308 nm. Os
valores de absorvância são de, aproximadamente, 0,6 e 0,1,
Em recipientes bem fechados. respectivamente.

C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em


ROTULAGEM camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
como suporte, e mistura de água, ácido fórmico anidro
Observar a legislação vigente.
e éter isopropílico (3:7:90), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, em banda de 10 mm por 2 mm,
5 ȝL de cada uma das soluções, recentemente preparadas, ROTULAGEM
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1111
m
a
descritas a seguir.
Observar a legislação vigente.
Solução (1): solução a 20 mg/mL da amostra em mistura de
água e acetona (1:9).
CLASSE TERAPÊUTICA
Solução (2): solução a 5 mg/mL de ácido maléico SQR em
Antipsicótico. Neuroléptico.
mistura de água e acetona (1:9).

Desenvolver o cromatograma (12 cm). Remover a placa,


secar a 120 °C durante 10 minutos. Examinar à luz MARACUJÁ AZEDO
ultravioleta 254 nm. A Solução (1) apresenta uma mancha Passiflorae acetum folium
sobre o ponto de aplicação e outra mancha principal que
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
com a Solução (2). Passißora edulis Sims – PASSIFLORACEAE

A droga vegetal é constituída pelas folhas secas contendo,


ENSAIOS DE PUREZA no mínimo, 1,0% de ßavonóides totais, expressos em
apigenina (C15H10O5, 270,24).
pH (5.2.19). 3,5 a 5,5. Proceder ao abrigo da luz intensa.
Pesar 0,5 g da amostra e adicionar 25 mL de água isenta de
dióxido de carbono. Agitar e deixar sedimentar. VeriÞcar o CARACTERÍSTICAS
pH do sobrenadante.
Características organolépticas. As folhas possuem sabor
Substâncias relacionadas. Proceder ao abrigo da luz adocicado e odor característico.
intensa. Proceder conforme descrito em CromatograÞa
em camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
GF254, como suporte, e mistura de acetona, dietilamina
e cicloexano (10:10:80), como fase móvel. Aplicar, Folhas simples, glabras, sub-coriáceas, de cor verde
separadamente, à placa, 10 ȝL de cada uma das soluções, clara. Lâminas profundamente divididas em três lobos,
recentemente preparadas, descritas a seguir. muito raramente bilobadas ou sem lobos, com 7,0 cm a
16,0 cm de comprimento e 6,0 cm a 20,0 cm de largura;
Solução (1): solução a 20 mg/mL da amostra em mistura de base reentrante, ápice acuminado e margem serrilhada.
água e acetona (1:9). Nervação palmatinérvea, nervuras principal e secundárias
mais salientes na face abaxial. Pecíolo com 1,0 cm a 4,0
Solução (2): diluir 0,5 mL da Solução (1) para 100 mL com
cm, canaliculado na parte superior, com um par de nectários
mistura de água e acetona (1:9).
extraßorais. É comum a ocorrência de gavinhas no pecíolo.
Desenvolver o cromatograma (15 cm). Remover a placa, Difere de Passißora alata, pois esta apresenta folha inteira,
deixar secar ao ar. Examinar à luz ultravioleta 254 nm. margem lisa, nervação peninérvia e é desprovida de
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com tricomas tectores na região da nervura principal.
a Solução (1), não é mais intensa que aquela obtida com a
Solução (2) (0,5%). DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da Folhas hipoestomáticas e de simetria dorsiventral. A
amostra. Dessecar em estufa de 100 a 105 °C, por 3 horas. epiderme, em vista frontal, apresenta células de formato
No máximo 0,5%. poliédrico, com paredes anticlinais levemente sinuosas em
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. ambas as faces. A cutícula é lisa. Os estômatos são dos tipos
No máximo 0,1%. paracítico, anisocítico e anomocítico. Tricomas tectores
unicelulares ocorrem na região da nervura principal, na
face abaxial. Em secção transversal, a cutícula é espessa,
DOSEAMENTO a epiderme é uniestratiÞcada e o mesoÞlo está constituído
por uma a três camadas de parênquima paliçádico e várias
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
camadas de parênquima esponjoso. Cristais de oxalato
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,35 g da
de cálcio do tipo drusa ocorrem nos parênquimas. Na
amostra e dissolver em 50 mL de ácido acético glacial
nervura principal, em secção transversal, a face adaxial
anidro. Titular com ácido perclórico 0,1 M SV determinando
apresenta uma protuberância e a face abaxial é convexa.
o ponto Þnal potenciometricamente. Realizar ensaio em
A epiderme, na região da protuberância, apresenta
branco e fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido
tricomas tectores unicelulares de parede lisa. Sob ambas
perclórico 0,1 M SV equivale a 44,454 mg de C19H24N2OS.
as epidermes, células de colênquima interrompem o
C4H4O4.
parênquima cloroÞliano. O sistema vascular compõe-se
de quatro feixes vasculares dispostos centralmente. Em
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO cada feixe vascular há presença de câmbio fascicular e
os idioblastos com drusas ocorrem na porção interna do
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
m
a 1112 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ßoema. O pecíolo, em secção transversal, apresenta na e 0,85, acima da mancha referente à vitexina, observadas
face adaxial dois lobos pouco proeminentes, sendo a face na P. edulis.
abaxial pouco convexa na região central. Internamente
à epiderme ocorre preenchimento por colênquima e o B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
restante por parênquima. O sistema vascular é formado por de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
um feixe vascular em cada lobo da face adaxial e por um de detector ultravioleta a 340 nm; coluna de 250 mm de
grupo de feixes centrais, de disposição anelar. Idioblastos comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada

Pm); ßuxo da Fase móvel de 0,8 mL/minuto.


com drusas ocorrem internamente ao ßoema, em menor com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
número, no parênquima e no colênquima.
Fase móvel: mistura de solução aquosa de ácido fosfórico a
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ 0,05% (v/v), tetraidrofurano e álcool isopropílico (80:17:3).

O pó atende a todas as características estabelecidas para Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São droga seca e pulverizada (180 —m) e colocar em balão
características: coloração verde-amarelada; fragmentos de volumétrico de 50 mL. Adicionar aproximadamente 30 mL
epiderme da face adaxial com células como as descritas, de solução de etanol e água (1:1), agitar por ultrassom por
sem estômatos; fragmentos de epiderme da face abaxial 10 minutos e completar o volume com o mesmo solvente.
com células como as descritas, com estômatos, como Agitar manualmente por mais cinco minutos e Þltrar o
descritos; fragmentos de epiderme sobre a nervura extrato com papel Þltro.
apresentando tricomas tectores unicelulares; fragmentos de
tecido vascular em secções transversal ou longitudinal, com Solução de referência (1): transferir, exatamente, 1 mg de
idioblastos contendo drusas; drusas isoladas; fragmentos isovitexina para balão volumétrico de 10 mL e adicionar
de tecido paliçádico e esponjoso com raras drusas. cerca de 7 mL de solução de etanol e água (1:1). Agitar por
ultrassom por 10 minutos.

IDENTIFICAÇÃO Solução de referência (2): transferir, exatamente, 1 mg de


vitexina 4-ramnosil para balão volumétrico de 10 mL e
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em adicionar cerca de 7 mL de solução de etanol e água (1:1).
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, Agitar por ultrassom por 10 minutos. Completar o volume
como suporte, e mistura de acetato de etila, água e ácido com a mesma solução.
fórmico anidro (80:10:10), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, em forma de banda, 10 ȝL da Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L de cada
Solução (1) e 5 ȝL da Solução (2), recentemente preparadas, Solução de referência e da Solução amostra. Os tempos
descritas a seguir. de retenção relativos são cerca de 0,75 e 1 para vitexina
4-ramnosil e isovitexina, respectivamente. Apresenta
Solução (1): agitar, em ultrassom, durante 10 minutos, ainda picos adicionais característicos de ßavonóide que
uma dispersão a 50 mg/mL do pó Þno da droga vegetal em não correspondem à saponarina, orientina, isorientina ou
mistura de etanol e água (1:1). Filtrar. vitexina. Diferencia-se da Passißora alata pela ausência
de isorientina.
Solução (2): solução a 100 —g/mL de vitexina e rutina em
mistura de etanol e água (1:1).
ENSAIOS DE PUREZA
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
secar ao ar. Nebulizar a placa com difenilborato de Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.
aminoetanol SR, seguido de polietilenoglicol 4000 a
5% (p/v) em metanol. Examinar sob luz ultravioleta Água (5.4.2.3). No máximo 11%.
(365 nm). As manchas obtidas com a Solução (1) com Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 10,0%.
Rf de aproximadamente 0,75 e 0,45 correspondem em
posição àquelas obtidas com a Solução (2), referentes à Cinzas insolúveis em ácido (5.4.2.5). No máximo 0,4%.
vitexina e à rutina, respectivamente. Entre elas, a região
do cromatograma obtida com a Solução (1) apresenta
duas manchas ßuorescentes, uma alaranjada, com Rf de
ÍNDICE DE ESPUMA
aproximadamente 0,62, e outra amarelo-esverdeada, com Proceder conforme descrito em Determinação do índice
Rf de aproximadamente 0,53. Acima da mancha referente de espuma (5.4.2.10), utilizando 1 g da droga pulverizada
à vitexina, são obtidas três manchas amarelo-esverdeadas (180 —m). Calcular o índice de espuma conforme a seguinte
com a Solução (1), com Rf de aproximadamente 0,8, 0,85 expressão:
e 1,0. A região do cromatograma obtida com Solução (1)
apresenta também uma série de manchas ßuorescentes
bem deÞnidas, entre o ponto de aplicação e o de Rf de
aproximadamente 0,25. A espécie P. alata não apresenta as
manchas ßuorescentes amarelo-esverdeadas, com Rf de 0,8 em que

IE = índice de espuma;
P = percentual da droga utilizada no preparo do decocto;
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução branco: transferir 0,8 mL da Solução estoque para


1113
m
a
balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com
V = volume, em mililitros, do decocto usado para etanol a 50% (v/v).
preparação da diluição no tubo de ensaio com espuma de
1 cm de altura. Medir a absorvância da Solução amostra em 397 nm, em
cubeta de 1 cm, 30 minutos após seu preparo, utilizando
O IE é de no máximo 100. a Solução branco para o ajuste do zero. Calcular o teor
de ßavonóides totais, calculado como apigenina, em
DOSEAMENTO porcentual (p/p), segundo a expressão:

Flavonóides totais em que

Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de A = absorvância;


absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
FD = fator de diluição (625);
a seguir.

Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,400 g de


droga pulverizada (180 —m) e colocar em balão de fundo
redondo de 50 mL. Adicionar 20 mL de etanol a 50% (v/v)
absortividade especíÞca (365,3);
e aquecer sob reßuxo por 30 minutos. Filtrar a mistura para
balão volumétrico de 50 mL utilizando algodão. Retornar m = massa da droga (g);
o algodão para o mesmo balão de reßuxo e adicionar
20 mL de etanol a 50% (v/v), mantendo em reßuxo por PD = perda por dessecação (%; p/p).
mais 30 minutos. Filtrar, usando papel Þltro, para o balão
volumétrico de 50 mL, completando o volume com etanol
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
a 50% (v/v).
Em recipiente de vidro, bem fechado, ao abrigo da luz e
Solução amostra: transferir 0,8 mL da Solução estoque
do calor.
para balão volumétrico de 10 mL. Adicionar 0,8 mL de
cloreto de alumínio a 2% (p/v) em etanol a 50% (v/v),
completando o volume com o mesmo solvente.
m
a 1114 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos de Passiflora edulis Sims


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As réguas correspondem em A e C a 3 cm; em B e D a 1 cm; em E e F a 50 —m.

A – aspecto geral da folha, mostrando a nervação digitinérvea, ápice acuminado, base reentrante e margem serrilhada. B – detalhe do pecíolo com
um par de nectários extraßorais. C – detalhe do ramo mostrando heteroÞlia e gavinha aderida ao pecíolo. D – detalhe da margem foliar serrilhada.
E – epiderme voltada para a face adaxial da lâmina foliar, em vista frontal. F – epiderme voltada para a face abaxial da lâmina foliar, em vista frontal:
estômato anomocítico (ea); estômato anisocítico (ei); estômato paracítico (esp).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1115
m
a

Figura 2 – Aspectos microscópicos de Passiflora edulis Sims


________________

Complemento da legenda da Figura 2. As réguas correspondem em A a 100 —m; em B, C e D a 500 —m; em E a 50 —m.

A – secção transversal do mesoÞlo: face abaxial (ab); face adaxial (ad); cutícula (cu); drusa (d); feixe vascular (fv); parênquima esponjoso (pj);
parênquima paliçádico (pp). B – esquema de porção da lâmina foliar na nervura principal, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial
(ad); câmbio (ca); colênquima (co); epiderme (ep); ßoema (f); feixe vascular (fv); inclusão celular (ic); parênquima (p); parênquima esponjoso (pj);
parênquima paliçádico (pp); tricoma tector (tt); xilema (x). C – detalhe da secção transversal do pecíolo mostrando drusas no feixe vascular: inclusão
celular (ic). D – detalhe da face adaxial da porção da lâmina foliar na nervura principal, em secção transversal, mostrando o tricoma tector unicelular:
face adaxial (ad); colênquima (co); cutícula (cu); epiderme (ep); tricoma tector (tt). E – esquema do aspecto geral da secção transversal do pecíolo:
face abaxial (ab); face adaxial (ad); colênquima (co); epiderme (ep); ßoema (f); feixe vascular (fv); inclusão celular (ic); parênquima (p); xilema (x).
m
a 1116 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
MARACUJÁ DOCE
Passiflorae dulcis folium O pó atende a todas as características estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
características: coloração verde-amarelada; fragmentos de
Passißora alata Curtis – PASSIFLORACEAE epiderme da face adaxial com células como as descritas,
sem estômatos; fragmentos de epiderme da face abaxial
A droga vegetal é constituída pelas folhas secas contendo, com células como as descritas, com estômatos, como
no mínimo, 1,0% de ßavonóides totais, expressos em descritos; fragmentos de mesoÞlo em secção transversal,
apigenina (C15H10O5, 270,24). com idioblastos contendo drusas; drusas isoladas;
fragmentos de tecido vascular.
CARACTERÍSTICAS
IDENTIFICAÇÃO
Características organolépticas. As folhas possuem sabor
fortemente amargo e odor característico. A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G,
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA como suporte, e mistura de acetato de etila, água e ácido
fórmico anidro (80:10:10), como fase móvel. Aplicar,
Folhas simples, glabras, sub-coriáceas, de cor verde separadamente, à placa, em forma de banda, 10 ȝL da
clara. Lâminas ovaladas ou oblongas, de 7,0 cm a 20,0 Solução (1) e 5 ȝL da Solução (2), recentemente preparadas,
cm de comprimento e 4,0 cm a 15,0 cm de largura, base descritas a seguir.
arredondada ou ligeiramente reentrante, ápice acuminado
e margem lisa. Nervação peninérvea, nervuras salientes na Solução (1): agitar, em ultrassom, durante 10 minutos,
face abaxial. Pecíolo com 2,0 cm a 7,0 cm de comprimento, uma dispersão a 50 mg/mL do pó Þno da droga vegetal em
profundamente canaliculado na parte superior, com um ou mistura de etanol e água (1:1). Filtrar.
geralmente dois pares de nectários extraßorais. É comum Solução (2): solução a 100 —g/mL de vitexina e rutina em
a ocorrência de gavinhas no pecíolo. Difere de Passißora mistura de etanol e água (1:1).
edulis, pois esta apresenta folha trilobada, margem
serrilhada, nervação palminérvea e apresenta tricomas Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
tectores na região da nervura principal. secar ao ar. Nebulizar a placa com difenilborato de
aminoetanol SR seguido de polietilenoglicol 4000 a 5%
(p/v) em metanol. Examinar sob luz ultravioleta (365
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
nm). A região do cromatograma obtida com Solução (1)
Folhas hipoestomáticas e de simetria dorsiventral. A apresenta ßuorescência alaranjada na linha de chegada
epiderme, em vista frontal, apresenta células de formato do solvente, com Rf de 1,0. As manchas obtidas com a
poliédrico, com paredes anticlinais levemente sinuosas Solução (1) com Rf de 0,75 e de 0,45 correspondem em
em ambas as faces. A cutícula é lisa. Estômatos são posição àquelas obtidas com a Solução (2), referentes à
dos tipos paracítico, anisocítico e anomocítico. Em vitexina e à rutina, respectivamente. Entre elas, a região
secção transversal, a cutícula é espessa, a epiderme é do cromatograma obtida com a Solução (1) apresenta duas
uniestratiÞcada e o mesoÞlo está constituído por uma a manchas ßuorescentes, uma alaranjada, com Rf de 0,62,
três camadas de parênquima paliçádico e várias camadas e outra amarelo-esverdeada, com Rf de 0,53. A região do
de parênquima esponjoso. Cristais de oxalato de cálcio cromatograma obtida com Solução (1) apresenta também
do tipo drusa ocorrem nos parênquimas e especialmente mais duas manchas ßuorescentes bem deÞnidas, uma
na região das nervuras. Na região da nervura principal, amarelo-esverdeada, com Rf de 0,29, e outra alaranjada,
em secção transversal, a face adaxial apresenta pouca com Rf de 0,22. Diferencia-se da P. edulis pela ausência
convexidade e a face abaxial possui uma convexidade de manchas ßuorescentes amarelo-esverdeadas, com Rf de
bastante angulosa. Sob ambas as epidermes, células de 0,8 e 0,85, acima da mancha referente à vitexina.
colênquima interrompem o parênquima cloroÞliano,
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
ocorrendo um anel vascular central circundado por células
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de esclerênquima ou um anel vascular contínuo. O câmbio
de detector ultravioleta a 340 nm; coluna de 250 mm de
fascicular é visível e idioblastos contendo drusas ocorrem
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
em todo o tecido fundamental, no colênquima e também no
Pm); ßuxo da Fase móvel de 0,8 mL/minuto.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
ßoema. O pecíolo, em secção transversal, apresenta face
adaxial côncava, com duas projeções laterais. A face abaxial
é convexa, com uma única projeção central. Internamente Fase móvel: mistura de solução aquosa de ácido fosfórico a
à epiderme ocorre preenchimento por colênquima e o 0,05% (v/v), tetraidrofurano e álcool isopropílico (80:17:3).
restante por parênquima. O sistema vascular é formado
por feixes centrais e dois outros localizados nas projeções Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da
laterais da face adaxial. Grande quantidade de idioblastos droga seca e pulverizada (180 —m) e colocar em balão
com drusas ocorre em todo o colênquima, parênquima e volumétrico de 50 mL. Adicionar aproximadamente 30 mL
feixes vasculares. de solução de etanol e água (1:1), agitar por ultrassom por
10 minutos e completar o volume com o mesmo solvente. DOSEAMENTO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1117
m
a
Agitar manualmente por mais cinco minutos e Þltrar o
extrato com papel Þltro. Flavonóides totais

Solução de referência (1): transferir, exatamente, 1 mg de Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


isovitexina para balão volumétrico de 10 mL e adicionar absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
cerca de 7 mL de solução de etanol e água (1:1). Agitar por a seguir.
ultrassom por 10 minutos.
Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,4 g de
Solução de referência (2): transferir, exatamente, 1 mg de droga pulverizada (180 —m) e colocar em balão de fundo
vitexina 4-ramnosil para balão volumétrico de 10 mL e redondo de 50 mL. Adicionar 20 mL de etanol a 50% (v/v)
adicionar cerca de 7 mL de solução de etanol e água (1:1). e aquecer sob reßuxo por 30 minutos. Filtrar a mistura para
Agitar por ultrassom por 10 minutos. Completar o volume balão volumétrico de 50 mL utilizando algodão. Retornar
com mesma solução. o algodão para o mesmo balão de reßuxo e adicionar
20 mL de etanol a 50% (v/v), mantendo em reßuxo por
Solução de referência (3): transferir, exatamente, 1 mg de mais 30 minutos. Filtrar, usando papel Þltro, para o balão
isorientina para balão volumétrico de 10 mL e adicionar volumétrico de 50 mL, completando o volume com etanol
cerca de 7 mL de solução de etanol e água (1:1). Agitar por a 50% (v/v).
ultrassom por 10 minutos.
Solução amostra: transferir 0,8 mL da Solução estoque para
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L de cada balão volumétrico de 10 mL. Adicionar 0,8 mL de cloreto
Solução de referência e da Solução amostra. Os tempos de de alumínio a 2% (p/v) em etanol 50% (v/v), completando
retenção relativos são cerca de 0,75, 0,79 e 1 para vitexina o volume com o mesmo solvente.
4-ramnosil, isorientina e isovitexina, respectivamente.
Apresenta ainda dois picos bem deÞnidos característicos Solução branco: transferir 0,8 mL da Solução estoque para
de ßavonóide com tempos de retenção relativos inferior balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com
a 0,75. Estes picos desconhecidos não correspondem etanol 50% (v/v).
à saponarina, orientina ou vitexina. Diferencia-se de
Medir a absorvância da Solução amostra em 397 nm, em
Passißora edulis pela presença de isorientina.
cubeta de 1 cm, 30 minutos após seu preparo, utilizando
a Solução branco para o ajuste do zero. Calcular o teor
ENSAIOS DE PUREZA de ßavonóides totais, calculado como apigenina, em
porcentual (p/p), segundo a expressão:
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.

Água (5.4.2.3). No máximo 11,0%.

Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 10,0%.


em que
Cinzas insolúveis em ácido (5.4.2.5). No máximo 0,4%.
A = absorvância;
ÍNDICE DE ESPUMA FD = fator de diluição (625);
Proceder conforme descrito em Determinação do índice de absortividade especíÞca (365,3);
espuma (5.4.2.10), utilizando 0,1 g da droga pulverizada
(180 —m). Calcular o índice de espuma conforme a seguinte m = massa da droga (g);
expressão:
PD = perda por dessecação (%; p/p).

em que EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

IE = índice de espuma; Em recipiente de vidro, bem fechado, ao abrigo da luz e


do calor.
P = percentual da droga utilizada no preparo do decocto;

V = volume, em mililitros, do decocto usado para


preparação da diluição no tubo de ensaio com espuma de
1 cm de altura.

O IE é de no mínimo 5000.
m
a 1118 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos de Passiflora alata Curtis


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As réguas correspondem em A a 3 cm; em B e C a 1 cm; em D e E a 50 —m.

A – aspecto geral da folha, mostrando a nervação peninérvea, ápice acuminado, base reentrante e margem lisa. B – detalhe do pecíolo com dois pares
de nectários extraßorais. C – detalhe do pecíolo com gavinha aderida. D – epiderme voltada para a face adaxial da lâmina foliar, em vista frontal. E –
epiderme voltada para a face abaxial da lâmina foliar, em vista frontal: estômato anisocítico (ei); estômato paracítico (esp).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1119
m
a

Figura 2 – Aspectos microscópicos de Passiflora alata Curtis


________________

Complemento da legenda da Figura 2. As réguas correspondem em A a 100 —m; em B, C e D a 500 —m; em E a 50 —m.

A – secção transversal do mesoÞlo: face abaxial (ab); face adaxial (ad); cutícula (cu); drusa (d); feixe vascular (fv); parênquima paliçádico (pp);
parênquima esponjoso (pj). B e C – esquema de porção da lâmina foliar na nervura principal, em secção transversal, mostrando variação do feixe
vascular: face abaxial (ab); face adaxial (ad); câmbio (ca); colênquima (co); epiderme (ep); ßoema (f); Þbras do ßoema (ff); feixe vascular (fv); inclusão
celular (ic); parênquima (p); parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp); xilema (x). D – esquema do aspecto geral da secção transversal
do pecíolo: face abaxial (ab); face adaxial (ad); câmbio (ca); colênquima (co); epiderme (ep); ßoema (f); feixe vascular (fv); inclusão celular (ic);
parênquima (p); xilema (x). E – detalhe da secção transversal do pecíolo mostrando drusa em célula parenquimática: inclusão celular (ic).
m
a 1120 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Aplicar, separadamente, à placa, 10 ȝL de cada uma das


MEBENDAZOL soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
Mebendazolum
Solução (1): dissolver 50 mg da amostra em 1 mL de ácido
fórmico anidro e completar o volume para 10 mL com
clorofórmio.

Solução (2): dissolver 50 mg de mebendazol SQR em 1 mL


de ácido fórmico anidro e completar o volume para 10 mL
com clorofórmio.

Solução (3): transferir 1 mL da Solução (2) para balão


volumétrico de 200 mL e completar o volume com mistura
de clorofórmio e ácido fórmico anidro (9:1). Homogeneizar.
C16H13N3O3; 295,29
mebendazol; 05515 Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Éster metílico do ácido N-(6-benzoil-1H-benzimidazol-2- secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
il)carbâmico A mancha principal do cromatograma da Solução (1),
[31431-39-7] corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
com a Solução (2). Qualquer mancha secundária obtida
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de no cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha
C16H13N3O3, em relação à substância dessecada. principal, não é mais intensa que aquela obtida com a
Solução (3) (0,5%).
DESCRIÇÃO Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,002% (20 ppm).
Características físicas. Pó Þno branco a ligeiramente
amarelo e inodoro. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 4 horas. No
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, clorofórmio,
máximo 0,5%.
cloreto de metileno, etanol e éter etílico. Solúvel em ácido
fórmico e praticamente insolúvel em ácidos minerais. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
de potássio, apresenta máximos de absorção somente aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,225 g da
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas amostra e dissolver em 30 mL de ácido acético glacial.
intensidades relativas daqueles observados no espectro de Titular com ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o
mebendazol SQR, preparado de maneira idêntica. ponto Þnal potenciometricamente. Realizar ensaio em
branco e fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido
B. Dissolver 30 mg da amostra em 2 mL de ácido fórmico
perclórico 0,1 M SV equivale a 29,529 mg de C16H13N3O3.
anidro e diluir, sucessivamente, em álcool isopropílico, até
concentração de 0,00075% (p/v). O espectro de absorção
no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 230 nm a 320 nm, exibe EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
máximos em 247 nm e 312 nm, idênticos aos observados
no espectro de solução similar de mebendazol SQR. Em recipientes bem fechados.

C. Dissolver 40 mg da amostra em 2 mL de ácido fórmico


anidro e adicionar 5 mL de etanol acidiÞcado com algumas
ROTULAGEM
gotas de ácido clorídrico. Agitar vigorosamente e Þltrar. Observar a legislação vigente.
Adicionar ao Þltrado cerca de 3 mg de cloridrato de
p-fenilenodiamina e agitar. Adicionar cerca de 0,1 g de
zinco em pó e deixar em repouso por 2 minutos. Adicionar CLASSE TERAPÊUTICA
5 mL de sulfato férrico amoniacal ácido SR. Desenvolve-
Anti-helmíntico.
se coloração violeta.

ENSAIOS DE PUREZA MEBENDAZOL COMPRIMIDOS


Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio, quantidade declarada de C16H13N3O3.
metanol e ácido fórmico anidro (90:5:5), como fase móvel.
IDENTIFICAÇÃO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

do zero. Calcular a quantidade de C16H13N3O3 dissolvida


1121
m
a
no meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada de mebendazol SQR na concentração de 0,0005% (p/v),
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G como suporte, preparada no mesmo solvente.
e mistura de clorofórmio, metanol e ácido fórmico a 96%
(p/p) (90:5:5), como fase móvel. Aplicar, separadamente, Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
à placa, 10 ȝL de cada uma das soluções, recentemente declarada de C16H13N3O3 se dissolvem em 120 minutos.
preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): triturar até pó Þno no mínimo 10 comprimidos, TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
pesar o equivalente a 0,2 g de mebendazol, adicionar 20
Contagem do número total de micro-organismos
mL de mistura de clorofórmio e ácido fórmico a 96% (p/p)
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
(19:1), deixar em banho-maria durante 1 a 2 minutos,
esfriar e Þltrar. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
Solução (2): preparar solução de mebendazol SQR a 10
mg/mL em mistura de clorofórmio e ácido fórmico a 96%
(p/p) (19:1). DOSEAMENTO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição, comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). 50 mg de mebendazol para balão volumétrico de 100 mL,
adicionar 10 mL de ácido fórmico e agitar mecanicamente
por 15 minutos. Completar o volume com álcool
CARACTERÍSTICAS isopropílico. Homogeneizar e Þltrar. Transferir 1 mL do
Þltrado para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 5
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. mL de ácido clorídrico 0,1 M, completar o volume com
álcool isopropílico e homogeneizar. Preparar solução
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. padrão na mesma concentração, utilizando os mesmos
solventes. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
em 290 nm, utilizando mistura de ácido clorídrico 0,1 M
e álcool isopropílico (5:95) para ajuste do zero. Calcular
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
a quantidade de C16H13N3O3 nos comprimidos a partir das
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. leituras obtidas.

Procedimento para uniformidade de conteúdo: transferir B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


cada comprimido para um balão volumétrico de 100 absorção no ultravioleta (5.2.14).
mL, adicionar 20 mL de ácido fórmico e aguardar total Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
desintegração do comprimido. Aquecer em banho- Transferir quantidade do pó equivalente a 0,1 g de
maria por 15 minutos. Esfriar, completar o volume mebendazol para balão volumétrico de 100 mL, adicionar
com álcool isopropílico. Homogeneizar e Þltrar. Diluir, 50 mL de ácido fórmico e aquecer em banho-maria a 50
sucessivamente, em álcool isopropílico, até a concentração ºC por 15 minutos. Esfriar e completar o volume com
de 0,001% (p/v). Preparar solução padrão na mesma água. Homogeneizar e Þltrar através de Þltro de vidro de
concentração, utilizando as mesmas condições. Medir as média porosidade. Transferir 10 mL do Þltrado para funil
absorvâncias das soluções resultantes em 310 nm (5.2.14), de separação, adicionar 50 mL de clorofórmio e 50 mL de
utilizando mistura de ácido fórmico a 96% (p/p) e álcool água. Agitar durante 2 minutos, deixar separar as fases e
isopropílico (1:500) para ajuste do zero. Calcular o teor de transferir a camada clorofórmica para um segundo funil de
C16H13N3O3 nos comprimidos a partir das leituras obtidas. separação. Lavar a camada aquosa com duas porções de 10
mL de clorofórmio, reunindo os extratos clorofórmicos no
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) segundo funil de separação. Descartar a camada aquosa.
Lavar os extratos clorofórmicos combinados, com mistura
Meio de dissolução: laurilsulfato de sódio a 1,0% (p/v) em de ácido clorídrico 0,1 M e ácido fórmico a 10% (v/v) (4:50).
ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL Transferir a camada clorofórmica para balão volumétrico
de 100 mL. Lavar a camada aquosa com duas porções de
Aparelhagem: pás, 75 rpm 10 mL de clorofórmio reunindo os extratos clorofórmicos
Tempo: 120 minutos no mesmo balão volumétrico. Completar o volume com
álcool isopropílico e homogeneizar. Transferir 5 mL da
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de solução para balão volumétrico de 100 mL, completar o
dissolução, Þltrar e diluir com Meio de dissolução até volume com álcool isopropílico e homogeneizar.
concentração adequada. Medir as absorvâncias em 248
nm (5.2.14), utilizando o Meio de dissolução para ajuste Solução padrão: transferir 20 mg de mebendazol SQR
para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 90 mL de
m
a 1122 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

clorofórmio, 7 mL de álcool isopropílico e 2 mL ácido e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
fórmico a 10% (v/v). Agitar até completa dissolução e C16H13N3O3 nos comprimidos a partir das respostas obtidas
completar o volume com álcool isopropílico. Transferir com a Solução padrão e a Solução amostra
5 mL desta solução para balão volumétrico de 200
mL. Completar o volume com álcool isopropílico e
homogeneizar. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Solução branco: transferir 45 mL de clorofórmio para Em recipientes perfeitamente fechados.


balão volumétrico de 100 mL, adicionar 1 mL de ácido
fórmico a 10% (v/v), completar com álcool isopropílico ROTULAGEM
e homogeneizar. Transferir 5 mL da solução para balão
volumétrico de 100 mL, completar com álcool isopropílico Observar a legislação vigente.
e homogeneizar.

Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 274 nm,


utilizando a Solução branco para o ajuste do zero. Calcular MEBENDAZOL SUSPENSÃO ORAL
a quantidade de C16H13N3O3 nos comprimidos, a partir das
leituras obtidas.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0%, da
C. Por CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). quantidade declarada de C16H13N3O3.
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
247 nm; coluna de 300 mm de comprimento e 3,9 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente IDENTIFICAÇÃO
ligada a grupo octadecilsilano (3 a 10 —m), mantida à
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
temperatura de 30 °C, ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método
minuto.
A. de Doseamento, exibe máximos e mínimos idênticos
Fase móvel: mistura de metanol e fosfato de potássio aos observados no espectro da solução padrão.
monobásico 0,05 M (60:40). Ajustar o pH para 5,5 com
B. A mancha principal do cromatograma da Solução (1),
ácido fosfórico 0,1 M ou hidróxido de sódio M.
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Transferir quantidade do pó equivalente a 0,5 g de
mebendazol, para balão volumétrico de 100 mL, adicionar CARACTERÍSTICAS
50 mL de acido fórmico e aquecer em banho-maria a 50
°C por 15 minutos. Agitar mecanicamente por uma hora, Aspecto. Esvaziar completamente o conteúdo de 10 frascos,
completar o volume com água, homogeneizar e Þltrar. previamente agitados, em provetas correspondentes, limpas
Transferir 5 mL do Þltrado para balão volumétrico de 100 e secas, providas de tampa, e observar imediatamente sob
mL, completar o volume com mistura de ácido fórmico condições adequadas de visibilidade. O conteúdo escorre
e metanol (1:9) e homogeneizar. Transferir 5 mL dessa com ßuidez, a suspensão se apresenta homogênea, viscosa,
solução para balão volumétrico de 25 mL, completar o livre de grumos e partículas estranhas. Após 24 horas
volume com Fase móvel, homogeneizar e Þltrar. de repouso, pode apresentar ligeira sedimentação que
ressuspende após agitação.
Solução padrão: transferir 25 mg de mebendazol SQR,
exatamente pesados, para balão volumétrico de 100 mL. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Adicionar 10 mL de ácido fórmico e aquecer em banho-
maria à 50 °C por 15 minutos. Agitar mecanicamente pH (5.2.19). 4,0 a 7,5.
por 5 minutos, acrescentar 80 mL de metanol e
resfriar. Completar o volume com o mesmo solvente e ENSAIOS DE PUREZA
homogeneneizar. Transferir 5 mL dessa solução para balão
volumétrico de 25 mL, completar o volume com a Fase Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
móvel, homogeneizar e Þltrar. CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio,
A eÞciência da coluna não deve ser menor que 2500 pratos metanol e ácido fórmico (90:5:5), como fase móvel.
teóricos. O fator de cauda não deve ser maior de 2,0. O Aplicar, separadamente, à placa, 50 ȝL de cada uma das
desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
registrados não deve ser maior que 1,0%.
Solução (1): a uma alíquota equivalente a 10 mg de
Procedimento: injetar, separadamente, 15 ȝL da Solução mebendazol, adicionar 1 mL de ácido fórmico, agitar
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas até dissolução, completar o volume para 10 mL com
clorofórmio, homogeneizar e Þltrar.
Solução (2): pesar 10 mg de mebendazol SQR, adicionar
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

os lavados clorofórmicos ao segundo funil de separação.


1123
m
a
1 mL de ácido fórmico, agitar até dissolução, completar o Lavar os extratos clorofórmicos combinados com uma
volume para 10 mL com clorofórmio e homogeneizar. mistura de ácido clorídrico M e ácido fórmico a 10% (v/v)
(4:50). Transferir a camada clorofórmica para um balão
Solução (3): transferir 1 mL da Solução (2) para um volumétrico de 100 mL. Lavar a camada aquosa com duas
balão volumétrico de 200 mL, completar o volume com porções de 10 mL de clorofórmio, adicionar o extrato ao
uma mistura de clorofórmio e ácido fórmico (9:1) e balão volumétrico, completar com álcool isopropílico e
homogeneizar. misturar. Diluir, sucessivamente, em álcool isopropílico até
a concentração de 0,0005% (p/v). Preparar solução padrão
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
na mesma concentração, utilizando os mesmos solventes.
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Preparar o branco como descrito a seguir. Transferir 45
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
mL de clorofórmio para um balão volumétrico de 100 mL,
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é maior
adicionar 1 mL de ácido fórmico a 10% (v/v), completar
nem mais intensa que aquela obtida com a Solução (3)
com álcool isopropílico, homogeneizar, transferir 5 mL
(0,5%).
desta solução para um balão volumétrico de 100 mL,
completar com álcool isopropílico e homogeneizar. Medir
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA as absorvâncias das soluções resultantes em 274 nm,
utilizando o branco para ajuste do zero. Calcular o teor de
Contagem do número total de micro-organismos C16H13N3O3 na suspensão oral a partir das leituras obtidas.
mesofilos (5.5.3.1.2). Bactérias aeróbicas totais: no
máximo 1000 UFC/mL. Fungos e leveduras: no máximo
100 UFC/mL. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). Em recipientes de vidro âmbar, bem fechados.


Cumpre o teste.
ROTULAGEM
DOSEAMENTO
Observar a legislação vigente.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria MEIMENDRO


de absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume Hyoscyami folium
da suspensão oral equivalente a 100 mg de mebendazol
para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar 30 mL de
ácido fórmico e agitar até completa dissolução. Completar Hyoscyamus niger L. – SOLANACEAE; 09910
o volume com ácido fórmico e misturar. Transferir 5 mL
desta solução para balão volumétrico de 50 mL, adicionar A droga consiste de folhas secas e deve apresentar no mínimo
5 mL de ácido clorídrico 0,1 M, agitar e completar o 0,05% de alcaloides totais expressos em hiosciamina
volume com álcool isopropílico. Aquecer até leve fervura (C17H23NO3; 289,4). Os alcaloides são principalmente a
e Þltrar. Esfriar e diluir em álcool isopropílico até a hiosciamina acompanhada de escopolamina (hioscina) em
concentração de 0,001% (p/v). Preparar solução padrão proporções variadas.
na mesma concentração, utilizando os mesmos solventes.
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 310 nm, CARACTERÍSTICAS
utilizando ácido clorídrico 0,1 M e álcool isopropílico (1:9)
para o ajuste do zero. Calcular a quantidade de C16H13N3O3 Características organolépticas. Odor ligeiramente
na suspensão oral a partir das leituras obtidas. nauseoso.

B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria


de absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
da suspensão oral equivalente a 100 mg de mebendazol
Folhas inteiras, de até 30 cm de comprimento e 10 cm
para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 50 mL de
de largura, ovaladas a ovalado-oblongas, de ápice agudo
ácido fórmico e colocar em banho-maria a 50 °C durante
e base cordada nas folhas sésseis e atenuada nas folhas
15 minutos. Esfriar, completar o volume com água,
pecioladas, de bordo lobado, irregularmente dentado;
homogeneizar e Þltrar através de um Þltro de vidro de
coloração verde amarelada a verde acastanhada; nervura
média porosidade. Transferir 10 mL do Þltrado para um
principal larga e muito desenvolvida, nervuras secundárias
funil de separação, adicionar 50 mL de clorofórmio, 50
formando ângulo pronunciado com a nervura principal,
mL de água e agitar durante 2 minutos. Deixar separar
terminando na extremidade dos lobos. Lâminas foliares
as fases e transferir a camada clorofórmica para um
fortemente pubescentes e viscosas nas duas faces. Folhas
segundo funil de separação. Lavar a camada aquosa
friáveis e frequentemente partidas.
com duas porções de 10 mL de clorofórmio e adicionar
m
a 1124 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA separadamente, à placa, em forma de banda de 20 mm por


3 m, a 1 cm de distância, 10 —L da Solução amostra e 20
Folha anÞestomática e de simetria dorsiventral. A —L da Solução padrão, descritas a seguir.
epiderme, em vista frontal, apresenta células de paredes
sinuosas, com sinuosidade mais evidente na face abaxial. Solução amostra: a 2 g da amostra pulverizada, adicionar
Os tricomas são tectores e glandulares. Os tricomas 20 mL de ácido sulfúrico 0,05 M. Agitar durante 15
tectores são lisos, de paredes espessas, longos, cônicos e minutos e Þltrar. Lavar o Þltro com ácido sulfúrico 0,05 M
pluricelulares, geralmente com 2 a 4 células. Os tricomas até obtenção de 25 mL de Þltrado. Adicionar, ao Þltrado, 1
glandulares podem apresentar pedicelo longo, unicelular mL de amônia concentrada e agitar duas vezes com 10 mL
ou pluricelular e unisseriado, com uma pequena cabeça de éter etílico isento de peróxidos de cada vez. Separar, se
glandular bicelular, que exsuda uma substância viscosa necessário, por centrifugação. Reúnir as camadas etéreas e
ou com uma grande cabeça glandular pluricelular secá-las com sulfato de sódio anidro. Filtrar e evaporar o
elíptica e outras vezes, são muito curtos e formados por Þltrado à secura em banho-maria. Dissolver o resíduo em
um pequeno pedicelo que sustenta uma grande glândula 0,5 mL de metanol.
claviforme e pluricelular. Os estômatos são anisocíticos,
elípticos e acompanhados por 3 a 4 células subsidiárias, Solução padrão: dissolver 50 mg de sulfato de hiosciamina
das quais uma é sempre menor do que as outras; ocorrem SQR em 9 mL de metanol. Dissolver 15 mg de bromidrato
em maior quantidade na face abaxial. A epiderme, em de escopolamina SQR em 10 mL de metanol. A 3,8 mL
secção transversal, se apresenta recoberta por uma cutícula da solução de sulfato de hiosciamina, adicionar 4,2 mL
lisa e é uniestratiÞcada. O mesoÞlo é formado por uma da solução de bromidrato de escopolamina e completar o
única camada de parênquima paliçádico, seguida por um volume para 10 mL com metanol.
parênquima esponjoso onde ocorrem, principalmente na
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
região mais próxima ao parênquima paliçádico, idioblastos
secar ao ar. Nebulizar com iodeto de potássio e subnitrato
com cristais de oxalato de cálcio, geralmente prismáticos.
de bismuto SR e observar as manchas alaranjadas. Em
A nervura principal é biconvexa e o feixe vascular
seguida, nebulizar a placa com nitrito de sódio a 5% (p/v)
principal apresenta feixes vasculares bicolaterais; os feixes
até que o gel se torne transparente e examinar depois de
secundários também são bicolaterais e envoltos por um
15 minutos. A coloração das bandas correspondentes à
periciclo pouco ligniÞcado.
hiosciamina nos cromatogramas obtidos com a Solução
amostra, mudam de castanho para castanho avermelhado,
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ mas não para azul acinzentado (atropina) e as bandas
secundárias desaparecem, eventualmente. A sequência
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para a das bandas presentes nos cromatogramas obtidos com a
espécie, menos as características macroscópicas. São Solução padrão e com a Solução amostra é semelhante à
característicos: cor verde acinzentado; fragmentos da das bandas correspondentes dos cromatogramas obtidos
epiderme mostrando células de paredes sinuosas e cutícula com o mesmo volume da Solução padrão. Podem aparecer
lisa; estômatos anisocíticos mais abundantes na face bandas secundárias fracas, particularmente no centro do
abaxial; tricomas tectores pluricelulares, unisseriados e cromatograma obtido com 20 —L da Solução padrão, ou
tricomas glandulares conforme descritos; fragmentos do perto da linha de aplicação, no cromatograma obtido com
mesoÞlo, conforme descrito; uma só camada de células 10 —L da Solução amostra.
em paliçada e um parênquima esponjoso contendo prismas
simples ou duplos de oxalato de cálcio; elementos de vaso B. Agitar 3 g de droga pulverizada com 30 mL de ácido
com espessamento anelado ou helicoidal. sulfúrico 0,05 M SR durante 2 minutos e Þltrar. Alcalinizar
o Þltrado com 3 mL de amônia SR e adicionar através do
Þltro 15 mL de água. Transferir a solução alcalina para
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DE IMPUREZAS funil de separação e extrair sucessivamente utilizando
NO PÓ três alíquotas de 15 mL de clorofórmio. Reunir as fases
O pó pode igualmente apresentar Þbras e elementos de vaso clorofórmicas e adicionar sulfato de sódio anidro. Filtrar e
reticulados do caule; grãos de pólen subesféricos, com um dividir o Þltrado em três cápsulas de porcelana (A, B e C),
diâmetro que pode atingir 60 —m, três poros germinativos, procedendo à evaporação do solvente.
três sulcos e uma exina praticamente lisa; fragmentos de Reação de Vitali-Morin
corola de epiderme papilosa; fragmentos de sementes
contendo esclereídes do tegumento de paredes espessas, Na primeira cápsula adicionar 0,5 mL de ácido nítrico
sinuosos, de cor castanho-amarelada e cristais cuneiformes fumegante e evaporar à secura em banho-maria. Adicionar
de oxalato de cálcio. ao resíduo 2 mL de acetona e gotejar uma solução de
hidróxido de potássio 3% (p/v) em etanol. Desenvolve-se
coloração violeta, caracterizando presença de atropina e/
IDENTIFICAÇÃO
ou hisciamina.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
Reação de Wasicky
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, como
suporte, e mistura de solução concentrada de amônia, Adicionar uma gota do p-dimetilaminobenzaldeído SR2
água e acetona (3:7:90) como fase móvel. Aplicar, (Reagente de Wasicky) na segunda cápsula e aquecer
ligeiramente. Forma-se uma coloração roxo-avermelhada,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1125

de densidade inferior a da água. Extrair a solução, no mínimo


m
a
a princípio nas bordas e, posteriormente, em toda a gota, três vezes, com 20 mL de solução de ácido sulfúrico 0,25 M
caracterizando a presença de atropina e/ou hiosciamina. cada vez. Separar as fases, por centrifugação, se necessário,
e transferir a fase ácida para outro funil de separação.
Alcalinizar a fase ácida com hidróxido de amônio até pH 8-9
ENSAIOS DE PUREZA
e extrair três vezes com clorofórmio, com alíquotas de 30
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0% de caules mL. Juntar as fases clorofórmicas e retirar a água residual,
com mais de 7 mm de diâmetro. adicionando 4 g de sulfato de sódio anidro, deixando em
repouso por 30 minutos, com agitação ocasional. Retirar a
Água (5.4.2.3). No máximo 12,0%. fase clorofórmica e lavar o sulfato de sódio restante com
três alíquotas de 10 mL de clorofórmio. Reunir os extratos
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 30%.
clorofórmicos e evaporar à secura em banho-maria. Aquecer
Cinzas insolúveis em ácido (5.4.2.5). No máximo 12,0%. o resíduo em estufa a 100 °C-105 °C durante 15 minutos.
Dissolver o resíduo em 5 mL de clorofórmio, adicionar 20
mL de solução de ácido sulfúrico 0,01 M SV e remover o
DOSEAMENTO clorofórmio por evaporação em banho-maria. Titular o
excesso de ácido com solução de hidróxido de sódio 0,02 M
Alcalóides totais
SV utilizando vermelho de metila SI como indicador.
Pesar cerca de 40 g da amostra pulverizada (180 —m) e
Calcular o teor em porcentagem de alcaloides totais,
umedecer com 5 mL de amônia. Adicionar 10 mL de etanol
expressos em hiosciamina, segundo a expressão:
e 30 mL de éter etílico isento de peróxido, misturados
cuidadosamente. Transferir a mistura para um percolador,
se necessário, com auxílio da solução extratora. Macerar
durante 4 horas e percolar com mistura de clorofórmio e éter em que
etílico isento de peróxidos (1:3), até extração completa dos
alcaloides. Evaporar à secura 1 mL do percolado e dissolver d = perda por secagem (%);
o resíduo em ácido sulfúrico 0,25 M e veriÞcar a ausência de n = número de mililitros de hidróxido de sódio 0,02 M
alcaloides com iodeto de potássio mercúrio SR. Reduzir o gastos;
volume do percolado até 50 mL e transferir para um funil de m = massa da tomada de ensaio, em gramas.
separação com auxílio de éter isento de peróxidos. Ao líquido
assim obtido adicionar éter etílico isento de peróxidos, 2,5
vezes o volume do percolador até a obtenção de um líquido EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e do calor.
m
a 1126 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Hyoscyamus niger L.


_________________

Complemento da legenda da Figura 1.

A – representação esquemática da folha: lâmina foliar (lf). B – detalhe de porção da epiderme voltada para a face adaxial, em vista frontal: estômato
(es); tricoma tector (tt). C – detalhe da porção do mesoÞlo, em secção transversal: eatômato (es); tricoma tector (tt). D – detalhe de porção da epiderme
voltada para a face abaxial, em vista frontal: tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt); cutícula (cu); epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp);
idioblasto contendo cristais prismáticos de oxalato de cálcio (ic); parênquima esponjoso (pj); estômato (es).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1127
m
a

Figura 2 – Aspectos da microscopia do pó em Hyoscyamus niger L.


______________

Complemento da legenda da Figura 2.

A, B, C, D e E – representação esquemática do pó. A – fragmento da epiderme em vista frontal, na face adaxial: estômato do tipo anisocítico (es);
parênquima paliçádico (pp). B – fragmento da epiderme em vista frontal, na face abaxial: estômato do tipo anisocítico (es); tricoma tector (tt). C
– fragmento da epiderme mostrando cristais e porções de elementos de vaso por transparência: idioblasto cristalífero (ic); feixe vascular (fv). D –
fragmento de porção do mesoÞlo, em secção transversal: cutícula (cu); epiderme (ep); idioblasto cristalífero (ic); parênquima esponjoso (pj); parênquima
palicádico (pp). E – tricomas ou porções destes, isolados: tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt).

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
MELISSA
Folhas inteiras, membranosas, rugosas, opostas-cruzadas,
Melissae folium
quebradiças, pecioladas, verde-escuras e brilhantes na face
adaxial e verde-claras na face abaxial, quando secas às
vezes vinosas, principalmente na região próxima ao pecíolo
Melissa ofÞcinalis L. – LAMIACEAE; 09913A droga
e sobre as nervuras da face abaxial, com tricomas tectores e
vegetal é constituída de folhas secas contendo, no mínimo,
raros glandulares na face adaxial e com numerosos tricomas
4,0% de derivados hidroxicinâmicos totais e, no mínimo
tectores e glandulares na face abaxial, estes últimos
2,0% de ácido rosmarínico e, no mínimo, 0,6% de óleo
parecendo pequenos pontos, visíveis com lente de aumento
volátil.
de seis vezes; venação camptódroma-reticulódroma,
CARACTERÍSTICAS nervuras depressas na face adaxial e proeminentes na
face abaxial, nervuras de menor ordem formando malhas
Características organolépticas. As folhas amassadas características. Lâmina ovalada a ovalado-cordiforme, com
têm odor forte, aromático, semelhante ao citral e sabor base ovalada, arredondada ou cordiforme, ápice obtuso
aromático agradável e ligeiramente amargo, um pouco e margem irregularmente crenado-serrada, Þnamente
adstringente. ciliada, medindo de 4,0 cm a 8,0 cm de comprimento e
3,0 cm a 5,0 cm de largura. Pecíolo de 0,3 cm a 5,0 cm de
m
a 1128 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

comprimento, verde ou vinoso quando seco, côncavo na


abaxial. O sistema vascular é formado em regra por um
único feixe colateral, raro dois ou três, envolvido por uma
face adaxial, convexo na face abaxial e com duas costelas endoderme contínua ou não; o câmbio fascicular é evidente.
laterais; face adaxial coberta por longos tricomas tectores, O pecíolo, em secção transversal, apresenta cutícula
os das costelas visíveis a olho nu. espessa, rugosa e estriada, epiderme uniestratiÞcada de
células isodiamétricas, que podem conter antocianinas,
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA os estômatos são projetados; os tricomas são os mesmos
citados para a lâmina; nas regiões das proeminências
Lâmina foliar com simetria dorsiventral, anÞ- laterais, é bastante comum a ocorrência de tricomas
hipoestomática, com estômatos diacíticos. Em vista tectores, longos e de base alargada, (tipo 4 – citado para a
frontal, a cutícula é estriada e as células da epiderme lâmina foliar), raros na face abaxial. Os tricomas tectores,
apresentam paredes anticlinais de contorno sinuoso na unisseriados e longos (tipo 3), ocorrem principalmente na
face adaxial e muito sinuosas na face abaxial na região face adaxial e os tricomas tectores cônicos, dentiformes
entre as nervuras, e paredes retilíneas sobre as nervuras. (tipo 1), ocorrem em maior número na face abaxial. Os
A epiderme da lâmina foliar apresenta até seis tipos de tricomas glandulares octocelulares (tipo 6) são mais
tricomas: (1) tectores cônicos a triangulares, dentiformes, comum na face abaxial. O colênquima é angular, possui
unicelulares, raramente bicelulares, curtos, de paredes cloroplastídios e esta distribuído em toda a extensão do
verrucosas e cutícula espessa; (2) tectores pluricelulares pecíolo, uniestratiÞcado ou biestratiÞcado na face adaxial
unisseriados, de três a cinco células, sendo a apical de e triestratiÞcado na face abaxial; na região das costelas
ápice agudo, de aspecto uncinado, de paredes espessas ocorrem até sete camadas. É seguido por um clorênquima
e cutícula áspera, verrucosa ou estriada; (3) tectores mais compacto e com mais cloroplastídios junto às costelas
pluricelulares unisseriados, de três a nove células, muito e por um parênquima formado por células isodiamétricas,
longos, de paredes espessas e cutícula áspera, verrucosa ou de paredes delgadas, com espaços intercelulares pequenos
estriada; (4) tectores, pluricelulares unisseriados, de três a e poucos cloroplastídios. O sistema vascular é formado
nove células, muito longos e de base alargada, formada por por três a cinco feixes colaterais, cada um deles envolvido
uma coroa de células; (5) glandulares de cabeça unicelular por endoderme; o ßoema pode apresentar células pétreas
ou bicelular, arredondada e pedicelo unicelular, bicelular junto às Þbras e o xilema tem distribuição radial; o câmbio
ou tricelular; (6) glandulares peltados, quase sésseis, com fascicular é evidente. Grãos de amido ocorrem em todos
pedicelo unicelular e localizado abaixo das demais células os tecidos, em maior densidade no clorênquima e na
epidérmicas e com cabeça secretora octocelular, capitada, endoderme.
com cutícula dilatada, apresentando coloração geralmente
parda. Em secção transversal, a cutícula é espessa, rugosa
e estriada e a epiderme é uniestratiÞcada, com células DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
achatadas transversalmente na face adaxial, maiores O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
do que as da face abaxial; são visíveis antocianinas, a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
principalmente nas células da face abaxial das folhas características: odor de citral; coloração esverdeada;
jovens; os estômatos são projetados; tricomas tectores do fragmentos de epiderme foliar com células de paredes
tipo 1 ocorrem em maior número na face abaxial e os do anticlinais sinuosas e estômatos diacíticos e com cicatrizes
tipo 2 são mais comuns sobre as nervuras da face adaxial; dos tricomas tectores do tipo dentiforme; grande quantidade
tricomas tectores do tipo 3 ocorrem principalmente na face de tricomas conforme os descritos; fragmentos de mesoÞlo
adaxial e são mais comuns sobre as nervuras; tricomas como descrito; cristais de oxalato de cálcio ausentes.
tectores do tipo 4 são ocorrentes na face abaxial na região
das nervuras e na região intercostal da face adaxial;
tricomas glandulares dos tipos 5 e 6 são mais comuns DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS IMPURE-
na face abaxial. O parênquima paliçádico é compacto e ZAS
uniestratiÞcado, ocupando quase a metade da secção e o
parênquima esponjoso é pouco frouxo e biestratiÞcado Os caules, ramos, ßores e frutos da própria espécie,
ou triestratiÞcado; na região do bordo foliar estes tecidos se presentes como impureza, caracterizam-se: caule
são mais compactos; grãos de amido presentes em todos quandrangular, piloso quando jovem; ßores pequenas,
os tecidos; gotas de óleo ausentes; cristais de oxalato de estipitadas e protegidas por brácteas foliáceas, semelhantes
cálcio ausentes. A nervura principal, em secção transversal, às demais folhas; cálice pubescente, tubuloso-campanulado,
apresenta cutícula lisa na face adaxial e estriada na abaxial, bilabiado, lábio superior tridentado e inferior bíÞdo; corola
as células epidérmicas são isodiamétricas, o colênquima branca a amarelada ou rosada, com tubo recurvado e limbo
é angular, uniestratiÞcado junto à face abaxial e com com dois lobos desiguais, o superior ereto, bíÞdo e o inferior
três a quatro camadas junto à face adaxial, seguido por estendido, trilobado, com lobos obtusos, sendo o mediano
clorênquima de células isodiamétricas, com uma a duas o mais longo; estames quatro, didínamos, coniventes sob
camadas junto à face abaxial e por até seis camadas junto o lábio superior da corola, anteras com tecas divergentes;
à face adaxial, e por um parênquima também com células ovário súpero, tetralobado, com lóculos monospérmicos;
isodiamétricas, de paredes Þnas, com maiores espaços estilete ginobásico, bíÞdo; fruto tetraquênio, de coloração
intercelulares e maior desenvolvimento junto à face marrom.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DA IMPUREZA ENSAIOS DE PUREZA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1129
m
a
CORRESPONDENTE AO CAULE
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 10,0% de caules
Os caules da própria espécie, se presentes como impureza, e ßores.
apresentam, em estrutura primária, cutícula espessa e
amostra moída (355 Pm), em estufa entre 100 °C e 105°C,
estriada, epiderme uniestratiÞcada com células poliédricas, Água (5.4.2.3). No máximo 10,0%. Determinar em 1 g da
estômatos distribuídos próximos às costelas e localizados
muito acima das demais células epidérmicas, muitos durante 2 h.
tricomas, mais comumente o tipo 6, além dos tipos 2 e 5 e Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 12,0%.
os do tipo 4 distribuem-se nas costelas. O córtex apresenta
colênquima angular distribuído por toda a extensão e mais
desenvolvido nas costelas, clorênquima e parênquima DOSEAMENTO
cortical formado por células isodiamétricas com grandes
Derivados hidroxicinâmicos totais
espaços intercelulares. A endoderme possui grande
quantidade de grãos de amido e envolve os quatro feixes Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
colaterais. O parênquima medular é formado por células absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
isodiamétricas de grande volume e de paredes delgadas. a seguir.
Em estrutura secundária, a epiderme e o córtex mantém
suas características, exceto a clara redução de tricomas Solução (1): transferir, exatamente, 0,2 g da droga
e a comum ocorrência de células pétreas no parênquima pulverizada para balão de fundo redondo. Acrescentar 190
cortical. O ßoema possui grande quantidade de Þbras, o mL de etanol a 50% (v/v) e aquecer em banho-maria, sob
câmbio vascular é evidente e o xilema apresenta grande reßuxo, durante 30 minutos. Esfriar e Þltrar. Lavar o Þltro
quantidade de grãos de amido. Estes grãos ocorrem em com 10 mL de etanol a 50% (v/v). Transferir o Þltrado e a
todos os tecidos, exceto na epiderme e em maior quantidade solução de lavagem para balão volumétrico de 200 mL e
quando em estrutura secundária. completar o volume com etanol a 50% (v/v).

Solução (2): em um tubo de ensaio, adicionar 1 mL da


IDENTIFICAÇÃO Solução (1), 2 mL de ácido clorídrico 0,5 M, 2 mL de uma
solução preparada dissolvendo 10 g de nitrito de sódio e 10
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
g de molibdato de sódio em 100 mL de água e, após, 2 mL
espessura de 250 Pm, como suporte e uma mistura de
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
de hidróxido de sódio 2 M e completar o volume para 10
mL com água e misturar.
separadamente, em forma de banda, 20 PL da Solução (1)
hexano e acetato de etila (90:10) como fase móvel. Aplicar,

e 10 PL da solução (2), recentemente preparadas, como


Solução branco: em outro tubo de ensaio, adicionar 1 mL
da Solução (1), 2 mL de ácido clorídrico 0,5 M, 2 mL de
descrito a seguir. hidróxido de sódio 2 M e completar o volume para 10 mL
com água.
Solução (1): transferir cerca de 2 g da droga moída
para balão de fundo redondo de 250 mL, adicionar 100 Medir a absorvância da Solução (2) em 505 nm, após o
mL de água. Adicionar 0,5 mL de xileno pela abertura seu preparo. Utilizar a Solução branco para o ajuste do
lateral k e destilar durante uma hora conforme descrito zero. Calcular o teor, em percentagem, de derivados
em Determinação de óleos voláteis em drogas vegetais hidroxicinâmicos totais, expresso em ácido rosmarínico,
(5.4.2.6). Após a destilação, transferir a fase orgânica considerando 400 como valor de absorvância especiÞca do
para um balão aferido de 1 mL, lavar o tubo graduado do ácido rosmarínico em 505 nm, segundo a expressão:
aparelho com um pouco de xileno e completar 1 mL com
o mesmo solvente.

Solução (2): dissolver 1 Pg de citronelal e 10 Pg de citral


em 25 mL de xileno.
em que
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Em seguida, nebulizar a placa com solução DHC = derivados hidroxicinâmicos totais, expresso em
de anisaldeído e deixar em estufa entre 100 °C e 105 °C, ácido rosmarínico (%);
durante 10 a 15 minutos. O cromatograma obtido com
A = absorvância da Solução (2);
a Solução (2) apresenta, no terço inferior, uma mancha
dupla de coloração violeta-acinzentada a violeta-azulada m = massa da droga vegetal considerando a determinação
(citral) e, acima desta, uma mancha de coloração cinzenta de água.
a violeta-acinzentada (citronelal). O cromatograma obtido
com a Solução (1) apresenta manchas similares na posição Ácido rosmarínico
e coloração às manchas obtidas no cromatograma da
Solução (2) e, entre estas manchas, uma mancha violeta- Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
avermelhada (epoxicarioÞleno). Outras manchas podem de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
ser observadas. de detector ultravioleta a 332 nm; pré-coluna empacotada
com sílica octadecilsilanizada, coluna de 150 mm de
m
a 1130 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

com sílica octadecilsilanizada (4 Pm), mantida a


comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada Óleos voláteis

temperatura ambiente; ßuxo da fase móvel de 0,6 mL/ Proceder conforme descrito em Determinação de óleos
minuto. voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão
de 1000 mL contendo 500 mL de água como líquido de
Eluente A: água e ácido trißuoracético (100:0,1). destilação. Adicionar 0,5 de xilol pela abertura lateral k.
Utilizar planta seca rasurada e não contundida. Proceder
Eluente B: acetonitrila e ácido trißuoracético (100:0,1). imediatamente à determinação do óleo volátil, a partir de
20 g da droga rasurada. Destilar por 4 horas.
Gradiente da Fase móvel: adotar sistema de gradiente
descrito na tabela a seguir:
PERFIL CROMATOGRÁFICO
Tempo Eluente A Eluente B
Eluição Proceder conforme descrito em CromatograÞa a gás
(minutos) (%) (%)
(5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo provido de detector de
0 – 14 90 ĺ 61 10 ĺ 39 gradiente linear ionização de chamas, utilizando mistura de nitrogênio,
14 – 16 61 ĺ 50 39 ĺ 50 gradiente linear ar sintético e hidrogênio (1:1:10) como gases auxiliares à
16 – 18 50 ĺ 90 50 ĺ 10 gradiente linear chama do detector; coluna capilar de 30 m de comprimento
18 – 23 90 10 isocrática e 0,25 mm de diâmetro interno, preenchida com

Pm; temperatura da coluna de 60 qC a 300 qC, a 3 qC por


polidifenildimetilsiloxano, com espessura do Þlme de 0,25

seca e moída (800 Pm) e colocar em tubo de centrífuga


Solução amostra: pesar exatamente, cerca de 0,1 g da droga

qC e temperatura do detector a 250 qC; utilizar hélio a uma


minuto (total: 80 minutos), temperatura do injetor a 220
fechado. Adicionar 5 mL de etanol 40% (v/v) e levar ao
banho de ultrassom durante 10 minutos. Centrifugar por 5 pressão de 80 kpa como gás de arraste; ßuxo do gás de
minutos a 1500 rpm. Separar o sobrenadante transferindo-o arraste de 1 mL/minuto.
para balão volumétrico de 10 mL. Extrair novamente o
resíduo da droga com 4 mL de etanol 40% (v/v) em banho Solução amostra: diluir o óleo volátil na razão de 2:100
de ultrassom durante 5 minutos. Centrifugar e transferir o em éter etílico.

o volume para 10 mL com etanol 40% (v/v). Diluir 50 PL Procedimento: injetar 1 PL desta solução no cromatógrafo
sobrenadante para o mesmo balão volumétrico e completar

da solução resultante em 0,3 mL de água. a gás, utilizando divisão de ßuxo de 1:50. Os índices de
retenção linear dos constituintes do óleo são calculados
Solução padrão estoque: dissolver 10 mg de ácido em relação a uma série homóloga de hidrocarbonetos e
rosmarínico em 10 mL de metanol. comparados com amostras referência. A concentração
relativa é obtida por normalização (integração manual ou

200 PL da Solução padrão estoque, à metade, de modo a


Soluçãoes para curva analítica: diluir uma alíquota de eletrônica).

obter solução a 0,25 mg/mL. Realizar diluições sucessivas Calcular o Índice de Retenção Relativo, segundo a

concentrações de 7,80 Pg/mL, 15,60 Pg/mL, 31,25 Pg/mL,


da diluição anterior, em metanol, de modo a obter expressão:

62,50 Pg/mL, 125 Pg/mL e 250 Pg/mL.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL das Soluções


para curva analítica e da Solução amostra. Registrar
em que
os cromatogramas e medir as áreas dos picos. O tempo
de retenção é de aproximadamente 10,3 minutos para o n = número de átomos de carbono do alcano com tempo de
ácido rosmarínico. Calcular o teor de ácido rosmarínico retenção imediatamente anterior ao constituinte “x” a ser
na amostra a partir da equação da reta obtida com a curva caracterizado.
de calibração. O resultado é expresso pela média das
determinações em gramas de ácido rosmarínico por 100 trx = tempo de retenção do constituinte “x” (intermediário
gramas da droga (%), considerando o teor de água a trz e trz+1);

trz = tempo de retenção do alcano imediatamente anterior


ao constituinte “x”;

trz+1 = tempo de retenção do alcano com “n +1” carbonos


(imediatamente posterior ao constituinte “x”).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1131
m
a

Figura 1 – Cromatograma ilustrativo obtido com o óleo volátil de Melissa officinalis L.

As porcentagens dos principais compostos estão dentro dos seguintes intervalos:

Pico Índice de Retenção Constituinte Teor (%)


1 1234 Neral (citral b) 30,4 - 32,9
2 1265 Geranial (citral a) 49,0 - 53,3
3 1404 Beta-carioÞleno 2,6 -3,1
4 1579 Óxido de carioÞleno 3,9 - 6,4

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipiente de vidro bem fechado, ao abrigo da luz, calor
e umidade.
m
a 1132 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Melissa officinalis L.


_____________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A e B a 3 cm; em C, D, E,F, G, H, I, J, L, M e N a 100 Pm.


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1133

A – aspecto geral de um ramo: caule (c); lâmina foliar (lf); pecíolo (pl). B – detalhe da face adaxial de uma folha: lâmina foliar (lf); pecíolo (pl).
C – detalhe de uma porção da face adaxial da lâmina foliar, na região do intercostal, em vista frontal: cicatriz do tricoma tector do tipo dentiforme
m
a
(ct); estômato (es); tricoma glandular com cabeça bicelular, tipo 5 (tgb); tricoma glandular com cabeça unicelular, tipo 5 (tgu); tricoma tector do tipo
dentiforme, tipo 1 (ttd). D – detalhe de uma porção da face adaxial da lâmina foliar, sobre a nervura principal, em vista frontal: cicatriz do tricoma tector
do tipo dentiforme, tipo 1 (ct); tricoma glandular com cabeça bicelular, tipo 5 (tgb); tricoma tector do tipo dentiforme, tipo 1 (ttd). E – detalhe de uma
porção da face abaxial da lâmina foliar, na região intercostal, em vista frontal: cicatriz do tricoma tector do tipo dentiforme, tipo 1 (ct); estômato (es);
tricoma glandular com cabeça bicelular, tipo 5 (tgb); tricoma glandular com cabeça octacelular, tipo 6 (tgo); tricoma glandular com cabeça unicelular,
tipo 5 (tgu); tricoma tector do tipo dentiforme, tipo 1 (ttd). F – detalhe de uma porção da face abaxial da lâmina foliar, sobre a nervura principal, em
vista frontal: cicatriz do tricoma tector do tipo dentiforme, tipo 1 (ct); tricoma glandular com cabeça unicelular, tipo 5 (tgu); tricoma tector do tipo
dentiformde, tipo 1 (ttd). G – detalhe de um tricoma tector pluricelular unisseriado, com coroa de células basais, tipo 4, em vista lateral. H – detalhe
de um tricoma tector pluricelular unisseriado, de aspecto uncinado, tipo 2, em vista lateral. I – detalhe de um tricoma tector pluricelular unisseriado,
tipo 3, em vista lateral. J – detalhe de um tricoma tector dentiforme, unicelular, tipo 1, em vista lateral. L – detalhe de um tricoma glandular de cabeça
unicelular, tipo 5 , em vista lateral. M – detalhe de um tricoma glandular de cabeça bicelular, tipo 5, em vista lateral. N – detalhe de um tricoma
glandular, com cabeça secretora octocelular, tipo 6, em vista lateral.
m
a 1134 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 3 – Aspectos microscópicos em Melissa officinalis L.


_____________

Complemento da legenda da Figura 3. As escalas correspondem em A, B, C e E a 100 —m; em D a 400 Pm.

A – detalhe de uma porção da região do mesoÞlo, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); cutícula (cu); epiderme (ep); estômato (es);
parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp); tricoma tector do tipo dentiforme, tipo 1 (ttd); tricoma glandular com cabeça octocelular, tipo
6 (tgo). B – detalhe da região da nervura principal e de porção do mesoÞlo, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); clorênquima(cl);
colênquima (co); cutícula (cu); endoderme (end); epiderme (ep); estômato (es); ßoema (f); parênquima esponjoso (pj); parênquima (p); parênquima
paliçádico (pp); parênquima do xilema (px); tricoma tector do tipo dentiforme, tipo 1 (ttd); xilema (x). C – detalhe de uma porção do bordo foliar, em
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1135

secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); cutícula (cu); epiderme (ep); estômato (es); parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico
(pp); tricoma glandular com cabeça unicelular, tipo 5 (tgu); tricoma tector do tipo dentiforme, tipo 1 (ttd). D – representação esquemática do aspecto
m
a
geral do pecíolo, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); clorênquima (cl); colênquima (co); endoderme (end); epiderme (ep); ßoema
(f); feixe vascular (fv); parênquima fundamental (pf); parênquima do xilema (px); tricoma tector pluricelular unisseriado, tipo 3 (ttp); xilema (x). E –
detalhe de porção do pecíolo, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial(ad); clorênquima (cl); colênquima (co); cutícula (cu); endoderme
(end); epiderme (ep); estômato (es); ßoema (f); parênquima fundamental (pf); parênquima do xilema (px); tricoma glandular com cabeça bicelular, tipo
5 (tgu); tricoma tector do tipo dentiforme, tipo 1 (ttd); tricoma tector pluricelular unisseriado, tipo 3 (ttp), xilema (x).

resíduo em 5 mL de água e acidiÞcar com ácido clorídrico.


MERBROMINA Adicionar tres gotas de cloro SR, 2 mL de clorofórmio e agitar;
Merbrominum na camada clorofórmica produz-se cor castanho-amarelada.

ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. Dissolver 0,4 g da amostra em 20 mL
de água, adicionar 3 mL de ácido sulfúrico SR e Þltrar. A
coloração do Þltrado não é mais intensa que a da Solução
padrão de cor SC C (5.2.12).

Halogênios solúveis

Preparação amostra: dissolver 5 g da amostra em 80 mL de


água, adicionar 10 mL de ácido nítrico a 10 % (p/v) e diluir
para 100 mL com água. Homogeneizar e Þltrar. Transferir 40
mL do Þltrado para tubo de Nessler, adicionar 6 mL de ácido
C20H8Br2HgNa2O6; 750,65 nítrico 10% (p/v) e diluir para 50 mL com água.
merbromina; 05676
Sal de sódio do (2’7’-dibromo-3’,6’-diidroxi-3- Preparação padrão: em tubo de Nessler adicionar 0,25 mL
oxospiro[isobenzofuran-1(3H),9’-[9H]xanten]-4’-il) de ácido clorídrico 0,01 M, 6 mL de ácido nítrico 10% (p/v)
hidroximercúrio (2:1) e diluir para 50 mL com água.
[129-16-8]
Procedimento: adicionar aos tubos 1 mL de nitrato de
prata 0,1 M, misturar bem e deixar em repouso por 5
Contém, no mínimo, 22,4% e, no máximo, 26,7% de minutos ao abrigo da luz. Qualquer turvação produzida na
mercúrio (Hg = 200,59) e, no mínimo, 18,0% e, no Preparação amostra não é mais intensa que aquela obtida
máximo, 22,4% de bromo (Br = 79,90), em relação à na Preparação padrão.
substância dessecada.
Sais de mercúrio solúveis
DESCRIÇÃO Preparação amostra: transferir para tubo de ensaio 5 mL
do Þltrado obtido em Aspecto da solução e adicionar 5 mL
Características físicas. Escama ou grânulo verde-metálico
de água.
a castanho-avermelhado.
Preparação padrão: dissolver 40 mg de cloreto de mercúrio
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, porém, algumas
(II), exatamente pesados, em água e diluir para 1000 mL
vezes deixa pequena quantidade de matérias insolúveis,
com o mesmo solvente. A 20 mL dessa solução adicionar 3
praticamente insolúvel em etanol, acetona, éter etílico e
mL de ácido sulfúrico SR. Transferir para tubo de ensaio 5
em clorofórmio.
mL da solução precedente e adicionar 5 mL de água.

IDENTIFICAÇÃO Procedimento: adicionar aos tubos 1 gota de sulfeto de


sódio SR. Qualquer coloração desenvolvida na Preparação
A. A solução a 0,05% (p/v) apresenta cor vermelha e amostra não é mais intensa que aquela obtida com a
ßuorescência verde amarelada. Preparação padrão.

B. A 5 mL de solução a 0,4% (p/v) adicionar três gotas de ácido Compostos de mercúrio insolúveis. Dissolver 2,5 g da
sulfúrico SR. Produz-se precipitado laranja-avermelhado. amostra em 50 mL de água e deixar em repouso por 24
horas, ao abrigo da luz. Centrifugar e lavar o precipitado
C. Aquecer 0,1 g da amostra com pequenos cristais de com pequenas porções de água até que a última lavagem
iodo em tubo de ensaio. Cristais vermelhos são sublimados seja incolor. Transferir o precipitado para frasco com
na parte superior do tubo. Se forem produzidos cristais rolha esmerilhada, adicionar, exatamente, 5 mL de iodo
amarelos, atritar com bastão de vidro. A cor dos cristais 0,05 M SV e deixar em repouso por 1 hora, agitando
passa para vermelho. freqüentemente. Adicionar, gota a gota, 4,3 mL de
tiossulfato de sódio 0,1 M SV, com agitação. Adicionar 1
D. Pesar 0,1 g da amostra e adicionar 12 mL de solução
mL de amido SI. Desenvolve-se coloração azul.
de hidróxido de sódio a 16,67% (p/v). Evaporar até secura
com agitação e incinerar a 600 °C por 1 hora. Dissolver o
m
a 1136 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da


amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 5 horas. No MEROPENÉM
máximo 5,0%. Meropenémum

DOSEAMENTO
Mercúrio

Pesar, exatamente, cerca de 0,6 g da amostra previamente


pulverizada e dessecada, transferir para frasco com rolha e
dissolver com 50 mL de água. Acrescentar 8 mL de ácido
acético glacial, 20 mL de clorofórmio e, exatamente, 30 mL
de iodo 0,05 M SV. Tampar hermeticamente e deixar em
repouso por 1 hora agitando, frequentemente, com vigor.
Titular o excesso de iodo com tiossulfato de sódio 0,1 M C17H25N3O5S; 383,46
SV, com agitação vigorosa, utilizando 1 mL de amido SI. C17H25N3O5S.3H2O; 437,51
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias. meropeném; 05688
Cada mL de iodo 0,05 M SV equivale a 10,030 mg de Hg. meropeném tri-hidratado; 09494
Ácido (4R,5S,6S)-3-[[(3S,5S)-5-[(dimetilamino)carbonil]-
Bromo
3-pirrolidinil]tio]-6-[(1R)-1-hidroxietil]-4-metil-7-oxo-1-
Pesar, exatamente em cadinho de porcelana, cerca de azabiciclo[3.2.0]hept-2-eno-2-carboxílico
0,5 g de amostra previamente pulverizada e dessecada, [96036-03-2]
acrescentar 2 g de nitrato de potássio, 3 g de carbonato Ácido (4R,5S,6S)-3-[[(3S,5S)-5-[(dimetilamino)carbonil]-
de potássio anidro, 3 g de carbonato de sódio anidro e 3-pirrolidinil]tio]-6-[(1R)-1-hidroxietil]-4-metil-7-oxo-1-
homogeneizar. Cobrir a superfície da mistura com 3 g de azabiciclo[3.2.0]hept-2-eno-2-carboxílico hidratado (1:3)
partes iguais de carbonato de potássio anidro e carbonato [119478-56-7]
de sódio anidro e calcinar entre 400 ºC e 500 ºC por 1 hora.
Resfriar, dissolver e transferir quantitativamente a mistura Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
calcinada para erlenmeyer, com o auxílio de 80 mL de C17H25N3O5S, em relação à substância anidra.
água quente, e acidiÞcar com ácido nítrico. Adicionar 25
mL de nitrato de prata 0,1 M SV e agitar. Titular o excesso
DESCRIÇÃO
de nitrato de prata com tiocianato de amônio 0,1 M SV
utilizando 2 mL de sulfato férrico amoniacal SR como Características físicas. Pó cristalino branco ou amarelo
indicador. Realizar ensaio em branco e fazer as correções pálido.
necessárias. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M SV equivale
a 7,990 mg de Br. Solubilidade. Pouco solúvel em água, solúvel em
dimetilformamida, muito pouco solúvel em etanol,
praticamente insolúvel em acetona e éter etílico. Solúvel
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO em fosfato de potássio monobásico a 5% (p/v).
Em recipientes bem fechados e opacos. Constantes físico-químicas.

ROTULAGEM Faixa de fusão (5.2.2): 230 °C a 240 °C, com decomposição.

Observar a legislação vigente. Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -17° a -21°. Determinar
em solução aquosa a 0,5% (p/v), a 20 °C.

CATEGORIA
IDENTIFICAÇÃO
Conservante.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de meropeném SQR, preparado de
maneira idêntica.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa


de 200 a 400 nm, de solução a 0,003% (p/v) em água, exibe
máximos e mínimos somente nos mesmos comprimentos
de onda de solução similar de meropeném SQR.
ENSAIOS DE PUREZA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

0,1% de qualquer outra impureza individual, em relação


1137
m
a
à substância anidra. Calculado em base anidra, a soma de
pH (5.2.19). 4,0 a 6,0. Determinar em solução aquosa a todas as outras impurezas, com exceção das impurezas
1% (p/v). principais, não deve ser maior do que 0,3%.
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Água (5.2.20.1). 11,4% a 13,4%.
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).

Incinerar a (500 r 50) °C. No máximo 0,1%.


Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
220 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de

ligada a grupo octadecilsilano (5 Pm), mantida a


diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
temperatura de 40 °C; ßuxo da Fase móvel de 1,6 mL/
minuto. Se necessário, ajustar o ßuxo da Fase móvel para Quando for indicado no rótulo que a substância é
que o tempo de retenção do meropeném seja de 5 a 7 estéril, a amostra cumpre com os testes de Esterilidade
minutos. e Endotoxinas bacterianas. Quando for indicado que a
substância deve ser esterilizada durante a produção de
Fase móvel: mistura de Diluente e acetonitrila (1000:70).
preparações estéreis, a amostra cumpre com o teste de
Endotoxinas bacterianas.
ajustar o pH em 5,0 r 0,1 com ácido fosfórico a 10% (v/v)
Diluente: adicionar 1 mL de trietilamina a 900 mL de água,
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Utilizar o Método
e diluir para 1000 mL com água.
de Þltração em membrana.
Solução (1): dissolver quantidade, exatamente pesada, da
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,125
amostra no Diluente e diluir quantitativamente de modo
UE/mg de meropeném.
a obter solução a 5 mg/mL. Injetar imediatamente após o
preparo.
DOSEAMENTO
Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, de

modo a obter solução a 25 Pg/mL. Injetar imediatamente


meropeném SQR no Diluente e diluir quantitativamente de Empregar um dos métodos descritos a seguir.

após o preparo ou conservar sob refrigeração por não mais A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
que 24 horas. de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 298 nm; coluna de 250 mm de
A eÞciência da coluna não é menor que 2500 pratos comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada
teóricos. O fator de cauda não é superior a 1,5. O desvio com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados ȝm a 10 ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da
não é maior que 2,0%. Fase móvel de 1,0 mL/minuto.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL da Solução


monobásico 0,03 M. Ajustar o pH em 3,0 r 0,1 com ácido
Tampão pH 3,0: preparar solução de fosfato de potássio
(1) e da Solução (2) e registrar os cromatogramas por, no
mínimo, três vezes o tempo de retenção do pico referente fosfórico.
ao meropeném. As principais impurezas são observadas
nos tempos de retenção de 0,45 e 1,9 relativos ao pico de Fase Móvel: mistura de Tampão pH 3,0 e acetonitrila
meropeném. Calcular a porcentagem de cada impureza (90:10).
presente na amostra a partir da seguinte equação: Nota: injetar as soluções, descritas a seguir, imediatamente
após o preparo ou manter sob refrigeração por, no máximo,
24 horas.

Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente pesada,


em que da amostra em água e diluir de modo a obter solução de
meropeném (C17H25N3O5S) a 0,2 mg/mL. Transferir 5 mL

com água, obtendo solução a 40 Pg/mL.


Cp = concentração, em mg/mL, de meropeném SQR na para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
solução padrão;
Ca = concentração, em mg/mL, de meropeném na solução
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente
amostra;
pesada, de meropeném SQR em água e diluir de modo
P = potência declarada, em base anidra, de meropeném a obter solução de meropeném (C17H25N3O5S) a 0,2 mg/
na substância química de referência;
completar o volume com água, obtendo solução a 40 Pg/
mL. Transferir 5 mL para balão volumétrico de 25 mL e
Ai = área sob o pico correspondente a qualquer impureza
individual obtida na solução amostra; mL.
Ap = área sob o pico correspondente ao meropeném obtido
A eÞciência da coluna não é menor que 4000 pratos teóricos
na solução padrão.
para o pico de meropeném. O fator de cauda não é superior
No máximo 0,3% de qualquer uma das duas principais a 2,0. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos
impurezas, em relação à substância anidra. No máximo picos registrados não é maior que 2,0%.
m
a 1138 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL de Solução IDENTIFICAÇÃO


padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C17H25N3O5S A. Pesar, individualmente, três unidades, remover o
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução conteúdo, lavar os respectivos frascos, secá-los e pesá-los
padrão e a Solução amostra. novamente. Homogeneizar o conteúdo dos frascos. Agitar
quantidade de pó com água e diluir, quantitativamente,
B. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico com o mesmo solvente até concentração de 0,002% (p/v).
de antibióticos (5.5.3.3) pelo método de difusão em ágar, Filtrar, se necessário. O espectro de absorção no ultravioleta
utilizando cilindros. (5.2.14) da solução amostra, na faixa de 200 nm a 400
nm, exibe máximo em 298 nm, idêntico ao observado no
Micro-organismo: Micrococcus luteus ATCC 9341. espectro de solução similar de meropeném SQR.
Meios de cultura: meio de cultura número 1, para B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
manutenção do micro-organismo; solução salina estéril, da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
para a padronização do inóculo; meio de cultura número àquele do pico principal da Solução padrão.
11, para a camada base e preparação do inóculo.

Solução amostra: pesar quantidade da amostra equivalente CARACTERÍSTICAS


a 30 mg de meropeném, transferir para balão volumétrico

sucessivamente, até as concentrações de 1,5 Pg/mL, 3,0


de 100 mL e completar com água estéril. Diluir, pH (5.2.19). 7,3 a 8,3. Determinar em solução aquosa a

Pg/mL e 6,0 Pg/mL, utilizando água estéril como diluente.


5% (p/v).

Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.


Solução padrão: pesar quantidade de meropeném SQR
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
equivalente a 30 mg de meropeném, transferir para balão

Diluir, sucessivamente, até as concentrações de 1,5 Pg/


volumétrico de 100 mL e completar com água estéril.

mL, 3,0 Pg/mL e 6,0 Pg/mL, utilizando água estéril como


ENSAIOS DE PUREZA

diluente. Substâncias Relacionadas. Proceder conforme descrito


em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
11 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de 220 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de

ligada a grupo octadecilsilano (5 Pm), mantida a 40 °C;


inóculo a 0,5% e proceder conforme descrito em Ensaio diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos

Calcular a potência da amostra, em Pg de meropeném por


cilindros 0,2 mL das soluções recentemente preparadas. ßuxo da Fase móvel de 1,6 mL/minuto. Se necessário,
ajustar o ßuxo da Fase móvel para que o tempo de retenção
miligrama, a partir da potência do padrão e das respostas de meropeném seja de 5 a 7 minutos.
obtidas com a Solução padrão e com a Solução amostra.

ajustar o pH em 5,0 r 0,1 com ácido fosfórico a 10% (v/v)


Diluente: adicionar 1 mL de trietilamina a 900 mL de água,

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO e diluir para 1000 mL com água.


Em recipientes bem fechados, protegidos da luz, em Fase móvel: mistura de Diluente e acetonitrila (1000:70).
temperatura ambiente.
Solução amostra: pesar, individualmente, três unidades,
remover o conteúdo, lavar os respectivos frascos, secá-
ROTULAGEM
los e pesá-los novamente. Homogeneizar o conteúdo dos
Observar a legislação vigente. frascos. Agitar quantidade, exatamente pesada, de pó com
Diluente e diluir quantitativamente com o mesmo solvente
de modo a obter solução a 5 mg/mL. Injetar imediatamente
CLASSE TERAPÊUTICA após o preparo.
Antibiótico. Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,

com o mesmo solvente de modo a obter solução a 29 Pg/


de meropeném SQR em Diluente e diluir quantitativamente

MEROPENÉM TRIIDRATADO PÓ PARA mL. Injetar imediatamente após o preparo ou conservar


SOLUÇÃO INJETÁVEL sob refrigeração por não mais que 24 horas.

Injetar replicatas de 10 PL da Solução padrão. A eÞciência


da coluna não é menor que 2500 pratos teóricos. O fator
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da de cauda não é superior a 1,5. O desvio padrão relativo
quantidade declarada de meropeném (C17H25N3O5S). das áreas de replicatas dos picos registrados não é maior
Meropeném pó para solução injetável é uma mistura seca que 2,0%.
estéril de meropeném tri-hidratado e carbonato de sódio.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL da Solução
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ajuste do zero. Calcular a quantidade de sódio, em mg,


1139
m
a
padrão e da Solução amostra e registrar os cromatogramas no pó para solução injetável de meropeném, a partir das
por, no mínimo, três vezes o tempo de retenção do pico leituras obtidas. Contém entre 80% e 120% da quantidade
referente ao meropeném. As principais impurezas são declarada de sódio.
observadas nos tempos de retenção de 0,45 e 1,9 relativos
ao pico de meropeném. Calcular a porcentagem de cada Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
impureza presente na amostra segundo a expressão: amostra. Dessecar em estufa a 65 °C, sob pressão reduzida,
por 6 horas. Entre 9,0% e 12,0%.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

em que Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Utilizar o Método


de Þltração em membrana.
C = concentração, em mg/mL, de meropeném SQR na
Solução padrão; Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,125
UE/mg de meropeném.
P = potência declarada, em base anidra, de meropeném
SQR;
DOSEAMENTO
m = quantidade de meropeném, em mg, na massa de pó
pesada para o preparo da Solução amostra; Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Ai = área do pico correspondente a qualquer impureza de detector ultravioleta a 298 nm; coluna de 250 mm de
individual obtida na Solução amostra; comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
Ap = área do pico correspondente ao meropeném obtido ȝm a 10 ȝm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da
na Solução padrão. Fase móvel de 1 mL/minuto.
No máximo 0,8% de impureza com tempo de retenção
monobásico 0,03 M. Ajustar o pH em 3,0 r 0,1 com ácido
Tampão pH 3,0: preparar solução de fosfato de potássio
relativo de 0,45 em relação ao pico de meropeném. No
máximo 0,6% de impureza com tempo de retenção de 1,9 fosfórico.
em relação ao pico de meropeném.
Fase móvel: mistura de Tampão pH 3,0 e acetonitrila
Sódio. Proceder conforme descrito em Espectrometria (90:10).
de absorção atômica com chama (5.2.13.1.1). Utilizar
espectrômetro provido de chama alimentada com mistura Nota: injetar as soluções, descritas a seguir, imediatamente
de ar e acetileno, lâmpada de cátodo oco de sódio e com após o preparo ou manter sob refrigeração por, no máximo,
fonte emissora de luz a 589,6 nm. 24 horas.

Solução de cloreto de potássio: dissolver 38,1 g de cloreto Solução amostra: pesar, individualmente, 20 unidades,
de potássio em água e diluir para 1000 mL com o mesmo remover o conteúdo, lavar os respectivos frascos, secá-
solvente. los e pesá-los novamente. Homogeneizar o conteúdo
dos frascos. Dissolver quantidade, exatamente pesada,
Solução amostra: pesar, individualmente, três unidades, de pó em água de modo a obter solução de meropeném
remover o conteúdo, lavar os respectivos frascos, secá- (C17H25N3O5S) a 0,2 mg/mL. Transferir 5 mL para balão
los e pesá-los novamente. Homogeneizar o conteúdo dos
obtendo solução a 40 Pg/mL.
volumétrico de 25 mL e completar o volume com água,
frascos. Transferir quantidade de pó equivalente a 25
mg de meropeném para balão volumétrico de 200 mL e
completar o volume com água. Transferir 5 mL para balão Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
volumétrico de 50 mL, adicionar 5 mL de Solução de de meropeném SQR em água de modo a obter solução de
cloreto de potássio e completar o volume com água. meropeném (C17H25N3O5S) a 0,2 mg/mL. Transferir 5 mL

com água, obtendo solução a 40 Pg/mL.


para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
Solução padrão de sódio: dissolver em água 28,67 mg de

Injetar replicatas de 20 PL da Solução padrão. A eÞciência


cloreto de sódio, previamente dessecado a 105 °C por 2

Pg/mL. Transferir 5 mL para balão volumétrico de 50


horas, de modo a obter solução de cloreto de sódio a 28,67
da coluna não é menor que 4000 pratos teóricos para o pico
mL, adicionar 5 mL de Solução de cloreto de potássio e de meropeném. O fator de cauda não é superior a 2,0. O
completar o volume com água. desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
registrados não é maior que 2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


Branco: transferir 5 mL de Solução de cloreto de potássio
para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
com água. padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e mediar as áreas dos picos. Calcular a quantidade de
Procedimento: medir as absorvâncias da Solução padrão C17H25N3O5S no produto a partir das respostas obtidas com
de sódio e da Solução amostra, utilizando Branco para a Solução padrão e a Solução amostra.
m
a 1140 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Ferro (5.3.2.4). Dissolver 0,5 g da amostra em 14 mL


de ácido clorídrico diluído (2 em 7), e evaporar à secura
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz, em em banho-maria. Dissolver o resíduo em 7 mL de ácido
temperatura ambiente. clorídrico diluído (2 em 7), e novamente evaporar à secura.
Dissolver o resíduo em uma mistura de 2 mL de ácido
ROTULAGEM clorídrico e 20 mL de água, adicionar tres gotas de água
de bromo SR. Aquecer à ebulição para expelir o bromo.
Observar a legislação vigente. Resfriar. Diluir com água a 40 mL. No máximo 0,002%
(20 ppm).

METABISSULFITO DE SÓDIO DOSEAMENTO


Natrii metabisulfis
Dissolver 0,2 g da amostra em 50 mL de iodo 0,05 M
SV. Deixar em repouso ao abrigo da luz por 5 minutos.
Na2S2O5; 190,11 Adicionar 1 mL de ácido clorídrico e titular o iodo em
SO2; 64,06 excesso com tiossulfato de sódio 0,1 M SV usando como
metabissulÞto de sódio; 05711 indicador 3 mL de solução de amido iodetado SI, que deve
Sal de sódio do ácido dissulfuroso (2:1) ser adicionado próximo ao Þnal da titulação. Cada mL de
[7681-57-4] iodo 0,05 M SV equivale a 3,203 mg de SO2.

O metabissulÞto de sódio contém uma quantidade de


Na2S2O5 equivalente, no mínimo a 65,0%, e no máximo a
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO.
67,4% de SO2. Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

DESCRIÇÃO ROTULAGEM
Características físicas. Cristais brancos, quase brancos ou Observar a legislação vigente.
transparentes, sem cheiro, ou com leve odor de enxofre. É
eßorescente.
CATEGORIA
Solubilidade. Pouco solúvel em água e levemente solúvel
em etanol. Antioxidante.

IDENTIFICAÇÃO METAFOSFATO DE POTÁSSIO


A solução a 5% (p/v) responde às reações do íon sódio e do Kalli metaphosphas
íon sulÞto (5.3.1.1).
(KPO3)x
ENSAIOS DE PUREZA metafosfato de potássio; 05721
Sal de potássio do ácido metafosfórico (1:1)
pH (5.2.19). 3,5 a 5,0. Determinar em solução a 5% (p/v) [7790-53-6]
em água isenta de dióxido de carbono.

Tiossulfatos. Misturar 2,2 g da amostra com 10 mL de Metafosfato de potássio é um polímero de cadeia linear
ácido clorídrico M. Aquecer levemente por 5 minutos, com alto grau de polimerização. Contém o equivalente a,
resfriar , e transferir para um pequeno tubo de ensaio. Se no mínimo, 59,0% e, no máximo, 61,0% de P2O5.
houver turbidez, esta não é maior que a produzida por
0,1 mL de tiossulfato de sódio 0,1 M tratado nas mesmas DESCRIÇÃO
condições (0,05%).
Características físicas. Pó branco, inodoro.
Arsênio (5.3.2.5). Misturar 0,2 g da amostra com 2 mL
de água em uma béquer. Adicionar, gota a gota, 1,5 mL de Solubilidade. Insolúvel em água. Solúvel em soluções
ácido nítrico. Evaporar à secura em banho-maria. Aquecer aquosas diluídas de sais de metais alcalinos (exceto
sobre a chama até não haver mais produção de vapores. potássio).
Transferir o resíduo e completar para 25 mL. Prosseguir
conforme descrito em Método I. No máximo 0,0005% (5 Constantes físico-químicas.
ppm). Viscosidade (5.2.7): misturar 0,3 g da amostra com 200
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 1 g da amostra em 10 mL de pirofosfato de sódio a 0,35% (p/v), usando agitador
mL de água, adicionar 5 mL de ácido clorídrico e evaporar magnético. Determinar a viscosidade da solução límpida
à secura em banho-maria. Dissolver o resíduo em 25 mL de
água. No máximo 0,002%.(20 ppm).
obtida ou da fase líquida da mistura obtida após 30 minutos
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Chumbo (5.3.2.12). Dissolver 1 g da amostra em 10 mL


1141
m
a
de agitação contínua. Entre 6,5 cP e 15 cP. de ácido clorídrico 3 M. e prosseguir conforme descrito em
Ensaio limite para chumbo. No máximo 0,0005% (5 ppm).
IDENTIFICAÇÃO Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Adicionar
10 mL de ácido clorídrico 3 M a 1 g da amostra e aquecer
A. Adicionar 1 g da amostra Þnamente pulverizada,
até que não se dissolva mais. Adicionar 15 mL de água,
lentamente e com agitação vigorosa, a 100 mL de cloreto
homogeneizar e Þltrar. No máximo 0,002% (20 ppm).
de sódio a 2% (p/v). Forma-se massa gelatinosa.

B. Aquecer à ebulição, por 30 minutos, mistura de 0,5 g DOSEAMENTO


da amostra, 10 mL de ácido nítrico e 50 mL de água, e
resfriar. A solução resultante responde às reações do íon Misturar 0,2 g da amostra com 15 mL de ácido nítrico e
fosfato (5.3.1.1) e às reações do íon potássio (5.3.1.1). 30 mL de água, ferver por 30 minutos, resfriar e diluir
com água a aproximadamente 100 mL. Aquecer a 60 ºC,
adicionar excesso de molibdato de amônio SR1 e aquecer a
ENSAIOS DE PUREZA
50 ºC por 30 minutos. Filtrar e lavar o precipitado, primeiro
Limite de fluoretos. Transferir 5 g da amostra, 25 mL de com ácido nítrico 0,5 M e em seguida com nitrato de
água, 50 mL de ácido perclórico, cinco gotas de nitrato de potássio a 1% (p/v) até que no Þltrado não seja detectado
prata a 50% (p/v) e algumas pérolas de vidro para frasco de resíduo ácido (utilizar papel tornassol). Adicionar 25 mL
destilação de 250 mL conectado a condensador contendo de água ao precipitado, dissolver com 50 mL de hidróxido
termômetro e tubo capilar, ambos em contato com o de sódio M SV, adicionar fenolftaleína SI e titular o excesso
líquido. Conectar funil de adição pequeno, preenchido de hidróxido de sódio M SV com ácido sulfúrico 0,5 M SV.
com água, ou gerador de vapor ao tubo capilar. Adaptar o Cada mL de hidróxido de sódio M SV equivale a 3,086 mg
frasco a sistema de destilação com 1/3 do fundo do frasco de P2O5.
na chama. Destilar para frasco volumétrico de 250 mL até
a temperatura atingir 135 ºC. Adicionar água através do EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
funil de adição ou introduzir vapor através de um capilar
para manter a temperatura entre 135 ºC e 140 ºC. Continuar Em recipientes bem fechados.
a destilação até recolher de 225 mL a 240 mL, e então
completar o volume com água e homogeneizar. Transferir
ROTULAGEM
50 mL desta solução para tubo de Nessler e, para o tubo de
Nessler padrão, transferir 50 mL de água. Adicionar a cada Observar a legislação vigente.
um dos tubos 0,1 mL de solução Þltrada de alizarina SI e
1 mL de solução recentemente preparada de cloridrato de
hidroxilamina a 0,025% (p/v) e homogeneizar. Adicionar, CATEGORIA
gota a gota, e sob agitação, hidróxido de sódio 0,05 M
Agente tamponante.
para o tubo contendo a amostra até que a cor corresponda
à do tubo padrão (levemente rósea). A seguir, adicionar a
cada tubo 1 mL de ácido clorídrico 0,1 M e homogeneizar.
Utilizando bureta com graduação de 0,05 mL, adicionar,
METILBROMETO DE HOMATROPINA
vagarosamente, ao tubo contendo a amostra, quantidade Homatropini methylbromidum
suÞciente de nitrato de tório a 0,025% (p/v), de maneira
que, após a homogeneização, a cor do líquido é alterada
para rosa. Registrar o volume de solução adicionada,
adicionar o mesmo volume, exatamente medido, para
o tubo padrão e homogeneizar. A seguir, com auxilio da
bureta, adicionar ßuoreto de sódio SR (10 —g de F/mL), para
tornar similar a coloração dos dois tubos, após a diluição
para um mesmo volume. Homogeneizar e permitir que as
bolhas de ar escapem antes de proceder à comparação Þnal
de cor. VeriÞcar o ponto Þnal, adicionando uma ou duas
gotas de ßuoreto de sódio SR para o tubo padrão. Uma
coloração distinta é observada. O volume de ßuoreto de C17H24BrNO3; 370,28
sódio requerido para a solução de referência não deverá metilbrometo de homatropina; 04747
exceder 1 mL (0,001%). Brometo de (3-endo)-3-[(2-hidroxi-2-fenilacetil)oxi]-8,8-
dimetil-8-azoniabiciclo[3.2.1]octano (1:1)
Arsênio (5.3.2.5). Dissolver 1 g da amostra em 15 mL [80-49-9]
de ácido clorídrico 3 M e prosseguir conforme descrito
em Método espectrofotométrico, Método I. No máximo
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 100,5% de
0,0003% (3 ppm).
C17H24BrNO3, em relação à substância dessecada.
m
a 1142 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DESCRIÇÃO de potássio diluído SR e, em seguida, com peróxido de


hidrogênio 3% (p/v) SR. Qualquer mancha secundária
Características físicas. Pó cristalino, branco ou cristais obtida no cromatograma com a Solução (1), diferente da
incolores. Ponto de fusão (5.2.2): em torno de 190 ºC. mancha principal, não é mais intensa que aquela obtida
com a Solução (2) (0,5%).
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em
etanol, praticamente insolúvel em éter etílico. Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme
descrito em CromatograÞa gasosa (5.2.17.5). Utilizar
IDENTIFICAÇÃO cromatógrafo a gás provido de detector de ionização de
chamas; coluna cromatográÞca de sílica fundida (30 m
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da de comprimento e 0,53 mm de diâmetro interno), coberta
amostra, previamente dessecada, e dispersa em brometo com sílica quimicamente ligada a fenilmetilpolisiloxano
de potássio, apresenta máximos de absorção somente (5:95) (5 —m); pré-coluna de 5 m de comprimento e
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas 0,53 mm de diâmetro interno com sílica desativada com
intensidades relativas daqueles observados no espectro de fenilmetilsiloxano. Programar a temperatura da coluna
metilbrometo de homatropina SQR, preparado de maneira de acordo com os seguintes parâmetros: deixar a 35 ºC
idêntica. Caso sejam observadas diferenças nos espectros, por 5 minutos e aumentar para 175 ºC na razão de 8 ºC
dissolver a amostra e o padrão, separadamente, em metanol por minuto; aumentar até 260 °C na razão de 35 °C por
e recristalizar pela adição de dioxana a cada solução. minuto e manter por pelo menos 16 minutos. Manter as
temperaturas do injetor e do detector a 70 °C e a 260 °C,
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na respectivamente. Utilizar hélio como gás de arraste a
faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra a 0,1% velocidade linear de cerca de 35 cm/segundo.
(p/v) em etanol, exibe máximo em 258 nm, idêntico ao
observado no espectro de solução similar de metilbrometo Solução amostra: dissolver, em água livre de material
de homatropina SQR. orgânico, quantidade da amostra, exatamente pesada, de
modo a obter solução a 20 mg/mL.
C. Dissolver 0,1 g da amostra em 5 mL de água e adicionar
iodeto de potássio mercúrico SR. Produz-se precipitado Solução padrão: preparar solução, em água livre de
branco ou levemente amarelado. Não se produz precipitado material orgânico, contendo 0,04 —g/mL de benzeno, 12,0
pela adição de soluções de hidróxidos alcalinos ou —g/mL de cloreto de metileno, 1,2 —g/mL de clorofórmio,
carbonatos, mesmo em soluções concentradas da amostra 7,6 —g/mL de dioxana e 1,6 —g/mL de tricloroetileno.
(distinção da maioria dos alcaloides).
Injetar replicatas de 1 —L da Solução de referência. A
D. Dissolver 0,1 g da amostra em 5 mL de água e adicionar resolução entre quaisquer dos componentes não é menor
reineckato de amônio SR. Produz-se precipitado vermelho. que 1,0. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas
dos picos registrados não é maior que 15,0%.
E. A solução aquosa da amostra a 5% (p/v) responde às
reações do íon brometo (5.3.1.1). Procedimento: injetar, separadamente, 1 —L da Solução
padrão e da Solução amostra. Registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. As áreas sob os picos relativas
ENSAIOS DE PUREZA ao benzeno, cloreto de metileno, clorofórmio, dioxana e
Aspecto da solução. A solução da amostra a 5% (p/v) em tricloroetileno obtidos com a Solução amostra não devem
água isenta de dióxido de carbono é límpida (5.2.25) e ser superiores as áreas sob os picos relativos ao benzeno,
incolor (5.2.12). cloreto de metileno, clorofórmio, dioxana e tricloroetileno
obtidos com a Solução padrão, correspondendo a, no
pH (5.2.19). 4,5 a 6,5. Determinar em solução a 1% (p/v) máximo, 2 ppm, 600 ppm, 60 ppm, 380 ppm e 80 ppm,
em água isenta de dióxido de carbono. respectivamente.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em estufa a 105
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando ºC, por 3 horas. No máximo 0,5%.
sílica-gel G, como suporte, e mistura de ácido fórmico
anidro, água e acetato de etila (16,5:16,5:67), como fase Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 —L de cada uma No máximo 0,2%.
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
DOSEAMENTO
Solução (1): dissolver 0,2 g da amostra em mistura de água
e metanol (1:9) e diluir para 5 mL com o mesmo solvente. Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Solução (2): diluir 0,5 mL da Solução (1) para 100 mL com A. Dissolver 0,3 g da amostra em 10 mL de água. Titular
mistura de água e metanol (1:9). com nitrato de prata 0,1 M SV. Determinar o ponto Þnal
potenciometricamente, usando eletrodo indicador de prata
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar em
e eletrodo de referência de prata/cloreto de prata. Cada
estufa a 100-105 ºC até que o odor de solvente não seja
mL de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 37,028 mg de
perceptível. Deixar esfriar. Nebulizar com iodobismutato
C17H24BrNO3.
B. Proceder conforme descrito em Titulações em meio IDENTIFICAÇÃO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1143
m
a
não aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,7 g da
amostra e dissolver em mistura de 50 mL de ácido acético A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
glacial e 10 mL de acetato de mercúrio SR. Adicionar 1 amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
gota de cloreto de metilrosanilínio SI e titular com ácido máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
perclórico 0,1 M SV até mudança de cor de azul para verde de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
azulado. Realizar ensaio em branco e fazer as correções observados no espectro de metildopa SQR, preparado de
necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV maneira idêntica.
equivale a 37,028 mg de C17H24BrNO3.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,004% (p/v) em ácido
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO clorídrico 0,1 M, exibe máximo em 280 nm, calculado em
relação à base anidra. A absorvância não difere mais do que
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. 3% em relação à da metildopa SQR, preparada de maneira
idêntica.
ROTULAGEM C. Adicionar a 10 mg da amostra tres gotas de ninidrina
Observar a legislação vigente. a 0,4% (p/v) em ácido sulfúrico. Após 10 a 15 minutos,
desenvolve-se coloração violeta escura. Adicionar tres
gotas de água. A coloração muda para castanho-amarelada
CLASSE TERAPÊUTICA pálida.
Anticolinérgico.
ENSAIOS DE PUREZA

METILDOPA Acidez. Dissolver 1 g da amostra, sob aquecimento, em


água isenta de dióxido de carbono. Adicionar uma gota
Methyldopum
de vermelho de metila SI e titular com hidróxido de sódio
0,1 M até o desenvolvimento de coloração amarela. No
máximo 0,5 mL de titulante são gastos para viragem do
indicador.

Limite de 3-O-metilmetildopa. Proceder conforme


descrito em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
C10H13NO4; 211,21 utilizando celulose cromatográÞca, com espessura de 0,25
C10H13NO4.1½H2O; 238,24 mm, como suporte, e mistura de 1-butanol, ácido acético
metildopa; 05799 glacial e água (65:15:25), como fase móvel. Aplicar,
metildopa sesqui-hidratada; 09496 separadamente, à placa, 20 ȝL da Solução (1) e 10 ȝL da
3-Hidroxi-Į-metil-L-tirosina Solução (2), recentemente preparadas, descritas a seguir.
[555-30-6]
Solução (1): dissolver 0,1 g da amostra em metanol e diluir
3-Hidroxi-Į-metil-L-tirosina hidratada (2:3)
para 10 mL com o mesmo solvente, obtendo solução a 10
[41372-08-1]
mg/mL.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de Solução (2): dissolver 5 mg de 3-O-metilmetildopa SQR
C10H13NO4, em relação à substância anidra. em metanol e diluir para 50 mL com o mesmo solvente,
obtendo solução a 0,1 mg/mL.
DESCRIÇÃO Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar
sob ar aquecido. Nebulizar com p-nitroanilina e nitrito
Características físicas. Pó cristalino branco ou branco
de sódio SR e secar sob ar aquecido. Nebulizar com
amarelado, ou cristais incolores ou quase incolores.
carbonato de sódio decaidratado a 20% (p/v). Qualquer
Solubilidade. Pouco solúvel em água, ácido acético glacial mancha correspondente à 3-O-metilmetildopa obtida no
e metanol, muito pouco solúvel em etanol, praticamente cromatograma com a Solução (1) não é mais intensa que
insolúvel em éter etílico. Solúvel em soluções diluídas de aquela obtida com a Solução (2) (0,5%).
ácidos minerais.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
Constantes físico-químicas. máximo 0,001% (10 ppm).

Poder rotatório especíÞco (5.2.8): –25º a –28º, em relação Água (5.2.20.1). Determinar em 0,2 g da amostra. Entre
à substância anidra. Determinar em solução a 4,4% (p/v) 10,0% e 13,0%.
em cloreto de alumínio SR.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
m
a 1144 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


Proceder conforme descrito em Titulações em meio não Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,2 g da
amostra e dissolver em 25 mL de ácido acético glacial, Aparelhagem: pás, 50 rpm
aquecendo se necessário. Adicionar 50 mL de acetonitrila,
Tempo: 20 minutos
0,1 mL de cloreto de metilrosanilínio SI e titular com ácido
perclórico 0,1 M SV até viragem do indicador para azul. Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias. de dissolução, Þltrar e diluir em ácido clorídrico 0,1 M
Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 21,121 até concentração adequada. Medir as absorvâncias das
mg de C10H13NO4. soluções em 280 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C10H13NO4
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a
da solução de metildopa SQR na concentração de 0,005%
Em recipientes bem fechados. (p/v), preparada no mesmo solvente.

Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade


ROTULAGEM declarada de C10H13NO4 se dissolvem em 20 minutos.
Observar a legislação vigente.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
CLASSE TERAPÊUTICA Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Anti-hipertensivo.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
METILDOPA COMPRIMIDOS
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
quantidade declarada de C10H13NO4. Os comprimidos
de absorção no visível (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
devem ser revestidos.
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente
a 0,1 g de metildopa para balão volumétrico de 100
IDENTIFICAÇÃO mL, adicionar 50 mL de ácido sulfúrico 0,05 M e agitar
mecanicamente por 15 minutos. Completar o volume
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar. Pesar,
do pó equivalente a 10 mg de metildopa. Adicionar três exatamente, cerca de 50 mg de metildopa SQR, transferir
gotas de ninidrina a 0,4% (p/v) em ácido sulfúrico. Após para balão volumétrico de 50 mL, dissolver e completar
10 a 15 minutos, desenvolve-se coloração violeta escura. o volume com ácido sulfúrico 0,05 M e homogeneizar.
Adicionar três gotas de água. A coloração muda para Transferir, separadamente, 5 mL das soluções padrão e
castanho-amarelada pálida. amostra para balões volumétricos de 100 mL. Preparar
B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade branco em paralelo utilizando 5 mL de ácido sulfúrico 0,05
do pó equivalente a 10 mg de metildopa, adicionar 2 mL de M. Adicionar, a cada balão, 5 mL de tartarato ferroso SR
ácido sulfúrico 0,05 M, 2 mL de tartarato ferroso SR e 0,25 e completar o volume com tampão acetato de amônio pH
mL de hidróxido de amônio 6 M. Desenvolve-se coloração 8,5. Medir as absorvâncias das soluções resultantes em
violeta escura. 520 nm, utilizando o branco para ajuste do zero. Calcular
a quantidade de C10H13NO4 nos comprimidos a partir das
leituras obtidas.
CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Em recipientes bem fechados.

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.


ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas


1145
m
a
METILPARABENO a seguir.
Methylis parahydroxybenzoas
Solução (1): dissolver 0,1 g da amostra em metanol e diluir
para 5 mL com o mesmo solvente.

Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com


metanol.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar sob corrente de ar quente. Examinar sob luz
ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha secundária obtida
no cromatograma com a Solução (1), diferente da principal,
C8H8O3; 152,15 não é mais intensa que aquela obtida com a Solução (2)
metilparabeno; 05809 (1%).
Éster metílico do ácido 4-hidroxibenzoico
[99-76-3] Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C8H8O3.
DOSEAMENTO
DESCRIÇÃO Pesar, exatamente, cerca de 1 g de amostra, transferir para
erlenmeyer provido de rolha esmerilhada e adicionar 20
Características físicas. Pó cristalino branco ou incolor. mL de hidróxido de sódio M SV. Adaptar condensador de
Solubilidade. Pouco solúvel em água, facilmente solúvel reßuxo e aquecer a 70 °C por 1 hora. Resfriar a temperatura
em acetona, etanol e éter etílico. ambiente. Titular o excesso de hidróxido de sódio M SV
com ácido sulfúrico 0,5 M SV. Determinar o ponto Þnal
Constantes físico-químicas. potenciometricamente, continuando a titulação até o
segundo ponto de inßexão. Realizar ensaio em branco e
Faixa de fusão (5.2.2): 125 ºC a 128 °C. fazer as correções necessárias. Cada mL de hidróxido de
sódio M SV equivale a 152,1 mg de C8H8O3.
IDENTIFICAÇÃO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta Em recipientes bem fechados.
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de metilparabeno SQR, preparado ROTULAGEM
de maneira idêntica.
Observar a legislação vigente.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 230 nm a 280 nm, de solução a 0,0005% (p/v) em CATEGORIA
etanol, exibe máximo em 258 nm. A absorvância em 258
nm é de 0,52 a 0,56. Conservante

ENSAIOS DE PUREZA
METRONIDAZOL
Aspecto da solução. Dissolver 1 g da amostra em etanol e Metronidazolum
diluir para 10 mL com o mesmo solvente. A solução obtida
é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).

Acidez. A 2 mL da solução obtida em Aspecto da solução,


adicionar 3 mL de etanol, 5 mL de água isenta de dióxido
de carbono e 0,1 mL de verde de bromocresol SI. No
máximo 0,1 mL de hidróxido de sódio 0,1 M é gasto para
promover a viragem do indicador.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em C6H9N3O3; 171,15


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando metronidazol; 05902
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de ácido fórmico 2-Metil-5-nitro-1H-imidazol-1-etanol

como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 PL de


anidro, acetato de etila e cloreto de metileno (2:10:88), [443-48-1]
m
a 1146 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
C6H9N3O3, em relação à substância dessecada. No máximo 0,1%.

DESCRIÇÃO DOSEAMENTO
Características físicas. Pó cristalino, branco ou levemente Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
amarelado. aquoso (5.3.3.5). Dissolver, exatamente, cerca de 0,3 g da
amostra, previamente dessecada, em 20 mL de anidrido
Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água e etanol, acético e aquecer lentamente se necessário. Resfriar,
pouco solúvel em éter etílico e cloreto de metileno. adicionar uma gota de verde malaquita SI e titular com ácido
perclórico 0,1 M SV, utilizando microbureta, até mudança
Constantes físico-químicas.
de cor para amarelo-esverdeado. Realizar ensaio em
Faixa de fusão (5.2.2): 159 ºC a 163 ºC. branco e fazer as correções necessárias. Alternativamente,
determinar o ponto Þnal potenciometricamente. Cada mL
de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 17,115 mg de
IDENTIFICAÇÃO C6H9N3O3.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
metronidazol SQR, preparado de maneira idêntica. ROTULAGEM
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na Observar a legislação vigente.
faixa de 230 nm a 350 nm, da solução amostra a 0,002%
(p/v) em ácido clorídrico 0,1 M, exibe máximo em 277
nm e mínimo em 240 nm. A absorvância em 277 nm é de, CLASSE TERAPÊUTICA
aproximadamente, 0,76.
Antimicrobiano.
C. Pesar cerca de 10 mg da amostra e aquecer em banho-
maria com 10 mg de zinco granulado, 1 mL de água e
0,25 mL de ácido clorídrico, durante 5 minutos. Resfriar METRONIDAZOL COMPRIMIDOS
em banho de gelo e adicionar 0,5 mL de ácido nítrico
SR. Remover o excesso de nitrito com ácido sulfâmico.
Adicionar 0,5 mL de 2-naftol SR e 2 mL de hidróxido Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
de sódio 0,5 M. Desenvolve-se coloração vermelho- quantidade declarada de C6H9N3O3. Os comprimidos
alaranjada. podem ser revestidos.

ENSAIOS DE PUREZA IDENTIFICAÇÃO

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito O teste de identiÞcação B. pode ser omitido se forem
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), realizados os testes A., C. e D. Os testes de identiÞcação
utilizando sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de C. e D. podem ser omitidos se forem realizados os testes
clorofórmio e dietilamina (90:10), como fase móvel. A. e B.
Aplicar, separadamente, à placa, 5 ȝL de cada uma das A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
soluções, descritas a seguir. do pó equivalente a 0,1 g de metronidazol com 40 mL de
Solução (1): solução da amostra a 2% (p/v) em acetona. clorofórmio por 15 minutos. Filtrar e evaporar o Þltrado
até secura. Prosseguir conforme descrito no teste A. de
Solução (2): solução da amostra a 0,01% (p/v) em acetona. IdentiÞcação da monograÞa de Metronidazol.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
a Solução (1), com exceção da mancha principal, não é
mais intensa que aquela obtida com a Solução (2) (0,5%). C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
do pó equivalente a 0,1 g de metronidazol, aquecer em
Substâncias não-básicas. 1 g da amostra se dissolve banho-maria com 10 mg de zinco em pó, 1 mL de água
completamente em 10 mL de ácido clorídrico 50% (v/v). e 0,25 mL de ácido clorídrico durante 5 minutos. Resfriar
em banho de gelo e adicionar 0,5 mL de nitrito de sódio
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da SR. Remover o excesso de nitrito com ácido sulfâmico.
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 3 horas. No Adicionar 0,5 mL de 2-naftol SR1 e 2 mL de hidróxido
máximo 0,5%.
de sódio 0,5 M. Desenvolve-se coloração vermelho-
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

com 5 mL de mistura de clorofórmio e metanol (1:1) por 5


1147
m
a
alaranjada. minutos. Filtrar.
D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade Solução (2): solução de 2-metil-5-nitroimidazol SQR a 0,2
do pó equivalente a 0,2 g de metronidazol com 4 mL de mg/mL em mistura de clorofórmio e metanol (1:1).
ácido sulfúrico 0,5 M. Filtrar. Ao Þltrado, adicionar 10 mL
de ácido pícrico SR e deixar em repouso. O ponto de fusão Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
do precipitado, após ser lavado com água e secado a 105 secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
°C, é de aproximadamente 150 °C. Qualquer mancha correspondente a 2-metil-5-nitroimidazol
obtida no cromatograma com a Solução (1), diferente da
mancha principal, não é mais intensa que aquela obtida
CARACTERÍSTICAS com a Solução (2) (0,5%).
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Contagem do número total de micro-organismos
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. Cumpre o teste.

Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir


DOSEAMENTO
cada comprimido para balão volumétrico de 250 mL.
Adicionar 100 mL de ácido clorídrico a 1% (v/v) e agitar Empregar um dos métodos descritos a seguir.
durante 30 minutos. Completar o volume com o mesmo
solvente e homogeneizar. Filtrar, descartando os primeiros A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
15 mL do Þltrado. Prosseguir conforme descrito no absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
método A. de Doseamento, a partir de “Realizar diluições comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
sucessivas...”. 0,2 g de metronidazol para balão volumétrico de 100 mL,
adicionar 70 mL de ácido clorídrico a 1% (v/v). Agitar,
mecanicamente, por 15 minutos e completar o volume com
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) o mesmo solvente. Filtrar. Realizar diluições sucessivas até
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 1000 mL concentração de 0,002% (p/v), utilizando ácido clorídrico
a 1% (v/v) como solvente. Preparar solução padrão nas
Aparelhagem: cestas, 100 rpm mesmas condições. Medir as absorvâncias das soluções
em 278 nm, utilizando ácido clorídrico a 1% (v/v) para
Tempo: 60 minutos ajuste do zero. Calcular a quantidade de C6H9N3O3 nos
comprimidos a partir das leituras obtidas.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
dissolução, Þltrar e diluir em ácido clorídrico 0,1 M até B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
concentração adequada. Medir as absorvâncias em 274 nm de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
(5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero. de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 150 mm de
Calcular a quantidade de C6H9N3O3 dissolvida no meio, comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
comparando as leituras obtidas com a da solução padrão com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (3 —m
na concentração de 0,002% (p/v), preparada no mesmo a 10 —m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase
solvente. móvel de 1,0 mL/minuto.
Tolerância: não menos que 85% (Q) da quantidade Fase móvel: mistura de água e metanol (80:20).
declarada de C6H9N3O3 se dissolvem em 60 minutos.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade do pó equivalente a 0,5 g de
ENSAIOS DE PUREZA metronidazol para balão volumétrico de 50 mL, adicionar
Limite de 2-metil-5-nitroimidazol. Proceder conforme 30 mL de metanol e agitar mecanicamente por 30 minutos.
descrito em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), Completar o volume com metanol e esperar decantar.
utilizando sílica-gel F254, como suporte, e mistura de Transferir 5 mL do sobrenadante para balão volumétrico
clorofórmio, dimetilformamida e ácido fórmico a 90% de 100 mL e completar o volume com Fase móvel.
(v/v) (80:25:5), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
Solução padrão: solução a 0,5 mg/mL de metronidazol
à placa, 20 —L de cada uma das soluções, recentemente
SQR em Fase móvel.
preparadas, descritas a seguir.
Injetar replicatas de 10 —L da Solução padrão. O fator de
Solução (1): pesar e pulverizar 20 comprimidos. Agitar
cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das
quantidade do pó equivalente a 0,2 g de metronidazol
áreas de replicas dos picos registrados não é maior que 2,0%.
m
a 1148 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 277
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero.
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de Calcular a quantidade de C6H9N3O3 na solução injetável a
C6H9N3O3 nos comprimidos a partir das respostas obtidas partir das leituras obtidas.
com a Solução padrão e a Solução amostra.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de detector ultravioleta a 320 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Pm a 10 Pm); ßuxo da Fase móvel de 2,0 mL/minuto.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3

ROTULAGEM
0,073% (p/v) e metanol (93:7). Ajustar o pH em 4,0 r 0,5
Fase móvel: mistura de fosfato de potássio monobásico a
Observar a legislação vigente.
com ácido fosfórico 0,1 M.

METRONIDAZOL SOLUÇÃO INJETÁVEL Solução amostra: transferir volume de solução injetável


equivalente a 25 mg de metronidazol para balão
volumétrico de 25 mL e completar o volume com água.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da Transferir 2 mL da solução obtida para balão volumétrico
quantidade declarada de C6H9N3O3. de 10 mL contendo 2 mL de metanol e completar o volume
com Fase móvel.
IDENTIFICAÇÃO Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 25 mg
de metronidazol SQR para balão volumétrico de 25 mL,
A. Transferir volume da solução injetável equivalente a dissolver em metanol e completar o volume com o mesmo
cerca de 0,1 g de metronidazol para funil de separação e solvente. Transferir 2 mL da solução obtida para balão
agitar com 9 g de cloreto de sódio por 5 minutos. Extrair com volumétrico de 10 mL contendo 2 mL de água e completar
20 mL de acetona. Separar a camada superior e evaporar até o volume com Fase móvel.

Injetar replicatas de 20 PL da Solução padrão. O fator de


a secura. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
do resíduo, disperso em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das áreas
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles de replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL da Solução


observados no espectro de metronidazol SQR, preparado
de maneira idêntica.
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, C6H9N3O3 na solução injetável a partir das respostas
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.

CARACTERÍSTICAS EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. Em recipientes bem fechados.
pH (5.2.19). 4,5 a 7,0.
ROTULAGEM
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Observar a legislação vigente.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.

Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 0,35 UE/ MISTURAS DE PLASMA HUMANO


mg de metronidazol. EXCEDENTE TRATADO POR
INATIVAÇÃO VIRAL
DOSEAMENTO Plasma Humanum Collectum Excederem Deinde
Conditum ad Viros Exstinguendos
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume da Preparação congelada ou lioÞlizada, estéril, apirogênica,
solução injetável equivalente a 50 mg de metronidazol obtida a partir de plasma humano excedente proveniente
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume de doadores do mesmo grupo sanguíneo ABO e Rh(Du).
com ácido clorídrico 0,1 M. Diluir, sucessivamente, A preparação é descongelada ou reconstituída antes
em ácido clorídrico 0,1 M, até concentração de 0,002% de seu uso de modo a obter uma solução injetável. O
(p/v). Preparar solução padrão nas mesmas condições. plasma humano utilizado deve satisfazer às exigências da
monograÞa Plasma Humano para Fracionamento.
As unidades de plasma destinadas à produção são
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

A solução é Þltrada através de uma membrana


1149
m
a
congeladas a uma temperatura igual ou inferior a -30 °C esterilizante, distribuída assepticamente nos recipientes
dentro das primeiras 6 horas seguintes à separação das Þnais e imediatamente congelada. Os recipientes Þnais são
frações celulares sanguíneas e no máximo, nas 24 horas compostos por material plástico, satisfazendo às exigências
que se seguem à coleta. A mistura é preparada a partir para Recipientes de plástico (6.2); ou vidro, satisfazendo
de unidades de plasma pertencentes ao mesmo grupo às exigências para os Recipientes de vidro (6.1). Pode, em
sanguíneo ABO e Rh(Du). seguida, ser lioÞlizada.

A mistura de plasma é examinada a partir de métodos IDENTIFICAÇÃO


de sensibilidade e especiÞcidade apropriados quanto a
Reconstituir ou descongelar a amostra como indicado no
presença do antígeno de superfície do vírus da hepatite
rótulo, imediatamente antes de realizar a identiÞcação,
B (HBsAg), de anticorpos contra o vírus da hepatite C e
testes e ensaios.
de anticorpos contra o HIV. Nestes ensaios, a mistura do
plasma deve fornecer resultados negativos. A. Examinar a amostra por eletroforese comparando com o
plasma humano normal. Os eletroforetogramas apresentam
A mistura de plasma também deve ser submetida à pesquisa
as mesmas bandas.
do RNA do vírus da hepatite C conforme descrito em
Técnicas de AmpliÞcação de Ácidos Nucléicos (5.5.1.10), B. Realizar ensaios de precipitação a partir de uma gama
devidamente validada. O ensaio inclui um padrão positivo apropriada de soros especíÞcos de espécies de animais
com 100 UI de RNA do vírus da hepatite C por mililitro domésticos. É aconselhável que o ensaio seja realizado
e, para identiÞcar a presença eventual de inibidores, um com soros especíÞcos de proteínas plasmáticas de cada
padrão interno preparado por adição de um marcador uma das espécies domésticas normalmente utilizadas no
apropriado à amostra da mistura de plasma. O ensaio só país para a preparação de produtos de origem biológica. A
é válido se o padrão positivo for reativo ou se o resultado amostra contém proteínas de origem humana e dá resultado
obtido com o padrão interno não indicar a presença de negativo para as proteínas especíÞcas plasmáticas de outras
inibidores. espécies.
A mistura satisfaz ao ensaio se não for reativa para o RNA C. A mistura satisfaz a Determinação do Título de
do vírus da hepatite C. Hemaglutininas anti-A e anti-B (ver Doseamento).
A mistura de plasma também deve ser submetida à CARACTERÍSTICAS
pesquisa do DNA do vírus B19 conforme descrito em
Técnicas de AmpliÞcação de Ácidos Nucléicos (5.5.1.10), Aspecto. Após o seu descongelamento, a solução apresenta-
devidamente validada. O pool deve conter no máximo 10 se como líquido límpido ou ligeiramente opalescente,
UI por microlitro. Um controle positivo 10 UI de DNA isenta de partículas sólidas e gelatinosas. A preparação
por microlitro do vírus B19, e para identiÞcar a presença lioÞlizada apresenta-se como pó branco ou amarelo claro
eventual de inibidores, um padrão interno preparado por ou sólido friável.
adição de um marcador apropriado à amostra da mistura
de plasma. O ensaio só é válido se o padrão positivo for pH (5.2.19). 6,5 a 7,6.
reativo ou se o resultado obtido com o padrão interno não Osmolalidade (5.2.28). No mínimo, 240 mosmol/kg.
indicar a presença de inibidores.
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
O método de preparação é realizado de modo a evitar a
ativação de qualquer fator de coagulação e assim, limitar Água. Determinar por um dos métodos a seguir:
o seu potencial de ação trombogênico. Compreende uma Determinação da água pelo método semimicro (5.2.20.3),
ou várias etapas para as quais se tenha demonstrado a Determinação da perda por dessecação (5.2.9) ou por
eliminação ou inativação de agentes infecciosos conhecidos. Espectrofotometria de absorção no infravermelho (5.2.14).
No caso de serem utilizadas substâncias para inativação O teor está compreendido dentro dos limites aprovados
viral durante a produção, o processo de puriÞcação pelas autoridades competentes.
subseqüente deve ser validado de modo a demonstrar que
a concentração destas substâncias encontra-se em um nível Citrato. No máximo, 25 mmol/L. Proceder conforme
apropriado e que os eventuais resíduos não comprometem descrito em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência
a inocuidade da preparação. (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector
ultravioleta a 215 nm; coluna de 300 mm de comprimento
O método típico utilizado para a inativação de vírus e 7,8 mm de diâmetro interno, empacotada com resina
envelopados é o processo solvente-detergente, que consiste trocadora de cátions (9 —m); ßuxo da Fase móvel de 0,5
no tratamento com uma mistura de fosfato de tributila e de mL/minuto.
octoxinol 10; em seguida, esses reagentes são removidos
por extração em fase oleosa ou sólida, de modo a que o Fase móvel: solução de ácido sulfúrico a 0,051% (p/v).
teor residual no produto Þnal seja inferior a 2 ȝg/mL para
Solução amostra: diluir a amostra com um volume igual de
fosfato de tributila e a 5 ȝg/mL para o octoxinol 10. Não
uma solução de cloreto de sódio a 0,9 % (p/v). Filtrar com
deve ser adicionado nenhum conservante antimicrobiano.
Þltro de porosidade 0,45 ȝm.
m
a 1150 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução padrão: dissolver 0,3 g de citrato de sódio em e os primeiros sinais de formação de Þbrina. Observar
água e diluir a 100 mL com o mesmo solvente. mediante aparelho apropriado. Determinar, em duplicata e
nas mesmas condições, os tempos de coagulação de quatro
Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução diluições entre 1/10 e 1/80 de plasma humano normal
padrão e da Solução amostra. O tempo de retenção do na tampão de imidazol pH 7,4. Uma unidade de Fator
citrato é cerca de 10 minutos. Tempo de equilíbrio da V corresponde à atividade de 1 mL de plasma humano
coluna: 15 minutos. normal. O plasma humano normal é preparado a partir
de mistura de unidades de plasma provenientes de pelo
Cálcio. Proceder conforme descrito em Espectrometria de
menos 30 doadores e é conservado a uma temperatura
absorção atômica (5.2.13.1). Determinar no comprimento
igual ou inferior a -30 °C. VeriÞcar a validade do ensaio e
de onda de 622 nm. No máximo, 5 mmol/L.
calcular a atividade da amostra através de Procedimentos
Potássio. Proceder conforme descrito em Espectrometria estatísticos aplicáveis aos ensaios biológicos (8). A
de emissão atômica (5.2.13.2). Determinar no comprimento atividade determinada não é inferior a 0,5 unidades/mL. O
de onda: 766,5 nm. No máximo, 5 mmol/L. intervalo de conÞança (P = 0,95) da atividade determinada
não ultrapassa os 80% a 120%.
Sódio. Proceder conforme descrito em Espectrometria de
emissão atômica (5.2.13.2). Determinar no comprimento Fator VIII.
de onda de 589 nm. No máximo, 200 mmol/L.
Proceder conforme descrito em Determinação do Fator
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA VIII de coagulação humana lioÞlizado (5.5.1.7) utilizando
um plasma padrão calibrado em relação ao Padrão
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Internacional do Fator VIII da coagulação sanguínea
humana. A atividade determinada não é inferior a 0,5
Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar em cada UI/mL. O intervalo de conÞança (P = 0,95) da atividade
coelho 3 mL da amostra por quilograma de massa corporal. determinada não ultrapassa 80% a 120%.
DOSEAMENTO Proteínas totais
Anticorpos contra eritrócitos irregulares. Diluir a amostra em uma solução de cloreto de sódio a 0,9
Quando examinada por exame indireto de antiglobulinas, % (p/v), de modo a obter uma solução que contenha cerca
a amostra não diluída não revela sinais de presença de de 15 mg de proteínas em 2 mL. Num tubo de centrífuga
anticorpos contra eritrócitos irregulares. de fundo redondo, introduza 2 mL desta solução. Adicionar
2 mL de uma solução de molibdato de sódio a 7,5% (p/v)
Anticorpos contra o vírus da hepatite A. e 2 mL de uma mistura de ácido sulfúrico 1 volume, isento
de nitrogênio, e 30 volumes de água. Agitar, centrifugar
No mínimo 2 UI/mL, determinado de acordo com durante 5 minutos, decantar o líquido sobrenadante e
Métodos Imunoquímico (5.6) apropriado. O padrão de deixar escoar com o tubo invertido sobre um papel de Þltro.
imunoglobulina humana da hepatite A é adequado para uso Realizar o doseamento do nitrogênio no resíduo através do
como uma preparação de referência método de digestão com ácido sulfúrico, conforme descrito
em Determinação de nitrogênio pelo método de Kjeldahl
Hemaglutininas anti-A e anti-B.
(5.3.3.2) e calcular o teor de proteínas multiplicando o
Proceder conforme descrito em Determinação de títulos de resultado por 6,25. O teor em proteínas totais não é inferior
hemaglutininas Anti-A e Anti-B (5.5.1.9). A presença das a 45 g/L.
Hemaglutininas (anti-A ou anti-B) corresponde ao grupo
ROTULAGEM
sanguíneo indicado no rótulo.
O rótulo deve indicar o grupo sanguíneo ABO e Rh(Du)
Fatores de Coagulação Ativados.
e o método utilizado para a inativação viral. Observar a
Proceder conforme descrito em Determinação de fatores legislação vigente.
da coagulação ativados (5.5.1.8). Realizar o ensaio com
0,1 mL da amostra em vez de diluições a 1/10 e 1/100. O
tempo de coagulação para o tubo que contem a amostra não MISTURAS DE PLASMA HUMANO
é inferior a 150 segundos. Cumpre o teste. TRATADO POR INATIVAÇÃO VIRAL
Plasma Humanum Collectum Deinde Conditum
Fator V.
ad Viros Exstinguendos
Com tampão de imidazol pH 7,4, preparar, de preferência
em duplicata, três diluições a 1/10 e a 1/40 da amostra. Para Preparação congelada ou lioÞlizada, estéril, apirogênica,
cada diluição proceder do seguinte modo: misturar 0,1 mL obtida a partir de plasma humano proveniente de doadores
de substrato de plasma deÞciente em Fator V, 0,1 mL da do mesmo grupo sanguíneo ABO e Rh(Du). A preparação
diluição da amostra, 0,1 mL de reagente de tromboplastina é descongelada ou reconstituída antes de seu uso de modo
e 0,1 mL de solução de cloreto de cálcio a 0,35% (p/v). a obter uma solução injetável. O plasma humano utilizado
Registrar o tempo de coagulação, ou seja, o intervalo deve satisfazer às exigências da monograÞa Plasma
entre o momento da adição da solução de cloreto de cálcio Humano para Fracionamento.
As unidades de plasma destinadas à produção são
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

A solução é Þltrada através de uma membrana


1151
m
a
congeladas a uma temperatura igual ou inferior a -30 °C esterilizante, distribuída assepticamente nos recipientes
dentro das primeiras 6 horas seguintes à separação das Þnais e imediatamente congelada. Os recipientes Þnais são
frações celulares sanguíneas e no máximo, nas 24 horas compostos por material plástico, satisfazendo às exigências
que se seguem à coleta. A mistura é preparada a partir para Recipientes de plástico (6.2); ou vidro, satisfazendo
de unidades de plasma pertencentes ao mesmo grupo às exigências para os Recipientes de vidro (6.1). Pode, em
sanguíneo ABO e Rh(Du). seguida, ser lioÞlizada.

A mistura de plasma é examinada a partir de métodos


de sensibilidade e especiÞcidade apropriados quanto a IDENTIFICAÇÃO
presença do antígeno de superfície do vírus da hepatite
Reconstituir ou descongelar a amostra como indicado no
B (HBsAg), de anticorpos contra o vírus da hepatite C e
rótulo, imediatamente antes de realizar a identiÞcação,
de anticorpos contra o HIV. Nestes ensaios, a mistura do
testes e ensaios.
plasma deve fornecer resultados negativos.
A. Examinar a amostra por eletroforese comparando com o
A mistura de plasma também deve ser submetida à pesquisa
plasma humano normal. Os eletroforetogramas apresentam
do RNA do vírus da hepatite C de acordo com a monograÞa
as mesmas bandas.
Técnicas de AmpliÞcação de Ácidos Nucléicos (5.5.1.10),
devidamente validada. O ensaio inclui um padrão positivo B. Realizar ensaios de precipitação a partir de uma gama
com 100 UI de RNA do vírus da hepatite C por mililitro apropriada de soros especíÞcos de espécies de animais
e, para identiÞcar a presença eventual de inibidores, um domésticos. É aconselhável que o ensaio seja realizado
padrão interno preparado por adição de um marcador com soros especíÞcos de proteínas plasmáticas de cada
apropriado à amostra da mistura de plasma. O ensaio só uma das espécies domésticas normalmente utilizadas no
é válido se o padrão positivo for reativo ou se o resultado país para a preparação de produtos de origem biológica. A
obtido com o padrão interno não indicar a presença de amostra contém proteínas de origem humana e dá resultado
inibidores. negativo para as proteínas especíÞcas plasmáticas de outras
espécies.
A mistura satisfaz ao ensaio se não for reativa para o RNA
do vírus da hepatite C. C. A mistura satisfaz a Determinação do Título de
Hemaglutininas anti-A e anti-B (ver Doseamento).
A mistura de plasma também deve ser submetida à pesquisa
do DNA do vírus B19 de acordo com a monograÞa
Técnicas de AmpliÞcação de Ácidos Nucléicos (5.5.1.10), CARACTERÍSTICAS
devidamente validada. O pool deve conter no máximo 10
UI por microlitro. Um controle positivo 10 UI de DNA Aspecto. Após o seu descongelamento, a solução apresenta-
por microlitro do vírus B19, e para identiÞcar a presença se como líquido límpido ou ligeiramente opalescente,
eventual de inibidores, um padrão interno preparado por isenta de partículas sólidas e gelatinosas. A preparação
adição de um marcador apropriado à amostra da mistura lioÞlizada apresenta-se como pó branco ou amarelo claro
de plasma. O ensaio só é válido se o padrão positivo for ou sólido friável.
reativo ou se o resultado obtido com o padrão interno não pH (5.2.19.). 6,5 a 7,6.
indicar a presença de inibidores.
Osmolalidade (5.2.28). No mínimo, 240 mosmol/kg.
O método de preparação é realizado de modo a evitar a
ativação de qualquer fator de coagulação e assim, limitar
o seu potencial de ação trombogênico. Compreende uma ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
ou várias etapas para as quais se tenha demonstrado a
eliminação ou inativação de agentes infecciosos conhecidos. Água. Determinar por um dos métodos a seguir:
No caso de serem utilizadas substâncias para inativação Determinação da água pelo método semimicro (5.2.20.3),
viral durante a produção, o processo de puriÞcação Determinação da perda por dessecação (5.2.9) ou por
subseqüente deve ser validado de modo a demonstrar que Espectrofotometria de absorção no infravermelho (5.2.14).
a concentração destas substâncias encontra-se em um nível O teor está compreendido dentro dos limites aprovados
apropriado e que os eventuais resíduos não comprometem pelas autoridades competentes.
a inocuidade da preparação. Citrato. No máximo, 25 mmol/L. Proceder conforme
O método típico utilizado para a inativação de vírus descrito em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência
envelopados é o processo solvente-detergente, que consiste (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector
no tratamento com uma mistura de fosfato de tributila e de ultravioleta a 215 nm; coluna de 300 mm de comprimento
octoxinol 10; em seguida, esses reagentes são removidos e 7,8 mm de diâmetro interno, empacotada com resina
por extração em fase oleosa ou sólida, de modo a que o trocadora de cátions (9 —m); ßuxo da Fase móvel de 0,5
teor residual no produto Þnal seja inferior a 2 ȝg/mL para mL/minuto.
fosfato de tributila e a 5 ȝg/mL para o octoxinol 10. Não Fase móvel: solução de ácido sulfúrico a 0,051% (p/v).
deve ser adicionado nenhum conservante antimicrobiano.
m
a 1152 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução amostra: diluir a amostra com um volume igual de Com tampão imidazol pH 7,4, preparar, de preferência em
uma solução de cloreto de sódio 0,9 % (p/v). Filtrar com duplicata, três diluições a 1/10 e a 1/40 da amostra. Para
Þltro de porosidade 0,45 ȝm. cada diluição proceder do seguinte modo: misturar 0,1 mL
de substrato de plasma deÞciente em Fator V, 0,1 mL da
Solução padrão: dissolver 0,3 g de citrato de sódio em diluição da amostra, 0,1 mL de reagente de tromboplastina
água e diluir a 100 mL com o mesmo solvente. e 0,1 mL de solução de cloreto de cálcio a 0,35% (p/v).
Registrar o tempo de coagulação, ou seja, o intervalo
Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução
entre o momento da adição da solução de cloreto de cálcio
padrão e da Solução amostra. O tempo de retenção do
e os primeiros sinais de formação de Þbrina. Observar
citrato é cerca de 10 minutos. O tempo de equilíbrio da
mediante aparelho apropriado. Determinar, em duplicata
coluna é cerca de 15 minutos.
e nas mesmas condições, os tempos de coagulação de
Cálcio. Proceder conforme descrito em Espectrometria de quatro diluições entre 1/10 e 1/80 de plasma humano
absorção atômica (5.2.13.1). Determinar no comprimento normal no tampão imidazol pH 7,4. Uma unidade de Fator
de onda de 622 nm. No máximo, 5 mmol/L. V corresponde à atividade de 1 mL de plasma humano
normal. O plasma humano normal é preparado a partir
Potássio. Proceder conforme descrito em Espectrometria de mistura de unidades de plasma provenientes de pelo
de emissão atômica (5.2.13.2). Determinar no comprimento menos 30 doadores e é conservado a uma temperatura
de onda de 766,5 nm. No máximo, 5 mmol/L. igual ou inferior a -30 °C. VeriÞcar a validade do ensaio e
calcular a atividade da amostra através de Procedimentos
Sódio. Proceder conforme descrito em Espectrometria de
estatísticos aplicáveis aos ensaios biológicos (8). A
emissão atômica (5.2.13.2). Determinar no comprimento
atividade determinada não é inferior a 0,5 unidades/mL. O
de onda de 589 nm. No máximo, 200 mmol/L.
intervalo de conÞança (P = 0,95) da atividade determinada
não ultrapassa os 80% a 120%.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Fator VIII.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
Proceder conforme descrito em Determinação do Fator
Pirogênios (5.5.2.1). Injetar em cada coelho 3 mL da VIII de coagulação humana lioÞlizado (5.5.1.7) utilizando
amostra por quilograma de massa corporal. Cumpre o teste. um plasma padrão calibrado em relação ao Padrão
Internacional do Fator VIII da coagulação sanguínea
humana. A atividade determinada não é inferior a 0,5
DOSEAMENTO UI/mL. O intervalo de conÞança (P = 0,95) da atividade
Anticorpos contra eritrócitos irregulares. determinada não ultrapassa 80% a 120%.

Quando examinada por exame indireto de antiglobulinas, Proteínas totais.


a amostra não diluída não revela sinais de presença de
Diluir a amostra em uma solução de cloreto de sódio a 0,9
anticorpos contra eritrócitos irregulares.
% (p/v), de modo a obter uma solução que contenha cerca
Anticorpos contra o vírus da hepatite A. de 15 mg de proteínas em 2 mL. Num tubo de centrífuga de
fundo redondo, introduza 2 mL dessa solução. Adicionar 2
No mínimo 2 UI/mL, determinado de acordo com o mL de uma solução de molibdato de sódio a 7,5% (p/v) e
Método Imunoquímico (5.6) apropriado. O padrão de 2 mL de uma mistura de ácido sulfúrico 1 volume, isento
imunoglobulina humana da hepatite A é adequado para uso de nitrogênio, e 30 volumes de água. Agitar, centrifugar
como uma preparação de referência durante 5 minutos, decantar o líquido sobrenadante e
deixar escoar com o tubo invertido sobre um papel de Þltro.
Hemaglutininas anti-A e anti-B. Realizar o doseamento do nitrogênio no resíduo através do
Proceder conforme descrito em Determinação de títulos de método de digestão com ácido sulfúrico, conforme descrito
hemaglutininas Anti-A e Anti-B (5.5.1.9). A presença das em Determinação de nitrogênio pelo método de Kjeldahl
Hemaglutininas (anti-A ou anti-B) corresponde ao grupo (5.3.3.2), e calcular o teor de proteínas multiplicando o
sanguíneo indicado no rótulo. resultado por 6,25. O teor em proteínas totais não é inferior
a 45 g/L.
Fatores de Coagulação Ativados.

Proceder conforme descrito em Determinação de fatores ROTULAGEM


da coagulação ativados (5.5.1.8). Realizar o ensaio com O rótulo deve indicar o grupo sanguíneo ABO e Rh(Du)
0,1 mL da amostra em vez de diluições a 1/10 e 1/100. O e o método utilizado para a inativação viral. Observar a
tempo de coagulação para o tubo que contem a amostra não legislação vigente.
é inferior a 150 segundos. Cumpre o teste.

Fator V.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de 0,02% (p/v). Preparar solução padrão na mesma


1153
m
a
MITOTANO concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir
as absorvâncias das soluções resultantes em 268 nm,
Mitotanum
utilizando metanol para o ajuste do zero. Calcular o teor de
C14H10Cl4 na amostra a partir das leituras obtidas.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

ROTULAGEM
C14H10Cl4; 320,04
mitotano; 06020 Observar a legislação vigente. Manusear com excepcional
1-Cloro-2-[2,2-dicloro-1-(4-clorofenil)etil]benzeno atenção.
[53-19-0]
CLASSE TERAPÊUTICA
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de
C14H10Cl4, em relação à substância dessecada. Antineoplásico.

DESCRIÇÃO MITOTANO COMPRIMIDOS


Características físicas. Cristais de pentano ou metanol.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água. Solúvel
quantidade declarada de C14H10Cl4.
em etanol, éter etílico, metanol, isooctano, tetracloreto de
carbono, hexano e em óleos Þxos e graxos.
IDENTIFICAÇÃO
Constantes físico-químicas.
Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade do pó
Faixa de fusão (5.2.2): 75 °C a 81 °C. equivalente a 0,5 g de mitotano em 10 mL de água. Filtrar
em funil de vidro sinterizado e lavar o resíduo com duas
IDENTIFICAÇÃO porções de 5 mL de água. Transferir o resíduo para béquer
pequeno, adicionar 4 mL de etanol, aquecer até fervura e
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) Þltrar imediatamente. Resfriar, Þltrar os cristais de mitotano,
da amostra, dispersa em cloreto de potássio, apresenta lavar uma vez com 2 mL de etanol, e secar a vácuo a 60
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos °C por 2 horas. O espectro de absorção no infravermelho
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles (5.2.14) do resíduo, disperso em óleo mineral, apresenta
observados no espectro de mitotano SQR, preparado de máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
maneira idêntica. de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de mitotano SQR, preparado de
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na maneira idêntica.
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,02% (p/v) em
metanol, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos
comprimentos de onda de solução similar de mitotano CARACTERÍSTICAS
SQR.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

ENSAIOS DE PUREZA Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
amostra. Dessecar em estufa a vácuo a 60 °C, por 2 horas.
Teste de desintegração (5.1.4.1). No máximo 15 minutos.
No máximo 0,5%.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,5%.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
DOSEAMENTO Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
cerca de 0,1 g da amostra e dissolver em metanol. Diluir, Cumpre o teste.
sucessivamente, com o mesmo solvente, até concentração
m
a 1154 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO
Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir quantidade
de pó equivalente a, exatamente, cerca de 0,1 g de mitotano
para balão volumétrico de 250 mL, adicionar 100 mL de
metanol, agitar por 5 minutos, completar o volume com
metanol, homogeneizar e Þltrar. Transferir 25 mL do Þltrado
para balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com
metanol e homogeneizar, de modo a obter solução a 0,02%
(p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração,
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das
soluções resultantes em 268 nm, utilizando metanol para
ajuste do zero. Calcular a quantidade de C14H10Cl4 nos
comprimidos a partir das leituras obtidas.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

por 10 minutos a 80 qC em banho-maria. Filtrar e adicionar


zinco em pó. Agitar vigorosamente e, em seguida, aquecer
1155
a
NIFEDIPINO
Nifedipinum a 3 mL do Þltrado cinco gotas de solução de cloridrato de

n
benzoíla. Agitar por 1 minuto e, em seguida, adicionar dez
gotas de cloreto férrico SR, sob agitação. Desenvolve-se
coloração vermelha alternada com amarela após adição de
ácido clorídrico.

ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel GF254 como suporte e uma mistura

Aplicar, separadamente, à placa, 5 PL de cada uma das


de cicloexano e acetato de etila (6:4) como fase móvel.

soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.


C17H18N2O6; 346,34
nifedipino; 06352 Solução (1): solução a 1 mg/mL de amostra em metanol.
Éster 3,5-dimetílico do ácido 1,4-diidro-2,6-dimetil-4-(2-
nitrofenil)-3,5-piridinadicarboxilico Solução (2): solução a 1 mg/mL de nifedipino SQR em
[21829-25-4] metanol.

Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de Solução (3): solução a 10 Pg/mL de amostra em metanol.
C17H18N2O6 em relação à substância dessecada.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
DESCRIÇÃO Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
Características físicas. Cristais amarelos, inodoros e intensa que aquela obtida com a Solução (3) (1,0%).
insípidos.
Cloretos (5.3.2.1). No máximo 0,02% (200 ppm).
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel
em acetato de etila, ligeiramente solúvel em etanol, muito Metais pesados (5.3.2.3). No máximo 0,001% (10 ppm).
pouco solúvel em clorofórmio e acetona.
Sulfatos (5.3.2.2). No máximo 0,05% (500 ppm).
Constantes físico-químicas.

amostra. Dessecar em estufa a 60 qC, sob pressão reduzida,


Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
Faixa de fusão (5.2.2): 171 °C a 175 °C.
por 3 horas. No máximo 1,0%.
IDENTIFICAÇÃO Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.
Os testes de identiÞcação C. e D. poderão ser omitidos se
forem realizados os testes A. e B. DOSEAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Empregar um dos métodos descritos a seguir.
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos B. Proceder ao abrigo da luz direta, conforme descrito
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4),
observados no espectro de nifedipino SQR, preparado de utilizando cromatógrafo provido de detector 235 nm,
maneira idêntica. coluna de 250 mm de comprimento e 4,0 mm de diâmetro
interno, empacotada com sílica quimicamente ligada
B. Dissolver 50 mg de nifedipino em 1 mL de a grupo octadecilsilano (5 —m), mantida à temperatura
dimetilsulfóxido. Desenvolve-se coloração amarela, ambiente, ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/min.
com absorção máxima em 330 nm. Esta cor passa para
vermelha com a adição de 5 gotas de hidróxido de sódio Fase móvel: preparar uma mistura de água, acetonitrila e
SR, absorvendo em 451 nm. metanol (50:25:25).

C. Adicionar à solução ácida de 30 mg de nifedipino mistura Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 25 mg de
de 2 mL de ácido acético glacial, 2 mL de dimetilsulfóxido, amostra para balão volumétrico de 250 mL. Dissolver em
5 gotas de solução à 2% de óxido de cromo (0,2 g de óxido 25 mL de metanol, completar com Fase móvel e misturar
de cromo em 10 mL de ácido acético). A solução adquire de modo a obter concentração conhecida de 0,1 mg/mL.
cor verde-amarelada.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
D. Dissolver 25 mg da amostra em 1 mL de etanol a 90% de nifedipino SQR em Fase móvel de modo a obter
(v/v), 5 mL de cloreto de cálcio a 1% (p/v) e 19 mg de concentração conhecida de 0,1 mg/mL.
a 1156 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Injetar replicatas da Solução padrão. A eÞciência da coluna


não é menor que 16 000 pratos teóricos/metro; o fator de
principal obtida com a Solução (1) corresponde em cor,
intensidade e posição àquela obtida com a Solução
cauda não maior que 1,5 e o desvio padrão da resposta do (2). Nebulizar a placa com a Solução reveladora. Cada

n
pico principal não é superior a 1%. cromatograma apresenta banda alaranjado-clara sobre

Procedimento: injetar, separadamente, cerca de 25 PL das


fundo amarelo.

Soluções padrão e amostra. Registrar os cromatogramas


e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de CARACTERÍSTICAS
C17H18N2O6 a partir das respostas com a Solução padrão e
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
a Solução amostra.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
o conteúdo de cada cápsula para balão volumétrico de
ROTULAGEM 200 mL. Lavar o interior das cápsulas com pequenas
porções de metanol, reunindo os líquidos de lavagem no
Observar a legislação vigente. balão. Completar o volume com metanol e homogeneizar.
Transferir 5 mL para balão volumétrico de 100 mL e
CLASSE TERAPÊUTICA completar o volume com metanol. Preparar solução padrão
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Vasodilatador. Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 350 nm
(5.2.14), utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular a
quantidade de C17H18N2O6 nas cápsulas a partir das leituras
NIFEDIPINO CÁPSULAS obtidas.

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo 110,0% da TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


quantidade declarada de C17H18N2O6. Meio de dissolução: ßuido gástrico simulado (sem
pepsina), 900 mL
IDENTIFICAÇÃO
Aparelhagem: cestas, 50 rpm
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, com espessura Tempo: 20 minutos
de 0,5 mm, como suporte, e mistura de acetato de etila e Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
cicloexano (1:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, de dissolução, Þltrar e diluir com Meio de dissolução
à placa, 0,5 mL de cada uma das soluções, recentemente até concentração adequada. Medir as absorvâncias das
preparadas, descritas a seguir. soluções em 340 nm (5.2.14), utilizando Meio de dissolução
Solução (1): solução a 1,2 mg/mL de nifedipino SQR em para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C17H18N2O6
diclorometano. dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a
da solução de nifedipino SQR na concentração de 0,005%
Solução (2): transferir o conteúdo de três cápsulas para tubo (p/v), preparada no mesmo solvente.
de centrífuga e lavar o interior das cápsulas com 20 mL de
hidróxido de sódio 0,1 M. Adicionar, volumetricamente, 20 Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
mL de diclorometano ao tubo e tampar. Agitar suavemente declarada de C17H18N2O6 se dissolvem em 20 minutos.
e liberar a pressão no tubo. Tampar hermeticamente e
agitar por uma hora. Centrifugar por 10 minutos a 2000 ENSAIOS DE PUREZA
a 2500 rpm. Remover a fase aquosa sobrenadante com
seringa e transferir 5 mL da camada transparente inferior Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito no
para béquer. método B. de Doseamento da monograÞa de Nifedipino.
Preparar as soluções teste como descrito a seguir.
Solução reveladora: dissolver 3 g de subnitrato de bismuto
e 30 g de iodeto de potássio em 10 mL de ácido clorídrico Nota: proceder ao ensaio imediatamente após o preparo
3 M e transferir para balão volumétrico de 100 mL. da Solução (1) e da Solução (5), protegendo-as da luz
Completar o volume com água e homogeneizar. Transferir direta.
10 mL para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar 10
Solução (1): dissolver quantidade, exatamente pesada, de
mL de ácido clorídrico 3 M e completar o volume com
nifedipino SQR em metanol, de modo a obter solução a 1
água. Homogeneizar.
mg/mL. Diluir com Fase móvel, de modo a obter solução
Desenvolver o cromatograma ao abrigo da luz direta. a 0,3 mg/mL.
Remover a placa, deixar secar ao ar. Examinar
Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada,
imediatamente sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
de nitrofenilpiridina SQR em metanol, de modo a obter
solução a 1 mg/mL. Diluir com Fase móvel, de modo a
obter solução a 6 ȝg/mL.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria


de absorção no ultravioleta (5.2.14). Proceder ao abrigo
1157
a
da luz direta. Transferir o conteúdo de 10 cápsulas para
Solução (3): dissolver quantidade, exatamente pesada,

n
balão volumétrico de 100 mL. Lavar o interior das
de nitrosofenilpiridina SQR em metanol, de modo a obter cápsulas com pequenas porções de metanol, reunindo os
solução a 1 mg/mL. Diluir com Fase móvel, de modo a obter líquidos de lavagem no balão. Completar o volume com o
solução a 1,5 ȝg/mL. mesmo solvente e homogeneizar. Diluir com metanol até
concentração de 0,005% (p/v). Preparar solução padrão
Solução (4): misturar 5 mL da Solução (2), 5 mL da Solução
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
(3) e 5 mL de Fase móvel. Homogeneizar.
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 350
Solução (5): proceder como descrito para Solução amostra nm, utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular a
no método B. de Doseamento. quantidade de C17H18N2O6 nas cápsulas a partir das leituras
obtidas.
Solução (6): misturar volumes iguais da Solução (1),
Solução (2) e da Solução (3). B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
da monograÞa de Nifedipino. Preparar a Solução amostra
Injetar replicatas de 25 ȝL da Solução (6). Os tempos de como descrito a seguir.
retenção relativos são cerca de 0,8 para nitrofenilpiridina,
0,9 para nitrosofenilpiridina e 1,0 para nifedipino. A Solução amostra: transferir o conteúdo de cinco cápsulas
resolução entre nitrofenilpiridina e nitrosofenilpiridina não para balão volumétrico de 100 mL, com auxílio de
é menor que 1,5. A resolução entre nitrosofenilpiridina e pequenas porções de metanol. Completar o volume com o
nifedipino não é menor que 1,0. O desvio padrão relativo das mesmo solvente e homogeneizar. Diluir, sucessivamente,
áreas de replicatas dos picos registrados correspondentes à em Fase móvel, de modo a obter solução a 0,1 mg/mL de
nitrofenilpiridina e à nitrosofenilpiridina não é maior que nifedipino.
10,0%.
Procedimento: injetar, separadamente, 25 ȝL da Solução
Procedimento: injetar, separadamente, 25 ȝL da Solução padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e
(4) e da Solução (5), registrar os cromatogramas e medir medir as áreas sob os picos principais. Calcular a quantidade
as áreas sob os picos principais. Calcular a quantidade, em de C17Hl8N2O6 nas cápsulas a partir das respostas obtidas
mg, das impurezas nitrofenilpiridina e nitrosofenilpiridina com a Solução padrão e a Solução amostra.
nas cápsulas, segundo a expressão:
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes hermeticamente fechados, protegidos da
luz, em temperatura entre 15 ºC e 25 ºC.
em que
ROTULAGEM
V = volume total, em mL, da Solução (5);
C = concentração de nitrofenilpiridina ou de Observar a legislação vigente.
nitrosofenilpiridina, em mg/mL, na Solução (4);
r5 = resposta do pico referente à nitrofenilpiridina ou
à nitrosofenilpiridina no cromatograma obtido com a NIMESULIDA
Solução (5); Nimesulidum
r4 = reposta do pico referente à nitrofenilpiridina ou
à nitrosofenilpiridina no cromatograma obtido com a
Solução (4).

No máximo 2,0% de nitrofenilpiridina e 0,5% de


nitrosofenilpiridina, em relação ao conteúdo de nifedipino.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). C13H12N2O5S; 308,31


Cumpre o teste. nimesulida; 06391
N-(4-Nitro-2-fenoxifenil)metanossulfonamida
DOSEAMENTO [51803-78-2]

Empregar um dos métodos descritos a seguir. Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de
C13H12N2O5S, em relação à substância dessecada.
a 1158 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DESCRIÇÃO Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da


amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C, por 4 horas. No
Características físicas. Pó amarelo pálido, cristalino, máximo 0,5%.
levemente untuoso ao tato, inodoro. Não higroscópico.

n Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente


solúvel em etanol e metanol, muito solúvel em acetona,
clorofórmio, acetonitrila e dimetilformamida. Solúvel em
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.

DOSEAMENTO
soluções de hidróxidos alcalinos. Insolúvel em soluções
ácidas.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Constantes físico-químicas.
A. Pesar, exatamente, cerca de 0,24 g da amostra, dissolver
Faixa de fusão (5.2.2): 143,3 °C a 144,5 °C. em 30 mL de acetona previamente neutralizada e adicionar
20 mL de água. Titular com hidróxido de sódio 0,1 M SV
e determinar o ponto Þnal potenciometricamente. Cada mL
IDENTIFICAÇÃO de hidróxido de sódio 0,1 M SV equivale a 30,831 mg de
C13H12N2O5S.
O teste de IdentiÞcação C. poderá ser omitido se forem
realizados os testes A. e B. O teste de IdentiÞcação B. B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
poderá ser omitido se forem realizados os testes A. e C. absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir, exatamente,
cerca de 0,1 g da amostra, para balão volumétrico de 100
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
mL, dissolver e completar o volume com hidróxido de sódio
amostra dessecada a 105 °C, até peso constante, e dispersa
0,01 M. Diluir, sucessivamente, com o mesmo solvente, até
em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
concentração de 0,00015% (p/v). Preparar solução padrão
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 392
nimesulida SQR, preparado de maneira idêntica.
nm, utilizando hidróxido de sódio 0,01 M para ajuste do
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em zero. Calcular o teor de C13H12N2O5S na amostra a partir
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, das leituras obtidas.
ativada em estufa por 30 minutos a 105 °C, como suporte, e
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Aplicar, separadamente, à placa, 4 PL de cada uma das
mistura de metanol e acetonitrila (80:20), como fase móvel.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 150 mm de
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada

Pm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel


Solução (1): pesar, exatamente, cerca de 75 mg da amostra, com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
transferir para balão volumétrico de 100 mL e completar o
volume com acetona. Transferir 1 mL dessa solução para de 1,8 mL/minuto.
balão volumétrico de 10 mL e completar o volume com o
Fase móvel: mistura de água e acetonitrila (50:50).
mesmo solvente.
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 50 mg
Solução (2): pesar, exatamente, cerca de 75 mg de
da amostra para balão volumétrico de 100 mL, dissolver na
nimesulida SQR, transferir para balão volumétrico de 100
Fase móvel e completar o volume com o mesmo solvente.
mL e completar o volume com acetona. Transferir 1 mL
solução a 20 Pg/mL.
Diluir sucessivamente, na Fase móvel, de modo a obter
dessa solução para balão volumétrico de 10 mL e completar
o volume com o mesmo solvente.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
solução a 20 Pg/mL.
de nimesulida SQR, na Fase móvel, de modo a obter
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm e
365 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1)
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções
com a Solução (2). padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
as áreas sob os picos. Calcular o teor de C13H12N2O5S
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
na amostra a partir das respostas obtidas para a Solução
da Solução amostra, obtida no método C. de Doseamento,
padrão e a Solução amostra.
corresponde ao tempo de retenção do pico principal da
Solução padrão.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. No
máximo 0,002% (20 ppm). ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
CLASSE TERAPÊUTICA
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Tolerância: não menos que 85% (Q) da quantidade


declarada de C13H12N2O5S se dissolvem em 45 minutos.
1159
a
Anti-inßamatório.

NIMESULIDA COMPRIMIDOS
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
n
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
quantidade declarada de C13H12N2O5S. Cumpre o teste.

IDENTIFICAÇÃO DOSEAMENTO
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Preparar solução de Empregar uns dos métodos descritos a seguir.
nimesulida a 0,01% (p/v) em clorofórmio. Filtrar. Evaporar
o Þltrado em banho-maria até secura. Dessecar o resíduo A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
a 105 °C até peso constante. Proceder conforme descrito absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
no teste A. de IdentiÞcação da monograÞa de Nimesulida. comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente
a 0,1 g de nimesulida para balão volumétrico de 100 mL,
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa adicionar 60 mL de hidróxido de sódio 0,01 M e agitar por
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método 40 minutos. Completar o volume com o mesmo solvente e
A. de Doseamento, exibe máximos em 212 nm e 392 nm, Þltrar. Diluir, sucessivamente, até concentração de 0,002%
idênticos aos observados no espectro da solução padrão. (p/v), utilizando hidróxido de sódio 0,01 M. Preparar
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma solução padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão. em 392 nm, utilizando hidróxido de sódio 0,01 M para
ajuste do zero. Calcular a quantidade de C13H12N2O5S nos
comprimidos, a partir das leituras obtidas.
CARACTERÍSTICAS
B. Proceder conforme descrito no método C. de Doseamento
Determinação do peso (5.1.1). Cumpre o teste. da monograÞa de Nimesulida. Preparar a Solução amostra
como descrito a seguir.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
Transferir quantidade do pó equivalente a 50 mg de
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. nimesulida para balão volumétrico de 100 mL, adicionar
60 mL da Fase móvel e agitar mecanicamente por 40
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. minutos. Completar o volume com Fase móvel e Þltrar.
Proceder conforme descrito no método A. de Doseamento. Diluir, sucessivamente, em Fase móvel, de modo a obter
solução a 20 ȝg/mL.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
Meio de dissolução: tampão fosfato de potássio pH 7,4
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C13H12N2O5S
com polissorbato 80 a 2% (v/v), 900 mL
nos comprimidos a partir das respostas obtidas com a
Aparelhagem: pás, 75 rpm Soluções padrão e a Solução amostra.

Tempo: 45 minutos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de dissolução, Þltrar e diluir em água até concentração Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
adequada. Medir as absorvâncias em 392 nm (5.2.14),
utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero. Calcular a ROTULAGEM
quantidade de C13H12N2O5S dissolvida no meio, comparando
as leituras obtidas com a da solução de nimesulida SQR Observar a legislação vigente.
na concentração de 0,0015% (p/v), preparada nas mesmas
condições que as amostras.
a 1160 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIOS DE PUREZA
NISTATINA
pH (5.2.19). 6,0 a 8,0. Determinar em suspensão aquosa a
Nystatinum
3% (p/v).

n Cristalinidade. Suspender algumas partículas da amostra


em óleo mineral, transferir para uma lâmina de vidro e
examinar por meio de microscópio dotado de luz polarizada.
As partículas exibem birrefringência, que se extingue ao
movimentar a amostra por meio de ajuste micrométrico.

Nistatina A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa


a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). Proteger da luz direta.
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta
a 304 nm; coluna de 150 mm de comprimento e 4,6 mm
de diâmetro interno, empacotada com sílica desativada,
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 —m),
C47H75NO17; 926,09
mantida a temperatura de 30 ºC; ßuxo da Fase móvel de
nistatina; 06410
1,0 mL/minuto.
Nistatina
[1400-61-9] Eluente A: acetato de amônio 0,05 M e acetonitrila (71:29).

Nistatina é uma substância ou a mistura de duas ou mais Eluente B: acetato de amônio 0,05 M e acetonitrila (40:60).
substâncias produzidas por Streptomyces noursei Brown
Gradiente de fase móvel: adotar o sistema de gradiente
et al. (Streptomycetaceae). Apresenta potência de, no
descrito na tabela a seguir:
mínimo, 4400 UI de nistatina por miligrama, ou 5000 UI
de nistatina por miligrama, se destinada à produção de pó
Tempo Eluente A Eluente B
para suspensão oral. Eluição
(min) (%) (%)
0 – 25 100 0 isocrática
DESCRIÇÃO 25 – 35 100 ĺ 0 0 ĺ 100 gradiente linear
Características físicas. Pó higroscópico, Þno, amarelo ou 35 – 40 0 100 isocrática
castanho. 40 – 45 0 ĺ 100 100ĺ 0 gradiente linear
45-60 100 0 equilibrio
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
solúvel em dimetilformamida, pouco solúvel em metanol Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente pesada,
e praticamente insolúvel em etanol, clorofórmio e éter da amostra em dimetilsulfóxido para obter solução a 0,4
etílico. mg/mL. Utilize por, no máximo, 24 horas após o preparo,
mantida sob refrigeração.

IDENTIFICAÇÃO Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada


de nistatina SQR em dimetilsulfóxido para obter solução
A. Pesar, exatamente, o equivalente a 100 000 UI da a 0,4 mg/mL. Utilize por, no máximo, 24 horas após o
amostra e dissolver em mistura de 5 mL de ácido acético preparo, mantida sob refrigeração.
glacial e 50 mL de metanol. Completar o volume para 100
mL com metanol. Diluir, sucessivamente, em metanol, Solução de resolução: dissolver 20 mg de nistatina SQR
até concentração de 40 UI/mL. O espectro de absorção em metanol, diluir com água para 50 mL e homogeneizar.
no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 220 nm a 350 nm, da Adicionar 2 mL de ácido clorídrico, em 10 mL da solução
solução obtida, exibe máximos em 230, 291, 305 e 319 anteriormente preparada e esperar por 1 hora, a temperatura
nm. A razão entre os valores de absorvância em 291 nm ambiente, antes do uso.
e 319 nm, em relação à absorvância máxima a 305 nm
está compreendida entre 0,61 e 0,73 e entre 0,83 e 0,96, Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. O
respectivamente. A razão entre os valores de absorvância tempo de retenção médio para a nistatina A é de 14 minutos.
medidos em 230 nm e 280 nm está compreendida entre A resolução entre os dois maiores picos não é menor que
0,83 e 1,25. 3,5. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos
picos registrados não é maior que 2,0%.
B. Adicionar 0,1 mL de ácido clorídrico a 2 mg da amostra.
Produz-se coloração castanha. Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
C. Adicionar 0,1 mL de ácido sulfúrico a 2 mg da amostra. as áreas sob os picos. Desconsiderar os picos obtidos
Produz-se coloração castanha, desenvolvendo para violeta antes dos 2 minutos. No mínimo, 85% de nistatina A. No
com repouso. máximo, 4% de qualquer outro componente.

Metais pesados (5.3.2.3). Preparar solução padrão


utilizando 2 mL da Solução padrão de chumbo (10 ppm
Pb). Proceder conforme descrito em Método IV. No
máximo 0,002% (20 ppm).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
1161
a
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz, em
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,1 g da temperatura entre 2 °C e 8 °C.
amostra. Dessecar em estufa a 60 °C, sob pressão reduzida,
por 3 horas, não excedendo a 5 mmHg. No máximo 5,0%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.


No máximo 3,5%.
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
n
Nistatina destinada à produção de pó para suspensão oral, CLASSE TERAPÊUTICA
cumpre com o seguinte teste adicional.
Antifúngico.
Dispersibilidade. Transferir, exatamente, cerca de 0,2 g da
amostra para béquer contendo 200 mL de água e dispersar
lentamente com bastão de vidro. Deixar em repouso por
NISTATINA COMPRIMIDOS VAGINAIS
dois minutos. O material deverá estar suspenso e haverá, no
máximo, um pequeno sedimento. Se houver sedimentação,
proceder à determinação da potência, da parte suspensa, Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 140,0% da
conforme descrito em Ensaio microbiológico de antibióticos quantidade declarada de nistatina. Os comprimidos vaginais
(5.5.3.3). Transferir, volumetricamente, a amostra suspensa contém agentes aglutinantes, diluentes e lubriÞcantes.
para o liquidiÞcador de alta velocidade, adicionar
dimetilformamida, de modo a obter concentração de 400
UI/mL e agitar de 3 a 5 minutos. Diluir essa solução com IDENTIFICAÇÃO
Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril, pH 6,0 (Solução Pesar e pulverizar os comprimidos vaginais. Transferir
1) de modo a obter solução com concentração equivalente quantidade de pó equivalente a 300 000 UI de nistatina
a do padrão. No mínimo, 90,0% da potência esperada de para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar 5 mL de
nistatina. ácido acético glacial e 50 mL de metanol. Homogeneizar.
Adicionar quantidade suÞciente de metanol para produzir
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA 100 mL. Filtrar. Transferir 1 mL dessa solução para balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume com metanol.
Nistatina destinada à produção de pó para suspensão oral, Preparar ensaio em branco utilizando os mesmos solvente
cumpre com o seguinte teste adicional. e omitindo a adição da amostra. O espectro de absorção
no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 250 nm a 350 nm, da
Toxicidade (5.5.2.3). Injetar via intraperitonial, quantidade
solução obtida, exibe máximos em 291 nm, 305 nm e 319
equivalente a 600 UI, suspensa em 0,5 mL de solução de
nm. A razão entre os valores de absorvância a 291 nm e 319
acácia a 0,5% (p/v), em água.
nm para aquela a 305 nm está compreendida entre 0,61 e
0,73 e entre 0,83 e 0,96, respectivamente.
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico de CARACTERÍSTICAS
antibióticos (5.5.3.3), pelo método de difusão em ágar.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Solução amostra: proceder ao abrigo da luz direta.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Dissolver quantidade exatamente pesada da amostra em
dimetilformamida. Diluir, sucessivamente, com mistura Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
de dimetilformamida e Tampão fosfato de potássio a 1%,
estéril, pH 6,0 (Solução 1) (5:95), de modo a obter soluções Teste de desintegração (5.1.4.2). No máximo 60 minutos.
nas concentrações entre 10 a 40 UI/mg.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Solução padrão: proceder ao abrigo da luz direta.
Dissolver quantidade exatamente pesada de nistatina ENSAIOS DE PUREZA
SQR em dimetilformamida. Diluir, sucessivamente, com
mistura de dimetilformamida e Tampão fosfato de potássio Perda por dessecação (5.2.9). Pesar e pulverizar os
a 1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1) (5:95), de modo a obter comprimidos vaginais. Determinar em 0,1 g da amostra,
soluções nas concentrações entre 10 a 40 UI/mg. em estufa à vácuo, a 60 °C, por 3 horas. No máximo 5,0%.
Procedimento: proceder conforme descrito em Ensaio
microbiológico por difusão em ágar (5.5.3.3.1). Calcular DETERMINAÇÃO DE POTÊNCIA
a potência da amostra, em ȝg de nistatina por miligrama, a
partir da potência do padrão e das respostas obtidas com a Proceder ao abrigo da luz direta. Pesar e pulverizar
Solução padrão e a Solução amostra. 20 comprimidos vaginais. Misturar quantidade do pó
equivalente a 200 000 UI com 50 mL de dimetilformamida
por uma hora. Centrifugar. Transferir 10 mL do sobrenadante
a 1162 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

para balão volumétrico de 200 mL e completar o volume


com solução de fosfato de potássio monobásico a 9,56% NISTATINA SUSPENSÃO ORAL
(p/v) e hidróxido de potássio M a 11,5% (v/v). Proceder

n
conforme Ensaio microbiológico por difusão em ágar
(5.5.3.3.1). A precisão do ensaio é tal que o limite inferior Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 130,0% da
é de 95,0%, e o limite superior é de 105,0% da potência quantidade declarada de nistatina. A suspensão oral contém
estimada. O limite inferior é de 97,0% e o limite superior é agentes aromatizantes, conservantes e dispersantes.
de 110,0% do número prescrito ou declarado de UI.
IDENTIFICAÇÃO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Transferir quantidade da solução oral contendo 300
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em 000 UI de nistatina para balão volumétrico de 100 mL e
temperatura inferior a 25 °C. adicionar mistura de ácido acético glacial e metanol (5:50).
Homogeneizar. Completar o volume com metanol e Þltrar.
Transferir 1 mL dessa solução para balão volumétrico de
ROTULAGEM 100 mL e completar o volume com metanol. Preparar ensaio
Observar legislação vigente. em branco utilizando os mesmos solventes e omitindo a
adição da amostra. O espectro de absorção no ultravioleta
(5.2.14), na faixa de 250 nm a 350 nm, da solução obtida,
exibe máximos em 291 nm, 305 nm e 319 nm. A razão
NISTATINA CREME VAGINAL
entre os valores de absorvância a 291 nm e 319 nm para
aquela a 305 nm está compreendida entre 0,61 e 0,73 e
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 130,0% da entre 0,83 e 0,96, respectivamente.
quantidade declarada de C47H75NO17.
CARACTERÍSTICAS
CARACTERÍSTICAS
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
pH (5.2.19). 4,5 a 6,0. Se o produto contém glicerina, o pH
deve estar compreendido entre 6,0 e 7,5.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Contagem do número total de micro-organismos Deve ser realizado caso o medicamento seja acondicionado
mesofilos (5.5.3.1.2). Bactérias totais: no máximo 100 em doses unitárias.
UFC/g. Fungos e leveduras: no máximo 10 UFC/g.
Procedimento para uniformidade de conteúdo. Proceder
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). conforme descrito em Espectrofotometria de absorção no
Cumpre o teste. ultravioleta (5.2.14). Transferir o conteúdo de um frasco
de suspensão oral para balão volumétrico de 100 mL,
completar o volume com metanol e homogeneizar. Diluir,
DOSEAMENTO
quantitativamente, essa solução, com metanol, de modo a
Proceder conforme descrito em Doseamento na monograÞa obter solução a 25 UI de nistatina por mL. Paralelamente,
de Nistatina. Preparar Solução amostra como descrito a preparar solução de nistatina SQR, em metanol, a 25 UI de
seguir. nistatina por mL. Medir as absorvâncias das soluções em
304 nm, utilizando metanol para ajuste do zero. Calcular
Solução amostra: misturar, exatamente, em liquidiÞcador o teor de nistatina na suspensão oral a partir das leituras
de alta velocidade, quantidade de creme vaginal com obtidas.
dimetilformamida, de modo a obter concentração a cerca
de 400 UI de nistatina por mililitro. Diluir, sucessivamente,
essa solução em Tampão fosfato de potássio a 1%, estéril, TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
pH 6,0 (Solução 1) de modo a obter soluções na faixa de Contagem do número total de micro-organismos
concentração adequada para a curva padrão. mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cumpre o teste.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em
temperatura inferior a 25 °C. DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
ROTULAGEM
A. Proceder conforme descrito em Doseamento na
Observar a legislação vigente.
monograÞa de Nistatina. Preparar Solução amostra como
descrito a seguir.
Solução amostra: proceder ao abrigo da luz direta.
Transferir, exatamente, volume da suspensão oral para
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Constantes físico-químicas.
1163
a
balão volumétrico e diluir com dimetilformamida até Faixa de fusão (5.2.2): 178 °C a 184 °C.

n
concentração conveniente. Misturar por 3 a 5 minutos.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -0,10° a +0,10°, em
Diluir volume dessa solução com dimetilformamida de
relação à substância dessecada. Determinar em solução a
modo a obter solução contendo 400 UI de nistatina por
1% (p/v).
mililitro. Diluir, sucessivamente, com Tampão fosfato de
potássio a 1%, estéril, pH 6,0 (Solução 1), de modo a obter
soluções na faixa de concentração adequada para a curva IDENTIFICAÇÃO
padrão.
O teste A. poderá ser omitido se forem realizados os
B. Proteger a solução da luz durante o doseamento. testes B., C. e D. O teste B. poderá ser omitido se forem
Dissolver uma quantidade contendo 200.000 UI de realizados os testes A., C. e D.
nistatina em quantidade suÞciente de dimetilformamida
para produzir 50 mL, diluir 10 mL para 200 mL com uma A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
solução contendo fosfato de potássio monobásico a 9,56% amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
(p/v) e hidróxido de potássio M a 11,5% (v/v) e proceder máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
conforme Ensaio microbiológico de antibióticos de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
por difusão em ágar (5.5.3.3.1). A precisão do ensaio observados no espectro de nitrato de miconazol SQR,
é tal que o limite de erro é de não menos que 95% e não preparado de maneira idêntica.
mais que 105% da potência estimada. O limite inferior é
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
não menos que 95% e o superior não mais que 120% em
de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,04% (p/v) em mistura
relação ao número de UI.
de ácido clorídrico 0,1 M e álcool isopropílico (1:10), exibe
máximos e mínimos somente nos mesmos comprimentos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de onda de solução similar de nitrato de miconazol SQR.

Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa


temperatura inferior a 25 °C. em camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel
octadecilsilano, como suporte, e mistura de acetato de
amônio SR, dioxana e metanol (20:40:40), como fase
ROTULAGEM móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 —L de cada uma
Observar a legislação vigente. das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): solução amostra na concentração de 6 mg/mL,


em fase móvel.
NITRATO DE MICONAZOL
Miconazoli nitras Solução (2): solução de nitrato de miconazol SQR na
concentração de 6 mg/mL, em fase móvel.

Solução (3): dissolver 30 mg de nitrato de miconazol SQR


e 30 mg de nitrato de econazol SQR em 5 mL de fase
móvel.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar e vaporizar com iodo. Examinar sob luz visível.
A mancha principal obtida com a Solução (1) é similar em
posição, cor e intensidade àquela produzida com a Solução
(2). O teste é válido se o cromatograma obtido com a
C18H14Cl4N2O.HNO3; 479,14 Solução (3) mostrar duas manchas nitidamente separadas.
nitrato de miconazol; 05929
Nitrato de 1-[2-(2,4-diclorofenil)-2-[(2,4-diclorofenil) D. Responde ás reações para nitrato (5.3.1.1).
metoxi]etil]-1H-imidazol (1:1)
[22832-87-7] ENSAIOS DE PUREZA

Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
C18H14Cl4N2O.HNO3, em relação à substância dessecada. em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
235 nm; coluna de 100 mm de comprimento e 4,6 mm de
DESCRIÇÃO diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
ligada a grupo octilsilano (3 —m), mantida à temperatura
Características físicas. Pó cristalino branco.
ambiente; ßuxo da Fase móvel de 2,0 mL/minuto.
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, ligeiramente
solúvel em metanol e pouco solúvel em etanol.
a 1164 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Fase móvel: pesar 6 g de acetato de amônio e transferir


para balão volumétrico de 1000 mL, adicionar 300 mL de
ROTULAGEM

acetonitrila, 320 mL de metanol e completar o volume com Observar a legislação vigente.

n
água.

Solução (1): transferir, exatamente, cerca de 0,1 g da


CLASSE TERAPÊUTICA
amostra para balão volumétrico de 10 mL e completar o Antifúngico.
volume com a Fase móvel. Homogeneizar.

Solução (2): transferir, exatamente, cerca de 25 mg de


nitrato de miconazol SQR e 25 mg de nitrato de econazol NITRATO DE PRATA
SQR para balão volumétrico de 25 mL e completar o Argenti nitras
volume com Fase móvel. Homogeneizar. Diluir 2,5 mL
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
AgNO3; 169,87
com o mesmo diluente.
nitrato de prata; 06427
Solução (3): diluir 1 mL da Solução (1) para balão Sal de prata(1+) do ácido nítrico (1:1)
volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase [7761-88-8]
móvel.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
Equilibrar o sistema cromatográÞco por 30 minutos. Injetar AgNO3, em relação à substância dessecada.
10 —L da Solução (3). Ajustar o sistema cromatográÞco de
modo que a altura do pico principal obtida no cromatograma
com a Solução (3), seja menor que 50% da escala total. DESCRIÇÃO
Injetar 10 —L da Solução (2). O tempo de retenção do
Características físicas. Cristais grandes incolores,
nitrato de miconazol é de aproximadamente 20 minutos e
transparentes ou pequenos cristais brancos.
do nitrato de econazol de 10 minutos. A resolução entre os
picos obtidos com a Solução (3) não é menor que 10, se Solubilidade. Muito solúvel em água, solúvel em etanol,
necessário ajustar a composição da Fase móvel. ligeiramente solúvel em água amoniacal e éter etílico,
pouco solúvel em acetona.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções
(1) e (3). Registrar os cromatogramas e medir as áreas sob
os picos. No cromatograma obtido com a Solução (1), a IDENTIFICAÇÃO
área de todos os picos, exceto o pico principal, não é maior
do que a área sob o pico principal obtida com a Solução A. A 10 mL de solução a 10% (p/v), adicionar uma gota de
(3). A soma das áreas de todos os picos obtidos não é difenilamina SR e homogeneizar. Cuidadosamente, verter
superior a duas vezes a área sob o pico principal obtido a solução para tubo de ensaio contendo 2 mL de ácido
com a Solução (3). Desconsiderar todos os picos com sulfúrico. Desenvolve-se coloração azul na interface.
área inferior a 0,2 tempos do pico principal, obtido com a B. A solução a 2% (p/v) responde às reações do íon prata
Solução (3) e os picos relativos ao íon nitrato. (5.3.1.1).
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da C. A solução a 2% (p/v) responde às reações do íon nitrato
amostra. Dessecar em estufa a 100-105 °C, por 2 horas. No (5.3.1.1).
máximo 0,25%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. ENSAIOS DE PUREZA


No máximo 0,1%.
Aspecto da solução. A solução aquosa a 10% (p/v) é
límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
DOSEAMENTO
Acidez e alcalinidade. A 2 mL de solução a 4% (p/v),
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não adicionar 0,1 mL de verde de bromocresol SI. Desenvolve-
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,35 g da se coloração azul. A 2 mL de solução a 10% (p/v), adicionar
amostra previamente dessecada e dissolver em 50 mL de 0,1 mL de vermelho de fenol SI. Desenvolve-se coloração
ácido acético glacial, aquecendo levemente se necessário, amarela.
e titular potenciometricamente com ácido perclóico 0,1 M
SV. Proceder a determinação em branco para as correções Alumínio, cobre, chumbo e bismuto. Dissolver 1 g da
necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV amostra em mistura de 4 mL de amônia 13,5 M e 6 mL de
consumido corresponde a 47,914 mg de C18H14Cl4N2O. água. A solução é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
HNO3.
Resíduo por evaporação. A 30 mL de solução a 4%
(p/v), adicionar 7,5 mL de ácido clorídrico diluído, agitar
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO vigorosamente, aquecer por 5 minutos em banho-maria
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. e Þltrar. Evaporar 20 mL do Þltrado em banho-maria e
dessecar o resíduo em estufa, entre 100 °C e 105 °C. No
máximo 2 mg (0,3%).
DOSEAMENTO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1165
a
Transferir volume da solução oftálmica equivalente a 50
mg de nitrato de prata para erlenmeyer, diluir com 20
DOSEAMENTO
Dessecar previamente a amostra, sobre sílica, por 4
horas, ao abrigo da luz. Pesar, exatamente, cerca de 0,3
g da amostra dessecada e dissolver em 50 mL de água.
mL de água, adicionar 1 mL de ácido nítrico, 1 mL de
sulfato férrico amoniacal SR e homogeneizar. Titular com
tiocianato de amônio 0,02 M SV até coloração amarelo-
avermelhada. Cada mL de tiocianato de amônio 0,02 M SV
n
equivale a 3,397 mg de AgNO3.
Adicionar 2 mL de ácido nítrico e 2 mL de sulfato férrico
amoniacal SR e homogeneizar. Titular com tiocianato de
amônio 0,1 M SV até coloração amarelo-avermelhada. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cada mL de tiocianato de amônio 0,1 M SV equivale a
16,987 mg de AgNO3. Em recipientes bem fechados, inertes, protegidos da luz.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ROTULAGEM

Em recipientes não metálicos bem fechados, protegidos da Observar a legislação vigente.


luz.

NITRITO DE SÓDIO
ROTULAGEM Natrii nitris
Observar a legislação vigente.
NaNO2; 69,00
CLASSE TERAPÊUTICA nitrito de sódio; 06433
Sal de sódio do ácido nitroso (1:1)
Anti-infeccioso. [7632-00-0]

Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo 101,0% de


NITRATO DE PRATA SOLUÇÃO NaNO2, em relação à substância dessecada.
OFTÁLMICA
DESCRIÇÃO
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% de
AgNO3. A solução oftálmica é tamponada pela adição de Características físicas. Pó granuloso, ou cristais
acetato de sódio. hexagonais transparentes, incolores, ou ainda, massa
branca, opaca e deliquescente. Inodoro e de sabor
levemente salino.
IDENTIFICAÇÃO
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, pouco solúvel
A. A solução oftálmica responde às reações do íon prata em etanol, insolúvel em éter etílico.
(5.3.1.1).

B. A solução oftálmica responde às reações do íon nitrato IDENTIFICAÇÃO


(5.3.1.1).
A. A solução a 10% (p/v) responde às reações do íon nitrito
(5.3.1.1).
CARACTERÍSTICAS
B. A solução a 10% (p/v) responde às reações do íon sódio
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. (5.3.1.1).
pH (5.2.19). 4,5 a 6,0.
ENSAIO DE PUREZA
ENSAIOS DE PUREZA Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar
em 1 g da amostra. No máximo 0,002% (20 ppm).
Aspecto da solução. A solução oftálmica é límpida (5.2.25)
e incolor (5.2.12). Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em estufa a 105
°C, por 4 horas. No máximo 0,25%.
TESTE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
DOSEAMENTO
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
Pesar, exatamente, cerca de 1 g da amostra, transferir
para balão volumétrico de 100 mL, dissolver em água e
a 1166 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

completar o volume com o mesmo solvente. Transferir 15


mL dessa solução para frasco contendo mistura de 50 mL
IDENTIFICAÇÃO

de permanganato de potássio 0,02 M SV, 100 mL de água Os testes de identiÞcação B., C. e E. poderão ser omitidos se
forem realizados os testes A. e D. Os teste de identiÞcação

n
e 5 mL de ácido sulfúrico. Ao adicionar a solução amostra,
imergir a ponta da pipeta sob a superfície da mistura de A. e D. poderão ser omitido se forem realizados os testes
permanganato. Aquecer a mistura a 40 °C, deixar em B., C. e D.
repouso por 5 minutos e adicionar 25 mL de ácido oxálico
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
0,05 M SV. Aquecer a mistura até 80 °C e titular a quente
amostra dessecada a 140 °C por 30 minutos, até peso
com permanganato de potássio 0,02 M SV. Cada mL de
constante e dispersa em óleo mineral, apresenta máximos
permanganato de potássio 0,02 M SV equivale a 3,450 mg
de absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
de NaNO2.
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
no espectro de nitrofurantoína SQR, preparado de maneira
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO idêntica.

Em recipientes bem fechados. B. Proceder ao abrigo de luz intensa. O espectro de absorção


no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 220 nm a 400 nm, da
solução amostra obtida no método A. de Doseamento,
ROTULAGEM exibe máximos em 266 nm e em 367 nm. A razão entre os
Observar a legislação vigente. valores de absorvância medidos em 367 nm e em 266 nm
está compreendida entre 1,36 e 1,42.

CLASSE TERAPÊUTICA C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
Vasodilatador; antídoto para envenenamento por cianeto. corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

D. Dissolver 10 mg da amostra em 10 mL de
NITROFURANTOÍNA dimetilformamida. Transferir 1 mL da solução para tubo
Nitrofurantoinum de ensaio e adicionar 0,1 mL de hidróxido de potássio
etanólico 0,5 M. Desenvolve-se coloração marrom.

E. Dissolver 5 mg da amostra em 5 mL de hidróxido de


sódio 0,1 M. Uma solução de coloração amarelo intensa
é produzida, que passa em seguida a laranja-avermelhada.

ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
C8H6N4O5; 238,16 CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
C8H6N4O5.H2O; 256,17 sílica GF254, como suporte, e mistura de nitrometano e
nitrofurantoína; 06438
à placa, 10 PL de cada uma das soluções, recentemente
metanol (9:1) como fase móvel. Aplicar, separadamente,
1-[[(5-Nitro-2-furanil)metileno]amino]-2,4-
imidazolidinadiona preparadas, descritas a seguir.
[67-20-9]
1-[[(5-Nitro-2-furanil)metileno]amino]-2,4- Solução (1): dissolver 0,25 g da amostra em
imidazolidinadiona hidratada (1:1) dimetilformamida e completar o volume para 10 mL com
[17140-81-7] acetona.

Solução (2): diluir 1 ml da Solução (1) para 100 mL com


Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
acetona.
C8H6N4O5, em relação à substância anidra.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
DESCRIÇÃO secar ao ar, aquecer entre 100 °C e 105 °C por 5 minutos.
Examinar sob luz ultravioleta de 254 nm. Nebulizar com
Características físicas. Pó amarelo cristalino ou cloridrato de fenilidrazina SR. Aquecer novamente a placa
cristais amarelos. Na forma sólida ou em solução, entre 100 °C e 105 °C por 10 minutos. Qualquer mancha
sofre descoramento por álcalis e por exposição à luz, secundária obtida no cromatograma com a Solução (1),
e decomposição pelo contato com metais, exceto aço diferente da mancha principal, não é mais intensa que
inoxidável e alumínio. aquela obtida com a Solução (2) (1%).

Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, solúvel em Água (5.2.20). Dessecar a 140 °C por 30 minutos. No
dimetilformamida, muito pouco solúvel em etanol. máximo 1%, para a forma anidra, e entre 6,5% e 7,5%,
para a forma monoidratada.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
1167
a
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz, à
temperatura inferior a 25 °C.
DOSEAMENTO
A. Proceder conforme escrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14) ao abrigo de luz intensa.
Pesar, exatamente, cerca de 0,12 g da amostra e dissolver
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
n
em 25 mL de dimetilformamida. Completar o volume para
500 mL com água. Transferir para balão volumétrico de CLASSE TERAPÊUTICA
100 mL, 2,5 mL da solução e completar o volume com uma
solução contendo acetato de sódio a 1,8% (p/v) e ácido Antibacteriano.
acético glacial a 0,14% (v/v). Preparar solução padrão na
mesma concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir
a absorvância da solução resultante em 367 nm, utilizando NITROFURANTOÍNA COMPRIMIDOS
a solução de acetato de sódio e ácido acético, anteriormente
descrita, para o ajuste do zero. Calcular o teor de C8H6N4O5
na amostra a partir das leituras obtidas. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de C8H6N4O5. Os comprimidos
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido devem ser revestidos.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
IDENTIFICAÇÃO
com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (5 Pm),
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
O teste de identiÞcação A. poderá ser omitido se forem
mantida à temperatura ambiente, ajustar os parâmetros realizados os testes B. e C. Os testes de identiÞcação B. e
operacionais para que o tempo de retenção do pico da C. poderão ser omitidos se for realizado o teste A.
nitrofurantoína seja de 8 minutos.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos revestidos. Agitar
Tampão fosfato pH 7,0: dissolver 6,8 g de fosfato de quantidade do pó equivalente a 0,1 g de nitrofurantoína com
potássio monobásico em 500 mL de água, e ajustar até 10 mL de ácido acético 6 M. Aquecer por alguns minutos
pH 7,0, hidróxido de amônio M. Completar o volume para e Þltrar a quente. Esfriar à temperatura ambiente, recolher
1000 mL com água e homogeneizar. o precipitado e dessecar a 105 °C por 1 hora até peso
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 7,0 e constante. O resíduo responde ao teste A. de IdentiÞcação
tetraidrofurano (9:1). Filtrar e degaseiÞcar. da monograÞa de Nitrofurantoína.

Solução de padrão interno: dissolver quantidade, B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
exatamente pesada, de acetanilida em água, e diluir de 220 nm a 400 nm, da solução obtida no método A. de
adequadamente de modo a obter solução a 1 mg/mL. Doseamento, exibe máximos em 266 nm e em 367 nm. A
razão entre os valores de absorvância medidos em 367 nm
Solução amostra: dissolver, exatamente, cerca de 25 mg da e em 266 nm está compreendida entre 1,36 e 1,42.
amostra em 20 mL de dimetilformamida. Adicionar 25 mL
de Solução padrão interno, completar o volume para 50 C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
mL, com dimetilformamida e homogeneizar. da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Solução padrão: dissolver, exatamente, cerca de 25 mg
de nitrofurantoína SQR em 20 mL de dimetilformamida.
CARACTERÍSTICAS
Adicionar 25 mL de Solução padrão interno, completar
o volume para 50 mL, com dimetilformamida e Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
homogeneizar.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
O fator de resolução entre acetanilida e nitrofurantoína não
deve ser menor que 3. O desvio padrão relativo das áreas de Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
replicatas dos picos registrados não deve ser maior que 2%.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
PL ou 10 PL) das Soluções padrão e amostra, registrar os
Procedimento: injetar, separadamente, volumes iguais (5
Meio de dissolução: tampão fosfato pH 7,2, 900 mL
cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Calcular o
teor de C8H6N4O5 na amostra a partir das respostas obtidas Aparelhagem: cestas, 100 rpm
com a Solução padrão e a Solução amostra.
Tempo: 60 minutos e 120 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio


de dissolução, Þltrar e diluir com meio de dissolução
a 1168 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

até concentração adequada. Medir as absorvâncias das


soluções em 375 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C8H6N4O5 Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz, em
temperatura inferior a 25 °C.

n
dissolvido no meio, comparando as leituras obtidas com
a da solução de nitrofurantoína SQR na concentração de
0,001% (p/v), preparada no mesmo solvente. ROTULAGEM
Tolerância: não menos que 25% (Q) da quantidade Observar a legislação vigente.
declarada de C8H6N4O5 se dissolvem em 60 minutos, e não
menos que 85% (Q) da quantidade declarada de C8H6N4O5
se dissolvem em 120 minutos. NOZ-DE-COLA
Colae semen
ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Cola nítida (Vent.) A.Chev. – STERCULIACEAE; 09902
no teste Substâncias relacionadas da monograÞa de
Nitrofurantoína. Preparar a Solução (1) como descrito a A droga vegetal consiste dos cotilédones dessecados,
seguir. contendo, no mínimo, 1,7% de taninos totais e 2,0% de
cafeína.
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos
revestidos. Dissolver quantidade do pó equivalente a
SINONÍMIA CIENTÍFICA
0,1 g de nitrofurantoína em 10 mL de mistura Þltrada de
dimetilformamida e acetona (1:9). Cola vera K.Schum.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA CARACTERÍSTICAS


Contagem do número total de micro-organismos Características organolépticas. Os cotilédones apresentam
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. sabor adstringente e algo amargo e odor quase nulo.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste. DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
Os cotilédones são em número de dois, normalmente
DOSEAMENTO encontrados no comércio já separados. São duros
e desiguais, sólidos, irregulares, de cor castanho-
A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos revestidos. Proceder avermelhada, de tamanho muito variável, com 2 cm a 5
conforme descrito no método A. de Doseamento da cm de comprimento por cerca de 2 cm de largura e até 1
monograÞa de Nitrofurantoína, utilizando quantidade cm de espessura. O ápice do cotilédone é mais largo do
do pó equivalente a 0,12 g de nitrofurantoína. Calcular a que a sua base e ambos são arredondados. A margem é
quantidade de C8H6N4O5 nos comprimidos revestidos, a inteira. A superfície externa de cada cotilédone é convexa
partir da leitura obtida. ou ligeiramente deprimida, rugosa, de coloração castanha
a castanho-avermelhada. A superfície interna é plana
B. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
ou deprimida, mais ou menos lisa, geralmente irregular,
da monograÞa de Nitrofurantoína. Preparar a Solução
apresentando na base pequena cavidade contendo, às vezes,
amostra como descrito a seguir.
a radícula e a plúmula, ou vestígios destas. A superfície de
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos fratura é uniforme e castanha brilhante.
revestidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
50 mg de nitrofurantoína para balão volumétrico de DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
100 mL, adicionar 40 mL de dimetilformamida e agitar,
mecanicamente, por 15 minutos. Adicionar 50 mL de Os cotilédones estão envoltos por uma epiderme formada
Solução padrão interno, homogeneizar e deixar esfriar por células retangulares, pequenas ou ligeiramente
à temperatura ambiente. Completar o volume com alongadas no sentido radial e são constituídos por um
dimetilformamida e homogeneizar. Filtrar através de Þltro parênquima homogêneo de células poligonais, às vezes de
de nylon de porosidade 0,45 —m. contorno irregular. As células mais internas são maiores,
com paredes espessas e pontoadas, de coloração castanha,
Procedimento: injetar, separadamente, volumes iguais contendo compostos fenólicos, matéria graxa e abundantes
(5 —L ou 10 —L) das Soluções padrão e amostra, grãos de amido. Esses últimos, estão principalmente
registrar os cromatogramas e medir as áreas sob os picos distribuídos nas células centrais e são desiguais, esféricos,
correspondentes à nitrofurantoína e à acetanilida. Calcular ovais, ovais-arredondados, oblongos, reniformes,
a quantidade de C8H6N4O5 nos comprimidos revestidos a elipsóides ou piriformes, com hilo ramiÞcado, centralizado
partir das respostas obtidas para a relação nitrofurantoína/ ou excêntrico, quase sempre fundido, em forma de estrela
acetanilida, na Solução padrão e na Solução amostra. ou de cruz e suas estrias concêntricas são pouco visíveis.
O tamanho dos grãos varia de 5 Pm a 35 Pm, raramente
45 Pm.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

volumétrico de 100 mL. Completar o volume com solução


de ácido sulfúrico a 2,5% (v/v) e transferir 10 mL desta
1169
a
solução para balão volumétrico de 100 mL. Completar o

n
volume com a mesma solução de ácido sulfúrico a 2,5%
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
15 Pg/mL.
(v/v), obtendo-se, assim, concentração teórica em torno de
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
Solução padrão: pesar exatamente, cerca de 25 mg do
características: cor castanho-avermelhada a moderadamente
cafeína SQR e transferir para balão volumétrico de 100
amarelado-acastanhada; fragmentos de epiderme e de
mL. Completar o volume com solução de ácido sulfúrico
parênquima com células poligonais, de paredes pardas ou
2,5% (v/v), obtendo-se solução estoque de cafeína a 250
castanho-avermelhadas, contendo numerosos e variados
—g/mL.
grãos de amido, como os descritos; escassos fragmentos
de pequenos feixes Þbrovasculares. Os grãos de amido, Soluções para curva analítica: diluir alíquotas da Solução
quando observados em luz polarizada, exibem uma cruz padrão para obtenção das seguintes concentrações: 2,5 —g/
na região do hilo. mL; 5,0 —g/mL; 10,0 —g/mL; 15,0 —g/mL e 20,0 —g/mL
utilizando solução de ácido sulfúrico a 2,5% (v/v) para
IDENTIFICAÇÃO completar o volume.

A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em Medir a absorvância das soluções em 271 nm, empregar
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, cubetas de 1 cm. Utilizar solução de ácido sulfúrico a
como suporte, e mistura de acetato de etila, metanol e água 2,5% (v/v) para ajuste do zero. Calcular o teor de cafeína
(metilxantinas) na amostra a partir da equação da reta
em forma de banda, 5 —L a 10 PL da Solução amostra e
(100:13,5:10), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
obtida com a curva analítica da cafeína.
2—L a 3 PL da Solução padrão, preparadas como descrito Taninos totais
a seguir.
Nota: proteger as amostras da luz durante a extração e a
Solução amostra: extrair a droga previamente pulverizada, diluição. Utilizar água isenta de dióxido de carbono em
sob reßuxo durante 15 minutos, em concentração igual a todas as operações.
2% (p/v), utilizando etanol como líquido extrator. Filtrar e
aplicar na cromatoplaca. Solução estoque: pesar 0,75 g da droga pulverizada,
transferir para erlenmeyer e adicionar 150 mL de água.
Solução padrão: dissolver 10 mg de cafeína SQR em 2 mL Aquecer até fervura e manter em banho-maria à temperatura
de etanol absoluto. de 80 °C a 90 °C durante 30 minutos. Resfriar em água
Desenvolver o cromatograma. Remover a cromatoplaca e corrente, transferir a mistura para balão volumétrico e
deixar secar ao ar por alguns minutos. Observar sob luz diluir a 250 mL com água. Deixar decantar o sedimento
ultravioleta (254 nm). A mancha com Rf próximo a 0,50, e Þltrar através de papel Þltro. Desprezar os primeiros 50
corresponde a cafeína. Nebulizar com o iodeto de potássio mL do Þltrado.
e subnitrato de bismuto SR. Adicionalmente nebulizar com Solução amostra para polifenóis totais: diluir 5 mL do
solução aquosa de nitrito de sódio a 5% (p/v). A mancha Þltrado para 25 mL com água. Misturar 5 mL desta solução
correspondente a cafeína apresenta coloração vermelho com 2 mL de ácido fosfotúngstico SR e diluir a 50 mL com
tijolo. carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da solução
(A1) a 715 nm (5.2.14), exatamente 3 minutos após a adição
ENSAIOS DE PUREZA do último reagente, utilizando água como branco.

Material estranho (5.4.2.2). No máximo 3,0%. Solução amostra para polifenóis não adsorvidos pelo pó
de pele: adicionar a 20 mL do Þltrado 0,2 g de pó de pele
Água (5.4.2.3). No máximo 15,0%. SQR e agitar vigorosamente durante 60 minutos. Filtrar.
Diluir 5 mL do Þltrado a 25 mL com água. Misturar 5 mL
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 5,0%.
desta solução com 2 mL de ácido fosfotúngstico SR e diluir
50 mL com carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da
DOSEAMENTO solução a 715 nm (A2) (5.2.14), exatamente 3 minutos após
a adição do último reagente, utilizando água como branco.
Metilxantinas
Solução padrão: dissolver 50 mg de pirogalol em água
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de e diluir a 100 mL. Diluir 5 mL desta solução a 100 mL
absorção no ultravioleta (5.2.14). Preparar as soluções com água. Misturar 5 mL desta solução com 2 mL de ácido
descritas a seguir. fosfotúngstico SR e diluir a 50 mL com carbonato de sódio
SR. Medir a absorvância desta solução a 715 nm (A3)
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da
(5.2.14),exatamente 3 minutos após a adição do último
amostra pulverizada. Extrair com 20 mL de solução de
reagente e dentro de 15 minutos contados da dissolução do
ácido sulfúrico a 2,5% (v/v) sob agitação magnética durante
pirogalol, utilizando água como branco.
15 minutos, por quatro vezes. Filtrar as porções para balão
a 1170 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Calcular o teor, segundo a expressão: A2 = absorvância medida da Solução amostra para


polifenóis não adsorvidos em pó de pele;
A3 = absorvância medida para a Solução padrão.

n em que

m = massa da amostra em gramas.


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
A1 = absorvância medida da Solução amostra para
polifenóis totais;
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1171
a
n

Figura 1 – Aspectos macroscópicos, microscópidos e da microscopia do pó em Cola nitida (Vent.) A. Chev.


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A, B e C a 2 cm; em D, E e F a 100 —m; em G a 50 —m.

A – aspecto da face externa do cotilédone. B – aspecto da face interna do cotilédone. C – cotilédone em vista equatorial. D, E, F e G – detalhes do pó.
D, E e F – fragmentos de parênquima, evidenciando tamanhos variáveis de células e paredes pontoadas. G – detalhe de grãos de amido, mostrando
variabilidade quanto a forma, tamanho dos grãos e aspectos do hilo.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Usar o resultado obtido para calcular a razão atômica


1173
a
OCTACLORIDRATO DE ALUMÍNIO E de alumínio/zircônio e a razão atômica de (alumínio +
ZIRCÔNIO zircônio)/cloreto.

Conteúdo de zircônio. Pesar 250 mg da amostra, transferir


AlyZr(OH)3y+4-xClx.nH2O para béquer de 150 mL, adicionar 5 mL de água e 15 mL de
octacloridrato de alumínio e zircônio; 09831 ácido clorídrico. Manter em ebulição durante 6 a 8 minutos.
Hidróxido cloreto de zircônio e alumínio Em seguida, adicionar de 30 a 40 mL de água e 5 mL de
[57158-29-9] ácido clorídrico e aquecer até ebulição. Adicionar uma
gota de solução de alaranjado de xilenol de 0,1% (p/v), e
Octacloridrato de alumínio e zircônio é um complexo
polimérico hidratado de cloreto básico de alumínio e
zircônio. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo,
110,0% de octacloridrato de alumínio e zircônio em relação
titular a solução, ainda quente, com edetato dissódico 0,05
M SV até a mudança da coloração rósea para amarela.
Fazer prova em branco. Cada mL de edetato de dissódico
0,05 M SV equivale a 46,48 mg de zircônio. No mínimo
o
à substância anidra. 12,8% e no máximo 15,4% de zircônio. Usar o resultado
obtido para calcular a razão atômica de alumínio/zircônio e
a razão atômica de (alumínio + zircônio)/cloreto.
IDENTIFICAÇÃO
Razão atômica alumínio/zircônio. Dividir o porcentual
A. A solução aquosa da amostra a 10% (p/v), responde às de alumínio encontrado no teste para Conteúdo de
reações do íon cloreto (5.3.1.1). alumínio pelo porcentual de zircônio encontrado no teste
para Conteúdo de zircônio e multiplicar por 92,97/26,98.
ENSAIOS DE PUREZA Onde, 92,97 é a massa atômica do zircônio corrigida para
2% de háfnio e 26,98 é a massa atômica do alumínio. No
pH (5.2.19). 3,0 a 5,0. Determinar em solução aquosa 15% mínimo 6:1 e no máximo 10:1.
(p/v).
Conteúdo de cloreto. Pesar 250 mg da amostra, transferir
Conteúdo de alumínio. Pesar 0,15 g da amostra, transferir para béquer de 250 mL, adicionar 120 mL de água e 20
para béquer de 150 mL, adicionar 5 mL de água e 15 mL mL de ácido nítrico M. Agitar até a solubilização e titular
de ácido clorídrico. Manter em ebulição durante 5 minutos. com nitrato de prata 0,1 M, determinando o ponto Þnal
Em seguida, adicionar 40 mL de água e 30 mL de edetato potenciometricamente. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M
dissódico 0,05 M SV. Novamente, ebulir durante 5 minutos. equivale a 3,546 mg de cloreto. No mínimo 16,5% e no
Deixar arrefecer, adicionar 15 mL do tampão ácido acético- máximo 19,0% de cloreto.
acetato de amônio, e ajustar com solução concentrada
de amônia até pH 4,5. Acrescentar 20 mL de etanol e Usar o resultado obtido para calcular a razão atômica
ajustar o pH a 4,6 com solução concentrada de amônia. de alumínio/zircônio e a razão atômica de (alumínio +
Adicionar 10 gotas de ditizona a 0,025% (p/v) em etanol. zircônio)/cloreto.
Titular com sulfato de zinco 0,1 M SV até surgimento de
coloração rosa-púrpura. Fazer prova em branco. Calcular a Razão atômica (alumínio + zircônio)/cloreto. Calcular a
porcentagem de alumínio pela fórmula: razão atômica (alumínio + zircônio)/cloreto de acordo com
a fórmula:

em que

Me = molaridade da solução volumétrica de edetato de


dissódico;
z = volume consumido da solução volumétrica de sulfato
de zinco em mL; em que
Mz = molaridade de solução volumétrica de sulfato de Al, Zr e Cl = porcentagens de alumínio, zircônio e
zinco; cloreto, determinados nos testes para Conteúdo de
W = quantidade em g da amostra e alumínio, Conteúdo de zircônio e Conteúdo de cloreto,
Ze= volume equivalente de edetato de dissódico consumido respectivamente;
pela quantidade de zircônio calculado de acordo com a 26,98 = massa atômica do alumínio;
fórmula: 92,97 = massa atômica de zircônio corrigida para 2% de
háfnio e
35,453 = massa atômica do cloro.
em que
A razão está entre 1,5:1 e 0,9:1.
Zr = porcentagem de zircônio determinada no teste
Conteúdo de zircônio e Arsênio (5.3.2.5). Determinar em 1,5 g de amostra.
Proceder conforme descrito em Ensaio limite para arsênio.
92,97 = massa atômica do zircônio corrigida para o
No máximo 0,0002% (2 ppm).
conteúdo de 2% de háfnio.
a 1174 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Ferro (5.3.2.4). Utilizar Método I. Pesar 0,667 g da


amostra e acrescentar 40 mL de água. Proceder conforme
0,9:1. Os seguintes solventes podem ser utilizados: água,
propilenoglicol ou dipropilenoglicol.
descrito em Ensaio limite para ferro. No máximo 0,015%
(150 ppm).
IDENTIFICAÇÃO
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. Pesar 1 g da
A. Quando a solução for preparada em propilenoglicol,
amostra e adicionar 40 mL de água. Se a preparação não
adicionar cerca de 10 mL de álcool isopropílico a 2 g
se apresentar límpida aquecer a 80 °C por alguns minutos,
da solução. Misturar e Þltrar. Evaporar o Þltrado em
em seguida, deixar arrefecer. Caso a preparação, ainda,
banho-maria até reduzir o volume a 1 mL. O espectro de
permaneça turva, repetir o processo adicionando 3 mL de

o
absorção no infravermelho (5.2.14) de um Þlme dessa
ácido clorídrico. Ajustar o pH entre 3 e 4 com hidróxido de
solução, dispersa em cloreto de prata, apresenta máximos
amônio 6 M. Proceder conforme descrito em Ensaio limite
de absorção somente nos mesmos comprimentos de
para metais pesados usando 1 mL da solução padrão de
onda daqueles observados no espectro de um Þlme de
chumbo de 20 ppm. No máximo 0,002% (20 ppm).
propilenoglicol, preparado de maneira idêntica.

DOSEAMENTO B. Quando a solução for preparada em dipropilenoglicol,


adicionar cerca de 10 mL de álcool isopropílico a 2 g
Calcular a porcentagem do octacloridrato de da solução. Misturar e Þltrar. Evaporar o Þltrado em
alumínio e zircônio anidro e no octacloridrato de banho-maria até reduzir o volume a 1 mL. O espectro
alumínio e zircônio, de acordo com a fórmula: de absorção no infravermelho (5.2.14) de um Þlme desta
solução, dispersa em cloreto de prata, apresenta máximos
de absorção somente nos mesmos comprimentos de
onda daqueles observados no espectro de um Þlme de
dipropilenoglicol, preparado de maneira idêntica.

C. A solução contendo o equivalente a cerca de 100 mg


em que de octacloridrato de alumínio e zircônio anidro por mL
responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
Al = percentual de alumínio encontrado no teste para
Conteúdo de alumínio;
CARACTERÍSTICAS
y = razão atômica alumínio/zircônio encontrada no teste
para Razão atômica alumínio/zircônio; pH (5.2.19). 3,0 a 5,0. Determinar em uma solução
preparada pela diluição de 3 g da solução com água até
z = razão atômica (alumínio + zircônio)/cloreto encontrada completar o volume para 10 mL.
no teste para Razão atômica (alumínio + zircônio)/cloreto;

26,98 = massa atômica do alumínio; ENSAIOS DE PUREZA


92,97 = massa atômica de zircônio corrigida para 2% de Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método I. Determinar em 1,5
háfnio; g de amostra. No máximo 0,0002% (2 ppm).
17,01 = massa molecular do ânion hidróxido (OH) e
Ferro (5.3.2.4). Utilizar o Método III. Transferir 5,3 g de
35,453 = massa atômica do cloro (Cl).
solução de octacloridrato de alumínio e zircônio para balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume com água.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Transferir 5 mL da solução amostra e 2 mL da solução
padrão para béqueres distintos e, a cada béquer, adicionar
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. 5 mL de ácido nítrico 6 M. Cobrir com vidro de relógio e
ferver as soluções por 3 a 5 minutos. Arrefecer. No máximo
ROTULAGEM 0,0075% (75 ppm).

Observar a legislação vigente. Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Pesar 2


g de solução de octacloridrato de alumínio e zircônio e
adicionar 40 mL de água. Se a solução não se apresentar
OCTACLORIDRATO DE ALUMÍNIO E límpida, aquecer a 80 °C por alguns minutos e, em seguida,
deixar arrefecer. Caso a solução ainda permaneça turva,
ZIRCÔNIO SOLUÇÃO repetir o processo adicionando 3 mL de ácido clorídrico.
Ajustar o pH entre 3 e 4 com hidróxido de amônio 6 M.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da Utilizar 1 mL da Solução padrão de chumbo (10 ppm). No
quantidade declarada de octacloridrato de alumínio máximo 0,001% (10 ppm).
anidro. Octacloridrato de alumínio e zircônio é um
Conteúdo de alumínio. Pesar 0,15 g da amostra, transferir
complexo polimérico básico de cloreto de alumínio.
para béquer de 150 mL, adicionar 5 mL de água e 15 mL
Possui razão atômica de alumínio/zircônio entre 6:1
de ácido clorídrico. Manter em ebulição durante 5 minutos.
e 10:1, e de (alumínio+zircônio)/cloreto entre 1,5:1 e
Em seguida, adicionar 40 mL de água e 30 mL de edetato
dissódico 0,05 M SV. Novamente, manter em ebulição
durante 5 minutos. Arrefecer, adicionar 15 mL de tampão
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

calcular a razão atômica de alumínio/zircônio e a razão


atômica de (alumínio+zircônio)/cloreto.
1175
a
ácido acético-acetato de amônio e ajustar com solução
concentrada de amônia até pH 4,5. Acrescentar 20 mL de Razão atômica (alumínio+zircônio)/cloreto. Calcular a
etanol e ajustar o pH a 4,6 com solução concentrada de razão atômica (alumínio+zircônio)/cloreto de acordo com
amônia. Adicionar 10 gotas de ditizona a 0,025% (p/v) a seguinte fórmula:
em etanol. Titular com sulfato de zinco 0,1 M SV até
surgimento de coloração rosa-púrpura. Realizar ensaio em
branco. Calcular a porcentagem de alumínio pela fórmula:

em que, Me é a molaridade do edetato de sódio 0,05 M SV,


z é o volume consumido de sulfato de zinco 0,1 M SV em
em que, Al, Zr e Cl correspondem às porcentagens de
alumínio, zircônio e cloreto, determinados nos ensaios
o
mL, Mz é a molaridade do sulfato de zinco 0,1 M SV, W é a Conteúdo de alumínio, Conteúdo de zircônio e Conteúdo
quantidade em g da amostra e Ze é o volume equivalente de de cloreto, respectivamente. 26,98 é a massa atômica do
edetato de sódio, consumido pela quantidade de zircônio, alumínio, 92,97 é a massa atômica de zircônio corrigida
calculado de acordo com a seguinte fórmula: para 2% de háfnio e 35,453 é a massa atômica do cloro. A
razão está entre 1,5:1 e 0,9:1.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Contagem do número total de micro-organismos
em que, Zr é a porcentagem de zircônio determinada no
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
ensaio Conteúdo de zircônio, 92,97 é a massa atômica do
zircônio corrigida para o conteúdo de 2% de háfnio. Usar o Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
resultado obtido para calcular a razão atômica de alumínio/ Cumpre o teste.
zircônio e a razão atômica de (alumínio+zircônio)/cloreto.

Conteúdo de zircônio. Pesar 500 mg da amostra, transferir DOSEAMENTO


para béquer de 150 mL, adicionar 5 mL de água e 15
mL de ácido clorídrico. Manter em ebulição durante 6 a Calcular a porcentagem de octacloridrato de alumínio e
8 minutos. Em seguida, adicionar de 30 mL a 40 mL de zircônio anidro e na solução, de acordo com a seguinte
água e 5 mL de ácido clorídrico e aquecer até ebulição. fórmula:
Adicionar uma gota de alaranjado de xilenol SI e titular a
solução, ainda quente, com edetato dissódico 0,05 M SV
até a mudança de coloração rósea para amarela. Realizar
ensaio em branco. Cada mL de edetato de sódio 0,05 M SV
equivale a 46,48 mg de zircônio. No mínimo 12,8% e no
máximo 15,4% de zircônio. Usar o resultado obtido para em que, Al é o percentual de alumínio encontrado no ensaio
calcular a razão atômica de alumínio/zircônio e a razão Conteúdo de alumínio, y é a razão atômica alumínio/zircônio
atômica de (alumínio+zircônio)/cloreto. encontrada no ensaio Razão atômica alumínio/zircônio, z é
a razão atômica (alumínio+zircônio)/cloreto encontrada no
Razão atômica alumínio/zircônio. Dividir o percentual
ensaio Razão atômica (alumínio+zircônio)/cloreto, 26,98
de alumínio encontrado no ensaio Conteúdo de alumínio
é a massa atômica do alumínio, 92,97 é a massa atômica
pelo percentual de zircônio encontrado no ensaio Conteúdo
de zircônio corrigida para 2% de háfnio, 17,01 é a massa
de zircônio e multiplicar por 92,97/26,98. Em que, 92,97 é
molecular do ânion hidróxido (OH) e 35,453 é massa
a massa atômica do zircônio corrigida para 2% de háfnio e
atômica do cloro (Cl).
26,98 é a massa atômica do alumínio. No mínimo 6:1 e no
máximo 10:1.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Conteúdo de cloreto. Pesar 500 mg da amostra, transferir
para béquer de 250 mL, adicionar 120 mL de água e 20 Em recipientes bem fechados.
mL de ácido nítrico M. Agitar até a solubilização e titular
com nitrato de prata 0,1 M SV, determinando o ponto Þnal
ROTULAGEM
potenciometricamente. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M
SV equivale a 3,546 mg de cloreto. No mínimo 16,5% e no Observar a legislação vigente.
máximo 19,0% de cloreto. Utilizar o resultado obtido para
a 1176 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO
OFLOXACINO Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Ofloxacinum
A. Proceder conforme descrito em Titulações em meio
não aquoso (5.3.3.5). Transferir cerca de 0,1 g da amostra
previamente dessecada para béquer de 400 mL, adicionar
275 mL de anidrido acético e agitar até dissolver. Titular
com ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o ponto
Þnal potenciometricamente. Usar o primeiro dos dois

o
pontos de inßexão. Realizar ensaio em branco e fazer as
correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
SV equivale a 36,138 mg de C18H20FN3O4.

B. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico


C18H20FN3O4; 361,37 de antibióticos pelo método difusão em ágar (5.5.3.3.1),
oßoxacino; 06574 utilizando cilindros.
Ácido 9-ßuor-2,3-diidro-3-metil-10-(4-metil-1-
piperazinil)-7-oxo-7H-pirido[1,2,3-de]-1,4-benzoxazina- Micro-organismos: Micrococcus luteus ATCC 9341.
6-carboxílico
[83380-47-6] Meios de cultura: meio número 1, para manutenção
do micro-organismo; solução salina estéril, para a
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de padronização do inóculo e meio número 11, para a camada
C18H20FN3O4, em relação à substância dessecada. base e camada de inóculo na placa.

Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 0,25 g de


DESCRIÇÃO amostra, transferir para balão volumétrico de 250 mL
com auxílio de 100 mL de Tampão fosfato de potássio
Características físico-químicas. Cristais em forma de
0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), agitar por 30 minutos
agulhas incolores. Temperatura de fusão (5.2.2): 250 ºC,
sucessivamente, até as concentrações de 20 Pg/mL, 30 Pg/
e completar o volume com o mesmo diluente. Diluir,
com decomposição.

Constantes físico-químicas. mL e 45 Pg/mL, utilizando Tampão fosfato de potássio 0,1


M, estéril, pH 8,0 (Solução 2), como diluente.
Poder rotatório (5.2.8): –1,0º a +1,0º, em relação à
substância dessecada. Determinar em solução a 1% (p/v) Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 50 mg de
em clorofórmio. oßoxacino SQR, transferir para balão volumétrico de 50
mL e completar o volume com Tampão fosfato de potássio

até as concentrações de 20 Pg/mL, 30 Pg/mL e 45 Pg/mL,


0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2). Diluir, sucessivamente,
IDENTIFICAÇÃO
utilizando Tampão fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH
espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da amostra
8,0 (Solução 2), como diluente.
dessecada, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles 11 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de
observados no espectro de oßoxacino SQR, preparado de inóculo a 0,5% e proceder conforme descrito em Ensaio
maneira idêntica. microbiológico de antibióticos (5.5.3.3.1), adicionando aos

Calcular a potência da amostra, em Pg de oßoxacino por


cilindros, 0,2 mL das soluções recentemente preparadas.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 a 400 nm, de solução a 0,00067% (p/v) em ácido
miligrama, a partir da potência do padrão e das respostas
clorídrico 0,1 M exibe máximos idênticos aos observados
obtidas com as Soluções padrão e amostra.
no espectro de solução similar de oßoxacino SQR.

ENSAIOS DE PUREZA EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método II. No máximo Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
0,0001% (1 ppm).

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No ROTULAGEM


máximo 0,001% (10 ppm).
Observar a legislação vigente.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da
amostra Dessecar em estufa, a 105 ºC, por 4 horas. No
máximo 0,2%. CLASSE TERAPÊUTICA

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. Antimicrobiano.


No máximo 0,1%.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1177

Fase móvel: utilizar misturas variáveis das Eluentes A e B,


conforme indicado a seguir.
a
OFLOXACINO COMPRIMIDOS
Tempo Eluente A Eluente B
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da Eluição
(minutos) (%) (%)
quantidade declarada de C18H20FN3O4.
0-8 100 0 Isocrática
8-25 100ĺ40 0ĺ60 Gradiente linear
IDENTIFICAÇÃO 25-26 40 ĺ 100 60ĺ0 Gradiente linear
26-40 100 0 Isocrática

o
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Preparar solução
a 0,00067% (p/v) em ácido clorídrico 0,1 M, agitar
mecanicamente por 20 minutos e Þltrar. O espectro de
absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 nm a 400 Solução amostra: pesar e triturar quantidade não inferior a
nm, exibe máximos idênticos aos observados no espectro 20 comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente a
de solução similar de oßoxacino SQR. 100 mg de oßoxacino para balão volumétrico de 100 mL,
adicionar cerca de 70 mL de metanol e deixar o balão em

com metanol e Þltrar em Þltro 0,45 Pm, descartando os


B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma banho de ultrassom por 20 minutos. Completar o volume
da Solução amostra, obtido em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão. primeiros 5 mL do Þltrado.

Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada


CARACTERÍSTICAS
solução a 4 Pg/mL.
de oßoxacino SQR em metanol e diluir de modo a obter
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Injetar replicatas de 10 PL de Solução padrão. O fator de
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
cauda para o pico de oßoxacino não é maior que 2,0. O
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. desvio padrão relativo das replicatas dos picos registrados
não é maior que 5,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL de Solução


Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas e
medir as áreas sob os picos. Calcular a porcentagem de
cada impureza presente na amostra segundo a equação:
ENSAIOS DE PUREZA
100 (1/F) (Ai/Ap) (Cp/Ca)
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). em que
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
294 nm, coluna de 100 mm de comprimento e 4,6 mm de F = fator de resposta relativo para cada impureza;
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente Ai = área sob o pico correspondente a qualquer impureza
ligada a grupo octadecilsilano, mantida à temperatura individual obtida na solução amostra;
ambiente; ßuxo da Fase móvel de 1 mL/minuto.
Ap = área sob o pico correspondente ao oßoxacino obtido
na solução padrão;
monobásico em 1000 mL de água, e ajustar o pH em 3,3 r
Solução tampão: dissolver 2,72 g de fosfato de potássio
Cp = concentração, em mg/mL, de oßoxacino na solução
0,1 com ácido fosfórico SR. padrão;
Ca = concentração, em mg/mL, de oßoxacino na solução
Eluente A: mistura de Solução tampão e acetonitrila
amostra, baseado no valor declarado.
(88:12). DesgaseiÞcar e Þltrar.
Os limites das impurezas são apresentados a seguir:
Eluente B: mistura de acetonitrila e Solução tampão
(60:40). DesgaseiÞcar e Þltrar.

Tempo de Fator de
Impureza Retenção Resposta Limite (%)
Relativo Relativo
Impureza A (ácido 2,3-diidro-3-metil-10-(4-metil-1-piperazinil)-7-oxo-7H- 0,5 1 0,3
pirido[1,2,3-de]-1,4-benzoxazina-6-carboxílico)
Impureza B (ácido 9,10-dißuoro-3-metil-7-oxo-2,3-diidro-7H-pirido[1,2,3- 3,6 0,22 0,3
de]-1,4-benzoxazina-6-carboxílico)
Outras impurezas individuais - 1 0,2
Total de impurezas - - 1,0
a 1178 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO
Diluente 2 (20 Pg/mL).
balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com

Empregar um dos métodos a seguir:


Solução amostra: pesar e triturar quantidade não inferior a
A. Proceder conforme descrito em Dosagem microbiológica 20 comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente a
de antibióticos pelo método de Difusão em ágar (5.5.3.3.1), 100 mg de oßoxacino para balão volumétrico de 100 mL,
utilizando cilindros. adicionar cerca de 70 mL de Diluente 1 e deixar o balão em

com Diluente 1 e Þltrar esta solução em Þltro 0,45 Pm.


banho de ultrassom por 20 minutos. Completar o volume
Micro-organismo: Kocuria rhizophila ATCC 9341.

Meios de cultura: meio número 1, para manutenção Transferir 2 mL da solução Þltrada para balão volumétrico

o do micro-organismo; solução salina estéril, para a


padronização do inóculo e meio número 11, para a camada
base e camada de inóculo na placa.

Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.


de 100 mL, completar o volume com Diluente 2 e agitar.

Injetar replicatas de 20 PL de Solução padrão. O fator de


cauda para o pico de oßoxacino não é maior que 2,0. O
desvio padrão relativo das replicatas dos picos registrados
Utilizar quantidade do pó equivalente a 0,25 g de oßoxacino, não é maior que 2,0%.

Procedimento: Injetar, separadamente, 20 PL de Solução


transferir quantitativamente para balão volumétrico de 250
mL com auxílio de 100 mL de tampão fosfato de potássio
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas
0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2). Agitar por 30 minutos e
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
sucessivamente, até as concentrações de 0,05 Pg/mL, 0,10
completar o volume com o mesmo diluente e Þltrar. Diluir,
C18H20FN3O4 nos comprimidos a partir das respostas
Pg/mL e 0,20 Pg/mL, utilizando solução tampão fosfato de
obtidas para a Solução padrão e a Solução amostra.
potássio, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 25 mg de
oßoxacino SQR, transferir para balão volumétrico de 25 Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
mL e completar o volume com solução tampão fosfato

sucessivamente, até as concentrações de 0,05 Pg/mL, 0,10


de potássio, estéril, pH 8,0 (Solução 2) e agitar. Diluir,
ROTULAGEM
Pg/mL e 0,20 Pg/mL, utilizando solução tampão fosfato de Observar a legislação vigente.
potássio, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente.

Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número


11 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de OFLOXACINO SOLUÇÃO OFTÁLMICA
inóculo a 0,5% e proceder conforme descrito em Dosagem
microbiológica de antibióticos (5.5.3.3), adicionando aos Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
cilindros 0,2 mL das soluções recentemente preparadas. quantidade declarada de C18H20FN3O4.
Calcular a quantidade em mg de oßoxacino nos
comprimidos a partir da potência do padrão e das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra. IDENTIFICAÇÃO
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
de detector ultravioleta a 294 nm, coluna de 100 mm de como suporte, e mistura de clorofórmio, metanol e solução

móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 PL de cada uma


comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada (1 em 30) de hidróxido de amônio (150:75:15), como fase
com sílica ligada a grupo octadecilsilano, mantida à
temperatura ambiente; ßuxo de Fase móvel de 1 mL/ das soluções descritas a seguir.
minuto.
Solução (1): diluir quantidade exatamente medida da

monobásico em 1000 mL de água, e ajustar o pH em 3,3 r


Solução tampão: dissolver 2,72 g de fosfato de potássio solução oftálmica em mistura de clorofórmio e metanol
(1:1) de modo a obter solução de oßoxacino a 0,3 mg/mL.
0,1 com ácido fosfórico SR.
Solução (2): dissolver quantidade de oßoxacino SQR em
Fase móvel: mistura de solução tampão e acetonitrila mistura de clorofórmio e metanol (1:1) de modo a obter
(88:12). DesgaseiÞcar e Þltrar. solução de oßoxacino a 0,3 mg/mL.

Diluente 1: mistura de metanol e ácido acético glacial Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
(75:25). secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde em
Diluente 2: mistura de água e acetonitrila (90:10). posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Solução padrão: transferir cerca de 25 mg de oßoxacino B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
SQR para balão volumétrico de 25 mL e dissolver em da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
Diluente 1 (1 mg/mL). Transferir 2 mL desta solução para àquele do pico principal da Solução padrão.
CARACTERÍSTICAS
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada


1179
a
modo a obter solução a 60 Pg/mL.
de oßoxacino SQR e diluir com ácido clorídrico 0,05 M de
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 6,0 a 6,8. Solução de resolução: preparar solução contendo cerca


de 0,1 mg de oßoxacino SQR e cerca de 2,4 mg de
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA propilparabeno em cada mL de acetonitrila.

Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Injetar 20 PL de Solução de resolução. A resolução entre

a 2. Injetar replicatas de 20 PL de Solução padrão. O fator


os picos de propilparabeno e do oßoxacino não é inferior

DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir:
de cauda para o pico de oßoxacino não deve ser maior
que 3. O desvio padrão relativo das replicatas dos picos
registrados não deve ser maior que 2,0%.
o
Procedimento: Injetar, separadamente, 20 PL de Solução
A. Proceder conforme descrito em Dosagem microbiológica
de antibióticos pelo método de Difusão em ágar (5.5.3.3.1),
padrão e de Solução amostra, registrar os cromatogramas
utilizando cilindros.
e mediar as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
Micro-organismo: Kocuria rhizophila ATCC 9341. C18H20FN3O4 na solução oftálmica a partir das respostas
obtidas para a Solução padrão e a Solução amostra.
Meios de cultura: meio número 1, para manutenção
do micro-organismo; solução salina estéril, para a
padronização do inóculo e meio número 11, para a camada EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
base e camada de inóculo na placa. Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

concentrações de 0,05 Pg/mL, 0,10 Pg/mL e 0,20 Pg/mL,


Solução amostra: diluir a solução oftálmica até as
ROTULAGEM
utilizando Solução tampão fosfato de potássio, estéril, pH
8,0 (Solução 2) como diluente. Observar a legislação vigente.

Solução padrão: pesar, exatamente, cerca de 25 mg de


oßoxacino SQR, transferir para balão volumétrico de 25 ÓLEO DE AMENDOIM
mL e completar o volume com Solução tampão fosfato Arachidis oleum
sucessivamente, até as concentrações de 0,05 Pg/mL, 0,10
de potássio, estéril, pH 8,0 (Solução 2) e agitar. Diluir,

Pg/mL e 0,20 Pg/mL, utilizando Solução tampão fosfato de Óleo de amendoim; 09887
potássio, estéril, pH 8,0 (Solução 2) como diluente. [8002-03-7]

Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número


Óleo Þxo reÞnado obtido das sementes de uma ou
11 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de
mais variedades cultivadas de Arachis hypogaea L. –
inóculo a 0,5% e proceder conforme descrito em Dosagem
LEGUMINOSAE.
microbiológica de antibióticos (5.5.3.3), adicionando aos
cilindros, 0,2 mL das soluções recentemente preparadas.
Calcular a quantidade de oßoxacino por mililitro da solução DESCRIÇÃO
oftálmica a partir da potência do padrão e das respostas
obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra. Características físicas. Óleo quase incolor ou levemente
amarelado, viscoso, inodoro ou com leve odor agradável.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido Solubilidade. Insolúvel em água, solúvel em benzeno,
de detector ultravioleta a 294 nm, coluna de 250 mm de tetracloreto de carbono e óleos minerais, pouco solúvel
em etanol, miscível com éter etílico, éter de petróleo,
com sílica ligada a grupo octadecilsilano (5 Pm), mantida
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
clorofórmio e dissulfeto de carbono.
a 35 °C; ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto. Constantes físico-químicas.
Fase móvel: mistura de lauril sulfato de sódio a 0,24% Densidade relativa (5.2.5): 0,912 a 0,920.
(p/v), acetonitrila e ácido acético glacial (580:400:20).
DesgaseiÞcar e Þltrar. Índice de refração (5.2.6): 1,462 a 1,464. Determinar a 40 °C.
Solução amostra: transferir quantidade da solução Temperatura de solidiÞcação (5.2.29.3): 26 °C a 33 °C.
oftálmica equivalente a 3 mg de oßoxacino para balão Determinar na mistura seca de ácidos graxos.
volumétrico de 50 mL, diluir com ácido clorídrico 0,05 M
e agitar.
a 1180 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

IDENTIFICAÇÃO
turvação em temperatura não inferior a 39 qC.
lentamente, e medir a temperatura do líquido. Ocorre

SaponiÞcar 5 g da amostra com 2,5 mL de hidróxido de


sódio 7,5 M e 12,5 mL de etanol, por aquecimento, até Ranço. Misturar 1 mL da amostra a 10% (v/v) em éter
ebulição. Evaporar o etanol, dissolver o sabão em 50 mL etílico com 1 mL de ácido clorídrico e adicionar 1 mL de
de água quente e adicionar ácido clorídrico até que os ßoroglucinol a 0,1% (p/v) em éter etílico. Nenhuma cor
ácidos graxos livres se separem como uma camada oleosa. vermelha ou rosa se desenvolve.
Resfriar a mistura, remover os ácidos graxos separados e
dissolvê-los em 75 mL de éter etílico. À solução de éter, Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
adicionar solução aquecida de acetato de chumbo a 10% máximo 0,001% (10 ppm).

o (p/v) em etanol. Deixar em repouso por 18 horas. Filtrar


o líquido sobrenadante e transferir o precipitado para o
Þltro com auxílio de éter etílico. Colocar o precipitado em
mistura de 40 mL de ácido clorídrico 3 M e 20 mL de água.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes herméticos, resistentes à luz, evitar
exposição ao calor excessivo.
Aquecer até que a camada oleosa torne-se completamente
clara. Resfriar, decantar a solução aquosa e ferver os ácidos
graxos com água acidiÞcada com ácido clorídrico, até que ROTULAGEM
o chumbo seja eliminado. [Os ácidos graxos estão livres
do chumbo quando 100 mg, dissolvidos em 10 mL de Observar a legislação vigente.
etanol, não escurecem pela adição de 2 gotas de sulfato de
sódio a 10% (p/v)]. Deixar os ácidos graxos solidiÞcarem e
pressioná-los entre papéis de Þltro em uma superfície fria, CATEGORIA
para secarem. Dissolver os ácidos graxos sólidos em 25 mL Adjuvante farmacotécnico.
de etanol a 90% (v/v), aquecer moderadamente, resfriar a 15
°C e manter nesta temperatura até que os ácidos graxos se
cristalizem. Filtrar os ácidos graxos obtidos. Recristalizá-
ÓLEO DE GERGELIM
los com etanol a 90% (v/v) a quente, e secar em dessecador
Sesami oleum
a vácuo, por 4 horas. O ácido aracdônico assim obtido se
funde entre 73 °C e 76 °C.
Óleos glicerídicos e graxos de sésamo; 09888
ENSAIOS DE PUREZA [8008-74-0]

Índice de acidez (5.2.29.7). Não mais que 2 mL de É o óleo Þxo reÞnado obtido da semente de uma ou
hidróxido de sódio 0,02 M SV são gastos para neutralizar mais variedades cultivadas de Sesamum indicum L. –
os ácidos graxos livres presentes em 10 g da amostra PEDALIACEAE.
Índice de iodo (5.2.29.10). 84 a 100.
DESCRIÇÃO
Índice de saponificação (5.2.29.8.). 185 a 195.
Características físicas. Óleo amarelo pálido, quase
Matéria insaponificável (5.2.29.14.). No máximo 1,5%. inodoro, de sabor suave. Composto, principalmente, pelos
ácidos linoléico e oléico.
Óleo de algodão. Em tubo de ensaio, agitar 5 mL da
amostra com 5 mL de mistura de álcool n-amílico e enxofre Solubilidade. Insolúvel em água, solúvel em clorofórmio,
a 1% (p/v) em dissulfeto de carbono (1:1). Aquecer, éter etílico e éter de petróleo, pouco solúvel em etanol.
cuidadosamente, até evaporação do dissulfeto de carbono.
Submergir o tubo até um terço de sua profundidade em Constantes físico-químicas.
solução saturada de cloreto de sódio fervente. Não se
desenvolve coloração avermelhada por 15 minutos. Densidade relativa (5.2.5): 0,916 a 0,921.

Óleo de gergelim. Agitar a amostra com igual volume de Temperatura de solidiÞcação (5.2.29.3): 20 °C e 25 °C.
uma mistura de etanol a 90% (v/v) e hidróxido de amônio Utilizar a mistura seca de ácidos graxos.
(9:1). Aquecer em banho-maria até eliminação do etanol e
da amônia. Misturar 2 mL do resíduo com 1 mL de sacarose IDENTIFICAÇÃO
a 1% (p/v) em ácido clorídrico e deixar em repouso por 5
minutos. A camada ácida não deve se colorir de rosa, ou se Agitar 1 mL da amostra e 10 mL de sacarose a 1% (p/v) em
a cor rosa aparecer, deve ser no máximo igual à obtida pela ácido clorídrico por 30 segundos. A camada ácida torna-se
repetição do ensaio com sacarose. rosa e passa a vermelho em repouso (distinção da maioria
dos outros óleos Þxos).
Outros óleos vegetais. Num frasco com condensador de
reßuxo, saponiÞcar 1 mL da amostra com 5 mL de hidróxido
de potássio etanólico 2 M, por 5 minutos. Adicionar 1,5 mL ENSAIOS DE PUREZA
de ácido acético glacial e 50 mL de etanol a 70% (v/v).
Índice de iodo (5.2.29.10). 103 a 116.
Aquecer até que a solução se torne límpida. Resfriar,
Índice de saponificação (5.2.29.8). 188 a 195.
Triglicerídeo
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Tempo de
Composição (%)
1181
a
Matéria insaponificável (5.2.29.14). No máximo 1,5%. retenção relativo
LLL 0,55 7,0 a 19,0%
Índice de acidez (5.2.29.7). Não mais que 2 ml de
OLL 0,65 13,0 a 30,0%
hidróxido de sódio 0,02 M SV são gastos para neutralizar
PLL 0,69 5,0 a 9,0%
os ácidos graxos livres presentes em 10 g da amostra.
OOL 0,77 14,0 a 25,0%
Óleo de algodão. Em tubo de ensaio agitar 5 mL da amostra POL 0,82 8,0 a 16,0%
e 5 mL de mistura de álcool n-amílico e enxofre a 1% (p/v) OOO 0,93 5,0 a 14,0%

o
em dissulfeto de carbono (1:1). Aquecer, cuidadosamente, SOL 0,97 2,0 a 8,0%
até evaporação do dissulfeto de carbono. Submergir o tubo POO 1,0 2,0 a 8,0%
até um terço de sua profundidade em solução saturada de
cloreto de sódio em ebulição. Não se desenvolve coloração
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
avermelhada por 15 minutos.
Em recipientes herméticos, resistentes à luz, evitando
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
exposição ao calor excessivo.
máximo 0,001% (10 ppm).

Composição de triglicerídeos. Proceder conforme ROTULAGEM


descrito em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência
(5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido de detector de Observar a legislação vigente.
índice de refração; duas colunas em série de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotadas
CATEGORIA
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
(5 —m), mantidas a 30 °C; ßuxo da Fase móvel de 1 mL/
Excipiente farmacotécnico.
minuto.

Fase móvel: mistura de acetonitrila e cloreto de metileno


(60:40). OMEPRAZOL
Omeprazolum
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 0,2 g da
amostra, para balão volumétrico de 10 mL e completar o
volume com Fase móvel. Os ácidos graxos presentes na
amostra são: ácido linoléico (L), ácido oléico (O), ácido
palmítico (P) e ácido esteárico (S). Os triglicerídeos presentes
na amostra são: trilinoleína (LLL), 1,2-dilinoleoíla-3-
oleíla-rac-glicerol (OLL), 1,2-dilinoleoíla-3-palmitoíla-
rac-glicerol (PLL), 1,2-dioleoíla-3-linoleoíla-rac-glicerol
(OOL), 1-palmitoíla-2-oleíla-3-linoleoíla-rac-glicerol
(POL), trioleína (OOO), 1-linoleoíla-2-oleoíla-3- C17H19N3O3S; 345,42
estearoíla-rac-glicerol (SOL) e 1,2-dioleoíla-3-palmitoíla- omeprazol; 06602
rac-glicerol (POO). 6-Metoxi-2-[[(4-metoxi-3,5-dimetil-2-piridinil)metil]
sulÞnil]-1H-benzimidazol
Solução de resolução: transferir 30 mg de OLL e 30 mg de [73590-58-6]
PLL, exatamente pesados, para balão volumétrico de 10
mL e completar o volume com Fase móvel. Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
C17H19N3O3S, em relação à substância dessecada.
Injetar replicatas de 20 —L da Solução de resolução. Os
tempos de retenção relativos são cerca de 0,93 para OLL
e 1,0 para PLL. A resolução entre os picos de OLL e PLL DESCRIÇÃO
não é menor que 1,8. O desvio padrão relativo das áreas
de replicatas dos picos registrados não é maior que 1,5%. Características físicas. Pó branco ou quase brando.
Apresenta polimorÞsmo
Procedimento: injetar 20 —L da Solução amostra, registrar
os cromatogramas e medir as áreas sob os picos de Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, solúvel
triglicerídeos. Calcular a porcentagem de cada triglicerídeo em cloreto de metileno, ligeiramente solúvel em etanol
na amostra de óleo de gergelim, em relação á soma dos e metanol. Solúvel em soluções diluídas de hidróxidos
picos observados. Não considerar os picos relativos aos alcalinos.
solventes. A tabela a seguir indica os tempos de retenção
relativos e a composição percentual dos triglicerídeos. IDENTIFICAÇÃO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
a 1182 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles


observados no espectro de omeprazol SQR. Se houver
pico principal, não é superior a 0,3% da área total dos picos
obtidos com a Solução teste. A soma das área sob os picos
diferenças entre os espectros, dissolver amostra e secundários, exceto a do pico principal, não é superior a
omeprazol SQR, separadamente, em metanol e evaporar 1,0% da área total dos picos obtidos com a Solução teste.
até secura. Obter novos espectros com os resíduos. Não incluir nos cálculos os picos relativos ao solvente.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme descrito
faixa de 230 nm a 350 nm, de solução a 0,002% (p/v) em em CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo
hidróxido de sódio 0,1 M, exibe máximos de absorção em provido de detector de ionização de chamas, utilizando
276 nm e 305 nm. A razão entre os valores de absorvância hélio, como gás de arraste; coluna capilar de sílica fundida,

o medidos em 305 nm e 276 nm está compreendida entre 1,6


e 1,8.

C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),


obtida em Substâncias relacionadas 1, corresponde em
de 30 m de comprimento e 0,53 mm de diâmetro interno,
preenchida com policianopropilfenildimetilsiloxano, com
espessura do Þlme de 1,8 —m; temperatura da coluna a
40 ºC por 20 minutos, rapidamente elevada a 240 ºC e
mantida por 20 minutos; temperatura do injetor a 140 ºC e
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3). temperatura do detector a 260 ºC.

Solução amostra: Transferir 100 mg da amostra para um


ENSAIOS DE PUREZA
frasco de 10 mL, adicionar 5 mL de dimetilacetamida e 1
Aspecto da solução. A solução a 2% (p/v) em cloreto de g de sulfato de sódio anidro, tampar e aquecer a 80 ºC por
metileno é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12). 1 hora.

Absorção de luz. A absorvância da solução a 2% (p/v) em Solução de referência: preparar a solução, em


cloreto de metileno, medida em 440 nm, não é maior que dimetilacetamida, contendo 12,0 —g/mL de cloreto de
0,10. metileno, 1,2 —g/mL de clorofórmio, 7,6 —g/mL de dioxana
e 1,6 —g/mL de tricloroetileno. Transferir 5 mL da solução
Substâncias relacionadas 1. Proceder conforme descrito resultante para balão volumétrico de 10 mL, adicionar 1 g
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), de sulfato de sódio anidro, tampar e aquecer a 80 ºC por 1
utilizando-se sílica-gel F254, como suporte, e mistura hora.
de álcool isopropílico, cloreto de metileno e cloreto de
metileno saturado com amônia (1:2:2), como fase móvel. Injetar replicatas da Solução de referência através de
Aplicar, separadamente, à placa, 10 —L de cada uma das “headspace” apropriado. A resolução entre quaisquer dos
soluções recentemente preparadas, descritas a seguir: componentes não deve ser menor que 3. O desvio padrão
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não
Solução (1): dissolver 100 mg da amostra em 2 mL da deve ser maior que 15%.
mistura de metanol e cloreto de metileno (1:1).
Procedimento: injetar, separadamente, através de
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 10 mL com “headspace” apropriado, a Solução de referência e a
metanol. Solução amostra. Registrar os cromatogramas e medir
as áreas sob os picos. As áreas sob os picos relativos ao
Solução (3): dissolver 10 mg de omeprazol SQR em 2 mL cloreto de metileno, clorofórmio, dioxana e tricloroetileno
de metanol. obtidos para a Solução amostra não devem ser superiores
Solução (4): diluir 1 mL da Solução (1) para 10 mL com a às área sob os picos relativos ao cloreto de metileno,
mistura de metanol e cloreto de metileno (1:1). Diluir 1 mL clorofórmio, dioxana e tricloroetileno obtidos para a
da solução resultante para 100 mL com o mesmo solvente. Solução de referência, correspondendo , no máximo, 600
ppm, 60 ppm, 380 ppm e 80 ppm, respectivamente.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. No máximo
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com 0,5%.
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
intensa que aquela obtida com a Solução (4) (0,1%). amostra. Dessecar em estufa, a 60 ºC, sob pressão reduzida,
Substâncias relacionadas 2. Proceder conforme descrito por 4 horas. No máximo 0,5%.
no método B. de Doseamento. Preparar a solução amostra Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
como descrito a seguir: No máximo 0,1%.
Solução teste: dissolver 16 mg da amostra na Fase móvel e
diluir para 10 mL com o mesmo solvente. Diluir 1 mL da DOSEAMENTO
solução resultante para 10 mL com Fase móvel.
A. Pesar, exatamente, cerca de 1,1 g da amostra e dissolver
Procedimento: Injetar 40 —L da Solução teste e registrar em 50 mL da mistura de água e etanol (1:4). Titular com
os cromatogramas por, no mínimo, o dobro do tempo de hidróxido de sódio 0,5 M SV. Determinar o ponto Þnal
retenção do pico principal. Medir as áreas de todos os picos potenciometricamente. Cada mL de hidróxido de sódio 0,5
obtidos. A área de qualquer pico secundário, exceto a do M SV equivale a 0,1727 g de C17H19N3O3S.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1183
a
ÓXIDO DE MAGNÉSIO
de detector ultravioleta a 280 nm; coluna de 150 mm de Magnesii oxidum
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 —m),
mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de MgO; 40,30
0,8 mL/minuto. óxido de magnésio; 06728
Óxido de magnésio
Tampão fosfato pH 7,6: dissolver 0,725 g de fosfato de [1309-48-4]
sódio monobásico e 4,472 g de fosfato de sódio dibásico
anidro em 300 mL de água, diluir para 1000 mL com o
mesmo solvente e homogeneizar. Transferir 250 mL da
solução resultante para balão volumétrico de 1000 mL,
adicionar cerca de 980 mL de água, ajustar o pH para 7,6
Contém, no mínimo, 96,0 % e, no máximo, 100,5% de
MgO, em relação à substância incinerada. o
com ácido fosfórico e completar o volume com água. DESCRIÇÃO
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 7,6 e acetonitrila Características físicas. Pó amorfo, Þno e branco.
(3:1).
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água. Solúvel em
Solução de referência (a): dissolver quantidade exatamente ácidos diluídos, produzindo ligeira efervescência.
pesada de omeprazol SQR em mistura de borato de sódio
0,01 M e acetonitrila (3:1) e diluir com o mesmo solvente
para obter solução a 200 —g/mL. IDENTIFICAÇÃO

Solução de referência (b): transferir 5 mL da Solução de Dissolver cerca de 15 mg da amostra em 2 mL de ácido


referência (a) para balão volumétrico de 10 mL, completar nítrico a 20% (p/v) e neutralizar com hidróxido de sódio a
o volume com a mesma mistura de borato de sódio 0,01 M 8,5% (p/v). A solução responde à reação do íon magnésio
e acetonitrila (3:1), obtendo solução a 100 —g/mL. (5.3.1.1).

Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada ENSAIOS DE PUREZA


da amostra em mistura de borato de sódio 0,01 M e
acetonitrila (3:1) e diluir com o mesmo solvente para obter Aspecto da solução. Dissolver 5 g da amostra em mistura
solução a 200 —g/mL. de 70 mL de ácido acético SR e 30 mL de água. Aquecer
à ebulição durante 2 minutos, resfriar e completar o
Injetar replicatas de 20 —L da Solução de referência (b). A volume para 100 mL com ácido acético 0,045 M. Filtrar,
eÞciência da coluna não deve ser menor que 3000 pratos se necessário, através de Þltro de porcelana ou sílica,
teóricos. O fator de capacidade não é menor que 6,0. previamente calcinado e tarado, cuja porosidade permita
O fator de cauda não é maior que 1,5. O desvio padrão obter um Þltrado límpido. Guardar o resíduo eventualmente
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não presente. A solução de referência é uma mistura (1:1) da
deve ser maior que 1,0%. solução descrita a seguir e ácido clorídrico a 1% (p/v):
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução misturar 3 mL da Solução base de cloreto de cobalto II, 3
de referência (a) e Solução amostra, registrar os mL da Solução base de cloreto férrico, 2,4 mL da Solução
cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Calcular base de sulfato cúprico, preparadas conforme descrito em
o teor de C17H19N3O3S na amostra a partir das respostas Cor de líquidos (5.2.12), e 1,6 mL de ácido clorídrico a 1%
obtidas com a Solução de referência (a) e a Solução (p/v). 10 mL da solução da amostra não é mais corada que
amostra. 10 mL da solução de referência.

Substâncias insolúveis no ácido acético. Lavar, secar e


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO calcinar a 600 °C o resíduo eventualmente recolhido no
decorrer da preparação da solução da amostra em Aspecto
Em recipientes herméticos, protegidos da luz e da umidade, da solução. A massa do resíduo não é superior a 5 mg, o
entre 2 ºC e 8 ºC. que representa no máximo 0,1%.

Substâncias solúveis e álcalis livres. A 2 g da amostra


ROTULAGEM adicionar 100 mL de água e aquecer à ebulição durante 5
Observar a legislação vigente. minutos. Filtrar a quente por um Þltro de vidro poroso. A 50
mL do Þltrado, adicionar duas gotas de vermelho de metila
SI e titular com ácido sulfúrico 0,05 M SV. No máximo
CLASSE TERAPÊUTICA 2 mL de ácido sulfúrico 0,05 M SV são consumidos.
Evaporar à secura 25 mL do Þltrado e secar entre 100 e
Antissecretor
105 °C. A massa do resíduo não é superior a 10 mg. No
máximo 2,0%.
a 1184 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Arsênio (5.3.2.5). Determinar em 5 mL da solução amostra


obtida em Aspecto da solução. Proceder conforme descrito ÓXIDO DE ZINCO
em Método visual. No máximo 0,0004% (4 ppm). Zinci oxidum
Cálcio (5.3.2.7). Diluir 1,3 mL da solução amostra obtida
em Aspecto da solução para 150 mL com água. Proceder ZnO; 81,41
conforme descrito em Ensaio limite para cálcio utilizando óxido de zinco; 06730
15 mL desta solução. No máximo 1,5%. Óxido de zinco
[1314-13-2]
Ferro (5.3.2.4). Dissolver 40 mg da amostra em 5 mL de

o
ácido nítrico 2 M, aquecer à ebulição por 1 minuto e diluir
para 50 mL com água. Diluir 25 mL da solução obtida para Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
45 mL com água, adicionar 2 mL de ácido clorídrico e ZnO, em relação à substância incinerada.
prosseguir conforme descrito em Método I. Utilizar 1 mL
de Solução padrão de ferro (1 ppm Fe). No máximo 0,05% DESCRIÇÃO
(500 ppm).
Características físicas. Pó Þno, amorfo, branco ou
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g da amostra em levemente amarelado.
35 mL de ácido clorídrico 3 M e evaporar em banho-
maria até secura. Próximo ao Þnal da evaporação, agitar Solubilidade. Insolúvel em água e etanol. Solúvel em ácido
frequentemente para desintegrar o resíduo, de modo a acético e amônia. Solúvel em ácidos minerais diluídos.
obter um pó seco. Dissolver o resíduo em 20 mL de água e
evaporar até secura. Dissolver novamente o resíduo em 20
IDENTIFICAÇÃO
mL de água, Þltrar, se necessário, e diluir com água para 40
mL. Diluir 20 mL da solução obtida para 25 mL com água A. Adquire coloração amarela quando submetido a forte
e prosseguir conforme descrito em Método I. No máximo aquecimento, que desaparece após o resfriamento.
0,002% (20 ppm).
B. Dissolver 0,1 g da amostra em 1,5 mL de ácido clorídrico
Sulfatos (5.3.2.2). Pesar 2 g da amostra e adicionar 30 mL SR e diluir para 5 mL com água. A solução responde às
de ácido clorídrico SR. Filtrar, se necessário, adicionar reações do íon zinco (5.3.1.1).
1 mL de cloreto de bário SR, completar o volume para
50 mL com água e aquecer em banho-maria durante 10
minutos. Qualquer opalescência obtida não é mais intensa ENSAIOS DE PUREZA
que aquela apresentada por 0,2 mg de íon sulfato, em igual Aspecto da solução. Dissolver 1 g da amostra em 15 mL de
volume de líquido, contendo as mesmas quantidades dos ácido clorídrico SR. Não se observa efervescência durante
reagentes. No máximo 0,01% (100 ppm). a dissolução. A solução obtida é incolor (5.2.12) e não é
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. mais opalescente que a Suspensão de referência II (5.2.25).
No máximo 10,0%. Alcalinidade. Agitar 1 g da amostra com 10 mL de água
fervente. Adicionar duas gotas de fenolftaleína SI e Þltrar.
DOSEAMENTO Se o Þltrado for vermelho, não é necessário mais que 0,3
mL de ácido clorídrico 0,1 M para promover a viragem do
Proceder conforme descrito em Titulações indicador.
complexométricas para magnésio (5.3.3.4). Incinerar a
amostra a 800 °C por 1 hora. Pesar, exatamente, cerca de Cádmio. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
0,32 g da amostra, dissolver em 7 mL de ácido clorídrico 3 de absorção atômica (5.2.13.1). Preparar as Soluções
M e diluir para 100 mL com água. Titular 20 mL da solução padrão e amostra como descrito a seguir.
obtida utilizando edetato dissódico 0,1 M SV. Cada mL de
edetato dissódico 0,1 M SV equivale a 4,030 mg de MgO. Solução amostra: dissolver 2 g da amostra em 14 mL de
mistura de água e ácido nítrico isento de cádmio e chumbo
(1:1). Ferver por 1 minuto, resfriar e diluir para 100 mL
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO com água.
Em recipientes bem fechados Soluções padrão: preparar as soluções padrão utilizando
solução padrão de cádmio (0,1% Cd) e diluindo com ácido
nítrico a 3,5% (v/v) isento de cádmio e chumbo.
ROTULAGEM
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 228,8
Observar a legislação vigente. Deve informar se é o óxido
nm, utilizando lâmpada de cátodo oco de cádmio como fonte
de magnésio leve ou pesado.
de radiação e chama de acetileno ou propano. No máximo
0,001 % (10 ppm).
CATEGORIA
Chumbo. Dissolver 2 g da amostra em 20 mL de água, e
Adjuvante farmacotécnico, antiácido, laxante hiperosmótico adicionar 5 mL de ácido acético glacial em banho-maria
salino.
até total dissolução. Adicionar cinco gotas de cromato de
potássio SR. A solução obtida não produz nenhuma turvação
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Pipetar 10 mL desta solução, adicionar 80 mL de água e


em seguida adicionar uma solução de hidróxido de sódio
1185
a
ou precipitado. (1 em 50) até aparecer partículas sólidas em suspensão.
Adicionar 5 mL de tampão cloreto de amônia pH 10,7,
Arsênio (5.3.2.5). Determinar em 0,6 g da amostra. Proceder duas gotas de negro de eriocromo T SI e titular com edetato
conforme descrito em Método espectrofotométrico, Método dissódico 0,05 M SV. Cada mL de edetato dissódico 0,05 M
I. No máximo 0,0005% (5 ppm). SV equivale a 4,071 mg de ZnO.
Ferro (5.3.2.4). Dissolver 0,5 g da amostra em 1 mL de
ácido clorídrico SR e diluir para 10 mL com água. Prosseguir EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

o
conforme descrito no Método I. Utilizar Solução padrão de
ferro (100 ppm Fe). No máximo 0,02% (200 ppm). Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra,


a 500 °C. No máximo 1,0%. ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
DOSEAMENTO
Dissolver, exatamente, cerca de 0,8 g da amostra CLASSE TERAPÊUTICA
previamente calcinada a 850 °C por 1 hora, em 2 mL de Protetores dermatológicos.
água e 3 mL de ácido clorídrico, transferir para balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume com água.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

pH (5.2.19). 9,0 a 11,5. Determinar em solução aquosa a


2% (p/v).
1187
a
PANTOPRAZOL SÓDICO
Pantoprazoli natricum
Absorção de luz. A absorvância máxima da solução aquosa
a 2% (p/v), medida a 440 nm, é de 0,025 e a transmitância
mínima, medida em 650 nm, é de 97%. A absorvância
máxima da solução aquosa a 10% (p/v), medida a 440 nm,
é de 0,1 e a transmitância mínima, medida em 650 nm, é
de 95%.

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar


em 1 g de amostra, em estufa a vácuo a 60 °C, por 4 horas.
C16H14F2N3NaO4S; 405,35 No máximo 0,002% (20 ppm).
C16H14F2N3NaO4S.1,5H2O; 432,37
Água (5.2.20.1). Entre 4,5% e 8,0%.
pantoprazol sódico; 06819
pantoprazol sódico sesquiidratado; 09514 Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
Sal de sódio do 6-(dißuormetoxi)-2-[[(3,4-dimetoxi-2-
piridinil)metil]sulÞnil]-1H-benzimidazol (1:1)
[138786-67-1]
Sal de sódio do 6-(dißuormetoxi)-2-[[(3,4-dimetoxi-2-
piridinil)metil]sulÞnil]-1H-benzimidazol hidratado (2:2:3)
amostra. Dessecar em estufa a vácuo a 60 ºC, por 4 horas.
No máximo 1,0%.

DOSEAMENTO
p
[164579-32-2] Empregar um dos métodos descritos a seguir.

Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de A. Dissolver, exatamente, cerca de 0,35 g da amostra em
C16H14F2N3NaO4S, em relação à substância anidra. 50 mL de etanol. Titular com ácido clorídrico 0,1 M SV.
Determinar o ponto Þnal potenciometricamente ou utilizar
azul de bromofenol SI como indicador, com viragem
DESCRIÇÃO para a cor verde. Realizar ensaio em branco e efetuar as
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase correções necessárias. Cada mL de ácido clorídrico 0,1 M
branco, higroscópico. SV equivale a 40,535 mg de C16H14F2N3NaO4S.

Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
metanol e etanol. de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 290 nm; coluna de 150 mm de
Constantes físico-químicas. comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
Faixa de fusão (5.2.2): 150 ºC a 160 ºC, com decomposição. ȝm); ßuxo da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): –1,0º a +1,0º, em relação à Fase móvel: mistura de acetonitrila e água (75:25).
substância anidra. Determinar em solução aquosa a 5% (p/v).
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
da amostra em hidróxido de sódio 0,1 M de modo a obter
IDENTIFICAÇÃO
solução de C16H14F2N3NaO4S a 1 mg/mL. Diluir em tampão
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da fosfato-laurilsulfato de sódio pH 6,8 até concentração
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta de 0,1 mg/mL. Diluir a solução obtida, em mistura de
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos acetonitrila e água (50:50) até concentração de 10 ȝg/mL.
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
observados no espectro de pantoprazol sódico SQR,
de pantoprazol sódico SQR em hidróxido de sódio 0,1 M
preparado de maneira idêntica.
de modo a obter solução de C16H14F2N3NaO4S a 1 mg/mL.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na Diluir em tampão fosfato-laurilsulfato de sódio pH 6,8 até
faixa de 210 nm a 360 nm, de solução a 0,001% (p/v) em concentração de 0,1 mg/mL. Diluir a solução obtida em
metanol, exibe máximo em 289 nm. mistura de acetonitrila e água (50:50) até concentração de
10 ȝg/mL.
C. Solubilizar 20 mg da amostra em 1 mL de água. A
solução responde às reações do íon sódio (5.3.1.1). Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. O desvio
padrão relativo das áreas de replicatas dos picos registrados
não é maior que 2,0%.
ENSAIOS DE PUREZA
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções
Aspecto da solução. A solução aquosa a 10% (p/v) é padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
límpida (5.2.25) e levemente amarelada (5.2.12). as áreas sob os picos principais. Calcular o teor de
C16H14F2N3NaO4S na amostra a partir das respostas obtidas
com as Soluções padrão e amostra.
a 1188 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO (20:30:50), como fase móvel. Aplicar, separadamente,


à placa, 5 —L de cada uma das soluções, recentemente
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e sob preparadas, descritas a seguir.
refrigeração.
Solução (1): dissolver 0,2 g da amostra em água e completar
o volume para 5 mL com o mesmo solvente.
ROTULAGEM
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) a 10 mL com água.
Observar a legislação vigente.
Solução (3): dissolver 20 mg de pantotenato de cálcio SQR
CLASSE TERAPÊUTICA em água e diluir para 5 mL com o mesmo solvente.

Antissecretor Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar, nebulizar a placa com ninidrina SR. Aquecer
a 110 °C por 10 minutos. A mancha principal no
cromatograma obtido com a Solução (2) corresponde em
PANTOTENATO DE CÁLCIO
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3).

p
Calcii pantothenas
C. Dissolver 2,5 g da amostra em 50 mL de água. Transferir
1 mL dessa solução para tubo de ensaio e adicionar 1 mL
de hidróxido de sódio SR e 0,1 mL de sulfato cúprico SR.

D. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1).

ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. A solução a 5% (p/v) em água é
límpida e incolor.
C18H32CaN2O10; 476,53
pantotenato de cálcio; 00317 pH (5.2.19). 6,8 a 8,0. Determinar em uma solução a 5%
Sal de cálcio da N-[(2R)-2,4-diidroxi-3,3-dimetil-1- (p/v).
oxobutil]-ȕ-alanina (1:2)
[137-08-6] Ácido 3-aminopropiônico. Proceder conforme descrito
no item B. de IdentiÞcação. Preparar a Solução (4) como
descrito a seguir.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
C18H32CaN2O10, em relação à substância dessecada. Solução (4): dissolver 10 mg de ácido 3-aminopropiônico
SQR em água e diluir para 50 mL com o mesmo solvente.
DESCRIÇÃO Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Características físicas. Pó branco, levemente secar ao ar, nebulizar a placa com ninidrina SR. Aquecer a
higroscópico. 110 °C por 10 minutos. A mancha correspondente ao ácido
3-aminopropiônico no cromatograma obtido com a Solução
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em (1) não é mais intensa que a mancha no cromatograma
glicerol, pouco solúvel em acetona e etanol e praticamente obtido com a Solução (4). No máximo 0,5%.
insolúvel em éter etílico.
Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme
Constantes físico-químicas. descrito em CromatograÞa a gás (5.2.17.5) Utilizar
cromatógrafo provido de detector de ionização de chamas,
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +25,0° a + 27,5°, em utilizando mistura de nitrogênio, ar sintético e hidrogênio
relação à substância dessecada. (1:1:10) como gases auxiliares à chama do detector;
coluna capilar de 30 m de comprimento e 0,53 mm de
IDENTIFICAÇÃO diâmetro interno, preenchida com fase estacionária ligada
a 5% de fenilpolisiloxano e 95% a metilpolisiloxano, com
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) espessura do Þlme de 5 —m; temperatura da coluna de 35
da amostra, dispersa em cloreto de potássio, apresenta °C a 260 °C (35 °C mantida durante 5 minutos, aumentada
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos a 175 °C a 8 °C por minuto, aumentada a 260 °C a 35 °C
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles e mantida a esta temperatura por pelo menos 16 minutos),
observados no espectro de pantotenato de cálcio SQR, temperatura do injetor a 70 °C e temperatura do detector a
preparado de maneira idêntica. 260 °C; utilizar hélio como gás de arraste; ßuxo do gás de
arraste de 1,0 mL/minuto.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como Solução amostra: dissolver em 50 mL de água, livre de
suporte, e mistura de água, ácido acético glacial e etanol compostos orgânicos, exatamente, cerca de, 1 g de amostra.
Solução padrão: preparar uma solução, em água livre de
compostos orgânicos, contendo em cada mL, 10 —g de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1189
a
PARACETAMOL
cloreto de metileno, 1 —g de clorofórmio, 2 —g benzeno, 2 Paracetamolum
—g de dioxana e 2 —g de tricloroetileno.

Procedimento: injetar, separadamente, 1 —L da Solução


amostra e da Solução padrão no cromatógrafo a gás.
Obter os cromatogramas e medir a área sob os picos.
IdentiÞcar, baseado no tempo de retenção, qualquer pico
presente no cromatograma da Solução amostra. A presença
e a identiÞcação dos picos no cromatograma devem ser
estabelecidas comparando os cromatogramas da Solução C8H9NO2; 151,16
amostra e Solução padrão. Limite: benzeno 2 ppm, paracetamol; 06827
clorofórmio 50 ppm, dioxana 100 ppm, cloreto de metileno N-(4-Hidroxifenil)acetamida
500 ppm e tricloroetileno 80 ppm. Cumpre o teste. [103-90-2]

p
Cloretos (5.3.2.1). Dissolver 1,8 g da amostra em 40 mL
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
de água e prosseguir conforme descrito em Ensaio limite
C8H9NO2, em relação à substância anidra.
para cloretos. No máximo 0,02% (200 ppm).

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método I. Dissolver 0,5 DESCRIÇÃO


g de amostra em 10 mL de água e utilizar 1mL de Solução
padrão de chumbo (10 ppm Pb). No máximo 0,002% (20 Características físicas. Pó cristalino branco, inodoro, com
ppm). leve sabor amargo.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g de Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, solúvel em
amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C, por 3 horas. No água fervente, facilmente solúvel em etanol, praticamente
máximo 3%. insolúvel em clorofórmio e éter etílico. Solúvel em
hidróxido de sódio M.
DOSEAMENTO Constantes físico-químicas.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não Faixa de fusão (5.2.2): 168 °C a 172 °C.
aquoso (5.3.3.5). Dissolver 180 mg da amostra em 50 mL
de ácido acético glacial. Titular com ácido perclórico 0,1 M
SV. Determinar o ponto Þnal potenciometricamente. Cada IDENTIFICAÇÃO
mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 23,826 mg de
O teste de identiÞcação B. pode ser omitido se forem
C18H32CaN2O10.
realizados os testes A. e C. O teste de identiÞcação A. pode
ser omitido se forem realizados os testes B. e C.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
ROTULAGEM
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
Observar a legislação vigente. paracetamol SQR, preparado de maneira idêntica.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa


CLASSE TERAPÊUTICA de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,0005% (p/v)
em mistura de ácido clorídrico 0,1 M e metanol (1:100), exibe
Suplemento alimentar máximos e mínimos somente nos mesmos comprimentos de
onda de solução similar de paracetamol SQR.

C. A 10 mL de uma solução a 1% (p/v) da amostra,


adicionar uma gota de cloreto férrico SR. Desenvolve-se
coloração azul-violácea.

ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 5,3 a 6,5. Determinar na solução saturada.

Aminofenol livre. Dissolver 0,5 g da amostra numa


mistura de metanol e água (1:1) e completar o volume
para 10 mL com a mesma mistura de solventes. Preparar
a 1190 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

10 mL de solução padrão a partir de 0,5 g de paracetamol


SQR, isento de 4-aminofenol, e 0,5 mL de solução de
Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%.

4-aminofenol a 0,005% (p/v), na mesma mistura de Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.
solventes. Adicionar, simultaneamente, à solução amostra e
à solução padrão, 0,2 mL de solução de carbonato de sódio DOSEAMENTO
anidro a 1% (p/v), recentemente preparada. Homogeneizar
e deixar em repouso durante 30 minutos. A coloração azul Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
desenvolvida na solução amostra não é mais intensa que a absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente,
solução padrão. cerca de 0,15 g de amostra, dissolver em 50 mL de
hidróxido de sódio 0,1 M, adicionar 100 mL de água,
Cloroacetanilida. Proceder conforme descrito em agitar mecanicamente por 15 minutos e adicionar água
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1). Preparar suÞciente para 200 mL. Homogeneizar e Þltrar. Diluir 10
a fase estacionária dissolvendo 8 mg de acetato de sódio mL do Þltrado para 100 mL com água. Transferir 10 mL
em 50 mL de água, adicionando, em seguida, 20 g de da solução resultante para balão volumétrico de 100 mL,
sílica-gel GF254. Preparar placas com 0,5 mm de espessura. adicionar 10 mL de hidróxido de sódio 0,1 M e completar
Utilizar como fase móvel mistura de clorofórmio, benzeno o volume com água. Preparar a solução padrão na mesma

p e acetona (65:10:25). Aplicar, separadamente, à placa,


100 —L da Solução (1) e 20 —L da Solução (2), descritas
a seguir.

Solução (1): transferir 1 g da amostra para um tubo de


concentração, utilizando hidróxido de sódio 0,01 M como
solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
em 257 nm, utilizando hidróxido de sódio 0,01 M para
ajuste do zero. Calcular o teor de C8H9NO2 na amostra a
partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os
centrífuga de 15 mL com tampa, adicionar 5 mL de éter
cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 715, em 257 nm.
etílico, agitar mecanicamente, por 30 minutos, e centrifugar
a 1000 rpm, por 15 minutos ou até obter separação nítida.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Solução (2): solução de p-cloroacetanilida a 10 —g/mL em
etanol. Em recipientes bem fechados e opacos.

Desenvolver o cromatograma em sistema aberto até a fase


móvel atingir, pelo menos, 12 cm da origem. Remover a ROTULAGEM
placa, deixar secar ao ar e manter, por 30 minutos, sob luz
Observar a legislação vigente.
ultravioleta (254 nm) a uma distância de 4 cm. Localizar as
manchas sob luz ultravioleta de 365 nm. Qualquer mancha
ßuorescente azul produzida pela Solução (1), com Rf entre CLASSE TERAPÊUTICA
0,5 e 0,6, não é maior ou mais intensa que aquela produzida
pela Solução (2). No máximo 0,001%. Analgésico e antipirético.

Substâncias facilmente carbonizáveis. Dissolver 0,5 g


da amostra em 5 mL de ácido sulfúrico. A coloração da PARACETAMOL COMPRIMIDOS
solução obtida não é mais intensa que a da Solução padrão
de cor SC A (5.2.12).
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
Cloretos (5.3.2.1). Agitar 1 g da amostra com 25 mL de quantidade declarada de C8H9NO2.
água, Þltrar e adicionar 1 mL de ácido nítrico 2 M. No
máximo 0,014% (140 ppm).
IDENTIFICAÇÃO
Sulfatos (5.3.2.2). Agitar 1 g da amostra com 25 mL de
água, Þltrar quantitativamente para tubo de Nessler. No A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Extrair quantidade
máximo 0,02% (200 ppm). do pó equivalente a 0,5 g de paracetamol com 20 mL de
acetona. Filtrar, evaporar o Þltrado e secar a 105 °C. O
Sulfetos. Pesar cerca de 2,5 g da amostra em béquer de 50 espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo,
mL. Adicionar 5 mL de etanol e 1 mL de ácido clorídrico M. disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
Umedecer, com água, um papel de Þltro impregnado com absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
acetato de chumbo e colocar sobre vidro de relógio. Cobrir com as mesmas intensidades relativas daqueles obtidos
o béquer com o vidro de relógio de tal forma que uma das no espectro de paracetamol SQR, preparado de maneira
pontas do papel Þque na abertura do frasco. Aquecer em idêntica.
chapa elétrica até ebulição. Nenhuma mancha ou coloração
aparece no papel com acetato de chumbo. B. Aquecer até ebulição 0,1 g do resíduo obtido no teste
A. de IdentiÞcação com 1 mL de ácido clorídrico por três
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 1 g da amostra em minutos, adicionar 10 mL de água e resfriar. Nenhum
mistura de acetona e água (85:15) e diluir para 20 mL com precipitado é produzido. Adicionar 0,05 mL de dicromato
a mesma mistura de solventes. Transferir 12 mL da solução de potássio 0,0167 M. Desenvolve-se coloração violeta,
obtida para tubo de Nessler e proceder conforme descrito que não muda para vermelha.
no Método III. No máximo 0,002% (20 ppm).
C. A temperatura de fusão (5.2.2) do resíduo obtido no
teste A. de IdentiÞcação é de, aproximadamente, 169 °C.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito


em CromatograÞa em camada delgada, utilizando
1191
a
sílica-gel GF254, como suporte e mistura de clorofórmio,
acetona e tolueno (65:25:10) como fase móvel. Aplicar,
CARACTERÍSTICAS
separadamente, à placa, 200 —L da Solução (1) e 40 —L
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. de cada uma das Soluções (2), (3) e (4), descritas a seguir.

Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade do pó equivalente a 1 g de paracetamol para
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. um tubo de centrífuga de 15 mL com tampa de vidro
esmerilhada. Adicionar 5 mL de éter etílico e agitar
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. mecanicamente por 30 minutos. Centrifugar a 1000
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. rotações por minuto, durante 15 minutos ou até obter
sobrenadante límpido. Utilizar o sobrenadante.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 10 mL com

p
etanol.
Meio de dissolução: tampão fosfato pH 5,8, 900 mL
Solução (3): preparar solução a 0,005% (p/v) de
Aparelhagem: pás, 50 rpm p-cloroacetanilida em etanol.
Tempo: 30 minutos Solução (4): dissolver 0,25 g de p-cloroacetanilida e 0,1 g de
paracetamol em etanol e completar o volume para 100 mL.
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio
de dissolução, Þltrar e diluir em tampão fosfato pH 5,8 Desenvolver o cromatograma em cuba não saturada, até a
até concentração adequada. Medir as absorvâncias das fase móvel atingir 14 cm da origem. Remover a placa, secar
soluções resultantes em 243 nm (5.2.14), em comparação com o auxílio de corrente de ar quente e examinar sob luz
com uma solução de paracetamol SQR a 0,0017% (p/v) ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha correspondente à
em tampão fosfato pH 5,8. Utilizar o mesmo solvente p-cloroacetanilida obtida no cromatograma com a Solução
para o ajuste do zero. Calcular a quantidade de C8H9NO2 (1) não é mais intensa que a mancha obtida no cromatograma
dissolvido no meio a partir das leituras obtidas. com a Solução (3). Qualquer mancha secundária obtida no
cromatograma com a Solução (2) com valor de Rf inferior
Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade
ao da p-cloroacetanilida não é mais intensa que a mancha
declarada de C8H9NO2 se dissolvem em 30 minutos.
obtida no cromatograma com a Solução (3). O teste só
é válido se o cromatograma obtido com a Solução (4)
ENSAIOS DE PUREZA mostrar duas manchas principais nitidamente separadas,
sendo que a mancha correspondente a p-cloroacetanilida
4-Aminofenol. Proceder conforme descrito em apresenta Rf de maior valor.
CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
272 nm; coluna de 200 mm de comprimento e 4,6 mm de TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
Contagem do número total de micro-organismos
ligada a octadecilsilano (10 —m); ßuxo da Fase móvel de
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
2 mL/minuto.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Fase móvel: preparar solução de butanossulfonato de sódio
Cumpre o teste.
0,01 M utilizando como solvente mistura de água, metanol
e ácido fórmico (85:15:0,4).
DOSEAMENTO
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade do pó equivalente a 1 g de paracetamol para balão Empregar um dos métodos descritos a seguir.
volumétrico de 100 mL, adicionar 15 mL de metanol e agitar.
Completar o volume com água, homogeneizar e Þltrar. A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir
quantidade do pó equivalente a 0,15 g de paracetamol
Solução (2): preparar solução a 0,001% (p/v) de para balão volumétrico de 200 mL. Adicionar 50 mL
4-aminofenol em metanol 15% (v/v). de hidróxido de sódio 0,1 M, 100 mL de água, agitar
mecanicamente por 15 minutos e completar o volume com
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução água. Homogeneizar, Þltrar e diluir 10 mL do Þltrado para
(1) e da Solução (2), registrar os cromatogramas e medir 100 mL com água. Transferir 10 mL da solução resultante
as áreas sob os picos. A área sob o pico correspondente ao para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 10 mL de
4-aminofenol obtido no cromatograma com a Solução (1) hidróxido de sódio 0,1 M e completar o volume com água.
não é maior que o pico principal obtido no cromatograma Preparar solução padrão de paracetamol em hidróxido
com a Solução (2). de sódio 0,01 M, na mesma concentração Þnal. Medir as
absorvâncias das soluções resultantes em 257 nm (5.2.14),
a 1192 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

utilizando hidróxido de sódio 0,01 M para ajuste do zero. como suporte, e mistura de cloreto de metileno e metanol

20 PL de cada uma das soluções, recentemente preparadas,


Calcular a quantidade de C8H9NO2 nos comprimidos a (4:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os
cálculos considerando A(1%, 1cm) = 715, em 257 nm, em descritas a seguir:
hidróxido de sódio 0,01 M.
Solução (1): diluir a solução oral em metanol até
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a concentração de 1 mg/mL.
líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo
provido de detector ultravioleta a 243 nm; coluna de 300 Solução (2): dissolver 10 mg de paracetamol SQR em
mm e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica metanol e completar o volume para 10 mL com o mesmo
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano, mantida à solvente.
temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
minuto.
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta. A mancha
Fase móvel: mistura de água e metanol (75:25). principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição
àquela obtida com a Solução (2).
Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada

p da amostra na Fase móvel. Agitar mecanicamente por 10


minutos e deixar em ultrassom por 5 minutos. Diluir com o
mesmo solvente até a concentração de 10 ȝg/mL.
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada


CARACTERÍSTICAS
de paracetamol SQR na Fase móvel para obter solução a
10 ȝg/mL. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
A eÞciência da coluna não deve ser inferior a 1000 pratos Teste de gotejamento (5.1.8). Cumpre o teste.
teóricos/metro. O fator de cauda não é maior que 2. O
desvio padrão relativo para as áreas de replicatas dos picos pH (5.2.19). 3,8 a 6,5.
registrados para a Solução padrão não é maior que 2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL das Soluções ENSAIOS DE PUREZA


padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
4-Aminofenol. Proceder conforme descrito em
a área média dos picos. Calcular o teor de C8H9NO2 na
CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
amostra a partir das respostas obtidas para a Solução
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
padrão e Solução amostra.
272 nm; coluna de 200 mm de comprimento e 4,6 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ligada a grupo octadecilsilano (10 ȝm), mantida a
temperatura de 25 °C; ßuxo da Fase móvel de 2,0 mL/
Em recipientes bem fechados. minuto.

Fase móvel: preparar solução de butanossulfonato de sódio


ROTULAGEM 0,01 M, utilizando como solvente mistura de água, metanol
Observar a legislação vigente. e ácido fórmico (85:15:0,4).

Solução (1): preparar solução a 4,8 mg/mL da amostra em


Fase móvel. Filtrar se necessário.
PARACETAMOL SOLUÇÃO ORAL
Solução (2): preparar solução a 24 ȝg/mL de 4-aminofenol
SQR em Fase móvel.
Contém, no mínimo, 90% e, no máximo, 110% da
quantidade declarada de C8H9NO2. Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
(1) e da Solução (2), registrar os cromatogramas e medir
as áreas sob os picos. A área sob o pico correspondente ao
IDENTIFICAÇÃO
4-aminofenol obtido no cromatograma com a Solução (1)
O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem não é maior que o pico principal obtido no cromatograma
realizados os testes B. e C. O teste de identiÞcação C. pode com a Solução (2) (0,5%). No cromatograma obtido com a
ser omitido se forem realizados os testes A. e B. Solução (1), picos com um longo tempo de retenção podem
ocorrer devido a presença de conservantes na formulação.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método
A. de Doseamento, exibe máximo de absorção em 249 nm, TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
idêntico ao observado no espectro da solução padrão. Contagem do número total de micro-organismos
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1193
a
PARAMINOBENZOATO DE POTÁSSIO
Kalli 4-aminobenzoas
DOSEAMENTO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume da
solução oral para balão volumétrico e diluir em metanol
de modo a obter solução a 1 mg/mL. Transferir 1 mL da
solução resultante para balão volumétrico de 100 mL,
adicionar 1 mL de ácido clorídrico 0,1 M, completar o
volume com metanol e homogeneizar. Preparar solução C7H6KNO2; 175,23
padrão na mesma concentração, utilizando os mesmos Sal de potássio do ácido 4-aminobenzoico (1:1)
solventes. Medir as absorvâncias das soluções resultantes [138-84-1]
em 249 nm, utilizando solução metanólica de ácido
clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a quantidade
de C8H9NO2 na solução oral, a partir das leituras obtidas.
Alternativamente, realizar os cálculos considerando A(1%,
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
C7H6KNO2 em relação à substância anidra. p
1cm) = 880, em 249 nm.
DESCRIÇÃO
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Características físicas. Pó branco, cristalino.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 243 nm; coluna de 250 mm de Solubilidade. Facilmente solúvel em água, pouco solúvel
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada em etanol e praticamente insolúvel em éter etílico.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
ȝm), mantida à temperatura de 25 °C; ßuxo da Fase móvel
de 1,0 mL/minuto. IDENTIFICAÇÃO

Fase móvel: mistura de água e metanol (75:25). A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em
Solução amostra: transferir volume, precisamente medido, hidróxido de sódio 0,001 M, exibe máximos e mínimos
de solução oral equivalente a 200 mg de paracetamol para somente nos mesmos comprimentos de onda de solução
balão volumétrico de 200 mL, completar o volume com similar de paraminobenzoato de potássio SQR.
Fase móvel e homogeneizar. Transferir 1 mL dessa solução
para balão volumétrico de 100 mL, completar o volume B. Dissolver cerca de 400 mg da amostra em 10 mL de
com Fase móvel, homogeneizar e Þltrar. água. Adicionar 1 mL de ácido clorídrico 3 M, Þltrar e
lavar o precipitado com duas alíquotas de 5 mL de água
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, fria. Lavar com etanol e deixar recristalizar. Dessecar
de paracetamol SQR em Fase móvel de modo a obter o precipitado obtido a 110 °C por uma hora. O ponto de
concentração Þnal de 0,01 mg/mL. fusão (5.2.2) do ácido paraminobenzoico assim obtido é
entre 186,0 °C e 189,5 °C.
O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
registrados não é maior que 2,0%. C. A solução a 1% (p/v) da amostra responde às reações do
íon potássio (5.3.1.1).
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de ENSAIOS DE PUREZA
C8H9NO2 na solução oral a partir das respostas obtidas com
pH (5.2.19). 8,0 a 9,0. Determinar na solução 5% (p/v).
a Solução padrão e a Solução amostra.
Substâncias voláteis diazotadas.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Solução (1): dissolver 10 mg de p-toluidina em 5 mL de
Conservar ao abrigo da luz. metanol em balão volumétrico de 100 mL. Completar o
volume com água e homogeneizar. Transferir 1 mL desta
solução para balão volumétrico de 100 mL, completar o
ROTULAGEM volume com o mesmo solvente e homogeneizar.
Observar a legislação vigente. Solução (2): transferir 5 g de aminobenzoato de potássio
para um frasco volumétrico de 50 mL. Adicionar uma
quantidade de hidróxido de sódio M suÞciente para
dissolver a amostra e tornar o meio alcalino em relação à
fenolftaleína. Completar o volume para 50 mL. Destilar em
a 1194 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

sistema de destilação com arraste de vapor e coletar cerca


de 95 mL do destilado em um frasco de 100 mL. Completar PERCLORATO DE POTÁSSIO
com água até o volume e misturar. Kalli perchloras
Procedimento: transferir 20 mL da Solução (1) e 20 mL da
Solução (2), separadamente, para balões volumétricos de KClO4; 138,55
100 mL. Realizar ensaio em branco, transferindo 20 mL perclorato de potássio; 09834
de água para um terceiro balão volumétrico de 100 mL. Sal de potássio do ácido perclórico (1:1)
Adicionar 5 mL de ácido clorídrico M a cada um dos balões [7778-74-7]
volumétricos e resfriar em banho de gelo. Adicionar, gota
a gota, sob agitação, 2 mL de nitrito de sódio 0,1 M SV.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de
Deixar em repouso durante 5 minutos para que a reação de
KClO4, em relação à substância dessecada.
diazotação se complete. Adicionar, rapidamente, 10 mL de
solução de guaiacol resfriada, preparada recentemente pela
dissolução de 0,2 g de guaiacol em 100 mL de hidróxido DESCRIÇÃO
de sódio M. Homogeneizar e deixar em repouso por 30

p minutos. Determinar a absorvância (5.2.14) das soluções Características físicas. Pó branco, cristalino ou cristais
em 405 nm, utilizando o ensaio em branco para ajuste do incolores.
zero. A absorvância da Solução (2) não deve ser maior que
Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, praticamente
a apresentada pela Solução (1) (0,002%).
insolúvel em etanol.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método IV. Utilizar
1 g da amostra em cadinho de sílica. No máximo 0,002% IDENTIFICAÇÃO
(20 ppm).
A. Preparar solução a 10% (p/v) da amostra em água e
Cloretos (5.3.2.1). Dissolver 1,8 g da amostra em 40 mL adicionar algumas gotas de cloreto de metiltionínio SR.
de água e prosseguir conforme descrito em Ensaio limite Produz-se precipitado violeta.
para cloretos. No máximo 0,02% (200 ppm).
B. Dissolver 0,1 g da amostra em 5 mL de água. Adicionar
Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 6 g da amostra em 40 mL de 5 mL de índigo carmim SR e aquecer até ebulição. A cor da
água e prosseguir conforme descrito em Ensaio limite para solução não desaparece.
sulfatos. No máximo 0,02% (200 ppm).
C. Responde às reações do íon potássio (5.3.1.1).
Perda por dessecação (5.2.9). Pesar, exatamente, cerca de
1 g a 2 g de amostra e secar à vácuo a 105 °C por 2 horas. D. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
No máximo 1,0%.
E. Responde às reações do íon clorato (5.3.1.1).

DOSEAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA
Pesar, exatamente, cerca de 500 mg da amostra e transferir
para um béquer. Adicionar 25 mL de água e 25 mL de Aspecto da solução. A solução aquosa a 1% (p/v) é límpida
ácido clorídrico 3 M. Misturar e resfriar em banho de (5.2.25) e incolor (5.2.12).
gelo. Titular com nitrito de sódio 0,1 M SV. Determinar o pH (5.2.19). 5,0 a 6,5. Determinar em solução aquosa a
ponto Þnal potenciometricamente, utilizando um eletrodo 1,4% (p/v).
platina-calomelano. Cada mL de nitrito de sódio 0,1 M SV
equivale a 17,523 mg de C7H6KNO2. Acidez ou alcalinidade. Pesar, exatamente, cerca de 5 g da
amostra e adicionar 90 mL de água. Aquecer até ebulição.
Deixar esfriar e Þltrar. Diluir o Þltrado para 100 mL com
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
água livre de dióxido de carbono. A 5 mL desta solução,
Em recipientes bem fechados. adicionar 5 mL de água e 0,1 mL de fenolftaleína SI.
Não mais que 0,25 mL de hidróxido de sódio 0,01 M são
necessários para a mudança de cor do indicador. A outros
ROTULAGEM 5 mL dessa solução, adicionar 5 mL de água e 0,1 mL de
Observar a legislação vigente. solução de verde de bromocresol SI. Não mais que 0,25
mL de ácido clorídrico 0,01 M são necessários para mudar
a cor do indicador.
CLASSE TERAPÊUTICA
Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme
Analgésico descrito em CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar
cromatógrafo provido de detector de ionização de chamas,
utilizando mistura de nitrogênio, ar sintético e hidrogênio
(1:1:10) como gases auxiliares à chama do detector;
coluna capilar de 30 m de comprimento e 0,53 mm de
diâmetro interno, preenchida com fase estacionária ligada
a 5% de fenilpolisiloxano e 95% a metilpolisiloxano, com
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de cálcio (100 ppm Ca) e 1 mL de oxalato de amônio SR.


Depois de 1 minuto, adicionar 1 mL de ácido acético 2
1195
a
espessura do Þlme de 5 —m; temperatura da coluna de 35 M e 15 mL da solução contendo a amostra anteriormente
°C a 260 °C (35 °C mantida durante 5 minutos, aumentada preparada.
a 175 °C a 8 °C por minuto, aumentada a 260 °C a 35 °C
e mantida a esta temperatura por pelo menos 16 minutos), Preparação padrão: transferir para um tubo de Nessler
temperatura do injetor a 70 °C e temperatura do detector a (capacidade de 50 mL e 22 mm de diâmetro interno) 0,2
260 °C; utilizar hélio como gás de arraste; ßuxo do gás de mL de solução padrão etanólica de cálcio (100 ppm Ca) e
arraste de 1 mL/minuto. misturar com 1 mL de oxalato de amônio SR. Aguardar 1
minuto, adicionar 7,5 mL da solução padrão de cálcio (10
Solução amostra: Dissolver em 50 mL de água, livre de ppm Ca), 1 mL de ácido acético diluído e 7,5 mL de água
compostos orgânicos, exatamente, cerca de 1 g da amostra. destilada.

Solução padrão: preparar uma solução, em água livre de Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g da amostra em 25
compostos orgânicos, contendo em cada mL, 10 —g de mL de água, ajustar o pH para a faixa entre 3,0 e 4,0 com
cloreto de metileno, 1 —g de clorofórmio, 2 —g benzeno, 2 ácido acético M ou hidróxido de amônio 6 M. diluir com

p
—g de dioxana e 2 —g de tricloroetileno. água e homogeneizar. Proceder conforme Ensaio limite
para metais pesados, Método I. No máximo 0,001% (10
Procedimento: injetar, separadamente, 1 —L da Solução ppm).
amostra e da Solução padrão no cromatógrafo a gás.
Obter os cromatogramas e medir a área sob os picos. Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
IdentiÞcar, baseado no tempo de retenção, qualquer pico amostra, em sílica-gel. Dessecar por 12 horas. No máximo
presente no cromatograma da Solução amostra. A presença 0,5%.
e a identiÞcação dos picos no cromatograma devem ser
estabelecidas comparando os cromatogramas da Solução
DOSEAMENTO
amostra e Solução padrão. Limite: benzeno 2 ppm,
clorofórmio 50 ppm, dioxana 100 ppm, cloreto de metileno Proceder conforme descrito em CromatograÞa em coluna
500 ppm e tricloroetileno 80 ppm. Cumpre o teste. por troca iônica (5.2.17.3). Utilizar cromatógrafo provido
de detector por condutividade, coluna cromatográÞca
Substâncias Insolúveis. Dissolver 20 g da amostra em
de 7,5 cm de comprimento e 4,6 mm de diâmetro
150 mL de água morna. Filtrar em um Þltro de média
interno, empacotada com gel poroso de poliacrilato ou
porosidade, previamente pesado. Lavar com três porções
polimetacrilato com grupos de amônia quaternária com,
de 50 mL de água morna. Secar o resíduo a 105 °C por 3
cerca de, 10 ȝm; ßuxo da Fase móvel de 1,2 mL/minuto.
horas. O peso do resíduo não excede 0,005% (50 ppm).
Fase móvel: dissolver 1,66 g de ácido ftálico em 1000 mL
Cloretos (5.3.2.1). Pesar 10 g da amostra e proceder
de água. Ajustar o pH para 4,5 com, aproximadamente,
conforme descrito em Ensaio limite para cloretos. No
0,45 g de hidróxido de lítio. Filtrar.
máximo 0,003% (30 ppm).
Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente pesada,
Cloretos e cloratos (5.3.2.1). Pesar, exatamente, cerca de
da amostra em água para obter solução a 0,5 mg/mL.
3,5 g da amostra, adicionar 30 mL de água, 1 mL de ácido
Transferir 20 mL dessa solução para balão volumétrico de
nítrico e 0,1 g de nitrito de sódio. Deixar esfriar e proceder
100 mL e completar o volume com água, obtendo solução
conforme Ensaio limite para cloretos. No máximo 0,01%
a 0,1 mg/mL.
(100 ppm) (calculado como cloretos).
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
Sódio. Preparar uma solução a 10% da amostra. Mergulhar
de perclorato de potássio SQR em água para obter solução
uma alça de platina nesta solução e levar à chama. Não
a 0,5 mg/mL. Transferir 20 mL dessa solução para balão
aparece coloração amarela pronunciada na chama.
volumétrico de 100 mL e completar o volume com água,
Sulfatos (5.3.2.2). Pesar, exatamente, cerca de 1 g da obtendo solução a 0,1 mg/mL.
amostra e dissolver em 40 mL de água. Proceder conforme
Procedimento: injetar, separadamente, 50 —L da Solução
Ensaio limite para sulfatos. Utilizar 0,25 mL da solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
padrão. No máximo 0,012% (120 ppm).
e medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de KClO4
Cálcio. A opalescência desenvolvida na Preparação na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
amostra após 15 minutos não é mais intensa do que na padrão e a Solução amostra.
Preparação padrão, preparada de maneira semelhante. No
máximo 100 ppm. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Preparação amostra: pesar, exatamente, cerca de 5 g da Em recipientes bem fechados.
amostra transferir para um béquer e adicionar 90 mL de
água. Aquecer até a ebulição. Deixar esfriar, Þltrar para
balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com ROTULAGEM
água destilada livre de dióxido de carbono. Em um tubo
Observar a legislação vigente.
de Nessler, misturar 0,2 mL de solução padrão etanólica
a 1196 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

CLASSE TERAPÊUTICA Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da


amostra. Dessecar, sob pressão reduzida, sobre sílica-gel,
Antitireoidiano por 18 horas. No máximo 0,5%.

PERMANGANATO DE POTÁSSIO DOSEAMENTO


Kalli permanganas Pesar, exatamente, cerca de 0,125 g da amostra e dissolver
em 25 mL de água. Adicionar uma solução previamente
preparada de 2 mL de ácido sulfúrico em 5 mL de água,
KMnO4; 158,03
a cerca de 80 qC. Titular o excesso de ácido oxálico com
e 50 mL de ácido oxálico 0,05 M SV. Aquecer a solução
permanganato de potássio; 07000
Sal de potássio do ácido permangânico (1:1)
permanganato de potássio 0,02 M SV até que seja produzida
[7722-64-7]
coloração rosa pálida, persistente por 15 segundos. Cada
mL de ácido oxálico 0,05 M SV equivale a 3,161 mg de
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de KMnO4.
KMnO4, em relação à substância dessecada.

p Cuidado: explosões perigosas podem ocorrer se colocado


em contato com substâncias orgânicas ou facilmente
oxidáveis, tanto em solução como no estado seco.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

DESCRIÇÃO ROTULAGEM
Características físicas. Cristais violeta escuro, com brilho Observar a legislação vigente
metálico, inodoros, inalteráveis ao ar.

Solubilidade. Facilmente solúvel em água fervente e CLASSE TERAPÊUTICA


solúvel em água fria. Antisséptico tópico.

IDENTIFICAÇÃO
PETROLATO BRANCO
A. Dissolver 50 mg da amostra em 5 mL de água.
Adicionar 1 mL de etanol e 0,3 mL de hidróxido de sódio
SR. Desenvolve-se coloração verde. Aquecer até ebulição. petrolato branco; 09104
Forma-se um precipitado castanho escuro.

B. Responde às reações do íon permanganato (5.3.1.1). Mistura puriÞcada de hidrocarbonetos semi-sólidos obtidos
do petróleo. Pode conter estabilizante adequado.
C. Filtrar a mistura obtida no teste A. de IdentiÞcação. O
Þltrado responde às reações do íon potássio (5.3.1.1).
DESCRIÇÃO

ENSAIOS DE PUREZA Características físicas. Massa untuosa, semi-sólida, branca


ou levemente amarelada, praticamente inodora e insípida.
Aspecto da solução. Dissolver 0,75 g da amostra em
25 mL de água e adicionar 3 mL de etanol. Aquecer até Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel
ebulição durante 2 minutos. Esfriar e completar o volume em benzeno, clorofórmio, éter etílico, éter de petróleo,
para 30 mL com água. Filtrar. A solução obtida é incolor dissulfeto de carbono, óleos, praticamente insolúvel em
(5.2.12). glicerol e etanol.

Substâncias insolúveis na água. Dissolver, sob Constantes físico-químicas.


aquecimento, 0,5 g da amostra em 50 mL de água. Filtrar Densidade relativa (5.2.5): 0,815 a 0,880. Determinar a 60 °C.
com Þltro de vidro de média porosidade, previamente

Recolher o resíduo e secar em estufa à (102,5 ± 2,5) qC. A


tarado e lavado com água, até obter um Þltrado incolor. Faixa de fusão (5.2.2): 38 °C a 60 °C.

massa do resíduo não é superior a 5 mg (1,0%).


ENSAIOS DE PUREZA
Cloretos (5.3.2.1). A 10 mL da solução resultante do
Aspecto da solução, completar o volume para 15 mL com Cor de líquidos (5.2.12). Fundir cerca de 10 g da amostra
água. No máximo 0,02% (200 ppm). em banho-maria e transferir 5 mL do líquido para um tubo
de ensaio de vidro transparente, de aproximadamente 16
Sulfatos (5.3.2.2). A 12 mL da solução resultante do mm de diâmetro e 150 mm de comprimento. O líquido
Aspecto da solução, completar o volume para 15 mL com derretido e quente não deve ser mais escuro do que uma
água. No máximo 0,05% (500 ppm). solução preparada pela mistura de 1,6 mL de Solução base
de cloreto férrico e 3,4 mL de água num tubo semelhante.
Realizar a comparação contra um fundo branco, sendo que
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1197

com hidróxido de sódio 0,1 M e água (1:2). Agitar a solução


e aquecer até a ebulição. Adicionar 1 mL de fenolftaleína
a
os tubos devem ser segurados diretamente contra o fundo SI e titular rapidamente com hidróxido de sódio 0,1 M SV,
num ângulo tal qual não haja ßuorescência. sob agitação vigorosa, até coloração rósea observada na
camada hidroalcoólica. No máximo 0,4 mL de hidróxido
Acidez ou alcalinidade. Pesar 35 g da amostra num béquer de sódio 0,1 M SV é necessário para promover a viragem
e adicionar 100 mL de água fervente. Cobrir, colocar do indicador.
numa placa de aquecimento e manter a temperatura de
ebulição da água durante 5 minutos. Em seguida, deixar Óleos fixos, gorduras e rosina. Aquecer 10 g da amostra
em repouso até separação das fases. Retirar a camada com 50 mL de hidróxido de sódio 5 M a 100 °C por 30
aquosa e transferi-la para erlenmeyer. Lavar a amostra com minutos. Separar a camada aquosa e acidiÞcá-la com ácido
duas porções adicionais de 50 mL de água fervente. Reunir sulfúrico 2,5 M. Não deve ocorrer separação de nenhum
as três camadas aquosas (a primeira, mais as águas de material oleoso ou sólido.
lavagem), adicionar 0,1 mL de fenolftaleína SI e aquecer
a ebulição. A solução não deve tornar-se rósea. Caso a Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 2 g da amostra.
solução permaneça incolor, adicionar 0,1 mL de alaranjado Não deve ocorrer liberação de odor irritante durante o

p
de metila SI. A solução não se torna vermelha ou rósea. aquecimento. No máximo 0,05%.

Consistência
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Aparelhagem. Determinar a consistência utilizando um
Em recipientes bem fechados.
penetrômetro, o qual deve possuir um pistão metálico
polido, de 150 g, em forma de cone e uma ponta de aço
destacável. A ponta do cone deve ter um ângulo de 30° e a ROTULAGEM
extremidade truncada um diâmetro de (0,381 ± 0,025) mm.
O diâmetro da base da ponta deve ser de (8,38 ± 0,05) mm Observar a legislação vigente.
e o comprimento da ponta deve ser de (14,94 ± 0,05) mm.
A porção restante do cone deve ter um ângulo de 90°, altura CATEGORIA
de cerca de 28 mm e diâmetro máximo na base de cerca
de 65 mm. Os recipientes para o teste devem ser cilindros Excipiente.
metálicos de fundo chato, cujo diâmetro deve ser de (100
± 6) mm e altura de, no mínimo, 65 mm. Eles devem
ser fabricados com metal de 1,6 mm e devem apresentar PETROLATO LÍQUIDO
tampas bem vedadas e impermeáveis à água. Paraffinum liquidum
Procedimento: aquecer, em forno, quantidade suÞciente
da amostra a (82 ± 2,5) °C e transferir para os cilindros petrolato líquido; 09388
previamente aquecidos à mesma temperatura, preenchendo Óleos da paraÞna
até 6 mm da borda. Resfriar a (25 ± 2,5) °C por um período [8012-95-1]
de, no mínimo, 16 horas, protegendo da exposição ao
ambiente. Duas horas antes do teste, colocar os cilindros Mistura de hidrocarbonetos líquidos obtidos do petróleo.
num banho-maria a (25 ± 0,5) °C. Se a temperatura
ambiente estiver abaixo de 23,5 °C ou acima de 26,5 °C,
ajustar a temperatura do cone a (25 ± 0,5) °C, colocando-o DESCRIÇÃO
num banho-maria. Sem provocar distúrbios na superfície
Características físicas. Líquido oleoso, límpido, incolor e
da amostra, colocar o cilindro na mesa do penetrômetro
não ßuorescente à luz do dia.
e abaixar o cone até que a ponta toque a superfície da
amostra num ponto de 25 mm a 38 mm abaixo da borda do Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, pouco
cilindro. Zerar a escala do aparelho e liberar rapidamente o solúvel em etanol e miscível com hidrocarbonetos.
pistão, então deixá-lo livre por 5 segundos. Fixar o pistão
e realizar a leitura. Fazer três ou mais leituras, cada uma Constantes físico-químicas.
espaçada da outra, de modo que não haja sobreposição das
áreas de penetração. Quando a penetração exceder 20 mm, Densidade Relativa (5.2.5): 0,827 a 0,890.
usar um recipiente separado com a amostra para cada teste. Viscosidade (5.2.7): 110 mPa.s a 230 mPa.s.
Ler a penetração até décimos de milímetro. Calcular a
média de três ou mais leituras e realizar mais testes até um
total de 10 se os resultados individuais diferirem da média IDENTIFICAÇÃO
por mais do que 3%. A média de todos os testes deve ser,
no mínimo, 10 mm e, no máximo, 30 mm, indicando um A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
valor de consistência entre 100 e 300. da amostra apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Ácidos orgânicos. Pesar 20 g da amostra e adicionar 100 intensidades relativas daquelas observados no espectro de
mL de uma mistura de etanol previamente neutralizado petrolato líquido SQR, preparado de maneira idêntica.
a 1198 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

B. Em um tubo de ensaio, ferver cuidadosamente 1 mL da


amostra, juntamente com 1 mL de hidróxido de sódio 0,1
Parafinas sólidas. Secar quantidade suÞciente de amostra
por aquecimento a 100 °C por 2 horas e resfriar num
M, com agitação contínua por em torno de 30 segundos. dessecador com ácido sulfúrico. Acondicionar num tubo
Deixar esfriar a temperatura ambiente, formando duas de vidro com diâmetro interno de 25 mm, fechar o tubo e
fases. Adicionar a fase aquosa 0,1 mL de fenolftaleína SI. colocar em banho de água gelada. Após 4 horas, o líquido
Produz-se coloração rosa. é suÞcientemente translúcido para se ver facilmente uma
linha preta de largura 0,5 mm num fundo branco, quando
posto verticalmente atrás do tubo.
ENSAIOS DE PUREZA
Acidez ou alcalinidade. Agitar vigorosamente 10 mL de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
amostra com 20 mL de água fervente por 1 minuto. Separar
a fase aquosa e Þltrar. A 10 mL de Þltrado, adicionar 0,1 Em recipientes bem fechados, protegidos da luz
mL de fenolftaleína SI. A solução é incolor. Não mais que
0,1 mL de hidróxido de sódio 0,1 M são necessários para
ROTULAGEM
mudar a cor do indicador para rosa.

p
Observar a legislação vigente.
Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos. Usar reagentes
para espectrofotometria. Introduzir 25 mL num funil de
separação com rolha esmerilhada de 125 mL. Adicionar CATEGORIA
25 mL de hexano previamente agitado duas vezes com
5 mL de dimetilsulfóxido. Misturar e adicionar 5 mL de Adjuvante farmacotécnico.
dimetilsulfóxido. Agitar vigorosamente por 1 minuto e
deixar de repouso para formação de duas fases. Transferir
a camada de baixo para um segundo funil de separação e PIPERAZINA
adicionar mais 2 mL de hexano e agitar vigorosamente. Piperazinum
Deixar de repouso para formação de duas fases. Separar
a camada de baixo e medir a absorvância (5.2.14) entre
260 nm a 420 nm Preparar branco em paralelo utilizando
a camada de baixo obtida na agitação vigorosa em funil de
separação de 5 mL de dimetilsulfóxido com 25,0 mL de
hexano. Preparar uma solução padrão de naftaleno a 7 mg/L
em isooctano e medir a absorvância a 275 nm, utilizando
isooctano como branco. Em nenhum comprimento de
onda entre 260 nm e 420 nm a absorvância da solução
C4H10N2; 86,14
teste excede um terço da absorvância da solução padrão
piperazina; 07099
a 275nm.
Piperazina
Substâncias carbonizáveis. Usar um tubo com rolha [110-85-0]
esmerilhada de aproximadamente 125 mm de comprimento
e 18 mm de diâmetro interno, graduado em 5 mL e 10 Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
mL; lavar com solução de limpeza ácido crômico, rinsar C4H10N2, em relação à substância anidra.
com água e secar. Introduzir 5 mL da amostra e 5 mL de
ácido sulfúrico livre de nitrogênio. Inserir a rolha e agitar
DESCRIÇÃO
o mais vigorosamente possível na direção longitudinal do
tubo por 5 segundos. Após a retirada da tampa, colocar Características físicas. Grumos ou ßocos brancos ou
imediatamente o tubo num banho de água, evitando o esbranquiçados, odor amoniacal.
contato do tubo com o fundo ou lateral do banho, e aquecer.
Após 2 minutos, 4 minutos, 6 minutos e 8 minutos remover Solubilidade. Solúvel em água e em etanol, insolúvel em
o tubo do banho e agitar o mais vigorosamente possível na éter etílico.
direção longitudinal do tubo por cinco segundos. No Þnal
Constantes físico-químicas.
de 10 minutos de aquecimento, remover o tubo do banho
de água e deixar em repouso por 10 minutos. Centrifugar a Faixa de fusão (5.2.2): entre 109 °C e 113 °C.
2000 g por 5 minutos. Transferir 4 mL da camada superior
para um tubo de ensaio limpo. A coloração não é mais
intensa (5.2.12) que 4 mL de uma mistura de 0,6 mL de IDENTIFICAÇÃO
uma solução padrão marrom e 9,4 mL de uma solução
A. Dissolver cerca de 0,2 g da amostra em 5 mL de
de ácido clorídrico a 1% (p/v). A camada inferior não é
ácido clorídrico diluído e adicionar, com agitação, 1 mL
de coloração mais intensa que uma mistura de 0,5 mL de
de solução de nitrito de sódio a 50% (p/v). Resfriar em
Solução base de sulfato cúprico, 1,5 mL de Solução base
banho de gelo por 15 minutos, agitar, se necessário, para
de cloreto cobaltoso, 3 mL de Solução base de cloreto
induzir a cristalização. Filtrar o precipitado em funil de
férrico e 2 mL de ácido clorídrico a 1% (p/v).
fundo poroso, lavar o precipitado com 10 mL de água fria
e dessecar a 105 °C: a N,N’-dinitrosopiperazina assim
obtida, funde entre 156 °C e 160 °C.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1199
a
PIRAZINAMIDA
B. Responde às reações do íon citrato (5.3.1.1).
Pyrazinamidum

ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. Dissolver 10 g da amostra em água e
diluir para 50 mL utilizando o mesmo solvente. A solução
obtida não é mais corada (5.2.12) que a solução referência
preparada pela adição de 2 mL de Solução base de cloreto
férrico em água e diluída para 50 mL com o mesmo
solvente, quando comparadas em tubos de Nessler. C5H5N3O; 123,11
pirazinamida; 07141
Aminas Primárias e Amônia. Dissolver 0,2 g da amostra 2-Pirazinacarboxamida
em 10 mL de água, adicionar 1 mL de acetona e 0,5 mL [98-96-4]
de solução recentemente preparada de nitroprusseto de
sódio a 10% (p/v). Misturar e deixar em repouso por 10
minutos. Medir a absorvância (5.2.14) desta solução a 520
nm e a 600 nm, preparando o branco da mesma maneira
que a solução anteriormente descrita, exceto pela amostra.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
C5H5N3O, em relação à substância anidra. p
A razão entre a absorvância a 600 nm e a absorvância a 520 DESCRIÇÃO
nm é no máximo 0,5 (equivale a cerca de 0,7% de aminas
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
primárias e amônia).
branco. Inodoro ou praticamente inodoro.
Água (5.2.20.1). No máximo 2%.
Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, pouco solúvel
em etanol, éter etílico e clorofórmio.
DOSEAMENTO
Constantes físico-químicas.
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,15 g da Faixa de fusão (5.2.2): 188 ºC a 191 ºC.
amostra e dissolver em 75 mL de ácido acético glacial.
Titular potenciometricamente com ácido perclórico 0,1 M IDENTIFICAÇÃO
SV, utilizar o sistema eletrodo prata-vidro. Ao aproximar-
se o ponto de viragem, aquecer a solução a 68-70 °C, em O teste A. poderá ser omitido se forem realizados os testes
seguida completar a titulação. Realizar ensaio em branco e B.,C. e D. Os testes B. e C. poderão ser omitidos se forem
fazer as correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico realizados os testes A. e D.
0,1 M equivale a 4,307 mg de C4H10N2.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
Em recipientes herméticos protegidos da luz. observados no espectro de pirazinamida SQR, preparado
de maneira idêntica.
ROTULAGEM
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
Observar a legislação vigente. de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em água,
exibe máximos e mínimos idênticos aos observados no
espectro de solução similar de pirazinamida SQR.
CLASSE TERAPÊUTICA
C. Dissolver 0,1 g da amostra em 5 mL de água. Adicionar
Anti-helmíntico. 1 mL de sulfato ferroso acidiÞcado SR. Desenvolve-se
coloração alaranjada. Adicionar 1 mL de hidróxido de
sódio SR. A solução torna-se azul-escura.

D. Aquecer à ebulição 20 mg da amostra com 5 mL de


hidróxido de sódio 5 M. Desprende-se odor característico
de amônia.

ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. Dissolver 0,5 g da amostra em água
livre de dióxido de carbono e diluir para 50 mL no mesmo
a 1200 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

solvente. A solução obtida é límpida (5.2.25) e incolor


(5.2.12).
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
Acidez ou alcalinidade. A 25 mL da solução obtida em
Aspecto da solução adicionar 0,5 mL de fenoftaleína SI
e 0,2 mL de hidróxido de sódio 0,01 M. A solução torna-
CLASSE TERAPÊUTICA
se rósea. Adicionar 1,0 mL de ácido clorídrico 0,01 M. A Tuberculostático.
solução torna-se incolor. Adicionar 0,12 mL de vermelho
de metila SI. A solução torna-se vermelha.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em PIRAZINAMIDA COMPRIMIDOS


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de ácido acético Contém, no mínimo, 93,0% e, no máximo, 107,0% da
glacial, água e 1-butanol (20:20:60), como fase móvel. quantidade declarada de C5H5N3O.
Aplicar, separadamente, à placa, 50 ȝL de cada uma das
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.

p
IDENTIFICAÇÃO
Solução (1): transferir 0,1 g da amostra para balão
volumétrico de 10 mL, diluir em mistura de metanol e O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
cloreto de metileno (1:9) e completar o volume com o realizados os testes B., C. e D. O teste de identiÞcação B.
mesmo solvente. poderá ser omitido se forem realizados os testes A., C. e D.

Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade
volumétrico de 50 mL e completar o volume com mistura de pó equivalente a 50 mg de pirazinamida com 50 mL
de metanol e cloreto de metileno (1:9). Transferir 1 mL de etanol absoluto. Filtrar e evaporar o Þltrado até secura.
desta solução para balão volumétrico de 10 mL e completar Secar o resíduo em estufa a 105 ºC por 30 minutos. O
o volume com o mesmo solvente. resíduo responde ao teste A. de IdentiÞcação na monograÞa
de Pirazinamida.
Solução (3): transferir 10 mg de ácido nicotínico SQR
para balão volumétrico de 10 mL, dissolver em mistura B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de metanol e cloreto de metileno (1:9), adicionar 1 mL da de 200 nm a 400 nm da solução amostra, obtida no método
Solução (1) e completar o volume com o mesmo solvente. A. de Doseamento, exibe máximos de absorção idênticos
aos observados no espectro da solução padrão.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com da Solução amostra, obtida no método B. do Doseamento,
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (0,2%). O
teste somente é válido se o cromatograma obtido com a D. Pesar e pulverizar os comprimidos. Ferver quantidade
Solução (3) apresenta duas manchas principais nitidamente do pó equivalente a 20 mg de pirazinamida com 5 mL de
separadas. hidróxido de sódio 5 M. Desprende-se odor característico
de amônia.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,001% (10 ppm).
CARACTERÍSTICAS
Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
No máximo 0,1%. Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.

Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.


DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
aquoso (5.3.3.5). Dissolver, exatamente, cerca de 0,1 g
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
da amostra em 50 mL de anidrido acético. Titular com
ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o ponto Þnal Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir
potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M cada comprimido para balão volumétrico de 500 mL
SV equivale a 12,311 mg de C5H5N3O. contendo 350 mL de água e aguardar desintegração total
do comprimido. Prosseguir conforme descrito no método
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO A. de Doseamento a partir de “Deixar em ultrassom por
15 minutos...”.
Em recipientes bem fechados.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

por 15 minutos e agitar mecanicamente por 15 minutos.


Completar o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar
1201
a
Meio de dissolução: água, 900 mL e Þltrar. Diluir, em água, até concentração de 0,001%
(p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração
Aparelhagem: pás, 50 rpm
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das
Tempo: 45 minutos soluções resultantes no comprimento de onda de 268 nm,
utilizando água para ajuste do zero. Calcular a quantidade
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de de C5H5N3O nos comprimidos a partir das leituras obtidas.
dissolução e diluir, se necessário, em água até concentração Alternativamente, realizar os cálculos considerando A
adequada. Medir as absorvâncias em 268 nm (5.2.14), (1%, 1cm) = 650, em 268 nm, em água.
utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero. Calcular
a quantidade de C5H5N3O dissolvida no meio, comparando B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
as leituras obtidas com a da solução de pirazinamida SQR de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
na concentração de 0,001% (p/v), preparada no mesmo de detector ultravioleta a 270 nm; coluna de 150 mm de

com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (5 Pm),


solvente. Alternativamente, realizar os cálculos utilizando comprimento e 3,6 mm de diâmetro interno, empacotada
A (1%, 1cm) = 650, em 268 nm, em água.

Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade


declarada de C5H5N3O se dissolvem em 45 minutos.
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de
1,0 mL/minuto.

Fase móvel: transferir 0,6805 g de fosfato de potássio


monobásico para balão volumétrico de 250 mL, dissolver
p
ENSAIOS DE PUREZA em água e completar o volume com o mesmo solvente.
Transferir a solução obtida para balão volumétrico de
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em 1000 mL. Adicionar 18 mL de hidróxido de sódio 0,2 M e
Substâncias relacionadas na monograÞa de Pirazinamida. completar o volume com água. Ajustar o pH para 3,0 ± 0,2
Preparar as soluções como descrito a seguir. com ácido fosfórico. Misturar 10 mL de acetonitrila com
1000 mL dessa solução, Þltrar e desgaseiÞcar.
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Dissolver
quantidade do pó equivalente a 0,1 g de pirazinamida em 50 Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
mL de mistura de metanol e clorofórmio (1:9), agitar por 15 Transferir quantidade do pó equivalente a 0,1 g de
minutos. Filtrar, evaporar o Þltrado até secura e dissolver o pirazinamida para balão volumétrico de 100 mL,
resíduo com o mesmo solvente, até completar 10 mL. acrescentar 70 mL de água. Deixar em ultrassom por 15
minutos e agitar mecanicamente por 15 minutos. Completar
Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar.
volumétrico de 50 mL e completar o volume com mistura
Transferir 1 mL do Þltrado para balão volumétrico de 25
de metanol e clorofórmio (1:9). Transferir 1 mL desta
mL e completar o volume com água.
solução para balão volumétrico de 10 mL e completar o
volume com o mesmo solvente. Solução padrão: transferir 50 mg de pirazinamida SQR para
balão volumétrico de 50 mL, dissolver em água e completar
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
o volume com o mesmo solvente. Transferir 1 mL desta
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
volume com água, obtendo solução a 40 Pg/mL.
solução para balão volumétrico de 25 mL e completar o
Qualquer mancha obtida no cromatograma da Solução (1),
diferente da mancha principal, não é mais intensa do que
aquela obtida com a Solução (2) (0,2%). Solução de resolução: transferir 1 mL de ácido clorídrico
para balão volumétrico de 5 mL e completar o volume
Água (5.2.20.1). No máximo 3,0%.
com a Solução padrão. Deixar esta solução em banho
de água fervente por 5 minutos, para formação do ácido
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA pirazinóico. Resfriar.

Contagem do número total de micro-organismos Injetar replicatas de 20 PL da Solução padrão. A eÞciência


mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. da coluna não deve ser menor que 2500 pratos teóricos. O

de 20 PL da Solução de resolução. Os tempos de retenção


fator de cauda não deve ser superior a 1,3. Injetar replicatas
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste. relativos são cerca de 0,45 para o ácido pirazinóico e 1,0
para a pirazinamida. A resolução entre o ácido pirazinóico
DOSEAMENTO e a pirazinamida não deve ser menor que 6,0.

Empregar um dos métodos descritos a seguir. Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C5H5N3O nos
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20 comprimidos a partir das respostas obtidas para as Soluções
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente padrão e amostra.
a 0,1 g de pirazinamida para balão volumétrico de 500
mL contendo 350 mL de água. Deixar em ultrassom
a 1202 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO D. Transferir para cadinho, cerca de 1 g de amostra e 5


g de carbonato de sódio anidro. Misturar e aquecer até a
Em recipientes bem fechados. ignição. Resfriar, adicionar 5 mL de água quente, deixar
em ultrassom por 5 minutos, Þltrar e neutralizar o Þltrado
com ácido nítrico. A solução resultante responde às reações
ROTULAGEM
do íon cloreto (5.3.1.1).
Observar a legislação vigente.
ENSAIOS DE PUREZA

PIRIMETAMINA Acidez ou alcalinidade. Transferir 1 g da amostra para


Pyrimethaminum balão volumétrico de 50 mL, adicionar 30 mL de água,
agitar por 2 minutos, completar o volume com o mesmo
solvente e Þltrar. A 10 mL da solução, adicionar 0,5 mL de
fenolftaleina SI. No máximo 0,2 mL de hidróxido de sódio
0,01 M é gasto para promover a viragem do indicador.

p
Adicionar 0,05 mL de vermelho de metila SI e 0,4 mL
de ácido clorídrico 0,01 M. Desenvolve-se coloração
vermelha ou alaranjada.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio,
C12H13ClN4; 248,71 álcool n-propílico, ácido acético glacial e tolueno
pirimetamina; 07170 (4:8:12:76), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
5-(4-Clorofenil)-6-etil-2,4-pirimidinodiamina à placa, 20 ȝL de cada uma das soluções, recentemente
[58-14-0] preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): solução a 10 mg/mL da amostra em mistura de


Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
metanol e clorofórmio (1:9).
C12H13ClN4, em relação à substância dessecada.
Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
DESCRIÇÃO volumétrico de 10 mL e completar o volume com mistura
de metanol e clorofórmio (1:9).
Características físicas. Pó cristalino quase branco ou
cristais incolores. Solução (3): solução a 1 mg/mL de pirimetamina SQR em
mistura de metanol e clorofórmio (1:9).
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, ligeiramente
solúvel em etanol, muito pouco solúvel em éter etílico. Solução (4): transferir 2,5 mL da Solução (1) para balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume com mistura
Constantes físico-químicas. de metanol e clorofórmio (1:9). Transferir 1 mL dessa
solução para balão volumétrico de 10 mL e completar o
Faixa de fusão (5.2.2): 239 ºC a 243 ºC. volume com a mesma mistura de solventes.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


IDENTIFICAÇÃO secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
de potássio, apresenta máximos de absorção somente intensa que aquela obtida com a Solução (4) (0,25%).
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Sulfatos (5.3.2.2). Transferir 1 g da amostra para balão
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
volumétrico de 50 mL, adicionar 30 mL de água, agitar por
pirimetamina SQR.
2 minutos, completar o volume com o mesmo solvente e
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na Þltrar. Utilizar 15 mL do Þltrado. Preparar solução padrão
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) de sulfato na concentração de 0,001% (10 ppm). No
em ácido clorídrico 0,1 M, preparada com aquecimento, máximo 0,008% (80 ppm).
se necessário, exibe máximos e mínimos somente nos
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
mesmos comprimentos de onda de solução similar de
amostra. Dessecar em estufa entre 100 ºC e 105 ºC, por 4
pirimetamina SQR.
horas. No máximo 0,5%.
C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2),
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
No máximo 0,1%.
posição e intensidade àquela obtida com a Solução (3).
DOSEAMENTO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.


1203
a
Proceder conforme descrito em Titulações em meio Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
não aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,2
g da amostra e dissolver em 25 mL de ácido acético
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
glacial, aquecendo suavemente. Resfriar e titular com
ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o ponto Þnal Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
potenciometricamente. Realizar ensaio em branco e efetuar
as correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 Aparelhagem: pás, 50 rpm
M SV equivale a 24,871 mg de C12H13ClN4.
Tempo: 45 minutos

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de


dissolução, Þltrar e diluir com ácido clorídrico 0,1 M até
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. concentração adequada. Medir as absorvâncias em 272
nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do
zero. Calcular a quantidade de C12H13ClN4 dissolvida no

p
ROTULAGEM
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
Observar a legislação vigente. de pirimetamina SQR na concentração de 0,001% (p/v),
preparada no mesmo solvente.

CLASSE TERAPÊUTICA Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade


declarada de C12H13ClN4 se dissolvem em 45 minutos.
Antimalárico e antitoxoplasmose.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


PIRIMETAMINA COMPRIMIDOS Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Contém, no mínimo, 93,0% e, no máximo, 107,0% da
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
quantidade declarada de C12H13ClN4.
Cumpre o teste.

IDENTIFICAÇÃO DOSEAMENTO
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
quantidade do pó equivalente a 0,2 g de pirimetamina
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
para béquer e adicionar 25 mL de acetona, aquecer à
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
ebulição por 2 minutos e Þltrar através de cadinho de vidro
25 mg de pirimetamina para balão volumétrico de 100 mL
sinterizado. Repetir este tratamento três vezes com porções
e adicionar 50 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Aquecer em
de 25 mL de acetona. Evaporar os Þltrados combinados
banho-maria por 10 minutos e deixar em ultrassom por
em banho-maria à secura, com auxílio de corrente de ar. O
30 minutos. Resfriar, completar o volume com o mesmo
espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo,
solvente. Filtrar. Transferir 5 mL do Þltrado para balão
disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
volumétrico de 100 mL e completar o volume com ácido
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
clorídrico 0,1 M, obtendo solução a 12,5 —g/mL. Preparar
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
solução de pirimetamina padrão nas mesmas condições.
no espectro de pirimetamina SQR, preparado de maneira
Medir as absorvâncias das soluções em 272 nm, utilizando
idêntica.
ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular o teor de
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa C12H13ClN4 nos comprimidos, a partir das leituras obtidas.
de 250 nm a 300 nm, da solução amostra obtida no método Alternativamente, realizar os cálculos considerando A (1%,
de Doseamento, apresenta máximos de absorção somente 1 cm) = 316, em 272 nm, em ácido clorídrico 0,1 M.
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro da EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
solução padrão, preparada de maneira idêntica.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
CARACTERÍSTICAS
ROTULAGEM
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente.
Teste de Dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste

Teste de Friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.


a 1204 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) em 20 mL de


cloreto de metileno.
PIROXICAM CÁPSULAS
Solução (3). preparar solução de piroxicam SQR a 2 mg/
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da mL em cloreto de metileno.
quantidade declarada de C15H13N3O4S.
Solução (4). diluir 2 mL da Solução (2) em 50 mL de
cloreto de metileno.
IDENTIFICAÇÃO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
A. A mancha principal do cromatrograma da Solução (2), secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3). com a Solução (1) não é mais intensa que aquela obtida no
cromatograma com a Solução (4). Desconsiderar qualquer
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa mancha remanescente na linha de aplicação.
de 200 a 400 nm, da Solução amostra obtida no método A.
de Doseamento, exibe máximo de absorção em 354 nm,

p idêntico ao observado no espectro da Solução padrão.

C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Cumpre o teste.
CARACTERÍSTICAS
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. DOSEAMENTO

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Empregar um dos métodos descritos a seguir.

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Proceder conforme método B. de Doseamento. de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 248 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
(10 —m), mantidas a temperatura ambiente, ßuxo da Fase
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
móvel de 2 mL/minuto. Preparar as soluções como descrito
Aparelhagem: cestas, 100 rpm a seguir:

Tempo: 45 minutos Tampão fosfato de sódio dibásico: dissolver 5,35 g de


fosfato de sódio dibásico dodecaidratado em 100 mL de
Procedimento: após o teste, retirar alíquota de 10 mL do água. Dissolver 7,72 g de ácido cítrico em 400 mL de água.
meio de dissolução, Þltrar e diluir em ácido clorídrico 0,1 Transferir as duas soluções para balão volumétrico de 1000
M até a concentração adequada. Medir as absorvâncias das mL e completar o volume com água.
soluções em 242 nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C15H13N3O4S Fase móvel: mistura de metanol e Tampão fosfato de sódio
dissolvida no meio usando o valor de A(1%, 1 cm) = 352, dibásico (60:40).
em 242 nm, em ácido clorídrico 0,1 M.
Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo
Tolerância: Não menos que 70% (Q) da quantidade e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
declarada de C15H13N3O4S se dissolvem em 45 minutos. cápsulas. Transferir quantidade de pó equivalente a 10
mg de piroxicam para balão volumétrico de 200 mL,
adicionar 150 mL de ácido clorídrico metanólico 0,01 M,
ENSAIOS DE PUREZA agitar e deixar em ultrassom a temperatura ambiente por
30 minutos. Resfriar e completar o volume com o mesmo
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
solvente. Filtrar a solução com Þltro quantitativo.
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de tolueno e Solução padrão: preparar solução a 0,005% (p/v) de

separadamente, à placa, 10 PL de cada uma das soluções


ácido acético glacial (90:10), como fase móvel. Aplicar, piroxicam SQR em ácido clorídrico metanólico 0,01 M.
Submeter a solução, se necessário, a banho de ultrassom a
recentemente preparadas, descritas a seguir. temperatura ambiente.
Solução (1): misturar quantidade do pó contendo 80 mg de Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções
piroxicam com 25 mL de cloreto de metileno, Þltrar e levar padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
o Þltrado a secura usando evaporador rotatório. Dissolver as áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H13N3O4S,
o resíduo em 2 mL de cloreto de metileno.
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
padrão e a Solução amostra.
CARACTERÍSTICAS
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1205
a
pH (5.2.19). 7,2 a 8,2. Determinar em solução do gel a
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria 10% (p/v).
de absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar 20 cápsulas,
remover o conteúdo e pesá-las novamente. Homogeneizar Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
o conteúdo das cápsulas. Transferir quantidade de pó
equivalente a 25 mg de piroxicam para balão volumétrico TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
de 250 mL e completar o volume com hidróxido de sódio
0,1 M. Diluir, sucessivamente, com o mesmo solvente, até Contagem do número total de micro-organismos
concentração Þnal de 10 —g/mL. Preparar a solução padrão mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
na mesma concentração utilizando o mesmo solvente.
Medir as absorvâncias das soluções em 354 nm, utilizando Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste do zero. Calcular o Cumpre o teste.
teor de C15H13N3O4S nas cápsulas, a partir das respostas
obtidas para a Soluções padrão e a Solução amostra. DOSEAMENTO

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 248 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
p
temperatura ambiente.
com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (3 —m a
10 —m), e pré-coluna de 100 mm de comprimento e 4,6 mm
ROTULAGEM de diâmetro interno quimicamente ligada a octilsilano (5
—m), mantidas a temperatura de 40 °C, ßuxo da Fase móvel
Observar legislação vigente.
de 1,0 mL/minuto. Preparar as soluções como descrito a
seguir:
PIROXICAM GEL Fase móvel: mistura de fosfato de sódio dibásico di-
hidratado 0,05 M, com o pH ajustado para 3,5 com ácido
fosfórico, acetonitrila e metanol (55:30:15).
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
quantidade declarada de C15H13N3O4S. Solução amostra: transferir quantidade de gel equivalente
a 5 mg de piroxicam para balão volumétrico de 100 mL,
adicionar 5 mL de ácido clorídrico metanólico 0,01 M e
IDENTIFICAÇÃO
agitar por 30 minutos. Adicionar 50 mL de Fase móvel e
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em agitar vigorosamente por 30 minutos. Completar o volume
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com a Fase móvel e agitar. Filtrar a solução com Þltro de
como suporte, e mistura de acetato de etila, metanol e microÞbra de vidro de 1,0 —m de diâmetro de poro.

separadamente, à placa, 5 PL de cada uma das soluções


ácido acético glacial (80: 10: 1), como fase móvel. Aplicar,
Solução padrão: preparar uma solução a 0,10% (p/v) de
piroxicam SQR em ácido clorídrico metanólico 0,01 M.
recentemente preparadas, descritas a seguir.
Submeter a solução, se necessário, a banho de ultrassom
Solução (1): misturar quantidade de gel contendo 10 mg a temperatura ambiente. Retirar alíquota de 5 mL dessa
de piroxicam com 0,1 mL da solução saturada de ácido solução, transferir para balão volumétrico de 100 mL e
clorídrico até que a solução Þque turva. Diluir para 5 mL completar o volume com Fase móvel.
com ácido clorídrico metanólico 0,01 M. Agitar bem,
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções
centrifugar e utilizar a solução sobrenadante límpida.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
Filtrar a solução sobrenadante se necessário.
as áreas sob os picos. Calcular o teor de C15H13N3O4S,
Solução (2): preparar solução com concentração na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução
equivalente a 0,2% (p/v) de piroxicam SQR com ácido padrão e Solução amostra.
clorídrico metanólico 0,01 M.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e em
mancha principal obtida com a Solução (1) é similar em temperatura ambiente.
posição e em tamanho àquela obtida no cromatograma da
Solução (2).
ROTULAGEM
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida no método A. de Doseamento, Observar legislação vigente.
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
a 1206 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

foliares, embora mais abundantes na face adaxial. As duas


a quatro células epidérmicas que recobrem externamente
PITANGUEIRA
Eugeniae folium a cavidade secretora apresentam paredes internas retas. O
epitélio destas cavidades, em secção transversal, é formado
por cinco a oito células. Na região da nervura principal,
Eugenia unißora L. – MYRTACEAE de contorno plano-convexo, ou raramente levemente
côncavo-convexo ou biconvexo, ocorrem subjacentes à
A droga vegetal é constituída pelas folhas secas da espécie, epiderme uma a três camadas de colênquima anelar com
contendo no mínimo, 5,0% de taninos, 1,0% de ßavonoides espessamentos tênues. O feixe vascular principal é do tipo
totais, expressos em quercetina; e, 0,8% de óleos voláteis. bicolateral, em arco aberto, envolto por dois a três estratos
O óleo volátil é constituído de, no mínimo, 27,0% de de células parenquimáticas de paredes espessadas, e uma
curzerenos (cis e trans). bainha de Þbras, exceto nas extremidades do arco. O ßoema
apresenta abundância de cristais rômbicos de pequenas
CARACTERÍSTICAS dimensões. As nervuras secundárias e as de menor calibre
são colaterais, com calotas de Þbras em ambos os pólos
Características organolépticas. As folhas secas dos tecidos condutores. O pecíolo, de contorno côncavo-

p apresentam odor cítrico e sabor picante.

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
convexo, apresenta pequenas expansões laterais. A epiderme
é uniestratiÞcada, contendo substâncias de coloração
castanha, também presente nas células do parênquima
fundamental subjacente, colenquimatoso, o qual apresenta
Folhas simples, ovais laceoladas, em geral com 4,5 cm todas as suas células com tênues espessamentos em
a 6,2 cm de comprimento e 2,0 cm a 2,7 cm de largura, celulose. Cavidades secretoras, semelhantes às da lâmina,
glabras, membranáceas a levemente coriáceas, com ápice também estão presentes subepidermicamente. Grãos de
agudo a acuminado, por vezes levemente falcado, base amido, drusas e cristais ocorrem em abundância por todo
aguda a obtusa, margem inteira, peninérveas, com nervura o parênquima fundamental. O feixe vascular conÞgura-se
principal mais proeminente na região mediano basal da em arco aberto, bicolateral, com abundância de cristais
face abaxial. Nervação camptódromo-broquidódroma, rômbicos no ßoema, envolto por quatro a oito camadas de
cada nervura secundária partindo em ângulo agudo em tecido parenquimático de paredes espessadas, formando
relação à principal, anastomosando-se com sua superior uma bainha perivascular. Fibras, isoladas ou em grupos de
subsequente, de modo a formar uma série de arcos nas dois a três elementos, raramente estão presentes ao redor
proximidades do bordo foliar; as nervuras secundárias e do feixe vascular.
de ordem superior determinam aréolas incompletas, com
terminações vasculares livres. Pecíolo com 0,3 cm a 0,6 DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
cm de comprimento. No material seco, a face adaxial da
lâmina é verde escura e a abaxial mais clara. As glândulas, O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
presentes na lâmina, diÞcilmente são visualizadas sem a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
auxílio de lentes. características: fragmentos de epiderme da lâmina com
paredes anticlinais sinuosas (face adaxial); fragmentos de
epiderme com estômatos paracíticos; fragmentos da lâmina
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
que, por transparência, permitem a visualização de cristais
Folhas hipoestomáticas, de mesoÞlo dorsiventral. Em rômbicos, drusas em abundância e cavidades secretoras de
secção transversal, a lâmina foliar apresenta epiderme aspecto brilhante devido à presença de gotas de óleo.
uniestratiÞcada, recoberta por espessa camada de cutícula.
Os estômatos são do tipo paracítico, ocorrendo na mesma IDENTIFICAÇÃO
altura que as células epidérmicas fundamentais. Estas, em
ambas as faces, mostram dimensões variadas e paredes A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em

espessura de 250 Pm, como fase estacionária e mistura


anticlinais sinuosas. Nas células-guarda o espessamento camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254, com
da face interna é proeminente, sendo visualizado na forma
de alteres. O parênquima paliçádico é uniestratiÞcado e de acetato de etila, ácido fórmico e água (75:5:5), como

banda, 20 PL da Solução (1) e 10 PL da Soluções (2) e da


acompanhado por células coletoras. As células em paliçada fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma de
ocupam de 25,0% a 30,0% do mesoÞlo, sendo em geral,
de dimensões menores na porção basal da lâmina. O Solução (3), recentemente preparadas, descritas a seguir.
parênquima esponjoso possui de sete a nove estratos de
células com projeções braciformes relativamente longas, o Solução (1): pesar, exatamente, cerca de 10 g da droga
que permite a formação de amplos espaços intercelulares. moída, acrescentar 100 mL de água e aquecer sob reßuxo
No mesoÞlo são comuns idioblastos cristalíferos contendo por 15 minutos. Após resfriamento à temperatura ambiente,
cristais rômbicos de oxalato de cálcio e drusas, sendo Þltrar a solução obtida em algodão, sob pressão reduzida.
estas mais abundantes especialmente junto aos feixes Extrair a fase aquosa resultante com três porções de 25 mL
vasculares. Cavidades secretoras esquizolisígenas, em de acetato de etila em funil de separação de 125 mL. Deixar
média com 60 —m de diâmetro, contendo gotas de óleo, em repousou em freezer a temperatura de -18 °C durante
são comuns subjacentes à epiderme, em ambas as faces 15 minutos, para total separação das fases. Reunir e Þltrar
as frações orgânicas com 5 g de sulfato de sódio anidro.
Evaporar a fração orgânica em evaporador rotatório sob
pressão reduzida até resíduo. Ressuspender o resíduo com
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

D. A 2 mL do extrato obtido no teste B. de IdentiÞcação,


1207

adicionar 10 mL de água e duas a quatro gotas de solução de


a
1 mL de metanol. cloreto férrico a 1% (p/v) em etanol. O desenvolvimento de
coloração cinza-escura indica reação positiva para taninos.
Solução (2): pesar cerca de 1 mg de epicatequina e dissolver
em 2 mL de metanol. E. A 2 mL do extrato obtido no teste B. de IdentiÞcação,
adicionar 0,5 mL de vanilina a 1% (p/v) em metanol e 1
Solução (3): pesar cerca de 1 mg de 4’-O-metilgalocatequina mL de ácido clorídrico. O desenvolvimento de coloração
e dissolver em 1 mL de metanol. vermelha indica reação positiva para taninos.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar F. A 5 mL do extrato obtido no teste B. de IdentiÞcação,
secar em capela de exaustão. Nebulizar a placa com adicionar 10 mL de ácido acético 2 M e 5 mL de acetato de
solução de cloreto férrico a 1% (p/v) em metanol. O chumbo SR. O aparecimento de precipitado esbranquiçado,
cromatograma obtido com a Solução (1) apresenta duas indica presença de taninos.
manchas de coloração cinza azulada, na mesma altura que
as veriÞcadas nos cromatogramas obtidos com a Solução G. A 5 mL do extrato obtido no teste B. de IdentiÞcação,
(2) e a Solução (3) (Rf de aproximadamente 0,85 e 0,87, adicionar pequenos fragmentos de magnésio metálico e
respectivamente), no quadrante central são observadas
duas manchas de coloração castanho azulada.

B. Para a identiÞcação de curzerenos, proceder conforme


1 mL de ácido cloridríco. O aparecimento de coloração
vermelha indica a presença de agliconas ßavonoídicas.

ENSAIOS DE PUREZA
p
descrito em CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar
cromatógrafo provido de detector de espectrometria de
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%.
massas; coluna capilar de 30 m de comprimento e 0,25 mm

espessura do Þlme de 0,25 Pm; temperatura da coluna de


de diâmetro interno, preenchida com propilenoglicol, com Água (5.4.2.3). No máximo 10,0%.

60 qC a 250 qC, a 3 qC por minuto (total de 80 minutos),


temperatura do injetor a 220 qC e temperatura do detector
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 11,0%.

a 230 qC; utilizar hélio a uma pressão de 80 kpa como gás Cinzas sulfatadas (5.4.2.6). No máximo 14,0%.
de arraste com ßuxo de 1 mL/minuto. Utilizar mistura de
nitrogênio, ar sintético e hidrogênio (1:1:10) como gases DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ESPUMA (IE)
auxiliares.

(180 Pm), para erlenmeyer contendo 50 mL de água


Transferir exatamente cerca de 1 g da droga vegetal moída
Solução amostra: diluir o óleo volátil em éter etílico
(2:100). fervente. Manter sob fervura moderada durante 15 minutos.
Procedimento: injetar 1 PL da Solução amostra no
Resfriar, Þltrar em algodão para balão volumétrico de
100 mL. Completar o volume, através do Þltro, até 100
cromatógrafo a gás, utilizando divisão de ßuxo de 1:50.
mL. Distribuir o decocto obtido em 10 tubos de ensaio
Os isômeros do curzereno devem apresentar tempo de
com tampa (16 mm de diâmetro por 16 cm de altura), em
retenção relativo de aproximadamente 1845.
uma série sucessiva de 1 mL, 2 mL, 3 mL, até 10 mL, e
Calcular o Índice de Retenção (IK), segundo a expressão: ajustar o volume do líquido em cada tubo a 10 mL com
água. Tampar os tubos e agitá-los vigorosamente com
movimentos verticais por 15 segundos, com duas agitações
por segundo. Deixar em repouso por 15 minutos e medir a
altura da espuma. Após, adicionar em cada tubo 1 mL de
em que ácido clorídrico 2 M. Se a altura da espuma de todos os
n = número de átomos de carbono do alcano de menor peso tubos for inferior a 1 cm, o índice de espuma é menor do
molecular; que 100. Se, em qualquer um dos tubos, a altura da espuma
medida permanecer igual ou superior a 1 cm, a diluição
trx = tempo de retenção do composto “x” (intermediário a do material vegetal nesse tubo (A) é o índice observado.
trz e trz+1); Calcular o índice de espuma (IE), segundo a expressão:
trz = tempo de retenção do alcano com “n” carbonos;
trz+1 = tempo de retenção do alcano com “n +1” carbonos.

C. Aquecer, sob reßuxo, cerca de 3 g da droga pulverizada


com 60 mL de água destilada durante 15 minutos. Esfriar em que
e Þltrar. A 2 mL do extrato adicionar duas gotas de ácido A = volume (mL), do decocto usado para preparação da
clorídrico SR e gotejar gelatina SR. O aparecimento de diluição no tubo o qual a espuma foi observada.
precipitado nítido indica reação positiva para taninos.
O IE para o decocto deve ser no mínimo de 125.
a 1208 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO A2 = absorvância da Solução amostra para polifenóis não


adsorvidos em pó de pele;
Taninos totais
A3 = absorvância da Solução padrão;
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de m1 = massa da amostra utilizada no ensaio (g), considerando
absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas a determinação de água;
a seguir. m2 = massa de pirogalol (g).

pulverizada (250 Pm) e transferir para um erlenmeyer de


Solução estoque: pesar exatamente cerca de 0,75 g da droga Flavonoides totais

250 mL com boca esmerilhada. Adicionar 150 mL de água Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
destilada. Aquecer em banho-maria durante 30 minutos à absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
temperatura de 60 °C. Resfriar em água corrente e transferir a seguir.
para um balão volumétrico de 250 mL. Lavar o erlenmeyer
droga moída (240 Pm), e transferir para um balão de
e transferir as águas de lavagem com todo conteúdo de Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,4 g de
droga vegetal para o mesmo balão volumétrico. Completar
fundo redondo de 100 mL. Adicionar 1 mL de solução de

p
o volume com água destilada. Deixar decantar e Þltrar o
líquido sobrenadante em papel de Þltro. Desprezar os metenamina a 0,5% (p/v) em água, 20 mL de acetona e 2 mL
primeiros 50 mL do Þltrado. de ácido clorídrico. Aquecer sobre manta de aquecimento,
mantendo sob reßuxo, por 30 minutos. Filtrar através de
Solução amostra para polifenóis totais: diluir 5 mL do pequena quantidade de algodão para um balão volumétrico
Þltrado em balão volumétrico de 25 mL com água destilada. de 100 mL. Lavar o resíduo da droga e o algodão, no
Transferir volumetricamente 2 mL dessa solução, 1 mL de mesmo balão de fundo redondo, com 20 mL acetona.
reagente fosfomolibdotúngstico e 10 mL de água destilada Manter sob reßuxo, por 10 minutos, e Þltrar em algodão
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com para o mesmo balão volumétrico de 10 mL. Repetir essa
solução de carbonato de sódio a 29% (p/v). Determinar a operação mais uma vez. Resfriar à temperatura ambiente,
absorvância em 760 nm (A1) após 30 minutos, utilizando e completar o volume com acetona. Transferir 20 mL de
água destilada para ajuste do zero. solução acetônica, para funil de separação (125 mL), 20
mL de água destilada e extrair com uma porção de 15 mL
Solução amostra para polifenóis não adsorvidos por pó de acetato de etila, repetir a extração por três vezes, com
de pele: para 10 mL do Þltrado adicionar 0,1 g de pó de porções de 10 mL de acetato de etila. Reunir as fases acetato
pele SQR e agitar mecanicamente em erlenmeyer de 125 de etila e lavar em funil de separação com duas porções de
mL durante 60 minutos. Filtrar em papel de Þltro. Diluir 50 mL de água destilada. Transferir a fase acetato de etila
5 mL desse Þltrado em balão volumétrico de 25 mL com para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL dessa com acetato de etila.
solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e 10
mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL e Solução amostra: transferir volumetricamente 10 mL
completar o volume com solução de carbonato de sódio a da Solução estoque para balão volumétrico de 25 mL,
29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A2) após adicionar 1 mL da solução de cloreto de alumínio a 2%
30 minutos, utilizando água destilada para ajuste do zero. (p/v) em metanol, completar o volume com solução
metanólica de ácido acético a 5% (v/v).
Solução padrão: dissolver imediatamente antes do uso 50
mg de pirogalol em balão volumétrico de 100 mL com água Solução branco: transferir 10 mL da Solução estoque para
destilada. Transferir volumetricamente 5 mL da solução balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume solução metanólica de ácido acético a 5% (v/v).
com água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL
dessa solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e Medir a absorvância da Solução amostra a 425 nm, em
10 mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL cubeta com 1 cm de espessura, 30 minutos após seu preparo,
e completar o volume com solução de carbonato de sódio utilizando a Solução branco para ajuste do zero. Calcular
29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A3) após o teor ßavonoides totais, expressos em quercetina, na
30 minutos, utilizando água destilada para ajuste do zero. amostra segundo a expressão. Considerar a absortividade
especíÞca da quercetina como A(1%, 1 cm) = 500.
Calcular o teor em porcentagem de taninos (droga seca),
expressos em pirogalol, segundo a expressão:

em que

em que Abs = absorvância da Solução amostra;


m = massa da droga (g);
A1 = absorvância da Solução amostra para polifenóis Pd = perda por dessecação (%; p/p).
totais;
Óleos voláteis
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

contundida. Proceder à determinação de óleo volátil, a


partir de 100 g da droga rasurada. Destilar durante quatro
1209
a
Proceder conforme descrito em Determinação de óleos horas.
voláteis em drogas vegetais (5.4.2.7). Utilizar balão de
1000 mL contendo 500 mL de água destilada como líquido
de destilação e 0,5 mL de xileno, que deve ser introduzido EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
pela abertura lateral K. Utilizar planta seca rasurada e não
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor

p
a 1210 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Eugenia uniflora L.


_____________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 1 cm; em B a 5 mm; em C a 1 mm; em D, E, F e G a 50 —m.

A – representação esquemática da folha, em vista frontal: nervura principal (np). B – detalhe esquemático de porção da lâmina mostrando a nervação
foliar: nervura principal (np); nervura secundária (ns). C – detalhe esquemático de aréolas e terminações vasculares: cavidade secretora (cs). D e
E – detalhes parciais da face adaxial e abaxial da lâmina foliar, respectivamente, em vista frontal: cavidade secretora (cs); célula-guarda (cg); célula
subsidiária (csb); estômato (es). F – detalhe parcial da face adaxial da lâmina foliar, em vista frontal, mostrando uma cavidade secretora visualizada
por transparência: estômato (es). G – detalhe parcial da lâmina, em secção transversal, mostrando complexos estomáticos geminados: parênquima
esponjoso (pj); câmara subestomática (csu); face abaxial (ab); célula subsidiária (csb); estômato (es); célula-guarda (cg); epiderme (ep).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1211
a

Figura 2 – Aspectos microscópicos em Eugenia uniflora L.


_____________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A e B a 100 —m; em C, D, E e F a 50 —m; em G, H e I a 100 —m; em J a 200 —m.

A e B – detalhes parciais do mesoÞlo de diferentes amostras, em secções transversais: face abaxial (ab); face adaxial (ad); epiderme (ep); cutícula (cu);
cavidade secretora (cs); idioblasto cristalífero (ic); parênquima esponjoso (pj); parênquima paliçádico (pp); espaço intercelular (ei). C e D – fragmentos
do pó mostrando detalhes do parênquima esponjoso: parênquima esponjoso (pj); espaço intercelular (ei); feixe vascular (fv); idioblasto cristalífero (ic).
E e F – detalhes parciais, em secções transversais, de um nervura secundária e uma terciária, respectivamente: parênquima paliçádico (pp); Þbras do
xilema (fx); xilema (x); ßoema (f); Þbras do ßoema (ff); parênquima esponjoso (pj). G, H e I – diagramas da nervura principal, em secções transversais,
nas regioes mediana (G) e basal de diferentes amostras (H e I): face abaxial (ab); face adaxial (ad); epiderme (ep); xilema (x); colênquima (co); ßoema
(f); parênquima paliçádico (pp); Þbras do ßoema (ff); idioblasto cristalífero (ic); cavidade secretora (cs). J – diagrama, em secção transversal, do
peciolo: face abaxial (ab); face adaxial (ad); cavidade secretora (cs); epiderme (ep);ßoema (f); idioblasto cristalífero (ic); xilema (x).

DOADORES
PLASMA HUMANO PARA
Somente o plasma de um doador saudável e cuidadosamente
FRACIONAMENTO selecionado que, após exames médicos, testes sanguíneos
Plasma Humanum ad Separationem laboratoriais, estudo de sua história médica e isento de
agentes infecciosos transmissíveis pelo plasma, pode
ser aceito para coleta de seu plasma para fracionamento.
Plasma humano para fracionamento é a parte líquida
Reportar-se à legislação vigente para produtos
remanescente do sangue total após separação das frações
hemoterápicos.
celulares sanguíneas, utilizando sistema fechado de coleta
de sangue apropriado que cumpra os requisitos exigidos Imunização dos doadores. Plasma proveniente de
para os recipientes de plásticos utilizados na coleta do imunização deliberada de doadores para a obtenção de
sangue humano, contendo uma solução anticoagulante gamaglobulinas hiperimunes pode ser utilizado para
conservadora e preservadora ou separada por Þltração fracionamento, quando quantidades suÞcientes desse
contínua ou por centrifugação do sangue anticoagulado material não puderem ser obtidas de doadores naturalmente
no procedimento de aférese para obtenção de produtos imunizados. Recomenda-se que a imunização dos doadores
derivados do plasma humano.
a 1212 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

seja realizada em conformidade com os procedimentos


adotados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
rápido em câmara fria a -20 °C ou inferior, tão logo quanto
possível, não ultrapassando 72 horas após a coleta.

Registro. Dados e informações sobre os doadores e doações Não é necessário determinar o teor de proteínas totais e
realizadas devem ser mantidos de forma que possibilite fator VIII, descritos em Doseamento, em cada unidade
a conÞdencialidade da identidade do doador, a origem de plasma. Essas determinações são parâmetros das boas
de cada doação no pool de plasma e a rastreabilidade práticas de fabricação, sendo o teste Fator VIII relevante
correspondente aos testes laboratoriais. para uso nas preparações de concentrados de proteínas
lábeis.
Testes laboratoriais. Testes laboratoriais devidamente
validados são realizados a cada doação para detectar O conteúdo proteico total em cada unidade de plasma
marcadores virais e outros agentes infecciosos, como os depende do conteúdo de proteínas no soro do doador e do
descritos a seguir. grau de diluição inerente ao procedimento de doação.

A. Anticorpos contra o vírus tipo 1 e tipo 2 da Quando o plasma é obtido de um doador selecionado
imunodeÞciência humana (anti-HIV-1 e anti-HIV-2). e utilizando uma proporção adequada da solução
anticoagulante conservadora e preservadora, o conteúdo

p B. Antígeno de superfície do vírus da Hepatite B (HBsAg).

C. Anticorpos contra o vírus da Hepatite C (anti-HCV).

Os métodos analíticos utilizados devem apresentar


proteico total obtido se encontra no limite mínimo de 50
g/L. Se o volume de sangue ou plasma coletado junto com
a solução anticoagulante conservadora e preservadora for
menor do que o estabelecido, o plasma resultante não é
sensibilidade e especiÞcidade adequadas. Se um resultado necessariamente inadequado para o fracionamento. O
positivo repetido for encontrado em qualquer um dos testes objetivo pretendido com as boas práticas de fabricação
a doação deve ser rejeitada. deve ser atingir o limite prescrito para todas as doações
normais.
UNIDADES INDIVIDUAIS DE PLASMA A preservação do fator VIII da coagulação humana
depende do procedimento da coleta e, subsequentemente,
O plasma deve ser preparado por um método que remova do manuseio da unidade de plasma. Com boas práticas,
completamente, tanto quanto possível, as demais frações 0,7 UI/mL pode ser usualmente alcançada nas unidades
celulares por centrifugação do sangue total. Seja obtido a de plasma, no entanto unidades de plasma com atividades
partir do sangue total ou por aférese. O plasma deve ser de fator VIII inferior ainda podem ser adequadas para a
separado de suas células por um método desenvolvido produção de concentrados de fatores de coagulação. O
para prevenir a introdução de micro-organismos. Nenhum objetivo pretendido com as boas práticas de fabricação é
agente antibacteriano ou antifúngico pode ser adicionado ao preservar, no máximo possível, as proteínas lábeis.
plasma. Os sistemas de envase para coleta e processamento
do sangue humano devem satisfazer às exigências para os
sistemas fechados de coleta de sangue humano, devendo MISTURAS DE PLASMA (POOL DE PLASMA)
prevenir qualquer possibilidade de contaminação.
Durante a fabricação de derivados plasmáticos, a primeira
Se duas ou mais unidades forem misturadas antes do mistura do pool de plasma (por exemplo, depois da
congelamento, a operação deve ser feita utilizando-se remoção do crioprecipitado) deve ser testada para o
conectores estéreis ou sob condições assépticas, com antígeno de superfície do vírus B da Hepatite (HBsAg)
recipientes que não tenham sido previamente utilizados. e para anticorpos contra HIV utilizando métodos de
sensibilidade e especiÞcidade adequados. Os resultados
Quando obtido por plasmaférese ou sangue total (após devem ser negativos em todos os ensaios.
a separação dos elementos celulares), o plasma pode
ser destinado à recuperação de proteínas lábeis quando Também, deve ser realizado um ensaio para RNA do vírus
congelado dentro das 24 horas desde a coleta, com da Hepatite C utilizando uma técnica de ampliÞcação
resfriamento rápido, sob condições validadas para de ácidos nucléicos validada. No ensaio incluem-se um
assegurar que a temperatura de -25 °C ou inferior seja controle positivo com 100 UI/mL de RNA do vírus da
atingida no interior de cada unidade de plasma dentro de Hepatite C e, para testar inibidores, um controle interno
12 horas do início da inserção no congelador. preparado pela adição do marcador adequado a uma
amostra de pool de plasma. O ensaio não é valido se o
Quando obtido por plasmaférese, o plasma destinado controle positivo não for reativo ou se o resultado obtido
somente para a recuperação de proteínas não-lábeis deve indicar a presença de inibidores.
ser congelado por resfriamento rápido em câmara fria a -20
°C ou inferior, tão logo quanto possível, não ultrapassando A mistura de plasma satisfaz o ensaio se não for reativa para
24 horas após a coleta. o RNA do vírus da Hepatite C. O teste deve ser realizado
comparando com um padrão internacional reconhecido
Quando obtido por sangue total, separado dos elementos pela OMS.
celulares, o plasma destinado somente para a recuperação
de proteínas não-lábeis deve ser congelado por resfriamento
CARACTERÍSTICAS
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1213
a
Aspecto. Antes do congelamento, o plasma para
POLÍGALA
fracionamento, um líquido claro ou levemente turvo sem Senegae radix
sinais de hemólise visíveis, pode variar em cor de um tom
levemente amarelo a esverdeado. Polygala senega L. – POLYGALACEAE

A droga vegetal é constituída pelas raízes e curto rizoma


DOSEAMENTO
nodoso de Polygala senega L. e de seus cultivares contendo,
Fator VIII:C no mínimo, 6% de saponinas expressos em derivados do
ácido oleanólico (C30H48O3, 456,70).
Proceder conforme descrito em Determinação do Fator
VIII da coagulação sanguínea humana lioÞlizado
(5.5.1.7). Realizar o teste utilizando um pool de plasma CARACTERÍSTICAS
com não menos que 10 unidades da amostra de plasma. Se Características organolépticas. A raiz tem odor suave,
necessário, descongelar as amostras a serem examinadas adocicado, lembrando salicilato de metila, levemente
a uma temperatura que não exceda a 37 °C. Utilizar
um plasma de referência calibrado contra um Padrão
Internacional de Fator VIII. A atividade não é menor que
0,7 UI/mL.
rançoso. O sabor é inicialmente adocicado e após acre. O
pó da raiz é irritante e esternutatório; quando agitado com
água produz espuma abundante. p
Proteínas totais DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
Proceder conforme descrito em Determinação de A raiz é axial e fusiforme, um pouco tortuosa, às vezes
nitrogênio pelo método de Kjeldahl (5.3.3.2). Realizar ramiÞcada ou bifurcada, apresentando na região apical um
o teste utilizando uma mistura com não menos que 10 curto rizoma nodoso, subgloboso, fortemente alargado,
unidades de plasma. Diluir a mistura de plasma com uma com até 4 cm de largura, verrucoso, de cor castanho-
solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) de forma a obter avermelhada, exibindo numerosos vestígios de caules
uma solução contendo cerca de 15 mg de proteína em 2 mL. aéreos, cuja presença não pode exceder 2% do peso total,
A um tubo de centrífuga de fundo arredondado, adicionar 2 cobertos ao nível de sua inserção por folhas rudimentares,
mL dessa solução, 2 mL de solução de molibdato de sódio escamosas, ovaladas, obtusas, com 2 mm a 3 mm de
a 7,5% (p/v) e 2 mL de mistura de ácido sulfúrico livre comprimento, frequentemente rosadas a arroxeadas,
de nitrogênio e água (1:30). Agitar, centrifugar durante 5 com bordos ciliados. Lateralmente, a raiz apresenta um
minutos, decantar o líquido sobrenadante e inverter o tubo, apêndice em forma de quilha, disposto em toda a sua
possibilitando que o seu conteúdo escorra sobre papel de extensão, distribuído, geralmente, de maneira helicoidal.
Þltro. Determinar o teor de nitrogênio no resíduo após A raiz, abaixo do rizoma apical nodoso, tem em regra, de
mineralização e calcular o teor de proteínas multiplicando a 5 cm a 20 cm de comprimento e de 0,5 cm a 1,2 cm de
quantidade de nitrogênio por 6,25. O teor total de proteínas largura, podendo apresentar um pequeno número de raízes
não é menor que 50 g/L. laterais. Sua superfície, de coloração castanho-amarelada
e pardacenta na região superior e amarelada na inferior,
ARMAZENAMENIO E TRANSPORTE é estriada, tanto longitudinal quanto transversalmente.
Em secção transversal, observa-se o córtex amarelo-
O plasma congelado deve ser armazenado e transportado acastanhado, de espessura variada, circundando uma área
em condições desenvolvidas para manter a temperatura a central lenhosa, de coloração amarelo-clara, opaca, de forma
-20 °C ou inferior; por razões acidentais, a temperatura mais ou menos circular, até irregular. Esta secção mostra
de armazenamento pode subir acima de -20 °C em uma uma estrutura predominantemente excêntrica, geralmente
ou mais ocasiões durante o armazenamento e transporte, de forma oval ou piriforme, em virtude da presença da
todavia, o plasma é aceitável para fracionamento se todas quilha. A forma da secção transversal é variável, inclusive
as condições abaixo forem preenchidas: em diferentes alturas no mesmo indivíduo. A fratura é lisa
e nítida.
• período de tempo total durante o qual a temperatura
exceder a -20 °C não pode ser maior do que 72 horas;
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
• a temperatura não deve exceder a -15 °C em mais de
uma ocasião; Pelo exame microscópico da secção transversal da raiz,
• em nenhuma ocasião a temperatura pode exceder a -5 °C. utilizando solução aquosa de hipoclorito de sódio a 3% (p/v),
evidencia-se um súber de duas a seis camadas de células
pardo-amareladas claras, alongadas tangencialmente, com
ROTULAGEM paredes Þnas. A região cortical é formada por cerca de
Observar a legislação vigente. O rótulo deve possibilitar dez ou mais camadas de células, sendo as mais externas
que cada unidade individual seja rastreável ao seu doador colenquimáticas e as demais parenquimáticas, as quais
especíÞco. apresentam uma substância amorfa, incolor ou amarelo-
clara, que se separa sob a forma de grandes gotas de
a 1214 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

óleo pela adição de uma gota de soluto de hidróxido de


potássio. O câmbio forma um anel contínuo, produzindo
Solução (1): pesar 1 g da droga em pó, adicionar 10 mL de
etanol a 70% (v/v) e deixar em ebulição por 15 minutos,
tecidos de crescimento secundário anômalo, na maioria das sob reßuxo. Filtrar e resfriar.
vezes de disposição excêntrica. O ßoema apresenta células
parenquimáticas que se distribuem de maneira radial Solução (2): preparar uma solução de escina a 1 mg/mL em
e em seus elementos condutores também se veriÞca a etanol a 70% (v/v).
presença da substância amorfa. O xilema forma um maciço
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
de lenho secundário, geralmente disposto em forma de
secar ao ar. Nebulizar com anisaldeído SR1. Deixar
leque, constituído de traqueídes com diâmetro de até 65
em estufa entre 100 ºC a 105 ºC, até o aparecimento de
mm e elementos de vaso de paredes com espessamento
manchas vermelhas correspondentes aos saponosídeos.
reticulado e placas de perfuração laterais, associados
A região do cromatograma obtida com a Solução (1)
a poucas células parenquimáticas ligniÞcadas. Mais
apresenta entre três e cinco manchas vermelhas nas
internamente, veriÞca-se a presença do xilema primário,
regiões central e inferior, com Rfs semelhantes aos das
que permite a classiÞcação do órgão como diarco. Não
manchas violeta-acinzentadas obtidas com a Solução (2).
existe parênquima medular. A região da quilha, cuja forma
Nebulizar a placa com ácido fosfomolíbdico a 20% (p/v)
é variável, de proeminente a quase circular, é originada por

p
em etanol, deixar em estufa entre 100 °C a 105 °C, até que
uma atividade irregular do câmbio, a qual pode promover
as manchas correspondentes aos saponosídeos tornem-se
um desenvolvimento anômalo do xilema e/ou do ßoema,
azuis. A intensidade e o tamanho das manchas obtidas no
resultando na formação de um ou dois, raramente três,
cromatograma da Solução (1) estão entre as duas manchas
grandes raios parenquimáticos cuneiformes, na região
correspondentes à escina, obtidas pela aplicação de 10 ȝL
destes tecidos. As anomalias observadas em secção
e 40 ȝL da Solução (2).
transversal correspondem a modiÞcações profundas na
estrutura anatômica da casca e do lenho, tornando-se
muito evidentes quando tratadas com ßoroglucinol e ácido ENSAIOS DE PUREZA
clorídrico. Em nenhum dos tecidos veriÞca-se a presença
de cristais ou amido. Restos de caules, quando presentes, Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%. Referentes
mostram, em secção transversal, epiderme com células aos vestígios de caules aéreos.
sub-retangulares e alongadas, córtex parenquimatoso, Água (5.4.2.3). No máximo 10%.
bainha de Þbras pericíclicas não ligniÞcadas, ßoema
com elementos de pequeno diâmetro, xilema formado Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 6%.
por traqueídes e elementos de vaso com paredes de
espessamento reticulado, helicoidal ou pontoado e medula
parenquimática. Folhas escamosas, quando presentes,
DOSEAMENTO
exibem epiderme com paredes anticlinais sinuosas, Saponinas
tricomas unicelulares arredondados no ápice e estômatos
anomocíticos. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
a seguir.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 1 g da planta
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
pulverizada e transferir para balão de fundo redondo de
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
250 mL. Adicionar 70 g de etanol a 50% (v/v), 0,1 mL
característicos: coloração castanho-clara; fragmentos
de silicone antiespumante e algumas pérolas de vidro.
de súber; fragmentos de parênquima cortical de cor
Pesar, exatamente, o conjunto e aquecê-lo, sob reßuxo,
amarelada, com gotas de óleo; células do colênquima com
em banho-maria, por 60 minutos. Esfriar e completar até
gotas de óleo; fragmentos de traqueídes curtos; células
peso inicial com etanol a 50% (v/v). Centrifugar, separar
dos raios parenquimáticos ligniÞcadas e com grandes
o resíduo e a solução decantada, que é pesada e reduzida
poros simples; eventualmente, ocorrem fragmentos de
a resíduo em rota vapor, a uma temperatura máxima de 60
epiderme originários de folhas escamosas dos caules
°C. Ressuspender o resíduo em 10 mL de ácido clorídrico
aéreos, apresentando tricomas unicelulares e estômatos
0,1 M, transferir para funil de separação de 250 mL e lavar
anomocíticos; ausência de esclereídes, de cristais e de
o balão com duas porções de 5 mL de ácido clorídrico 0,1
grãos de amido.
M. Reunir as fases ácidas e extrair com três porções de
70 mL da fase superior de mistura de clorofórmio, ácido
IDENTIFICAÇÃO clorídrico 0,1 M e 1-butanol (30:90:180). Após agitação, as
duas fases devem permanecer em repouso por 15 minutos,
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada no mínimo, antes da sua separação. As fases orgânicas são
delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, com espessura reunidas e lavadas com duas porções da fase inferior da
de 250 ȝm, como suporte, e a fase superior da mistura de mistura de clorofórmio, ácido clorídrico 0,1 M e 1-butanol
ácido acético glacial, água e 1-butanol (10:40:50), como (30:90:180). A fase inferior é desprezada. Evaporar a
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, em forma de fase orgânica a resíduo em evaporador rotatório, em
banda, 10 ȝL da Solução (1) e 10 ȝL e 40 ȝL da Solução temperatura máxima de 60 °C. Ressuspender o resíduo
(2), recentemente preparadas, descritas a seguir. com ácido acético glacial a 98% (v/v) transferindo para
balão volumétrico de 50 mL. Completar o volume com
ácido acético glacial. Filtrar a solução, desprezando os
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

o teor de saponinas, como derivados do ácido oleanólico,


segundo a expressão:
1215
a
primeiros 20 mL do Þltrado.

Solução amostra: transferir 0,5 mL da Solução estoque para


tubo de ensaio, acrescentar 4 mL do reagente de coloração. em que
Homogeneizar e aquecer o tubo de ensaio em banho-maria
AO% = teor de derivados do ácido oleanólico (%);
a 60 °C ± 1 °C durante 25 minutos. Resfriar em banho de
gelo por 30 segundos e realizar a leitura imediatamente. A= absorvância medida;
m1 = massa da solução após centrifugação (g);
Solução branco: transferir 0,5 mL de ácido acético glacial
m2 = massa da droga (g) considerando o teor de água
para tubo de ensaio e adicionar 4 mL do reagente de
determinado.
coloração. Homogeneizar e aquecer o tubo de ensaio em
banho-maria a 60 °C ± 1 °C durante 25 minutos. Resfriar
em banho de gelo por 30 segundos e realizar a leitura EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
imediatamente.
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e umidade.
Medir a absorvância da Solução amostra em 520 nm,
utilizando a Solução branco para o ajuste do zero. Calcular
p
a 1216 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos da raiz de Polygala senega L.


______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 7 mm; em B, C, D, E e F a 1 mm; em G, H, I e J a 100 ȝm.

A – aspecto geral da raiz com rizoma apical nodoso. B, D, E e F – aspectos gerais de secções transversais da raiz: anomalia dos raios parenquimáticos
(a); córtex (cx); córtex suberizado (cxs); ßoema (f); periderme (pe); xilema (x). C – aspecto geral da secção transversal da raiz com estrutura normal.
G – células do parênquima cortical da região mais interna. H – detalhe de elementos de vasos. I – células do parênquima cortical da região mais externa.
J – detalhe de uma porção da raiz em secção transversal, conforme indicado em C: córtex (cx); córtex suberizado (cxs); ßoema (f); periderme (pe);
xilema (x).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

C. Dissolver 0,1 g da amostra em 5 mL de clorofórmio,


1217

adicionar 0,1 g de tiocianato de potássio e 0,1 g de nitrato


a
POLISSORBATO 20
Polysorbatum 20 de cobalto (II) e misturar com bastão de vidro. Desenvolve-
se coloração azul.

ENSAIOS DE PUREZA
Índice de acidez (5.2.29.7). Determinar em 5 g da amostra.
No máximo 2,0.

Índice de hidroxila (5.2.29.12). 96 a 108. Determinar em


2 g da amostra.
polissorbato 20; 07272
Derivados de poli(oxi-1,2-etanodiil) do monododecanoato Índice de iodo (5.2.29.10). No máximo 5,0.
de sorbitana
[9005-64-5] Índice de saponificação (5.2.29.8). 40 a 50. Usar 15 mL

p
de hidróxido de potássio alcoólico 0,5 M SV e diluir com
50 mL de água antes da titulação.
Mistura de ésteres láuricos parciais de sorbitol e seus
anidridos copolimerizados com aproximadamente 20 Impurezas redutoras. Dissolver 2 g da amostra em 25 mL
moles de óxido de etileno para cada mol de sorbitol e seus de água quente, adicionar 25 mL de ácido sulfúrico M e
anidridos. O ácido láurico usado na esteriÞcação pode 0,1 mL de ferroína SI. Titular com nitrato cérico amoniacal
conter quantidades variáveis de outros ácidos graxos. 0,01 M SV, agitando continuamente até que a coloração
mude de vermelha para azul-esverdeada persistente por 30
DESCRIÇÃO segundos. Realizar ensaio em branco e fazer as correções
necessárias. Não mais que 2 mL de nitrato cérico amoniacal
Características físico-químicas. Líquido oleoso, límpido 0,01 M SV são gastos.
ou ligeiramente opalescente, de cor amarelada ou âmbar.
Densidade relativa (5.2.5): cerca de 1,1. Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,001% (10 ppm).
Solubilidade. Miscível com água, etanol absoluto, acetato
de etila e metanol. Praticamente insolúvel em óleos Þxos e Água (5.2.20). No máximo 3,0%, determinada em 1 g.
paraÞna líquida. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Transferir 2 g da amostra para
cadinho de platina ou de sílica, adicionar 0,5 mL de ácido
IDENTIFICAÇÃO sulfúrico e aquecer em banho-maria por 2 horas. Aquecer
cuidadosamente em bico de gás até carbonização completa.
A. Dissolver 0,5 g da amostra em água, a aproximadamente Adicionar à massa carbonizada 2 mL de ácido nítrico e
50 ºC, e diluir para 10 mL com o mesmo solvente. A solução 0,25 mL de ácido sulfúrico, aquecer cuidadosamente até
produz espuma abundante após agitação. Adicionar 0,5 desenvolvimento de fumaça branca e incinerar a 600 ºC até
g de cloreto de sódio e aquecer até ebulição. A turvação peso constante. No máximo 0,2%.
formada desaparece com o resfriamento a cerca de 50 ºC.

B. Aquecer, sob reßuxo, 4 g da amostra em banho-maria EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


por 30 minutos com 40 mL de hidróxido de potássio a 5%
(p/v). Resfriar até cerca de 80 ºC, acidiÞcar com 20 mL de Em recipientes bem fechados e protegidos da luz.
ácido nítrico 2 M e aquecer, sob reßuxo, por cerca de 10
minutos, de forma a separar a emulsão. Os ácidos graxos ROTULAGEM
permanecem na superfície como líquido oleoso. Resfriar
à temperatura ambiente e extrair com 50 mL de éter de Observar a legislação vigente.
petróleo (faixa de destilação entre 40-60 ºC), evitando
agitação vigorosa. Lavar a fase orgânica com três porções CATEGORIA
de 5 mL de água e evaporar em banho-maria até secura.
O índice de acidez (5.2.29.7), determinado em 0,3 g do Agente tensoativo não iônico. Emulsionante, solubilizante
resíduo com 50 mL do solvente, é de 245 a 300. e umectante.
a 1218 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
POLISSORBATO 40 Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
Polysorbatum 40

ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.

CATEGORIA
Agente tensoativo não iônico. Emulsionante, solubilizante
e umectante.
polissorbato 40; 07273
Derivados de poli(oxi-1,2-etanodiil) do monoexadecanoato
de sorbitana
POLISSORBATO 60

p [9005-66-7] Polysorbatum 60

Éster palmítico de sorbitol e seus anidridos copolimerizados


com aproximadamente 20 mols de óxido de etileno para
cada mol de sorbitol e seus anidridos.

DESCRIÇÃO
Características físicas. Líquido amarelo com forte odor
característico.
polissorbato 60; 07274
Solubilidade. Solúvel em água e etanol. Insolúvel em óleo Derivados de poli(oxi-1,2-etanodiil) do monooctadecanoato
mineral e óleos vegetais. de sorbitana
[9005-67-8]
IDENTIFICAÇÃO
Mistura de ésteres esteáricos parciais de sorbitol e seus
A. A 5 mL da solução da amostra (1:20) adicionar 5 mL anidridos copolimerizados com aproximadamente 20
de hidróxido de sódio M. Aquecer à ebulição por alguns mols de óxido de etileno para cada mol de sorbitol e seus
minutos, resfriar e acidiÞcar com ácido clorídrico 3 M. A anidridos. O ácido esteárico usado para a esteriÞcação
preparação torna-se fortemente opalescente. pode conter outros ácidos graxos, especialmente ácido
palmítico.
B. A 2 mL da solução da amostra (1:20) adicionar, gota
a gota, 0,5 mL de água de bromo SR. O bromo não sofre
descoloração (ao contrário do polissorbato 80). DESCRIÇÃO
Características físico-químicas. Massa gelatinosa de cor
ENSAIOS DE PUREZA marrom-amarelada. Apresenta-se como líquido límpido em
temperatura acima de 25 ºC. Densidade relativa (5.2.5):
Índice de hidroxila (5.2.29.12). 89 a 105. Determinar em cerca de 1,1.
2 g da amostra.
Solubilidade. Miscível com água, etanol absoluto, acetato
Índice de saponificação (5.2.29.8). 41 a 52. Utilizar 15 de etila e metanol. Praticamente insolúvel em óleos Þxos e
mL de hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV e diluir paraÞna líquida.
com 50 mL de água antes da titulação.

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No IDENTIFICAÇÃO


máximo 0,001% (10 ppm).
A. Dissolver 0,5 g da amostra em água, a aproximadamente
Água (5.2.20). Determinar em 1 g. No máximo 3,0%. 50 ºC, e completar o volume para 10 mL com o mesmo
solvente. A solução produz espuma abundante após
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Transferir 2 g da amostra para agitação. Adicionar 0,5 g de cloreto de sódio e aquecer
cadinho de platina ou de sílica, adicionar 0,5 mL de ácido até a fervura. A turvação formada desaparece com o
sulfúrico e aquecer em banho-maria por 2 horas. Aquecer resfriamento a cerca de 50 ºC.
cuidadosamente em bico de gás até carbonização completa.
Adicionar à massa carbonizada 2 mL de ácido nítrico e B. Aquecer, sob reßuxo, 4 g da amostra em banho-maria
0,25 mL de ácido sulfúrico, aquecer cuidadosamente até por 30 minutos com 40 mL de hidróxido de potássio a 5%
desenvolvimento de fumaça branca e incinerar a 600 ºC até (p/v). Resfriar até cerca de 80 ºC, acidiÞcar com 20 mL
peso constante. No máximo 0,2%. de ácido nítrico 2 M e ferver por cerca de 10 minutos sob
reßuxo de forma a separar a emulsão. Os ácidos graxos
permanecem na superfície como líquido oleoso. Resfriar
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1219
a
POLISSORBATO 80
até a temperatura ambiente e extrair com 50 mL de éter Polysorbatum 80
de petróleo (faixa de destilação entre 40-60 ºC), evitando
agitação vigorosa. Lavar a fase orgânica com três porções
de 5 mL de água e evaporar em banho-maria até secura.
O índice de acidez (5.2.29.7), determinado em 0,5 g do
resíduo com 50 mL do solvente, é de 190 a 220.

C. Dissolver 0,1 g da amostra em 5 mL de clorofórmio,


adicionar 0,1 g de tiocianato de potássio e 0,1 g de nitrato
de cobalto (II) e misturar com bastão de vidro. Desenvolve-
se coloração azul.
polissorbato 80; 07275
D. A 5 mL da solução da amostra (1:20) adicionar 5 mL de Derivados de poli(oxi-1,2-etanodiil) do mono-(9Z)-9-
hidróxido de sódio M. Ferver por alguns minutos, resfriar, octadecenoato de sorbitana

p
e acidiÞcar com ácido clorídrico 3 M. A preparação torna- [9005-65-6]
se fortemente opalescente.
Mistura de ésteres oléicos parciais de sorbitol e seus anidridos
ENSAIOS DE PUREZA copolimerizados com aproximadamente 20 mols de óxido
de etileno para cada mol de sorbitol e seus anidridos.
Índice de acidez (5.2.29.7). Determinar em 5 g da amostra.
No máximo 2,0.
DESCRIÇÃO
Índice de hidroxila (5.2.29.12). 81 a 96. Determinar em 2
g da amostra. Características físico-químicas. Líquido oleoso, límpido,
de cor amarela ou marrom clara, com odor característico
Índice de iodo (5.2.29.10). No máximo 5,0. e sabor ligeiramente amargo. Densidade relativa (5.2.5):
cerca de 1,1. Viscosidade (5.2.7): cerca de 400 mPa.
Índice de saponificação (5.2.29.8). 45 a 55. Usar 15 mL
de hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV e diluir com Solubilidade. Miscível com água, etanol absoluto, acetato
50 mL de água antes da titulação. de etila e metanol. Praticamente insolúvel em óleos Þxos e
paraÞna líquida.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,001% (10 ppm).
IDENTIFICAÇÃO
Água (5.2.20). Determinar em 1 g da amostra. No máximo 3,0%.
A. Dissolver 0,5 g da amostra em água, a aproximadamente
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Transferir 2 g da amostra para 50 ºC, e completar o volume para 10 mL com o mesmo
cadinho de platina ou de sílica, adicionar 0,5 mL de ácido solvente. A solução produz espuma abundante após
sulfúrico e aquecer em banho-maria por 2 horas. Aquecer agitação. Adicionar 0,5 g de cloreto de sódio e aquecer
cuidadosamente em bico de gás até carbonização completa. até a fervura. A turvação formada desaparece com o
Adicionar à massa carbonizada 2 mL de ácido nítrico e resfriamento a cerca de 50 ºC.
0,25 mL de ácido sulfúrico, aquecer cuidadosamente até
desenvolvimento de fumaça branca e incinerar a 600 ºC até B. Aquecer, sob reßuxo, 4 g da amostra em banho-maria por
peso constante. No máximo 0,2%. 30 minutos com 40 mL de hidróxido de potássio a 5% (p/v).
Resfriar até cerca de 80 ºC, acidiÞcar com 20 mL de ácido
nítrico 2 M e aquecer à ebulição por cerca de 10 minutos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO sob reßuxo de forma a separar a emulsão. Os ácidos graxos
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz. permanecem na superfície como líquido oleoso. Resfriar
até a temperatura ambiente e extrair com 50 mL de éter
de petróleo (faixa de destilação entre 40-60 ºC), evitando
ROTULAGEM agitação vigorosa. Lavar a fase orgânica com três porções
de 5 mL de água e evaporar em banho-maria até secura.
Observar a legislação vigente.
Ressuspender o resíduo obtido com mistura de 2 mL de
ácido nítrico e 3 mL de água. Adicionar cuidadosamente,
CATEGORIA em pequenas porções, 0,5 g de nitrito de sódio e deixar em
repouso à temperatura ambiente. A camada de ácido graxo
Agente tensoativo não iônico. Emulsionante, solubilizante se solidiÞca em 4 horas.
e umectante.
C. Dissolver 0,1 g da amostra em 5 mL de clorofórmio,
adicionar 0,1 g de tiocianato de potássio e 0,1 g de nitrato
de cobalto (II) e misturar com bastão de vidro. Desenvolve-
se coloração azul.
a 1220 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

D. A 5 mL da solução da amostra (1:20) adicionar 5 mL


de hidróxido de sódio M. Aquecer à ebulição por alguns PRAZIQUANTEL
minutos, resfriar e acidiÞcar com ácido clorídrico 3 M. A Praziquantelum
preparação torna-se fortemente opalescente..

E. A 2 mL da solução da amostra (1:20) adicionar, gota


a gota, 0,5 mL de água de bromo SR. O bromo sofre
descoloração (ao contrário do polissorbato 40).

ENSAIOS DE PUREZA
Índice de acidez (5.2.29.7). No máximo 2,0.

Índice de hidroxila (5.2.29.12). 65 a 80. Determinar em 2


g da amostra. C19H24N2O2; 312,41
praziquantel; 07321

p
Índice de iodo (5.2.29.10). 18 a 24.
2-(Cicloexilcarbonil)-1,2,3,6,7,11b-hexaidro-4H-
Índice de saponificação (5.2.29.8). 45 a 55. Usar 15 mL pirazino[2,1-a]isoquinolin-4-ona
de hidróxido de potássio etanólico 0,5 M SV e diluir com [55268-74-1]
50 mL de água antes da titulação.
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
Impurezas redutoras. Dissolver 2 g da amostra em 25 mL C19H24N2O2 em relação à substância dessecada.
de água quente, adicionar 25 mL de ácido sulfúrico M e
0,1 mL de ferroína SI. Titular com nitrato cérico amoniacal
0,01 M SV, agitando continuamente até que a coloração DESCRIÇÃO
mude de vermelha para azul-esverdeada persistente por 30
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
segundos. Realizar ensaio em branco e fazer as correções
branco. Apresenta polimorÞsmo.
necessárias. No máximo 5 mL de nitrato cérico amoniacal
0,01 M SV são gastos. Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, facilmente
solúvel em etanol e cloreto de metileno.
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,001% (10 ppm). Constantes físico-químicas.
Água (5.2.20). Determinar em 1 g da amostra. No máximo Faixa de fusão (5.2.2): 136ºC a 142ºC.
3,0%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Transferir 2 g da amostra para IDENTIFICAÇÃO


cadinho de platina ou de sílica, adicionar 0,5 mL de ácido
sulfúrico e aquecer em banho-maria por 2 horas. Aquecer O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
cuidadosamente em bico de gás até carbonização completa. amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
Adicionar à massa carbonizada 2 mL de ácido nítrico e de potássio, apresenta máximos de absorção somente
0,25 mL de ácido sulfúrico, aquecer cuidadosamente até nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
desenvolvimento de fumaça branca e incinerar a 600 ºC até intensidades relativas daqueles observados no espectro de
peso constante. No máximo 0,2%. praziquantel SQR, preparado de maneira idêntica.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ENSAIOS DE PUREZA

Em recipientes bem fechados e protegidos da luz. Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
ROTULAGEM 210 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4 mm de

ligada a grupo octadecilsilano (5 Pm); ßuxo da Fase móvel


diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
Observar a legislação vigente.
de 1,0 mL/minuto.
CATEGORIA
Fase móvel: mistura de água e acetonitrila (55:45).
Agente tensoativo não iônico. Emulsionante, solubilizante
e umectante. Solução (1): dissolver 40 mg da amostra em Fase móvel e
diluir para 10 mL com o mesmo solvente, obtendo solução
a 4 mg/mL.

Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com

Fase móvel, obtendo solução a 20 Pg/mL.


Fase móvel. Diluir 5 mL desta solução para 10 mL com
Solução (3): solução de praziquantel SQR a 0,2 mg/mL em
Fase móvel.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que


1,0%.
1221
a
Solução (4): dissolver 5 mg de 2-benzoil-1,2,3,6,7,11b- Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL das Soluções
hexaidro-4H-pirazino[2,1-a]isoquinolin-4-ona (Impureza padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
A) SQR em Solução (3) e diluir para 5 mL com o mesmo as áreas sob os picos. Calcular o teor de C19H24N2O2 na
solvente. Diluir 1 mL desta solução para 10 mL com Fase amostra a partir das respostas obtidas com as Soluções

20 Pg/mL.
móvel, obtendo solução de Impureza A e de praziquantel a padrão e amostra.

Injetar 20 PL da Solução (4). A resolução entre os picos EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


correspondentes à Impureza A e ao praziquantel não é
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
inferior a 3,0.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções ROTULAGEM


(1) e (2), registrar os cromatogramas por, no mínimo,
cinco vezes o tempo de retenção do praziquantel e medir

p
Observar a legislação vigente.
as áreas sob os picos. A área de qualquer pico obtido no
cromatograma com a Solução (1), exceto o pico principal,
não é maior que a área sob o pico principal obtido com a
CLASSE TERAPÊUTICA
Solução (2) (0,5%). A área de não mais que um dos picos Anti-helmíntico.
secundários obtidos no cromatograma com a Solução (1),
exceto o pico principal, é maior que 0,4 vezes a área sob
o pico principal obtido com a Solução (2) (0,2%). A soma PRAZIQUANTEL COMPRIMIDOS
das áreas de todos os picos obtidos no cromatograma com a
Solução (1), exceto o pico principal, não é maior que a área
sob o pico principal obtido com a Solução (2) (0,5%). Não Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
considerar picos com a área inferior a 0,1 vezes a área sob quantidade declarada de C19H24N2O2.
o pico principal obtido com a Solução (2) (0,05%).

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No IDENTIFICAÇÃO


máximo 0,002% (20 ppm).
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada

amostra. Dessecar em estufa, a 50 qC, sob pressão reduzida,


Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como suporte, e

à placa, 10 PL de cada uma das soluções, recentemente


acetato de etila, como fase móvel. Aplicar, separadamente,
por 2 horas. No máximo 0,5%.
preparadas, descritas a seguir.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%. Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade de pó equivalente a 30 mg de praziquantel para
tubo de centrífuga e adicionar 5 mL de metanol. Agitar por
DOSEAMENTO 5 minutos e centrifugar. Utilizar o sobrenadante límpido.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido Solução (2): solução a 6 mg/mL de praziquantel SQR em
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido metanol.
de detector ultravioleta a 210 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar

Pm a 10 Pm); ßuxo da Fase móvel de 1,5 mL/minuto.


com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
em posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução
Fase móvel: mistura de água e acetonitrila (40:60). (2).
ostra: transferir, exatamente, cerca de 45 mg da amostra
para balão volumétrico de 25 mL. Completar o volume CARACTERÍSTICAS
com Fase móvel e homogeneizar. Transferir 5 mL desta
solução para balão volumétrico de 50 mL e completar com Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Fase móvel.
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada de
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
praziquantel SQR em Fase móvel e diluir adequadamente com
o mesmo solvente de modo a obter solução a 0,18 mg/mL. Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. No
Injetar replicatas de 10 PL da Solução padrão. O fator de
máximo 15 minutos.
cauda não é maior que 1,5. O desvio padrão relativo das Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
a 1222 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) ROTULAGEM


Meio de dissolução: laurilsulfato de sódio a 0,2% (p/v) em Observar a legislação vigente.
ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL

Aparelhagem: cestas, 50 rpm PREDNISONA


Tempo: 60 minutos Prednisonum

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de


dissolução e Þltrar. Medir as absorvâncias em 263 nm
(5.2.14), utilizando Meio de dissolução para ajuste do zero.
Calcular a quantidade de C19H24N2O2 dissolvida no meio,
comparando as leituras obtidas com a da Solução padrão,
preparada como descrito a seguir.

Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente

p
pesada, de praziquantel SQR de modo a obter solução
cuja concentração seja L/90 mg por mL, em que L é a
quantidade declarada, em miligramas, de praziquantel por
comprimido. Transferir 5 mL da solução obtida para balão
volumétrico de 50 mL, diluir e completar o volume com
Meio de dissolução. C21H26O5; 358,43
prednisona; 07341
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade 17,21-Diidroxipregna-1,4-dieno-3,11,20-triona
declarada de C19H24N2O2 se dissolvem em 60 minutos. [53-03-2]

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de


C21H26O5 em relação à substância dessecada.
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
DESCRIÇÃO
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
Cumpre o teste.
branco, inodoro. Apresenta polimorÞsmo.

DOSEAMENTO Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, pouco solúvel


em etanol, clorofórmio, dioxana e metanol.
Proceder conforme descrito em Doseamento da monograÞa
de Praziquantel. Preparar a Solução amostra e a Solução Constantes físico-químicas
padrão como descrito a seguir.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +167° a +175°.
Solução amostra: pesar e pulverizar os comprimidos. Determinar em solução a 0,5% (p/v) em dioxana.
Transferir quantidade de pó equivalente a 150 mg de
praziquantel para balão volumétrico de 100 mL. Adicionar IDENTIFICAÇÃO
70 mL de Fase móvel e deixar em ultrassom por 15 minutos.
Completar o volume com o mesmo solvente, homogeneizar Os testes de IdentiÞcação B. e D. podem ser omitidos se
e Þltrar. Transferir 3 mL para balão volumétrico de 25 mL, forem realizados os testes A. e C. O teste de IdentiÞcação
completar o volume com a Fase móvel e homogeneizar. A. pode ser omitido se forem realizados os testes B., C. e
D.
Solução padrão: solução de praziquantel SQR a 0,18 mg/
mL em Fase móvel. A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL da Solução


amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de intensidades relativas daqueles observados no espectro
C19H24N2O2 nos comprimidos a partir das respostas obtidas de prednisona SQR, preparado de maneira idêntica.
com a Solução padrão e a Solução amostra. Se os espectros obtidos não forem idênticos, dissolver,
separadamente, prednisona SQR e amostra em acetona e
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO evaporar até secura. Obter novos espectros com os resíduos.

Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,001% (p/v)
em etanol, exibe máximo de absorção em 239 nm, idêntico
ao observado no espectro de solução similar de prednisona
SQR. A absorvância em 239 nm é de 0,405 a 0,435.
Tempo
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Eluente A Eluente B
Eluição
1223
a
(minutos) (% v/v) (% v/v)
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em 0 100 0 estabilizar
camada delgada (5.2.17.1), utilizando placa de sílica-gel 0-25 100 0 isocrático
GF254 como suporte e mistura de cloreto de metileno, éter 25-40 100 J 40 0 J 60 gradiente linear
etílico, metanol e água (77:15:8:1,2), como fase móvel. 40-41 40 J 0 60 J 100 gradiente linear
Aplicar, separadamente, à placa 5 ȝL de cada uma das 41-46 0 100 isocrático
0 J 100 100 J 0
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
46-47 gradiente linear
Solução (1): solução a 1 mg/mL da amostra em mistura de 47-52 100 0 estabilizar
clorofórmio e metanol (9:1).
Equilibrar a coluna por 30 minutos com a Eluente B em
Solução (2):solução a 1 mg/mL de prednisona SQR em ßuxo de 2,5 mL/minuto e, em seguida com Eluente A
mistura de clorofórmio e metanol (9:1). por 5 minutos. Proceder nas condições descritas de 40 a
52 minutos. Ajustar a sensibilidade do sistema para que a
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar altura do pico principal do cromatograma obtido com 20 —L
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Nebulizar com ácido sulfúrico a 20% (v/v) em etanol.
Aquecer a placa a 120 °C por 10 minutos. Resfriar.
Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). A mancha obtida
da Solução (3) não seja menor que 50 por cento do total da
escala completa. Injetar 20 —L da Solução (2). Os tempos
de retenção são cerca de 19 minutos para prednisona e 23
minutos para prednisolona. A resolução entre prednisona e
p
no cromatograma com a Solução (1) corresponde em prednisolona não é menor que 2,7; se necessário, ajustar a
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). concentração de acetonitrila no Eluente A.
D. Dissolver cerca de 6 mg da amostra em 2 mL de ácido Procedimento: Injetar, separadamente, 20 —L de metanol
sulfúrico concentrado. Deixar em repouso por cinco como branco, 20 —L da Solução (1) e 20 —L da Solução
minutos. Desenvolve-se coloração alaranjada. Verter a (3). No cromatograma obtido com a Solução (1), a área de
solução, gota a gota e sob agitação, em 10 mL de água. nenhum pico exceto a área sob o pico principal não é maior
A cor muda para amarelo e gradativamente, para verde- que 0,25 vezes a área sob o pico principal do cromatograma
azulado. obtido com a Solução (3) (0,25%); a soma das áreas de
todos os picos, exceto a do pico principal, não é maior que
ENSAIOS DE PUREZA 0,75 vezes a área sob o pico principal com o cromatograma
obtido com a Solução (3) (0,75%). Descartar qualquer
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito pico obtido na corrida do branco e qualquer pico com
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4). área menor que 0,05 vezes a área sob o pico principal do
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a cromatograma obtido com a Solução (3).
254 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,0 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente Água (5.2.20.1). No máximo 1,0% para a substância anidra
ligada a grupo octadecilsilano (5 —m), mantida a e 5,0% para a substância monoidratada.
temperatura de 45 °C; ßuxo da Fase móvel de 2,5 mL/
amostra. Dessecar em estufa a 105 qC. No máximo 1,0%.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
minuto.

Solução (1): dissolver 25 mg da amostra em metanol e Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,1 g de
diluir para 10 mL com o mesmo solvente. amostra. No máximo 0,5%.
Solução (2): dissolver 2 mg de prednisona SQR e 2 mg de
prednisolona SQR em metanol e diluir para 100 mL com o DOSEAMENTO
mesmo solvente.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Solução (3): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
metanol. de detector de ultravioleta a 240 nm; coluna de 250 mm de
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
Eluente A: em um balão volumétrico de 1000 mL, adicionar com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
100 mL de acetonitrila com 200 mL de metanol e 650 mL —m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
de água. Homogeneizar. Ajustar o volume para 1000 mL de 1,0 mL/minuto.
com água e misturar novamente.
Fase Móvel: mistura de água, tetraidrofurano e metanol
Eluente B: acetonitrila. (69:25:6,2).
Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente Solução de padrão interno: dissolver quantidade
descrito na tabela a seguir: exatamente pesada de acetanilida em 33 mL de metanol.
Completar o volume para 100 mL com água puriÞcada de
modo a obter uma solução a 110 ȝg/mL.
a 1224 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada


da amostra em 33 mL de metanol. Completar o volume
B. A cerca de 6 mg do resíduo obtido no método A. de
IdentiÞcação adicionar 2 mL de ácido sulfúrico. Deixar
para 100 mL com água puriÞcada de modo a obter uma em repouso por 5 minutos. Desenvolve-se coloração
solução a 0,2 mg/mL. Transferir 5 mL dessa solução e 5 alaranjada. Verter a solução, gota a gota e sob agitação, em
mL da Solução padrão interno para balão volumétrico 10 mL de água. A cor alaranjada muda primeiramente para
de 50 mL. Completar o volume com mistura de metanol amarelo e em seguida, gradualmente, para verde-azulado.

prednisona a 20 Pg/mL.
e água (1:2) e homogeneizar, obtendo uma solução de
CARACTERÍSTICAS
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
de prednisona SQR em 33 mL de metanol. Completar o
volume para 100 mL com água puriÞcada de modo a obter Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
uma solução a 0,2 mg/mL. Transferir 5 mL desta solução e
5 mL da Solução de padrão interno para balão volumétrico Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
de 50 mL. Completar o volume com mistura de metanol
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
prednisona a 20 Pg/mL.
e água (1:2) e homogeneizar, obtendo uma solução de

p Injetar replicatas de 20 —L da Solução de padrão interno.


A resolução entre prednisona e acetanilida não é menor que
3,0. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos
Uniformidade de dose unitária (5.1.6). Cumpre o teste.
Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


picos registrados não é maior que 2,0%
Meio de dissolução: água, 500 mL (comprimidos contendo
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução 10 mg ou menos de prednisona) ou 900 mL (comprimidos
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas e contendo mais de 10 mg de prednisona).
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C21H26O5
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução Aparelhagem: pás, 50 rpm
padrão e Solução amostra.
Tempo: 30 minutos

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio


de dissolução, Þltrar e diluir em água até concentração
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. adequada. Medir as absorvâncias em 242 nm, utilizando o
mesmo solvente para ajuste do zero. Calcular a quantidade
de C12H26O5 dissolvida no meio, comparando as leituras
ROTULAGEM
obtidas com a solução de prednisona SQR na concentração
Observar a legislação vigente. de 0,001% (p/v), preparada no mesmo solvente, mas com
adição prévia de etanol para garantir a solubilização. A
quantidade de etanol não deve exceder 5% do volume total.
CLASSE TERAPÊUTICA
Tolerância: não menos do que 80% (Q) da quantidade
Anti-inßamatório esteroide. declarada de C12H26O5 se dissolvem em 30 minutos.

PREDNISONA COMPRIMIDOS TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Contagem do número total de micro-organismos
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
quantidade declarada de C13H16N3NaO4S.H2O.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.
IDENTIFICAÇÃO
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar quantidade DOSEAMENTO
de pó equivalente a 20 mg de prednisona com cerca de 100
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
mL de clorofórmio. Filtrar e evaporar até secura. Secar
o resíduo em estufa à 105 °C por 3 horas. O espectro de A. Proceder conforme descrito em Espectrometria de
absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo, disperso absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
em brometo de potássio, apresenta máximos de absorção comprimidos. Transferir quantidade de pó equivalente a
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as 5 mg de prednisona para balão volumétrico de 50 mL e
mesmas intensidades relativas daqueles observados adicionar 30 mL de etanol. Agitar, mecanicamente, por
no espectro de prednisona SQR, preparado de maneira 15 minutos e completar o volume com o mesmo solvente.
idêntica. Homogeneizar e Þltrar. Diluir, sucessivamente, com etanol
até uma concentração de 0,001% (p/v). Preparar solução
padrão nas mesmas condições. Medir as absorvâncias das
soluções em 239 nm, utilizando o etanol para ajuste do
zero. Calcular a quantidade de C12H26O5 nos comprimidos
DESCRIÇÃO
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1225
a
a partir das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os Características físicas. Pó cristalino branco ou
cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 420, em 239, em ligeiramente amarelado, inodoro e insípido. Estável ao ar.
etanol.
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, solúvel em
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido etanol, acetona e dioxana, pouco solúvel em óleos vegetais.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Proceder conforme descrito
Constantes físico-químicas.
em Doseamento da monograÞa de Prednisona. Preparar a
solução amostra como descrito a seguir: Faixa de fusão (5.2.2): 126 °C a 131 °C. Apresenta um
polimorfo com ponto de fusão em torno de 121 °C.
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade de pó equivalente a 20 mg de Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +175° a +183°, em
prednisona para balão volumétrico de 100 mL e acrescentar relação à substância dessecada. Determinar em solução a
5 mL de água. Deixar em ultrassom por 1 minuto. Adicionar 2,0% (p/v) em dioxana.
50 mL de etanol e deixar em ultrassom por mais 1 minuto.

p
Completar o volume com água puriÞcada e homogeneizar.
Transferir 5 mL desta solução e 5 mL da Solução padrão IDENTIFICAÇÃO
interno para um balão volumétrico de 50 mL e completar A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
obter uma solução de prednisona 20 Pg/mL. Homogeneizar
o volume com mistura de etanol e água (1:2), de modo a amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
e Þltrar. nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções intensidades relativas daqueles observados no espectro de
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir progesterona SQR, preparado de maneira idêntica.
as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C12H26O5 B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
nos comprimidos a partir das respostas com as Soluções de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em etanol,
padrão e amostra. exibe máximos e mínimos nos mesmos comprimentos
de onda observados no espectro de solução similar de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO progesterona SQR.

Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.


ENSAIOS DE PUREZA
ROTULAGEM Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
Observar a legislação vigente. sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio
e acetato de etila (2:1), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 10 —L de cada uma das soluções,
PROGESTERONA recentemente preparadas, descritas a seguir.
Progesteronum
Solução (1): dissolver 0,1 g da amostra em etanol e
completar para 10 mL com o mesmo solvente.

Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL de


etanol.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (1%).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da


amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 2 horas. No
C21H30O2; 314,46 máximo 0,5%.
progesterona; 07413 Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.
Pregn-4-eno-3,20-diona
[57-83-0]
DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
C21H30O2, em relação à substância dessecada.
absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir, exatamente,
a 1226 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

cerca de 20 mg da amostra para balão volumétrico de 100


mL, dissolver e completar o volume com etanol. Diluir,
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 230 nm a 280 nm, de solução a 0,0005% (p/v) em
sucessivamente, com o mesmo solvente, até concentração etanol, exibe máximo em 258 nm. A absorvância em 258
de 0,001% (p/v). Preparar solução padrão na mesma nm é de 0,440 a 0,475.
concentração, utilizando o mesmo solvente. Medir
as absorvâncias das soluções resultantes em 240 nm,
ENSAIOS DE PUREZA
utilizando etanol para ajuste do zero. Calcular o teor de
C21H30O2 na amostra a partir das leituras obtidas. Aspecto da solução. A solução a 10% (p/v) em etanol é
límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Acidez. A 2 mL da solução descrita em Aspecto da
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. solução, adicionar 3 mL de etanol, 5 mL de água isenta de
dióxido de carbono e 0,1 mL de verde de bromocresol SI.
No máximo 0,1 mL de hidróxido de sódio 0,1 M é gasto
ROTULAGEM para promover a viragem do indicador.

p
Observar a legislação vigente. Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
CLASSE TERAPÊUTICA sílica-gel GF254 como suporte, e ácido fórmico anidro,

móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 PL de cada uma


acetato de etila e cloreto de metileno (2:10:88), como fase
Progestagênio.
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.

PROPILPARABENO Solução (1): dissolver 0,1 g da amostra em metanol e diluir


com o mesmo solvente para 5 mL.
Propylis parahydroxybenzoas
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com
metanol.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


secar sob corrente de ar quente e examinar sob luz
ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha secundária obtida
no cromatograma com a Solução (1), diferente da principal,
não é mais intensa que aquela obtida com a Solução (2)
(1,0%).
C10H12O3; 180,20
propilparabeno; 07461 Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Éster propílico do ácido 4-hidroxibenzoico No máximo 0,1%.
[94-13-3]

DOSEAMENTO
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo 102,0% de
C10H12O3. Pesar, exatamente, cerca de 1 g de amostra, transferir para
erlenmeyer provido de rolha esmerilhada e adicionar 20
DESCRIÇÃO mL de hidróxido de sódio M SV. Adaptar condensador de
reßuxo e aquecer a 70 °C por 1 hora. Resfriar a temperatura
Características físicas. Pó branco e cristalino. ambiente. Titular o excesso de hidróxido de sódio M SV
com ácido sulfúrico 0,5 M SV. Determinar o ponto Þnal
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, facilmente potenciometricamente, continuando a titulação até o
solúvel em metanol, etanol e éter etílico. segundo ponto de inßexão. Realizar ensaio em branco e
Constantes físico-químicas. fazer as correções necessárias. Cada mL de hidróxido de
sódio M SV equivale a 180,200 mg de C10H12O3.
Faixa de fusão (5.2.2): 96,0 ºC a 99,0 °C.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Em recipientes bem fechados.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta ROTULAGEM
máximo de absorção somente nos mesmos comprimentos
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles Observar a legislação vigente.
observados no espectro de propilparabeno SQR, preparado
de maneira idêntica.
CATEGORIA
Conservante.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

testosterona SQR. Os valores de absorvância medidos em


241 nm não diferem mais de 3,0%.
1227
a
PROPIONATO DE TESTOSTERONA
Testosteroni propionas
ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel HF254, como suporte, e mistura de
clorofórmio e dietilamina (19:1), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 10 ȝL de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): dissolver 40 mg da amostra em 2 mL de etanol.

Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 100 mL com


etanol.

C22H32O3; 344,49
propionato de testosterona; 08458
(17ȕ)-17-(1-Oxopropoxi)androst-4-en-3-ona
[57-85-2]
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
p
intensa que aquela obtida com a Solução (2) (1%).
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 103,0% de Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
C22H32O3, em relação à substância dessecada. amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 2 horas. No
máximo 0,5%.
DESCRIÇÃO
DOSEAMENTO
Características físicas. Pó branco ou quase branco, ou
cristais incolores. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente,
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente cerca de 25 mg da amostra e dissolver em etanol absoluto.
solúvel em acetona e etanol, solúvel em óleos vegetais. Completar o volume para 250 mL com o mesmo solvente.
Constantes físico-químicas. Diluir 10 mL da solução para 100 mL com etanol absoluto,
de modo a obter solução a 0,001% (p/v). Preparar solução
Faixa de fusão (5.2.2): 118 °C a 123 °C. padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +83° a +90°, em relação em 240 nm, utilizando etanol absoluto para ajuste do
à substância dessecada. Determinar em solução a 1% (p/v) zero. Calcular o teor de C22H32O3 na amostra a partir das
em etanol absoluto. leituras obtidas. Alternativamente, realizar os cálculos
considerando A(1%, 1 cm) = 490, em 240 nm, em etanol
IDENTIFICAÇÃO absoluto.

A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro
de propionato de testosterona SQR, preparado de maneira ROTULAGEM
idêntica.
Observar a legislação vigente.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na
faixa de 200 nm a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) em CLASSE TERAPÊUTICA
etanol, exibe máximos e mínimos somente nos mesmos
comprimentos de onda de solução similar de propionato de Hormônio androgênico.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1229

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
QUEBRA-PEDRA Em secção transversal, o caule em desenvolvimento
Phyllanthus niruri herbae secundário exibe epiderme uniestratiÞcada, com estômatos.
Subepidermicamente encontram-se uma ou mais
Phyllanthus niruri L. – PHYLLANTHACEAE camadas de células colenquimáticas com espessamento
angular, interrompidas somente nas regiões das câmaras
A droga vegetal é constituída pelas partes aéreas secas de subestomáticas. Clorênquima formado por duas a
Phyllanthus niruri e suas subespécies, Phyllanthus niruri quatro camadas de células isodiamétricas, com espaços
ssp. niruri L. e Phyllanthus niruri ssp. lathyroides (Kunth) intercelulares evidentes ou não e com grãos de amido.
G.L. Webster, contendo, no mínimo, 6,5% de taninos totais Mais internamente, ocorrem uma ou mais camadas de
e 0,15% de ácido gálico. parênquima cortical, cujas células apresentam maior eixo
no sentido periclinal. O ßoema é constituído externamente
por agrupamentos de Þbras de paredes muito espessas e
CARACTERÍSTICAS lume reduzido. Drusas de oxalato de cálcio estão presentes
Características organolépticas. Droga inodora; sabor no clorênquima, parênquima cortical, parênquima medular
amargo no início da mastigação, tornando-se suave e em maior abundância no ßoema, sempre em células de
posteriormente. maior tamanho do que as demais, abrangendo quase todo o
volume da célula. Elementos de vaso, com disposição radial,
alternam-se com uma ou mais Þleiras de Þbras xilemáticas
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA e células parenquimáticas escleriÞcadas. O parênquima
medular é constituído por células isodiamétricas, de grande
Planta herbácea, glabra, com até 80 cm de altura, caules

q
volume, com grandes espaços intercelulares. Em caules de
simples ou ramiÞcados, os principais delgados e sem
maior diâmetro pode ocorrer periderme, seguida de duas a
folhas, com ramos ou râmulos laterais Þliformes, estes
três camadas clorenquimáticas, com grande quantidade de
portando folhas. Folhas alternas, dísticas, simples,
grãos de amido. O parênquima cortical mantém as mesmas
membranáceas, glabras, oblongo-elípticas, de ápice
características encontradas nos caules mais jovens. O ßoema
atenuado, às vezes mucronado e base assimétrica, margem
apresenta pequena quantidade de grãos de amido, não se
lisa; lâminas discolores, face adaxial de cor verde-oliva
observando diferenças quanto ao seu desenvolvimento,
e face abaxial verde-pálida a cinza-pálida. As folhas,
comparando-se caules jovens e mais desenvolvidos. O
quando observadas em conjunto, têm o aspecto de folhas
maior desenvolvimento do xilema, comparado ao dos
compostas de pequenas leguminosas. Lâminas com 0,5 cm
ramos mais jovens, é muito evidente, com consequente
a 1,4 cm de comprimento e 0,3 cm a 0,6 cm de largura.
redução da área ocupada pelo parênquima medular. Nos
Nervuras visíveis, não proeminentes, com exceção da
raios parenquimáticos, observa-se a presença de grãos de
nervura principal na face abaxial. Venação broquidódroma.
amido e de compostos fenólicos. A folha é geralmente
Pecíolo de 0,05 cm a 0,1 cm de comprimento. Estípula
hipoestomática. Raramente são encontrados estômatos
interpeciolar, triangular-lanceolada, de 0,1 cm a 0,2 cm
também na face adaxial, onde ocorrem sobre as nervuras
de comprimento, com ápice longo e estreitamente agudo
de menor ordem. Os estômatos são do tipo paracítico e,
a acicular, de base inteira e margem lisa. Flores femininas
menos frequentemente, anomocítico. Em vista frontal, as
com até 0,4 cm de diâmetro, isoladas e axilares nos nós
células da epiderme da face adaxial mostram contornos
apicais, com cinco tépalas elípticas e disco inteiro, carnoso;
irregulares e paredes onduladas, podendo a ondulação
ovário tricarpelar, trilocular, cada lóculo bispérmico; três
ser mais expressiva nessa face do que na face abaxial. As
estiletes, bíÞdos, com estigmas globosos; pedicelo com 0,1
ceras epicuticulares apresentam granulações. A cutícula
cm a 0,4 cm de comprimento. Flores masculinas com até
é Þna, tornando-se mais espessa na nervura principal. A
0,3 cm de diâmetro, em fascículos de uma a duas ßores,
epiderme é uniestratiÞcada em ambas as faces e possui
dispostas nos nós basais, com cinco tépalas largo-ovaladas,
células fundamentais achatadas e algumas papilosas.
disco pentalobado, lobos carnosos e papilosos, e três
As células fundamentais da face adaxial são de maiores
estames com Þletes conatos na base; pedicelos com cerca
dimensões do que as da face abaxial. Ocorrem cristais nesta
de 0,2 cm de comprimento. Frutos esquizocárpicos, do
camada celular. A simetria do mesoÞlo é dorsiventral. O
tipo tricoca, com 0,1 cm a 0,25 cm de diâmetro, depresso-
parênquima paliçádico é uniestratiÞcado, ocupando cerca
globosos, expostos para a região abaxial dos ramos,
de 2/3 da espessura do mesoÞlo, apresentando idioblastos
separando-se em carpídios (cocas); exocarpo verde-oliva,
cristalíferos do tipo drusas, em sua maioria. Cristais
membranáceo e endocarpo verrucoso; duas sementes por
pequenos e de diferentes formas são comuns e raramente
lóculo, triangulares, com as duas faces ventrais retas e a
encontram-se cristais romboédricos. O parênquima
face dorsal arredondada, verrucosa, verrugas proeminentes,
esponjoso é constituído por duas a três camadas,
com ápice agudo a arredondado; pedicelos cilíndricos, com
apresentando células de contornos irregulares, cujo maior
cerca de 0,4 cm a 0,5 cm de comprimento na maturação;
comprimento corresponde ao sentido periclinal. Cristais
cálice persistente, membranáceo, desenvolvido, atingindo
pequenos agregados e/ou isolados são comuns. Em secção
2/3 da altura do fruto. As características macroscópicas das
paradérmica, evidencia-se o caráter braciforme dessas
duas espécies, Phyllanthus niruri e Phyllanthus tenellus,
células. Na nervura principal, o parênquima paliçádico
são determinantes para distinguí-las, uma vez que são
pode distribuir-se continuamente ou ser interrompido
muito similares quanto às características anatômicas para
por pequeno número de células clorenquimáticas ou
alguns órgãos vegetativos.
1230 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ainda, por células colenquimáticas isodiamétricas. Nesta Desenvolver o cromatograma. Deixar a placa secar
região, junto a epiderme abaxial, ocorre uma camada de em estufa a temperatura entre 100 °C e 105 °C e, ainda
colênquima angular, de paredes pouco espessas, podendo morna, nebulizar com uma solução de difenilborato de
conter cloroplastos, seguido de tecido clorenquimático de aminoetanol a 1% (p/v) em metanol, seguido de uma
células isodiamétricas, com poucos cloroplastos. O sistema solução de macrogol 400 a 5% (p/v) em metanol. Deixar a
vascular é do tipo colateral e formado por dois a seis raios. placa secar ao ar livre durante 30 minutos e examiná-la sob
O ßoema possui pequeno número de células. O padrão de luz ultravioleta (365 nm). O cromatograma obtido com a
venação é broquidódromo. Solução (1), deve apresentar no terço inferior da placa uma
mancha amarelo-esverdeado ßuorescente correspondente a
vitexina-2-ramnosídeo e imediatamente abaixo dessa, uma
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
mancha amarelo ßuorescente.
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
com espessura de 250 Pm como suporte, e mistura de
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
características: presença de frutos depressoglobosos,
carpídios (cocas) isolados e sementes como descritos;
separadamente, em forma de banda, 25 PL da Solução (1)
hexano e acetato de etila (70:30), como fase móvel. Aplicar,
ßores como descritas; cristais de oxalato de cálcio do tipo
e 5 PL da Solução (2), recentemente preparadas, descritas
drusas; fragmentos de tecido epidérmico como descritos;
fragmentos de tecidos foliares e caulinares como descritos;
a seguir.
fragmentos de tecido vascular com elementos de vaso
apresentando espessamento anelado, espiralado ou Solução (1): transferir cerca de 1 g da droga moída para
pontoado, e Þbras. balão de fundo redondo, adicionar 10 mL de metanol e
aquecer sob reßuxo durante 30 minutos em banho-maria.

q DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS IMPUREZAS


A raiz em crescimento secundário apresenta periderme
formada por três a quatro camadas de células suberiÞcadas,
Resfriar à temperatura ambiente e Þltrar sob pressão
reduzida. Extrair novamente com mais 10 mL de metanol
durante 30 minutos. Filtrar o extrato lavando o resíduo com
5 mL de metanol agrupando-o ao primeiro. Completar o
felogênio e feloderme. Abaixo deste tecido encontra- volume para 25 mL com metanol e Þltrar em membrana
se o parênquima cortical, formado por três a seis de 0,45 —m.
estratos celulares. O ßoema apresenta Þbras dispostas
perifericamente. O xilema apresenta duas a quatro Þleiras Solução (2): dissolver separadamente 10 mg Þlantina SQR e
de Þbras dispostas radialmente. Os raios parenquimáticos nirantina SQR em 2 mL de metanol.
são ricos em grãos de amido. A região medular Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
frequentemente é ocupada pelo tecido xilemático, ou mais secar ao ar e examiná-la sob luz ultravioleta (254 nm).
raramente por parênquima. Cristais são comuns em todos Nebulizar a placa com solução de anisaldeido, ácido
os tecidos, sendo mais abundantes na região cortical e no sulfúrico e ácido acético (1:2:97) seguida de aquecimento
parênquima medular; comumente são pequenos, isolados em estufa. O cromatograma obtido com a Solução (1)
e/ou agregados, ocorrendo sob diferentes tipos, geralmente não deve apresentar as manchas respectivas à Þlantina e
drusas. nirantina obtidas com a Solução (2).

IDENTIFICAÇÃO ENSAIOS DE PUREZA


A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%,
espessura de 250 Pm como suporte, e mistura de acetato de
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com correspondente às raízes.
etila, ácido fórmico, ácido acético e água (100:11:11:26), Água (5.4.2.3). No máximo 10,0%.

de banda, 25 PL da Solução (1) e 5 PL da Solução (2),


como fase móvel. Aplicar, separadamente, em forma
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 6,0%.
recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): transferir cerca de 1 g da droga moída para DOSEAMENTO


balão de fundo redondo, adicionar 10 mL de metanol e Taninos totais
aquecer sob reßuxo durante 30 minutos em banho-maria.
Resfriar à temperatura ambiente e Þltrar sob pressão Preparar as soluções descritas a seguir.
reduzida. Extrair novamente com mais 10 mL de metanol
durante 30 minutos. Filtrar o extrato lavando o resíduo com Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,75 g da
5 mL de metanol agrupando-o ao primeiro. Completar o droga moída, transferir para balão de fundo redondo e
volume para 25 mL com metanol e Þltrar em membrana adicionar 150 mL de água. Aquecer em banho-maria, sob
de 0,45 —m. reßuxo, durante 30 minutos, em temperatura entre 80 °C e
90 °C. Resfriar em água corrente, transferir a mistura para
Solução (2): dissolver 10 mg e vitexina-2-ramnosídeo balão volumétrico de 250 mL e completar o volume com
SQR em 2 mL de metanol. água. Deixar decantar o sedimento e Þltrar, desprezando os
primeiros 50 mL do Þltrado.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1231

Solução amostra para polifenóis totais: transferir 5 mL com C-18 hidrofílica (3 —m); ßuxo da Fase móvel de 0,25
da Solução estoque para balão volumétrico de 25 mL mL/minuto.
e completar o volume com água. A 5 mL desta solução,
adicionar 2 mL de reagente de Folin-Denis e diluir para 50 Eluente A: água contendo 0,05 % de ácido trißuoracético;
mL com carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da
Eluente B: metanol contendo 0,05 % de ácido trißuoracético.
solução (A1) em 715 nm (5.2.14), exatamente 3 minutos
após a adição do último reagente, utilizando água para Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
ajuste do zero. descrito na tabela a seguir:
Solução amostra para polifenóis não adsorvidos pelo
Tempo Eluente A Eluente B
pó de pele: adicionar 0,2 g de pó de pele SQR a 20 mL Eluição
(minutos) (%) (%)
da Solução estoque e agitar, mecanicamente, durante 60
minutos. Filtrar. Diluir 5 mL desta solução para 25 mL com 0-7 95 5 isocrática
água. A 5 mL desta solução, adicionar 2 mL do reagente 7 - 25 95 ĺ 0 5 ĺ 100 gradiente linear
de Folin-Denis e diluir para 50 mL com carbonato de
Solução amostra: pesar analiticamente cerca de 0,75 g
sódio SR. Medir a absorvância da solução (A2) em 715
da droga seca e moída (800 —m) e transferir para balão
nm (5.2.l4), exatamente 3 minutos após a adição do último
de fundo redondo. Adicionar 10 mL de água, adaptar em
reagente, utilizando água para ajuste do zero.
condensador de reßuxo e aquecer em manta à ebulição
Solução padrão: dissolver 50 mg de pirogalol em água e durante 15 minutos. Esfriar sob água corrente e Þltrar o
diluir a 100 mL com o mesmo solvente. Diluir 5 mL desta extrato sob pressão reduzida. Lavar o resíduo com água.
solução para 100 mL com água. A 5 mL desta solução, Transferir o Þltrado para balão volumétrico de 250 mL e
adicionar 2 mL de reagente de Folin-Denis e diluir para 50 completar o volume com água. Filtrar em membrana de
mL com carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da
solução (A3) em 715 nm (5.2.14), exatamente 3 minutos
após a adição do último reagente e dentro de 15 minutos
contados da dissolução do pirogalol, utilizando água
0,45 —m e injetar no cromatógrafo.

Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada


de ácido gálico SQR no Eluente A para obter solução a 1
mg/mL.
q
como branco. Calcular o teor de taninos totais segundo a
expressão: Soluções para curva analítica: diluir 1 mL da Solução
padrão em balão volumétrico de 50 mL completando o
volume com Eluente A. Diluir alíquotas de 1 mL, 2 mL, 3
mL, 5 mL e 7 mL dessa solução a 10 mL utilizando Eluente
A obtendo assim, soluções com concentrações de 2,0 —g/
em que mL; 4,0 —g/mL; 6,0 —g/mL; 10,0 —g/mL e 14,0 —g/mL.
Filtrar as soluções em membrana de 0,45 —m e injetar no
TT = taninos totais; cromatógrafo.
A1 = absorvância medida da Solução amostra para
polifenóis totais; Procedimento: injetar, separadamente 5 —L da
A2 = absorvância medida da Solução amostra para Solução padrão e da Solução amostra e obter as áreas
polifenóis não adsorvidos pelo pó de pele; correspondentes ao pico de ácido gálico. O tempo de
retenção relativo é cerca de 4,6 minutos para o ácido
A3 = absorvância medida da Solução padrão; gálico. Calcular o teor de ácido gálico na amostra a
m = massa da droga vegetal considerando a determinação partir da equação da reta obtida com a curva analítica
de água. do ácido gálico. O resultado é expresso pela média das
determinações em gramas de ácido gálico por 100 gramas
Ácido gálico
da droga considerando a determinação de água (%).
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
de detector de ultravioleta a 275 nm; pré-coluna contendo
fase reversa C-18 hidrofílica e coluna de 100 mm de Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
comprimento e 2,1 mm de diâmetro interno, empacotada
1232 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

q Figura 1a – Aspectos macroscópicos em Phyllanthus niruri L.

______________

Complemento da legenda da Figura 1a.

A – hábito. B – ßor masculina com 5 nectários e três estames. C – ßor feminina com ovário e disco nectarífero. D – fruto, tépalas persistentes. E – folhas
de base assimétrica. F – aspecto geral da semente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1233

Figura 1b – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Phyllanthus niruri L.

________________

Complemento da legenda da Figura 1b. As escalas correspondem em A e D a 0,05 cm; em B, C e J a 0,1 cm; em E, F, G, H e I a 50 Pm

A – aspecto geral da folha. B – aspecto geral da estípula na região do nó: ramo (ra); estípula (e); base da folha (b). C – aspecto geral do fruto. D – aspecto
geral da semente. E – vista frontal da epiderme da face adaxial: estômato (es). F – vista frontal da epiderme da face abaxial: estômato (es). G – lâmina
foliar na região do mesoÞlo, em secção transversal: epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj); idioblasto cristalífero (ic).
H – região do mesoÞlo ao nível do parênquima paliçádico, em secção paradérmica, evidenciando idioblastos com drusas: idioblasto cristalífero (ic);
estômato (es). I – lâmina foliar na região da nervura principal em secção transversal: epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso
(pj); xilema (x); ßoema (f); colênquima (co). J – detalhe da nervação broquidódroma de um segmento da lâmina foliar em vista frontal.
1234 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 – Aspectos microscópicos em Phyllanthus niruri L.

______________

Complemento da Figura 2. As escalas correspondem em A, B e H a 50 Pm; em C, D, E, F e G a 100 Pm.

A – detalhe do caule em secção transversal: epidermem (ep); colênquima (co); clorênquima (cl); parênquima cortical (pc); Þbras do ßoema (ff);
ßoema (f); xilema (x); parênquima medular (pm); idioblasto cristalífero (ic). B – detalhe da raiz em secção transversal: periderme (pe); parênquima
cortical (pc); Þbgas do ßoema (ff); ßoema (f); xilema (x). C – elemento de vaso com espessamento pontoado em vista longitudinal. D – células
parenquimáticas escleriÞcadas. E – Þbras do ßoema em vista longitudinal. F – células clorenquimáticas junto às Þbras do ßoema. G – Þbra em vista
longitudinal. H – detalhe de um fragmento da epiderme caulinar em vista frontal, mostrando estômato (es).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1235

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
QUEBRA-PEDRA Em secção transversal, o caule em desenvolvimento
Phyllanthus tenellus herbae secundário exibe epiderme uniestratiÞcada, com estômatos.
Subepidermicamente encontram-se uma ou duas camadas
Phyllanthus tenellus Roxb. – PHYLLANTHACEAE de células colenquimáticas com espessamento angular,
podendo conter cloroplastídios, interrompidas somente nas
A droga vegetal é constituída pelas partes aéreas secas regiões das câmaras subestomáticas. Clorênquima formado
contendo, no mínimo, 9,0% de taninos totais e 0,12% de por duas a quatro camadas de células isodiamétricas, com
ácido gálico. espaços intercelulares evidentes ou não e com grãos de
amido. Mais internamente, ocorrem uma ou mais camadas
de parênquima cortical, cujas células apresentam maior
CARACTERÍSTICAS eixo no sentido periclinal, podendo conter grãos de
Características organolépticas. Droga inodora; sabor amido. O ßoema é constituído externamente por densos
amargo no início da mastigação, tornando-se suave agrupamentos de Þbras de paredes muito espessas e
posteriormente. lume reduzido, isoladas ou geralmente agrupadas, com
esclereídes dispersos e os agrupamentos intercalados por
células parenquimáticas. Cristais romboédricos de oxalato
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA de cálcio ocorrem no clorênquima, parênquima cortical e
no ßoema, presentes sempre em células de maior tamanho
Planta herbácea, glabra, com até 60 cm de altura, caules
do que as demais. Elementos de vaso, com disposição
simples ou ramiÞcados, os principais delgados e sem
radial, alternam-se com uma ou mais Þleiras de Þbras
folhas, com ramos ou râmulos laterais Þliformes, estes

q
xilemáticas e células parenquimáticas escleriÞcadas.
portando folhas. Folhas alternas, dísticas, simples,
O parênquima medular é constituído por células
membranáceas, glabras, elípticas a elíptico-obovaladas, de
isodiamétricas, de grande volume, com grandes espaços
ápice obtuso e base obtusa a aguda, margem lisa; lâminas
intercelulares e muitos cristais romboédricos e drusas. Em
discolores, face adaxial de cor verde e face abaxial verde-
caules de maior diâmetro, pode ocorrer periderme, seguida
pálida. As folhas, quando observadas em conjunto, tem o
de duas ou mais camadas clorenquimáticas, com grande
aspecto de folhas compostas de pequenas leguminosas.
quantidade de grãos de amido e cristais. O parênquima
Lâminas com 0,8 cm a 2,5 cm de comprimento e 0,5 cm
cortical mantém as mesmas características encontradas
a 1,2 cm de largura. Nervuras visíveis, não proeminentes,
nos caules mais jovens. O ßoema apresenta pequena
com exceção da nervura principal na face abaxial. Venação
quantidade de grãos de amido, com um maior grau de
broquidódroma. Pecíolo curto-cilíndrico, de até 0,1 cm
desenvolvimento em relação aos caules mais jovens e as
de comprimento. Estípula interpeciolar membranácea
Þbras distribuem-se perifericamente formando um anel.
a escariosa, estreito-triangular, com ápice agudo e base
O maior desenvolvimento do xilema, comparado ao dos
inteira, de até 0,15 cm de comprimento. Flores unissexuais,
caules mais jovens, é muito evidente, com consequente
reunidas em fascículos axilares paucißoros, as femininas
redução da área ocupada pelo parênquima medular. Nos
desenvolvendo-se primeiro, com pedicelos muito mais
raios parenquimáticos, os grãos de amido também estão
longos do que os das ßores masculinas. Na região distal
presentes. A folha é hipoestomática. Os estômatos são do
dos ramos podem ocorrer ßores femininas isoladas.
tipo paracítico e, menos frequentemente, anomocítico. Em
Flores femininas com até 0,3 cm de diâmetro, com cinco
vista frontal, as células da epiderme voltadas para a face
tépalas obovaladas, de margem escarioso-esbranquiçada
adaxial mostram contornos irregulares e paredes onduladas.
e disco inteiro; ovário tricarpelar, trilocular, cada lóculo
As ceras epicuticulares apresentam granulações. A cutícula
bispérmico; três estiletes, cada um bíÞdo na porção apical;
é Þna, tornando-se mais espessa na nervura principal. A
pedicelo com 0,1 cm a 0,8 cm de comprimento. Flores
epiderme é uniestratiÞcada em ambas as faces e possui
masculinas com cinco tépalas suborbiculares, de margem
células fundamentais achatadas e algumas papilosas.
escariosa e disco pentalobado, cada lobo reniforme; cinco
As células fundamentais da face adaxial são de maiores
estames com Þletes livres entre si; pedicelos com 0,05 cm
dimensões do que as da face abaxial. A simetria do mesoÞlo
a 0,15 cm de comprimento. Frutos esquizocárpicos, do
é dorsiventral. O parênquima paliçádico é uniestratiÞcado,
tipo tricoca, com 0,1 cm a 0,2 cm de diâmetro, depresso-
ocupando cerca da metade da espessura do mesoÞlo,
globosos, expostos para a região adaxial dos ramos,
apresentando idioblastos com cristais romboédricos de
separando-se em carpídios (cocas); exocarpo verde-oliva,
oxalato de cálcio. O parênquima esponjoso é constituído
membranáceo e endocarpo verrucoso; duas sementes por
por duas a três camadas de células de contornos irregulares,
lóculo, triangulares, com as duas faces ventrais retas e a
cujo maior comprimento corresponde ao sentido periclinal.
face dorsal arredondada, verrucosa, verrugas proeminentes,
Em secção paradérmica, evidencia-se o caráter braciforme
com ápice arredondado, com ou sem papilas; pedicelos
dessas células. Na nervura principal, o parênquima
cilíndricos, com até 0,9 cm de comprimento na maturação;
paliçádico é interrompido por pequeno número de células
cálice persistente, membranáceo, desenvolvido, atingindo
colenquimáticas de espessamento angular. Na região
metade da altura do fruto. As características macroscópicas
adaxial, abaixo do colênquima, são observadas uma ou
das duas espécies, Phyllanthus tenellus e Phyllanthus
duas camadas de células isodiamétricas cloroÞladas. Nesta
niruri, são determinantes para distinguí-las, uma vez que
região, junto à epiderme abaxial, ocorre uma camada de
são muito similares quanto às características anatômicas
colênquima angular, de paredes pouco espessas, destituídas
para alguns órgãos vegetativos.
1236 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de cloroplastídios, seguida de um tecido clorenquimático uma solução de macrogol 400 a 5% (p/v) em metanol. Deixar
com células isodiamétricas, com poucos cloroplastídios a placa secar ao ar livre durante 30 minutos e examiná-
ou um parênquima fundamental. O sistema vascular é do la sob luz ultravioleta (365 nm).O cromatograma obtido
tipo colateral e formado por três a seis raios. O ßoema com a Solução (1), deverá apresentar no terço superior da
possui pequeno número de células. O padrão de venação placa uma mancha amarelo-esverdeada ßuorescente. No
é broquidódromo. terço inferior da placa, a espécie pode apresentar traços
de rutina, caracterizado por uma mancha ßuorescente de
coloração alaranjada correspondente em posição à mancha
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
obtida com o padrão de rutina da Solução (2).
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
com espessura de 250 Pm como suporte, e mistura de
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
características: presença de frutos depresso-globosos,
carpídios (cocas) isolados e sementes como descritos;
separadamente, em forma de banda, 25 PL da Solução (1)
hexano e acetato de etila (70:30), como fase móvel. Aplicar,
ßores como descritas; cristais piramidais e drusas de
e 5 PL da Solução (2), recentemente preparadas, descritas
oxalato de cálcio; fragmentos de Þbras; fragmentos de
tecido epidérmico como descritos; fragmentos de tecidos
a seguir
caulinares e foliares como descritos; fragmentos de
tecido vascular com elementos de vaso apresentando Solução (1): transferir cerca de 1 g da droga moída para
espessamentos anelado, espiralado e mais frequentemente balão de fundo redondo, adicionar 10 mL de metanol e
pontoado, e Þbras. aquecer sob reßuxo durante 30 minutos em banho-maria.
Resfriar à temperatura ambiente e Þltrar sob pressão
reduzida. Reextrair com mais 10 mL de metanol durante

q
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS
30 minutos. Filtrar o extrato lavando o resíduo com 5 mL
IMPUREZAS
de metanol agrupando-o ao primeiro. Completar o volume
A raiz em crescimento secundário apresenta periderme para 25 mL com metanol e Þltrar em membrana de 0,45
formada por duas a três camadas suberiÞcadas, felogênio e —m.
feloderme. Abaixo deste tecido encontra-se o parênquima
Solução (2): dissolver separadamente 10 mg de Þlantina
cortical, formado por três a quatro estratos celulares.
SQR e nirantina SQR em 2 mL de metanol.
O ßoema apresenta Þbras dispostas perifericamente. O
xilema apresenta Þbras entre os elementos de vaso ou duas Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
a quatro Þleiras de Þbras dispostas radialmente, além de secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
raios parenquimáticos formados por uma ou duas Þleiras Nebulizar com mistura de solução de anisaldeido, ácido
de células de paredes espessadas, contendo grãos de amido. sulfúrico e ácido acético (1:2:97) seguida de aquecimento
Os cristais são comuns nos tecidos parenquimáticos, em estufa. O cromatograma obtido com a Solução (1)
inclusive dos sistemas vasculares, e apresentam-se sob não deve apresentar as manchas respectivas à Þlantina e
diferentes tipos, isolados ou agrupados. nirantina obtidas com a Solução (2).

IDENTIFICAÇÃO ENSAIOS DE PUREZA


A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%,

espessura de 250 Pm como suporte, e mistura de acetato de


camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com correspondente às raízes.

etila, ácido fórmico, ácido acético e água (100:11:11:26), Água (5.4.2.3). No máximo 9,5%.

de banda, 25 PL da Solução (1) e 5 PL da Solução (2),


como fase móvel. Aplicar, separadamente, em forma
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 8,0%.
recentemente preparadas, descritas a seguir.
DOSEAMENTO
Solução (1): transferir cerca de 1 g da droga moída para
balão de fundo redondo, adicionar 10 mL de metanol e Taninos totais
aquecer sob reßuxo durante 30 minutos em banho-maria.
Resfriar à temperatura ambiente e Þltrar sob pressão Preparar as soluções descritas a seguir.
reduzida. Reextrair com mais 10 mL de metanol durante
30 minutos. Filtrar o extrato lavando o resíduo com 5 mL Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,75 g da
de metanol agrupando-o ao primeiro. Completar o volume droga moída, transferir para balão de fundo redondo e
para 25 mL com metanol e Þltrar em membrana de 0,45 adicionar 150 mL de água. Aquecer em banho-maria, sob
—m. reßuxo, durante 30 minutos, em temperatura entre 80 0C e
90 0C. Resfriar em água corrente, transferir a mistura para
Solução (2): dissolver 10 mg de rutina em 2 mL de metanol. balão volumétrico de 250 mL e completar o volume com
água. Deixar decantar o sedimento e Þltrar, desprezando os
Desenvolver o cromatograma. Deixar a placa secar em primeiros 50 mL do Þltrado.
estufa a temperatura entre 100 °C e 105 °C e, ainda morna,
nebulizar com difenilborato de aminoetanol SR, seguido de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1237

Solução amostra para polifenóis totais: transferir 5 mL da Eluente A: água contendo 0,05 % de ácido trißuoracético.
Solução estoque para balão volumétrico 25 mL e completar
o volume com água. A 5 mL desta solução, adicionar 2 Eluente B: metanol contendo 0,05 % de ácido trißuoracético.
mL de reagente de Folin-Denis e diluir para 50 mL com
Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da solução
descrito na tabela a seguir:
(A1) em 715 nm (5.2.14), exatamente 3 minutos após a
adição do último reagente, utilizando água para ajuste do
Tempo Eluente A Eluente B
zero. Eluição
(minutos) (%) (%)
Solução amostra para polifenóis não adsorvidos em pó de 0-8 100 0 isocrática
pele: adicionar 0,2 g de pó de pele SQR a 20 mL da Solução 8 - 15 100 ĺ 50 0 ĺ 50 gradiente linear
estoque e agitar, mecanicamente, durante 60 minutos.
15 - 20 50 50 isocrática
Filtrar. Diluir 5 mL desta solução para 25 mL com água. A
5 mL desta solução, adicionar 2 mL do reagente de Folin- Solução amostra: pesar analiticamente cerca de 0,75 g
Denis e diluir para 50 mL com carbonato de sódio SR. da droga seca e moída (800 —m) e transferir para balão
Medir a absorvância da solução (A2) em 715 nm (5.2.14), de fundo redondo. Adicionar 30 mL de água, adaptar em
exatamente 3 minutos após a adição do último reagente, condensador de reßuxo e aquecer em manta à ebulição
utilizando água para ajuste do zero. durante 15 minutos sob agitação magnética. Esfriar sob
água corrente e Þltrar o extrato sob pressão reduzida.
Solução padrão: dissolver 50 mg de pirogalol em água e
Lavar o resíduo com água. Transferir o Þltrado para balão
diluir a 100 mL com o mesmo solvente. Diluir 5 mL desta
volumétrico de 250 mL e completar o volume com água.
solução para 100 mL com água. A 5 mL desta solução,
Filtrar em membrana de 0,45 —m e injetar no cromatógrafo.
adicionar 2 mL de reagente de Folin-Denis e diluir para 50
mL com carbonato de sódio SR. Medir a absorvância da
solução (A3) em 715 nm (5.2.14), exatamente 3 minutos
após a adição do último reagente e dentro de 15 minutos
contados da dissolução do pirogalol, utilizando água
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de ácido gálico SQR no Eluente A para obter solução a 400
—g/mL.
q
como branco. Calcular o teor de taninos totais segundo a Solução para curva analítica: diluir 2 mL da Solução
expressão: padrão em balão volumétrico de 25 mL completando o
volume com Eluente A. Diluir alíquotas de 2 mL e 5 mL
desta solução a 25 mL utilizando Eluente A obtendo assim,
soluções com concentrações de 2,6 —g/mL e 6,4 —g/mL.
Adicionalmente, diluir alíquotas de 3 mL, 5 mL e 7 mL
em que a 10 mL utilizando Eluente A, obtendo soluções com
concentrações de 9,6 —g/mL, 16,0 —g/mL e 22,4 —g/mL.
TT = taninos totais; Utilizar as cinco soluções preparadas (2,6 —g/mL; 6,4 —g/
A1 = absorvância medida da Solução amostra para mL; 9,6 —g/mL; 16,0 —g/mL e 22,4 —g/mL) na construção
polifenóis totais; da curva analítica, após Þltração em membrana de 0,45 —m
e injeção no cromatógrafo.
A2 = absorvância medida da Solução amostra para
polifenóis não adsorvidos em pó de pele; Procedimento: injetar, separadamente 5 —L da
A3 = absorvância medida para a Solução padrão; Soluções padrão e da Solução amostra e obter as áreas
m = massa da droga vegetal considerando a determinação correspondentes ao pico de ácido gálico. O tempo de
de água. retenção relativo é cerca de 5,3 minutos para o ácido
gálico. Calcular o teor de ácido gálico na amostra a
Ácido gálico partir da equação da reta obtida com a curva analítica
do ácido gálico. O resultado é expresso pela média das
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido determinações em gramas de ácido gálico por 100 gramas
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido da droga considerando a determinação de água (%).
de detector de ultravioleta a 275 nm; pré-coluna contendo
fase reversa C-18 hidrofílica e coluna de 10 cm de
comprimento e 2,1 mm de diâmetro interno, empacotada EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
com C-18 hidrofílica (3 —m); ßuxo da Fase móvel de 0,25
mL/minutos. Em recipientes hermeticamente fechados, ao abrigo da luz
e do calor.
1238 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

q
Figura 1a – Aspectos macroscópios em Phyllanthus tenellus Roxb.

______________

Complemento da legenda da Figura 1a.

A – hábito. B – ßor masculina com cinco nectários e cinco estames. C – ßor feminina com ovário e disco nectarífero. D – fruto, tépalas persistentes.
E – folha de base simétrica. F – aspecto geral da semente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1239

Figura 1b – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Phyllanthus tenellus Roxb.

______________

Complemento da legenda da Figura 1b. As escalas correspondem em A a 0,5 mm; em B a 2 mm; em C, D e L a 1 mm; em E, F, G, H, I e J a 50 —m.

A – aspectogeral da folha. B – detalhe da estípula na região do nó: ramo (ra); estípula (e); base da folha (b). C – aspecto geral do fruto. D – aspecto
geral da semente. E – vista frontal da epiderme da face adaxial. F – vista frontal da epiderme da face abaxial: estômato (es). G – lâmina foliar na região
do mesoÞlo em secção transversal: epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj); idioblasto cristalífero (ic). H – região do
mesoÞlo ao nível do parênquima paliçádico, em secção paradérmica, evidenciando os idioblastos cristalíferos: idioblasto cristalífero (ic); parênquima
paliçádico (pp). I – região do mesoÞlo ao nível do parênquima esponjoso, em secção paradérmica, evidenciando as células braciformes. J – lâmina foliar
na região da nervura principal em secção transversal: epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); parênquima esponjoso (pj); colênquima (co); xilema
(x); ßoema (f). L – detalhe da nervação broquidódroma de um segmento da lâmina foliar em vista frontal.
1240 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 – Aspectos microscópicos em Phyllanthus tenellus Roxb.

______________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A e B a 50 —m; em C, D, E e F a 100 —m.

A – detalhe do caule em secção transversal: epiderme (ep); colênquima angular (co); clorênquima (cl); parênquima cortical (pc); Þbras do ßoema (ff);
ßoema (f); xilema (x). B – detalhe da raiz em secção transversal: xilema (x); ßoema (f); Þbras do ßoema (ff); parênquima cortical (pc). C – elementos
de vaso com espessamento helicoidal e pontoado em vista longitudinal. D – elementos de vaso com espessamento pontoado, em vista longitudinal. E –
vista parcial de uma Þbra septada. F – Þbras em vista longitudinal.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1241

prismáticos de oxalato de cálcio em fragmentos do


QUILAIA parênquima ou livres; porções de parênquima com grãos
Quillaiae cortex de amido; algumas células pétreas alongadas com poros
oblíquos; fragmentos de tubos crivados; ocasionalmente,
fragmentos suberosos.
Quillaja saponaria Mol. – QUILLAJACEAE

A droga vegetal é constituída por cascas dos ramos IDENTIFICAÇÃO


destituídas de periderme, dessecadas e fragmentadas.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa em

com espessura de 250 Pm, como suporte, e mistura de


camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
CARACTERÍSTICAS
clorofórmio, etanol e água (30:40:5), como fase móvel.
Características organolépticas. A droga é praticamente
PL a 20 PL da Solução (1) e 5 PL a 10 PL da Solução (2),
Aplicar, separadamente, à placa, em forma de banda, 15
inodora, provoca efeito esternutatório e possui sabor acre
a adstringente. preparadas como descrito a seguir.

Solução (1): a 1 g da droga pulverizada, adicionar 20


DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA mL de etanol a 50% (v/v) e agitar durante 20 minutos.
A droga é comercializada em peças planas ou pouco Filtrar e concentrar o Þltrado à secura em banho de água à
recurvadas, formando placas de aproximadamente 1 cm de temperatura não superior a 50 °C. Dissolver o resíduo em
comprimento, 10 cm de largura e 1 mm a 5 mm de espessura. 5 mL de metanol.
A superfície externa apresenta cor esbranquiçada, com

q
Solução (2): pesar 0,1 g de saponina puriÞcada SQR e
pequenas manchas de cor parda, geralmente lisa ou dissolver em 5 mL de metanol, de modo a obter solução a
Þnamente estriada longitudinalmente. Aderida a esta casca 2,0%. Filtrar.
frequentemente são encontradas partes do ritidoma de
coloração amarronzada a pardo-escuro. A superfície interna Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
é branco-amarelada e lisa. A fratura é lisa a ligeiramente secar ao ar por 15 minutos. Nebulizar a placa com
Þbrosa. Em secção transversal, a fratura apresenta uma anisaldeído SR e colocar em estufa entre 100 °C a 105 °C,
estrutura regularmente quadriculada por faixas tangenciais durante 5 minutos. Visualizar sob luz visível. As saponinas
escuras e linhas radiais claras. da quilaia apresentam-se como manchas azul-esverdeadas
com Rf sequenciais em torno de 0,23 e 0,33.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
ENSAIOS DE PUREZA
O líber, que constitui sozinho a espessura das cascas
comerciais, exibe de forma característica um aspecto Água (5.4.2.3). No máximo 8,0%.
quadriculado, o que se deve pelo cruzamento sucessivo
dos raios parenquimáticos com zonas de parênquima, que Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 6,0%.
se alternam com feixes de Þbras. Em toda esta região, as
Cinzas insolúveis em ácido (5.4.2.5). No máximo 1,0%.
células encontram-se justapostas, caracterizando espaços
intercelulares do tipo meato. Os raios parenquimáticos Índice de espuma (5.4.2.10). Pesar 0,1 g de quilaia em
constam de duas a seis camadas de células de 60 —m a pó e adicionar 100 mL de água destilada. Ferver por 5
100 —m de comprimento por, aproximadamente, 20 —m de minutos. Filtrar e completar o volume para 100 mL com
largura. As Þbras liberianas são tortuosas e, frequentemente, água destilada. No mínimo 1000.
encontram-se acompanhadas por pequenos grupos de
esclereídes. O parênquima contém células de 20 —m a 40 Substâncias extraíveis por álcool (5.4.2.11). Macerar 5
—m de comprimento por 60 —m a 200 —m, geralmente, 90 g da droga pulverizada em 100 mL de etanol a 45% (v/v)
—m de largura. Possui numerosas células de mucilagem, em um recipiente hermeticamente fechado por 24 horas,
células amilíferas com grãos de amido de 5 —m a 20 —m mantendo sob agitação constante durante as primeiras 6
de diâmetro e inúmeras células contendo monocristais de horas, e deixar em repouso por 18 horas. Filtrar e completar
oxalato de cálcio, que podem atingir 50 —m a 170 —m de o volume para 100 mL com etanol a 45% (v/v). Evaporar 20
comprimento e até 30 —m de largura. mL do Þltrado à secura, em pesa-Þltro previamente tarado
à 105 °C, até peso constante. Calcular a porcentagem do
extrativo solúvel em etanol com referência a droga seca.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ No mínimo 22,0%.
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
características: pó muito Þno e de coloração amarelo-palha,
com fragmentos das estruturas descritas anteriormente; Em recipiente hermeticamente fechado, ao abrigo da luz
Þbras esclerenquimáticas; grande quantidade de cristais e calor.
1242 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos de Quillaja saponaria Mol.

______________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A a 1 cm; em B e C a 50 ȝm; em D a 150 Pm; em E a 50 Pm.

A – aspecto geral em vista frontal da casca do caule evidenciando a face interna. B e C – aspecto geral em vista frontal da casca do caule evidenciando
a face externa. D – detalhe de uma porção da casca do caule em secção transversal: célula amilífera (ca); células condutoras do ßoema (ccfl); célula
parenquimática (cp); Þbra liberiana (fl); idioblasto cristalífero (ic); periderme (pe); raio parenquimático (rp). E – detalhe parcial da região ßoemática
com células de parênquima e raio parenquimático evidenciando o entrecruzamento entre estas células e a presença de idioblastos cristalíferos: célula
parenquimática (cp); idioblasto cristalífero (ic); raio parenquimático (rp).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1243

Figura 2 – Aspectos microscópicos do pó de Quillaja saponaria Mol.

______________

Complemento da legenda da Figura 2. A escala corresponde a 50 Pm.

c – cristais prismáticos. cp – célula parenquimática. ic – idioblasto cristalífero. f – Þbras.


1244 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
QUINA-AMARELA O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
Cinchonae cortex a espécie, exceto os caracteres macroscópicos. São
características: fraturas maiores de cor acastanhada e
Cinchona calisaya Weddell – RUBIACEAE fraturas menores de cor castanho-avermelhada; fragmentos
de súber de cor amarelado a pardo-avermelhado; fragmentos
A droga é constituída pelas cascas de ramos da espécie e de de parênquima cortical contendo grãos de amido esféricos
suas variedades, contendo no mínimo 6,0% de alcaloides e idioblastos com cristais de oxalato de cálcio na forma
totais, dos quais 60% são do tipo quinina. de areia cristalina; fragmentos de Þbras ßoemáticas,
de paredes espessadas, ligniÞcadas, com pontoações
infundibuliformes; fragmentos de parênquima ßoemático
CARACTERÍSTICAS e de raios parenquimáticos, associados às Þbras, contendo
Características organolépticas. A droga possui odor grãos de amido esféricos; células grandes e ovais; grãos de
fracamente aromático e sabor amargo. amido esféricos ou plano-convexos simples ou associações
de dois ou três grãos.

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
IDENTIFICAÇÃO
A casca apresenta-se em tubos ou pedaços curvos, de
comprimento e largura variáveis e com 3,0 mm a 7,0 mm A. Reação de Grahe: Adicionar 500 mg de casca de quina-
de espessura. A superfície externa é cinzento-acastanhada, amarela pulverizada em um tubo de ensaio e aquecer
frequentemente acompanhada de liquens, e apresenta diretamente na chama. Observar o desprendimento de

q numerosas Þssuras transversais e longitudinais e por vezes


destacam-se gretas transversais de poucos milímetros. A
face interna é castanho-amarelada e Þnamente estriada,
apresentando depressões ovoides marcadas de forma mais
vapores de coloração púrpura e sua condensação nas
paredes do tubo. Este destilado é solúvel em etanol.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em

com espessura de 250 Pm, como suporte, e mistura de


camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
ou menos intensa. Em secção transversal destacam-se três
regiões distintas: a região mais externa é Þna e apresenta
Aplicar, separadamente, em forma de banda, 15 PL a 20
clorofórmio e dietilamina (90:10), como fase móvel.
cor castanho-acinzentada, a região mediana exibe máculas
PL da Solução (1) e 3 PL a 5 PL da Solução (2), preparadas
arredondadas e cor amarelada e a região interna é sulcada
radialmente por numerosas linhas amarelas.
como descritas a seguir.

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA Solução (1): adicionar 0,1 mL de hidróxido de amônio a


25% (p/v) e 5 mL de cloreto de metileno a 0,1 g da droga
O súber, em secção transversal, é constituído por pulverizada. Deixar em repouso durante 30 minutos,
aproximadamente 15 camadas de células ricas em conteúdo agitando ocasionalmente. Filtrar e evaporar o Þltrado até
de cor acastanhada que se dispõe de forma regular em secura em banho-maria. Dissolver o resíduo em 1 mL de
Þleiras radiais. A feloderme apresenta inúmeras camadas etanol absoluto.
de células regulares, com paredes celulares escuras. O
parênquima cortical é formado por células com parede Solução (2): dissolver, separadamente, 17,5 mg de quinina,
tênue, destacando-se idioblastos que contém areia cristalina 0,5 mg de quinidina e 10 mg de cinchonina em 5 mL de
distribuídos, de forma esparsa, por todo o parênquima etanol absoluto.
cortical. Mais internamente e também de forma esparsa, Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar
nesta mesma região cortical, ocorrem células de forma oval, secar em estufa de 100 °C a 105 °C por aproximadamente
que atingem um grande diâmetro em relação às demais 10 minutos. Deixar a placa esfriar e nebulizar com solução
células. O ßoema é muito desenvolvido, destacando-se etanólica de ácido sulfúrico a 50% (p/v). Examinar sob
elementos de tubo crivado estreitos e raios parenquimáticos luz ultravioleta (365 nm). As manchas obtidas com a
que se distribuem em um parênquima desenvolvido. A Solução (1) correspondem em posição, cor e intensidade
largura dos raios parenquimáticos corresponde, geralmente, àquelas obtidas com a Solução (2). Essas manchas são
a Þleiras de três células. As demais células do parênquima correspondentes à quinina (Rf aproximadamente 0,15),
ßoemático encerram grãos de amido esféricos ou plano- quinidina (Rf aproximadamente 0,30) e cinchonina (Rf
convexos dispostos isoladamente ou em tríade. No ßoema aproximadamente 0,45).
destacam-se Þbras que se assemelham a células pétreas
e apresentam parede muito espessa e claramente estriada,
atravessada por pontoações do tipo infundibuliforme. As ENSAIOS DE PUREZA
Þbras ßoemáticas encontram-se dispostas radialmente de
Matéria estranha (5.4.2.2). No máximo 2 %.
forma isolada, reunidas em pequenos grupos ou formando
Þleiras curtas e irregulares, por toda a região do ßoema. Água (5.4.2.3). No máximo 8 %.

Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 12,5 %.


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1245

DOSEAMENTO
Alcaloides

Proceder conforme Espectrofotometria de absorção no em que


ultravioleta (5.2.14). Pesar, exatamente, 1 g da droga m = peso da amostra em g;
pulverizada, transferir para erlenmeyer de 250 mL e x = porcentagem de alcaloides tipo quinina;
adicionar 10 mL de água e 7 mL de ácido clorídrico 2
M. Aquecer em banho-maria durante 30 minutos. Deixar y = porcentagem de alcaloides tipo cinchonina;
esfriar e adicionar 25 mL de cloreto de metileno, 50 A316 = absorvância da solução amostra em 316 nm;
mL de éter etílico e 5 mL de hidróxido de sódio a 20% A348 = absorvância da solução amostra em 348 nm;
(p/v). Agitar a mistura durante 30 minutos. Adicionar Aq316 = absorvância da solução referência contendo quinina
3 g de goma adraganta em pó e agitar até a preparação em 316 nm, corrigida para concentração de 1 mg em 1000
se tornar clara. Filtrar através de papel de Þltro e lavar o mL;
erlenmayer e o papel de Þltro com 100 mL de mistura de
cloreto de metileno e éter etílico (1:2). Reunir os Þltrados Aq348 = absorvância da solução referência contendo quinina
das lavagens, evaporar até a secura e dissolver o resíduo em 348 nm, corrigida para concentração de 1 mg em 1000
em 10 mL de etanol absoluto. Evaporar 5,0 mL da solução mL;
até a secura. Dissolver o resíduo em ácido clorídrico Ac316 = absorvância da solução referência contendo
0,1 M, transferir para balão volumétrico e completar o cinchonina em 316 nm, corrigida para concentração de 1
volume para 1000 mL com o mesmo solvente. Preparar mg em 1000 mL;
duas soluções de referência dissolvendo 30 mg de quinina Ac348 = absorvância da solução referência contendo

q
ou 30 mg de cinchonina em ácido clorídrico 0,1 M, cinchonina em 348 nm, corrigida para concentração de 1
completando o volume para 100 mL. Medir a absorvância mg em 1000 mL.
das três soluções em 316 nm e 348 nm, utilizando como
branco ácido clorídrico 0,1 M. Calcular a porcentagem de Calcular o conteúdo de alcaloides totais, (x + y) e determinar
alcaloides do grupo quinina (x) e de alcaloides do grupo o conteúdo relativo de alcaloides tipo quinina, a partir da
cinchonina (y), mediante as expressões: seguinte equação: (100x) + (x + y).

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipiente de vidro ou metal, bem fechado, ao abrigo
da luz e do calor.
1246 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópicos em Cinchona calisaya Weddell


_________________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem: em A e B a cm; em C a 500 Pm.

A - aspecto geral em vista frontal da casca do caule evidenciando a face externa; B - aspecto geral em vista frontal da casca do caule evidenciando a face
interna; C - secção transversal evidenciando o aspecto geral das cascas dos ramos; cac: células com areia cristalina; cg: células gigantes; fe: feloderme;
Þ: Þbra; pc: célula do parênquima cortical; rp: raio parenquimático na região ßoemática; su: súber.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1247

Figura 2 - Aspectos macroscópicos e microscópicos em Cinchona calisaya Weddell


_________________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A e C a 500 Pm; em B a 200 Pm e em D a 350 Pm.

A – secção transversal evidenciando um detalhe da região externa da casca próximo a lenticelas; B – secção transversal evidenciando um detalhe ao
nível de parênquima cortical evidenciando células com areia cristalina; C – secção transversal evidenciando um detalhe da região do parênquima
cortical com células gigantes. D – secção transversal evidenciando um detalhe da região ßoemática; cac: células com areia cristalina; cg: células
gigantes; fe: feloderme; Þ: Þbra; pc: célula do parênquima cortical; rp: raio parenquimático na região ßoemática; su; súber.
1248 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

q
Figura 3 - Aspectos macroscópicos e microscópicos em Cinchona calisaya Weddell
_________________

Complemento da legenda da Figura 3. A escala corresponde a 500 Pm.

Aspecto geral da droga em pó; ac: areia cristalina; cac: células com areia cristalina; cg: células gigantes; Þ: Þbra; pc: célula do parênquima cortical; su;
súber.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1249

parênquima axial, paratraqueal. A placa de perfuração é


RATÂNIA do tipo simples. Os raios xilemáticos são unisseriados e
Ratanhiae radix frequentes.

Krameria triandra Ruiz & Pav. – KRAMERIACEAE


DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
O pó atende a todas as características estabelecidas para
A droga vegetal é constituída por porções secas da raiz,
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
contendo no mínimo 5% de taninos totais, expressos em
características: pó insípido; fragmentos do súber com
pirogalol (C6H6O3; M 126,1), em relação à droga seca.
coloração marrom avermelhada, com típicas células
tabulares de formato uniforme; fragmentos do tecido
CARACTERÍSTICAS cortical com grãos de amido esféricos, simples ou
compostos, de grandes dimensões, associados com Þbras
Características organolépticas. A droga é inodora, quase arranjadas de modo ramiÞcado; fragmentos do lenho com
insípida, e a casca possui sabor fortemente adstringente. células dotadas de pontoações areoladas.

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA IDENTIFICAÇÃO


As raízes, tanto desidratadas quanto Þxadas em álcool A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
etílico, apresentam-se recobertas por súber muito
sílica-gel F254, com espessura de 250 Pm, como suporte, e
camada delgada (5.2.17.1), utilizando cromatoplaca de
escurecido, marrom avermelhado, sulcado irregularmente,
o que permite a formação de pequenas placas de formato mistura de acetato de etila, tolueno, ácido fórmico e água
irregular e que se desprendem com certa facilidade, o
à placa, em forma de banda, 20 PL da Solução (1) e 10
(100:10:10:1), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
ritidoma. Subjacentes, estão o córtex amiláceo e o ßoema,
compondo uma camada de coloração castanho clara. A casca, PL das Soluções (2) e (3), preparadas antes do uso, como
formada pelos estratos acima, facilmente se desprende do descrito a seguir.
cilindro central, lenhoso e também de coloração castanho
clara externamente e marrom avermelhada na porção mais Solução (1): pesar, exatamente, cerca de 10 g da droga
central. Amostras fragmentadas e desidratadas apresentam-

r
moída, acrescentar 100 mL de etanol a 70% (v/v),
se com formas curvadas de comprimentos diversos, aquecer sob reßuxo por 10 minutos. Após resfriamento
torcidas, às vezes Þbrosas. à temperatura ambiente, Þltrar, eliminar o etanol em
evaporador rotatório sob pressão reduzida. Extrair a fase
aquosa resultante com três porções de 25 mL de acetato de
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
etila em funil de separação (125 mL). Deixar em repousou
Nas raízes com crescimento secundário estabelecido, em freezer (-18 °C) por 15 minutos, para total separação
o súber é formado por diversos estratos de células de das fases. Reunir as frações orgânicas e Þltrar em papel de
dimensões uniformes, com paredes pouco espessadas, Þltro com 2 g de sulfato de sódio anidro. Evaporar a fração
tabulares, enÞleiradas, e que reagem positivamente, para obtida em evaporador rotatório sob pressão reduzida até
polifenóis, na presença do cloreto férrico 10%. Mais resíduo. Retomar o resíduo com 5 mL de metanol.
internamente forma-se nova periderme, cujas células
Solução (2): pesar cerca de 1 mg de catequina e dissolver
encontram-se deformadas ou rompidas pela ação mecânica
em 2 mL de metanol.
exercida pelos tecidos em formação internamente. Na
região cortical, as células apresentam dimensões variadas Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e
e paredes espessadas, sempre alongadas longitudinalmente deixar secar em capela de exaustão. Examinar sob luz
nas porções mais próximas ao ßoema e são repletas ultravioleta (254 nm). O cromatograma obtido com a
de grãos de amido de grandes dimensões e de formato Solução (1) apresenta mancha de ßuorescência atenuada,
esférico, simples ou compostos por 2-3 porções. O ßoema na mesma altura que a obtida com a Solução (2) (Rf de
apresenta raios parenquimáticos unisseriados formados por aproximadamente 0,75). Em seguida, nebulizar a placa
células volumosas, abundância de idioblastos com cristais com cloreto férrico a 1% (p/v) em metanol. Após a
prismáticos de formas e tamanhos variados e parênquima nebulização a banda correspondente à catequina deverá
de reserva com grãos de amido, como os do córtex. apresentar coloração castanho acinzentada. Uma segunda
Tanto no córtex amiláceo quanto no ßoema ocorrem mancha castanho acinzentada de Rf 0,60 corresponde à
Þbras isoladas ou agrupamentos de 5-15 elementos, cujas epiafzelequina-(4Eĺ8)-epicatequina. Acima da banda de
paredes são relativamente delgadas, sofrendo deformações valor de Rf 0,75 deverá aparecer uma mancha de coloração
por compressão mecânica, em suas porções mais externas, azul intensa.
conÞgurando um arranjo ramiÞcado em relação às células
adjacentes. O xilema é formado por grande quantidade de B. Aquecer sob reßuxo cerca de 3 g da droga vegetal moída
Þbras relativamente largas, ligniÞcadas e com pontoações com 60 mL de água, durante 15 minutos. Esfriar e Þltrar. A 2
areoladas em abundância. Este tipo de pontoação também mL do extrato adicionar duas gotas de ácido clorídrico SR e
está presente nos elementos de vaso, os quais são em geral gotejar gelatina SR até precipitação. O aparecimento de um
isolados, raramente em duplas, sempre associados com o precipitado nítido indica reação positiva para taninos totais.
1250 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

C. A 2 mL do extrato obtido no teste B. em IdentiÞcação, solução de carbonato de sódio a 29% (p/v). Determinar a
adicionar 10 mL de água e 2 a 4 gotas de solução de cloreto absorvância em 760 nm (A1) após 30 minutos, utilizando
férrico a 1% (p/v) em etanol. O desenvolvimento de água destilada como líquido de compensação.
coloração cinza escura indica reação positiva para taninos
totais. Solução amostra para polifenóis não adsorvidos por pó
de pele: para 10 mL do Þltrado adicionar 0,1 g de pó de
D. A 2 mL do extrato obtido no teste B. em IdentiÞcação, pele SQR e agitar mecanicamente em erlenmeyer de 125
adicionar 0,5 mL de vanilina a 1% (p/v) em metanol e 1 mL durante 60 minutos. Filtrar em papel de Þltro. Diluir
mL de ácido clorídrico. O desenvolvimento de coloração 5 mL desse Þltrado em balão volumétrico de 25 mL com
vermelha indica reação positiva para taninos condensados. água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL dessa
solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e 10
E. A 5 mL do extrato obtido no teste B. em IdentiÞcação, mL de água destilada em balão volumétrico de 25 mL e
adicionar 10 mL de ácido acético 2 M e 5 mL de acetato de completar o volume com solução de carbonato de sódio
chumbo SR. O aparecimento de precipitado esbranquiçado, a 29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A2)
indica presença de taninos. após 30 minutos, utilizando água destilada como líquido
de compensação.
ENSAIOS DE PUREZA
Solução padrão: dissolver imediatamente antes do uso
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2%. 50,0 mg de pirogalol em balão volumétrico de 100 mL
com água destilada. Transferir volumetricamente 5 mL da
Água (5.4.2.3). No máximo 12%. solução em balão volumétrico de 100 mL e completar com
água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL dessa
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 5,5%. solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e 10
Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 7%. mL de água destilada em balão volumétrico de 25 mL e
completar o volume com solução de carbonato de sódio
Cinzas insolúveis em ácido (5.4.2.5). No máximo 2%. a 29% (p/v). Determinar a absorvância em 760 nm (A3)
após 30 minutos, utilizando água destilada como líquido
de compensação.
DOSEAMENTO
Calcular o teor em porcentagem de taninos (droga seca),

r Taninos totais

Efetuar todas as operações de extração e diluição ao abrigo


da luz.
expressos em pirogalol, usando a expressão:

Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,75 g de


droga pulverizada (180 —m) e transferir para erlenmeyer de em que
250 mL com boca esmerilhada. Adicionar 150 mL de água
destilada. Aquecer em banho-maria durante 30 minutos à A1 = absorvância da solução amostra para polifenóis totais;
temperatura de 60 °C. Resfriar em água corrente e transferir A2 = absorvância da solução amostra para polifenóis não
para um balão volumétrico de 250 mL. Lavar o erlenmeyer adsorvidos em pó de pele;
e transferir as águas de lavagem com todo conteúdo de A3 = absorvância da solução padrão;
droga vegetal para o mesmo balão volumétrico. Completar
m1 = massa da amostra utilizada no ensaio, em gramas,
o volume com água destilada. Deixar decantar e Þltrar o
considerando a determinação de água;
líquido sobrenadante em papel de Þltro. Desprezar os
primeiros 50 mL do Þltrado. m2 = massa de pirogalol, em gramas.

Solução amostra para polifenóis totais: diluir 5 mL do


Þltrado em balão volumétrico de 25 mL com água destilada. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Transferir volumetricamente 2 mL dessa solução, 1 mL de Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
reagente fosfomolibdotúngstico e 10 mL de água destilada
em balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1251

Figura 1 – Aspectos microscópicos em Krameria triandra Ruiz & Pav.


_____________

Complemento da legenda da Figura 1. Escalas e correspondências: 250 —m (A), 100 —m (B), 50 —m (C), 25 —m (D).

A - aspecto geral da distribuição dos tecidos da raiz, em secção transversal: córtex amiláceo (ca); elemento de vaso (ev); ßoema (f); periderme (pe);
ritidoma (ri); raio parenquimático; xilema (x). B - detalhe parcial da casca com periderme (pe) recém formada e córtex amiláceo (am), em secção
transversal; C e D - detalhe parcial do córtex amiláceo em secção transversal e longitudinal radial, respectivamente: grãos de amido (am), espaço
intercelular (ei); Þbra do ßoema (ff).
1252 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

r
Figura 2 – Aspectos microscópicos em Krameria triandra Ruiz & Pav.
_____________

Complemento da legenda da Figura 2. Escalas e correspondências: 50 —m (A e B), 100 —m (C).

A - detalhe parcial da região cambial e dos tecidos condutores, em secção transversal: câmbio vascular (cv); elemento de vaso (ev); idioblasto cristalífero
(ic); Þbras do ßoema (ff); Þbra do xilema (fx); parênquima de reserva. B - detalhe parcial do ßoema, em secção transversal, mostrando parênquima
de reserva e Þbras do ßoema: grãos de amido (am); Þbras do ßoema (ff). C - detalhe parcial do ßoema, em secção longitudinal radial: grãos de amido
(am); Þbras do ßoema (ff).

IDENTIFICAÇÃO
RATÂNIA TINTURA
Ratanhiae tinctura Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada

gel F254, com espessura de 250 Pm, como suporte, e


delgada (5.2.17.1), utilizando cromatoplaca de sílica-

A tintura é preparada a partir das raízes de Krameria mistura de acetato de etila, tolueno, ácido fórmico e água

a placa, em forma de banda, 20 PL da Solução (1) e 10 PL


triandra Ruiz & Pav. - KRAMERIACEAE, a 10% (p/v) (60:20:15:15), como fase móvel. Aplicar, separadamente,
por maceração ou percolação utilizando etanol 70% (v/v)
como líquido extrator. Contém, no mínimo, 0,5% de da Solução (2), separadamente, preparadas antes do uso,
taninos, expressos em pirogalol (C6H6O3; M 126,1). como descrito a seguir.

Solução (1): aquecer 5,0 mL da tintura a resíduo seco em


CARACTERÍSTICAS banho-maria. Retomar o resíduo em 10,0 mL de água.
Extrair a fase aquosa resultante com três porções de 10,0
Características organolépticas. A tintura é de cor
mL de acetato de etila em funil de separação. Deixar em
marrom-avermelhada.
repouso em freezer (-18 °C) por 15 minutos, para total
Constantes físico-químicas. separação das fases. Reunir as frações orgânicas e lavar
com 20,0 ml de água.
Densidade relativa (5.2.5): 0,891 a 0,906.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1253

Solução (2): pesar cerca de 1 mg de catequina e dissolver Medir a absorvância das Soluções amostra para polifenóis
em 2 mL de metanol. totais, amostra para polifenóis não adsorvidos por pó de
pele e padrão em 760 nm (5.2.14) 30 minutos após seus
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar preparos, utilizando água destilada para ajuste do zero.
secar em capela de exaustão. Em seguida, nebulizar a Calcular o teor em porcentagem de taninos, expressos em
placa com cloreto férrico 1% em metanol (p/v). Após pirogalol, usando a expressão:
a visualização deverão ser observadas na região do
cromatograma da Solução (1), quatro bandas de coloração
castanho-avermelhada no quadrante superior, a banda
correspondente à catequina, apresenta coloração castanho- em que
azulada de (Rf) 0,71.
A1 = absorvância da Solução amostra para polifenóis
totais;
ENSAIOS DE PUREZA A2 = absorvância da Solução amostra para polifenóis não
adsorvidos em pó de pele;
Determinação de álcool (5.3.3.8). 63,0% a 67,0%.
A3 = absorvância da Solução padrão;
Resíduo seco (5.4.3.2.2). No mínino 1,9%. m1 = massa da amostra utilizada no ensaio (g);
m2 = massa de pirogalol (g).
DOSEAMENTO
Taninos totais EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Nota: Efetuar todas as operações de extração e diluição Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e do calor.
ao abrigo da luz.

Proceder conforme descrito em Espectrofotometria RAUVOLFIA


de absorção no visível (5.2.14). Utilizar as soluções, RauvolÞae radix
recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução estoque: transferir exatamente cerca de 1,5 g de

r
RauvolÞa serpentina (L.) Benth. ex Kurz –
tintura para um balão volumétrico de 250 mL e completar APOCYNACEAE
o volume com água destilada. Filtrar a mistura por papel de
Þltro. Rejeitar os primeiros 50,0 mL do Þltrado. A droga é constituída pela raiz e deve conter no mínimo
0,15% de alcaloides do grupo reserpina-rescinamina, em
Solução amostra para polifenóis totais: transferir relação ao material dessecado.
volumetricamente 5 mL do Þltrado da Solução estoque
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL CARACTERÍSTICAS
desta solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e
Características organolépticas. É quase inodora e possui
10 mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL
sabor muito amargo.
e completar o volume com solução de carbonato de sódio
a 29% (p/v).
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
Solução amostra para polifenóis não adsorvidos por pó de
pele: para 10 mL do Þltrado da Solução estoque adicionar Raiz cilíndrica, frequentemente adelgaçada na
0,1 g de pó de pele e agitar mecanicamente em erlenmeyer extremidade distal, tortuosa; raiz inteira ou suas porções
de 125,0 mL durante 60 minutos. Filtrar em papel de Þltro. de 1 cm a 10 cm de comprimento e de 3 mm a 22 mm de
Diluir 5 mL desse Þltrado em balão volumétrico de 25 mL diâmetro; superfície externa longitudinalmente enrugada
com água destilada. Transferir volumetricamente 2 mL a sulcada irregularmente, de coloração cinzento-castanha
desta solução, 1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e clara; podem ocorrer restos das raízes secundárias ou
10 mL de água destilada para balão volumétrico de 25 mL principalmente cicatrizes arredondadas oriundas da queda
e completar o volume com solução de carbonato de sódio das mesmas, com 0,5 mm a 1,0 mm de diâmetro; a casca
29% (p/v). pode faltar parcialmente e observam-se nestas falhas as
camadas internas, de cor castanho-amarelada. Lenticelas
Solução padrão: transferir 50,0 mg de pirogalol para balão são frequentemente observadas. A secção transversal
volumétrico de 100 mL e completar com água destilada. mostra três regiões distintas, o córtex, a faixa cambial
Transferir volumetricamente 5 mL desta solução para balão e o cilindro central. O córtex tem coloração castanho-
volumétrico de 100 mL e completar o volume com água amarelada e o cilindro central é amarelo-claro, com 2 a 8
destilada. Transferir volumetricamente 2 mL desta solução, anéis concêntricos, exibindo uma Þna estriação radial; o
1 mL de reagente fosfomolibdotúngstico e 10 mL de água cilindro central ocupa cerca de quatro quintos do diâmetro
destilada para balão volumétrico de 25 mL e completar o da raiz. Raramente podem estar presentes restos do rizoma,
volume com solução de carbonato de sódio 29% (p/v). caracterizados por apresentar medula.
1254 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

FalsiÞcações e confusões são possíveis, primeiramente areoladas; fragmentos de células parenquimáticas do


com raízes de outras espécies de RauvolÞa originadas da xilema com paredes espessas e pontoações simples;
Índia, como, por exemplo, RauvolÞa heterophylla Wild. fragmentos de células parenquimáticas do córtex com
ex Roem. & Schult. Ao contrário dessas outras espécies, paredes delgadas; numerosos grãos de amido arredondados,
no entanto, na raiz de RauvolÞa serpentina faltam Þbras às vezes agregados, com a região central na forma de y ou
e células pétreas na parte externa ao câmbio. Útil para a de estrela.
diferenciação é a distribuição de amido no corte transversal
das raízes: ao contrário de outras espécies, a raiz de R.
IDENTIFICAÇÃO
serpentina mostra uma distribuição quase homogênea de
amido por toda a secção transversal (menos no súber e no Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada
xilema primário). FalsiÞcações de drogas da R. serpentina delgada (5.2.17.1), utilizando cromatoplaca de sílica-
também são feitas com raízes de Withania somnifera (L.) gel GF254, como fase estacionária, e mistura de butanol,
Dunal (Solanaceae). Caracteres úteis para identiÞcar essa ácido acético e água (40:10:10), como fase móvel. Aplicar
falsiÞcação incluem: o lenho de RauvolÞa é amarelo-claro
PL da Solução amostra e 5 PL da Solução de referência,
na cromatoplaca, separadamente, em forma de banda 10
e mostra estrias Þnas radiais (microscopicamente veriÞca-
se a presença de raios parenquimáticos e elementos de preparados como segue.
vaso com disposição radial), sendo branco e formando um
anel fechado em Withania (microscopicamente mostrando Solução amostra: ferver sob reßuxo 1 g da droga seca e
elementos de vaso dispersos no parenquima). pulverizada com 5 mL de metanol e 1 mL de uma solução
de carbonato de sódio a 10% (p/v), durante 10 minutos,
resfriar e Þltrar.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
Solução referência: preparar uma solução de reserpina a
A periderme tem até 20 camadas de células achatadas
10 mg/mL em metanol.
tangencialmente, com arranjo radial. O súber é homogêneo
e constituído por cerca de 15 camadas de células suberosas Desenvolver o cromatograma. Deixar a placa secar em
de paredes delgadas. A feloderme possui até quatro camadas estufa entre 100 °C e 105 °C e em seguida nebulizar com
de células com paredes delgadas, compostas por celulose, iodeto de potássio e subnitrato de bismuto SR. Deixar a
hemicelulose e compostos pécticos. O parênquima cortical placa secar ao ar livre por 10 minutos e examiná-la a olho

r
é amilífero, com várias camadas de células de paredes nú e em seguida sob luz ultravioleta (365 nm). À olho nú, a
não ligniÞcadas; os grãos de amido, evidenciados pelo região do cromatograma obtido com a Solução referência,
reagente de Lugol, podem ser pequenos e numerosos ou deverá apresentar no terço mediano da placa, quase superior,
volumosos, de formato arredondado ou ovóide. Laticíferos uma mancha de coloração alaranjada (reserpina). A região
ramiÞcados, de crescimento intrusivo, permeiam o do cromatograma da Solução amostra deverá apresentar
parênquima cortical. O ßoema é constituído apenas por mancha de coloração alaranjada correspondente em
elementos de tubo crivado e células parenquimáticas; Þbras posição à mancha obtida com a reserpina no cromatograma
e esclereídes estão ausentes. Os raios parenquimáticos da Solução referência. Outras manchas alaranjadas,
são multisseriados, podendo ser estreitos ou largos; abaixo da reserpina, ainda no terço mediano, poderão
suas células apresentam grãos de amido e/ou cristais de estar presentes. A mancha de reserpina após exposição à
formatos variados. O xilema secundário também possui luz ultravioleta (365 nm), deverá ter coloração azulada
arranjo radial. Os elementos traqueais e as Þbras estão ßuorescente. O cromatograma da Solução amostra deverá
dispostos em séries radiais uni ou bisseriadas e alternam- apresentar mancha de coloração azulada ßuorescente
se aos raios parenquimáticos multisseriados. Os elementos correspondente em posição à mancha obtida com a
traqueais são estreitos (cerca de 40 —m de diâmetro), com reserpina no cromatograma da Solução referência. Outras
placa de perfuração simples ou escalariforme; as Þbras manchas azuladas ßuorescentes, abaixo da reserpina, ainda
são libriformes e têm paredes ligniÞcadas espessadas. Os no terço mediano, poderão estar presentes.
raios parenquimáticos são multisseriados, suas células
possuem paredes ligniÞcadas e os grãos de amido são mais
volumosos do que aqueles encontrados no ßoema e no ENSAIOS DE PUREZA
parênquima cortical. O xilema primário, com seis a oito Matéria estranha (5.4.2.2). No máximo 5%.
polos de protoxilema, ocupa posição medular; os elementos
traqueais também são estreitos e de calibre semelhante ao Água (5.4.2.3). No máximo 12%.
das células parenquimáticas adjacentes.
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 10%.

DESCRIÇÃO DO PÓ
DOSEAMENTO
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
características: coloração acinzentada clara ou castanho- absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar exatamente 2,5g
amarelada clara; fragmentos do súber, de coloração da planta seca e moída e realizar extração com 100 mL
amarelada, com paredes delgadas suberiÞcadas; fragmentos de etanol, sob reßuxo durante 4 horas, protegendo sempre
de elementos de vaso de paredes espessas, com pontoações da luz. Após a extração, completar o volume com etanol,
em balão volumétrico de 100 mL. Transferir uma alíquota
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1255

volumétrica de 20 mL para funil de separação. Adicionar banho-maria a 50 °C a 60 °C, por exatos 20 minutos.
com proveta, 200 mL de ácido sulfúrico 0,25 M e extrair Resfriar as soluções até temperatura ambiente e adicionar
quatro vezes com 60 mL de clorofórmio, descartando a volumetricamente 0,5 mL de ácido sulfâmico a 5% (p/v)
fase contendo ácido sulfúrico, e reservando a fase contendo em cada uma delas e aguardar 20 minutos exatos. Após o
o clorofórmio. Extrair quatro vezes a fase contendo tempo de espera, medir as absorvâncias das soluções em
clorofórmio com 60 mL de bicarbonato de sódio a 2% (p/v), 390 nm, utilizando uma mistura de etanol e água (2:1) para
e Þltrar a fase orgânica em balão volumétrico de 250 mL. ajuste do zero. Calcular a quantidade em mg de alcaloides
Após a Þltração, completar o volume com etanol. Transferir, do grupo reserpina-rescinamina, como reserpina, utilizando
em duplicata, uma alíquota volumétrica de 25 mL da solução a seguinte fórmula.
para balão de fundo redondo, e levar a secura em rotavapor
(banho a cerca de 40 °C). As duas soluções secas serão
denominadas Solução amostra (1) e (2).

Solução amostra (1): adicionar volumetricamente 5 mL de


etanol e 2 mL de ácido sulfúrico 0,25 M. em que

Solução amostra (2): adicionar volumetricamente 5 mL de MAL = massa de alcaloides (mg);


etanol, 1 mL de ácido sulfúrico 0,25 M e 1 mL de nitrito de A1 = leitura da Solução amostra (1);
sódio a 0,3% (p/v). A2 = leitura da Solução amostra (2);
Solução padrão de reserpina: pesar analiticamente S1 = leitura com a Solução padrão (1);
e transferir 20 mg de reserpina SQR para um balão S2 = leitura com a Solução padrão (2).
volumétrico de 50 mL. Adicionar 25 mL de etanol e levar ao
ultrassom. Aquecer se necessário. Aguardar o resfriamento Calcular o teor de alcaloides como reserpina-rescinamina,
da solução e completar o volume com etanol. Pipetar uma em base seca, pela fórmula.
alíquota de 5 mL desta solução em balão volumétrico de
100 mL e completar o volume com etanol, resultando na
concentração de 20 —g/mL.

Solução padrão (1): adicionar volumetricamente 5 mL de em que


Solução padrão de reserpina e 2 mL de ácido sulfúrico
0,25 M.

Solução padrão (2): adicionar volumetricamente 5 mL de


Solução padrão de reserpina, 1 mL de ácido sulfúrico 0,25
AL = teor de alcaloides (% p/p);
MAL = massa de alcaloides (mg);
M = massa da amostra seca (mg).
r
M e 1 mL de nitrito de sódio a 0,3% (p/v).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Nota: Não empregar Soluções padrões (1) e (2) de dias
anteriores. Em recipientes de vidro, bem fechados, ao abrigo da luz e
do calor.
Aquecer as quatro soluções, Soluções amostras (1) e
(2) e Soluções padrões (1) e (2), concomitantemente em
1256 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópicos em Rauvolfia serpentina (L.) Benth. ex Kurz


_________________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem: em A a 100 mm, em B e G a 100 —m, e de C a F a 50 —m.

A - aspecto geral da raiz; B - esquema da secção transversal da raiz; C - detalhe de porção da periderme e parênquima cortical, em secção transversal;
D - detalhe de porção do parênquima cortical em secção transversal; E - detalhe de porção do xilema secundário apresentando raios parenquimáticos
multisseriados com abundantes grãos de amido, Þbras e vasos dispostos em séries radiais, em secção transversal; F - detalhe de porção do xilema
primário em secção transversal; G - aspecto geral do pó da raiz, com fragmentos do súber (acima, à esquerda), de Þbras e vasos (acima, à direita e abaixo,
na região central), de células parenquimáticas do xilema secundário (abaixo, à esquerda) e numerosos grãos de amido, isolados ou agregados; região do
ßoema primário e secundário (f); grão de amido (ga); laticífero ramiÞcado de crescimento intrusivo (lt); parênquima cortical (pc); periderme (pe); raio
parenquimático (rp); xilema primário (xp); xilema secundário (xs).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1257

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito


RIFAMPICINA em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Rifampicinum Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
254 nm; coluna de 100 mm de comprimento e 4,6 mm de
diâmetro interno, empacotada com sílica-gel quimicamente
ligada a grupo octilsilano (5 —m); ßuxo da Fase móvel de
1,5 mL/min.

Tampão Fosfato: dissolver 136,1 g de fosfato de potássio


monobásico em cerca de 500 mL de água, adicionar 6,3
mL de ácido fosfórico, diluir com água para 1000 mL, e
homogeneizar.

Fase móvel: preparar mistura de água, acetonitrila,


Tampão fosfato, ácido cítrico M, e perclorato de sódio 0,5
M (510:350:100:20:20), Þltrar em Þltro de membrana 0,7
—m ou menos, e degaseiÞcar. Fazer ajustes se necessário.

Diluente: preparar mistura de água, acetonitrila, fosfato de


C43H58N4O12; 822,94 potássio dibásico M, fosfato de potássio monobásico M, e
rifampicina; 07719 ácido cítrico M (640:250:77:23:10).
3-[[(4-Metil-1-piperazinil)imino]metil]rifamicina
[13292-46-1] Solução (1): transferir cerca de 0,2 g da amostra para um
balão volumétrico de 100 mL, dissolver com acetonitrila,
Contém, no mínimo, 97% e, no máximo, 102% de diluir e completar o volume. Deixar em banho de ultrassom
C43H58N4O12. por cerca de 30 segundos, se necessário, para garantir
completa dissolução. Utilizar essa solução em um período
máximo de 2 horas.
DESCRIÇÃO
Solução (2): transferir 5 mL da Solução (1) para um

r
Características físicas. Pó cristalino, de cor castanho- balão volumétrico de 50 mL, diluir com o Diluente,
avermelhado a vermelho-acastanhado. completar o volume e homogeneizar. Preparar essa solução
Solubilidade. Pouco solúvel em água, solúvel em metanol, imediatamente antes da utilização.
pouco solúvel em acetona e etanol. Solução (3): transferir 10 mL da Solução (1) para um balão
volumétrico de 100 mL, diluir com acetonitrila, completar
IDENTIFICAÇÃO o volume e homogeneizar. Transferir 5 mL dessa solução
para balão volumétrico de 50 mL, diluir com o Diluente,
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) completar o volume e homogeneizar. Preparar essa diluição
da amostra previamente dessecada, dispersa em pasta à Þnal imediatamente antes da utilização.
base de paraÞna líquida, apresenta máximos de absorção
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas Solução de resolução: dissolver quantidade previamente
intensidades relativas daqueles observados no espectro de pesada de rifampicina SQR e rifampicina quinona SQR
rifampicina SQR, preparado de maneira idêntica. em acetonitrila para obter uma solução contendo cerca
de 0,1 mg/mL. Transferir 1 mL dessa solução para balão
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na volumétrico de 10 mL, diluir com o Diluente, completar o
faixa de 220 nm a 500 nm, da solução amostra obtida no volume e homogeneizar.
Doseamento, exibe máximos em 237 nm, 254 nm, 334 nm
e 475 nm. A razão entre as absorvâncias determinadas em Injetar replicatas de 50 —L da Solução de resolução.
334 nm e em 475 nm é cerca de 1,75. Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,6 para
rifampicina quinona e 1,0 para rifampicina. A resolução
C. Suspender cerca de 25 mg da amostra em 25 mL de entre os picos de rifampicina quinona e de rifampicina não
água puriÞcada. Agitar durante 5 minutos e Þltrar. A 5 mL é menor que 4,0.
do Þltrado adicionar 1 mL de persulfato de amônio a 10%
(p/v) em solução de tampão fosfato pH 7,4 e agitar durante Procedimento: injetar cerca de 50 —L da Solução(2) e da
alguns minutos. A solução modiÞca de amarelo-alaranjada Solução (3), registrar os cromatogramas e medir as áreas
para vermelho-violeta, sem formação de precipitado. sob os picos. Calcular a percentagem de cada substância
relacionada pela fórmula:

ENSAIOS DE PUREZA rTi/(rD+ 0,01™rTi)

pH (5.2.19). 4,5 a 6,5. Determinar em 0,1% (p/v) da em que rTi é a área sob o pico de cada substância relacionada
suspensão da amostra em água isenta de dióxido de no cromatograma obtido com a Solução (2), rD é a área
carbono. sob o pico da rifampicina no cromatograma obtido com
a Solução (3), e ™rTi é a soma das áreas de todos os picos
1258 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

das substâncias relacionadas obtida no cromatograma da Solução (2): solução a 0,1% (p/v) da amostra em clorofórmio.
Solução (2): não mais que 1,5% de rifampicina quinona é
encontrada, não mais que 1% de qualquer outra substância Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
relacionada é encontrada, e um total de não mais que 3,5% secar ao ar. A mancha principal obtida com a Solução (1)
do total das substâncias relacionadas individuais, além da corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida
rifampicina quinona, tendo um tempo de retenção acima com a Solução (2).
de 3 em relação ao tempo de retenção da rifampicina é
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
encontrada.
da Solução amostra, obtido em Doseamento, corresponde
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar àquele do pico principal da Solução padrão.
em 1 g da amostra. No máximo 0,002% (20 ppm).
CARACTERÍSTICAS
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 80 °C, a uma pressão Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
máxima de 670 Pa, por 4 horas. No máximo 1,0%.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 2 g da amostra.
No máximo 0,1%. Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

Procedimento para uniformidade de conteúdo. Transferir


DOSEAMENTO o conteúdo de uma cápsula para um balão volumétrico de
100 mL. Lavar o corpo e a tampa da cápsula com mistura
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
de acetonitrila e metanol (1:1) e transferir para o balão
absorção no ultravioleta (5.2.14). Dissolver 0,1 g da
volumétrico. Diluir de forma a obter uma solução com
amostra em metanol e completar o volume para 100 mL
concentração de 1,5 mg/mL. Deixar em banho de ultrassom
com o mesmo solvente. Diluir 2 mL da solução para
por cerca de 5 minutos e esfriar a temperatura ambiente.
100 mL com tampão de fosfato pH 7,4. Determinar a
Transferir 10 mL dessa solução para balão volumétrico
absorvância no máximo em 475 nm, usando como líquido
de 50 mL, completar o volume com Diluente e agitar.
de compensação o tampão fosfato pH 7,4.Calcular o teor
Proceder conforme descrito em Doseamento.
em C43H58N4O12 tomando 187 como valor da absorvância

r
especíÞca.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz e a uma Aparelhagem: cestas, 100 rpm
temperatura máxima de 25 °C.
Tempo: 45 minutos

ROTULAGEM Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de


dissolução, Þltrar e diluir em ácido clorídrico 0,1 M até
Observar a legislação vigente. concentração adequada. Medir as absorvâncias em 475
nm (5.2.14), utilizando o mesmo solvente para ajuste do
CLASSE TEREPÊUTICA zero. Calcular a quantidade de C43H58N4O12 dissolvida no
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
Antibacteriano; tuberculostático. de rifampicina SQR na concentração de 0,0032% (p/v),
preparada no mesmo solvente.

RIFAMPICINA CÁPSULAS Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade


declarada de C43H58N4O12 se dissolvem em 45 minutos.

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da


ENSAIOS DE PUREZA
quantidade declarada de C43H58N4O12.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 100 mg de
IDENTIFICAÇÃO amostra. Dessecar em estufa a 60 °C, sob pressão reduzida,
por 3 horas. No máximo 3,0%.
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 3 PL de cada
suporte, e mistura de clorofórmio e metanol (90:10), como
Contagem do número total de micro-organismos
uma das soluções descritas a seguir. mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
Solução (1): dissolver uma quantidade de pó, equivalente Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
a cerca de 50 mg de rifampicina, com 5 mL de clorofórmio Cumpre o teste.
e Þltrar.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1259

DOSEAMENTO C21H23FClNO2 nos comprimidos a partir das respostas


obtidas para a Solução padrão e Solução amostra.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm, coluna de 250 mm de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

com sílica ligada a grupo octilsilano (5 Pm), mantida à


comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
temperatura ambiente; ßuxo de Fase móvel de 1,5 mL/
minuto. ROTULAGEM
Tampão fosfato: dissolver 136,1 g de fosfato de potássio Observar a legislação vigente.
monobásico em cerca de 500 mL de água, adicionar 6,3 mL

Ajustar o pH a 3,1 r 0,1.


de ácido fosfórico, diluir com água para 1000 mL e agitar.
RIFAMPICINA SUSPENSÃO ORAL
Fase móvel: mistura de água, acetonitrila, tampão
fosfato, ácido cítrico M e perclorato de sódio 0,5 M Contém, no mínimo, 90% e, no máximo, 110% da
(510:350:100:20:20). DesgaseiÞcar e Þltrar. quantidade declarada de C43H58N4O12.
Diluente: mistura de água, acetonitrila, fosfato de sódio
dibássico M, fosfato de potássio monobássico e ácido IDENTIFICAÇÃO
cítrico M (640:250:77:23:10).
Para uma quantidade de 0,1 g de rifampicina, adicionar
Solução padrão: transferir cerca de 37,5 mg de rifampicina 30 mL de água e agitar com duas quantidades de 50
SQR para balão volumétrico de 25 mL e completar o mL de clorofórmio. Secar os extratos combinados com
volume com uma mistura de acetonitrila e metanol (1:1). sulfato de sódio anidro, Þltrar e evaporar o Þltrado seco
Transferir 10 mL dessa solução para balão volumétrico a uma temperatura que não exceda 70 °C. O resíduo,
de 50 mL, completar o volume com acetonitrila e agitar. após lavagem com 1 mL de éter etílico e secagem a 70 °C
Transferir 5 mL dessa solução para balão volumétrico cumpre com os seguintes testes.
de 50 mL, completar o volume com Diluente e agitar.

r
Cada mL da Solução padrão contém cerca de 0,03 mg de A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
rifampicina SQR. amostra apresenta máximos de absorção nos mesmos
comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo relativas daqueles observados no espectro de rifampicina
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das SQR, preparado de maneira idêntica.
cápsulas. Transferir quantidade de pó equivalente a 300
mg de rifampicina para um balão volumétrico de 200 mL, B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa de
adicionar cerca de 180 mL de uma mistura de acetonitrila 220 nm a 500 nm, da Solução amostra, obtida no método B.
e metanol (1:1) e deixar em ultrassom por 5 minutos. de Doseamento, exibe máximos em 237 nm, 254 nm, 334 nm
Transferir 10 mL dessa solução para balão volumétrico e 475 nm idênticos aos observados no espectro da Solução
de 50 mL, completar o volume com acetonitrila e agitar. padrão.
Transferir 5 mL dessa solução para balão volumétrico de
50 mL, completar o volume com Diluente e agitar. CARACTERÍSTICAS
Solução de resolução: dissolver uma quantidade exatamente Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
pesada de rifampicina quinona SQR, em uma mistura de
acetonitrila e metanol (1:1), de forma a obter uma solução pH (5.2.19). 4,2 a 4,8. Determinar na suspensão
com concentração de 0,1 mg/mL. Transferir 1,5 mL dessa reconstituída conforme indicado no rótulo.
solução e 5 mL de solução de rifampicina SQR a 0,3 mg/
mL para balão volumétrico de 50 mL, completar o volume ENSAIOS DE PUREZA
com Diluente e agitar.

Injetar 50 PL de Solução de resolução. O tempo de


Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
retenção da rifampicina quinona é cerca de 0,6 vezes ao Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
da rifampicina. A resolução entre os picos de rifampicina 254 nm; coluna de 120 mm de comprimento e 4,6 mm de

replicatas de 50 PL de Solução padrão. O desvio padrão


quinona e da rifampicina não é inferior a 4,0. Injetar diâmetro interno, empacotada com sílica-gel quimicamente
ligada a grupo octilsilano (5 —m); ßuxo da Fase móvel de
relativo das replicatas dos picos registrados não deve ser 1,5 mL/min.
maior que 1,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 50 PL de Solução


Fase móvel: mistura de 35 volumes de acetonitrila e 65
volumes de uma solução contendo ácido fosfórico a 0,1%
padrão e Solução amostra, registrar os cromatogramas (v/v), perclorato de sódio a 1,9 mg/mL, ácido cítrico a 5,9
e mediar as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de mg/mL e fosfato de potássio monobásico a 20,9 mg/mL.
1260 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Diluentes: mistura de solução de ácido cítrico a 210,1 mg/ TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
mL, solução de fosfato de potássio monobásico a 136,1
mg/mL, solução de fosfato de potássio dibásico a 174,2 Contagem do número total de micro-organismos
mg/mL, acetonitrila e água (10:23:77:250:640). mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Preparar as Soluções (1), (2), (3), (4), (5) e (6) Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
imediatamente antes da utilização. Cumpre o teste.

Solução (1): adicionar 5 mL de água a uma quantidade de


suspensão oral contendo 20 mg de rifampicina e extrair
DOSEAMENTO
com quatro porções sucessivas de 10 mL de cloreto de Empregar um dos métodos descritos a seguir.
metileno. Filtrar os extratos combinados e evaporar a seco
a uma temperatura que não exceda a 40 °C. Dissolver o A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
resíduo em 10 mL de acetonitrila e diluir 5 mL desta de absorção no ultravioleta (5.2.14). Diluir volume da
solução para 50 mL com o Diluente. Homogeneizar. solução injetável equivalente a 0,4 g de rifampicina em
500 mL de metanol e homogeneizar. Diluir 2 mL dessa
Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão solução em 100 mL de tampão fosfato pH 7,0 e medir a
volumétrico de 100 mL, completar o volume com o absorvância em 475 nm. Calcular o teor de C43H58N4O12
Diluente e homogeneizar. na amostra considerando A(1%, 1 cm) = 187, em 475 nm.
Determinar a Densidade relativa (5.2.5) da suspensão oral
Solução (3): dissolver quantidade exatamente pesada de
e calcular o teor de C43H58N4O12 na amostra a partir das
rifampicina quinona SQR em Diluente para obter solução
leituras obtidas.
a 0,3 mg/mL. Transferir 1 mL dessa solução para balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume com o B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Diluente, obtendo solução a 0,0003% (p/v). de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm e coluna de 100 mm de
Solução (4): dissolver quantidade exatamente pesada de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
rifampicina N-oxido SQR em Diuente para obter solução
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
a 0,2 mg/mL. Transferir 1 mL dessa solução para balão
—m).
volumétrico de 100 mL e completar o volume com o

r
Diluente, obtendo uma solução a 0,0002% (p/v). Tampão fosfato: dissolver 136,1 g de fosfato de potássio
monobásico em 500 mL de água, adicionar 6,3 mL de
Solução (5): dissolver quantidade exatamente pesada de
ácido fosfórico e homogeneizar. Completar o volume com
3-formilrifamicina SQR em Diluente para obter solução
água para 1000 mL e homogeneizar.
a 0,1 mg/mL. Transferir 10 mL dessa solução para balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume com o Fase móvel: mistura de água, acetonitrila, Tampão
Diluente, obtendo uma concentração de 0,001% (p/v). fosfato, ácido cítrico M e perclorato de sódio 0,5 M
(500:360:100:20:20). Filtrar em membrana 0,7 —m ou
Solução (6): transferir 10 mL da Solução (3) para
menor e desgaseiÞcar.
erlenmeyer, adicionar 5 mL do Diluente e homogeneizar.
Transferir 5 mL dessa solução para erlenmeyer, adicionar 5 Mistura de solventes: preparar mistura de água, acetonitrila,
mL de Solução (2) e homogeneizar. fosfato de potássio dibásico M, fosfato de potássio
monobásico M e ácido cítrico M (640:250:77:23:10).
Injetar 20 —L da Solução (6). Ajustar a sensibilidade do
detector de forma que a altura dos dois picos principais não Diluente: preparar mistura de acetonitrila e água (1:1).
seja menor que metade da escala. A resolução entre os dois
picos principais não é menor que 4,0. Se necessário, ajustar Solução amostra: agitar o frasco contendo a amostra e
a concentração de acetonitrila na Fase móvel. imediatamente transferir 5 mL da suspensão oral, livre
de bolhas, para balão volumétrico de 100 mL. Dissolver,
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções completar o volume com Diluente e homogeneizar.
(2) a (5), registrar os cromatogramas e medir as áreas sob os Transferir 5 mL da solução resultante para balão
picos. Injetar a Solução (1) e desenvolver a cromatograÞa volumétrico de 50 mL, completar o volume com Diluente
por pelo menos 3 vezes o tempo de retenção do pico e homogeneizar.
relativo à rifampicina. A área sob o pico correspondente
à rifampicina quinona não é superior à área sob o pico do Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
cromatograma obtido com a Solução (3) (1,5%). A área de rifampicina SQR no Diluente, para obter solução a 0,5
sob o pico correspondente à rifampicina N-oxido não é mg/mL. Deixar em ultrassom por cerca de 30 segundos, se
superior à área sob o pico do cromatograma obtido com necessário, para dissolver. Transferir 5 mL dessa solução
a Solução (4) (1%); a área sob o pico correspondente para balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com
à 3-formilrifamicina não é superior à área sob o pico do Diluente e homogeneizar. Utilizar essa preparação em, no
cromatograma obtido com a Solução (5) (5%), e a área máximo, 1 hora.
de qualquer pico secundário não é superior à área sob o
pico do cromatograma obtido com a Solução (2) (1%). Solução de resolução: dissolver quantidades adequadas
Desconsiderar qualquer pico com tempo de retenção menor de rifampicina SQR e rifampicina quinona SQR em
que o pico característico da rifampicina quinona. acetonitrila para obter uma solução a 0,1 mg/mL. Transferir
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1261

1 mL dessa solução para balão volumétrico de 10 mL, Tolerância: não menos que 40% (Q) da quantidade
diluir e completar o volume com a Mistura de solventes. declarada de C37H48N6O5S2 se dissolvem em 60 minutos
Homogeneizar. e não menos que 75% (Q) da quantidade declarada de
C37H48N6O5S2 se dissolvem em 120 minutos.
Injetar replicatas de 20 —L da Solução de resolução.
Os tempos de retenção relativos são cerca de 0,6 para a
rifampicina quinona e 1,0 para a rifampicina. A resolução TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
entre os picos de rifampicina quinona e de rifampicina não
Contagem do número total de micro-organismos
é menor que 4,0. O desvio padrão relativo das áreas de
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
replicatas dos picos não é maior que 1,0%.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções
Cumpre o teste.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
as áreas sob os picos. Calcular o teor de C43H58N4O12
na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução DOSEAMENTO
padrão e Solução amostra.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de detector de ultravioleta a 210 nm; coluna de 125 mm de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno empacotada
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
(5—m) mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase
ROTULAGEM móvel de 1,0 mL/minuto.

Observar a legislação vigente Fase móvel: mistura de metanol e água (67:23).

Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo e


RITONAVIR CÁPSULAS pesá-las novamente. Transferir, exatamente, o equivalente
a 20 mg de ritonavir para balão volumétrico de 100 mL,
acrescentar 70 mL de Fase móvel, agitar e completar o

r
Contém, no mínimo 90,0% e, no máximo, 110,0% da volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar,
quantidade declarada de C37H48N6O5S2. obtendo solução a 0,2 mg/mL.

Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada


IDENTIFICAÇÃO de ritonavir SQR em Fase móvel para obter solução a 0,2
mg/mL. Completar o volume com o mesmo solvente e
O tempo de retenção do pico principal do cromatograma homogeneizar.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções


da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde
àquele do pico principal da Solução padrão.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
CARACTERÍSTICAS áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C37H48N6O5S2
nas cápsulas a partir das respostas obtidas com as Soluções
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. padrão e amostra.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
Em recipientes bem fechados.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)


ROTULAGEM
Meio de dissolução: laurilsulfato de sódio a 0,7% (p/v),
900 mL Observar a legislação vigente.

Aparelhagem: pás, 25 rpm. Utilizar pás revestidas de


material inerte RUIBARBO
Rhei rhizoma et radix
Tempo: 120 minutos

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de dis-


Rheum palmatum L. e/ou Rheum ofÞcinale Baill. -
solução, Þltrar e diluir até concentração adequada. Prosse-
POLYGONACEAE
guir conforme descrito em Doseamento. Injetar, separada-
mente, 20 —L das Soluções padrão e amostra, registrar os A droga vegetal é constituída de rizomas e raízes dessecados
cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Calcular a e fragmentados. Os rizomas devem ser desprovidos das
quantidade de C37H48N6O5S2 dissolvida no meio a partir das bases dos pecíolos foliares bem como das raízes de quase
respostas obtidas com as Soluções padrão e amostra. a totalidade do córtex. A droga vegetal deve pertencer às
1262 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

espécies acima ou seus híbridos interespecíÞcos, ou ainda, normal é contínua e mais ou menos circular e a mais interna
da mistura delas, excetuando-se partes ou misturas com apresenta feixes vasculares anômalos, os quais têm aspecto
Rheum rhaponticum L., contendo, no mínimo, 2,2% de estelar e distribuem-se irregularmente no parênquima medular
derivados hidroxiantracênicos, expressos em reina. ou, alguns deles, formam um ou dois anéis. O sistema vascular
externo possui ßoema secundário pouco desenvolvido e seus
elementos encontram-se geralmente obliterados. O ßoema
CARACTERÍSTICAS
é desprovido de Þbras. O xilema secundário tem disposição
Características organolépticas. A droga apresenta odor radial e é formado por poucas camadas de elementos de
característico e aromático, sabor amargo e adstringente. vaso que apresentam forma poligonal ou irregular, com
espessamento geralmente reticulado, cujo diâmetro pode
alcançar 100 —m. Os raios parenquimáticos são formados
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA cada um por uma a quatro Þleiras de células, contendo massas
amorfas de cor amarelo-acastanhado ou amarelo intenso,
Fragmentos de rizoma irregulares, discóides ou cilíndricos,
correspondentes aos derivados hidroxiantracênicos. Estas
arredondados, planos ou plano-convexos, com até 15,0 cm
massas tomam cor vermelha intensa, quando submetidas
de diâmetro e 1,0 cm a 5,0 cm de espessura, desprovidos
a uma solução de hidróxido de potássio a 10% (p/v). O
geralmente da região cortical e/ou parte da região vascular,
parênquima medular preenche quase a totalidade do cilindro
em regra até próximo ou além da zona cambial. A superfície
central, sendo interrompido pelos feixes vasculares anômalos.
externa é lisa e geralmente revestida de uma camada de pó
Cada um destes feixes tem aspecto estelar, seu ßoema é
amarelo-acastanhado. Se retirada esta camada, mostra cor
interno e o xilema externo. Caracterizando este feixe vascular
rosada, que, quando umedecida, apresenta linhas escuras e
ocorrem raios parenquimáticos, que partem do centro do
claras que se entrecruzam, mostrando numerosos retículos
feixe. Seu ßoema tem aparência esbranquiçada e as células
em forma de losangos interrompidos pelas cicatrizes
parenquimáticas deste tecido estão repletas de grãos de amido
provenientes das raízes. Em secção transversal, destaca-se
e algumas possuem cristais do tipo drusas. A zona cambial
um anel escuro, correspondente ao câmbio, seguido por
é continua e formada por três a quatro camadas de células.
outro anel estreito, regularmente sulcado por estrias radiais
O xilema possui poucos elementos de vaso, dispostos em
alaranjadas, paralelas entre si. O interior do cilindro central é
duas a cinco Þleiras, apresentando espessamento geralmente
preenchido por um tecido de cor rosada, no qual se destacam
reticulado e ausência de lignina. Os raios parenquimáticos são
numerosas estruturas em forma de estrela, correspondentes
formados por uma a quatro Þleiras de células, apresentando

r
a feixes vasculares anômalos. Estes feixes vasculares têm
as mesmas características daqueles ocorrentes no sistema
um diâmetro de 2,0 mm a 4,1 mm cada e estão dispostos
vascular externo. Estes se expandem em direção ao xilema,
irregularmente e/ou também em um ou dois anéis, conferindo
muitas vezes confundindo-se com o tecido parenquimático
à droga um aspecto marmoreado. Os rizomas de Rheum
medular ou com os dos raios parenquimáticos dos feixes
palmatum se caracterizam por apresentar feixes vasculares
vasculares (estrelas) próximos, entrecruzando-se de tal
anômalos pequenos, em média com 2,5 mm de diâmetro e
forma que é difícil deÞnir sua trajetória. A raiz, em secção
um conjunto de feixes formando um anel contínuo, às vezes
transversal, apresenta as mesmas características do rizoma,
dois, enquanto que os de Rheum ofÞcinale têm feixes maiores,
exceto os feixes vasculares anômalos e o parênquima
com até 4,1 mm de diâmetro, distribuídos irregularmente na
medular. As massas amorfas amareladas, contendo derivados
secção transversal. Os fragmentos de raízes são cilíndricos
hidroxiantracênicos, ocorrem mais abundantemente, quando
ou cônicos, desprovidos de córtex, medindo de 3,0 cm a 6,0
comparadas àquelas encontradas nos raios parenquimáticos
cm de diâmetro e 4,0 cm a 17,0 cm de comprimento, com
do rizoma.
coloração semelhante à do rizoma. Em secção transversal,
são nítidos os raios parenquimáticos de disposição radial,
desde a porção central até a periferia. A fratura dos rizomas DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
e raízes é granulosa.
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para estas
espécies, menos os caracteres macroscópicos. Utilizar
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA solução aquosa de hipoclorito de sódio a 3% (p/v) para
o exame microscópico. São característicos: coloração
Em secção transversal, o rizoma, quando acompanhado da
alaranjada à amarelo-acastanhada, que com hidróxido
região cortical ou de seus restos, apresenta súber e parênquima
de potássio a 10% (p/v) toma cor vermelha; células dos
cortical externo pouco desenvolvidos. As células do súber
raios parenquimáticos com substância amarela amorfa;
têm disposição radial e paredes Þnas. O parênquima cortical
fragmentos de elementos de vaso reticulados não
externo, que acompanha o súber, assim como os demais
ligniÞcados, que podem atingir até 175 —m de comprimento;
parênquimas, possui células arredondadas ou ocasionalmente
numerosos grupos de células parenquimáticas, de forma
poligonais, de paredes Þnas, com numerosos grãos de amido e
arredondada ou poligonal, de paredes Þnas, com grãos
cristais do tipo drusa. As células parenquimáticas, que contêm
de amido; fragmentos de raios parenquimáticos em vista
grandes drusas, possuem maior volume. Estes cristais de
longitudinal radial ou em vista tangencial; grande número
oxalato de cálcio possuem diâmetro de 100 —m até 200 —m. Os
de grãos de amido esféricos, com hilo central e radiado,
grãos de amido medem de 2 —m a 35 —m, geralmente de 10 —m
simples ou compostos, com duas a cinco unidades;
a 20 —m, são simples ou compostos de duas a cinco unidades,
drusas de oxalato de cálcio ou seus fragmentos. Fibras e
com hilo central e radiado. O sistema vascular apresenta-se
esclereídes ausentes.
sob duas formas distintas. A mais externa derivada do câmbio
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1263

IDENTIFICAÇÃO com ácido fosfomolíbdico SR. A região do cromatograma


obtida com a Solução (1) não deve apresentar mancha
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em azul escura próxima ao ponto de aplicação, indicando a

com espessura de 250 Pm como fase estacionária e mistura


camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, presença de raponticina.

de éter de petróleo, acetato de etila e ácido fórmico anidro Material estranho (5.4.2.2). No máximo 1,0%.
(75:25:1), como fase móvel. Aplicar separadamente, à
placa, em forma de banda, 20 —L da Solução (1) e 10 —L da Água (5.4.2.3). No máximo 12,0%.
Solução (2), recentemente preparadas, descritas a seguir. Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 13,0%.
Solução (1): pesar, cerca de 50 mg da droga em pó (250
—m), adicionar 1 mL de ácido clorídrico e 30 mL de água, DOSEAMENTO
aquecer sob reßuxo, em banho-maria, por 15 minutos.
Resfriar à temperatura ambiente e extrair com 25 mL de Derivados hidroxiantracênicos
éter etílico. Filtrar sobre sulfato de sódio anidro. Evaporar
o Þltrado até resíduo. Ressuspender o resíduo em 0,5 mL Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
de éter etílico. absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções conforme
descrito a seguir.
Solução (2): emodina a 0,1% (p/v) em éter etílico.
Solução estoque: em balão de fundo redondo de 50 mL,
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar pesar exatamente cerca de 0,1 g da droga dessecada
secar ao ar. Observar sob luz ultravioleta (365 nm). A e pulverizada. Adicionar 30 mL de água, misturar e
mancha principal obtida no cromatograma com a Solução pesar o conjunto. Aquecer em banho-maria, sob reßuxo,
(1) corresponde em posição e intensidade àquela obtida durante 15 minutos. Deixar esfriar e adicionar 50 mg de
com a Solução (2) (Rf de aproximadamente 0,50). A bicarbonato de sódio. Pesar e restabelecer o peso original
mancha correspondente à emodina apresenta ßuorescência com água. Centrifugar e transferir 10 mL do líquido
alaranjada. O cromatograma obtido com a Solução (1) sobrenadante para um balão de fundo redondo de 50 mL
apresenta outras manchas com ßuorescências similares, de capacidade. Adicionar 20 mL de cloreto férrico SR e
correspondentes a aloe-emodina (Rf de aproximadamente agitar. Aquecer a mistura, sob reßuxo, durante 20 minutos.
0,05), reina (Rf de aproximadamente 0,12), Þsciona Agitar frequentemente. Adicionar 1 mL de ácido clorídrico
(Rf de aproximadamente 0,80) e crisofanol (Rf de
aproximadamente 0,85). Nebulizar a placa com hidróxido
de potássio a 10% (p/v) em metanol. Todas as manchas
apresentam coloração avermelhada.
e aquecer por mais 20 minutos. Esfriar e transferir para
funil de separação. Extrair com três porções sucessivas de
25 mL de éter etílico, previamente utilizada para lavar o
balão de fundo redondo. Reunir os extratos etéreos e lavar
com duas porções de 20 mL de água, Þltrar para balão
r
B. Pesar 50 mg da droga em pó (250 —m), adicionar 25 mL volumétrico de 100 mL e completar o volume com éter
de ácido clorídrico 2 M. Aquecer em banho-maria durante etílico.
15 minutos. Após esfriar, transferir a solução ácida para
funil de separação e extrair com 10 mL de éter etílico. Solução amostra: evaporar 10 mL da Solução estoque até
Decantar a camada etérea e agitar com 10 mL de hidróxido resíduo. Ressuspender o resíduo em 10 mL de acetato de
de amônio 6 M. Desenvolve-se coloração vermelha na magnésio a 0,5% (p/v) em metanol.
camada aquosa amoniacal.
Solução branco: usar metanol.

ENSAIOS DE PUREZA Medir a absorvância da Solução amostra em 515 nm


(5.2.14), imediatamente após o seu preparo, utilizando
Raponticina. Proceder conforme descrito em Solução branco para ajuste do zero. Considerar, para a reína,

sílica-gel GF254, com espessura de 250 Pm como fase


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando A(1%, 1 cm) = 440, em 515 nm, em metanol. Calcular o
teor de derivados hidroxiantracênicos, expressos em reína,
estacionária e mistura de metanol e cloreto de metileno segundo a expressão:
(20:80), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à
placa, em forma de banda, 20 —L da Solução (1) e 5 —L da
Solução (2), recentemente preparadas, descritas a seguir.
em que
Solução (1): pesar 0,2 g da droga em pó e adicionar 2 mL
DHC = derivados hidroxiantracênicos em %;
de metanol. Aquecer sob reßuxo, por 15 minutos. Esfriar
e Þltrar. A= absorvância medida;
Solução (2): solução de raponticina a 1 mg/mL em metanol. m = massa da droga (g) considerando o teor de água
determinado.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). A
região do cromatograma obtida com a Solução (1) não deve EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
apresentar mancha azul próxima ao ponto de aplicação,
indicando a presença de raponticina. Nebulizar a placa Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz e calor.
1264 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópicos e microscópicos


do pó em Rheum palmatum L. (A1) e Rheum officinale Baill. (A2)

________________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A, B, C, D e E a 500 —m; em F, G, H, I, J, L e M a 100 —m.

A1 e A2 - esquemas parciais dos rizomas em secção transversal. Câmbio (ca), ßoema (f), feixe vascular anômalo (fva), parênquima cortical externo
(pce), parênquima cortical interno (pci), parênquima medular (pm), súber (su). B - detalhe de secção transversal da região externa do córtex do rizoma.
Parênquima cortical externo (pce), súber (su). C - detalhe de secção transversal da região cortical. Cristal (cr), grão de amido (ga), parênquima cortical
interno (pci). D - detalhe da região vascular. Câmbio (ca), ßoema (f), xilema (x). E - detalhe do sistema vascular anômalo em secção transversal. Câmbio
(ca), cristal (cr), elemento de vaso (ev), ßoema (f), grão de amido (ga), raio parenquimático (rp), xilema (x). F - detalhe de células parenquimáticas em
secção transversal contendo grãos de amido. G - detalhe de células parenquimáticas em secção longitudinal. Grão de amido (ga). H - detalhes de grãos
de amido. I - detalhe de células do raio parenquimático, em secção transversal. J - detalhe de células parenquimáticas em secção transversal. cristal
(cr). L - detalhe de células parenquimáticas radiais em secção transversal, associadas a outras células parenquimáticas em secção longitudinal radial.
M - detalhe de elemento de vaso com espessamento reticulado e células parenquimáticas em secção longitudinal.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1265

raros idioblastos de aspecto enegrecido, contendo cristais


SABUGUEIRO de oxalato de cálcio em forma de areia cristalina são
Sambucus nigra flos visíveis; em secção transversal, a cutícula é espessa e
estriada, a epiderme é uniestratiÞcada, o mesoÞlo tem até
quatro camadas de clorênquima de células isodiamétricas
Sambucus nigra L. - CAPRIFOLIACEAE e o sistema vascular geralmente é composto por um único
agrupamento xilemático, o qual pode estar envolto por
A droga vegetal é constituída das ßores secas contendo, endoderme, sem ou com poucos cloroplastídios; gotas
no mínimo, 1,5% de ßavonoides totais, expressos em lipídicas esféricas ocorrem em todos os tecidos, exceto
quercetina e, no mínimo, 1% de rutina. no xilema. Receptáculo, em vista frontal, com cutícula
estriada; em secção transversal apresenta epiderme
CARACTERÍSTICAS uniestratiÞcada, tecido parenquimático formado por até
doze camadas de células isodiamétricas, feixes vasculares
Características organolépticas. As ßores secas tem odor do tipo colateral, distribuídos em forma de anel pelo tecido
fraco e aromático característico; sabor fracamente amargo. parenquimático; gotas lipídicas esféricas ocorrem em
todos os tecidos. Sépalas anÞestomáticas, com estômatos
do tipo anomocítico, com uma a três nervuras paralelas;
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
a cutícula, em vista frontal, é fortemente estriada e as
Flores secas, amareladas pela dessecação, pentâmeras células epidérmicas têm paredes retilíneas ou quase;
ou tetrâmeras, diclamídeas, gamopétalas, actinomorfas, tricomas tectores e glandulares são visíveis, além de
hermafroditas, medindo 3,0 mm a 5,0 mm de diâmetro, idioblastos de aspecto enegrecido, contendo cristais de
cada uma apresentando até três diminutas brácteas oxalato de cálcio em forma de areia cristalina; em secção
verdes, distribuídas no pedicelo, receptáculo e/ou base transversal, a epiderme é uniestratiÞcada, o mesoÞlo é
do cálice, em diferentes alturas, visíveis com lente de homogêneo, formado por até cinco camadas de células
aumento. Brácteas pouco papilosas, com tricomas tectores isodiamétricas; o sistema vascular está representado
e glandulares na face adaxial, com dentes marginais por um a três agrupamentos xilemáticos, com até cinco
unicelulares. Botões ßorais globosos, esbranquiçados elementos traqueais de espessamento helicoidal; gotas
ou amarronzados, medindo 1,5 mm a 3,0 mm de lipídicas esféricas ocorrem em todos os tecidos. Pétalas
diâmetro. Cálice com sépalas esbranquiçado-amareladas, anÞ-hipoestomáticas, com estômatos do tipo anomocítico,
esverdeadas ou amarronzadas, triangulares, medindo e com três, raro quatro nervuras paralelas, as secundárias
0,5 mm a 1,2 mm de comprimento e 0,5 mm a 0,7 mm partindo da principal, ramiÞcadas ou não; tricomas tectores
de largura na porção basal, levemente soldadas entre e glandulares ocorrem principalmente na face adaxial;
si na base e com dentes marginais unicelulares. Corola idioblastos de aspecto enegrecido, contendo cristais de
rotada, branco-amarelada a amarelo-claro, de pré-ßoração oxalato de cálcio em forma de areia cristalina, são visíveis
imbricada, com pétalas soldadas entre si na base em um em ambas as faces; a cutícula, em vista frontal, é mais

s
curto tubo. Pétalas ovaladas a elípticas, de ápice retrorso, estriada na face abaxial, e menos estriada na face adaxial; a
arredondado, medindo 2,0 mm a 3,5 mm de comprimento e epiderme é uniestratiÞcada, com células papilosas, papilas
2,0 mm a 3,0 mm de largura. No material fresco a corola se menos proeminentes nas regiões dos bordos; o mesoÞlo é
desprende com facilidade, apresentando aspecto de estrela homogêneo, formado por até dez camadas de parênquima
de cinco pontas. Androceu formado por cinco ou quatro frouxo; o sistema vascular está representado por três a seis
estames, dispostos alternadamente às pétalas, com Þletes feixes vasculares colaterais; gotas lipídicas estão presentes
aderidos ao tubo da corola. Anteras ditecas, extrorsas, em todos os tecidos; grãos de amido elipsóides estão
dorsiÞxas, oblongas, deiscentes, de coloração amarela, presentes nos parênquimas. O Þlete, em vista frontal, possui
com 1,0 mm de comprimento. Filetes glabros e cilíndricos, cutícula estriada; em secção transversal apresenta forma
de 1,0 mm a 1,5 mm de comprimento. Ovário ínfero, circular, a epiderme é uniestratiÞcada e sem estômatos, o
soldado ao tubo calicino, tricarpelar, raro tetracarpelar, parênquima é frouxo, desprovido de cloroplastídios e com
trilocular, raro tetralocular, com carpelos bem demarcados poucas gotas lipídicas e o sistema vascular é formado por
nas ßores secas, com um rudimento seminal por lóculo, elementos traqueais de espessamento helicoidal. A antera,
de placentação axial. Gineceu globoso e papiloso, com em secção transversal, possui epiderme bastante papilosa,
um curto estilete e estigma trilobado. Um disco anelado e o tapete é uniestratiÞcado e o endotécio é formado por
proeminente envolve a base do gineceu. duas a três camadas de células Þbrosas, com pontoações
evidentes. O grão de pólen é prolato, tricolporado, com 15
ȝm a 25 ȝm de diâmetro, com superfície reticulada, em
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA vista polar arredondado e em vista equatorial elipsoidal.
O gineceu é formado por três carpelos, raro quatro e cada
Brácteas hipoestomáticas, estômatos do tipo anomocítico,
cavidade apresenta um rudimento seminal; em secção
mesoÞlo homogêneo; em vista frontal, a cutícula apresenta
transversal, o tecido parenquimático da parede carpelar é
estrias que acompanham o eixo maior das células
compacto, formado por células ricas em cloroplastídios
epidérmicas, as quais contêm algumas gotas lipídicas
e gotas lipídicas e os feixes vasculares estão distribuídos
esféricas; tricomas tectores e glandulares ocorrem por
em anel; o parênquima mais interno é desprovido de
toda a lâmina e principalmente na base da face adaxial;
cloroplastídios e apresenta espessamento parietal evidente
1266 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

em todas as paredes; as células epidérmicas do estigma são Solução (2), preparadas recentemente, como descrito a
extremamente papilosas. seguir.

Solução (1): transferir cerca de 0,5 g da droga moída


DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS para balão de fundo redondo de 100 mL, adicionar 5 mL
IMPUREZAS de metanol. Aquecer, sob reßuxo, por 30 minutos. Filtrar
através de papel de Þltro.
Os pedicelos da própria espécie são considerados estranhos;
são esbranquiçados pela dessecação, longitudinalmente Solução (2): dissolver quantidade de 5 mg de rutina SQR,
sulcados, medindo 1,0 mm a 7,0 mm de comprimento, com hiperosídeo SQR, isoquercitrina SQR, ácido clorogênico
tricomas tectores e glandulares. em metanol para obter solução a 1 mg/mL.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (365 nm). No
IMPUREZAS cromatograma obtido com a Solução (1), próximo a fronte,
aparece uma mancha ßuorescente de coloração azulada
O pedicelo, em vista frontal, apresenta cutícula estriada,
referente ao ácido clorogênico. Em seguida, nebulizar a
células epidérmicas retangulares, estômatos anomocíticos
placa com anisaldeído SR e colocar em estufa entre 100 °C
e na porção basal, tricomas tectores e glandulares; em
e 105 °C, durante 5 a 10 minutos. O cromatograma obtido
secção transversal, apresenta proeminências e reentrâncias
com a Solução (2) apresenta manchas de coloração violeta
acentuadas, cutícula estriada, epiderme uniestratiÞcada,
correspondente a rutina (Rf aproximadamente 0,49),
com células de forma tabular e paredes periclinais internas
hiperosídeo (Rf aproximadamente 0,68) e isoquercitrina
espessas; na região cortical ocorre uma a seis camadas
(Rf aproximadamente 0,72). O cromatograma obtido com
de colênquima tabular, seguido por um parênquima com
a Solução (1) apresenta manchas similares na posição
amplos espaços intercelulares; o sistema vascular é formado
e coloração às manchas obtidas no cromatograma da
por até dezesseis feixes colaterais, dispostos em forma de
Solução (2). Outras manchas de menor intensidade podem
anel; a região medular é preenchida por parênquima com
ser observadas.
células de paredes delgadas; cloroplastídios ocorrem nos
parênquimas; gotas lipídicas ocorrem na epiderme e no B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
parênquima cortical; grãos de amido são observados na de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar o sistema descrito
endoderme e no ßoema. em Doseamento para Rutina. O pico majoritário do
cromatograma corresponde à rutina; observa-se um pico
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ em tempo de retenção inferior com características de ácido
cafeoilquínico e quatro picos após a rutina, sendo que os
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para as dois imediatamente após têm espectro de absorção no
ßores desta espécie, menos os caracteres macroscópicos. ultravioleta semelhante à rutina e, mais dois seguintes, com

s
São características: coloração amarelo-esverdeada; espectro de absorção característica de ácido cafeoilquínico.
fragmentos de sépalas com dentes marginais unicelulares
isolados; fragmentos de epiderme de sépalas e de
ENSAIOS DE PUREZA
pétalas papilosas e com cutícula estriada; fragmentos de
epiderme com estômatos anomocíticos; células-guarda Material estranho (5.4.2.2). No máximo 8% de pedicelos
isoladas; fragmentos de epiderme com tricomas tectores grosseiros e outros materiais estranhos, e no máximo, 15%
de diferentes tipos; raros tricomas tectores e glandulares da amostra com cor alterada (enegrecida).
isolados ou partes destes; fragmentos de parênquima;
porções de tecidos com gotas lipídicas; parte de elementos Água (5.4.2.3). No máximo 11%.
traqueais de espessamento helicoidal; fragmentos da
epiderme de antera, extremamente papilosa; fragmentos Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 9%.
da camada Þbrosa de antera; numerosos grãos de pólen
como descritos; grãos de pólen isolados ou agrupados, DOSEAMENTO
ou associados a fragmentos de anteras e de epiderme de
diversas peças; porções de estigma com epiderme papilosa; Flavonoides totais
porções de brácteas; porções do bordo de sépalas, de
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
pétalas e de brácteas.
absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções com
descrito a seguir.
IDENTIFICAÇÃO
pulverizada (800 Pm) e colocar em balão de fundo redondo
Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da droga
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em

com espessura de 250 Pm, como fase estacionária e mistura


camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, de 100 mL. Acrescentar 0,25 mL de solução aquosa de
metenamina 0,5%, 10 mL de acetona e 0,5 mL de ácido
de acetato de etila, ácido fórmico, ácido acético e água clorídrico. Aquecer em banho-maria, sob reßuxo, durante

em forma de banda, 10 PL da Solução (1) e 10 PL da


(100:11:11:27) como fase móvel. Aplicar, separadamente, 30 minutos. Filtrar a mistura para balão volumétrico de 25
mL. Retomar o resíduo da droga e algodão ao mesmo balão
de fundo redondo, adicionar 7 mL de acetona. Aquecer, sob
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1267

reßuxo, durante 10 minutos. Filtrar através de algodão para Eluente A: mistura de acetonitrila, água e ácido
o mesmo balão volumétrico de 25 mL. Repetir a operação trißuoracético (5:95:0,01).
retornando novamente o resíduo da droga e o algodão para
o balão de fundo redondo, adicionar 7 mL de acetona e Eluente B: mistura de acetonitrila e ácido trißuoracético
aquecer sob reßuxo, durante 10 minutos. Filtrar para o (100:0,01).
mesmo balão de 25 mL. Após resfriamento à temperatura
Gradiente de Fase móvel: adotar sistema de gradiente
ambiente ajustar o volume para 25 mL com acetona. Em
descrito na tabela a seguir.
funil de separação, adicionar 10 mL desta solução e 10
mL de água e após extrair com 10 mL de acetato de etila;
Tempo Eluente A Eluente B
repetindo-se por duas vezes, com porções de 6 mL de Eluição
(minutos) (%) (%)
acetato etila. Reunir as fases de acetato de etila, em funil de
separação, e lavá-las com duas porções de 15 mL de água. 0–7 90 ĺ 70 10 ĺ 30 gradiente linear
Transferir, a fase orgânica, a seguir para balão volumétrico 7–8 70 ĺ 0 30 ĺ 100 gradiente linear
de 25 mL, completando o volume com acetato de etila. 8 – 11 0 100 isocrática
11 – 12 0 ĺ 90 100 ĺ 10 gradiente linear
Solução amostra: transferir 10 mL da Solução estoque para 12 – 18 90 10 isocrática
balão volumétrico de 25 mL, adicionar 1 mL de cloreto de

droga seca e moída (800 Pm) e colocar em frasco de vidro,


alumínio a 2% (p/v) em metanol e completar o volume com Solução amostra: pesar exatamente, cerca de 0,25 g da
solução de ácido acético a 5% (p/v) em metanol.
agitar por turbólise, velocidade 3, durante 5 minutos com 5
Solução branco: transferir 10 mL da Solução estoque para mL de etanol a 80% (v/v). Filtrar através de papel de Þltro,
balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com sob vácuo, para balão volumétrico de 5 mL e completar
solução de ácido acético a 5% (p/v)em metanol.
membrana e diluir 50 PL em 950 PL de acetonitrila:água
o volume com o mesmo solvente. Filtrar através de
Medir a absorvância da Solução amostra em 425 nm
(1:9).
(5.2.14) 30 minutos após o seu preparo, utilizando a
Solução branco para ajuste do zero. Calcular o teor de Solução padrão estoque: dissolver 5 mg de rutina SQR em
ßavonoides totais, calculado como quercetina, segundo a 10 mL de metanol.
expressão:
Soluções para curva analítica: diluir uma alíquota de 2,5

de 25 mL de modo a obter solução a 50 Pg/mL. Diluir


mL da Solução padrão estoque, em balão volumétrico

alíquotas de 1 mL, 1,5 mL, 2 mL, 2,5 mL, 3 mL, 3,5 mL, 4

de modo a obter concentrações de 10 Pg/mL, 15 Pg/mL,


em que mL e 4,5 mL em balão volumétrico de 5 mL, com metanol,

20 Pg/mL, 25 Pg/mL, 30 Pg/mL, 35 Pg/mL, 40 Pg/mL e


45 Pg/mL.
Q = teor de ßavonoides totais, expresso em quercetina (%);

A = absorvância da solução amostra;

m = massa da droga vegetal;

Pd = determinação de água (%).


Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL das Soluções
para curva analítica e da Solução amostra. Registrar os
cromatogramas e medir as áreas sob os picos. O tempo de
s
retenção é de aproximadamente 5 minutos para o rutina.
Rutina Calcular o teor de rutina na amostra a partir da equação da
reta obtida com a curva analítica. O resultado é expresso
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido pela média das determinações em gramas de rutina por 100
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido gramas da droga (%), considerando o teor de água.
de detector ultravioleta a 356. nm; pré-coluna empacotada

a 10 Pm), coluna de 150 mm de comprimento e 3,9 mm


com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

ligada a grupo octadecilsilano (4 Pm), mantida a


de diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
Em recipiente de vidro bem fechado, ao abrigo da luz,
calor e umidade.
temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de 0,7 mL/
minuto.
1268 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

s
Figura 1 - Aspectos macroscópicos e microscópicos de Sambucus nigra L.
______________

e M a 100 Pm; em J a 30 Pm; em L a 400 Pm.


Complemento da legenda da Figura 1. As réguas correspondem em A a 3,0 mm; em B e E a 5,0 mm; em C a 1,0 mm; em D e G a 0,4 mm; em F, H, I

A - aspecto geral da ßor, em vista frontal; antera (an); estame (ea); Þlete (Þ); gineceu (g); pétala (pt). B - aspecto geral da corola desprendida, em vista
frontal; pétala (pt). C - aspecto geral de parte do cálice, em vista frontal; dente marginal (dm); sépala (sl); tricoma glandular (tg); tricoma tector (tt).
D - aspecto geral da face adaxial de brácteas, em vista frontal, evidenciando suas distintas formas: (a, b, e, f, i) brácteas elípticas; (c) bráctea oblonga;
(d) bráctea laminar; (g) bráctea triangular; (h, j) brácteas obovado-elípticas; (dm) dente marginal; (tg) tricoma glandular; (tt) tricoma tector. E - aspecto
geral do estame em posição lateral; (na) antera; (Þ) Þlete. F - detalhe de porção da epiderme do Þlete, em vista frontal; célula fundamental da epiderme
(cfe); estrias epicuticulares (esse); gota lipídica (gl); núcleo (nu). G - esquema geral do Þlete, em secção transversal; agrupamento xilemático (ax);
epiderme (ep). H - detalhe do Þlete em secção transversal; agrupamento xilemático (ax); cutícula estriada (cu); espaço intercelular (ei); epiderme (ep);
gota lipídica (gl); parênquima (p). I - detalhe de porção da epiderme do receptáculo, em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe); estômato
(es); estrias epicuticulares (esse); gota lipídica (gl); núcleo (nu). J - esquema geral do grão de pólen; a: vista polar; b: vista equatorial. L - esquema
geral do receptáculo e do ovário em secção transversal; epiderme do receptáculo (er); feixe vascular do ovário (fvo); feixe vascular do receptáculo (fvr);
lóculo (lo); rudimento seminal (ru). M - detalhe de porção do receptáculo e do ovário, em secção transversal, conforme destacado em L; cloroplastídios
(clo); cutícula estriada (cu); epiderme do receptáculo (er); ßoema (f); feixe vascular do ovário (fvo); feixe vascular do receptáculo (fvr); gota lipídica
(gl); parênquima de células justapostas (paj); parênquima do ovário (pvo); parênquima do receptáculo (pre); revestimento do lóculo (rl); xilema (x).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1269

s
Figura 2 - Aspectos microscópicos de Sambucus nigra L.

_______________

Complemento da legenda da Figura 2. As réguas correspondem em A, B, D, E, F, H, I-L e N a 100 Pm; em C, G e M 0,4 mm.

A - detalhe de porção da face adaxial da epiderme da bráctea, em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe); estrias epicuticulares (esse); gota
lipídica (gl); núcleo (nu). B - detalhe de porção da face abaxial da epiderme da bráctea, em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe); estômato
(es); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); núcleo (nu). C - esquema geral da bráctea, em secção transversal; face abaxial (ab); face adaxial
(ad); agrupamento xilemático (ax); epiderme (ep); mesoÞlo (m). D - detalhe da região da nervura principal da bráctea, em secção transversal; face
abaxial (ab); face adaxial (ad); agrupamento xilemático (ax); clorênquima (cl); cloroplastídio (clo); cutícula (cu); endoderme (end); epiderme (ep); gota
lipídica (gl). E - detalhe de porção da face adaxial da epiderme da sépala, em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); estrias
epicuticulares (ese); gota lipídica (gl). F - detalhe de porção da face abaxial da epiderme da sépala, em vista frontal; célula fundamental da epiderme
(cfe); estômato (es); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl). G - esquema geral da sépala, em secção transversal; face abaxial (ab); face adaxial
(ad); agrupamento xilemático (ax); epiderme (ep); mesoÞlo (m). H - detalhe de porção da sépala na região da nervura principal, em secção transversal;
face abaxial (ab); face adaxial (ad); agrupamento xilemático (ax); clorênquima (cl); cloroplastídio (clo); cutícula estriada (cu); espaço intercelular (ei);
endoderme (end); epiderme (ep); gota lipídica (gl); núcleo (nu). I - detalhe de porção da face adaxial da epiderme da pétala, em vista frontal; célula
fundamental da epiderme (cfe); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); núcleo (nu). J - detalhe de porção da face abaxial da epiderme da pétala,
em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl). L - detalhe de porção da face abaxial
da epiderme da pétala, em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); estrias epicuticulares (ese); idioblasto cristalífero (ic).
M - esquema geral da pétala, em secção transversal; face abaxial (ab); face adaxial (ad); epiderme (ep); feixe vascular (fv); mesoÞlo (m). N - detalhe
de porção da pétala, na região da nervura principal, em secção transversal; face abaxial (ab); face adaxial (ad); clorênquima (cl); cloroplastídio (clo);
cutícula estriada (cu); espaço intercelular (ei); epiderme (ep); ßoema (f); feixe vascular (fv); gota lipídica (gl); xilema (x).
1270 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

s
Figura 3 - Aspectos microscópicos do pó de Sambucus nigra L.
_________________

Complemento da legenda da Figura 3. As réguas correspondem em A e B (B1 - B3, B4c-B6) a 100 Pm; em B (B4a e b) a 400 Pm.

A - detalhe de tricomas ocorrentes em brácteas, sépalas e pétalas; A1. tricomas tectores unicelulares; A2. tricomas tectores pluricelulares; A3. tricomas
glandulares. B - detalhes do pó. B1. (a-q): porções de epiderme; (a-g): fragmentos de epiderme, em vista frontal; célula fundamental da epiderme (cfe);
dente marginal (dm); estômato (es); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); grão de pólen (gp); idioblasto cristalífero (ic); núcleo (nu); (h-j)
porções de tricomas tectores unicelulares; (l-n) porções de dentes marginais; (o-p) porções de tricomas glandulares com cabeça pluricelular; (q) células-
guarda isoladas; B2. porção de bordo da pétala; epiderme (ep); estrias epicuticulares (ese); clorênquima (cl); núcleo (nu); B3. fragmento de parênquima;
núcleo (nu); B4. fragmentos de antera; (a) porção côncava; (b) porção convexa; (c) fragmento da camada Þbrosa da antera; grão de pólen (gp); B5. grãos
de pólen; (a) isolados; (b) agrupados; B6. porção de elemento traqueal com espessamento parietal helicoidal.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1271

esféricas; tricomas tectores e glandulares ocorrem na


SABUGUEIRO DO BRASIL porção basal da face adaxial; em secção transversal, a
Sambucus australis flos cutícula é espessa e estriada, a epiderme é uniestratiÞcada,
o mesoÞlo tem até quatro camadas de clorênquima de
células isodiamétricas e o sistema vascular é composto
Sambucus australis Cham. & Schltdl. – CAPRIFOLIACEAE por um a quatro feixes vasculares ou por agrupamentos
xilemáticos, com ou sem endoderme, sem ou com poucos
A droga vegetal é constituída pelas ßores secas contendo, cloroplastídios; gotas lipídicas esféricas ocorrem em todos
no mínimo, 2,0% de ßavonoides totais, expressos em os tecidos, exceto no xilema. Receptáculo, em vista frontal,
quercetina e, no mínimo, 0,80% de rutina. com cutícula pouco estriada e com tricomas glandulares
na região de inserção da bráctea; em secção transversal,
CARACTERÍSTICAS apresenta epiderme uniestratiÞcada, tecido parenquimático
formado por até doze camadas de células isodiamétricas,
Características organolépticas. As ßores secas têm odor feixes vasculares do tipo colateral, distribuídos em
leve e aromático característico; sabor levemente amargo. forma de anel pelo tecido parenquimático; gotas
lipídicas esféricas ocorrem em todos os tecidos. Sépalas
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA hipoestomáticas, com estômatos do tipo anomocítico, com
uma a três nervuras paralelas; a cutícula, em vista frontal,
Flores secas, amareladas pela dessecação, pentâmeras é fortemente estriada e as células epidérmicas têm paredes
ou tetrâmeras, diclamídeas, gamopétalas, actinomorfas, sinuosas; tricomas tectores e glandulares são visíveis;
estaminadas, com estames longos ou pistiladas, com idioblatos de oxalato de cálcio ausentes; em secção
estames curtos, medindo 7,0 mm a 10,1 mm de diâmetro, transversal, a epiderme é uniestratiÞcada, o mesoÞlo é
cada uma apresentando três diminutas brácteas verdes, homogêneo, formado por duas a sete camadas de células
distribuídas no pedicelo e/ou receptáculo em diferentes isodiamétricas; o sistema vascular está representado
alturas, visíveis com lente de aumento. Brácteas papilosas, por um a três agrupamentos xilemáticos, com até cinco
com tricomas tectores e glandulares na porção basal da elementos traqueais de espessamento helicoidal; gotas
face adaxial. Botões ßorais globosos, esbranquiçados ou lipídicas esféricas ocorrem em todos os tecidos. Pétalas
amarronzados, medindo 1,0 mm a 3,0 mm de diâmetro. anÞ-hipoestomáticas, com estômatos do tipo anomocítico,
Cálice com sépalas amarelo-esverdeadas, triangular- e com cinco, raro quatro nervuras paralelas, as secundárias
ovaladas, medindo 1,0 mm a 1,5 mm de comprimento e 1,0 partindo da principal, ramiÞcadas ou não; tricomas tectores
mm de largura na porção basal, levemente soldadas entre e glandulares ocorrem principalmente na face adaxial;
si na base, com tricomas tectores e glandulares abundantes idioblastos de oxalato de cálcio ausentes; a cutícula, em
na porção basal da face adaxial e sem dentes marginais. vista frontal, é muito estriada na face adaxial e menos
Corola rotada, branca a branco-amarelada, de pré-ßoração estriada na face abaxial; a epiderme é uniestratiÞcada, com
imbricada, com pétalas soldadas entre si na base em um células papilosas, papilas menos proeminentes nas regiões

s
curto tubo. Pétalas ovaladas a elípticas, de ápice retrorso, dos bordos; o mesoÞlo é homogêneo, formado por até doze
medindo 2,5 mm a 5,0 mm de comprimento e 1,5 mm a 3,0 camadas de parênquima frouxo; o sistema vascular está
mm de largura. No material fresco a corola se desprende representado por três a seis feixes vasculares colaterais;
com facilidade, apresentando aspecto de estrela de cinco gotas lipídicas estão presentes em todos os tecidos; grãos
pontas. Androceu formado por cinco ou quatro estames, de amido elipsóides estão presentes nos parênquimas dos
curtos ou longos, dispostos alternadamente às pétalas, tecidos de condução. O Þlete, em vista frontal, apresenta
com Þletes aderidos ao tubo da corola. Anteras ditecas, cutícula estriada; em secção transversal apresenta forma
extrorsas, dorsiÞxas, oblongas, deiscentes nas ßores circular, a epiderme é uniestratiÞcada e sem estômatos, o
estaminadas e indeiscentes nas ßores pistiladas, amarelas, parênquima é frouxo, desprovido de cloroplastídios e com
com 1,0 mm de comprimento. Filetes glabros e cilíndricos, poucas gotas lipídicas e o sistema vascular é formado por
curtos nas ßores pistiladas, com 1,0 mm a 2,0 mm de elementos traqueais de espessamento helicoidal. A antera,
comprimento e longos nas ßores estaminadas, com 3,0 mm em secção transversal, possui epiderme papilosa, o tapete
a 4,0 mm de comprimento. Ovário ínfero, soldado ao tubo é uniestratiÞcado e o endotécio é formado por duas a três
calicino, pentacarpelar ou tetracarpelar, raro tricarpelar, camadas de células Þbrosas, com pontoações evidentes.
pentalocular ou tetralocular, raro trilocular, com carpelos O grão de pólen é prolato, tricolporado, com 18 ȝm a 34
bem demarcados nas ßores secas, com um rudimento ȝm de diâmetro, com superfície reticulada, em vista polar
seminal por lóculo, de placentação axial. Gineceu globoso e arredondado e em vista equatorial, elipsoidal. O gineceu
papiloso, com um curto estilete e estigma pentalobado. Um é formado por cinco, quatro ou raro três carpelos, e cada
disco anelado e proeminente envolve a base do gineceu. cavidade apresenta um rudimento seminal; em secção
transversal, o tecido parenquimático da parede carpelar é
compacto, formado por células ricas em cloroplastídios
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA e gotas lipídicas e os feixes vasculares estão distribuídos
Brácteas anÞestomáticas, estômatos do tipo anomocítico, em anel; o parênquima mais interno é desprovido de
mesoÞlo homogêneo; em vista frontal, a cutícula apresenta cloroplastídios e apresenta espessamento parietal evidente
estrias que acompanham o eixo maior das células em todas as paredes; as células epidérmicas do estigma são
epidérmicas, as quais contêm abundantes gotas lipídicas extremamente papilosas.
1272 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ Solução (2): dissolver quantidade de 5 mg de rutina


SQR, hiperosídeo SQR, isoquercitrina SQR e de ácido
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para as ßores clorogênico em metanol para obter solução a 1 mg/mL.
desta espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
característicos: coloração amarelo-esverdeada; fragmentos Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
de epiderme com cutícula estriada de sépalas ou de secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (366 nm).
pétalas papilosas; fragmentos de epiderme com estômatos A mancha ßuorescente de coloração azulada obtida
anomocíticos; células-guarda isoladas; fragmentos de com a Solução (1), próximo à fronte, refere-se ao ácido
epiderme com tricomas tectores, de diferentes tipos; raros clorogênico. Em seguida, nebulizar a placa com solução
tricomas tectores e glandulares isolados ou partes destes; de anisaldeído sulfúrico e colocar em estufa entre 100 °C e
porções de tecidos com gotas lipídicas; parte de elementos 105 °C, durante 5 a 10 minutos. As manchas de coloração
traqueais de espessamento helicoidal; fragmentos de violeta obtidas com a Solução (2) correspondentes à rutina
epiderme da antera, extremamente papilosa; fragmentos da (com Rf de aproximadamente 0,49), ao hiperosídeo (com
camada Þbrosa da antera; numerosos grãos de pólen como Rf de aproximadamente 0,68) e à isoquercitrina (com Rf
os descritos; grãos de pólen isolados ou agrupados, ou de aproximadamente 0,72) correspondem em posição
associados a fragmentos de anteras e à epiderme de diversas e coloração àquelas obtidas com Solução (1). Outras
peças; porções de estigma com epiderme papilosa; porções manchas de menor intensidade podem ser observadas.
de brácteas; porções do bordo de sépalas, de pétalas e de
brácteas. B. Proceder conforme descrito em Doseamento para
Rutina. O pico majoritário do cromatograma corresponde à
rutina; observa-se um pico com tempo de retenção inferior
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS com características de ácido cafeoilquínico e três picos
IMPUREZAS após a rutina, sendo que todos apresentam espectro de
absorção no ultravioleta semelhante à rutina.
Os pedicelos da própria espécie são considerados estranhos;
são esbranquiçados pela dessecação, longitudinalmente
sulcados, medindo de 1 mm a 6 mm de comprimento, com ENSAIOS DE PUREZA
tricomas tectores e glandulares.
Material estranho (5.4.2.2). No máximo 8% de pedicelos
grosseiros e outros materiais estranhos. No máximo 15%
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS da amostra com coloração alterada (enegrecida).
IMPUREZAS
Água (5.4.2.3). No máximo 10%.
O pedicelo, em vista frontal, apresenta cutícula estriada,
células epidérmicas retangulares, estômatos anomocíticos Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 9,4%.
e na porção basal, tricomas tectores e glandulares; em
secção transversal, apresenta proeminências e reentrâncias

s
DOSEAMENTO
acentuadas, cutícula estriada, epiderme uniestratiÞcada,
com células de forma tabular e paredes periclinais internas Flavonoides totais
espessas; na região cortical pode ocorrer uma camada
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
de colênquima tabular, seguido por um parênquima
absorção no visível (5.2.14). Preparar as soluções descritas
com amplos espaços intercelulares; o sistema vascular é
a seguir.
formado por até doze feixes colaterais, dispostos em forma
de anel; a região medular é preenchida por parênquima Solução estoque: pesar, exatamente, cerca de 0,1 g da
com células de paredes delgadas; cloroplastídios ocorrem droga pulverizada (800 ȝm) e colocar em balão de fundo
nos parênquimas; grãos de amido e gotas lipídicas ocorrem redondo de 100 mL. Acrescentar 0,25 mL de solução
em todos os tecidos. aquosa de metenamina a 0,5% (p/v), 10 mL de acetona e
0,5 mL de ácido clorídrico. Aquecer em banho-maria, sob
IDENTIFICAÇÃO reßuxo, durante 30 minutos. Filtrar a mistura para balão
volumétrico de 25 mL. Retomar o resíduo da droga e
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em algodão ao mesmo balão de fundo redondo, adicionar 7
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, mL de acetona. Aquecer, sob reßuxo, durante 10 minutos.
com espessura de 250 ȝm, como suporte, e mistura de Filtrar através de algodão para o mesmo balão volumétrico
acetato de etila, ácido fórmico, ácido acético e água de 25 mL. Repetir a operação, retornando novamente o

à placa, em forma de banda, 10 PL de cada uma das


(100:11:11:27), como fase móvel. Aplicar, separadamente, resíduo da droga e o algodão para o balão de fundo redondo,
adicionar 7 mL de acetona e aquecer sob reßuxo, durante
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. 10 minutos. Filtrar para o mesmo balão volumétrico de 25
mL. Após resfriamento, à temperatura ambiente, ajustar o
Solução (1): transferir cerca de 0,5 g da droga moída para volume para 25 mL com acetona. Em funil de separação,
balão de fundo redondo de 100 mL e adicionar 5 mL de adicionar 10 mL desta solução, 10 mL de água e 10 mL de
metanol. Aquecer, sob reßuxo, por 30 minutos. Filtrar acetato de etila, extrair e repetir o processo por mais duas
através de papel de Þltro. vezes, porém, utilizando 6 mL de acetato etila. Reunir as
fases de acetato de etila, lavá-las em funil de separação
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1273

com duas porções de 15 mL de água e transferi-las para Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
balão volumétrico de 25 mL. Completar o volume com descrito na tabela a seguir.
acetato de etila.
Tempo Eluente A Eluente B
Solução amostra: transferir 10 mL da Solução estoque para Eluição
(minutos) (%) (%)
balão volumétrico de 25 mL, adicionar 1 mL de solução de
cloreto de alumínio a 2% (p/v) e completar o volume com 0–7 90 ĺ 70 10 ĺ 30 gradiente linear
solução de ácido acético a 5% (p/v) em metanol. 7–8 70 ĺ 0 30 ĺ 100 gradiente linear
8 – 11 0 100 isocrática
Solução branco: transferir 10 mL da Solução estoque para 11 – 12 0 ĺ 90 100 ĺ 10 gradiente linear
balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com 12 – 18 90 10 isocrática
solução de ácido acético a 5% (p/v) em metanol.
Solução amostra: pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da
Medir a absorvância da Solução amostra em 425 nm 30 droga seca e moída (800 ȝm), colocar em frasco de vidro
minutos após seu preparo, utilizando a Solução branco e agitar por turbólise, velocidade 3, durante 5 minutos,
para o ajuste do zero. Calcular o teor de ßavonoides totais, com 5 mL de etanol a 80% (v/v). Filtrar através de papel
calculado como quercetina, segundo a expressão: de Þltro, sob vácuo, para balão volumétrico de 5 mL e

de membrana e diluir 50 PL em 0,95 mL de mistura de


completar o volume com o mesmo solvente. Filtrar através

acetonitrila e água (1:9).

em que Solução padrão estoque: dissolver 5 mg de rutina SQR em


10 mL de metanol.
Q = teor de ßavonoides totais, expresso em quercetina (%);
Soluções para curva analítica: diluir uma alíquota de 2,5
A = absorvância da Solução amostra;
mL de modo a obter solução a 50 Pg/mL. Diluir alíquotas
mL da Solução padrão estoque em balão volumétrico de 25
m = massa da droga vegetal;
Pd = teor de água (%). de 1 mL, 1,5 mL, 2 mL, 2,5 mL, 3 mL, 3,5 mL, 4 mL e 4,5

a obter concentrações de 10 Pg/mL, 15 Pg/mL, 20 Pg/mL,


Rutina mL em balão volumétrico de 5 mL, com metanol, de modo

Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido 25 Pg/mL, 30 Pg/mL, 35 Pg/mL, 40 Pg/mL e 45 Pg/mL.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL das Soluções


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 356 nm; pré-coluna empacotada
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano; para curva analítica e da Solução amostra. Registrar os
coluna de 150 mm de comprimento e 3,9 mm de diâmetro cromatogramas e medir as áreas sob os picos. O tempo de
retenção é de aproximadamente 5 minutos para a rutina.
a grupo octadecilsilano (4 Pm), mantida à temperatura
interno, empacotada com sílica quimicamente ligada
Calcular o teor de rutina na amostra a partir da equação da
ambiente; ßuxo da Fase móvel de 0,7 mL/minuto.

Eluente A: mistura de acetonitrila, água e ácido


trißuoracético (5:95:0,01).
reta obtida com a curva analítica. O resultado é expresso
pela média das determinações em gramas de rutina por 100
gramas da droga (%), considerando o teor de água. s
Eluente B: mistura de acetonitrila e ácido trißuoracético EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
(100:0,01).
Em recipiente de vidro bem fechado, ao abrigo da luz,
calor e umidade.
1274 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

s
Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos de Sambucus australis Cham. & Schltdl.
_____________________

Complemento da legenda da Figura 1. As réguas correspondem em A e E a 2,5 mm; em B a 5 mm; em C e D a 1,0 mm; em F, H, J e M a 100 Pm; em
G e L a 400 Pm; em I a 30 Pm.

A – aspecto geral da ßor estaminada, em vista frontal: antera (an); estame (ea); Þlete (Þ); gineceu (g); pétala (pt). B – aspecto geral da corola desprendida,
em vista frontal: pétala (pt). C – aspecto geral de parte do cálice, mostrando a face adaxial de duas sépalas, em vista frontal: sépala (sl); tricoma glandular
(tg); tricoma tector (tt). D – aspecto geral da face adaxial de brácteas, em vista frontal, evidenciando suas distintas formas: bráctea triangular (a); brácteas
elípticas (b, c); brácteas oblongas (d, e); proeminência apical (pro); tricoma glandular (tg). E – aspecto geral do estame em posição lateral: antera (an);
Þlete (Þ). F – detalhe de porção da epiderme do Þlete, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl);
núcleo (nu). G – esquema geral do Þlete, em secção transversal: epiderme (ep); agrupamento xilemático (ax). H – detalhe do Þlete em secção transversal:
agrupamento xilemático (ax); cutícula estriada (cu); epiderme (ep); gota lipídica (gl); parênquima (p). I – esquema geral grão de pólen: vista polar (a);
vista equatorial (b). J – detalhe de porção da epiderme de receptáculo, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estrias epicuticulares (ese);
gota lipídica (gl). L – esquema geral do receptáculo e do ovário, em secção transversal: epiderme do receptáculo (er); feixe vascular do ovário (fvo); feixe
vascular do receptáculo (fvr); lóculo (lo); rudimento seminal (ru). M – detalhe de porção do receptáculo e do ovário, em secção transversal, conforme
destacado em L: cutícula estriada (cu); cloroplastídio (clo); epiderme do receptáculo (er); feixe vascular do ovário (fvo); feixe vascular do receptáculo
(fvr); gota lipídica (gl); núcleo (nu); parênquima de células justapostas (paj); parênquima do ovário (pvo); parênquima do receptáculo (pre); revestimento
do lóculo (rl); xilema (x).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1275

_____________________
Figura 2 – Aspectos microscópicos de Sambucus australis Cham. & Schltdl.
s
Complemento da legenda da Figura 2. As réguas correspondem em A, B, D, E, F, H, I, J e M a 100 Pm; em C e G a 400 Pm; em L a 800 Pm.

A – detalhe de porção da face adaxial da epiderme da bráctea, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); estrias epicuticulares
(ese); gota lipídica (gl); núcleo (nu). B – detalhe de porção da face abaxial da epiderme da bráctea, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe);
estômato (es); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); núcleo (nu). C – esquema geral da bráctea, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial
(ad); epiderme (ep); feixe vascular (fv); mesoÞlo (m). D – detalhe da região da nervura principal da bráctea, em secção transversal: face abaxial (ab); face
adaxial (ad); clorênquima (cl); cloroplastídio (clo); cutícula estriada (cu); epiderme (ep); ßoema (f); feixe vascular (fv); gota lipídica (gl); xilema (x). E –
detalhe de porção da face adaxial da epiderme da sépala, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica
(gl); núcleo (nu). F – detalhe de porção da face abaxial da epiderme da sépala, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); estrias
epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); núcleo (nu). G – esquema geral da sépala, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); agrupamento
xilemático (ax); epiderme (ep); mesoÞlo (m). H – detalhe de porção da sépala, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); clorênquima (cl);
cloroplastídio (clo); cutícula estriada (cu); endoderme (end); epiderme (ep); estômato (es); gota lipídica (gl); núcleo (nu); xilema (x). I – detalhe de porção
da face adaxial da epiderme da pétala, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); núcleo (nu). J –
detalhe de porção da face abaxial da epiderme da pétala, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); estrias epicuticulares (ese);
gota lipídica (gl). L – esquema geral da pétala, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); epiderme (ep); feixe vascular (fv); mesoÞlo (m).
M – detalhe de porção da pétala, na região da nervura principal, em secção transversal: face abaxial (ab); face adaxial (ad); clorênquima (cl); cloroplastídio
(clo); cutícula estriada (cu); epiderme (ep); ßoema (f); feixe vascular (fv); gota lipídica (gl); parênquima (p); xilema (x).
1276 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

s
Figura 3 – Aspectos microscópicos de Sambucus australis Cham. & Schltdl.
______________

Complemento da legenda da Figura 3. As réguas correspondem em A, B1, B2 c e em B3 a B5 a 100 Pm; em B2 a e b a 400 Pm.

A – detalhe de tricomas ocorrentes em brácteas, sépalas e pétalas: A1 = tricoma tector unicelular; A2 = tricomas tectores pluricelulares; A3 = tricomas
glandulares. B – detalhes do pó. B1 = porções de epiderme (a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, l): fragmentos de epiderme em vista frontal (a, b, c, d, e) e em vista lateral
(f), porções de tricomas tectores (g, h), porções de tricomas glandulares com cabeça pluricelular (i, j), células-guarda isoladas (l); célula fundamental da
epiderme (cfe); estômato (es); estrias epicuticulares (ese); gota lipídica (gl); grão de pólen (gp); núcleo (nu); tricoma tector (tt). B2 = fragmentos da antera:
porção convexa (a), porção côncava (b), fragmento da camada Þbrosa de antera (c); grão de pólen (gp). B3 = porção de elemento traqueal com espessamento
helicoidal. B4 = grãos de pólen: isolados (a), agrupados (b).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1277

solução de timol a 0,5% (p/v) em mistura de etanol e ácido


SACAROSE sulfúrico (95:5). Aquecer a placa a 130 °C por 10 minutos.
Saccharum A mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde
em posição, cor e tamanho àquela obtida com a Solução
(2). O cromatograma da Solução (3) deve apresentar quatro
manchas claramente separadas entre si.

B. Diluir 1 mL da solução obtida em Aspecto da solução


para 100 mL com água. A 5 mL dessa solução, adicionar 2
mL de solução de hidróxido de sódio 2 M recém-preparada
e 0,15 mL de solução de sulfato cúprico a 10% (p/v) em
água. A solução resultante é azul e límpida, permanecendo
inalterada sob aquecimento. À solução quente, adicionar 4
mL de solução de ácido clorídrico SR, aquecer até fervura
e adicionar 4 mL da solução de hidróxido de sódio 2 M.
C12H22O11; 342,30 Forma-se imediatamente precipitado de coloração laranja.
sacarose; 07854
ȕ-D-Fructofuranosil-Į-D-glicopiranosídeo ENSAIOS DE PUREZA
[57-50-1]
Aspecto da solução. Dissolver 150 g da amostra em água
Açúcar obtido de Saccharum ofÞcinarum L. (POACEAE), destilada livre de dióxido de carbono e completar o volume
Beta vulgaris L. (CHENOPODIACEAE) e outras fontes. para 300 mL. A solução obtida é límpida (5.2.25), inodora
e não é mais corada que a Solução padrão de cor SC F
diluída em água na proporção 1:4 (5.2.12).
DESCRIÇÃO
Alcalinidade. A 10 mL da solução obtida em Aspecto da
Características físicas. Pó cristalino ou massa cristalina solução, adicionar 0,3 mL de fenolftaleína SI. A solução é
branca ou incolor, inodora e doce. incolor. No máximo 0,3 mL de hidróxido de sódio 0,01 M
são necessários para que ocorra viragem do indicador para
Solubilidade. Muito solúvel em água, facilmente solúvel
róseo.
em etanol a 70% (v/v), insolúvel em clorofórmio e em éter
etílico. Dextrinas. A 2 mL da solução obtida em Aspecto da
solução, adicionar 8 mL de água, 0,05 mL de ácido
Constantes físico-químicas.
clorídrico 2 M e 0,05 mL de solução de iodo 0,1 M. A
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): Não menos que +65,9°, solução permanece amarela.

s
em relação à substância dessecada a 105 °C por 2 horas.
Glicose e açúcar invertido. Dissolver 20 g da amostra
Determinar em solução aquosa a 26% (p/v).
em água, completar o volume para 100 mL e Þltrar, se
necessário. Transferir 50 mL do líquido límpido para
IDENTIFICAÇÃO béquer de 250 mL, adicionar 50 mL de tartarato cúprico
alcalino SR, cobrir o béquer com vidro de relógio e
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em aquecer a mistura de modo que ferva em aproximadamente
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como 4 minutos. Continuar a fervura por exatamente 2 minutos.
suporte, e mistura de água, metanol, ácido acético glacial e Adicionar de uma vez 100 mL de água fria recentemente
cloreto de etileno (10:15:25:50), como fase móvel. Aplicar, fervida e, imediatamente, recolher o precipitado de óxido
separadamente, à placa, 2 ȝL de cada uma das soluções cuproso em funil tarado, com placa Þltrante de poro médio.
descritas a seguir, secando cada ponto de aplicação. Lavar o resíduo do Þltro com água quente, seguida de 10
mL de etanol e, Þnalmente, de 10 mL de éter etílico. Secar
Solução (1): dissolver 10 mg da amostra em mistura de
a 105 °C por 1 hora. O peso de óxido cuproso é de no
água e metanol (2:3). Completar o volume para 20 mL com
máximo 0,112 g.
a mesma mistura de solventes.
Substâncias coloridas. Filtrar 100 mL da solução obtida em
Solução (2): dissolver 10 mg de sacarose SQR em mistura
Aspecto da solução, utilizando placa de vidro com poro médio
de água e metanol (2:3). Completar o volume para 20 mL
de 1 ȝm e diâmetro de 24 mm. O Þltro não se cora de azul. A
com a mesma mistura de solventes.
100 mL da solução obtida em Aspecto da solução, contida em
Solução (3): dissolver 10 mg de glicose SQR, lactose tubo de ensaio, adicionar 1 mL de ácido hipofosforoso diluído.
SQR, frutose SQR e de sacarose SQR em mistura de água Tampar o tubo. Nenhum odor desagradável é percebido
e metanol (2:3) e completar para 20 mL com a mesma dentro de 1 hora. Quando examinada sob luz ultravioleta (365
mistura de solventes. nm), a solução obtida em Aspecto da solução não apresenta
ßuorescência mais intensa que a solução de referência
Desenvolver o cromatograma até que a frente da fase contendo 0,4 ppm de sulfato de quinina em ácido sulfúrico
móvel ascenda 17 cm acima da linha de aplicação. 0,005 M.
Remover a placa e secar em ar quente. Nebulizar com
1278 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Bário. A 10 mL da solução obtida em Aspecto da solução, hidratado)]. Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo,
adicionar 1 mL de ácido sulfúrico 4 M. Após 1 hora, 110,0% da quantidade declarada de dextrose anidra (C6H12O6)
qualquer opalescência desenvolvida na solução não é mais ou dextrose monoidratada (C6H12O6.H2O). Pode conter sabor
intensa que a da solução obtida em Aspecto da solução característico.
diluída em água destilada na proporção de 10:1.

Sulfitos. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria IDENTIFICAÇÃO


de absorção no visível (5.2.14). Dissolver 5 g da amostra
A. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
em 40 mL de água, adicionar 2 mL de hidróxido de sódio M
e completar para 50 mL com água, utilizar como Solução B. Responde às reações do íon potássio (5.3.1.1).
amostra. Separadamente, dissolver 76 mg de metabissulÞto
sódico e completar para 50 mL com água; pipetar 5 mL C. Responde às reações do íon cloreto (5.3.1.1).
dessa solução e completar com água para 100 mL. Pipetar
3 mL dessa solução e completar com água para 100 mL, e D. Responde às reações do íon bicarbonato, se estiver
utilizar essa solução como padrão. Separadamente, pipetar presente (5.3.1.1).
10 mL da Solução amostra e Solução padrão, adicionar E. Responde às reações do íon citrato, se este estiver
1 mL de ácido clorídrico 3 M, 2 mL de fucsina descorada presente (5.3.1.1). Utilizar três a cinco gotas da solução
SR e 2 mL de solução de formaldeído, deixar em repouso reconstituída conforme indicado no rótulo e 20 mL de
por 30 minutos. Preparar branco em paralelo utilizando anidrido acético-piridina SR.
10 mL de água e os mesmos reagentes nas mesmas
quantidades. Medir as absorvâncias das soluções em 583 F. Adicionar algumas gotas da solução reconstituída
nm. A absorvância da Solução amostra não é superior a da conforme indicado no rótulo em 5 mL de tartarato cúprico
Solução padrão. No máximo 0,0015% (15 ppm) de SO2. alcalino SR a quente. Produz-se grande quantidade de
Se a Solução padrão não exibir coloração de vermelho precipitado vermelho de óxido cuproso.
púrpura a azul púrpura, o resultado do teste é inválido.
G. Quando aquecida, a mistura funde-se, expande-se e
Metais pesados (5.3.2.3). No máximo 0,0005% (5 ppm). carboniza-se, produzindo odor de açúcar queimado.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Dissolver 5 g da amostra em
5 mL de água, adicionar 2 mL de ácido sulfúrico, evaporar ENSAIOS DE PUREZA
até a secura e incinerar até peso constante. No máximo
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de
0,02%.
amostra. Dessecar em estufa, a 50 °C, até peso constante.
No máximo 1%.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes herméticos. DOSEAMENTO

s ROTULAGEM
Observar a legislação vigente
Dextrose

Pesar, exatamente, porção da amostra equivalente a cerca


de 20 g de dextrose, transferir para balão volumétrico de
100 mL e completar o volume com água. Transferir 50
mL dessa solução para balão volumétrico de 100 mL.
CATEGORIA
Adicionar 0,2 mL de hidróxido de amônio 6 M e completar
Agente de revestimento; diluente para cápsulas e o volume com água. Se a solução estiver turva, Þltrar em
comprimidos; excipiente para xaropes. papel Þltro. Se não for suÞciente, adicionar carvão ativado
mesh ASTM (20-35) 0,5-0,75 mm, Þltrar novamente em
papel Þltro e, Þnalmente, Þltrar através de membrana de
SAIS PARA REIDRATAÇÃO ORAL 0,45 ȝm. Determinar o ângulo de rotação (5.2.8) a 25 °C.
Calcular a quantidade, em gramas, de dextrose anidra
(C6H12O6) na amostra, considerando 52,7° como poder
Sais para reidratação oral constituem-se em uma mistura rotatório especíÞco a 25 °C. Quando o rótulo indicar
seca de cloreto de sódio, bicarbonato de sódio e dextrose dextrose monoidratada (C6H12O6.H2O), considerar 47,9°
anidra. Alternativamente o bicarbonato de sódio pode ser como poder rotatório especíÞco a 25 °C.
substituído pelo citrato de sódio (anidro ou di-hidratado).
Pode conter dextrose monoidratada no lugar de dextrose Sódio
anidra, desde que o bicarbonato de sódio ou o citrato de
Proceder conforme descrito em Espectrometria de
sódio estejam empacotados separadamente acompanhando
absorção atômica (5.2.13.1.1), utilizar o Método I.
o conteúdo principal. Contém, no mínimo, 90,0% e, no
Empregar as seguintes condições: chama ar-acetileno,
máximo, 110,0% de sódio (Na+), potássio (K+), cloreto (Cl),
comprimento de onda 589,6 nm. Dissolver quantidade
e bicarbonato (HCO3-) ou citrato (C6H5O73-), em relação à
exatamente pesada da amostra equivalente a cerca de
quantidade indicada de cloreto de sódio, cloreto de potássio,
25 mg de sódio em 50 mL de água. Diluir, em seguida,
e bicarbonato de sódio [ou citrato de sódio (anidro ou di-
por um fator de 500 vezes com água. Preparar a solução
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1279

estoque de padrão de sódio a 1 g/L, em água, utilizando EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


cloreto de sódio (NaCl) grau analítico. Construir a curva
analítica com as soluções de padrão de sódio nas seguintes Em recipientes bem fechados e evitar a exposição a
concentrações: 0,25 mg/L, 0,5 mg/L, 1,0 mg/L, 2,0 mg/L temperaturas superiores a 30 °C. Os componentes
e 2,5 mg/L. Preparar as soluções de padrão por diluição bicarbonato de sódio ou citrato de sódio podem ser omitidos
sequencial em água. Adicionar às soluções de referência e da mistura e embalados separadamente, acompanhando o
soluções amostra quantidade equivalente a 0,5% (v/v) de conteúdo principal.
uma solução de cloreto de césio a 10 g/L (CsCl).

Potássio
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
Proceder conforme descrito em Espectrometria de
absorção atômica (5.2.13.1.1), utilizar o Método I.
Empregar as seguintes condições: chama ar-acetileno,
comprimento de onda 769,9 nm. Dissolver quantidade SALGUEIRO BRANCO
exatamente pesada da amostra equivalente a cerca de 25 Salicis cortex
mg de potássio em 50 mL de água. Diluir, em seguida,
por um fator de 500 vezes com água. Preparar a solução
Salix alba L. - SALICACEAE
estoque de padrão de potássio a 1 g/L, em água, utilizando
cloreto de potássio (KCl) grau analítico. Construir a A droga vegetal é constituída pelas cascas dos ramos jovens,
curva analítica com as soluções de padrão de potássio nas secas, inteiras ou fragmentadas, contendo, no mínimo, 1,5
seguintes concentrações: 0,25 mg/L, 0,5 mg/L, 1,0 mg/L, % de derivados de salicina expressos em salicina.
2,0 mg/L e 2,5 mg/L. Preparar as soluções de padrão por
diluição sequencial em água. Adicionar às soluções de
padrão e soluções amostra quantidade equivalente a 0,5% CARACTERÍSTICAS
(v/v) de uma solução de cloreto de césio a 10 g/L (CsCl). Características organolépticas. A casca seca é inodora,
Bicarbonato (se presente) de sabor adstringente e marcadamente amargo.

Dissolver quantidade exatamente pesada da amostra


DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
equivalente a cerca de 0,1 g de bicarbonato (HCO3-)
(considerar que cada miligrama de bicarbonato de sódio A casca, obtida de ramos com dois a três anos, apresenta-se
equivale a 0,726 mg de HCO3-) em 100 mL de água. em fragmentos irregulares coriáceos, ßexíveis, alongados
Adicionar três gotas de alaranjado de metila SI e titular com e levemente acanalados, de comprimento, largura e
ácido clorídrico 0,1 M SV. Cada mL de ácido clorídrico 0,1 espessura variados. A superfície externa é reluzente-
M SV equivale a 6,101 mg de bicarbonato (HCO3-). lustrosa, lisa ou estriada longitudinalmente nas cascas
Cloreto

Dissolver quantidade exatamente pesada da amostra


equivalente a cerca de 55 mg de cloreto (Cl-) (considerar
jovens, castanho-escura. A superfície interna é Þnamente
estriada longitudinalmente, Þbrosa, parda. A fratura é curta
na porção exterior e Þbrosa na porção interior. s
que cada miligrama de cloreto de potássio e cloreto de DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
sódio equivale, respectivamente, a 0,476 mg e 0,607 mg de
Cl-), transferir para béquer de 250 mL, adicionar 100 mL de Em vista frontal, a casca tem coloração castanho-escura
água e 10 mL de ácido nítrico M. Agitar até a solubilização e em algumas porções, amarelada. As células do súber
e titular com nitrato de prata 0,1 M, determinando o apresentam diferentes formas, geralmente poligonais, de
ponto Þnal potenciometricamente, utilizando eletrodo paredes retilíneas e muitas vezes alongadas. O colênquima
prata-cloreto de prata. Cada mL de nitrato de prata 0,1 M possui células achatadas e de paredes espessadas. Em
equivale a 3,545 mg de cloreto. secção transversal, o córtex possui cutícula extremamente
espessada e a porção externa da casaca pode apresentar
Citrato (se presente) diferentes organizações estruturais: 1) primeira camada
Dissolver quantidade exatamente pesada da amostra, epidérmica, uniestratiÞcada, com células quadrangulares
equivalente a 0,1 g de citrato (C6H5O73-), em 80 mL de pequenas, de paredes espessas, seguida por cinco a seis
ácido acético anidro. Aquecer até cerca de 50 °C, esfriar, camadas de colênquima tabular, de células alongadas,
diluir para 100 mL com ácido acético anidro e logo em dispostas tangencialmente, de paredes espessas e com
seguida deixar em repouso por 10 minutos. Titular cloroplastídios, seguido por parênquima com células
potenciometricamente 20 mL dessa solução com ácido de variadas formas e de paredes espessas; 2) camada
perclórico 0,1 M SV. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M epidérmica externa, com as mesmas características da
SV equivale a 6,303 mg de citrato (C6H5O73-). Cada mg de descrita anteriormente, seguida pelo colênquima formado
citrato de sódio equivale a 0,643 mg de citrato (C6H5O73-). por células pequenas, arredondadas e de paredes espessas,
seguido por parênquima com células também arredondadas
e de paredes espessas; 3) revestimento externo formado
por periderme, abrangendo diferente número de camadas,
seguidas por parênquima com células arredondadas e
1280 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de paredes espessas. O parênquima cortical externo é IDENTIFICAÇÃO


sempre formado por várias camadas de células, mais
comumente quadrangulares a retangulares, ou poligonais a Proceder conforme descrito em CromatograÞa em camada

espessura de 250 Pm, como fase estacionária e mistura


arredondadas, de paredes espessadas, com poucos espaços delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com
intercelulares, muitos cloroplastídios e muitos cristais
de oxalato de cálcio do tipo drusas, raros monocristais de acetato de etila, metanol e água (77:13:10) como fase

PL de cada uma das Soluções (1), (2) e (3), preparadas


e cristais prismáticos. Agrupamentos de células pétreas móvel. Aplicar, separadamente, em forma de banda, 10
são pouco comuns neste tecido, raras são essas células
isoladas e as contendo compostos fenólicos. O parênquima recentemente, como descrito a seguir.
cortical interno possui células de diferentes formas,
Pm), com 10 mL de metanol, em banho-maria, sob reßuxo,
Solução (1): aquecer 0,5 g da amostra pulverizada (500
maiores espaços intercelulares e menor quantidade de
cristais e de cloroplastídios. Mais internamente, as células
a aproximadamente, 50 °C por 10 minutos. Esfriar e Þltrar.
mostram maior irregularidade de forma, maiores espaços
intercelulares, paredes muito espessadas, pontoadas e Solução (2): adicionar a 5 mL da Solução (1), 1 mL da
mais retilíneas. Agrupamentos geralmente circulares, de solução de carbonato de sódio anidro 50 mg/mL. Aquecer
Þbras ligniÞcadas são abundantes e estão distribuídos em banho-maria a, aproximadamente 60 °C, sob reßuxo,
aleatoriamente neste parênquima onde, muito raramente, por 10 minutos. Esfriar e Þltrar.
ocorrem agrupamentos de células pétreas. O câmbio
é formado por poucas camadas celulares, com células Solução (3): dissolver 2 mg de salicina SQR em 1 mL de
de pequenas dimensões e achatadas tangencialmente, metanol.
tanto as fusiformes quanto as radiais. O tecido adjacente
internamente ao câmbio, contém grande quantidade de Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
grãos de amido. Raios parenquimáticos são formados por secar ao ar. Em seguida, nebulizar a placa com solução de
células de diferentes formas, alongadas verticalmente, de ácido sulfúrico 5% (v/v) em metanol e deixar em estufa entre
paredes espessas e contendo cloroplastídios. Entre esses 100 ºC e 105 ºC, durante 10 a 15 minutos. O cromatograma
raios, ocorrem células parenquimáticas de forma irregular, obtido com a Solução (3) apresenta, no terço médio, uma
de paredes espessadas, sem cloroplastídios e de maior mancha violeta-avermelhada correspondente a salicina
volume do que aquelas distribuídas junto ao câmbio. Células (Rf aproximadamente 0,40). No cromatograma obtido
ßoemáticas pequenas, ricas em compostos fenólicos, são com a Solução (1), a mancha de salicina aparece com uma
acompanhadas por agrupamentos de Þbras ligniÞcadas, intensidade fraca à média. No cromatograma obtido com
alinhados horizontalmente e por células parenquimáticas, a Solução (2) a mancha correspondente a salicina aparece
de paredes espessas, com cloroplastídios e dispostas mais intensa e, sobre ela aparece uma mancha (salicortina)
tangencialmente. Idioblastos contendo compostos fenólicos e, às vezes, duas manchas fracas (tremulacina), de cor
são comuns junto ao câmbio interno. Este tecido delimita violeta-avermelhada. Nos cromatogramas das Soluções
internamente a casca e é formado por células de paredes (1) e (2) podem aparecer outras manchas de cores azul,

s
delgadas e reduzido número de camadas. Geralmente é de amarelo e marrom.
difícil observação devido suas características e sua posição
limítrofe. Em secção longitudinal, as características do ENSAIOS DE PUREZA
súber e da região cortical externa são similares às descritas
para a secção transversal. A região cortical interna mostra Material estranho (5.4.2.2). No máximo 3% de ramos
raios parenquimáticos muitas vezes alargados, Þbras e com diâmetro superior a 10 mm. No máximo 2% de outros
células parenquimáticas de paredes espessas. materiais estranhos.

Água (5.4.2.3). No máximo 11%.


DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 10%.
O pó atende a todas as exigências estabelecidas para a
espécie, menos os caracteres macroscópicos. Examinar ao
DOSEAMENTO
microscópio utilizando hidrato de cloral a 50% (p/v). São
característicos: coloração castanho-pálida; fragmentos de Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
súber, em vista frontal; fragmentos de parênquima, com de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
células de paredes espessadas, em vista frontal; Þbras de detector ultravioleta a 270 nm; pré-coluna empacotada
isoladas ou porções de seus agrupamentos, em secção com sílica octadecilsilanizada, coluna de 150 mm de
longitudinal; fragmentos de parênquima cortical com
com sílica octadecilsilanizada (4 Pm), mantida a
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
células de forma poligonal e de paredes espessas, com
cristais do tipo drusas, em secção transversal; porção de temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de 1 mL/
Þbras associadas a idioblastos cristalíferos, em secção minuto.
longitudinal; fragmentos de parênquima com células de
paredes espessadas, com distribuição radial e com porções Fase móvel: mistura de acetonitrila, água e ácido
de câmbio; fragmentos de câmbio, em secção transversal; trißuoracético (3:97:0,05).
cristais de oxalato de cálcio dos tipos monocristais, cristais
droga seca e moída (355 Pm) juntar 25 mL de metanol e
prismáticos e drusas, isolados. Solução amostra: pesar exatamente, cerca de 0,3 g da
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1281

aquecer sob reßuxo, durante 30 minutos. Esfriar e Þltrar. móvel, de modo a obter concentrações de 0,40 mg/mL,
Retomar o resíduo com 25 mL de metanol e tratar como 0,45 mg/mL, 0,50 mg/mL, 0,55 mg/mL e 0,60 mg/mL.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL das Soluções


descrito anteriormente. Reunir os Þltrados e evaporar
sob vácuo até secura. Retomar o resíduo com 2 mL de
metanol, adicionar 2 mL de hidróxido de sódio 0,1 M e para curva analítica e da Solução amostra. Registrar os
aquecer em banho-maria, sob reßuxo, durante 1 hora a 60 cromatogramas e medir as áreas sob os picos. O tempo de
°C, aproximadamente, com agitação frequente. Esfriar, retenção é de aproximadamente 6 minutos para a salicina.
adicionar 0,25 mL de ácido clorídrico M e completar a 5 Calcular o teor de salicina na amostra a partir da equação
mL com uma mistura de metanol e água (50:50). da reta obtida com a curva analítica. O resultado é expresso
pela média das determinações em gramas de salicina por
Solução padrão: dissolver 10 mg de salicina em 10 mL de 100 gramas da droga (%), considerando o teor de água.
acetonitrila.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
50, 55 e 60 PL da Solução padrão a 100 PL com Fase
Soluções para curva analítica: diluir alíquotas de 40, 45,
Em recipiente de vidro bem fechado, ao abrigo da luz,
calor e umidade.

s
1282 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Salix alba L.


______________

Legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A e B a 5 mm, em C a I a 100 Pm.

A – aspecto geral de porção da superfície externa da casca, em vista frontal. B – aspecto geral de porção da superfície interna da casca, em vista frontal. C
– detalhe do súber, na região de coloração marrom, em vista frontal. D – detalhe do súber, na região de coloração amarelada, em vista frontal. E – porção
de colênquima em secção transversal; cloroplastídio (clo). F – detalhe de porção do parênquima, mostrando idioblastos cristalíferos com monocristais,
cristais prismáticos e drusas, e com compostos fenólicos, em secção transversal; idioblasto contendo compostos fenólicos (icf); cloroplastídio (clo);
idioblasto cristalífero (ic). G – detalhe de porção do parênquima, mostrando agrupamento de células pétreas, em secção transversal; cloroplastídio
(clo); célula pétrea (cp); idioblasto cristalífero (ic); pontoação (pto). H – detalhe de porção do cortéx, em secção longitudinal; cloroplastídio (clo); Þbra
(fb); idioblasto cristalífero (ic); parênquima (p). I – detalhe de porção do córtex, mostrando o parênquima e células pétreas em secção longitudinal;
cloroplastídio (clo); célula pétrea (cp); idioblasto cristalífero (ic); parênquima (p); pontoação (pto).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1283

s
Figura 2 – Aspectos microscópicos da casca e do pó em Salix alba L.
______________

Legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A, B e D (a - h) a 100 Pm, em C e D (i) a 200 Pm.

A – detalhe de porção externa do córtex, em secção transversal; cloroplastídio (clo); colênquima (co); cutícula (cu); epiderme (ep); espaço intercelular
(ei); idioblasto cristalífero (ic); Þbra (fb); parênquima cortical externo (pce); parênquima cortical interno (pci). B – detalhe de porção do córtex, mostrando
revestimento formado por periderme, em secção transversal; cutícula (cu); cloroplastídio (clo); idioblasto cristalífero (ic); parênquima cortical externo (pce);
periderme (pe). C – detalhe do córtex, em secção transversal; câmbio (ca); câmbio interno (cat); cloroplastídio (clo); colênquima (co); célula pétrea (cp);
cutícula (cu); epiderme (ep); espaço intercelular (ei); ßoema (f); Þbra (fb); grãos de amido (ga); idioblasto cristalífero (ic); idioblasto contendo compostos
fenólicos (icf); parênquima (p); parênquima cortical externo (pce); parênquima cortical interno (pci); pontoação (pto); raio parenquimático (rp). D – detalhes
do pó. porção do súber, em vista frontal (a); porção de parênquima, em vista frontal(b); porção de parênquima, mostrando idioblastos cristalíferos, em
secção transversal (c); porção de parêquima e de câmbio, em secção longitudinal (d); porção de Þbras asssociadas a idioblastos cristalíferos, em secção
longitudinal (e); porção do câmbio, em secção transversal (f); porção de Þbras agrupadas, em secção longitudinal (g); cristais de oxalato de cálcio, isolados
(h); Þbra isolada, em secção longitudinal. (i); cloroplastídio (clo); idioblasto cristalífero (ic); câmbio (ca); parênquima (p); Þbra (fb); idioblasto cristalífero
(ic); pontoação (pto).
1284 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

nervura principal e é formado por células mais curtas do


SENE que aquelas voltadas para a face adaxial. No bordo da
Sennae folium lâmina ocorre colênquima subepidérmico uniestratiÞcado
ou parênquima paliçádico, seguidos por vários idioblastos
cristalíferos contendo monocristais prismáticos, além de
Senna alexandrina P.Miller – FABACEAE feixes de menor desenvolvimento com grande quantidade
de Þbras. O feixe principal é colateral e apresenta ßoema
A droga vegetal é constituída dos folíolos bem desenvolvido e procâmbio geralmente descontínuo,
dessecados contendo, no mínimo, 2,5% de derivados formado por duas camadas celulares; os tecidos condutores
hidroxiantracênicos expressos em senosídeo B, e 0,6% de são acompanhados externamente por Þbras e por idioblastos
senosídeo B (C42H38O20; 862,74) e 0,5% de senosídeo A cristalíferos contendo monocristais prismáticos; junto à
(C42H38O20; 862,74). Não deve ser utilizada antes de um face abaxial ocorre uma a quatro camadas de colênquima
ano após a colheita. anelar, seguido por um clorênquima pouco desenvolvido,
com células de pequenas dimensões, paredes pouco
CARACTERÍSTICAS espessas e poucos cloroplastídios, e por um parênquima
de células poligonais, com paredes espessas e pequenos
Características organolépticas. A droga possui odor espaços intercelulares. Gotas lipídicas, em pequena
peculiar, sabor amargo e adstringente. quantidade, ocorrem em todos os tecidos. O peciólulo, em
vista frontal, apresenta cutícula lisa, epiderme com células
de diferentes formas, estômatos em menor densidade
DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA
e tricomas em maior quantidade que os da lâmina. Em
Folíolos inteiros, lanceolados, de ápice agudo, obtuso, secção transversal, a cutícula é espessa, a epiderme é
raro retuso ou retuso-mucronado e base aguda a obtusa, uniestratiÞcada, com células poligonais pequenas, seguida
assimétrica, margem levemente revoluta, cartáceos, de uma ou duas camadas de colênquima anelar, parênquima
quebradiços, verde acinzentados a verde acastanhados, cortical formado por células poligonais de paredes
com face abaxial mais clara, de 0,6 cm a 5,0 cm de espessas e poucos cloroplastídios e grande quantidade
comprimento e 0,2 cm a 1,0 cm de largura; lâmina pilosa em de idioblastos contendo drusas; endoderme com grande
ambas as faces; tricomas tectores cônicos, geniculados, em quantidade de grãos de amido; sistema vascular formado
maior quantidade na face abaxial; venação camptódroma- por dois pequenos feixes colaterais na região das costelas e
broquidódroma, as nervuras de maior ordem chegando geralmente um único feixe colateral bem desenvolvido na
até a margem e a nervura principal proeminente na face região central, com procâmbio visível e envolto por bainha
abaxial. Peciólulo curto, normalmente curvo para a face fechada de Þbras, ou vários feixes distribuídos em forma
abaxial, com até 0,1 cm de comprimento e até 0,1 cm de anel aberto para a face adaxial e todos envoltos por
de largura; face adaxial cilíndrica ou côncava, com duas bainha de Þbras, a qual apresenta externamente idioblastos
costelas laterais, face abaxial convexa; tricomas iguais aos cristalíferos, contendo monocristais prismáticos de grande

s da lâmina, antrorsos. volume. Gotas lipídicas ocorrem em todos os tecidos, em


maior quantidade nos vasculares.
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DO PÓ
Folíolo com lâmina de simetria isobilateral, anÞestomática,
com estômatos paracíticos, anisocíticos ou anomocíticos. O pó atende a todas as exigências estabelecidas para
Em vista frontal, a cutícula é lisa e a epiderme apresenta a espécie, menos os caracteres macroscópicos. São
células poligonais de paredes anticlinais espessas e características: coloração verde-acinzentada a verde-
retilíneas, além de células epidérmicas com distribuição amarelada; porções de tricomas tectores, em vista lateral;
radial em torno da base dos tricomas tectores, que são fragmentos de epiderme com estômatos, em vista frontal;
unicelulares, cônicos, geniculados, com cutícula verrucosa. fragmentos da epiderme com estômatos e com tricomas,
Em secção transversal, a cutícula é espessa e a epiderme em vista frontal; porções de epiderme mostrando a região
uniestratiÞcada, com células de diferentes formas e de de inserção do tricoma, em vista frontal; fragmentos da
paredes periclinais espessas, e com raros idioblastos epiderme sobre região da nervura principal, com estômatos,
cristalíferos contendo monocristais prismáticos e os em vista frontal e com cristais do tipo drusas, visíveis por
estômatos são localizados pouco abaixo das demais células transparência; fragmentos da epiderme do peciólulo, em
epidérmicas; o parênquima paliçádico é uniestratiÞcado; vista frontal; células epidérmicas, em secção transversal;
aquele voltado para a face adaxial é contínuo e formado idioblastos cristalíferos e agrupamentos de Þbras, em
por células bastante alongadas, ricas em cloroplastídios secção longitudinal; porções de elementos traqueais,
e grãos de amido; algumas destas células apresentam em secção longitudinal; porções do mesoÞlo, conforme
mucilagem, as quais incham e coram com adição de azul descrito, em secção transversal; porção dos parênquimas de
de metileno; o parênquima esponjoso possui células de assimilação em secção transversal e do feixe vascular, em
formas variadas, espaços intercelulares pequenos, poucos secção longitudinal; porção de feixe vascular, em secção
cloroplastídios, muitos idioblastos contendo grandes longitudinal; cristais dos tipos monocristais prismáticos e
drusas e os feixes secundários são similares ao principal drusas isolados. As seguintes estruturas, se presentes no
e distribuem-se nesse tecido; o parênquima paliçádico pó, caracterizam presença de impureza correspondente
voltado para a face abaxial é interrompido na região da à raque: fragmento de porção de feixes vasculares e
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1285

forma de banda, 10 PL da Solução (1) e 10 PL da Solução


de parênquima em secção longitudinal; fragmentos de (40:40:30:1) como fase móvel. Aplicar, separadamente, em
elementos traqueais, com espessamento reticulado, em
secção longitudinal; porção isolada de elemento traqueal, (2), recentemente preparadas, descritas a seguir.
com espessamento helicoidal, em secção transversal;
porção de xilema, em secção transversal. Solução (1): adicionar a 0,5 g da droga moída 5 mL de
mistura de etanol e água (1:1). Aquecer à ebulição. Filtrar.

DESCRIÇÃO MACROSCÓPICA DAS IMPUREZAS Solução (2): dissolver separadamente 2,5 mg de senosídeo
A e 2,5 mg de senosídeo B em 1 mL de metanol e 1 mL de
A raque, se presente como impureza, mede de 2,5 cm água, aquecer ligeiramente, se necessário.
a 13,0 cm de comprimento e até 0,1 cm de largura, é
cilíndrica ou côncava na face adaxial, com duas costelas Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar

por 10 minutos a 120 qC. Deixar esfriar e nebulizar a


bem desenvolvidas, e convexa na face abaxial; cicatrizes secar ao ar. Nebulizar com ácido nítrico a 25% e aquecer
da inserção dos folíolos bem deÞnidas.
placa com solução de hidróxido de potássio a 5% (p/v)
até o aparecimento de manchas. O cromatograma obtido
DESCRIÇÃO MICROSCÓPICA DAS IMPUREZAS com a Solução (2) apresenta, duas manchas de coloração
A raque, se presente como impureza, apresenta, em vista castanho avermelhada referentes ao senosídeo B (Rf
frontal, epiderme com células alongadas ou poligonais, aproximadamente 0,2) e senosídeo A (Rf aproximadamente
de paredes retilíneas, estômatos e tricomas iguais aos da 0,4). O cromatograma obtido com a Solução (1) apresenta
lâmina. Em secção transversal, a cutícula é espessa e rugosa, manchas similares em posição e coloração às manchas
a epiderme é uniestratiÞcada, o colênquima é semelhante obtidas no cromatograma da Solução (2). O cromatograma
ao do peciólulo, o parêquima cortical é formado por apresenta ainda duas outras manchas de cor castanho
células de forma e volume variável, de paredes espessas, purpúrea pálida, imediatamente acima das primeiras,
com espaços intercelulares evidentes, cloroplastídios e correspondentes ao senosídeo C (Rf aproximadamente 0,5)
idioblastos contendo drusas e, em sua porção voltada e senosídeo D (Rf aproximadamente 0,45).
para a face adaxial, apresenta grande quantidade de grãos
de amido; endoderme rica em grãos de amido; sistema ENSAIOS DE PUREZA
vascular central formado por três a oito feixes colaterais e o
conjunto envolto por bainha contínua de Þbras de pequeno Material estranho (5.4.2.2). No máximo 2,0%,
calibre e, externamente a estas, ocorrem idioblastos correspondente às raques foliares.
contendo monocristais prismáticos, iguais aos da lâmina;
um feixe vascular menor ocorre em cada uma das costelas, Água (5.4.2.3). No máximo 10,0%.
com calota de Þbras externa ao ßoema; o parênquima Cinzas totais (5.4.2.4). No máximo 12,0%.
medular é formado por poucas células de forma poligonal
e com paredes espessas, possui poucos grãos de amido
e cloroplastídios, além de idioblastos contendo grandes
drusas. Em estágio de desenvolvimento secundário, o
câmbio tem três a quatro camadas, o ßoema e a bainha
de Þbras são bem desenvolvidos e o anel xilemático pode
DOSEAMENTO
Derivados hidroxiantracênicos

Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


s
não ser contínuo. Gotas lipídicas ocorrem no ßoema, no absorção no visível (5.2.14).
parênquima cortical, na endoderme e no xilema.

droga pulverizada (180 Pm) em balão de fundo redondo


Para a extração, pesar, exatamente, cerca de 0,15 g da
IDENTIFICAÇÃO com boca esmerilhada, adicionar 30 mL de água, misturar
A. A 25 mg da droga pulverizada (180 Pm) adicionar 50 mL e pesar o conjunto. Aquecer em manta de aquecimento,
de água e 5 mL de ácido nítrico. Aquecer em banho-maria sob reßuxo, durante 15 minutos. Deixar esfriar, pesar e
por 15 minutos, deixar esfriar e agitar com 40 mL de éter restabelecer o peso inicial com água e Þltrar desprezando
etílico. Dessecar a fase etérea com sulfato de sódio anidro. os 10 mL iniciais. Transferir 10 mL do Þltrado para um
Transferir 5 mL para cápsula de porcelana, evaporar em funil de separação de 50 mL, adicionar uma gota de
banho-maria até secura, esfriar e alcalinizar com hidróxido ácido clorídrico 2 M e lavar com três porções de 5 mL de
de amônio. Desenvolve-se coloração avermelhada. clorofórmio. Rejeitar a fase clorofórmica. Centrifugar a
fase aquosa durante 10 minutos a 2000 rpm. Transferir 4
B. Mediante microssublimação, obtem-se, inicialmente, mL do líquido sobrenadante para balão de fundo redondo

a 8,0 com cerca de 80 PL de solução de carbonato de


gotículas amarelas, às quais tomam aspecto cristalino. com boca esmerilhada. Ajustar o pH da solução para 7,0
Quando adicionado hidróxido de potássio etanólico
a 5% (p/v) a esse sublimado, produz coloração róseo sódio a 5% (p/v). Adicionar 8 mL de solução de cloreto
avermelhada. férrico a 10,5% (p/v). Misturar e aquecer, sob reßuxo,
em banho-maria durante 20 minutos. Adicionar 0,4 mL
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em de ácido clorídrico concentrado e manter o aquecimento
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254, com por 20 minutos, agitar frequentemente, até dissolução do
espessura de 250 —m, como suporte, e a mistura de acetato precipitado. Resfriar a solução e transferir para funil de
de etila, álcool n-propílico, água e ácido acético glacial
1286 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

separação de 50 mL, e extrair com 10 mL e duas vezes de 7 Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
mL de éter etílico, previamente utilizado para lavar o balão descrito na tabela a seguir:
de fundo redondo. Reunir os extratos etéreos e lavar com
duas vezes de 10 mL de água. Transferir a camada etérea Tempo Eluente A Eluente B
para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume Eluição
(minutos) (%) (%)
com éter etílico. 0 – 12 86 14 isocrática
Solução amostra: evaporar 5 mL da solução etérea, em 12 – 19 86 ĺ 77 14 ĺ 23 gradiente linear
banho-maria, até resíduo. Ressuspender o resíduo com 19 – 28 77 ĺ 70 23 ĺ 30 gradiente linear
5 mL de acetato de magnésio a 0,5% (p/v) em metanol. 28 – 31 70 ĺ 0 30 ĺ 100 gradiente linear
Filtrar se necessário. 31 – 33 0 100 isocrática

droga seca e moída (180 Pm) e colocar em tubo de


Medir a absorvância da Solução amostra em 515 nm Solução amostra: pesar exatamente, cerca de 0,2 g da
imediatamente após o seu preparo, utilizar metanol
para ajuste do zero. Calcular o teor de derivados centrífuga. Adicionar 5 mL de solução de bicarbonato de
hidroxiantracênicos, calculado como senosídeo B, sódio 0,05% (p/v) e levar ao banho de ultrassom durante 10
utilizando 240 nm como valor de absorvância especíÞca, minutos. Centrifugar por 20 minutos a 2000 rpm. Separar
segundo a expressão: o sobrenadante transferindo-o para balão volumétrico de 5

de membrana. Diluir 50 PL da solução resultante em 150


mL e completar o volume. Filtrar o sobrenadante através

PL de água.
em que Solução padrão estoque: dissolver 10 mg da mistura de
senosídeo A SQR e senosídeo B SQR em 10 mL de metanol.
SB = derivados hidroxiantracênicos;
A = absorvância da Solução amostra; Soluções para curva analítica: diluir uma alíquota de 2,5

de 25 mL de modo a obter solução a 50 Pg/mL. Diluir


m = massa da amostra considerando a determinação de mL da Solução padrão estoque, em balão volumétrico
água.
alíquotas de 2 mL, 2,5 mL, 3 mL, 3,5 mL, 4 mL e 4,5 mL

obter concentrações de 20 Pg/mL, 25 Pg/mL, 30 Pg/mL,


Senosídeo B e senosídeo A em balão volumétrico de 5 mL, com metanol, de modo a

Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido 35 Pg/mL, 40 Pg/mL e 45 Pg/mL.

Procedimento: injetar, separadamente, 10 PL das Soluções


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 270 nm; pré-coluna empacotada
com sílica octadecilsilanizada, coluna de 150 mm de para curva analítica e da Solução amostra. Registrar os

com sílica octadecilsilanizada (4 Pm), ßuxo da Fase móvel


comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada cromatogramas e medir as áreas sob os picos. O tempo
de retenção é de aproximadamente 18,0 minutos para o

s de 0,9 mL/minuto.

Eluente A: mistura de água e ácido trißuoracético


(100:0,08).
senosídeo B e 20,7 minutos para o senosídeo A. Calcular
o teor de senosídeo B e senosídeo A na amostra a partir da
equação da reta obtida com a curva analítica. O resultado
é expresso pela média das determinações em gramas de
senosídeo B e senosídeo A por 100 gramas da droga (%),
Eluente B: acetonitrila.
considerando o teor de água.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipiente de vidro bem fechado, ao abrigo da luz e
calor.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1287

s
Figura 1 – Aspectos macroscópicos e microscópicos em Senna alexandrina P.Miller
_____________

Complemento da legenda da Figura 1. As escalas correspondem em A (a, b e d) a 5 mm; em A (c) a 4 mm; em B a 1 mm; em C, D, E, F e G a 100 —m.

A – aspecto geral de diferentes formas de folíolos; a – face adaxial de folíolo com ápice agudo: lâmina foliar (lf); b – face abaxial do mesmo folíolo:
peciólulo (pll); c – face abaxial de folíolo com ápice retuso: base foliar assimétrica (bfa); d – face abaxial de folíolo com ápice retuso-mucronado. B –
detalhe parcial da venação do folíolo na região da nervura principal até a margem: margem (mg); nervura principal (np). C – detalhe da epiderme voltada
para a face adaxial, na região intercostal, em vista frontal: tricoma tector (tt); estômato (es); célula fundamental (cfe). D – detalhe da epiderme voltada
para a face adaxial, na região da nervura principal, em vista frontal: célula fundamental (cfe). E – detalhe da epiderme voltada para a face abaxial, na
região intercostal e na região da nervura principal, em vista frontal: base do tricoma (bt); célula fundamental (cfe); estômato (es); região intercostal
(ri); região da nervura principal (rnp); tricoma tector (tt). F – detalhe da região da nervura principal, em secção transversal: face adaxial (ad); cutícula
(cu); epiderme (ep); parênquima paliçádico (pp); célula contendo mucilagem (cm); Þbra (fb); idioblasto cristalífero (ic); xilema (x); ßoema (f); feixe
vascular (fv); gota lipídica (gl); clorênquima (cl); parênquima (p); colênquima (co); cloroplastídio (clo); face abaxial (ab); parênquima esponjoso (pj).
G – detalhe da região intercostal e do bordo, em secção transversal: face adaxial (ad); cutícula (cu); epiderme (ep); tricoma tector (tt); gota lipídica (gl);
idioblasto cristalífero (ic); ßoema (f); Þbra (fb); parênquima esponjoso (pj); cloroplastídeo (clo); grão de amido (ga); feixe vascular (fv); estômato (es);
face abaxial (ab); xilema (x); parênquima paliçádico (pp); célula contendo mucilagem (cm).
1288 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Figura 2 – Aspectos microscópicos e da microscopia do pó em Senna alexandrina P.Miller


_____________

Complemento da legenda da Figura 2. As escalas correspondem em A, B, D, F (a – i) e G (a – m) a 100 —m; em C e E a 400 —m.

A – detalhe da epiderme do peciólulo voltada para a face adaxial, em vista frontal: base do tricoma (bt); estômato (es); célula fundamental da epiderme
(cfe). B – detalhe da epiderme do peciólulo voltada para a face abaxial, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); tricoma tector (tt).
C – representação esquemática do peciólulo, em secção transversal: face adaxial (ad); parênquima cortical (pc); tricoma tector (tt); cutícula (cu);
epiderme (ep); ßoema (f); xilema (x); endoderme (end); Þbra (fb); colênquima (co); córtex (cx); face abaxial (ab). D – detalhe do peciólulo, em secção
transversal, conforme destacado em C: pontoação (pto); xilema (x); ßoema (f); Þbra (fb); idioblasto cristalífero (ic); grão de amido (ga); endoderme
(end); cloroplastídio (clo); parênquima cortical (pc); gota lipídica (gl); epiderme (ep); face abaxial (ab); cutícula (cu); colênquima (co); córtex (cx).
E – representação esquemática da impureza, correspondente à raque, em secção transversal: face adaxial (ad); feixe vascular (fv); costela (CST);
parênquima medular (pm); córtex (cx); parênquima cortical (pc); ßoema (f); xilema (x); Þbra (fb); endoderme (end); colênquima (co); epiderme (ep);
cutícula (cu); face abaxial (ab). F (a – f) – detalhes do pó das impurezas correspondentes à raque (a – detalhe de porção da epiderme com tricoma tector,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1289

em vista frontal): tricoma tector (tt); célula fundamental da epiderme (cfe); estômato (es); idioblasto cristalífero (ic); parênquima cortical (pc); elemento
traqueal, com espessamento helicoidal, em secção longitudinal (eh); Þbra (fb); parênquima medular (pm). G – detalhes do pó do folíolo; a – detalhe
de porção de epiderme da lâmina, sob a região da nervura principal, em vista frontal: estômato (es), célula fundamental da epiderme (cfe); b – detalhe
de porção epiderme da lâmina, com estômatos e tricoma tector, em vista frontal: tricoma tector (tt), estômato (es), célula fundamental da epiderme
(cfe); c – detalhe de porção da epiderme do peciólulo, voltada para a face abaxial, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe); d – detalhe
de porção da epiderme da lâmina, mostrando base do tricoma tector, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe), base do tricoma (bt);
e – detalhe de porção da epiderme da lâmina, em secção transversal: cutícula (cu); f – detalhe de porção da região intercostal, em secção transversal:
face adaxial (ad), cutícula (cu), epiderme (ep), parênquima paliçádico (pp), elemento traqueal, com espessamento helicoidal, em secção longitudinal
(eh); parênquima esponjoso (pj), idioblasto cristalífero (ic), gota lipídica (gl), cloroplastídeo (clo), face abaxial (ab); g – detalhe de fragmento de
epiderme mostrando porção de nervura, estômatos e idioblastos cristalíferos, por transparência, em vista frontal: célula fundamental da epiderme (cfe),
porção de nervura (pn), idioblasto cristalífero (ic), estômato (es); h – detalhe de porção de elemento traqueal, com espessamento helicoidal, em secção
longitudinal, isolado; i – detalhe de porção de elementos traqueais agrupados, com espessamento helicoidal, em secção longitudinal; j – detalhe de
porção agrupamento de Þbras associadas a idioblastos cristalíferos, em seçção longitudinal : Þbra (fb), idioblasto cristalífero (ic); l – porções de tricomas
tectores isolados, em vista lateral; m – detalhe de cristais isolados do tipo drusas e monocristais prismáticos.

Veneno de referência: mistura homogênea de venenos


SORO ANTIBOTRÓPICO que representam a distribuição geográÞca da espécie
B. jararaca. Deve ser lioÞlizado e mantido a -20 °C. O
PENTAVALENTE
veneno é padronizado pela determinação da Dose Letal
Immunoserum bothropicum
50% (DL50).

Determinação da DL50 de veneno: reconstituir a preparação


O soro antibotrópico pentavalente é uma solução que
lioÞlizada de veneno para determinada concentração
contém imunoglobulinas especíÞcas puriÞcadas, obtidas a
peso por volume, com solução Þsiológica a 0,85% (p/v).
partir de plasma de animais hiperimunizados com antígeno
Efetuar diluições em progressão geométrica com o mesmo
do gênero Bothrops, composto por venenos das serpentes
diluente, utilizando fator de diluição constante, não
Bothrops jararaca, Bothrops jararacussu, Bothrops
superior a 1,5, e igualando os volumes Þnais. Inocular, por
moojeni, Bothrops alternatus, Bothrops neuwiedi. Cumpre
via intraperitoneal, volume de 0,5 mL por camundongo de
as especiÞcações e testes prescritos na monograÞa Soros
cada diluição em grupos de, no mínimo, 10 camundongos
hiperimunes para uso humano. Contém em cada mililitro
albinos suíços de 18 g a 22 g. Observar os animais até 48
imunoglobulinas suÞcientes para neutralizar 5 mg de
horas após a inoculação e registrar o número de mortos em
veneno de referência de B. jararaca.
cada diluição. Calcular a DL50 utilizando método estatístico
IDENTIFICAÇÃO comprovado. A faixa de resposta (porcentagem de mortes)
deve estar entre a maior e a menor diluição utilizada,
A. Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação formando a curva de regressão que deve apresentar relação
da monograÞa Soros hiperimunes para uso humano, linear. Os limites de conÞança não devem ser amplos,
utilizando como antígeno veneno de B. jararaca. indicando melhor precisão do ensaio quanto menores forem
os seus limites. Expressar o resultado em microgramas de

s
B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento. veneno por 0,5 mL.

Determinação da potência do soro: efetuar diluições


CARACTERÍSTICAS
progressivas da amostra em solução Þsiológica a 0,85%
Proceder conforme descrito em Características da (p/v), utilizando fator de diluição constante, não superior
monograÞa Soros hiperimunes para uso humano. a 1,5, de maneira que o volume Þnal após a mistura com a
dose desaÞo de veneno seja idêntico em todos os tubos de
ensaio. Reconstituir e diluir o Veneno de referência com
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS solução Þsiológica a 0,85% (p/v) e adicionar em cada tubo
Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da volume constante, de modo que cada dose a ser inoculada por
monograÞa Soros hiperimunes para uso humano. animal contenha 5 DL50. Homogeneizar e incubar a mistura
a 37 °C por 60 minutos. Inocular, por via intraperitoneal,
volume de 0,5 mL por camundongo, de cada mistura, em
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA grupos de pelo menos oito camundongos albinos suíços
de 18 g a 22 g. Observar os animais até 48 horas após a
Proceder conforme descrito em Testes de segurança inoculação e registrar o número de vivos em cada mistura.
biológica da monograÞa Soros hiperimunes para uso Calcular a Dose Efetiva 50% (DE50) em microlitros,
humano. utilizando método estatístico comprovado. A faixa de
resposta produzida (porcentagem de sobrevivência) deve
DOSEAMENTO estar entre a maior e a menor diluição utilizada, formando
a curva de regressão que deve apresentar relação linear.
O ensaio de potência da amostra tem como objetivo Os limites de conÞança não devem ser amplos, indicando
determinar a dose neutralizante necessária (Dose Efetiva melhor precisão do ensaio quanto menores forem os seus
50%) para proteger animais suscetíveis contra os efeitos limites. Calcular a potência em miligramas por mililitro,
letais de uma dose Þxa de Veneno de referência. segundo a expressão:
1290 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Proceder conforme descrito em Testes de segurança
biológica da monograÞa Soros hiperimunes para uso
humano.
em que

Tv = número de DL50 utilizadas por camundongo na dose DOSEAMENTO


teste de veneno.
Fração botrópica
O título da potência é expresso em miligramas de veneno
neutralizados por 1 mL da amostra. Poderá haver um Determinar a potência conforme descrito em Doseamento
coeÞciente de variação igual a 10% em virtude da variação da monograÞa Soro antibotrópico pentavalente.
inerente aos testes com animais de laboratório. Deste modo
a potência mínima poderá variar até 4,5 mg/mL. Fração crotálica

Determinar a potência conforme descrito em Doseamento


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO da monograÞa Soro anticrotálico.

Cumpre o estabelecido na monograÞa Soros hiperimunes


para uso humano. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cumpre o estabelecido na monograÞa Soros hiperimunes
ROTULAGEM para uso humano.

Observar a legislação vigente.


ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
SORO ANTIBOTRÓPICO
PENTAVALENTE E ANTICROTÁLICO
Immunoserum bothropicum-crotalicum SORO ANTIBOTRÓPICO
PENTAVALENTE E ANTILAQUÉTICO
O soro antibotrópico pentavalente e anticrotálico é Immunoserum bothropicum-laqueticum
uma solução que contém imunoglobulinas especíÞcas
puriÞcadas, obtidas a partir de plasma de animais O soro antibotrópico pentavalente e laquético é uma solução
hiperimunizados com venenos de Bothrops jararaca, que contém imunoglobulinas especíÞcas puriÞcadas,
Bothrops jararacussu, Bothrops moojeni, Bothrops

s
obtidas a partir de plasma de animais hiperimunizados
alternatus, Bothrops neuwiedi e Crotalus durissus. Cumpre com venenos de Bothrops jararaca, Bothrops jararacussu,
as especiÞcações e testes prescritos na monograÞa Soros Bothrops moojeni, Bothrops alternatus, Bothrops neuwiedi
hiperimunes para uso humano. Contém em cada mililitro, e Lachesis muta. Cumpre com as especiÞcações e testes
imunoglobulinas suÞcientes para neutralizar 5 mg e 1,5 prescritos na monograÞa de Soros hiperimunes para uso
mg de venenos de referência de B. jararaca e C. durissus humano. Contém em cada mililitro imunoglobulinas
terriÞcus, respectivamente. suÞcientes para neutralizar 5 mg e 3 mg de venenos de
referência de B. jararaca e L. muta, respectivamente.
IDENTIFICAÇÃO
A. Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação IDENTIFICAÇÃO
da monograÞa Soros hiperimunes para uso humano, A. Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação
utilizando como antígenos venenos de B. jararaca e C. na monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano,
durissus terriÞcus. utilizando como antígenos venenos de B. jararaca e L.
B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento. muta.

B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento.


CARACTERÍSTICAS
Proceder conforme descrito em Características da CARACTERÍSTICAS
monograÞa Soros hiperimunes para uso humano. Proceder conforme descrito em Características na
monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano.
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
monograÞa Soros hiperimunes para uso humano. Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos na
monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1291

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA suÞcientes para neutralizar, no mínimo, 5 mg, 3 mg e 1,5


mg de venenos de referência de B. jararaca, L. muta e C.
Proceder conforme descrito em Testes de segurança durissus terriÞcus, respectivamente.
biológica na monograÞa de Soros hiperimunes para uso
humano.
IDENTIFICAÇÃO
DOSEAMENTO A. Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação
na monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano,
Fração botrópica utilizando como antígenos venenos de B. jararaca, L. muta
e C. durissus terriÞcus.
Determinar a potência conforme descrito na monograÞa de
Soro antibotrópico pentavalente. B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento.
Fração laquética
CARACTERÍSTICAS
O ensaio de potência da amostra tem como objetivo
determinar a dose neutralizante necessária (Dose Efetiva Cumpre as Características descritas na monograÞa de
50%) para proteger animais suscetíveis contra os efeitos Soros hiperimunes para uso humano.
letais de dose Þxa de veneno de referência.

Veneno de referência: mistura homogênea de venenos ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS


que representam a distribuição geográÞca da espécie L.
Cumpre os Ensaios físico-químicos descritos na monograÞa
muta. Deve ser lioÞlizado e mantido a -20 °C. O veneno é
de Soros hiperimunes para uso humano.
padronizado pela determinação da Dose Letal 50% (DL50).

Determinação da DL50 de veneno: proceder conforme TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


descrito em Determinação da DL50 de veneno na
monograÞa de Soro antibotrópico pentavalente. Cumpre os Testes de segurança biológica descritos na
monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano.
Determinação da potência do soro: proceder conforme
descrito em Doseamento na monograÞa de Soro
antibotrópico pentavalente. DOSEAMENTO
Poderá haver um coeÞciente de variação igual a 10% em Fração botrópica
virtude da variação inerente aos testes com animais de
laboratório. Deste modo a potência mínima para fração Proceder conforme descrito em Doseamento na monograÞa
laquética poderá variar até 2,7 mg/mL. de Soro antibotrópico pentavalente.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cumpre o estabelecido na monograÞa de Soros hiperimunes
Fração crotálica

Proceder conforme descrito em Doseamento na monograÞa


de Soro anticrotálico.
s
para uso humano.
Fração laquética
ROTULAGEM
Proceder conforme descrito em Doseamento na monograÞa
Observar a legislação vigente. de Soro antibotrópico pentavalente e antilaquético.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
SORO ANTIBOTRÓPICO
PENTAVALENTE, ANTICROTÁLICO E Cumpre o estabelecido na monograÞa de Soros hiperimunes
para uso humano.
ANTILAQUÉTICO
Immunoserum bothropicum-laqueticum-
crotalicum ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.
O soro antibotrópico pentavalente anticrotálico e
antilaquético é uma solução que contém imunoglobulinas
especíÞcas puriÞcadas, obtidas a partir de plasma de animais SORO ANTIBOTULÍNICO TRIVALENTE
hiperimunizados com venenos de Bothrops jararaca, Immunoserum botulinicum
Bothrops jararacussu, Bothrops moojeni, Bothrops
alternatus, Bothrops neuwiedi, Lachesis muta e Crotalus
durissus. Cumpre com as especiÞcações e controles O soro antibotulínico trivalente é uma solução que contém
prescritos na monograÞa de Soros hiperimunes para uso imunoglobulinas puriÞcadas, obtidas a partir de plasma de
humano. Contém, em cada mililitro, imunoglobulinas animais hiperimunizados contra toxinas tipo A, tipo B e
1292 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

tipo E produzidas pelo Clostridium botulinum. Cumpre as fosfato pH 6,5 e autoclavada a 120 °C durante 15 minutos).
especiÞcações e testes prescritos na monograÞa de Soros A uma série de tubos de ensaio, distribuir um volume
hiperimunes para uso humano. Contém, em cada mililitro, constante de toxina botulínica diluída. Adicionar volumes
no mínimo, 375 UI, 275 UI e 425 UI de antitoxina para variáveis da amostra. Igualar os volumes para 5 mL com
cada um dos tipos A, B e E, respectivamente. o mesmo diluente. Homogeneizar e incubar à temperatura
ambiente ou a 22 °C ± 2 °C por 60 minutos. Inocular em
cada camundongo albino suíço ou NIH de 18 g a 22 g, por
IDENTIFICAÇÃO
via intraperitonial, um volume de 0,5 mL em grupos de, no
A. Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação mínimo, 8 camundongos por mistura. Observar os animais
da monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano, até 96 horas após a inoculação e registrar o número de
utilizando como antígenos as toxinas tipos A, B e E mortos. Nas mesmas condições descritas e paralelamente,
produzidas pelo C. botulinum. realizar a prova com a Antitoxina botulínica de referência,
com o objetivo de se veriÞcar a validade da prova e
B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento. estabelecer correlação no cálculo do título. Calcular a
potência do soro em teste, em UI/mL, considerando a
menor diluição que determina a morte de todos os animais
CARACTERÍSTICAS
durante o período de observação, utilizando a seguinte
Proceder conforme descrito em Características da equação:
monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano.

ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS em que

Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da A = o inverso da menor diluição (ou maior volume) do soro
monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano. que mata todos os animais;
B = o volume utilizado de soro diluído que mata todos os
animais;
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
C = número total de doses contidas no volume Þnal de cada
Proceder conforme descrito em Testes de segurança mistura pelo título L+/10.
biológica da monograÞa de Soros hiperimunes para uso
humano.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

DOSEAMENTO Cumpre o estabelecido na monograÞa de Soros hiperimunes


para uso humano.
O ensaio de potência da amostra tem como objetivo

s
determinar a dose neutralizante necessária para proteger
ROTULAGEM
os animais utilizados na prova, contra os efeitos letais
de uma dose teste de cada um dos tipos de toxinas de Observar a legislação vigente.
referência. A dose do soro em teste é comparada com a
dose da Antitoxina botulínica de referência necessária para
conferir a mesma proteção. SORO ANTICROTÁLICO
Antitoxinas botulínicas de referência: os padrões Immunoserum crotalicum
internacionais de referência das antitoxinas dos tipos A,
B ou E são distribuídos aos laboratórios de produção e O soro anticrotálico é uma solução que contém
controle em ampolas que contêm soro equino hiperimune imunoglobulinas especíÞcas puriÞcadas, obtidas a partir
lioÞlizado, que especiÞcamente neutraliza a toxina de plasma de animais hiperimunizados com veneno de
botulínica do tipo a que se refere. A equivalência do padrão Crotalus durissus. Cumpre com as especiÞcações e testes
internacional em unidades internacionais é estabelecida prescritos na monograÞa de Soros hiperimunes para uso
periodicamente pela Organização Mundial da Saúde. humano. Contém, em cada mililitro, imunoglobulinas
Determinação da dose teste de toxina (L+/10): proceder suÞcientes para neutralizar 1,5 mg de veneno de referência
conforme descrito em Determinação da dose teste de de C. durissus terriÞcus.
toxina (L+/10) da monograÞa de Soro antitetânico ou
extrapolando os valores para L+ ou L+/100. As misturas IDENTIFICAÇÃO
(toxina+antitoxina) são incubadas à temperatura ambiente
ou a 22 °C ± 2 °C por 60 minutos. A. Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação
da monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano,
Determinação da potência do soro: diluir a toxina de utilizando como antígeno veneno de C. durissus terriÞcus.
referência para uma dose de L+/10, com solução de
gelatina fosfatada (0,2% de gelatina dissolvida em tampão B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1293

CARACTERÍSTICAS CARACTERÍSTICAS
Proceder conforme descrito em Características da Proceder conforme descritos em Características da
monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano. monograÞa Soros hiperimunes para uso humano.

ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS


Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da
monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano. monograÞa Soros hiperimunes para uso humano.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Proceder conforme descrito em Testes de segurança Proceder conforme descrito em Testes de segurança
biológica da monograÞa de Soros hiperimunes para uso biológica da monograÞa Soros hiperimunes para uso
humano. humano.

DOSEAMENTO DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em Doseamento da monograÞa O ensaio de potência da amostra tem como objetivo
de Soro antibotrópico pentavalente. Preparar o Veneno de determinar a dose neutralizante necessária para proteger os
referência como descrito a seguir. animais utilizados na prova, contra os efeitos letais de uma
dose teste da Toxina diftérica de referência. A dose do soro
Veneno de referência: mistura homogênea de venenos em teste é comparada com a dose da Antitoxina diftérica
que representam a distribuição geográÞca da espécie C. de referência necessária para conferir a mesma proteção.
durissus terriÞcus. Deve ser lioÞlizado e mantido a -20 °C.
O veneno é padronizado pela determinação da Dose Letal Antitoxina diftérica de referência: o padrão internacional
50% (DL50). de referência da antitoxina diftérica é distribuído aos
laboratórios de produção e controle em ampolas que contêm
Poderá haver um coeÞciente de variação igual a 10% em soro equino hiperimune lioÞlizado, que especiÞcamente
virtude da variação inerente aos testes com animais de neutraliza a toxina diftérica. A equivalência do padrão
laboratório. Deste modo a potência mínima para fração internacional em unidades internacionais é estabelecida
crotálica poderá variar até 1,35 mg/mL. periodicamente pela Organização Mundial da Saúde.

Toxina diftérica de referência: é preparada a partir de


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Þltrados estéreis de sobrenadantes de cultivos líquidos

s
Cumpre o estabelecido na monograÞa de Soros hiperimunes de C. diphtheriae. O Þltrado deve ser concentrado,
para uso humano. puriÞcado por métodos físicos ou químicos e lioÞlizado.
Após a reconstitução da toxina, adicionar solução salina
glicerinada e armazenar a -20 °C.
ROTULAGEM
Determinação da dose teste de toxina (L+): diluir a
Observar a legislação vigente. Antitoxina diftérica de referência para 10 UI/mL, com
solução Þsiológica a 0,85% (p/v). Diluir a Toxina diftérica
de referência para concentração conhecida, com solução
SORO ANTIDIFTÉRICO Þsiológica contendo peptona a 1% (p/v). Em uma série
Immunoserum diphthericum de tubos de ensaio, adicionar volumes variáveis de toxina
e volume constante da Antitoxina diftérica de referência
diluída. Igualar os volumes com solução Þsiológica
O soro antidiftérico é uma solução que contém peptonada a 1% (p/v). Homogeneizar e incubar a 37 ºC por
imunoglobulinas puriÞcadas, obtidas a partir de plasma de 60 minutos. Inocular cada cobaia de 230 g a 250 g, por via
animais hiperimunizados contra a toxina produzida pelo subcutânea, com volume que contenha 1 UI de Antitoxina
Corynebacterium diphtheriae. Cumpre as especiÞcações diftérica de referência em grupos de, no mínimo, quatro
e testes prescritos na monograÞa Soros hiperimunes para cobaias por mistura. Observar os animais até 96 horas
uso humano. Contém em cada mililitro, no mínimo, 1000 e registrar o número de mortos em cada diluição. O L+
UI de antitoxina. (limite morte) ou dose teste da toxina é a menor quantidade
de toxina, que, quando combinada com 1 UI de Antitoxina
IDENTIFICAÇÃO diftérica de referência, provoca a morte dos animais no
período de observação estipulado.
A. Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação
da monograÞa Soros hiperimunes para uso humano, Determinação da potência do soro: diluir a Toxina diftérica
utilizando como antígeno a toxina do C. diphtheriae. de referência com solução Þsiológica tamponada contendo
peptona a 1% (p/v) para uma dose de 10 L+. Em uma
B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento. série de tubos de ensaio, distribuir volumes variáveis da
1294 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

amostra. Adicionar 1 mL da Toxina diftérica de referência ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS


diluída. Igualar os volumes para 10 mL com o mesmo
diluente. Homogeneizar e incubar as misturas a 37 ºC por Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da
60 minutos. Inocular uma dose de 2 mL em cada uma das monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano.
cobaias de 230 g a 250 g, por via subcutânea, em grupos
de, no mínimo, quatro cobaias por mistura. Observar TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
os animais até 96 horas após a inoculação e registrar o
número de mortos. Nas mesmas condições descritas e, Proceder conforme descrito em Testes de segurança
paralelamente, realizar a prova com a Antitoxina diftérica biológica da monograÞa de Soros hiperimunes para uso
de referência, com o objetivo de veriÞcar a validade humano.
da prova e estabelecer correlação no cálculo do título.
Calcular a potência do soro em teste, considerando a menor
DOSEAMENTO
diluição que determina a morte de todos os animais durante
o período de observação, segundo a expressão: Proceder conforme descrito em Doseamento da monograÞa
de Soro antibotrópico pentavalente. Preparar o Veneno de
referência como descrito a seguir.

Veneno de referência: mistura homogênea de venenos que


em que
representam a distribuição geográÞca da espécie Micrurus
A = o inverso da menor diluição (ou maior volume) do soro frontalis. Deve ser lioÞlizado e mantido a -20 °C. O veneno
que mata todos os animais; é padronizado pela determinação da Dose Letal 50%
(DL50).
B = volume utilizado de soro diluído que mata todos os
animais; Poderá haver um coeÞciente de variação igual a 10% em
C = número total de doses contidas no volume Þnal de cada virtude da variação inerente aos testes com animais de
mistura pelo título L+. laboratório. Deste modo a potência mínima para a fração
elapídica poderá variar até 1,35 mg/mL.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Cumpre o estabelecido na monograÞa Soros hiperimunes
para uso humano. Cumpre o estabelecido na monograÞa de Soros hiperimunes
para uso humano.
ROTULAGEM
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente.

s SORO ANTIELAPÍDICO BIVALENTE


Immunoserum elapidicum
Observar a legislação vigente.

SORO ANTIESCORPIÔNICO
Immunoserum escorpionicum
O soro antielapídico bivalente é uma solução que contém
imunoglobulinas especíÞcas puriÞcadas, obtidas a partir O soro antiescorpiônico é uma solução que contém
de plasma de animais hiperimunizados com veneno de imunoglobulinas especíÞcas puriÞcadas, obtidas a partir
Micrurus frontalis e Micrurus corallinus. Cumpre as de plasma de animais hiperimunizados com antígeno
especiÞcações e testes descritos na monograÞa de Soros do gênero Tityus serrulatus. Cumpre as especiÞcações e
hiperimunes para uso humano. Contém, em cada mililitro, testes prescritos na monograÞa de Soros hiperimunes para
imunoglobulinas suÞcientes para neutralizar 1,5 mg de uso humano. Contém em cada mililitro imunoglobulinas
veneno de referência de M. frontalis. suÞcientes para neutralizar 1 mg de veneno de referência
de Tityus serrulatus.
IDENTIFICAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO
A. Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação
da monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano, A. Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação
utilizando como antígeno veneno de M. frontalis. da monograÞa Soros hiperimunes para uso humano.
Utilizar como antígeno veneno de T. serrulatus.
B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento.
B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento.
CARACTERÍSTICAS
Proceder conforme descrito em Características da
monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1295

CARACTERÍSTICAS imunoglobulinas suÞcientes para neutralizar 0,35 mg de


veneno de referência de L. obliqua.
Proceder conforme descrito em Características da
monograÞa Soros hiperimunes para uso humano.
IDENTIFICAÇÃO
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS A. Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação
da monograÞa Soros hiperimunes para uso humano,
Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da utilizando como antígeno veneno do extrato das cerdas de
monograÞa Soros hiperimunes para uso humano. Lonomia obliqua walker.

B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento.


TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Proceder conforme descrito em Testes de segurança CARACTERÍSTICAS
biológica da monograÞa Soros hiperimunes para uso
humano. Proceder conforme descrito em Características da
monograÞa Soros hiperimunes para uso humano.
DOSEAMENTO
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
O ensaio de potência da amostra tem como objetivo
determinar a dose neutralizante necessária (Dose Efetiva Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da
50%) para proteger animais suscetíveis contra os efeitos monograÞa Soros hiperimunes para uso humano.
letais de uma dose Þxa de Veneno de referência.

Veneno de referência: mistura homogênea de venenos que


TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
representam a distribuição geográÞca da espécie Tityus Proceder conforme descrito em Testes de segurança
serrulatus. Deve ser lioÞlizado e mantido a -20 °C. O biológica da monograÞa Soros hiperimunes para uso
veneno é padronizado pela determinação da Dose Letal humano.
50% (DL50).

Determinação da DL50 de veneno: proceder conforme DOSEAMENTO


descrito em Determinação da DL50 de veneno da
monograÞa Soro antibotrópico (pentavalente). O ensaio de potência tem como objetivo determinar a
dose neutralizante necessária (Dose Efetiva 50%) para
Determinação da potência do soro: proceder conforme proteger os animais suscetíveis contra a incoagulabilidade
descrito em Determinação da potência do soro da sanguínea provocada por uma dose Þxa de veneno de L.

s
monograÞa Soro antibotrópico (pentavalente). obliqua.

Poderá haver um coeÞciente de variação igual a 10% Veneno de referência: veneno extraído de L. obliqua por
em virtude da variação inerente aos testes com animais maceração das cerdas com solução salina tamponada.
de laboratório. Deste modo a potência mínima da fração Após a centrifugação do extrato, o sobrenadante contendo
escorpiônica poderá variar até 0,9 mg/mL. o veneno é distribuído em frascos e deve ser mantido a -20
°C. O veneno é padronizado pela determinação da Dose de
Incoagulabilidade 50% (DI50).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Determinação da DI50 do veneno: efetuar diluições
Cumpre o estabelecido na monograÞa Soros hiperimunes
do Veneno de referência com solução Þsiológica a
para uso humano. 0,85% (p/v), utilizando fator de diluição constante de
1:1 a 1:5, e igualando os volumes Þnais com o mesmo
ROTULAGEM diluente. Inocular, por via intraperitoneal, 0,5 mL por
camundongo, de cada diluição, em grupos de, no mínimo,
Observar a legislação vigente. seis camundongos BALB/c, machos, de 18 g a 22 g.
Observar os animais por duas horas após a inoculação e

300 PL de sangue por punção do plexo rectro-orbital.


coletar, com o auxílio de pipeta Pasteur, aproximadamente,
SORO ANTILONÔMICO
Immunoserum lonomicum Transferir para tubo de ensaio e determinar o tempo de
coagulação por observação visual. O tempo máximo de
coagulação é de dois minutos. As amostras de sangue que
O soro antilonômico é uma solução que contém não formam coágulo no intervalo de tempo estipulado são
imunoglobulinas especíÞcas puriÞcadas, obtidas a partir consideradas como incoaguláveis. Registrar o número de
de plasma de animais hiperimunizados com extrato de animais nos quais ocorre coagulação sanguínea e o total
Lonomia obliqua walker. Cumpre as especiÞcações e de animais sangrados. Calcular a DI50 utilizando métodos
controles prescritos na monograÞa de Soros hiperimunes estatísticos comprovados (Probitos, Spearmen & Karber,
para uso humano. Contém, em cada mililitro, transformação angular ou logitos). A faixa de resposta
1296 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

(porcentagem de incoaguláveis) deve estar entre a maior


e a menor diluição utilizada na amostra teste, formando SORO ANTILOXOSCÉLICO
a curva de regressão que deve apresentar relação linear.
TRIVALENTE
Os limites de conÞança não devem ser amplos, indicando
Immunoserum loxoscelicum
melhor precisão do ensaio quanto menor forem os seus
limites. Expressar o resultado em microgramas de veneno
por 0,5 mL. O soro antiloxoscélico é uma solução que contém
imunoglobulinas especíÞcas puriÞcadas, obtidas a partir
Determinação da potência do soro: efetuar diluições
de plasma de animais hiperimunizados com antígeno do
progressivas da amostra em solução Þsiológica a 0,85%
gênero Loxosceles, composto por venenos das aranhas
(p/v), utilizando fator de diluição constante de 1:1 a
Loxosceles gaucho, Loxosceles intermedia e Loxosceles
1:5, de maneira que o volume Þnal após a mistura com
laeta. Cumpre as especiÞcações e controles prescritos
a dose desaÞo de 3 DI50 do Veneno de referência seja
na monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano.
idêntico em todos os tubos de ensaio. Homogeneizar e
Cada mililitro contém imunoglobulinas suÞcientes para
incubar a mistura a 37 ºC por 60 minutos. Inocular, por via
neutralizar 15 doses mínimas necrosantes (DMN) de
intraperitoneal, 0,5 mL por camundongo, de cada mistura,
veneno de referência de L. intermedia.
em grupos de pelo menos seis camundongos BALB/c,
machos, de 18 g a 22 g. Observar os animais até duas horas

coletar aproximadamente 300 PL de sangue por punção do


após a inoculação e, com o auxílio de uma pipeta Pasteur, IDENTIFICAÇÃO

complexo rectro-orbital. Transferir para tubo de ensaio e A. Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação
determinar o tempo de coagulação por observação visual. da monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano,
As amostras de sangue que formam coágulo no intervalo utilizando como antígeno veneno de L. intermedia.
de até dois minutos são consideradas como coaguláveis. B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento.
Registrar o número de animais nos quais ocorre coagulação
sanguínea e o total de animais sangrados. Calcular a Dose
Efetiva 50% (DE50) em microlitros, utilizando método CARACTERÍSTICAS
estatístico comprovado. A faixa de resposta (porcentagem
Cumpre as Características descritas na monograÞa de
de coaguláveis) deve estar entre a maior e a menor diluição
Soros hiperimunes para uso humano.
utilizada na amostra teste formando a curva de regressão
que deve apresentar relação linear. Os limites de conÞança
não devem ser amplos, indicando melhor precisão do ensaio ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
quanto menor forem seus limites. Calcular a potência, em
miligramas por mililitro, segundo a expressão: Cumpre os Ensaios físico-químicos descritos na monograÞa
de Soros hiperimunes para uso humano.

s em que
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Cumpre os Testes de segurança biológica descritos na
monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano.
Tv = número de DI50 utilizada por camundongo na dose
teste de veneno.
DOSEAMENTO
O título da potência é expresso em miligramas de veneno
neutralizados por mL da amostra. Poderá haver um O ensaio de potência tem como objetivo determinar a dose
coeÞciente de variação igual a 10% em virtude da variação neutralizante necessária para proteger animais suscetíveis
inerente aos testes com animais de laboratório. Deste modo contra os efeitos dermonecróticos de uma Dose Mínima
a potência mínima poderá variar até 0,32 mg/mL. Necrosante (DMN) do Veneno de referência.

Veneno de referência: veneno extraído de L. intermedia, o


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO qual deve ser lioÞlizado ou cristalizado e mantido a -20 °C.
O veneno é padronizado pela determinação da DMN, que
Cumpre o estabelecido na monograÞa Soros hiperimunes é a menor quantidade de veneno capaz de provocar, em até
para uso humano. 72 horas, uma necrose de aproximadamente um centímetro
de diâmetro, por injeção intradérmica na face interna da
orelha de coelho.
ROTULAGEM
Determinação da DMN de veneno: reconstituir a preparação
Observar a legislação vigente.
lioÞlizada ou cristalizada de veneno para determinada
concentração (p/v) com solução Þsiológica a 0,85% (p/v).
Efetuar diluições em progressão geométrica com o mesmo
diluente, iniciando com uma dose de 3 mg de veneno e
utilizando fator de diluição constante, não superior a 1,5.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1297

Inocular, em dois coelhos albinos de 1,8 kg a 2,3 kg, por


via intradérmica, um volume de 0,1 mL de cada diluição prescritos na monograÞa de Soros hiperimunes para uso
na face interna das duas orelhas de cada coelho. Observar humano. Contém em cada mililitro, no mínimo, 200 UI.
os animais até 72 horas após a inoculação, registrar o
aparecimento de dermonecrose e medir as lesões. A DMN IDENTIFICAÇÃO
é calculada segundo a expressão:
Os métodos de Doseamento podem ser utilizados.

CARACTERÍSTICAS
em que
Proceder conforme descrito em Características da
DMN = Dose Mínima Necrótica (cm); monograÞa Soros hiperimunes para uso humano.
A= média entre os diâmetros máximos nos quatro
pontos inoculados; ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
B= média entre os diâmetros mínimos nos quatro
pontos inoculados. Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da
monograÞa Soros hiperimunes para uso humano.
O resultado é expresso pela menor quantidade em mg de
veneno capaz de provocar uma lesão dermonecrótica de
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
aproximadamente 1 cm de diâmetro.
Proceder conforme descrito em Testes de segurança
Determinação da potência do soro: efetuar diluições da
biológica da monograÞa Soros hiperimunes para uso
amostra em solução Þsiológica a 0,85% (p/v), de forma
humano.
a determinar a maior diluição que neutraliza 1 DMN do
Veneno de referência, utilizando um fator de diluição
constante, não superior a 1,5. Reconstituir e diluir o Veneno DOSEAMENTO
de referência com solução Þsiológica a 0,85% (p/v), de
modo que cada dose de 0,1 mL a ser inoculada por animal Método de soroneutralização em camundongos
contenha 1 DMN. Injetar, por via intradérmica, a dose de O ensaio de potência da amostra tem como objetivo
0,1 mL desta diluição do Veneno de referência na face determinar a dose neutralizante necessária (Dose Efetiva
interna de uma das orelhas de cada um de três coelhos. Em 50%) para proteger camundongos contra os efeitos letais
seguida, administrar 1 mL de soro diluído na veia marginal de uma dose desaÞo de vírus rábico. Para avaliação
da orelha oposta àquela em que foi inoculado o veneno. comparativa da potência da amostra, utiliza-se soro
Em paralelo, realizar um controle do veneno através da equino lioÞlizado de referência, aferido em unidades
inoculação de 1 DMN por orelha em, no mínimo, mais um internacionais, pelo soro padrão internacional distribuído
coelho. Observar os animais até 72 horas após a inoculação
quanto ao aparecimento de dermonecrose. Registrar a
maior diluição do soro que não provoca necrose.

O título da potência é expresso em DMN de veneno


pela Organização Mundial da Saúde.

Vírus desaÞo: cepa CVS (challenge virus standard), de


Dose Letal 50% (DL50) conhecida.
s
neutralizado por mililitro do soro. Determinação da DL50: efetuar diluições decimais seriais de
vírus com solução de água destilada contendo 2% (v/v) de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO soro normal de origem animal ou 0,75% (p/v) de albumina

um volume de 30 PL de cada diluição em grupos de, no


bovina. Homogeneizar e inocular, por via intracerebral,
Cumpre o estabelecido na monograÞa de Soros hiperimunes
para uso humano. mínimo, 10 camundongos albinos suíços de 10 g a 15 g.
Observar os animais durante 14 dias. Calcular a DL50 por
método estatisticamente comprovado, utilizando o número
ROTULAGEM em cada grupo que morrer ou desenvolver sintomas de
Observar a legislação vigente. raiva entre o 5° e 14° dias. A faixa de resposta produzida
(porcentagem de mortes) deve estar entre a maior e a menor
diluição utilizada, formando a curva de regressão que deve
apresentar uma relação linear.
SORO ANTIRRÁBICO
Determinação da potência do soro: efetuar diluições
seriais da amostra, com o mesmo diluente descrito na
O soro antirrábico é uma solução que contém
Determinação da DL50, utilizando fator de diluição
imunoglobulinas especíÞcas puriÞcadas, obtidas a partir de
constante, não superior a 2, até que seja atingida diluição
plasma de animais hiperimunizados contra o vírus rábico.
em que, supostamente, não haja neutralização. Transferir
Na imunização dos animais são utilizadas cepas de vírus
para tubos de ensaio um volume constante de cada uma das
Þxo inativado ou não, replicadas em cultivo de células
quatro últimas diluições. Preparar diluição de Vírus desaÞo
distintas daquelas utilizadas na preparação da vacina raiva
para que contenha 100 DL50 a 500 DL50 iniciais, utilizar o
de uso humano. Cumpre as especiÞcações e controles
mesmo diluente. Adicionar em cada um dos quatro tubos
1298 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

já contendo soro, o mesmo volume da diluição de desaÞo, -20 °C por 15 minutos. Adicionar uma imunoglobulina
de maneira que sejam obtidas diluições dobradas de vírus antinucleocapsídeo rábico conjugada com isotiocianato de
que contenha 50 DL50 a 250 DL50 da amostra em teste. ßuoresceína e manter a 37 °C durante 30 minutos. Lavar as
Homogeneizar as misturas. Proceder de maneira idêntica placas 2 vezes em solução salina tamponada com fosfato
para o soro de referência. Paralelamente, para determinar pH 8,0. Observar 8 campos em cada orifício da microplaca
o número real de DL50 utilizado como desaÞo, preparar em microscópio de ßuorescência invertido com aumento
quatro diluições decimais sucessivas com o mesmo de 200 vezes. Considerar positivo o campo que contenha
diluente, a partir da diluição utilizada como desaÞo. um ou mais focos ßuorescentes.
Distribuir um volume constante de diluente em cada um
de quatro tubos de ensaio e transferir para os mesmos, Calcular as Doses Efetivas 50% (DE50) da amostra e do
iniciando pela diluição desaÞo, o mesmo volume de soro de referência, assim como a DL50 do vírus desaÞo, por
cada uma das diluições seriadas de vírus. Homogeneizar, método estatisticamente comprovado. A faixa de resposta
obtendo diluições dobradas do vírus desaÞo. Incubar as produzida (porcentagem de focos ßuorescentes) deve estar
misturas de soros mais vírus e vírus mais diluente em entre a maior e a menor diluição utilizada na amostra teste e
padrão, formando a curva de regressão que deve apresentar
por via intracerebral, um volume de 30 PL de cada mistura
banho-maria a 37 ± 0,5 °C, durante 90 minutos. Inocular,
uma relação linear e a análise estatística demonstre uma
em grupos de, pelo menos, oito camundongos albinos inclinação signiÞcativa das linhas dose/resposta e sem
suíços de 10 g a 15 g. Observar os animais de cada grupo desvios signiÞcativos de linearidade e paralelismo. A
durante 14 dias e registrar os números de animais que potência é determinada segundo a expressão:
morrerem ou apresentarem sintomas de raiva no período
de 5 a 14 dias após o desaÞo.

Calcular as Doses Efetivas 50% (DE50) da amostra e do


soro de referência, assim como a DL50 do vírus desaÞo, por A potência estimada deve ser de, no mínimo, 200 UI/mL e
método estatisticamente comprovado. A faixa de resposta os limites de conÞança não devem estar abaixo de 80% ou
produzida (porcentagem de sobrevivência) deve estar entre acima de 125% da atividade determinada.
a maior e a menor diluição utilizada na amostra teste e
padrão, formando a curva de regressão que deve apresentar
uma relação linear. A potência é determinada segundo a EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
expressão: Cumpre o estabelecido na monograÞa Soros hiperimunes
para uso humano.

ROTULAGEM
A potência estimada deve ser de, no mínimo, 200 UI/mL e
Observar a legislação vigente.

s
os limites de conÞança não devem estar abaixo de 25% ou
acima de 400% da atividade determinada.

Método de soroneutralização de vírus rábico em células SORO ANTITETÂNICO


BHK21 Immunoserum tetanicum ad usum humanum
Pré-diluir os soros de referência e amostra teste para a
concentração aproximada de 1 UI/mL e fazer diluições O soro antitetânico é uma solução que contém
em série na razão 2, usando meio Eagle-MEM com 2,5% imunoglobulinas puriÞcadas, obtidas a partir de plasma
de soro fetal bovino. Colocar 50 —L de cada uma dessas de animais hiperimunizados contra a toxina produzida
diluições em microplaca de poliestireno de 96 orifícios e pelo Clostridium tetani. Cumpre as especiÞcações e testes
adicionar o mesmo volume de uma diluição de vírus Þxo prescritos na monograÞa de Soros hiperimunes para uso
CVS-11 em células BHK21, de forma a obter de 30 a 300 humano. Contém em cada mililitro, no mínimo, 1000 UI
doses formadoras de focos ßuorescentes 50% (DFF50) de antitoxina.
após a mistura com os soros. Na mesma placa fazer uma
titulação do vírus CVS-11 com 4 diluições seriadas na base
IDENTIFICAÇÃO
10, sendo a primeira igual à diluição adicionada aos soros
teste e de referência. Incubar a microplaca com as misturas A. Proceder conforme descrito no teste A. de IdentiÞcação
de soro e vírus em estufa com 5% de CO2 a 37 °C durante da monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano,
90 minutos. Em seguida, adicionar a cada orifício 100 utilizando como antígeno a toxina de C. tetani.
—L de uma suspensão contendo 3,7 x 104 células BHK21
em meio Eagle MEM com 2,5% de soro fetal bovino. B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento.
Em dois orifícios colocar apenas o meio de cultura e as
células para controle das mesmas. Incubar novamente a CARACTERÍSTICAS
microplaca a 37 °C em estufa com 5% de CO2 durante 22
horas. Lavar as células com solução salina tamponada com Proceder conforme descrito em Características da
fosfatos pH 8,0 e Þxá-las com acetona a 80% resfriada a monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1299

ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS em grupos de, no mínimo, 10 camundongos por mistura.


Observar os animais até 96 horas após a inoculação e
Proceder conforme descrito em Ensaios físico-químicos da registrar o número de mortos. Nas mesmas condições
monograÞa de Soros hiperimunes para uso humano. descritas e paralelamente, realizar a prova com a Antitoxina
tetânica de referência, com o objetivo de se veriÞcar a
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA validade da prova e estabelecer correlação no cálculo do
título. Calcular a potência do soro em teste, em UI/mL,
Proceder conforme descrito em Testes de segurança considerando a menor diluição que determina a morte
biológica da monograÞa de Soros hiperimunes para uso de todos os animais durante o período de observação,
humano. utilizando a seguinte equação:

DOSEAMENTO
O ensaio de potência da amostra tem como objetivo em que
determinar a dose neutralizante necessária para proteger os
animais utilizados na prova, contra os efeitos letais de uma A = o inverso da menor diluição (ou maior volume) do soro
dose teste da Toxina tetânica de referência. A dose do soro que mata todos os animais;
em teste é comparada com a dose da Antitoxina tetânica B = o volume utilizado de soro diluído que mata todos os
de referência necessária para conferir a mesma proteção. animais;
Antitoxina tetânica de referência: o padrão internacional C = número total de doses contidas no volume Þnal de cada
de referência da antitoxina tetânica é distribuído aos mistura pelo título L+/10.
laboratórios de produção e controle em ampolas que contêm
soro equino hiperimune lioÞlizado, que especiÞcamente EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
neutraliza a toxina tetânica. A equivalência do padrão
internacional em unidades internacionais é estabelecida Cumpre o estabelecido na monograÞa de Soros hiperimunes
periodicamente pela Organização Mundial da Saúde. para uso humano.

Toxina tetânica de referência: é preparada a partir de


Þltrados estéreis de sobrenadantes de cultivos líquidos de ROTULAGEM
C. tetani incubados durante cinco a sete dias. O Þltrado Observar a legislação vigente.
deve ser concentrado, puriÞcado por métodos físicos ou
químicos e lioÞlizado. Após a reconstituição, adicionar
solução salina glicerinada e armazenar a -20 °C.
SOROS HIPERIMUNES PARA USO
Determinação da dose teste de toxina (L+/10): diluir HUMANO
a antitoxina de referência para 1 UI/mL, com solução
Þsiológica a 0,85% (p/v). Diluir a toxina para uma
determinada concentração, em solução Þsiológica
contendo peptona a 1% (p/v). Em uma série de tubos
Immunosera ad usum humanum

Os soros hiperimunes são preparações contendo


imunoglobulinas puriÞcadas, de origem animal, que
s
de ensaio, adicionar volumes variáveis de toxina e um
volume constante da antitoxina de referência diluída. neutralizam especiÞcamente toxinas bacterianas, bactérias,
Igualar os volumes com o mesmo diluente da toxina. vírus ou componentes tóxicos do veneno de uma ou
Homogeneizar e incubar a 37 °C por 60 minutos. Inocular mais espécies de animais peçonhentos. Um conservante
em cada camundongo albino suíço de 17 g a 22 g, por via adequado pode ser adicionado e o produto Þnal é
subcutânea, um volume que contenha 0,1 UI de antitoxina apresentado sob forma líquida ou lioÞlizada. O produto
de referência em grupos de, no mínimo, 10 camundongos líquido é límpido, incolor ou ligeiramente amarelado, não
por mistura. Observar os animais até 96 horas após a apresentando grumos ou partículas. O soro lioÞlizado
inoculação e registrar o número de mortes por mistura. O consiste de pó branco ou ligeiramente amarelado que, uma
L+/10 (limite morte por 10) ou dose teste da toxina é a vez reconstituído, apresenta as mesmas características das
menor quantidade de toxina que, quando combinada com preparações líquidas.
0,1 UI de antitoxina de referência, provoca a morte dos
As imunoglobulinas puriÞcadas são obtidas por tratamento
animais no período de observação estipulado.
enzimático e precipitação fracionada, ou por outros
Determinação da potência do soro: diluir a Toxina tetânica procedimentos químicos ou físicos, de plasmas de animais
de referência com solução Þsiológica tamponada contendo sadios imunizados com os antígenos especíÞcos. Durante o
peptona a 1% (p/v) para uma dose de 10 L+/10. A uma processo de imunização, os animais não devem ser tratados
série de tubos de ensaio, distribuir volumes variáveis da com penicilina ou estreptomicina.
amostra. Adicionar 1 mL da toxina tetânica de referência
Para assegurar a qualidade do produto nas diversas fases de
diluída. Igualar os volumes para 2 mL com o mesmo
processamento, devem ser realizados testes de esterilidade,
diluente. Homogeneizar e incubar as misturas a 37 °C por
pH, proteínas, atividade ou potência por métodos in vitro
60 minutos. Inocular em cada camundongo albino suíço
ou in vivo.
de 17 g a 22 g, por via subcutânea, um volume de 0,2 mL
1300 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Antes do envase, amostras do produto são submetidas às Fenol. No máximo 0,35% (p/v).
determinações que seguem.
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Cloreto de sódio. 0,70% (p/v) a 0,90% (p/v).
A. Diluir a amostra de modo que a concentração de fenol
Fenol. No máximo 0,35% (p/v). esteja entre 5 ppm e 30 ppm. Adicionar 5 mL de tampão
borato pH 9,0, 5 mL de 4-aminoantipirina a 0,10% (p/v) e
Nitrogênio e proteínas. No máximo 0,30% (p/v) de 5 mL de ferricianeto de potássio a 5% (p/v). Em paralelo,
nitrogênio não protéico. No máximo 15% (p/v) de preparar branco e uma curva de calibração de fenol com
proteínas. concentrações variando de 5 ppm a 30 ppm. Proceder às
leituras das absorvâncias (5.2.14) da amostra, dos padrões
Potência. É determinada de acordo com os procedimentos
e do branco a um comprimento de onda de 546 nm, 10
indicados nas monograÞas respectivas.
minutos após o término da reação. Utilizar a leitura dos
Sólidos totais. No máximo 20%. padrões para fazer a curva analítica e determinar a
concentração de fenol na amostra por interpolação gráÞca
Sulfato de amônio. No máximo 0,20% (p/v). ou regressão linear. É facultado ao produtor a utilização do
resultado obtido no produto antes do envase.
A preparação é distribuída assepticamente em ampolas ou
frascos-ampola. A lioÞlização do produto quando requerida B. Adicionar 1 mL da amostra em um balão volumétrico e
deve assegurar concentração de água não superior a 3% do completar o volume para 200 mL com água destilada. Desta
produto Þnal. solução, tomar 5 mL e transferir para um balão volumétrico
de 25 mL. Adicionar 3 mL de tampão borato pH 9,0, 2,5
IDENTIFICAÇÃO mL 4-aminoantipirina a 0,15% (p/v) e 0,5 mL de ferricianeto
de potássio a 5% (p/v). Agitar e completar o volume com
A. Baseada na reação in vitro de antígeno-anticorpo por água destilada. Em paralelo, preparar o branco e uma curva
Imunodifusão duplo radial (Ouchterlony). Preparar gel de de calibração de fenol com concentrações variando de 0,6
ágar a 1% (p/v) e distribuir em lâmina para microscópio, de —g a 3,9 —g de fenol por mililitro. Proceder as leituras das
modo que resulte em Þna camada. Colocar em estufa a 37 absorvâncias (5.2.14) da amostra, dos padrões e do branco
°C, sem secar. Adicionar 4 mL de ágar na lâmina e colocar a um comprimento de onda de 495 nm, de 20 a 40 minutos
à temperatura de 2 °C a 8 °C em câmara úmida por uma após o término da reação. Utilizar a leitura dos padrões para
hora. Fazer orifícios no gel, mantendo a mesma distância fazer uma curva analítica e determinar a concentração de
entre o orifício central e os periféricos. Preencher o orifício fenol na amostra por interpolação gráÞca ou regressão linear.
central com solução do antígeno especíÞco e os periféricos
com a amostra a testar, em diluições variáveis. Preencher Nitrogênio protéico e proteínas. Proceder conforme
um dos orifícios com soro normal equino para controle descrito em Determinação de nitrogênio pelo método
negativo. Incubar a 37 °C por 24 horas em câmara úmida Kjeldahl (5.3.3.2). No máximo 0,3% (p/v) de nitrogênio

s e realizar a leitura em lâmpada para contraste. Observar não protéico e 15% (p/v) de proteínas. Para determinar
a presença de linha de precipitação, reação de identidade a concentração de proteínas, multiplicar o resultado de
entre os componentes analisados. nitrogênio protéico por 6,25. É facultado ao produtor a
utilização do resultado obtido no produto antes do envase.
B. Atende aos requisitos descritos em Doseamento.
Sólidos totais. Em pesa-Þltro previamente tarado, pesar
exatamente 1 g da amostra em duplicata e colocar na capela
CARACTERÍSTICAS de exaustão sobre placa de aquecimento, até a evaporação
do líquido. Transferir o pesa-Þltro com a amostra para estufa
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
a 105 °C e deixar por 1 hora. Transferir a amostra dessecada
pH (5.2.19). 6,0 a 7,0 para dessecador, deixar por 30 minutos e pesar. Repetir o
procedimento de dessecação até peso constante. Calcular a
porcentagem de sólidos totais segundo a expressão:
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
% de sólidos totais =
Cloreto de sódio. Em erlenmeyer de 50 mL, adicionar 10
mL da amostra diluída a 10% (v/v) em água bidestilada. em que
Adicionar, com agitação, três gotas de difenilcarbazona-
azul de bromofenol SR e, posteriormente, algumas gotas de B = diferença entre o pesa-Þltro dessecado e o pesa-Þltro
ácido nítrico 0,20 M SV, até que a solução Þque amarelo- vazio;
esverdeada. Efetuar ensaio em branco. Titular com nitrato C = peso da amostra.
de mercúrio(II) 0,01 M SV, até o ponto de viragem, em
É facultado ao produtor a utilização do resultado obtido no
que uma coloração violeta indica o ponto Þnal. Cada mL
produto antes do envase. No máximo 20%.
de nitrato de mercúrio (II) 0,01 M SV equivale a 0,585 ng
de cloreto de sódio. É facultado ao produtor a utilização do Sulfato de amônio. Diluir a amostra a 1% (v/v) com
resultado obtido no produto antes do envase. Entre 0,70% água bidestilada e transferir 10 mL da solução para tubo
(p/v) e 0,90% (p/v). de Nessler. Transferir 1 mL de solução estoque de sulfato
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1301

de amônio a 0,6% (p/v) para balão volumétrico de 100


mL e completar o volume com água bidestilada. Diluir a SULFADIAZINA
solução em proporções 1:2, 1:3, 1:4 e transferir 10 mL de Sulfadiazinum
cada diluição para três tubos de Nessler. Adicionar 1 mL
de reagente de Nessler a cada um dos tubos contendo a
amostra e os padrões e comparar a cor. A intensidade da
cor da amostra é igual ou menor que a da solução padrão
diluída 1:3. É facultado ao produtor a utilização do
resultado obtido no produto antes do envase. No máximo
0,2% (p/v).

Umidade residual. É determinada quando o produto é


apresentado sob a forma lioÞlizada. Transferir 80 mg
da amostra para um pesa-Þltro previamente dessecado e C10H10N4O2S; 250,28
tarado. Manter por três horas em atmosfera de pentóxido sulfadiazina; 08116
de fósforo anidro, sob pressão não superior a 5 mm de 4-Amino-N-2-pirimidinil-benzenossulfonamida
mercúrio, à temperatura de 60 °C. O pesa-Þltro contendo a [68-35-9]
amostra é resfriado por 20 minutos em dessecador contendo
sílica-gel e imediatamente pesado. A etapa de aquecimento Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de
e resfriamento é repetida até a obtenção de peso constante. C10H10N4O2S, em relação à substância dessecada.
O valor da umidade residual é a média do porcentual de
perda de peso, no mínimo, de três avaliações da amostra. O
método volumétrico para determinação de água (5.2.20.1) DESCRIÇÃO
também pode ser utilizado. No máximo 3%.
Características físicas. Pó branco ou branco-amarelado,
inodoro. Escurece lentamente pela exposição à luz.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, muito
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Utilizar somente pouco solúvel em etanol e acetona, insolúvel em
o método de Þltração por membrana, que deve ter clorofórmio. Facilmente solúvel em soluções diluídas de
porosidade nominal não maior que 0,45 mm. hidróxidos alcalinos e solúvel em ácido clorídrico 3 M.

Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar 1 mL/kg e não Constantes físico-químicas.


reutilizar os animais utilizados no teste.
Faixa de fusão (5.2.2): 252 ºC a 256 ºC, com decomposição.

DOSEAMENTO

s
IDENTIFICAÇÃO
Para a determinação da potência, proceder conforme
descrito na monograÞa especíÞca. É facultado ao produtor A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
a utilização do resultado obtido no produto antes do envase. amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO intensidades relativas daqueles observados no espectro de
sulfadiazina SQR, preparado de maneira idêntica.
A temperatura e o prazo de validade são os indicados
pelo fabricante do soro, tendo como base evidências B. A mancha principal do cromatograma da Solução (1),
experimentais, aprovadas pela autoridade do controle obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
nacional. posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
ROTULAGEM C. Dissolver 50 mg da amostra em 2 mL de ácido
clorídrico SR com aquecimento. Resfriar em banho de gelo
Observar a legislação vigente.
e adicionar 2 mL de nitrito de sódio SR. Diluir com 2 mL
de água gelada e adicionar 1 mL de 2-naftol SR. Produz-se
precipitado alaranjado.

D. Aquecer, com cuidado, à chama direta ou em banho


de areia, 50 mg da amostra em tubo de ensaio seco.
Desenvolve-se coloração castanho-avermelhada, e os
vapores que se desprendem não modiÞcam o papel de
acetato de chumbo umedecido.

E. Aquecer 1 g da amostra, brandamente, em tubo de


ensaio, sobre chama fraca, até que sublime. Com bastão
de vidro, recolher alguns miligramas do sublimado e
1302 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

misturar em tubo de ensaio com 1 mL de resorcinol a 5% Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
(p/v) em etanol a 90% (v/v). Adicionar 1 mL de ácido No máximo 0,1%.
sulfúrico e agitar. Produz-se imediatamente coloração
vermelha escura. Diluir a mistura, cuidadosamente, com
DOSEAMENTO
25 mL de água gelada e adicionar excesso de amônia 6 M.
Desenvolve-se coloração azul ou azul-avermelhada. Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Titulações por


ENSAIOS DE PUREZA diazotação (5.3.3.1), Método 2. Cada mL de nitrito de
Aspecto da solução. Dissolver 1 g da amostra em mistura sódio 0,1 M SV equivale a 25,028 mg de C10H10N4O2S.
de 5 mL de hidróxido de sódio SR e 20 mL de água. A
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
solução obtida é límpida (5.2.25).
absorção no ultravioleta (5.2.14). Dissolver quantidade
Acidez. Aquecer 1 g da amostra com 50 mL de água exatamente pesada da amostra em hidróxido de sódio 0,1 M,
isenta de dióxido de carbono a 70 ºC durante 5 minutos. e diluir com o mesmo solvente até concentração de 0,001%
Resfriar rapidamente a 20 ºC e Þltrar. No máximo 0,2 mL (p/v). Preparar solução padrão na mesma concentração,
de hidróxido de sódio 0,1 M é gasto para neutralizar 25 mL utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das
do Þltrado, utilizando fenolftaleína SI como indicador. soluções em 254 nm, utilizando hidróxido de sódio 0,1
M para ajuste do zero. Calcular o teor de C10H10N4O2S na
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em amostra a partir das leituras obtidas.
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de clorofórmio, C. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
metanol e hidróxido de amônio (30:12:1), como fase absorção no visível (5.2.14). Pesar, exatamente, cerca de
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 20 ȝL de cada uma 0,5 g da amostra e transferir para balão volumétrico de
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. 200 mL com auxílio de 30 mL de hidróxido de sódio 0,1
M. Agitar até dissolução, completar o volume com água e
Solução (1): solução a 100 ȝg/mL da amostra em mistura homogeneizar. Realizar diluições sucessivas em água até
de tolueno e dimetilformamida (2:1). concentração de 0,005% (p/v). Preparar solução padrão
a 0,25% (p/v) em mistura de água e hidróxido de sódio
Solução (2): solução a 100 ȝg/mL de sulfadiazina SQR em 0,1 M (85:15). Realizar diluições sucessivas em água até
mistura de tolueno e dimetilformamida (2:1). concentração de 0,005% (p/v). Transferir 2 mL da Solução
padrão e da Solução amostra para balões volumétricos de
Solução (3): solução a 2 ȝg/mL de sulfanilamida em
25 mL. Adicionar, a cada balão, 1 mL de ácido clorídrico 2
mistura de tolueno e dimetilformamida (2:1).
M e 1 mL de nitrito de sódio a 0,1% (p/v). Agitar e deixar
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e deixar em repouso por 2 minutos. Adicionar 1 mL de sulfamato
secar ao ar. Nebulizar com ácido clorídrico 1 M em metanol de amônio a 0,5% (p/v), agitar e deixar em repouso por

s e, em seguida, com nitrito de sódio a 1% (p/v) em etanol


a 90% (v/v). Aguardar de 3 a 5 minutos e nebulizar com
dicloridrato de N-(1-naftil)etilenodiamina a 0,5% (p/v) em
etanol a 90% (v/v). Qualquer mancha secundária obtida
2 minutos. Adicionar 1 mL de dicloridrato de N-(1-naftil)
etilenodiamina SR, agitar e deixar em repouso por 10
minutos. Completar os volumes com água. Preparar branco
em paralelo. Medir as absorvâncias das soluções em 540
no cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha nm, utilizando o branco para ajuste do zero. Calcular o teor
principal, não é mais intensa que aquela obtida com a de C10H10N4O2S na amostra a partir das leituras obtidas.
Solução (3) (2,0%).

Arsênio (5.3.2.5). Proceder conforme descrito em Método EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


visual. No máximo 0,0002% (2 ppm). Em recipientes opacos, bem fechados, protegidos da luz.
Cloretos (5.3.2.1). Ferver 1 g em mistura de 10 mL de
ácido nítrico SR e 5 mL de água destilada. Prosseguir ROTULAGEM
conforme descrito em Ensaio limite para cloretos. No
máximo 0,035% (350 ppm). Observar a legislação vigente.

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No


máximo 0,002% (20 ppm). CLASSE TERAPÊUTICA

Sulfatos (5.3.2.2). Dissolver 1 g da amostra, com Antisséptico.


aquecimento, em mistura de 10 mL de ácido clorídrico SR
e 5 mL de água. Prosseguir conforme descrito em Ensaio
limite para sulfatos. No máximo 0,12% (1200 ppm). SULFADIAZINA COMPRIMIDOS
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da
máximo 0,5%. quantidade declarada de C10H10N4O2S.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1303

IDENTIFICAÇÃO Tolerância: não menos que 70% (Q) da quantidade


declarada de C10H10N4O2S se dissolvem em 90 minutos.
A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
de pó equivalente a 0,5 g de sulfadiazina e triturar em gral
com 5 mL de clorofórmio. Filtrar e descartar o Þltrado. ENSAIOS DE PUREZA
Triturar o resíduo com 10 mL de hidróxido de amônio 6
Substâncias relacionadas. Proceder como descrito em
M por cinco minutos, adicionar 10 mL de água e Þltrar.
Substâncias relacionadas na monograÞa de Sulfadiazina.
Aquecer o Þltrado até eliminar toda amônia e resfriar.
Preparar a Solução (1) utilizando o resíduo obtido no teste
Adicionar ácido acético 6 M até reação distintamente
A. de IdentiÞcação.
ácida. Forma-se precipitado de sulfadiazina. Filtrar e lavar
o precipitado com água fria. Secar o resíduo a 105 °C por Água (5.2.20.1). No máximo 3%.
uma hora. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
do resíduo, disperso em brometo de potássio, apresenta
máximo de absorção somente nos mesmos comprimentos TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
de onda e com as mesmas intensidades relativas, que os Contagem do número total de micro-organismos
observados com sulfadiazina SQR. mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
de 200 a 400 nm, de solução a 0,001% (p/v) do resíduo Cumpre o teste.
obtido no teste A. de IdentiÞcação em etanol, exibe
máximos e mínimos somente nos comprimentos de onda
de solução similar de sulfadiazina SQR. DOSEAMENTO
C. A mancha principal obtida com a Solução (1), obtida em Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Substâncias relacionadas corresponde em posição, cor e de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
intensidade àquela obtida com a Solução (2). de detector de ultravioleta a 257 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada
D. Dissolver 50 mg do resíduo obtido no teste A. de com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano,
IdentiÞcação em 2 mL de ácido clorídrico a 10% (p/v), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de
com aquecimento. Resfriar em banho de gelo e adicionar 1,0 mL/minuto.
2 mL de nitrito de sódio a 10% (p/v). Diluir com 10 mL
de água gelada e adicionar 2 mL de 2-naftol SR. Forma-se Fase móvel: mistura de água, acetonitrila e ácido acético
precipitado alaranjado. glacial (87:12:1).

Solução amostra: pesar e pulverizar não menos que 20


CARACTERÍSTICAS comprimidos. Transferir quantidade do pó, exatamente

s
pesada, equivalente a 0,1 g de sulfadiazina para balão
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. volumétrico de 100 mL, adicionar 75 mL de hidróxido
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. de sódio 0,025 M, deixar em ultrassom por 10 minutos,
completar o volume com o mesmo solvente, misturar e
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. Þltrar.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de sulfadiazina SQR em solução de hidróxido de sódio
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. 0,025 M, de modo a obter solução em torno de 1 mg/mL.
Proceder conforme descrito no método A. de Doseamento.
Injetar replicatas de 10 —L da Solução padrão. O fator de
cauda não é maior que 1,5. O desvio padrão relativo das áreas
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
de replicatas dos picos registrados não deve ser maior que
Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL 2,0%.

Aparelhagem: pás, 75 rpm Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L da Solução


padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Tempo: 90 minutos e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
C10H10N4O2S nos comprimidos a partir das respostas
Procedimento: após o teste, retirar alíquotas do meio obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
de dissolução, Þltrar. Diluir em solução de hidróxido
de sódio 0,1 M até concentração adequada. Medir as
absorvâncias das soluções em 254 nm (5.2.14), utilizando EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
solução de hidróxido de sódio 0,1 M para ajuste do zero.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Calcular a quantidade de C10H10N4O2S dissolvida no
meio, comparando as leituras obtidas com a da solução
de sulfadiazina SQR na concentração de 0,0005 % (p/v) ROTULAGEM
preparada no mesmo solvente.
Observar a legislação vigente.
1304 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Resfriar em água gelada por cerca de 15 minutos e Þltrar. A


SULFAMETOXAZOL 20 mL do Þltrado, adicionar 0,1 mL de azul de bromotimol
Sulfamethoxazolum SI. Não mais que 0,3 mL de hidróxido de sódio 0,1 M é
necessário para mudar a cor do indicador.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em


CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de amônia, água,
nitrometano e dioxana (3:5:40:50), como fase móvel.
Aplicar, separadamente, à placa, 5 —L de cada uma das
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): transferir 0,1 g da amostra para balão


C10H11N3O3S; 253,28 volumétrico de 5 mL. Dissolver em mistura de amônia
sulfametoxazol; 08134 e metanol (2:48) e completar o volume com o mesmo
4-Amino-N-(5-metil-3-isoxazolil)benzenossulfonamida solvente.
[723-46-6]
Solução (2): diluir 1 mL da Solução (1) para 5 mL em
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de mistura de amônia e metanol (2:48).
C10H11N3O3S, em relação à substância dessecada.
Solução (3): transferir 20 mg de sulfametoxazol SQR para
balão volumétrico de 5 mL, dissolver em 3 mL de mistura
DESCRIÇÃO de amônia e metanol (2:48) e completar o volume com o
mesmo solvente.
Características físicas. Pó cristalino branco ou quase
branco. Solução (4): diluir 1,25 mL da Solução (2) para 50 mL em
mistura de amônia e metanol (2:48).
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
solúvel em acetona, ligeiramente solúvel em etanol, pouco Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar a
solúvel em éter etílico. Facilmente solúvel em soluções 105 ºC. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). Qualquer
diluídas de hidróxido de sódio. mancha obtida no cromatograma da Solução (1), diferente
da mancha principal não deve ser mais intensa que a
Constantes físico-químicas. mancha obtida no cromatograma da Solução (4) (0,5%).
Faixa de fusão (5.2.2): 168 ºC a 172 ºC. Sulfanilamida e Ácido sulfanílico. Proceder conforme
descrito em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
IDENTIFICAÇÃO utilizando sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de

s
etanol, n-heptano, clorofórmio e ácido acético glacial
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da (25:25:25:7), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta placa, 10 —L das Soluções (1) e (3) e 25 —L da Solução (2),
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos recentemente preparadas, descritas a seguir.
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de sulfametoxazol SQR, preparado Solução (1): transferir 0,1 g de sulfametoxazol SQR para
de maneira idêntica. balão volumétrico de 10 mL. Dissolver em 0,1 mL de
hidróxido de amônio e completar o volume com metanol.
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,001% (p/v) Solução (2): dissolver 20 mg de sulfanilamida SQR e 20
preparada com hidróxido de sódio 0,1 M, exibe máximos e mg de ácido sulfanílico em 10 mL de hidróxido de amônio
mínimos idênticos aos observados no espectro de solução e completar o volume para balão volumétrico de 100
similar de sulfametoxazol SQR. A leitura de absorvância mL com metanol. Transferir 2 mL da solução para balão
da amostra em 257 nm não difere em mais que 2% de volumétrico de 50 mL, adicionar 10 mL de hidróxido de
absorvância do sulfametoxazol SQR. amônio e completar o volume com metanol.

C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2), Solução (3): transferir 0,1 g da amostra para balão
obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em volumétrico de 10 mL. Dissolver em 0,1 mL de hidróxido
posição, cor e intensidade àquela obtida com a Solução (3). de amônio e completar o volume com metanol.

D. Dissolver 0,1 g da amostra em 2 mL de ácido clorídrico 2 Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar ao
M. A solução obtida responde à reação de amina aromática ar. Pulverizar a placa com reagente de Erlich modiÞcado.
primária (5.3.1.1). Os fatores de retenção (Rf) são: 0,7 para o sulfametoxazol,
0,5 para a sulfanilamida e 0,1 para o ácido sulfanílico.
A Solução (3) não deve apresentar mancha superior a
ENSAIOS DE PUREZA 0,2% para sulfanilamida e ácido sulfanílico, obtida no
Alcalinidade. Adicionar 25 mL de água a 1,25 g de amostra cromatograma da Solução (2).
Þnamente pulverizada. Aquecer a 70 ºC por 5 minutos.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1305

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da de clorofórmio, lavando cada extrato com duas porções de
amostra. Dessecar em estufa, a 105 ºC, por 4 horas, até 10 mL de hidróxido de sódio 0,1 M e com 10 mL de água.
peso constante. No máximo 0,5%. Agitar com 5 mg de sulfato de sódio anidro, Þltrar e secar
a 105 °C, até peso constante. O espectro de absorção no
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. infravermelho (5.2.14) do resíduo, previamente dessecado,
No máximo 0,1%. disperso em brometo de potássio, apresenta máximos de
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e
DOSEAMENTO com as mesmas intensidades relativas daqueles observados
no espectro de trimetoprima SQR.
Proceder conforme descrito em Titulações por diazotação
(5.3.3.1), Método 2. Dissolver, exatamente, cerca de 0,5 g C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
da amostra em mistura de 20 mL de ácido acético glacial camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como
e 40 mL de água e adicionar 15 mL de ácido clorídrico. suporte, e mistura de clorofórmio, álcool isopropílico
Resfriar a 15 ºC. Titular imediatamente com nitrito de sódio e dietilamina (60:50:10), como fase móvel. Aplicar,
0,1 M SV. Determinar o ponto Þnal potenciometricamente. separadamente, à placa, 20 —L de cada uma das soluções,
Cada mL de nitrito de sódio 0,1 M SV equivale a 25,330 recentemente preparadas, descritas a seguir.
mg de C10H11N3O3S.
Solução (1): pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir
quantidade do pó equivalente a 4 mg de trimetoprima
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO para balão volumétrico de 10 mL, adicionar 8 mL de
metanol. Deixar em ultrassom por 15 minutos e agitar
Em recipientes herméticos. mecanicamente por 15 minutos. Completar volume com
metanol. Homogeneizar e Þltrar.
ROTULAGEM Solução (2): preparar solução a 0,4 mg/mL de trimetoprima
Observar a legislação vigente. SQR em metanol.

Solução (3): preparar solução a 2 mg/mL de sulfametoxazol


CLASSE TERAPÊUTICA SQR em metanol.

Antibacteriano Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar


ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). As manchas
referentes ao sulfametoxazol e trimetropima obtidas com
SULFAMETOXAZOL E TRIMETOPRIMA a Solução (1) correspondem em posição, cor e intensidade
COMPRIMIDOS àquelas obtidas com a Solução (2) e a Solução (3).

D. Os tempos de retenção dos picos principais do


Contém, no mínimo, 93,0% e, no máximo, 107,0% da
quantidade declarada de sulfametoxazol (C10H11N3O3S) e
trimetoprima (C14H18N4O3).
cromatograma da Solução amostra, obtida no método C.
de Doseamento, correspondem àqueles dos picos principais
da Solução padrão. s
IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS

A. Filtrar a camada aquosa reservada no método A. de Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Doseamento. Adicionar, gota a gota, quantidade suÞciente Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
de ácido clorídrico 2 M para acidiÞcar e extrair com 50
mL de éter etílico. Lavar a camada etérea com 10 mL de Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
água, misturar com 5 g de sulfato de sódio anidro, Þltrar
e evaporar o Þltrado até secura. Dissolver o resíduo em Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
volume mínimo de carbonato de sódio anidro a 5% (p/v),
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
adicionar, gota a gota, ácido clorídrico M até precipitação e
Proceder conforme descrito no método C. de Doseamento.
Þltrar. Lavar o precipitado com água e secar a 105 °C, até
peso constante. O espectro de absorção no infravermelho
(5.2.14) do resíduo, previamente dessecado, disperso em TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
brometo de potássio, apresenta máximos de absorção
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as Meio de dissolução: ácido clorídrico 0,1 M, 900 mL
mesmas intensidades relativas daqueles observados no Aparelhagem: pás, 75 rpm
espectro de sulfametoxazol SQR.
Tempo: 60 minutos
B. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir
quantidade do pó equivalente a 50 mg de trimetoprima Procedimento: após o teste, utilizar alíquota do meio de
para funil de separação, adicionar 30 mL de hidróxido de dissolução como Solução amostra e proceder conforme
sódio 0,1 M e agitar. Extrair com quatro porções de 50 mL
1306 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

descrito no método C. de Doseamento, realizando sódio 0,2 M ou ácido acético glacial. Completar o volume
diluições, se necessário. com água.

Tolerância: não menos que 70% (Q) da quantidade Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
declarada de sulfametoxazol (C10H11N3O3S) e trimetoprima Transferir quantidade do pó equivalente a 0,16 g de
(C14H18N4O3) se dissolvem em 60 minutos. sulfametoxazol e 32 mg de trimetoprima para balão
volumétrico de 100 mL. Adicionar 70 mL de metanol.
Deixar em ultrassom por 15 minutos. Completar o volume
ENSAIOS DE PUREZA
com o mesmo solvente e Þltrar. Transferir 5 mL do Þltrado
Água (5.2.20.1). No máximo 3,0%. para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
com a Fase móvel. Homogeneizar.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Solução padrão: preparar uma solução de modo a obter
concentração de sulfametoxazol SQR a 1,6 mg/mL e de
Contagem do número total de micro-organismos trimetoprima SQR a 0,32 mg/mL em metanol. Transferir
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. 5 mL dessa solução para balão volumétrico de 50 mL e
completar o volume com a Fase móvel, obtendo solução
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
contendo sulfametoxazol a 160 —g/mL e trimetoprima a 32
Cumpre o teste.
—g/mL.

DOSEAMENTO Injetar replicatas de 20 —L da Solução padrão. Os tempos


de retenção relativos são de 1,0 para trimetoprima e
Empregar um dos métodos descritos a seguir. 1,8 para sulfametoxazol. A resolução entre os picos de
sulfametoxazol e trimetoprima não é menor que 5. O
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20 registrados não é maior que 2,0%.
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
50 mg de trimetoprima para balão volumétrico de 25 mL, Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
dissolver em hidróxido de sódio 0,1 M e completar o volume padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
com o mesmo solvente. Transferir, quantitativamente, a e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade
solução para funil de separação, extrair com quatro porções de sulfametoxazol (C10H11N3O3S) e de trimetoprima
de 50 mL de clorofórmio, lavando cada extrato com (C14H18N4O3) nos comprimidos a partir das respostas
20 mL de hidróxido de sódio 0,1 M. Reservar a camada obtidas com a Solução padrão e a Solução amostra.
aquosa para o teste A. de IdentiÞcação. Reunir os extratos
clorofórmicos e extrair com quatro porções de 60 mL de
ácido acético M. Reunir os extratos ácidos, lavá-los com 5
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

s
mL de clorofórmio e diluir o extrato aquoso para 250 mL Em recipientes bem fechados, protegido da luz.
com ácido acético M. Transferir 10 mL dessa solução para
balão volumétrico de 100 mL, adicionar 10 mL de ácido
acético M e completar o volume com água. Preparar solução ROTULAGEM
padrão de trimetoprima SQR a 0,002% (p/v) utilizando
Observar a legislação vigente.
ácido acético 0,1 M como solvente. Medir as absorvâncias
das soluções resultantes em 271 nm, utilizando ácido
acético 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a quantidade
de trimetoprima (C14H18N4O3) nos comprimidos a partir
SULFAMETOXIPIRIDAZINA
das leituras obtidas. Alternativamente, realizar os cálculos Sulfamethoxypyridazinum
considerando A (1%, 1 cm) = 204, em 271 nm.

B. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Dissolver


quantidade de pó equivalente a 0,5 g de sulfametoxazol e
proceder conforme descrito em Doseamento na monograÞa
de Sulfametoxazol.

C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de C11H12N4O3S; 280,30
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada sulfametoxipiridazina; 08136
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 4-Amino-N-(6-metoxi-3-piridazinil)-benzenossulfonamida
—m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel [80-35-3]
de 2,0 mL/minuto.
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
Fase móvel: misturar 1400 mL de água, 400 mL de C11H12N4O3S, em relação à substância dessecada.
acetonitrila e 2 mL de trietilamina em balão volumétrico
de 2000 mL. Ajustar o pH para 5,9 ± 0,1 com hidróxido de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1307

DESCRIÇÃO
SULFANILAMIDA
Características físicas. Pó cristalino, branco a branco-
Sulfanilamidum
amarelado, inodoro ou quase inodoro, sabor, a princípio,
insípido, passando a amargo.

Solubilidade. Muito solúvel em água, solúvel em acetona,


pouco solúvel em etanol. Facilmente solúvel em soluções
diluídas de ácidos minerais e hidróxidos alcalinos.

Constantes físico-químicas.

Faixa de fusão (5.2.2): 182ºC a 183ºC.


C6H8N2O2S; 172,20
sulfanilamida; 08141
IDENTIFICAÇÃO 4-Aminobenzenossulfonamida
[63-74-1]
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas C6H8N2O2S, em relação à substância dessecada.
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
sulfametoxipiridazina SQR, preparado de maneira idêntica. DESCRIÇÃO
B. Responde à reação de amina aromática primária Características físicas. Pó cristalino, branco ou branco
(5.3.1.1). amarelado.

Solubilidade. Pouco solúvel em água, facilmente solúvel


ENSAIOS DE PUREZA em acetona, ligeiramente solúvel em etanol, praticamente
Acidez. Aquecer 1 g da amostra em 50 mL de água insolúvel em cloreto de metileno. Solúvel em soluções de
isenta de dióxido de carbono em torno de 70 ºC por cinco hidróxidos alcalinos.
minutos, resfriar a 20 ºC e Þltrar. A tomada de 25 mL do
Constantes físico-químicas.
Þltrado requer para neutralização, no máximo, 0,35 mL de
hidróxido de sódio 0,1 M. Faixa de fusão (5.2.2): 164,5 ºC a 166 ºC.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC até peso constante. IDENTIFICAÇÃO

s
No máximo 0,5%.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
DOSEAMENTO de potássio, apresenta máximos de absorção somente
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
Proceder conforme descrito em Titulações por diazotação
intensidades relativas daqueles observados no espectro de
(5.3.3.1), Método 2. Cada mL de nitrito de sódio 0,1 M SV
sulfanilamida SQR, preparado de maneira idêntica.
equivale a 28,03 mg de C11H12N4O3S.
B. Dissolver 5 mg da amostra em 10 mL de ácido clorídrico
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO 0,1 M. A solução, sem acidiÞcação, responde às reações
para amina aromática primária (5.3.1.1).
Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
ENSAIOS DE PUREZA
ROTULAGEM
Acidez. Aquecer a cerca de 70 oC, durante 5 minutos, 1
Observar a legislação vigente. g da amostra em 50 mL de água destilada, recentemente
fervida. Resfriar em banho de gelo por 15 minutos e Þltrar.
Adicionar 0,1 mL de azul de bromotimol SI em 20 mL do
CLASSE TERAPÊUTICA Þltrado. No máximo 0,1 mL de hidróxido de sódio 0,02 M
Antibacteriano. é gasto para neutralizar a amostra.

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. No máximo


0,001% (10 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da


amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC. No máximo 0,5%.
1308 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. IDENTIFICAÇÃO


No máximo 0,1%.
Os testes de identiÞcação C., D., e E. podem ser omitidos
se forem realizados os testes A., B., e F. O teste de
DOSEAMENTO identiÞcação A. pode ser omitido se forem realizados os
testes B., C., D., E. e F.
Proceder conforme descrito em Titulações por diazotação
(5.3.3.1), Método 2. Cada mL de nitrito de sódio 0,1 M SV A. Dissolver 50 mg da amostra em 25 mL de ácido
equivale a 17,22 mg de C6H8N2O2S. clorídrico 0,01 M, adicionar 2 mL de hidróxido de sódio M
e extrair com duas porções de 10 mL de éter etílico. Secar o
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO extrato etéreo com sulfato de sódio anidro, Þltrar, lavar com
5 mL de éter etílico e evaporar o Þltrado em temperatura
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. ambiente. Secar o resíduo sob sílica-gel, utilizando pressão
reduzida. Paralelamente, realizar o mesmo procedimento
utilizando 50 mg de sulfato de atropina SQR. O espectro
ROTULAGEM
de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo, disperso
Observar a legislação vigente. em brometo de potássio, apresenta máximo de absorção
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
mesmas intensidades relativas daqueles observados no
CLASSE TERAPÊUTICA espectro de sulfato de atropina SQR.
Antibacteriano. B. Proceder conforme descrito em Substâncias
relacionadas. A mancha principal obtida com a Solução (1)
corresponde em cor, tamanho e intensidade àquela obtida
SULFATO DE ATROPINA com a Solução (4).
Atropini sulfas
C. A 1 mg da amostra, adicionar 0,2 mL de ácido nítrico
fumegante e evaporar até secura em banho-maria.
Dissolver o resíduo em 2 mL de acetona e adicionar 0,1
mL de solução de hidróxido de potássio a 3% (p/v) em
metanol. Produz-se coloração violeta.

D. Dissolver aproximadamente 25 mg da amostra em 5 mL


de água, acidiÞcar com ácido clorídrico 2 M e adicionar
1 mL de iodobismutato de potássio aquo-acético. Forma-
se, imediatamente, precipitado alaranjado ou vermelho-

s
alaranjado.
(C17H23NO3)2.H2SO4; 676,82
E. A 1 mL de solução aquosa a 5% (p/v) da amostra,
(C17H23NO3)2.H2SO4.H2O; 694,83
adicionar 1 mL de água e 0,5 mL de solução de iodo 0,1 M.
sulfato de atropina; 00935
Forma-se precipitado pardo.
Sulfato do éster (3-endo)-8-metil-8-azabiciclo[3.2.1]oct-3-
ílico do ácido Į-(hidroximetil)benzenoacético (1:2) F. A solução aquosa a 5% (p/v) responde às reações do íon
[55-48-1] sulfato (5.3.1.1).
Sulfato do éster (3-endo)-8-metil-8-azabiciclo[3.2.1]oct-
3-ílico do ácido Į-(hidroximetil)benzenoacético hidratado
(1:2:1) ENSAIOS DE PUREZA
[5908-99-6]
pH (5.2.19). 4,5 a 6,2. Determinar em solução a 2% (p/v).

Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
(C17H23NO3)2.H2SO4, em relação à substância anidra. CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel G, como suporte, e mistura de acetona, água e
solução concentrada de amônio (90:7:3), como fase móvel.
DESCRIÇÃO Aplicar, separadamente, à placa, 10 —L de cada uma das
Características físicas. Cristais incolores ou pó cristalino soluções descritas a seguir:
branco, inodoro, eßorescente ao ar seco, lentamente
Solução (1): solução a 2% (p/v) da amostra em metanol.
alterado pela luz. Funde em temperatura não inferior a
187 °C, determinada imediatamente após dessecação da Solução (2): solução a 0,02% (p/v) da amostra em metanol.
amostra a 120 °C por 4 horas.
Solução (3): solução a 0,01% (p/v) da amostra em metanol.
Solubilidade. Muito solúvel em água, facilmente solúvel
em etanol e em glicerina e praticamente insolúvel em éter Solução (4): solução a 2% (p/v) de sulfato de atropina SQR
etílico e clorofórmio. em metanol.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1309

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar a 5 mL de éter etílico e evaporar o Þltrado em temperatura
temperatura de 100 °C a 105 °C, por 15 minutos. Deixar ambiente. Secar o resíduo sob sílica-gel, utilizando pressão
esfriar e nebulizar com iodobismutato de potássio diluído reduzida. Paralelamente, realizar o mesmo procedimento
SR até aparecimento das manchas. Nenhuma mancha utilizando 50 mg de sulfato de atropina SQR. O espectro
secundária obtida no cromatograma com a Solução (1) é de absorção no infravermelho (5.2.14) do resíduo, disperso
mais intensa que a mancha obtida coma Solução (2) e não em brometo de potássio, apresenta máximo de absorção
mais que uma mancha é mais intensa do que aquela obtida somente nos mesmos comprimentos de onda e com as
com a Solução (3). mesmas intensidades relativas daqueles observados no
espectro de sulfato de atropina SQR.
Apoatropina. Preparar solução a 0,1% (p/v) em ácido
clorídrico 0,01 M. Medir a absorvância em 245 nm (5.2.14), B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
utilizando o mesmo solvente para ajuste do zero. O valor camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G, como
da absorvância é de, no máximo, 0,4 (0,5%). suporte, e mistura de clorofórmio, acetona e dietilamina

placa, 5 PL de cada uma das soluções descritas a seguir.


(50:40:10), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à
Hiosciamina. Dissolver 1,25 g, exatamente pesados, em
água, para volume Þnal de 25 mL. Determinar o ângulo de
rotação (5.2.8) da solução, a 25 °C. A rotação observada, em Solução amostra: evaporar um volume da solução injetável
graus, multiplicada por 200 e dividida pelo comprimento contendo o equivalente a 5 mg de sulfato de atropina, até
(em mm) do tubo polarimétrico usado, está entre – 0,60° secura, em banho-maria. Triturar o resíduo com 1 mL de
e + 0,05°. etanol, deixar em repouso e utilizar o sobrenadante.

Água (5.2.20.1). No máximo 4,0%. Solução padrão: solução de sulfato de atropina SQR a
0,5% (p/v) em etanol.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da
substância. No máximo 0,2%. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar a
105ºC durante 20 minutos. Deixar esfriar e nebulizar com
iodobismutato de potássio diluído SR. A mancha obtida
DOSEAMENTO
no cromatograma com a Solução amostra corresponde em
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não tamanho, cor e posição à mancha obtida no cromatograma
aquoso (5.3.3.5.). Dissolver cerca de 1 g da amostra dessecada, com a Solução padrão.
exatamente pesada, em 50 mL de ácido acético glacial e titular
C. Evaporar até a secura volume da solução injetável
com ácido perclórico 0,1 M SV, determinar o ponto Þnal
equivalente a 1 mg de sulfato de atropina. Adicionar ao
potenciometricamente. Realizar ensaio em branco e fazer as
resíduo 0,2 mL de ácido nítrico fumegante e evaporar até
correções necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV
a secura em banho-maria. Forma-se resíduo amarelo. Após
equivale a 67,682 mg de (C17H23NO3)2.H2SO4.
esfriar, adicionar 2 mL de acetona e 0,2 mL de solução de

s
hidróxido de potássio a 3% (p/v) em metanol. Desenvolve-
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO se coloração violeta.

Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. D. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).

ROTULAGEM CARACTERÍSTICAS
Observar a legislação vigente. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 3,0 a 6,5.


CLASSE TERAPÊUTICA
Midriático e adjuvante de anestésicos gerais. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
SULFATO DE ATROPINA SOLUÇÃO Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 55,6 UE/
INJETÁVEL mg de sulfato de atropina.

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da DOSEAMENTO


quantidade declarada de (C17H23NO3)2.H2SO4.H2O.
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
IDENTIFICAÇÃO de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
A. Utilizar volume da amostra equivalente a 10 mg de
Pm ou 10 Pm), mantida a temperatura ambiente; ßuxo de
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
sulfato de atropina, adicionar 4 mL de hidróxido de sódio M
e extrair com duas porções de 10 mL de éter etílico. Secar o Fase móvel de 2 mL/minuto.
extrato etéreo com sulfato de sódio anidro, Þltrar, lavar com
1310 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Tampão acetato: dissolver o equivalente a 6,8 g de acetato Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e em
de sódio em água, adicionar 2,9 mL de ácido acético glacial solventes orgânicos. Levemente solúvel em ácidos e em
e completar o volume com água para 1000 mL. soluções alcalinas.

Fase móvel: transferir 5,1 g de hidrogenossulfato de


tetrabutilamônio para balão volumétrico de 1000 mL, IDENTIFICAÇÃO

Tampão acetato. Ajustar o pH para 5,5 r 0,1 com hidróxido


adicionar 50 mL de acetonitrila e completar o volume com
A. Misturar 0,5 g da amostra, 2 g de carbonato de sódio
anidro e 2 g de carbonato de potássio anidro. Aquecer a
de sódio 5 M.
mistura em cadinho até completa fusão. Acrescentar água
Solução amostra: transferir o volume da amostra quente e Þltrar. AcidiÞcar o Þltrado com ácido clorídrico.
equivalente a cerca de 2 mg de sulfato de atropina para Responde as reações do íon sulfato (5.3.1.1).
balão volumétrico de 25 mL, completar o volume com
B. Lavar o resíduo obtido no teste A. de IdentiÞcação com
água e homogeneizar.
água. Dissolver em ácido acético 5 M. Responde as reações
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada do íon bário (5.3.1.1).

obter concentração equivalente a 80 Pg/mL de sulfato de


de sulfato de atropina SQR e diluir com água de modo de
ENSAIOS DE PUREZA
atropina.
pH (5.2.19). 3,5 a 10,0. Determinar em suspensão aquosa

de ácido p-hidroxibenzoico 2,5 Pg/mL com quatro volumes


Solução de resolução: diluir um volume de solução aquosa da amostra a 10% (p/p).

da Solução padrão. Metais pesados (5.3.2.3). Aquecer à ebulição 8,33 g da

Injetar 100 PL da Solução de resolução. O tempo de


amostra com 50 mL de ácido acético 4% (v/v) por 10
minutos. Diluir para 50 mL com água e Þltrar. Utilizar
retenção do ácido p-hidroxibenzoico é cerca de 1,6 vezes 12 mL do Þltrado. Preparar a solução padrão utilizando a
superior ao do sulfato de atropina. A resolução entre os solução de chumbo (2 ppm de Pb). No máximo 0,001%

não é inferior a 2,2. Injetar replicadas de 100 PL da Solução


picos do ácido p-hidroxibenzoico e do sulfato de atropina (10 ppm).

amostra. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas Sulfetos. Em erlenmeyer de 500 mL adicionar 10 g da
dos picos obtidos não é superior a 1,5% amostra e 100 mL de ácido clorídrico 0,5 M. Fixar um

Procedimento: injetar separadamente, 100 PL das Soluções


papel de Þltro na parte superior do erlenmeyer. Umedecer
a área central do papel de Þltro com 0,15 mL de acetato de
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as áreas chumbo SR. Ferver brandamente a mistura por 10 minutos.
sob os picos. Calcular a quantidade de (C17H23NO3)2.H2SO4. Qualquer escurecimento produzido no papel de Þltro não é
H2O na solução injetável a partir das respostas obtidas para as mais intenso que aquele produzido pelo padrão contendo 5
Soluções padrão e amostra. ȝg de sulfeto em 100 mL de ácido clorídrico 0,5 M e tratado

s EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados.
de maneira similar. No máximo 0,00005% (0,5 ppm).

Substâncias solúveis em ácido. Resfriar a mistura obtida


em Sulfetos e adicionar água até restituir o volume inicial.
Filtrar em papel de Þltro previamente lavado com mistura
de 10 mL de ácido clorídrico 0,5 M e 90 mL de água. Se
ROTULAGEM necessário, Þltrar novamente as primeiras porções até obter
um Þltrado claro. Evaporar 50 mL do Þltrado até secura,
Observar a legislação vigente.
em banho-maria, e adicionar duas gotas de ácido clorídrico
e 10 mL de água quente. Filtrar novamente em papel de
Þltro, preparado como descrito acima e lavar o papel de
SULFATO DE BÁRIO Þltro com 10 mL de água quente, recolhendo o Þltrado em
Barii sulfas recipiente tarado. Evaporar o Þltrado juntamente com as
lavagens até secura, em banho-maria. Secar o resíduo em
BaSO4; 233,39 estufa a 105 ºC, por 1 hora. No máximo 0,3% (15 mg).
sulfato de bário; 08162 Sais de bário solúveis. Adicionar 10 mL de água ao
Sal de bário do ácido sulfúrico (1:1) resíduo obtido em Substâncias solúveis em ácido. Filtrar
[7727-43-7] em papel de Þltro previamente lavado com 100 mL
de ácido clorídrico 0,5 M e adicionar 0,5 mL de ácido
Contém, no mínimo, 97,5% e, no máximo, 100,5% de sulfúrico M. Qualquer turbidez desenvolvida dentro de
BaSO4. 30 minutos não é mais intensa que aquela produzida pelo
padrão contendo 50 ȝg de bário em 10 mL de água e 0,5
DESCRIÇÃO mL de ácido sulfúrico M tratada de maneira similar. No
máximo 0,001% (10 ppm).
Características físicas. Pó Þno, branco, denso ou cristais.
Apresenta polimorÞsmo.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1311

DOSEAMENTO Sal de cálcio do ácido sulfúrico hidratado (1:1:2)


[10101-41-4]
Pesar, exatamente, cerca de 0,6 g da amostra em cadinho
de platina previamente tarado. Adicionar 10 g de carbonato O sulfato de cálcio é anidro ou di-hidratado. Contém, no
de sódio anidro e homogeneizar. Fundir até a obtenção mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0 % de CaSO4, em
de líquido viscoso claro e aquecer por mais 30 minutos. relação à substância dessecada.
Resfriar, colocar o cadinho em béquer de 500 mL,
adicionar 250 mL de água, agitar e aquecer o conjunto para
remover o sólido fundido. Recolher o cadinho e lavar com DESCRIÇÃO
água, coletando as águas de lavagem no béquer. Lavar o
interior do cadinho com 2 mL de ácido acético 5 M e, em Características físicas. Pó Þno, branco ou quase branco.
seguida, lavar com água, coletando novamente as porções Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, praticamente
no béquer. Continuar a aquecer o béquer, sob agitação, até insolúvel em etanol.
que o sólido fundido se desintegre. Resfriar em banho de
gelo. Deixar em repouso até decantação do sólido. Filtrar
o sobrenadante em papel de Þltro (Whatman nº. 40 ou IDENTIFICAÇÃO
equivalente), evitando que o precipitado passe para o papel
A. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).
de Þltro. Lavar o precipitado com duas porções de 10 mL
de solução resfriada de carbonato de sódio anidro a 2% B. Responde às reações do íon cálcio (5.3.1.1).
(p/v), agitar e aguardar a decantação do sólido. Filtrar o
sobrenadante, utilizando o mesmo papel de Þltro, sem
transferir o precipitado. Lavar o papel de Þltro com 5 ENSAIOS DE PUREZA
porções de 1 mL ácido clorídrico SR e, em seguida, lavar
Acidez ou alcalinidade. Agitar durante 5 minutos 1,5 g da
com água, recolhendo o Þltrado no béquer contendo o
amostra com 15 mL de água isenta de dióxido de carbono.
precipitado de carbonato de bário. Adicionar ao béquer
Deixar em repouso durante 5 minutos e Þltrar. A 10 mL do
100 mL de água, 5 mL ácido clorídrico, 10 mL de acetato
Þltrado acrescentar 0,1 mL de fenolftaleína SI e 0,25 mL
de amônio a 40% (p/v), 25 mL de dicromato de potássio
de hidróxido de sódio 0,01 M. Desenvolve-se coloração
a 10% (p/v) e 10 g de ureia. Cobrir o béquer com vidro
vermelha. Acrescentar 0,30 mL de ácido clorídrico 0,01
de relógio e aquecer a 85 ºC por, no mínimo, 16 horas.
M. A solução torna-se incolor. Acrescentar 0,2 mL de
Filtrar ainda quente, utilizando funil de vidro sinterizado
vermelho de metila SI. Desenvolve-se coloração laranja-
de porosidade Þna e previamente tarado. Transferir todo
avermelhada.
o precipitado, com auxílio de um bastão de vidro com a
ponta emborrachada. Lavar o precipitado com dicromato Arsênio (5.3.2.5). Dissolver, aquecendo a 50 °C durante
de potássio a 0,5% (p/v) e, em seguida, lavar com 20 mL 5 minutos, 1 g da amostra em 50 mL de ácido clorídrico
de água. Secar a 105 ºC por 2 horas, resfriar e pesar. A a 10% (v/v). Resfriar e proceder conforme descrito em

s
massa de cromato de bário obtida multiplicada por 0,9213 Método visual utilizando 5 mL dessa solução. No máximo
equivale à massa de BaSO4. 0,001% (10 ppm).

Ferro (5.3.2.4). Utilizar Método I. Dissolver 0,1 g da


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO amostra em 8 mL de ácido clorídrico 3 M. Utilizar 1 mL de
Em recipientes bem fechados. Solução padrão de ferro (10 ppm Fe). No máximo 0,01%
(100 ppm).

ROTULAGEM Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Misturar 2 g


da amostra com 20 mL de água, adicionar 25 mL de ácido
Observar a legislação vigente. clorídrico 3 M, e aquecer à ebulição para total dissolução
da amostra. Resfriar e adicionar hidróxido de amônio até
CLASSE TERAPÊUTICA pH 7,0. Filtrar, reduzir o volume do Þltrado a 25 mL e
Þltrar novamente, se necessário, para obter solução. No
Agente diagnóstico para meio de contraste. máximo 0,001% (10 ppm)

Perda por dessecação (5.2.10). Determinar em


temperatura mínima de 250 °C, até peso constante. Para a
SULFATO DE CÁLCIO
forma diidratada a perda está compreendida entre 19,0% e
Calcii sulfas
23,0 %. Para a forma anidra, no máximo 1,5%.

CaSO4; 136,14 DOSEAMENTO


CaSO4.2H2O; 172,17
sulfato de cálcio; 08164 Pesar, exatamente, cerca de 0,15 g da amostra e dissolver
sulfato de cálcio di-hidratado; 08165 em 120 mL de água. Proceder conforme descrito em
Sal de cálcio do ácido sulfúrico (1:1) Titulações complexométricas (5.3.3.4) para Cálcio,
[7778-18-9]
1312 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

utilizando edetato dissódico 0,1 M SV. Cada mL de edetato e com as mesmas intensidades relativas observadas em
dissódico 0,1 M SV equivale a 13,614 mg de CaSO4. espectro de sulfato de efedrina SQR, preparado de maneira
idêntica.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 a 400 nm, de uma solução a 0,1% (p/v) em água,
Em recipientes bem fechados.
exibe máximos e mínimos idênticos aos observados no
espectro de solução similar de sulfato de efedrina SQR.
ROTULAGEM
C. Dissolver 10 mg em 1 mL de água, adicionar 0,1 mL
Observar legislação vigente. de sulfato cúprico SR e 1 mL de hidróxido de sódio a 20%
(p/v). Produz coloração vermelho-púrpura. Adicionar 1
mL de éter etílico e agitar bem. A camada etérea torna-se
CATEGORIA púrpura e a da água torna-se azul.
Adjuvante.
D. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).

SULFATO DE EFEDRINA ENSAIOS DE PUREZA


Ephedrini sulfas
Acidez ou alcalinidade. Dissolver 1 g em 20 mL de água
destilada e adicionar 1 gota de vermelho de metila SI. Se a
solução Þcar vermelha ou rosa, deve mudar para amarela
pela adição de, no máximo, 0,2 mL de hidróxido de sódio
0,02 M. Se Þcar amarela deve mudar para vermelha pela
adição de, no máximo, 0,1 mL de ácido sulfúrico 0,04 M.

Cloretos. No máximo 0,15%.

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de


amostra. Dessecar em estufa a 105 °C, por 3 horas. No
máximo 2,0%.
(C10H15NO)2.H2SO4; 428,54
sulfato de efedrina; 03311 Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da
Sulfato de (ĮR)-Į-[(1S)-1-(metilamino)etil] substância. No máximo 0,1%.
benzenometanol (1:2)
[134-72-5]
DOSEAMENTO

s Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de


(C10H15NO)2.H2SO4, em relação a substância dessecada.

DESCRIÇÃO
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
aquoso (5.3.3.5). Transferir cerca de 0,3 g da amostra,
exatamente pesada, para um funil de separação e
dissolver em 10 mL de água, adicionar 3 g de cloreto de
sódio e 5 mL de hidróxido de sódio M. Extrair com quatro
Características físico-químicas. Pó Þno ou cristais porções de 25 mL de clorofórmio. Agitar os extratos
brancos, inodoro e escurece quando exposto à luz. clorofórmicos reunidos com 10 mL de solução saturada
Temperatura de fusão (5.2.2): cerca de 245 °C, com de cloreto de sódio e Þltrar através de algodão embebido
decomposição. com clorofórmio. Extrair a camada aquosa com 10 mL de
clorofórmio e reunir ao extrato clorofórmico. Adicionar
Solubilidade. Muito solúvel em água e pouco solúvel em vermelho de metila SI e titular com ácido perclórico 0,1
etanol. M SV. Preparar um branco para a correção necessária.
Constantes físico-químicas. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 21,426
mg de (C10H15NO)2.H2SO4.
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -32° a -30°, em relação
à substância dessecada. Determinar em solução a 5% (p/v) EMBALAGEM E ARMAZENAGEM
em água.
Em recipientes bem fechados.
IDENTIFICAÇÃO
ROTULAGEM
O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem
realizados os testes B., C. e D. Observar a legislação vigente.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta CLASSE TERAPÊUTICA
máximos de absorção nos mesmos comprimidos de onda
Adrenérgico (broncodilatador).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1313

SULFATO DE EFEDRINA SOLUÇÃO SULFATO DE ESTREPTOMICINA PÓ


INJETÁVEL PARA SOLUÇÃO INJETÁVEL

Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da


Sulfato de estreptomicina pó para solução injetável é o pó
quantidade declarada de (C10H15NO)2.H2SO4.
estéril de sulfato de estreptomicina para ser reconstituído
em água para injeção. Contém, no mínimo 90,0% e, no
IDENTIFICAÇÃO máximo 115,0% da quantidade declarada de C12H39N7O12.

A. Misturar 1 mL da amostra com 5 mL de etanol, e


evaporar em banho-maria. O espectro de absorção no IDENTIFICAÇÃO
infravermelho (5.2.14) do resíduo, disperso em brometo
A. Dissolver 10 mg do pó em 5 mL de água, adicionar 1
de potássio, apresenta máximos de absorção nos mesmos
mL de hidróxido de sódio M e aquecer em banho-maria
comprimentos de onda e com as mesmas intensidades
por 5 minutos. Esfriar, adicionar 2 mL de uma solução de
relativas observadas no espectro de sulfato de efedrina
sulfato férrico amoniacal a 2% (p/v) em ácido sulfúrico 0,5
SQR, preparado de maneira idêntica.
M. Produz-se coloração violeta.
B. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).
B. Dissolver 0,1 g do pó da amostra em 2 mL de água,
adicionar 1 mL de uma solução de 1-naftol a 10% (p/v) em
CARACTERÍSTICAS etanol e 2 mL de solução aquosa de hipoclorito de sódio a
2% (p/v). Produz-se coloração avermelhada.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
C. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).
pH (5.2.19). 4,5 a 7,0.

CARACTERÍSTICAS
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
pH (5.2.19). 5,0 a 8,0. Determinar após reconstituição com
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. diluente.
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 1,7 UE/ Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
mg de sulfato de efedrina.
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
DOSEAMENTO
ENSAIOS DE PUREZA

s
Transferir quantitativamente o equivalente a 250 mg de
sulfato de efedrina para um funil de separação. Adicionar Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 100 mg da
10 mL de água, 3 g de cloreto de sódio, 5 mL de hidróxido amostra. Dessecar em estufa a 60 °C, sob pressão reduzida
de sódio M e extrair com quatro porções de 25 mL de (não excedendo 5 mmHg), por três horas. No máximo
clorofórmio. Reunir os extratos clorofórmicos e agitar 5,0%.
com 10 mL da solução saturada de cloreto de sódio e Þltrar
através de algodão embebido com clorofórmio. Separar
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
as fases e adicionar 10 mL de clorofórmio à fase aquosa.
Reunir os extratos clorofórmicos, adicionar vermelho Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Empregar o
de metila SI e titular com ácido perclórico 0,1 M SV em método de Þltração por membrana.
dioxano. Realizar ensaio em branco e fazer as correções
necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). Contém, no máximo,
equivale a 21,426 mg de (C10H15NO)2.H2SO4. 0,25 UE/mg de estreptomicina.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO DOSEAMENTO


Em recipientes bem fechados. Empregar um dos métodos descritos a seguir.

Nota: para realização dos testes a seguir, utilizar


ROTULAGEM amostragem mínima de 10 frascos.
Observar a legislação vigente. A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no visível (5.2.14). Preparar solução amostra e
solução padrão a 0,2% (p/v) em água. Transferir 5 mL de
cada solução para balões volumétricos de 25 mL. Adicionar
a cada balão 1 mL de hidróxido de sódio M e aquecer por
4 minutos em banho-maria fervente. Resfriar em água
gelada até a temperatura ambiente. Adicionar, a cada
1314 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

balão, 2 mL de solução de sulfato férrico amoniacal a 2%


(p/v) em ácido sulfúrico 0,5 M. Completar o volume com SULFATO DE INDINAVIR
água, homogeneizar e deixar em repouso por 10 minutos. Indinaviri sulfas
Preparar o branco em paralelo, adicionando 5 mL de água
em balão volumétrico de 25 mL e proceder conforme
descrito anteriormente a partir de “Adicionar a cada balão
1 mL...”. Medir as absorvâncias em 520 nm (5.2.14),
utilizando branco para ajuste do zero. Calcular a potência
em —g/mL de estreptomicina C12H39N7O12 na amostra, a
partir das leituras obtidas e da potência do padrão.

B. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico


por difusão em ágar (5.5.3.3.1), após reconstituir o
conteúdo dos frascos conforme indicado pelo produtor.

Micro-organismo: Bacillus subtilis ATCC 6633 C36H47N5O4.H2SO4; 711,87


Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada, sulfato de indinavir; 04883
de sulfato de estreptomicina SQR em Tampão fosfato de Sulfato de 2,3,5-tridesoxi-N-[(1S,2R)-2,3-diidro-2-
potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) de modo a obter hidroxi-1H-inden-1-il]-5-[(2S)-2-[[(1,1-dimetiletil)amino]
solução a 1 mg/mL. Diluir sucessivamente com a Tampão carbonil]-4-(3-piridinilmetil)-1-piperazinil]-2-(fenilmetil)-
fosfato de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) de D-eritro-pentonamida (1:1)
modo a obter soluções na faixa de concentração adequada [157810-81-6]
à curva analítica.
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,5% de
Solução amostra: pesar quantidade equivalente da amostra C36H47N5O4.H2SO4 e, no mínimo, 13,2% e, no máximo,
e diluir, sucessivamente, com a Tampão fosfato de potássio 14,4% de sulfato, em relação à substância anidra e livre
0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) de forma a obter solução de etanol.
contendo 1 mg/mL de base. Diluir com a Tampão fosfato
de potássio 0,1 M, estéril, pH 8,0 (Solução 2) de modo a
obter soluções nas faixas de concentrações 2,0 —g/mL, 1,0 DESCRIÇÃO
—g/mL e 05 —g/mL. Características físicas. Pó amorfo, branco ou quase branco.
Procedimento: adicionar 20 mL de meio base número 5 Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em
em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de metanol, muito pouco solúvel em acetonitrila e hexano.
inóculo número 5 e proceder conforme descrito em Ensaio

s
microbiológico por difusão em ágar (5.5.3.3.1). Calcular Constantes físico-químicas.
a quantidade, em mg de estreptomicina (C12H39N7O12) no
pó para solução injetável, a partir da potência do padrão e Faixa de fusão (5.2.2): 150 ºC a 154 ºC, com decomposição.
das respostas obtidas para a Solução padrão e a Solução
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): entre +122° e +129°, em
amostra.
solução aquosa a 1% (p/v), em relação à substância anidra
e livre de etanol. Realizar a leitura a 25 °C no comprimento
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO de onda de 365 nm.

Em recipientes hermeticamente fechados, protegidos da


umidade e à temperatura ambiente. IDENTIFICAÇÃO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
ROTULAGEM amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
Observar a legislação vigente. de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de sulfato de indinavir SQR.

B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa


de 200 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,004% (p/v)
em ácido clorídrico 0,1 M, exibe máximos em 210 nm e
260 nm, idênticos aos observados no espectro de solução
similar de sulfato de indinavir SQR.

C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1315

D. A solução da amostra a 0,5% (p/v) responde às reações 70 mL de Diluente. Completar o volume com o mesmo
do íon sulfato (5.3.1.1). solvente. Homogeneizar, obtendo solução a 500 ȝg/mL.

Solução padrão: preparar solução de sulfato de indinavir


ENSAIOS DE PUREZA SQR a 500 ȝg/mL em Diluente.
Conteúdo de etanol. Proceder conforme descrito em Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. A eÞciência
CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar cromatógrafo a da coluna não é menor que 4000 pratos teóricos/metro.
gás provido de detector de ionização de chama; coluna O fator de retenção para o pico relativo ao indinavir está
cromatográÞca de 30 m de comprimento e 0,25 mm de compreendido entre 3 e 6. O fator de cauda não é maior
diâmetro interno, preenchida com polietilenoglicol, com que 2,0.
espessura do Þlme de 0,25 ȝm; temperatura da coluna de
45 ºC, temperatura do injetor de 260 ºC e temperatura do Procedimento: injetar 20 ȝL da Solução teste, registrar
detector de 280 ºC; utilizar nitrogênio como gás de arraste; os cromatogramas e medir as áreas sob os picos. Não
ßuxo do gás de arraste de 10 mL/minuto. Ao Þnal de cada considerar os picos relativos aos solventes. A área de
corrida a temperatura da coluna é aumentada para 230 ºC e qualquer pico individual, exceto a do pico principal, não é
mantida por 18 minutos. superior a 0,1% da área total dos picos obtidos. A soma das
áreas de todos os picos, exceto a do pico principal, não é
Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 0,2 g superior a 0,5% da área total dos picos obtidos.
da amostra para balão volumétrico de 10 mL, dissolver
em dimetilsulfóxido e completar o volume com o mesmo Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. No máximo
solvente. Homogeneizar. 0,001% (10 ppm).

Solução padrão: transferir, exatamente, cerca de 6,5 Água (5.2.20.1). No máximo 1,5%.
mL de etanol absoluto para balão volumétrico de
100 mL, completar o volume com dimetilsulfóxido e Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.
homogeneizar. Transferir 5 mL da solução resultante para
balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com DOSEAMENTO
dimetilsulfóxido. Homogeneizar.
Sulfato
Procedimento: injetar, separadamente, 1 ȝL da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra, transferir para
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de béquer e dissolver em 60 mL de mistura de metanol e água
etanol na amostra a partir das respostas obtidas com a (50:50). Utilizar eletrodo especíÞco para chumbo e eletrodo
Solução padrão e a Solução amostra. Entre 5,0% e 8,0%. de referência adequado. Titular com nitrato de chumbo 0,1
M SV determinando o ponto Þnal potenciometricamente.
Pureza cromatográfica. Proceder conforme descrito Cada mL de nitrato de chumbo 0,1 M SV equivale a 9,604
em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4),
utilizando cromatógrafo provido de detector ultravioleta
a 220 nm; coluna de 250 mm de comprimento e 4,6 mm
de diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
ligada a grupo octadecilsilano (5 ȝm), mantida à temperatura
mg de sulfato.

Sulfato de indinavir

Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


s
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
ambiente; ßuxo da fase móvel de 1 mL/minuto.
de detector ultravioleta a 260 nm; coluna de 250 mm de
Eluente A: dissolver 0,54 g de fosfato de potássio comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
monobásico e 2,79 g de fosfato de potássio dibásico em com sílica quimicamente ligada a grupo octilsilano (5 ȝm),
2000 mL de água. mantida a 40 ºC; ßuxo da fase móvel de 1 mL/minuto.

Eluente B: acetonitrila. Tampão fosfato de dibutilamônio: dissolver 3 g de ácido


fosfórico e 1,7 mL de dibutilamina em 900 mL de água.
Diluente: mistura do Eluente A e Eluente B (50:50). Ajustar o pH em (6,5 ± 0,05) com hidróxido de sódio M.
Gradiente da fase móvel: adotar o sistema de gradiente Fase móvel: mistura de Tampão fosfato de dibutilamônio e
descrito na tabela a seguir: acetonitrila (55:45).

Tempo Eluente A Eluente B Solução amostra: transferir, exatamente, cerca de 58 mg da


Eluição amostra para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 70
(minutos) (%) (%)
mL de Fase móvel. Agitar mecanicamente por 15 minutos
0 – 40 80 ĺ 30 20 ĺ 70 gradiente linear
e deixar em ultrassom por 15 minutos. Completar o volume
40 – 45 30 70 isocrática com Fase móvel. Homogeneizar.
45 – 47 30 ĺ 80 70 ĺ 20 gradiente linear
47 – 52 80 20 isocrática Solução padrão: preparar solução de sulfato de indinavir
SQR a 0,58 mg/mL em Fase móvel, equivalente a 0,5 mg
Solução teste: transferir, exatamente, cerca de 50 mg da de indinavir por mililitro.
amostra para balão volumétrico de 100 mL e dissolver em
1316 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Injetar replicatas de 10 ȝL da Solução padrão. A eÞciência ENSAIOS DE PUREZA


da coluna não é menor que 4000 pratos teóricos/metro.
O fator de cauda não é maior que 2,0. O desvio padrão Aspecto da solução. Dissolver 5 g da amostra em água e
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é diluir para 50 mL com o mesmo solvente. A solução obtida
maior que 1,0%. é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).

Procedimento: injetar, separadamente, 10 ȝL da Solução Acidez ou alcalinidade. A 10 mL da solução obtida em


padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas e Aspecto da solução adicionar uma gota de vermelho de
medir as áreas sob os picos. Calcular o teor de C36H47N5O4. fenol SI. Não mais que 0,2 mL de ácido clorídrico 0,01 M
H2SO4 na amostra a partir das respostas obtidas com a Solução ou hidróxido de sódio 0,01 M é necessário para mudar a cor
padrão e a Solução amostra. do indicador.

Arsênio (5.3.2.5). Determinar em 15 mL da solução


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO obtida em Aspecto da solução. Proceder conforme descrito
em Método espectrofotométrico, Método I. No máximo
Em recipientes herméticos, protegido da luz. 0,0002% (2 ppm).

Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 1,2 g da amostra. No


ROTULAGEM máximo 0,03% (300 ppm).
Observar a legislação vigente.
Ferro (5.3.2.4). Determinar em 5 mL da solução obtida
em Aspecto da solução. Proceder conforme descrito em
CLASSE TERAPÊUTICA Método I utilizando 10 mL de Solução padrão de ferro (1
ppm Fe). No máximo 0,002% (20 ppm).
Antirretroviral.
Metais pesados (5.3.2.3). No máximo 0,001% (10 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Pesar, exatamente, cerca


SULFATO DE MAGNÉSIO
de 1 g da amostra e transferir para cadinho previamente
HEPTAIDRATADO calcinado, esfriado em dessecador e tarado. Dessecar em
Magnesii sulfas heptahydricus estufa a 105 ºC, por 2 horas, e então incinerar em mußa a
400 ºC, até peso constante. Entre 48,0% e 52,0%.
MgSO4.7H2O; 246,47
sulfato de magnésio heptaidratado; 08168 DOSEAMENTO
Sal de magnésio do ácido sulfúrico hidratado (1:1:7)
[10034-99-8] Proceder conforme descrito em Titulações complexométricas
(5.3.3.4) para Magnésio. Pesar, exatamente, cerca de 0,45

s Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de


MgSO4, em relação à substância dessecada.
g da amostra. Cada mL de edetato dissódico 0,1 M SV
equivale a 12,036 mg de MgSO4.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
DESCRIÇÃO
Em recipientes bem fechados.
Características físicas. Pó branco, cristalino, ou cristais
incolores brilhantes, de sabor amargo e salino.
ROTULAGEM
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, muito solúvel
em água quente, praticamente insolúvel em etanol. Observar a legislação vigente.

CLASSE TERAPEUTICA
IDENTIFICAÇÃO
Laxante osmótico; utilizado em terapia eletrolítica
A. Responde às reações do íon magnésio (5.3.1.1).

B. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1317

preparada em água, exibe máximo de absorção em 285


SULFATO DE MORFINA nm idêntico ao espectro de solução similar de sulfato de
Morphini sulfas morÞna SQR.

C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

D. Em cápsula de porcelana, adicionar a 1 mg da amostra,


0,5 mL de solução de formaldeído. Desenvolve-se
coloração púrpura que se torna violeta.

E. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).

F. Responde às reações de alcaloide (5.3.1.1).

ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. A solução a 2% (p/v) da amostra em
(C17H19NO3)2.H2SO4; 668,75
água é clara.
(C17H19NO3)2.H2SO4.5H2O; 758,83
sulfato de morÞna; 06114 Acidez. A 10 mL da solução descrita em Aspecto da
sulfato de morÞna pentaidratada; 09532 solução, adicionar 0,05 mL de vermelho de metila SI. São
Sulfato de (5Į,6Į)-7,8-dideidro-4,5-epoxi-17-metil- necessários não mais que 0,2 mL de hidróxido de sódio
morÞnano-3,6-diol (1:2) 0,02 M para desenvolver coloração amarela.
[64-31-3]
Sulfato de (5Į,6Į)-7,8-dideidro-4,5-epoxi-17-metil- Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
morÞnano-3,6-diol hidratado (1:2:5) CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
[6211-15-0] sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de amônia,

como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa 10 PL de


acetona, etanol, água e tolueno (2,5:32,5:24,5:10,5:35)
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo 102,0% de
(C17H19NO3)2.H2SO4, em relação a substância anidra. cada uma das soluções recentemente preparadas descritas
a seguir.

DESCRIÇÃO Solução (1): Solução a 20 mg/mL da amostra em mistura


de água e etanol (1:1).
Características físicas. Pó cristalino branco, inodoro.

s
Solução (2): Dissolver 25 mg de fosfato de codeína em 5
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, ligeiramente mL da Solução (1), diluir 0,2 mL para 10 mL em mistura
solúvel em etanol, muito pouco solúvel em tolueno, insolúvel de água e etanol (1:1).
em clorofórmio e éter etílico.
Solução (3): Diluir 0,1 mL da Solução (1) em 20 mL em
Constantes físico-químicas. mistura de água e etanol (1:1).
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -107q a -110q, em Solução (4): Diluir 2 mL da Solução (3) em 5 mL em
relação à substância anidra. Determinar em solução a 2% mistura de água e etanol (1:1).
(p/v) em água.
Solução (5): Diluir 2 mL da Solução (3) em 10 mL em
mistura de água e etanol (1:1).
IDENTIFICAÇÃO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
O teste de identiÞcação A. pode ser omitido se forem secar ao ar. Nebulizar com iodobismutato de potássio
realizados os testes B., C., D., e E. Os testes de identiÞcação SR e deixar secar ao ar por 15 minutos. Nebulizar com
B., C. e D. podem ser omitidos se forem realizados os peróxido de hidrogênio 3% (p/v) SR. Qualquer mancha
testes A. e E. secundária obtida no cromatograma com a Solução (1),
não é mais intensa que a aquela obtida com a Solução
amostra dessecada a 145 qC por uma hora, e dispersa
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
(2) (0,5%). Qualquer mancha secundária obtida com a
em brometo de potássio, apresenta máximo de absorção Solução (1) não pode ser mais intensa do que a obtida
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as com a Solução (3) (0,5%) e não mais que duas manchas
mesmas intensidades relativas daqueles observados no podem ser mais intensas do que a obtida com a Solução
espectro de sulfato de morÞna SQR, preparado de maneira (4) (0,2%). O teste não é válido a não ser que a mancha
idêntica. obtida no cromatograma com a Solução (2) mostre duas
manchas claramente separadas e que a mancha obtida no
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa cromatograma com a Solução (5) seja claramente visível.
de 250 nm a 300 nm, da solução amostra a 0,01% (p/v)
1318 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Água (5.2.20.1). Determinar em 0,2 g da amostra. Entre


10,4% e 13,4%. SULFATO DE MORFINA COMPRIMIDOS
Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra. Contém, no mínimo, 92,5% e, no máximo 107,5% da
No máximo 0,1%. quantidade declarada de (C17H19NO3)2.H2SO4.5H2O.

DOSEAMENTO IDENTIFICAÇÃO
Empregar um dos métodos descritos a seguir. A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Pesar o equivalente
A. Proceder conforme descrito em Titulação em meio não a 20 mg de sulfato de morÞna, adicionar 5 mL de água e
aquoso (5.3.4.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da agitar. Filtrar, e adicionar ao Þltrado 0,05 mL de cloreto
amostra, dissolver em 120 mL de anidrido acético. Titular férrico SR. Desenvolve-se coloração azul.
com ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o ponto Þnal B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Pesar o equivalente
potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M a 10 mg de sulfato de morÞna e adicionar 10 mL de
SV equivale a 66,880 mg de (C17H19NO3)2.H2SO4. água. Filtrar, e adicionar a 5 mL do Þltrado, 0,15 mL de
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido ferricianeto de potássio a 1% (p/v) e 0,05 mL de cloreto
de alta eÞciência (5.2.17.4), utilizando cromatógrafo férrico SR. Desenvolve-se imediatamente coloração verde
provido de detector ultravioleta a 284 nm; coluna de 300 que muda rapidamente para azul.
mm e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada com sílica C. O triturado dos comprimidos deve responder as reações
quimicamente ligada a grupo octadecilsilano; ßuxo da do íon sulfato (5.3.1.1).
Fase móvel 1,5 mL/minuto.

Fase móvel: dissolver, exatamente, cerca de 0,73 g de CARACTERÍSTICAS


heptanossulfonato de sódio e, 720 mL de água. Adicionar
280 mL de metanol e 10 mL de ácido acético glacial. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

Solução amostra: dissolver quantidade, exatamente Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
pesada, da amostra na Fase móvel, de modo a se obter
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
solução contendo 0,24 mg/mL.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Solução padrão: dissolver quantidade, exatamente pesada,
de sulfato de morÞna SQR na Fase móvel, de modo a se Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
obter solução contendo 0,24 mg/mL. Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento.
Os tempos de retenção relativos são cerca de 1,0 minuto

s para o sulfato de morÞna. O desvio padrão relativo para as


áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que
2,0%.

Procedimento: injetar, separadamente, 25 PL da Solução


TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)
Meio de dissolução: tampão fosfato pH 6,5, 900 mL

Aparelhagem: pás, 50 rpm


amostra e da Solução padrão, registrar os cromatogramas
Tempo: 45 minutos
e medir a área média dos picos. Calcular o teor de
(C17H19NO3)2.H2SO4 na solução amostra a partir das Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de
respostas obtidas para a Solução padrão e a Solução dissolução e Þltrar. Proceder como descrito no método B. de
amostra.
200 PL. Calcular a quantidade de (C17H19NO3)2.H2SO4.5H2O
Doseamento, salvo que o volume de injeção deverá ser de

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO dissolvida no meio, comparando os cromatogramas obtidos


com o da solução de sulfato de morÞna SQR, na concentração
Em recipientes protegidos da luz. de 0,0033% (p/v), preparada no mesmo solvente.

Tolerância: não menos que 70% (Q) da quantidade


ROTULAGEM declarada de (C17H19NO3)2.H2SO4.5H2O se dissolvem em
45 minutos.
Observar a legislação vigente.

ENSAIOS DE PUREZA
CLASSE TERAPÊUTICA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
Analgésico opióide.
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de etanol a 70%

como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa 50 PL de


(v/v), tolueno, acetona, amônia 13,5 M (35:35:32,5:2,5)
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1319

cada uma das soluções recentemente preparadas descritas O tempo de retenção é cerca de 6 minutos para o sulfato
a seguir. de morÞna. O desvio padrão relativo para as áreas de
replicatas dos picos registrados não é maior que 2,0 %.
Solução (1): pesar o equivalente a 25 mg de sulfato de
morÞna a Þm de obter uma solução a 1 mg/mL da amostra
em etanol. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO

Solução (2): dissolver quantidade suÞciente de sulfato de Em recipientes protegidos da luz.


codeína SQR na Solução (1) a Þm de obter uma solução de
sulfato de codeína a 1 mg/mL. Retirar uma alíquota desta ROTULAGEM
solução e dissolver em etanol, a Þm de obter uma solução
de sulfato de codeína a 0,005 mg/mL. Observar a legislação vigente.

Solução (3): transferir uma alíquota de 2 mL da Solução


(2) e diluir em 5 mL de etanol. SULFATO DE MORFINA SOLUÇÃO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar INJETÁVEL
secar ao ar. Nebulizar com iodeto de potássio e subnitrato
de bismuto SR e deixar secar ao ar por 15 minutos.
Nebulizar com peróxido de hidrogênio a 3% (p/v). A Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo 110,0% da
mancha correspondente à codeína e à morÞna apresenta quantidade declarada de (C17H19NO3)2.H2SO4.5H2O.
coloração cinza azulada e rosa respectivamente. Qualquer
mancha secundária obtida no cromatograma com a IDENTIFICAÇÃO
Solução (1), não é mais intensa que a aquela da codeína
obtida com a Solução (2) (0,5%). Qualquer outra mancha A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa
secundária obtida não é mais intensa do que aquela obtida em camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel
com a Solução (2) (0,5%) e não mais que duas manchas GF254, como suporte, e mistura de acetona, metanol e

separadamente, à placa 20 PL de cada uma das soluções


são mais intensas do que a obtida com a Solução (3) hidróxido de amônio (50:50:1) como fase móvel. Aplicar,
(0,2%). O teste não é valido a não ser que a mancha obtida
no cromatograma com a Solução (2) mostre duas manchas recentemente preparadas descritas a seguir.
claramente separadas.
Solução (1): dissolver quantidade exatamente pesada da
amostra em mistura de metanol e água (1:1), de modo a se
DOSEAMENTO obter solução a 0,05% (p/v).

Empregar um dos métodos descritos a seguir. Solução (2): dissolver quantidade exatamente pesada de
sulfato de morÞna SQR em mistura de metanol e água

s
A. Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir (1:1), de modo a se obter solução a 0,05% (p/v).
quantidade de pó equivalente a 0,1 g de sulfato de morÞna
para 25 mL de água e 5 mL de hidróxido de sódio M. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Adicionar 1 g de sulfato de amônio e agitar mecanicamente secar ao ar. Examinar sob a luz ultravioleta de baixo
até completa dissolução. Se necessário deixar em ultrassom comprimento de onda (254 nm). A mancha principal
por 10 minutos. Adicionar 20 mL de etanol e extrair com obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor e
quantidades sucessivas de 40, 20, 20, e 20 mL de uma intensidade àquela obtida com a Solução (2).
mistura de clorofórmio e etanol (3:1). Lavar cada extrato
com os mesmos 5 mL de água, Þltrar e evaporar o solvente B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
do Þltrado. Dissolver o resíduo obtido em 10 mL de ácido da Solução amostra obtida no método de Doseamento,
clorídrico 0,05 M SV, ferver, resfriar e adicionar 15 mL de corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
água. Titular o excesso de ácido clorídrico com hidróxido
C. Evaporar até a secura, em banho-maria, um volume
de sódio 0,05 M SV, utilizando vermelho de metila SI,
equivalente a 5 mg de sulfato de morÞna. Dissolver o
como indicador. Cada mL de ácido clorídrico 0,05 M SV
resíduo assim obtido em 5 mL de água e adicionar 0,15
equivale a 18,970 mg de (C17H19NO3)2.H2SO4.5H2O.
mL de ferricianeto de potássio a 1% (p/v) e 0,05 mL de
B. Proceder conforme descrito no método B. de cloreto férrico SR. Desenvolve-se cloração cinza azulada,
Doseamento da monograÞa Sulfato de morÞna. Preparar as que muda rapidamente para azul.
soluções como descrito a seguir.
D. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Dissolver quantidade exatamente pesada de sulfato de CARACTERÍSTICAS
morÞna na Fase móvel, de modo a se obter solução
contendo 0,3 mg/mL. Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada pH (5.2.19). 2,5 a 6,5.


de sulfato de morÞna SQR na Fase móvel, de modo a se
obter solução contendo 0,3 mg/mL.
1320 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ENSAIO DE PUREZA
SULFATO DE NEOMICINA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito no
Neomycini sulfas
teste de Substâncias relacionadas da monograÞa de Sulfato

10 PL de cada uma das soluções recentemente preparadas


de morÞna comprimidos. Aplicar, separadamente, à placa

descritas a seguir.

Solução (1): diluir o volume da solução injetável em


mistura de etanol e água (1:1) de modo a se obter uma
solução de sulfato de morÞna a 1% (p/v).

Solução (2): dissolver quantidade suÞciente de sulfato


de codeína SQR na Solução (1), obtendo uma solução
de sulfato de codeína a 10 mg/mL. Retirar uma alíquota
desta solução e dissolver em mistura de etanol e água (1:1)
obtendo uma solução de sulfato de codeína a 0,05 mg/mL.

Solução (3): retirar uma alíquota de 2 mL da Solução (2) e C23H46N6O13.xH2SO4; 614,64 (base)
diluir em 5 mL de mistura de etanol e água (1:1). sulfato de neomicina; 06284
Sulfato de neomicina
O teste só é válido, se o cromatograma obtido com [1405-10-3]
a Solução (2) apresentar duas manchas nitidamente
separadas. Desconsiderar qualquer mancha que possua Sulfato de neomicina é uma mistura de sulfatos de
fator de retenção (Rf) menor que 0,1. substâncias produzidas por Streptomyces fradiae sendo
o seu principal componente o sulfato de 2-desoxi-4-O-
TESTE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA (2,6-diamino-2,6-didesoxi-Į-D-glicopiranosil)-5-O-[3-
O-(2,6-diamino-2,6-didesoxi-ȕ-L-idopiranosil)-ȕ-D-
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Utilizar o método ribofuranosil]-D-estreptamina (neomicina B). Apresenta
de inoculação direta ou Þltração em membrana. potência de, no mínimo, 0,6 mg/mg de neomicina, em
relação à substância dessecada
Pirogênio (5.5.2.1). Cumpre o teste.

Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). Cumpre o teste. No DESCRIÇÃO


máximo 14,29 EU/mg de sulfato de morÞna.
Características físicas. Pó cristalino, branco amarelado,
higroscópico.

s
DOSEAMENTO
Solubilidade. Muito solúvel em água, muito pouco solúvel
Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento em etanol, praticamente insolúvel em acetona, clorofórmio
da monograÞa de Sulfato de morÞna. Preparar as soluções e éter etílico.
como descrito a seguir.
Constantes físico-químicas.
Solução amostra: transferir volume da solução injetável
equivalente a 25 mg de sulfato de morÞna para balão Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +53,5º a +59,0º, em
volumétrico de 100 mL, utilizando Fase móvel como relação à substância dessecada. Determinar em solução
solvente, para obter uma concentração Þnal de 0,25 mg/ aquosa a 10% (p/v).
mL.

Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada IDENTIFICAÇÃO


de sulfato de morÞna SQR na Fase móvel, de modo a obter
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
uma solução com concentração Þnal de 0,25 mg/mL.
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel H, como
suporte, e mistura de metanol, hidróxido de amônio,
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO clorofórmio e água (6:3:2:1), como fase móvel. Aplicar,
separadamente, à placa, 5 ȝL de uma das soluções,
Em recipientes de vidro tipo I, em local fresco e protegido recentemente preparadas, descritas a seguir.
da luz. Evitar congelamento.
Solução (1): preparar solução a 20 mg/mL da amostra em
água.
ROTULAGEM
Solução (2): preparar solução a 20 mg/mL de sulfato de
Observar a legislação vigente. neomicina SQR em água.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, secar ao


ar quente. Nebulizar a placa com ninidrina a 1% (p/v) em
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1321

1-butanol e aquecer a 105 ºC por dois minutos. A mancha menor (impureza neomicina C) do que a mancha principal
principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição, não é mais intensa que aquela obtida com a Solução (2)
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2). (15%), mas é mais intensa que a mancha principal obtida
com a Solução (3) (3%). O teste somente é válido se o
B. A Solução (1) obtida no método A. de IdentiÞcação a 5% cromatograma obtido com Solução (4) apresentar mancha
(p/v) em água responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1). com Rf menor que o da mancha principal.

Sulfato. Dissolver, exatamente, cerca de 0,25 g de amostra


ENSAIOS DE PUREZA
em 100 mL de água e ajustar para pH 11,0 com solução
pH (5.2.19). 5,0 a 7,5. Determinar em solução aquosa a concentrada de amônia. Adicionar 10 mL de cloreto de
1% (p/v). bário 0,1 M SV e aproximadamente 0,5 mg de púrpura de
ftaleína. Titular com edetato dissódico 0,1 M SV. Adicionar
Substâncias relacionadas 1. Proceder conforme descrito 50 mL de etanol quando a coloração começar a mudar e
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), continuar a titulação até a coloração violeta-azulada
utilizando sílica-gel G, como suporte, e mistura de cloreto desaparecer. Efetuar ensaio em branco e fazer correções
de metileno, hidróxido de amônio e metanol (10:20:20), necessárias. Cada mL de cloreto de bário 0,1 M SV equivale
como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 5 ȝL de a 9,606 mg de sulfato (SO4). Contém, no mínimo 27% e,
cada uma das soluções, recentemente preparadas, descritas no máximo, 31% de sulfato (SO4), em relação à substância
a seguir. dessecada.
Solução (1): preparar solução a 25 mg/mL da amostra em Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,1 g
água. da amostra. Dessecar em estufa a vácuo a 60 °C, à uma
pressão que não exceda 5 mm de mercúrio, durante três
Solução (2): preparar solução a 0,5 mg/mL de neamina horas. No máximo 8,0%.
SQR em água.
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1,0 g da
Solução (3): misturar a 0,5 mL da Solução (1) com 0,5 mL amostra. No máximo 1%.
da Solução (2).

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


secar entre 100 ºC e 105 ºC por 10 minutos. Nebulizar com
solução de cloreto estanoso e ninidrina e aquecer a 100 Sulfato de neomicina estéril, a amostra cumpre com os
ºC por 15 minutos. Nebulizar novamente com a mesma testes de Esterilidade e Endotoxinas bacterianas. Sulfato
solução e aquecer a 110 ºC por 15 minutos. Qualquer de neomicina a ser esterilizada durante o processo de
mancha correspondente à neamina obtida na cromatograÞa preparação de formas farmacêuticas parenterais, a amostra
com a Solução (1) não é mais intensa que aquela obtida cumpre o teste de Endotoxinas bacterianas.
com a Solução (2) (2%). O teste somente é válido se o
cromatograma obtido com a Solução (3) apresentar duas
manchas principais bem deÞnidas.

Substâncias relacionadas 2. Proceder conforme descrito


Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. Empregar método
de Þltração por membrana.

Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 1,30 UE/


mg de neomicina.
s
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel G, como suporte, e mistura de metanol
e cloreto de sódio 20% (p/v) (20:80), como fase móvel. DOSEAMENTO
Aplicar, separadamente, à placa, 5 ȝL de cada uma das
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. Proceder conforme descrito em Ensaio microbiológico por
difusão em ágar (5.5.3.3.1), utilizando cilindros.
Solução (1): preparar solução a 8 mg/mL da amostra em
água. Micro-organismo: Staphylococcus epidermidis ATCC
12228 ou Staphylococcus aureus ATCC 6538P.
Solução (2): preparar solução a 1,2 mg/mL de sulfato de
framicetina SQR em água. Meios de cultura: solução Þsiológica estéril para
padronização de inóculo e meio de cultura número 11 para
Solução (3): misturar 5 mL da Solução (2) com 25 mL de camada base e para preparação do inóculo.
água.
Solução amostra: pesar, exatamente, o equivalente a 25
Solução (4): preparar solução a 8 mg/mL de sulfato de mg de neomicina e transferir para balão volumétrico de
neomicina SQR em água. 25 mL com auxílio de Tampão fosfato de potássio 0,1 M,
estéril, pH 8,0 (Solução 2). Completar o volume com o
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar mesmo solvente e homogeneizar. Diluir, sucessivamente,
secar entre 100 ºC e 105 ºC por 10 minutos e nebulizar até concentração de 0,5 ȝg/mL, 1 ȝg/mL e 2 ȝg/mL,
com ninidrina etanólica acética SR. Aquecer entre 100 ºC utilizando a solução 2 como diluente, quando utilizar
e 105 ºC por 15 minutos. A mancha principal obtida com o micro-organismo Staphylococcus epidermidis ATCC
a Solução (1) corresponde em posição, cor e intensidade 12228 ou até concentração de 5 —g/mL, 10 —g/mL e 20 —g/
àquela obtida com a Solução (4). A mancha com Rf
1322 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

mL, utilizando Solução 2 como diluente, quando utilizar DESCRIÇÃO


o micro-organismo Staphylococcus aureus ATCC 6538P.
Características físicas. Pó cristalino branco.
Solução padrão: pesar, exatamente, o equivalente a 25 mg
de neomicina SQR e transferir para balão volumétrico de Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, facilmente
25 mL com auxílio da Solução 2. Completar o volume com solúvel em etanol e éter etílico.
o mesmo solvente e homogeneizar. Diluir, sucessivamente,
Constantes físico-químicas.
até concentrações de 0,5 ȝg/mL, 1 ȝg/mL e 2 ȝg/mL,
utilizando a Solução 2 como diluente, quando utilizar Faixa de fusão (5.2.2). 174 ºC a 179 ºC.
o micro-organismo Staphylococcus epidermidis ATCC
12228 ou até concentração de 5 —g/mL, 10 —g/mL e 20 —g/ Poder rotatório especíÞco (5.2.8). +56,0º a +59,0º, em
mL, utilizando Solução 2 como diluente quando utilizar o relação à substância dessecada. Determinar em solução a
micro-organismo Staphylococcus aureus ATCC 6538P. 5 % (p/v) em água.

Procedimento: adicionar 20 mL de meio de cultura número


11 em cada placa, esperar solidiÞcar, adicionar 5 mL de IDENTIFICAÇÃO
inóculo a 1% e proceder conforme descrito em Ensaio A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
microbiológico por difusão em ágar (5.5.3.3.1). Calcular amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
o teor em ȝg de neomicina na amostra a partir da potência de potássio, apresenta máximos de absorção somente
do padrão e das respostas obtidas para a Solução padrão e nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
com a Solução amostra. intensidades relativas daqueles observados no espectro
de sulfato de pseudoefedrina SQR, preparado de maneira
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO idêntica.

Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. Quando B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
a substância é destinada à produção de parenterais, o de 200 a 400 nm, de solução a 0,05% (p/v) em água, exibe
rótulo deve indicar se o produto é estéril ou se deve ser máximo em 257 nm, calculado como substância dessecada
esterilizado durante o processo. não diferindo em mais de 3%.

C. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).


ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. ENSAIOS DE PUREZA
pH (5.2.19). 5,0 a 6,5. Determinar em solução aquosa a
CLASSE TERAPÊUTICA 5% (p/v).

s Antibiótico.

SULFATO DE PSEUDOEFEDRINA
Metais pesados (5.3.2.3). Tratar uma solução de 1 g da
mostra em 20 mL de etanol a 50% (v/v) com 5 mL de
solução de hidróxido de sódio a 5% (p/v) e cinco gotas de
sulfeto de sódio SR. Utilizar Solução padrão de chumbo
Pseudoephedrini sulfas (10 ppm Pb) no preparo do padrão. No máximo 0,001%
(10 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g da


amostra, e estufa a 105 ºC, sob pressão reduzida, por 2
horas. No máximo 2,0%.

Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.

DOSEAMENTO
Dissolver 0,15 g da amostra em 50 mL de ácido acético
(C10H15NO)2.H2SO4; 428,54 glacial e titular com ácido perclórico 0,1 M SV. Determinar
sulfato de pseudoefedrina; 07522 o ponto Þnal potenciometricamente. Realizar ensaio em
Sulfato de (ĮS)-Į-[(1S)-1-(metilamino)etil]- branco e fazer os ajustes necessários. Cada mL de ácido
benzenometanol (1:2) perclórico 0,1 M SV equivale a 42,854 mg de sulfato de
[7460-12-0] pseudoefedrina (C10H15NO)2.H2SO4.

Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 100,5% de


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
(C10H15NO)2.H2SO4, em relação à substância dessecada.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1323

ROTULAGEM D. Dissolver quantidade da amostra equivalente a 4 mg de


salbutamol em 10 mL de água e Þltrar. O Þltrado obtido
Observar a legislação vigente. responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).

CLASSE TERAPÊUTICA ENSAIOS DE PUREZA


Descongestionante. Aspecto da solução. A solução a 1% (p/v) em água isenta
de dióxido de carbono é límpida (5.2.25).

SULFATO DE SALBUTAMOL Acidez ou alcalinidade. Transferir 0,25 g da amostra


Salbutamoli sulfas para balão volumétrico de 25 mL e completar o volume
com água livre de dióxido de carbono. Adicionar a 10
mL dessa solução, 0,15 mL de vermelho de metila SI e
0,2 mL de hidróxido de sódio 0,01 M. A solução torna-se
amarela. Não mais que 0,4 mL de ácido clorídrico 0,01 M
é necessário para mudar a cor para vermelho.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito


em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1),
utilizando sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de
metilisobutilcetona, álcool isopropílico, acetato de etila,
(C13H21NO3)2.H2SO4; 576,70 água e hidróxido de amônio (50:45:35:18:3), como fase
sulfato de salbutamol; 07867 móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 50 ȝL de cada uma
Sulfato de Į1-[[(1,1-dimetiletil)amino]metil]-4-hidroxi- das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
1,3-benzenodimetanol (1:2)
[51022-70-9] Solução (1): dissolver quantidade exatamente pesada da
amostra em metanol e diluir com o mesmo solvente, de
modo a obter solução a 20 mg/mL.
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
(C13H21NO3)2.H2SO4, em relação à substância anidra. Solução (2): dissolver quantidade exatamente pesada de
sulfato de salbutamol SQR em metanol e diluir com o
DESCRIÇÃO
mesmo solvente, de modo a obter solução a 0,1 mg/mL.
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
branco.
secar ao ar. Expor aos vapores de iodo. Qualquer mancha
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, pouco solúvel secundária obtida no cromatograma com a Solução (1),

s
em etanol, éter etílico e clorofórmio. diferente da mancha principal, não é mais intensa que
aquela obtida com a solução (2) (0,5%) e a soma das
Constantes físico-químicas. intensidades de todas as manchas secundárias presentes
não é maior que 2,0%.
Faixa de fusão (5.2.2): 157 °C a 158 °C.
Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%.
IDENTIFICAÇÃO Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g de amostra.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da No máximo 0,1%.
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos DOSEAMENTO
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de sulfato de salbutamol SQR, Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
preparado de maneira idêntica. aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,9 g da
amostra, transferir para erlenmeyer de 250 mL e dissolver
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa em 50 mL de ácido acético glacial. Adicionar duas gotas de
de 230 nm a 400 nm, de solução da amostra a 0,008% (p/v) azul de oracet B SI e titular com ácido perclórico 0,1 M SV.
em ácido clorídrico 0,1 M, exibe máximo de absorção em Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
aproximadamente 276 nm. A absorvância em 276 nm é de Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 57,670
0,44 a 0,51. mg de (C13H21NO3)2.H2SO4.
C. Dissolver 10 mg da amostra em 50 mL de tetraborato
sódico a 2% (p/v). Adicionar 1 mL de 4-aminoantipirina a EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
3% (p/v), 10 mL de ferricianeto de potássio a 2% (p/v) e
10 mL de clorofórmio. Agitar e deixar separar as camadas. Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.
A camada clorofórmica desenvolve coloração vermelho-
alaranjada.
1324 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ROTULAGEM
de N,N-dimetil-p-fenilenodiamina a 0,1% (p/v) e 4 mL
Observar a legislação vigente. de ferricianeto de potássio a 8% (p/v). Agitar e deixar em
repouso por 20 minutos, na ausência de luz. Extrair com 2
porções de 10 mL de clorofórmio, recolher os extratos em
CLASSE TERAPÊUTICA balão volumétrico de 25 mL e completar o volume com o
mesmo solvente. Homogeneizar. Preparar solução padrão
Antiasmático.
na mesma concentração, utilizando o mesmo procedimento.
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 605
nm, utilizando clorofórmio para ajuste do zero. Calcular
SULFATO DE SALBUTAMOL SOLUÇÃO a quantidade de salbutamol (C13H21NO3) na solução oral a
ORAL partir das leituras obtidas.

B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido


Contém sulfato de salbutamol equivalente a, no mínimo, de alta eÞciência (5.2.17.4). Proceder conforme descrito
90,0% e, no máximo, 110,0% da quantidade declarada de em Doseamento na monograÞa de Sulfato de salbutamol
salbutamol (C13H21NO3). Contêm agentes conservantes e comprimidos. Preparar Solução amostra como descrito a
edulcorantes. A solução oral pode conter açúcar. seguir.

Solução amostra: transferir volume da solução oral


IDENTIFICAÇÃO equivalente a 6 mg de salbutamol para balão volumétrico de
A. O espectro de absorção no visível (5.2.14), na faixa de 200 mL. Adicionar 150 mL de Diluente. Agitar. Completar
400 nm a 800 nm, da solução amostra obtida no método o volume com o mesmo solvente, obtendo solução a 30 —g
A. de Doseamento, exibe máximo em 605 nm, idêntico ao de salbutamol por mililitro. Homogeneizar e Þltrar.
observado no espectro da solução padrão.
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções
B. Utilizar volume da solução oral equivalente a 4 mg de padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
salbutamol. Dissolver em 10 mL de água e Þltrar. O Þltrado áreas sob os picos. Calcular a quantidade de salbutamol
responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1). (C13H21NO3) na solução oral a partir das respostas obtidas
para a Solução padrão e Solução amostra.
C. A um volume da solução oral equivalente a 10 mg de
salbutamol adicionar 50 mL de tetraborato sódico a 2%
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
(p/v) em água. Prosseguir conforme descrito no teste C.
de IdentiÞcação da monograÞa de Sulfato de salbutamol. Em recipientes bem fechados, ao abrigo da luz.

CARACTERÍSTICAS ROTULAGEM

s Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.

pH (5.2.19). 3,3 a 5,0.


Observar a legislação vigente.

SULFATO DE SÓDIO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Natrii sulfas
Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste. Na2SO4; 142,04
Na2SO4.10H2O; 322,19
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
sulfato de sódio; 08173
Cumpre o teste.
Sal de sódio do ácido sulfúrico (2:1)
[7757-82-6]
DOSEAMENTO Sal de sódio do ácido sulfúrico hidratado (2:1:10)
[7727-73-3]
Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria Contém, no mínimo 98,5% e, no máximo, 101% de


de absorção no visível (5.2.14). Proteger as soluções da Na2SO4, calculado na base anidra.
luz. Transferir volume da solução oral equivalente a 8
mg de salbutamol para balão volumétrico de 100 mL. DESCRIÇÃO
Adicionar 70 mL de água. Deixar em ultrassom por 5
minutos e completar o volume com o mesmo solvente. Características físicas. Pó cristalino branco ou cristais
Homogeneizar. Transferir 2 mL dessa solução para funil de transparentes incolores; sabor salino levemente amargo.
separação de 250 mL contendo 80 mL de água. Adicionar Higroscópico.
4 mL de bicarbonato de sódio a 5% (p/v), 4 mL de sulfato
Solubilidade. Facilmente solúvel em água
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1325

IDENTIFICAÇÃO Contém, no mínimo, 86,0% e, no máximo, 90,0% de


FeSO4.
A. Uma solução 1:20 responde ao teste para o íon sulfato
(5.3.1.1).
DESCRIÇÃO
B. Uma solução 1:20 responde ao teste para o íon sódio
(5.3.1.1). Características físicas. Pó branco a amarelo-acinzentado.

Solubilidade. Solúvel em água, insolúvel em etanol.


ENSAIOS DE PUREZA
Acidez ou alcalinidade. A 10 mL de uma solução contendo IDENTIFICAÇÃO
1 g em 20 mL de água, adicionar uma gota de azul de
A. Responde às reações do íon ferroso (5.3.1.1).
bromotimol SI. São necessários, no máximo, 0,5 mL de
ácido clorídrico 0,01 M ou 0,5 mL de hidróxido de sódio B. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).
0,01 M para mudar a cor da solução.

Cloreto (5.3.2.1). No máximo 0,02% (200 ppm). ENSAIOS DE PUREZA


Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g em 10 mL de água, Substâncias insolúveis. Dissolver 2 g da amostra em 20
adicionar 2 mL de ácido clorídrico 0,1 M e completar o mL de ácido sulfúrico a 1% (v/v), aquecer até ebulição e
volume para 25 mL. No máximo 0,001% (10 ppm). deixar em banho-maria, em béquer coberto, por 1 hora.
Filtrar e lavar com ácido sulfúrico a 1% (v/v). Secar o Þltro
Perda por dessecação (5.2.9). Dessecar a 105 °C por 4 a 105 ºC. No máximo 1 mg de resíduo (0,05%).
horas. Para a forma decaidratada, a perda está compreendida
entre 51% e 57 %. Para a forma anidra, no máximo 0,5%. Íon férrico. Dissolver, em erlenmeyer com tampa, 5 g
da amostra em mistura de ácido clorídrico e água livre
de dióxido de carbono (1:10) e adicionar 3 g de iodeto de
DOSEAMENTO
potássio. Tampar o frasco e deixar em repouso, protegido da
Pesar o equivalente a 0,4 g da amostra anidra ou dessecada luz, por 5 minutos. Titular o iodo liberado com tiossulfato
e dissolver em 200 mL de água e adicionar 1 mL de ácido de sódio 0,1 M SV, utilizando 0,5 mL de amido SI como
clorídrico. Aquecer até ebulição e, gradualmente, adicionar indicador, adicionado próximo ao Þnal da titulação.
pequenas porções, com agitação constante, de uma solução Preparar ensaio em branco omitindo a adição da amostra.
em excesso de cloreto de bário (cerca de 8 mL). Aquecer A diferença entre as titulações representa a quantidade
a mistura em banho-maria por 1 hora. Deixar decantar, de iodo liberado pelo íon férrico. No máximo 4,5 mL de
Þltrar o precipitado e lavar com água até que as águas de tiossulfato de sódio 0,1 M SV são gastos (0,5%).
lavagem estejam livres de cloretos. Secar, calcinar e pesar.

s
Cobre. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
A massa de sulfato de bário obtida multiplicado por 0,6086
de absorção atômica (5.2.13.1), utilizar o Método II.
representa o equivalente de Na2SO4.
Transferir 2 g da amostra para balão volumétrico de 100
mL, dissolver em ácido nítrico a 5% (v/v) e completar o
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO volume com o mesmo solvente. Paralelamente, transferir
0,393 g de sulfato cúprico pentaidratado para balão
Em recipientes herméticos, com temperatura não superior volumétrico de 100 mL, dissolver em água e completar o
a 30 °C. volume com o mesmo solvente, obtendo solução padrão de
cobre (1000 ppm Cu). Diluir essa solução em ácido nítrico
ROTULAGEM a 5% (v/v), de modo a obter as soluções padrão. Medir
as absorvâncias das soluções em 324,7 nm. No máximo
Observar a legislação vigente. 0,005% (50 ppm).

Manganês. Dissolver 1 g da amostra em 40 mL de


CLASSE TERAPÊUTICA água, adicionar 10 mL de ácido nítrico e ferver até que
cesse a liberação de fumaça vermelha. Adicionar 0,5 g
Laxante.
de peroxidissulfato de amônio e ferver por 10 minutos.
Eliminar qualquer coloração rósea, eventualmente
formada, adicionando, gota a gota, sulÞto de sódio a 5%
SULFATO FERROSO (p/v). Aquecer à ebulição até desaparecimento do odor de
Ferrosi sulfas dióxido de enxofre. Adicionar 10 mL de água, 5 mL de
ácido fosfórico e 0,5 g de periodato de sódio, aquecer à
FeSO4; 151,91 ebulição por 1 minuto e esfriar à temperatura ambiente.
sulfato ferroso; 08176 A solução obtida não é mais intensamente colorida do
Sal de ferro (2+) do ácido sulfúrico (1:1) que a solução padrão preparada nas mesmas condições,
[7720-78-7] utilizando 1 mL de permanganato de potássio 0,02 M SV e
as mesmas quantidades de reagentes.
1326 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Sulfato básico. Dissolver 2 g da amostra em mistura de 7,5 IDENTIFICAÇÃO


mL de água livre de dióxido de carbono e 0,5 mL de ácido
sulfúrico 0,5 M. A preparação é levemente turva. A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar a quantidade
do pó equivalente a 0,1 g de ferro elementar com 20 mL de
Zinco. A 5 mL da solução teste obtida em Metais pesados, água e Þltrar. Responde às reações do íon ferroso (5.3.1.1).
adicionar 1 mL de ferrocianeto de potássio SR, diluir para
13 mL, com água, e deixar em repouso por 5 minutos. B. Pesar e pulverizar os comprimidos. Agitar a quantidade
Qualquer turbidez produzida não é mais intensa que aquela do pó equivalente a 0,1 g de ferro elementar com 20 mL de
obtida pela mistura de 10 mL de solução padrão de zinco ácido clorídrico SR e Þltrar. Responde às reações do íon
(10 ppm Zn), 2 mL de ácido clorídrico 7 M e 1 mL de sulfato. (5.3.1.1).
ferrocianeto de potássio SR. No máximo 0,05% (500 ppm).

Arsênio (5.3.2.5). Dissolver 1 g da amostra em 10 mL de


CARACTERÍSTICAS
água e 15 mL de ácido clorídrico-estanho SR. Destilar 20 Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
mL dessa solução. Ao destilado, adicionar 0,15 mL de água
de bromo SR, remover o excesso de bromo com 0,15 mL Teste de desintegração (5.1.4). Cumpre o teste.
de cloreto de estanho(II) SR e diluir para 75 mL, com água.
Utilizar 25 mL da solução obtida e proceder conforme Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
descrito em Método visual. No máximo 0,0003% (3 ppm).
DOSEAMENTO
Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 1 g da amostra em 10
mL de ácido clorídrico 7 M, adicionar 2 mL de peróxido Pesar e pulverizar 20 comprimidos. Transferir uma
de hidrogênio concentrado e ferver até que o volume quantidade de pó equivalente a 0,5 g de sulfato ferroso
seja reduzido para 5 mL. Deixar esfriar, diluir com ácido para um béquer contendo uma mistura de 20 mL de ácido
clorídrico 7 M para 20 mL e extrair com três porções de sulfúrico M e 80 mL de água recentemente fervida e
20 mL de mistura de metilisobutilcetona, recentemente resfriada. Filtrar imediatamente a solução. Lavar o Þltro e
destilada, e ácido clorídrico 7 M (100:1). Deixar em o precipitado com pequenas porções da mistura. Reunir o
repouso, separar a fase aquosa e evaporar até metade do Þltrado e as águas de lavagem, adicionar ortofenantrolina
volume. Deixar esfriar e diluir para 25 mL, com água, SI e titular imediatamente com sulfato cérico 0,1 M SV.
obtendo a solução teste. Neutralizar 7,5 mL da solução teste Cada mL de sulfato cérico 0,1 M equivale a 27,80 mg de
com amônia SR e diluir para 15 mL com água. Utilizar 12 sulfato ferroso heptaidratado (FeSO4.7H2O).
mL desta solução e proceder conforme descrito em Método
I. No máximo 0,005% (50 ppm).
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
DOSEAMENTO Em recipientes bem fechados.

s Dissolver, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra em


mistura de água e ácido sulfúrico M (30:20). Titular com
sulfato cérico amoniacal 0,1 M SV, utilizar ferroína SI
como indicador. Cada mL de sulfato cérico amoniacal 0,1
ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. No rótulo devem estar
especiÞcadas as quantidades de sulfato ferroso (FeSO4) e
M SV equivale a 15,190 mg de FeSO4.
de ferro elementar (Fe) por comprimido.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
SULFATO FERROSO HEPTAIDRATADO
Em recipientes bem fechados. Ferrosi sulfas heptahydricus

ROTULAGEM FeSO4.7H2O; 278,01


Fe; 55,85
Observar a legislação vigente. sulfato ferroso heptaidratado; 08177
Sal de ferro (2+) do ácido sulfúrico heptaidratado (1:1:7)
CLASSE TERAPÊUTICA [7782-63-0]

Antianêmico. Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 105,0% de


FeSO4.7H2O.

SULFATO FERROSO COMPRIMIDOS


DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó cristalino verde claro ou
Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 110,0% da
cristais verde-azulados, inodoros, de sabor adstringente,
quantidade especiÞcada de FeSO4.7H2O. Os comprimidos
ßorescentes ao ar seco. Oxida-se rapidamente em contato
devem ser revestidos.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1327

com ar úmido, formando sulfato férrico básico amarelo- que eventualmente se forme adicionando, gota a gota,
amarronzado. solução de sulÞto de sódio a 5% (p/v). Aquecer à ebulição
até desaparecimento do odor de dióxido de enxofre.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, praticamente Adicionar 10 mL de água, 5 mL de ácido fosfórico e 0,5
insolúvel em etanol. g de periodato de sódio, aquecer à ebulição por 1 minuto
e esfriar à temperatura ambiente. A solução obtida não é
IDENTIFICAÇÃO mais intensamente colorida do que padrão preparado nas
mesmas condições, utilizando 1 mL de permanganato de
A. A solução obtida em Aspecto da solução responde às potássio 0,02 M SV e as mesmas quantidades de reagentes
reações do íon ferroso (5.3.1.1). (0,1%).
B. A solução obtida em Aspecto da solução responde às Zinco. Dissolver 1 g da amostra em 10 mL de ácido
reações do íon sulfato (5.3.1.1). clorídrico SR, adicionar 2 mL de peróxido de hidrogênio
concentrado e aquecer à ebulição até reduzir o volume para
5 mL. Esfriar, diluir para 20 mL com ácido clorídrico SR,
ENSAIOS DE PUREZA
transferir para funil de separação e agitar por 3 minutos
Aspecto da solução. Dissolver 2,5 g da amostra em água com três porções de 20 mL de metilisobutilcetona saturada
isenta de dióxido de carbono, adicionar 0,5 mL de ácido com ácido clorídrico (preparada agitando 100 mL de
sulfúrico M e diluir para 50 mL com água. A preparação metilisobutilcetona recém destilada com 1 mL de ácido
obtida não é mais opalescente que a Suspensão de clorídrico SR). Deixar em repouso, separar a camada aquosa
referência II (5.2.25). e reduzir seu volume à metade em banho-maria. Esfriar,
transferir quantitativamente para balão volumétrico de 25
pH (5.2.19). 3,0 a 4,0. Determinar em solução da amostra a mL e completar o volume com água. A 5 mL desta solução,
5% (p/v) em água isenta de dióxido de carbono. adicionar 1 mL de ferrocianeto de potássio SR e diluir para
13 mL com água. Depois de 5 minutos, qualquer turbidez
Arsênio (5.3.2.5). Transferir 1 g da amostra para balão de
desenvolvida não é mais intensa do que aquela produzida
fundo redondo de 100 mL provido de sistema de destilação.
pela mistura de 10 mL de solução padrão de zinco (10 ppm
Adicionar 40 mL de ácido sulfúrico 4,5 M, 2 mL de
Zn), 2 mL de ácido clorídrico SR e 1 mL de ferrocianeto de
brometo de potássio a 30% (p/v) e conectar imediatamente
potássio SR. No máximo 0,05% (500 ppm).
o balão ao sistema de destilação. Adicionar pérolas de
vidro, aquecer o balão em chama branda até dissolução Metais pesados (5.3.2.3). Dissolver 2 g da amostra em
da amostra e destilar até se obter 25 mL de destilado. mistura de 1 mL de ácido sulfúrico SR e 40 mL de água.
Transferir o destilado para frasco gerador de arsina e lavar Adicionar 0,05 g de cloridrato de hidroxilamina, aquecer
o condensador e demais partes do sistema de destilação à ebulição por 1 minuto. Resfriar à temperatura ambiente,
com pequenas porções de água, acrescentando as águas transferir quantitativamente para balão volumétrico de
de lavagem ao frasco gerador de arsina. Agitar o frasco 50 mL com auxílio de água e completar o volume com o
com movimentos circulares, adicionar água de bromo SR
até obter coloração ligeiramente amarelada e diluir com
água a 35 mL. Proceder conforme descrito em Método
espectrofotométrico, Método I. No máximo 0,0003% (3
mesmo solvente (Solução A). Transferir 30 mL da Solução
A para tubo de Nessler de 50 mL e ajustar o pH entre 3,0
e 4,0 com hidróxido de amônio 6 M ou ácido acético M.
Adicionar 2 mL de tampão acetato pH 3,5, diluir com água
s
ppm). para 40 mL e homogeneizar. Para o preparo do padrão,
transferir 15 mL da Solução A para tubo de Nessler de 50
Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 1,2 g da amostra,
mL, diluir para 25 mL com água, ajustar o pH entre 3,0
utilizando 1 mL de ácido clorídrico padrão (HCl 0,01 M
e 4,0 com hidróxido de amônio 6 M ou ácido acético M,
SV), para o preparo do padrão. No máximo 0,03% (300
adicionar 2 mL de tampão acetato pH 3,5, 3 mL de Solução
ppm).
padrão de chumbo (10 ppm Pb), diluir para 40 mL com
Íon férrico. Transferir 5 g da amostra para erlenmeyer com água e homogeneizar. Adicionar ao padrão e à amostra 10
tampa e dissolver com mistura de 10 mL de ácido clorídrico mL de sulfeto de hidrogênio SR, completar os volumes com
e 100 mL de água isenta de dióxido de carbono. Adicionar água e homogeneizar. Deixar em repouso por 2 minutos.
3 g de iodeto de potássio, tampar e deixar em repouso ao Observar os tubos de cima para baixo, sobre fundo branco.
abrigo da luz por 5 minutos. Titular o iodo liberado com Qualquer coloração castanha desenvolvida na preparação
tiossulfato de sódio 0,1 M SV utilizando, como indicador, amostra não é mais intensa que a desenvolvida na
0,5 mL de amido SI, adicionado próximo ao ponto Þnal. preparação padrão. No máximo 0,005% (50 ppm).
Realizar ensaio em branco e fazer as correções necessárias.
No máximo 4,5 mL de tiossulfato de sódio 0,1 M SV são DOSEAMENTO
gastos na titulação (0,5%).
Dissolver, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra em
Manganês. Dissolver 1 g da amostra em 40 mL de água, mistura de 25 mL de ácido sulfúrico M e 25 mL de água
adicionar 10 mL de ácido nítrico e aquecer à ebulição isenta de dióxido de carbono. Adicionar 2 gotas de ferroína
até o desprendimento de vapores vermelhos. Adicionar SI e titular imediatamente com sulfato cérico amoniacal
0,5 g de peroxidissulfato de amônio e aquecer à ebulição 0,1 M SV até viragem de laranja-avermelhado para verde
por 10 minutos. Eliminar qualquer coloração rósea pálido. Cada mL de sulfato cérico amoniacal 0,1 M SV
1328 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

equivale a 27,801 mg de sulfato ferroso heptaidratado ROTULAGEM


(FeSO4.7H2O) e a 5,585 mg de ferro elementar (Fe).
Observar a legislação vigente. No rótulo devem
estar especiÞcadas as quantidades de sulfato ferroso
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO heptaidratado (FeSO4.7H2O) e de ferro elementar (Fe) por
mililitro da solução oral.
Em recipientes bem fechados.

ROTULAGEM SULFETO DE SELÊNIO


Selenii disulfidum
Observar a legislação vigente.

CLASSE TERAPÊUTICA SeS2; 143,09


Se; 78,96
Antianêmico. sulfeto de selênio; 08182
Sulfeto de selênio
[7488-56-4]
SULFATO FERROSO SOLUÇÃO ORAL
Contém, no mínimo, 52,0% e, no máximo, 55,5% de
selênio (Se).
Contém sulfato ferroso heptaidratado equivalente a, no
mínimo, 94,0% e, no máximo, 106,0% da quantidade
declarada de ferro elementar (Fe). DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó laranja ou castanho-
IDENTIFICAÇÃO avermelhado.
A. Responde às reações do íon ferroso (5.3.1.1). Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e
praticamente insolúvel em solventes orgânicos.
B. Responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).

IDENTIFICAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
A. Ferver 50 mg de amostra com 5 mL de ácido nítrico
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. por 30 minutos. Diluir a 50 mL com água e Þltrar. Para
pH (5.2.19). 1,8 a 5,3. cada 5 mL do Þltrado adicionar 10 mL de água e 5 g de
ureia. Aquecer até fervura, deixar esfriar e adicionar 2

s
mL de solução de iodeto de potássio a 0,8% (p/v). Uma
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA coloração amarela é produzida e escurece rapidamente
(presença se selênio). Esta solução é utilizada para o teste
Contagem do número total de micro-organismos
B. de IdentiÞcação.
mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
B. Deixar a solução obtida no teste A. de IdentiÞcação em
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
repouso por 10 minutos e Þltrar. O Þltrado obtido responde
Cumpre o teste.
às reações do íon sulfato (5.3.1.1).

DOSEAMENTO ENSAIOS DE PUREZA


Transferir volume, exatamente medido, da solução oral
Compostos de selênio solúveis. Proceder conforme
equivalente a cerca de 0,125 g de ferro elementar (Fe) para
descrito em Espectrofotometria de absorção no visível
erlenmeyer, adicionar 80 mL de água isenta de dióxido de
(5.2.14).
carbono e 20 mL de ácido sulfúrico M. Adicionar duas gotas
de ferroína SI e titular imediatamente com sulfato cérico Solução amostra: pesar 10 g de amostra, adicionar 100
amoniacal 0,1 M SV até viragem de laranja-avermelhado mL de água e mexer. Deixar sob agitação constante por
para verde-pálido. Cada mL de sulfato cérico amoniacal uma hora e Þltrar. Para cada 10 mL do Þltrado adicionar
0,1 M SV equivale a 5,585 mg de ferro elementar (Fe). 2 mL de ácido fórmico, completar para 50 mL com água e
ajustar, com ácido fórmico, o pH em 2,5 ± 0,5. Adicionar
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO 2 mL de 3,3’-tetraidrocloreto de diaminobenzidina SR.
Deixar em repouso por 45 minutos e ajustar, com amônia
Em recipientes bem fechados. Proteger da luz. 6 M, o pH entre 6,5 ± 0,5. Agitar a solução por um minuto
com 10 mL de tolueno e permitir a separação das fases.
Descartar a fase aquosa.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1329

Solução padrão: utilizar 10 mL de uma solução de ácido IDENTIFICAÇÃO


selenioso contendo 0,5 —g/mL de selênio. Proceder
conforme a preparação da solução amostra a partir da A. A solução a 5% (p/v) responde às reações do íon sódio
adição de 2 mL de ácido fórmico. (5.3.1.1).

Determinar as absorvâncias da Solução padrão e da B. A solução a 0,9% (p/v) responde às reações do íon
Solução amostra em 420 nm. Utilizar branco com a mesma sulÞto (5.3.1.1).
composição da solução amostra. A absorvância da Solução
C. Dissolver 5 g da amostra em água e completar o volume
amostra não é maior que a da Solução padrão. No máximo
para 100 mL com o mesmo solvente. A uma alíquota de 5
0,0005% (5 ppm).
mL adicionar 0,5 mL de iodo 0,05 M. A solução resultante
é incolor e responde às reações do íon sulfato (5.3.1.1).
DOSEAMENTO
Pesar, exatamente, cerca de 100 mg da amostra, adicionar ENSAIOS DE PUREZA
25 mL de ácido nítrico fumegante e aquecer em banho-
Aspecto da solução. Dissolver 10 g da amostra em 25
maria por uma hora. Deixar esfriar, transferir para um
mL de água e adicionar cuidadosamente 15 mL de ácido
balão volumétrico de 250 mL contendo 100 mL de água e
clorídrico. Aquecer até fervura. Resfriar e completar o
completar para o volume de 250 mL com água. Transferir
volume para 100 mL com água. A preparação obtida é
50 mL da solução, adicionar 25 mL de água e 10 g de ureia
límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).
e aquecer até fervura. Deixar esfriar, adicionar 3 mL de
amido SI, 10 mL de solução de iodeto de potássio a 10% Selênio. A 3 g de amostra adicionar 10 mL de solução de
(p/v) e titular imediatamente com solução volumétrica de formaldeído e, cuidadosamente, 2 mL de ácido clorídrico.
tiossulfato de sódio 0,1 M SV. Realizar prova em branco. Aquecer em banho-maria por 20 minutos. Caso desenvolva-
Cada mL de tiossulfato de sódio 0,1 M equivale a 1,974 se coloração rósea, esta não deve ser mais intensa que a
mg de Se. de uma solução padrão preparada, simultaneamente e nas
mesmas condições, com 1 g da amostra adicionada de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO 0,2 mL de solução padrão de selênio (100 ppm Se). No
máximo 0,001% (10 ppm).
Em recipientes bem fechados.
Tiossulfatos. Dissolver 2 g da amostra com 100 mL de
água. Adicionar 10 mL de solução de formaldeído e 10 mL
ROTULAGEM de ácido acético. Aguardar 5 minutos. Adicionar 0,5 mL de
amido SI e titular com iodo 0,05 M SV. Realizar ensaio em
Observar a legislação vigente.
branco. A diferença entre os volumes gastos nas titulações
não é maior que 0,15 mL.

s
CLASSE TERAPÊUTICA
Zinco. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
Antifúngico. de absorção atômica (5.2.13.1), utilizar o Método I. No
máximo 0,0025% (25 ppm).

Solução amostra: diluir 2 mL da solução obtida em Aspecto


SULFITO DE SÓDIO
da solução a 10 mL com água.
Natrii sulfis
Soluções de referência: preparar as soluções de referência
utilizando solução padrão de zinco (100 ppm Zn), diluindo
Na2SO3; 126,04
com água, quando necessário.
sulÞto de sódio; 08187
Sal de sódio do ácido sulfuroso (2:1) Medir a absorvância em 213,9 nm utilizando lâmpada de
[7757-83-7] cátodo-oco como fonte de radiação e chama de ar-acetileno.

Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 100,5% de Ferro (5.3.2.4). Utilizar o Método I. Determinar em
Na2SO3. 10 mL da solução obtida em Aspecto da solução.
Proceder conforme descrito em Ensaio limite para ferro,
empregando 10 mL de Solução padrão de ferro (1 ppm de
DESCRIÇÃO Fe). No máximo 0,001% (10 ppm).
Características físicas. Pó branco e inodoro. Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Transferir
20 mL da solução obtida em Aspecto da solução para tubo
Solubilidade. Facilmente solúvel em água e muito pouco
de Nessler de 50 mL. Completar o volume a 25 mL com
solúvel em etanol.
água e proceder conforme descrito em Ensaio limite para
metais pesados. No máximo 0,001% (10 ppm).
1330 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


Pesar, exatamente, cerca de 0,25 g da amostra e transferir Em recipientes bem fechados.
para erlenmeyer contendo 50 mL de iodo 0,05 M SV. Agitar
até completa dissolução. Titular o excesso de iodo com
ROTULAGEM
tiossulfato de sódio 0,1 M SV, utilizando 1 mL de amido
SI, como indicador. Realizar ensaio em branco. Cada mL Observar a legislação vigente.
de iodo 0,05 M SV equivale a 6,302 mg de Na2SO3.

CATEGORIA
Antioxidante.

s
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1331

Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método II. Dissolver 0,1


TARTARATO DE ANTIMÔNIO E g de amostra em 5 mL de ácido clorídrico. Adicionar 10
POTÁSSIO mL de uma solução recém preparada de 20 g de cloreto
estanoso em 30 mL de ácido clorídrico. Transferir para
um tubo de comparação de coloração e deixar em repouso
por 30 minutos. A superfície branca formada não é mais
intensa do que a produzida quando é utilizada uma solução
equivalente contendo 15 —g de arsênio. No máximo
0,015% (150 ppm).

Chumbo (5.3.2.12). No máximo 0,002% (20 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g de


amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C até peso constante.
No máximo 2,7%.

C8H4K2O12Sb2; 613,83 DOSEAMENTO


C8H4K2O12Sb2.3H2O; 667,87
Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra e dissolver em
tartarato de antimônio e potássio; 00352
50 mL de água. Adicionar 5 g de tartarato sódio e potássio,
bis[ȝ-[(2R,3R)-2,3-Di(hidroxi-țO)butanodioato(4-)-
2 g de borato de sódio, 3 mL de amido iodetado SI e titular
țO1:țO4]]di-antimonato(2-) de potássio (1:2)
imediatamente com iodo 0,1 M SV até o aparecimento de
[11071-15-1]
coloração azul persistente. Cada mL de iodo 0,1 M SV
bis[ȝ-[(2R,3R)-2,3-Di(hidroxi-țO)butanodioato(4-)-
equivale a 16,70 mg de C8H4K2O12Sb2.3H2O
țO1:țO4]]di-antimonato(2-) de potássio hidratado (1:2:3)
[28300-74-5]
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 103,0% de
Em recipientes bem fechados.
C8H4K2O12Sb2.3H2O.

ROTULAGEM
DESCRIÇÃO
Observar a legislação vigente.
Características físicas. Pó branco ou incolor, cristalino.

Solubilidade. Facilmente solúvel em água. CLASSE TERAPÊUTICA


Antiparasitário
IDENTIFICAÇÃO
A. Dissolver uma pequena quantidade de um sal de tartarato
em duas gotas de periodato de sódio a 5% (p/v). Adicionar TARTARATO DE ANTIMÔNIO E SÓDIO
uma gota de ácido sulfúrico 0,5 M e após 5 minutos,
adicionar algumas gotas de ácido sulfuroso, seguido de
algumas gotas de fucsina descorada SR. Ocorre formação
de coloração rosa em 15 minutos.

B. Quando aquecido à incandescência, ocorre a queima


com liberação de odor de açúcar queimado, levando à um
t
resíduo escuro. Quando este resíduo é levado à chama, esta
apresenta coloração violeta.

C. Dissolver 1 g de amostra em 20 mL de água. AcidiÞcar


a solução com ácido clorídrico e adicionar sulfeto de
hidrogênio SR. Ocorre formação de um precipitado
alaranjado, solúvel em hidróxido de sódio 0,05 M.
C8H4Na2O12Sb2; 581,61
ENSAIOS DE PUREZA tartarato de antimônio e sódio; 09845
bis[ȝ-[(2R,3R)-2,3-Di(hidroxi-țO)butanodioato(4-)-
Acidez ou alcalinidade. Dissolver 1 g de amostra em 50 țO1:țO4]]di-antimonato(2-) de sódio (1:2)
mL de água livre de compostos orgânicos e titular com [34521-09-0]
ácido clorídrico 0,01 M ou com hidróxido de sódio 0,01 M
em pH 4,5. Não é necessário mais que 2 mL. Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de
C8H4Na2O12Sb2 em relação à substância dessecada.
1332 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DESCRIÇÃO IDENTIFICAÇÃO
Características físicas. Pó branco ou incolor, cristalino. A. Pesar e pulverizar os comprimidos. Transferir quantidade
de pó equivalente a 40 mg de tartarato de metoprolol para
Solubilidade. Facilmente solúvel em água. funil de separação. Adicionar 25 mL de água e 4 mL de
hidróxido de amônio diluído (1:3). Extrair com 20 mL de
IDENTIFICAÇÃO clorofórmio, Þltrando o extrato clorofórmio obtido através
de sulfato de sódio anidro previamente umedecido com
A. Dissolver uma pequena quantidade de um sal de tartarato clorofórmio. Evaporar o clorofórmio até secura, congelar o
em duas gotas de periodato de sódio a 5% (p/v). Adicionar resíduo a -18 °C por 30 minutos e deixar atingir a temperatura
uma gota de ácido sulfúrico 0,5 M e após 5 minutos, ambiente. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14)
adicionar algumas gotas de ácido sulfuroso, seguido de do resíduo, disperso em brometo de potássio, apresenta
algumas gotas de fucsina descorada SR. Ocorre formação máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
de coloração rosa em 15 minutos. de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
observados no espectro de tartarato de metoprolol SQR,
B. Responde às reações do íon antimônio (5.3.1.1). preparado de maneira idêntica.
C. Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1). B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) da
solução amostra obtida no método A. de Doseamento,
ENSAIOS DE PUREZA exibe máximos e mínimos idênticos aos observados no
espectro da solução de tartarato de metoprolol SQR.
Acidez ou alcalinidade. Dissolver 1 g de amostra em 50
mL de água livre de dióxido de carbono e titular com ácido
clorídrico 0,01 M ou com hidróxido de sódio 0,01 M em CARACTERÍSTICAS
pH 4,5. Não é necessário mais que 2 mL. Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Arsênio (5.3.2.5). Pesar 0,375 g de amostra e prosseguir Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
conforme descrito em Ensaio limite para arsênio, Método
II. No máximo 0,0008% (8 ppm). Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste.
Chumbo (5.3.2.12). No máximo 0,002% (20 ppm). Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 2 g de Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.
amostra. Dessecar em estufa, a 105 °C até peso constante.
No máximo 6%.
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5)

DOSEAMENTO Meio de dissolução: ßuido gástrico simulado (sem enzima),


900 mL
Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra e dissolver
em 50 mL de água. Adicionar 5 g de tartarato de sódio e Aparelhagem: cestas, 100 rpm
potássio, 2 g de borato de sódio, 3 mL de amido iodetado
Tempo: 30 minutos
SI e titular imediatamente com iodo 0,1 M SV até o
aparecimento de coloração azul persistente. Cada mL de Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de

t iodo 0,1 M SV equivale a 14,54 mg de C8H4Na2O12Sb2.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
dissolução, Þltrar e diluir no Meio de dissolução até
concentração adequada. Medir as absorvâncias em 275
nm (5.2.14), utilizando o Meio de dissolução para ajuste
do zero. Calcular a quantidade de (C15H25NO3)2.C4H6O6
Em recipientes bem fechados. dissolvida no meio, comparando as leituras obtidas com a
da solução de tartarato de metoprolol SQR na concentração
de 0,01% (p/v), preparada no meio de dissolução.
ROTULAGEM
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade
Observar a legislação vigente.
declarada de (C15H25NO3)2.C4H6O6 se dissolvem em 30
minutos.
CLASSE TERAPÊUTICA
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
TARTARATO DE METOPROLOL Contagem do número total de micro-organismos
COMPRIMIDOS mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).


Contém, no mínimo, 95,0% e, no máximo, 105,0% da Cumpre o teste.
quantidade declarada de (C15H25NO3)2.C4H6O6.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1333

DOSEAMENTO
TARTARATO DE POTÁSSIO E SÓDIO
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
Kalii natrii tartras
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a
75 mg de tartarato de metoprolol para balão volumétrico
de 200 mL e adicionar 150 mL de etanol absoluto.
Homogeneizar e deixar em banho de ultrassom por 15
minutos. Completar o volume com etanol absoluto,
C4H4KNaO6; 210,16
homogeneizar e Þltrar. Transferir 20 mL do Þltrado para
C4H4KNaO6.4H2O; 282,22
balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com
tartarato de potássio e sódio; 09846
etanol absoluto e homogeneizar. Preparar solução padrão
Sal de sódio e potássio do ácido (2R,3R)-2,3-
nas mesmas condições. Medir as absorvâncias das soluções
diidroxibutanodióico (1:1:1)
em 274 nm, utilizando etanol absoluto para ajuste do
[304-59-6]
zero. Calcular a quantidade de (C15H25NO3)2.C4H6O6 nos
Sal de sódio e potássio do ácido (2R,3R)-2,3-
comprimidos, a partir das leituras obtidas.
diidroxibutanodióico hidratado (1:1:1:4)
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido [6381-59-5]
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 250 mm de Contém no mínimo, 99,0% e no máximo 102,0% de
comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada C4H4KNaO6 calculado na base anidra.
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (3
—m a 10 —m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da
Fase móvel de 1,0 mL/minuto.
DESCRIÇÃO
Características físicas. Pó cristalino branco ou incolor,
Fase móvel: dissolver 961 mg de 1-pentanossulfonato de
cristais transparentes.
sódio monoidratado e 82 mg de acetato de sódio anidro
em uma mistura de 550 mL de metanol e 470 mL de água, Solubilidade. Muito solúvel em água, praticamente
adicionar 0,57 mL de ácido acético glacial e homogeneizar. insolúvel em etanol.
Diluente: preparar uma mistura de metanol e ácido
clorídrico 0,1 M (1:1). IDENTIFICAÇÃO
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos. A. Em 10 mL de uma solução a 5% (p/v), adicionar 10 mL
Transferir quantidade do pó equivalente a 50 mg de tartarato de ácido acético 6 M. Um precipitado branco cristalino se
de metoprolol para balão volumétrico de 50 mL, adicionar forma dentro de 15 minutos.
30 mL de Diluente e deixar em ultrassom por 30 minutos.
Completar o volume com o Diluente, homogeneizar e B. Responde ás reações do íon tartarato (5.3.1.1).
Þltrar. Diluir até a concentração de 0,5 mg/mL, utilizando
C. Responde ás reações do íon potássio (5.3.1.1).
Fase móvel como solvente.
D. Responde ás reações do íon sódio (5.3.1.1).

t
Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
de tartarato de metoprolol SQR em Diluente, de modo a
obter solução a 1 mg/mL. Diluir até a concentração de 0,5 ENSAIOS DE PUREZA
mg/mL, utilizando Fase móvel como solvente.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções


Acidez ou alcalinidade. Dissolver 5 g da amostra em 100
mL de água. A 5 mL dessa solução adicionar 0,1 mL de
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as áreas fenolftaleína SI. São necessários no máximo, 0,5 mL de
sob os picos. Calcular a quantidade de (C15H25NO3)2.C4H6O6 ácido clorídrico 0,01 M ou de hidróxido de sódio 0,01 M
nos comprimidos a partir das respostas obtidas para as Soluções para mudar a cor do indicador.
padrão e amostra.
Amônia (5.3.2.6). Em 5 mL da solução obtida no ensaio
Acidez ou alcalinidade realizar Ensaio limite para amônia.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO No máximo 0,004% (40 ppm).
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. Bário e oxalatos. A 5 mL da solução obtida no ensaio
Acidez ou alcalinidade, adicionar 3 mL da sulfato de
ROTULAGEM cálcio SR. Deixar em repouso por 5 minutos. Qualquer
opalescência na preparação não é mais intensa que a obtida
Observar a legislação vigente. com a mistura de 3 mL de sulfato de cálcio SR e 5 mL de
água destilada.
1334 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Cálcio (5.3.2.7). Determinar em 0,5 g da amostra. No Contém, no mínimo, 85% de C16H9N4Na3O9S2.


máximo 0,02% (200 ppm).

Cloretos (5.3.2.1). No máximo 0,01% (100 ppm). DESCRIÇÃO

Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 4,8 g da amostra. Características físicas. Pó Þno, laranja, brilhante e
Utilizar 0,5 mL de ácido sulfúrico padrão. No máximo higroscópico. Solução aquosa amarelada.
0,005% (50 ppm).
Solubilidade. Solúvel em água, metanol e glicerol. Pouco
Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No solúvel em etanol. Insolúvel em éter etílico, acetona, óleo
máximo 0,001% (10 ppm) mineral e gorduras.

Água (5.2.20.1). Entre 21,0% e 27,0%


IDENTIFICAÇÃO

DOSEAMENTO O espectro de absorção no ultravioleta e visível (5.2.14),


na faixa de 200 nm a 700 nm, de solução a 0,001% (p/v)
Pesar exatamente, cerca de 2 g da amostra em um cadinho em acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6), exibe máximos em
de porcelana tarado e levar a ignição lentamente no inicio 426 nm, 257 nm e 203 nm e mínimos em 311 nm e 221 nm,
até o sal ser carbonizado, protegendo o sal carbonizado da idênticos aos observados no espectro de solução similar de
chama o tempo inteiro. Resfriar o cadinho colocá-lo em tartrazina SQR.
um béquer de vidro e quebrar a massa carbonizada com
um bastão de vidro. Sem remover o bastão de vidro ou
o cadinho, adicionar 50 mL de água e 50 mL de ácido ENSAIOS DE PUREZA
sulfúrico 0,25 M SV, cobrir o béquer e ferver a solução por Corantes subsidiários. Proceder conforme descrito em
30 minutos. Filtrar e lavar com água quente até a última CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
lavagem ser neutra ao papel tornassol. Resfriar o Þltrado sílica-gel G, como suporte, e mistura de 1-butanol, etanol,
e as lavagens. Titular o excesso do ácido com hidróxido água, hidróxido de amônio (50:25:25:10), como fase
de sódio 0,5 M SV usando como indicador uma mistura móvel. Aplicar, separadamente a placa, 2 —L de cada uma
de 10 mL de vermelho de metila SI e 10 mL de cloreto das soluções recentemente preparadas como descrito a
de metiltionínio SR1. Efetuar prova em branco. Cada mL seguir:
de ácido sulfúrico 0,25 M SV equivale a 52,54 mg de
C4H4KNaO6. Solução (1): 0,25 g de amostra em 10 mL de hidróxido de
sódio 0,5 M.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Solução (2): 0,05 g de tartrazina padrão em 10 mL de
hidróxido de sódio 0,5 M.
Em recipientes fechados
Solução (3): diluir a Solução (2) de modo a obter uma
ROTULAGEM solução a 0,05 mg/mL, com o mesmo diluente.

Observar a legislação vigente Solução (4): diluir a Solução (1) de modo a obter uma
solução a 0,25 mg/mL, com o mesmo diluente.

t
CATEGORIA Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
secar ao ar. Examinar sob luz ambiente e luz ultravioleta
Catártico. (254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1)
corresponde em posição, cor e intensidade aquela obtida
com a Solução (2). As manchas secundárias obtidas com
TARTRAZINA a Solução (1) não devem ser mais intensas do que aquelas
obtidas com a Solução (3) e a Solução (4).(1%).

Alternativamente pode ser empregada mistura de 1-butanol,


água, ácido acético glacial (20:12:5) como fase móvel. Em
lugar de sílica-gel G pode ser usado papel cromatográÞco,
utilizando-se as condições anteriormente descritas e
observando as manchas também por transparência.

Chumbo, cobre, estanho, zinco. Proceder conforme


C16H9N4Na3O9S2; 534,36 descrito em Espectrofotometria de absorção atômica
CI 19140 (5.2.13). Pesar 2 g da amostra, usar cadinho de sílica
Sal sódico do ácido 4,5-diidro-5-oxo-1-(4-sulfofenil)-4-[2- e queimar, brandamente, sobre tela de amianto (± 350
(4-sulfofenil)diazenil]-1H-pirazol-3-carboxílico (3:1) °C); levá-lo à mußa durante 12 horas, sem ultrapassar
[1934-21-0] a temperatura de 450 °C. Remover o cadinho e resfriar.
Misturar o resíduo com cerca de 2 mL de água e adicionar
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1335

duas gotas de nitrato de magnésio a 50% (p/v). Secar sobre Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método I. Determinar em 1 g
chapa elétrica e retornar à mußa durante 3 a 4 horas, ou até da amostra. No máximo, 0,0001% (1 ppm).
que o resíduo esteja branco, ou amarelado. Em seguida,
resfriar, gotejar 1 a 2 mL de ácido nítrico e 1 mL de água Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar
e aquecer sobre chapa elétrica até quase secar. Dissolver em 0,5 g da amostra. No máximo, 0,004% (40 ppm).
os nitratos metálicos com 5 mL de água. Se necessário,
centrifugar. Levar ao espectrofotômetro de absorção DOSEAMENTO
atômica, calibrado previamente e realizar a leitura da
concentração de cada um dos metais. No máximo 0,001% Efetuar as diluições como descrito em IdentiÞcação, e ler a
(10 ppm) de chumbo, 0,002% (20 ppm) de cobre, 0,025% absorvância no pico máximo em cerca de 426 nm (5.2.14).
(250 ppm) de estanho e 0,005% (50 ppm) de zinco. Calcular o teor do corante pela expressão:

Cloretos e sulfatos. Pesar 0,5 g da amostra, dissolver


em 200 mL de água, acidiÞcar com 8 mL de ácido nítrico
a 25% (v/v) e titular com nitrato de prata 0,1 M SV em = % de tartrazina na amostra em 519 nm
potenciômetro com eletrodo combinado de prata. Cada mL
de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 5,85 mg de NaCl.
em que
Pesar 0,5 g da amostra e dissolver com 100 mL de água
em banho-maria. Adicionar 35 g de cloreto de sódio, p = peso da amostra em gramas na diluição efetuada.
isentos de sulfatos e agitar bem. Transferir para balão
volumétrico de 200 mL e completar o volume com solução Alternativamente pode-se considerar A(1%, 1 cm) = 536,6
saturada de cloreto de sódio. Homogeneizar. Após 1 hora, em 426 nm.
Þltrar por papel de Þltro e transferir alíquota de 100 mL
do Þltrado para béquer de 600 mL, diluir até 300 mL com EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
água e acidiÞcar com ácido clorídrico SR, adicionando
leve excesso. Aquecer à fervura e gotejar, com agitação, Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
25 mL de cloreto de bário a 12% (p/v), ou até que não
ocorra mais precipitação. Deixar em repouso durante
ROTULAGEM
quatro horas. Separar o sulfato de bário por Þltração, lavar
com água quente, secar o papel com o resíduo, transferir Observar a legislação vigente.
para cadinho seco, previamente pesado e calcinar em mußa
a 500 °C durante 1 hora. Resfriar em dessecador e pesar.
Calcular o teor de sulfatos pela expressão: CATEGORIA
Corante.

TECIDO DE GAZE HIDRÓFILA


em que
PURIFICADA
N = gramas de sulfato de bário;
p = gramas da amostra usados na precipitação. Tecido 100% algodão, simples, de baixa densidade de
No máximo, 6% de cloretos e sulfatos.

Substâncias insolúveis em água. Dissolver 5 g da amostra


em 200 mL de água quente (80-90 °C) com agitação.
Þos por centímetro, tipo tela, alvejado (isento de amido,
dextrina, corantes corretivos, azulantes ópticos, álcalis e
ácidos), inodoro e insípido. t
Resfriar à temperatura ambiente. Filtrar por placa Þltrante, A gaze hidróÞla puriÞcada é um tecido branco de várias
previamente seca e pesada. Lavar com água fria até que as contagens de Þos e pesos, em vários comprimentos e
águas de lavagem se tornem incolores. Secar o Þltro com larguras. Na Tabela 1 há designação, para cada tipo
o resíduo em estufa a 120 °C durante quatro horas e pesar. comercial, o número de Þos e a respectiva gramatura.
No máximo, 0,5%.
1336 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Tabela 1 - Tipos comerciais de gazes com respectivos números de fios e gramatura.

Número mínimo Número mínimo Número mínimo


Variação em
Tipo de gaze de fios de urdume de fios de trama de fios por 100 Gramatura (g/m²)
porcentagem (%)
por 10 cm por 10 cm cm³ de área
I 158 138 296 73,0 ±6
II 138 138 276 66,5 ±6
III 118 79 197 38,5 ±6
IV 89 69 158 31,0 ±6
V 79 59 138 26,8 ±6
VI 74 54 128 25,2 ±6
VII 74 34 108 21,3 ±6
VIII 69 29 98 19,3 ±6
IX 59 29 88 16,6 ±6
CARACTERÍSTICAS em gramas por metro quadrado. A gramatura cumpre a
especiÞcação indicada na tabela em Tabela 1.
Condicionar a amostra por, no mínimo, 4 horas em atmosfera
padrão de umidade relativa 65% ± 2%, a 20 ± 2 °C, antes de Poder absorvente. Preencher com água à temperatura
realizar os testes de Contagem de Þos, Gramatura e Poder aproximada de 20 °C em um recipiente de 11 a 12 cm
absorvente. Remover a amostra de suas embalagens antes de diâmetro. Dobrar, com uma pinça, um quadrado da
de submetê-la à atmosfera condicionante. Se a amostra amostra com cerca de 1 g e alisar a superfície. Depositar
estiver na forma de rolos, cortar a quantidade necessária cuidadosamente o quadrado da amostra sobre a superfície
para a realização dos testes, excluindo os primeiros e os da água. Determinar com um cronômetro o tempo
últimos dois metros, quando a quantidade total de amostra necessário para a submersão total da amostra. O tempo de
disponível assim permitir. imersão, expresso pela média dos tempos registrados no
decurso de três ensaios, não deve exceder 10 segundos.
Contagem de fios. Coletar amostra com no mínimo 50
cm de comprimento e largura igual à do tecido. Colocar
a amostra, sem rugas e sem tensão, sobre uma superfície ENSAIOS DE PUREZA
plana. Começar a contar no espaço entre dois Þos. Não
Substâncias solúveis em água. Transferir, exatamente,
efetuar a contagem na área das ourelas. Colocar a escala
cerca de 20 g da amostra para um béquer de 1000 mL
sobre a amostra e contar o número de Þos compreendidos
contendo 500 mL de água puriÞcada. Aquecer à ebulição,
em 5 cm. Contar no sentido do urdume, ao longo da largura
durante 15 minutos, adicionando água fervente para
da amostra. A contagem deve ser realizada em cinco partes
conservar o volume inicial. Filtrar a quente através de
diferentes da amostra. Contar no sentido da trama, ao
um funil, espremendo a amostra retida com um pistilo, de
longo do comprimento da amostra. A contagem deve ser
modo a retirar toda a água. Lavar com duas porções de
realizada em cinco partes diferentes da amostra. Dividir o
200 mL de água fervente, pressionando a gaze após cada
número de Þos de cada medida por 5 cm, para determinar
lavagem. Coletar o Þltrado em balão volumétrico de 1000
o número de Þos por centímetro.
mL e completar o volume com água. Transferir 400 mL
Calcular a média aritmética das cinco contagens efetuadas do extrato para cápsula de porcelana previamente tarada e

t em cada sentido. A média, multiplicada por 10, deve estar evaporar até resíduo em banho-maria.
dentro do intervalo de variação da Tabela 1.
Resíduo após dessecação: Secar o resíduo obtido em
Comprimento. Desdobrar ou desenrolar a amostra, Substâncias solúveis em água em estufa a 105 °C até peso
estender sem esticar e medir o comprimento ao longo da constante. Calcular a porcentagem de resíduo em relação à
linha central, utilizando régua graduada. Deve apresentar massa de amostra inicial. Deve ser no máximo 0,25% do
no mínimo 98% do comprimento declarado. peso inicial.

Largura. Retirar amostra com no mínimo 50 cm de Resíduo após incineração: Incinerar o resíduo obtido em
comprimento, na largura total do tecido e a 1 metro das Resíduo após dessecação em mußa a 600 °C até peso
pontas dos rolos. Medir a largura com o auxílio de régua constante. Calcular a porcentagem de resíduo em relação
graduada, em pelo menos três pontos a intervalos iguais e à massa de amostra inicial. Deve ser no máximo 0,075%
não superiores a 10 cm, distribuídos ao longo da amostra. do peso inicial.
A média das três medidas não deve apresentar diferença
Acidez ou alcalinidade. Cortar a amostra de 10 g de tecido
superior a 1,6 mm da largura escrita no rótulo.
com tolerância de ± 0,1 g. Ferver, moderadamente 250 mL
Gramatura. Cortar três corpos de prova da amostra com de água puriÞcada em um béquer. Imergir a amostra, cobrir
área igual a 100 cm2. Pesar cada corpo de prova em balança o béquer com placa de Petri ou vidro de relógio e ferver
com precisão de 0,001 g. Calcular a média das massas por mais 5 minutos. Mantendo o béquer e o conteúdo
obtidas e multiplicar por 100 para expressar o resultado cobertos, esfriar até a temperatura ambiente. Remover a
amostra com pinça ou tenaz e espremer todo o excesso
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1337

de líquido no béquer. Determinar o pH do extrato aquoso


potenciometricamente (5.2.19). O valor do pH deve situar- TERCONAZOL
se entre 5,0 e 8,0. Terconazolum
Dextrina ou amido. Gotejar sobre a amostra duas a três
gotas de iodo SR. A coloração da solução no tecido, após
30 segundos, permanece amarelada. Alteração para tons
esverdeados indica resíduos de dextrina, coloração azul ou
violeta indica a presença de amido.

Determinação de cinzas sulfatadas (5.2.10). Pesar,


exatamente, cerca de 5 g da amostra e transferir para
cadinho previamente tarado. Umedecer com 0,5 mL de
ácido sulfúrico M e calcinar, cuidadosamente, sob chama
direta, até enegrecimento da amostra. Resfriar, adicionar ao
resíduo três a cinco gotas de ácido sulfúrico M, e aquecer
lentamente até que não haja mais liberação de fumaça
branca. Incinerar a 800 °C até peso constante. O resíduo
deve ser no máximo 0,2% do peso inicial.

Substâncias gordurosas. Pesar, exatamente, cerca de 10 g


da amostra e adaptá-la ao extrator Soxhlet. Pesar um balão
de fundo chato de 250 mL contendo pérolas de vidro ou C26H31Cl2N5O3; 532,46
pedaços de porcelana e adicionar ao mesmo 180 mL de terconazol; 08417
éter etílico. Adaptar o balão ao extrator Soxhlet e à manta rel-1-[4-[[(2R,4S)-2-(2,4-Diclorofenil)-2-(1H-1,2,4-
aquecedora com regulagem de temperatura e aquecer triazol-1-ilmetil)-1,3-dioxolan-4-il]metoxi]fenil]-4-(1-
o conjunto por 5 horas, mantendo, no mínimo, quatro metiletil)-piperazina
reßuxos por hora (o extrato etéreo não deve apresentar [67915-31-5]
vestígios de coloração azul, verde ou parda). Remover
a manta aquecedora após o período de extração e deixar Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 101,0% de
resfriar o conjunto, de modo que Þquem no balão alguns C26H31Cl2N5O3, em relação à substância dessecada.
mililitros de éter etílico. Desconectar o extrator do balão
e evaporar o éter utilizando um ßuxo leve de nitrogênio
pelo interior do balão, com cuidado, sempre no interior da DESCRIÇÃO
capela de exaustão. Secar o balão em estufa a 105 °C até Características físicas. Pó branco ou quase branco.
peso constante. Deve ser no máximo 0,7%. Apresenta polimorÞsmo.
Corantes corretivos. Transferir 10 g da amostra para Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, facilmente
percolador. Proceder lentamente à extração com etanol solúvel em cloreto de metileno, solúvel em acetona,
até a obtenção de 50 mL de extrato alcoólico. O percolato, parcialmente solúvel em etanol.
observado sobre fundo branco, em coluna de 20 cm de
altura, pode apresentar leve coloração amarela, mas não Constantes físico-químicas.
coloração verde ou azul.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Esterilidade (5.5.3.2.1). Gaze declarada estéril cumpre o
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): -0,10° a +0,10°, em
relação à substância dessecada. Determinar em solução a
10% (p/v) em cloreto de metileno. t
teste. IDENTIFICAÇÃO
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
EMBALAGEM E ACONDICIONAMENTO amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
Em embalagens bem fechadas. Gaze declarada estéril é
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
embalada de modo a manter a esterilidade até que seja
observados no espectro de terconazol SQR, preparado
aberta para o uso.
de maneira idêntica. Se o espectro obtido apresentar
diferenças, dissolver a amostra e o padrão, separadamente,
ROTULAGEM. em um volume mínimo de acetona. Deixar evaporar até a
secura e realizar novo espectro com os resíduos.
Observar a legislação vigente.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel G,
como suporte, e mistura de acetato de amônio SR,
dioxana e metanol (20:40:40), como fase móvel. Aplicar,
1338 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

separadamente, à placa, 5 PL de cada uma das soluções, com área menor que 0,2 vezes a área sob o pico principal,
recentemente preparadas, descritas a seguir. obtido no cromatograma com a Solução (2).

Solução (1): dissolver 30 mg da amostra em metanol e Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
diluir a 5 mL com o mesmo solvente. amostra. Dessecar em estufa entre 100 ºC e 105 °C, até
peso constante. No máximo 0,5%.
Solução (2): dissolver 30 mg de terconazol SQR em
metanol e diluir a 5 mL com o mesmo solvente. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
Solução (3): dissolver 30 mg de terconazol SQR e 30 mg
de cetoconazol SQR em metanol e diluir a 5 mL com o
mesmo solvente. DOSEAMENTO

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar A. Proceder conforme descrito em Titulação em meio não
secar ao ar e aquecer por 15 minutos. Expor ao vapor de aquoso (5.3.3.5). Dissolver, exatamente, cerca de 0,15 g
iodo até que as manchas apareçam. A mancha principal da amostra em 70 mL de mistura de ácido acético glacial e
obtida com a Solução (1) corresponde em posição, cor metil-etil-cetona (9:1). Titular com ácido perclórico 0,1 M
e intensidade àquela obtida com a Solução (2). O teste SV, determinando o ponto Þnal potenciometricamente, no
somente será válido se o cromatograma obtido com segundo ponto de inßexão. Cada mL de ácido perclórico
a Solução (3) apresentar duas manchas nitidamente 0,1 M SV equivale a 17,749 mg de C26H31Cl2N5O3.
separadas.
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
C. A 30 mg da amostra, em cadinho de porcelana, de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
acrescentar 0,3 g de carbonato de sódio anidro. Aquecer de detector ultravioleta a 220 nm; coluna de 125 mm de
ao rubro por 10 minutos. Deixar esfriar. Extrair o resíduo comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada

desativado (5 Pm), mantida a temperatura ambiente; ßuxo


com 5 mL de ácido nítrico SR e Þltrar. Para 1 mL do com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano
Þltrado adicionar 1 mL de água. Responde às reações do
íon cloreto (5.3.1.1). da Fase móvel de 2 mL/minuto.

Eluente A: solução de hidrogenossulfato de tetrabutilamônio


ENSAIOS DE PUREZA a 3,4 mg/mL.

Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito Eluente B: acetonitrila.


no método B. de Doseamento. Preparar a Solução (1), a
Solução (2) e a Solução (3) como descrito a seguir. Gradiente da Fase móvel: adotar o sistema de gradiente
descrito na tabela a seguir:
Solução (1): dissolver, exatamente, cerca de 0,1 g da
amostra em metanol e diluir a 10 mL com o mesmo Tempo Eluente A Eluente B
solvente. Eluição
(minutos) (%) (%)
Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão 0 – 10 95 ĺ 50 5 ĺ 50 Gradiente linear
volumétrico de 100 mL e completar o volume com metanol. 10 – 15 50 50 Isocrática
Transferir 2,5 mL dessa solução para balão volumétrico de 15 – 20 95 5 Estabilização
10 mL e completar o volume com metanol.

t
Solução amostra: dissolver, exatamente, quantidade da
Solução (3): dissolver 2,5 mg de terconazol SQR e 2 mg amostra em metanol de modo a obter solução a cerca de
de cetoconazol SQR em metanol e diluir a 100 mL com o 0,5 mg/mL. Transferir 5 mL dessa solução para balão
mesmo solvente. volumétrico de 50 mL e completar o volume com metanol,
Injetar 20 PL da Solução (3). O tempo de retenção é cerca
obtendo solução a 50 —g/mL.
de 6 minutos para o cetoconazol e 7,5 minutos para o Solução padrão: dissolver, exatamente, quantidade de
terconazol. A resolução entre os picos de cetoconazol e de terconazol SQR em metanol de modo a obter solução a
terconazol não deve ser menor que 10. Realizar os ajustes cerca de 0,5 mg/mL. Transferir 5 mL dessa solução para
necessários. balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL de metanol
metanol, obtendo solução a 50 —g/mL.
como branco, 20 PL da Solução (1) e 20 PL da Solução Solução de resolução: dissolver 2,5 mg de terconazol SQR
(2). A área de qualquer pico, obtido no cromatograma com e 2 mg de cetoconazol SQR em metanol e diluir a 100 mL
a Solução (1), com exceção do pico principal, não é maior com o mesmo solvente.
do que a área sob o pico principal, obtido no cromatograma
com a Solução (2) (0,25%). A soma das áreas de todos os Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução de resolução. O
picos, exceto do pico principal, obtidos no cromatograma tempo de retenção é cerca de 6 minutos para o cetoconazol
com a Solução (1), não é maior que o dobro da área sob o e 7,5 minutos para o terconazol. O desvio padrão relativo
pico principal, obtido no cromatograma com a Solução (2) das áreas de replicatas dos picos registrados não é maior do
(0,5%). Desprezar qualquer pico obtido com o branco ou que 2,0%. A resolução entre os picos de cetoconazol e de
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1339

terconazol não deve ser menor que 10. Realizar os ajustes solvente, até concentração de 0,0014% (p/v). Preparar
necessários solução padrão na mesma concentração, utilizando o
mesmo solvente. Medir as absorvâncias das soluções
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L das Soluções resultantes em 226,6 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C26H31Cl2N5O3
áreas sob os picos. Calcular o teor de C26H31Cl2N5O3 na no creme, a partir das leituras obtidas.
amostra a partir das respostas obtidas com as Soluções
padrão e amostra. B. Por CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento
da monograÞa de Terconazol. Preparar a Solução amostra
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
como descrito a seguir.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
Solução amostra: transferir, exatamente, quantidade de
creme equivalente a cerca de 40 mg de terconazol para
ROTULAGEM balão volumétrico de 100 mL e adicionar 60 mL de ácido
clorídrico 0,1 M. Agitar por 30 minutos para dispersar o
Observar a legislação vigente. creme, completar o volume com metanol e homogeneizar.
Filtrar, desprezando os primeiros 5 mL. Transferir 25 mL
CLASSE TERAPÊUTICA do Þltrado para balão volumétrico de 50 mL e completar
o volume com metanol, obtendo solução com 200 —g/mL.
Antifúngico. Transferir 15 mL dessa solução para balão volumétrico
de 50 mL e completar o volume com metanol, obtendo
solução a 60 —g/mL.
TERCONAZOL CREME
Procedimento: injetar, separadamente, 20 —L da Solução
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
quantidade declarada de C26H31Cl2N5O3. C26H31Cl2N5O3 no creme a partir das respostas obtidas com
a Solução padrão e a Solução amostra.
IDENTIFICAÇÃO
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
de 200 nm a 400 nm, da Solução amostra obtida no método Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
A. de Doseamento, exibe máximo de absorção em 226,6
nm, idêntico ao observado no espectro da Solução padrão.
ROTULAGEM
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
Observar a legislação vigente.
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
TIABENDAZOL
CARACTERÍSTICAS Tiabendazolum

t
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Contagem do número total de micro-organismos
mesofilos aeróbicos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.

Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). C10H7N3S; 201,25


Cumpre o teste. tiabendazol; 08493
2-(4-Tiazolil)-1H-benzimidazol
DOSEAMENTO [148-79-8]

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 101,0% de


absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir, exatamente, C10H7N3S, em relação à substância anidra.
quantidade do creme equivalente a cerca de 14 mg de
terconazol para balão volumétrico de 100 mL e adicionar
60 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Agitar por 30 minutos DESCRIÇÃO
para dispersar o creme e completar o volume com o mesmo
Características físicas. Pó cristalino, branco ou quase
solvente. Filtrar. Diluir, sucessivamente, com o mesmo
branco.
1340 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solubilidade. Praticamente insolúvel em água, pouco Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma
solúvel em clorofórmio, etanol e éter etílico. Solúvel em com a Solução (1), diferente da mancha principal, não é
ácidos minerais diluídos. mais intensa que aquela obtida com a Solução (4) (1%), e
apenas uma mancha é mais intensa que aquela obtida no
Constantes físico-químicas. cromatograma com a Solução (5) (0,4%).
Faixa de fusão (5.2.2): 296 ºC a 303 ºC. Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. No
máximo 0,001% (10 ppm).
IDENTIFICAÇÃO
Água (5.2.20.1). No máximo 0,5%.
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da
Cinzas sulfatadas (5.2.10). No máximo 0,1%.
amostra, dessecada a 105 ºC até peso constante, dispersa
em brometo de potássio apresenta máximos de absorção
somente nos mesmos comprimentos de onda e com as DOSEAMENTO
mesmas intensidades relativas daqueles observados no
espectro do tiabendazol SQR, preparado de maneira Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
idêntica. aquoso (5.3.3.5). Dissolver, exatamente, cerca de 0,15
g da amostra em 30 mL ácido acético glacial. Titular
B. Pesar 25 mg da amostra, dissolver em ácido clorídrico com ácido perclórico 0,1 M SV, determinando o ponto
0,1 M e diluir, sucessivamente, no mesmo solvente até Þnal potenciometricamente ou utilizando cloreto de
concentração de 0,0005% (p/v). O espectro de absorção no metilrosanilínio SI até mudança de cor de azul para azul-
ultravioleta (5.2.14) da solução obtida, na faixa de 200 nm esverdeado. Realizar ensaio em branco e fazer as correções
a 400 nm, exibe máximo de absorção em 302 nm, idêntico necessárias. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M SV
ao observado no espectro de solução similar de tiabendazol equivale a 20,130 mg de C10H7N3S.
SQR.

C. A mancha principal do cromatograma da Solução (2), EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


obtida em Substâncias relacionadas, corresponde em
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
posição, cor e intensidade, àquela obtida com a Solução (3).

D. Dissolver 10 mg da amostra em 5 mL de ácido clorídrico ROTULAGEM


M, adicionar 5 mg de cloridrato de p-fenilenodiamina e
agitar até dissolução. Adicionar cerca de 0,1 g de zinco em Observar a legislação vigente.
pó, misturar e deixar em repouso por 2 minutos. Adicionar
5 mL de sulfato férrico amoniacal SR recém-preparado.
Desenvolve-se coloração azul ou azul-violeta.
CLASSE TERAPÊUTICA
Anti-helmíntico.
ENSAIOS DE PUREZA
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em TIABENDAZOL COMPRIMIDOS
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel HF254, como suporte, e mistura de água, acetona, Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da

t
ácido acético glacial e tolueno (2,5:10:25:62,5), como fase quantidade declarada de C10H7N3S.
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 20 ȝL de cada uma
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
IDENTIFICAÇÃO
Solução (1): transferir 0,1 g da amostra para balão
volumétrico de 10 mL. Dissolver em metanol e completar A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
o volume com o mesmo solvente. de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida no método
B. de Doseamento, exibe máximo em 302 nm, idêntico ao
Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão observado no espectro da solução padrão. A diferença entre
volumétrico de 10 mL e completar o volume com metanol. as absorvâncias não deve ser maior que 3,0%.

Solução (3): transferir 25 mg de tiabendazol SQR para B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
balão volumétrico de 25 mL. Dissolver em metanol e da Solução amostra, obtida no método C. de Doseamento,
completar o volume com o mesmo solvente. corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

Solução (4): transferir 1 mL da Solução (2) para balão C. Pesar e pulverizar os comprimidos. Utilizar quantidade
volumétrico de 10 mL e completar o volume com metanol. do pó equivalente a 20 mg de tiabendazol. Adicionar 5
mL de ácido clorídrico M, 5 mg de cloridrato de dimetil-
Solução (5): transferir 1 mL da Solução (2) para balão p-fenilenodiamina e agitar. Adicionar 0,1 g de zinco em
volumétrico de 25 mL e completar o volume com metanol. pó, misturar, aguardar por 2 minutos e adicionar 10 mL de
sulfato férrico amoniacal SR recém-preparado. Produz-se
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
coloração azul intensa ou violeta.
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1341

CARACTERÍSTICAS Solução padrão: dissolver quantidade de tiabendazol SQR,


exatamente pesada, em ácido clorídrico 0,1 M e realizar
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste. diluições quantitativas, se necessário, até obter solução
a 2 mg/mL. Transferir 5 mL dessa solução para balão
Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste.
volumétrico de 50 mL, completar o volume com água,
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. obtendo solução a 0,2 mg/mL. Homogeneizar.

Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. A eÞciência da coluna não deve ser menor que 960 pratos
teóricos. O fator de cauda para o pico do tiabendazol não
Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. é maior que 2,0. O desvio padrão relativo das áreas de
Proceder conforme descrito no método B. de Doseamento. replicatas dos picos registrados não deve ser maior que
2,0%.
DOSEAMENTO Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Soluções
Empregar um dos métodos descritos a seguir. amostra e padrão, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C10H7N3S nos
A. Proceder conforme descrito Titulações em meio não comprimidos a partir das respostas obtidas para as Soluções
aquoso (5.3.3.5). Pesar e pulverizar 20 comprimidos. padrão e amostra.
Utilizar quantidade do pó equivalente a 0,15 g de
tiabendazol e proceder conforme descrito em Doseamento EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
da monograÞa de Tiabendazol.
Manter em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar e pulverizar 20
comprimidos. Transferir quantidade do pó equivalente a ROTULAGEM
0,1 g de tiabendazol para balão volumétrico de 100 mL.
Adicionar 75 mL de ácido clorídrico 0,1 M, aquecer em Observar a legislação vigente.
banho-maria, por 15 minutos, agitando ocasionalmente,
esfriar, completar o volume para 100 mL com ácido
clorídrico 0,1 M e Þltrar. Transferir 10 mL do Þltrado TIABENDAZOL POMADA
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
com ácido clorídrico 0,1 M. Dessa solução, pipetar 5 mL,
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
transferir para balão volumétrico de 100 mL e completar o
quantidade declarada de C10H7N3S.
volume com o mesmo solvente, obtendo solução a 0,0005%
(p/v). Preparar solução padrão de mesma concentração,
utilizando o mesmo solvente. Medir as absorvâncias das IDENTIFICAÇÃO
soluções em 302 nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M
para ajuste do zero. Calcular a quantidade de C10H7N3S nos A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) na
comprimidos a partir das leituras obtidas. faixa de 200 nm a 400 nm, da solução amostra obtida
em Doseamento, exibe máximo de absorção em 302 nm,
C. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido idêntico ao observado no espectro da solução padrão.
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
B. Dispensar quantidade da pomada equivalente a 10 mg de

t
de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 4,0 mm de diâmetro interno, empacotada tiabendazol em 5 mL de ácido clorídrico M, adicionar 5 mg
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano de cloridrato de dimetil-p-fenilenodiamina e homogeneizar.
(5 mm), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase Adicionar 0,1 g de zinco em pó, agitar e deixar em repouso
móvel de 2 mL/minuto. por 2 minutos. Adicionar 5 mL de sulfato férrico amoniacal
SR. Desenvolve-se coloração azul intensa ou azul-violeta.
Tampão fosfato pH 3,5: dissolver 13,8 g de fosfato de sódio
monobásico em 2000 mL de água. Ajustar o pH da solução
CARACTERÍSTICAS
com ácido fosfórico para 3,5 ± 0,05.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
Fase móvel: mistura de Tampão fosfato pH 3,5 e metanol
(54:46).
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Transferir quantidade do pó equivalente a 0,2 g de Contagem de micro-organismos viáveis totais
tiabendazol, para um balão volumétrico de 1000 mL, (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
adicionar 100 mL de ácido clorídrico 0,1 M, homogeneizar
e aquecer em banho-maria, por 30 minutos. Esperar esfriar Pesquisa e identificação de patógenos (5.5.3.1.3).
à temperatura ambiente e completar o volume com água. Cumpre o teste.
Homogeneizar e Þltrar, descartando os primeiros 20 mL
do Þltrado.
1342 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO Determinação de volume (5.1.2), previamente agitados,


em provetas correspondentes, limpas e secas, providas de
Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de tampa. Observar imediatamente sob condições adequadas
absorção no ultravioleta (5.2.14). Pesar quantidade da de visibilidade. O conteúdo deve escorrer com ßuidez,
pomada equivalente a 50 mg de tiabendazol e transferir, a suspensão deve se apresentar homogênea, viscosa,
quantitativamente, para funil de separação de 250 mL de livre de grumos e partículas estranhas. Após 24 horas de
capacidade com auxílio de 50 mL de éter etílico. Agitar repouso pode apresentar ligeira sedimentação que deve
para dissolver a pomada e extrair com quatro porções de ressuspender após agitação.
40 mL de ácido clorídrico 0,1 M. Reunir o extrato aquoso
em balão volumétrico de 250 mL e aquecer levemente para Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
eliminar resíduos de éter etílico. Resfriar e completar o
volume com ácido clorídrico 0,1 M. Transferir 5 mL desta pH (5.2.19). 3,4 a 4,2. Determinar na suspensão oral
solução para balão volumétrico de 200 mL e completar reconstituída conforme indicado no rótulo.
o volume com ácido clorídrico 0,1 M, de modo a obter
concentração de 0,0005% (p/v). Preparar solução padrão TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Medir as absorvâncias das soluções em 302 nm, utilizando Contagem do número total de micro-organismos
o ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero. Calcular a mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
quantidade de C10H7N3S na pomada, a partir das leituras
obtidas. Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Cumpre o teste.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
DOSEAMENTO
Em recipientes perfeitamente fechados e ao abrigo do calor
excessivo. Empregar um dos métodos descritos a seguir.

A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


ROTULAGEM absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir volume da
suspensão oral equivalente a 0,25 g de tiabendazol para
Observar a legislação vigente. balão volumétrico de 100 mL, adicionar 75 mL de ácido
clorídrico 0,1 M. Aquecer em banho-maria por 15 minutos,
agitando ocasionalmente. Esfriar à temperatura ambiente.
TIABENDAZOL SUSPENSÃO ORAL Completar o volume com ácido clorídrico 0,1 M e Þltrar.
Diluir, sucessivamente em ácido clorídrico 0,1 M, até
concentração de 0,0005% (p/v). Preparar solução padrão
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
quantidade declarada de C10H7N3S. Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 302
nm, utilizando ácido clorídrico 0,1 M para ajuste do zero.
IDENTIFICAÇÃO Calcular a quantidade de C10H7N3S na suspensão oral a
partir das leituras obtidas.
A. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) na faixa de
200 nm a 400 nm, da solução amostra, obtida no método A. de B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido

t
Doseamento, exibe máximo de absorção em 302 nm, idêntico de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
ao observado no espectro de tiabendazol SQR. de detector ultravioleta a 254 nm; coluna de 300 mm de
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento, —m), mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel
corresponde àquele do pico principal do cromatograma da de 2,0 mL/minuto.
Solução padrão.
Tampão fosfato pH 3,1: dissolver 13,8 g de fosfato de sódio
C. Transferir para tubo de ensaio, volume de suspensão monobásico monoidratado em 2000 mL de água. Ajustar o
oral equivalente a 50 mg de tiabendazol, adicionar 10 mL pH da solução com ácido fosfórico em 3,10 ± 0,05.
de ácido clorídrico M e agitar energicamente. Transferir
5 mL para tubo de ensaio, adicionar 5 mg de cloridrato Fase móvel: mistura Tampão fosfato pH 3,1 e metanol
de dimetil p-fenilenodiamina e agitar. Adicionar 0,1 g de (65:35).
zinco em pó e agitar. Deixar em repouso por 2 minutos.
Solução amostra: transferir volume da suspensão oral
Adicionar 5 mL de sulfato férrico amoniacal SR. Produz-se
equivalente a 500 mg de tiabendazol para balão volumétrico
coloração azul intensa ou azul-violeta.
de 250 mL, completar o volume com ácido clorídrico 0,1
M e homogeneizar. Transferir 5 mL dessa solução para
CARACTERÍSTICAS balão volumétrico de 50 mL, completar o volume com
água, obtendo solução a 0,2 mg/mL. Homogeneizar.
Aspecto. Esvaziar completamente o conteúdo da
quantidade de frascos determinada na tabela 1 em
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1343

Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada Iodeto de sódio ou iodeto de potássio. Transferir 5 mL
de tiabendazol SQR em ácido clorídrico 0,1 M para obter da tintura de iodo forte para erlenmeyer contendo 30 mL
solução a 2 mg/mL. Transferir 5 mL desta solução para de água e adicionar 10 mL de ácido clorídrico. Titular com
balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com iodato de potássio 0,05 M SV até coloração marrom clara.
água, obtendo solução a 0,2 mg/mL. Homogeneizar. Adicionar 5 mL de clorofórmio e continuar a titulação,
agitando vigorosamente até a descoloração da camada
Injetar replicatas de 20 ȝL da Solução padrão. A eÞciência clorofórmica. Do volume de iodato de potássio 0,05 M SV
da coluna não é menor que 960 pratos teóricos. O fator gasto, subtrair metade do volume de tiossulfato de sódio
de cauda para o pico do tiabendazol não é superior a 2,0. 0,1 M SV gasto no ensaio de doseamento para iodo. Cada
O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos ml de iodato de potássio 0,05 M SV remanescente equivale
registradas não deve ser maior que 2,0%. a 16,6 mg de iodeto de potássio (KI) ou a 15,0 mg de iodeto
de sódio (NaI).
Procedimento: injetar, separadamente, 20 ȝL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C10H7N3S EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
na suspensão oral a partir das respostas obtidas com as
Soluções padrão e amostra. Em recipientes bem fechados, protegidos do calor.

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO ROTULAGEM

Em recipientes perfeitamente fechados e ao abrigo do calor Observar a legislação vigente.


excessivo.

TINTURA DE IODO FRACA


ROTULAGEM
Observar a legislação vigente. Tintura de iodo fraca é constituída de 2 g de iodo, na
presença de 2,4 g de iodeto de sódio em 100 mL de etanol
a 50% (v/v). Contém, no mínimo, 1,8 g e, no máximo, 2,2
TINTURA DE IODO FORTE g de iodo em 100 mL de solução. O iodeto de sódio pode
ser substituído pelo iodeto de potássio e a composição é de,
no mínimo, 1,35 g em 100 mL de solução.
Tintura de iodo é constituída de 6,5 g de iodo, na presença
de iodeto de sódio e etanol diluído. Contém, no mínimo,
5,85 g e, no máximo, 7,15 g de iodo em 100 mL de solução. IDENTIFICAÇÃO
O iodeto de sódio pode ser substituído pelo iodeto de
potássio e a composição é de, no mínimo, 2,25 g de iodeto A. Adicionar uma gota de amostra a uma solução de amido
em 100 mL de solução. a 0,2% (p/v). Uma cor azul é produzida.

B. Evaporar 3 mL da amostra em banho-maria até secura.


IDENTIFICAÇÃO O resíduo responde à reação 1 para íon sódio (5.3.1.1) e às
reações para iodeto (5.3.1.1).
A. Adicionar uma gota de amostra a uma solução de amido
ENSAIO DE PUREZA

t
a 0,2% (p/v). Uma cor azul é produzida.

B. Evaporar cerca de 3 mL da amostra em banho-maria Álcool (5.3.3.8). Proceder conforme descrito em


até secura. O resíduo responde a reação 1 do íon sódio Determinação do Álcool. Entre 44% e 50%.
(5.3.1.1).
DOSEAMENTO
C. O resíduo obtido no teste B. de IdentiÞcação responde
às reações do íon iodeto (5.3.1.1.). Iodo. Transferir 5 mL da tintura de iodo fraca para
erlenmeyer contendo 20 mL de água. Adicionar três gotas
de amido SI e titular com tiossulfato de sódio 0,1 M SV.
ENSAIO DE PUREZA Cada mL de tiossulfato de sódio 0,1 M SV equivale a 12,69
mg de iodo (I).
Álcool (5.3.3.8). Proceder conforme descrito em
Determinação do Álcool. Entre 82% e 88,5% (v/v). Iodeto de sódio ou iodeto de potássio. Transferir 5 mL
da tintura de iodo fraca para erlenmeyer contendo 30 mL
DOSEAMENTO de água e adicionar 10 mL de ácido clorídrico. Titular com
iodato de potássio 0,05 M SV até coloração marrom clara.
Iodo. Transferir 5 mL da tintura de iodo forte para Adicionar 5 mL de clorofórmio e continuar a titulação,
erlenmeyer contendo 20 mL de água. Adicionar três gotas agitando vigorosamente até a descoloração da camada
de amido SI e titular com tiossulfato de sódio 0,1 M SV. clorofórmica. Do volume de iodato de potássio 0,05 M
Cada mL de tiossulfato de sódio 0,1 M SV equivale a 12,69 SV gasto, subtrair o volume de tiossulfato de sódio 0,1 M
mg de iodo (I). SV gasto no ensaio de doseamento para iodo. Cada mL
1344 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de iodato de potássio 0,05 M SV remanescente equivale a ENSAIOS DE PUREZA


15,0 mg de iodeto de sódio (NaI) ou a 16,6 mg de iodeto
de potássio (KI). Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO placa coberta com, aproximadamente, 0,25 mm de sílica-
gel, como suporte, e mistura de clorofórmio e ácido acético
Em recipientes bem fechados, protegidos do calor. glacial (95:5) como fase móvel. Aplicar, separadamente,
à placa, 20 —L de cada uma das soluções, recentemente
ROTULAGEM preparadas, descritas a seguir.

Observar a legislação vigente. Solução (1): dissolver 0,125 g de amostra em 10 mL de


metanol (12,5 mg/mL).

Solução (2): dissolver quantidade, exatamente pesada, de


TOLMETINA SÓDICA tolmetina sódica SQR em metanol, de modo a obter uma
Tolmetinum natricum solução com concentração 12,5 mg/mL. Diluir uma porção
dessa solução, quantitativamente, em metanol, para obter
uma solução com concentração de 62,5 —g/mL.

Desenvolver o cromatograma até o solvente atingir 3/4


do comprimento da placa. Remover a placa, deixar secar
ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
principal obtida no cromatograma com a Solução (1)
corresponde à obtida no cromatograma com a Solução (2).
Qualquer mancha secundária obtida no cromatograma com
C15H14NNaO3; 279,27 a Solução (1), diferente da mancha principal, não é mais
C15H14NNaO3.2H2O; 315,30 intensa que aquela obtida com a Solução (2) (2%).
tolmetina sódica; 08743
Sal de sódio do ácido 1-metil-5-(4-metilbenzoil)-1H- Impurezas orgânicas voláteis. Proceder conforme
pirrol-2-acético (1:1) descrito em CromatograÞa a gás (5.2.17.5). Utilizar
[35711-34-3] cromatógrafo provido de detector de ionização de chamas,
Sal de sódio do ácido 1-metil-5-(4-metilbenzoil)-1H- utilizando mistura de nitrogênio, ar sintético e hidrogênio
pirrol-2-acético hidratado (1:1:2) (1:1:10) como gases auxiliares à chama do detector, coluna
[64490-92-2] capilar de 30 m de comprimento e 0,53 mm de diâmetro
interno, preenchida com fase estacionária ligada a 5% de
Contém, no mínimo, 98,0% e, no máximo, 102,0% de fenilpolisiloxano e 95% a metilpolisiloxano, com espessura
C15H14NNaO3 em relação à substância dessecada. do Þlme de 5 —m; temperatura da coluna de 35 °C a 260 °C
(35 °C mantida durante 5 minutos, aumentada a 175 °C a
DESCRIÇÃO 8°C por minuto, aumentada a 260 °C a 35 °C e mantida a
esta temperatura por pelo menos 16 minutos), temperatura
Características físicas. Pó cristalino levemente amarelado do injetor a 70 °C e temperatura do detector a 260 °C;
ou laranja. utilizar hélio como gás de arraste; ßuxo do gás de arraste
de 1 mL/minuto.

t Solubilidade. Facilmente solúvel em água e em metanol.


Pouco solúvel em etanol e muito pouco solúvel em
clorofórmio.
Solução amostra: dissolver em 50 mL de água, livre de
compostos orgânicos, exatamente, cerca de 1 g da amostra.

Solução padrão: preparar uma solução, em água livre de


IDENTIFICAÇÃO compostos orgânicos, contendo em cada mililitro, 10 —g de
cloreto de metileno, 1 —g de clorofórmio, 2 —g de benzeno,
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da 2 —g de dioxana e 2 —g de tricloroetileno.
amostra, dispersa em brometo de potássio, apresenta
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos Injetar, separadamente, 1 —L da Solução amostra e
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles da Solução padrão no cromatógrafo a gás. Obter os
observados no espectro de tolmetina sódica SQR, preparado cromatogramas e medir a área sob os picos. IdentiÞcar,
de maneira idêntica. baseado no tempo de retenção, qualquer pico presente
no cromatograma da solução amostra. A presença e a
B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa identiÞcação dos picos no cromatograma devem ser
de 200 nm a 400 nm, de solução a 10 —g/mL (p/v) em estabelecidas comparando os cromatogramas da Solução
tampão fosfato M/15 pH 7,0, exibe máximos nos mesmos amostra e Solução padrão. Limites: benzeno 2 ppm,
comprimentos de onda observados no espectro de solução clorofórmio 50 ppm, dioxana 100 ppm, cloreto de metileno
similar de tolmetina sódica SQR. 500 ppm e tricloroetileno 80 ppm. Cumpre o teste.
C. Pesar 1 g de amostra e dissolver em 20 mL de água.
Responde às reações do íon sódio (5.3.1.1).
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1345

Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar Método III. Utilizar 1 g agente conservante pode ser adicionado. Não é permitido
de amostra. No máximo 0,002% (20 ppm). o uso de fenol, pois ele afeta as propriedades antigênicas
do produto. A anatoxina puriÞcada é avaliada quanto à
Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g de concentração de antígeno (Lf/mL), esterilidade e aos testes
amostra. Dessecar em estufa à vácuo, a 60 °C por 4 horas. que se seguem.
Entre 10,4% e 12,4%.
A anatoxina tetânica é obtida por destoxiÞcação da toxina
tetânica concentrada, pela adição de agentes químicos
DOSEAMENTO
em condições adequadas de pH e temperatura. O agente
Proceder conforme descrito em Titulações em meio não químico mais utilizado é o formaldeído à temperatura de
aquoso (5.3.3.5). Pesar, exatamente, cerca de 0,3 g da 35 °C. São realizados controles de pH, Lf/mL e toxicidade
amostra e dissolver, sob aquecimento, em 150 mL de ácido especíÞca.
acético glacial. Esfriar à temperatura ambiente e titular
com ácido perclórico 0,1 M SV determinando o ponto Þnal IDENTIFICAÇÃO
potenciometricamente. Cada mL de ácido perclórico 0,1 M
SV equivale a 27,93 mg de C15H14NNaO3. Realizar prova A. Dissolver a amostra com citrato de sódio a pH 9,0
em branco. para se obter solução a 10% (p/v). Manter a 37 °C por,
aproximadamente, 16 horas e centrifugar. Utilizar o
líquido sobrenadante para a identiÞcação. Outros métodos
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
adequados podem ser utilizados para separação do
Em recipientes bem fechados. adjuvante. Preparar gel de ágar a 1% (p/v) em solução
Þsiológica tamponada e distribuir em lâmina para
microscópio, de modo que resulte em Þna camada. Colocar
ROTULAGEM em estufa a 37 °C, sem secar. Adicionar volume de 4 mL
de ágar na lâmina e colocar à temperatura de 2 °C a 8 °C
Observar a legislação vigente.
em câmara úmida por uma hora. Fazer orifícios no gel,
mantendo a mesma distância entre o orifício central e os
CLASSE TERAPÊUTICA periféricos. Preencher o orifício central com antitoxina
tetânica de referência e os periféricos com a amostra em
Anti-inßamatório. diluições variáveis. Como controle positivo, preencher um
dos orifícios com toxoide tetânico ßuido. Incubar a 37 °C
por 24 horas em câmara úmida e realizar a leitura em lâmpada
TOXOIDE TETÂNICO ADSORVIDO para contraste. Observar a presença de linha de precipitação,
Toxoidum tetanicum adsorbatum reação de identidade entre os componentes analisados.

B. Determinar o limite de ßoculação (Lf/mL) pela técnica


O toxoide tetânico é anatoxina tetânica diluída em solução de Ramon.
salina tamponada e adsorvida pelo hidróxido de alumínio
ou fosfato de alumínio, podendo conter um conservante. É C. Atende a um dos testes descritos em Doseamento.
uma suspensão opalescente, ligeiramente acastanhada, que
não apresenta grumos ou partículas estranhas. CARACTERÍSTICAS

t
A preparação da toxina tetânica baseia-se no sistema de pH (5.2.19). 6,0 a 7,0.
lote semente, que é uma quantidade de ampolas contendo
Clostridium tetani lioÞlizado, de composição uniforme, Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
obtido a partir de uma cepa lioÞlizada de procedência
conhecida. Os meios de cultura utilizados para as Limite de floculação - Técnica de Ramon. Distribuir
preparações do lote semente e do inóculo de produção em tubos de ensaio volumes variáveis de antitoxina
devem permitir o crescimento de C. tetani. O meio de tetânica padronizada. Adicionar em cada tubo um volume
cultura para preparação da toxina tetânica não deve conter constante de 1 mL da amostra. Homogeneizar e colocar
proteínas de origem animal e ser isenta de substâncias em banho-maria à temperatura de 45 °C a 50 °C. Observar
capazes de induzir reações tóxicas e/ou alérgicas ao ser constantemente e anotar o primeiro tubo que apresenta
humano. A toxina tetânica é um Þltrado tóxico obtido ßoculação e o tempo necessário. Determinar o Lf/mL
a partir do meio de cultura para preparação de toxina e da amostra, multiplicando o volume de antitoxina de
coletado assepticamente em um único processo. Ao Þnal do referência adicionada ao tubo pela sua concentração em Lf.
cultivo e lise das células bacterianas, veriÞca-se a pureza da
Uma dose para uso humano não contém mais do que 25 Lf.
cultura por exame microscópico ou inoculação da amostra
em meios de cultura adequados. O limite de ßoculação (Lf/
mL) é avaliado, utilizando a técnica de Ramon. ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
A anatoxina puriÞcada é preparada a partir de uma Alumínio. Proceder conforme descrito na monograÞa
coleta individual ou da mistura de coletas individuais de de Vacinas para uso humano. No máximo 1,25 mg/dose
anatoxina e, após processo de Þltração esterilizante, um
1346 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

individual humana. É facultado ao produtor a utilização do padrão internacional, de maneira que o volume a inocular
resultado obtido no produto antes do envase. contenha 0,1 UI. Acrescentar volumes variáveis de toxina
tetânica padronizada e igualar os volumes de todos os
Formaldeído residual. Proceder conforme descrito na tubos com solução salina tamponada contendo 1% (p/v) de
monograÞa de Vacinas para uso humano. No máximo 200 peptona. Homogeneizar e incubar a 37 ºC por 60 minutos.
ppm. É facultado ao produtor a utilização do resultado Inocular um volume constante de cada diluição, por via
obtido no produto antes do envase. subcutânea, em cada um de dez camundongos albinos
suíços de 17 a 22 g. Observar os animais período de 96
Pureza antigênica. Determinar o teor de nitrogênio
horas após a inoculação.
protéico (5.3.3.2) e expressar a concentração em mg/
mL. A pureza antigênica é determinada pela relação da Titulação do soro: distribuir em uma série de tubos de ensaio,
concentração antigênica em Lf/mL e a concentração de volumes variáveis do soro. Acrescentar volume constante
nitrogênio protéico encontrada. O produto apresenta de toxina tetânica padronizada, de maneira que o volume
pureza antigênica de, no mínimo, 1000 Lf/mg de nitrogênio a inocular por animal contenha 1 L+/10/50 (limite morte).
protéico. Igualar os volumes de todos os tubos com solução salina
tamponada contendo 1% (p/v) de peptona. Homogeneizar
Timerosal. Proceder conforme descrito na monograÞa
e incubar a 37 °C por 60 minutos. Inocular cada mistura,
de Vacinas para uso humano. No máximo 200 ppm. É
por via subcutânea, no mínimo 10 camundongos albinos
facultado ao produtor a utilização do resultado obtido no
suíços de 17 a 22 g. Observar os animais período de 96
produto antes do envase.
horas após a inoculação e registrar o número de vivos em
cada mistura. Os valores das doses efetivas médias (DE50)
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA da amostra e da antitoxina de referência são determinados
mediante método estatístico comprovado que compreenda
Esterilidade (5.5.3.2.1). Proceder conforme descrito na a transformação dos dados obtidos em regressão linear
monograÞa de Vacinas para uso humano. (Probitos, Logit ou Transformações Angulares). Calcular a
Reversão de toxicidade. Diluir a amostra para 25 Lf/mL atividade imunogênica pela equação:
em solução Þsiológica e distribuir em dois frascos. Manter
um dos frascos à temperatura de 4 °C a 8 °C e o outro a 37
°C, por seis semanas. Injetar o conteúdo de cada frasco, por
via subcutânea, em cinco cobaias de 250 a 350 g, sendo o em que
volume do inóculo de 5 mL por animal. Pesar os animais no
1º, 2º, 7º, 14º e 21º dia. Os animais não podem apresentar AI = atividade imunogênica em UI/mL;
sinais de intoxicação tetânica e devem ganhar de peso. A = DE50 da antitoxina de referência;
B = DE50 da amostra;
Toxicidade específica. Não diluir a anatoxina se não estiver
concentrada. Diluir a amostra em solução Þsiológica para C = UI/mL da antitoxina de referência.
100 Lf/mL. Inocular 5 mL da diluição, por via subcutânea,
No mínimo 2 UI/mL ou 40 UI/dose individual humana. É
em cada uma de pelo menos cinco cobaias de 250 a 350 g.
facultado ao produtor a utilização do resultado obtido no
Observar os animais por 4 semanas. No mínimo 80% dos
produto antes do envase.
animais inoculados têm que sobreviver durante o período
de observação, sem apresentar sinais de intoxicação B. Por DesaÞo em camundongos. Esta determinação
tetânica.

t
comprova a atividade imunogênica do produto, por
comparação com um toxoide tetânico de referência aferido
Toxicidade específica. Proceder conforme descrito
por um padrão internacional. Separar nove grupos de, no
anteriormente para anatoxina tetânica, sendo que a amostra
mínimo, 20 camundongos de 11 a 14 g para a realização
é diluída para 500 Lf/mL e cada cobaia é inoculada com
do ensaio e um grupo de 12 animais, sem inocular, para
volume de 1 mL.
controle da toxina de desaÞo. Efetuar quatro diluições
da amostra com solução Þsiológica, utilizando um fator
DOSEAMENTO de diluição 2. Proceder da mesma forma com o toxoide
tetânico de referência. Imunizar, por via subcutânea,
A. Por Determinação do título antitóxico em soros de com um volume de 0,5 mL de cada diluição da amostra
animais imunizados por animal. Vinte e oito dias após a imunização, diluir a
toxina tetânica padronizada em solução salina tamponada
Imunização e sangria dos animais: inocular 0,75 mL
contendo 1% (p/v) de peptona, de modo a conter 200
(metade da dose total humana) da amostra, por via
DL50/mL (dose letal média) e inocular cada camundongo
subcutânea, em cada uma de seis cobaias de 450 a 550 g.
imunizado, por via subcutânea, com um volume de 0,5 mL
Seis semanas após a inoculação, coletar 5 mL de sangue de
da dose desaÞo de toxina padronizada. Observar os animais
cada animal, por punção cardíaca, e extrair o soro. Misturar
até 96 horas após a inoculação e registrar o número de
volumes iguais dos soros de, no mínimo, quatro cobaias.
vivos em cada diluição. Paralelamente, como controle da
Controle L+/10/50 da toxina tetânica padronizada: dose desaÞo, efetuar diluições 1:50, 1:100 e 1:200 a partir
distribuir em uma série de tubos de ensaio, volumes da solução de toxina que contém 200 DL50/mL, utilizando
constantes de antitoxina tetânica de referência, aferida por o mesmo diluente. Inocular 0,5 mL de cada diluição,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1347

por via subcutânea, no grupo de 12 animais separados, de análise estatístico que compreenda a transformação
divididos em grupo de quatro animais. Observar os dos dados obtidos em regressão linear (Probitos,
animais até 96 horas após a inoculação e registrar o número Logit e transformações angulares). A faixa de resposta
de mortos em cada diluição. Todos os animais de controle (porcentagem de sobrevivência) deve estar compreendida
do desaÞo inoculados com a diluição 1:50 devem morrer entre 10% e 90%, formando a curva de regressão que deve
e nenhum dos animais inoculados com a diluição 1:200 apresentar uma relação linear. Os limites de conÞança não
deve morrer. Calcular as doses efetivas médias (DE50) da devem ser amplos, indicando melhor precisão do ensaio
amostra em teste e do toxoide de referência, utilizando quanto menores forem seus limites. Calcular a atividade
um método de análise estatístico que compreenda a imunogênica equação:
transformação dos dados obtidos em regressão linear
(Probitos, Logit e transformações angulares). A faixa
de resposta (porcentagem de sobrevivência) A faixa de
em que
resposta produzida (porcentagem de sobrevivência) deve
estar entre a maior e a menor diluição utilizada na amostra AI = atividade imunogênica em UI/mL;
teste e padrão formando a curva de regressão que deve A = DE50 da antitoxina de referência;
apresentar uma relação linear. Os limites de conÞança não
devem ser amplos, indicando melhor precisão do ensaio B = DE50 da amostra;
quanto menores forem seus limites. Calcular a atividade C = UI/mL da antitoxina de referência.
imunogênica pela equação:
No mínimo 40 UI/dose individual humana. É facultado ao
produtor a utilização do resultado obtido no produto antes
do envase.

em que
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
AI = atividade imunogênica em UI/mL;
Cumpre com o estabelecido na monograÞa de Vacinas
A = DE50 da antitoxina de referência; para uso humano.
B = DE50 da amostra;
C = UI/mL da antitoxina de referência.
ROTULAGEM
No mínimo 2 UI/mL ou 40 UI/dose individual humana. É
Observar a legislação vigente.
facultado ao produtor a utilização do resultado obtido no
produto antes do envase.

C. Por DesaÞo em cobaias. Esta determinação comprova TRETINOÍNA CREME


a atividade imunogênica do produto, por comparação
com um toxoide tetânico de referência aferido por um
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da
padrão internacional. Separar oito grupos de, no mínimo,
quantidade declarada de C20H28O2.
16 cobaias de 250 a 350 g para a realização do ensaio e
um grupo de 12 animais, sem inocular, para controle da
toxina de desaÞo. Efetuar quatro diluições da amostra IDENTIFICAÇÃO
com solução Þsiológica, utilizando um fator de diluição

t
2. Proceder da mesma forma com o toxoide tetânico de O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
referência. Imunizar, por via subcutânea, com um volume da Solução amostra, obtida no método de Doseamento,
de 1 mL de cada diluição da amostra por animal. Após 28 corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.
dias da imunização, diluir a toxina tetânica padronizada em
solução salina tamponada contendo 1% (p/v) de peptona, CARACTERÍSTICAS
de modo a conter 100 DL50/mL e inocular cada cobaia
imunizada, por via subcutânea, com um volume de 1 ml da Determinação de peso (5.1.1.). Cumpre o teste.
dose desaÞo de toxina padronizada. Observar os animais
até 96 horas após a inoculação e registrar o número de
DOSEAMENTO
vivos em cada diluição. Paralelamente, como controle da
dose desaÞo, efetuar diluições 1:50, 1:100 e 1:200 a partir Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido de
da solução de toxina que contém 100 DL50/mL, utilizando alta eÞciência (5.2.17.4). Manter a amostra e suas soluções
o mesmo diluente. Inocular 1 mL de cada diluição, por via ao abrigo da luz direta. Utilizar cromatógrafo provido
subcutânea, no grupo de 12 animais separados, divididos de detector ultravioleta a 365 nm; coluna de 150 mm de
em grupo de quatro animais. Observar os animais até 96
com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (4 Pm),
comprimento e 3,9 mm de diâmetro interno, empacotada
horas após a inoculação e registrar o número de mortos
em cada diluição. Todos os animais de controle do mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de 1 mL/
desaÞo inoculados com a diluição 1:50 devem morrer e minuto.
nenhum dos animais inoculados com a diluição 1:200
deve morrer. Calcular as doses efetivas médias (DE50) da
amostra e do toxoide de referência, utilizando um método
1348 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Tampão fosfato: dissolver 1,38 g de fosfato de sódio Þltrado até secura, em evaporador rotatório, não excedendo
monobásico em 1000 mL de água. Ajustar o pH para 3,0 a temperatura de 60 °C. Dissolver o resíduo em 5 mL de
com ácido fosfórico diluído. metanol.

Diluente: mistura de água e ácido fosfórico a 10% (v/v) Solução (2): solução a 0,25 mg/mL de tretinoína SQR em
(9:1). metanol.

Fase móvel: mistura de Tampão fosfato e tetraidrofurano Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar secar
(55:45). Realizar os ajustes necessários para que o tempo ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A mancha
de retenção seja de 15 minutos. principal obtida com a Solução (1) corresponde em posição,
cor e intensidade àquela obtida com a Solução (2).
Solução amostra: transferir uma quantidade, exatamente
pesada, de creme, equivalente a 1 mg de tretinoína para um B. O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14), na faixa
balão volumétrico âmbar de 50 mL e adicionar 20 mL de de 300 a 450 nm, da solução amostra obtida no método
tetraidrofurano. Agitar para dispersar o creme, completar de Doseamento, exibe máximos e mínimos somente nos
o volume com o mesmo solvente. Homogeneizar e Þltrar. mesmos comprimentos de onda, idênticos aos observados
Transferir 5 mL desta solução para um balão volumétrico no espectro da solução padrão.
âmbar de 25 mL e completar o volume com a mistura de
tetraidrofurano e Diluente (3:2). Homogeneizar e Þltrar.
CARACTERÍSTICAS
Solução padrão: dissolver uma quantidade, exatamente
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
pesada, de tretinoína SQR em tetraidrofurano para obter
uma solução de concentração 0,4 mg/mL. Realizar
diluições sucessivas desta solução com uma mistura de ENSAIOS DE PUREZA

concentração 4 Pg/mL.
tetraidrofurano e Diluente (3:2), até obter uma solução de
Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito

Procedimento: injetar, separadamente, 25 PL das Soluções


em CromatograÞa a líquido de alta eÞciência (5.2.17.4).
Utilizar cromatógrafo provido de detector ultravioleta a
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir 353 nm; coluna de 150 mm de comprimento e 4,6 mm de

ligada a grupo octadecilsilano (10 Pm), mantida a


as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C20H28O2 diâmetro interno, empacotada com sílica quimicamente
no creme a partir das respostas obtidas para as Soluções
padrão e amostra. O desvio padrão relativo para injeções temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de 1,4 mL/
em duplicatas deve ser, no máximo, 2,0%. minuto.

Fase móvel: solução de ácido acético glacial a 0,5% (v/v)


EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO em mistura de metanol e água (77:23).
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz. Solução (1): utilizar a Solução (1) obtida no método A.
para IdentiÞcação.
ROTULAGEM Solução (2): diluir 3 mL da Solução (1) com metanol para
Observar a legislação vigente.. 100 mL.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 mL das Soluções

t TRETINOÍNA GEL

o mínimo, 90,0% e, no máximo, 120,0% da quantidade


(1) e (2), registrar os cromatogramas e medir as áreas
sob os picos. A soma das área sob os picos secundários
obtidos com a Solução (1) não é maior que a área sob o
pico principal obtido com a Solução (2).
declarada de C20H28O2.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em absorção no ultravioleta (5.2.14). Manter a amostra e suas
camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel F254, como soluções ao abrigo da luz direta. Dissolver uma quantidade
suporte, e mistura de cicloexano e álcool isopropílico de gel equivalente a cerca de 0,5 mg de tretinoína em
clorofórmio e completar o volume para 100 mL de
10 PL de cada uma das soluções recentemente preparadas,
(10:90), como fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa,
solução com o mesmo solvente. Preparar solução padrão
descritas a seguir. na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente.
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 365 nm,
Solução (1): dissolver uma quantidade de gel equivalente utilizando clorofórmio para o ajuste do zero. Calcular a
a cerca de 1,25 mg de tretinoína em metanol aquecido. quantidade de C20H28O2 no gel a partir das leituras obtidas.
Deixar esfriar a temperatura ambiente. Extrair com três Alternativamente, realizar os cálculos considerando A
porções de 50 mL de hexano. Lavar o extrato com 20 mL (1%, 1 cm) = 1430, em 365 nm, em clorofórmio.
de água e Þltrar com sulfato de sódio anidro. Evaporar o
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1349

EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO no espectro de solução similar de trimetoprima SQR. A


absorção máxima não deve diferir mais de 3%.
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
C. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução teste, obtida no método B. de Substâncias
ROTULAGEM relacionadas, corresponde àquele do pico relativo à
Observar a legislação vigente. trimetoprima da Solução de resolução.

ENSAIOS DE PUREZA
TRIMETOPRIMA
Trimethoprimum Substâncias relacionadas

A. Proceder conforme descrito em CromatograÞa em


camada delgada (5.2.17.1), utilizando sílica-gel GF254,
com suporte, e mistura de clorofórmio, metanol e hidróxido
de amônio 6 M (95:7,5:1), como fase móvel. Aplicar
separadamente, à placa, 10 ȝL de cada uma das soluções,
recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): transferir 0,2 g da amostra para balão


volumétrico de 10 mL, dissolver em mistura de clorofórmio
e metanol (9:1) e completar o volume com o mesmo
C14H18N4O3; 290,32 solvente.
trimetoprima; 08921
5-[(3,4,5-Trimetoxifenil)metil]-2,4-pirimidinadiamina Solução (2): transferir 1 mL da Solução (1) para balão
[738-70-5] volumétrico de 10 mL e completar o volume com mistura
de clorofórmio e metanol (9:1).
Contém, no mínimo, 98,5% e, no máximo, 101,0% de
Solução (3): transferir 20 mg de trimetoprima SQR para
C14H18N4O3, em relação à substância dessecada.
balão volumétrico de 10 mL, dissolver em mistura de
clorofórmio e metanol (9:1) e completar o volume com o
DESCRIÇÃO mesmo solvente.
Características físicas. Pó cristalino, branco ou branco Solução (4): transferir 1 mL da Solução (3) para balão
amarelado. Praticamente inodoro. Apresenta polimorÞsmo. volumétrico de 10 mL e completar com mistura de
clorofórmio e metanol (9:1). Transferir 1 mL dessa solução
Solubilidade. Muito pouco solúvel em água, ligeiramente para balão volumétrico de 10 mL e completar o volume
solúvel em clorofórmio e metanol, pouco solúvel em com o mesmo solvente, obtendo solução a 20 ȝg/mL.
etanol e acetona e praticamente insolúvel em éter etílico e
tetracloreto de carbono. Desenvolver o cromatograma. Remover a placa e secar ao
ar. Nebulizar com mistura de 1,9 g de cloreto férrico em
Constantes físico-químicas. 20 mL de água e 0,5 g do ferricianeto de potássio em 10
Faixa de fusão (5.2.2): 199 ºC a 203 ºC. mL de água. Qualquer mancha obtida no cromatograma

t
da Solução (1) além da mancha principal não deve ser
mais intensa que a mancha obtida no cromatograma da
IDENTIFICAÇÃO Solução (4) (0,1%) e a soma das intensidades das manchas
secundárias obtidas no cromatograma da Solução (1)
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da corresponde a não mais que 0,5%.
amostra previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
intensidades relativas daqueles observados no espectro de de detector ultravioleta a 280 nm; coluna de 250 mm de
trimetoprima SQR, preparado de maneira idêntica. comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada
com sílica quimicamente ligada a octadecilsilano (5 —m),
B. Transferir cerca de 0,1 g da amostra para balão mantida a temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de
volumétrico de 100 mL e adicionar 25 mL de etanol. Deixar 1,3 mL/minuto.
em ultrassom por 10 minutos e completar o volume com
hidróxido de sódio 0,1 M. Transferir 2 mL dessa solução Tampão perclorato pH 3,6: dissolver 1,405 g de perclorato
para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume de sódio em 950 mL de água, ajustar o pH em 3,6 com
com hidróxido de sódio 0,1 M, de modo a obter solução ácido fosfórico e diluir para 1000 mL com água.
a 0,002% (p/v). O espectro de absorção no ultravioleta
(5.2.14), na faixa de 230 nm a 350 nm, da solução a 0,002% Fase móvel: mistura de Tampão perclorato pH 3,6 e
(p/v), exibe máximo em 287 nm, idêntico ao observado metanol (7:3). Fazer ajustes, se necessário.
1350 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Solução teste: transferir, exatamente, cerca de 25 mg da No máximo 0,1% de qualquer impureza individual. A
amostra para balão volumétrico de 25 mL com auxilio de soma das porcentagens de todas as impurezas presentes
15 mL de Fase móvel. Deixar em ultrassom por 10 minutos não é maior que 0,2%. Não considerar picos relativos ao
e completar o volume com o mesmo solvente. solvente.

Solução de resolução: dissolver quantidades, exatamente Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
pesadas, de trimetoprima SQR e de diaveridina em Fase amostra. Dessecar em estufa a 105 ºC, por 4 horas ou até
móvel e diluir com o mesmo solvente, de modo a obter peso constante. No máximo 0,5%.
solução contendo, respectivamente, 10 —g/mL e 5 —g/mL
de cada substância. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
No máximo 0,1%.
Injetar replicatas de 20 —L da Solução de resolução. A
resolução entre os picos de diaveridina e trimetoprima
DOSEAMENTO
SQR não é menor que 2,5. O desvio padrão relativo das
áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que Proceder conforme descrito em Titulações em meio não
2,0%. aquoso (5.3.3.5). Dissolver 0,3 g da amostra em 60 mL de
ácido acético glacial. Titular com ácido perclórico 0,1 M
Procedimento: injetar 20 —L da Solução teste, registrar
SV. Determinar o ponto Þnal potenciometricamente. Cada
o cromatograma por, no mínimo, 11 vezes o tempo de
mL de ácido perclórico 0,1 M SV equivale a 29,032 mg de
retenção do pico principal e medir as áreas sob os picos.
C14H18N4O3.
Calcular a porcentagem de cada impureza na amostra
segundo a equação.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
100{Fri / [6(Fri) + Frt]}
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
em que

F = fator de resposta relativo, que é igual a 0,5 para ROTULAGEM


qualquer pico com tempos de retenção relativo de 0,9; 2,3;
2,7 ou 10,3 em relação à trimetoprima; e é igual a 1,0 para Observar a legislação vigente.
quaisquer outros picos;
ri = área sob o pico de qualquer impureza individual obtido CLASSE TERAPÊUTICA
na Solução teste;
rt = área sob o pico de trimetoprima obtido na Solução teste. Antibacteriano.

t
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1351

ENSAIOS DE PUREZA
UREIA
Resíduo insolúvel em etanol. Dissolver 5 g da amostra
Ureum em 50 mL de etanol levemente aquecido. Se algum resíduo
insolúvel for observado, Þltrar a solução em papel de Þltro
tarado. Lavar o resíduo e o papel de Þltro com 20 mL de
etanol levemente aquecido e dessecar em estufa a 105 ºC
por 1 hora. No máximo 2 mg (0,04%).

Amônia (5.3.2.6). Dissolver 10 g da amostra em 50 mL


de água. Utilizar 0,1 mL da solução. No máximo 0,05%
CH4N2O; 60,06 (500 ppm).
ureia; 01711
Ureia Cloretos (5.3.2.1). Determinar em 5 g da amostra. No
[57-13-6] máximo 0,007% (70 ppm).

Contém, no mínimo, 99,0% e, no máximo, 100,5% de Sulfatos (5.3.2.2). Determinar em 2 g da amostra. Utilizar
CH4N2O, em relação à substância dessecada. 0,4 mL de solução padrão de ácido sulfúrico 0,005 M. No
máximo 0,012% (120 ppm).
DESCRIÇÃO Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método I. Determinar
em 2 g da amostra. No máximo 0,001% (10 ppm).
Características físicas. Pó branco, cristalino, ou cristais
transparentes, levemente higroscópicos. Praticamente Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da
inodoro, mas pode gradualmente desenvolver odor de amostra, em estufa a 105 ºC, por 2 horas. No máximo 1,0%.
amônia após longo período de armazenamento.
Cinzas Sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra.
Solubilidade. Facilmente solúvel em água, solúvel em No máximo 0,1%.
etanol, praticamente insolúvel em clorofórmio e em éter
etílico.
DOSEAMENTO
Constantes físico-químicas.
Pesar, exatamente, cerca de 0,5 g da amostra, dissolver em
Faixa de fusão (5.2.2): 132 ºC a 135 ºC. água e diluir para 200 mL com o mesmo solvente. Prosseguir
conforme descrito em Determinação de nitrogênio pelo
método de Kjeldahl - semimicrodeterminação (5.3.3.2.2),
IDENTIFICAÇÃO
utilizando 2 mL da solução obtida. Cada mL de ácido
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) da sulfúrico 0,005 M SV equivale a 0,303 mg de CH4N2O.
amostra, previamente dessecada, dispersa em brometo
de potássio, apresenta máximos de absorção somente EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
nos mesmos comprimentos de onda e com as mesmas
intensidades relativas daqueles observados no espectro de Em recipientes bem fechados.
ureia SQR, preparado de maneira idêntica.

B. Aquecer 0,5 g da amostra em tubo de ensaio. Ocorre ROTULAGEM


liquefação com liberação de amônia. Prosseguir o
Observar a legislação vigente.
aquecimento até turvação do líquido e resfriar. Dissolver
a massa fundida em 10 mL de água, adicionar 1 mL de
hidróxido de sódio SR e uma gota de sulfato cúprico SR. CLASSE TERAPÊUTICA
Desenvolve-se coloração violeta-avermelhada.
Queratolítico.
C. Dissolver 0,1 g da amostra em 1 mL de água e adicionar
1 mL de ácido nítrico SR. Produz-se precipitado branco
cristalino de nitrato de ureia. u
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1353

suspensão opalescente de coloração branca ou ligeiramente


VACINAS PARA USO HUMANO acastanhada e podem formar sedimento no fundo do
Vaccina ad usum humanum recipiente de envase.

VACINAS VIRAIS
As vacinas para uso humano são medicamentos, via de
regra, de caráter proÞlático, capazes de induzir imunidade As vacinas virais consistem em suspensão de vírus
especíÞca diante de um agente infeccioso. Sua eÞcácia e atenuados, inativados ou frações deles, podendo apresentar-
segurança devem ser comprovadas por meio de estudos se sob a forma lioÞlizada ou suspensão. Concentrações
aprovados pela autoridade nacional de controle de muito baixas de antibióticos podem estar presentes, exceto
qualidade. estreptomicina, penicilina e seus derivados. O produto não
pode conter mais que 50 ng/dose de proteínas derivadas do
As vacinas podem ser constituídas por micro-organismos
soro de origem animal. Se albumina humana for utilizada,
inativados, micro-organismos atenuados, substâncias
tem-se que demonstrar ausência de anticorpos para hepatite
por eles produzidas e frações antigênicas. Os métodos
B, hepatite C e HIV 1 e 2.
empregados para preparação de vacinas dependem de cada
tipo de produto e devem obedecer normas de boas práticas A produção da vacina é baseada no sistema de lote
de fabricação de produtos farmacêuticos. semente e a cepa de vírus utilizada deve demonstrar
imunogenicidade adequada, bem como ser segura ao ser
Durante os processos de produção das vacinas algumas
humano. A replicação da cepa viral vacinal é obtida em
substâncias, como estabilizantes, adjuvantes e conservantes,
sistema hospedeiro (animais, embriões de aves ou cultura
podem ser adicionadas. No produto Þnal concentrações
de células) apropriado e as metodologias de produção estão
muito baixas de antibióticos são permitidas, com exceção
indicadas nas monograÞas de cada produto.
de estreptomicina e de penicilina e seus derivados. Se soro
de origem animal for utilizado no processo de produção, o No caso de utilização de cultura de células de mamíferos
produto Þnal não pode ter mais que 50 ng/dose de proteínas para replicação do vírus vacinal separar para controle,
derivadas do soro. Se albumina humana for usada, tem- 5% ou 500 mL, o que for maior em volume. Ao Þnal da
se que demonstrar ausência de anticorpos para hepatite B, produção da vacina, essas culturas de células não podem
hepatite C e HIV 1 e 2. apresentar efeito citopatogênico (ECP). Além disso,
alíquotas do meio de crescimento são inoculadas em meios
VACINAS BACTERIANAS de cultura apropriados, a Þm de comprovar ausência de
micro-organismos contaminantes (fungos, bactérias e
As vacinas bacterianas são produzidas em meios líquidos micoplasmas). As células devem demonstrar, também,
ou sólidos, utilizando cepas adequadas e constituem ausência de outros agentes contaminantes, principalmente
bactérias inativadas, bactérias atenuadas (vivas) ou seus vírus provenientes da espécie animal, da qual a cultura de
componentes antigênicos. Apresentam-se sob a forma de célula foi derivada, por meio de ensaio de hemadsorção
um líquido incolor ou com diferentes graus de opacidade com hemácias de cobaias e inoculação em culturas de
ou lioÞlizadas. células, animais de laboratório e ovos embrionados.

Para preparação dessas vacinas, podem ser utilizadas Caso a cultura de célula utilizada seja de linhagem primária
tanto a totalidade dos micro-organismos cultivados em de embrião de aves, além dos controles mencionados no
meios de cultura adequados, quanto frações desses agentes parágrafo anterior, as granjas fornecedoras dos ovos devem
microbianos. As vacinas inativadas devem ser preparadas demonstrar condições adequadas de produção em ambientes
por métodos físicos ou químicos, que não destruam sua isentos de patógenos especíÞcos. Regularmente, as aves são
capacidade antigênica, enquanto que vacinas de bactérias monitoradas quanto a infecções causadas por retrovírus,
vivas são produzidas com cepas atenuadas, capazes de vírus de Newcastle, vírus parainßuenza, vírus da varíola,
induzir imunidade diante de micro-organismo da mesma vírus da encefalomielite, vírus da laringotraqueíte, vírus
espécie ou espécie antigenicamente relacionada. da reticuloendoteliose, vírus de Marek, adenovírus, vírus
inßuenza, micobactérias, Haemophilus paragallinarum,
Salmonella gallinarum, Salmonella pullorum, Mycoplasma
TOXOIDES BACTERIANOS
gallisepticum, Mycoplasma synoviae dentre outros agentes
Os toxoides bacterianos são toxinas destoxiÞcadas por patogênicos de aves.
tratamentos físico-químicos, que apesar de perderem sua
No caso da cultura de célula utilizada ser de linhagem
capacidade tóxica, mantêm a atividade imunogênica. A
primária de rim de coelho (Oryctolagus cuniculus),
produção se baseia no sistema de lote semente de cepas

v
além dos controles mencionados no terceiro parágrafo,
de micro-organismos especíÞcos, cultivados em meios de
os coelhos devem ser criados em condições adequadas
cultura livres de substâncias que possam causar efeitos
de controle microbiológico e monitorados regularmente
tóxicos, alérgicos e outras reações indesejáveis ao ser
quanto a infecções causadas por fungos, bactérias e vírus,
humano.
como coccidiose, mixomatose, varíola, Þbromatose,
Os toxoides podem ser apresentados sob a forma líquida ou herpesvírus, tuberculose, Nosema cuniculi, toxoplasmose,
lioÞlizada e, em ambos os casos, podem ser puriÞcados ou dentre outras infecções causadas por micro-organismos
adsorvidos. Os adsorvidos se apresentam sob a forma de que ocorrem naturalmente em coelhos. Enquanto que, para
1354 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

utilização de cultura de células de linhagem primária de Tampão carbonato: dissolver 20 g de carbonato de amônio
rim de macaco, os animais têm que ser saudáveis e nunca em 20 mL de solução diluída de amônia (diluir 17,5 mL
terem sido utilizados para outras Þnalidades. Os animais de hidróxido de amônio a 10% (p/v) com 32,5 mL de água
antes de terem seus rins retirados, devem ser mantidos em bidestilada) e completar o volume para 100 mL com água
quarentena por período de não menos que seis semanas e bidestilada.
demonstrar estar livres de anticorpos para o vírus B (herpes
vírus) e para o vírus da imunodeÞciência. Transferir para balão de Kjeldahl, 1 mL da amostra e
adicionar 2 mL de ácido nítrico. Digerir a mistura até que
Se são utilizadas células diplóides humanas ou células de a solução Þque límpida. Transferir para balão volumétrico
linhagem contínua, elas têm que ser procedentes de um de 25 mL e completar o volume com Tampão acetato.
banco de células certiÞcado pela autoridade do controle Transferir 2 mL desta solução para balão volumétrico de 50
nacional e demonstrar ausência de micro-organismos mL e adicionar 2 mL de solução recém-preparada de ácido
contaminantes, conforme descrito no terceiro parágrafo. tioglicólico a 1% (v/v). Deixar em repouso por 2 minutos,
Não podem ser tumorogênicas e são identiÞcadas quanto adicionar 15 mL do reagente de aluminon e aquecer em
à espécie de origem. O número de passagens das células banho-maria (100 °C) por 15 minutos. Resfriar, adicionar
diplóides humanas não pode ultrapassar a dois terços de 10 mL de Tampão carbonato e completar o volume com
seu número máximo de passagem e seu cariótipo tem que água bidestilada. Preparar branco contendo água bidestilada
ser normal. Quando a vacina é produzida em células de no lugar da amostra. As leituras da amostra e dos padrões
linhagem contínua, o “pool” de vírus deve ser puriÞcado são realizadas em espectrofotômetro no comprimento de
por um processo que comprove que no produto Þnal o onda de 530 nm, utilizando o branco para ajuste do zero.
ADN residual é inferior a 100 pg por dose. Calcular a concentração de alumínio (III) na amostra, por
interpolação gráÞca ou regressão linear. O resultado deve
O soro e a tripsina empregados no preparo da cultura ser expresso em mg de alumínio (III) por dose.
de célula devem ser isentos de micro-organismos
contaminantes (bactérias, fungos, micoplasmas e vírus). B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria
Além disso, o soro deve ser procedente de rebanhos com de absorção atômica (5.2.13.1). Transferir para balão
certiÞcados de ausência de encefalopatia espongiforme de Kjeldahl, 2 mL da amostra e adicionar 4 mL de ácido
bovina. nítrico. Digerir a mistura até que a solução Þque límpida.
Transferir para balão volumétrico de 25 mL e completar
o volume com água bidestilada. Em paralelo, preparar
VACINAS COMBINADAS
branco contendo água bidestilada no lugar da amostra e
As vacinas combinadas constituem-se de mistura de dois curva de calibração de alumínio com as concentrações
ou mais antígenos diferentes e podem ser apresentadas sob de 20, 40, 60 e 80 ppm. Adicionar à amostra, às soluções
a forma lioÞlizada ou de suspensão. Estes imunobiológicos para a curva de calibração e ao branco, determinada
podem possuir em sua formulação, micro-organismos quantidade de supressor de ionização, de modo a
atenuados, micro-organismos inativados, substâncias conter no Þnal concentração de 2000 ppm de potássio.
produzidas por eles e frações antigênicas. O processo Determinar a concentração de alumínio(III) da amostra em
de produção e controle da qualidade deve obedecer ao espectrofotômetro de absorção atômica no comprimento
mencionado na monograÞa especíÞca de cada produto de onda de 309,3 nm, abertura da fenda 0,2 nm, corrente da
presente nesta vacina. lâmpada para alumínio de 10 mA e chama de óxido nitroso/
acetileno.

IDENTIFICAÇÃO Fenol. Diluir a amostra de modo que a concentração de


fenol esteja entre 5 e 30 ppm. Adicionar 5 mL de tampão
Proceder conforme descrito na monograÞa especíÞca. borato pH 9,0, 5 mL da solução de 4-aminoantipirina a
0,1% (p/v) e 5 mL de solução aquosa de ferricianeto de
CARACTERÍSTICAS potássio a 5% (p/v). Em paralelo, preparar branco e curva
de calibração de fenol com concentrações variando de 5 a
Proceder conforme descrito na monograÞa especíÞca. 30 ppm. Proceder às leituras das absorvâncias da amostra
e dos padrões no comprimento de onda de 546 nm, 10
minutos após o término da reação, utilizando o branco
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
para zerar o aparelho. Utilizar a leitura dos padrões para
Alumínio construir a curva de calibração. Determinar a concentração
de fenol na amostra por interpolação gráÞca ou regressão
A. Proceder conforme descrito em Espectrometria de linear. É facultada ao produtor a utilização do resultado

v
absorção no visível (5.2.14). obtido no produto antes do envase.
Tampão acetato: dissolver 27,5 g de acetato de amônio em Formaldeído residual. Adicionar, a 1 mL da amostra,
50 mL de água bidestilada e adicionar 0,5 mL de ácido lentamente e com agitação, 3 mL de ácido tricloroacético
clorídrico a 25% (p/v). Completar o volume para 100 mL a 2,5% (v/v). Deixar em repouso por cinco minutos,
com água bidestilada. centrifugar a 2000 g por 10 minutos e transferir o
sobrenadante para tubo de ensaio. Em paralelo, preparar
curva de calibração de formaldeído com as concentrações
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1355

de 2,5, 5, 7,5, 10 mL/mL, sendo o volume de 4 mL/tubo. Umidade residual. Transferir para pesa-Þltro previamente
Preparar branco contendo água bidestilada no lugar da dessecado e tarado, 80 mg da amostra. Manter a amostra
amostra. Adicionar 4 mL de reagente de Hantzach a cada por 3 horas em atmosfera de pentóxido de fósforo anidro,
um dos seis tubos de ensaio preparados anteriormente, sob pressão não superior a 5 mm de mercúrio, à temperatura
deixar em banho-maria a 58 °C por cinco minutos e resfriar. de 60 °C. O pesa-Þltro é resfriado por 20 minutos em
Realizar, imediatamente, as leituras de absorvâncias da dessecador contendo sílica-gel e imediatamente pesado.
amostra e dos padrões, no comprimento de onda de 412 A etapa de aquecimento e resfriamento é repetida até
nm, utilizando o branco para zerar o aparelho. As leituras obtenção de peso constante. O valor da umidade residual
dos padrões são utilizadas para construção da curva é a média do percentual de perda de peso de, não menos,
de calibração. A concentração de formaldeído residual que três avaliações da amostra. O método volumétrico
na amostra é determinada por interpolação gráÞca ou para Determinação de água (5.2.20.1), também, pode ser
regressão linear. utilizado.

Nitrogênio protéico (5.3.3.2). Cumpre o teste.


TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Timerosal
Endotoxinas bacterianas. Proceder conforme descrito na
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de monograÞa especíÞca.
absorção no visível (5.2.14). Após rigorosa homogeneização
da amostra, transferir 1 mL em duplicata para béqueres e Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste
adicionar 3 mL de água puriÞcada (diluição 1:4), em seguida
Pirogênios. Proceder conforme descrito na monograÞa
tomar 1 mL desta solução e transferir para um tubo de
especíÞca.
digestão. Adicionar 1 mL de água puriÞcada e 2 mL de uma
mistura de igual volume de ácido sulfúrico padrão analítico e Toxicidade inespecífica. Proceder conforme descrito na
ácido nítrico padrão analítico. Levar a mistura à ebulição por monograÞa especíÞca.
10 minutos. Resfriar. Adicionar 10 mL de água puriÞcada
e 2 mL de cloridrato de hidroxilamina a 50% (p/v). Levar
novamente à ebulição por 1 minuto, resfriar e transferir o DOSEAMENTO
líquido para funil de separação Þltrando através de algodão.
Proceder conforme descrito na monograÞa especíÞca.
Lavar o tubo com 70 mL de água puriÞcada e transferir
da mesma maneira para o funil de separação. Adicionar
10 mL da solução de ditizona (1:7), agitar vigorosamente TERMOESTABILIDADE
por 1 minuto. Deixar em repouso por 1 minuto, Þltrar
em algodão e recolher a fase orgânica (clorofórmica) em Proceder conforme descrito na monograÞa especíÞca.
erlenmeyer. Proceder imediatamente a leitura do Þltrado em
espectrofotômetro a 490 nm. Preparo dos padrões e curva EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
de calibração: Preparar uma solução estoque de timerosal
(1200 —g/mL em timerosal ou 600 —g/mL em Mercúrio). A A temperatura e o prazo de validade são os indicados
partir desta solução, preparar as soluções padrão em balões pelo fabricante da vacina, tendo como base evidências
volumétricos de 100 mL. Estabelecer a curva de calibração experimentais aprovadas pela autoridade do controle
com concentrações de 6 —g Hg/mL a 24 —g Hg/mL. Após o nacional.
preparo das soluções padrão, proceder como descrito para
a amostra. O branco é preparado utilizando-se 2 mL de
ROTULAGEM
água puriÞcada no lugar da amostra. Utilizar a leitura dos
padrões para fazer uma curva de calibração e determinar Observar a legislação vigente.
a concentração de timerosal na amostra por interpolação
gráÞca ou regressão linear.

B. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de


VACINA ADSORVIDA DIFTERIA E
absorção atômica (5.2.13.1). Transferir, quantitativamente, TÉTANO ADULTO
1 mL da amostra para balão volumétrico de 50 mL, Vaccinum diphtheriae et tetani adsorbatum
adicionar 0,5 mL de ácido nítrico e completar o volume com
água bidestilada. Preparar branco com água bidestilada. A
A vacina é uma mistura de anatoxinas diftérica e tetânica
partir de solução estoque de 1000 ppm de Hg, preparar
diluídas em solução salina tamponada e adsorvidas pelo
um padrão intermediário de 1 ppm de Hg e deste retirar
hidróxido de alumínio ou fosfato de alumínio, podendo

v
alíquotas diferentes, de acordo com o intervalo de trabalho,
conter um conservante. É uma suspensão opalescente,
transferindo-as para as células de reação contendo solução
ligeiramente acastanhada, que não apresenta grumos ou
de permanganato de potássio. Determinar a absorvância a
partículas estranhas.
253,6 nm em espectrofotômetro de absorção atômica com
fonte de energia com lâmpada (6 mA) de catodo ôco de Componente diftérico: a anatoxina diftérica puriÞcada
mercúrio, fenda H07 e nitrogênio como gás de arraste. cumpre as especiÞcações de produção e controles descritos
na monograÞa de Vacina adsorvida difteria e tétano infantil.
1356 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Componente tetânico: a anatoxina tetânica puriÞcada B. No mínimo 2 UI/dose individual humana.


cumpre as especiÞcações de produção e controles descritos
na monograÞa de Toxoide tetânico adsorvido. É facultada ao produtor a utilização do resultado obtido no
produto antes do envase.
A vacina é preparada pela diluição e adsorção, em
compostos de alumínio, de quantidades determinadas de Componente tetânico. Proceder conforme Doseamento,
anatoxina diftérica e anatoxina tetânica puriÞcadas. Uma utilizando um dos métodos descritos na monograÞa de
dose para uso humano contém 2 Lf para o componente Toxoide tetânico adsorvido.
diftérico e no máximo 25 Lf para o componente tetânico. A. No mínimo 2 UI/mL.
O produto é envasado em recipientes adequados, rotulado B. No mínimo 40 UI/dose individual humana.
e submetido aos controles requeridos.
C. No mínimo 40 UI/dose individual humana.
IDENTIFICAÇÃO É facultada ao produtor a utilização do resultado obtido no
Cumpre a IdentiÞcação descrita na monograÞa de Vacina produto antes do envase.
adsorvida difteria e tétano infantil
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
CARACTERÍSTICAS Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso
pH (5.2.19). 6,0 a 7,0. humano.

Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. ROTULAGEM

ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS Observar a legislação vigente.

Alumínio. Proceder conforme descrito na monograÞa


de Vacinas para uso humano. No máximo 1,25 mg/dose VACINA ADSORVIDA DIFTERIA E
individual humana. É facultado ao produtor a utilização do TÉTANO INFANTIL
resultado obtido no produto antes do envase. Vaccinum diphtheriae et tetani adsorbatum
Formaldeído residual. Proceder conforme descrito na
monograÞa de Vacinas para uso humano. No máximo 200 A vacina é uma mistura de anatoxinas diftérica e tetânica
ppm. É facultado ao produtor a utilização do resultado diluídas em solução salina tamponada e adsorvidas pelo
obtido no produto antes do envase. hidróxido de alumínio ou fosfato de alumínio, podendo
conter um conservante. É uma suspensão opalescente,
Timerosal. Proceder conforme descrito na monograÞa
ligeiramente acastanhada, que não apresenta grumos ou
de Vacinas para uso humano. No máximo 200 ppm. É
partículas estranhas.
facultado ao produtor a utilização do resultado obtido no
produto antes do envase. Componente diftérico: a preparação da toxina diftérica
baseia-se no sistema de lote semente, que é uma quantidade
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA de ampolas contendo Corynebacterium diphtheriae
lioÞlizado, de composição uniforme, obtido a partir de
Proceder conforme descrito em Testes de segurança cepa lioÞlizada de procedência conhecida. Os meios de
biológicas na monograÞa de Vacina adsorvida difteria e cultura utilizados para as preparações do lote-semente e do
tétano infantil. inóculo de produção devem permitir o crescimento de C.
diphtheriae. O meio de cultura para preparação da toxina
diftérica não deve conter proteínas de origem animal e ser
DOSEAMENTO
isento de substâncias capazes de induzir reações tóxicas e/
A atividade imunogênica da vacina é determinada para cada ou alérgicas ao ser humano. A toxina diftérica é um Þltrado
um dos componentes individuais. Não existem padrões tóxico obtido a partir do meio de cultura para preparação
internacionais de referência para as vacinas combinadas e de toxina e coletado assepticamente em um único
a atividade de cada componente se expressa em unidades processo. Ao Þnal do cultivo e lise das células bacterianas,
internacionais, mediante a comparação com padrões de veriÞca-se a pureza da cultura por exame microscópico ou
inoculação da amostra em meios de cultura adequados. O

v
referência calibrados contra os padrões de referência dos
componentes individuais. limite de ßoculação (Lf) é avaliado utilizando a técnica de
Ramon, como descrito na monograÞa de Toxoide tetânico
Componente diftérico. Proceder conforme Doseamento, adsorvido. A puriÞcação da toxina é realizada por métodos
utilizando um dos métodos descritos na monograÞa de físicos ou químicos e a amostra é submetida aos controles
Vacina adsorvida difteria e tétano infantil. de Lf/mL e pH.
A. No mínimo 0,5 UI/mL. A anatoxina diftérica é obtida por destoxiÞcação da toxina
diftérica concentrada, pela adição de agentes químicos
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1357

em condições adequadas de pH e temperatura. O agente ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS


químico mais utilizado é o formaldeído à temperatura de
35 °C. São realizados controles de pH, Lf/mL e toxicidade Alumínio. Proceder conforme descrito na monograÞa
especíÞca. de Vacinas para uso humano. No máximo 1,25 mg/dose
individual humana. É facultado ao produtor a utilização do
A anatoxina puriÞcada é preparada a partir de coleta resultado obtido no produto antes do envase.
individual ou da mistura de coletas individuais de
anatoxinas que, após processo de Þltração esterilizante, um Formaldeído residual. Proceder conforme descrito na
agente conservante pode ser adicionado. Não é permitido monograÞa de Vacinas para uso humano. No máximo 200
o uso de fenol, pois o mesmo afeta as propriedades ppm. É facultado ao produtor a utilização do resultado
antigênicas do produto. Amostras do produto são avaliadas obtido no produto antes do envase.
quanto à concentração de antígeno (Lf/mL), esterilidade e
Pureza antigênica. Determinar o teor de nitrogênio
aos controles que se seguem.
protéico (5.3.3.2) e expressar a concentração em mg/
A vacina antidifttérica e antitetânica para uso infantil é mL. A pureza antigênica é determinada pela relação da
preparada pela diluição e adsorção, em compostos de concentração antigênica em Lf/mL e a concentração de
alumínio, de quantidades determinadas de anatoxinas nitrogênio protéico encontrada. O produto apresenta pureza
diftérica e tetânica. Uma dose para uso humano não antigênica de, no mínimo, 1 500 Lf/mg de nitrogênio
contém mais do que 30 e 25 Lf, respectivamente, para os protéico.
componentes diftérico e tetânico.
Timerosal. Proceder conforme descrito na monograÞa
de Vacinas para uso humano. No máximo 200 ppm. É
IDENTIFICAÇÃO facultado ao produtor a utilização do resultado obtido no
produto antes do envase.
Componente diftérico

A. Dissolver a amostra com citrato de sódio a pH 9,0 TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


para se obter uma solução a 10% (p/v). Manter a 37 °C
por aproximadamente 16 horas e centrifugar. Utilizar Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
o líquido sobrenadante para a identiÞcação. Outros
Componente diftérico
métodos adequados podem ser utilizados para separação
do adjuvante. Preparar gel de ágar a 1% (p/v) em solução Reversão de toxicidade. Proceder conforme descrito na
Þsiológica tamponada e distribuir em lâmina para monograÞa de Toxoide tetânico adsorvido. Os animais não
microscópio, de modo que resulte em Þna camada. Colocar podem apresentar sinais de intoxicação diftérica e devem
em estufa a 37 °C, sem secar. Adicionar volume de 4 mL apresentar ganho de peso.
de ágar na lâmina e colocar à temperatura de 2 °C a 8 °C
em câmara úmida por uma hora. Fazer orifícios no gel, Toxicidade especifica
mantendo a mesma distância entre o orifício central e os
periféricos. Preencher o orifício central com antitoxina Prova subcutânea: diluir a amostra em solução Þsiológica
diftérica de referência e os periféricos com a amostra em para 100 Lf/mL. Inocular 5 mL da diluição, por via
diluições variáveis. Como controle positivo, preencher um subcutânea, em cada uma de pelo menos cinco cobaias
dos orifícios com toxoide diftérico ßuido. Incubar a 37 °C por de 250 a 350 g. Observar os animais por 4 semanas. No
24 horas em câmara úmida e realizar a leitura em lâmpada mínimo 80% dos animais inoculados devem sobreviver
para contraste. Observar a presença de linha de precipitação, durante o período de observação, sem apresentar sinais de
reação de identidade entre os componentes analisados. intoxicação diftérica.

B. Determinar o limite de ßoculação (Lf/mL) pela técnica Prova intradérmica: diluir a amostra em solução Þsiológica
de Ramon. para 100 Lf/mL. Inocular 0,2 mL da diluição, por via
intradérmica, em uma cobaia previamente depilada. Como
C. Proceder conforme Doseamento. controle, inocular o mesmo volume de solução Þsiológica
no mesmo animal. Após 48 horas de observação, não
Componente tetânico. Proceder conforme descrito em devem ser formados eritemas especíÞcos nos locais de
IdentiÞcação na monograÞa de Toxoide tetânico adsorvido. inoculação.

Toxicidade específica. Proceder a Prova subcutânea


CARACTERÍSTICAS conforme descrito anteriormente para anatoxina diftérica,
sendo que a amostra é diluída para 500 Lf/mL e cada cobaia

v
pH (5.2.19). 6,0 a 7,0.
é inoculada com volume de 1 mL.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
Componente tetânico

Proceder conforme Testes de segurança biológica da


monograÞa de Toxoide tetânico adsorvido.
1358 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO B. Por DesaÞo em cobaia. Comprovar a atividade


imunogênica do produto em teste por comparação com
A atividade imunogênica da vacina é determinada toxoide diftérico de referência. Separar oito grupos de,
para cada um dos componentes. Não existem padrões no mínimo, 16 cobaias de 250 a 350 g. Efetuar quatro
internacionais de referência para as vacinas combinadas e diluições da amostra em teste com solução de cloreto de
a atividade de cada componente se expressa em unidades sódio a 0,85% (p/v), utilizando fator de diluição 2. Proceder
internacionais, mediante a comparação com padrões de da mesma forma com o toxoide diftérico de referência.
referência calibrados contra os padrões de referência dos Inocular, por via subcutânea, volume de 1 mL por animal,
componentes. de cada diluição. Separar um grupo de 12 animais sem
inocular, para controle da toxina de desaÞo. Após 28 dias
Componente diftérico
da inoculação, diluir a toxina diftérica padronizada em
A. Por Determinação do título antitóxico em soros de solução salina tamponada contendo 1% (p/v) de peptona,
animais imunizados. de modo a conter 100 DL50/mL (dose letal 50%) e inocular
cada cobaia imunizada, por via subcutânea, com volume
Imunização e sangria dos animais: inocular 0,75 mL de 1 mL da dose desaÞo de toxina. Observar os animais
(metade da dose total humana) da amostra, por via até 96 horas após a inoculação e registrar o número de
subcutânea, em cada uma de seis cobaias de 450 a 550 g. vivos em cada diluição. Paralelamente, como controle da
Quatro semanas após a inoculação, coletar 5 mL de sangue dose desaÞo, efetuar diluição 1:100 a partir da solução
de cada animal, por punção cardíaca, e extrair o soro. de toxina que contém 100 DL50/mL, utilizando o mesmo
Misturar volumes iguais dos soros de, no mínimo, quatro diluente. Inocular 1 mL da diluição, por via subcutânea,
cobaias. em cada uma de cinco cobaias. Observar os animais
até 96 horas após a inoculação e registrar o número de
Controle L+/50 da toxina diftérica padronizada: distribuir mortos na diluição. Calcular as Doses Efetivas 50%
em uma série de tubos de ensaio, volumes constantes (DE50) da amostra em teste e do toxoide de referência,
de antitoxina diftérica de referência, aferida por padrão utilizando método de análise estatística que compreenda
internacional, de maneira que o volume a inocular contenha a transformação dos dados obtidos em regressão linear
1 UI. Acrescentar volumes variáveis de toxina diftérica (probitos, logitos e transformações angulares). A faixa de
padronizada e igualar os volumes de todos os tubos com resposta (porcentagem de sobrevivência) deve estar entre a
solução salina tamponada contendo 1% (p/v) de peptona. maior e a menor diluição utilizada na amostra teste e padrão
Homogeneizar e incubar a 37 °C por 60 minutos. Inocular formando a curva de regressão que deve apresentar relação
volume constante de cada diluição, por via subcutânea, em linear. Os limites de conÞança não devem ser amplos,
cada uma de quatro cobaias de 250 a 350 g. Observar os indicando melhor precisão do ensaio quanto menores
animais por período de 96 horas após a inoculação. forem seus limites. Calcular a atividade imunogênica pela
Titulação do soro: distribuir em uma série de tubos de equação:
ensaio, volumes variáveis do soro. Acrescentar volume
constante de toxina diftérica padronizada, de maneira
que o volume a inocular por animal contenha 1 L+/50 em que
(limite morte). Igualar os volumes de todos os tubos com
solução salina tamponada contendo 1% (p/v) de peptona. AI = atividade imunogênica em UI/dose individual
Homogeneizar e incubar a 37 °C por 60 minutos. Inocular humana;
cada mistura, por via subcutânea, no mínimo quatro cobaias A = DE50 da amostra;
de 250 a 350 g. Observar os animais por período de 96 B = DE50 do toxoide de referência;
horas após a inoculação e registrar o número de vivos em
C = UI/dose individual humana do toxoide de referência.
cada mistura. Os valores das doses efetivas médias (DE50)
da amostra e da antitoxina de referência são determinados No mínimo 30 UI/dose individual humana. É facultado ao
mediante método estatístico comprovado que compreenda produtor a utilização do resultado obtido no produto antes
a transformação dos dados obtidos em regressão linear do envase.
(probitos, logitos ou transformações angulares). Calcular a
atividade imunogênica pela equação: Componente tetânico

Proceder ao Doseamento, utilizando um dos métodos


descritos na monograÞa de Toxoide tetânico adsorvido.
em que No mínimo 2 UI/mL (método A.). No mínimo 40 UI/dose
individual humana (método B.). No mínimo 40 UI/dose
AI = atividade imunogênica em UI/mL;

v
individual humana (método C.). É facultado ao produtor a
A = DE50 da amostra; utilização do resultado obtido no produto antes do envase.
B = DE50 da antitoxina de referência;
C = UI/mL da antitoxina de referência. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
No mínimo 2 UI/mL. É facultado ao produtor a utilização Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso
do resultado obtido no produto antes do envase. humano.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1359

ROTULAGEM tetânica e células inteiras mortas de B. pertussis. Uma dose


individual humana não pode conter mais do que 30 e 25 Lf,
Observar a legislação vigente. respectivamente, para os componentes diftérico e tetânico.

VACINA ADSORVIDA DIFTERIA, IDENTIFICAÇÃO


TÉTANO E PERTUSSIS Dissolver a amostra com citrato de sódio a pH 9,0
Vaccinum diphtheriae et tetani et pertussis para se obter solução a 10% (p/v). Manter a 37 °C por
adsorbatum aproximadamente 16 horas e centrifugar. Utilizar o líquido
sobrenadante para identiÞcar cada um dos componentes,
diftérico ou tetânico. Ressuspender o precipitado para
A vacina é uma mistura de anatoxinas diftérica e tetânica e identiÞcar o componente pertussis. Outros métodos
suspensão de células inteiras mortas de Bordetella pertussis, adequados podem ser utilizados para separação do
diluídas em solução salina tamponada e adsorvidas pelo adjuvante.
hidróxido de alumínio ou fosfato de alumínio, podendo
conter um conservante. É uma suspensão opalescente, Componente diftérico. Proceder conforme descrito em
ligeiramente acastanhada, que não apresenta grumos ou IdentiÞcação na monograÞa de Vacina adsorvida difteria
partículas estranhas. e tétano infantil.

Componente diftérico: a anatoxina diftérica puriÞcada Componente tetânico. Proceder conforme descrito em
cumpre as especiÞcações de produção e controles descritos IdentiÞcação na monograÞa de Toxoide tetânico adsorvido.
na monograÞa de Vacina adsorvida difteria e tétano
infantil. Componente pertussis

Componente tetânico: a anatoxina tetânica puriÞcada A. Transferir 50 —L da amostra em lâmina de vidro e


cumpre com as especiÞcações de produção e controles adicionar o mesmo volume do antisoro polivalente de
descritos na monograÞa de Toxoide tetânico adsorvido. B. pertussis. Homogeneizar a mistura com movimentos
circulares, por um minuto, e manter o material em repouso
Componente pertussis: a vacina pertussis é suspensão por três minutos. Observar a aglutinação da amostra, no
homogênea de células inteiras mortas de uma ou mais máximo por cinco minutos.
cepas de B. pertussis em solução Þsiológica. As cepas
empregadas na preparação de vacinas são identiÞcadas B. Prosseguir conforme Doseamento para o Componente
por registros históricos completos, incluindo sua origem, pertussis.
características de isolamento e todas as provas efetuadas
periodicamente para veriÞcar as características das cepas. CARACTERÍSTICAS
As cepas devem ser lioÞlizadas na fase I contendo pelo
menos os aglutinógenos 1, 2 e 3 e mantidas à temperatura pH (5.2.19). 6,0 a 7,0.
máxima de 4 °C.
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste.
A produção da vacina se baseia no sistema de lote semente,
os quais devem ter as mesmas características do lote Fator promotor da linfocitose (LPF)
original. O meio de cultura utilizado no cultivo de B. São utilizados métodos apropriados, tais como a indução
pertussis deve permitir a manutenção dos aglutinógenos e da linfocitose em camundongos para observar o nível de
da atividade imunogênica. Esse meio não pode aumentar a fator ativo na vacina e provas da atividade sensibilizadora
toxicidade especíÞca da cepa, deve ser livre de proteínas da histamina em camundongos.
de origem animal, assim como de substâncias capazes
de induzir reações tóxicas e/ou alérgicas ao ser humano. Presença de aglutinógeno
Ao Þnal do cultivo, as bactérias são coletadas, lavadas
para remover substâncias derivadas do meio de cultura e Transferir 50 —L da amostra para três lâminas de vidro e
ressuspendidas em solução Þsiológica isotônica. Amostras adicionar 50 —L de soro mono-especíÞco de aglutinógenos
das coletas individuais são avaliadas quanto à opacidade 1, 2 e 3 sobre as amostras em cada uma das lâminas.
e pureza bacteriana. A suspensão pode ser inativada Homogeneizar por um minuto e deixar em repouso por
pelo aquecimento a 56 °C por tempo determinado ou três minutos. Observar a aglutinação da amostra nas três
destoxiÞcada pela adição de agentes químicos, em lâminas, no máximo, por cinco minutos. A cepa de B.
condições adequadas de pH, temperatura e tempo pertussis deve apresentar aglutinação com os três soros
monovalentes especíÞcos.

v
de tratamento. Amostras da suspensão são avaliadas
quanto à inativação bacteriana, semeando em meio de
cultura apropriado, à pureza, identiÞcação, esterilidade e ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
submetidas aos controles que se seguem.
Alumínio. Proceder conforme descrito na monograÞa
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis é preparada de Vacinas para uso humano. No máximo 1,25 mg/dose
pela diluição e adsorção, em compostos de alumínio, individual humana. É facultado ao produtor a utilização do
de quantidades determinadas de anatoxinas diftérica e resultado obtido no produto antes do envase.
1360 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Formaldeído residual. Proceder conforme descrito na 20 UOp/dose. Utilizar dois grupos com, pelo menos, 10
monograÞa de Vacinas para uso humano. No máximo 200 camundongos albinos suíços suscetíveis de 14 a 16 g.
ppm. É facultado ao produtor a utilização do resultado Imediatamente antes da inoculação, determinar o peso
obtido no produto antes do envase. total dos animais. Inocular 0,5 mL da amostra diluída,
por via intraperitoneal, em cada camundongo do primeiro
Opacidade. Realizar em período máximo de 15 dias após a grupo. Para o segundo grupo, proceder conforme descrito,
preparação da suspensão. Aferir com padrão turbidimétrico inoculando solução Þsiológica contendo a mesma
distribuído pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados quantidade de agente conservante que o inóculo injetado
Unidos (N.I.H) ou equivalente aprovado pela autoridade nos animais do grupo de prova. Determinar o peso total de
nacional de controle. É atribuído a este padrão valor de 106 cada um dos grupos de camundongos no 3º e 7º dia após
unidades opacimétricas, quando examinado por fotometria, a inoculação. O produto é considerado atóxico se (a) no 3º
utilizando Þltro verde, ao comprimento de onda de 530 dia o peso total do grupo não é menor que seu peso inicial;
nm. Tal grau de opacidade corresponde aproximadamente (b) no 7º dia a média de ganho de peso do grupo inoculado
a 109 bactérias/mL. Colocar 1 mL da amostra em tubo de com a amostra não é menor que 60% da média de ganho de
ensaio e adicionar solução salina Þsiológica até opacidade peso do grupo controle negativo, e (c) não morrerem mais
semelhante ao padrão. Comparar visualmente a opacidade que 5% dos animais inoculados com a amostra.
contra a preparação de referência de opacidade. A unidade
de opacidade (UOp) é determinada pela equação:
DOSEAMENTO
A atividade imunogênica da vacina é determinada para cada
um dos componentes. Não existem padrões internacionais
de referência para as vacinas combinadas e a atividade de
Para o componente pertussis, a concentração de bactérias cada componente se expressa em unidades internacionais,
deve ser no máximo de 20 UOp/dose. mediante a comparação com padrões de referência aferidos
por padrões de referência dos componentes.
Timerosal. Proceder conforme descrito na monograÞa
de Vacinas para uso humano. No máximo 200 ppm. É Componente diftérico. Proceder conforme Doseamento,
facultado ao produtor a utilização do resultado obtido no utilizando um dos métodos descritos na monograÞa de
produto antes do envase. Vacina adsorvida difteria e tétano infantil.

A. No mínimo 0,5 UI/mL.


TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
B. No mínimo 2 UI/dose individual humana.
Esterilidade. Proceder conforme descrito na monograÞa
de Vacinas para uso humano. É facultada ao produtor a utilização do resultado obtido no
produto antes do envase.
Toxicidade (5.5.2.3). Pesar os animais individualmente.
O peso de cada animal tem que ser superior ao peso Componente tetânico. Proceder conforme Doseamento,
inicial, nenhum animal pode morrer ou apresentar utilizando um dos métodos descritos na monograÞa de
qualquer alteração no estado de saúde durante o período Toxoide tetânico adsorvido.
de observação. Se o produto não cumprir os requisitos,
realizar um reteste, utilizando o mesmo procedimento e A. No mínimo 2 UI/mL.
critérios do teste inicial.
B. No mínimo 40 UI/dose individual humana.
Componente diftérico
C. No mínimo 40 UI/dose individual humana.
Proceder conforme descrito em Testes de segurança
É facultada ao produtor a utilização do resultado obtido no
biológicas na monograÞa de Vacina adsorvida difteria e
produto antes do envase.
tétano infantil.
Componente pertussis. A atividade imunogênica é
Componente tetânico
determinada pela avaliação comparativa frente a vacina
Proceder conforme descrito em Testes de segurança de referência padronizada contra o padrão internacional
biológicas na monograÞa de Toxoide tetânco adsorvido. para a vacina antipertussis. Utilizar camundongos albinos
suíços suscetíveis de 12 a 16 g, procedentes de grupo
Componente pertussis homogêneo de linhagem padronizada. Os animais devem
ser preferencialmente do mesmo sexo. Quando de sexos

v
Detecção de toxina termolábil (toxina dermonecrótica). diferentes, deverão ser distribuídos equitativamente. Para
A inoculação subcutânea da amostra na zona nucal de cada diluição da amostra e da vacina de referência utilizar,
camundongos lactentes é o método mais sensível para no mínimo, 20 animais. Para controle da dose desaÞo,
detectar a toxina termolábil. A vacina pertussis não deve separar grupos de pelo menos 10 camundongos.
conter toxina termolábil biologicamente ativa.
Imunização dos animais: efetuar três diluições seriadas
Toxicidade específica. Diluir a amostra em solução da amostra e da vacina pertussis de referência em solução
Þsiológica para concentração máxima correspondente a Þsiológica tamponada, com fator de diluição 5, de modo
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1361

que as diluições assegurem, respectivamente, proteção ser repetido. O produto cumpre os requisitos se a média
de 70% a 80%, 40% a 50% 10% a 20%. Inocular, por geométrica dos resultados de dois, três ou quatro ensaios
via intraperitoneal, 0,5 mL das diluições em cada um válidos é no mínimo 4 UI/dose individual humana. É
dos camundongos de cada grupo de imunização. Manter facultada ao produtor a utilização do resultado obtido no
os animais dos grupos controle sem inocular. O intervalo produto antes do envase.
entre a imunização e o desaÞo é de 14 a 17 dias.

DesaÞo: reconstituir uma ou mais ampolas de um lote de B. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


pertussis com solução aquosa contendo peptona de caseína
Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso
a 1% (p/v) e cloreto de sódio a 0,6% (p/v), com pH 7,0 a 7,2.
humano.
Semear em tubos de ensaio e placas contendo meio
apropriado. Incubar a 35 °C por até 48 horas. Fazer um ROTULAGEM
repique do cultivo em placas e tubos com ágar Bordet-
Gengou ou outro apropriado e incubar a 35 °C por 24 horas. Observar a legislação vigente.
Fazer um segundo repique nas mesmas condições descritas
e incubar por 18 horas. Os cultivos obtidos nas placas são
utilizados para observar as colônias e identiÞcá-las por VACINA BCG
soroaglutinação contra antissoro especíÞco para a cepa. Vaccinum BCG
Alternativamente, alíquotas da suspensão para o desaÞo
podem ser congeladas e mantidas em nitrogênio líquido e,
após o descongelamento e diluição, podem ser utilizadas A vacina BCG lioÞlizada é uma vacina viva obtida a
diretamente como cultivo de desaÞo. Preparar suspensão, partir do cultivo do Bacilo de Calmette e Guérin, cepa
utilizando diluente adequado em que os micro-organismos atenuada de Mycobacterium bovis, de inocuidade e eÞcácia
se mantenham viáveis, de modo a conter 10 UOp/mL, por reconhecidas, para conferir proteção ao homem contra a
comparação com o 5º padrão internacional de opacidade. tuberculose. O lioÞlizado é massa bacilar dessecada, com
A suspensão é então ajustada de maneira que cada dose consistência de pó, de cor esbranquiçada ou amarelo pálido
desaÞo contenha 100 a 1000 DL50 (dose letal média) em que, quando reconstituída, se apresenta ligeiramente turva
30 mL. Inocular a dose desaÞo em cada camundongo e de aspecto homogêneo.
imunizado, por via intracerebral. Para se obter estimativa
da DL50, inocular diluições seriadas da dose desaÞo, por A produção da vacina é baseada no sistema de lote-
via intracerebral, em cada um dos grupos controle. Cultivar semente, não podendo ser realizados mais do que oito
diluição da dose desaÞo em meio Bordet-Gengou para subcultivos a partir da cepa original. A cepa selecionada
determinar o número de unidades formadoras de colônia deve conservar sua estabilidade e manter seu caráter
(UFC) contidas na mesma. O valor da dose efetiva média não-patogênico tanto para o homem quanto para animais
(DE50) da amostra em teste é determinado mediante método de experimentação. Essa vacina deve ser produzida por
de análise estatística comprovado, que compreenda a equipe em boas condições de saúde, que não trabalhe com
transformação dos dados obtidos em regressão linear agentes infecciosos e, em particular, com cepas virulentas
(probitos, logitos ou transformações angulares). O teste é de Mycobacterium tuberculosis. A bactéria é inoculada
válido se a DE50 da vacina está compreendida entre a maior e em meio de cultura apropriado, isento de substâncias que
a menor dose imunizante, o desvio padrão da DE50 está entre possam causar reações tóxicas e/ou alérgicas ao ser humano.
65% e 156%, a diluição de menor concentração do controle Os cultivos e o meio de cultura de cada recipiente são
da suspensão de desaÞo contém entre 10 e 50 UFC/30 examinados visualmente quanto ao aspecto, apresentando
mL, a dose de desaÞo está entre 100 e 1000 DL50,a DL50 véu bacteriano na superfície e meio de cultura límpido.
contém no máximo 300 unidades formadoras de colônias Os cultivos são transferidos para novo meio e, após
e as curvas de resposta às doses do produto e da vacina crescimento, são testados quanto à esterilidade e avaliados
pertussis de referência não diferem signiÞcativamente visualmente quanto à transparência do meio e aspecto do
quanto ao paralelismo e linearidade (p < 0,05). A atividade véu bacteriano. Após a Þltração do véu bacteriano, este
imunogênica é calculada pela equação: é ressuspendido em meio apropriado e submetido aos
testes de respiração bacteriana, opacidade e esterilidade. A
suspensão bacteriana é diluída para o número apropriado de
doses e, antes de proceder ao envase, o produto é avaliado
quanto ao número de unidades formadoras de colônias e
em que esterilidade. O produto é envasado em ampolas ou frascos-
ampola de vidro âmbar classe farmacêutica, lioÞlizado,
AI = atividade imunogênica em UI/dose individual humana;

v
rotulado e submetido aos controles requeridos.
A = DE50 da amostra;
B = DE50 da vacina pertussis de referência;
IDENTIFICAÇÃO
C = UI/dose individual humana da vacina de referência.
Observar por microscopia esfregaço obtido após a
No mínimo 4 UI/dose individual humana e no máximo 18 reconstituição da vacina e corado pela técnica de Ziehl-
UI/dose individual humana. Se a atividade imunogênica Nielsen. São detectados somente bacilos álcool-ácido
determinada é não cumprir os requisitos, o teste pode
1362 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

resistentes. Como complemento, observar a morfologia como não podem ter sofrido tratamento que possa dar falso
das colônias semeadas no meio de Lowenstein-Jensen, negativo. Proceder conforme descrito para a vacina de
utilizado no Doseamento (unidades formadoras de referência, inoculando o mesmo animal no ßanco direito.
colônias). As colônias são rugosas, predominantemente Observar os animais por quatro semanas e realizar leituras
espraiadas e não-pigmentadas. semanais do diâmetro das lesões encontradas nos pontos
de inoculação. Ao Þnal do período de observação, calcular,
para cada diluição correspondente, a média das quatro
CARACTERÍSTICAS
leituras da vacina e da vacina de referência. A vacina
pH (5.2.19). 5,5 a 7,0. Determinar após a reconstituição da cumpre o requisito se a reação produzida pela amostra é
vacina com diluente apropriado. semelhante à da vacina de referência.

Homogeneidade. Utilizar a lâmina preparada na


IdentiÞcação para veriÞcar a dispersão dos bacilos na
DOSEAMENTO
suspensão da vacina por escala de valores de acordo com a Número de unidades formadoras de colônias (UFC)
Tabela 1. No máximo grau cinco.
Reconstituir cinco ampolas da vacina com diluente
Tabela 1 – Grau do estado de agregação. recomendado, tendo o cuidado de adicioná-lo suavemente
para evitar a formação de espuma. Transferir o conteúdo
Grau Estado de Agregação das ampolas para um único tubo de ensaio, homogeneizar
0 Somente bacilos dispersos e proceder três diluições, de modo a obter número ótimo
1 Predominância de bacilos dispersos; alguns de colônias em torno de 40, desprezando as contagens
grumos pequenos superiores a 100. Inocular em meio Lowenstein-Jensen,
2 Predominância de bacilos dispersos; alguns utilizando cinco tubos para cada uma das duas diluições
grumos pequenos e médios mais concentradas e 10 tubos para a mais diluída. Vedar
3 Bacilos dispersos e grumos pequenos os tubos e incubar na posição vertical à temperatura de 37
4 Bacilos dispersos e grumos pequenos e médios °C, por quatro semanas. Analisar em paralelo uma amostra
5 Bacilos dispersos e grumos pequenos, médios e da vacina de referência. Os limites são 2 x 106 a 10 x 106
grandes UFC/mL.
6 Grumos médios e grandes
TERMOESTABILIDADE
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS Incubar cinco ampolas da vacina à temperatura de 37 °C
Umidade residual. Proceder conforme descrito na por quatro semanas e proceder conforme Doseamento.
monograÞa de Vacinas para uso humano. No máximo 3%. Comparar os resultados obtidos com os das amostras
mantidas à temperatura de 2 °C a 8 °C. O número de UFC/
mL não pode ser inferior a 20% de UFC/mL da vacina
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA mantida entre 2 °C e 8 °C.
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Micobactérias virulentas. Reconstituir o conteúdo das
ampolas com o diluente recomendado, de forma a se obter Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso
50 doses humanas. Inocular volume de 1 mL em cada humano.
uma de seis cobaias, pesando de 250 g a 400 g, por via
subcutânea, na região abdominal, do lado direito. Manter
ROTULAGEM
os animais em observação por 42 dias. Ao Þnal do período,
pesar, sacriÞcar e necropsiar os animais. Examinar o local Observar a legislação vigente.
da inoculação, os gânglios regionais, inguinais, axilares,
mediastínicos, lombares, portal e demais órgãos, em
particular os pulmões, fígado, baço e rins. VACINA CAXUMBA ATENUADA
Nenhuma cobaia pode apresentar evidência de tuberculose Vaccinum parotiditis vivum
progressiva e, pelo menos, 2/3 dos animais têm que
sobreviver ao Þnal do período de observação, com ganho A vacina caxumba atenuada é constituída de vírus vivos
de peso. Repetir o teste se mais que 1/3 dos animais atenuados e apresentada sob a forma lioÞlizada. Após a

v morrerem ou perderem peso.

Reatividade cutânea. Reconstituir uma amostra e preparar


diluições 1:10 e 1:100, utilizando o diluente recomendado.
Inocular, por via intradérmica, 0,1 mL de cada uma das
reconstituição com diluente apropriado, tem aspecto de
suspensão homogênea transparente, podendo demonstrar
coloração devido à presença de indicador de pH.

A produção da vacina é baseada no sistema de lote semente


diluições no ßanco esquerdo de quatro cobaias albinas de e a cepa de vírus utilizada ou cinco lotes consecutivos da
mesmo sexo, com peso mínimo de 350 g cada. Os animais vacina não podem induzir neuropatogenia em macacos
têm que apresentar reação tuberculínica negativa, bem suscetíveis ao vírus da caxumba. Além disso, a cepa
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1363

viral tem que demonstrar imunogenicidade adequada (e) as diluições utilizadas no ensaio estejam entre 10% e
e segurança para o ser humano. A replicação do vírus é 90% das culturas de células inoculadas.
realizada em cultura de células suscetíveis e a suspensão
viral é identiÞcada e controlada quanto à esterilidade. Após A potência da vacina é, no mínimo, 103,7 CCID50/dose.
a clariÞcação da suspensão viral por método adequado, para Caso não cumpra o requisito, repetir a determinação. A
remoção de resíduos celulares, são adicionadas algumas potência da vacina é a média geométrica dos dois ensaios
substâncias estabilizadoras, que comprovadamente não realizados.
alteram a eÞcácia e segurança do produto. Antes do envase
Pode ser empregado, também, o método de unidades
e lioÞlização, o produto é analisado quanto à esterilidade,
formadoras de “plaque” (UFP). O valor de potência para
concentração de vírus e de proteínas derivadas de soro
aprovação do produto tem que estar correlacionado com o
animal utilizado.
de CCID50.
A vacina é envasada em recipientes adequados, lioÞlizada,
rotulada e submetida aos controles requeridos. TERMOESTABILIDADE
Outras informações relativas aos critérios de produção e O teste é realizado em paralelo à Doseamento. Incubar
seus controles estão indicadas na monograÞa de Vacinas amostra da vacina a 37 °C, por sete dias, e analisar
para uso humano. conforme metodologia descrita para a potência do produto.
A vacina não pode perder mais que 1,0 log10 CCID50/dose,
IDENTIFICAÇÃO em relação ao título da vacina conservada em condições
adequadas de temperatura. Não pode, também, ter título
Reconstituir a vacina com diluente apropriado e adicionar inferior ao requisito de potência do produto.
igual volume de soro contendo anticorpos neutralizantes
para o vírus da caxumba. Incubar a 36 °C por uma hora.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Após a incubação, inocular a mistura em cultura de células
suscetíveis e manter à temperatura de 36 °C por 10 dias. Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso
Utilizar como controle cultura de células inoculada com humano.
o vírus vacinal e outra não-inoculada, que apresentam, ao
Þnal do teste, presença e ausência de efeito citopatogênico,
respectivamente. A ausência de ECP na cultura de células ROTULAGEM
identiÞca o vírus vacinal.
Observar a legislação vigente.

ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
VACINA FEBRE AMARELA ATENUADA
Umidade residual. Proceder conforme descrito na Vaccinum febris flavae vivum
monograÞa de Vacinas para uso humano. No máximo 2%.

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA A vacina contra febre amarela é constituída de vírus vivos
atenuados e apresentada sob a forma lioÞlizada. Após a
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste reconstituição com diluente apropriado, tem aspecto de
suspensão homogênea, podendo demonstrar coloração
devido à presença de indicador de pH.
DOSEAMENTO
A produção da vacina é baseada no sistema de lote-
Proceder à determinação ao abrigo da luz direta. Diluir duas semente primário da estirpe 17D, do qual, por meio de
amostras da vacina e uma amostra da vacina de referência passagens em ovos embrionados de galinha SPF (livre
a intervalos de, no mínimo, 1,0 log10, em meio de cultura de micro-organismos contaminantes), se origina o lote-
adequado. Inocular cada diluição em, pelo menos, 10 semente secundário. Esse lote deve ser avaliado quanto
orifícios de microplaca contendo células Vero em suspensão à neurovirulência em macacos suscetíveis e não pode
e incubar à temperatura de 36 °C por 10 dias. Observar apresentar micro-organismos estranhos. Além disso, a
as culturas de células quanto à presença ou ausência de cepa viral tem que demonstrar imunogenicidade adequada
ECP e calcular o título da vacina por método estatístico e segurança para o ser humano.
comprovado. A potência da vacina é o valor da média
geométrica dos frascos analisados, expressa em CCID50 A replicação do vírus é realizada em ovos embrionados
(dose 50% infectante em cultura de célula) por dose. Para de galinha, livre de patógenos especíÞcos, ou em cultura
a determinação ser considerada válida, é necessário que (a)
ao Þnal do ensaio o controle da cultura de células apresente
monocamada inalterada; (b) a variação de potência entre
as duas amostras da vacina seja, no máximo, 0,5 log10
de células suscetíveis. A suspensão viral é identiÞcada e
controlada quanto à esterilidade. Após a clariÞcação da
suspensão viral por método adequado para remoção de
resíduos celulares, algumas substâncias estabilizadoras,
v
CCID50; (c) a variação do título da vacina de referência que, comprovadamente, não alteram a eÞcácia e segurança
seja, no máximo, 0,5 log10 CCID50 do seu título médio; (d) do produto, são adicionadas. Antes do envase e lioÞlização,
o ECP seja decrescente em relação às diluições crescentes; o produto é analisado quanto à esterilidade, concentração
1364 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

de vírus e nitrogênio protéico. Se a produção da vacina DOSEAMENTO


ocorrer em ovos embrionados, 2% e não menos que 20
ovos são separados para controle. Ao Þnal da produção da Pelo menos dois frascos de vacina lioÞlizada e um de
vacina, estes ovos não-infectados com a cepa vacinal têm vacina referência são submetidos ao método de unidades
que demonstrar ausência de patógenos especíÞcos para formadoras de “plaque” (UFP). Diluir a vacina aplicando-
aves. se fator 4 e inocular cada diluição em, pelo menos, três
orifícios em placa de seis orifícios contendo monocamada
O produto é envasado em recipientes adequados, lioÞlizado, de células Vero previamente semeadas. A concentração da
rotulado e submetido aos controles requeridos. linhagem celular pode variar de 150 000 a 300 000 células
por mL, conforme o dia de sua utilização. Após adsorção
Outras informações relativas aos critérios de produção e por período de 90 minutos à temperatura de 36 °C, em
seus controles estão indicadas na monograÞa de Vacinas ambiente de CO2 a 5%. Os inóculos são retirados e um
para uso humano. meio de cultura, contendo agarose ou carboximetilcelulose
em concentração adequada, é adicionado. As células são
IDENTIFICAÇÃO incubadas por cinco a sete dias, à temperatura de 36 °C, em
ambiente de CO2 a 5%. Após o período de incubação, retirar
A vacina, quando neutralizada com soro contendo o meio de crescimento, Þxar as células com formaldeído e
anticorpo especíÞco para o vírus da febre amarela, inibe corar com um corante vital.
a formação de unidades formadoras de “plaque” UFP em
células suscetíveis conforme descrito em Doseamento. A potência da vacina é calculada pela média do número
de plaques de, pelo menos, duas diluições e o resultado,
expresso em log10 UFP/dose. Para a determinação ser
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICO considerada válida, é necessário que (a) o controle de
Umidade residual. Proceder conforme descrito na cultura de células apresente monocamada inalterada; (b) a
monograÞa de Vacinas para uso humano. No máximo 3%. variação de potência entre as duas amostras da vacina não
seja maior que 0,5 log10 UFP; (c) a potência da vacina de
referência não varie mais que 0,5 log10 UFP do seu título
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA médio; (d) o número de UFP seja decrescente em relação
às diluições crescentes.
Endotoxina bacteriana (5.5.2.2). Cumpre o teste. No
máximo 10 UE/mL. A potência em UFP/dose tem que ser equivalente a 1000
DL50 em camundongos. Caso a amostra não cumpra com
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste os requisitos, repetir a determinação. A potência da vacina
Ovoalbumina residual. Três frascos de um mesmo lote é a média geométrica das duas determinações realizadas.
de vacina lioÞlizada e ovoalbumina padrão são submetidos
ao método imunoenzimático ELISA. A curva padrão de TERMOESTABILIDADE
ovoalbumina é feita nas concentrações de 100 —g a 0,5
—g com diluições usando fator 2 e a vacina é diluída em O teste é realizado em paralelo ao Doseamento. Incubar,
tampão fosfato-salina PBS/T20 0,05%/NFDM (salina pelo menos, dois frascos de vacina por 14 dias a 36 °C
tampão fosfato com tween 20 e leite em pó desnatado). e analisar conforme descrito em Doseamento. A vacina
Inocular cada diluição iniciando em 1:10 e usar o fator não pode perder mais que 1,0 log10 UFP em relação ao
2 em dois orifícios da placa de 96 orifícios previamente título determinado na amostra conservada em condições
sensibilizada com soro anti-ovoalbumina (coelho) em adequadas de temperatura. Além disso, não apresentar
tampão carbonato-bicarbonato de sódio pH 9,6 e bloqueada título inferior ao especiÞcado para a potência do produto.
com soro albumina bovina a 3% (p/v). A incubação é feita
por 30 minutos a 37 °C. As placas são lavadas com tampão EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
fosfato-salina PBS /T20 0,05% (salina tampão fosfato com
tween 20) e o soro anti-ovoalbumina (coelho) conjugado Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso
a peroxidase em tampão fosfato-salina PBS /T20 0,05%/ humano.
NFDM é adicionado. É feita nova incubação por 30
minutos a 37 °C e nova lavagem. A reação é revelada com
o substrato para a peroxidase em tampão citrato-fosfato pH ROTULAGEM
5,0 e é paralisada com ácido sulfúrico 2 M. A leitura é feita Observar a legislação vigente.
em leitor de microplacas a um comprimento de onda de
450/630 nm.

v O teor de ovoalbumina residual é calculado plotando


a média da absorvância contra o log da concentração
padrão usando valores lineares correspondentes a 50% do
“endpoint”.
VACINA POLIOMIELITE 1, 2 e 3
ATENUADA
Vaccinum poliomyelitidis perorale typus I, II, III

A vacina é considerada satisfatória se o conteúdo de A vacina oral contra poliomielite consiste de mistura de
ovoalbumina residual for menor ou igual que 5 —g/dose. poliovírus atenuados tipos 1, 2 e 3. É apresentada como
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1365

suspensão aquosa homogênea transparente, podendo de cada diluição da vacina à mistura apropriada de soro
demonstrar coloração devido à presença de indicador de pH. antipoliovírus. Assim, para a determinação do poliovírus
tipo 1, adicionar as diluições da amostra à mistura de soros
A produção da vacina é baseada no sistema de lote semente antipólio tipos 2 e 3; para o poliovírus tipo 2, adicionar as
e a cepa de cada um dos sorotipos de vírus não pode ter diluições à mistura de soros antipólio tipos 1 e 3 e para o
mais de três subcultivos a partir do lote original, não poliovírus 3, adicionar as diluições da vacina à mistura de
podendo induzir neuropatogenia em macacos suscetíveis soros antipólio tipos 1 e 2. Para a determinação do vírus
aos três tipos de poliovírus. A cepa viral tem que demonstrar total, adicionar volumes iguais de cada diluição da vacina
imunogenicidade adequada e segurança para o ser humano. ao meio de cultura utilizado na diluição. Incubar por 1 a 3
horas à temperatura de 35 °C a 36 °C. Após a incubação,
A replicação de cada um dos três poliovírus é realizada
inocular cada diluição da vacina em, no mínimo, oito
em cultura de células suscetíveis e a suspensão viral é
orifícios de microplaca contendo a suspensão de células
identiÞcada e controlada quanto à esterilidade. Após
Hep2C. Incubar as microplacas a 35 °C por sete dias.
clariÞcação da suspensão viral por método adequado
Observar a presença ou ausência de ECP nas culturas de
para remoção de resíduos celulares, algumas substâncias
células. Calcular o título de cada sorotipo pelo método um
estabilizadoras, que, comprovadamente, não alteram a
método estatístico comprovado.
eÞcácia do produto são adicionadas. Antes da formulação,
cada suspensão viral puriÞcada é avaliada quanto à A potência da vacina é o valor da média geométrica
identiÞcação, concentração viral, esterilidade, consistência dos frascos analisados, expressa em CCID50 (dose
da característica viral e neurovirulência em macacos 50% infectante em cultura de células) por dose. Para a
suscetíveis. Após a mistura, a vacina a granel trivalente é determinação ser considerada válida é necessário que (a)
submetida aos controles de concentração viral, esterilidade, o controle de cultura de células apresente monocamada
teor do estabilizador utilizado e pH. inalterada; (b) a variação de potência entre as duas
amostras da vacina não seja maior que 0,5 log10 CCID50
O produto é envasado em recipientes adequados, rotulado
para cada sorotipo; (c) a potência da vacina de referência
e submetido aos controles requeridos.
não varie mais que 0,5 log10 CCID50 do título médio de
Outras informações relativas aos critérios de produção e cada sorotipo; (d) o ECP seja decrescente em relação às
controles estão indicadas na monograÞa de Vacinas para diluições crescentes; (e) as diluições utilizadas no ensaio
uso humano. estejam entre 10% e 90% das culturas de células inoculadas.

A potência é de, no mínimo, 106 para o poliovírus tipo 1,


IDENTIFICAÇÃO 105 para o polivírus tipo 2 e 105,78 para o poliovírus tipo
3. O intervalo de conÞança de 95% do ensaio não pode
Diluir a amostra, adicionar igual volume de mistura de diferir de um fator maior do que 100,5 do CCID50 estimado
soros antipoliovírus 1, 2, 3 e incubar a 37 °C durante 1 para cada tipo de vírus contido na vacina. Caso a amostra
hora. Após a incubação, inocular a mistura em células não cumpra os requisitos, repetir o teste para o(s) tipo(s)
suscetíveis e incubar à temperatura de 35 °C por 7 dias. de vírus em que a potência estiver abaixo do valor mínimo
Como controle, utilizar cultura de células inoculada especiÞcado. A potência é a média das duas determinações
com a diluição da vacina e outra não inoculada que realizadas.
apresentam, respectivamente, presença e ausência de
efeito citopatogênico (ECP). A ausência de ECP na cultura
de células inoculada com a mistura de vacina e soros TERMOESTABILIDADE
antipoliovírus identiÞca os vírus vacinais.
O teste é realizado em paralelo à Doseamento. Incubar duas
amostras da vacina à temperatura de 37 °C por 48 horas e
CARACTERÍSTICAS determinar o conteúdo total de vírus (tipo 1 + tipo 2 + tipo
3), utilizando o método descrito em Doseamento. A vacina
Aspecto. Líquido móvel e coloração rósea ao avermelhado. não pode perder mais que 0,5 log10 CCID50 em relação ao
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. título do vírus total determinado na amostra conservada em
condições adequadas de temperatura. Caso não cumpra o
pH (5.2.19). 6,0 a 7,0. requisito, repetir o teste. O título Þnal é a média dos dois
ensaios realizados.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.

v
Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso
humano.
DOSEAMENTO
Diluir em meio de cultura adequado duas amostras da vacina ROTULAGEM
a ser analisada e uma amostra da vacina de referência. O
intervalo entre as diluições é de, no mínimo, 0,5 log10, e as Observar a legislação vigente.
amostras são diluídas separadamente. Para a determinação
de cada tipo de poliovírus, adicionar volumes iguais
1366 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DOSEAMENTO
VACINA POLIOMIELITE 1, 2 E 3
Utilizar método imunoenzimático de sensibilidade
INATIVADA comprovada para avaliação da concentração do antígeno
Vaccinum poliomyelitidis inactivatum D de cada um dos três sorotipos de poliovírus presentes na
vacina. Avaliar vacina de referência em paralelo.
A vacina poliomielite inativada é constituída de mistura A potência é de, no mínimo, 40, 8 e 32 unidades de
de poliovírus tipos 1, 2 e 3 inativados e apresentada como antígeno D por dose para os poliovírus tipos 1, 2 e 3,
um líquido transparente, podendo demonstrar coloração respectivamente.
devido à presença de indicador de pH.

A produção da vacina é baseada no sistema de lote semente EMBALAGEM E ARMAZENAGEM


e cada um dos sorotipos presentes não pode ter mais de 10
subcultivos a partir do lote original. A replicação do vírus Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso
é realizada em cultura de células suscetíveis e a suspensão humano.
viral é identiÞcada e controlada quanto à esterilidade. Após
clariÞcação da suspensão viral por método adequado, ROTULAGEM
para remoção de resíduos celulares, cada suspensão viral
é concentrada e puriÞcada. A suspensão de cada tipo Observar a legislação vigente.
de vírus é identiÞcada, avaliada quanto à esterilidade,
micoplasmas e concentração de vírus. A inativação de
cada suspensão viral é realizada separadamente, por um VACINA RAIVA (INATIVADA)
método apropriado como a adição de agentes químicos em Vaccinum rabiei ad usum humanum
condições adequadas. O agente químico mais utilizado é o
formaldeído. Antes da mistura dos três tipos de poliovírus
inativados e da adição de conservante e outras substâncias, A vacina é uma suspensão inativada preparada a partir de
cada suspensão de vírus é avaliada quanto à efetividade vírus rábico replicado em cultura de células e pode ser
da inativação. Após a mistura dos três poliovírus e apresentada sob as formas lioÞlizada ou em suspensão.
antes do envase, são realizados controles de ausência de A vacina lioÞlizada, após reconstituição com diluente
partículas infectivas em células suscetíveis, esterilidade e apropriado, tem aspecto de suspensão homogênea
concentração de conservante. transparente, podendo apresentar coloração devido à
presença de indicador de pH.
A vacina é envasada em recipientes adequados, lioÞlizada,
rotulada e submetida aos controles requeridos. A produção da vacina é baseada no sistema de lote semente
de vírus que deve estar devidamente caracterizado. Os
Outras informações relativas aos critérios de produção e lotes são submetidos aos controles de identiÞcação viral,
controles estão indicadas na monograÞa de Vacinas para esterilidade e potência infectiva. Além disso, é necessário
uso humano. que a cepa viral demonstre imunogenicidade adequada para
o ser humano. A replicação do vírus é realizada em cultura
IDENTIFICAÇÃO de célula suscetível e controlada quanto a esterilidade,
identiÞcação viral e potência infectiva. No processo de
Atende aos requisitos descritos em Doseamento. produção, é preparada suspensão viral intermediária de
concentração conhecida e submetida à centrifugação,
puriÞcação e inativação viral por método validado em que,
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
usualmente, se emprega beta-propiolactona a 1:4000 ou
Nitrogênio protéico. Proceder conforme descrito em irradiação por ultravioleta. Após a inativação, o produto
é concentrado e são realizados testes de esterilidade,
(5.3.3.2). No máximo 10 Pg/dose.
Determinação de nitrogênio pelo método de Kjeldahl
inativação viral e atividade imunogênica. A preparação
Þnal deve ser isotonizada, podendo conter conservantes e
Formaldeído residual. Proceder conforme descrito na indicador de pH. Antes do envase, o produto é submetido
monograÞa de Vacinas para uso humano. No máximo 200 aos controles de esterilidade, atividade imunogênica e
ppm. É facultado ao produtor a utilização do resultado conservantes.
obtido no produto antes do envase.
A vacina é envasada em recipientes adequados, podendo ser
Albumina bovina. No máximo 50 ng por dose humana, lioÞlizada, rotulada e submetida aos controles adequados.

v
determinado por Método imunoquímico (5.6).
IDENTIFICAÇÃO
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
A Determinação da atividade imunogênica pode ser
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. utilizada.
Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 5 UE por
dose.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1367

ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS das alíquotas, na proporção de 1:5, com suspensão a 20%


de cérebro de camundongos não infectado (SCN). Diluir a
Fenol. Ensaio aplicado quando o conservante estiver outra alíquota da mesma forma, mas em suspensão a 20%
presente. Proceder conforme descrito na monograÞa de de cérebro de camundongos infectado com vírus rábico
Vacinas para uso humano. No máximo 0,15% (1500 ppm). (SCI) e homogeneizar. Posicionar a lâmina de forma
É facultada ao produtor a utilização do resultado obtido no que sua identiÞcação Þque voltada para o lado esquerdo
produto antes do envase. do operador e depositar as misturas sobre as impressões,
utilizando pipetas Pasteur distintas. Cobrir a impressão da
Timerosal. Ensaio aplicado quando o conservante estiver
esquerda com a mistura “conjugado + SCN” e a da direita
presente. Proceder conforme descrito na monograÞa de
úmida por 30 minutos a 37 qC. Após incubação, lavar
com a mistura “conjugado + SCI” e incubar em câmara-
Vacinas para uso humano. No máximo 0,015% (150 ppm).
É facultado ao produtor a utilização do resultado obtido no
com tampão fosfato-salina PBS (com de pH 7,6 a 8,0) e
produto antes do envase.
deixar por 10 minutos em imersão no mesmo diluente.
Umidade residual. Ensaio aplicado ao produto lioÞlizado. Escorrer o diluente e lavar com água destilada para evitar
Proceder conforme descrito na monograÞa de Vacinas formação de cristais. Deixar secar e montar com glicerina
para uso humano. No máximo 3%. tamponada pH 8,5 a 9,0 para aumentar a intensidade
das ßuorescências, colocando lamínula. Examinar em
microscópio de ßuorescência, em aumento de 100 vezes.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA Examinar primeiro a impressão controle negativo tratada
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. com a mistura “conjugado + SCN”. A SCN é isenta de
vírus rábico, logo o conjugado permanece livre para reagir
Pirogênios (5.5.2.1). Cumpre o teste. Injetar em cada com o antígeno presente na impressão, havendo assim a
coelho uma dose humana da vacina diluída (1:10) em emissão de ßuorescência. Dessa forma, o antígeno será
solução salina estéril e apirogênica. evidenciado como inclusões ou poeira Þna de coloração
verde. Em seguida, observar a impressão controle positivo
Verificação da inativação viral. tratada com a mistura “conjugado + SCI”. O conjugado
é adsorvido pelo antígeno presente na SCI, não restando,
Empregar um dos métodos descritos a seguir.
portanto conjugado disponível para reagir com o antígeno
A. Inocular, por via intracerebral, 10 PL da amostra em, no rábico presente na impressão, não havendo a emissão de
mínimo, 20 camundongos lactentes (5 a 10 dias) e 30 PL em, ßuorescência. O antígeno não será evidenciado nesta
no mínimo, 20 camundongos albinos suíços de 10 g a 15 g. impressão. Observar as impressões da lâmina controle
Observar os animais inoculados por 21 dias. Durante o negativo nesta mesma ordem. Não deve ser observada
período de observação os animais não podem apresentar ßuorescência; após a veriÞcação de que os controles estão
sintomas neurológicos ou morte. Se isto ocorrer, realizar satisfatórios, observar as impressões do material em teste;
o teste de Imunoßuorescência direta no cérebro dos a presença do vírus rábico no material analisado, ou seja,
animais suspeitos. O teste cumpre com os requisitos se a positividade é constatada quando observa-se, na lâmina
nenhum dos animais inoculados apresentarem sintomas teste, ßuorescência somente na impressão que recebeu a
clássicos de raiva. Caso seja veriÞcada evolução de mistura “conjugado + SCN”, o que não é veriÞcado na
sintomas neurológicos ou morte dos animais inoculados, a impressão onde foi depositada a mistura “conjugado +
conÞrmação da infecção rábica dependerá da positividade SCI”; a ausência do vírus rábico no material examinado, ou
detectada no ensaio de Imunoßuorescência direta. seja, a negatividade é constatada quando não é observada
ßuorescência.
Imunoßuorescência direta: cortar o cérebro do
camundongo sob suspeita de raiva, de maneira que B. Método de veriÞcação de inativação viral ampliÞcado.
as secções centrais se voltem para cima. Preparar
Inocular quantidade equivalente de não menos que 25
impressões pareadas em lâmina de vidro para microscopia
doses de vacina raiva (inativada) em 5 culturas de células
devidamente identiÞcada. Paralelamente, preparar em
do mesmo tipo utilizado na produção da vacina ou outra
lâminas devidamente identiÞcadas, impressões para
cultura de células com sensibilidade semelhante ao vírus
controle utilizando camundongos sabidamente negativo
rábico. A proporção usada é de 3 cm2 de cultura por mililitro
e positivo para raiva, que, respectivamente, servirão de
de vacina. Após a adsorção do vírus é adicionado meio de
por 30 minutos à temperatura de 20 °C a 25 qC e Þxar
controles negativo e positivo. Deixar secar as lâminas
cultura em proporção não superior a 1:3 do volume da
vacina utilizada. As culturas são observadas durante 21 dias
qC, mantendo-as incubadas por duas a quatro horas a
as impressões em acetona previamente resfriada a -20
e a detecção da presença de vírus rábico pode ser feita pela
-20 qC. Deixar secar as lâminas à temperatura de 20 °C
inoculação em camundongos ou por imunoßuorescência.
a 25 qC. Proceder a coloração, circundando as impressões
com substância que sirva para reter o conjugado durante
o período de incubação. Pode ser empregado esmalte.
Descongelar, no momento do uso, duas alíquotas de
Por inoculação em camundongos, no 14º e no 21º dia
de cultivo: 0,03 mL de uma mistura das amostras do
sobrenadante das culturas é inoculada, por via intracerebral,
em 20 camundongos albino suíços de 12 a 15 g. Os animais
v
diluição de trabalho de conjugado para identiÞcação do são observados por 14 dias e qualquer sintoma de raiva
vírus rábico (anticorpos contra o vírus rábico marcados deve ser conÞrmado por imunoßuorescência.
geralmente com isotiocianato de ßuoresceína) e diluir uma
1368 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Por imunoßuorescência: as culturas são examinadas EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


no 21º dia após a inoculação e através do teste de
imunoßuorescência é pesquisada a presença do vírus Cumpre com o estabelecido na monograÞa de Vacinas
rábico. para uso humano.

O teste é considerado satisfatório, se ao Þm do período de


observação não for detectado a presença de vírus rábico ou
ROTULAGEM
o aparecimento de efeitos citopáticos nas culturas. Observar a legislação vigen

DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE
IMUNOGÊNICA VACINA RUBÉOLA ATENUADA
Vaccinum rubellae vivum
Método de desaÞo em camundongos: preparar, no mínimo,
três diluições da amostra e da vacina de referência em
salina tamponada fosfatada pH 7,6 e inocular, por via A vacina é constituída de vírus vivos atenuados e
intraperitoneal, 0,5 mL de cada diluição em, no mínimo, apresentada sob a forma lioÞlizada. Após reconstituição
16 camundongos albinos suíços de 10 g a 15 g. Reservar com diluente apropriado, tem aspecto de suspensão
30 animais não inoculados para o controle de título do homogênea transparente, podendo demonstrar coloração
vírus desaÞo. Realizar imunização de reforço inoculando devido à presença de indicador de pH.
as mesmas diluições em cada grupo de camundongos,
A produção da vacina é baseada no sistema de lote-semente
sete dias após a primeira imunização. Sete dias após
e a cepa de vírus utilizada ou cinco lotes consecutivos da
em cada camundongo volume de 30 PL, que contenha
a segunda imunização, executar o desaÞo, inoculando
vacina, não podem induzir neuropatogenia em macacos
suscetíveis ao vírus da rubéola. Além disso, a cepa
aproximadamente 50 DL50 de vírus rábico Þxo da cepa CVS
viral tem que demonstrar imunogenicidade adequada
(challenge virus standard), por via intracerebral, de cada
e segurança para o ser humano. A replicação do vírus é
diluição de desaÞo e inocular 30 PL destas diluições e da
camundongo. Preparar duas diluições decimais a partir da
realizada em cultura de células suscetíveis e a suspensão
viral é identiÞcada e controlada quanto à esterilidade. Após
diluição de desaÞo, por via intracerebral, nos três grupos
a clariÞcação da suspensão viral por método adequado
de 10 camundongos dos animais não imunizados. Observar
para remoção de resíduos celulares, algumas substâncias
os animais por 14 dias, registrando o número de vivos de
estabilizadoras, que, comprovadamente, não alteram a
cada mistura. Os animais mortos antes do quinto dia após
eÞcácia e segurança do produto, são adicionadas. Antes
a inoculação não devem ser considerados para o cálculo
do envase e lioÞlização, o produto é analisado quanto à
da atividade imunogênica. Calcular as doses efetivas
esterilidade, concentração de vírus e proteínas derivadas
50% (DE50) da amostra e da vacina de referência, assim
do soro animal utilizado no cultivo.
como a DL50 do vírus desaÞo, por método estatisticamente
comprovado. A faixa de resposta produzida (porcentagem O produto é envasado em recipientes adequados, lioÞlizado,
de sobrevivência) deve estar entre a maior e a menor rotulado e submetido aos controles requeridos.
diluição utilizada na amostra teste e padrão,, formando a
curva de regressão que deve apresentar relação linear. A Outras informações relativas a critérios de produção e seus
atividade imunogênica é determinada pela equação: controles estão indicadas na monograÞa de Vacinas para
uso humano.

IDENTIFICAÇÃO
AI= atividade imunogênica
Reconstituir a vacina com diluente apropriado e adicionar a
No mínimo 2,5 UI/dose individual humana. Quando se igual volume de soro contendo anticorpos neutralizantes para
refere o valor da atividade imunogênica (UI/mL), deve ser o vírus da rubéola. Incubar por 90 minutos à temperatura de
citado o número de DL50 real obtida na titulação do vírus 4 °C a 8 °C. Após a incubação, inocular a mistura da vacina
desaÞo, que é igual ao antilogaritmo da diferença entre a com o soro em cultura de células suscetíveis e manter por 12
DL50 calculada e a diluição da dose desaÞo utilizada. Os dias à temperatura de 32 °C a 33 °C. Como controle, uma
limites de conÞança não devem estar abaixo de 25% ou cultura de células inoculada com o vírus vacinal e outra não-
acima de 400% da atividade determinada. A titulação da inoculada, respectivamente, tem que apresentar presença e
suspensão de desaÞo deve apresentar no mínimo 10 DL50. ausência de efeito citopatogênico (ECP). A ausência de ECP
A análise estatística deve demonstrar que não há desvios de na cultura de célula identiÞca o vírus vacinal.

v linearidade e paralelismo das curvas dose-resposta.

TERMOESTABILIDADE
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
Umidade residual. Proceder conforme descrito na
Incubar a amostra à temperatura de 36 °C ± 1 °C por monograÞa de Vacinas para uso humano. No máximo 2%.
quatro semanas e proceder à Determinação da atividade
imunogênica. No mínimo 2,5 UI/dose individual humana.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1369

TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
VACINA SARAMPO ATENUADA
Vaccinum morbillorum vivum

DOSEAMENTO
A vacina é constituída de vírus vivos atenuados e
Proceder ao abrigo da luz direta. Diluir em intervalos apresentada sob a forma lioÞlizada. Após reconstituição
de, no máximo, 1,0 log10 duas amostras da vacina a ser com diluente apropriado, tem aspecto de suspensão
analisada e uma amostra da vacina de referência em meio homogênea transparente, podendo demonstrar coloração
de cultura adequado. Inocular cada diluição em, pelo devido à presença de indicador de pH.
menos, 10 orifícios de microplaca contendo células RK-13
em suspensão e incubar à temperatura de 32 °C a 33 °C A produção da vacina é baseada no sistema de lote-semente
por 12 dias. Observar a presença ou ausência de ECP nas e a cepa de vírus utilizada, ou cinco lotes consecutivos da
culturas de células. Calcular o título da vacina por método vacina, não podem induzir neuropatogenia em macacos
estatístico comprovado. A potência da vacina é o valor suscetíveis ao vírus do sarampo. Além disso, a cepa
da média geométrica dos frascos analisados, expresso viral tem que demonstrar imunogenicidade adequada
em CCID50 (dose 50% infectante em cultura de célula) e segurança para o ser humano. A replicação do vírus é
por dose. Para a determinação ser considerada válida, é realizada em cultura de células suscetíveis e a suspensão de
necessário que (a) o controle de cultura de células apresente vírus é identiÞcada e controlada quanto à esterilidade. Após
monocamada inalterada; (b) a variação de potência entre a clariÞcação da suspensão viral por método adequado
as duas amostras da vacina não seja maior que 0,5 log10 para remoção de resíduos celulares, algumas substâncias
CCID50; (c) a potência da vacina de referência não varie estabilizadoras, que comprovadamente não alteram a
mais que 0,5 log10 CCID50 do seu título médio; (d) o ECP eÞcácia e segurança do produto, são adicionadas. Antes
seja decrescente em relação às diluições crescentes; (e) as do envase e lioÞlização, o produto é analisado quanto à
diluições utilizadas no ensaio estejam entre 10% e 90% das esterilidade, concentração de vírus e de proteínas derivadas
culturas de células inoculadas. do soro animal.

A potência é de, no mínimo, 103 CCID50/dose. Caso O produto é envasado em recipientes adequados, lioÞlizado,
a amostra não cumpra os requisitos, repetir o teste. A rotulado e submetido aos controles requeridos.
potência é a média das duas determinações realizadas.
Outras informações relativas aos critérios de produção e
O método de unidades formadoras de “plaque” (UFP) seus controles estão indicadas na monograÞa de Vacinas
também pode ser empregado e seu valor de potência para para uso humano.
aprovação do produto tem que estar correlacionado com o
de CCID50. IDENTIFICAÇÃO
Reconstituir a vacina com diluente apropriado e adicionar
TERMOESTABILIDADE
igual volume de soro contendo anticorpos neutralizantes
O teste é realizado em paralelo ao Doseamento. Incubar para o vírus do sarampo. Incubar a 36 °C por uma hora.
amostra à temperatura de 37 °C por 7 dias e proceder Após a incubação, inocular a mistura em cultura de
conforme estabelecido no Doseamento. A vacina não células suscetíveis e manter à temperatura de 36 °C por
pode perder mais que 1,0 log10 CCID50, em relação ao sete dias. Utilizar como controles uma cultura de células
título determinado na amostra conservada em condições inoculada com o vírus vacinal e outra não inoculada que
adequadas. Além disso, não pode ter título inferior ao apresentam, ao Þnal do teste, presença e ausência de efeito
preconizado para aprovação do Doseamento. Caso não citopatogênico (ECP), respectivamente. A ausência de ECP
cumpra o requisito, repetir o teste e o título Þnal é a média na cultura de células identiÞca o vírus vacinal.
dos dois ensaios realizados.
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Umidade residual. Proceder como descrito na monograÞa
Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso de Vacinas para uso humano. No máximo 3%.
humano.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
ROTULAGEM

v
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
Observar a legislação vigente.
DOSEAMENTO
Proceder ao abrigo da luz direta. Diluir duas amostras
da vacina a ser analisada e uma amostra da vacina de
referência em intervalos de, no máximo, 1,0 log10 em
meio de cultura adequado. Inocular cada diluição em, pelo
1370 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

menos, 10 orifícios de microplaca contendo células Vero transparente, podendo demonstrar coloração devido à
em suspensão. Incubar por sete a nove dias a 36 °C ± 1 °C. presença de indicador de pH.
As culturas de células são observadas quanto à presença ou
ausência de ECP, e o título da vacina é calculado segundo Cada componente viral presente na vacina é produzido em
o método estimativo de Spearman & Karber. A potência separado, conforme descrito nas monograÞas especíÞcas.
da vacina é o valor da média geométrica dos frascos
O produto é envasado em recipientes adequados, lioÞlizado,
analisados, expressa em CCID50 (dose 50% infectante em
rotulado e submetido aos controles requeridos.
cultura de célula) por dose.

Para a determinação ser considerada válida, é necessário IDENTIFICAÇÃO


que (a) ao Þnal do ensaio o controle de cultura de células
apresente monocamada inalterada; (b) a variação de Reconstituir a vacina com diluente apropriado e adicionar
potência entre as duas amostras da vacina não seja maior igual volume mistura de soros contendo anticorpos
que 0,5 log10 CCID50; (c) a potência da vacina de referência neutralizantes para os vírus da caxumba, da rubéola e do
não varie mais que 0,5 log10 CCID50 do seu título médio; (d) sarampo. Manter por 90 minutos à temperatura de 4 °C a
o ECP seja decrescente em relação às diluições crescentes; 8 °C, inocular em cultura de células suscetíveis e manter
(e) as diluições utilizadas no ensaio estejam entre 10% e por 10 dias. Como controle do teste, cultura de células
90% das culturas de células inoculadas. inoculada com a vacina não-neutralizada com a mistura
de soros contendo anticorpos para os três tipos de vírus, e
A potência da vacina tem que ser, no mínimo, 103,7 CCID50/ outra não-inoculada, devem apresentar presença e ausência
dose para a cepa Biken Cam 70 e 103,0 CCID50/dose para de efeito citopatogênico, respectivamente. A ausência de
as demais cepas. Caso não cumpra os requisitos, repetir ECP na cultura de células inoculadas com a mistura da
a determinação da potência e o resultado é a média vacina mais anticorpos, identiÞca o produto.
geométrica dos dois ensaios realizados.

O método de unidades formadoras de “plaque” (UFP) ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS


pode ser, também, empregado e seu valor de potência para
aprovação do produto tem que estar correlacionado com o Umidade residual. Proceder conforme descrito na
de CCID50. monograÞa de Vacinas para uso humano. No máximo 2%.

TERMOESTABILIDADE TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA

O teste é realizado em paralelo ao Doseamento. Incubar Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste


uma amostra da vacina a 36 °C ± 1 °C, por sete dias, e
analisar conforme metodologia descrita para a Doseamento DOSEAMENTO
do produto. A vacina não pode perder mais que 1,0 log10
CCID50 em relação ao título determinado na amostra Proceder ao abrigo da luz direta. Diluir duas amostras
conservada em condições adequadas de temperatura. Não da vacina a ser analisada e uma amostra da vacina de
pode, também, apresentar título inferior ao especiÞcado referência, em intervalos de, no máximo, 1,0 log10 em
para a potência do produto. meio de cultura adequado. Para titulação de cada tipo de
vírus, adicionar a cada diluição da vacina, igual volume
de antissoro especíÞco heterólogo, conforme o esquema
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO seguinte:
Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso
humano. Vírus a titular Soro
Caxumba antissarampo
ROTULAGEM Rubéola anticaxumba
Sarampo anticaxumba
Observar a legislação vigente.
Manter as misturas por 90 minutos à temperatura de 4 °C a
8 °C para a devida neutralização. Inocular cada diluição em
VACINA SARAMPO, CAXUMBA, 10 orifícios da microplaca contendo a suspensão de células
suscetíveis. Para titulação do vírus da caxumba e do vírus
RUBÉOLA do sarampo, a inoculação é realizada em células Vero,
Vaccinum parotiditis et rubellae et morbillorum enquanto que, para a rubéola, em células RK-13. Incubar

v vivum

A vacina é constituída de mistura dos vírus vivos atenuados


da caxumba, da rubéola e do sarampo e apresentada sob
as microplacas contendo células Vero a 36 °C por 10 dias
e as microplacas contendo células RK-13 à temperatura
de 32 °C a 33 °C por 12 dias. Observar as culturas de
células quanto à presença ou ausência de ECP e calcular
os títulos de cada vírus presente na vacina, segundo um
a forma lioÞlizada. Após reconstituição com diluente
método estatístico comprovado. A potência de cada vírus
apropriado, tem aspecto de suspensão homogênea
é o valor da média geométrica dos frascos analisados,
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1371

expressa em CCID50 (dose 50% infectante em cultura de O produto é envasado em recipientes adequados, lioÞlizado,
célula) por dose. Para a determinação ser considerada rotulado e submetido aos controles requeridos.
válida, é necessário que (a) ao Þnal do ensaio, o controle de
cultura de células apresente monocamada inalterada; (b) a
IDENTIFICAÇÃO
variação de potência entre as duas amostras da vacina seja,
no máximo, 0,5 log10 CCID50 para cada tipo de vírus; (c) a Reconstituir a vacina com diluente apropriado e adicionar
variação do título da vacina de referência seja, no máximo, igual volume de mistura de soros contendo anticorpos
0,5 log10 CCID50 do seu título médio para cada tipo de neutralizantes para os vírus da rubéola e do sarampo.
vírus; (d) o ECP seja decrescente em relação às diluições Manter por 90 minutos à temperatura de 4 °C a 8 °C.
crescentes; (e) as diluições utilizadas no ensaio estejam Inocular em cultura de células suscetíveis e manter por 10
entre 10% e 90% das culturas de células inoculadas. dias. Como controle do teste, cultura de células inoculada
com a vacina não neutralizada com a mistura de soros
A potência da vacina é, no mínimo, 103,7 CCID50/dose
contendo anticorpos para os dois tipos de vírus e outra não
para o vírus da caxumba e 103 CCID50/dose para os vírus
inoculada devem apresentar presença e ausência de efeito
do sarampo e da rubéola. Caso o produto não cumpra
citopatogênico (ECP), respectivamente. A ausência ECP
os requisitos de potência, o ensaio é repetido para o(s)
na cultura de células inoculadas com a mistura da vacina
tipo(s) de vírus em que não foi obtido o título limite para
mais anticorpos identiÞca o produto.
aprovação. A potência da vacina é a média geométrica dos
dois ensaios realizados.
ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
O método de unidades formadoras de “plaque” (UFP)
também pode ser empregado, e o valor de potência para Umidade residual. Proceder conforme descrito na
aprovação do produto tem que estar correlacionado com o monograÞa de Vacinas para uso humano. No máximo 3%.
de CCID50.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
TERMOESTABILIDADE
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste.
O teste é realizado em paralelo ao Doseamento. Incubar
uma amostra da vacina a 37 °C por sete dias e analisar
conforme metodologia descrita para a potência do produto.
DOSEAMENTO
A vacina não pode perder mais que 1,0 log10 CCID50/dose, Proceder ao abrigo da luz direta. Diluir duas amostras
em relação ao título determinado na amostra conservada em da vacina a ser analisada e uma amostra da vacina de
condições adequadas de temperatura, para cada tipo viral. referência, em intervalos de, no máximo, 1,0 log10 em meio
Além disso, não pode ter título inferior ao estabelecido de cultura adequado.
para aprovação do Doseamento. Caso não cumpra os
requisitos, repetir o teste e o título Þnal é a média dos dois Inocular cada diluição em 10 orifícios da microplaca
testes realizados. contendo a suspensão de células suscetíveis. Para titulação
do vírus do sarampo a inoculação é realizada em células
Vero, enquanto que, para a rubéola, em células RK-13.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO Incubar as microplacas contendo células Vero a 36 °C
Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso por 10 dias e as microplacas contendo células RK-13 à
humano. temperatura de 32 °C a 33 °C por 12 dias. Observar as
culturas de células quanto à presença ou ausência de ECP
e calcular os títulos de cada vírus presente na vacina,
ROTULAGEM segundo um método estatístico comprovado.
Observar a legislação vigente. A potência de cada vírus é o valor da média geométrica
dos frascos analisados, expressa em CCID50 (dose
50% infectante em cultura de célula) por dose. Para a
VACINA SARAMPO, RUBÉOLA determinação ser considerada válida, é necessário que (a)
Vaccinum rubellae et morbillorum vivum ao Þnal do ensaio o controle de cultura de células apresente
monocamada inalterada; (b) a variação de potência entre as
duas amostras da vacina seja, no máximo, 0,5 log10 CCID50
A vacina é constituída de mistura dos vírus vivos atenuados para cada tipo de vírus; (c) a variação do título da vacina de
da rubéola e do sarampo e apresentada sob a forma referência seja, no máximo, 0,5 log10 CCID50 do seu título

v
lioÞlizada. Após reconstituição com diluente apropriado, médio para cada tipo de vírus; (d) o ECP seja decrescente
tem aspecto de suspensão homogênea transparente, em relação às diluições crescentes; (e) as diluições
podendo demonstrar coloração devido à presença de utilizadas no ensaio estejam entre 10% e 90% das culturas
indicador de pH. de células inoculadas.
Cada componente viral presente na vacina é produzido em A potência da vacina é, no mínimo, 103,7 CCID50/dose para
separado, conforme descrito nas monograÞas especíÞcas. a cepa Biken Cam 70 e 103 CCID50/dose para as demais
cepas do vírus do sarampo e da rubéola. Caso o produto
1372 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

não cumpra os requisitos de potência, o ensaio é repetido Outras informações relativas aos critérios de produção e
para o(s) tipo(s) de vírus em que não foi obtido o título seus controles estão indicadas na monograÞa de Vacinas
limite para aprovação. A potência da vacina é a média para uso humano.
geométrica dos dois ensaios realizados.

O método de unidades formadoras de “plaque” (UFP) IDENTIFICAÇÃO


pode, também, ser empregado e o valor de potência para
A vacina, quando neutralizada com soro contendo
aprovação do produto tem que estar correlacionado com o
anticorpo especíÞco para o vírus da varicela, inibe a
de CCID50.
formação de unidades formadoras de “plaque” (UFP) em
células suscetíveis conforme descrito em Doseamento.
TERMOESTABILIDADE
O teste é realizado em paralelo ao Doseamento. Incubar ENSAIOS FÍSICO-QUÍMICOS
uma amostra da vacina à 37 °C por sete dias e analisar
Umidade residual. Proceder conforme descrito na
conforme metodologia descrita para a potência do produto.
monograÞa de Vacinas para uso humano. No máximo 3%.
A vacina não pode perder mais que 1,0 log10 CCID50/dose,
em relação ao título determinado na amostra conservada em
condições adequadas de temperatura, para cada tipo viral. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Além disso, não pode ter título inferior ao estabelecido
para aprovação do Doseamento. Caso não cumpra os Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste
requisitos, repetir o teste. O título Þnal é a média dos dois
testes realizados. DOSEAMENTO
Pelo menos dois frascos de vacina lioÞlizada e um de
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO vacina referência são submetidos ao método de unidades
Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso formadoras de “plaque” (UFP). Diluir a vacina aplicando
humano. fator não maior que quatro e inocular cada diluição em,
pelo menos, três orifícios em placa contendo monocamada
de cultura de células diplóide humana suscetíveis. Após
ROTULAGEM adsorção por período em torno de 90 minutos à temperatura
de 37 °C, em ambiente de CO2 a 5%, os inóculos são
Observar a legislação vigente.
retirados e um meio de cultura, contendo agarose ou
carboximetilcelulose em concentração adequada, é
adicionado. As células são incubadas por cinco a sete dias,
VACINA VARICELA ATENUADA à temperatura de 37 °C, em ambiente de CO2 a 5%. Após o
Vaccinum varicellae vivum período de incubação, retirar o meio de crescimento, Þxar
as células com formaldeído e corar com um corante vital.
A vacina é constituída de vírus vivos atenuados da A potência da vacina é calculada pela média do número
cepa OKA e apresentada sob a forma lioÞlizada. Após de plaques de, pelo menos, duas diluições e o resultado
reconstituição com diluente apropriado, tem aspecto de é expresso em log10 UFP/dose. Para a determinação ser
suspensão homogênea, transparente, podendo demonstrar considerada válida é necessário que (a) o controle de
coloração devido à presença de indicador de pH. cultura de células apresente monocamada inalterada; (b) a
A produção da vacina é baseada no sistema de lote-semente variação de potência entre as duas amostras da vacina não
e a cepa de vírus utilizada na produção não pode induzir seja maior que 0,5 log10 UFP; (c) a potência da vacina de
neuropatogenia em macacos suscetíveis ao vírus da varicela. referência não varie mais que 0,5 log10 UFP do seu título
Além disso, a cepa viral utilizada na produção tem que médio; (d) o número de UFP seja decrescente em relação
demonstrar imunogenicidade adequada e segurança para o às diluições crescentes.
ser humano. A replicação do vírus é realizada em cultura de A potência é de, no mínimo, 2 x 103 UFP/dose. Caso
células diplóide humana suscetíveis e a suspensão de vírus a amostra não cumpra com os requisitos repetir a
é identiÞcada e controlada quanto à esterilidade. Após a determinação. A potência da vacina é a média geométrica
clariÞcação da suspensão viral por método adequado das duas determinações realizadas.
para remoção de resíduos celulares, algumas substâncias
estabilizadoras, que comprovadamente não alteram a

v
eÞcácia e segurança do produto, são adicionadas. Antes EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
do envase e lioÞlização, o produto é analisado quanto à
Cumpre o estabelecido na monograÞa de Vacinas para uso
esterilidade, concentração de vírus e de proteínas derivadas
humano.
do soro animal.

O produto é envasado em recipientes adequados, lioÞlizado, ROTULAGEM


rotulado e submetido aos controles requeridos.
Observar a legislação vigente.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1373

D. O Þltrado utilizado no teste A. de IdentiÞcação


VARFARINA SÓDICA corresponde às reações de identiÞcação do íon sódio
Warfarinum natricum (5.3.1.1).

E. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma


da Solução amostra, obtida no método B. de Doseamento,
corresponde àquele do pico principal da Solução padrão.

ENSAIOS DE PUREZA
Aspecto da solução. Dissolver 1 g em 20 mL de água. A
solução é límpida (5.2.25) e incolor (5.2.12).

pH (5.2.19). 7,2 a 8,6. Determinar em solução aquosa a


1% (p/v).

C19H15NaO4; 330,31 Substâncias relacionadas. Proceder conforme descrito em


varfarina sódica; 09101 CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
Sal de sódio de 4-hidroxi-3-(3-oxo-1-fenilbutil)-2H-1- sílica-gel GF254, como suporte, e mistura de ácido acético
benzopiran-2-ona (1:1) glacial, cloreto de metileno e cicloexano (20:50:50) como
[129-06-6] fase móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 20 ȝL de cada
uma das soluções, recentemente preparadas, descritas a
seguir.
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo 102,0% de
C19H15NaO4, em relação à substância anidra. Solução (1): dissolver 0,20 g da amostra em acetona e
diluir para 10 mL com o mesmo solvente.
DESCRIÇÃO Solução (2): diluir 2 mL da Solução (1) em 10 mL de
Características físicas. Pó cristalino branco e higroscópico. acetona.
Apresenta polimorÞsmo. Solução (3): diluir 1 mL da Solução (2) em 200 mL de
Solubilidade. Facilmente solúvel em água e etanol, solúvel acetona.
em acetona, pouco solúvel em éter etílico e clorofórmio. Solução (4): dissolver 40 mg de varfarina SQR em acetona
Constantes físico-químicas e diluir para 10 mL com o mesmo solvente.

Faixa de fusão (5.2.2): O precipitado obtido no teste A. de Solução (5): transferir 10 mg de acenocumarol SQR e 1
IdentiÞcação, dessecado em estufa a 105 °C, funde entre mL da Solução (1) para balão volumétrico de 10 mL, diluir
159 °C a 163 °C. com acetona e completar o volume com o mesmo solvente.

Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar


IDENTIFICAÇÃO secar ao ar. Examinar os cromatrogramas obtidos sob
luz ultravioleta (254 nm). Qualquer mancha obtida no
A. Dissolver cerca de 1 g de amostra em 25 mL de água. cromatograma com a Solução (1), com exceção da mancha
Adicionar 2 mL de ácido clorídrico e Þltrar. Utilizar o principal, não pode ser mais intensa que a obtida no
Þltrado para realizar o teste. O espectro de absorção do no cromatograma com a Solução (3) (0,1%). O teste não é
infravermelho (5.2.14) do resíduo de varfarina obtido no válido a não ser que o cromatograma obtido com a Solução
Þltrado, disperso em óleo mineral apresenta máximo de (5) mostre duas manchas claramente separadas e que a
absorção somente nos mesmos comprimentos de onda e mancha do cromatograma obtida com a Solução (3) seja
com as mesmas intensidades relativas daqueles observados claramente visível.
no espectro de varfarina SQR, preparado de maneira
idêntica. Água (5.2.20.1). Determinar em 1 g da amostra. No
máximo 4,0 %.
B. A mancha principal obtida no cromatograma da Solução
(2), no teste de Substâncias relacionadas, corresponde em Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Dissolver
posição, cor e intensidade àquela obtido na Solução (4). 4 g da amostra em 45 mL de água. Adicionar 5 mL de ácido
acético glacial e agitar vigorosamente até o precipitado

v
C. Dissolver cerca de 1 g de amostra em 10 mL de água. aglomerar. Filtrar e determinar em 25 mL da solução
Adicionar 5 mL de ácido nítrico e Þltrar. Adicionar ao obtida, utilizando ácido acético glacial para o ajuste do pH.
Þltrado 2 mL de dicromato de potássio SR e agitar por 5 No máximo 0,001% (10 ppm).
minutos. Deixar em repouso por 20 minutos. A solução
obtida não apresenta coloração azul-esverdeada quando Cetonas Fenólicas. Pesar, exatamente, cerca de 1,25 g
comparada com o branco. da amostra, transferir para balão volumétrico de 10 mL
e dissolver com hidróxido de sódio 0,5 M. Completar o
volume com o mesmo solvente e homogeneizar. Deixar a
1374 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

solução em repouso por 15 minutos. Medir a absorvância desvio padrão relativo para as áreas de replicatas dos picos
da solução resultante em 385 nm, utilizando hidróxido de registrados não é maior que 2,0 %.

Procedimento: injetar, separadamente, 20 PL das Soluções


sódio 0,5 M para ajuste do zero. A absorvância em 385nm
é de, no máximo, 0,20.
amostra e padrão, registrar os cromatogramas e medir a
área média dos picos. Calcular o teor de C19H15NaO4 na
DOSEAMENTO amostra a partir das respostas obtidas para as Soluções
padrão e amostra.
A. Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
absorção no ultravioleta (5.2.14). Transferir, exatamente,
cerca de 0,1 g da amostra para balão volumétrico de 100 EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
mL, dissolver e completar o volume com hidróxido de
sódio 0,01 M. Diluir, sucessivamente, até concentração de Em recipientes protegidos da luz.
0,001 % (p/v). Preparar solução padrão de varfarina sódica
na mesma concentração, utilizando o mesmo solvente. ROTULAGEM
Medir as absorvâncias das soluções resultantes em 308
nm, utilizando hidróxido de sódio 0,01 M para ajuste do Observar a legislação vigente.
zero. Calcular o teor de C19H15NaO4 na amostra a partir das
leituras obtidas.
CLASSE TERAPÊUTICA
B. Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
Anticoagulante.
de alta eÞciência (5.2.17.4), utilizando cromatógrafo
líquido provido de detector ultravioleta a 280 nm; coluna
de 250 mm e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com
sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano; ßuxo
VERMELHO PONCEAU 4R
da Fase móvel de 1,0 mL/minuto.

Tampão pH 7,4: Dissolver 6,8 g de fosfato de potássio


monobásico em 250 mL de água. Adicionar 160 mL de
hidróxido de sódio 0,2 M e completar o volume com água
até 1000 mL. Ajustar o pH para 7,4 com hidróxido de sódio
ou com ácido fosfórico.

Fase móvel: mistura de metanol, água e ácido acético


glacial (68:32:1).

Diluente: mistura de Tampão pH 7,4 e acetonitrila (85:15).

Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada


da amostra com Diluente, para obter solução a 1 mg/mL. C20H11N2Na3O10S3; 604,47

a 100 Pg/mL.
Diluir, sucessivamente, em Fase móvel, para obter solução CI 16255
Sal sódico do ácido 7-hidroxi-8-[2-(4-sulfo-1-naftalenil)
diazenil]-1,3-naftalenodissulfônico (3:1)
Solução padrão: transferir 25 mg de varfarina SQR para
[2611-82-7]
balão volumétrico de 25 mL, adicionar 15 mL de Tampão
pH 7,4 e deixar em ultrassom por 5 minutos, para obter
solução a 1 mg/mL. Completar o volume com Tampão pH Contém, no mínimo, 82% de C20H11N2Na3O10S3.

solução a 100 Pg/mL.


7,4. Diluir, sucessivamente, em Fase móvel, para obter
DESCRIÇÃO
Solução de resolução: transferir 0,1 g de propilparabeno Características físicas. Pó Þno, vermelho, higroscópico.
SQR para balão volumétrico de 100 mL, adicionar 50 Solução aquosa vermelha.
mL de acetonitrila e deixar em ultrassom por 5 minutos.
Completar o volume com acetonitrila. Homogeneizar. Solubilidade. Solúvel em água e em metanol, insolúvel em
Transferir 2,5 mL dessa solução para balão volumétrico etanol, acetona, éter etílico e em glicerol.
de 25 mL, adicionar 2,5 mL da Solução padrão de 1
mg/mL e completar o volume com Fase móvel, obtendo
IDENTIFICAÇÃO

v concentração de 100 —g/mL de propilparabeno e de


varfarina, respectivamente.

Injetar replicatas de 20 —L da Solução de resolução e


registrar os cromatogramas. A resolução entre os picos
O espectro de absorção no ultravioleta e visível (5.2.14),
na faixa de 200 nm a 700 nm, de solução a 0,001% (p/v)
em acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6), exibe máximos em
507 nm, 332 nm, 245 nm e 215 nm e mínimos em 375 nm,
de propilparabeno e de varfarina não é maior que 2. O
300 nm, e 238 nm, idênticos aos observados no espectro de
solução similar de ponceau 4R SQR.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1375

ENSAIOS DE PUREZA a 500 °C durante 1 hora. Resfriar em dessecador e pesar.


Calcular o teor de sulfatos pela expressão:
Corantes subsidiários. Proceder conforme descrito em
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando
sílica-gel G, como suporte, e mistura de 1-butanol, etanol,
água e hidróxido de amônia (50:25:25:10), como fase em que
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 —L de cada uma N = gramas de sulfato de bário;
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.
p = gramas da amostra usados na precipitação.
Solução (1): solução a 10 mg/mL da amostra em água.
No máximo, 8% de cloretos e sulfatos.
Solução (2): solução a 10 mg/mL de ponceau 4R padrão
em água. Substâncias insolúveis em água. Dissolver 5 g da amostra
em 200 mL de água quente (80-90 °C) com agitação.
Solução (3): diluir 1 mL da Solução (2) para 50 mL com Resfriar à temperatura ambiente. Filtrar por placa Þltrante,
água. previamente seca e pesada. Lavar com água fria até que as
águas de lavagem se tornem incolores. Secar o Þltro com
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar o resíduo em estufa a 120 °C durante quatro horas e pesar.
secar ao ar. Examinar à luz ambiente e sob luz ultravioleta No máximo 0,2%.
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1)
corresponde em posição, cor e intensidade àquela obtida Metais pesados (5.3.2.3). Utilizar o Método III. Determinar
com a Solução (2). Qualquer mancha secundária obtida em 0,5 g da amostra. No máximo 0,004% (40 ppm).
no cromatograma com a Solução (1), diferente da mancha
principal, não é mais intensa que aquela obtida com a Arsênio (5.3.2.5). Utilizar o Método I. Determinar em 1 g
Solução (3) (2%). da amostra. No máximo 0,0001% (1 ppm).

Chumbo, cobre, estanho, zinco. Proceder conforme descrito Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 0,5 g da
em Espectrofotometria de absorção atômica (5.2.13). Pesar amostra. Dessecar em estufa a 120 ºC por 4 horas ou a 135 ºC
2 g da amostra em cadinho de sílica e queimar brandamente por 3 horas. No máximo 10%.
sobre tela de amianto (± 350 °C); levá-lo à mußa durante 12
horas, sem ultrapassar a temperatura de 450 °C. Remover DOSEAMENTO
o cadinho e resfriar. Misturar o resíduo com cerca de 2
mL de água e adicionar duas gotas de nitrato de magnésio Proceder conforme descrito em Espectrofotometria de
a 50% (p/v). Secar sobre chapa elétrica e retornar à mußa absorção no visível (5.2.14). Preparar solução amostra
durante 3 a 4 horas, ou até que o resíduo esteja branco ou conforme descrito em IdentiÞcação. Preparar solução
amarelado. Em seguida, resfriar, gotejar 1 a 2 mL de ácido padrão na mesma concentração, utilizando o mesmo
nítrico e 1 mL de água e aquecer sobre chapa elétrica até solvente. Medir as absorvâncias das soluções resultantes
quase secar. Dissolver os nitratos metálicos com 5 mL de em 507 nm, utilizando acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6)
água. Se necessário, centrifugar. Levar ao espectrofotômetro para ajuste do zero. Calcular o teor de C20H11N2Na3O10S3
de absorção atômica, previamente calibrado, para leitura da na amostra a partir das leituras obtidas. Alternativamente,
concentração de cada um dos metais. No máximo 0,001% realizar os cálculos considerando A(1%, 1 cm) = 442,5, em
(10 ppm) de chumbo, 0,002% (20 ppm) de cobre, 0,025% 507 nm, em acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6).
(250 ppm) de estanho e 0,005% (50 ppm) de zinco.

Cloretos e sulfatos. Pesar 0,5 g da amostra, dissolver EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


em 200 mL de água, acidiÞcar com 8 mL de ácido nítrico Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
a 25% (v/v) e titular com nitrato de prata 0,1 M SV em
potenciômetro com eletrodo combinado de prata. Cada mL
de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 5,85 mg de NaCl. ROTULAGEM

Pesar 0,5 g da amostra e dissolver com 100 mL de água Observar a legislação vigente.
em banho-maria. Adicionar 35 g de cloreto de sódio,
isentos de sulfatos e agitar bem. Transferir para balão CATEGORIA
volumétrico de 200 mL e completar o volume com solução
saturada de cloreto de sódio. Homogeneizar. Após 1 hora, Corante.
Þltrar por papel de Þltro e transferir alíquota de 100 mL

v
do Þltrado para béquer de 600 mL, diluir até 300 mL com
água e acidiÞcar com ácido clorídrico SR, adicionando VERMELHO PONCEAU 4R LACA DE
leve excesso. Aquecer à fervura e gotejar, com agitação, ALUMÍNIO
25 mL de cloreto de bário a 12% (p/v), ou até que não
ocorra mais precipitação. Deixar em repouso durante
quatro horas. Separar o sulfato de bário por Þltração, lavar Corante constituído principalmente do sal sódico do
com água quente, secar o papel com o resíduo, transferir ácido 7-hidroxi-8-[2-(4-sulfo-1-naftalenil)diazenil]-1,3-
para cadinho seco, previamente pesado e calcinar em mußa naftalenodissulfônico (3:1) - vermelho ponceau 4R - sobre
1376 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

substrato de alumina. Contém, no mínimo, 95% e, no nítrico a 25% (v/v) e titular com nitrato de prata 0,1 M SV
máximo, 105% do teor de corante declarado no rótulo. em potenciômetro com eletrodo combinado de prata. Cada
mL de nitrato de prata 0,1 M SV equivale a 5,85 mg de
NaCl.
DESCRICÃO
Medir outros 50 mL do Þltrado, diluir a 300 mL com
Características físicas. Pó Þno, avermelhado. Higroscópico.
água, acidiÞcar com ácido clorídrico SR e mais 1 mL de
Solubilidade. Praticamente insolúvel em água e em excesso. Aquecer à fervura e gotejar, com agitação, 25 mL
etanol. Solúvel em hidróxido de sódio M, porém o corante de cloreto de bário a 12% (p/v). Deixar em repouso por
decompõe-se lentamente neste pH alcalino. quatro horas. Separar o sulfato de bário por Þltração, lavar
com água quente, secar o papel com o resíduo, transferir
para cadinho seco, previamente pesado e calcinar em mußa
IDENTIFICACÃO a 500 °C durante 1 hora. Resfriar em dessecador e pesar.
Calcular o teor de sulfatos pela expressão:
A. O espectro de absorção no ultravioleta e visível (5.2.14),
na faixa de 200 nm a 700 nm, de solução a 0,001% (p/v)
em acetato de amônio 0,02 M (pH 5,6), exibe máximos em
507 nm, 332 nm, 245 nm e 215 nm e mínimos em 375 nm,
300 nm, e 238 nm, idênticos aos observados no espectro de em que
solução similar de ponceau 4R SQR.
N = gramas de sulfato de bário;
B. Transferir 0,15 g da amostra para béquer de 60 mL p = gramas da amostra usados na precipitação;
e dissolver com cerca de 20 mL de ácido acético a 30%
(p/v) a quente, até que Þque apenas opalescente. Esfriar No máximo, 2% de cloretos e sulfatos.
e dividir a solução em dois tubos de ensaio. A um deles
adicionar 2 mL de solução de morina a 3 mg/mL em etanol, Perda por dessecação (5.2.9). Pesar cerca de 0,5 g.
recém preparada. Observar a ßuorescência verde que se Dessecar a amostra a 120 °C por 4 horas ou a 135 °C por 3
desenvolve sob luz ultravioleta (254 nm), comparando horas. No máximo 20%.
com o tubo sem reativo. Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 0,1 g da
amostra. Deve conter entre 40 e 55%.
ENSAIOS DE PURIZA
Corantes subsidiários. Proceder conforme descrito em DOSEAMENTO
CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), utilizando Efetuar as diluições como descrito no método A. em
sílica-gel G, como suporte, e mistura de 1-butanol, etanol, IdentiÞcação, e ler a absorvância no pico máximo em
água e hidróxido de amônio (50:25:25:10), como fase cerca de 507 nm (5.2.14). Calcular o teor do corante pela
móvel. Aplicar, separadamente, à placa, 2 —L de cada uma expressão:
das soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir.

Solução (1): 0,25 g da amostra em 10 mL de hidróxido de


sódio 0,5 M. = % de vermelho ponceau 4R na amostra em
507 nm
Solução (2): 0,05 g de Ponceau 4R padrão em 10 mL de
hidróxido de sódio 0,5 M.

Solução (3): diluir a Solução (2) de modo a obter solução a em que


1,0 mg/mL com o mesmo diluente.
p = peso da amostra em gramas na diluição efetuada.
Solução (4): diluir a Solução (1) de modo a obter solução a
0,5 mg/mL, com o mesmo diluente.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar
Em recipientes perfeitamente fechados, protegidos da luz.
secar ao ar. Examinar sob luz ambiente e luz ultravioleta
(254 nm). A mancha principal obtida com a Solução (1)
corresponde em posição, cor e intensidade aquela obtida ROTULAGEM
com a Solução (2). As manchas secundárias obtidas com
a Solução (1) não devem ser mais intensas do que aquelas Observar a legislação vigente.

v obtidas com a Solução (3) e a Solução (4) (2%).

Cloretos e sulfatos. Pesar 10 g da amostra, agitar com 250


mL de água, deixando em contato por 30 minutos. Filtrar.
CATEGORIA
Corante.
Medir 50 mL do Þltrado, equivalente a 2 g da amostra,
diluir para 200 mL com água, acidiÞcar com 8 mL de ácido
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1377

Solução (2): dissolver em metanol 20 mg de timina SQR,


ZIDOVUDINA 20 mg da impureza A (1-[(2R,5S)-5-hidroximetil-2,5-
Zidovudinum diidro-2-furil]-5-metilpirimidino-2,4(1H, 3H)-diona), 20
mg de trifenilmetanol, adicionar 1 mL da Solução (1) e
diluir para 100 mL com metanol.

Solução (3): diluir 5 mL da Solução (2) para 10 mL com


metanol.

Desenvolver o cromatograma. Aguardar a ascensão do


solvente até 12 cm acima da linha de aplicação. Remover
a placa, deixar secar ao ar por cinco minutos e examinar
sob luz ultravioleta (254 nm). No cromatograma obtido
com a Solução (1), a mancha correspondente à impureza
C10H13N5O4; 267,24 A não é mais intensa do que a mancha correspondente
zidovudina; 09256 obtida no cromatograma com a Solução (3) (0,5%) e
3’-Azido-3’-desoxitimidina qualquer mancha, com exceção da principal e as manchas
[30516-87-1] correspondentes às impurezas de zidovudina e timina
não são mais intensas do que a mancha correspondente
Contém, no mínimo, 97,0% e, no máximo, 102,0% de à zidovudina no cromatograma obtido com a Solução
C10H13N5O4, em relação à substância dessecada. (3) (0,5%). Nebulizar a placa com solução de vanilina a
1% (p/v) em ácido sulfúrico. No cromatograma obtido
DESCRIÇÃO com Solução (1), qualquer mancha correspondente ao
trifenilmetanol não é mais intensa do que a mancha
Características físico-químicas. Pó cristalino e correspondente no cromatograma obtido com a Solução
acastanhado. Apresenta polimorÞsmo. Temperatura de (3) (0,5%). O teste é válido se o cromatograma obtido
fusão (5.2.2): em torno de 124 °C. com a Solução (2) apresentar quatro manchas claramente
separadas, correspondentes à timina SQR, à impureza A,
Solubilidade. Ligeiramente solúvel em água, solúvel em à zidovudina e ao trifenilmetanol, em ordem crescente de
etanol. fator de retenção (Rf).
Constantes físico-químicas. Substâncias relacionadas 2. Proceder conforme descrito
em Doseamento. Preparar as soluções como descrito
Poder rotatório especíÞco (5.2.8): +60,5° a +63,0°, a 25
abaixo:
°C, em relação à substância dessecada. Determinar em
solução a 1% (p/v) em etanol. Solução teste: dissolver quantidade exatamente pesada da
amostra em Fase móvel para obter solução a 1 mg/mL.
IDENTIFICAÇÃO Solução teste diluída: transferir 0,25 mL da Solução teste
A. O espectro de absorção no infravermelho (5.2.14) para balão volumétrico de 50 mL e completar o volume
da amostra, dispersa em cloreto de potássio, apresenta com Fase móvel.
máximos de absorção somente nos mesmos comprimentos
Solução de timina: dissolver quantidade exatamente pesada
de onda e com as mesmas intensidades relativas daqueles
de timina SQR em metanol para obter solução a 0,2 mg/
observados no espectro de zidovudina SQR, preparado de
mL. Transferir 5 mL dessa solução para balão volumétrico
maneira idêntica.
de 50 mL e completar o volume com Fase móvel, obtendo
solução a 20 —g/mL.
ENSAIOS DE PUREZA
Solução da impureza B: dissolver quantidade exatamente
Aspecto da solução. Dissolver 0,5 g em 50 mL de água, pesada da impureza B (1-(3-cloro-2,3-didesoxi-E-D-
aquecendo se necessário. A solução não é mais corada que ribofuranosil)-5-metilpirimidino-2,4(1H,3H)-diona) em
a mistura de 1 mL da Solução padrão de cor SC G (5.2.12) Fase móvel para obter solução a 0,1 mg/mL. Transferir
com 7 mL de água. 5 mL dessa solução para balão volumétrico de 50 mL e
completar o volume com Fase móvel.
Substâncias relacionadas 1. Proceder conforme descrito
em CromatograÞa em camada delgada (5.2.17.1), Injetar replicatas, de 10 —L da Solução de resolução
utilizando sílica-gel GF254, como suporte e mistura de descrita em Doseamento. O fator de cauda não deve ser

Aplicar, separadamente, à placa, 10 PL de cada uma das


metanol e cloreto de metileno (10:90), como fase móvel. maior que 1,5 para o pico de zidovudina e para o pico da
impureza B. A resolução entre zidovudina e a impureza B
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. não deve ser menor que 1,4. O desvio padrão relativo das
áreas de replicatas dos picos registrados não é maior que
Solução (1): dissolver 0,2 mg de amostra em metanol e 2,0%.
diluir para 10 mL com o mesmo solvente.

z
1378 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L de cada umas DOSEAMENTO


das soluções descritas acima. Registrar os cromatogramas
por 1,5 vezes o tempo de retenção do pico principal Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
obtido com a Solução teste. As substâncias são eluídas de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
na seguinte sequência: tiamina, zidovudina e impureza B. de detector ultravioleta, a 265 nm; coluna cromatográÞca
No cromatograma obtido com a Solução teste, a área de de 250 mm de comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno,
qualquer pico correspondente à timina não é maior que a empacotada com sílica quimicamente ligada a grupo
área sob o pico no cromatograma obtido com a Solução octadecilsilano (5 —m); ßuxo da Fase móvel de 1,2 mL/
de timina (2,0%). A área de qualquer pico correspondente minuto.
a impureza B obtido com a Solução teste não é maior que
Fase móvel: mistura de metanol e água (20:80).
a área sob o pico correspondente no cromatograma obtido
com a Solução da impureza B (1,0%). A área de qualquer Solução amostra: dissolver quantidade exatamente pesada
outro pico obtido com a Solução teste, com exceção da amostra em Fase móvel para obter solução a 1 mg/mL.
do pico principal, não é maior que a área sob o pico do Transferir 10 mL dessa solução para balão volumétrico de
cromatograma obtido com a Solução teste diluída (0,5%). 50 mL e completar o volume com Fase móvel, obtendo
A soma das áreas de todos os picos, com exceção do pico solução a 0,2 mg/mL.
principal, obtidos com a Solução teste, não é maior do
que seis vezes a área sob o pico obtida com Solução teste Solução padrão: dissolver quantidade exatamente pesada
diluída (3,0%). Desprezar qualquer pico com área menor de zidovudina SQR em Fase móvel para obter solução a
do que 10% da área sob o pico obtido no cromatograma da 0,2 mg/mL.
Solução teste diluída.
Solução de resolução: transferir 5 mg da impureza B
Metais pesados (5.3.2.3). Determinar em 1 g da amostra. (1-(3-cloro-2,3-didesoxi-E-D-ribofuranosil)-5-metilpirimidino-
Transferir para cadinho de sílica e misturar com 0,5 g de 2,4(1H,3H)-diona) para balão volumétrico de 50 mL, adicionar
óxido de magnésio. Incinerar até vermelho escuro sobre 25 mL da Solução padrão e completar o volume com Fase
chama. Prosseguir até obter massa homogênea branca móvel.
ou cinzenta. Se após 30 minutos de ignição a cor se
mantiver, esfriar, misturar a massa no cadinho com bastão Injetar replicatas, de 10 —L da Solução de resolução. O
de vidro, repetindo, em seguida, a incineração. Incinerar fator de cauda não deve ser maior que 1,5 para o pico de
em mußa a 500-600 °C por aproximadamente 1 hora. O zidovudina e para o pico da impureza B. A resolução entre
resíduo obtido é dissolvido com duas vezes 5 mL de ácido zidovudina e a impureza B não deve ser menor que 1,4.
clorídrico 0,2 M, acrescentando 0,1 mL de fenolftaleína SI. O desvio padrão relativo das áreas de replicatas dos picos
Adicionar hidróxido de amônio 6 M até que se desenvolva registrados não é maior que 2,0%.
cor rósea. Esfriar. Descorar a solução com ácido acético Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções
glacial e acrescentar mais 0,5 mL do ácido. Se necessário, padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir
Þltrar e diluir a solução com água para volume de 20 mL. as áreas sob os picos. Calcular o teor de C10H13N5O4 na
Transferir 12 mL da solução obtida para tubo de Nessler, amostra, a partir das respostas obtidas para as Soluções
adicionar 2 mL de tampão acetato pH 3,5 e homogeneizar padrão e amostra.
imediatamente.

Preparação padrão: misturar 2 mL de Solução padrão de EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO


chumbo (10 ppm Pb) a 0,5 g de óxido de magnésio em
cadinho de sílica. Em seguida, secar a mistura em estufa Armazenar em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
a 105 °C, incinerando logo após. Prosseguir a técnica do
preparo da amostra a partir de “O resíduo assim obtido é ROTULAGEM
dissolvido...”. A 10 mL da solução obtida adicionar 2 mL
da solução da amostra. Observar a legislação vigente.
Procedimento: em cada um dos tubos referentes à amostra
a ao padrão adicionar 1,2 mL de tioacetamida SR. A cor CLASSE TERAPÊUTICA
marrom que se desenvolve na amostra não deve ser mais
Antirretroviral.
intensa do que a obtida com o padrão. No máximo 0,002%
(20 ppm).

Perda por dessecação (5.2.9). Determinar em 1 g da ZIDOVUDINA CÁPSULAS


amostra. Dessecar em estufa entre 100 °C e 105 °C, até
peso constante. No máximo 1 %.
Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
Cinzas sulfatadas (5.2.10). Determinar em 1 g da amostra. quantidade declarada de C10H13N5O4.
No máximo 0,25%.
IDENTIFICAÇÃO

z A. Pesar as cápsulas, remover o conteúdo e pesá-las


novamente. Homogeneizar o conteúdo das cápsulas.
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1379

Transferir quantidade do pó equivalente a 0,3 g de zidovudina Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções
para balão volumétrico de 200 mL. Adicionar 50 mL de (1) e (2), registrar os cromatogramas e medir as áreas sob
mistura de metanol e água (75:25), deixar em ultrassom por 5 os picos. Calcular a quantidade, em miligramas, de timina
minutos e completar o volume com metanol. Deixar decantar na amostra a partir da equação.
e diluir o sobrenadante, sucessivamente, com mistura de
metanol e água (75:25) até concentração de 0,0015% (p/v).
O espectro de absorção no ultravioleta (5.2.14) da solução
obtida, na faixa de 200 nm a 400 nm, exibe máximos e
mínimos somente nos mesmos comprimentos de onda de Em que:
solução similar de zidovudina SQR.
C = concentração, em mg/mL, de timina na Solução (2);
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
da Solução amostra, obtida em Doseamento, corresponde r1 e r2 = respostas dos picos referentes à timina obtidos nas
àquele do pico principal da Solução padrão. Soluções (1) e (2), respectivas;

T = quantidade de zidovudina, em miligramas, na massa


CARACTERÍSTICAS de pó utilizada para o preparo da Solução (1), conforme
determinado em Doseamento.
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
No máximo 3,0%.
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste.

Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste. TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA


Procedimento para uniformidade de conteúdo. Proceder Contagem do número total de micro-organismos
conforme descrito em Doseamento. Preparar a Solução mesofilos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
amostra como descrito a seguir.
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3).
Solução amostra: pesar individualmente cada cápsula, Cumpre o teste.
transferir o conteúdo para balão volumétrico de 100 mL e
pesar novamente. Adicionar 30 mL de mistura de metanol
e água (75:25). Deixar em ultrassom por 20 minutos e DOSEAMENTO
completar o volume com o mesmo solvente. Filtrar. Diluir Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
com o mesmo solvente até concentração de 0,1 mg/mL. de alta eÞciência (5.2.17.4). Proceder conforme descrito
em Doseamento na monograÞa de Zidovudina. Preparar
TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) Soluções padrão e amostra como descrito a seguir.

Meio de dissolução: água, 900 mL Solução amostra: pesar 20 cápsulas, remover o conteúdo
e pesá-las novamente. Homogeneizar o conteúdo das
Aparelhagem: pás, 50 rpm cápsulas. Transferir quantidade do pó equivalente a 100
mg de zidovudina para balão volumétrico de 100 mL e
Tempo: 45 minutos
adicionar 30 mL de mistura de metanol e água (75:25).
Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de Deixar em ultrassom por 20 minutos e completar o volume
dissolução, Þltrar e diluir, se necessário, em mistura de com o mesmo solvente. Filtrar. Transferir 10 mL do Þltrado
metanol e água (75:25) até concentração adequada e para balão volumétrico de 100 mL e completar o volume
proceder conforme descrito em Doseamento. Calcular a com o mesmo solvente.
quantidade de C10H13N5O4 dissolvida no meio a partir das
Solução padrão: dissolver 10 mg de timina em metanol e
respostas obtidas com as Soluções padrão e amostra.
transferir para balão volumétrico de 50 mL quantitativamente
Tolerância: não menos que 75% (Q) da quantidade e completar o volume com mesmo solvente. Transferir 1
declarada de C10H13N5O4 se dissolvem em 45 minutos. mL desta solução e 10 mg de zidovudina SQR para balão
volumétrico de 100 mL, dissolver em 25 mL de mistura
de metanol e água (75:25) e completar o volume com o
ENSAIOS DE PUREZA mesmo solvente. Homogeneizar.
Limite de timina. Proceder conforme descrito em Injetar replicatas de 10 PL da Solução padrão. Os tempos
Doseamento. Preparar as Soluções (1) e (2) como descrito de retenção relativos são cerca de 0,2 para a timina e 1,0
a seguir. para a zidovudina. A resolução entre os picos de zidovudina
e timina não é menor que 5,0. O fator de cauda para o
Solução (1): utilizar a Solução amostra obtida em
pico da zidovudina não é maior que 2,0. O desvio padrão
Doseamento.
relativo das áreas de replicatas dos picos registrados não é
Solução (2): utilizar a Solução padrão obtida em maior que 2%.

Procedimento: injetar separadamente, 10 PL das Soluções


Doseamento.
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
z
1380 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C10H13N5O4 Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções
nas cápsulas a partir das respostas obtidas com as Soluções (1) e (2), registrar os cromatogramas e medir as áreas sob
padrão e amostra. os picos. Calcular a quantidade, em miligramas, de timina
na amostra a partir da equação.
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.

Em que:
ROTULAGEM
C = concentração, em mg/mL, de timina na Solução (2);
Observar a legislação vigente.
r1 e r2 = respostas dos picos referentes à timina obtidos nas
Soluções (1) e (2), respectivamente;
ZIDOVUDINA SOLUÇÃO INJETÁVEL Q = quantidade de zidovudina, em miligramas, no volume
de solução injetável utilizado no preparo da Solução (1).

Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da No máximo 1,0%.


quantidade declarada de C10H13N5O4.
DOSEAMENTO
IDENTIFICAÇÃO
Proceder conforme descrito em Doseamento na monograÞa
A. Transferir volume da solução injetável equivalente de Zidovudina. Preparar as Soluções padrão e amostra
a 20 mg de zidovudina para balão volumétrico de 200 como descrito a seguir.
mL e completar o volume com mistura de metanol e
Solução padrão: dissolver 10 mg de timina SQR em
água (75:25). Transferir 15 mL desta solução para balão
metanol e diluir para 50 mL com o mesmo solvente.
volumétrico de 100 mL e completar o volume com o
Transferir 1 mL desta solução e 10 mg de zidovudina SQR
mesmo solvente. Homogeneizar. O espectro de absorção
para balão volumétrico de 100 mL, dissolver em 25 mL de
no ultravioleta (5.2.14), na faixa de 200 nm a 400 nm, da
mistura de metanol e água (75:25) e completar o volume
solução obtida exibe máximos e mínimos somente nos
com o mesmo solvente. Homogeneizar.
mesmos comprimentos de onda da solução similar de
zidovudina SQR. Solução amostra: transferir, exatamente, volume da solução
injetável equivalente a cerca de 25 mg de zidovudina para
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma
balão volumétrico de 250 mL e completar o volume com
da Solução amostra, obtida em Doseamento corresponde
Fase móvel. Homogeneizar.
àquele do pico principal da Solução padrão.
Procedimento: injetar, separadamente, 10 —L das Soluções
CARACTERÍSTICAS padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de C10H13N5O4
Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. na solução injetável a partir das repostas obtidas com as
Soluções padrão e amostra.
pH (5.2.19). 3,0 a 4,0. Determinar em mistura de volume
da solução injetável contendo 0,15 g de zidovudina e 5 mL
de cloreto de potássio 0,12 M. EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Em recipientes bem fechados, protegidos da luz.
TESTES DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Esterilidade (5.5.3.2.1). Cumpre o teste. ROTULAGEM

Endotoxinas bacterianas (5.5.2.2). No máximo 1,0 UE/ Observar a legislação vigente.


mg de zidovudina.

ZIDOVUDINA SOLUÇÃO ORAL


ENSAIOS DE PUREZA
Limite de timina. Proceder conforme descrito em Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
Doseamento. Preparar as Soluções (1) e (2) como descrito quantidade declarada de C10H13N5O4.
a seguir.

Solução (1): utilizar a Solução amostra obtida em IDENTIFICAÇÃO


Doseamento.
A. Proceder como descrito em CromatograÞa em camada
Solução (2): utilizar a Solução padrão obtida em delgada (5.2.17.1). Utilizar sílica-gel GF254 como suporte,

z Doseamento. e mistura de ácido butílico, n-heptano, acetona e hidróxido


Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1381

de amônio (40:30:30:10) como Fase móvel. Aplicar Solução amostra: transferir volume de zidovudina
separadamente, em forma de banda, 5 —L de cada uma das solução oral equivalente a 0,1 g de zidovudina para balão
soluções, recentemente preparadas, descritas a seguir. volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase
móvel. Homogeneizar. Transferir 5 mL desta solução para
Solução (1): solução a 5 mg/mL da amostra em mistura de balão volumétrico de 50 mL e completar o volume com
metanol e água (75:25). Fase móvel. Homogeneizar.
Solução (2): solução a 5 mg/mL de zidovudina SQR em Solução padrão estoque: solução a 1 mg/mL de zidovudina
mistura de metanol e água (75:25). SQR em Fase móvel.
Desenvolver o cromatograma. Remover a placa, deixar Solução padrão de timina: transferir exatamente cerca
secar ao ar. Examinar sob luz ultravioleta (254 nm). A de 20 mg de timina para balão volumétrico de 200 mL.
mancha principal obtida com a Solução (1) corresponde Acrescentar 150 mL de Fase móvel e deixar em ultrassom
em posição e intensidade àquela obtida com a Solução (2). por 10 minutos. Completar o volume com Fase móvel.
B. O tempo de retenção do pico principal do cromatograma Homogeneizar.
da Solução amostra obtida em Doseamento corresponde Solução padrão: transferir 10 mL de Solução padrão
àquele do pico obtido com a Solução padrão. estoque e 2 mL de Solução padrão de timina para balão
volumétrico de 100 mL e completar o volume com Fase
CARACTERÍSTICAS móvel. Homogeneizar.

Determinação de volume (5.1.2). Cumpre o teste. Injetar replicatas de 10 PL da Solução padrão. Os tempos
de retenção relativos são cerca de 0,12 para timina e 1,0
pH (5.2.19). 3,0 a 4,0. Determinar em volume da solução para zidovudina. A resolução entre os picos de timina e de
oral contendo 0,15 g de zidovudina acrescido de 5 mL de zidovudina não é menor que 4,0. O fator de cauda para o
cloreto de potássio 0,12 M. pico da zidovudina não é maior que 2,0. O desvio padrão
relativo das áreas de replicatas sob os picos registrados não
deve ser maior que 2,0%.
TESTE DE SEGURANÇA BIOLÓGICA
Procedimento: injetar separadamente, 10 PL da Solução
Contagem do número total de micro-organismos
padrão e da Solução amostra, registrar os cromatogramas
mesofilos aeróbicos (5.5.3.1.2). Cumpre o teste.
e medir as áreas sob os picos. Calcular a quantidade de
Pesquisa de micro-organismos patogênicos (5.5.3.1.3). zidovudina (C10H13N5O4) na solução oral a partir das
Cumpre o teste. respostas obtidas com a Solução padrão e a Solução
amostra.

ENSAIOS DE PUREZA
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
Limite de timina. Proceder como descrito em Doseamento.
Preparar as Soluções (1) e (2) como descrito a seguir. Em recipientes bem fechados.

Solução (1): utilizar a Solução amostra obtida em


Doseamento. ROTULAGEM

Solução (2): utilizar a Solução padrão de timina obtida em Observar a legislação vigente.
Doseamento.

Procedimento: injetar separadamente, 10 PL das Soluções ZIDOVUDINA E LAMIVUDINA


(1) e (2), registrar os cromatogramas e medir as áreas sob COMPRIMIDOS
os picos. A área relativa ao pico de timina obtido com a
Solução (1) não é superior a 3% da área relativa ao pico de
timina obtido com a Solução (2). Contém, no mínimo, 90,0% e, no máximo, 110,0% da
quantidade declarada de zidovudina (C10H13N5O4) e
lamivudina (C8H11N3O3S).
DOSEAMENTO
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido IDENTIFICAÇÃO
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
de detector ultravioleta a 240 nm; coluna de 125 mm de OS tempos de retenção dos picos principais do cromatograma

sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5 Pm),


comprimento e 4,6 mm de diâmetro interno, empacotada com da Solução amostra, obtida no Doseamento, correspondem
àqueles dos picos principais da Solução padrão.
mantida à temperatura ambiente; ßuxo da Fase móvel de
1 mL/minuto.
CARACTERÍSTICAS

z
Fase móvel: mistura de acetato de sódio 0,04 M, metanol,
Determinação de peso (5.1.1). Cumpre o teste.
acetonitrila e ácido acético glacial (900:90:10:2).
1382 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

Teste de dureza (5.1.3.1). Cumpre o teste. de zidovudina e 37,5 mg de lamivudina para balão
volumétrico de 100 mL. Adicionar 70 mL de água e deixar
Teste de friabilidade (5.1.3.2). Cumpre o teste. em ultrassom por 30 minutos. Completar o volume com o
Teste de desintegração (5.1.4.1). Cumpre o teste. mesmo solvente, homogeneizar e Þltrar. Transferir 1 mL

volume com Fase móvel, obtendo uma solução a 30 Pg/mL


do Þltrado para balão volumétrico de 25 mL e completar o

de zidovudina e 15 Pg/mL lamivudina.


Uniformidade de doses unitárias (5.1.6). Cumpre o teste.

TESTE DE DISSOLUÇÃO (5.1.5) Solução padrão estoque: pesar, exatamente, cerca de 75 mg


de zidovudina SQR e 37,5 mg de lamivudina SQR e transferir
Meio de dissolução: água, 900 mL para balão volumétrico de 100 mL com auxílio de 70 mL de
Aparelhagem: pás, 50 rpm água. Deixar em ultrassom por 15 minutos e completar o
volume com o mesmo solvente, obtendo uma solução de
Tempo: 60 minutos 0,75 mg/mL de zidovudina e 0,375 mg/mL de lamivudina.

Procedimento: após o teste, retirar alíquota do meio de Solução padrão: transferir 1 mL da Solução padrão

com Fase móvel, obtendo solução padrão de 30 Pg/mL de


dissolução e diluir, se necessário, com Fase móvel até estoque para balão volumétrico de 25 mL e completar

zidovudina e 15 Pg/mL lamivudina.


concentração adequada. Proceder conforme descrito em
Doseamento.

Tolerância: não menos que 80% (Q) da quantidade Injetar replicatas de 20 PL da Solução padrão. Os tempos
declarada de zidovudina (C10H13N5O4) e lamivudina de retenção relativos são cerca de 1,0 para lamivudina e
(C8H11N3O3S) se dissolvem em 60 minutos. 1,8 para zidovudina. O desvio padrão relativo das áreas de
replicatas dos picos registrados não deve ser maior que 2%.
DOSEAMENTO Procedimento: injetar separadamente, 20 PL das Soluções
padrão e amostra, registrar os cromatogramas e medir as
Proceder conforme descrito em CromatograÞa a líquido
áreas sob os picos. Calcular a quantidade de zidovudina e
de alta eÞciência (5.2.17.4). Utilizar cromatógrafo provido
lamivudina nos comprimidos a partir das respostas obtidas
de detector ultravioleta a 270 nm; coluna de 125 mm de
com as Soluções padrão e amostra.
comprimento e 4 mm de diâmetro interno, empacotada

Pm), mantida à temperatura ambiente, ßuxo da Fase móvel


com sílica quimicamente ligada a grupo octadecilsilano (5
EMBALAGEM E ARMAZENAMENTO
de 1 mL/minuto.
Em recipientes bem fechados.
Fase móvel: mistura de tampão acetato de amônio 0,1 M,
metanol e ácido acético glacial (65:35:0,1).
ROTULAGEM
Solução amostra: pesar e pulverizar 20 comprimidos.
Observar a legislação vigente.
Transferir quantidade do pó equivalente a 75 mg

z
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1383

ÍNDICE REMISSIVO
1-(2,6-DICLOROFENIL)-1,3-DIIDRO-2H-INDOL-2-ONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____ 451
1,1,1-TRICLOROETANO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 498
1,1,3,3-TETRAMETILBUTILAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 496
1,10-FENANTROLINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 457
1,1-DIMETILETILAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 453
1,3-DINITROBENZENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)________________________________ 454
1,3-DINITROBENZENO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 454
1,3-NAFTALENODIOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 474
1,8-CINEOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________________ 443
1,8-DIAMINONAFTALENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 450
1-BUTANOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 440
1-CLORO-2,4-DINITROBENZENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________ 449
1-HEXANOSSULFONATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________ 464
1-NAFTILAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 474
1-NAFTOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 474
1-NAFTOL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 474
1-NAFTOLBENZEÍNA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ____________________________ 417
1-NAFTOLBENZEÍNA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________________________ 417
1-NAFTOLFTALEÍNA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________________________ 418
1-NAFTOLFTALEÍNA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________________________ 418
1-OCTANOSSULFONATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________ 478
1-PENTANOSSULFONATO DE SÓDIO, MONOIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __ 480
2,5-DIMETILFENOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)___________________________________ 453
2,6-DIBROMOQUINONA-4-CLORIMIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 450
2,6-DICLOROINDOFENOL SÓDICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 451
2,6-DICLOROQUINONA-4-CLORIMIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 451
2,6-DIMETILANILINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 453
2,7-NAFTALENODIOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 474
2-AMINOEPTANO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 434
2-AMINOPIRIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 434
2-FENOXIETANOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)____________________________________ 458
2-MERCAPTOETANOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 471
2-NAFTOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 474
2-NAFTOL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 474
2-NAFTOL SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 474
2-NITROBENZALDEÍDO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 478
3,3’-TETRAIDROCLORETO DE DIAMINOBENZIDINA ___________________________________________ 495
3,3’-TETRAIDROCLORETO DE DIAMINOBENZIDINA SR ________________________________________ 495
3-METIL-2-PENTANONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 472
4,4-METILENOBIS-N,N-DIMETILANILINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________ 471
4-AMINOANTIPIRINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_________________________________ 434
4-AMINOFENOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 434
4-DIMETILAMINOCINAMALDEÍDO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________ 453
4-METILPENTAN-2-OL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 472
1384 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ABACATEIRO ______________________________________________________________________________ 557


ACETAL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________________ 421
ACETALDEÍDO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 421
ACETANILIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 421
ACETATO 0,05 M PH 4,5 (TAMPÕES) __________________________________________________________ 507
ACETATO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 421
ACETATO DE AMÔNIO PH 8,5 (TAMPÕES) _____________________________________________________ 509
ACETATO DE AMÔNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 422
ACETATO DE BORNILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 422
ACETATO DE BUTILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 422
ACETATO DE CELULOSE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 422
ACETATO DE CHUMBO SR (APROXIMADAMENTE 0,25 M) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) 422
ACETATO DE CHUMBO, PAPEL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 422
ACETATO DE CHUMBO, SOLUÇÃO SATURADA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________ 422
ACETATO DE CHUMBO, TRI-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________ 422
ACETATO DE CLOREXIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 422
ACETATO DE CLOREXIDINA A 0,1% (P/V) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________ 422
ACETATO DE COBRE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 422
ACETATO DE CORTISONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_____________________________ 422
ACETATO DE CORTISONA, INJETÁVEL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 423
ACETATO DE DESOXICORTONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 423
ACETATO DE DEXAMETASONA CREME ______________________________________________________ 561
ACETATO DE ETILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 423
ACETATO DE FENILMERCÚRIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 423
ACETATO DE INDOFENOL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 423
ACETATO DE MAGNÉSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 423
ACETATO DE MENTILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 423
ACETATO DE MERCÚRIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 423
ACETATO DE MERCÚRIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 423
ACETATO DE METILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 423
ACETATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 424
ACETATO DE POTÁSSIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 424
ACETATO DE PREDNISOLONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 424
ACETATO DE SÓDIO ________________________________________________________________________ 561
ACETATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 424
ACETATO DE SÓDIO 0,1 M PH 5,0 (TAMPÕES) _________________________________________________ 507
ACETATO DE SÓDIO PH 4,5 (TAMPÕES) _______________________________________________________ 507
ACETATO DE SÓDIO SR (APROXIMADAMENTE 0,02 M) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __ 424
ACETATO DE URANILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 424
ACETATO DE URANILA E ZINCO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)____________________ 424
ACETATO DE ZINCO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 424
ACETATO PH 3,0 (TAMPÕES)_________________________________________________________________ 506
ACETATO PH 3,5 (TAMPÕES)_________________________________________________________________ 506
ACETATO PH 4,0 (TAMPÕES)_________________________________________________________________ 507
ACETATO PH 4,4 (TAMPÕES)_________________________________________________________________ 507
ACETATO PH 6,0 (TAMPÕES)_________________________________________________________________ 507
ACETATO PH 7,0 (TAMPÕES)_________________________________________________________________ 508
ACETAZOLAMIDA _________________________________________________________________________ 562
ACETILACETONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 424
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1385

ACETILCISTEÍNA __________________________________________________________________________ 563


ACETILMETIONINA ________________________________________________________________________ 564
ACETONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 424
ACETONA DESIDRATADA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 424
ACETONA TAMPONADA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 424
ACETONITRILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 425
ACICLOVIR ________________________________________________________________________________ 565
ACICLOVIR COMPRIMIDOS _________________________________________________________________ 566
ACICLOVIR CREME ________________________________________________________________________ 568
ÁCIDO 1,2-CICLOEXILENO-DINITRILO-TETRACÉTICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)___ 426
ÁCIDO 3,5-DINITROBENZOICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 427
ÁCIDO 7-AMINODESACETOXICEFALOSPORÂNICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)______ 425
ÁCIDO ACÉTICO 6 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 425
ÁCIDO ACÉTICO DILUÍDO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 425
ÁCIDO ACÉTICO GLACIAL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 425
ÁCIDO ACÉTICO M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 425
ÁCIDO ACÉTICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 425
ÁCIDO ACÉTICO-ACETATO DE AMÔNIO (TAMPÕES) ___________________________________________ 509
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO__________________________________________________________________ 568
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO COMPRIMIDOS ___________________________________________________ 569
ÁCIDO ASCÓRBICO ________________________________________________________________________ 570
ÁCIDO ASCÓRBICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 425
ÁCIDO ASCÓRBICO COMPRIMIDOS __________________________________________________________ 571
ÁCIDO ASCÓRBICO SOLUÇÃO INJETÁVEL ___________________________________________________ 572
ÁCIDO BENZOICO__________________________________________________________________________ 572
ÁCIDO BENZOICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 425
ÁCIDO BÓRICO ____________________________________________________________________________ 573
ÁCIDO BÓRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 425
ÁCIDO BÓRICO, SOLUÇÃO SATURADA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________ 425
ÁCIDO BROMÍDRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 425
ÁCIDO CAFEICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 426
ÁCIDO CALCONCARBOXÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)________________________ 426
ÁCIDO CICLOBUTANO-1,1-DICARBOXÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________ 426
ÁCIDO CINÂMICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 426
ÁCIDO CÍTRICO ____________________________________________________________________________ 574
ÁCIDO CÍTRICO, MONOIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO BROMADO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)____________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO DILUÍDO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ______________________________________ 501
ÁCIDO CLORÍDRICO METANÓLICO 0,01 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO PH 2,0 (TAMPÕES) ______________________________________________________ 506
ÁCIDO CLORÍDRICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO-ESTANHO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________ 426
ÁCIDO CLOROGÊNICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 427
ÁCIDO CLOROPLATÍNICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 427
ÁCIDO CRÔMICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 427
ÁCIDO DESIDROCÓLICO____________________________________________________________________ 575
ÁCIDO EDÉTICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 427
ÁCIDO ESTEÁRICO _________________________________________________________________________ 576
ÁCIDO FENOLDISSULFÔNICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________ 427
1386 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ÁCIDO FENOXIACÉTICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 427


ÁCIDO FLUORÍDRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 427
ÁCIDO FÓLICO ____________________________________________________________________________ 577
ÁCIDO FÓLICO COMPRIMIDOS ______________________________________________________________ 578
ÁCIDO FÓRMICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 427
ÁCIDO FOSFOMOLÍBDICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 427
ÁCIDO FOSFOMOLÍBDICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 427
ÁCIDO FOSFÓRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 428
ÁCIDO FOSFÓRICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)________________________________ 428
ÁCIDO FOSFOTÚNGSTICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 428
ÁCIDO FTÁLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 428
ÁCIDO GÁLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 428
ÁCIDO HIPOFOSFOROSO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 428
ÁCIDO IODÍDRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 428
ÁCIDO LÁCTICO ___________________________________________________________________________ 579
ÁCIDO LÁCTICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 428
ÁCIDO METAFOSFÓRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 428
ÁCIDO METAFOSFÓRICO-ACÉTICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 428
ÁCIDO METANOSSULFÔNICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 428
ÁCIDO NALIDÍXICO ________________________________________________________________________ 580
ÁCIDO NALIDÍXICO COMPRIMIDOS _________________________________________________________ 581
ÁCIDO NALIDÍXICO SUSPENSÃO ORAL ______________________________________________________ 582
ÁCIDO NÍTRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 429
ÁCIDO NÍTRICO FUMEGANTE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_________________________ 429
ÁCIDO NÍTRICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 429
ÁCIDO OXÁLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 429
ÁCIDO OXÁLICO 0,05 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _____________________________________ 501
ÁCIDO OXÁLICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)__________________________________ 429
ÁCIDO PARAMINOBENZOICO _______________________________________________________________ 582
ÁCIDO PERCLÓRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 429
ÁCIDO PERCLÓRICO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ___________________________________ 502
ÁCIDO PERCLÓRICO M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 429
ÁCIDO PERCLÓRICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 429
ÁCIDO PERFÓRMICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 429
ÁCIDO PERIÓDICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 429
ÁCIDO P-HIDROXIBENZOICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 428
ÁCIDO PÍCRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)______________________________________ 429
ÁCIDO PÍCRICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 429
ÁCIDO PÍCRICO SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 429
ÁCIDO P-TOLUENOSSULFÔNICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________ 431
ÁCIDO ROSMARÍNICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 430
ÁCIDO SALICÍLICO_________________________________________________________________________ 583
ÁCIDO SALICÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 430
ÁCIDO SELENIOSO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)___________________________________ 430
ÁCIDO SÓRBICO ___________________________________________________________________________ 584
ÁCIDO SULFÂMICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 430
ÁCIDO SULFANÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_________________________________ 430
ÁCIDO SULFANÍLICO DIAZOTADO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 430
ÁCIDO SULFANÍLICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)______________________________ 430
ÁCIDO SULFÚRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 430
ÁCIDO SULFÚRICO DILUÍDO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)__________________________ 430
ÁCIDO SULFÚRICO LIVRE DE NITROGÊNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 430
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1387

ÁCIDO SULFÚRICO M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _______________________________________ 502


ÁCIDO SULFÚRICO METANÓLICO 0,1 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)________________ 430
ÁCIDO SULFÚRICO METANÓLICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 430
ÁCIDO SULFÚRICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 431
ÁCIDO SULFÚRICO, SOLUÇÃO ETANÓLICA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 431
ÁCIDO SULFÚRICO/METANOL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 430
ÁCIDO SULFUROSO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 431
ÁCIDO TARTÁRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 431
ÁCIDO TIOGLICÓLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 431
ÁCIDO TRICLOROACÉTICO _________________________________________________________________ 585
ÁCIDO TRICLOROACÉTICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 431
ÁCIDO TRICLOROACÉTICO-CLORAMINA-T SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________ 431
ÁCIDO TRIFLUORACÉTICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 431
ÁCIDO UNDECILÊNICO _____________________________________________________________________ 585
ACRILAMIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 432
ACRILAMIDA/BISACRILAMIDA (29:1) A 30% (P/V) SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____ 432
ADEQUAÇÃO DOS MÉTODOS FARMACOPEICOS ______________________________________________ 245
ÁGAR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________________ 432
AGAROSE, GEL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 432
AGAROSE-DEAE PARA CROMATOGRAFIA DE TROCA IÔNICA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _ 432
ÁGUA DE BROMO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 432
ÁGUA DE CLORO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 432
ÁGUA ISENTA DE AMÔNIA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 432
ÁGUA ISENTA DE DIÓXIDO DE CARBONO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________ 432
ÁGUA ISENTA DE NITRATO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 432
ÁGUA LIVRE DE PARTÍCULAS (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_________________________ 432
ÁGUA PARA INJETÁVEIS ____________________________________________________________________ 586
ÁGUA PARA USO FARMACÊUTICO ___________________________________________________________ 391
ÁGUA PURIFICADA ________________________________________________________________________ 587
ÁGUA ULTRAPURIFICADA __________________________________________________________________ 588
ALANINA__________________________________________________________________________________ 588
ALARANJADO DE METILA (CI 13025) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________ 413
ALARANJADO DE METILA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________________ 413
ALARANJADO DE METILA, SOLUÇÃO (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________ 413
ALARANJADO DE XILENOL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________________ 413
ALARANJADO DE XILENOL SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ____________________ 413
ALBENDAZOL _____________________________________________________________________________ 589
ALBENDAZOL COMPRIMIDOS_______________________________________________________________ 590
ALBENDAZOL SUSPENSÃO ORAL ___________________________________________________________ 592
ALBUMINA BOVINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 432
ALBUMINA HUMANA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 432
ALBUMINA HUMANA, SOLUÇÃO REAGENTE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________ 432
ALBUMINA-FOSFATO PH 7,2 (TAMPÕES)______________________________________________________ 508
ÁLCOOL BENZÍLICO _______________________________________________________________________ 592
ÁLCOOL ETÍLICO __________________________________________________________________________ 593
ÁLCOOL ISOAMÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 432
ÁLCOOL ISOBUTÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 433
ÁLCOOL ISOPROPÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 433
ÁLCOOL N-AMÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 433
ÁLCOOL N-PROPÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 433
ÁLCOOL POLIVINÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 433
ÁLCOOL TERC-AMÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 433
1388 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ÁLCOOL TERT-BUTÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 433


ALCOOMETRIA ____________________________________________________________________________ 146
ALCOOMETRIA (ANEXO D) _________________________________________________________________ 525
ALECRIM ÓLEO VOLÁTIL___________________________________________________________________ 595
ALGODÃO PURIFICADO E ESTERILIZADO ____________________________________________________ 598
ALIZARINA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS)______________________________________ 413
ALIZARINA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________________________________ 414
ALOE _____________________________________________________________________________________ 599
ALOE EXTRATO SECO ______________________________________________________________________ 602
ALTEIA____________________________________________________________________________________ 603
ALUMÍNIO, METÁLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 433
ALUMINON (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 433
AMARANTO _______________________________________________________________________________ 609
AMARANTO (CI 16185) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 434
AMARANTO LACA DE ALUMÍNIO____________________________________________________________ 610
AMARELO CREPÚSCULO ___________________________________________________________________ 611
AMARELO CREPÚSCULO LACA DE ALUMÍNIO ________________________________________________ 612
AMARELO DE ALIZARINA GG (CI 14025) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________ 414
AMARELO DE ALIZARINA GG SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) __________________ 414
AMARELO DE DIMETILA (CI 11020) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ________________ 414
AMARELO DE DIMETILA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________________ 414
AMARELO DE METANILA (CI 13065) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________ 414
AMARELO DE METANILA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________________ 414
AMARELO NAFTOL (CI 10315) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________________ 414
AMARELO TITAN (CI 19540) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________________ 414
AMARELO TITAN SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________________________ 414
AMARELO TITAN, PAPEL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _________________________ 414
AMIDO ____________________________________________________________________________________ 614
AMIDO (AMIDO SOLÚVEL) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________________ 414
AMIDO IODETADO SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ____________________________ 415
AMIDO IODETADO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 434
AMIDO IODETADO SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 434
AMIDO IODETADO, PAPEL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ________________________ 415
AMIDO ISENTO DE IODETO SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ____________________ 415
AMIDO ISENTO DE IODETO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 434
AMIDO SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________________________________ 414
AMIDO SOLÚVEL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 434
AMIDO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)___________________________________________ 434
AMIDOS (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________________ 434
AMINOBUTANOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 434
AMINOFILINA _____________________________________________________________________________ 615
AMINOFILINA COMPRIMIDOS _______________________________________________________________ 617
AMINOSSALICILATO DE CÁLCIO ____________________________________________________________ 618
AMÔNIA 10 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 434
AMÔNIA 6 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 434
AMÔNIA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 434
AMÔNIA, SOLUÇÃO CONCENTRADA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 435
AMOSTRAGEM ____________________________________________________________________________ 196
AMOXICILINA E CLAVULANATO DE POTÁSSIO COMPRIMIDOS ________________________________ 619
AMOXICILINA E CLAVULANATO DE POTÁSSIO PÓ PARA SOLUÇÃO INJETÁVEL _________________ 620
AMOXICILINA E CLAVULANATO DE POTÁSSIO PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL_____________________ 621
AMOXICILINA TRI-HIDRATADA _____________________________________________________________ 621
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1389

AMOXICILINA TRI-HIDRATADA CÁPSULAS ___________________________________________________ 623


AMOXICILINA TRI-HIDRATADA PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL ___________________________________ 624
AMPICILINA _______________________________________________________________________________ 625
AMPICILINA CÁPSULAS ____________________________________________________________________ 627
AMPICILINA COMPRIMIDOS ________________________________________________________________ 628
AMPICILINA PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL ____________________________________________________ 629
AMPICILINA SÓDICA _______________________________________________________________________ 630
AMPICILINA SÓDICA PÓ PARA SOLUÇÃO INJETÁVEL _________________________________________ 632
AMPICILINA TRI-HIDRATADA _______________________________________________________________ 632
AMPICILINA TRI-HIDRATADA CÁPSULAS ____________________________________________________ 634
AMPICILINA TRI-HIDRATADA COMPRIMIDOS ________________________________________________ 635
AMPICILINA TRI-HIDRATADA PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL _____________________________________ 636
ANÁLISE DE AMINOÁCIDOS ________________________________________________________________ 190
ANÁLISE DE SOLUBILIDADE POR FASES _____________________________________________________ 127
ANÁLISE DE VARIÂNCIA ___________________________________________________________________ 343
ANÁLISE ENANTIOMÉRICA _________________________________________________________________ 142
ANÁLISE TÉRMICA_________________________________________________________________________ 146
ANETOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________________ 435
ANIDRIDO ACÉTICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 435
ANIDRIDO ACÉTICO-PIRIDINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 435
ANIDRIDO FTÁLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 435
ANIDRIDO PROPIÔNICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 435
ANIS-DOCE ________________________________________________________________________________ 637
ANIS-ESTRELADO__________________________________________________________________________ 642
ANISALDEÍDO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 435
ANISALDEÍDO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 435
ANISALDEÍDO SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 435
ANISALDEÍDO, SOLUÇÃO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 435
ANTIMONIATO DE MEGLUMINA_____________________________________________________________ 647
ANTIMONIATO DE MEGLUMINA SOLUÇÃO INJETÁVEL________________________________________ 648
ANTITROMBINA III (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 435
ANTITROMBINA III SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)________________________________ 435
APROTININA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 435
ARNICA ___________________________________________________________________________________ 648
ARSÊNIO __________________________________________________________________________________ 287
ARTEMÉTER _______________________________________________________________________________ 657
ARTEMÉTER SOLUÇÃO INJETÁVEL__________________________________________________________ 656
ARTESUNATO______________________________________________________________________________ 657
ARTESUNATO COMPRIMIDOS _______________________________________________________________ 658
ASCORBATO DE SÓDIO _____________________________________________________________________ 659
ASIATICOSÍDEO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 436
ASPARAGINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 436
ATADURA DE GAZE ________________________________________________________________________ 660
ATENOLOL ________________________________________________________________________________ 661
ATENOLOL COMPRIMIDOS__________________________________________________________________ 662
ATENOLOL E CLORTALIDONA COMPRIMIDOS ________________________________________________ 663
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ______________________________________________________________ 328
AVALIAÇÃO OPERACIONAL DO ESTADO MICROBIOLÓGICO DE PRODUTOS ENVASADOS
ASSEPTICAMENTE _________________________________________________________________________ 336
AZATIOPRINA _____________________________________________________________________________ 665
AZIDA SÓDICA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 436
AZITROMICINA ____________________________________________________________________________ 666
1390 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

AZITROMICINA CÁPSULAS _________________________________________________________________ 667


AZITROMICINA PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL__________________________________________________ 667
AZUL ÁCIDO 83 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 436
AZUL ÁCIDO 90 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 436
AZUL DE ASTRA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 436
AZUL DE BROMOFENOL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) __________________________ 415
AZUL DE BROMOFENOL SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________________ 415
AZUL DE BROMOTIMOL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) __________________________ 415
AZUL DE BROMOTIMOL SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS)________________________ 415
AZUL DE COOMASSIE SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 436
AZUL DE HIDROXINAFTOL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________________ 415
AZUL DE HIDROXINAFTOL SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________________ 415
AZUL DE ORACET B (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS)______________________________ 415
AZUL DE ORACET B SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________________________ 415
AZUL DE SULFANO (CI 42045) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 436
AZUL DE TETRAZÓLIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 436
AZUL DE TIMOL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _________________________________ 415
AZUL DE TIMOL SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________________________ 415
AZUL DO NILO A (CI 51180) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________________ 416
AZUL DO NILO A SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________________________ 416

BÁLSAMO DE TOLU ________________________________________________________________________ 670


BÁLSAMO DO CANADÁ (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 436
BÁLSAMO DO PERU ________________________________________________________________________ 669
BARBALOÍNA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 436
BARBATIMÃO _____________________________________________________________________________ 671
BARBITAL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)___________________________________________ 436
BARBITAL DE PH 7,4 (TAMPÕES)_____________________________________________________________ 508
BARBITAL DE PH 8,4 (TAMPÕES)_____________________________________________________________ 508
BARBITAL PH 8,6 (TAMPÕES) ________________________________________________________________ 509
BARBITAL SÓDICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 437
BÁRIO SRA - 1 MG/ML (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 437
BAUNILHA ________________________________________________________________________________ 676
BELADONA________________________________________________________________________________ 679
BENJOIM __________________________________________________________________________________ 682
BENZENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 437
BENZENOSSULFONAMIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 437
BENZIL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________________ 437
BENZNIDAZOL ____________________________________________________________________________ 683
BENZOATO DE BENZILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 437
BENZOATO DE COLESTERILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 437
BENZOATO DE ESTRADIOL _________________________________________________________________ 684
BENZOATO DE METILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 437
BENZOFENONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 437
BENZOILMETRONIDAZOL __________________________________________________________________ 685
BENZOILMETRONIDAZOL SUSPENSÃO ORAL ________________________________________________ 686
BENZOÍNA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________________ 437
BICARBONATO DE POTÁSSIO _______________________________________________________________ 687
BICARBONATO DE SÓDIO___________________________________________________________________ 689
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1391

BICARBONATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 437


BICINCONINATO DISSÓDICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)__________________________ 438
BIFTALATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 438
BIFTALATO DE POTÁSSIO 0,05 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________ 438
BIFTALATO PH 4,4 (TAMPÕES) _______________________________________________________________ 507
BIOCOMPATIBILDADE DE CORRELATOS _____________________________________________________ 305
BIOCOMPATIBILIDADE _____________________________________________________________________ 303
BISACODIL ________________________________________________________________________________ 689
BISACODIL COMPRIMIDOS _________________________________________________________________ 690
BISACODIL SUPOSITÓRIOS _________________________________________________________________ 691
BISSULFATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 438
BISSULFATO DE SÓDIO(REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 438
BISSULFITO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 438
BITARTARATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 438
BITARTARATO DE SÓDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 438
BIURETO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________________ 438
BIURETO, REAGENTE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 438
BOLDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 438
BOLDO ____________________________________________________________________________________ 692
BOLDO TINTURA___________________________________________________________________________ 698
BORATO DE SÓDIO _________________________________________________________________________ 699
BORATO PH 8,0 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 508
BORATO PH 9,0 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 509
BORATO PH 9,6 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 509
BORNEOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 438
BROMATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 439
BROMATO DE POTÁSSIO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _______________________________ 502
BROMAZEPAM _____________________________________________________________________________ 700
BROMAZEPAM COMPRIMIDOS ______________________________________________________________ 701
BROMELINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_________________________________________ 439
BROMELINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)______________________________________ 439
BROMETO DE DIMÍDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 439
BROMETO DE DIMÍDIO-AZUL DE SULFANO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________ 439
BROMETO DE HEXADIMETRINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________ 439
BROMETO DE IODO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 439
BROMETO DE IODO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 439
BROMETO DE NEOSTIGMINA _______________________________________________________________ 702
BROMETO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 439
BROMETO DE SÓDIO _______________________________________________________________________ 703
BROMETO DE TETRABUTILAMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 439
BROMETO DE TETRAEPTILAMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________ 439
BROMETO MERCÚRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 439
BROMIDRATO DE CITALOPRAM _____________________________________________________________ 704
BROMIDRATO DE HIOSCIAMINA ____________________________________________________________ 705
BROMO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________________ 440
BROMO 0,05 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ______________________________________________ 502
BROMO 0,2 M EM ÁCIDO ACÉTICO GLACIAL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________ 440
BROMO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________________ 440
BROMOPRIDA _____________________________________________________________________________ 706
BROMOPRIDA COMPRIMIDOS _______________________________________________________________ 706
BROMOPRIDA SOLUÇÃO ORAL _____________________________________________________________ 707
BUTANOSSULFONATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________ 440
1392 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

BUTIL HIDROXIANISOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 440


BUTILAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 440
BUTILBROMETO DE ESCOPOLAMINA________________________________________________________ 708
BUTILBROMETO DE ESCOPOLAMINA COMPRIMIDOS _________________________________________ 709
BUTILBROMETO DE ESCOPOLAMINA SOLUÇÃO INJETÁVEL___________________________________ 710
BUTILPARABENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 440

CAFEÍNA __________________________________________________________________________________ 713


CALAMINA ________________________________________________________________________________ 714
CALCIFEROL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 440
CÁLCIO SRA - 400 —G/ML (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 440
CALCONA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________________________________ 416
CALCONA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ____________________________________ 416
CALCONA, MISTURA COMPOSTA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) __________________ 416
CALÊNDULA ______________________________________________________________________________ 714
CANELA-DA-CHINA ________________________________________________________________________ 718
CANELA-DO-CEILÃO _______________________________________________________________________ 721
CANFENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 440
CÂNFORA _________________________________________________________________________________ 724
CÂNFORA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 441
CAOLIM LEVE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 441
CAPACIDADE VOLUMÉTRICA TOTAL ________________________________________________________ 288
CAPIM LIMÃO _____________________________________________________________________________ 724
CÁPSULAS
AMOXICILINA TRI-HIDRATADA________________________________________________________ 623
AMPICILINA _________________________________________________________________________ 627
AMPICILINA TRI-HIDRATADA _________________________________________________________ 634
AZITROMICINA ______________________________________________________________________ 667
CEFACLOR___________________________________________________________________________ 753
CEFADROXILA _______________________________________________________________________ 757
CLORIDRATO DE AMITRIPTILINA ______________________________________________________ 810
CLORIDRATO DE CLINDAMICINA ______________________________________________________ 819
CLORIDRATO DE TETRACICLINA ______________________________________________________ 865
FLUCONAZOL________________________________________________________________________ 967
INDOMETACINA______________________________________________________________________ 1067
ISOTRETINOÍNA______________________________________________________________________ 1075
NIFEDIPINO __________________________________________________________________________ 1156
PIROXICAM __________________________________________________________________________ 1204
RIFAMPICINA ________________________________________________________________________ 1258
RITONAVIR __________________________________________________________________________ 1261
ZIDOVUDINA ________________________________________________________________________ 1378
CAPTOPRIL ________________________________________________________________________________ 729
CAPTOPRIL COMPRIMIDOS _________________________________________________________________ 730
CARBAMAZEPINA _________________________________________________________________________ 731
CARBAMAZEPINA COMPRIMIDOS ___________________________________________________________ 733
CARBONATO BÁSICO DE BISMUTO __________________________________________________________ 734
CARBONATO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 441
CARBONATO DE AMÔNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 441
CARBONATO DE CÁLCIO ___________________________________________________________________ 735
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1393

CARBONATO DE CÁLCIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 441


CARBONATO DE ESTRÔNCIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 441
CARBONATO DE LÍTIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 441
CARBONATO DE MAGNÉSIO ________________________________________________________________ 736
CARBONATO DE POTÁSSIO _________________________________________________________________ 737
CARBONATO DE POTÁSSIO, ANIDRO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 441
CARBONATO DE POTÁSSIO, SESQUI-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______ 441
CARBONATO DE SÓDIO_____________________________________________________________________ 738
CARBONATO DE SÓDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 442
CARBONATO DE SÓDIO, ANIDRO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________ 442
CARBONATO DE SÓDIO, DECA-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 442
CARBONATO DE SÓDIO, MONOIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________ 442
CARBONATO-BICARBONATO DE SÓDIO PH 9,6 (TAMPÕES) _____________________________________ 509
CARBONO ORGÂNICO TOTAL _______________________________________________________________ 160
CARBOPLATINA SOLUÇÃO INJETÁVEL ______________________________________________________ 739
CARDAMOMO _____________________________________________________________________________ 740
CARQUEJA ________________________________________________________________________________ 744
CARRAGENINA ____________________________________________________________________________ 747
CARVONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 442
CASTANHA-DA-ÍNDIA ______________________________________________________________________ 749
CATEQUINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 442
CEFACLOR ________________________________________________________________________________ 752
CEFACLOR CÁPSULAS _____________________________________________________________________ 753
CEFACLOR SUSPENSÃO ORAL ______________________________________________________________ 754
CEFADROXILA_____________________________________________________________________________ 755
CEFADROXILA CÁPSULAS __________________________________________________________________ 757
CEFADROXILA COMPRIMIDOS ______________________________________________________________ 758
CEFADROXILA PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL __________________________________________________ 759
CEFALEXINA ______________________________________________________________________________ 760
CEFALEXINA COMPRIMIDOS ________________________________________________________________ 762
CEFALEXINA PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL ____________________________________________________ 764
CEFALINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 442
CEFALINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 442
CEFALOTINA SÓDICA PÓ PARA SOLUÇÃO INJETÁVEL _________________________________________ 765
CEFOXITINA SÓDICA _______________________________________________________________________ 766
CEFOXITINA SÓDICA PÓ PARA SOLUÇÃO INJETÁVEL _________________________________________ 767
CELULOSE CROMATOGRÁFICA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 442
CENTELA__________________________________________________________________________________ 768
CETOCONAZOL COMPRIMIDOS _____________________________________________________________ 772
CETOCONAZOL XAMPU ____________________________________________________________________ 772
CETOPROFENO ____________________________________________________________________________ 773
CHAPÉU-DE-COURO________________________________________________________________________ 774
CHUMBO SRA - 100 —G/ML (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 442
CIANETO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 442
CIANETO DE POTÁSSIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 443
CIANETO-AMÔNIA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 443
CIANOACETATO DE ETILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 443
CIANOCOBALAMINA SOLUÇÃO INJETÁVEL __________________________________________________ 780
CICLOEXANO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 443
CICLOPIROX OLAMINA_____________________________________________________________________ 780
CICLOPIROX OLAMINA SOLUÇÃO TÓPICA ___________________________________________________ 781
CIMETIDINA _______________________________________________________________________________ 782
1394 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

CIMETIDINA COMPRIMIDOS ________________________________________________________________ 784


CIMETIDINA SOLUÇÃO INJETÁVEL __________________________________________________________ 784
CINAMATO DE BENZILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 443
CINAMATO DE METILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 443
CINCHONINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 443
CIPROFLOXACINO SOLUÇÃO INJETÁVEL ____________________________________________________ 785
CISPLATINA SOLUÇÃO INJETÁVEL __________________________________________________________ 787
CITRAL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________________ 443
CITRATO CÚPRICO ALCALINO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 443
CITRATO DE AMÔNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 443
CITRATO DE LÍTIO _________________________________________________________________________ 788
CITRATO DE POTÁSSIO _____________________________________________________________________ 789
CITRATO DE SÓDIO ________________________________________________________________________ 790
CITRATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 444
CITRATO-FOSFATO PH 5,0 (TAMPÕES) ________________________________________________________ 507
CITRO-FOSFATO PH 6,0 (TAMPÕES) __________________________________________________________ 507
CITRO-FOSFATO PH 7,0 (TAMPÕES) __________________________________________________________ 508
CITRONELAL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 444
CITRONELOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 444
CLARITROMICINA _________________________________________________________________________ 791
CLARITROMICINA COMPRIMIDOS ___________________________________________________________ 792
CLARITROMICINA PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL _______________________________________________ 793
CLASSIFICAÇÃO DE SALAS LIMPAS E AMBIENTES CONTROLADOS ASSOCIADOS _______________ 330
CLAVULANATO DE POTÁSSIO _______________________________________________________________ 794
CLOFAZIMINA _____________________________________________________________________________ 795
CLONAZEPAM COMPRIMIDOS ______________________________________________________________ 796
CLONAZEPAM SOLUÇÃO ORAL _____________________________________________________________ 798
CLOPIDOGREL COMPRIMIDOS ______________________________________________________________ 798
CLORAMINA-T (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 444
CLORATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 444
CLORETO COBALTOSO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 444
CLORETO COBALTOSO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 444
CLORETO DE ACETILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 444
CLORETO DE ALUMÍNIO HEXA-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________ 444
CLORETO DE ALUMÍNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)___________________________ 444
CLORETO DE AMÔNIO______________________________________________________________________ 799
CLORETO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 445
CLORETO DE AMÔNIO PH 10,0 (TAMPÕES) ___________________________________________________ 509
CLORETO DE AMÔNIO PH 10,7 (TAMPÕES) ___________________________________________________ 509
CLORETO DE AMÔNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 445
CLORETO DE AMÔNIO-HIDRÓXIDO DE AMÔNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____ 445
CLORETO DE BÁRIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 445
CLORETO DE BÁRIO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ___________________________________ 502
CLORETO DE BÁRIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 445
CLORETO DE BENZALCÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 445
CLORETO DE BENZETÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 445
CLORETO DE BENZETÔNIO 0,004 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) __________________________ 502
CLORETO DE BENZILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 445
CLORETO DE CÁLCIO ______________________________________________________________________ 800
CLORETO DE CÁLCIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 445
CLORETO DE CÁLCIO HEXAIDRATADO ______________________________________________________ 801
CLORETO DE CÁLCIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 446
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1395

CLORETO DE CÁLCIO, ANIDRO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 445


CLORETO DE CÉSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 446
CLORETO DE ESTANHO(II) SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 446
CLORETO DE MAGNÉSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 446
CLORETO DE MERCÚRIO(II) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 446
CLORETO DE METACOLINA _________________________________________________________________ 802
CLORETO DE METILENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 446
CLORETO DE METILENO SATURADO COM AMÔNIA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_____ 446
CLORETO DE METILROSANILÍNIO (CI 42555) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______ 416
CLORETO DE METILROSANILÍNIO SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________ 416
CLORETO DE METILTIONÍNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_________________________ 446
CLORETO DE METILTIONÍNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)______________________ 446
CLORETO DE METILTIONÍNIO SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_____________________ 446
CLORETO DE NÍQUEL(II) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 446
CLORETO DE NITROBENZOÍLA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 446
CLORETO DE OURO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 446
CLORETO DE OURO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 447
CLORETO DE PALÁDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 447
CLORETO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 447
CLORETO DE POTÁSSIO, SOLUÇÃO SATURADA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________ 447
CLORETO DE SÓDIO________________________________________________________________________ 803
CLORETO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 447
CLORETO DE SÓDIO A 0,9% (P/V) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________ 447
CLORETO DE SÓDIO SOLUÇÃO INJETÁVEL___________________________________________________ 804
CLORETO DE ZINCO________________________________________________________________________ 804
CLORETO ESTANOSO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 447
CLORETO ESTANOSO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 447
CLORETO ESTANOSO SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 447
CLORETO FÉRRICO (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________________________ 416
CLORETO FÉRRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 447
CLORETO FÉRRICO ÁCIDO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 447
CLORETO FÉRRICO METANÓLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 447
CLORETO FÉRRICO SI (APROXIMADAMENTE 0,4 M) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) 416
CLORETO FÉRRICO SR (APROXIMADAMENTE 0,4 M) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____ 447
CLORETO MERCÚRICO SR (APROXIMADAMENTE 0,2 M) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) 447
CLORETO PLATÍNICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 448
CLORIDRATO DE (2-CLOROETIL)DIETILAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________ 448
CLORIDRATO DE AMILORIDA E HIDROCLOROTIAZIDA COMPRIMIDOS _________________________ 805
CLORIDRATO DE AMIODARONA_____________________________________________________________ 806
CLORIDRATO DE AMITRIPTILINA____________________________________________________________ 808
CLORIDRATO DE AMITRIPTILINA CÁPSULAS _________________________________________________ 810
CLORIDRATO DE AMITRIPTILINA COMPRIMIDOS _____________________________________________ 811
CLORIDRATO DE BENZOÍLA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 448
CLORIDRATO DE BIPERIDENO COMPRIMIDOS ________________________________________________ 812
CLORIDRATO DE BUPIVACAÍNA E GLICOSE SOLUÇÃO INJETÁVEL _____________________________ 813
CLORIDRATO DE CICLOBENZAPRINA________________________________________________________ 815
CLORIDRATO DE CICLOBENZAPRINA COMPRIMIDOS _________________________________________ 815
CLORIDRATO DE CIPROFLOXACINO COMPRIMIDOS __________________________________________ 816
CLORIDRATO DE CIPROFLOXACINO SOLUÇÃO OFTÁLMICA ___________________________________ 818
CLORIDRATO DE CLINDAMICINA CÁPSULAS _________________________________________________ 819
CLORIDRATO DE DIFENIDRAMINA __________________________________________________________ 820
CLORIDRATO DE DIFENIDRAMINA COMPRIMIDOS ____________________________________________ 821
1396 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

CLORIDRATO DE DIFENIDRAMINA SOLUÇÃO ORAL __________________________________________ 822


CLORIDRATO DE DIMETIL-P-FENILENODIAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______ 448
CLORIDRATO DE EPINASTINA_______________________________________________________________ 823
CLORIDRATO DE EPINASTINA COMPRIMIDOS ________________________________________________ 824
CLORIDRATO DE ETAMBUTOL ______________________________________________________________ 825
CLORIDRATO DE ETAMBUTOL COMPRIMIDOS________________________________________________ 826
CLORIDRATO DE FENILIDRAZINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 448
CLORIDRATO DE FENILIDRAZINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 448
CLORIDRATO DE FEXOFENADINA ___________________________________________________________ 827
CLORIDRATO DE FEXOFENADINA COMPRIMIDOS ____________________________________________ 828
CLORIDRATO DE FLUOXETINA______________________________________________________________ 829
CLORIDRATO DE FLUOXETINA COMPRIMIDOS _______________________________________________ 831
CLORIDRATO DE FLURAZEPAM COMPRIMIDOS ______________________________________________ 832
CLORIDRATO DE HIDRALAZINA_____________________________________________________________ 833
CLORIDRATO DE HIDRALAZINA COMPRIMIDOS ______________________________________________ 834
CLORIDRATO DE HIDRALAZINA SOLUÇÃO INJETÁVEL________________________________________ 835
CLORIDRATO DE HIDRASTINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 448
CLORIDRATO DE HIDROXILAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________ 448
CLORIDRATO DE HIDROXILAMINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 448
CLORIDRATO DE HIDROXILAMINA SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________ 448
CLORIDRATO DE IMIPRAMINA ______________________________________________________________ 836
CLORIDRATO DE IMIPRAMINA COMPRIMIDOS _______________________________________________ 838
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA _______________________________________________________________ 839
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA GEL ___________________________________________________________ 840
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA POMADA ______________________________________________________ 841
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA SOLUÇÃO INJETÁVEL __________________________________________ 842
CLORIDRATO DE MEFLOQUINA _____________________________________________________________ 843
CLORIDRATO DE MEFLOQUINA COMPRIMIDOS ______________________________________________ 844
CLORIDRATO DE METFORMINA _____________________________________________________________ 845
CLORIDRATO DE METFORMINA COMPRIMIDOS ______________________________________________ 846
CLORIDRATO DE METOCLOPRAMIDA COMPRIMIDOS _________________________________________ 847
CLORIDRATO DE METOCLOPRAMIDA SOLUÇÃO INJETÁVEL __________________________________ 848
CLORIDRATO DE METOCLOPRAMIDA SOLUÇÃO ORAL ________________________________________ 849
CLORIDRATO DE O-FENILENODIAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________ 448
CLORIDRATO DE P-FENILENODIAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________ 448
CLORIDRATO DE PILOCARPINA _____________________________________________________________ 850
CLORIDRATO DE PIRIDOXINA_______________________________________________________________ 851
CLORIDRATO DE PIRIDOXINA COMPRIMIDOS ________________________________________________ 853
CLORIDRATO DE PROMETAZINA ____________________________________________________________ 854
CLORIDRATO DE PROMETAZINA COMPRIMIDOS______________________________________________ 855
CLORIDRATO DE PROMETAZINA SOLUÇÃO INJETÁVEL _______________________________________ 856
CLORIDRATO DE PROPRANOLOL ____________________________________________________________ 857
CLORIDRATO DE PROPRANOLOL COMPRIMIDOS _____________________________________________ 858
CLORIDRATO DE RANITIDINA_______________________________________________________________ 859
CLORIDRATO DE RANITIDINA COMPRIMIDOS ________________________________________________ 860
CLORIDRATO DE SERTRALINA ______________________________________________________________ 861
CLORIDRATO DE SERTRALINA COMPRIMIDOS _______________________________________________ 862
CLORIDRATO DE TETRACICLINA ____________________________________________________________ 863
CLORIDRATO DE TETRACICLINA CÁPSULAS _________________________________________________ 865
CLORIDRATO DE TETRIZOLINA _____________________________________________________________ 866
CLORIDRATO DE TIAMINA __________________________________________________________________ 867
CLORIDRATO DE TIAMINA COMPRIMIDOS ___________________________________________________ 869
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1397

CLORIDRATO DE TIAMINA SOLUÇÃO INJETÁVEL _____________________________________________ 870


CLORIDRATO DE TRAMADOL _______________________________________________________________ 870
CLORIDRATO DE TRAMADOL SOLUÇÃO INJETÁVEL _________________________________________ 871
CLORIDRATO DE VERAPAMIL _______________________________________________________________ 872
CLORIDRATO DE VERAPAMIL COMPRIMIDOS ________________________________________________ 873
CLORIDRATO DE VERAPAMIL SOLUÇÃO INJETÁVEL __________________________________________ 875
CLORO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)___________________________________________ 449
CLOROBENZENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 449
CLOROFÓRMIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 449
CLOROFÓRMIO ISENTO DE ÁLCOOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 449
CLOROTIAZIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)______________________________________ 449
CLORPROPAMIDA __________________________________________________________________________ 876
CLORPROPAMIDA COMPRIMIDOS ___________________________________________________________ 877
CLORTALIDONA ___________________________________________________________________________ 878
CLORTALIDONA COMPRIMIDOS _____________________________________________________________ 880
CLOZAPINA _______________________________________________________________________________ 881
CLOZAPINA COMPRIMIDOS _________________________________________________________________ 882
COBALTINITRITO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 449
COBALTINITRITO DE SÓDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 449
COBRE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________________ 449
COBRE SRA – 1 MG/ML (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 449
COLCHICINA ______________________________________________________________________________ 884
COLCHICINA COMPRIMIDOS ________________________________________________________________ 885
COMBINAÇÃO DE ESTIMATIVAS DE POTÊNCIA _______________________________________________ 347
COMPRIMIDOS
ACICLOVIR __________________________________________________________________________ 566
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO ____________________________________________________________ 569
ÁCIDO ASCÓRBICO ___________________________________________________________________ 571
ÁCIDO FÓLICO _______________________________________________________________________ 578
ÁCIDO NALIDÍXICO __________________________________________________________________ 581
ALBENDAZOL _______________________________________________________________________ 590
AMINOFILINA________________________________________________________________________ 617
AMOXICILINA E CLAVULANATO DE POTÁSSIO _________________________________________ 619
AMPICILINA _________________________________________________________________________ 628
AMPICILINA TRI-HIDRATADA _________________________________________________________ 635
ARTESUNATO ________________________________________________________________________ 658
ATENOLOL __________________________________________________________________________ 662
ATENOLOL E CLORTALIDONA _________________________________________________________ 663
BISACODIL __________________________________________________________________________ 690
BROMAZEPAM _______________________________________________________________________ 701
BROMOPRIDA________________________________________________________________________ 706
BUTILBROMETO DE ESCOPOLAMINA __________________________________________________ 709
CAPTOPRIL __________________________________________________________________________ 730
CARBAMAZEPINA ____________________________________________________________________ 733
CEFADROXILA _______________________________________________________________________ 758
CEFALEXINA_________________________________________________________________________ 762
CETOCONAZOL ______________________________________________________________________ 772
CIMETIDINA _________________________________________________________________________ 784
CLARITROMICINA____________________________________________________________________ 792
CLONAZEPAM _______________________________________________________________________ 796
CLOPIDOGREL _______________________________________________________________________ 798
CLORIDRATO DE AMILORIDA E HIDROCLOROTIAZIDA __________________________________ 805
1398 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

CLORIDRATO DE AMITRIPTILINA ______________________________________________________ 811


CLORIDRATO DE BIPERIDENO _________________________________________________________ 812
CLORIDRATO DE CICLOBENZAPRINA __________________________________________________ 815
CLORIDRATO DE CIPROFLOXACINO ___________________________________________________ 816
CLORIDRATO DE DIFENIDRAMINA_____________________________________________________ 821
CLORIDRATO DE EPINASTINA _________________________________________________________ 824
CLORIDRATO DE ETAMBUTOL ________________________________________________________ 828
CLORIDRATO DE FEXOFENADINA _____________________________________________________ 828
CLORIDRATO DE FLUOXETINA _______________________________________________________ 831
CLORIDRATO DE FLURAZEPAM _______________________________________________________ 832
CLORIDRATO DE HIDRALAZINA _______________________________________________________ 834
CLORIDRATO DE IMIPRAMINA ________________________________________________________ 838
CLORIDRATO DE MEFLOQUINA _______________________________________________________ 844
CLORIDRATO DE METFORMINA _______________________________________________________ 846
CLORIDRATO DE METOCLOPRAMIDA __________________________________________________ 847
CLORIDRATO DE PIRIDOXINA ________________________________________________________ 853
CLORIDRATO DE PROMETAZINA ______________________________________________________ 855
CLORIDRATO DE PROPRANOLOL ______________________________________________________ 858
CLORIDRATO DE RANITIDINA ________________________________________________________ 860
CLORIDRATO DE SERTRALINA ________________________________________________________ 862
CLORIDRATO DE TIAMINA ____________________________________________________________ 869
CLORIDRATO DE VERAPAMIL _________________________________________________________ 873
CLORPROPAMIDA ____________________________________________________________________ 877
CLOZAPINA__________________________________________________________________________ 882
COLCHICINA_________________________________________________________________________ 885
DIAZEPAM ___________________________________________________________________________ 902
DICLOFENACO POTÁSSICO ___________________________________________________________ 906
DIFOSFATO DE CLOROQUINA _________________________________________________________ 907
DIFOSFATO DE PRIMAQUINA __________________________________________________________ 909
DIGOXINA ___________________________________________________________________________ 910
DIPIRONA ___________________________________________________________________________ 912
EFAVIRENZ __________________________________________________________________________ 916
ESTOLATO DE ERITROMICINA _________________________________________________________ 936
ETIONAMIDA ________________________________________________________________________ 946
FENITOÍNA __________________________________________________________________________ 955
FENOBARBITAL ______________________________________________________________________ 959
FLUNITRAZEPAM ____________________________________________________________________ 968
FLUTAMIDA _________________________________________________________________________ 975
FUROSEMIDA ________________________________________________________________________ 990
GLIBENCLAMIDA ____________________________________________________________________ 999
HALOPERIDOL _______________________________________________________________________ 1014
IBUPROFENO ________________________________________________________________________ 1053
ISONIAZIDA _________________________________________________________________________ 1073
LAMIVUDINA ________________________________________________________________________ 1080
LAMOTRIGINA _______________________________________________________________________ 1082
LEFLUNOMIDA_______________________________________________________________________ 1090
LEVONORGESTREL E ETINILESTRADIOL _______________________________________________ 1093
LORATADINA ________________________________________________________________________ 1098
MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA __________________________________________________ 1106
MALEATO DE ENALAPRIL_____________________________________________________________ 1109
MEBENDAZOL _______________________________________________________________________ 1120
METILDOPA__________________________________________________________________________ 1144
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1399

METRONIDAZOL _____________________________________________________________________ 1146


MITOTANO __________________________________________________________________________ 1153
NIMESULIDA_________________________________________________________________________ 1159
NITROFURANTOÍNA __________________________________________________________________ 1167
OFLOXACINO ________________________________________________________________________ 1177
PARACETAMOL ______________________________________________________________________ 1190
PIRAZINAMIDA ______________________________________________________________________ 1200
PIRIMETAMINA ______________________________________________________________________ 1203
PRAZIQUANTEL ______________________________________________________________________ 1221
PREDNISONA ________________________________________________________________________ 1224
SULFADIAZINA ______________________________________________________________________ 1302
SULFAMETOXAZOL E TRIMETOPRIMA _________________________________________________ 1305
SULFATO DE MORFINA _______________________________________________________________ 1318
SULFATO FERROSO ___________________________________________________________________ 1326
TARTARATO DE METOPROLOL ________________________________________________________ 1332
TIABENDAZOL _______________________________________________________________________ 1340
ZIDOVUDINA E LAMIVUDINA _________________________________________________________ 1381
COMPRIMIDOS MASTIGÁVEIS
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO ____________________________________________________________ 1041
COMPRIMIDOS VAGINAIS
NISTATINA___________________________________________________________________________ 1161
CONCENTRADO PARA AMOSTRAS DSS-EGPA (TAMPÕES) ______________________________________ 509
CONCENTRADO PARA AMOSTRAS DSS-EGPA EM CONDIÇÕES REDUTORAS (TAMPÕES) _________ 509
CONDIÇÕES GERAIS _______________________________________________________________________ 237
CONDUTIVIDADE DA ÁGUA ________________________________________________________________ 143
CONTAGEM DO NÚMERO TOTAL DE MICRO-ORGANISMOS MESOFÍLICOS ______________________ 240
CONTAMINAÇÃO POR PARTÍCULAS _________________________________________________________ 77
COR DE LÍQUIDOS _________________________________________________________________________ 92
CORANTE BVF (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) __________________________________ 416
CORRELATOS ______________________________________________________________________________ 304
CRATEGO _________________________________________________________________________________ 886
CREME
ACETATO DE DEXAMETASONA ________________________________________________________ 561
ACICLOVIR __________________________________________________________________________ 568
TERCONAZOL________________________________________________________________________ 1339
TRETINOÍNA _________________________________________________________________________ 1347
CREME VAGINAL
NISTATINA___________________________________________________________________________ 1162
CROMATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 450
CROMATO DE POTÁSSIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 450
CROMATOGRAFIA _________________________________________________________________________ 105
CROMATOGRAFIA A GÁS ___________________________________________________________________ 114
CROMATOGRAFIA A GÁS EM ESPAÇO CONFINADO (HEADSPACE) ______________________________ 117
CROMATOGRAFIA A LÍQUIDO DE ALTA EFICIÊNCIA ___________________________________________ 109
CROMATOGRAFIA DE ÍONS _________________________________________________________________ 113
CROMATOGRAFIA ELETROCINÉTICA MICELAR (CEM) ________________________________________ 139
CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA___________________________________________________ 105
CROMATOGRAFIA EM COLUNA _____________________________________________________________ 107
CROMATOGRAFIA EM PAPEL _______________________________________________________________ 106
CROMOTROPATO DISSÓDICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 450
CÚRCUMA_________________________________________________________________________________ 893
1400 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DAPSONA _________________________________________________________________________________ 899


DE TRIS-CLORIDRATO M DE PH 6,8 (TAMPÕES) _______________________________________________ 507
DESOXICOLATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 450
DETERMINAÇÃO DA ÁGUA PELO MÉTODO SEMIMICRO _______________________________________ 127
DETERMINAÇÃO DA ANTITROMBINA III HUMANA____________________________________________ 219
DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE ANTICOMPLEMENTAR DA IMUNOGLOBULINA ________________ 219
DETERMINAÇÃO DA ATIVIDADE HEMOLÍTICA _______________________________________________ 203
DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE MASSA E DENSIDADE RELATIVA _________________________ 86
DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE RELATIVA _________________________________________________ 149
DETERMINAÇÃO DA FUNÇÃO FC DA IMUNOGLOBULINA _____________________________________ 227
DETERMINAÇÃO DA GRANULOMETRIA DOS PÓS _____________________________________________ 92
DETERMINAÇÃO DA HEPARINA NOS FATORES DA COAGULAÇÃO ______________________________ 207
DETERMINAÇÃO DA IMUNOGLOBULINA HUMANA ANTI-D ____________________________________ 227
DETERMINAÇÃO DA MASSA ________________________________________________________________ 81
DETERMINAÇÃO DA OSMOLALIDADE _______________________________________________________ 148
DETERMINAÇÃO DA PERDA POR DESSECAÇÃO ______________________________________________ 91
DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA DE CONGELAMENTO ____________________________________ 85
DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA DE EBULIÇÃO E FAIXA DE DESTILAÇÃO __________________ 84
DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA DE FUSÃO ______________________________________________ 149
DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA DE SOLIDIFICAÇÃO _____________________________________ 149
DETERMINAÇÃO DA VISCOSIDADE _________________________________________________________ 87
DETERMINAÇÃO DE 1,8-CINEOL EM ÓLEOS ESSENCIAIS ______________________________________ 200
DETERMINAÇÃO DE ABSORÇÃO ____________________________________________________________ 283
DETERMINAÇÃO DE ÁGUA _________________________________________________________________ 123
DETERMINAÇÃO DE ÁGUA _________________________________________________________________ 150
DETERMINAÇÃO DE ÁGUA EM DROGAS VEGETAIS ___________________________________________ 197
DETERMINAÇÃO DE CINZAS INSOLÚVEIS EM ÁCIDO _________________________________________ 198
DETERMINAÇÃO DE CINZAS SULFATADAS ___________________________________________________ 198
DETERMINAÇÃO DE CINZAS SULFATADAS (RESÍDUO POR INCINERAÇÃO) _____________________ 91
DETERMINAÇÃO DE CINZAS TOTAIS ________________________________________________________ 198
DETERMINAÇÃO DE DIÓXIDO DE ENXOFRE _________________________________________________ 188
DETERMINAÇÃO DE ESTERÓIS EM ÓLEOS FIXOS _____________________________________________ 159
DETERMINAÇÃO DE FATORES DA COAGULAÇÃO ATIVADOS __________________________________ 213
DETERMINAÇÃO DE MATÉRIA ESTRANHA ___________________________________________________ 197
DETERMINAÇÃO DE METANOL E 2-PROPANOL EM EXTRATOS FLUIDOS ________________________ 206
DETERMINAÇÃO DE METOXILA_____________________________________________________________ 187
DETERMINAÇÃO DE NITROGÊNIO PELO METODO DE KJELDAHL ______________________________ 181
DETERMINAÇÃO DE ÓLEOS FIXOS __________________________________________________________ 199
DETERMINAÇÃO DE ÓLEOS VOLÁTEIS EM DROGAS VEGETAIS ________________________________ 198
DETERMINAÇÃO DE PESO __________________________________________________________________ 59
DETERMINAÇÃO DE RESÍDUO SECO EM EXTRATOS FLUIDOS E MOLES ________________________ 207
DETERMINAÇÃO DE RESÍDUO SECO EM EXTRATOS SECOS ____________________________________ 207
DETERMINAÇÃO DE RESISTÊNCIA MECÂNICA EM COMPRIMIDOS _____________________________ 62
DETERMINAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS EXTRAÍVEIS POR ÁLCOOL (EXTRATO ALCOÓLICO) _________ 202
DETERMINAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS INSAPONIFICÁVEIS ______________________________________ 154
DETERMINAÇÃO DE TÍTULO DE HEMAGLUTININAS ANTI-A E ANTI-B (MÉTODO INDIRETO) ______ 213
DETERMINAÇÃO DE VOLUME ______________________________________________________________ 61
DETERMINAÇÃO DO ÁLCOOL_______________________________________________________________ 189
DETERMINAÇÃO DO COMPRIMENTO DA FIBRA ______________________________________________ 283
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1401

DETERMINAÇÃO DO FATOR DE VON WILLEBRAND HUMANO _________________________________ 207


DETERMINAÇÃO DO FATOR II DA COAGULAÇÃO SANGUINEA HUMANA _______________________ 209
DETERMINAÇÃO DO FATOR IX DA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA HUMANA_______________________ 209
DETERMINAÇÃO DO FATOR VII DA COAGULAÇÃO SANGUINEA HUMANA ______________________ 210
DETERMINAÇÃO DO FATOR VIII DA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA HUMANA, LIOFILIZADO ________ 212
DETERMINAÇÃO DO FATOR X DA COAGULAÇÃO SANGUINEA HUMANA _______________________ 211
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ACETILA ____________________________________________________ 154
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE AMARGOR __________________________________________________ 202
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ESPUMA ____________________________________________________ 201
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ÉSTERES ____________________________________________________ 151
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE HIDROXILA _________________________________________________ 153
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE INTUMESCÊNCIA ____________________________________________ 204
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE IODO _______________________________________________________ 151
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE PERÓXIDOS _________________________________________________ 152
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE REFRAÇÃO__________________________________________________ 86
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE REFRAÇÃO__________________________________________________ 150
DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE SAPONIFICAÇÃO ____________________________________________ 150
DETERMINAÇÃO DO PH ____________________________________________________________________ 121
DETERMINAÇÃO DO PODER ROTATÓRIO ____________________________________________________ 150
DETERMINAÇÃO DO PODER ROTATÓRIO E DO PODER ROTATÓRIO ESPECÍFICO _________________ 90
DETERMINAÇÃO DO PONTO OU INTERVALO DE FUSÃO _______________________________________ 82
DETERMINAÇÃO DO TÍTULO DO ATIVADOR DA PRÉ-CALICREÍNA______________________________ 218
DEXAMETASONA __________________________________________________________________________ 900
DEXAMETASONA ELIXIR ___________________________________________________________________ 901
DEXTROSE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________________ 450
DEXTROSE 0,1% (P/V) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 450
DIACETATO DE CLOREXIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 450
DIÂMETRO DE SUTURAS ___________________________________________________________________ 280
DIAVERIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 450
DIAZEPAM COMPRIMIDOS __________________________________________________________________ 902
DIAZEPAM SOLUÇAO INJETÁVEL ___________________________________________________________ 903
DIBUTILAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 450
DICLOFENACO POTÁSSICO _________________________________________________________________ 904
DICLOFENACO POTÁSSICO COMPRIMIDOS __________________________________________________ 906
DICLORETO DE ETILENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 450
DICLORIDRATO DE N-(1-NAFTIL)ETILENODIAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____ 451
DICLORIDRATO DE N-(1-NAFTIL)ETILENODIAMINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)__ 451
DICLOROFENOL-INDOFENOL, SOLUÇÃO PADRÃO (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ________________ 502
DICROMATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 451
DICROMATO DE POTÁSSIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 451
DIETILAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 451
DIETILAMINOETILDEXTRANO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 451
DIETILDITIOCARBAMATO DE PRATA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 451
DIETILDITIOCARBAMATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 451
DIETILFTALATO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 452
DIFENILAMINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 452
DIFENILBENZIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 452
DIFENILBORATO DE AMINOETANOL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)________________ 452
DIFENILCARBAZIDA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ____________________________ 416
DIFENILCARBAZIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 452
DIFENILCARBAZIDA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________________________ 416
DIFENILCARBAZIDA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 452
1402 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DIFENILCARBAZONA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ____________________________ 416


DIFENILCARBAZONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 452
DIFENILCARBAZONA MERCÚRICA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 452
DIFENILCARBAZONA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) __________________________ 417
DIFENILCARBAZONA-AZUL DE BROMOFENOL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______ 452
DIFOSFATO DE CLOROQUINA COMPRIMIDOS_________________________________________________ 907
DIFOSFATO DE PRIMAQUINA________________________________________________________________ 908
DIFOSFATO DE PRIMAQUINA COMPRIMIDOS _________________________________________________ 909
DIGOXINA COMPRIMIDOS __________________________________________________________________ 910
DIMETILACETAMIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 453
DIMETILFORMAMIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 454
DIMETILSULFÓXIDO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 454
DIOXANA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 454
DIÓXIDO DE ENXOFRE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 454
DIÓXIDO DE MANGANÊS (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 454
DIÓXIDO DE SILÍCIO _______________________________________________________________________ 912
DIPIRONA COMPRIMIDOS __________________________________________________________________ 912
DIPIRONA SÓDICA MONOIDRATADA_________________________________________________________ 913
DIPIRONA SOLUÇÃO ORAL _________________________________________________________________ 914
DIPROPILENOGLICOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 454
DISSULFETO DE CARBONO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 454
DITIOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________________ 454
DITIOL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 455
DITIOTREITOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 455
DITIZONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 455
DITIZONA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 455
DITIZONA, SOLUÇÃO CONCENTRADA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 455
DITIZONA, SOLUÇÃO DILUÍDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)________________________ 455
DITIZONA, SOLUÇÃO EXTRATORA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________ 455
DL-FENILALANINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 457
DOSEAMENTO DE PROTEÍNAS TOTAIS _______________________________________________________ 222
D-ǹ-4-HIDROXIFENILGLICINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 465

EDETATO DISSÓDICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 455


EDETATO DISSÓDICO 0,05 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _________________________________ 502
EDETATO DISSÓDICO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) __________________________________ 503
EDETATO DISSÓDICO, SOLUÇÃO 0,05 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________ 455
EFAVIRENZ ________________________________________________________________________________ 915
EFAVIRENZ COMPRIMIDOS _________________________________________________________________ 916
ELETROFORESE ___________________________________________________________________________ 129
ELETROFORESE CAPILAR __________________________________________________________________ 136
ELETROFORESE CAPILAR EM SOLUÇÃO LIVRE_______________________________________________ 138
ELETROFORESE DSS-EGPA (TAMPÕES) _______________________________________________________ 509
EMBONATO DE PIRVÍNIO ___________________________________________________________________ 917
EMODINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 455
ENDOTOXINAS BACTERIANAS ______________________________________________________________ 230
ENDRO ____________________________________________________________________________________ 918
ENSAIO IODOMÉTRICO DE ANTIBIÓTICOS ___________________________________________________ 191
ENSAIO LIMITE PARA ALUMÍNIO ____________________________________________________________ 178
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1403

ENSAIO LIMITE PARA AMÔNIA ______________________________________________________________ 177


ENSAIO LIMITE PARA ARSÊNIO _____________________________________________________________ 176
ENSAIO LIMITE PARA CÁLCIO ______________________________________________________________ 178
ENSAIO LIMITE PARA CHUMBO _____________________________________________________________ 179
ENSAIO LIMITE PARA CLORETOS____________________________________________________________ 169
ENSAIO LIMITE PARA FERRO _______________________________________________________________ 174
ENSAIO LIMITE PARA FOSFATOS ____________________________________________________________ 179
ENSAIO LIMITE PARA MAGNÉSIO ___________________________________________________________ 178
ENSAIO LIMITE PARA MAGNÉSIO E METAIS ALCALINOS TERROSOS ___________________________ 178
ENSAIO LIMITE PARA METAIS PESADOS _____________________________________________________ 171
ENSAIO LIMITE PARA SULFATOS ____________________________________________________________ 170
ENSAIO MICROBIOLÓGICO DE ANTIBIÓTICOS________________________________________________ 261
ENSAIO MICROBIOLÓGICO POR DIFUSÃO EM ÁGAR __________________________________________ 264
ENSAIO MICROBIOLÓGICO POR TURBIDIMETRIA_____________________________________________ 270
ENSAIOS BIOLÓGICOS _____________________________________________________________________ 229
ENSAIOS DIRETOS _________________________________________________________________________ 341
ENSAIOS FÍSICOS E FÍSICO QUÍMICOS PARA GORDURAS E ÓLEOS _____________________________ 149
ENSAIOS INDIRETOS “TUDO OU NADA”______________________________________________________ 347
ENSAIOS INDIRETOS QUANTITATIVOS _______________________________________________________ 341
ENSAIOS LIMITE PARA IMPUREZAS INORGÂNICAS ___________________________________________ 169
ENSAIOS MICROBIOLÓGICOS _______________________________________________________________ 236
ENSAIOS MICROBIOLÓGICOS PARA PRODUTOS ESTÉREIS _____________________________________ 253
ENSAIOS MICROBIOLÓGICOS PARA PRODUTOS NÃO ESTÉREIS ________________________________ 236
ENSAIOS QUÍMICOS ________________________________________________________________________ 180
ENXOFRE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 455
EOSINA Y (CI 45380) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________________________ 417
EOSINA Y SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________________________________ 417
EQUIVALÊNCIA FARMACÊUTICA E BIOEQUIVALÊNCIA DE MEDICAMENTOS ____________________ 387
ESCINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________________ 455
ESPARADRAPO ____________________________________________________________________________ 922
ESPECTROFOTOMETRIA DE FLUORESCÊNCIA ________________________________________________ 102
ESPECTROFOTOMETRIA NO ULTRAVIOLETA,VISÍVEL E INFRAVERMELHO ______________________ 99
ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA _________________________________________________ 94
ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA COM CHAMA ____________________________________ 94
ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA COM FORNO DE GRAFITE _________________________ 95
ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA COM GERAÇÃO DE HIDRETOS ____________________ 95
ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA COM GERAÇÃO DE VAPOR FRIO ___________________ 95
ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ATÔMICA ___________________________________________________ 96
ESPECTROMETRIA DE EMISSÃO ÓTICA COM PLASMA INDUTIVAMENTE ACOPLADO ____________ 97
ESPECTROMETRIA DE MASSAS COM PLASMA INDUTIVAMENTE ACOPLADO____________________ 97
ESPINHEIRA SANTA ________________________________________________________________________ 922
ESPIRONOLACTONA _______________________________________________________________________ 928
ESQUALANO ______________________________________________________________________________ 929
ESTANHO METÁLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 456
ESTEARATO DE MACROGOL 40______________________________________________________________ 930
ESTEARATO DE METILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 456
ÉSTER ETILÍCO DE TETRABROMOFENOLFTALEÍNA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS)_ 417
ÉSTER ETILÍCO DE TETRABROMOFENOLFTALEÍNA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_____ 456
ÉSTER ETÍLICO DE TETRABROMOFENOLFTALEÍNA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _ 417
ESTERILIZAÇÃO E GARANTIA DE ESTERILIDADE_____________________________________________ 321
ESTERILIZAÇÃO PELO CALOR ______________________________________________________________ 322
ESTERILIZAÇÃO POR FILTRAÇÃO ___________________________________________________________ 323
1404 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ESTERILIZAÇÃO POR RADIAÇÃO IONIZANTE ________________________________________________ 322


ESTÉVIA __________________________________________________________________________________ 930
ESTIMATIVA DA POTÊNCIA E LIMITES DE CONFIANÇA ________________________________________ 344
ESTOLATO DE ERITROMICINA ______________________________________________________________ 935
ESTOLATO DE ERITROMICINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 456
ESTOLATO DE ERITROMICINA COMPRIMIDOS ________________________________________________ 936
ESTOLATO DE ERITROMICINA SUSPENSÃO ORAL_____________________________________________ 936
ESTRADIOL _______________________________________________________________________________ 937
ESTRAMÔNIO _____________________________________________________________________________ 938
ESTRONA _________________________________________________________________________________ 942
ESTRÔNCIO SRA - 1 MG/ML (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 456
ETANOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_____________________________________________ 456
ETANOL ABSOLUTO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)__________________________________ 456
ETANOL GLICERINADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 456
ÉTER DE PETRÓLEO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 456
ÉTER ETÍLICO _____________________________________________________________________________ 943
ÉTER ETÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 456
ÉTER ISOPROPÍLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 457
ETILENOGLICOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 457
ETILPARABENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 457
ETINILESTRADIOL _________________________________________________________________________ 944
ETIONAMIDA ______________________________________________________________________________ 945
ETIONAMIDA COMPRIMIDOS _______________________________________________________________ 946
EUGENOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________________ 457
EXAME VISUAL E INSPEÇÃO MICROSCÓPICA ________________________________________________ 192
EXAME VISUAL, ODOR E SABOR ____________________________________________________________ 192
EXEMPLO DE COMBINAÇÃO DE ESTIMATIVAS DE POTÊNCIA __________________________________ 372
EXEMPLO DE ENSAIO DIRETO ______________________________________________________________ 359
EXEMPLO DE ENSAIO INDIRETO “TUDO OU NADA” ___________________________________________ 371
EXEMPLOS DE CÁLCULOS ESTATÍSTICOS APLICADOS EM ENSAIOS BIOLÓGICOS _______________ 359
EXEMPLOS DE ENSAIOS INDIRETOS QUANTITATIVOS ________________________________________ 360
EXTRATOS FLUIDOS (EXTRACTA FLUIDA) ___________________________________________________ 204
EXTRATOS MOLES (EXTRACTA SPISSA) ______________________________________________________ 205
EXTRATOS SECOS (EXTRACTA SICCA) _______________________________________________________ 205
EXTRATOS SECOS (EXTRACTA SICCA) _______________________________________________________ 206

FARMACOPEIA BRASILEIRA ________________________________________________________________ 21


FAST GREEN (CI 42053) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 457
FATOR IX DA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA HUMANA LIOFILIZADO _____________________________ 949
FATOR VII DA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA HUMANA LIOFILIZADA _____________________________ 950
FATOR VIII DA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA HUMANA LIOFILIZADO ____________________________ 951
FATOR XA BOVINO, SOLUÇÃO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 457
FATOR XA DA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA BOVINO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____ 457
FENINDIONA ______________________________________________________________________________ 952
FENITOÍNA ________________________________________________________________________________ 954
FENITOÍNA COMPRIMIDOS _________________________________________________________________ 955
FENITOÍNA SÓDICA SOLUÇÃO INJETÁVEL ___________________________________________________ 956
FENOBARBITAL____________________________________________________________________________ 957
FENOBARBITAL COMPRIMIDOS _____________________________________________________________ 959
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1405

FENOBARBITAL SOLUÇÃO ORAL ____________________________________________________________ 960


FENOL ____________________________________________________________________________________ 960
FENOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________________ 457
FENOLFTALEÍNA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ________________________________ 417
FENOLFTALEÍNA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 458
FENOLFTALEÍNA A 0,1% (P/V) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 458
FENOLFTALEÍNA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________________________ 417
FENOLFTALEÍNA, PAPEL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _________________________ 417
FENOXIMETILPENICILINA POTÁSSICA_______________________________________________________ 961
FERRICIANETO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 458
FERRICIANETO DE POTÁSSIO AMONIACAL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 458
FERROCIANETO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 458
FERROCIANETO DE POTÁSSIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 458
FERROÍNA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________________________________ 417
FERROÍNA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ____________________________________ 417
FIBRINOGÊNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 458
FIBRINOGÊNIO HUMANO LIOFILIZADO ______________________________________________________ 963
FITA ADESIVA______________________________________________________________________________ 964
FITOMENADIONA __________________________________________________________________________ 965
FLOROGLUCINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 458
FLOROGLUCINOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 458
FLUCONAZOL _____________________________________________________________________________ 966
FLUCONAZOL CÁPSULAS___________________________________________________________________ 967
FLUIDO GÁSTRICO SIMULADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 458
FLUIDO GÁSTRICO SIMULADO (SEM ENZIMA) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________ 459
FLUIDO INTESTINAL SIMULADO SEM PANCREATINA PH 7,5 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_ 459
FLUNITRAZEPAM COMPRIMIDOS ___________________________________________________________ 968
FLUNITRAZEPAM SOLUÇÃO INJETÁVEL _____________________________________________________ 969
FLUOCINOLONA ACETONIDA _______________________________________________________________ 969
FLUORESCEÍNA SÓDICA ____________________________________________________________________ 970
FLUORETO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 459
FLUORETO DE CÁLCIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 459
FLUORETO DE SÓDIO ______________________________________________________________________ 971
FLUORETO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 459
FLUORETO DE SÓDIO SOLUÇÃO ORAL_______________________________________________________ 972
FLUORETO DE SÓDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 459
FLUORETO ESTANOSO _____________________________________________________________________ 972
FLUTAMIDA _______________________________________________________________________________ 974
FLUTAMIDA COMPRIMIDOS ________________________________________________________________ 975
FOLINATO DE CÁLCIO ______________________________________________________________________ 976
FORMALDEÍDO, SOLUÇÃO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 459
FORMAMIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 459
FORMATO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 459
FOSFATASE ALCALINA, SOLUÇÃO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_____________________ 459
FOSFATO 0,025 M PH 6,86 (TAMPÕES) _________________________________________________________ 507
FOSFATO DE ALUMÍNIO ____________________________________________________________________ 977
FOSFATO DE AMÔNIO DIBÁSICO ____________________________________________________________ 978
FOSFATO DE AMÔNIO DIBÁSICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________ 459
FOSFATO DE AMÔNIO MONOBÁSICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 460
FOSFATO DE CÁLCIO DIBÁSICO DI-HIDRATADO ______________________________________________ 978
FOSFATO DE CÁLCIO TRIBÁSICO ____________________________________________________________ 979
FOSFATO DE CLINDAMICINA________________________________________________________________ 980
1406 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

FOSFATO DE CLINDAMICINA SOLUÇÃO INJETÁVEL___________________________________________ 981


FOSFATO DE CODEÍNA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 460
FOSFATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 460
FOSFATO DE POTÁSSIO DIBÁSICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 460
FOSFATO DE POTÁSSIO MONOBÁSICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 460
FOSFATO DE POTÁSSIO PH 7,4 COM POLISSORBATO 80 A 2% (V/V) (TAMPÕES) __________________ 508
FOSFATO DE SÓDIO DIBÁSICO ______________________________________________________________ 982
FOSFATO DE SÓDIO DIBÁSICO DODECA-HIDRATADO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) 460
FOSFATO DE SÓDIO DIBÁSICO HEPTA-HIDRATADO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __ 460
FOSFATO DE SÓDIO DIBÁSICO, DI-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________ 460
FOSFATO DE SÓDIO DIBÁSICO, DODECA-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___ 460
FOSFATO DE SÓDIO DIBÁSICO, HEPTA-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____ 460
FOSFATO DE SÓDIO MONOBÁSICO __________________________________________________________ 983
FOSFATO DE SÓDIO MONOBÁSICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________ 460
FOSFATO DE SÓDIO MONOBÁSICO, DI-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____ 461
FOSFATO DE SÓDIO MONOBÁSICO, MONOIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___ 461
FOSFATO DE SÓDIO SOLUÇÃO ORAL ________________________________________________________ 984
FOSFATO DE SÓDIO TRIBÁSICO, DODECA-HIDRATO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____ 461
FOSFATO DE TETRABUTILAMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________ 461
FOSFATO DE TRIBUTILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 461
FOSFATO DISSÓDICO DE DEXAMETASONA ___________________________________________________ 985
FOSFATO EQUIMOLAR 0,05 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 461
FOSFATO M/L5 PH 7,0 (TAMPÕES) ____________________________________________________________ 508
FOSFATO PH 2,2 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 506
FOSFATO PH 5,5 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 507
FOSFATO PH 5,8 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 507
FOSFATO PH 6,0 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 507
FOSFATO PH 6,5 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 507
FOSFATO PH 6,8 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 507
FOSFATO PH 7,0 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 508
FOSFATO PH 7,1 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 508
FOSFATO PH 7,2 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 508
FOSFATO PH 7,3 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 508
FOSFATO PH 8,5 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 509
FOSFATO PH 8,6 (TAMPÕES) _________________________________________________________________ 509
FOSFATO SÓDICO DE RIBOFLAVINA _________________________________________________________ 986
FOSFATO-LAURILSULFATO DE SÓDIO PH 11,0 (TAMPÕES) ______________________________________ 509
FOSFATO-LAURILSULFATO DE SÓDIO PH 6,8 (TAMPÕES) _______________________________________ 507
FOSFATO-PÚRPURA DE BROMOCRESOL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 461
FOSFATO-SALINA (PBS) (TAMPÕES) __________________________________________________________ 510
FÓSFORO VERMELHO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 461
FOTOMETRIA DE CHAMA ___________________________________________________________________ 96
FRUTOSE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 461
FRUTOSE A 0,1 % (P/V) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 461
FTALALDEÍDO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_______________________________________ 461
FTALATO DE DIBUTILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 462
FTALATO DE ETILA ________________________________________________________________________ 988
FTALAZINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 462
FUCSINA BÁSICA (CI 42510) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 462
FUCSINA DESCORADA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 462
FUNDAMENTOS ___________________________________________________________________________ 339
FUROSEMIDA______________________________________________________________________________ 989
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1407

FUROSEMIDA COMPRIMIDOS _______________________________________________________________ 990


FUROSEMIDA SOLUÇÃO INJETÁVEL_________________________________________________________ 991

GALACTOSE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 462


GALACTOSE A 0,1% (P/V) EM PIRIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________ 462
GÁS ÓXIDO DE ETILENO ___________________________________________________________________ 324
GAZE DE PETROLATO ______________________________________________________________________ 993
GEL
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA__________________________________________________________ 840
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO ____________________________________________________________ 1041
PIROXICAM __________________________________________________________________________ 1205
TRETINOÍNA _________________________________________________________________________ 1348
GELATINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)___________________________________________ 462
GELATINA GLICERINADA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 462
GELATINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)________________________________________ 462
GENCIANA ________________________________________________________________________________ 993
GENERALIDADES __________________________________________________________________________ 39
GENFIBROZILA ____________________________________________________________________________ 997
GLIBENCLAMIDA __________________________________________________________________________ 998
GLIBENCLAMIDA COMPRIMIDOS ___________________________________________________________ 999
GLICEROL _________________________________________________________________________________ 1001
GLICEROL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________________ 462
GLICEROL SUPOSITÓRIOS __________________________________________________________________ 1002
GLICINA __________________________________________________________________________________ 1003
GLICINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________________ 462
GLICLAZIDA_______________________________________________________________________________ 1003
GLICONATO DE COBRE _____________________________________________________________________ 1005
GLICONATO DE MAGNÉSIO _________________________________________________________________ 1006
GLICOSE __________________________________________________________________________________ 1007
GLICOSE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________________ 463
GLICOSE A 0,1% (P/V) EM PIRIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________ 463
GLICOSE SOLUÇÃO INJETÁVEL _____________________________________________________________ 1008
GLOSSÁRIO DE SÍMBOLOS__________________________________________________________________ 338
GLUTARALDEÍDO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 463
GUAIACOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________________ 463
GUANINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 463
GUARANÁ_________________________________________________________________________________ 1009
GUIA PARA A SELEÇÃO DE PLÁSTICO E OUTROS POLÍMEROS DESIGNAÇÃO DE CLASSE PARA
CORRELATO _______________________________________________________________________________ 307

HALOPERIDOL_____________________________________________________________________________ 1013
HALOPERIDOL COMPRIMIDOS ______________________________________________________________ 1014
HALOPERIDOL SOLUÇÃO INJETÁVEL________________________________________________________ 1015
HALOPERIDOL SOLUÇÃO ORAL _____________________________________________________________ 1016
HALOTANO________________________________________________________________________________ 1017
HAMAMÉLIS TINTURA _____________________________________________________________________ 1018
1408 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

HEPARINA CÁLCICA________________________________________________________________________ 1019


HEPARINA SÓDICA _________________________________________________________________________ 1024
HEPARINA SÓDICA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 463
HEPTANO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 463
HEPTANOSSULFONATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 463
HEXANO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________________ 464
HEXILAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 464
HEXILRESORCINOL ________________________________________________________________________ 1029
HICLATO DE DOXICICLINA _________________________________________________________________ 1030
HIDRASTE _________________________________________________________________________________ 1032
HIDRATO DE CLORAL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 464
HIDRAZINA, HIDRATO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 464
HIDROCLOROTIAZIDA _____________________________________________________________________ 1035
HIDROCLOROTIAZIDA COMPRIMIDOS _______________________________________________________ 1036
HIDROCORTISONA _________________________________________________________________________ 1037
HIDROQUINONA ___________________________________________________________________________ 1038
HIDROXICOBALAMINA SOLUÇÃO INJETÁVEL________________________________________________ 1039
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO__________________________________________________________________ 1039
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO COMPRIMIDOS MASTIGÁVEIS _____________________________________ 1039
HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO GEL _____________________________________________________________ 1041
HIDRÓXIDO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 464
HIDRÓXIDO DE BÁRIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 464
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO ____________________________________________________________________ 1042
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 464
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 464
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO, SOLUÇÃO SATURADA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________ 464
HIDRÓXIDO DE LÍTIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 464
HIDRÓXIDO DE MAGNÉSIO _________________________________________________________________ 1043
HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO __________________________________________________________________ 1044
HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 465
HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO ETANÓLICO 0,5 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) __________________ 503
HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO ETANÓLICO 2 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 465
HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO ETANÓLICO SR (APROXIMADAMENTE 0,5 M) (REAGENTES E SOLUÇÕES
REAGENTES) ______________________________________________________________________________ 465
HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ________________________________ 503
HIDRÓXIDO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 465
HIDRÓXIDO DE SÓDIO ETANÓLICO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _____________________ 503
HIDRÓXIDO DE SÓDIO M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 465
HIDRÓXIDO DE SÓDIO M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ____________________________________ 503
HIDRÓXIDO DE SÓDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 465
HIDRÓXIDO DE SÓDIO, SOLUÇÃO CONCENTRADA SR (APROXIMADAMENTE 10 M) (REAGENTES E
SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________________________________ 465
HIDRÓXIDO DE TETRABUTILAMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 465
HIDRÓXIDO DE TETRABUTILAMÔNIO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) __________________ 503
HIDRÓXIDO DE TETRAMETILAMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_________________ 465
HIDROXIQUINOLINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 466
HIDROXITOLUENO BUTILADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 466
HIPEROSÍDEO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 466
HIPOCLORITO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 466
HIPOCLORITO DE SÓDIO SOLUÇÃO DILUÍDA _________________________________________________ 1045
HIPOCLORITO DE SÓDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 466
HIPOFOSFITO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 466
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1409

HIPOFOSFITO DE SÓDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 466


HISTAMINA________________________________________________________________________________ 235
HISTÓRICO ________________________________________________________________________________ 13
HORTELÃ PIMENTA ________________________________________________________________________ 1046
HORTELÃ PIMENTA ÓLEO VOLÁTIL _________________________________________________________ 1050

IBUPROFENO ______________________________________________________________________________ 1053


IBUPROFENO COMPRIMIDOS _______________________________________________________________ 1053
IDENTIFICAÇÃO DE ESTEROIDES POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA_______________ 167
IDENTIFICAÇÃO DE FENOTIAZINAS POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA ____________ 168
IDENTIFICAÇÃO DE ISOLADOS MICROBIANOS _______________________________________________ 335
IDENTIFICAÇÃO DE ÓLEOS FIXOS ___________________________________________________________ 155
IDENTIFICAÇÃO DOS ÓLEOS VEGETAIS POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA _________ 155
IMIDAZOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________________ 466
IMIDAZOL PH 7,4 (TAMPÕES) ________________________________________________________________ 508
IMINODIBENZILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 466
IMPUREZAS ALCALINAS ___________________________________________________________________ 155
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA A HEPATITE A _________________________________________ 1055
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA A HEPATITE B _________________________________________ 1056
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA A HEPATITE B PARA USO INTRAVENOSO ________________ 1056
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA A RAIVA ______________________________________________ 1056
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA A RUBÉOLA___________________________________________ 1058
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA A VARICELA __________________________________________ 1060
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA A VARICELA PARA USO INTRAVENOSO __________________ 1061
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA O ANTÍGENO D________________________________________ 1055
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA O SARAMPO __________________________________________ 1058
IMUNOGLOBULINA HUMANA CONTRA O TÉTANO ____________________________________________ 1059
IMUNOGLOBULINA HUMANA NORMAL ______________________________________________________ 1061
IMUNOGLOBULINA HUMANA NORMAL PARA ADMINISTRAÇÃO POR VIA INTRAVENOSA ________ 1064
INDICADORES BIOLÓGICOS ________________________________________________________________ 326
INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS __________________________________________________ 413
ALARANJADO DE METILA (CI 13025) ___________________________________________________ 413
ALARANJADO DE METILA SI __________________________________________________________ 413
ALARANJADO DE METILA, SOLUÇÃO __________________________________________________ 413
ALARANJADO DE XILENOL ___________________________________________________________ 413
ALARANJADO DE XILENOL SI _________________________________________________________ 413
ALIZARINA __________________________________________________________________________ 413
ALIZARINA SI ________________________________________________________________________ 414
AMARELO DE ALIZARINA GG (CI 14025) ________________________________________________ 414
AMARELO DE ALIZARINA GG SI _______________________________________________________ 414
AMARELO DE DIMETILA (CI 11020) ____________________________________________________ 414
AMARELO DE DIMETILA SI ___________________________________________________________ 414
AMARELO DE METANILA (CI 13065) ____________________________________________________ 414
AMARELO DE METANILA SI ___________________________________________________________ 414
AMARELO NAFTOL (CI 10315) _________________________________________________________ 414
AMARELO TITAN (CI 19540) ___________________________________________________________ 414
AMARELO TITAN SI __________________________________________________________________ 414
AMARELO TITAN, PAPEL ______________________________________________________________ 414
AMIDO (AMIDO SOLÚVEL) ____________________________________________________________ 414
1410 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

AMIDO SI ____________________________________________________________________________ 414


AMIDO IODETADO SI _________________________________________________________________ 415
AMIDO ISENTO DE IODETO SI _________________________________________________________ 415
AMIDO IODETADO, PAPEL_____________________________________________________________ 415
AZUL DE BROMOFENOL ______________________________________________________________ 415
AZUL DE BROMOFENOL SI ____________________________________________________________ 415
AZUL DE BROMOTIMOL ______________________________________________________________ 415
AZUL DE BROMOTIMOL SI ____________________________________________________________ 415
AZUL DE HIDROXINAFTOL ____________________________________________________________ 415
AZUL DE HIDROXINAFTOL SI _________________________________________________________ 415
AZUL DE ORACET B __________________________________________________________________ 415
AZUL DE ORACET B SI ________________________________________________________________ 415
AZUL DE TIMOL ______________________________________________________________________ 415
AZUL DE TIMOL SI ___________________________________________________________________ 415
AZUL DO NILO A (CI 51180) ____________________________________________________________ 416
AZUL DO NILO A SI ___________________________________________________________________ 416
CALCONA ___________________________________________________________________________ 416
CALCONA SI _________________________________________________________________________ 416
CALCONA, MISTURA COMPOSTA ______________________________________________________ 416
CLORETO DE METILROSANILÍNIO (CI 42555) ____________________________________________ 416
CLORETO DE METILROSANILÍNIO SI ___________________________________________________ 416
CLORETO FÉRRICO ___________________________________________________________________ 416
CLORETO FÉRRICO SI (APROXIMADAMENTE 0,4 M) _____________________________________ 416
CORANTE BVF _______________________________________________________________________ 416
DIFENILCARBAZIDA _________________________________________________________________ 416
DIFENILCARBAZIDA SI _______________________________________________________________ 416
DIFENILCARBAZONA ________________________________________________________________ 416
DIFENILCARBAZONA SI ______________________________________________________________ 417
EOSINA Y (CI 45380)___________________________________________________________________ 417
EOSINA Y SI__________________________________________________________________________ 417
ÉSTER ETILÍCO DE TETRABROMOFENOLFTALEÍNA _____________________________________ 417
ÉSTER ETÍLICO DE TETRABROMOFENOLFTALEÍNA SI __________________________________ 417
FENOLFTALEÍNA _____________________________________________________________________ 417
FENOLFTALEÍNA SI ___________________________________________________________________ 417
FENOLFTALEÍNA, PAPEL ______________________________________________________________ 417
FERROÍNA ___________________________________________________________________________ 417
FERROÍNA SI _________________________________________________________________________ 417
MAGNESON__________________________________________________________________________ 417
MAGNESON SI _______________________________________________________________________ 417
MAGNESON, REAGENTE ______________________________________________________________ 417
1-NAFTOLBENZEÍNA _________________________________________________________________ 417
1-NAFTOLBENZEÍNA SI _______________________________________________________________ 417
1-NAFTOLFTALEÍNA __________________________________________________________________ 418
1-NAFTOLFTALEÍNA SI________________________________________________________________ 418
NEGRO DE ERIOCROMO T (CI 14645) ___________________________________________________ 418
NEGRO DE ERIOCROMO T SI __________________________________________________________ 418
OXALATO DE AMÔNIO ________________________________________________________________ 418
OXALATO DE AMÔNIO SI _____________________________________________________________ 418
PÚRPURA DE BROMOCRESOL _________________________________________________________ 418
PÚRPURA DE BROMOCRESOL SI _______________________________________________________ 418
PÚRPURA DE BROMOCRESOL, REAGENTE______________________________________________ 418
PÚRPURA DE METACRESOL ___________________________________________________________ 418
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1411

PÚRPURA DE METACRESOL SI _________________________________________________________ 418


RESAZURINA ________________________________________________________________________ 418
RESAZURINA SI ______________________________________________________________________ 419
RESORCINOL ________________________________________________________________________ 419
RESORCINOL SI ______________________________________________________________________ 419
TIMOLFTALEÍNA _____________________________________________________________________ 419
TIMOLFTALEÍNA SI ___________________________________________________________________ 419
TIOCIANATO DE AMÔNIO _____________________________________________________________ 419
TIOCIANATO DE AMÔNIO SI ___________________________________________________________ 419
TORNASSOL _________________________________________________________________________ 419
TORNASSOL SI _______________________________________________________________________ 419
TORNASSOL AZUL, PAPEL_____________________________________________________________ 419
TORNASSOL VERMEHO, PAPEL ________________________________________________________ 419
TROPEOLINA O (CI 14270) _____________________________________________________________ 419
TROPEOLINA O SI ____________________________________________________________________ 419
TROPEOLINA OO (CI 13080) ____________________________________________________________ 420
VERDE DE BROMOCRESOL____________________________________________________________ 420
VERDE DE BROMOCRESOL SI _________________________________________________________ 420
VERDE DE MALAQUITA, OXALATO ____________________________________________________ 420
VERDE DE MALAQUITA SI ____________________________________________________________ 420
VERDE DE METILA (CI 42590) __________________________________________________________ 420
VERDE DE METILA SI _________________________________________________________________ 420
VERMELHO CRESOL__________________________________________________________________ 420
VERMELHO CRESOL SI _______________________________________________________________ 420
VERMELHO DE CONGO (CI 22120) ______________________________________________________ 420
VERMELHO DE CONGO SI _____________________________________________________________ 420
VERMELHO DE CONGO, PAPEL ________________________________________________________ 420
VERMELHO DE FENOL ________________________________________________________________ 421
VERMELHO DE FENOL SI _____________________________________________________________ 421
VERMELHO DE METILA (CI 13020) _____________________________________________________ 421
VERMELHO DE METILA SI ____________________________________________________________ 421
VERMELHO DE QUINALDINA__________________________________________________________ 421
VERMELHO DE QUINALDINA SI _______________________________________________________ 421
ÍNDICE DE ACIDEZ _________________________________________________________________________ 150
ÍNDIGO CARMIM (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 467
ÍNDIGO CARMIM SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 467
ÍNDIGO CARMIM SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ___________________________________________ 504
INDOMETACINA ___________________________________________________________________________ 1066
INDOMETACINA CÁPSULAS_________________________________________________________________ 1067
INDOMETACINA SUPOSITÓRIOS _____________________________________________________________ 1068
IODATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 466
IODATO DE POTÁSSIO 0,02 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ________________________________ 504
IODATO DE POTÁSSIO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _________________________________ 504
IODETO DE MERCÚRIO(II) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 466
IODETO DE POTÁSSIO ______________________________________________________________________ 1069
IODETO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 467
IODETO DE POTÁSSIO APROXIMADAMENTE M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_________ 467
IODETO DE POTÁSSIO E SUBNITRATO DE BISMUTO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _ 468
IODETO DE POTÁSSIO MERCÚRICO ALCALINO SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____ 467
IODETO DE POTÁSSIO MERCÚRIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 467
IODETO DE POTÁSSIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 467
IODETO DE SÓDIO _________________________________________________________________________ 1070
1412 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

IODETO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 467


IODETO DE SÓDIO EM ÁCIDO ACÉTICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________ 467
IODETO DE TETRABUTILAMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 467
IODO______________________________________________________________________________________ 1071
IODO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________________ 468
IODO 0,05 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 468
IODO 0,05 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _______________________________________________ 504
IODO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _________________________________________________ 504
IODO 0,5 % (P/V) EM CLOROFÓRMIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________ 468
IODO 1 % (P/V) EM ETANOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 468
IODO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________________ 468
IODOBISMUTATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 468
IODOBISMUTATO DE POTÁSSIO AQUO-ACÉTICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______ 468
IODOBISMUTATO DE POTÁSSIO DILUÍDO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________ 468
IODOBISMUTATO DE POTÁSSIO SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________ 468
ÍONS, GRUPOS E FUNÇÕES __________________________________________________________________ 162
IRGANOX 1010 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_______________________________________ 469
IRGANOX 1076 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_______________________________________ 469
IRGANOX PS 800 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 469
ISONIAZIDA _______________________________________________________________________________ 1072
ISONIAZIDA COMPRIMIDOS ________________________________________________________________ 1073
ISO-OCTANO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 469
ISOTIOCIANATO DE ALILA __________________________________________________________________ 1074
ISOTIOCIANATO DE FLUORESCEÍNA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 469
ISOTRETINOÍNA CÁPSULAS_________________________________________________________________ 1075

JABORANDI TINTURA ______________________________________________________________________ 1077

LACTATO DE CÁLCIO ______________________________________________________________________ 1079


LACTOSE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 469
LACTOSE A 0,1% (P/V) EM PIRIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________ 469
LAMIVUDINA______________________________________________________________________________ 1079
LAMIVUDINA COMPRIMIDOS _______________________________________________________________ 1080
LAMOTRIGINA_____________________________________________________________________________ 1081
LAMOTRIGINA COMPRIMIDOS ______________________________________________________________ 1082
LANATOSÍDEO C ___________________________________________________________________________ 1083
LARANJA-AMARGA ________________________________________________________________________ 1084
LAURATO DE METILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 469
LAURILSULFATO DE SÓDIO _________________________________________________________________ 1088
LAURILSULFATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 470
LAURILSULFATO DE SÓDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 470
LECITINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 470
LEFLUNOMIDA ____________________________________________________________________________ 1089
LEFLUNOMIDA COMPRIMIDOS______________________________________________________________ 1090
LEVODOPA ________________________________________________________________________________ 1091
LEVONORGESTREL ________________________________________________________________________ 1092
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1413

LEVONORGESTREL E ETINILESTRADIOL COMPRIMIDOS ______________________________________ 1093


LIDOCAÍNA________________________________________________________________________________ 1095
LIGA DE NÍQUEL-ALUMÍNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 470
LIMITES MICROBIANOS ____________________________________________________________________ 250
LIMITES MICROBIOLÓGICOS DE ALERTA E AÇÃO EM SALAS E ZONAS LIMPAS __________________ 334
LIMPIDEZ DE LÍQUIDOS ____________________________________________________________________ 145
LINALOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________________ 470
LÍTIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________________ 470
LÍTIO SRA - 2 MG/ML (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 470
LODOBISMUTATO DE POTÁSSIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________ 468
LODOBISMUTATO DE POTÁSSIO SR2 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 468
LORATADINA ______________________________________________________________________________ 1096
LORATADINA COMPRIMIDOS _______________________________________________________________ 1098
LORATADINA E SULFATO DE PSEUDOEFEDRINA SOLUÇÃO ORAL ______________________________ 1100
LORATADINA SOLUÇÃO ORAL ______________________________________________________________ 1099
LOSARTANA POTÁSSICA____________________________________________________________________ 1101

MACRODETERMINAÇÃO (MÉTODO I) ________________________________________________________ 181


MACROGOL _______________________________________________________________________________ 1103
MACROGOL 1000 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 470
MACROGOL 300 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 470
MAGNÉSIO SRA - 1 MG/ML (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 470
MAGNESON (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________________________________ 417
MAGNESON (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 470
MAGNESON SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________________________________ 417
MAGNESON, REAGENTE (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _________________________ 417
MALEATO DE CLORFENIRAMINA____________________________________________________________ 1104
MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA _______________________________________________________ 1105
MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA COMPRIMIDOS _________________________________________ 1106
MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA SOLUÇÃO ORAL________________________________________ 1107
MALEATO DE ENALAPRIL __________________________________________________________________ 1108
MALEATO DE ENALAPRIL COMPRIMIDOS ____________________________________________________ 1109
MALEATO DE LEVOMEPROMAZINA _________________________________________________________ 1110
MARACUJÁ AZEDO ________________________________________________________________________ 1111
MARACUJÁ DOCE__________________________________________________________________________ 1116
MEBENDAZOL _____________________________________________________________________________ 1120
MEBENDAZOL COMPRIMIDOS ______________________________________________________________ 1120
MEBENDAZOL SUSPENSÃO ORAL ___________________________________________________________ 1122
MÉDIAS MÓVEIS ___________________________________________________________________________ 346
MEIMENDRO ______________________________________________________________________________ 1123
MEIOS DE CULTURA E DILUENTES PARA AMOSTRAGEM E QUANTIFICAÇÃO DE PARTÍCULAS VIÁVEIS __ 335
MELAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 471
MELISSA __________________________________________________________________________________ 1127
MERBROMINA _____________________________________________________________________________ 1135
MERCÚRIO SRA – 1 MG/ML (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 471
MEROPENÉM ______________________________________________________________________________ 1136
MEROPENÉM TRIIDRATADO PÓ PARA SOLUÇÃO INJETÁVEL __________________________________ 1138
METABISSULFITO DE SÓDIO ________________________________________________________________ 1140
METABISSULFITO SÓDICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)____________________________ 471
1414 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

METAFOSFATO DE POTÁSSIO _______________________________________________________________ 1140


METANOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 471
METENAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 471
METILBROMETO DE HOMATROPINA_________________________________________________________ 1141
METILCELULOSE 450 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 471
METILDOPA _______________________________________________________________________________ 1143
METILDOPA COMPRIMIDOS _________________________________________________________________ 1144
METILENOBISACRILAMIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 472
METIL-ETIL-CETONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_________________________________ 472
METILISOBUTILCETONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 472
METILPARABENO __________________________________________________________________________ 1145
METILPARABENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 472
MÉTODO DA DESTILAÇÃO AZEOTRÓPICA____________________________________________________ 125
MÉTODO DE COMBUSTÃO _________________________________________________________________ 182
MÉTODO POR CROMATOGRAFIA A GÁS ______________________________________________________ 190
MÉTODO POR DESTILAÇÃO_________________________________________________________________ 189
MÉTODO QUÍMICO _________________________________________________________________________ 324
MÉTODO VOLUMÉTRICO ___________________________________________________________________ 123
MÉTODOS BIOLÓGICOS ____________________________________________________________________ 207
MÉTODOS BIOLÓGICOS, ENSAIOS BIOLÓGICOS E MICROBIOLÓGICOS _________________________ 207
MÉTODOS DE ANÁLISE DE DROGAS VEGETAIS _______________________________________________ 196
MÉTODOS DE ANÁLISE DE EXTRATOS VEGETAIS _____________________________________________ 206
MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO ______________________________________________________________ 321
MÉTODOS DE FARMACOGNOSIA ____________________________________________________________ 192
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO DE EXTRATOS VEGETAIS ________________________________________ 204
MÉTODOS DE PREPARAÇÃO E ANÁLISE DE EXTRATOS VEGETAIS ______________________________ 204
MÉTODOS E EQUIPAMENTOS USADOS PARA MONITORAMENTO AMBIENTAL ___________________ 335
MÉTODOS E EQUIPAMENTOS USADOS PARA MONITORAMENTO DE PARTÍCULAS VIÁVEIS EM
SUPERFÍCIES ______________________________________________________________________________ 335
MÉTODOS FÍSICOS _________________________________________________________________________ 322
MÉTODOS FÍSICOS APLICADOS A MATERIAIS CIRÚRGICOS E HOSPITALARES ___________________ 279
MÉTODOS FÍSICOS E FÍSICO-QUÍMICOS ______________________________________________________ 81
MÉTODOS GERAIS _________________________________________________________________________ 59
MÉTODOS GERAIS APLICADOS A MEDICAMENTOS ___________________________________________ 59
MÉTODOS IMUNOQUÍMICOS ________________________________________________________________ 278
MÉTODOS QUÍMICOS ______________________________________________________________________ 162
METOXIAZOBENZENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 472
METOXIAZOBENZENO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 472
METÓXIDO DE LÍTIO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) __________________________________ 504
METÓXIDO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 472
METÓXIDO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 472
METÓXIDO DE SÓDIO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _________________________________ 504
METOXIETANOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 472
METRONIDAZOL ___________________________________________________________________________ 1145
METRONIDAZOL COMPRIMIDOS ____________________________________________________________ 1146
METRONIDAZOL SOLUÇÃO INJETÁVEL ______________________________________________________ 1148
MICRO-ORGANISMOS EMPREGADOS EM TESTES E ENSAIOS __________________________________ 276
MIRISTATO DE METILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 472
MISTURA DE NEGRO DE ERIOCROMO T (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)________________ 473
MISTURA REDUTORA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 473
MISTURA SULFOCRÔMICA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 473
MISTURAS DE PLASMA HUMANO EXCEDENTE TRATADO POR INATIVAÇÃO VIRAL ______________ 1148
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1415

MISTURAS DE PLASMA HUMANO TRATADO POR INATIVAÇÃO VIRAL __________________________ 1150


MITOTANO ________________________________________________________________________________ 1153
MITOTANO COMPRIMIDOS _________________________________________________________________ 1153
MOLIBDATO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 473
MOLIBDATO DE AMÔNIO A 1% (P/V) EM ÁCIDO SULFÚRICO M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __ 473
MOLIBDATO DE AMÔNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 473
MOLIBDATO DE AMÔNIO, SOLUÇÃO ÁCIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 473
MOLIBDATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 473
MOLIBDOVANÁDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 473
MORFOLINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_________________________________________ 473
MORINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________________ 473

N,N’-DIISOPROPILETILENODIAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 453


N,N-DIETILETILENODIAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 452
N,N-DIMETILANILINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 453
NAFTALENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 474
NAFTALENODIOL, REAGENTE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 474
NARINGINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 474
NEGRO DE AMIDO 10B (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 475
NEGRO DE AMIDO 10B SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 475
NEGRO DE ERIOCROMO T (CI 14645) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________ 418
NEGRO DE ERIOCROMO T SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________________ 418
N-HEPTANO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 463
N–HEXANO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 464
NIFEDIPINO _______________________________________________________________________________ 1155
NIFEDIPINO CÁPSULAS_____________________________________________________________________ 1156
NIMESULIDA ______________________________________________________________________________ 1157
NIMESULIDA COMPRIMIDOS________________________________________________________________ 1159
NINIDRINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________________ 475
NINIDRINA ETANÓLICA ACÉTICA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 475
NINIDRINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 475
NISTATINA ________________________________________________________________________________ 1160
NISTATINA COMPRIMIDOS VAGINAIS ________________________________________________________ 1161
NISTATINA CREME VAGINAL ________________________________________________________________ 1162
NISTATINA SUSPENSÃO ORAL_______________________________________________________________ 1162
NITRATO CÉRICO AMONIACAL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 475
NITRATO CÉRICO AMONIACAL 0,01 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ________________________ 504
NITRATO CÉRICO AMONIACAL 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _________________________ 504
NITRATO DE ALUMÍNIO, NONA-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________ 475
NITRATO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 475
NITRATO DE AMÔNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 475
NITRATO DE AMÔNIO, SOLUÇÃO SATURADA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)___________ 475
NITRATO DE BÁRIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 475
NITRATO DE BÁRIO 0,01 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS)___________________________________ 505
NITRATO DE CÁDMIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 475
NITRATO DE CHUMBO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 475
NITRATO DE CHUMBO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _________________________________ 505
NITRATO DE COBALTO(II) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 476
NITRATO DE COBALTO(II) SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 476
1416 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

NITRATO DE LANTÂNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 476


NITRATO DE LANTÂNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 476
NITRATO DE MAGNÉSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)______________________________ 476
NITRATO DE MERCÚRIO(I) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)____________________________ 476
NITRATO DE MERCÚRIO(I) SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 476
NITRATO DE MERCÚRIO(II) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 476
NITRATO DE MERCÚRIO(II) 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS)_____________________________ 505
NITRATO DE MICONAZOL __________________________________________________________________ 1163
NITRATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_______________________________ 476
NITRATO DE PRATA ________________________________________________________________________ 1164
NITRATO DE PRATA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 476
NITRATO DE PRATA 0,1 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 476
NITRATO DE PRATA SOLUÇÃO OFTÁLMICA __________________________________________________ 1165
NITRATO DE PRATA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 476
NITRATO DE PRATA SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 477
NITRATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 477
NITRATO DE SÓDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 477
NITRATO DE TÓRIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 477
NITRATO DE TÓRIO 0,005 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) __________________________________ 505
NITRATO DE ZIRCONILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 477
NITRATO DE ZIRCONILA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)___________________________ 477
NITRATO FENILMERCÚRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 477
NITRAZEPAM (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 477
NITRITO DE SÓDIO _________________________________________________________________________ 1165
NITRITO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)___________________________________ 477
NITRITO DE SÓDIO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ____________________________________ 505
NITRITO DE SÓDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 477
NITROBENZENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 478
NITROFURANTOÍNA________________________________________________________________________ 1166
NITROFURANTOÍNA COMPRIMIDOS _________________________________________________________ 1167
NITROMETANO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 478
NITROPRUSSETO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 478
NITROPRUSSETO DE SÓDIO E PIPERAZINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________ 478
NOZ-DE-COLA _____________________________________________________________________________ 1168

O-CRESOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 450


OCTACLORIDRATO DE ALUMÍNIO E ZIRCÔNIO _______________________________________________ 1173
OCTACLORIDRATO DE ALUMÍNIO E ZIRCÔNIO SOLUÇÃO _____________________________________ 1174
OCTILSULFATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 478
OCTOXINOL 10 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 478
OFLOXACINO______________________________________________________________________________ 1176
OFLOXACINO COMPRIMIDOS _______________________________________________________________ 1177
OFLOXACINO SOLUÇÃO OFTÁLMICA________________________________________________________ 1178
ÓLEO DE AMENDOIM ______________________________________________________________________ 1179
ÓLEO DE GERGELIM _______________________________________________________________________ 1180
ÓLEO DE OLIVA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 478
ÓLEOS ESTRANHOS EM ÓLEOS FIXOS POR CROMATOGRAFIA A GÁS ___________________________ 156
ÓLEOS ESTRANHOS EM ÓLEOS VEGETAIS POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA ______ 155
OMEPRAZOL ______________________________________________________________________________ 1181
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1417

OXALATO DE AMÔNIO (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________________________ 418


OXALATO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 478
OXALATO DE AMÔNIO SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _________________________ 418
OXALATO DE AMÔNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 478
OXALATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 479
OXALATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 479
OXALATO DE VERDE DE MALAQUITA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 479
ÓXIDO DE ALUMÍNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 479
ÓXIDO DE HÓLMIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 479
ÓXIDO DE MAGNÉSIO ______________________________________________________________________ 1183
ÓXIDO DE MAGNÉSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 479
ÓXIDO DE PRATA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 479
ÓXIDO DE ZINCO __________________________________________________________________________ 1184
ÓXIDO MERCÚRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 479

PALÁDIO SRA - 1 MG/ML (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)______________________________ 479


PALMITATO DE METILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 479
PANTOPRAZOL SÓDICO ____________________________________________________________________ 1187
PANTOTENATO DE CÁLCIO _________________________________________________________________ 1188
PAPEL DE PRATA-MANGANÊS (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 479
PARACETAMOL ____________________________________________________________________________ 1189
PARACETAMOL COMPRIMIDOS _____________________________________________________________ 1190
PARACETAMOL SOLUÇÃO ORAL ____________________________________________________________ 1192
PARAFINA LÍQUIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 480
PARAMINOBENZOATO DE POTÁSSIO ________________________________________________________ 1193
PARTÍCULAS SUB-VISÍVEIS _________________________________________________________________ 77
PARTÍCULAS VISÍVEIS ______________________________________________________________________ 79
P-CLOROACETANILIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 449
P-DIMETILAMINOBENZALDEÍDO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 453
P-DIMETILAMINOBENZALDEÍDO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 453
P-DIMETILAMINOBENZALDEÍDO SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 453
P-DIMETILAMINOBENZALDEÍDO SR2 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________ 453
PENTÓXIDO DE FÓSFORO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 480
PENTÓXIDO DE VANÁDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 480
PEPSINA PURIFICADA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 480
PEPTONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 480
PERCLORATO DE POTÁSSIO ________________________________________________________________ 1194
PERCLORATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 480
PERIODATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 480
PERIODATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 480
PERIODATO FÉRRICO DE POTÁSSIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________ 480
PERMANGANATO DE POTÁSSIO _____________________________________________________________ 1196
PERMANGANATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_______________________ 481
PERMANGANATO DE POTÁSSIO 0,02 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _______________________ 505
PERMANGANATO DE POTÁSSIO SR (APROXIMADAMENTE 0,2 M) (REAGENTES E SOLUÇÕES
REAGENTES) ______________________________________________________________________________ 481
PERÓXIDO DE CARBAMIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 481
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO A 3% (P/V) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________ 481
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO CONCENTRADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________ 481
1418 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO METANÓLICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 481


PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO, 30 VOLUMES, SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________ 481
PERÓXIDO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 481
PERSULFATO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 482
PERSULFATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 482
PERSULFATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 482
PESQUISA DE IMPUREZAS RELACIONADAS A FENOTIAZINAS POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA
DELGADA _________________________________________________________________________________ 168
PESQUISA DE MICRO-ORGANISMOS PATOGÊNICOS ___________________________________________ 243
PESQUISA DE SUBSTÂNCIAS RELACIONADAS A SULFONAMIDAS POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA
DELGADA _________________________________________________________________________________ 168
PESQUISAS DE ESTEROIDES ESTRANHOS POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA _______ 167
PETROLATO BRANCO ______________________________________________________________________ 1196
PETROLATO LÍQUIDO ______________________________________________________________________ 1197
PICRATO DE SÓDIO ALCALINO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 482
PIPERAZINA _______________________________________________________________________________ 1198
PIPERAZINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 482
PIRAZINAMIDA ____________________________________________________________________________ 1199
PIRAZINAMIDA COMPRIMIDOS _____________________________________________________________ 1200
PIRIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________________ 482
PIRIDINA ANIDRA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)____________________________________ 482
PIRIMETAMINA ____________________________________________________________________________ 1202
PIRIMETAMINA COMPRIMIDOS _____________________________________________________________ 1203
PIROFOSFATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 482
PIROGALOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 482
PIROGÊNIOS _______________________________________________________________________________ 229
PIROXICAM CÁPSULAS_____________________________________________________________________ 1204
PIROXICAM GEL ___________________________________________________________________________ 1204
PITANGUEIRA _____________________________________________________________________________ 1206
PLANO E LOCAIS DE AMOSTRAGEM _________________________________________________________ 334
PLASMA HUMANO PARA FRACIONAMENTO __________________________________________________ 1211
P-NITROANILINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 477
P-NITROANILINA E NITRITO DE SÓDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________ 478
PÓ PARA SOLUÇÃO INJETÁVEL
AMOXICILINA E CLAVULANATO DE POTÁSSIO _________________________________________ 620
AMPICILINA SÓDICA _________________________________________________________________ 632
CEFALOTINA SÓDICA _________________________________________________________________ 765
CEFOXITINA SÓDICA _________________________________________________________________ 767
SULFATO DE ESTREPTOMICINA________________________________________________________ 1313
PÓ PARA SUSPENSÃO ORAL
AMOXICILINA E CLAVULANATO DE POTÁSSIO _________________________________________ 621
AMOXICILINA TRI-HIDRATADA________________________________________________________ 624
AMPICILINA _________________________________________________________________________ 629
AMPICILINA TRI-HIDRATADA _________________________________________________________ 636
AZITROMICINA ______________________________________________________________________ 667
CEFADROXILA ______________________________________________________________________ 759
CEFALEXINA_________________________________________________________________________ 764
CLARITROMICINA____________________________________________________________________ 793
POLAROGRAFIA ___________________________________________________________________________ 117
POLIACRILAMIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 482
POLÍGALA_________________________________________________________________________________ 1213
POLISSORBATO 20 _________________________________________________________________________ 1217
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1419

POLISSORBATO 20 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 483


POLISSORBATO 40 _________________________________________________________________________ 1218
POLISSORBATO 60 _________________________________________________________________________ 1218
POLISSORBATO 80 _________________________________________________________________________ 1219
POLISSORBATO 80 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 483
POMADA
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA__________________________________________________________ 841
TIABENDAZOL _______________________________________________________________________ 1341
POTÁSSIO SRA – 600 —G/ML (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 483
POTÊNCIA MÉDIA PONDERADA E LIMITES DE CONFIANÇA ____________________________________ 347
PRAZIQUANTEL ___________________________________________________________________________ 1220
PRAZIQUANTEL COMPRIMIDOS _____________________________________________________________ 1221
PREDNISOLONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 483
PREDNISONA ______________________________________________________________________________ 1222
PREDNISONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 483
PREDNISONA COMPRIMIDOS _______________________________________________________________ 1224
PREFÁCIO _________________________________________________________________________________ 7
PREPARAÇÃO DA SUSPENSÃO DE ESPOROS __________________________________________________ 329
PREPARAÇÃO DE PRODUTOS ESTÉREIS ______________________________________________________ 321
PREPARAÇÃO DO INDICADOR BIOLÓGICO ___________________________________________________ 327
PREPARAÇÃO DO MATERIAL PARA ANÁLISE MICROSCÓPICA__________________________________ 193
PRETO BRILHANTE BN (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 483
PROCEDIMENTOS DE LIBERAÇÃO ___________________________________________________________ 336
PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS APLICÁVEIS AOS ENSAIOS BIOLÓGICOS ______________________ 338
PROCESSO ASSÉPTICO _____________________________________________________________________ 329
PROGESTERONA ___________________________________________________________________________ 1225
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA PARA SALAS LIMPAS E AMBIENTES CONTROLADOS
ASSOCIADOS ______________________________________________________________________________ 331
PROJETO E IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE CONTROLE MICROBIOLÓGICO AMBIENTAL ______ 334
PROPILENOGLICOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 483
PROPILPARABENO _________________________________________________________________________ 1226
PROPILPARABENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 483
PROPIONATO DE TESTOSTERONA ___________________________________________________________ 1227
P-TOLUALDEÍDO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 498
P-TOLUIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 498
PÚRPURA DE BROMOCRESOL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________________ 418
PÚRPURA DE BROMOCRESOL SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) __________________ 418
PÚRPURA DE BROMOCRESOL, REAGENTE ___________________________________________________
(INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _________________________________________________ 418
PÚRPURA DE FTALEÍNA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 483
PÚRPURA DE METACRESOL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________________ 418
PÚRPURA DE METACRESOL SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ____________________ 418

QUALIFICAÇÃO DE DESEMPENHO __________________________________________________________ 325


QUALIFICAÇÃO DE INSTALAÇÃO ___________________________________________________________ 325
QUALIFICAÇÃO DE OPERAÇÃO _____________________________________________________________ 325
QUEBRA-PEDRA ___________________________________________________________________________ 1229
QUEBRA-PEDRA ___________________________________________________________________________ 1235
QUILAIA __________________________________________________________________________________ 1241
1420 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

QUINA-AMARELA__________________________________________________________________________ 1244
QUINALIZARINA (CI 58500) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 483
QUINIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________________ 484
QUINIDRONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 484
QUININA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________________ 484

RADIOFÁRMACOS _________________________________________________________________________ 373


RAPONTICINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 484
RATÂNIA __________________________________________________________________________________ 1248
RATÂNIA TINTURA _________________________________________________________________________ 1252
RAUVOLFIA _______________________________________________________________________________ 1253
REAÇÕES DE IDENTIFICAÇÃO ______________________________________________________________ 162
REAGENTE DE ALUMINON (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 484
REAGENTE DE COLORAÇÃO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 484
REAGENTE DE ERLICH MODIFICADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)__________________ 484
REAGENTE DE FOLIN-DENIS (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 484
REAGENTE DE HANTZACH (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 484
REAGENTE DE JONES (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 484
REAGENTE DE MARQUIS (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 484
REAGENTE DE XANTIDROL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 484
REAGENTE FOSFOMOLIBDOTÚNGSTICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________ 484
REAGENTE IODOPLATINADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 485
REAGENTE SULFOMOLÍBDICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)________________________ 485
REAGENTES _______________________________________________________________________________ 413
REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES ______________________________________________________ 421
ACETAL _____________________________________________________________________________ 421
ACETALDEÍDO _______________________________________________________________________ 421
ACETANILIDA________________________________________________________________________ 421
ACETATO DE AMÔNIO ________________________________________________________________ 421
ACETATO DE AMÔNIO SR _____________________________________________________________ 422
ACETATO DE BORNILA _______________________________________________________________ 422
ACETATO DE BUTILA _________________________________________________________________ 422
ACETATO DE CELULOSE ______________________________________________________________ 422
ACETATO DE CHUMBO, TRI-HIDRATADO _______________________________________________ 422
ACETATO DE CHUMBO, PAPEL_________________________________________________________ 422
ACETATO DE CHUMBO SR (APROXIMADAMENTE 0,25 M) ________________________________ 422
ACETATO DE CHUMBO, SOLUÇÃO SATURADA __________________________________________ 422
ACETATO DE CLOREXIDINA ___________________________________________________________ 422
ACETATO DE CLOREXIDINA A 0,1% (P/V) _______________________________________________ 422
ACETATO DE COBRE __________________________________________________________________ 422
ACETATO DE CORTISONA _____________________________________________________________ 422
ACETATO DE CORTISONA, INJETÁVEL _________________________________________________ 423
ACETATO DE DESOXICORTONA________________________________________________________ 423
ACETATO DE ETILA___________________________________________________________________ 423
ACETATO DE FENILMERCÚRIO ________________________________________________________ 423
ACETATO DE INDOFENOL SR __________________________________________________________ 423
ACETATO DE MAGNÉSIO ______________________________________________________________ 423
ACETATO DE MENTILA _______________________________________________________________ 423
ACETATO DE MERCÚRIO ______________________________________________________________ 423
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1421

ACETATO DE MERCÚRIO SR ___________________________________________________________ 423


ACETATO DE METILA ________________________________________________________________ 423
ACETATO DE POTÁSSIO _______________________________________________________________ 424
ACETATO DE POTÁSSIO SR ___________________________________________________________ 424
ACETATO DE PREDNISOLONA _________________________________________________________ 424
ACETATO DE SÓDIO __________________________________________________________________ 424
ACETATO DE SÓDIO SR (APROXIMADAMENTE 0,02 M) ___________________________________ 424
ACETATO DE URANILA _______________________________________________________________ 424
ACETATO DE URANILA E ZINCO SR ____________________________________________________ 424
ACETATO DE ZINCO __________________________________________________________________ 424
ACETILACETONA ____________________________________________________________________ 424
ACETONA ___________________________________________________________________________ 424
ACETONA DESIDRATADA _____________________________________________________________ 424
ACETONA TAMPONADA SR____________________________________________________________ 424
ACETONITRILA ______________________________________________________________________ 425
ÁCIDO ACÉTICO M ___________________________________________________________________ 425
ÁCIDO ACÉTICO 6 M __________________________________________________________________ 425
ÁCIDO ACÉTICO DILUÍDO _____________________________________________________________ 425
ÁCIDO ACÉTICO SR___________________________________________________________________ 425
ÁCIDO ACÉTICO GLACIAL ____________________________________________________________ 425
ÁCIDO 7-AMINODESACETOXICEFALOSPORÂNICO ______________________________________ 425
ÁCIDO ASCÓRBICO ___________________________________________________________________ 425
ÁCIDO BENZOICO ____________________________________________________________________ 425
ÁCIDO BÓRICO ______________________________________________________________________ 425
ÁCIDO BÓRICO, SOLUÇÃO SATURADA _________________________________________________ 425
ÁCIDO BROMÍDRICO _________________________________________________________________ 425
ÁCIDO CAFEICO _____________________________________________________________________ 426
ÁCIDO CALCONCARBOXÍLICO ________________________________________________________ 426
ÁCIDO CICLOBUTANO-1,1-DICARBOXÍLICO ____________________________________________ 426
ÁCIDO 1,2-CICLOEXILENO-DINITRILO-TETRACÉTICO ___________________________________ 426
ÁCIDO CINÂMICO ____________________________________________________________________ 426
ÁCIDO CÍTRICO, MONOIDRATADO ____________________________________________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO __________________________________________________________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO BROMADO SR ____________________________________________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO DILUÍDO _________________________________________________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO M________________________________________________________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO SR _______________________________________________________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO METANÓLICO 0,01 M _____________________________________________ 426
ÁCIDO CLORÍDRICO-ESTANHO SR _____________________________________________________ 426
ÁCIDO CLOROGÊNICO ________________________________________________________________ 427
ÁCIDO CLOROPLATÍNICO _____________________________________________________________ 427
ÁCIDO CRÔMICO _____________________________________________________________________ 427
ÁCIDO 3,5-DINITROBENZOICO_________________________________________________________ 427
ÁCIDO EDÉTICO _____________________________________________________________________ 427
ÁCIDO FENOLDISSULFÔNICO SR ______________________________________________________ 427
ÁCIDO FENOXIACÉTICO ______________________________________________________________ 427
ÁCIDO FLUORÍDRICO_________________________________________________________________ 427
ÁCIDO FÓRMICO _____________________________________________________________________ 427
ÁCIDO FOSFOMOLÍBDICO ____________________________________________________________ 427
ÁCIDO FOSFOMOLÍBDICO SR__________________________________________________________ 427
ÁCIDO FOSFÓRICO ___________________________________________________________________ 428
ÁCIDO FOSFÓRICO SR ________________________________________________________________ 428
1422 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

ÁCIDO FOSFOTÚNGSTICO SR__________________________________________________________ 428


ÁCIDO FTÁLICO______________________________________________________________________ 428
ÁCIDO GÁLICO ______________________________________________________________________ 428
ÁCIDO P-HIDROXIBENZOICO __________________________________________________________ 428
ÁCIDO HIPOFOSFOROSO ______________________________________________________________ 428
ÁCIDO IODÍDRICO____________________________________________________________________ 428
ÁCIDO LÁCTICO _____________________________________________________________________ 428
ÁCIDO METAFOSFÓRICO______________________________________________________________ 428
ÁCIDO METAFOSFÓRICO-ACÉTICO SR _________________________________________________ 428
ÁCIDO METANOSSULFÔNICO _________________________________________________________ 428
ÁCIDO NÍTRICO ______________________________________________________________________ 429
ÁCIDO NÍTRICO FUMEGANTE _________________________________________________________ 429
ÁCIDO NÍTRICO SR ___________________________________________________________________ 429
ÁCIDO OXÁLICO _____________________________________________________________________ 429
ÁCIDO OXÁLICO SR __________________________________________________________________ 429
ÁCIDO PERCLÓRICO__________________________________________________________________ 429
ÁCIDO PERCLÓRICO M _______________________________________________________________ 429
ÁCIDO PERCLÓRICO SR _______________________________________________________________ 429
ÁCIDO PERFÓRMICO _________________________________________________________________ 429
ÁCIDO PERIÓDICO ___________________________________________________________________ 429
ÁCIDO PÍCRICO ______________________________________________________________________ 429
ÁCIDO PÍCRICO SR ___________________________________________________________________ 429
ÁCIDO PÍCRICO SR1 __________________________________________________________________ 429
ÁCIDO ROSMARÍNICO ________________________________________________________________ 430
ÁCIDO SALICÍLICO ___________________________________________________________________ 430
ÁCIDO SELENIOSO ___________________________________________________________________ 430
ÁCIDO SULFÂMICO __________________________________________________________________ 430
ÁCIDO SULFANÍLICO _________________________________________________________________ 430
ÁCIDO SULFANÍLICO DIAZOTADO SR __________________________________________________ 430
ÁCIDO SULFANÍLICO SR ______________________________________________________________ 430
ÁCIDO SULFÚRICO ___________________________________________________________________ 430
ÁCIDO SULFÚRICO DILUÍDO __________________________________________________________ 430
ÁCIDO SULFÚRICO LIVRE DE NITROGÊNIO_____________________________________________ 430
ÁCIDO SULFÚRICO METANÓLICO 0,1 M ________________________________________________ 430
ÁCIDO SULFÚRICO/METANOL SR ______________________________________________________ 430
ÁCIDO SULFÚRICO METANÓLICO SR __________________________________________________ 430
ÁCIDO SULFÚRICO, SOLUÇÃO ETANÓLICA _____________________________________________ 431
ÁCIDO SULFÚRICO SR ________________________________________________________________ 431
ÁCIDO SULFUROSO __________________________________________________________________ 431
ÁCIDO TARTÁRICO ___________________________________________________________________ 431
ÁCIDO TIOGLICÓLICO ________________________________________________________________ 431
ÁCIDO P-TOLUENOSSULFÔNICO ______________________________________________________ 431
ÁCIDO TRICLOROACÉTICO ___________________________________________________________ 431
ÁCIDO TRICLOROACÉTICO-CLORAMINA-T SR __________________________________________ 431
ÁCIDO TRIFLUORACÉTICO ____________________________________________________________ 431
ACRILAMIDA ________________________________________________________________________ 432
ACRILAMIDA/BISACRILAMIDA (29:1) A 30% (P/V) SR_____________________________________ 432
ÁGAR _______________________________________________________________________________ 432
AGAROSE, GEL_______________________________________________________________________ 432
AGAROSE-DEAE PARA CROMATOGRAFIA DE TROCA IÔNICA_____________________________ 432
ÁGUA DE BROMO SR _________________________________________________________________ 432
ÁGUA DE CLORO SR __________________________________________________________________ 432
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1423

ÁGUA ISENTA DE DIÓXIDO DE CARBONO ______________________________________________ 432


ÁGUA ISENTA DE AMÔNIA ____________________________________________________________ 432
ÁGUA ISENTA DE NITRATO ____________________________________________________________ 432
ÁGUA LIVRE DE PARTÍCULAS _________________________________________________________ 432
ALBUMINA BOVINA __________________________________________________________________ 432
ALBUMINA HUMANA _________________________________________________________________ 432
ALBUMINA HUMANA, SOLUÇÃO REAGENTE ___________________________________________ 432
ÁLCOOL ISOAMÍLICO_________________________________________________________________ 432
ÁLCOOL ISOBUTÍLICO ________________________________________________________________ 433
ÁLCOOL ISOPROPÍLICO _______________________________________________________________ 433
ÁLCOOL N-AMÍLICO __________________________________________________________________ 433
ÁLCOOL N-PROPÍLICO ________________________________________________________________ 433
ÁLCOOL POLIVINÍLICO _______________________________________________________________ 433
ÁLCOOL TERC-AMÍLICO ______________________________________________________________ 433
ÁLCOOL TERT-BUTÍLICO _____________________________________________________________ 433
ALUMÍNIO, METÁLICO _______________________________________________________________ 433
ALUMINON __________________________________________________________________________ 433
AMARANTO (CI 16185) ________________________________________________________________ 434
AMIDO IODETADO SR ________________________________________________________________ 434
AMIDO IODETADO SR1 _______________________________________________________________ 434
AMIDO ISENTO DE IODETO SR ________________________________________________________ 434
AMIDO SOLÚVEL_____________________________________________________________________ 434
AMIDO SR ___________________________________________________________________________ 434
AMIDOS _____________________________________________________________________________ 434
4-AMINOANTIPIRINA _________________________________________________________________ 434
AMINOBUTANOL _____________________________________________________________________ 434
2-AMINOEPTANO _____________________________________________________________________ 434
4-AMINOFENOL ______________________________________________________________________ 434
2-AMINOPIRIDINA ____________________________________________________________________ 434
AMÔNIA SR __________________________________________________________________________ 434
AMÔNIA 6 M _________________________________________________________________________ 434
AMÔNIA 10 M ________________________________________________________________________ 434
AMÔNIA, SOLUÇÃO CONCENTRADA___________________________________________________ 435
ANETOL _____________________________________________________________________________ 435
ANIDRIDO ACÉTICO __________________________________________________________________ 435
ANIDRIDO ACÉTICO-PIRIDINA SR ______________________________________________________ 435
ANIDRIDO FTÁLICO __________________________________________________________________ 435
ANIDRIDO PROPIÔNICO ______________________________________________________________ 435
ANISALDEÍDO _______________________________________________________________________ 435
ANISALDEÍDO, SOLUÇÃO _____________________________________________________________ 435
ANISALDEÍDO SR ____________________________________________________________________ 435
ANISALDEÍDO SR1 ___________________________________________________________________ 435
ANTITROMBINA III ___________________________________________________________________ 435
ANTITROMBINA III SR ________________________________________________________________ 435
APROTININA _________________________________________________________________________ 435
ASIATICOSÍDEO ______________________________________________________________________ 436
ASPARAGINA ________________________________________________________________________ 436
AZIDA SÓDICA _______________________________________________________________________ 436
AZUL ÁCIDO 83 ______________________________________________________________________ 436
AZUL ÁCIDO 90 ______________________________________________________________________ 436
AZUL DE ASTRA______________________________________________________________________ 436
AZUL DE COOMASSIE SR _____________________________________________________________ 436
1424 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

AZUL DE SULFANO (CI 42045)__________________________________________________________ 436


AZUL DE TETRAZÓLIO________________________________________________________________ 436
BÁLSAMO DO CANADÁ _______________________________________________________________ 436
BARBALOÍNA ________________________________________________________________________ 436
BARBITAL ___________________________________________________________________________ 436
BARBITAL SÓDICO ___________________________________________________________________ 437
BÁRIO SRA - 1 MG/ML ________________________________________________________________ 437
BENZENO____________________________________________________________________________ 437
BENZENOSSULFONAMIDA ____________________________________________________________ 437
BENZIL ______________________________________________________________________________ 437
BENZOATO DE BENZILA ______________________________________________________________ 437
BENZOATO DE COLESTERILA _________________________________________________________ 437
BENZOATO DE METILA _______________________________________________________________ 437
BENZOFENONA ______________________________________________________________________ 437
BENZOÍNA ___________________________________________________________________________ 437
BICARBONATO DE SÓDIO _____________________________________________________________ 437
BICINCONINATO DISSÓDICO __________________________________________________________ 438
BIFTALATO DE POTÁSSIO _____________________________________________________________ 438
BIFTALATO DE POTÁSSIO 0,05 M _______________________________________________________ 438
BISSULFATO DE POTÁSSIO ____________________________________________________________ 438
BISSULFATO DE SÓDIO _______________________________________________________________ 438
BISSULFITO DE SÓDIO ________________________________________________________________ 438
BITARTARATO DE SÓDIO ______________________________________________________________ 438
BITARTARATO DE SÓDIO SR ___________________________________________________________ 438
BIURETO ____________________________________________________________________________ 438
BIURETO, REAGENTE _________________________________________________________________ 438
BOLDINA ____________________________________________________________________________ 438
BORNEOL ___________________________________________________________________________ 438
BROMATO DE POTÁSSIO ______________________________________________________________ 439
BROMELINA _________________________________________________________________________ 439
BROMELINA SR ______________________________________________________________________ 439
BROMETO DE DIMÍDIO _______________________________________________________________ 439
BROMETO DE DIMÍDIO-AZUL DE SULFANO SR __________________________________________ 439
BROMETO DE HEXADIMETRINA ______________________________________________________ 439
BROMETO DE IODO __________________________________________________________________ 439
BROMETO DE IODO SR _______________________________________________________________ 439
BROMETO DE POTÁSSIO ______________________________________________________________ 439
BROMETO DE TETRABUTILAMÔNIO ___________________________________________________ 439
BROMETO DE TETRAEPTILAMÔNIO ___________________________________________________ 439
BROMETO MERCÚRICO _______________________________________________________________ 439
BROMO______________________________________________________________________________ 440
BROMO 0,2 M EM ÁCIDO ACÉTICO GLACIAL____________________________________________ 440
BROMO SR___________________________________________________________________________ 440
1-BUTANOL __________________________________________________________________________ 440
BUTANOSSULFONATO DE SÓDIO ______________________________________________________ 440
BUTIL HIDROXIANISOL _______________________________________________________________ 440
BUTILAMINA ________________________________________________________________________ 440
BUTILPARABENO ____________________________________________________________________ 440
CALCIFEROL_________________________________________________________________________ 440
CÁLCIO SRA - 400 —G/ML ______________________________________________________________ 440
CANFENO ___________________________________________________________________________ 440
CÂNFORA ___________________________________________________________________________ 441
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1425

CAOLIM LEVE _______________________________________________________________________ 441


CARBONATO DE AMÔNIO _____________________________________________________________ 441
CARBONATO DE AMÔNIO SR __________________________________________________________ 441
CARBONATO DE CÁLCIO______________________________________________________________ 441
CARBONATO DE ESTRÔNCIO __________________________________________________________ 441
CARBONATO DE LÍTIO ________________________________________________________________ 441
CARBONATO DE POTÁSSIO, ANIDRO ___________________________________________________ 441
CARBONATO DE POTÁSSIO, SESQUI-HIDRATADO _______________________________________ 441
CARBONATO DE SÓDIO, ANIDRO ______________________________________________________ 442
CARBONATO DE SÓDIO, DECA-HIDRATADO ____________________________________________ 442
CARBONATO DE SÓDIO, MONOIDRATADO ______________________________________________ 442
CARBONATO DE SÓDIO SR ____________________________________________________________ 442
CARVONA ___________________________________________________________________________ 442
CATEQUINA__________________________________________________________________________ 442
CEFALINA ___________________________________________________________________________ 442
CEFALINA SR ________________________________________________________________________ 442
CELULOSE CROMATOGRÁFICA ________________________________________________________ 442
CHUMBO SRA - 100 —G/ML_____________________________________________________________ 442
CIANETO DE POTÁSSIO _______________________________________________________________ 442
CIANETO DE POTÁSSIO SR ____________________________________________________________ 443
CIANETO-AMÔNIA SR ________________________________________________________________ 443
CIANOACETATO DE ETILA ____________________________________________________________ 443
CICLOEXANO ________________________________________________________________________ 443
CINAMATO DE BENZILA ______________________________________________________________ 443
CINAMATO DE METILA _______________________________________________________________ 443
CINCHONINA ________________________________________________________________________ 443
1,8-CINEOL __________________________________________________________________________ 443
CITRAL ______________________________________________________________________________ 443
CITRATO DE AMÔNIO SR ______________________________________________________________ 443
CITRATO CÚPRICO ALCALINO SR ______________________________________________________ 443
CITRATO DE SÓDIO ___________________________________________________________________ 444
CITRONELAL ________________________________________________________________________ 444
CITRONELOL ________________________________________________________________________ 444
CLORAMINA-T _______________________________________________________________________ 444
CLORATO DE POTÁSSIO ______________________________________________________________ 444
CLORETO COBALTOSO _______________________________________________________________ 444
CLORETO COBALTOSO SR ____________________________________________________________ 444
CLORETO DE ACETILA________________________________________________________________ 444
CLORETO DE ALUMÍNIO HEXA-HIDRATADO ____________________________________________ 444
CLORETO DE ALUMÍNIO SR ___________________________________________________________ 444
CLORETO DE AMÔNIO ________________________________________________________________ 445
CLORETO DE AMÔNIO SR _____________________________________________________________ 445
CLORETO DE AMÔNIO-HIDRÓXIDO DE AMÔNIO SR _____________________________________ 445
CLORETO DE BÁRIO __________________________________________________________________ 445
CLORETO DE BÁRIO SR _______________________________________________________________ 445
CLORETO DE BENZALCÔNIO __________________________________________________________ 445
CLORETO DE BENZETÔNIO ___________________________________________________________ 445
CLORETO DE BENZILA________________________________________________________________ 445
CLORETO DE CÁLCIO_________________________________________________________________ 445
CLORETO DE CÁLCIO, ANIDRO ________________________________________________________ 445
CLORETO DE CÁLCIO SR _____________________________________________________________ 446
CLORETO DE CÉSIO __________________________________________________________________ 446
1426 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

CLORETO DE ESTANHO(II) SR _________________________________________________________ 446


CLORETO DE MAGNÉSIO _____________________________________________________________ 446
CLORETO DE MERCÚRIO(II) ___________________________________________________________ 446
CLORETO DE METILENO ______________________________________________________________ 446
CLORETO DE METILENO SATURADO COM AMÔNIA _____________________________________ 446
CLORETO DE METILTIONÍNIO _________________________________________________________ 446
CLORETO DE METILTIONÍNIO SR ______________________________________________________ 446
CLORETO DE METILTIONÍNIO SR1 _____________________________________________________ 446
CLORETO DE NÍQUEL(II) ______________________________________________________________ 446
CLORETO DE NITROBENZOÍLA ________________________________________________________ 446
CLORETO DE OURO __________________________________________________________________ 446
CLORETO DE OURO SR _______________________________________________________________ 447
CLORETO DE PALÁDIO _______________________________________________________________ 447
CLORETO DE POTÁSSIO ______________________________________________________________ 447
CLORETO DE POTÁSSIO, SOLUÇÃO SATURADA _________________________________________ 447
CLORETO DE SÓDIO __________________________________________________________________ 447
CLORETO DE SÓDIO A 0,9% (P/V)_______________________________________________________ 447
CLORETO ESTANOSO _________________________________________________________________ 447
CLORETO ESTANOSO SR ______________________________________________________________ 447
CLORETO ESTANOSO SR1 _____________________________________________________________ 447
CLORETO FÉRRICO ___________________________________________________________________ 447
CLORETO FÉRRICO SR (APROXIMADAMENTE 0,4 M) ____________________________________ 447
CLORETO FÉRRICO ÁCIDO SR _________________________________________________________ 447
CLORETO FÉRRICO METANÓLICO _____________________________________________________ 447
CLORETO MERCÚRICO SR (APROXIMADAMENTE 0,2 M) _________________________________ 447
CLORETO PLATÍNICO SR ______________________________________________________________ 448
CLORIDRATO DE BENZOÍLA___________________________________________________________ 448
CLORIDRATO DE (2-CLOROETIL)DIETILAMINA _________________________________________ 448
CLORIDRATO DE DIMETIL-P-FENILENODIAMINA _______________________________________ 448
CLORIDRATO DE O-FENILENODIAMINA ________________________________________________ 448
CLORIDRATO DE P-FENILENODIAMINA ________________________________________________ 448
CLORIDRATO DE FENILIDRAZINA _____________________________________________________ 448
CLORIDRATO DE FENILIDRAZINA SR __________________________________________________ 448
CLORIDRATO DE HIDRASTINA ________________________________________________________ 448
CLORIDRATO DE HIDROXILAMINA ____________________________________________________ 448
CLORIDRATO DE HIDROXILAMINA SR _________________________________________________ 448
CLORIDRATO DE HIDROXILAMINA SR1 ________________________________________________ 448
CLORO SR ___________________________________________________________________________ 449
P-CLOROACETANILIDA _______________________________________________________________ 449
CLOROBENZENO _____________________________________________________________________ 449
1-CLORO-2,4-DINITROBENZENO _______________________________________________________ 449
CLOROFÓRMIO ______________________________________________________________________ 449
CLOROFÓRMIO ISENTO DE ÁLCOOL ___________________________________________________ 449
CLOROTIAZIDA ______________________________________________________________________ 449
COBALTINITRITO DE SÓDIO ___________________________________________________________ 449
COBALTINITRITO DE SÓDIO SR ________________________________________________________ 449
COBRE ______________________________________________________________________________ 449
COBRE SRA – 1 MG/ML ________________________________________________________________ 449
O-CRESOL ___________________________________________________________________________ 450
CROMATO DE POTÁSSIO ______________________________________________________________ 450
CROMATO DE POTÁSSIO SR ___________________________________________________________ 450
CROMOTROPATO DISSÓDICO__________________________________________________________ 450
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1427

DESOXICOLATO DE SÓDIO ____________________________________________________________ 450


DEXTROSE __________________________________________________________________________ 450
DEXTROSE 0,1% (P/V) ________________________________________________________________ 450
DIACETATO DE CLOREXIDINA_________________________________________________________ 450
1,8-DIAMINONAFTALENO _____________________________________________________________ 450
DIAVERIDINA ________________________________________________________________________ 450
2,6-DIBROMOQUINONA-4-CLORIMIDA _________________________________________________ 450
DIBUTILAMINA ______________________________________________________________________ 450
DICLORETO DE ETILENO _____________________________________________________________ 450
DICLORIDRATO DE N-(1-NAFTIL)ETILENODIAMINA _____________________________________ 451
DICLORIDRATO DE N-(1-NAFTIL)ETILENODIAMINA SR __________________________________ 451
2,6-DICLOROQUINONA-4-CLORIMIDA __________________________________________________ 451
1-(2,6-DICLOROFENIL)-1,3-DIIDRO-2H-INDOL-2-ONA _____________________________________ 451
(IMPUREZA A DO DICLOFENACO) ______________________________________________________ 451
2,6-DICLOROINDOFENOL SÓDICO _____________________________________________________ 451
DICROMATO DE POTÁSSIO ____________________________________________________________ 451
DICROMATO DE POTÁSSIO SR _________________________________________________________ 451
DIETILAMINA ________________________________________________________________________ 451
DIETILAMINOETILDEXTRANO ________________________________________________________ 451
DIETILDITIOCARBAMATO DE PRATA ___________________________________________________ 451
DIETILDITIOCARBAMATO DE SÓDIO ___________________________________________________ 451
N,N-DIETILETILENODIAMINA _________________________________________________________ 452
DIETILFTALATO ______________________________________________________________________ 452
DIFENILAMINA SR ___________________________________________________________________ 452
DIFENILBENZIDINA __________________________________________________________________ 452
DIFENILBORATO DE AMINOETANOL SR ________________________________________________ 452
DIFENILCARBAZIDA__________________________________________________________________ 452
DIFENILCARBAZIDA SR_______________________________________________________________ 452
DIFENILCARBAZONA _________________________________________________________________ 452
DIFENILCARBAZONA-AZUL DE BROMOFENOL SR ______________________________________ 452
DIFENILCARBAZONA MERCÚRICA SR__________________________________________________ 452
N,N’-DIISOPROPILETILENODIAMINA___________________________________________________ 453
DIMETILACETAMIDA _________________________________________________________________ 453
P-DIMETILAMINOBENZALDEÍDO ______________________________________________________ 453
P-DIMETILAMINOBENZALDEÍDO SR ___________________________________________________ 453
P-DIMETILAMINOBENZALDEÍDO SR1 __________________________________________________ 453
P-DIMETILAMINOBENZALDEÍDO SR2 __________________________________________________ 453
4-DIMETILAMINOCINAMALDEÍDO _____________________________________________________ 453
2,6-DIMETILANILINA _________________________________________________________________ 453
N,N-DIMETILANILINA ________________________________________________________________ 453
1,1-DIMETILETILAMINA ______________________________________________________________ 453
2,5-DIMETILFENOL ___________________________________________________________________ 453
DIMETILFORMAMIDA ________________________________________________________________ 454
DIMETILSULFÓXIDO _________________________________________________________________ 454
1,3-DINITROBENZENO ________________________________________________________________ 454
1,3-DINITROBENZENO SR _____________________________________________________________ 454
DIOXANA____________________________________________________________________________ 454
DIÓXIDO DE ENXOFRE _______________________________________________________________ 454
DIÓXIDO DE MANGANÊS _____________________________________________________________ 454
DIPROPILENOGLICOL ________________________________________________________________ 454
DISSULFETO DE CARBONO ___________________________________________________________ 454
DITIOL ______________________________________________________________________________ 454
1428 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

DITIOL SR ___________________________________________________________________________ 455


DITIOTREITOL _______________________________________________________________________ 455
DITIZONA ___________________________________________________________________________ 455
DITIZONA SR ________________________________________________________________________ 455
DITIZONA, SOLUÇÃO CONCENTRADA _________________________________________________ 455
DITIZONA, SOLUÇÃO DILUÍDA ________________________________________________________ 455
DITIZONA, SOLUÇÃO EXTRATORA_____________________________________________________ 455
EDETATO DISSÓDICO _________________________________________________________________ 455
EDETATO DISSÓDICO, SOLUÇÃO 0,05 M ________________________________________________ 455
EMODINA____________________________________________________________________________ 455
ENXOFRE ____________________________________________________________________________ 455
ESCINA ______________________________________________________________________________ 455
ESTANHO METÁLICO _________________________________________________________________ 456
ESTEARATO DE METILA ______________________________________________________________ 456
ÉSTER ETILÍCO DE TETRABROMOFENOLFTALEÍNA _____________________________________ 456
ESTOLATO DE ERITROMICINA _________________________________________________________ 456
ESTRÔNCIO SRA - 1 MG/ML ___________________________________________________________ 456
ETANOL _____________________________________________________________________________ 456
ETANOL ABSOLUTO __________________________________________________________________ 456
ETANOL GLICERINADO _______________________________________________________________ 456
ÉTER DE PETRÓLEO __________________________________________________________________ 456
ÉTER ETÍLICO________________________________________________________________________ 456
ÉTER ISOPROPÍLICO __________________________________________________________________ 457
ETILENOGLICOL _____________________________________________________________________ 457
ETILPARABENO ______________________________________________________________________ 457
EUGENOL ___________________________________________________________________________ 457
FAST GREEN (CI 42053) ________________________________________________________________ 457
FATOR XA DA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA BOVINO _____________________________________ 457
FATOR XA BOVINO, SOLUÇÃO _________________________________________________________ 457
1,10-FENANTROLINA _________________________________________________________________ 457
DL-FENILALANINA ___________________________________________________________________ 457
FENOL ______________________________________________________________________________ 457
FENOLFTALEÍNA _____________________________________________________________________ 458
FENOLFTALEÍNA A 0,1% (P/V)__________________________________________________________ 458
2-FENOXIETANOL ____________________________________________________________________ 458
FERRICIANETO DE POTÁSSIO _________________________________________________________ 458
FERRICIANETO DE POTÁSSIO AMONIACAL _____________________________________________ 458
FERROCIANETO DE POTÁSSIO ________________________________________________________ 458
FERROCIANETO DE POTÁSSIO SR _____________________________________________________ 458
FIBRINOGÊNIO _______________________________________________________________________ 458
FLOROGLUCINA SR __________________________________________________________________ 458
FLOROGLUCINOL ____________________________________________________________________ 458
FLUIDO GÁSTRICO SIMULADO ________________________________________________________ 458
FLUIDO GÁSTRICO SIMULADO (SEM ENZIMA) __________________________________________ 459
FLUIDO INTESTINAL SIMULADO SEM PANCREATINA PH 7,5 ______________________________ 459
FLUORETO DE AMÔNIO _______________________________________________________________ 459
FLUORETO DE CÁLCIO _______________________________________________________________ 459
FLUORETO DE SÓDIO _________________________________________________________________ 459
FLUORETO DE SÓDIO SR ______________________________________________________________ 459
FORMALDEÍDO, SOLUÇÃO ____________________________________________________________ 459
FORMAMIDA_________________________________________________________________________ 459
FORMATO DE AMÔNIO________________________________________________________________ 459
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1429

FOSFATASE ALCALINA, SOLUÇÃO _____________________________________________________ 459


FOSFATO DE AMÔNIO DIBÁSICO _______________________________________________________ 459
FOSFATO DE AMÔNIO MONOBÁSICO ___________________________________________________ 460
FOSFATO DE CODEÍNA ________________________________________________________________ 460
FOSFATO DE POTÁSSIO _______________________________________________________________ 460
FOSFATO DE POTÁSSIO MONOBÁSICO _________________________________________________ 460
FOSFATO DE POTÁSSIO DIBÁSICO _____________________________________________________ 460
FOSFATO DE SÓDIO DIBÁSICO, DI-HIDRATADO _________________________________________ 460
FOSFATO DE SÓDIO DIBÁSICO, DODECA-HIDRATADO ___________________________________ 460
FOSFATO DE SÓDIO DIBÁSICO DODECA-HIDRATADO SR _________________________________ 460
FOSFATO DE SÓDIO DIBÁSICO, HEPTA-HIDRATADO _____________________________________ 460
FOSFATO DE SÓDIO DIBÁSICO HEPTA-HIDRATADO SR ___________________________________ 460
FOSFATO DE SÓDIO MONOBÁSICO _____________________________________________________ 460
FOSFATO DE SÓDIO MONOBÁSICO, MONOIDRATADO ___________________________________ 461
FOSFATO DE SÓDIO MONOBÁSICO, DI-HIDRATADO _____________________________________ 461
FOSFATO DE SÓDIO TRIBÁSICO, DODECA-HIDRATO _____________________________________ 461
FOSFATO DE TETRABUTILAMÔNIO ____________________________________________________ 461
FOSFATO DE TRIBUTILA ______________________________________________________________ 461
FOSFATO EQUIMOLAR 0,05 M __________________________________________________________ 461
FOSFATO-PÚRPURA DE BROMOCRESOL SR _____________________________________________ 461
FÓSFORO VERMELHO ________________________________________________________________ 461
FRUTOSE ____________________________________________________________________________ 461
FRUTOSE A 0,1 % (P/V) ________________________________________________________________ 461
FTALALDEÍDO _______________________________________________________________________ 461
FTALATO DE DIBUTILA _______________________________________________________________ 462
FTALAZINA __________________________________________________________________________ 462
FUCSINA BÁSICA (CI 42510) ___________________________________________________________ 462
FUCSINA DESCORADA SR _____________________________________________________________ 462
GALACTOSE _________________________________________________________________________ 462
GALACTOSE A 0,1% (P/V) EM PIRIDINA _________________________________________________ 462
GELATINA ___________________________________________________________________________ 462
GELATINA GLICERINADA _____________________________________________________________ 462
GELATINA SR ________________________________________________________________________ 462
GLICEROL ___________________________________________________________________________ 462
GLICINA _____________________________________________________________________________ 462
GLICOSE ____________________________________________________________________________ 463
GLICOSE A 0,1% (P/V) EM PIRIDINA ____________________________________________________ 463
GLUTARALDEÍDO ____________________________________________________________________ 463
GUAIACOL __________________________________________________________________________ 463
GUANINA____________________________________________________________________________ 463
HEPARINA SÓDICA ___________________________________________________________________ 463
HEPTANO ____________________________________________________________________________ 463
N-HEPTANO__________________________________________________________________________ 463
HEPTANOSSULFONATO DE SÓDIO _____________________________________________________ 463
HEXANO ____________________________________________________________________________ 464
N–HEXANO __________________________________________________________________________ 464
1-HEXANOSSULFONATO DE SÓDIO ____________________________________________________ 464
HEXILAMINA ________________________________________________________________________ 464
HIDRATO DE CLORAL_________________________________________________________________ 464
HIDRAZINA, HIDRATO ________________________________________________________________ 464
HIDRÓXIDO DE AMÔNIO ______________________________________________________________ 464
HIDRÓXIDO DE BÁRIO ________________________________________________________________ 464
1430 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

HIDRÓXIDO DE CÁLCIO ______________________________________________________________ 464


HIDRÓXIDO DE CÁLCIO, SOLUÇÃO SATURADA _________________________________________ 464
HIDRÓXIDO DE CÁLCIO SR ___________________________________________________________ 464
HIDRÓXIDO DE LÍTIO _________________________________________________________________ 464
HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO ____________________________________________________________ 465
HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO ETANÓLICO SR (APROXIMADAMENTE 0,5 M) __________________ 465
HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO ETANÓLICO 2 M _____________________________________________ 465
HIDRÓXIDO DE SÓDIO ________________________________________________________________ 465
HIDRÓXIDO DE SÓDIO SR _____________________________________________________________ 465
HIDRÓXIDO DE SÓDIO M _____________________________________________________________ 465
HIDRÓXIDO DE SÓDIO, SOLUÇÃO CONCENTRADA SR (APROXIMADAMENTE 10 M) ________ 465
HIDRÓXIDO DE TETRABUTILAMÔNIO _________________________________________________ 465
HIDRÓXIDO DE TETRAMETILAMÔNIO _________________________________________________ 465
D-ǹ-4-HIDROXIFENILGLICINA ________________________________________________________ 465
HIDROXIQUINOLINA _________________________________________________________________ 466
HIDROXITOLUENO BUTILADO ________________________________________________________ 466
HIPEROSÍDEO ________________________________________________________________________ 466
HIPOCLORITO DE SÓDIO ______________________________________________________________ 466
HIPOCLORITO DE SÓDIO SR ___________________________________________________________ 466
HIPOFOSFITO DE SÓDIO ______________________________________________________________ 466
HIPOFOSFITO DE SÓDIO SR ___________________________________________________________ 466
IMIDAZOL ___________________________________________________________________________ 466
IMINODIBENZILA ____________________________________________________________________ 466
IODATO DE POTÁSSIO ________________________________________________________________ 466
IODETO DE MERCÚRIO(II)_____________________________________________________________ 466
IODETO DE POTÁSSIO ________________________________________________________________ 467
IODETO DE POTÁSSIO APROXIMADAMENTE M _________________________________________ 467
IODETO DE POTÁSSIO SR _____________________________________________________________ 467
IODETO DE POTÁSSIO MERCÚRICO ALCALINO SR1 _____________________________________ 467
IODETO DE POTÁSSIO MERCÚRIO SR __________________________________________________ 467
IODETO DE SÓDIO ____________________________________________________________________ 467
IODETO DE SÓDIO EM ÁCIDO ACÉTICO ________________________________________________ 467
IODETO DE TETRABUTILAMÔNIO _____________________________________________________ 467
ÍNDIGO CARMIM _____________________________________________________________________ 467
ÍNDIGO CARMIM SR __________________________________________________________________ 467
IODO ________________________________________________________________________________ 468
IODO SR _____________________________________________________________________________ 468
IODO 0,05 M__________________________________________________________________________ 468
IODO 0,5 % (P/V) EM CLOROFÓRMIO ___________________________________________________ 468
IODO 1 % (P/V) EM ETANOL ___________________________________________________________ 468
IODOBISMUTATO DE POTÁSSIO _______________________________________________________ 468
IODOBISMUTATO DE POTÁSSIO AQUO-ACÉTICO ________________________________________ 468
IODOBISMUTATO DE POTÁSSIO DILUÍDO SR ____________________________________________ 468
IODETO DE POTÁSSIO E SUBNITRATO DE BISMUTO SR __________________________________ 468
LODOBISMUTATO DE POTÁSSIO SR ____________________________________________________ 468
IODOBISMUTATO DE POTÁSSIO SR1 ___________________________________________________ 468
LODOBISMUTATO DE POTÁSSIO SR2 ___________________________________________________ 468
IRGANOX 1010 _______________________________________________________________________ 469
IRGANOX 1076 _______________________________________________________________________ 469
IRGANOX PS 800 _____________________________________________________________________ 469
ISO-OCTANO _________________________________________________________________________ 469
ISOTIOCIANATO DE FLUORESCEÍNA ___________________________________________________ 469
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1431

LACTOSE ____________________________________________________________________________ 469


LACTOSE A 0,1% (P/V) EM PIRIDINA ____________________________________________________ 469
LAURATO DE METILA ________________________________________________________________ 469
LAURILSULFATO DE SÓDIO ___________________________________________________________ 470
LAURILSULFATO DE SÓDIO SR ________________________________________________________ 470
LECITINA ____________________________________________________________________________ 470
LIGA DE NÍQUEL-ALUMÍNIO __________________________________________________________ 470
LINALOL ____________________________________________________________________________ 470
LÍTIO ________________________________________________________________________________ 470
LÍTIO SRA - 2 MG/ML _________________________________________________________________ 470
MACROGOL 300 ______________________________________________________________________ 470
MACROGOL 1000 _____________________________________________________________________ 470
MAGNÉSIO SRA - 1 MG/ML ____________________________________________________________ 470
MAGNESON__________________________________________________________________________ 470
MELAMINA __________________________________________________________________________ 471
2-MERCAPTOETANOL_________________________________________________________________ 471
MERCÚRIO SRA – 1 MG/ML ____________________________________________________________ 471
METABISSULFITO SÓDICO ____________________________________________________________ 471
METANOL ___________________________________________________________________________ 471
METENAMINA _______________________________________________________________________ 471
METILCELULOSE 450 _________________________________________________________________ 471
4,4-METILENOBIS-N,N-DIMETILANILINA _______________________________________________ 471
METILENOBISACRILAMIDA ___________________________________________________________ 472
METIL-ETIL-CETONA _________________________________________________________________ 472
METILISOBUTILCETONA______________________________________________________________ 472
METILPARABENO ____________________________________________________________________ 472
4-METILPENTAN-2-OL ________________________________________________________________ 472
3-METIL-2-PENTANONA _______________________________________________________________ 472
METOXIAZOBENZENO ________________________________________________________________ 472
METOXIAZOBENZENO SR _____________________________________________________________ 472
METÓXIDO DE POTÁSSIO _____________________________________________________________ 472
METÓXIDO DE SÓDIO ________________________________________________________________ 472
METOXIETANOL _____________________________________________________________________ 472
MIRISTATO DE METILA _______________________________________________________________ 472
MISTURA DE NEGRO DE ERIOCROMO T ________________________________________________ 473
MISTURA REDUTORA _________________________________________________________________ 473
MISTURA SULFOCRÔMICA ____________________________________________________________ 473
MOLIBDATO DE AMÔNIO _____________________________________________________________ 473
MOLIBDATO DE AMÔNIO SR __________________________________________________________ 473
MOLIBDATO DE AMÔNIO, SOLUÇÃO ÁCIDA ____________________________________________ 473
MOLIBDATO DE AMÔNIO A 1% (P/V) EM ÁCIDO SULFÚRICO M ___________________________ 473
MOLIBDATO DE SÓDIO _______________________________________________________________ 473
MOLIBDOVANÁDIO SR _______________________________________________________________ 473
MORFOLINA _________________________________________________________________________ 473
MORINA _____________________________________________________________________________ 473
NAFTALENO _________________________________________________________________________ 474
1,3-NAFTALENODIOL _________________________________________________________________ 474
2,7-NAFTALENODIOL _________________________________________________________________ 474
NAFTALENODIOL, REAGENTE _________________________________________________________ 474
1-NAFTILAMINA _____________________________________________________________________ 474
1-NAFTOL ___________________________________________________________________________ 474
1-NAFTOL SR ________________________________________________________________________ 474
1432 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

2-NAFTOL ___________________________________________________________________________ 474


2-NAFTOL SR ________________________________________________________________________ 474
2-NAFTOL SR1 _______________________________________________________________________ 474
NARINGINA__________________________________________________________________________ 474
NEGRO DE AMIDO 10B ________________________________________________________________ 475
NEGRO DE AMIDO 10B SR _____________________________________________________________ 475
NINIDRINA __________________________________________________________________________ 475
NINIDRINA ETANÓLICA ACÉTICA SR ___________________________________________________ 475
NINIDRINA SR _______________________________________________________________________ 475
NITRATO CÉRICO AMONIACAL ________________________________________________________ 475
NITRATO DE ALUMÍNIO, NONA-HIDRATADO ____________________________________________ 475
NITRATO DE AMÔNIO_________________________________________________________________ 475
NITRATO DE AMÔNIO SR ______________________________________________________________ 475
NITRATO DE AMÔNIO, SOLUÇÃO SATURADA ___________________________________________ 475
NITRATO DE BÁRIO __________________________________________________________________ 475
NITRATO DE CÁDMIO_________________________________________________________________ 475
NITRATO DE CHUMBO ________________________________________________________________ 475
NITRATO DE COBALTO(II) _____________________________________________________________ 476
NITRATO DE COBALTO(II) SR __________________________________________________________ 476
NITRATO DE LANTÂNIO ______________________________________________________________ 476
NITRATO DE LANTÂNIO SR ___________________________________________________________ 476
NITRATO DE MAGNÉSIO ______________________________________________________________ 476
NITRATO DE MERCÚRIO(I) ____________________________________________________________ 476
NITRATO DE MERCÚRIO(I) SR _________________________________________________________ 476
NITRATO DE MERCÚRIO(II) ___________________________________________________________ 476
NITRATO DE POTÁSSIO _______________________________________________________________ 476
NITRATO DE PRATA___________________________________________________________________ 476
NITRATO DE PRATA 0,1 M _____________________________________________________________ 476
NITRATO DE PRATA SR _______________________________________________________________ 476
NITRATO DE PRATA SR1 _______________________________________________________________ 477
NITRATO DE SÓDIO___________________________________________________________________ 477
NITRATO DE SÓDIO SR ________________________________________________________________ 477
NITRATO DE TÓRIO ___________________________________________________________________ 477
NITRATO DE ZIRCONILA ______________________________________________________________ 477
NITRATO DE ZIRCONILA SR ___________________________________________________________ 477
NITRATO FENILMERCÚRICO __________________________________________________________ 477
NITRAZEPAM ________________________________________________________________________ 477
NITRITO DE SÓDIO ___________________________________________________________________ 477
NITRITO DE SÓDIO SR ________________________________________________________________ 477
P-NITROANILINA _____________________________________________________________________ 477
P-NITROANILINA E NITRITO DE SÓDIO SR ______________________________________________ 478
2-NITROBENZALDEÍDO _______________________________________________________________ 478
NITROBENZENO _____________________________________________________________________ 478
NITROMETANO ______________________________________________________________________ 478
NITROPRUSSETO DE SÓDIO ___________________________________________________________ 478
NITROPRUSSETO DE SÓDIO E PIPERAZINA SR __________________________________________ 478
1-OCTANOSSULFONATO DE SÓDIO ____________________________________________________ 478
OCTILSULFATO DE SÓDIO _____________________________________________________________ 478
OCTOXINOL 10 _______________________________________________________________________ 478
ÓLEO DE OLIVA ______________________________________________________________________ 478
OXALATO DE AMÔNIO ________________________________________________________________ 478
OXALATO DE AMÔNIO SR _____________________________________________________________ 478
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1433

OXALATO DE POTÁSSIO ______________________________________________________________ 479


OXALATO DE SÓDIO __________________________________________________________________ 479
OXALATO DE VERDE DE MALAQUITA__________________________________________________ 479
ÓXIDO DE ALUMÍNIO _________________________________________________________________ 479
ÓXIDO DE HÓLMIO ___________________________________________________________________ 479
ÓXIDO DE MAGNÉSIO ________________________________________________________________ 479
ÓXIDO DE PRATA_____________________________________________________________________ 479
ÓXIDO MERCÚRICO __________________________________________________________________ 479
PALÁDIO SRA - 1 MG/ML ______________________________________________________________ 479
PALMITATO DE METILA _______________________________________________________________ 479
PAPEL DE PRATA-MANGANÊS _________________________________________________________ 479
PARAFINA LÍQUIDA __________________________________________________________________ 480
1-PENTANOSSULFONATO DE SÓDIO, MONOIDRATADO __________________________________ 480
PENTÓXIDO DE FÓSFORO _____________________________________________________________ 480
PENTÓXIDO DE VANÁDIO _____________________________________________________________ 480
PEPSINA PURIFICADA ________________________________________________________________ 480
PEPTONA ____________________________________________________________________________ 480
PERCLORATO DE SÓDIO ______________________________________________________________ 480
PERIODATO DE POTÁSSIO_____________________________________________________________ 480
PERIODATO FÉRRICO DE POTÁSSIO SR _________________________________________________ 480
PERIODATO DE SÓDIO ________________________________________________________________ 480
PERMANGANATO DE POTÁSSIO _______________________________________________________ 481
PERMANGANATO DE POTÁSSIO SR (APROXIMADAMENTE 0,2 M) _________________________ 481
PERÓXIDO DE CARBAMIDA ___________________________________________________________ 481
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO CONCENTRADO ___________________________________________ 481
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO, 30 VOLUMES, SR __________________________________________ 481
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO A 3% (P/V) _________________________________________________ 481
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO METANÓLICO _____________________________________________ 481
PERÓXIDO DE SÓDIO _________________________________________________________________ 481
PERSULFATO DE AMÔNIO ____________________________________________________________ 482
PERSULFATO DE POTÁSSIO ___________________________________________________________ 482
PERSULFATO DE SÓDIO _______________________________________________________________ 482
PICRATO DE SÓDIO ALCALINO SR _____________________________________________________ 482
PIPERAZINA _________________________________________________________________________ 482
PIRIDINA ____________________________________________________________________________ 482
PIRIDINA ANIDRA ____________________________________________________________________ 482
PIROFOSFATO DE SÓDIO ______________________________________________________________ 482
PIROGALOL__________________________________________________________________________ 482
POLIACRILAMIDA ____________________________________________________________________ 482
POLISSORBATO 20 ____________________________________________________________________ 483
POLISSORBATO 80 ____________________________________________________________________ 483
POTÁSSIO SRA – 600 — ________________________________________________________________ 483
PREDNISONA ________________________________________________________________________ 483
PRETO BRILHANTE BN _______________________________________________________________ 483
PROPILENOGLICOL___________________________________________________________________ 483
PROPILPARABENO ___________________________________________________________________ 483
PÚRPURA DE FTALEÍNA ______________________________________________________________ 483
QUINALIZARINA (CI 58500) ____________________________________________________________ 483
QUINIDINA __________________________________________________________________________ 484
QUINIDRONA ________________________________________________________________________ 484
QUININA ____________________________________________________________________________ 484
RAPONTICINA _______________________________________________________________________ 484
1434 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

REAGENTE DE ALUMINON ____________________________________________________________ 484


REAGENTE DE COLORAÇÃO __________________________________________________________ 484
REAGENTE DE ERLICH MODIFICADO __________________________________________________ 484
REAGENTE DE FOLIN-DENIS __________________________________________________________ 484
REAGENTE DE HANTZACH ____________________________________________________________ 484
REAGENTE DE JONES _________________________________________________________________ 484
REAGENTE DE MARQUIS _____________________________________________________________ 484
REAGENTE DE XANTIDROL ___________________________________________________________ 484
REAGENTE FOSFOMOLIBDOTÚNGSTICO _______________________________________________ 484
REAGENTE IODOPLATINADO__________________________________________________________ 485
REAGENTE SULFOMOLÍBDICO ________________________________________________________ 485
REINECKATO DE AMÔNIO_____________________________________________________________ 485
REINECKATO DE AMÔNIO SR __________________________________________________________ 485
RESAZURINA ________________________________________________________________________ 485
RESORCINOL ________________________________________________________________________ 485
RISTOCETINA ________________________________________________________________________ 485
RODAMINA B ________________________________________________________________________ 485
RUTINA _____________________________________________________________________________ 485
SACAROSE __________________________________________________________________________ 485
SACAROSE 0,1% (P/V) EM PIRIDINA ____________________________________________________ 485
SAFRANINA O________________________________________________________________________ 485
SALICILATO DE SÓDIO________________________________________________________________ 486
SANTONINA _________________________________________________________________________ 486
SAPONINAS __________________________________________________________________________ 486
SÍLICA, DESSECADA __________________________________________________________________ 486
SÍLICA-GEL “G” ______________________________________________________________________ 486
SÍLICA-GEL “GF254” __________________________________________________________________ 486
SÍLICA-GEL “H” ______________________________________________________________________ 486
SÍLICA-GEL “HF254” __________________________________________________________________ 486
SÍLICA KIESELGUHR _________________________________________________________________ 486
SÍLICA KIESELGUHR “G” ______________________________________________________________ 486
SÓDIO SRA – 200 ȂG/ML ______________________________________________________________ 487
SOLUÇÃO DE CLORETO ESTANOSO E NINIDRINA _______________________________________ 487
SOLUÇÃO DE JEFFREY________________________________________________________________ 487
SOLUÇÃO DE KARL-FISCHER _________________________________________________________ 487
SOLUÇÃO DE LIMPEZA DE ÁCIDO CRÔMICO ___________________________________________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE ACETALDEÍDO (100 PPM C2H4O) _________________________________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE AMÔNIO (1 PPM NH4) ___________________________________________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE BÁRIO (10 PPM BA) _____________________________________________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE CÁDMIO (0,1% CD) ______________________________________________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE CÁDMIO (5 PPM CD) ____________________________________________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE CÁLCIO (10 PPM CA) ____________________________________________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE CHUMBO (0,1% PB) _____________________________________________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE COBRE (10 PPM CU) _____________________________________________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE CLORETO (8 PPM CL) ____________________________________________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE CLORETO (5 PPM CL) ____________________________________________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE DITIZONA ______________________________________________________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE ESTANHO (5 PPM SN) ____________________________________________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE MAGNÉSIO (10 PPM MG) _________________________________________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE NITRATO (100 PPM NO3) ________________________________________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE NITRATO (2 PPM NO3) ___________________________________________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE PRATA (5 PPM AG)_______________________________________________ 488
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1435

SOLUÇÃO PADRÃO DE SELÊNIO (100 PPM SE) ___________________________________________ 488


SOLUÇÃO PADRÃO DE SÓDIO (200 PPM NA) ____________________________________________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE SULFATO (10 PPM SO4) __________________________________________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE ZINCO (100 PPM ZN) _____________________________________________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE ZINCO (10 PPM ZN) _____________________________________________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO MARROM _________________________________________________________ 488
SOLUÇÃO REDUTORA ________________________________________________________________ 488
SUBNITRATO DE BISMUTO ____________________________________________________________ 488
SUBSTITUTO DE PLAQUETAS _________________________________________________________ 488
SUBSTRATO DE PLASMA ______________________________________________________________ 488
SUBSTRATO DE PLASMA1 _____________________________________________________________ 489
SUBSTRATO DE PLASMA2 _____________________________________________________________ 489
SUBSTRATO DE PLASMA DEFICIENTE EM FATOR V ______________________________________ 489
SUDAN III ___________________________________________________________________________ 489
SUDAN III SR_________________________________________________________________________ 489
SUDAN IV SR ________________________________________________________________________ 489
SULFAMATO DE AMÔNIO _____________________________________________________________ 490
SULFANILAMIDA_____________________________________________________________________ 490
SULFATO CÉRICO ____________________________________________________________________ 490
SULFATO CÉRICO AMONIACAL ________________________________________________________ 490
SULFATO CÚPRICO, PENTA-HIDRATADO ________________________________________________ 490
SULFATO CÚPRICO SR ________________________________________________________________ 490
SULFATO CÚPRICO AMONIACAL SR ____________________________________________________ 490
SULFATO DE ALUMÍNIO E POTÁSSIO, DODECA-HIDRATADO _____________________________ 490
SULFATO DE AMÔNIO ________________________________________________________________ 490
SULFATO DE BÁRIO __________________________________________________________________ 490
SULFATO DE CÁDMIO ________________________________________________________________ 491
SULFATO DE CÁLCIO, HEMI-HIDRATADO _______________________________________________ 491
SULFATO DE CÁLCIO SR ______________________________________________________________ 491
SULFATO DE N,N-DIMETIL-P-FENILENODIAMINA _______________________________________ 491
SULFATO DE DIMETILA _______________________________________________________________ 491
SULFATO DE HIDRAZINA______________________________________________________________ 491
SULFATO DE LÍTIO ___________________________________________________________________ 491
SULFATO DE MAGNÉSIO, HEPTA-HIDRATADO___________________________________________ 491
SULFATO DE MANGANÊS _____________________________________________________________ 491
SULFATO DE 4-METILAMINOFENOL ____________________________________________________ 491
SULFATO DE 4-METILAMINOFENOL SR _________________________________________________ 492
SULFATO DE POTÁSSIO _______________________________________________________________ 492
SULFATO DE PROTAMINA _____________________________________________________________ 492
SULFATO DE SÓDIO, ANIDRO __________________________________________________________ 492
SULFATO DE SÓDIO, DECA-HIDRATADO ________________________________________________ 492
SULFATO DE TETRABUTILAMÔNIO ____________________________________________________ 492
SULFATO DE ZINCO, HEPTA-HIDRATADO _______________________________________________ 492
SULFATO DE ZINCO 0,1 M _____________________________________________________________ 492
SULFATO FÉRRICO ___________________________________________________________________ 492
SULFATO FÉRRICO AMONIACAL _______________________________________________________ 492
SULFATO FÉRRICO AMONIACAL ÁCIDO SR _____________________________________________ 493
SULFATO FÉRRICO AMONIACAL SR ____________________________________________________ 493
SULFATO FÉRRICO AMONIACAL SR1 ___________________________________________________ 493
SULFATO FÉRRICO AMONIACAL SR2 ___________________________________________________ 493
SULFATO FÉRRICO–FERRICIANETO DE POTÁSSIO SR ____________________________________ 493
SULFATO FERROSO ACIDIFICADO SR __________________________________________________ 493
1436 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

SULFATO FERROSO AMONIACAL ______________________________________________________ 493


SULFATO FERROSO, HEPTA-HIDRATADO _______________________________________________ 493
SULFATO FERROSO SR ________________________________________________________________ 493
SULFETO DE AMÔNIO SR _____________________________________________________________ 493
SULFETO DE HIDROGÊNIO ____________________________________________________________ 493
SULFETO DE HIDROGÊNIO SR _________________________________________________________ 494
SULFETO DE SÓDIO __________________________________________________________________ 494
SULFETO DE SÓDIO SR _______________________________________________________________ 494
SULFETO DE SÓDIO SR1 ______________________________________________________________ 494
SULFITO DE SÓDIO ___________________________________________________________________ 494
TANINO _____________________________________________________________________________ 494
TARTARATO ÁCIDO DE EPINEFRINA ___________________________________________________ 494
TARTARATO CÚPRICO ALCALINO SR ___________________________________________________ 494
TARTARATO DE ANTIMÔNIO E POTÁSSIO_______________________________________________ 494
TARTARATO DE SÓDIO ________________________________________________________________ 494
TARTARATO DE SÓDIO E POTÁSSIO ____________________________________________________ 495
TARTARATO DE SÓDIO E POTÁSSIO SR _________________________________________________ 495
TARTARATO FERROSO SR _____________________________________________________________ 495
TETRABORATO SÓDICO ______________________________________________________________ 495
TETRACLORETO DE CARBONO ________________________________________________________ 495
TETRADECANO ______________________________________________________________________ 495
TETRAFENILBORATO DE SÓDIO _______________________________________________________ 495
TETRAIDROBORATO DE SÓDIO ________________________________________________________ 495
3,3’-TETRAIDROCLORETO DE DIAMINOBENZIDINA _____________________________________ 495
3,3’-TETRAIDROCLORETO DE DIAMINOBENZIDINA SR __________________________________ 495
TETRAIDROFURANO _________________________________________________________________ 496
1,1,3,3-TETRAMETILBUTILAMINA______________________________________________________ 496
TETRAMETILETILENODIAMINA _______________________________________________________ 496
TETRAOXALATO DE POTÁSSIO ________________________________________________________ 496
TETRÓXIDO DE ÓSMIO _______________________________________________________________ 496
TETRÓXIDO DE ÓSMIO SR ____________________________________________________________ 496
TIMIDINA____________________________________________________________________________ 496
TIMINA ______________________________________________________________________________ 496
TIMOL_______________________________________________________________________________ 496
TIOACETAMIDA ______________________________________________________________________ 496
TIOACETAMIDA SR ___________________________________________________________________ 497
TIOCIANATO DE AMÔNIO _____________________________________________________________ 497
TIOCIANATO DE AMÔNIO SR __________________________________________________________ 497
TIOCIANATO DE MERCÚRIO___________________________________________________________ 497
TIOCIANATO DE MERCÚRIO SR ________________________________________________________ 497
TIOCIANATO DE POTÁSSIO____________________________________________________________ 497
TIOGLICOLATO DE SÓDIO_____________________________________________________________ 497
TIONINA (CI 52000) ___________________________________________________________________ 497
TIONINA SR __________________________________________________________________________ 497
TIOSSULFATO DE SÓDIO ______________________________________________________________ 497
TIOSSULFATO DE SÓDIO 0,1 M _________________________________________________________ 497
TIOUREIA____________________________________________________________________________ 498
TIROSINA____________________________________________________________________________ 498
P-TOLUALDEÍDO _____________________________________________________________________ 498
TOLUENO ___________________________________________________________________________ 498
P-TOLUIDINA ________________________________________________________________________ 498
TORINA _____________________________________________________________________________ 498
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1437

TORINA SR __________________________________________________________________________ 498


TRICINA _____________________________________________________________________________ 498
1,1,1-TRICLOROETANO________________________________________________________________ 498
TRICLOROETILENO __________________________________________________________________ 498
TRIETANOLAMINA ___________________________________________________________________ 498
TRIETILAMINA_______________________________________________________________________ 499
TRIFENILMETANOL __________________________________________________________________ 499
TRIFLUORETO DE BORO ______________________________________________________________ 499
TRIFLUORETO DE BORO, SOLUÇÃO METANÓLICA ______________________________________ 499
TRINITROFENOL SR __________________________________________________________________ 499
TRIÓXIDO DE ARSÊNIO _______________________________________________________________ 499
TRIÓXIDO DE CROMO ________________________________________________________________ 499
TROMBINA BOVINA __________________________________________________________________ 499
TROMBINA HUMANA _________________________________________________________________ 499
TROMBOPLASTINA ___________________________________________________________________ 499
TROMBOPLASTINA, REAGENTE _______________________________________________________ 499
TROMETAMINA ______________________________________________________________________ 500
TUNGSTATO DE SÓDIO _______________________________________________________________ 500
UREIA _______________________________________________________________________________ 500
VANADATO DE AMÔNIO ______________________________________________________________ 500
VANILINA ___________________________________________________________________________ 500
VANILINA SR ________________________________________________________________________ 500
VANILINA SULFÚRICA SR _____________________________________________________________ 500
VARFARINA SÓDICA __________________________________________________________________ 500
VERDE DE BROMOCRESOL SR _________________________________________________________ 500
VERMELHO DE FENOL SR _____________________________________________________________ 500
VITEXINA ___________________________________________________________________________ 501
XANTIDROL _________________________________________________________________________ 501
XILENO _____________________________________________________________________________ 501
ZINCO, ATIVADO _____________________________________________________________________ 501
ZINCO, GRANULADO _________________________________________________________________ 501
ZINCO SRA – 5 MG/ML ________________________________________________________________ 501
RECIPIENTES DE DOSE MÚLTIPLA E DE DOSE UNITÁRIA PARA LÍQUIDOS _______________________ 302
RECIPIENTES DE MÚLTIPLAS UNIDADES PARA CÁPSULAS E COMPRIMIDOS ____________________ 300
RECIPIENTES DE PLÁSTICO - TESTES DE DESEMPENHO _______________________________________ 299
RECIPIENTES DE POLI(TEREFTALATO DE ETILENO) E POLI(TEREFTALATO DE ETILENO GLICOL) _ 291
RECIPIENTES DE POLIETILENO _____________________________________________________________ 289
RECIPIENTES DE POLIPROPILENO ___________________________________________________________ 290
RECIPIENTES DE UNIDADE SIMPLES E DOSE UNITÁRIA PARA CÁPSULAS E COMPRIMIDOS ______ 301
RECIPIENTES DE VIDRO ____________________________________________________________________ 285
RECIPIENTES E CORRELATOS PLÁSTICOS ____________________________________________________ 289
RECIPIENTES PARA MEDICAMENTOS E CORRELATOS _________________________________________ 285
RECIPIENTES PLÁSTICOS ___________________________________________________________________ 288
RECIPIENTES PLÁSTICOS E TAMPAS DE ELASTÔMEROS _______________________________________ 304
REINECKATO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 485
REINECKATO DE AMÔNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 485
RESAZURINA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________________________________ 418
RESAZURINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 485
RESAZURINA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _________________________________ 419
RESISTÊNCIA À TRAÇÃO ___________________________________________________________________ 279
RESISTÊNCIA AO ENCASTOAMENTO DA AGULHA ____________________________________________ 282
RESISTÊNCIA HIDROLÍTICA OU ALCALINIDADE ______________________________________________ 285
1438 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

RESORCINOL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ____________________________________ 419


RESORCINOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 485
RESORCINOL SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS)__________________________________ 419
RESPONSABILIDADE DO FABRICANTE_______________________________________________________ 328
RESPONSABILIDADE DO USUÁRIO __________________________________________________________ 328
REVISÃO E APROVAÇÃO DA VALIDAÇÃO ____________________________________________________ 326
RIFAMPICINA ______________________________________________________________________________ 1257
RIFAMPICINA CÁPSULAS ___________________________________________________________________ 1258
RIFAMPICINA SUSPENSÃO ORAL ____________________________________________________________ 1259
RISTOCETINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 485
RITONAVIR CÁPSULAS _____________________________________________________________________ 1261
RODAMINA B (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)________________________________________ 485
RUIBARBO ________________________________________________________________________________ 1261
RUTINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________________ 485

SABUGUEIRO ______________________________________________________________________________ 1265


SABUGUEIRO DO BRASIL ___________________________________________________________________ 1271
SACAROSE ________________________________________________________________________________ 1277
SACAROSE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________________ 485
SACAROSE 0,1% (P/V) EM PIRIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)____________________ 485
SAFRANINA O (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________________ 485
SAIS PARA REIDRATAÇÃO ORAL ____________________________________________________________ 1278
SALAS LIMPAS E AMBIENTES CONTROLADOS ASSOCIADOS ___________________________________ 330
SALGUEIRO BRANCO ______________________________________________________________________ 1279
SALICILATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 486
SANTONINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 486
SAPONINAS (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 486
SELEÇÃO DO INDICADOR BIOLÓGICO PARA O PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO __________________ 327
SEMIMICRODETERMINAÇÃO (MÉTODO II) ___________________________________________________ 181
SENE______________________________________________________________________________________ 1284
SÍLICA KIESELGUHR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 486
SÍLICA KIESELGUHR “G” (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 486
SÍLICA, DESSECADA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 486
SÍLICA-GEL “G” (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 486
SÍLICA-GEL “GF254” (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)__________________________________ 486
SÍLICA-GEL “H” (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 486
SÍLICA-GEL “HF254” (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)__________________________________ 486
SÓDIO SRA – 200 ȂG/ML (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 487
SOLUÇÃO
OCTACLORIDRATO DE ALUMÍNIO E ZIRCÔNIO _________________________________________ 1174
SOLUÇÃO DE CLORETO ESTANOSO E NINIDRINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_______ 487
SOLUÇÃO DE JEFFREY (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 487
SOLUÇÃO DE KARL-FISCHER (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 487
SOLUÇÃO DE LIMPEZA DE ÁCIDO CRÔMICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________ 487
SOLUÇÃO INJETÁVEL
ÁCIDO ASCÓRBICO ___________________________________________________________________ 572
ANTIMONIATO DE MEGLUMINA _______________________________________________________ 648
ARTEMÉTER _________________________________________________________________________ 656
BUTILBROMETO DE ESCOPOLAMINA __________________________________________________ 710
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1439

CARBOPLATINA ______________________________________________________________________ 739


CIANOCOBALAMINA _________________________________________________________________ 780
CIMETIDINA _________________________________________________________________________ 784
CIPROFLOXACINO ___________________________________________________________________ 785
CISPLATINA__________________________________________________________________________ 787
CLORETO DE SÓDIO __________________________________________________________________ 804
CLORIDRATO DE BUPIVACAÍNA E GLICOSE ____________________________________________ 813
CLORIDRATO DE HIDRALAZINA _______________________________________________________ 835
CLORIDRATO DE LIDOCAÍNA__________________________________________________________ 842
CLORIDRATO DE METOCLOPRAMIDA __________________________________________________ 848
CLORIDRATO DE PROMETAZINA ______________________________________________________ 856
CLORIDRATO DE TIAMINA ____________________________________________________________ 870
CLORIDRATO DE TRAMADOL _________________________________________________________ 871
CLORIDRATO DE VERAPAMIL _________________________________________________________ 875
DIAZEPAM ___________________________________________________________________________ 903
FENITOÍNA SÓDICA __________________________________________________________________ 956
FLUNITRAZEPAM ____________________________________________________________________ 969
FUROSEMIDA ________________________________________________________________________ 990
GLICOSE ____________________________________________________________________________ 1008
HALOPERIDOL _______________________________________________________________________ 1015
HIDROXICOBALAMINA ______________________________________________________________ 1039
METRONIDAZOL _____________________________________________________________________ 1148
SULFATO DE ATROPINA _______________________________________________________________ 1309
SULFATO DE EFEDRINA _______________________________________________________________ 1313
SULFATO DE MORFINA _______________________________________________________________ 1319
ZIDOVUDINA ________________________________________________________________________ 1380
SOLUÇÃO OFTÁLMICA
CLORIDRATO DE CIPROFLOXACINO ___________________________________________________ 818
NITRATO DE PRATA___________________________________________________________________ 1165
OFLOXACINO ________________________________________________________________________ 1178
SOLUÇÃO ORAL
BROMOPRIDA________________________________________________________________________ 707
CLONAZEPAM _______________________________________________________________________ 798
CLORIDRATO DE DIFENIDRAMINA_____________________________________________________ 822
CLORIDRATO DE METOCLOPRAMIDA __________________________________________________ 849
DIPIRONA ___________________________________________________________________________ 914
FENOBARBITAL ______________________________________________________________________ 960
FLUORETO DE SÓDIO _________________________________________________________________ 972
FOSFATO DE SÓDIO ___________________________________________________________________ 984
HALOPERIDOL _______________________________________________________________________ 1016
LORATADINA ________________________________________________________________________ 1100
LORATADINA E SULFATO DE PSEUDOEFEDRINA ________________________________________ 1100
MALEATO DE DEXCLORFENIRAMINA __________________________________________________ 1109
PARACETAMOL ______________________________________________________________________ 1192
SULFATO DE SALBUTAMOL ___________________________________________________________ 1324
SULFATO FERROSO ___________________________________________________________________ 1328
ZIDOVUDINA ________________________________________________________________________ 1380
SOLUÇÃO PADRÃO DE ACETALDEÍDO (100 PPM C2H4O) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE AMÔNIO (1 PPM NH4) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE BÁRIO (10 PPM BA) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE CÁDMIO (0,1% CD) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE CÁDMIO (5 PPM CD) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 487
1440 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

SOLUÇÃO PADRÃO DE CÁLCIO (10 PPM CA) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE CHUMBO (0,1% PB) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE CLORETO (5 PPM CL) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE CLORETO (8 PPM CL) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE COBRE (10 PPM CU) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 487
SOLUÇÃO PADRÃO DE DITIZONA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE ESTANHO (5 PPM SN) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE MAGNÉSIO (10 PPM MG) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE NITRATO (100 PPM NO3) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE NITRATO (2 PPM NO3) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE PRATA (5 PPM AG) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE SELÊNIO (100 PPM SE) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE SÓDIO (200 PPM NA) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE SULFATO (10 PPM SO4) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE ZINCO (10 PPM ZN) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO DE ZINCO (100 PPM ZN) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 488
SOLUÇÃO PADRÃO MARROM (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 488
SOLUÇÃO REDUTORA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 488
SOLUÇÃO TÓPICA
CICLOPIROX OLAMINA _______________________________________________________________ 781
SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS ________________________________________________________________ 501
ÁCIDO CLORÍDRICO M SV ____________________________________________________________ 501
ÁCIDO OXÁLICO 0,05 M SV ____________________________________________________________ 501
ÁCIDO PERCLÓRICO 0,1 M SV _________________________________________________________ 502
ÁCIDO SULFÚRICO M SV______________________________________________________________ 502
BROMATO DE POTÁSSIO 0,1 M SV______________________________________________________ 502
BROMO 0,05 M SV ____________________________________________________________________ 502
CLORETO DE BÁRIO 0,1 M SV _________________________________________________________ 502
CLORETO DE BENZETÔNIO 0,004 M SV _________________________________________________ 502
DICLOROFENOL-INDOFENOL, SOLUÇÃO PADRÃO ______________________________________ 502
EDETATO DISSÓDICO 0,05 M SV________________________________________________________ 502
EDETATO DISSÓDICO 0,1 M SV_________________________________________________________ 503
HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO ETANÓLICO 0,5 M SV ________________________________________ 503
HIDRÓXIDO DE POTÁSSIO M SV _______________________________________________________ 503
HIDRÓXIDO DE SÓDIO M SV __________________________________________________________ 503
HIDRÓXIDO DE SÓDIO ETANÓLICO 0,1 M SV ___________________________________________ 503
HIDRÓXIDO DE TETRABUTILAMÔNIO 0,1 M SV _________________________________________ 503
ÍNDIGO CARMIM SV _________________________________________________________________ 504
IODATO DE POTÁSSIO 0,02 M SV ______________________________________________________ 504
IODATO DE POTÁSSIO 0,1 M SV ________________________________________________________ 504
IODO 0,05 M SV ______________________________________________________________________ 504
IODO 0,1 M SV________________________________________________________________________ 504
METÓXIDO DE LÍTIO 0,1 M SV _________________________________________________________ 504
METÓXIDO DE SÓDIO 0,1 M SV ________________________________________________________ 504
NITRATO CÉRICO AMONIACAL 0,01 M SV _______________________________________________ 504
NITRATO CÉRICO AMONIACAL 0,1 M SV ________________________________________________ 504
NITRATO DE BÁRIO 0,01 M SV _________________________________________________________ 505
NITRATO DE CHUMBO 0,1 M SV _______________________________________________________ 505
NITRATO DE MERCÚRIO(II) 0,1 M SV ___________________________________________________ 505
NITRATO DE TÓRIO 0,005 M SV ________________________________________________________ 505
NITRITO DE SÓDIO 0,1 M SV ___________________________________________________________ 505
PERMANGANATO DE POTÁSSIO 0,02 M SV ______________________________________________ 505
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1441

SULFATO CÉRICO 0,05 M SV ___________________________________________________________ 505


SULFATO CÉRICO AMONIACAL 0,1 M SV _______________________________________________ 506
SULFATO DE ZINCO 0,1 M SV __________________________________________________________ 506
TETRAFENILBORATO DE SÓDIO 0,02 M SV ______________________________________________ 506
TIOCIANATO DE AMÔNIO 0,1 M SV _____________________________________________________ 506
TIOSSULFATO DE SÓDIO 0,1 M SV ______________________________________________________ 506
SOLVENTES PARA CROMATOGRAFIA (ANEXO C) _____________________________________________ 523
SORO ANTIBOTRÓPICO PENTAVALENTE _____________________________________________________ 1289
SORO ANTIBOTRÓPICO PENTAVALENTE E ANTICROTÁLICO ___________________________________ 1290
SORO ANTIBOTRÓPICO PENTAVALENTE E ANTILAQUÉTICO ___________________________________ 1290
SORO ANTIBOTRÓPICO PENTAVALENTE, ANTICROTÁLICO E ANTILAQUÉTICO __________________ 1291
SORO ANTIBOTULÍNICO TRIVALENTE _______________________________________________________ 1291
SORO ANTICROTÁLICO_____________________________________________________________________ 1292
SORO ANTIDIFTÉRICO______________________________________________________________________ 1293
SORO ANTIELAPÍDICO BIVALENTE __________________________________________________________ 1294
SORO ANTIESCORPIÔNICO _________________________________________________________________ 1294
SORO ANTILONÔMICO _____________________________________________________________________ 1295
SORO ANTILOXOSCÉLICO TRIVALENTE _____________________________________________________ 1296
SORO ANTIRRÁBICO _______________________________________________________________________ 1297
SORO ANTITETÂNICO ______________________________________________________________________ 1298
SOROS HIPERIMUNES PARA USO HUMANO ___________________________________________________ 1299
SPECTROMETRIA ATÔMICA _________________________________________________________________ 94
SUBNITRATO DE BISMUTO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 488
SUBSTÂNCIAS CORANTES __________________________________________________________________ 401
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS DE REFERÊNCIA___________________________________________________ 399
SUBSTÂNCIAS VASODEPRESSORAS _________________________________________________________ 236
SUBSTÂNCIAS VASOPRESSORAS ____________________________________________________________ 234
SUBSTITUTO DE PLAQUETAS (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 488
SUBSTRATO DE PLASMA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 488
SUBSTRATO DE PLASMA DEFICIENTE EM FATOR V (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____ 489
SUBSTRATO DE PLASMA1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 489
SUBSTRATO DE PLASMA2 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 489
SUDAN III (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 489
SUDAN III SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 489
SUDAN IV SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 489
SULFADIAZINA ____________________________________________________________________________ 1301
SULFADIAZINA COMPRIMIDOS _____________________________________________________________ 1302
SULFAMATO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 490
SULFAMETOXAZOL ________________________________________________________________________ 1304
SULFAMETOXAZOL E TRIMETOPRIMA COMPRIMIDOS ________________________________________ 1305
SULFAMETOXIPIRIDAZINA _________________________________________________________________ 1306
SULFANILAMIDA __________________________________________________________________________ 1307
SULFANILAMIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 490
SULFATO CÉRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________ 490
SULFATO CÉRICO 0,05 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ____________________________________ 505
SULFATO CÉRICO AMONIACAL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 490
SULFATO CÉRICO AMONIACAL 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ________________________ 506
SULFATO CÚPRICO AMONIACAL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________ 490
SULFATO CÚPRICO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 490
SULFATO CÚPRICO, PENTA-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________ 490
SULFATO DE 4-METILAMINOFENOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________ 491
SULFATO DE 4-METILAMINOFENOL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________ 492
1442 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

SULFATO DE ALUMÍNIO E POTÁSSIO, DODECA-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __ 490


SULFATO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 490
SULFATO DE ATROPINA_____________________________________________________________________ 1308
SULFATO DE ATROPINA SOLUÇÃO INJETÁVEL________________________________________________ 1309
SULFATO DE BÁRIO ________________________________________________________________________ 1310
SULFATO DE BÁRIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 490
SULFATO DE CÁDMIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 491
SULFATO DE CÁLCIO _______________________________________________________________________ 1311
SULFATO DE CÁLCIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 491
SULFATO DE CÁLCIO, HEMI-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________ 491
SULFATO DE DIMETILA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 491
SULFATO DE EFEDRINA ____________________________________________________________________ 1312
SULFATO DE EFEDRINA SOLUÇÃO INJETÁVEL _______________________________________________ 1313
SULFATO DE ESTREPTOMICINA PÓ PARA SOLUÇÃO INJETÁVEL________________________________ 1313
SULFATO DE HIDRAZINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 491
SULFATO DE INDINAVIR ____________________________________________________________________ 1314
SULFATO DE LÍTIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 491
SULFATO DE MAGNÉSIO HEPTAIDRATADO ___________________________________________________ 1316
SULFATO DE MAGNÉSIO, HEPTA-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________ 491
SULFATO DE MANGANÊS (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 491
SULFATO DE MORFINA _____________________________________________________________________ 1317
SULFATO DE MORFINA COMPRIMIDOS_______________________________________________________ 1318
SULFATO DE MORFINA SOLUÇÃO INJETÁVEL ________________________________________________ 1319
SULFATO DE N,N-DIMETIL-P-FENILENODIAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______ 491
SULFATO DE NEOMICINA ___________________________________________________________________ 1320
SULFATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 492
SULFATO DE PROTAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 492
SULFATO DE PSEUDOEFEDRINA _____________________________________________________________ 1322
SULFATO DE SALBUTAMOL _________________________________________________________________ 1323
SULFATO DE SALBUTAMOL SOLUÇÃO ORAL _________________________________________________ 1324
SULFATO DE SÓDIO ________________________________________________________________________ 1324
SULFATO DE SÓDIO, ANIDRO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________ 492
SULFATO DE SÓDIO, DECA-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________ 492
SULFATO DE TETRABUTILAMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)____________________ 492
SULFATO DE ZINCO 0,1 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 492
SULFATO DE ZINCO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS)____________________________________ 506
SULFATO DE ZINCO, HEPTA-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________ 492
SULFATO FÉRRICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 492
SULFATO FÉRRICO AMONIACAL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________ 492
SULFATO FÉRRICO AMONIACAL ÁCIDO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________ 493
SULFATO FÉRRICO AMONIACAL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________ 493
SULFATO FÉRRICO AMONIACAL SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 493
SULFATO FÉRRICO AMONIACAL SR2 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 493
SULFATO FÉRRICO–FERRICIANETO DE POTÁSSIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___ 493
SULFATO FERROSO ________________________________________________________________________ 1325
SULFATO FERROSO ACIDIFICADO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 493
SULFATO FERROSO AMONIACAL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________ 493
SULFATO FERROSO COMPRIMIDOS __________________________________________________________ 1326
SULFATO FERROSO HEPTAIDRATADO________________________________________________________ 1326
SULFATO FERROSO SOLUÇÃO ORAL_________________________________________________________ 1328
SULFATO FERROSO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 493
SULFATO FERROSO, HEPTA-HIDRATADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________ 493
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1443

SULFETO DE AMÔNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 493


SULFETO DE HIDROGÊNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 493
SULFETO DE HIDROGÊNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 494
SULFETO DE SELÊNIO ______________________________________________________________________ 1328
SULFETO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 494
SULFETO DE SÓDIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 494
SULFETO DE SÓDIO SR1 (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 494
SULFITO DE SÓDIO_________________________________________________________________________ 1329
SULFITO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 494
SUPOSITÓRIOS
BISACODIL __________________________________________________________________________ 691
GLICEROL ___________________________________________________________________________ 1002
INDOMETACINA______________________________________________________________________ 1068
SUSPENSÃO ORAL
ÁCIDO NALIDÍXICO __________________________________________________________________ 582
ALBENDAZOL _______________________________________________________________________ 592
BENZOILMETRONIDAZOL ____________________________________________________________ 686
CEFACLOR___________________________________________________________________________ 754
ESTOLATO DE ERITROMICINA _________________________________________________________ 936
MEBENDAZOL _______________________________________________________________________ 1122
NISTATINA___________________________________________________________________________ 1162
RIFAMPICINA ________________________________________________________________________ 1259
TIABENDAZOL _______________________________________________________________________ 1342

TABELA PERIÓDICA DOS ELEMENTOS QUÍMICOS - NOMES, SÍMBOLOS E MASSAS ATÔMICAS (ANEXO A) ___511
TABELAS ESTATÍSTICAS ____________________________________________________________________ 349
TAMPÃO SULFATO CÚPRICO (TAMPÕES) _____________________________________________________ 510
TAMPAS DE ELASTÔMERO __________________________________________________________________ 294
TAMPÕES _________________________________________________________________________________ 506
ACETATO 0,05 M PH 4,5 ________________________________________________________________ 507
ACETATO DE AMÔNIO PH 8,5 __________________________________________________________ 509
ACETATO DE SÓDIO 0,1 M PH 5,0 _______________________________________________________ 507
ACETATO DE SÓDIO PH 4,5 ____________________________________________________________ 507
ACETATO PH 3,0 _____________________________________________________________________ 506
ACETATO PH 3,5 ______________________________________________________________________ 506
ACETATO PH 4,0 ______________________________________________________________________ 507
ACETATO PH 4,4 ______________________________________________________________________ 507
ACETATO PH 6,0 ______________________________________________________________________ 507
ACETATO PH 7,0 ______________________________________________________________________ 508
ÁCIDO ACÉTICO-ACETATO DE AMÔNIO ________________________________________________ 509
ÁCIDO CLORÍDRICO PH 2,0 ___________________________________________________________ 506
ALBUMINA-FOSFATO PH 7,2 ___________________________________________________________ 508
BARBITAL DE PH 7,4 __________________________________________________________________ 508
BARBITAL DE PH 8,4 __________________________________________________________________ 508
BARBITAL PH 8,6 _____________________________________________________________________ 509
BIFTALATO PH 4,4 ____________________________________________________________________ 507
BORATO PH 8,0 _______________________________________________________________________ 508
BORATO PH 9,0 _______________________________________________________________________ 509
BORATO PH 9,6 _______________________________________________________________________ 509
1444 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

CARBONATO-BICARBONATO DE SÓDIO PH 9,6 __________________________________________ 509


CITRATO-FOSFATO PH 5,0 _____________________________________________________________ 507
CITRO-FOSFATO PH 6,0 ________________________________________________________________ 507
CITRO-FOSFATO PH 7,0 ________________________________________________________________ 508
CLORETO DE AMÔNIO PH 10,0 _________________________________________________________ 509
CLORETO DE AMÔNIO PH 10,7 _________________________________________________________ 509
CONCENTRADO PARA AMOSTRAS DSS-EGPA EM CONDIÇÕES REDUTORAS _______________ 509
CONCENTRADO PARA AMOSTRAS DSS-EGPA. __________________________________________ 509
ELETROFORESE DSS-EGPA ___________________________________________________________ 509
FOSFATO 0,025 M PH 6,86 ______________________________________________________________ 507
FOSFATO DE POTÁSSIO PH 7,4 COM POLISSORBATO 80 A 2% (V/V) ________________________ 508
FOSFATO M/L5 PH 7,0 _________________________________________________________________ 508
FOSFATO PH 2,2 ______________________________________________________________________ 506
FOSFATO PH 5,5 ______________________________________________________________________ 507
FOSFATO PH 5,8 ______________________________________________________________________ 507
FOSFATO PH 6,0 ______________________________________________________________________ 507
FOSFATO PH 6,5 ______________________________________________________________________ 507
FOSFATO PH 6,8 ______________________________________________________________________ 507
FOSFATO PH 7,0 ______________________________________________________________________ 508
FOSFATO PH 7,1 ______________________________________________________________________ 508
FOSFATO PH 7,2 ______________________________________________________________________ 508
FOSFATO PH 7,3 ______________________________________________________________________ 508
FOSFATO PH 8,5 ______________________________________________________________________ 509
FOSFATO PH 8,6 ______________________________________________________________________ 509
FOSFATO-LAURILSULFATO DE SÓDIO PH 11,0 ___________________________________________ 509
FOSFATO-LAURILSULFATO DE SÓDIO PH 6,8 ____________________________________________ 507
FOSFATO-SALINA (PBS) _______________________________________________________________ 510
IMIDAZOL PH 7,4 _____________________________________________________________________ 508
SULFATO CÚPRICO ___________________________________________________________________ 510
TRIS 0,05 M PH 9,0 ____________________________________________________________________ 509
TRIS-CLORETO DE SÓDIO PH 7,5 _______________________________________________________ 508
TRIS-CLORIDRATO 1,5 M PH 8,8 ________________________________________________________ 509
TRIS-CLORIDRATO M DE PH 6,8 _______________________________________________________ 507
TROMETAMINA-CLORETO DE SÓDIO DE PH 7,4. _________________________________________ 508
TROMETAMINA-EDTA DE PH 8,4._______________________________________________________ 508
TANINO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________________ 494
TARTARATO ÁCIDO DE EPINEFRINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________ 494
TARTARATO CÚPRICO ALCALINO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________ 494
TARTARATO DE ANTIMÔNIO E POTÁSSIO ____________________________________________________ 1331
TARTARATO DE ANTIMÔNIO E POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________ 494
TARTARATO DE ANTIMÔNIO E SÓDIO ________________________________________________________ 1331
TARTARATO DE METOPROLOL COMPRIMIDOS _______________________________________________ 1332
TARTARATO DE POTÁSSIO E SÓDIO__________________________________________________________ 1333
TARTARATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 494
TARTARATO DE SÓDIO E POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________ 495
TARTARATO DE SÓDIO E POTÁSSIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________ 495
TARTARATO FERROSO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 495
TARTRAZINA ______________________________________________________________________________ 1334
TECIDO DE GAZE HIDRÓFILA PURIFICADA___________________________________________________ 1335
TÉCNICAS DE AMPLIFICAÇÃO DE ÁCIDOS NUCLEICOS _______________________________________ 214
TECNOLOGIAS ALTERNATIVAS PARA PROCESSO ASSÉPTICO __________________________________ 332
TERCONAZOL _____________________________________________________________________________ 1337
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1445

TERCONAZOL CREME ______________________________________________________________________ 1339


TESTE DE DESINTEGRAÇÃO DE SUPOSITÓRIOS, ÓVULOS E COMPRIMIDOS VAGINAIS ___________ 65
TESTE DE DESINTEGRAÇÃO PARA COMPRIMIDOS E CÁPSULAS _______________________________ 63
TESTE DE DISSOLUÇÃO ____________________________________________________________________ 66
TESTE DE DUREZA _________________________________________________________________________ 62
TESTE DE EFICÁCIA ANTIMICROBIANA ______________________________________________________ 273
TESTE DE ESTERILIDADE ___________________________________________________________________ 253
TESTE DE FRIABILIDADE ___________________________________________________________________ 62
TESTE DE GOTEJAMENTO __________________________________________________________________ 80
TESTE DE TRANSMISSÃO DE LUZ ___________________________________________________________ 303
TESTES DE DESINTEGRAÇÃO _______________________________________________________________ 63
TESTES DE REATIVIDADE BIOLÓGICA IN VITRO _____________________________________________ 312
TESTES DE REATIVIDADE BIOLÓGICA IN VIVO _______________________________________________ 314
TESTES DE VALIDADE ______________________________________________________________________ 343
TESTES IN VITRO, TESTES IN VIVO E DESIGNAÇÃO DE CLASSE PARA PLÁSTICOS E OUTROS
POLÍMEROS _______________________________________________________________________________ 304
TETRABORATO SÓDICO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 495
TETRACLORETO DE CARBONO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 495
TETRADECANO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)______________________________________ 495
TETRAFENILBORATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________ 495
TETRAFENILBORATO DE SÓDIO 0,02 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _______________________ 506
TETRAIDROBORATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 495
TETRAIDROFURANO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 496
TETRAMETILETILENODIAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_______________________ 496
TETRAOXALATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 496
TETRÓXIDO DE ÓSMIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 496
TETRÓXIDO DE ÓSMIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 496
TIABENDAZOL ____________________________________________________________________________ 1339
TIABENDAZOL COMPRIMIDOS ______________________________________________________________ 1340
TIABENDAZOL POMADA ___________________________________________________________________ 1341
TIABENDAZOL SUSPENSÃO ORAL ___________________________________________________________ 1342
TIMIDINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 496
TIMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________________ 496
TIMOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________________ 496
TIMOLFTALEÍNA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ________________________________ 419
TIMOLFTALEÍNA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________________________ 419
TINTURA
RATÂNIA ____________________________________________________________________________ 1252
TINTURA DE IODO FORTE __________________________________________________________________ 1343
TINTURA DE IODO FRACA __________________________________________________________________ 1343
TIOACETAMIDA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 496
TIOACETAMIDA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 497
TIOCIANATO DE AMÔNIO (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ________________________ 419
TIOCIANATO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 497
TIOCIANATO DE AMÔNIO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) ______________________________ 506
TIOCIANATO DE AMÔNIO SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ______________________ 419
TIOCIANATO DE AMÔNIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)__________________________ 497
TIOCIANATO DE MERCÚRIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________ 497
TIOCIANATO DE MERCÚRIO SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________ 497
TIOCIANATO DE POTÁSSIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________ 497
TIOGLICOLATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 497
TIONINA (CI 52000) (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________ 497
1446 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

TIONINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 497


TIOSSULFATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 497
TIOSSULFATO DE SÓDIO 0,1 M (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 497
TIOSSULFATO DE SÓDIO 0,1 M SV (SOLUÇÕES VOLUMÉTRICAS) _______________________________ 506
TIOUREIA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 498
TIPOS DE DELINEAMENTO__________________________________________________________________ 342
TIPOS DE INDICADORES BIOLÓGICOS _______________________________________________________ 326
TIROSINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 498
TITULAÇÕES COMPLEXOMÉTRICAS_________________________________________________________ 183
TITULAÇÕES EM MEIO NÃO AQUOSO________________________________________________________ 184
TITULAÇÕES POR DIAZOTAÇÃO ____________________________________________________________ 180
TOLMETINA SÓDICA _______________________________________________________________________ 1344
TOLUENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 498
TORINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________________ 498
TORINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________________ 498
TORNASSOL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________________________________ 419
TORNASSOL AZUL, PAPEL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ________________________ 419
TORNASSOL SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) __________________________________ 419
TORNASSOL VERMEHO, PAPEL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________________ 419
TOXICIDADE ______________________________________________________________________________ 234
TOXOIDE TETÂNICO ADSORVIDO ___________________________________________________________ 1345
TREINAMENTO DE FUNCIONÁRIOS__________________________________________________________ 333
TRETINOÍNA CREME _______________________________________________________________________ 1347
TRETINOÍNA GEL __________________________________________________________________________ 1348
TRICINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________________________ 498
TRICLOROETILENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 498
TRIETANOLAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)___________________________________ 498
TRIETILAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________ 499
TRIFENILMETANOL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 499
TRIFLUORETO DE BORO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________ 499
TRIFLUORETO DE BORO, SOLUÇÃO METANÓLICA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)______ 499
TRIMETOPRIMA ___________________________________________________________________________ 1349
TRINITROFENOL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 499
TRIÓXIDO DE ARSÊNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 499
TRIÓXIDO DE CROMO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 499
TRIS 0,05 M PH 9,0 (TAMPÕES) _______________________________________________________________ 509
TRIS-CLORETO DE SÓDIO PH 7,5 (TAMPÕES) _________________________________________________ 508
TRIS-CLORIDRATO 1,5 M PH 8,8 (TAMPÕES)___________________________________________________ 509
TROMBINA BOVINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)__________________________________ 499
TROMBINA HUMANA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 499
TROMBOPLASTINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) __________________________________ 499
TROMBOPLASTINA, REAGENTE (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_______________________ 499
TROMETAMINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)______________________________________ 500
TROMETAMINA-CLORETO DE SÓDIO DE PH 7,4 (TAMPÕES) ____________________________________ 508
TROMETAMINA-EDTA DE PH 8,4 (TAMPÕES) __________________________________________________ 508
TROPEOLINA O (CI 14270) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS)_________________________ 419
TROPEOLINA O SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ________________________________ 419
TROPEOLINA OO (CI 13080) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________________ 420
TUNGSTATO DE SÓDIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _______________________________ 500
TURBIDIMETRIA E NEFELOMETRIA _________________________________________________________ 104
Farmacopeia Brasileira, 5ª edição 1447

UNIDADES DO SISTEMA INTERNACIONAL (SI) USADAS NA FARMACOPEIA E AS EQUIVALÊNCIAS COM


OUTRAS UNIDADES (ANEXO B) _____________________________________________________________ 517
UNIFORMIDADE DE DOSES UNITÁRIAS ______________________________________________________ 73
UREIA_____________________________________________________________________________________ 1351
UREIA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________________________ 500
USO DE INDICADOR BIOLÓGICO PARA VALIDAÇÃO __________________________________________ 329

VACINA ADSORVIDA DIFTERIA E TÉTANO ADULTO ___________________________________________ 1355


VACINA ADSORVIDA DIFTERIA E TÉTANO INFANTIL __________________________________________ 1356
VACINA ADSORVIDA DIFTERIA, TÉTANO E PERTUSSIS ________________________________________ 1359
VACINA BCG ______________________________________________________________________________ 1361
VACINA CAXUMBA ATENUADA _____________________________________________________________ 1362
VACINA FEBRE AMARELA ATENUADA _______________________________________________________ 1363
VACINA POLIOMIELITE 1, 2 E 3 ATENUADA ___________________________________________________ 1364
VACINA POLIOMIELITE 1, 2 E 3 INATIVADA ___________________________________________________ 1366
VACINA RAIVA (INATIVADA) ________________________________________________________________ 1366
VACINA RUBÉOLA ATENUADA ______________________________________________________________ 1368
VACINA SARAMPO ATENUADA ______________________________________________________________ 1369
VACINA SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA* __________________________________________________ 1370
VACINA SARAMPO, RUBÉOLA* _____________________________________________________________ 1371
VACINA VARICELA ATENUADA ______________________________________________________________ 1372
VACINAS PARA USO HUMANO ______________________________________________________________ 1353
VALIDAÇÃO DO PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO ______________________________________________ 324
VALORES ATÍPICOS ________________________________________________________________________ 340
VANADATO DE AMÔNIO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ______________________________ 500
VANILINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 500
VANILINA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________________ 500
VANILINA SULFÚRICA SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 500
VARFARINA SÓDICA________________________________________________________________________ 1373
VARFARINA SÓDICA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________ 500
VERDE DE BROMOCRESOL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _______________________ 420
VERDE DE BROMOCRESOL SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________________ 420
VERDE DE BROMOCRESOL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________ 500
VERDE DE MALAQUITA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ________________________ 420
VERDE DE MALAQUITA, OXALATO (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ________________ 420
VERDE DE METILA (CI 42590) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________________ 420
VERDE DE METILA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ____________________________ 420
VERMELHO CRESOL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________________________ 420
VERMELHO CRESOL SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________________________ 420
VERMELHO DE CONGO (CI 22120) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _________________ 420
VERMELHO DE CONGO SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ________________________ 420
VERMELHO DE CONGO, PAPEL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS)____________________ 420
VERMELHO DE FENOL (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________________________ 421
VERMELHO DE FENOL SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _________________________ 421
VERMELHO DE FENOL SR (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ____________________________ 500
VERMELHO DE METILA (CI 13020) (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _________________ 421
1448 Farmacopeia Brasileira, 5ª edição

VERMELHO DE METILA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ________________________ 421


VERMELHO DE QUINALDINA (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) _____________________ 421
VERMELHO DE QUINALDINA SI (INDICADORES E SOLUÇÕES INDICADORAS) ___________________ 421
VERMELHO PONCEAU 4R ___________________________________________________________________ 1374
VERMELHO PONCEAU 4R LACA DE ALUMÍNIO _______________________________________________ 1375
VITEXINA (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ___________________________________________ 501

XAMPU
CETOCONAZOL ______________________________________________________________________ 772
XANTIDROL (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _________________________________________ 501
XILENO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________________ 501

ZIDOVUDINA ______________________________________________________________________________ 1377


ZIDOVUDINA CÁPSULAS ___________________________________________________________________ 1378
ZIDOVUDINA E LAMIVUDINA COMPRIMIDOS ________________________________________________ 1381
ZIDOVUDINA SOLUÇÃO INJETÁVEL _________________________________________________________ 1380
ZIDOVUDINA SOLUÇÃO ORAL ______________________________________________________________ 1380
ZINCO SRA – 5 MG/ML (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) ________________________________ 501
ZINCO, ATIVADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES) _____________________________________ 501
ZINCO, GRANULADO (REAGENTES E SOLUÇÕES REAGENTES)_________________________________ 501

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