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METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO
METODOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
METODOLOGIAS DA LINGUAGEM E
DO RACIOCÍNIO I
Reitor Diretoria de Desenvolvimento Institucional
Wilson de Matos Silva Maria Helena Krüger
Maringá PR - 2008
Supervisão Pedagógica
Coordenação de Curso NAP - Núcleo de Apoio Pedagógico
Gislene Miotto Silvina Rosa
Av. Guedner, 1610 - Jd. Aclimação - (44) 3027-6360 - CEP 87050-390 - Maringá - Paraná - www.cesumar.br
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“As imagens utilizadas nesta apostila foram obtidas a partir dos sites contratados através da empresa LEVENDULA IMAGEM DIGITAL LTDA - Rio de Janeiro - RJ.
Animation Factory; Purestockx; Photoobjects; Clipart e Ablestock”.
Metodologia da
LÍNGUA PORTUGUESA
Professora Esp. Marcia Maria Previato de Souza
SUMÁRIO
UNIDADE I
DO ENSINO FUNDAMENTAL............................................................................................................................... 09
UNIDADE II
CODIFICAÇÃO....................................................................................................................................................... 24
REESTRUTURAÇÃO............................................................................................................................................. 26
AUTO-AVALIAÇÃO DO ALUNO............................................................................................................................. 30
UNIDADE III
UNIDADE IV
REFERÊNCIAS...................................................................................................................................................... 56
UNIDADE I
Objetivos de Aprendizagem
• Compreender a importância do trabalho com textos para garantir a aprendizagem com qualidade.
• Entender que um texto não é apenas um amontoado de letras, mas algo que apresenta significado.
• Buscar caminhos que façam com que o aluno produza textos com função social e não apenas como
exercício de redação.
Plano de estudo
A seguir apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
“O educador deve ser o elo entre o aluno precisa ter contato com diversos
texto, interlocutor e leitor. materiais escritos para ter argumentos ao produzir. Crianças que têm
contato com materiais escritos desde pequenas têm maior facilidade para
aprender a ler e escrever.
Assim afirma Cagliari (2003 p.202) “Uma criança deve levar a sua habilidade
de produzir textos orais para a sala de alfabetização e usar isso como
ponte para aprender a produzir os textos escritos nos estilos esperados
pela escola e pela cultura”.
Para Bozza e Batista (2000), a criança que tem contato com várias
experiências de escrita desde a Educação Infantil, consegue entendê-los,
interpretá-los e atribuí-los função social. Para isto, as autoras promovem
algumas sugestões para ampliação das possibilidades de produções. O
aluno poderá escrever para:
- ele próprio;
- para família;
- um jornal da escola;
- periódicos;
- jornal da cidade;
- autoridades locais;
- amigos;
- programas de TV;
Ainda segundo a autora, o aluno ao produzir seus textos deve ter em mente
que não está escrevendo simplesmente para ser avaliado pelo professor,
mas que seu texto apresenta um interlocutor. Para que isto ocorra o aluno
- PARA QUE está escrevendo, qual será a função social deste texto;
- COMO será escrito e em que gênero textual será feito seu texto.
Além disso, para que produza textos com função social, o professor precisa
intervir antes, durante e depois da produção de seus alunos. Mas como ele
pode fazer isso? Antes da produção o professor precisa identificar o gênero
textual a ser trabalhado. Os enunciados também devem ser claros, os temas
agradáveis e que façam parte do repertório do aluno, ou seja, assuntos que
possa ter argumentos suficientes para dar qualidade à produção. Durante
a produção o professor precisa mediar e atender as dificuldades de cada
aluno e depois, fazer as devidas correções para tornar o texto coerente e
organizado, assunto que trataremos na unidade II.
b) “Que tenha uma razão para dizer”: neste caso o aluno precisa ter o con-
hecimento da razão pela qual irá escrever, o porquê e qual o motivo de
escrever sobre aquele assunto proposto pelo professor;
c) “Que tenha para quem dizer”: ao escrever o aluno precisa saber que
está escrevendo para um ou mais leitores, assim irá se preocupar em
escrever de maneira clara para o interlocutor;
d) “Que o locutor se constitua com tal, enquanto sujeito que diz o que diz
para quem diz”: desta forma o aluno se sentirá obrigado a escrever con-
struindo argumentos que comprovarão o que quis dizer e que convença
o leitor sobre seu ponto de vista;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Objetivos de Aprendizagem
• Reconhecer o professor como sujeito que interage com a escrita da criança com o intuito de promover
o processo ensino/aprendizagem.
• Compreender e analisar as formas de correção (auto-correção, codificação e reestruturação) após a
escrita.
• Viabilizar caminhos que aproximem cada vez mais o aluno da escrita convencional.
Plano de estudo
A seguir apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
Reescrever seu texto pode não ser uma tarefa muito agradável para alguns
educandos, que muitas vezes se limitam a escrever na primeira versão
para não ter muito trabalho depois ao realizar a reescrita de seu texto.
Frente a um problema como esse, o educador deve usar formas para fazer
com que o aluno refaça seu texto de maneira prazerosa. Esse é o assunto
que abordaremos nesta unidade, a intervenção do professor na produção
escrita dos alunos.
AUTOCORREÇÃO
Quando vai reescrever o texto o aluno observa sua escrita e faz comparações
com as palavras que estão no banco de palavras e as substitui. O objetivo
desse trabalho é a construção da ortografia. Veja o exemplo:
CODIFICAÇÃO
PARÁGRAFO
PONTO FINAL
VÍRGULA
DOIS PONTOS
PONTO DE EXCLAMAÇÃO
PONTO DE INTERROGAÇÃO
TRAVESSÃO
ACENTUAÇÂO
PALAVRAS REPETIDAS OU DESNECESSÁRIAS
REESTRUTURAÇÃO
Para Bozza e Batista (2000), todo texto oral e escrito produzido pela criança
serve de parâmetro de avaliação. Através deles o interlocutor demonstra os
conteúdos lingüísticos que já é de seu domínio e o professor individualmente
faz a avaliação, lembrando sempre que a escrita ortograficamente correta
não é a única avaliação a ser feita, o mais importante é a verificação em
relação à concatenização das idéias, sua ampliação e criatividade que
despende ao escrever.
AUTO-AVALIAÇÃO DO ALUNO
Realizar trabalhos como esse faz com que o aluno entenda melhor o que
é avaliado em relação ao que escreve. A análise lingüística possibilita uma
visão mais ampla, dando condições para que produza textos com qualidade
e segurança e depois realize a auto-avaliação.
Nesta unidade procuramos mostrar que fazer o aluno refletir sobre a escrita
garante seu maior envolvimento com o texto produzido, e a partir desta ação
desafiadora a que é submetido realiza análise sobre conteúdo e forma nas
suas produções textuais. Saber o quê e para quem escreve faz com que
a criança consiga expressar suas idéias de maneira coerente, ao contrário
de quando escreve apenas para ser avaliado. Quando o aluno recebe seu
texto para que faça a reescrita, assume o papel de reescritor e sujeito leitor
da sua própria escrita.
ATIVIDADE DE AUTO-ESTUDO
1- O professor é o veículo condutor do processo de construção da es-
crita. Para tanto é preciso saber intervir no texto da criança, de forma a
transformá-lo cada vez mais com os padrões da escrita convencional,
ou seja, de uma comunicação que possa ser compreendida por todos.
Uma das formas de se conseguir alcançar tal objetivo é a realização
de correções das produções textuais dos alunos. Essa correção pode
ser feita através da auto-correção, codificação e re-facção. Discorra, de
forma explicativa, cada uma delas exemplificando.
3- O texto que segue é cópia de um texto escrito por uma criança na fase
de alfabetização. Faça a correção dele através da autocorreção (uti-
lizando números e banco de palavras), codificação e reestruturação.
Utilize os códigos citados nesta unidade.
Objetivos de Aprendizagem
• Analisar a importância da leitura para compreensão do mundo.
• Perceber que a interpretação de textos é necessária, desde que não seja feita de maneira tradicio-
nal.
• Entender que existem diferentes maneiras de avaliar a compreensão do aluno em relação ao que leu,
sem usar a forma de perguntas e respostas lineares.
• Refletir sobre as novas exigências de leitura e escrita da sociedade contemporânea.
Plano de estudo
A seguir apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
As habilidades de leitura,
interpretação e produção de texto LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO NO ENSINO FUN-
são mais exigidas pela sociedade
DAMENTAL
do conhecimento
Segundo o PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais), o ensino da
Língua Portuguesa tem o objetivo de fazer com que o aluno amplie o
uso da linguagem para facilitar a expressão, diferenciar o conteúdo das
mensagens, compreender textos orais e escritos, descobrir a variedade e
diversidade da língua falada no país, construir imagens diversas com as
palavras e transformar a linguagem em instrumento para a aprendizagem.
Portanto, compreender textos deve fazer parte do conteúdo a ser
trabalhado em Língua Portuguesa no Ensino Fundamental, desde os anos
iniciais. Contudo, há a necessidade de não atrelar a interpretação textual à
formulação de questionários em textos de qualquer gênero, principalmente
informativos, elaborando perguntas onde as respostas são lineares e muito
explícitas no texto.
Ainda, segundo o autor, cada uma dessas abordagens tem seu valor, mas
quando apenas uma prevalece, o trabalho com texto acaba se tornando
Podemos dizer que trabalhos como estes são tradicionais e não promovem
a aprendizagem do aluno. Cagliari (2003) compara atividades como esta a
exercícios de cópia e ditado. Uma grande maioria dos educadores pensa
que interpretar textos é uma atividade essencial na vida escolar da criança;
na verdade ela se torna importante desde que não se limite só aos trabalhos
apresentados nos manuais didáticos, estruturas gramaticais ou ainda que
façam listas de questionários que não dão chance ao aluno para raciocinar
sobre o que leu.
PREENSÃO
preencher lacunas que vão lhe dar condições para isso: estudar envolve
Uma outra proposta para interpretação de texto é pedir para que façam
um levantamento das idéias principais do texto, procurando perceber as
idéias implícitas do autor. Fazer resumos também pode ser uma alternativa
Acesse o site
ficou explícita, o assunto deve ser retomado e o professor deverá ensinar
www.eco.unicamp.br/artigos/ar- o que for necessário.
tigo41.htm
Acessado em 06/02/2008 Uma prática escolar que substitui a interpretação de texto tradicional
(apenas perguntas e respostas) é o professor propor ao aluno que a partir
de um texto seja feito outro. Ou seja, contar com as próprias palavras uma
história, mudar o final do que leu expondo sua vontade, transformar um
texto poético em uma narrativa ou vice-versa, uma carta em uma notícia,
ou numa narrativa.
2- INFORMATIVO
-Texto didático - Início, desenvolvimento e conclusão (compromisso com a
-Texto científico realidade e a fidelidade científica).
-Texto de jornal, revista...
-Editorial
-Artigos científicos
3-PERSUASIVO
-Publicitário ou propaganda -Verbos no imperativo com o objetivo de convencer e dar
-Instrucional ordens.
-Sermão ou homilia
-Discurso
4- CORRESPONDÊNCIA
-Carta, e -mail, mensagem via celular, bilhetes, -Local, data, remetente, destinatário.
relatórios, ofício, ata, bate-papo via internet,
telegrama.
5-POÉTICO
-Poemas, parlendas, trava-línguas. -Versos, rimas, estrofes, presença do lírico.
6-EXTRA-VERBAL
-Figuras -Presença de imagens que transmite sentimentos,
-Ilustrações emoções, mensagens...
-Fotos
-História em quadrinhos
-Caricaturas
-Gestos
ATIVIDADE DE AUTO-ESTUDO
SAIBA MAIS
SOBRE O ASSUNTO: 1- Caracterize a interpretação livresca e os cuidados que o professor deve
ter com trabalhos desse cunho.
Acesse os links:
2- O trabalho com interpretação de texto assume várias formas e significa-
www.dominiopublico.gov.br
dos. Identifique cada uma abordada nesta unidade.
www.vivaleitura.com.br/pnll2/princip-
ios.asp 3- Realize uma síntese enfocando as novas exigências da sociedade con-
www.moderna.com.br/moderna_new/ temporânea.
didaticos/ei/artigos/2007/junho-01.
htm 4- Escolha um tipo de texto sugerido anteriormente e elabore uma ativi-
h t t p : / / w w w. w e b a r t i g o s . c o m / dade de interpretação de texto seguindo as orientações desta unidade.
articles/3046/1/A-Importancia-da-
Leitura-nas-Series-Iniciais/Pagina1.
html
www.google.com.br (procurar por
Sandra Bozza)
Acessado em 06-02-2008.
Objetivos de Aprendizagem
• Caracterizar a ação do professor frente ao ensino da ortografia a partir do texto.
• Perceber que a metodologia utilizada pelo professor pode influenciar no processo de construção da
escrita pela criança.
• Compreender que o nosso sistema de escrita é alfabético, porém poucas letras apresentam corre-
spondência biunívoca.
Plano de estudo
A seguir apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
O autor ainda explica que ortografia nunca deveria ser objeto de avaliação,
já que mesmo quem escreve muito corre o risco de se deparar com dúvidas
Com certeza a forma que a escola via o ensino da ortografia nos anos
iniciais do Ensino Fundamental, principalmente na alfabetização precisava
ser revisto, porém, não mediar e mostrar ao aluno a forma correta de
escrever é desacreditar na capacidade que tem de aprender.
Não será através de listas de Mas em todo nosso alfabeto poucas letras apresentam
No caso da letra L podemos verificar como o seu som pode ser alterado
dependendo da posição que está. Se o L se encontra diante de uma vogal,
deve ser pronunciado com o som de uma consoante lateral, como em lugar,
limão e lata. Porém, se esta mesma letra estiver no final da palavra ou no
final de uma sílaba, terá o som de U, como em altura, calçado, sol e difícil.
macieira
ansiedade
assalto
Além dessas podemos destacar também as letras G /J, a letra X que tem
vários sons: SS, S, CS, CH e Z. Para clarificar e exemplificar o trabalho de
análise grafema/fonema que pode ser feito com a criança usando termos
que ela possa entender, procuramos construir uma tabela explicativa
com exemplos, usando as letras que não apresentam correspondência
biunívoca.
Acesse os links:
www.anped.org.br/reunioes/24/T1321145975519.doc
www.ufsm.br/lec/02_05/Ana.pdf
www.ufpi.br/mesteduc/eventos/iiiencontro/gt4/desafios_dilemas.pdf
www.escolamobile.com.br/artigos/ortografia.htm
www.centrorefeducacional.pro.br/biblicom.htm
Acessados em 06-02-2008.