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OUTRAS CIÊNCIAS
Unidade I:
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Unidade: A LINGUÍSTICA E OUTRAS CIÊNCIAS
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A Sociolinguística
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Note que, de acordo com tal definição, os estudos da Sociolinguística
baseiam-se na observação dos usos que as chamadas comunidades
linguísticas fazem da língua.
É importante entender que pelo termo comunidade linguística, ou se
você preferir, comunidade de fala, não se quer dizer grupos que falam
exatamente do mesmo modo, mas grupos de pessoas que obedecem às
mesmas regras linguísticas para se comunicarem.
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Veja o exemplo a seguir para uma melhor compreensão dos termos
apresentados:
http://letras.terra.com.br/adoniran-barbosa/43968/
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Disponível em: http://www.balaiodeminas.com.br/conteudo/jornais/uploads/CH_Caipira.jpg
Acesso: 09/04/10
Classe social – pessoas pertencentes a grupos sociais mais pobres tendem a: Unidade: A LINGUÍSTICA E OUTRAS CIÊNCIAS
Usar a dupla negação: “ninguém não viu”, “eu nem num gosto”;
Substituir o [l] pelo [r] como em “brusa” e “grobo”.
Idade
O uso de gírias está geralmente vinculado a grupos pertencentes a
faixas etárias mais jovens;
A pronúncia fechada da vogal tônica da palavra “senhora” (/senhôura/ ao
invés de /senhóra/) é característica de alguns falantes mais velhos.
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Sexo
Mulheres tendem a alongar algumas vogais como em “maaravilhoso”;
O uso de diminutivos como bonitinho, camisinha, sapatinho é
característico do universo feminino.
Disponível em:
http://1.bp.blogspot.com/_ff9k9cHmraA/S03H_Mb9MfI/AAAAAAAAAeA/_B5RVdWSAkc/s400/conversade
mulher.jpg Acesso 10/04/10
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Disponível em: http://blog.educacional.com.br/glaucegram/files/2010/02/capoliglota.jpg Acesso: 10/04/10
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Disponível em: http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/im_MAR/NAU_PT1550_001.jpg Acesso: 10/04/10
A Geolinguística
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Muitos pesquisadores de orientação sociolinguística passaram a estudar
as variedades dos falares com relação aos locais geográficos de onde os
falantes são oriundos, dessa forma, originando uma corrente específica de
estudos denominada Geolinguística, ou Geografia Linguística.
A Geolinguística relaciona-se, ainda, com uma outra área de estudos
denominada Dialectologia, ou seja, uma ciência que se dedica à observação
dos vários dialetos existentes dentro de uma determinada região geográfica.
Para alguns estudiosos, portanto, a Geolinguística passa a ser considerada
como um “método por excelência da Dialectologia e vai se incumbir de recolher
de forma sistemática o testemunho das diferentes realidades dialetais refletidas
nos espaços considerados” (CARDOSO, 2002, p. 2).
Uma das técnicas mais utilizadas para se estudar as variedades dialetais
é por meio dos denominados Atlas Linguísticos que mapeiam os falares de
determinadas regiões. Temos assim o Atlas Linguístico da Paraíba, do Paraná,
de São Paulo etc.
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Vejam na imagem seguinte um exemplo de estudo sobre os termos que
designam a brincadeira “cabra-cega” em diversas regiões do Brasil.
Disponibilizamos no item Material Complementar alguns links sobre este
e outros artigos que abordam diferentes estudos geolinguísticos brasileiros.
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A Etnolinguística
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Outros elementos culturais que podem reproduzir-se na organização
linguística das diversas sociedades são a religião, as crenças, as artes etc.
Em resumo, os estudos etnolinguísticos visam observar as relações
entre a língua e a cultura representadas nas escolhas linguísticas e estruturais
feitas por seus falantes, pois, podemos inferir que, cada sociedade tem um
modo diferente de observar os mesmos elementos. Vejamos os exemplos
abaixo extraídos de Borba:
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Devemos finalmente observar, com relação a Etnolinguística, que esses
estudos não pretendem simplesmente estabelecer uma dualidade entre língua
e sociedade, como se esses aspectos fossem dois elementos em separado,
antes, “procura-se estabelecer uma identidade de relações entre fatos
lingüísticos e fatos culturais, ambos condicionados pelas necessidades da vida
social” (BORBA, 1998, p.80).
Retornamos, desse modo, a um conceito já apresentado pela
Sociolinguística que atesta que cada língua desenvolve-se de modo a suprir as
necessidades da comunidade linguística que dela faz uso.
Observaremos a seguir uma corrente que mantém relações bastante
estreitas com a Psicologia e que, portanto, recebe a denominação de
Psicolinguística.
A Psicolinguística
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Observa-se, neste primeiro momento da Psicolinguística, a existência de
dois movimentos opostos: um que parte da Psicologia para a Linguística e
outro que opera em movimento inverso, da Linguística para a Psicologia.
Os psicólogos buscavam compreender o funcionamento da linguagem
para, a partir daí, entender como funcionava a mente humana, pois, para
muitos estudiosos da área, a mente se estruturava de forma análoga à
linguagem, ou mesmo através dela.
Na Linguística, por seu lado, desde o início do século XX, se buscava
encontrar elementos na Psicologia que pudessem embasar as teorias sobre as
mudanças linguísticas.
Foi com o surgimento das Teorias Estruturalistas, tendo a frente
Saussure, que pode ser estabelecido um contato maior entre a Linguística e a
Psicologia; isso porque a língua passou a ser analisada de forma sincrônica,
isto é, a partir de um determinado estado, como que “congelada”.
Outra corrente linguística que grandemente influenciou a Psicolinguística
foi o Gerativismo de Noam Chomsky, pois, dentre outras coisas propõe que:
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Disponível em: http://www.letramagna.com/mente_jpg.jpg Acesso: 10/04/10
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O psicolinguista debruça-se, ainda sobre os estudos que envolvem o
comportamento interpretativo, que trata da compreensão e da formulação de
respostas possíveis e adequadas.
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Referências
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Responsável pelo Conteúdo:
Profª. Ms.Sandra Moreira
Revisão Textual:
Profª. Dra. Magali Sparano
www.cruzeirodosul.edu.br
Campus Liberdade
01506-000
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