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FACULDADE DE LETRAS
DEPARTAMENTO DE LÍNGUA E LITERATURAS EM LÍNGUA PORTUGUESA
CONCLUSÃO............ .................................................................................................. 14
BIBLIOGRAFIA...................... ................................................................................... 15
1. INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO I-VIDA E OBRA DO AUTOR
Artur Carlos Maurício Pestana dos Santos, mais conhecido por Pepetela, nasceu
aos 29 de Outubro de 1941, na cidade de Benguela, Angola. Fez o ensino primário e
parte secundária em Benguela e finalizou o secundário em Argel. Foi guerrilheiro do
MPLA e professor na Universidade Agostinho Neto, em Luanda e tem sido dirigente de
associações culturais. Em 1997, ganhou o prémio Camões da literatura.
Pepetela foi um dos primeiros escritores africanos a ter a sua obra na lista das
leituras obrigatórias da fundação universitária para o vestibulário da universidade de
São Paulo, e a sua obra Mayombe rendeu-lhe o prémio nacional de literatura de Angola
em 2016. Faz parte da associação cultural Chá de Caxinde, ganhou o Prémio Camões
em 1997, prémio que fez com que ganhasse um lugar de destaque na literatura lusófona.
As Aventuras de Ngunga-1972
Muana Puó-1978
O cão e os Caluandas-1985
Yaka-1985
Lueji, o nascimento de um império-1990
A Geração da Utopia-1992
O Desejo de Kianda-1995
Parábola do Cágado Velho-1997
A Montanha da Água Lilás-2000
O Quase Fim do Mundo-2008
O Tímido e as Mulheres-2013
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CAPÍTULO II- RESUMO DA OBRA
A obra Mayombe é composta por cinco capítulos, o primeiro capítulo, fala sobre
a missão que retrata como era a vida dos guerrilheiros dentro da mata, e o esforço que
muitos deles faziam na guerra, retrata também, sobre o primeiro ataque por eles feito
onde mantiveram como reféns alguns civis que trabalhavam para os portugueses.
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O quinto capítulo, A Moreira, retrata o último ataque da história da obra onde
Sem Medo participou e foi neste ataque onde ele acabou por perder a vida ao salvar o
seu amigo Comissário e Sem Medo foi enterrado no Mayombe por ser o local onde ele
gostava de estar, ai ele se insolava dos seus pesadelos.
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CAPÍTULO III - CONSTITUIÇÃO DO CORPUS
1 Marxistas 11 Quadros
2 Politização 12 Mujimbos
3 UPA 13 Muceques
4 MPLA 14 Gramavas
5 AKA 15 Buala
6 Transmontanos 16 Ça-Vá
7 Nzambi 17 Póquer
8 Comunas 18 Kimbo
9 Cabanas 19 De acordo, de acordo.
10 Quadros 20 Teleguiado
1-Marxistas.
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A expressão Marxista, de acordo os recursos nã-morflógicos na formação de
palavras, e uma Eponímia. O nome surge das teorias de Karls Mark, que era um
defensor do socialismo. In Mayombe, Pepetela, Pag 25.
Fernando na escola marxista, guardou das sua classe de origem uma boa de
anticomunismo. In Mayombe, Pepetela, Pag 25.
2- Politização.
Não só. Com As duas coisas. Com as armas e com a politização. In Mayombe,
Pepetela, Pag 29.
3- UPA.
Que íamos fazer “Disparar sobre ele e mata-lo” como faz a UPA. In Mayombe,
Pepetela, Pag 33.
4- MPLA
E eu fugi de Angola com a mãe. Era um miúdo, fui para Kinshasa. Depois vim
para o MPLA, chamado pelo meu tio, que era dirigente. In Mayombe, Pepetela, Pag 35
5- AKA.
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A expressão AKA, de acordo com os recursos não-morfológicos na formação de
palavras é um Acrómico e, significa Automatic Kalashni Kov, a AKA é uma arma de
fabrico russo utilizada pelas tropas do mundo todo.
Esquecera onde estava o corpo não se fazia sentir sobre os cotovelos dormentes,
as mãos encravadas na AKA, os olhos teimosamente fixos na estrada, no princípio da
curva. In Mayombe, Pepetela, Pag 51.
6- Transmontanos.
7- Nzambi.
É esta a injustiça a que assistimos, sem poder fazer nada. Quando mudará isto>
Oh, Nzambi, quando mudará. In Mayombe, Pepetela, Pag 55.
8- Cabanas.
9- comunas.
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A expressão Comunas, de acordo com os recursos não-morfológicos na
formação de palavras , é uma extensão semântica . Comunas neste contexto retratado na
obra são frutas, mas o termo tem outro significado. Comunas são pequenas vilarejas.
10- Makas.
Isso dizes tu! Mas os guerrilheiros já estão a falar, a dizer que há makas entre
nós, que o comando está dividido. In Mayombe, Pepetela, Pag 111.
11- Quadros.
12- Mujimbo.
13- Muceque.
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14- Gramava.
15- Buala.
Nós, os citadinos, que somos pretos por fora. Olha um congolês que apanhou a
mulher em flagrante aí numa buala pero a fronteira, exigiu o pagamento pela ofensa,
claro. In Mayombe, Pepetela, Pag 197.
16- Ça Vá.
17- Póquer.
18-kimbo.
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A expressão kimbo, de acordo com os recursos não-morfológicos da formação
de palavras é um empréstimo da língua quimbundo que significa povoação.
Vim ter com vocês. Quero trabalhar no movimento. Saí do kimbo ontem de
manhã, cheguei ao Congo sem problemas. In Mayombe, Pepetela, Pag 231.
De acordo, de acordo- cortou sem medo. Não metralhes mais, pareces uma
mulher que conheci que dispara duzentas palavras por minuto. In Mayombe, Pepetela,
Pag 73.
20- Teleguiado.
CONCLUSÃO
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Feita a leitura da obra Mayombe de Pepetela e análise das expressões
encontradas, concluiu-se que enquanto houver contacto entre as culturas (Línguas)
haverá sempre variações na língua local, e análise sobre os recursos não-morfológicos
de formação de palavras na obra, o fenómeno mais encontrado foi o empréstimo,
proveniente do quimbundu, côckwe, inglês e francês.
E muitas das palavras que fazem parte do léxico português são enriquecidas por
empréstimo que entram direto e indiretamente em contacto com a língua portuguesa
ganhando novas excepções.
BIBLIOGRAFIA
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Pepetela, Mayombe, Texto Editores, Luanda, 1980
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