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MOTIVAÇÃO

∙ Refere-se às forças que agem sobre um organismo, ou dentro dele para iniciar e
direcionar o comportamento.

- ATIVAÇÃO: é demonstrada pelo início ou pela produção de um comportamento.

- PERSISTÊNCIA: é demonstrada pelos esforços contínuos ou pela determinação em atingir certo


objetivo, frequentemente enfrentando obstáculos.

- INTENSIDADE: é vista no maior vigor em responder e em geral acompanha o comportamento


motivado.

TEORIAS DA MOTIVAÇÃO
∙ Teorias do Instinto:

- ​De acordo com as teorias do instinto, as pessoas são motivadas a engajar-se em certos
comportamentos devido à programação genética.

- Nossos comportamentos seriam motivados por instintos inatos. ​(Ex.: se uma pessoa é muito
metódica e organizada, ela teria então o "instinto de limpeza")

- O grande problema dessas teorias, se dá pelo fato de ela apenas rotular os comportamentos e
não realmente explicá-los. Em consequência disso, por volta das décadas de 1920 e 1930, as
teorias do instinto perdeu sua popularidade.

∙ Teorias do Impulso (Homeostase e Drive):

- As teorias do impulso afirmavam que o comportamento é motivado pelo desejo de reduzir a


tensão interna causada por necessidades biológicas não preenchidas, como fome ou sede.

- A partir do momento em que essas necessidades não são preenchidas, elas conduzem o
comportamento do sujeito até que se sinta suprida. Então, quando essa necessidade é saciada,
o impulso irá guiar novamente o comportamento quando a vontade surgir outra vez.

- Clark Hull (1943, 1952) e Robert Woodworth (1958), acreditavam que os impulsos eram
desencadeados por mecanismos internos de homeostase.

- HOMEOSTASE: estabelece que o corpo monitora e mantém níveis relativamente constantes de


estados internos como a temperatura do corpo, os níveis de fluídos e o suprimento de energia.
Se qualquer uma dessas condições internas desvia-se muito do nível ideal, o corpo inicia
processos para trazer a condição de volta ao normal ou ao limite normal. Ou seja, um "estado
constante".

- De acordo com os teóricos do impulso, quando o corpo detecta um desequilibrio, pelos


mecanismos de homeostase, um impulso é lançado para reduzir esse desequilibrio.
- IMPULSO: ativa o comportamento para reduzir a necessidade e restabelecer o equilíbrio da
condição interna.

- A necessidade biológica, portanto, cria um impulso que motiva ou energiza seu


comportamento.

- As teorias do impulso se tornaram desadequadas por serem limitadas, como explicar dentro
dessa teoria o porquê de pessoas que mesmo com fome não comem? Ou de pessoas que
comem quando não têm fome?

- Além dessa razão, muitos comportamentos são guiados afim de aumentar a tensão, em vez de
reduzi-la​. (Ex.: comprar um bilhete de loteria ou correr uma maratona)

∙ Motivação por Incentivo

- As teorias do incentivo surgiram nos anos 1950 e tiveram como base a teoria do impulso.

- Propuseram que o comportamento é motivado pela "atração" de objetivos externos como


recompensas.​ (Ex.: boas notas ou elogio no trabalho)

- Originou-se de príncipios já estabelecidos na aprendizagem, como reforço, e o trabalho de


teóricos influentes da época como Pavlov, Watson, Skinner e Tolman. Edward Tolman enfatizou
a importância dos fatores cognitivos na aprendizagem e na motivação, especialmente a
expectativa de que um comportamento em particular levará a um objetivo em particular.

- As teorias do incentivo são bastante limitadas, pois não explicam comportamentos que não são
motivados por algo externo como jogar ou aprender uma nova tarefa sem nenhuma
recompensa aparente, até mesmo satisfazer a curiosidade.

∙ Teorias Humanistas

- As teorias humanistas enfatizam a importância de componentes psicológicos e cognitivos na


motivação humana, embora levando em conta o papel dos fatores motivacionais biológicos e
externos.

- A motivação era afetada pela maneira como percebemos o mundo, como pensamos sobre nós
mesmos e os outros e as nossas crenças sobre nossas habilidades e capacidades.

- Sem um meio de apoio e de encorajamento — pessoal, social e cultural — a motivação para


lutar em direção ao potencial mais alto de uma pessoa pode ser comprometida.

- ABRAHAM MASLOW (1908-1970)

- HIERARQUIA DAS NECESSIDADES: Maslow acreditava que as pessoas eram motivadas a


satisfazer as suas necessidades em cada nível da hierarquia, antes de mudarem para o nível
seguinte, lutando para, no final, atingir a auto-realização.
1º NÍVEL: NECESSIDADES BÁSICAS

Necessidades fisiológicas - alimento, água, calor, descanso.

Necessidades de segurança - segurança, bem-estar.

2º NÍVEL: NECESSIDADES PSICOLÓGICAS

Necessidades sociais - sensação de pertencer e amor; relacionamentos íntimos, amigos.

Necessidades de estima - prestígio e sensação de conquista.

3º NÍVEL: NECESSIDADES DE AUTO-SATISFAÇÃO

Necessidades de auto-realização: auto-realização, atingir o potencial total do indivíduo,


incluindo atividades criativas.

- Nos níveis mais baixos, as necessidades são mais biológicas, sociais e de segurança, enquanto
nos níveis mais altos, as necessidades são voltas ao individual, ao desenvolvimento pessoal.

- AUTO-REALIZAÇÃO: Maslow define a auto-realização da seguinte forma "Pode ser vagamente


descrita como o uso e a exploração total de talentos, capacidades, potenciais etc. As pessoas
parecem satisfazer-se e estarem fazendo o melhor que podem... São pessoas que
desenvolveram, ou estão desenvolvendo, os seus potenciais aos níveis máximos possíveis.

- Algumas características de pessoas auto-realizadas: têm percepções precisas delas mesmas,


dos outros e da realidade externa; facilmente aceitam a si próprias e aos outros como eles são;
são espontâneas, naturais e abertas em seus comportamentos e em sua maneira de pensar; têm
forte necessidade de privacidade e independência e entre outros.

- Os modelos humanistas também têm limitações, visto que os conceitos de auto-realização são
extremamente vagos e quase impossíveis de definir de maneira que possam ser testados
cientificamente. Além disso, as amostras dos estudos de Maslow eram limitadas e baseavam-se
em histórias de vida de conhecidos do próprio, Maslow também estudou biografias de figuras
históricas as quais ele achava que haviam obtido a auto-realização como Abraham Lincoln e
Albert Einstein.

- A maioria das pessoas não experimentam ou atingem a auto-realização, apesar de este ser um
objetivo inato que todas as pessoas supostamente lutam para atingir. Maslow descreve como
"um milagre, um evento bastante improvável e incrível".

- A teoria de Maslow auxiliou no estabelecimento do importante papel de fatores psicológicos e


cognitivos na motivação humana. Estabeleceu-se então que a motivação não teria apenas um
fator, ela seria multi-fatorial.

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