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Viçosa
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 0
5. PREVENCIONISMO .............................................................................................. 6
8. ACIDENTES NO TRABALHO................................................................................ 9
O SESMT age com diversas áreas de uma empresa com o objetivo de evitar
doenças ocupacionais e acidentes de trabalho.
Por meio da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), os
representantes da empresa e os representantes dos funcionários elaboram projetos e
fiscalizam os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), solicitando a troca e
manutenção destes, e, portanto, promovendo a melhor segurança no ambiente de
trabalho.
O SESMT, em parceria com o CIPA, realiza um evento para os funcionários que
mostra a importância de prezar pela sua segurança no local onde realizam suas
atividades, utilizando equipamentos de segurança e evitando riscos. Este evento é a
Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), na qual são realizadas
atividades que objetivem gerar sentimento de bem-estar, segurança e prazer nos
funcionários de uma empresa.
Ao evitar doenças ocupacionais e acidentes, a empresa que adota o SESMT evita
gastos com seus funcionários acidentados e/ou doentes. Além disso, como o ambiente
de trabalho se torna mais seguro e agradável, a produtividade dos empregados se torna
maior, contribuindo para o maior lucro da empresa.
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isso, diversos avanços tecnológicos possibilitaram sua existência no planeta. A
humanidade nasceu com atividades laborais básicas inerentes à sobrevivência. A caça
foi a primeira, a mais simples e direta. Na sequência, a agricultura e pastoreio foram
descobertos e proporcionaram verdadeiras revoluções, permitindo o estabelecimento em
certas áreas por grupos muito maiores de pessoas. Assim foi se estruturando a
sociedade. O artesanato foi a próxima etapa, que logo foi substituído pela era industrial.
Apesar de um surgimento natural, que veio desde a necessidade de sobrevivência
do primeiro ser humano, as relações entre trabalho e doenças decorrentes dele, e mais
atualmente entre trabalho e acidentes, começaram a ser estudadas há apenas cerca de
300 anos. Os primeiros estudos se tratavam apenas de observações individuais, ainda
muito distantes de comporem um conjunto sólido, conciso e útil de conhecimento
aplicável. Apesar dessa recente estruturação da segurança do trabalho, acredita-se que
Aristóteles - 384 - 322 a.C. - se dedicou a estudar enfermidades de trabalhadores de
minas, mas, principalmente, formas de evitá-las. Hipócrates - 460 - 375 a.C. -
considerado por muitos o pai da Medicina estudou, cerca de quatro séculos antes de
Cristo, a origem das de doenças das comuns a trabalhadores de minas de estanho.
Já na história recente, o marco da segurança do trabalho (na área da medicina do
trabalho) veio com a publicação de uma obra de autoria do médico se deu em 1700, na
Itália, com a publicação da obra do médico Bernardino Ramazzini (1633-1714), intitulada
:“De Morbis Artifi cium Diatriba”- As Doenças dos Trabalhadores. Ramazzini é
considerado, por esse motivo, o “Pai” da Medicina do Trabalho. Tendo em vista o
contexto social, político e econômico da época, além dos conhecimentos disponíveis, a
obra é relativamente ampla e descreve inúmeras doenças, relacionadas a 50 profissões
diferentes. A percepção básica deste médico foi o entendimento de que o trabalho
parecia ser um fator que contribuísse para o processo de adoecimento.
Na sequência, os fatos históricos importantes se destacam na Revolução
Industrial, que durou de 1760 a 1830. A invenção das máquinas a vapor foram o principal
motor de mudanças na sociedade da época, modificando as relações de trabalho e,
portanto, suas condições e consequências. A capacidade produtiva das indústrias tomou
espaço de galpões, estábulos e armazéns. O objetivo era maximizar a produção,
utilizando todo e qualquer espaço para o maior número possível de máquinas de fiação
e tecelagem. Isso modificou completamente a maneira de trabalho das pessoas e os
riscos aos quais elas passaram a se expor. Mas, apesar de mais novos e modernas, as
fábricas tinham ambientes improvisados. O interior, em geral, tinha temperatura elevadas
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em decorrência da falta de controle da produção e ventilação. A umidade não era
adequada e menos ainda a iluminação ou as condições de conforto do ambiente para os
trabalhadores. Além disso, as máquinas eram projetadas apenas para a produção,
oferecendo riscos constantes de acidentes aos trabalhadores.
Todo esse contexto, de condições precárias e extremas, igualando homens,
mulheres e crianças às mesmas tarefas, sem qualquer preocupação quanto às duas
saúdes e integridades físicas foram resultando cada vez mais e doenças, mortes e
prejuízos para toda a sociedade. Nesse contexto, fortaleceram-se as reivindicações
trabalhistas por parte do povo. Órgãos do governo precisaram intervir para que as
fábricas criassem um ambiente de trabalho mais digno às pessoas. Com isso, surge o
primeiro marco legal como base da segurança do trabalho. O Parlamento Britânico
aprovou a lei de proteção dos trabalhadores em 1802: a “Lei de Saúde e Moral dos
Aprendizes”. Com ela, nenhum trabalhador poderia exceder a carga horária diária de 12
horas, além de não poder mais trabalhar durante a noite. Os empregadores passaram a
ser obrigados a lavar e higienizar as paredes das fábricas ao menos duas vezes por ano
e deveriam garantir uma ventilação mínima do ambiente (Tavares, 2017).
O primeiro serviço médico industrial do mundo surgiu em 1830, quando um
proprietário de uma fábrica da Inglaterra procurou o médico Robert Baker para se
aconselhar sobre formas mais adequadas de proteger a saúde dos trabalhadores. O
médico aconselhou a contratação de um médico local que pudesse estudar a relação
entre as instalações fabris e a saúde dos trabalhadores. Recomendou também que os
operários fossem afastados das atividades quando a constatação médica evidenciasse
uma perda na saúde dos mesmos (Tavares, 2017). A produção nas fábricas foi a primeira
atividade a ter seu ambiente de desenvolvimento laboral regulamentado por lei. Parte
desse pioneirismo vem do fato de que há uma exposição dos operários a inúmeras e
diversas situações de riscos, como estresses, fadigas, períodos prolongados de trabalho,
doenças respiratórias ambiente propício à proliferação de doenças contagiosas.
O “Factory Act” – Lei das fábricas (1833), foi considerada a primeira legislação
que obteve eficácia para proteção da saúde e segurança do trabalhador. As empresas
sujeitas à lei foram todas as do setor têxtil, onde a força hidráulica ou a vapor era
necessária, além disso, houve a proibição do trabalho noturno a menores de 18 anos e
restringiu a carga de trabalho destes a 12 horas diárias e 69 semanais. A lei foi além e
criou a obrigatoriedade da presença de escolas nas fábricas, destinadas aos
trabalhadores de 13 anos ou menos. Além disso, a idade mínima para se exercer
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atividades laborais passou a ser de 9 anos, e ficou obrigatório um testamento médico de
que o desenvolvimento físico da criança estava correspondendo à sua idade cronológica.
Já em 1919, com o fim da Primeira Guerra Mundial e a realização da Conferência
da Paz, foi criada a então e atual Organização Internacional do Trabalho (OIT), que se
baseia no princípio fundamental de que “a paz universal e permanente só pode basear-
se na justiça social”. Dentre todas as Agências do Sistema das Nações Unidas, a OIT é
a única que tem uma estrutura que garante os mesmos direitos aos representantes dos
empregadores, dos trabalhadores e do governo.
No Brasil, as leis sobre segurança do trabalho e as condições reais dos
trabalhadores, vieram acompanhando, mesmo que com algum atraso, os movimentos
internacionais. Cabe destacar, conforme pode ser visto na Tabela 1, as primeiras normas
regulamentadoras específicas para a área vieram apenas em 1978, com a criação das
NR’s para o setor urbano e em 1988, com a constituição, criando as NRR’s, para as
zonas rurais.
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Tabela 1: Cronologia da Segurança do Trabalho no Brasil. Fonte:(Tavares, 2017);
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de segurança e prevenção estão diretamente associadas e atuam também como
mecanismos de controle social.
5. PREVENCIONISMO
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6. ENTIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS
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em laudo técnico de condições ambientais do trabalho (LTCAT), bem como as
penalidades previstas não cumprimento dos mesmos pelas empresas.
● Receita Federal - órgão que atua na administração dos tributos de competência
da União. Na segurança do trabalho, atua como fiscalizador em Segurança e
Medicina Ocupacional, podendo emitir Representação Administrativa ao
Ministério Público do Trabalho e ao Serviço de Segurança e Saúde do Trabalho
da Delegacia Regional do Trabalho do MTE, sempre que ocorrer normas do tema.
Dentro do setor privado, a empresa que executa o serviço ou atividade pode atuar
na aplicação, planejamento e fiscalização das NR’s e legislações vigentes sobre a
segurança e saúde do trabalhador. Entretanto, pode optar por contratar uma empresa
externa para auxiliar no cumprimento dessas legislações e normas. O próprio trabalhador
pode procurar bancos por exemplo, para ter uma previdência privada.
Ao analisar as normas e leis de segurança do trabalho, no que se refere ao setor
privado, elas deixam bem claro que dentro da empresa deve ter comissões e setores
especializados nesse tema. Um exemplo disso é a Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA), que na lei obriga todas as empresas a ter essas comissões.
Uma entidade que junta setor público e privado, é a comissão tripartite composta
por representantes do governo, empregadores e empregados. Que tem como objetivo
elaboração e modificação das NR’s.
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➔ Traçar planos contra riscos ambientais;
8. ACIDENTES NO TRABALHO
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c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de
companheiro de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou
decorrentes de força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no
exercício de sua atividade;
IV - O acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário
de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade
da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe
evitar prejuízo ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando
financiada por esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão-de-
obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade
do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da
satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante
este, o empregado é considerado no exercício do trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do
trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se associe ou se
superponha às consequências do anterior.”
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da legislação. Caberá ao setor de benefícios de o INSS comunicar a ocorrência ao setor
de fiscalização, para a aplicação e cobrança da multa devida.
De acordo com dados levantados pela Previdência Social e pelo Ministério do
Trabalho e registrados na Organização Internacional do Trabalho (OIT), no decênio
2007-2017 foram registrados 1.324.752 casos: 703.193 acidentes de trabalho graves,
466.137 por exposição a material biológico e 50.841 intoxicações endógenas.
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pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. A listagem das doenças profissionais
é feita pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e sempre que há a necessidade,
passa por um processo de revisão. Nesta lista, constam inúmeras doenças, onde são
classificadas de acordo com o sistema ou área do corpo que costumam prejudicar.
Existem 14 grupos de doenças que vão de infecciosas e parasitárias a doenças do
sistema gênito-urinário. São exemplos de doenças profissionais:
● Osteonecrose no “Mal dos Caixões”;
● Artrite Reumatóide associada à Pneumoconiose dos Trabalhadores do Carvão;
● Síndrome de Disfunção Reativa das Vias Aéreas (SDVA/RADS);
● Edema Pulmonar Químico;
● Pneumoconiose associada com Tuberculose (Silicotuberculose);
● Otite Média não-supurativa;
● Agranulocitose;
● Brucelose;
● Paracoccidioidomicose;
● Neoplasia maligna dos brônquios e do pulmão;
● Transtorno Mental Orgânico ou Sintomático não-especificado;
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11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CONCEITO ZEN. O Que é Segurança do Trabalho. Brasil - São Paulo (SP), 2017.
Disponível em: https://www.conceitozen.com.br/o-que-e-seguranca-do-trabalho.html.
Acesso em: 9 set. 2019.
CONCEITO ZEN. O Que é SESMT. Brasil - São Paulo (SP), 2017. Disponível em:
https://www.conceitozen.com.br/o-que-e-sesmt.html. Acesso em: 9 set. 2019.
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https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/seguranca-do-trabalho-
evolucao-historica/42093. Acesso em: 10 set. 2019.