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DOCUMENTO BASE EM ELABORAÇÃO PARA

PROTOCOLO DE RETORNO ÀS ATIVIDADES


PRESENCIAIS NOS CENTROS MUNICIPAIS DE
EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO
DE VITÓRIA/ES

UMA FLOR NASCEU:


PROTOCOLO DE RETORNO AMOROSO E CUIDADOSO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL DE VITÓRIA

VITÓRIA
2020

DOCUMENTO BASE EM ELABORAÇÃO PARA PROTOCOLO DE RETORNO ÀS ATIVIDADES PRESENCIAIS NOS


CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE VITÓRIA/ES
SUMÁRIO

1- INTRODUÇÃO ……………………………………………………………………..03

1.1- Apresentação …………………………………………………………………….03

1.2- Metodologia ………………………………………………………………………05

1.3- Fases para Efetivação do Retorno …………………………………………….07

2- UNIDADE PROTOCOLAR I ………………………………………………………10

2.1- As Crianças e as Relações Curriculares nesse Novo Contexto ……………10

2.2- Quadro de Referências Protocolares – Unidade I …………………………...12

2.3- Proposições Interativas para o contexto Vivido/Ações Curriculares para


Cultivar a Vida …………………………………………………………………………20

3- UNIDADE PROTOCOLAR II ……………………………………………………..25

3.1- Vidas Cuidadas Cultivam Vidas ………………………………………………..25

3.2- Quadro de Referências Protocolares – Unidade II …………………………..29

4- UNIDADE PROTOCOLAR III……………………………………………………..36

4.1- Compondo Estruturas para Cuidar das Vidas e do Currículo:


Infraestrutura…………………………………………………………………………....36

4.2- Quadro de Referências Protocolares – Unidade III……………………………39

5- Referências…………………………………………………………………………..46

6- Documentos Consultados…………………………………………………………..48

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1- INTRODUÇÃO

1.1- APRESENTAÇÃO

A FLOR E A NÁUSEA

“[...]
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de
aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotada
ilude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os
negócios,
garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia. Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às
cinco horas da tarde
e lentamente passo a mão nessa forma
insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças
avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no
mar, galinhas em pânico.
É feia. Mas é uma flor. Furou o asfalto, o
tédio, o nojo e o ódio”.

(CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)

A poesia é uma entrada para apresentarmos a necessidade de um protocolo de


retorno às atividades presenciais na Educação infantil. Reconhecemos que esse
retorno apresenta inúmeros desafios, porém não devemos nos deixar paralisar
por eles. A EI, em comparação à poesia, é uma flor que nasce na rua, devendo
ser cuidada, pois, neste momento, foi desbotada, tendo suas pétalas fechadas.

É importante um silêncio para que as reflexões acerca de garantir a EI se


consolidem. É imprescindível o investimento coletivo, crítico e reflexivo para a
produção de possibilidades do cuidar da flor, para que a flor, EI, fure o asfalto e a
inércia imposta pela Covid-19. Para isso, é necessário ver as montanhas e as

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belas nuvens que se avolumam sobre o mar, trazendo esperança de dias
melhores.

O ano letivo de 2020 teve suas atividades educacionais suspensas de modo


inesperado por todos(as). O contexto provocado pela Covid-19 mobilizou
autoridades locais a interromperem, imediatamente, as atividades presenciais
nas unidades de ensino. O risco eminente de um possível contágio de todos,
sobretudo em espaços de grande movimentação e circulação de pessoas,
acarretou o distanciamento social.

Os Centros Municipais de Educação Infantil, assim como outros ambientes que


concentram grandes números de pessoas, foram os primeiros espaços a serem
fechados. Diante de todas as situações, a necessidade de manter as interações e
os vínculos com crianças, familiares e trabalhadores(as) no contexto da
pandemia, tendo em vista as novas organizações de movimentos educativos,
revela uma série de desafios que interpõem o momento vivido por todos.

As especificidades dessa etapa da educação impõe uma responsabilidade ainda


maior acerca da garantia dos direitos da infância, principalmente no que tange os
aspectos que envolvem os movimentos curriculares pautados pela segurança,
proteção e promoção da equidade. O desafio é garantir que a identidade desta
etapa de ensino pautada nas interações e brincadeiras não seja comprometida
com as dificuldades que o contexto nos impõe e nem, tampouco, seja limitada
pelas condições sociais das comunidades/ou dos agrupamentos familiares.

É importante ressaltar que os processos de desenvolvimento e aprendizagem


das crianças não foram paralisados durante o período em que deixaram de
frequentar os CMEIs. Ao considerar os pilares da EI, que são o brincar e o
interagir, foram propostas experiências diversas que pudessem ser realizadas no
ambiente familiar a partir dos diferentes contextos.

A partir do exposto, conclui-se que há importantes ações que antecedem o


retorno das crianças e trabalhadores(as) às unidades de ensino. Essas ações
devem envolver o planejamento realizado pelo sistema educacional do Município
de Vitória, implicando em: elaboração dos protocolos de retorno dialogado e
produzido com o GT de gestores escolares do Município e profissionais da
secretaria de educação, bem como profissionais das escolas, conselhos
escolares e Fórum de Diretores.

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Para que a EI se realize conforme preconizado nos documentos normativos
nacionais e municipais, faz-se necessário tornar possível essa realização. Ou
seja, só se consolidará se cuidarmos das crianças, dos trabalhadores e da
infraestrutura em estreita consonância com as determinações sanitárias. Deve-se
preconizar, ainda, a autonomia das Unidades de Ensino, o financiamento, a
intensificação cuidadosa das relações interpessoais, as relações entre CMEI e as
famílias, os equipamentos de proteção e de comunicação adequados, bem como
garantir orientações e formações para que trabalhadores possam enfrentar,
conscientemente, um novo contexto sanitário.

1.2- METODOLOGIA

A produção dos protocolos foi iniciada com a criação de um GT composto por


trabalhadores(as) da SEME Central e Diretores(as) dos CMEIs. A organização do
GT foi composta por duas frentes: um sub GT, que atuou para a produção dos
protocolos para o Ensino Fundamental e distintas modalidades, e um sub GT,
que produziu os protocolos para a Educação Infantil. Esse GT se reunia,
inicialmente, todos os dias da semana. Entretanto, na condução dos trabalhos,
passou-se a dois encontros semanais, cabendo aos sub GTs a organização das
suas produções. As composições dos sub GT’s eram socializadas com o GT,
para avaliação e alinhamento com as políticas e concepções do sistema
municipal de educação de Vitória.

Composição do documento protocolar

Essa produção foi pautada pelo infográfico, conforme se apresenta a seguir:

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Figura 1: Infográfico da metodologia de produção das Unidades protocolares - Produção coletiva,
2020.

O documento é composto por três Unidades Protocolares, a saber: I) As crianças


e as relações curriculares; II) vidas cuidadas cultivam vidas e; III) compondo
estruturas para cuidar das vidas e do currículo. Juntas, as Unidades Protocolares
visam cuidar, garantir e proteger pessoas, espaços/tempos e o currículo. O
Último círculo do infográfico indica as fontes e as dimensões pelas quais o
protocolo foi desenvolvido.

Nessa direção, elencamos que cada Unidade Protocolar (UPs) tem um quadro no
qual se organizam as referências protocolares, compostas em: a) referências
obrigatórias (RO) e, b) referências propositivas (RP). As ROs são definidas pelos
protocolos sanitários preconizados pela saúde pública, cabendo aos

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trabalhadores e instituições o seu cumprimento. As RPs são as proposições que
podem compor o quadro que intensificam os cuidados. P porém, é de livre
escolha às instituições executá-los.

As referências podem ser relativas à instituição, ao cargo ou às equipes. Assim,


os trabalhadores e suas relações pessoais/profissionais e institucionais, no
ambiente do Cmei, devem ser o foco do protocolo, com a finalidade de terem sua
vida resguardada, bem como garantir a produção curricular. A execução do
protocolo envolverá os trabalhadores internos da Unidade em suas distintas
categorias, a equipe gestora e até mesmo os membros da Central Seme e
Intersetorialidade. Assim, cada UP apresentará questões problematizadoras e os
objetivos a serem alcançados. Soma-se a isso, o questionamento dos períodos
para operação dos protocolos, além dos responsáveis por executá-lo,
acompanhá-lo e garantir seu cumprimento no ambiente dos CMEIs.

1.3- FASES PARA EFETIVAÇÃO DO RETORNO

Para o retorno dos alunos aos Centros Municipais de Educação Infantil é de


extrema importância cumprir rigorosamente o que estabelece o Protocolo
Sanitário Estadual instituído pela Portaria Conjunta SEDU/SESA nº (em
produção), que estabelece medidas administrativas e de segurança sanitária a
serem tomadas pelos gestores das instituições de ensino no retorno às aulas
presenciais, e dá outras providências. Dessa forma, será necessário adaptar os
espaços dos CMEIs e adquirir materiais pedagógicos e sanitários, além de
utensílios e EPIs. Além disso, a Unidade necessitará de orientações da SEME
para a elaboração dos planos de ação de retorno das unidades de educação
infantil, incluindo treinamento/formação dos profissionais da educação, propostas
de diálogo com as famílias e de acolhimento aos profissionais da Educação;
monitoramento do plano de retorno das unidades (Conselhos de Escolas/SEME/
Comitê Local ) e acolhimento às crianças e suas famílias.

As práticas de retorno aos CMEIs precisam ser fundamentadas nos direitos das
crianças, das famílias e dos profissionais que atuam na EI, seguindo as
determinações da saúde pública e sanitárias. Essas práticas devem garantir
importantes aspectos como o Educar e Cuidar, que estão fortemente
entrelaçados nesse contexto.

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No que tange ao conceito de “cuidar e educar”, os Documentos Curriculares do
município, apontam:

[...] Que o cuidar e o educar são processos indissociáveis


na práxis pedagógica, pois quem educa, cuida, e quem
cuida, educa.
[...] São várias as situações cotidianas vividas com as
crianças (vestir, despir, tomar banho, organizar a
alimentação...)
[...] Uma intervenção que seja capaz de auxiliar e orientar
as crianças nas suas necessidades individuais e formação,
dar-lhes afeto e segurança nas atividades que exigem um
aprendizado diferenciado das experiências vividas na
família (PMV, SEME, 2006, p. 05).

[...] o sentido não se restringe à manutenção do


corpo, mas é ampliado para um cuidado ético de
responsabilidade consigo e com o outro, a partir do
comprometimento com a solidariedade, o afeto, o
respeito à diversidade e a valorização da vida. O
educar, em articulação ao cuidar, afirma a
responsabilidade de ampliação do repertório de
experiências vividas com as crianças nos diferentes
contextos da Educação Infantil. (PMV, SEME, 2019,
no prelo).

As especificidades quanto ao “educar e cuidar” são tratadas neste e em outros


documentos Nacionais (LDB, BNCC, DCNEIs), que sustentam as práticas e
regem o direcionamento das ações da Educação Infantil, sobretudo, no contexto
de pandemia que vivenciamos. Dessa forma, faz-se necessário recuperar o
conceito de “cuidado”, pois é necessário qualificar esse termo, entendendo que é
uma importante função na educação dos pequenos. Essa função é fundamental
para construção do componente emocional e afetivo, que permeiam as relações
construídas na EI.Os documentos da rede municipal de Vitória e os que são
produzidos pelos CMEIs retratam as singularidades e o contexto específico de
cada instituição, por serem elaborados coletivamente.

O Projeto Político Pedagógico do CMEI e o Plano de Ação elaborado anualmente


pautam as proposições a serem executadas, assim como o Projeto Institucional,
que articula cotidianamente as práticas curriculares. Esses são instrumentos e
mecanismos indispensáveis de gestão democrática, evidenciados no município

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de Vitória.

Nesse processo, os ambientes de aprendizagem, em suas dimensões funcionais,


espaciais, temporais e interacionais, devem sofrer uma reestruturação em seus
espaços/tempos, materiais pedagógicos, sanitários e outros equipamentos para
reorganização dessa nova esfera para conduzir a Educação Infantil. Essa
condição poderá se desdobrar em uma real necessidade em destinar dotação
orçamentária e financeira complementar que devem ser, devidamente, apontadas
nos planos de ação das unidades de ensino de modo que possam implementar
ações necessárias em tempos de Covid-19. 

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2- UNIDADE PROTOCOLAR I

2.1- AS CRIANÇAS E AS RELAÇÕES CURRICULARES NESSE NOVO CONTEXTO


“Lembra do quanto é rico o universo imaginário das
crianças, no território da imaginação há lugar para
elefantes cor de rosa e oceanos no quintal de casa
em que navegam aventureiros sem pé nem cabeça.
Lá estão também os bailes com dinossauros e
guerreiras no tanque de areia, e os banquetes de
sementes e folhas do jardim. As casas com portas no
teto e janelas no chão podem existir apenas com
papel e lápis, ou giz e chão, ou de tantos outros
jeitos. Existem principalmente porque houve espaço e
tempo para que fossem imaginadas. Nesse território
constroem-se aventuras e narrativas com caixas de
papelão, pedaços de pano, tampas de garrafa, blocos
de madeira e assim vão tomando forma repertórios
de possibilidades, impossibilidades e de vida”
(Manifesto do Sensível, 2020).

Nesse contexto de retomada presencial às unidades de ensino em tempo de


pandemia, pensar na ideia do acolhimento nos remete a nossa condição de
pertencentes ao universo da EI e na responsabilidade que temos em dar
sequência aos processos inventivos da criança. Devemos, portanto, organizar
espaços e meios para que elas possam se expressar por meio da brincadeira e
fantasia, criando personagens e experimentando diferentes papéis que
possibilitem a internalização de novos hábitos e regras, com novas formas de
agir e se relacionar com os seus pares nesse momento tão delicado e diferente
que vivemos.

Será imprescindível discutir coletivamente as novas práticas, ocasionando a


produção de um novo “viver curricular”. Essa nova proposta de atuação deve
atender a um protocolo sanitário articulado ao planejamento pedagógico nas
práticas de cuidado. Isso implica em aprofundar a relação de cuidar e educar,
com foco na segurança e proteção, para que esse retorno gere oportunidades de
acolher as crianças e suas famílias. As crianças viveram curtas experiências
curriculares nos espaços da Educação Infantil no ano de 2020, tendo sido
afastadas repentinamente das escolas, em razão dos riscos a que estavam
expostas.

O cenário imposto pela dura realidade da doença Covid-19 declara um conjunto


de necessidades no retorno ao ambiente escolar, com a intensificação dos

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cuidados que envolvem os processos de acolhida às crianças, de adaptação ao
espaço e às novas rotinas e de organização de diferentes estratégias curriculares
a serem adotadas para condução do trabalho. Como viver esse novo momento,
ressignificando as experiências com as quais já estamos familiarizados?
Certamente é preciso qualificar ainda mais o sentido do termo “Cuidado”,
entendendo que esse é um conceito que envolve uma habilidade relacional junto
às crianças.
 
Assim, há também a necessidade de os profissionais estabelecerem novos
vínculos afetivos com as crianças, com os colegas de trabalho e com os
familiares. Será fundamental que todos os profissionais, em especial o professor,
atuem com sensibilidade, de forma a acolherem as crianças em suas diferentes
manifestações, principalmente as de base emocional.
 
É importante criar possibilidades e momentos na rotina para as crianças
expressarem seus sentimentos. Também é primordial abrir espaço de escuta
sobre o período de distanciamento social com sua família, dialogando sobre as
situações vividas e sobre os novos modos de convivência, não somente no
ambiente escolar, mas em todos os espaços sociais.

Se em tempos regulares a educação infantil esteve comprometida com os


contextos em que as crianças vivem, no período de crise sanitária isso deve ser
intensificado, pois esse envolvimento se torna imprescindível para a produção de
saberes e interações com os pequenos. É possível que muitas famílias tenham
vivido situações desafiadoras, tais como: o adoecimento e a morte de familiares e
amigos; a perda de renda e/ou a dificuldades em manter as necessidades
básicas; a dificuldade em manter laços familiares amistosos e a exposições a
distintos tipos de violências com reflexo direto nas crianças. Nessa direção,
importantes documentos produzidos pelo Consed, Undime, Campanha nacional
pelo Direito à Educação, Uncme, CNTE e MIEIB, bem como a Constituição
Federal, em seu artigo 227, sinalizam a necessidade de assegurar, com absoluta
prioridade, a proteção das crianças, principalmente dos seus direitos à vida, à
saúde, à alimentação e à educação (...).

Por conseguinte, as crianças podem manifestar sentimentos de culpa, medo,


vergonha ou até mesmo reações agressivas que podem ser consequências das
experiências vividas no âmbito familiar e do contexto social local ao qual são
pertencentes e ficaram confinadas durante o período de isolamento. Pode ser

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necessário solicitar ajuda de profissionais da área da saúde ou até mesmo
realizar encaminhamentos ao Conselho Tutelar da região. Nesses e em outros
casos haverá a necessidade de uma articulação intersetorial por territórios,
conforme aponta importante documento do âmbito municipal:

[...] fortalecer políticas intersetoriais com


ações de orientação e apoio às famílias, por
meio da articulação das áreas da educação,
saúde e assistência social, com foco no
desenvolvimento integral das crianças de até
05 (cinco) anos de idade; (Plano Municipal de
Educação - Meta 1- estratégia: 1.9- página 05).

A intersetorialidade é um importante elemento para favorecer valiosas


contribuições no atendimento ao munícipe, cujas necessidades de
encaminhamentos referentes às demandas escolares com as crianças e seus
familiares tenham a devida articulação com o trabalho das equipes gestoras das
unidades de ensino, sobretudo no contexto apresentado.

Como orientação aos protocolos, traçamos as seguintes questões:

Como garantir o início dos movimentos curriculares na perspectiva da inclusão,


iniciando pela acolhida às crianças e familiares, com segurança e proteção nos
espaços/tempos das unidades de educação infantil do município de Vitória?

De que maneira é possível vivenciar a dimensão pedagógica, garantindo as


interações e brincadeiras, pelos usos dos espaços/tempos, na estreita relação
com as condições sanitárias adequadas?

De que modo podemos estimular as relações amorosas e cuidadosas e a escuta


sensível entre as crianças e profissionais nas produções de afetos e saberes
nesse novo contexto sanitário?

Nessa direção, elencamos os objetivos:

• Garantir o início dos movimentos curriculares na perspectiva da inclusão,


iniciando pela acolhida às crianças e familiares, com segurança e proteção
nos espaços/tempos das unidades de educação infantil do município de
Vitória;

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• Vivenciar a dimensão pedagógica, garantindo as interações e
brincadeiras, pelos usos dos espaços/tempos, na estreita relação com as
condições sanitárias adequadas;
• Estimular as relações amorosas e cuidadosas e a escuta sensível entre as
crianças e profissionais, nas produções de afetos e saberes nesse
contexto sanitário.

2.2- Quadro de Referências Protocolares - Unidade I

REF. REF.
REFERÊNCIAS PROTOCOLARES TODOS OS CARGOS
ORDEM OBRIGATÓ PROPOSITI PERÍODO RESPONSÁVEIS
TRABALHADORES ESPECÍFICOS
RIAS VAS

Organizar um espaço na entrada


das unidades para recepcionar as Durante a
crianças de forma lúdica, semana de Equipe
Profissiona
1 utilizando caracterização alegre e X X acolhida e Gestora/Pr
is da turma
divertida para não criar um clima mensalmen ofissionais
tenso e desprovido de afetos no te
momento da acolhida.
Mapear de modo intersetorial as
crianças do CMEI acometidas Equipe
Intersetoria
2 pelo Covid-19,seguindo a X X semanal gestora/SE
lidade
Portaria Conjunta SEDU/SESA nº ME
(em produção).
Orientar quanto ao uso do tapete
sanitizante, do álcool em gel e do Equipe
Equipe Regularme
3 papel toalha. X X gestora/SE
Gestora nte
ME
Orientar quanto ao uso dos
bebedouros na nova
Equipe
configuração, o que significa a Equipe Regularme
4 X x gestora/SE
utilização de copos descartáveis Gestora nte
ME
e similares enquanto durar a
pandemia.
5 Orientar quanto ao uso X X Profissiona Regularme Equipe
obrigatório de máscaras, que is da turma nte Gestora/Pr
deve ser estimulado e planejado ofissionais
com estratégias lúdicas. As
máscaras devem ser trocadas a
cada duas ou três horas, ou
antes, se estiverem sujas, úmidas
ou danificadas. Caberá às
famílias a devida higienização

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das mesmas.
Dialogar sobre a reorganização
das turmas, destacando as
Enquanto Equipe
crianças ausentes que compõem Equipe
7 X X durar a gestora/SE
grupo de risco e que não devem gestora
pandemia ME
retornar às atividades
presenciais.
Organizar o atendimento inicial
junto às turmas com crianças de
5 e 6 anos, com ampliação
Todos os Equipe
gradativa para 04 anos
profissionai Regularme gestora e
8 completos, dentro da X X
s da sala nte Profissionai
obrigatoriedade escolar e
da aula s da turma
seguindo a normatização
sanitária instituída pelo Protocolo
Sesa Nº 01-R.
Reorganizar e dialogar com as
crianças e famílias sobre a
redução de carga horária escolar, Equipe
considerando o tempo de Regularme gestora e
9 X X X
higienização de todos os espaços nte Profissionai
no decorrer do dia e entre um s da turma
turno e outro, além de evitar
aglomeração nos CMEIS.
Evitar aglomerações na entrada e
na saída das crianças. O turno
SEME/
matutino terá a entrada das 7h15 Equipe
Equipe
às 7h45 e saída entre 10h35 às Gestora e Regularme
10 X X gestora e
11h. No turno, vespertino a Profissiona nte
Profissionai
entrada ocorrerá de 13h15 às is da sala
s da turma
13h45 com saída entre 16h35 às
17h.
Organizar a Entrada e Saída de
forma lúdica. Os profissionais da
Equipe Equipe
turma receberão e entregarão as
gestora/ Regularme gestora e
11 crianças no portão da escola. A X X
Profissiona nte Professores
carteirinha de identificação
is da sala da turma
deverá ser apresentada e não
ficará mais retida no CMEI.
12 Dialogar junto às crianças e X X Equipe Regularme Equipe
famílias sobre a aferição da Gestora nte gestora e
temperatura ao adentrar o CMEI. Profissionai
Será importante organizar uma s da turma
ou duas pessoas no quadro de
pessoal para realizar esse
movimento todos os dias.

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Se alguma criança acusar
temperatura acima de 37.8 graus,
os responsáveis serão orientados Equipe
Equipe Regularme
13 a procurar a unidade de saúde ou X X gestora e
Gestora nte
pronto socorro. A criança só Professores
retornará com parecer médico por
escrito.
Os casos de febre, com ou sem
Equipe
suspeita de Covid-19, deverão
Gestora/ Regularme Equipe
14 ser devidamente registrados X X
professore nte Gestora
conforme Protocolo SESA Nº 01-
s
R.
Incentivar as crianças, de forma
lúdica, a higienizar as mãos
frequentemente, especialmente
Equipe Equipe
antes e após as refeições e idas
Gestora/ Regularme gestora e
15 ao banheiro. A higienização X X
profissionai nte Profissionai
deverá ter duração mínima de 40
s da tuma s da turma
segundos, utilizando água e
sabão ou de 20 segundos quando
utilizando álcool gel;
Caso uma criança demonstre
Equipe Equipe
resistência para entrar no
Gestora/ Regularme gestora e
16 ambiente escolar, será permitida X X
profissionai nte Profissionai
a entrada de um acompanhante
s da turma s da turma
até o espaço da sala de aula.
Crianças acometidas por outras
doenças como viroses e Equipe
infecções bacterianas não Gestora/ Regularme Equipe
17 X X
deverão frequentar os CMEIs, professore nte gestora
retornando apenas com s
autorização médica.
Caso uma criança seja
identificada com Covid-19, o seu
retorno à unidade de ensino
também estará condicionado à Equipe
apresentação de autorização Gestora/ Regularme Equipe
18 X X
médica. Se a criança possuir professore nte gestora
irmãos em outras turmas do s
CMEI, estes deverão ser
afastados imediatamente do
convívio escolar.
19 Álcool em gel deve ser X X Equipe Regularme Equipe
disponibilizado para as crianças, Gestora/Pr nte Gestora/Pr
desde que supervisionados pelos ofissionais ofessores/
adultos. Manter higienizadores de das turmas profissionai
mãos em sala de aula, s da turma
corredores, banheiros e na
entrada/ saída da escola;

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Orientar as famílias quanto ao
conteúdo das mochilas, que deve
ser apenas uma muda de roupa e Equipe
Equipe
toalha, que deverão ser Regularme gestora e
21 X X Gestora/Pr
providenciadas pela família. As nte Profissionai
ofessores
roupas serão devolvidas e s da turma
deverão ser higienizadas em
casa.
Providenciar e organizar os
brinquedos em quantidade
suficiente para evitar disputas e o
SEME/ SEME/
compartilhamento entre as Regularme
22 X X Equipe Equipe
crianças nos diferentes nte
Gestora gestora
momentos das rotinas. Após o
uso, deverão ser devidamente
higienizados.
O rodízio de salas e demais
espaços não é recomendado.
Sempre que possível,
Professore Professores
permanecer em uma sala fixa.
s e demais e demais
Caso haja a necessidade de Regularme
23 X X profissionai profissionai
deslocamentos para áreas nte
s das s das
externas ou refeitórios, fazê-lo em
turmas turmas
grupos de no máximo 9 crianças
e sempre monitoradas por
adultos.
As refeições como almoço e
jantar serão servidas de modo
individual para as crianças não Professore
Equipe
sendo possível, durante esse s e demais
Regularme gestora e
24 período da pandemia, o uso dos X X profissionai
nte Profissionai
balcões de self service. As s das
s da turma
refeições serão servidas de turmas
acordo com as devidas
orientações da CANE/SEME.
No refeitório, organizar
agrupamentos de até 9 crianças
por vez no almoço e jantar. Entre
Professore
um agrupamento e outro, Equipe
s e demais
higienizar o espaço para receber Regularme gestora e
25 X X profissionai
o próximo grupo. Tornar esse nte Profissionai
s das
ambiente acolhedor, cuidando de s da turma
turmas
princípios básicos como o da
escolha e autonomia das crianças
durante as refeições.

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Compor os tempos/espaços de
atendimentos às crianças,
mantendo distanciamento e
Profissiona
garantindo a identidade da Regularme Intersetorial
27 X X is das
educação infantil, evidenciada nte idade
turmas
nos eixos estruturantes do
trabalho: brincadeiras e
interações.
O uso dos espaços coletivos
deverá ser excepcional,
assegurando, neste caso, a
organização de pequenos grupos, Profissiona
Regularme Equipe
28 o distanciamento e higienização X X is das
nte gestora
necessários. turmas

29 No momento da roda nos X X


diferentes espaços do CMEI,
respeitar o distanciamento entre
as crianças, podendo utilizar Profissiona Trabalhador
Regularme
diferentes estratégias como is das /gestor/
nte
limites: bambolês, marcações no turmas Seme
chão, desenhos, tapetes e/ou
outros recursos que a Unidade de
Ensino planejar.
Os deslocamentos dentro do
CMEI precisam garantir, de
maneira divertida e lúdica, o
Profissiona
distanciamento entre as crianças Regularme Trabalhador
30 X X is das
e realizá-los em pequenos nte es
turmas
grupos, seguindo a organização
da divisão das turmas com até 9
crianças.
31 Sempre que possível e em X X
consonância com o
planejamento, realizar a
transposição das atividades em Profissiona Equipe
Regularme
sala para lugares arejados, is das gestora/Se
nte
quando houver espaços turmas me
disponíveis nos CMEIS e desde
que seja com um agrupamento
de até 9 crianças por vez.
Os materiais não poderão ser
compartilhados. Cada criança
terá seu próprio material, que Equipe Equipe
poderá ser guardado em caixas Regularme
32 X X gestora/Se gestora/Se
organizadoras ou em sacolas de nte
me me
TNT. Esses materiais serão
providenciados pela escola,

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identificados e customizados
pelas crianças.
Na utilização das mesas
individuais, respeitar o
distanciamento, podendo limitar
os espaços com marcas e Profissiona
Regularme
33 desenhos no chão, feitos pelas X X is das Professores
nte
próprias crianças. Caso as mesas turmas
sejam coletivas, utilizar divisórias
de acetato para obter o devido
distanciamento.
Não utilizar cadernos ou agendas
impressas como instrumento de Professore
Professores
comunicação. Encaminhar os s/equipe Regularme
34 X X /Equipe
comunicados virtualmente. pedagógic nte
Gestora
a

Os livros devem ser utilizados


Professore
individualmente e por cada Professores
s/equipe Regularme
35 agrupamento específico e, após o X X /Equipe
pedagógic nte
uso, devem ser devidamente pedagógica
a
higienizados.
Os momentos de interações
curriculares que envolvem as
famílias precisarão continuar
acontecendo, porém, de maneira Equipe Professores
Por
36 virtual, como gravação de vídeos X X gestora/Se /Equipe
demanda
para postar no grupo de me Gestora
WhatsApp e/ou reuniões por
videoconferência com a utilização
da Plataforma AprendeVix
Utilizar meios de comunicação
Professore
para divulgar rotinas de cuidados Regularme Equipe
37 X X s/Equipe
e higienização e informações nte gestora
Gestora
acerca da Covid-19.
Produção e sugestões
complementares de vivências a
serem encaminhadas para as
Professore Professores
crianças do grupo de risco e dos Regularme
38 X X s/Equipe /Equipe
grupos 1 ao 4, bem como para as nte
Gestora Gestora
famílias que optarem em não
levar suas crianças ao CMEI no
retorno às aulas.
Explorar as linguagens – artes
plásticas, teatro, dança e música,
etc. Orientar os profissionais a Professore Professores
alternar músicas com ritmos Regularme
40 X X s/Equipe /Equipe
intensos com outras de ritmos nte
Gestora Gestora
mais calmos, utilizando como
critério as manifestações das

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CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE VITÓRIA/ES
crianças e as emoções que
expressam. Dramatizações e
dança podem ser associadas a
este momento. Usar diferentes
materiais , ampliando o repertório
das crianças nas propostas
plásticas.
Adaptar práticas, colocando a
saúde e a segurança de todos em
primeiro plano. As novas
propostas precisam considerar,
preceitos importantes como: A Professore
Professores
indivisibilidade do s/equipe Regularme
41 X X /Equipe
desenvolvimento infantil, a pedagógic nte
Gestora
criança como protagonista, as a
interações e brincadeiras, a
ludicidade e afetos como
importantes elementos nos
processos de mediação.
Considerar e validar os direitos
das crianças em expressar suas Professore
Professores
linguagens, de conviver, brincar, s/equipe Regularme
42 X X /Equipe
participar, explorar e conhecer-se, pedagógic nte
Gestora
adequando novas possibilidades a
nesse novo contexto.
Discutir sobre temas sensíveis
Professore
como doença, morte e luto, Professores
s/equipe Regularme
43 sempre que forem demandas X X /Equipe
pedagógic nte
trazidas ou observadas nas Gestora
a
relações com as crianças.
Construir com as crianças, no
início de cada dia, roteiro das
atividades que serão vivenciadas, Professore
Professores
para que entendam em que s/equipe Regularme
44 x X /Equipe
momento do dia estão e tenham pedagógic nte
Gestora
conhecimento sobre as a
experiências que serão
propostas.
Não é recomendável organizar a
sala por cantinhos de
aprendizagens enquanto
Professore
estivermos sob o desafio da Professores
s/equipe Regularme
45 pandemia. Os CMEIs que já x X /Equipe
pedagógic nte
possuem essa organização Gestora
a
devem planejar com as crianças
uma proposta de rodízio por dia
para brincar nesses ambientes.
Organizar uma caixa ou sacos Professore
Regularme Equipe
46 plásticos transparentes com x x s/equipe
nte gestora
brinquedos diversos para cada pedagógic

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criança. Essa organização poderá
ser refeita com a participação
a
delas, criando novas
possibilidades de brincar.
Conversar diariamente sobre as
dúvidas e sobre novas práticas,
como o uso de máscaras e a
lavagem constante das mãos,
Professore
oportunizando que as crianças Professores
s/equipe Regularme
47 construam novos significados em x x /Equipe
pedagógic nte
relação ao autocuidado. Um Gestora
a
exemplo de material que pode
ajudar nas conversas é a carta
aos meninos e meninas em
tempos de Covid-19.
As decisões pedagógicas nesse
tempo de pandemia devem ser
fundamentadas nos documentos
oficiais: Diretrizes Curriculares
Nacionais da Educação Infantil
(DCNEI) e Base Nacional Comum Professore
Regularme Equipe
48 Curricular da Educação Infantil X X s/Equipe
nte gestora
(BNCC), Temas infantis de Vitória Gestora
(TIVs), assim como o projeto
político pedagógico de cada
instituição, evitando rupturas e
perda de intencionalidade
pedagógica.
Beijos e abraços devem ser
substituídos por novas formas de
confraternização e carinho, tais
como toque de cotovelos e Professore Professores
Regularme
49 calcanhares, explorando, sempre X X s/Equipe /Equipe
nte
que possível, a voz e a expressão Gestora Gestora
corporal como forma de acolher e
acalmar as crianças.
Orientar as famílias que utilizam o
transporte escolar quanto ao que
50 estabelece o Artigo 22 da X
PORTARIA CONJUNTA
SEDU/SESA Nº (em produção).

2.3- Proposições Interativas para o Contexto Vivido/Ações Curriculares para


Cultivar a Vida

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As estratégias e efetivação dos usos dos espaços, seja para as demandas da
rotina ou para as propostas no aspecto pedagógico junto às crianças, vai exigir
de todos o envolvimento e a devida responsabilidade com a prevenção, que é de
caráter coletivo e institucional.

Além dos elementos acrescentados à rotina dos CMEIs, os processos


pedagógicos de cada unidade deverão passar por ajustes, buscando alternativas
para a reabertura das unidades. Os CMEIs são espaços de interações e
brincadeiras cotidianas. Embora as práticas, nesse momento, necessitam sofrer
alterações, é preciso garantir que as crianças tenham experiências positivas que
nortearão esse fazer pedagógico.

As propostas curriculares deverão ser fundamentadas nos documentos oficiais:


Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEIs) e Base Nacional
Comum Curricular da Educação Infantil (BNCC), Temas infantis de Vitória (TIVs),
assim como no Projeto Político Pedagógico de cada instituição, evitando rupturas
e perda de intencionalidade pedagógica com o trabalho a ser efetivado. A partir
de então, será possível planejar as ações com vistas ao bem-estar de todos.

Reafirma-se que as curiosidades, experimentações, convívios e participação das


crianças em todo o processo continuarão a fazer parte das intencionalidades do
trabalho educativo.

Assim, orientamos as seguintes proposições em relação à composição das ações


curriculares:

• Explorar as diferentes linguagens – artes plásticas, teatro, dança e música.


Orientar os profissionais a alternar músicas com ritmos intensos com
outros ritmos mais calmos, utilizando como critério as manifestações das
crianças e as emoções que elas possam vir a expressar. Dramatizações e
dança também poderão ser associadas a este momento. Sugerimos usar
diferentes materiais, de forma a ampliar o repertório das crianças nas
propostas plásticas;
• As brincadeiras são representações da realidade e da fantasia e devem
ser entendidas como um meio de aprendizagem e desenvolvimento pleno.
Além disso, ao brincar, a criança expressa seus sentimentos e ideias,
tornando a brincadeira uma necessidade psicológica e cultural. Ao brincar

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as crianças podem elaborar seus medos, reviver situações, reinterpretar e
criar novas significações para o contexto vivido;
• Brincadeiras individuais, com a utilização de brinquedos e materiais não
estruturados são opções, assim como brincadeiras coletivas nas quais as
crianças conseguem manter distanciamento.

Adaptação das práticas, colocando a saúde e a segurança de todos em primeiro


plano. As novas propostas, entretanto, precisam considerar pressupostos básicos
como:
• As interações e as brincadeiras;
• A indivisibilidade do desenvolvimento infantil;
• A criança como protagonista nesse contexto;
• Os direitos que as crianças têm de expressar suas linguagens, de
conviver, brincar, participar, explorar e conhecer-se;
• Os processos lúdicos e afetos como importantes elementos nos
processos de mediação;
• Construção de tabelas ou gráficos, nos quais as crianças possam
marcar com um X a cada lavagem de mãos realizada no CMEI,
incentivando-as a participar ativamente do processo;
• Discutir sobre temas sensíveis como doença, morte e luto, sempre que
forem demandas trazidas ou observadas nas relações com as
crianças;
• Evitar expressões como “foi dormir para sempre” ou “virou uma
estrelinha lá no céu” durante esses momentos. As experiências
cotidianas ajudam a contextualizar a discussão: a morte de animais de
estimação, de plantas e o próprio processo natural da vida, são
exemplos significativos e importantes argumentos para a conversa.
Assim, a literatura infantil pode ser usada como facilitadora;
• Levar as crianças a perceberem que, por terem uma máscara no rosto,
não conseguimos ver as expressões de cada um; portanto, fale com
moderação na sua voz e use os olhos para transmitir as emoções.
Compreender a linguagem corporal, movimentos oculares e emoções
nas vozes das crianças será imprescindível no decorrer desse período;
• Tranquilizar as crianças com informações corretas, esclarecendo as
dúvidas sempre de modo lúdico;
• Utilizar estratégias simples para confortar e acalmar as crianças. Pode-
se, por exemplo, contar histórias, cantar músicas divertidas e de
repertório conhecido, jogar e/ou criar e elaborar regras de jogos;

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• Elogiar frequentemente as crianças por seus pontos fortes, tais como
demonstração de coragem, compaixão e sensibilidade;
• Usar fantoches para exemplificar como as crianças podem demonstrar
os sintomas (espirros, tosse e febre) para conversar sobre a Covid-19;
• Sempre de modo contextualizado, abordar o tema da Covid-19, com
histórias, vídeos ilustrativos e músicas, trazendo um entendimento do
quanto é importante se cuidar e se proteger do vírus, deixando claro
que tudo isso em breve vai passar;
• Construir com as crianças, no início de cada dia, roteiro das atividades
que serão vivenciadas, para que entendam em que momento do dia
estão e para que tenham conhecimento sobre as experiências que
serão propostas. Isso vai ajudá-las a sentirem-se seguras e permitirá
que “registrem" o tempo até o retorno para casa;
• Explorar músicas, brincadeiras e histórias sobre a temática do
coronavírus e higienização das mãos e o uso de máscaras. Sugerimos
as páginas:

a. <https://www.youtube.com/watch?v=jCjalAqd6JA >
b. <https://www.youtube.com/watch?v=UeQhdwfK-rU &t=1s>
c. <https://www.youtube.com/watch?v=g0blZMUKIus >
d. https://www.youtube.com/watch?v=jCjalAqd6JA
e. https://www.youtube.com/watch?v=UeQhdwfK-rU&t=1s
f. https://www.youtube.com/watch?v=g0blZMUKIus
g. https://aprendizagemcriativaemcasa.org/
h. https://www.youtube.com/watch?v=b4PCGVvvWy0&feature=youtu.be
i. https://lunetas.com.br/brincadeiras-revelam-como-criancas-estao-lidando-
com-a-pandemia/
j. https://www.youtube.com/watch?v=kBkhJ42oPK8&feature=youtu.be
k. https://criancaenatureza.org.br/noticias/o-brincar-livre-no-contexto-da-
pandemia-de-Covid-19/
l. https://territoriodobrincar.com.br/brincadeiras-pelo-brasil/
m. https://www.facebook.com/convivaeducacao/videos/3382242861842318/
n. https://www.instagram.com/infancia_inspiracoes/?igshid=hqaps662d13d

• Demarcar junto às crianças, de um jeito criativo, os possíveis lugares


que elas vão se sentar na rodinha e, em caso de mesas individuais,
separá-las, respeitando o distanciamento de no mínimo 1 (um) metro e
meio. Para isso, utilize marcações no chão. Nas mesas com 4 lugares,

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utilizar divisórias de acetato ou organizar para que sentem apenas
duas crianças por mesa;
• Não é recomendável organizar a sala por cantinhos de aprendizagens
no período da pandemia, como forma de evitar que as crianças se
aglomerem. Os CMEIs que já possuem essa organização devem
planejar com as crianças um sistema de rodízio por dia para brincar
nesses ambientes;
• Conversar diariamente sobre as dúvidas que as crianças tenham e
sobre novas práticas cotidianas, como o uso de máscaras e a lavagem
constante das mãos, explicando as razões para os novos cuidados de
higiene, permitindo que as crianças construam novos significados em
relação ao autocuidado. Um exemplo de material que pode ajudar nas
conversas é a carta aos meninos e meninas em tempos de Covid-19.

Como sugestão para essa conversa, apontamos o link:

<https://www.youtube.com/watch?v=b4PCGVvvWy0>

Caso o tema morte seja demandados pelas crianças, sugerimos as histórias


abaixo, nos seus respectivos links:

a. “O Pato, a Morte e a Tulipa” :<https://www.youtube.com/watch?


v=uD7Ld1Gifn8> (Wolf Erlbruch, Cosac Naify);
b. “É Assim” (Paloma e Valdivia): <https://www.youtube.com/watch?
v=KixcQtNobec>
c. “O Coração e a Garrafa”: <https://www.youtube.com/watch?
v=a3kRVLyxmtk>(Oliver Jeffers, Salamandra);
d. “A Árvore das lembranças”:
e. <https://www.youtube.com/watch?v=EkULWdc3uB8> (Britta Teckentrup)
f. “O Guarda Chuva do Vovô”: (Carolina Moreyra)
g. “Os Porquês do Coração”: (Conceil Corrêa da Silva e Nye Ribeiro)
h. “O dia em que o passarinho não cantou”:
<https://www.youtube.com/watch?v=yM1AE02sE20>
i. “Roupa de Brincar”: https://www.youtube.com/watch?v=S-
P9M7wJtzs&t=138s

• Saúde Mental das Crianças em Tempos de Pandemia:


a. https://www.abenepi.org.br/2020/03/como-manter-a-saude-mental-das-

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criancas-e-suas-familias-na-quarentena/
b. https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/como-as-criancas-
entendem-o-que-ninguem-compreendeu-ainda/#page3

3- UNIDADE PROTOCOLAR II

3.1- VIDAS CUIDADAS CULTIVAM VIDAS

Vê formaram-se sobre as águas


Todas as nuvens.
Os ventos virão de todos os nortes.
Os dilúvios cairão sobre os
mundos.
Tu não morrerás.
Não há nuvens que te escureçam.
Não há ventos que te desfaçam.
Não há águas que te afoguem.
Tu és a própria nuvem.
O próprio vento.
A própria chuva sem fim...
(Cecília Meireles, 1982)

Compreendemos que o dilúvio de problemas sanitários causados pela Covid-19


exige de todos, instituições e trabalhadores, o cultivo das forças que se
contrapõem à morte, que se opõem à doença. O cultivo que implica sempre o
cuidado com a vida (LOPEZ, 2008). Cultivo que se faz ao tornar os trabalhadores
da/na Educação Infantil (EI), com a potência de não “se afogarem nas águas do
dilúvio da Covid-19”, tornando-os “a própria nuvem”, o “próprio vento” e a “própria
chuva sem fim”, que contribui para lavar os males desta doença, que tanto
fragiliza a vida e os movimentos educacionais. Desse modo, com Lopez (2008,
p.9), afirmamos que “[...] o objeto do cultivo é sempre a vida, não as coisas, quer
se trate do cultivo de plantas, do cultivo das artes, quer se trate do cultivo do
pensamento [...]”. A nós, trabalhadores da EI, complementamos com o cultivo das
relações curriculares instalados/instaurados nas nossas Unidades de Ensino ou
nas relações com outros.

Assim, faz-se necessário a defesa da vida, dos espaços como desdobramentos


das relações curriculares e dos trabalhadores, que tornam possível a educação
como acontecimento que se processa entre atenção e intenção. Esses
trabalhadores, de diferentes cargos, categorias e atribuições, criam as
possibilidades para o escolar e o pedagógico, com experiências docentes

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potentes e articuladas. Atuam em diversos espaços/tempos, que implicam em
infinidades de relações. Entretanto, essas ações devem ser mapeadas e
alinhadas com procedimentos educativos/sanitários, que envolvem as relações
entre profissionais e crianças na relação pedagógica, entre profissionais e
familiares e entre os profissionais e os usos dos espaços utilizados para
produção do pedagógico. Salientamos que a necessidade de proteção aos
trabalhadores está em consonância com o que é preconizado na Carta Magna
(CF/1988), ecoados nos principais ordenamentos jurídicos municipais da
educação.

Consideramos que todos aqueles que trabalham na EI (Professores, Pedagogos,


Assistentes Administrativos, Estagiários, Auxiliares de Serviços Gerais,
Merendeiras, Porteiros e outros) devem ser cuidados no que tange a saúde.
Dessa maneira, devem atuar com condições de trabalho adequadas no período
pandêmico, recebendo orientações, informações e formações para os exercícios
de suas funções.

Apostamos na natureza coletiva do trabalho na EI (KRAMER, 2005), que se


realiza com foco nos princípios éticos, estéticos, políticos e por interações e
brincadeiras como eixos centrais (CNE/CEB, Res. 09/2009). A inferência acerca
da coletividade do trabalho é passível pela Lei nº 4.747/1998 (art. 4, XIII), no
Regimento Comum às Unidades de Ensino (art. 156 a 188), e, em seus
respectivos incisos e parágrafos. Esses documentos estabelecem termos ao
trabalho como cooperação, solidariedade e coletividade.

Nesse sentido, assumimos o conceito de valorização profissional, no qual


acolhemos as realizações necessárias para produzir os cuidados para com o
desenvolvimento do trabalho e com a vida dos trabalhadores. Esse conceito,
ampliado a todas as trabalhadoras da EI, tem nas normativas educacionais e nas
organizações sociais um lugar bastante marcado, pois trata das condições
adequadas para o trabalho.

Isso se observa em normativas federais como a LDBEN n. 9394/1996 e no


Parecer CNE/CEB n. 18/2012, da Lei 11.738. Nas normativas municipais,
indicamos as Leis n. 4.747/1998, e, na Res. 06/1999 (COMEV), o Regimento
Interno Comum às Unidades de Ensino e o Plano Municipal de Educação (Lei nº
8.829/2015), em suas Metas 1 e 7, nas suas respectivas estratégias. Juntas,
essas políticas se alinham para pautarem condições adequadas de trabalho, tais

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como: segurança, obtenção de materiais necessários e apropriados, espaços,
organizações, orientações adequadas e possibilidade de composição de
quantidade de crianças em cada sala de aula, conforme determinação da rede de
Ensino.

Ao adotarmos políticas da educação como referência para a conceituação,


destacamos que o Parecer nº. 18/2012 (CNE/CEB), que analisa a Lei
n.11738/2008, que, por sua vez, trata da lei do piso do magistério, que avança na
questão da valorização do profissional. Ainda que a escola tenha uma estrutura
perfeita, não cumprirá o papel que a sociedade dela espera se o ser humano que
nela trabalha e estuda não tiver suas necessidades atendidas (BRASIL,
CNE/CEB, 2012, s/p).

Acerca do conceito de valorização, apontamos o documento final da


Confederação Nacional Popular da Educação (CONAPE, 2018,) no qual consta a
importância da necessidade de adequadas condições de trabalho, ampliadas a
todos os trabalhadores da educação, indo ao encontro da importância de se
cuidar de todos os que atuam nos CMEIs.

Vale destacar que o documento acerca da pandemia da Covid-19, emitido pela


Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação, enfatiza a importância
da segurança sanitária e adequações “[...] de estruturas físicas e pedagógicas
para garantir qualidade e equidade no atendimento escolar” (CNTE, 2020).

Embora o foco do Parecer citado esteja em três pontos da valorização - carreira,


jornada e piso salarial - ele apresenta uma ampla abertura para considerar a
escola como espaço que deve cuidar do trabalhador, atendendo suas
necessidades mais básicas de existência e de produção do seu trabalho.

Nesse sentido, a produção desta Unidade Protocolar (UP) tem os seguintes


objetivos:

• Proporcionar um ambiente seguro aos profissionais da EI diante da crise


sanitária imposta pela Covid-19, para garantia da vivência pedagógica;
• Destacar as obrigatoriedades sanitárias a serem cumpridas para proteção
da vida dos trabalhadores, que produzem os recursos para que as
experiências curriculares aconteçam;
• Orientar quanto aos usos dos espaços/tempos no contexto da ação

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pedagógica por relações mais seguras nos ambientes educativos;
• Sinalizar necessidades de adequações dos espaços/tempos, materiais,
utensílios e EPIs a serem materializadas para o acontecimento do
trabalho;
• Estimular relações amorosas e cuidadosas como expressão da
coletividade no combate à disseminação da Covid-19 nos ambientes da EI
e aos ambientes externos;
• Articular a valorização profissional como preservação da vida saudável
dos trabalhadores da UE.

Esta Unidade Protocolar busca responder às seguintes questões:

• Como proporcionar um ambiente seguro aos profissionais nos Centros


Municipais de Educação Infantil (CMEIs) diante da crise sanitária?
• Como articular protocolos sanitários obrigatórios tão estranhos à relação
pedagógica com elementos que potencializem o trabalho dos profissionais
da educação?
• Quais orientações de usos dos espaços/tempos no contexto da ação
pedagógica para relações mais seguras nos ambientes educativos?
• Quais adequações dos espaços/tempos, materiais, utensílios e EPIs
devem ser materializadas para o acontecimento do trabalho?
• Quais ações podem estimular relações amorosas e cuidadosas como
expressão da coletividade no combate à disseminação da Covid-19 nos
ambientes da EI e aos ambientes externos?
• De que modo é possível tomar a valorização profissional como
desdobramento do cuidado com a saúde do trabalhador?

Primeiramente, consideramos importante elencar as características do trabalho


na EI alinhado às políticas na rede municipal de Vitória, às atividades sob
responsabilidade das distintas categorias de trabalhadores e às diversidades dos
cargos do magistério, bem como dos trabalhadores que estão nos CMEIs sob
naturezas administrativas diferenciadas, como aqueles do quadro geral,
terceirizados e estagiários.
Pela manutenção da vida dos trabalhadores como agentes da EI, que articulam
afetos e conhecimentos, no enfrentamento do “dilúvio” da Covid-19, é
fundamental garantir cuidados junto aos trabalhadores da EI com atenção à vida
individual e coletiva/profissional, na mesma medida de garantia da vida das

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crianças e seu direito à educação.

Tomamos os trabalhadores como agentes que articulam afetos e conhecimentos.


Para tanto, experienciar a dimensão pedagógica como elemento fundamental
para produzir o escolar em tempos que desafiam a manutenção da vida é uma
ação essencial a ser desenvolvida pelos trabalhadores da/na educação e
responsabilidade da rede municipal de ensino de Vitória. Nessa direção, existe
um amplo consenso em documentos produzidos pelo Consed, Undime,
Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Uncme e CNTE, MIEIB, pelo qual é
de extrema importância a preservação dos direitos dos profissionais da
Educação, o cuidado com a vida dos mesmos, a garantia de participação ativa
nas decisões acerca da educação, do direito à condições adequadas de trabalho,
da liberdade de cátedra, em especial em tempos tão incertos e de ameaças
diretas à vida.
Nossa metodologia implica em assumir todas as determinações produzidas pela
vigilância sanitária e pelas autoridades da saúde, já dispostas na Portaria
Conjunta SEDU/SESA Nº (em produção), traduzindo os modos de fazer na
estreita relação com o que se preconiza. Entretanto, compreendemos que ao
menos dois movimentos podemos enfatizar como extremamente necessários:
àqueles obrigatórios, determinados pelas autoridades de saúde pública e
sociedades médicas e àqueles que serão orientados por nós, enquanto
necessidade da Rede de Ensino. Os agrupamentos de ambos prescindem da
tradução dos profissionais para as Unidades de Ensino, de modo que ao mesmo
tempo devemos preservar a vida, a alegria no trabalho e a convivência
democrática e amorosa entre os trabalhadores dos CMEIs.

3.2- Quadro de Referências Protocolares - Unidade II

REF. REF. TODOS OS


CARGOS RESPONSÁ
ORDEM REFERÊNCIAS PROTOCOLARES OBRIGATÓ PROPOSITI TRABALHADO PERÍODO
ESPECÍFICOS VEIS
RIAS VAS RES

Durante
uma
semana
Equipe
que
1 Acolhimento aos trabalhadores X X gestora/
antecede
SEME
o retorno
das
crianças

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Durante a
Produção/encaminhamento de semana
Equipe
questionário online aos trabalhadores para de
2 X X gestora/
compreender a condição de Saúde do acolhida e
Seme
contexto individual/familiar mensalme
nte
Aferição de Temperatura e registros das Diariament Equipe
3 X X
temperaturas acima de 37.8 e gestora
Uso do álcool em gel para limpeza das Regularme Trabalh
4 X X
mãos nte adores
Não deixar exposto sobre as mesas Regularme Trabalh
5 X X
objetos de uso pessoal nte adores

Usar os espaços da Unidade de ensino


com as crianças, assegurando o Regularme Trabalh
6 X X
distanciamento de no mínimo 2 m entre os nte adores
sujeitos

Regularme Trabalh
7 Uso individual dos banheiros X X
nte adores
Manter o distanciamento de no mínimo de Regularme Trabalh
8 X X
2 m dos pares nte adores
Não compartilhar objetos individuais entre Regularme Trabalh
9 X X
os pares nte adores

Organizar quantitativo de trabalhadores no


Regularme Equipe
10 mesmo espaço para fazer intervalo, X X
nte gestora
considerando o distanciamento

Organizar os usos dos espaços, de modo


Regularme Equipe
11 que mantenha o mesmo agrupamento das X
nte gestora
salas de aula
Uso de EPIs, em especial, trocando a
Regularme Trabalh
12 máscara a cada 4h ou quando estiver X X
nte adores
úmida
Regularme Trabalh
13 Manter EPIs devidamente higienizados X X
nte adores
Tocar nas crianças apenas quando Regularme Trabalh
14 X
necessário nte adores
Não compartilhar materiais didáticos sem a Professore Regularme Profess
15 X X
devida higienização s nte ores
Professore
Regularme Profess
16 Receber as crianças no portão da entrada X X s, AEIs,
nte ores
estagiárias
Estimular que cada criança guarde o seu Professore Regularme Profess
17 X X
material em recipientes individuais s nte ores

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CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE VITÓRIA/ES
Identificar os trabalhadores que compõem Regularme
18 X X Gestor
grupo de risco pela idade nte
Interset
Identificar os trabalhadores que compõem Regularme
19 X X orialida
o grupo de risco por comorbidade nte
de
Interset
Indicado
20 Testagem de todos os trabalhadores X X orialida
pela OMS
de
Direcionamento do trabalhador à US Regularme Equipe
21 X X
quando apresentar sintomas da Covid-19 nte gestora
Trabalh
Manter-se em home office quando Regularme ador/
22 X X
identificado como grupo de risco nte gestor/
Seme
Regularme Trabalh
23 Manter portas e janelas da UE abertas X X
nte adores
Equipe
Produzir e manter a informação e o Regularme
24 X X gestora/
treinamento, garantindo seu cumprimento nte
Seme
Disponibilidade de materiais pedagógicos Equipe
Regularme
25 em quantidade e adequação para X X gestora/
nte
minimizar a possibilidade de contágio Seme

Planejar as interações e brincadeiras Professore Regularme Profess


26 X
individuais no ambiente da Unidade s nte ores
Profess
ores/
Planejar, coletivamente, via tecnologia Regularme
27 X X equipe
virtual nte
pedagó
gica
Profess
ores/
Encaminhar arquivos digitais para Regularme
28 X X Equipe
avaliação da equipe pedagógica nte
pedagó
gica
Interset
Por
29 Receber apoio psicossocial X X orialida
demanda
de
Organizar o período das aulas do
Professore Regularme Equipe
30 professor, de modo que esse profissional X
s nte gestora
não se desloque entre turmas
Ter acesso aos espaços, objetos e
utensílios indispensáveis à atuação Regularme
31 X X ASGs
(inclusive o professor de AEE) já nte
desinfetados

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Ter acesso facilitado a lavatórios/pias com
dispensador de sabonete líquido, suporte Gestor/
com papel toalha, lixeira com tampa com Conselh
Regularme
32 acionamento por pedal e dispensadores X X o de
nte
com álcool em gel em pontos de maior escola/
circulação (recepção, corredores e Seme
refeitório)

Todos
Não acumular materiais no ambiente Regularme os
33 X X
coletivo nte trabalha
dores
Não receber pessoas estranhas ao
Regularme Trabalh
34 convívio escolar sem autorização da X X
nte adores
equipe e sem passar pela triagem
Todos
Manter a regularidade de comunicação à
Regularme os
35 equipe gestora quanto à mudança do X X
nte trabalha
quadro de saúde de si e das crianças
dores

Avaliar, permanentemente, as condições


adequadas ao trabalho docente:
organização das salas de aula, Equipe Regularme Equipe
36 X
distanciamento social, orientação acerca gestora nte gestora
da doença e sobre segurança e
procedimentos enviados aos pais

Organizar o uso de materiais didáticos,


brinquedos e jogos que promovam maior
autonomia das crianças para que as
Regularme Trabalh
37 mesmas possam retirá-los do local, usá- X X
nte adores
los, organizá-los e guardá-los de maneira
correta, evitando o toque do trabalhador,
repetidamente
38 Participar de formações e treinamentos X X Regularme SEME/
com as diferentes áreas que precisam X Equipe nte Equipe
estar envolvidas com o retorno das gestora gestora/
atividades educacionais, tais como ASOs/ Interset
Educação, Saúde e ASGs orialida
Assistência Social; de
Equipe
gestora
Equipe
gestora/
Seme/I
nterseto
rialidad
e
Equipe

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gestora
Todos
Atender aos familiares prioritariamente via Regularme os
39 X X
online/telefone nte trabalha
dores
Equipe
Criar fluxo local de atendimentos para
ASOs/ gestora/
crianças, famílias Regularme
40 X ASGs Seme
e profissionais junto aos equipamentos de X nte
Equipe
saúde
gestora

Intensificar a limpeza dos espaços:


banheiros várias vezes durante os turnos;
maçanetas, interruptores e corrimões; Por Equipe
41 X X
mobiliário, materiais utilizados pelas demanda gestora
crianças e demais equipamentos na troca
dos turnos.

Frequentar sala indicada para isolamento, Professore


caso manifeste sintoma da Covid-19 no s/ Regularme Equipe
42 X X
ambiente de trabalho, em sala diferente da Estagiário nte gestora
sala das crianças com a mesma finalidade s/AEIs

Treinamento para profissionais de limpeza


e cozinha em relação à higienização
correta dos espaços e materiais utilizados Regularme Equipe
43 X X
por todos, sobretudo os brinquedos, nte gestora
equipamentos, móveis, colchonetes e
tapetes usados nos espaços escolares.

Receber familiares apenas com pré- Regularme Equipe


44 X X
agendamento nte gestora
Professore
s,
Limitar, se possível, as reuniões com
Estagiário, Regularme Equipe
45 familiares com apenas um representante X
AEI e, nte gestora
por família;
Pedagogo
s
Receber e entregar as crianças aos
Regularme Equipe
46 familiares na entrada e saídas da Unidade X X
nte gestora
no portão de entrada;
Receber, se necessário, os familiares em
Regularme Equipe
47 ambiente arejado, respeitando o X X
nte gestora
distanciamento;
Evitar trânsito desnecessário pelos Regularme Trabalh
48 X X
espaços; nte adores

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Iniciar o atendimento às crianças a partir Trabalh
das 7h15 e 13h 15, preservando o horário Regularme adores/
49 X X
de chegada até 7h e 13h, visto que 15 nte equipe
minutos é para colocar EPIs gestora

Professore
Ter acesso ao mobiliário e utensílio limpo s, Regularme Equipe
50 X X
após o uso de cada grupo Estagiária nte gestora
s, AEIs
Passagem por tapete sanitizante antes de Professore Regularme Trabalh
51 X
adentrar aos espaços s nte os

Encontro com os familiares apenas se os Equipe da


Regularme Equipe
52 mesmos estiverem usando máscaras e X X sala/equip
nte gestora
mantendo o adequado distanciamento e gestora

Acesso a ambientes de sala de aula com Seme/


Regularme
53 espaço higienizado antes do início das X Todos Equipe
nte
atividades gestora
Profess
Higienizar equipamentos e mobiliários
Professore Regularme ores/
54 necessários ao trabalho de usos coletivos X
s nte Equipe
pelos adultos antes de disponibilizá-los
gestora

Cada docente produzirá interações e


brincadeiras com o limite máximo de 9
Regularme Trabalh
55 crianças por agrupamento em áreas X X
nte adores
externas e internas do Cmei, considerando
a possibilidade de cada Unidade

Equipe
Será designado um adulto para Semanalm
56 X X gestora/
acompanhar crianças na sala de espera ente
Seme

Os profissionais serão devidamente Seme/


orientados quanto às medidas de Por Interset
57 X X
precauções sanitárias na relação com o demanda orialida
quadro de cada criança atendida de

Os jogos que exigem movimentos mais


amplos podem ser realizados em espaços Seme/
Regularme
58 externos com maior distanciamento e X Todos Equipe
nte
planejado com segurança sanitária, gestora
pensando na coletividade

Profess
Realizar contato com os pertences trazidos
Professore Regularme ores/
59 de casa pela criança apenas se necessário X
s nte Equipe
e com os devidos cuidados
gestora

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Participar de avaliação semanal, de modo
virtual, sobre a rotina dos cuidados e
prevenção à saúde, monitorando os Regularme Trabalh
60 X X
cumprimentos dos protocolos e propondo nte adores
traduções que articule-os com o
movimento curricular

Seguindo Equipe
Testagem dos trabalhadores, considerando
61 X X protocolo gestora/
os sintomas
OMS Seme
Seme/
Realizar planejamentos individuais em Professore Regularme
62 X X Equipe
casa s nte
gestora
Profess
Encaminhar Atividades complementares às
Professore Regularme ores/
63 crianças que não frequentarem a Unidade X X
s nte Equipe
de Ensino
gestora
Equipe
Reduzir o fluxo de trabalhadores Regularme
64 X X gestora/
"eventuais" na Unidade de Ensino nte
Seme
Professore
s (PEB I, Equipe
As equipes da sala de aula não devem Regularme
65 X PEB III, gestora/
migrar entre turmas. nte
AEIs, Seme
estagiárias
Mapear e realocar postos possíveis de
Equipe
trabalho para garantir a não migração de Equipe Regularme
66 X gestora/
trabalhadores entre agrupamentos de gestora nte
Seme
crianças

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4- UNIDADE PROTOCOLAR III

4.1- Compondo Estruturas para Cuidar das Vidas e do Currículo:


Infraestrutura
O Relógio

Passa, tempo, tic-tac


Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Dia e noite
Noite e dia

(VINICIUS DE MORAES)

Dar importância à infraestrutura é um convite a perceber o espaço alinhado ao


tempo. O tempo, por sua vez, nos escapa se a ele não nos atentarmos. Tempo,
tic-tac, arriscado a ser perdido. Junto, o direito à aprendizagem e ao trabalho sob
condições adequadas de segurança. Nesse intuito, despertarmos para o tempo
que passa é assumirmos o espaço/tempo da EI como promotor de memórias que
embalam a vida, intensificando-a. Portanto, dar atenção ao tempo é perceber a
importância em organizar os CMEIs para que possam ser habitados. É muito
importante, pois por esses espaços a vida de todos pulsa, devendo ser protegida
e cuidada. Por um lado, deve-se correr para que a EI aconteça no seu devido
ritmo, por outro, deve-se manter a alegria sem entregar-se ao tempo apressado,
mas a um tempo atencioso que se renova a cada tic-tac, dia e noite. Assim,
apostamos na composição sensível da infraestrutura.

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A Infraestrutura é o conjunto de insumos, serviços e espaços, considerados
necessários para que os CMEIs possam funcionar com crianças e trabalhadores.
O protocolo sanitário instituído pela Portaria Conjunta SEDU/SESA Nº 01-R, de
08 de agosto de 2020, que diz respeito especialmente à infraestrutura das
unidades de ensino para o retorno às aulas, apresenta as normas de segurança
sanitárias recomendadas e exigidas pela área da saúde, em especial com
indicativo para a criação do Comitê Local e elaboração do Plano Estratégico de
Prevenção e Controle - PEPC. Em complementação ao protocolo sanitário, este
documento apresenta normas complementares. Enfatizamos que o espaço da
educação infantil precisa garantir o atendimento qualitativo, equânime, seguro e
saudável para os sujeitos (trabalhadores(as), crianças, familiares e parceiros)
que o integram.

Nessa direção, apontamos as seguintes questões:

• Quais são os modos de organizar os espaços/tempos para a proteção dos


sujeitos no ambiente da EI?
• Quais objetos, utensílios, EPIs e seus usos que oferecem proteções
individuais e coletivas à comunidade escolar nos CMEIs?
• Quais são os meios que favorecem maiores cuidados e proteção à vida de
todos que habitam os espaços/tempos das UE’s?

Por conseguinte, destacamos os nossos objetivos:

• Organizar os espaços/tempos para a proteção dos sujeitos no ambiente da


EI;
• Oferecer equipamentos de proteção individual e coletiva aos trabalhadores
que atendem à comunidade escolar;
• Garantir meios que favoreçam maiores cuidados e proteção à vida de
todos que habitam os espaços/tempos das UE’s.

A Resolução da EI 06/99, dentre outros documentos oficiais que definem


condições para se realizar o atendimento na EI dispõe as necessárias medidas
que garantam, inclusive, a segurança adequada para o desenvolvimento das
interações e brincadeiras, contemplando cuidados com o espaço físico para
acolher as crianças, famílias e profissionais que atuam na EI.
Deve-se considerar, ainda, que os espaços de EI são diferenciados em sua
estrutura predial, podendo exigir adequações mais pontuais em relação ao

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cumprimento dos protocolos necessários, conforme apontado no quadro de
referências protocolares e considerando suas especificidades.

O contexto ao qual estamos expostos, diante a pandemia do Covid-19, tem sido


causa de alterações comportamentais e emocionais em adultos e crianças.
Estamos diante de desafios diários que exigem dos profissionais e do poder
público garantia do serviço intersetorial para que a EI se realize pelos seus
princípios e eixos norteadores (BRASIL, MEC/CEB, RES. nº 05/2009),
especialmente com a inserção dos dados no sistema apresentado na Portaria
Conjunta SEDU/SESA Nº )em produção).

Destacamos que o município tem uma caminhada importante quanto à


Intersetorialidade. Dessa maneira, cabe uma recomposição das relações entre os
equipamentos públicos adequadas ao combate à pandemia, sobretudo ao que se
refere à permanência das crianças e trabalhadores nas UE, ao monitoramento
desses sujeitos e às orientações quanto ao contexto da pandemia.

As novas condições de vida, exigidas pelas circunstâncias da Covid-19,


remetem-nos ao autocuidado e ao cuidado com as outras pessoas, com especial
atenção aos usos do ambiente físico e considerando as orientações contidas no
quadro detalhado abaixo.

É relevante contar com o Conselho Escolar como colegiado legítimo de


deliberação, consulta e fiscalização da UE, pois conta com a representação de
todos os segmentos da Unidade de Ensino. É de suma importância o seu
protagonismo na gestão escolar para que os protocolos sejam consolidados,
compondo a partir daí o Comitê Local instituído pela citada Portaria Conjunta.

Outro elemento fundamental para a superação da atual conjuntura sanitária, que


ao mesmo tempo pode contribuir para reduzir os impactos da crise e contribuir
para qualificar o trabalho e a profissionalidade, é a formação continuada,
considerando a nova reorganização dos espaços e tempos na/da EI
considerados nos referenciais protocolares para o retorno. Nessa urgência
sanitária, a formação se alinha à informação e orientação que devem dar suporte
para ações desenvolvidas nas UE.

Cabe-nos, ainda, pensar em movimentos formativos, considerando as


tecnologias da informação, os agrupamentos presenciais, os materiais a serem

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utilizados e, também, os projetos de formação desenvolvidos pelas UE. Nesse
ínterim, os movimentos formativos devem acolher a intersetorialidade e outras
parcerias, na estreita relação com a comunidade escolar, local e acadêmica.

Ressaltamos que, diante do distanciamento social que ainda deve permanecer


na Educação Infantil, em especial para crianças dos grupos 1, 2, 3 e 4 e grupos
de risco ou àquelas cujas famílias optarem por não conduzir à UE devido à
pandemia, faz-se necessário manter instrumentos de interações e condições
adequadas.

Esses instrumentos e condições também são imprescindíveis para organizar


estratégias para o retorno das atividades com crianças dos grupos 5 e 6, de
modo que não percam de vista as experiências integradas ao currículo da
Educação Infantil, num contexto no qual os referenciais protocolares imprimem
um novo formato ao espaço da UE.

A atividade profissional dos trabalhadores autorizados a atuar em regime de


home office requer esforço e comprometimento nesse período de isolamento
social. Entretanto, apesar dos esforços da Seme Central e UE, registra-se
insuficiência quanto ao provimento de condições tecnológicas para utilizar os
recursos digitais de aprendizagem/ensino e de comunicação, sobretudo em
período no qual a educação se dará em convivência com o cenário de desafio
sanitário.

Demarca-se que, qualquer estratégia para se assegurar a conexão, o vínculo e a


aproximação com as crianças e reconfigurar as relações de trabalho nesse
contexto, deve atentar para que não se produza indiferença nas relações
interpessoais, fragilidade pedagógica e o abandono ou distanciamento dos
princípios e eixos estruturantes do currículo na EI. Dessa forma, os ambientes
virtuais, em especial a Plataforma Aprende VIX, constam como ferramentas
importantes e permanentes para assegurar a conexão dos estudantes com a UE
no atual contexto.

4.2- Quadro de Referências Protocolares – Unidade III

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REF. REF. TODOS OS
CARGOS RESPONSÁ
ORDEM REFERÊNCIAS PROTOCOLARES OBRIGATÓ PROPOSITI TRABALHADO PERÍODO
ESPECÍFICOS VEIS
RIAS VAS RES

Adequar todos os espaços da unidade de Semana


diretor/
ensino, em especial as salas de aula, que Equipe
técnicos
1 considerando os protocolos sanitários e X      anteced gestora/
da
educacionais. e ao SEME
GAMO
retorno
Instalar lavatório, quando indicado como Semana
imprescindível, disponibilizando sabonete que Equipe
2 líquido e toalhas de papel nas áreas, X     Direção anteced gestora/
conforme necessidade. e ao Seme
retorno
Disponibilizar álcool em gel na entrada do Diariame Equipe
3 X     Direção
CMEI nte gestora
Semana
que Equipe
Assentar tapetes sanitizantes na entrada do
4 X     Direção anteced gestora/
CMEI
e ao SEME
retorno.
Semana
que
anteced Equipe
Direção/
5 Substituir bicos dos bebedouros por torneiras. X     e ao gestora/
SEME
retorno SEME
das
crianças
Semana
que
Adesivar o chão com as marcações para o anteced Equipe
Direção/
6 distanciamento, bem como demarcar trânsito X     e ao gestora/
ASGs/cta
com circulação em mão dupla. retorno SEME
das
crianças
Disponibilizar lavadora de alta pressão para Semana
limpeza de espaços maiores e vaporizador SEME E que Equipe
7 para higienização de colchonetes, trocadores,   X   EMPRES anteced gestora/
tatames, tapetes emborrachados, grama A e ao SEME
sintética. retorno
Retirar dos espaços escolares brinquedos e Semana
os objetos de difícil higienização. que
anteced
diretor/ Equipe
8 X   X e ao
ASGs gestora
retorno
das
crianças
Disponibilizar álcool em gel nas salas, Semana Equipe
corredores e demais áreas de circulação, de diretor/
9 x     que gestora/
forma que possam ser acessados pelas ASGs
anteced SEME

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crianças apenas sob supervisão dos adultos. e ao
retorno
das
crianças
Utilizar exclusivamente brinquedos de fácil Semana
higienização, considerando a necessidade do que
uso individual. anteced Equipe
Equipe diretor/
10   X e ao gestora/
gestora SEME
retorno SEME
das
crianças
Delimitar o local de entrada, onde a Semana
temperatura da criança será aferida (37.8), que
para que não haja circulação de familiares anteced
Equipe
11 para além dessa área. X     diretor e ao
gestora
retorno
das
crianças
Aferir a temperatura de todos que adentrarem diariame Equipe
12 X     CTA
no espaço da UE nte gestora
Estabelecer um local para sala de isolamento/ Semana
espera onde a criança ficará temporariamente que
aguardando pelo responsável, caso sejam anteced
Equipe
13 identificados sintomas de Covid-19. X     Direção e ao
gestora
retorno
das
crianças
Monitorar a obrigatoriedade do uso de
máscara tanto na entrada quanto na Diariame
14 x     Todos Todos 
permanência de pessoas na Unidade de nte
Ensino.
Determinar área para recebimento e
Por
higienização de produtos/materiais que Equipe
15 X     Direção demand
chegam ao CMEI antes de guardá-los em gestora
a
seus respectivos lugares.
Viabilizar nos espaços portadores de textos
como placas, cartazes e folhetos que
Semana
contenham protocolos detalhados de medidas
que
de higiene, incluindo lavagem das mãos,
anteced
etiqueta respiratória, uso de equipamentos de Direção/ Equipe
16 X     e ao
proteção e distanciamento. Esses textos CTA gestora
retorno
devem estar visíveis a toda comunidade
das
escolar, incluindo a oferta em linguagem
crianças
ilustrativa para o acesso e compreensão da
criança.
Organizar os agrupamentos de crianças para Direção/ Semana
utilização das salas de aulas e demais CTA/ que
Equipe
17 espaços dos CMEIS, garantindo o X     assistent anteced
gestora
distanciamento mínimo de 1,5 metros entre e e ao
os sujeitos e no máximo 09 crianças por administr retorno

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agrupamentos. A mesma regra deve ser
aplicada em outros espaços. Indicamos que
das
nos agrupamentos de crianças que tenham o ativo
crianças
público alvo da educação especial seja
necessário considerar as complexidades.
Organizar os momentos de ocupação do
Equipe diretor/ Regurla Equipe
18 refeitório conforme as normas de X  
gestora CTA mente gestora
distanciamento mínimo para o almoço/jantar.
Seguir as orientações da CANE/SEME no Merendei
Equipe
momento de disponibilização e de servir o Equipe ras/aeis/ Regular
19 X   gestora/
lanche às crianças.. gestora professor mente
SEME
es
Intensificar a limpeza dos espaços, materiais, Equipe
Regular
20 equipamentos e utensílios, conforme X     ASGs gestora/
mente
protocolo sanitário da SESA ASGs
Obrigatório o uso de EPI's pelos Todos
Para
trabalhadores: aventais, toucas, jalecos, face (cada um
Regular todos os
21 schild e máscaras. X     em suas
mente profissio
atribuiçõ
nais
es)
Garantir em estoque EPIs para os
Direção/ Regular gestor/
22 trabalhadores e máscaras para as crianças, X    
Seme mente Seme
caso necessário reposições emergenciais.
Os espaços coletivos, como pátios e
parquinhos, deverão ser utilizados, garantindo
Direção/ Regular Equipe
23 a organização de pequenos grupos, o X    
CTA mente gestora 
distanciamento necessário e a higienização
do espaço e dos brinquedos após o uso.
A utilização dos espaços coletivos como salas
de vídeo, literatura, brinquedoteca e/ou Direção/ Regular Equipe
24   X  
outros, será em caráter excepcional e com a CTA mente gestora
devida atenção aos referenciais protocolares.
Evitar cortinas ou outros materiais que Equipe Regular Equipe
25   X  
concentrem poeira. gestora mente gestora
Adquirir lixeiras de acionamento por pedal Para
para banheiros. Regular todos os
26 X     Todos
mente profissio
nais
O espaço da UE deve ser restrito ao uso das Direção/ regurlam Equipe
27 X    
atividades escolares. CTA ente gestora
Estreitar ações conjuntas entre os Equipe
equipamentos que compõem a rede Direção/ gestora/
Regular
28 socioassistencial. X     CTA/ conselho
mente
conselho de
escola
Obter orientações objetivas, regulares e Direção/ Equipe
atualizadas dos equipamentos sócio CTA/ Regular gestora/
29 assistenciais, tais como: monitoramento da X    
conselho/ mente conselho
saúde e condições de sobrevivência das Comitê de

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famílias, mantendo contato regular com as
escola ,I
autoridades locais de saúde, conforme
Local ntersetor
PORTARIA CONJUNTA SEDU/SESA Nº 01-
ialidade
R.
Garantir o retorno das crianças ao espaço da Equipe
Unidade, quando encaminhadas à Unidade gestora/
de Saúde, apenas com liberação médica. Direção/ por conselho
30 X     CTA/ demand de
conselho a escola/In
tersetori
alidade
Os equipamentos do território devem Equipe
monitorar a evolução de número de gestora/
Direção/
infectados, internações, óbitos entre os conselho
CTA/
membros da comunidade escolar conforme Regular de
31   X   conselho/
PORTARIA CONJUNTA SEDU/SESA Nº 01- mente escola
Comitê
R. /Interset
Local
orialidad
e
Encaminhar junto ao conselho tutelar as Equipe
violações dos protocolos sanitários gestora/
obrigatórios que coloquem em risco a Direção/ por conselho
32 segurança das crianças. X     CTA/ demand de
conselho a escola/In
tersetori
alidade
Articular junto à saúde a testagem das Equipe
crianças e profissionais que apresentarem gestora/
sintomas da Covid- 19. Direção/ por conselho
33 X     CTA/ demand de
conselho a escola ,I
ntersetor
ialidade
A testagem positiva de uma criança deve Equipe
levar ao mapeamento do grupo no qual a gestora/
criança estava inserida, culminando na Direção/ por conselho
34 testagem dos sujeitos com os quais a criança X     CTA/ demand de
conviveu. conselho a escola ,I
ntersetor
ialidade
Contar com profissionais da área da saúde Equipe
Direção/ por
para reuniões/orientações de modo virtual gestora/I
35   X   CTA/ demand
com profissionais do CMEI. ntersetor
conselho a
ialidade
Atualizar a ficha cadastral das crianças, Equipe
destacando os contatos emergenciais. Assistent gestora/
es Regular assistent
36 X    
administr mente e
ativos administ
rativo

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Realizar momento de reunião com as famílias Durante
(virtual), nas semanas que antecedem o a
retorno das crianças, esclarecendo e semana
pontuando sobre a obrigatoriedade do que
cumprimento dos protocolos de segurança anteced
sanitária. e ao
Direção/ retorno Equipe
37 X    
CTA das gestora
crianças
e
quando
por
demand
a
Priorizar a utilização de aplicativos,
plataforma Aprende Vix, mídias sociais,
Por
contato telefônico e grupos de Whatsapp Direção/ Equipe
38 X     demand
institucional como forma de comunicação CTA gestora
a
entre a instituição e a família, reduzindo o
contato presencial
Cientificar o responsável pela criança que
deverá informar imediatamente à instituição
Por
se e quando houver o acometimento de
39 X     Família demand famílias
qualquer membro familiar por Covid 19.
a
Nesses casos, a criança deverá ser mantida
em casa
Promover reuniões periódicas para avaliar o Equipe
contexto do retorno em diálogo permanente gestora/
Equipe Regular
40 com o Conselho de Escola e Comitê Local. X     conselho
gestora mente
de
escola
Monitorar o cumprimento dos referenciais Conselho Equipe
protocolares de gestora/
Regular
41 X     Escola / conselho
mente
Comitê de
Local escola
Ser multiplicador entre famílias/comunidades/ Equipe
CMEI dos referenciais protocolares, Conselho gestora/
Regular
42 ressaltando a importância do cumprimento X     de conselho
mente
destes. Escola de
escola
Promover o alinhamento com os demais Equipe
equipamentos públicos da comunidade, a fim Conselho gestora/
Regular
43 de garantir a intersetorialidade.   X   de conselho
mente
Escola de
escola
Realizar a busca ativa dos alunos que não Equipe
Conselho
comparecerem ao CMEI, identificando as Regular gestora/
44 X     de
circunstâncias e motivos do não retorno. mente conselho
Escola
de

DOCUMENTO BASE EM ELABORAÇÃO PARA PROTOCOLO DE RETORNO ÀS ATIVIDADES PRESENCIAIS NOS


CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DE VITÓRIA/ES
escola/In
tersetori
alidade
Encaminhar aos setores responsáveis o não Equipe
cumprimento dos protocolos gestora/
Equipe Regular
45 X     conselho
gestora mente
de
escola
Suspender reuniões e formações presenciais durante
todo
Equipe
Direção/ contexto
46 X     gestora/
CTA da
SEME
pandemi
a
Os projetos de formação das unidades devem
por Equipe
acolher, dentre outras necessidades, as Direção/
47   X   demand gestora/
questões emocionais dos professores e CTA
a SEME
demais trabalhadores da educação.
Dar continuidade às formaçõeX que envolvem por Equipe
Direção/
48 as adequações dos projetos dos CMEI.   X   demand gestora/
CTA
a SEME
A Secretaria de Educação deve articular
encontros formativos com as diferentes áreas Direção/ por Equipe
49 que precisam estar envolvidas com o retorno   X   CTA/ demand gestora/
das atividades educacionais, tais como SEME a SEME
Saúde, Psicologia e Assistência Social;
Proporcionar momentos formativos na Equipe
período
50 temática Culturas Digitais que contemplem X     Todos gestora/
letivo
todos os profissionais da educação da UE SEME
Articular nos momentos de planejamentos os Equipe
formatos de conexão com as crianças que gestora/p período Equipe
51 X    
ainda permanecerão com suas famílias em rofessore letivo gestora
casa, partindo das Orientações da SEME. s
Planejar formas de conexão com as crianças Equipe
que não retornarão ao CMEI e que não gestora/p Período Equipe
52 X    
possuem o acesso a tecnologias digitais. rofessore letivo gestora
s
Garantir a entrega de AEC às crianças que Equipe Período Equipe
53 não tem acesso virtual X     letivo
gestora gestora
As AEC's entregues impressas não deverão Equipe Período Equipe
54 retornar ao CMEI. X     letivo
gestora gestora
Produção coletiva, 2020.

5- REFERÊNCIAS

BRASIL. CNE/CEB. Parecer n. 18/2012. Reexame do Parecer CNE/CEB nº

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9/2012, que trata da implantação da Lei nº 11.738/2008, que institui o piso
salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da
Educação Básica. Aprovado em: 02/10/2012. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=11795-pceb018-12&Itemid=30192>
Consulta realizada em: 29/07/2020.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE∕CEB nº 5/2009.


Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: Diário
Oficial da União, 18 dez de 2009.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil.


Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394,


20 de dezembro de 1996. 

BRASIL. Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. Regulamenta a alínea "e" do


inciso III do caput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias,
para instituir o piso salarial profissional nacional para os profissionais do
magistério público da educação básica. Brasília, 2008. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11738.htm>
 Consulta realizada em: 29/07/2020. 

CÂMARA MUNICIPAL DE VITÓRIA. Lei 4.747. Institui o sistema municipal de


ensino do município de vitória, capital do estado do espírito santo e dá outras
providências. 1998. Disponível em:<
http://camarasempapel.cmv.es.gov.br/Arquivo/Documents/legislacao/html/
L47471998.html> Consulta realizada em: 9/07/2020.

CÂMARA MUNICIPAL DE VITÓRIA. Lei nº 8.829. Aprova o plano municipal


educação de vitória - PMEV. Disponível em:
<http://camarasempapel.cmv.es.gov.br/Arquivo/Documents/legislacao/html/
L88292015.html> Acesso em 27/07/2020.

CAMPANHA NACIONAL PELO DIREITO À EDUCAÇÃO. Covid-19, o novo


coronavírus Guia sobre Reabertura das Escolas: Informe-se e saiba como agir,
cobrar, e trabalhar pela proteção de todos de maneira colaborativa. 2020.

CAMPANHA NACIONAL PELO DIREITO À EDUCAÇÃO. Nota técnica:


Recomendações para a disponibilização e a coleta de dados sobre as ações das
redes de ensino relacionadas às atividades educacionais durante a pandemia da
Covid-19. 2020.

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO


(CNTE). Diretrizes para educação escolar durante e pós a pandemia.
Entidades reunidas. 2020. Disponível em:<
https://www.cnte.org.br/images/stories/2020/cnte_diretrizes_enfrentamento_coron
avirus_final_web.pdf> Acesso em: 30/07/2020.

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CONFERÊNCIA NACIONAL DE EDUCAÇÃO. FORUM NACIONAL POPULAR
DE EDUCAÇÃO. Plano de lutas: CONAPE, 2018.

CONSED. Diretrizes para protocolo de retorno às aulas presenciais. 2020.

KRAMER, S. (Org.). Profissionais de educação infantil: gestão e formação.


São Paulo: Ática, 2005.

LÓPEZ, Maximiliano Valério. Acontecimento e Experiência no Trabalho


Filosófico com Crianças. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008.

MEIRELES, CECÍLIA. Cânticos. 13 ed. São Paulo: Modena, 1982.

MIEIB. CAMPOS, Maria Malta et al. À escola e à creche que respeite os


direitos fundamentais de crianças, famílias e educadores. 2020.

O manifesto do sensível de 2020. Rede Nacional Primeira Infância, 2020.


Disponível em:<http://primeirainfancia.org.br/2020-vem-ai-uma-semana-mundial-
do-brincar-diferente/> acesso em 11/08/2020

PREFEITURA MUNICIPAL DE VITÓRIA. CONSELHO MUNICIPAL DE


EDUCAÇÃO DE VITÓRIA (COMEV). Resolução n. 06/1999. Fixa normas para
educação infantil no Sistema Municipal de Ensino do Município de Vitória.
Disponível em:
<https://www.vitoria.es.gov.br/arquivos/20090828_resol_06_99_seme_comev.pdf
> Consulta realizada em: 20/07/2020.

PREFEITURA MUNICIPAL DE VITÓRIA. SECRETARIA MUNICIPAL DE


EDUCAÇÃO. Regimento Interno Comum às Unidades de Ensino. Disponível
em: <https://docplayer.com.br/11176458-Regimento-comum-as-unidades-de-
ensino-da-rede-municipal-de-vitoria-es.html> Consulta realizada em: 28/07/2020.

UNCME. Educação em tempos de pandemia direitos, normatização e


controle social: Um guia para Conselheiros Municipais de Educação.

UNDIME. Subsídio para elaboração de protocolos de retorno às aulas na


perspectiva das Rede Municipais de Educação. 2020.

PREFEITURA MUNICIPAL DE VITÓRIA (ES). Secretaria Municipal de


Educação. A educação infantil no município de Vitória: um outro olhar.
Disponível em:
http://www.vitoria.es.gov.br/arquivos/20100218_educacao_infantil_doc.pdf.
Acesso em 12 de julho de 2020. [ Links ]

6- DOCUMENTOS CONSULTADOS

BRASIL. Ministério Público do Trabalho. Procuradoria geral do trabalho. Nota

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técnica n. 11: Covid 19. 2020.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução nº 5 de 17 de dezembro de
2009. Fixa as diretrizes nacionais para a educação infantil. Disponível em:
Acesso em: 22 de julho de 2020.

BRASIL. Ministério da Educação/Secretaria da Educação Básica. Indicadores


da Qualidade na Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2009.

ENTIDADES REUNIDAS (Consed/Undime). Como voltar às atividades na


educação infantil? Recomendações aos municípios no planejamento para a
retomada no contexto da pandemia de Covid-19. 2020.

Instituto Rodrigo Mendes. Protocolo de reabertura das escolas na França.


Trad. Livre. 2020.

LEI Nº 8829, DE 24 DE JUNHO DE 2015. APROVA O PLANO MUNICIPAL


EDUCAÇÃO DE VITÓRIA - PMEV. Na forma do Art. 113, inciso III, da Lei
Orgânica do Município de Vitória.
Disponível:<http://camarasempapel.cmv.es.gov.br/Arquivo/Documents/legislacao/
html/L88292015.html acesso em 20/07/2020

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Nota de Alerta: Covid-19 e a Volta


às Aulas. 2020.

UNICEF. Recomendações para a reabertura de escolas. 2020.

VATS, Swati Popat. Orientações pós-covid 19 para a reabertura de pré-


escolas e creches. Trad. Vera Melis Paolilo. Associação infantil e associação
para educação e pesquisa primárias, 2020.
Zhang, Wenhong. Manual de Prevenção e Controle da Covid-19 segundo o
Doutor Wenhong Zhang.1ª ed. São Paulo: PoloBooks, 2020.

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