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ficha técnica

4.º trimestre de 2016

diretor
Custódio Pais Dias
custodias@net.sapo.pt
TE1000

diretor técnico
Josué Morais
josuemorais2007@gmail.com

conselho editorial
António Gomes, Paulo Monteiro e Manuel Bolotinha

direção executiva
Diretor Comercial Júlio Almeida
T. 225 899 626 luzes
j.almeida@oelectricista.pt inversores inteligentes para solares 2
Chefe de Redação Helena Paulino fotovoltaicos inteligentes
T. 220 933 964
h.paulino@oelectricista.pt
espaço voltimum reportagem
editor os líderes do sector discutem a revolução da IoT 4 72 F.Fonseca destaca tendências tecnológicas
CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.® (2.ª Parte) no Advantech Solutions
design
Luciano Carvalho espaço qualidade 6 case study
l.carvalho@publindustria.pt a importância da comunicação corporativa 74 técnicas de seletividade
Ana Pereira
a.pereira@cie-comunicacao.pt
sustentável 78 novas soluções de iluminação portátil
profissional SONLUX PowerDisk
webdesign vozes do mercado 80 RS Components e a Indústria 4.0
Ana Pereira como escolher a melhor UPS para garantir a 8 82 upgrade através da plataforma Modicon
a.pereira@cie-comunicacao.pt
continuidade do negócio e proteger aplicações M580 oferece o equilíbrio perfeito entre preço
assinaturas industriais críticas e desempenho no setor das águas
T. 220 104 872 84 TEV: nova gama de caixas de derivação
assinaturas@engebook.com
telecomunicações salientes
www.engebook.com
um salto exponencial no desenho de 10
colaboração redatorial componentes com os circuitos MMIC 14 informação técnico-comercial
Custódio Pais Dias, Josué Morais, Ana Vargas, 86 F.Fonseca: descarregadores de sobretensões
Sílvia Gonçalves, José Soares, Hélder Martins,
Manuel Bolotinha, Eurico Zica Correia,
alta tensão DST’s da Saltek®
Alfredo Costa Pereira, Manuel Teixeira, Mário Pombeiro, sobretensões de manobra (2.ª Parte) 12 88 OMICRON: o futuro dos testes de controlo
Anselmo Martins, A. Campante, A. Leite, Frederico Mota, intervenções particulares nos domínios dos religadores
Paula Domingues, Paulo Peixoto, Bruno Serôdio,
Hilário Dias Nogueira, Paulo Monteiro,
da Alta Tensão (6.ª Parte) 14 90 Quitérios® lança nova gama de produtos
Ricardo Sá e Silva, Júlio Almeida, estanques – quadros Mondego®
Susana Valente e Helena Paulino climatização 92 SEW-EURODRIVE Portugal: solução modular
variáveis de conforto térmico 18 safetyDRIVE proporciona confiança e
redação, edição e administração
CIE - Comunicação e Imprensa Especializada, Lda.®
segurança funcional em máquinas e sistemas
Grupo Publindústria notícias 22 94 Vulcano: Control Connect: está tudo
T. 225 899 626/8 . F. 225 899 629 nas suas mãos
geral@cie-comunicacao.pt artigo técnico 96 Klippon® Connect da Weidmüller: série A
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armazenamento de energia eléctrica (3.ª Parte) 42 98 Zeben: armazenamento dinâmico
propriedade de energia – gestão Link DC
Publindústria – Produção de Comunicação, Lda. formação
Empresa Jornalística Registo n.º 213163
NIPC: 501777288
ficha prática n.º 48 46 100 mercado técnico
Praça da Corujeira, 38 . Apartado 3825
casos práticos de ventilação 48
4300-144 Porto . Portugal 118 calendário de eventos
T. 225 899 620 . F. 225 899 629 bibliografia 52
geral@publindustria.pt
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dossier sobre isolamento e proteções 54
impressão e acabamento elétricas
Gráfica Vilar de Pinheiro isoladores Média Tensão/Baixa Tensão 56
Rua do Castanhal, 2
4485-842 Vilar do Pinheiro
revestimento nos cabos 60 artigo técnico
o isolamento dos condutores elétricos 64 119 Componentes eletrónicos (3.ª Parte)
publicação periódica isolamento elétrico termoplástico 68 121 Ficha Técnica 4: Introdução à Eletrónica
Registo n.º 124280 conceitos fundamentais de isolamento elétrico
Depósito Legal: 372909/14
70
ISSN: 1646-4591 artigo prático
Tiragem: 5000 exemplares 126 Faça você mesmo

sumário
INPI
Registo n.º 359396
128 bibliografia
periocidade
Trimestral

Os artigos assinados são da


exclusiva responsabilidade dos seus autores.

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inversores
inteligentes para
solares fotovoltaicos
inteligentes Custódio Pais Dias, Diretor

As instalações solares fotovoltaicas, de produção importante mantê-la, pelo menos durante


de energia elétrica, estão em expansão e pretende-se alguns segundos. Caso contrário, o corte si-
que assim continuem, por muito tempo, multâneo dessa energia irá sobrecarregar,
dado que o potencial de aproveitamento da energia solar ainda mais, as linhas que se mantêm em fun-
ainda está muito longe de se esgotar. No entanto, à medida cionamento e agravar a situação, podendo
que a quantidade de energia injetada na rede por estas conduzir à necessidade de cortar completa-
instalações aumenta, vão surgindo dificuldades mente a alimentação da zona em causa.
que desafiam os técnicos que têm que desenvolver soluções O desenvolvimento dos inversores inteli-
para as ultrapassar. gentes representa mais um passo no sentido
de garantir a estabilidade do funcionamento
da rede elétrica com uma forte incorporação
Um exemplo destas dificuldades é a situação de tempo. Em particular, a possibilidade de de energias renováveis, em produção distri-
atual do funcionamento destes aproveita- controlo remoto será um aspeto muito im- buída, que tem sido uma das preocupações
mentos no caso de existir uma falha sensível portante, na medida em que permitirá que a dos técnicos do setor.
na rede a que estão ligados. O inversor, que é decisão sobre o funcionamento não se baseie Com esta notícia de um avanço tecnoló-
utilizado nas atuais instalações, injeta a ener- apenas nos dados que os sensores obtêm lo- gico, que abre melhores perspetivas de fu-
gia elétrica com valor de tensão e de frequên- calmente, respondendo antes a uma lógica de turo, fazemos a transição entre o passado e
cia pré-definidos e, caso haja falha na rede funcionamento integrado das diversas insta- o futuro, ou seja, deixamos o ano de 2016 e
que provoque uma alteração sensível no valor lações de uma zona. entramos no ano de 2017. Por isso, cumprin-
de uma destas grandezas, desliga a instala- Por exemplo, uma avaria numa linha de do a tradição, desejamos a todos os nossos
ção da rede. Dada a baixa potência que estes transmissão de energia pode provocar uma leitores e às entidades que colaboram com
aproveitamentos habitualmente têm, a retira- alteração instantânea no valor da tensão da a revista votos de Boas Festas e de um ex-
da de um deles da rede não acarreta grandes rede numa determinada zona, se a alimen- celente Ano Novo, desejando que possamos
problemas. Contudo, se pensarmos que no tação dessa zona se mantiver através de continuar juntos no caminho do futuro. A to-
futuro se pretende a massificação deste tipo outras linhas. Se a contribuição da produção dos um grande bem-haja pela fidelidade, pelo
de aproveitamentos, a retirada simultânea de fotovoltaica nessa zona for importante, será apoio e pela colaboração.
um grande número deles em caso de falha da
rede vai contribuir para aumentar a instabili-
dade desta. O corte praticamente instantâneo
de uma quantidade significativa de energia
vai piorar a situação, pelo que não é dese-
jável. Assim sendo, para se ultrapassar esta
dificuldade, o funcionamento dos inversores
terá que ser melhorado, dando-lhes alguma
adaptabilidade às condições de funciona-
mento da rede, de modo a que possam con-
tinuar a fornecer-lhe energia mesmo quando
os valores de tensão e frequência se desviam
significativamente dos respetivos valores
nominais.
Está em desenvolvimento uma nova tec-
nologia de inversores, ditos inteligentes, que
através de sensores, controladores e possibi-
lidade de comunicação bidirecional com ope-
radores remotos, vão manter a sua ligação à
rede caso se verifiquem condições anormais
de funcionamento durante um curto espaço

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4 espaço voltimum

a maior comunidade de profissionais do sector eléctrico

os líderes do sector discutem


a revolução da IoT
2.a Parte

que os nossos funcionários se tornem re-


dundantes, haverá sempre como encontrar
trabalho para eles.”  
Foi ainda discutido o cenário a curto pra-
zo para os electricistas e de que forma po-
dem beneficiar com a adopção de tecnologia
inteligente em lares e edifícios em geral. Greg
refere que “como em qualquer outro merca-
do, há os agentes que inovam e os que se
limitam a seguir. Há muitos profissionais na
calha para adoptar esta nova tecnologia, en-
quanto outros não o farão e acabarão por cair
no esquecimento.” “Começamos a ver ‘casas
inteligentes’ que surgem porque os empreitei-
ros se aproximam dos construtores e têm a
iniciativa de mostrar quais as opções dispo-
níveis. E com a tendência para que os preços
desçam e se tornem cada vez mais acessí-
veis, cabe-lhes estar a par do que passa, de-
Como gerir o grande boom financeiro de prevenir o envio desnecessário senhar pacotes interessantes e promovê-los
de dados de ambulâncias e priorizar os envios de acor- junto dos seus clientes.”
Outra preocupação patente com este cresci- do com o nível de urgência. Para tal, é neces-
mento no uso de dispositivos conectados é a sário obter acesso a megadados.”   A importância do suporte à comu-
enorme quantidade de dados que serão criados. nidade eléctrica
O painel concorda que há a responsabilidade A Internet das Coisas criará novas Wolfgang Schickbauer sumariza: “na quali-
de garantir que a tecnologia criada é suportada oportunidades de trabalho dade de líderes no sector eléctrico, os ac-
por centros de dados eficientes. Especialmente Uma preocupação inerente à disseminação cionistas da Voltimum são os responsáveis
porque as estimativas apontam para que a IoT da IoT é a aparente ameaça da automação por alicerçar a Internet das Coisas, colocan-
aumente em 750% a necessidade de armaze- que, segundo nomes como Elon Musk ou do-a ao serviço de empresas, indústrias, ci-
namento de informação centros de dados. Por Stephen Hawking, criará redundâncias em dades e qualquer comunidade pelo mundo
isso a indústria tem que encontrar a forma mais massa por todo o mundo. Randery volta a fora. Pela sua posição privilegiada na van-
eficiente de lidar com este aumento. intervir: “A revolução IoT vai alterar o para- guarda do sector, a Voltimum sabe que, no
No entanto, segundo Tony Greig, da Le- digma de como funcionamos, tanto indivi- sentido de maximizar o potencial da IoT, é
grand, este fluxo de dados pode ter um im- dualmente como enquanto organizações e necessário dar apoio à comunidade de pro-
pacto financeiro profundamente positivo. empresas. Temos de descobrir novos ân- fissionais do sector. Ajudá-los a entender
Greig adianta: “Todos precisamos destes gulos onde investir os nossos recursos, por quais as oportunidades que a digitalização
dados para demonstrar os benefícios finan- isso não estou de acordo com a afirmação lhes oferece e como é que se podem inte-
ceiros daquilo que vendemos. Quer queira- de que haverá redundâncias.” E acrescenta: grar na perfeição.”
mos ou não, há um retorno de investimento “acredito piamente que a tem de haver al- Em jeito de conclusão do evento, remata:
em tudo e os nosso clientes pedem-nos tal gum tipo de intervenção humana. Podemos “esta primeira mesa redonda da Voltimum foi
informação, principalmente os agentes inves- automatizar os processos e, com isso, con- um verdadeiro sucesso. Deu-nos uma visão
tidores.” “Os dados podem também desem- seguir níveis exigentes de eficiência. Mas fascinante sobre qual o estado actual da IoT
penhar um papel excepcionalmente impor- no fim de contas, há alguém a programar o e quais os passos a dar no sentido de nos
tante no sector da saúde. Será possível, por algoritmo ou a analisar os dados. Porque os prepararmos para a enchente adveniente de
exemplo, monitorizar a actividade de um lar robos não consegues fazê-lo. São precisos dispositivos conectados à internet. Graças a
de idosos e registar qualquer registo anormal pelo menos 4,5 milhões de programadores vós, algumas das mentes mais brilhantes do
que ocorra. Desta forma, haveria o benefício só para a IoT. Por isso acredito que, mesmo sector.”

Texto escrito de acordo com a antiga ortografia.

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a importância da comunicação
corporativa sustentável
A comunicação corporativa contribui significativamente para
o sucesso das organizações. Mensagens claras e consistentes
transmitidas de forma aberta, coerente e com compromisso,
criam confiança. A confiança é a base de qualquer relação de
negócio.

Consideremos a seguinte situação: uma em- empresarial atua como um íman para atrair
presa coloca um anúncio de emprego em in- clientes, quadros e investidores.”
glês. Um candidato com um Curriculum Vitae, A comunicação corporativa deve ser sus-
que corresponderia na íntegra ao perfil pre- tentável porque é essencial para a saúde das
tendido pelo recrutador, responde ao anún- organizações.
cio, mas anexa um currículo em português. A sustentabilidade da comunicação esta-
Resultado? Muito provavelmente não seria, belece-se num contexto que se carateriza por
Sílvia Gonçalves
sequer, contactado pela empresa que procu- dois campos de atividade. SSG Media & Marketing
ssg.media.mkt@outlook.com
rava o exato perfil daquele candidato. Em primeiro lugar encontra-se a atividade
Conseguimos enquanto fornecedores entre a organização e o seu ambiente, onde
colocar-nos na situação deste candidato? Ou se colocam os temas de posicionamento, de aumento do consumo per capita; a garantia
enquanto potenciais clientes imaginar-nos reputação de estratégia, entre outros. do seu fornecimento; o aumento das emis-
como sendo o recrutador? Em segundo lugar existe toda a atividade sões de carbono; a dependência do forneci-
O candidato cometeu um erro básico de necessária para manter a operação a funcio- mento das fontes de energia clássicas; entre
comunicação que muitas empresas come- nar de um modo fluído, sem problemas den- outros.
tem e que, apesar de terem o produto ou ser- tro da organização, onde uma ampla gama de Estes são, apenas, alguns exemplos dos
viço desejado pelo consumidor acabam por interesses está em jogo, como por exemplo desafios que as empresas que operam no se-
perder inúmeras oportunidades de negócio e os temas relacionados com empregados, tor energético lidam diariamente, em termos
maculam a sua imagem. Simplesmente não com diferentes departamentos ou com dife- de comunicação, com governos, líderes de
comunicam com uma linguagem percetível rentes localizações. opinião, consumidores e com o público em
ou acessível às suas audiências. No setor da energia o primeiro cenário as- geral.
A comunicação corporativa posiciona sume particular relevância uma vez que este Constata-se, repetidamente, que as vá-
a empresa aos olhos do público e confere à mercado enfrenta vários desafios de enorme rias estratégias de comunicação das orga-
marca uma personalidade inigualável. visibilidade como a crescente necessidade de nizações não estão alinhadas, tendo como
Como diz Charles Fombrum, fundador energia à escala global devido, por um lado, último objetivo a reputação da organização.
do Reputation Institute, “uma boa reputação ao crescimento populacional e, por outro, ao É frequente a comunicação externa não
estar em sintonia com a comunicação in-
terna, ou em consonância com os objetivos
comerciais, perdendo-se oportunidades úni-
cas que contribuiriam para o reforço da ima-
gem corporativa, para o apoio na construção
de uma estratégia de notoriedade ou para a
concretização do programa de comunicação
e, finalmente, para a melhoria dos fluxos de
comunicação entre a organização, os órgãos
de comunicação social, as suas audiências e
os seus públicos-alvo.
Nestas situações perde-se a sustenta-
€€€€ €€€€ bilidade na comunicação. Podemos investir
€€€€€€€€€€€€€€ €€€€€€€€€€€€€€ recursos, meios e comunicar frequentemen-
€€€€€€€€€€€€€€€ €€€€€€€€€€€€€€€
€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€ €€€€€€€€€€€€€€€ €€€€€€€€€€€€€€€ €€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€
te, mas os resultados não serão, nunca, os
€€€€€€€€€€€€€€€ €€€€€€€€€€€€€€€
desejados.
€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€ €€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€
€€€€€€€€€€€€€ €€€€€€€€€€€€€

A acrescentar uma gestão eficiente da


comunicação não é só responsabilidade da
gestão de topo, mas é também um desafio
para qualquer colaborador no seu dia-a-
dia. Acima de tudo, a comunicação tem de
ser vivida. Todos os dias. Com empregados,

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clientes e com o público. Na verdade é atra- Assim sendo, a comunicação corporativa “A comunicação interna
vés da comunicação que as empresas, gran- deve incluir todas as atividades de comunica- é chave: colaboradores
des ou pequenas, começam por aceder aos ção de marketing e relações públicas, a publi- informados estão mais
recursos primários – capital, mão-de-obra, cidade e todas as atividades de comunicação satisfeitos e difundem uma
matérias-primas... – que necessitam para interna. Estas estratégias só produzem os re- melhor imagem da empresa
iniciar as suas atividades, mas também é, sultados esperados quando estão articuladas pela sua rede de contactos e
através da comunicação, que constroem ati- sob uma perspetiva de gestão. relacionamentos.
vos secundários, mas valiosos – reputação e A comunicação interna faz a gestão da A comunicação externa
legitimidade. comunicação com os empregados e outros abrange todas as iniciativas
Enquanto que para aceder aos recursos intervenientes. direcionadas a agências,
primários, fundamentais para a operação, as É através de ações de comunicação inter- canais ou parceiros,
condições e termos comerciais são negocia- na como reuniões regulares, newsletters, en- media, governo, indústria,
dos diretamente, recorrendo a uma comuni- contros informais, que conseguimos manter universidades e outros
cação direta entre compradores e vendedo- os colaboradores envolvidos com a cultura e estabelecimentos de ensino
res, para conseguir ganhar controlo sobre o modo de operar da organização. É impor- e ao público em geral.”
os ativos secundários a organização tem de tante ter presente que os colaboradores são
influenciar indiretamente o ambiente em que parte integrante da empresa e devem assu-
estas aquisições acontecem. mir o sucesso da empresa com o seu próprio.
A comunicação corporativa assume, as- Eles são os principais porta-vozes, ainda que
sim, um papel estratégico no centro das or- informais, da organização. investimento em comunicação como um in-
ganizações: o sucesso de uma organização A comunicação interna é chave: colabora- vestimento no futuro, na sustentabilidade da
em conseguir adquirir recursos e influenciar dores informados estão mais satisfeitos e di- sua marca, produtos ou serviços.
o contexto no qual exerce as suas atividades fundem uma melhor imagem da empresa pela Cada vez mais e, principalmente, com as
depende fortemente de como, profissional- sua rede de contactos e relacionamentos. novas plataformas digitais, a comunicação
mente, uma empresa se comunica com os A comunicação externa abrange todas consegue segmentar ao mínimo detalhe re-
detentores dos recursos que necessita. as iniciativas direcionadas a agências, ca- duzindo gastos desnecessários e fazendo
Enquanto atividade estratégica, conjunto nais ou parceiros, media, governo, indústria, entrar na empresa inúmeros potenciais clien-
de ações, táticas e mensagens, a comunica- universidades e outros estabelecimentos de tes e oportunidades de negócio. Este tema,
ção corporativa gere a comunicação interna e ensino e ao público em geral. Em suma, o da comunicação digital, será abordado numa
a comunicação externa. gestor moderno considerará, certamente, o próxima edição.

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8 vozes do mercado

como escolher a melhor UPS


para garantir a continuidade
do negócio e proteger
aplicações industriais críticas
José Soares
EMS Business Leader & Consultant – IT Division
Schneider Electric

As UPS integradas OSHPD (Office of Statewide Health Planning


em Centros de Dados and Development) e outras, que contemplam
são fundamentais para este tipo de condições, criando equipamentos
garantir a continuidade resistentes à corrosão do exterior, ao calor, à
do negócio e proteger água e à humidade excessiva. A chave para
o essencial da atividade, o sucesso aqui é trabalhar com um fabrican-
no entanto, existem áreas te de UPS que possa ajudar a identificar os
onde as consequências requisitos essenciais, a selecionar a UPS que
de um corte de energia melhor se encaixa no ambiente onde vai ser
podem ser catastróficas. integrada e que garante o melhor desempe-
nho nessas condições específicas.

Se considerarmos um corte de energia numa


estação petroquímica ou num navio em alto 2. Identificação correta
mar estaremos perante uma situação de ris- do perfil da carga
co pessoal e até de potencial perda de vidas A UPS deve também ter a dimensão ade-
humanas. Ou então podemos pensar numa quada à infraestrutura elétrica do local, para
qualquer indústria com linhas de montagem o volume de carga e para os equipamentos
em laboração onde uma falha de energia re- que vai proteger. Devem ser sempre consi-
sultaria em perdas de inventário e muitas ho- derados alguns fatores importantes como a
ras de mão-de-obra desperdiçadas. E a lista carga máxima que a UPS vai proteger e se
continua… essa carga máxima é atingida momentanea-
Assim, quando se trata da aplicação da mente, di/dt elevado ou durante um período
tecnologia UPS em ambientes industriais, os uma proteção mecânica suficiente para evitar de tempo mais longo. Alguns equipamen-
clientes têm inúmeros aspetos a considerar o acesso e provocar interferências causadas tos industriais como variadores eletrónicos
para uma escolha acertada, aquela que irá por mãos, ferramentas, queda de destroços de velocidade (VEV) e máquinas de soldar a
assegurar a recuperação efetiva de um inci- ou cabos. Esta proteção ambiental pode pa- alta frequência, geram ruídos elétricos como
dente e garantir a continuidade da atividade recer adequada mas não o será se o local harmónicos e transitórios e aumentam os re-
acautelando, em simultâneo, a segurança, pretendido para a UPS for num navio em alto quisitos da fonte, neste caso, a fonte de ali-
eficiência e o correto funcionamento das mar, sujeito à exposição de água salgada e mentação ininterrupta. De forma semelhan-
instalações e dos seus equipamentos. Com salitre. Por outro lado considere um cenário te, uma UPS comercial típica não consegue
este contexto presente, há cinco aspetos que de exploração de petróleo com a UPS sujei- absorver a energia gerada a partir da carga
considero fundamentais e que não podem ta a temperaturas acima de 100° C, poeiras elétrica, como o reverse power gerado pelos
ser descurados na escolha de uma UPS para e areias. Outros exemplos são locais como o motores síncronos ou VEV regenerativos. O
aplicações industriais críticas. piso de uma fábrica ou até zonas geográficas uso de um VEV ou arrancador suave miti-
sujeitas a terramotos. Nestes contextos, a vi- gam a corrente de arranque elevada, típica
bração e estabilidade poderão requerer uma nos motores elétricos e, consequentemente,
1. Ambiente solução especial que nem todos os fabrican- melhoram a integração dos motores de velo-
O ambiente onde a UPS vai ser instalada e tes de UPS dispõem no seu portefólio. cidade constante na infraestrutura elétrica de
funcionar dita, muitas vezes, qual o tipo de Estes ambientes extremos necessitam uma unidade industrial. Os picos de arranque
UPS que será necessário. Uma UPS desti- de UPS específicas, mais robustas, com pro- de equipamentos de potência geram transi-
nada a um Centro de Dados típico deverá teção extra e especificamente concebidas tórios em tensão na instalação elétrica que
funcionar perfeitamente numa sala com tem- para suportarem condições mais agressivas. provocam disparos de proteções e, por vezes,
peraturas entre 0°e 40°, temperatura máxima Existem várias certificações e abordagens em avarias em componentes de equipamentos.
para a eletrónica e 25° C para as baterias, termos de design, provenientes de organiza- Desta forma é possível reduzir o tamanho
com uma humidade relativa entre 0 e 95% ções e associações como a NEMA (National das fontes para alimentar este tipo de car-
(sem condensação).Paralelamente deverá ter Electrical Manufacturers Association), a gas. Mais uma vez é importante existir uma

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comunicação permanente com o fornecedor da UPS para
que exista uma avaliação correta da carga que é necessário
proteger e uma correta seleção da UPS.
Uma fonte ininterrupta concebida para proteger cargas
industriais deve conseguir efetuar uma medição de ruído e
emissão de relatórios, para que seja possível o envio de aler-
tas sempre que surjam problemas. Os relatórios devem exi-
bir as variações de carga energética ao longo do tempo para
que o impacto de quaisquer alterações que tenham ocorrido
possa ser corretamente avaliado.

3. Eficiência
Outro critério de seleção para uma UPS destinada a negó-
cios críticos (ou na verdade, para qualquer tipo de UPS) é a
eficiência energética. Apesar de um modelo mais eficiente
poder representar um investimento imediato mais elevado,
se conseguir gerar poupanças até 5%, no mínimo, durante
o seu período de vida, como é o caso do modo ECOnversion
em alguns modelos de UPS do mercado, poderá reduzir sig-
nificativamente os custos operacionais do equipamento.

4. Integração na rede
Atualmente é possível monitorizar praticamente tudo – pelo
menos tudo o que pode ser conetado. Neste sentido é im-
portante ter informação sobre a infraestrutura de rede exis-
tente no ambiente onde a UPS será integrada e garantir que
esta pode ser conetada à mesma. Qualquer UPS desenha-
da para aplicações críticas deve ter uma gestão de suporte,
seja através de uma placa de gestão de rede ou de um sim-
ples interface web ou protocolos como o SNMP. Desde que
possa ser conetada à rede envolvente, via Ethernet, Modbus
ou serial, poderá efetuar a gestão dos dados da UPS através
da ferramenta que usa para monitorizar a restante operação.
Mantenha sempre presente que qualquer equipamento
ligado à sua rede deve estar seguro. Neste sentido garanta
a escolha de uma UPS com um registo de segurança ele-
vado e funcionalidades importantes como autenticação e
encriptação.

5. Experiência na indústria e serviço


As aplicações críticas só devem ser confiadas a fornecedo-
res de UPS com um registo histórico de sucesso em termos
de serviços, de experiência e de produtos. Questione a expe-
riência na indústria e o grau de confiança que têm nos pro-
dutos. Avalie o tempo de resposta em caso de emergência
– e para o local em causa. Indague também sobre o leque
de opções disponíveis em termos de peças de substituição.
As funcionalidades extra ao nível da segurança são outro
sinal de experiência de um fornecedor de UPS, nomeada-
mente se estivermos a falar de proteção backfeed. As múl-
tiplas opções de armazenamento de energia são também
uma mais-valia, incluindo não só as baterias tradicionais re-
guladas por válvula de chumbo-ácido (VRLA) mas também
as baterias de iões de lítio mais recentes que asseguram um
tempo de vida mais longo e a mesma energia, num espaço
menor do que as VRLA. Outra opção são os volantes cinéti-
cos que também reduzem a pegada e eliminam as preocu-
pações locais em termos de eletrólitos e hidrógeneo.
Seja qual for a sua opção tenha sempre em mente as
variáveis inerentes à escolha de uma UPS, solicite o apoio do
seu fornecedor nesta tarefa e elabore com ele um plano de
ação que assegure a operação contínua do seu negócio.
10 telecomunicações

um salto exponencial
no desenho de componentes
com os circuitos MMIC
Hélder Martins
Televés Electrónica Portuguesa, Lda.

O fabrico das placas componentes MMIC. Com esta tecnologia,


de circuito impresso que está ao alcance de muito poucos, a em-
é um dos cunhos presa dá um salto qualitativo que lhe permi-
da marca Televés, sendo tirá desenvolver uma nova geração de pro-
uma demonstração dutos sem fronteiras para a criatividade dos
de uma vocação designers.
de autossuficiência O fabrico de componentes com esta tec-
e desenvolvimento nologia colocou uma fasquia elevada não só
tecnológico. do ponto de vista do desenvolvimento mas
também pelas altas exigências implicadas
no processo de fabrico. São necessários
Quando em 1983, a Siemens decidiu exportar sistemas de visão e de inserção de com-
para fora da Alemanha a sua primeira máqui- ponentes extraordinariamente precisos, ca-
na de montagem de componentes de super- pazes de funcionar com valores espaciais
fície (SMD), foi a Televés quem a adquiriu. O O fabrico dos circuitos MMIC é realizado atra- inferiores a 5 micrómetros e temporais in-
tipo de investimento da tecnologia em ques- vés de compostos de semicondutores como feriores de 100 milissegundos. Além disso é
tão era praticamente um desconhecimento o Arsenieto de gálio (GaAs), o nitreto de gálio necessário um controlo extremo dos parâ-
no setor. (GaN) e silício-germânio (SiGe). O Arsenieto metros de temperatura e humidade ambien-
Sempre fiel a este conceito, a Televés dá de gálio oferece vantagens como a sua capa- te no processo de montagem das placas de
um passo importante no compromisso com o cidade de funcionamento a altas frequências circuito impresso.
desenvolvimento e fabrico de componentes e possui uma alta resistividade que impede O TForce permite à Televés entrar numa
de tecnologia MMIC (Monoltithic Microwave as interferências. Isso torna possível a inte- nova dimensão, na qual é anulada a depen-
Integrated Circuits). Uma nova aposta que gração de dispositivos ativos, linhas de trans- dência aos fabricantes de microchips, e con-
será um enorme avanço e que proporcionará missão e elementos passivos num único sequentemente a limitação já não depende
uma elevada vantagem competitiva. O MMIC substrato, criando-se circuitos tão pequenos com a oferta de componentes no mercado,
reduz drasticamente as limitações quanto que são necessários microscópios de eleva- mas sim com a própria capacidade dos enge-
ao design de soluções complexas. Através da potência para os poder utilizar. nheiros e designers da empresa em imaginar
de componentes tradicionais, os designers Do ponto de vista comercial desenvolver- dispositivos com determinadas especifica-
ficam limitados nas suas exigências de proje- se-á uma nova geração de equipamentos no ções que muito poucos poderão, atualmente,
to, às especificações técnicas dos integrados domínio da receção e distribuição de sinais igualar.
que os fabricantes de componentes possuem de televisão. Certamente que o progresso irá A facilidade em desenhar, fabricar e mon-
em carteira. Pelo contrário, e através da tec- mais longe pois impulsionará o acesso a se- tar os seus próprios circuitos integrados, a
nologia MMIC, a Televés pode agora produ- tores tão exigentes como a Aviação, Defesa, tecnologia MMIC reforçará o processo de
zir os próprios componentes à la carte. A Energia e Automóvel. diversificação da organização Televés, que
imaginação e a capacidade industrial é prati- Esta aposta está só ao alcance de uma desenvolverá produtos tecnologicamente
camente o único limite. empresa que tem a inovação no seu ADN, avançados e inovadores para setores muito
confirmando uma visão estratégica que a competitivos e exigentes como a Aeronáutica,
Televés faz questão de ser a líder no seu core Sanidade, Energia ou a Automação.
business, e que vai introduzindo nos merca- Continuar a progredir e a não existência
dos emergentes, uma orientação da Agenda de conformismos com os objetivos anterior-
Digital Europeia e o quadro para o programa mente alcançados, aceitando a responsabili-
de investigação e inovação da EU Horizonte dade do pioneirismo no avanço tecnológico é
2020. a base da força que impulsionou a adoção da
O TForce é o primeiro componente fa- tecnologia MMIC. O lançamento dos primei-
bricado pela Televés com tecnologia MMIC, ros produtos com a integração da tecnologia
dando início a uma nova era e abrindo um TForce da Televés demonstra a capacidade
imenso campo de possibilidades ao superar de todos os membros da organização em es-
as limitações da tecnologia do silício. tar implicados num projeto que exigiu romper
TForce é o nome da tecnologia com os moldes estabelecidos, ir mais além, e
Televés para desenhar, fabricar e montar dar um novo passo numa nova era.

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12 alta tensão

sobretensões de manobra
2.a parte
Manuel Bolotinha
Engenheiro Electrotécnico – Energia e Sistemas de Potência (IST – 1974)
Consultor em Subestações e Formador Profissional

4. UTILIZAÇÃO DE DISJUNTORES COM RESISTÊNCIA A corrente através da resistência é calculada pela expressão I = U/Z,
DE PRÉ-INSERÇÃO em que U é a tensão fase-terra da instalação e Z a soma vectorial da
Este método baseia-se na utilização de disjuntores com resistência resistência de pré-inserção com a impedância de pico dos elementos
de pré-inserção (valores típicos: 400 a 800 Ω por fase). indutivos e capacitivos da instalação.
A resistência é inserida no circuito no momento do fecho do cir- Para as baterias de condensadores, em instalações que não uti-
cuito, em série com a fonte de energia e o equipamento a energizar, lizam disjuntores como equipamentos de corte, mas interruptores, o
dividindo a sobretensão de manobra aplicada, e curto-circuitando-o que é o caso por exemplo dos EUA, para minimizar as sobretensões
após um tempo pré-determinado, representando-se na Figura 7 o es- de manobra resultantes da ligação daqueles equipamentos, usam-se
quema deste método. reactâncias indutivas de pré-inserção, em série com as baterias de
condensadores, com as mesmas funções das resistências de pré-in-
Contacto auxiliar Resistência serção, como é ilustrado na Figura 9.

Reactância de pré-inserção
Fonte

G
~
Linha

Contacto principal
Pólo(s) do disjuntor

Figura 7. Esquema de um disjuntor com resistência com pré-inserção.


Interruptor

A experiência mostra que para linhas cujo comprimento é inferior a Figura 9. Reactância de pré-inserção.
1/4 do comprimento de onda, o valor da sobretensão de manobra não
se mostra sensível ao tempo em que a resistência de pré-inserção se Apesar da eficácia da utilização de resistências de pré-inserção, esta
encontra em serviço, pelo que para limitar o aquecimento por efeito técnica tem como principal desvantagem os elevados custos iniciais
de Joule se limita o tempo de utilização da resistência a valores entre e de manutenção.
6 e 15 ms. De qualquer forma a resistência deve manter-se em serviço
até que a primeira reflexão das ondas de tensão e de corrente na extre-
midade aberta da linha regresse à outra extremidade onde se realizou 5. Fecho controlado dos disjuntores
a manobra de energização da linha. Este facto tem como consequên- Os inconvenientes referidos no Capítulo 4 para o método de disjunto-
cia que o tempo de serviço da resistência de pré-inserção deve ser res com resistências de pré-inserção, uma parte significativa das em-
superior ao dobro do tempo de trânsito na linha. presas de transporte de energia tem optado, recentemente, por uma
O equipamento é, assim, energizado em duas fases, cada uma outra tecnologia para a redução das sobretensões de manobra: o fe-
das quais produz uma determinada sobretensão; uma delas é devida cho controlado dos disjuntores.
à energização através da resistência e a outra resulta do seu curto- Embora a manobra de fecho dos disjuntores da rede eléctrica
circuito. Apesar da sobretensão de manobra não ser eliminada, a sua possa ser previamente programado, em função da carga e do modo
amplitude é menor do que a que se verificaria sem a resistência. pretendido para a exploração da rede, a verdade é que quer nestas
A Figura 8 ilustra um disjuntor com resistência de pré-inserção. situações quer nos casos em que há religação, a ordem de fecho
(tempo de comando) é dada num momento aleatório em relação
à forma da onda, e consequentemente ao valor da tensão instan-
tânea, entre os contactos principais do disjuntor (contacto fixo e
contacto móvel).
O tempo de fecho do disjuntor (que designaremos por tf) resulta da
soma entre o tempo de comando (que designaremos por tc) e o tempo
de operação, o necessário para a energização do circuito de comando
e o fecho dos contactos do disjuntor (que designaremos por to , tipica-
mente da ordem dos 50 ms), ou seja:

to = tf + tc
Resistência de pré-inscrição

Figura 8. Disjuntor com resistência de pré-inserção. A propagação das ondas electromagnéticas (ver Capítulo 1) inicia-se,
no instante, em que a corrente começa a circular no disjuntor, sendo o
Texto escrito de acordo com a antiga ortografia. valor inicial da onda de tensão a tensão de pré-arco, que ao ser reduzi-

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alta tensão 13

da permite reduzir o valor da sobretensão de manobra. É este conceito Barramento


que está na base do método de fecho controlado de disjuntores, onde
se procura fechar o disjuntor num tempo que convencionalmente se
designa por tempo óptimo (que designaremos por tOP), que idealmen- TT
te se verifica quando o valor instantâneo da onda de tensão entre os
contactos principais do disjuntor é igual a zero (u = 0), o que está re-
presentado na Figura 10.
Unidade
de controlo

Disjuntor
de fecho
1 do disjuntor
Tensão (p.u.)

Reference waiting time


-1 + target time
Time Instant Operating time
0 50 100
Tempo (ms)

Tensão de referência u = 0

Figura 10. Gráfico ilustrativo do tOP para fecho de um disjuntor.


TF TV TM
Este método introduz uma temporização/atraso (que designaremos
por ta) no tempo de operação para alcançar o tempo óptimo, isto é: Tensão

tOP = to + ta
Tempo

A Figura 11 ilustra a relação entre estes tempos.


Escala de tempo comprimida

Sinal de referência

Ponto-objectivo
Ordem de comando – saída
Ordem de comando – entrada

pré-programado
Tempo de operação
(sem controlo
de fecho)
tatraso toperação
Tempo óptimo
(com controlo
de fecho)

tcomando tcontrolado tótimo

Figura 11. Gráfico da relação entre os tempos de operação e óptimo.

Este método de redução de sobretensões de manobra utiliza uma uni-


T M – Tempo estimado de fecho do disjuntor
dade de controlo microprocessada (damos como referência o equi-
pamento Switchsync da ABB que, através da medida de tensão no T V – Tempo de espera/temporização
barramento tem a capacidade de estimar os sinais de referência em
T F – Tempo para detecção da condição de
instantes futuros baseando-se nos últimos valores determinados para referência u = 0
os períodos, amplitudes e passagens por zero dos sinais sinusoidais,
definindo assim o tempo de atraso necessário para alcançar o tempo
óptimo, como se mostra na Figura 12. Figura 13. Funcionamento da unidade de controlo de fecho de disjuntor.

Nciclos O equipamento em questão deve obedecer aos estipulados nas Nor-


mas IEC 60068, 60255, 60801 e 61000 e EN 50081, 50082, 55011A e
A 61000.
Quando se utiliza o método de fecho controlado de disjuntores é
indispensável garantir que todas as ordens de disparo das protec-
ções se sobrepõem à actuação da unidade de controlo; o tempo ópti-
mo aproximado deve ser, para tal, 120 ms superior ao tempo final de
-A abertura do disjuntor por actuação das protecções.
Tsr Toperação A mais importante vantagem deste método é a redução dos
tzero 1 tzero 2 tcomando testimado tótimo 1
fenómenos transitórios originados pelas manobras, o que reduz o
Figura 12. Estimativa de tempos para fecho controlado de disjuntores. desgaste e os esforços nos equipamentos e na rede. Esta redução
do desgaste e dos esforços traduz-se no retardamento do envelheci-
A Figura 13 apresenta o princípio de funcionamento do equipamento, mento dos equipamentos e, consequentemente, no aumento da sua
bem como o gráfico de tensões durante a actuação da unidade. vida útil.

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14 alta tensão

intervenções particulares
nos domínios da Alta Tensão
6.ª parte
Eurico Zica Correia
Engenheiro Eletrotécnico

É objetivo do presente documento dotar Excecionalmente, quando a distância geográfica e as necessida-


os leitores dos principais conhecimentos des de exploração o justificarem, o boletim de trabalhos/ensaios pode
que lhes permitam efetuar trabalhos tomar a forma de uma mensagem registada do responsável de con-
em tensão, fora de tensão e nas proximidades signação para o responsável de trabalhos/ensaios.
de instalações em tensão, respeitando O boletim de trabalhos/ensaios fica concluído com o aviso de fim
as regras de segurança aplicáveis. de trabalhos redigido sobre o mesmo documento e cuja redação e
transmissão são efetuadas nas mesmas condições que o boletim de
consignação para trabalhos/ensaios.
O boletim de trabalhos/ensaios perde a validade a partir do mo-
mento em que é restituído pelo responsável de trabalhos/ensaios ao
responsável de consignação, quer seja a título de interrupção quer de
fim de trabalhos/ensaios.
Vamos tratar das prescrições essenciais para assegurar que a ins-
talação elétrica, na zona de trabalhos, fica fora de tensão e assegurar
que esta condição se mantém durante a realização dos trabalhos.

Princípios fundamentais da consignação elétrica


de uma instalação para a realização de trabalhos
fora de tensão
Após a identificação clara das instalações elétricas afetadas pelo tra-
balho devem ser observadas as seguintes regras essenciais:
1. Separar completamente (isolar a instalação de todas as possíveis
fontes de tensão);
2. Proteger contra religações (bloquear na posição de abertura to-
trabalhos fora de tensão dos os órgãos de corte ou seccionamento, ou adotar medidas pre-
Nas redes de transporte e distribuição de energia elétrica, instalações ventivas quando tal não seja exequível);
de produção e seus anexos, os trabalhos podem ser realizados em 3. Verificar a ausência de tensão depois de previamente identificada
tensão ou fora de tensão. no local de trabalho a instalação colocada fora de tensão;
Nas instalações de utilização, os trabalhos devem ser realizados 4. Ligar à terra e em curto-circuito;
sem tensão, exceto se: 5. Proteger contra as peças em tensão adjacentes e delimitar a
• Existirem razões de exploração ou de utilização; zona de trabalho.
• Se a própria natureza das operações impuser a permanência da Em certos casos a verificação da ausência de tensão é necessária
tensão (reparação de avarias, por exemplo). para a identificação da instalação.

• Instalação colocada fora de tensão – é o estado em que se en- Separar (isolar) a instalação das fontes de tensão
contra uma instalação quando a tensão foi suprimida. Este estado, Esta separação deve ser efetuada por meio dos órgãos previstos para
por si só, não permite iniciar trabalhos. este efeito, em todos os condutores ativos, incluindo o neutro [con-
• Trabalho fora de tensão (TFT) – Trabalho realizado em instala- tudo, em Baixa Tensão, no caso do esquema TNC (terra e neutro co-
ções elétricas, após terem sido tomadas todas as medidas ade- muns) o neutro não deve ser interrompido].
quadas para se evitar o risco elétrico e que não estejam nem em A separação deve ser visível ou com garantia de que a operação foi
tensão nem em carga. efetivamente realizada; por exemplo, a abertura de arcos ou o retirar de
• Zona protegida em trabalhos fora de tensão (TFT) – Zona delimi- fusíveis constituem formas corretas de isolamento.
tada pelas ligações à terra e em curto-circuito, colocadas entre os A confirmação do isolamento, que deve ser sempre feita, pode ser
pontos de isolamento (separação) e normalmente na proximidade obtida de várias maneiras:
destes. • Por observação direta da abertura dos contactos;
• Boletim de trabalhos/ensaios (fora de tensão) – Documento, em • Pelo retirar das peças de contacto;
dois exemplares, preenchido pelo responsável de consignação, e • Pela interposição de anteparos entre os contactos.
entregue cópia ao responsável de trabalhos, atestando que uma
instalação se encontra num estado em que o seu acesso é auto- Nos aparelhos em que o corte efetivo não pode ser visível, a confirma-
rizado para a execução dos trabalhos fora de tensão. Comporta a ção deve ser feita:
data e a hora da consignação, é assinado por ambos, ficando um • Localmente, pela posição de cada contacto móvel dos dispositivos
dos exemplares com o responsável de consignação e o outro é de seccionamento, sinalizada por um dispositivo indicador fiável
entregue ao responsável de trabalhos/ensaios. (*), por exemplo:

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alta tensão 15

• a indicação do estado de abertura dos contactos do aparelho; b) Sinalização


• a elevação das hastes dos contactos. Os comandos locais ou à distância dum órgão de corte ou seccio-
• Por telecomando, na condição de que o recetor local da informa- namento assim bloqueado devem conter uma indicação, sinal ou
ção da posição dos contactos responda à condição da alínea an- qualquer outro tipo de registo, referindo explicitamente que este
terior e que a transmissão da informação (sinalização ótica, teles- órgão está bloqueado e não deve ser manobrado.
sinalização, ...) seja fiável. Quando não existirem ou não for possível imobilizar os órgãos de
manobra, as placas ou outros dispositivos de aviso (elétricos, me-
Em Baixa Tensão a certeza da separação pode ser igualmente obtida cânicos,...) constituem a proteção mínima obrigatória de interdição
pela utilização dos seguintes dispositivos de seccionamento: seccio- de manobra.
nadores, bornes de ligação dos aparelhos amovíveis, porta-fusíveis de As placas de aviso devem ser bem visíveis e explícitas como, por
corta-circuitos, fichas e tomadas especialmente concebidas para este exemplo:
fim,....
As partes da instalação que possam ficar com tensão residual
após terem sido desligadas da rede, como os condensadores e cabos, Atenção
devem ser descarregadas por meio de dispositivos próprios.
Bloqueado por motivos de trabalhos
(*) Com eficácia comprovada pela Direção Geral de Energia (§ 2.° do
Art.° 38° do Decreto Regulamentar 56/85, de 6 de setembro. Proibido Manobrar

Proteger contra religações ou bloquear na posição Nome: Contacto


de abertura
O bloqueio (ou encravamento) tem por objetivo impedir a manobra dos
órgãos de isolamento. Consta de: Quando forem usados dispositivos de controlo remoto para proteger
contra a religação, a sua manobra deve ficar inibida.
a) imobilização do órgão de corte ou seccionamento
Esta imobilização é realizada por bloqueio mecânico ou outro Verificar a ausência de tensão
equivalente que ofereça as mesmas garantias e deve neutralizar Antes de efetuar a verificação de ausência de tensão, deve ser feita
todos os comandos, locais ou à distância, assim como, se neces- a identificação da instalação e confirmar que os trabalhos serão efe-
sário, desligar as fontes auxiliares de energia necessárias para o tuados na instalação ou parte da instalação previamente separada e
seu funcionamento. bloqueada.

PUB
16 alta tensão

Identificar a instalação no local de trabalho As ligações à terra e em curto-circuito devem ser efetuadas o mais
A identificação pode ser obtida pela combinação de diversos proces- próximo possível do local de trabalho, de um e de outro lado da zona de
sos, por exemplo: trabalhos, e pelo menos uma das ligações à terra e em curto-circuito
• O conhecimento da localização geográfica da instalação; deve ser visível a partir do local de trabalho.
• A consulta de esquemas ou cartas geográficas atualizados; Nos cabos isolados ou linhas aéreas em condutores isolados, as
• O conhecimento das instalações e das suas caraterísticas; ligações à terra e em curto-circuito são efetuadas nas partes nuas
• A leitura das chapas de avisos, etiquetas, números dos apoios, en- acessíveis nos pontos de separação do lado onde vão ser realizados
tre outros; os trabalhos, ou o mais próximo possível de um lado e de outro da
• A identificação visual quando se pode seguir a linha ou o cabo des- zona de trabalhos. Com efeito, na maior parte dos casos as ligações
de o lugar onde foi realizado o corte visível ou a ligação à terra e em à terra e em curto-circuito não podem ser feitas no local de trabalho.
curto-circuito até à zona de trabalhos; Nas linhas aéreas de Baixa Tensão e Alta Tensão em condutores
• Para os cabos, a identificação com a utilização de um aparelho nus e para uma zona de trabalhos pontual, se não houver interrupção
especial (por exemplo, injetando uma frequência particular) ou, na dos condutores durante a realização do trabalho, admite-se que no
sua falta, obrigatoriamente por um meio destrutivo (por exemplo local de trabalho seja efetuada apenas uma única ligação à terra e em
com o pica-cabos). curto-circuito.
Se durante um trabalho os condutores tiverem de ser cortados ou
Nota: o cabo, depois de ser identificado por meios não destrutivos e partes da instalação serem separadas fisicamente, devem ser previa-
antes de ser cortado, deverá ser obrigatoriamente picado com o pica- mente tomadas as medidas indispensáveis e apropriadas para asse-
cabos. gurar as continuidades das ligações à terra e em curto-circuito.
Uma vez feita a identificação deve ser colocada uma marcação Quando se prevejam fenómenos de indução significativos adotar-
sobre a instalação identificada, a menos que as ligações à terra e em se-ão medidas complementares de segurança, tais como:
curto-circuito sejam visíveis de qualquer ponto na zona de trabalhos • A ligação à terra em intervalos adequados ou nos pontos de cruza-
ou que não exista qualquer risco de confusão. mento com outras linhas, de forma a reduzirem-se os potenciais
A forma de identificação deve constar da preparação do trabalho. induzidos a níveis seguros;
• Ligações equipotenciais no local de trabalho de forma a evitar que
Verificar a ausência de tensão (VAT) os trabalhadores se insiram numa malha de indução perigosa.
A ausência de tensão deve ser verificada em todos os condutores ati-
vos, o mais próximo possível do local de trabalho e precederá sempre Estas medidas adicionais deverão ser previstas pela entidade que
o estabelecimento das ligações à terra e em curto-circuito. Para a ve- programa o trabalho, verificadas pelo responsável/delegados de con-
rificação da ausência de tensão: signação e implementadas pelo responsável de trabalhos, exceto nos
• Utilizar um “detetar de tensão” adequado à tensão de serviço; locais coincidentes com ligações à terra e em curto-circuito efetuadas
1.°: Imediatamente antes de proceder à verificação confirmar o pela consignação.
bom funcionamento do detetor; Em instalações de Baixa Tensão as ligações à terra e em curto-
2.°: Proceder à verificação da ausência de tensão atuando como circuito são exigidas se houver:
se a instalação estivesse em tensão, respeitando por isso as • Risco de tensões induzidas provocadas pela proximidade com li-
distâncias de segurança e usando o equipamento de proteção nhas aéreas Alta Tensão;
adequado; • Risco de poderem ser realimentadas, nomeadamente por um ge-
3.°: Imediatamente após a operação confirmar o bom funciona- rador de reserva;
mento do detetar. • Presença de condensadores ou de cabos de grande comprimento;
• Cruzamento com outras linhas aéreas em condutores nus.
Em certas instalações, a verificação direta da ausência de tensão não
é possível (material protegido, por exemplo). Neste caso são aplicadas Nas linhas aéreas de Baixa Tensão em condutores nus com o neutro
as disposições particulares que devem ser indicadas pelo fabricante diretamente ligado à terra em diferentes pontos, é admissível que seja
do material. feita apenas a ligação em curto-circuito de todos os condutores.

Ligar à terra e em curto-circuito Proteger contra as peças em tensão adjacentes


A ligação à terra e em curto-circuito não é permitida sem ser precedida e delimitar a zona de trabalhos
da verificação da ausência de tensão. Se existirem peças de uma instalação elétrica na vizinhança do local
A ligação à terra e em curto-circuito que deve ser feita imediata- de trabalhos que não possam ser postas fora de tensão, devem ser
mente após a verificação da ausência de tensão, visa: tomadas medidas de precaução adicionais antes do início do trabalho
• Manter a instalação sem tensão depois de se ter verificado a au- (trabalho na vizinhança de tensão).
sência de tensão; A delimitação no local de trabalho feita pelo responsável de traba-
• Proteger contra: lhos, ou sob a sua responsabilidade, tem por objetivo impedir o acesso
› Manobras intempestivas que possam pôr a instalação em tensão; indevido às zonas de perigo e, simultaneamente, encaminhar as pes-
› Realimentações provenientes de fontes autónomas; soas para a zona de trabalhos sendo, nomeadamente, obrigatória:
› Tensões indutivas, induzidas residuais e capacitivas; • Quando nas proximidades do local de trabalho existem peças nuas ou
› Descargas atmosféricas. outros equipamentos em tensão, ou suscetíveis de ficar em tensão;
• Quando os trabalhos se realizam na via pública ou em locais com
Os equipamentos e dispositivos a utilizar para a ligação à terra e em acesso de público.
curto-circuito devem ser adequados e de secção apropriada para a
corrente máxima de curto-circuito no local, e devem ser ligados pri- Consiste em balizar em comprimento, largura e altura - por meio de fita
meiro ao ponto de ligação à terra e só depois às peças a ligar à terra. ou correntes delimitadoras, redes, anteparos, barreiras, entre outros - e
A vareta de terra deve ser implantada no solo afastada da base de sinalizar com os sinais de perigo e de advertência adequados.
apoio e do local onde permaneçam pessoas, para evitar o perigo da
tensão de passo. Continuação: Trabalhos Fora de Tensão

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18 climatização

variáveis de conforto térmico


Alfredo Costa Pereira
Especialista em Engenharia de Climatização

São seis as principais variáveis Assim, o peso do setor no consumo total de energia elétrica, em
de conforto térmico: temperatura Portugal, aumentou a mais de 30%, ou seja, registou um aumento mé-
do ar, temperatura média radiante humidade dio anual superior a 6%, nos últimos anos, até 2008, ano em que co-
relativa, velocidade do ar, vestuário e nível meçou a crise económica da União Europeia.
de atividade física. Naturalmente, dado que os valores indicados representam valores
médios, existirão habitações em que o consumo devido à climatização
é quase inexistente, e outros em que o consumo devido ao fabrico de
Introdução refeições e à preparação das águas quentes sanitárias é maior, poden-
O conforto térmico de um ocupante depende do seu metabolismo, isto do representar até mais de 40% do consumo total.
é, da geração contínua de calor do seu corpo, e do modo como que O peso da iluminação também varia, podendo nuns casos repre-
se faz a sua transferência para as superfícies envolventes do espaço sentar apenas cerca de 10% do consumo total.
onde se encontra. Dado que o ar não afeta a transferência de calor por Em termos gerais, o consumo de energia num apartamento (fra-
radiação, esta transferência radiativa depende em primeiro lugar da ção de um edifício coletivo) é inferior ao de uma vivenda.
posição do ocupante no interior do espaço, e da diferença de tempe- O potencial de economia de energia é, em geral, elevado devido
ratura entre o ocupante e os objetos e/ou superfícies que o envolvem, à pouca eficiência energética do parque de edifícios instalado, sendo
combinadas com a emissividade e a área das mesmas. Quando os mais elevado para a iluminação, para os equipamentos audiovisuais e
ganhos de energia térmica do corpo do ocupante se tornam iguais às equipamentos de frio (frigoríficos e arcas congeladoras).
perdas, atinge-se uma sensação neutra. Contudo, este balanço ener- É possível aplicar algumas estratégias de utilização racional de
gético não diferencia a parcela de transferência de energia térmica energia no setor doméstico:
convectiva da radiativa. Consequentemente, a temperatura de bolbo 1. Redução de consumos;
seco do ar, espaço envolvente do ocupante, pode não ser (e normal- 2. Deslocamento de cargas.
mente não é) um indicador preciso de conforto térmico, razão pela
qual o conceito bioclimático ou solar passivo do edifício deve ser a A redução dos consumos no setor habitacional poderá ser consegui-
tarefa mais importante dos projetistas de AVAC. da através da utilização de equipamentos eletrodomésticos, pequenas
unidades individuais de climatização, e de lâmpadas para iluminação
Onde se consome energia num edifício de habitação mais eficientes, com classe A ou A+.
O setor dos edifícios representa, atualmente, cerca de 25% do consu- A substituição total dos equipamentos existentes no parque habi-
mo energético final em Portugal. Nos últimos anos, quer os edifícios tacional pelos modelos atualmente mais eficientes, e a utilização mais
de serviços, quer os edifícios de habitação, apresentaram um forte racional dos equipamentos, traduzir-se-á numa redução anual dos
crescimento do consumo. A evolução deste crescimento foi elevada consumos elétricos da ordem dos 30% do consumo total de energia
no setor dos serviços, representando cerca de 7% por ano, na última elétrica do setor residencial.
década. Quanto ao deslocamento de cargas, ou seja, a mudança do perío-
do de funcionamento dos equipamentos das horas de ponta ou cheias
do diagrama de carga para horas de vazio, é uma estratégia que pode e
Curva de carga na habitação (inverno) deve ser aplicada às máquinas de lavar louça e roupa. No entanto para
o consumidor tirar partido desta medida deverá optar pela tarifa bi­
‑horária, obtendo as vantagens económicas decorrentes da utilização
Ar condicionado
daqueles equipamentos nos períodos de mais baixo custo energético.
Aquecimento
A redução de consumos no setor dos edifícios de serviços pode
Máq. secar roupa
Máq. lavar roupa
ser conseguida de diversas maneiras, como de seguida se desenvolve.
TV
Lava Louça Edifícios de serviços
Cozinha O setor dos edifícios representa atualmente cerca de 25% do consumo
Forno energético final em Portugal. A construção de um edifício e a sua uti-
Iluminação lização (consumo de energia e de água) têm associada a geração de
Diversos poluição. Reduzir o consumo energético e a poluição associada ao se-
AQS tor dos edifícios é importante em qualquer país que pretenda ter uma
Arca congeladora atuação energética e ambiental sustentável.
Frigorífico

Consumo no setor dos edifícios de serviços


Gráfico 1. Evolução da contribuição dos diversos equipamentos para o consumo ao longo de O consumo de energia, quer em termos das fontes térmicas de con-
um dia. versão “produção” energética, quer em termos de utilização, é distinto
no setor dos edifícios e no setor da habitação. No setor dos edifícios de
No setor da habitação foi inferior mas mesmo assim significativo, cor- serviços o consumo de energia varia de acordo com o tipo de serviço
respondendo a cerca de 4% por ano. A eletricidade é o tipo de energia (hotelaria, hospitalar, restauração, escritórios, função públicas, salas
mais utilizada nestes setores. de espetáculo, entre outros).

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climatização 19

No setor dos edifícios de serviços, o consumo (por m2) é, como se Também aqui o consumo de energia necessário para garantir a
acabou de referir, normalmente superior ao que tem lugar no setor dos conservação dos produtos perecíveis (lacticínios, carnes, peixe, ma-
edifícios de habitação. Excetuam-se os locais em que o equipamento risco, refeições preparadas, e outros) resulta num maior consumo de
existente (por unidade de área) e a climatização (ar-condicionado) é energia por unidade de área do edifício. É, portanto, natural que o con-
reduzido ou mesmo inexistente, como é o caso de muitas pequenas sumo e o tipo de energia utilizada nos edifícios de serviços dependa
lojas, serviços públicos, igrejas e os antigos estabelecimentos de ensi- fortemente do fim a que a mesma se destina.
no (antes da renovação do Parque Escolar).
Atualmente, a maioria dos edifícios de serviços possui ar-condi-
cionado servindo parte ou a totalidade do edifício: escolas, escritórios, Tabela 1. Desagregação percentual do consumo por utilização final para diferentes edifícios
hotéis, hospitais, bancos, cinemas e restaurantes são exemplos de de serviços (valores meramente indicativos).
edifícios de serviços em que, para garantir as condições de conforto, é
necessário a existência de ar-condicionado. Sub-setor Climatização AQS Coz+Lav Ilumin. Outros
Os níveis de iluminação, a forte concentração de material infor-
Bancos 69% 17% 14%
mático e de escritório ou equipamentos específicos, um elevado ín-
dice de ocupação de pessoas (e a resultante necessidade de garantir Lojas s/ arref.,
68% 32%
s/ equip. Frigorífico
a renovação do ar) obrigam a que exista arrefecimento mecânico e,
simultaneamente, se faça o controlo da qualidade do ar, obrigando à Lojas s/ arref.,
17% 82%
existência de um sistema de ar-condicionado. c/ equip. Frigorífico
Alguns destes edifícios, como é o caso de hotéis e hospitais, ne-
Lojas c/ arref.,
cessitam de ter sistemas de água quente sanitária (AQS) que dispo- 25% 14% 61%
c/ equip. Frigorífico
nibilizem ao utilizador, de forma quase imediata, a água quente. Isto
Hospitais,
obriga a que exista sempre água quente disponível no edifício e que 20% 24% 32% 7% 17%
c/ internamento
esta esteja em permanente circulação. Alguns edifícios têm serviços
específicos: lavandaria, por exemplo, como ocorre em muitos hotéis Hotéis,
29% 22% 19% 7% 23%
(4, 5 estrelas)
e hospitais, o que leva a um acréscimo do consumo de energia por
unidade de área do edifício. Restaurantes
12% 51% 7% 30%
Outros edifícios têm uma concentração elevada de equipamentos (c/ arrefecimento)
de refrigeração: balcões frigoríficos, expositores de refrigerados e de
Cafés e similares
congelados, como é o caso de supermercados e hipermercados com (s/ arrefecimento)
45% 5% 50%
secção de produtos alimentares perecíveis.

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20 climatização

Os edifícios que apresentam um maior consumo específico de ener- hidráulica para transportar a mesma quantidade de energia térmica
gia são os edifícios hospitalares, atingindo valores (com internamento, através de tubagens de água:
possuindo cozinha e lavandaria) superiores a 300 kW/m2 ano; os de A necessária potência elétrica de um ventilador para fazer o trans-
restauração com ar-condicionado (em especial os do tipo “fast-food”), porte de energia térmica por ar é calculada através da expressão:
bem como lojas com arrefecimento e equipamento frigorífico têm ·
V × ∆p
consumos que ultrapassam largamente os 200 kW/m2 ano, e os hotéis P= sendo ∆p a pressão total do ventilador.
η
de 4 e 5 estrelas chegam a valores ligeiramente superiores a 200 kW/
m2 ano. A quantidade de energia térmica transportada por unidade de tempo é
Naturalmente que o consumo de energia ao longo do dia é vari- calculada através da expressão:
ável. Mesmo no caso de um hotel e de um hospital com lavandaria e
· ·
cozinha, o consumo energético ao longo do dia é diferenciado. A dife- Q = V × ρ × cP × ∆t
rença entre o consumo nos dias úteis e nos fins-de-semana e feriados
é também notória nos edifícios de serviços, dado que o seu funciona- ou
mento é distinto num e noutro caso. Muitos edifícios de serviços (es-
· · × c × ∆t
critórios, diversos tipos de lojas e armazéns, por exemplo) funcionam Q=m P
apenas durante os dias úteis, os hospitais têm diversos serviços que ·
Q
só funcionam durante os dias úteis, as salas de espetáculos têm uma A razão é um número adimensional que expressa a quantidade de
P
afluência diferente nos dias úteis e nos fins-de-semana e feriados.
Como consequência, as necessidades de climatização, de iluminação energia térmica (de aquecimento ou de arrefecimento) que pode ser
e de energia para o funcionamento de equipamentos específicos, é di- transportada por cada unidade de potência elétrica do ventilador.
ferenciada. A Tabela seguinte apresenta os valores habituais para sistemas de
arrefecimento por ar e por água.
Como podemos observar, com o mesmo consumo de energia elé-
Diferenças no consumo de energia elétrica, ou trica fornecida à bomba hidráulica ou ao ventilador é possível trans-
seja, na Eficiência Energética dos sistemas de ar­ portar cerca de 450 vezes mais energia térmica por circulação de
‑condicionado que transportam energia térmica por água, através de tubagens e respetivas bombas hidráulicas, do que
ar ou por água por movimentação de volumes de ar, através de condutas e respetivos
As principais funções de um sistema de ar-condicionado são: ventiladores.
1. O transporte de ar tendo em vista manter uma boa qualidade do ar Os sistemas de arrefecimento por ar forçado são também penali-
interior nos locais de permanência; zados devido às maiores perdas de carga que se geram nos circuitos
2. O transporte de água tendo em vista controlar o nível de humidade de ar, ao maior atravancamento e à maior superfície exposta durante
nos locais de permanência; o seu percurso até aos locais a climatizar, que se traduzem por perdas
3. O transporte de energia térmica tendo em vista controlar a tempera- térmicas.
tura do ar ou a temperatura operativa nos locais de permanência. Portanto, para instalações de ar-condicionado para conforto é fácil
chegar a valores padronizados como se indica na Tabela seguinte:
Os mecanismos de transporte n.º 1 e n.º 2 só são possíveis fazendo
mover o ar para dentro e para fora dos locais de permanência. Con-
tudo, o mecanismo de transporte n.º 3 pode também ser conseguido Tabela 2. Valores habituais para sistemas de ar-condicionado por ar forçado e por circulação
fazendo a distribuição da energia térmica contida na água refrigerada de água.
ou na água quente convertida “produzida” pelas fontes térmicas por
tubagens de água até às unidades terminais, como radiadores, ventilo­ Unidade Ar Água
‑convetores, unidades de tratamento de ar, entre outros, evitando des-
Massa volúmica ρ Kg/m 3
1,2 1000
te modo o transporte de energia térmica por condutas e ar.
Comparemos o consumo de energia elétrica de um ventilador para Calor mássico Cρ J/kg.K 1000 4200
transportar energia térmica de um determinado volume de ar através
Diferença de temperatura Δt K 8 10
de uma conduta, com o consumo de energia elétrica de uma bomba
Rendimento da bomba/ventilador – 0,8 0,8

Perda de carga Pa 1000 10 000

"A diferença entre o consumo nos dias · – 7,6 3360


úteis e nos fins-de-semana e feriados é Q/P

também notória nos edifícios de serviços,


dado que o seu funcionamento é distinto
num e noutro caso. Muitos edifícios de Estes valores mostram, claramente, que os sistemas de ar-condiciona-
serviços (escritórios, diversos tipos de do para arrefecimento e para aquecimento ambiental são muito mais
lojas e armazéns, por exemplo) funcionam eficientes se utilizarem a água como fluído de transporte de energia
apenas durante os dias úteis, os hospitais térmica desde as unidades conversoras “produtoras” de energia tér-
têm diversos serviços que só funcionam mica até às unidades terminais de distribuição de ar-condicionado em
durante os dias úteis, as salas de espetáculos cada local. Acrescem ainda os custos de manutenção para a limpeza
têm uma afluência diferente nos dias regular das condutas de ar pelo interior.
úteis e nos fins-de-semana e feriados. Apenas nos casos de locais com grande índice de ocupação, como
Como consequência, as necessidades de por exemplo cinemas, salas de conferência e similares, como a quan-
climatização, de iluminação e de energia tidade de ar novo é muito grande, as condutas de ar novo são igual-
para o funcionamento de equipamentos mente grandes, devendo neste caso ser utilizadas para o transporte de
específicos, é diferenciada." energia térmica para climatização.

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22 notícias

Plug&Play: O que poderia ser mais Service tag. É possível aceder facilmente a desenhados para aceitar múltiplos calibres
simples? todas estas informações através da leitura de cabo e têm um grande número de pinos:
Rittal Portugal do código QR pela aplicação através de um de 48 a 128.
Tel.: +351 256 780 210 · Fax: +351 256 780 219 smartphone ou tablet. Os serviços de manu- Os conetores retangulares da série
info@rittal.pt · www.rittal.pt tenção podem identificar e encomendar pe- DEUTSCH RDC estão selados, têm de 24 a 76
ças sobresselentes no local. Paralelamente, contactos e aceitam tamanhos de 12, 16 e 20.
quando for preciso repor o controlador de As gamas DT, DTM e DTP incluem conetores
uma luminária pode programá-lo com o que selados de cabo a cabo e de cabo a placa. Os
foi fornecido originalmente de fábrica com a conetores DT são adequados para ambientes
luminária através da aplicação, com recurso à onde até uma pequena degradação da co-
tecnologia NFC (por contacto). O código QR é netividade pode ser crítica. As carcaças ter-
fornecido na embalagem, na luminária e num moplásticas, as juntas e os cabos de silicone
autocolante adicional que pode ser aplicado suportam temperaturas e condições de humi-
na porta da coluna para permitir uma fácil dade extremas. Os conetores termoplásticos
leitura, sem que seja preciso subir à parte cilíndricos ambientalmente selados DEUTS-
A demora no posicionamento e instalação de superior da luminária. Uma vez instalada a CH HD10 têm de 3 a 9 contactos e aceitam
equipamentos nos perfis de 19”, em bastido- aplicação, registe o ponto de luz na mesma, tamanhos de 4, 12 ou 16. Com frequência são
res TI, é agora coisa do passado. Está sem a qual será geoposicionada através do GPS utilizados para aplicações de diagnóstico e
tempo ou paciência para a frequente tarefa do dispositivo e disponibilizará igualmente são fornecidos com ou sem anel de inserção.
complicada de instalação de componentes na informações sobre a mesma. Existe também Os conetores circulares com múltiplos pinos
estrutura de 482,6 mm (19’’)? Com o novo fi- uma opção através da qual recebe todas as das séries HD30 e HDP20, desenhados para
xador de 19’’ para uma unidade de altura (1U), informações registadas através de correio camiões, autocarros e veículos todo terreno,
a Rittal agora oferece uma solução inteligente eletrónico. são de alta resistência, estão selados e con-
que permite que os componentes sejam fácil A Philips Service tag representa uma tam com carcaças metálicas ou termoplásti-
e rapidamente posicionados e instalados nos forma fácil de gerir a infraestrutura da ilumi- cas, bem como com tamanhos de contacto
bastidores TI. Seguindo o princípio Plug&Play, nação de rua de um município, assim como de 4 até 20. Eric Smith, Head of Product Ma-
o fixador de 19’’ pode simplesmente deslizar uma melhoria dos trabalhos de manutenção nagement IP&E da RS Components, comen-
no trilho a partir do interior até bloquear. da mesma. tava: “Estamos muito satisfeitos por ver que
“A integração direta de três porcas de os resultados positivos de vendas de produ-
mola dentro dos perfis de montagem com tos TE levaram a TE Connectivity a ampliar a
apenas um clique poupa tempo e nervos”, RS Components distribui gama nossa gama de produtos DEUTSCH com co-
explica Jörg Thalheim, Product Manager de de conetores da DEUTSCH netores e terminais DIV. Isto é consequência
Infraestruturas TI na Rittal. O fixador, feito de Industrial Vehicle, de uma parceria assinada em janeiro de 2016,
chapa de aço zincado, pode ser repetidamen- marca da TE Connectivity graças à qual se acrescentaram milhares de
te desinstalado e usado novamente. O fixador RS Components produtos DEUTSCH ao catálogo da RS”.
de 19’’ pode ser usado, de imediato, em todos Tel.: +351 800 102 037 · Fax: +351 800 102 038
os armários da gama Rittal. Está disponível marketing.spain@rs-components.com
como um suporte pré-montado de 1U com pt.rs-online.com Não dê uma hipótese ao fogo:
três porcas de mola, incluindo centro de liga- ducto de proteção contra
ção sob a norma EIA 310. incêndios da OBO
OBO BETTERMANN – Material para Instalações
Eléctricas, Lda.
Philips Lighting apresenta Tel.: +351 219 253 220 · Fax: +351 219 151 429
a Service tag para uma melhor info@obo.pt · www.obo.pt
gestão da iluminação de rua
Philips Lighting
geral.iluminacao@philips.com
www.lighting.philips.pt
A RS Components distribui os conetores da
DEUTSCH Industrial Vehicle (DIV), marca da
TE Connectivity. A fabricar conetores há 70
anos, a DEUTSCH Industrial Vehicle tem uma
ótima notoriedade por oferecer conetividade
fiável e de alto desempenho em ambientes
hostis com sujidade, pó, humidade, nevoeiro, PYROLINE® Rapid – ductos de proteção con-
A Philips Lighting apresenta a Philips Service vibrações e produtos químicos. A gama DIV tra incêndios, em chapa de aço com reves-
Tag, um novo sistema que simplifica a ins- inclui conetores adequados para o transporte timento interior intumescente. Adequados
talação e a manutenção das luminárias de industrial e comercial (camiões, autocarros, para instalação suspensa, bem como direta-
iluminação de rua. Através de um código QR veículos de emergência, veículos agrícolas mente na parede, teto ou chão. As principais
localizado na própria luminária, obtemos in- e veículos recreativos como embarcações e caraterísticas são: classes de resistência ao
formações sobre a mesma, assim como os motos de neve). A série DEUTSCH DRB ofere- fogo (I30, I60, I90 e I120), impede a propaga-
componentes que a constituem e a sua lo- ce uma gama de conetores resistentes e ade- ção do fogo e protege os cabos nas saídas
calização. Para tal é necessário registar a lu- quados para utilizar em estradas, também no de emergência, além da montagem ser muito
minária através da aplicação gratuita Philips setor marítimo, industrial e agrícola. Foram simples.

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notícias 23

F.Fonseca apresenta sistema Quanto mais exata for a medição menor será difícil acesso e em quaisquer condições me-
de localização fiável de condutas o risco de realizar escavações em locais erra- teorológicas, assim como avaliar com fia-
e cablagens UT 9000 da Sewerin dos. Assim, para um trabalho rápido e eficien- bilidade a sua profundidade. Ou seja, o seu
F.Fonseca, S.A. te é essencial um equipamento potente e fácil trabalho será rápido, exato e, assim, rentável.
Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910 de operar, cujas caraterísticas satisfaçam as O detetor de condutas e objetos UT 9000
ffonseca@ffonseca.com · www.ffonseca.com necessidades reais. A fiabilidade, versatilida- da Sewerin é indicado para utilização em re-
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda de e uma construção robusta são também des de distribuição de água de consumo e
características necessárias para a garantia drenagem de águas residuais. Assim como
de medições fiáveis em condições adversas nas áreas de manutenção de infraestruturas
ou em locais inacessíveis. de distribuição de água, eletricidade, gás e
Com o UT 9000 terá sempre à sua dispo- comunicações, construção civil, entre outras.
sição um ótimo sistema de localização que
cumpre esses requisitos, aplicando conceitos
inovadores e estabelecendo uma nova refe- Novo interruptor-seccionador
rência na localização de condutas e cabla- OT160G 160 A
gens. No sistema UT 9000 o indicado é com- ABB, S.A.
binar o recetor UT 9000 R com o gerador UT Tel.: +351 214 256 000 · Fax: +351 214 256 390
Quando se trata da operação e manutenção 9012 TX, o emissor mais potente da sua ca- marketing.abb@pt.abb.com · www.abb.pt
de condutas e infraestruturas enterradas de tegoria. Este conjunto destaca-se pelas suas
comunicação e energia, a documentação múltiplas vantagens: seleção automática da
sobre a sua localização é, por vezes, incom- frequência de trabalho, duração alargada da
pleta. O conhecimento preciso sobre a locali- bateria, operação assombrosamente fácil e,
zação e profundidade destas infraestruturas sobretudo, ampla variedade de funções dis-
auxilia os processos de manutenção e evita, poníveis. Com o UT 9000 será capaz de en-
de forma fiável, a inspeção ou escavação carar qualquer desafio que seja colocado à
em locais errados. A gama de equipamentos sua empresa. Encontrará imediatamente a
de localização da Sewerin oferece soluções frequência ótima e poderá conetar duas con-
abrangentes para as mais distintas e exigen- dutas ao mesmo tempo, ou localizar longas
tes aplicações. Na localização de tubagens secções de condutas e cablagens. Poderá Sempre e onde for necessário um interruptor-
e cabos enterrados a precisão é importante. ainda localizar, com precisão, em locais de seccionador, o OT160G da ABB oferece um

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24 notícias

desempenho fiável e económico. É um inter- Leste da Westphalia que foi especialmente Segundo o Diretor de Marketing da CIR-
ruptor seccionador básico de alta qualidade evidente na apresentação segundo repor- CUTOR, Vicente Barra no Open Forum de En-
projetado para fornecer benefícios tangíveis tou o júri: “A comunicação consistente do desa, onde foi apresentado o relatório sobre
em todas as aplicações em Corrente Alterna- conteúdo da marca na nossa apresentação o comportamento energético das empresas
da. Trata-se de um equipamento que oferece destaca-a realmente. O German Brand Award espanholas: “a tecnologia dentro da indústria
uma vantagem competitiva, tudo otimizado é um prémio de elevado calibre e por isso é e deve ser inteligente. É necessário que a
numa unidade inteligente e compacta. representa uma verdadeira honra para nós”, tecnologia garanta inteligência à indústria e
As vantagens passam pela sua aplicação explicou Marion Sommerwerck. “O nosso desta forma torna-se mais acessível ao uti-
universal uma vez que o interruptor-seccio- stand de exposição tem uma apresentação lizador. As Jornadas da Endesa são muito
nador multifuncional é particularmente ade- credível e convincente da marca Weidmüller interessantes e imprescindíveis uma vez que
quado para a distribuição de energia e para e do cenário perfeito para as nossas soluções oferecem notoriedade no que diz respeito à
as mais diversas aplicações no setor dos e aplicações. O stand oferece uma estrutura necessidade da eficiência. A verdade é que
edifícios. A somar a isso consome até 20% de trabalho para uma apresentação de alta além de nós existem mais de 220 mil pessoas
menos em custos de stock graças à ampla qualidade e animadora dos produtos, tecno- no mundo e, por isso, temos de ser susten-
cobertura de um simples e eficaz interruptor- logias e soluções e de uma plataforma para táveis e cuidar dos recursos da população
seccionador com a função de comando late- o diálogo, comunicação e hospitalidade.” Da- mundial que está a crescer muito e de uma
ral integrada. E ainda é fácil de usar e instalar qui resulta um stand de exposição que torna forma rápida.”
graças a várias configurações e opções de a marca Weidmüller tangível, graças à sua
montagem, tendo um design compacto que estrutura clara. Isso baseia-se numa utiliza-
consegue economias até 30%. As versões es- ção eficiente de um sistema consistente, de Hermes TCR-200, autómato/
tão conforme as normas IEC 60947-3 e UL98. stand modular segundo a marca e com uma controlador e datalogger IoT
boa comunicação na conceção empresarial para área industrial, com app
sobre elementos de stand relevantes, mate- gratuitas
Marca forte: Weidmüller vence riais e comunicações. O German Brand Award Zeben - Sistemas Electrónicos, Lda.
o German Brand Award é concebido pelo Design Council, e premeia Tel.: +351 253 818 850 · Fax: +351 253 818 851
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A. a gestão de marcas bem-sucedidas na Ale- info@zeben.pt · www.zeben.pt
Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871 manha e destaca marcas pioneiras e criado-
weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt res de produtos de destaque. A competição e
entrega de prémios constituem um ótimo fó-
rum de comunicação e uma oportunidade de
experiência da marca visivelmente credível. A
competição foi iniciada pelo Design Council,
uma fundação com 230 membros de em-
presas, do setor da conceção, associações e
instituições.
O Hermes TCR200 é um completo equipa-
mento de telemetria/IoT GSM/GPRS para
Apresentação do Relatório Endesa ambientes industriais, cuja aplicação per-
Os vencedores do German Brand Award de Comportamento Energético mite a automação e monitorização remota
foram honrados numa gala no “DRIVE. 2016 de máquinas e instalações. A automação e
Volkswagen Group Forum” a 16 de junho de CIRCUTOR, S.A. supervisão remota são de fácil configura-
2016, em Berlim. Mais de 200 convidados de Tlm.: +351 912 382 971 · Fax: +351 226 181 072 ção e utilização e pode ser efetuada a partir
empresas, políticos e meios de comunicação www.circutor.com de telemóveis, smartphones, tablets ou PCs,
social aceitaram o convite do Design Council mediante aplicações que permitem uma to-
para o primeiro prémio do mais importante tal supervisão e gestão (receção e registo
galardão de gestão de marcas de sucesso de alarmes, supervisão em tempo real, his-
na Alemanha. Marion Sommerwerck, Res- tóricos, dados datalogger, entre outros). As
ponsável de Comunicações Empresariais e aplicações são totalmente gratuitas e estão
de Gestão de Marca do Grupo Weidmüller disponíveis para iOs, Android e Windows.   O
aceitou o prémio na categoria “Industry Ex- Hermes TCR200 está equipado com 8 entra-
cellence in Branding”. “Uma marca forte é o das digitais e 4 entradas analógicas, 4 saídas
mais importante capital para uma empresa. No passado dia 21 de outubro, no Dia Mun- a relé e ainda interface RS 485 Modbus RTU
Assegura um sucesso a longo prazo e cria dial da Poupança de Energia, decorreu a apre- que permite a ampliação do número de en-
uma base para a inovação e crescimento, sentação do Relatório Endesa de Comporta- tradas e saídas tal como a fácil integração
e isso aplica-se de forma definitiva à Wei- mento Energético das Empresas Espanholas a sistemas de automação que utilizem esse
dmüller”, explica Marion Sommerwerck. “A 2016. O relatório desenvolvido pela Endesa protocolo de comunicação.
melhoria contínua da nossa estratégia de permite às empresas conhecer em profundi- Das suas caraterísticas técnicas, além do
gestão de marca permitiu-nos comunicar os dade as necessidades do setor a que perten- interface RS485 Modbus RTU, destacam-se
nossos valores de proximidade com o clien- cem. O Relatório de Comportamento Energé- as suas funcionalidades PLC permitindo a
te, inovação e fornecimento de soluções a tico das Empresas Espanholas 2016 oferece elaboração de programas mais complexos, o
clientes e consumidores.” uma análise energética dividia por setores e seu datalogger interno com capacidade para
O júri independente de peritos gabou a territórios, concebido para otimizar o poten- 40 000 registos, o relógio em tempo real de
conceção e implementação da estratégia de cial de poupança ao utilizar os dados reais do alta precisão e a função sincronização auto-
marca dos especialistas de eletrotécnica do setor de atividade. mática com a hora da rede GSM. Todas estas

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notícias 25

funcionalidades permitem potenciar as suas Fund), convida as empresas a desenvolverem USB para transferir dados ou para ligar à cor-
aplicações, sejam elas a automação local e/ objetivos coerentes com a trajetória de “dois rente. Inclui adaptador de alimentação e uma
ou remota de máquinas, registo de dados, en- graus” abrangida pelo Acordo de Paris. Em li- bateria com duas horas de duração. Tam-
vio de alarmes, controlo histórico e estatísti- nha com os objetivos científicos, a Schneider bém tem outras funções muito interessantes,
co, entre outros. Electric assume os seguintes compromissos: como um sensor de 4 megapixels capaz de
O Hermes TCR200 está equipado com um redução absoluta de 35% de CO2 nos scopes capturar vídeo de alta definição de até 1080
software de configuração user-friendly que 1 e 2 até 2035 (linha de base 2015) e redu- p/30 fps, seis LED infravermelhos frontais
permite a programação de vários utilizadores ção absoluta de 53% de CO2 nos scopes 1 e para uma visão noturna com um alcance de
(níveis de prioridade e tipos de privilégios), vá- 2 até 2050 (linha de base 2015). Estas são as até 10 metros, ampliável até 20 metros utili-
rios níveis de alarmes, horários de ativação/ metas mínimas estabelecidas para o Grupo, zando a carcaça para montagem exterior de
supervisão, ações em função de inúmeros correspondendo a uma redução de 2,1% em compra opcional.
estados e tipos de variáveis (entradas, saí- termos homólogos, desde 2015. Estes con- A gama FLIR FX oferece acessórios para
das, temporizadores, flags, cálculos mate- tribuirão para a meta da Schneider Electric, utilizar a câmara em diferentes aplicações. O
máticos, equações lógicas, e outros), entre em atingir a neutralidade do carbono no seu suporte para montagem no tablier, a carcaça
outros. O Hermes TCR-200 permite uma fácil ecossistema até 2030. Foi criado um comité para montagem exterior com proteção IP67
e económica gestão remota (monitorização dedicado a este tema, tendo em vista o cum- para proteger a câmara das condições mete-
e controlo) de redes de abastecimento de primento desses compromissos. orológicas e uma carcaça com proteção IP68
água, redes de distribuição e fornecimento de (submergível até 20 metros de profundidade)
energia, aplicações de energia solar, estações para uma vasta gama de aplicações profis-
de bombagem, instalações de frio industrial, Nova câmara HD para vídeo sionais e desportivas. Uma câmara com um
sistemas AVAC, depósitos de recolha de re- vigilância e monitorização ótimo preço que faz tudo, desde vigiar os
síduos entre muitas outras aplicações em remota FLIR FX acessos dos edifícios (ou monitorizar a utili-
diferentes indústrias. O Hermes TCR-200 é RS Components zação dos mesmos), detetar movimentos em
um equipamento da marca Microcom que é Tel.: +351 800 102 037 · Fax: +351 800 102 038 espaços específicos com envio de notifica-
exclusivamente representada em Portugal marketing.spain@rs-components.com ções para dispositivos móveis, uso pessoal
pela Zeben. pt.rs-online.com em casa, como câmara instalada no tablier
ou para utilizar em atividades desportivas.

Compromisso com
a Sustentabilidade na COP22 Nova edição da revista
de Marraquexe “software4efficiency”
Schneider Electric Portugal M&M Engenharia Industrial, Lda.
Tel.: +351 217 507 100 · Fax: +351 217 507 101 Tel.: +351 229 351 336 · Fax: +351 229 351 338
pt-comunicacao@schneider-electric.com info@mm-engenharia.pt · info@eplan.pt
www.schneiderelectric.com/pt www.mm-engenharia.pt · www.eplan.pt

Depois da COP21, realizada em Paris, em de-


zembro de 2015, onde foi adotado, por una- RS Components apresenta a nova câma-
nimidade, o primeiro acordo universal sobre ra HD para vídeovigilância e monitorização
o clima, a Schneider Electric demonstrou os remota FLIR FX, uma câmara versátil com
seus compromissos com a sustentabilidade RapidRecap, para rever as gravações de um
na COP22, enquanto parceiro oficial do even- dia inteiro de uma forma mais rápida. A nova
to, que se realizou entre 7 e 18 de novembro, câmara FLIR FX permite armazenar em FLIR
em Marrocos. A Schneider Electric está total- Cloud desde 48 horas de gravações (subs-
mente comprometida com a luta contra as crição gratuita) até 30 dias de gravações
alterações climáticas, tendo intensificado em (subscrição não gratuita). Esta tecnologia
novembro de 2015, na véspera da COP21, os de armazenamento na nuvem permite rever A EPLAN lançou em setembro a edição
seus objetivos de desenvolvimento sustentá- as gravações a partir de qualquer parte do deste ano da revista “software4efficiency”,
vel para alcançar a neutralização de carbono mundo, através da Internet. Para facilitar a vi- uma publicação destinada aos clientes
na empresa e no seu ecossistema durante os sualização de gravações, a tecnologia exclu- EPLAN e CIDEON e dedicada à apresenta-
próximos 15 anos, através dos seus produtos, siva RapidRecap compila horas de vídeo em ção das mais recentes novidades da área
das suas soluções, I&D e das suas operações minutos para rever os eventos mais rápido e da engenharia.
industriais. sem perder nenhum detalhe, e também per- A revista especializada combina informa-
Em 2016, a Schneider Electric aderiu à mite sobrepor capturas e selecionar o time- ção entre o software e os serviços EPLAN e
iniciativa Science-Based Targets para alinhar frame mais adequado. CIDEON e, entre os temas mais representa-
os seus objetivos de redução de emissões de Visualizar vídeos RapidRecap é muito fá- tivos, destaque para a estreia de Syngine-
gases de efeito estufa com as recomenda- cil com a aplicação móvel FLIR FX, disponí- er,  uma plataforma de comunicação e infor-
ções dos cientistas do IPCC (Intergovernmen- vel para iOS e Android. A aplicação também mação inovadora que oferece a base ideal
tal Panel on Climate Change), para o limite do incorpora funções para criar notificações de para as empresas de engenharia de máqui-
aquecimento global que está estabelecido eventos específicos bem como monitorizar, nas e instalações industriais, e para o lança-
num máximo de 2° C. Esta iniciativa, apoia- em simultâneo, várias câmaras. Incorpora mento do EPLAN Smart Wiring que abre um
da pelo CDP (Carbon Disclosure Project), o conexão wi-fi para aceder à nuvem ou tam- novo potencial para sistemas de distribuição
Global Compact das Nações Unidas, o World bém para configurar a câmara FLIR FX como de cablagem. Para ficar a par de todos os
Resources Institute e a WWF (World Wildlife um hotspot pessoal (150 metros), também conteúdos apresentados pode descarregar

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26 notícias

esta edição da revista “software4efficiency” Um computador de alto desempenho contro- grandes são armazenados, o número total de
em www.eplan.pt, no menu Empresa – No- la os pedidos recebidos, os detalhes de arma- posições de armazenamento de paletes, na
vidades ou, se desejar, solicite-a gratuita- zenamento de produtos que entram e saem, e área de Dillenburg, cresceu para 41 000. Com
mente em versão papel através do email determina qual a palete que deve ser carrega- o seu novo Centro de Distribuição Global, o
info@eplan.pt. da e em qual dos camiões. fabricante de sistemas e armários tem agora
Até 80 camiões por dia carregados com mais de 225 000 m2 de espaço de armazena-
armários grandes e pequenos, unidades de mento e mais de 170 000 posições de palete
PTI – Ponto de Transição refrigeração e acessórios, deixam a GDC to- em todo o mundo. Loh acrescentou. “Agora
Individual já disponível dos os dias para serem enviados a clientes estamos prontos para o futuro – para os nos-
JSL – Material Eléctrico, S.A. em todo o mundo. “A nossa logística seria sos clientes e os nossos colaboradores”
Tel.: +351 214 344 670 · Fax: +351 214 353 150 agora impensável sem o GDC em Haiger”, diz
Tlm.: +351 934 900 690 · 962 736 709 Dr. Friedhelm Loh, dono e CEO do Friedhelm
info@jsl-online.net · www.jsl-online.net Loh Group, ao qual pertence a Rittal. A rapi- Philips Lighting aposta
dez é a essência no novo centro logístico, o na iluminação ligada
qual foi agora aberto oficialmente: “Com um para os escritórios do futuro
investimento de mais de 40 milhões de eu- Philips Lighting
ros, a Rittal criou avançadas infraestruturas geral.iluminacao@philips.com
logísticas. Aumentamos a quantidade de pro- www.lighting.philips.pt
dutos enviados a partir da GDC em cerca de
50% e reduzimos em metade o tempo de pro-
cessamento, enquanto também se aumen-
ta a qualidade de entrega em mais de 50%.
Especialmente concebido para a remo- A Rittal tem sustentado a sua pretensão de
delação e reabilitação de casas e edifí- ser um fornecedor de produtos de excelência
cios, a JSL – Material Eléctrico apresen- ao obter um sistema logístico consolidado
ta o PTI – Ponto de Transição Individual e de primeira classe”, acrescentou Andreas
de acordo com o Manual ITED, 3.ª Edição. Nögel,Vice-Presidente de Global Logistic na
Pode ser instalado numa zona coletiva ou Rittal. A Philips Lighting aposta na iluminação liga-
numa zona individual e interliga as 3 tecnolo- O Centro de Distribuição Global tem um da como elemento para criar os escritórios
gias PC,CC e FO entre a zona coletiva e a zona armazém completamente automatizado com do futuro. A iluminação ligada apresenta-se
individual dos edifícios de habitação, centra- 21 500 posições de palete para grandes ar- como um elemento que permite criar am-
lizando os cabos das diferentes tecnologias mários, bem como um armazém automático bientes de trabalho que podem antecipar-se
provenientes do operador. Já disponível para de pequenas peças com 25 000 posições de e responder às necessidades específicas dos
entrega tanto na versão de embeber (para pa- contentor. Graças ao aumento da disponibi- utilizadores em todos os momentos ao criar
rede de cimento ou pladur) como na versão lidade dos produtos standard e a entrega rá- níveis de conforto, personalização, segurança
saliente para instalação em superfície. pida, a Rittal continua a apontar para um au- e produtividade. Estes sistemas são forma-
mento sustentável da satisfação do cliente. “A dos por luminárias inteligentes ligadas à rede
disponibilidade imediata é um fator muito im- de comunicações do edifício, transformando-
De Haiger para o mundo: portante para os nossos clientes”, assinalou se na melhor plataforma para troca de infor-
os sistemas Rittal chegam Nögel. Esta foi precisamente a ideia do fun- mações para otimizar a utilização do espaço
ao cliente mais rápido dador Rudolf Loh há 55 anos atrás – a pro- de trabalho. A conetividade do sistema abre
Rittal Portugal dução em massa dos armários para sistemas caminho para a IdC (Internet of Things ou In-
Tel.: +351 256 780 210 · Fax: +351 256 780 219 de controlo elétrico para máquinas, e a sua ternet das Coisas), permitindo novas formas
info@rittal.pt · www.rittal.pt entrega imediata. Na altura, os fundadores de integração, colaboração, inovação e socia-
não estavam a pensar em clientes internacio- lização entre os seus funcionários. A comuni-
nais, pelo facto da empresa se ter primeira- cação com o sistema é realizada através de
mente expandido na Alemanha. A Rittal con- um software que pode ser configurado para
tinuou a ganhar clientes, entusiasmados por controlar os níveis de iluminação e de outros
não precisarem de produzir os seus armários, parâmetros integrados (como a temperatura
com custos elevados e de forma complica- e os audiovisuais), assim como para monito-
da, em oficinas de metalomecânica. Desde rizar e gerir a utilização dos espaços. A sua
1971, quando a primeira subsidiária abriu instalação num smartphone, num dispositivo
na Suécia, que a Rittal foi capaz de chegar móvel ou num computador fornece-lhe aces-
a clientes internacionais. Hoje, mais de 90% sibilidade e facilidade de utilização.
Aquele que é o novo Centro Global de Dis- de produtos Rittal são fornecidos para indús- A utilização dos sistemas de iluminação
tribuição (Global Distribution Center - GDC) trias e clientes internacionais. Fabricantes ligados nos escritórios do futuro apresenta
pode ser resumido numa só palavra: rapidez. de automóveis, construtores de máquinas, vantagens para os funcionários, empresas e
No novo centro logístico em Haiger, que tem distribuidores de TI e telecomunicações e in- os proprietários dos imóveis. Destaca-se um
uma área de mais de 4000 m2 e uma altura de dústria alimentar, todos têm soluções Rittal. futuro sustentável onde a tecnologia do siste-
32 metros, os produtos da Rittal são trans- Numa era de competição global, um serviço ma de iluminação ligada permite uma manu-
portados de forma totalmente automatizada de entrega em 24 horas ou 48 horas é mais tenção fácil e duradoura, melhorias contínuas
para os seus locais de armazenamento e, relevante do que nunca. e a integração com outros parâmetros men-
posteriormente, levantados novamente a 14 Juntamente com o armazém de Rit- suráveis do edifício (temperatura, audiovisu-
km por hora, tão rápido como um empilhador. tershausen, onde mais de 20 000 armários ais), contribuindo para uma maior vida útil e

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28 notícias

a gestão da mudança constante dos nossos o orientador da cadeira de Sistemas de Pro- contentes por termos conseguido reunir os
dias. E através da utilização de dados otimiza dução da Universidade desde 2002. O tercei- nossos parceiros Alliance no nosso Centro
os recursos do edifício para a gestão do mes- ro membro do Conselho Consultivo é Ralph Internacional de Inovação Industrial. Que-
mo: a conetividade do edifício permite esta- Heuwing que estudou engenharia mecânica remos repensar como operar para sermos
belecer padrões de utilização, assim como a em Aachen, na Alemanha e em Cambridge mais eficientes e mais competitivos. Criar
possibilidade de análise de ocupação, através nos EUA. Fez um MBA da INSEAD Business sinergias com os nossos parceiros ao lon-
da criação de mapas de calor que permitem School em Fontainebleau, França e é o atual go de todo o processo, desde a produção à
ao Facility Manager otimizar as funções de CFO da Dürr AG. comercialização das nossas ofertas, permi-
manutenção. De destacar ainda a poupança Os acionistas da família Eisert são repre- tirá agregar um valor considerável para uma
de energia na iluminação e na temperatura sentados por Christine Eisert, viúva de Gerd empresa como a Schneider Electrc. O nosso
através dos sensores e dos dados de ocupa- Eisert, e por Frank Eisert, filho de Klaus Eisert. sucesso deve-se à excelência e dedicação
ção das áreas. Destaca-se ainda o conforto Os acionistas Klaus Eisert, Oliver Hoffmeister, dos nossos parceiros que funcionam como
do funcionário através da personalização do e Helge Hohage são também membros do uma verdadeira extensão das nossas equi-
seu espaço de trabalho mediante as tarefas Conselho. pas”, afirmou Rui Monteiro, Diretor da Uni-
realizadas em cada momento, com o cum- dade de Negócio de Indústria da Schneider
primento das normas de iluminação para Electric Portugal.
espaços de trabalho. E há um controlo total Schneider Electric reúne
uma vez que os dados fornecidos pelo sis- parceiros Alliance no Centro
tema estão segmentados e são adaptáveis de Produção de Sistemas Maior calha articulada
a outros sistemas para o máximo controlo de Controle Industrial em plástico do mundo – um
da instalação e a sua segurança. E não es- Schneider Electric Portugal produto igus®
quecer a melhoria contínua porque o sistema Tel.: +351 217 507 100 · Fax: +351 217 507 101 igus®, Lda.
permite a criação de ambientes de trabalho pt-comunicacao@schneider-electric.com Tel.: +351 226 109 000 · Fax: +351 228 328 321
que podem antecipar-se e responder às ne- www.schneiderelectric.com/pt info@igus.pt · www.igus.pt
cessidades específicas dos funcionários em /IgusPortugal
todos os momentos ao criar maiores níveis
de conforto, personalização, segurança e
produtividade.

Grupo Phoenix Contact


tem Conselho Consultivo
Phoenix Contact, S.A.
Tel.: +351 219 112 760 · Fax: +351 219 112 769 A Schneider Electric promoveu um encontro
www.phoenixcontact.pt com os seus parceiros Alliance - uma rede As calhas articuladas em plástico de elevada
de integradores de sistemas independentes performance conquistam cada vez mais se-
que oferecem aos seus clientes, excelência tores industriais, substituindo também cada
em conhecimentos técnicos e as melhores vez mais as opções com calhas metálicas.
soluções tecnológicas da especialista global Elas somam pontos pelo peso mais reduzido,
em gestão de energia e automação. Para dar pela manutenção zero e pela elevada robus-
a conhecer os benefícios da mais recente ino- tez, mesmo quando é necessário proteger
vação na área de automação, com o lança- cabos e mangueiras de grandes dimensões,
mento do novo controlador Modicon M580 e como em estaleiros ou plataformas de per-
visita ao Centro de Produção de Sistemas de furação. Estas condições exigentes são a
Controlo Industrial, que a empresa possui na especialidade das calhas articuladas E4.350,
cidade de Carros em França, a Schneider Elec- a maior calha articulada em plástico do mun-
Klaus Eisert, Günther Schuh, Christine Eisert, Frank
Eisert, Eberhard Veit, Ralph Heuwing, Oliver Hoffmeister tric ofereceu, durante dois dias, uma amostra do, que a igus® apresentou na BAUMA em
(da esquerda para a direita; Helge Hohage está ausente). do conjunto de soluções e serviços técnicos 2016. Mesmo na indústria siderúrgica nem
A empresa familiar Phoenix Contact GmbH & que oferece com base numa experiência re- sempre o aço é a primeira escolha para os
Co. KG, com sede em Blomberg, na Alema- conhecida em todos os domínios técnicos. O equipamentos de produção, especialmente
nha, tem agora um Conselho Consultivo que Centro de Carros abrange todas as atividades quando se trata de um sistema de forneci-
estará à disposição da Administração para de automação da Schneider Electric e baseia- mento de energia robusto e fiável. O plásti-
aconselhamento estratégico. Este Conselho se numa política da empresa cuja intenção é co de elevado desempenho garante que as
Consultivo é composto por três membros ex- criar, nas próprias instalações, verdadeiras calhas articuladas sejam resistentes à cor-
ternos e dois representantes dos onze acio- montras da oferta da empresa. rosão e insensíveis a substâncias químicas
nistas da empresa. O Presidente do Conselho Este evento serviu também para analisar e petroquímicas, assim como à luz solar. O
Consultivo é Eberhard Veit que estudou me- as futuras tendências do setor, em termos material é autolubrificado e não necessita
catrónica e tecnologia de controlo remoto em de integração de hardware/software e novas de massa ou de óleo lubrificante nas articu-
Estugarda e é o antigo CEO da empresa de au- plataformas de serviços digitais, bem como lações durante toda a sua vida útil, mesmo
tomação Festo AG. Outro membro do Conse- saber qual a estratégia da Schneider Electric em ambientes muito expostos à sujidade.
lho é Günther Schuh da Universidade RWTH no domínio da Industrial IoT. Ainda houve Esta caraterística reduz a necessidade de
Aachen. Para além de uma pós-graduação tempo para uma visita alargada às instala- manutenção de rotina e permite uma pre-
em engenharia mecânica, o Prof. Schuh tem ções e conhecer os laboratórios de testes e visão mais exata da vida útil das calhas ar-
também uma licenciatura em economia e foi validação de arquiteturas. “Estamos muito ticuladas. Com uma estrutura modular, o

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30 notícias

comprimento das calhas articuladas E4.350 necessitando de ter uma estrutura organiza- tratamento de superfície FS, galvanização
pode ser facilmente diminuído ou aumen- da para esse efeito, sabendo que a CTEL está pelo método de Sendzimir, e em FSK, galva-
tado, se necessário. No caso de aplicações na sua retaguarda, o que lhe proporciona uma nização Sendzimir e revestimento em plásti-
sem suporte até 6,5 metros de comprimen- maior tranquilidade e segurança. Com a des- co branco puro. O sistema é complementado
to e carga adicional superior a 100 kg/m, as locação dos nossos técnicos, assegura-se pelos acessórios e componentes correspon-
calhas articuladas da igus® oferecem uma sempre a montagem do equipamento, o seu dentes, tais como protetores, topos, ângulos,
ótima rigidez e elevada capacidade de carga. arranque e colocação em serviço e a execu- tês, uniões e grampos para calhas.
As travessas robustas com a elevada altura ção de manobras, testes e ensaios associa-
interior de 350 mm, asseguram o fácil pre- dos que permitem verificar se tudo se encon-
enchimento da calha articulada com cabos tra nas devidas condições e permitir, assim, Caixa industrial estanque
e mangueiras de grandes dimensões. Uma uma correta aplicação das condições de ga- com 2 tomadas shucko estanques
enorme vantagem, comparativamente com rantia das máquinas segundo as respetivas JSL – Material Eléctrico, S.A.
as calhas articuladas metálicas, é o seu peso instruções das fábricas. Por isso consulte- Tel.: +351 214 344 670 · Fax: +351 214 353 150
mais reduzido, mas também a facilidade no nos e usufrua das vantagens dos serviços Tlm.: +351 934 900 690 · 962 736 709
preenchimento, graças ao sistema de sepa- que lhe proporcionamos. info@jsl-online.net · www.jsl-online.net
ração com suportes interiores e terminais de
fixação em cada elo da calha. As calhas ar-
ticuladas E4.350 estão também disponíveis Calhas metálicas LKM: proteção
como calhas rollerchain®, com rolamentos fiável para cabos
em polímeros tribológicos especiais para OBO BETTERMANN – Material para Instalações
cursos muito longos: que asseguram um fun- Eléctricas, Lda.
cionamento praticamente sem manutenção, Tel.: +351 219 253 220 · Fax: +351 219 151 429
reduzem significativamente o atrito e o des- info@obo.pt · www.obo.pt
gaste, aumentando assim a vida útil da apli-
cação. Pelo coeficiente de atrito por rolar ser A JSL apresentou na MATELEC a nova caixa
cerca de 75% inferior ao coeficiente de atrito de potência com 2 tomadas shucko estan-
por deslizar, a energia consumida para o acio- ques IP44 com a referência JSA3093. Esta
namento destas calhas é até 57% menor. As versátil caixa industrial é fornecida com 2 to-
calhas E4.350 estão disponíveis como um madas shucko de 16 A - 250 V, completamen-
componente individual ou como um sistema te montadas e tem um índice de estanquici-
completamente confecionado podendo, a pe- dade de IP44 e IK08, sendo a solução mais
dido, ser instalado diretamente no local, em prática para instalações onde é necessário
qualquer parte do mundo. disponibilizar energia através de tomadas
2P+T de 16 A. Estas caixas são fornecidas já
As calhas de instalação metálicas LKM pos- “cabladas” com um fio flexível de 2,5 mm2,
Serviço CTEL Start-up: suem duas áreas de aplicação. Estas calhas sendo apenas necessário conetar os fios de
montagem, arranque e colocação são utilizadas de forma estável e segura para Fase, Neutro e Terra fornecidos.
em serviço em obra a proteção de cabos nas áreas de máquinas
CTEL – Companhia de Tecnologias de Empresa, Lda. e instalações elétricas. As calhas fechadas
Tel.: +351 228 300 500 · Fax: +351 228 300 672 permitem uma instalação fácil e protegem Phoenix Contact adquiriu
ctel@ctel.pt · www.ctel.pt de uma forma fiável contra impactos mecâ- participação de empresa
nicos e sujidade. A instalação das uniões no de cibersegurança holandesa
interior das calhas pode ser realizada após a Phoenix Contact, S.A.
instalação das calhas LKM, e assim a ligação Tel.: +351 219 112 760 · Fax: +351 219 112 769
equipotencial é sempre garantida. www.phoenixcontact.pt
A ligação equipotencial entre a tampa e a
base é assegurada através do encaixe espe-
cial entre ambos. A ligação à terra das calhas
LKM ocorre através do borne de terra insta-
lado na base da calha. A calha metálica LKM
É bastante importante para os nossos reven- está aprovada para a instalação de cabos se- A partir de 21 de setembro de 2016, a Phoenix
dedores e instaladores saberem que quando gundo a Norma DIN 4102, Parte 12 para ins- Contact Innovation Ventures GmbH adquiriu
efetuam a venda de uma máquina de maior talações E30 e E90. As calhas oferecem uma uma participação da empresa holandesa Se-
potência, trifásica ou monofásica, podem proteção mecânica adicional ao cabo instala- curityMatters B. V. A empresa, com sede em
transferir para a nossa empresa toda a ativi- do. As exigências associadas, resultantes de Eindhoven, é uma referência mundial em so-
dade inerente à instalação da respetiva má- regulamentos ou também de especificações luções de segurança cibernética para siste-
quina, com as correspondentes mais-valias do edifício, podem ser satisfeitas de forma mas de controlo industrial. Desde a sua cria-
em termos de segurança da instalação da segura com esta variante de instalação. Esta ção, em 2013, a SecurityMatters distribuiu a
mesma e da imagem que é transmitida para variante de instalação é adequada também plataforma para monitorização da rede e de-
os próprios clientes, através da intervenção para aplicar quando, por questões visuais, teção de anomalias SilentDefense. As áreas
de um dos nossos técnicos especializados. não é desejável uma passagem exposta do de aplicação incluem a produção, transmis-
Assim o agente intermediário não neces- cabo para manutenção de funções. No sis- são e distribuição de energia, abastecimen-
sita de ter qualquer tipo de receio em dedicar- tema LKM estão disponíveis 10 tamanhos to de água, infraestruturas, indústria quími-
se aos equipamentos de maior potência, não diferentes de calhas. Estão disponíveis em ca, indústria petroquímica e tecnologias de

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notícias 31

produção industrial. “SecurityMatters oferece – eletrificação distribuída, inteligência artifi- exigências do CPR passa pela segurança
soluções para infraestruturas críticas de rede cial, connected (e-)mobility, block-chain ap- em caso de incêndio num edifício. As suas
de comunicação e para sistemas Indústria plications, máquinas autónomas e eAircraft. normas detalham o comportamento que um
4.0. Especialmente em ambiente industrial A nível mundial, a next47 tem mil milhões cabo deve apresentar face ao fogo. O procedi-
há já necessidade de soluções de segurança de euros para investir nos próximos anos, mento de verificação inclui fatores funcionais
cibernética. A gama de produtos da Security- para fundar e apoiar start-ups. como a propagação das chamas, a libertação
Matters adaptam-se perfeitamente à experi- de calor, a emissão de fumo, a queda de par-
ência da Phoenix Contact, especialmente no tículas incandescentes e a corrosividade dos
que diz respeito à Indústria 4.0”, diz Marcus Informação sobre o regulamento gases libertados. Estes requisitos aumen-
Böker, Managing Director da Phoenix Con- europeu CPR no website tam o nível de segurança de pessoas e bens
tact Innovation Ventures. Além da Phoenix General Cable Portugal e o campo de aplicação abrange edifícios e
Contact Ventures Inovação e Robert Bosch Tel.: +351 219 678 500 · Fax: +351 219 271 942 obras de engenharia civil como túneis, pontes
Venture Capital, o consórcio de investidores info@generalcable.pt · www.generalcable.pt e autoestradas. Segundo o regulamento CPR,
inclui também KPN Ventures da Holanda e existem sete classes de comportamento ao
a Emerald Technology Ventures da Suíça. A fogo, desde a classe A (norma muito exigen-
empresa suíça liderou a aquisição da partici- te) à classe F (norma pouco exigente) e crité-
pação das quatro empresas. A Phoenix Con- rios adicionais para as classes B a D, como
tact Ventures Inovação tem uma participação a opacidade do fumo, a acidez e a queda de
minoritária na SecurityMatters. gotas ou partículas incandescentes. A mar-
cação CE dos cabos fabricados segundo as
diretrizes que estabelece o CPR deve indicar
Siemens lança nova estratégia o nível de desempenho perante o fogo através
para start-ups no Web Summit A General Cable faculta aos seus clientes e da etiqueta que acompanhará o produto e do
Siemens, S.A. ao mercado toda a informação sobre os re- documento de Declaração de Desempenho
Tel.: +351 214 178 000 · Fax: +351 214 178 044 quisitos do novo Regulamento Europeu dos (DoP). Este documento também estará dis-
www.siemens.pt Produtos de Construção (CPR) através do ponível no website da General Cable.
seu website corporativo. Em www.general-
cable.com/eu/pt/products-solutions/cpr
especifica-se detalhadamente o conteúdo do Conversas de Acaso ao Ocaso –
regulamento que entrou em vigor em junho Fator de Manutenção
de 2016 e encontra respostas às perguntas na Tecnologia LED
mais frequentes sobre a sua aplicação. O Centro Português de Iluminação
CPR encontra-se atualmente num período de www.cpi-luz.pt · comunicacao@cpi-luz.pt
transição mas a partir de 1 de julho de 2017,
as empresas estarão obrigadas a cumprir Decorreu com sucesso, no passado dia 10 de
com as suas diretrizes. O objetivo deste regu- novembro, mais uma sessão das CAO, cuja
lamento é facilitar a livre circulação de produ- moderação do debate e introdução ao tema
tos de construção seguros e harmonizados, “O Fator de Manutenção na tecnologia LED”
A Siemens reforçou, durante o Web Sum- incluindo os cabos elétricos, dentro da União ficou a cargo dos associados Vitor Vajão e
mit, a estratégia para a inovação e a relação Europeia. Uma das suas principais vantagens Alberto Vanzeller, respetivamente. Foi realiza-
com as start-ups, suportada pela next47, reside na facilidade com que os clientes po- da uma apresentação em torno do conceito
unidade de negócio independente que visa dem comparar os produtos que pretendem de fator de manutenção, como é este aplica-
estimular ideias disruptivas e acelerar novas comprar, independentemente do país em que do aos projetos luminotécnicos que utilizam
tecnologias. são fabricados, o que será útil na sua escolha. fontes de luz LED, como é calculado na ilu-
Com uma atividade de negócio ligada aos A sua transposição para a legislação nacional minação interior e na iluminação exterior, e
temas da digitalização, como a Indústria 4.0, dos Estados-Membros é obrigatória. que fatores devem ser tidos em conta no seu
a cibersegurança, as smart grids ou as infra- A General Cable teve um papel importan- cálculo. Perante mais de 55 inscritos, na sua
estruturas inteligentes, a Siemens aproveitou te ao participar ativamente no processo de maioria projetistas o que atesta o interesse
para fazer scouting de talentos nas áreas das desenvolvimento do CPR através de várias do tema, esta apresentação foi o ponto de
TIs, para reforçar o crescimento dos centros associações europeias de fabricantes que partida para a colocação de diversas per-
de competência em Portugal. intervieram neste processo (Facel, Sicabel, guntas que visavam levantar o debate acerca
“A Siemens orgulha-se de ter sido um dos e outros). E os seus clientes foram informa- deste assunto.
sponsors do Web Summit Lisbon 2016 e de dos, desde o início, sobre as alterações que Cientes de que um consenso nesta maté-
ter contribuído ativamente para a divulgação implica este regulamento e foram orientados ria seria difícil de alcançar, esta sessão tinha
dos temas associados às grandes tendências para que a adaptação fosse mais fácil. O De- como objetivo levar os presentes a pensar
da digitalização em ambiente de inovação partamento de I+D da empresa também foi na realidade em torno deste ponto do projeto
tecnológica e empreendedorismo internacio- pioneiro no setor com a progressiva homolo- luminotécnico e como poderia este ser solu-
nal start-up”, afirma Pedro Pires de Miranda, gação dos seus produtos segundo o CPR. A cionado de forma homogénea. Foram feitas
CEO da Siemens Portugal. segurança é um dos valores estratégicos da várias intervenções construtivas por parte da
As start-ups integram a visão de futuro da General Cable que, nos últimos anos, liderou plateia, tendo ficado decidida a criação de um
Siemens, como forma de aceder a tecnolo- a nível setorial as iniciativas para melhorar a grupo de trabalho para aprofundar este tema
gias inovadoras e de testar ideias para novos segurança contra incêndios e resistência dos e criar um documento que possa servir de
negócios. Assim, a Siemens esteve atenta cabos ao fogo. O regulamento CPR supõe o referência para projetistas e lighting desig-
a start-ups e ideias abrangidas pela next47 culminar deste esforço. Uma das principais ners na aplicação do Fator de Manutenção

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a projetos com tecnologia LED. O CPI con- video wall interativo da F.Fonseca suscitou Elétrica e Eletrónica, organizada pela IFEMA,
tou com o apoio do Instituto Superior de En- muita curiosidade por parte dos convidados, nos dias 25 a 28 de outubro no Feria de Ma-
genharia de Lisboa (ISEL), que se associou que assim puderam navegar pela informação drid. Há mais de 40 anos presente no setor
a esta iniciativa de divulgação e debate de apresentada, conhecer o novo website da da eficiência energética, a CIRCUTOR partici-
importantes questões ligadas à iluminação, empresa e, em particular, cada um dos cola- pou no evento com uma grande afluência de
num arranque promissor de mais uma tem- boradores através de pequenos testemunhos público para mostrar as mais recentes solu-
porada de CAOs. apresentados na plataforma. Durante o jantar ções para a melhoria da eficiência energética
volante, o grupo Groove da Villa (oriundo da elétrica.
Filarmónica Vaguense) irrompeu pelas salas, Entre as novidades apresentadas desta-
F.Fonseca inaugura novos combinando o timbre caraterístico dos ins- cou-se com muito sucesso o novo analisa-
espaços: Sala Serviço trumentos de sopro com o ritmo contagiante dor portátil MyeBOX que permite dispor das
de Assistência Técnica e Sala da percussão, provocando uma surpresa a medições onde e quando for necessário. Este
de Convívio/Ginásio todos os presentes. Este grupo apresentou- instrumento é indispensável para realizar au-
F.Fonseca, S.A. se com uma irreverência contagiante que es- ditorias energéticas ou certificações ISSO
Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910 palhou animação, energia e boa disposição. 50001. Para a realização de estudos mais
ffonseca@ffonseca.com · www.ffonseca.com O clima deste convívio não poderia ter complexos, o equipamento permite selecio-
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda sido mais fantástico, estando refletido nas nar o período de registo de cada variável de
inúmeras mensagens deixadas no livro de forma independente através da oferta de uma
honra: “Muitos parabéns pelas instalações, grande versatilidade na medida. Graças à co-
ótima equipa, mas acima de tudo pela preo- netividade e versatilidade do analisador MYe-
cupação demonstrada na importância do ca- BOX, a realização de auditorias energéticas
pital humano, sua implicação e motivação…” tornar-se-á uma tarefa fácil.
Ilda Costa, Responsável Formação Renault E ainda foram apresentadas a nova pla-
Cacia; “Felicito-vos vivamente por este dia taforma para visualizar, analisar e armazenar
que certamente irá ser recordado por todos os dados energéticos de uma instalação dis-
por muitos anos. Esta é uma importante de- pondo dos dados de uma forma estruturada
monstração de um grande exemplo enquanto a partir de qualquer local. Outras novidades
empresa. Felicito-vos pela excelente imagem, apresentadas neste evento foram: Wibee,
No passado dia 14 de outubro, a F.Fonseca relacionamento interpessoal e interempresa- um inovador analisador de consumos ener-
inaugurou os novos espaços nas suas ins- rial… São garantidamente um exemplo para géticos e ideal para melhorar a eficiência
talações da Rua João Francisco do Casal todos o tecido industrial na cidade de Avei- energética da instalação; as soluções para a
em Aveiro, onde recebeu cerca de 160 con- ro, ao Distrito e no País…” André Silva, Diretor gestão de fornecimento no campismo e em
vidados, entre os quais clientes, parceiros QEMS - Saint – Gobain Weber Portugal; “A portos; o Cirpump, um sistema de bombagem
e fornecedores nacionais e internacionais. excelência da F.Fonseca tem-se manifestado com energia solar e variadores de frequência;
Acompanhado pelo Presidente da Câmara desde sempre, por um percurso empresarial energias renováveis e soluções para o auto-
Municipal de Aveiro, Ribau Esteves, pela Pre- exemplar e acima de tudo (cada vez mais) consumo fotovoltaico; os sistemas de carre-
sidente da Junta de Freguesia de Esgueira, por uma aposta no seu capital mais valioso: gamento inteligente para veículos elétricos; o
Ângela Almeida e pelo Padre Rocha da Pa- os seus recursos humanos!...”Elisabete Rita novo filtro ativo multifunção.
róquia da Vera Cruz, o Presidente do Conse- – Diretora Geral da AIDA. No final do evento,
lho de Administração da F.Fonseca, Carlos todos os convidados receberam uma peça de
Gonçalves, assinalou este momento com um porcelana artesanal “Safra do Sal” realizada IFEMA e FISA organizam
discurso feito aos presentes. Após o discur- pela Porcelândia, especialmente concebida 9.ª edição da MATELEC e GENERA
so de Carlos Gonçalves, o Padre Rocha teve para prestar uma homenagem às salinas de da América Latina em 2017
a oportunidade de recitar uma pequena ora- Aveiro e presentear os convidados e ami- IFEMA
ção e benzer as placas que assinalavam a gos que fizeram questão de estar presen- Tel.: +351 213 868 517/8 · Fax: +351 213 868 519
inauguração dos novos espaços. Também o tes na inauguração dos novos espaços da info@nfa.pt · www.ifema.es
Presidente da Câmara Municipal de Aveiro fez F.Fonseca.
uso da palavra, elogiou a postura, modernis-
mo e importância da F.Fonseca para a eco-
nomia local e anunciou obras de reabilitação CIRCUTOR participou com
de algumas das vias que servem a zona in- sucesso na MATELEC 2016
dustrial de Taboeira. Por fim, Marc Ramone- CIRCUTOR, S.A.
da, Comercial Factory y Logistics Automation Tlm.: +351 912 382 971 · Fax: +351 226 181 072
da Sick Sensors Espanha, encerrou este mo- www.circutor.com
mento com a entrega de uma placa de mérito
pela relação de mais de 25 anos que marcam
a parceria entre as duas empresas.
A visita à sala de convívio e ginásio da
empresa representou um dos pontos altos Estes eventos irão realizar-se de 4 a 6 de
desta celebração. Todos os presentes fica- outubro de 2017 no Espaço Riesco de San-
ram surpreendidos com as novas instala- tiago do Chile, na 2.ª edição da MATELEC da
ções e reconheceram a preocupação da F. América Latina – Exposição Internacional de
Fonseca em promover o bem-estar, saúde A CIRCUTOR participou na MATELEC – Sa- Soluções para a Indústria Elétrica e Eletró-
e motivação dos seus recursos humanos. O lão Internacional de Soluções para a Indústria nica e a 3.ª edição da GENERA da América

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Latina – Exposição Internacional de Energias Renováveis e
Eficiência Energética. Nestes eventos serão apresentadas as
últimas novidades e tendências do setor da eletricidade, efi-
ciência energética e tecnologia inteligente para a construção
e edifícios. Estes eventos realizar-se-ão em simultâneo com
a EDIFICA e EXPOHORMIGÓN, o que irá fortalecer as oportu-
nidades comerciais de mais de 500 empresas expositoras e
o interesse de cerca de 25 000 visitantes profissionais.
Estes dois eventos são organizados por duas instituições
de referência internacionais, as espanholas IFEMA e FISA e
ainda as principais empresas do Chile no desenvolvimento
de feiras profissionais. A 1.ª edição da MATELEC da Amé-
rica Latina e a 2.ª edição da GENERA da América Latina re-
velaram-se em 2015 verdadeiros sucessos com a visita de
mais de 4000 profissionais provenientes da América, Europa
e Ásia. Participaram nestas edições cerca de 170 empresas
e representadas que mostraram as últimas inovações tec-
nológicas na geração elétrica, transmissão, automatização e
eficiência energética, entre outros setores.

Vulcano premeia melhor aluno


da Escola Profissional
de Rio Maior
Vulcano
Tel.: +351 218 500 300 · Fax: +351 218 500 301
info.vulcano@pt.bosch.com · www.vulcano.pt
/VulcanoPortugal

A Vulcano esteve presente, a 19 de outubro, na Escola Profis-


sional de Rio Maior para realizar a entrega de diplomas onde
presenteou o melhor aluno com 500€. O propósito foi sem-
pre que os alunos pudessem aplicar na prática os conheci-
mentos adquiridos na teoria, e assim, a Vulcano, marca pro-
motora de um futuro sustentável e de um ambiente cada vez
mais verde, disponibiliza à instituição escolar equipamentos
e materiais que se revelam tão essenciais à sua formação e
educação.
A realização de oficinas dos cursos técnicos de Técnico
de Frio e Climatização e de Energias Renováveis permitindo
realizar testes e experiências com esses equipamentos, re-
sultando na mais recente iniciativa: a premiação por parte da
marca ao melhor aluno, Rodrigo Marecos, pelo seu sucesso
escolar, tentando com isto encorajar os restantes estudantes
a empenharem-se no conhecimento das soluções mais ami-
gas do ambiente. Para o Professor Luciano Vitorino, Diretor
Pedagógico da Escola Profissional de Rio Maior, “este foi um
dos momentos importante e marcantes do Projeto Educativo
da EPRM, dignificado pela presença das empresas parceiras,
assim como a disponibilidade das mesmas para cooperarem
connosco, ao nível da atribuição dos Prémios de Mérito. Os
alunos referiram sentir uma motivação adicional, quer pela
presença das empresas parceiras da EPRM, quer pela possi-
bilidade de acederem aos Prémios de Mérito. Pessoalmente,
reafirmo que é um privilégio poder contar com a marca Vul-
cano como parceiro”.
34 notícias

Remodelação da loja online meses, contemplando ações até maio de operação segura e eficiente, sem esquecer o
da CTEL 2017. Globalmente o novo plano de forma- conforto dos passageiros”, referiu Alun Tho-
CTEL – Companhia de Tecnologias de Empresa, Lda. ção EPLAN foca-se nas formações EPLAN mas, Gestor de Mercado da Área Ferroviária
Tel.: +351 228 300 500 · Fax: +351 228 300 672 Electric P8, EPLAN Fluid e EPLAN Pro Panel, da HUBER+SUHNER. “Encontramos o parcei-
ctel@ctel.pt · www.ctel.pt respondendo aos objetivos estratégicos da ro mais indicado na Weidmüller, com quem
empresa e, simultaneamente, às competên- desenvolvemos as soluções mais inovadoras
cias mais necessárias a desenvolver pelos em termos globais de forma a tornar os sis-
clientes. temas cada vez mais complexos.” E Dirk van
Com o aumento das exigências do mer- Vinckenroye, Chefe de Divisão de Automação
cado há também um aumento da procura das Industrial e Soluções na Indústria, referiu que
soluções EPLAN e consequente procura das “a tendência para a digitalização irá conduzir a
formações específicas dos softwares adqui- um maior dinamismo e inovação na tecnolo-
ridos. A M&M Engenharia Industrial oferece, gia do setor ferroviário. Com o nosso parceiro
assim, aos clientes novas oportunidades de estratégico HUBER+SUHNER pretendemos
reforço dos conhecimentos EPLAN com cur- conduzir o processo juntos.”
A CTEL disponibiliza uma nova loja online sos de uma forte vertente prática certificados
remodelada onde poderá realizar compras pela EPLAN Software & Service e formadores
diretas de UPS, geradores de pequeno porte, detentores da certificação “EPLAN Certified App ABB Low Voltage Wizard
estabilizadores de tensão gama micro e ba- Partner in Training”. Para mais informações e ABB, S.A.
terias VRLA ácido-chumbo. Um novo design inscrições consulte o website, www.eplan.pt, Tel.: +351 214 256 000 · Fax: +351 214 256 390
e novas funcionalidades permitem ao utiliza- menu Serviços – As Nossas Formações ou marketing.abb@pt.abb.com · www.abb.pt
dor ter uma perspetiva de análise de compra envie um email para info@eplan.pt.
mais abrangente e, ao mesmo tempo, mais
específica, que potencia naturalmente a efe-
tivação de novos negócios. Weidmüller e HUBER+SUHNER
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na área da energia e poderá adquirir tudo o weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt
que necessita para garantir a sua segurança
energética. Com entregas Expresso para Por-
tugal Continental e Ilhas (e internacional sob Low Voltage Wizard é uma coleção de Apps
consulta), esta é uma forma cómoda e rápida ABB para facilmente selecionar soluções e
de garantir aquisições urgentes. Visite esta loja produtos para instalações de Baixa Tensão
online e confirme os produtos que possuímos em apenas alguns passos muito simples,
em stock para uma potencial venda imediata. sem necessitar de conhecer ao detalhe os
Caso necessite de algo mais especifico ou cus- produtos ABB. A coleção de guias de sele-
tomizado poderá sempre contactar a CTEL via ção ABB (Wizard) é agora enriquecida de-
telefone, email ou diretamente pelo formulário vido ao lançamento do novo guia MISTRAL
de contacto do website, www.ctel.pt. As futuras Wizard com o qual pode configurar o qua-
promoções e descontos serão também anun- A HUBER+SUHNER e a Weidmüller reforça- dro de distribuição para aplicações residen-
ciados na loja, para além das newsletters e dos ram a sua aliança estratégica no mercado ciais, selecionando os aparelhos modulares
anúncios nas contas das redes sociais. da tecnologia ferroviária durante a Feira de para calha DIN e obtendo o código correto
Berlim, Innotrans 2016. Um acordo foi assi- do quadro de distribuição da nova gama
nado pelos representantes dos Conselhos MISTRAL, calculado segundo o espaço
Novo Plano de Formação EPLAN de Administração de ambas as empresas ocupado e as perdas de energia dos com-
M&M Engenharia Industrial, Lda. a 21 de setembro de 2016. O objetivo desta ponentes selecionados.
Tel.: +351 229 351 336 · Fax: +351 229 351 338 cooperação é explorar potenciais sinergias Os quadros de distribuição MISTRAL
info@mm-engenharia.pt · info@eplan.pt criadas pelos complementares portefólios de podem ser selecionados de acordo com al-
www.mm-engenharia.pt · www.eplan.pt soluções das duas empresas. A Weidmüller gumas caraterísticas como método de insta-
garante o know-how técnico para os cone- lação, classificação IP, tipo de porta e muito
tores enquanto a HUBER+SUHNER oferece mais. Pode escolher entre os vários apare-
uma gama completa de cabos. lhos modulares para calha DIN: disjuntores
Os planos atuais de projetos preveem so- magnetotérmicos S200, interruptores dife-
luções de cablagem para veículos ferroviários, renciais F200, disjuntores diferenciais DS200,
cablagens (cabos e conetores) e um completo descarregadores de sobretensão OVR e
sistema de cabos. Isto permite que as duas outros dispositivos modulares, comando e
empresas consigam fornecer aos clientes do controlo e medida. As caraterísticas passam
setor ferroviário soluções completas e 100% pela seleção passo a passo das Soluções e
testadas na totalidade para uma ligação e Produtos ABB, uma seleção que começa com
transmissão de energia, sinais e dados. “As os requisitos da instalação e exportação por
aplicações modernas estão a entrar no mer- email dos resultados e ainda links para a do-
A M&M Engenharia Industrial lançou o ca- cado para que os operadores ferroviários cumentação (website, catálogo técnico, ma-
lendário de formação para os próximos consigam responder às exigências de uma nual de instrução e folhetos).

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Caixa antifogo da Hensel semelhante ao da biblioteca de catálogos que Portugal participa num dos
TEV2 – Distribuição de Material Eléctrico, Lda. a General Cable já oferece desde o início de maiores projetos energéticos
Tel.: +351 229 478 170 · Fax: +351 229 485 164 2016, no seu website corporativo. Siemens, S.A.
marketing@tev.pt · www.tev.pt Com esta app podem efetuar-se pesqui- Tel.: +351 214 178 000 · Fax: +351 214 178 044
sas e consultar todos os catálogos de cabos www.siemens.pt
da empresa agrupados por classes: Baixa
Tensão, Média Tensão, Alta e Muito Alta Ten-
são, Energias Renováveis, Comunicações,
Sistemas Submarinos, entre outros. Podem
igualmente ser efetuadas pesquisas por idio-
ma. Com o lançamento da app para Android
e iOS, a General Cable demonstra, mais uma
vez, o seu compromisso com os profissionais
do setor em geral, dando-lhes acesso a uma
ferramenta prática para que possam traba- A Siemens Portugal foi escolhida para as-
O fabricante Hensel representada em Portu- lhar, aproveitando as vantagens das novas segurar o fornecimento de 350 quadros de
gal pela TEV2, apresenta a renovada gama tecnologias de comunicação. O telemóvel e Média Tensão e 370 quadros de comando e
de caixas estanques antifogo. Testadas para o tablet são, hoje em dia, dois instrumentos controlo de turbinas para as Centrais de Ciclo
integridade funcional segundo a Norma DIN de trabalho de grande utilidade para aqueles Combinado que a empresa está a construir
4102, Part 12, em caso de incêndio as caixas que desenvolvem parte da sua atividade fora no Egito, projeto que representou a maior en-
FK permitem manter a fonte de alimentação dos escritórios, no terreno e em obra. Assim, comenda da Siemens a nível mundial. Além
de emergência em funcionamento num inter- podem, desde já, aceder através dos mesmos do envolvimento e implementação de proje-
valo de 30 a 90 minutos. à totalidade da informação sobre os produtos tos no mercado português, a Siemens Portu-
A segurança das caixas é garantida pela da General Cable. gal tem-se mantido fiel à sua vocação expor-
utilização de material de alta qualidade PC- tadora. Neste contexto, a Fábrica de Quadros
GFS, sendo as únicas no mercado segundo Elétricos, em Corroios, concelho do Seixal,
as normas de integridade do isolamento Lançamento do website da ALPHA onde estas unidades vão ser construídas,
PH120:BS EN 50200 (>842º C), tes­te de fio ENGENHARIA tem sido crucial para o equilíbrio da balança
incandescente IEC 60695-2-11:960º C e re- ALPHA ENGENHARIA - Equipamentos e Soluções comercial da empresa.
sistência ao impacto IK09. As caixas apre- Industriais Depois de, em 2014, ter sido escolhida
sentam um inovador sistema de fecho rápido, Tel. +351 220 136 963 · Tlm. +351 933 694 486 pela Siemens AG para receber uma nova linha
bastando para tal dar um quarto de volta e info@alphaengenharia.pt · www.alphaengenharia.pt de produção para os quadros elétricos de bai-
entradas métricas pré marcadas para dife- xa tensão SIVACON S8, esta fábrica de qua-
rentes tamanhos de bucins. As caraterísticas dros elétricos de Média e Baixa Tensão, que
das caixas são o ligador em cerâmica com exporta 95% da sua produção para países
resistência a altas temperaturas, IP65/IP66 como a Alemanha, Angola, Brasil, África do
(quando utilizado bucins tipo AKMF), materi- Sul, Austrália, México, Coreia do Sul e Emira-
al termoplástico e cor laranja RAL 2003, sem dos Árabes Unidos, foi também selecionada
carga adicional ao incêndio nem emissões para participar neste projeto de grande enver-
tóxicas ou corrosivas, sem halogéneo. O website da ALPHA ENGENHARIA, www.al- gadura. A Siemens AG assinou contratos no
phaengenharia.pt, já se encontra online com valor de 8 mil milhões de euros para centrais
uma apresentação moderna e uma navega- elétricas a gás natural eficientes e parques
General Cable cria uma app com ção intuitiva, facilitando assim a procura de eólicos que reforçarão a capacidade de pro-
todos os seus catálogos produtos e serviços. dução de energia do Egito em mais de 50%,
General Cable Portugal Ao aceder ao website da ALPHA ENGE- comparado com a produção atual. Os proje-
Tel.: +351 219 678 500 · Fax: +351 219 271 942 NHARIA entra num mundo completo de so- tos irão fornecer um adicional de 16,4 giga-
info@generalcable.pt · www.generalcable.pt luções na área da instrumentação, válvulas watts (GW) à rede elétrica nacional do Egito,
e acessórios e automação. No que toca a necessários para apoiar o rápido desenvolvi-
pedidos de proposta, no website existe uma mento económico do país e satisfazer a pro-
funcionalidade em que o cliente preenche cura crescente de energia. Juntamente com
um pequeno formulário para que o pedido os parceiros egípcios locais Elsewedy Electric
seja recebido pelo Departamento Técnico- e Orascom Construction, a Siemens fornece-
Comercial. Para os visitantes do website da rá, em regime chave-na-mão, três centrais
ALPHA ENGENHARIA o acesso e a partilha de elétricas de ciclo combinado alimentadas a
informação técnica, comercial e de notícias gás natural, cada uma com uma capacidade
A General Cable apresentou uma aplicação são intuitivos. E também no pedido de envio de 4,8 GW, ou seja, um total de 14,4 GW. Cada
para Android e iOS que permite consultar de novidades e promoções podemos encon- uma das três centrais elétricas – Beni Suef,
todos os seus catálogos e brochuras de ca- trar no website um pequeno formulário a pre- Burullus e New Capital - funcionará com oito
bos a partir do telemóvel ou de um tablet. A encher pelo cliente e que será posteriormente turbinas a gás da classe H da Siemens, se-
empresa pretende, deste modo, aproveitar as recebido e respondido pelo Departamento lecionadas pela sua elevada capacidade de
novas tecnologias para facultar esta informa- de Marketing. O novo website está otimizado produção e eficiência recorde.
ção aos profissionais, que cada vez mais uti- para os dispositivos móveis podendo, assim, O planeamento do projeto prevê o co-
lizam os dispositivos móveis na sua atividade ser facilmente consultado a partir de qual- missionamento da primeira central de 4,8
quotidiana. O conteúdo da nova app é muito quer smartphone ou tablet. GW antes do verão de 2017. Após a respetiva

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conclusão, estas três centrais elétricas serão multimédia que contribuísse para a sensibi- recursos naturais que podem ser repostos ao
as maiores do mundo. A Siemens fornecerá lização dos cidadãos na adoção de práticas longo do tempo, desempenha um papel cada
também até 12 parques eólicos no Golfo do mais ecológicas e sustentáveis, no uso de vez mais importante na mitigação da escas-
Suez e na região ocidental do Nilo, os quais energias limpas e na redução das emissões sez de recursos e nas alterações climáticas”,
totalizarão cerca de 600 aerogeradores para de dióxido de carbono. Organizado pelo Gabi- refere Philippe Dewolfs, Presidente do Comité
uma capacidade instalada de 2 GW. E a empre- nete de Apoio ao Empreendedor (GAE), o pri- de Certificação da Vinçotte. “Esta é a única
sa construirá uma fábrica de pás de rotores na meiro desafio empresarial, ficou marcado por embalagem assética de cartão que certificá-
região de Ain Soukhna do Egito, que dará for- uma grande recetividade por parte dos Estu- mos, até ao momento, e qualificou-se para
mação e postos de trabalho para cerca de mil dantes e Docentes/Investigadores da Escola, uma certificação de quatro estrelas.” A nova
pessoas. A unidade de produção entrará em particularmente da Licenciatura e Mestrado versão da Tetra Brik® Aseptic 1000 Edge com
funcionamento no segundo semestre de 2017. em Engenharia Informática, e do Curso Técni- LightCap™ 30 Bio-based está disponível para
co Superior Profissional de Desenvolvimento os clientes a nível mundial. A mudança para a
para a Web e Dispositivos Móveis, que atingi- nova versão da embalagem não requer quais-
Think Green uma rede social ram o número máximo de equipas estipulado quer investimentos de capital adicionais.
para partilha de notícias sobre para o Desafio. Os protótipos apresentados
ambiente pelas equipas tiveram como principais objeti-
vos desenvolver soluções que, de forma cria- Novo modelo para
A ‘União da Energia e Clima’, uma das 10 prio- tiva e pouco invasiva, ajudassem a calcular a comercialização de eletricidade
ridades da Comissão Europeia, foi o tema que pegada ecológica dos utilizadores bem como facilita o “consumo” da
esteve na base dos projetos concorrentes ao na escolha de um veículo ou eletrodomésti- mobilidade elétrica
1.º Desafio Empresarial, da ESTG – Escola co que melhor se adeque às necessidades CERTIEL – Associação Certificadora de Instalações
Superior de Tecnologia e Gestão do Politéc- e consumos diários do consumidor, ou até Eléctricas
nico do Porto, que envolveu 25 estudantes e mesmo reportar crimes ambientais e infor- Tel.: +351 213 183 289 · Fax: +351 213 183 289
docentes. O vencedor foi o projeto Think Gre- mar as entidades competentes. certiel@certiel.pt · www.certiel.pt
en, uma aplicação que é uma espécie de rede
social para a partilha de notícias relativas a
este tema, que desenvolve um jogo/compe- Tetra Pak com nova embalagem
tição (individual e coletiva) para cálculo da assética
evolução da pegada ecológica com base nas Tetra Pak
ações do dia-a-dia. Os Desafios Empresa- Tel.: +351 214 165 600
riais consistem na apresentação de situações www.tetrapak.com
concretas do quotidiano das empresas, tendo
em vista a respetiva discussão por equipas
de Docentes/Investigadores e Estudantes Num futuro próximo será possível instalar
para o desenvolvimento de ideias/protótipos uma energy box num condomínio para fa-
de soluções inovadoras. zer o carregamento de um veículo elétrico, e
O vencedor foi o projeto Think Green que associar um cartão à fatura da eletricidade
consiste numa aplicação que pretende fun- assumindo o custo desse carregamento es-
cionar como uma rede social para a partilha pecífico, sem prejudicar outros condóminos.
de notícias relativas a este tema e desenvol- Este foi um dos exemplos apontados por Car-
ver uma espécie de jogo/competição (indi- A Tetra Pak lançou uma nova versão da em- los Almeida, Diretor Geral da Energia e Geo-
vidual e coletiva) para o cálculo da evolução balagem Tetra Brik® Aseptic 1000 Edge com logia, a propósito das vantagens associadas
da pegada ecológica com base nas ações do um sistema de abertura LightCap™ 30 de ao novo modelo para comercialização de
dia-a-dia. Caso a evolução seja positiva se- origem biológica. Esta é a primeira embala- eletricidade da mobilidade elétrica. Segundo
rão atribuídas “medalhas” de recompensa. gem assética de cartão em todo o mundo a o responsável da Direção-Geral de Energia
A solução passa por uma estratégia de  ga- receber a mais alta certificação da Vinçotte e Geologia, as últimas alterações legislati-
mification,  uma tendência de marketing que para a utilização de materiais renováveis. A vas introduzidas ao Decreto-Lei 39/2010,
usa mecanismos ou elementos de jogos para nova embalagem é produzida com uma pe- responsável pela regulamentação da mobili-
resolver problemas práticos. A equipa Think lícula plástica e tampa, fabricadas a partir de dade elétrica, visam ultrapassar alguns dos
Green recebeu um prémio de 500 euros atri- polímeros derivados da cana-de-açúcar. Em principais constrangimentos com que os
buídos pelo Europe Direct do Tâmega e Sousa, combinação com o cartão, a fração de ma- utilizadores e veículos elétricos se deparam
um organismo oficial de informação europeia teriais provenientes de fontes renováveis na atualmente. Uma dessas dificuldades passa
que, através dos seus centros de informação embalagem eleva-se para mais de 80%, o pelo pagamento da energia consumida no
locais, pretende atuar como intermediário limiar para a certificação quatro estrelas da carregamento em contexto doméstico, quan-
entre os cidadãos e a União Europeia e que Vinçotte, agência de acreditação, com sede do há mais utilizadores, ou quando o ponto
participou neste 1.º desafio. O desafio incidiu na Bélgica, mundialmente reconhecida por de carregamento não pode estar fisicamente
sobre o tema ‘União da Energia e Clima’, uma avaliar o conteúdo renovável de embalagens. associado ao seu contador de energia.
das 10 prioridades da Comissão Europeia, A nova embalagem apresenta também Com um cartão associado ao seu forne-
que pretende trabalhar os domínios das alte- uma pegada de carbono 17% inferior compa- cedor de energia doméstico, é passado na
rações climáticas e efeitos de estufa, e teve rativamente com a embalagem convencional, energy box antes do carregamento, o utiliza-
em conta o Acordo de Paris (COP21), cujo segundo uma análise de ciclo de vida inde- dor pode fazer o respetivo pagamento, que é
objetivo principal é travar o aquecimento glo- pendente conduzida pelo IVL - Instituto de diretamente debitado na sua fatura de eletrici-
bal em, pelo menos, 2 graus celsius até 2030, Investigação Ambiental sueco. “Aumentar o dade. Carlos Almeida refere que este modelo
e consistiu na conceção de uma aplicação uso de materiais renováveis, definidos como permite igualmente a criação de uma espécie

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38 notícias

de cartão frota, que permitirá a um colabora- procura definir a escolha mais adequada para fábricas de biogás para diferentes usos. A Ex-
dor que utilize um veículo elétrico da empresa, a sua aplicação industrial. Convidam, por isso, pobiomasa é considerada uma das cinco me-
carregá-lo em sua casa, sendo o custo asse- a fazer o download do novo folheto “Válvulas & lhores feiras de bioenergia do mundo e o seu
gurado pela empresa titular do veículo. Para Acessórios” que já se encontra disponível no sucesso reside no facto de ser a feira dos pro-
Carlos Almeida “a mobilidade elétrica está website, www.alphaengenharia.pt. fissionais e não depender dos interesses de
aqui para crescer e para ficar”, destacando que uma entidade ou instituição. O profissionalis-
“o número real de veículos elétricos é superior mo dos visitantes do setor ficou evidente na
ao cenário base previsto”. Acredita que “vai Expobiomasa 2017 já tem passada edição: três em cada quatro visitan-
haver um shift” em que os consumidores se reservado 50% do espaço tes tinham ou tinham tido a biomassa como
vão retrair de comprar um veículo a diesel ou AVEBIOM – Asociación Española de Valorización parte do seu negócio; e, apesar dos altos e
gasolina. Para Henrique Sanchez, Presidente Energética de la Biomasa baixos do setor, a satisfação dos expositores
da UVE – Associação de Utilizadores de Veí- Tel.: +34 983 300 150 / +34 975 102 020 com o perfil dos visitantes aumentou apesar
culos Elétricos, “vamos todos ser obrigados a biomassa@avebiom.org · info@expobiomasa.com do número total de assistentes ter diminuído
mudar para o veículo elétrico”, sustentando o www.expobiomasa.com devido à menor afluência de particulares e
seu ponto de vista com as alterações climáti- pequenos consumidores. 90% dos exposi-
cas, e as limitações exigidas pelas cidades no tores da edição anterior garantiram que par-
que respeita aos níveis de ruído e de poluição. ticipariam em 2017 e são já mais de 200 os
Londres foi um dos exemplos dados por San- expositores e marcas que confirmaram a sua
chez, como uma das cidades que atualmente presença, pelo que metade do espaço dispo-
cobra “taxas altíssimas” à circulação de veí- nível está já reservada a um ano da celebra-
culos movidos a combustível fóssil, recordan- ção do evento. É provável que, ao ritmo a que
do que “os veículos elétricos podem circular vai a contratação de espaços por parte dos
nessas zonas restritas aos restantes automó- expositores, se amplie o espaço expositivo,
veis”. Sílvia Antunes, engenheira eletrotécnica A Feira Expobiomasa 2017, organizada pela sobretudo pela crescente procura de espaço,
da CERTIEL, rematou que “a mobilidade elé- Associação Espanhola de Valorização Ener- vocacionada para apresentar soluções para
trica não vai parar, já que as necessidades do gética da Biomassa (AVEBIOM), tem já re- o setor florestal e a produção de aparas de
mercado têm pressionado as várias entidades servado 50% do espaço disponível, quando madeira e lenha. O horário de funcionamento
a criarem soluções para o carregamento de ainda falta um ano para a sua celebração. O será nos dias 26, 27 e 28, das 10:00 às 19:00
baterias de vias públicas, mas essencialmente encontro, que passou a bienal ao fim de dez horas; e na sexta-feira, dia 29 de setembro,
em espaços privados”. edições consecutivas, terá lugar nos dias até às 15:00 horas. O certame ganha mais
26, 27, 28 e 29 de setembro, o que implicará um dia a pedido da maioria dos participantes
aumentar a sua duração em um dia. O valor para poder dar uma resposta adequada todos
ALPHA ENGENHARIA publica diferencial da Expobiomasa, que se celebra os visitantes profissionais.
um novo folheto “Válvulas & na Feira de Valladolid, é o perfil profissional
Acessórios” dos visitantes, que viajam a partir de todos
ALPHA ENGENHARIA - Equipamentos e Soluções os pontos de Espanha e Portugal. A maioria WEG inaugura fábrica em Rugao
Industriais dos expositores da última edição considera- na China
Tel. +351 220 136 963 · Tlm. +351 933 694 486 ram a Expobiomasa como a melhor feira do WEGeuro – Indústria Eléctrica, S.A.
info@alphaengenharia.pt · www.alphaengenharia.pt setor graças às oportunidades de negócios Tel.: +351 229 477 700 · Fax: +351 299 477 792
que são criadas e, sobretudo, porque 92% dos info-pt@weg.net · www.weg.net/pt
profissionais que visitam a feira se mostram
muito satisfeitos por encontrarem a oferta de
produtos e serviços que procuravam para os
seus próprios negócios.
O principal objetivo das 180 empresas as-
sociadas na AVEBIOM ao organizar a Expo-
biomasa — em colaboração com 50 entida-
des e associações aliadas e mais de 60 meios
A ALPHA ENGENHARIA publicou um novo fo- de comunicação — é potenciar o consumo de
lheto na área de Válvulas & Acessórios para biomassa na Península Ibérica e na América A WEG inaugurou uma unidade fabril em
promover, junto dos técnicos de manutenção Latina. A Expobiomasa 2017 contará com 18 Rugão, na China, localizada numa zona de
e projeto, algumas soluções. Neste folheto di- 000 profissionais, que se dirigirão à feira em desenvolvimento tecnológico e industrial
vulgam uma seleção de válvulas de diferentes busca de oportunidades de negócio e das no- (ZTDE), a 65 km de Nantong, onde a WEG
tipos como, por exemplo, válvulas macho es- vidades das 600 empresas e marcas do setor estabeleceu a sua primeira fábrica na Chi-
férico, válvulas agulha, válvulas de retenção, representadas. As empresas de maquinaria na. A fábrica, que começou a ser construída
válvulas borboleta, válvulas pneumáticas, florestal e indústrias de biocombustíveis sóli- em janeiro de 2015 atualmente conta com
válvulas redutoras de pressão, purgadores, dos e pellets; fabricantes, distribuidores e ins- 350 colaboradores e ocupa uma área de 35
eletroválvulas e válvulas de sede inclinada. taladores de sistemas de climatização, espe- 000 mil metros quadrados. O projeto para a
Desde o primeiro dia que a ALPHA EN- cialmente soluções com lareiras e caldeiras; unidade de Rugão prevê que até 2020 a área
GENHARIA aposta na procura das melhores indústrias e grandes consumidores de calor, construída aumente para os 90 000 metros
soluções, passando por uma rigorosa seleção água quente e vapor de processamento serão quadrados e suba para cerca de 3000 o nú-
dos equipamentos e fornecedores, um bom os grandes protagonistas de uma mostra fo- mero de colaboradores. A cerimónia de inau-
prazo de entrega para uma grande variedade calizada nos usos térmicos, embora também guração aconteceu na tarde do dia 28 de abril,
de soluções e uma assistência técnica que várias empresas dedicadas à promoção de na dependência da unidade chinesa. Além do

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40 notícias

Presidente da empresa, Harry Schmelzer Jr., Ambiente e de Segurança, Higiene e Saúde no bons fundamentos científicos para terem um
participaram do evento o Diretor Superin- Trabalho aplicáveis às atividades desenvolvi- impacto robusto quando chegarem ao mer-
tendente da WEG na China, Siegfried Kreut- das por organizações existentes em Portugal. cado”. O ambiente está ainda mais propício
zfeld, o Diretor Superintendente da Unidade A LVlegislação é intuitiva e de fácil utili- ao desenvolvimento destes objetivos na me-
Motores, Luis Alberto Tiefensee, a Cônsul zação, e permite através de um questionário dida em que, nos dias de hoje, “os empresá-
do Brasil na China, Ana Perez, o Prefeito de identificar a legislação aplicável às atividades rios já estão muito atentos à necessidade que
Rugão, Chen Xiao Dong, a vice-prefeita Mao desenvolvidas, apresenta os requisitos espe- têm em termos de inovação e de se apoiarem
Hong Yu, o Secretário Municipal de Rugão Si cíficos a cumprir, o regime sancionatório, os em ideias vindas das universidades e insti-
Zhu Jian e o Secretário de Desenvolvimento diplomas legais em formato original e permite tutos de investigação, porque sabem que só
Tecnológico e Económico do Município, Hao a classificação do respectivo grau de cumpri- com inovação é que conseguem continuar a
Xiao Dong. No discurso de inauguração, o mento. A ferramenta contém um calendário produzir no sentido de uma economia mais
Presidente da WEG, enfatizou a importância configurável que permite informar a organi- limpa”. Os apoios que a Climate-KIC Portugal
da unidade chinesa para a empresa: “Hoje zação por correio electrónico dos requisitos disponibiliza contemplam o desenvolvimento
estamos a começar um novo ciclo de negó- periódicos a cumprir e contém um sistema de um conjunto de iniciativas de formação,
cios na China. Com investimentos de mais de de anexação de documentos que comprovem de aceleração de startups e de incubação,
120 milhões de dólares, Rugão passa a ser a o cumprimento de determinado requisito. A potenciando a aplicação de ideias, não só a
maior unidade produtiva da WEG na China. LVlegislação permite pesquisas por âmbito nível nacional, mas de toda a comunidade
Esperamos atingir uma produção anual de temático, palavras-chave, responsável, dele- de inovadores portugueses integrados numa
um milhão de motores industriais neste par- gação, data do diploma ou grau de cumpri- rede europeia. “Temos todos os recursos e
que fabril”, explicou Harry Schmelzer. mento dos requisitos. A ferramenta permite o a energia para isso”, assegura Júlia Seixas,
cumprimento dos requisitos da Norma 14001 destacando que “o desenvolvimento dessa
e OSHAS 18001 para identificação e análise do rede é que traz valor acrescentado porque,
Bresimar reconhecida cumprimento das obrigações legais. Poderá atualmente, uma boa ideia para ser válida não
com 3 prémios ser obtida mais informação em www.ambipri- o pode ser só no mercado nacional, mas no
Bresimar Automação, S.A. me.com/legislacao-ambiental.html. mercado internacional”. “As boas ideias, fil-
Tel.: +351 234 303 320 · Fax: +351 234 303 328/9 tradas e selecionadas, têm acesso a outros
Tlm.: +351 939 992 222 programas mais ambiciosos a nível europeu,
bresimar@bresimar.pt · www.bresimar.com ‘Climate-Kic’ apoia as boas ideias onde há financiamento”. Para Júlia Seixas,
para economia de baixo carbono “este é o princípio de um caminho que vai du-
Climate KIC rar muito em Portugal” e permitir cumprir as
www.climate-kic.org metas do Acordo de Paris para se conseguir
alcançar uma economia neutra em carbono
Portugal está no bom caminho para desen- no ano 2050.
volver uma economia neutra em carbono e
ficou mais preparado para cumprir os obje-
tivos do Acordo de Paris com o lançamento Lançamento do livro “Basics of
A Bresimar Automação foi reconhecida com oficial da Climate-KIC-Portugal, a iniciativa HV, MV and LV Installations”
três prémios pela Revista Exame, Everis e do Instituto Europeu de Inovação e Tecno- de Manuel Bolotinha
AESE Business School. Foi com muita sa- logia (EIT), criado pela Comissão Europeia
tisfação que a Bresimar Automação recebeu para estimular as comunidades empresarial
três prémios no passado mês de novembro e científica. Exemplos práticos disso são já
de 2016, atribuídos pela Revista Exame em oito casos de startups que foram seleciona-
parceria com a Everis e a AESE Business das pela Climate-KIC Portugal por promove-
School. Os três prémios foram distinções rem soluções inovadoras que potenciem o
para a Sétima Melhor Empresa para Traba- desenvolvimento de uma economia de baixo
lhar; a Melhor Pequena Empresa para Traba- carbono: Fibersail, PRSMA, ISSHO Technolo-
lhar; e a Melhor Empresa para Trabalhar para gy, Strix/Birdtrack, Sensefinity, Watt-is, Casas
a Geração Baby Boomers. Toda a equipa está em movimento e Watgrid. Com o apoio da
de parabéns, pois é sobretudo graças a ela Climate-KIC, “reunimos uma comunidade de O Conselho Diretivo da Região Sul promo-
que os nossos valores Bresimar perduraram inovadores de toda a Europa e envolvemos veu, a 13 de janeiro na sua sede, em Lisboa,
por quase 35 anos, sempre com o foco na sa- empresas, comunidade científica e atores o lançamento do livro “Basics of HV, MV and
tisfação dos seus clientes. de decisão política. O objetivo é gerar novas LV Installations”, da autoria do Eng.º Manuel
ideias de negócio que permitam construir Bolotinha. Segundo o autor, este é um manu-
uma economia que não emite gases com al que pretende ser uma ferramenta útil para
Ferramenta online de gestão efeito de estufa, para alinharmos com o Acor- engenheiros e técnicos de eletricidade que
de requisitos legais de ambiente do de Paris”, declara Júlia Seixas, docente na diariamente se defrontam com os problemas
e de segurança no trabalho Faculdade de Ciências e Tecnologia da Uni- do projeto, construção, ensaios e comissiona-
AmbiPrime – Consultoria e Gestão Ambiental, Lda. versidade Nova de Lisboa. Em Portugal “já mento, fiscalização, segurança e manutenção
Tel.: +351 214 239 690 · Fax: +351 214 239 699 temos um movimento imparável de startups.” de instalações elétricas de Alta, Média e Baixa
geral@ambiprime.com · www.ambiprime.com A docente explicou que a Climate-KIC Tensão, onde são abordados alguns concei-
tem como base essencial um triângulo do tos básicos da eletrotecnia, as fórmulas de
A AmbiPrime lançou em conjunto com a conhecimento formado por entidades ligadas cálculo mais vulgarmente utilizadas e as prin-
Lavola, S.A. a LVlegislação uma ferramen- à educação, investigação e mercado, pois “as cipais caraterísticas dos equipamentos e sis-
ta online de gestão dos requisitos legais de boas ideias têm de vir sempre apoiadas em temas que constituem aquelas instalações.

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42 artigo técnico

armazenamento de energia
eléctrica
3.a Parte
Manuel Bolotinha
Engenheiro Electrotécnico – Energia e Sistemas de Potência (IST – 1974)
Consultor em Subestações e Formador Profissional

Na revista número 56 foram


publicados os Capítulos 1 Carga
(Enquadramento
do Tema) e 2 (Processos
Entrada de rede
Rectificador Ondulador
de Armazenamento
de Energia). Na revista
UPS
número 57 foram Bateria Estática
publicados os Capítulos 3
(Armazenamento Figura 8. Esquema simplificado de uma UPS estática.

por Bombagem de Água), 4


(Armazenamento Com a tensão da rede presente, o rectificador alimenta as cargas através do ondulador e ga-
por Produção de Hidrogénio rante a carga de manutenção da bateria, que pode ser utilizada para fornecer a energia reque-
e Ar Comprimido) e 5 rida nos picos de consumo. No caso de falta de tensão, a bateria alimenta o ondulador e este
(Armazenamento garante o fornecimento de energia às cargas.
por Volante e Inércia).
A publicação do artigo
conclui-se nesta edição 7. BATERIAS DE IÕES DE LÍTIO
número 58, com As baterias de iões de lítio(2), que constituem a mais recente tecnologia de armazenamento de
os Capítulos 6 (Baterias energia eléctrica em forma de energia electroquímica, e que começaram a ser comercializadas
Convencionais), 7 (Baterias na década de 90 do século passado, usam como electrólito um sal de lítio num solvente orgâ-
de Iões de Lítio) e 8 nico, um óxido metálico no cátodo e carbono, designadamente a grafite, no ânodo.
(Condensadores Tipicamente o electrólito é uma mistura de não-aquosa de carbonatos orgânicos, tais como
e Super-condensadores). o carbonato de etileno(3) e o carbonato de dietila(4), com iões de lítio. Habitualmente o cátodo
é constituído por fosfato de lítio-ferro, óxido de lítio-cobalto ou óxido de lítio-manganês.
Sendo em Corrente Contínua a energia produzida e armazenada numa bateria, para ligação
6. BATERIAS CONVENCIONAIS à rede eléctrica é necessário que o sistema tenha um inversor CC/CA e CA/CC, como se ilustra
Desde o final do século XVIII, quando o físi- na Figura 9, para realizar a referida ligação.
co italiano Alessandro Volta inventou a pilha
eléctrica, que as baterias de acumuladores
convencionais são utilizadas para armazenar Rede eléctrica
energia eléctrica em Corrente Contínua.
As elevadas dimensões que este tipo de
baterias requer para armazenar significativas Transformador
quantidades de energia reduzem a sua aplica- de potência
ção, fundamentalmente, a três tipos de casos:
• Na indústria automóvel;
• Na alimentação em Corrente Contínua
dos serviços essenciais das subesta-
ções;
• Nos sistemas de alimentação ininterrupta Inversores Baterias de
(UPS) estáticos, como fonte de alimenta- CA/CC-CC/CA iões de lítio

ção de “backup” em caso de falha de rede.


Figura 9. Esquema simplificado de ligações de um sistema de armazenamento com baterias de iões de lítio.

Uma UPS estática é, fundamentalmente,


constituída por um rectificador; uma bate- (2)
O lítio (símbolo químico Li) é um elemento químico que pertence ao grupo dos metais alcalinos, juntamente
ria; e um ondulador (conversor de Corrente com o sódio (Na), o potássio (K), o rubídio (Rb), o césio (Cs) e o frâncio (Fr). Reagem facilmente com a água,
Contínua em Corrente Alternada), como se formado hidróxidos e libertam hidrogéneo.
ilustra na Figura 8.
(3)
O carbonato de etileno é um éster – produto da reacção química entre um ácido com moléculas de oxigénio e
um álcool – de ácido carbónico e etilenoglicol (um álcool produzido a partir do etileno, um hidrocarboneto)
e cuja fórmula química é C 3H4O3 .
(4)
O carbonato de dietila é um éster-carbonato de ácido carbónico e etanol (álcool etílico) e cuja fórmula
Texto escrito de acordo com a antiga ortografia. química é C5H10O3 .

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Quando o nível de produção de energia é superior ao consu-
mo, a energia produzida em excesso é utilizada para carre-
gar as baterias, funcionando os inversores como rectificado-
res para suprir o consumo; em situações de equilíbrio entre
a energia produzida e consumida os inversores asseguram a
carga de manutenção das baterias.
Nas situações em que a produção de energia eléctrica
é inferior às necessidades de consumos, as baterias forne-
cem a energia armazenada à rede eléctrica e os inversores,
funcionando como onduladores, transformam a Corrente
Contínua das baterias em Corrente Alternada.
Os principais inconvenientes das baterias de iões de lítio
residem no peso e dimensões relativamente elevados para
garantir o armazenamento de quantidades de energia signi-
ficativas para a rede eléctrica.
A Siemens tem comercializado um sistema modular
contentorizado, com as características atrás descritas –
SIESTORAGE/Siemens Energy Storage – já com uma larga
utilização no sul da Europa, designadamente em Itália, ten-
do sido instalada em Évora a primeira unidade em Portugal,
numa parceria estabelecida com a EDP Distribuição, no âm-
bito do projecto-piloto InovGrid, e com a Universidade de
Évora. O sistema tem uma potência de 472 kW e uma capa-
cidade de armazenamento de energia de 360 kWh.
Este sistema normalizado permite a instalação descen-
tralizada dos equipamentos de armazenamento de energia,
realizar o controlo da potência activa e reactiva e melhorar a
estabilidade da rede, podendo agrupar até 2x12 módulos de
armazenamento de energia (máximo 1416 kVA; 2700 kWh),
sendo os diversos módulos alojados num contentor de 45’.
Cada módulo é constituído por:
• 1 inversor 400 V, 170 A, 118 kVA;
• 1 bateria de iões de lítio com 14 elementos, 90 kW, 45 kWh;
• 1 unidade de ligação à rede elétrica;
• 1 unidade de comando e controlo.

8. CONDENSADORES
E SUPER-CONDENSADORES
A energia eléctrica armazenada num condensador, medida
em joules (J)(5), é calculada pela seguinte expressão:

E = (1/2).Q.U = (1/2).C.U2

Onde Q (coulomb – C) é a carga eléctrica, U (volt – V) a


tensão aplicada às placas condutoras do condensador (ou
diferença de potencial entre as placas) e C (farad – F) a
capacidade do condensador. A capacidade de um conden-
sador depende da natureza do dieléctrico e da forma do
condensador. Para um condensador constituído por duas
placas planas, com um afastamento d (m) e com uma área A
(m2), a capacidade é calculada pela expressão:

C = ε0.εr.(A/d)

Onde ε0 é a permissividade(6) do vácuo ou constante die-


léctrica (ε0 ≈ 8,854 x 10-12 Fm-1 – farad por metro) e εr a
permissividade relativa ou constante dieléctrica do dieléc-
trico do condensador (adimensional). Das expressões ante-
riores conclui-se que para condensadores com as mesmas

(5)
Todas as unidades indicadas estão de acordo com o Sistema
Internacional de Unidades (SI).
A permissividade de um material dieléctrico traduz a maior ou menor
(6)

dificuldade desse material se polarizar quando é submetido à acção de


um campo eléctrico.
44 artigo técnico

dimensões e forma, a energia eléctrica arma- Os super-condensadores não utilizam os dieléctricos sólidos convencionais, sendo consti-
zenada é tanto maior quanto mais elevada for tuídos por dois eléctrodos imersos num electrólito composto por uma solução orgânica (ver
a capacidade do material dieléctrico utilizado. Figura 10), à semelhança das baterias, sendo portanto condensadores electroquímicos, con-
Os super-condensadores são conden- trariamente aos condensadores convencionais, que são electroestáticos.
sadores electroquímicos que têm esta de- Os super-condensadores são habitualmente classificados como:
signação pelo facto de, para a mesma forma • Super-condensadores de dupla camada, com eléctrodos de carbono;
e dimensões, terem uma capacidade muito • Pseudo-condensadores, com eléctrodos de óxidos metálicos ou de polímeros condutores;
superior à dos condensadores eletrolíticos. • Condensadores híbridos, sendo os mais habituais aqueles em que o cátodo é feito de car-
Isto significa que podem armazenar uma bono activado e o ânodo de carbono revestido com iões de lítio.
maior quantidade de energia eléctrica do que
os condensadores habituais, com menores
dimensões e massa (a relação por unidade (a) load (b) Stern layer
de volume ou de massa entre a energia arma- Diffuse layer
zenada nos condensadores habituais e nos

Positively charge surface


super-condensadores varia, de acordo com o
material dieléctrico utilizado entre 1 para 10 e anion
1 para 100).
Relativamente às baterias, os condensa-
dores apresentam as desvantagens de terem solvated
cation
períodos de utilização muito curtos, corres-
pondentes ao tempo de descarga, causarem Porous Separator Non-porous
flutuações de potência na rede eléctrica (o electrode electrode IHP OHP

que reduz a eficiência da rede, provocando


quedas de tensão e oscilações de frequên- Figura 10. Esquema simplificado de um super-condensador.
cia), tensões de utilização muito baixas (en-
tre, aproximadamente, 2 V e 4V por unidade) O electrólito constitui a ligação condutora entre os dois eléctrodos, que podem ser simétricos
e maiores dimensões para o mesmo valor da ou assimétricos, o que os distingue dos condensadores electrolíticos, em que o electrólito é
carga, o que os torna inadequados para o ar- o cátodo. Nos super-condensadores electroquímicos existem dois eléctrodos separados por
mazenamento de energia. uma membrana permeável aos iões (separador).
Contudo, os super-condensadores per- Sendo C1 e C2 a capacidade dos eléctrodos, que formam um circuito de condensadores em
mitem reduzir as dimensões das unidades de série, a capacidade total do condensador (C) é calculada pela expressão:
armazenamento, suportam melhor os ciclos
de carga-descarga e podem contribuir para a C = (C1.C2) / (C1+C2)
estabilização da tensão da rede quando as
centrais eólicas sofrem o efeito de rajadas de No caso dos eléctrodos serem simétricos ter-se-á C1 = C2 , pelo que C = 0,5C1; com eléctrodos
vento e as centrais fotovoltaicas são afecta- assimétricos se C1 >> C2 , então C ≈ C2 .
das pela existência de nuvens. Os super-condensadores de dupla camada são os mais utilizados, sendo os materiais mais
Para além da utilização em equipamentos usualmente utilizados nos eléctrodos o carbono activado e, principalmente, o grafeno, uma
electrónicos, como estabilizadores da tensão, forma cristalina do carbono.
as aplicações típicas mais habituais dos su- A tecnologia dos super-condutores tem vindo a ser investigada para optimizar as baterias
per-condensadores são: de iões de lítio, tornando-as menos pesadas e menos volumosas, transformando os fios de
• Nas UPS estáticas, em substituição das cobre em super-condensadores, como se representa na Figura 11.
baterias de condensadores electrolíticos,
reduzindo as suas dimensões e os custos
de manutenção e substituição e aumen-
tando o tempo de vida útil das baterias;
• Como energia de “backup” para os actu- Copper foil
adores das pás das turbinas eólicas, para Polymer separator

o ajuste da inclinação das pás em caso de Copper wire


Nanowire
falta da alimentação principal;
• Armazenamento de energia para os apa-
relhos de iluminação pública com lâmpa-
das LED de baixa potência, alimentados
individualmente por painéis fotovoltaicos; Figura 11. Super-condensador em cobre.
• Para a recuperação da energia de fre-
nagem dos motores híbridos de veículos As características técnicas e as especificações de ensaio dos super-condutores são indicadas
automóveis híbridos e gruas; nas Normas IEC/EN 62391, IEC 6257 e EN 61881.
• Recuperação da energia de frenagem A Norma IEC/EN 62391 define quatro classes de aplicações dos super-condutores:
dos motores eléctricos dos sistemas de Classe 1: “Backup” para memória de equipamentos informáticos;
metro ligeiro, o que permite dispensar a Classe 2: Armazenamento de energia eléctrica, principalmente para accionamento de mo-
utilização da linha de contacto (catenária) tores com um período curto de utilização;
nos centros históricos das cidades. Em Classe 3: Armazenamento de energia para aplicações de potência elevada com longos pe-
algumas cidades alemãs e da China, em ríodos de utilização;
certas áreas de Paris, Lyon e Genebra já Classe 4: Fornecimento de potência instantânea para aplicações que requerem elevados
existem sistemas deste tipo. valores da corrente eléctrica, ou picos de corrente, para períodos curtos de utilização.

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46 formação

ficha prática n.º 48


práticas de eletricidade
INTRODUÇÃO À ELETRÓNICA.
Manuel Teixeira
ATEC – Academia de Formação

Os transístores de junção bipolar são Como se pode ver nesta Figura, o esquema que se assemelha mais
um dos componentes mais importantes com os circuitos com transístores que é objeto do estudo, neste mo-
da eletrónica analógica. Poderemos mento, é o que está representado com os parâmetros h pelo que nos
encontrá-los em várias aplicações, como limitaremos ao estudo destes parâmetros.
os amplificadores de sinais, amplificadores
diferenciais ou drives de potência. 22.3. Desenvolvimento dos parâmetros
Nesta edição vamos analisar os parâmetros Analisando o esquema da Figura 153 e comparando-o com o esque-
h destes elementos. ma da Figura 154 c) verifica-se que temos uma impedância de entra-
da, designada por h11, uma fonte de tensão que podemos comparar à
queda de tensão em r’e do transístor no modelo de EBERS-MOLL, mas
22. Parâmetros h que depende da malha de saída, por isso relacionada com o parâme-
tro designado por h12. Existe ainda uma fonte de corrente na malha de
22.1. Parâmetros híbridos saída que depende da entrada e, por isso, relaciona-se com o parâme-
Os parâmetros híbridos constituem uma ferramenta para a determi- tro designado por h21. Finalmente, temos uma resistência em paralelo
nação exata do ganho de tensão, das impedâncias de entrada e saída, na saída que corresponde, por exemplo, à resistência RC no Emissor
de circuitos lineares com transístores. A utilização destes parâmetros Comum mas, uma vez que se encontra em paralelo, representa uma
requer alguns cálculos e conhecimentos matemáticos que serão utili- admitância designada, neste caso, por h22.
zados, somente, se os projetos exigirem respostas precisas. Ao analisarmos o esquema da Figura 154 c), verifica-se que temos
uma fonte de tensão na malha de entrada e uma fonte de corrente na
22.2. Sistemas de quatro terminais malha de saída. Sem entrarmos em grandes pormenores na análise
Um sistema de quatro terminais, como se indica na Figura 153, pode destes esquemas verifica-se que temos o equivalente de Thévenin à
representar qualquer circuito. Temos uma tensão e uma corrente de en- entrada e o de Norton à saída, em que podemos resolver este circuito,
trada e de saída em que todas elas se podem relacionar entre si, como já utilizando as Leis de Kirchhoff. Assim, na resolução deste esquema, o
vimos nos exemplos estudados nos circuitos com transístores. sistema que se obtém será de duas equações a duas incógnitas em
que as variáveis dependentes são U1 e i2, sendo as outras as variáveis
independentes como se apresenta a seguir:
i1 i2
+ + u1 = h11 • i1 + h12 • u2
U1 Rede com 4 U2
terminais
– –
i2 = h12 • i1 + h22 • u2
Figura 153. Rede de 4 terminais (2 portas, uma entrada e uma saída).
Para se descobrir o significado dos parâmetros e verificar a compa-
A relação entre as várias grandezas pode ser através de ganhos de ração com os parâmetros estudados anteriormente na resolução de
tensão, de corrente ou através de impedâncias e admitâncias. Para circuitos, procede-se da forma que se segue. Fazendo u2 = 0 (saída em
distinguir as várias relações descritas, utilizam-se esquemas equiva- curto-circuito), tiramos as seguintes relações:
lentes a que correspondem parâmetros diferentes, como se indica na u1
Figura 154, estando neste caso os chamados parâmetros Z; Y ; h e g. u1 = h1 • i1 + 0 h1 =
i1
(corresponde à impedância de entrada);
i1 z11 z22 i2 i1 i2 i2
i2 = h21 • i1 + 0 h21 =
+ + + + i1
U1 z12 i2 ~ ~ z21 i1 U2 Ui y11 y11 u2 y21 u1 y22 U2
(corresponde ao ganho em corrente).
– – – –
Fazendo i1 = 0 (entrada em aberto), obtemos as seguintes relações:
a) b)
u1
u1 = 0 + h21 • u2 h21 =
i1 h11 i2 i1 i2 u2
+ + + + (corresponde ao ganho inverso de tensão - relação saída/entrada);
Ui h12 u2 ~ h21 i1 h21 U2 U1 g11 g12 i2 ~ g21 u1 U2
i2
– – – – i2 = 0 + h2 • u2 h2 =
u2
c) d)
Figura 154. Parâmetros híbridos: a) parâmetros Z; b) parâmetros Y; c) parâmetros h; d) parâmetros g. (corresponde ao inverso de uma impedância - admitância).

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práticas de eletricidade 47

Para se obter em laboratório os vários parâmetros, procede-se como se Como u2 = - rL • i2 e substituindo na equação anterior obtemos:
indicou na análise teórica realizada anteriormente. Então para se obter: i2 h22 • rL • i2
• h11 e h21 curto-circuita-se a saída e, aplicando-se um sinal de en- = h21 –
i1 i1
trada, mede-se i1 e i2;
E como definido anteriormente:
i1 h11 i2 i2
Ai =
i1
U1 h21 i1
Assim obtêm-se:

Figura 155. Saída em curto-circuito. Ai = h21 – h22 • rL • Ai Ai + h22 • rL • Ai = h21 Ai • (1 + h22 • rL) = h21

• h12 e h22, com a entrada em aberto, aplica-se um sinal à saída e h21


mede-se u1 e i2. Ai =
(1 + h22 • rL)
h11 i2
Este será o valor exato do ganho de corrente. Naturalmente que, para o
+ + + ganho de tensão, impedância de entrada e saída, obtêm-se as respeti-
U1 h12 U2 ~ h22 U2
vas expressões, utilizando o mesmo processo.
– – – De referir que i1 e i2 são as correntes no circuito sob condições de
Figura 156. Entrada em aberto. carga, uma vez que se não tivéssemos carga, não teríamos corrente
i2. Estes valores de corrente são, naturalmente, diferentes dos obtidos
Apresenta-se de seguida um quadro que resume os vários parâmetros anteriormente, com a saída em curto-circuito, aquando da definição
analisados anteriormente. dos parâmetros híbridos. No entanto podemos verificar através da ex-
pressão do ganho de corrente, que no caso da não existência da resis-
Parâmetro Significado Equação Condições tência de carga, o ganho de corrente é igual ao parâmetro h21, como já
u1 tínhamos visto, o que mostra a veracidade da expressão.
h11 Impedância de entrada u2 = 0 (saída em curto)
i1
u1
h12 Ganho de tensão inverso u2 i1 = 0 (entrada em aberto)
Teste de conhecimentos n.º 25
i2
h21 Ganho de corrente
i1
u2 = 0 (saída em curto) 1. Qual a finalidade da representação dos parâmetros híbridos?
i2 2. Existe algum meio de consulta destes parâmetros?
h22 Admitância de saída i1 = 0 (entrada em aberto)
u2

Figura 157. Resumo dos parâmetros h. Solução do teste de conhecimentos


da revista n.º 57
Normalmente, o fabricante apresenta nos respetivos manuais os va- 1. O ganho diminui nas baixas frequências, porque os conden-
lores dos parâmetros h. Como exemplo apresentamos os valores indi- sadores de acoplamento e de desvio deixam de se comportar
cados pelo fabricante para o transístor 2N3904, numa ligação Emissor como curtos-circuitos, daqui resulta uma redução do ganho em
Comum, com uma corrente contínua IE de 1 mA. tensão à medida que nos aproximamos da frequência 0 Hz.
2. É definido pelo intervalo entre a frequência de corte inferior e a
h11 = 3,5 KΩ frequência de corte superior.
h12 = 1,3 × 10 – 4
h21 = 120
h22 = 38,5 μS BIBLIOGRAFIA DO ARTIGO
Malvino (2000). Princípios de Electrónica (Vol. 1 e 2). McGraw-Hill
Apresenta-se, de seguida, a análise do ganho de corrente, deixando (Sexta edição).
a análise das restantes expressões ao critério de cada um. Estas ex-
pressões não definidas encontram-se na totalidade na tabela da Fi-
gura 157.
Considere-se o esquema da Figura 154 c). Por definição, o ganho Errata da ficha prática n.º 47, “o electricista” 57
de corrente é dado pela fórmula seguinte: Figura 149. Amplificador de Corrente Alternada (Emissor Comum).
i2 (primeiro parágrafo): “A Figura 150 mostra a resposta…”.
Ai =
i1
Teste de conhecimentos n.º 24
Sendo que: 1. De que forma se comporta o ganho de um amplificador nas bai-
Ai – Representa o ganho de corrente; xas frequências?
i1 – Corresponde à corrente c.a. de entrada; 2. O que define a largura de banda de um amplificador?
i2 – Corresponde à corrente c.a. de saída.
Solução do teste de conhecimentos da revista n.º 56
Através da equação já dada no sistema e indicada a seguir, verifica- 1. Para se obter um maior ganho faz-se a cascata ou junção de
mos que i2 = h12 • i1 + h22 • u2. Dividindo ambos os membros da equação dois ou mais andares amplificadores. Sendo assim, usa-se a sa-
por i1 obtemos: ída do primeiro andar amplificador como entrada do segundo
andar e, da mesma forma, sucessivamente, para mais andares.
i2 h21 • i1 + h22 • u2 i2 h22 • u2 2. O sinal na saída do primeiro andar sai invertido a 180º relativa-
= = h21 + mente à entrada.
i1 i1 i1 i1
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48 formação

ventilação da humidade Texto cedido por S & P Portugal, Unipessoal, Lda.

A humidade existente no interior das habitações afeta todos os seres


vivos que nelas vivem (pessoas, animais e plantas) e objetos e materiais
nelas contidos. Se a humidade for excessiva haverá condensação de
água nas superfícies frias, paredes e vidros, o que prejudica as pessoas
devido à formação de mofos e proliferação de bactérias e vírus, deterio-
rando também móveis, quadros e paredes da habitação. Pelo contrário,
se a humidade for demasiado baixa a garganta e as mucosas das pes-
soas são afetadas com a conhecida sensação de boca seca, estalando
também as madeiras e outros materiais do interior da habitação.
A qualidade do ar no interior de um edifício depende:
a) da qualidade do ar aspirado pela ventilação a partir do exterior.
Este ar pode ser de grande pureza, como por exemplo em ambien­
tes rurais, ou muito contaminado pela poluição das indústrias ou
do trânsito das grandes cidades;
b) dos materiais de construção das habitações, colas de painéis e reves-
timentos, alcatifas, formaldeídos, fibras, cortinados, entre outros.
c) das atividades que se desenrolam no seu interior como, por exem-
plo, confecção de alimentos, atividades de limpeza, utilização de
aerossóis, combustão, entre outros;
d) da ocupação do espaço por seres humanos, animais e plantas: a
respiração, o odor, o fumo de tabaco, e outros;
e) da temperatura;
f) da humidade.

De entre todos estes fatores, nesta Ficha Técnica ocupar-nos-emos


exclusivamente da humidade, ou seja, da quantidade de água existente
no ar. Os outros aspetos deste problema poderão ser mencio­nados,
mas apenas de forma acessória.
A humidade produzida por processos industriais deve ser con-
trolada por instalações adequadas, também elas com caraterísticas
industriais. Aqui trataremos da humidade em residências, escritórios
e locais de habitação humana que pode ser controlada através de pro-
cedimentos de ventilação, natural ou forçada, os quais, por sua vez, Figura 1.
podem resolver os problemas provocados por todos aqueles fatores
de contaminação anteriormente referidos.
O homem produz entre três a cinco litros de vapor de água por dia, quantidade de água existente no ar e, em função disso, podemos ter
a que acrescentaremos o vapor libertado pelos alimentos ao serem a sensação de bem-estar, conforto, ou exatamente o contrário. Esta
cozinhados, pelos banhos e chuveiros, pela lavagem da roupa e seca­ sensação dependerá também da atividade que estiver a ser exerci-
gem da mesma no interior, libertado pelas plantas, pelos materiais de da pelo corpo, em repouso ou trabalhando. Outro fator que influencia
construção, pelas infiltrações e outros fatores. consideravelmente é o movimento ou a velocidade do ar no ambiente.
O Gráfico da Figura 1 mostra os malefícios resultantes de valo- O ar em repouso ou a circular a uma determinada velocidade faz variar
res extremos de humidade. Podemos considerar como valor ótimo o a sensação de bem-estar.
compreendido entre 40 a 60% de humidade relativa. Podemos então concluir que Temperatura, Humidade e Velocidade
Julgamos ser conveniente recordar o que se entende por humida- do ar são os três fatores que determinam a existência de um ambiente
de do ar, segundo o conceito que se utiliza em condicionamento de ar confortável. Partimos do pressuposto de que o ar é limpo e puro.
e na meteorologia. A água no ar encontra-se sob a forma de vapor, ou Realizaram-se bastantes experiências com um grande número de
seja água que está no estado gasoso. indivíduos, submetendo-os a diversos ambientes, registando as suas
Diz-se que o ar está saturado de humidade quando se mantém em opiniões e estudando as suas reações. De modo a que os resultados
equilíbrio na presença de água líquida, ou seja, não há passagem de possam ser analisados de forma objetiva, estabeleceram-se indica-
vapor a líquido ou vice-versa. A cada temperatura corresponde uma dores ou parâmetros de que podem relacionar-se com o conceito de
diferente quantidade de vapor de modo a que se atinja a saturação. conforto.
Humidade relativa é o quociente entre o peso do vapor de água Um desses parâmetros é a Temperatura Efetiva que é aquela mar-
contido numa determinada massa de ar e o peso correspondente de cada num termómetro seco imerso num ambiente designado de equi-
vapor quando, à mesma temperatura, essa massa de ar está satura­ valente, ou seja, um ambiente que produz a mesma sensação de frio
da. Esta expressão usa-se em valor percentual e indica-se como Z%. ou calor, desde que o ar esteja nas condições de repouso, saturado de
Consultar a Ficha Técnica do nosso boletim S&P, 1/ 1996. humidade e com as paredes e solo à mesma temperatura. Como re-
O corpo humano produz calor e liberta vapor de água e ambos sultado definiu-se um diagrama designado por Conforto, representado
são libertados no meio ambiente, o calor por convexão e o vapor pela na Figura 2, e no qual se determinaram zonas prováveis de conforto
transpiração. Este processo pode ser facilitado ou dificultado pela de Verão e de Inverno. Como se compreende trata-se de um produto

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casos práticos de ventilação 49

Exemplo de leitura: de base estatística pelo que é possível que os


Com uma temperatura seca de ts = 26º C, uma temperatura húmida de seus valores não sejam válidos para todo o
th = 23º C e uma velocidade do ar de v = 1 m/s resulta uma temperatura efe- mundo, mas possam constituir um ponto de
tiva de 23º C confortável no Verão e demasiado elevado no Inverno. Neste partida para se conhecer o grau de conforto
caso, a humidade relativa correspondente é: de um dado ambiente.
Como complemento do Gráfico faculta-
se uma Tabela que, em função das tempera-
turas de termómetro, seco e húmido, indica
as humidades correspondentes de um deter-
minado ambiente.
A ASHRAE, Associação de Climatiza-
ção Americana, define um am­biente húmido
como sendo aquele em que a temperatura de
bolbo húmido é de 19º C ou superior duran-
te 3500 horas, ou 23º C durante 1750 horas
ou mais, durante os seis meses consecutivos
mais quen­tes do ano.

Desumidificação
Vamos agora descrever os procedimentos
para se controlar a humi­dade excessiva.
Pode concluir-se, da leitura dos Gráficos das
Figuras 1 e 2, se a humidade necessita de ser
corrigida para valores inferiores.
Para zonas domésticas ou residenciais
pode recorrer-se à utilização de desumidifica-
dores, como o representado na Figura 3. Estes
equipamentos têm a capacidade de absorver
água, condensando-a e recolhendo-a num de-
pósito ou evacuando-a por um tubo de drena-
gem. A sua capacidade varia com o tamanho e
a potência, mas 10 litros de água em 24 horas
trabalhando com ar de 70% de humidade é a
situação mais usual. A sua utilização é indica-
da em residências, garagens, sótãos, salas de
computadores, escolas, ginásios, cabeleirei-
ros, lavandarias, entre outros. Equipados com
detetores de humidade, estes equipamentos
podem arrancar ou desligar-se de acordo com
parâmetros predefinidos.

Figura 3.

Ventilação
No entanto, o procedimento mais fácil de es-
tabelecer e que, além do mais, é necessário
para controlar toda a contaminação que se
gera e produz nos locais habitados, é a venti-
lação que expele para o exterior o ar contami-
nado e carregado de humidade, substituindo-
o por outro mais seco e puro proveniente do
Figura 2. exterior.

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50 casos práticos de ventilação

As normas internacionais que regulam a ventilação como forma Tabela 1.

de proporcionar a qualidade do ar interior indicam os valores cons- Caudais de ar exterior em l/s (litros por segundo)
tantes na Tabela 1. Estes caudais são suficientes para desumidificar Tipo de local Por pessoa Por m2 Por elemento
os locais em vez de eliminar a sua poluição. Em locais que não sejam Armazéns 0,75-3
Parques de estacionamento 5
habitados por longos períodos de tempo como pode ocorrer em se- Arquivos 0,25
gundas residências, armazéns ou sótãos, pode tentar-se estabelecer Casas de banho públicas 25
uma ventilação natural, o que é difícil de conseguir, pois existe sempre Auditórios e salas de aulas (1) 8
Casas de banho privadas 15
uma dependência das condições climáticas exteriores que escapam a Bares 12 12
qualquer tipo de controlo. Uma boa solução poderá ser a instalação de Cafés 15 15
Ringues de jogos - 2,5
aberturas com frestas para o exterior.
Salas de jogo (casinos) 12 10
Refeitórios 10 6
Cozinhas (Ventilação geral) (2) 8 2
Hote de exaustão 70
Ventilação mecânica Salas de convívio 20 15
A ventilação mecânica à base de extratores de ar é a única forma de Quartos 8 1,5
poderem garantir-se os caudais de ar indicados na Tabela 1. Deve Escolas, salas de aula, bibliotecas 5 3
Salas de professores 5 1,5
determinar-se qual o sistema e projetar-se o circuito de circulação de- Salas de espera e recepções 8 4
sejado. Nas Fichas Técnicas 1 e 2 descrevem-se os diversos sistemas Estúdios fotográficos 2,5
que podem ser utilizados e os locais de instalação dos ventiladores. Salas de exposições 8 4
Salões de festas, bailes, discotecas 15 13
Como resumo de tudo isto, o desenho da Figura 4 esboça um Salas de fisioterapia 10 1,5
exemplo de aplicação numa moradia. A extração faz-se pelas zonas Ginásios 12 4
Bancadas de recintos desportivos 8 12
húmidas da casa, cozinhas, quartos de banho, deixando esses locais Grandes superfícies comerciais 8 1
em situação de depressão. O ar penetra pelas zonas secas ou seja, Quartos de hotel 15
quartos, escritórios, entre outros. O caudal necessário pode calcular- Quartos de hospital 15
Centros de cópias e reprografia 2,5
se com base no número de pessoas (8 litros por segundo por pessoa) Laboratórios em geral 10 3
ou na superfície das várias divisões (por exemplo, 1,5 litros por m2) Lavandarias industriais 15 5
com o qual obteremos o total necessário. A ventilação dos corredores Vestíbulos 10 15
Escritórios e Centros de Dados 10 1
e passadiços far-se-á pelo ar transferido de uma divisão à que lhe é Corredores de centros comerciais 10
contígua. Piscinas (2) 2,5
Salas de operações e anexos 15 3
Entre o quarto de banho e a cozinha deve extrair-se a totalidade da
Salas de reuniões (3) 10 5
habitação, que deve ser igual ou superior ao necessário para a venti- Salas de reabilitação 12 2
lação da própria divisão (por exemplo 15 l/s2 para o quarto de banho Supermercados 8 1,5
Oficinas em geral 30 3
e 2 l/s m2 para a cozinha). Os equipamentos de ventilação deverão Oficinas de formação 10 3
fornecer ar com uma pressão de 2 a 6 mm c.a. se a descarga for livre Lojas em geral 10 1
ou então a pressão calculada deve ser conduzida por uma canaliza- Lojas de animais 5
Lojas específicas 8-13 2-8
ção até ao terraço, se for esse o caso. As entradas de ar nas divisões (cabeleireiros, farmácias, …)
secas devem efetuar-se por aberturas permanentes através de frestas Unidades de Cuidados Intensivos 10 1,5
discretas nos parapeitos das janelas; confiá-las a janelas entreabertas Vestiários 2,5 10
(1) Sem fumadores. Com fumo de tabaco acrescentar + 50%.
ou a pequenas folgas pode anular a ventilação quando se calafetam as
(2) Para evitar condensações, deve ser superior.
janelas para que fechem na perfeição. (3) Com fumadores, 30 l/s por pessoa.
O caudal necessário para a hote de exaustão da cozinha (por
exemplo, 70 l/s) bem como o que é necessário para os aparelhos de
combustão, como por exemplo o es­quentador a gás (40 l/s), devem
ser conseguidos diretamente a partir do exterior através de frestas
abertas para fora (Figura 5). Estes aparelhos funcionam de forma

Figura 5.

intermitente pelo que não devem obter o caudal de que neces­sitam


através de um sistema que atravesse toda a casa, pois isso traria ne-
cessariamente inconvenientes e arre­feceria a habitação quando fosse
necessário aquecê-la.
Para locais desabitados pode ligar-se o sistema de ventilação a
detetores de humidade, os quais ligam a ventilação quando esta é
necessária e desligam-na quando a humidade baixa para os valores
Figura 4. predefinidos.

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52 bibliografia

Máquinas Elétricas e Alguns Engenhos - Volume I


Conceitos, Máquinas DC e Máquinas Estáticas

Atualmente as máquinas elétricas desempenham um papel muito importante não só na indús-


tria como no dia-a-dia da generalidade da população. São muito utilizadas como geradores para
produzir energia elétrica, convertendo energia mecânica em energia elétrica, e para produzir ener-
gia mecânica como motores, convertendo a energia elétrica em energia mecânica, e ainda como
transformadores, transformando o nível de tensão, importante não só na utilização de energia elé-
Autor: André Fernando Ribeiro de Sá, trica como na sua distribuição e transporte.
António Eduardo Pereira Coutinho Barbosa Praticamente em todo o mundo as máquinas elétricas são ensinadas, e muito justificadamente
ISBN: 9789897231988 em muitas escolas e universidades pelo menos um semestre, e em muitos casos mais do que um
Editora: Publindústria semestre. Este livro destina-se a permitir ser utilizado no apoio destes cursos estando previsto
Número de Páginas: 236 que possa ser utilizado parcialmente ou na sua totalidade. O livro realiza uma abordagem teórica
Edição: 2016 e prática, numa perspetiva multidisciplinar, para facilitar a compreensão das máquinas elétricas,
(Obra em Português) disciplina aliciante.
Venda online em www.engebook.com Índice: Conceitos básicos de circuitos elétricos de potência. Alguns conceitos fundamentais de mecânica.
e www.engebook.com.br Conceitos fundamentais da conversão de energia em eletrotecnia. Máquinas de corrente contínua. Transformador
Preço: 16,95€ monofásico. Transformador trifásico. Transformadores especiais.

Automação Óleo-Hidráulica:
Princípios de Funcionamento

A automação é, hoje em dia suportada genericamente por sistemas eletrónicos com con-
trolo remoto via Internet ou por sistemas móveis de comunicação. No entanto, a au-
tomação industrial é uma integração de várias tecnologias de controlo e de aciona-
mento englobando os PLCs, a pneumática, a eletricidade bem como a óleo-hidráulica.
A óleo-hidráulica, ao nível dos acionamentos, tem hoje uma utilização bastante generalizada, po-
dendo observar-se quer em sistemas simples de elevação, máquinas móveis ou agrícolas, quer em Autor: António Ferreira da Silva,
sistemas complexos de acionamento como as prensas hidráulicas e as máquinas de injeção de Adriano Almeida Santos
plásticos. Atualmente a óleo-hidráulica encontra-se nos mais diversos setores da indústria, desde ISBN: 9789897231568
a metalomecânica pesada e da siderurgia até à indústria naval, agrícola, automóvel, civil, entre ou- Editora: Publindústria
tros. Mais recentemente também em parques eólicos (onde é utilizada no controlo do ângulo das Número de Páginas: 200
pás das turbinas). Este livro surge para suprir uma lacuna no mercado português que sistematize a Edição: 2016
abordagem aos princípios fundamentais da óleo-hidráulica. Pretende-se apoiar os estudantes de (Obra em Português)
engenharia e técnicos que ao longo da sua atividade, nomeadamente nas áreas da óleo-hidráulica, Venda online em www.engebook.com
necessitem de conceitos de funcionamento dos sistemas de acionamento óleo hidráulico. Neste e www.engebook.com.br
livro são abordados os principais elementos dos sistemas de automação óleo-hidráulica detalhan- Preço: 19,95€
do os seus princípios de funcionamento. São ainda apresentados os princípios físicos e expressões
matemáticas necessárias à compreensão dos processos de transmissão de energia através do
óleo, dimensionamento de atuadores, circuitos hidráulicos elementares e uma série de problemas
resolvidos. Estamos cientes que esta será uma ferramenta académica muito útil e uma referência
de bastante interesse para o quotidiano dos profissionais da área.
Índice: Introdução à óleo-hidráulica. Princípios físicos e expressões matemáticas. Fluidos hidráulicos, reservatórios
e acessórios. Bombas e motores hidráulicos. Atuadores hidráulicos. Válvulas hidráulicas. Acumuladores hidráulicos.
Acessórios hidráulicos. Circuitos hidráulicos elementares. Problemas resolvidos. Anexos. Bibliografia. Índice
remissivo.

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bibliografia 53

Máquinas Elétricas e Alguns Engenhos - Volume II


Máquinas AC Rotativas

Atualmente as máquinas elétricas desempenham um papel muito importante não só na indús-


tria como no dia-a-dia da generalidade da população. São muito utilizadas como geradores para
produzir energia elétrica, convertendo energia mecânica em energia elétrica, e para produzir ener-
gia mecânica como motores, convertendo a energia elétrica em energia mecânica, e ainda como
transformadores, transformando o nível de tensão, importante não só na utilização de energia elé-
Autor: André Fernando Ribeiro de Sá, António trica como na sua distribuição e transporte.
Eduardo Pereira Coutinho Barbosa Praticamente, em todo o mundo, as máquinas elétricas são ensinadas e muito justificadamente
ISBN: 9789897232022 em muitas escolas e universidades pelo menos um semestre, e em muitos casos mais do que um
Editora: Publindústria semestre. Este livro destina-se a permitir ser utilizado no apoio destes cursos, estando previsto
Número de Páginas: 134 que possa ser utilizado parcialmente ou na sua totalidade. O livro realiza uma abordagem teórica
Edição: 2016 e prática, numa perspetiva multidisciplinar, para facilitar a compreensão das máquinas elétricas,
(Obra em Português) disciplina aliciante.
Venda online em www.engebook.com Índice: Máquinas de indução. Aspetos construtivos. Campo magnético girante. A máquina em serviço. Os
e www.engebook.com.br três modos de serviço. Modelo. O circuito equivalente. Ensaios em vazio, ensaios com o rotor bloqueado e os
Preço: 12,95€ parâmetros do circuito equivalente. Características de desempenho. Fluxos de potência nos três modos de serviço.
Efeitos da resistência do rotor. Técnicas de estimativa de carga. Motor de indução de elevado rendimento. Arranque
de motores de indução. Variação de velocidade. Frenagem elétrica. Motores trifásicos alimentados em monofásico.
Desempenho do motor de indução monofásico. Exercícios resolvidos. Máquinas síncronas. Máquinas síncrona
convencional. Máquina síncrona convencional como motor. Motor passo-a-passo. Motor de síncrono de íman
permanente ou motor de relutância síncrono. Exercícios resolvidos. Algumas Referências.

Refrigeração II - Manual de apoio ao ensino


e à profissão - Complementos

A refrigeração, normalmente conhecida como a arte de produzir frio artificialmente, é um “vetor” da


ciência termodinâmica que trata do transporte do calor entre meios a temperaturas distintas. Ape-
sar dos processos básicos associados às máquinas de produção de frio não terem sofrido grandes
alterações ao longo dos tempos, as questões climáticas e energéticas têm vindo ultimamente a
influenciar a indústria da refrigeração. A alteração dos fluidos frigoríficos, destruidores da camada
de ozono e com elevado efeito de estufa, bem como a redução energética associada à maquinaria
usada nas instalações de frio, são aspetos que têm marcado este setor, o que obriga a uma cons- Autor: António José da Anunciada Santos
tante atualização técnica. Com aplicações em toda a indústria, a refrigeração tem o seu forte uso ISBN: 9789897231766
no setor alimentar, na congelação e conservação dos alimentos e no ar-condicionado, para satis- Editora: Publindústria
fazer as necessidades de conforto térmico do ser humano. Direcionado para o frio alimentar, este Número de Páginas: 526
documento estruturado em 12 capítulos, segue temas que abrangem os conteúdos programáticos Edição: 2016
do ensino profissional, universitário e regulamentos comunitários para cursos de gases fluorados (Obra em Português)
destinados a profissionais que manuseiam as instalações frigoríficas. Venda online em www.engebook.com
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54 dossier sobre isolamento e proteções elétricas

isoladores Média Tensão/Baixa Tensão


Mário Pombeiro

revestimentos nos cabos


General Cable

o isolamento dos condutores elétricos


Anselmo Martins, IEP

isolamento elétrico termoplástico


A. Campante, A. Leite
PROTAGONISTAS

Somapla – Sociedade Industrial de Materiais Plásticos, Lda.

conceitos fundamentais de isolamento elétrico


Voltimum

dossier
isolamento
e proteções elétricas

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56 dossier sobre isolamento e proteções elétricas

isoladores Média Tensão/Baixa


Tensão
Mário Pombeiro

Pretende-se com este artigo efetuar dois apoios com cadeias de amarração), apesar do comprimento dos
uma abordagem à temática dos isoladores vãos não ser igual, considera-se que a tensão mecânica é constante
de Média Tensão/Baixa Tensão. Os isoladores uma vez que o deslocamento transversal das cadeias de suspensão
têm como função primordial evitar compensa eventuais diferenças de tensão mecânica [9]. São utilizadas
a passagem de corrente do condutor em apoios de alinhamento e têm a vantagem de apenas ser necessá-
ao apoio ou suporte e sustentar rio instalar uma cadeia por condutor.
mecanicamente os cabos, barramentos. As cadeias de amarração fazem a ligação entre o condutor e o
apoio praticamente na horizontal, sendo normalmente utilizadas em
apoios sujeitos a esforços elevados, nomeadamente em apoios de ân-
A escolha dos isoladores é condicionada pelo nível de poluição da gulo, fim de linha, reforço e derivação. Os deslocamentos deste tipo
zona onde a linha será implantada, uma vez que este é um parâmetro de cadeia são praticamente inexistentes perante a variação do estado
que agrava o perigo de contornamento, obrigando a um dimensiona- atmosférico.
mento mais cuidado[2]. As Figuras 2 e 3 ilustram os dois tipos de cadeias de isoladores, as
Quanto ao tipo de isolador, este poderá ser um isolador rígido ou cadeias de suspensão e as cadeias de amarração[6].
uma cadeia de isoladores. A Figura 1 representa de forma esquemáti-
ca estes dois tipos de isoladores:

Figura 1. Tipos de isoladores. Lado esquerdo: isolador rígido; lado direito: isolador para Figura 2. Cadeia de isoladores em suspensão.
acoplamento em cadeia [5].

Embora mais baratos, os isoladores rígidos têm caído em desuso uma


vez que, em caso de defeito no isolamento, é necessário substituir o
isolador completo. Já nas cadeias de isoladores apenas é necessário
substituir a campânula que apresenta defeito.
As cadeias são constituídas por vários isoladores de material cerâ-
mico como porcelana, vidro ou resinas artificiais, por componentes Figura 3. Cadeia de isoladores em amarração.
metálicos e pelo material ligante que as une. Além destes componen-
tes podem também possuir anéis de guarda (também designados por Nas linhas de transmissão, os isoladores usados nas cadeias de sus-
anéis de Nicholson) ou hastes de descarga, colocadas num ou noutro pensão e suporte isolam eletricamente as linhas dos apoios, da terra e
extremo da cadeia, ou em ambos, de modo a assegurar uma proteção sustentam mecanicamente os cabos aéreos de transporte de energia
contra possíveis arcos elétricos e uma melhor repartição da potência fixados nas estruturas metálicas, de betão ou de madeira.
pelos elementos da cadeia. As hastes de descarga são também utili- Podem-se enumerar alguns dos fenómenos mais frequentes
zadas para proteger as cadeias de isoladores em situações de des- (Figuras 4, 5, 6 e 7) tais como:
carga atmosférica, uma vez que a corrente de descarga ao encami- • Condutividade da massa do isolador – com os materiais atual-
nhar-se pela superfície da cadeia pode originar a sua destruição e um mente utilizados no fabrico de isoladores, a corrente resultante
curto-circuito à terra. é insignificante podendo ser desprezada.
Independentemente da sua constituição ou configuração, os isola-
dores devem estar dimensionados de modo a resistirem aos esforços
mecânicos atuantes, nomeadamente a ação do vento sobre os pró-
prios isoladores e os esforços transmitidos pelos condutores.
Em linhas aéreas de Alta Tensão aplicam-se dois tipos de cadeias
de isoladores: cadeias de suspensão e cadeias de amarração.
As cadeias de suspensão são ligadas ao braço do apoio e dispõe-
se na vertical, paralelas ao apoio, sendo o condutor suspenso na extre-
midade inferior. Num cantão (conjunto de vãos compreendidos entre Figura 4.

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dossier sobre isolamento e proteções elétricas 57

• Resistência às variações buscas de temperatura;


• Preço baixo [1].

Nas instalações elétricas de Média Tensão/Baixa Tensão podem en-


contrar-se diversos tipos de isoladores (Figuras 8, 9, 10, 11) tais como:

Figura 5.
Isoladores de suspensão de Porcelana Rígidos
• Perfuração da massa do isolador – Em Baixa Tensão este pro-
blema praticamente não se coloca, dada a pequena espessura do
isolador é possível garantir a homogeneidade do material que o
constitui. Em Alta e Muito Alta Tensão a espessura do isolador é
grande, o que implica cuidadosos processos de fabrico de forma
a evitar a existência de heterogeneidades no interior da massa do Figura 8. Isoladores bastão.
isolador, que conduzam ao perigo de perfuração.

Figura 9. Isoladores pino.

Figura 6.
Figura 10. Isoladores pilar.
• Condutividade superficial – contornamento da parte exterior do
isolador. Este contornamento é favorecido pela deposição de poei-
ras e sais na superfície do isolador e pela presença de humidade,
gelo ou neve. Pode ser evitado dando ao isolador uma forma con-
veniente, de modo a tornar o mais longo possível o caminho da
corrente de fuga (linha de fuga), procedendo à limpeza do isolador Figura 11. Isoladores roldana.
ou agradecendo aos deuses a queda de chuva. A linha de fuga nor-
mal é de 1,5 cm.kV-1 e a linha de fuga alongada vale 2,6 cm.kV-1. Nas figuras abaixo representadas (12, 13, 14) pode-se verificar alguns
dos isoladores suspensos:

Figura 12. Isoladores de campânula simples.


Figura 7.

• Descarga disruptiva e contornamento – arco entre o condutor e


as partes metálicas dos suportes quando a rigidez dielétrica do ar
se apresenta com um valor bastante baixo, o que acontece sobre-
tudo com chuva ou se o grau de humidade for elevado. Destacam-
se entre causas possíveis ¾ rigidez dielétrica do ar e ¾ sobreten- Figura 13. Isoladores de campânula simples anti-poluição.
sões nas linhas.

Da análise dos pressupostos referidos anteriormente pode-se concluir


que os isoladores deverão ter as seguintes caraterísticas:
• Elevada resistividade;
• Rigidez dielétrica suficiente para que a sua tensão de perfuração
seja muito superior à tensão de serviço, o que lhes permite su-
portar sobretensões que possam aparecer na linha sem risco de
perfuração. Caso se verifique perfuração, a rigidez dielétrica do
isolador está definitivamente comprometida e a energia que se de- Figura 14. Cadeia de isoladores.
senvolve no seu interior, devido ao arco resultante, poderá levar à
explosão do isolador e à consequente queda do condutor; Para tensões de serviço superiores a 60 kV e, por vezes mesmo para
• Forma adequada para em primeiro lugar diminuir a corrente de tensões inferiores, os isoladores rígidos são difíceis de montar e dema-
fuga até que seja praticamente desprezável e, em segundo, evitar siado frágeis devido às suas dimensões, logo pouco seguros. Assim
as descargas de contornamento; foi necessário desenvolver novos tipos de isoladores tendo surgido os
• Resistência mecânica suficiente para suportar os esforços exerci- isoladores suspensos compostos por vários elementos reunidos em
dos pelos condutores; forma de cadeia. Estes isoladores podem ser de porcelana ou vidro.

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58 dossier sobre isolamento e proteções elétricas

Basicamente existem 3 tipos diferentes de elementos que formam do vento, do peso da camada de gelo que porventura se deposite sobre
as cadeias de isoladores: os condutores.
• isoladores de campânula simples; Com os ensaios térmicos pretende-se verificar a resistência do
• isoladores de campânula dupla; isolador às variações mais ou menos bruscas da temperatura. Estes
• isoladores de tronco longo. ensaios são realizados mergulhando o isolador alternadamente em
água quente e água fria. No final dos ensaios o isolador não deverá
Uma cadeia de isoladores é formada por uma série de isoladores de apresentar qualquer fissura ou fenda. Qual o interesse? Linhas aéreas
campânula de porcelana ou vidro. em zonas desérticas.
O número de isoladores que forma uma cadeia depende da tensão. Quanto às condições podem ser:
Para a tensão de 120 kV usa-se de 6 a 8 isoladores enquanto para Ensaios tipo (contornamento ao choque, frequência industrial)
linhas de 500 kV são usados de 26 a 32 isoladores. destinados a conhecer as caraterísticas elétricas do isolador, função
A tensão média por isolador é de 10 kV. da forma e dimensão. Estes ensaios são realizados apenas quando se
• Cadeias de suspensão - Cadeias verticais ou em V são usadas cria ou altera um isolador e destinam-se a verificar se as caraterísticas
em postes onde apenas há suspensão de linhas (postes de alinha- correspondem às projetadas.
mento) ou pequeno ângulo. Ensaios de rotina (aspeto exterior, mecânico, térmico, isolamen-
• Cadeias de amarração - Cadeias horizontais são usadas em pos- to à frequência industrial) individuais e efetuados sobre a totalidade
tes de amarração, de ângulo ou fim de linha. dos isoladores apresentados ao comprador. Destinam-se a eliminar
os isoladores defeituosos.
As cadeias podem ser simples ou duplas (Figuras 15, 16, 17 e 18): Ensaios de receção (dimensões, porosidade, acessórios metáli-
cos, térmico, mecânico, perfuração) efetuados na presença do com-
prador sobre alguns dos isoladores adquiridos.
Com a implementação das atuais normas de qualidade alguns
destes ensaios tendem a desaparecer ou a ser realizados só em casos
pontuais. Muitas das empresas tendem a ser empresas certificadas
Figura 15. Suspensão simples. por institutos internacionais o que à partida confere credibilidade aos
produtos fabricados. No entanto, as empresas compradoras têm tam-
bém mecanismos de controlo sobre os produtos adquiridos. Mediante
o fornecedor o controlo de receção pode ser mais (controlo a 100%) ou
menos apertado (sem controlo) [1].
Existem alguns aspetos relevantes a ter em conta relativamente ao
Figura 16. Amarração simples. desvio transversal das cadeias de isoladores de suspensão e contem-
plados na legislação:
Em geral, numa linha aérea de Alta Tensão aplicam-se dois tipos
de cadeias de isoladores: cadeias em suspensão e cadeias em amar-
ração. A ação do vento sobre os condutores faz com que as cadeias
de suspensão se desviem, podendo aproximar de modo perigoso os
Figura 17. Suspensão dupla em V. condutores ao apoio.
Os apoios de ângulo podem ter cadeias de amarração ou de sus-
pensão. Neste último caso, a aproximação das cadeias ao apoio é
derivada ao desvio produzido pelo vento e também ao ângulo, o que
aumenta o perigo de aproximação excessiva. Mesmo sem vento, as
cadeias de suspensão nos apoios de ângulo tendem para uma posi-
ção desviada da vertical, ao contrário do que sucede nos apoios em
Figura 18. Amarração dupla. alinhamento. Por este motivo, nos apoios de ângulo opta-se normal-
mente por cadeias de amarração [4] [RSLEAT].
No que diz respeito aos ensaios, os isoladores podem ser subdivididos Nos apoios em alinhamento são normalmente aplicadas cadeias
quanto à natureza e condições. de suspensão. Nestes casos é necessário proceder ao cálculo do má-
Quanto à natureza podem ser: ximo desvio transversal que a cadeia sofre, a fim de verificar se este
Ensaios elétricos (frequência industrial, choque) têm por fina- não ultrapassa o máximo indicado no RSLEAT.
lidade verificar quais os níveis de tensão que o isolador suporta sob
determinadas condições, em que o isolador pode ser chamado a fun-
cionar, sem que se verifique contornamento ou perfuração. No caso Distâncias de Segurança entre Condutores
de existir contornamento avalia-se a resistência mecânica do isolador. e Outros Objetos
Em funcionamento normal, à tensão de serviço, podem surgir di- No projeto de uma linha aérea, existem diversas normas de segurança
ferentes tensões de contornamento consoante as condições do am- que devem ser respeitadas. Estas normas definem distâncias míni-
biente tais como temperatura,humidade, depósitos salinos. Importa mas de segurança para que sejam evitados contactos que possam
conhecer, à partida, qual o comportamento do isolador sob essas levar a situações crítica para o sistema e para a saúde das pessoas.
condições, uma vez que a capacidade de isolamento é afetada. De forma a evitar os contornamentos elétricos existem, de acordo
Além deste ensaio é importante também conhecer o desempenho com a norma IEC50341-1, cinco tipo de distâncias elétricas, são elas [7]:
do isolador face a outro tipo de sobretensões, como as devidas ao fe- I. 𝐷𝑒𝑙 – Distância mínima para evitar uma descarga disruptiva en-
cho ou abertura de linhas e descargas atmosféricas. tre condutores de fase e objetos que se encontrem ao potencial terra
Os ensaios mecânicos (tracção, compressão, flexão, torção) durante sobretensões de frente rápida ou lenta. 𝐷𝑒𝑙 Pode ser conside-
servem para verificar a resistência do isolador às solicitações mecâ- rada uma distância interna tendo em conta a distância dos condutores
nicas, normais ou excecionais, a que vão estar sujeitos em funciona- à estrutura do poste, ou externa considerando a distância dos condu-
mento como sejam as que resultam do peso dos condutores, da ação tores a obstáculos.

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II. 𝐷𝑝𝑝 – Distância mínima para evitar uma descarga disruptiva entre autorizações dos proprietários dos terrenos e não haja razões de se-
condutores de fase, durante sobretensões de frente rápida ou len- gurança de pessoas e bens a garantir, e a revogação da tramitação de
ta. 𝐷𝑝𝑝 é uma distância interna. licenciamento relativa aos reclamos luminosos [18].
III. 𝐷50𝐻𝑧_𝑝_𝑒 – Distância mínima para evitar uma descarga diruptiva Existem mais dois documentos importantes, os quais importa
à frequência industrial entre um condutor de fase e objetos que se apresentar. O primeiro é o Decreto Regulamentar n.º 31/83, que surgiu
encontrem ao potencial terra. 𝐷50𝐻𝑧_𝑝_𝑒 é uma distância interna. dada a necessidade de legislar a atividade dos técnicos responsáveis
IV. 𝐷50𝐻𝑧_𝑝_𝑝 – Distância mínima para evitar uma descarga diruptiva pela elaboração de projetos, execução e exploração de instalações elé-
à frequência industrial entre condutores de fase. 𝐷50𝐻𝑧_𝑝_𝑝 é uma tricas de serviço particular, sendo conhecido pelo Estatuto do Técnico
distância interna. Responsável por Instalações Elétricas de Serviço Particular [19]. Este
V. 𝑎𝑠𝑜𝑚 – Valor mínimo de 𝑎50 – valor de uma linha. Menor valor da documento sofreu, em 2006, alterações instituídas pelo Decreto-Lei
distância em linha reta entre peças sobre tensão e peças ligadas à n.º 229/2006, que ditou a reformulação de diversos artigos do mes-
terra. [7] mo e teve como uma das principais novidades o técnico responsável
apenas ter de estar inscrito na Ordem dos Engenheiros com vista ao
exercício das suas funções [20].
Disposições regulamentares relevantes Outra das condicionantes que envolvem o estabelecimento de
O projeto e licenciamento das linhas aéreas, no caso ao nível da Média qualquer tipo de instalações elétricas é a exposição das pessoas
Tensão, é baseado nos Decretos Regulamentar n.º 1/92 e Lei n.º 26 aos campos eletromagnéticos. Apesar de ter sido o Decreto-Lei n.º
852/36, estabelecendo o primeiro o Regulamento de Segurança de 11/2003 a definir os mecanismos para fixação dos níveis de referên-
Linhas Aéreas de Alta Tensão e o segundo o Regulamento de Licenças cia relativos à exposição da população a campos eletromagnéticos,
para Instalações Elétricas. as restrições básicas e a fixação dos respetivos valores foram apenas
Na realidade, o primeiro Regulamento de Segurança de Linhas promulgadas com a Portaria n.º 1421/2004 [21][22].
Aéreas de Alta Tensão foi aprovado pelo Decreto n.º 46 847, de 27 Refira-se que se considera pertinente a consulta de alguns docu-
de janeiro de 1966, sendo apenas revisto duas vezes, pelos Decretos mentos técnicos da EDP DISTRIBUIÇÃO, que passo a citar: DMA C66
Regulamentares nos 14/77 e 85/84 [9]. Apesar de já se encontrarem (materiais para linhas aéreas), DMA C13-520 (isoladores de suporte de
a decorrer, na altura, as primeiras diligências com vista à revisão total Alta Tensão e Média Tensão) e DMA C66-140N.
do documento, entendeu-se ser necessário fazer alguns ajustes, no- Em modo de conclusão, é previsível que os materiais utilizados nos
meadamente ao nível da melhoria da qualidade de serviço, aumento isoladores sofram uma evolução tecnológica, pelo que o mercado adap-
de segurança e fiabilidade das instalações [10] e por forma a facili- tar-se-á com o objetivo de garantir uma maior segurança e eficiência.
tar os trabalhos em tensão [11]. Os resultados práticos das revisões
foram a atualização e nova redação dos artigos 178º, 185º [10], 91º,
127º, 128º, 129º, 130º, 199º e 200º [11], relativos ao Decreto 46 847/66. Referências bibliográficas:
A 14 de maio de 1991, e atendendo à necessidade da revisão total do • José Rui Ferreira 2004 “Linhas de Transmissão”- Apontamentos de Sistemas
Regulamento de Segurança de Linhas Aéreas de Alta Tensão conside- Elétricos de Energia [1];
rando a evolução técnica existente desde 1966, foi revogado o Decreto • Rui Emanuel Póvoas Duarte de Almeida “Otimização da Metodologia de Pro-
46 847/66 por promulgação do Decreto-Lei 180/91 [9]. jeto de Linhas Aéreas de Alta-Tensão com Modelização do Traçado Real em
Data, assim, de 18 de fevereiro de 1992 a publicação em Diário da 3D”,2016 [2];
República do Decreto Regulamentar n.º 1/92, que se constitui, até à data, • CENELEC, “EN 50341-3-17 - Aspetos Normativos Nacionais para Portugal,” 2001 [3];
como o novo Regulamento de Segurança de Linhas Aéreas de Alta Tensão, • D.L 1/92 de 18 de fevereiro- Regulamento de Segurança de Linhas Elétricas de
contemplando agora as muito alta tensões, a generalização da técnica dos Alta Tensão [4];
trabalhos em tensão e a evolução técnica verificada desde 1966 [12]. • Galvão, Paulo, Redes elétricas de média e baixa tensão – Aspetos de projeto,
Relativamente ao licenciamento dos ramais Média Tensão, o pro- licenciamento e exploração em contexto operacional, Dissertação de Mestrado,
cesso é conduzido segundo a legislação aplicável a todos os tipos de Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, 2010 [5];
instalações elétricas, com particular relevância para o Decreto-Lei n.º • Luís Filipe Soares Rocha- “Projeto de Linha Aérea de Alta Tensão – Estudo sobre
26 852/36. Este último estabelece o RLIE e, como é de prever pela data a utilização de Cabo de Guarda”junho 2014 [6];
de publicação, já foi alvo de diversas retificações. Ainda assim, vigorou • EN 50341-1 Overhead eletrical lines exceeding AC 45 kV Part 1: General require-
durante cerca de quarenta anos, até que em 1976 se procedeu à sua ments - Common specifications, 2001 [7];
primeira atualização, pelo Decreto-Lei n.º 446/76, onde diversos arti- • Hugo Pedreira –“Linhas Elétricas Aéreas: Estudo do Movimento das Cadeias de
gos foram novamente redigidos por forma a simplificar e tornar mais Isoladores em Suspensão e Determinação dos Limites Técnicos para a sua Apli-
expedito o processo de licenciamento [13]. Já com o processo de re- cação”, 2013 [8];
visão total do Decreto-Lei 26 852/36 a decorrer, foi o Decreto-Lei n.º • Decreto-Lei nº 180/91, Ministério da Indústria e Energia 180, 1991 [9];
517/80 que voltou a atualizá-lo, incluindo alguns artigos transitórios • Decreto Regulamentar nº 14/77, Ministério da Indústria e Tecnologia 14, 1977 [10];
relativos à classificação das instalações elétricas e ao exercício da ati- • Decreto Regulamentar nº 85/84, Ministério da Indústria e Energia 85, 1984 [11];
vidade dos técnicos responsáveis [14]. Em 1992 e no ano seguinte sur- • Decreto Regulamentar nº 1/92, Ministério da Indústria e Energia 1, 1992 [12];
giram, respetivamente, os DL nos 272/92 e 4/93, estabelecendo, o pri- • Decreto-Lei nº 446/76, Ministério da Indústria e Tecnologia 446, 1976 [13];
meiro, a figura de “associações inspetoras de instalações elétricas”, e • Decreto-Lei nº 517/80, Ministério da Indústria e Energia 517, 1980 [14];
revogando, o segundo, os pontos 1º e 2º do artigo 37º do RLIE [15-16]. • Decreto-Lei nº 272/92, Ministério da Indústria e Energia 4, 1992 [15];
Por fim, a alteração mais recente ao RLIE foi feita pelo DL 101/2007, • Decreto-Lei nº 4/93, Ministério da Indústria e Energia 4, 1993 [16];
sem que antes, em 2006, a Lei nº 30/2006 tivesse alterado uma série • Lei nº 30/2006, Assembleia da República 30, 2006 [17];
de artigos e aditado o artigo 58º-A, declarando a DGEG como a au- • Decreto-Lei nº 101/2007, Ministério da economia e da Inovação 101, 2007 [18];
toridade competente para a instauração, processamento, instrução e • Decreto Regulamentar nº 31/83, I. Ministérios do Trabalho, Energia e Exportação
decisão dos processos de contraordenação [17]. Foi com o objetivo 31, 1983 [19];
de, novamente, simplificar o processo de licenciamento, que surgiu o • Decreto-Lei nº 229/2006, Ministério da Economia e da Inovação 229, 2006 [20];
Decreto-Lei 101/2007, onde ficaram promulgadas a redução das cate- • Portaria nº 1421/2004, Presidência do conselho de ministros 1421, 2004 [21];
gorias de instalações elétricas de cinco para três tipos, a isenção de • Cláudio Galvão – “Redes elétricas de média e baixa tensão – Aspetos de projeto,
licenças de estabelecimento de linhas elétricas quando são obtidas licenciamento e exploração em contexto operacional”, 2014 [22].

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revestimentos nos cabos


General Cable
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Os revestimentos são elementos mecânicas. Esta fluência a alta temperatura é aproveitada na sua apli-
de diferentes tipos e aplicações que conferem cação em isolações ou outros tipos de revestimentos, geralmente por
uma proteção elétrica ou mecânica ao cabo. extrusão. Ao arrefecer recuperam as caraterísticas mecânicas iniciais.
Os mais usados no fabrico de cabos elétricos são o Poli (Cloreto
de Vinilo) ou PVC, o Polietileno Termoplástico (PE), as Poliolefinas
Cada um deles tem uma função específica na garantia de que o cabo Ignifugadas (Z1), o Poliuretano (PU), os materiais fluorados (Tefzel,
tenha um bom comportamento na aplicação para a qual foi concebi- Teflon), entre outros.
do. Entre os tipos de revestimentos distinguimos os seguintes:
• Isolantes;
• Semicondutores; Principais materiais poliméricos
• Blindagens metálicas; termoplásticos
• Enchimentos; O Poli (Cloreto de Vinilo) ou PVC obtém-se a partir do Etileno e do
• Bainhas de camas de armaduras; Acetileno por reação com o Ácido Clorídrico ou Cloro, seguida de
• Armaduras; polimerização por diversos processos. Inicialmente é uma resina de
• Bainhas. cor clara, dura, rígida e com reduzida estabilidade, pelo que se têm de
adicionar produtos estabilizantes. Também se adicionam outros pro-
dutos como os plastificantes, que lhe conferem dureza e flexibilidade
adequadas, cargas minerais que modificam as suas propriedades físi-
cas e reduzem o custo dos compostos, pigmentos, entre outros.

1 – Condutor;
2 – Fita de Mica;
3 – Isolação;
4 – Bainha interior;
5 – Armadura;
6 – Bainha exterior.

Figura 1. Exemplo da constituição de um cabo.

Figura 2. Poli (Cloreto de Vinilo) ou PVC.


Isolantes
Os isolantes constituem a camada contígua ao condutor metálico que Com tudo isto, adaptando as devidas proporções, podem obter-se
o protege eletricamente de tudo o que o rodeia. São, normalmente, os compostos com propriedades particulares para uso em isolações, ca-
elementos mais delicados e a sua deterioração, mais ou menos rápida mas de armadura e bainhas exteriores, os quais têm de satisfazer as
é o que limita, na maioria das vezes, a vida útil do cabo. As condições Normas e ensaios especificados bem como as condições particulares
ambientais e climáticas ou os contactos com agentes agressivos, a a que os cabos estão sujeitos dado o local de instalação, tipo de utili-
par da falta de cuidado na instalação, manuseamento e conservação, zação, por exemplo (resistência aos óleos, altas ou baixas temperatu-
são os principais fatores que limitam a vida de um cabo. ras, produtos químicos, reação ao fogo, entre outros).
Do ponto de vista científico, o estudo dos isolantes tem um grande Atualmente, a sua utilização mais comum é em bainhas interiores
interesse dado que as suas propriedades elétricas fundamentais de- e exteriores de cabos. Até ao aparecimento do Polietileno reticulado
vem ser equilibradas com outros parâmetros físicos, bem como a sua como isolante, o PVC foi também muito usado como isolação de cabos
composição química. Os isolantes utilizados não são dielétricos per- de Baixa Tensão, mas esta aplicação está a reduzir-se rapidamente.
feitos e há sempre a possibilidade de um eletrão passar de um átomo
para outro contíguo, umas vezes devido à sua própria estrutura atómi-
ca e outras devido a impurezas, o que origina uma corrente muito fraca
mas mensurável, designada corrente de fuga.
Os isolantes e outros revestimentos poliméricos usados no fabrico
de cabos são muito variados. Assim, apresentamos apenas os tipos
genéricos mais usuais. Os grandes grupos em que, normalmente, os
classificamos são os termoplásticos e os termoestáveis.

Termoplásticos
Designam-se assim os materiais poliméricos que, por aumento da tem-
peratura, se deformam sob pressão por perda das suas propriedades Figura 3. Polietileno Termoplástico (PE).

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O Polietileno resulta da polimerização do Etileno, obtendo-se uma ca- gerados pelo cabo com bainha de PVC não permitem ver os elementos
deia longa, sem ligações duplas, e, por isso, muito estável. A polime- de aviso colocados ao fundo da câmara e que no ensaio de cabo com
rização foi conseguida durante muito tempo a alta pressão (1500 bar) bainha de LSZH, é ainda possível ver os mesmos elementos.
e temperaturas entre 100 0 C e 2500 C. Mais recentemente é feita a
pressões normais e temperaturas entre 20 0 C e 700 C. Nesta reação
obtêm­‑se diferentes tipos de materiais, diferenciados pelo seu peso
molecular médio e pela viscosidade.
As propriedades elétricas do Polietileno são, realmente, excecio-
nais, o que o torna insubstituível como isolação de certos tipos de
cabo, como nas gamas de telecomunicações.
Em isolação de cabos de telecomunicação e dados pode ser usada
uma camada de PE sólido ou de PE celular ou ainda em “foam-skin”. A Figura 5. Ensaio de emissão de fumos em cabo com bainha de LSZH (à esquerda) e em cabo
introdução da camada celular melhora as propriedades dielétricas da com bainha de PVC (à direita).
isolação, podendo-se diminuir a espessura da isolação relativamente
ao PE sólido, o que permite um menor consumo de material. O “skin”
protege a camada celular e confere um melhor comportamento me- Termoestáveis
cânico à isolação. Designam-se como termoestáveis os materiais poliméricos submeti-
dos a processos de vulcanização ou reticulação, por criação de liga-
ções transversais entre as moléculas do polímero, de tal forma que o
material resultante não funde nem se deforma com o aumento da tem-
peratura. Os mais usuais são a Borracha de Etileno-Propileno (EPR),
o Polietileno Reticulado (PEX ou XLPE), o Hypalon (CSP), o Neopreno
(PCP), a Borracha Sintética (SBR), a Borracha de Silicone (SI), entre
outros.

Principais materiais poliméricos


termoestáveis
O Polietileno Reticulado (PEX) começou a usar-se nos anos 60, na iso-
Figura 4. Isolação de cabos de telecomunicação com PE sólido ou “foam-skin”. lação de cabos de Baixa Tensão, estendendo-se posteriormente a sua
aplicação aos cabos de Média e Alta Tensão. O seu consumo tem tido
Até ao aparecimento das técnicas para a sua reticulação, o Polietileno um aumento constante, inclusive em cabos de Muito Alta Tensão.
Termoplástico foi também usado na isolação de cabos de Média O PEX é um material duro, com elevada resistência à rutura (su-
Tensão. Tal como o PVC é usado como isolante e também como bai- perior à Borracha e ao PE). A sua termoestabilidade permite tempera-
nha exterior de cabos, tanto pela resistência aos impactos e à abrasão turas de utilização de 90 0 C. Esta propriedade, juntamente com a sua
como pela baixa absorção de humidade, aplica-se atualmente em ca- baixa resistividade térmica (350 0 C.cm/W), permite-lhe suportar situ-
bos de telecomunicações e de Média e Alta Tensão. ações de emergência, com curtos-circuitos até 250 0 C. A resistência a
Quando se utiliza em cabos para instalação à intempérie, e dado baixas temperaturas é também muito boa, chegando a -70 0 C.
que o Polietileno apresenta uma certa degradação das caraterísticas O Polietileno pode ser reticulado pela adição de peróxidos orgâni-
mecânicas por ação dos raios UV, é necessário adicionar uma percen- cos, como o dicumilperóxido, o qual se decompõe, quando a tempe-
tagem baixa de negro de fumo que absorve a radiação. ratura atinge 140 0 C, capturando átomos de Hidrogénio das cadeias
Os materiais “Zero Halogénios” (LSZH ou LS0H) referem-se a ma- poliméricas (criando ali radicais). Estas espécies vão formar ligações
teriais livres de halogénios (flúor, cloro, bromo, iodo). As siglas LSZH Carbono-Carbono, unindo as moléculas do polímero numa rede
ou LS0H provêm do inglês “Low Smoke Zero Halogen”. Estes materiais, tridimensional.
tal como o PVC, não propagam a chama, ou seja, ao ser aplicada uma No fabrico de cabos com este tipo de isolação, a extrusão e a reti-
chama sobre a superfície do cabo, após remoção da mesma, o mate- culação podem ser combinadas num só processo – após a extrusão,
rial extingue-se. A grande vantagem dos materiais LSZH, relativamen- o cabo entra no tubo de vulcanização, onde se aumenta a temperatura
te ao PVC, reside nos fumos emitidos durante a combustão dos cabos. por subida da pressão do vapor de água que enche o tubo ou por equi-
Em situação de incêndio, um material LSZH emite fumos não opacos, pamentos de infravermelhos, em atmosfera de Azoto, no procedimen-
não tóxicos nem corrosivos. Ao contrário do Polietileno, os materiais to conhecido como “Dry Curing”.
LSZH não propagam a chama, pelo que estes o podem substituir, quer Outro processo usado na reticulação do Polietileno é a adição de
em isolações, quer em bainhas, sempre que seja necessário um com- misturas de silano, peróxido e catalisador. O peróxido intervém como
portamento melhorado ao fogo. iniciador, criando radicais livres nas cadeias do Polietileno, nas quais
Estes são requisitos importantíssimos quando os cabos são ins- se formam ramificações. Finalmente, na presença do catalisador e de
talados em locais com circulação regular de pessoas, nomeadamen- água ocorre a reação de reticulação, sendo este processo designado
te hospitais, escolas, túneis de metropolitano, entre outros, onde, em por “Monosil”.
caso de incêndio, é essencial garantir: A Borracha de Etileno-Propileno (EPR) é um copolímero de Etileno
• Boa visibilidade para a evacuação das pessoas; e Propileno. Com a incorporação de outros elementos como plastifi-
• Que os fumos não sejam causa de intoxicação das pessoas devido cantes, antioxidantes, lubrificantes, pigmentos e outros componentes,
à libertação de gases nocivos; consegue-se uma mistura crua que terá de ser vulcanizada por incor-
• Que os fumos não causem a destruição de equipamentos devido à poração de peróxidos. Esta vulcanização consegue-se após extrusão,
corrosividade dos gases libertados. em condições determinadas de pressão e temperatura, seguindo um
processo análogo ao descrito para o Polietileno Reticulado.
Num ensaio em câmara fechada em que se queimam cabos e se ana- As propriedades dielétricas são muito boas, o que o torna um
lisam os fumos libertados, observa-se que, após 10 minutos, os fumos isolante adequado para Média Tensão. No campo da Alta Tensão a

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62 dossier sobre isolamento e proteções elétricas

sua aplicação é limitada por ter uma resistência térmica considerável Bainhas de cama de armadura
(5000 C.cm/W) e pelos valores dielétricos (tg b) mais elevados do que Os cabos concebidos com armaduras metálicas possuem uma cama-
o PEX. A sua alta flexibilidade aconselha o uso em instalações móveis da extrudida que, aplicada sobre os enchimentos referidos ou sobre o
de Baixa ou Média Tensão – equipamentos de movimentação, cabos conjunto cableado, serve de cama à armadura e, como tal, protege as
para navios, cabos de minas, entre outros. isolações de possíveis ações das massas metálicas.
A bainha de cama será, regra geral, de PVC nos cabos com bainha
Tabela 1. Principais caraterísticas dos materiais poliméricos. exterior deste material. Em certos países, se a composição da bainha
se reflete na designação do cabo, a qualidade e caraterísticas do com-
Borracha PVC /
Caraterísticas PVC PE PEX EPR
Sintética
Policloropreno Hypalon
NBR
posto usado devem ser as mesmas da bainha exterior. Nos casos em
Mecânicas MB B B A A-MB B-MB MB B
que a designação não refere o material da bainha de cama significa
que o material desta camada não corresponde à exigência da Norma
Resistividade elétrica B EX EX MB B R A R
de suporte. Nos cabos armados com bainha exterior elastomérica
Perdas dielétricas A EX MB B B R R R
(Policloropreno, Hypalon, entre outros), a bainha de cama da armadura
Resistência à intempérie B R-B MB B R B MB B
será em material elastomérico.
Resistência à propagação
da Chama
B N R N N B B B As Normas podem exigir para as bainhas de cama as seguintes
Resistência ao ozono EX EX EX EX N B EX EX
especificações:
Resistência ao
• Espessuras;
B B MB MB A B MB B
envelhecimento e ao calor • Caraterísticas mecânicas;
Temperatura máxima de
70 65 90 90 60 75 85 75 • Estanquidade;
serviço permanente
• Não Higroscopicidade;
Resistência aos óleos
minerais
B A A R R MB MB EX • Compatibilidade com os materiais adjacentes.
Fragilidade a baixa
A EX MB EX MB MB B B
temperatura

Legenda: EX – Excelente; MB – Muito Boa; B – Boa; A – Aceitável; R – Regular; N – Nula. Bainhas exteriores
As bainhas exteriores são as camadas ou revestimentos exteriores
que atuam como proteção dos cabos elétricos, estando a sua aplica-
Semicondutores ção justificada por muitas razões, sendo a mais comum suportar, du-
Os semicondutores consistem em camadas extrudidas de resistên- rante a instalação e ao longo da vida útil do cabo, os efeitos mecânicos
cia elétrica reduzida de materiais compatíveis com as isolações. São de choques, escorregamentos e apertos. Dependendo da localização,
usados principalmente em cabos de Média e Alta Tensão, em duas condições ambientais, tipo de instalação e serviço, bem como por ra-
camadas. zões de segurança, as bainhas devem também ser adequadas a cada
A primeira camada é aplicada diretamente sobre o condutor e tem uma das solicitações que se prevejam. É comum que para cabos a ins-
por função conter o campo elétrico dentro de uma superfície cilíndri- talar dentro de refinarias e instalações petroquímicas, a bainha de PVC
ca e o mais equipotencial possível, com uma espessura adequada à deva suportar a ação de contactos acidentais com hidrocarbonetos e
eliminação das irregularidades dos fios que formam o condutor. Sem solventes, existindo para a sua avaliação normas que especificam os
esta blindagem, a isolação ficaria sujeita a gradientes de potencial va- ensaios a satisfazer e os limites de aceitação. Para centrais nucleares,
riáveis. Estes materiais são desenvolvidos de modo a garantir a sua as bainhas devem responder, entre outros requisitos, a uma particular
compatibilidade com a isolação. resistência aos efeitos das radiações por se destinarem a funcionar
A segunda camada semicondutora tem uma função análoga à an- num meio onde existe a possibilidade de fugas radioativas. Para as
terior, entre a isolação e a blindagem. instalações elétricas em locais com acesso ao público, e dada a pos-
Na General Cable, o fabrico dos cabos de Média e Alta Tensão, no sibilidade de ocorrerem incêndios, apesar das medidas de segurança,
que se refere à aplicação das camadas semicondutoras e isolantes, é os cabos e, em particular, as bainhas devem ter um certo tipo de com-
feito pelo processo de “Tripla Extrusão Simultânea” que consiste em fa- portamento em caso de incêndio: exigem-se cabos não propagado-
zer confluir os três materiais fundidos por canais distintos numa única res, sem componentes halogenados que possam gerar gases tóxicos
cabeça em simultâneo e sem a presença de atmosfera contaminante e que não emitam fumos densos em presença de fogo.
como poderia suceder nos processos convencionais de extrusão. Podem definir-se muitas situações particulares que já foram es-
As blindagens semicondutoras também têm aplicação em cabos tudadas e para as quais já foi encontrada a solução mais adequada,
de Baixa Tensão para a indústria mineira e para a utilização de equipa- correspondente às condições definidas. A bainha dos cabos elétri-
mentos móveis. Esta camada permite captar qualquer corrente de de- cos comporta-se como uma proteção global do cabo, não devendo
feito radial, entre o condutor e a isolação, e transferi-la para um condu- esquecer-se que a vida útil deste diminui rapidamente com bainhas
tor auxiliar de drenagem ligado a um detetor de defeitos, que permite deterioradas por pancadas, perfurações, entre outros fatores.
desligar de imediato o circuito em causa. Assim, ao mesmo tempo que Esta circunstância faz com que, em certos tipos de cabos, como
se evita a possibilidade de um curto-circuito importante que destrua os de Média e Alta Tensão, seja extremamente importante a utilização
o cabo, elimina-se a possibilidade da energia libertada na falha ser a de meios adequados no seu lançamento em condutas subterrâneas,
causa de um incêndio ou deflagração. com o objetivo de não os danificar. Um pequeno orifício, por imperce-
tível que seja, é suficiente para a entrada de água ou, pelo menos, de
humidade, que se propagará ao longo do cabo, produzindo-se fenó-
Enchimentos menos eletroquímicos que provocam o aparecimento e crescimento
O enchimento é o material que tem por função ocupar os espaços de arborescências, o que significa uma degradação constante dos
vazios resultantes da cablagem dos condutores isolados, de modo a materiais isolantes até ocorrer a perfuração do dielétrico.
resultar uma envolvente cilíndrica e lisa. Podem ser têxteis ou de ma- Tal como as isolações que referimos anteriormente, as bainhas
terial plástico e as condições fundamentais a exigir aos materiais de podem ser classificadas em dois grandes grupos: termoplásticas,
enchimento são as seguintes: como o PVC, Polietileno, LSZH e Poliuretano nas suas diferentes va-
• Não Higroscópicos (não absorvem ou libertam humidade); riedades, e termoestáveis como o Policloropreno, Hypalon, Borracha
• Compatibilidade com os materiais adjacentes. Sintética, Borracha de Silicone, NBR, entre outros.

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64 dossier sobre isolamento e proteções elétricas

o isolamento dos condutores


elétricos
Eng.º Anselmo Martins
Colaborador da Unidade de Negócio da Inspeção do Instituto Eletrotécnico Português

Os condutores elétricos Exemplos:


são um dos elementos mais importantes H07V – Condutor com isolamento em policloreto de vinilo;
numa instalação elétrica. H1XV – Condutor com isolamento em polietileno reticulado.

Os condutores elétricos são responsáveis pela condução da corrente HD 361


elétrica desde uma fonte até ao recetor que queremos alimentar. São Símbolo
constituídos por uma alma condutora maciça ou multifilar, geralmen- Harmonizado H
te de cobre ou de alumínio, sendo depois revestidos por um material NORMALIZAÇÃO Tipo nacional reconhecido A
isolante que lhes vai conferir o respetivo isolamento. O isolamento dos Tipo nacional não reconhecido PT-N
condutores é um fator primordial da segurança das instalações elé- >100/100V 0
tricas. Quanto melhor for a sua qualidade, maior será o tempo de vida ≥100/100V; <300/300V 1
útil do condutor e por conseguinte, a ocorrência de um defeito na ins- TENSÃO 300/300V 3
talação será menor. A qualidade do isolamento de um condutor está 300/500V 5
dependente do tipo de materiais usados como isolantes. 450/750V 7
Borracha de etileno-propileno B

Isolamento Etileno acetato de vinilo G


Borracha R
ISOLAMENTO
Borracha de silicone S
Policloreto de vinilo V
Polietileno reticulado X

Alma Condutora

Exemplos:
Os tipos de isolamentos que podemos encontrar são os seguintes: LFV – Condutor com isolamento em policloreto de vinilo;
• Borracha de etileno-propileno – EPR; LP – Condutor com isolamento em papel.
• Etileno acetato de vinilo;
• Borracha;
• Borracha de silicone; NP 665
• Policloreto de vinilo – PVC; Símbolo
• Polietileno reticulado – XPLE; Cobre Sem letra
• Papel; MATERIAL DOS CONDUTORES Alumínio multifilar L
• Polietileno – PE. Alumínio maciço LS
Condutores rígidos Sem letra
Os condutores e cabos são identificados no seu revestimento exterior GRAU DE FLEXIBILIDADE Condutores flexíveis F
por uma designação (conjunto de carateres alfanuméricos) atribuída Condutores extra-flexíveis FF
pela Norma HD361 ou NP665 que permite, entre elas, identificar o tipo Borracha de etileno-propileno B
de isolamento do condutor. Vamos, de seguida, apresentar parte das Etileno acetato de vinilo G
respetivas normas e alguns exemplos. Papel P
MATERIAL DO ISOLAMENTO
Policloreto de vinilo – PVC V
Polietileno – PE E
Polietileno reticulado – XPLE X
“O isolamento dos condutores
é um fator primordial da segurança
das instalações elétricas. Na seleção do tipo de isolamento a utilizar numa determinada situa-
Quanto melhor for a sua qualidade, ção é necessário ter em conta vários fatores, sendo por isso necessá-
maior será o tempo de vida útil rio comparar as caraterísticas desses materiais.
do condutor e por conseguinte, As caraterísticas que devemos comparar são as seguintes:
a ocorrência de um defeito na instalação • A constante de isolamento;
será menor. A qualidade do isolamento • Temperaturas admissíveis;
de um condutor está dependente • Rigidez dielétrica;
do tipo de materiais usados • Perdas dielétricas;
como isolantes.“ • Resistência à ionização.

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dossier sobre isolamento e proteções elétricas 65

Resistência à ionização (horas)


Os isolantes sintéticos podem ser compostos por materiais termo-
PVC 200 plásticos ou por elastómeros e polímeros reticuláveis. Em relação aos
PET 12 materiais termoplásticos podemos referir o policloreto de vinilo (PVC)
XPLE 12 e o polietileno (PE). Estes materiais têm a desvantagem de amolece-
EPR 160 rem com o aumento da temperatura.

Até aos finais dos anos 80, os cabos com isolamento em papel foram Temperaturas admissíveis (o C)
muito utilizados nas instalações, mas estes têm vindo a ser substituí- Isolamento Em regime permanente De sobrecarga De curto-circuito
dos, ao longo do tempo, por outros com isolamento sintético, também PVC 70 100 160
chamados de isolantes secos, dado terem um custo mais reduzido e PET 70 90 130
terem um peso inferior. Ainda hoje, a sua utilização é comum em apli- XPLE 90 130 250
cações especiais, podendo ser utilizados cabos com papel impregnado EPR 90 130 250
com massa ou impregnado com óleo fluido sob pressão. Estes apre- Papel impregnado com massa 80/90 85/115 200
sentam como principal vantagem a baixa dispersão de rigidez dielétrica Papel impregnado com óleo fluido 85 105 250
e um elevado tempo de vida útil, sendo por isso o isolamento mais confi-
ável. Os cabos com papel impregnado com massa são tradicionalmente
utilizados em redes de Baixa e Média Tensão e os com papel impreg- Os isolamentos em PVC são caraterizados por terem uma boa rigi-
nado com óleo fluido sob pressão utilizados em redes de Alta Tensão. dez dielétrica e resistência de isolamento, boa carga de rutura, boa
resistência à compressão e aos choques e boa resistência à água e à
maioria dos produtos químicos. Este isolamento é muito utilizado até
Rigidez dielétrica tensões de 1 kV por ser bastante económico, bastante durável e não
Rigidez (kV/mm) Gradiente de projeto (kV/mm)
Isolamento propagador de chama, mas a sua fraca flexibilidade é um entrave em
C.A. Impulso C.A. Impulso
algumas utilizações.
PVC 25 50 2.5 40
A utilização deste isolamento é restringida a uma temperatura
PET 40 40 2.5 40
XPLE 50* 65 4 40 máxima de 70o C da alma condutora, em regime permanente, mas
EPR 40* 60 4 40 existem outros tipos de misturas de compostos que permitem obter
Papel impregnado com massa 30 75 4 40 temperaturas de funcionamento superiores. As perdas dielétricas nes-
Papel impregnado com óleo fluído 50 120 10/25 90/100 te tipo de isolamento são elevadas, sendo por isso desaconselhável a
*Arborescências que se formam no material isolante provocando descargas parciais. sua utilização em Média Tensão.

PUB
66 dossier sobre isolamento e proteções elétricas

Perdas dielétricas boa resistência à compressão e uma boa flexibilidade, mesmo a


PVC 0,3 baixas temperaturas. O tempo de vida útil é elevado porque tem
PET 0,00046 uma excelente resistência face ao oxigénio, ao ozono, a intempé-
XPLE 0,00069 ries, à água, a produtos químicos diluídos e a micro-organismos.
EPR 0,0182 A borracha, quando exposta à chama, não arde e permite manter
Papel impregnado com massa 0,0618 o isolamento dos cabos, mesmo quando está sujeito a vibrações,
Papel impregnado com óleo fluido 0,0059/0,014 podendo assim estar em funcionamento durante um incêndio.
Durante a combustão este isolamento liberta pouco fumo e não li-
berta gases tóxicos. A legislação elétrica obriga a que os cabos nos
Os isolamentos em polietileno são caraterizados por terem qualida- circuitos de segurança devam resistir ao fogo, sendo por isso muito
des elétricas excecionais, tais como alta resistência de isolamento utilizados para esses fins.
e rigidez dielétrica, boa resistência aos choques, boa resistência à A identificação dos condutores em Corrente Alternada até tensões
fissuração e boa resistência às baixas temperaturas (até - 40 o C). estipuladas de 1 kV, é efetuada por meio de coloração no isolamento
Possuem uma certa flexibilidade e elevada resistência à grande dos condutores, segundo a norma HD 308.S2.
maioria dos agentes químicos usuais e aos agentes atmosféricos e
não libertam gases corrosivos durante a sua combustão. Este isola-
mento tem a desvantagem de ter uma baixa resistência à ionização, HD 308 S2
fraca resistência à propagação da chama e das suas caraterísticas Nº de condutores Com verde/amarelo Sem verde/amarelo
físicas serem pobres. São muito utilizados em cabos de Alta e Muito
Alta Tensão.
2
De entre os elastómeros e polímeros reticuláveis podemos referir
o polietileno reticulado (XPLE), a borracha etileno-propileno (EPR), a
borracha de etilenopropileno-terpolímero (EPT), a borracha de silico-
ne, entre outros.
3
Os elastómeros e os polímeros reticuláveis são materiais que ne-
cessitam, depois de extrudidos, de uma operação de vulcanização ou
reticulação para lhe conferirem, de forma irreversível, ligações trans-
versais entre as cadeias moleculares, em certas condições de tempe-
ratura e com agentes químicos apropriados. 4
O polietileno reticulado tem como principal vantagem permitir uma
temperatura máxima de 90o C na alma condutora, em regime perma-
nente. A reticulação do polietileno confere uma melhor estabilidade
térmica e melhora as caraterísticas mecânicas. Este isolamento tem
boas propriedades mecânicas e não liberta gases corrosivos durante a
5
sua combustão, mas possui pouca flexibilidade, tem uma baixa resis-
tência à ionização e tem perdas de energia elevadas. As caraterísticas
elétricas deste tipo de isolamento são boas, mas inferiores quando
comparadas com as do polietileno. É utilizado em Alta, Média e Baixa
Tensão.
O isolamento sintético recentemente mais utilizado é a borracha A experiência de 17 anos do IEP – Instituto Eletrotécnico Português,
de etilenopropileno (EPR). É caraterizado por permitir temperaturas da como Entidade Inspetora de Instalações Elétricas, vem demonstrar
alma condutora, em regime permanente, semelhantes às do polieti- que o tipo de isolamento mais utilizado em condutores e cabos em
leno reticulado, por ter uma excelente flexibilidade, mesmo a baixas instalações de Baixa Tensão é o de PVC e o de XPLE.
temperaturas, ótima resistência à ionização e baixa dispersão da rigi- No caso dos condutores, verifica-se que o PVC é quase utiliza-
dez dielétrica. Possui uma grande resistência ao oxigénio, ao ozono e do na totalidade das situações e no caso dos cabos, verifica-se um
às intempéries, mas tem um comportamento medíocre na presença acentuar da utilização do XPLE em detrimento do PVC. O isolamento
de óleos. Apresenta pouca resistência à propagação da chama e não dos condutores e cabos é um dos pontos de máxima importância na
liberta produtos nocivos na sua combustão. Este tipo de isolamento é avaliação do correto dimensionamento das canalizações, dado que
frequentemente utilizado em cabos submarinos e em cabos rígidos e influencia a sua corrente máxima admissível. O estado do isolamento
flexíveis de Baixa e Média Tensão. dos condutores/cabos, após a colocação numa instalação, deve ser
verificado através do ensaio de resistência de isolamento dos circui-
tos. Este ensaio permite verificar se existe um correto isolamento en-
Constante de isolamento (MΩ km a 20 o C) tre os vários condutores constituintes de uma canalização ou de um
PVC 370 cabo, garantindo assim que não haja disparo das proteções (diferen-
PET 12 000 cial/sobreintensidades) em condições normais. Confirmamos assim,
XPLE 3700 que o isolamento dos condutores elétricos é um fator de extrema im-
EPR 3700 portância de uma instalação elétrica e ao qual deve ser dada a devida
atenção.

O isolamento em borracha de silicone possui caraterísticas notá-


veis por ser elastómero, cujas cadeias são formadas por ligações Bibliografia
simples de silício e oxigénio. Este isolamento tem um bom compor- • Portaria N.º 949-A 2006 de 11 de setembro;
tamento face a uma gama de temperatura externa entre os - 80 o C • Norma HD308 S2;
e os 250 o C, tem uma grande resistência face ao efeito coroa e um • Prysmian Group (2002). Cabos de energia;
bom comportamento dielétrico em ambiente húmido. Possui uma • Dos Santos, J. Neves (2005). Condutores e cabos energia. FEUP.

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68 dossier sobre isolamento e proteções elétricas

isolamento elétrico
termoplástico
A. Campante, A. Leite
Eng. Químicos (UP) – Secção de “R & D” de Somapla – Sociedade Industrial de Materiais Plásticos, Lda.

O presente artigo pretende dar uma ideia um aditivo no reator. Desta forma obtemos cadeias de um certo com-
de como são produzidos os materiais primento, variando à volta de um valor médio pré-estipulado. Do peso
termoplásticos usados nos isolamentos (molecular) médio dessas cadeias dependem depois as caraterísticas
e revestimentos elétricos. mecânicas (tensão e alongamento na rutura, resistência à abrasão)
do polímero.
Os termoplásticos mais utilizados são o PVC, o PE e o PP. É des-
Plástico tes que vou falar, embora também, em menor escala, sejam utilizadas
fundido
Poliamidas (Nylon), Poliuretanos Monocomponentes, PTFE e outros.

PVC, PE e PP: caraterísticas e diferenças


Alma Cabo O PVC (Policloreto de Vinilo, Polyvinyl Chloride, em inglês) é obtido por
metálica revestido polimerização do Cloreto de Vinilo (VCM – Vinyl Chloride Monomer)
também conhecido como Cloroeteno (nomenclatura IUPAC) ou
Cloreto de Etileno.
O Cloreto de Vinilo pode ser obtido tanto através do monómero
Figura 1. Ilustração da produção de materiais termoplásticos para isolamentos Eteno, extraído do petróleo, como do Acetileno (Etino), obtido a partir
e revestimentos. da carbite, em reação com Cloro ou Ácido Clorídrico. A fonte de Cloro é
o sal marinho, por eletrólise da sua solução.
A carbite, produzida a partir do calcário e do carvão, é aquele sólido
Breve resumo histórico popularmente conhecido por carboneto que, nos velhos tempos em
Desde cedo se verificou a necessidade de isolar o cabo metálico, con- que não havia eletricidade, era utilizado nos candeeiros de iluminação,
dutor de corrente, de forma a minimizar as perdas. Os primeiros iso- onde era misturado com água, para produzir um gás (Acetileno) que
lamentos foram feitos com papel, sobre o condutor metálico usado dava uma chama iluminante de cor azulada.
na transmissão telegráfica, pelo espanhol Francisco Salva, em 1795. Portanto, a partir do Calcário (Carbonato de Cálcio), do Carvão e do
Em tempos napoleónicos foi utilizada uma borracha indiana seca e Sal Marinho pode produzir-se PVC não dependente do petróleo.
envernizada num condutor sob o rio Sena. Foram depois utilizados a Quimicamente é composto por Cloro, Carbono e Hidrogénio. No
seda e o asfalto, em 1836, numa linha telegráfica com cerca de 30 km, PVC, o Cloro, obtido do Sal Marinho, constitui cerca de 56,8% do peso
partindo de S. Petersburgo para a residência do imperador russo. Em total do polímero. Os restantes 43,2% são derivados do Petróleo ou do
1848 foi utilizada a guta-percha, em Berlim. Foram também utilizados Acetileno a partir da carbite.
betume, borracha natural, borracha vulcanizada, esmalte e óleo e ain- A percentagem de Cloro confere ao PVC propriedades ignífugas e
da hoje, se utilizam alguns destes isolamentos. uma menor dependência do petróleo.
O grande salto tecnológico verificou-se após a II Guerra Mundial, Uma das formas de medir o comprimento da cadeia PVC é através
com a utilização de polímeros sintéticos no fabrico de isolamentos. do valor K. Para cabos elétricos de energia, de 70º C e 90º C de tem-
peratura de utilização, o valor K usual de PVC é 70. Para utilizações
especiais, como temperaturas de utilização mais elevadas, utilizam-se
Polímeros termoplásticos valores K superiores.
Há duas classes de polímeros, os termoplásticos e os termofixos ou O PVC é um material muito polivalente e, com o mesmo valor K,
termoendurecíveis. Os primeiros, sempre que aquecidos, tornam-se podem ser obtidos compostos com caraterísticas muito diferentes,
moldáveis e podem ser transformados. Os segundos, uma vez aqueci- desde rígidos até muito flexíveis.
dos e transformados, não são reversíveis. São exemplo de termoplás- O PVC não pode ser usado diretamente no fabrico de isolamentos.
ticos o PVC (policloreto de vinilo), o PE (Polietileno) e o PP (polipropi- Tem que ser estabilizado termicamente e há que idealizar uma formu-
leno) e de termofixos ou termoendurecíveis a baquelite, a borracha lação para lhe conferir caraterísticas que correspondam às exigências
vulcanizada e o EPDM. impostas pela Norma referente ao tipo de cabo.
De uma forma genérica é necessário adicionar ao PVC outros
componentes como os seguintes:
Isolamentos termoplásticos • Plastificantes – conferem flexibilidade ao PVC; há diversos tipos,
Atualmente, e por razões económicas, os polímeros são produzidos mais ou menos voláteis, recomendáveis para baixa ou alta tempe-
a partir de monómeros derivados do petróleo. Esses monómeros, ratura, mais ou menos resistentes à extração por óleos ou sabão.
unidades fundamentais, tais como elos, são usados na fabricação do Da quantidade usada depende a dureza do material. Também há
polímero que pode ser comparado a uma cadeia formada por esses os que conferem caraterísticas ainda mais ignífugas ao PVC.
elos. O comprimento dessa cadeia depende das condições de reação. • Estabilizantes – melhoram a resistência térmica ou à luz do PVC.
O processo de polimerização pode ser interrompido por introdução de A resistência térmica é necessária, não só devido ao processa-

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dossier sobre isolamento e proteções elétricas 69

mento dos cabos como, posteriormente, ao seu funcionamento. As extrusoras são máquinas cuja função é comprimir e aquecer
Já foram utilizados sais de metais pesados como o Chumbo e o o material a transformar. São constituídas por uma câmara cilíndrica
Cádmio, agora proibidos. Atualmente, são usados sais de Cálcio, aquecida (no final da guerra, os fabricantes de canhões começaram
Zinco, Magnésio e Alumínio. a fabricar extrusoras), com um ou mais fusos (parafusos) acionados
• Lubrificantes – são necessários para auxiliar o processamento e por motores. O material fundido passa depois por uma fieira sendo os
têm também influência no aspeto superficial do isolamento. Há os cordões resultantes cortados por facas rotativas.
de natureza polar e apolar e de diferentes grupos químicos. Pode Há extrusoras de diversos tipos: monofuso, dois fusos contra ou
ser utilizado mais do que um tipo de forma a otimizar a solução. co rotativos, multifusos, também chamadas planetárias (fuso central
• Aditivos – são específicos para cada exigência, desde modifica- e fusos satélites de menor dimensão), kneader (câmara dentada e fuso
dores de resistividade, ignífugos, supressores de fumo e vapores, com movimento rotativo e longitudinal).
anti UV, biocidas, antitérmitas. O conjunto de extrusão pode ser de uma etapa (uma extrusora) ou
• Cargas minerais – há cargas minerais que são consideradas Adi- de duas etapas (duas extrusoras seguidas e de tipo diferente, entre as
tivos desde que destinadas a algum efeito especial. Neste caso quais se procede à desgaseificação por vácuo – Figura 3).
são aditivos com efeito neutro cuja finalidade se destina a emba-
ratecer o preço do produto.
• Pigmentos – são destinados a dar cor ao produto podendo, no
caso dos cabos elétricos, o negro de carbono ser usado como adi-
tivo anti UV.

Quanto ao PE e ao PP, estas resinas são, exclusivamente, formadas


por Carbono e Hidrogénio e obtidas por polimerização do Etileno (mo-
nómero com 2 átomos de Carbono) no primeiro caso, e, no segundo,
do Propileno (com 3 átomos de Carbono). São dependentes a 100% do
petróleo. Por isso, os seus preços são mais sensíveis à cotação do pe-
tróleo. De igual forma, tal como o petróleo, também são combustíveis
e quando a norma do cabo tem exigência ao nível do comportamen-
to ao fogo, torna-se necessária a junção de grandes percentagens de
agentes ignífugos.
As composições de PE ou PP, utilizadas no revestimento de cabos
elétricos, envolvem geralmente a mistura de 2 a 3 resinas, estabilizan-
tes, anti UV, agentes compatibilizadores, ignífugos e pigmentos. Para Figura 3. Linha de granulação com conjunto de mistura, extrusora de 2 etapas, tabuleiro
aplicações de mais elevada temperatura usam-se agentes reticulan- de arrefecimento e classificação (da direita para a esquerda).
tes transformando-se assim o PE em XLPE (crosslinked PE ou PE reti-
culado). No entanto, assim passam já à classe de termofixos. Após a extrusão e corte, o granulado resultante é transportado pneu-
maticamente para um tabuleiro vibratório com corrente de ar, onde é
classificado e arrefecido. Sofre um novo transporte pneumático para a
Produção de compostos pesagem e ensacamento.
No caso do PVC, os diferentes componentes são introduzidos em mis- Nos diferentes pontos de transformação são recolhidas amostras
turadores de alta velocidade, onde, por atrito dos rotores, se atingem para o controlo de qualidade.
temperaturas da ordem dos 100º C a 115º C. A mistura (dry blend) O granulado resultante, em embalagens de 25 kg ou 1000 kg, se-
sofre depois um arrefecimento (ver Figura 2), seguindo posteriormente gue depois para o fabricante de cabos.
para a tremonha da extrusora. Na extrusão do cabo é utilizada uma cabeça em T (Figura 1). O
condutor entra na fieira, numa direção perpendicular à extrusora, onde
é fundido o granulado plástico. O plástico fundido envolve a alma me-
tálica e passa através da fieira que lhe dá o formato e dimensões finais.

Conclusão
O PVC só depende do petróleo em 42,3%, mas pode ser produzido sem
recorrer ao mesmo. Tem um grau de ignifugação elevado que pode ser
aumentado por adição de agentes especiais. Da combustão resulta
CO2, CO e HCl. A percentagem de HCl pode ser reduzida por supres-
sores de fumo. Apresenta o preço mais económico pois só depende
parcialmente do preço do petróleo.
O PE e o PP dependem do petróleo e têm um preço superior ao
do PVC. Necessitam de percentagens elevadas de agente ignifugante
para baixar a sua combustibilidade. Por combustão originam CO2 e
CO. Apresentam temperaturas de serviço superiores à do PVC, sendo
maiores para o PP do que para o PE. Num incêndio, os vapores de HCl
são facilmente detetados por ardência na garganta e no nariz. O CO2 e
Figura 2. Conjunto de mistura com tremonha, misturador de alta velocidade e arrefecedor o CO não são detetáveis, pois são inodoros.
(de cima para baixo). Para uma informação mais completa recomendamos a leitura de
Electrical Wire Handbook Part 1 – Wire and Cable Production Materials
No caso do PE e do PP, os componentes são doseados gravimétrica e published by The Wire Association International, Inc. Connecticut
diretamente para a tremonha da extrusora. 06437, USA.

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70 dossier sobre isolamento e proteções elétricas

conceitos fundamentais
de isolamento elétrico
Voltimum

Talvez 80% de todos os testes efetuados Isolamento em Corrente Contínua (AC)


em sistemas elétricos sejam relativos O isolamento pode ser modelado por um capacitador paralelamente
à verificação da qualidade do isolamento com um resistor, como mostra a Figura 1. A Corrente Contínua que daí
elétrico. resulta irá compreender duas componentes: a corrente capacitiva (Ic)
e a corrente resistiva (Ir).

Este artigo técnico descreve, de forma sucinta, os conceitos funda-


mentais dos testes de isolamento incluindo isolamento de comporta-
2
mento, tipos de testes e alguns dos seus procedimentos. 2
lc

lc (θ)
lr
0
lr (θ)

-2 -2
0 90 180 270 360 450 540 630 720

0 θ 720

Figura 2. Isolamento com voltagem AC aplicada.

A Figura 2 mostra o gráfico temporal das duas correntes. Para um bom


isolamento:
Ic ≥ 100 × Ir
Ic leva Ir a perto de 90°

AC ou DC? Isolamento em Corrente Contínua (DC)


A maioria do equipamento elétrico usado em sistemas residenciais, Quando estamos perante Corrente Contínua DC, o isolamento pode
industriais e comerciais usam uma Corrente Alternada de 50 Hz ou ser modelado de forma ligeiramente diferente. Considere a Figura 3:
60 Hz. Por esta razão, o uso de uma fonte de Corrente Alternada para
testar o isolamento parece ser a escolha lógica. lt

lt
S1

DC lc lda lr

lc lr

Figura 3. Isolamento com voltagem DC aplicada.

Figura 1. Isolamento com voltagem AC aplicada. Quando o interruptor S1 se encontra fechado, a corrente DC fica ligada
ao sistema de isolamento. No modelo DC foi adicionado um capaci-
No entanto, os sistemas de isolamento são extremamente capaciti- tador extra (linhas interrompidas). A corrente que circula neste novo
vos. Por esta e por outras razões, a DC encontrou um enorme nicho capacitador chama-se a corrente dielétrica de absorção (Ida) e será
na tecnologia. Antes de podermos avaliar os dois sistemas, nomea- explicada noutro momento.
damente, DC ou AC, devemos examinar como cada tipo de voltagem A Figura 4 mostra o relacionamento temporal para estas três cor-
afeta o isolamento. rentes. O parágrafo seguinte explica cada uma das três correntes.

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“AC ou DC?
A maioria do equipamento elétrico
usado em sistemas residenciais,
industriais e comerciais usam
uma Corrente Alternada de 50 Hz
ou 60 Hz. Por esta razão, o uso
de uma fonte de Corrente Alternada
para testar o isolamento parece
ser a escolha lógica.”

.1

lc
lt = lc + lda + lr
0.08

lc (x)
lda
0.06
Milliamperes

lda (x)

lr (x)
0.04
lt (x)

0.02 lr

0 0
0 2 4 6 8 10
1×10 -3 x 10
Time (seconds)

Figura 4. Corrente continua DC bem isolada.

Corrente Capacitiva (Ic)


A corrente capacitiva carrega a capacitância no sistema.
Normalmente pára segundos depois (no máximo) da vol-
tagem DC ser aplicada. Este momento brusco de corrente
capacitiva pode originar, no entanto, um stress substancial
em qualquer equipamento aplicado a sistemas de isolamen-
to como cabos ou máquinas de rotação.

Corrente de Absorção Dielétrica (Ida)


A voltagem de isolamento aplicada coloca stress ao nível
das moléculas de isolamento. O lado positivo das moléculas
é atraído pelo condutor negativo e o lado negativo das molé-
culas é atraído pelo condutor positivo.
O resultado é uma energia que é fornecida para reali-
nhar as moléculas da mesma forma que uma força realinha
uma rede elástica. Ic , Ida normalmente “morre” rapidamente
à medida que as moléculas voltam a adquirir a sua máxima
extensão.

Corrente Resistiva (Ir)


Esta é a corrente contínua de eletrões que realmente pas-
sa no isolamento. Num bom isolamento a corrente resistiva
será relativamente pequena e constante.
Num mau isolamento as fugas de corrente serão bas-
tante superiores e podem inclusivamente aumentar ao longo
do tempo.

Fonte: (traduzido do inglês): TECHNICAL BULLETIN – 012a Principles of


Insulation Testing by Cadick Corporation
72 reportagem

F.Fonseca destaca tendências


tecnológicas no Advantech
Solutions por Helena Paulino

A F.Fonseca realizou,
em setembro, o evento
Advantech Solutions
em Aveiro e Lisboa, onde deu
a conhecer aos seus clientes
as últimas tendências
ao nível da Indústria 4.0
e da Internet das Coisas.
A F.Fonseca ganhou
o prémio de “Parceiro
com maior crescimento”
pela Advantech.

O evento contou com a participação de um


total de cerca de uma centena de convidados,
entre clientes, fornecedores e convidados es-
peciais. O Advantech Solutions visou, além da
promoção das últimas tendências e tecnolo-
gias de vanguarda ao nível da Indústria 4.0 e
da Internet das Coisas (IoT), estreitar os laços
dos clientes da F. Fonseca com a Advantech,
dando-lhes oportunidade de conhecer um
pouco melhor a sua realidade. por Marco Zampolli, Gestor de Produto na se tornam imprescindíveis. Marco Zampolli
Na sessão de abertura foram abordados Advantech. Destacaram a atual necessidade referiu que a “energia é um dos maiores cus-
os temas “Advantech, principal impulsionador de parar todos os processos quando há um tos e um dos mais importantes” e realçou a
mundial” por Paola Gambino, Gestora de Ven- problema na produção, o que traz conse- importância do computador como controla-
das da Advantech para Espanha e Portugal; quências como uma diminuição da produção dor de campo na Indústria 4.0 e a importância
“Necessidades e exigências dos mercados” e e um aumento de custos e é nesta situação do gateway para a comunicação.
“Como podemos ajudar na automatização?” que a comunicação sem fios, Wi-Fi, 3G e 4G O evento terminou com uma fantástica
experiência de segways, sendo também esta
tecnologia já apontada como um meio de
transporte preferencial no futuro. Os convida-
dos puderam vivenciar o que é andar numa
segway, testar o seu equilíbrio e comandar
este equipamento de duas rodas com o movi-
mento do corpo. O saldo não poderia ter sido
mais positivo.

Casos de sucesso: Magnum


Cap e Controlauto
A par dos representantes da F.Fonseca e da
Advantech, o painel de oradores contou, tam-
bém, com dois clientes da F.Fonseca: a Mag-
num Cap por José Mota, Responsável pelo
Desenvolvimento e a Controlauto por Afonso
Lopes, Diretor de Infraestruturas e Desenvol-
vimento. José Mota explicou que a Magnum
Cap desenvolve equipamentos eletrónicos e
soluções de gestão, controlo e distribuição
de energia como sistemas de carregamen-
to de EV, dispositivos de armazenamento de

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reportagem 73

Revista “o eletricista” (oe): Como sur- tempo entre avarias (MTBF). E é isto que
giu a ideia de realizar um Advantech a Advantech oferece com os seus pro-
Solutions? E qual o feedback no final do dutos, sendo o crescimento das vendas
evento? apenas uma forma natural de comprovar
Helder Lemos (HL): A ideia para o evento isso mesmo.
Advantech Solutions surgiu da vontade
de querermos mostrar às empresas Por- oe: Este crescimento deve-se em muito
tuguesas no geral e aos nossos clientes à implementação da Indústria 4.0 e IoT
em particular os caminhos e as tendên- no mercado nacional?
cias que a Europa e o mundo estão a to- NS: Na indústria, especialmente nos se-
mar relativamente à tecnologia, especial- tores exportadores e mais evoluídos, a
mente na indústria. Ora, na atualidade, as aplicação destes conceitos já existe há
duas grandes bandeiras desta área são a algum tempo. As máquinas estão cada
Indústria 4.0 e a Internet das Coisas (IoT), vez mais inteligentes e consequentemen-
daí a escolha de realizarmos este evento te ligadas entre si, mais fáceis de insta-
em conjunto com a Advantech e a Intel. O lar e manter. Por isso sim, a vontade de
feedback foi excelente, tanto dos clientes, cada vez mais fabricantes e clientes finais
como do fornecedor e dos convidados quererem as suas máquinas e linhas de
especiais. A partilha de conhecimento produção “ligadas”, tanto a redes internas
foi excecional, assim como o convívio e como a Clouds externas, está a permitir
todos os momentos passados junto aos um crescimento significativo.
energia, energias renováveis e integração na expositores interativos. Mas muito ainda está por fazer e é
smart grid. E destacou a vantagem de poder preciso mudar a mentalidade dos nossos
customizar o produto ao ter o computador oe: O mercado português está a adotar fa- empresários no sentido de perceberem
Advantech no carregador elétrico. Ditou que cilmente as soluções Advantech uma vez as vantagens do IoT e da indústria 4.0 e
a cloud será o futuro e que já há muito inves- que houve um crescimento este ano na quais os benefícios que podem trazer pa-
timento a ser feito para que as indústrias se venda de produtos Advantech no mercado ram o seu negócio.
tornem mais competitivas através de solu- nacional. Quais as principais razões?
ções abertas que ainda serão atuais daqui a Nuno Santos (NS): A Advantech é real- oe: Acredita que os produtos Advantech
10 anos. mente um dos grandes players mundiais registarão um crescimento ainda maior
Na Controlauto, rede de centros de ins- na área de Automação Industrial e Siste- no futuro?
peção automóvel, devido ao fluxo de carros mas Inteligentes. Os seus produtos são fi- HL: Sim, é típico nas áreas de tecno-
e à pouca margem para erros e paragens há áveis e dão liberdade e segurança a quem logia o crescimento ser exponencial. A
uma necessidade extrema, segundo expli- desenvolve as aplicações e os sistemas, primeira edição do Advantech Solutions
cou Afonso Lopes, de automatizar todos os garantindo uma longevidade de produ- foi isso mesmo, a primeira. A Tecnologia
processos de forma a controlar os mesmos to muito mais elevada em comparação não para, as inovações também não. Se
e evitando, ao máximo, qualquer tentativa com as soluções comerciais. É isto que queremos manter-nos a par das últimas
de erro. E estão a consegui-lo com as so- os clientes industriais procuram: maior novidades e das tendências da tecnologia
luções Advantech. Enumerou as vantagens resistência a temperaturas elevadas e aplicadas à indústria, temos de continuar
da utilização do software SusiAcess como a vibrações, maior suporte técnico, maior a promove-las e a Advantech é o parceiro
redução dos custos de manutenção, a maior longevidade dos componentes e mais ideal para isso.
disponibilidade do equipamento e uma maior
poupança de energia elétrica garantida pelo
agendamento do arranque e do encerramen-
to automático dos computadores.
O evento contou ainda com a partici-
pação especial de dois representantes in-
ternacionais da Intel, Ivan Alvarez e Andrea
Cucurull, que procederam a uma abordagem
muito especial à temática do evento: “Como
escolher a performance do CPU?” Segundo
explicaram, a segurança de dados é crucial
hoje e muito mais no futuro. Os computado-
res podem dizer-nos quando algo não está
a correr como seria de esperar, os gateways
e firewalls também são um bom indicador
uma vez que nos garantem a segurança. A
Intel está a apostar na Internet das Coisas
através de soluções open-source porque
ao trabalhar com sistemas abertos permite
trabalhar com todos os sistemas. Para que
tudo isto aconteça é necessário que haja
uma normalização, nomeadamente ao nível
das ligações.

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74 case-study

técnicas de seletividade
As diferentes técnicas • Seletividade de energia
de seletividade também • Seletividade de zona
do ponto de vista operacional.
Seletividade de tempo-corrente
A seletividade (discriminação) atinge-se com dispositivos de proteção As proteções contra sobrecarga têm geralmente uma caraterística de
automáticos quando uma falha é eliminada pelo dispositivo de prote- tempo definido, quer sejam feitas por meio de uma unidade de dispa-
ção instalado imediatamente a montante do mesmo, enquanto todos ro térmico ou por meio de uma função L de uma unidade de disparo
os outros dispositivos de proteção permanecem inalterados. eletrónico.
Podem ser definidas duas áreas de acordo com as gamas de cor- Por caraterística de tempo definido queremos dizer uma caraterís-
rente e curvas de disparo do disjuntor: tica de disparo em que, como a corrente aumenta, o tempo de disparo
do disjuntor diminui.
Quando existem proteções com este tipo de caraterísticas, a técni-
ca utilizada é a seletividade de tempo-corrente.
A seletividade de tempo-corrente realiza a seletividade do disparo,
ajustando as proteções para que a proteção do lado da carga, para
qualquer valor possível de sobrecorrente, dispare mais rapidamente do
que a proteção do lado da alimentação do disjuntor.
Quando são analisados os tempos de disparo dos dois disjuntores
é necessário considerar:
• As tolerâncias sobre os limiares e os tempos de disparo;
• As correntes reais que circulam nos disjuntores.
 

Operacionalmente
In < I < 8÷10 × In No que diz respeito às tolerâncias, a ABB  tem as curvas de disparo
das suas unidades de disparo disponíveis nos catálogos técnicos e
no software DOC. Em particular, no módulo Curves  do DOC, as cur-
Zona de sobrecarga vas de ambas as unidades de disparo eletrónicas e termomagnéticas
Em que a proteção térmica para unidades de disparo térmico-magné- incluem os valores de tolerância. Assim, o disparo de uma proteção é
tica e proteção L para relés eletrónicos disparam normalmente. representado por duas curvas, uma que mostra os tempos mais eleva-
dos de disparo (topo da curva) e outra que indica os tempos de disparo
I ≥ 8÷10 × In mais rápidos (curva inferior).
Para uma análise correta da seletividade devem ser consideradas
as piores condições, ou seja:
Zona de curto-circuito • do lado da alimentação o disjuntor dispara de acordo com a sua
Em que a proteção magnética para unidades de disparo térmico-mag- própria curva inferior;
nética ou proteções S, D e I para unidades de disparo de estado sólido • do lado da carga o disjuntor dispara de acordo com a sua própria
disparam normalmente. curva de topo.

No que respeita às correntes efetivas que circulam nos disjuntores:


• se pelos dois disjuntores passa a mesma corrente é suficiente que
não haja sobreposição entre a curva da alimentação e a curva da
carga do disjuntor;
• se pelos dois disjuntores passam ​ correntes diferentes é neces-
sário selecionar uma série de pontos importantes sobre as cur-
vas correntes de tempo e verificar que os tempos de disparo da
proteção do lado da alimentação estão sempre acima dos tempos
correspondentes da carga proteção lateral.

Em particular, no caso de disjuntores equipados com relés eletrónicos,


uma vez que a tendência das curvas é a I2t = const, para que estes
sejam verificados corretamente é suficiente ter em conta os seguintes
As diferentes técnicas de seletividade estão associadas a estas duas valores correntes:
zonas. • 1,05 × I11  do lado da alimentação do disjuntor (valor abaixo do qual
a proteção do lado da alimentação nunca dispara);
• Seletividade de tempo-corrente • 1,20 × I3 (ou I2)2 do lado da carga do disjuntor (valor acima do qual
• Seletividade de corrente a proteção do lado da carga pode certamente disparar com as pro-
• Seletividade de tempo teções contra curto-circuito).

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case-study 75

1,05 × I11 do lado da alimentação do disjuntor 2. 1,2 é o valor máximo definido para a intervenção em proteção con-
tra curto-circuito definido na Norma (IEC60947-2). Para alguns ti-
Ao assumir IA  = 1,05 × I1 e com referência ao que foi dito sobre as pos de disjuntores esse valor pode ser menor.
correntes reais que circulam no interior dos disjuntores obtém-se a
corrente IB no lado da carga.
Os tempos de disparo dos dois dispositivos obtêm-se a partir das Seletividade de corrente
curvas de tempo-corrente. Este tipo de seletividade é baseada na observação de que quanto mais
próximo do ponto de falha é a fonte de alimentação da instalação,
maior é a corrente de curto-circuito. Assim é possível descriminar a
zona onde ocorre a falha, definindo as proteções instantânea a dife-
rentes valores de corrente.
Em casos específicos, a seletividade total pode ser alcançada
quando a corrente de falha não é elevada e onde existe uma compo-
nente com alta impedância interposta entre as duas proteções (trans-
formador, cabo muito longo ou com uma secção transversal reduzida,
entre outros) e, consequentemente há uma grande diferença entre os
Se o seguinte é verdadeiro para ambos os pontos considerados: valores de corrente de curto-circuito.
Portanto este tipo de coordenação é utilizado sobretudo na
ta > tB distribuição final (valores de corrente baixos e de curto-circuito e
elevada impedância dos cabos de ligação). As curvas de disparo do
a seletividade na zona de sobrecarga está garantida. tempo­‑corrente dos dispositivos são normalmente utilizadas nesta
Na Figura baixo assumiu-se uma absorção de corrente de outras análise.
cargas. É intrinsecamente rápido (instantâneo), fácil de fazer e de baixo
custo.
Contudo:
• A corrente de seletividade final é geralmente baixa e, portanto, a
seletividade é frequentemente parcial;
• O nível de ajuste das proteções contra sobrecorrentes aumenta
rapidamente;
• É impossível ter redundância de proteções que garanta que a falha
é eliminada rapidamente se uma proteção não funcionar.

Este tipo de seletividade também pode  ter-se entre disjuntores do


mesmo tamanho que não disponham de proteção de sobrecorrente
temporizada (S).
 
Operacionalmente
• A proteção contra curto-circuito do lado da alimentação do disjun-
tor A deve ser definida para um valor tal que ele não dispare devido
a falhas que ocorrem do lado da carga de proteção B.
1,20 × I3 (ou I2) do lado da carga do disjuntor
(No exemplo na Figura I3minA > 1 kA)
Ao assumir IB = 1,20 × I3 (ou I2), a corrente IA do lado da alimentação
é obtida da mesma maneira e, a partir das curvas de tempo­‑corrente, • A proteção do lado da carga do disjuntor B é fixada num valor tal
obtêm-se os tempos de disparo dos dois dispositivos. que ele dispare no caso de falhas que ocorrem do seu lado da
carga.

(No exemplo na Figura I3MaxB < 1 kA)

Obviamente, a configuração das proteções devem ter em conta as


correntes reais que circulam nos disjuntores.

1. 1,05 é o valor para o mínimo definitivo de uma não intervenção


conforme a norma (IEC 60947-2). Para alguns tipos de disjuntores
este valor pode variar.

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Nota limitador de corrente da série Emax da ABB E2L e E3L têm caraterís-
Este limite de seletividade associada ao limiar magnético do lado da ticas de limitação de corrente, mais ou menos definidas. Sob condi-
alimentação do disjuntor é ultrapassado em todos os casos em que a ções de curto-circuito, estes disjuntores são extremamente rápidos
seletividade do tipo de energia é realizada. Se as definições indicadas (tempos de disparo no intervalo de alguns milissegundos) e abrem
para a seletividade de energia forem respeitadas para a combinação quando há uma forte componente assimétrica. Assim é impossível
de disjuntores com um valor de seletividade de energia dado nas tabe- usar as curvas do tempo de disparo da corrente dos disjuntores, obti-
las de coordenação publicadas pela ABB, o limite de seletividade a ser das com formas de onda de tipo senoidal simétrico, para a análise da
tido em consideração é o dado pelas tabelas e não o obtido através da coordenação.
fórmula acima mencionada. Estes fenómenos são principalmente dinâmicos (portanto propor-
O valor final da seletividade que pode ser obtido é igual ao limiar do cionais ao quadrado do valor da corrente instantânea) e são extrema-
disparo instantâneo da proteção do lado da alimentação, deduzindo o mente dependentes da interação entre os dois dispositivos em série.
valor da tolerância. Portanto, o utilizador final não pode determinar os valores de seletivi-
dade da energia. Os fabricantes fornecem tabelas, regras e programas
Is = I3minA de cálculo que oferecem os últimos valores da seletividade da corrente
de I, sob condições de curto-circuito para diferentes combinações de
disjuntores. Esses valores são definidos integrando teoricamente os
Seletividade de tempo resultados dos testes efetuados em conformidade com as indicações
Este tipo de seletividade é um desenvolvimento do anterior. Para este do Anexo A da Norma IEC 60947-2.
tipo de coordenação, além do limite do disparo da corrente também  
é definido um tempo de disparo: um certo valor de corrente vai fazer Operativamente
com que as proteções disparem depois de um tempo definido, para As proteções de curto-circuito de dois disjuntores deverão observar
permitir que qualquer proteção colocada mais perto da falha dispare, as condições abaixo.
com exceção da zona da falha.
Assim, a estratégia de configuração é aumentar gradualmente os • Relé termomagnético do lado da alimentação
limites da corrente e os tempos de disparo, aproximando-se da fon-
te de alimentação (nível de configuração diretamente correlacionado os limiares de disparo magnético devem ser tais que não criem
com o nível hierárquico). sobreposição de disparos, tendo em conta as tolerâncias e as cor-
Os limiares de tempo de disparo devem ter em conta as tolerâncias rentes efetivas que circulam nos disjuntores;
dos dois dispositivos de proteção e as correntes efetivas que neles o limiar magnético do disjuntor do lado da alimentação deve ser
circulam. igual ou superior a 10 × In, ou deve ser ajustado para o valor máxi-
A diferença entre os tempos configurados para as proteções em mo quando isso é possível.
série deve ter em conta, os tempos de detecção de falhas e a liberta-
ção do dispositivo no lado da carga e do tempo de inércia (over-shoot) • Relé eletrónico do lado da alimentação
do dispositivo do lado da alimentação (intervalo de tempo durante o
qual a proteção pode disparar, mesmo quando o fenómeno termina). qualquer proteção contra curto-circuito S com tempo de disparo
Tal como no caso da seletividade de corrente, a análise é feita através deve ser ajustada de acordo com as mesmas indicações da seleti-
da comparação das curvas de corrente do tempo de disparo dos dis- vidade de tempo;
positivos de proteção. a função de proteção de sobrecorrente instantânea I dos disjunto-
res do lado da alimentação deve ser definida para off.
De um modo geral, este tipo de coordenação:
• é fácil de analisar e perceber; I3 = OFF
• não é muito caro no que respeita ao sistema de proteção;
• permite obter valores limite de seletividade elevados (se Icw
é alta);
• permite a redundância das funções de proteção.

Contudo:
• os tempos de disparo e os níveis de energia que as proteções
deixam passar, sobretudo aquelas próximas das fontes, são
elevados.

Este tipo de seletividade também pode ser feito entre disjuntores da


mesma dimensão, equipados com relés eletrónicos que fornecem
proteção de sobrecorrente temporizada.

Seletividade de energia
A coordenação do tipo de energia é um tipo particular de seletividade
que explora as caraterísticas de limitação da corrente em disjuntores
de caixa moldada. Recorde-se que um disjuntor limitador de corrente
é “um disjuntor com um tempo de pausa curto o suficiente para evitar
que a corrente de curto-circuito atinja o seu valor máximo de outra
maneira” (IEC 60947-2).
De facto todos os disjuntores da série Tmax da ABB em caixa mol-
dada, os disjuntores  modulares e os disjuntores de bastidor aberto

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case-study 77

Contudo:
• é mais onerosa tanto em termos de custo como ao nível da com-
plexidade da instalação;
• requer uma alimentação auxiliar.

Como resultado, esta solução é usada principalmente em sistemas


com valores de corrente elevados, corrente nominal e de curto-
circuito e com os requisitos obrigatórios para a continuidade e
segurança do serviço. Em particular, os exemplos de seletividade
lógica são frequentemente encontrados nos dispositivos de distri-
buição primários colocados junto da carga dos transformadores e
geradores.
 
Operativamente
Este tipo de seletividade pode ser realizado:

• Entre disjuntores de bastidor aberto Emax2 equipados com unida-


des de disparo Ekip Touch e Ekip Hi-Touch. O limite de seletividade
O limite de seletividade final Is obtido é o dado pelas tabelas ABB dis- final que pode ser obter-se é igual a Icw.
ponibilizadas aos seus clientes.
Is = Icw

Seletividade de zona • entre disjuntores Tmax T4L, T5L e T6L em caixa moldada equipa-
Este tipo de coordenação é uma evolução da coordenação de dos com unidades de disparo PR223 EF.
tempo.
Em geral, a seletividade de zona é realizada por meio de diálogo O limite de seletividade final que pode obter-se é 100 kA
entre os dispositivos de medição de corrente que, dado que ao detetar
que o limiar de configuração foi ultrapassado, permite que a zona de Is = 100 kA
falha seja identificada corretamente e que o fornecimento de energia
para a falha seja cortado. De seguida, através do contacto do módulo S51/ P1 é possível fazer
uma seletividade de zona entre o Tmax e o Emax 2. Também é possível
Pode ser feito de duas maneiras: realizar uma cadeia de seletividade incluindo proteções ABB de Média
• os dispositivos de medição enviam as informações sobre a confi- Tensão.
guração da corrente cujos limites foram ultrapassados a um sis-
tema de supervisão e este último identifica que a proteção tem de
intervir;
• quando há valores de corrente que excedem a sua configura-
ção, cada proteção envia um sinal de bloqueio por meio de uma
conexão direta ou bus para a proteção de nível hierárquico su-
perior (do lado da alimentação em relação à direção do fluxo
de energia) e, antes de intervir, verifica se um sinal de bloqueio
semelhante não chegou vindo da proteção do lado da carga.
Assim, apenas a proteção imediata do lado da alimentação da
falha, dispara.

Esta segunda forma garante, sem dúvida, tempos de disparo mais


curtos. Em comparação com o tipo de coordenação de tempo, a
necessidade de aumentar o tempo intencional à medida que nos
aproximamos da fonte de alimentação de energia deixa de ser
necessário.
O tempo pode ser diminuído ao tempo necessário para excluir a
possível presença de um sinal de bloqueio proveniente da proteção do
lado da carga. Princípio de funcionamento da seletividade por zona entre disjuntores
Este tipo de seletividade é adequado para redes radiais e, quando ABB: na presença de valores de corrente mais elevadas do que os con-
associado com a proteção direcional, é adequado para redes. figurados, cada proteção envia um sinal de bloqueio (através de uma
ligação direta ou de um bus) à proteção de nível hierárquico superior
Em comparação com a coordenação do tipo de tempo, a seletividade (no lado da alimentação em relação à direção do fluxo de energia) e,
de zona permite: antes de disparar, verifica se um sinal de bloqueio análogo não chegou
• uma redução dos tempos de disparo (estes podem ser menores do à proteção do lado da carga. Desta forma somente a proteção imedia-
que cem milésimos de segundo); ta do lado da alimentação da falha dispara.
• uma redução tanto no prejuízo causado pela falha como ao nível
das interferências no sistema de alimentação;
• uma redução nas tensões térmicas e dinâmicas sobre as compo- ABB, S.A.
nentes da instalação; Tel.: +351 214 256 000 · Fax: +351 214 256 390
• um número muito elevado de níveis de seletividade. marketing.abb@pt.abb.com · www.abb.pt

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78 case-study

novas soluções de iluminação


portátil profissional
– SONLUX PowerDisk
“Da noite para o dia”. O fulminante desenvolvimento
da iluminação a LED não veio apenas trazer enormes
poupanças de consumo, veio também trazer novas
e muito melhores soluções para velhos problemas.

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uma só pessoa.
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lino, transmitindo uma luz confortável de
trabalho.
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sua construção em alumínio/inox e policar-
bonato garante uma muito boa resistência ao
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Inúmeras situações de trabalho no exterior,


em período noturno, obrigavam a instalar
uma autêntica parafernália de projetores (e
geradores?), complicados de arrumar, trans-
portar e instalar, gastando muito e aquecen-
do demais.
No caso de operações de intervenção
rápida, em situações de segurança ou aci-
dente, é ainda preciso ter acesso a uma boa
luz, de forma rápida, fácil de instalar e de
mudar de posição. Disponível para equipas
flexíveis, altamente profissionais e de grande
mobilidade.
Nos últimos anos começaram a aparecer
soluções adaptadas para LED. Umas com o
mesmo formato e alguns dos defeitos dos
projetores antigos. Outros em formatos di-
ferentes, dando uma luz mais confortável e
bem distribuída mas com deficiente resistên-
cia ao impacto, ao vento e ao mau tempo em
geral. E nem sempre fácil de arrumar, trans-
portar e instalar.
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ta alemã em iluminação de trabalho, acabou
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case-study 79

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RS Components
e a Indústria 4.0
A Indústria 4.0 materializa a transição da aberto e colaborativo abre um novo mundo de possibilidades dentro
fábrica automatizada tal como a entendemos do universo da automatização industrial da Siemens. A RS é o dis-
hoje em dia, para a fábrica inteligente ou tribuidor em exclusivo do IOT2020 e já pode ser adquirido em es.rs-
smart factory. Trata-se de evoluir de um online.com.
modelo de produção fechado e hierárquico
baseado em ilhas otimizadas para um modelo
aberto e transversal com base em sistemas
ciberfísicos.

A fábrica inteligente vai ser o sistema ciberfísico da Indústria 4.0: uma


entidade integral na qual humanos, máquinas e produtos comunicam
entre si e cooperam num ambiente de conetividade total.

O que é a Indústria 4.0? Figura 1. Siemens SIMATIC IOT2020.

Indústria 3.0 Indústria 4.0


Fábrica Automatizada Fábrica Inteligente
Conetividade Hiperconetividade Siemens IOT 2020: para que serve?
Dados de fornecedores Dados transparentes Permite implementar redes IoT em ambientes industriais da seguinte
Hierarquia Colaboração forma:
Produção em massa Customização em massa • Liga a rede de sensores IoT da empresa com a Internet;
• Integra a rede de sensores numa plataforma IoT;
• Estabelece o tráfego de informação entre a rede de sensores e a
Os benefícios da Indústria 4.0 são claros e evidentes ao nível da oti- “nuvem”.
mização e da flexibilização de processos, da redução de custos e da
melhoria das condições de trabalho. É a iniciativa chave para o suces- É uma tecnologia habilitadora de Big Data & Analytics – CPS.
so dos planos da Comissão Europeia para aumentar a quota de PIB
industrial europeu de 15% para 20% ao ano, em 2020. Isto permitirá à
Europa recuperar o músculo industrial, atraindo assim produção atu-
almente deslocalizada e aumentando o número de empregos no setor
industrial.
Para poder exibir todo o seu potencial, a abordagem colaborativa
e integradora da Indústria 4.0 requer que toda a cadeia de valor se di-
gitalize: é necessário oferecer um modelo de negócio e uma proposta
de valor adaptada, sustentável e relevante num ambiente digital. Nesse
sentido, a digitalização do canal de distribuição de material industrial
encontra-se, na maioria dos casos, numa fase muito inicial.
Do ponto de vista de um enfoque de liderança, a RS continua há
mais de 15 anos a liderar a digitalização da distribuição profissional de
componentes industriais, elétricos e eletrónicos, tanto a nível nacional
como global. Sobre este modelo já estabelecido e fiável articula-se a
proposta de valor da RS para a Indústria 4.0: engenharia social e cola-
borativa através do portal DesignSpark, inovação de produto pela mão
de fabricantes líderes e um portefólio de produtos no qual convergem
o industrial e o eletrónico. Figura 2. Ilustração da utilização do Siemens IOT 2020.
Nesta linha, a RS apresentou uma série de novidades na Feira
Matelec Industry 2016, das quais cabe destacar as seguintes:
Braço robótico igus robolink D
Siemens SIMATIC IOT2020 Com a sua gama de braços robóticos robolink D, a igus inaugura um
O Siemens IOT2020 é um inovador gateway ou passerelle inteligente novo enfoque no desenvolvimento de soluções robotizadas. Graças
multitarefa e de grau industrial. Destaca-se pela sua compatibilidade à sua conceção modular, o utilizador pode escolher os componentes
com o software aberto como o Arduino IDE e o Linux. Também é precisos de que necessita, montá-los facilmente como se de um jogo
compatível com o Shields do Arduino. O principal objetivo do IOT2020 de construção se tratasse, e conseguir um braço robótico desenhado
é permitir a implementação, em ambiente industrial, de redes de con- especificamente para as necessidades concretas da sua aplicação.
trolo baseadas no Industrial IoT. O seu modelo de desenvolvimento Com esta novidade podem conseguir-se soluções fáceis.

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PUB
Gateway inteligente de controlo Groov
da Opto 22
A Groov é uma aplicação revolucionária do fabricante nor-
te-americano Opto 22 que permite monitorizar e controlar
dispositivos em rede Modbus TCP de forma remota, desde
qualquer dispositivo com um navegador web instalado. Não
é preciso mais nada, diretamente a partir do navegador do
utilizador pode realizar a configuração Modbus e desenhar a
interface visual de controlo e monitorização. Graças à possi-
bilidade de utilizar VPN, através da Internet, a Groov permite
controlar instalações industriais situadas a milhares de qui-
lómetros de forma fiável e segura.

Mini PLC STG-680 da Barth


A Barth é um fabricante alemão especializado no desenvol-
vimento de PLCs de tamanho extremamente reduzido e que
são ideais para aplicações com restrições de espaço ou em
dispositivos móveis. O modelo STG-680 apresenta uma ex-
cecional capacidade de processamento, 6 entradas analógi-
cas, 4 entradas digitais, 8 saídas de estado sólido e 1 saída
PWM num conjunto encapsulado de grau industrial de 93 x
45 x 15 mm e apenas 80 gramas de peso que pode até fun-
cionar alimentado por uma simples pilha de 9 Volts. E não é
apenas isso, apresenta além do mais, de forma integrada,
uma interface de comunicação Modbus RTU/Serie.

Soluções de automatização de hardware livre


da Industrial Shields
Com sede em Espanha, a Industrial Shields é a fabricante lí-
der de mercado no desenvolvimento de soluções de automa-
tização industrial baseadas em hardware livre. Dentro da sua
gama de produtos destacamos as séries M-duino e Ardbox,
PLCs de grau e potência industrial desenvolvidos com pla-
cas originais Arduino. Permitem deslocar a flexibilidade do
hardware livre para o ambiente industrial. A Industrial Shields
também oferece o revolucionário painel PC Touchbox, de-
senvolvido sobre uma placa original Raspberry Pi e que
permite correr os sistemas operativos Linux, Android ou
Windows para IoT em aplicações industriais.
Além disso, durante a Feira MATELEC Industry, a RS
também enfatizou o seu conjunto gratuito de software de
desenho para engenheiros (DesignSpark PCB, Electrical e
Mechanical) e a sua marca própria unificada e potenciada
RS Pro, alternativa de nível profissional e com uma ótima re-
lação qualidade/preço.

RS Components
Tel.: +351 800 102 037 · Fax: +351 800 102 038
marketing.spain@rs-components.com · pt.rs-online.com
82 case-study

upgrade através da plataforma


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O Modicon M580 ePAC


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de instalações existentes
por oferecer custos
de instalação reduzidos.

O suporte integrado de raiz para as E/S da


gama Modicon Premium permite migrar fa-
cilmente para o ePAC M580 e reutilizar a pla-
taforma de E/S existente, em vez de obrigar à
substituição de todos os módulos e à instala-
ção de novos cabos.
A empresa de água Kværndrup
Waterworks, localizada na ilha dinamarque-
sa de Funen, lida diariamente com inúmeros
desafios perante a crescente regulamentação
do setor. Com recursos limitados pode ser di-
fícil manter a viabilidade financeira enquanto migrar para a plataforma M580 e reutilizar as O inovador Modicon M580 da Schneider
o sistema de gestão do processo necessita E/S existentes, em vez de incorrer em despe- Electric é o primeiro ePAC do mundo com
de ser atualizado para estar em conformida- sas adicionais com a substituição de todos Ethernet embutida. Isso torna, significativa-
de com os requisitos de uma operação mo- os módulos e cablagem. mente, mais fácil a integração de equipamen-
derna e otimizada. Esta atualização foi também aproveitada tos de terceiros e a obtenção de plena trans-
Esta empresa dispõe de cinco poços e para a implementação de outras otimiza- parência em todos os níveis de aplicação.
quatro bombas. O seu sistema SCADA não ções, com enfoque na eficiência energética. A solução da Schneider Electric é ideal
se encontrava atualizado, pelo que se iden- Essas otimizações permitiram que o contro- para a Kværndrup Waterworks, considerando
tificou uma clara necessidade de renovar o lador passasse a reduzir automaticamente a o volume de sensores e equipamentos exis-
hardware e o software. Até então o sistema pressão durante a noite, quando existe me- tentes nas suas instalações, ao permitir uma
tinha como base PLCs Premium da Schneider nos procura, economizando o consumo de integração completa e uma gestão trans-
Electric, programados com o software PL7. energia do sistema hidráulico e reduzindo os parente. O aumento da segurança oferecida
Posteriormente fez-se a substituição pelo custos. pelo M580 é também uma melhoria impor-
Modicon M580 ePAC e o software Unity Pro, tante para o sistema hidráulico.
uma solução acessível para a Kværndrup O software Unity Pro oferece uma visão
Waterworks. geral completa, gestão interna e maior trans-
É sempre crucial encontrar o justo equilí- parência para a instalação. A Kværndrup
brio entre preço e o desempenho do hardware Waterworks pode agora gerir e monitorizar o
e software que controlam as bombas e reco- seu sistema SCADA remotamente, através de
lhem os dados sobre a qualidade da água. PC, tablets ou smartphone.
Com o Modicon M580 e a ferramenta de en-
genharia Unity Pro foi possível encontrar esse
equilíbrio. Schneider Electric Portugal
Uma das vantagens do ePAC M580 Tel.: +351 217 507 100 · Fax: +351 217 507 101
é o suporte integrado de raiz para as E/S pt-comunicacao@schneider-electric.com
Modicon Premium. O cliente pode facilmente www.schneiderelectric.com/pt

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84 case-study

TEV: nova gama de caixas


de derivação salientes
Esta novidade alarga a gama de oferta Esta é uma gama completa que inclui vários modelos: com bucins, en-
de caixas de derivação estanques tradas pré-marcadas ou paredes lisas. Garantem ainda diferentes al-
da marca TEV. ternativas para a colocação do ligador. Nesta nova gama de caixas de
derivação existem várias cores disponíveis como cinzento RAL 7035,
preto RAL 9011, branco RAL 9010 e creme RAL 1015.
As novas caixas de derivação salientes estão em conformidade com a
Norma EN 60670. São construídas num material isolante termoplás- TEV2 – Distribuição de Material Eléctrico, Lda.
tico e não possuem halogéneos. Têm duplo isolamento – Classe II e Tel.: +351 229 478 170 · Fax: +351 229 485 164
uma tensão de isolamento de 500 V. marketing@tev.pt · www.tev.pt

CAIXAS DE DERIVAÇÃO | MONTAGEM SALIENTE | QUADRO RESUMO


Cor RAL Tamanho Bucins incluídos Fecho da tampa Índice de Proteção Entradas
7035
9011
88x88x48 6 Bucins cónicos Tampa por encaixe IP55
9010
1015

7035
9011
90x90x50 4 Bucins cónicos Tampa por encaixe IP55
9010
1015

7035
9011
90x90x50 não aplicável Tampa por encaixe IP55 Paredes lisas
9010
1015

7035
Tampa com aperto
9011
116x116x60 5 bucins cónicos por parafusos IP55
9010
com posição 0/1
1015

7035 Tampa com


9011 aperto por
116x116x60 4 bucins cónicos IP55
9010 parafusos com
1015 posição 0/1

7035 Tampa com


9011 aperto por
116x116x60 não aplicável IP55 Paredes lisas
9010 parafusos com
1015 posição 0/1

7035 Tampa com


9011 aperto por
230x180x90 14 bucins cónicos IP55
9010 parafusos com
1015 posição 0/1

7035 Tampa com


9011 aperto por
230x180x90 6 bucins cónicos IP55
9010 parafusos com
1015 posição 0/1

7035 Tampa com


9011 aperto por
230x180x90 não aplicável IP55 Paredes lisas
9010 parafusos com
1015 posição 0/1

7035 Tampa com


Encomendar
9011 aperto por
90x90x45 bucins adequados IP54
9010 parafusos
separadamente
1015 metálicos

7035 Tampa com


9011 aperto por
115x115x72 não aplicável IP54 Paredes lisas
9010 parafusos
1015 metálicos

7035 Tampa com


9011 aperto por
170x130x80 não aplicável IP54 Paredes lisas
9010 parafusos
1015 metálicos
Nota: Caixa cor preta especial para exterior com alto desempenho aos UV

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86 informação técnico‑comercial

descarregadores de sobretensões
DST’s da Saltek®
Proteção contra sobretensões causadas por sobretensão nos sistemas de ções de autoconsumo até grandes produções
tanto de origem atmosférica potência e nas linhas de comunicação. Os de energia fotovoltaica, sistemas autónomos
como de origem tecnológica. descarregadores Saltek® minimizam os tem- e ligações à rede de energia, sistemas em AC
pos de paragem nas linhas de produção e as e DC, linhas de sinal.
subsequentes perdas financeiras. Protegem,
sistemas de alimentação 230/400 V, siste-
mas de alimentação até 1000 V, sistemas de
segurança – controlo de acessos e deteção
e alarme de incêndio, linhas de sinal e comu-
nicação.

Antenas e transmissores – normalmente


instalados em locais bastante expostos, os
A Saltek®, empresa Checa especializada e sistemas de transmissão de informação de-
líder no desenvolvimento e produção de so- vem resistir às condições mais adversas du-
luções para proteção contra sobretensões, rante a sua vida útil. Os descarregadores de
oferece uma gama completa de equipamen- sobretensões Saltek® asseguram a melhor
tos do Tipo I a Tipo III para sistemas de Baixa Edifícios – tanto na área residencial como proteção possível aos equipamentos contra a
Tensão (de acordo com EN 61643-11), assim no setor terciário, os edifícios são equipados queda de raios e sobretensões induzidas, au-
como para sistemas informáticos, medição e com tecnologias e aplicações muito sensí- mentando assim significativamente a fiabili-
controlo e telecomunicações. veis. Os descarregadores Saltek® aumentam dade operacional dos sistemas de emissão
Os descarregadores Saltek® proporcio- consideravelmente a fiabilidade e, conse- e receção de dados. Protegem sistemas de
nam uma proteção contra sobretensões tanto quentemente, melhoram o conforto na utili- alimentação 230/400 V, baixadas elétricas, e
de origem atmosférica como de origem tec- zação dos respetivos edifícios. Protegem sis- linhas de comunicação.
nológica, assim como garantem o funciona- temas de alimentação 230/400 V, sistemas
mento seguro e sem problemas de sistemas aéreos, sistemas de segurança – controlo de
eletrónicos, máquinas e aplicações elétricas, acessos, deteção e alarme de incêndio, CCTV,
transportes, telecomunicações, datacenters, linhas de comunicação, redes de dados, ins-
edifícios terciários e instalações domésticas. talações especiais como aquecimento e ar­
A Saltek® combina inovação tecnológi- ‑condicionado, entre outros.
ca com mestria. Graças ao desenvolvimen-
to próprio e ao feedback dos utilizadores, a
Saltek® produz soluções de proteção contra
sobretensões mais complexas para várias
aplicações e em diferentes áreas.

Datacenters – na área das tecnologias de


informação, os datacenters e salas de servi-
dores tornaram-se inevitavelmente parte da
nossa vida, pois tratam informação de extre-
ma importância. Não ter acesso, ou a perda
Sistemas fotovoltaicos – devem resistir às total de informação têm consequências ca-
condições atmosféricas mais adversas. Os tastróficas tanto para o nível pessoal como
descarregadores Saltek® asseguram a me- profissional. Os descarregadores Saltek®
lhor proteção possível contra sobretensões podem proteger estes sistemas, prevenin-
temporárias, garantindo um funcionamento do problemas técnicos e perdas financeiras.
Indústria – cada vez mais são usados sis- contínuo sem sobressaltos durante a vida útil Protegem sistemas de alimentação 230/400
temas sofisticados propensos a anomalias dos equipamentos. Protegem desde instala- V, linhas de sinal e comunicações.

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Oleodutos e gasodutos – são projetos de grandes dimen-
sões que estão expostos a efeitos indesejáveis causados
por relâmpagos ou indução por linhas paralelas de Alta Ten-
são ou caminhos-de-ferro próximos. Estes eventos afetam
negativamente as tecnologias de apoio necessárias ao bom
funcionamento destes projetos. Os descarregadores Saltek®
asseguram a melhor proteção possível a estas tecnologias
aumentando significativamente a sua fiabilidade. Protegem
Sistemas de alimentação 230/400 V e até 1000 V, sistemas
de segurança – controlo de acessos, deteção e alarme de in-
cêndio, linhas de sinal e comunicações – e tubagens contra
tensões induzidas.

Vantagens
• Minimizam os tempos de paragem nas linhas de produ-
ção e as subsequentes perdas financeiras na indústria;
• Aumentam consideravelmente a fiabilidade e, conse-
quentemente, melhoram o conforto na utilização dos
edifícios terciários;
• Asseguram a melhor proteção possível contra sobreten-
sões temporárias, garantindo um funcionamento con-
tínuo sem sobressaltos durante a vida útil dos equipa-
mentos nos sistemas fotovoltaicos;
• Asseguram a melhor proteção possível aos equipamen-
tos contra a queda de raios e sobretensões induzidas,
aumentando assim significativamente a fiabilidade ope-
racional dos sistemas de emissão e receção de dados;
• Protegem os datacenters, prevenindo problemas técni-
cos e perdas financeiras;
• Asseguram a melhor proteção possível às tecnologias
ligadas aos oleodutos e gasodutos, aumentando signi-
ficativamente a sua fiabilidade;
• Previnem a existência de tensões de toque elevadas
e imprevisíveis e limitam a sobretensão, tanto em AC
como DC, nos sistemas de caminhos-de-ferro elétricos.

Aplicabilidade
• Indústria;
• Edifícios;
• Sistemas fotovoltaicos;
• Antenas e transmissores;
• Datacenters;
• Oleodutos e gasodutos;
• Sistemas de caminhos-de-ferro elétricos.

F.Fonseca, S.A.
Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910
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/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda
88 informação técnico‑comercial

o futuro dos testes de controlo


dos religadores
Para melhorar a fiabilidade
no fornecimento
de energia em redes
de distribuição aérea,
onde a maioria das falhas
ocorre temporariamente,
muitas unidades possuem
religadores montados
em postes.

Estes religadores dividem os alimentadores


em secções de forma que, no caso de ocorrer
uma avaria a jusante, os clientes possam ser
fornecidos a montante com energia.
Os religadores modernos utilizam con-
trolos eletrónicos que são similares aos
relés de proteção em subestações no que
diz respeito às suas funções de proteção.
No entanto uma diferença notável é que os
controlos dos religadores são montados nas Figura 2. A tecnologia Smart Connect com a sua vasta gama de adaptadores de controlador fazem testes nos vários

caixas do controlador no local onde lhes é religadores e secciona controlos muito facilmente.

exigido que suportem as diferentes condi-


ções ambientais como as muito elevadas
ou muito baixas temperaturas tal como a
variação da humidade. Estas condições irão do disjuntor da subestação. Além disso, em Para evitar estes cenários, a North Ame-
provocar um desgaste mais rápido dos com- casos mais graves, o mau funcionamento de rican Electric Reliability Corporation (NERC)
ponentes no controlador, e assim estão mais um religador uma subestação causado pela apresenta requisitos de teste e de manuten-
propensos a falhar do que numa subestação proteção do relé na linha de transmissão de ção obrigatórios para sistemas de proteção.
de relés. disparar nesta função de backup, resultando Na última revisão da norma PRC­‑005-6,
Também existem relatórios de serviços a numa paragem geral. onde também é exigido o teste de disposi-
partir de controladores que não foram devi- Estas disfunções influenciam os números tivos que fazem parte de um plano de rejei-
damente configurados, o que resultou numa de fiabilidade dos serviços, que podem deri- ção de cargas, o que inclui em muitos casos
descoordenação de dispositivos na linha de var em penalizações além de receitas perdi- religadores. Enquanto estes requisitos regu-
alimentação que resulta no funcionamento das devido a uma quebra sustentada. lamentares não entram em vigor em muitos

Figura 1. ARCO 400 é uma solução inteligente e robusta para testar todos os tipos de controlo dos religadores.

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locais do mundo, os serviços procuram independentemen-
te melhorar a sua fiabilidade na rede através da realização
de testes.
Um grande desafio do teste de controlo dos religa-
dores é o facto de, frequentemente, ser difícil ter acesso
aos terminais para conetar um aparelho de teste. A forma
mais rápida e fácil de ligar ao controlador é através do co-
netor de controlo do cabo levando ao atual religador uma
vez que este interface possui toda a corrente, tensão, si-
nais de abertura/encerramento e contactos auxiliares do
disjuntor.
Além disso a maioria dos religadores modernos utilizam
uma única bobina para abrir e encerrar o disjuntor, e assim
a tensão aplicada pelo controlador é apenas feita através de
dois pinos do conetor onde, por exemplo, uma tensão positi-
va abre e de uma tensão negativa fecha o disjuntor. Se estes
terminais estiverem corretamente ligados à entrada binária
convencional de um aparelho de teste para medir a reação
de um controlador a uma falha simulada, apenas um sinal
pode ser medido de cada vez, o que torna qualquer teste pra-
ticamente impraticável.
Os testes de entrada em funcionamento e manutenção
são feitos, sobretudo, no local o que requer que o equipa-
mento de teste seja robusto e suporte determinadas con-
dições ambientais exteriores. O tempo necessário para
efetuar os testes de todas as funções é sempre um pro-
blema quando se está no local. Ao utilizar um aparelho de
teste de 3 fases com o software Smart Enough que não
requer que as funções no controlador não sejam desativa-
das, este tempo de teste pode ser bastante reduzido. Com
uma quantidade mínima de interação com o controlador, o
dispositivo de teste não irá encontrar o problema ao deixar
o local com as funções desativadas tendo como objetivo
apenas o teste.
O mais recente aparelho de teste da OMICRON,
ARCO 400, tem incorporado uma possibilidade de medição
de tensão negativa e positiva para evitar a religação, e pode
ser universalmente conetado a qualquer controlador do re-
ligador com curtos adaptadores específicos do religador. O
dispositivo simula o religador e permite testes de três fases
do controlador tanto no ambiente do laboratório como no
campo.
Depois do teste, os relatórios têm de ser muitas vezes
escritos manualmente em papel e, regressado ao escritó-
rio, a informação tem de ser inserida no sistema de ges-
tão de ativos, que é novamente um processo demorado.
O ARCO 400 da OMICRON foi construído com base em
relatórios que podem ser transferidos diretamente para o
sistema de gestão de ativos – assegurando um fluxo de
trabalho rápido e fácil.
A sincronização de testes de sistemas de distribuição
automática no campo tornou-se um requisito, tal como as
fracas ligações de comunicação possam ter um grande im-
pacto no funcionamento correto de todo o sistema. Tal como
os testes de função básicos, vários ARCO 400 podem ser
sincronizados e simultaneamente injetados em vários con-
trolos de religadores para simular falhas em cenários reais e
verificar o correto funcionamento de mesmo do mais com-
plexo esquema de automação.

OMICRON Technologies España, S.L.


Tel.: +34 916 524 280 · Fax: +34 916 536 165
www.omicron.at
90 informação técnico‑comercial

Quitérios® lança nova


gama de produtos estanques
– quadros Mondego®
A Quitérios® apresenta-se no mercado como
uma empresa atenta às necessidades dos
profissionais do setor elétrico e de telecomu-
nicações.
Apostando constantemente na melho-
ria dos seus produtos e na criação de no-
vas soluções através das várias ações que
tem promovido junto dos principais players
do mercado, a Quitérios® apresenta a sua
mais recente gama de produtos, a série
Mondego®.
Composta por produtos da Classe II de
Isolamento, a série Mondego® surge como
resposta à necessidade de soluções (caixas
de quadro), adequadas a instalações elétricas
expostas a ambientes severos.
Esta gama é composta por produtos com
capacidade de instalação de 4, 8, 12, 24 e
36 módulos.
Fabricados em ASA (Acrylonitrile Acrylic
Styrene) – material com elevada capacidade aplicações no exterior, em locais com um “(...), estes produtos
de resistência aos raios UV – estes produtos, risco significativo de penetração de corpos são a solução ideal
de instalação saliente, são adequados para sólidos e líquidos, pois possuem um elevado para instalações
grau de estanqueidade – IP 65. elétricas em ambientes
As caixas de quadro da série Mondego® mais exigentes –
aliam a componente estética, muitas vezes como, por exemplo,
negligenciada neste tipo de produtos, a um zonas junto à costa,
design funcional para uma fácil instalação. instalações junto
Todos os produtos permitem a aplicação a painéis fotovoltaicos,
da fechadura metálica com chave, ideal para recintos festivos
espaços recebendo público. ou feiras – onde
De entre as principais caraterísticas dife- os quadros elétricos
renciadoras desta gama destacam-se: necessitam de um
• A possibilidade de reverter a porta das grau de robustez
caixas com capacidade igual ou superior e segurança elevados.”
a 12 módulos, sem necessidade de utili-
zar qualquer tipo de ferramenta;
• A possibilidade de aplicação da calha elétricos necessitam de um grau de robustez
DIN em duas posições (em altura), pos- e segurança elevados.
sibilitando a instalação de equipamentos Para mais informações sobre a sé-
com maior profundidade; rie Mondego®, aconselhamos a consulta
• As marcações métricas na superfície do do folheto no encarte desta revista ou em
invólucro permitem, facilmente, abrir os www.quiterios.pt.
rasgos necessários à entrada e saída de
“As caixas de quadro tubos ou cabos.
da série Mondego®
aliam a componente Com as vantagens apresentadas, estes pro-
estética, muitas vezes dutos são a solução ideal para instalações
negligenciada neste tipo elétricas em ambientes mais exigentes –
de produtos, a um design como, por exemplo, zonas junto à costa, QUITÉRIOS – Fábrica de Quadros Eléctricos, Lda.
funcional para uma fácil instalações junto a painéis fotovoltaicos, re- Tel.:+351 231 480 480 · Fax: +351 231 480 489
instalação. ” cintos festivos ou feiras – onde os quadros quiterios@quiterios.pt · www.quiterios.pt

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92 informação técnico‑comercial

solução modular safetyDRIVE


proporciona confiança
e segurança funcional
em máquinas e sistemas
Para garantir
a produção industrial
com uma prevenção
efetiva de acidentes
e, simultaneamente,
uma operação sem falhas,
grandes desafios têm de ser
ultrapassados.

A engenharia de acionamentos é de primor-


dial importância para assegurar a segurança
funcional de máquinas e sistemas, o que re-
quer soluções - tais como a tecnologia adap-
tável safetyDRIVE da SEW-EURODRIVE – que
fiavelmente detetem os desvios que ocorrem
nos perfis de velocidade ou posição espe-
cificados e, na eventualidade de uma falha,
cortem a alimentação de energia ao motor de
forma rápida e fiável.
Seja nos conversores de frequência ins-
talados em quadros elétricos ou nas instala-
ções descentralizadas, a SEW-EURODRIVE
disponibiliza um leque de funções de segu-
rança incluídas no portefólio safetyDRIVE.
Estas funções vão desde a ação de interrup- Para além da Diretiva Internacional de e engenheiros dos clientes, fazem também
ção, desligar ou parar robots de soldadura na Máquinas e das Normas EN ISO 13849 a a avaliação de riscos e usam os resultados
indústria automóvel até ao movimento, acele- EN 62061 e IEC 61508, existem numerosas e, para desenvolver um conceito de segurança
ração e paragem segura em teatros, passan- por vezes, complexas Normas e Diretivas com adequado. Os riscos de responsabilidade dos
do pela comunicação fiável para paletizado- impacto em todas as áreas de máquinas e sis- clientes são reduzidos ao mínimo, através da
res nas indústrias de embalagem e bebidas, temas, desde o desenvolvimento à produção validação extensiva das funções de segurança.
por exemplo. Os pacotes modulares de ser- e às vendas. Os atuais desenvolvimentos na Após o planeamento, a SEW-EURODRIVE
viços e soluções da SEW-EURODRIVE repre- área da comunicação digital em rede também fornece apoio no local para a instalação e
sentam uma diferença crucial na segurança, representam novos riscos e perigos potenciais documentação do sistema de acionamentos
adaptando-se a uma larga variedade de in- que devem ser incluídos na equação. relacionado com a segurança de uma de-
dústrias e incluindo o apoio de especialistas Para garantir que os utilizadores não terminada máquina ou fábrica. A formação
em todos os aspetos de segurança funcional. se perdem no labirinto de regras e regula- à medida em tecnologia de segurança e a
mentos, marcações CE e normas técnicas, consultoria em matéria de conformidade CE
a SEW-EURODRIVE agrupou as 16 fases do completam o portefólio de serviços da SEW.
“A tecnologia safetyDRIVE ciclo de vida da segurança e compilou os res- A tecnologia safetyDRIVE foi configura-
foi configurada para petivos pacotes de serviço de segurança. Os da para proporcionar aos clientes a máxima
proporcionar aos clientes produtos e serviços do programa safetyDRI- garantia legal e qualidade, bem como um
a máxima garantia legal VE são certificados pela TÜV alemã e podem elevado nível de eficiência ao longo de todo
e qualidade, bem como ser combinados de forma flexível, proporcio- o ciclo de vida das máquinas e sistemas, con-
um elevado nível nando a solução mais adequada para toda e tribuindo para reduzir riscos, custos, tempo e
de eficiência ao longo de todo qualquer necessidade dos clientes. imprevistos.
o ciclo de vida das máquinas Os especialistas da SEW-EURODRIVE
e sistemas, contribuindo não se limitam a pesquisar de forma exausti- SEW-EURODRIVE Portugal
para reduzir riscos, custos, va todas as Diretivas e Normas. Trabalhando Tel.: +351 231 209 670 · Fax: +351 231 203 685
tempo e imprevistos.” em estreita colaboração com os projetistas infosew@sew-eurodrive.pt · www.sew-eurodrive.pt

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94 informação técnico‑comercial

Control Connect:
está tudo nas suas mãos
A Vulcano sempre “Esta Inteligência Verde
apostou na inovação é evidenciada pelas vastas
tecnológica funcionalidades inovadoras
e no desenvolvimento que incluem a compensação
de soluções cada vez por temperatura exterior,
mais inteligentes deteção de presença,
e eficientes ao nível temporizador de banho
energético, o que faz e autoaprendizagem,
com que a marca possua que permitem a adaptação
uma oferta diferenciadora dos padrões de utilização
perante o mercado. e rotina do consumidor.
Para além do seu design
e conforto, o Control
Após o lançamento do conhecido Sensor Connect permite obter
Connect, o primeiro Esquentador Termostá- +4% de eficiência energética,
tico Compacto, produzido em Portugal, com de acordo com a Diretiva
um design exclusivo e inovador com frente ErP. E em combinação
em vidro negro, painel touch e o único com com a Caldeira Mural
tecnologia de conetividade – permite o seu de Condensação Eurostar
controlo a partir de smartphones e/ou tablets Green, a mais eficiente
através de uma aplicação gratuita conetada do mercado, atinge uma
via Bluetooth Smart, surge agora o Control classificação energética
Connect, um termóstato inteligente progra- até A+, em aquecimento.”
mável com conexão wi-fi.
Esta mais recente inovação da nova ge-
ração de soluções Vulcano permite uma fácil Com a sua programação avançada e tec- exclusivo, conforto e poupança, obtém ainda
interação e controlo total do sistema de aque- nologia de conetividade, visualmente vem de- a eficiência energética nas habitações, refor-
cimento central e de águas, a partir do smar- monstrar que com Control Connect chegou o çando a importância da sua aposta no con-
tphone ou tablet. futuro. Para além da inteligência, do design ceito da Inteligência Verde.
Esta Inteligência Verde é evidenciada pe-
las vastas funcionalidades inovadoras que
incluem a compensação por temperatura ex-
terior, deteção de presença, temporizador de
banho e autoaprendizagem, que permitem a
adaptação dos padrões de utilização e rotina
do consumidor.
Para além do seu design e conforto, o
Control Connect permite obter +4% de efici-
ência energética, de acordo com a Diretiva
ErP. E em combinação com a Caldeira Mural
de Condensação Eurostar Green, a mais efi-
ciente do mercado, atinge uma classificação
energética até A+, em aquecimento.
A grande motivação da Vulcano para
continuar a apostar no futuro e desenvolver
soluções que vão de encontro com as neces-
sidades do consumidor e ambiente, passa
pela procura constante de novos produtos,
mais facilitadores e sustentáveis, mantendo­
‑se assim na liderança das Soluções de Água
Quente e Solar Térmico.

Vulcano
Tel.: +351 218 500 300 · Fax: +351 218 500 301
info.vulcano@pt.bosch.com · www.vulcano.pt
/VulcanoPortugal

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96 informação técnico‑comercial

Klippon® Connect
da Weidmüller: série A
Blocos de bornes com Estes incluem o sistema de ligação Push In específica ou simplesmente não são incorpo-
uma nova estrutura de gama: com botões incorporados, “pontes” para li- radas. As aplicações recorrentes são a cabla-
universal e para aplicações. gação adequada, identificadores eficientes, gem do transformador de corrente e tensão, a
pontos de verificação e teste uniformes em distribuição da tensão de controlo, DCS mar-
cada ponto de contacto, assim como um pé shalling, distribuição pelo edifício, cablagem
Sob o nome Klippon® Connect, a Weidmül- de fixação ajustável. de sinais, distribuição de energia, além da
ler está a distinguir a sua gama de bornes A tecnologia de ligação Push In garante blindagem e ligação à terra.
em duas categorias: gama universal e gama uma cablagem segura e um manuseamento
para aplicações. Os requisitos específicos simples. O condutor é inserido no dispositivo
determinam qual a mais adequada. Frequen- de fixação até que ele pare e assim garanti-
temente, a padronização permite encontrar mos uma conexão segura e estanque ao gás.
com a gama universal, uma solução sofisti- A tecnologia Push In permite que as instala-
cada e adequada ao pretendido. Esta gama ções sejam feitas 50% mais rápidas do que
garante aos utilizadores as caraterísticas com os sistemas de mola. O sistema de liga-
práticas do produto. Regra geral, a seleção do ção pode ser utilizado tanto para condutores
componente mais correto pretende manter a rígidos como flexíveis, com ou sem ponteira.
tecnologia de conexão e as funções exigidas Mesmo os condutores flexíveis podem ser
em cada caso concreto. Para aplicações fre- ligados através de uma simples pressão no
quentes, como o controlo da distribuição de botão sem necessidade de utilizar ferramen- Figura 2. Frequentemente a padronização permite encontrar
tensão e agrupamento de sinais, a Weidmül- tas especiais. Para abrir o ponto do contacto, a solução mais correta através da gama universal inovadora
ler garante as soluções mais indicadas com basta pressionar apenas o botão e o condutor e orientada para funcionalidades.
a gama para aplicações. Graças ao elevado ligado pode ser removido. E novamente não
nível das soluções para aplicações, estas ga- foram necessárias ferramentas especiais.
rantem o aumento da eficiência e segurança Todos os shunts (pontes) podem ser sim-
e oferecem benefícios em termos económi- plesmente adaptados à aplicação e iden-
cos. Os utilizadores confiam totalmente que tificados de acordo. As novas etiquetas de
produto e aplicações se encaixam de forma identificação asseguram uma rotulagem efi-
personalizada. caz da régua de bornes. Podem ser criadas e
instaladas muito rapidamente. Cada ponto de
contacto está equipado com um consistente
ponto de verificação e de teste. O adaptador
de teste individualmente configurado simplifi-
ca a manutenção e a resolução de problemas
no armário de controlo. Também pode ser li-
gado a pontos de teste definidos para realizar
e depois documentar no computador os tes- Figura 3. Os bornes da Série A possuem um ponto de
tes automáticos. O protocolo de teste garante verificação e de teste uniforme em cada ponto de contacto.
evidências de qualidade. Uma mola de ajuste
do pé de fixação do borne compensa as di-
ferenças nas dimensões da calha. Também Aplicação para cablagem
facilita o ajuste e remoção dos bornes. de sinal
O controlo dos processos de trabalho em
máquinas e sistemas está a tornar-se cada
Klippon® Connect: produtos vez mais complexo, o que significa que há
Figura 1. Com o nome Klippon® Connect, a Weidmüller para aplicações recorrentes mais sensores a monitorizar o processo de
dividiu a sua gama de bornes entre gama universal e gama Os armários de controlo são configurados produção. Consequentemente são reque-
para aplicações. e concebidos de forma individual. Mas em ridos ainda mais os bornes modulares para
praticamente todas as indústrias existem combinar e estruturar os sinais em módulos
certas aplicações que são parte integrante finos. Quando comparado com as soluções
Klippon® Connect: das necessidades dos armários de controlo. de cablagem convencionais, os blocos de
a gama universal A Weidmüller identificou estes campos de bornes iniciador-atuador AIO permitem au-
A gama universal Klippon® Connect pode ser aplicação e desenvolveu soluções à medida. mentar a densidade da cablagem até quatro
utilizada para implementar as soluções mais Estas soluções ajudam, de forma decisiva, a potenciais diferentes com uma largura de
adequadas – incluindo as caraterísticas prá- aumentar a produtividade, eficiência e segu- 3,5 mm. Esta gama inclui blocos de bornes
ticas do produto, serviços e consultoria para rança, uma vez que as funcionalidades dos modulares para ligar 3 a 4 condutores de sen-
as aplicações – de uma forma padronizada. produtos estão organizadas de uma forma sores ou atuadores com ou sem conetores de

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informação técnico‑comercial 97

condutor de ligação à terra. Os cabos rígidos impedem também uma incorreta cablagem.
e os condutores com ponteira podem ser li- Duas configurações possíveis – alternadas e
gados de uma forma rápida e eficiente sem agrupadas – aumentam a flexibilidade. Numa
ferramentas, utilizando uma ligação Push In. montagem alternada, os dois diferentes po-
O sistema de ligação está equipado com bo- tenciais estão localizados num borne que
tões coloridos. Cada condutor – positivo, ne- reduz espaço adicional quando comparado
gativo, de sinal ou PE – tem a sua cor própria. com as estruturas convencionais. Além dis-
O esquema de cores evita ligações incorretas so a solução APP possui uma atribuição de
de forma a tornar a instalação e manutenção contacto correta, uma vez que os pontos de
mais eficientes. E em simultâneo, cada pon- contacto individual estão claramente mar-
to de contacto possui o seu próprio ponto de cados e também numerados. Isto torna as
teste e de verificação, o que permite testar as tarefas de manutenção e de alteração muito Figura 8. Para obter elevados níveis de flexibilidade,
diferentes potências em cada ponto de con- mais fáceis. A solução do bloco estruturado a distribuição da tensão de controlo pode ser alternada
tacto e, consequentemente, acelerar de forma pode ser rápida e facilmente combinada com (esquerda) ou agrupada (direita).
significativa a velocidade do trabalho de teste os blocos de bornes modulares do mesmo
no armário de controlo. tamanho e com acessórios padronizados. O
sistema modular permite que os blocos de
bornes modulares tenham um acesso fácil.
A extensão envolve o uso do segundo pon-
to de ligação de shunt. As cores facilitam a
distinção entre os diferentes potenciais. As-
sim é prevenida a cablagem incorreta e dis-
pendiosa em termos de custos e de tempo.
Os cabos rígidos e cabos com ponteira são
instalados no sistema de ligação Push In de
forma rápida, com segurança e fiabilidade e Figura 9. A expansão do bloco de bornes é fácil, bastando
sem ferramentas. inserir um segundo shunt no segundo canal.

Figura 4. As novas etiquetas de identificação garantem uma


rotulagem eficaz dos blocos de bornes modulares.

Figura 6. Os blocos de bornes iniciador-atuador AIO


já se encontram orientados para futuros requisitos
em automação. Figura 10. maxGUARD da Weidmüller: inovadora solução
na distribuição de tensão de controlo. A monitorização
da carga e distribuição de potencial estão combinadas
numa solução completa e convincente.
Detalhe: os shunts reduzem o tempo e o esforço necessários
para a cablagem entre a monitorização de carga
Figura 5. Os bornes modulares da Série A estão equipados e os terminais de distribuição de potencial.
com botões de abertura.
Com o sistema maxGUARD, o bloco de bor-
nes (previamente instalado separadamente)
Aplicação para para a distribuição de potencial às saídas dos
a distribuição de controlo monitores eletrónicos de carga fazem parte
de tensão de uma solução de distribuição de tensão de
Os circuitos de controlo distribuem a ener- controlo de 24 V DC. A nova combinação de
gia elétrica desde a fonte de alimentação monitorização de carga e a distribuição de
até aos diferentes consumidores a jusante. Figura 7. Nos bornes da Série A, todos os botões potencial economiza tempo na instalação, au-
Isto significa uma cablagem de um número são identificados segundo as cores dos condutores. menta a segurança durante as falhas e reduz
muito extenso de fios dentro de um espaço a quantidade de espaço necessário na calha
confinado e que pode levar, muitas vezes, a em 50%. Os elementos inteligentes de contro-
erros. A solução da aplicação APP da Weid- Monitorização de carga lo, teste e ligação da tensão de controlo max-
müller permite configurações muito claras e distribuição de potencial GUARD permitem um acesso seguro a todos
e compactas com o objetivo de distribuir o numa solução completa os potenciais de tensão e circuitos de carga
controlo de tensão. O conceito modular pode As distribuições de tensão de controlo se- para a monitorização e a manutenção.
ser adaptado de forma individual a cada tipo guras e de fácil manutenção que podem ser
de máquina. A conceção padronizada do instaladas de uma forma que economiza Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
bloco de bornes do distribuidor e as opções tempo e espaço são muito importantes para Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871
simples shunts não poupam apenas espaço; máquinas eficientes e operações mais fáceis. weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt

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98 informação técnico‑comercial

armazenamento dinâmico
de energia – gestão Link DC
A Zeben apresenta o DSM 4.0 da Michael Koch GMbH.

O DSM 4.0 é um módulo


de gestão de Link DC para
variadores de velocidade
que permite a poupança
de energia elétrica,
ou aumentar a produtividade
da sua máquina
ou do sistema. O DSM 4.0,
em muitos casos, pode
conduzir a uma aceleração
do processo e com isso
um aumento da quantidade
de peças produzidas
por unidade de tempo.
O DSM 4.0 interceta quedas
de tensão que normalmente
causam paragens e/ou perda
de dados. Pode reduzir
os picos de carga pedidos
à rede elétrica e manter
o fornecimento de energia
ao sistema em caso
de interrupções. O DSM 4.0
permite diferentes meios
de armazenamento
que podem ser escolhidos
com base nos requisitos Não importa qual a tarefa sistema, caso se estas forem feitas para ci-
de aplicações. E tudo isso do Link DC, o DSM 4.0 irá clos mais rápidos. 
sem necessidade cumpri-la. E vai fazê-la
de manutenção. rapidamente. 
Tão rápido que os seres humanos e máqui- Máquinas mais rápidas,
nas nem se aperceberiam se o DSM 4.0 não quantidades mais elevadas,
comunicasse com o controlador da unida- maior produtividade e mais
de ou o controlo de nível superior. O módu- lucro!
lo de gestão de Link DC DSM 4.0 carrega Especialmente quando usado com baterias, o
com a energia de regeneração do sistema e DSM 4.0 mostra a sua força como uma fonte
fornece­‑a sempre que necessário ou quando de alimentação ininterrupta para redes DC.
for dada a ordem. Apenas do melhor modo Quedas de tensão, bem como as interrupções
para a aplicação ou para a rede elétrica, onde na corrente, planeadas ou não, perdem a sua
os efeitos indesejáveis das cargas de alta po- ameaça.
tência podem ser nivelados e evitados. De entre muitas outras aplicações o mó-
dulo de gestão de Link DC para variadores de
velocidade, o DSM4.0 pode ser utilizado na
A sua utilização de forma gestão da energia gerada e na redução de
constante permite a cargas de energia. O DSM 4.0 pode também
redução de custos.  ser utilizado para o fornecimento de energia
Assim o DSM 4.0 suporta as unidades de em caso de cavas de tensão ou falha de ener-
sistema eletrónico, especialmente em ciclos gia de rede.
curtos, de uma forma que a vida útil das uni-
dades de controlo é drasticamente ampliada
e as paragens não planeadas são minimiza- Zeben – Sistemas Electrónicos, Lda.
das. Este apoio pode até ter o efeito de ace- Tel.: +351 253 818 850 · Fax: +351 253 818 851
lerar o movimento das partes mecânicas do info@zeben.pt · www.zeben.pt

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100 mercado técnico

SMY133: avançado analisador de energia go aberto como o IDE da Arduino e Linux, podendo ser utilizado
e datalogger com display com hardware de terceiros através de Modbus ou PROFINET. O
Zeben – Sistemas Electrónicos, Lda. IOT2020 também tem compatibilidade com diversas linguagens
Tel.: +351 253 818 850 · Fax: +351 253 818 851 de programação como Java, C++ e JSON, graças a uma gama de
info@zeben.pt · www.zeben.pt IDE que inclui Eclipse e compiladores para Yocto Linux. Também é
ampliável através do porto PCIe. O dispositivo tem um preço atra-
A Zeben apresenta o avançado analisador tivo e inclui os certificados UL e CE, o qual resulta prático para um
de energia e datalogger, o SMY133 da KMB. variado leque de clientes industriais. Permite desenvolver ideias
O novo analisador de energia SMY 133 utilizando código aberto para depois as converter em projetos e
pode ser utilizado em aplicações de moni- aplicações profissionais e é ideal para fins educativos porque ga-
torização remota online, automação indus- rante uma experiência prática na qual as fases de aprendizagem
trial, gestão de energia, avaliação de quali- são muito rápidas. “Com anos de experiência prestando serviços
dade energética, eficiência energética, a clientes nos setores industrial e eletrónico, na RS temos orgulho
datalogger, quadros elétricos, entre outras. O SMY 133 é um avan- de ter contribuído para esta evolução tecnológica. A tecnologia de
çado analisador de energia trifásico com display LCD a cores e re- código aberto adotada por Arduino simplificou a criação de protóti-
gisto e gravação de dados (datalogger) de eventos e alterações de pos eletrónicos, enquanto o desempenho da Siemens foi determi-
rede. O SMY 133 foi especialmente desenvolvido para a monitori- nante no desenvolvimento da automatização industrial para atingir
zação de carga, e redes de Baixa, Média e Alta Tensão, monofási- níveis de fiabilidade e interconetividade simplesmente impensá-
cas ou trifásicas. veis há dez anos”, assegura Paolo Carnovale, Head of Industrial
O analisador de energia SMY133 possui 3 entradas indepen- Product Marketing na RS. “O Simatic IOT2020 facilitou a ligação
dentes de tensão e corrente e interface de comunicação RS-485, entre os dois mundos, proporcionando a flexibilidade necessária
Ethernet ou USB. Este avançado analisador de energia permite ain- para desenvolver novas aplicações IIoT”.
da a medição de tensão, corrente, potência (ativa, reativa e aparen-
te), frequência, fator de equilíbrio, fator de distorção, taxa de distor-
ção harmónica geral da corrente e tensão, harmónicos individuais PTI da TEV disponível na versão de embutir
(até 50 A ordem) e energia ativa e reativa. A saída opcional a relé e saliente
ou a impulsos pode ser programada para controlar outros equipa- TEV2 – Distribuição de Material Eléctrico, Lda.
mentos com base nos valores medidos (controlo do ventilador, so- Tel.: +351 229 478 170 · Fax: +351 229 485 164
bretensão/sobrecorrente, entre outros). As saídas digitais podem marketing@tev.pt · www.tev.pt
também operar como saída de impulso para o medidor de energia
elétrica incorporado. O SMY 133 está disponível com 3 módulos A marca TEV disponibiliza o PTI
de firmware para a apresentação de relatórios e registo de eventos, na versão de embutir e saliente. O
deteção e registo preciso de ondas distorcidas e monitorização de PTI está regulamentado segundo
sinais de controlo centralizado. A KMB é representada em Portugal as indicações 3.2.2.3 do Manual
pela Zeben – Sistemas Electrónicos. ITED 3.ª Edição, sendo fabricadas
numa caixa em material isolante.
Este equipamento pode ser
Disponível em exclusivo na RS Components o fornecido com uma caixa IP40 com tampa e há a possibilidade
novo gateway IoT da Siemens SIMATIC IOT2020 de adquirir o kit em separado para uma aplicação em calha DIN
RS Components ou na versão com aperto de parafuso. O PTI é utilizado nos fogos
Tel.: +351 800 102 037 · Fax: +351 800 102 038 construídos do tipo residencial, como elemento de interligação nas
marketing.spain@rs-components.com · pt.rs-online.com três tecnologias e pode ser instalado na zona coletiva ou na zona
individual.
A RS Components distribui
em exclusivo o novo ga-
teway SIMATIC IOT2020 da Trabalho seguro em armários
Siemens. Segundo ditam as Rittal Portugal
análises ao mercado, nos Tel.: +351 256 780 210 · Fax: +351 256 780 219
próximos anos encontrare- info@rittal.pt · www.rittal.pt
mos dezenas de milhares de
milhões de dispositivos conetados à internet. Assim, há vários fa- Aquando da ligação de dispo-
tores que incentivam a Internet das Coisas: o hardware de código sitivos elétricos a disjuntores,
aberto está em pleno crescimento, os IDE (Integrated Development a segurança do homem e da
Environment) são cada vez mais fáceis de utilizar e hardware como máquina deve ser tomada em
Arduino apresenta constantes aperfeiçoamentos. Com estas pre- conta. Assim os circuitos com
missas, a Siemens tem trabalhado com a RS Components para uma corrente nominal de ≤ 20
oferecer o IOT2020, uma solução fácil para que os engenheiros A, os quais fornecem tomadas
comecem a trabalhar com a Internet Industrial das Coisas, assu- dentro ou sobre armários de
mindo desafios num mundo mais conetado. máquinas devem ser fundidos
O IOT2020 é um gateway IoT flexível desenhado para ter um por meio de um dispositivo de proteção de corrente residual (dife-
funcionamento industrial continuado com os certificados corres- rencial de corrente nominal de 30 mA). Isto é assegurado pela nova
pondentes. Pode ser utilizado para recuperar, processar, analisar tampa de interface da Rittal para os disjuntores de circuitos RC.
e enviar dados para muitos dispositivos diferentes utilizando as As tampas de interface fornecem um rápido acesso a tomadas
interfaces Ethernet, USB e micro SD. Este gateway também é o e portas de rede que dispositivos externos – como computadores
primeiro produto da Siemens compatível com software de códi- portáteis, programação e dispositivos de diagnóstico – precisam.

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O armário afetado permanece fechado e é protegido de
influências ambientais e acessos não autorizados. Com a
nova tampa de interface, um disjuntor de circuito RC pode
ser facilmente encaixado no recorte previsto para este fim.
Isto garante uma proteção standard da tomada. O disjuntor
pode ser desligado sem abrir o armário, e assim, a seguran-
ça e o manuseamento são melhorados significativamente.
O recorte é designado para standards comerciais RCBOs
(Residual Current Operated Devices). Adicionalmente as
ligações de tomada RJ45 e VDE estão disponíveis. Além
disto, a Rittal também oferece tampas modulares de inter-
face que podem ser fornecidas com diferentes interfaces
mediante as necessidades.

XLED Home 2 e XL: projetor LED fabricado


pela Steinel
Pronodis – Soluções Tecnológicas, Lda.
Tel.: +351 234 484 031 · Fax: +351 234 484 033
pronodis@pronodis.pt · www.pronodis.pt
/pronodissolucoestecnologicas.pronodis

O novo projetor LED é o ven-


dedor de topo com um de-
sign sofisticado e moderno
com linhas direitas. Graças
ao painel LED totalmente gi-
ratório, todos os cantos da
área de entrada podem ser
iluminados com flexibilida-
de e consoante seja neces-
sário. A tecnologia LED altamente eficiente juntamente
com a cobertura opala proporciona um máximo de con-
forto de iluminação. Como um projetor individual ou inter-
ligado com a versão Slave, a nova geração inovadora da
série de sucesso XLED Home 2 está disponível em branco,
preto, grafite e prata.
Ideal para as procuras mais exigentes em design e
conveniência de iluminação máxima. Com 1184 lm ou
1608 lm com um consumo de energia de apenas 14,8 W
ou 20W, referente ao modelo Home2 e Home 2 XL. Sen-
sor Infravermelhos de precisão giratório (horizontalmente:
180 °, verticalmente: 90 °). Ângulo de cobertura de 140 °,
alcance de 14 metros. Sistema de resfriamento composto
de magnésio de alta condutividade térmica (HCMC). Grau
de proteção de IP44 com Classe II.

Postos de trabalho IZI da JSL já disponíveis


JSL – Material Eléctrico, S.A.
Tel.: +351 214 344 670 · Fax: +351 214 353 150
Tlm.: +351 934 900 690 · 962 736 709
info@jsl-online.net · www.jsl-online.net

A JSL apresenta os novos


postos de trabalho IZI. De
design moderno e elegan-
tes, proporcionam uma
integração estética total
em ambiente de escritó-
rios e doméstico, sendo a
solução ideal na reabilitação da instalação elétrica e de te-
lecomunicações em escritórios, stands, habitações, biblio-
tecas, hospitais, garagens e oficinas, bem como em esta-
belecimentos comerciais.
102 mercado técnico

De fácil e rápida instalação, os postos de trabalho JSL são ou brilhantes. Isto com alcances entre 5 cm e 3,8 m. E para uma
agrupáveis na vertical e horizontal podendo a sua capacidade maior flexibilidade estão ainda disponíveis até 8 saídas digitais vir-
ser ampliada e evolutiva. Dotados de encaixe rápido, seguro e tuais através de IO-Link. As 4 variantes – Distance, Speed, Preci-
eficaz, estão preparados para receber aparelhagem 45 x 45 (tipo sion e Small – foram desenhadas para uma utilização num inter-
MOSAIC) de qualquer fabricante, bem como a aparelhagem ame- valo de aplicações alargado. Por isso, os PowerProx não são
ricana tipo NEMA. Disponíveis na versão saliente e na versão de apenas a melhor solução como também oferecem a solução ade-
encastrar em paredes de cimento e/ou pladur. A versão saliente quada para os seus requisitos: monitorização da ocupação de es-
dispõe de tampas laterais amovíveis que aceitam diretamente as tantes, contagem rápida ou deteção de arestas são algumas das
calhas minicanais: 20 x 10, 30 x 10, 25 x 17, 40 x 17, 25 x 25, 40 x 25 possíveis aplicações.
e tubo VD20 de qualquer fabricante. A versão de embeber aceita Os sensores fotoelétricos da Sick são extremamente fiáveis e
um tubo anelado de diâmetros 20 e 25, sendo fornecidas com um duráveis, apresentando inúmeras vantagens, desde a deteção fiá-
conjunto de parafusos e garras de ancoragem para paredes ocas. vel a grandes distâncias, mesmo em objetos brilhantes ou superfí-
Encontra-se ainda disponível uma completa gama de acessórios cies baças com reflexões do fundo. Com um ponto focal brilhante
para aparelhagem diversa e para a instalação de equipamento de altamente visível sim­plifica o alinhamento e de ajuste simples e
proteção, disjuntores, diferenciais de terra, e outros. preciso através de poten­ciómetro ou botão de Teach-In. Robusto
mesmo quando sujeito a elevadas cargas mecânicas graças ao
corpo em Vistal™. Apresenta o corpo mais pequeno do seu tipo ofe-
Transformadores de isolamento recendo flexibilidade para o desenho das máquinas. Os PowerProx
CTEL – Companhia de Tecnologias de Empresa, Lda. da Sick são indicados para diferentes aplicações como deteção da
Tel.: +351 228 300 500 · Fax: +351 228 300 672 ocupação de estantes, contagem rápida na indústria de embala-
ctel@ctel.pt · www.ctel.pt gem, deteção precisa de arestas na indústria da madeira, contro-
lo de existência e qualidade na indús­tria automóvel, indústria de
Os transformadores da nossa manuseamento e assemblagem, proteção para portas e portões,
representada Tecnotrafo têm entre outras.
um isolamento reforçado e
cumprem com os requisitos
das normas EN 61558, IEC Novo kit da ABB torna as atualizações de quadros
60726, bem como das normas de distribuição mais simples, fáceis e inteligentes
NP 2627 ou CEI 176 consoante as diferentes aplicações, podendo ABB, S.A.
ser monofásicos ou trifásicos. No que se refere a índices de prote- Tel.: +351 214 256 000 · Fax: +351 214 256 390
ção são aplicadas as diretivas das normas CEI-529-NP 999. O marketing.abb@pt.abb.com · www.abb.pt
principal campo de aplicação é o de criar redes isoladas (regime de
neutro IT) em locais onde tal é exigido pelos regulamentos em vi- A ABB lançou os kits de atualização
gor. O isolamento galvânico criado entre o primário e o secundário que mantêm os sistemas elétricos
garante uma total separação com níveis de isolamento superiores antigos em funcionamento por mais
a centenas de MΩ. tempo, além de conetá-los a funções
Os transformadores são executados com um índice de prote- de gestão de energia com base na nu-
ção IP00, sendo os mais adequados para a aplicação em quadros vem, supervisão e diagnósticos. De
elétricos ou noutros locais protegidos. Quando colocados em cai- um modo prático, esses kits substi-
xas ou armários com a dissipação adequada, este índice pode ser tuem os disjuntores Megamax anti-
convertido em IP213 ou em qualquer outro conforme definido nas gos próximos do seu fim de vida útil
normas portuguesas NP-999. Os TIs possuem uma proteção anti­ por disjuntores inteligentes Emax 2 e
‑corrosão através de um acabamento à base de resina, cumprin- reaproveitam o quadro de distribuição original. Ao incluir também
do assim os requisitos de proteção Classe II. A potência nominal o plug-in Ekip SmartVision da ABB, os quadros de distribuição elé-
disponível nesta gama de produtos varia entre os 2 e os 800 kVA. trica antigos podem ser conetados à Internet das Coisas, Serviços
Para obter uma solução otimizada consulte a CTEL diretamente ou e Pessoas. O Ekip SmartVision aumenta a fiabilidade e pode redu-
através dos seus distribuidores oficiais. zir o consumo de energia até 30% ao combinar os recursos da co-
netividade e deteção dos disjuntores Emax 2 a uma plataforma de
nuvem. O consumo de energia, os custos e o comportamento elé-
F.Fonseca apresenta sensores fotoelétricos trico são continuamente monitorizados e analisados e os utiliza-
PowerProx MultiTask da Sick dores recebem informações proativas para uma implementação
F.Fonseca, S.A. rápida e fácil.
Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910 A ABB lançou um disjuntor integrado e gestor de energia, o
ffonseca@ffonseca.com · www.ffonseca.com Emax 2, que contém um controlador de energia integrado que
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda mede e avalia o consumo de energia para gerir o uso de potência
de pico. Reduções de potências de pico até 15% são geralmen-
Pela primeira vez, os sensores te possíveis com uma significativa redução de custos. O Emax 2
fotoelétricos PowerProx Multi­ é também o primeiro disjuntor de Baixa Tensão dentro da norma
Task da Sick oferecem todas de comunicação IEC 61850, tornando-o num eficiente recurso de
as vantagens da tecnologia atualização de quadros de distribuição para aplicações micro e de
tem­po-de-voo no corpo de um redes inteligentes.
sensor muito pequeno e com Lançados pela ABB nos anos 90, os disjuntores Megamax ti-
elevada velocidade de dete- veram a sua fabricação descontinuada e os custos de trocas de
ção. Os PowerProx da Sick detetam com fiabilidade objetos rápi- peças e serviços de manutenção tornam-se inviáveis. O kit de
dos, objetos pequenos e pla­nos, assim como objetos pretos baços atualização é uma alternativa muito económica para uma substi-

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104 mercado técnico

tuição completa nos quadros de distribuição. O kit de atualização Para garantir disponibilidade elétrica fiável e reduzir tempos de
Megamax dispensa a desmontagem de peças fixas existentes e interrupções na rede de Média e Baixa Tensão, o Easergy T300 in-
a troca de cablagem de circuitos auxiliares. Com a simples adi- clui funcionalidades avançadas de deteção de defeitos. As funções
ção de uma peça móvel engenhosamente projetada e a adição de incluem deteção direcional e não-direcional de sobre-intensidade,
recursos de cablagem simplificada e de segurança, o Emax 2 é deteção de quebras de linhas e deteção de fusíveis fundidos. O
encaixado com facilidade na sua devida posição, maximizando o dispositivo também deteta a perda do neutro BT. Poderosas ca-
tempo de operação. pacidades de automação significam que o Easergy T300 pode ser
aplicado para reconfigurar a rede e para reduzir os períodos de
interrupção com automação centralizada e descentralizada. A
Zeben apresenta o filtro de supressão de radio medição exata da tensão e potência no Easergy T300 também
interferência ajuda na integração de recursos de energia de MT e BT ao dis-
Zeben – Sistemas Electrónicos, Lda. ponibilizar esta informação de alta precisão ao sistema Volt-VAR
Tel.: +351 253 818 850 · Fax: +351 253 818 851 para gestão em tempo real. Também ajuda a otimizar os fluxos
info@zeben.pt · www.zeben.pt de energia e monitorizar a qualidade da distribuição de MT e BT,
de acordo com a norma EN 50160, mesmo na integração de ge-
Os filtros RFI/EMC são equipa- ração distribuída intermitente. A análise exata de dados do Easer-
mentos da marca Block que em gy T300 ajuda a otimizar investimentos de rede ao gerir situações
Portugal é representada pela Ze- de pico de carga em tempo real com dados precisos. Estes dados
ben. Estes filtros RFI são utiliza- podem também ajudar na redução de falhas técnicas e não téc-
dos para a supressão de interfe- nicas e otimizar a eficiência energética com melhoria de cálculos
rências eletromagnéticas de de fluxos de carga. O dispositivo de automação Easergy T300 faz
equipamentos individuais, e com- parte da nova gama de produtos Easergy da Schneider Electric,
postos por indutâncias de comu- que também inclui o relé de proteção Easergy P5. Estes novos pro-
tação integrada permitindo reduzir as tensões de perturbações dutos são apenas dois exemplos da inovação da Schneider Elec-
radioelétricas e as correntes harmónicas originadas por variado- tric a todos os níveis.
res de velocidade e fontes de alimentação.
Todos os filtros RFI da Block são reconhecidos através da nor-
ma UL, certificado CSA que asseguram as necessidades de baixas PCS da TEV – Ponto de Concentração de Serviços
correntes de fuga. Os filtros de supressão de rádio interferência TEV2 – Distribuição de Material Eléctrico, Lda.
são compactos e económicos, existindo uma variedade de opções Tel.: +351 229 478 170 · Fax: +351 229 485 164
das quais: filtragem monofásica e trifásica (com neutro), tensão marketing@tev.pt · www.tev.pt
nominal entre 230 V e 520 V AC, corrente nominal 0-500 A, dife-
rentes modos de instalação, entre muitos outros. Das principais O PCS da marca TEV está agora
vantagens destaca-se a filtragem a um estágio, eficaz para inter- disponível na versão de embutir
ferências parasitas que muitas vezes são provenientes dos cabos e saliente. O PCS é um equipa-
e a baixa corrente de fuga. A aplicação dos filtros de supressão mento para ser fornecido com
leva, entre outros, ao aumento da proteção face aos equipamentos possibilidade de combinar os
ligados no mesmo circuito. painéis nos ATIs existentes da
gama ITED3, e está segundo as
indicações 3.2.2.4. da 3.ª edição do Manual ITED. Esta é uma so-
Schneider Electric lança Easergy T300: lução muito económica sobretudo para as pequenas habitações. A
monitorização e controlo digital para redes marca TEV dispobiliza o PCS para 2 áreas, 4 áreas e um modelo
de distribuição elétrica para situações em que existe mais de 4 áreas.
Schneider Electric Portugal
Tel.: +351 217 507 100 · Fax: +351 217 507 101
pt-comunicacao@schneider-electric.com · www.schneiderelectric.com/pt RS amplia a gama de equipamentos de proteção
individual
A Schneider Electric apresentou o novo dispositivo de automação RS Components
Easergy T300 na European Utility Week em Barcelona, em novem- Tel.: +351 800 102 037 · Fax: +351 800 102 038
bro. O Easergy T300 é uma solução inteligente preparada para as marketing.spain@rs-components.com · pt.rs-online.com
redes de distribuição elétrica inteligentes, que disponibiliza fun-
ções avançadas de monitorização, controlo e automação e aplica A RS amplia a gama de proteção
as mais recentes tecnologias de comunicação para operações lo- individual com novos produtos da
cais e remotas, permitindo minimizar as interrupções de forneci- RS Pro e 3M, incluindo assim os
mento, otimizar o desempenho da rede e reduzir custos operacio- sistemas de proteção contra que-
nais. O Easergy T300 é uma solução integrada tudo-em-um para das das marcas DBI-SALA® e
monitorização e controlo de MT/BT, uma ferramenta moderna Protecta®, juntamente com as
desenvolvida para simplificar a operação desde a instalação até proteções auditivas da 3M. Tam-
ao comissionamento e manutenção, com um design compacto e bém foram produzidos guias e ví-
modular desenvolvido para diversas aplicações e configurável se- deos para facilitar a escolha dos
gundo as necessidades dos clientes, tem uma comunicação atu- produtos mais adequados. Os novos produtos da 3M têm um inte-
alizada para sistemas preparados para o futuro, com protocolos resse especial: os protetores LEP-100 permitem atenuar os ruídos
abertos e um ciclo de vida digital, e ajuda a assegurar o controlo potencialmente prejudiciais e amplificam os sons mais baixos para
e aquisição de dados para a operação de redes elétricas incluindo poder escutar comunicações em ambientes ruidosos, e por outro
cibersegurança do posto de transformação. lado os novos auriculares Peltor ProTac™ III oferecem proteção au-

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106 mercado técnico

ditiva com retroalimentação estéreo graças à função de depen- série. Adicionalmente, um IGBT (interruptor em estado sólido) está
dência de nível que atenua, instantaneamente, os ruídos prejudi- ligado em paralelo ao contacto de extinção. Quando é necessário
ciais a níveis inferiores a 82 dB, o que permite aos utilizadores que o interruptor quebre um circuito, a corrente é comutada para o
serem ouvidos quando falam a um nível normal. Foram, igualmen- IGBT com abertura do contacto de extinção. De seguida, o IGBT é
te, incorporadas as novas proteções oculares assim como o calça- desligado para interromper a corrente e o contacto de isolamento
do de segurança da Honeywell. abre para permitir o isolamento galvânico. Com esta disposição,
A RS também oferece a sua própria gama de produtos da mar- em condições normais de funcionamento, nenhum dos contactos
ca RS Pro, de elevada qualidade e que inclui óculos de segurança, mecânicos tem de desligar a corrente de carga, o que significa que
proteções respiratórias, kits para limpar derrames, um completo o arco elétrico e a erosão do contacto são virtualmente elimina-
leque de bloqueios e aplicações de segurança. Demonstrou-se dos. Os interruptores híbridos DILDC300/600 da Eaton estão atu-
que os regimes de segurança eficazes e os programas de proteção almente disponíveis em duas versões, com previsão de aumento
individual têm um efeito positivo na produtividade. Quando estes da gama com novas introduções num futuro próximo. Ambas as
se vinculam a uma filosofia de segurança holística, os benefícios versões são dispositivos de dois pólos e podem ser utilizadas em
aumentam e os riscos são reduzidos. A RS encontra-se numa po- sistemas de até 1000 V DC. A frequência máxima operativa é de
sição idónea para ajudar os seus clientes a resolver os problemas 100 operações por hora.
de segurança mais complexos, indicando-lhes o caminho a seguir
para obter o máximo desempenho.
SensIQ EVO: detetor de movimento com nova
funcionalidade
Eaton lança interruptores DC de 2 polos Pronodis – Soluções Tecnológicas, Lda.
sem manutenção Tel.: +351 234 484 031 · Fax: +351 234 484 033
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A referência numa forma compacta com
A Eaton pretende assegurar o design moderno, um sensor de infraver-
controlo fiável da comutação melhos com 4 piro sensores digitais inte-
DC frequente com a introdu- grados com um ângulo de deteção de
ção da sua nova gama 300° com 180° de abertura e com alcan-
DILDC300/600 de interrupto- ce de deteção ajustável em 3 direções.
res híbridos. Compactos e se- Permite uma programação através do
guros, os novos interruptores Smart Remote com uma configuração
da empresa de gestão de bidirecional através do Smart Remote. Outras funcionalidades
energia suportam cargas de 300 a 600 A até 1000 VDC. Os inter- com comando RC 9.
ruptores convencionais requerem manutenção (substituição dos Detetor com potência de 2500 W (carga óhmica) com um ân-
contactos) depois de cerca de 10 000 a 25 000 operações elétri- gulo de deteção de 300º com abertura de 180º e com um alcance
cas. Mas os novos interruptores DILDC da Eaton não necessitam de deteção de no máximo 2 – 20 metros, numa instalação de altu-
de manutenção, proporcionando uma vida útil operativa de mais ra de 2 – 5 metros, com um ajuste do tempo de 5 segundos – 15
de 150 000 operações elétricas. Além de terem vidas úteis muito minutos, um modo impulso (aproximadamente 2 segundos), com
longas, os interruptores DILDC podem gerir 1000 V DC por pólo e uma regulação crepuscular de 2 – 2000 lux, e possibilidade de
fluxo de corrente em ambas as direções (bidirecional/insensível à comutação permanente em 4 horas, e um grau de proteção IP54,
polaridade). Os interruptores que podem ser controlados conven- Classe II.
cionalmente ou através de um controlador lógico programável
(PLC), possuem um tamanho compacto reduzindo assim os requi-
sitos de espaço para painéis que podem ser dispendiosos. Adicio- Fácil instalação de cabos
nalmente, os interruptores possuem uma bobine de amplo alcance Rittal Portugal
que cobre as tensões operativas AC de 110 V a 250 V bem como Tel.: +351 256 780 210 · Fax: +351 256 780 219
tensões operativas DC de 110 V a 350 V. info@rittal.pt · www.rittal.pt
Os novos interruptores híbridos DC da Eaton representam uma
solução tecnicamente eficiente e acessível numa vasta gama de Se os cabos podem ser facil-
aplicações. Estas incluem instalações de energia solar, sistemas mente instalados num armá-
de armazenamento de energia, bancos de teste de baterias e rio que seja compatível EMC e
redes DC (como por exemplo em navios, fontes de alimentação se, ao mesmo tempo, se pode
nos materiais circulantes e infraestrutura de carga para veículos fornecer um alívio de tensão,
elétricos). Os novos interruptores híbridos DC da Eaton adap- isto vai poupar imenso tempo
tam-se a aplicações dos setores de armazenamento de energia durante o trabalho de instala-
solar e de energia, onde a comutação fiável e segura de alimen- ção elétrica. Tudo isto é parti-
tações DC é um requisito fundamental. Nestas aplicações, a vida cularmente verdade no caso
útil operativa e a operação bidirecional dos novos interruptores são de poder ser alcançado com um componente, tal como o trilho de
vantagens pela sua capacidade de gerir operações de comutação fixação de cabo para o suporte de blindagem EMC com alívio de
frequente. tensão.
Para alcançar um ótimo desempenho e uma vida útil longa, os A montagem de cabos com diferentes diâmetros em armários
interruptores DILDC300/600 da Eaton utilizam a nova tecnologia e instalá-los de forma segura é complexo e, muitas vezes, conso-
de comutação híbrida. Possuem dois contactos mecânicos – um me muito tempo. Aqui há dois imperativos: de um lado o efetivo
contacto de extinção e um contacto de isolamento – ligados em alívio de tensão que protege uma ligação de cabo a um ponto de

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mercado técnico 107

conexão de cargas mecânicas e, por outro lado, frequentemente pode ser aplicada diretamente contra a cobertura de proteção. A
compatibilidade eletromagnética (EMC). A compatibilidade EMC, betonilha em mástique asfáltica é utilizada sempre que há eleva-
desta forma, significa que os cabos blindados devem formar um das exigências de isolamento térmico, isolamento acústico e elas-
contacto ao armário e à placa de montagem perto do seu ponto de ticidade do pavimento.
entrada. Por causa deste contacto, as correntes de interferência
que resultam de rápidos processos em dispositivos (tal como
conversores de frequência) são, de seguida, desviadas para a MYeCOX: conetado à eficiência
sua fonte no sistema com uso de uma potencial compensação. CIRCUTOR, S.A.
Todos estes requisitos podem agora ser fácil e rapidamente im- Tlm.: +351 912 382 971 · Fax: +351 226 181 072
plementados com os suportes de fixação de cabos Rittal, com www.circutor.com
blindagem EMC e com alívio de tensão, a partir da incorporação
na secção em C do armário, a qual permite o posicionamento fle- O MYeBOX é um inovador anali-
xível da fixação de cabos e, por isso, uma alta densidade de ins- sador portátil de redes e da
talação através da ligação flexível dos suportes, com blindagem qualidade do fornecimento, in-
EMC, à ligação simples do cabo às cabeças em T com abraça- dicado para a realização de au-
deiras. Os suportes de montagem asseguram um posicionamento ditorias energéticas. Este equi-
flexível e uma ligação condutora na secção do armário ou na placa pamento possui comunicações
de montagem. wi-fi e/ou 3G, permitindo a sua
configuração e monitorização
remota mediante um smartphone ou tablet, sem necessitar de es-
Sistemas de chão: cobertura de proteção tar presente na instalação. O MYeBOX possui uma memória inter-
das caixas de pavimento em pisos de betão polido na e incorpora um recente sistema remoto de armazenamento de
e sistemas Terrazzo dados que permite a qualquer utilizador o acesso a estes a partir
OBO BETTERMANN – Material para Instalações Eléctricas, Lda. de um servidor gratuito na MYeBOX cloud.
Tel.: +351 219 253 220 · Fax: +351 219 151 429 Para a realização de estudos mais complexos, o equipamento
info@obo.pt · www.obo.pt permite selecionar o período de registo de cada variável de forma
independente oferecendo uma grande versatilidade. Graças à sua
Betonilhas naturais ou polidas conetividade e versatilidade do analisador MYeBOX, a realização
ou com aparência Terrazzo – de auditorias energéticas tornar-se-á numa tarefa fácil. As ca-
pavimentos com acabamento raterísticas mais importantes deste equipamento são: comu-
da superfície são a nova ten- nicação wi-fi/3G segundo o modelo, app de gestão e controlo
dência na arquitetura de inte- gratuita (Android e IOS), medição dos principais parâmetros
riores. Para além das inúme- elétricos e qualidade do fornecimento, 4 ou 5 entradas de me-
ras opções de design, estes dição de tensão e corrente segundo o modelo, eventos de qua-
tipos de revestimento de pavimento são também muito apreciados lidade em tensão segundo a EN 50160, registo de transitórios ou
por construtores e arquitetos. As betonilhas com acabamento de formas de onda, Classe A segundo a IEC 61000-4-30, 2 entradas
superfície podem ser aplicadas para projetos de design em edifí- e 2 saídas do transístor segundo o modelo, envio de alarmes por
cios residenciais e em espaços de utilização comercial. Os pavi- email, e análise de registos através de um software gratuito, Po-
mentos de betonilha de elevada qualidade podem ser valorizados werVision Plus.
com a integração das modernas instalações elétricas embebidas
no chão, usando a nova cobertura de proteção de betonilha. As
tampas de aço inoxidável para caixas de pavimento possibilitam a Mobiliário flexível com design moderno
instalação até 12 tomadas ou numerosas ligações de dados e mul- e guiamento seguro com calhas articuladas
timédia da série de aparelhagem OBO Modul 45. da igus®
A OBO BETTERMANN oferece uma nova solução de siste- igus®, Lda.
ma de chão para os passos de processamento especial das ca- Tel.: +351 226 109 000 · Fax: +351 228 328 321
madas de betonilha: A cobertura de proteção da betonilha para info@igus.pt · www.igus.pt
instalações de caixas de pavimento de aço inoxidável em pavi- /IgusPortugal
mentos contínuos sem juntas. O corpo da cobertura de proteção
é colocado sobre a caixa de pavimento com a tampa de mon- Os postos de trabalho trans-
tagem, criando uma cofragem flutuante e, fechando os espaços formam-se e também o de-
entre a caixa de chão e o caixilho da tampa. As paredes laterais sign do mobiliário. O mobiliá-
da cobertura são alinhadas para o tratamento da betonilha com rio de escritório moderno
acabamento de superfície para que a camada final possa ser carateriza-se pela flexibilida-
derramada sobre a caixa de pavimento. A tampa de proteção em de e crescente automatiza-
alumínio, para a cofragem da caixa de chão, pode ser polida com ção. Para estas aplicações, a
a camada de betonilha. igus® oferece as calhas arti-
O Terrazzo é um revestimento de superfície polido, composto culadas ZF14 que permitem
por betonilha e aglomerados de pedra. A cobertura de proteção o guiamento dos cabos no mobiliário de forma segura e discreta.
OBO é adequada para revestimentos de pavimentos como o Terra- Secretárias que podem ser ajustadas em altura bastando premir
zzo no interior dos edifícios. um botão, mesas que se estendem e recolhem automaticamente
A betonilha em mástique asfáltica é aplicada a uma tempera- ou armários que abrem com painéis para apresentações; hoje
tura até cerca de 250º. Isto não constitui nenhum problema para a em dia o mobiliário de escritório orienta-se cada vez mais pelas
cobertura de proteção da caixa de pavimento, cujos componentes necessidades individuais dos seus utilizadores. Simultanea-
são construídos em metal resistente. A betonilha de asfalto quente mente, estes móveis automatizados devem inserir-se de forma

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108 mercado técnico

harmonizada no design do espaço, sem a incómoda “confusão No que à higiene e proteção contra a corrosão diz respeito,
de cabos”. A solução passa por um sistema de transporte de a indústria alimentar e de bebidas não tem margem para erro.
energia, em que é possível reunir e movimentar os cabos com as Nesta área, as máquinas e os seus componentes são expostos
fichas de forma segura. A igus® desenvolveu as calhas articula- a lavagens com alta pressão e a agentes de limpeza agressivos.
das ZF14 que se adequam particularmente às aplicações do se- Por isso, a Murrelektronik desenvolveu caixas de distribuição
tor do mobiliário. MVP12 Steel com fichas roscadas em aço inoxidável V4A que
As calhas articuladas ZF14 integram-se com facilidade no asseguram uma proteção IP69K. A MVP12 Steel da Murrelektro-
design moderno do mobiliário e são fixas através de terminais de nik funciona de forma fiável mesmo quando é submetida, suces-
fixação de encaixe rápido e fácil. Os terminais de fixação podem sivamente, a procedimentos de limpeza, lavagem ou desinfeção.
ser aparafusados ou colados graças à sua superfície lisa na par- As exigências desta indústria tornam complexa a tarefa de ca-
te inferior. Os terminais ligam-se à calha articulada graças aos blar e condicionar cabos no processo, mantendo os requisitos
pequenos encaixes que fixam as travessas e proporcionam uma e necessidades de higiene. Com a MVP12 Steel, um cabo será
fixação segura. Graças ao princípio easychain®, a colocação dos suficiente, reduzindo custos, número de ligações e espaço ne-
cabos à mão é particularmente simples, mesmo quando as ca- cessário. A MVP12 Steel pode ser instalada junto ao processo,
lhas articuladas já estejam montadas no mobiliário. A utilização permitindo que sensores e atuadores possam ser ligados a uma
das calhas articuladas ZF14 permite uma proteção especial dos das suas 8 vias recorrendo a pequenos cabos de ligação. Como
cabos, uma vez que dispõem de um interior extremamente liso. complemento às caixas de distribuição MVP12 Steel, a Murre-
Neste sentido, o guiamento dos cabos é mantido em segurança lektronik disponibiliza ainda conetores M12 em aço inoxidável
mesmo após muitos anos. Para projetos de maior quantidade, é resistente à corrosão, completando uma solução robusta o sufi-
possível selecionar diferentes cores das calhas, baseadas no de- ciente para as mais exigentes aplicações da indústria alimentar
sign de cada peça de mobiliário. O desenvolvimento das calhas ar- e de bebidas.
ticuladas ZF14 resultou diretamente das necessidades concretas
dos clientes: atualmente mais de mil secretárias de fabricantes de
mobiliário americanos e europeus estão a ser equipadas com as Luminárias de emergência CrystalWay da Eaton
calhas articuladas da série ZF14. lideram em design e segurança
Eaton Portugal
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Distribuidores Y para sistema fotovoltaicos marketingportugal@eaton.com · www.eaton.pt
Phoenix Contact, S.A.
Tel.: +351 219 112 760 · Fax: +351 219 112 769 A Eaton lançou uma gama
www.phoenixcontact.pt atrativa de luminárias de si-
nalização de saída, permitin-
A Phoenix Contact aumentou a do indicar os percursos de
sua gama de conetores para o fo- evacuação nos edifícios co-
tovoltaico. Os novos e compactos merciais sem comprometer
distribuidores Y permitem agru- a estética interior dos mes-
par strings de uma forma rápida e mos. A empresa de gestão
conveniente. de energia desenvolveu a
Juntamente com a proteção contemporânea gama CrystalWay para definir novos padrões de
de fusível ou díodos para strings, design enquanto garante uma ótima eficiência e uma total confor-
as entradas nas caixas de junção para strings podem ser duplica- midade com os regulamentos legais e recomendações mais re-
das, reduzindo o custo da instalação. Os distribuidores Y permitem centes. Incluindo as versões autónomas e para sistema de bateria
corrente até 40 A e uma tensão até 1500 V (UL: 1000 V). Apresen- central, as luminárias CrystalWay são suficientemente flexíveis
tam-se com uma Classe IP66/IP68 e a temperatura de operação para se adaptarem a uma vasta gama de ambientes distintos, des-
é de -40° C a +85° C. de escritórios até aeroportos. Jean-Luc Scheer, Gestor de Produ-
tos de Iluminação de Emergência na Eaton, afirmou: “Colocar em
prática o planeamento e o equipamento necessários para preparar
F.Fonseca apresenta caixas de distribuição uma evacuação de emergência é uma das funções mais importan-
MVP12 Steel da Murrelektronik tes que um proprietário ou gestor de edifícios pode ter. Na Eaton
F.Fonseca, S.A. queremos tornar este processo tão simples quanto possível e é por
Tel.: +351 234 303 900 · Fax: +351 234 303 910 essa razão que desenvolvemos a nossa nova gama CrystalWay de
ffonseca@ffonseca.com · www.ffonseca.com fácil integração num edifício. Tendo em consideração os aspetos
/FFonseca.SA.Solucoes.de.Vanguarda estéticos, ergonómicos e técnicos, criámos uma gama que é atra-
tiva para os utilizadores finais, arquitetos, gestores de edifícios e
Na indústria alimentar e de instaladores, independentemente do tamanho do edifício pelo qual
bebidas é necessário que estão responsáveis.”
as instalações e compo- Os produtos foram sujeitos a um processo de design ecológico
nentes de máquinas sejam para cumprirem com as normas ambientais e os modelos autó-
fáceis de limpar e higienizar. nomos estão equipados com uma bateria de iões de lítio sem cá-
As novas caixas de distri- dmio. Além das suas credenciais ambientais, a gama CrystalWay
buição MVP12 Steel da cumpre com os regulamentos europeus, incluindo EN 60598-1 e
Murrelektronik são a solu- EN 1838. Os instaladores beneficiam da pequena dimensão da
ção indicada neste ramo da indústria. Produzidas em aço inoxidá- unidade, uma caixa de derivação simplificada e uma gama de op-
vel de elevada qualidade, estas implementam soluções descentra- ções de montagem. A gama CrystalWay consiste numa solução de
lizadas em máquinas e instalações industriais. ‘uma caixa’ que é totalmente flexível e é fornecida com possibilida-

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110 mercado técnico

de de duas alturas de pictograma, 100 mm e 150 mm, os quais são C1 (compatibilidade eletromagnética) integrado, que permite a sua
uniforme e claramente iluminados pelas luminárias em LED. Para utilização em ambientes residenciais e comerciais, de acordo com
permitir uma vasta gama de opções de instalação, os dispositi- a DIN EN 61800-3.
vos disponibilizam uma sinalética de dupla face ou face simples, Por um lado, os novos Sinamics V20 são apropriados para
com acessórios que permitem a montagem suspensa no teto e aplicações industriais como bombas, ventiladores, compressores
na parede. Para garantir um desempenho ideal em salas claras ou e sistemas de transporte, entre outros. Por outro, também podem
escuras, as versões autónomas incluem também níveis configurá- ser usados em ambientes residenciais e comerciais, por exemplo,
veis de iluminação de 50 a 500 cd/m2. Os proprietários e gestores em equipamentos de fitness, sistemas de ventilação e máquinas
de edifícios beneficiam de custos reduzidos de funcionamento e de lavar comerciais. As caraterísticas mais importantes dos Sina-
de manutenção. A gama CrystalWay incorpora a tecnologia LED, mics V20 são o rápido e fácil comissionamento, fácil operação e
componentes duradouros e compatibilidade com tecnologias de robustez. O modo “Keep Running” permite uma operação contí-
teste automático como os sistemas CGLine+ e CG-S da Eaton. nua, mesmo com flutuações na alimentação. Um sistema de re-
Com uma vida útil estimada de 100 000 horas, as intervenções frigeração melhorado e cartas eletrónicas envernizadas fornecem
para manutenção são drasticamente reduzidas. um elevado grau de robustez elétrica e mecânica necessária para
ambientes mais severos. Os Sinamics V20 podem ser ligados a
controladores de alto-nível através do interface Modbus RTU/ USS
PCS – Ponto de Concentração de Serviços integrado. Os Sinamics V20 estão disponíveis em sete tamanhos
já disponível construtivos, otimizados para uma gama de potência entre os 0,12
JSL – Material Eléctrico, S.A. e os 30 kW, para operação a 230 V monofásicos e 400 V trifásicos.
Tel.: +351 214 344 670 · Fax: +351 214 353 150
Tlm.: +351 934 900 690 · 962 736 709
info@jsl-online.net · www.jsl-online.net Conetores de cabos Weidmüller FreeCon
Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
Também para a remodela- Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871
ção de habitação, a JSL – weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt
Material Eléctrico apre-
senta o PCS – Ponto de A indústria automóvel é con-
Concentração de Serviços frontada com uma enorme
de acordo com o Manual pressão de custos e a busca
ITED, 3.ª Edição. Centrali- pela redução do tempo de ins-
za a cablagem de diferen- talação. Para satisfazer estes
tes tecnologias provenientes do PTI e permite a distribuição direta requisitos em termos de ca-
de sinal através de tomadas localizadas no próprio corpo do PCS blagem robótica, a Weidmüller
(PC, CC e FO). oferece uma solução inova-
Permite, tal como um normal ATI, a distribuição dos sinais de dora e sofisticada no que diz
telecomunicações eletrónicas pelas tomadas terminais espalha- respeito à cablagem de cabos FreeCon. Os conetores de cabo Fre-
das pela habitação ou escritório através dos cabos de PC, CC e FO eCon foram desenvolvidos em estreita colaboração com os fabri-
ligados ao PCS. Os PCS são fornecidos com uma placa de suporte cantes de robots e da indústria automóvel. Com este conceito ino-
a conetores RJ45, Empalmes tipo F (fêmea fêmea) e adaptadores vador, a Weidmüller oferece uma solução muito eficiente e
SC-APC simplex. Fixação compatível com calha técnica embutida conveniente para a ligação de alimentação, sinal e cablagem PRO-
na parede. Contam ainda com entradas laterais amovíveis compa- FINET.
tíveis com calha minicanal: 20 x 10, 30 x 10, 25 x 17, 40 x 17, 25 x 25, Os conetores de cabo FreeCon são uma alternativa interes-
40 x 25 e tubo VD20 de qualquer fabricante. sante para as caixas de junção duplas utilizadas anteriormente. Na
produção de montagem de cabos, estes são previamente monta-
dos através da luva sem conetores de encaixe e instalados depois.
Siemens apresenta compacto conversor de Se qualquer defeito de fabricação aparecer durante o teste poste-
frequência rior, todo o conjunto de cabo deve ser revisto e o problema resol-
Siemens, S.A. vido. Este processo é demorado e caro. Mas isto já não acontece
Tel.: +351 214 178 000 · Fax: +351 214 178 044 com os conetores de cabos FreeCon, uma vez que os acoplamen-
www.siemens.pt tos compactos são projetados para que estes se encaixem através
do conjunto de cabos para que os cabos testados e acabados pos-
A Siemens lançou os novos ta- sam ser retirados. A separação em tipos de concessão compacta
manhos construtivos FS AA e simplifica, significativamente, o processo de montagem de cabos
FS AB para o Sinamics V20, o na indústria automóvel. Os cabos individuais também podem ser
conversor de frequência mais substituídos nos conjuntos de cabos, significando simples opera-
compacto da gama. Com ape- ções de reparação, manutenção e assistência e que origina uma
nas 68 milímetros de largura e redução de custos. Os conetores de cabos também podem ser
uma altura de 142 milímetros, usados com os conetores de encaixe tal como os conetores de
conseguiu-se reduzir substan- cabos flutuantes no campo.
cialmente o espaço de instalação dos Sinamics V20 para motores O conceito inovador da cablagem da Weidmüller torna-a a
de baixa potência. Os novos conversores de frequência de tama- cablagem de robots particularmente rápida e conveniente. Os
nho FS AA têm 108 mm de profundidade e potências de 0,12, 0,25 conetores de cabos caraterizam-se pela sua carcaça de metal
e 0,37 kW, e os de tamanho FS AB têm 128 milímetros de profundi- resistente com o grau de proteção IP67 e um reduzido tempo de
dade e potências de 0.55 e 0,75 kW para alimentação 230 V mono- montagem. Medindo 10 mm de espessura, o frame de retenção
fásica. Como opção a Siemens oferece o variador com filtro CEM para o acoplamento apresenta uma conceção robusta que permite

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uma montagem resistente à vibração. São os tempos de
instalação mais curtos dos conetores de cabos FreeCon
que fazem a diferença. Os conetores de cabo V14 podem
ser facilmente aparafusados com uma chave de boca. O
utilizador pode escolher entre os seguintes conetores de
cabos: a versão de inserção RJ45, a variante de conexão
de alimentação Push-Pull e a variante híbrida.

Baterias de condensadores CISAR


CTEL – Companhia de Tecnologias de Empresa, Lda.
Tel.: +351 228 300 500 · Fax: +351 228 300 672
ctel@ctel.pt · www.ctel.pt

O excesso de consumo de ener-


gia reativa pelas cargas predo-
minantemente indutivas de uma
instalação, numa empresa, es-
critório, loja, edifício residencial,
centro comercial ou fábrica faz
decrescer significativamente o
fator de potência de entrada,
com o respetivo agravamento da
fatura mensal a pagar ao forne-
cedor de eletricidade.
Para resolver este tipo de problemas, a CTEL possui
uma gama completa de baterias de condensadores da CI-
SAR com caraterísticas diversas e variadas: monofásicas
ou trifásicas, com potências desde os 2,5 até aos 1250
KVAR, com diversos números de escalões e respetiva
composição dos mesmos, com ou sem interruptor geral
de corte em carga, com regulador de energia reativa in-
corporado, com ou sem filtro de harmónicos, para fixação
mural ou em pavimento, com armários com diferentes ín-
dices de proteção e em conjunto com uma vasta gama de
opcionais e de equipamentos de medida. A gama de ba-
terias de condensadores disponíveis varia desde as mais
pequenas, do tamanho de uma folha A4, adequadas para
habitação ou lojas, até às maiores compostas por vários
armários e específicas para fábricas e para a indústria.
A instalação de uma bateria de condensadores é sempre
uma aposta ganha em termos de redução de custos e da
obtenção de uma energia mais limpa para as cargas e de
uma rede elétrica menos poluída.

Nova gama de sistemas KNX - Multitouch


Pro e Push-button Pro
Schneider Electric Portugal
Tel.: +351 217 507 100 · Fax: +351 217 507 101
pt-comunicacao@schneider-electric.com
www.schneiderelectric.com/pt

A Schneider Electric lan-


çou a nova gama de siste-
mas KNX – o System M
Pro (KNX Multitouch Pro e
Interruptores KNX Pro) -
destinada ao segmento
home premium. Trata-se
de uma geração total-
mente nova na ótica de
interfaces de utilizador
KNX, com uma utilização mais intuitiva, um design mais
elegante e uma maior flexibilidade em termos funcionais.
112 mercado técnico

Os novos sistemas traduzem uma instalação KNX moderna, uma novo conversor e arrancador suave para sistemas descentralizados
vez que o design foi totalmente desenvolvido com uma nova inter- – solução ótima para aplicações simples; e o ECDriveS® Mototam-
face, semelhante à utilizada em smartphones e tablets. Foram ain- bor - acionamento simples para transportadores de rolos;
da criadas várias funções que permitem uma utilização integrada Durante a realização da EMAF 2016, a SEW-EURODRIVE Portu-
com botões multi-funções convencionais. gal participou, ainda, nas Jornadas da Manutenção 2016, onde Luís
A nova gama de sistemas de interface de utilizador KNX ofe- Reis Neves se debruçou sobre o tema “Indústria 4.0 – O papel dos
rece uma abordagem completamente nova para o projeto e ins- acionamentos”. A vasta experiência da SEW, resultante dos seus 85
talação que beneficiam de maior simplicidade, rapidez e flexibili- anos de história e dos milhares de instalações bem-sucedidas e, pa-
dade. Utilizados em conjunto, os equipamentos cumprem todos ralelamente, o constante desenvolvimento da sua gama de produtos
os requisitos para uma solução de controlo de espaço totalmente e serviços, continuam a fornecer ao mercado novas potencialidades
funcional, que oferece um elevado grau de conforto. Segundo Fer- e soluções.
nando Ferreira, EcoBuildings Manager da Schneider Electric: “Esta
nova tecnologia pretende responder às exigências dos nossos
clientes e reforçar o nosso posicionamento Life is On. Na Schnei- Mais de 15 000 km de cabo All Ground da General
der Electric pretendemos ser líderes em inovação, fazendo com Cable instalados desde 2004
que os nossos clientes tenham à sua disposição os serviços e General Cable Portugal
os produtos adequados às suas necessidades. Esta nova gama é Tel.: +351 219 678 500 · Fax: +351 219 271 942
mais um passo na implementação de casas cada vez mais inteli- info@generalcable.pt · www.generalcable.pt
gentes e eficientes.”
Com o Multitouch Pro, todas as funções podem ser contro- O cabo All Ground, uma inovação lançada
ladas utilizando diretamente o touchscreen. Os interruptores KNX em 2004 pela General Cable, teve um su-
Pro foram criados com um design de alta qualidade, adequando- cesso incontestável. Em 12 anos foram
se a um ambiente sofisticado. Desta forma, a Schneider Electric produzidos e instalados mais de 15 000
oferece uma ótima combinação entre eficiência e design. km de cabo. O cabo All Ground da Gene-
ral Cable é uma inovação tecnológica
concebida para reduzir os obstáculos as-
Participação da SEW-EURODRIVE Portugal sociados ao assentamento de cabos de
na EMAF 2016: uma excelente aposta rede de Baixa e Média Tensão, mantendo
SEW-EURODRIVE Portugal a capacidade de transmissão num nível aceitável para o operador.
Tel.: +351 231 209 670 · Fax: +351 231 203 685 O que diferencia estes cabos é que não necessitam de areia para
infosew@sew-eurodrive.pt · www.sew-eurodrive.pt serem enterrados, o que possibilita a simplificação do local da
obra ao reutilizar a terra original para voltar a tapar. O benefício não
Como vem sendo hábito, a SEW- é apenas a nível financeiro, existe também uma redução do impac-
EURODRIVE Portugal marcou pre- to ambiental durante a fase de instalação visto que o tráfego de
sença na EMAF - Feira Internacio- camiões necessário para trazer areia para o local e retirar o exces-
nal de Máquinas, Equipamentos e so de material escavado é praticamente inexistente.
Serviços. Com uma ligação de lon- Graças à proteção patenteada composta por uma bainha feita
gos anos a esta feira, a SEW-EU- de materiais desenvolvidos para esta aplicação e à sua geometria
RODRIVE Portugal termina a edi- estriada, os cabos All Ground podem ser enterrados diretamente
ção de 2016 com um sentimento no solo, mesmo em solos mais severos do ponto de vista mecâni-
claramente positivo. Num palco estratégico para a indústria portu- co. O revestimento termomecânico formado pela bainha faz com
guesa, a SEW-EURODRIVE Portugal recebeu a visita de diversos que o cabo tenha uma ótima resistência a choques mecânicos,
parceiros de negócio aos quais pode mostrar os seus mais recen- perfuração e abrasão. A proteção mecânica de cada fase propor-
tes produtos e soluções analisando, simultaneamente, futuras ciona flexibilidade, possibilitando o fornecimento de cabos unipo-
perspetivas de negócio e cooperação. A elevada afluência a esta lares All Ground muito longos numa bobina, o que limita o número
edição da EMAF, rondando os 43 mil profissionais, associada à de emendas a realizar no local. É esta a razão do sucesso do cabo,
forte atratividade do stand SEW com a mostra do Elevador para a que tem registado um constante aumento na procura desde o lan-
Indústria Automóvel, tornou este espaço num local de passagem çamento em 2004.
obrigatório para todos os que marcaram presença na EXPONOR. Há mais de uma década que várias obras beneficiam da tec-
Este facto contribuiu também para que a SEW pudesse reforçar a nologia do cabo All Ground da General Cable, poupando material
relação com os seus clientes e restantes parceiros industriais, e mão-de-obra. Instalações como o parque eólico Montagne Ar-
passando com eles os bons momentos que só uma relação em- déchoise, em França, para onde a General Cable forneceu mais de
presarial sólida e duradoura pode proporcionar. A SEW-EURODRI- 91 km de cabos All Ground para a instalação de 29 turbinas eólicas
VE Portugal agradece assim a todos aqueles que contribuíram em 2015, podem ser concluídas mais depressa. É de salientar que
para o grande sucesso que foi esta edição da EMAF 2016. esta tecnologia permite que os projetos sejam implementados em
Dos equipamentos e soluções que mais interesse despertaram rotas otimizadas, visto que algumas secções de difícil acesso só
destacamos os redutores cónicos da nova série K..9 - a eficiên- são exequíveis sem areia. A experiência da General Cable permitiu
cia acima dos 90% reduz significativamente o consumo elétrico e melhorar o produto para responder às exigências do mercado e aos
possibilita a utilização de motores mais pequenos, para a mesma novos requisitos, oferecendo sempre um cabo com um desempe-
aplicação; DriveBenefits - o módulo DriveTag, outra novidade no nho superior. Este cabo pode ser usado para diferentes aplicações,
portefólio DriveBenefits, apoia os clientes da SEW-EURODRIVE na tornando-o universalmente adequado. É eficaz em solos duros e se-
gestão do fluxo de materiais e nas tarefas de instalação. As DriveTa- veros, em zonas urbanas de difícil acesso, em parques eólicos e até
gs são etiquetas funcionais com códigos de barras colocadas nos em parques fotovoltaicos. Também é fundamental para a General
acionamentos ou nas suas embalagens e que contêm informação Cable oferecer produtos mais amigos do ambiente, razão pela qual
personalizada à medida de cada cliente; o MOVIFIT® Compact – os cabos All Ground têm uma pegada de carbono reduzida.

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mercado técnico 113

“Controle o futuro”: campanha para o novo combinação com a caldeira mural de condensação Eurostar Gre-
Control Connect da Vulcano en, a mais eficiente do mercado, atinge uma classificação energé-
Vulcano tica até A+.
Tel.: +351 218 500 300 · Fax: +351 218 500 301
info.vulcano@pt.bosch.com · www.vulcano.pt
/VulcanoPortugal JUNG inova com nova série LS ZERO totalmente
embebida
A Vulcano lançou uma nova JUNG Portugal, Lda.
campanha de comunicação para Tel.: +351 229 407 750
a sua mais recente inovação, o info@jungportugal.pt · www.jung.de/pt
Control Connect, um termóstato
inteligente programável com co- A JUNG apresenta a nova série de apare-
nexão wi-fi. Com o mote “Contro- lhagem LS ZERO, uma nova série de me-
le o futuro”, a marca apresenta o canismos compatíveis com a clássica LS
seu mais avançado termóstato, 990, para aplicação totalmente embebi-
associando a forma cómoda e inteligente de aceder a este con- da. A instalação pode ser feita em pare-
trolador, através de um smartphone ou tablet, ao conceito de des de tijolo, pladur ou em mobiliário per-
controlo e futuro da tecnologia, uma das apostas da marca. Visu- mitindo que os mecanismos fiquem
almente procura demonstrar os três pilares associados ao novo totalmente embebidos na parede (0 mm),
produto – o design inteligente, o conforto e a eficiência energéti- sem remates, cortes ou juntas de sepa-
ca, uma preocupação crescente, tanto da Vulcano, como do con- ração. A série LS ZERO foi criada a partir
sumidor final. da intemporal série LS 990 da JUNG e é uma reinterpretação do
O controlador Control Connect faz parte da nova geração de minimalismo extremo e possui uma sublime elegância, indepen-
soluções Vulcano que vêm aumentar o conforto e a eficiência dentemente de modas ou tendências da decoração.
energética em casa dos seus clientes, demonstrando a importân- Disponível em branco e em 26 acabamentos de “Les Couleurs
cia da sua aposta no conceito de Inteligência Verde. A sua progra- de Le Corbusier”, esta nova linha do fabricante alemão proporciona
mação avançada e tecnologia de conetividade permitem uma fácil uma harmonia absoluta entre a instalação elétrica e a decoração
interação e controlo total do sistema de aquecimento central e de de interiores, permitindo a utilização das normais caixas de apa-
águas, a partir do smartphone ou tablet, via wi-fi. Com um design relhagem e os mecanismos tradicionais, com a utilização do aro
exclusivo e inovador, é fácil de utilizar através do ecrã tátil ou da inovador da LS ZERO, e utilizando apenas um acessório para que
app gratuita, o Vulcano Control Connect encontra-se disponível se obtenha um acabamento adequado e integrado na parede. A
na App Store e Google Play. A inteligência do Control Connect é LS ZERO está disponível em aros simples, duplos e triplos, e ga-
também evidenciada pelas vastas opções de funcionalidades ino- rante todas as funcionalidades de domótica KNX até aos simples
vadoras que melhoram os níveis de poupança: compensação por interruptores, permitindo a integração da tecnologia mais avança-
temperatura exterior, deteção de presença, temporizador de banho da com a decoração mais atual e vanguardista de interiores. Exis-
e autoaprendizagem, em que o controlador se adapta aos padrões te ainda uma variante de 3 mm de espessura para acabamentos
de utilização e rotina do consumidor. Adequado para cada estilo onde sejam utilizados papéis de parede, permitindo que o corte do
de habitação, permite obter +4% de eficiência energética em todas papel seja integrado no aro de remate proporcionando um aspeto
as caldeiras de condensação, de acordo com a Diretiva ErP. E em mais limpo e harmonioso.

PUB
114 mercado técnico

CirBEON: ótima solução para o carregamento tir resultados corretos. Os comprimentos para descarnamento e
doméstico de veículos elétricos os isolamentos de cabos podem agora ser definidos na fase de
CIRCUTOR, S.A. desenvolvimento e representados de forma profissional nos pla-
Tlm.: +351 912 382 971 · Fax: +351 226 181 072 nos de fabrico, garantindo aos utilizadores uma visão geral rápida
www.circutor.com e abrangente dos seus projetos.
Normalmente, os softwares para projetos de cablagens ofere-
Os veículos elétricos são cem as ferramentas mais adequadas do setor para calcular facil-
muito mais eficientes: os mente os comprimentos de cabos. No EPLAN Harness proD 2.6,
seus motores aproveitam a esta funcionalidade permite também o contrário: os utilizadores
energia consumida em podem predefinir um comprimento fixo para cabos de antenas, por
mais de 90% e reduzem em exemplo. Durante o processo de desenvolvimento, o comprimen-
cerca de 75% na emissão to atual e o comprimento desejado são representados de forma
de CO2. Por estas e outras exata e os utilizadores conseguem perceber, de imediato, o me-
vantagens é cada vez mais lhor modo para rotear os cabos. Ao mesmo tempo isto permite
habitual que estes tipos de veículos façam parte da nossa vida reduzir as variações, resultando em poupanças ao nível de custos
quotidiana. O momento do carregamento do veículo elétrico impli- nos armazéns e na produção. Funções adicionais para a criação
ca adicionar à instalação do nosso agregado um novo consumo de unidades de cabos permitem o agrupamento de elementos e a
que, em determinadas ocasiões, pode provocar interrupções do atribuição de números de componentes a unidades de cabos, pro-
serviço e obrigar à ampliação da nossa instalação elétrica por não porcionando assim uma visão geral mais abrangente dos projetos.
superar a potência contratada. A ligação à Plataforma EPLAN e a compatibilidade do sistema
O novo sistema inteligente eHome CirBEON é um avanço no com MCAD e ECAD garante um fluxo de trabalho contínuo entre a
carregamento de veículos elétricos, permitindo deixar a carregar engenharia elétrica e mecânica. Outra nova funcionalidade é o fac-
o nosso veículo elétrico e a seguir utilizar eletrodomésticos e ou- to de, com a versão 2.6, ser possível transferir os projetos EPLAN
tros carregamentos na minha habitação como é habitual, sem ha- diretamente para o software de projeto de cablagens. A gestão de
ver outra preocupação. O eHome CirBEON ajusta o consumo do peças central da Plataforma EPLAN suporta um armazenamento
veículo elétrico de forma dinâmica, tomando como referência o integrado de dados pois os utilizadores apenas podem manter da-
consumo total suportado pela instalação e direciona para o veícu- dos de referência num sistema, o que permite a utilização de pro-
lo elétrico a potência disponível a cada instante, aproveitando os cessos de trabalho integrados na engenharia de cablagens, desde
períodos de menor consumo para carregar o veículo elétrico com a fase de desenvolvimento até à fase de produção. A facilidade de
maior potência dedicada. Assim conseguimos evitar interrupções utilização e os dados integrados em todas as fases estabelecem,
no serviço elétrico e não temos a necessidade de aumentar a po- assim, as bases para resultados rápidos e eficientes.
tência contratada da nossa habitação. Diversas melhorias funcionais no sistema contribuem para
tornar os projetos de design de cablagens mais eficientes e ace-
lerar os fluxos de trabalho dos clientes. O EPLAN Harness proD
EPLAN Harness proD 2.6: Zero preocupações até à apoia todas as indústrias que necessitem de rotear cabos, como
fase de produção veículos especiais, fabricantes de equipamentos, pré-fabrico de
M&M Engenharia Industrial, Lda. cabos, fabricantes de máquinas e departamentos de empresas em
Tel.: +351 229 351 336 · Fax: +351 229 351 338 que seja necessária uma cooperação interdisciplinar.
info@mm-engenharia.pt · info@eplan.pt
www.mm-engenharia.pt · www.eplan.pt
maxGUARD Weidmüller: controlo inovador de
A eficiência está em primei- distribuição de tensão
ro lugar mas o prazer da Weidmüller – Sistemas de Interface, S.A.
conceção não é menos im- Tel.: +351 214 459 191 · Fax: +351 214 455 871
portante: a nova versão 2.6 weidmuller@weidmuller.pt · www.weidmuller.pt
do EPLAN Harness proD é
um software 3D/2D intuitivo Com o Klippon® Connect, a Weid-
que satisfaz todos os requisitos atuais em termos de engenharia müller apresenta a solução de co-
de cablagens. Novas funcionalidades incluem melhorias nas espe- netividade pioneira para um efi-
cificações de produção que, além de esquemas de “alfinetes”, in- ciente planeamento, instalação e
cluem esquemas de cablagens. O dimensionamento de cabos é funcionamento. Como parte do
agora efetuado de modo automático. Se necessário é possível ro- portefólio de produtos Klippon®
tear cabos com comprimentos predefinidos, de forma fácil e intui- Connect, a Weidmüller oferece o
tiva. Com interfaces abertas, a cooperação entre as engenharias maxGUARD que foi concebido de
mecânica e elétrica torna-se um verdadeiro trabalho de equipa. forma conclusiva e consistente para o desenvolvimento do contro-
Já se encontra disponível a nova versão 2.6 do software EPLAN lo de distribuição de tensão. O maxGUARD fornece a monitoriza-
Harness proD, para a engenharia de cablagens. Com base no mo- ção de carga e distribuição de potencial numa solução completa,
delo 3D de esquemas mecânicos e elétricos é possível desenvol- sendo convincente, eficiente e inovador. O maxGUARD é um pro-
ver projetos de cablagens de forma intuitiva. O passo seguinte é a duto de aplicação que responde às exigências específicas na
transferência destes dados para a produção, tendo sido realizadas construção de painéis. De um modo geral, os controladores de dis-
atualizações importantes nesta área também: a integração de es- tribuição de tensão à prova de falhas e de fácil manutenção, que
quemas de cablagem 2D, automaticamente derivadas do ambien- também podem ser instalados em menos tempo e com uma redu-
te de desenvolvimento 2D/3D, que especificam tanto os pontos de ção de espaço são necessários para as operações de máquinas e
dimensionamento, como os pontos de ligação. Isto possibilita o para as fábricas eficientes. O novo sistema maxGUARD integra os
dimensionamento automático, permitindo poupar tempo e garan- conetores de distribuição de potencial (que foram previamente ins-

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PUB
talados separadamente) com saídas de monitorização de
carga eletrónico como uma solução completa num com-
ponente de distribuição de tensão de controlo 24 VDC.
Uma nova combinação de monitorização de carga e distri-
buição de potencial, que economiza tempo durante a ins-
talação, aumenta a segurança contra falhas e reduz a
quantidade de espaço necessário nas réguas de conetores
até 50%.
O maxGUARD é caraterizado pela sua extrema facili-
dade de serviço. Desenvolvido para aplicações na cons-
trução de painéis em conexão, testes e operações permi-
tindo o acesso seguro a todos os potenciais de tensão e
circuitos de carga durante as atividades de comissiona-
mento e manutenção. O maxGUARD pode ser utilizado de
forma personalizada. De facto, a gama de variantes e os
diferentes conetores de distribuição e os componentes
adicionais permitem soluções personalizadas. Os pon-
tos de teste sistematicamente integrados nas entradas e
saídas do controlo da distribuição de tensão maxGUARD
provaram ser de fácil manuseamento, acelerando as ope-
rações na solução de problemas. Para os efeitos de teste
e verificação, os distribuidores de potencial têm alavancas
seccionadoras práticas para a simples isolação galvâni-
ca do circuito de carga. O maxGUARD também é equipa-
do com pontes conetoras, reduzindo assim o tempo e o
esforço necessários para a cablagem devido a ligações
transversais entre monitorização de carga e conetores de
distribuição de potencial. O novo sistema de controlo de
distribuição de tensão tem uma conceção particularmente
direcionada para a economia de espaço: os monitores de
carga eletrónica e distribuidores de potencial têm um pas-
so de 6,1 mm.

Tecnologias de distribuição de energia


Siemens na nova fábrica de automóveis
da KIA
Siemens, S.A.
Tel.: +351 214 178 000 · Fax: +351 214 178 044
www.siemens.pt

A Hyundai Engineering
Mexico assinou um
contrato com a Sie-
mens para o forneci-
mento e instalação de
tecnologias de distri-
buição de energia nas
novas instalações fa-
bris da KIA Motors no México. O contrato abrange a insta-
lação de todos os equipamentos elétricos da subestação
responsável pela rede de distribuição elétrica da fábrica,
incluindo os quadros de Média e Baixa Tensão, os transfor-
madores de Média e Baixa Tensão e dois bancos de con-
densadores que garantem uma alimentação segura e es-
tável e o funcionamento contínuo desta fábrica
automatizada. A infraestrutura fabril começou a operar em
meados de maio, e o contrato assinado com a Siemens
está avaliado em cerca de 12 milhões de dólares (cerca de
10,7 milhões de euros).
A KIA entregou o planeamento e a construção da nova
unidade fabril à Hyundai Engenharia México, a qual, por sua
vez, contratou à Siemens o fornecimento e a instalação de
todas as tecnologias de distribuição de energia para a fá-
brica. O fornecimento inclui 10 quadros de Média Tensão
116 mercado técnico

NXAir, 38 transformadores de Média e Baixa tensão, 35 quadros ser instalado em qualquer painel dos Sistemas de Proteção Co-
de Baixa Tensão, e dois bancos de condensadores de 13,8 kV para mando e Controlo (SPCC). Acerca dos blocos de teste, estes são
reduzir as sobretensões transitórias e garantir uma distribuição um acessório importante para a proteção, medição e controlo.
uniforme da tensão. Graças ao seu portefólio de produtos end-to- Permitem que os técnicos de sistemas de proteções possam iso-
end, a Siemens pode garantir uma distribuição de energia segura e lar rapidamente e com segurança os relés de proteção de modo a
estável a toda a fábrica. Esta solução evita flutuações de tensão na que os sinais de teste possam ser injetados e o desempenho do
rede de distribuição da fábrica que poderiam causar erros na tec- sistema de proteções verificado.
nologia de automação, resultando na paralisação temporária das
máquinas. Uma das razões pelas quais a Siemens foi contratada
foi a sua capacidade de fornecer todos os componentes elétricos Barramentos de distribuição modulares
a partir de uma fonte e o facto da subsidiária do grupo alemão no ABB, S.A.
México prestar assistência no local. A Siemens construiu os equi- Tel.: +351 214 256 000 · Fax: +351 214 256 390
pamentos para a nova fábrica de automóveis em sete unidades de marketing.abb@pt.abb.com · www.abb.pt
produção localizadas em cinco países diferentes, e mesmo assim
cumpriu um prazo de entrega de apenas seis meses. Os novos blocos de barramentos de distribui-
ção DBL permitem uma distribuição dos cir-
cuitos elétricos de uma forma económica,
WEG Portugal em Hannover com motor para adaptável e flexível a partir de uma fonte de
atmosferas explosivas entrada para vários equipamentos em circui-
WEGeuro – Indústria Eléctrica, S.A. tos de quadros elétricos de distribuição e de
Tel.: +351 229 477 700 · Fax: +351 299 477 792 controlo industrial. O design compacto e mo-
info-pt@weg.net · www.weg.net/pt dular exclusivo dos blocos de distribuição
DBL permite uma fácil instalação com uma
A WEG apresentou na Feira de grande flexibilidade de utilização. Graças à
Hannover, que decorreu de 25 a 29 tampa frontal reversível exclusiva podem também ser utilizados
de abril na Alemanha, um motor como dispositivos de agrupamento, muito utilizados nas aplica-
W22Xd 315L IE4 da sua linha de ções de geração solar, combinando os vários circuitos das strings
motores elétricos para atmosferas solares numa saída para o inversor solar. Os blocos de distribuição
explosivas, que tem a particulari- DBL são adequados para quadros de controlo e distribuição co-
dade de estar apto para funcionar merciais e industriais, bem como para quadros elétricos para apli-
nas condições mais adversas, das cação em centrais de solar fotovoltaico.
temperaturas negativas do circulo polar ártico às temperaturas As vantagens principais são: o benefício de 3 configurações
elevadas do deserto. num produto (pólo único ou múlti pólo e agrupamento), tampa re-
Este motor concebido, desenhado e produzido na fábrica da versível que facilita a identificação e cablagem, 1500 Vcc adapta-
WEG em Portugal é a prova da capacidade de Investigação & De- dos aos mais recentes inversores para aplicação de geração solar,
senvolvimento do corpo de Engenharia da WEG em Portugal, des- redução nos custos de cablagem e no stock e montagem, econo-
tacando-se da sua concorrência pela capacidade de arranque em mia até 50% em relação às barras de distribuição convencionais e
temperaturas negativas (-55º C), sem necessidade de pré-aque- tempo de montagem reduzido em 80%. As caraterísticas principais
cimento, o que se reveste de enorme importância em mercados passam pelas capacidades nominais de 80 A a 400 A, ao ser com-
como o mercado russo, em que as temperaturas negativas são um patível com condutores de alumínio e cobre e tendo uma capacida-
desafio à capacidade das máquinas instaladas. A linha de motores de de conexão até 185 mm² (350 kcmil). Os blocos modulares têm
W22Xd/W22XdT está disponível nas alturas de eixo 315 a 1000, como funções o pólo individual, três a quatro pólos até 11 saídas e
com potências entre 90 e 9000 kW e tensões até 10 000 V. os bornes têm como funções 2 a 10 pólos até 20 saídas.

MVA Electrotecnia fornece blocos de teste para Tecnologia de ligação para micro-inversores
os painéis AT e MT dos Sistemas de Proteção Phoenix Contact, S.A.
Comando e Controlo (SPCC) Tel.: +351 219 112 760 · Fax: +351 219 112 769
MVA – Electrotecnia, Lda. www.phoenixcontact.pt
Tel.: +351 214 879 000 · Fax: +351 214 879 007
mva@mva.pt · www.mva.pt A Phoenix Contact apresenta ao
mercado um novo sistema de li-
Os Sistemas de Proteção Comando gação específico para micro-in-
e Controlo (SPCC) instalados nas versores no sentido de simplificar
Subestações da EDP Distribuição a instalação de sistemas fotovol-
(EDPD) têm vindo a evoluir, de for- taicos em telhados. Este sistema
ma muito significativa, nos últimos modular permite reduzir os tem-
20 anos, com isso a normalização e pos de instalação, especialmente
uniformização dos equipamentos e em sistema híbridos. Os conetores e cabos pré-assemblados com
sistemas auxiliares, tornou-se não comprimentos adequados aos painéis mais comuns do mercado
só uma necessidade mas também asseguram uma instalação rápida e simplificada. Cada micro-in-
um objetivo a alcançar para promover ganhos de eficiência nas versor no sistema tem o seu módulo.
atividades de comissionamento e manutenção. As ligações são Plug&Play, sem necessidade de eletrificação
A MVA Electrotecnia desenvolveu uma solução de blocos de manual. As ligações não podem ser desfeitas sem o acessório es-
teste que permite a utilização de um único bloco de teste que pode pecífico, o que garante a máxima segurança em operação.

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118 calendário de eventos

evento temática local data contacto

ROBOPARTY Construção e Dinamização Guimarães 02 a 04 SAR e Universidade do Minho


de Robots Portugal março roboparty@roboparty.org
2017 www.roboparty.org

EXPOMAFE Feira Internacional São Paulo 09 a 13 Informa Exhibitions


feiras
de Máquinas Ferramenta Brasil maio liliane.bortoluci@informa.com
e Automação 2017 www.plasticobrasil.com.br

FEIMAFE Feira Internacional São Paulo 20 a 24 Reed Exhibitions Alcantara Machado


de Máquinas Ferramenta Brasil junho info@reedalcantara.com.br
e Sistemas de Manufatura 2017 www.reedalcantara.com.br

evento temática local data contacto

TÉCNICO/A DE MAQUINAÇÃO Formação na Área Ermesinde 02 janeiro CENFIM


E PROGRAMAÇÃO CNC de Construções Portugal 2017 ermesinde@cenfim.pt
Mecânicas a 29 junho www.cenfim.pt
formação, 2018
seminários
e conferências
MAQUINAÇÃO Formação na Área Ermesinde 07 fevereiro CENFIM
– TORNEAMENTO de Construções Portugal a 02 março ermesinde@cenfim.pt
Mecânicas 2017 www.cenfim.pt

ISC BRASIL Feira e Conferência São Paulo 18 a 20 Reed Exhibitions Alcantara Machado
Internacional Brasil abril info@reedalcantara.com.br
de Segurança 2017 www.reedalcantara.com.br

COTEQ Conferência sobre Rio de Janeiro 15 a 18 Abendi – Associação Brasileira


Tecnologia Brasil maio de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção
de Equipamentos 2017 coteq@abendi.org.br
www.abendi.org.br

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artigo técnico

Componentes eletrónicos
3.ª Parte

6. O Transformador do secundário são iguais e o objetivo é apenas obter um isolamento elétrico entre o circuito
ligado ao primário e o circuito ligado ao secundário.
O que é um transformador? O transformador de corrente é um transformador cuja corrente induz nos terminais do
Podemos definir o transformador como enrolamento do transformador, uma f.e.m.i. (força eletromotriz induzida), que será propor-
sendo um dispositivo elétrico que tem a fi- cional à corrente que lhe deu origem.
nalidade de isolar um circuito, elevar ou di- Um autotransformador é um transformador que tem apenas um enrolamento e cuja ten-

Telecomunicações, Automação e Comando • IEFP – Évora


minuir uma tensão, casar impedâncias entre são de saída é obtida consoante a divisão de tensão do enrolamento.
diferentes circuitos, ou realizar a filtragem
em circuitos de radiofrequência. Onde podemos situar o transformador?

Formadora nas áreas de Eletrónica,


pauladomingues47@gmail.com

Paula Domingues
210
119
Figura 1. Transformador Abaixador.

Tipos de transformadores

4.º Trimestre de 2016


electrónica 04
Existem vários tipos de transformadores, Figura 3. Transformador.
cada um com a sua função.
Como é constituído um transformador?
Um transformador é constituído por duas ou mais bobines ou enrolamentos, e um circuito
magnético que vai acoplar essas bobines.
Uma bobine consiste num fio condutor, enrolado sobre ele próprio, que concentra o
campo eletromagnético.
Existem diversos tipos de transformadores, com diferentes tipos de construção, mas to-
dos funcionam com o mesmo princípio: indução magnética.

Figura 2. Tipos de transformadores.

De uma forma bastante resumida podemos


caraterizá-los da seguinte forma:
O transformador elevador recebe, no pri- Figura 4. Constituição do transformador.
mário, uma tensão mais baixa e apresenta
no secundário uma tensão mais elevada. Núcleo do transformador
O transformador abaixador recebe, no O núcleo deve ser de material ferromagnético como:
primário, uma tensão mais elevada e apre- – Ferrite;
senta no secundário uma tensão mais baixa. – Aço silicioso;
O transformador de isolamento é um – Ferro macio;
transformador cujas tensões do primário e – Alnico – Alumínio, Níquel e Cobalto (Al+Ni+Co).
artigo técnico

A fim de produzir um caminho de baixa re- u2 = tensão eficaz do enrolamento secundário


lutância para o fluxo magnético, o núcleo é N1 = Número de espiras do primário
laminado para reduzir a indução de corren- N2 = Número de espiras do secundário
tes parasitas ou de correntes de Foucault. i1 = corrente eficaz do primário
Estas correntes produzem perdas por efeito i2 = corrente eficaz do secundário
de Joule. No entanto existem também trans-
formadores com núcleo de ar. Através da relação de transformação torna-se possível realizar inúmeros exercícios. Observe
os exemplos que se seguem:
Como funciona um transformador?
De acordo com a Lei de Faraday, quando o Exercício 1
enrolamento primário do transformador é Um transformador abaixador 230 V/9 V tem no primário 1600 espiras. Calcule o núme-
submetido a uma tensão variável no tempo, ro de espiras do secundário. Pela relação de transformação:
é gerado um campo magnético, também ele
u1 N1 230 1600 1600 x 9
variável. = ⇔ = ⇔ N2 = = 62,60
u2 N2 9 N2 230
Como o núcleo do transformador tem
uma baixa relutância magnética, ou seja, é
permeável ao campo magnético, o campo
magnético gerado no enrolamento primário Exercício 2
vai envolver o enrolamento secundário do Um transformador 230 V/18 V é percorrido no secundário por 2 A. Qual a corrente
transformador. Este, ao ser envolvido por um elétrica do primário? Pela relação de transformação:
campo magnético variável, vai criar aos seus
u1 i2 230 1600 2 x18
terminais uma diferença de potencial (d.d.p.), = ⇔ = ⇔ i1 = = 0,156 A
u2 i1 18 i1 230
também ela variável.

Transformador ideal Transformador real


Um transformador ideal pode ser carateriza- Ao contrário do transformador ideal, o transformador real:
120
210

do por: – Apresenta perdas no cobre devido à resistência nos enrolamentos;


– Os seus enrolamentos não apresenta- – Apresenta perdas magnéticas no núcleo;
electrónica 04
4.º Trimestre de 2016

rem perdas óhmicas; – É afetado pelo efeito de histerese;


– Não ter dispersão magnética, tendo – Apresenta correntes parasitas ou correntes de Foucault.
uma ligação magnética perfeita;
– O seu núcleo magnético ter uma relu- Para minimizar as correntes parasitas usam-se, geralmente, materiais de baixa condutividade,
tância nula. como é o caso do aço silício, isoladas umas das outras por verniz.
Podemos encontrar transformadores com vários tipos de núcleos:
Assim, de acordo com a Lei da conservação da
energia:

NúcleO NúcleO
NúcleO de ar auTOTraNsFOrmadOr
de FerrO de FerriTe

Figura 6. Simbologia dos tipos de núcleo do transformador.


S1 = S2 ⇔ u x i1 = u2 x i2
Notas práticas
Assim a relação de transformação é dada pela Na escolha de um transformador, bem como na sua utilização prática, há alguns aspetos
expressão: importantes que devemos ter bem presentes.
1. Qual a tensão desejada á saída do transformador?
u1 N1 i2
n= = = 2. Qual a corrente que será consumida?
u2 N2 i1
O transformador é projetado e fabricado para um valor máximo de corrente que irá su-
Figura 5. Expressão matemática que traduz a relação de portar. De acordo com esses cálculos será feita a escolha do diâmetro do fio de cobre a
transformação. utilizar nos enrolamentos. Esse valor jamais deverá ser ultrapassado pois, se isso aconte-
cer, o transformador irá queimar.
Em que: 3. Ao ligar o transformador á rede elétrica, jamais deve permitir que os terminais do(s)
n = RT = Relação de transformação secundário(s) se unam entre si, pois isso irá provocar um curto-circuito no secundário do
u1 = tensão eficaz do enrolamento primário transformador que fará com que este queime.
artigo técnico

Ficha Técnica 4
Introdução à Eletrónica
7. análise de circuitos Em termos gerais podemos dividir as correntes elétricas em unidirecionais, onde está inclu-
em corrente alternada ída a Corrente Contínua e onde os eletrões se movimentam sempre na mesma direção, e
bidirecionais onde está integrada a Corrente Alternada sinusoidal e onde o movimento dos
7.1 Grandezas variáveis no tempo eletrões se dá nos dois sentidos.
Nas fichas técnicas anteriores, os circuitos fo- O esquema seguinte apresenta a classificação em função do tempo das grandezas bidi-
ram analisados considerando que a fonte de recionais:
tensão apresenta caraterísticas contínuas,
originando uma Corrente Contínua confor-
me a Figura 47. Existem, no entanto, outras
formas de corrente elétrica, como por exem-

ATEC – Academia de Formação


plo, a disponibilizada pela Rede Elétrica Na-
cional ao consumidor final que apresenta

paulo.peixoto@atec.pt
as caraterísticas de uma Corrente Alternada
sinusoidal. A Figura 48 representa esta forma

Paulo Peixoto
de onda.
As ondas alternadas puras distinguem-se das ondas ondulatórias porque possuem um valor
Corrente Contínua médio algébrico nulo. Nestas ondas, o conjunto dos valores assumidos em cada sentido
O valor da corrente elétrica é sempre cons- designa-se por alternância, teremos assim uma alternância positiva e uma alternância nega-

210
121
tante ao longo do tempo. É usual utilizar tiva. O conjunto de duas alternâncias consecutivas designa-se por ciclo. O valor assumido,
abreviadamente DC para designar esta cor- em cada instante, por uma corrente (i) ou tensão (u) é chamado valor instantâneo, que se

4.º Trimestre de 2016


electrónica 04
rente. representa por uma letra minúscula.
A Figura 49 representa dois sinais ondulatórios, à esquerda um sinal obtido à saída de um
retificador de onda completa e à direita um sinal em dente de serra.

Figura 47. Gráfico de uma Corrente Contínua.

Corrente Alternada sinusoidal Figura 49. Sinais periódicos ondulatórios ou pulsatórios.


O valor da corrente elétrica apresenta va-
lores positivos e negativos (bidirecional). É Na Figura 50 são representados os sinais triangulares e quadrados.
usual utilizar abreviadamente AC para de-
signar esta corrente.

Figura 50. Sinal alternado triangular e alternado quadrado.

7.2 Caraterísticas da Corrente Alternada sinusoidal


Figura 48. Gráfico de uma Corrente Alternada sinu- As correntes e tensões alternadas sinusoidais assumem uma particular importância uma vez
soidal. que qualquer sinal periódico alternado se pode considerar como a soma de sinais alternados
artigo técnico

sinusoidais de frequências múltiplas. Iremos provocar o mesmo efeito calorífico no mesmo intervalo de tempo. O valor eficaz representa-
definir de seguida as grandezas que carate- se por I ou U. A expressão matemática que o define é apresentada de seguida:
rizam um sinal sinusoidal.
Imáx.
I= = 0,707 · Imáx.
√2
Período da onda
É o tempo em que ocorrem duas alternân- O valor eficaz da tensão da rede elétrica nacional é de 230 V. Este é o valor apresentado pelo
cias consecutivas, ou seja, é o tempo gasto voltímetro na medição desta grandeza. Os aparelhos de medida (voltímetros e amperíme-
num ciclo. Representa-se por T e exprime-se tros) registam o valor eficaz da tensão ou da corrente quando em medição de um sinal alter-
em segundos. nado sinusoidal. Para a visualização da forma de onda da tensão é utilizado o osciloscópio. A
Figura 51 representa as caraterísticas desta tensão.
Frequência da onda
É o número de ciclos efetuados num segun- Caraterísticas do sinal
do. Representa-se por f e a sua unidade é – Frequência: 50 Hz
o Hz (Hertz). A frequência do sinal está as- – Período: 20 ms
sociada à sua utilização. A rede elétrica na- – Valor eficaz: 230 V
cional disponibiliza uma Corrente Alternada – Valor máximo: 325 V
sinusoidal com uma frequência de 50 Hz, – Valor médio: 207 V
o que significa que apresenta 50 ciclos ou
períodos por segundo. Cada ciclo apresenta
um período de 20 ms e pode ser calculado
pela expressão matemática que relaciona a
frequência e o período:

1
f=
T
Amplitude ou valor máximo
210
122

É o valor instantâneo mais elevado atingi-


do pela onda. Há amplitude positiva e am-
electrónica 04
4.º Trimestre de 2016

plitude negativa. Ao valor medido entre os


valores de amplitude positiva e amplitude
negativa chama-se valor de pico a pico.

Valor médio Figura 51. Caraterística da tensão alternada sinusoidal monofásica da Rede Elétrica Nacional.
O valor médio representa o valor que uma
Corrente Contínua deveria ter para trans- A equação seguinte permite fazer uma representação gráfica de uma grandeza alternada
portar a mesma quantidade de eletricidade, sinusoidal e calcular o valor instantâneo do sinal num determinado momento t:
num mesmo intervalo de tempo. A expres-
são matemática para determinar o valor mé- i = Imáx. · sen (ω · t + φ)
dio de uma Corrente Alternada sinusoidal é
dada pela seguinte fórmula: Note-se que (ω) é a velocidade angular e é caraterizada pelo número de radianos percorri-
dos pela sinusoide por segundo e apresenta a unidade de radianos por segundo (rad/s). A
2
Imédio = · I = 0,637 · Imáx. expressão matemática seguinte permite calcular esta grandeza:
π máx.

ω = 2π · f
Notas
A expressão para o valor médio da tensão será O ângulo de desfasamento φ é o ângulo que a onda faz com a origem da contagem dos
idêntica com a alteração da variável. ângulos, no instante inicial.
Deverá ser considerado apenas metade do
ciclo de uma Corrente Alternada sinusoidal, pois 7.3 Circuitos em Corrente Alternada
o valor médio de um ciclo é nulo, já que este se A relação expressa pela Lei de Ohm, ou seja, o quociente entre a tensão e a corrente, man-
repete na parte positiva e na parte negativa. tém-se em análise de circuitos em Corrente Alternada. Este quociente assumirá a designa-
ção em Corrente Alternada de impedância (Z) e assumirá a unidade Ohm (Ω), tal como em
Valor eficaz Corrente Contínua.
O valor eficaz de uma Corrente Alternada é
o valor da intensidade que deveria ter uma U
Z=
Corrente Contínua para, numa resistência, I
artigo técnico

A diferença entre a grandeza impedância (Z) e a grandeza resistência (R) está relacionada tínua e o efeito de carga e descarga deste
com a dependência da frequência da impedância. Em Corrente Alternada, a relação entre componente.
a tensão e a corrente depende, para uma dada frequência, da impedância Z e ângulo de
desfasamento φ. Iremos introduzir ainda uma nova grandeza, a reatância (X), associada aos
condensadores e às bobinas. A Figura 52 representa esta relação.

Figura 55. Circuito capacitivo alimentado por uma


Corrente Alternada.

O comportamento do condensador em Cor-


Figura 52. Representação gráfica da resistência e reatância. rente Alternada é um pouco diferente. A lâm-
pada integrada no circuito irá brilhar de forma
7.3.1 Circuito puramente óhmico em Corrente Alternada constante, uma vez que efetuará o efeito de
Ao aplicar a Lei de Ohm aos sucessivos instantes da tensão alternada que alimenta o circuito carga e descarga em cada um dos ciclos, não
da Figura 53, e uma vez que Z = R (pois o circuito é considerado um circuito ideal e a reatân- perdendo totalmente a energia armazenada.
cia é nula), facilmente se verifica que, à medida que a tensão aumenta, a corrente também A corrente média no circuito dependerá
aumenta e que, quando a tensão aplicada muda de polaridade, também a intensidade de da frequência, que será tanto maior quanto
corrente muda de sentido. maior for a frequência da tensão aplicada, e da
capacidade do condensador, cujo valor médio
será tanto maior quanto maior for o valor da
capacidade do condensador.
Será fundamental definir a grandeza re-
atância capacitiva (XC) que é a oposição do

210
123
condensador à passagem da corrente elétrica,
segundo a fórmula seguinte:

4.º Trimestre de 2016


electrónica 04
1
Figura 53. Circuito resistivo alimentado por uma Corrente Alternada. XC =
2π · f · C

As curvas representativas da tensão e corrente estão em fase, ou seja, a um máximo da ten- Notando que f é a frequência do sinal de
são corresponde um máximo da corrente, o mesmo sucedendo para os zeros. Neste caso, o alimentação em Hertz (Hz) e C é a capacida-
ângulo de desfasamento φ é nulo. A Figura 54 apresenta o gráfico da corrente e da tensão de do condensador em Farad (F).
no circuito. Para desenharmos as curvas da tensão e da
corrente iremos analisar o funcionamento do
circuito. Ao iniciar-se a carga do condensador,
a tensão aos seus terminais é nula tendo, ao
contrário, a corrente o seu valor máximo. À
medida que a carga vai aumentando, aumen-
ta a tensão nos seus terminais, diminuindo
consequentemente a corrente até se anular, o
que sucede quando a tensão aos terminais do
condensador atinge o valor máximo. Na des-
carga, as curvas decrescem simultaneamente.
No instante em que se inicia a descarga, a ten-
Figura 54. Representação vetorial e cartesiana da tensão e respetiva corrente num circuito puramente óhmico. são parte do seu máximo positivo e a corrente
do seu mínimo valor (nulo). O condensador
7.3.2 Circuito capacitivo em Corrente Alternada descarrega-se quando as armaduras têm igual
Na realidade não existe um circuito capacitivo puro, mas sim um circuito série entre a resis- número de eletrões atingindo, nesta altura, a
tência e um condensador, denominado de circuito RC. Iniciaremos a análise por considerar o corrente o seu máximo negativo.
condensador puro, de forma a perceber o comportamento desta componente na presença A Figura 56 apresenta o desfasamento da
de uma Corrente Alternada. Neste tipo de circuitos e devido à influência da frequência tere- onda da tensão e da corrente num circuito pu-
mos de considerar a grandeza reatância, nesta caso reatância capacitiva (XC). ramente capacitivo onde poderemos analisar
Consideremos o circuito da Figura 55 composto por uma lâmpada e por um condensa- que a corrente está avançada 90º em relação
dor. Na edição anterior foi analisado o funcionamento do condensador em Corrente Con- à tensão.
artigo técnico

A tensão aplicada à resistência é dada pela


aplicação direta da Lei de Ohm da seguinte
maneira:

UR = 330 · 160 x 10-3 = 52,8 V

Para o cálculo da tensão total iremos utilizar


o diagrama vetorial analisado na Figura 52
que é obtido do circuito considerando os
seguintes pressupostos:
– A tensão e a corrente na resistência es-
Figura 56. Representação vetorial e cartesiana da tensão e respetiva corrente num circuito puramente capacitivo. tão em fase (desfasamento de 0°);
– A tensão e a corrente apresentam um
7.3.3 Circuito capacitivo real – Circuito RC desfasamento de 90° relativamente ao
Como analisado anteriormente, nos circuitos não encontramos condensadores puros ou condensador, estando a tensão em atraso;
ideais, mas sim condensadores reais que são equivalentes à série de um condensador ideal – A tensão no condensador está, por con-
e de uma resistência. Para a análise deste tipo de circuitos consideremos a Figura 57 onde seguinte, atrasada 90° em relação à ten-
iremos calcular os seguintes parâmetros: são na resistência.
– A reatância capacitiva;
– A frequência da tensão; O diagrama vetorial assume a seguinte con-
– A tensão aos terminais da resistência; figuração onde, pelo Teorema de Pitágoras,
– A tensão aplicada ao circuito; obtemos a equação para a tensão total. Este
– A impedância do circuito. é também denominado de triângulo das
– O ângulo de desfasamento entre a tensão e a corrente. tensões.

U 2T = U2R + U2C ⇔
210
124

UT = √ U2R + U2C = √ 52,82 + 322 = 61,7 V


electrónica 04
4.º Trimestre de 2016

Figura 57. Circuito RC.

Figura 59. Triângulo das tensões.

Nota Matemática
O teorema de Pitágoras relaciona os três lados do
triângulo retângulo e enuncia que, em qualquer
triângulo retângulo, o quadrado do comprimento
da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos
Figura 58. Representação vetorial e cartesiana da tensão na resistência e no condensador. comprimentos dos catetos:

A tensão de alimentação é uma onda alternada sinusoidal. Iremos começar por calcular a C2 = A2 + B2
reatância capacitiva do circuito utilizando a Lei de Ohm generalizada:
UC 32
XC = = = 200 Ω
I 160 x 10-3

A frequência da tensão alternada de alimentação será calculada da seguinte forma:

1 1 1
XC = ⇔ f= = = 36,2 Hz A impedância do circuito poderá ser calcu-
2π · f · C 2π · Xc · C 2π · 200 · 2 x 10-6
lada através da Lei de Ohm generalizada ou
artigo técnico

do triângulo das impedâncias, que se obtém dividindo cada um dos lados do triângulo das Nota Matemática
tensões pela corrente que percorre o circuito. As razões trigonométricas serão apresentadas con-
siderando o triângulo retângulo Δ [ ABC ], retângu-
Z2 = R2 + X 2C ⇔ Z = √ R2 + X 2C = √ 3302 + 2002 = 385,9 Ω lo em B, onde está representado o cateto adjacen-
te, o cateto oposto e a hipotenusa.

Figura 60. Triângulo das impedâncias.


cateto adjacente
cos α =
hipotenusa
Para finalizar a análise do circuito, iremos calcular o ângulo de desfasamento entre a tensão cateto oposto
sen α =
e a corrente. Poderemos utilizar o triângulo das impedâncias para este cálculo e utilizar uma hipotenusa
das razões trigonométricas, conforme se pode ver a seguir: tg α =
cateto oposto
cateto adjacente

R 330
cos φ = = = 0,855 ⇔ φ = -31,2º
Z 385,9 Na próxima edição serão analisados os cir-
cuitos puramente indutivos, circuitos RL e
circuitos RLC em Corrente Alternada.

Bibliografia do artigo
– A. Silva Pereira, Mário Águas, Rogério Baldaia, Curso
Tecnológico de Eletrotecnia/Eletrónica - Eletricida-
Figura 61. Cálculo do ângulo de desfasamento entre a tensão e a corrente. de, Porto Editora, ISBN 972-0-43540-2.
artigo prático

Faça você mesmo


Vamos iniciar a montagem prática de cir- O primeiro passo para a realização do projeto é a execução do desenho esquemático. Neste
cuitos, onde procuramos aplicar alguns caso, foi utilizado o software Multisim.
dos componentes estudados.

Neste primeiro trabalho projetámos um cir-


cuito, que poderá ser alimentado com uma
pilha de 9 V. Um primeiro interruptor fará
acender um LED, um segundo interruptor
Telecomunicações, Automação e Comando • IEFP – Évora

fará acender uma lâmpada e um terceiro in-


terruptor fará tocar um buzer. Este é um cir-
cuito bastante simples e com poucos compo-
nentes mas que lhe permite ter um primeiro
Formadora nas áreas de Eletrónica,

contacto com a montagem prática de circui-


pauladomingues47@gmail.com

tos, onde pode observar algo a acontecer.

Tabela 1. Lista de material para montagem prática do


Paula Domingues

circuito. Figura 1. Desenho esquemático realizado em Multisim.

maTerial FOrNecidO De seguida, vamos trabalhar o circuito em Ultiboard, para realização do layout da PCI.

1 PCI com o circuito


210
126

já impresso (Ilhas e
pistas)
electrónica 04
4.º Trimestre de 2016

1 Resistência de 390 Ω

1 Led Vermelho
de 5mm

1 Lâmpada de 12 V
DC com suporte para Figura 2. Desenho esquemático realizado em Ultiboard.
soldadura em PCI

1 Buzzer de 12V

3 Interruptores para
soldadura em PCI

1 Suporte para pilha


de 9 V

Figura 3. Desenho esquemático realizado em Ultiboard.


Podemos também observar o nosso projeto em 3D.

Figura 4. Desenho esquemático realizado em 3D.

Em alternativa á placa com o circuito já impresso, é possível


realizar o mesmo circuito utilizando uma placa pré-perfurada.

Figura 5. Placa pré-perfurada.

montagem prática do circuito


1. Antes de iniciar a soldadura, coloque os componentes
dispostos numa superfície limpa e organizados.

Figura 6. Componentes organizados antes de iniciar a soldadura.

2. Realize, de forma correta, a soldadura de todos os com-


ponentes.
3. Teste o seu circuito.
bibliografia

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210
128

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frio. Tabelas. Bibliografia.
nota técnica 130

mobilidade elétrica,
o futuro?
O futuro constrói-se no presente. Diz-se por aí que
os novos empregos daqui a 10 anos serão algo de que
Josué Morais, Diretor Técnico
ainda não temos ideia nenhuma. Talvez, mas no que
à mobilidade diz respeito, vislumbra-se já a utilização
maciça, talvez exclusiva, do recurso a equipamentos
elétricos.

Na via-férrea já há muito que a tendência aponta para o uso de comboios elétricos em de-
trimento das máquinas Diesel-Elétrico (motores diesel acionam geradores elétricos que
nota técnica alimentam os motores elétricos da tração), pese embora o facto de ainda termos vias não
130 mobilidade elétrica, o futuro? eletrificadas devido ao esforço financeiro que tal acarreta. Já está em projeto a eletrificação
da linha do Minho até Valença que avançará em breve, ficando a faltar a conclusão do troço
artigo técnico da linha do Douro desde Caíde até Barca D’Alva. Esperemos que também possa avançar em
131 luz certa breve, embora em termos estéticos para a belíssima paisagem duriense não seja favorável.
Em Portugal iniciamos o processo com o Decreto-Lei n.º 39/2010 de 26 de abril, tornando-
reportagem se numa aposta pioneira na mobilidade elétrica. Neste diploma legal deu-se o mote para as
133 indústria 4.0 dominou a MATELEC 2016 regras de acesso à mobilidade elétrica, nomeadamente para a aquisição de veículo elétri-
135 produção inteligente em debate no PLC cos, VE, para a implantação de uma rede de pontos de carregamento, para as condições de
2016 acesso livre dos utilizadores dos veículos aos pontos de carregamento, para a obrigação
de instalar pontos de carregamento em edifícios novos e ainda a adoção de regras para a
137 case study instalação dos pontos de carregamento em edifícios existentes. Estão também já definidas
iluminação tecnologicamente avançada as Regras Técnicas para implantação de pontos de carregamento nos diversos locais. As
necessita de um comando e proteção à Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão, RTIEBT publicadas pela Portaria
medida n.º 949-A/2006, foram já atualizadas (alteração) pela Portaria n.º 220/2016, de 10 de agosto,
que vem introduzir a Secção 722 às RTIEBT, decorrente da mesma introdução na Norma IEC
informação técnico-comercial 60364-7-722 da Comissão Eletrotécnica Internacional, CEI, vertido também no Documento
139 a domótica da ABB adiciona valor às novas de Harmonização HD 30364-7-722 do CENELEC. Esta nova secção refere-se às Regras Téc-
habitações nicas aplicáveis à implantação de pontos de carregamento de veículos elétricos.
141 igus® define o caminho para o futuro: Ao nível de veículos ligeiros de passageiros, de transportes públicos, de transporte de
maior rapidez através de inovações mercadorias e desportivos, assistimos agora a uma rápida expansão, surgindo notícias
digitais quase diárias de novas soluções e novas apostas das “velhas” e de novas marcas que vão
143 MM ENGENHARIA INDUSTRIAL: EPLAN surgindo no mercado.
Education Campus: licença de rede Os motores elétricos para veículos automóveis tiveram também uma enorme evolução
gratuita até 300 alunos com um conjunto muito vasto de soluções (experiências também) a surgir no mercado.
145 Pronodis: Steinel parceiro KNX em Pese embora os motores de indução de Corrente Alternada terem a primazia pela elevada
detetores de presença e outros sistemas fiabilidade e baixa manutenção, com o contributo importantíssimo da eletrónica de potência
149 TecIT: parceiro estratégico no seu controlo e melhoria da eficiência, assistimos também ao renascer dos motores de
151 TEV2: HENSEL: quadros de distribuição Corrente Contínua, utilizadas em várias soluções formuladas.
estanques KV O “calcanhar de Aquiles” de todo o processo de evolução tem sido a autonomia dos ve-
ículos. Neste capítulo as baterias de acumuladores estão a evoluir de forma acelerada, com
formação um incremento importante da autonomia, que a breve trecho poderá ser definitivamente
153 remodelações e reabilitações de resolvido com uma solução pelo menos apreciável e durável. As baterias de iões de lítio são
instalações elétricas (2.ª Parte) as que melhores soluções têm proporcionado, mas outras soluções deverão aparecer em
breve.
157 ITED Entretanto, a Câmara de Lisboa anunciou o investimento de 60 milhões de euros em 250
segurança e Saúde no Trabalho: medidas autocarros elétricos para a Carris.
de proteção Na Alemanha foi revelada a intenção de que a partir de 2030 não se fabricarão mais
motores de combustão interna, prevendo-se então que todos os veículos passarão a ser de
159 consultório técnico tração elétrica.
Há hoje uma “grande pressão” para que a mobilidade elétrica se transforme numa rea-
lidade a curto prazo.
Será o fim anunciado da utilização de combustíveis fósseis na mobilidade caminhando
para a sustentabilidade e para uma melhoria do ambiente?
E o Planeta agradece.
www.oelectricista.pt o electricista 58
131 artigo técnico

luz certa
TecIT – Tecnologia, Inteligência e Domótica, S.A.

A tecnologia de LED é já Temperatura de cor & Índice


irreversível, trata-se de uma de restituição cromática
revolução disruptiva na (IRC)
indústria da iluminação.
Mais luz não significa melhor luz
No quadro atual da dependência energética Com efeito, “Mais Luz não significa Melhor
torna-se, cada vez mais, necessária a preo- Luz”.
cupação com a conservação dos recursos Vejamos um bom exemplo de como a
naturais e com uso adequado das fontes de iluminação afeta a nossa sensibilidade e to-
energia; mundialmente estão a ser adotadas mada de decisão na aquisição de produtos
políticas de eficiência energética e conse- alimentares.
quentemente a redução das emissões de CO2. A utilização adequada e harmoniosa da
O raciocínio por trás dos dispositivos de iluminação em cada categoria de alimentos é
iluminação no quadro atual da dependência essencial na obtenção da cor perfeita, tem-
energética é bastante simples: peratura e apelo visual para cada tipo de ali-
• Lâmpadas menos eficientes convertem Estas reações humanas variam entre o óbvio, mento, sem alteração das caraterísticas es-
menos de 15% da energia em luminosi- como a perceção de segurança ou a resposta pecíficas de cada produto e da real qualidade
dade, perdendo o resto na forma de calor. emocional às iluminações de natal que pre- dos mesmos.
Lâmpadas mais eficientes podem econo- enchem as ruas por todo o mundo, a impac- A iluminação é, portanto, parte integran-
mizar milhões de euros, diminuir a depen- tos subtis sobre a produtividade dos traba- te das melhores técnicas comerciais quando
dência do petróleo e reduzir significativa- lhadores em escritórios e às vendas em todas aplicada de forma a realçar as cores naturais
mente os gases de efeito estufa. as áreas comerciais. e texturas de cada produto exposto, tornan-
• A tecnologia LED permite novas possibilida- No que diz respeito às áreas comerciais, do-os mais atrativos e apetecíveis.
des de design de iluminação em aplicações estes têm uma importância extremamente A temperatura de cor indica a aparên-
existentes e desenvolver novas aplicações relevante na satisfação das necessidades cia de cor da luz emitida pela fonte lumi-
onde podemos dar asas à nossa imaginação. básicas das sociedades de consumo de hoje. nosa, comparada ao fluxo luminoso emi-
Todos temos necessidades diferentes tido pelo corpo negro a uma determinada
Para além das vantagens económicas, de- e pretendemos da melhor forma satisfazer temperatura.
sign e ambientais, a utilização desta tecno- essas necessidades. Quando satisfeitas as A sua unidade de medida é o Kelvin (K).
logia traz outro tipo de vantagens que não nossas necessidades básicas desenvolve- Um aspeto importante é que a tempera-
podem ser ignoradas e realçam ainda mais mos outro tipo de necessidades e desejos, é tura da cor não pode ser utilizada isolada-
as grandes vantagens desta tecnologia na evolutivo e dinâmico no ser humano. mente, mas em conjunto com o IRC. A capa-
medida em que cada vez mais é evidente que Particularmente atentos às necessidades cidade da lâmpada reproduzir bem as cores
a iluminação tem impactos biológicos e emo- evolutivas e dinâmicas do ser humano, as (IRC) é independente da sua temperatura de
cionais sobre os seres humanos. empresas desenvolvem técnicas de vendas cor.
e de marketing revolucionárias, o que torna O “Índice de Reprodução de Cor” (IRC
esta atividade praticamente uma ciência, pela ou Ra) de uma fonte luminosa artificial é
Necessidades evolutivas envolvência de todo o tipo de estratégias, es- um parâmetro que quantifica a fidelidade
e dinâmicas do ser humano tudos de psicologia, ciências sociais, e eco- com que as cores são reproduzidas sob
A iluminação afeta profundamente reações nomia, com o objetivo principal de aumentar uma determinada fonte de luz (varia de 0
diversas nas pessoas ao meio ambiente. as vendas. a 100%).

“A utilização adequada
e harmoniosa da
iluminação em cada
categoria de alimentos
é essencial na obtenção
da cor perfeita,
temperatura e apelo
visual para cada tipo de
alimento, sem alteração
das caraterísticas
específicas de cada
produto e da real
qualidade dos mesmos.”
www.oelectricista.pt o electricista 58
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133 reportagem

indústria 4.0 dominou


a MATELEC 2016 por Susana Valente

Mais de 40 mil participantes


e 700 expositores marcaram
presença na MATELEC 2016,
feira internacional,
que teve como foco
especial a Indústria 4.0.

O Salão Internacional de Soluções para a In-


dústria Elétrica e Eletrónica - MATELEC, que
decorreu entre 25 e 28 de outubro de 2016,
em Madrid, Espanha, reuniu as grandes mar-
cas do setor naquela que é a principal plata-
forma comercial para os negócios desta área
na Península Ibérica.
Em exposição estiveram as mais inova-
doras soluções em termos de instalações
elétricas, de equipamentos e componentes
de engenharia eletrotécnica, de eletrónica, de
veículos elétricos, de redes de telecomunica-
ções, de iluminação e de robótica urbana a Com um amplo programa de jornadas A ideia de “fábrica inteligente” (ou “smart
pensar nas cidades inteligentes. técnicas e de fóruns, o tema da implantação factory”) foi apresentada, na MATELEC 2016,
da Indústria 4.0 foi um dos mais dominantes, como a base para otimizar a produtividade do
com destaque para a apresentação de ideias tecido industrial. E os intervenientes presen-
Estreia da MATELEC quanto à melhor forma de a concretizar. Nes- tes concordaram que é preciso incutir este
Indústria com foco te campo, ficou sublinhada a importância da conceito ao nível da formação e desde os
na digital factory Indústria Alimentar entrar neste “comboio” mais baixos escalões etários.
Neste ano, a grande novidade foi a MATELEC da digitalização. A atualidade tecnológica do A cibersegurança industrial foi outro dos
Indústria, uma oferta expositiva direcionada setor automóvel também esteve patente com pontos realçados, especialmente para se sa-
especificamente para o setor industrial, com foco nas possibilidades que já existem, atu- lientar a necessidade de mais especialistas
foco na automatização, na eletrónica, na ges- almente, para a digitalização da produção de nesta área, designadamente para pôr em
tão energética e no conceito de digital factory veículos, um primeiro passo rumo à afirma- marcha soluções prévias à produção, o que
(a fábrica digital). ção plena da Indústria 4.0 nesta área. pode poupar às empresas perdas milionárias.

“Reunindo grande parte


do tecido empresarial
da Península Ibérica, no
campo da indústria elétrica,
eletrónica, de iluminação
e de smart factory, a
MATELEC 2016 fica marcada
por um aumento de 45%
no número de expositores,
relativamente à edição
passada. Um dado que é
revelador e que também se
terá refletido no número de
profissionais do setor que foi
ao evento e que, de acordo
com a organização e com
os expositores, aumentou
relativamente ao ano
passado.”
www.oelectricista.pt o electricista 58
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Portugal foi o segundo país mais
representado
Reunindo grande parte do tecido empresarial da Península
Ibérica, no campo da indústria elétrica, eletrónica, de ilumi-
nação e de smart factory, a MATELEC 2016 fica marcada por
um aumento de 45% no número de expositores, relativamen-
te à edição passada. Um dado que é revelador e que também
se terá refletido no número de profissionais do setor que foi
ao evento e que, de acordo com a organização e com os ex-
positores, aumentou relativamente ao ano passado.
Portugal marcou presença com uma representação
alargada, sendo o segundo país com mais empresas na fei-
ra, depois de Espanha. Os empresários lusos aproveitaram
este espaço de eleição para concretizarem negócios e reti-
rarem impressões das tendências do mercado.
A MATELEC 2016 foi ainda palco privilegiado para a di-
vulgação dos mais inovadores produtos e soluções que as
empresas portuguesas têm para oferecer aos profissionais
da indústria, como foi o caso da Chatron, especializada em
tubos e ventiladores solares, climatização e eficiência ener-
gética, da Globovac, que atua na área da aspiração central
e da calefação de solos radiantes, e da JSL, fabricante de
material elétrico e de telecomunicações para instalação.
Além destas três empresas portuguesas, participaram
na feira com stands próprios a barpa, especializada em es-
truturas de cablagem de sistemas para redes de informa-
ção; a ElectrumTrofa, que oferece soluções de iluminação;
a Selt, dedicada a serviços de assemblagem de placas e
equipamentos eletrónicos e cablagem; a Arestel, da área
dos componentes e equipamentos de Áudio e Vídeo, Te-
lecomunicações e Redes de Dados; a Indisol, que atua no
desenvolvimento e industrialização de soluções isolan-
tes para equipamentos de transporte e de energia elétrica;
a Promastech, especializada em automação industrial; a
SISPROD que se dedica ao fornecimento de equipamentos,
consumíveis e serviços para a indústria eletrónica; e a Elec-
tro Siluz que intervém no setor dos artigos elétricos e dos
eletrodomésticos.
A revista “o electricista” também teve o seu espaço
próprio e o Laboratório Industrial da Qualidade (LIQ), enti-
dade reconhecida pelo Instituto Português da Acreditação
e membro do órgão congénere europeu, teve igualmente,
um stand para ilustrar os seus 20 anos de experiência no
âmbito da metrologia e da realização de testes e inspeções
técnicas.
A próxima MATELEC já tem data marcada e vai realizar-
se de 13 a 16 de novembro de 2018, sendo certo que as gran-
des empresas do setor começam, desde já, a preparar a sua
participação num evento que garante a abertura de muitas
portas para o futuro.
135 reportagem

produção inteligente em debate


no PLC 2016
por Helena Paulino

“Smart Engineering “Rittal Automation Systems


and Production” é pois a grande aposta
foram os temas de 2016 da Rittal para
do PLC, um evento o desenvolvimento
organizado pela Rittal, e modernização do fabrico
Phoenix Contact de quadros elétricos
e M&M Engenharia e de automação, e por
Industrial, e que isso mesmo a relevância
comemorou em outubro com que foi anunciada
passado 10 anos aos participantes neste
de existência. Decorreu PLC, sobretudo, e no que
no dia 20, em Coimbra, diz respeito ao território
e contou com a participação nacional, o destaque foi
de mais de uma centena para o desenvolvimento
de profissionais de um centro de
revelando-se, mais uma vez, competências – Rittal
num enorme sucesso. Competence Center.”

Investir para renovar Jorge Faria da Mota falou sobre a nova unida- PLC, sobretudo, e no que diz respeito ao ter-
e apostar na inovação de de negócios “Rittal Automation Systems” ritório nacional, o destaque foi para o desen-
Depois das boas-vindas começou o evento que permite à Rittal otimizar todo o proces- volvimento de um centro de competências –
propriamente dito com a apresentação da so de fabrico de quadros elétricos, desde o Rittal Competence Center.
Rittal, por Jorge Faria da Mota, Diretor Geral fornecimento de ferramentas manuais até às
da Rittal Portugal, que abordou todo o pro- máquinas totalmente automáticas. O mais
cesso desde a engenharia até à produção, importante é encontrar a solução mais ade- Importância da cloud na
segundo as tendências da Indústria 4.0, e quada às necessidades do consumidor e do atual produção
ressalvando que “a Internet está a revolucio- mercado, seguindo os standards “Industry Depois de uma pequena pausa seguiu-se a
nar o mundo dos negócios e agora também 4.0”, pois é isso que vai permitir-lhes uma apresentação da Phoenix Contact. Michel
da indústria.” Começou por informar que vai completa digitalização e mapeamento das Batista, Diretor Geral da Phoenix Contact Por-
ocorrer um investimento de 500 milhões de soluções por si integradas e daí retirar todas tugal, salientou quatro temas cruciais para a
euros por parte da Rittal durante os próximos as vantagens em termos de flexibilidade e “Smart Engineering and Production”: a produ-
3 anos de forma a renovar cerca de 80% dos controlo de custos de produção. Rittal Auto- ção de amanhã ligada em rede e inteligente,
seus produtos, adequando-os às necessida- mation Systems é pois a grande aposta da customização em massa, a tecnologia cloud,
des dos novos mercados. E começarão ainda Rittal para o desenvolvimento e moderniza- e cibersegurança. Desde o século XVIII que
a ser construídas duas novas fábricas “Full ção do fabrico de quadros elétricos e de au- surgiram os primeiros meios de produção
Automated” na Alemanha, uma de caixas AE tomação, e por isso mesmo a relevância com industrial como soluções mecânicas; mais
e outra de armários INOX. que foi anunciada aos participantes neste tarde, no início do século XX surgiu a linha de
montagem série e nos anos 70 surgiu a auto-
matização através de autómatos programá-
veis. Atualmente assistimos a mais uma vi-
ragem na conceção da produção através dos
sistemas inteligentes interligados.
Mas que desafios tem esta nova realida-
de de produção? Há a necessidade da custo-
mização em massa (utilizar os benefícios da
produção em massa para produzir produtos
personalizados), modularização (ligar e pro-
duzir soluções com máquinas modulares
capazes de produzir em série ou apenas uma
unidade), colaboração (ter a definição do pro-
duto e o planeamento da produção através de
modelos e plataformas de dados comuns).
Por isso compreende-se a importância da

www.oelectricista.pt o electricista 58
reportagem 136

“De forma a reduzir o tempo


de produção, bem como os
custos e aumentar a qualidade
deve apostar-se na montagem
3D de quadros de comando
e aparelhagem, sendo o
EPLAN Pro Panel Professional
adequado a qualquer
aplicação. O software permite
definir o armário elétrico
ou de fluidos tal e qual como
serão construídos e com
a disposição precisa
de componentes, condutas
de fios, calhas DIN,
entre outros.”

“A automação também não autorizados, manutenção remota segura cação visual (normas e modelos digitais auxi-
tem outros desafios por VPN, router e firewall, inspeção da integri- liam na certificação dos equipamentos reais).
como o sistema aberto dade de ficheiros em computadores de pro- De forma a reduzir o tempo de produção,
(Open Source), seguro dução), PROFICLOUD e PLC.NEXT. bem como os custos e aumentar a qualidade
(Data Security) e sem deve apostar-se na montagem 3D de quadros
limites (Cloud Services). de comando e aparelhagem, sendo o EPLAN
A Phoenix Contact Tecnologia EPLAN: Pro Panel Professional adequado a qualquer
tem soluções para estes ferramenta de engenharia aplicação. O software permite definir o armá-
desafios: cibersegurança Ainda antes do almoço David Santos, orador rio elétrico ou de fluidos tal e qual como serão
(proteção de máquinas da M&M Engenharia Industrial, falou sobre construídos e com a disposição precisa de
ou sistemas contra EPLAN Pro Panel e EPLAN Smart Wiring. Na componentes, condutas de fios, calhas DIN,
acessos não autorizados, configuração de fluidos, Fluidplan vs EPLAN entre outros. Através do EPLAN Smart Wiring
manutenção remota Fluid, comparou as ferramentas CAD antigas é possível uma produção inteligente com res-
segura por VPN, router e atuais, utilizadas para documentação desta- postas imediatas sobre o seu estado, tendo
e firewall, inspeção cando as inovações. Explicou ainda como se tal sido demonstrado através de um exemplo
da integridade de ficheiros pode adequar as máquinas-ferramenta ao sof- prático.
em computadores tware EPLAN e quais as vantagens. O EPLAN Seguiu-se o almoço onde houve lugar a
de produção), Fluid Professional integra-se no fluxo de traba- muito convívio e troca de opiniões. Da parte
PROFICLOUD e PLC.NEXT.” lho mecânico através de vários passos e David da tarde decorreram as exposições de solu-
Santos explicou-os de forma pormenorizada. ções técnicas onde estavam integradas as
cloud neste novo modelo de produção uma No novo modelo de produção, a automa- várias novidades e inovações de cada mar-
vez que garante a normalização dos dados, a tização é o ponto-chave, e isso também foi ca. E este ano, o PLC também foi palco de
visualização dos mesmos, a conetividade, a destacado pelo especialista quando realçou workshops temáticos: a Rittal apresentou o
análise dos dados, os métodos de previsão e as novidades EPLAN como a integração com “Faster and Better in Your Hands: The Right
o Business Intelligence, entre outros. aplicações PDM/PLM (disponibilidade de da- Tool for Every Applications”, a Phoenix Con-
A automação também tem outros desa- dos sobre o processo durante o ciclo de vida tact destacou o “Planeamento, Marcações e
fios como o sistema aberto (Open Source), do produto), integração com eCI@ss e Auto- Mobilidade: do esquema elétrico às marca-
seguro (Data Security) e sem limites (Cloud mationML (memória do produto através dos ções industriais, em qualquer lugar e a qual-
Services). A Phoenix Contact tem soluções dados integrados ao longo do desenvolvi- quer hora”, e a M&M Engenharia Industrial
para estes desafios: cibersegurança (prote- mento e produção), suporte visual ao fluxo de deu relevância ao “EPLAN Fluid: Pneumática
ção de máquinas ou sistemas contra acessos trabalho (EPLAN Smart Wiring), e pré-certifi- e Hidráulica Simplificadas”.

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137 case-study

iluminação tecnologicamente
avançada necessita de um
comando e proteção à medida
Eng.º Bruno Serôdio
Product Marketing & Quality Manager da Hager

A iluminação representa uma parte crescente Os contactores Hager podem controlar circuitos de iluminação
da fatura energética, mais concretamente (lâmpadas fluorescentes, lâmpadas economizadoras de energia, LED)
nas aplicações terciárias (até 50%). que não excedam os seguintes valores:

Calibre do contactor Máx. corrente de pico Duração do impulso


Como consequência, as lâmpadas economizadoras de energia e de 16A + 600A 800μs
LED são cada vez mais utilizadas para diminuir este consumo. Por sua
25A + 600A 800μs
vez as luminárias utilizadas em lojas, em escritórios e na iluminação
geral ou decorativa são frequentemente projetadas com lâmpadas de 40A 1500A 250μs

LED e associadas a balastros eletrónicos que necessitam de uma cor- 63A 1500A 250μs
rente de arranque elevada para funcionar.
A escolha correta de um aparelho para efetuar a sua operação e Para lâmpadas com correntes de pico elevadas, pode ser também ne-
seccionamento é fundamental para um bom funcionamento da ins- cessário efetuar o comando ao condutor de neutro.
talação. No caso de utilização de contactores para comando de uma Cada fabricante pode estimar curvas de operação corrente de
instalação, significa definir a capacidade de um aparelho para seccio- pico/tempo para os seus contactores e definir uma zona de bom fun-
nar a corrente do recetor que deseja controlar, nas condições de uti- cionamento e zona de sobrecarga, para cada gama de produto:
lização estabelecidas e sem risco de sobreaquecimento ou desgaste
excessivo dos contactos.
Os sistemas de iluminação com balastros eletrónicos, lâmpadas
fluorescentes, lâmpadas economizadoras de energia e sobretudo
lâmpadas de LED necessitam de uma grande corrente de arranque
(inrush current) para o seu funcionamento, por forma a energizar os
retificadores e condensadores internos. Este valor de corrente pode
atingir, por exemplo, 100 vezes a corrente nominal. O valor desta cor-
rente de arranque e a sua duração é determinado pelo tipo e o núme-
ro de lâmpadas, pelas suas caraterísticas e pelo instante de conexão
com a onda de tensão do circuito.
No gráfico abaixo podemos verificar que o pico de intensidade
pode chegar aos 30 A e, posteriormente, quando a lâmpada atingir o
regime normal a corrente nominal é muito inferior: Gráfico com a corrente de arranque/tempo para contactores de 1 e 2 módulos de 16 A e 25 A.
Tensão (V)

Gráfico com a corrente de arranque/tempo para contactores 3 módulos de 40A e 63 A.

Os fabricantes mais conceituados de lâmpadas e balastros eletróni- Baseados nestas zonas e nas caraterísticas das luminárias a instalar
cos possuem e disponibilizam estes dados técnicos de valor e duração podemos garantir a segurança da instalação. No entanto, sempre que
da corrente de arranque. o valor de funcionamento estiver próximo da zona de sobrecarga de-
Para uma lâmpada de LED de 40 W o valor de corrente de arranque vemos limitar a carga em cada circuito. Ou seja, através das tabelas de
poderá atingir cerca de 30 A com uma duração de 250 μs. seleção de luminárias do fabricante e ao multiplicarmos pelo número

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de circuitos existentes, podemos limitar o número de lâm-
padas por cada circuito a comandar. Sempre que possível
podemos efetuar comandos escalonados das cargas e au-
tomaticamente reduzimos a corrente máxima de pico solici-
tada para cada circuito.
Um contactor que esteja em funcionamento próximo da
sua zona de sobrecarga irá gerar um maior aquecimento do
que numa zona de bom funcionamento com um baixo valor/
tempo, e assim para qualquer tipo de aplicação é necessário
prever sempre a instalação de intercalares de dissipação en-
tre contactores para garantir que a influência da temperatura
gerada por outro contactor não afeta o seu funcionamento.
Caso exista domótica a comandar os sistemas de ilu-
minação, uma boa prática é instalar módulos de saída On/
Off específicos para cargas capacitivas para fazer face, quer
a luminárias já existentes com um elevado valor de pico de
corrente, quer para prever futuras alterações do tipo de ilu-
minação no sistema.
Para além da escolha correta dos aparelhos de comando
dos circuitos de iluminação a escolha da proteção adequada
para estes circuitos é fundamental.
Quer para o seu comando ou quer para a sua proteção
qualquer redução do número global de manobras a efetuar, au-
menta a vida útil das luminárias alimentadas por estes circuitos.
Estas novas tecnologias utilizadas nos sistemas de ilu-
minação, como referido anteriormente, podem representar
um incremento da corrente de arranque do sistema e a sua
proteção poderá passar para disjuntores com curvas de
atuação tempo/corrente mais longas, mais concretamen-
te disjuntores em que a parte magnética atue apenas para
valores de 10 a 20 vezes a corrente nominal, denominados
como disjuntores com curva D, ao invés de disjuntores de
curva C ou B:

Sendo que estes novos tipos de sistemas de iluminação são


tecnologicamente mais evoluídos e têm na sua constituição
interna semi­‑condutores que originam que a forma de onda
de corrente esteja longe de ser uma pura sinusoidal, resul-
tando que a proteção diferencial adequada a estes circuitos
terá que ser sensível à componente contínua (tipo A) e ter
uma componente de Híper Imunização, ou seja, do tipo A/
HI ao invés da proteção mais utilizada do tipo AC que não
detetará integralmente este tipo correntes de defeito.

Hager – Sistemas Eléctricos Modulares, S.A.


Tel.: +351 214 458 450 · Fax: +351 214 458 454
www.hager.pt
139 informação técnico‑comercial

a domótica da ABB adiciona


valor às novas habitações
A solução ABB-Free@home
é o argumento-chave
de venda para
os construtores de novas
habitações na Polónia.

O imobiliário é um investimento que se tem


desenvolvido ao longo do tempo e, tal como
em qualquer outro lugar, os empresários na
Polónia pretendem investir adicionando valor
acrescentado aos seus projetos. Com o novo
sistema de domótica inteligente da ABB, o A ABB sugeriu a nova solução ABB­
ABB-Free@home, os proprietários podem não ‑Free@home, que permitiu a Piórkowski
só reduzir custos em energia como também combinar todas as funções de automatiza-
assegurar que o valor da sua casa será incre- ção de uma casa moderna num sistema fácil
mentado com a implementação de um siste- de utilizar e eficiente em termos de custos. A
ma de domótica com garantias de futuro. sua instalação não requer nenhum esforço
Para a empresa de construção Maciej acrescido, poupando tempo valioso durante
Piórkowski, a solução ABB-Free@home é a sua colocação em funcionamento. Decidiu
um argumento diferenciador no momento também utilizar produtos da ABB em toda a
da venda das suas habitações no complexo instalação elétrica como quadros elétricos,
residencial na zona suburbana de Zielonka. disjuntores, interruptores e todos os restan-
Trata-se de um novo projeto de habitação de- tes equipamentos necessários de calha DIN.
nominado Ossowska 85 que possui 24 casas res, aparelhagem de instalação e equipamen- Com uma integração perfeita no sistema de
multifamiliares rodeado de espaços verdes – tos baseados na tecnologia KNX. domótica ABB-Free@home, também o sis-
e a apenas 15 minutos da cidade de Varsóvia. Para o novo projeto habitacional de Osso- tema de vídeoporteiro ABB-Welcome M fez
Maciej Piórkowski é um empresário que wska 85, Piórkowski solicitou apoio à ABB. Já parte do projeto.
investe em projetos de habitação, e possui familiarizado com os produtos de qualidade “Quando ouvi falar pela primeira vez na
também uma pequena empresa de instala- e tecnologia avançada da ABB, procurava um solução ABB­‑Free@home soube que era exa-
ções elétricas. É com esta empresa que Pió- argumento diferenciador de venda que acres- tamente o que precisava”, disse Maciej Pió-
rkowski tem uma relação de longo prazo com centasse valor ao seu projeto habitacional rkowski.
a ABB, adquirindo vários produtos da gama sem que honorasse significativamente o va- “O ABB-Free@home oferece-me uma so-
de Baixa Tensão como disjuntores modula- lor final da habitação. lução moderna de domótica eficiente em ter-

“O imobiliário
é um investimento que
se tem desenvolvido
ao longo do tempo
e, tal como em qualquer
outro lugar, os empresários
na Polónia pretendem
investir adicionando valor
acrescentado aos seus
projetos. Com o novo sistema
de domótica inteligente
da ABB, o ABB-Free@home,
os proprietários podem não
só reduzir custos em energia
como também assegurar
que o valor da sua casa
será incrementado
com a implementação
de um sistema de domótica
com garantias de futuro.”
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“Quando ouvi falar pela primeira vez
na solução ABB­‑Free@home soube
que era exatamente o que precisava”,
disse Maciej Piórkowski.
“O ABB-Free@home oferece-me
uma solução moderna de domótica
eficiente em termos de custos que
posso promover como uma maior­
‑valia importante das habitações.“

mos de custos que posso promover como uma maior-valia


importante das habitações.“
Com a solução ABB-Free@home, o instalador e o pro-
prietário podem agora satisfazer as suas exigências sem
grande esforço e os novos clientes podem ser aliciados gra-
ças aos benefícios oferecidos pelo sistema.
• Design inovador e moderno;
• Programação fácil e rápida;
• Opções de instalação flexíveis de acordo com as neces-
sidades específicas;
• Solução competitiva.

“Estou realmente impressionado com a rapidez de insta-


lação da solução ABB-Free@home. É definitivamente um
impulsionador do meu negócio porque posso direcioná-lo
para um grupo-alvo onde cada euro conta”, disse Maciej
Piórkowski. Atualmente, a domótica afeta-nos a vida diária.
Os computadores, os smartphones, os tablets, a Internet das
Coisas (IoT) abriram o caminho. As oportunidades de negó-
cio estão a crescer.
A eficiência energética é um fator muito importante que
não está a deixar ninguém indiferente. E aqui a solução ABB­
‑Free@home oferece enormes oportunidades para se con-
seguir um maior sucesso.
Cada vez mais investidores e construtores imobiliários
necessitam de uma domótica simples, de última geração
e com garantias de futuro. Até agora, domótica significava
uma complexidade enorme para os instaladores de eletrici-
dade ou mesmo uma tarefa só para especialistas.
Com a solução ABB-Free@home, as necessidades dos
clientes podem agora ser satisfeitas sem grande esforço e
os novos clientes podem ser aliciados graças aos benefícios
oferecidos pelo sistema.

ABB, S.A.
Tel.: +351 214 256 000 · Fax: +351 214 256 390
marketing.abb@pt.abb.com · www.abb.pt
141 informação técnico‑comercial

igus® define o caminho para


o futuro: maior rapidez
através de inovações digitais
A empresa especializada
em plásticos para aplicações
com movimento aumenta
o seu volume de vendas
em 18%.

A igus® conseguiu aumentar significativa-


mente o seu volume de vendas no ano passa-
do: um aumento de 18% para um total de 552
milhões de euros. Cada vez mais empresas
em todo o mundo confiam nas soluções com
plásticos para aplicações com movimento,
visto estas diminuírem os custos e aumenta-
rem a duração de vida útil. Para os clientes
receberem ainda mais facilmente os seus
produtos de motion plastics personalizados Desde casquilhos deslizantes, isentos de lubrificação, a sistemas complexos e personalizados de calhas articuladas com
e em qualquer parte do mundo, a igus® tem mais de 500 componentes individuais, o objetivo da igus ® é, nos próximos três anos, colocar em funcionamento o processo
investido significativamente na digitalização automático desde a configuração online à produção digital e entrega para todas as suas gamas de produtos. Desta forma,
e numa rede inteligente de produtos, nos ser- o cliente recebe os seus motion plastics personalizados de forma ainda mais fácil, fiável e rápida. (Fonte: igus ® GmbH)
viços e na logística.
Em 2015, com os seus motion plastics,
a igus® atingiu um volume de vendas de 552 componentes individuais. Cada um dos 7000 Para além dos investimentos na infraes-
milhões de euros, um aumento de 18% relati- pedidos diários é diferente do outro. Isto é trutura digital, a igus ® tem ainda a capaci-
vamente ao ano anterior. Do volume total de um desafio complexo, sobretudo, porque a dade para efetuar cálculos e configurações,
vendas, 55% tiveram origem na Europa, 27% igus® envia as suas encomendas muito rapi- apresentar propostas, encomendar e enviar
na Ásia e 18% na América e África. O motivo damente (a partir de 24 horas após a receção os produtos muito rapidamente e tudo isto
está no facto dos plásticos de alto desempe- da encomenda). até pode ser feito diretamente na empresa
nho para aplicações com movimento con- do cliente. Para isso, os técnicos no cam-
tinuarem a ter uma grande procura a nível po fazem uso de tablets e de software de
mundial. Facilidade em pesquisar engenharia da própria empresa. Além disso,
As calhas articuladas, os cabos elétricos e configurar online os clientes têm também à sua disposição
e os polímeros autolubrificados continuam No último ano, a igus® investiu fortemente em equipas especializadas em 16 diferentes
a dar a garantia de crescimento, mas outras produtos novos, nos serviços e na logística e gamas de produtos, bem como técnicos es-
áreas relativamente recentes, como os ro- tem a intenção de continuar neste caminho pecializados em 13 áreas industriais, des-
lamentos plásticos de esferas e a automa- em 2017. A todos os níveis, a expansão dos de a indústria automóvel, pórticos e gruas
ção lowcost, estão a ganhar cada vez mais processos digitais tem uma importância cru- à agricultura e indústria alimentar. No total
importância. “Começou a era dos plásticos cial. “No futuro um produto só é um produto o número de colaboradores aumentou 9%
para movimento”, refere Frank Blase, CEO igus® se puder ser configurado e calculado para 2950 colaboradores, tendo aumenta-
da igus ® GmbH. “Os motion plastics são online e a partir do momento em que toda do particularmente os técnicos comerciais
isentos de lubrificação e de corrosão, pra- a cadeia de processos esteja automatizada em 17% para o aconselhamento e o acom-
ticamente isentos de manutenção e provam e funcione com apoio digital, desde o pro- panhamento personalizado dos clientes no
a sua aptidão em cada vez mais aplicações, cessamento da encomenda e produção até local.
graças ao seu reduzido peso, elevada dura- ao serviço de instalação e apoio ao cliente”,
ção de vida útil e eficiência energética, em assim descreve Frank Blase o seu plano. Já
comparação com as soluções tradicionais foram tomadas algumas medidas nesta dire- Logística: encomenda
com metais.” ção: atualmente os clientes já tem acesso a rápida, entrega rápida
Os mais de 100 000 produtos de motion mais de 30 ferramentas gratuitas online para De forma a garantir um fornecimento rápido
plastics podem ter um único componente a configuração e o cálculo, bem como 16 e personalizado, a igus® expandiu significa-
como acontece com a maioria dos casqui- aplicações móveis. Na base destas medidas tivamente as suas capacidades mundiais
lhos autolubrificados ou incluir módulos estão os dados obtidos no maior laboratório de produção e armazenamento na América
personalizados como, por exemplo, um sis- de testes do ramo, que também foi agora am- do Norte, Ásia e Europa. Assim, através de
tema de calha articulada com 500 ou mais pliado para 2750 m². 14 centros de armazenamento e montagem/

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informação técnico‑comercial 142

instalação espalhados pelo mundo, o cliente permite configurar e encomendar facilmente, dutos. A ferramenta online está disponível a
recebe os seus produtos exatamente como componentes robóticos modulares em kits nível internacional, podendo qualquer pessoa
precisa para a sua aplicação: componentes para construir. Desta forma, os fabricantes no mundo receber as suas peças altamente
individuais ou como um sistema completo e, de robots e fabricantes de máquinas podem resistentes ao desgaste de forma mais rápi-
a pedido, até com instalação chave-na-mão. construir braços robóticos económicos para da e económica. Para isso foram equipadas
Enviamos, diariamente, aos clientes cerca de automatizar tarefas simples na produção. doze filiais com impressoras 3D no ano pas-
20 000 diferentes variantes e configurações Na Feira de Hannover a igus® apresentou um sado. Este foi o primeiro passo, como destaca
dos produtos. exemplar de um robot completo de 6 eixos Frank Blase. “O nosso objetivo é claro: colocar
com os inovadores redutores em plástico. em funcionamento nos próximos três anos
um processo automático, desde a configura-
A digitalização impulsiona ção online até à produção digital, de todas as
o desenvolvimento de Impressão 3D: inovação gamas de produtos. É um caminho difícil, vis-
produtos na produção, serviço e na to que não existem soluções prontas, por isso
Para além da assistência e da logística, a era logística normalmente é necessário que sejamos nós
digital permite novas abordagens ao desen- A impressão 3D da igus® é um bom exemplo próprios a desenvolver a solução. Já estamos
volvimento de produtos. Graças à sua intera- de como a era digital pode criar inúmeras muito avançados e sabemos que é possível.”
ção em rede, os smart plastics apresentados vantagens para os clientes. Os fabricantes Através desta forma aperfeiçoada de produ-
na Feira de Hannover aumentam a disponi- podem fazer agora peças especiais e peque- ção individual em massa, os clientes de todo
bilidade dos equipamentos dos clientes. Os nas séries de forma económica, isentas de o mundo poderão obter qualquer produto de
cabos inteligentes, as calhas articuladas e lubrificação e manutenção em seis diferentes motion plastics de forma ainda mais rápida,
as guias lineares monitorizam, durante o seu filamentos tribológicos e um material SLS da mais fiável, reduzindo amplamente o tempo
funcionamento, o seu estado e abrem novas igus® para protótipos. despendido e com a garantia de uma maior
opções para a manutenção preventiva. As- Graças à nova página online do serviço de duração de vida útil.
sim, o utilizador não é surpreendido por uma impressão 3D da igus®, os clientes podem en-
avaria durante o funcionamento, podendo comendar as suas peças impressas em plás-
planear antecipadamente uma substituição. tico de forma ainda mais fácil. Com apenas igus®, Lda.
Também na área da automação lowcost, a alguns cliques é possível carregar ficheiros Tel.: +351 226 109 000 · Fax: +351 228 328 321
digitalização cria um mundo de novas pos- CAD, selecionar o material adequado, visuali- info@igus.pt · www.igus.pt
sibilidades. O configurador online robolink D zar preços e encomendar diretamente os pro- /IgusPortugal

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143 informação técnico‑comercial

EPLAN Education Campus:


licença de rede gratuita
até 300 alunos
EPLAN Education,
o conceito de formação
para escolas e universidades,
inclui soluções de software
nas áreas da engenharia
elétrica, de transmissão
de energia por fluidos,
de instrumentação,
controlo e automação (ICA)
e de armários de controlo.

Anteriormente limitado a 25 utilizadores, o


EPLAN Education possui agora uma licença Anteriormente limitado a 25 utilizadores, o EPLAN Education possui agora uma licença de rede expandida até 300 utilizadores: o
de rede gratuita expandida até 300 utilizado- EPLAN Education Campus.
res, na sequência da aquisição do Contrato
de Suporte e Atualização (CSA): o EPLAN
Education Campus. A licença é disponibili- conhecimentos com as avançadas soluções “Pouco tempo depois
zada num servidor central e pode ser usada de engenharia EPLAN. A formação prática do lançamento
em várias instituições do mesmo campus. proporcionada pelo EPLAN Education está a da Plataforma EPLAN
Isto proporciona aos estabelecimentos de tornar-se cada vez mais importante na Ásia e 2.6, está também agora
ensino de todo o mundo a oportunidade de na área circundante. Na Malásia, por exemplo, disponível um novo
oferecer uma formação completa sobre o a prevalência da EPLAN continua a crescer, software EPLAN na área
software. assim como a necessidade de mão-de-obra do ensino. O EPLAN
Pouco tempo depois do lançamento da competente e qualificada. O EPLAN Education Education Campus fornece
Plataforma EPLAN 2.6, está também ago- é essencial no que se refere a proporcionar uma licença de rede
ra disponível um novo software EPLAN na aos futuros engenheiros do país a preparação para 300 utilizadores
área do ensino. O EPLAN Education Cam- ideal para o mercado de trabalho. e três professores.
pus fornece uma licença de rede para 300 A formação para
utilizadores e três professores. A formação professores e a assistência
para professores e a assistência abrangente O conceito de formação abrangente disponibilizada
disponibilizada pela equipa de especialis- O EPLAN Education impressiona com um pela equipa de especialistas
tas EPLAN facilita a integração do pacote incrível vasto leque de funções numa ampla EPLAN facilita a integração
EPLAN Education Campus nos programas variedade de disciplinas e dados comple- do pacote EPLAN Education
de ensino. Desenvolvido para escolas e uni- tamente integrados. Os professores podem Campus nos programas
versidades, este conceito de formação inclui apoiar-se em planos de aulas estruturados, de ensino.“
soluções de software para as áreas da en- trabalhos práticos relevantes, fichas para
genharia elétrica, de transmissão de energia os alunos e em questões exemplificativas
por fluidos, de instrumentação, controlo e de exames, com respostas incluídas. Além Conclusão
automação (ICA) e de armários de con- disso, os alunos e formandos do programa O Eplan Education Campus permite às uni-
trolo com base na Plataforma EPLAN 2.6. EPLAN recebem uma licença de transferên- versidades colmatar a lacuna entre a apren-
Também inclui uma utilização completa do cia sem qualquer tipo de encargos que pode- dizagem teórica e a engenharia prática, pro-
EPLAN Data Portal, que atualmente conta rão utilizar durante todo o período da sua for- porcionando aos jovens profissionais uma
com mais de meio milhão de dados de pe- mação. A duração da licença foi aumentada formação sólida aliada a uma importante
ças de conceituados fabricantes de compo- para três anos e também pode ser usada em componente prática. Obtenha mais informa-
nentes e ainda com 1,2 milhões de variantes casa para fazer trabalhos, tutoriais e traba- ções em www.eplan.pt (Soluções – Vista Ge-
através de configuração. lhos finais. O design integrado de máquina e ral de Produtos – EPLAN Education).
Este conceito teve uma receção impres- instalação de produção proporciona aos alu-
sionante: mais de 1000 instituições a nível nos a melhor preparação possível para inicia-
mundial estão a utilizar o EPLAN Education. rem as suas carreiras de engenharia. Conti- M&M Engenharia Industrial, Lda.
No que diz respeito apenas a instituições de nua disponível a licença EPLAN Education for Tel.: +351 229 351 336 · Fax: +351 229 351 338
ensino superior, alunos de 310 universidades Classroom, destinada a escolas profissionais, info@mm-engenharia.pt · info@eplan.pt
de todo o mundo estão a aumentar os seus até 25 utilizadores. www.mm-engenharia.pt · www.eplan.pt

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145 informação técnico‑comercial

Steinel parceiro KNX


em detetores de presença
e outros sistemas
A Steinel é o único fabricante agem aos movimentos na zona selecionada: perto da porta dianteira todas as ligações
de detetores que consegue ligam a luz quando detetam o movimento, comutáveis​​, iluminação ou placas quen-
englobar as 4 tecnologias da assim que o limiar da luz ambiente fica abai- tes serão desligados; caso regresse a
deteção: infravermelhos + xo do pré-estabelecido. Após ter decorrido casa mais cedo pode aumentar a tempe-
alta frequência + ultrassónica o tempo pré-selecionado a luz desliga-se. O ratura ambiente através de um telefone-
e sensor câmara com KNX. seu uso é recomendado para a deteção de ma;
objetos ao ar livre ou em áreas de circulação. • Eficiência económica: economia da ener-
gia; consumo energético visível com KNX
(medição);
Automatização de edificios • Segurança: simulação de ocupação
com KNX (modo de férias); alarmes (arrombamen-
A interface KNX é capaz de controlar: dete- to, incêndio, entre outros); a tecla de pâ-
ção de presença, iluminação (até 4 cenários História: nico com mensagem através do telefone
diferentes), aquecimento, ventilação e clima- • Integração de diversos sistemas; tal como todas as luzes dentro e fora da
tização. A precisão e a funcionalidade dos • Instalação Europeia BUS; casa ligam-se enviando um alarme para
detetores STEINEL levam a ideia da automa- • Principal sistema da Europa; a empresa de segurança;
tização de edifícios KNX até à perfeição. • Clube Internacional BatiBUS. • À prova das mudanças futuras: flexibi-
Os detetores STEINEL fornecem mais lidade (uma fácil expansão ou nova pro-
funções do que os outros detetores e dis- Porquê o sistema BUS? gramação); o aumento do valor do imóvel;
põem de saídas HVAC e de presença adicio- • Aumentar as exigências da infraestrutura independente dos fabricantes; mais de
nais para tornar o sistema global ainda mais técnica nos edifícios; 20 anos de experiência; um idioma para
eficiente. Todas as configurações para os de- • Utilização eficiente da energia; todos os componentes; espetro comple-
tetores Steinel também são muito fáceis de • Conforto avançado; to de tecnologia construtiva; certificação
alterar por BUS. • Questões de segurança; para a interoperabilidade dos produtos de
Em resumo: optando por detetores Steinel • Mais zonas de utilização dos componen- diversos fabricantes; maior quota de mer-
com interface KNX, está a afirmar a decisão tes: cado no âmbito dos sistemas BUS; mui-
correta em termos de um edifício e garantin- › Controlo e monitorização inteligente tos membros, sócios e parceiros científi-
do no futuro a sua atratividade a longo prazo. de todos os produtos instalados, cos; densa rede educacional.
Os detetores de presença respondem aos › Evitar as aplicações isoladas,
movimentos mais ínfimos utilizando tecnolo- • Para instalações comuns é necessário Aplicações:
gia de alta resolução, tecnologia de sensor de uma maior quantidade de cablagem; • Gestão da gama completa de automati-
precisão. Isto é importante no interior, parti- › aumento da planificação e da procura zação de edifícios;
cularmente em conjunção com atividades da instalação; • Controlo e monitorização dos sistemas
sedentárias (escritórios, salas de aula, entre › aumento do risco de incêndio; de edifícios inteligentes;
outros), bem como para as tarefas de ilumi- › aumento dos custos. • Aumento da eficiência, conforto e segu-
nação específicas, como em academias, sa- rança;
las, corredores e áreas de armazenamento de Porquê o KNX? • Desde casas particulares a edifícios co-
mudança. Os sensores de luminosidade per- • Menores custos de operação, poupança merciais;
mitem medir continuamente a luz ambiente e de energia elevada: controle de tempo, • Desde hotéis aos edifícios industriais;
constantemente compará-la com o nível pré- detetores de presença e outros sensores • Desde iluminação em cidades a universi-
selecionado. A luz será acionada depois da para controlar diferentes operações de dades;
luz ambiente cair abaixo de um determinado edifício; • Desde aeroportos a centros comerciais.
limiar, enquanto as pessoas estiverem pre- • Poupança do tempo: Planeamento de um
sentes. Se estiver suficientemente brilhante, único sistema de bus em relação a vários
a luz desliga-se automaticamente, mesmo sistemas próprios, economizando na pla-
se as pessoas estiverem na sala. As zonas de nificação e no tempo de instalação/Um
deteção dos nossos detetores de presença IR software para a configuração (ETS);
Lighting Blinds & Security Energy HVAC
não são redondas mas quadradas, e isto não • Flexibilidade: Fáceis ajustes para novas Shutters Systems Management Systems

só é muito mais prático como também é uma aplicações/Sem problemas na expansão


melhor ferramenta para planear - não há so- da instalação;
breposições nem áreas omitidas. • Conforto: Controlo eletrónico de toda a Monitoring Remote Metering Audio/Video White

Os detetores de movimento reagem aos casa via painel tátil - rodando a chave da Systems control Control Goods

movimentos de caminhada. Os detetores re- porta dianteira ou pressionando um botão

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informação técnico‑comercial 146

Meios de comunicação: deteção quadrática numa área de 49 m2,


• Cabo entrançado (KNX é transferido por com um sistema sensórico composto por
um cabo BUS de 2 fios separados com 13 níveis de deteção e 1760 zonas de co-
uma estrutura hierárquica com linhas e mutação. Altura de instalação de 2,5 – 8
áreas); metros.
• Rede elétrica (KNX é transferido pela rede
elétrica existente);
• Rádio (KNX é transferido por radiotrans-
missão. Os dispositivos podem funcionar • DualTech KNX – detetor de presença com
unidirecionais ou bidirecionais); um sensor de dupla tecnologia: ultrassó-
• IP/Ethernet (a ampla propagação de nica + infravermelhos. Ângulo de deteção
meios de comunicação podem ser utiliza- 360º com um alcance de 10 metros, ins-
dos com a especificação KNX net/IP que talação 2,5 – 3,5 metros.
permite encapsulamento ou encaminha-
mento de comandos KNX integrados nos • HF 360 KNX – detetor de presença com
quadros IP). um sensor de alta frequência, com um
ângulo de deteção de 360º atravessando
Produtos KNX da Steinel, funções vidro, madeira e paredes leves, com um
e caraterísticas alcance de 8 metros por diâmetro, com
um sistema sensórico de alta frequência
Detetor de Presença Humana: de 5,8 GHz. Altura de instalação 2,5 – 3,5
metros.
• Dual US KNX – detetor de presença com
um sensor ultrassónico para corredores
em ambos os lados. Ângulo de deteção
360º com uma área de deteção 3 x 20
metros, instalação 2,5 – 3,5 metros.

• Dual HF KNX – detetor de presença com


• HPD2 KNX – detetor que deteta e faz a um sensor de alta frequência, com um ân-
contagem das pessoas. O único sensor gulo de deteção 360º atravessando vidro,
com câmara deste género no mundo. madeira e paredes leves, com um alcance
Mede a temperatura e humidade. Sistema de 10 x 3 metros em cada sentido, com
avançado integrado de reconhecimento um sistema sensórico de alta frequência
de imagem em tempo real. Ângulo de de- de 5,8 GHz. Detetor ideal para corredores. • Single US KNX – detetor de presença com
teção de 110º com alcance de 15 metros. Altura de instalação de 3,5 metros. um sensor ultrassónico para corredores
num lado. Ângulo de deteção 360º com
Detetores de Presença: uma área de deteção 3 x 10 metros, insta-
lação 2,5 – 3,5 metros.

• IR Quattro SLIM KNX – detetor de pre-


sença com um sensor de infravermelhos,
• IR Quattro HD KNX – detetor de presen- com uma deteção quadrática numa área
ça com um sensor infravermelhos, com de 16 m2, um detetor ultra fino, quase im-
4 piro sensores com uma deteção de percetível aplicado no teto. • US 360 KNX – detetor de presença com
quadrática numa área de 400 m2, com um um sensor ultrassónico. Ângulo de dete-
sistema sensórico composto por 13 níveis ção 360º com área de deteção de 10 me-
de deteção e 4800 zonas de comutação. tros, instalação 2,5 – 3,5 metros.
Altura de instalação de 2,5 - 10 metros;

• IR Quattro SLIM XS KNX – detetor de pre-


sença com um sensor de infravermelhos, • IR 180 KNX – interruptor de presença
com uma deteção quadrática numa área com um sensor de infravermelhos. Ângu-
• IR Quattro KNX – detetor de presença de 16 m2, um detetor ultra fino, quase im- lo de 180º com um alcance de 20 metros.
com um sensor infravermelhos, com uma percetível, aplicado no teto. Instalação em parede.

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147 informação técnico‑comercial

um ângulo de deteção 360º com um al-


cance de 20 metros. Instalação a uma
altura de 2,5 – 4 metros. Grau de prote-
ção IP54. Disponível em formato redondo
saliente e de embutir e formato quadrado
saliente e de embutir.
• HF 180 KNX – interruptor de presença • iHF 3D KNX – detetor de movimento/
com um sensor de alta frequência. Ângu- presença com um sensor de alta frequên-
lo de 180º com alcance de 1 - 8 metros. cia inteligente, com um ângulo de dete-
Instalação em parede. ção 160º com um alcance 1 – 7 metros
(3 zonas reguláveis). Permite ligar a luz
onde ela é mesmo necessária. Distingue • IS 3360 MX Highbay KNX – detetor de
movimentos humanos de arbustos, de movimento com sensor de infraverme-
pequenos animais e da chuva. lhos, com ângulo de deteção 360º com
alcance 18 metros. Instalação a uma al-
tura de 4 – 14 metros. Grau de proteção
IP54. Disponível em formato saliente e de
embutir.

Detetores de Movimento/Presença:
• SensIQ S KNX – detetor de movimento/
presença por infravermelhos, com um ân- • Light Sensor Dual KNX – interruptor cre-
gulo de deteção 300º, com um alcance de puscular com um sensor de tecnologia
2 – 20 metros ajustável em três direções, foto díodo. Ideal para iluminar ponto de • IS 345 MX Highbay KNX – detetor de mo-
com um sistema sensórico composto por luz. Iluminação difusa. vimento com um sensor de infraverme-
4 sensores, 6 níveis de deteção e 1360 zo- lhos, com um ângulo de deteção, corre-
nas de comutação. dores com 90º de abertura com alcance
30 x 4 metros. Instalação a uma altura
de 4 – 14 metros. Grau de proteção IP54.
Disponível em formato quadrado saliente
e embutir.
• IS 3180 KNX – detetor de movimento com
um sensor de infravermelhos, com um
ângulo de 180º, com abertura de 90º com
alcance de 8 – 20 metros ou 4 - 8 metros,
classe de proteção IP54.
• SensiQ KNX – detetor de movimento/pre- • IS 345 KNX – detetor de movimento com
sença com um sensor de infravermelhos, um sensor de infravermelhos, com um
com um ângulo de deteção 300º, com um ângulo de deteção 51º com um ângulo de
alcance de 2 – 20 metros ajustável em abertura de 9º - corredores, com um al-
três direções, com um sistema sensórico cance de 30 x 4 metros. Instalação a uma
composto por 4 sensores, 6 níveis de de- • IS 3360 KNX – detetor de movimento altura de 2,5 – 5 metros. Grau de prote-
teção e 1360 zonas de comutação. com um sensor de infravermelhos, com ção IP54. Disponível em formato redondo
saliente e de embutir e formato quadrado
saliente e de embutir.

• HF 3360 KNX – detetor de movimento


com um sensor de alta frequência, com
um ângulo de deteção 360º com um al-
cance de 1 – 8 metros. Instalação a uma
altura de 2 – 2,8 metros. Grau de prote-
ção IP54. Disponível em formato redondo
saliente e de embutir e formato quadrado
saliente e de embutir.

Pronodis – Soluções Tecnológicas, Lda.


Tel.: +351 234 484 031 · Fax: +351 234 484 033
pronodis@pronodis.pt · www.pronodis.pt
/pronodissolucoestecnologicas.pronodis

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149 informação técnico‑comercial

parceiro estratégico

Laboratório Compatibilidade
• Com a recente aquisição de equipamentos de alta tecnologia, nomeadamente, Goniofoto- eletromagnética
meter(1) e SpectroRadiometer(2), estamos em condições de efetuar estudos luminotécni- No fabrico das nossas fontes de alimen-
cos, no que diz respeito a todo o tipo de iluminação LED ou convencional assim como dos tação possuímos um laboratório de testes
espaços a iluminar; para a certificação da “Compatibilidade
• Emissão de Ficheiros IES e LDT que permitem visualizar e simular o comportamento de Eletromagnética” (EMC) e “Interferência
uma lâmpada em ambiente virtual da mesma forma de como se comportará no ambiente Eletromagnética” (EMI).
real;
• Proporcionamos aos nossos clientes todas as informações técnicas necessárias na toma-
da de decisões.

Figura 1. Goniophotometer.

O sistema de Gestão
“SmartLi” surgiu
com o objetivo
de oferecer uma
plataforma de
gestão e controlo da
iluminação de forma
eficiente e dinâmica,
no sentido de
reduzir os consumos
de energia e
consequentemente
as emissões de CO2,
a um custo
reduzido.
Figura 2. SpectroRadiometer.

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informação técnico‑comercial 150

Segurança alimentar
Tendo em consideração o cumprimento de “Certification of Food Safe Equipment, Mate-
rials and Services”, o policarbonato (lente) que utilizamos no fabrico das nossas lâmpa-
das (Tubo Led T5, Tubo Led T8 e Barra Linear Led) cumpre com a segurança alimentar.
Objetivos fundamentais para quem se questiona se devem usar ou não LEDs.

Qual o Seu objetivo?


• Poupança Energia!
• Poupança Euros!
• Poupança nos custos de manutenção!
• Melhor qualidade na iluminação!
• Durabilidade!
• Resistência a impactos!
• Ser Ecológico!

• Avaliação das instalações e diagnóstico


É precisamente nesta objetividade onde a TecIT pode ser o energético;
seu parceiro ideal • Avaliação do sistema de iluminação artifi-
• Estrutura interna de I&D + Inovação, que facilita a investigação e o desenvolvimento autóno- cial e equipamentos instalados;
mo, potência a otimização de processos e de tecnologias e a conceção de novos produtos • Calcular a possível poupança anual de
e negócios; energia decorrente da aplicação das me-
• Desenvolvimento de novos conceitos de iluminação; didas preconizadas;
• Criação de equipamentos de iluminação LED (Luminárias/Lâmpadas), à medida das neces- • Estimar o custo de implementação das
sidades de cada projeto; medidas;
• Modificação/alteração para tecnologia LED dos equipamentos existentes; • Avaliar o tempo de retorno (payback).
• Incorporar o desempenho do LED, temperatura ambiente, tipo de PCB e dimensão do dissi-
pador de calor;
• Facilitar a acelerar o processo de decisões no projeto de engenharia. Gestão da iluminação
• Determinar o número mínimo de LEDs e a corrente ideal para satisfazer os requisitos do “SmartLi”
bom desempenho do sistema; A evolução da tecnologia disruptiva LED tem
• Avaliação e comparação dos níveis de luz LED em “ambiente real”, em condições de funcio- sido avassaladora, com ações de substitui-
namento; ção/retrofit da iluminação, que proporcionam
• Incorporar o desempenho do LED, temperatura ambiente, tipo de PCB e dimensão do dissi- enormes poupanças de energia elétrica.
pador de calor; No nosso ponto de vista, estas poupan-
• Efetuar o diagnóstico energético e indicar as oportunidades de racionalização de energia. ças podem ser ainda superiores quando te-
mos a possibilidade de poder Gerir Inteligen-
temente cada ponto de luz.
Linhas mestras de análise e objetivos do Diagnóstico A eficiência energética não é somente
Energético a poupança de energia, é também a forma
• Custo da energia elétrica €/kWh; como e quando utilizamos a energia.
• Recolha de informação quanto à implementação da iluminação existente; Com o conceito “Adaptive Light” o uso da
• Avaliação da aplicabilidade de soluções energicamente mais eficientes; intensidade luminosa artificial adapta-se no
momento e às necessidades do local.
O sistema de Gestão “SmartLi” surgiu
com o objetivo de oferecer uma platafor-
ma de gestão e controlo da iluminação de
forma eficiente e dinâmica, no sentido de
reduzir os consumos de energia e conse-
quentemente as emissões de CO 2 , a um
custo reduzido.
Em determinados períodos, o sistema de
gestão “SmartLi” tem a capacidade de pa-
rametrização para índices de luminosidades
apropriados ao momento, atribuindo uma
percentagem de luminosidade pretendida
(exemplo 50%) com o movimento ou altera-
ção da luminosidade natural passa para uma
outra percentagem (100% ou outro valor pré-
definido).

TecIT – Tecnologia, Inteligência e Domótica, S.A.


Tel.: +351 229 999 230 · Fax: +351 229 999 249
comercial@tecit.pt · www.tecit.pt

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HENSEL: quadros
de distribuição estanques KV
Quadros para equipamento entradas e à secção identificada na legenda.
de corte e proteção. A gama vai de 3 a 54 módulos e está disponí-
Entrada de cabos através vel com 2 índices de proteção diferentes (IP54
de membranas elásticas ou IP65). Para além disso existe a opção de
integradas, entradas fornecimento com ou sem ligador incluído..
métricas pré-marcadas
ou entrada de cabos
para tubos através
de membranas elásticas.

Distribuição das entradas


dos cabos nos quadros
de distribuição
As entradas dos cabos nos quadros de dis-
tribuição estão assinaladas e identificadas • Tecnologia de ligadores plug-in FIXCON-
através de números (exemplo: Entrada tipo 1). NECT® para T/N;
Cada número corresponde à quantidade de • Ligação para condutores de cobre;

Entradas com membranas elásticas Entradas métricas pré-marcadas Entrada de cabos para tubos com
membranas elásticas
Entrada tipo 1 Entrada tipo 7 Entrada tipo 15 Entrada tipo 22
3 x ø 7-16 mm 1 x M 20 4 x M 20/25 8 x Ø M 16/20
1 x M 25/32 para tubo ou cabo
Ø 9-14 mm
1 x M 25/32 para
tubo ou cabo
Ø 18-24 mm, 6 x Ø
9-18 mm
Entrada tipo 2 Entrada tipo 8 Entrada tipo 16 Entrada tipo 23
4 x ø 7-16 mm 3 x M 16 2 x M 20 8 x Ø M 16/20
1 x ø 10-20 mm 2 x M 25 para tubo ou cabo
1 x M 32/40 Ø 9-14 mm,
1 x M 25/32 para
tubo ou cabo
Ø 18-24 mm, 6 x Ø
9-18 mm,
8 x M 20
Entrada tipo 3 Entrada tipo 9 Entrada tipo 17
4 x ø 7-16 mm 2 x M 20 4 x M 20
2 x ø 10-20 mm 2 x M 20/25
1 x ø 10-24 mm 1 x M 32
Entrada tipo 4 Entrada tipo 10 Entrada tipo 18
8 x ø 7-16 mm 2 x M 20 12 x M 20
2 x ø 10-20 mm 1 x M 20/32 2 x M 20/25
1 x ø 10-24 mm 1 x M 32
Entrada tipo 5 Entrada tipo 11 Entrada tipo 19
8 x ø 7-12 mm 2 x M 20 4 x M 20
8 x ø 7-14 mm 1 x M 20/32 2 x M 25/32
4 x ø 12-20 mm 1 x M 32/40
1 x ø 16,5-29 mm
Entrada tipo 6 Entrada tipo 12 Entrada tipo 20
8 x ø 7-12 mm 4 x M 20 6 x M 20
8 x ø 7-14 mm 1 x M 20/32 2 x M 25/32
4 x ø 12-20 mm 1 x M 32/40
1 x ø 16,5-29 mm
8 x ø M 20
Entrada tipo 13 Entrada tipo 21
2 x M 20 2 x AVS 16/
1 x M 25/32 EVS 16
Entrada tipo 14
2 x M 20/25
1 x M 25/32

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• 12 a 54 módulos fornecidos com máscaras para ocultar
módulos não utilizados;
• 3 a 9 módulos com máscaras integradas que podem ser
recortadas;

• Resistência ao fogo: teste de fio incandescente confor-


me a Norma IEC 60695-2-11: 750º C, retardador de cha-
ma, auto-extinguível;

• Quadros de distribuição KV com o máximo de 4 bornes


de neutro seccionáveis, independentes ou juntos. Deste
modo é possível instalar vários disjuntores diferenciais,
usando apenas um ligador de neutro;

• Compartimento integrado para acessórios;


• Parafusos em aço inoxidável V2A;

• Entrada de cabos através de membranas elásticas


integradas.

TEV2 – Distribuição de Material Eléctrico, Lda.


Tel.: +351 229 478 170 · Fax: +351 229 485 164
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153 formação

remodelações e reabilitações
de instalações elétricas
2.a parte
Hilário Dias Nogueira (Eng.º)

• Derivações a partir da rede aérea Segundo as RTIEBT as secções dos condutores usadas nos diferentes
troços das instalações coletivas e entradas, assim como nas instalações
individuais não devem exceder os seguintes valores de queda de tensão:

• 1,5% – Troço das instalações entre ligadores de saída da porti-


nhola e a origem da instalação elétrica (utilização), no caso das
instalações individuais.
• 0,5% – Para o troço ligado a uma coluna principal ou derivada, a
partir de uma caixa de coluna, caso dos edifícios em instalações
coletivas.
• 1% – Para o troço correspondente à coluna no caso dos edifícios
em instalações coletivas.

Quadro 1.

J - ferragem de amarração; A - Caixa de contador; B - Portinhola; C - Corrente Cabos de entrada Capacidade de


Fusíveis
Tubo VD 40 mm Ф; D- Tubo VD 20 para fixação da ferragem; E- Pilar Desig- nominal usados nos ramais ligação mm²
nação estipula- In(1)
da (A) Derivações Designação N.º Tamanho (A) Fases Neutro
• Derivações a partir de redes subterrâneas
P 25 25 Subterrâneo LSVAV 2x16 1 10x38 25 1,5 a 16 (2)
1,5 a 16 (2)
Será utilizado o tubo PEAD (polietile-
Aéreo LXS 2x16
no de alta densidade) de 63 mm para P 50 50 1 14x51 50 2,5 a 16 (2) 2,5 a 16 (2)
Subterrâneo LSVAV 2x16
deixar a entrada na portinhola pre-
LXS 2x16 63
parada para permitir a execução de 3 22x58
Aéreo LXS 4x16 63
ramais com cabo LSVAV 4x16 mm2,
LXS 4x25 80
independentemente de ser ou não P 100 100 4 a 50 (2) 4 a 50 (2)
monofásica a ligação a estabelecer. LSVAV 2x16 3 22x58 80
Subterrâneo LSVAV 4x16 80
Queda de tensão LSVAV 4x35 100
Perante o facto do instalador ter de estabelecer o cabo que alimen- LSVAV 4X95 200 Al 70a 300 Al 70a 150
tará a instalação do consumidor, apresentam-se algumas indicações P 400 400 Subterrâneo LSVAV 3 2 CU 50 a CU 50 a
315
úteis para proceder ao cálculo do cabo tendo em conta as limitações 3X185+95 240 120
impostas pelas RTIEBT e RSRDEEBT. De acordo com as disposições (1) – Calibre (corrente estipulada) do fusível (elemento de substituição) a usar na
protecção do cabo de entrada contra as sobrecargas.Para as portinholas P 25 e
regulamentares, a Queda de Tensão total, desde o Posto de Transfor- 50, os valores indicados correspondem aos valores da corrente nominal (estipu-
mação de Média Tensão/Baixa Tensão até ao final da rede de Baixa lada)das bases dos fusíveis.Os fusíveis (elementos de substitução) devem ser da
Tensão, isto é à Portinhola ou quando esta não existir, ao Quadro de categoria de utilização gG.
Colunas de um edifício ou aos terminais de entrada do contador, não (2) – Aplicável a condutores rígidos ( de cobre ou de alumínio) com os diâmetros
deve ser superior a 8%. (Artigo 9.º do RSRDEEBT). mínimos e máximos indicados na EN 60228.

Instalação elétrica (utilização), como é o caso das instalações Quadro 2.

individuais. IP 32D 45
Graus de proteção mínima
IK 09 10
CIRCUITOS MONOFÁSICOS
A B Tipo de portinhola P 25 P 50 P 100 P 400
Ext. Máx. 210 240 315 620
Altura
Int. Mín. 150 220 285 600
Contador QE
ACE Dimensões Ext. Máx. 85 170 275 415
Largura
(mm) Int. Mín. 45 150 235 380
Ramal
Ext. Máx. 100 110 140 230
Profundidade
Int. Mín. 60 80 115 180
Q.d.t 211,6 Volt
8% 248,4 Volt Nota: admite-se a utilização de portinholas com dimensões superiores, mediante
Portinhola QE a aceitação prévia da EDP.

Cabos para ramais


Os cabos a usar nas ligações entre a rede existente e a portinhola (ra-
Cabo de alimentação mais) são os indicados no Quadro 3 seguinte e devem obedecer:

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formação 154

1. Às especificações DMA-C33-200/N para ramais subterrâneos; tagem deve ser feita por meio de condutores (H07V-U ou H07V-R),
2. Às especificações DMA-C33-209 para ramais aéreos. com a secção e o número de condutores adequados à potência de di-
mensionamento da instalação, com um mínimo de 6 mm2 nos ramais
Uma vez que a entrada dos cabos (ramais) é sempre feita pela parte in- monofásicos para potências até 6,90 kVA (30 A) ou nos trifásicos até
ferior da portinhola, os condutores desses cabos devem ser ligados aos 20,70 kVA (30 A) – Método de referência B –Q52-C1 a Q52-C4 respeti-
terminais inferiores do dispositivo de neutro e/ou das bases de fusíveis. vamente das RTIEBT – (Secção 52 – Canalizações).
Dimensionamento das canalizações entre os terminais de jusante
Quadro 3. da portinhola e o equipamento de corte de entrada (propriedade do
Cabos subterrâneo - LSVAV e LVAV distribuidor).
Tipo de tubo Proteção Designação do cabo Tipo de tubo
(subida a poste) mecânica em mm2 enterrado) Quadro 5. Tabela de dimensionamento Ramal portinhola.
PVC 40 mm (1” ¼) LSVAV 2x16
PN 63 mm PEAD Opções Cliente / Distribuidor
PVC 40 mm (1” ½) LSVAV 4x16
Ramal Comprimº máximo Comprimº máximo
PVC 50 mm (2”) LSVAV 4x35 ou
Monofásico Trifásico Proteção LSVAV-Sub ou LSVAV-Sub ou
PVC 63 mm 10kg/cm² LSVAV 4x95 125mm PEBD
LVAV 3x185+95 Aéreo Subtº Aéreo Subtº Aéreo Subtº c/ Braç.(metros) 5% c/ Braç.(metros) 8%
LXS LSVAV LXS LSVAV LXS LSVAV LXS s/tubo c/tubo LXS s/tubo c/tubo
Quadro 4. 2x16 2x16
Tipo de Potências Tipo de cabos Iz In(A) 2x16 2x16
Ramal a alimentar e secção de condutores (A) Fusível 2x16 2x16 1x63
Mono- P ≤14 LXS 2x16 85 63 2x16 2x16
Aéreo Trif- P ≤43 LXS 4x16 75 63 2x16 2x16
Trif- P ≤43 LXS 4x25 100 80 2x16 2x16 4x16 4x16
Mono- P ≤18 LSVAV 2x16 95 80 2x16 2x16 4x16 4x16 84 62 99 133 99 159
Trif- P ≤55 LSVAV 4x16 90 80 2x16 2x16 4x16 4x16
Subterrâneo Trif- P ≤69 LSVAV 4x35 130 100 4x16 4x16
Trif- P ≤138 LSVAV 4x95 235 200 4x63 3x80
4x16 4x16
Trif- P ≤217 LVAV 3x185+95 355 315
4x16 4x16
4x16 4x16
4x16 4x16
Aplicando a fórmula aos cabos subterrâneos normalizados na EDP
4x25 4x16 3x80 105 168
temos a Tabela seguinte: A ligação entre a portinhola e a caixa de con-

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155 formação

Quadro 6. Tabela de dimensionamento entre Corte Geral e o Quadro de Entrada. • Dimensionamento do troço comum – TRIFÁSICO
Opções do Cliente / Técnico Instalador
Entradas Comprimen- Quadro 9.
Potências a
tos Máximos
certificar kVA Monofásicas Trifásico Circuitos Trifásicos – Condutores de Cobre – Q.d.t – 1,5%
(metros) 1,5%
Mono- Trifá- Secção Ф Corte Protªº Secção Ф Corte Protªº Potência Secção em mm2
Mono Trif * Proteção
fásicas sicas mm² Tubo Geral (A) mm² Tubo Geral (A) de cálculo 6 10 16 25 35 50 70 95 120 150
(A)
1,15 3G6 40 2x40 1x40 92 kVA Comprimento em metros
2,30 3G6 40 2x40 1x40 46 6,9 32 46 76 122 191 268 383 536 728 920 1150
3,45 3G6 40 2x40 1x40 30 10,35 32 30 51 81 127 178 255 357 484 613 766
4,60 3G6 40 2x40 1x40 23 13,8 32 23 38 61 95 134 191 268 364 460 575
5,75 3G6 40 2x40 1x40 18 17,25 32 18 30 49 76 107 153 214 291 368 460
6,90 6,9 3G6 40 2x40 1x40 4G6 50 4x40 3x40 15 15 20,7 32 15 25 40 63 89 127 178 242 306 383
10,35 10.35 3G10 50 2x63 1x63 4G6 50 4x40 3x40 17 17 27,6 40 19 30 47 67 95 134 182 230 287
13,8 13,8 3G10 50 2x80 1x63 4G6 50 4x40 3x40 12 12 34,5 63 24 38 53 76 107 145 184 230
17,25 4G6 50 4x40 3x40 18 18 41,4 63 20 31 44 64 89 121 153 191
20,7 4G6 50 4x40 3x40 15 15 50 80 26 36 52 74 100 126 158
27,6 4G6 50 4x40 3x40 19 19
34,5 4G6 63 4x63 3x50 24 24 Potência superior a 41,4 é considerado BTE – Baixa Tensão Especial
41,4 4G6 63 4x63 3x63 20 20
50 3x25+G16 75 4x80 3x80 25 25 Quadro 10.

Circuitos Trifásicos – Condutores de Alumínio – Q.d.t – 1,5%

Potência Secção em mm2


Verificação se a Q.d.t está de acordo com as RTIEBT (525 Quedas de de cálculo
Proteção
6 10 16 25 35 50 70 95 120 150
tensão). Exemplo – Q.d. t 1,5% (A)
kVA Comprimento em metros
6,9 32 26 47 76 119 167 239 335 455 575 718
Cálculo das Quedas de Tensão 10,35 32 19 31 51 79 111 159 223 383 383 479

Monofásica -IB corrente de serviço 13,8 32 14 23 38 59 83 119 167 227 287 359

ρ comp. IB secção 17,25 32 11 19 30 47 67 95 134 182 230 287

Canaliz. de cobre (2 × 0,0225 × 60 × 40 ) : ( 10 )= 10,8 V 20,7 32 15 25 39 55 79 111 151 191 239


27,6 40 19 29 41 59 83 113 143 179
Canaliz. de alumínio (2 × 0,036 × × ):( )= V 34,5 63 23 33 47 67 115 115 143
41,4 63 27 39 55 95 95 119
Trifásica
ρ comp. IB secção
Canaliz. de cobre (0,0225 × × ):( )= V RTIEBT 803.2.4.4.5

Canaliz. de alumínio (0,036 × × ):( )= V


A queda de tensão, no caso das entradas trifásicas, deve ser calcula-
Δ% u% da a partir da potência prevista para alimentação dos equipamentos
Δ% ≤ 1,50 Valor não excedido normais previstos para as instalações elétricas (de utilização) por
( 10,8 × 100 ) : 230 = 4,6 u% elas alimentadas, supostamente uniformemente repartida pelas di-
≥ 4,8 Valor excedido ferentes fases. O cálculo deve ser feito fase a fase, como se de uma
Os valores a vermelho são os dados que o instalador deve conhecer. Os valores
entrada monofásica se tratasse, considerando que apenas a fase
nas células a cor são os valores calculados. Fazer primeiro os cálculos dentro do em análise está em serviço.
parêntesis e substituir os valores calculados nas células coloridas.

Referência ao cálculo da proteção de um circuito de uma instalação


• Dimensionamento do troço comum – MONOFÁSICO segundo as RTIEBT (433 – Proteção contra as sobrecargas).

Quadro 7. • Proteção contra sobreintensidades


Circuitos Monofásicos – Condutores de Cobre – Q.d.t – 1,5%

Potência Secção em mm2


Proteção
de cálculo 6 10 16 25 35 50 70 95 120 150
(A)
kVA Comprimento em metros
3,45 15 30 51 82 128 179 256 358 468 613 767
6,9 30 15 26 41 64 89 128 179 243 307 383
10,35 45 17 27 42 60 85 119 162 204 256
13,8 60 20 32 44 64 89 121 154 192

Quadro 8.

Circuitos Monofásicos – Condutores de Alumínio – Q.d.t – 1,5%

Potência Secção em mm2


Proteção
de cálculo 6 10 16 25 35 50 70 95 120 150
(A)
kVA Comprimento em metros
3,45 40 19 32 51 80 112 160 224 303 384 480
6,9 40 16 25 40 56 80 112 152 192 240
10,35 63 17 26 37 53 74 101 128 160
13,8 80 20 28 40 56 76 96 120

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157 ITED

segurança e saúde no trabalho:


medidas de proteção
2.ª Parte: Equipamentos de Proteção Coletiva
Paulo Monteiro

É obrigação dos diversos por um organismo notificado. No entanto, a


subempreiteiros a instalação utilização de técnicas de acesso e posiciona-
de equipamentos mento por meio de cordas deve ser limitada
de proteção coletiva, a situações de trabalho em que a avaliação
a criação de acessos de risco indique que, nas circunstâncias do
e sinalização dos locais trabalho a realizar, é seguro esse modo de
de trabalho e, em caso execução e que não se justifique a utilização
de possíveis riscos, de outro equipamento de trabalho mais segu-
a implementação ro, conforme dispõe o n.º 1 do Artigo 39.º do
de sinalização de segurança Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de fevereiro.
adequada. A decisão de utilizar técnicas de acesso
e posicionamento por meio de cordas deve
resultar de uma avaliação do risco que esse
São os subempreiteiros, em cada instalação, trabalho representa, e deve estar sujeita à os contactos necessários com as entidades
os responsáveis pela escolha dos meios e adoção de medidas específicas, baseadas externas competentes para realizar aquelas
métodos que visem assegurar a seguran- nos princípios gerais de prevenção e nas re- operações e as de emergência médica.
ça, proteção e condições de segurança do gras de segurança mínimas previstas no n.º 2 Caso sejam realizados trabalhos que
seu pessoal que podem ser alterados, caso do Artigo 39.º, do anteriormente referido De- exponham os trabalhadores a atmosferas
achem adequado, pelas entidades respon- creto-Lei. Dependente dos resultados dessa explosivas devem ser respeitadas as pres-
sáveis máximas da obra. São, igualmente os avaliação que, por sua vez, deve contemplar, crições mínimas previstas no Decreto-Lei n.º
subempreiteiros encarregados de informar, entre outros aspetos essenciais, o tipo de 236/2003, de 30 de setembro.
tanto os seus trabalhadores como outros trabalhos a realizar, as estruturas fixas even- É explicitamente proibido foguear ou fa-
intervenientes, dos riscos que podem surgir tualmente já existentes como medidas de zer lume em qualquer espaço da obra, sem
durante a execução dos trabalhos, sem preju- proteção coletiva, a regularidade da execução o consentimento prévio da Coordenação de
ízo da necessária articulação com a entidade dos trabalhos, o número de trabalhadores Segurança e Saúde em Obra.
executante. expostos bem como as restrições de nature- É obrigatória a existência de extintores
As medidas de proteção coletiva destina- za ergonómica, associada à impossibilidade nas frentes de trabalho onde decorrerem ta-
das a limitar os riscos a que estão expostos técnica de uma outra solução na situação refas com risco de incêndio. Sempre que seja
os trabalhadores, que executam trabalhos concreta de trabalho. detetado um princípio de incêndio deve ser
temporários em altura, estão previstas no Ar- Os trabalhadores devem dispor de forma- dado o alarme e utilizados, sempre que pos-
tigo 37.º do Decreto-Lei n.º 50/2005, de 25 de ção adequada que deve abranger todas as sível, os meios disponíveis para o combater.
fevereiro. situações de maior complexidade, designa-
damente se o sistema de ancoragem for mais
complexo que o habitual, sobre a utilização Sinalização de Segurança
Equipamento de Proteção correta das ferramentas e equipamentos de A entidade executante é responsável pela
Individual (EPI) trabalho, bem como sobre procedimentos de aplicação da sinalização de segurança e de
É obrigatório em obra o uso de fato de tra- resgate. Os trabalhos em altura/profundidade saúde no trabalho de acordo com as pres-
balho, calçado de proteção com palmilha e devem ser corretamente programados e su- crições mínimas estabelecidas no Decreto­
biqueira de aço, capacete de proteção com pervisionados. ‑Lei n.º 141/95, de 14 de junho, e Portaria n.º
francalete e luvas. Devem ser utilizados EPI A distribuição dos EPI pelos trabalhado- 1456-A/95, de 11 de dezembro, sempre que
suplementares sempre que a avaliação de res deve estar devidamente documentada. os riscos não puderem ser evitados ou sufi-
riscos das tarefas em causa assim o exijam. cientemente diminuídos por meios técnicos de
Em trabalhos em altura é obrigatória a uti- proteção coletiva ou com medidas, métodos
lização de arnês de segurança com cordões Prevenção de Incêndios ou processos de organização do trabalho.
de gancho de engate rápido, com possibilida- De acordo com o Artigo 15.º do Decreto-Lei
de de amarração permanente do trabalhador. n.º 102/2009, de 10 de setembro, as entidades
Todos os equipamentos utilizados devem ser executantes enquanto empregadores devem Bibliografia
certificados ao abrigo da Diretiva Equipamen- estabelecer as medidas de combate a incên- Manual ITED – (Prescrições e Especificações
tos de Proteção Individual, pelo que devem dios e de evacuação que devam ser adotadas Técnicas das infraestruturas de telecomuni-
ser submetidos a procedimentos de certifi- e a identificação dos trabalhadores responsá- cações em edifícios) – 3.ª edição, setembro
cação (exame “CE” de tipo) e a um controlo veis pela sua aplicação, bem como assegurar de 2014 pela ICP-ANACOM.

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159 consultório técnico

consultório técnico
O Consultório Técnico visa esclarecer questões sobre Regras Técnicas,
ITED e Energias Renováveis que nos são colocadas via email.
O email consultoriotecnico@ixus.pt está também disponível no website,
www.ixus.pt, onde aguardamos pelas vossas questões. Nesta edição publicamos
as questões que nos colocaram entre setembro e novembro de 2016.
com o patrocínio de IXUS, Formação e Consultadoria, Lda.

P1: Temos um cliente que eletrificou uma obra suficiente, o diferencial dispara. Este fenóme- P3: Estamos a construir um cinema, para o
onde está a ter problemas com o isolamento no acontece quando a resistência da Terra de qual o dono-de-obra pretende que a atuação
e afirma que o valor da corrente de passagem Proteção é baixa e o Neutro da Rede encontra das sirenes e a mensagem de evacuação se-
é elevado estando a disparar os diferenciais. uma Resistência Superior, levando à descar- jam dados manualmente. Eu referi-lhe que o
Segundo indicação do cliente, o quadro par- ga pelo circuito de menor resistência, ou seja, SADI pressupõe-se ser automático, conforme
cial do rés-do-chão está a alimentar a ilumi- neste caso pela Terra de Proteção da instala- o nome refere.
nação e tomadas havendo 1 wc, 1 cozinha e ção de utilização. Entretanto pergunto se no sistema SADI
1 lavandaria. Em suma, deverão ser realizados os en- será possível criar-se um delay, ou seja, o
Já desenfiou os fios circuito a circuito e saios previstos e assim despistar o foco do alarme seria primeiro dado numa sala onde
verificou se os fios estavam danificados mas defeito na instalação. exista pessoal técnico e só após algum tem-
não encontrou nenhum descarnado. Tem cir- po tocaria nas zonas de público. Isto permiti-
cuitos de tomadas para forno elétrico, placa ria que, no caso de um falso alarme, o corpo
elétrica, máquina lavar roupa, maquina secar P2: As portinholas do tipo P100 devem es- técnico dos cinemas tivesse tempo de inibir
roupa, ferro elétrico, entre outros. Sem ter tar equipadas com 3 seccionadores para o alarme antes deste passar para a zona de
equipamentos só com aparelhagem mode- fusíveis cilíndricos de 22 × 58 mm indepen- público.
lar (tomadas e interruptores) os diferenciais dentemente da instalação ser trifásica ou Preciso de conhecer a vossa opinião e,
estão a disparar e ele não sabe o que fazer. monofásica? naturalmente, o que diz a regulamentação so-
Ainda não teve vistoria da Certiel mas quer re- No caso das instalações monofásicas ali- bre este assunto.
solver o problema o quanto antes. mentadas por canalização também monofá- R3: Mesmo sem ver as peças desenhadas,
R1: Se os diferenciais atuam, o defeito tanto sica a P100 pode ser equipada apenas com julgamos olhando o nosso regulamento a
pode ser da instalação elétrica a jusante como um seccionador? configuração do sistema de deteção contra
dos próprios diferenciais. Não sendo provável R2: As portinholas foram regulamentadas incêndio deve ser do tipo 3 (isto para o projeto
a atuação intempestiva dos diferenciais e não pela EDP, através do documento de harmo- de segurança contra incêndio).
tendo, como refere, aparelhos de utilização nização   DMA-C62-807/N. Segundo esse Dito isto, importa dizer que o projetista no
ligados, o problema deverá ser da instalação documento, as portinholas previstas para ra- Plano de Segurança pode configurar a central
elétrica. Para diagnosticar o problema deverá mais monofásicos são a P25 para alimenta- de deteção de incêndio da forma que mais lhe
realizar os ensaios obrigatórios segundo as ção subterrânea com cabo tipo LSVAV 2×16 e convier, ou seja, o alarme pode ser imediato
Regras Técnicas: a P50 para alimentação subterrânea ou aérea ou ter uma temporização. Esta temporização
• Medição da Resistência de Terra: impor- com cabos LSVAV 2×16 ou LXS 2×16. Estas faz-se de duas formas: 
tante para determinar a sensibilidade do portinholas são equipadas de fábrica apenas • 1.º: quando cai o sinal na central (alarme
diferencial; com um seccionador fusível tamanho 10 × 38 restrito) o operador da central tem nor-
• Verificação de funcionamento dos dife- na P25 e tamanho 14 × 51 na P50. Todas as malmente um minuto para atuar e inibir o
renciais segundo os patamares definidos outras portinholas, P100, P400 e P1000 foram sinal;
na Norma: 1/2 Idn, Idn, 2Idn, 5Idn e “em previstas para alimentações trifásicas, tendo • 2.º: depois deste tempo o operador da
rampa”, verificando também os tempos as P100 seccionadores fusíveis de tamanho central deve mandar alguém verificar o
de funcionamento respetivos; 22 × 58, a P400 fusíveis tamanho 2 e a P1000 que se passa no local da origem do in-
• Medição da Resistência de Isolamento: poderá não ser equipada ou então será estu- cêndio; em função da distância ou dos
com este ensaio poderá verificar qual o dada caso a caso. obstáculos existentes há uma segunda
circuito com resistência abaixo do valor Neste contexto, embora a portinhola P100 temporização (de 3 a 5 minutos) para o
normalizado, 500 MΩ (Mega Ohm). De- possa ser utilizada em ramais monofásicos, pessoal das equipas de intervenção fa-
verá, desta forma, conseguir encontrar o em regra normalmente não se altera a sua zer qualquer coisa. Se esta equipa não
defeito. configuração para permitir uma eventual pas- conseguir fazer nada, o operador emite o
sagem a sistema trifásico. Segundo a Norma sinal de alarme carregando numa boto-
Um defeito habitual que provoca o disparo EN60439 nada impediria a retirada de equipa- neira da central com usos exclusivo para
do diferencial é a ligação acidental entre o mento desde que asseguradas as condições este fim.
Circuito de Proteção (PE – ligação à terra) e iniciais de segurança, mas essa decisão cabe
o Neutro, levando a que circule corrente do normalmente ao Operador de Rede (EDP) que O sinal sonoro vai ser ouvido em todo o espa-
Neutro (da rede) para a Terra de Proteção tem a última palavra sobre o assunto. Na dú- ço do cinema ou somente nas zonas que se
da instalação, o que “é visto” pelo diferencial vida deve-se deixar a caixa equipada tal como desejam. É tudo uma questão de configura-
como um defeito e se a corrente “residual” for vem de fábrica. ção do sistema.

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