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Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 1

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 2


Motivação
Os profissionais que participaram da montagem desse material, tiveram ra-
zões para fazê-lo por aqui as primeiras impressões dos colaboradores.

Marcelo Zenderski
“Ao estar em vigor a nova RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL Nº 1.000, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2021, estabe-
lecendo regras de Prestação de Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica e revogando as Resoluções
Normativas ANEEL nº 414, de 9 de setembro de 2010; nº 470, de 13 de dezembro de 2011; nº 901, de 8 de
dezembro de 2020, para Empreendedores e profissionais ligados ao ramo da energia elétrica, abre o sinal
de nos atualizarmos e através de discussões construtivas nos iterarmos de todos os aspectos agora manda-
tários de nossas atividades. Como se trata de nova Resolução, nos debruçamos a entender o que de fato,
em superficial e profundidade, mudou; e principalmente, ressaltar os aspectos que fazer parte hoje do mer-
cado que cada vez vai se abrindo para a competitividade. Neste ínterim fizemos os comparativos das seções
que envolviam aspectos desde o início de um pedido a concessionária até sua finalização com o consumidor
sendo um recebedor de energia elétrica. Possíveis ramificações no contexto macro desta ideia não foram
tratadas a fundo, já que o foco principal foi verificar o que mudou, o grau da mudança e seus efeitos, posi-
tivos ou negativos. Para tanto foi feito este pequeno trabalho.”

Marcus Possi
“Fiquei muito impressionado ao verificar que uma resolução de tanta importância, entrasse em vigor no
final do mês de dezembro do ano de 2021, sendo a sua divulgação iniciada apenas em janeiro de 2022.
Principalmente por se propor a consolidar ou eliminar mais de 60 documentos reguladores. Trabalhando
com perícia judicial, eu tive o cuidado de procurar os pontos mais comuns que aparecem nas disputas, e que
trazem por vezes confusão ao juízo - quando não assistindo pelo técnico que também entende as entrelinhas
da regulamentação e do negócio da distribuidora. Logo fiquei sabendo dessa diferença, busquei identificar
outras, e assim através não então agende o workshop com o CREA-RJ, Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia, trabalhei buscar do melhor entendimento, afinal: quem ganhou e quem perdeu com tudo isso.”

Jéferson M. de Oliveira
“Ao estar em vigor a nova RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL Nº 1.000, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2021, estabe-
lecendo regras de Prestação de Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica e revogando as Resoluções
Normativas ANEEL nº 414, de 9 de setembro de 2010; nº 470, de 13 de dezembro de 2011; nº 901, de 8 de
. Neste ínterim fizemos os comparativos das seções que envolviam aspectos desde o início de um pedido a
concessionária..... até sua finalização com o consumidor sendo um recebedor de energia elétrica. Possíveis
ramificações no contexto macro desta ideia não foram tratadas a fundo, já que o foco principal foi verificar
o que mudou, o grau da mudança e seus efeitos, positivos ou negativos. Para tanto foi feito este pequeno
trabalho.”

Estellito Rangel Junior


“Ao estar em vigor a nova RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL Nº 1.000, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2021, estabe-
lecendo regras de Prestação de Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica e revogando as Resoluções
Normativas ANEEL nº 414, de 9 de setembro de 2010; nº 470, de 13 de dezembro de 2011; nº 901, de 8 de
. Neste ínterim fizemos os comparativos das seções que envolviam aspectos desde o início de um pedido a
concessionária..... até sua finalização com o consumidor sendo um recebedor de energia elétrica. Possíveis
ramificações no contexto macro desta ideia não foram tratadas a fundo, já que o foco principal foi verificar

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o que mudou, o grau da mudança e seus efeitos, positivos ou negativos. Para tanto foi feito este pequeno
trabalho.”

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As sessões de trabalho
Esse material foi produzido ao partir de uma ideia inicial, da montagem de
uma estrutura de apoio escrita para a consulta e referência dos profissio-
nais, e também como uma fonte de consulta para trabalhos com todos. esse
tipo de desenvolvimento, hoje é possível, graças a tecnologia da informa-
ção, e os meios que ela dispõe para nos ajudar bom o conselho regional
de engenharia e agronomia do Rio de Janeiro promoveu workshop de 4
dias, 2 horas de duração, tem uma dinâmica síncrona, e assíncrona, per-
mitiu a apresentação, debate, e consolidação de ideas, que vão ajudar os
profissionais a entender melhor a alteração da resolução 414, e a nova pro-
posta apresentada na resolução, pela Aneel agência nacional de energia
elétrica.

Seção 1 – 7 de março de 2022 Seção 2 – 10 de março de 2022

Seção 3 – 14 de março de 2022 Seção 4 – 17 de março de 2022

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Introdução
As mudanças acontecem e com elas, quase que sempre, as re-
sistências naturais da sua aceitação. Trataremos aqui apenas os
motivos dessas resistências, ainda que apenas no campo concei-
tual e opinativo, visto que a resolução 1000, já está aprovada e
em vigor. Neste trabalho propomos analisar as novas definições,
as novas condições, e os novos termos, para assim entender o
novo conceito de regulamentação que à ANEEL - Agência Nacio-
nal de Energia Elétrica, regulamentadora do nosso setor, desen-
volveu e aplicou com o mote: “ ... consolida as principais regras
da Agência para a prestação do serviço público de distribuição de
energia elétrica. Tudo em um só lugar, para facilitar! ... ” .
O trabalho não pretende escrutinar toda a regulamentação, ou
exaurir toda a sua extensão e seus artigos, porém com a colabo-
ração de todos que participaram do workshop de 7 de março de
2022, realizado durante 2 semanas por promoção do CREA-RJ -
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Ja-
neiro, pretende apresentar os pontos principais mais contrastan-
tes, com as suas vantagens e desvantagens aos atores envolvi-
dos, para adoção imediata, e reflexão dos profissionais.
O trabalho conduzido, é apresentando a seguir, inicialmente uma
“timeline” - linha do tempo, onde é possível verificar as atitudes da
comunicação da existência ao mercado, dessa nova resolução, e
os comentários que foram apresentados nessa época por setores
e profissionais. O dia 7 de março, perfaz praticamente 90 dias do
conhecimento da existência da resolução 1000, daí a simplicidade
dessas avalições, por conta dessa “novidade”.
Seguido pela apresentação de um breve histórico da consulta pú-
blica realizada, dos seus participantes, e de alguns pontos em
destaque, é possível perceber a intensidade e a qualidade da par-
ticipação dos profissionais e dos setores do mercado na elabora-
ção e crítica desta vez resolução, o oque foi aproveitado desse
esforço.
Por fim, a apresentação da sua estruturas, e de uma possível cor-
relação e pertinência com a resolução 414 anterior, permite o co-
mentário pontual de alguns de seus itens, através de anexos ao

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material. Esses comentários foram apresentados e debatidos du-
rante esse evento realizado, lembrando que na época, esse foi
feito por meio de plenárias e assembleias virtuais, e podem ser
conferidos nos vídeos gravados, em nosso canal dispostos no
anexo desse material.
Esta Resolução está em vigor desde 3 de janeiro de 2022.

Revogados(as)
Na sua proposta de significação e consolidação em um único documento das diretri-
zes principais, fomos informados pelo Art. 677, que foram revogados os seguintes
documentos:
I - Resolução nº 145, de 12 de abril de 2001;
II - Resolução Normativa ANEEL nº 229, de 8 de agosto de 2006;
III - Resolução Normativa ANEEL nº 244, de 19 de dezembro de 2006;
IV - Resolução Normativa ANEEL nº 359, de 14 de abril de 2009;
V - artigos 1º a 16 da Resolução Normativa ANEEL nº 376, de 25 de agosto
de 2009;
VI - Resolução Normativa ANEEL nº 414, de 9 de setembro de 2010;
VII - Resolução Normativa ANEEL nº 418, de 23 de novembro de 2010;
VIII - Resolução Normativa ANEEL nº 419, de 30 de novembro de 2010;
IX - Resolução Normativa ANEEL nº 431, de 29 de março de 2011;
X - Resolução Normativa ANEEL nº 436, de 24 de maio de 2011;
XI - Resolução Normativa ANEEL nº 448, de 6 de setembro de 2011;
XII - Resolução Normativa ANEEL nº 449, de 20 de setembro de 2011;
XIII - Resolução Normativa ANEEL nº 464, de 22 de novembro de 2011;
XIV - Resolução Normativa ANEEL nº 470, de 13 de dezembro de 2011;
XV - artigos 5º a 19 da Resolução Normativa ANEEL nº 472, de 24 de janeiro
de 2012;
XVI - Resolução Normativa ANEEL nº 473, de 24 de janeiro de 2012;
XVII - Resolução Normativa ANEEL nº 479, de 3 de abril de 2012;
XVIII - artigos 4º, 5º, 13-A e 14 da Resolução Normativa ANEEL nº 482, de
17 de abril de 2012;
XIX - Resolução Normativa ANEEL nº 493, de 5 de junho de 2012;
XX - Resolução Normativa ANEEL nº 497, de 26 de junho de 2012;
XXI - Resolução Normativa ANEEL nº 506, de 4 de setembro de 2012;
XXII - Resolução Normativa ANEEL nº 516, de 11 de dezembro de 2012;
XXIII - Resolução Normativa ANEEL nº 547, de 16 de abril de 2013;
XXIV - Resolução Normativa ANEEL nº 563, de 9 de julho de 2013;
XXV - Resolução Normativa ANEEL nº 569, de 23 de julho de 2013;
XXVI - Resolução Normativa ANEEL nº 581, de 11 de outubro de 2013;

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XXVII - Resolução Normativa ANEEL nº 587, de 10 de dezembro de 2013;
XXVIII - Resolução Normativa ANEEL nº 593, de 17 de dezembro de 2013;
XXIX - Resolução Normativa ANEEL nº 610, de 1º de abril de 2014;
XXX - Resolução Normativa ANEEL nº 620, de 22 de julho de 2014;
XXXI - Resolução Normativa ANEEL nº 626, de 30 de setembro de 2014;
XXXII - Resolução Normativa ANEEL nº 629, de 21 de outubro de 2014;
XXXIII - Resolução Normativa ANEEL nº 657, de 14 de abril de 2015;
XXXIV - Resolução Normativa ANEEL nº 663, de 2 de junho de 2015;
XXXV - Resolução Normativa ANEEL nº 670, de 14 de julho de 2015;
XXXVI - Resolução Normativa ANEEL nº 671, de 14 de julho de 2015;
XXXVII - Resolução Normativa ANEEL nº 694, de 15 de dezembro de 2015;
XXXVIII - Resolução Normativa ANEEL nº 714, de 10 de maio de 2016;
XXXIX - Resolução Normativa ANEEL nº 717, de 10 de maio de 2016;
XL - Resolução Normativa ANEEL nº 724, de 31 de maio de 2016;
XLI - Resolução Normativa ANEEL nº 725, de 7 de junho de 2016;
XLII - Resolução Normativa ANEEL nº 733, de 6 setembro de 2016;
XLIII - Resolução Normativa ANEEL nº 741, de 8 de novembro de 2016;
XLIV - Resolução Normativa ANEEL nº 742, de 16 de novembro de 2016;
XLV - Resolução Normativa ANEEL nº 768, de 23 de maio de 2017;
XLVI - Resolução Normativa ANEEL nº 771, de 6 de junho de 2017;
XLVII - Resolução Normativa ANEEL nº 775, de 27 de junho de 2017;
LII - Resolução Normativa ANEEL nº 819, de 19 de junho de 2018;
LIII - Resolução Normativa ANEEL nº 823, de 10 de julho de 2018;
LIV - Resolução Normativa ANEEL nº 854, de 13 de agosto de 2019;
LV - Resolução Normativa ANEEL nº 863, de 10 de dezembro de 2019;
LVI - Resolução Normativa ANEEL nº 868, de 17 de dezembro de 2019;
LVII - Resolução Normativa ANEEL nº 888, de 30 de junho de 2020;
LVIII - Resolução Normativa ANEEL nº 889, de 30 de junho de 2020;
LIX - Resolução Normativa ANEEL nº 901, de 8 de dezembro de 2020;
LX - Resolução Normativa ANEEL nº 928, de 26 de março de 2021;
LXI - Resolução Normativa ANEEL nº 932, de 27 de abril de 2021;
LXII - Resolução Autorizativa nº 10.031, de 25 de maio de 2021;
LXIII - Resolução Normativa ANEEL nº 936, de 15 de junho de 2021; e
LXIV - Resolução Normativa ANEEL nº 953, de 30 de novembro de 2021.

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Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 10
A vigorar

Certas definições e alterações de sistema, demanda um tempo e preparo para serem


implementados sendo assim um prazo de carência para algumas das novas obriga-
ções a serem atendidas pelas distribuidoras devem ser consideradas, e elas são lis-
tadas a seguir conforme apresentado ao público.

Nessa mesma época de divulgação é importante destacar aqui alguns pontos positi-
vos para o consumidor foram levantados na divulgação e anúncio da nova resolução,
em destaque aqui:

✓ a devolução em dobro no caso de cobrança indevida por parte da distribuidora;


✓ um período de até cinco anos para ressarcimento de danos a equipamentos
elétricos;
✓ a redução dos prazos para execução de obras de conexão com a rede; e
✓ a compensação monetária em caso de descumprimento de prazos regulados
ou suspensão indevida.

Começa a valer em: 01/04/2022

Ressarcimento de danos a equipamentos: O consu-


midor terá até cinco anos para pedir à distribuidora o
ressarcimento por equipamentos danificados devido
a falhas no fornecimento de energia. Agora o consu-
midor pode consertar o equipamento, por sua conta e
risco e sem autorização, antes do término do prazo
definido para verificação dos equipamentos pela dis-
tribuidora. E caso o consumidor faça o pedido em até
90 dias, seguirá um rito simplificado para obter seu
ressarcimento.

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Começa a valer em: 01/04/2022

Mudança para imóvel com a conta de luz atrasada:


Se o ocupante anterior de um imóvel deixou contas
de luz em atraso, a distribuidora de energia elétrica
não pode cobrar o valor do novo ocupante como con-
dição para transferir a titularidade, nem exigir que ele
assine qualquer documento se responsabilizando
pela quitação. A dívida pertence ao titular da conta em
atraso (no caso, ao antigo morador) e não ao imóvel,
portanto o novo titular no mesmo imóvel não tem nada
a ver com ela. Essa já era a regra da ANEEL e agora
ela ficou mais explícita.

Começa a valer em: 01/04/2022 1

Simplificação de prazos para conexão à rede: em fun-


ção da publicação da Lei nº 14.195, de 26 de agosto
de 2021, que trata da política da Modernização do
Ambiente de Negócios no Brasil e contém um capítulo
sobre a obtenção de eletricidade, a nova norma esta-
beleceu um rito específico que prevê a conexão em
45 dias para unidades consumidoras do Grupo A, com
potência contratada de até 140 kVA, em área urbana,
distância até 150 metros da rede e onde não haja a
necessidade de obras de ampliação, de reforço ou de
melhoria no sistema de distribuição.

1
para os municípios do Rio de Janeiro e São Paulo; 01/01/2023 para outras capitais; e 01/01/2024 para demais municípios

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Começa a valer em: 01/04/2022. 2

Devolução de cobrança feita pela distribuidora indevi-


damente: A norma estabelece que, se a distribuidora
cobrar um valor a maior do consumidor de forma in-
devida, deverá devolvê-lo em dobro. A devolução não
será em dobro, ou seja, será no mesmo valor pago,
se a cobrança indevida tiver ocorrido por responsabi-
lidade exclusiva do consumidor ou de terceiros não
relacionados à distribuidora. E caso a distribuidora
faça a devolução de forma simples, terá que funda-
mentar sua decisão por escrito.

Começa a valer em: 01/04/2022

Conexão gratuita de comunidades indígenas/quilom-


bolas: Reconhecido o direito ao atendimento gratuito
nessas comunidades com fundamento na Constitui-
ção Federal de 1988.

Começa a valer em: 01/04/2022

Redução de juros na quitação antecipada de débitos:


Trata-se do direito à quitação antecipada do débito
(ex. parcelamento), total ou parcialmente, mediante
redução proporcional dos juros e demais acréscimos.
Ele já existe no Código de Defesa do Consumidor (Lei
8.078/1990) e é reforçado pela Resolução 1.000.

2
Será atualizada pelo IPCA a partir de 01/07/2022.

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Começa a valer em: 01/04/2022

Vedação de corte da energia nos finais de semana e


feriados: A distribuidora não pode mais suspender o
fornecimento de energia por falta de pagamento na
sexta-feira, no sábado ou no domingo, bem como em
feriado ou véspera de feriado. Esse direito é garantido
pela Lei nº 14.015/2020.

Começa a valer em: 01/04/2022

Distribuidora deverá avisar quando começa o corte de


energia: A emprega fica obrigada a comunicar ao con-
sumidor o dia inicial da suspensão de fornecimento.
Esse direito é garantido pela Lei nº 14.015/2020.

Começa a valer em: 01/01/2023

Pagamento de compensações financeiras por des-


cumprimento de prazos: O valor da compensação a
ser paga aos consumidores, caso haja violação dos
prazos estabelecidos nas regras, sofreu um aumento.
A ideia é desincentivar a violação dos prazos e uma
vez violado, que as distribuidoras o regularizem o
mais rapidamente possível.

Começa a valer em: 01/07/2022 3

3
para questões relacionadas ao protocolo por meio eletrônico; 01/01/2023 para novas formas de atendimento, novo tempo de
espera para atendimento no posto de atendimento presencial, retorno da ligação em caso de descontinuidade da chamada, da

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Atendimento ao consumidor: A Resolução 1.000 abre
novas possibilidades de atendimento, incluindo vide-
ochamada nos postos presenciais, internet, chat, e-
mail e reclamação na plataforma Consumidor.gov do
Ministério da Justiça, cuja adesão será obrigatória
para todas as distribuidoras. A geração de protocolo
será obrigatória em todos os canais de atendimento.
Em caso de autoatendimento, todos os serviços ofe-
recidos serão gratuitos. Na ligação telefônica, a distri-
buidora não pode finalizar a chamada antes de con-
cluir o atendimento.

gravação eletrônica das chamadas, da disponibilização do atendimento pela Internet, da solução no primeiro contato; 01/07/2023
para integração dos canais disponibilizados pela distribuidora; e 01/04/2022 para as demais regras.

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Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 16
Timeline – linha do tempo
Por conta da apresentação do novo produto: “Resolução 1000 de
7 de dezembro de 2021, a ANEEL - agência nacional de energia
elétrica programou a comunicação e a sua entrada em vigor atra-
vés dos meios de comunicação. O material a seguir se apresenta
como uma interface de fácil acesso às fontes, e mostra através
do tempo, as atitudes que foram tomadas pela agência, e os
meios que foram utilizados para essa comunicação. Deve ser ob-
servado que o lançamento se deu pelo Dário Oficial da União, por
mídias em áudio, e clips de vídeos, que foram veiculados, além
das páginas de informação do próprio site da ANEEL.

Governo Outros

1 2
07-12-2021 07-12-2021

3 4 A
22-12-2021
20-12-2021 20-12-2021

5 B
03-01-2022
03-01-2022

6 C
09-01-2022
05-01-2022

7
21-01-2022

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 17


1 - Publicação: 07/12/2021 Resolução 1000 da ANEEL consolida direitos e deveres dos consumidores de energia -A
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL aprovou nesta terça-feira (7/12) a Resolução Normativa 1000/2021,
que reúne em uma só norma o conteúdo dos regulamentos anteriores da Agência relacionados aos direitos e deveres
dos consumidores de energia.

A Resolução 1000 substitui a Resolução 414/2010, que era a referência quanto ao atendimento dos consumidores, e
agrega ainda o conteúdo da Resolução 470/2011 (ouvidorias das distribuidoras), da Resolução 547/2013 (bandeiras
tarifárias), da Resolução 733/2016 (Tarifa Branca) e da Resolução 819/2018 (recarga de veículos elétricos), entre
outros. Com a publicação da consolidação, 61 resoluções normativas da Agência serão totalmente revogadas e três
terão revogação parcial.

“O texto que hoje estamos deliberando é infinitamente mais claro, objetivo, direto e simples que aqueles que o prece-
deram”, adianta o diretor-relator do tema, Sandoval Feitosa. “Essas características tornam o regulamento mais aces-
sível à população em geral, que conseguirá facilmente interpretar os critérios da ANEEL. Ela também facilitará a fisca-
lização e contribuirá para que o setor se desenvolva de maneira mais organizada.”

2 –DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO


Publicado em: 20/12/2021 | Edição: 238 | Seção: 1 | Página: 206 - Órgão: Ministério de Minas
e Energia/Agência Nacional de Energia Elétrica

RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL Nº 1.000, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2021

Estabelece as Regras de Prestação do Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica;


revoga as Resoluções Normativas ANEEL nº 414, de 9 de setembro de 2010; nº 470, de 13 de
dezembro de 2011; nº 901, de 8 de dezembro de 2020 e dá outras providências.

3- A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL publicou nesta segunda-feira (20/12) a Resolução Normativa n°
1.000/2021, que consolida as principais regras da Agência para a prestação do serviço público de distribuição de
energia elétrica, onde estão dispostos os direitos e deveres dos consumidores. Tudo em um só lugar, para facilitar! A
nova norma agrega os atos normativos relativos aos direitos e deveres do consumidor e dos demais usuários do serviço
público de distribuição energia elétrica. Ela é, portanto, um dos regulamentos mais importantes da ANEEL, pois define
de maneira mais simples e objetiva as responsabilidades dos agentes e os procedimentos a serem seguidos pelos
consumidores para que o acesso universal ao serviço de energia elétrica esteja disponível com qualidade e eficiência.

4 - Agência Nacional de Energia Elétrica 17,4 mil inscritos


A ANEEL publicou a Resolução Normativa n° 1.000/2021, que consolida as principais regras
da Agência para a prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica. Tudo em
um só lugar, para facilitar!

5 - A ANEEL lançou, nesta segunda-feira (03/01), o vigésimo terceiro episódio do seu podcast ANEELcast. A nova
edição conta com as participações do diretor da ANEEL, Sandoval Feitosa, do Superintendente Adjunto da Superin-
tendência de Regulação da Distribuição, Hugo Lamin, e da especialista em Regulação da Superintendência de Re-
gulação da Distribuição, Nara de Souza, conversando sobre a nova Resolução Normativa 1.000/2021 da ANEEL,
que consolida todos os direitos e deveres dos consumidores de energia elétrica em um só documento, com uma
linguagem clara e objetiva.

A nova norma substitui a REN 414/2010 e, mediante a sua publicação, 61 resoluções foram revogadas e três outras
foram revogadas parcialmente.

6 - Com a publicação do texto consolidado da Resolução nº 1.000, 61 resoluções da Aneel


foram totalmente revogadas e outras três terão revogação parcial. O diretor da Aneel, Sandoval
Feitosa, explica que a Resolução nº 1.000 atende às determinações do Decreto nº
10.139/2019, que visa a consolidar e simplificar atos normativos. Ele afirma também que o
resultado final da resolução é um "divisor de águas" e "um grande marco" na trajetória já inici-
ada pela Aneel de prestar mais respeito aos consumidores, distribuidores e sociedade de modo
geral, e de buscar o seu engajamento.

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"Nossa principal motivação [para publicar a Resolução nº 1.000] foi facilitar a vida do consumi-
dor de energia elétrica, agrupando e simplificando todos os seus direitos e deveres em um
único documento de acesso simples, rápido e, principalmente, descomplicado", explica.

7 - Episode Description
O tema do ANEELcast de hoje é a Segurança de Barragens. A fim de garantir a Segurança das Barragens, a ANEEL
monitora preventiva e regularmente as barragens destinadas à produção de energia elétrica.

Para falar sobre o tema e esclarecer a atuação da Agência, hoje vamos conversar com o Diretor da Aneel, Hélvio
Guerra, e com o Superintendente Gentil Sá, da Superintendência de Fiscalização dos Serviços de Geração.

A – ENERGIA HOJE - Resolução 1.000: sua evolução e necessidade de compreensão e


atuação pela sociedade. Há uma necessidade grande e premente de se aprofundar nestes
regulamentos, para evitar que a “indústria da irregularidade” continue criando teses, aprovei-
tando brechas e conseguindo julgados que em nada contribuem para o consumidor honesto

B– I.S.BRASIL - em 03 de Janeiro de 2022 - Confira algumas das principais alterações: - A devolução em dobro
no caso de cobrança indevida por parte da distribuidora; - Um período de até cinco anos para ressarcimento de
danos a equipamentos elétricos; - A redução dos prazos para execução de obras de conexão com a rede; - A
compensação monetária em caso de descumprimento de prazos regulados ou suspensão indevida.

C – AQUI ACONTECE - 09 Janeiro 2022 - Com a publicação do texto consolidado da Reso-


lução nº 1.000, 61 resoluções da Aneel foram totalmente revogadas e outras três terão revo-
gação parcial. O diretor da Aneel, Sandoval Feitosa, explica que a Resolução nº 1.000 atende
às determinações do Decreto nº 10.139/2019, que visa a consolidar e simplificar atos normati-
vos.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 19


Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 20
Consulta pública
Como prever o ritual, as alterações de normas, regulamentações,
e eventualmente algumas leis; considerando que essas mudan-
ças são sempre para melhor, e nesse caso aqui, sempre aten-
dendo a finalidade da agência nacional de energia elétrica, as
ideias são submetidas a consulta pública de modo a permitir a
manifestação, sugestão, e alteração de conteúdo adequando às
expectativas do mercado. Seu enunciado, após promulgada e em
vigor, mostrou que a revogação se fez basicamente sobre a as
Resoluções
Normativas ANEEL nº 414, de 9 de setembro de 2010; nº 470, de
13 de dezembro de 2011; e nº 901, de 8 de dezembro de 2020. A
primeira estabelecia as regras quanto a concessionaria e o con-
sumidor de energia elétrica (414);a segunda era relativa aos ser-
viços de ouvidoria e atendimento aos consumidores (470), e a ter-
ceira é relativa à pesquisa e cadastros (901). Substituiu também
Resolução Normativa ANEEL nº 376 de 25/08/2009, que estabe-
lecia condições de contratação de energia elétrica, no âmbito do
Sistema Interligado Nacional - SIN, por Consumidor Livre; a REN
506/2012 que defina os modelos condições de atendimento de
energia elétrica para comunidades isoladas; a REN 506/2012 que
regulava o acesso ao sistema de distribuição; a REN 547/2013 e
REN 733/2016, que dava os procedimentos comerciais e a apli-
cação para as Bandeiras Tarifárias; a REN 581/2013, que regu-
lava a Prestação de atividades acessórias pelas distribuidoras;
REN 610/2014 que defina as modalidades de pré-pagamento e
pós-pagamento eletrônico; a REN 733/2016 que regulava a apli-
cação da modalidade tarifária horária branca; e a REN 819/2018
que regulava a Recarga de veículos elétricos.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 21


As estruturas resolução anterior e resolução nova

nota 4

nota 5

A “nova” Resolução 1000 de 2021, estruturada a direita para fazer frente a estrutura
da “antiga” Resolução 414 de 2010, é composta basicamente por 3 títulos, e cada
título detalhada em seus capítulos. Vamos apresentar os títulos da nova resolução,
contendo uma breve descrição do conteúdo dos seus capítulos. O objetivo não é fazer
um tratado, ou um estudo completo e definitivo da Resolução 1000 de 2021, mas o
levantar alguns pontos que, a partir de efetivação e entrada em vigor da sua proposta,
trazem alguma contribuição ou ruído para os envolvidos. O Título 1 – parte Geral,
parece estar mais afeta a análise das correlações a Resolução 414 de 2010, por isso
o foco maior dado nesse trabalho.

4
REN ANEEL 414, de 23.11.2010
5
REN ANEEL 1000, de 07.12.2021

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 22


TÍTULO 1 - PARTE GERAL

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 23


CAPÍTULO 1 - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS - artigos 1 a 14
Neste capítulo a resolução se preocupa em trazer definições para
entendimento do seu público-alvo, a quem se destina e a quem
participa dessa relação comercial. Resume basicamente o enten-
dimento desta resolução, assim como dá as definições essenciais
para projetos e desembaraços jurídicos eventuais.
Possuindo 44 definições, a “nova” Resolução 1000 de 2021, con-
trasta com a sua anterior correspondente 414, que admitiu e pro-
moveu, como definições necessárias e suficientes, um conjunto
composto de 84 itens. Pode parecer ao leitor, que o dados da
frase anterior estão invertidos, mas são esses dados mesmos. Es-
pera-se sempre que numa proposta de melhoria ou evolução, haja
mais assertividade, objetividade, correções, ou ainda precisão,
nas definições promovidas, mas quase sempre, um aumento de
itens de definições, por conta da experiência adquirida ao longo
do tempo, quer nas análises técnicas, quer por conta de movimen-
tos judiciais. A redução do número de definições e dos termos de
uso, não parece ser um ponto forte, seja para “projetos”, seja para
os entendimentos técnico/jurídicos necessários.
Neste capítulo ainda podem ser identificados os principais direitos
e deveres dos consumidores e da concessionária, na prestação
dos serviços e nas suas contrapartidas pelos consumidores.

Anexo 01 – “Definições novas ou estranhas” by Marcus Possi – Eng. Eletricista

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 24


CAPÍTULO 2 - DA CONEXÃO – artigos 15 a 122
Nesse capítulo é abordado o tema “conexão”, os parâmetros de
tensão de alimentação da unidade consumidora, o detalhamento
do “ponto de conexão”6 – que substitui o entendimento de
“ponto de entrega”7 anterior. Aborda as instalações do consumi-
dor e suas características, como simples e compartilhada, tipos
de padrão de entrada, dos critérios para aprovação de projeto,
sua estimativa de custos previstos de responsabilidade da con-
cessionária, dos prazos para atendimento para estudos e projetos
necessários para o atendimento ao consumidor de responsabili-
dade da concessionária, dos critérios de escolha de soluções para
atendimento e sua forma de aprovação. Apresenta os entendi-
mentos da execução das obras de responsabilidade da concessi-
onária e do consumidor, das práticas de vistoria e da forma de
instalação do sistema de medição, e seus custos.

6
XXXV - ponto de conexão: conjunto de materiais e equipamentos que se destina a estabelecer a conexão entre as instalações
da distribuidora e do consumidor e demais usuários; (Redação dada pela REN ANEEL 1000, de 07.12.2021)
7
Art. 14. O ponto de entrega é a conexão do sistema elétrico da distribuidora com a unidade consumidora e situa-se no limite da
via pública com a propriedade onde esteja localizada a unidade consumidora, exceto quando: (Redação dada pela REN ANEEL
414, de 23.11.2010)

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 25


CAPÍTULO 3 - DOS CONTRATOS - DISPOSIÇÕES GERAIS - artigos 123 a 144

Esse capítulo se preocupa com a definição e as disposições dos


contratos de fornecimento de energia elétrica: grupo B, grupo A,
e demais usuário, da alteração de titularidade e do encerramento
contratual.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 26


CAPÍTULO 4 - DO CONTRATO DE USO DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO – artigos
145 a 158

Prevê as regras do uso do sistema de distribuição a partir dos


contratos celebrados, as datas de faturamento, a modalidade ta-
rifária, a tributação e os parâmetros de horários especiais. Regula
e identifica o ponto de conexão no sistema de medição, e os pa-
râmetros elétricos. Regula as alterações contratuais.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 27


CAPÍTULO 5 - DA COMPRA DE ENERGIA - artigos 159 a 172

Esse capítulo discorre sobre a compra da energia pelos grupos B


e A, sendo o último, na condição de contratação regulada ou con-
tratação livre. Regula também o enquadramento dos consumido-
res livres, do contrato de compra de energia regulada, do consu-
midor parcialmente livre, e da migração dos consumidores.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 28


CAPÍTULO 6 - DAS TARIFAS, CLASSES E DOS BENEFÍCIOS TARIFÁRIOS - - arti-
gos 173 a 210

Esse capítulo é afeto às tarifas, classe, e benefícios tarifários, com


as formas de seu cálculo, da classificação das unidades consumi-
doras, seus benefícios, às abordagens de classes: industriais, co-
merciais e outras.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 29


CAPÍTULO 7 - DAS MODALIDADES TARIFÁRIAS – artigo 211 a 227

Esse capítulo se refere às modalidades tarifárias: convencional,


dos horários especiais, e outras.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 30


CAPÍTULO 8 - DA MEDIÇÃO PARA FATURAMENTO – artigo 228 a 257

Este capítulo se dedica a definir a responsabilidade da concessi-


onaria: pela operação, pela manutenção e pelo custeio do sistema
de medição, na sua relação concessionária/consumidor. Define
também, as responsabilidades do consumidor em relação aos da-
nos causados aos equipamentos ou sistema elétrico da distribui-
dora, além de deixar claro a custódia dos equipamentos forneci-
dos. Regula a possibilidade da concessionária aplicar medição
extra e externa a seu critério. É previsto também a inclusão de
medição totalizadora, a critério da concessionária, para seus con-
troles, a inspeção dos seus sistemas de medição, e o modo de
proceder para com os consumidores, em caso de agendamento
de serviços. Define também os critérios de inspeção do sistema
de medição, e a regulamentação do TOI – Termo de Ocorrência
e Inspeção8 - regido agora pelo artigo 591. Define também os cri-
térios de comportamento na relação concessionária/consumidor,
para caso em defeito no sistema de medição, dando os critérios
de compensação de faturamento.

8
Art. 590. Na ocorrência de indício de procedimento irregular, a distribuidora deve adotar as providências necessárias para sua
fiel caracterização, compondo um conjunto de evidências por meio dos seguintes procedimentos: I - emitir o Termo de Ocorrência
e Inspeção - TOI, em formulário próprio, elaborado conforme instruções da ANEEL; (Redação dada pela REN ANEEL 1000, de
07.12.2021)

Art. 129. Na ocorrência de indício de procedimento irregular, a distribuidora deve adotar as providências necessárias para sua
fiel caracterização e apuração do consumo não faturado ou faturado a menor.
§ 1o A distribuidora deve compor conjunto de evidências para a caracterização de eventual irregularidade por meio dos seguintes
procedimentos: I – emitir o Termo de Ocorrência e Inspeção – TOI, em formulário próprio, elaborado conforme Anexo V desta
Resolução (Redação dada pela REN ANEEL 414, de 23.11.2010)

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 31


CAPÍTULO 9 - DA LEITURA - artigo 258 a 280

Nesse capítulo a resolução define como é a leitura dos valores de


consumo, sendo esse o tema principal dessa seção, assim como
sua regulamentação e procedimento de cálculos. É regulado os
termos do período de leitura para grupo A e B, o regulamento de
autoleitura é implementado, o conceito de leitura plurimensal é
apresentado assim como a caracterização do impedimento para
acesso de leitura, e seus ciclos de faturamento. É determinado o
período de 3 ciclos consecutivos para na suspensão do forneci-
mento de energia por conta de impedimento de acesso9.

9
Art. 87. § 2o A partir do quarto ciclo de faturamento, persistindo o impedimento de acesso, a distribuidora deve faturar exclusi-
vamente o custo de disponibilidade ou a demanda contratada, conforme o caso ... (Redação dada pela REN ANEEL 414, de
23.11.2010)

f) Art. 278. Nos ciclos de faturamento em que ocorrer impedimento de acesso para fins de leitura, a distribuidora deve: IV -
comunicar ao consumidor: a possibilidade de suspensão do fornecimento de energia elétrica a partir do terceiro ciclo consecutivo
de impedimento de acesso; e ... (Redação dada pela REN ANEEL 1000, de 07.12.2021)

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 32


CAPÍTULO 10 - DO FATURAMENTO - artigo 281 a 326

Nesse capítulo são reguladas as condições de faturamento do


consumo de energia, abordando o faturamento do grupo B, e de-
finindo os níveis de custo de disponibilidade do sistema elétrico,
em 3 níveis: monofásico, bifásico, e trifásico. Define também o
conceito de compensação de perdas técnicas, das bandeiras ta-
rifárias, e dos períodos a título de testes e ajustes de sistemas. É
também regulado o faturamento por estimativa, considerando a
carga instalada, o período de utilização, e a aplicação de fatores
carga e demanda. Regula as considerações para faturamento em
caso de situação de emergência, da ausência do medidor, e do
caso de suspensão do fornecimento, ou de faturamento incorreto.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 33


CAPÍTULO 11 - DA FATURA E DO PAGAMENTO – artigo 327 a 342

Versa sobre a fatura de energia elétrica, seu conteúdo e forma,


parâmetros, discriminação de impostos e tributos, a forma de en-
trega ao consumidor, das condições de vencimento para paga-
mento das formas de pagamento das providências em caso de
duplicidade de pagamento.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 34


CAPÍTULO 12 - DO INADIMPLEMENTO – artigo 344 a 349

Esse capítulo prima por apresentar as regras que incluem: multas


e tributos extras nas faturas de energia por inadimplente mento,
as parcelas do débito do consumidor, e das restrições que o con-
sumidor passa a ter por conta de não honrar seus compromissos.
Define o prazo de cobrança de faturas em atraso em até 60 meses
ou 5 anos.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 35


CAPÍTULO 13 - DA SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO – artigo 350 a 369

Nesse capítulo estão descritas as regras para a suspensão do


fornecimento, utilizando com cuidados as palavras deve e pode.
A concessionária deve interromper se encontrar conexões clan-
destinas que permitam a utilização de energia elétrica de forma
indevida; a concessionária deve interromper o fornecimento de
energia, se constatar fornecimento de energia para outros; a con-
cessionária deve suspender o fornecimento, se houver risco imi-
nente e danos, às pessoas, bens, ou ao funcionamento do sis-
tema elétrico. Deve haver notificação antes da suspensão de
energia pela concessionária, que pode suspender esse forneci-
mento, para fins de manutenção própria, pelo não pagamento de
serviços, por não pagamento de prejuízos ao sistema da conces-
sionária causada pelo consumidor. Fica claro a proibição de corte
de energia em datas que não estejam compreendidas no intervalo
de segunda à quinta, ou em vésperas de feriados, ou nos feriados,
e se acontecer, deverá ser sempre no horário comercial regula-
mentado. A concessionaria deve também notificar previamente
sobre a suspensão, o consumidor. Fica também regulamentado o
prazo de religação do consumidor, em caso de suspensão inde-
vida, nas diversas localidades classificadas para as instalações.
São descritas as regras e penalidades quanto da ocorrência da
religação pelo consumidor à revelia da concessionária. Regula a
emissão de emissão de um TOI, e dos custos percentuais admi-
nistrativos – que podem chegar à ordem de 50%.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 36


CAPÍTULO 14 - DO SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR E DEMAIS
USUÁRIOS – artigo 370 a 432

Neste capítulo é discutida a forma de atendimento ao consumidor,


aos envolvidos no processo de distribuição de energia, incluiu na
plataforma um acesso de comunicações às plataformas mantidas
pelo Ministério da Justiça. Deixa claro também, que a concessio-
nária com mais de 60.000 unidades podem interromper o forneci-
mento de serviços comerciais fora do horário comercial ou do ca-
lendário comercial. Regula as obrigações de existência de postos
de atendimento presencial aos consumidores, assim também os
seus horários de atendimento ao público.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 37


CAPÍTULO 15 - DA QUALIDADE DO SERVIÇO artigo 433 a 449

Neste capítulo é apresentado e discutido a qualidade dos serviços


prestados pela distribuidora, falando de critérios de classificação e
avaliação de serviços. Define que os consumidores têm que rece-
ber mensalmente, os indicadores individuais de desempenho da
concessionária, em função do módulo 8 do PRODIST, quanto a
qualidade do fornecimento de tensão.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 38


TÍTULO 2 - PARTE ESPECIAL

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 39


CAPÍTULO 1 - DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA – artigos 450 a 477

Esse título regula o fornecimento de energia elétrica para o ser-


viço público de iluminação pública, de responsabilidade do poder
público municipal, ou a quem tenha sido delegado a fornecer tal
tipo de serviço, ou as vias internas de condomínios. Define as res-
ponsabilidades, os pontos de conexão, os cadastros dos pontos
conectados, a medição e faturamento, e as formas de contrato e
faturamento.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 40


CAPÍTULO 2 - DOS EMPREENDIMENTOS DE MÚLTIPLAS UNIDADES – artigos 478
a 493

Esse título regula o fornecimento de energia elétrica para o Múlti-


plas Unidades Consumidoras observando que essas podem ser
do tipo residência, comercial e industrial. Regula as responsabili-
dades das obras necessárias para o atendimento em diversos ca-
sos.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 41


CAPÍTULO 3 - DA CONEXÃO TEMPORÁRIA – artigos 494 a 514

Esse título regula as conexões temporárias. Art. 495. A conexão


temporária pode ser entendida como atendimento a eventos tais
como festividades, circos, parques de diversões, e exposições;
canteiros de obras; testes ou energização de equipamentos; pre-
via de futuras conexões permanentes atendidas de forma anteci-
pada; situações emergenciais; e assentamento informal. Regula
os contratos e seus prazos; as obras para a conexão de energia;
da medição e faturamento da energia fornecida; e das regras de
atendimento para assentamentos desando avaliação de riscos e
capacidade local do sistema.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 42


CAPÍTULO DO ATENDIMENTO POR SISTEMAS ISOLADOS – artigos 515 a 549

Esse título regula as condições de atendimento para um sistema


isolado, quer esteja em condição remota ou por conta de condi-
ções restritas ambientais. o sistema isolado pode ser entendido
como um microssistema ou sistemas individuais; regula também
as condições de vistoria e de conexão ao sistema elétrico local; a
medição, a leitura e o faturamento; a possibilidade do forneci-
mento em período reduzido; e os níveis de atenção em regime
permanente.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 43


CAPÍTULO DAS INSTALAÇÕES DE RECARGA DE VEÍCULOS ELÉTRICOS – arti-
gos 550 a 560

Esse título regula as condições de atendimento para sistemas ins-


talações que prevejam a recarga de veículos elétricos, seja por
conexão nova, ou alteração do nível de potência e tensão. regula
a instalação da estação de recarga; os equipamentos utilizados
para essa atividade funcionamento da estação; e a sua prestação
de serviços.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 44


CAPÍTULO 6 - DO PRÉ-PAGAMENTO E PÓS-PAGAMENTO ELETRÔNICO DE
ENERGIA ELÉTRICA – artigos 561 a 588

Esse título regula as condições de fornecimento de energia atra-


vés dos modos de pagamento pré e pós-pagos. regula a condição
da operadora decidir implantar a modalidade do sistema pré ou
pós-pago para os consumidores do grupo B. Regula a forma de
conduzir a estrutura de venda arrecadação e a tarifação; a forma
de cobrança desses serviços e da definição da tecnologia a ser
utilizada nas modalidades de pagamento existentes; a suspensão
do fornecimento de energia; as regras de recuperação de con-
sumo; e as responsabilidades.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 45


CAPÍTULO 7 - DOS PROCEDIMENTOS IRREGULARES – artigos 589 a 598

Esse título regula as condições dos procedimentos irregulares en-


contrados para fins de recuperação de receita. lá regula o proce-
dimento de identificação da irregularidade, da emissão de docu-
mentação pertinente – TOI; a pesquisa do histórico de consumo;
e a condição técnica dos equipamentos a serem utilizados. Re-
gula o tempo para apuração da receita a ser recuperada; e dos
limites de cobrança dos custos administrativos da forma de cál-
culo da compensação da receita devido à dívida por conta da ir-
regularidade.

Anexo 02 – “Recuperação das Irregularidades” by Marcus Possi – Eng. Eletri-


cista

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 46


CAPÍTULO 8 - DO RESSARCIMENTO DE DANOS ELÉTRICOS – artigos 599 a 621

Esse título regula as ao procedimento de reparação dos casos de


dano elétrico causado a equipamentos de consumidores do grupo
b. Regula as condições para a solicitação do ressarcimento; os
procedimentos para o pedido pelo consumidor; e as responsabili-
dades das partes.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 47


CAPÍTULO 9 - DOS SERVIÇOS E ATIVIDADES ACESSÓRIAS – artigos 622 a 647

Esse título regula quais serviços podem ser cobrados ao consu-


midor: vistoria da unidade, expressão do sistema de medição, ve-
rificação do nível de atenção formas de religação o caráter normal
ou de urgência, emissão de segunda via de faturas, desligamen-
tos programados, religação programada comissionamento de
obras, deslocamento ou remoção de postes, deslocamento ou re-
moção de rede, enquanto a regularização para o acesso de leitura
promover agendamento específico, e implantação de sistema es-
pecífico. engula também os valores para a cobrança dos serviços.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 48


CAPÍTULO 10 -DAS REDES PARTICULARES – artigos 648 a 655

Esse título regula os serviços de incorporação de redes particula-


res ao seu sistema, os procedimentos para a incorporação, e os
procedimentos para requerimento de autorização.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 49


Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 50
TÍTULO 3 - DISPOSIÇÕES
FINAIS E TRANSITÓRIAS

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 51


SECAO I - Da Contagem dos Prazos – artigos 656

Essa seção regula a Contagem dos prazos, e as referências ne-


cessárias para sua disposição.

SECAO I - Do Tratamento de Valores – artigos 657

Essa seção regula a não a forma de arredondamento das grande-


zas elétricas monetárias.

SECAO III - Da Capitalização dos Juros – artigos 658

Essa seção define que a capitalização de juros seja feita na forma


simples.

SECAO IV - Do Cadastro – artigos 659

Essa seção regula a forma de manutenção e organização do ca-


dastro.

SECAO V - Do Calendário – artigos 660

Essa seção regula a forma de atualização para a leitura dos me-


didores, apresentação em vencimento de fatura, e suspensão de
fornecimento.

SEÇÃO VI - Das Penalidades – artigos 661 a 678

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 52


Essa seção regula as penalidades para o descumprimento dá re-
solução, e se utiliza da resolução normativa 846 de 11/06/2019.
SEÇÃO VII - Disposições Transitórias

SEÇÃO VIII - Disposições Finais

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 53


Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 54
Anexo 01 – “Definições novas ou estranhas”
Marcus Possi – Eng. Eletricista

Breve introdução:

O termo “ponto de entrega” desaparece e dá lugar ao “ponto de conexão”.


Sendo uma relação de cliente fornecedor, e sendo o produto a energia elétrica,
a nova definição proposta para esse ponto “entrega”, dá uma entendimento
maior de limites e de compromisso, tornando-o difuso. Outros termos são abor-
dados na análise a seguir e mostram o meu entendimento das possíveis con-
sequências, no dia a dia, dos profissionais que prestam serviços técnicos.

Desenvolvimento:

Na RES 414 temos 39 menções ao termo “ponto de entrega”, enquanto na RES


1000 temos 61 menções ao seu termo substituto: “ponto de conexão”. A análise
é feita tomando como base a RES 414 uma vez eu hábitos, entendimentos e
valor semântico do termo em questão “ponto de entrega” já se consolidou, e
provavelmente, suas substituições não deveria mudar o conhecimento já ad-
quirido, salvo motivo forme e de maior valor.

Partindo da definição original de “ponto de entrega”, no Art. 14 da RES 414,


lemos: “o ponto de entrega é a conexão do sistema elétrico da distribuidora
com a unidade consumidora e situa-se no limite da via pública com a proprie-
dade onde esteja localizada a unidade consumidora, ...”, é possível entender
que esse ponto está no limite ou dentro da propriedade do consumidor – único
local onde ele possui direito e recursos para ser o responsável pela guarda e
manutenção de responsabilidades sobre o sistema elétrico. A via pública não
é de sua responsabilidade, mas daqueles que dela se utilizam como concessi-
onários, ou poder público.

A definição do novo termo, “ponto de conexão”, dada pelo Art. 2, na RES


1000, em seu item XXXV diz: “ponto de conexão: conjunto de materiais e equi-
pamentos que se destina a estabelecer a conexão entre as instalações da dis-
tribuidora e do consumidor e demais usuários”. Entendo que o conceito e apli-
cação do termo “Ponto” na engenharia elétrica se restringe a um elemento ge-
ográfico singular e não plural, a inclusão de da palavra conjunto, descaracteriza
o termo. As instalações da distribuidora são de sua responsabilidade, assim
como os materiais escolhidos e seus equipamentos, e por vezes está distante
dos limites da propriedade do usuário com a via pública.

Isso fica muito fácil de entender quando analisamos os sistemas de medição


mais antigos, onde o medidor de energia estava fixado dentro do imóvel, ou

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 55


nos seus limites de propriedade – divisa com as via pública; e com os sistemas
de medição mais atuais, onde o medidor fica localizado em caixa centralizador
no alto de um poste próximo ao consumidor.

Valer ler o Art. 25, na RES 1000 – na sua redação: Art. 25. O ponto de conexão
localiza-se no limite da via pública com o imóvel onde estejam localizadas as instalações, exceto
se tratar de: I - situação em que exista imóvel de terceiros, em área urbana, entre a via pública e o
imóvel em que esteja localizada a unidade consumidora, caso em que o ponto de conexão se
situará no limite da via pública com o primeiro imóvel

Ar. 26. A distribuidora deve adotar as providências para viabilizar a conexão, operar e manter o
seu sistema elétrico até o ponto de conexão, caracterizado como o limite de sua responsabilidade,
observadas as condições estabelecidas nesta Resolução

As fotos a seguir ilustram à esquerda medidor na divisa do imóvel do consumi-


dor e, à direita muito distante. Isso por opção da concessionária.

foto 1 foto 2

Outro ponto a considerar nessa análise é a definição de unidade consumidora.


Na RES 414 - Art. 2 – LXXXV, entendemos essa unidade como: “conjunto com-
posto por instalações, ramal de entrada, equipamentos elétricos, condutores e
acessórios, incluída a subestação, quando do fornecimento em tensão primá-
ria, caracterizado pelo recebimento de energia elétrica em apenas um ponto de
entrega, com medição individualizada, correspondente a um único consumidor

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 56


e localizado em uma mesma propriedade ou em propriedades contíguas ...”. A
definição do termo, na RES 1000, dada pelo Art. 2, item L diz: “conjunto com-
posto por instalações, ramal de entrada, equipamentos elétricos, condutores,
acessórios ...”. Ainda que sendo de mesma descrição e de responsabilidade
do consumidor, o elemento “Ramal de Ligação” nos faz pensar e detalhar a
seguir.

As definições dadas para o “Ramal de Entrada” – “conjunto de condutores e


acessórios instalados pelo consumidor entre o ponto xxxx e a medição ou a
proteção de suas instalações”, não foi alterada a menos do termo proposto
“ponto de conexão”. Sendo esse o ponto aqui em discussão.

Pela nova redação dada pela RES 1000, ao “Ramal de Ligação”, de respon-
sabilidade da concessionaria-distribuidora, no Art. 2, item XLII - ramal de en-
trada, passa a se chamar de: “Ramal de Conexão: conjunto de condutores e
acessórios instalados pela distribuidora entre o ponto de derivação de sua rede
e o ponto de conexão”, no lugar da definição anterior: RES 414, Art. 2, item
LXIII: “ conjunto de condutores e acessórios instalados pela distribuidora entre
o ponto de derivação de sua rede e o ponto de entrega”.

Dessa forma colocada anova redação, as definições e responsabilidades, po-


dem ser entendidas trazendo um possível entendimento, de que o consumidor
teve suas responsabilidades sobre o sistema de suprimento de energia de sua
residência, estendida de um ponto, para um trecho. Isso não afeta aos consu-
midores que são abastecidos pelo sistema antigo (foto 1 anterior), mas sim
para aqueles que são afetos aos medidores mais modernos e eletrônicos (foto
2). Coloca a possibilidade de que, em pleitos jurídicos, o condutor que liga as
instalações da distribuidoras – poste, ao consumidor – proteção geral, e que
deriva do sistema de medição da distribuidora – se me caso de medições cen-
tralizadas e remotas, seja de responsabilidade legal do consumidor.

A figura a seguir mostra a diferença entre “ponto de entrega” – RES 414, e


“ponto de conexão” – RES 1000, de acordo com a redação dada às duas regu-
lamentações.

Isso pode agravado se analisado especificamente o texto que altera a condi-


ção de cobranças pelos serviços. Além da suposta responsabilidade esten-
dida do consumidor, acrescenta-se a anotação de que a regulamentação

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 57


dispõe para “Medição Externa” na RES 1000 em seu Art. 242: “A distribui-
dora pode instalar sistema de medição externa, a seu critério, sendo res-
ponsável pelos custos de instalação. Parágrafo único. Para unidade consu-
midora do grupo B, as perdas técnicas ocorridas no ramal utilizado para
medição externa devem ser compensadas, conforme metodologia estabe-
lecida no PRODIST.” Os custos da escolha da forma de medição mais inte-
ressante a distribuidora, são repassadas para o consumidor.

Quando se analisa a RES 414, ainda no seu Art. 2 – item XLIX: “medição
externa: aquela cujos equipamentos são instalados em postes ou outras es-
truturas de propriedade da distribuidora, situados em vias, logradouros públi-
cos ou compartimentos subterrâneos”; no Art. 81: “É de responsabilidade da
distribuidora a manutenção do sistema de medição externa, inclusive os equi-
pamentos, caixas, quadros, painéis, condutores, ramal de ligação e demais
partes ou acessórios necessários à medição de consumo de energia elétrica
ativa e reativa excedente.”; e no Art. 167, que diz: “O consumidor é respon-
sável: Parágrafo único. A responsabilidade por danos causados aos equipa-
mentos de medição externa não pode ser atribuída ao consumidor, salvo nos
casos de ação comprovada que lhe possa ser imputada.”. Encontra-se assim,
um reforço aquilo que foi mencionado anteriormente: uma mudança de pos-
tura da agência – ANEEL, quanto a inclusão do consumidor nos compromis-
sos anteriormente delegados, e de responsabilidade e custo exclusivos da
distribuidora.

A consulta realizada no anexo VI - Anexo VI da Nota Técnica n° 0130/2021-


SRD/SMA/ANEEL de 25/11/202110, e VII - da Nota Técnica n° 0130/2021-
SRD/SMA/ANEEL de 25/11/202111, não evidenciou nenhum apontamento cm
a preocupação dada por este profissional.

Conclusão pessoal:

Com a simples substituição de um termos consagrado e um uso por outro, e


por conta de ajustes de entendimento de “Ponto”, posso afirmar: Os custos,

10RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES DA SEGUNDA FASE DA CONSULTA PÚBLICA CP 18/2021


Agenda Regulatória 2021-2022 - Atividade 11 (DIS21-11) - Processo: 48500.005218/2020-06
Período de Contribuição: 19/08/2021 a 4/10/2021
PARTE 1 – CONTRIBUIÇÕES PARA O SEGUINTE DOCUMENTO:
a) ANEXO I – minuta de REN “Direitos do consumidor e do usuário do serviço público de distribuição de energia elétrica”
11
RELATÓRIO DE ANÁLISE DAS CONTRIBUIÇÕES DA SEGUNDA CONSULTA PÚBLICA CP 18/2021
Agenda Regulatória 2021-2022 - Atividade 11 (DIS21-11) - Processo: 48500.005218/2020-06
Período de Contribuição: 19/08/2021 a 4/10/2021

PARTE 2 – CONTRIBUIÇÕES PARA OS SEGUINTES DOCUMENTOS:


a) ANEXO II - Módulo 3 PRODIST
b) ANEXO III - Minuta de REH - Instruções Modelo TOI
c) ANEXO IV - Minuta de REH - Instruções Tipologia
d) ANEXO V - Minuta de REN - Transferência IP
e) ANEXO VI - Minuta de Portaria - Delegação Instruções e Modelos
f) RELATÓRIO de AIR n° 0001/2021-SRD/SMA/ANEEL

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 58


e os problemas, da escolha da forma de medição de energia, que mais con-
venientes à distribuidora, estão sendo agora repassadas para o consumidor.

Essa mudança coloca a possibilidade de que, em pleitos jurídicos, o condutor


que liga as instalações da distribuidoras – poste, ao consumidor – proteção
geral, e que deriva do sistema de medição da distribuidora – no caso de me-
dições centralizadas e remotas, passe a ser de responsabilidade legal do
consumidor.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 59


Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 60
Anexo 02 – “Recuperação das Irregularidades”
Marcus Possi – Eng. Eletricista

Breve introdução:

As definições, assim como as regras de cálculo da recuperação da energia


perdida por conta de irregularidades, foram alteradas na sua redação, A recu-
peração das cargas que estão fora da propriedade do imóvel do consumidor, e
que não são de sua responsabilidade, agora, por ausência de redação, poderia
ser considerada como devida e justa , em desacordo com o código de defesa
do consumidor, para energia cobrada e faturada por deficiências no sistema de
medição da concessionária.

Desenvolvimento:

Um tema recorrente em perícias judiciais, é o cálculo da recuperação da ener-


gia perdida por conta de irregularidades encontradas nas instalações. A ener-
gia que supostamente foi fornecida par o consumidor e não foi paga, quer por
fraude provocada pelo consumidor, ou por problemas no sistema da medição
da distribuidora, é um elemento sensível.

Na RES 414 tínhamos um conjunto de artigos da classe 130, que norteavam


esses cálculos. Eles são encontrados agora nos artigos da classe 595. Ambos
apresentam cinco critérios para a apuração dessa energia não efetivamente
faturada. Apurar por medição independente durante 30 dias; utilizar o fator de
correção por conta do erro apurado no medidor em uso; utilizar a média dos 3
maiores valores dos ultimos12 ciclos, a contar para trás da data da irregulari-
dade; utilizar o consumo calculado pelas cargas elétricas desviadas, seu tempo
médio e frequência de sua utilização; e utilizar os valores máximos, dentre os
ocorridos nos 3 ciclos imediatamente após a retirada da irregularidade.

Foram colocadas a seguir lado a lado a redação das duas resoluções para
facilitar sua leitura e comparação – assim como um terceira coluna que aponta
para possíveis diferenças em apoio a análise.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 61


Uma tabela comparativa para leitura mediata:

RES 414 RES 1000 Diferenças


Art. 130. Comprovado o Art. 595. Comprovado o
procedimento irregular, procedimento irregular, a
para proceder à recupera- distribuidora deve apurar a
ção da receita, a distribui- receita a ser recuperada
dora deve apurar as dife- calculando a diferença en-
renças entre os valores tre os valores faturados e
efetivamente faturados e aqueles apurados, por
aqueles meio de um dos critérios a ---
apurados por meio de um seguir, aplicáveis de forma
dos critérios descritos sucessiva:
nos incisos a seguir, aplicá-
veis de forma sucessiva,
sem prejuízo do disposto
nos arts. 13112 e 17013:

I – utilização do consumo I - utilização do consumo “caracterização e apuração do con-


sumo não faturado ou faturado a me-
apurado por medição fisca- apurado por medição fisca-
nor, conjunto de evidências para a
lizadora, proporcionalizado lizadora, proporcionalizado caracterização de eventual irregulari-
em 30 dias, desde que utili- em 30 (trinta) dade por meio de medição fiscaliza-
zada para caracterização dias, desde que utilizada dora, com registros de fornecimento
em memória de massa de, no mí-
da irregularidade, segundo para caracterização da irre-
nimo, 15 (quinze) dias consecutivos;
gularidade, conforme art. e recursos visuais, tais como fotogra-
59015 fias e vídeos”

12
Art. 131. Nos casos de recuperação da receita, a distribuidora pode cobrar, adicionalmente, o custo administrativo incorrido
com a realização de inspeção in loco, segundo o grupo tarifário e o tipo de fornecimento da unidade consumidora, conforme
valores estabelecidos em resolução específica.

Parágrafo único. Este procedimento somente se aplica aos casos em que o consumidor for responsável pela custódia
dos equipamentos de medição da distribuidora, conforme disposto no inciso IV e parágrafo único do art. 167, ou nos
demais casos, quando a responsabilidade for comprovadamente a ele atribuída
13
Art. 170. A distribuidora deve suspender imediatamente o fornecimento quando for constatada deficiência técnica ou de segu-
rança na unidade consumidora que caracterize risco iminente de danos a pessoas, bens ou ao funcionamento do sistema elétrico.

§ 1º Incorrem na hipótese prevista no caput.


I - o descumprimento do disposto no art. 165, quando caracterizado que o aumento de carga ou de geração
prejudica o atendimento a outras unidades consumidoras; e (Redação dada pela REN ANEEL 479, de
03.04.2012)
II - a prática dos procedimentos descritos no art. 129, quando não seja possível a verificação e regularização
imediata do padrão técnico e de segurança pertinente.
§ 2o Nas hipóteses de que tratam os incisos I e II do § 1o, a distribuidora deve informar o motivo da suspensão ao
consumidor, de forma escrita, específica e com entrega comprovada, sem prejuízo do disposto no § 3º do art. 173
15
Art. 590. Na ocorrência de indício de procedimento irregular, a distribuidora deve adotar as providências necessárias para sua
fiel caracterização, compondo um conjunto de evidências por meio dos seguintes procedimentos:
I - emitir o Termo de Ocorrência e Inspeção - TOI, em formulário próprio, elaborado conforme instruções da ANEEL;
II - solicitar a verificação ou a perícia metrológica, a seu critério ou quando requerida pelo consumidor;
III - elaborar relatório de avaliação técnica quando constatada a violação do medidor ou demais equipamentos de
medição, contendo as informações técnicas e a descrição das condições físicas de suas partes, peças e dispositivos,
exceto quando for solicitada a perícia metrológica do inciso II;
IV - avaliar o histórico de consumo e das grandezas elétricas; e
V - implementar, quando julgar necessário:
a) medição fiscalizadora, com registros em memória de massa de pelo menos 15 (quinze) dias consecutivos;
b) recursos visuais, tais como fotografias e vídeos.
§ 1º A medição fiscalizadora, calibrada conforme padrão do INMETRO ou órgão metrológico delegado, pode
permanecer instalada no circuito da medição de faturamento da unidade consumidora, com o objetivo de
comparação das grandezas elétricas medidas, pelo tempo que a distribuidora julgar necessário.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 62


a alínea “a” do inciso V do contra
“caracterização, compondo um con-
§ 1º do art. 12914 junto de evidências por meio do
Termo de Ocorrência e Inspeção -
TOI, em formulário próprio, elabo-
rado conforme instruções da ANEEL;
com solicitação de verificação ou pe-
rícia metrológica, um relatório de
avaliação técnica se constatada a vi-
olação do medidor ou demais equi-
pamentos de medição, com avalia-
ção do histórico de consumo e das
grandezas elétricas, implementando
medição fiscalizadora, com registros
em memória de massa de pelo me-
nos 15 (quinze) dias consecutivos;
sem obrigatoriedade das fotografias
e vídeos.
II – aplicação do fator de II - aplicação do fator de cor-
correção obtido por meio de reção obtido por meio de
aferição do erro de medição inspeção do medidor e
causado pelo emprego de apuração do erro de medi-
procedimentos irregulares, ção causado pelo emprego
---
desde que os selos e lacres, de procedimentos irregula-
a tampa e a base do medi- res, desde que os selos, os
dor estejam intactos; lacres, a tampa e a base do
medidor estejam intactos;

III – utilização da média dos III - utilização da média dos


3 (três) maiores valores dis- três maiores valores dispo-
poníveis de consumo de níveis de consumo de ener-
energia elétrica, proporcio- gia elétrica, proporcionaliza-
nalizados em 30 dias, e de dos em 30 (trinta) dias, e de
demanda de potências ati- demanda de potências ati-
vas e reativas excedentes, vas e reativas excedentes, ---
ocorridos em até 12 (doze) ocorridos em até 12 (doze)
ciclos completos de medi- ciclos completos de medi-
ção regular, imediatamente ção regular imediatamente
anteriores ao início da irre- anteriores ao início da irre-
gularidade; gularidade;

IV – determinação dos con- IV - determinação dos con-


---
sumos de energia elétrica e sumos de energia elétrica e
das demandas de potências das demandas de potências

§ 2º Enquadra-se como procedimento irregular o aumento de carga à revelia da distribuidora que cause
defeito no sistema de medição, o que deve ser comprovado pela distribuidora.
§ 3º Em caso de defeito na medição sem comprovação do procedimento irregular ou do aumento de carga à
revelia, a distribuidora deve proceder conforme Seção V do Capítulo VIII do Título I, não se aplicando o
disposto neste Capítulo
14 Art. 129. Na ocorrência de indício de procedimento irregular, a distribuidora deve adotar as providências necessárias para sua

fiel caracterização e apuração do consumo não faturado


ou faturado a menor.
§ 1o A distribuidora deve compor conjunto de evidências para a caracterização de eventual irregularidade por meio dos
seguintes procedimentos:
...
V – implementar, quando julgar necessário, os seguintes procedimentos:
a) medição fiscalizadora, com registros de fornecimento em memória de massa de, no
mínimo, 15 (quinze) dias consecutivos; e

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 63


ativas e reativas exceden- ativas e reativas exceden-
tes, por meio da carga des- tes por meio da carga desvi-
viada, quando identificada, ada, quando identificada, ou
ou por meio da carga insta- por meio da carga instalada,
lada, verificada no momento verificada na constatação
da constatação da irregula- da irregularidade; ou
ridade, aplicando-se para a
classe residencial o tempo sendo...
médio e a frequência de uti-
lização de cada carga; e, § 3º No caso do inciso IV,
para as demais classes, os aplica-se para a classe resi-
fatores de carga e de de- dencial o tempo médio e a
manda, obtidos a partir de frequência de utilização de
outras unidades consumi- cada carga, e, para as de-
doras com atividades simi- mais classes, os fatores de
lares; ou carga e de demanda obti-
dos a partir de outras unida-
des consumidoras com ati-
vidades similares.

V – utilização dos valores V - utilização dos valores


máximos de consumo de máximos de consumo de
energia elétrica, proporcio- energia elétrica, proporcio-
nalizado em 30 (trinta) dias, nalizado em 30 (trinta) dias,
e das demandas de potên- e das demandas de potên-
cia ativa e reativa exceden- cia ativa e reativa exce- ---
tes, dentre os ocorridos nos dente, dentre os ocorridos
3 (três) ciclos imediata- nos 3 (três) ciclos imediata-
mente posteriores à regula- mente posteriores à regula-
rização da medição. rização da medição.

Parágrafo único. Se o histó- § 1º Caso a distribuidora ve-


rico de consumo ou de- rifique, nos 36 (trinta e seis)
manda de potência ativa da ciclos completos de fatura-
unidade consumidora variar, mento anteriores à data do
a cada 12 (doze) ciclos com- início da irregularidade, va-
pletos de faturamento, em lor menor ou igual a 40%
valor igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) para a
(quarenta por cento) para a relação entre a soma dos 4
relação entre a soma dos 4 (quatro) menores e a soma
(quatro) menores e a soma dos 4 (quatro) maiores valo-
dos 4 (quatro) maiores con- res de consumo ou de de- ---
sumos de energia elétrica manda de energia elétrica
ativa, nos 36 (trinta e seis) ci- ativa, deve considerar essa
clos completos de fatura- condição para a recupera-
mento anteriores à data do ção da receita.
início da irregularidade, a uti-
lização dos critérios de apu-
ração para recuperação da
receita deve levar em consi-
deração tal condição.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 64


§ 2º Deve ser considerada Há de se notar o conceito de ramal
de conexão por conta das defini-
como carga desviada a
ções apresentadas na RES 1000.
soma das potências nomi-
nais dos equipamentos elé- A mudança de referência para o
tricos conectados na rede antigo “ponto de entrega pode dar
entendimento a inclusão de cargas
elétrica, no ramal de cone-
estranhas ao consumidor nos con-
xão ou no ramal de entrada dutores que saem do poste – me-
da unidade consumidora, didor eletrônico centralizado em
nos quais a energia elétrica caixa metálica no alto do poste pró-
ximo à divisa do imóvel, que não é
consumida não é medida.
de responsabilidade ou de cuida-
dos de manutenção e vistoria dele,
acrescentando mais cargas, e de
hábitos e valores não passiveis de
consideração e cálculos.

Art. 132. O período de dura- Art. 596. Para apuração da


ção, para fins de recupera- receita a ser recuperada, o
ção da receita, no caso da período de duração da irre-
prática comprovada de pro- gularidade deve ser deter-
cedimentos irregulares ou minado tecnicamente ou
de deficiência de medição pela análise do histórico dos
decorrente de aumento de consumos de energia elé-
carga à revelia, deve ser de- trica e demanda de potên- ---
terminado tecnicamente ou cia, respeitados os limites
pela análise do histórico dos instituídos neste artigo.
consumos de energia elé-
trica e demanda de potên-
cia, respeitados os limites
instituídos neste artigo.

§ 1o Na impossibilidade de § 1º Na impossibilidade da
a distribuidora identificar o distribuidora identificar o pe-
período de duração da ríodo de duração da irregu-
irregularidade, mediante a laridade mediante a utiliza-
utilização dos critérios cita- ção dos critérios dispostos
dos no caput, o período de no caput, o período de co- ---
cobrança fica limitado a 6 brança fica limitado aos 6
(seis) ciclos, imediatamente (seis) ciclos imediatamente
anteriores à constatação da anteriores à constatação da
irregularidade. irregularidade.

§ 2o A retroatividade de § 2º A retroatividade de apli-


aplicação da recuperação cação da recuperação da
da receita disposta no caput receita disposta no caput
ficará estrita à última inspe- fica restrita à última inspe-
ção nos equipamentos de ção nos equipamentos de
medição da distribuidora, medição da distribuidora, ---
não considerados o proce- não considerados o proce-
dimento de leitura regular dimento de leitura regular
ou outros serviços comerci- ou outros serviços comerci-
ais e emergenciais. ais e emergenciais.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 65


§ 3o No caso de medição § 3oNo caso de medição
agrupada, não se considera agrupada, não se considera
restrição, para apuração restrição para apuração das
das diferenças não fatura- diferenças não faturadas a
das, a intervenção da distri- intervenção da distribuidora
---
buidora realizada em equi- realizada em equipamento
pamento distinto daquele no distinto daquele no qual se
qual se constatou a irregula- constatou a irregularidade.
ridade.

§ 4o Comprovado, pela dis- § 4º Caso se comprove que


tribuidora ou pelo consumi- o início da irregularidade
dor, que o início da irregula- ocorreu em período não
ridade ocorreu em período atribuível ao atual titular da
não atribuível ao atual titular unidade consumidora, a
da unidade consumidora, a este somente devem ser fa-
este somente devem ser fa- turadas as diferenças apu-
turadas as diferenças apu- radas no período de sua ti-
radas no período sob sua tularidade, sem a cobrança
responsabilidade, sem apli- do custo administrativo do ---
cação do disposto no art. art. 597, exceto nos casos
131, exceto quando ocorre- de sucessão dispostos no §
rem, cumulativamente, as 1º do art. 346.
situações previstas nos inci- § 5º O prazo de cobrança
sos I e II do § 1º do art. 128. retroativa é de até 36 (trinta
§ 5o O prazo máximo de co- e seis) meses.
brança retroativa é de 36
(trinta e seis) meses.

Art. 128. Quando houver dé- Art. 346. Quando o consu-


bitos decorrentes da presta- midor e demais usuários so-
ção do serviço público de licitarem os serviços dispos-
energia elétrica, a distribui- tos nesta Resolução, a
dora pode condicionar à qui- exemplo de conexão nova,
tação dos referidos débitos: alteração de titularidade, re-
---
ligação, aumento de carga e
a contratação de forneci-
mentos especiais, a distri-
buidora não pode exigir ou
condicionar a execução:

I – a ligação ou alteração da I - ao pagamento de débito


titularidade solicitadas por não autorizado pelo consu-
quem tenha débitos no midor e demais usuários ou
mesmo ou em outro local de de débito de titularidade de
sua área de concessão; e terceiros;

II – a religação, aumento de II - à assinatura de qualquer


carga, a contratação de for- termo em que o consumidor
necimentos especiais ou de e demais usuários assu-
---
serviços, quando solicitados mam a responsabilidade
por consumidor que possua por débito de titularidade de
débito com a distribuidora na terceiros, a exemplo de

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 66


unidade consumidora para a termo de aceite, de assun-
qual está sendo solicitado o ção, de responsabilidade ou
serviço. de confissão de dívida; ou

§ 1o A distribuidora não pode


condicionar os atendimentos
previstos nos incisos I e II ao
pagamento de débito não au-
torizado pelo consumidor ou
de débito pendente em nome
de terceiros, exceto quando
ocorrerem, cumulativamente,
as seguintes situações:
I – a distribuidora comprovar
a aquisição por parte de pes-
soa jurídica, à exceção das
pessoas jurídicas de direito
público e demais excludentes
definidas na legislação apli-
cável, por qualquer título, de
fundo de comércio ou esta-
belecimento comercial, in-
dustrial ou profissional; e

II – continuidade na explora- III - à transferência em sis-


ção da mesma atividade eco- tema de débitos de titulari-
nômica, sob a mesma ou ou- dade de terceiros para o ti-
tra razão social, firma ou tular ou novo titular das ins-
nome individual, independen- talações.
temente da classificação da § 1º O disposto no caput
unidade consumidora. não se aplica se satisfeitas
§ 2º O prazo máximo de co- as duas condições a seguir:
brança de faturas em atraso I - a distribuidora comprovar
é de 60 (sessenta) meses a aquisição, por qualquer tí-
§ 3º A distribuidora deve en- tulo, de fundo de comércio
viar mensalmente à ANEEL, ou estabelecimento comer-
até o último dia útil do se- cial, industrial ou profissio-
gundo mês subsequente ao nal, feita por pessoa jurí-
mês de referência, o relatório dica, à exceção das pes-
---
de acompanhamento soas jurídicas de direito pú-
blico e demais excludentes
definidas na legislação apli-
cável; e
II - houver continuidade na
exploração da atividade
econômica, com a mesma
ou outra razão social, firma
ou nome individual, inde-
pendentemente da classifi-
cação da unidade consumi-
dora e demais instalações.
§ 2º Na conexão nova ou al-
teração da titularidade, a
distribuidora pode exigir o

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 67


pagamento de débitos que
sejam do novo titular em ou-
tra instalação na área de
atuação da distribuidora.
§ 3º Na religação, aumento
de carga, contratação de
fornecimentos especiais ou
de serviços, a distribuidora
pode exigir o pagamento de
débitos que sejam do titular
na instalação para a qual
está sendo solicitado o ser-
viço.
§ 4º O disposto no § 3º não
se aplica para os serviços
de inspeção do sistema de
medição, emissão de se-
gunda via de fatura, disponi-
bilização dos dados de me-
dição e de regularização de
impedimento de acesso
para fins de leitura.
§ 5º Caso realize a co-
brança não permitida neste
artigo, a distribuidora deve
devolver em dobro o valor
pago em excesso pelo con-
sumidor e demais usuários,
acrescido de correção mo-
netária e juros e calculado
conforme § 2º do art. 323.

Até onde pode ser observado não há alteração significativa na forma do cálculo
da recuperação, a menos das cargas que estão fora da propriedade do imóvel
do consumidor, agora inclusas, por causa da definição do ponto de conexão.
Há de se verificar também, que na resolução anterior não existe a forma de
obrigações de devolução, em acordo com o código de defesa do consumidor,
e agora apenas para alguns pontos da resolução, existe a referência do paga-
mento em dobro de cobranças indevidas. não há referência de pagamento em
dobro para energia cobrada e faturada por deficiência do sistema de medição
da concessionária.

A consulta realizada no anexo VI - Anexo VI da Nota Técnica n° 0130/2021-


SRD/SMA/ANEEL de 25/11/2021, e VII - da Nota Técnica n° 0130/2021-
SRD/SMA/ANEEL de 25/11/2021, já referenciadas, não evidenciou nenhum
apontamento com a preocupação dada por este profissional.

Conclusão pessoal:

Com a simples substituição de um termos consagrado e um uso, e por conta


de ajustes de entendimento de “Ponto de conexão”, posso afirmar: os cálculos

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 68


e considerações das cargas a serem incluídas para ressarcimento por irregu-
laridades, agora consideram cargas fora da propriedade do autor consumidor,
levando a responsabilidade da vistoria e da manutenção do sistema de distri-
buição para o consumidor.

Coloca a possibilidade de que, em pleitos jurídicos, o condutor que liga as ins-


talações da distribuidoras – poste, ao consumidor – proteção geral, e que de-
riva do sistema de medição da distribuidora – se no caso de medições centra-
lizadas e remotas, seja de responsabilidade legal do consumidor.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 69


Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 70
Anexo 03 – “Utilização das normas”
Estellito Rangel Jr.– Eng. Eletricista

Introdução

As normas técnicas da ABNT são consideradas voluntárias; porém, quando


citadas em documentos legais, passam a ser consideradas compulsórias.

Como exemplos de documentos legais, temos:

LEI Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – “Código de Defesa do


Consumidor”.

NR-10 – Norma Regulamentadora no 10 – de 7 de dezembro de 2004


- “Estabelece os requisitos e condições mínimas que objetivam a im-
plementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de
forma a garantir a segurança e saúde dos trabalhadores que, direta
ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com
eletricidade”. Com base nestas diretrizes, trazemos para debate, o
artigo 29 da Resolução 1000.

Desenvolvimento

Temos no CAPÍTULO II - DA CONEXÃO, na Seção IV, artigo 29 da Resolução


1000, o seguinte texto:

“Art. 29. O consumidor e demais usuários devem observar em suas


instalações as normas e padrões da distribuidora, as normas da As-
sociação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e as normas dos ór-
gãos oficiais competentes, naquilo que for aplicável e não contrariar
à regulação da ANEEL.

Foram atribuídas aqui algumas “obrigações” ao consumidor, haja vista o cará-


ter impositivo do verbo “dever”:

- Inclui “demais usuários” como corresponsáveis;


- Ressalta o atendimento às “normas e padrões da distribui-
dora”, o que, via-de-regra, já é observado pela concessionária
ao apreciar o projeto, antes da concessão da ligação;
- Ressalta o atendimento às “normas da ABNT”;
- Ressalta o atendimento às normas “dos órgãos oficiais com-
petentes”, sem identificá-los;
- Ressalta que “desde que não contrarie a regulação da
ANEEL”.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 71


O texto, aparentemente, leva o consumidor a ficar em dúvida quanto ao que
deve cumprir, pois:

- Como “órgãos competentes”, ele não vê outro além da própria conces-


sionária, que será a responsável por conceder a ligação;
- Tendo seu projeto aprovado pela concessionária, entende-se que as
normas ABNT e os padrões da concessionária estão atendidos, o que
dispensaria o consumidor de conhecer a regulação da ANEEL, criada
em dezembro de 1997 tendo como principais atribuições: regular a ge-
ração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica.
Desta forma, a colocação em destaque “desde que não contrarie a regu-
lação da ANEEL”, entende-se que tenha sido incluída como um “guarda-
chuva preventivo” visando futuras aplicações e tecnologias de instala-
ções elétricas, como ocorreu recentemente na autogeração de energia
elétrica, quando houve um aumento expressivo das instalações fotovol-
taicas residenciais.

Conclusão pessoal

O artigo 29 faz referência a documentos que não são de uso costumeiro dos
consumidores, como “as regulações da ANEEL”, e a entidades “indetermina-
das” (“órgãos competentes”), o que pode criar atritos com a concessionária,
uma vez que tais requisitos criam uma “zona cinzenta” no relacionamento do
consumidor com a concessionária.

Estes atritos seriam evitados resumindo-se os requisitos às normas


ABNT e aos padrões da concessionária.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 72


Anexo 04 – “Segurança das instalações das distribuidoras”
Estellito Rangel Jr.– Eng. Eletricista

Introdução

Os dados divulgados no Anuário Estatístico Abracopel relativos aos acidentes


ocorridos na rede aérea, apenas no primeiro semestre de 2021, são preocu-
pantes porque já tinham ultrapassado as ocorrências dos dois anos anteriores,
como mostrado na Figura 1.

Figura 1: Acidentes na rede aérea e em moradias, 2021

Ressalte-se que as redes aéreas, geralmente energizadas em 13,2 kV, são


construídas em cabos nus de alumínio, podendo ter na parte central um fio ou
cabo de aço galvanizado.

Esta é a forma construtiva mais barata, além do que não possui um esquema
de proteção elétrica que vise a segurança da população, por exemplo, contra
o rompimento de cabo energizado na via pública.

(ver https://blogdogusmao.com.br/2022/03/01/exclusivo-deus-me-deu-uma-
segunda-chance-desabafa-mulher-que-quase-morreu-eletrocutada-dentro-do-
carro-no-pontal/)

A comunidade técnica tem se preocupado com a “omissão” dos regulamentos


da Aneel que não estabelecem regras para garantir efetiva segurança às pes-
soas nas proximidades dos sistemas de distribuição elétrica, sejam aéreos ou
subterrâneos.

Com base nestas informações, trazemos para debate, no CAPÍTULO I - DAS


DISPOSIÇÕES GERAIS, a Seção II-Das Definições, da Resolução 1000.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 73


Desenvolvimento

Na seção das definições da Resolução 1000, na fase da Consulta Técnica, a


ABEE-RJ (Associação Brasileira dos Engenheiros Eletricistas, Rio de Janeiro),
emitiu a seguinte sugestão:

“Acrescentar “§ 4 - Segurança é a condição de fornecimento


caracterizada dentro dos padrões fixados pela ANEEL e sem
registros de eventos que tenham provocado prejuízos materiais
a terceiros, ferimentos ou mortes a pessoas estranhas ao
corpo de empregados – próprios ou terceirizados – das
distribuidoras”.

A justificativa dada pela ABEE-RJ foi:

“Este documento trata extensamente de “faturamento”,


“modalidades tarifárias”, mas nada menciona sobre os requisitos
de segurança que a rede da concessionária deve cumprir, o
que é questionável”

A Aneel não aceitou a sugestão, e deu a seguinte justificativa:

“A redação do art. 4º apenas reproduz o disposto no art. 6º da Lei nº


8.987/1995. O Módulo 1 do PRODIST (CP52/2021) já contém definições rela-
cionadas ao tema “segurança”.

Vejamos então quais definições relativas à segurança do sistema elétrico estão


no Módulo 1 do Prodist:

157. Esquema de Controle de Segurança – ECS: sistema


especial de proteção que objetiva, a partir da detecção de
contingências múltiplas nos sistemas, realizar uma ação
automática para evitar a propagação de distúrbios.

321. Segurança operativa: refere-se à capacidade do sistema de


distribuição de média e alta tensão em suportar distúrbios
iminentes (contingências) sem interrupção do atendimento ao
consumidor.

341. Sistemas Especiais de Proteção – SEP: sistema que, a


partir da detecção de uma condição anormal de operação ou de
contingências múltiplas, realiza ações automáticas para
preservar a integridade do sistema, dos equipamentos ou
das linhas de transmissão. O SEP engloba os Esquemas de
Controle de Emergência – ECE e os Esquemas de Controle de
Segurança – ECS

Cabe esclarecer o que significa “contingência” em sistemas de distribuição,


conforme o Prodist Módulo 1:

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 74


87. Contingência: perda de equipamentos ou instalações que
provoca, ou não, violação dos limites operativos ou corte de
carga.

Especialmente nos sistemas de distribuição subterrâneos, topologia reticulada,


tem sido declarado pelas distribuidoras que ele “suporta” duas ou três “contin-
gências”, como por exemplo, um curto-circuito em um dos cabos, e os consu-
midores não sofrem interrupção do fornecimento.

Isto porque os demais cabos em anel passam a suprir os consumidores assu-


mindo a carga do cabo defeituoso e que “saiu do sistema”. Porém, tal “conti-
nuidade operacional”, é mantida ao preço da sobrecarga nos demais cabos
elétricos que passaram a assumir a carga.

E a sobrecarga danifica o isolamento dos cabos elétricos até que a distribuidora


promova o reparo, o que pode demorar meses.

E os danos no isolamento elétrico dos cabos nas redes subterrâneas não só


os colocam em risco de novos curtos-circuitos, bem como liberam gases infla-
máveis, criando condições de incêndios e explosões, que já vitimaram cente-
nas de pessoas e provocaram perdas materiais.

(ver http://portalclubedeengenharia.org.br/2014/05/13/olhar-atento-sobre-o-
sistema-eletrico-subterraneo/)

Também cabe destacar que a definição 341 do Módulo 1 do Prodist tem o foco
“na integridade do sistema, dos equipamentos ou das linhas de transmissão”,
e não das pessoas!

Conclusão pessoal

A ausência da definição do que seja um “sistema seguro”, limita a avaliação


das distribuidoras aos índices DEC e FEC, os quais apenas apontam a quanti-
dade e a duração dos eventos de interrupção de fornecimento, e não servem
para apontar um sistema como seguro à população.

A recusa da Aneel à sugestão de ser incluída a definição do que seja um sis-


tema seguro na Resolução 1000, usando como argumento que “já existia uma
referência no Prodist”, foi equivocada, e manteve a população refém da política
das distribuidoras em construir sistemas baratos, e sem implementarem dispo-
sitivos de segurança que evitariam as centenas de vítimas nas lamentáveis
ocorrências nas redes de distribuição aéreas e subterrâneas.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 75


Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 76
Anexo 05 – “Participação financeira do consumidor”
Estellito Rangel Jr.– Eng. Eletricista

Introdução

As Resoluções Normativas nº 482/2012 e 687/2015 da Aneel, permitiram que


o consumidor produzisse sua própria energia elétrica e fornecesse o exce-
dente para a rede de distribuição de sua localidade a partir de fontes renová-
veis, modalidade conhecida como “geração distribuída (GD)”.

O Sistema de Compensação de Energia Elétrica permitiu que o consumidor


instalasse pequenos geradores, como painéis fotovoltaicos, e permutasse
energia com a distribuidora, para reduzir sua fatura de energia elétrica.

Também ocorreu o surgimento da “geração compartilhada”, quando consumi-


dores com geração própria fazem a partilha de energia de micro ou minigera-
ção com um grupo de pessoas, podendo até determinar o percentual de
energia que seria destinado a cada unidade, desde que estivessem na
mesma área de concessão.

O prazo de validade dos créditos (energia a mais que a unidade consumidora


gerou) foi atribuída como de 60 meses, sendo que poderiam também ser usa-
dos para abater o consumo de unidades consumidoras do mesmo titular, em
outro local.

Não havia uma “migração”, ou seja, a segurança no abastecimento de ener-


gia permaneceria sendo fornecida pela concessionária.

Com base nestas premissas, trazemos para o debate, os artigos 106, 107 e
108 da Resolução 1000.

Desenvolvimento

Temos no CAPÍTULO II - DA CONEXÃO, na Seção XVII - Das Obras com


Participação Financeira da Resolução 1000, os textos seguintes:

“Art. 106. Devem ser calculados o encargo de responsabilidade da distribui-


dora e a participação

financeira do consumidor nas seguintes situações:

….

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 77


Parágrafo único. A distribuidora deve custear as melhorias ou reforços no
sistema de distribuição decorrentes da injeção de energia por unidade consu-
midora com microgeração distribuída, não havendo participação financeira do
consumidor, exceto para o caso de geração compartilhada.

Art. 107. O pagamento da participação financeira pode ser parcelado no


caso de solicitação do consumidor e aprovação da distribuidora, mediante
formalização por meio de contrato ou outro instrumento.

Art. 108. A participação financeira do consumidor é a diferença positiva en-


tre o orçamento da obra de mínimo custo global, proporcionalizado nos ter-
mos deste artigo, e o encargo de responsabilidade da distribuidora.

Conclusão pessoal

Os artigos 106, 107 e 108, aparentemente, colocam um custo extra


ao consumidor de geração compartilhada, o que não é contemplado na gera-
ção distribuída individual.

A geração compartilhada – modalidade que pode beneficiar especialmente os


pequenos consumidores – ficou sujeita ao “bom humor” da concessionária,
que pode aprovar ou não o parcelamento dos tais “custos”, bem como, pode
dificultar a solicitação do consumidor se ela passar a apresentar um “custo
global” alto, cujas bases não estão claramente definidas na Resolução 1000.

A geração compartilhada também gera valor para os investidores,


contribui para a geração de energia limpa, preserva o meio ambiente, e por-
tanto, deveria receber também grandes estímulos por parte dos órgãos gover-
namentais, como por exemplo, evitando-se impor o pagamento pelo consumi-
dor de “custos” relativos a sistemas de distribuição que já estão amortizados
há décadas.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 78


Anexo 06 – “Direitos e deveres da concessionária”
Estellito Rangel Jr.– Eng. Eletricista

Introdução

A Resolução Normativa 1000 da Aneel manteve na Seção III - Dos Principais


Direitos e Deveres, em seu Art. 3º, § 1º que os principais direitos e deveres
do consumidor responsável por unidade consumidora do Grupo B estão no
Anexo I.

O Anexo I trata-se do modelo de CONTRATO DE ADESÃO - GRUPO B,


CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO DE DISTRIBUIÇAO
DE ENERGIA ELÉTRICA, onde consta em sua CLÁUSULA QUINTA: DOS
DEVERES DO CONSUMIDOR:

5.1.3. manter a adequação técnica e a segurança das instalações elétricas da


unidade consumidora, de acordo com as normas oficiais brasileiras;

e na

CLÁUSULA SEXTA: DA INTERRUPÇÃO DO SERVIÇO

6.1. A DISTRIBUIDORA pode suspender o fornecimento de energia elétrica,


sem aviso prévio ao CONSUMIDOR, quando for constatado:

6.1.1. deficiência técnica ou de segurança em instalações da unidade


consumidora, que causem risco iminente de danos a pessoas, bens ou ao
sistema elétrico;

Com base nestas disposições, trazemos para o debate, o artigo 3 da Resolu-


ção 1000.

Desenvolvimento

Apesar de termos notado no “Art. 29. O consumidor e demais usuários de-


vem observar em suas instalações as normas e padrões da distribuidora, as
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e as nor-
mas dos órgãos oficiais competentes, naquilo que for aplicável e não contra-
riar à regulação da ANEEL.”, verificamos que não foi incluída na Resolução
1000 a exigência que as instalações da distribuidora também atendam às nor-
mas da ABNT.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 79


No caso da NBR 5410 (norma sobre as instalações de baixa tensão), consta
no item 1.3:

1.3 Esta Norma não se aplica a:

….

f) redes públicas de distribuição de energia elétrica;

e na NBR 14039 (norma que abrange as instalações de geração, distribuição


e utilização de energia elétrica, com tensão nominal de 1,0 kv a 36,2 kv, à fre-
quência industrial, visando manter a segurança e continuidade do serviço),
consta:

1.8 Esta Norma não se aplica:

a) às instalações elétricas de concessionários dos serviços de geração,


transmissão e distribuição de energia elétrica, no exercício de suas funções
em serviço de utilidade pública;

Desta forma, entende-se que as distribuidoras estão isentas de seguir as nor-


mas ABNT, podendo construir redes de distribuição com proteções deficien-
tes, de menor custo, sem qualquer compromisso de garantir a segurança ne-
cessária para proteger a população.

Conclusão pessoal

A Resolução 1000 deveria incluir o atendimento às normas ABNT nas


instalações das distribuidoras, uma vez que aqueles documentos normativos
ABNT as excluíram do atendimento, provavelmente, por influência política.

Da mesma forma, a Aneel deveria estabelecer prazos para adequa-


ção das instalações atuais, e as devidas sanções – a exemplo do item 6.1,
onde a DISTRIBUIDORA pode suspender o fornecimento de energia elétrica,
sem aviso prévio ao CONSUMIDOR, se sua instalação não oferecer a “segu-
rança”, que em princípio, deve estar baseada nos requisitos nas normas
ABNT.

Entendemos estar caracterizado o cenário “dois pesos e duas medi-


das”, que tem sido responsável pela ocorrência

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 80


Anexo 07 – “Dos Estudos e Projeto da Distribuidora ”
Marcelo Zenderski – Eng. Eletricista – e-mail

Introdução:

Análise da fase de projeto elétrico para um consumidor e usuários, levanta-


mento de custos de implantação e dinâmica de aprovação junto à Concessio-
nária.

Desenvolvimento:

Para início de qualquer pedido de fornecimento de energia elétrica à um con-


sumidor (subintende-se também, qualquer alteração em uma instalação exis-
tente), por parte do interessado, aqui chamado consumidor, tem-se que fazer
um pedido formal a distribuidora local de energia.

Para efeito de esclarecimento, considera-se consumidor e usuários no caso de


que o consumidor está sendo o ponto de entrada que ser diversifica para mais
de um usuário; quando se caracteriza uma medição que poder ser individual
ou agrupada.

RES 1000 RES. 414 DIFERENÇAS


Art. 70. A distribuidora deve Do Orçamento e das Obras para Temos uma diminuição de prazo
fornecer protocolo ao consumidor e Viabilização do Fornecimento para a Concessionária receber,
demais usuários quando Art. 32. protocolar e encaminhar ao
receber solicitação de orçamento A distribuidora tem o prazo de 30 solicitante informações sobre o seu
estimado ou de orçamento prévio. (trinta) dias, contados da data da pedido.
Parágrafo único. A distribuidora solicitação de que trata o art. 2716,
pode recusar o pedido se não para elaborar os estudos, Temos uma comunicação sendo
forem apresentadas, no ato, as orçamentos, projetos e informar ao feita de forma obrigatória com o
informações de responsabilidade interessado, por escrito, quando: consumidor e de forma digital,
do consumidor e demais usuários. ….. sendo o consumidor indicar qual o
§4o O prazo de que trata o caput canal digital de comunicação que o
Art. 71. A distribuidora tem o prazo pode ser suspenso no caso do convêm.
de até 5 dias úteis, contados a interessado não
partir da solicitação, para apresentar as informações sob sua Temos a obrigação da
verificar a entrega das informações responsabilidade ou não forem concessionária de fornecer
e documentos necessários e obtidas pela distribuidora as orçamento prévio das obras, se
adotar uma das seguintes informações ou autorizações da solicitada e num prazo
providências: autoridade competente, desde que determinado. Item importante para
I - comunicar ao consumidor e estritamente necessárias à a avaliação do cliente que irá
demais usuários o recebimento da realização dos estudos, projeto e realizar a obra usar em seu
solicitação e a próxima orçamento, devendo o interessado planejamento financeiro.
etapa; ou ser comunicado previamente à

16 Art. 27. Efetivada a solicitação do interessado de fornecimento inicial, aumento ou redução de carga, alteração do nível de
tensão, entre outras, a distribuidora deve cientificá-lo quanto

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 81


II - indeferir a solicitação e suspensão e o prazo ser
comunicar ao consumidor e demais continuado imediatamente após
usuários as não conformidades. sanadas as pendências.
Art. 77. A distribuidora deve
entregar o orçamento estimado ou
o orçamento prévio por
escrito, pelo canal indicado pelo
consumidor e demais usuários na
solicitação, sendo permitido o
envio
por meio eletrônico.
Art. 78. A distribuidora deve
disponibilizar ao consumidor e
demais usuários, sempre que
solicitado, os estudos que
fundamentaram a alternativa
escolhida no orçamento estimado
ou no
orçamento prévio, em até 10 dias
úteis.

Conclusão pessoal:

Nos itens apresentado e confrontados entra as duas resoluções demos verifi-


car que a concessionária passou a ter que operar de forma mais transparente
e clara, com prazos e informações mais precisas, tendo que que enquadrar
num trabalho mais eficiente e profissional em face do consumidor.

Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todas as fases cobradas à
concessionária seja rigorosamente cumpridas.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 82


Anexo 08 – “Critério de Mínimo Custo Global”
Marcelo Zenderski – Eng. Eletricista – e-mail

Breve introdução:

Análise da fase de projeto elétrico para um consumidor e usuários, levanta-


mento de custos de implantação e dinâmica de aprovação junto à Concessio-
nária.

Desenvolvimento:

A necessidade de se saber o Custo Global dos serviços a serem feitos é ponto


fundamental para o investidor, que no caso é o solicitante à concessionária de
uma alteração ou novo ramal de alimentação elétrica.

RES 1000 RES. 414 DIFERENÇAS


Art. 79. O critério de mínimo custo Art. 43. O critério de mínimo custo global
global é caracterizado pela A participação financeira do ficou mais claro e consagrado
seleção, dentre as alternativas consumidor é a diferença positiva como uma diretriz para a tomada
viáveis, da que tenha o menor entre o custo da obra de decisão da concessionária na
somatório dos seguintes custos: proporcionalizado nos termos avaliação da solicitação feita pelo
I - instalações de conexão, deste artigo e o encargo de consumidor.
transformação e redes de responsabilidade da distribuidora.
responsabilidade do consumidor e § 1o O custo da obra deve Ficou definido critérios a serem
demais usuários; considerar os critérios de mínimo seguidos para o levantamento do
II - obras no sistema elétrico de dimensionamento técnico custo mínimo. (critérios de obra;
distribuição e de transmissão; possível e menor custo global, critério elétricos; critérios
III - perdas elétricas no sistema observadas as normas e padrões a comerciais).
elétrico; que se referem a alínea “a” do
IV - incorporação de instalações inciso I do art. 27 e os padrões de Ficou estabelecido o tempo
20

de outros consumidores e demais qualidade da prestação do serviço previsto na avaliação da alternativa


usuários; e e de investimento prudente de custo apresentada.
V - remanejamento de instalações definidos pela ANEEL.
da distribuidora ou de terceiros. Caso a alternativa apresentada
§ 1o As alternativas avaliadas Art. 53. pelo consumidor não seja a mesma
devem considerar o horizonte de A distribuidora pode atender, a apresentada pela concessionária,
planejamento de 10 anos para título precário, unidades a concessionária deve seguir a
conexões em tensão maior ou consumidoras solicitação do consumidor, desde
igual a 69 kV e de 5 anos para as localizadas em outra área de que seja tecnicamente viável.
demais. concessão ou permissão, desde
que se cumpram as condições a
seguir:

20
I – obrigatoriedade, quando couber, de: (Redação dada pela REN ANEEL 670 de 14.07.2015)
a) observância, na unidade consumidora, das normas e padrões disponibilizados pela distribuidora, assim como daquelas
expedidas pelos órgãos oficiais competentes, naquilo que couber e não dispuser contrariamente à regulamentação da ANEEL;

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 83


§ 2o É vedado à distribuidora I – o atendimento seja justificado
incluir nas alternativas avaliadas técnica e economicamente;
obras no sistema elétrico de II – a decisão econômica se
distribuição que não sejam fundamente no critério do menor
necessárias para a realização da custo global;
conexão.

Art. 80. A aplicação do critério de


mínimo custo global pode indicar
ponto de conexão diferente do
existente para instalações já
conectadas, inclusive em nível de
tensão distinto.
Art. 81. No caso da alternativa
selecionada pelo critério de
mínimo custo global indicar a
conexão em instalações de outro
agente, consumidor ou de demais
usuários, a distribuidora deve,
observadas as disposições desta
Resolução:
I - adotar as providências de sua
responsabilidade; e
II - informar ao consumidor e
demais usuários sobre os
procedimentos que devem ser
adotados.
Art. 82. Caso as condições
solicitadas pelo consumidor e
demais usuários sejam diferentes
das
selecionadas na alternativa de
mínimo custo global, a
distribuidora deve:
I - para unidade consumidora:
a) se houver viabilidade técnica
para o atendimento solicitado:
manter as condições requeridas
pelo consumidor, observado o art.
9817; ou b) se não houver
viabilidade técnica para o
atendimento solicitado: apresentar
a alternativa de mínimo custo
global considerando as condições
de definição da tensão e do ponto

17 Art. 98. O consumidor e demais usuários, observados os critérios de gratuidade dispostos no art. 104 e no art. 105 e as
obras de responsabilidade exclusiva, são responsáveis pelos seguintes custos:
I - instalações internas, exceto no caso do padrão gratuito disposto no art. 49;
II - instalações de interesse restrito, caso aplicável;
II - instalações do ponto de conexão; e
IV - participação financeira nas obras de responsabilidade da distribuidora, calculada conforme art. 108.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 84


de conexão do art. 2318 e do art.
2519;
II - demais usuários: informar no
orçamento prévio a
impossibilidade do atendimento
solicitado, apresentando a
alternativa de mínimo custo global.

Conclusão pessoal:

A avaliação do solicitado à concessionário e avaliado para ser realizado ficou


mais flexível e permite ao consumidor e solicitante ter suar demandas atendi-
das mesmo que seja de custo maior.

Isto contribui para uma clareza e dinamismo no processo de avaliação com a


participação do consumidor na tomada da decisão.

Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todas as fases cobradas à
concessionária seja rigorosamente cumpridas.

18 Art. 23. A distribuidora deve definir o grupo e o nível de tensão de conexão ao sistema elétrico, observados os critérios a
seguir:
I - para unidade consumidora:
a) Grupo B, com tensão menor que 2,3 kV em rede aérea: se a carga e a potência de geração instalada na uni-
dade consumidora forem iguais ou menores que 75 kW;
b) Grupo B, com tensão menor que 2,3 kV em sistema subterrâneo: até o limite de potência instalada, conforme
padrão de atendimento da distribuidora, observado o direito de opção para o subgrupo AS do Grupo A disposto
no § 3o;
c) Grupo A, com tensão maior ou igual a 2,3 kV e menor que 69 kV: se a carga ou a potência instalada de gera-
ção na unidade consumidora forem maiores que 75 kW e a maior demanda a ser contratada for menor ou igual a
2.500 kW; e
19 Art. 25. O ponto de conexão localiza-se no limite da via pública com o imóvel onde estejam localizadas as
instalações, exceto se tratar de:
I - situação em que exista imóvel de terceiros, em área urbana, entre a via pública e o imóvel
em que esteja localizada a unidade consumidora, caso em que o ponto de conexão se situará no limite da
via pública com o primeiro imóvel;
II - unidade consumidora do Grupo B em área rural, caso em que o ponto de conexão se situará no local de
consumo, inclusive se localizado dentro do imóvel do consumidor;

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 85


Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 86
Anexo 09 – “Da Aprovação do Orçamento Prévio ”
Marcelo Zenderski – Eng. Eletricista – e-mail

Introdução:

Ter um orçamento prévio aprovado é um ponto positivo para qualquer empre-


endimento e serve de parâmetro para uma obra bem executada.

Desenvolvimento:

O orçamento passa a ser a peça-chave para a tomada de decisão de muitos


investimentos. Com o orçamento prévio dado pela concessionária pode o em-
preendedor ter mais certeza da conclusão de prazos e metas futuras de toda a
obra.

RES 1000 RES. 414 DIFERENÇAS


Art. 83. O consumidor e demais Art. 32. Houve uma reestruturação na
usuários devem aprovar o A distribuidora tem o prazo de 30 forma de relacionamento com o
orçamento prévio e autorizar a (trinta) dias, contados da data da consumidor e demais usuários.
execução das obras pela solicitação de que trata o art. 27,
distribuidora nos seguintes prazos: para elaborar os estudos, Os prazos foram redistribuídos em
I - 10 dias úteis: no caso de orçamentos, projetos e informar ao categorias. (atendimento gratuito;
atendimento gratuito ou que não interessado, por escrito, quando: orçamento prévio.).
tenha participação financeira; e I – inexistir rede de distribuição que
II - no prazo de validade do possibilite o pronto atendimento da O orçamento e a análise de
orçamento prévio da distribuidora: unidade projetos foram tratados de forma
nas demais situações. consumidora; diferente permitindo que possam
§ 1o A distribuidora deve II – a rede necessitar de reforma ou andar e serem resolvidos de forma
estabelecer o prazo de validade do ampliação; mais rápida e paralela.
orçamento prévio, contado de §4o O prazo de que trata o caput
seu recebimento pelo consumidor pode ser suspenso no caso do A figura do contrato assinado com
e demais usuários, e que deve ser interessado não apresentar as o consumidor garante mais
de pelo menos 10 dias úteis, informações sob sua garantia e prazos. O orçamento
exceto se prazo maior for disposto responsabilidade ou não forem possui uma garantia de validade
na regulação. obtidas pela distribuidora as mínima.
§ 2o A validade do orçamento informações ou autorizações da
prévio se prorroga pelo período autoridade competente, desde que O andar do processo corre menos
estabelecido para assinatura estritamente necessárias à risco de ser suspenso.
dos contratos. realização dos estudos, projeto e
§ 3o No caso do inciso I do caput, orçamento, devendo o interessado A distribuidora e o consumidor e
a não manifestação até o término ser comunicado previamente à demais usuários ficam obrigados a
do prazo caracteriza a suspensão e o prazo ser cumprir o orçamento prévio
concordância do consumidor e continuado imediatamente após aprovado e que somente poderá se
demais usuários com o orçamento sanadas as pendências. alterado com o acorde de todos.
prévio recebido.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 87


§ 4o A devolução dos contratos § 2o Salvo estipulação de prazo A não assinatura ou não
assinados e o pagamento da maior pela distribuidora, o cumprimentos de prazos podem
participação financeira orçamento informado terá invalidar o orçamento prévio.
caracterizam a aprovação do validade de 10 (dez) dias, contado
orçamento prévio e a autorização de seu recebimento pelo Serviços de terceiros estão fora do
para execução das obras. consumidor. orçamento e ficam fora do
§ 5o A distribuidora e o consumidor § 3o O pagamento da participação pagamento pelo consumidor e
e demais usuários devem cumprir financeira do consumidor demais usuários.
o orçamento prévio caracteriza a opção pela execução
aprovado, que somente pode ser da obra conforme o orçamento e o A concessionária de prazo de 05
alterado mediante acordo entre as cronograma acordados com a dias para entregar o contrato ao
partes. distribuidora. consumidor, após aprovação do
§ 6o O consumidor e demais orçamento prévio.
usuários não respondem por
custos ou acréscimos decorrentes O consumidor tem prazo de 30 dias
da contratação de serviços de do recebimento, para proceder a
terceiros não previstos no assinatura e pagamento, no caso
orçamento prévio. aplicável; ou pactuar este
§ 7o O orçamento prévio perderá a pagamento.
validade nos casos de:
I - não aprovação nos prazos O consumidor após aprovarem o
estabelecidos; orçamento prévio podem
II - não pagamento da participação formalizar a distribuidora a opção
financeira nas condições de antecipação da obras de
estabelecidas pela distribuidora; responsabilidade da distribuidora.
ou Podem escolher entre (1)- aporte
III - não devolução dos contratos de recursos em parte ou todo. (2)-
assinados no prazo. execução da obra.
Art. 84. No prazo de até 5 dias úteis
após a aprovação do orçamento A concessionária tem prazo de 05
prévio, a distribuidora deve dias para informar se é possível a
entregar ao consumidor e demais antecipação solicitada por aporte,
usuários os contratos e, caso justificando a sua impossibilidade.
aplicável, o documento ou meio de Como também o procedimento de
pagamento. execução da obra (plano de obra)
Art. 85. O consumidor e demais e a metodologia de restituição do
usuários têm o prazo de até 30 aporte combinado.
dias, contados a partir do
recebimento dos contratos e, caso No caso da opção de execução da
aplicável, do documento ou meio obra pelo consumidor e usuários, a
de pagamento, para: concessionária deverá num prazo
I - devolver para a distribuidora os de 10 dias úteis, após a
contratos e demais documentos confirmação da opção. De toda a
assinados; documentação, normas e
II - pagar os custos de participação especificações da obra;
financeira de sua comunicando que a obra será
responsabilidade, ou pactuar com fiscalizada pela concessionária
a distribuidora como será realizado antes de seu aceite. Tanto
o pagamento, caso aplicável; e procedimentos de execução como
III - apresentar à distribuidora a custos serão auditados pela
documentação e as informações concessionária antes do aceita da
requeridas nos Procedimentos de obra.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 88


Comercialização da CCEE, no
caso de opção pelo ACL. Todos os detalhes da execução da
Art. 86. O consumidor e demais obra farão parte de um contrato,
usuários, ao aprovarem o incluso com os itens combinados
orçamento prévio, podem para a restituição dos valores de
formalizar à distribuidora sua custos devidamente comprovados.
opção pela antecipação da
execução das obras de
responsabilidade da distribuidora,
por meio de uma das seguintes
alternativas:
I - aporte de recursos, em parte ou
no todo; ou
II - execução da obra.
§ 1o A distribuidora deve informar,
no prazo de até 5 dias úteis,
considerando a opção do
consumidor e demais usuários:
I - se é possível a antecipação pelo
aporte de recursos e como deve
ser realizado o pagamento,
justificando em caso de
impossibilidade; ou
II - o procedimento para execução
da obra e a metodologia de
restituição.
§ 2o No caso de opção pela
execução da obra, a distribuidora
deve adotar as seguintes
providências no prazo de até 10
dias úteis, contados da informação
do §1o:
I - disponibilizar gratuitamente ao
consumidor e demais usuários:
a) o projeto elaborado no
orçamento prévio, informando que
eventual alteração deve ser
submetida à aprovação da
distribuidora, conforme prazos e
condições dispostos no art. 50 e
seguintes;
b) normas, os padrões técnicos e
demais informações técnicas
pertinentes; e
c) especificações técnicas de
materiais e equipamentos;
II - informar os requisitos de
segurança e proteção;
III - informar que as licenças,
autorizações, desapropriações e
instituições de servidão

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 89


administrativa serão de
responsabilidade da distribuidora,
conforme art. 87;
IV - informar que a obra deve ser
fiscalizada antes do seu
recebimento;
V - orientar quanto ao cumprimento
de exigências estabelecidas e
alertar que a não
conformidade com as normas e os
padrões da distribuidora implica a
recusa do recebimento das obras e
a impossibilidade da conexão; e VI
- informar a relação de documentos
necessários para a incorporação
da obra e comprovação dos custos
pelo consumidor e demais
usuários.
§ 3o A distribuidora deve formalizar
a opção do consumidor e demais
usuários pela
antecipação das obras por meio da
assinatura de um contrato que,
além das cláusulas essenciais,
detalhe as condições e valores da
restituição.

Conclusão pessoal:

Fica claro verificar que todo o procedimento adotado agora para ser transpa-
rente e deixando ambas as parte em igual condição de colocar e justificar as
suas posições.

Cada fase e responsabilidade foi definida dentro de uma sequência de priori-


dades e dentro de uma cronologia possível.

O consumidor e usuários ficaram com uma segurança maior na execução de


um empreendimento.

Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todas as fases cobradas à
concessionária seja rigorosamente cumpridas.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 90


Anexo 10 – “ Execução das Obras”
Marcelo Zenderski – Eng. Eletricista – e-mail

Introdução:

A obra em andamento com prazo e custos controlados.

Desenvolvimento:

A execução das obras irá requerer uma interação com o poder público local e
a obtenção de aprovações e licenças pertinentes.

RES 1000 RES. 414 DIFERENÇAS


Art. 87. A distribuidora deve obter Art. 34. A distribuidora tem os Ficou claro que a interação com o
as licenças, autorizações ou prazos máximos a seguir poder público para legalização da
aprovações da autoridade estabelecidos para conclusão das obra é obrigação da distribuidora,
competente, além de adotar obras de atendimento da incluindo os custos decorrente.
providências necessárias para solicitação do interessado,
desapropriação ou instituição de contados a partir da opção do Os prazos de conclusão da obras
servidão administrativa interessado prevista no art. 3321 e não sofreu alteração significativa
necessárias para execução das observado o disposto no art. 3522: quantos as suas classificações
obras de sua responsabilidade. I – 60 (sessenta) dias, quando numa ordem de tempo de
Art. 88. A distribuidora deve tratar-se exclusivamente de obras execução pelo tipos de serviços.
concluir as obras de conexão nos na rede de distribuição aérea de
seguintes prazos: tensão secundária, incluindo a Usou mais uma divisão dos prazos
I - até 60 dias: no caso de instalação ou substituição de posto com base em níveis de tensão
satisfeitos, de forma conjunta, os de transformação; aplicados.
seguintes requisitos: II – 120 (cento e vinte) dias, quando
a) conexão em tensão menor que tratar-se de obras com dimensão Completou-se na divisão de
2,3 kV; e de até 1 (um) quilômetro na rede de duração de 120 dias a chamada
b) obras para conexão distribuição aérea de tensão para “obras com dimensão de até 1
contemplando a ampliação, reforço primária, incluindo nesta distância (um) quilômetro.”, incluindo-se a
ou melhoria na rede de distribuição a complementação de fases na complementação de fases e obras
aérea em tensão até 2,3 kV, rede existente e, se for o caso, as do inciso I. Isto veio a completar
incluindo as obras de instalação ou obras do inciso I. com obras que seriam executadas
substituição de posto de de forma conjunta e em 60 dias.

21 Art. 33. A partir do recebimento das informações de que trata o art. 32, o interessado pode optar entre aceitar os prazos e
condições estipulados pela distribuidora; solicitar antecipação no atendimento mediante aporte de recursos ou executar a obra
diretamente
22 Art. 35. Os prazos estabelecidos ou pactuados, para início e conclusão das obras a cargo da distribuidora, devem ser sus-
pensos, quando:
I – o interessado não apresentar as informações ou não tiver executado as obras sob sua responsabilidade, desde que
tais obras inviabilizem a execução das obras pela distribuidora; (Redação dada pela REN ANEEL 670 de 14.07.2015)
II – cumpridas todas as exigências legais, não for obtida licença, autorização ou aprovação de autoridade competente;
III – não for obtida a servidão de passagem ou via de acesso necessária à execução dos trabalhos; ou
IV – em casos fortuitos ou de força maior.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 91


transformação, ainda que §1o Demais situações não
necessária a substituição de poste abrangidas nos incisos I e II, bem Todos os itens que não foram
ou estruturas de rede em tensão como as obras de que tratados como não abrangidas nos
maior ou igual a 2,3 kV; tratam os artigos 4423, 4724, 4825 e incisos I ou II podem ser vistos
II - até 120 dias: no caso de 10226, devem ser executadas de como de carácter operacional da
satisfeitos, de forma conjunta, os acordo com o cronograma da concessionária, não tendo grande
seguintes requisitos: distribuidora, observados, quando impacto em empreendimentos
a) conexão em tensão menor que houver, prazos específicos novos ou expansões de redes
2,3 kV ou em tensão maior ou igual estabelecidos na legislação existentes.
a 2,3 kV e menor que vigente
69kV; Estes itens considerados
b) obras para conexão operacionais foram tratados agora
contemplando a ampliação, reforço com um prazo de 365 dias.
ou melhoria com dimensão de até
um quilômetro na rede de
distribuição aérea de tensão maior
ou igual a 2,3 kV, incluindo nesta
distância a complementação de
fases na rede existente e, se for o
caso, as obras do inciso I; e
c) não envolver a realização de
obras em tensão maior ou igual a
69kV;
III - até 365 dias: no caso de
satisfeitos, de forma conjunta, os
seguintes requisitos:
a) conexão em tensão menor que
69kV, não contemplada nos incisos
I e II; e
b) não envolver a realização de
obras em tensão maior ou igual a
69kV.
§ 1o Demais situações não
abrangidas nos incisos I, II e III
devem ser executadas de acordo

23 Art. 44. É de responsabilidade exclusiva do interessado o custeio das obras realizadas a seu pedido nos seguintes casos:
I – extensão de rede de reserva;
II – melhoria de qualidade ou continuidade do fornecimento em níveis superiores aos
fixados pela ANEEL, ou em condições especiais não exigidas pelas disposições regulamentares
vigentes, na mesma tensão do fornecimento ou com mudança de tensão.
E outros.
24 Art. 47. A distribuidora é responsável pelos investimentos necessários e pela construção das redes e instalações
de distribuição de energia elétrica para o atendimento das
unidades consumidoras situadas em empreendimentos habitacionais para fins urbanos de interesse social e na regu-
larização fundiário de interesse social, que estejam em conformidade com a legislação aplicável.
25 Art. 48. A distribuidora não é responsável pelos investimentos necessários para a construção das obras de infra-
estrutura básica das redes de distribuição de energia elétrica destinadas à regularização fundiária de interesse espe-
cífico e ao atendimento dos empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras não enquadrados no art. 47.
26 Art. 102. Os serviços cobráveis, realizados mediante solicitação do consumidor, são os seguintes:
I – vistoria de unidade consumidora; II – aferição de medidor; III – verificação de nível de tensão; IV – religa-
ção normal; V – religação de urgência; VI – emissão de segunda via de fatura; VII – emissão de segunda via
da declaração de quitação anual de débitos; VIII – disponibilização dos dados de medição armazenados em
memória de massa; IX – desligamento programado; X – religação programada; XI – fornecimento de pulsos
de potência e sincronismo para unidade consumidora do grupo A; XII – comissionamento de obra; XIII –
deslocamento ou remoção de poste; e XIV – deslocamento ou remoção de rede;

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 92


com o cronograma da distribuidora,
observados os prazos específicos
estabelecidos na regulação e na
legislação.
§ 2o A contagem dos prazos
disposta neste artigo deve ser
realizada a partir da:
I - aprovação do orçamento prévio,
nos casos de atendimento gratuito
do Grupo B, em que
não exista necessidade de
devolução do contrato assinado;
ou
II - devolução dos contratos
assinados pelo consumidor e
demais usuários e, caso aplicável,
pagamento dos custos constantes
do orçamento prévio.
§ 3o Nos casos de pagamento
parcelado de participação
financeira, os prazos de conclusão
das
obras devem ser cumpridos
independentemente do prazo de
parcelamento acordado.

Conclusão pessoal:

Não houve mudança substancial em prazos e classificação de execução de


obras.

Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todos os prazos cobrados à
concessionária sejam rigorosamente cumpridas.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 93


Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 94
Anexo 11 – “Vistoria e instalação da Medição ”
Marcelo Zenderski – Eng. Eletricista – e-mail

Breve introdução:

Análise da fase de projeto elétrico para um consumidor e usuários, levanta-


mento de custos de implantação e dinâmica de aprovação junto à Concessio-
nária.

Desenvolvimento:

No acompanhamento da Obra e seu aceite, temos os passos de vistoria a ser


executado de forma sistemática e eficiente.

RES 1000 RES. 414 DIFERENÇAS


Art. 91. A distribuidora deve Art. 30. Foram desdobrados os prazos de
realizar a vistoria e a instalação A vistoria da unidade consumidora vistoria, em 05, 10 e 15 dias úteis;
dos equipamentos de medição deve ser efetuada em até 3 (três) classificados conforme as tensões
nas instalações do consumidor e dias úteis na área urbana e 5 de conexão do usuário.
demais usuários nos seguintes (cinco) dias úteis na área rural,
prazos: contados da data da solicitação do A vistoria passou a ser também a
I - em até 5 dias úteis: para interessado de que trata o art. 27 oportunidade de ser realizados
conexão em tensão menor que 2,3 ou do pedido de nova vistoria, ensaios e testes dos equipamentos
kV; observado o disposto na alínea “i” e sistemas das conexões.
II - em até 10 dias úteis: para do inciso II do art. 27.
conexão em tensão maior ou igual § 1o Ocorrendo reprovação das Será emitido relatório de vistoria
a 2,3 kV e menor que 69 kV; instalações de entrada de energia com inclusão dos teste
e elétrica, a distribuidora executados, conforme o caso;
III - em até 15 dias úteis: para deve informar ao interessado, por relação de pendências que tenham
conexão em tensão maior que 69 escrito, em até 3 (três) dias úteis, o sido verificadas e o “conforme
kV. respectivo motivo e as construído” da instalação, com
Parágrafo único. A contagem dos providências corretivas seus devidos desenhos e plantas.
prazos dispostos nos incisos do necessárias.
caput inicia automaticamente no § 2o Na hipótese do § 1o , a Caso se tenha ocorrido
primeiro dia útil subsequente a distribuidora deve realizar nova reprovação, num prazo de 03 dias
partir da: vistoria e efetuar a ligação úteis será emitido um relatório com
I - conclusão da análise pela da unidade consumidora nos as pendencias e motivos da
distribuidora que indicar que não prazos estabelecidos no art. 3130, reprovação e orientações para sua
são necessárias obras para caso sanados todos os motivos da correção.

30 Art. 31. A ligação da unidade consumidora ou adequação da ligação existente deve ser efetuada de acordo com
os prazos máximos a seguir fixados: (Redação dada pela REN ANEEL 670 de 14.07.2015)
I – 2 (dois) dias úteis para unidade consumidora do grupo B, localizada em área urbana;
II – 5 (cinco) dias úteis para unidade consumidora do grupo B, localizada em área rural; e
III – 7 (sete) dias úteis para unidade consumidora do grupo A.
Parágrafo único. Os prazos fixados neste artigo devem ser contados a partir da data da aprovação das ins-
talações e do cumprimento das demais condições regulamentares pertinentes.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 95


realização da conexão em tensão reprovação em vistoria anterior,
até 2,3 kV, conforme art. 6427; observados os prazos do caput, Após resolvida as pendencias do
II - devolução dos contratos após solicitação do interessado. Relatório de Vistoria, o consumidor
assinados quando não forem § 3o Durante o prazo de vistoria, a deverá pedir nova vistoria; isto
necessárias obras para realização distribuidora deve averiguar a ocorrerá sem custo extras.
da conexão em tensão maior ou existência de rede de
igual que 2,3 kV; distribuição que possibilite o pronto É permitido a concessionária
III - conclusão da obra pela atendimento da unidade oferecer meios de vistoria que
distribuidora para atendimento ao consumidora. sejam eletrônicos, sem a presença
pedido de conexão, conforme § 4o Nos casos onde for física.
art. 8828, ou do comissionamento necessária a execução de obras
da obra executada pelo para o atendimento da
consumidor e demais usuários, solicitação, nos termos do art. 3231,
conforme art. 11229; ou o prazo de vistoria começa a ser
IV - nova solicitação da vistoria em contado a partir do primeiro dia útil
caso de reprovação de vistoria subsequente ao da conclusão da
anterior. obra pela distribuidora ou do
Art. 92. Na vistoria a distribuidora recebimento da obra executada
deve realizar, caso necessário, os pelo interessado.
ensaios e testes dos
equipamentos e sistemas das
instalações de conexão.
Art. 93. O relatório de vistoria deve
conter, caso aplicável:
I - a descrição das características
finais das instalações de conexão;

27 Art. 64. A distribuidora deve elaborar e fornecer gratuitamente ao consumidor e demais usuários o orçamento prévio, com as
condições, custos e prazos para a conexão ao sistema de distribuição,
28 Art. 88. A distribuidora deve concluir as obras de conexão nos seguintes prazos:
I - até 60 dias: no caso de satisfeitos, de forma conjunta, os seguintes requisitos:
a) conexão em tensão menor que 2,3 kV; e
b) obras para conexão contemplando a ampliação, reforço ou melhoria na rede de distribuição
aérea em tensão até 2,3 kV, incluindo as obras de instalação ou substituição de posto de transformação, ainda que
necessária a substituição de poste ou estruturas de rede em tensão maior ou igual a 2,3 kV;
II - até 120 dias: no caso de satisfeitos, de forma conjunta, os seguintes requisitos:
29 Art. 112. A distribuidora tem o prazo de até 30 dias para informar ao consumidor e demais usuários o resultado do comissio-
namento das obras executadas após a solicitação, indicando as eventuais ressalvas e, ocorrendo reprovação, os motivos e as
providências corretivas necessárias.
§ 1o O prazo do comissionamento será de 10 dias úteis se ficar caracterizado que a distribuidora não informou previ-
amente os motivos de reprovação existentes no comissionamento anterior.
§ 2o O consumidor e demais usuários devem solicitar novo comissionamento em caso de reprovação.
§ 3o A distribuidora pode cobrar os comissionamentos realizados após o primeiro, conforme valor homologado pela
ANEEL, exceto se ficar caracterizado que a distribuidora não informou previamente todos os motivos da reprovação
no comissionamento anterior.
a) conexão em tensão menor que 2,3 kV ou em tensão maior ou igual a 2,3 kV e menor que 69kV;
b) obras para conexão contemplando a ampliação, reforço ou melhoria com dimensão de até um quilôme-
tro na rede de distribuição aérea de tensão maior ou igual a 2,3 kV, incluindo nesta distância a complemen-
tação de fases na rede existente e, se for o caso, as obras do inciso I; e
c) não envolver a realização de obras em tensão maior ou igual a 69kV; III - até 365 dias: no caso de satis-
feitos, de forma conjunta, os seguintes requisitos:
a) conexão em tensão menor que 69kV, não contemplada nos incisos I e II; e
b) não envolver a realização de obras em tensão maior ou igual a 69kV.
31 Art. 32. A distribuidora tem o prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da solicitação de que trata o art. 27, para
elaborar os estudos, orçamentos, projetos e informar ao interessado, por escrito, quando:
I – inexistir rede de distribuição que possibilite o pronto atendimento da unidade consumidora;
II – a rede necessitar de reforma ou ampliação;

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 96


II - os resultados dos ensaios e
testes realizados nas instalações
de conexão e em suas
instalações internas;
III - os resultados dos ensaios e
testes realizados nos
equipamentos corretivos, se
empregados
para atenuar distúrbios;
IV - a relação de eventuais
pendências; e
V - os desenhos do ponto de
conexão, conforme construído.
Art. 94. Ocorrendo reprovação das
instalações de entrada de energia
elétrica na vistoria, a distribuidora
deve disponibilizar ao consumidor
e demais usuários, em até 3 dias
úteis após a conclusão do
procedimento, o relatório de
vistoria, com os motivos e as
providências corretivas
necessárias.
§ 1o Após resolvidas as
pendências detectadas no
relatório de vistoria, o consumidor
e demais usuários devem
formalizar nova solicitação de
vistoria à distribuidora.
§ 2o A distribuidora pode reprovar
a vistoria caso o projeto das
instalações de entrada de
energia não tenha sido aprovado,
desde que:
I - a exigência de aprovação prévia
esteja estabelecida na norma
técnica da distribuidora;
II - o consumidor e demais
usuários tenham sido informados
no orçamento prévio; e
III - a distribuidora não esteja com
a análise do projeto atrasada.
Art. 95. A distribuidora pode
oferecer ao consumidor e demais
usuários, de forma gratuita,
procedimento de vistoria das
instalações de entrada por meio
eletrônico, em substituição da
vistoria realizada no local.

Conclusão pessoal:

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 97


Fica claro a necessidade do consumidor adequar sempre as padrões e normas
vigentes ( tanto da concessionária como dos órgãos normativos pertinentes).

A existência de vistoria e de um Relatório de Vistoria garante um documento


importante para a qualidade de toda a instalação e segurança de equipamentos
e pessoas.

Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todas as fases da vistoria à
concessionária seja rigorosamente cumpridas.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 98


Anexo 12 – “Dos Custos de Conexão”
Marcelo Zenderski – Eng. Eletricista – e-mail

Introdução:

Análise da fase de projeto elétrico para um consumidor e usuários, levanta-


mento de custos de implantação e dinâmica de aprovação junto à Concessio-
nária.

Desenvolvimento:

A dinâmica dos custo dependerá fundamentalmente do orçamento prévio a ser


apresentado pela concessionária e seu aprove por parte do consumidor e de-
mais usuários.

RES 1000 RES. 414 DIFERENÇAS


Art. 98. O consumidor e demais Art. 27-A. No atendimento de Ficou bem definido e separado os
usuários, observados os critérios domicílios rurais com ligações custo nas instalações internas;
de gratuidade dispostos no monofásicas ou bifásicas, deve ficam sempre bem claro, em
art. 104 32e no art. 10533 e as obras a instalação do padrão de entrada, projeto, onde será o ponto de
de responsabilidade exclusiva, são ramal de conexão e instalações conexão, sendo daí contado o
responsáveis pelos seguintes internas da unidade consumidora início da instalação interna do
custos: deve ser realizada pela consumidor, razão do custo a ser
I - instalações internas, exceto no distribuidora, sem ônus ao assumido pelo mesmo.
caso do padrão gratuito disposto interessado, com recursos da
no art. 4934; Conta de Desenvolvimento Não aparece mais a ideia de
II - instalações de interesse restrito, Energético - CDE, a título de concessões de gratuidade e do
caso aplicável; subvenção econômica, fundo de subvenção econômica.

32 Art. 104. O consumidor, com fundamento na Lei no 10.438, de 26 de abril de 2002, tem direito à conexão gratuita de sua
unidade consumidora ao sistema de distribuição de energia elétrica, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes cri-
térios:
I - enquadramento no grupo B, com tensão de conexão menor que 2,3 kV;
II - carga instalada na unidade consumidora menor ou igual a 50kW;
III - não exista outra unidade consumidora com fornecimento de energia na propriedade; e
IV - obras para viabilizar a conexão contemplando:
33 Art. 105. A distribuidora deve atender, gratuitamente, à solicitação de aumento de carga de
unidade consumidora do grupo B, desde que:
I - a carga instalada após o aumento não ultrapasse 50 kW; e
II - não seja necessário acrescer fases em rede de tensão maior ou igual a 2,3 kV.
34 Art. 49. O consumidor, com fundamento no Decreto no 7.520, de 8 de julho de 2011, tem direito à instalação gratuita do
padrão de entrada, do ramal de conexão e das instalações internas da unidade consumidora, desde que pertença a um dos
seguintes grupos:
I - escolas públicas e postos de saúde públicos localizados no meio rural; ou
II - domicílios rurais com ligações monofásicas ou bifásicas, destinados a famílias de baixa renda e que atendam as
seguintes condições:
a) o consumidor deve pertencer a uma família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal
– CadÚnico;

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 99


II - instalações do ponto de Do Custo de Disponibilidade Aparece a ideia de aumento de
conexão; e Art. 98. qualidade do sistema e custos
IV - participação financeira nas O custo de disponibilidade do diretos associados a esta melhoria.
obras de responsabilidade da sistema elétrico, aplicável ao Devendo ser alvo de ressarcimento
distribuidora, calculada conforme faturamento mensal de consumidor por parte da concessionária,
art. 108.35 responsável por unidade conforme o caso.
§ 1o A cobrança pela participação consumidora do grupo B, é o valor
financeira do inciso IV não se em moeda corrente equivalente a: Fica descrito os custos que a
aplica para central geradora, I – 30 kWh, se monofásico ou concessionária pode incluir e quais
importador e exportador de energia bifásico a 2 (dois) condutores; não pode incluir no seu orçamento,
e na conexão de outra II – 50 kWh, se bifásico a 3 (três) garantindo grau de transparência
distribuidora. condutores; ou maior.
§ 2o No caso de conexão de III – 100 kWh, se trifásico.
unidade consumidora, a existência § 1o O custo de disponibilidade Fica definido quais as diferenças
de viabilidade técnica para deve ser aplicado sempre que o positivas que o consumidor tem
conexão no ponto e/ou na tensão consumo medido ou estimado for que pagar a concessionária e em
de conexão indicados pelo inferior aos referidos neste artigo, que condições.
consumidor não implica cobrança não sendo a diferença resultante
de custos adicionais em relação às objeto de futura compensação. Fica definido quais custos
demais alternativas avaliadas pela § 2o Para as unidades adicionais imprevisto, que a
distribuidora, ainda que resulte em consumidoras classificadas nas concessionária tem que incluir no
níveis de qualidade superiores. Subclasses Residencial Baixa seu orçamento, ou assumi-los, no
§ 3o O consumidor e demais Renda devem ser aplicados os caso de seu aparecimento. Sem
usuários são responsáveis pelos descontos no custo de onerar o consumidor.
custos para atendimento de disponibilidade, referentes ao
solicitação de mudança do nível de consumo de energia elétrica Fica definido os custos que a
tensão ou da localização do ponto definidos nesta resolução. concessionária não pode cobrar e
de conexão sem que haja aumento § 3o Para as unidades quando / quanto deverá ressarcir
da demanda contratada ou da consumidoras classificadas nas em caso de cobrança indevida, no
potência injetada. Subclasses Residencial Baixa caso específico de instalação de
§ 4o A distribuidora não pode incluir Renda Indígena ou Residencial unidade geradora para conexão de
no orçamento emitido ao Baixa Renda Quilombola será unidade consumidora ou para
consumidor e demais usuários: concedido desconto integral para expansão do sistema para
I - custos de administração, de os casos previstos nos incisos I e II atendimento de mercado.
gerenciamento, de engenharia, de e no caso do inciso III será cobrado
elaboração de projetos, de o valor em moeda corrente Deixa claro que no caso de
topografia, ambientais, de equivalente a 50 kWh. cobrança indevida a
desapropriação, de instituição de Art. 99. concessionária deverá pagar em
servidão, de comissionamento, de Quando da suspensão de dobro e corrigido o seu erro de
fiscalização ou quaisquer custos fornecimento, a distribuidora deve cobrança.
técnicos e administrativos na efetuar a cobrança de acordo com
execução de obras de sua o seguinte critério: (Redação dada
responsabilidade, pela REN ANEEL 479, de
inclusive na forma de percentual 03.04.2012)
em relação aos custos de material I – para unidades consumidoras
e de mão de obra do orçamento faturadas com tarifas do grupo B: o
elaborado; maior valor entre o custo de
II - custos tratados pela disponibilidade e o consumo de
metodologia de custos energia elétrica, apenas nos ciclos
operacionais regulatórios definida de faturamento em que ocorrer a

35 Art. 108. A participação financeira do consumidor é a diferença positiva entre o orçamento da obra de mínimo custo global,
proporcionalizado nos termos deste artigo, e o encargo de responsabilidade da distribuidora.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 100


nos Procedimentos de Regulação suspensão ou a religação da
Tarifária – PRORET; unidade consumidora; e (Redação
III - custos de inteira dada pela REN ANEEL
responsabilidade da distribuidora; 479, de 03.04.2012)
IV - implantação de equipamentos II – para unidades consumidoras
de manobra automática em sua faturadas com tarifas do grupo A: a
rede, que tenham o objetivo de demanda contratada enquanto
permitir a realização de manobras vigente a relação contratual,
e transferências de carga; e observadas as demais condições
V - implantação de circuito duplo, estabelecidas
segunda rede com fins de nesta Resolução.
operação ou rede reserva, exceto
nos seguintes casos:
a) opção do consumidor e demais
usuários por níveis superiores de
qualidade;
b) implantação de remanejamento
automático de carga; e
c) fornecimento a partir de sistema
subterrâneo em que o segundo
ramal é característica do
sistema.
§ 5o Nos casos da alínea “c” do
inciso V do § 4o, os custos do
segundo ramal devem compor o
valor da obra para fins do cálculo
da participação financeira do
consumidor ou dos demais
usuários.
Art. 99. O consumidor e demais
usuários devem pagar à
distribuidora a diferença de preço
do sistema de medição e os custos
de adaptação da rede no caso de:
I - opção por conexão bifásica ou
trifásica em tensão menor que 2,3
kV; e
II - a carga instalada ou potência
requerida for menor que a
estabelecida nas normas da
distribuidora para esse tipo de
conexão.
Art. 100. A distribuidora deve
assumir os custos adicionais caso
opte pela realização de obras
com dimensões maiores do que as
necessárias para a conexão, ou
que garantam níveis superiores de
qualidade em relação aos
especificados na regulação.
Art. 101. A distribuidora deve incluir
em seu orçamento os custos de
remanejamento ou

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 101


substituição de instalações
existentes, inclusive de terceiros.
Art. 102. Na utilização de
instalações de uso restrito de
central geradora para a conexão de
unidade consumidora ou para
expansão do sistema para
atendimento de mercado, a
distribuidora deve:
I - incorporar as instalações até o
seu correspondente novo ponto de
conexão;
II - ressarcir os proprietários das
instalações em até 180 dias,
contados a partir da conexão,
pelo Valor de Mercado em Uso –
VMU, conforme regulação da
ANEEL, exceto se a transferência
das instalações ocorrer por meio
de instrumento de doação para a
distribuidora; e
III - realocar e adequar os sistemas
de medição e de proteção.
§ 1o A distribuidora não pode
cobrar por estudos, fiscalização ou
vistoria para a realização da
incorporação.
§ 2o A incorporação de instalações
de central geradora vinculadas ao
PROINFA para conexão de
unidade consumidora ou expansão
do mercado deve ser não onerosa
para a distribuidora, não gerando
direito à indenização aos
proprietários das instalações.
§ 3o A central geradora afetada
pela incorporação das instalações
de interesse restrito deve
solicitar à ANEEL a retificação de
seu ato de outorga, encaminhando
o documento elaborado pela
distribuidora que justifique a
necessidade de incorporação.
Art. 103. Caso cobre pela conexão
sem observar o disposto nesta
Resolução, a distribuidora
deve devolver em dobro o valor
pago em excesso pelo consumidor
e demais usuários, acrescido de
correção monetária e juros e
calculado conforme § 2o do art.
323.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 102


Conclusão pessoal:

Nos caso de cobrança foi alinhado para uma situação de mercado aberto de
livre competição, deixando regras claras de atuação de ambas as partes.

Ficou mais detalhado os caso e suas atuações conforme sua finalidades, onde
pode-se cobrar e onde deve-se indenizar, prevendo também caso de abuso ou
cobranças indevidas.

Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todas as fases cobradas à
concessionária seja rigorosamente cumpridas.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 103


Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 104
Anexo 13 – “Participação Financeira”
Marcelo Zenderski – Eng. Eletricista – e-mail

Introdução:

A participação financeira por parte do consumidor tem sempre um objetivo da


melhor e mais rápido conseguir ter o seu pedido atendido. É um ponto de en-
trada do consumidor no processo gesto do projeto elétrico que fará parte do
seu projeto de empreendedor.

Desenvolvimento:

São metodologias de cálculo que permitem de forma racional, chegar-se a um


valor que será a base para o pagamento ou recebimento de recursos que farão
parte do empreendimento como um todo.

RES 1000 RES. 414 DIFERENÇAS


Art. 106. Devem ser calculados o Art. 42. Houve o acréscimo do consumidor
encargo de responsabilidade da Para o atendimento às solicitações que tenha microgeração ou
distribuidora e a participação de aumento de carga ou conexão minigeração para o cálculo ser
financeira do consumidor nas de unidade consumidora que não realizado pela concessionária de
seguintes situações: se enquadrem nas situações sua participação financeira.
I - conexão ou alteração de previstas nos arts. 40, 41 e 44,
conexão de unidade consumidora deve ser calculado o encargo de Toda a definição de participação
que não se enquadre nos critérios responsabilidade da distribuidora, financeira e metodologia de cálculo
de gratuidade dispostos no art. 104 assim como a eventual são foi alterada
e no art. 105, inclusive com participação financeira do
microgeração ou minigeração consumidor, conforme disposições Fica claro que a consumidora deve
distribuída; contidas nesta Resolução, proporcionalizar os itens de seus
II - conexão ou aumento de orçamento por consumidor,
potência de disponibilizada em Art. 43. A participação financeira do garantindo um cálculo balanceado
sistemas de microgeração ou consumidor é a diferença positiva da participação financeira.
minigeração distribuída em entre o custo da obra
unidade consumidora existente; proporcionalizado nos termos
III - obras que não sejam de deste artigo e o encargo de
responsabilidade exclusiva da responsabilidade da distribuidora.
distribuidora; e
IV - obras que não sejam de § 5o O encargo de
responsabilidade exclusiva do responsabilidade da distribuidora,
consumidor. denominado ERD, é determinado
Parágrafo único. A distribuidora pela seguinte equação:
deve custear as melhorias ou
reforços no sistema de distribuição ERD = encargo de
decorrentes exclusivamente da responsabilidade

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 105


conexão de microgeração ERD = DEMANDAERD × K
distribuída, não havendo responsabilidade da distribuidora;
participação financeira do DEMANDAERD = demanda a ser
consumidor, exceto para o caso de atendida ou acrescida para o
geração compartilhada. cálculo do ERD, em quilowatt
Art. 108. A participação financeira (kW);
do consumidor é a diferença K = fator de cálculo do ERD
positiva entre o orçamento
da obra de mínimo custo global, etc………...
proporcionalizado nos termos
deste artigo, e o encargo de
responsabilidade da distribuidora.
§ 1o A distribuidora deve
proporcionalizar individualmente
os itens do orçamento da obra de
mínimo custo global que impliquem
reserva de capacidade no sistema,
como condutores, transformadores
de força/distribuição, reguladores
de tensão, bancos de capacitores e
reatores, transformadores de
corrente, chaves e elementos de
manobra, dentre outros,
observadas as seguintes
condições:
I - a proporcionalização deve ser
realizada considerando a relação
entre a demanda a ser
atendida ou acrescida e a
demanda disponibilizada pelo item
do orçamento; e
II - a proporcionalização não se
aplica a mão de obra e a materiais,
serviços e instalações não
relacionados com a
disponibilização de reserva de
capacidade ao sistema, tais como
estruturas, postes e torres.
§ 2o O orçamento não pode conter
os itens dispostos no § 4o do art.
98.

Art. 109. O encargo de


responsabilidade da distribuidora é
determinado pela seguinte
equação:
em que:
ERD = encargo de
responsabilidade
ERD = DEMANDAERD × K
responsabilidade da distribuidora;

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 106


DEMANDAERD = demanda a ser
atendida ou acrescida para o
cálculo do ERD, em quilowatt
(kW);
K = fator de cálculo do ERD,
calculado pela seguinte equação:

TUSD Fio BFP = a parcela da TUSD


no posto tarifário fora de ponta,
composta pelos custos
regulatórios decorrentes do uso
dos ativos da distribuidora, que
remunera o investimento, o custo
de operação e manutenção e a
depreciação dos ativos, em Reais
por quilowatt (R$/kW);
α = relação entre os custos de
operação e manutenção,
vinculados à prestação do serviço
de distribuição de energia elétrica,
como pessoal, material, serviços
de terceiros e outras despesas, e
os custos gerenciáveis totais da
distribuidora – Parcela B, definidos
na última revisão tarifária; e
FRC = o fator de recuperação do
capital que traz a valor presente a
receita uniforme prevista,
sendo obtido pela equação:

em que:
WACC = custo médio ponderado
do capital definido na última
revisão tarifária da
distribuidora, antes dos impostos;
n = o período de vida útil, em anos,
associado à taxa de depreciação
percentual anual “d”
definida na última revisão tarifária,
sendo obtido pela equação:

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 107


Conclusão pessoal:

Houve adequação da realidade atual de geração por parte do consumidor e


seus impactos na rede da distribuidora; como contrabalançar itens de melho-
rias de conforma que a participação financeira possa ser calculada de forma
justa. A metodologia do cálculo não foi alterada.

Caberá a ANEEL ter um rígido controle para que todas as fases cobradas à
concessionária seja rigorosamente cumpridas.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 108


Anexo 14 – “Ressarcimento de Danos Elétricos”

Jéferson Matheus de Oliveira – Eng. Eletricista

Introdução

O tema ressarcimento de danos é recorrente nas perícias judiciais. Muitas ve-


zes o consumidor reclama na justiça sem antes fazer qualquer tipo de pedido
administrativo na concessionária. Isso acontece com frequência, principal-
mente nos casos em que o cliente tem uma apólice de seguros e a seguradora
efetua o pagamento da indenização e, posteriormente, aciona a distribuidora
judicialmente.

A REN 1000/2022 da ANEEL fez algumas alterações significativas no capítulo


que trata do ressarcimento de danos elétricos em equipamentos. A seguir abor-
daremos o tema com mais detalhes.

Desenvolvimento

A principal alteração da nova resolução é que o consumidor passa a ter 5 anos


de prazo para ingressar pedido administrativo de ressarcimento de danos na
concessionária (na REN 414/2010 o prazo era de 90 dias). Esse prazo é rela-
tivo à data do evento na rede que teria ocasionado o dano ao equipamento
reclamado.

Outra mudança importante é que, agora, o cliente pode consertar o equipa-


mento, por sua conta e risco, sem autorização da distribuidora. No entanto, o
consumidor deve apresentar à concessionária: a) a nota fiscal do conserto, in-
dicando a data de realização do serviço e descrevendo o equipamento conser-
tado; b) o laudo emitido por profissional qualificado; c) dois orçamentos deta-
lhados; e c) as peças danificadas e substituídas.

A terceira grande mudança é que, caso o consumidor faça o pedido em até 90


dias, seguirá um rito simplificado para obter o ressarcimento. Neste caso, é
vedado à distribuidora exigir alguns documentos que são necessários para os
casos de pedido após 90 dias da ocorrência do dano, com destaque para o
laudo emitido por profissional qualificado, quando o equipamento já tiver sido
consertado.

Apresentamos uma tabela comparativa entre as duas resoluções, com uma


coluna apontando as principais diferenças entre os dois documentos.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 109


RES 414 RES 1000 Diferenças
Art. 203. As disposições Art. 599 - O disposto neste
deste Capítulo se aplicam, Capítulo aplica-se, exclusi-
exclusivamente, aos casos vamente, aos casos de dano
de dano elétrico causado a elétrico causado a equipa- - Substituição do nível de
equipamento instalado na mento instalado em unidade tensão pela classificação
unidade consumidora aten- consumidora do grupo B. “grupo B”.
dida em tensão igual ou in-
ferior a 2,3 kV.

Art. 204 Art. 602. O consumidor tem - Prazo para solicitação


O consumidor tem até 90 até 5 (cinco) anos, a contar passa de 90 dias para 5 anos
(noventa) dias, a contar da da data provável da ocorrên- .
data provável da cia do dano elétrico no equi-
ocorrência do dano elétrico pamento, para solicitar o res- - Consumidor é obrigado a
no equipamento, para solici- sarcimento à distribuidora, comprovar a aquisição (pro-
tar o ressarcimento devendo informar, no mí- priedade) do equipamento
à distribuidora, devendo for- nimo, os seguintes itens: reclamado.
necer, no mínimo, os seguin-
tes elementos: I - unidade consumidora; - Cliente deve comprovar ou
II - data e horário prováveis declarar que o equipamento
I - data e horário prováveis da ocorrência do dano; estava conectado à instala-
da ocorrência do dano; III - relato do problema apre- ção interna da UC em que é
II - informações que demons- sentado pelo equipamento titular (dispensado se cons-
trem que o solicitante é o ti- elétrico; tar na relação de carga do
tular da unidade IV - descrição e característi- cadastro do consumidor,
consumidora, ou seu repre- cas gerais do equipamento desde que a última alteração
sentante legal; danificado, tais como marca seja anterior à data provável
III - relato do problema apre- e modelo; do evento), e que não houve
sentado pelo equipamento V - canal de contato de sua adulteração dos equipamen-
elétrico; e preferência, dentre os oferta- tos ou peças danificadas,
IV - descrição e característi- dos pela distribuidora; bem como das instalações
cas gerais do equipamento VI - nota fiscal ou outro do- elétricas da UC.
danificado, tais cumento que comprove a
como marca e modelo. aquisição do equipamento - Cliente deve apresentar
V – informação sobre o meio antes da data provável da dois orçamentos detalhados
de comunicação de sua pre- ocorrência do dano elétrico; para conserto e um laudo
ferência, dentre VII - comprovação ou de- emitido por profissional qua-
os ofertados pela distribui- claração, mediante Termo lificado, quando o equipa-
dora. (Redação dada pela de Compromisso e Respon- mento já tiver sido conser-
Resolução Normativa sabilidade: tado.
ANEEL nº 499, de a) que o dano ocorreu
03.07.2012) quando o equipamento es- - Em solicitações realizadas
§ 1° A solicitação de ressar- tava conectado à instala- em até 90 dias, a distribui-
cimento pode ser efetuada ção interna da unidade dora não pode exigir os ele-
por meio de consumidora em que é ti- mentos indicados nos inci-
atendimento telefônico, dire- tular; e sos VI, VII e IX da REN
tamente nos postos de aten- b) que não houve adultera- 1000/2021.
dimento presencial, via inter- ção nos equipamentos ou
net ou outros canais de co- peças danificadas, bem - Para pedidos realizados
municação disponibilizados como nas instalações elé- após 90 dias da data prová-
pela distribuidora. tricas da unidade vel do evento, o consumidor

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 110


§ 2 ° Para cada solicitação consumidora objeto do pe- não pode informar mesma
de ressarcimento de dano dido de ressarcimento; data e horário provável da
elétrico, a distribuidora VIII - dois orçamentos de- ocorrência de solicitação an-
deve abrir um processo es- talhados para conserto, terior que já tenha sido defe-
pecífico, observando-se o quando o equipamento já rida pela concessionária
disposto no tiver sido consertado; e
§ 3° do art. 145. IX - o laudo emitido por
§ 3° A obrigação de ressarci- profissional qualificado,
mento se restringe aos da- quando o equipamento já
nos elétricos tiver sido consertado.
informados no momento da § 1º - Para solicitação de
solicitação, podendo o con- ressarcimento feita em até
sumidor efetuar 90 (noventa) dias da data
novas solicitações de ressar- provável da ocorrência do
cimento de danos oriundos dano elétrico, é vedado à
de uma mesma distribuidora exigir os ele-
perturbação, desde que ob- mentos indicados nos inci-
servado o prazo previsto no sos VI, VII e IX do caput.
caput. § 2º - A distribuidora pode
“§ 4º A distribuidora, em ne- dispensar a apresentação de
nhuma hipótese, pode ne- nota fiscal ou outro docu-
gar-se a receber mento que comprove a aqui-
pedido de ressarcimento de sição, de que trata o inciso VI
dano elétrico efetuado por ti- do caput, nos casos em que
tular, ou representante o equipamento conste da re-
legal, de unidade consumi- lação de carga do cadastro
dora citada no art. 203. do consumidor, desde que a
§ 5º A seu critério, a distribui- última atualização da carga
dora pode receber pedido de tenha sido realizada antes
ressarcimento da data provável da ocorrên-
de dano elétrico efetuado por cia do dano.
representante sem procura- § 3º - Podem ser objeto de
ção específica, pedido de ressarcimento
devendo, nesses casos, o equipamentos alimentados
ressarcimento ser efetuado por energia elétrica conecta-
diretamente ao titular dos na unidade consumi-
da unidade consumidora. dora, sendo vedada a exi-
§ 6º Podem ser objeto de pe- gência de comprovação da
dido de ressarcimento quais- propriedade do consumidor
quer equipamentos sobre o equipamento.
alimentados por energia elé- § 4º - No pedido de ressarci-
trica conectados na unidade mento feito com mais de 90
consumidora, (noventa) dias da data pro-
sendo vedada a exigência de vável da ocorrência do dano
comprovação da proprie- elétrico, o consumidor não
dade poderá informar mesma
do equipamento. data e horário provável da
ocorrência de solicitação
anterior que já tenha sido
deferida pela distribuidora.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 111


Art. 207 Art. 617 - A distribuidora
“A distribuidora deve infor- deve disponibilizar ao consu-
mar ao consumidor o resul- midor o resultado da análise
tado da solicitação da solicitação de ressarci-
de ressarcimento, por meio mento nos seguintes prazos,
de documento padronizado, contados da data da verifica-
disponibilizado ção no local ou, caso esta
em até 15 (quinze) dias pelo não tenha sido realizada, da
meio de comunicação esco- data da solicitação de res-
lhido, contados a sarcimento:
- Prazo de 30 dias para soli-
partir da data da verificação I - 15 (quinze) dias: para so-
citações realizadas após 90
ou, na falta desta, a partir da licitação de ressarcimento
dias da data provável da
data da solicitação feita em até 90 (noventa)
ocorrência.
de ressarcimento. dias da data provável da
ocorrência do dano elétrico;
ou
II - 30 (trinta) dias: para so-
licitação de ressarcimento
feita após mais de 90 (no-
venta) dias da data provável
da ocorrência do dano elé-
trico.

Art. 210 Art. 611 - Na análise do pe-


A distribuidora responde, in- dido de ressarcimento, a dis-
dependente da existência de tribuidora deve investigar a
culpa, pelos existência do nexo de causa-
danos elétricos causados a lidade, que é a caracteriza-
equipamentos elétricos ins- ção do vínculo entre o
talados em unidades evento causador e o dano re- - A concessionária pode in-
consumidoras, nos termos clamado. deferir o pedido de ressarci-
do caput do art. 203. § 1º - A distribuidora deve mento se o consumidor pro-
Parágrafo único. A distribui- considerar na análise os re- videnciar o conserto antes
dora só pode eximir-se do gistros de ocorrências na de ingressar o pedido de res-
dever de sua rede e observar o Mó- sarcimento ou sem aguardar
ressarcir, quando: dulo 9 do PRODIST. o término do prazo para veri-
I - comprovar a inexistência § 2º - O uso de transforma- ficação da distribuidora, e
de nexo causal, nos termos dor depois do ponto de cone- não entregar: a) a nota fiscal
do art. 205; xão não descaracteriza o do conserto, indicando a
II - o consumidor providen- nexo de causalidade, nem data de realização do serviço
ciar, por sua conta e risco, a elimina a obrigação de res- e descrevendo o equipa-
reparação do(s) sarcir o dano reclamado. mento consertado; b) o laudo
equipamento(s) sem aguar- § 3º - Fica descaracterizado emitido por profissional qua-
dar o término do prazo para o nexo de causalidade lificado; c) dois orçamentos
a verificação, quando: detalhados; e
salvo nos casos em que hou- I - não existir o equipamento d) as peças danificadas e
ver prévia autorização da para o qual o dano foi recla- substituídas.
distribuidora; mado; ou
II - o consumidor providen-
ciar a reparação do equipa-
mento previamente ao pe-
dido de ressarcimento ou
sem aguardar o término do
prazo para a verificação, e

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 112


não entregar à distribui-
dora:
a) a nota fiscal do con-
serto, indicando a data de
realização do serviço e
descrevendo o equipa-
mento consertado;
b) o laudo emitido por pro-
fissional qualificado;
c) dois orçamentos deta-
lhados; e
d) as peças danificadas e
substituídas.

Art. 208 Art. 618 - No caso de deferi-


“No caso de deferimento, a mento, a distribuidora deve
distribuidora deve efetuar o ressarcir em até 20 (vinte)
ressarcimento dias, contados do venci-
por meio do pagamento em mento do prazo disposto no
moeda corrente, conserto ou art. 617 ou da disponibiliza-
substituição do ção do resultado da análise
equipamento danificado em ao consumidor, o que ocor-
até 20 (vinte) dias, contados rer primeiro, por meio de:
do vencimento I - pagamento em moeda
do prazo disposto no art. 207 corrente;
ou da resposta, o que ocor- II - conserto do equipamento
rer primeiro. danificado; ou
§ 1º No caso do ressarci- III - substituição do equipa-
mento na modalidade de pa- mento danificado.
- A distribuidora somente
gamento em moeda § 1º - No caso do pagamento
pode exigir a nota fiscal de
corrente, o consumidor pode em moeda corrente, a distri-
conserto nos casos em que o
optar por depósito em conta buidora deve observar as se-
equipamento tenha sido con-
bancária, guintes condições:
sertado previamente à solici-
cheque nominal, ordem ban- I - o pagamento pode ser
tação do ressarcimento ou
cária ou crédito na próxima feito, a critério do consumi-
antes do término do prazo
fatura. dor, por meio de crédito na
para verificação. Nos demais
§ 2º Somente podem ser de- conta corrente indicada pelo
casos, a apresentação do or-
duzidos do ressarcimento os consumidor, cheque nomi-
çamento do conserto é sufi-
débitos vencidos nal, ordem de pagamento ou
ciente.
do consumidor a favor da crédito na próxima fatura;
distribuidora que não sejam II - o valor do ressarcimento
objeto de deve ser atualizado pelo Ín-
contestação administrativa dice Nacional de Preços ao
ou judicial, ficando vedada a Consumidor Amplo - IPCA,
redução do valor no período compreendido
do ressarcimento em função entre o segundo dia anterior
da idade do equipamento.” ao vencimento do prazo dis-
(Redação dada pela Resolu- posto no caput e o segundo
ção Normativa ANEEL nº dia anterior à data da dispo-
499, de 03.07.2012) nibilização do ressarci-
“§ 3° O ressarcimento a ser mento;
pago em moeda corrente III - a distribuidora so-
deve ser atualizado mente pode exigir a nota
fiscal de conserto nos

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 113


pelo IGP-M, no período com- casos em que o equipa-
preendido entre o segundo mento tenha sido conser-
dia anterior tado previamente à solici-
ao vencimento do prazo dis- tação do ressarcimento ou
posto no caput e o segundo antes do término do prazo
dia anterior à data para verificação definido
da disponibilização do res- no art. 613, sendo sufici-
sarcimento.” ente, nos demais casos, a
(Redação dada pela Resolu- apresentação do orça-
ção Normativa ANEEL nº mento do conserto;
479, de 03.04.2012) IV - a distribuidora não pode
§ 4° No caso de conserto ou exigir a nota fiscal de com-
substituição do equipamento pra, sendo suficiente a apre-
danificado, sentação de levantamento
a distribuidora pode exigir do de preços de um equipa-
consumidor a entrega das mento substituto;
peças danificadas
ou do equipamento substitu-
ído, na unidade consumidora
ou nas
oficinas credenciadas.
“§ 5º Não é considerado res-
sarcimento o conserto par-
cial do bem danificado,
de modo que este não re-
torne à condição anterior ao
dano, nem o
pagamento em moeda cor-
rente em valor inferior ao
conserto ou em valor
inferior ao de um equipa-
mento novo, quando o con-
serto for inviável.
§ 6º A distribuidora não pode
exigir a nota fiscal de con-
serto ou de compra
para efetuar o ressarcimento
em moeda corrente, sendo
suficiente a
apresentação do orçamento
do conserto ou levantamento
de preços de
um equipamento novo.
§ 7º O prazo a que se refere
o caput fica suspenso en-
quanto houver
pendência de responsabili-
dade do consumidor, caso
seja requisitada pela
distribuidora informação ne-
cessária ao ressarcimento,
observando-se as
condições previstas nos inci-
sos I e II do §1º do art. 207.”

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 114


(Redação dada pela Resolu-
ção Normativa ANEEL nº
499, de 03.07.2012)

Conclusão pessoal:

Após análise da nova resolução é possível constatar que ocorreram mudanças


significativas em relação ao documento anterior. Algumas alterações são be-
néficas ao consumidor, como por exemplo a ampliação de 90 dias para 5 anos
no prazo para solicitação administrativa de ressarcimento de danos em equi-
pamentos. Além disso, se o pedido for realizado em até 90 dias, o cliente é
beneficiado com um rito simplificado. Por outro lado, algumas condições po-
dem dificultar o ingresso da solicitação, tais como a exigência de nota fiscal ou
outro documento que comprove a aquisição do equipamento antes da data pro-
vável da ocorrência do dano elétrico.

Do ponto de vista da concessionária, a possibilidade de o consumidor provi-


denciar o conserto do equipamento sem que haja a verificação (vistoria),
mesmo que o consumidor tenha que apresentar nota fiscal do conserto, laudo
emitido por profissional qualificado, dois orçamentos detalhados e as peças
danificadas e substituídas. Infelizmente, sabe-se que existem oficinas de con-
sertos de equipamentos que não são idôneas. No ano de 2013, a Delegacia de
Polícia de Repressão aos Crimes contra o Patrimônio de Serviços Delegados
(DRCP/DEIC) deflagrou, no Rio Grande do Sul, a “Operação Cartel”, cumprindo
16 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Alvorada, Viamão e Porto
Alegre. Havia um cartel de oficinas eletrônicas, que, em conjunto, facilitavam o
ressarcimento dos danos em avarias de equipamentos eletroeletrônicos de cli-
entes da Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D).

No que tange ao tema Ressarcimento de Danos Elétricos é difícil definir quem


“ganhou” ou quem “perdeu” com a nova resolução. Contudo é nítido que a REN
1000/2021 amplia a tempestividade do pedido administrativo de ressarcimento
de danos elétricos. Cabe salientar que é necessário observar o que preconiza
o Módulo 9 do PRODIST (Ressarcimento de Danos Elétricos), o qual também
ganhou uma nova versão e é documento complementar da resolução 1000.

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 115


Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 116
Último Anexo – “Resolução 1000 - diagramada”

Luiz Kutwak – Eng. Eletricista - email

“Procurei ajustar o texto da resolução 1000 da melhor ma-


neira permitindo a melhor leitura. Assim, os títulos e subtí-
tulos a foram negritude, centrados e em maiúsculas. Os
parágrafos foram colocados com espaçamento e afastados
das margens 1,5 cm. Creio que do modo redigido a leitura
ficou facilitada pois cada perito poderá procurar mais facil-
mente o assunto que lhe interessa através dos itens desta-
cados.”

Acesso pelo link aqui

Dentro do site da ANEEL aqui

AUDIÊNCIA DO PORTAL

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 117


Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 118
(C)

Resolução 1000 da ANEEL – Abordagem inicial 119

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