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Makan
Y sao Yamamura
Livro £) ourado
r da
ogia -E s té t ic a
Center AO
/ odos nós almejamos manter a
beleza física, mas os recursos
existentes podem ser onerosos ou
as alterações inestéticas ainda são
relativamente incipientes e que não
exijam uma intervenção cirúrgica,
porém podem sertratadas.
Considerando que o
e nve l he ci me nt o, segundo a
medicina tradicional chinesa, deve-
se ã fraqueza dos Zang Fu (Órgãos e
Ví sceras) , assi m ocorre o
aparecimento, por exemplo, das
rugas nasogenianas ou a queda de
cabelos, pois os Jing Luo (Meridianos
e Colaterais) são afetados. Como
c o n s e q ü ê n c i a , provoca o
envelhecimento precoce da pele e,
também, a fraqueza muscular,
originando rugas e quedas da pele,
celulites e lesões dermatológicas
como acne facial, herpes zoster.
Maria Assunta Y. Nakano
Ysao Yamamura
Livro Dourado da
Acupuntura em
Dermatologia e
Estética
2 a Edição
(reimpressão)
Center AO
2010
Livro Dourado da Acupuntura em Derm atologia e Estética, 2a edição
Copyright © 2008 da 2a Edição pelo Center AO:
Maria Assunta Yamanaka Nakano &Ysao Yamamura
Copyright © 2010 da 1a Reimpressão da 2a Edição pelo Center AO:
Maria Assunta Yamanaka Nakano &Ysao Yamamura
Vários colaboradores.
Bibliografia.
ISBN 978-85-60163-02-1
08-01896 CDD-610.951
E ditado por
c .1. : '
DA MEDICINA CHIhESA
Acupuntura em
Dermatologia e
Estética
L iv ro D o u ra d o da
Acupuntura em
Dermatologia e Estética
P rofa. D r a . Â ng ela Ta b o s a
D e rm a to lo g is ta , E s p e c ia lis ta em A c u
Professora Afiliada e Vice-Chefe do Setor p u n tu ra (A M B ). M é d ic a V o lu n tá ria do
de M edicina C hinesa-Acupuntura da Dis A m b u la tó rio de A cu pu n tura Estética do
ciplina de Ortopedia do D epartam ento de Setor de M edicina Chinesa-Acupuntura da
Ortopedia e Traumatologia da Universidade D isciplina de O rtopedia do D ep arta m e nto
Federal de São Paulo/Escola Paulista de de O rtopedia eTraum atologia da U niversi
M edicina. Professora O rientadora e Vice- dade Federal de São Paulo/Escola Paulista
Coordenadora do Curso de Especialização de M edicina.
D ra. E r ik a S a y u r i Y a m a m u r a D ra. M a r ia V a l é r ia D 'Á v il a B r a g a
D ra. Paula S h in C o u t in h o
D r. M arcelo N avarro N ier o
D ra. S y l v ia de P etta A r ia n o Q u e ir o z
D ra. M á r c ia L ik a Y a m a m u r a
51 C apítulo 2
Noções de A cu p u ntura
N om enclatura Chinesa e Principais M eridianos
Canais de Energia (M eridianos) Curiosos
Circulação de Energia pela Técnica lo n g /lu
Dra. Maria Assunta Y. Nakano
M eca nism o de Ação N euro-H um oral da Acupuntura
Local de Ação da A cupuntura
Vias A sce nd e nte s e D esce nd en te s da A cupuntura
Profa. Dra. Angela Tabosa & Prof. Dr. Ysao Yamamura
65 C apítulo 3
Pele Orgânica
Em briologia da Pele
A natom ia e Fisiologia da Pele
Epiderm e
Sistem a M elanocitário
D erm e
H ipoderm e
Vascularização da Pele
Sistem a Linfático da Pele
N ervos Cutâneos
Glândulas Sudoríparas, Unidade Pilo-Sebácea e Unhas
Dra. Maria Assunta Y. Nakano
77 C apítulo 4
Pele Energética
Pele co m o E feto r H om eo stá tico do O rganism o
Pele e suas A lterações sob o Ponto de Vista da M edicina Tradicional Chinesa
e Relação com a M edicina O cidental
Chinesa e Relação com a M edicina O cidental
Dra. Maria Assunta Y. Nakano
83 C apítulo 5
Pele Em ocional
R esum o Conexão M e n te e Corpo
Dra. Maria Assunta Y. Nakano
87 C apítulo 6
Pele Espiritual
Dra. Maria Assunta Y. Nakano
91 C apítulo 7
Noções de E letroacu p un tu ra A plicadas em A cu p u n tu ra Estética
Introdução
Classificação dos Principais M é to d o s U tilizados na Eletroacupuntura
Indicação da E letroacupuntura de A cordo com as D iferen te s M odalidades de
Aplicação e/ou Freqüência do Estím ulo
Regras Básicas para Em prego de Eletrodos em E letroacupuntura Segundo
Bastos e A m e sto y
Indicação de E letroacupuntura Locorregional e Projecional
Uso da Eletroacupuntura nas Rugas da Face
Uso da Eletroacupuntura no T ratam ento da C elulite e da Gordura Localizada
Uso da E letroacupuntura nas Estrias de Pele
Dra. Maria A ssunta Y. Nakano
101 C apítulo 8
Cabelos e U nhas na Concepção Energética
Cabelos
Alopécia A ndrogenética
Alopécia Areata
Tratam ento das A lopécias pela A cupuntura
Unhas
Dra. Maria Assunta Y. Nakano & Dra. Dilma Elisa M orita Maeda
111 C apítulo 9
A cu p u ntu ra Estética & C elulite e G o rdura Localizada
C elulite e Gordura Localizada
C elulite
Fisiopatogenia da C elulite
Fatores Envolvidos no D e se nvo lvim e nto da C elulite
Q uadro Clínico da C elulite
Tratam ento para C elulite e Gordura Localizada
C elulite sob o Ponto de Vista da M edicina Tradicional Chinesa
1. C elulite por Estagnação de Gan Q i (Energia do Fígado)
2. C elulite pelas D eficiências do Pi (Baço/Pâncreas) e do Shen (Rins)
Tratam ento da C elulite com A cupuntura, Eletroacupuntura e Aplicação de Ven
tosa
1. Estagnação de Gan Q i (Energia do Fígado)
2. D eficiências do Pi (Baço/Pâncreas) e do Shen (Rins)
Tratam ento das Retrações da C elulite
R esultado do T ratam ento e C elulite
Dra. Maria A ssunta Y. Nakano
135 C apítulo 10
A cupuntura & Estética da M a m a
Introdução
Em briologia da M am a
A natom ia da M am a
A natom ia Topográfica da M am a
Aréola M am ária
M am ilo
Irrigação Sangüínea e Inervação da M am a
L infáticos da M am a
Fisiologia da M am a
—
145 C apítu lo 11
A cu p u ntura & Paralisia Facial Periférica
Introdução
1. Paralisia Facial Sob o p onto de Vista da M edicina O cidental
1.1 A natom ia do N ervo Facial
1.2 Fisiopatologia do N ervo Facial
1.3 Classificação das Lesões de acordo com a Extensão
1.4 Sem iologia e Quadro Clínico da Paralisia Facial
1.5 C lassificação de H ouse-Brackm ann
1.7 Etiopatogenia da Paralisia Facial
1.8 Tratam ento das Seqüelas da Paralisia Facial
2. Paralisia Facial Sob o Ponto de Vista da M edicina Tradicional Chinesa
2.1 Patogênese Energética da Paralisia Facial
2.2 Tratam ento da Paralisia Facial pela Acupuntura
2.3 Localização de A lguns Pontos de A cupuntura Usados no Tratam ento
de Paralisia Facial
Dr. A dem ar Sikara Tanaka, Dr. M arcelo Navarro Nlero, Dra. Maria Assunta Y. Naka
no & Prof. Dr. Ysao Yamamura
161 C apítulo 12
A cu p u ntu ra Estética & E n velh ecim en to C u tân eo e Rugas da Face
E nvelhecim ento, segundo o Ling Shu
Processo de E n velhecim ento
Pontos de Acupuntura da Face: Localizações e Funções
Tratam ento das Rugas da Face
1. Rugas Frontais e Verticais
2. Rugas Verticais
3. Rugas Perioculares
Rugas Nasogenianas
Rugas Peribucais
Rugas Paranasais ou de "R ugas de A n tip a tia "
R esultado de Tratam ento das Rugas por A cupuntura
Dra. Maria Assunta Y. Nakano & Prof. Dr. Ysao Yamamura
195 C apítulo 13
A cupuntura & V itilig o
Introdução
Dados E pidem iológicos
C lassificação e A presentação Clínica do V itiligo
Etiopatogenia do Vitiligo
D iagnóstico de Vitiligo
Tratam ento de Vitiligo
V itiligo sob o Ponto de Vista da M edicina Tradicional Chinesa
Vitiligo e Zang Fu (Órgãos e Vísceras)
Vitiligo e Teoria dos Cinco M o vim e n to s
Etiopatogenia Energética do V itiligo
Tratam ento do V itiligo pela Acupuntura
Dra. Maria A ssunta Y. Nakano
211 C apítulo 14
A cu p u ntura & M ela sm a e H ipercrom ia C utânea Idiopática da Região O rb i
tal
M elasm a
T ratam ento de M elasm a pela A cupuntura
H ipercrom ia Cutânea Idiopática da Região O rbital ou "O lh e ira "
R esultados de Tratam ento por Acupuntura
Dra. Maria A ssunta Y. Nakano
219 C apítu lo 15
A cu p u ntura Estética & Flacidez da Pele, Estrias C utâneas e Acne
Flacidez da Pele
Pontos M o to re s do C orpo e Face
Estrias Cutâneas
Acne
Cicatriz de Acne
Dra. M aria Assunta Y. Nakano, Dra. Tsai I Shan, Dra. Sylvia de Petta A. Queiroz &
Dra. Cristiane Prestes A uler
243 C ap ítu lo 16
A cupuntura & Psoríase
Psoríase sob o Ponto de Vista da M edicina Tradicional Chinesa
Tratam ento da Psoríase pela Acupuntura
Tratam ento de Psoríase de O rigem Estagnação de Q /e Xue (Sangue)
Tratam ento de Psoríase de O rigem D eficiência do Yin p roveniente do Calor
do Gan (Fígado-Calor) ou do Calor no Xue (Sangue-Calor)
Tratam ento de Psoríase de O rigem U m idade Calor
Pontos Gerais para Tratam ento da Psoríase
Dra. Maria Assunta Y. Nakano
257 C apítulo 17
A cu p u n tu ra & D e rm a tite A tópica
Introdução
Epidem iologia
Fisiopatogenia da D erm atite Atópica
D erm atite A tópica Segundo a M edicina Tradicional Chinesa
Tratam ento da D erm atite A tópica pela A cupuntura
Para Tratam ento do Vento-Calor
Para tratar Um idade-C alor
Dra. Maria Assunta Y. Nakano
269 C apítulo 18
A cu p u n tu ra & U rticária, Furunculose e Herpes Z o ster
U rticária
Furunculose
H erpes Z oster
Dra. Maria Assunta Y. Nakano
275 C apítulo 19
Sinopse da Técnica de M o b iliza çã o de Q i M e n ta l
M em ória A ncestral
M em ória de Vida Intra-U terina e Perinatal
M em ória P ós-N ascim ento
Prof. Dr. Ysao Yamamura & Dra. Mareia Lika Yamamura
283 C apítulo 20
Técnica de M o b iliza çã o de Q i M e n ta l em Doenças D erm ato ló g icas e A lte
rações Inestéticas
Prof. Dr. Ysao Yamamura & Dra. Mareia Lika Yamamura
O Yang e Yin são os princípios essen dade negativa, posição "B a ix o ". Tam bém
ciais à e xistê n cia de tu d o o que há no são fatores Yin a Terra e a m ulher. Na equa
U niverso. O Yang so m e n te pode e xistir na ção E = m .c2, o Yin eqüivale à massa.
presença do Yin, e vice-versa, e é esta A ssim , só é possível e ntender a concep
dualidade que determ ina a origem de tu do ção de Yang e Yin no conjunto, ou seja,
na Natureza, incluindo a vida. não há co m o se conceber um dos aspec
O Yang e o Yin tê m concepção ao m es to s o bservado isoladam ente. Por e x e m
m o te m p o sim plória e com plexa. Eles são plo, s o m e n te pode-se saber o que s ig n ifi
a spe ctos o p o sto s ou, se v is to s por um ca calor se houver um referencial de frio;
o utro prism a, representam uma coisa úni so m e n te é possível e nte nd e r o que é es
ca. curo quando se conhece o claro, e assim
Na concepção científica atual, pode-se por diante.
e nte nd e r este pen sam en to de form a bem A teoria Yang/Yin, concebida há m ilê n i
clara ao se estudar a teoria da relatividade os com base na observação da Natureza,
de Einstein, na equação E = m .c 2. Essa obedece a trê s princípios básicos:
equação m ostra que a inter-relação entre 1. Transform ação do Yang e do Yin;
energia e m assa é uma condição básica 2. Transm utação do Yang e do Yin;
necessária para que haja harm onização 3. Relatividade do Yang e do Yin.
entre os processos naturais do U niverso,
sendo essa prem issa ta m b é m a base da
P rin c íp io s B á s ic o s
teoria energética da M edicina Tradicional
d o Y a n g e d o Y in
Chinesa.
Energia e massa são na realidade aspec 1. Prim eiro Princípio: Transform ação
to s d iferen te s de uma realidade. Entre a do Yang e do Yin
energia e a massa não há diferença, além
da condição de velocidade, d e m o n stra n Os aspectos Yang e Yin apresentam um
do-se assim a dualidade energia-massa, ou co n sta n te m o v im e n to de tran sfo rm a çã o
seja, que e xiste um contínuo processo de entre si, m antendo-se, no entanto, em um
m útua transform ação entre ambas, que se contínuo e co nsta nte equilíbrio dinâm ico.
assem elha aos p re ce ito s d e s c rito s pela Isto significa que quando o aspecto Yang
m ilenar filosofia chinesa. Estudos posterio cresce, o Yin decresce, e vice-versa.
res, com o, por exem plo, o da teoria quân-
tica, vieram m ostra r cada vez m ais con 2. S eg u nd o Princípio: T ransm utação
cordâncias co nceituais dos princípios do do Yang e do Yin
Yang e do Yin.
O Yang representa to d o s os aspectos Os aspectos Yange Yin quando chegam
que se caracterizam por atividade co m o ao seu e xtre m o ( Yang do Yang ou Yin do
calor, m ovim en to, claridade, força, expan Yin) tran sm uta m -se em seu aspecto opos
são, explosão, polaridade positiva, posição to. Este processo de transm utação é um
"A lto " . Tam bém são Yang o Sol e o ho princípio geral inerente à Natureza.
m em . Na equação E = m .c2, o Yang eqüi Pode-se e x e m p lific a r isso observando
vale à energia. o ciclo dia/noite. O dia te m características
O Yin representa o opo sto do Yang, ou Yang (claridade, calor, atividade) e a noite
seja, os aspectos que se caracterizam por te m características opostas, portanto, Yin.
grau de atividade menor, com o frio, repou Ao m eio-dia, há um m áxim o de Yang e à
so, escuridão, retração, im plosão, polari m eia-noite, um m áxim o de Yin. No perío
Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura
do que vai da m eia-noite ao m eio-dia, o equilíbrio dinâm ico deco rren te da influên
Yin m áxim o vai decrescendo, tran sfo rm an cia de estím ulos o po stos e com p le m en -
do-se paulatinam ente em Yang até alcan tares. Este fa to é observado em to do s os
çar, ao m eio-dia, um Yang m áxim o. Este, a spectos do din am ism o do corpo, com o,
por sua vez, com eça a decrescer, trans p o r e x e m p lo , nos s is te m a s s im p á tic o
form ando-se em Yin cada vez m ais cres (Yang) e parassim pático (Yin), no transpor
c e n te , que a ting e seu p o n to m á xim o à te ativo (Yang) e passivo (Yin), nas contra
m eia-noite. turas (Yang) e no relaxam ento (Yin), e as
sim por diante.
3. Terceiro Princípio: R elativid ad e D este m odo, a fisio lo g ia da M edicina
do Yang e do Yin Tradicional Chinesa representa o dinam is
m o das relações Yang/Yin do corpo, e a
De acordo com este princípio, a carac saúde e xpressa um e q u ilíb rio d in âm ico
terização de um fe n ô m e n o co m o sendo e ntre esses aspectos Yang e Yin.
Yang ou Yin é um co n ce ito relativo, signi A doença te m origem quando se insta
ficando que um aspecto pode te r ao m es la um desequilíbrio e ntre o Yang e o Yin.
m o te m p o c a ra cte rística s Yang ou Yin, Quando o Yang sobrepõe-se ao Yin, dese
dependendo do referencial. quilibrando o sistem a energético, surgem
Esse fa to fica bem e vid en te no estud o os quadros clínicos de hipertensão arte
do e s p e c tro lu m in o so : os e x tre m o s do rial ou m e sm o hiperatividade anorm al das
e spe tro da luz tê m características Yang e células. Q uando o d ese qu ilíb rio e n tre o
Yin bem definidas. A cor verm elha apre Yang e o Yin ocorre por conta do aum ento
senta características Yang, pois retrata o do Yin, m a n ife s ta m -s e q uadros clínicos
m o vim e n to , a atividade, o calor, a agita com características opostas, co m o a hipo-
ção, a vida, ao passo que a cor violeta pos fu nçã o ou a hipoatividade, que d e te rm i
sui características Yin, pois representa o nam quadros de hipotireoidism o, atonia da
repouso, a passividade, o frio, a calma, a vesícula biliar, bradicardia, etc.
m orte . No entanto, as cores que ocupam A M e d ic in a T ra d icio na l C hinesa visa
as posições interm ediárias e ntre o ve rm e d iagnosticar p re coce m e nte as alterações
lho e o violeta a presentam características do e qu ilíb rio Yang/Yin e a te ra pê u tica é
Yang, quando co m p arad as ao vio le ta , e dirigida no sentido de restabelecer-se esse
Yin, quando com paradas ao verm elho. Por equilíbrio e nergético no corpo hum ano.
exem plo, a cor alaranjada é considerada
Yang em relação à cor violeta, m as passa B. T e o r ia d o s C in c o M o v im e n t o s
a te r características Yin em relação à cor
verm elha; ou seja, a cor alaranjada m ani A teoria dos Cinco M o v im e n to s co nsti
fe s ta ao m e s m o te m p o ca ra c te rís tic a s tui o segundo pilar da Filosofia e da M ed i
Yang e Yin, dependendo apenas do refe cina Tradicional Chinesa. A concepção dos
rencial adotado. Cinco M o v im e n to s baseia-se na evolução
Os princípios do Yang e do Yin co n sti dos fe n ô m e n o s naturais, em co m o os vá
tu e m um dos pilares sobre os quais se rios aspectos que co m p õ e m a Natureza
apóia a filosofia chinesa, assim co m o to geram e dom inam uns aos outros.
das as ciências, incluindo a hum ana. A ssim , observa-se que to d o s os fe nô
Pela aplicaçã o da filo s o fia c h in e sa à m en os naturais tê m características pró
m edicina, constata-se que a fisiologia do prias, a p artir das quais podem originar
c o rp o h um a n o ta m b é m o b e d e ce a um o u tro s fe n ô m e n o s e ao m e s m o te m p o
sofrer, deste s, in flu ê n cia s b en é fica s ou P r in c íp io s B á s ic o s dos C in c o
m aléficas. M o v im e n t o s e m C o n d iç õ e s de
"m ã e ". Nos casos de extrem a hiperativi- suas características as incluem no m esm o
dade do M o vim e n to M adeira, por e xe m M o vim e n to do Órgão que as com andam .
plo, e s te se vo lta co n tra o M o v im e n to Assim , por exem plo, na M edicina Tradi
Água, que é sua "m ã e ", e ao m e sm o te m cional Chinesa, o Gan (Fígado) pertence ao
po prom ove uma geração aum entada do M o vim e n to M adeira, pois as suas funções
M o vim e n to Fogo. fisiológicas correspondem a este M ovim en
to, ou seja, a Energia do Gan (Fígado) te m
C in c o M o v im e n t o s , a N atureza e o
fu nçã o de fazer crescer, ora a tra vés do
S er H umano
m eta bo lism o , ora produzindo substâncias
para o crescim e n to . A ssim as estru tu ra s
As características próprias que individua m u s c u la re s e te n d in o s a s , os o lh o s, as
lizam cada um dos Cinco M ovim en tos per unhas, os nervos, o siste m a re p ro d u to r
m item que se possam enquadrar todos os fe m in in o p e rte n ce m ao M o v im e n to M a
aspectos da Natureza com o integrantes de deira e stan do to d o s eles relacionados a
um dos M o vim e n to s. A distribuição dos atividades intensas e ao crescim en to; por
a spectos da Natureza d e n tro dos C inco isso estão ligados ao Gan (Fígado), pois
M ovim en tos m ostra que fe nô m e n os apa e ste é o grande responsável pelo m eta
re n tem e nte desconexos da Natureza po bolism o e síntese protéica (crescim ento).
dem parecer ordenados quando vistos sob
o u tro prism a, ou seja, "d e n tro do caos, C . T e o r ia d o s Z a n g F u ( Ó r g ã o s e
existe a o rd e m ". Desta maneira, ao M ovi V ís c e r a s )
m ento Madeira convergem a cor azul-es-
Dra. Maria Valeria D'Ávila Braga
verdeada e o sabor ácido; por sua vez, a
Prof. Dr. Ysao Yamamura
Primavera, cuja Energia Celeste é o Vento,
é a estação propícia para que o M ovim en A co n ce p çã o da M ed icin a Tradicional
to M adeira desenvolva as suas funções. Chinesa sobre os órgãos, que é diferente
Estes a sp e cto s naturais, em co n d içõ e s daquela do O cidente, considera três aspec
normais, estim ulam o M o vim e n to M adei tos distintos: o energético, o funcional e o
ra e, em condições anormais, o destroem . orgânico. Os dois ú ltim os correspondem à
A teoria chinesa sobre a fisiologia ener fisiologia, à histologia e à anatom ia patoló
gética do corpo hum ano identifica cinco gica estudadas no O cid en te; o e n fo q u e
Zang (Órgãos) e seis Fu (Vísceras) essen energético é sui generis quer na caracte
ciais, que fisiologicam ente representam as rística Yang/Yin quer nas funções que es
características dos Cinco M ovim en tos den sas energias exercem ao nível som ático e
tro do ser hum ano. A ssim , na concepção m e n ta l. A M ed icin a Tradicional C hinesa
da M edicina Tradicional Chinesa, ta nto os denom ina de Zang Fu o estudo dos Órgãos
cinco Órgãos quanto as seis Vísceras estão e das Vísceras sob esses três aspectos.
relacionados com os Cinco M ovim entos. Os Órgãos (Zang) tê m a função de ar
Na fisiologia energética humana, os cin m azenar a Essência dos a lim en to s, que
co Zang (Órgãos) essenciais, representan proporciona os d in am ism o s físicos, visce
te s dos C inco M o v im e n to s , co m a nd am rais e m entais. São estru tu ra s geradoras
estruturas orgânicas e prom ovem o dina e tran sfo rm ad o ra s de Energia e do Shen
m ism o das atividades físicas e psíquicas. (Consciência) que constitui, no exterior, as
As estruturas orgânicas, por sua vez, co m an ifesta çõ es da Energia interior.
mandadas por esse ou aquele Órgão, de Os Órgãos, representados pelo Xin (Co
senvolvem atividades específicas, porque ração), Fei (Pulmão), Gan (Fígado), Pi (Baço/
Pâncreas) e Shen (Rins), são as estruturas correspondente. Por exem plo, uma alegria
essenciais do organism o, responsáveis pe excessiva é conseqüente ao Vazio do Xin-
la form ação, crescim ento, desenvolvim en Yin (Coração-Yin); a preocupação, os pen
to e m anutenção do corpo físico e da m en sam entos introspectivos denotam o Vazio
te. Cada Órgão, que representa um dos do Pi (Baço/Pâncreas); raiva e nervosism o
Cinco M o vim e n to s, te m função de cons significam Plenitude do Gan-Yang (Fígado-
titu ir e de com andar te cid o s e uma parce Yang). As m od ifica çõ es que ocorrem no
la da Energia M ental (psiquism o). Exterior, nas estruturas orgânicas, signifi
As Vísceras (Fu) constituem as e strutu cam exteriorização do processo interno.
ras tubulares e ocas que tê m função de re O bservando-se o Exterior, conhece-se o
ceber, transform ar e assim ilar os alim entos, Interior. Assim , alteração do cabelo (queda),
além de prom over a elim inação de dejetos. da audição (surdez, zumbido), bem com o
São o Tubo D igestivo (Estômago, Intestino im potência sexual, poliúria e lombalgia sig
Delgado, Intestino Grosso) e o Pangguang nificam Vazio do Shen-Yin (Rim-Y/n); cólica
(Bexiga). Estas estruturas são englobadas m enstruai, mastodínia, cefaléia, enxaque
por um e le m e n to a lta m e n te e ne rg ético , ca, gastrite, unhas quebradiças, tris m o e
Yang do Yang, o Sanjiao (Triplo Aquecedor), cãibras estão relacionados com a Plenitu
que te m a finalidade de prom over a ativida de do Gan-Yang (Fígado-Yang).
de de todos os órgãos internos. Para se adequar o tra ta m e n to ene rg éti
As Vísceras Curiosas são estru tu ra s que co, é preciso chegar à origem das altera
não se enquadram nas características aci ções energéticas, que são ju s ta m e n te os
ma. São elas: o Dan (Vesícula Biliar), os Va Zang Fu (Órgãos e Vísceras). Estes, além
sos Sangüíneos, o Ú tero, os O ssos, a M e de pro m o vere m os sintom as e sinais orgâ
dula Óssea, a M edula Espinal e o Encéfalo. nicos e viscerais, ta m b é m se m anifestam
Os aspectos ene rg ético s dos Ó rgãos e ao longo do tra je to de seus respectivos
das Vísceras, conhecidos co m o Zang Fu, M eridianos.
são responsáveis pela integridade do cor À m edida que as alterações energéticas
po. Estando os Zang Fu em harm onia ener vão se intensificando, surgem m anifesta
gética, as fu nçõ es psíquicas, bem com o ções funcionais que os exam es laborato
as dos Órgãos e Vísceras (Zang Fu) e das riais e co m p le m e n ta re s passam a d ete c
dem ais estru tu ra s apresentarão bom de tar. O agravam ento do processo altera a
s e m penho funcional, m antendo-se dentro estrutura física dos te cido s (células), o que
da norm alidade. A s alterações de Energia passa a ser d em on stráve l no exam e ana-
dos Zang Fu para m ais (Plenitude) ou para to m o p a to ló g ic o .
m enos (Vazio) p ro m o vem conseqüências
inicialm ente na Energia M ental (Shen), de Á reas da M e d ic in a
pois, sucessivam ente, na coloração da tez, T r a d ic io n a l C h in e s a
nas m anifestações fu ncio na is dos Órgãos
e das Vísceras (Zang Fu) e, por fim , altera A M edicina Tradicional Chinesa é um vas
ções orgânicas das e stru tu ra s do corpo. to cam po de conhecim ento, de origem e
Essa relação dos Zang Fu (Órgãos e Vís concepção filosófica que abrangem vários
ceras) com a parte som ática e com a M en setores ligados à saúde e à doença. Suas
te (Shen) é utilizada co m o m eio de diag co ncepções são voltadas m u ito m ais ao
nóstico na M edicina Tradicional Chinesa. estudo dos fatores causadores da doença
Assim , uma alteração do estado m ental sig e à sua maneira de tratá-las, conform e os
nifica um desequilíbrio energético do Órgão estágios da evolução do processo de adoe
cer, e principalm ente ao estudo das form as indissolúvel de se m anter a Vida. O tipo, a
de prevenção, nisso residindo toda a es qualidade, a quantidade e o horário da ali
sência da Filosofia e da M edicina Chinesa. m en taçã o p od em condicionar um corpo
Para tanto, a M edicina Tradicional Chi fís ic o e e n e rg é tic o inadequado para as
nesa enfatiza os fe n ô m e n o s precursores suas atividades, originando precocem en-
das alterações fu ncio na is e orgânicas que te um p rocesso de a do ecim en to que as
provocam o a parecim ento de sintom as e su m e p ro po rçõ es crônicas e evolutiva s,
de sinais e que, m uitas vezes, são a com su je ito cada vez m ais à ação dos fa to re s
panhadas de anorm alidades nos exam es e tiop ato g ên ico s do adoecer.
c o m p le m e n ta re s e laboratoriais. O fa to r Para o fe to , a fo n te de Energia é a mãe,
causai d este s processos nada m ais é do que re p re s e n ta , qua nd o saudável, um a
que o desequilíbrio da Energia interna, in fo n te da m ais alta qualidade de Energia e
duzido pelo m eio a m b ie n te (origem e xter n utrien te s. É m u ito im p orta nte que a ges
na), ou pela alim entação desregrada, e m o ta n te te nh a sua psique, se us Ó rgãos e
ções retidas, fadigas (origem interna). Vísceras (Zang Fu) e sua alim entação sau
O ditado chinês "E sperar te r sede para dáveis para poder gerar um filh o sadio.
cavar um poço pode ser m u ito ta rd e " re A Energia e os nutrientes provenientes
fle te a visão preventiva, sob to d o s os as dos alim entos necessitam circular pelo cor
pectos, princip alm en te da área da saúde. po para se re m co nsu m id os, repondo as
Com e ste intuito, a M edicina Tradicio perdas e m antendo a dinâmica fisiológica.
nal Chinesa aborda vários setores, desde A Energia (Qi) circula através dos M e ri
o m odo pelo qual o indivíduo possa cres dianos (Canais de Energia), que são d is tri
cer e se d esenvolver de m aneira norm al buídos de m odo se m e lh a nte aos trajetos
até os casos e x tre m o s do p ro ce sso de da rede nervosa e sangüínea. À m edida
adoecer. A ssim , destacam se cinco recur que a Energia se m obiliza, o Xue (Sangue)
sos essenciais: a alim entação, o Tai Chi acom panha-a. A atividade m uscular repre
Chuan, a acupuntura, as ervas m edicinais senta a m aneira m ais adequada de fazer
e o Tao Yin (tre ina m e n to interior), além do circular a Energia pelo corpo. O cam inhar
e stud o da fisiologia e fisiopatologia ener e o Tai C hi Chuan, prática baseada em
gética dos Zang Fu (Órgãos e Vísceras). exercícios específicos que orien ta m a cir
A alim entação, verdadeira fo n te da Ener culação de Qi, pro m o vem a atividade das
gia adquirida, é form ada dos n u trie n te s e articulações, dos m úsculos e dos tendões;
da essência que fo rm a m e põem em ativi são, portanto, recursos úteis ta n to para a
dade todas as e stru tu ra s do o rganism o. co nso lid açã o do c o rp o fís ic o q u a n to da
O o rganism o foi gerado a partir de dois psique no fa vo re cim e n to à vitalidade e à
gam etas, o óvulo e o esperm atozóide. O longevidade. Os n u trie n te s são distribu í
recém nascido pesa em to rn o de 3.000g dos pela rede sangüínea.
e o adulto, em to rn o de 80.000g. Foi por A circu laçã o de Energia nos d ive rso s
m eio dos alim en to s de origem ce le ste e M eridianos pode ser dificultada por fa to
te rre s tre que fo i incorporada toda essa res e xterno s ou internos, o que pode oca
m atéria, de m odo que a alim entação é o sionar bloqueios e estagnações de Energia
fa to r que propicia a form ação do corpo fí e de Xue (Sangue), originando os proces
sico e da Energia necessária para m anter sos álgicos ou o mau fu n c io n a m e n to dos
o d in am ism o da form a. Órgãos, das Vísceras e dos te cido s. Pode
A relação in te rd e p e n d e n te e c o m p le ocorrer ta m b é m uma atividade inadequa
m entar da Energia e da m atéria é o m eio da dos ce ntros de Energia do corpo, res
Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura 27
gia dos Rins) fo r deficien te , haverá "vaza * D ebilidade h ereditária - O Jing pré-
m e n to ", ou seja, incontinências urinária e ancestral é fo rm a d o pelo Jing Shen
fecal, esperm atorréia e prolapsos anal e (Essência dos Rins) dos pais. Se este
retal. J ing e stiver debilitado pela idade avan
çada ou pelo estad o de exaustão à
9) A b rig a o Zhi (Força d e V ontade) época da concepção ocasionará de
bilidade hereditária do Jing pré-celes-
Se o Shen Q i (Energia dos Rins) fo r fo r tial da criança.
te , a Força de Vontade (Zhi) ta m b é m o * E m o ç õ e s - M edo, pavor, insegurança
será e o Shen (M ente) enfocará o seu ob e a ansiedade d e b ilita m o Shen Qi
je tiv o e o perseguirá. O Shen (Rins) con (Energia dos Rins).
trola, ta m b é m , a força e a habilidade, isto
* A tivid a d e sexual excessiva - Esta in
é, controla a capacidade para o trabalho
pesado, assim c o m o influencia a capaci clui ejaculação, nos hom ens, e orgas-
m o, nas m u lh e re s . A lé m do Shen
dade para as atividades delicadas e habili
(Rins), o utros Zang (Órgãos), com o o
dosas.
Xin (Coração) e o Gan (Fígado), con
trib u e m para a vida sexual norm al e
M in g M e n (Portão da V ita lid a d e )
sadia.
Em relação à localização do M in g M e n Todas as d oe nça s c rô n ica s a fe ta m o
(Portão da Vitalidade) e xiste m várias te o Shen (Rins), assim co m o a idade avança
rias, sendo m ais aceita a de que estaria da. A Essência (Jing) do Shen (Rins) decli
situado e ntre os dois Shen (Rins), enquan na com a idade, resultando em d im inu i
to para o u tra s c o rre s p o n d e ria ao Shen ção da audição, fraqueza e debilidade dos
(Rim) d ire ito . O M in g M e n te m ca rá ter ossos (osteoporose) e decréscim o da fu n
Yang e fo rn ece o Calor para todas as ativi ção sexual. Por o utro lado, o excesso de
dades do organism o e para o próprio Shen trabalho ta n to físico quanto m ental ta m
(Rins). bém afeta o Shen (Rins), sendo que o tra
O Shen (Rins) não apresenta padrões balho físico te n d e a debilitar m ais o Shen-
de excesso (plenitude), m as so m e n te de Yang (R'\m-Yang) e o trabalho m ental, sob
deficiência (vazio). Há so m e n te uma ex condições de estresse, a debilitar m ais o
ceção: quando a U m idade-C alor afeta o Shen-Yin (R im -Yin).
Pangguang (Bexiga), ela pode a tin g ir o
Shen (Rins) e m anifestar-se por plenitude. X in B a o L uo ( C ir c u la ç ã o - S e x o )
Nas condições crônicas, só pode ocorrer
d eficiência ou, então, padrões co m b in a O Xin Bao Luo ou Envoltório Energéti
dos (m istos) de excesso e de deficiência. co do Xin (Coração) está in tim a m e n te re
De m od o que toda co nd içã o patológica lacionado ao Xin (Coração). Funciona com o
m anifestar-se-á com deficiência do Shen- uma cobertura externa do Xin (Coração),
Yin (Rim-Yin) ou do Shen-Yang (R im -Yang), p ro te g e n d o -o d o s a ta q u e s dos fa to re s
mas, co m o apresentam a m esm a raiz, a pato gê n ico s e xterno s. A s fu n çõ e s ener
deficiência de uma parte se m p re im plica géticas do Xin Bao Luo (Circulação-Sexo)
rá, necessariam ente, uma deficiência da são se m e lh a nte s às do Xin (Coração), ou
outra parte. seja, governar o Xue (Sangue) e abrigar o
De m od o geral, o Shen (Rins) pode ser Shen (M ente); por isso, num erosos pon
afetado por: tos de acupuntura do M eridiano do Xin Bao
40 Capitulo I
Luo apresentam influência poderosa so tôm ago) e te m a fu nçã o prim ordial de "s e
bre os e sta d o s m e n ta is e e m o c io n a is , parar o puro do im p u ro ", em que a parte
além de te re m bom e fe ito no tórax. pura extraída dos a lim en to s vai para o Pi
As desarm onias do Xin Bao Luo são de (Baço/Pâncreas), e a de transform ar, ta m
vidas ao a com e tim e n to pelo Calor tóxico, bém , os a lim e n to s em co njun to com este
causado por doenças febris, ou por M uco- Zang (Órgão); a parte im pura extraída dos
sidade que obstrui este Zang (Órgão). a lim en to s dirige-se ao Da Chang (In te sti
no Grosso). A parte pura extraída dos lí
X ia o C h a n g ( In t e s t in o D e lg a d o ) quidos orgânicos vai para o Da Chang (In
te s tin o Grosso), para ser reabsorvida, e a
O Xiao Chang (Intestino Delgado) te m parte im pura vai para o Pangguang (Bexi
influência sobre a lucidez m ental e o ju l ga), para ser excretada com o urina. O Xiao
gam ento e sobre a capacidade de to m a r Chang (In te stin o Delgado) fo rm a com o
d ecisõe s. M as, d ife re n te m e n te do Dan Pangguang (Bexiga) o Tai Yang, por isso
(Vesícula Biliar), que dá a capacidade e a auxilia a fu nçã o energética do Pangguang
coragem de to m a r decisões, o Xiao Chang (Bexiga) na tran sfo rm açã o do Qi.
(Intestino Delgado) é o responsável pelo O Xiao Chang (Intestino Delgado) tran s
d isce rn im e n to e a clareza para distin gu ir fo rm a o Jin Ye (fluidos orgânicos) em coor
o ce rto do errado. denação com o Shen-Yang (ftlm-Yang), que
Os relacionam entos e ntre os sistem as co nfe re a Energia e o Calor O rgânico ne
Yin e Yang não são to d o s igu alm en te pró cessários para a atividade dessa fu nçã o
xim os, co m o o P i/W ei (Baço/Pâncreas/Es e ne rg ética .
tôm ago) e o Gan/Dan (FígadoA/esícula Bi
liar). O relacionam ento do Xiao Chang (In
D a C h a n g ( In t e s t in o G r o s s o )
te s tin o Delgado) com o Xin (Coração) é
m ais suave, te n d o p roxim idade nas fu n A p rin c ip a l fu n ç ã o e n e rg é tic a do Da
ções energéticas no aspecto psicológico Chang (Intestin o Grosso) co nsiste em re
pelo fa to de o Xin (Coração) abrigar o Shen ceber os a lim en to s e os líquidos do Xiao
(M ente) e governar a vida m ental, m as a Chang (In te stin o Delgado) reabsorvendo
capacidade de to m a r decisões e fazer ju l uma parte desses flu id os e e lim inando o
g a m e n to s cla ro s é p e rtin e n te ao X ia o restante co m o fezes.
Chang (Intestino Delgado). O relacionam en R elaciona-se e x te rn a e in te rn a m e n te
to, ta m b ém , é bem observado em situa c o m o F ei (Pulm ão), se nd o im p o rta n te
ção pato lóg ica ; por e xe m p lo , qua nd o o esse relacionam ento para a execução das
Fogo do Xin (Coração-Fogo) é tra n sm itid o fu n çõ e s e nergéticas com uns, isto é, o Fei
ao Xiao Chang (Intestino Delgado), pode Q i (Energia do Pulmão) descende para dar
ocasionar hem atúria pelo a c o m e tim e n to ao Da Chang (Intestino Grosso) a Energia
do Xiajiao (A quecedor Inferior). necessária para que o m e sm o tenha fo r
ça s u fic ie n te para executar os m o v im e n
Funções energéticas do X ia o Chang to s d efecatórios.
(Intestino Delgado) Se o Fei Q i (Energia do Pulmão) fo r de
1) Controla a recepção e a ficie n te , co m o acontece em idosos, não
tran sfo rm açã o fornecerá Energia su ficie nte para o intes
tin o g ro sso p od er realizar o m o v im e n to
O Xiao Chang (Intestino Delgado) rece d efecatório, advindo daí a constipação in
be os a lim en to s e os líquidos do W ei (Es te stina l; por sua vez, não havendo a ex-
Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura
\* l
41
ereção das im purezas do in te stin o gro s indivíduo nessas condições poderá facil
so, poderá ficar dificultada a fu nçã o des m e n te fica r desencorajado ao m en o r si
ce nd en te do Fei Qi (Energia do Pulmão). nal de adversidade.
Em bora o Da C hang (In te s tin o G rosso) O Dan (Vesícula Biliar) proporciona para
esteja acoplado ao Fei (Pulmão), a fisiolo- o Shen (M e n te ) a co ra g e m , governada
gia energética e a patologia d este Fu (Vís pelo Xin (Coração); isso refle te o relacio
cera) estão m uito m ais ligadas às do P i/ n a m e n to "m ã e -filh o " e x is te n te e n tre o
W e i (B aço/P âncreas/E stôm ago) e as do Dan (Vesícula Biliar) e o Xin (Coração).
Xiao Chang (Intestino Delgado). Então, em casos de debilidade do Shen
(M ente) em conseqüência da debilidade
do Xin (Coração), deve-se to nifica r o Dan
D an ( V e s íc u la B ilia r )
(Vesícula Biliar) para dar sustentação ao Xin
O Dan (Vesícula Biliar) é uma Víscera (Coração).
im p o rta n te entre os siste m a s Yang, pois
possui um produto refinado "p u ro "; e sto 3) C ontrola os tendões
cando substâ ncia s refinadas, ele se as
sem elha a um sistem a Yin e, além disso, O Dan (Vesícula Biliar) e o Gan (Fígado)
não se com u nica com o exterior, co m o co ntrola m os te nd õe s; enquanto este nu
acontece com os o utros sistem as Yang. tre os te nd õe s com o seu Xue (Sangue),
o Dan (Vesícula Biliar) proporciona a Ener
gia para os te nd õe s gerarem os m o vim e n
Funções energéticas do D an (Vesícula
to s e a agilidade necessários. Isso explica
Biliar)
a açáo do p o n to V B -34 ( Y a nglingquan)
1) A rm azena e e xcreta a bile co m o p onto de reunião dos m úsculos e
dos tendões.
Esta fu nçã o energética está na depen
dência da atividade do Gan (Fígado), uma 4) Dá qualidade ao sono
vez que este proporciona a Energia neces
sária para a realização dessa função. Se o O Dan (Vesícula Biliar) influencia a qua
Gan Q i (Energia do Fígado) e stive r estag lidade e a duração do sono. Se o Dan (Ve
nado, a bile não pode flu ir su ave m e nte e sícula Biliar) e stive r enfraquecido o indiví
as fu n ç õ e s do W e i (E stôm ago) e do Pi duo, acorda bem cedo de manhã e não
(Baço/Pâncreas) p odem ficar afetadas. será capaz de conciliar o sono, novam en
te.
2) Controla o ju lg a m e n to
P a n g g u a n g (B e x ig a )
O Gan (Fígado) controla a habilidade no
p la n e ja m e n to de vida, e n q u a n to o Dan A relação e ntre o Shen (Rins) e o Pang
(Vesícula Biliar) controla a capacidade de guang (Bexiga) é m u ito próxim a. Este re
to m a r decisões. As duas fu nçõ es devem cebe a Energia necessária para sua fu n
ser harmonizadas, para que se possa pla ção de transform ação do Jin Ye (Líquido
nejar e agir de acordo. A lé m de controlar Orgânico) do Shen (Rins), ou m elhor, do
a decisão, o Dan (Vesícula Biliar) fo rn ece M in g M e n (Porta da Vida); por o utro lado,
ao indivíduo a coragem e a iniciativa. Se o o Shen (Rins) depende do Pangguang (Be
Dan (Vesícula Biliar) e s tiv e r d e fic ie n te , xiga), para se m o v im e n ta r e excretar al
poderá causar a indecisão e a tim idez, e o guns dos flu id os corpóreos.
Funções energéticas do P angguang do W ei (Estômago) prepara o te rre no para
(Bexiga) o Pi (Baço/Pâncreas) separar e e xtra ir a
essência Jing refinada dos alim entos.
V R em ove a Água p o r m eio da O re v e s tim e n to lingual é fo rm a d o de
transform ação do Qi "u m id a d e im p u ra " gerada co m o um sub
p roduto da atividade do W e i (Estôm ago)
A parte "im p u ra " do Jin Ye (Líquido Or
gânico) do Xiao Chang (Intestino Delgado) quer faz o am a du re cim e nto e a d eco m p o
passa para o Pangguang (Bexiga), que a sição desta um idade im pura que ascende
tra n s fo rm a , p o s te rio rm e n te , e m urina. à língua para fo rm a r o re v e s tim e n to lin
Para a execução dessa função, necessita gual. Um re v e s tim e n to fin o e branco indi
do Q i e do Calor fo rn e c id o s pelo Shen- ca que o W e i (Estômago) está fu ncio na n
Yang (Rim-Vãng). O Xiao Chang (Intestino do adequadam ente, enquanto a ausência
D elgado) e o Pangguang (Bexiga) trab a indica que a fu nçã o do W e i (Estôm ago)
lham juntos, para m o vim e n ta r os flu id os está afetada e a Energia deste, debilitada.
corpóreos no Xiajiao (A quecedor Inferior);
por isso é que se utilizam pon tos do Xiao 2) C ontrola o transporte das Essências
Chang (Intestino Delgado) para o tratam en Jing dos a lim e n to s
to de patologia urinária.
O Pangguang (Bexiga) recebe o auxílio O W e i (E stôm ago) e o Pi (B aço/P ân
do Xiajiao (A quecedor Inferior), que te m a creas) são os responsáveis pelo transpor
função de garantir que as passagens das te das Essências Jing dos a lim en to s para
Águas estejam abertas e livres. to d o o organism o, particula rm en te para os
A desarm onia do Pangguang (Bexiga) m e m b ro s superiores e inferiores.
pode provocar em o çõe s negativas, co m o Se o W ei (Estômago) e o Pi (Baço/Pân
ciúm e, desconfiança e rancor por um lon creas) e s tive re m fortalecidos, o indivíduo
go período. sentir-se-á fo rte e cheio de vigor; por ou
tro lado, se fo re m deficien te s, então, sen
tir-se-á cansado e poderá te r d ebilidade
W ei (E s tô m a g o ) nos m úsculos.
É a m ais im p orta nte de todas as Vísce
ras, ju n ta m e n te com o Pi (Baço/Pâncreas), 3) Controla a descendência do Qi
e é conhecido co m o raiz do Q i Pós-Celes-
O W e i (E stôm ago) e nca m in ha os ali
tial, pelo fa to de que é a origem de to do
m e n to s tra n s fo rm a d o s , pela fu n ç ã o de
Qi e Xue (Sangue) produzidos após o nas
descendência, para o Xiao Chang (In te sti
cim e n to .
no Delgado), onde finaliza a digestão. Se
o W ei (Estôm ago) falhar na descendência,
Funções energéticas do W ei os a lim e n to s poderão estagnar-se, provo
(E stôm ago) cando sensação de e m p ach am en to gás
1) C ontrola "o a m a du re cim e nto e a trico, regurgitação azeda, eructação, solu
d e co m p o siçã o " dos a lim e n to s ço, náuseas e vô m ito s. O Gan Q i (Energia
do Fígado) contribui para a fu nçã o de des
O W ei (Estômago) transform a os alim en cendência do W ei Q i (Energia do E stôm a
tos e os líquidos ingeridos pelo processo go); por isso, se o Gan Qi (Energia do Fí
de ferm entação descrito com o "am adure gado) e s ta g n a r-s e , p o d e rá b lo q u e a r a
cim e nto e deco m p osiçã o". Esta atividade fu nçã o de descida do W ei (Estôm ago).
Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura
M e r id ia n o P r in c ip a l d o F e i (P u lm ã o )
Aquecedor M em bro
Diafragma Indicador
Médio Superior
Intestino Axila
Grosso 11 Pontos
M e r id ia n o P r in c ip a l d o D a C h a n g ( In t e s t in o G r o s s o )
20 Pontos
M e r id ia n o P r in c ip a l d o W ei (E s tô m a g o )
Asa Nasal
Ponto Ponto
Pontos
Gengiva Clavícula Abdom e M em bro Inf.
Noções de Acupuntura
M e r id ia n o P r in c ip a l d o P i ( B a ç o /P â n c r e a s )
M e r id ia n o P r in c ip a l d o X in (C o ra ç ã o )
9 Pontos
M e r id ia n o P r in c ip a l d o X ia o C h a n g ( In t e s t in o D e lg a d o )
R ebordo
orbitário
C oraçao -► Esôfago > D ia fra g m a
in ferio r
i.
ir
Q u into D edo
A ntebraço In testin o D elgado *- Estôm ag o
.z r* r+-
Pescoço Face C anto exte rn o
Tragus
do olho
C avid ade supra-
clavicular
19 Pontos
M e r id ia n o P r in c ip a l d o P a n g g u a n g (B e x ig a )
54 C ap ítulo II
muugia
M e r id ia n o P r in c ip a l d o S hen (R in s )
27 Pontos
M e r id ia n o P r in c ip a l d o X in B a o L u o ( C ir c u la ç ã o - S e x o )
9 Pontos
M e r id ia n o P r in c ip a l d o S a n j ia o ( T r i p l o A q u e c e d o r )
M e r id ia n o P r in c ip a l d o D a n ( V e s íc u la B i l ia r )
M e r id ia n o P r in c ip a l d o G a n (F íg a d o )
VC19
Estômago
Costelas Testa
Figado
Diafragma
Artelho Traquéia
Grosso V. Biliar
Conservadores
Yang W ei B-63 (J in m e n ) V G -1 4 ( D a zh u i) TA-5 ( W aiguan)
Yin W ei R-9 (Z h u b in ) VC-23 ( L ia n q u a n ) CS-6 ( N e ig u a n )
Aceleradores
Yang Q iao M a i B-62 (S h e n m a i) B-1 (J in g m in g ) B-62 (S h e n m a i)
Yin Q iao M a i R-6 (Z h a o h a i) B-1 (J in g m in g ) R-6 (Z h a o h ai)
Desobstruidor
C ho n g M a i R-11 (H e n g u ) R-21 (Youm en) BP-4 (G o n g su n )
Cintura
D ai M a i VB-26 {D a im a i) VB-28 ( W eidao) VB-41 (Z u lin q i)
Reguladores
Du M ai VG-1 (C h a n g q ia n g ) VG-27 (D u id u a n ) ID-3 (H ouxi)
Ren M a i VC-1 (H u iy in ) VC-24 ( C h e n g jia n ) P-7 ( L ie q u e )
- 2 M eridianos aceleradores, sendo um Ainda de igual im portância e xiste m ou
Yang, denom inado Yang Qiao M a i e locali tro s M eridianos/C anais de Energia conhe
zado na face póstero-m edial do corpo, e cidos co m o D istinto s (ou D ivergentes), os
um M eridian o Yin den om ina do Yin Qiao T endino-M usculares e os Luo Transversal
M a i e situado na face ânte ro -m e dia l do e Longitudinal.
corpo. Os M eridianos D istinto s e suas co ne
- 1 M eridiano desobstruidor, d enom ina xões com os M eridianos Principais p ro m o
do C hong Mai, que é o M eridiano tóraco- vem a ligação dos Zang Fu (Órgãos e Vís
abdom ino-pélvico vertical. ceras) no interio r e distribu e m a Energia
- 1 M eridiano cham ado Cintura, Dai Mai, M en tal (Shen) para as estru tu ra s internas
em volta da cintura. do corpo.
A tu a lm e n te , Yam am ura te m p ro p o sto Segue a tabela dos M eridianos D istin
m odificação no co nceito dos M eridianos to s (do livro A arte de Inserir, de Ysao Ya
Curiosos, relacionando-os com os estados m am ura), distribuídos segundo suas con-
em ocionais (Ver bibliografia). flu ên cia s:
Du M ai M G A (C h a n g q ia n g )
Ren M a i VC-15 (J iu w e i)
a c o n ce p çã o da indicação dos d ive rso s d estacam -se as doenças dos órgãos inter
pon tos de acupuntura para as m ais diver nos, as fadigas e as em oções.
sas patologias. É interessante assinalar que essas con
dições capazes de in te rfe rir nas caracte
M ecan ism o neural - R ecentes p esqui rísticas elétricas da pele observadas pe
sas n eurofisiológicas sobre o m ecanism o los p esq uisad o re s o cid en ta is co in cide m
de ação da analgesia por acupuntura tro u com os fa to re s que a M edicina Tradicio
xeram grandes subsídios ao e n te n d im e n to nal Chinesa descreve co m o etiopatogêní-
do seu m ecanism o de ação. Isto fez com cos, capazes de p ro m o ver o processo de
que as m ilenares teorias filo só fica s chine a do ecim en to.
sas do Yang e do Yin, dos Cinco M o v im e n
Pesquisas h istológ icas d em on straram
tos, dos Zang Fu (Órgãos e Vísceras) e dos
que a concentração de te rm ina çõe s ner
Jing Luo (M eridianos e Colaterais) passas
vosas livres e encapsuladas, de recepto
sem a te r um fu n d a m e n to científico. Gran
res articulares, órgão te nd ino so de Golgi
de parte dos co nce itos in tu itiva m e n te pre
e fu sos m usculares, é m aior nas áreas do
conizados pela M edicina Tradicional Chi
corpo correspondentes aos pontos de acu
nesa pode, hoje, ser explicada à luz da neu-
puntura do que nos te cido s adjacentes.
roanatom ia e da neurofisiologia, p e rm itin
Os e stím ulos que as agulhas de acupun
do que a fisiologia do ser hum ano possa
tura desencadeiam nos d ife re n te s recep
ser estudada de um m odo global.
to re s nervosos podem explicar os m ú lti
A com preensão das interações e ntre o
plos e fe ito s observados, pois o sistem a
corpo e a m en te e e ntre e stes e o m eio
nervoso é específico em relação à via de
am biente, preconizadas pela M edicina Tra
condução dos e stím ulos e, co nse qü en te
dicional Chinesa, dá um significado d ife
m ente, as respostas ta m b é m são especí
rente ao corpo hum ano, que, na concep
ficas. O e stím ulo originado pela inserção
ção o cidental, ainda se fu n d a m e n ta nas
de agulha de acupuntura pode variar am
leis new tonianas.
p lam ente, de acordo com a intensidade,
Com base em pesquisas realizadas no o m o v im e n to giratório no sentido horário
cam po da e letrofisiologia, sabe-se, hoje, ou anti-horário e a freqüência. Esses fa to
que algum as áreas da pele, com paradas res devem d ete rm in a r a liberação de neu-
com regiões adjacentes, apresentam m e rotransm issores específicos nas sinapses,
lhor co n d utib ilid ad e elétrica por d im in u i excitando-as ou inibindo-as, desencadean
ção de resistência. Estas áreas são coin do respostas d iferen te s.
c id e n te s co m a d e sc riç ã o clássica dos A ssim , com preende-se por que os chi
pontos de acupuntura. neses preconizavam que, para se to n ifi
O bservou-se, ta m b ém , que a diferença car um pon to de acupuntura, dever-se-ia
de potencial e létrico da pele nesses pon fazer m o v im e n to giratório da agulha inse
tos específicos não é constante, variando rida no sentido horário ou direcioná-la obli
de acordo com a influência de fa to re s in q ua m e nte no sentido da co rren te de Ener
ternos do corpo hum ano e ta m b é m fa to gia no M eridiano e que, para sedar, dever-
res am bientais. se-ia proceder de m odo inverso.
D en tre os fa to re s a m b ie n ta is , fo ra m Essas fo rm a s específicas de m anipula
identificados, principalm ente, a te m p e ra ção do p onto de acupuntura e as respos
tura do am biente, as estações do ano e o tas diversas obtidas (tonificação ou seda-
ciclo horário. Entre os fa to re s interno s, ção dos órgãos internos) encontram res
paldo científico, uma vez que, em últim a doenças de instalação m ais consolidada
instância, cada fo rm a de e stím ulo gerado ou "d oe n ças p ro fu n d a s".
pela m anipulação da agulha pode liberar A inserção da agulha no p on to de acu
n eurotransm issores específicos, que po puntura pode provocar uma série de rea
dem inibir ou excitar as várias sinapses em ções sensitivas co nco m ita ntes, co m o dor,
to d o o sistem a nervoso e, com isto, pro queim ação ou choque, co n s titu in d o o que
m ove r respostas ta m b é m específicas. se cham a Te Q i ou "sensação de acupun
tu ra ", que, n e u ro fis io lo g ic a m e n te , pode
Local de Ação da A cupuntura ser d e co rren te do estím ulo dos vários ti
pos de receptores nervosos relacionados
As fibras A-delta, ou do grupo III, e as ao pon to de acupuntura. O e stím u lo das
fibras C, ou do grupo IV, são os principais fib ra s A-delta superficiais pode p ro m o ver
tip os de fibras relacionados com a condu sensação de dor; o das fibras nervosas de
ção do estím ulo da agulha de acupuntura. localização m ais profunda, no nível dos
Estudos realizados em coelhos e gatos, m úsculos e dos tendões, provocar sensa
nos quais p o n to s de a cu p u n tu ra fo ra m ção de peso; e o das fibras C, provocar,
a nestesiados com novocaína, e videncia p re do m in an te m e nte, reações autônom as,
ram que as fibras A-delta são dom in a nte s co m o fo rm ig a m e n to e parestesia.
ao m ediar a acupuntura, seguidas pelas A inserção das agulhas de acupuntura
fibras C e, em m en or proporção, pelas fi determ ina trê s e fe ito s locais: e lé trico (con
bras do grupo II ou A-gam a. Já o u tro s es fo rm e d escrito acima), n euroquím ico (por
tu do s m ostraram que a substância capsai- ação m ecânica, a agulha lesa os te c id o s e
cina (bloqueadora das fib ra s C e de 5% libera substâncias) e m isto, e ste corres
das fibras A-delta) te m uma ação bloquea pondendo a uma associação dos dois pri
dora da acupuntura, quando aplicada na m eiros.
região do p onto de acupuntura. A inserção e a m anipulação da agulha
O potencial e lé trico das agulhas de acu de a cupuntura causam lesões celulares
puntura co nstitu i e stím ulo que age sobre que provocam , no local, o a parecim ento
as te rm ina çõe s nervosas livres e xiste n te s de substâncias bioquím icas, co m o a subs
nesses pontos, alterando o potencial da tância P, e a transform ação do ácido ara-
m em brana celular e desencadeando o po quidônico em leucotrienos, em trom boxa-
tencial de ação e a condução de estím ulo no dos tip o s A, B e prostaglandinas PGE,
nervoso. PGD. Essas substâncias algógenas e s ti
Os e fe ito s da agulha de acupuntura de m ulam os q uim io rre cep tore s, e a substân
pendem da profundidade de sua inserção, cia P, em especial, sendo um neurotrans-
pois os tip o s de receptores nervosos são m issor, ativa os m a s tó c ito s a liberarem
distribuídos de m odo d iferen te , de acor histam ina, estim u la n do as fibras C e pro
do com os planos da estratigrafia. A inser m o v e n d o vasodilatação no nível capilar.
ção superficial atingirá, p re do m in an te m e n A lé m da histam ina, são liberados a bradi-
te, os receptores nervosos associados às cinina, serotonina, íons potássio e prosta-
fibras A-delta, que fazem a m ediação para glandina, que ta m b é m vão e s tim u la r os
as dores agudas e a term ocepção, enquan q uim io rre cep tore s, dim inu ind o o lim iar de
to a inserção profunda estim ulará as fibras excitação. O potencial de ação da m e m
nervosas do fu so m uscular e as fibras A- brana, d e s e n c a d e a d o pela in s e rç ã o de
delta e C, que estão localizadas m ais pro uma agulha de acupuntura m etálica, em
fu n d a m e n te e d eve m ser utilizadas nas ultim a análise, deve-se a um e fe ito elétri-
Noções de Acupuntura 61
N
co peculiar à agulha, associado à ação de tica obtida com o estím ulo do p onto E-36
substâncias liberadas pela lesão tra u m á ti (Zusanh), localizado na perna, que deter
ca celular local. mina a um en to da secreção e da m otilida-
Quando o estím ulo chega à m edula es de gástricas, bem co m o do ponto VB-34
pinal, ele pode, através do tra to de Lis- ( Yanglingquan), que aum enta a m otilida-
sauer, p ro m o ve r associações se gm en ta - de da vesícula biliar e que, provavelm en
res acim a e abaixo do nível m edular da es te, utiliza-se, em parte, dessas vias neu-
tim ulação primária, ocorrendo, no nível das roanatôm icas para e fe tu a r sua ação.
lâm inas de Rexed da m edula espinal, si- Após a aplicação de acupuntura, depen
napses com interneurônios (interm ediadas dendo da maneira com o se faz o estím ulo,
pela substância P). da profundidade e tam bém do ângulo de
Ao nível do corno p oste rio r da m edula inserção da agulha e do se ntid o de sua
espinal, os e stím ulos a feren te s conduzi ponta, é possível direcionar o estím ulo para
dos por fib ra s so m áticas, ta n to aqueles uma ou outra dessas vias nervosas descri
nociceptivos quanto os da acupuntura, vão tas. A M edicina Tradicional Chinesa te m o
estab ele cer sinapses: com neurônios m o im p o rta n te m é rito de haver co nse gu id o
to re s h o m o la te ra is e /ou c o n tra la te ra is , identificar onde e com o fazer estim ulações
para fo rm a r o arco refle xo som a tosso m á- na parte som ática para o bte r resultados
tico; co m neurônios pré-ganglionares sim específicos sobre os órgãos internos e as
páticos, para fo rm a r o arco reflexo som a- várias estruturas do corpo humano.
tovisceral, sendo que esta via é particular A ssim , para se o b te r o e fe ito de acal
m en te im p orta nte na ação da acupuntura m ar a fu nçã o visceral, deve-se inserir a
sobre os vasos sangüíneos p eriféricos e agulha no p onto de acupuntura correspon
representa ta m b é m uma d en tre as m ui d ente à víscera, no se ntid o de contracor-
tas vias que a acupuntura utiliza para atuar rente ou a ntid rô m ico das fibras nervosas.
sobre os órgãos internos; e com neurô A analgesia para dor m u ito intensa pode
nios do tra c to próprio-espinal, que e sta ser obtida fazendo-se a inserção seguida
belece, ao nível m edular, associações de de e s tím u lo s fo rte s , os quais, provavel
se gm en to s superiores com os inferiores, m ente, terão ação sobre as fibras A-delta
conectando os plexos braquial, lom bar e e sobre o tracto neoespinotalâm ico, pro
sacral. A ssim , ao se e stim u la re m pontos duzindo, então, um e fe ito analgésico por
de acupuntura no m em bro superior ou in liberação de substâncias opióides.
ferior, o e stim u lo pode a tingir estru tu ra s
cuja inervação se relaciona a um plexo di Vias Ascendentes e Descendentes da
ferente. Isso explicaria o e fe ito do ponto Acupuntura
P-7 (Lieque), situado no m e m b ro superior
e utilizado no tra ta m e n to da polaciúria. Os e stím ulos da A cupuntura são con
Os e stím u lo s da acup un tu ra ta m b é m duzidos, em grande parte, por m eio dos
são projetados da m edula espinal para o tratos espinotalâm icos, e sua m odalidade
encéfalo ativando ou inibindo várias e stru de ação depende do tip o de fibras nervo
turas im portantes, co m o a form ação reti- sas estim uladas. As fibras A-delta proje
cular, via tra cto e sp in o rre ticu la r (espino- tam seus estím ulos, principalm ente, pelo
talâm ico) e tra c to p a le o e sp in o ta lâ m ico , tra cto neospinotalâm ico, fazem a m edia
daí, indo interagir com a m odulação do sis ção da dor aguda, tê m velocidade de con
tema nervoso a utônom o, ao nível do hi dução m ais rápida m ais rápida e estão,
potálamo. É evidente a ação parassim pá- p re dom inantem ente, ligadas aos m ecanis
m os de defesa e fuga, enquanto as fibras analgesia é m ais profundo. Este co m p or
C projetam seus estím ulos, p rincipalm en ta m e n to deve-se ao fa to de que e stím u
te, pelo tra cto paleoespinotalâm ico, con los nestas d ife re n te s freqüências induzem
duzem mais len ta m e nte e estão associa à liberação de substâncias opióides espe
das, e ntre outros, à dor crônica e aos estí cíficas, ta n to no nível da substância gela
m ulos viscerais. tinosa, co m o do núcleo m agno da rafe.
Na projeção dos e stím ulos da m edula A s respostas corticais aos estím ulos da
espinal até o encéfalo, as vias nervosas acupuntura são projetadas, princip alm en
fazem conexões com várias partes do sis te, por m eio da via serotoninérgica e da
tem a nervoso central, de m odo que por via e nce faliné rgica ; esta, na sua porção
m eio dessas vias a acupuntura pode e sti te rm in a l ao nível do c o rn o p o s te rio r da
m ular ou inibir e stru tu ra s co m o a fo rm a m edula espinal, libera encefalina, e xcitan
ção reticular (principalm ente aos níveis da do o interne urôn io inibitório da su bstâ n
su bstância cinzenta p eri-aquedutal e do cia P, ao nível da lâmina II de Rexed, blo
núcleo m agno da rafe), o hipotálam o, o queando a condução do e stím ulo da dor e
sistem a lím bico e áreas corticais. Portan p ro m o ven do o estado de analgesia ao ní
to, uma inserção de agulha na parte so vel m edular.
m ática pode interagir ao nível do sistem a O e fe ito analgésico da acupuntura inibe,
nervoso central, co n stitu in d o uma m oda ta m b é m , os arcos reflexos sôm ato-som á-
lidade de tra ta m e n to para afecções deste tic o s ind utores de contraturas m usculares
setor, co m o é o caso, por exem plo, de al causa do ra s de a lte ra çõ e s b io d in â m ic a s
te ra çõe s e m o cio n ais do tip o ansiedade, intra e extra-articulares e que c o n s titu e m
tensão, m edo e pânico, que respondem estím ulos para um ciclo vicioso de perpe
bem ao tra ta m e n to pela acupuntura. tuação da dor.
Han & Xie, em 1987, m ostraram que os De m odo que as inter-relações de pele/
m elhores resultados da acupuntura sobre m úscu lo s com os órgãos internos, atra
o sistem a lím bico são o btid os quando se vés do sistem a nervoso, c o n s titu e m um
fazem estím ulos com freqüência abaixo de m eca nism o to ta lm e n te integrado, p erm i
5Hz, nos pontos de acupuntura, provavel tin do que a agulha de acupuntura, inseri
m e n te porque nessas co nd içõ es ocorre da em qualquer parte som ática do corpo
um e stím u lo m ais d irecio na do às fib ra s hum ano, e xcite te rm in a çõ e s nervosas e
nervosas do tip o C, relacionadas a esses gere um potencial de ação no nível do sis
pontos. te m a n e rvo so p e rifé ric o s o m á tic o , que
Por o utro lado, os e fe ito s analgésicos induzirá um e fe ito ta nto sis tê m ic o com o
da a cu p u n tu ra são, hoje, c o n c e b id o s a regional; mas, dependendo da localização
p artir de pesquisas cien tífica s co m o um do pon to de acupuntura, ou seja, depen
processo de excitação que libera e ndorfi- dendo do tip o de fibras nervosas que es
nas em resposta a e stím ulos intensos e tim ula, pode ta n to te r e fe ito s m ais espe
vigorosos sobre a agulha inserida nos pon cíficos sobre um único se tor co m o e fe ito s
tos de acupuntura. Essas condições atuam m ais genéricos. A ssim , os e stím u lo s in
p re fere ncialm en te sobre as fibras A-delta, tensos, com alta freqüência, atuam , pre
relacionadas a esses pontos. E xperim en d o m in a n te m e n te , sobre as fibras A-delta
ta lm e nte , foi d e te rm ina do que e stím ulos e tê m e fe ito analgésico, p ro v a v e lm e n te
em uma freqüência em to rn o de 100Hz em um nível suprassegm entar, ao passo
pro m o vem e fe ito de analgesia; se a fre que os pon tos de acupuntura que se rela
qüência é em to rn o de 300Hz, o e fe ito de cionam m ais com as fibras C, com o, por
exem plo, os pontos Ting ou o VG-26 ( Ren- que ação da inserção (acupuntura) faz-se
zhong), tê m e fe ito m ais m arcante sobre em trê s níveis, ora predom inando um fa
o sistem a nervoso autônom o. tor, ora o utro fator, m as sem pre atuando
A ação da a cu p u n tu ra so b re a p a rte de m aneira sinérgica.
em ocional dos indivíduos é fe ita por m eio A ssim , os e fe ito s com binados da ação
da form ação reticular e do sistem a lím bi- de Energia nos M eridianos, que se faz de
co, os quais m anifestam , ta m b ém , respos m aneira prim ária, agem sobre o sistem a
tas no nível do siste m a a u tô n o m o e do nervoso a utô no m o e/ou sobre o sistem a
eixo h ip otálam o -h ipó fise, p ro m o ve n d o a nervoso central, assim co m o no Xue (San
hom eostasia neuroendócrina. gue), difun dind o a Energia e os substratos
Os m ecanism os de ação da acupuntura (n e u ro tra n s m is s o re s , h o rm ô n io s c e re
assim co m o da acupuntura auricular ain brais, etc.) e provocando as reações (anal-
da não fo ra m s u ficie n te m e n te explicados. gesia, hipoalgesia, hiper ou hipofunção das
Estudos recentes, aliando-se ao conheci e stru tu ra s orgânicas) quando se e s tim u
m ento dos antigos chineses, levam a crer lam os pontos de Acupuntura.
Capítulo III
m ■
Pele Orgânica
E m b r io l o g ia da P ele
Epiderme
Derme
Hipoderme
Glândula sudorípara
Stratum
spinosum
Camada basal
VPJ m
^ Ê . '
Figura 3.2
Camadas constituintes
da epiderme.
Queratmódtos {30-3-4cé/u/as■ )
e os dendr/tos do me/anócito
B a s a is 'j
formando a unidade de
me/anuação
▲ Figura 3.3
ca do sistem a m elanocitário atinge o seu
Constituição da
unidade de
grau m áxim o de d ese nvo lvim en to .
melanizaçào. O n úm ero de m elanócitos varia de acor
do com a raça, para um m e sm o local ana
tô m ic o (Tabela 3.1), o b se rva n d o -se ser
d e n d rito s dos m e la n ó c ito s e n tra m em m aior em am eríndios e, em seguida, em
contato lateralm ente e para o alto com o m ongolóides e negróides.
am biente ceratinocitário (Figura 3.3). Nos Enquanto o n úm ero de m elanócitos por
pêlos, os m elanócitos estão concentrados m m 2 varia em p ro p o rç õ e s im p o rta n te s
no to po da papila e fo rn e ce m o p ig m e n to segu nd o a localização das am ostras (de
para os ceratinócitos que fo rm a m um ci acordo com Fitzparick & Szabo, 1959) ob
lindro de luz virtual. 0 p ig m e n to d istribui- servando-se ser m aior na região da boche
se na periferia dos cabelos no córtex. Nos cha e órgãos genitais (Tabela 3.2).
m am íferos, os m elanócitos estão concen 0 n úm ero de m elanócitos dim inui gra
trados nos pêlos e os m elan ó citos epidér dua lm e nte após os 40 anos de idade, bem
micos interfoliculares estão ausentes. No co m o sua ativid ad e de síntese. Os pig
ser hum ano, essa organização e p id é rm i m e n to s m elânicos podem ser classifica-
Antebraço 1.100
V _ s,___ _y
i
F á s c ia superficial
Artério_
/ y
P e ifu ia n te
X x T ec id o subcutâneo
C am ada gordurosa profunda
A po neu ro se muscular
~
pr7~7~7
A rtéria m úsculo cutânea
- Uma camada superficial e ntre a pele positiva até ce rto p onto enquanto e s tim u
e a fáscia superficial localizada na quase lam o A M P c . Os e le m e n to s m agnésio,
totalidade da superfície corporal e que está cobalto, m anganês, zinco e silício interfe
verticalm ente estruturada e é de fácil eli rem p ositivam e nte na lipólise, enquanto a
minação; e fo s fo d ie s te ra s e in te rfe re neg ativa m e nte
- Uma camada m ais profunda situada na lipólise.
entre a fáscia superficial e a aponeurose O te cid o adiposo norm al é constituído
m uscular e que está dividida em camadas por malha vascularizada por e s tre ito s va
laminares horizontais; ela está restrita a sos arteriais. As veias pós-capilares são
algumas localizações, representa a gordu dilatadas, num erosas e perm eáveis, não
ra de reserva e é de difícil m obilização, e xistin do anastom ose arteriovenosa, en
constituindo as e steatom as. A m aior par quanto a regularização do sistem a m icro-
te das estea to m a s está localizada na re circulatório é assegurada pelos dispositi
gião pélvica, coxas, joelhos, região do del- vos endoateriolares.
tóide e braços.
No te cido gorduroso, os adipócitos pos V a s c u l a r iz a ç ã o d a P e le
suem re c e p to re s a d re n é rg ic o s e b eta
adrenérgicos, os quais e stim u la m a fo rm a As artérias subcutâneas percorrem os
ção de A M P c (favorecendo, p orta n to , a d e s d o b ra m e n to s da fáscia s u pe rficia l e
lipólise), e ta m b é m o rece pto r alfa 2 adre- enviam colaterais vasculares que atingem
nérgico, que é o antagonista do rece pto r a derm e, re-escalando pelos septos inter-
beta e é a n tilip o lítico . Os a d ip ó cito s do lobares da hipoderm e. Na junção derm o-
"c u lo tte de ch e va l", por e xem plo, apre hipodérm ica fo rm a um plexo anastom óti-
sentam m ais receptores alfa 2 adrenérgi co irregular, do qual saem as colaterais
cos. Os a dipó citos das e s te a to m a s são te rm ina is para as glândulas sudoríparas e
quatro vezes m ais ávidos pela glicose, por pêlos; aí originam artérias que se dirigem
isso incorporam m ais vo lu m e e peso e daí p erpe nd icula rm en te à derm e superficial,
engordam mais fa cilm en te . D urante o pro fo rm a n d o as grandes arcadas de onde se
cesso de e m a g re cim e n to , é necessário observa o plexo arterial subpapilar.
perder 6kg do peso corpóreo para d im i D esse segundo plexo arterial destacam -
nuir 1 kg desta gordura do "c u lo tte de che- se arteríolas pré-capilares, que tê m um
val" (esteatom as). tra je to ascendente em direção às papilas
Os adipócitos participam na síntese de dérm icas. Surgem as vênulas pós-capila
lipídios ou lipogênese, no arm azenam en res c o n flu in d o to d a s ao p rim e iro plexo
to de gordura em fo rm a de triglicéride e venoso subcapilar, anastom osado vertical
na liberação de lipídios em fo rm a de áci m en te com o segundo plexo venoso, que
dos graxos livres ou lipólise. A lipólise de d re n a m p o s te rio rm e n te para os plexos
pende das m ensagens oriundas dos sis d é rm ic o s p ro fu n d o s. A e p id e rm e não é
tem as nervoso central e endócrino. Existe vascularizada, sendo nutrida pelo m eca
relação direta e ntre a circulação e ativida nism o de transdução feita pelos vasos ar
de m etabólica dos adipócitos. teriais da papila dérm ica.
O te cido adiposo so fre influência de fa
tores nervosos, vasculares e endócrinos. S is t e m a L in f á t ic o da P e le
Assim, as catecolam inas, o ACTH, o PTH,
o GH, o glucagon e os horm ô nio s tireo i- Os vasos linfáticos são os responsáveis
deanos in terfere m na lipólise de m aneira pelo reto rno dos tecidos, com o o corpo
album ínico, e o acúm ulo de líquidos não co nscien te está sujeito à redução n um é
reabsorvíveis pelo sistem a capilar. Os va rica, que pode ser m odulada qualitativa e
sos linfáticos te rm ina is são e stru tu ra do s q u a n tita tiv a m e n te .
d ife re n te m e n te dos capilares sangüíneos,
c o nstitu ind o tu b o s endoteliais com pare G lândulas S u d o r íp a r a s , U n id a d e
des delgadas e com luz ampla. A s células P il o - S ebácea e U nhas
e nd ote lia is dos lin fá tico s so b re p õ e m -se
bastante, p erm itindo m ovim entar-se umas As glândulas sudoríparas e as apócrinas,
sobre as outras. os duetos e a unidade pilo-sebácea repre
Este m eca nism o de d eslizam ento ain sentam os anexos da pele. São conside
da é fa cilita do por um n úm ero pequeno rados "re s e rv a " da e pid e rm e , um a vez
de e stru tu ra s de ligação inter-endotelial, que, quando existe lesão cutânea, a repa
podendo levar não apenas ao alargam en ração tecidual inicia-se pela m igração dos
to da sua luz com o, ta m b ém , à ampla aber q u e ra tin ó c ito s dos anexos da pele. Por
tura das próprias fendas inter-endoteliais. esta razão, a face e o couro cabeludo, onde
Dos capilares linfáticos, o líquido é trans são o b se rva d a s e m grande n ú m e ro as
portado para a grande circulação linfática unidades pilo-sebáceas, a reeptelização
que a prese nta co n tra çõ e s rítm ica s que pós-lesional é m u ito m ais rápida.
surgem e spo ntaneam ente vis a tergo para A ectod erm a ju n ta m e n te com a epider
im pelir a linfa para o se g m e n to de abertu m e dão origem às glândulas sudoríparas,
ra seguinte, até que chegue aos grandes g lâ n d u la s s e b á c e a s , p ê lo s , c a b e lo s e
tron cos linfáticos. unhas.
O sistem a linfático consiste de um sis As glândulas sudoríparas distribu e m -se
tem a vascular, linfonodos e órgãos linfói- na camada profunda do cório, no lim ite do
des. Q uando o líquido in te rsticia l passa s u b e u tâ n e o , por to d a a pele do co rp o,
para den tro dos capilares linfáticos rece s e n d o m ais n um e ro sa s nas s u p e rfíc ie s
be o nom e de linfa. A linfa apresenta co m palm o-plantares. Embora as glândulas su
posição sem e lh a nte à do sangue, d iferin doríparas sejam inervadas pelo nervo s im
do d e s te p o r não a p re s e n ta r c é lu la s pático, não se encontra, co m o de hábito,
sangüíneas. a noradrenalina co m o substância m edia
dora, mas, sim , a acetilcolina.
N ervos C utâneos
O corpo hum ano perde 580 calorias por
litro de su or evaporado; isso faz, co m o
A pele te m relação b a sta n te e s tre ita e fe ito s u bse qü en te da sudorese, com que
com o sistem a nervoso central por co n te r seja m antida a m odificação do pH para o
n um erosos receptores para sensações de ácido. O suor te m participação ativa e in
dor, pressão e tem peratura, com o ta m b ém tensa no re v e s tim e n to ácido de proteção
por possuir te rm in a çõ e s nervosas vege- da pele. A lé m disso, a te rm o rreg ula ção é
tativas das glândulas, m úsculos dos folí- a principal fu nçã o da glândula sudorípara.
culos pilosos e vasos sangüíneos. A s g lâ n d u la s a pó crin as loca liza m -se ,
Apenas uma parte das inform ações re p re fere ncialm en te , nas axilas, aréola ma
cebidas por nossos órgãos dos sentidos m ária, região anogenital, co n d u to a u d iti
(receptores sensoriais da pele) pode ser vo e xterno e pálpebras. No ser hum ano,
tra n sm itid a para o cérebro de cada vez. parece não te re m uma função d ete rm ina
Isto é, o fluxo m áxim o de inform ações dos da, m as em alguns anim ais são responsá
rece pto res de superfície até a utilização veis pela term orregulação, em o u tro s tê m
fu nçã o de proteção e em o utros, ainda, e contam inação bacteriana. As glândulas
tê m fu nçã o sexual. sebáceas m an têm a camada córnea ma
As glândulas sebáceas e os pêlos fo r cia e flexível (Figura 3.5).
m am a unidade pilo-sebácea e apresen Os pêlos, de acordo com a espessura e
tam e ntre si um relacionam ento inversa p igm entação, podem ser divididos em la-
m en te proporcional. A ssim , por exem plo, nugens, vêlus e pêlos term inais. As lanu-
pêlos fin o s são acom panhados de glându gens d esa pa re cem um pouco antes do
las volum osas; é o que acontece na face nascim ento, ainda na vida intra-uterina. O
e no dorso do nariz. bebê já nasce com poucos pêlos do tipo
As glândulas sebáceas estão distribu í lanugem , que im e dia ta m e nte após o nas
das por toda parte do corpo, e xceto nas c im e n to são troca do s por pêlos do tipo
palmas das m ãos e na região plantar dos vêlus. Os dois pêlos, os vêlus e as lanu-
pés; excre tam o sebo, que é c o m p o sto gens, são fin o s e quase sem pigm entos.
de triglicerídeos, cera, esqualeno e coles- Os pêlos te rm ina is são pêlos grossos lo
terol. S ofrem influência horm onal, princi calizados em regiões co m o a cabeça e, no
palm ente, dos andrógenos, quando a se adulto, nas axilas, genitais e região da bar
creção de sebo fica aum entada. R evestem ba e do bigode.
a superfície da pele e dos pêlos, d im in u Os cabelos hum anos tê m crescim ento
em a perm eabilidade para a água e aum en cíclico, porém cada folículo piloso funciona
tam a resistência contra os ácidos, bases independentem ente; por isso, não se ob
serva o sincronism o de crescim ento com o a quatro m eses após a gestação, existe
nos pêlos de animais. Os pêlos passam por um período de queda denom inado e flúvio
uma fase de crescim ento denom inada fase te ló g e n o .
anágena, uma fase catágena, em que se A unha nasce de uma invaginação da
observa uma fase de transição, e uma fase e p id e rm e que aparece na nona sem ana
telógena, em que os pêlos caem quando em brionária estando to ta lm e n te form ada
um novo pêlo na fase anágena desponta na vigésim a sem ana de vida intra-uterina.
antes m esm o da queda. É considerada um apêndice queratinizado
A p roxim a d am en te 85 a 9 0% dos cabe especializado. O seu cre scim e n to depen
los estão na fa se anágena, que d im inu i de do fo rn e c im e n to de sangue à camada
com a idade. O seu cre scim e n to so fre in germ inativa. A unha fo rm a um anteparo
fluências endógenas e exógenas. A ges aos to q u e s e p ressões e age co m o um
tação é considerada um estado em que órgão de ta to . A c o r e a e s tru tu ra das
e xiste um a u m e n to da fa se anágena e, unhas podem fo rn e c e r im p orta ntes sinais
portanto, de crescim en to capilar; após três clínicos.
Capítulo IV
Pele Energética
P ele como E fetor H o m e o s t á t ic o d o O r g a n is m o
Pele Emocional
No ser hum ano, os c o n flito s em ocionais co nstitu em
os principais fa to re s de a doecim ento. A derm atologia
e o co nce ito recente de m edicina integrativa tê m sido
d escritos por Azam buja (2000), que considera a pele
co m o órgão que se relaciona com o m eio externo e o
interno , fo rm a n d o fro n te ira e n tre o próprio e o não
próprio, expressando as reações dos níveis não físi
cos do ser e ligando-se aos grandes siste m a s de re
gularização do corpo e da m ente.
As e stre itas ligações e x iste n te s com o sistem a ner
voso central to rn am a pele a ltam en te sensível às e m o
ções c o m o m a n ife sta çã o e x te rio r destas. Ela pode
estar em c o n ta to m ais e s tre ito com necessidades,
desejos e m edos m ais profundos do que a m ente cons
ciente, e to d o s os problem as da pele, ind ependente
m e n te da causa, tê m im pacto em ocional, co m o afir
ma Grossbart, psicólogo de Boston, especialista em
psicoderm atologia, tal qual o co nce ito de Alm a Corpó
rea (Po), descrita na M edicina Tradicional Chinesa. Pela
e xistê n cia de co m u n ica çã o b id ire cion al do siste m a
nervoso central com o sistem a im unitário, e sendo a
pele órgão de im unovigilância avançada, ela participa,
ta m b é m , d este diálogo perm a ne nte e, m odulada pe
los influ xos nervosos vindos de pensam entos, envia
ao cérebro as inform ações correspondentes.
A pele é inervada por te rm ina çõe s originadas do sis
tem a sensorial e do sistem a nervoso autônom o. Os
nervos som á ticos m ielinizados provêm de células ner
vosas ganglionares e se d istrib u e m no te cido subcu-
tâneo, onde fo rm a m um plexo na derm e profunda. Daí
d ivid em -se em fe ix e s e c o n s titu e m o utro plexo, na
junção da derm e m édia com a derm e papilar, de onde
e m e rg e m te rm in a çõ e s nervosas livres, term ina çõe s
dilatadas e receptores corpusculares ligados aos estí
m ulos de pressão ou de tração. A inervação autonô-
mica, a m aioria não m ielinizada, atende a vasos san
güíneos, m úscu lo s ere tore s dos pêlos, glândulas su-
Dra. Maria Assunta y. Nakano doríparas e sebáceas, m elanócitos e m astócitos.
W f
84 Capítulo V
As fibras do sistem a nervoso estão inti relação de nervos, células cutâneas e cé
m am ente relacionadas com as células cutâ lulas im unitárias e secreção de neurotrans-
neas, estabelecendo assim conexão neu- m issores, neuropeptídeos e neuro-horm ô-
roim unológica na pele. Essa com unicação nios e cito cin a s, indica que e x is te uma
se realiza em bases químicas, por m eio da rede neuro-im uno-endócrino-cutânea, por
liberação de neuropeptídeos e de neuro- ta n to do eixo psico-neuro-im uno-endócri-
h orm ônios ta n to da parte cutânea co m o no-cutâneo em que se processa a ligação
nas term inações nervosas. Todas as célu entre a m en te e a pele; isso pode estab e
las cutâneas produzem seus m ediadores lecer co m o um estado que cause e stre s
químicos, com o citocinas, classificadas em se pode desencadear alterações na pele
interleucinas, interferons, citotoxinas, fa to e co m o alterações da pele podem gerar
res e stim uladores de colônia, fa to re s de e m o çõe s ou p ensam entos bons ou ruins.
crescim ento, fatores supressores e inibi Cada pessoa, ao expressar na pele o seu
dores; desse m odo, a pele produz e rece estad o interior, vive condição exclusiva,
be inúm eras substâncias m ensageiras que dep en de nte de sua possibilidade e de sua
tran sm item as m ais diversas inform ações habilidade de lidar com fa to re s de tensão.
dos nervos para as células e destas para A percepção da realidade, por m eio do fil
aqueles. Após sua liberação nas te rm ina tro de crenças, torna-a c o m p e te n te ou in
ções nervosas, parece não haver um m e c o m p e te n te para superar situações com
ca nism o de reabsorção dos n e u ro p e p tí co nse qü en te estado em ocional, que é o
d e o s, q ue são h id ro lis a d o s p o r e xo e q ue vai g e ra r as a lte ra ç õ e s c u tâ n e a s .
endopeptidases com ampla especificidade. (Azambuja, 2000) (Quadros 5.1 e 5.2).
Há in ú m e ro s n e u ro p e p tíd e o s na pele
com e no rm e gama de fu nçõ es e cerca de R esum o C onexão M ente e C orpo
20 neuropeptídeos foram m ostrados até
agora, com o: substância P, neuropeptídeo A conexão M e n te C orpo pode ser
Y, peptídeo intestinal vasoativo (VIP), pep- m o s tra d a c ie n tific a m e n te p o r m e io de
tíd e os histidina, isoleucina e m etio nin a, descobertas dos m ediadores quím icos, já
som atostatina, neurotensina, neurocinina d escrito s a nte rio rm e nte , e to d o s os m e
A e B, peptídeo relacionado ao gene calci- d iadores q uím ico s e n co n tra d o s no SNC
tonina (CGRP), peptídeo liberador de gas- ta m b é m são d e te c ta d o s em o u tro s ór
trina (GRP), bradicinina, dinorfina, acetil- gãos, co m o o sistem a im unológico e a pe
colina, catecolam inas, endorfinas, encefa- le, p e rm itin d o assim a com unicação celu
linas, galanina, peptídeo liberador da ade- lar e ntre m en te (SNC) e todas as células
nilciclase pituitária (Pacap). A lguns peptí- do corpo. Há ta m b é m evidências de m e
deos podem co e xistir no m e sm o nervo, mória celular. De m odo que o que a m en
com o acontece com o neuropeptídeo Y e te pensa ou se nte é percebido por todas
a noradrenalina, que aparecem em nervos as células do corpo, com capacidade de
sim páticos em to rn o dos vasos sangüíne m e m o riza r e arquivar as e m o ç õ e s e os
os de vários le ito s vasculares, os quais pen sam en to s co nscientes ou do subcons
p o ssive lm e n te estão e nvo lvid os em pa ciente. E stabelece-se, então, a conexão
cien te s com o vitiligo. p s ic o -n e u ro -im u n o -e n d ó c rin o -c u tâ n e a ,
Os neuro-horm ônios, ta m b ém , podem cuja via é bilateral.
ser encontrados na pele, co m o a prolacti- O sistem a nervoso central capta os es
na, h orm ônio e stim u la d o r dos m elan ó ci tím u lo s do m eio por m eio dos órgãos do
to s (MSH) e o ACTH. Toda essa com plexa se ntid o e inicia a liberação de m ediadores
Q uadro 5.1 - U m esquem a de processo de adoecim ento
S u p e r a r o u n ã o s u p e ra r
E s ta d o E m o c io n a l
N e u r o tr a n s m i
Alterações
Orgânicas
m f
86 Capítulo V
w
►
Intro dução
Eletrotonificação Eletrossedação
Densidade da corrente é m aior (agulha fina) Densidade da corrente é m enor (agulhas grossas)
Bastos, S R C .Tratad o d e e le tro a c u p u n tu ra : te o ria e prática. Rio de Jan e iro : N u m e n Ed., 1993. |
Eletrotonificação Eletrossedação
Eletrotonificante Ânodo (para correntes Eletro sedante Cátodo (para correntes com o
com com ponente galvânico) com ponente galvânico)
A m estoy, RDF E letroterapia e E letro a c u p u n tu ra : princípios básicos... e a lgo m ais. Florianóp olis: Bristoi, 1998.
este procedim ento, tonificam -se os pontos ta m b ém , a freqüência de 2Hz, com uma
M-CP-3 (Yintang), M-CP-9 (Taiyang) e oTA- intensidade su ficie ntem en te elevada, para
23 (Shizukong). prom over a contração m uscular.
A fre q ü ê n cia da c o rre n te e létrica que Os pontos motores são áreas de grande
se u tiliza para a d isp e rsã o situ a-se em concentração energética de um m úsculo
to rn o de 50Hz a 100Hz e sua e stim ulação (onde existe m aior quantidade de term ina
deve ser m antida, aproxim adam ente, por ções nervosas livres). Isto será discutido e
20 m inutos, enquanto a freqüência para a localizado detalhadam ente no capítulo 15
tonificação é de 2 a 10Hz, ta m b ém , durante (Acupuntura Estética na Flacidez).
10 m inutos.
Para o trata m e n to de flacidez da face,
USO DE ELETROACUPUNTURA
utiliza-se a estim ulação dos pontos motores
NO TRATAMENTO DA CELULITE E
da face, que, na verdade, relacionam -se
DA GORDURA LOCALIZADA
com a maioria dos pontos de acupuntura
localizados na face, os quais devem ser es No caso de tra ta m e n to por e letroacu
tim ulados com a freqüência de tonificação, p u n tu ra de g ordu ra localizada, deve-se
durante 10 a 15 m inutos. Pode-se utilizar, p rim e ira m e n te d e lim ita r a área. Existem
dois m odos de processar o tratam en to :
Figura 7.5
Modo de
conexão dos
eletrodos nas
agulhas de
acupuntura no
tratamento
das estrias
de pele
por eletro
acupuntura.
Figura 7.6
Técnica de
colocação
das agulhas
de acupuntura
inseridas
paralelamente
e em direção
oposta e
conexão dos
eletrodos no
tratamento
de estrias
da pele.
A m anipulação de agulhas d esencadeia acupuntura. A fim de elim inar o processo
um a re a çã o d o lo ro s a . Por o u tro lado, á lg ic o d e s e n c a d e a d o pela e s tim u la ç ã o
q ua lq ue r tra ta m e n to m é d ico na área da m anual de agulha de acupuntura, utiliza-se
m edicina estética o cidental co m o a e sti a eletroacupuntura, tornando o tratam en to
m ulação elétrica, a intraderm oterapia com indolor.
injeção de substâncias, co m o a vitam ina C As figuras 7.5 e 7.6 m ostra m com o os
e outros, e a subcisão em prega m éto do s eletrodos podem ser aplicados nas agulhas
e x tre m a m e n te dolorosos, m u ito m ais do de acupuntura. A freqüência utilizada é de
que em relação ao e stím ulo da agulha de 2 a 25Hz, por 10 m inutos.
Capítulo VIII
Cabelos e Unhas na
Concepção Energética
CABELOS
Para os hindus, o m undo estaria cober a juve ntud e; por isso, as quedas de cabe
to por uma im ensa cabeleira, com um nú los são relacionadas às alterações ener
m ero in fin ito de fios. Os cabelos de Shiva géticas do Shen (Rins) e, portanto, do Jing
ide ntifica m -se com as direções do espa Shen (Q uintessência dos Rins). Estando
ço e c o n stitu e m a tram a do Universo. o Jing Shen a b u n d a n te , e x is te grande
No te m p o dos Faraós, as perucas fe i quantidade de m edula óssea, daí o esque
tas de cabelos naturais, lã ou fibras de fo leto é fo rte e a cabeleira, opulenta. Assim ,
lhas faziam fu ro r e ntre os egípcios. O grau está relatado no Su Wen: " A manifesta
de sofisticação era d ire ta m e n te proporcio ção externa do Shen (Rins) está na cabe
nal ao nível social. le ira ". Por isso, o crescim en to, a queda, o
À s vezes, os ca be lo s re p re se n ta va m brilho e o ressecam ento dos cabelos es
verdadeiros tro fé u s em te m p o s de guer tão ligados ao Jing Shen (Q uintessência
ra, co m o é o caso dos escalpos retirados dos Rins). "N a velhice, o Jing Shen decli
pelos índios da cabeça de seus inim igos. na, d a i os ca b e lo s e m b ra n q u e ce m e
M ais re ce n te m e n te , no fim da Segunda c a e m ".
Guerra M un dia l, m u lh e re s acusadas de No Ling Shu está descrita a relação dos
te re m tid o ligações com os alem ães inva pêlos do corpo e dos cabelos com vários
so re s tiv e ra m seus ca be lo s co rta d o s e Canais de Energia (M eridianos). O esgo
eram exibidas ao público. E e xiste m vá ta m e n to e n e rg é tic o do Tai Yin da m ão
rios relatos h istórico s das m ais variadas [M e rid ia n o do Fei (P ulm ão)] p rovoca o
tentativas para salvar as cabeleiras. O mais desb ota r dos pêlos. Eis porque a d e ficiê n
antigo especialista em couro cabeludo cia de Q /acarreta o d esb ota m en to dos
é o egípcio Hakiem el Demagh pêlos e expressa a perda dos
(4000 a.C.). h u m o re s ao nível c u tâ n e o ;
D e n tre o s c a lv o s este, por sua vez, leva à se
célebres estão a Rai cura das unhas e à queda dos
nha N e fe rtiti (Figura pêlos e dos cabelos.
8.2), que sofria de alo O e s g o ta m e n to do Xin
pécia areata e fazia tra (Coração) provoca o bloqueio
ta m e n to com uma m is dos vasos sangüíneos, por
tura de gordura de leão, is s o a c a b e le ira não te m
de h ipopótam o, de croco m ais brilho e a pele parece
dilo, de gato, de se rp en te e negra co m o laca. Por outro
de cabrito m ontês. Essa co m lad o, o e s g o ta m e n to do
posição foi encontrada no pa Shen (Rins) provoca, ta m
piro de Ebers No 465. bém , a perda do brilho dos
Os cabelos tê m grande im por cabelos.
tância na M edicina Tradicional Chi
nesa e, segundo ela, estão sob a A l o p é c ia A n d r o g e n é t ic a
regência do Shen (Rins), Zang
(Ó rgão) q u e re p re s e n ta a E x is te m v á ria s a lte ra ç õ e s
Vontade (Zhi), a vitalidade, dos cabelos, mas nada é tão
p re o c u p a n te q u a n to a sua
perda. A queda de cabelos,
Figura 8.2 ► ou a lo p é c ia , p o s s u i vá rias
Rainha Nefertiti. causas e tipos. A alopécia an-
drogenética é a queixa m ais co m u m en gradativa e, fin a lm e n te , ocorre a to ta l per
tre os hom ens, podendo haver predispo da de cabelos em área específica do cou
sição hereditária. A queda de cabelos ini ro cabeludo ("e n tra d a s " e "c o ro a ") (Figu
cia-se e evolui para a rarefação de maneira ras 8.3 e 8.4).
Figura 8.3 ►
Paciente do sexo
masculino com
alopécia
androgenética
observando-se o
acometimento
maior na área do
VG-20 (Baihui).
Figura 8.4 ►
Perdas de cabelos
da região frontal
caracterizando as
"entradas".
Cabelos e Unhas na Concepção Energética 105
Observa-se durante o processo de queda ata pode ser observada em crianças). Nos
a presença de cabelos peládicos que se adultos, deve m ser considerados, além do
destacam fa cilm e n te e tê m a fo rm a de um aspe cto hereditário, os desg aste s pelas
ponto de exclam ação; é co m o se o pro a tiv id a d e s fís ic a s in te n s a s , o e s tre s s e
cesso inflam atório tive sse "c o m id o " uma e m o c io n a l (m edo) e a tiv id a d e s se xua is
parte dos cabelos. Este tip o de alopécia excessivas.
ocorre associadam ente com o e stre sse e
com em oções, espe cia lm e nte raiva repri T r a t a m e n t o d a s a l o p é c ia s p e l a
m ida e rem oída, m edo e tristeza. ACUPUNTURA
Na alopécia areata, além do a co m e ti-
m en to do Shen (Rins) por se tra ta r de ca O tra ta m e n to das alopécias, de m odo
belos, existe, ta m b ém , a participação im geral, co nsiste em :
portante de Calor do Gan (Fígado-Calor); * A calm ar o Shen (M ente),
este, por sua característica Yang, dirige- * Tonificar o sistem a de Shen/Fei (Rins/
se ao alto e pode "q u e im a r" os folículos Pulmão), e
pilosos; além disso, geralm ente, a alopé * Tratar os padrões de desarm onia ener
cia m a n ife sta -se c o n ju n ta m e n te co m a gética.
presença de prurido, seborréia e caspa. O A calm ar o Shen (M ente):
aum ento do Gan-Yang (Fígado- Yang) pode
ocorrer pela deficiência do Shen (Rins) e/ Estim ular os pontos CS-6 (Neiguan), C-
ou por em o çõe s reprim idas, co m o raiva, 7 (Shenmen), M-CP-3 ( Yintang ), VG-
revolta, tensão. Daí, pela falta de Água 20 ( Baihui) e VC-17 ( Danzhong).
Orgânica, o Calor ( Gan-Yang) ascende para Tratar os fa to re s em ocionais pelos Ca
o couro cabeludo gerando processo infla nais de Energia D istintos:
m ató rio que se instala cro n ica m e n te ao
Canais de Energia D istinto s do Xin Bao
redor dos folículos pilosos. A deficiência
Luo (Circulação-Sexo)/San//ao (Triplo
de fluidos do Shen (Rins) pode dever-se à
A quecedor): CS-1 (Tianchi), TA-16 (77-
deficiência do Xiajiao (A quecedor Inferior).
anyou ), VG-20 [Baihui).
Estados em ocionais co m o raiva reprim i
da, frustra çõe s, re sse n tim e n to s, podem Canais D is tin to s do Gan (Fígado )/Dan
ocasionar estagnação do Gan Qi (Energia (Vesícula Biliar): F-5 (Ligou), VB -30
do Fígado) e, depois, origin ar o Gan-Re (Fiuantiao), VB-1 (Tongziliao).
(Fígado-Calor), que pode e sto rva r a fu n
Canais D istin to s do Shen (Rins )/Pang-
ção de descida de Fei Qi (Energia do Pul
guang (Bexiga): R-10 (Yingu), B-40
mão) e daí enfraquecer o Shen Qi (Ener
(Weizhong), B-1 (Jingming).
gia dos Rins), pois e ste não pode receber
o Ying Q /d o ar inspirado, pela deficiência Obs.: Evitar usar os pontos da região dos
do Fei (Pulmão). olhos, pois podem form ar-se hem atom as.
Portanto, as causas de alopécia podem Para to n ific a r o sistem a Shen (Rins )/Fei
resultar de deficiên cia do eixo Shen/Fei (Pulmão), pode-se utilizar pontos co m o B-
(Rins/Pulmão) associada ao Gan-Yang (Fí 23 (Shenshu), VC-4 ( Guanyuan), B-52 (Zhi-
gado- Yang). A deficiência do sistem a Shen/ shi), VC-8 (Qizhong ou Shenque) com apli
Fei pode resultar de fraqueza hereditária, cação de m oxabustão, R-16 (Ftuangshi),
condições da gestação, parto prem aturo, P-9 ( Taiyuan) e B-13 (Feishu).
cesariana, am am entação ou im unizações A estim ulação dos pontos de acupun
em crianças (razão por que a alopécia are tura P-7 ( Lieque), P-5 ( Chize), VC-17 (Dan-
Cabelos e Unhas na Concepção Energética
Figura 8.5
Paciente
psoriático com
onicodistrofia.
Figura 8.6
Figura ilustra as
alterações
ungueais do
tipo estrias
verticais.
e spe ssam en to e distro fia ungueal (Figura ▲ Figura 8.7
8.7). É m ais fácil tratar um d esco la m en to Espessamento
e distrofia
do que um espessam ento.
ungueal do
Outras queixas bastante fre q ü e n te s em hálux.
relação à unha são a fragilidade ungueal e
a descam ação relacionadas a diversas al
terações sistêm icas, co m o anem ia, a lte
rações horm onais p rin cip a lm e n te no cli- quiçada, amolecidas; elas se deformarão
m a té r io e lin h a s lo n g itu d in a is p e lo ou, então, serão delgadas e quebradiças".
en ve lh e cim e n to da m atriz ungueal. 0 Gan (Fígado) é o responsável pelo li
Na M edicina Tradicional Chinesa, a unha vre flu x o de Qr, quando o Gan (Fígado)
é a m anifestação externa do Gan (Fígado), entra em desarm onia, pode ocasionar es
p ortan to qualquer alteração relativa a este tagnação do Gan Qi e, co n se qü en te m e n
Zang (Órgão), seja ela prim ária ou secun te, do Canal de Energia do Gan (Fígado),
dária à desarm onia de o u tro s Zang (Ór p odendo ocasionar, então, desde um sim
gãos), pode provocar alterações ungueais. ples d esco la m en to ungueal até form ação
De fato, diz-se que a "aparência exterior de granulom a, co m o acontece em pacien
do Gan (Fígado) observa-se nas unhas". te s co m a unha encravada do hálux. Este
Por o utro lado, a quantidade do Gan-Xue processo ocorre quando a desarm onia do
(Fígado-Sangue) pode se re fle tir no esta Gan (Fígado) lesa o Pi (Baço/Pâncreas)
do das unhas, pois, no Su Wen e xiste o com geração de Umidade-Calor. Quando
relato de que: "Estando o Xue (Sangue) a desarm onia é p referencialm ente do Gan
abundante, os tendões serão sólidos e (Fígado), ocorre alteração na face lateral
fortes e as unhas, resistentes e flexíveis". da unha do hálux, ao passo que o acome-
Por o u tro lado, "s e o Gan-Xue (Fígado- tim e n to p re fe re n c ia l do Pi (B aço/P ân
Sangue) for insuficiente, os tendões se creas), m a n ife s ta -s e no lado m ediai da
rão fracos, as unhas secas de cor esbran- unha do hálux.
Os e s p e s s a m e n to s u ng ue ais p o d e m isso as a lteraçõ es h orm o na is fe m in in a s
surgir quando a U m idade é m u ito im p or ocasionadas pela desarm onia do Gan (Fí
tante. No caso da presença de U m idade- gado) podem a fetar as unhas. De m odo
Calor, g eralm ente, a o nicom icose a com geral, a deficiência do Gan-Yin (Fígado- Yin)
p an ha -se de in te rtrig o , m a c e ra ç ã o ou pode ocasionar unhas fracas, ao passo que
um idade interdigital, além de queixas gás as e stagnações do Gan Qi, g eralm en te,
tricas co m o as g astrites. Isso, provavel levam ao e s p e s s a m e n to das unhas; no
m ente, ocorre quando ficam afetadas as caso de Fogo do Gan (Fígado-Fogo) pode-
fu n çõ e s ene rg ética s de subida do Pi Qi se m an ifesta r o d esco la m en to ungueal.
(Energia do Baço/Pâncreas) e de descida As estrias transversais das unhas que
do Wei Qi (Estôm ago) pelo fa to de a de aparecem com o d eco rrer da idade tê m
sarm onia do Gan (Fígado) estar e storvan relação com o Shen Qi (Energia dos Rins),
do o Pi (Baço/Pâncreas) e o W ei (Estôm a em que a m atriz ungueal passa a produzir
go). N este caso, as unhas afetadas pode a unha de m od o irregular, co m o se hou
rão ser a do prim eiro e a do segundo dedos vesse enve lh ecim en to precoce das unhas.
do pé. O tra ta m e n to de patologia ungueal con
Por o utro lado, estando a fu nçã o de as siste em tratar os padrões de desarm onia
sim ilação do tu b o d ig e stivo prejudicada, do Gan (Fígado), co m o estagnação de Qi
pode-se observar unhas fracas devido à e de Xue (Sangue), deficiências, Fogo do
dim inuição de ferritina, e stoq ue de fe rro Gan (Fígado-Fogo). A lé m disso, deve-se
arm azenado no fígado. O Gan (Fígado) é o tratar a Um idade, U m idade-C alor ou M u-
responsável pelo e nce rram e nto e conser c o sid a d e q u a nd o e s tiv e re m p re s e n te s .
vação do Xue (Sangue) e, ta m b é m , o res D eve-se, ta m b é m , circu iar o M e rid ia n o
ponsável pelos h orm ônios fe m in in o s, por a co m e tid o e e stim u la r o pon to Ting.
Capítulo IX
C e l u l it e e G ordura L o c a l iz a d a
▲ Figura 9.1
Pintura de Renoir
retratando mulheres
segundo o padrão de
Dra. Maria Assunta Y. Nakano beleza da época.
As duas obras artísticas m ostra m dois
pontos de vista para a representação da
m esm a m u lh e r fe m in in a e fecunda. Po
rém, a Vênus representa a m ulhe r no po
der, deusa, pois em m u ita s civilizações
antigas as m ulheres estavam no poder e
co m ando sem m ed o de ser m ulher. Na
obra de Renoir, as m ulheres eram m uito
mais o bjetos de prazer dos hom ens, do
nas de casas, subm issas e m ães; o sim
ples fa to de não poder gerar um herdeiro
selava para se m p re o destino desta m u
lher vista co m o infeliz.
Com as m udanças sociais após as guer
ras m undiais, quando as m ulheres tiveram
que sair de casa para trabalhar, to d o este
quadro m udou, originando m ulheres mais
independentes, auto -su ficien te s e co m p e
titivas. Ju n to com isso, as ve stim e n ta s ti
veram uma m udança no quadro e o corpo
m ais esguio e e sbe lto veio co m binar com
o q uadro. No e n ta n to , as p re fe rê n c ia s
m asculinas ainda recaem sobre as m ulhe
res voluptuosas, m as os padrões de bele
za fe m inina m udaram com a mídia divul
gando cada vez m ais m ulhe res raquíticas,
A Figura 9.2
porém vencedoras no trabalho.
Vênus do Período
Então, "fic a r b o n ita " passou a ser, m u i Paleolítico.
to m ais do que atrair um h om em , atrair a
atenção do m undo. E o h om em , antes não
C e l u l it e
tão exigido, está passando a ser cobrado
ta m b é m pelo aspecto e stético , apesar de A H id ro lip o d is tro fia G in ó id e (HLD G ),
ainda m u ito m enos do que uma m ulher. conhecida ta m b é m com o celu lite ou lipo-
Talvez o equilíbrio seja a palavra correta d istrofia ginóide, é uma afecção do te cido
para se falar da acupuntura aplicada à es conjuntivo-adiposo que a com ete cerca de
tética, em to d o s os aspectos, seja corpo 8 0% das m ulheres ocidentais e conside
ral ou facial. Pois a m aioria das m ulheres rada por alguns auto re s c o m o um a das
vencedoras não são nem vo luptuosas de características associadas ao sexo fe m i
mais nem esguias dem ais. São m ulheres nino.
n orm a is. E, d e n tro d e sta n o rm a lid a d e , O nom e hidrolipodistrofia origina-se de
encontram -se m ulheres com característi trê s raízes: hidro (relativo à água), lipo (re
cas físicas d ife re n te s um as das outras. A lativo ao te cido gorduroso) e distrofia (re
acupuntura e s té tic a v e io va lo riza r cada lativo às alterações de tro fis m o e trocas
uma dessas m ulheres, d evolvendo o equi m etabólicas). Por sua vez, ginóide refere-
líbrio e fo rtalece n do a auto-estim a. se à fo rm a fem inina.
bbbb ^ — n—
Capilares
Metarteriola
Vénula
Unidade 1
Unidade 2
114 Capitulo IX
Na fisiopatologia da celulite, na p rim e i p alm ente por ação horm onal, as quais au
ra fase, ocorre a estase venosa, em que m en tam a viscosidade da substância fu n
e xistem uma fase hidráulica, na qual a cir dam ental. As fibras elásticas rom pem -se,
culação vascular se torna lenta e as célu p ro m o ven do a form ação de esclerose de
las endoteliais ficam túrgidas, e a seguir fibras colágenos e, com isso, prejudican
uma etapa biológica na qual vai ocorrer a do as trocas m etabólicas dos te cido s c o m
agregação de glóbulos verm elhos, o que p rom etidos, enquanto os fibroblastos, que
leva ã estase venosa, a um entando a pres d ependem da boa troca m etabólica para
são intracapilar com a um en to da perm ea um fu n c io n a m e n to adequado, produzem
bilidade vascular e edem a de líquidos e substância fu nd am e nta l com alteração do
su bstâncias pro téica s do plasm a para o pH e excesso de proteína.
te cido co njuntivo. O correm , então, a so Nessa fase, já se percebe a celu lite pela
brecarga linfática e, ao m e sm o te m p o , a palpação e a pele apresenta-se com as
liberação de substâncias co m o histam ina, pecto de acolchoado, com ondulações que
serotonina e prostaglandinas, o que carac se fo rm a m pelo edem a e pela esclerose.
teriza um p rocesso "in fla m a tó rio " tissu - No te rc e iro estágio da ce lulite, obser
lar. Se os m acrófagos não despolim eriza- vam -se n ódulos visíveis e palpáveis, os
rem as proteínas, pode ocorrer e stim u la quais m uitas vezes são dolorosos. Nesta
ção dos fib ro b la s to s co m c o n s e q ü e n te fase, a pele fica áspera, com poros cutâ
transform ação em fib ro se e esclerose. neos dilatados e aspecto de acolchoado
No te cido "c e lu lític o ", os adipó citos hi ou casca de laranja, co m m icro va rize s,
pertrofiam -se e se fu n d e m em blocos; o edem a de m e m b ro s inferiores; advém a
a um en to das distâncias e ntre as células e flacidez, com o c o m p ro m e tim e n to das tro
os capilares altera as trocas nutritivas en cas m etabólicas local e regional, fa to este
tre o te cido e os vasos sangüíneos, além que não consegue m anter o tro fis m o tis-
de dim inuir, ta m b ém , os e stím ulos nervo sular.
sos em relação à lipólise.
No segundo estágio, o sistem a linfático F a to res e n v o l v id o s n o
r r\
\ \
1 \ \
/ \ \ : Alteração do m etabolismo do
m ucopolissacarídeo
.j
I \
t
tP e rm e a b ilid a d e Capilar
Retenção
Hídrica
* Insulina
Esquem a 9.3
Efeito do
hipotireoidism o na
gênese da celulite.
Esquem a 9.4 ►
Estresse
Efeito do estresse
na retenção hídrica.
1
Alteração Hipofisária
Hiperprolactinemia
Eixo HiDÓfise -
L _ 1s\ V_S | 1 1I W / 1 1v JV /
Q uadro C l ín ic o d e C e l u l it e
▼ Figura 9.4
A sp e cto de
A celulite pode ser classificada em qua celulite da regiáo
tro graus, de acordo com o estágio evolu posterior da coxa
tivo. de grau l-ll.
Acupuntura Estética & C elulite e Gordura Localizada
Figura 9.5
A specto de celulite
de grau III com
áreas de ondulações
da pele.
Celulite Grau IV
T r a t a m e n t o s p a r a c e l u l it e e
GORDURA LOCALIZADA
Figura 9.6
A specto de celulite
grau IV, no qual se
observa aspecto de
" peau d'orange" e
ondulações da pele.
beleçam , pois neste estágio se torna m ais gia, m esoterapia, ultra-som , drenagem lin-
difícil o tratam en to . fática, ionização, subcisão, m edicam entos,
Os exercícios físicos m oderados e re- lipoaspiração com lipoescultura.
gulares, aliados a uma alim entação balan
ceada e adequada, a m anutenção do es C e l u l it e s o b o p o n t o d e v is t a d a
ta d o e n d ó c rin o re g u la r e a in g e s ta de M e d ic in a T r a d ic io n a l C h in e s a
líquidos su fic ie n te s para boa elim inação
urinária de resíd uo s se ria m s u fic ie n te s S egundo as co nce pçõ es da M ed icin a
para a m anutenção adequada do equilíbrio Tradicional C hinesa, a e xistên cia de um
em uma fase inicial ou co m o m edida de estado Vazio inato de Yang Qi (heredita
prevenção da celulite e da gordura locali riedade) no Zhongjiao (Aquecedor M édio),
zada. a agressão pelo Frio-U m idade de origem
O estado de e stre sse de cada indivíduo exógena ou o excesso de a lim en to s (co-
d ificilm e n te pode ser m ensurado e, sobre m ida-bebida) podem co nsu m ir em dem a
tu do no caso de pessoas que m oram em sia o Pi-Yang (Baço -Yang), acarretando a
grandes centros urbanos, vivendo em um desarm onia energética da função de trans
ritm o fre n é tic o e, na grande m aioria das p o rte/tran sform açã o deste Órgão (Zang).
vezes, obrigados a um se de nta rism o pro Com o acúm ulo de exsudato conse qü en
fissional, torna-se difícil fazer a prevenção te à estagnação de Xue (Sangue) co nsoli
de qualquer doença. da-se o quadro "H um ores viscosos trans
bordam e vão estagnar nos m em bros,
Tratam ento de celulite propriam ente criando edem a" (Esquema 9.5).
dito
▼ Esquem a 9.5
Podem ser utilizadas as se guintes té c
Concepção energética
nicas: acupuntura e eletroacupuntura, ele- de form ação de
trolipó lise e e le trolipo fo re se, end erm o lo- celulite.
Vazio Congênito
I
Alteração na função de transporte e transformação
O Pi (Baço/Pâncreas) te m a im p orta nte As flu tua çõe s horm onais e outros fato
função energética de d irigir o tran spo rte res e x ó g e n o s fu n c io n a m c o m o fa to re s
e a transform ação dos a lim entos, a subi negativos na tentativa de m anutenção do
da do puro e contenção do Xue (Sangue) equilíbrio e ntre o Yin e o Yang, fase em
nos vasos sangüíneos; relaciona-se com que se iniciam as m anifestações de afec-
a renovação e a repartição do Jin Ye (Lí ções herdadas. N este co nte xto , m anifes
q uidos O rgânicos). Segundo o N ei Jing, ta-se o prim eiro e m ais im p orta nte dese
"Se o Pi (Baço/Pâncreas) for insuficiente quilíbrio ene rg ético e xisten te em todas as
os líquidos transbordam" e ta m b é m " o Pi fo rm a s de celulite, que é a estagnação de
(Baço/Pâncreas) com anda a carne e os Qi e Xue (Sangue). O Gan (Fígado) em
m em bros": e "se o Pi (Baço/Pâncreas) for desarm onia perde a principal função ener
insuficiente, não poderá pôr em circulação gética que é o "liv re flu xo de Q i".
os humores do Wei (Estômago) e os m em Por o u tro lado, a alim entação inadequa
bros ficarão privados de alim entos". Por da e desregrada e a fadiga c o n stitu e m fa
tanto, é o Pi (Baço/Pâncreas) que m antém to re s causais de e n fra q u e cim e n to do Pi
o tônus m uscular e a força dos m em bros. (Baço/Pâncreas). Em conseqüência, o Jin
O Fei (Pulmão) controla, energeticam en- Ye (Líquidos Orgânicos) não pode se ele
te, a descida e a elim inação do Jin Ye (Lí var para u m e de cer os Zang (Órgãos) do
quidos Orgânicos), regulariza a circulação Shangjiao (A quecedor Superior) e a Água
da Via das Águas; controla a descida da estagnada no Zhongjiao (Aquecedor M é
Energia Celeste ( Tian Qi) para o Shen (Rins) dio) enfraquece o Pi-Yang (Baço/Pâncreas-
(se e ste e stive r insu ficien te, a Energia to r Yang) podendo levar à form ação de ede
nará a subir). Controla a descida da Água ma.
do Shangjiao (A quecedor Superior), para Os excessos sexuais ou a fadiga m en
o Xiajiao (A q u e c e d o r In fe rio r) (Via das tal podem enfraq u ece r o Shen Qi (Ener
Águas). Rege a difusão e se m anifesta na gia dos Rins); neste caso, pode ocorrer a
pele. O Fei Qi (Energia do Pulmão) acele perda da ação de controle na abertura e
ra a d istrib u içã o do Xue Qi (Energia do no fe ch a m e n to dos orifícios do Pangguang
Sangue) e do Jin Ye (Líquidos Orgânicos). (Bexiga) e, igualm ente, o que pode acar
O Shen (Rins) te m a função de armaze retar estagnação de líquidos e prom over
nar o Jing (Quintessência), recebe o Tian a form ação de edem a.
Qi e rege os líquidos corporais. Recebe o A ssim , p odem -se agrupar as ce lu lites
Qi Inato (herança dos pais) e o Qi Adquirido em duas fo rm a s básicas, segundo a con
por m eio dos alim entos transform ados pelo cepção da M ed icin a Tradicional Chinesa
Pi (Baço/Pâncreas) e pelo Wei (Estômago). (Figura 9.7).
As m ulheres, por volta dos 14 anos, já
podem engravidar. Nesta fase, a produção 1 . C e l u l i t e p o r E s t a g n a ç ã o de G a n Q i
de horm ô nio s sexuais vai caracterizar se ( E n e r g i a d o F íg a d o )
cundariam ente uma m u lh e r com d epósi
to de gorduras d e te rm in a d o hereditaria- A c e lu lite por e stag na çã o de Gan Qi
m e n te . E ssa s g o rd u ra s lo c a liz a d a s (Energia do Fígado) m anifesta-se por ser
fu ncio na m com o um verdadeiro obstácu m ais infiltrativa e dolorosa, com períodos
lo para a circulação de sangue e, pelo fa to de piora no período pré-m enstrual e m e
de o Qi ser o com andante do Xue (San lhora após a m enstruação. Relaciona-se,
gue), associam -se log icam en te à estagna gera lm e n te , co m a síndrom e de tensão
ção da circulação energética. pré-m enstrual (TPM) e m anifesta-se com
Capitulo IX
Alimentação j
F lu tu a çõ e s h o rm o n a is j
2.Deficiência de Yang
do Baço/Pâncreas e
dos Rins
Formas J
mistas ■
■
Figura 9.8 ►
A fo to ilustra
uma celulite por
estagnação do
Gan-Yang
(Fígado- Yang)
prom ovendo a
form a Yang de
celulite.
2 . C e l u l i t e p e la s d e fic iê n c ia s a falha do sistem a de aquecim ento cutâneo
do P i-Y a n g ( B a ç o /P â n c r e a s - Ya n g ) regional promovida pela estagnação de Gan
e d o S h e n (R in s ) Qi (Energia do Fígado).
De m odo que a fo rm a m ista, com os
A celu lite originada de deficiências do co m p o n e n te s sim u ltân e os de estagnação
Pi-Yang (Baço/Pâncreas- Yang) e do Shen de Gan Qi (Energia do Fígado) e deficiência
(Rins) (Figura 9.9) é uma form a m ais flácida de Pi-Yang (Baço/Pâncreas- Yang) e de Shen
e se desenvolve de m aneira gradual, com (Rins), é a fo rm a m ais fre q ü e n te m e n te
piora no período pré-m enstrual, sem quei encontrada, podendo apresentar caracte
xas dolorosas, m as sim de flacidez. A piora rísticas ta n to de um co m p on en te co m o do
do quadro de celu lite relaciona-se com o outro. No entanto, pode-se p re verá evolu-
frio, m enstruação abundante e fezes soltas
e ocorre em pacientes de m ais idade.
A pesar de a celu lite ser classificada em
duas form as, Yang e o Yin, observa-se, na T Figura 9.9
prática, que to da c e lu lite m a n ife sta -se , Exem plo de celulite
inicialm ente, por uma fase de estagnação por deficiência
do Pl-Yang (Baço-
de Qi, já que o início do processo de ado
Yang) e do Shen-
e cim e n to refere-se à unidade m icrocircula Yang (Rim -Yang)
tória, a qual pode estar relacionada com o prom ovendo a
Wei Qi (Energia de Defesa). Ou seja, ocorre celulite form a Yin.
124 Capítulo IX
k
•Emocional
♦
♦ •Alimentação
♦
* Desgaste Físico
Fator Emocional (TPM) ♦ * Excessos sexuais
Qi Baço e Rim
Estagnação Qi Deficiência de Qi
e Xue Rim-Baço
A Figura 9.11
Técnica de
aplicação de
ventosa por
deslizamento
no tratam ento
de celulite.
Figura 9.12 ►
Colocação de
agulhas e o modo
de conexão dos
eletrodos para
a realização de
eletroacupuntura
na área de
celulite e
de gordura
localizada.
Figura 9.14
Tratam ento por
eletroacupuntura da
retração de celulite da
região glútea m ostrando a
disposição das agulhas e
dos eletrodos.
A Figura 9.15
Paciente com
T r a t a m e n t o d a s r e t r a ç õ e s d a c e l u l it e retração na região
glútea D: aplicação de
As retrações da celu lite aparecem com eletroacupuntura e o
m uita freq üê n cia na região glútea próxi resultado obtido com
o tratam ento.
mo, ao p onto VB-30 (Huantiao), onde se
observa, g e ra lm e n te , n ó d ulo ou fib ro s e
próxim o à retração. Seu tra ta m e n to deve
objetivar dissolver as fib ro ses ou nódulos
palpados, utilizando-se freq üê n cia s altas
de estim ulação na ord em de 300H z com
duração de 20 a 30 m inutos, em cada ses
são (Figuras 9.14 e 9.15).
Para tra ta m e n to da gordu
ra lo c a liz a d a , c o m o , p o r
exem plo, a gordura a bd om i
nal, ce rca -se a g ord u ra em
p e q ue na s ou m é d ia s áreas
com quatro a oito agulhas e o
e letrodo é colocado cruzado,
co m o no tra ta m e n to da dor.
U tiliza-se alta freq üê n cia de
300H tz durante 20 a 30 m i
nutos. As Figuras 9.16 e 9.17
m ostra m as duas fo rm a s de
colocação das agulhas e dos
ele trod os.
O cu lo te de cheval é trata
do co m o gordura localizada.
C e rca -se a área c o m o um
p onto Ashi de dor, porém em
▲ Figura 9.16
uma área maior, subm etendo-
Tratam ento da
a à e le tro d isp e rsã o em alta gordura abdom inal
fre q ü ê n c ia (300H z, d u ra n te escolhendo-se duas
Figura 9.17 ▼
20 m inutos). M uitas vezes ob áreas m édias e
T ratam ento da
esquem a de
serva-se um acúm ulo no m eio gordura abdom inal
colocação de agulhas
do culote de difícil dissolução. de acupuntura e de
escolhendo-se quatro
N e s te ca so, c o lo c a m -s e 4 áreas pequenas e
eletrodos.
esquem a de
a g u lh a s c e rc a n d o a área e
colocação de agulhas
m ais 4 agulhas no ce ntro da de acupuntura e dos
gordura (ver técnica de e letro eletrodos.
acupuntura). O cátodo (garra
p re ta ) d e v e fic a r no m e io
(centro da gordura) e os ano-
dos (garra verm elha), na peri
feria (Figura 9.18).
C e l u l it e
▼ Figura 9.19
Tratam ento de celulite:
(A) com eletroacupuntura
e intraderm oterapia com
alcachofra e centelha
asiática e (B) após 12
aplicações.
Capítulo IX
Figura 9.20 ▲
Tratam ento de
celulite da coxa:
(A) com
eletroacupuntura e
intraderm oterapia,
(B) com 15
aplicações e
(C) após 12
aplicações.
Figura 9.21 ►
Celulite da coxa:
(A) tratada com
eletroacupuntura e
ventosa e (B) após
12 aplicações.
T Figura 9.23
Flacidez da face
mediai da coxa (A).
Resultado após 7
aplicações de
trata m e nto (B)
132
Figura 9.24 ▲
Gordura localizada tipo
culote e celulite (A).
Resultado após 12
aplicações de
trata m e nto (B). Houve
dim inuição de 4 cm em
cada coxa.
T Figura 9.25
C elulite da região
glútea (A). Resultado
após 7 aplicações de
eletroacupuntura (B).
Figura 9.26 ▲
C elulite do tip o culote
de cheval (A). ▼ Figura 9.27
Resultado após 12 Tratam ento da gordura do pescoço (A).
aplicações de Resultado após 10 aplicações de
eletroacupuntura (B), eletroacupuntura (B). Paciente não
Houve a redução de 10 em agreceu, perdendo apenas a gordura
cm de diâm etro em no pescoço com m elhora das
cada coxa. condições tróficas da pele.
Figura 9.28 ►
Celulite e flacidez do
braço d ireito (A).
Após 10 aplicações
de eletroacupuntura
em tonificação nos
pontos m otores (B)
com a m elhoria da
flacidez e do tro fism o
da pele e dos
m úsculos.
A aplicação de eletroacupuntura de
ação locorregional e/ou a aplicação de
ventosa são indispensáveis no trata
m en to de celu lite e gordura localiza
da, uma vez que as alterações locais
dem oram m u ito para a sua regressão,
devendo ser utilizadas ta m b é m té cn i
cas de tra ta m e n to para a obtenção de
equilíbrio ene rg ético geral.
A pesar de a celulite e a gordura lo
calizada p o d e re m se r co n sid e ra d a s
um a "q u a s e p a to lo g ia " in c u rá v e l,
pode-se dizer com certeza que a acu
puntura e a e le tro a cu p u n tu ra c o n tri
buem para a estabilização, regressão
ou "q ua se cu ra " ou m e sm o a cura se
se souber conduzir a prevenção, con
fo rm e a nossa experiência no A m b u
latório de A cupuntura Estética do Se
to r de M edicina C hinesa-A cupuntura
da UNIFESP.
Figura 9.29 ►
Paciente da Figura 9.28
m ostrando a evolução
com o trata m e nto do
braço esquerdo.
Acupuntura &
Estética da Mama
In tro dução
E m b r io l o g ia da M ama
▼ Figura 10.1
A glândula m am ária localiza-se na pare
O tecido m am ário visto na
de torácica, entre a clavícula e a 6a e a 8a ressonância nuclear magnética
costelas. Pode estender-se m ed ia lm e nte m ostrando os com ponentes da
até o esterno e lateralm en te até a linha mama e tecidos adjacentes.
m. p e ito r a l m e n o r
J k
d u e to la c tife ro ,
c ostela
■ ir te c id o f ib r o g la n d u la r in te rc o sta l
te c id o f ib r o g la n d u la r
lig a m e n to s u sp e n só rio 's e x ta c o stela
m a m á r io (de C o o p e r)
Imagem - Dr Edson M. Nakano \Jmagem - Dr Edson M. Nakano
Acupuntura & Estética da Mama
Unidade lobular
do dueto terminal
Ligamento suspensório
mamário (de Cooper)
m. peitoral maior
Fáscia
Dueto lactifero pré-peitoral
Seio lactifero
Quinta costela
Sexta costela
Ligamento suspensório
mamário (de Cooper)
Tecido subeutâneo
Esquem aúw ção da anatom ia da mama e sua correlação com estruturas anatôm icas retrvmamárias
M a m il o
interior, a fáscia pré-peitoral, os m úsculos
peitoral m aior e m enor, as costelas e os No m am ilo, e xistem m últiplas term ina
m úsculos intercostais, a pleura e o pulm ão ções nervosas e fibras m usculares lisas,
(Figura 10.2). onde d esem bocam de 8 a 20 duetos prin
cipais. Cada dueto principal ram ifica-se em
A réo la M a m á r ia duetos se gm en ta re s e subsegm entares,
su ce s s iv a m e n te , até fo rm a re m o dueto
A aréola diferencia-se pelo seu te cido term inal, que desem boca no lóbulo (Figu
mais delgado e p igm entado, ao redor do ras 10.1 e 10.2).
m am ilo. Nela se pode ide ntifica r glândulas Um dueto principal e suas ram ificações
sudoríparas, apócrinas e sebáceas (M ont- são considerados um segm ento da mama,
p orém não e xiste separação h istológica no d ese nvo lvim en to folicular ovariano. Do
d efin id a e p od em o co rre r a n a sto m o se s m e s m o m odo, o te cido m am ário sofre sua
e ntre d iferen te s redes segm entares. influência em trê s fases:
O lóbulo m am ário é a ram ificação final Fase folicular - Nesta fase, a secreção
do d ueto te rm in a l em p equenos duetos dos e steróides ovarianos está se iniciando;
de term inação rom ba, onde se fo rm a m os a m am a encontra-se pouco desenvolvida.
ácinos, co m o dedos de luva. A U nidade
Fase da ovulação/formação de corpo
Lobular do Dueto Terminal, form ada pelo
lúteo - Nesta fase, a secreção de estradiol
dueto te rm ina l e seu lóbulo, é considerada
encontra-se no seu ápice, o que prom ove
a estrutura m ais im p o rta n te da glândula
a proliferação do te cid o m am ário, sim ilar
mam ária, sendo fre q ü e n te local de origem
m en te ao te c id o endom etrial.
das neoplasias malignas.
Fase secretora - Nesta fase, aum enta
a secreção de progesterona, e há um se
I r r ig a ç ã o S a n g ü ín e a e In e r v a ç ã o da
gundo pico de secreção do estradiol; ao
M ama
redor do 24°/25° dia do ciclo, estradiol e
A artéria torácica lateral irriga p redom i progesterona atingem o ápice de secreção,
n a n te m e n te o q u a d ra n te sú p e ro -la te ra l fase em que a atividade m itótica da m am a
da mama, enquanto as porções centrais e está no seu m áxim o.
m ediais são irrigadas pelos ram os perfuran- Sem a fecundação, o corpo lúteo regride
tes da artéria mamária interna. A drenagem e os níveis de e s te ró id e s ovarianos vão
venosa é realizada por m eio das veias ma g radativam ente decrescendo. Este é um
márias interna, intercostal e axilar. im p o rta n te fa to r indutor da apoptose nos
A inervação realiza-se pelos nervos torá- lóbulos m am ários.
cicos intercostais e ram os dos plexos cervi- Havendo a fecundação, o corp o lúteo
cais, para as porções superiores da mama. p e rs is te até a 12a sem ana de g esta ção
e continua secre tan d o quantidades cres
ce nte s de estradiol e progesterona, o que
L in f á t ic o s da m a m a
aum enta a proliferação do te cido m am ário.
Os linfáticos da m am a são de sum a im Após a 12a sem ana da gestação, a pla-
portância no diagnóstico e e stad iam en to centa su bstitu i o corpo lúteo na secreção
do câncer m am ário. O estudo dos linfáticos dos horm ônios, que continuam em eleva
da m am a influenciam bastante na conduta ção co nsta nte, bem co m o a proliferação
terapêutica. do te c id o m am ário.
Basicam ente, a drenagem linfática é rea A pós o quarto m ês de gestação, ocorre
lizada dos te cido s profundos em direção à a d ife re n c ia ç ã o d e s te te c id o m a m á rio ,
pele, daí drenando para o plexo subareolar com hipertrofia das células m io ep ite lia is e
e para a axila. Uma pequena porção pode tecido conjuntivo, deposição de gorduras, e
drenar para abdom e superior e para a ca a u m e n to do fluxo sangüíneo.Tal desenvol
deia m am ária interna. vim e n to se co m p le ta ao final da gestação.
M ama na M e d ic in a T r a d ic io n a l C h in e s a
F is io l o g ia da M ama
As variações horm onais que ocorrem du Segundo o Hoangdi Nei Jing Su Wen,
rante o ciclo m enstruai, provocam m udan Capítulo I, "a Essência da m u lh e r surge
ças evidentes ta nto no e n d o m é trio com o aos 7 anos de idade e torna-se abundante
Acupuntura & Estética da Mama 139
Ia F A S E 2a F A S E
E2
P
2 4 ° /2 5 ° DIA
Ia F A S E 2a F A S E
2 4 °/2 5 ° DIA
Ia F A S E 2a F A S E
C ic lo A p o s o C ú lo M e io d o C ic lo A n t e s d o C ic lo
M p iis t in a ç So Fase pós m cn sti ual O v u la ç ao F a s e p ré
e s h ò ç e n o - f o b * id m m e n s t r u a i lú t e a
p i o life r a t iv o o ii p r o g e s t e i õ iü t a
se Y in d o S a n ç n e V iu do S in g u c c n r h f Siiltida do Y a n g Q i
com p lrtam riiff' os S u bid a do Q i do Gan
m ovendo v a z io
C a n a is R e u M a i e
C lio u ç M a i
O v u la ç ã o
FSH H o r m ô n io F o líc u lo E s t im u l a n t e
LH H o r m ô n io L u t e in iz a n t e
E2 E s t r a d io l
P P ro g e ste ro n a
MAMA A t iv id a d e m it ó t íc a d o t e c i d o m a m á r io
D r a P a u la S h i n C o u t i n h o
▲ Figura 10.3
Relações do tecido m am ário
com o ciclo horm onal e com
a energética humana da
medicina chinesa.
P to se M a m á r ia ▼ Figura 10.4
M étodo de medida
A ptose mamária é definida sim plesm en
te co m o a queda da glândula m am ária. Na
M edicina O cidental, há diversas cla ssifi
cações para graduação da ptose m am ária,
assim c o m o diversas té cnica s cirúrgicas
para sua correção.
É im p o rta n te observar que, d en tre as
d iferen te s técnicas cirúrgicas para m am o-
plastia redutora, existem as que preservam
a integridade dos duetos galactóforos e da
aréola, e as que não preservam . Cirurgias
q ue e nvo lve m d e s c o la m e n to de te c id o
m a m á rio re tro g la n d u la r ín fe ro -e x te rn o Pacientes com ptose leve a m oderada
ou incisões periareolares ínfero-externas devem ser su b m e tid a s a uma avaliação
podem lesar fibras nervosas envolvidas na pré-tratam ento, que incluiu:
produção horm onal e lactação. Portanto, 1. Avaliação de e xam es de m am a re
p acien te s candidatas à cirurgia redutora ce nte s (ultra-sonografia e/ou m am ografia
da m am a, em especial as adolescentes, e/ou ressonância nuclear m agnética e re
precisam estar cien te s da técnica cirúrgica sultados de exam es anatom opatológicos,
em pregada, para preservarem a lactação quando necessário).
no fu tu ro .
2. A n a m n e se , exclu ind o-se pacientes
Uma intervenção cirúrgica pode resul
com a n te c e d e n te s de cardiopatia e uso
ta r em cicatrizes h ipertrõficas, retrações
de m arca-passo.
fib ró ticas e até m e sm o na persistência da
p tose - aspectos e ste s in e sté tico s, não 3. M ed id a da d istân cia e n tre o sulco
desejados e inesperados. infram am ário e a borda inferior da mama.
A cupuntura Estética.
O tra ta m e n to consiste de aplicação de
Em p rim e iro lugar, d e ve -se avaliar o eletroacupuntura em tonificação, ou seja,
grau de ptose m am ária. Segundo Oliveira em freqüência de 2Flz, 10 m inutos, uma
e col., 1997, a m edida da ptose é realizada vez por sem ana por 10 sem anas (total de
colocando-se a m ão da própria paciente 10 sessões).
abaixo da m am a, e o grau de ptose é ava São utilizados os seguintes pontos (Fi
liado de acordo com a parte da m am a que gura 10.5 e 10.6):
cai sobre a mão.
• Ponto m o to r na pro je çã o do ponto
Para o b te r um valor m ais objetivo, já que
BP-18 (Tianxi) - Regula o fluxo do Qi e a
o tra ta m e n to com eletroacupuntura é fe ito
circulação do Xue (Sangue);
para graus mais leves de ptose mam ária,
optou-se por m edir a distância entre o sulco • Ponto m o to r BP-19 {Xiongxiang)]
infra-m am ário e a parte da m am a que cai • E-18 (Rugen): D ifunde o Fei Qi (Energia
sobre a pele em ce n tím e tro s (Figura 10.4). do Pulmão);
• ID-10 (Naoshu) - Promove a circulação R esultados do Tr a ta m e n to da P to se
de Xue (Sangue) nos vasos sangüíneos); M a m á r ia
E18-(Rugen)
▲ Figura 10.5
Localização dos pontos
de acupuntura da região
anterior do tórax para
o trata m e nto da ptose
mamária.
Acupuntura & Estética da Mama
- Dr Edson M. Nakano
Imagem
▲ Figura 10.8
Ptose mamária grau leve.
Vista lateral da mama
esquerda. Pré-tratam ento
(A) e pós-tratam ento (B).
Observar a m esm a projeção
do m am ilo para cima (B)
após o tratam ento.
C a p ítu lo XI
Acupuntura &
Paralisia Facial Periférica
IN T R O D U Ç Ã O
1 . P a r a l is ia F a c ia l sob o P onto de V is t a d a
M e d ic in a O c id e n t a l
Figura 11.1 ►
Esquema anatôm ico do
córtex cerebral
nervo facial da sua
origem na ponte até a
distribuição na face.
região da ponte
§1. lacrimal
gl. submandibular
g'
§l - sublingual
foram e estilomastoideo
ramo temporal
ramo zigomático
ramo cervical
trai da paralisia facial periférica, pois as núcleo m o to r principal. O núcleo salivató
lesões supranucleares unilaterais, respon rio su pe rio r é o responsável pela inerva-
sáveis pela paralisia do tip o central, afe çâo das glândulas subm andibular, sublin-
ta m a m o tricida de /m ím ica da parte in fe gual, nasal e palatina; o núcleo lacrimal
rior contralateral da face (Figura 1 1.2). inerva as glândulas lacrimais.
O núcleo parassim pático é constituído O núcleo sensorial localizado perto do
pelos núcleos salivatório superior e lacri- n ú c le o m o to r re c e b e in fo rm a ç õ e s das
mal localizados p ó ste ro -la te ra lm e n te ao sensações gustativas que trafegam pelos
■4 Figura 11.2
O esquem a m ostra a
paralisia facial do
tipo central que afeta
a mímica da parte
inferior contralateral
da face esquerda,
enquanto na paralisia
facial do tipo
periférico afeta a
mímica da totalidade
da face, no caso o
lado direito.
m. depressor do supercílio
m. depressor do supercilio
platísma “
m. depressor do
m. depressor do ângulo da boca
ângulo da boca
m. m entual
m. depressor do m. depressor do
lábio inferior lábio inferior
fora ao se fechar os olhos, sendo que esse dos pela boca ao se alim entar. A comida
desvio é invisível com o fe ch a m e n to pal pode se se acum ular entre os den tes e os
pebral norm al, to rnando-se visível quan lábios.
do ocorre a paralisia (Figuras 11.4 e 11.5). * D ependendo do nível da lesâo do ner
vo facial, pode-se encontrar, ainda, perda
* Sulco nasogeniano apagado e narina
de gustação nos dois te rço s a nteriores da
m ais e streita (a asa do nariz se aproxim a
língua no lado a c o m e tid o , h ip era cusia,
do se pto nasal).
surdez, tin id o s e tontura, e ntre outros.
* A ssim etria da com issura labial. O ar Se a paralisia facial persistir por algum
escapando pelo lado a com etid o ao se in te m p o sem a recuperação co m p le ta das
suflar as bochechas, ou escape de líqui fu n çõ e s m otoras, podem aparecer contra
Figura 11.5 ►
Sinal de Bell
(sino) form ado
pelas pálpebras
do lado
esquerdo.
ções difusas contínuas dos m úscu lo s fa ■ Grau III - Disfunção moderada
ciais. A fissura palpebral se torna estreita
e a linha nasolabial se acentua. As rege o Paralisia evidente, m as sem a desfi
nerações anôm alas das fib ra s do nervo guração do rosto. Em repouso, a sim etria
podem resultar sincinesias e o utros fe n ô e o tô n u s ainda estão preservados. D im i
m enos p roblem áticos para o paciente: o nuição ou abolição dos m o v im e n to s na
fe c h a m e n to das pálpebras causando re fro n te . As pálpebras fe cha m -se co m ple
tração dos lábios ou abertura da m andíbu- ta m e n te apenas com e sforço m áxim o e
la causando fe c h a m e n to das pálpebras com e vidente assim etria. O m e sm o ocor
(m o vim e n to de piscar os olhos). Lágrim as re com a m ovim en taçã o da boca. A pre
anôm alas (lágrimas de crocodilo) podem senta espasm os, sincinesias ou contratu
aparecer com qualquer atividade dos m ús ras, p orém am enas.
culos faciais, com o com er, por exem plo.
As te n ta tiva s de m ove r um grupo m uscu ■ G rau IV - Disfunção m oderada
lar podem resultar em contração de to do s m ente grave
os m úscu lo s da hem iface, ocorrendo, en
tão, espasm os m usculares hem ifaciais. o Paralisia e vid en te com a desfiguração
Na anam nese, é im p o rta n te caracteri do rosto. Em repouso, a sim etria e o tô
zar a paralisia co m o aguda ou crônica, de nus ainda estão preservados. Não há m o
evolução gradual ou súbita, sinais e sin to v im e n to s na fron te , ocorrendo incapacida
m as acom panhantes e o te m p o de início de de fe cha r os olhos c o m p le ta m e n te ao
até a consulta m édica. e sforço m áxim o, com assim etria da boca
ao m e sm o esforço. As sincinesias, os es
1.5. Classificação de House- pasm os e as contraturas são m ais graves.
Brackmann
■ Grau V - Disfunção grave
Esta classificação fo rn e ce a id e n tifica
ção do grau da paralisia facial e a e volu o M o v im e n to s faciais quase im percep
ção clínica. tíveis. Não há m o v im e n to s na fron te , há
incapacidade de fe cha r os olhos co m ple
■ Grau I - Normal ta m e n te e g eralm en te não se observam
espasm o facial, contratura ou sincinesia.
o M obilidade norm al e sim étrica da face
em todas as áreas.
■ Grau VI - Paralisia completa
■ Grau II - Disfunção leve o Perda total do tô n u s e da sim etria em
o Ligeira paralisia, notada apenas à ins re p o u so e paralisia to ta l à te n ta tiv a de
peção cuidadosa. Durante o repouso, a si m o vim e n to . A usência de sincinesia, es
metria é normal e o tônus m uscular está pasm o ou contratura.
preservado. Ao m ovim ento, a fronte normal
m ente está pouco prejudicada e há a possi 1.6. Topodiagnóstico da paralisia
bilidade de fechar as pálpebras com pleta facial
m ente com m ínim o esforço, porém com
leve assimetria. Ligeira assim etria no sorri Do ponto de vista da extensão da lesão,
so ao fazê-lo ao m áxim o esforço. Não apre o diagnóstico to po grá fico da lesão do ner
senta espasmos, sincinesias ou contratura. vo facial é im portante, bem com o o prog
n óstico e o tra ta m e n to a ser instituíd o, Porém , d e v id o ao a lto c u s to s o lic ita -s e
p rincipalm ente quando há necessidade de so m e n te em casos especiais co m o tu m o
tra ta m e n to cirúrgico. Podem -se utilizar os res, evolução clínica desfavorável ou para
seguintes te ste s: program ação cirúrgica.
São vários os tu m o res que podem evo Esta infecção pode levar a um quadro
luir para paralisia facial. Pode ser intracra de paralisia facial em crianças. A paracen-
niano: schw annom a vestibular, schw anno- te s e está indicada para d im in u ir a c o m
ma facial, o m eningiom a e, em crianças os pressão da o tite que a efusão causa so
gliom as. T um ores do osso te m p ora l fre bre o nervo, além do processo inflam atório
q üe nte m en te evoluem com paralisia faci p ro priam en te dito. A associação com an-
al. É im portante salientar que a paralisia nos tib io tic o te ra p ia c o s tu m a te r re s u lta d o s
tum ores costum a ser lenta e gradual, po sa tisfa tó rio s.
dendo haver recorrência da paralisia. Os
exam es de im agem (tom ografia ou resso Otite média crônica
nância) são fundam entais para o diagnósti
co e a exérese do tu m o r é o tratam en to de Pode causar paralisia facial por p roces
escolha; quando possível, deve ser feita a so o steítico nas o tite s co lesteatom atosas,
reparação do nervo. Quando a reparação e n tretan to , é rara. C om o a paralisia c o stu
não é viável, opta-se por anastom ose, com o ma ser gradual, deve ser fe ito dia gn ósti
hipoglosso-facial, ou ciru rgias e sté tica s, co diferencial com tu m o res. O tra ta m e n
co m o transposições m usculares ou reta to costum a ser por m eio de d e sco m p re s
lhos m usculares, entre outros. são c irú rg ic a , p o ré m se m a b e rtu ra da
bainha do nervo, d evido ao p rocesso in
1.7.4. Paralisia facial de causas fla m a tó rio crônico.
infecciosas
Doença de Lyme
Síndrom e Ramsay-Hunt (Herpes Zos
É uma m eningorradiculoneurite causada
ter Oticus)
por uma bactéria espiroqueta, a Borre/ia
É a segunda causa mais co m u m de pa burgdorferi, e tra n sm itid a por picada de
ralisia facial que representa de 3 a 12% dos carrapato. A lém da paralisia facial (10% dos
pacientes. A infecção pelo vírus herpes casos), podem ocorrer eritem a m igrante,
zoster ocasiona paralisia facial mais grave fe bre alta, náuseas, artrite, além de nevral-
do que a Paralisia de Bell, havendo m aior gias e mialgias. O tratam en to é fe ito com
porcentagem de casos com degeneração penicilina cristalina (20 m ilhões de unida
nervosa intensa. A dor é mais intensa nas des por dia, durante 14 dias) ou com tetra-
regiões auricular e peri-auricular e, geral ciclina ou ainda a amoxacilina, com bons
m ente, associa-se com o aparecim ento de resultados.
vesículas no pavilhão auricular e na região
da concha, o que caracteriza a síndrom e. É 1.7.5. Paralisia facial congênita
co m u m a m anifestação de ve rtig en s por
a com e tim e n to do VIII par craniano, além R elativam ente rara, podem ser trau m á
da apresentação de alterações auditivas. O ticas durante o trabalho de parto em fó r
prognóstico costum a ser ruim em 70% dos ceps de alívio ou trabalho de parto prolon
casos e o tratam en to com corticosteróides gado, ou causada por displasias, sendo
e antiviral é o m ais indicado. M uitas vezes co m u m , nesses casos, a associação de
é necessária a descom pressão cirúrgica do ou tra s m a lfo rm a ç õ e s . A s ín d ro m e m ais
nervo. fre q ü e n te relacionada à paralisia facial é a
de M õebius, na qual há e n vo lvim e n to do toxina botulínica no tro n c o no nervo facial
VI e VII pares cranianos, e, m enos freq üe n ou injeção de álcool. As contraturas m us
te m e n te , fissura palatina e sindactilia. cu la re s n o rm a lm e n te m e lh o ra m com o
uso de re la xa n te s m u s c u la re s de ação
1.7.6. Outras causas central.
P a rá g ra fo 1
E x p l ic a ç õ e s e C o m e n t á r io s
(3) M estre do Céu
iJ r
Pa rág rafo 3 "Na idade de "dois oito" ( 2 x 8 = 16
anos), a Energia do Shen (Rins) torna-se
Huangdi perguntou: " Chegando à velhi potente, a Essência Sexual aparece, o Jing
ce, não se pode ter filhos; isso é devido ao Qi transborda e se une ao Yang e ao Yin
esgotamento ou por destino da Natureza (10), o rapaz pode fecundar".
(1)"? "Na idade do "três oito" (3 x 8 = 24
Khi Pa respondeu: "Aos sete anos (2) for anos), a Energia do Shen (Rins) está em
talece-se, no sexo feminino, a Energia do plena atividade, os músculos e os ossos
Shen (Rins) (3), os dentes estão em pleno tornam-se firmes e fortes, aparecem os
desenvolvimento, os cabelos alongam-se". dentes do siso".
"Na idade de "dois sete" ( 2 x 7 = 14 "Na idade do "quatro oito" (4 x 8 = 32
anos), a Essência Sexual o "Koei Celeste" anos), o homem atinge o máximo de força
(4) entra em jogo, o Ren M ai (Vaso-Con- muscular".
cepção) circula abundantemente, o Chong "Na idade do "cinco oito" (5 x 8 = 40
M a i é próspero (5), as m enstruações anos), a Energia do Shen (Rins) começa a
manifestam-se seguindo um determinado enfraquecer, os cabelos caem, os dentes
ciclo, a jovem pode engravidar". começam a se estragar e a cair".
"Na idade de "três sete" (3 x 7 = 21 " Na idade do "seis oito" (6x 8 = 48 anos),
anos), a Energia do Shen (Rins) está em a Energia Yang esgota-se na parte superior
plena atividade, os dentes do siso nascem". do corpo, o rosto começa a se enrugar, os
cabelos começam a ficar grisalhos".
"Na idade de "quatro sete" (4 x 7 = 28
"Na idade do “sete oito" (7 x 8 = 56
anos), os músculos e os ossos se forta
anos), a Energia do Gan (Figado) vai enfra
lecem com grande desenvolvimento, os
quecendo (11), os músculos e os tendões
cabelos atingem seu maior comprimento,
perdem a sua tonicidade, a Essência
o corpo torna-se robusto".
Sexual desaparece, o Jing (secreção das
"Na idade de "cinco sete" (5 x 7 = 35 Essências) torna-se lento, a estrutura dos
anos), a Energia Yang M in g (6) começa rins torna-se fraca, o corpo enfraquece,
a enfraquecer, o rosto a se enrugar, os chegando ao final da sua potencialidade".
cabelos a cair". " Na idade do "oito oito" (8 x 8 = 64 anos),
"Na idade de "seis sete" (6 x 7 = 42 os dentes e os cabelos caem".
anos), a Energia dos três Yang (7) enfraque "O Shen (Rins) dirige o equilíbrio dos
ce-se no Alto do corpo, o rosto enruga-se líquidos orgânicos, recebendo e acumu
mais e se torna ressequido, os cabelos lando todas as substâncias energéticas
embranquecem". dos cinco Zang (Órgãos) e dos seis Fu
"N a idade de "sete s e te " ( 7 x 7 = (Vísceras). Por isso, quando esses Órgãos
49 anos), a Energia do Ren M ai (Vaso- e essas Vísceras estão em plena atividade
Concepção) torna-se escassa, a do Chong e em perfeito funcionamento, eles podem
Mai enfraquece-se, os "canais da Terra " (8) secretar, e o Jing Shen (Essência dos Rins)
ficam obstruidos, a atividade do abdome espalha-se. Se eles se esgotam, os múscu
inferior cessa. Por isso, o corpo esgota-se, los relaxam-se e os ossos deformam-se, as
a mulher torna-se estéril". secreções das Essências ficam exauridas,
"No sexo masculino, aos oito anos de os cabelos da região temporal tornam-se
idade (9), a Energia do Shen (Rins) entra brancos, o corpo torna-se pesado, o andar,
em atividade, os cabelos alongam-se, os cambaleante, e o homem e a mulher não
dentes de leite são trocados". conseguem mais procriar" (12).
Acupuntura Estética & Envelhecim ento Cutâneo e Rugas da Face
PROCESSO DE ENVELH EC IM EN TO
m. fro n ta l m. procero
m. o rbicular do olho
m. levantador /
do labio superior
m. zigom ático
m . nasal
menor
m . zigom ático
m enor
m. levantador
do labio superior
m. levantador do
ângulo da^ boca m . levan tad o r do
ângulo da boca
m. zigom ático m aior
-bu cin ado r
-m . risório
m. orbicular da boca —
masseter
p latism a'
m. depressor
do ângulo da boca
m. depressor
do ângulo da boca
m. depressor
m. depressor do lábio in fe rio r
do lábio in fe rio r
m. m entual
▲ Figura 12.2
M úsculos da face vista frontal.
Acupuntura Estética & Envelhecim ento Cutâneo e Rugas da Face 10t,
m. orbiculardo olho
m. nasal
m. levantador do lábio
superior e da asa do
nariz
m. levantador
do labio superior
m. zigomatico -
menor
m. orbicular
da boca
bucinador
m. risorio
m. mentual
m. depressor
do lábio inferior
m. depressor masseter
do ângulo da boca
m. levantador do platisma
ângulo da boca
esternocleidomastóideo
m. zigomático maior
Para o trata m e nto das rug a s faciais, é im p orta n te d e te rm in a r os m úscu lo s ago nista s
e a n ta g o n ista s e n v o lv id o s em cada tip o de ruga, e h a rm o n iza r os g ru p o s m usculares.
Músculos fro n ta l
F unção: F ra n zir a testa e e le va r a so b ra n ce lh a - A n tag on ista: m. o rb icu la r do olho e m. piram idal
C o m and o : M -CP-6 ( Yuyao) e VB -14 ( Yangbai).
Músculo P rócero
Função: U n ir e d e s c e r a parte interna da so b ra n ce lh a - A n tag on ista: m úsculo frontal
Co m and o : M-CP-3 ( Y in ta n g ).
Músculo d e p re s s o r do supercílio
Função: U n ir e d e s c e r a parte interna da so b ra n ce lh a - A n tag on ista: m úsculo frontal
174
mm
VG-26
( Renzhong)
IG-20
( Yingxiang)
VC-24
( Chengjiang)
TA-23
(Shizukong)
M
B-1 M-CP-9
...— (Taiyang)
(Jingming)........
VB-1
(Tongziliao)
• M-CP-8
(Qiuhou)
A Figura 12.7
Pontos de acupuntura
situados na linha
ântero-lateral da face.
D e m o n s t r a ç ã o d o s e f e it o s d a a c u p u n t u r a s o b r e os po n to s de c o m a n d o
▲ Figura 12.8
Inserção de agulha e estimulação por eletroacupuntura no ponto
VB-14 (Yinbai). Observe a elevação da pálpebra superior esquerda
pelo comando deste ponto sobre o músculo frontal.
Capítula XII
Figura 12.9 ►
Eletroacupuntura no ponto
E-7 (Xiaguan ) mostrando o
comando deste ponto sobre as
musculaturas da face.
Figura 12.10 ▼
Musculatura do pescoço e pontos
de acupuntura que promovem a
tonificação desta região.
M-CP-21 (Shanglianquan)
m. digástrico
glândula m. milo-hióideo
submandibulai
VC-23 (Lianquan)
m. masseter
glândula parótida
mandíbula
m. estilo-hióideo m. pterigoidiano
mediai
osso hióideo
m. digástrico
m. esterno-hióideo
IG-18 (Futu)
— m. omo-hioideo
cartilalagem tireóidea
-----m. tireóideo
ligamento cricotireóideo
-----m. cricotireóideo
m. omo-trapezóideo
— m. escaleno
m. trapézio — glândula
tireóidea
clávicula
omo-hióideo inferior m. esterno-tireóideo
m. esternocleidomastóideo traquéia
10-13 _______ ____ 03 cun para fora da borda superior da cartilagem tireóidea na
borda posterior do m. esternocleidomastóideo.
VC-23 (Lianquan)______ _na face anterior da garganta, na linha mediana, acima da borda
superior do osso hióideo.
M-CP-21 iS hanglianquan) na linha mediana a meia distância entre VC-23 (Lianquan) e o queixo.
1
(Shanglianquan)
VB -20 - - m. milo-hióideo
(Fengchi)
m.
m. digástrico
23 ( Lian qua n)
■4 Figura 12.11
Pontos motores da região
do pescoço utilizados
no tratamento da
flacidez do pescoço.
m. esternocleidomastóideo
■4 Figura 12.13
Paciente com rugas
verticais e frontais
marcadas suavem ente com
a linha na pele bem firm e.
Neste caso precede-se a
sedação de todos os pontos
{VB-14 (Yangbai),
M-CP-6 (Yuyao),
B-2 (Zanzhu)}. Inserir a
agulha intraderm icam ente
dentro dos sulcos das
pregas, com o se fosse
dissolver a ruga, porém
visando chegada de Energia
para preencher o espaço
intradérm ico faltante.
Figura 12.15
M ostra rugas frontais
devido à hiper-contração
da musculatura frontal,
mas não se observa ainda
flacidez im portante. É uma
paciente mais jovem de
aproxim adam ente 35 anos.
Neste caso, podem-se
dispersar os pontos
VB-14 (Yangbai) eTA-23lt
(Shizukong) e tonificar
os pontos M-CP-6 (Yuyao)
e B-2 (Zanzhu).
Capítulo XII
Figura 12.16 ►
A figura mostra
m úsculos corrugador
e piramidal extrem a
m ente potentes, não
apresentando rugas
frontais. É um caso
em que a sedação dos
pontos B-2 (Zanzhu ) e
M-CP-6 (Yuyao) deve
ser bem vigorosa,
procedendo, posterior
m ente, à tonificação
dos antagonistas que
são VB-14 (Yangbai) e
TA-23ft (Shizukong).
Figura 12.17 ►
A figura m ostra rugas
verticais não m uito
profundas, porém bem
marcadas na pele.
Além da dispersão dos
pontos B-2 (Zanzhu) e
M-CP-6 (Yuyao),
deve-se
estim ular a linha
intraderm icam ente.
Figura 12.18 ►
A figura m ostra uma
linha vertical profunda
do lado esquerdo. É o
caso de se dispersar o
ponto M-CP-6 (Yuyao)
e o B-2 (Zanzhu), mais
do lado esquerdo.
A linha da ruga
deve ser tratada
intraderm icam ente.
3 . R u g a s P e r io c u l a r e s
Figura 12.19
A figura m ostra a contração
excessiva da m usculatura
orbicular ocular externa.
É caso em que se deve
dispersar intensam ente os
pontos TA-23<= (Shizukong),
VB-1 (Tongziliao) e M-CP-8
( Qiuhou) com E-4 (Dicang ).
A agulha no E-4 (Dicang),
neste caso, deve ser
direcionada cranialm ente
em direção ao m úsculo
zigom ático, já que a parte
inferior desta ruga depende
ta m b é m deste m úsculo que
é do sorriso. OBS:TA-23fl
(Shizukong) agulha inserida
direcionada para cima.
TA-23<= (Shizukong agulha
inserida direcionada
m edialm ente.
^ Figura 12.20
A figura m ostra a parte
inferior da região periocular
ser mais im portante. Neste
caso, utilizam-se os pontos
VB-1 (Tongziliao), M-CP-8
( Qiuhou) e E-4 (Dicang).
Observar, tam bém , a
flacidez da pele palpebral
acima e abaixo. Deve-se
tonificar a pele localm ente
utilizando-se os pontos
TA-23ft (Shizukong) e o
M-CP-9 (Taiyang), assim
com o região do M-CP-8
(Qiuhou), que pode ser
utilizado superficialm ente
e tonificando. OBS:TA-23lt
(Shizukong ) agulha inserida
direcionada para cima.
Capitulo XII
Figura 12.21 ►
A figura m ostra ruga periocular
mais im portante na parte
superior e lateral da pálpebra.
O bservando a im agem , o sulco
parece desaparecer se se erguer
a pálpebra superior. É caso em
que a avaliação criteriosa será
im portante. Se a contração da
musculatura ainda se m ostrar
im portante, pode-se dispersar os
pontos VB-1 (Tongziliao) e TA-23<=
(Shizukong). E a tonificação da
pele é im portante e deve utilizar
os pontos T A -23 t (Shizukong)
e M-CP-9 (Taitang).
R ugas N a s o g e im ia im a s
As Figuras 12.22 e 12.23 m ostram sulco conduta. A lém disso, o sulco cutâneo deve
nasogeniano em pacientes de idades dife ser estim ulado intraderm icam ente.
rentes. Na Figura 12.22, apesar de ser de A Figura 12.23 m ostra uma pele m uito
paciente jovem , o sulco parece ser mais mais flácida, onde esta flacidez é observada
im p o rta n te d e vid o à pele que cai e faz no canto labial inferior e no contorno facial,
sombra no sulco nasogeniano, confirm ada com o m ostra a Figura 12.25. É um caso em
pela Figura 12.24 (m esm a paciente - vista que, além dos pontos E-7 (Xiaguan) e E-4
lateral). A linha ta m b ém é bem marcada. É (Dicang), devem ser tonificados os pontos
um caso no qual a tonificação dos pontos E-3 (Juiiao) e o platisma, assim co m o os
E-7 (Xiaguan) e E-4 ( Dicang) será uma boa pontos situados na região do pescoço com o
▲ Figura 12.23
Paciente idosa com sulco nasogeniano.
Figura 12.24
A figura m ostra sulco nasogeniano
acentuado pela contração dos
m úsculos platisma e do depressor
do lábio inferior. Neste caso,
deve-se dispersar os pontos
E -4 | (Dicang) e M-CP-18
(Jiachengjiang) e, depois,
tonificar os pontos E-7 (Xiaguan)
e ponto E-3 (Juliao).
\ , -‘i , -
’ Yc-V, '?„y(. ‘ í ’ , . V.
. ■ ... - .s L ...
A Figura 12.25
A figura m ostra sulco
nasogeniano pela hiper-
contração de todos os
m úsculos do sorriso.
A sedação dos pontos
M-CP-8 ( Qiuhou) e
E-4 ( Dicang ) ajuda no
trata m e nto das rugas
nosogenianas.
▲ Figura 12.29
A figura m ostra um exem plo bem com plexo de rugas peribucais
com rugas superiores e inferiores. A região supralabial apresenta rugas
proveniente da contração do m úsculo orbicular e da flacidez dos seus
antagonistas e da pele. Na região infralabial o paciente não apresenta
rugas, mas apresenta rugas lateralm ente devido ao relaxam ento
do m úsculo risório e, tam bém , da pele local. É caso em que
se deve dispersar e tonificar em tem pos diferentes os pontos
IG-19 (Heliao), M-CP-18 (Jiachengjiang) e E-4 (Dicang). Mas,
é im portante a tonificação dos pontos E-7 (Xiaguan) e E-4 (Dicang)
e dos pontos do pescoço para o platisma (Figuras 12.10 e 12.11).
Acupuntura Estética & Envelhecim ento Cutâneo e Rugas da Face
▼ Figura 12.31
Figura 12.30 T M ostra a assim etria do m úsculo
Efeito da estim ulação do frontal em que o lado normal
ponto m otor situado a 1 cun está contraído excessivam ente
acima do IG-20 ( Yingxiang). além do normal.
▲ Figura 12.32
Resultado de trata m e nto das rugas da face
com 10 aplicações de eletroacupuntura.
T Figura 12.33
O bservar a m elhora do contorno facial e definição da m usculatura
esternocleidom astóideo com a tonificação dos m úsculos do pescoço com a
eletroacupuntura utilizando-se os pontos m otores do pescoço em tonificação
2Hz durante 10 m inutos (Ver Figuras 12.9 e 12.10).
▲ Figura 12.34
M ostra a harmonização da região peribucal. Figura (A)
m ostra antes e im ediatam ente após a acupuntura (B).
▼ Figura 12.35
M ostra o efeito da harmonização direita/esquerda. A figura (A) m ostra um ligeiro repuxam ento labial
para a direita e um lábio um pouco mais contraído. A figura (B) mostra um lábio mais harmonioso.
Resultado de 10 aplicações de acupuntura nos pontos m otores da face.
▲ Figura 12.36
Dem onstração do tratam ento das rugas da região periocular antes (A) e após 10
sessões de tratam ento (B) Neste caso, foram utilizados em dispersão (100Hz -
20 m inutos) os pontos VB-1 (Tongziliao), TA-23 (Shizukong) e M-CP-8 (Qiuhou).
Posteriorm ente, foi realizada a tonificação dos pontos B-2 (Zanzhu),
E-2 (Sibai) e N-CP-4 (Shangming).
▲ Figura 12.37
Paciente com rugas e envelhecim ento da face (A e B). Resultado de tratam ento
com eletroacupuntura em tonificação nos pontos E-7 (Xianguan),
E-4 (Dicang) e E-3 (Juliao ), com freqüência de 2Hz durante 10 m inutos.
Observar a m elhora da textura da pele e a m elhora da tonicidade da pele
(C e D), o últim o em preto e branco. As figuras B e D m ostram
a melhora do contorno facial.
▲ Figura 12.38
As fo to s A e B m ostram o aspecto de rejuvenescim ento com o tratam ento pela eletroacupuntura,
m esm o sem haver a m elhora evidente das rugas com o um todo. Isto se deve à m elhora do tônus
m uscular obtida, mas ta m b é m - e principalm ente - pela m elhora do Shen (Mental), com a melhora
evidente da auto-estim a.
In t r o d u ç ã o
nâo citotóxico são relacionados com a ati superóxidos em água, são reduzidos na
vidade e a extensão da doença. área do vitiligo e pele normal dos pacien
O aum ento dos títulos de anticorpos tes com vitiligo, causando morte celular.
dirigidos contra o anel benzeno, que es A m orte prematura in vitro de melanó
truturalm ente se relaciona com com pos citos da pena das galinhas (da linhagem
tos com o fenol, catecol, hidroquinona e Barred Plymouth Rock and W hite Leghorn)
monobenzil éter de hidroquinona, causa pode ser evitada pela adição de antioxi-
despigmentação na pele. dantes. A dopamina consegue suportar a
A teoria autocitotóxica relata que o me auto-oxidação mais do que as catecolami-
lanócitos, durante a produção da melani nas e a hidroxidopamina tem poder de
na, fabricariam os precursores, que atuam destruir as células da linhagem dos mela-
com o tóxicos para os m elanócitos. Isto nomas e das neuroblastomas, pela produ
acontece quando existe falha no mecanis ção de radicais livres.
mo protetor que remove os tóxicos quí A teoria neural do vitiligo foi descrita
micos da melanogênese. O aum ento da pelo Lener há aproximadamente 40 anos
atividade dos melanócitos leva a sua pró e se baseia em casos relatados de lesão
pria morte. O exame com microscópio ele neural e no aparecimento de vitiligo, com
trônico tem mostrado o acúmulo de ma evidência clínica de vitiligo dermatomal ou
terial granular extracelular e a vacuolização segmentar, aum ento de sudorese e vaso-
basilar de pele pigmentada na interface constricção nas áreas de vitiligo, mostran
entre a pele normal e a pele com vitiligo do aum ento da atividade adrenérgica e de
em pacientes com doença rapidamente despigm entação, em m odelos animais,
progressiva. após a secção de fibras nervosas.
Alguns estudos mostraram poucos in Os estudos m ostram a diminuição da
filtrados linfocitários contíguos aos mela cor da íris de coelhos subm etidos à sim-
nócitos, favorecendo, então, a teoria au patectomia, enquanto o aumento da ativi
to c ito tó x ic a . E s tu d o s ta m b é m tê m dade colinérgica é observado pelo aumen
mostrado o aumento da susceptibilidade to da tem peratura e da produção de suor
dos melanócitos aos precursores molecu e pelo aumento do tem po de sangramen-
lares, como dopacromo, que se relaciona to na placa despigmentada. Os queratinó-
com melanotropina (MSH). citos e os melanócitos da área envolvida
Outro mecanismo para a autotoxicida- apresentam aumento da atividade de mo-
de é a inibição da tioredoxin redutase, um noaminoxidase-A, formando 4 vezes mais
varredor de radicais livres localizado na norepinefrina e 6 vezes menos epinefrina
membrana dos melanócitos. Estas enzi do que os queratinócitos normais.
mas são inibidas pelo cálcio. Altos níveis Foi mostrado que os melanócitos deri
de cálcio extracelular causam aum ento vados da crista neural estão em contato
dos radicais superóxidos que leva à inibi com terminações nervosas na pele despig
ção da tirosinase pelo desequilíbrio entre mentada, embora estes achados, na pele
o tioredoxin oxidado e reduzido na epider normal, sejam raros. A presença de nervos
me, causando posteriorm ente vacuoliza autonômicos degenerados e regenerados
ção e eventual morte celular. na m em brana basal das cé lu la s de
O aum ento do cálcio intracelular nos Schwann no centro e na periferia das pla
melanócitos parece ser um m ecanism o cas despigmentadas também foi descrita,
importante para o tratamento com UVA. Os bem como níveis elevados de fator de ne-
níveis de catalase, enzima que reduz os crose tumoral (molécula-1 de adesão inter-
celular) e de interferon-gama na pele peri- Além disso, alterações hormonais po
lesional dos pacientes com vitiligo. dem ser encontradas em situações de
Estudos in vitro mostram que a neuro- ansiedade, o que pode ser relevante para
tensina, que é um neuropeptídeo, induz à a patogênese do vitiligo, evidenciando a
produção 500 vezes m aior de fa to r de teoria auto-imune. Existem relatos de en
necrose tumoral pelos melanócitos do que contros de auto-anticorpos específicos no
norm alm ente e 50 vezes maior que a ra vitiligo, assim com o anormalidades nos
diação UVB, sugerindo que o controle neu- subtipos de células T circulantes e células
rogênico possa ser plausível. Aum ento da natural killer. O estresse tam bém pode
excreção urinária de ácido homovalinico, modular a resposta imune e a atividade
que é um m etabólito da dopamina e de das células natural killer. Le Poole e col.
ácido vanilmandélico (metabólito da nore- sugerem que o estresse leva a um aumen
pinefrina e epinefrina) foi docum entado to da produção de catecolaminas influen
em pacientes com doença recente e em ciando diretam ente na despigmentação.
atividade. O estresse tam bém pode levar a um au
Estudos recentes têm sugerido que o m ento dos hormônios adrenocorticotrófi-
vitiligo representa a desordem primária cos, aumentando a secreção de corticos-
dos queratinócitos, conseqüente à insta teróides que mobiliza a glicose e ácidos
bilidade da relação sim biótica entre um graxos livres estimulando a secreção de
melanócito e os 36 queratinócitos da uni insulina. Esta pode diretam ente estimular
dade epidérmica. O defeito é causado pela o L-tryptofano no cérebro promovendo o
anormalidade da biossíntese das cateco- aum ento da síntese da serotonina local.
laminas e do mecanismo que regula o cál As m elatoninas (metabólito da serotoni
cio intracelular epidérmico. na) e a hiperativação dos receptores da
A lguns estudos tê m sugerido que o melatonina têm papel sobre a gênese de
trauma em ocional e a vida estressante vitiligo, cuja hiperativação pode levar ao
sejam fatores colaboradores no desenvol aum ento da atividade das enzimas inibitó-
vim ento inicial do vitiligo. rias da melanogênese.
Existem poucos estudos publicados re Alguns autores relacionam traumas e
lacionando os aspectos emocionais com doenças locais desencadeando o proces
o aparecimento de vitiligo. Papadopoulos so vitiligóide. O vitiligo apresenta o fenô
e col. relatam que 28% dos pacientes ini meno de Kõbner, ou seja, traumas locais,
ciaram as lesões de vitiligo após a morte como queimaduras solares e outros, são
de um m em bro da família e 13% dos pa fatores que podem desencadear a man
cientes com vitiligo, com m orte de um cha do vitiligo.
amigo próximo. Kovacs, 1998, acredita que existe um
O trabalho dos autores acima relaciona, paradigma diátese-estresse em que a diá-
também , os pacientes com vitiligo como tese seria a predisposição, que pode per
sendo aqueles que apresentam distúrbios manecer oculta até que exista um estímu
do sono e da alimentação mais intensos e lo nocivo estressante (biológico ou psico
dificuldades sexuais mais graves. Estes lógico) atuando como gatilho.
sintomas têm sido citados como fazendo Acredita-se que exista predisposição ge
parte da depressão, porém, este estado nética para o vitiligo, pois 40% dos pacien
pode estar relacionado com alterações tes possuem história familiar positiva, com
hormonais, principalm ente as tireoidea- padrão de herança sugerindo traços poligê-
nas. nicos envolvendo três ou mais genes.
■4 Figura 13.1
Paciente de pele
m uito clara com
vitiligo. A mancha,
às vezes, fica com
difícil visualização.
Figura 13.2 ►
Fotografia da m esm a
paciente, porém com
as manchas
vísibilizadas por m eio
da luz de W ood. As
manchas de vitiligo
ficam bem delim itadas,
possibilitando o
diagnóstico de vitiligo.
inflamação, irritação ou rash, precedendo técnica de coloração para a melanina (Fon-
a despigmentação, eventos desencadean- tana-Masson). Os melanócitos estão uni
tes incluindo estresses emocionais, quei form em ente ausentes na pele afetada. A
madura solar, doença física, outros trau cultura de m elanócitos da periferia da
mas físicos, história defotossensibilidade, mancha vitiligóide revela evidências de
disfunção ocular ou auditiva, tratam ento degeneração com vacuolização citoplas-
prévio incluindo doses, efeitos e toxicida- mática, agregação de melanossomos, va-
des, história ocupacional, história familiar cúolos autofágicos, degeneração gorduro
de vitiligo ou encanecimento precoce, his sa e picnose. Além disso, estes melanó
tória fam iliar de doenças auto-imunes, de citos tendem a crescim ento deficiente
sordens tireoideanas, alopécia areata, di com m orte prem atura. O utros estudos
a b e te s m e llitu s , a n e m ia p e rn ic io s a , têm mostrado dilatação do retículo endo-
doença de Addison e estresse emocional plasmático rugoso em células afetadas da
relacionado à doença. periferia da mancha, e em melanócitos da
O exame físico deve ser realizado de pele normal do indivíduo afetado. Alguns
maneira sistêm ica, da área acom etida, estudos mostram alterações inflamatórias
além de áreas despigmentadas, observan na derm e entre as áreas pigmentadas e
do-se a presença de sinais inflamatórios as despigmentadas, embora outros estu
ao redor das lesões. No exame físico, deve dos não confirm em estes dados.
ser feita a classificação do vitiligo segun
do padrão de acom etim ento (generaliza T r a t a m e n t o de V it il ig o
do, acral/acrofacial, focal/localizada ou seg
mentar). Deve-se observar a base dos Existem vários tratam entos para o vitili
cabelos brancos, para verificar se está des- go. O tratam ento utilizado com maior fre
pigmentada, acom etim ento dos cabelos, qüência é o PUVA tópico e sistêmico, que
sobrancelhas, áreas de barba e cílios. Ob consiste de uma substância denominada
servar, tam bém , alterações de pigm enta 8-m etoxipsoraleno que pode ser empre
ção na coróide e no epitélio pigmentado gada local ou sistemicamente, seguida por
retinal e presença de uveítes. Utilizar a exposição à radiação ultravioleta com com
lâmpada de W ood para diferenciar even prim ento de onda de 320 a 400nm. Outro
tuais dúvidas diagnosticas e a delimitação tratam ento utilizado rotineiram ente é o
da verdadeira área de vitiligo. uso de corticosteróide sistêm ico ou tópi
Algumas doenças podem ser confundi co.
das com vitiligo como: linfomas de célu Os medicamentos como a fenilalanina
las T cutâneo, lúpus eritem atoso sistêm i e tirosina são utilizados com a finalidade
co ou discóide, hanseníase, pintas, nevo de estim ular a melanogênese. As vitami
anêmico, nevo despigmentoso, piebaldis- nas antioxidantes, também, têm sido uti
mo, pitiríase alba, despigm entação pós- lizadas por alguns autores, que relatam
inflamação, sarcoidose, esclerodermia e melhora. A melagenina, uma substância
tínea versicolor. derivada de placenta, tem sido utilizada
O exame laboratorial pode auxiliar na com algum resultado.
detecção de doenças associadas com o Tratamentos cirúrgicos como enxertos
insuficiência adrenal, diabetes m ellitus, de pele ou transplantes de cultura de epi
anemia perniciosa, doença tireoideana. derme in vitro são algumas das modalida
Um outro m étodo diagnóstico é a bióp- des de tratam ento mais invasivo. Quando
sia com estudo anatom opatológico e a a área despigmentada é bem maior do que
a pele normal, pode ser discutida com o uma desa rm o n ia e n e rg é tica do Shen
paciente a possibilidade de despigm entar (Rins), que em geral se associa a trauma
o resto de pele normal utilizando para esta emocional agudo (quase 50% dos casos
finalidade o monobenzil éter de hidroqui- de vitiligo referem relato de m orte na fa
nona. Existem as camuflagens, que dão mília, de ente querido, de amigos, ou de
ajuda psicológica ao paciente. algum trauma com diminuição súbita da
E, finalm ente, existem m uitos casos de auto-estima) com o fator desencadeador
melhora espontânea ou a fé em determ i imediato da doença.
nado tratam ento sem nenhum benefício Os portadores de vitiligo são, também,
comprovado que leva à cura o paciente. indivíduos com imaturidade emocional (o
Atualmente, acredita-se cada vez mais na início da doença ocorre, em 50% dos ca
força da m ente e sua capacidade para sos, nas crianças e adolescentes), em
gerar doença, assim como de estabelecer período da vida em que não existe ainda a
a cura. Assim os tratam entos alternativos maturidade do Shen (Rins). Neste contex
como a psicoterapia, a homeopatia, a cro- to, o vitiligo é uma patologia decorrente
moterapia, Medicina Tradicional Chinesa da deficiência do Qi (tanto V/n como Yang).
e outras formas de medicina vêm sendo Trata-se, então, de doença relacionada à
considerados de im portância cada vez patologia do Qi.
maior para se obter a cura dos pacientes. Pelo fato de o vitiligo se instalar em mais
de 50% dos casos antes dos 20 anos de
VITILIG O SOB O PONTO DE V ISTA idade, isto é, na infância e na adolescên
DA M ED IC IN A TRADICIO NAL cia, pode-se entender que ele surge quan
CHINESA do o amadurecimento do Shen (Rins) está
ainda em desenvolvimento. Considerando
As lesões de pele podem ser classifica que o Jing Shen (Quintessência energéti
das, segundo os conceitos da Medicina ca dos Rins) produz a medula espinal, in
Tradicional Chinesa, em lesões extrem a cluindo o encéfalo que é a morada do Shen
mente agudas, que queimam como Yang original (Yuan Shen), que representa o Shen
do Yang e que poderiam corresponder às (Consciência), então, o vitiligo aparece, prin
vasculites. Neste estado energético, as cipalmente, em indivíduos cujo processo
reações são tão violentas e rápidas que de percepção dos fenôm enos vindos do
podem levar à necrose tecidual. Outras exterior (componente constituinte da ativi
são as lesões crônicas de pele de estabe dade mental) esteja ainda imaturo.
lecim ento lento e gradual, produzindo le Desta maneira, as emoções como tris
sões que m odificam a estrutura da pele teza ou medo, em intensidade mais eleva
como as tumorações. da como ocorre na depressão e no pavor,
Dentre as lesões de evolução interm e afetam o principal Zang (Órgão) aplaina-
diária citam-se a psoríase e o vitiligo, que dor das emoções, que é o Gan (Fígado), e
podem evoluir aguda ou cronicamente. secundariamente com prom etem o Xin Qi
(Coração). O Gan (Fígado) pode se tornar
V it ilig o e Z a n g F u ( Ó r g ã o s e V ís c e r a s ) deficiente (vazio) pelo desgaste com essa
atividade aplainadora ou pela deficiência
Os indivíduos que desenvolvem vitiligo do Shen ü/(R ins) pela imaturidade. Várias
apresentam história prévia de medos, dis relações podem ser formadas em decor
túrbios de sono, vícios alimentares ou ex rência das desarmonias energéticas supra
cessos de atividade sexual, induzindo a citadas.
Assim, estabelece-se a relação Xin-Fei no deste vai do Baixo para o Alto, atraves
(Coração-Pulmão): o "Xin Oi (Energia do sa o diafragma e se espalha no Fei (Pul
Coração) insuficiente ou Xin-Yang (Cora mão) e o seu Qi tem a função energética
ção- Yang) dim inuído". Neste caso, o Xue de 'elevar'. O Vazio de Gan (Fígado) gera
(Sangue) circula mal e a função de difu dificuldade na sua função auxiliadora de
são do Fei (Pulmão) pode se tornar com subida do Qi; o Fei (Pulmão), não receben
prometida. do o Qi, gera as alterações observadas na
A relação Xin-Shen (Coração-Rins) esta pele, que podem ser o vitiligo
belece-se: "O Xin (Coração) está situado
no Alto, sua natureza é o Fogo, dependen V it il ig o e T e o r ia d o s C in c o
te do Yang. O Shen (Rins) está situado no M o v im e n t o s
Baixo, sua natureza é a Água, dependen
te do Yin. Necessitam um do outro, para Em relação às afecções da pele, o Fei
que suas qualidades se equilibrem. O Xin (Pulmão) representa o Metal que estaria
(Coração) rege o Xue (Sangue), o Shen afetado na sua função de purificar e de
(Rins) armazena a Quintessência CJingA O fazer descer a Energia; a natureza do M e
Jing serve para produzir o Xue (Sangue), tal é a pureza e de retornar a si mesmo. A
este serve para a produção do Jing. A re mancha de vitiligo aparece porque, local
lação Alto/Baixo está alterada, mas não se mente, a purificação está prejudicada, com
observa manifestação evidente, uma vez a permanência de elem entos tóxicos.
que o Xin-Yang (Coração-Yang,) está lesa A deficiência do Fei (Pulmão) pode ocor
do". rer porque o Xin (Fogo) domina o Fei (Me
A relação Fei-Shen (Pulmão-Rins) esta tal), ou porque a mãe Pi (Terra) está fraca
belece-se: "O Shen (Rins) rege a Água e ou porque existe a contra-dominância do
o Fei (Pulmão) é a fonte superior da Água. Gan (M adeira) ou porque o filh o Shen
O Fei (Pulmão) governa a respiração, o (Água) está fraco. 0 que se observa no
Shen (Rins) governa a recepção da respi vitiligo é estado de Vazio de Qi. A Água
ração. O Fei (Pulmão) é o soberano da res deficiente prejudica a formação da Madei
piração CQij, o Shen (Rins) é a raiz da res ra. 0 excesso de Fogo do Xin (Coração),
piração". Se a atividade funcional do Fei de maneira brusca, consome a Madeira e
(Pulmão) ou a do Shen (Rins) fo r insufi a Água e derrete o Metal. No fim , resta
ciente, haverá obstáculo ao metabolism o pouca Madeira, o que faz gerar pouco
da Água. Os líquidos Yin do Fei (Pulmão) Fogo. A Terra tem suas propriedades de
e do Shen (Rins) fortificam -se m utuam en tra n sfo rm a çã o prejudicadas, e n fim , o
te. Se a atividade do Shen Qi (Energia dos Metal não pode ser gerado, estabelecen
Rins) fo r insuficiente, o Shen (Rins) não do um círculo vicioso em que a Energia
terá força para recepcionar a parte Yin da como um todo está deficiente.
respiração (sopro vital); se a atividade do
Fei (Pulmão) estiver fraca, a respiração E t i o p a t o g e n ia E n e r g é t ic a do V it il ig o
torna-se deficiente e o Shen (Rins) não
poderá receber o sopro. 0 vitilig o , segundo os conceitos da
A relação Fei-Gan (Pulmão-Fígado) es M edicina Tradicional Chinesa, pode se
tabelece-se: " 0 Gan (Fígado) e o Fei (Pul m anifestar quando o Zheng Qi [Qi Corre
mão) concorrem à função de subida e des to) não consegue vencer o Xie Qi (Ener
cida de Qi. 0 Fei (Pulmão) faz descer e o gia Perversa). 0 Zheng Qi pode estar com
Gan (Fígado) ajuda na subida. O Meridia prom etido pela existência de numerosos
fatores com o constituição fraca; estado tensidade, isolados ou associados, depen
emocional; co m p ro m e tim e n to do m eio dendo da forma, tipo e fase da doença.
ambiente; alimentação desregrada e, prin Os Sete Sentimentos (Qi Qing) referem-
cipalmente, estado emocional alterado. se à Alegria, Raiva, Preocupação, Pensa
A constituição fraca refere-se à heredi m ento, Tristeza, Medo e Pavor, dos quais
tariedade, que é a qualidade transmitida derivam as Cinco Emoções (Wu Zhi), que
pelos progenitores e que gera indivíduo são a Alegria, Raiva, Pensamento, Triste
com características específicas. za e Medo.
O estado emocional tem influência ime Sem dúvida, o conflito emocional é o
diata na atividade funcional do Qie do Xue principal fator de adoecimento do ser hu
(Sangue) dos Órgãos. No ser humano de mano. A Alma Vegetativa (Hun) é a mani
m ente sólida (bom Shen), que se apresen festação do Shen (espírito), que se aloja no
ta "bem em sua p ele", a atividade dos Xue (Sangue), e é armazenada no Gan (Fí
Zang Fu (Órgãos e Vísceras) é regular, o gado). Tendo esta relação, assegura-lhe boa
Qi e o Xue (Sangue) circulam bem, o Qi circulação de Xue (Sangue) e facilidade nos
Correto é abundante e rechaça facilm en movimentos, enfim, a difusão da alma.
te o Xie Qi (Energia Perversa). No ser hu A partir de exemplos clínicos de pacien
mano de m ente desorganizada, que se tes com vitiligo tratados no Ambulatório
apresenta "m al em sua pele", os Zang Fu de Acupuntura Estética do Setor de M e
(Órgãos e Vísceras) não funcionam em dicina Chinesa-Acupuntura da UNIFESP e
harmonia, o Qi e o Xue (Sangue) são frea- no consultório particular, pode-se obser
dos, o Qi Correto é enfraquecido e o Per var os m ecanism os etiopatogênicos da
verso penetra facilm ente no corpo, pro doença vitiligo, como se segue:
vocando doenças.
Relato de caso V. Paciente MT, fem ini
A pele pode ser considerada com o "o
na, branca, 27 anos, casada, idealista, car
espelho da m ente" e isso pode estar ba
ga importante de rejeição intra-útero, an
seado no conceito de ser a mesma a ori
tecedente de medos e fobias, na infância.
gem embriológica da pele e do sistema
Apresentou vitiligo na face (região palpe-
nervoso central.
bral superior) acometendo os supercílios.
O meio que nos rodeia e os nossos há
O vitiligo teve início logo após o choque
bitos de vida podem ter influência no apa
emocional (namorou um rapaz que, ao lhe
recimento de doenças. Assim, uma vida
tirar a virgindade, não quis saber mais dela,
desregrada ou com excessos acarreta per
pois era noivo e chegou a mostrar a foto
turbações das atividades fisiológicas, tor
da noiva dizendo que o caso entre eles
nando-se nociva à integridade do Qi Corre
nada representou). Sentiu-se humilhada,
to. A alimentação desregrada associada à
auto-estima lesada, entrou em depressão
vida sedentária enfraquece o Qi Correto.
e tinha medo de estar grávida. Definiu a
As origens etiológicas de uma doença,
sensação com o de pânico e de tristeza,
segundo a Medicina Tradicional Chinesa,
vindo logo depois o medo. Apresentava
são os Seis Excessos e os Sete Sentim en
dor lombar, na correspondência do ponto
tos.
VG-4 (Mingmen) (Porta da Vida), e também
Os Seis Excessos referem-se ao Ven
frigidez sexual, em relação ao que contou
to, Umidade, Calor, Secura, Frio e Canícu-
com a compreensão do atual marido.
la. Todos os Seis Excessos, incluindo a
Canícula (por exemplo, a queimadura so Comentários: No prim eiro m om ento,
lar), podem atuar em maior ou m enor in sentiu pânico que lesa o Jing Shen [Es-
A cupuntura & Vitiligo
sência do Shen (Rins)] e, tam bém , o Shen Jing Shen (Quintessência dos Rins). O Fei
(Consciência). A fraqueza da Água prom o (Pulmão) é lesado, pois representa o Po
ve um Vazio do Gan (Fígado). A tristeza (Alma Corpórea) e com o conseqüência é
m uito profunda dispersa o Qi, enfraque o aparecimento da tristeza profunda que
cendo a vitalidade dos Zang Fu (Órgãos e diminui o Qi. O Wei Qi (Energia de Defe
Vísceras) e suas funções energéticas. A sa) estando com prom etido leva às altera
tristeza fere a Alma Corpórea (Po), o Shen ções de defesa geral do corpo e, também,
(Consciência) e o Jing Shen (Essência dos da pele. Uma das manifestações clínicas
Rins). Como conseqüência, se instala a conseqüentes é o aparecimento do vitili
depressão, com lesão mais grave do Qi go, em que a falta de melanócitos nada
dos Zang Fu. A persistência do medo con mais representa do que uma condição de
some ainda mais o Qi. O vitiligo m anifes queda de resistência contra as radiações
ta-se em decorrência do Vazio do Gan Qi ultra-violetas, ocasionando conjuntivites
(Energia do Fígado), do Shen (Rins) e do de repetição [a conjuntiva é comandada
Fei (Energia do Pulmão), em uma pacien pelo Fei (Pulmão)].
te com deficiência básica do Shen (Rins)
Relato de caso 3: AL, 32 anos, casado,
com o conseqüência da lesão no Shen
masculino, branco, idealista, pré-diabético,
(Consciência) por problemas emocionais.
preocupado e ansioso. Trauma emocional
Relato de caso 2: Paciente CES, 17 na adolescência, quando viu a avó se quei
anos, masculino, branco, pragmático po mar em incêndio. Aparecim ento de vitili
rém com duas irmãs mais velhas, calado, go na extremidade dos dedos das mãos
fechado com aspecto de palidez facial, pais há alguns anos, iniciando-se durante a
separados, histórico de conjuntivites de gestação da esposa. O amor pela esposa
repetição. A presentou vitiligo na região era tão grande que ficou com muito medo
genital e face mediai das coxas, após a de perdê-la. Depois, durante a gestação,
morte da avó, por quem tinha grande sen ficou com medo de que acontecesse algo
tim ento de afeto e ligação forte. Disse ter ao filho durante o nascimento e o pensa
entrado em um estado de tristeza muito m ento de que houvesse a troca de bebê
profunda, relacionando a isso o desenca- era pavorosa. Só sentiu alívio após estar
deamento do vitiligo. em casa com a esposa e a criança.
cia da Essência do Shen (Rins) que é for juntam ente com o VC-7 ( Yinjiao) e o VB-
mada pela Essência de todos os Órgãos, 13 (Benshen), que concentram a Essên
irá afetar o Fei (Pulmão) e o Po (Alma Cor cia no encéfalo.
pórea) e conseqüentem ente, a pele. A Para tratar os efeitos induzidos pelas
afecção localiza-se ao nível da pele; assim, emoções fortes, deve-se utilizar os Canais
deve-se utilizar os Canais Curiosos, espe de Energia Distintos que estiverem aco
cialmente aqueles que estão envolvidos m etidos. Freqüentem ente observa-se o
na nutrição da pele e que correspondem acom etim ento dos Canais de Energia Dis
ao Du M aie ao Ren Mai. Os dois nutrem a tintos do Xin Bao Luo e do Sanjiao (Circu-
pele por meio de uma rede de canais ener lação-Sexo e Triplo Aquecedor), do Gan
géticos secundários. E como esses dois (Fígado) e do Dan (Vesícula Biliar).
Canais originam-se no Shen (Rins) e difun A distribuição de vitiligo pode aparecer,
dem o Qi Ancestral para a pele, promovem freqüentem ente, na correspondência do
um elo entre o Shen (Rins) e a pele. canal de energia do Pi (Baço/Pâncreas),
Por outro lado, a pigmentação da pele, principalm ente na face mediai dos pés.
tam bém , depende dos Canais Curiosos; Neste caso, deve-se tratar o Canal Curio
uma pigmentação mais escura fica con so Chong Mai quando há associação com
centrada ao longo da passagem desses sintomas gástricos ou indício de diabetes
Canais como ocorre na área genital, linha m elittus.
mediana anterior, umbigo e região mami- Por haver relação direta entre o Xue
lar. Não raramente, observam-se lesões de (Sangue) e o Qi, deve-se sempre tonificar
vitiligo nestas regiões. o Xue (Sangue).
Por isso, deve-se utilizar os pontos de Finalmente, tendo a Shen (Mente) e o
abertura desses dois Canais de Energia: Xin (Coração) o comando sobre os Zang
o ponto P-7 (Lieque), para o Ren Mai, e o Fu (Órgãos e Vísceras), deve-se utilizar a
ID-3 (Houxi), para o Du Mai. Posteriormen técnica de Qi Mental, a fim de aliviar os
te, procede-se à abertura dos respectivos conflitos emocionais que possam te r exis
Meridianos acoplados: o R-6 (Zhaohai) e o tido ou que ainda persistem, possibilitando
B-62 (Shenmai). ao paciente dar um sentido mais adequa
Outros pontos de acupuntura importan do à sua vida, obtendo conseqüentem en
tes no tratam ento do vitiligo: te a cura desta patologia (Figuras 13.3 e
P-9 (Taiyuan) - Tonifica o Fei-Yin (Pul 13.4).
mão- Yin): Não esquecer que cada um tem suas
P-5 (Chize) - Nutre a Água do Fei (Pul particularidades e que o vitiligo, assim
mão); com o qualquer outra doença, é apenas
R-3 (Taixi) e VC-4 ( Guanyuan) - Nutre o uma das manifestações de uma alteração
Shen-Yin (Rim-Y/n) e acalma a Mente. mais ampla do organismo como um todo.
Os pontos acima, conjuntamente com Portanto, estabelecer um tratam ento igual
os pontos P-7 (Lieque), R-6 (Zhaohai), B- para todos seria um erro. Em cima de um
23 (Shenshu), B-52 (Zhishi) e B-42 (Pohu), diagnóstico clínico ocidental, devem ser
agem nutrindo o Fei-Yin (Pulmão-Yin) e o estabelecidos os diagnósticos energético,
Shen-Yin (Rim-Y/n), fortalecendo a força de emocional e, por que não dizer?, um diag
Vontade (Zhi) e assentando a Alma Corpó nóstico espiritual, se assim for possível,
rea. Além disso, pode-se utilizar outros para se chegar mais próximo da essência
pontos de acupuntura para tonificar a Es e poder tratar cada indivíduo diferente
sência dos Rins, como o VC-4 ( Guanyuan) m ente como um todo.
Acupuntura & Vitiligo
As Figuras 13.3 e 13.4 m ostram um shu), B-42 ( Pohu ), B-1 5 (Xinshu ), B-43
paciente jovem com vitiligo na região axi (Shentang); aquecer o Fogo Ministerial e
lar e o resultado do tratam ento de vitiligo, o seu Jing: B-23 (Shenshu), B-52 (Zhishi),
observado principalm ente pela borda da VG-4 (Mingmen ) e harmonizar o Gan (Fí
lesão. O tratam ento foi realizado utilizan gado), para aplainar emoções: B-18 ( Gan-
do-se os pontos do Meridiano Distinto do shu). Foram, tam bém , utilizados os pon
Xin (Coração) e do Xiao Chang (Intestino tos: P-1 (Zhongfu ), VC-17 ( Danzhong),
Delgado), C-1 (Jiquan) e ID-10 (Naoshu), VC-4 ( Guanyuan), TA-5 (IA/angu), CS-6 (Nei-
além dos pontos para aquecer o Fogo guan), R-3 ( Taixi), BP-6 (Sanyinjiao) e F-3
Imperial e os seus pontos Jing: B-13 (Fei- (Taichong).
Capítulo XIV
RESULTADOS DE
TRATAMENTO POR
A C U PU N TU R A
▼ Figura 14.7
Os resultados de tratam ento da hi Resultado do trata m e nto de
m elasm a utilizando o Canal de
percromia da região orbital e periocular
Energia D istinto do Xin Bao
por acupuntura e Técnica de Mobiliza Luo/Sanjiao e aplicação de
ção de Qi Mental são apresentados técnica de Mobilização
nas Figuras 14.7 à 14.10. de Qi M ental.
▲ Figuras 14.8
Pré (A) e pós-tratam ento (B)
de manchas faciais com 4 de
aplicações de acupuntura e uma
sessão de relaxam ento (técnica de
Mobilização de Q /M e n ta l).
Capitulo XIV
F l a c id e z d a pele
Figura 15.2
Flacidez de pele,
principalm ente do pescoço.
Acupuntura Estética & Flacidez da Pele, Estrias Cutâneas e Acne 221
A Figura 15.3
Paciente com flacidez de
pele dos m úsculos do braço
Figura 15.4
Flacidez da
barriga com
gordura localizada,
observando-se as
linhas de flacidez.
Ponto s M otores do C orpo e Face
Ponto m otor
do m . deltó id e
Ponto m otor
do m . coracobraquial
m. coracobraquial fica abaixo
do tríceps cabeça longa
tríceps braquial
m. bíceps
cabeça longa
m. bíceps
Ponto m otor
cabeça curta
do m . bíceps braquial
Prega do cotovelo
Ponto motor do m. braquial________ margem radial do braço a 1,5 cun da prega do cotovelo.
▲ Figura 15.6
Localização dos Pontos M otores com
função motora no braço (parte anterior).
m. deltóide
. triceps braquial
cabeça longa
ponto motor da cabeça
lateral do m. triceps m. triceps braquial
braquial cabeça lateral
ponto motor da cabeça
longa do m. triceps braquial
m. bíceps braquial-
cabeça longa 1 /3 superior
m. braquial
1 /3 médio
m. braquioradial 1 /3 inferior
m. extensor radial-
longo carpo Linha do cotovelo
▲ Figura 15.7
Localização dos Pontos M otores com
função m otora no braço (parte posterior).
, B ich a n g
m . d e ltóide
m . d e lt ó id e
Jiançen J ia nqia n
Toucong
Linha da prega
axilar posterior
m . trícep s braquial m . tr íc e p s b ra q u ia l
ca b eça longa S henzhou c a b e ç a lo n g a
m . bícep s braquial
ca b eça longa
Gongzhon$
Q ianqzhou m . b íc e p s b r a q u ia l
m . bícep s braquial
c a b e ç a lo n g a
ca b e ç a cu rta
P o n to d e re c u p e r a ç ã o
m . tr íc e p s b ra q u ia l
d o m .b ic e p s b r a q u ia l m . b ra q u ia l- c a b e ç a la te ra l
m . braquial
m . b ra q u io ra d ia l-
' m . t r íc e p s b ra q u ia l
c a b e ç a m e d ia i
m . e x te n s o r ra d ia l
▲ Figura 15.8
Localização dos Pontos Extras com função m otora no braço, parte anterior (A) e posterior (B).
Extraído de Wang Fu Chun. Atlas de pontos curiosos e pontos novos (TradTsai I Shan). Beijing
(China), Scientific &Technical DocumentaPublishing House, 1999.
c r is t a
m . ilio p s o a s
m . t e n s o r d a f a s c ia
p e c tin e o
Ponto m otor do
m. pectineo
Ponto motor
m . a d u t o r lo n g o
m. sartório
Ponto m otor do
m. aduto rlong o
m . re to
Ponto m otor do a d u to r m a g n o
m . v a s to
Ponto m otor do s a t ó r io
m. vasto
Ponto m otor do
m. vasto mediai
P o n to m o t o r d o m . p e c t in e o
P o n to m o t o r d o m . s a r tó rio 2 d e d o s a b a ix o d a linha in gu in a l.
tra ç a r linha d a crista ilíaca a té a patela
n o q u a rto sup e rior. P o n to m o t o r d o m . a d u t o r lo n g o
4 d e d o s a b a ix o d a in gu in a l.
Po n t o m o t o r d o m . r e t o fe m o ra l
p o n to m é d io e q ü id is ta n te d a linha P o n to m o t o r d o m . a d u t o r m a g n o
in g u in a l até a patela. 5 d e d o s a b a ix o d a in gu in a l.
P o n to m o t o r d o m . v a s to la t e ral fe n to _ n ^ tp r_ _ d o
tra ç a r linha d a crista ilíaca a té a tra ça r lin h a d a m a rg e m m e d ia i
p a te la n o te rç o inferior a 1 ,5 cun d a patela a té p ú b is , n a linha d o
lateral. qu a rto inferior.
▲ Figura 15.9
Localização dos Pontos M otores da região anterior da coxa.
P o n to m o to r
g l ú t e o m é d io
m . g lú te o
m . glúte o
m agno
P o n to m o to r d o
m . b íc e p s f e m o r a l m o to r do
6 cun
m . b íce p s
c a b e ç a longa
m o to r do
m . va s to
m . s e m im e m b ra n o s o
m . b íc e p s 8 cun
s e m im e m b ra n o s o
c a b e ç a c u rta
P o n to m o t o r d o
m . b ic e p s fe m o ra l
P o n to m o t o r d o m . b ic e p s fe m o ra l d ois p on tos e m c a d a p e rn a .
S u p e rio r : 3 d e d o s ab aixo d o sulco.
In fe rio r : linha d o quarto inferior, m a rg e m fibular, u m p o u c o lateral.
▲ Figura 15.10
Localização dos Pontos M otores da região posterior da coxa.
c ris ta ilía ca Tinçvao 3 c u n lateral ao espaço L3 -L 4 .
Tingyao Zuohu 2 c u n acima da linha do trocanter
e 2,5 c u n lateral a linha da coluna.
Biconç 2 cun lateral a ponta do cócdx.
Yinkanq no sulco infraglúteo 1.5 c u n mediai
a B -36
Q ia q in x ia
m . ilio p s o a s
YinshQM 3 c u n abaixo do B-36.
O o jh ç n _ 8 c u n abaixo de B -36
Zhili 0.5 c u n mediai a o Jietan.
Taitsui J ie tan linha mediana, 8.5 c u n abaixo
m . p e c tín e o
d o B -3 6 ou na intersecção do
terço mediai com terço inferior.
m . te n s o r d a fa s c ia lata crista ilíaca
m . a d u t o r lo n g o
T iaoyue
Shençji 1 - Zuohu
m . g lú te o m é d io
Jia nkua _ p o n ta d o cóccix
m . re to fe m o ra l m . a d u to r m a g n o
m . glúte o m á x im o - Bicong
----------- J ia o lin g Novo H u a n tia o
Siqiang Yinkang
----------m . g rá c il V B -3 0 (H uan tiao)
Xuehaishang B -3 6 (Chensfu)
m . a d u to r m a g n o
Fensshishans
Q ia n to n g s h i Jixia
-Yinshang 6 cun
m . s a tó r io Q ia n jin
m . s e m ite n d ín e o
m . v a s to la te ra l
Shenqji 2 Shançfençshi
Goshen
m . v a s to m e d ia i m . va s to lateral
Dingshons
Jianxi Z h ili
Q iQ qignxw 1 cun a b a ix o d a e s p in h a W a iz h ili 8 cun
Ilíaca. -m . s e m im e m b ra n o s o
m . b íc e p s fe m oral
c a b e ç a longa
Taitsui 2 cun a b a ix o d a e sp in h a J ia olinq 2 ,5 cun lateral e 5 cun J ie ta n
iliaca. a b a ix o d a s ín fise p ú b ica . m . b íce p s fe m oral
c a b e ç a cu rta
Siqiang 5,5 cun a c im a d a patela. Xuehaishanq linha m é d ia l, n a face
linha m é d ia . in terna d a p e rn a a Novo Huantiao 3 cun lateral a ponta do
7 cu n a c im a d a cóccix.
QJantongshi 6 cun a c im a d a linha linha pop lite a. B -3 6 ( Chemfu) situa-se no meio do sulco
p op lite a e 2 cun a n terior glúteo.
Jueiin 1.2.3 e 4 4 cun lateral aos espaços.
a linha lateral. J ix ia linha m é d ia l, n a face L l . L2. L3, L4 FenqshishanQ 2 cun abaixo do sulco
in te rn a d a p e rn a a 6 cun Tiaovue___________ traçar uma linha entre o cóccix. infrapoplíteo. face lateral.
Dinsshons 3 cun a c im a d a patela. a cim a d a linha p op lite a.
e o ponto mais alto da crista iliaca.
Qianjin __________ 8 .5 cun acima da linha
b o rd a lateral d o m . reto fem oral. poplitea. face lateral.
a 2 cun da crista ilíaca.
J io n x i 3 cun a c im a d a patela. Sham fenishi acima da linha poplitea.
traçar a linha do ponto mais alto
face lateral.
Shensii 1 ® 2 tra ça r linha d o p o n to m é d io b o rd a m e d ia i d o m .re to da espinha ilíaca até o trocanter.
d a in gu in a l a té a fa ce m e d ia i d a patela: fe m oral. situa-se no ponto médio. Waizhili 1.5 cun lateral ao Jietan.
1. In te rs e cçã o d o te rço sup e rior.
2 . In te rs e cçã o d o te rço inferior.
▲ Figura 15.11
Localização dos Pontos Extras com função m otora na coxa,
região lom bar e no flanco, parte anterior (A ) e posterior (B).
Acupuntura Estética & Flacidez da Pele, Estrias Cutâneas e Acne
Figura 15.12 ►
Pontos m otores
localizados
na região abdominal VC-17
para o tratam ento da (D an zhon g)
flacidez abdominal.
V B -26 (D a im a i)
V C -8 (Shenque)
E -25 ( Tianshu)
Cicatriz umbilical
E -26 (W a ilin g )
V C -4 (G u an yuan)
E -28 (S huidao)
Figura 15.13
Flacidez
abdominal
pós-parto com
estrias cutâneas.
A Figura 15.14
Tratamento da flacidez da
região abdominal. M odo
de inserção de agulhas de
acupuntura e estim ulação
por eletroacupuntura.
Figura 15.15 ►
Paciente com flacidez do
braço; a seta indica ponto
de ancoragem da pele.
A Figura 15.16 mostra exemplo de trata (Yinbao), em uma depressão da pele. Um
mento pela eletroacupuntura para a flacidez outro motor point localiza-se 3 cun acima
dos braços. Podem ser utilizados pontos (cranial) desse ponto, tam bém , em uma
como P-3 (Tianfu), P-4 (Xiabai), IG-14 (Binao), depressão da pele. Podem ser usados ou
IG-13 (l/Vu//'),TA-12 (X/ào/uo),TA-13 (Naohui), tros pontos de acupuntura localizados no
ID-9 (Jianzhen), C-2 (Oingling), CS-2 (Tian- m em bro inferior, como VB-31 (Fengshi) e
quan). Estes pontos conjuntam ente com VB-32 (Zhongdu), e o ponto curioso M-MI-
os pontos motores ou separadamente, de 27 (Heding), situado acima (cranial) da pa
acordo com a queixa da paciente, podem tela. Os resultados de tratam ento podem
ser utilizados. Os resultados de tratamento ser observados na Figura 15.20.
podem ser observados na Figura 15.17. Além dos pontos acima citados, pode-se
As Figuras 15.18 e 15.19 m ostram o utilizar qualquer um dos pontos motores
esquema de tratam ento pela eletroacu das Figuras 15.9, 15.10 e 15.11.
puntura da flacidez e celulite da perna.
São utilizados, para o tratam ento da face
▼ Figura 15.16
mediai da coxa, os motor points localizados Esquema de tratam ento
nessa região. Por exemplo, um m otorpoint pela eletroacupuntura
localiza-se entre o BP-10 (Xuehai) e o F-9 da flacidez de braço.
Figura 15.17 ▲
Resultado de trata m e nto da flacidez cutânea
do braço antes (A), após 5 sessões (B) e
após 10 aplicações de eletroacupuntura (C).
T Figura 15.18
Esquema de inserção de agulhas para
o trata m e nto de flacidez e de celulite
da região posterior da perna.
Figura 15.19 ▼ Figura 15.20
Esquema de inserção de agulhas para Flacidez da face mediai
o tratam ento de flacidez e de celulite da coxa (A) e o resultado
da região anterior da perna. após 7 aplicações de
eletroacupuntura (B).
232
As Figuras 15.21 (Ae B) e 15.22 (A, B e C) B-15 (Xinshu), B-18 (Ganshu), B-20 (Pishu),
mostram o efeito do tratam ento da flacidez B-22 (Sanjiaoshu), B-23 (Shenshu) e VG-4
da face antes, após 5 sessões e após 10 (Mingmen). Se houver com ponente em o
sessões. Observar a melhora da sombra cional, aplicar, tam bém , a moxabustão nos
na região do músculo depressor do canto pontos B-42 (Poshu), B-43 (Gaohuanshu),
labial, pela elevação da face como um todo. B-44 (Shentang ), B-47 (Flunmen ), B-49
O tratam ento da flacidez deve ser sem ('Yishe) e B-52 (Zhishi).
pre realizado conjuntamente com a harmo Realizar a acupuntura nos pontos P-1
nização dos Zang Fu (Órgãos e Vísceras), (Zhongfu ), P-9 (Taiyuan), VC-17 (Danzhong),
utilizando-se os pontos sistêmicos. CS-7 (Daling), VC-14 (Juque), F-14 (Oimen),
A técnica mais recomendada é a deno F-3 (Taichong), F-13 (Zhangmen), BP-3 (Tai-
minada técnica Shu-Mo-Yuan de harmoni bai) e R-3 (Taixi).
zação dos Zang Fu (Órgãos e Vísceras) em
que se utilizam os pontos Shu do dorso,
os pontos Mo (Alarme) e os pontos Yuan
▼ Figura 15.21
(pontos-Fonte) dos Zang Fu acometidos.
Paciente com flacidez da face e do
Além disso, fortalecer os cinco Zang Fu
pescoço (A) e o resultado do tratam ento
(Órgãos eVísceras): Aplicara moxabustão com eletroacupuntura. Observar o
nos pontos B-13 (Feishu), B-14 (Jueyinshu), contorno facial após 10 aplicações (B).
Figura 15.22 ▲
Paciente com flacidez da face e
acentuação da prega nasogeniana (A),
após 5 aplicações de eletroacupuntura
(B) e após 10 aplicações (C).
▼ Figura 15.24
A specto das estrias cutâneas
antes (A) e após o tratam ento
com a eletroacupuntura (B).
Figura 15.25
A specto das estrias cutâneas antes do
tratam ento (A), evolução de um dia (B) e
após uma semana (B) de trata m e nto com
Figura 15.26
eletroacupuntura e manipulação das agulhas
Estrias recentes da mama (A),
de acupuntura intraderm icam ente.
após tratam ento (B) com o
uso dos pontos de acupuntura
m otores utilizados para a
estética da mama.
k % ... B I
Adolescência 85%
Estímulo hormonal
(andrógenos)
\
14 9 $ 16
G lân d u la
p ilo s s e b á c e a receptores
5 alfa redutase
l
acne
(andrógenos)
14$ c ? 16
Gan
Alimentação — G la n d u la
receptores Fei
p ilo s s e b á c e a —
Pi - Yang Ming
acne
Energia do Wei (Estômago), para a região turvo na parte superior do corpo que se
alta do corpo. dirige para a superfície do corpo (pele). Por
0 processo de ascensão da Umidade- outro lado, a deficiência das funções de pu
Calor é facilitado pela deficiência da função rificação e de descida do Fei (Pulmão) lesa
de descida e de defesa (Wei Qi) do Fei (Pul a descida do Fogo do Xin (Coração) para a
mão), associadas, e pelo enfraquecim ento região baixa do corpo impedindo, também,
do Gan-Yang (Fígado-Yang). que a Água do Shen (Rins) (Água Orgânica)
No tórax e na face, a Umidade-Calor possa subir para esfriar a parte superior
presente no Canal de Energia do Wei (Es (Quadros 15.1 e 15.2). Daí, observa-se,
tômago) é o fator causai da acne destas freqüentem ente, o rosto avermelhado e
regiões. Pela comunicação existente entre ansiedade em pacientes com acne.
os pontos E-1 (Chengqi) e o B-1 (Jingming), As acnes que se localizam nas regiões
a Umidade-Calor pode acometer o Canal de da mandíbula e próximas ao pescoço são
Energia do Pangguang (Bexiga) e a acne denominadas acnes hormonais e se de
instalar-se na região dorsal alta. vem às desarmonias energéticas do Gan
Então, pode-se dizer que a acne aparece (Fígado) e do Dan (Vesícula Biliar), enquanto
em virtude da desarmonia das funções aquelas localizadas na região do mento são
energéticas de subida do puro e de descida decorrentes do acom etim ento do Shen
do turvo do Pi (Baço/Pâncreas) e do Wei (Rins) e, as periorais estão relacionadas ao
(Estômago), levando à estagnação de Yin Yang Ming e ao Gan (Fígado).
Tratamento sistêmico da acne pela Os pontos E-44 (Neiting), E-5 (Daying)
eletroacupuntura e VG-25 (Suliao) podem ser utilizados para
o tratam ento da acne do tipo rosácea, em
Em virtude de haver grande participação
que as regiões maxilares e o dorso nasal
emocional na gênese e na m anutenção
tornam-se bastante avermelhados.
da acne, os Canais de Energia Distintos
do Xin Bao Luo/Sanjiao (Circulação-Sexo/ Nas mulheres, podem ser utilizados os
Triplo Aquecedor) devem ser utilizados, Canais de Energia Curiosos Chong Mai e
estimulando-se os pontos CS-1 (Tianchi), Ren Mai e, nos homens, o Ren Mai e o
TA-16 (Tianyou) e VG-20 (Baihui). Du Mai.
Canais de Energia Distintos do Gan/Dan A Figura 15.27 m ostra um esquem a
(FígadoA/esícula Biliar), aplainadordas emo de tratamento da acne com acupuntura e
ções: F-5 [Ligou), VB-30 (Huantiao). Evitar eletroacupuntura. As pústulas importantes
o uso de VB-1 (Tongziliao). podem ser drenadas e, posteriormente, são
As lesões que ocorrem na face e na feitas inserções de agulhas de acupuntura
região anterior do tórax são devidas ao direcionando-as para o centro da pústula e
acom etim ento do Yang Ming, o qual deve procede-se à estimulação com eletroacu
ser circulado com o uso dos pontos IG-4 puntura com 100 a 200Hz por 20 minutos. A
(Hegu ) e E-36 (Zusanli) e esfriar este Canal acne generalizada em regiões mais extensas
com a estimulação do ponto Água, que é pode ser tratada com pontos de acupuntura
o E-44 (Neiting). locais, com freqüência denso dispersa 2/4
por 20 minutos, unindo-se por exemplo os
Tratamento local para acne com a pontos E-7 (Xiaguan) com o E-4 (Dicang) em
acupuntura ou a eletroacupuntura: um eletrodo e unindo-se o E-3 (Juliao) com o
E-5 (Daying) em outro (Figura 15.28).
Pontos locais faciais podem ser utili
zados para o tratam ento da maioria dos As Figuras 15.29 e 15.30 m ostram o
casos de acne, como VC-24 (Chengjiang), pré-tratamento e o resultado obtido com
M-CP-3 ( Yintang), E-3 (Juliao), E-5 (Daying), a utilização de eletroacupuntura de acne
E-6 (Jiache) eVG-26 (Renzhong). vulgar da face.
Para a acne localizada na parte lateral da As Figuras 15.31 (A e B) m ostram o
face, pode-se utilizar o Canal de Energia resultado obtido com o tratam ento pela
Curioso Du Mai e o seu acoplado, o Yang eletroacupuntura de uma forma de acne
Qiao Mai, estim ulando-se os pontos de especial denominada acne rosácea. Nes
abertura ID-3 (Houxi) e o B-62 (Shenmai). te caso, foram utilizados os pontos IG-4
Para acne localizada na região do queixo, (Hegu), IG-11 (Quchi), E-44 (Neiting), E-36
pode-se utilizar o Canal de Energia Curioso (Zusanli) e VG-25 (Suliao).
Ren Mai e o seu acoplado Yin Qiao Mai,
estimulando-se os pontos de abertura P-7 C ic a t r iz d e A cne
(Lieque) e o R-6 (Zhaohai).
De modo geral, utilizam-se os pontos sis Uma das queixas mais com uns dos
têmicos, como IG-4 (Hegu), IG-11 (Quchi), pacientes portadores de acne são as mar
F-3 (Taichong) e E-36 (Zusanli), a fim de cas de cicatrizes deixadas pela acne. Os
promover a união Alto/Baixo. tratam entos preconizados, normalmente
Além disso, deve-se regularizar o Yang recomendados, são dolorosos e com pli
Ming e as funções de subida e de descida cados. O paciente da Figura 15.32 mostra
de Energia. cicatrizes de acne, após ter sido submetido
Acupuntura Estética & Flacidez da Pele, Estrias Cutâneas e Acne
▲ Figura 15.27
Tratamento da acne com
eletroacupuntura (ver o texto).
▲ Figura 15.28
Esquema de trata m e nto com
eletroacupuntura da acne facial. A acne
na região frontal pode ser tratada com
pontos de acupuntura da região com
freqüência denso dispersa 2/4Hz por 20
m inutos, por exem plo unindo-se o VB-14
(Yangbai) com o B-2 (Zanzhu).
Figura 15.29 ▲
Paciente com acne facial (A) e o resultado
parcial obtido com o trata m e nto de 6 aplicações
de eletroacupuntura (B) e um ano após receber
a alta (C) m ostrando que a m elhora continuou
m esm o após o cessar do tratam ento pela
eletroacupuntura.
T Figura 15.30
Paciente com acne vulgar da
face (A) e o resultado parcial
obtido com o tratam ento pela
eletroacupuntura (B).
Figura 15.31 ▲
Acne rosácea do couro cabeludo
(A) e o resultado obtido com a
eletroacupuntura (B).
▼ Figura 15.32
Paciente com cicatrizes de acne da
face (A) e o resultado obtido com o
trata m e nto por eletroacupuntura (B)
Capítulo XVI
▲ F ig u ra s 16.6
P a c ie n te c o m p so ríase g u ta ta
no p ré -tra ta m e n to (A) e ap ós 10
a p lic a ç õ e s d e a c u p u n tu ra (B).
▲ F ig u ra 16.7
P a c ie n te c o m p so ríase da m ã o
d ire ita no p ré -tra ta m e n to (A ) e o
re s u lta d o parcial a p ó s 10
a p lic a ç õ e s de a c u p u n tu ra c o m
re g re s s ã o d e áreas p s o riá tic a s (B)
4 ▲ F ig u ra 16.8
P a c ie n te c o m p s o ría s e da m âo
e s q u e rd a n o p ré -tra ta m e n to (A ) e
o re s u lta d o parcial a p ó s 10
a p lic a ç õ e s de a c u p u n tu ra c o m
re g re s s ã o d e áreas p s o riá tic a s (B).
a&
Atópica
In t r o d u ç ã o
ma. Em 1933, o term o derm atite atópica Critérios M enores: Xerose ou pele seca;
foi utilizado por Wizey Suizberger, relacio ictio se /q u e ra to se pilar/hiperlinealidade
nando-a com rinite alérgica e asma, para palmar; IgE sérico elevada; início precoce
diferenciar de outras afecções cutâneas das lesões; d e rm atite de mãos e pés;
eczematosas. Em 1966, Ishizaka desco eczema do mamilo; conjuntivite; prega de
briu fatores séricos envolvidos na atopia, Dannie-Morgan; ceratocorno; catarata sub-
que é a imunoglobulina E. Recentemen capsular anterior; escurecim ento peri-or-
te, em 1980, Hanifin e Rajka propõem pela bitário; palidez facial/eritema; ptiríase alba;
primeira vez o uso de critérios diagnósti derm atite do couro cabeludo; pregas cer-
cos para a derm atite atópica. vicais anteriores; prurido associado a su-
dorese; intolerância a lã e solventes lipídi-
E p id e m io l o g ia cos; acentuação perifolicular; intolerância
a lim entar; crises associadas a fa to re s
Epidemiologicamente, a derm atite ató am bientais/em ocionais; derm ografism o
pica acomete igualmente qualquer raça e branco/branqueamento retardado; fissuras
sexo. A doença inicia-se em 60% dos ca infra-auriculares; teste cutâneo para aler-
sos na infância, no primeiro ano de vida, e genos positivo; alteração na temperatura
86% dos casos m antêm as lesões nos dos nervos; diminuição da atividade das
primeiros 5 anos de vida. A atopia rara glândulas sebáceas; personalidade atópi
mente persiste na idade adulta. A maioria ca.
dos pacientes apresenta piora nos meses Os autores preconizam que para firmar
de frio e na primavera, e a melhora ocorre o diagnóstico de Dermatite Atópica é ne
em tem pos de clima seco e quente. cessária a presença de pelo menos três
M uitas vezes, a d e rm atite atópica é critérios maiores e três menores:
acompanhada de rinite alérgica e asma
havendo antecedentes de doença respi Critério M aior e único
ratória alérgica em torno de 30% dos ca
sos; 60% dos pacientes relatam ter ante > Prurido
cedentes fam iliares. Apenas 20% dos
casos não apresentam qualquer tipo de Critérios menores
antecedentes pessoal ou fam iliar de ato
pia. > História de com prom etim ento flexu
Clinicamente, a derm atite atópica pode ral
se manifestar em sua forma clássica ou > História de asma ou febre do feno
como eczema folicular, derm atose palmo- > História de pele seca generalizada
plantar, d e rm a tite do couro cabeludo, > Início do quadro em idades precoces
eczemátide, eczema numular e líquen sim > C om prom etim ento flexural visível
ples crônico.
Hanifi e Rajka propuseram os critérios A derm atite atópica do lactente ou ecze
diagnósticos da d e rm a tite atópica que ma infantil inicia-se a partir dos 3 meses
consistem em: de idade. Caracteriza-se pelo aparecimen
Critérios M aiores: Prurido; morfologia e to de placas cutâneas pruriginosas, erite-
distribuição características (crianças: faci m ato-descam ativas, que evoluem para
al e região extensora; adultos: flexural); uma form a eczem atosa com crostas e
evolução crônica e recorrente e antece exsudações e escoriações. Estas placas
dentes pessoais e familiares de atopia. localizam-se sim etricam ente em regiões
Acupuntura & D erm atite Atópica
Nl
•ml
maxilares, não com prom etendo as regiões tite desde nascimento, apresenta quadro
peri-orificiais. Pode acometer, posterior clínico em que se observam múltiplas pá-
mente, a face toda, mas o nariz é poupa pulas eritematosas nos troncos e nas ex
do. Pode afetar as áreas extensoras das tremidades, prurido intenso, às vezes for
extremidades e do tronco, sendo que, em mando placas e liqueinificações, pelo ato
casos graves, pode se generalizar, tom an de coçar. Nesta fase, a face é pouco aco
do a form a eritrodérmica. Geralmente, não metida, e quando isso ocorre a localiza
acomete o estado geral, mas se observam ção é na região malar, nos lábios, regiões
irritabilidade e insônia devido ao prurido. peri-oral e palpebral.
Após o segundo ano de vida, o quadro A Figura 17.1 mostra uma adolescente
tende a melhorar espontaneamente, mas com lesões de derm atite atópica localiza
em 40 a 80% dos casos, o quadro torna- das nos flancos. A derm atite atópica pode
se algo diferenciado. A derm atite atópica manifestar-se sob a form a crônica, como
que se inicia após 2 anos de idade, ou a no caso de liqueinificação crônica da der
de crianças que vêm mantendo a derma m atite (Figura 17.2). Ou com predominân-
4 Fig u ra 17.1
P a ciente jo v e m c o m
le sõ e s d e d e rm a tite
a tó p ica na re g iã o dos
fla n c o s m a is e v id e n te à
e sq u e rd a .
Fig u ra 17.2
L e sõ e s de
liq u e in ific a ç ã o crô nica
da d e rm a tite ató pica
localizada na prega do
c o to v e lo .
260 Capitulo XVII
F ig u ra 17 .3 ►
O b s e rv a -s e a p e le
x e ró tic a , e x tre m a m e n te
re ssecada e
h ip e rre a tiv a na
área d o o le c ra n o .
F ig u ra 1 7 .4 ►
E x e m p lo de le s õ e s de
d e rm a tite na re gião
fle x u ra l, na fo s s a
p o p líte a e s te n d e n d o -s e
para a coxa e perna.
cia de pele xerótica, extrem am ente res cientes e estes apresentam reações de
secada e hiper-reativa (Figura 17.3). As hipersensibilidade, do tipo imediata, para
lesões localizadas em uma prega podem uma série de fatores externos como pó
se irradiar crân io-cau d alm en te (Figura len, ácaros, etc. Mas não explica todos os
17.4). casos de atopia, já que 20% dos pacien
As crianças menores têm , geralmente, te s atópicos graves apresentam níveis
a c o m e tim e n to da face exten sora dos normais de IgE sérico, bem como existem
membros, como acontece nos casos de referências de derm atite atópica acompa
derm atite atópica neonatal, enquanto as nhando quadro de imunodeficiência primá
crianças maiores podem apresentar aco ria (agamaglobulinemia) e característica
m etim ento em regiões flexurais como no específica do aum ento de IgE sérico. So
adulto (Figura 17.2). O prurido intenso tor m ente o IgE sérico aumentado não expli
na a criança mais ansiosa, agressiva, hi ca a cronicidade da doença.
per-reativa e incansável (característica da A resposta alérgica aguda mostra padrão
personalidade com derm atite atópica). bifásico mediado por IgE, com uma fase
Em pacientes com eczem as difusos imediata em que acontece a degranulação
com teste cutâneo positivo a alimentos, dos m astócitos e uma fase tardia, carac
observam -se desordens intestinais, em terizada por infiltrado inflamatório misto e
especial diarréia, vôm itos e regurgitações eosinófilos, neutrófilos e linfócitos, que
relacionados à ingestão de alguns tipos de posteriorm ente culmina em padrão histo-
alimentos específicos. lógico predom inantem ente de linfócitos.
A derm atite atópica do adolescente e Estes fatores fizeram com que se inves
do adulto inicia-se após os 12 anos de ida tigassem mais a subpopulação linfocitária
de. Caracteriza-se por placas liqueinifica- e o padrão bifásico da expressão de cito-
das com prom etend o as faces flexoras, quinas. O infiltrado inflamatório da derma
especialm ente as regiões antecubital e tite atópica revela um predomínio de lin
poplitea. Podem se manifestar tam bém na fócitos T auxiliares CD4+ e uma relação
região palpebral, couro cabeludo, colo, CD4+/CD8+ aumentada de 7:1. Os linfó
tórax, dorso das mãos e pés. citos CD4+ se diferenciam em subpopu-
A maioria dos pacientes melhora após lações TH 1 e TH2 de acordo com a sua
os 20 anos de idade, apesar de a pele capacidade para secretar as linfocinas.
manter algumas características atópicas, TH1 produzem interferon gama e interleu-
como secura generalizada e tendência a cina 2 (IL2), sendo que as células TH2 se
irritação. Restam as derm atites palmares, cretam IL-4, IL-5, IL-6, IL-7 e o IL-13, exis
líquen simples crônico e as desidroses. tindo um mecanismo de retro-alimentação
negativa entre ambas as subpopulações;
Fisiopatogenia da derm atite atópica assim, o interferon gama inibe a geração
de ILA e IgE. IL-1 inibe a geração de IL-2 e
As causas da d e rm a tite atópica são interferon gama.
multifatoriais. Envolvem aspectos imuno- O que se observa na dermatite atópica
lógicos, genéticos, ambientais e psicoló é um desequilíbrio entre TH1 e TH2, que
gicos. varia em função da cronicidade da lesão e
As primeiras hipóteses consideravam o que é expressado por um perfil de cito-
aum ento da produção de IgE sérico espe quinas; em estado agudo, a expressão de
cífico com o a primeira causa da derm atite IL-4 e IL-13 indica um predomínio de efei
atópica, já que aparece em 85% dos pa to de células TH2, sobre as TH1, e, na fase
crônica, esta relação se inverte a favor do nofilia no sangue periférico, que se atribui
TH1. à ativação de células pluripotenciais por IL-
Estas relações de dominância entre as 5, que tem relação importante com a se
citoquinas geram vários perfis, sendo que veridade da dermatite e com os anteceden
o mais estudado na derm atite atópica é a tes pessoais e familiares.
relação existente entre IL-4 e interferon A atuação dos eosinófilos é avaliada pela
gama; IL-4 produzida pelos TH2 estim ula proteína básica maior, proteína catiônica
ria a síntese de IgE e inibiria a geração de eosinofílica e a neurotoxina derivada de
interferon gama pelos TH1, que acabaria eosinófilos, que se depositam extensa
inibindo a produção de IgE. m ente na derme da pele lesional e se cor
Além das alterações linfocitárias, obser relacionam com a atividade da enfermida
va-se na derm atite atópica a ativação de de, contribuindo para a injúria tecidual.
mastócitos, macrófagos e células de Lan Os estudos mais recentes estão dire
gerhans. As células de Langerhans estão cionados para o papel das fosfodiestera-
aumentadas na fase crônica da derm atite ses do AM Pc, com o possível causa da
atópica e funcionam com o apresentado derm atite atópica. Existe uma hipótese
ras de antígenos para os linfócitos. IgE se que relaciona isoformas hiperativas gene
liga aos receptores de superfície das cé ticam ente determinadas de fosfodiestera-
lulas de Langerhans, macrófagos e mas se do AMPc, que aumentam a hidrólise
tócitos, funcionando como ponte entre os de AMPc, causando diminuição de seus
alergenos e as células T antígeno especí níveis intracelulares. Isso levaria a uma
fico. Como conseqüência, observa-se in redução de IFN-Y, com conseqüente au
filtrado linfocitário cutâneo que promove m ento das IL-4 e a estimulação da produ
liberação de citoquinas, induzindo a res ção de IgE. Com a diminuição do AMPc,
posta inflamatória conhecida na derm ati os m onócitos do sangue periférico geram
te atópica. Os m astócitos, aum entados níveis de PgE2 (prostaglandinas E2), e
também na fase crônica da doença, têm estas por sua vez inibem a produção de
capacidade de produzir e liberar IL-4. A sua IFN-Y que controla a estimulação não re
degranulação interm itente leva a liberação gulada de IgE pela IL-4.
de TNF-a, que pode bloquear o crescim en Outro aspecto im portante na etiopato-
to dos clones TH1. genia da derm atite atópica é a relação que
O que se observa na fase aguda da doen existe com a bactéria S. aureus e a gravi
ça é um infiltrado linfocitário perivascular dade da dermatite. Em 90% dos atópicos
de linfócitos T, com ocasionais monócitos- pode-se isolar a bactéria. O S. aureus se
macrófagos e mastócitos. Já na fase tar creta uma toxina que atua como superan-
dia, observa-se infiltrado inflamatório mis tígeno sobre os linfócitos T e os macrófa
to perivascular em que se destacam os gos, agravando e mantendo as lesões de
eosinófilos, cujo papel ainda não está bem atopia.
esclarecido, mas que parece ser o de atuar Os superantígenos desencadeiam res
como célula efetora da fase tardia de res posta imune pela ativação direta de linfóci
posta imunológica, nos pacientes expos tos T, liberando citoquinas e mediadores
tos repetidas vezes aos alergenos, contri da inflamação, e estimulam os macrófagos
buindo para a injúria tecidual mediante a epidérmicos e células de Langerhans a pro
produção de interm ediários oxigenados duzirem as IL-1, TNF e IL-12. Isso induz a
reativos e liberação de grânulos citotóxicos. expressão de selectina E no endotélio vas
Ao mesmo tempo, observa-se uma eosi- cular, o que perm ite um afluxo inicial de
células de memória e efetoras positivas psíquicos nas doenças de pele. Relata o
para o antígeno linfocitário cutâneo. A se prurido como o mais psicossomático de
creção local de IL-12 pode aumentar a ex todos os sintomas, e na dermatite atópi
pressão de antígeno linfocitário cutâneo em ca, o prurido é o principal sintoma e causa
células T aumentando a recirculação de lin- da manutenção da doença. Relata a im
fócitos T para a pele. A IL-12 secretada portância da excitação cutânea durante a
pelas células de Langerhans estimuladas infância para o crescim ento celular e tam
pela toxina pode produzir uma retroalimen- bém para diferenciação e maturação do
tação positiva da expressão do antígeno lin SNC. Estudos com animais demonstram
focitário cutâneo, e influenciar no perfil de esta correlação.
células T que ainda não tenham sido ativa É citada a rejeição materna, a retirada
das pela toxina, o que cria efeito adicional precoce do aleitamento materno e outros
para atrair para a pele células T efetoras de tipos de rejeições como causa importan
memória. te na derm atite atópica.
Existe a relação da derm atite atópica Obermayer, um dos pais da dermatolo
com fatores emocionais mediada por neu- gia psicossomática, fez uma revisão dos
ropeptídeos com o a substância P, peptí estudos realizados por Gruber e Sanford,
deo relacionado com gene da calcitonina que mostravam que o afastam ento pre
(CGRP), peptídeo intestinal vasoativo (VIP), coce dos bebês ao peito materno consti
endorfinas, somatostatinas e neuropeptí- tui um evento extrem am ente traumatizan-
deos das terminações nervosas da pele. te no d e se n vo lvim e n to psicológico da
O VIP e a acetilcolina coexistem em fibras criança, gerando im portante dano à esta
pós-ganglionares envolvidas no controle bilidade emocional.
da secreção de suor e parecem estar rela M uitos investigadores estudaram a psi-
cionados com o prurido característico pós- codinâmica da relação mãe-filho, muitas
sudorese do atópico, sendo a ação do VIP vezes alterada, nos atópicos. De um lado,
dependente da histam ina m astocitária. está a mãe que rejeita a criança atópica,
Esses neurotransmissores parecem esti recusando-se até m esm o a tocá-la, geran
mular sinergicamente o prurido ao entrar do conseqüente raiva, ansiedade ou hos
em contato com fibras nociceptoras sen tilidade dessa criança em relação à mãe.
sibilizadas na pele cronicamente inflama Em 1950, foi relatado que 98% das
da de um atópico. A substância P (SP) está crianças com derm atite atópica tinham
aumentada nas fibras da pele lesada de sofrido rejeição materna, em relação a
um atópico e tem papel im portante na li poucas crianças rejeitadas no grupo con
beração de IL-4 e interferon gama, exer trole (não atópicos) (Ver capítulo Mobiliza
cendo discreto efeito pró-inflamatório na ção de Qi Mental).
resposta de células T. O CGRP está au Em alguns casos, a rejeição materna
mentado nas fibras da pele lesional, en aparece concom itantem ente com a lesão
quanto a som atostatina desaparece das cutânea em crianças. Uma relaçáo trans
fibras no m esmo processo. tornada pai-filho tam bém agrava as lesões
Dermatologistas im portantes do passa pré-existentes. Com as escoriações da
do associaram a derm atite atópica com pele, a criança torna-se e se sente feia,
fatores neuropsíquicos, sendo o term o não amável, desmerecedora do amor. As
neurodermatite derivado desta relação. escoriações modificam a ego-imagem, e
John Koo, em seu livro Psicodermato- o paciente não consegue obedecer ao
logia, descreve a importância dos fatores pedido freqüente de não escoriar.
Como relatado por Slany, crianças com D erm atite atópica, segundo a
dermatite atópica, freqüentem ente, estâo Medicina Tradicional Chinesa
em conflito com uma mãe não atenciosa,
não afetiva e inadequada. Isso resulta no A derm atite atópica, segundo a M edici
inicio de um mecanismo psicossomático na Tradicional Chinesa, é a doença que
inconsciente que faz evoluir o processo consegue relacionar, adequadamente, o
da doença. Uma criança pequena não con Fei (Pulmão), a pele e o nariz, já que o
segue se defender de um conflito psíqui quadro atópico com pleto desta doença
co, exceto pela exclusão, o que gera ten consiste em lesões de pele, rinite e asma.
são interna, levando a angústia, depressão A derm atite eczematosa e a asma têm
e hostilidade. as mesmas raízes alérgicas. É, portanto,
Há uma hipótese de que na fase de afas uma conseqüência da deficiência congê
tam ento da mãe a criança encontra um nita do Sistema de Defesa da Energia do
objeto substitutivo, que seria a dermatite. Fei-Shen (Pulmão-Rins).
Desta maneira, a dificuldade ou a im pos As causas da deficiência da Energia de
sibilidade da criança de seguir uma via Defesa Fei-Shen (Pulmão-Rins) são:
normal de desenvolvimento manifesta-se > Fraqueza hereditária constitucional,
na forma de uma doença cutânea psicos-
somática. > Problema com a mãe durante a ges
Em geral, os atópicos experim entam tação (choque, fumo, uso de álcool e dro
maior transtorno emocional do que os in gas),
divíduos norm ais. Separação dos pais, > Problema no parto como sofrim ento
doenças psiquiátricas, doenças cutâneas e indução do parto, e
são freqüentes nos históricos familiares. > Imunizações
Pacientes com derm atite atópica são mais
irritáveis, ressentidos, culpados e hostis A hiperreatividade imunológica é vista
em relação aos não atópicos. com o deficiência do Sistema de Defesa
Quando a criança cresce, surgem ou da Energia do Fei-Shen. O Shen (Rins) in
tros problemas, com o a relação com os fluencia o sistema de defesa pela cone
amigos na escola, sofrendo mais uma re xão do Shen-Yang (Rim-Yang) com a Ener
jeição (medo das doenças cutâneas que gia de D efesa, assim com o pela sua
vem da época dos leprosos). Essência, que através dos vasos curiosos
Os atópicos são geralmente tensos, in Du Mai, Ren M ai e Chong M ai oferece
seguros, agressivos, tendo a maioria sen proteção parcial contra fatores patogêni
tim ento de inferioridade, hostilidade repri cos externos. A relação com a medicina
mida para com os pais, hipersensibilidade ocidental seria que a origem de todas as
afetiva, instabilidade emocional, dificulda células imunológicas é a medula espinal,
des sexuais com tendência a masoquis- que é cuidada pelo Shen (Rins).
mo e erotism o cutâneo e nível elevado de Além disso, há um relacionamento pró
inteligência. São geralm ente reprimidos, ximo entre a Essência (Jing) do Shen (Rins)
interiorizando os problemas, expressando e a Alma Corpórea (Po) do Fei (Pulmão). A
os conflitos emocionais e ansiedade se Alma Corpórea deriva da mãe, e surge logo
arranhando. Eventos emocionais estres- após a formação da Essência Pré-Natal do
santes diminuem o limiar cutâneo para o recém-nascido. Então, seria a manifesta
prurido, engatilhando um processo de pru ção da Essência na esfera das sensações
rido e posterior inflamação na pele. e emoções. A Alma Corpórea (Po) traz a
Essência para tom ar parte dos processos gue), Secura, Deficiência de Yin, Calor no
fisiológicos do corpo. Sangue, Estagnação de G /e de Xue (San
Zhang Jie Bin disse: "A Alma Corpórea gue), Umidade, Umidade-Calor, Excesso
pode mover-se, e fazer coisas (quando de Calor e Fogo Perverso. Destes, os mais
e stive r ativa), dor e prurido podem ser importantes para desencadear a derm ati
sentidos". Portanto, a Alma Corpórea (Po) te atópica são o Vento-Calor, Secura, De
está intim am ente relacionada com a pele. ficiência de Yin, Umidade-Calor e, em al
Aqui tem -se a explicação oriental do que guns casos mais graves, o Fogo Perverso.
foi relatado na parte ocidental de somati- Tanto na medicina ocidental com o na
zação de estresse sobre a pele. As ten medicina oriental as emoções maternas
sões emocionais afetam a Alma Corpórea constituem fator causai dos mais impor
(Po), o Fei (Pulmão) e a pele. tantes na derm atite atópica em criança.
A derm atite atópica de bebês pode ser Exemplo 1: MBA, 10 anos, nasceu de
explicada com o afecção do Calor tóxico parto cesariana prematuramente, menina,
proveniente do útero, que aflui à superfí desejada hom em no subconsciente da
cie (pele), estando, portanto, ligado à Es mãe, que teve que tom ar vários medica
sência (Jing) Pré-Natal do bebê; como esta m entos para inibir o trabalho de parto pre
está relacionada à Alm a Corpórea (Po) maturo, que iniciou na 20s semana de ges
pode manifestar-se na pele com o prurido tação. Foi am am entada, porém aos 3
e dor, assim com o apresentar erupções meses de idade já teve que ir para o ber
cutâneas. A asma teria, tam bém , a mes çário devido ao trabalho da mãe. Desen
ma explicação, segundo a qual a deficiên volveu pneumonia aos 10 meses de ida
cia da Essência (Jing) falha em enraizar a de e eczema discreto, a partir dos 5 anos,
Alma Corpórea (Po), e, conseqüentem en em regiões flexurais. Toda vez que sofria
te, o Fei (Pulmão). A deficiência da Ener rejeição dos pais, das amiguinhas ou de
gia de Defesa Fei-Shen explicaria, tam outras pessoas queridas, desenvolvia a
bém, a pele mais ressecada do indivíduo "coceirinha" nos braços. A mãe foi orien
com atopia, o que torna a pele mais irritá tada a mudar esta relação para uma for
vel. Nessa situação, o Vento Perverso tem ma mais positiva e amorosa. Então um
m aior possibilidade de invadir o corpo simples beijo e carinho no local da lesão
constituindo fator patogênico principal da foram suficientes para curá-la da lesão ató
derm atite e da penetração de alergenos pica.
desencadeantes da asma. Este é um exem plo típico de rejeição
Nas form as de acom etim ento mais tar m aterna, relação patológica m ãe-filha,
dio da derm atite atópica, observa-se tam gerando derm atite atópica. Por mais que
bém essa deficiência da Energia de Defe se ache que exista um com ponente físico
sa Fei-Shen. No entanto, a etiologia seria gerando o processo, existe um quadro
excesso de trabalho, deficiência do Pi emocional oculto no processo, que é mui
(Baço/Pâncreas) pela alimentação irregu to importante no agravamento e, também,
lar e alteração do Gan (Fígado) causada na cura das doenças.
pelo estresse emocional. Exemplo 2: Menino de 5 anos com der
A psoríase assim como eczemas podem m atite atópica nas faces mediai e poste
ser enquadrados nas afecções cutâneas rior da perna. Vinha usando muitos remé
primárias. Existem dez fatores principais dios sem nenhum a m elhora. A mãe,
envolvidos nas doenças cutâneas, que são promotora de eventos, não tinha tempo
o Vento-Calor, Deficiência de Xue (San para cuidar do menino, muitas vezes fi
cando sob os cuidados de uma babá. não existe um equilíbrio neste sistema de
Numa das consultas em que veio com a defesa.
mãe, perguntei a ela o que o menino es Norm alm ente, quando uma criança é
tava usando e ela não soube responder, m uito amada, m uito acariciada desde o
dizendo que quem passava os cremes era nascimento, têm boa evolução o seu cres
a babá. Nesse m om ento, pedi à mãe que cim ento e a sua formação emocional. Já
ela mesma passasse o creme, com muito foi citada anteriorm ente a importância do
carinho, reservando um pouco de tem po toque no desenvolvimento físico e em o
para o menino. Na mesma semana, as le cional de uma criança. Se isso não acon
sões haviam desaparecido. Os crem es tecer, a partir do m om ento em que as
eram os mesmos, o que mostra mais uma defesas maternas desaparecem, a crian
vez a importância da relação mãe e filho ça é incapaz de gerar uma defesa adequa
no tratam ento da doença. da. Falha a Alma Corpórea (Po) em prote
O tabagismo materno, a droga ingerida g e r co n tra as e n e rg ia s p e rv e rs a s . É
pela mãe durante a gestação, não aleita antagônico, mas a falta de estímulo gera
m ento m aterno e prematuridade são al hipersensibilidade sem controle, uma ma
guns fatores ligados à atopia. Estes fato neira de se "auto-estim ular". A partir do
res podem e s ta r ta m b é m ligados de m om ento em que a criança cresce e vai
maneira indireta à rejeição materna. ganhando a consciência e a razão, apren
A IgG é uma imunoglobulina responsá dendo a se manifestar, a Alma Corpórea
vel por controlar as alergias IgE dependen (Po) que é ligada à Essência (Jing) e à
tes. Muitas crianças já nascem com IgE matéria, sofre desenvolvimento, passan
aumentada ao nível sangüíneo. Isso signi do a dar proteção mais adequada.
fica que a criança já iniciou a sua produ A derm atite atópica apresenta três for
ção intra-útero. Então, pode se especular mas e fases bem distintas de acom eti
que se, de um lado, já existisse rejeição, mento. A primeira fase vai dos três me
não perm itindo a passagem de IgG atra ses de idade até os dois anos; a segunda,
vés da placenta, por outro lado, já existe vai dos dois até os 12 anos de idade; a
uma hiper-reatividade fetal gerando anti partir desta idade, surge uma forma adul
corpos da hipersensibilidade. ta de derm atite atópica.
Apesar disso, a criança vai, geralmen Ao nascimento, o coração é o único ór
te, apresentar as lesões clássicas da der gão que já nasce maduro, ou seja, o sub
matite atópica a partir dos 3 meses de ida consciente está totalm ente form ado. A
de, o que faz a d ife re n c ia ç ã o com a maturação das diversas funções segue a
derm atite seborréica do recém-nascido. direção crânio-caudal. Talvez isso explique
Então, por que som ente aos três meses a localização facial tão comum na dermati
é que aparece a m anifestação atópica? te atópica neonatal. Aos dois anos de ida
Uma das coisas que acontece neste pe de, existe mudança comportamental, pela
ríodo é a separação do que é da criança e qual a criança termina a socialização ele
do que é materno. Todos os hormônios mentar, passando de passiva e totalm ente
residuais, anticorpos como o IgG desapa dependente, para uma fase de relativa au
recem do organismo da criança. Se não tonomia muscular e organização emocio
houver a amamentação materna, vai exis nal e adaptativa, iniciando a sua socializa
tir um período de 3 a 6 meses denomina ção dom éstica, isto é, com portando-se
do de hipogamaglobulinemia fisiológica. E como um membro da unidade familiar, su
com a superprodução de IgE que ocorre, jeito a suas regras, rotinas e privilégios. É
também um período em que as emoções im portante tratar o prurido, a exsudação
ficam mais complexas com manifestações e a irritabilidade conseqüente ao prurido.
de medo, timidez, cólera, agressividade, Deve-se observar os padrões de desarmo
ciúme, egoísmo, ternura e mais tarde a nia energética do Gan (Fígado) e, secun
compaixão. Nesta fase, a dermatite atópi dariamente, do Pi (Baço/Pâncreas) e do Fei
ca acomete também a face, porém com (Pulmão) e estas desarmonias podem ser
menor intensidade, iniciando um processo tratadas pela técnica Shu-Mo-Yuan.
mais evidente nos braços e pernas. As lesões mais secas são decorrentes
Na fase escolar, a criança entra em con do Vento-Calor e as lesões mais úmidas
tanto com um novo mundo, passando a da Umidade-Calor. Neste contexto, qual
interagir com maior intensidade com o quer ponto ou conjunto de pontos que tra
ambiente, no qual precisa adaptar-se às te com os padrões de acom etim entos aci
regras ditadas pela sociedade. Existe um ma pode ser utilizado.
amadurecimento do consciente e, geral Assim, por exemplo:
mente, a derm atite atópica melhora aos
20 anos de idade, quando a maturação do Para tratam ento do Vento-Calor
Shen (Rins) se completa. Ou seja, o indi
víduo já consegue se proteger sozinho. A TA-6 (Zhigou) e VB-31 (Fengshi), para
Energia de Defesa Fei-Shen estará em expelir o Vento-Calor da pele,
equilíbrio com a emanação completa dos B-12 (Fengmen, " Porta do Vento"), pon
Rins (Shen). to Shu para eliminar o Vento,
VG-14 (Dazhui), para tratar patologia de
Tratam ento da derm atite atópica pela Calor muito pronunciado,
acupuntura BP-10 (Xuehai) e BP-6 (Sanyinjiao), para
refrescar e nutrir o Xue (Sangue),
É bem evidente que no tratam ento do F-2 (Xingjian), para tratar Calor excessi
paciente com derm atite atópica deve-se vo no Gan (Fígado) e, também, ajudar a
tratar, em primeiro lugar, a relação mãe/ expelir o Vento Perverso,
filho. Quanto mais precoce for corrigida C-8 (Shaofu), C-7 (Shenmen), CS-4 (Xi-
esta relação, tanto melhor será o desen merí), para tratar o prurido, e
volvim ento adequado da criança, signifi Zhiyangxue, ponto extra situado a 2 tsun
cando com isso que a parte mental (emo cranal ao IG-11 (Quchi), para tratar o pruri
cional) da mãe deve ser tra tad a (Ver do.
capítulo Mobilização de Qi Mental).
Na m edicina ocidental, o trata m e nto Para tratar Umidade-Calor
consiste em tratar a fase aguda do ecze
ma e a fase crônica das neurodermatites, IG-11 (Quchi), BP-9 (Yinlingquan), BP-6
que utiliza desde a corticoterapia, antibió (Sanyinjiao) têm a função de eliminar a
ticos tópicos e sistêm icos e imunomodu- Umidade-Calor,
ladores, até os im unossupressores, em VG-14 (Dazhui) e BP-10 (Xuehai) clarei
alguns casos. am o Calor e refrescam o Xue (Sangue),
O tratam ento da derm atite atópica pela VC-12 (Zhongwan) e B-20 (Pishu) tonifi
acupuntura pode ser dividido em duas eta cam o Pi (Baço/Pâncreas) e eliminam a
pas: Umidade e
1. Tratamento da fase com lesões ati P-7 (Lieque) e R-6 (Zhaohai), para tonifi
vas da derm atite atópica, em que é muito car o sistema de Defesa do Fei-Shen Qi.
2. Durante as inter-crises de derm atite energia envolvido. Outro Canal D istinto
atópica, o tra ta m e n to pela acupuntura que deve ser estimulado é o do Gan (Fí
deve ter a finalidade de tonificar o siste gado) e do Dan (Vesícula Biliar).
ma de defesa do Fei-Shen Qi, e fortalecer Os Canais Curiosos, tam bém , devem
a Essência (Jing) e a Alma Corpórea (Po). ser tratados e dentre os pontos mais im
Para isso, podem ser usados os pontos portantes relacionados a estes Canais
B-23 (Shenshu), VC-4 (Guanyuan), B-54 destaca-se o ponto P-7 (Lieque), que é o
(Zhibian), VC-8 (Shenque), R-16 (Huan- ponto de abertura do Canal Curioso Ren
gshu), P-9 (Taiyuan) e B-13 (Feishu). M ai (Vaso-Concepção). Este Canal está
Para estimular a função de descida do diretamente ligado ao Shen (Rins) (todos
Fei Qi (Energia do Pulmão) para o Shen os Canais Curiosos veiculam o Qi Ances
(Rins) podem ser utilizados os pontos P-7 tral). Este ponto estimula a descida do Qi
(Lieque), P-5 (Chize), VC-17 (Danzhong) e e une o Fei (Pulmão) ao Shen (Rins).
B-13 (Feishu). Outro ponto importante é o ponto TA-5
É importante lembrar que a pele de um (Waiguan), o qual é indicado para o trata
paciente atópico está co n sta n te m e n te m ento de qualquer patologia externa. É,
seca e irritável em conseqüência da defi tam bém , o ponto de Abertura do Canal
ciência de Yin, seja originada pela deficiên Curioso Yang Wei. Também se relaciona
cia do Shen Qi (Energia dos Rins) e do Fei com o Shen (Rins), e tem efeito na parte
Qi (Energia do Pulmão), seja pelo desgas autonômica externa ligada às lesões de pele.
te do Yin decorrente das em oções que O B-42 (Pohu) ("Janela da Alma Corpó
podem gerar Calor/Fogo no Gan (Fígado) rea"), associado ao B-13 (Feishu), torna-
e, por contra-dominância, secar os líqui se importante, pois age na Alma Corpó
dos orgânicos (Jin Ye). Torna-se im portan rea (Po), enraizando-a e fortalecendo-a no
te tonificar o Gan-Yin (Fígado-Yin) usando Fei (Pulmão); acalma o Shen (Mente) e
os pontos F-8 (Ququan), VC-4 (Guanyuan) assenta a Alma Corpórea, fazendo com
e, também, o Shen-Yin (Rim-Yin) com os que o indivíduo se interiorize e se sinta
pontos R-3 (Taixi) e BP-6 (Sanyinjiao). satisfeito consigo mesmo, aumentando a
Os Canais de Energia Distintos devem auto-estima, além de nutrir o Fei-Yin (Pul
ser tratados, principalmente, o Canal Dis mão- Yin), em doenças crônicas.
tinto do Xin Bao Luo (Circulação-Sexo), do Em criança com derm atite atópica e,
Sanjiao (Triplo Aquecedor), do Fei (Pulmão) tam bém , nas demais lesões de pele não
e do Da Chang (Intestino Grosso). Des deve ser esquecido o componente emo
tes, o ponto P-1 (Zhongfu) é um ponto cional advindo de relacionamentos fam i
muito importante, pois além de ser um dos liares e de colegas de escola. A criança
pontos de Confluência do Canal de Ener com lesões de pele é uma criança caren
gia Distinto, é, também, o ponto M o (pon te e sente-se rejeitada pela família e pela
to de Alarme) do Fei (Pulmão). Ele tam sociedade.
bém tonifica o Qi Ancestral, que na der Fazer todo o esforço para que a criança
m atite atópica representa um tip o de atópica não seja rejeitada.
O herpes zoster pode se localizar em di do-se a técnica dos Canais Unitários VB-41
ferentes regiões do corpo, como cabeça, (Zulinqi) e TA-5 (Waiguan).
face, tronco e membros. Quando se locali
* Acalmar o Shen (Mente) pelos pon
za na cabeça e na face, é do tipo "Vento-
tos CS-6 (Neiguan), C-7 (Shenmen), VC-
Calor"; quando se localiza no membro in
17 (Danzhong), M-CP-3 (Yintang) e VG-20
ferior, é do tipo "Umidade-Calor".
(Baihui).
O herpes zoster inicia-se com sintomas
com o aversão ao frio, hipertermia, proces * Utilizar os Canais de Energia Distin
so inflamatório de cor vermelha, com ca tos do Xin Bao Luo/Sanjiao (Circulação-
lor local que aparece no trajeto de nervos Sexo/Triplo Aquecedor) e do Gan/Dan (Fí
sensitivos, tendo localização variável (ca gado/Vesícula Biliar), respectivam ente,
beça, face, pescoço, tronco ou membros). pelos pontos CS-1 (Tianchi), TA-16 (77-
Estes sinais são, freqüentem ente, acom anyou) e F-5 (Ligou) e VB-20 (Huantiao).
panhados por inquietude, sede, sensação Em casos graves de dor, pode-se utili
de corpo quente, constipação intestinal e zar a eletroacupuntura local com a técnica
urina vermelha. de analgesia, em alta freqüência.
O tratam ento do herpes zoster pela acu A Figura 18.3 mostra uma lesão de her
puntura consiste em:
pes sim ples labial. Apesar de não haver
* Harmonizar o Gan (Fígado) e o Dan (Ve acom etim ento do trajeto neural como o
sícula Biliar) usando a técnica Shu-Mo-Yuan, Herpes Zoster e o agente etiológico dife
fazendo-se a aplicação de moxabustão nos rir, as características clínicas são sem e
pontos B-18 (Ganshu) e B-19 (Danshu) e lhantes com o a form ação de vesículas,
acupuntura nos pontos F-14 (Qimen) e VB- prurido, ardor e calor local.
24 (Riyue), F-3 (Taichong), VB-
41 (Zulinqi) e VB-34 (Yangling-
quarí).
* Dispersar a superfície, cir
cular o Yang Ming, eliminar a
Umidade-Calor: \G-4(Hegu), IG-
11 (Quchi), B-40 (Weizhong),
BP-10 (Xuehai), E-40 (Feng
long). Estes pontos têm a fina
lidade de dispersar o Vento-Ca-
lor do Yang M ng e metabolizar
a Umidade-Calor, para purificar
o Calor e eliminar as toxinas. Os
pontos BP-10 (Xuehai) e B-40
(Weizhong) e a sangria dos pon
tos A shi purificam e eliminam
o Calor da camada do Xue (San
gue).
* Dispersar a superfície (pe
le) utilizando-se o sistema Shao ▲ Fig u ra 18.3
Yang [Sanjiao/Dan (Triplo Aque L e s õ e s típ ic a s de
cedor/Vesícula Biliar)] e usan h e rp e s z o s te r labial.
▲ F ig u ra 18.5
R e c u p e ra çã o c o m p le ta da
lesão a p ó s um a sem ana,
p e rm a n e c e n d o a p enas
um a le ve d e sca m a çã o .
^ F ig u ra s 1 8 .4 (A a C)
E v o lu çã o de tra ta m e n to d e
h e rp e s labial c o m um a única
ap lica çã o d e a c u p u n tu ra .
Capítulo XIX
Sinopse da Técnica
de Mobilização de
Qi Mental
A Teoria de Mobilização de Qi Mental, desenvolvida
por Yamamura (1999), considera de extrema impor
tância a maneira como os indivíduos vivenciam os acon
tecim entos e com o os registram em sua memória
quando convertidos em emoções. A repercussão so
mática acontece quando as emoções são reprimidas,
ou seja, quando há um conflito entre a reação emocio
nal e o que um indivíduo efetivam ente realiza por ha
ver contido, cerceado e subjugado essas emoções no
plano racional. Um exemplo: ao ocorrer uma briga en
tre um funcionário e o seu chefe, a emoção do funcio
nário pode ser de raiva ou de revolta e o sentido que a
m ente subconsciente dá a este fato é " Quero xingar,
quero bater"-, mas esta reação natural é impedida pelo
domínio racional, pois ao m esm o tem po a mente do
funcionário elabora "Não posso, não devo, vou perder
o emprego, ele é m eu chefe". A teoria da Mobilização
de Q i Mental considera, neste exemplo, que o confli
to de querer bater e não poder possivelm ente irá ge
rar uma ombralgia (dor no ombro), pois o m ovimento
do bater é realizado pelo membro superior - mormen
te o ombro. Num outro exemplo, uma paciente relata
que, ao saber da traição do marido, sua vontade foi de
"Eu quis bater e não pude": no entanto, ela reprimiu
essa vontade e, em conseqüência, houve o apareci
m ento de dor no ombro, impedindo sua abdução.
A essência da integração mente-corpo possui um
substrato material. As mensagens vindas do meio ex
terior, captadas por órgãos de sentido (visão, audição,
tato, paladar e olfato), e as informações provenientes
Prof. Dr. Ysao Yamamura do interior (dos órgãos internos) são interpretadas se
Dra. Márcia Lika Yamamura gundo a memória e transformadas em reação emocio-
276 Capítulo XIX
nal. Esta, por um mecanismo de transdu- sistema límbico que participa das respos
çâo, produz e secreta moléculas mensagei tas emocionais. As imagens de PET ou
ras (neuropeptídeos) e provoca respostas ressonância magnética funcional mostram
dos sistemas autonômico (em especial o aum ento de atividade na amídala encefá-
simpático), endócrino e imunológico. Estes, lica em um grupo de pessoas ao ouvirem
por sua vez, secretam diversas outras subs palavras de ameaça.
tâncias, como a epinefrina e o cortisol, al Esse processo nem sempre ocorre de
terando o funcionam ento do organismo maneira consciente, isto é, o indivíduo não
inclusive quanto aos genes, modificando a tem consciência do automatismo do domí
expressão gênica em relação a doenças e nio do racional que o previne de situações
podendo afetar o sistema tegumentar, o futuras, como, no exemplo citado, de per
sistema músculo-esquelético e os órgãos der o emprego, etc. No entanto, até que a
internos (Figura 19.1).
▼ F ig u ra 19.1
Estudos realizados com uso de técnica
R esp o sta do s is te m a lím b ic o fre n te aos
de imageneamento mostram que a amí- e s tím u lo s d o m e io a m b ie n te e o e ixo
dala (complexo amidalóide localizado nos H ip o tá la m o -H ip ó fis e e co m u n ic a ç ã o m e n te -
lobos tem porais) é um com ponente do c o rp o p o r m e io de m o lé c u la s m e n sa g e ira s.
Meio Ambiente
M o lé c u la s M e n s a g e ir a s
J
Corpo Físico
R e p re s s ã o d a s E m o ç õ e s
Ó rg ã o s In te rn o s S is te m a m u s c u la r da fa c e M e rid ia n o s
(Z a n g Fu)
1 1
▼ ▼
S is te m a M ú s c u lo -
Pele, pêlos (Pulmão) Fei ■*— R ugas e s q u e lé tic o
F la c id e z
Unhas (Fígado) Gan
Tônus muscular
D e g e n e ra ç ã o
278 Capítulo XIX
ções tomadas como "feias" (sentir raiva não significa que a razão seja menos im
ou ódio não é permitido, há condenação) portante do que as emoções, que deva ser
e questões pessoais ( "Não posso chorar relegada para segundo plano ou deva ser
na frente do médico, o que ele irá pensar, menos cultivada. Pelo contrário, ao verifi
estarei exposto"), etc. carmos a função alargada das emoções, é
É neste estado de relaxamento que é possível realçar seus efeitos positivos e
averiguado o verdadeiro significado emo reduzir seu potencial negativo. Em particu
cional dado pelo indivíduo, não importando lar, sem diminuir o valor da orientação das
o fato em si e sim a maneira pela qual ele o emoções normais, é natural que se queira
vivenciou, interpretou, como se sentiu e o a razão da fraqueza que as emoções anor
sentido dado a esta emoção aflorada. Se mais ou a manipulação das emoções nor
gundo Damásio, "conhecer a relevância mais podem provocar no processo de pla
das emoções nos processos de raciocínio nejamento e decisão".
I
Técnica de Mobilização
de Qi Mental em
doenças dermatológicas
e alterações inestéticas
A estreita e íntima relação existente entre o Shen
(Mente), o corpo físico e a pele torna esta última como
im portante sede de manifestação do Shen (Mente),
além de atuar como tecido que separa o corpo do meio
ambiente. A pele e as suas funções associadas, como
o tato, constituem a nossa maior fonte de percepção
dos estímulos exteriores. Assim, fatos e eventos que
ocorrem no meio ambiente enviam estímulos ao sis
tem a nervoso central, m orm ente ao sistema límbico,
onde se desenvolve o armazenamento da memória e
a elaboração das emoções. Fatos bons geram emo
ções boas (alegria, prazer, satisfação, auto-estima);
fa tos ruins, por outro lado, geram em oções ruins
(medo, raiva, mágoa, ressentimento, tristeza, etc.).
O Shen (Mente) e a pele mantêm um relacionamento
Yin (Mente) - Yang (pele), e, logicamente, Yang (pele)
- Yin (Mente). Por isso, as alterações emocionais (do
Shen) - a de sentir-se envelhecido precocemente, o
sentim ento de querer ficar isolado das outras pessoas
e de si m esm o - podem desencadear lesões cutâneas,
especialmente em partes mais visíveis, não cobertas
por vestim entas, com o a psoríase, acnes faciais, me-
lasmas, vitiligos, etc. a fim de concretizar a manifesta
ção subconsciente (do Shen).
É na pele que se observa com maior intensidade a
circulação de Energia dos Canais de Energia (Meridia-
Prof. Dr. Ysao Yamamura nos), manifestando-se na pele a situação energética
Dra. Márcia Lika Yamamura dos Zang Fu (Órgãos e Vísceras), seja na normalidade
ou na anormalidade, podendo fornecer etc. E é de acordo com o sentido é que as
valiosas informações sobre os Órgãos In emoções se manifestam na pele, no sis
ternos e o acom etim ento dos Canais de tema músculo-esquelético ou nos Órgãos
Energia. Disto resulta a cura ou a melhora Internos resultando em doenças com o
das manifestações inestéticas com o ru psoríase, vitiligo, obesidade, câncer do
gas, flacidez da pele e dos músculos, que pulmão, diabetes, etc.
da de cabelos, por m eio do tratam ento É o caso de se ter medo de uma situa
pela acupuntura ou eletroacupuntura, con ção atual e que se encontram registros de
form e os pacientes mostrados nos capí memória da vida de abandono, de rejei
tulos anteriores. ção. Neste caso, as lesões derm atológi
A íntima relação pele-órgãos-mente for cas com o acne podem aparecer com o
nece, ao exame da pele, as prováveis cau m anifestação subconsciente de "escon
sas das lesões. Assim, ao se realizar um der-se das pessoas" como ilustra a pacien
tratam ento local das lesões de pele ou te 1.
mesmo corrigindo as alterações inestéti
cas, além do tratam ento em si, está-se P a c ie n t e 1
realizando um outro tratam ento que har
moniza as energias do corpo com o um Paciente do sexo feminino, jovem, sol
todo, particularmente, ao nível emocional. teira, com acne na região maxilar facial
A pele, por possuir a m esma origem bilateral há 6 meses. Refere em sua his
embrionária do sistema nervoso (ectoder- tória que são em 6 meio-irmãos (três me
ma), mantém estreita relação com o m es ninas têm pais diferentes e os 3 meninos
mo; assim sendo, estímulos advindos do são filhos do mesmo pai, mas não da mãe).
ambiente geram percepções que irão ser O pai apenas namorava sua mãe, Ao sa
registradas como boas ou ruins; da m es ber da gravidez da paciente, o pai term i
ma forma, quando o Shen (Mente) do in nou a relação com a mãe. Na adolescên
divíduo está em desarm onia (em oções cia foi expulsa de casa pela mãe, porque
ruins), isto será exteriorizado na pele. As queria sair com as amigas, indo então
sim, quando ocorrem emoções ruins re morar com o pai, onde está até hoje. Me-
primidas, a pele é a sede de m anifesta narca na idade habitual e com dismenor-
ção. Por isto, quando o indivíduo sente-se réia. Ao redor dos 20 anos precisava de
envelhecido, a pele torna-se envelhecida; uma autorização do tio, alcoólatra e mora
quando uma mulher sente-se feia, rejeita dor em favela, para poder ajudar o primo
da, torna-se obesa, com celulite. O que o que havia fraturado a clavícula, já que sua
indivíduo imagina em sua m ente (auto- avó (materna) não poderia cuidar dele,
imagem), manifesta-se no organismo; po devido a problemas de saúde. Entrou na
dendo causar doenças. favela no final da tarde, e se deparou com
A mente, em nível subconsciente, tem cena de estupro. Ficou paralisada, sem
a capacidade de dar sentido às emoções reação, im potente, ao ver um homem es
sofridas. Este sentido é dependente da tuprando um menino que gritava e pedia
memória, isto é, a m ente dá o sentido de socorro. Ao receber olhar de ódio do es-
acordo com as informações que se tem tuprador, correu e esqueceu-se do que
na memória individual. É por este m otivo fora fazer ali e, tam bém , de pedir ajuda
que uma mesma emoção, por exemplo, a para o menino. Não consegue até hoje
tristeza pode ter o sentido de "se escon apagar a cena da m ente e, ao fato, segui
der" de "vontade de m orrer", de "su m ir", ram-se depressão e gastrite. Desenvolveu
F ig u ra 20.1
A c n e na re g iã o m a xila r
facia l b ilate ral.
290 Capítulo XX
Fig u ra 2 0 .3
L e sõ e s de
pso ríase
d is trib u íd a s
por to d o o
corpo.
te separou-se porque o marido tinha aman m aiar". Quanto à psoríase, acha que co
te e um casal de filhos. Teve abortamento meçou porque "Eu não queria sexo com
por este fato pois segundo a paciente, ele (marido) bêbado, ele fedia igual gam
teve "vontade de querer m orrer". bá. Tinha muita mágoa por carregar tudo
Aos 31 anos, arranjou um novo casa sozinha, nem grávida ele me ajudava, eu
m ento e engravidou, porém tentou abor tinha que dar conta da casa, das meninas
tar porque o filho não era do marido. Re e ainda lavava roupa pra fora e tinha que
fe re te r tom ado chá abortivo, "to m o u carregar a água - a gente morava num
chorando, com dor no coração". terreno da prefeitura, não tinha nada lá,
Aos 37 anos passou a apresentar lesões era m uito dificil".
de pele por "culpa p or não querer o filh o ", Às vezes, a repressão das em oções
sentia culpa pela "m enininha", mas, sem ocorre pois a m ente racional acaba por
o apoio do marido - que bebia e jogava - cercear a m ente subconsciente, emocio
tinha que cuidar das filhas e lavar roupa nal, não perm itindo que a emoção como
para fora. raiva, "querer falar e não poder", "querer
Aos 38 anos, converteu-se para a reli fazer e não poder", fique contida. Uma
gião evangélica, o marido parou com os destas manifestações podem ser obser
vícios. Criou as filhas dentro da religião, vada na paralisia facial, com o mostra o
mas hoje elas se dispersaram, e "is to me paciente a seguir.
dá muita raiva".
Perguntada o que significa a psoríase P a c ie n t e 7
refere " Os médicos dizem que é de fun
do emocional, mas eu sou m uito tranqüila Paciente do sexo masculino, 32 anos, em
por causa da religião". No entanto, em união estável com companheiro do mes
estado de relaxamento, refere " s ou de mo sexo, cabeleireiro, com paralisia facial
guardar tudo e ficar chorando no m eu quar há quatro meses. Refere que "estava em
to, guardo tudo, não adianta botarpra fora, casa e a boca entortou". Não se lembra de
mas se eu não chorar, eu chego a des ter passado nenhuma situação emocional,
Técnica de Mobilização de Qi M ental em doenças derm atológicas e alterações inestéticas 2 91
■4 F ig u ra 2 0 .4
Paciente com
m anifestações clínicas
clássicas da paralisia facial.
w
í
sagem explícita é: "Veja como sou feio, ca por todo o corpo (coxas, pernas, bra
me largue" e "tenho que esconder minhas ços, pescoço, costas, rosto) desde aos 51
em oções". anos, com exames laboratoriais realizados
Pelo exposto, é imensa a participação negativos (FAN, células LE, Látex, IG-A,
do Shen (Mente) nas lesões derm atológi IG-G, IG-M, anticorpos Anti-Sm, Anti DNA,
cas e nas alterações inestéticas. A fim de Anti RNP, fator anti-núcleo, fator reuma-
prom over a melhora ou m esm o a cura tóide, eletroforese de proteínas). A primei
dessas lesões, torna-se imprescindível a ra biópsia de pele foi compatível com Es-
resolução dos problemas emocionais do cleromixedema, a segunda, sugestiva para
passado, fato esse que pode ser obtido Lúpus Eritematoso ou doença intersticial
por meio da técnica de Mobilização de Qi granulomatosa associada a artrite e, a úl
mental. tima, de M ucinose Papulosa (Líquen Es-
Basicamente, a técnica de Mobilização clerom ixom atoso).
de Qi Mental consiste na procura de regis Fez uso de corticóide durante 1 ano e 8
tros da memória atual, quais os fatos que meses. Descompensou de estenose aór-
propiciaram o desencadeamento das emo tica, sendo submetida a cirurgia com co
ções ruins. Estas se tornaram ruins por te locação de uma prótese metálica. Faz uso
rem sido reprimidas no m om ento de seu de anticoagulante desde então.
aparecimento e elas ficam registradas no Quando nasceu, a mãe tinha 42 anos e
subconsciente. A m ente subconsciente achou que estava na menopausa quando
possui característica de que uma vez ativa falhou a menstruação. Nasceu prematura
da, procura realizar aquilo que se imagina, (7 meses) e se auto-refere como m uito
independentemente, do tem po (pois ela é pequena e fraca. Da infância, lembra da
atemporal). Por isso ao procurar o registro mãe sempre m uito enérgica e severa pois
do passado e vivenciá-lo no m om ento atu tinha medo de que algo ruim aconteces
al, é como se o fato estivesse ocorrendo se com a paciente, pois sem p re fora
outra vez. Nesse instante, ao realizar men " d o e ntin ha".
talmente o que queria ter feito, ao dar um Pela grande diferença de idade com
outro sentido, melhor, a mente subconsci seus irmãos mais velhos, o relacionamen
ente aceita a ressignificação, liberando a to era m uito distante. E como a mãe tinha
emoção reprimida e desaparecendo, então, sem pre m uito trabalho a realizar, não dava
o sofrim ento que aquela emoção estava atenção à paciente, por isso foi uma crian
causando. A mente subconsciente (Shen) ça m uito quieta e brincava sempre sozi
possui esta característica, "tu d o que se nha.
imagina, torna-se realidade". É a aplicação Quando tinha 49 anos, sofreu um assal
da Lei de Newton de ação e reação aplica to em sua casa, ficando a paciente, o mari
da ao estado mental. do e os dois filhos durante três horas com
É o caso da paciente relatada a seguir os assaltantes, que ameaçavam atirar em
que com a resolução dos problemas em o todos. Foi m uito traumático ver pessoas
cionais do passado teve a melhora quase estranhas invadindo a sua casa e podendo
completa da lesão da pele. matar a todos, pois não tinham dinheiro ou
valores para dar aos assaltantes.
P a c ie n t e 8 Depois do assalto, não conseguia mais
engolir alimentos, passando até líquidos
Paciente do sexo fem inino, 54 anos, do durante três meses. Melhorou com tera
lar. Apresenta manchas vermelhas em pla pia.
Té cn ic a d e M o b iliz a ç ã o d e Q i M e n ta l e m d o e n ç a s derm atológicas e a lte ra ç õ e s in e s té tic a s
foi até tendo um câncer, tendo um vitiligo " e m o c io n a l" , um a vez que se n te -se
para falar exatam ente aquilo, né, olha o "em ocionalm ente introspectiva e m uito
que vocês fizeram comigo, que eu sem preocupada com a vida das pessoas".
pre fui exigida d em a is". E continua: "no Acredita que o que está errado com a pele
m om ento eu percebi (...) eu precisava do é sua própria vida, pois possui desde pe
vitiligo porque só o câncer tava dentro, quena, emoções reprimidas como mágoa,
punha uma roupa e ninguém via... agora, tristeza, insegurança e medo, sentindo-se
no rosto... principalm ente esta escolha eu sempre cobrada.
fiz, exatamente, percebi o m om ento que Quando questionada sobre o que teria
fiz essa escolha, no dia que estava saindo gerado esta cobrança, em estado de rela
do laboratório de um exame, e eu cruzei xamento, refere uma busca pela perfeição:
com uma moça com vitiligo. Assim , de "u m aprisionamento, assim, uma angús
passagem, eu olhei para ela e eu me as tia, uma coisa que eu tinha que mostrar,
sustei, m e assustei, e ficou aquilo... eu eu não queria viver, eu tinha que m ostrar
percebi que fiz essa escolha naquele m o para as pessoas que eu era perfeita que
m ento quando eu vi aquela moça, eu me eu conseguia fazer, que eu conseguia ser
assustei e aquilo me agrediu de alguma melhor... na aparência, profissionalmente,
maneira, naquele m om e nto eu fiz uma tu d o ".
escolha, eu vou ter inconscientemente, eu Sobre a cobrança e a busca pela perfei
vou ter e vou agredir as pessoas...". ção, foi questionada como faria a relação
com o aparecimento de uma imperfeição
P a c ie n t e 1 0 (mancha), visível, na pele: "quando eu
penso nisso eu penso em p u n içã o !".
Paciente de sexo fem inino, de 36 anos, Para que serve o vitiligo: "c ria r talvez
casada, branca, secretária, primeira man um mecanismo assim de quando eu não
cha de vitiligo no joelho e canto dos olhos conseguisse alguma coisa ter que m os
aos 30 anos de idade, é prim eira filha trar para a pessoa, olha, é porque eu te
m ulher do casal (pragmática), apresenta nho isso, porque eu tenho essa doen
co-morbidades hipotireoidismo e depres ça...".
são. Foi feito o diagnóstico de vitiligo aos
31 anos de idade, iniciando o tratam ento P a c ie n t e 11
com medicamentos tópicos, orais e PUVA,
sem melhora das manchas da pele. Atual Paciente do sexo masculino, 51 anos,
m ente, realiza tratam ento com crem es casado, pardo, comerciante, pragmático
com pouca melhora. pela seqüência de nascimento, primeira
A primeira mancha surgiu logo após o mancha surgiu aos 16 anos de idade, no
casamento. Quando questionada sobre a polegar direito, atualm ente com vitiligo
relação da mancha da pele e o casamento universal.
refere: " foi para com provar que eu tinha Quando questionado sobre o significa
que ser perfeita tam bém no casamento, do das manchas do vitiligo: "... o funda
além da perfeição assim cobrada na infân m ento básico dele seria olha o que vocês
cia pelos pais, tendo que provar que eu fizeram comigo, né, mas não fo i só as
podia sair do interior, vir para cá, cuidar pessoas que fizeram isso comigo, eu tam
deles, vencer...". bém fiz isso comigo porque eu poderia ter
Acredita que o vitiligo não é apenas uma reagido diferente. Eu poderia ter reagido
doença de pele e sim do sistema nervoso de outro m odo quando as coisas foram
acontecendo que foram em prejudican análise qualitativa e quantitativa, verificou
do... eu guardava tudo, hoje eu não guar que emoções estão presentes em ambas
do mais nada, absolutamente nada... eu as doenças, com o medo, raiva, preocupa
poderia ter melhorado a minha luta inter ção, tristeza, etc. No entanto, apesar das
na contra isso, contra o vitiligo tendo rea emoções serem semelhantes, o sentido
ções diferentes das que eu tive por igno dado a essas emoções diferiu nos pacien
rância... eu poderia ter reagido de outro tes. Em pacientes com vitiligo, 95% refe
jeito então as manchas são as marcas de riam associar o aparecim ento das man
tudo que aconteceu, o que com eçou com chas com algum a questão em ocional
as cicatrizes, coisas que eu nem lembra como raiva, agressividade, medo, insegu
va mais... aquilo voltou, ficou branco e fa rança, preocupações, enquanto 75,5%
lou 'tô ‘ aqui, eu não sarei totalmente, 'tô ' associavam as emoções ao estado com
a q u i". pulsivo de com er e as emoções relatadas
Refere quanto à cura do vitiligo: "a este fo ra m m edo, insegurança, ansiedade,
aspecto de cura, saber que é preciso m o preocupação, irritação, tristeza, mágoa e
vimentar interiorm ente o m eu subconsci angustia.
ente pra ele provocar determinadas rea Para o m esm o fato a medicina energé
ções nas células, pra elas poderem voltar tica daria uma explicação energética ou
a produzir a melanina que tanto quero e seja as alterações iniciais da circulação de
preencher as lacunas que tanto me inco Energia que levariam às alterações funcio
m o d a m ". nais da pele e que podem levar à estagna
Por meio da Técnica de Mobilização de ção e ao bloqueio nessa circulação, oca
Qi Mental, com o mencionado no capítulo s io n a n d o e n tã o , le s õ e s a n a tô m ic a s .
anterior, pode-se acessar os registros de Assim, as fibroses das celulites e de algu
memória do indivíduo e a significação atri mas form as de culote são exemplos de
buída a eles, ou seja, o sentido registrado com o uma alteração local pode prejudicar
na m ente subconsciente mediante ao fato a circulação adequada de Energia e quan
vivido. O sentido dado às emoções é o to mais profundo e grave for a circulação
primórdio do processo de adoecimento, de Energia local, refletem maiores altera
acontecendo no sistem a lím bico e por ções sistêmicas e emocionais.
meio de mecanismo de transdução e de Se a causa de dermatoses ou de altera
expressão gênica pode levar às alterações ções in e sté tica s têm com o origem as
funcionais do eixo hipotálam o-hipófise- emoções reprimidas, se com a técnica de
adrenal e daí originar lesões seja na pele Mobilização de Qi Mental puder dar reso
ou dos órgãos internos. Yamamura M L lução às emoções do passado com o seu
(2006), ao estudar as emoções presentes sentido e associando às técnicas de acu
em pacientes portadores de vitiligo e de puntura, o efeito de quaisquer tratam en
sobrepeso " obesidade por meio da Téc to será mais eficaz e rápido e com ótimos
nica de Mobilização de Qi Mental, em uma resultados.
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1998-2007. Med. 1997; 17(3):217-9.
Yamamura Y, Tabosa A. Aulas proferidas no Zheng Q. Experience in the point-selection for
Curso de Especialização em Acupuntura do eletro-acupunture. J Tradit Chin Med. 1998;
Departam ento de Ortopedia e Traumatolo- 18(41:277-81.
gia da Universidade Federal de São Paulo; Zim m erm an B, Feanny S, Reisman J, Hak H,
1998-2007. Rashed N, M claughlin FJ, Levison H. Aller-
Yamamura Y, Tabosa AMF. Nova concepção gy in asthm a I. The close relationship of
dos Canais de Energia Distintos (Meridianos allergy to severity of childhood asthma. J
Distintos). Rev Paul Acupunt. 2000;6:17-20. Allergy Clin Im munol. 1988;8:63-70.
Partindo desse princípio, sob a
coordenação do Prof. Dr. Ysao
Y a m a m u ra , o Setor de Medicina
Chinesa-Acupuntura da Disciplina de
O rtopedia do D epartam ento de
O rto p e d ia e T rau m ato lo g ia da
UNIFESP/HSP foi criado, dentro do
Ambulatório de Acupuntura, um
ambulatório específico - o
Ambulatório de Acupuntura Estética -
supervisionado pela D ra. M aria
Assunta Y am anaka N akano,
especializada nesta área e dedicada
a este Ambulatório que hoje, constitui
um dos serviços expoentes em
Acupuntura.
cup u n1 u ra
em D e r m a t o l o g i a -[— s t é t i ca
Por que envelhecemos precocemente?
Por que existem pessoas com mais idade de aparência jovem e pessoas
com ares de envelhecidas?
A idade cronológica nem sempre guarda relação com a aparência da tez ela pode ser
influenciada por diversos fatores, como as desarmonias energéticas dos Órgãos Internos
(Zang Fu).
As desarmonias energéticas dos órgãos internos são oriundas, geralmente, das emoções
reprimidas e constituem os fatores mais freqüentes de adoecimento pois existe estreita
relação entre o sistema emocional e a pele. Costumamos “mostrar e sentir na pele as
emoções”.
Compreender as origens do envelhecimento precoce e dar uma visão integrada pela
Medicina Tradicional Chinesa, assim como apresentar a acupuntura como alternativa
para o tratamento não cirúrgico, é o que propõe este livro.
Por que existem pessoas com mais idade de aparência jovem e pessoas
com ares de envelhecidas?
A idade cronológica nem sempre guarda relação com a aparência da tez ela pode ser
influenciada por diversos fatores, como as desarmonias energéticas dos Órgãos Internos
{Zang Fu).
As desarmonias energéticas dos órgãos internos são oriundas, geralmente, das emoções
reprimidas e constituem os fatores mais freqüentes de adoecimento pois existe estreita
relação entre o sistema emocional e a pele. Costumamos “mostrar e sentir na pele as
emoções”.
Compreender as origens do envelhecimento precoce e dar uma visão integrada pela
M edicina Tradicional Chinesa, assim como apresentar a acupuntura como alternativa
para o tratamento não cirúrgico, é o que propõe este livro.
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