Estruturas de bambu
Parte 2: Determinação das propriedades físicas e mecânicas do bambu
APRESENTAÇÃO
Projeto em Consulta Nacional
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Estruturas de bambu
Parte 2: Determinação das propriedades físicas e mecânicas do bambu
Bamboo Structures
Part 2: Determination of physical and mechanical properties of bamboo
Projeto em Consulta Nacional
Prefácio
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 16828-2 foi elaborada no Comitê Brasileiro da Construção Civil (ABNT/CB-002), pela
Comissão de Estudo de Estruturas de Bambu (CE-002:126.012). O Projeto circulou em Consulta
Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.
Scope
This Standard specifies test methods for determining the physical and mechanical properties of the
bamboo culm or part of it to support the design of bamboo structures.
NOTE Test results can also be used to establish the relationship between mechanical properties and
factors such as moisture content, volumetric mass, growth site, stem position, knot and internode presence
etc. for quality control purposes of bamboo buildings.
a) The physical properties of bamboo: moisture content, mass by volume, shrinkage; and
b) mechanical properties: compression strength parallel to fibres, bending strength, shear strength
parallel to the fibres, tension strength parallel to the fibres
Estruturas de bambu
Parte 2: Determinação das propriedades físicas e mecânicas do bambu
1 Escopo
Projeto em Consulta Nacional
Esta Norma especifica métodos de ensaio para determinação das propriedades físicas e mecânicas
do colmo ou de parte dele, para servirem de base ao projeto de estruturas de bambu.
NOTA Os resultados dos ensaios também podem ser usados para estabelecer a relação entre as proprie-
dades mecânicas e de fatores como teor de umidade, massa volumétrica, local de crescimento, posição ao
longo do colmo, presença de nó e entrenó etc., para fins de controle de qualidade das construções de bambu.
a) as propriedades físicas do bambu: teor de umidade, massa por volume, retração; e
2 Referência normativa
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edi-
ções citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido docu-
mento (incluindo emendas).
3.1.1
colmo de bambu
parte aérea da planta, de forma tronco-cônica, em geral vazia no seu interior, exceto nos nós, que é
aproveitada na construção
3.1.2
nó
parte do colmo da qual podem despontar galhos e onde há um diafragma interno fechando a seção
transversal
3.1.3
diâmetro externo
diâmetro da seção transversal do colmo, medido em dois pontos opostos à superfície externa
3.1.4
espessura da parede
espessura da parede do colmo
3.1.5
internó
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entrenó
parte do colmo compreendida entre dois nós consecutivos
3.1.6
vara de bambu
parte útil do colmo após o corte de suas extremidades
3.1.7
umidade do colmo
porcentagem de água da amostra com referência ao peso seco em estufa
a distância ou dimensão
f resistência
k coeficiente
E módulo de elasticidade
F força concentrada
I momento de inércia
M momento fletor
k característico, coeficiente
m médio
máx máximo
mín mínimo
α ângulo
β ângulo, coeficiente
δ deflexão, flecha
ε deformação específica
σ tensão normal
τ tensão de cisalhamento
4 Métodos de ensaio
4.1 Generalidades
4.1.1.1 Dimensões
Antes de cada ensaio, as dimensões de cada corpo de prova devem ser obtidas com precisão de:
b) 1 mm, para o comprimento ou altura do corpo de prova, paralelo ao eixo do colmo;
c) 1 mm, para o diâmetro externo; para cada seção transversal, o diâmetro deve ser medido duas
vezes em direções perpendiculares entre si em cada uma das extremidades do corpo de prova;
d) 0,1 mm, para a espessura da parede; em cada seção transversal onde está sendo medida
a espessura da parede, fazer quatro leituras, uma em cada ponto onde foi medido o diâme-
tro externo.
4.1.1.2 Peso
Os corpos de prova para os diversos ensaios devem ser cortados da vara segundo o tipo de ensaio
a ser feito e identificados adequadamente com marcador permanente.
A sequência dos ensaios deve ser tal que elimine o máximo possível de variações das propriedades
devidas ao armazenamento e condições ambientais que possam afetar a comparação dos resultados.
O número de corpos de prova em cada ensaio não pode ser inferior a 12.
Para evitar variações significativas nos valores de resistência mecânica, todos os ensaios devem ser
feitos à temperatura de (27 ± 2) °C e umidade relativa de (70 ± 5) %. Isto permite a comparação de
resultados de ensaios em todo o mundo, assim como a sua reprodutibilidade.
No entanto, se os ensaios forem realizados no local de uso, ou se o laboratório for incapaz de contro-
lar a temperatura e a umidade do local, o relatório de ensaios deve apresentar estes parâmetros com
seus valores explicitados.
O equipamento de ensaio deve ter um dos pratos rotulado, de forma a permitir pequenas rotações e
acomodações dos corpos de prova.
A velocidade de aplicação de carga não pode variar mais que ± 20 % da velocidade especificada para
o ensaio.
O carregamento deve ser aplicado continuamente sem variação na velocidade requerida para o ensaio.
c) informações sobre a origem dos corpos de prova, como mencionado em 5.3, e posição ao longo
do colmo;
e) equipamento utilizado e qualquer outra informação que possa influenciar a utilização dos resul-
tados de ensaio;
g) valor individual da propriedade medida, valor médio, desvio-padrão e coeficiente de variação,
com precisão de uma casa decimal para propriedades mecânicas, em megapascals, e coeficiente
de variação, em porcentagem.
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a) amostragem;
e) secagem;
4.2.1 Amostragem
No caso dos ensaios sobre as propriedades dos bambus para fins comerciais, as amostras devem ser
coletadas de diferentes localidades, representativas de diferentes condições de crescimento em toda
a área geográfica envolvida.
No caso da investigação científica, devem ser coletadas amostras nas localidades determinadas pelo
propósito da pesquisa, que devem ser mencionadas no relatório dos ensaios.
Os colmos de bambu devem ser selecionados na plantação por profissional habilitado que possa iden-
tificar as espécies, conheça o grau de maturação e tenha conhecimento do método de corte.
Os colmos selecionados para ensaio devem estar maduros e livres de defeitos e devem ser represen-
tativos da média dos colmos de bambu dominantes da localidade. Colmos danificados, trincados ou
atacados por insetos devem ser descartados.
O número necessário de colmos deve ser escolhido aleatoriamente nos diversos compartimentos
da plantação.
Deve-se descartar a primeira parte do colmo (até 1 m, dependendo da espécie), pois ela apresenta
características anatômicas diferentes do restante do colmo de bambu.
Os colmos de bambu são particularmente suscetíveis ao ataque de insetos. Por esse motivo, tão logo
seja feito o corte na touceira, as varas devem ser preparadas e receber um tratamento imunizante
(profilático), para evitar a presença de insetos xilófagos.
Durante o transporte, as varas devem estar protegidas de incidência de sol forte e de chuva, devendo
ser evitados choques e pancadas nas varas.
As varas de bambu devem ser armazenadas pelo menor tempo possível, de forma a evitar que qual-
quer deterioração possa ocorrer.
5 Teor de umidade
5.1 Princípio
Este método de ensaio consiste na determinação do teor de umidade do bambu que deve acompa-
nhar os ensaios físicos e mecânicos, por pesagem, da perda de massa de um corpo de prova por
secagem até massa constante.
5.2 Aparelhagem
b) estufa;
c) equipamentos para assegurar a retenção de umidade nas peças de ensaio, por exemplo, frascos
com gargalos em vidro fosco e rolhas.
O teor de umidade deve ser obtido após a realização dos ensaios físicos ou mecânicos dos corpos de
prova de bambu.
Os corpos de prova para determinação do teor de umidade devem ser preparados imediatamente
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após cada ensaio. O número de corpos de prova é igual ao número de corpos de prova usados no
ensaio físico ou mecânico.
5.4 Procedimento
As amostras devem ser pesadas com precisão de 0,01 gf e, em seguida, secas em estufa a uma tem-
peratura de (103 ± 2) °C.
Após 24 h, o peso deve ser registado em intervalos regulares não inferiores a 2 h. Deve-se ter cuidado
para evitar qualquer alteração no teor de umidade entre a remoção da estufa e as determinações
subsequentes da massa.
A secagem deve ser considerada completa quando a diferença entre duas pesagens sucessivas não
for superior a 0,01 g.
O teor de umidade (U) de cada corpo de prova deve ser calculado como a perda de massa, expressa
em percentagem da massa seca em estufa, de acordo com a seguinte equação:
U = [(m − mo ) mo ] × 100
onde
A média aritmética dos resultados, com precisão de 0,1 %, deve ser considerada como o valor repre-
sentativo do teor de umidade das peças ensaiadas.
6 Massa volumétrica
6.1 Princípio
Este método de ensaio consiste na determinação da massa por unidade de volume da parede do
colmo de bambu, que depende do teor de umidade do colmo.
Determina-se da massa do corpo de prova por pesagem e do seu volume por meio de medição das
suas dimensões ou por outro método.
6.2 Aparelhagem
Os corpos de prova devem ter as mesmas dimensões apresentadas em 5.3. Para a determinação da
massa volumétrica, também é permitido preparar os corpos de prova a partir de um corte transversal
completo de uma vara, desde que o volume possa ser medido facilmente.
6.4 Procedimento
Medir as dimensões dos corpos de prova para uma aproximação de 0,1 mm e calcular o volume, ou
determinar o volume por um método adequado (por exemplo, imersão), com uma precisão de 10 mm3.
No caso de se desejar obter a densidade do material seco, secar os corpos de prova até peso cons-
tante (ver 5.4), mas fazer isso gradualmente, para minimizar a fissuração. Realizar as operações de
pesagem imediatamente após a secagem.
A massa por volume do bambu de cada corpo de prova deve ser dado pela seguinte equação:
ρ = (m V ) × 106
onde
Exprimir o resultado até o inteiro mais próximo, em quilogramas por metro cúbico (kg/m3).
Calcular, com precisão de 10 kg/m3, a média aritmética dos resultados e relatar isso como o valor
da média para a massa por volume dos corpos de prova, informando o teor de umidade dos corpos
de prova.
7 Retração
7.1 Princípio
de bambu, quando ele passa do teor de umidade de equilíbrio com a atmosfera para a condição de
seco em estufa.
Mede-se a variação de dimensões que ocorre no corpo de prova após secagem natural e condição
seco em estufa.
7.2 Aparelhagem
Os corpos de prova devem ser preparados a partir de entrenós dos colmos de bambu, com compri-
mento de 100 mm. Caso a distância intermodal seja inferior a este valor, adotar o comprimento pos-
sível de ser obtido.
7.4 Procedimento
A retração deve ser observada no diâmetro externo D, na espessura de parede t, e também no com-
primento L do corpo de prova.
Marcações adequadas devem ser feitas no corpo de prova, a fim de facilitar medição sempre no
mesmo local.
Em cada amostra, quatro diâmetros (dois em cada extremidade), oito espessuras (quatro em cada
extremidade) e dois comprimentos devem ser medidos, obtendo-se a leitura média inicial L1. A amos-
tra deve ser deixada para secar lentamente até atingir a umidade de equilíbrio com o ambiente.
As massas e dimensões devem ser registradas regularmente, até que as dimensões fiquem constan-
tes ou um ciclo de tempo completo esteja terminado. Em seguida, as amostras devem ser colocadas
em estufa à temperatura de (103 ± 2) °C, de modo que se tornem completamente secas (ver 5.4),
obtendo-se suas dimensões (L2).
onde
L1 é a média da leitura inicial, feita com o corpo de prova na umidade de equilíbrio com o ambiente;
O relatório de ensaio deve estar de acordo com 4.1.5 e deve conter as dimensões iniciais e finais,
o teor de umidade de equilíbrio e uma descrição dos defeitos desenvolvidos na amostra durante
o encolhimento, bem como expressão dos resultados.
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8.2 Aparelhagem
Os ensaios devem ser realizados em uma máquina de ensaios com pelo menos uma das placas do
equipamento rotulada. Recomenda-se que, entre as placas de aço da máquina e ambas as extremida-
des do corpo de prova, algum dispositivo, como placa de politetrafluoretileno (PTFE) ou outro, seja apli-
cado para reduzir o atrito entre a superfície de aplicação da carga e as extremidades do corpo de prova.
Os corpos de prova devem ser cortados das partes basal, média e topo de cada colmo, devendo ser
marcados com as letras B, M e T, respectivamente.
Os ensaios de compressão paralela às fibras devem ser realizados em corpos de prova sem nó, e
o comprimento do corpo de prova deve ser igual ao diâmetro externo.
No entanto, se o diâmetro externo for de 20 mm ou menos, a altura deve ser duas vezes o diâmetro
externo. Estas limitações são válidas no caso de ensaios para fins comerciais; para ensaios de pes-
quisa científica, o responsável pelos ensaios pode especificar as dimensões do corpo de prova da
forma que achar mais conveniente, informando este fato no relatório de ensaio.
Os cortes das extremidades do corpo de prova devem ser planos, com um desvio máximo de 0,2 mm.
Para determinar o módulo de elasticidade, medidores de deformações devem ser aplicados, sendo dois
no mínimo por corpo de prova, em posições diametralmente opostas.
8.4 Procedimento
Para acomodação do corpo de prova, uma pequena carga de não mais de 1 kN deve ser inicialmente
aplicada e relaxada.
Durante o ensaio, o carregamento deve ser aplicado continuamente, de forma que a placa móvel da
máquina de ensaio tenha uma velocidade constante de, aproximadamente, 0,01 mm/s.
onde
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fc0 é a resistência à compressão paralela às fibras, expressa em megapascals (MPa), com uma
casa decimal;
O módulo de elasticidade à compressão paralela às fibras, Eco, em gigapascais, deve ser calculado
a partir da média das leituras dos medidores de deformação, como uma relação linear entre a tensão
entre 20 % e 60 % da resistência à compressão paralela às fibras, conforme seguinte equação:
Eco = (F60 − F20 ) [ A ⋅ (ε 60 − ε 20 )]
onde
ε60 é a deformação específica correspondente à força F60, expressa em partes por mil (‰);
ε20 é a deformação específica correspondente à força F20, expressa em partes por mil (‰).
Realiza-se o ensaio de flexão de quatro pontos, com obtenção da curva carga-deflexão vertical.
9.2 Aparelhagem
A aparelhagem a ser utilizada no ensaio é a seguinte:
a) equipamento de ensaio capaz de medir a carga com precisão de 1 % da carga máxima esperada,
e deformação com precisão de 1 mm;
b) sistema capaz de assegurar a flexão do colmo de quatro pontos, aplicando uma carga no meio
do vão. Para evitar o esmagamento do colmo, as cargas e as reações nos apoios devem ser apli-
cadas próximas aos nós, por meio de dispositivo de madeira, conforme a Figura 1. Nos apoios
deve ser permitida a rotação.
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A fim de obter falha por flexão, o vão livre deve ser de pelo menos 30.D, sendo D o diâmetro externo
médio da peça.
O comprimento total da vara deve ser de pelo menos 30.D mais meio entrenó em cada extremidade.
9.4 Procedimento
Determinar os valores médios do diâmetro externo D e da espessura da parede t. Calcular o momento
de inércia pela seguinte equação:
I = ( π 64) ⋅ D 4 − (D − 2t )4
onde
Colocar o colmo nos suportes de apoio e deixar que ele se acomode naturalmente. Em seguida, colo-
car os dispositivos que dividem a carga no topo do colmo, permitindo que ele se acomode.
A velocidade de ensaio é de aproximadamente 0,5 mm/s. A carga máxima deve ser determinada com
precisão de 10 N. Deve ser anotada a presença de fissuras e também deve ser relatado o tipo de falha
na ruptura. Obter o diagrama carga-deflexão.
Após o ensaio, determinar o diâmetro externo D e a espessura de parede t, o mais próximo possível
dos pontos de carga. A média dos diâmetros e das espessuras das paredes deve ser utilizada para
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recalcular o momento de inércia I, com a equação que consta no início desta subeção.
Determinar o teor de umidade, em conformidade com a Seção 5, do corpo de prova extraído próximo
a um ponto de falha.
Para ruptura em flexão dentro do trecho central do colmo, o momento último é dado pela seguinte equação:
Mult = (Fmáx ⋅ a ) 2
onde
Fmáx é a força máxima aplicada no centro do dispositivo de ensaio, expressa em newtons (N);
fMo = Mult ⋅ D (2 ⋅ 1)
onde
D é o diâmetro externo médio do colmo, obtido nas proximidades do local de ruptura, expresso
em milímetros (mm);
O módulo de elasticidade do colmo em flexão, em megapascals, é dado pela inclinação do trecho linear
do diagrama carga-deflexão, entre 20 % e 60 % da carga máxima, e é obtido pela seguinte equação:
onde
L é a distância entre centro a centro do apoio (ver Figura 1), expressa em milímetros (mm);
Determina-se a resistência ao cisalhamento por deslocamento relativo entre as partes do corpo de prova
comprimidas por placas rígidas defasadas.
10.2 Aparalhagem
Os ensaios devem ser realizados em uma máquina de compressão, conforme a Seção 8, sem dis-
positivo de redução do atrito. O corpo de prova deve ser apoiado na extremidade inferior em chapas
rígidas ao longo de dois quartos, uma em frente da outra, e carregado na extremidade superior ao
longo dos dois quartos que não são apoiados, conforme a Figura 2. Desta forma têm-se quatro áreas
de cisalhamento.
3 mm
Os ensaios de cisalhamento paralelo à fibra devem ser realizados em corpos de prova, sendo metade
com nó no centro do corpo de prova e metade sem nó.
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O comprimento da amostra deve ser igual ao diâmetro. Estas limitações são válidas no caso de
ensaios para fins comerciais. No caso de investigação científica, pode-se adotar um procedimento dife-
rente, desde que seja relatado.
As superfícies superior e inferior dos corpos de prova devem ser planas e perpendiculares ao seu eixo.
A espessura da parede t e a altura L da amostra devem ser tomadas em todas as quatro áreas
de cisalhamento.
A carga deve ser aplicada de forma contínua durante o ensaio, com velocidade constante de desloca-
mento de aproximadamente 0,01 mm/s (0,6 cm/min).
fV 0 = Fmáx ∑ (t × L )
onde
Determina-se a resistência à tração paralela às fibras pela aplicação de uma carga gradualmente no
corpo de prova.
11.2 Aparelhagem
Máquina de ensaio com garras que assegurem que a carga seja aplicada ao longo do eixo longitudinal
do corpo de prova e impeçam a torção longitudinal. O corpo de prova deve ser preso perpendicular-
mente às fibras e na direção radial.
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Aplicar a carga continuamente ao longo do ensaio, a uma velocidade de deformação de 0,01 mm/s,
com precisão de 10 N.
As dimensões transversais da porção central do corpo de prova devem ser medidas com precisão de 0,1 mm.
Os corpos de prova devem ser extraídos das partes basal, mediana e superior de cada colmo, devendo
ser marcados com as letras B, M e T.
O ensaio de resistência à tração paralela às fibras deve ser realizado em corpos de prova com nó,
o qual deve estar na sua parte central. Esta indicação é válida no caso de ensaio para fins comerciais.
No caso de investigação científica, pode-se adotar outro procedimento.
O trecho central do corpo de prova, com 50 mm a 100 mm de comprimento, deve ter uma seção trans-
versal retangular, com largura igual à espessura da parede do colmo t e espessura b no máximo igual
à metade deste valor e menor que 20 mm, conforme a Figura 3.
Nas extremidades do corpo de prova é permitido usar lâminas metálicas ou lâminas de bambu coladas
firmemente, para facilitar prendê-lo nas garras do aparelho de ensaio. Não podem ser considerados
resultados quando a ruptura ocorrer na região das garras.
Lâminas
metálicas
Para determinar o módulo de elasticidade à tração paralela às fibras, Eto, o medidor de deformação
deve ser posicionado na parte central do corpo de prova.
Medir as dimensões da seção transversal da porção central do corpo de prova em três pontos, com
precisão de 0,1 mm, e calcular o valor médio.
Fixar as extremidades do corpo de prova entre as garras da máquina, a uma distância segura da por-
ção central.
Caso seja necessário, ler os medidores de deformação um número suficiente de vezes para se obter
um diagrama carga-deformação preciso, a partir do qual o módulo de elasticidade à tração paralela
às fibras possa ser obtido.
ft 0 = Fmáx A
onde
A é a área média da seção transversal da parte central do corpo de prova, expressa em milí-
metros quadrados (mm2).
O módulo de elasticidade à tração paralela às fibras Et0 , em gigapascals, pode ser calculado no
trecho linear do diagrama tensão-deformação, entre 20 % e 60 % da tensão de ruptura, conforme
a seguinte equação:
onde
A é a área média da seção transversal da parte central do corpo de prova, expressa em milí-
metros quadrados (mm2);
ε 60 é a deformação específica correspondente à força F60, expressa em partes por mil (‰);
ε 20 é a deformação específica correspondente à força F20, expressa em partes por mil (‰).